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No caso de relês em particular, o técnico deve estar atento ao aplicar ou inserir relê, cuidando
para não trocar-los de lugar, pois existe uma variedade bastante grande de tipos que visam
proteger o driver contra picos de tensão que são induzidos pela bobina ao desligar estes
componentes.
A proteção pode ser feita com diodo comum (fig. a, b) ou resistor (fig. d,e) ligado em paralelo com
a bobina ou por diodo zener (fig. c) montado internamente na unidade de controle.
O diodo também é utilizado em alguns relês para polarização, com a finalidade de evitar que a
bobina seja energizada com a polaridade invertida, fig. e.
Por exemplo: O relê da fig. c não pode ser utilizado nos demais circuitos ilustrado aqui, pois não
possui proteção, e ao desligar sua bobina poderia gerar picos de tensão de 200Volts ou mais. O
gráfico a seguir ilustra que a tensão é limitada a 50 Volts pelo diodo zener da fig. c.
Circuito oscilador
A montagem é bem flexível podendo ser feita com pontes de fios, placa impressa padrão e se tiver
mais habilidade e recurso, o técnico pode confeccionar uma placa impressa exclusiva.
Borne 1 – Preto
Borne 3 – Cinza
Borne 4 – Branco
Borne 5 – Amarelo
Borne 6 – Vermelho
Abaixo seguem os valores de testes teóricos, medidos no conector da sonda com um multímetro
digital, independente da marca ou modelo de veículo.
1 - Com motor funcionando, sem desconectar a sonda:
• Positivo do multímetro entre borne 5 e negativo do multímetro à massa (chassi): Valor 1,5 V ou 2,5
V. Depende do tipo de unidade de comando do veículo.
• Negativo do multímetro entre borne 5 e positivo no borne 1: Valor 0,45 V.
• Negativo do multímetro entre borne 5 e positivo no borne 6. Varia de acordo com a relação
Lambda.
Mistura rica: 0 a – 600 mV (negativo).
Lambda 1(mistura estequiométrica): 0 (zero).
Mistura pobre: 0 a + 600 mV (positivo).
• Positivo do multímetro entre borne 3 e negativo à massa (chassi): tensão da bateria (13,5 a 15V)
• Positivo do multímetro entre borne 4 e negativo à massa (chassi): pulsos PWM – multímetro indica
o valor médio entre 0 e 14 V. Freqüência: 100 Hz.Largura dos impulsos, variam conforme a
temperatura da sonda: 0 a 99%.
As medições que seguem foram feitas em um veículo VW-Passat FSI versão Brasil, e servem de
referências para outras aplicações que usam este tipo de sonda.
Conectar o negativo do osciloscópio à massa (chassi) e o positivo no borne 5 (fio amarelo). Valor
teórico 2,5V. Valor medido varia de 2,5 a 2,56V, figura 2.
Nota: Em algumas versões de unidades de comandos este valor é de 1,5 V. Exemplo: VW- Bora
ME 7.5, os demais valores não se alteram.
Negativo do osciloscópio (isolado da massa) entre borne 5 (fio amarelo) e positivo no borne 6 (fio
vermelho). Valor teórico 600 mV negativo a 600 mV positivo.
Com a sonda fria, figura 5, a largura dos impulsos decrescem gradativamente com o aquecimento
da sonda. Freqüência fixa de 100 Hz.
A figura 6 mostra os pulsos no PTC da sonda à temperatura de trabalho. Considera-se como ciclo
ativo, o qual circula corrente elétrica através do PTC, o nível baixo do sinal.
Estes valores se apresentam em duas faixas distintas, segundo o modelo da unidade de comando
usado.
LAMBDA = 0,7 LAMBDA = 1 AR AMBIENTE
SONDA TIPO I 0,3 V 1,5 V 4,5 V
SONDA TIPO II 0,6 V 2,5 V 6,5 V
Nota: Valores aproximados, visualizados em medições práticas em veículos VW. Consulte o
fabricante do sistema/veículo para obter os valores exatos em função da relação lambda, caso
seja necessário.
Inicialmente os sistemas de injeção eletrônica não possuíam sonda lambda, ela foi implantada
posteriormente para atender leis mais severas de controle de emissões de gases poluentes e
reduzir o consumo de combustível.
A figura que segue ilustra de forma simplificada o controle da sonda lambda no funcionamento da
injeção eletrônica tradicional (mono combustível), entenda o processo.
Com base na informação do sensor de carga (massa de ar admitido versos rotação do motor) e
temperatura do motor a unidade de comando do sistema de injeção (UCM) calcula a quantidade
de combustível necessária para o correto funcionamento do motor, expresso por meio de um
pulso de curta duração que regula a abertura do injetor de combustível. O volume de combustível
injetado é produto do tempo de duração do pulso (ti – tempo de injeção) e pressão do combustível
©.
O teor de oxigênio elevado, detectado pela sonda lambda no escapamento, pode indicar que
volume de combustível injetado é pequeno, e para corrigir, o tempo de injeção (ti) é aumentado
somando-se o tempo de correção calculado (tc). Da mesma forma a escassez de oxigênio pode
representar um volume alto de combustível injetado, portanto agora a correção se faz deduzindo
do tempo de injeção (ti) o tempo de correção apurado.
O fator de correção máximo é cerca de +/-20 % do tempo de injeção principal (ti) e geralmente é
incapaz de causar falha acentuada no funcionamento do motor.
Conclusão:
A regulagem da mistura através da sonda é uma ação secundária, que tenta consertar
irregularidades ocorridas na combustão.
A sonda lambda pode ser usada como “feedback” do processo de combustão.
Evidentemente qualquer problema que afeta a combustão do motor recai sobre a regulagem
proporcionada pela sonda lambda. Ao alcançar o limite de compensação estipulado no sistema, a
conseqüência será a suspensão da regulagem da mistura e registro de um erro que aborda a
sonda lambda.
A sonda pode sofrer danos conseqüentes de defeitos da combustão, entretanto em grande parte
deles, após serem sanados, a sonda volta a operar normalmente.
Pense nisso na próxima vez que encontrar um erro que aborda a sonda lambda memorizado no
sistema de injeção. Além disso, somente substitua a sonda após testar-la minuciosamente, assim
como qualquer outro componente.
Como sabemos, a adaptação lambda pode compensar desvios da mistura ar-combustível (A/F)
provocados pelos inconvenientes citados, basta consultar a adaptação aditiva e multiplicativa para
constatar falha que ainda não foi registrada na memória de erro da UCM.
Ao ler o A/F em um veículo “flex-fuel”, bem como seus parâmetros adaptativos, o técnico pode
acreditar que a leitura corresponde fielmente à proporção de mistura gasolina/álcool, porém o que
muitos ignoram é que a indicação pode ser errônea. Isto mesmo, as falhas citadas podem levar a
adaptação A/F de combustível a um valor inconsistente. Casos mais sutis sequer são percebidos
por técnicos menos atentos.
Vejam este exemplo: Ao escanear um veículo VW Gol 1000 flex com sistema ME 7.5.20 se
observa os parâmetros visto na tela abaixo:
Estado da mistura e A/F com veículo defeituoso
A primeira vista tudo está perfeito, não há reclamação do cliente, e o carro funciona
"perfeitamente". O caso é que o carro estava abastecido com gasolina, sendo assim, o
parâmetro de A/F para combustível está incorreto. Retirado uma amostra do combustível para
teste, quem é do tempo do carburador sabe como é, se adiciona 100 ml de água a 100ml de
combustível em uma proveta, agita e teremos a separação dos líquidos. Com o teor de 70% de
gasolina, concluiu-se que se tratava de uma adaptação errônea de A/F para combustível. Fazendo
a readaptação com o scanner para o A/F de gasolina, figura a seguir, o mesmo voltava à condição
anterior após o uso do carro.
Notem, com A/F de gasolina (13,2) a adaptação multiplicativa deve indicar -20%, neste caso. Com
os injetores sujos este valor caia para -9%, indicando aumento do tempo de injeção.
Quando o sistema entra na fase de reconhecimento de combustível, que pode ocorrer
independente de haver abastecimento, erroneamente toma esta falha como adaptação de
combustível.
O que ocorre neste veículo é muito comum, independente de marca ou modelo, portanto fique
atento para não errar no diagnóstico. Outro alerta é quanto à necessidade de testar o teor de
álcool do combustível ou outra forma de trabalho que evite equívocos.
O integrador Lambda
É o circuito interno da UCM que processa o sinal recebido da sonda lambda e gera o fator de
correção de curto prazo para a mistura.
O valor central atribuído ao integrador para indicar a ausência de correção da mistura pode ser 0,
1, 100% ou 128 , conforme critérios do fabricante do veículo. O desvio em relação ao valor
numérico central representa a porcentagem de aumento ou redução do tempo de injeção
necessário para reajustar a estequiometria da mistura ar/combustível. Os limites mínimo e máximo
de correção permitido são determinados conforme o projeto.
Exemplo de adaptação
O integrador da figura 2 deverá oscilar em torno do valor central (1) e a correção aditiva e
multiplicativa deve permanecer em 128. A faixa de ajuste indica que o integrador pode reajustar a
mistura em +/- 20% .
Uma oscilação em torno de um valor médio acima ou abaixo de 1 indica uma correção na mistura.
Sendo a correção persistente será adaptada como uma correção aditiva e/ou multiplicativa,
segundo o regime de carga. O integrador deverá voltar a oscilar em torno do valor central (1).
A figura 3 mostra uma adaptação similar encontrada no Fiat – Tipo 1.6 ie, porém a leitura do
integrador é direta e a faixa de ajuste é maior (+/-25%). A correção multiplicativa possui a mesma
faixa de ajuste, porém o valor central é indicado com 100%.
Dica!
Se o integrador, ou a correção aditiva, ou multiplicativa acumula um valor no campo superior
(aumento de injeção), procure por falhas que provoquem excesso de ar no escapamento, redução
no volume de combustível injetado ou componentes que possam causar o empobrecimento da
mistura. Para o campo inferior vale o raciocínio contrário.
Com o propósito de difundir esta técnica farei uma serie de matérias com exemplos práticos
baseados em experiências passadas.
Este conceito de diagnóstico está centrado em que a regulagem e adaptação de mistura são
etapas para processamento da tensão Lambda (sonda), cuja finalidade é corrigir a relação de
mistura para um valor pré-determinado, através do aumento ou redução do tempo de injeção.
O regulador de mistura que aparece aqui com o rótulo de integrador Lambda tem ação direta e
imediata na correção do tempo de injeção. Veja o Diagrama.
Um aumento na tensão Lambda faz o sinal do integrador baixar, enquanto que uma redução de
tensão Lambda o faz subir.
Este campo lido pelo “scaner” indica o valor médio necessário para a correção da mistura, assim
como no diagrama deve variar constantemente.
A oscilação em torno do valor central, neste caso o zero, indica uma correção de mistura normal.
Valores positivos indicam aumento e valores negativos redução no tempo de injeção, representa a
necessidade de correção adicional da mistura.
Condição normal: Regulagem Lambda oscila, a pressão do coletor está normal, a adaptação
mistura está normal.
Para ver na prática a atuação do integrador ou regulador de mistura foi reproduzido uma falha que
ocorre principalmente em veículos GM - sensor MAP incorreto – Foi substituído o MAP original de
10 a 115 kpa por outro de 20 a 105 kpa.
Com o MAP errado a pressão atmosférica medida está acima do normal (deveria ser 920 mbar).
Em marcha lenta a pressão do coletor é mais baixa, o que leva a um calculo errôneo da massa de
combustível e deixa a mistura pobre. Consequentemente a tensão Lambda é fixada a níveis
próximos de zero devido ao excesso de oxigênio no escape. O integrador (regulador de mistura) é
forçado a aumentar em 25% o volume de injeção para corrigir a mistura. A tensão da sonda
Lambda volta a oscilar após a correção.
Conclusão:
Embora possa haver erros de correção Lambda memorizados a falha nem sempre é causada pela
sonda.
Sob esta condição, procure identificar e verificar todos os possíveis defeitos que causariam um
aumento de oxigênio no escape em marcha lenta.
Algumas falhas que levam a uma correção anormal positiva: mistura pobre, falha de ignição, baixa
vazão da válvula de injeção, fuga de ar no coletor de escape/admissão, tensão baixa do sensor de
carga, falha mecânica no motor, tensão do sensor de temperatura baixa, pressão de combustível
baixa, tensão Lambda baixa, fuga da válvula EGR/canister, etc.
A alta tensão do MAP é entendida como aumento da pressão absoluta (grupo 2 – bl 4), falseando
o cálculo da carga do motor para um valor maior. Como resultado final tem-se: o aumento do
tempo de injeção, o enriquecimento da mistura e naturalmente a alta tensão da sonda Lambda. O
regulador de mistura reage perante a tensão Lambda reduzindo o volume de injeção, agora em –
20% (grupo 33 – bl 1), para que se faça a devida compensação.
Possíveis causas: Tensão do sensor carga elevada, sensor temperatura, alta pressão de
combustível, estanqueidade do regulador de pressão ou válvulas, sonda Lambda, etc.
Conclusão: A regulagem da mistura é feita com base a tensão Lambda, se está alta (mistura
rica) implica em redução de injeção, regulador com correção negativa e tensão baixa (mistura
pobre) implica em aumento de injeção, regulador com correção positiva.
Um resistor em série com o sensor, montado na unidade ABS, ao ser percorrido pela corrente
comutada produzem quedas de tensão que definem o sinal usado no cálculo de velocidade da
roda do veículo.
Na figura abaixo pode ser visto o sinal tomado em relação ao negativo da bateria, com a chave de
ignição ligada e girando-se a roda do carro manualmente.
Com o multímetro digital se obtém uma tensão que comuta de 0,55 V a 1,07 V.
A foto abaixo ilustra a variação de tensão entre os terminais do sensor ao girar a roda do carro.
Com um resistor de 270 Ohms obtive dois níveis de tensão: 1,98 V e 3,83V.
Com o osciloscópio pode ser observado um sinal de onda quadrada.
Nota:
1 - A tensão depende do valor do resistor usado. Por ex: Com 120 Ohms podem ser obtidos
aproximadamente 0,84V e 1,68V.
Medir a corrente de fuga com multímetro comum e sem o uso de uma pinça de corrente pode ser
desastroso. O pico de corrente, comum ao conectar a bateria, queima o fusível do aparelho e
inclusive pode danificar-lo, se não se toma as medidas protetivas necessárias. Outro fator
complicante é o longo tempo de medição requeridos em alguns modelos de veículo.
O uso de um simples shunt, constituído por um resistor de baixo valor, torna esta medição mais
segura e tolerável a erros ou instabilidades.
Neste experimento, como visto na foto, usei um resistor de 0,1 Ohms e 10 Watts como shunt.
Uma correlação de 100 milivolts por Ampere de corrente circulante, segundo a lei de Ohm (U =
R.I).
Como o objetivo é medir uma corrente de fuga em torno de 50 a 100 miliamperes, esperamos
obter uma queda de tensão correspondente de 5 a 10 milivolts, portanto seria
recomendado o uso de um multímetro que tenha boa precisão nesta escala.
Para medir correntes mais elevadas redimensione os resistores ou adquira shunt que suportem
maior capacidade, facilmente encontrado no mercado.
É importante ressaltar que existem multímetros com preços accessíveis para medir freqüência e
duty cycle (ciclo ativo) que servem a este propósito. Entretanto usar algo assim tão simples e
barato para detectar pulsos é tentador e está ao alcance de hobistas amantes da eletrônica,
porém requer cautela e conhecimento para não causar dano ao sistema sob teste.
Minha sugestão é usar o circuito da figura abaixo que usa um diodo comum e um capacitor para
fixar a tensão positiva e manter o led aceso sob uma fonte pulsada e apagado na ausência de
pulso ou tensão permanente.
Este circuito responde bem a uma fonte de sinal PWM, pulsos em geral e inclusive detecta sinal
de sensores indutivos acima de 3 Volts e freqüências superiores a 30 Hertz que possa fornecer
mais que 3 miliamperes. Sob freqüência mais baixa o led irá piscar, porém isto não é problema em
relação ao objetivo.
Capacitor de maior valor tem efeito melhor em freqüências mais baixas.
A idéia básica proposta pode ser melhorada para não afetar sinais de baixa potência devido a
corrente drenada e manter a intensidade de luz do LED independente da fonte de sinal usando-se
um transistor como driver. Para usar o positivo como referência basta inverter a ligação
conectando o lado “ponta de teste” ao positivo da fonte e consequentemente o lado que está a
massa se torna a entrada de sinal.
No automóvel são usados como sinais de forma de onda quadrada ou retangular para exprimir
grandezas ou aplicados nos estágios de saídas para controlar a potência dos atuadores.
Exemplos:
Sinal: No regulador de tensão multifunção, a largura do pulso informa a carga do alternador.
Controle de potência: Ao variar a largura do pulso aumenta ou diminui a potência aplicada nos
componentes, tais como aquecedores das sondas, eletroventiladores, atuadores de marcha lenta,
corpo de borboleta aceleradora, etc.
Características técnicas:
• Borne 15, chave de ignição - Liga e desliga o regulador. Esta função habilita o regulador e inicia a
pré-excitação.Quando o borne 15 é conectado ao B- o regulador é desligado, parando a geração
do alternador pelo tempo que permanecer esta condição.Interrompido o circuito para o borne 15, a
geração se inicia em alta rotação devido ao magnetismo residual.Não existindo este borne o sinal
de ligação é fornecido através da lâmpada piloto, via borne L.
• Borne L – Sinalizar defeitos, ativar o regulador caso este não possua o borne 15 e acionar um relê
auxiliar para comandar consumidores que somente poderão ser usados se o alternador está
gerando e não há sinalização de defeitos.
• Borne W – Fornece um sinal DC de onda quadrada para o instrumento indicador da rotação do
motor.
• Borne DFM (drive field monitor) – Fornece um sinal de onda quadrada modulado (PWM). A largura
do pulso expressa a capacidade de geração do alternador e possibilita acelerar o motor em
marcha lenta ou desligar consumidores para contrabalançar a potência do alternador.
• Borne BS (battery sense) – borne sensor para referencia da regulagem de tensão do alternador.
Ligado diretamente ao positivo da bateria compensa a queda de tensão da linha B+ e aperfeiçoa a
carga da bateria. Com a sua interrupção ou uma queda de tensão acentuada na bateria passa
a usar o B+ do alternador como referência. Dependendo do regulador poderá haver ou não
indicação de erro.
Dica:
A foto ilustra um regulador que possui quase todas as funções descritas. Entretanto a quantidade
de funções e os valores ajustados dependem dos veículos onde são aplicados. Mesmo que sejam
fisicamente compatíveis, podem incluir programas e ajustes diferentes. Siga a recomendação do
fabricante para evitar mau funcionamento por incompatibilidade na aplicação.
Na configuração usual de conexão do osciloscópio, isto é, sinal em relação à massa (vide figura
acima), os pulsos de nível alto indicam o tempo em que o aquecedor permanece desligado. Neste
lapso de tempo temos a tensão do positivo da bateria medida através do circuito série formado
pelo contato do relê e o PTC da sonda.
Na figura 6 a potência é reduzida para 2% do período, indicando que a temperatura está próximo
do valor ideal. Notem que somente se modificou a largura dos pulsos e não a freqüência.
A seguir temos uma lista dos elementos que devem ser investigados.
Retire a mangueira da câmara de vácuo do regulador, não pode haver vestígio de combustível aí.
9 – Falha de ignição.
Vela, bobina, cabo de ignição defeituosos também provocam adaptação irregular da mistura.
O funcionamento do motor com mistura rica tende a carbonizar e acentuar a formação de fuligens
nas velas. Portanto, seja cauteloso ao determinar se é a vela a causadora da falha ou a sua
inoperância é causada por outros elementos como: baixa combustão, ponto de ignição
inadequado, sistema de arrefecimento, e outros aqui citados.
10 – Defeito do motor.
Um exame das velas e do vácuo no coletor dará uma impressão geral sobre as condições de
funcionamento do motor, porém não deixe de verificar a compressão e vazamento de cilindro,
correia dentada, sistema de arrefecimento do motor.
E o mais importante de tudo! Todas as vezes que ocorrerem defeitos como estes o combustível
não queimado acumula no óleo do cárter, e se vaporiza ao aquecer o motor. Aspirados através da
mangueira de respiro, conhecida como blow by, em excesso enriquece a mistura e faz o motor
falhar. Neste caso é conveniente desconectar a mangueira do blow by no coletor (não se esqueça
de colocar um tampão no orifício deixado no coletor) durante o diagnóstico e após eliminar a falha
troque o óleo do motor.
Pertencente ao grupo dos termistores, o NTC é um semicondutor que tem sua resistência alterada
pela temperatura. No NTC (negative temperatur coeficient) a resistência diminui com o aumento
da temperatura.
Devido a sua alta sensibilidade, resposta rápida e a baixa influencia dos fios de conexão são
amplamente usados nos automóveis para a medição de temperatura, tais como a do ar admitido,
ambiente, do motor, cambio, combustível e do gás de escape.
A curva característica pode ser determinada pela fórmula matemática abaixo, desde que se
conheça o fator constante (B) determinado na fabricação e o valor de resistência Ro a
temperatura To especificada.
RT = Ro . e (B/T- B/To)
RT - resistência para uma outra temperatura T.
Outra maneira é usar dois valores de resistências e temperaturas conhecidos para gerar uma
curva de tendência e a sua equação através do Excel e assim determinar outros pontos da curva.
O sinal de tensão (Vs) sobre o NTC é convertido em um sinal digital em (A/D) e processado com
base na tabela do sensor, gravado na UCE, para estabelecer a temperatura em questão.
Teste do sensor:
O sensor pode ser testado de três formas:
1 - Medir a queda de tensão sobre ele no circuito original sem desconectar-lo.
2 - Medir a sua resistência elétrica.
3 - Com o scanner, ler a temperatura convertida pela UCE.
Ao testar o circuito, eu particularmente prefiro medir a queda de tensão, pois assim pode ser
testado o sensor e suas conexões de uma só vez. Caso haja divergência, aí sim fazer medições
isoladas no sensor, circuito ou UCE, a fim de encontrar a origem da falha.
Defeitos:
Interrupção, falhas intermitentes provocadas por mau contato nas ligações internas do sensor ou
externas (conectores) é comum. O mau contato geralmente grava erro como passado ou
intermitente, portanto execute os procedimentos adequados para identificar-los.
Menos comum, porém acontece, são os erros ao substituir o componente por sensor simples em
lugar de duplo ou vice versa, uso de sensores de tolerância ou resistência diferentes. As
conseqüências são afogamentos, misturas ricas ou pobres, adaptação lambda excessiva.
Conforme a falha, os erros gravados nem sempre acusa o sensor de temperatura.
Ajuste a temperatura, use o scanner para visualizar o valor ajustado, e simule o funcionamento
desejado.
Você pode alterar a temperatura através do potenciômetro para: Ligar o ventilador do radiador,
simular a partida a frio nos carros flex, verificar as funções de adaptação Lambda ou qualquer
outra função.
•
Verificar o A/F para saber se o carro está adaptado para alcool - deve estar acima de 80.
•
Ajustar o potenciômetro para obter uma leitura de 5 a 10 ºC.
•
Para evitar afogamento do motor, retire o fusível da bomba de combustível principal e descarregue
a pressão do sistema.
•
Remova a mangueira de combustível da partida a frio do coletor e introduza em uma vasilha para
coletar o combustível durante o teste.
•
Dar partida e verificar o funcionamento do sistema.
Dica!
Para os sistemas em que a UCM controla o ventilador do radiador, ex:ME7.5.2, seja breve para
evitar o superaquecimento do motor ao simular o NTC do motor com o carro em funcionamento.
São sensores térmicos que medem a massa do ar aspirado pelo motor. Funciona pelo princípio do
calor cedido ao ar aspirado por um filamento ou filme aquecido a uma temperatura constante.
Principais defeitos:
Contaminação por partículas de óleo e água proveniente do respiro do motor e a aderência de
poeiras deterioram o elemento sensor e de aquecimento dificultando a condução de calor.
Sintomas do defeito:
Alteração na mistura ar combustível, aumento de consumo, marcha lenta irregular, falhas de
aceleração, adaptação de mistura aditiva e multiplicativa, motor “morrendo”.
Manutenção:
O reparo não é recomendado; fazer a limpeza da grade de entrada do medidor com um pincel
seco. O bom estado do filtro de ar, manutenção do respiro do motor (blow by) e a qualidade e
nível adequado de óleo do motor conservam o bom desempenho do medidor.
Dica:
A tensão de referência do sensor em marcha lenta, mencionada nos manuais, se aplica ao motor
sem carga e à temperatura de trabalho. Portanto, ao fazer esta medição todos os consumidores
devem ser desligados, a bateria deve estar em ordem e carregada.
Valores de testes aceitáveis nem sempre correspondem a um medidor de massa em bom estado,
em caso de dúvida substitua a peça.
Falhas elétricas intermitentes ou esporádicas aparecem quando menos se espera e muitas vezes
desaparecem antes que se possa fazer qualquer medição dificultando localizar sua origem.
Um desafio ou uma tremenda dor de cabeça? Uma coisa é certa, causa muita insatisfação aos
técnicos que precisam ser producentes e aos clientes que acabam abalados na sua confiança
com a reincidência do problema.
O que se deve fazer diante desta situação? Não existe uma fórmula mágica, o jeito mesmo é criar
um roteiro e seguir-lo passo a passo.
É comum ocorrer problemas após a instalação de algum acessório (radio, alarme, vidros
elétricos...) ou um reparo de qualquer natureza.
Converse com cliente, faça perguntas sobre como e quando se manifesta, quando começou, com
que freqüência acontece.
Com base nas informações tente reproduzir a falha ou proceda com uma prova pertinente.
Se possível, leia as memórias de diagnósticos de todos os sistemas. A visão global dos erros
registrados ajuda no esclarecimento de algumas falhas.
Procure por casos similares conhecidos em publicações de dicas técnicas, sites, fóruns
em revistas ou outras mídias, Afinal, nem sempre estamos frente a um caso inédito.
Queima constante de fusível. Pode ocorrer devido a curto circuito no chicote elétrico,
superaquecimento causado por mau contato na base de fusível ou por sobrecarga.
Meça a corrente do circuito, corrente elevada indica sobrecarga elétrica ou mecânica. Revise e
troque o componente (motor, atuador, bobina, etc.) se necessário.
Fugas de alta tensão. Como sempre, a isolação do circuito de alta tensão deve ser perfeita,
porém os sistemas com bobinas de dupla faísca são mais acometidos por fugas internas nas
bobinas. As falhas ocorrem com o motor frio ou sob carga, e se nota mais quando a vela está
desgastada ou a separação dos eletrodos é muito grande. Ocorre também por falhas na isolação
da bobina.
Embora estas falhas sejam tão comuns para muitos, assim como a sua solução, sempre nos
deparamos com aqueles casos raros que nos obrigam a seguir todos os preceitos teóricos como
forma de abreviar o diagnóstico ou mesmo ser eficaz na sua resolução.
Aquecidos pelo motor, o combustível pode vaporizar-se formando bolsões de vapores que
produzem disturbios na injeção ou mistura.
As conseqüências são: perda de potência ou apagamento do motor e dificuldades de partida
quando quente.
Durante este tempo, que varia conforme o sistema de alguns segundos a 50 minutos, se ativa
processamentos adicionais para atualizar a memória EEPROM ou flash EPROM com os
parâmetros autoadaptativos referentes aos subsistemas, como: a adaptação Lambda, rotação da
marcha lenta, avanço da ignição, posição da borboleta aceleradora, pedal acelerador, sistema
evaporativo, EGR, etc.
Na prática este processo automático não deve ser interrompido, assim sempre que for necessário
cortar a alimentação, como por exemplo: desligar a bateria, retirar o relé ou fusível do sistema de
injeção, ou remover o conector da unidade de comando, se deve aguardar sua finalização. Caso
contrário poderá ocorrer erros que vão causar oscilações da rotação de marcha lenta, ou gravar
erros, ou até impedir o funcionamento do motor, entre outras, sendo necessário o uso do scanner
para reabilitar as funções afetadas.
Autoelétricas e outras oficinas que não são especializadas em injeção evitarão tais inconvenientes
ao obedecer este princípio.
Para saber se o sistema possui ou está terminado o processo de power latch, meça a tensão na
saída do circuito de +5 V da unidade de comando de injeção ou em um dos componentes
alimentados com esta fonte. A sua existência é indicada pelo retardo no corte da fonte de +5 V
após o desligamento da ignição.
Astra não pega com motor quente
Veículo: GM – Astra 2.0 ano 97/98
Talvez você já tenha ouvido a estória do carro que não pegava quando o motorista comprava
sorvete de... (aí, cada um inventa um sabor). Uma estória engraçada, até que vivenciei o caso a
seguir que poderia muito bem dar mais realismo ao conto.
Com o motor quente, o carro não pegava entre 4 e 8 minutos depois da parada. Até 4 minutos e
após 10 minutos, partia normalmente.
Solução: Após checar o sistema de combustível, foi substituída a UCM (unidade de comando do
motor) por outra de versão diferente.
Comentário:
Há diferentes versões de UCM vinculada ao sistema de combustível, uma delas usa a estratégia
de aumentar o ti (tempo de injeção) para eliminar bolhas de vapor que se formam no interior do
tubo distribuidor e injetores, na outra versão cujo ti é normal, a estratégia é a pressão mais alta
que impede a ebulição do combustível.
Desconectar componentes de forma a avaliar o seu funcionamento ou ver como reage o sistema
eletrônico muitas vezes ajuda na solução de uma falha. Entretanto é imprescindível conhecer
muito bem o sistema para prever o que vai acontecer e assim poder dar um diagnóstico certeiro.
Vamos usar um fato concreto para reforçar a importância desta introdução e também acrescentar
uma dica para os menos avisados.
Na verdade a raiz do problema são trincas na solda dos componentes da unidade de comando, as
chamadas soldas frias, que afetam o cálculo do tempo de injeção, deixando-o muito baixo e
empobrecendo a mistura.
Com a desconexão do medidor de fluxo o tempo de injeção aumenta, o que é uma reação normal
do sistema já que a tensão do sinal cai ao mínimo. Se estivesse funcionando regularmente o
motor afogaria com o excesso de combustível, porém diante desta falha isto compensa a mistura
que está muito pobre.
Substituir o medidor de fluxo de ar é um erro devido à má interpretação, a solução para este caso
é corrigir as soldas frias ou substituir a unidade de comando.
Oportunamente farei outros comentários que possam contribuir para melhorar ainda
Defeito: Aceleração normal sem carga, porém falha ao acelerar com carga.
Não havia erros memorizados, e os valores lidos nos componentes eram coerentes. O adaptador
de mistura multiplicativa registrava -6%, indicando tendência de mistura rica sob carga.
Como já se havia substituído várias peças, inclusive do sistema de ignição, passamos a verificar a
estanqueidade do coletor de admissão e outros componentes que pudessem enriquecer a
mistura.
Comentário:
Esta falha é bastante comum em veículos turbinados, pois as mangueiras envelhecidas tendem a
rachar e sob a pressão do turbo se abrem provocando distúrbios na composição da mistura.
A foto acima mostra um conector danificado (primeiro borne à esquerda), cuja bomba apresentava
baixa vazão de combustível.
Considerações: As condições acima são válidas para a maioria dos sistemas, exceto para aqueles
mais modernos que usam o controle PWM ou possuem pré-resistência no circuito para regular a
vazão da bomba.
Dica, como se define no dicionário, nada mais é que uma indicação, informação ou sugestão
essencial a uma matéria. Nas oficinas se aplicam em diferentes situações, como: indicar a causa
provável para um determinado sintoma ou defeito do veículo ou peça, sugerir um meio ou forma
de teste, entre outros. Para usar-las e sobre tudo obter resultados satisfatórios, se faz necessário
estabelecer alguns critérios. Uma informação forte é como um boletim informativo, descreve uma
falha que ocorre freqüentemente num certo componente ou veículo e propõe uma solução. Podem
ser problemas decorrentes de uso, montagem, manutenção que fatalmente leva a um estagio
culminante, por exemplo: Falha no aterramento da Kombi/Gol com sistema de injeção MP9 –
queima da bobina de ignição – possível falha de conexão a massa (aterramento).
As dicas sugestivas enumeram os elementos relacionados com certo defeito, são verdadeiros
atalhos que direcionam o trabalho, por exemplo: marcha lenta oscilando – pode estar relacionado
com falhas do potenciômetro, sensor de temperatura, atuador marcha lenta, etc.
Lançar mãos deste artifício como método único, seguindo-os fielmente sem um raciocínio lógico
ou suficiente conhecimento do assunto não trará o resultado esperado.
Prá mim, o que melhor define os critérios a serem considerados é a “Visão sistêmica do carro”,
alusão ao termo adotado nas grandes empresas.
Neste contexto, a dica é somente uma parte do todo, um fragmento do conhecimento que se deve
obter, portanto não exime a obrigatoriedade do técnico de exceder as barreiras tecnológicas por
meio do estudo adequado e das atualizações permanentes.
A dependência recíproca entre duas grandezas nada mais é do que uma função matemática, e
com alguma informação é possível obter a expressão matemática que reina sobre os parâmetros
do sensor.
Por hora vou mencionar somente a função linear, uma linha reta, a curva característica
apresentada pelos sensores de pressão absoluta usados para medir e ou regular a pressão de
combustível, pressão do óleo do motor, pressão do coletor de admissão motores ciclo Diesel e
Otto, etc.
y =a.x +b
Tomando como exemplo o sensor de alta pressão de combustível (pressão rail) em um veículo
Diesel onde se deseja aferir a tensão que entrega o sensor a 1300 bar. Sabe-se que a tensão do
sinal é de 0,5 V com pressão zero (P1) e de 1,41 V a 350 Bar (P2). Veja o gráfico abaixo:
Para U = f (P) onde P é a variável independente e U é a variável dependente.
Sendo o eixo y o da tensão e o eixo x para pressão, podemos reescrever a relação da expressão
como segue e encontrar os coeficientes a e b que reina sobre os valores para este sensor.
U=a.P + b
Logo, para se determinar qualquer outro ponto da reta basta usar a fórmula:
U = P . 0,00266 + 0,5
São muitas as consultas e comentários sobre bobinas de ignição esquentando. Tanto que resolvi
abordar novamente este assunto sob uma nova face, agregando mais detalhes, más sem
aprofundar em conceitos técnicos carregados.
Assim é na bobina de ignição, como o piloto de um dragster, o módulo de ignição pilota a corrente
primária da bobina. Assim como o carro que acelera 0-100 km/h em 2,4 segundos, a corrente
primária de uma bobina pode ir de 0-6 Amperes em 2 a 5 milissegundos.
O módulo é projetado para colocar a corrente necessária com a qual a bobina é capaz de gerar a
alta tensão e produzir uma faísca potente na vela de ignição, más o tempo que ela fica ligada é
vital para prevenir o superaquecimento.
A resistência ôhmica dos enrolamentos de uma bobina é um dos fatores que geram perdas de
potência na bobina, parte da energia que não é aproveitada na faísca. Pior ainda, esta energia
será convertida em calor, ou seja aquecimento para a bobina.
Sob o ponto de vista da manutenção, talvez o mais crítico em uma bobina de ignição é lado do
primário, pois é onde podemos influenciar o seu funcionamento através de regulagens na ignição
ou pela aplicação de módulos e bobinas. De certa forma somos responsáveis pelo bom
funcionamento da bobina.
A análise a seguir pode ajudar a entender como se desenvolve o aquecimento em uma bobina e
dar subsídios para uma manutenção consciente, vejamos:
Uma bobina cuja resistência do enrolamento primário é de 0,6 Ohms, se ligada permanentemente
sob a tensão de 12 V, será percorrida por uma corrente tão alta que certamente causará a sua
queima instantaneamente.
Segundo a lei de Ohm, podemos calculara a corrente e a potência que ela deverá dissipar:
I = U/R = 12/0,6 = 20 A
P = potência em Watt
U = Tensão em Volt
R = Resistência em Ohm
I = Corrente em Amperes
Sabemos em média a corrente das bobinas são limitadas a 6 Amperes. Façamos então a analise
com este valor, digamos que 6 A sejam suficiente para gerar a alta tensão e a energia na faísca, e
colocamos um módulo de ignição que limite exatamente este valor de corrente. Até ai parece
perfeito, entretanto se não houvesse o corte de corrente quando a chave de ignição
permanecesse ligada com o motor parado, a potência dissipada em forma de calor no primário
seria:
Embora isso represente 9 % do valor inicial, a potência é suficiente, caso não se dissipe o calor
gerado, para elevar a temperatura a níveis que causaria a queima da bobina, é somente uma
questão de tempo.
Em funcionamento normal a bobina trabalha com pulsos que medimos com a grandeza que
chamamos de ângulo de permanência ou duty cycle. Em outras palavras, se o ângulo de
permanência é de 5 ms, então podemos afirmar que somente neste intervalo de tempo haverá
conversão de energia em calor.
Para determinar esta quantidade de energia, tomamos como exemplo um motor de 4 cil com
distribuidor de ignição.
A 1000 rpm cada ciclo da bobina dura 30 ms. Com a permanência ou tempo que a bobina fica
ligada de 5 ms, teremos:
Permanência % = t / T x 100
Permanência = 5 / 30 x 100 = 17 %
t = permanência em milissegundos
T = período
50 % de 3,7 W = 1,9 W.
Permanência % = t / T x 100
Permanência = 5 / 7,5 x 100 = 67 %
P = R x I² x 67/100
P = 0,6 x 36 x 67/100 = 14,5 W.
Como foi visto, a perda de potência, aquela que irá gerar calor na bobina, tem uma relação
estreita com a resistência, com a corrente e o ângulo de permanência, elementos que podem ser
facilmente influenciado pelo técnico, através da regulagem do ângulo de permanência, pelo uso
de bobinas ou módulos de ignição incompatíveis, tensão de alimentação da bobina ou pela
alteração do pré-resitor.
Entretanto, não se esqueça de considerar outros elementos que também contribui para o aumento
da temperatura na bobina, como perdas devido à resistência do enrolamento secundário, curto
circuitos no enrolamento da bobina, calor ambiente no local de montagem, da capacidade de
dissipação de calor pela bobina.
Pense nisto na hora de regular a ignição ou substituir seus componentes!
A energia da faísca e a alta tensão necessária estão relacionadas com a corrente do primário da
bobina de ignição no momento do desligamento, bem como a indutância e a resistência elétrica
dos seus enrolamentos.
Para melhorar o rendimento, sobretudo em altas rotações, são usados bobinas de baixa
indutância primária que fornecem altas correntes com menores tempos de conexão. A sua
combinação com módulos eletrônicos adequados permitem estabelecer a corrente exata de
desligamento.
A tabela abaixo mostra o tempo entre duas faíscas consecutivas com base na rotação, número de
cilindros do motor e o sistema de ignição em uso.
Tempo entre duas faíscas consecutivas por bobina, motor 4 cil./6000 rpm
Com bobina dupla Com bobina
Com distribuidor
faísca monofaísca
5 ms 10 ms 20 ms
Somente parte deste tempo, imposto pelo ângulo de permanência, é designado para fazer circular
a corrente pelo primário.
Veja a seguir algumas características dos módulos de ignição adaptados com suas respectivas
bobinas.
A disponibilidade de alta tensão é plena durante a partida e até cerca de 4000 rpm, assegurada
pela corrente primária que se mantém constante.
Acima desta rotação, em sistema com distribuidor de ignição, à queda da corrente primária
imposta pela limitação do ângulo de permanência e consequentemente a diminuição do tempo de
carga, reduz a disponibilidade de alta tensão.
Com um enrolamento primário da ordem de 0,5 Ohms e de baixa indutância, a corrente é limitada
entre 5,5 e 7,5 A pelo tempo de conexão que se situa entre 2 a 3 milisegundos.
Nos sistemas com bobinas de dupla faísca ou individual por cilindro podem disponibilizar uma
tensão secundária com capacidade máxima em todos os regimes de rotação do motor.
Conclusão:
A corrente da bobina se efetiva de acordo com o módulo aplicado, se não estiverem devidamente
harmonizados podem ocorrer: A queima da bobina, danos no módulo ou redução da alta tensão e
potência da faísca. Além dos danos causados aos componentes da ignição, a má combustão pode
levar à falta de potência no motor, aumento do consumo de combustível e emissões de poluentes.
A corrente primaria ideal, resulta do perfeito casamento do módulo de ignição com a bobina,
garantindo-lhe ótimo desempenho e vida longa.
Dicas:
Bobinas de baixa potência costumam usar módulos com ângulo de permanência pré-determinado,
e as de alta potência possuem comandos de tempo fixo ou de corrente primaria auto limitada.
Para garantir que a bobina tem a corrente primária certa, faça a medição com a pinça
amperimétrica ligada a um osciloscópio.
A figura abaixo mostra a corrente da bobina dupla faísca Bosch F 000 ZS0 209, que alcança ~6 A
no momento de desligamento. Esta bobina é controlada por um tempo de conexão fixo, ~3 ms em
qualquer velocidade de rotação. Bobinas similares (tipo transformador) tem valores entre 5,5 a 7
A.
Vocês já devem ter percebido que, com o desuso do distribuidor, referenciar a carga da bobina
com o ângulo de permanência é um tanto quanto irreal.
Então, qual é a referencia que se deve adotar?
Para responder, façamos outra pergunta: Quanto maior o ângulo de permanência maior será a
carga da bobina? Sabe-se que a carga da bobina não é instantânea, depende da indutância, por
tanto para atingir a carga ou corrente elétrica ideal é necessário um tempo exato.
Tempo e espaço (ângulo) estão intimamente relacionados. Com o ângulo de permanência fixo há
redução no tempo e na carga da bobina ao aumentar a velocidade de rotação. Mesmo que se
aumente o ângulo de permanência com a rotação, a exemplo do que acontece na ignição
eletrônica, ainda assim o tempo de carga se reduz. Somente há melhora de carga na bobina ao
aumentar o ângulo de permanência se consideramos a rotação fixa (tempo =espaço /velocidade).
Como se vê, a carga da bobina depende do tempo, sendo este o parâmetro a ser vislumbrado em
qualquer caso.
Até certa temperatura é perfeitamente normal o aquecimento da bobina, afinal é um dos efeitos
causados pela corrente elétrica. Pressupõe-se que há defeito quando ocorre o excesso de
temperatura.
Considerações à parte, vamos ao que interessa. A alta temperatura ou queima da bobina
geralmente é provocada por anormalidades da corrente primaria primária, ou seja, intensidade de
corrente acima do normal ou tempo de ligação muito longo.
Reconhecer os sintomas que se apresentam em um sistema com defeito é sem dúvida uma
grande vantagem para agilizar o diagnóstico. Seguindo esta linha de pensamento enumero alguns
sintomas de mal funcionamento que se confirma na ignição transistorizada indutiva da Bosch,
conhecida por sistema TSZi, e suas principais causas.
Lembre-se que fugas de corrente na tampa, cabo de vela ou rotor do distribuidor produzem os
mesmos sintomas descritos neste item.
O mecânico deve prestar atenção no rotor do distribuidor cuja ponta larga favorece o salto da
centelha entre o rotor e pino da tampa do distribuidor, detalhe comum nos sistemas de ignição
eletrônica.
Afirmar que a bobina de ignição alcança 28.000 V só é verdadeiro sob certas condições, pois os
valores reais em um veículo são afetados pela instalação elétrica, qualidade e o estado da
isolação dos cabos, velas, rotor e tampa do distribuidor, tensão do alternador/bateria, rotação do
motor, como verá a seguir.
No esquema elétrico acima, recomendado para este sistema, temos o transistor do módulo na
função de chave para ligar e desligar a bobina sob comando do sensor do distribuidor, e
funcionalidades do módulo. A corrente máxima que circula no enrolamento primário da bobina é
limitada pelo pré-resistor, pela queda de tensão no transistor e no chicote elétrico.
Assim a corrente circulante é suportável para a bobina, ao manter a ignição ligada com o motor
parado, já que neste sistema não está previsto o desligamento automático do transistor sob esta
condição.
Durante a partida a tensão da bateria cai cerca de até 3,5 Volts. Para que não haja prejuízo na
geração de alta tensão, com a baixa circulação de corrente no primário da bobina, um contato
auxiliar inserido na chave magnética do motor de partida (borne 15 a) faz uma ponte entre o
positivo da bateria e borne de alimentação 15 da bobina, anulando o pré-resistor. Sem este
componente o motor não “pegaria” em condições mais desfavoráveis, como por exemplo, com
baixa temperatura.
Caso não exista contato auxiliar no motor de partida, é necessário usar um relê auxiliar
comandado pela linha 50, de modo a alimentar o borne 15 da bobina com a tensão direta da
bateria.
Rotação motor 4 cil. (rpm) 900 1800 2700 3600 4800 6000
Ciclo ativo (milissegundos) 15,60 8,30 5,40 4,04 3,00 2,50
Em alta rotação o ciclo ativo é mais curto. Como visto em outras matérias do blog, ciclos ativos
curtos significam correntes primárias mais baixas, que por sua vez reduz o nível de alta tensão no
secundário da bobina.
Os oscilogramas abaixo ilustram o nível de alta tensão médio gerados pelo sistema TSZi com
módulo 004 x bobina 067, com carga resistiva de 1,18 MOhms no secundário e tensão de
alimentação de 11,8 V.
A tensão máxima decresce com o aumento da rotação. A duração do impulso de alta tensão é
cerca de 175 ms (microssegundo).
Espero que esta matéria apóie alguns comentários enviados pelos leitores, e também, contribua
para construir a base de entendimento dos sistemas de ignição.
A troca de rolamentos e lubrificação, além de eliminar ruídos desagradáveis, pode ainda, evitar
danos irreparáveis com o roçamento do rotor na carcaça (estator). A correia é tão importante
quanto, desgastada ou frouxa, reduz a potência de geração e também causa ruídos também.
A seguir temos alguns testes que podem ser feitos para localizar falhas em seus componentes
internos:
Para o teste do estator, vale o mesmo procedimento do rotor. Medir a resistência elétrica entre as
fases e testar a isolação do enrolamento com a carcaça. No link abaixo se observa os diferentes
tipos de bobinado.
Estator do alternador
Entretanto se deve observar que a resistência elétrica dos enrolamento são extremamente baixas,
sendo difícil obter a medição com precisão com o uso de um multímetro comum.
Oportunamente abordarei alguns macetes para a medição do estator com recursos mais simples.
Como já comentei este regulador possui inúmeras funções, muitas difíceis de serem percebidas,
outras podem ser facilmente observadas, como por exemplo: o monitoramento do campo (DFM) e
a pré-excitação pulsada (característica comum neste regulador de tensão).
Diagrama do regulador de tensão multifunção acoplado ao
alternador
Funcionamento do regulador de tensão F00M144181:
O CI de controle central do regulador é inicializado através da lâmpada piloto ao ligar a chave de
ignição. Após comuta o transistor T3 que leva o terminal L ao negativo acendendo a lâmpada
piloto e ao mesmo tempo ativa a pré-excitação pulsada do campo por meio de T1 - Vide diagrama
acima.
Em regime normal de trabalho o transistor T3 é levado ao corte e T2 comuta o terminal L ao
positivo (B+), apagando a lâmpada piloto.
O transistor T1 desliga o campo quando o borne B+ do alternador atinge o limiar de tensão
superior e volta a ligar no limiar inferior, de maneira que a tensão entregue pelo alternador fique
estável em uma ampla faixa de carga e rotação.
O chaveamento do transistor T4 acompanha a pulsação do campo via transistor (T1) e serve para
monitorar a carga do alternador através do borne DFM.
Com freqüência acima de 75 Hz a excitação é pulsada com tensão em torno de 3,2 VAC e se
torna contínua e máxima acima deste valor. Ao atingir 12,2 Vpp a excitação é cortada, como
mostra a figura abaixo.
O sistema consiste em aumentar a rotação de marcha lenta e/ou desligar consumidores menos
importantes, como aquecedores do vidro, espelhos, ar condicionado, etc. para restabelecer a
capacidade geradora do alternador.
Para testar o sinal DFM do alternador na bancada, insira um resistor de 10 kOhm entre o terminal
DFM e o positivo da bateria. O teste pode ser feito com o osciloscópio ou multímetro automotivo
selecionado para duty cycle.
Conclusão:
O sistema do primeiro caso é mais flexível à substituição do alternador sem levar em conta sua
potência.
Já o outro requer uma adaptação no sistema eletrônico para mudar a potência do alternador, caso
contrario teremos controles inadequados e indicação errônea da sua capacidade.
Para maior compreensão vou citar um caso recente que tive conhecimento, o técnico montou um
regulador parecido (como o da foto), porém com a referência F 00M 145 257, em um veículo MBB
– Sprinter 311 CDI, cuja peça original é o F 00M 145 248.
Quais as conseqüências? Segundo catálogos Bosch pude obter as informações transcritas a
seguir:
Numero de pedido: original F 00M 145 248 – peça de reposição F 00M 145 358
Funcionamento do retificador:
Para simplificar vamos analisar somente uma fase do alternador trifásico.
Diodo positivo e diodo negativo são denominações dadas para diferenciar as duas montagens
possíveis em seu invólucro. Assim, qualifica-se como diodo positivo àquele cuja face
semicondutora N está soldada a carcaça e diodo negativo àquele cuja face P está soldada na
carcaça, detalhe 2 e 3 da figura.
Construção do diodo
Desta maneira teremos ligações comuns no retificador do alternador, sendo a placa
positiva formada por um conjunto de diodos positivos e a placa negativa formada por outro
conjunto de diodos negativos, simplificando a construção das mesmas.
Caso haja dificuldade para identificar-los, use o teste de diodo do multímetro. Se o diodo conduz
ao conectar o positivo do multímetro no rabicho e o negativo na carcaça, se trata de um diodo
positivo.
Para encontrar e corrigir o que causa a queima do alternador leve em consideração os detalhes
que seguem.
• O mais comum é a sobrecarga por excesso de consumo, onde a potência instalada é maior que a
capacidade útil do alternador. Os principais fatores são: o uso de lâmpadas de maior potência,
instalação descontrolada de acessórios, sobrecarga nos componentes instalados. Faça o teste do
equilíbrio de carga, compatibilizando o consumo ou aumentando a capacidade do alternador.
Repare ou troque componentes defeituosos.
• Baterias defeituosas são incapazes de absorver carga. A alta corrente solicitada por elas as
tornam indisponível a outros consumidores. Como conseqüência, o alternador opera quase
sempre no limite máximo de corrente, e associado à baixa rotação acaba queimando.
• Uso inadequado da bateria com o motor parado. A descarga acentuada da bateria com o uso
contínuo de aparelho de som, faróis, etc. com o carro desligado e o excesso de corrente de fuga,
faz o alternador trabalhar com cargas altas e prolongadas ao funcionar o motor, podendo até
causar a sua queima.
• Baixa rotação do alternador. O uso de polias inadequadas no motor ou alternador que reduzam a
rotação do alternador, também irá reduzir a sua potência útil e sua ventilação. Nesta condição
qualquer um dos seus componentes internos (rotor, estator, regulador de voltagem ou diodos)
podem vir a queimar.
• Adaptação do alternador para instalar outro de maior potência ou substituir o original do qual não
há reposição ou é muito caro. Freqüentes, as adaptações não recomendadas pelos fabricantes
trazem bastante problemas. Geralmente não se leva em consideração a temperatura suportada
pelo alternador. A alta temperatura no local de montagem somado a temperatura desenvolvida
pela carga pode ser fatal para o alternador. Lembrem-se, alguns alternadores tem sentido de giro
certo para efeito de ventilação. Outro fator condenável em adaptações é a falta de compatibilidade
do regulador de tensão e diodos em relação aos picos de tensão (load dump) que estes deverão
suportar.
• Refrigeração do alternador. Em algumas montagens são necessários defletores de calor e
ventilação forçada. Assegure que a circulação de líquido refrigerante ou ar estejam desobstruídos.
• Componentes do alternador. Regulador de tensão defeituoso representa um sério risco para o
alternador, tensão de regulagem alta sobrecarrega o alternador e também a bateria. Rotores e
estatores de baixa qualidade não duram o suficiente e também podem ser os causadores da
sobrecarga. Diodos em curto circuito ou abertos geralmente provocam a queima do estator.
• Danos mecânicos. A contaminação por água, óleo, pó danificam os rolamentos fazendo o rotor
roçar no estator e curto circuitar as bobinas. Falha idêntica acontece devido ao excesso de
tensionamento da correia.
Queima do motor de partida
O uso persistente e números de partidas excessivas sem pausa, baterias descarregadas, mau
contato nas conexões ou queda de tensão no circuito de alimentação, sobrecargas mecânicas
provocadas pelo motor de combustão ou pelo próprio motor de partida, desajustes no
acoplamento entre os motores, reduzem a vida útil do motor de partida e até provoca a sua
queima. Igualmente prejudicada, a bateria também terá sua durabilidade diminuída.
Para prevenir estes danos é primordial o bom funcionamento do motor de combustão e seu
perfeito acoplamento com o motor de partida.
Aos motoristas e aos mecânicos, cabe dar-lhes as devidas orientações para usar corretamente o
motor de partida, já que este tipo de dano freqüentemente é causado ao usar-lo para tracionar o
veículo, sangrar a bomba injetora, entre outros.
Roteiro:
1 - Com o motor parado e todos os consumidores desligados.
Objetivo: Checar a carga da bateria. 12,3 a 12,8 V Ok
Características do módulo:
Dados informados pelo fabricante por meio de literaturas técnicas ou catálogos de produto:
Principais defeitos:
Módulo inoperante, parâmetros de funcionamento alterados, superaquecimento, driver em curto
circuito ou aberto.
Mau contato em conectores, emendas no chicote, chave de contato ou na conexão a massa, curto
circuitos na instalação.
Bobina de ignição errada, inadequada ou defeituosa.
Tensão de alimentação fora da faixa especificada (alternador), queda de tensão no circuito.
local de montagem do módulo.
Consequências:
Motor não pega ou pega com dificuldade, falha de ignição ao acelerar com carga,
superaquecimento/queima da bobina e/ou módulo, alto consumo de combustível, falta de potência
do motor.
Diagnóstico:
O multímetro automotivo ou outra ferramenta é imprescindível para as medições básicas do
sistema, afim de atestar o bom funcionamento e também detectar irregularidades.
Principais medições: Medir o ângulo de permanência, tensão de alimentação da bobina e módulo,
testar conexão a massa, medir corrente do primário (osciloscópio), medir resistência elétrica da
bobina, queda de tensão do transistor driver (somente com equipamento especial).
Valores de trabalho:
Ângulo de permanência (dado do fabricante): 20° a 30° a 2000 rpm com tensão de alimentação de
14 V.
O ângulo de permanência, sob condições desfavoráveis, é limitado a um máximo de 65 graus.
Tensão de alimentação entre os bornes 2 e 4 do módulo: 13,5 a 14,2 V com o motor em
funcionamento.
Saída de tensão de alimentação para sensor hall (valor medido considerando a tolerância
permitida na alimentação): 8 a 13 Volts
Entrada de sinal, com sensor hall desconectado (valor medido): 8 a 9,5 Volts.
Queda de tensão do transistor da bobina (valor medido) : 1,5 a 10 Volts.
Como se vê, é difícil separar um componente do seu sistema, pois alguns parâmetros ou mau
funcionamento são influenciados por elementos externos. Pense nisso antes de trocar uma peça
sem antes fazer um diagnóstico completo. Aos profissionais cabem a missão de adquirir os
conhecimentos, manuais e ferramentas necessárias para prestar um serviço de qualidade.
Meu carro falha. O que pode ser?
“ ...meu carro está com alto consumo de combustível, perda de força, cheiro muito forte de
gasolina, fumaça muito escura saindo do escapamento, acende a luz da injeção...”
“...já gastei muito e não resolvem meu problema’”
“ ...falha em marcha lenta e o consumo é elevado. Já troquei velas, cabos e limpei os bicos...pode
ser sonda lambda ou bobina? "
Se você acredita que o mecânico sabe qual é problema do seu carro só de ouvir sua reclamação,
está enganado. Veículos modernos são complexos, possuem dezenas de computadores e estão
sob forte influência logística de software.
Entre o que pode ser e o que realmente é existe uma distância que supera as melhores das
expectativas.
Os sintomas da falha e a reclamação do cliente são indicadores que ajudam o mecânico a decidir
o que deve ser examinado. Equipamentos de diagnóstico adequados e farta literatura técnica
sobre o veículo também são indispensáveis. Mas tudo isto é só o começo de um longo e difícil
trabalho. Com experiência e conhecimento o profissional se reorienta durante a pesquisa até que
seja possível debelar a falha. Esta dinâmica não se limita ao histórico de falhas recorrentes ou
troca de peças por osmose, se deve seguir um raciocínio lógico e lançar mãos de ferramentas
adequadas para concretizar o diagnóstico com eficácia.
Faça revisão periódica conforme recomendação do fabricante. Fazer manutenção antes que
apareçam falhas evitam os danos consequentes e reduzem o custo de reparo.
Use somente peças originais, genuínas ou que possuam certificação de qualidade. Como se
costuma dizer: O barato sai caro!
Não substituam peças sem que se comprove por meios de testes que tenham defeitos.
Geralmente trocar peças sem fazer um diagnóstico é desperdício de dinheiro. Em média 60% dos
defeitos são causados por cabos ou conexões defeituosas.
E sobretudo, confie seu carro somente a oficinas e profissionais qualificados que trabalhem com
ética e transparência. E acredite, na maioria das vezes é preciso muito trabalho apenas para dizer
o que deverá ser reparado.
Falhas de ignição
Com a disseminação dos veículos injetados muitos técnicos colocaram o sistema de ignição em
segundo plano, sempre que há uma falha no carro vão logo dizendo que é a “injeção eletrônica”.
Rotação do motor instável, falha de ignição, estouro no escape ao acelerar, dificuldade de partida
são falhas comuns que podem ser atribuidas tanto ao sistema de combustível como ao de
ignição.
Porém nos veículos que possuem distribuidor, a incidência de desgastes da tampa do distribuidor,
rotor, cabos e velas é bem maior.
Numa manhã fria o motor não girava, ao testar a bateria pude ver que a tensão durante a partida
caia para 4 Volts e a corrente era de 50 Amperes. Algo esperado para uma a bateria com mais de
5 anos de uso (fabricada em 2004).
Removida do veículo para avaliação, cortei a proteção que cobre as tampas, verifiquei e completei
o nível de água de todos os vasos, um consumo de aproximadamente 200 ml. Após uma carga de
10 A por 1 hora a recoloquei no lugar e realizei os testes novamente.
Surpreendentemente a bateria funcionou bem. Apesar disso, por estar nos limites mínimos
exigidos podemos afirmar que o uso mais severo como por exemplo: um engarrafamento durante
a noite ou em dias chuvosos, necessidades de partidas constantes em curto espaço de tempo,
poderá causar o seu esgotamento. Melhor substituir-la antes, não é.
Abaixo podemos apreciar a medição da corrente do motor de partida e tensão entre o positivo e
negativo da bateria Moura 14FPS no respectivo veículo após a manutenção.
No gráfico a tensão de curto circuito (motor partida ainda parado) cai para aproximadamente 7
Volts e a corrente de pico do motor de partida atinge uns 300 A. Em seguida, com o giro do motor
de partida a corrente baixa para um valor médio de 90 A e a tensão da bateria se mantém em
torno de 9,5 V durante o teste (15 segundos).
Como comparativo, a próxima imagem mostra o mesmo teste realizado em outro veículo cuja
bateria de 12V60Ah está em ótimas condições.
Veja que a corrente de curto circuito ultrapassa a 600 A e a tensão da bateria cai para uns 9 Volts
neste momento.
Com o giro do motor de partida a corrente oscila em torno de 130 A e a tensão da bateria, agora
mais estável, se mantém próximo a 11 V.
Conclusão:
Dificuldades de partidas com corrente muito alta pode significar defeito mecânico ou elétrico no
motor de partida, ou sobrecarga causada pelo motor do veículo.
Corrente muito baixa, sem queda significativa de tensão pode indicar mau contato nas conexões
ou queda de tensão na fiação.
Queda de tensão inferior a 9,5 V indica bateria com defeito, descarregada, desgastada, ou de
baixa capacidade.
Enfim, esta prática de checagem da bateria pode evitar grandes incômodos para o proprietário do
veículo e impulsionar ainda mais as vendas de produtos e serviços.
No meu caso o consumo chegou a 49,5 A e a tensão na bateria caiu para 13,55 V. Isto indica que
a capacidade do alternador é superior a 50 A e mesmo com todos os consumidores ligados há
reserva suficiente para carregar a bateria, se necessário.
A potencia máxima do alternador é atingida quando a tensão cai para aproximadamente 13 V, pois
abaixo deste valor se inicia a descarga da bateria.
Abaixo desta tensão temos um possível excesso de consumo, alternador ou regulador de tensão
defeituoso, potencia do alternador insuficiente, rotação do alternador abaixo do normal.
Não há dúvidas que a falta de equipamento adequado representa uma dificuldade imensa para se
fazer um diagnóstico seguro e preciso de bobinas de ignição. Há quem diga que o custo da
ferramenta é a maior barreira, já outros culpam a falta de conhecimento técnico. Certo mesmo é a
prática comum de substituição da peça duvidosa como forma de diagnóstico. E quando isto não é
possível, o que fazer?
Medir a resistência elétrica dos enrolamentos da bobina de ignição é uma citação bastante comum
nas literaturas dos manuais de diagnóstico, ainda que este método insuficiente para atestar sua
integridade. Embora a resistência elétrica se apresente dentro da faixa de tolerância atribuída nos
manuais ela pode ainda conter falhas que impedem o motor do veículo de funcionar ou o faz sob
falhas, estancando sua potência.
Impossível de ser detectado na medição de resistência, a fuga de alta tensão entre enrolamentos
e a carcaça da bobina é um defeito freqüente causado principalmente pela troca tardia de velas e
cabos de ignição. Também, pequenos curtos circuitos entre as espiras do enrolamento podem
surgir e dificilmente são percebidos nesta medição. A experiência mostra que medir a indutância
da bobina é mais abrangente, porém uma ação incomum nas oficinas.
O teste simulado é sem dúvida mais completo, pois permite detectar defeitos causados pela má
isolação e curto circuito nos enrolamentos. Ainda assim para ser eficaz é necessário submeter-la
ao maior número possível de condições, como por exemplo: teste a frio, quente e sob nível
máximo de alta tensão especificado.
Um teste complexo que devido a dificuldades raramente é executado pelo reparador.
Considerações gerais:
A fonte de alimentação deve ser dotada de proteção contra surtos de alta tensão e curto circuito.
As partes metálicas da bobina devem ser aterradas/ ligada ao negativo da fonte.
Vale à pena comentar sobre a ignição eletrônica indutiva, pois ela ainda está presente em um
número considerável de veículos. Como muitos profissionais sabem, o sensor indutivo gera um
sinal de corrente alternada, comandando o desligamento da bobina de ignição no momento em
que a tensão se torna negativa.
Uma idéia simples para testar a funcionalidade do módulo é usar um transformador com uma
saída de 6 ou 12 VCA para simular o sensor indutivo e em lugar da bobina de ignição, uma
lâmpada como carga. Efetue as medições de tempo de ligação ou ângulo de permanência com
um multímetro automotivo.
Nota! Tempo de ligação aproximadamente 10ms (em 60Hz) ou permanência 60%.
Use sua criatividade!!! Esta montagem pode ser usada como: pulsador de bicos injetores, para
testar bobinas de ignição, testar atuadores de marcha lenta de uma bobina, etc.
Este sensor é do tipo duplo e informa o ECM sobre a temperatura e a pressão do ar admitido para
calcular a massa de ar utilizada na combustão através da densidade X volume. Está localizado na
curva de admissão.
O sensor do tubo (Rail) monitora a pressão do combustível que chega ao sistema de alta pressão.
O sensor é um elemento Piezo-Resistivo e um circuito integrado com compensação de
temperatura; atua através de um diagrama deformado pela pressão do combustível. Com a
mudança da pressão interna, a deformação do diafragma altera a resistência e os valores de sinal.
Esses valores são utilizados pela ECM para regular a pressão de combustível no circuito de alta
pressão.
Sensor de Posição do Motor (Comando de Válvulas)
O acumulador de pressão é um tubo fabricado de aço forjado ele tem a função de armazenar
combustível exigido para a injeção de todos os cilindros sobre alta pressão.
Dica especial: O cuidado que deve ter com esta peça é não deixar entrar sujeira em
seu interior quando em manutenção. Caso necessite a retirada dos tubos de alta
pressão, tampe os orifícios onde vão roscado estes tubos.
Nunca inverta os tubos de alta pressão ou aperte demasiadamente pois poderá
danificar o tubo rail e vazamentos serão impossíveis de ser controlados.
Nunca retire a válvula de alivio para manutenção e o sensor rail sem necessidades,
estas peças são calibradas por fabrica, qualquer alteração o sistema de injeção
poderá sofrer alterações consideráveis. Hoje já existe estas peças de reposição, mas
antes e ainda original vem completa.
Bico injetor
Os bicos injetores estão montados no cabeçote e tem a finalidade de pulverizar o combustível na
câmara de combustão. O controle dos bicos é feito pela ECM que determina a quantidade e o
momento da injeção de combustível para cada cilindro.
Funcionamento dos bicos injetores
Posição de Repouso
No fim da injeção ocorre quando a válvula eletromagnética é desenergizado pelo ECM. A mola
aciona a válvula que fecha a passagem do furo de retorno. O combustível pressurizado ocupa a
câmara de controle fazendo a agulha do injetor se movimentar para baixo, voltando de repouso.
Dicas: Os bico injetores eletrônicos tem problemas quando o motor falha ou quando
não pega na partida, isto é, se for realmente o bico injetor, para isto existe testes para
saber como estão a estanqueidade, vazão, pressão e retorno, este ultimo é o mais
essencial, pois se haver retorno muito alto, o sistema perde pressão.
Bico injetor eletrônico não é recomendado recondicionar e sim substituir por novos e
originais. Em algum sistema deve ser codificado ao sistema, ou então o motor não
funcionará.
Fique atento: máquinas de testes de bicos injetores eletrônicos não tem precisão
como montado no motor, porque no motor o sistema faz leituras precisas de
temperatura, compressão e algo mais, já nas maquinas somente testam de maneira
superficial, sem precisão. Já aconteceu vários problemas em motores novos e
retificados por causa de bicos recondicionados, principalmente engripamento de
pistões, furo na antecâmara do
pistão e o mais comum
detonação da cabeça do
pistão.
Ajuste da Pressão de Combustível
Ajuste da pressão
As velas aquecedoras facilitam a partida do motor em baixas temperaturas ambientais. O rele das
velas aquecedoras é acionado pelo comando da ECM, automaticamente quando a temperatura de
arrefecimento estiver abaixo de 9°C (nove graus centigrados). As velas incandescentes são
alimentadas com corrente continua de 12 Volts.
Circuito elétrico e eletrônico
Esquema elétrico GM S10
O circuito abaixo mostra as configurações do sistema, no qual são apresentados os sinais que são
usados pela ECM (Sensores de temperatura da água e rotação do motor) para controlar os
atuadores (Vela aquecedoras e rele de lâmpada no painel).
Chicote elétrico
Este é um componente muito bem elaborado de perfeita aplicação nos mais variados modelos de
veículos. Apesar de apresentar estas confiáveis características, este é um conjunto que
atualmente vem apresentando muitos problemas de conectividade, rompimentos de fios, seus
terminais se soltam ou quebram com facilidade na manutenção, etc. Com isso existe uma
dificuldade na manutenção do veiculo, pois muitos reparadores esquecem ou não conhecem estes
defeitos.
Conclusão
Sistema de injeção diesel cammon rail na minha opinião é um dos melhores que existem, tanto é,
que todas as montadoras já aderiram a este sistema. Porem, nem tudo é perfeito, principalmente
em se tratando de veículos utilitários, que trabalham em todos os tipos de terrenos, e ainda não
fazem as manutenções adequadas, ignoram os sinais de advertências do sistema quando em
pane, passam por reparações curiosas e duvidosas e por ai vai.
Obs.: As oficinas especializadas gastam horrores em equipamentos e reparadores
treinados para fazer a melhor reparação diesel eletrônica, porque sem equipamentos
precisos e experiência do técnico não é possível trabalhar com sistema diesel
eletrônico. Este sistema é muito complexo, difícil diagnosticar, engana demais na
reparação. Tem que ter conhecimento e mais conhecimento.
Toda vez que a junta do cabeçote de qualquer queima, o mais comum é misturar água no óleo, e
logo o mecânico saberá as causas dos problemas e deduzirá que a junta do mesmo queimou ou
então ouve trinca interna no cabeçote, furou-se a camisa do motor e outros problemas de mesmas
conjunturas.
Agora quando o problema é óleo na água, aí ficam muito mais complexos os diagnósticos porque
existem mecanismos ou situações difíceis de detectar de imediato e testes serão necessários.
Mas testar como, se nem sei por onde está passando este óleo?
Pergunta muito comum para a maioria dos mecânicos e proprietários de veículos.
Estes fatos desagradáveis acontecem muito em motores diesel, porque no mesmo são instalados
intercambiadores de calor na galeria de óleo que tem função especifica de resfriar o óleo.
Colocados em compartimentos
apropriados, o intercambiador de
calor (conhecido pelos mecânicos
como radiador de óleo ou
trocador de calor), é instalado
na galeria principal de água, onde o mesmo permanece mergulhado no líquido de arrefecimento.
Imaginaram agora a gravidade do problema?
Mas estes radiadores nem sempre são instalados desta maneira. Existem instalações onde são
acopladas no próprio radiador de óleo, mangueiras de água ligada do motor ou do radiador de
água que fazem o mesmo processo: resfriar o óleo. Estes sistema é usual nos motores Golf, AP
2.0, Peugeot, Maxion S4 e outros.
Estas mangueiras entram e saem do radiador e se este vier a furar, romper alguma colmeia
mistura óleo na água do mesmo jeito.
Nos motores do sistema Otto, o intercambiador de calor é acoplado no suporte do filtro de óleo e
junto o filtro de óleo. Primeiro é fixado no bloco o suporte do filtro na galeria de lubrificação
principal do motor, depois o intercambiador e por ultimo o filtro de óleo.
Porque que está instalado nesta região?
Porque Primeiro o óleo é bombeado para o filtro de óleo, depois é refrigerado pelo radiador de
óleo e levado para o restante do circuito de lubrificação do motor.
Neste sistema as únicas vedações entre a água do arrefecimento e o óleo lubrificante são feitas
por anéis de borrachas, que tem uma eficiência na vedação.
Fiz um relatório e guardei junto com muitos outros problemas que já resolvi junto com minha
equipe.
Observação: Este motor não tem radiador de óleo!
Resolvi então publicar neste artigo que tem tudo a ver com o assunto, além de servir de uma dica
muito útil!
•Dica: Passagem de óleo para a água;
•Veiculo: Blazer 1.8 4 cilindros 8v Fabricante Gm
•Combustível: gasolina;
•Sistema: Otto
O proprietário nos comunicou através de um telefonema que a sua caminhonete havia misturado
água no óleo, quando na verdade era ao contrario. Pois bem, arrastamos o veiculo até as
dependências da oficina e começamos os diagnósticos.
De inicio examinando todas as possibilidades chegamos à conclusão que o defeito poderia ser no
cabeçote, pois a temperatura estava além do normal. Não era para menos, levando em
consideração que não havia água no sistema de arrefecimento e sim muito óleo.
Retiramos o mesmo e examinando minuciosamente e não conseguimos detectar no cabeçote e
nem no bloco do motor gravidade ao ponto de passar óleo para a água.
Mesmo assim levamos o cabeçote na retifica que fica aqui mesmo na oficina, testamos e
plainamos 0,10 mm (dez centésimos de milímetros) medida necessária para um plainamento
uniforme da face do cabeçote. Concluindo finalmente que esta quantia muito pequena de
empenamento do cabeçote não possibilitaria passagem de óleo para a água. Mas era o que
tínhamos de diagnostico mais próximo o possível, mas não convincente.
Isto quer dizer que: estávamos novamente sem opção e sem saber a causa do problema
realmente!
Então prosseguimos com o diagnóstico e retiramos a bomba d’água, pois desconfiamos do bujão
da galeria principal de lubrificação do motor, surpresa! Este motor não tinha bujão.
O que fizemos então?
Lavamos todo o sistema de arrefecimento e montamos novamente o cabeçote e as demais peças,
pois poderia ser aquele pequeno empenamento e ainda uma possível má vedação da junta do
cabeçote que é de metal. Colocamos o veiculo na “BR” e tudo parecia normal, nada de óleo na
água.
Checamos tudo e entregamos o veiculo para o cliente. Dois dias depois, ele estava de volta com o
sistema de arrefecimento, abarrotado de óleo. Aquela mistura branca e gosmenta, para a nossa
infelicidade e desespero.
E agora?
- Agora temos que descobrir de uma vez por todas, por onde que está passando este óleo.
Nesta hora a melhor coisa é esfriar a cabeça, raciocinar e buscar a técnica: sentar, conversar e
analisar todas as possibilidades para prosseguir com os diagnósticos. O mecânico responsável
pelo serviço nesta área já não tinha mais argumentos, mas é um camarada que não desiste e
aceita opiniões mesmo que não concorde!
Analisando então as possibilidades chegamos à conclusão que a passagem de óleo para a água
era através da galeria principal do óleo do motor. Não existia outro lugar.
Lembra que nós retiramos a bomba d’água, e não havia bujão de vedação na
galeria?
Pois é, não existe bujão, mas existe uma parede muito fina finalizando a galeria de óleo. Ficamos
impressionados com a "perfeição imperfeita"!
Descoberta do defeito
Sabem como descobrimos?
Testando o sistema de lubrificação.
Testes da galeria
Com uma pistola de ar e sem o cabeçote, inserimos thinner na galeria de óleo que lubrifica os
componentes do cabeçote. Colocamos rapidamente ar comprimido e bem vedado para não vazar
o ar. Assim, comprimimos todo o sistema de lubrificação. O thinner que havíamos colocado vazou
por um buraco que tinha diâmetro mais ou menos de um alfinete na galeria principal de óleo,
justamente dentro do alojamento da bomba de água.
Sabe quantos dias levamos para descobrir?
Quatro dias e um para montar novamente.
Solução
Furamos a galeria que mais parecia uma casca de "ovo", fizemos rosca e inserimos um bujão
ficando igual os blocos antigos, que na minha opinião "não tinha nada que ter modificado isto",
enfim, solucionamos de uma vez por todas o defeito.
ATERRAMENTO OU MASSA
Nos veículos atuais tudo o que diz respeito a motor, freios, arrefecimento, lubrificação... São
divididos por sistemas:
•Sistema elétrico;
•Sistema de arrefecimento;
•Sistema de freios;
•Sistema de lubrificação;
•Sistema de Turbo e outros tão importante quantos estes!
Hoje o post é sobre sistema de aterramento ou massa.
Apesar de fazer parte do sistema elétrico ele é discutido, analisado e reparado separadamente.
Vejamos a seguir a importância deste sistema no veículo, praticamente sem ele nada funciona.
Aterramento ou massa?
O nome aterramento é o mais usado na linguagem dos reparadores, massa é um nome técnico,
mas por hora não soa muito legal, mas está valendo.
O aterramento ou massa é toda parte onde se liga o polo negativo, seja ele na bateria ou no
chassis do veículo, alias não funcionaria se não estivesse ligado a bateria.
Em qualquer sistema elétrico além de importante tem que existir, ou então, o sistema não
funciona, não existiria uma corrente elétrica. A corrente negativa tem que existir necessariamente,
isto porque a corrente tem que fluir, voltar a fonte e continuar o ciclo.
Eletricidade automotiva
Desde a implantação da eletricidade automotiva, lá no início, usavam-se muitos fios para ir e
voltar em certos circuitos, mas com o passar do tempo, as novas tecnologias viram que isto
poderia melhorar e seria muito mais prático e econômico se ligassem o negativo através de cabos
a massa (estrutura) do veículo e ao motor diretamente do ponto negativo da bateria. Com isso foi
economizados muitos metros de fios, sem contar a facilidade que era fazer uma ligação de
quaisquer equipamentos elétricos.
Aterramento na injeção eletrônica
Com a chegada da injeção eletrônica, o aterramento passou a ser essencial, porque foi
descoberto que a corrente elétrica de um veículo circulava do negativo para o positivo e não ao
contrario como se pensava, tanto que é recomendado no caso do desligamento da bateria para
reparos sempre o negativo e depois o positivo, no caso de reparos rápidos desliga-se o negativo
mantendo o positivo conectado sem problemas.
O nome aterramento como conhecemos também é conhecido como MASSA, porque toda a sua
ligação é conectada através de parafusos ou soldada a massa do veículo (estrutura), chassis,
lataria, monobloco, longarinas, etc.
Para a injeção eletrônica o aterramento é usado o tempo todo sem interrupção, mesmo que o
veículo estiver desligado algo está funcionando constantemente, desde que exista uma fonte de
alimentação ligada.
Componentes eletrônicos
Quase todos os componentes eletrônicos, sensores, atuadores, bomba de combustível tem as
suas carcaças aterradas, salvo quando são alojadas em componentes de plásticos, mesmo assim
tem um conector no componente que recebe negativo que vem do modulo de injeção, pois o
modulo é totalmente aterrado a carroceria do veículo, quando não, recebe em sua pinagem um ou
vários fios negativos vindo da caixa de fusíveis que também é aterrada. Enfim, qualquer
componente ligado no veículo se estiver ausente de um terra não vai funcionar.
Pulsos elétricos
Além do positivo e do negativo em alguns componentes eletrônicos, existem outros pinos que
recebem do módulo uma frequência, para gerar pulsos.
Nunca confunda pulso com aterramento.
Como disse o aterramento é uma corrente ligada ao positivo sem interrupção, já o pulso, o nome
mesmo diz: PULSO, seu funcionamento tem intervalos PAUSA. Ele funciona por frequência
modulada e controlada pelo modulo para aquele e outro componente em tempo corretamente
calculado, como por exemplo os bicos injetores, sensores de fase e outros.
Defeitos comuns e colocados
Temos na oficina diariamente veículos com problemas de funcionamentos especificamente na
injeção eletrônica, motores falhando, marcha lenta oscilando, motor não pega na partida, carros
sem desempenho, consumo excessivos de combustível, luzes que não acendem ou permanecem
acesas e muitos outros problemas.
Na maioria dos casos isso pode indicar uma pane por ausência de aterramento, curto circuito, ou
seja, positivos atracados ao negativo. Isto pode acontecer por esmagamento de um fio, fio ligado
em lugar errado, remoção do chicote de seus alojamentos e na montagem podem ficar em outra
posição que não deveriam e ali por fricção romper a blindagem de algum fio positivo e encostar a
massa e, uma porção de defeitos que não existia, mas que passaram a existir. Neste caso horas
serão gastas para descobertas da causas dos problemas!
Sistema em pane
Isso é problema sério para o técnico em reparação e, descobrir estes tipos de defeitos, passam
horas, dias. Estes defeitos na maioria dos casos não adverte através de luz no painel, e sim
acontece de acender todas as luzes de uma vez, ficam piscando ou então nem acende.
Experimenta por exemplo, deixar o cabo sem apertar no borne negativo da bateria e sai para
viajar, alguns quilômetros verá no painel o resultado. Se conhecer não vai gastar nada, mas se
não tiver conhecimento do que pode ser, talvez terá um grande prejuízo na auto elétrica, mas
também poderá ser salvo pela honestidade de um profissional.
Elétricos eletrônicos
Vários tipos de panes acontecem no sistema de injeção eletrônica por se tratar de um sistema
elétrico eletrônico. Estas panes na maioria dos casos são comuns, como disse, existe muitos
componentes eletrônicos com carcaças ligadas diretamente a massa, caso um ou outro
componente apresente defeito, entre em curto circuito em sua estrutura, com certeza vai
comprometer o fluxo da corrente. Para isso, o técnico tem aparelhos como: multímetros, caneta de
prova e outros especializados para diagnósticos que facilmente descobrem as falhas.
Conexão do aterramento interrompida
O que pode causar na injeção eletrônica se um ponto de aterramento não estiver
corretamente conectado?
Muitos são as causas se um único ponto de aterramento estiver rompido, desconectado ou até
mesmo ausente de seu lugar de origem!
Quando o mecânico se depara com um veículo que chegou à oficina para diagnósticos de falhas
no sistema de injeção, é comum agir de imediato na troca de componentes que ele acha.... (Eu
disse acha), talvez por estar no momento do diagnóstico apresentando falhas em um atuador ou
sensor, quando na verdade não é possível averiguar com certeza um defeito sem ao menos ter
medido ou rastreado o sistema. Um exemplo que engana muitos técnicos em reparação em
veículos com injeção eletrônica é um simples problema de falhamento.
A primeira coisa que tem em mente é: problemas de cabos e velas! Será? De imediato troca este
conjunto de peça. Mas antes deveria testar:
•a bobina ou alimentação desta bobina;
•bicos injetores;
•alternador;
•conferir sincronismo;
•Testar sensor de rotação; averiguar posição da roda fônica quando possível, talvez está solta,
empenada, trincada, etc;
•possíveis falhas mecânicas, pois além de tudo tem o cabeçote que com seus componentes
controlam entradas e saídas de gases.
•Pode a junta do cabeçote estrar queimada entre cilindros;
•pode estar com entrada de ar falsa;
•pode estar com um ou mais cilindros sem compressão, devido a uma válvula ter trincado, sofrido
detonação, etc. Ou seja, pode ser defeito elétrico, eletrônico ou mecânico.
Sempre insisto neste assunto: Analise sempre antes de trocar peças, faça testes
sempre, mede, compara, estude a causa, com certeza chegará a um resultado
excelente.
Procure sempre ir pelo lado logico da tecnologia, porque a maioria dos comandos são
programados para funcionar do jeito que funcionam e, se não funcionam é porque
foram interrompidos, obviamente. Mas por que foram interrompidos?
Estas e outras perguntas sempre terão respostas, basta descobrir a causa!
É fácil?
Não!
Mas, existem soluções.
Pra tudo existe uma solução, pense sempre positivo. O conhecimento também é
fundamental nos dias de hoje na oficina
ELETRO INJETORES
Os eletros injetores conhecido como "bicos injetores" é um componente comandado
eletronicamente pelo modulo de injeção, fazendo com que ele injete a quantidade de combustível
compatível dentro dos dutos do coletor de admissão.
Os sensores emitem
sinais para a central
avisando que já pode ser
injetado o combustível,
como os injetores estão instalados no coletor de admissão a injeção ar/combustível para os
cilindros se tornam perfeitos, com grande precisão na queima, evitando o desperdício, perca de
potencia e contaminação do meio ambiente.
Os injetores são alimentados com combustível através de uma bomba elétrica instalada dentro do
tanque a uma pressão calibrada pelo regulador de pressão entre 3 a 3,5 bar, além de uma vazão
constante para que não exista falhas no sistema de injeção.
Estes injetores são instalados e vedados com uma das extremidades em um tubo conhecido como
flauta e a outra parte no coletor de admissão, direcionado o jato pulverizado para dentro dos
cilindros do motor.
Mesmo que a quantidade de combustível injetado e o tempo de injeção variam conforme o tipo de
sistema, a dosagem do carburante será sempre de grande precisão; é essa perfeita dosagem de
ar/combustível que permite a correta distribuição em cada cilindro do motor.
Unidade eletrônica
A unidade eletrônica (UCE), é que avalia o tempo ideal de abertura do injetor em função dos
dados recebidos dos diversos sensores (modos periféricos).
O tempo de abertura do injetor, determinado pela UCE, é dado pelo numero de rotações por
minuto (RPM) do motor e as condições do ar aspirado. Esses sinais determinam a Base, que é
modificado mediante a integração computada dos sinais gerados pelos sensores periféricos.
Esses sensores quantificam-se em forma de sinais elétricos a:
•Temperatura do motor (liquido de arrefecimento);
•Tensão da bateria
•Condições do ar admitido;
•Situação em que se encontra o ângulo de abertura da borboleta;
•Sinal enviado pela Sonda lambda (que monitora a quantidade de oxigênio).
Para entender todos estes processos, sinais e variações no sistema de injeção eletrônica de
combustível, faz se necessário primeiro entender os conceitos de fornecimento de combustível
para o motor.
Este sistema tem início lá no tanque de combustível, onde um sensor transmite ao indicador do
painel o nível de combustível existente. Veja na imagem abaixo:
O volume de combustível
injetado depende do
tempo que o solenoide mantém o injetor aberto. Esse tempo, por sua vez, depende do sinal por
frequência que o solenoide recebe da UCE. Os dispositivos sensíveis permitem a UCE,
determinar com precisão o momento exato da abertura e fechamento dos injetores.
Além dos injetores a UCE controla também para uma perfeita injeção a:
•Pressão do ar no coletor;
•Temperatura do ar;
•Temperatura da água;
•Posição do pedal do acelerador;
•Posição da borboleta.
Classificação dos sistemas de injeção eletrônica
Os sistemas de injeção existente no Brasil são classificados de single point ou multipoint.
Nos sistemas single point ou mono injetor existe uma única válvula de injeção, a qual encontra-se
alojada no TBI logo acima da válvula de aceleração (exemplo: sistema Mono Motronic).
As bielas devem ser montadas no motor com os furos localizados na lateral da capa e biela;
voltados para o volante do motor.
Observar também na montagem das bielas os números de identificação entre a capa e biela para
um correto acoplamento entre ambas.
Também as setas localizadas na cabeça do pistão devem ser montadas na direção do volante do
motor.
Os mancais e os
contrapesos são
montados nas mesmas
ordens.
Ordem de injeção
•Ordem de injeção para motores 3 cilindros: 1 – 3 – 2 ;
•Ordem de injeção para motores 4 cilindros: 1 – 3 – 4 – 2 ;
•Ordem de injeção para motores 6 cilindros: 1 – 5 – 3 – 6 – 2 – 4 ;
•Esta regra de montagem aplica-se em todos os motores da linha MWM: 3 – 4 – 6 cilindros
Altura dos pistões da linha MWM 3/4/6
D225 3/4/6 Agrícola +0,24 a +0,57
D225 3/4/6 Agrícola 0,05 a -0,24
D222 Agrícola -0,42 a -0,65
D229/TD229 Veicular/Agrícola +0,10 a +0,42
D226 Agrícola/Veicular -0,15 a -0,55
Importante: Na tabela acima a altura dos pistões do MWM D226 é medido da face do
colarinho da camisa para baixo destes colarinhos. As camisas devem estar entre as
medidas de: +0,04 a +0,09 acima da face do bloco. Nos demais motores as alturas
dos pistões são medidos acima da face do bloco.
Tabela de Conversão de graus para milímetros motores MWM
Início de injeção
Os valores de início de injeção são dados em graus do virabrequim antes do ponto morto superior
(APMS). O valor correspondente a cada aplicação pode ser encontrado na plaqueta de
identificação do motor.
Exemplo: A plaqueta do motor pede 17° Graus. Isto quer dizer que, antes de ser
colocada a Bomba injetora no motor, o pistão do motor deve ser recuado 3,68
milímetros (APMS), usando para isto o auxilio de um relógio comparador, fixo a uma
base magnética. Antes destes procedimentos o pistão, deve estar no
ponto morto superior (PMS). (Veja valores na tabela abaixo):
Corte de Óleo
É uma técnica usada nos motores da linha diesel com injeção mecânica, para sincronizar o ponto
de injeção. Esta técnica se refere ao Sincronismo do ponto de injeção da bomba injetora ao Eixo
Virabrequim e ao eixo Comando de Válvulas. Este sistema dá um equilíbrio no ponto de injeção
em 100%, evitando que o motor trabalhe fora de ponto causando vários problemas. Exemplos:
•Superaquecimento
•Consumo alto de combustível
•motor sem potencia (torque)
•Vibrações
•falhamentos na injeção e outros problemas graves.
Clique no link: Manual Técnico de Corte de óleo e confira
O Manual Técnico de Corte de Óleo é completo, nele estão editados os principais tipos de
sincronismos dos motores MWM e Mercedes-Benz por injeção mecânica.
A seguir tabela de conversões de graus para milímetros para motores da linha MWM
Nesta tabela estão indicados os valores exatos em milímetros do recuo do pistão do
motor (APMS).
Tabela de conversão de graus para
milímetros
Graus Milímetros Graus Milímetros
8° 0,75 23° 6,10
10° 1,17 24° 6,63
12° 1,69 25° 7,18
17° 3,37 26° 7,75
18° 3,77 27° 8,34
19° 4,19 28° 8,95
20° 4,64 29° 9,58
21° 5,11 33° 12,37
Observação: Esta tabela aplica-se em todos os motores MWM exceto SPRINT.
Dica para Retífica de Motores - Pode ser usada a bucha de biela BG036 do motor
Maxion 4248 e 4236 Turbo, para adaptação na biela do motor TD229. Isto, só em
extrema necessidades!
A MWM sempre fica atenta a qualquer avaria de seus produtos, principalmente quando se trata de
peças importantes para o motor.
Volante de dupla Massa
O volante de dupla Massa é uma dessas peças que tem particularidades especiais no motor, além
dele deter os ruídos e trancos ele é responsável ao inicio de partida do motor por conter uma
cremalheira onde o componente do motor de partida, aciona o mesmo até que a primeira partida
do motor entre em funcionamento, também nele é fixado o conjunto de embreagem e ainda em
motores eletrônicos tem função de gerar pulsos de rotação através de um sensor de rotação,
indicando a central que o motor entrou em funcionamento.
Defeitos
Enviados por reclamações este tipo de volante ao laboratório técnico da MWM por supostas
avarias em seu mecanismo, onde foram analisados e constatados que não foram encontrados
quaisquer tipos de defeitos mencionados. As analises técnicas comprovaram que: foram
observadas elevadas incidências de substituições dos componentes e que não apresentaram as
falhas reclamadas (sem nenhum defeito).
A fim de melhorar o diagnóstico no distribuidor autorizado e evitar substituições indevidas, é
apresentado através de informações técnicas da MWM Boletins com os devidos procedimentos
para diagnósticos destes componentes. Também foi apresentado novo formulário para
preenchimento correto das avarias apresentadas e se realmente for constatado veracidade dos
fatos a substituição da peça será o mais rápido possível.
Nota: Os responsáveis terão que preencher um novo formulário apresentando com
clareza qualquer defeito que possa apresentar, para evitar constrangimentos para
ambos os lados.
Procedimentos dos diagnósticos
•Fixar o volante com dois parafusos em uma morsa.
Encaixar a ferramenta
especial nº7000550C91 no volante. Encaixar os pinos de centralização no guia e fixar o
dispositivo no volante com 3 parafusos.
Observação importante: Em um
volante sem problema funcional a
quantidade de dentes deve situar se
entre 17 e 24 dentes. Observar
atentamente o comprimento do
parafuso que fixa o prato de
embreagem, pois o mesmo poderá,
além de travar o volante ainda deixará o mesmo deslocado de sua geometria de trabalho, ou seja,
o mesmo deixará de atuar a sua massa.
ALTURA CABEÇOTE
Diesel, Gasolina e
Álcool
MONTADORA APLICAÇÃO POTENCIA/HP/L COMBUSTÍVEL STD PLAINA
Volkswagem Gol AT EA111 1.0 16V Gasolina 128,60 128,10
Volkswagen Gol AT EA111 1.0 8V Gasolina 136,00 135,50
Volkswagen Gol/Saveiro EA111 1.0 8V Flex Power 136,10 135,60
Volkswagen Gol/Golf/Kombi 1.4/1.6 8V Flex Power 136,10 135,60
Gol/Saveiro/Parati/
Volkswagen AP 1.5/1.6/1.8/2.0 Gasolina/álcool 133,20 132,80
Santana
Volkswagen Power 16V 1.0 16V Gasolina/álcool 108,60 108,10
Audi Audi 2.0 20V Gasolina 139.50 139.00
MONTADORA APLICAÇÃO POTENCIA/HP/L COMBUSTÍVEL STD PLAINA
GM/Canadense Blazer 3.4 Litros Gasolina 29,50 28,50
GM Chevette 1.4/1.6 Gas/Álccol 90,00 89,50
GM Chevrolet Brasil Gasolina 101,70 101,20
GM Corsa/Celta 1.0/1.4/1.6 OHC 8V Gasolina 96,00 95,50
GM Corsa 1.0/1.4/1.6 OHC Álcool 96,00 95,20
GM Corsa 1.0/1.6 OHC 16V Gasolina 135,30 134,50
Ford Fiesta/ka/Eco Sport 1.0/1.6 Gasolina 110,00 109,50
Ford Fiesta/ka/Eco Sport 1.0/1.6 Flex 109,00 108,50
Ford Zetec Rocan 1.8/2.0 16V Gasolina 132,90 132,40
Ford Fiesta/Endura 1.0/1.3 Gasolina 84,00 83,50
Ford Courier 1.4 16V Gasolina 117,20 116,70
Ford Corcel I 1.4 até 1981 Gasolina 74,00 73,50
Ford Corcel II 1.6 (Válv. grande) Gasolina 74,60 74,10
Ford Corcel II 1.6 Álcool 72,40 71,90
Ford Corcel II 1.6 letras A Álcool 72,60 72,10
1.6 letras D/ Válv.
Ford Escort xr3/CHT Gasolina 75,00 74,50
grande
Ford CHT 1.6 AE letras A Álcool 76,60 76,10
Gol/Escort Hobby/
Volks/Ford AE 1.0 até 96 Gasolina 75,50 75,00
CHT
1.6 AE letras C/
Ford CHT Gasolina 76,60 75,70
Válv. grande
Ford CHT 1.3 letras B Álcool 74,50 73,70
Zetec Rocan 16V
Ford Escort Gasolina 133,00 132,20
após 1996
Fiat Arg. Sevel 1.5/1.6 Gasolina 59,00 58,00
Fiat Fiorino/ panorama 1050/1300 até 1988 Gasolina 75,00 74,50
Fiat Fiorino/ panorama 1050/1300/1500 Álcool 74,00 73,50
Fiat Fiorino/Uno/147 0994/1050/1300 Gasolina 75,00 74,50
Fiat Fiorino/Uno/147 0994/1050/1300 Álcool 74,00 73,00
Fiat Strada 1.5 E 201 Gasolina 74,70 74,20
Fiat Strada 1.5 E 201 Álcool 74,00 73,50
Fiat Fire Uno/Pálio 1.0 8V Gasolina 126,60 126,10
Fiat Fire Strada/Pálio 1.0 16V Gasolina 77,00 76,50
Fiat Alfa Romeu 180/210/D11000 Diesel 110.00 109.50
Honda Accond v-tec 16V Gasolina 100.00 99,50
Honda Civic Gasolina 92,90 92,40
Honda Civic Importado Gasolina 95,00 94,50
Hyundai Elantra 16V Gasolina 132,00 131,50
Hyundai Hiunday Gasolina 45,00 44,50
Hyundai H 100 Diesel 94,10 93,60
Nissan H 20 VG 30 Gasolina 82,50 82,00
Nissan Americana Gasolina 82,70 82,20
Ásia Motors Besta 2.2 Litros Diesel 134.00 133,50
Ásia Motors Besta 2.7 litros Diesel 88,00 87,50
Ásia Motors Bongo Diesel 82,55 82,05
MONTADORA APLICAÇÃO POTENCIA/HP/L COMBUSTÍVEL STD PLAINA
Ásia Motors Camival V6 Gasolina 119,00 118,00
BMW BMW 4/6 Cil. Gasolina 140,00 139,50
BMW BMW 24V/ 325 /I Gasolina 140,40 139,40
Cury Cury Gasolina 100,00 99,50
Chrysler Chrysler 16V Gasolina 116,00 115,50
Renault Clio 1.0 Gasolina 113,00 112,50
Cummins Cargo NT 885 Diesel 111,00 110,00
Cummins Cargo 6 CT Diesel 116,00 115,00
Cummins Cargo 6 BT Diesel 95,00 94,00
Cummins D 65/855 Diesel 111,00 110,00
Caterpillar Máquinas 3304/3306 Diesel 100,00 99,00
Nissan D-21 2.7 litros Diesel 90,00 89,00
Euro van 5 Cil. 20V Diesel 133,00 132,00
Fiat Ducato Furgão Diesel 150,00 149,00
Fiat Caminhão 130/140 Diesel 100,00 99,00
Fiat Caminhão 190 Diesel 140,00 139,00
Fiat Máquinas AD7/AD14 Diesel 125,50 125,00
Ford Cargo Diesel 114,00 113,00
Ford trator 5600/6600 Diesel 114,00 113,00
2/71-3/71-4/71-6/71
GM Diesel 90,70 90,20
20UR4V
GM 3/55-4/53 Diesel 112,00 111,00
MWM
Hs/Hsd 2.5T charlecooled Diesel 128,13 127,85
International
Os valores contidos na tabela acima, foram compilados de outras tabelas fornecidas por
representantes legais par fins de informações aproximadas. A mesma poderá conter erros de
compilação ou valores.
Se houver qualquer divergência quanto aos itens e valores da tabela consultar fabricantes de cada
modelo do motor.
Também encontramos motores com dois carburadores e estes são aplicados através de flanges
ligados diretamente na entrada da admissão dos cabeçotes.
Estes são alguns dos detalhes de muitos outros que devem ser levados em considerações neste
motor.
É um motor simples de mexer para muitos reparadores e complexo para outros, mas tudo
depende do momento da desmontagem, retifica de seus componentes e da montagem.
Cuidados que devem ser tomados
Este motor requer muitos cuidados na hora de ser retificado, vários são os requisitos necessários
que o retificador tem que ter em mãos para a execução dos serviços do mesmo jeito na
montagem, continua os mesmos cuidados.
Hoje, muitos locais de retifica e oficina mecânicas já não querem mais fazer reparos nestes
motores, pois dizem já não compensar, porem existem muitos veículos no Brasil rodando com
este motor. Alerto as oficinas mecânicas e retificas de motores que existe claramente as
necessidades de atenderem os serviços destes motores, afinal são motores como tantos outros.
Existem é claro algumas particularidades na retifica e montagem, mas nada desesperador, pois a
retifica é semelhante como dos demais motores que também seguem as mesmas ordens.
O motor da Volkswagen a ar, não interessando em qual veiculo esta aplicado, recebe unicamente
e exclusivamente por nome de: motor do fusca.
Assuntos do Manual Técnico da retifica do motor do fusca
Tutorial passo a passo mostrará que é muito fácil a retifica deste motor e também os cuidados
necessários para que o montador após a retifica não fique (“P” da vida) com o retificador.
Este manual técnico tem um pequeno custo de sua criação, pois foram horas de trabalho
para detalhar o entendimento das funcionalidades dos serviços de retifica deste motor. Varias
paginas abordam este assunto:
•história da criação do motor do fusca;
•Tabelas de Medidas;
•Adaptação do Mancal suposto;
•e outras todas ilustradas.
Antes leia as Politicas de privacidade do site isto é muito importante caso houver algumas
divergências, pois não lendo, não conhecerá as normas editadas para ambos, lendo conhecerá o
que está comprando.
Importante: Nunca compre nada sem ler antes do que se trata e para que serve!
CABEÇOTE DO MOTOR
LINHA CHEVROLET
Elas permitem quando fechadas a compressão correta e total, quando aberta a de admissão, é
aspirado pra dentro das camaras do coletor de admissão e respectivamente para dentro dos
cilindros do motor a mistura ar/combustível e a de escape quando aberta elimina através do
coletor de escape os gases que foram queimados.
Para que as válvulas possam fazer o movimento de abertura e fechamento existem outro
equipamento responsável a este fator que é o eixo de comando de válvulas.
Este eixo ou eixos são sincronizados ao eixo virabrequim através de correia dentada, corrente
ou engrenagens e por meio dos seus ressaltos (cames) promovem as aberturas e fechamentos
das válvulas nos determinados tempos do motor.
Portanto, o eixo de comando de válvulas e as válvulas são elementos importantíssimo para o
motor, qualquer avaria pode comprometer e muito o rendimento do motor.
Tuchos de válvulas
Além das válvulas, comando de válvulas existem outros acessórios importantes que juntos
comandam por completo o sistema de admissão, compressão, explosão e exaustão.
Esses acessórios são os tuchos hidráulicos e os balancins e estão presente em quase todos os
motores da GM, talvez todos. Para que todos esses equipamentos funcione corretamente no
cabeçote do motor existem ainda os balancins como mencionado, que podem ser sólidos ou
roletados. Os novos motores da GM usam os balancins roletados
Não fugindo de
nosso foco, mas é bom saber que existem dois tipos de tuchos nos motores
automobilísticos: hidráulicos e mecânicos.
O primeiro atua com óleo interno e o segundo usa pastilhas calibradas e também
existem somente o tucho com especificações de regulagens (no caso do Corolla e
outros motores importados que usam estes meios. Os tuchos mecânicos com
pastilhas são muito comum encontra-los na linha Fiat atuais e Volkswagen os mais
antigos, como nos motores AP 1.6.
Na maioria das vezes, os tuchos hidráulicos dispensam as varetas pelo fato do comando ser
aplicado diretamente no cabeçote por alojamentos próprios e diretamente sobre as válvulas,
acionando as mesmas através do tuchos ou balancins. No caso da linha GM os tuchos são
hidráulicos ou elementos hidráulicos e as válvulas são acionados por balancins.
Atuação dos tuchos hidráulicos
Para funcionar corretamente, o tucho hidráulico deve receber óleo lubrificante limpo, na
especificação correta e sobre pressão. Além de lubrificar o componente, preenche as suas
câmaras internas, promovendo o ajuste automático da folga de funcionamento das válvulas
evitando barulhos internos no motor.
Borras no motor
As avarias dos tuchos hidráulicos e de quase todo o motor (não só nos motores da linha GM, mas
em todos os motores de veículos que usam destes componentes), são quando existem formações
excessivas de borras dentro do motor (devido à deterioração do óleo lubrificante), as galerias que
alimentam os tuchos (entre outras passagens) ficam obstruídas. Isso acontecendo faz com que a
pressão do óleo caia, impedindo o seu correto funcionamento onde começa a criar ruídos dentro
do motor prejudicando também a sua correta lubrificação. Com isso tem-se a redução do
desempenho do motor e o desgaste prematuros dos tuchos, dos seus alojamentos, do eixo de
comando de válvulas, balancins, escoras e das válvulas, eixo virabrequim, cilindros, etc.
Fique atento: A aplicação incorreta do óleo e filtro lubrificante também pode
comprometer o motor nas mesmas proporções.
Temperatura do motor
Com o aumento da temperatura do motor, e este estiver em condições precárias, com muito
desgastes o óleo vencido ou inadequado se transforma em borra, neste caso o óleo lubrificante
perde a sua viscosidade e escapa do interior das galerias, dos tuchos, bronzinas de mancal e
bielas, alojamentos dos comandos e outros alojamentos importantes. Este acontecimento interno
no motor, acaba por impedir o correto funcionamento.
Em casos extremos, pode haver o rompimento do filme de óleo lubrificante existente entre o eixo
virabrequim, bielas, eixo comando de válvulas, tuchos cilindros (...) mencionado anteriormente. As
consequências são os atritos secos entre as peças e o fundimentos dos componentes moveis do
motor.
Desgastes prematuros
Em caso de desgastes prematuros recomenda-se retificar ou trocar as peças danificadas, não
somente as danificadas, mas todo o conjunto no caso por exemplo: eixo comando de válvulas,
tuchos, balancins, escoras, a válvulas, guias de válvulas, válvula de retenção e até mesmo a
gaiola, pois todas as peças podem estar comprometidas.
Barulhos de tuchos ou válvulas
Quando se ouve ruídos excessivos na parte de cima do motor (cabeçote), notar perdas de
rendimentos e irregularidades na marcha lenta, o problema poderá ser: Nos cames do comando
de válvulas (comido).
Se estiverem nestas condições as válvulas não abrem o suficiente. O correto para ter certeza é
abrir a tampa das válvulas e inspecionar cuidadosamente o conjunto do eixo comando de
válvulas, balancins, escoras, tuchos, válvula de alivio da galeria dos tuchos a procura de indícios
de falta de lubrificação ou outras avarias.
Cabeçote Roletados
Nos cabeçotes dos motores das novas gerações aplicados nos motores 1.0, 1.4, 1.6 e 1.8 e até
2.0, o acionamento das válvulas são através de balancins com roletes. (Os conhecidos cabeçotes
roletados), aplicados nos motores do corsa, celta, cobalt, S10, Vectra, prisma e outros.
Princípios de funcionamento
Os princípios de funcionamento é idêntico aos cabeçotes mais antigos, porém muitas coisas foram
mudadas em seus mecanismos como:
•Os tuchos são menores (na verdade são elementos hidráulicos);
•Os balancins são de roletes,
•O eixo comando tem seus ressaltos arredondados;
•As molas são do tipo cone;
•As válvulas têm suas hastes mais finas (6,00 mm), tanto como os guias de válvulas e
consequentemente foram reduzidos os pratos superiores das molas como também as travas de
válvulas.
Outros componentes que podem ser avaliados quando o eixo de comando de válvulas se
desgasta prematuramente, são:
Uma das formas é verificar se a gaiola está empenada, para isto deve remover a gaiola do
cabeçote, retirar o eixo comando quebrado e ao colocar o eixo novo sobre a gaiola, o mesmo
deverá girar livremente com mão.
Se ocorrer do eixo não entrar e se entrar existir interferência ao girar com a mão, a gaiola estará
empenada e deve ser substituída.
•Desmontar as molas;
•Retirar as válvulas e prender o cabeçote a uma morsa ou dispositivo de apoio;
•Colocar no local apropriado a gaiola com o eixo comando rodando livre em seu alojamento;
•Apertar (normalmente) esta gaiola sobre o cabeçote simulando como se estivesse colocando ao
bloco do motor;
Feito estes procedimentos e o comando de válvulas prender é porque a base superior do
cabeçote está empenada.
Geralmente este defeito é visual só de apoiar a gaiola do comando sobre a base do cabeçote, a
mesma fica que tipo gangorreando.
Nestes casos deve ser substituídos o cabeçote e as vezes também a gaiola do eixo comando de
válvulas.
Importante: Em banca de serviços na oficina a planicidade da face superior do
cabeçote e da gaiola antes da montagem devem ser medidos utilizando uma régua de
aço na diagonal.
lembrando que no veículo estes testes raramente terão resultados satisfatórios devido
o mesmo estar montado com as válvulas.
Para realmente resolver este tipo de problemas o aconselhável é levar todo o conjunto
até uma retifica de motores, lá os procedimentos terão maiores precisões.
Retifica da base superior do cabeçote
A usinagem desta parte não é permitida, porque irá sofrer alterações na altura do cabeçote e
consequentemente na altura de trabalho dos tuchos de válvulas. O comando irá baixar e os
tuchos ao carregar, deixarão as válvulas abertas, com isso o motor poderá não entrar em
funcionamento por falta de compressão e se funcionar poderá ficar falhando os cilindros.
Nota: Em recuperadoras de cabeçote e até em retifica que tenha máquina retificadora
de sedes, existem meios satisfatórios para recuperar estas diferenças, como
mencionado não é recomendado, mas funciona!
Superaquecimentos do motor
Na maioria dos casos, de superaquecimentos queima-se a junta de vedação do cabeçote e a base
do cabeçote também queima e empena, assim é levado para a retifica para corrigir esta falha,
mas a gaiola muitas vezes não acompanha o cabeçote, onde ocorre a ausência de verificação
também desta base de apoio que logicamente se o superaquecimento foi muito alto pode ocorrer
também o empenamento desta base e da gaiola.
Letra gravada no comando
Outro item muito importante é a verificação da letra gravada no comando, para cada tipo de
motorização é um tipo de comando e uma letra, leve este item muito a sério, porque poderá o
funcionamento do motor ser comprometido.
O que muda de um comando para outro é o lobe center 7, que é o grau de inclinação de abertura
e fechamento das válvulas.
Siga a orientação do
fabricante ou siga a letra
do comando velho.
Importante ressaltar que: Comando aplicado errado o motor poderá entrar em funcionamento,
mas não terá desempenho, vai consumir combustível, poderá ficar falhando e outros graves
problemas.
Toda vez que montar o eixo de comando de válvulas, o motor tem que estar em posição de
sincronismo, ou então ao funcionar o motor poderá as válvulas ser atropeladas pelo pistão do
motor. Neste caso além do prejuízo, a remoção do cabeçote será inevitável.
Essas ferramentas são usadas diariamente em retifica de motores, oficinas mecânicas, tornearias
e outros do segmento.
Caso ainda não tenha as apostilas de metrologia baixe agora mesmo gratuitamente.
Disponibilizei esses assuntos, para melhor entender o artigo a seguir e outros que virão!
Medidas dos componentes dos Motores
Entendem se por medidas quando temos um corpo de várias formas, que a olho nu não se pode
ter a exatidão das medidas lineares, circulares, comprimentos ou larguras.
Aferimentos das medidas do motor (folgas radiais, axiais e tolerâncias)
Como então proceder?
Para sabermos as medidas de um corpo, área, alojamentos (altura, comprimento, diâmetro),
usamos ferramentas especificas, com graduações métricas e para cada situação existem uma
escala aceitável.
•Na construção civil, utilizamos o metro, trena, régua, escalas, esquadros. O metro é a medida
padrão;
•Na carpintaria também usa-se o metro, trena, escala, esquadros, etc. O metro e o centímetros
são os mais usuais;
•Na mecânica geral usamos constantemente; trena, paquímetros, escala (réguas), transferidores
de graus (goniômetro), etc. Usa se o metro, centímetro, décimo, centésimo e o milímetro como
medidas.
•Tornearia mecânica usa se: o paquímetro, trena, micrômetro e as medidas passam para uma
escala decimal. Usa se a escala em décimos e centésimos;
•Retífica de motores, retificas de outros equipamentos mecânicos como a hidráulica, ferramentaria
e indústrias mecânicas, já dispõem de ferramentas mais precisas de relações micrométricas, pois,
neste setor da mecânica passamos a lidar com fabricações e recuperações de peças. Nesses
casos são necessários o uso de ferramentas com maiores precisões como: paquímetros digitais,
micrômetros, goniômetros, escalas, súbitos, relógios comparadores, etc. Ferramentas estas das
mais simples as mais precisas, todas com escalas milimétricas ou seja, a escala passa a ser em
centésimos de milímetros e milésimos de milímetros.
Retifica de Motores
Neste artigo sobre medidas onde, o assunto é de retifica de motores usaremos o micrômetro,
relógio comparador, paquímetro, o súbito, goniômetros, escalas (réguas), torquímetros,
transferidores de graus, compassos, etc.
Tolerância
Para todas as medidas existem uma determinada tolerância, umas grandes, outras pequenas e
outras mínimas.
Existem medidas dentro de outras medidas e, também existem medidas maiores para serem
acopladas a outras peças sobre pressão, chamada de interferência. Mesmo assim, estas
medidas terão precisões exatas, ou então, não serão possíveis às conexões de outras peças com
medidas inferiores.
Exemplo:
Existem na linha automotiva, bielas que recebem os pistões sobre interferência de seus pinos
(linha Ford, Fiat, GM e outras), o diâmetro do alojamento do pino na biela (olho da biela) é menor
que o diâmetro do pino do pistão, mas esta interferência é milimétrica o suficiente para prender o
pino do pistão sem que o mesmo venha a sair.
Dica importante: para inserir o pino do pistão no alojamento onde este pino é inserido
(no olho da biela), o mesmo deve ser aquecido a temperaturas suficientes para delatar
(abrir), para que o pino seja introduzido livremente. Ao esfriar este alojamento o
mesmo se fecha prendendo o pino do pistão de maneira que só sairá prensado. Por
isso o nome interferência!
Nunca coloque o pino de pistão sobre interferência prensado o mesmo a frio, pois
ocorrerá deste pino por ser de diâmetro maior abrir ou deformar o alojamento no olho
da biela e o mesmo ao trabalhar no motor sobre alta temperatura irá soltar-se,
deslizando para a lateral do cilindro do motor e danificando o mesmo.
Os mesmos procedimentos são para as engrenagens dos virabrequins, comandos,
compensadores de massa, etc. Claro que existem particularidades para efetuar estes serviços.
Folgas
Na retifica de motores trabalhamos com medidas variadas para todos os componentes do motor.
Essas medidas não poderão nunca ser justas, ou seja, medidas zeradas para eixos moveis.
Existirá sempre uma determinada tolerância obrigatoriamente, que são as folgasseguida da
mesma precisão de uma determinada escala, a saber. As folgas recebem nomes técnicos
conhecidos por todos os retificadores de motor e por todos engenheiros mecânicos envolvidos em
mecânica sobre usinagem.
Elas são conhecidas por:
•Folgas radiais e;
•Folgas axiais!
Observação: Nunca confundir TOLERÂNCIA com FOLGAS! A uma diferença quase
incompreensível, mas existem!
Tolerância - são as diferenças entre as medidas maiores e menores de um corpo de uma peça,
seja cilíndrica, quadrada, cônica, oval, etc.
Folgas - são as medidas planejadas a receberem outros preenchimentos de um corpo relativo ao
tipo de serviço que irão se submeter.
No caso do motor, o material serão os lubrificantes, estes preencherão os espaços vazios que
existem entre um mancal e um eixo. Isso em motor é essencial, obrigatoriamente essencial.
Também o óleo lubrificante deverá estar dentro das normas técnicas para seguir estas
obrigatoriedades nos motores.
Conheçam as diferenças de óleos lubrificantes e suas propriedades clique no link:
óleos lubrificantes
Observação: Estas técnicas não são válidas só para os motores e sim para todos os
sistemas onde envolvem um eixo e um mancal. Como todos sabem onde existe um
eixo trabalhando sobre um mancal, este deve estar lubrificado de alguma forma.
O que são folgas radiais e axiais?
Folga Radial
Folga Radial é o complemento existente gerado para acoplar uma devida peça em um mancal
onde haverá um espaço vazio ocupado por outro corpo, para gerar uma certa pressão ou
simplesmente trabalhar por muito tempo sem ocorrer danos as peças envolvidas, no caso do
motor esta folga radial deve existir, ser precisa e preenchida.
Como saber exatamente a medida da folga radial entre o eixo e o mancal?
Para conseguir a medida exata da folga radial entre o eixo virabrequim e o seu alojamento, no
caso os mancais no bloco, mede se o colo do virabrequim; depois usando de uma ferramenta de
precisão interna "o súbito" regulando esta ferramenta sobre a medida adquirida através do
micrômetro, mede-se em seguida de forma cruzada o alojamento do mancal com a bronzina na
respectiva medida fixa ao mancal do bloco. A diferença das medidas obtêm-se a folga radial. Veja
ilustração abaixo:
Exemplo prático: Vamos supor que tenho um virabrequim com os mancais com medidas de
76,00 mm Std e o seu alojamento "mancal" com 76,10 mm, com a bronzina Std em seu
alojamento e com os parafusos deste mancal torqueado com 140 Nm (Cento e quarenta Newton
metros, correspondente a 14 kgfm (quatorze quilos gramas força) e a folga exigida é entre 0,07 a
0,14 mm pedido pelo fabricante deste nosso exemplo, neste caso teremos:
76,10 - 76,00 = 0,10 mm
Neste exemplo temos uma folga radial entre o virabrequim e o mancal de 0,10 mm ( dez
centésimos de milímetros).
Tolerâncias para que serve?
As tolerâncias servem nesse caso como uma escala admissível para cobrir o diferencial entre, as
folgas maiores para as menores, mesmo que os colos do virabrequim tenham medidas padrões
exatas como no nosso exemplo de 76,00 mm.
Mas suponhamos que as medidas desse virabrequim poderá ter variações toleráveis de 0,02 mm
para menos ou seja, 75,98 mm, medida mínima e 76,00 mm, medida máxima. Essas medidas
como vimos podem variar em 0,02 mm para menos e estarão normais, dentro dos padrões.
Sendo assim, os valores da folga radial vão aumentar se a medida do colo do virabrequim ficar na
medida mínima de 75,98 mm. Caso exista esses diferenciais nas medidas do virabrequim e
alojamento do mancal, após montados, as folgas radiais irão permanecer dentro das tolerâncias
permitidas por fábrica, que são 0,07 a 0,14 mm.
Lembrando que o alojamento do mancal do bloco, sem a bronzina também tem medidas
rigorosamente exatas com tolerâncias entre 0,01 a 0,02 mm para mais e para menos de sua
medida Std dentro dos padrões de fabrica (dizemos mancal fechado quando a medida está para
mais e aberto quando a medida está para menos) . Essas diferenças também são toleráveis e não
vão alterar as folgas radiais do motor. Também é bom lembrar que essas medidas são exatas com
os parafusos dos mancais torqueados nos torques corretos.
Lembrando que: Os colos do virabrequim tanto mancal como os de bielas, seguem
os mesmos padrões e as mesmas tolerâncias de 0,01 a 0,02 para menos de sua
medida Std. Tanto quanto os alojamentos das bronzinas nas bielas.
Pressão do óleo lubrificante
E pra que serve esta folga radial?
Esta folga radial como mencionado é conhecida como "folga de óleo", ou seja, nesta folga
mínima entre o mancal fixo e o eixo virabrequim, vai trabalhar o óleo lubrificante e sobre pressão o
mesmo sofrerá estas transformações quando em trabalho dentro do motor, por isso, a folga deve
atender rigorosamente os padrões de fábrica.
A folga radial exercem duas funções dentro do motor, lubrificação dos eixos moveis sem
interferências nos metais patentes das bronzinas e exercer alta pressão do sistema de
lubrificação.
Sem essa pressão do óleo, outros componentes do motor não serão lubrificados, como
alojamentos das bielas, cabeçotes, tuchos, comando de válvulas e outros componentes moveis.
Arvores de Manivela (Eixo Virabrequim)
A arvore de manivelas conhecida como (eixo virabrequim) é a responsável depois da bomba de
óleo lubrificar sobre pressão todos os componentes moveis do motor. A lubrificação vem
diretamente da galeria principal do bloco do motor; expande-se pelas galerias dos mancais; entra
nos canais do virabrequim e sobre pressão são direcionados para as demais galerias.
Observação: A pressão do óleo nos motores são controladas através de uma válvula
de alivio instalada diretamente na galeria principal do bloco ou na bomba de óleo,
limitando assim os valores de pressão especifico para cada motor, que funciona
interrupta com um valor mínimo para baixa rotação (marcha lenta) e máximo para alta
rotação. Esses valores são precisos para evitar danos ao motor, como por exemplo:
rompimentos do filtro lubrificante, vazamentos, rompimentos de selos de vedação, dos
tuchos hidráulicos, etc.
Bronzinas e buchas do motor
Entre o mancal do bloco do motor e os colos do virabrequim como já mencionados são
introduzidas as bronzinas (casquilhos), peças com várias camadas de tratamento, e sobre estes
casquilhos o virabrequim.
Nas buchas que também são de bronzes ou metal patente e as vezes alumínio, são introduzidos
os comandos de válvulas, pinos de bielas, eixo dos balanceiros, engrenagens,etc.
O virabrequim e demais eixos trabalham rodando sobre essas bronzinas, não diretamente porque
não poderão trabalhar esfregando nas mesmas, se isso não for observados, as peças fundirão
entre si. Para preencher este espaço e evitar o atrito entre as peças as mesmas são lubrificadas
com óleos específicos, devem estar alinhadas e balanceadas.
Mancais do motor
Os mancais deverão estar dentro das medidas especificadas, para obterem a exatidão quando
acoplados as bronzinas em seus alojamentos, para que as mesmas recebam depois de apertadas
com torques específicos em seus parafusos à forma cilíndrica perfeita para evitar o atrito com os
mancais do virabrequim. O virabrequim como demais peças de um motor, deverão seguir as
mesmas normas de precisão.
Após apertar os mancais com as bronzinas em seu interior, as medidas correspondentes deverão
alcançar as medidas das folgas radiais onde serão preenchidas com o óleo lubrificante. Estas
folgas deverão estar dentro do permitido que é a tolerância entre as medidas maiores e menores
ja visto anteriormente. No caso os mancais tem medidas maiores e os colos do virabrequim
menor, sempre variando entre 0,07 a 0,14 mm para motores diesel e 0,01 a 0,07 para motores do
ciclo OTTO.
Essas diferenças de variações são as chamadas tolerância, ou seja, estando dentro desses
padrões são toleráveis as folgas. Chamado também de folgas de montagem ou folga do óleo.
Não existem medidas zeradas para motores!
Existe sim motores com medidas toleráveis muito pequenas, como os motores da linha GM. Esses
tem folgas em torno de 0,01 a 0,02 mm para folgas de pistões em relação aos cilindros, folgas
radiais para quase todos os equipamentos moveis.
Note: Por mais que um retificador tente, ele não conseguira ter medidas zeradas em
uma retifica de motores, porque as medidas de fabrica dos componentes do motor e
as peças fabricadas, já veem com as folgas determinadas, mesmo que peças venham
sobre medidas. Essas peças chamamos de acabadas, mas por ventura o retificador
conseguir, com certeza as peças moveis do motor mesmo que lubrificadas, vão entrar
em atritos e fundir-se uma na outra, imediatamente.
Por padrão os fabricantes de peças de motores constrói as suas peças de reposições nas
mesmas proporções das originais e essas medidas vem gravadas nas peças ou nas tabelas
disponibilizadas pelos fabricantes do motor e todas com certificação do INMETRO.
Cada peça vem discriminando os seus valores de medidas e as respectivas folgas, alem de outros
valores.
As padrões recebem a descrição de Stander ("Std") ou medidas padrões, e as de sobre medidas
com os valores seguinte conforme determinação do fabricante do motor. No exemplo do pistão,
pode ser encontrado no mercado pistão sobre medidas de 0,40 mm; 0,60 e outros com 0,50 mm;
1,00 mm.
Tabelas de medidas originais de fabrica
Todas as medidas, tolerâncias, folgas, torques dos parafusos, força e o que diz respeito ao motor
fabricado e montado são discriminados e escritos em manuais técnicos direcionados aos
reparadores técnicos e retificas de motores.
Geralmente o reparador e retificador consegue essas tabelas com os fabricantes de peças de
reposição para estes e outros motores. Os manuais técnicos de trabalho originais ficam restritos
as concessionárias.
As retificas de motores por obrigação devem ter tabelas de medidas padrões
relacionadas a quase todos os tipos de motores.
Folga Axial
A folga axial é outra medida extremamente aplicada ao motor.
Arruelas de encosto
Esta folga geralmente são controladas através de arruelas de encosto, inseridas entre o colo
central do virabrequim, alojadas em rebaixos apropriados nesses mancais. Estas peças são
vendidas aos pares, uma fixa ao alojamento no mancal do bloco e tem aparência de uma meia lua
e a outra parte também em forma de meia lua, vai fixa na capa do mancal e dispõem-se de uma
trava para manter as mesmas fixas em seus alojamentos, evitando que as mesmas trabalhem,
rodem com virabrequim.
Os motores usam um par destas arruelas em cada lado do mancal, também outros motores
poderão usar arruelas de encosto somente na parte do mancal fixo no bloco. As medidas poderão
ser encontradas nas medidas STD e Sobre medidas.
É importante na hora da montagem ficar atento, pois existem lados de montagem para
essas arruelas de encosto.
Uma das faces dessas arruelas são metálicas (ferro) e outro com preenchimentos com camadas
de bronze, metal patente e com rasgos de lubrificações, este lado deve ficar voltado para o
virabrequim. Se colocado ao contrario fundira a lateral do virabrequim e também o seu alojamento
no bloco e capa do mancal, comprometendo o funcionamento do motor.