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3⸰ ANO
Turma – EE 42
Trabalho de Pesquisa
Discente: Docente:
3⸰ ANO
Trabalho de Pesquisa
CC – Corrente Contínua
f – Frequência
Eq. – Equação
Fig. - Figura
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
1.1. Objectivos......................................................................................................................... 1
2.2. Generalidade..................................................................................................................... 2
2.7.A. Controlo de fase com corrente de Entrada Atrasada em relação à tensão .................. 12
2.7.B Controle de fase com corrente de entrada adiantada em relação à tensão ....................... 14
2.7.C - Rectificador PWM do tipo Buck (Abaixador) para operação em dois quadrantes .. 18
2.8. A Controlo de fase com corrente de entrada atrasada em relação tensão ..................... 21
2.8. B Controlo de Fase com Corrente de Entrada adiantada em relação tensão .................. 23
2.8.1. 2.8.C – Controlo de Fase com a corrente de Entrada em Fase com Tensão ........... 26
3. Conclusão .............................................................................................................................. 33
4. Bibliografia ............................................................................................................................ 34
1. Introdução
Os conversores CC-CC são largamente aplicados em fontes de alimentação chaveadas e em
accionamento de motores de corrente contínua. Nas fontes chaveadas, eles sucedem os
rectificadores não controlados, reduzindo o ripple e regulando a tensão de saída da fonte, por
isso são conhecidos também por “reguladores chaveados”.
O presente trabalho faz abordagem fundamental sobre os Choppers Step-Down (Buck). Para a
realização deste trabalho foi a usada a metodologia de Pesquisa Bibliográfica, a qual é
apresentada ao longo do trabalho. Na sequência desta apresentação serão apresentados os modos
possíveis de funcionamento da estrutura genérica e será mostrado como as estruturas particulares
convencionais podem ser obtidas a partir dela.
1.1.Objectivos
1
2. Chopper Abaixador (Step-Down ou buck)
2.2.Generalidade
Na conversão de tensão contínua fixa em tensão continua controlada é natural que em algumas
situações seja necessário aumentar essa tensão e, em outras abaixá-la. O Principio de
funcionamento dos choppers depende dessa informação, se será abixador (step-down) ou
elevador (step-up).
Definição: “Um chopper step-down (Buck) é um dispositivo estático que reduz sua tensão de
entrada de natureza contínua (CC). A tensão de saída é sempre menor que a tensão da entrada.” –
(Electrical Concepts- Tricky but Easy Electrical Engineering).
2
Figura 2.1 Chopper abaixador com carga resistiva. Fonte: Muhammad H. Rashid, Electrónica de Potência:
Circuitos, Dispositivos e Aplicações.
∫ (2.1)
é o ciclo de trabalho
( ∫ ) √ (2.2)
Supondo um chopper sem perdas, a potência de entrada para ele é igual à potência de saída e é
dada por
∫ ∫ (2.3)
3
O ciclo de trabalho k pode ser variado 0 a 1, variando-se , . Portanto, a tensão de saída
pode ser variada de 0 a , Controlando-se , e o fluxo de potência pode ser controlado.
Figura 2.2 Chopper com carga RL. Fonte: Muhammad H. Rashid, Electrónica de Potência: Circuitos, Dispositivos
e Aplicações.
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A operação do chopper pode ser dividida em dois modos. Durante o modo 1, o chopper é ligado
e a corrente flui da fonte para a carga. Durante o modo 2, o chopper é desligado e a corrente da
carga continua a fluir através do díodo de comutação . Os circuitos equivalentes desses
modos são mostrados na Figura 2.3a. As formas de onda da corrente de carga e da tensão de
saída são mostradas na Figura 2.3b.
Figura 2.3 Circuitos equivalentes e formas de onda para cargas RL. Fonte: Muhammad H. Rashid, Electrónica de
Potência: Circuitos, Dispositivos e Aplicações.
⁄ ⁄
( )
5
(2.7)
(2.8)
⁄ ⁄
( ) (2.9)
(2.10)
⁄ ⁄
( ) (2.11)
⁄ ⁄
( ) (2.12)
⁄ ⁄ ⁄
⁄
(2.13)
6
A condição para a ondulação máxima,
(2.14)
⁄ ⁄
Dá ou ou A ondulação de corrente máxima
de pico a pico ( é
(2.15)
(2.16)
Nota: As Eqs. a (2.16) são válidas apenas para fluxo contínuo de corrente. Para um
tempo de bloqueio grande, particularmente em baixa frequência e baixa tensão de saída, a
corrente de carga pode ser descontínua. A corrente de carga seria contínua se ⁄ ou
. No caso de corrente de carga descontinua, e a Eq. 2.6 torna-se
(2.17)
( ) (2.18)
7
circuitos equivalentes para os de operação são mostrados na Figura 2.4b. As formas de onda para
as tensões e correntes são mostradas na Figura 2.4c para um fluxo contínuo de corrente no
indutor L. Dependendo da frequência de chaveamento, indutância e capacitância de filtro, a
corrente no indutor pode ser descontínua.
Figura 2.4 Regulador buck com corrente Contínua. Fonte: Muhammad H. Rashid, Electrónica de Potência:
Circuitos, Dispositivos e Aplicações.
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A ondulação de corrente do indutor L de pico a pico será dada por:
(2.19)
(2.20)
(2.21)
(2.22)
Ou
(2.23)
(2.24)
⁄
∫ (2.25)
(2.26)
9
ou
(2.27)
Os reguladores buck requerem apenas um transístor, são simples e têm eficiência elevada,
maior que 90 . O ⁄ da corrente de carga é limitado pelo indutor L. Entretanto, a corrente
de entrada é descontinua e um filtro de alisamento de entrada normalmente é requerido. Ele
fornece uma polaridade da tensão e a corrente de saída é unidireccional. Ele requer um circuito
de protecção em caso de possível curto-circuito através do caminho do díodo.
Figura 2.5.Configuração do Conversor Generico Abaixador Fonte:Ivo Barbi – Electrónica de Potência 6a Edição.
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O conversor em questão:
- a fonte de tensão é reversível em tensão e corrente. A sua tensão pode ser positiva ou
negativa e pode conduzir corrente nos dois sentidos. No mais genérico é uma fonte de tensão
alternada.
- a fonte de corrente é reversível em tensão e corrente. Tanto a tensão quanto a corrente pode
assumir valores positivos ou negativos. Pode ser, a título de exemplo, um motor de corrente
continua operando em quatro quadrantes.
- a estrutura possui reversibilidade plena. Pode controlar o fluxo de potência entre as duas fontes
nos dois sentidos.
- os interruptores são comandados nas duas comutações. Dito de outro modo, as mudanças do
estado aberto para o estado fechado ou vice-versa são definidas por um sinal de comando.
- A fonte de tensão será tratada como fonte do conversor e a fonte de corrente será tratada
como sua carga.
Essa estrutura, apesar de ser conceitualmente muito importante, tem pouco interesse prático.
Porém vários circuitos são gerados a partir dela, quando se particulariza as características
estáticas e dinâmicas dos interruptores, para obtenção de características particulares dos
conversores gerados.
11
2.7. Rectficadores Abaixadores Para Operação em 2 Quadrantes
Seja o circuito representado na figura 2.6 e as formas de onda mostradas na Figura 2.7.
Figura 2.6. Conversor para operação em dois quadrantes, com controlo de fase, para corrente atrasada em relação à
tensão. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de Potência 6a Edição.
12
Figura 2.7. Formas de onda para o conversor de dois quadrantes com corrente atrasada e controlo de fase. Fonte:
Ivo Barbi – Electrónica de Potência 6a Edição.
Por isto, nesta estrutura, podem ser empregados interruptores com entrada em condução
comandada e bloqueio natural. Neste caso os interruptores podem então ser os tirístores e a
estrutura obtida é a ponte rectificadora clássica. As etapas de operação deste conversor estão
representadas na figura 2.8. O valor médio da tensão de carga é dado pela expressão 2.28.
(2.28)
13
Figura 2.8. Etapas de operação para o conversor representado na Figura 2.7. Fonte: Ivo Barbi –
Electrónica de Potência 6a Edição.
14
Figura 2.9. Formas de onda para o conversor de dois quadrantes com o factor de potência capacitivo e controlo de
fase. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de Potência 6ª. Edição.
- bidireccional em tensão;
- unidireccional em corrente;
- Bloqueio comandado;
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Este componente, do ponto de vista da comutação, possui características duais do tirístor com
díodo em antiparalelo, que entra em condução quando comandado e se bloqueia quando a sua
corrente se anula. Não é um componente físico. No entanto, pode ser obtido a partir de um
transístor de potência associado a um circuito auxiliar, em série com um díodo, cujo símbolo está
representado na Figura 2.10.
Figura 2.10 Interruptor com bloqueio comandado e entrada em condução natural quando . Fonte: Ivo Barbi
– Electrónica de Potência 6a Edição.
Este componente, uma vez bloqueado, permanece neste estado até que a tensão se
anule. Uma vez em condução, permanece nesse estado até que receba no terminal C uma ordem
de bloqueio. A estrutura e as etapas de funcionamento do conversor em questão estão mostradas
na Figura 2.11.
16
O valor médio da tensão de saída deste rectificador é dado pela expressão (2.29).
(2.29)
Figura 2.11. Etapas de Funcionamento para o conversor de dois quadrantes com factor de potência capacitivo e
controlo de fase. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de Potência 6a Edição.
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2.7.C - Rectificador PWM do tipo Buck (Abaixador) para operação em dois quadrantes
Os rectificadores PWM operam com vários pulsos por período. Isto significa que a
frequência de chaveamento é maior que a frequência da fonte de tensão alternada de entrada.
Desse modo interruptores com entrada em condução ou bloqueio espontâneos não podem ser
empregados. Interruptores com entrada com entrada em condução e bloqueio comandados por
um sinal externo são os únicos possíveis. Neste caso particular em que a corrente de carga é
unidireccional, os interruptores não necessitam da bidirecionalidade em corrente. Por isto a
estrutura pode ser simplificada, como está na Figura 2.12. O interruptor composto por transístor
em série com um díodo é unidireccional em corrente e bidireccional em tensão, sem presença dos
díodos, transístores seriam destruídos devido à tensão reversa a que ficariam submetidos.
Figura 2.12.Estrutura do rectificador buck para dois quadrantes. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de Potência 6a
Edição.
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Figura 2.13.Etapas de funcionamento para o conversor buck para dois quadrantes. Fonte: Ivo
Barbi – Electrónica de Potência 6a Edição.
19
Figura 2.14.Formas de onda para o conversor buck para dois quadrantes com modulação PWM. Fonte: Ivo Barbi –
Electrónica de Potência 6a Edição.
Sendo, (2.30)
(2.31)
20
A Figura 2.14 mostra que a corrente de entrada tem sua componente fundamental em fase com a
tensão. Portanto o seu factor de deslocamento é unitário. Ela indica também que a corrente de
entrada tem harmónicas importantes com frequência próximas da frequência de chaveamento.
Essas harmónicas são filtradas com filtros colocados na entrada do conversor. Para frequências
de chaveamento elevadas, o tamanho do filtro é muito reduzido, não contribuindo
significativamente para o aumento do peso e do custo do equipamento final.
Na geração das formas de onda mostradas na 2.14, os interruptores foram comandados com
razão cíclica constante. Este de modulação garante factor de deslocamento unitário, porém
introduz harmónicas de corrente de baixa ordem. Tais harmónicas podem ser muito atenuadas ou
eliminadas, com emprego de uma modulação PWM senoidal. Neste caso, somente harmónicas
de corrente próximas da frequência de chaveamento estarão presentes. Desse modo, com baixo
volume de filtros de entrada, atenuam-se essas harmónicas e em decorrência obtém-se uma
distorção harmónica próxima de zero, com um consequente factor de potência praticamente
unitário.
Figura 2.15.Rectificador para operação no primeiro quadrante, com factor de potência indutivo. Fonte: Ivo Barbi –
Electrónica de Potência 6a Edição.
21
As etapas de funcionamento são apresentadas na Figura 2.16.
Figura 2.16. Etapas de funcionamento da estrutura mostrada na Figura 2.15. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de
Potência 6a Edição.
22
Figura 2.17.Formas de onda da estrutura mostrada na Figura 2.15. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de Potência 6ª.
Edição.
(2.32)
23
Figura 2.18. Rectificador para operação no primeiro quadrante, com factor de potência capacitivo. Fonte: Ivo Barbi
– Electrónica de Potência 6ª. Edição.
As diversas etapas de funcionamento, mostradas na Figura 2.19, são descritas como segue:
Durante o intervalo (0, ) o diodo D3, e o tiristor dual T2, conduzem a corrente de
carga, como está representado na Figura 2.19.a.
24
Figura 2.19. Etapas de funcionamento para o circuito representado na Figura 2.18. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica
de Potência 6ª. Edição.
25
Figura 2.20.Formas de onda para a estrutura representado na Figura 2.18. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de
Potência 6a Edição.
(2.33)
Figura 2.21. Conversor para um quadrante com factor de deslocamento unitário. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de
Potência 6a Edição.
26
Neste conversor particular, os interruptores T3 e T4 são tiristores comuns, nos quais a entrada
em condução é comandada e o bloqueio é natural. Os interruptores T1 e T2 são duais de T3 e T4.
Eles entram em condução naturalmente e têm o bloqueio comandado. As etapas de
funcionamento, representadas na Figura 2.22, são descritas a seguir.
27
Figura 2.22. Etapas de operação para o rectificador mostrado na Figura 2.21. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de
Potência 6a Edição.
28
Figura 2.23. Formas de onda para o rectificador mostrado na Figura 2.21. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de
Potência 6ª. Edição.
(2.34)
É preciso que se esclareça que o conversor em questão pode perfeitamente ser construído
com quatro interruptores iguais, por exemplo com IGBT associado em série com díodo, que tem
tanto a entrada em condução quanto o bloqueio comandados por um sinal externo. No entanto, o
emprego do tirístor e do tirístor dual permite a obtenção de comutações naturais ou espontâneas,
muito vantajosas, sobretudo em frequências elevadas.
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2.8.D Rectificador Buck PWM para Operação em um Quadrante
Para uma operação em apenas um quadrante, a tensão de saída é sempre positiva. Nesses
casos as estruturas sofrem modificações, de acordo com as características desejadas.
Na Figura 2.24 está representado o conversor à modulação para o primeiro quadrante. Os díodos
e sofrem comutação natural nas duas mudanças de estado. Os interruptores e são
comutados quando comandados.
Figura 2.24. Conversor à modulação para operação no primeiro quadrante. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de
Potência 6ª. Edição.
Figura 2.25. Etapas de operação para o conversor representado na Figura 2.18. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de
Potência 6ª. Edição.
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Figura 2.26 Formas de onda para o conversor representado na Figura 2.24. Fonte: Ivo Barbi – Electrónica de
Potência 6a Edição.
O controlo da tensão de saída é realizado através da variação da razão cíclica, definida pela
expressão (2.35), em função de e de T.
(2.35)
(2.36)
31
À exemplo do conversor à modulação de dois quadrantes, a corrente de entrada, para
frequências de chaveamento muito maiores que a frequência da rede.
32
3. Conclusão
Com esta abordagem acerca dos Reguladores ou choppers Abaixador (Step-Down) foi
possível constatar que, como o nome indica, um conversor abaixador, produz uma tensão de
saída média mais baixa do que a tensão de entrada. Sua principal aplicação é em fontes de
alimentação CC reguladas e controlo de velocidade do motor CC. É possível reduzir a ondulação
da tensão de saída (e melhorar o sinal da corrente) através de um filtro passa baixa LC, ligado
antes da carga.
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4. Bibliografia
MOHAN, Ned ett. all – Power Electonics (Converters, Applications anda Design –Second
Edition.
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