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Conversão Eletromecânica

Transformadores

Prof. Reginaldo Miranda


Intituto Federal-MA
Email: rmiranda@ifma.edu.br
Tel: (98) 3218 9063
Transformadores: Princípio Básico
 Dispositivo que transfere energia elétrica de um circuito para outro. Usualmente sem
qualquer conexão física entre os dois circuitos. Normalmente, a tensão que sai de um
circuito é diferente da que entra no outro circuito fornecendo uma fonte de tensão
apropriada à determinadas cargas. Ele consiste de duas ou mais bobinas enroladas em um
núcleo ferromagnético.
 A transferência de energia ocorre através de um meio de acoplamento, o campo
magnético, que liga as duas bobinas.

primário secundário
69kV
SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA
88kV 6,9kV
138kV Consumidor com 13,8kV GERAÇÃO
230kV demanda muito alta
345kV
440kV TRANSMISSÃO
500kV
600kV em cc
750kV
Consumidor com demanda
> 2500kW deve receber
tensão 69kV, 88 ou 138kV

ETD 3,8kV
11,9kV
13,2kV
SUBTRANSMISSÃO 13,8kV
ETT 20kV
23,5kV
34,5kV
Recebe>230kV e Distribuição Primária
rebaixa para:
69kV
88kV
138kV
380/220V
220/127
Consumidor com demanda
entre 75kW e 2500kW deve 220/110
receber tensão <69kV
DISTRIBUIÇÃO
Distribuição Secundária
Transformadores: Aplicações
 Transformadores de Potência
Transformadores: Aplicações

 Transformadores de Distribuição:
Transformadores: Aplicações
 Estabilizadores e Variadores de  Autotransformadores
Tensão
Transformadores: Aplicações
 Transformadores de corrente e de  Transformadores de controle
potencial (TP e TC)
Transformadores: Aplicações
 Aplicações: Casador de impedância
Transformadores: Aplicações
 Aplicações: Transformador de isolamento
Fusível

Retificador
Transformadores: Aplicações
Disparo de SCR
 Transformadores de pulso TR

Linear
 Transformadores para fontes

Chaveada
Transformadores: Tipos
 Tipos e construção

Chapas de aço-silício de 0,014”


núcleo envolvente (shell)
de baixo custo e baixas perdas

 Os enrolamentos primário e o secundário de um


transformador físico são enrolados um em cima do outro,
com o enrolamento de baixa tensão interno.
núcleo envolvido (núcleo)
Transformadores: Tipos
 Estrutura
Terminais do A × B = Área do núcleo
secundário

Terminais
do primário
Chapas de aço

Bobina do primário

Bobina do secundário

Papel isolante
Transformadores: Estrutura
Transformadores: Estrutura
Transformadores: O caso Ideal
 Dispositivo sem perdas:
1. As resistências dos enrolamentos são desprezíveis;
2. A intensidade de campo magnético requerido no núcleo é desprezível isto é, a
permeabilidade relativa é infinita;
3. As perdas no núcleo são desprezíveis;
 O fluxo magnético é confinado no núcleo.
 Se uma tensão v1 é aplicada ao primário do transformador, uma corrente de
magnetização fluirá, produzindo um fluxo φ e um fluxo concatenado λ1.

Símbolo
primário núcleo de ferro secundário

sem perdas
Transformadores: O caso Ideal
 Transformador ideal sem carga

 A taxa de variação do fluxo concatenado será a Enrolamento Primário


tensão induzida e1: com N espiras
φ
dλ1 dφ
e=
1 v=
1 = N1 V
dt dt
O fluxo φ também concatena o enrolamento
secundário. Portanto:

dλ 2 dφ
e2 = v 2 = = N2 V
dt dt
v1 N1
 A relação de tensão de um transformador ideal é: = =a
v2 N 2
Transformadores: Polaridade
 Polaridade da tensão induzida

Polaridade subtrativa Polaridade aditiva


A polaridade depende fundamentalmente de como são enroladas as espiras do primário e do
secundário
Transformadores: Polaridade
 Dado que a tensão do primário é positiva numa extremidade específica da bobina,
qual será a polaridade da tensão no circuito secundário ? Num transformador real
seria impossível dizer a polaridade do secundário a menos que o transformador fosse
aberto e se observasse a polaridade do mesmo. Para evitar esta necessidade se usa a
convenção de pontos:

1. A convenção do ponto é usada para indicar a forma na qual as espiras foram


enroladas na bobina.
2. Se a tensão no primário é positiva na extremidade marcada com um ponto em
relação à outra extremidade, então a tensão no secundário também será positiva
na extremidade marcada com um ponto;
3. Se a corrente no transformador entra no primário pelo terminal marcado com um
ponto, a corrente no secundário sairá pelo terminal marcado com um ponto.
Transformadores: Polaridade

Enrolamento Primário
com N1 espiras

Enrolamento Primário
com N2 espiras

_
Transformadores em Paralelo
 Transformadores em paralelo
Transformadores: O caso Ideal
 Transformador ideal com carga.
 Se uma carga é conectada ao enrolamento secundário circulará uma corrente i2. A
integral de H ao longo do caminho fechado no núcleo é igual a zero, considerando
R = 0. Logo:

Ft = N1i1 − N 2i2 = Rcφ = 0

N1i1 = N 2i2

 A relação de corrente de um transformador ideal é:


i2 N1
=
i1 N 2
 Combinando as relações de tensão e corrente de um transformador ideal, tem-se que
a potência de entrada é igual a potência de saída (dispositivo sem perdas):
v1i1 = v2i2 VA
Transformadores: Potência
 Potências ativas:

P1 = V1rms I1rms cosθ1 W


P2 = V2rms I2rms cosθ2 W

Como V2rms = V1rms / a e I2rms = a I1rms e os ângulos entre as tensões e correntes não
são afetados pelo transformador ideal (θ1 = θ2 = θ):

P2 = V1rms I1rms cosθ = P1 W

 Potências reativas:

Q2 = V1rms I1rms senθ = Q1 VA reativos


Transformadores: Impedância refletida
 Transformação de impedância através de um transformador

 Este modo de transferir a impedância


de um lado a outro de um transformador
é conhecido por referir ou refletir a
impedância para o outro lado.

V1 aV2 V
Z'L = = = a 2 2 = a 2Z L
I1 I 2 a I2
Exemplo 1
 Um sistema monofásico consiste de um gerador 480V, 60Hz alimentando uma carga
Z = 4 +j3 através de uma linha de transmissão de impedância Z = 0,18 + j0,24.
Responda as seguintes questões sobre o sistema.
a – Determine a tensão na carga. Obtenha as perdas na linha.
b - Suponha que um transformador elevador é localizado na saída do gerador e um
transformador abaixador é localizado junto a carga. Qual a tensão na carga neste caso?
Quais as perdas na linha?

II
Exemplo 2
 Casador de impedância

Circuito
amplificador

Alto-falante
 Calcule a potência fornecida ao alto falante nas duas situações.
O Transformador Real

 As diferenças de um transformador real em relação a um ideal devem ser incluídas


em grau maior ou menor na maioria das análise de desempenho dos transformadores.
Um modelo mais completo deve levar em consideração os efeitos das resistências dos
enrolamentos, dos fluxos dispersos e as correntes finitas de excitação devidas à
permeabilidade finita do núcleo.

 Dois métodos de análise, pelos quais as caracteristicas reais que se afastam do ideal
podem ser levadas em consideração:

1 – Um modelo de circuito equivalente baseado no raciocínio físico


2 – Um modelo matemático baseado na teoria clássica dos circuitos magneticamente
acoplados.
O Transformador Real
 Itens a serem considerados na construção do modelo:

1 - Perdas no cobre (I2R): são as perdas resistivas nos enrolamentos do primário e do


secundário. Elas são proporcionais ao quadrado da corrente nos enrolamentos.

2 - Perdas por correntes parasitas: são perdas resistivas que provocam dissipação de calor
no núcleo do transformador. Elas são proporcionais ao quadrado da tensão aplicada ao
transformador.

3 - Perdas por histerese: são perdas associadas com o rearranjo dos domínios magnéticos
no núcleo durante cada meio ciclo.

4 - Fluxo de dispersão: os fluxos que escapam do núcleo e passam através somente dos
enrolamentos do transformador.
O Transformador Real

 Resistências dos enrolamentos


O Transformador Real
 Fluxos de dispersão: nem todo fluxo produzido pelos enrolamentos primário e
secundário chega ao outro enrolamento
 Fluxos de dispersão: representados por indutâncias de dispersão do primário (Ll1)
e do secundário (Ll2);

φ1 = φl1 + φm
φ 2 = φl 2 + φ m
O Transformador Real
 O efeito do fluxo de dispersão podem ser representados por uma indutância, chamada
de indutância de dispersão.
N1φl1
Ll1 =
X l1 = 2πfLl1 i1 X l 2 = 2πfLl 2
N 2φl 2
Ll 2 =
i2
O Transformador Real
 Indutância de magnetização:
 O efeito do fluxo de magnetização pode ser representado por uma indutância,
chamada de indutância de magnetização.

X m = 2πfLm
O Transformador Real

 Perdas no núcleo: por histerese e por correntes de eddy


O Transformador Real
 Circuito equivalente T de um trafo real referido ao lado primário:

X l' 2 = a 2 X l 2
N1
a= R2' = a 2 R2
N2
V2' = aV2
I2
I 2' =
a
O Transformador Real
 Circuito equivalente T de um trafo real referido ao lado secundário:
X l1 X ' = X m
X l'1 = 2 m 2
a a
N1 ' R1 R ' = Rc
a= R1 = 2 c
a2
N2 a
V1
V1' = I1' = aI1
a

I ϕ' = aI ϕ
O Transformador Real

 Circuitos equivalentes aproximados:


 O ramo de excitação adiciona um nó ao modelo, tornando a sua solução mais
complexa.
 A corrente de excitação de transformadores é normalmente pequena em relação a
corrente de carga. Ela é tão pequena que, sob condições normais, a queda de tensão
em R1 e X1 (Xl1) é desprezível.
 Por causa disso, o ramo de excitação pode ser movido para frente do transformador e
o modelo continuará funcionando tão bem quanto o original.
O Transformador Real
 Circuitos equivalentes aproximados (circuito L):
1. Referido ao primário

V2' = aV2

I2
I 2' =
a

R2' 2
= a R2 X l' 2 = a 2 X l 2
O Transformador Real
 Circuitos equivalentes aproximados:
2. Referido ao secundário

V1' = V1 a
'
I1 = aI1

R1' = R1 a 2

Rc' = Rc a 2 X m' = X m a 2 X l'1 = X l1 a 2


O Transformador Real
 Circuitos equivalentes aproximados:
Em algumas aplicações , o braço de excitação pode ser desprezado totalmente
sem causar muitos erros. Neste caso o circuito equivalente do transformador se
reduz aos casos abaixo:
Exemplo 3
 Um transformador de distribuição de 50 kVA, 2400:240 – V, 60 Hz tem uma
impedância de dispersão de 0,72 + j0,92 Ω no enrolamento de alta tensão e
0,0070 + j0,0090 Ω no enrolamento de baixa tensão. Com tensão e freqüência
nominais, a impedância do ramo de magnetização é Zϕ = 6,32 + j43,7 Ω (igual a
inpedância equivalente de Rc//Xm ) quando vista do lado de baixa tensão.
Desenhe o circuito equivalente referido: a) ao lado de alta tensão e b) ao lado de
baixa tensão.
Exemplo 4
 Considere o circuito equivalente T do exemplo anterior, no qual as impedâncias
estão referidas ao lado de alta tensão. (a) Desenhe o circuito equivalente L com o
ramo em derivação nos terminais de alta tensão. Calcule numericamente no
desenho os valores de Req e Xeq . (b) Com os terminais de baixa tensão em aberto, e
2400 V aplicados aos terminais de alta tensão, calcule a tensão nos terminais de
baixa tensão para cada tipo de circuito equivalente
Exemplo 5
 Um transformador de 50 kVA e 2400:240 V, cujos parâmetros foram dados nos
exemplos anteriores é usado para baixar a tensão no lado da carga de um sistema
alimentador cuja impedância é 0,30 +j1,60 Ω. A tensão Vs no terminal de envio do
alimentador é 2400V. Encontre a tensão nos terminais do secundário do trafo
quando a carga conectada ao seu secundário recebe a corrente nominal do
transformador, com um fator de potência de carga de 0,80 indutivo. Despreze as
quedas de tensão, no transformador e no sistema de alimentação, causados pela
corrente de excitação.
Exemplo 6
Um sistema de potência monofásico está mostrado na Figura abaixo. A fonte de
potência alimenta um transformador de 100 kVA e 14/2,4 kV por meio de uma
impedância de alimentador de 38,2 + j140 . A impedância em série equivalente do
transformador, referida ao seu lado de baixa tensão, é 0,10 + j0,40 . A carga do
transformador é 90 kW com FP 0,80 atrasado e 2400 V.
Corrente de excitação de um
transformador real
 Esta corrente é responsável pela produção de fluxo no núcleo do transformador,
mesmo quando o circuito secundário está aberto. Ela é composta de duas
componentes:
1. A corrente de magnetização im, que é a corrente requerida para produzir o
fluxo no núcleo;
2. A corrente de perdas no núcleo ic, que é a corrente requerida pelas perdas de
histerese e correntes de eddy.
Corrente de excitação de um
transformador real
 Corrente de magnetização (im):
Corrente de excitação de um
transformador real

 Características da corrente de magnetização:


• A im não é senoidal. Os componentes de alta freqüência na im são devidos
a saturação magnética do núcleo;
• Uma vez que o fluxo atinge o ponto de saturação do núcleo, um pequeno
aumento no mesmo requer um aumento bem significativo no pico de im;
• A componente fundamental de im está atrasada da tensão aplicada ao
primário de 90o.
Corrente de excitação de um
transformador real
 Características da ic:
• A ic é não-linear devido aos efeitos da histerese;
• A componente fundamental de ic está em fase com a tensão aplicada ao
primário.
 A corrente de excitação do transformador é dada por: iϕ = im + ic
Corrente transitória inicial (Inrush)
 Comportamento transitório de transformador recém ligado a rede.

v(t) = Vmaxsen(ωt+α)

α = 90° α = 0°
Corrente de Inrush
 Comportamento transitório de transformador recém ligado a rede.
Determinação dos parâmetros do
transformador
 Ensaio à vazio (circuito aberto)  Ensaio de curto-circuito

Wattimetro i1(t) Wattimetro i1(t) i2(t)


A A

v2 (t) v (t) V
v1 (t) V 1

V Voltímetro

A Amperímetro
• Perdas no cobre.
• Perdas no núcleo.
• Queda de tensão interna;
• Corrente a vazio;
• Impedância série;
• Relação de transformação;
• Parâmetros do ramo de magnetização Rc e Xm;
Determinação dos parâmetros do
transformador
 Ensaio à vazio (circuito aberto)
– Aplica-se tensão nominal ao primário do trafo, com o secundário aberto.
– Sob estas condições, toda a corrente de entrada deve fluir pelo ramo de
magnetização;
– Mede-se: corrente (Ioc), tensão (Voc) e potência de entrada (Poc);
– Considera-se que os elementos em série (R1 e Xl1) são desprezíveis se comparados
à Rc e Xm;
⇒ Toda tensão de entrada está no ramo de magnetização
Determinação dos parâmetros do
transformador
 Ensaio à vazio (circuito aberto)

R ( jX m ) RC ( jX m )
Z OC = R1 + jX l1 + C Z OC ≅
RC + jX m RC + jX m
Determinação dos parâmetros do
transformador
 Ensaio à vazio (circuito aberto)
2
VOC VOC 1
RC = Z OC = Xm =
POC I OC (1 Z OC )2 − (1 Rc )2

Corrente de excitação

 Forma alternativa
1 1
YOC = −j = YOC ∠ − θ Perdas no ferro ≅ cte [f(Bmax , Vrms)]
RC Xm
I OC −1 POC
YOC = ∠ − cos FP ∴ FP = cosθ =
VOC VOC I OC
Determinação dos parâmetros do
transformador
 Ensaio de curto-circuito
– pode ser usado para encontrar a impedância equivalente em série Req + jXeq
– Um dos terminais do transformador é curto-circuitado
– Aplica-se uma tensão no outro enrolamento suficiente para produzir corrente
nominal em ambos enrolamentos (como Zeq é relativamente baixa, uma tensão
da ordem de 10 a 15 % ou menos do valor nominal, aplicada ao primário,
resultará na corrente nominal)
– Sob estas condições, mede-se a tensão, a corrente e a potência de entrada;
Wattimetro i1(t) i2(t)
A

v1 (t) V
Determinação dos parâmetros do
transformador
 Ensaio de curto-circuito

Z SC →

Zϕ ( R2 + jX l 2 )
Z SC = R1 + jX l1 +
Zϕ + R2 + jX l 2

Zϕ >> Z l 2 ⇒ Z SC ≅ R1 + jX l1 + R2 + jX l 2 = Req + jX eq
Determinação dos parâmetros do
transformador
 Ensaio de curto-circuito

Req =
PSC
2
Z eq
V
= SC
I SC
X eq = (Z ) − R
eq
2 2
eq
I SC
Wattimetro i1(t) i2(t)
A

v1 (t) V

 Forma alternativa Impedância %


Perdas no cobre → f(IL)
Z SC = Req + jX eq = Z SC ∠θ
VSC −1 PSC
Z SC = ∠ cos FP ∴ FP = cosθ =
I SC VSC I SC
Determinação dos parâmetros do
transformador
 Resistencia equivalente ou “efetiva”

R=
eq RΩ + Rs
Resistencia ôhmica (𝑅𝑅Ω ) : devido ao efeito joule (densidade de corrente uniforme)
Influência da temperatura: T ↑⇒ R ↑

Resistencia suplementar (𝑅𝑅𝑠𝑠 ) : devido aos fluxos dispersos e ao efeito pelicular


Influência da temperatura:
T ↑⇒ Rs ↓
Exemplo 7
 Os testes realizados em um transformador monofásico, 10kVA, 2200/220 V, 60 Hz
resultaram nas medidas mostradas na seguinte tabela:
Teste de circuito aberto Teste de curto-circuito
(lado de alta em aberto) (lado de baixa curto-circuitado)
voltímetro 220 V 150 V
amperímetro 2,5 A 4,55 A
wattímetro 100 W 215 W

a – Determine os parâmetros para o circuito equivalente aproximado referido para o


lado de baixa tensão e para o de alta tensão.
b - Expresse a corrente de excitação como uma percentagem da corrente nominal.
Determinação dos parâmetros do
transformador
 Impedância percentual

Outro dado de extrema importância nos transformadores e que também pode ser
determinado no ensaio de curto–circuito é a impedância percentual ou tensão de
curto – circuito percentual. Esse dado vem como dado de placa do transformador,
pois é extremamente importante e deve ser considerada na associação em paralelo de
transformadores

V1CC % V1CC %
Z eq % =
=
I1CC % 100%

V1CC
% V1CC=
Z eq= % ×100%
Vn
Determinação dos parâmetros do
transformador
2 2 2
(Z
= eq %) ( Req %) + ( X eq %)
VR % VR % VR
Req %
= = = VR %
= ×100%
Icc% 100% Vn
2
Req I n R I
eq n
Req % = ×100% = ×100%
Vn Vn I n
Pcc Pcc
Req % = ×100% = ×100%
Vn I n Sn
X eq %
= ( Z eq %) 2 − ( Req %) 2
Exemplo 8
 Calcular a resistência e a reatância percentuais de um transformador de 1000kVA,
13800/380V, sabendo-se que no ensaio de curto-circuito a tensão medida no primário
foi de 760V. A potência de curto-circuito registrada foi de 18930W.
Valores nominais do transformador

 As condições de freqüência, corrente, tensão e volt-amper sob as quais um


transformador é projetado para trabalhar são coletivamente chamadas “valores
nominais do transformador”.
 O limite de tensão em qualquer enrolamento é imposto pelo Bmax no núcleo. Um
valor excessivo de B irá produzir um grande pico na corrente de magnetização e
também um grande valor das perdas no núcleo;
 Um valor típico de Bmax para laminações de aço deve ser em torno de 1,5 T;
 Para um enrolamento com N1 espiras, num núcleo com área efetiva de aço de A, a
tensão RMS nominal para operação senoidal com freqüência de ω rad/s é:

ωN1 ABmax
V1RMS =
2
Valores nominais do transformador

 A corrente nominal do transformador é o valor RMS máximo que não causará


aquecimento excessivo da isolação do enrolamento.
– Para isolação com papel impregnado com óleo, usada na maioria dos trafos de
potência, a temperatura máxima é em torno de 100 oC;
 Os trafos são projetados para serem resfriados por ar ou por fluxo de óleo sobre
seus enrolamentos e superfícies do núcleo ou ocasionalmente por fluxo de água
através de canos de resfriamento.
Valores nominais do transformador

 Para uma dada diferença entre a temperatura das superfícies e a temperatura do


meio refrigerante, e para uma dada área da superfície, a perda de potência PL
permitida que pode ser dissipada como calor pode ser calculada por:
2
 N1 
PL = Pc + R1 I12 + R2 I 22 = Pc + Req I12 W ; Req 
= R1 +   R2 Ω
 N2 
 Para uma dada perda de potência permitida (PL) e o para uma dada perda contínua
no núcleo (Pc), então o resto é a perda permitida para o enrolamento. Logo, a
corrente nominal para operação contínua é:

PL − Pc
I1RMS =
Req
Valores nominais do transformador

 Por causa dos valores nominais de corrente e tensão serem independentes e, o


trafo não tem valor nominal de potência e sim volt-ampere:

S = V1RMS I1RMS = V2 RMS I 2 RMS

 Note que esta taxa independe do fator de potência da carga. A placa do transformador
normalmente contem informação sobre as tensões dos enrolamentos, do volt-amper
nominal e da freqüência nominal.
Representação Por Unidade (pu)
 Evita a necessidade de referenciar todos os diferentes níveis de tensão, nos
diversos lados do transformador, para um nível de tensão comum;
 À medida que os tamanhos das máquinas e transformadores variam, as suas
impedâncias internas variam. Porém, no sistema por unidade as impedâncias das
máquinas e transformadores ficam dentro de uma faixa estreita para cada tipo e
construção dos mesmos;
 As impedâncias equivalentes do transformador Req1 = Req2 e Xeq1 = Xeq2 são
iguais quando representadas no sistema p.u.
Representação Por Unidade (pu)

 Uma quantidade em p.u é definida como:


Quantidade real
Quantidade em pu =
Valor base da quantidade
Sendo que Quantidade real é um valor em volts, amperes, ohms, etc.
 É costume se definir duas quantidades base e derivar as outras. Por exemplo, para um
transformador:
V1b = Tensão nominal do primário (V)
Sb = volt-amperes nominal do transformador (VA)
Representação Por Unidade (pu)
Sb V1b
I1b = ; Z1b =
V1b I1b
 Na freqüência base ωb
Z1b
L1b =
ωb
 Para um transformador com N1/N2 espiras as quantidades bases para o
enrolamento secundário são:

N2 S V Z
V2 b = V1b ; I 2b = b ; Z 2b = 2b ; L2b = 2b
N1 V2 b I 2b ωb
Exemplo 9

 Um transformador de 15 kVA, 2300/230 V foi ensaiado, com os seguintes


resultados, medidos no lado primário:
– Ensaio de circuito aberto: Voc = 2300 V; Ioc = 0,21 A; Poc = 50 W
– Ensaio de curto-circuito: Vsc = 47 V; Isc = 6 A; Psc = 160 W;
a) Encontre o circuito equivalente referido ao lado de alta tensão;
b) Encontre o circuito equivalente referido ao lado de baixa tensão;
c) Encontre os valores dos dois circuitos em pu.
Exemplo 10
 A corrente de excitação de um transformador monofásico 10 kVA, 2200/220 V,
60 Hz é 0,25 A quando medida no lado de alta tensão. Sua impedância
equivalente é 10,4 +j31,3 Ω quando referido ao lado de alta tensão. Usando as
taxas do transformador como base,
a) Determine os valores de base de tensão, corrente e impedâncias para ambos os
lados de alta e de baixa;
b) Obtenha o circuito equivalente em pu;
c) Obtenha as perdas no cobre a plena carga em pu
Exemplo 11

Um transformador monofásico com parâmetros nominais de 138/13.8kV,


10000 kVA, 60 Hz, tem impedância série de 0.01 +j0.1 pu. Quando
submetido a um ensaio de curto circuito sob corrente nominal. Quais serão
as perdas ôhmicas indicadas
Desempenho do Transformador

 Os parâmetros do circuito equivalente do transformador podem ser usados para


predizer alguns aspectos importantes do seu desempenho: eficiência e regulação de
tensão.
 Eficiência:

Potência de Saída V2 I 2 cos θ


η =
Potência de Entrada V2 I 2 cos θ + Pc + R2 eq I 22
Desempenho do Transformador

 Eficiência:
– Num transformador a potência ativa de saída depende do fator de potência da
carga. Por exemplo, se a carga é um capacitor, a potência ativa da saída seria
essencialmente zero e a potência ativa da entrada seria as perdas no
transformador, e a eficiência seria zero. Assim, não há valor de eficiência que
é um desempenho característico do transformador sozinho. A eficiência
somente pode ser determinada para o transformador com uma carga
específica.
Desempenho do Transformador
2
 Eficiência máxima: 𝑃𝑃𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 𝑅𝑅𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 𝐼𝐼2𝑅𝑅
ηmax 𝐼𝐼2 →𝑃𝑃𝑐𝑐 = 𝑅𝑅𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 𝐼𝐼22 𝐼𝐼2
Sendo 𝑋𝑋 = Fator de carga
ηmax θ →𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝜃𝜃 = 1 𝐼𝐼2𝑅𝑅
𝑃𝑃𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 𝑋𝑋 2 𝑃𝑃𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑅𝑅
Para ηmax → 𝑃𝑃𝑐𝑐 = 𝑋𝑋 2 𝑃𝑃𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑅𝑅

𝑃𝑃𝑐𝑐
𝑋𝑋 =
𝑃𝑃𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑅𝑅

Índice R significa plena carga


Desempenho do Transformador

 Rendimento em Energia

Energia de Saída (24h) Energia de Saída (24h)


η =
Energia de Entrada (24h) Energia de Saída (24h) + Perdas (24h)

η= ∑ P ∆t i i

∑ P ∆t + PT + ∑ P
i i c cobre ∆ti
Exemplo 12

 Para o transformador do exemplo 7 determine:


a) Rendimento a plena carga e FP de 0,6 atrasado.
b) Rendimento operando a 75% da carga nominal;
c) Potência de saída para operar com rendimento máximo. Determine a eficiência
máxima e a percentagem de carga onde ela ocorre.
Exemplo 13

 Um transformador de 50 kVA, 2400/240 V tem perda no núcleo de 200W e perda


no cobre de 500 W em plena carga. O Trafo possui o seguinte ciclo de carga

% carga 0.0% 50% 75% 100% 110%


FP 1 0,8 ind. 0.9 ind. 1
Horas 6 6 6 3 3

Determine o rendimento em energia.


Desempenho do Transformador
 Regulação de tensão:
– Devido ao fato do transformador ter impedâncias em série, a tensão de saída
do mesmo varia com a carga, mesmo que a tensão de entrada permaneça
constante. Com o objetivo de comparar transformadores em relação a este
aspecto, definiu-se a regulação de tensão:

V2( nl ) − V2( fl ) V1 / a − V2( fl )


VR = × 100% = × 100%
V2( fl ) V2( fl )

sendo V2(nl) é a tensão de saída à vazio e V2(fl) é a tensão de saída em plena carga.
Sem carga V2(nl) = V1/a.
Desempenho do Transformador
 Regulação de tensão (VR):
– Normalmente é interessante se ter uma VR tão pequena quanto possível.
– A VR pode ser calculada a partir do circuito equivalente do transformador.
– O efeito do ramo de magnetização pode ser ignorado e somente as
impedâncias em série são levadas em consideração.
– A VR depende da magnitude das impedâncias em série e do ângulo de fase da
corrente fluindo pelo transformador. A maneira mais fácil de se determinar o
efeito que as impedâncias e a fase da corrente têm na VR é através do
diagrama fasorial do transformador.
Diagrama Fasorial do Transformador
 Circuito equivalente

 Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff ao circuito equivalente acima, tem-se:

V1
= V2 + Req I 2 + jX eq I 2
a
Diagrama Fasorial do Transformador
 Diagrama Fasorial com carga indutiva:
Diagrama Fasorial do Transformador
 Diagrama Fasorial com cargas: a) resistiva; b) capacitiva
Diagrama Fasorial do Transformador
 Diagrama fasorial simplificado:
– Pode-se observar nos diagramas fasoriais com cargas com FP atrasado que os
componentes verticais da queda de tensão no resistor e da queda de tensão no
indutor tendem a parcialmente se cancelarem.
– O ângulo entre V1 e V2 é pequeno em cargas normais.
Exemplo 14
 Um transformador de 15 kVA, 2300/230 V (exemplo 8) foi ensaiado, com os
seguintes resultados: Req = 0,0445 Ω, Xeq = 0,0645 Ω, Rc = 1050 Ω, Xm = 110 Ω, Poc
= 50 W (ensaio à vazio) , referidos ao lado de baixa tensão. Pede-se:
a) Calcule a regulação de tensão em plena carga com F.P = 0,8 indutivo, F.P = 1 e
F.P = 0,8 capacitivo;
b) Faça os mesmos cálculos com o valor aproximado de VP;
c) Qual é a eficiência deste transformador em plena carga com F.P = 0,8 indutivo.
Autotransformador
 Há situações onde é desejável mudar os níveis de tensão somente por uma
pequena quantidade (110 V – 120 V; 13.2 kV – 13.8 kV). Nestas circunstâncias é
desnecessário e caro enrolar um transformador com dois enrolamentos, cada qual
projetado para suportar a potência nominal do mesmo. Um transformador
especial, chamado autotransformador, é usado.
Autotransformador

 Autotransformador Abaixador
Autotransformador

IS NP I C N SE N P − N S
= = a = = = a −1
IP NS I SE N C NS

I S = 2I P → Transformador
Ex: a=2 (220/110)→
I C = I SE → Autotransformador → a »1 ⇒ ↓ I C
Autotransformador

↓ IC
↓Cobre
↓Ferro
↓Perdas
Rendimento ↑
Autotransformador
 Tem-se que:
VC NC
= (1); N C I C = N SE I SE (2)
VSE N SE
 Relação entre as tensões nas bobinas e as tensões terminais:

VL = VC (3); VH = VC + VSE ( 4)
 Relação entre as correntes nas bobinas e as correntes terminais:

I L = I C + I SE (5); I H = I SE (6)
Autotransformador
 Relações de tensão num autotransformador
– Substituindo (1) em (4), tem-se:

N SE N SE
VH = VC + VC e usando (3) : VH = VL + VL
NC NC

VL NC
=
VH N C + N SE
Autotransformador
 Relações de corrente num autotransformador
– Substituindo (2) em (5), tem-se:

N SE N SE
IL = I SE + I SE e usando (6) : I L = IH + IH
NC NC

IL N C + N SE
=
IH NC
Autotransformador
 Vantagem no valor nominal da potência aparente de autotransformadores

 Potência aparente de entrada do autotransformador:


Sin = VL IL
 Potência aparente de saída do autotransformador:
Sout = VH IH
 Potência aparente de entrada e saída do autotransformador:
Sin = Sout = SIO
– Potência aparente dos enrolamentos do transformador:
SW = VCIC = VSE ISE
Autotransformador
 Vantagem no valor nominal da potência aparente de
autotransformadores
 Relação entre a potência entrando no primário (e saindo do
secundário) do transformador e potência nos enrolamentos reais do
transformador
SW = VC IC = VL (IL – IH) = VL IL - VL IH ⇒
NC N SE N SE
SW = VL I L − VL I L = VL I L = S IO ⇒
N C + N SE N C + N SE N C + N SE

S IO N C + N SE
=
SW N SE
Exemplo 15
 Um transformador de 50 kVA, 2400/240 V é conectado como um autotransformador
elevador conforme mostrado na figura, sendo ab o enrolamento de 240 V e bc o
enrolamento de 2400 V. Pede-se:
a) Calcule os valores nominais das tensões VL e VH para esta conexão;
b) Calcule o kVA nominal deste autotransformador;
c) Este transformador tem perdas de Ptot = 803 W, o que corresponde a uma
eficiência de 98% com F.P = 0,8 indutivo. Calcule a eficiência da conexão
como autotransformador submetido as mesmas condições de carga.
Exemplo 15
Transformador Trifásico
 Transformadores para circuitos trifásicos podem ser construídos de
duas formas diferentes:

1) Conectando-se 3 transformadores monofásicos:

Chamamos “tensões e correntes de fase” as tensões e


correntes de cada um dos três sistemas monofásicos
considerados.
Transformador Trifásico
 Banco de transformadores monofásicos

1 - Os transformadores devem ser idênticos (mesmo kVA, tensões


nominais, etc.)
2 - Existe praticamente independência magnética entre os
transformadores (fluxos livres)
3 - As perdas são altas devido o presença de três circuitos magnéticos
independentes.
4 - Boa continuidade de serviço : em caso de defeitos em uma unidade,
um só trafo com um terço do potência total, em geral precisa ser
substituído.
5 - Assegura economia quando unidades de reservas são necessárias .
6 - Tem problemas com a componente de terceiro harmônico da
corrente de excitação na conexão Y-Y.
Transformador Trifásico
 Transformadores para circuitos trifásicos podem ser construídos de duas formas
diferentes:
2) Construindo um transformador trifásico:mais leve, menor, mais barato e um
pouco mais eficiente.
Transformador Trifásico
 Transformador trifásico com núcleo comum

1 - O sistema é totalmente acoplado magneticamente


2 - Requer menor volume de ferro, são mais baratos e
ligeiramente mais eficientes do que os bancos de
transformadores de mesma especificação.
3 - O efeito da componente de terceiro harmônica da
corrente de excitação é relativamente reduzido.
4 - Em casos de defeitos, toda o unidade é desativada
Transformador Trifásico
 Conexões de transformadores trifásicos: o primário e o secundário de
qualquer transformador trifásico podem ser conectados independentemente
em Y , y (wye/estrela), ∆, D, d (delta/triângulo) ou zig-zag, Z, z.

A tensão em qualquer dos três terminais chama-se “tensão


de linha”, UL, que é a tensão nominal do sistema trifásico. A
corrente em qualquer um dos terminais chama–se “corrente
de linha”, IL. A tensão sobre os enrolamentos chama-se
“tensão de fase”, Uf, A corrente nos enrolamentos chama-se
corrente de fase If.
Transformador Trifásico
Conexões de transformadores trifásicos: o primário e o secundário de qualquer
transformador trifásico podem ser conectados independentemente em Y (wye/estrela),
∆, D (delta/triângulo) ou zig-zag, Z.
Transformador Trifásico
 Zig-Zag
Cada fase do secundário, compõe-se de duas bobinas
dispostas cada uma sobre colunas diferentes, ligadas em
série, assim a corrente de cada fase do secundário afeta
sempre por igual as duas fases do primário.

Possibilidade de
três tensões de
utilização.
Transformador Trifásico
 Zig-Zag Ausência das harmônicas triplas nas fases da ligação Z (harmônicos triplos
defasados de 180°).
As tensões de fase em Z são reduzidas de 0,866 em relação a ligação Y
Preferível onde existem desequilíbrios acentuados de carga.
Transformador Trifásico
 Conexões de transformadores trifásicos: o primário e o secundário de qualquer
transformador trifásico podem ser conectados independentemente em Y
(wye/estrela) ou ∆ (delta/triângulo). Portanto, há 4 conexões possíveis para um
transformador trifásico:
 Y–Y
 Y-∆
 ∆-Y
 ∆- ∆
 Y–Z
Transformador Trifásico
 Conexão Y – Y:

VLP 3V fP V fP
= = =a
VLS 3V fS V fS
Transformador Trifásico
 Conexão Y – Y: problemas

Há um problema sério com as


tensões de 3º harmônica: as tensões
de 3o terceiro harmônica de cada uma
das três fases estão em fase, pois para
cada ciclo da tensão fundamental há
três ciclos dos componentes de 3o
harmônica. Há sempre componentes
de 3o harmônica num transformador
devido a não-linearidade do núcleo,
e estes componentes se adicionam.
Pode haver componentes de 3o
harmônica maiores que o
componente fundamental.
Transformador Trifásico

os fluxos de terceira harmônica


em cada perna estão em fase

correntes parasitas podem ser induzidas no tanque


Transformador Trifásico
 Conexão Y – Y: problemas Se a carga do transformador for
desbalanceada, as tensões de fase do
transformador podem ficar severamente
desbalanceadas;
Se o circuito primário não possui fio
neutro, a corrente I1 deve
necessariamente fazer seu retorno através
das outras duas fases primárias As
correntes que atravessam estas duas fases,
não sendo equilibradas por nenhuma
corrente secundária, agem como correntes
magnetizantes nas respectivas colunas.
Em consequência destas correntes
magnetizantes, produz-se um forte
desequilíbrio nos fluxos das três colunas e
por conseguinte resultam desequilibradas
também as f.e.m. primárias e secundárias.
Transformador Trifásico
 Conexão Y – Y: soluções para os problemas
1. Aterramento do neutro dos transformadores, especialmente o neutro do
primário: Esta conexão permite que o componente de tensão de 3o harmônico
cause uma corrente que circula pelo neutro;
2. Adicionar um terceiro enrolamento, conectado em ∆ ao transformador: os
componentes de 3o harmônico se adicionam na conexão ∆, causando uma
circulação de corrente na mesma. Isto elimina os componentes de 3o da mesma
forma que o aterramento do neutro.
 Uma destas duas técnicas de correção deve ser usada em qualquer conexão Y – Y de
transformadores. Na prática muito poucas conexões Y – Y são usadas.

 Pelo exposto conclui-se que o agrupamento estrela-estrela não é conveniente para


cargas secundárias desequilibradas com fio neutro, a não ser quando providas de fio
neutro também as fases primárias. O sistema de ligação estrela-estrela é empregado
exclusivamente em sistemas de três fios com cargas praticamente equilibradas.
Transformador Trifásico
 Conexão ∆ - Y:

VLP = V fP ; VLS = 3V fS

VLP V fP a
= =
VLS 3V fS 3
Transformador Trifásico
 Esta conexão não tem problema de 3o
Conexão ∆ - Y: harmônico nas suas tensões, pois elas são
compensadas pela circulação de corrente no
lado delta.

 A conexão em triângulo das fases primárias


permite a circulação livre da terceira
harmônica das correntes magnetizantes
assegurando assim a forma senoidal dos
fluxos e das tensões.

 A corrente de linha dada pela soma das


correntes que chegam e saem do nó é igual
a zero. Para se chegar a tal resultado basta
lembrar que as correntes de 3º harmônico
estão em fase e possuem o mesmo módulo,
originando, portanto, uma única corrente de
malha.
Transformador Trifásico

Conexão ∆ - Y:

Ela também é mais estável em relação ao


desbalanceamento de cargas, pois a conexão delta
redistribui qualquer desbalanceamento que ocorra.

A corrente secundária I2 provoca a absorção da


corrente primária I1, a qual circula através dos fios
H1 e H2 sem interessar as outras duas fases
primárias. Cada coluna do transformador funciona
como um transformador monofásico independente.
Transformador Trifásico
 Conexão ∆ - Y

• Este tipo de conexão é portanto o indicado para transformadores redutores que


alimentam redes de distribuição de baixa tensão com quatro fios.

• A ligação triangulo estrela sem fio neutro encontra amplo emprego nos
transformadores elevadores das usinas geradoras (inicio da linha). Nestes, a ligação
em estrela dos enrolamentos de alta tensão resulta mais conveniente por necessitar
de menor isolamento. Usado também como abaixador com neutro aterrado, em
distribuição de energia.

• Esta conexão tem um problema: a tensão no secundário está defasada de 30o em


relação à tensão no primário. Este fato pode causar problemas quando os
secundários de dois transformadores forem ligados em paralelo. Os ângulos de
deslocamento das tensões dos secundários devem ser iguais se eles forem
conectados em paralelo. Isto significa que se deve prestar atenção na direção do
deslocamento de 30o que ocorre em cada transformador.
Transformador Trifásico
 Conexão Y - ∆

VLP = 3V fP ; VLS = V fS

VLP 3V fP
= = 3a
VLS V fS

Z∆
ZY =
3
Transformador Trifásico
 Conexão Y - ∆

 Cada desequilíbrio que tende a produzir-se entre estas


tensões é compensado por uma corrente I0 que circula
nas três fases. Aplicando-se uma carga monofásica, as
tensões secundárias continuam iguais e simétricas.

 Esta conexão possui as mesmas vantagens e


defasamentos que a ligação ∆ - Y.

 Usado como abaixado no final da linha e entrada das


substações.

 Usados como abaixador em sistemas de distribuição


quando o neutro não é necessário do lado de baixa
tensão.
Transformador Trifásico
 Conexão ∆ - ∆:

VLP = V fP ; VLS = V fS

VLP V fP
= =a
VLS V fS
Transformador Trifásico
 Conexão ∆ - ∆:
 Não há defasamento e nem problemas relacionados
com harmônicos e desbalanceamento.

 Neste tipo de agrupamento as tensões primárias de


linha resultam diretamente aplicadas às fases
primário do transformador, transformando-se nas
correspondentes tensões secundarias de linha.

 O agrupamento triangulo-triangulo é considerado


ótimo para alimentar cargas fortemente
desequilibradas.
Transformador Trifásico
 Conexão ∆ - ∆:

 Este tipo de agrupamento tem a notável característica de manter inalteradas as tensões


secundárias, também quando se interrompe ou se elimina um lado do triângulo.

 Realiza.se assim um transformador com triângulo aberto ou em "V”. A tensão secundaria X 1


X3 é idêntica à que existia no funcionamento com o triângulo fechado. Essa propriedade é
particularmente interessante quando são empregados transformadores monofásicos, pois
oferece a possibilidade de realizar a transformação trifásica somente com dois transformadores
monofásicos ligados.
Transformador Trifásico
 Conexão ∆ - aberto ou V – V:

VC = -VA – VB = -Vej0 – Ve-j120 = -V – (-0.5 – j0.866)V ⇒


VC = -0.5V + j0.866V = Vej120
Transformador Trifásico
 Conexão ∆ - aberto ou V – V:

P1 = V f I f cos(150 o − 120 o ) ⇒
3
P1 = Vf I f
2

P2 = V f I f cos(30 o − 60 o ) ⇒
3
P2 = Vf I f
2

PT = P1 + P2 = 3V f I f
PΔ aberto 3V f I f 1
= = = 0.577
P3 f 3V f I f 3
Transformador Trifásico
 Conexão Y – Zig-Zag

 Este agrupamento tem como consequência a eliminação da


terceira harmônica da tensão secundária estrelada. Ligando-
se, em série, duas bobinas de fases diferentes, uma em
sentido contrário da outra as terceiras harmônicas das
tensões nas referidas bobinas se anulam reciprocamente.

 A subdivisão de cada fase secundária sobre duas colunas tem


também a finalidade de compensar os desequilíbrios das
tensões devidos à dissimetria da carga nas três fases.

N2 2 1 N2
v=
1

v=
1 VH=
1 VH 1
N1 2 N1 3 N2
VX 1 X 2 = VH1H 2
3 N2 2 N1
VX 1
= 3v1
= VH 1
2 N1
Transformador Trifásico
 Resumo das Conexões:
Transformador Trifásico
 Importância do neutro e meios para obtê-lo nas transformações trifásicas

1 - Fornece um caminho para correntes desequilibradas devido a cargas desequilibradas.


2- Fornece um meio pelo qual um serviço elétrico "duplo" pode ser fornecido.
3- Um meio pelo qual as tensões de fase são equilibradas com cargas desequilibradas.
4- Fornece um meio para circulação da corrente de terceira harmônica.
Exemplo 16
 Três transformadores monofásicos de 50 kVA, 2300:230 V, são conectados para formar
um banco trifásico de 4000/230 V. A impedância equivalente de cada transformador
referida para o lado de baixa é Zeq = 0,012 + j0,016 Ω. O transformador trifásico
alimenta uma carga trifásica, 120 kVA, 230 V e FP de 0,85 atrasado.
a) Desenhar um diagrama esquemático mostrando a conexão do transformador.
b) Determinar as correntes nos enrolamentos do transformador.
c) Determinar a tensão de linha do primário requerida.
d) Determinar a regulação de tensão.
Exemplo 17
 Uma carga trifásica, 230 V, 27 kVA, FP = 0,9 (atrasado) é alimentada por três
transformadores de 10kVA, 1330/230 V, 60 Hz conectados em Y-∆ por meio de um
alimentador comum cuja impedância é 0,003 +j0,015 Ω por fase. Os transformadores
são alimentados de uma fonte trifásica através de um alimentador cuja impedância por
fase é de 0,8 +j5 Ω por fase. A impedância equivalente de um transformador referido
ao lado de baixa tensão é de 0,12 +j0,25 Ω. Determine a tensão da fonte se a tensão da
carga é de 230V.
Transformador Trifásico - pu
 Valores base:
S base,3 = potência aparente total do transformador

S base,1 =
S base,3 Sbase , f Sbase ,3 Sbase ,3
3 I base , f = = I base ,3 =
Vbase , f 3Vbase , f 3Vbase ,3

Z base =
Vbase , f
=
(V base , f )2

=
3(Vbase , f )
2

I base , f Sbase , f Sbase ,3

Vbase ,3 = Vbase , f para lig. Δ; Vbase ,3 = 3Vbase , f para lig. Y


Exemplo 18

 Um transformador de 50 kVA, 13800/208 V, ∆ - Y, tem uma resistência de 0,01


pu e uma reatância de 0,07 pu. Responda:
 Qual é a impedância de fase referida ao lado de alta tensão?
a) Calcule a VR deste transformador em plena carga com F.P = 0,8 atrasado
usando a impedância do lado de alta tensão;
b) Calcule a VR sob as mesmas condições usando pu.
Transformador Trifásico
Marcação dos terminais
 Os terminais de maior tensão são representados por
letras maiúsculas e os de menor tensão por letras
minúsculas.
 As letras mais utilizadas são o H, X e o Y. A letra H é
sempre utilizada para os terminais de maior tensão e
as demais para os enrolamentos de menor tensão.
 O neutro deve ser marcado com a letra correspondente
ao enrolamento e seguida do número zero.
Transformador Trifásico
Marcação dos terminais

Transformador 69/13,8kV, 5MVA, Dyn1

Dyn1 significa, transformador com bobinas de maior


tensão com os enrolamentos ligados em delta, com as
bobinas de menor tensão ligados em estrela e possui
neutro acessível.
Os números que aparecem após as letras se referem aos
deslocamentos angulares. Multiplica-se por 30 graus o
número para determinar a defasagem.
Transformador Trifásico
 O Defasamento entre tensões.

Na fase de construção das bobinas de um transformador, o enrolamento primário pode


ficar montado de forma a que a força magnetomotriz por ele criada tenha um sentido
tal que o fluxo magnético na porção do núcleo envolvida pela bobina tenha um dos
dois sentidos a seguir:

Estas duas possibilidades diferentes de montagem traduzem-se por duas características


diferentes para tensão nos terminais da bobina: ou a tensão nos terminais do secundário
está em fase com a tensão primária, ou está em oposição de fase.
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular
É a diferença entre os fasores que representam as tensões entre o ponto neutro (real
ou imaginário) e os terminais correspondentes de dois enrolamentos.

Tomando o fasor de AT como origem, determinamos o


deslocamento angular através dos ponteiros de um
relógio cujo ponteiro grande (minutos) se acha parado
em 12 coincide com o fasor da tensão entre o ponto
neutro (real ou imaginário) e um terminal de linha do
enrolamento de alta tensão e cujo ponteiro pequeno
(horas) coincide com o fasor da tensão entre o ponto
neutro (real ou imaginário) e o terminal de linha
correspondente do enrolamento considerado.
Considerar positivos os ângulos no intervalo dos
pontos de 6-0 (12). O ângulo entre H0-H1 e X0-X1
marcado no sentido anti-horário chama-se
deslocamento angular.
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular

Completa-se o triângulo
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular

a a

AB = an Dyn11
c
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular
Transformador Trifásico
 Deslocamento angular

Dyn?
Transformador Trifásico
 Deslocamento
angular
X1

H1
Transformador Trifásico
 Deslocamento
angular
Transformador Trifásico
Transformador Trifásico
 Paralelismo

Quando ocorre o aumento de carga instalada


pelos consumidores e o transformador
conectado a rede elétrica não pode atender o
acréscimo dessa nova demanda, há a
necessidade de substituí-lo por um de
capacidade maior. É melhor, na maioria das
vezes, conectarmos em paralelo outro
transformador do que substituir o instalado por
um de potência maior. Dessa forma teremos
uma maior confiabilidade no caso de defeito
de um deles.
Em subestações costuma-se utilizar dois ou
mais transformadores em paralelo quando a
carga é maior que 500KVA.
Transformador Trifásico

 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS À INTERLIGAÇÃO

Afirmamos que dois ou mais transformadores estão ligados em paralelo quando


recebem energia de uma mesma linha primária e fornecem energia para uma mesma
linha secundária.
Porém, só é possível ligar transformadores em paralelo quando:
 As tensões primárias e secundárias forem as mesmas, inclusive nos TAP´S.
 Os transformadores trifásicos tiverem o mesmo deslocamento angular e os
monofásicos à mesma polaridade.
 As suas impedâncias percentuais forem iguais, essa condição é desejável, porém
não é obrigatória.
Transformador Trifásico
 Tensões primárias iguais e relação de transformação diferente

Quando as tensões secundárias ou os deslocamentos angulares não são iguais, resulta em


uma circulação de corrente nos enrolamentos em vazio.
Transformador Trifásico
 Grupos de Ligação e índices horários
É possível a ligação em paralelo de transformadores com defasagens angulares
diferentes, desde que sejam observadas algumas condições. Para isto divide-se os
transformadores em quatro grupos:

 Grupo I: índices 0, 4 e 8
 Grupo II: índices 2, 6 e 10
 Grupo III: índices 1 e 5
 Grupo IV: índices 7 e 11

1- Transformadores de qualquer grupo de ligação com mesmos índices não há


problemas
2 – Transformadores pertencentes a um determinado grupo com índices diferentes:
Se a diferença entre os índices for 4 ligar: x1x3, x2x1 e x3x2.
Se a diferença entre os índices for 8 ligar: x1x2, x2x3 e x3x1.
Transformador Trifásico
 Grupos de Ligação e índices horários
Transformador Trifásico
 Grupos de Ligação e índices horários (III e IV)
3- Transformadores pertencentes a grupos de ligação distintos

A−B−2
K=
4
• Se K = 0, modifica-se duas quaisquer ligações de fase do primário do segundo
Trafo e no secundário invertem-se entre si os terminais correspondentes ao
primário.
• Se K ≠ 0, as ligações do primário são iguais ao caso anterior. No secundário
realiza-se uma rotação de uma posição cíclica quando K=1 e de duas posições
se K=2, sempre no sentido de avanço
Transformador Trifásico
 Grupos de Ligação e índices horários (III e IV)
Transformador Trifásico
 Impedâncias diferentes (Módulos diferentes e fases iguais)

S 2′ + S 2′′ =
SC

V2′ = I 2′ Z 2′ I 2′ Z 2′′ V2′I 2′ Z 2′′ S 2′ % Z 2′′%


= = =
V2′′ = I 2′′Z 2′′ I 2′′ Z 2′ V2′′I 2′′ Z 2′ S 2′′% Z 2′ %
S 2′ S 2′′ S 2′ n Z 2 %
S 2′ % = S 2′′% = S 2′ = S 2′′
S 2′ n S 2′′n S 2′′n Z1 %
Transformador Trifásico
 Impedâncias diferentes

Verifique a possibilidade de ligação em paralelo dos transformadores abaixo

TRAFO 1 (Dy11) TRAFO 2 (Dy11)


69/13,8kV 69/13,8kV
S1n=1500kVA S2n=2500kVA
Z1%=5,5% Z2%=4%

Verifique a possibilidade de ligação em paralelo dos transformadores abaixo para uma


demanda solicitada de 3800 kVA

TRAFO 1 (Dy1) TRAFO 2 (Dy1) TRAFO 3 (Dy1)


69/13,8kV 69/13,8kV 69/13,8kV
S1n=1000kVA S2n=1250kVA S3n=1500kVA
Z1%=4,5% Z2%=5% Z3%=5,5%
Transformador Trifásico

 Transformadores em liquido isolante  Transformadores a seco


Transformador Trifásico
Tanque
Parte metálica que abriga o núcleo, contém óleo isolante, transmite ao exterior o calor
gerado e onde são fixados os suportes de suspenção.

Chapa de alumínio
especial
Chapa de aço inoxidável
Chapa de aço carbono
Transformador Trifásico
 Acessórios
Transformador Trifásico
 Acessórios
Transformador Trifásico
 Acessórios
Transformador Trifásico
 Radiadores

Chapa de aço

Radiador

Tubos
Transformador Trifásico
 Transformadores em liquido isolante (refrigeração por ar e circulação forçada)

 Transformadores em liquido isolante (refrigeração por água e circulação forçada)


Transformador Trifásico
 Simbologia quanto ao resfriamento Exemplos

 Transformador imerso em óleo mineral, tipo “A” ou tipo


“B”, com circulação através dos radiadores de forma por
convecção natural e externamente resfriado pelo ar
atmosférico sem ventilação, não forçada.

ONAN – Óleo Natural, Ar Natural

 Transformador imerso em óleo mineral, tipo “A” ou tipo


“B”, com circulação através de trocador de calor de forma
forçada e externamente resfriada pela água forçada.

OFWF – Óleo forçado, Água forçada

 Transformador imerso em óleo mineral, tipo “A” ou tipo


“B”, com circulação através de trocador de calor de forma
natural e externamente pelo ar atmosférico com ventilação
forçada.

ONAF – Óleo natural, Água forçada


Transformador Trifásico
Parte ativa
Transformador Trifásico
Parte ativa
Chamamos de parte ativa do transformador, ao conjunto formado pelos enrolamentos,
primário, secundário, terciário e pelo núcleo, com seus dispositivos de prensagem e calços.
A parte ativa deve constituir um conjunto mecanicamente rígido, capaz de suportar
condições adversas de funcionamento.
Transformador Trifásico
Núcleo
é o elemento que proporciona o caminho para a passagem dos fluxos magnéticos gerados
pelas correntes que percorrem os enrolamentos. O núcleo é formado por lâminas de material
ferromagnético, que contém em sua composição o silício.
Tipo Envolvido
Transformador Trifásico
Núcleo
Tipo Envolvente
Transformador Trifásico
Núcleo
Tipo Empilhado

Tipo Enrolado
Transformador Trifásico
Enrolamentos
Os enrolamentos, primários e secundários, são constituídos de fios de cobre ou alumínio
isolados com esmalte ou papel, de seção retangular ou circular.
As bobinas de baixa e de alta O enrolamento AT tem em geral
tensão são enroladas nas elevado número de espiras com seção
mesmas pernas para que o fluxo relativamente pequena, enquanto o
magnético concatenado possa enrolamento de BT, pelo contrário, tem
ser maior e, haja um menor poucas espiras com grande seção.
fluxo de dispersão
A seção dos condutores das
bobinas de alta e de baixa
tensão é diferente, pois suas
correntes são distintas.
Transformador Trifásico
Tipo camada
São os mais simples tipos de enrolamentos. São enrolados diretamente, um do lado do
outro, em torno de um cilindro e de espaçadores. Várias camadas podem ser enroladas, uma
em cima da outra, sendo essas camadas separadas por isolantes sólidos

Tipo panqueca
Transformador Trifásico
 Tipo helicoidal

É constituído por um número que pode variar


de algumas unidades até mais de cem
isoladores colocados continuamente ao longo
do comprimento rolamentos adjacentes ou
discos inseridos entre enrolamentos adjacentes
ou discos. A bobina assemelha-se a um saca-
rolha

Tipo disco

Enrolamentos na forma de disco podem


envolver um único feixe ou vários feixes de
condutores entrelaçados e isolados, em uma
orientação série-paralelo de discos horizontais
interligados. Cada disco contém várias voltas,
uma sobre a outra, com os cruzamentos
alternados entre interior e exterior.
Transformador Trifásico
 Comutador de derivação: Adequar a tensão primária do transformador à tensão de
alimentação, o enrolamento primário, normalmente o de TS, é dotado de derivações
(taps), que podem ser escolhidos mediante a utilização de um painel de ligações ou
comutador.

Comutador tipo painel (de tape)

Comutador de derivação sem carga Comutador tipo linear (comando


rotativo com acionamento interno
ou externo)
15kV 24,2kV 36,2kV
13800 23100 34500 Superior
13200 22000 33000 Principal
12600 20900 31500 Inferior
Transformador Trifásico
 Comutador de derivação: permite alterar a relação de espiras.

Comutador de derivação em carga


Transformador Trifásico
 Comutador de derivação: permite alterar a relação de espiras.
FIM

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