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lll!l Conclusoes
As seguintes conclusóes sao basicamcnte, para motores aspirados, Nos molares turbo poder2í haver alguma
variac.ao nos valores de compressao na acelera<;ao rápida, Tudo depende da rapidez com que a sobre-alimentac.ao
entra em m::ao. Nos motores com sobre-alimenta<;ao por compressor, já na marcha lenta podem verificar-se
difercnc:as com rela<;ao aos valores aqui a presentados.
► O valor de cornpress/!o na acelerac.ao r¿ipida está em torno de 80'3/, daquele do teste estático,
• Se o valor for menor que 80% ou 70%: O sistema de admissao de ar está causando a restric;:ao,
• Se o valoré superior a 80% (90% ou mais): O sistema de escape está causando a restrii:;tio,
► Em muitos casos, o lc-;sle df; cornpress,,Jo est2ítica apresenta bons resultados e, no entanto, quanc1o em
funcionamento, o motor nao consegue admitir o ar necessário. lsto, clevido a restrii:;óes na admissao ou
deficiüncia no comando de válvulas, defeitos estes que somente se evídenciarn co1T1 o motor Funcionando.
► O teste de Comprcssao Dinamica (na marcha lenta ou em acelcrai:;ao) é apropríado para evidenciar
problemas relacionados como mecanísrno de acionamento das válvulas e que se manilcstam corno falhas
de combustao.
Assim. valores normais de compressi"10 estática e. baixos de cornpressao dinámica, podem indicar, por
exemplo, molas fracas. Nestes casos, com rotac;ao de partida, as molas trabalham corretamcntc, mas nao
conseguem cumprir a func;:ao com rotac;óes maíores; as válvulas flutuarn.
Dcpendendo do grau de enfraquecimento, a falha de combustao pode se manifestar, somente, no rcgíme
de car~~ª parcial ou de plena carga.
► Na maior parte dos casos e devido a falta de especificac;óes, um recurso de diagnóstico importante é a
comparac;ao entre cilindros: Urn valor menor de compressao dinamica evidencia problema de fluxo de ar:
restric;ao na admíssao ou na exaustao.
Os valores apresentados sao meramente orientativos. Em funi:;ao da falta de especificac;ócs precisas, relacionadas
com ostes testes, a experiencia obtida com motores cm bom estado, Eijudará na obtern;ao de valores de referencia.
Geralmente, é rccomendável, pela sua simplicidadc, realizar urna primeira verificar;ao do vácuo do coletor (ver
Capitulo 16) para posteriormente, se necessário, aplicar os testes de compressao (de execur;ao mais demorada)
A seguir, um exemplo de aplicar;ao dos testes de compressao abordados neste capitulo. O motor é um V6 de
2,5L (com sistema 08011), que apresentava urna leve falha de combustao na marcha lenta e que desaparecía
como aumento de rotac;é'10. Estava gravado o código DTC P0304 (falha de combustao no cilindro 4) e a MIL
(lámpada de avaria) acesa.
Os testes de comprcssao
Cilindro) O f} () O 0 @
apresentaram os Compressao Estática 180 180 180 90 190 185
seguintcs resultados: Compressao Dinámica 145 145 150 120 150 145
A
Teste
Ainda nao dispondo das especificai:;óes para este motor, resulta evidente que o cilindro 4 apresenta problema,
Pelo fato que a baíxa compressao se manifesta cm ambos os testes, o defeito nao estf1 relacionado com a
eficiencia volumétrica, ou seja, com restric;oes na admissao ou no escape,
No caso deste exemplo, os sistemas de ignii;:ao, de alimentai;:ao de combustivel e a existencia de vazamentos,
foram verificados previamente sem apresentar defeíto.
A seguir, foi realizado o teste comprc-?ssao "úmida" que nao mostrou variai:;ao significativa no valor da compressáo,
descartando, em principio, problema nos anéis. Urna vez retirado o cabei;:ote, foi constatado que a causa era
pistao com rachadura, local por onde perdía compressao.
Lembrar que o teste de compressao estática é urna rnedida da cstanqucídade (vedac;ao) do cilindro enquanto
que o de compressao dinamica ó urna medida da eficiencia volumútríca.
Os testes de compressao poderiam ter sido complementados coma an;J/ise das ondas de ígnic;ao, o que
ajudaria a determinar se a origem do problema era vedar;ao do cilindro, alimentac:tw de combustível ou
o próprio sistema de ignic;ao
,,.
MAutotronica ,
Em capítulo anterior foi salienLada a utilídade dos testes de cornpressao no diagnóstico de faihas de combusta o.
Quando realizados com medidores mecánicos, o diagnóstico deve ser feito, na maior parte dos casos, combase
na avalirn;ao dos valores máximos das medíc;óes. Os testes podem tambérn, ser realizados ulilizando um transdutor
eletróníco de alta prnssao o que oferece novos recursos, como por exemplo, a visualízac;áo dos momentos de
abertura e fechamento de válvulas e a verífirnc;ao do sincronismo do eixo comando como virabrequim.
Em furn;:ao dos procedimentos de teste seremos mesmos que aqueles baseados no uso de medidores mecanicos,
a seguir, só serao analisadas as características adicíonais que auxiliam o diagnóstico.
e Pontos Significativos
► L'-.P (delta P): Tempo entre picos de pressao 116 mS. É o tempo necessárío para cumprir
os 4 ciclos, ou seja, 720º de giro do virabrequim (2 voltas). Oeste dado surge:
► Rota<;ao do motor (1/0, 116) x 2x 60 = 1034 rpm.
Tomando como referéncia o valor de tempo do cursor 1 e deslocando o cursor 2 até o ponto de interesse, o
osciloscúpio fornece a diferenc;a em mS, entre os referidos instantes. Fazendo a conversao, tem-se a díferenc;a
em graus. No exemplo, tomando como referencia o PMS (cursor 1) e posicionando o cursor 2 no instante de
fccharnento da válvula de admissao (ponto A), a diferenc;:a fornecida pelo osciloscúpio é T1 23 mS (23 mS
antes do PMS). Sendo que 116 mS equivalem a 7 20º de giro do vírabrequim, resulta que o ponto A está a 744º
antes do PMS. Para os outros pontos os valores sao os seguintes:
F)onto C: Diferenc;a de 25,9 mS que resulta em +161 graus (depois clo PMS de Oº)
11>
► Ponlo D: Diferenc;a de 58,3 mS que resulta ern -362 graus (antes do PMS de 720º)
► Ponto E: Diferenc;:a de 48,3 mS que resulta em -300 graus (antes do PMS de 720º)
aceleragao ♦
pressao, na realíza~ao de testes de compressao. Como em outros casos, o
sucesso na aplícac;ao desta técnica de diagnóstico depende principalmente,
da famílíariza¡;:ao como método e comas diferenr;:as entre as ondas produzidas
j
2+ vezes
pelos diversos tipos de defeítos e aquelas correspondentes a um motor em
[7
....
bom estado.
marcha lenta
Marcha lenta: válvula de escape náo abre 1) A figura [3a] mostra o resultado de
60 um teste de compressao dinámica
válvula de
admíssao em acelerac;ao.
50 abre
Para cletalhes conceítuaís, ver
40 capítulo anterior, que aborda o
+-A mesmo teste, mas, utilizando o
E➔
111 [3a]
o. 30 medidor de cornpressao.
20
2) A figura [3b] apresenta o resultado de um teste de compressao dinamica
10 aplicado a um cilindro com válvula de exaustao que nao abre. Reparar
nas rampas de exaustao (E) e de admiss210 (A), exageradas. No entanto,
o 'válvula de o valor de compressao (57 psi, aproximadamente) resulta normal.
admissao Reparar que o teste de compressao realizado com medidor rnecanico,
[3 b] fecha possivelmente nao detectaría este defeito.
1H
20
__ 5
(/1 u,
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o
a. l l
Oº 180º 360º 540º 720º
1 1
10
psi de escapeíadmissao
-5
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o· 100° 360º 540• 120°
1 )\_f
válvula de /1
11\/
admissáo nao abre
l
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I\J1\J/
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va/vula de / ff
admíssao,. nao abre
'
1
1
.
[3c] desigual [3d] [Je]
3) A figura [3cj apresenta o resultado de urn teste de cornpressao dintimica. A mola de escape quebrada provoca
a variac;:ao da pressao máxima assim como, a diferern:;:a entre o "psi de escape" e o "psi de ¿¡cJmíssad'.
4) As fi9uras [3d] e [3e] mostram os resultados dos testes de cornpressao cstc.Hica e de cornprcssao dinámica
para o caso de um cilindro cuJa válvula de admissao nao abre. Reparar nos baixos valores de compressao e
na leve assimetria entre as bordas de compressao e de descornprnssao.
5) A figura [3fl corresponde á onda de comprcssao de um motor 3.5 \/6
DOHC {duplo comando) n;:i marcha lenta.
Os síntomas eram: Marc/Ja lenta irregular e falta de potencia nas
acelerac:oes. Nr1ntmm DTC gravado na rnernóría e o síncronismo entre
os sinais do sensor de rota<;ao (CKP) e do eixo comando {CMP) era o
correto. O vácuo de coletor se manteve baixo e constante. tanto na
marcl1a lenta como a 3000 rpm, fato este que descartou a possibilidade
de calalisador entupido.
A figura representa tanto a onda obtída num cilindro do banco 1 como
do banco 2 e mostra urn significativo atraso das rampas de exaustao E
e de admissao A (ver fig.[2b/cl), com relar,:ao as marcas do PMI (180º) [3f]
e PMS (360él), apontando para um problema de sincronismo mecánico entre o vírabrequim e os eixos comando.
O defeito resultou da folga criada na engrcnagem (ja correia dentada, pela trava do vira!Jrequim, permitindo
que este se ad1antasse com relai;ao aos comandos que sao, em última instáncia. os que determinam a
calagem do conjunto de wíivulas. O fato cla engrenagem ser solidária á roda fónica, explica o correto sincronismo
entre os sinais dos sensores CKP e CMP.
11 Conclusao
O apresentado neste capítulo é urna extensao dos proccdimentos que utílizam o medidor meamico de compressao.
No entanto, om func;üo da sua sofistica¡;ao, a utílizai;:ao plena requer tempo de exporimentac;áo e conhecimento
conceitual. Ainda que nM se possua o equípamcnto necessário, espera-se que a análíse dos exemplos
apresentados contribuarn a urna melhor comprcensao do funciona mento do motor de cornbustao interna.
Como objetivo de auxiliar na amílíse, nas figuras sao incJícados os instantes significativos do ciclo (PMI e PMS),
característica esta nao dísponivel nos osciloscopios automotivos. Assirn, urna vez visualizada e congelada a tela
como sinal, deverá proceder-se a identificar tais pontos significativos utilizando os cursores.
Como mencionado, os valores apresentaclos Sé.lo ilustrativos de casos típicos de motores ciclo Otto e Diesel.
Deve ser lembrado que existem no mercado mundial, motores (ciclo Mílíer ou Atkinson) quo funcíonam sob
princípios similares, mas, nos que a calagem de váivulas, por exemplo, varia bastante.
As causas de defGito assim como as soluc;oes apontadas na amifíse dos casos aprcsentados. nao
abrangcm todas as sítuar;úes que poderáo se apresentar na prátíca; nao subsrítuem, portanto, as
intormaq)es turnecidas pelos fabrícantcs no relativo asolurao de defeítos. O seu Oníco objetivo é o de
fundamentar a ap/icar;ao dos concl➔itos apresentados e auxiliar o raciocinio na análisc do ciefeito. As
possíveis causas assim como as solw;,,óes apresentadas depcndem principalmente, da confígurar;.ao cfo
sistema aiagnostícado, o qua!. por sua vez, 6 ínflucmcíado pelos avanr;os tccnológícos.
MAutotronica ►
Humberto José Manavella - HM Autotronica 101
. . . VER.IfICA<;OES COM -
EDI(;AO VÁCUO
1!111 Conceito
O valor absoluto e o comportamento do vácuo de coletor constituem recursos importantes para o diagnóstico,
¡xinc1palmente, da condi¡;ao mecanica do motor.
Os valores de VéJCUO de coletor dependem das condic;:óes ambientais do local: temperatura, altitude.
Assim, se, na marcha lenta. ao nivel do mar, o vacuómetro indica 22 inHg (560 mmHg), a 1000 metros de altitude
o vticuo serél de 19 ou 20 inHg (480 ou 500 mmHg). Nos modernos motores com controle eletróníco, as variac;óes
levam em considerm.;ao as correc;óes no avani;:o da ignir;:ao e no teor da mistura, aplicadas pela unidade de
comando, para compensar a mudanc;a na pressao atmosférica.
A combustao completa da mistura é obtida quando, na marcha lenta, a centell1a acontece entre 1O e 15 graus de
giro do virabrequim, antes do pista o atingir o PMS, que é o ponto de máxima compres sao. O avarn;:o da centelha
tem por objetivo permitir que a frente de chama se propague dentro da ca mara e que a sobre-pressao resultante
da combustao, aconte<;:a, precisamente, nesse momento de máxima compressao.
Se o avan<;:o da igni<;:ao é excessivo, a combustao torna-se instável com a possibilidade de aparecimento de
fa!ha de combustao e detonac;;ao. Neste ponto o vácuo ó máximo. A reduc;:ao do avanc;;o resulta numa marcha
lenta mais estável.
Se a centeiha acontece com atraso rnaior que aquele que propicia a subre-pressao máxima, a combustao da
mistura nao consegue exercer a forc;a máxima sobíe o pistao. Neste caso o vácuo diminui.
De forma similar, o vácuo diminui assim que a mistura varia da estequiométrica para rica ou para pobre.
1111 Testes
Primeíramt,nte, serao apresentados procedimentos de diagnóstico que podern ser realizados utilizando tanto o
vacuómetro como o transdutor eletrónico, conectados ao coletor de admissao. Em capítulo posterior, serao
abordados procedimentos que utilizamos transdutores eletrónicos e que permitem conclusóes mais precisas a
parlir da anáiíse das ondas resultantes.
Sempre que possível, conectar o vacuómetro a urna tomada sem obstruc;óes e suficientemente ampla corno
para nao abafar as varía<;:óes. lsto devido a que, dependendo da configurac;;ao do coletor, o ponto de conexao
pode ter urna influéncia consideráve! na precisao e validade das leituras. Sempre que possível, conectá-lo a urna
tomada central do coletor, evitando conexóes longas,já que isto provoca atrasos e/ou abafamento das variai;óes
do sinal. Urna mangueira longa ou de diámetro insuficiente, funciona como um "filtro" das variac;;óes do vácuo,
diminuindo a amplitude das mesmas.
Na avaliar;ao dos resultados dos testes, urna considerai;;ao importante a ter presente é que o valor absoluto do
vácuo do coletor está diretamente relacionado coma velocidade de rotai;:ao do motor e coma posii;:ao (abertura)
da válvula de acelerac,:ao (borboleta).
e Teste na Partida
Sem inje<;:ao nem ignii;:ao (rotai;:ao de partida) e com borboleta fechada, quanto rnais rápido gira o motor, maior
é o vácuo gerado. Mantendo a mesma rotai;:ao e abrindo a boriJoleta, o vácuo diminui.
Este testeé similar ao teste de Compressao Estática e da mesma forma, serve para avaliar a condic.ao mecánica
do motor.
• Durante a partida, um motor cm boas condir;oes mecánicas produz entre 3 e 6 inHg
{75 e 750 mmHg) (fig.[1a]J. Quanto maior o vácuo, maís rapídamcnte entra em
funciona mento.
0
Quando a rotar;ao de arranque nao é conslante, o vácuo também varía. Se a varia<;:é1o
é errática, a causa pode estar no sincronismo das válvulas. Se o vácuo é normal, mas,
dímínui ritmicamente, a causa pode ser um problema ele compressao.
[1a]
Como motor quente e em funcionamento é recomendável verificar o vácuo na marcha lenta, cm carga parcial e
durante urna desacelerac;ao com borboleta fechada.
1. Na marcha lenta o vácuo eleve ser E)Stável, sern flutuac;:óes acentuadas e estar entre
17 e 22 ínHg (450 e 550 mmHg) (fig.[1b]). Estes valores clependem da allitucle do local
onde é realizada a medir;:é'ío.
2. Acelerar até 1000-2000 rpm e manter a rotac;ao Depois de urna queda durante a
abertura cla borboleta, o vácuo deve retornar a um valor próximo daquele de marcha
lenta. Se o sistema possui válvula EGR, esta pode abrir pelo que poderá haver urna
leve queda de vácuo. Neste caso, o aconselhável é desalivar a EGR e repetir o teste.
[1 b]
3. Repetir o passo anterior a 3000 rpm. O vácuo deverá ser similar ao anterior ou maior.
[1c]
Um motor que passa este teste pode ser considerado, em princípio, em boas condic;:óes mecanicas.
11 Comportamento do Vácuo
A seguir, serao analisadas algurnas situa<;oes de defeito, a partir do comportamento das leituras ele vácuo.
► Vácuo est,]vel, mas, inferior ao normal, aponta para:
• Vazamento na admissáo {coletor;juntas) ou no sistema EGR ou ainda, deleito de sincronismo no comando
de válvulas ou na ignic;:ao.
0 Restric;:ao no escapamento. Como já mencionado, a 2500 rpm, a leitura deve ser no mínimo igual á
registrada na marcha lenta. Geralmente, ó levemente superior. Quando o motor nao consegue, no ciclo
de exaustao, liberar os gases através do escapamento, dentro do cilindro se produz urna pressao positiva,
que se transfere ao coletor de admissao, assim que abre a válvula. O resultado é a dimínui¡;ao do vácuo.
Para confirmar: Registrar a le1tura de vácuo a 1000 rpm; aumentar lentamente, a rotac;:ao para 2500 rpm.
Dependendo da restrí<;210, a contrapressao no escape aumentará com a rota<,:ao e conseqüenlernente,
fará diminuir o vácuo, Urna queda maior do que 3 ínHg (7 5 mmHg), a 2500 rpm, é indíca(éio de restri~ao
no escape (catalisador entupido). No caso de sistemas com EGR, desalivar a válvula previamente; isto,
para eliminar urna possível fonte de interferencia no resultado do teste.
O díagnústico definitivo requer a medic;:áo da contrapressao no próprio escapamento.
► Quedas erráticas (nao regulares) de vácuo na marcha lenta, apontam para v¿~lvula
com atrito interferíndo no seu movimento. A queda é, geralmente, menor que aquela
provocada por válvula "queimada".
l> Lei!uras oscilando abruptamente, entre vácuo normal e vácuo muito baíxo (20 e 6
inHg ou 500 e 150 mmHg) (fig.[1d]), apontam para perda de compressao entre cilindros
adjacentes Qunta com vazamento). Se esta for a causa do defeito, o teste de
compressao relativa deverá evidenciar o problema nesses cilindros. [1 d]
► Leitura anormal de vácuo na marcha lenta e em rotac;ao de carga parcial, com o
ponteiro oscilando rapidamente (maís rapidamente na rolac;ao alta} com díferenc;a
de 8 a 10 inHg (200 a 250 rnmHg), aponta para molas íracas (fíg.[1e]). Dependendo
da rotac;ao e do estado da mola, o ponteiro poderá oscilar de forma irregular. Quando
urna mola fraca/quebrada nao consegue fecl1ar a válvula. esta flutua e o ponteiro
oscila de rorma similar áquela produzida por válvula queimada.
► Leitura anormal na marcha lenta, e normal corn rotac;ao elevada, apontarn para
guias de válvula danificadas que resulta ao mesmo tempo, num al!o consumo de
[1 e] óleo. Na marcha lenta o ponteiro oscila rapidamente, entre valores bem diferentes
de vácuo e se estabiliza ao elevar a rotac;ao.
► Vácuo normal na marcha lenta e a 2500 rpm, mas nao aumenta ao acelerar rapidamente, ató plena carga e
soltar. Quando os anéis vedam corretamente, o vácuo deve aumentar entre 2 e 5 inHg (50 e 125 mmHg) ao
fechar a borboleta, depois de urna acelerac;ao rápida até plena carga. lsto devido a que, corn borboleta
fechada e alta rotac;ao, se produz urn acentuado diferencial de press{10 absoluta (vácuo) no coletor. Anéis
com folga impedem o aumento do vácuo, como apontado acima.
@ Diagnóstico
Com o pistao descendo, cría-se urna condir;ao de baixa pressao absoluta (menor que a pressao atmosférica)
dentro do cilindro promovendo a entrada de urna determinada carga de mistura.
Qua!quer outra entrada de ar, que nao seja atrnvés da válvula de adrnissao, diminuirá a capacidade do cilindro
de receber a carreta quantidade de carga. Esta entrada falsa pode ser, por exemplo, um vazamento na junta do
caber;ote.
Entre as causas de baixo vácuo (alta pressao absoluta) no coletor de admissao, além daquelas provocarlas por
vazamento emjuntas, estao:
1. Catalisador entupido
Quando o motor nao consegue expulsar totalmente os gases resultantes da combustáo pelo escapamento,
gera-sc urna contrapressao positiva maior no escape e no cilindro a qual se transfere ao coletor de admissao.
ao abrir a válvula de admissao. Esta condir;ao faz diminuir o vácuo no coletor (aumenta a pressao absoluta)
até um ponto em que a informac;tw do sensor MAP resulta incongruente coma do TPS, e que pode resultar na
gravac;ao de um código de falha. A verificac;ao é aquela já mencionada em ítem anterior para o caso de
restrir;ao no escapamento.
2. Mola de válvula de admíssao quebrada ou com perda de elasticídade
Ao ciescer o pístao, durantEi o ciclo de admissao, cría-se vácuo dentro do cilindro. No entanto, se a vé'1lvula
permanece aberta por um tempo a mais do necessário, devido a falta de forr;a da mola, urna pressao positiva
é criada assim que o pistao comec;a a subir. lsto é mostrado na índicai;:áo do vacuometro como urna rápida
flutuac;ao (até 1O inHg ou 250 mmHg) toda vez que urna válvula ele admissao fecha: isto na marcha lenta.
lllíll Conclusóes
A principal utilidade da medic;ao e análise do vácuo do coletor reside em evidenciar problemas que resultam em
leituras inferiores ás norma is. Em func;ao de que um mesmo síntoma pode ser provocado por diversos defeitos,
resulta evidente que as verificac;óes apresentadas nao sao totalmente conclusivas na determinac;ao da causa,
mas, servem corno um primeiro passo na seqüéncia de diagnóstico. É recomendável, portanto, que as mesmas
sejam complementadas com outros testes corno os de compressao, de ignic;ao e de alimentac.ao de combustível.
As causas de defeito apontacias na análise dos casos abordados neste capítulo, nao abrangem todas as
possibilídades que poderao se apresen/ar na prática e nao subslituem, portanto, as informar;:c3es fomecidas
pelos fabricantes. O seu único objetivo é o de fundamentar a aplicac;ao dos conceitos apresentados e
auxiliar o raciocínio. As possíveís causas, assim como os valores apresentados, sao orien/ativos e
dependem principalmente, da configurar;:ao do sistema diagnosticado, o que por sua vez, cJ influenciado
pelos avanr;:os tecnológicos.
Neste capítulo serao a presentados diversos exemplos de diagnóstico utilizando o transdutor de v.:icuo.
A sua func;t:10, juntamente com a do transdutor de pressao, pode estar incorporada num único dispositivo: o
transdutor de pressao e vácuo.
Atualmente, tres tipos de transdutores podem ser utilizados para visualizar sínais de vácuo:
1. Transdutor de vácuo: O sinal do sensor representa a diferenca
GJ .
entre a pressao atmosférica e a pressao dentro do recinto com
vácuo (coletor de admissao, por exemplo) (onda 1; fig [1 al). As
, V.~
.. ;:;..~
... vácuo
varia¡;óes do sinal sao similares áquelas apresentadas por um
vacuómetro. Portanto, a onda aumenta com o aumento do pressáo
absoluta
vácuo, ou seja, com a diminui¡;ao da pressao.
2. Transdutor de pressáo absoluta: O sinal do sensor representa irJ,nir;áo
a pressao absoluta do local onde está conectado o transdutor c1/.f&6
(onda 2; fíg.[1 al). Portanto, a onda aumenta com diminuir;ao
do vi'icuo, ou como aumento da prnssáo. As variar;óes do
sinal sao símílaros aquelas de um sensor MAP. [1 a]
3. Transdutor de pressao diferencial: Reage somente, as variac;:oes de pressáo/vácuo e nao ao valor absoluto.
Ou seja, caso nao haja variac;oes de pressao ou vácuo, no recinto ao qual está conectada a sonda do transdutor,
o sinal fornecido será O volts.
Para um determinado evento de o pulso de vacuo que se segue corresponde ao cilindro gémeo
Assim, no exemplo (motor 4 cilindros) da figura [1b], os cilindros 1 e 4 se encontr21m no PMS ao mesmo tempo,
mas, enquanto o 1 está no fim do ciclo de cornpressao, o 4 está no inicio do ciclo de admissfm
No caso de se utilizar, como lransdutor, um sensor MAP, se o osciloscópio possui a opr;ao efe apresentar
"ondas invertidas'·. pocie-se aplicar este recurso para visualizar a onda de vácuo,
[1c]
0 Exemplo 1
O caso anaiisado corresponde a um motor Ford 1.6, 4 cilindros. O procedimento de teste utiliza um transdutor
de pressao e vácuo conectado ao coletor de admissao e ao cana! "A" do osciloscópio com acoplamento AC.
O canal "B" está conectado ao cabo do cií.#1 e serve como sinal de sincronismo para identificar a seqütrncia de
cilindros. O defeito apresentaclo é falha de combustao contínua, aparentemente, num único cilindro.
A figura [2a] rnostra o sinal obtido com o
motor a 1100 rprn Observar que, em
V
correspondencia com o início do ciclo de 1.0
admissao do cil.#1, verifica-se um aumento 0.6
da prcssao de coletor (1) mais acentuado. 0.2
-0.2
Lembrar que o lransdutor mede as variar;óes
-0.6_,___,.._...,_.....,___..__;,,1........,_~__,¡_;_-1--_,__ _;..:.._,_¡...,....,;._....,_,J._-.J--l
de pressao e nao de vácuo.
-1.0
A tela apresenta o sin al sem conversáo, em o 50 100 150 200 250 300 350 400 ms
escala de tensao AC. O que ímeressa nesta
primeira análise é a amplitude das variar;óes [2a]
e nao o valor absoluto de pressao.
Um balílncim frouxo da válvula de escape
do cil.#1, era a causa do defeíto. Corno
resultado, a vtilvula nt\o abría e os gases de
escape eram despejados no coletor de
admissao ao abrir a v,ílvula de admissao,
provocando o aumento da pressao.
A figura [2b] mostra o sina! obtido após o
reparo, com o motor a 700 rpm. Reparar o 20 40 60 80 100 120 140 160 ms
também, nas escalas de tensao utilizadas,
com ganho diferente.
[2b]
} :~lf:\ LrflnS(lulor pnd<1 ~,C'r 11l;hL::1Lk• ,,c:1 vbu;;liLi.1-:_:~•.~ do~! pui~o~•: du pn?s~;no re <·!~•~::apc:-. ~-:n rcGuio;:.!'for ;le ~)rC'::·,-:::,/.,o
{sister1;1s n-:uttip!1nl(f1 e a~, vmi::J<,>~l~f. cic v~~cuo rJn colel:)r Ccrr,o <.1cCi 1lcu•> -:.;.;Jrn :,s nutrn·•~ pror.ec1imm1ro~, tll1orrl~1do:·~
a:1ler:v.-rncn1~... ;>!it~: 1ccr,ka ~;:> conf,gur¡:: ~TI ~¡Ji.~ uma opc:lo de:; d¡,~9no~L~cn (lUí,: í1c í,::rm,·., r-.jptda. pcrni:rr.:
ft~flii~~ar LJrna v~;•rií•ir;<1.;;:•r.: in;•c.al, ·:-,.-:rr. ~)rr)l<~ns;:¡c de t,er f;(mclu.',:vr,. Dr)vC! .~,r;r C(Hnpie1nvn1<:tfa :~om ,.1lqlill'H d;.1•;
oulr;:)~.:r., ~¡nalt~~r:ut;~. Set~ su~:<:~~,so ck~f)e•ide, crr: 9·~,ncl<.! mctl ,J(i. da ¿:1~~;im,:;_;;_,:jc .:lo~ com::J~tü~; ¿lprt!·:;e:ilatJo~ ¿,
<-if~!}Jir. O:; l:~xf~rnpio~ qu<:~ 3l:rnnpanha::i tc~m pnr :Jnicn o~jetivn, :~1ostr<1r a:~;urs cc1·•~05 rf~ rpflr,rH;:.io ~.obre C5 l.ílH1i::-
r ;;::!o:;'.11,11.
Par il realizd• um.:1 primei1 f.t e 1ijpi~la veriíica<;<lo ..:)5 prr.1vidfmci,:t:, neGr::,s~1ri<l~: ':.i•~:,: 1) :-:;,.~,~r.nr a snnd:1 no <;:i~.;c;1~e.
2:1 ur~~,atl\.,,3r o sist<~m.1 d0. r:0111l·,•.1~.;1 ivci ~ 3J dnr arranque Este tc~,m pcr11il•~~ n.ffjf::a.H verifica-;(1us :;h1ili:1r f)~, 3qud<.1:.,
(jo h~';,tP. <Jf~ Cmnpri:!~, ·;wJ E:,talicn, so que <h.! rur rna r►1(~.i~; r¡jp•.di:1.
;.\ rllaiori::) cjo~. prot•l<•1mm; 9r;1vf!~ ~1er;i c~vkh-mddr1a atr <1VH~1 d<~ v~r~<.:<;ü~J;; ac•~·nLuudt,~1 no µ<tt1• au d<.1~¡ put~.J~Ot;•;
cü>~·~ c:!i11(1ros. Um rn:llm ~···n Uuc.J'S curtdic,:5~~; m,:c~nica~; aprc~·,e,:la urr:a :;.(;•de C$t.7h:el e l:niú)rr··,~ :le t)Ui~O~ cJe
p1 <:t-;~.;Ou, cori · ca~l:. ci!irn:lr o c(ir1.lrilluin<fo t~r..m a 11P.~111n f:ill•~rgl;1 nns pt:!50~•~ c,r.~ t:~;r.apE•:.
,\ tigura 14a] mo~1lra <: oncfo de prc~~;~m de um mul0r ~:um boL~
coJ"T1prP!:i'.;;u, e ,~¡~~t.ema (b -.:~!vulc1s. OtJ~~rvr¡r {¡u~ n~~t<·~ r.ns:i, nf1n
l1Hv€?n~o ~vi:lúnd::1 de•~ fothL1 mt•!c¡•ir1ic~1. ni~o t1~:t ~1ece:;$;d,:!d~! tte
!ndi\1idu~1¡¡¿:)r dfü 1th o~:, pd,) quf.' f(!~.1 Jlt,1 Clf::;.necü~~;ir~o :i ~fnr.rnnizrn;üo
Ü<.• oadLl
Um rt5pr::;tr, q, ?<·~ o r,-~sl€ n~>o (!\Jidt:nd.::1, ~..~ o ,,,;.i!o, rea~ (jf: cornprc:s~.bo.
,:,o~H•:ria ~m qL:c L11.:mnpress:30 ~íJ~·$'.~ ~i:11t1¿-ir, n~¿"'=·· (le vrricr in~utic:t:mlC·!
e:·, lodos os c,1:nrJrc,.,. Uri 1 1~~~;Jltridú t:om)u :,!vo ~;() (! pri~.::,h:c.~I
rc;l:l7rmdo o t~·slc de Curr~ptC'::SJO f.s~..~tic:~.
N•]~ilu µonlu. 1Jn1a con~•Oerr.,;;io i1r,porfa11b•?: Se~, cor--11;rc~.~~·.ao ror b;;üi<:;:. f'J .é~'llpi¡turle (u1tm1~!darJc•~) dos ~:ul~m:;
t~rnh~m ~c•~rf. mf~n:ir. O me~;r,1ua,~onlcce qcaridc cla c~;st•.~ncirl r!er0':Hri<;{~{?<.; nn f~:"l~~apa'.l1tml,:.:: {G.1tc1fr>,tdor enlq.1ido.
por ~;-;tlmpio). A'$ ,,..~,:>triG!){!~; ttt;;;:;t~rr. .~s \.•aria~í,8s dos pul'.>t>~> ,;j~ pn.~•;5iio.
Mais ·,,mH Vf~;,. lf;mbr,1r que;. r',i~O t1{1\.•cncto
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,
(j)
e Exemplo2
O teste foi realizado num motor Toyota 4
cilindros, utilizando um transdutor de
pressao diferencial instalado, primei-
ramente, no escape e posteriormente, no
colelor de admissao.
A figura [4c] corresponde a onda de escape
e a [4d], á onda de vácuo. Em princípio, a
uniformidade e repeténcia das ondas
apontam para um motor em boas
condii;oes. A única característica a ser salientada, sao as pequenas oscílac;:óes ("ruído") nos picos da onda de
vácuo, que podem ser o resultado de depósitos nas válvulas de admissao e que interferem no enchimento dos
cilindros.
V
0.5
Em [Sal, as irre9ularidades do sinal
evídenciam a existencia de falha de
combustao.
A onda nao está sincronizada pelo que
nao é possívei identificar o cilindro com
falha. No entanto, utilizando urna ponta
de baixa corrente foi possível verificar o
injetor corn defeito.
[5a]
IfvJ¼PtvW\rJ\
-0.3
-0.4
·0,5
o 20 40 60 BO 100 120 140 160 180 200
[5b]
11 Pulsos de Pressao no Regulador de Pressao de Combustível
O transdulOr de pressao diferencial pode ser utilizado a inda, na verificfü,:ao do injetores em sistemas seqüenciais.
Para isto, o sensor é instalado na linha de compensai;:ao de vácuo do regulador da pressao de combustível.
Nos sistemas nao seqüenciais o sensor pode a inda, ser utilizado, rnas, com motor parado e pulsando os ir~etores
individualmente.
o Exemplo 1
A figura [6a] mostra, no canal A, a onda com as 3 .-,---,---,-----,----,---,-----,----,---,-----,-,
variar;:óes de pressao provocadas pela oscílar;:ao do 2
diafragma do regulador. A onda está sincronizada com
o sinal do inJetor do cilindro #1 (canal B) canal
Ao abrir o injetor, verifica-se urna acentuada queda
de pressao na linha devido a liberar;:ao de combustível
no coletor de admissao. lsto provoca flutuar;:ao
f .....,111---+---+--~---+...... ,.,............ t----'-+---+---it-?· .. ·I 21 -
máxima do diafragma do regulador. A bomba de
combustível compensa a perda de combustível e o canal rt.=~!==t=:::;::;:=:!:::==t=:::i:===l=;:::::¡:=::t:::::;i<:.;;;.::.;l14 ]
¡iB1
' 7
regulador retorna a posic;ao inicial. Reparar na [injelor 1]
varia<;:ao brusca no sinal do sensor no momento da
abertura do injetor seguida pelas oscilac;óes de
r 20 mS/div1----~----'-----'--~-~
º
[6a]
compensac;ao.
• Exemplo 2
A figura [6b] rnostra outro exemplo de utilizac;ao do sensor de pressao
diferencial conectado ao regulador de um motor com injcc;ao
seqliencial.
A onda está sincronizada como sinal do ínjetor do cilindro #1 através
do sincronismo externo do osciloscópío. Reparar na ausencia do
pulso correspondente ao cilindro #4, o que aponta para injetor
entupido ou com defeito elétrico.
20 ...-----,-----,-----,---.
KV
O passo seguinte do diagnóstico foi verificar o sinal de ignic;ao do cilindro #4, 1s ~
corno mostrado na figura [6c]. Reparar no pico de tensa o de 15 KV (comparável
a tensao de clisparo) no fim da linl1a de faísca (ponto 1) e nas oscilac;oes 10
resíduais (ponto 2) indicativos de mistura pobre. A amplítude e número de
oscílac;:óes apontam para umé1 quantidade considerável de energía residual
na bobina que nao foi díssípada durante a combustao.
[6c]
20-------------.
KV
15
A figura [6dl mostra o sinal de ignic;ao derJOis de realizada a límpeza do
10
injetor. Reparar na díminuic;ao da tensao (1) e do número de oscilac;óes
5
residuais (2).
[6d]
e Exemplo 3
.A. figura [6e] moslra a onda de pressao com , - - - ~~ v;> ~ ~ , ,, ~ ~ - k ,, ~ ~ ~ A A ~ - k ~ •
As causas de defeito apontadas na análise dos casos abordados ncste capítulo, nao abrangem todas as
possíbi!idades que poderao se apresentar na prátíca e nao substituem, portanto, as ínformar.;oes fornecídas
pelos fabricantes. O seu único objetivo é o de fundamentar a aplícar;ao dos conceítos apresentados e
auxíliar o raciocinio. As possíveis causas, assim como os valores apresentados, sao orientativos e
dependem principalmente, da confígurar.;ao do sistema diagnosticado, o que por sua vez, e influenciado
pelos avanr;os tecnológicos.
Por mais sofisticados que parec;am os sistemas de gerencia mento eletrónico do motor, o programa (software) de
diagnóstico, gravado na UC, nao pode detectar diretarnente, falhas devidas, por exernplo, a urn carne de comando
gasto, urna válvula "queirnada" ou vazamentos na adrnissao ou no escape, que resultarn ern baixo desernpenho,
Nesta categoría de defeitos, a causa nao reside no sistema elétrico e, na rnaior parte dos casos, só se rnanifestam
indiretamente, através de outros tipos de defeitos detectáveis, principalmente, corno falhas de combustao, pressao
de coletor fora da faixa, etc,
Geralrnente, o defeito pode ser detectado analisando os valores dos pararnetros de funcionarnento do motor,
recuperados a través do modo conlínuo, mas, nao necessariarnente irnplicarao na ilurninac;ao da luz de avaria.
Esta situac;ao resulta rnais evidente nos sistemas rnais antigos, com capacidade limitada de detecc,:ao de fall1as
e reduzido número de pararnetros do modo contínuo.
Nas figuras a seguir, utilizadas na análise de vazamentos, sao salientaclas as entradas de ar nas juntas, mas isto,
somonte a título ilustrativo.
A partir das considerai:;óes acima, concluí-se que: Baixas leituras de MAF na marcha lenta, assocíadas a altos
valores de ajuste de combustível, podem apontar para a existencia de ar nao medido.
A análise a seguir tem como referéncía a figura [1 a]
~ Posir;ao 1: Entrada de ar depoís do sensor MAF /VAF.
Este ar nao é computado pelo sensor pelo que
contribuirá a empobrecer a mistura.
Esta entrada de ar falso teréí um efeito maior na marcha
lenta o que diminuirá como aumento da rolac;ao.
a
Devido ao empobrecimento devido entrada de ar nao
VAF
medido, o ajuste de longo prazo (LTFT) será superior a
128 (ou 0%) nas baixas rotai:;óes, indicando a
necessidade de enríquecimento. Nao havendo outro tipo
de falha, o valor das células LTFT tenderá a 128 nas
altas rotac;óes, j,~ que nesse caso, a influóncía da entrada
de ar falso (nao medido) diminui com relai:;ao ao fluxo
de ar principal (medido). [1 a]
► Posir;ao 2 e 3: O efeito será similar áquele provocado pela entrada de ar na posii:;ao 1 No entanto, dependendo
do tamanho do vazamento, poderá afetar o vácuo do coletor de admíssao e conseqüentemente, a leitura do
sensor MAP (se presente).
► Posir;ao 4, 5, 6: Basicamente, estes vazamentos diluem os gases de escape provocando alterai:;ao no nivel de
emissóes. Quando o vazamento acorre perto da sonda, alteram a leitura da mesma a qual pode indicar
situai:;ao de mistura pobre. Conseqüentemente, a unidade de comando corrigirá a mistura no sentido do
enriquecimento.
► Posir;ao 7: Nos sislemas OBDII, com sonda pós-catalisador, esle vazamento perturbará o sinal da mesma.
► AIR: Entrada ele ar a través do sistema Al R, soja por vazamento, seja por cJefeito na bomba (que continua a
funcionar), tern efeito similar ao ele urna entrada no ponto 4 ou 5 (fig.[1a/b]). Este tipo ele perturbac;:ao é
mais freq0ente em sistemas com bomba ele injec;ao ele ar acionacla mecanicamente pela polia do
virabrequim e que funciona constantemente. Neste caso, o deleito pode ser provocado por urna válvula
ele desvío que nao fecha convenientemente.
Cabe salientar que a condir;ao de excesso de fluxo, provocada por defeito na válvula PCV (blow-by), nao
sería detectada pelo método de injcr;ao de ''fumar;a" inerte, o que confirma a validado do proccdimcnto
aprescntado que ava!ia a informac;ao do MAF e os valores dos parametros de ajuste de combustívcl.
Nos sistemas OBDII mais modernos, os encaíxes da tubular;ao e da válvula sao feítos para assegurar a perfeita
conexao dos mesmos. O diámetro do orífício de entrada no coletor foi aumentado o suficiente como para que, no
caso de urna desconexao inadvertida, provoque a parada imediata do motor ou impec;;a a sua partida.
Caso o motor nao dcixc de funcionar, a desconexao provocará o empobrecimento da mislura na marcha lenta,
a um nível que resultará na gravac;;ao do DTC P0171 ou P0174.
Uma fcrramenta denominada "Smokc Machinc" (máquina de fumar;a) resulta um auxiliar intercssanlc
na detecc;:ao de vazamenlos. Consiste num aparclho de injec;f:10 de "fumar;a" inerte, coma capacidadc
de evidenciar vazamentos no sistema de admissé)O e no motor
► lgnir;ao superficial
Dais processos de combustao anormal que merecem atenc.ao especial sáo:
► Detonai;;áo
11 lgnic;ao Superficial
Este processo de queima anormal se refere ao início da combustáo provocado por algum ponto quente da
superficie da cñmara que nao a centelha. Esses pontos quentes podem ser originados por:
.. Uma vela superaquecida
" Um fragmento de carvao íncan<Jcscente
Quando o fenómeno de ignic;:ño superficial acontece depoís da faísca é denominado de "pós-ignir;ao" e pode
passar despercebido.
Por outro lado, quando acontece antes do centelhamento é denominado de "pré-ignir;ao". Neste caso, o fenómeno
se manifesta de forma similar ao de um avanc.o exagerado do ponto e estéi fara do controle do sistema de
gerenciamento do motor. Pode resultar em dE)tonac;;ao.
11 Detonac;ao
A detonar;ao, também conl1ecida como "batida de pino", é o resultado da "explosao" da mistura dentro do
cilindro, em contraposíc.ao a queima graelual, necessáría ao correlo funcionamento.
A teoría sobre o processo de eletonac;ao nao é aínela, bem conhecida, mas, poele-se elizer que o fenómeno está
relacionado coma combustao muíto rápida da mistura que se en contra além da frente de chama e que a inda nao
queimou.
Assim, a eletonac;ao é urna forma de combustao descontrolada que provoca perda de efícicrncia e poele resultar
na elestruic.ao ele elementos rnecanicos (quando nao controlaela).
O fenómeno acorre geralmente, corn altas pressóes ele coletor de admissao (motor sob carga) e avanc;:o excessivo
da ígníc.ao. Manifesta-se quando a faísca provoca a ignic.ao ela mistura, antes elo pistao atingir o Ptv1S (ponto
morto superior), no fím do ciclo ele compressao. 0uas teorías tentam explicar o fenómeno:
1. Certos componentes instáveis do combustível provocam o aumento da velocidade de propagac,ao da
frente de chama até límites supersónicos. Em taís circunstáncias a mistura que entra em combustao,
queima de forma abrupta, a uma taxa superior á normal; a mistura "explode". Nesta situac,au, a elcvac,tJo
desequilibrada da pressé~o no cilindro provoca a rcssonáncia da cámara e a estrutura da mesma vibra.
Verifícam-se pulsos de prcssao de até 150 bar e freqOéncias de 6 a 12 kHz {kilot10rtz) ou 6 a 12.000 ciclos
por segundo.
2. Quando a cente/ha inicia o processo de combustao, a chama se expande a partir dos e/e/rodas da veta e
a temperaturn e pressao aumentam. O calor irradiado pela chama e a dímínuíc,ao do volurne da cámara, na
medida em que o pístao continua a subir, se combinam para que urna porr;ao da mistura, m10 atíngida
ainda, entre em combustao espontanea, gerando urna outra frente de chama. Ambas ca/ídem violentamente
provocando o som característico da detonar;ao. É similar ao som produzido por um motor diese/, mas,
gerado de forma nao intencional.
A figura [4] exemplifica de forma esqui:Hnática, a seqücncía de eventos:
► Em [4a} a centelha inicia o processo de
combustao da porr;ao 1.
► Em [4b], como pistao no PMS, a pon;ao 1
1 2 3 2 3 4 1 2 3 4
jéí queimou e aumentou seu volumc e
lemperatura o que resulta na compressao
das porr;oes 2, 3 e 4; a frente de chama
está comer;ando a queimar a porr;ao 2.
► Em [4c] a porr;ao 2 já queimou o que
provoca a compressao, ainda mais, das
porr;óes 3 e 4. Como resultado, a por<;éJO 4
entra em combustao espontanea, gerando
[4a] [4b] [4c]
urna frente de chama no sentido contréírío.
Reparar no senlido aposto das setas.
Nao confundir delonac;ao com "auio-igníc;ao", "pré-igníc;ao" ou "efeito diescr dos molares carburados,
siluac;ao esta cm que o motor continua a funcionar ainda depois da igni(,'tío ter sido destígada.
A auto-ignit;:ao é o resultado da prcsenr;a de pontos quenles na camara de combuslao e nao pode ser
controlada modificando o avanc;o. As causas, geraímenle, residem no acúmulo de carvao na c/1mara de
combustao (ponto quentes) ou velas inapropriadas (velas c¡ucntes).
Nos casos cm que o motor nao possui sensor K S, o fenómeno du detonat;:ao merece urn cuidado especial já
que, se persistir por um período prolongado, pode provocar sérios danos ao motor.
Nos modernos motores com sistema de igniqJo do tipo CSI ("Compression Sensc lgnítíon", do ingles.
fgnic;ao com Sensoríamento de Compressao) ou ICS ("Ion Current Sensing", do inglés, Sensoriamento
da Corren/e de lonizac;ao) a detecc;ao da detonac;ao é feita por métodos que dispensam o uso do sensor
KS. No cntanto, dcvido a sua aplica<;:ao restrila, serao lratados em futura publicm:;:t10.
111 Histórico
Neste capítulo e seguintes, serao apresentados os conceitos básicos do padrao OBDII aplicado em motores de
ciclo Otto, cujo desenvolvimento está intima mente atrelado á diminui<;ao e controle das emissoes.
Estes conceitos básicos serao ampliados em futura publicac;ao a qual abordará também, o padrao OBDII aplicado
em motores de ciclo Diesel que equipam veículos leves.
Cabe ressaltar que todo veículo comercializado nos Estados Unidos, a partir do ano 96, e na Europa, a partir de
2000, deve atender o padrao OBDII.
A denominar;ao OBD deriva do inglés "On Board Díagnostics" que significa "Diagnóstico de Bordo"
realizado pelas próprias unidades de eletrónica embarcada.
Desde a sua criac;ao, em meados dos anos '60, o CARB (Comité de Administrac;ao dos Recursos do Ar da
Califórnia) tem legislado no sentido de promover a diminuic;ao da poluic;ao provocada pelas emissóes automotivas.
Urna das primeiras medidas foi, a partir de meados dos anos ·50, implantar a "recírcular;ao" dos vapores do
cárter através do sistema de "Blow-By" também denominado PCV. Anteriormente, estes eram despejados na
atmosfera através de um tubo de ventilar;;ao direcionado para baixo e para trás. Ao movimentar-se o veículo, o
efeito venturi favorecía o escoamento dos vapores.
Já, para atender a urna nova legislac;ao, no início dos anos '70, foi necessário adicionar o sistema de recirculac;ao
dos de escape (EGR) e fazer modificac;óes no sistema de ignic;ao e no carburador.
Na medida em que a legislac;ao ia se tornando mais rígida, no ano 1975 foi incorporado o catalisador. Este fato
exigiu a retirada do chumbo da gasolina o que diminuía o poder anti-detonante do combustível utilizado. Como
resultado, os motores passaram a trabalhar com taxas de compressao menores.
O próximo passo (início dos anos 80) foi a aplicac;ao do controle eletrónico aos sistemas de injec;ao e ignic;ao.
As primeiras especificac;óes para o controle das emissóes surgiram de resoluc;óes do comitf~ CARB (no estado
da Califórnia), que trabalha em conjunto com outra entidade, a EPA, que no nível federal, estabelece normas de
controle dos recursos energéticos e de protec;ao ao meio ambiente.
A legislac;ao ambiental impóe limites máximos as emissóes provocadas por veículos automotivos e para atender
a tais normas, os fabricantes fazem uso de diversos mecanismos e dispositivos, os que por sua vez, devem ser
supervisionados e diagnosticados quanto ao correto funciona mento. O padrao OBDI I pretende, precisamente,
padronizar ludo aquilo relacionado com o diagnóstico de dispositivos, func;oes e sistemas utilizados no controle
das emissóes.
As disposic;óes estabelecidas atualmente sao urna evolur;;ao daquelas promovidas pelo padrao OBDI, que vigorou
entre 1988 e 1995, nos Estados Unidos.
A partir de 1988 o CARB estabeleceu que todos os veículos vendidos no estado da California incorporassem, em
sua unidade de comando, um sistema de diagnóstico capaz de detectar defeitos nos elementos e sistemas de
controle de emissóes. Esta norma (sem padronizac;ao), denominada 08D1, especificava que, um aviso luminoso
deveria acender na presern;:a de falha relacionada comas emissoes e desligada, assim que desaparecesse. Os
sistemas OBDI sao, também, conhecidos como "sistemas pré-OBD/1'.
Após um curto período, o CARB concluiu que o padrao 08D1 nao era suficientemente eficiente na determinac;ao
do elemento que provocara o defeito; em alguns casos, veículos com falha passavam os procedimentos oficia is
de inspec;ao veicular (denominados "Procedimentos de 1/M'; inspec.ao e manutenc;ao), sem que elas fossem
detectadas.
Por tanto, um novo conjunto de especificar;;óes foi desenvolvido pelo CARB, e que a EPA incorporou ao seu
conjunto de normas em 1990.
Esta nova especificac.ao resultou na reformulac;ao do sistema de diagnóstico. Surgiu assim, a norma 08D11, a
qual deveria ser aplicada, nos Estados Unidos, a partir de 1994-1996. A partir do ano 2000, foi implantada na
Europa com pequenas modificac;óes e a sua denominac.ao é EOBD.
A implantat;ao da norma fai feita em Estados Unidos, Europa e Japao, de forma gradual entre as anos
7996 e 2002 Assim, podem ser encontrados alguns modelos desse período, que nao aderem ao padrao
e outros que suportam só alguns dos modos de teste.
OBDBr
De forma gradual, normas similares ao padrao OBDII foram senda aplicadas em outros países. No Brasil,
a resoluc;ao CONAMA 354/2004 de 13/12/2004, "dísp6e sobre os requisitos para ador;ao de Diagnose de
Bordo-08D, nos veículos automotores leves de CJ'c!o Otto, objetivando preservar a funciona/idade dos
sistemas de controle de emissao".
Esta resolue,:ao complementa outras anteriores como, por exemplo, a CONAMA 315/2002 que estabelece
as fases IV e V do PROCONVE (Programa de Controle da Poluie,:ao do Ar por Veículo Automotor estabelecido
pela Resolw;:ao CONAMA 18/1986), no sentido de promover a adoe,:ao das novas tecnologías que permitam
atingír os níveis de emissoes estabelecidos para as referidas fases.
A resoluc;:ao 354/2004 prevé a utilizae,:ao de sistema de diagnose de bordo (O8D) a ser introduzido em
duas etapas complementares e consecutivas denominadas OBDBr-1 e OBDBr-2.
► O sistema de diagnose de bordo OBDBR-1, implantado a partir de 01/07/2007, através da lnstrue,:ao
Normativa 126/2006 do IBAMA, possuí características mínimas para a deteq;ao de fa/has nos
componentes típicos de controle de emíss6es: MAP, MAF, ECT, ACT, H02S (pré-cata/isador), VSS,
CMP, CKP, EGR, KS, lnjetores, /gni9iio, UC, L/M (lampada de anomalía),
► O sistema de diagnose de bordo OBDBr-2, implantado a partir de 01/01/2010, através da instruc;ao
normativa 24/2008 do IBAMA, complementa o anterior com: detec9iio de fa/has de combustiio,
deteriora9iio dos sensores de oxigenio, deteriora9iio da eficiencia de conversiio do catalísador,
válvula de purga do canister.
Um outro aspecto da resoluc;:ao estabelecc que o IBAMA, através de portaría específica, deverá especificar
os protocolos ele comunicac;ao do equipamento de aquisic;ao de dados (identificado como "sean-too/'),
suas interfaces, e a padronizae,:ao das informac;:óes armazenadas na memória da UC.
Neste sentido, as lnstruc;:oes Normativas do IBAMA estabelecem critérios para verifícar;ao do funcionamento
dos dispositivos/sistemas para OBDBr-1 e OBDBr-2, segundo o especificado na norma ISO 15031.
Neste e nos próximos capítulos serao abordados todos os aspectos do padrao OBDII que vigora nos Estados
Unidos, Europa e Japao. No entanto, os conceitos aqui apresentados podem ser aplicados na interpretae,:ao das
normas particulares de cada país as que, na maioria dos casos, resultam num subconjunto do padrao OB011.
Genérico
Este conccíto diz respeito de todas as especificac;óes que os fabricantes devern implementar de forma
obrigatoria, para permitir que equipamentos de teste de terceiros, identificados como "scanncrs genéricos",
tenham acesso a urn minímo de ínformac;óes de diagnóstico padrnnizadas.
Sao as normas OB011 precisamente. que específicam o tipo de informac;:áo e a forma em que esta deve ser
acessada.
Como resultado disto, um único equipamento permite realizar o diagnóstico em qualquer veículo quf! adfire
ao padrao OBDII.
É importante salientar que o objetivo básico da norma é disponibilizar, de forma padronizada, o mínimo
indíspensável de ínformac;óes relacionadas com as emíssoes, o que pode resultar insuficiente para a
realizat;:ao de um diagnóstico eficiente, principalmente, face a complexidade dos sistemas atuais.
Basicamente, a utilízac;:ao de um equipamento ("scanner" ou "sean-too!") genérico permite
OBD!I é um padrao dinámico que vai senda modificado períodicamente como objetivo de assimilar
os avanr;os tecnológicos. Quando da sua aplicar;ao parcial, nos EE UU em 1996, a especifícar;tJo
original permitía a visualizar;ao de uns 36 parametros de funcionamento, nao todos eles aplicáveis
a um mesmo veículo. Geralmente, veículos dessa época suportam até 20 parametros. A partir de
2004, e para sistemas com protocolo CAN. esse mímero aumentou para mais de 100 parametros.
Proprietário
Este conceito diz respeito das informar,;óes de diagnóstico que o fabricante deseje dísponíbilizar a maís, ou
seja, fara do padrao.
Em principio, estas informac;oes somente poderiam ser acessadas utilizando o equipamento de teste do
proprio fabricante ou um outro de terccíro que emule a funcíonalídade do primeiro. Na totalidade dos casos,
o uso de equípamento proprielário permite acessar todas as funcionalidades disponibilizadas pelo sistema
de diagnóstico, as que resultam superiores em número e prestac;óes aqueias especificadas pela norma
OBDII. Praticamente, o fabricante disponibilíza informac;oes e testes de diagnóstico, similares aqueles
presentes nos sistemas pré-OBDII.
Nos últimos anos, o modo propríet1:1río também, foi identificado, na literatura, como modo "enhanced' (que
pode ser traduzido como modo "acrescido" ou "avan9ado")
O referido procedimento estabelece urna seqüéncia de conduc;:ao enquanto o veículo roda sobre um dinamómetro.
Durante o procedí mento e para ser homologado, as emissóes nao devem superar os limites máximos. Estes sao
revistos periodicamente e o histórico mostra urna evoluc;:ao no sentido da diminuic;:ao dos níveis permitidos.
Como conseqüéncia disto, a norma OBDII requer que urna lampada de diagnóstico, denominada MIL ("Malfunctio
lndícalion Lamp"; do inglés: lampada de indicar;ao de fa/ha) ilumine, e um código de falha seja gravado na
n ,s.:inória da UC, toda vez que algum sistema ou dispositivo apresenta defeito, ou se deteriora, de forma tal que
o nivel de emissóes excede 1,5 vezes, o limite especificado pelo procedímento FTP, para o modelo de veículo
em questao.
Cada país, na medida em que estabelece padróes similares ao OBDII, especifica procedimentos similares ao
FTP para suas homologac;:oes.
Em func;:ao da evoluc;:ao tecnológica e das exigencias, cada vez maís rígidas com relac;:ao ás emissóes, a norma
OBDII original especificava urna série de requisitos básicos aos quais foram adicionando-se outros ao longo dos
anos. Cabe salientar que a norma OBDII é um padrao dinamico.
Atualmente, devem estar presentes, em todo sistema de diagnóstico que adere a mesma, os seguintes dispositivos
e funcionalidades:
► Códigos de falha padronizados para tocias as anomalías relacionadas com as emissóes. Sao identificados
com a sigla DTC. Sao os "códigos genéricos". No enlanto, a norma aloca códigos DTC para serem
utilizados pelos fabricantes, ao seu critério. Sao os "códigos propríetáríos".
► lndicac;:ao luminosa exclusiva (nao vermelha), da presenc;:a de falhas nos sistemas e componentes
relacionados com as emissóes. Caso o fabricante deseje indicar outros tipos de anomalías, deverá utilizar
outro indicador luminoso. A lámpada de diagnóstico OBDII é identificada com a sigla MIL. Segundo a
norma OBD-Br é identificada coma sigla L/M (Lámpada Indicadora de Mau Funcionamento).
► Conector de diagnóstico padronizado, no que diz respeito
ao seu formato e a aloca<;ao de terminais. Deve estar Localizafao do Conector
num local ao alcance do operador do equipamento de de Diagnóstico • DLC
teste quando sentado no banco do motorista, como
indicado pelas setas na figura.
O conector é identificado com a sigla DLC.
► Alampada de diagnóstico deve iluminar, e um código de
falha deve ser registrado na memória do módulo, sempre
que seja detectada urna condic;:ao de funcionamento na
qual, as emissóes de HC (hidrocarbonetos) ullrapassem
1.5 vezes o limite estabelecido para esse modelo de
veículo.
► Possibilidade de obter os códigos armazenados na memória, e parametros de funciona mento do motor,
através de equipa mento dé, diagnóstico padrao ("scanner" genérico).
► Através do uso desse equipamento padrao, deve ser possível conhecer as condic;óes de funciona mento
do motor sobas qua is foi detectada a falha mais prioritáría. Para tal fim, a UC eleve armazenar na memória,
junto como DTC, os valores de parametros de funcionamento do motor (temperatura, rotac;:ao pressao do
coletor, etc.) no momento cm que foi detectado o defeito. Sao os denominados "Dados Congelados' ou
"Freeze Frame' (do inglés: quadro de valores congelados). A norma OBDBr os identifica coma denimac;:ao
"Quadro lnstantaneo de Parámetros- QIP'.
► Procedimento padronizado de como e quando devem ser registradas as falhas de emissóes.
Em funr;ao das exigencias sempre crescentcs, o padrao OBDII, pratícamente, impóe a utilizar;ao do
sensor MAF para a medir;ao da massa do ar admitida.
Em funr;ao dos requisitos acima enumerados, o programa de diagnóstico, implementado num sistema que adere
ao padrao OBDII, deve realizar:
► Monitoramento de todas as funr;óes e dispositivos relacionados OBD II supervisíona:
Todas as fun~oes de sensores e atuadores
com as emissóes automotivas. lsto, quanto á integridade e (como 0801) . curto•circuítos
plausibilidade dos sinais recebidos e comandos executados. . interrup~oes
► Quando o simples monitor amento das func;oes e dispositivos nao Correto funcionamento de subsistemas
(monitoriza~iio e testes ativos)
for conclusivo, a UC deverá aplicar testes ativos ("intrusivos").
O sistema de diagnóstico OBDII poderá ser desativado sempre que a temperatura ambiente far inferior
a -7ºC o em altitudes superiores a 2500 metros. lsto, sempre que o fabricante demonstre que, nessas
situac;ócs, o resultado do monitoramento nao seria confiável.
Para detectar falhas que possam afetar o nível de emissóes, em alguns casos,
a UC deve aplicar testes ativos, de forma automática e sem perturbar o
funcionamento normal do veículo.
Por exemplo, para avaliar o funciona mento do sistema de controle de emíssóes
evaporativas (figura ao lado), a UC deve verificar periodicamente a entrada
estanqueidade do mesmo, ou seja, que nao existam fugas ou vazamentos. de ar
n
Assim, a UC deverá isolar o sistema (tubulac;ao e dispositivos em cinza),
fechando a válvula de purga e a entrada de ar, aplicar urna sobre-pressao ou
vácuo no mesmo, e avaliar a possível queda de pressao ou do vácuo durante
um período determinado. Urna variar;ao além do especificado será indicar;ao
de falta de vedai;:ao apropriada.
Já no ambiente OBDII, alem da forte tendencia no sentido da padronízac,:ao, há urna verifícac,:ao mais rigorosa e
abrangente quanto ao funcionamento dos diversos subsistemas relacionados com as emissóes.
Assim:
111 Conclusao
O objetivo do abordado neste e nos próximos capítulos é o de apresentar de forma ampla, os conceitos da
especificac;:ao OBO11 contida nas normas da SAE e ISO 15031 e isto, no que diz respeito a sua interface como
equipamento de diagnóstico. Na atualidade, estas recomendac;:oes sao aplicadas a todos os veículos produzidos
e comercializados nos Estados Unidos, Europa e Japao.
Paulatinamente, outros países, entre eles o Brasil, adotaram normas similares, derivadas das acima citadas.
Portanto, o apresentado neste e nos próximos capítulos poderá ser aplicado no diagnóstico de veículos de
fabricac;:ao nacional na medida em que adiram a norma OBDBr. Como já mencionado, as recomendac;:aoes
contidas nesta última sao aquelas da ISO 15031.
Naturalmente, os conceitos apresentados se aplicam totalmente, aos veículos importados dos estados Unidos a
partir de 1996/1998 e europeus, a partir de 2000.
11 lntrodu,;ao
Lembrar que em todo sistema de eletrónica embarcada, a memória da UC correspondente é compartilhada pelo
programa principal e pelo programa de diagnóstico, sendo este último, responsável pela v8rifícac;:ao do
funciona mento do sistema e pela realizac;:ao de testes. No caso de defeito, um código de falha deve ser gravado.
Quando em comunicac;:ao como equipamento de teste ("scanner"), o programa de diagnóstico é responsável,
também, pelo fornecimento das informac;óes solicitadas.
No caso específico da norma OBDII, urna das premissas fundamentais é a que estabelece:
/ ~
Com o motor em funcionamento, a unidade de comando deve realizar a verificat;iio do sistema de
controle do motor, no que diz respeito as emissóes. A luz de diagnóstico (MIULIM) deve acender, na
present;a de qualquer defeito que possa provocar um aumento das emissóes de mais de 1,5 vezes
o limite estabelecído pelo procedimento de verificat;áo de emissóes, aplicado ao veículo em questáo,
no momento da sua homologat;áo (procedimento FTP, no caso dos Estados Unidos).
~ J
Sao os "monitores de diagnóstico", que fazem parte do programa gravado na UC, os encarregados de organizar
a cxecuc;:ao dos testes de diagnóstico atendendo as condic;:óes de funcionamento do motor.
Ou seja, um monitor é um conjunto de auto-testes (testes automáticos) executados pela UC para avaliar a
operac;:ao ou integridade de um componente ou sistema.
Lembrar que 08D/I é um padrao dinámico em sincronismo coma evolw;ao tecnológica. Portanto, é de
se esperar que novas monitores, a/em dos abordados neste capítulo, sejam especificados no futuro.
Para a realizac;ao dos testes, o sistema de diagnóstico dispoe de "monitores" específicos para cada furn;:ao.
Estes, nada mais sao que urna seqüéncia de testes automáticos ("auto-testes") realizados pela UC, para verificar
o funcionamento e integridade dos diversos sistemas relacionados com as emissoes.
De urna outra forma, os monitores sao trechos do programa de diagnóstico que, quando ativados, verificam o
estado de funcionamento dos dispositivos e func;:óes por ele monitoradas.
Os monitores tém como func;ao:
O padrao prevé, somente, a supervisao de sistemas ou dispositivos relacionados com as emíssóes. Falhas cm
sistemas nao monitorados podem causar problemas de dirigíbilidade, mas, sem registro de DTCs, podendo, no
entanto, provocar a gravac;:ao de códigos associados a outros sistemas ou componentes.
A norma define 2 tipos de monitoramento destinados a verificar o funcionamento do sistema de controle de
emissóes:
a) Monitoramento contínuo: Neste caso o dispositivo ou sistema monitorado é verificado ("testado"),
com freqüéncía nao inferior a 2 vezes por segundo.
b) Monitoramento niio-contínuo: O dispositivo ou sistema é verificado urna única vez a cada ciclo de
operac;ao do motor. Ver adiante, o ítem "Ciclo de Condur;ao".
As verifícac;óes sao executadas de forma automática pelos "monitores", ou seja, sem intervern;ao externa e
durante o funcíonamento normal do motor. Os "monitores" fazem parte do subsistema de diagnóstico gravado
na memóría da UC. Realizam a sua func;ao através da execuc;:ao de testes de auto-diagnóstico.
Teste passívo: Efetua o monitoramento, de forma passiva, verificando o estado do circuito e/étrico do sistema
(curtos e interrupt;oes) e avaliando a plausibi/idade das informar;oes recebidas dos sensores.
Teste ativo: Quando executado, realiza a!guma at;ao no sistema sem, em princípio, afetá-/o de forma
perceptívcl. No entanto, em alguns casos podem alterar o nível de emissoes.
Geralmente, os testes ativos sao realizados após um teste passivo cuja resultado nao foi satisfatório ou
conclusivo. Nesse caso, o sistema de diagnóstico executa testes ativos. acionando os atuadores do sistema sob
verifica<;:ao, a fim de avaliar a resposta dessa a<;:ao. Urna rcsposta nao plausível é indicar;:ao de defeito.
Em sistemas pré-OBD/1 (sistemas OBDI) somente sao realizados testes passivos.
Um exemplo de teste de p/ausibilidade é o realizado como sensor de massa de ar (MAF) Durante o teste, a
UC calcula o tempo de inje<;:ao em furn;:ao do sin al TPS e a rotacao do motor e o compara com aquele obtido a
partir da informa<;:ao do MAF. Havendo discrepancia, um código DTC de falha de "dcscmpcnhd' é gravado.
O padrao OBDII contempla a utiliza<;:ao de, pelo menos, os seguintes monitores de diagnóstico, os que nao sao
implementados obrigatoriamente, em todos os modelos de veículo:
1. Monitor abrangente de componentes
Verifica o funcionamento de todos os dispositivos de entrada (sensores) e de saida (atuadores)
relacionados comas emissoes. Basicamente, verifica a presen<;:a de curto-circuito ou interrup<;:ocs, e a
"racionalidade' (plausibilidade) entre sinais de sensores. O monitoramento é contínuo.
2. Monitor do sistema de ajuste de combustível (controle de mistura)
Verifica o ajuste de combustível analisando a informa<;:ao do sensor de 02 pré-catalisador e o
comportamento dos ajustes da mistura de curto e longo prazo. O monitoramento é contínuo.
3. Monitor de falhas de combustao
Verifica a prescn<;:a de falhas de combustao em func;;ao, basicamente, da informa<;:ao do sensor de
rota<;:ao do motor. O monitoramento é contínuo.
4. Monitor do aquecedor do sensor de 02
Verifica a presen<;:a de falha no circuito de alimentac;:ao do resistor aquecedor. Monitoramento nao
contínuo, realizado urna vez a cada ciclo de condu¡;:ao.
5. Monitor do catalisador
Verifica a eficiencia de conversao: utiliza as informa<;:oes do sensor de 02 pré-catalisador e do sensor
de 02 pós-catalisador. Monitoramento nao contínuo, realizado urna vez a cada ciclo de conduc;:ao.
6. Monitor do sistema de controle das emissoes evaporativas - EVAP
Verifica o funcionamento do sistema utilizando testes passivos e atívos. Monitoramento nao contínuo,
realiLado urna vez a cada ciclo de condu<;:ao.
7. Monitor do sistema EGR
Verifica o funcionamento do sistema utilizando testes passivos e ativos. Monitoramento nao contínuo,
realizado urna vez a cada ciclo de conduc;:ao.
8. Monitor do sistema de injet;ao de ar secundário - AIR
Verifica o funciona mento do sistema utilizando testes passivos e ativos. Monitor amento nao contínuo,
realizado urna vez a cada ciclo de conduc;:ao
9. Monitor da válvula termostática
Verifica que a temperatura do motor atinja um determinado valor após um determinado tempo de
funciona mento com carga superior a um limite mínimo. Monitora mento nao contínuo, realizado durante
a fase de aquecimento. Nos EUA, aplicado a partir do ano/modelo 2000.
10.Monitor da Válvula PCV ("blow-by")
Monitoramento nao contínuo, realizado urna vez a cada ciclo de conducao. Nos EUA, aplicado a partir
do ano/modelo 2002.
11. Monitor do refrigerante do A/C
Verificava eventuais perdas de gás refrigerante R 12. Monitor nao mais implementado.
12.Monitor do catalisador aquecido
Monitor a ser implementado nos veículos equipados com catalisador aquecido eletricamente. Atualrnente,
estes catalisadores sao alimentados com tensao de 42V-48V pelo que sao aplicados, principalmente,
em veículos híbridos.
Humberto José Manavella - HM Autotrónica 129
Capítulo 20- OBD 11 - MONITORES
Para que sejam realizados os "auto-testes" previstos na funcionalidade dos monitores, deve ser cumprida urna
série de condh;oes ou critérios de habilitar;ao, particular a cada teste.
Exemplo
Para avalíar o níve/ de atividade do sensor de 02 pré-catalísador é necessário que, previamente, sejam
cumprídas as seguintes condir;oes (fíg.[1a]):
► O sinal do sensor TPS deve estar estabilizado, sem apresentar variar;oos.
► O sístema de controle da mistura deve estar funcionando em malha fechad3.
Só nesse momento é que o sistema de diagnóstico poderá fazer a verificar;ao passiva do nivel de
atividade do sinal da sonda e determinar se esta operando corretamente.
O teste do nível de atividade verifica (para detalhes, ver Capítulo 25 "Monitor do Sensor de 02"):
0
Resposta da sonda. Avalia a "rapidez" com que o sensor reage a mudanr;as no teor da mistura.
• Estado da sonda. Sonda inativa; indicar;ao de mistura rica ou pobre constante.
~ll: rt
01101101
¡ ¡
ILsistema EGR
s1st.ema EVP
'-Calal1sador
como um conjunto de "bits", que formam a "Palavra de
Estado 1/M'. Neste caso um "bit" (correspondente a um
[
i
L sistema AIR determinado monitor) com valor "1" indica "monitor nao
componentes completado" e com valor "O", "monitor completado".
ajuste de combustivel
falhas de combustao Nos casos em que nao há legenda que identifique os
aquecedorsensorde 02 diversos indicadores (fig.[2b]), é responsabilidade do
fabricante do scanner definir a que monitor corresponde
cada posic;:ao da "Palavra de Estado 1/M'.
[2b]
Estado dos Monitores Estado dos Monitores
Já, a figura [2c] a presenta as telas de um scanner coma • nao-contínuos - - contínuos -
descric;:ao dos indicadores e o estado dos mesmos. Catalisador............ completo Falha Combust.. ............ ativo
Os indicadores da Pa/avra 1/M assumem o estado de Cat Aquecido ......... N/A Comp.Abrang ................ ativo
"nao-completado" nos seguintes casos: Sist. EVAP............. incompl. Contr.Mistura ................. ativo 1
Sist. AIR ................ N/A
• A batería ou a UC foram desconectados. Refrig. NC ............ N/A
0 O veícu/o é novo e a inda nao foi realizado nenhum
Sensor 02... ......... completo
ciclo de condur;ao 08011 (ver adiante). Aquec. 02 ............ completo
• Os códigos de fa/ha (DTC) foram apagados da Sist. EGR ............. incompl. 1
Motores, tanto de ciclo Otto de injer;ao direta (GDi) como de ciclo Diesel, incorporam sensores de
pressao de combustível.
O apresentado acima é mais significativo ainda, nos sistemas pré-OBDII, os qua is, na maioria dos casos,
possuem uma quantidade menor de monitores.
Cabe ressaltar, que para o caso de sensores múltiplos, como o de 02, os testes devem ser realizados para todos
os sensores, antes que o indicador de 1/M correspondente seja colocado no estado "completado".
Em OBDII existe o conceito de ciclo ou período de opera9ao, que é o intervalo de funcionamento do motor,
entre ligar e desligar a chave de ignit;:áo.
Podem ser de 3 tipos: "Ciclo de Condw;ao", "Ciclo de Condw;ao OBD/1-0BDBr'' e "Ciclo deAquecimento".
► Se a falha for do tipo "A" (ver Capítulo 27), será gravada como "confirmada" e a lámpada MIL, ligada. O
código pode ser recuperado através do Modo 3. (ver "Modos de Teste" no Capítulo 27)
► Se a falha far do tipo "B" (ver Capítulo 27), o código será gravado como "pendente" no primeiro ciclo e
poderá ser recuperado através do Modo 7. No próximo ciclo consecutivo com a presenc;a da falha, o
código será gravado como "confirmado" e recuperado através do Modo 3.
As características dos diversos ciclos de conduc;ao, necessárias para que determinados monitores sejam
executados, podem variar sensivelmente entre fabricantes e até, entre modelos de um mesmo fabricante.
Há casos, por exemplo, em que o monitor EVAP nao será executado até que o ciclo de conduc;áo necessário
acontec_:a após o motor permanecer desligado (fria) por um período 8 horas como mínimo.
t partida a frío
ECT < 50 ''C
1. O ciclo comec;a coma partida a frío do motor. A unidade de comando verifica a temperatura do líquido de
arrefecímento e a compara com temperatura ambiente.
É considerado motor frío se:
• Temperatura do motor< SrPC
• Temperatura do motor e do ambiente, estao dentro de 6ºC uma da outra
2. O ciclo prossegue com funciona mento em marcha lenta, por 2 minutos. Durante esta fase sao executados
os seguintes testes:
Aquecedor dos sensores de 02. lnjer;ao de ar secundárío nao intrusivo; Verificar;áo de ausencia de
!luxo de purga no sistema EVAP, Fa/has de combustao; Ajuste de combustível; este último, no
caso de que o sistemajá esteja funcionando em malha fechada.
3. Acelerar;ao com metade de abertura da borboleta até atíngir 90 km/h. Durante esta fase sao executados
os seguíntes diagnósticos:
Fa/has de combustdo; Ajuste de combustível; Fluxo de purga do canistcr.
4. Conduc;ao a velocidade constante (90 km/h). Durante esta fase sao executados os seguínies diagnósticos:
Resposta do sensor de 02. Teste intrusivo no sistema de ar secundário; EGR: Purga do canister;
Fa/has de combustao: Ajuste de combustíve/
6. Acelora<;:ao aplicando 3/4 do acelerador até atingír 90-95 km/h. Durante esta fase sao aplicados os
mesmos diagnósticos que na fase de acelerar;:ao anterior.
7. Condur;:ao a velocidade constante (90-95 km/h). Nesta fase sao executados os segintes monitores:
Catalisador; EGR; Ajuste de combustível; Sensor de 02: Purga do canister.
8. Desacelerac;ao final. Sao aplicados os mesmos testes de diagnóstico que na desacelera¡;:ao anterior.
A norma 0BDBr define um único tipo de ciclo ou período de condUfBO como senda a at;ao de colocar
o motor em funcionamento e movimentar o veícu/o, seguindo-se uma condur;ao aleatória durante a qua/
poderao ser detectadas as anomalias eventualmente presentes.
Quando sao satisfeitos os critérios gravac;ao de um DTC "confirmado" (ver Capítulo 27), é ligada a lampada MIL
ou Lampada Indicadora de Mau Funcionamento (L/Msegundo a norma OBDBr), a qual permanece acesa enquanto
a falha estiver presente e até 40 ciclos de aquecimento após a falha ter desaparecido.
A MIL/LIM deverá acender quando a ignic;ao for ligada, devendo permanecer apagada após o motor entrar em
funcionamento caso nao seja detectada qualquer anomalía.
Estas mensagens refletem o comando gerado na unidade de comando o qual deve coincidir com o estado da
lampada no painel. A nao coincidencia é indicac;ao de falha na lampada o no seu circuito.
A MILIL!M ligada nao dá certeza da existencia de defeito. Em alguns casos só assinala tal possibilidade.
Fa/has intermitentes podem nao mais estar presentes, ainda que a MIL permanec;:a acesa.
A lampada MIL/LIM é desligada depois de 3 ciclos de condu9iio consecutivos sem a falha presente. Já, o DTC
associado permanece na memória como "confirmado" por 40 ciclos de aquecimento. Os DTCs relacionados
como ajuste de combustíve/ou com fa/has de combustao permanecem por 80 ciclos de aquecimento. Após isto,
sao mantidos no "Histórico de DTCs", se esta opc;ao estiver implementada no programa da UC.
11 lntrodu~ao
O presente capítulo aborda os modos de diagnóstico segundo o especificado nos documentos da SAE/ISO
correspondente ao padrao OBDII aplicado nos veículos de ciclo Otto, produzidos nos EUA, Europa e Japao. O
objetivo é fornecer subsídios conceituais para a análíso da norma brasileira (OBD-Br) a qual contém especificac;;oes
similares.
A norma O8DII define 9 "modos de teste genéricos" que devem estar implementados na unidade de controle do
motor e que podem ser acessados por qualquer equipamento de diagnóstico genérico.
As unidades implementam também, os "modos de teste proprietáríos", particulares a cada fabricante. Estes sao
similares aqueles presentes nos sistemas pré-OB0!I (sistemas O8D ou OBDI), sem padronizac;;ao nenhuma, os
que, como apresentado no Capítulo 3, implementam, basicamente, os seguintes modos de teste:
Como será visto a seguir, os modos de teste OBDIL contemplam as mesmas opc;;oes.
Um detalhe rnuíto significativo a salientar é que, até o momento (ano 2015), o padrao OBDII, só define um único
teste de atuador, correspondente ao sistema EVAP (emissoes evaporatívas).
Como já mencionado, a norma OBDII específica o mínimo de informac;;oes que o sistema de diagnóstico,
implementado na UC de todo veículo que adere a norma, deve fornecer através do equipamento de teste, de
forma padronízada. Este é o modo "genérico".
Os modos padronízados, que se aplícam á norma OBDII, estao especificados na norma J1979 da SAE e maís
recentemente, nas normas ISO 15xxx.
Cabe res saltar que os equipamentos de teste proprietários assim como, aqueles de terceiros, podem a presentar
os modos de teste genéricos da forma como estao especificados na norma ou bem, com outras denominac;;óes.
lsto quer dizer que os referidos equipamentos deverao fornecer todas as informac;;oes definidas na norma, nao
importando a forma de apresentac;;ao dos dados.
Corresponde ao fabricante do equipamento informar quais modos sao suportados e o formato adotado.
Assim, no mercado é possível encontrar as seguintes categorías de equipamentos de diagnóstico ( "sean-too/'
segundo a norma OBDBr)·
No que segue e para a ídentifícai;ao dos diferentes modos, utilizaremos indistintamente, a sigla "Modo J(' ou
"Modo $OJ(' Esta última forma é a utilizada nos documentos da SAE, entidade que originou o referido padrao no
fím dos anos 80.
No ambito da ISO, a norma 15031 utiliza a denominac;;ao "Serví90 $0x', adotada também, pela OBDBr. No que
segue serao utilizadas indistintamente, as notac;;oes "Modo x', "Modo $0x' ou "Servi90 $0x'.
A forma "$0x" identifica um número expressado na notac;;áo "hexadecimaf'. É o formato utilizado no protocolo de
comunicac;:ao entre o equipa mento de teste e as unidades de eletrónica embarcada, para definir de forma precisa
o modo ou parámetro solicitado.
A norma OBDII define urna série de parametros padronizados que constituem o que, nos sistemas pré-08D11,
é identificado como Modo Continuo ou Modo Listar Dados. Nos sistemas 08D11, esses para metros devem ser
visualizados obrigatoriamente, no equipa mento de teste genérico.
Cada fabricante, por sua vez, no modo proprietário, adiciona sua lista particular de para metros, o que configura
o modo "enhanced' (que pode ser traduzido como modo "acrescido" ou "avan9add').
No diagnóstico, os para metros do Modo $01 sao utilizados da mesma forma que aqueles do Modo Contínuo de
sistemas pré-0B011. Na norma OBDII estes parametros sao identificados coma sigla PID $xx.
Os parámetros genéricos, definidos originalmente na norma OBDII, sao:
" Pressfio Absoluta do Coletor de Admissiio [kPaA]
" Rota9fio do Motor [rpm]
• Temperatura do Ar [2 C]
,. Estado do Sistema de Combustíve/. Apresenta o estado relacionado com o funcionamento em malha
aberta ou fechada, em que se encontra o sistema de controle de mistura do banco #1 e do banco #2.
o Circuito Aberto. Identifica o funcionamento em malha a berta em funi;:ao do motor nao ter atingido as
condic,:oes necessárias para a operac,:ao em malha fechada. Nao há indicar;ao de falha.
o Circuito aberto em funr;fio de condir;oes de condu9fio. Identifica o funciona mento em mal ha a berta
em func,:ao do regime de operac,:ao do motor: acelerai;:ao, desacelerar;ao, etc. Nao há registro de falha.
o Circuito aberto devido a presenr;a de fa/ha. Identifica o funciona mento em malha a berta em func;:ao
de falha no sistema de controle da mistura.
o Circuito fechado. Identifica a operac;:ao normal em fmalha fechada.
o Circuito fechado com fa/ha. O sistema opera em malha fechada, mas, compelo menos, a detecc;:ao
de falha em urna sonda. Quando neste estado, o controle de mistura é feito em funi;:ao, somente, da
informac;:ao de um dos sensores. Este estado só é possível em sistemas equipados com mais de urna
sonda dedicada ao controle de mistura. Há registro da falha.
• Carga Calculada do Motor (CLV) (%]. Este valoré calculado pela UC cm func;:ao da informac,:ao do fluxo de
ar admitido e da pressao barométrica. Representa a rela<;ao entre o fluxo (volume) real admitido e o máximo
fluxo possível, para esse motor, corrigido pela pressao barométrica.
CLV = Carga Calculada[%]= Fluxo de Ar A~m!tido X Pressao ~no Nivel do Mar X 100
Fluxo de Ar Max1mo Pressao no Local
o
corre9ao de pressao
.. Carga Percentuan%]. É similar ao parámetro "Carga Calculada" ao qual foi adicionada a correi;:áo por
temperatura. Atinge 100% com borboleta totalmente a berta, a qualquer altitud e e RPM, tanto em motores
aspirados como em sobre-alimentados. Indica a porcentagem do torque máximo disponível.
Load PCT = Carga Percentua/ [%] = Fluxo de Ar A~i~itído XPressáo ~o Nível do Marx, /TAA +273 X 100
- Fluxo de Ar Max,mo Pressao no Local Y 298
para essa RPM o o
correqao de pressao correqao de temperatura
Lembrando, o Modo 3 permite recuperar os códigos de falha gravados como ··confirmados" e o Modo 7,
aqueles gravados como "pendente". Em ambos os casos, a estrutura de códigos é a mesma.
11 Códigos de Falha
No ambiente 0BDII os códigos de falha sao denominados coma sigla DTC. Cada DTC se compóe de urna letra
e 4 algarismos. A letra pode assumir os seguintes valores:
P Identifica falhas associadas ao conjunto de fori;:a (motor e transmissáo)
C Identifica falhas associadas aos sistemas eletrónicos da estrutura do veículo
B - Identifica falhas associadas aos sistemas eletrónicos da carroc;aria
U - Identifica falhas associadas aos sistemas de comunicai;:ao (redes automotivas)
Ainda que a norma trate dos códigos do tipo C e B, atualmente, as únicas definii;:óes aplicadas na prática. sao
aquelas dos códigos Pxxxx e Uxxxx (xxxx representa os 4 algarismos que definem o código).
A definii;:ao dos DTCs do tipo POxxx, P2xxx, P3xxx e UOxxx está padronizada pela norma 0B011 e constituem
os denominados "códigos genéricos".
Aqueles correspondentes ao tipo P1xxx ficam a critério dos fabricantes. Sao os denominados "códigos
proprietários". Nestc caso, um mesmo DTC pode ter significado diferente dependendo do fabricante.
Fica fara do escopo desta obra, a enumera~ao dos DTCs genéricos já que atualmente, supcram a marca dos
2000 códigos.
Basicamente, as falhas identificadas pelos DTCs podem ser classificadas em trés categorías:
1. Fa/has elétricas: lndicam condir;óes de interrupr;ao ou curto-circuito á massa ou ao positivo. Similar
ao realizado nos sistemas pré-OBDII. Por exemplo:
2. Fa/has de adaptar;:ao: lndícam "limite nao ating1do''. "sinal tora da faixa" etc. Porexemplo:
3. Fa/ha em monitores: lndicam fluxo incorreto, detecr;ao de vazamento, eficiencia de conversao baíxa,
resposta lenta da son_da, etc. Por exemplo:
Nao confundir fa/has do Tipo Be do Tipo C com códigos de fa/ha (DTC) Bxxxx e Cxxxx.
O Modo 7 e o Modo 3 se complementam na verifícac;ao de reparos: Se, após apagar os códigos e conduzir o
veículo, a falha reaparece, está poderá ser visualizada, através de um desses modos, nao importando se
corresponde a um DTC do tipo "A" ou do tipo "B".
" Para os DTCs de 2 ciclos, se no segundo ciclo de conducao e sob as mesmas condi<;oes de
funcionamento, o monitor correspondente nao detecta a falha, o código "pendente" é apagado.
Sempre que possíve/, consultar os manuais dos fabricantes de equipamentos de teste ou do veícuto,
isto último. principalmente, em se tratando de códigos proprietáriosjá que, em muitos casos, há diferenr;as.
Ainda para os DTCs genéricos é importante conhecer os deta/hes de aplicar;ao do fabricante,já que, por
vezes, a descri<;:ao fomecida pela norma nao é suficientemente explicativa.
A norma OBDII estabelece, para o modo genérico, o armazenamento do conjunto de "Dados Congelados" ou
QIP correspondente a falha mais prioritária relativa as emíssóes. Este conjunto de informa<;:óes reflete o estado
de funcionamento do motor no momento da detect;áo da falha e é constítuído pelos seguíntes parametros,
além do DTC associado:
• Carga calculada do motor/Pressao de coletor l tMD#·iiH1@m
1
Fa/ha de
• Rotar;:ao Código DTC ................... P0304 combustao
• Ajuste de combustrvel de curto e de longo prazo Rotai;;ao,, ......................6B0rpm em cil. #4
• Temperatura do motor e do ar admitido Temperatura Motor........... 90°C
• Velocidade do veículo Temperatura Ar... .............. 32°C
• Estado do controle de combustível Velocídade ...................... 0km/h
Carga Calculada ............ 18.0%
A figura ao lado mostra o exemplo de um motor V6 com um sensor de Malha
Estado Banco #1 ................. MF
oxigénio para cada banco de cilindros. Fechada
Estado Banco #2 ................. MF
Os dados congelados, recuperados com um scanner genérico, STFT #1 ...........................0.8%
registram os valores dos parametros no momento da grava<;:ao do LTFT #1 .......................... -5.4%
DTC P0304. STFT #2 ......................... -0.7%
Por ser um código relativo a falha de combustao, os dados congelados LTFT #2 ......................... 12.5%
associados, substituiriam aqueles de urna falha menos prioritária que
eventualmente, estivesse já gravada. Esta última, no entanto, permanecería na memória e continuaría a ser
recuperada através do Modo 3. Observar a diferen<;:a nos valores do para metro LTFT (ajuste de combustível de
longo prazo) de cada banco de cilindros. O maior enriquecimento demandado no banco #2 aponta para urna
condic;:ao de mistura pobre provocada pela falha de combustao.
Cabe salientar que praticamente, todos os fabricantes dísponibilizam um maior número de conjuntos ele dados
congelados ou QIP; por exemplo, os correspondentes as 3 ou 4 últimas falhas. lsto configura o "Modo $02
Avanr;:ado". A GM é um exemplo disso: Cada um dos conjuntos de dados congelados recebe a denomina<;:ao de
"registro de fa/ha". Só aquele da falha mais prioritária pode ser recuperado através do modo genérico.
O resto dos registros pode ser recuperado somente, no modo proprietário.
Os "Dados Congelados" ou QIP podem auxiliar na determina<;:ao da causa de um defeito, já que regístram as
condi<;:oes de funciona mento no momento em que a falha aconteceu. Permitem, portanto, reproduzir as condi<;:óes
com o objetivo de verificar o reparo.
111 Observa<;6es
É ínteressante analisar algumas situa<;:óes que podem apontar para a real valíclade dos dados congelados.
► Na maioría dos casos, os dados congelados sao gravados juntamente com o código DTC "pendente"
(monitores de 2 ciclos) ou "confirmado" (monitores de 1 ciclo). No caso dos "pendentes', alguns fabricantes
atualizam os dados congelados ou 01 P, ao gravar o código "confirmado" correspondente.
► Os dados congelados associaelos a DTCs de fun<;:óes monitoradas de forma continua tém prioridade
sobre aqueles correspondentes as ele monitoramento nao continuo.
► No caso dos monitores que sao executados urna vez a cada ciclo de conduc;:ao (Monitor do Catalisador, por
exemplo), na presen<;:a de falha, os dados congelados refletem as condi<;:óes de funciona mento verificadas
no final da sua execu<;:ao.
Este item aborda o Modo/Servic;::o $06 tal como especificado no padrao 08011. Cabe observar que alguns
fabricantes adotam, no scanner proprietário, outras denominac;oes para a sua identificac;ao. No entanto, quando
escolhida a opc;ao "genérica", utilizamos identificadores especificados no padrao.
11 Defini~ao
O objetivo do Modo $06, na sua especificac;ao atual, é permitir o acesso aos resultados dos testes de diagnóstico
de componentes e sistemas monitorados de forma contínua (por exemplo, Monitor de Falhas de Combustao) e
de forma nao contínua (por exemplo, Monitor do Catalisador).
O Modo $06 deve ainda fornecer, junto com os resultados, os valores limites dos diversos testes. Estas
informac;óes permitem verificar qua is os monitores que falharam, e por que margem. Depois de corrigida a falha,
os resultados, recuperados através do Modo $06, permitem avaliar a efetividade do reparo realizado.
Os valores armazenados correspondem aos resultados da última execuc;ao de cada um dos monitores e
permanecem durante múltiplos ciclos de ignic;ao até serem substituídos pelos resultados mais recentes, quando
o monitor é executado, depois de cumpridos os critérios de habilitac;ao.
Reparar que nos sistemas pré-O8011 nao é possível conhecer as condic;oes de funcionamento avaliadas pela
UC, que resultam na gravac;ao de um código de falha.
Em contrapartida, o Modo $06 permite verificar os resultados mais recentes dos testes de diagnóstico realizados
pelos monitores. Basicamente, o Modo $06 é utilizado para:
Nos primeiros sistemas 08011 (96- ·oo) a identificac;ao, no scanner, dos testes e dos componentes verificados
era feita de forma pouco auto-explicativa e sem legendas descritivas, utilizando siglas do tipo:
0 TID$xx para identificar o teste ou monitor executado. Descreve o sistema que é testado.
• CID$xx para identificar o componente testado ou parametro verificado.
Seja numa única tela (scanner para PC) ou em telas sucessivas (equipamento portátil), para cada teste e
componente verificados, sao apresentados: o valor do teste e os valores limites.
Esta terminología era a utilizada nos documentos da SAE e aplicada na apresentac;ao de valores na tela dos
equipamentos genéricos ou na maioria dos equipamentos proprietários, quando escolhida a opc;ao "modo genérico".
Nestes casos, era necessário dispar dos manuais do fabricante do veículo ou do scanner, para associar as siglas
aos monitores e componentes correspondentes. Por outro lado, as siglas TID e CID nao estavam padronizadas
pelo que, dependendo do fabricante, urna mesma sigla podia identificar testes diferentes.
Segundo as primeiras especificac;oes do padrao 08011, o fabricante do veículo era o responsável por assinalar
os identificadores aos diversos monitores e componentes.
A conversao de valores nao muda o resultado do teste. Ou seja, o Monitor do Catalisador detectou
que o catafisador do banco #7 nao passou o teste de "nível de deteriorar;iio". No caso do exemplo, o
nível de deteriorar;ao supera o limite máximo, ou seja, a eficiencia de conversao é baixa.
Também padroniza as unidades e fatores de conversáo utilizados. Por exemplo, a norma recomenda que sejam
utilizadas as siglas MID$21 a MID$24 para o Monitor do Catalisador.
O apresentado até aquí corresponde aos requisitos mínimos que um scanner genérico deve atender no relativo
ao Modo $06. No entanto, a maíor parte dos scanners apresentam as legendas correspondentes aos monitores
e testes suportados assim como, os valores já convertidos e com as unidades apropriadas.
[4]
11 Valores limites
Os valores limites sao utilizados pelos monitores de diagnóstico para determinar condii;:óes de falha. Sao
a presentados no Modo $06 e podem ser fíxos ou dínamícos.
• Fixos: Nao mudam coma modificac;:ao das condic;:óes de funcionamento do motor (rotai;:ao, carga, etc.).
Por exemplo, os limites do parámetro "Nível de Deteríorar;ao da Eficiencia de Conversao do Catafisador".
• Varíáveis ou dinamices: Os valores dependem do regime de funciona mento do motor. Por exemplo, no
caso do Monitor EGR, que verifica variac;óes na pressao absoluta de colctor para determinar condic;:óes
de falha, os limites variam em furn;:ao da pressao barométrica. Com relac;:ao ao Monitor de Fa/has de
Combustao, o limite considerado depende da condic;:ao de rotac;:ao e carga do motor.
Por isso, é de fundamental importáncia que o equipamento de teste fornec;:a o resultado e os valores limites
correspondentes aquela condic;:ao de teste.
a Exemplo
O caso a ser analisado pressupóe e existencia de um código DTC P0420 gravado como "confirmadd'.
O código P0420 (tipo "B") corresponde a: Efícíéncía de conversao do catalísador do banco #1 abaixo do limite.
Senda um código "confirmadd', o defeíto foi verificado pelo monitor correspondente, durante dais ciclos de
conduc;:ao consecutivos. Neste caso específico, a soluc;:ao recomendada pelo fabricante, implica na traca do
catalisador.
A figura [5a] mostra a tela do Modo $03 e a
figura [5b], a correspondente ao Modo $06
corn o resultado do teste de eficiencia que
evidencia a causa da falha.
Com o intuito de ilustrar a utílidade das
informac;:óes fornecidas pelo Modo $06, a
seguir, serao analisados 3 casos hipotéticos
de diagnóstico e reparo, com as estratégias
utilizadas pelos profissionais para resolver o
defeito apresentado.
Caso1
Neste caso, o mecánico verificou a existencia do DTC e decidiu apagá-lo, sem trocar o catalisador. Sem
considerar que é um código "confirmado" relacionado como catalisador, a seguir, conduzíu o veículo por
alguns minutos e como a falha nao se apresentou novamente, considerou o reparo concluido.
Depois de alguns ciclos de conduc;:ao normal, o veículo voltou, coma MIL acesa, indicac;:ao de que err. dois
ciclos consecutivos, com a falha presente, foram satisfeitos os critérios de habilitac;:ao do monitor.
O que aconteceu foi que, após apagar a falha, o veículo nao foi conduzido de forma apropriada para que
fossem atendidas as condic;:óes de habilitac;:ao necessárias á execuc;:ao do monitor. Além do mais, teriam
sido necossários 2 ciclos de conduc;:ao consecutivos, com a falha presente, para acender a MIL.
Para a execuc;:ao deste monitor e segundo o fabricante, os critérios de habilitac;:áo sao:
0
Tensao de batería > 11 V
• Temperatura do ar admitido > 7rPC
• Temperatura do líquido arrefecedor > 75ºC
" Velocidade do veículo entre 50,e 80 km/h
" Rotar;ao < 3000 rpm
• Tempo funcionando em malha fechada > 20 segundos (sem desacelerai;ao)
ª Nao existéncía de DTCs conflitantes (por exemplo, fa/ha no sensor de 02)
A durac;:ao do testeó de 20 segundos, aproximadamente, depois de satisfeitos os crítérios de habílitac;:ao.
No fim desse período, se o resultado excede o limite especificado, o DTC P0420 é gravado como "pendente',
já que é do tipo "B" e requer de 2 ciclos de conduc;:ao consecutivos para ser "confirmado".
Uma vez detectada a fa/ha, nao importa quanto o veículo é conduzida no primeiro ciclo; é nccessário
que o motor seja desligado uma vez, para que possa ser realizado a segundo cíe/o.
Caso 2
Neste caso, o técnico seguiu urna estratégia similar á anterior só que também,
verificou o sensor de 02, avaliando seu nivel de atividade, que resultou
razoáveL No entanto, por se tratar de um veículo com alta quilometragem,
decidiu trocá-lo antes de substituir o catalisador, de custo bem maíor.
A seguir, adotou o mesmo procedimento anterior: Apagar o DTC e dirigir o
veícu/o por alguns minutos. Como a fa/ha nao se apresentou (a MIL nao
acendeu), considerou o reparo concluído.
Como depois da traca da sonda Lambda, foi apagada a memória de falhas,
todos os indicadores de Estado de Prontidao (estado 1/M) retornaram ao
estado "nao-completado".
A tela da figura [5c] mostra a ínformac;:ao que teria sido recuperada (se solicitada) através do Modo $06
durante o primeiro cíclo de conduc;:ao. Observar que a traca da sonda se refletiria numa diminuic;:ao do
valor de deteriorac;:ao, mas, ainda superaría o valor máximo. O DTC P0420 ("pendente") poderia ter sido
recuperado através do Modo $07.
111 Conclusao
O Modo $06 permite analisar os resultados dos monitores antes de efetuar o reparo e, posteriormente, realizar
a verificac;:ao de que tais valores estejam dentro dos limites especificados.
Em func;ao do padrao O8D11 estar em constante aperfeic;oamento, a informac;ao disponível depende, em grande
parte, do fabricante do veículo. Por vezes, pode ser complicada de interpretar e/ou insuficiente.
Assim, para obter máximo proveito das informac;óes fornecidas pelo Modo $06, é importante conhecer:
• Qua/ o procedimento para acessar as informai;6es do Modo 6 no scanner utilizado.
• Qua! o formato e terminología de apresent31;:ao das informar;oes no scanner utilizado.
• Quaís limites sao fixos e quat'.c, dinamicos.
" Se o resultado deve ser superior ou inferior ao limite especificado.
• Quais resultados permanocem fixos até a próxima execur;ao do monitor.
l1li lntrodur¡ao
Quando o processo de combustáo é defeituoso, verifica-se o aumento das emissoes de HC e CO além do
especificado. A cornbustáo deficiente pode ser a resultante de fa!ha no sistema de ignír;:ao, de falha na funr;:áo de
controle da mistura ou de defeito mecánico. Além do aumento das emissoes, a combustao incompleta pode
comprometer a integridade do catalisador.
Por tanto, a detecr;:ao de falhas de combustao é urna das principais funr;:oes de diagnóstico estabelecidas pelo
padrao OBDII. É realizada pelo Monitor de Fa/has de Combustiío, que é do tipo contínuo.
No entanto, o programa só avalia defeitos que prejudicam as emissóes e/ou o catalisador e nao aqueles que
somente afetam a dírigibilidade do veículo.
Segundo a especificar;:ao OBDII, "fa/ha de combustao" é definida como a auséncía total de combustao. No
entanto, na grande maioria dos casos, o monitor também, consegue detectar urna porcentagem significativa de
falhas parciais de combustao, resultantes da queima incompleta da mistura; basicamente, aquelas mais severas.
O diagnóstico de falhas de combusta o em sistemas OBDII segue os mesmos procedimentos e métodos analisados
no Capítulo 9 e subseqüentes.
Para a detecr;:ao de falhas, o "Monitor de Fa/has de Combustao" utiliza um dos seguintes métodos:
► Ace/era9iío do virabrequim: É o método mais utilizado e, portanto, será analisado com maior detalhe.
O monitor de falhas de combustao é contínuo, ou scja, enquanto o motor está em funciona mento, monitora as
variar;:oes da velocidade de rotar;:ao, combase no sinal do sensor de posir;:ao do virabrequim (CKP).
O método tem como fundamento, o fato que a velocidade de rotar;:ao do virabrequim aumenta de acordo com a
contribuir;:ao instantánea de potencia que cada cilindro fornece durante o ciclo de expansao.
Assim:
► Durante o ciclo de expansao verifica-se a acelerar;:ao do virabrequim o que provoca um aumento instantáneo
da velocidade de rotac;ao, após o qual, esta retorna ao valor que tinha no inicio do ciclo. Este processo se
repele para cada cilindro. Portanto, se no fim do ciclo de expansao, a velocidade instantanea supera um
determinado limite de calibrar;:ao, o monitor considera que a combustáo foi completa.
► No caso contrário, no cilindro com falta completa de combustao, o pistao correspondente nao experimenta
acelerar;:ao e, portanto, a velocidade de rotac;ao continua a diminuir até o momento da combustáo do próximo
cilindro na ordem de ignic;ao. Naquele com queima incompleta, o aumento de velocidade de rotar;:ao é
menor, se comparado com um cilindro com combustao total.
1640
::;¡; 1620 ~1620 ~ 1620
~1600 &: 1600 &1600
1580 1580 1580
1560 1560 1560
1540-1--------------1 1540-1------------1 1540+-----,------.----~
O 360 720 1080 1440 O 360 720 1080 1440 O 360 720 1080 1440
Graus de Rota,;ao do Virabrequím Graus de Rota,¡ao do Virabrequim Graus de Rotai;ao do Virabrequim
[1a] [1 b] [1c]
► A figura [1a] mostra como varia a rota<;ao do motor em funr;ao dos graus de rota<;ao do virabrequim.
► A figura [1b} aprescnta o mesmo sinal quando um cilindro apresenta "fa/ha de combustao" intermitente.
► A figura [1c] apresenta o sinal para o caso de fa/ha de combustao constante num cilindro.
Observar que os picos do volocidade, dos cilindros subseqüentes ao da falha, aumentam progressivamente, até
atingir o máximo correspondente a faixa da condic;:ao em que nao há falha de combustao (ponto 1).
• Piso Irregular
Um piso irregular pode provocar, também, a falsa detecc;:ao de falha de combustao. lsto porque, quando as rodas
motrizes se afastam do piso, diminui o torque aplicado pelo motor (a roda gira sem carga). Esta variac;:ao se
traduz numa variac;:ao instantanea da velocidad e de rotac;:ao do motor, que pode ser interpretada como urna falha
de combustao.
Para contornar o problema, o sistema de diagnóstico deve ser capaz de detectar a condic;:áo de "piso irregular'
e nc;sse caso, desativar o monitoramento.
A detecc;:ao de superficie irregular pode ser feita segundo um dos seguintes métodos:
► Método de "software": Pode detectar a maioria, mas, nao todas as condic;:óes apresentadas por superfícies
irregulares. Neste método, o sistema de diagnóstico processa o sinal de rotac;:ao do motor e está habilitado
a detectar padróes característicos de superfícies irregulares gravados
na memória.
E so~------------ E:,,;
. dO Piso Irregular
As figuras [2a] e [2b] ·5 l!l Piso Regular 5
cr
apresentam padróes típicos .,, :ro [3-0
de acelerac;:ao/desacelerac;:ao ~ 20 {! ;l;() '
> lO :r; 10
do virabrequim em func;:ao das .g o -i'--A-Ad.J,--J-..!:J.x-,-.,.J.Lc>,=.-14 .g o ..l-.1---t-.J-l--.,_.__,__•.._,____,__,,,,
variac;:óes de torque ,g -10 0-10
a Correc;ao de Perfil
Os cálculos realizados pela UC para determinar a presenc;a de falhas de combustáo devem ser bastante precisos
o que implica que o sinal do sensor de rotac;áo deve ser quase perfeito. Assim, as diferenc;as de um motor para
outro, devidas as toleráncias de fabricacao, devem ser compensadas.
A "corre9ao de perfil' é, precisamente, um fator calculado pela unidade de comando que serve para "aprender'
e corrigir as impreciséies no espac;amento dos dentes da roda fónica associada ao sensor CKP.
Para prevenir que as diferenc;as no torque produzido por cada cilindro, afetem o fator de correc;ao, o "aprendízado"
é realizado durante as desacelerac;oes com corte de combuslível ("cut-off").
• Barbo/eta fechada
O fator é aprendido quando o sistema • Sem freio aplicado
se encontra nas seguintes condic,:óes: • Desacelerar;ao com corte de combustível no intervalo entre
95 km/h e 65 km/h depois de ter ultrapassado 95 km/h.
Desde que as imprecisoes no espar;amento dos dentes da roda fonica podem indicar urna falsa condic;ao de
falha de combustáo, o monitor nao é ativado até que o fator seja "aprendido". No caso em que o fator de correc;ao
é perdido (desconexáo da batería, nos sistema com RAM volálil, por exemplo) este deve ser aprendido nova mente.
No caso em que a UC nao consegue "aprender" o fator em 254 tentativas, o DTC P0315 é gravado na memória.
Alguns fabricantes fornecem procedimenlos de aprendizado para serem realizados na oficina, utilizando o
equipa mento de teste.
11 Requisitos OBD 11
O Monitor de Falhas de Combustao serve a determinac:;áo de duas condic:;éies:
1. Danos ao catalisador. Se a freqüéncia de fa/ha é severa o suficiente como para danificar o catalisador,
naque/as condir;6es de funcionamento do motor (carga, rotar;ao, temperatura).
2. Aumento das emissoes. Se a freqüencia de fa/ha eleva as emiss6es por sobre o límite máximo
especificado na legislar;ao vigente. Ou seja, se ultrapassam 7, 5 vezes o nível especificado no procedimento
de homologar;ao (FTP) para esse veículo.
Entende-se por "freqüéncia de fa/ha" a relac:;ao (em porcentagem) do número de falhas de combustáo verificado
em um número especificado de ciclos de ignir;áo; por exemplo, 200 ou 1000 ciclos.
"► A luz de anomalía acende quando níve/ de fa/has de combustao é tal que as emissoes ultrapassam 7,S "
vezes o níve/ especificado no procedimento FTP para esse veículo.
► A luz de anomalía deve píscar quando é detectado um nivel de fa/has de combustao que pode danífícar
gravemente o catalisador naque/as condit;:6es de funcíonamento do motor (carga, rotar;ao, temperatura),
'-
A seguir, será analisada a estratégia básica utilizando o exemplo do método de acelera9ao do vírabrequím.
Como já mencionado, em condic;ao de funcíonamento normal, o pista o sofre urna acelerac;ao durante o ciclo de
combustao (expansáo), que está diretamente relacionada como torque produzido.
► As do tipo "A" sao aquelas que podem fazer o catalisador atingir temperaturas superiores a 900ºC e com
isso, provocar a fusao e destruic;ao do mesmo. Como será visto adiante, a UC avalia a porcentagem de
falhas durante períodos de 200 rotac;óes. Quando essa porcentagem ultrapassa o limite especificado, a
UC liga a lámpada MIL/LIM de forma intermitente (1 ciclo por segundo), grava o código DTC correspondente
como "confirmado" (tipo "A") e os dados congelados (QIP) associados. Quando o nivel de falhas de
combustao diminui para um patamar que nao danifica o catalisador, a lámpada permanece acesa de
forma constante.
► As do tipo "B" sao aquelas cuja freqüéncia resulta num aumento de pelo menos, 1,5 vezes nas emissóes
de HC, mas, nao danificam o catalisador. Para a determinac;ao deste tipo de falha, a UC avalia a
porcentagem em intervalos de 1000 rotac;:óes. No primeiro ciclo de conduc;ao em que é ultrapassado o
limite especificado, o monitor grava o DTC correspondente como código "pendente" (tipo "B").
No segundo ciclo consecutivo, grava o código DTC como "confirmado'', juntamente com os dados
congelados, e acende a lampada MIL/LIM de forma constante.
Lembrando, os códigos "confirmados" sao recuperados como Modo 3 e os "penden/es", através do Modo 7.
111 Limites
A seguir, é apresentada urna das estratégias para a identifícac;:ao das falhas de combusta o. Como mostrado nas
figuras [3a] e [3b], o monitor utiliza o limite A para, dependendo da freqüéncia de falhas, gerar um DTC do tipo "A"
ou do tipo "B".
As figuras apresentam as ondas de variac;ao da velocidade de rotac;:ao e de eventos de ignic;ao corresponden tes,
para dois casos de falhas de combustao.
~~~~
605~,(A [la]
600
~ A figura [3b] apresenta o caso em qu0: a falha de combusta o no
KV O 180 360 540 (º) cilindro 3 (ponto 2) é suficientemente severa (velocidade
instantanea inferior ao limite A) como para ser considerada falha
de combustao pelo monitor.
Reparar na continuada diminuic;:ao da velocidade, até que
acontece a ignii;:ao do cilindro 4, e que corrobora a ausencia de
combustao no cilindro 3.
[3b]
(';) Processo de A valia9ao
O número de falhas de combusta o é avaliado, para cada cilindro, em intervalos de 200 giros (tipo "A") e de 1000
giros (tipo "B")
No fim destes períodos de avaliac;:ao é calculada a relac;ao (freqüencia) de falhas de combustao para cada
cilindro. A freqüencia de falhas é apresentada em porcentagem no equipamento de teste. Tambóm, pode ser
apresentado o valor do contador de falhas para cada cilindro.
A determinar;:ao de se urna falha de combustao é do tipo "A", ou scja, suficientemente severa para provocar
dano ao catalisador ou simplesmente, elevar as emissoes, é feíta combase na freqüencia de ocorréncía
da mesma.
Por exemplo, o límite para acender a MIL/LIM de forma intermitente {piscante), indicando falha severa,
pode ser 40% de falhas (em 200 rotac;:óes) na marcha lenta e diminuir para 4%, sob carga. Ou seja, urna
porcentagem menor já provoca a iluminac;:ao da MIL/LIM de forma piscante e a gravac;:ao do DTC P030x
como "confirmado". (ver ítem "Códigos de Fa/ha", a seguir)
No caso de sistema multiponto, se for detectada falha num cilindro, de modo persistente, o injetor
correspondente é desalivado para prevenir danos ao catalisador. lsto, nos motores de 6 ou 8 cilindros
onde podem ser desalivados até 2 injetores simultanea mente. Esta estratégia nao é utilizada em motores
de 4 cilindros.
Nos casos em que a falha de combustáo se manifesta em vários cilindros, aleatoriamente, nenhum
injetor é desativado.
11 Critérios de Habilita~ao
► DTC P0300: Indica que a falha de combustao é randómica; ou seja, acorre em diversos cilindros de
forma aleatória e simultanea, pelo que o monitor nao consegue identificar um cilindro especifico. A origem
do defeito deve ser procurada em componentes que afetem a mais de um cilindro.
► DTC P030x: O último número do código (x) identifica o cilindro em que acontece a falha. Por exemplo, o
código P0304 indica que a faltia de combustao acorre no cilindro 4.
A causa, entre outras, pode ser: vela defeituosa ou carbonizada, cabo com fuga ou interrupr;:áo, injetor
defeituoso ou sujo, válvula de escape queimada ou válvulas sem veda¡;:ao. Se a falha é causada por
vazamento, este deverá afetar somente, o cilindro com defeito. Por exemplo, vazamento na junta do
coletor de admissao, próximo ao cilindro identificado pelo DTC.
► DTC P0315: Fator de correc;:ao de perfil nao aprendido após 3 desacelerac;:óes de 90 km/h a 60 km/h.
Os resultados dos testes realizados pelo monitor sao recuperados através do Modo $06. Geralmente, a ínformac;:ao
a presentada é a porcentagem de falhas e/ou o contador de falhas de combustao para cada cilindro. lsto resulta
muito útil no caso de falha associada ao DTC P0300. Os contadores individuais podem ajudar no diagnóstico
identificando, por exemplo, aquele cilindro com um número maior de falhas.
As figuras sao exemplos de telas com as informac;:oes do monitor de falhas de combustao.
[4a] Apresenta as telas de um scanner genérico. Telas Scanner Genérico Telas Scanner Propietário
A superior corresponde ao resultado do teste
ECU: $10 (motor)
continuo (Modo $06) e que indica falha de MIL: Ligada
ECU: $10 (motor)
combustao no cilindro 4 (DTC P0304). A tela
DTC: P0304 DTC: P0304
inferior mostra os dados congelados Falha Combust. cil.#4
Falha Cotr,bust. cil.#4
associados ao referido DTC.
[4b] Apresenta as telas correspondentes ao DTC
P0304 de um scanner proprietário. Carga Cale . . . 18.0%
DTC .. , ....... P0304 DTC .......... P0304
[4c] Apresenta os para metros de funcionamento Rota9ao ...... 683RPM Rota9ao ...... 683RPM
do motor (Modo $01) de um scanner Temp. Motor 93ºC Temp.Motor . . 93"C
VSS (veloc) .. OMPH Temp .Ar ...... 38ºC
propríetárío, associados ao monitor de falhas Carga Cale . . . 18.0% VSS (veloc) .. 0MPH
de combustao. Sist.Comb .... Fechado Sist.Comb Fechado
STFT ......... 0.8% STFT ......... 0.8%
► O ítem 1 aponta para o contador de igni- LTFT ......... -5 4% LTFT ......... -5.4%
c;ao, cujo valor mostra os eventos de Luz Freio. Desli .
ignic;:ao contabilizados até o momento da [4a]
visualizac;:ao. Neste caso, e para um motor [4b]
de 6 cilindros, o contador evolui entre O e
3000 eventos de ignic;:ao, correspondente INJETOR ................... 2.9 mS
ECT ........................... 88 graus CONTADORES FALHAS
a 1000 rota¡;:oes. Urna conta fixa é
VSS ..... ,_,_._........ OMPH
indica¡;:ao de que o monitoramento nao Cil#l-Atual . . . . . 156
AVAN¡;O ..................... 7 graus
está sendo executado. Cil#l-Hist ...... 1553
[ CONTADORIGNI(, ........ 1697 Cil#2-Atual ....... 20
► O ítem 2 aponta para o valor da porcen- CILINDRO #1 ................... 0% Cil#2-Hist ....... 322
CILINDRO #2 ................... 0% Cil#3-Atual . . . . . . 4
tagem de falhas verificado no cilindro 4.
CILINDRO #3 ...... "' .......... 0% Cil#3-Hist ....... 118
[4d] Como op~ao do modo propríetárío, alguns Cil#4-Atual.. . O
2 CILINDRO #4 ... ,............... 5%
CILINDRO #5 ................... O'¾
Cil#4-Hist ......... O
equipamentos permitem visualizar o
CILINDRO #6 ................... 0%
contador de falhas de combustao de cada [4d]
cilindro e, associado a cada um destes, o
"histórico" ou acumulado de falhas. [4c]
MJlutotró11ica ►
Como mencionado, a norma 08011 estabelece que o sistema de "controle da mistura" ou de "ajuste de
combustívef' deve ser avaliado constantemente, na sua capacidade de atender os níveis de emissóes.
O sistema é considerado com falha quando ultrapassado o pata mar de 1,5 vezes o limite de emissóes especificado
pelo procedimento FTP (EE.UU.) aplicável ao modelo. Este é procedimento adotado pelo padrao OBDBr.
Em outros países, quando existente, aplica-se a norma nacional correspondente. Específicamente, a norma
requer o monitoramento constante, durante o funcionamento em malha fechada, dos parámetros de ajuste de
combustível longo prazo (LTFT) e de curto prazo (STFT) Quando ultrapassado o limite máximo ou mínimo,
o código DTC correspondente será gravado juntamente com o "Quadro lnstantaneo de Parametros" (dados
congelados ou "freeze frame") no momento da detecc;ao da falha.
Para o diagnóstico, a importancia dos para metros de ajuste de combustível se deve a que a grande maioria dos
defeitos meci'.inicos, nao detectados diretamente pela UC, se reflete em falhas detectadas pelos monitores de
"Ajuste de Combustíve!', de" Fa/has de Combustao" ou do "Sensor de O:!'.
Em funcionamento normal, as correc;óes assumem valores na faixa de +/-10% ou +l-15%. Os valores limites
máximos dependem de cada sistema, mas, em geral, estao entre -25% (limite de empobrecimento) e +25%
(limite de enriquecimento). Geralmente, quando superados estes limites, a UC grava um DTC e o sistema passa
a funcionar em malha aberta.
Nos sistemas OBDII, problemas no ajuste de combustível podem ser causados por falhas em componentes que
provocam a gravac;:ao de seus própríos códigos. Por exemplo, perante urna falha no sensor de 02, a UC gravará
o DTC correspondente. Neste caso, muito possívelmente, o sistema de ajuste de combustível poderá ultrapassar
o limite de adaptac;ao. No entanto, nao haverá gravac;ao de um código adicional, correspondente a mistura rica
ou pobre. lsto, devido a que o "Monitor de Ajuste de Combustível', nao será executado até que seja corrigido o
defeito provocado pela sonda.
O monitor é desalivado na preseni;:a de falha nos sensores: MAF, ACTIECT, aquecedor do sensor de 02 ou do
sensor de relac;ao arlcombustível pré-catalisador, CKPICMP, sensor de pressao do sistema EVAP, VSS e EGR
com defeito (aberta).
Este monitor tem como funi;:ao avaliar a operac;ao dos sensores e atuadores do trem de forc;a (motor e transmissao)
relacionados comas emissóes. Basicamente, realiza verificai;:oes para delectar curto-circuitos, interrup96es
e fa/has de plusibilídade nos dispositivos sensores e atuadores. Falha de plausibilidade acontece quando o
sinal de um sensor nao é coerente com a atual condir,:ao de operac;ao ou quando o estado de um atuador nao é
coerente como valor comandado pela UC.
Estao incluídos todos os componentes cujo mau funcionamento pode provocar, sob certas condic;oes de uso,
um aumento das emissóes por sobre o limite especificado.
VSS (velocidade do ve/culo); CKP (rotar;ao, posir;ao do virabrequim), KS (detonar;ao); TPS (posir;ao da
borbolela); ECT (temperatura do motor); IATIACT (temperatura do ar admitido); CMP (posir;tío do eixo
comando}; MAP (pressao do coletor); MAF (massa de ar): H02S (sensores de oxigenio); posir;ao da
EGR e componentes clétricos da transmissao automática
Com relar,:ao aos sensores de oxigenio, o Monitor Abrangentc de Componentes verifica a presenr;a de
curto ou interrupr;ao no circuito do sinal e do aquecedor.
IACIIACVIISCV (atuador de controle da marcha lenta); válvula de purga do caníster; válvula EGR;
bomba de injer;ao de ar secundário, bobina de ignir;ao; atuadores eletroeletr6nicos da transmissao.
Em funr;ao de ser OBDII um padrao dinamico, em conslante evolur;ao, além dos componentes apontados
acíma, podem surgir outros a screm incluídos assim que a tecnología evolui.
Por exemplo, a rovisao de 2002 incorporou, entre muitos outros, códigos DTC para ve/culos híbridos e
elétrícos.
► P0100 MAF - Fa/ha no circuito e/étrico: A UC detecto u urna falha elétrica, mas, sem identificar se
corresponde a interrup¡;:ao ou curto-circuito.
► P0101 MAF - Problema de faixa/desempenho (plausibílidade) do sinal: A UC detectou um sinal tora
da faixa de variac;ao normal ou um sinal que nao se corresponde como esperado (problema de desempenho
ou plausibilidade). Para isto último, o sínal do sensor TPS pode servir de compara¡;:ao.
► P0102 MAF - Sina/ de entrada baixo: A UC detectou um possível curto-circuito a massa.
► P0103 MAF Sinal de entrada alto: A UC detectou um possível curto a ten sao de batería ou a um outro
circuito com tensao em estado alto.
► P0104 MAF - Fa/ha intermitente: A UC detectou urna varia¡;:ao momentanea e brusca do sínal.
A figura ao lado mostra um exemplo de especificacao de fabricante correspondcnte a DTCs relacionados como
sensor MAPem veículos Toyota.
Nela estao especificadas as condíc;oes sob as quaís o monitor realiza o teste de diagnóstico e os critéríos
utilizados para determinar se existe falha.
P0105 MAP • Defeito no circuito
► DTC P0105: Corresponde a faltia tipo "A" (1 ciclo de Condicao de Crilério de Ciclos de
condu¡;:ao para acender a MIL/LIM) devido a curto ou Teste Deteccao Conducao
- lgniGao ligada
íntorrupc;ao. Aparentemente, o fabricante nao discrimina
entre um ou outro defeito.
► DTC P0106: Corresponde a falha tipo "B" (2 ciclos de
MAP OkPa
ou
> 130 kPa
1
DTC
tipo "A" \l
P0106 MAP • Problema de faixaldesempenho
condu<;ao para acender a MIL/LIM) causada por sinal
Condic;ao de Critério de Ciclos de
fara da faixa. Teste Deteccao Condm;ao
• Borboieta fechada
- 400- 1000 rpm MAP > 3V 2
Reparar no tempo de "maturar;ao" necessário á detec¡;:ao
-Tempo> 10s (:_;, DTC
da falha corres pon dente ao DTC P0106. Para tempos tipo "B"
- 2500 rpm )
menores de present;:a da falha pode ser utilizado o DTC: MAP < 1V 2
- Tempo> 5s
-TPS > 1,9V
( ► P0109 - Sensor MAP - Fa/ha intermitente. )
Ainda para discriminar curto ao positivo ou ao negativo, o fabricante dispóe dos DTCs:
A especificar;:ao OBD!I aplica a mesma estrutura de DTCs genéricos dos exemplos, de forma abrangente, a
praticamente, todos os dispositivos elétricos:
" Um DTC para fa/ha no circuito elétrico sem especificar o tipo de defeito
• Um DTC para problema de faixa/desempenho ou plausib1Jídadc do sinal
• Um DTC para sínal baixo
• Um DTC para sinal alto
• Um DTC para fa/ha intermitente
Como já mencionado, a norma OBD/1 fomece uma descrír;ao, para os diversos DTC, bastante sucinta.
Portanto, ainda para os códigos genéricos, é recomendáve/ consultar a documentar;ao do fabricante
do veículo ou do equipamento de diagnóstico, para ter uma descrir;ao mais detalhada do significado.
A del7omil7ac;:ao de "sonda Lambda" se devt~ ao fato que o sil7al do sensor muda de valor (entre 0,2V para mistura
pobre, a 0,8V para mistura rica) precisamente ern Lambda = 1 (mistura estequiométrica).
1111 Terminologia
Os Sensores de Concentrac;:ao de 02 sao identificados na literatura, através de urna das seguinles siglas:
► EGO: Sensor de 02 1730 aquecido
► HEGO: Sensor de 02 aquecido de 3 ou 4 fios
► ISO HEGO: De 4 fios e o retorno de sinal está isolado da carcac;:a; com isto, o sinal é menos "ruidoso".
► H02S: Terminología padronizada na norma OBDII para identificar o sensor de oxigénio aquecido
► UEGO: Sensor de oxigünio universal de relac;:ao ar/combustível. Notac;:ao da NTK.
► WRAF: Sensor de Rclac;:ao Ar/Combuslível de Banda Larga. Esta denominac;:ao se deve a que estcs sensores
permitem a detecc;:ao de relac;:óes ar/combustível dentro de uma ampla faixa.
► WEGO: Sensor de Oxigénio de Banda Larga
► AFR: Sensor de Relac;:ao Ar/Combustível. Denominac;:ao usada pela Toyota.
Estes sensores podem ser de 2 tipos, segundo o elemento ativo: sensor de Zircónio e sensor de Titanio, este
último, nao mais utilizado em sistemas OBDII.
1
cera mica (óxido de zircónio). O elemento, de formato cónico ("dedal")
ou planar, está recoberto interna e externamente por camadas de platina
que cumprem a func;:ao de eletrodos.
Seu funcionarnento se baseia no fenómeno físico verificado na "célula
eletrodos
de Nemsf', que será analisado a seguir. d,¡,Jaia
A face interna (eletrodo de referencia) está em contato coma almosfera
e a externa comos ~3ases de escape (fig.[1a])
gases de escape [1 a]
A varia{,:ao de ten sao é mais ou menos abrupta para A.=1. A figura 11 e] mostra o
a curva característica.
Com temperaturn inferior a 300ºC, a sonda se comporta como um circuito abmto, o ....
corn resistencia infinita.
o 1
O símbolo">" significa "maior que" e o símbolo"<", "menor que". 0.8 0.9 1.0 '
1.1 1.2
Fator Lambda(/\,)
[1 e]
Célula de Nernst
É o elemento constitutivo do sensor de Oz de zírcünío. Se cornp6Ei de um
núcleo cerámico de óxielo de zircónío que quando aquecido a urna
temperatura superior a 350ºC, permite a passagem de íons de oxigénío do
lado com maior concentrac;:ao ele Oz, para o de menor concentrac;:áo. Ambas
as faces esta o cot)ertas por carnadas de platina que desernpenham o papel
de clctrodos. Nao havendo diferenr;:a nas conccntrac;:ócs, nao t7á circulac;:áo
de íons.
O íon é um átomo, ou molécula que perdeu ou ganhou elétrons. Portanto, a
sua polaridade pode ser positiva ou negativa ao contrario de um átomo ou
molécula que sao eletricamcnte neutros.
No caso do exemplo da figura [1 d], sendo os gases de escape resultantes
da queima de mistura rica, nao conterao moléculas de 02 pelo que as
concentra<;:oes a ambos os lados da célula serao diferentes; assim, ha verá
a passagem de íons negativos de 02 (simbolizados com Ot do eletrodo
ern contato com o ar ambiente, para aqucic ern contato com os gases de
escape.
Como resultado, aparece urna tensao (em torno de 1 volt), entre os eletrodos,
coma polaridad e indicada na figura. Urna característica relevante é que, quando a conccntrac;:ao de oxígenio,
no eletrodo em contato corn os gases de escape, é superior a 0,3%. a tensao diminuí, abruptamente, para
valores ern torno de 0,2 V.
Os sensores de 02 utilizados atualmenle nos sistemas OBDII, sao do tipo aquecido, ou seja, possuem um
resistor PTC de aquecimento, que permite o funcionarnento independentemente da temperatura dos gases.
camada protetora
(porosa)
camada protetora
[2b] (porosa)
► O sensor de 02 rem urna resposta proporcional á concentra¡;.-é]O de oxigénio, cm urna faixa estreita
da relar;:ao arlcornbustívcl, de 74, 5 a 15,0; ísto para gasolina pura.
► O sensor de refa,;iio ou de banda larga tem uma resposta proporcional, numa faixa mais ampla de
relar;áo arlcombustível (qasolína pura), de 11. 7 a 2 3: 1, ou sPJa, de A O, 7 a 1, 7, aproxímadamen/e.
lsto permile que durante as acelerar,.:óes, o sistema permanec;:a funcionando em malha fechada. Desta forma,
obtém-se urna boa resposta para qualquer condic;:ao de carga. Lembrar que, no caso dos sistemas que utilizam
sonda Lambda, durante as acelera<;:ócs, o sistema trabalha temporariarnente, em malha aberta.
Entre as características relevantes do sensor de relac;ao se destacam:
► É índispenséívcl para o controle da relar;ao arlcombustívef nos motores que funcionarn com mistura
pobre e que trabalham na faíxa de Lambda superior a 1, 3.
► Em fum;ao da faixa de relar;ao arlcombus/ível suportada pelo senso,; a UC consegue mantero
controle preciso da mistura durante o funcionamento normal e so/J a condir;ao de mistura pobre
Nos sistemas que utilizam sensor de relac,::ao ar/combustível, este substituí a sonda Lambda pré-catalisador. O
sensor pós-cataiisador continua a ser urna sonda Lambda de zircónio convencional.
Foram produzidos inicialmente, com tE:cnologia convt?ncional: elemento ativo de ceramica com formato de cone
ou dedal. Atualmente, sao produzidos utilizando tEocnologia planar.
.A. t••;:.-oc.:ia(.;üo th•: umü céltJla de ínjer;ia cum umt., céJuf" de Ner11s1, cun•;ti;.u! o Sensor de RelBfño Arf_.
Combust{'.lel rn I Sensor de 02 de Banda l.arga. _...,.,._..,....,= /
-sc;ccr::: rn:e .,.,
A UC monitora a lensao do sinal do sensor 1 da célula de medif;iio), que funciona como urna sonda Ade
zircónio convencional, no sentido que a voltagem do sinal reflote a diferenc;a de concentracao de 02 entre os
gases de escape e a camara de dífusao.
A UC mantém esta tcnsao cm torno de 0,45 volts, controlando a concentrac;ao de 02 da camara de difusao,
injetando ou retirando íons de 02. A modifícac;ao da quantidade de 02 da cámara de dífusf:io se consegue
controlando a tensao do sinal do sensor 2.
Resumindo:
A UC trala de mantero sinal da "célula de medit;iio'' (sensor 1) em 0,45 volts, controlando a tensélo
aplicada no terminal de conlrole da "célula de injet;f:io de 02" (sensor 2). A parlir do valor desta tensao, a
UC determina a concentrar;:i'.ío efe Oz no escape e com isto, a reia<,.'30 ar/combustível da mistura admitida.
@ Circuito
A figura [5] corresponde ao circuito de concxáo do sensor LAF NTK utillzado c:m alguns modelos de vcículos
Honda ("92- 95), equipados com motores de ··combustao de mistura pobre".
A resisténcía de calibra<;:ao está incluida no conector de 6 termina is do sensor, e é ajustada durante a fase final
de fabricar,:ao, para compensar as tolerancias próprias do proccsso. Durante o funcionamento normal:
0
O valor do sinal da célula de medit;ao é mantido em torno de 0,45 volts
• O valor da tensao de referencia é aproximadamente, 2, 7 volts
• A tensao do sinal de controle da célula de inje9ao de oxigenio varía entre 1, 7 volts para misturas
ricas, e 3,3 volts para misturas pobres.
• Lineariza,;;ao
[mAJ ResP.osta da Célula de lnjg,~ao
O valor e sentido da corrente lp térn urna relac;:ao nao-linear com a 1,0--,----------~
relar;:ao ar/combustível da mistura admilida.
A figura [6d] mostra a curva da corrente lp em func;:ao da relae,:ao ar/
·~o 0.5
o,
combuslível. Observar a acentuada nao línearídade. A curva representa fo.o
a
a resposta da célula de injecao varíac,:ao da rnlar;:ao ar/combustível.
{:: -0.5
De urna outra forma, a curva .s
[V] ReSP.OSta da Célula de Medi1,ao a; -1.0
determina a corrente nece- t:
too----------~ 8 .1.s
ssária para tornar estequio-
o
·~o.so métríca a relacao ar/combus- -2.0 ,
'5 tível dos gases de escape 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
QJ
::l!; 0.60 Rela,;ao Ar/Combustível (gasolina)
presentes na cámara de
i difusao. [6d]
,g 0.40
"'a; Reparar que para o valor de relacao 14, 7 (relac;ao estequiométrica
i.;:: 0.20
para gasolina pura) a corrente é nula.
0.00-+-----.........- - - - - - l A figura (6e] apresenta a curva de variac;ao da tensao da célula de
14,3 14.5 14.7 14,9 15,1
Rela,;ao Ar/Combustível (gasolina) rnedic;ao (Nernst) ern funr;:áo da relac;ao ar/cornbustível. É a resposta
de um sensor de Oz convencional.
[6e]
® Controle do Aquecedar
O módulo DSP (fig.[6c]) é responsável também, pelo controle do aquecedor. A temperatura de opera<;ao é um
fator importante para o funciona mento e precisiéío do sensor. É mantida em torno dos 650ºC, através de um sini.ll
PWM (ciclo de trabalho variávei) com freqüénda de 30 Hz.
O mecanismo de controle se baseía no fato que a resistencia interna da célula de Nernst é inversamente
proporcional a temperatura a qual é subrnetida. Um circuito interno a UC, monitora constantemente essa
resistencia, cujo valoré utilizado para modificar o ciclo de trabalho do sinal PWM. Assim, um aumento no valor de
resistencia é indicai;:ao de dimínuii;:ao da temperatura. Como resultado. o circuito DSP aumenta o ciclo de trabalho
do sinal e conseqüentemente, a tensao rnédía aplicada ao aquecedor o que provoca o retorno da temperatura ao
valor nominal de operac;ao.
O O 0.8
A B e
[7]
Reparar que o sinal do sensor de relat;:ao (H02S) nao oscila como acorre com a sonda de zirccinio quando
funciona em malha fechada.
" Condh;;tio de acelerar;ao e carga parcial estabilizada (sei;;ao A). O A. permanece estéívcl, corn valor
próximo de 1.0 (0,94), devido a que o sistema permanece operando cm malha fechada e a relai;éío ar/
combustível oscila ern torno da estequiométrica.
e Condi('flo de plena potencia (sei;:ao B). O Adiminui quando o m1ríquecimento se faz neccss,lrio.
0
Desacelerar;ao (scc;ao C). O Lambda passa a um valor limite (1,98) que depende dos circuitos clctrónicos
utilizados e do programa de controle. lsto, em funi;:ao do corte de combustível que provoca o ernpobrecimento
extremo da mistura.
A figura [8a] mostra a constituic;ao do sensor AFR, o qual Sensor de Rela~ao Ar/Combustível • AFR
é basicamente, urna célula de zircónio coberla de urna (1 célula) eletrodos
camada de difusfio que contribuí a limitar a corrente de m gases de escape •fill□rn de platina
íons de oxigenío quando aplicada uma tensao entre os Camada]
de Difusao
eletrodos. Esta camada ajuda também, a linearizar, em
Célula]
parte, a relac;ao entre a corrente de íons e a diferern;a de de Nerns!
concentrac;ao de oxigénio a ambos os lados da célula.
Camara de]
A figura [8b] apresenta um diagrama de blocos corn o Referencia
esquema de conexao do sensor AFR a UC. Aquecedor]
Quando, entre os termínaís do sensor é aplicada urna
tensao de 300 mV (diferenc;a entre a tensao de controle
Ve e a tensa o ele referencia Vref), a corrente Is é nula. [8a]
Interno a unidade de controle, o circuito de detecc;ao,
formado pelo resistor Rm e o amplificador A, mede o
sentido e íntensidade da corrente Is, e gera a iensao
Vm, que resulta proporcional a concentrm;;ao de oxígénio Ve
nos gases ele escape e a relac;ao ar/cornbustível.
AFR
Is¡
► Com mistura estequíométrica: Is = O e a tensao
►
Vm 3.3V.
Com misturas ricas (excesso de HC e COL a
corrente Is é negativa e Vm, inferior a 3.3V.
Com misturas pobres (com exccsso cJe 02), a
corrente Is é positiva e Vm, superior a 3.3V.
4[8b]
"ir
Por ser um sina/ interno a UC, a tensao Vm só pode ser medida utilizando o equipamento de diagnóstico.
LAF Toyota
Curva Característica
A figura [8cj apresenta a curva característica da tensao Vm com
referéncía á relac;ao ar/combustível. Observar que a varíac;:ao de
Vm é proporcional á variac;ao na relac:ao ar/combustível.
----4.6V
Sinal Vm
----2.7V 12 13 14 15 16 17 18 t9
Rota,;ao do Motor
Relai;ao Ar!Combustível
- - - - 3 5 0 0 RPM [8c]
A figura [8d] mostra como varia o sínal Vm (interno a UC) em
resposta a cámbios na rotai;:áo do motor. Reparar que nao
'====650 RPM apresenta as oscilac;óes características da sonda Lambda
convencional.
[8d]
O sensor de relac;ao foi produzido inicialmente. com tecnología "convencional', ou seja, constituí do dE~ um elemento
cónico ("dedal") de zírcónío com aquccedor interno.
Atualmente, é utilizada tecnología "plana!", com o aquecedor integrado ao substrato do sensor. A curva
característica assim corno a faíxa de operac;ao sao as mesmas para ambos os tipos de sensores.
11 Precau~oes
Como com o sensor de 02 de zircónío, o sensor de rela(ao, de 1 ou de 2 células, é afelado pelos mesmos
agentes químicos os que, g(;ralmente provocam danos irreversíveis.
Entre os ªfJentes contaminadores mais comuns, se incluem:
► Combustível com chumbo. A vicia úlil se degrada sonsive/mente podendo diminuir até menos de 7O horas.
► Eti!cno-glycol presente no líquido de arrefecimcnto
► Silícone do adesivo para juntas
► Metálicos como chumbo e zínco (pec;as galvanizadas)
Em particular, os sensores de camara aberta nao devem ser expostos ao fluxo de gases de escape com o
aquecedor desligado. Nestes casos, acamara de dífusao será entupida pelos depósitos cJe carvao e óleo os que.
ern funcionamento normal, seríam queirnados.
Estes sensores sao scnsíveis á pressao pelo que nao devem ser instalados cm loca is subrnetidos a pressóes
muito superiores ou inferiores a atmosféricajá que, contrapressóes negativas ou positivas excessivas afetam as
leíturas, provocando erras consideráveís.
O primeiro efeito da contarninai;:ao é provocar resposta lenta do sensor as variac;oes de concentra<;:ao de Oz.
Como conseqüéncia, diminui a amplitude do sina!, ou seja, o diferencial entre as tensóes máxima e mínima.
2) Cer/:1mica quebrada
A refcréncia de ar externo, necessária ao funcionamento do sensor de 02, é obtida através de furos na
carcac;a externa (sensores antigos) ou através dos fios de conexao.
Com a cerámica quebrada, o combustível residual nos gases de escape pode contaminar a cámara interna,
exposta ao ar. Com isto, perdc-se a referencia de oxigenio.
Nesse caso, o sensor passa a trabalhar de forma invertida: O lado de referencia terá menos oxigonio que o
lado do escape e com isto, a tensao do sinal inverterá a sua polarídade em alguns pontos, passando a
aprcsentar valores negativos. Assim, o sinal continuará a comutar, mas possivelmente, apresentará valores
positivos e negativos.
Por outro lado, o mesmo síntoma (valores negativos) se a presenta se há falta de oxigenio de referencia devido
obstrU(;:ao nos fios de conexao ou nos furos da carcac,:a.
O padrao 0B011 nao tcm a possibílícladc de mostrar valores negativos do sinal. Portanto, nesse
caso, equipa mentas genéricos podem apresentar DV como valor do parámetro "Sensor de Oz''.
O padrt.'.ío prevé a instalac;:ao de até 6 sensores de 02, no caso pouco freqüente do veículo possuir 2
escapamentos (urn para cada banco) e, portante. 2 catalísadores Veícuios com motores V12, V10, V8 ou V6,
com 2 bancos ch: cilindros e um único escapamento, geralmenle uvc,.,u•,,, 4 sonda'.'.:,: urna para cada banco, urna
antes do catalísador <'~ urna outra Moteros de 4 cilindros utilizam 2 ~;ondas: urna antes do cataiisacior (pré-
catalisador) e outra após (pós-catalisador).
[1a]
Sensor de Relai;ao
.f
Ar/Combustível
Sensor de 02
No caso de motores que utílizarn Sensoí de Relm;ao Ar/Combustívcl,
este ocupa a posi\'.aO pré-calalísador {fig.I1d]l.
A posi\'.ao pós-catalisador é ocupada por um Sensor de 02 de zircónio,
Corno jc:1 mcmcionado, o padrao OB011 requcr que a UC moniLore a condir;ao de funciona mento c!os componentes
detrónícos como objetivo de evitar que as emisséies ultrapassem 1.5 vezes os níveis determinados pela legislac;:210
vigente no ano de fabrícac;ao do vcículo.
No caso do sensor de 02, o monitor deve verificar tanto o seu carreta funcionamento como o desempenho do
aquecodor. Os LesLes de diagnóstico sao aplicados a Lodos os sensores de 02 presentes no veículo. Assim, os
sistemas 08D11 implementam dais monitores relacionados com os sensores de 02:
1. Monitor do Sensor de 02: Verifica o funciona mento, a rcsposta e o n ívcl de atividade clo sensor.
2. Monitor do Aquecedor. Verifica o funcionamento e o desempenho do aquecedor
Os Lestes de funcionamento sao executados de forma conlínua; os outros, urna única vez a cada ciclo de
conduc;ao quando satisfeiLos os crítérios de habilitac;ao.
0
Urna outra forma é avaliar o tempo de resposta do sensor a 1.0ov...-----------
} rica
variac;oes no teor da mistura. Este teste consiste no cálculo do 0.6□ V
tempo rnédio das transfr;:óes rico/pobre e pobre/rico (fíg.[2c]). 0.45V
Os tempos médios, calculados a partir de urna seqüencia de
0.30V-
transic;oes, sao comparados com valores de calibrac;ao máximos
(da ordem de 100 a 200 mS). Tempos maiores sao indicac;ao de O.OOV
sonda "lenta". transic,:ao# ~ transi<;ao "b:lempo de
nea/pobre cornutar;ao
• Por último, o teste pode ser realizado rnonítorando a freqüéncia pobre/rica
do sina! da sonda. Esta verifícac;ao é realizada com o sistema
[2c]
funcionando em malha fect1ada, Um tempo de comuta<;ao excessívo (frcqüéncía baixa) ou a auséncic1 de
transic;oes, é indicativo de defeito (fig.[2c]).
► Nível de atividade: A verificac;ao do nível de atívidade é realizada urna vez a cada ciclo de conduc;:2w.
,, Sonda inativa: Nesta situac;ao, o sinal permanece fixo em torno de 450 mV. Esle defeito se caracteriza pela
auséncia de comuta<::ao (mudanc;:a de estado do sinal). Falt1a no aquecedor, que resulta cm sonda fria, pode
ser urna das causas. Esta verificac;:ao é realizada desde a partida, enquanto o sistema estiver funcionando
ern malha fechada.
0 Sonda indica mistura rica constante: Nesta sítuac;:ao, o sinal permanece alto, superior a 800 mV. Este
ddeito se caracteriza pela ausencia de transíc;oes do sina! e pode ser provocado por falha na sonda (curto
a positivo) ou no sistema de combustível (mistura excessivamenle rica).
Quando a voltagem do sínal supera a faixa de 1,1V a 1,5V, o defcíto pode ser provocado por urn curto-
circuito f1 tensao de batería ou ao circuito do aquecedor. Esta verificac;ao é realizada desde a partida, de
forma contínua e enquanto o sistema estiver trabalhando em mal ha fechada.
0 Sonda indica mistura pobre constante: Nesta situac;:ao, o sinal permanece baixo, inferior a 100 rnV. Esta
falha se caracteriza pela ausencia de comutac;ao e pode ser provocada por defeito na sonda (curto a negativo)
ou no sistema de combustíve! (mistura excessivamente pobre), Esta verífica¡;ao é realizada desde a partida,
enquanto o sistema esLiver trabalhando em malha fechada.
e Sensor de 02 Pré-cata/ísador
Observar que nos pontos 2, o sinal atinge o nível mínimo de tensé"10 o qua! deverá ser inferíor ao limite que
asscgura o correto funcionamento do sensor.
A seguir, o tempo de inje<;:ao é aumentado e a sonda pré-catalisador indica mistura rica. Depois de certo tempo
de resposta [EL a sonda posterior indica também, mistura rica. Observar que nos pontos 1, o sinal atingc o nivel
máximo, o qua! dcverá ser superior ao limite que assegura o correto funcionamento do sensor.
0 Estratégias
Nos sistemas O8D11, o aquecedor é controlado pela unidade de comando, pelo que é possível monitorar a
tensao e a correntc que o circula, aplicando o procedimento 2, a seguir, O procedimcnto 1 foi aplicado nos
sistemas onde o aquecedor nao era controlado pela unidade de comando (sistemas pré-OBDII).
1. Tempo para entrada em funcionamento. Método utilizado por alguns fabricantes (GM, por exemplo), na
fase de transíc,;ao de OBDI para OBDll, em que o aquecedor nao era díretamente controlado pela UC.
O monitor verifica o tempo necessário para a entrada em funciona mento do sensor, depois de urna partida a
frio. O tempo requerido é comparado com um límite de falha, ultrapassado o qual é gravado o DTC
correspondente. Com este método, urna falha no aquecedor só pode ser detectada írncdiatamentc após urna
partida a frío. Se o defeito ocorre durí::rnte o funcionamento normal do velculo, poderao ser gravados outros
códigos relacionados com o sensor de 02 e nao precisamente, o correspondente ao aquecedor.
2. Controle de corrente. Neste procedimento, os aquecedores sao monitorados tanto em tensao como em
corrente já que sao controlados díretamentc pela UC. Para a verificac;ao de tensao, o aquecedor é ligado e
desligado, verificando a variac;ao de voltagem no circuito de acionamento (transistor de saída) interno a UC.
Um outro circuito de monitoramento verifica a corrente que circula pelo aquecedor, 3 vezes a cada ciclo de
condw;:ao.
Se o valor da correntc supera os límites mínimo (decorrente de alta resisténcia ou circuito aberto) e máximo
(resultado de curto-circuito do aquecedor), em duas das 3 amostras, o aquecedor é considerado com defeito
ou degradado. As múltiplas amostras sao feítas como prote<;ao contra o "ruído" (variai,:oes significativas do
valor da correntc) presl~nle no circuito do aquecedor. Este método é utilizado cm veículos da línha Ford e
Toyota, por exemplo.
Os valores limites de corrente dependem do fabricante do sensor e da tecnología utilizada (planar ou cone
cerámico). Como exemplo, mencionamos:
" NTK: Mínimo 0,22A Máximo 3A
" Bosch: Mínimo 0,4A - Máximo 3A
Quando o limite superior é superado, a unidade de comando desliga o aquccedor, como protoc;ao perantc um
possível curto-circuito.
Este monitor possui características similares áquelas do Monitor do Sensor de 02. O que muda sao os parametros
e limites utilizados na avaliac:ao do funcionamento.
Lembrar que os sensores de Relac;:ao Ar/Combustívcl rcccbem outras denominac;oes como: Sensor de 02 de
Banda Larga (WEGO); LAF; WRAF; AFR
► O circuito do sensor. Este é um teste passivo que verifica a atívídade do sensor. É detectada falha
quando o sinal permanece fixo por um determinado período. Ou seja, o sensor nao responde
adequadamente a varíac;:óes no teor da mistura. Lembrar que ern luncionamento normal, o sinal deste
sensor nao comuta entre duas tensoes.
► A resposta do sensor: A unidade de comando varia o teor da mistura admitida e o monitor verifica o
tempo de resposta ás variac;:oes. Este é urn teste intrusivo.
► O circuito do aquecedor. Utiliza procedimentos similares áqueles do sensor de 02
Em func;:ao da evoluc;:ao tecnológica é recornendéível consultar, sempre que possível, urna lista atualizada de
DTCs 0B011. Por sua vez, lembrar que os fabricantes defínem urn número considerável de códigos proprietáríos
do tipo P1 xxx que complementam aqueles genéricos.
A seguir, sao apresentados, a título de exemplo, os principaís códigos genéricos relacionados corno monitoramento
dos sensores de 02. Os códigos apresentados correspondem a [banco #1/banco respectivamente.
@ Sensor Pré-catalísador
Basicarnente, além do DTC P0125, cada sensor pré-catalisador pode provocar a gravac;:ao de 3 DTCs:
Um para (a/tia no circuito elétrico, um para resposta lenta, um para defeito na aquecedor
Deve ser salientado que, ainda senda códigos genéricos padronizados, as condíc;:óes necessarias él gravai;:ao
dos mesmos, depende do fabricante.
~ P0125: Gravado quando há pouca ou nenhurna atividade no sínal do sensor. No padrao OBDII esta falha
é descrita corno: ·· Temperalura do motor insuficiente para controle em malha fechada". Na
realidade, esta pode ser urna das causas que podern provocar a falta de atívídade do sinal do
sensor. Este código é do tipo "A" ("confirmado" no primeiro ciclo de conduc;ao em que acontece).
► P0130/P0150
► P0131/P0151
► P0132/P0152: Gravados quando o sin al permanece alto ou baixo, constante, durante o período de teste.
Sao do tipo "B" (2 ciclos de conduc;ao coma fall1a presente). Podern resultar de defeíto na
própria sonda como também, de problemas, entre outros, nos seguintes itens:
Admíssao de ar, Sislema EGR; Pressao de combustívcl: Componentes
relacionados com a injer;ao do combustívcl; Vazamento no cscapamcnto
► P0134/P0154 Sínal da sonda sem atividade detectada. Sao do tipo "A".
► P0133/P0153: Este código indica resposta lenta do sensor na transÍ(;ao rica-pobre e po~xe-rica. Este
tempo clepende do veículo analisado. Sao do tipo "B".
Por exemplo, na linha GM, o tempo de comutar,:i'.ío do sin al, de 300 mV para 600 mV, deve
ser menor que 100 mSeg para um sensor ern bom estado de funcionamento.
Jé'.1 na linha Toyota o tempo de transic:ao, de 0,35V a 0,55V, deve ser menor que 1, 1 segundos,
como motor na marcha lenta.
► P0138/P0158: Gravados quando detectada sobre-tensao (1, 1V ou superior) no sínal da sonda. Pode ser
devído a curto como aquecedor ou coma tensao de bateria. Sao do tipo "A".
~ P2A06/P2A09: Circuito de sinal do sensor de 02 corn tensao negativa. Estes códigos correspondem aos
sensores pré-catalisador dos bancos 1 e 2.
Existem outros DTCs para os sensores pós-catalisador.
o Sensor Pós-catalisador
Basicamcnte, cada sensor pós-catalisador pode provocar a gravat;:ao ele 2 DTCs: um para falt1a no circuito
elcfüico e um para defcíto no aquccedor. Nao ha DTC para rcsposta lenta já que durante o funciona mento
normal, o sensor pós-catalisador apresenta um baixo nívcl de atividade.
► P0136/P0156: O monitor verifica a tcnsao do sinal e grava código de falha quando o mesmo permanece
inativo, entre 0,4V e 0,55V, durante o teste.
► P0138/P0158: Este código é gravado quando detectada sobre-tensao (1, 5V ou superior) no sinal da
sonda. Pode ser devic!o a curto com o aquecedor ou com a tensao de batería.
@ Desempenho do Aquecedor
► P0135/P0141: Indica falha no circuito do aquecedor. Corrente superior ou inferior aos limites máximo ou
mínimo, va loros estes que dependem do tipo de sensor. Por oxemplo, em alguns sistemas
da linha Toyota, o limite máximo é 2A e o mínimo, 0,2A. Sao do tipo "A".
Basicamente, alóm do DTC P0125, cada sensor A/F (pré-catalisador) pode provocar a gravar;:t10 de 3 DTCs: um
para falha no circuito elétrico, um para resposta lenta e um para defcito no aquecedor.
► P0125: Gravado quando, após a fase de aquecimento do motor, o sensor nao índica mistura rica. Valcm
as mesmas consideracoes apontadas para o sensor de 02.
Para o resto das falhas do sensor de relar;:ao, aplicam-se os mesmos DTCs que aqueles cormspondentes ao
sensor de 02 pré-catalisador. No entanlo, em aplicar;:óos mais aluais, a revisao do padrao OBDII do ano 2002
incluiu DTCs genéricos, específicos para o sensor de relacao. na faixa de P22xx.
► P2237: Falha no circuito de controle cJe corrcnte positiva do sensor de 02 (sensor de relacao).
► P2243: Falha no circuito da tensao de referencia do sensor de 02 (sensor de rclac;ao).
► P2251: Fa!ha no circuito de controle de corrente negativa do sensor de 02 (sensor de relac;ao).
► Tensdo de batería
► Temperatura do motor
► Tempo de funciona mento do motor
AS condíc;:óes do quadro ao lado (entre outras, dcpendendo
► Sistema de combustível funcionando
do sistema analisado) devem assumír valores adequados
para que acorra o monitora mento dos sensores de oxigénío.
cm malha fechada
► Ajuste de longo prazo (LTFT) dentro
dos límites
► Nível de combustible superior a 15 %
-.{ ~ MAutotrónica ►
Humberto José Manavefla - HM Autotrónica 173
BD II . . CATALISADOR
11 lntrodm;ao
O catalisador atualrnente utilizado em motores de:: ciclo
Otto é o de ''3 vias", constituido (fíg.[1a]L basicamente,
de urn sul1strato cerámico poroso sobre o qual sao
Catalisador de 3 Vías
depositados os metais catalíticos ou rnetais nobres:
platina, paládío, cérío e ródio. Por ser poroso, o substrato
prornove o aumento da superfícíe de contato entre os substrato com
re vestimento
gases de escape e os metais nobrns. comoonentes
nao ·ooluentes
Nele se processam as seguintes rea<;:ócs químicas:
11 Eficiéncia de Conversao
Assím, verifíca-sf~ que o catalisador de 3 vías atínge o índice de maior janefa de máxim
eficiencia de conversao quando processa gases de escape resultantes
da queíma de misturas com fator Lambda próximo de 1; entre 0.98 e
1.02. Este intervalo denomina-se 'jane/a de múxíma eficiencia de
conv<Hsao" (fig.[1b]) Urn catalisador ern bom estacJo apresenta
eficiencia superior a 90% ou 95%.
Nos sistemas O8D11, é o Monitor do Catalísador que monitora a
eficíüncía de converstío.
Por sua vez, o fal)rícante adapta a composi,;ao interna (volume e
quantidad,~ dos mctais nobrcs) para cada linha de veículo e para cada
lipo de combusUvel (álcool/gasolina). co
Como se observa na figura [1 b], o processo cJo catalisador de 3 vías é
, ...----
o ..
urna soluc;ao t1e compromisso:
0.9 0.95 1.0 1.05 1.1
► Para mistura admitida pobre, há mt1xima díminuír;ao do CO e HC Fator Lambda(A)
(ar:;ao oxíclantc do catalísador). - nivel de emissoes pós-catalísador
► Para míslura admitida rica, há máxima diminuic,:ao de NOx (a<;ao - - =m, nfvel de emissoes pré-catalisador
redutora do catalisador). [1b]
► 'h(·' ..,..' ,••Jin(;,•Ji(' 1¡·J-"'•10·~ ¡)< ·1~•'-'•->H:, ,-:•.~ .,,.._,.,..¡•¡~ .-,,)() c,·u·r•d¡•, ()~,,,.,,,.:.
l ' ••• (J" , .... : , " , • ,-u •• .; .'J ~ • , •.,. . . , .. r. e-. ,,,,. . . J ,(. , ~. l.-, ' . . . . ' ,l,<,h' ' ' • ' ,., ..l... . ,r•..¡,.¡,'e
..... ··,1•'•·'•••:¡ ,:,.. ,.,· _)
'------------·--··------------------------
.Ass~m, o c;,1,:·1:i5,¡;\do, íuric~ona cnrnu l.n1 ,. mrr:t c!irnmf,nrln <J~. n:=.c:it;u~00.~ ar.<~nruart;i~ f1e -~.onc:t=ntrtl<;fin di:! Oi na
-
Stl(l C·ntr21d~i.
Si11ais dos Sensores de Oxigenio
/\ fi-Jlfff.l f2hl moi;tr r1 o~·, -;inn ·s d;1~; sonc1a•; pre;! fl uús-c~it,,:;~,;id:)r
para o·; G:1~0:.~ de ª""
e baix;_t vnc:;f.,•r;ch.,
l! m car ,si:•:.;, d, ;1 <·;lrt b.m1 (·!:;, adu de r:~ml;if;11L1n icrlt :J lg 5~1,~ d :.:
i::f:düncic1 n.;1 curwer~ar.1 •.le HC~ .:ipre~.:c::rH.;t ri::, soi,;.::t, urna
conc::1nt.r,:¡¡;f.w ,je-) ~'.o:-:.i-;;ímtn ha5lan(e Q~;trivt:L q•ic,? •:.e rnn;1ifé5!:l (•?m
urn vrtior ~H:~ h:'ll5LiC n1,:-:1i5 ou 1T10:10s r.on5Uir.te (lú sil"al <lo 5el"$Of
poslcr or (t:rt ixo nivel de atividade).
E-:-1e v..-liúr pnch:: :•E:r $uper:(~r C:t 450 rq\/. iPdicc1nüu a ~~drriiS~L1u (fo
rq1~tura rir;a cJ,r ;nr(1rior 1., 450 rri\l. .:rufü:;)ml;., rni~.-tur,, puhre.
Lf;mbrnr que e c:ataiii;rn-Jor nfm mocJificH :) fr11or I r1n1hrJ;i rtr1 misll ;r.=,
odrri!ti;J[l Pm t¡,:1le, r.1 stm! 1rccr;.!Jido ,J¡.; ~:un•J.:~ pu-::lcr!or pode :;cr
ulilil ,K1u, t;)rnt.;,.)rr~, µár ~, re[11i,.~1, u OJ.1:;le f;no d<t 1111:>lLlr a :•dm~1d¿,;.
l'or :Juuo :ado. um c.at:l1i5ador r:om eficienci:1 coir,promt:Ud,1 (~·jf:~J~: PC!§n.Jia < 65% Ef:cianc:~ > 9!H:.
ele Micil~ncia p-=tr:; HC) apre:>r•:nta na ~),::drJ, u~•dlac;ov~• d,.~ f2b]
•:.:t111ccn1r a<;::~o t;im!l~~F ,~·s a~ d~~ i~íllíLiCla. Curi~cqü:.mlcmer:le, o :;iria~ d;.1 ~londa posterlm vnrm de? fnrma b:1~t;: ntr:-
µcrr.l•!¡:ih,eL icdli::and:, que~: c:~Lalisador r-,~rdt.u pm1c dn •.;ua ctlpr.cidade de ar:.lalc!n~r •-~ liLK~r~u ú~iy~~rito.
Pr~rtanlo, nos ~i~?w11;?:-:- ni::.1 }i! s~rlfl po~,Sf\rf!i. ,~rn 111 incíp;o. di~.~teriscir o u,-.¡u do an:1li~:c1dcr ú•:~ ga~lc~, parn dingnc,sticm
fl pf'.'rc1::-i rJ0. ~~t;ci12r-c:::3 ñ~ r:onvr.-rc:,i:ln JiJ qu•1 ncles. 0 ~J unkl.;d(~ de cumurid:, c~o rnoLn~ íJUf~ derEi:~Tél tc➔I s~tufü;,:,n e
<¡r ,wa u cr,dic:¡o wrr,ci:,pondm1.fs
Cor~10 f:): vbto, t 10 c:.1~;0 de urll r..ala!,·:>,,c.k1r C(Hll ,i!t;! dici~nda d•t! conv,u.';/10. o ~inr.11 {In s<:ins(ir fJÚ~;.. i.;oLL1ji~<!dDr
de'l.'C apr<::~cnlar .:Jtwidc::t.:c rc~duz.:da. r-.Jo l·?Plnn10, qua·1rJo n mi~tur,':) (: mclritid;~ 1i.:rt uu µri:l~•:l po, urn tP111po 1:1flinr
flllf' n norrt1,ü n catal:saclúr ~.:::, ··$obrcc(~rrc~·c:-'' ú pt:·rde. l•m1porMir1m<-mte. el ::,ur.1 capa,::1cJaU1:" ele ::1.-·r,a1-c·1aPlilH:!rar
oxi~.Jl•:nio
A figura í3a1 riu$tí-!j t~~;t~? O)r1f:t·!ltn. Rera,~r <1ue.
•:~r·.quí:mlo a •.:und:::1 prC-c;at<j~baCle,r osc:Ji;i C(>m .:i
fr0.qül~Hc: lf1 •~orm.~I (um.~ uu d1 J{; s ú~~c :~a•~ú,:!~• J>or
sen1n1do), .;l .:.onc1~i µo;.:l(•riur :jf.)ft"SB11liJ híli)lii
~1i;;id<1tk .
.J:•i, quan<ln :~, ni.~-ll;r ~:1 (; fllttnlfc.h• r~c~, ou pobr..:i cJur;.mtP.
w1110.rnpo ·11L~ iur qu•:..: o rior mal, e s1nc1i dn <;nnn.a pn~
c~l~1 !~s~jdor cJirmnui ,<:J tn~qlJ~nr:rfl :I~ r,!:-Cir.:i:,:ao.
Ne~,tl•l:j c:asns, o catt-1ii5;.Jriorn:~~.ul1a ·,·~;¡JlJr,:x:¿ttreq¿rd:.i.
uu ~cja c.• partir de.~ Gf•?no ponte. nfir, r.ori::,r:!JU¡~ ;u.:rtl
llrmazenar oxlnEmin, q, 1an<ln :.11ni';lur~~ :1 pulHc. nc~rn
i.bc:·r~:,r ~:•xrrJP.nio. qu.:lr11Jo D rni~;lur,.1 .:> ric,;1.
[3aJ
A sonda posterior é utilizada também, para o ajuste fino de combustível. Em furn;ao da sua localizac;:ao, o sensor
posterior está protegido das altas temperaturas e da contaminac;:ao, fatores estes que afetam principalmente, a
sonda pré-catalisador
Por sua vez, em furn;:ao da ac;:ao do catalisador, os gases de escape contém baixas quanlídades Lie oxigénio
residual.
lsto permite quo o sensor apresente urna melhor resposta a peque nas variac;:bes na concentra<;ao de 02, Assim,
durante o funcionamento em mal ha fechada, o ajuste de cornbustível de curto prazo pode ser corrigido de forma
a manter o sinal do sensor posterior em torno de 0,45V, o que assegura máxima eficiéncia de conversao para
CO, HC e NOx.
No entanto, o monitor pode ser impedido ► OTC de fa/ha ele combustao ou de sensor de Oz presente.
de rodar se cxistem condíc;:oes outras, ► DTC de defeito no éljUSte de combustlvel presente.
como as do quadro ao lado, que podcm ► Sistema operando no modo emergencia.
causar a dctcC1;:ao de falha inexís-tente, ► Monitor de EGR senda executado.
propiciar resultados imprecisos ou ► Teste intrusívo do ajuste de combustível em execur;:ao.
provocar conflíto corn outros monitores ► Monitor do sistema EVAP cm execw;:ao.
É aquele normalmente aplicado. Como foi visto, a atividade do sensor pós-catalísador é urna medida da capacidade
de armazcnamento de oxigénío e por conseqüéncía, da eficiencia de conversao.
Assim que as condi(;:oes de habilita(;ao sao satísfeitas, o monitor comec;:a a contar o número de comuta<;óes
(transíc;:óes rica/pobre e pobre/rica) do sinal das sondas pré e pós-cataí1sador. Sao estas as "cantas cruzadas".
Quando atingido um número pré-estabelecido de comutai;:oes do sensor pré-catalisador, o acumulado de
comutac;:oes do sensor pós-catalisador é dividido pelo número total do sensor pré-catalisador. lsto, para computar
a "relac;ao de comutac;ao".
Assim, su pondo que o número pré-estabelecído de comutac;:óes do sensor pré-catalisador seja 100:
• Teste Jntrusivo
O teste intrusívo é aplicado pelo monitor, para
avaliar a eficiéncia de conversao, quando o
monitoramento passivo nao resulta conclusivo. 6
5
A figura [4] moslra a tela de um osciloscúpio 4
comas ondas resultantes da execu(;ao do teste 3
1.0
intrusivo. 0.8
Nela é possível observar o gráfico do "tempo H02S11 0.6
de ínjec;ad' (tínJ) e os sinais dos sensores pré- 0.4
c a La lisad or (H02S11) e pós calalisador 0.2
(H02S12), corresponclentes a urna seq()éncia -----'-O.O
-6
de teste. Volt
Observar a Freqüéncía do sinal da sonda pré-catalisador antes e depois do intervalo de teste. A freqüéncia é tal
que quando a sonda indica mistura pobre, o excosso de oxigenio dos gases de escape é armazenado no catalisador
e quando indica mistura rica, o oxigénio é liberado. Com isso, o sinal da sonda pós-catalisador permanece
estável indicando a condic;:ao média (rica, pobre ou estequiométrica) da mistura admitida.
Já no intervalo de teste, observar as variac;:óes lentas e acentuadas do tempo de injec;:ao (tínJ). Assim, este fato
se reflete em variac;:óes lentas do sin al de HO2S 11. Portanto, quando o Lempo é diminuído, a mistura é empobrecida
e a sonda permanece em nivel baixo por um tempo maior, durante o qua!, o catalísador arrnazena oxigenio.
Depoís de urn atraso A, se esgota a capacidade de armazenamento pelo que, o excesso de Oz transportado
pelos gases ele osca pe, passa pelo catalísador sem sofrer modificac;:ao e é detectado pela sonda pós-catalísador,
cuja tensao assume o níve! baixo. De forma similar, quando o tempo de irtjec;ao aumenta, enriquecendo a mistura,
a sonda pré-catJlisador passa ao nível alto.
Nesse momento o catalisador libera o oxigenio armazenado pelo que a sonda pós-catalisador permanece por
cerlo Lempo B ainda, no nível baixo, depoís do qual, esgolado o oxigenío armazenado no catalisador, o sinal
passa ao nlvel alto. Os atrasos A e B estao, portanto, relacionados com a capacidade do catalisador de armazenar
e liberar oxígónio. Quanto menor o atraso, menor a capacídade e conseqüenlemenle, menor a eficiencia de
conversao do catalisador.
Como mencionado, os testes intrusivos nao devem provocar nenhum problema de dírigibilidade perceplfvel.
Já que, corno conseqüencia do procedimento acima, pode haver efeitos nao desejados na dirigíbilidade do
veículo, o teste intrusivo deve ser aplicado, por exemplo. com o veículo parado e motor funcionando.
► P0420/P0430: Códigos para o sistema catalítico como urn todo; ou para o caso de um único catalisador
convencional para cada banco (banco #1/banco #2)
¡, P0421/P0431 Códigos para o catalisador de aquecimento; normalmente instalado antes do catalisador
principal (banco #1/banco #2)
► P0422/P0432 Códigos para o catalisador principal (banco #1 /banco #2)
► P0423/P0433: Códigos para o catalisador ac¡uecido (banco #1 /banco #2)
Funciona mento
I> A figura [5b] apresenta um gráfico com a variac,~io de concentra(,:ao
dos gases na saída do catalisador de 3 vías em func,áo do Lambda da
mistura admitida, Observar o aumento consíderável na concentrac,ao
de 02 e de NOx para misturas pobres. Por outro lado, para misturas I
ricas, reparar no excesso de HC e CO. Estas consideracoes sao úteis
/i11
, I
I
na análise de funcionamento do catalisador ele NOx. \I
'/
11
,,/
;>;(, ..... ••••••••
[5b]
[5c]
► Figura [5d]: Quando a unídade de control0 do motor determina que a
camada de tilanato de sódio está saturada, temporaria mente enriquece
a mistura. Com isto, na saída do catalísador de 3 vías, diminui a
quantidade de 02 e NOx e se eleva a concentrai;:ao de HC e CO. A
rn;:ao catalítica da platina promove a rear;ao química destes últimos [5d]
como NOx armazenado o que resulta na formac;ao de C02 (dióxido de carbono), H20 (água) e N2 (nítrogenío).
Nos veículos com motores de "combustao de mistura pobre", o catalisador de armazenamentolreduc;ao de NOx
nao é monitorado dírelamente. A recomendai;:ao do fabricante é no sentido de que, ao ser detectado defeito no
catalisador de 3 vías, ambos sejam trocados.
lllll Envelhecimento
Os catalisadores corn substrato cerámico sofrern um processo de envelhecimento térmico (devido aos ciclos
de variac;ao de temperatura) e um outro químico (devido a ac;ao de agentes nocivos como o chumbo e outros
elementos químicos contidos no combustível, no óleo lubrificante e no líquido de arrefecimento).
O processo de envelhecimento se manifesta como urna quf)da na (~ficiencia de conversao. Em um sistema
funcionando corretamente, o processo de envelhecimento pode ter urna durac;ao comparável a vida útil do veículo.
No entanto, pode ser acelerado de forma considcrável em func;ao de fall1as, como por exemplo, defeitos no
sistema de ignic;tm. Estes resultam no acúmulo de HC no catalisador que ao queimar, provoca o aumento da
temperatura interna que. se excessivo, resultará ern danos irreversíveis.
A protec;ao se consegue através do monitoramento contínuo da combustao, sendo o Monitor de Fa/has de
Combustao o responsável por detectar o limite máximo de falhas a partir do qual a integridade do catalísador
fica comprometida. Quando ultrapassado este limite, a lámpada MIL ú ligada de forma intermitente.
Nos casos em que a temperatura do catalisador; calculada pelo monitor; resulta exccssíva em fuf1(;áo de
uma condh;ao persistente de alta carga e rotar;ao, o funcíonamenlo com mistura rica pode ser utifízado
para reduzír a temperatura do catalisador.
fl!I Precaw;oes
O funcionamento do monitor de diagnóstico pode ser afelado adversamente por vazarnentos (aínda que pequenos)
no escapamento, que permitam a entrada de oxigenio nao desejado, Dependendo do tamant10 e localízar;:ao,
estes vazamentos podem:
• Impedir que um ca/alisador degradado seja detectado como defeituoso .
., Provocar a detecr;ao de fa/ha em um catafisador funcionando normalmente.
º Impedir que o monitor seja executado.
Sut)stáncias encontradas no combustíve!, no óleo lubrificante e no líquido de arrefecirnento, corno fósforo, chumbo,
silício e enxofre, podem contaminar o material catalítico afetando negativamente a capacídade de annazenamento
de oxigénio. Outra fonlc:~ de contarninac;ao sao alguns líquidos de lirnpeza de injetores, cámara de cornbustao e
corpo de borboleta.
!il!! Objetivo
A recirculai;:ao de até 20':Yc, dos gases de escape
para o coletor de acimissao produz a redw;:ao dcJ
temperatura de combustao e a conseqüente
diminui¡,:tío da emiss~:io de NOx. Por sernm inertes,
os gases recirculados nao participam do processo
de cornbustao o que resulta na limítai;:ao da
pressao e temperatura máximas decorrentes da
combustao.
A figura f1l aprcsenta a confígura~ao bé.isica do
sistema EGR. As v2ílvulas atualmente utilizadas
sao as de acionamento elétrico (motor de passo
e linear) ou as controlada por vácuo modulado.
Em motores modernos, com mjer;EJo direta de combusuve/, a taxa de recírcular;ao pode c/Jegar a 30%.
Cabe lembrar que a forrnai.;ao de NOx poderia ser reduzida por outros métodos, como por exemplo:
Portanto, a recírculac;:ao de urna porcentagem de gases de escape, tem-se mostrado a medida mais eficaz para
rcduzír a emissao de NOx sem prejudícar nema economía ncm as outras emissóes.
A adic;:ao de pequenas porcentagens de gases de escape (inertes) a mistura admitida, resulta na dilui~ao da
mesma. Como os gases recirculados substituem igual porcentagem de mistura. os cilindros recebem urna
quantidade menor desta última, em rela~ao a sua capacidade volumélrica. Assim, a pressao média efetíva e a
temperatura máxima da camara de combustáo também, dímínuern; como resultado, o motor desenvolve urna
potencia menor. A temperatura máxima menor tem como conseqüéncia a diminuic;;ao do nível de NOx.
Em func;:ao da queda de descmpent10, provocada pela recírculai;:ao dos gases, este procedimento só poderá ser
aplicado em cornJic;:óes de carga parcial estabilizada Se aplicado durante a marcha lenta, produz ínstabilídade da
mesma. Nas acelernc;:óes e na plena potencia, provoca falha de retomada e afeta o desempenho Também, nao
é aplicado durante a fase de aquecimento do motor já que nessc caso, a combustao <~ menos estávcl.
°
O ponto de ignic;:ao é avanc;;ado, gmalmente, de 1 a 2° (1 a 2 graus) para cada 1 % de gases recirculados
Uma análíse dota/ha dos diversos sistemas EGR utilizados ao longo dos anos, pode ser encontrada,
entre outros, no livro "Controle Integrado do Motor", do mesmo autor.
m Economia de Combustívei
Originalmente, o sistema EGR foi adicionado ao sistema de controle do motor para reduzír as cmissúes de NOx.
Maís recentemente, a partir de meados dos anos ·go, e em func;:ao dos avanc;:os tecnológicos aplicados ao
rntalisador de 3 vías, (o qual consegue reduzir com elevada eficiencia as emissóes de HC, CO e NOx) e ao
projeto otimizado do motor, cm muitos casos, o sistema EGR nao mais seria necessárío.
H2í atualmentc, motores que nao possuem sistema de recírculac;:ao EGR seja porque, assim mesmo, atendem t1
norma OBDII ou porque conseguem reduzir a forma~ao de NOx utilizando outros recursos como, por exemplo,
urna coml1inac;:i'"io otimizada dos seguintes fatores:
" Cafíbracao precisa do ajuste de combuslível e c1o avam;o do ponto de ígnh;rio.
° Cruzamento apropriado das válvulas de admissao e escape como qua/ a temperatura interna
cfos cilinctros pocle ser controlada de forma tal que as emíssoes de NOx resultem reduzidas.
No entanto, em muitos casos, o sistenw EGR é rctido por razóes de economía df: combuslível. lsto porque,
devido a que os gases inertes st10 admitidos no lugar de mistura, o motor tem um desempent10 menor (menor
eficiencia volumétrica, menor torque) · '"ª dE-:terrninadas condic;:oes de rotac;:lio e carga.
Portan to, para produzir o mesmo torque, o motorista devc pressionar o acelerador para abrir a borboleta. Quanto
mais a borboleta é aberta, maís eficientemente o motor funciona como bomba sugando ar; ou seja, dimínuem as
perdas e aumenta a eficiencia volumétrica, que resulta máxima cm plena carga.
De urna outra forma: A reduc;áo na eficiencia volumétrica implica num angulo de abertura maior da borboleta
para mantera mesma velocic!ade. A maior abertura resulta na reduc;:ao das perdas na admissao da mistura.
Portanto, com o motor funcionando maís eficientemente e tolerando um avanr;:o maior, melhora a economía de
combustível.
111!!1 Configurac;:oes
O elemento principal do sistema é a válvula EGR, presente em todas as aplicac;:oes. O que varia nas diferentes
configurac:oes presentes no mercado é:
As figuras mostram alguns exemplos que abrangern a grande maioria das confígurac;:óes aplicadas aos sistemas
08011. Urna característica importante a salientar é que em todas as configuraf;óes, o controle da válvula EGR ou
do vácuo que controla a sua abertura, é feíto pela UC. Pelo contré1rio, em muitos sistemas pré-O8O11, o controle
da EGR era feíto sem intervenc;:áo da UC
ante
vácuo
[2b]
Durante a sua execuctio, o monitor deve ► Com váívura EGR aberla deve verificar-se a
verífícar as scguínlos condi<;:óes: de gases.
► Com EGR fechada eleve verificar-se a auséncía de fluxo
Ue recirculac;ao.
2. Verifica<;ao por sensor MAP: Aplicada nos sistemas com configuraGao similar ás das figuras [2c] e [2d].
Coma válvula EGR a berta, a pressáo absoluta do coletor se eleva e o vácuo diminui. O monitor detecta esta
condi<;áo através da informa<;áo enviada pelo sensor MAP.
• A condir;ao de válvula EGR Comandada aberta e valor de pressáo inferior ao calculado, indica
fluxo insuficiente.
º A condíi;;ao de vafvula EGF-? comandada fechada e pressao superior á calculada. índica de
fluxo excessivo.
3. Verificac;ao por posit;ao da válvula EGR e temperatura EGR: Apncada nos sistemas com configurac.ao
similar a da figura [2f]. Este método utiliza o Sensor de Temperatura EGR para detectar a condic;ao de flux o
insuficiente e o Sensor de Pasfr;ao EVP para detectar a condic,:ao de fluxo excessivo.
" Coma válvula EGR comandada aberta, o monitor compara a temperatura EGR coma do ar
admitido. Se a dífcrenr;a nao alínge o valor esperado, há detecr;ao de fluxo insuficiente.
• Com v;ifvula EGR comandada fechada, o monitor utiliza a ínformarao do sensor EVP Se o
valor resulta superior áque/e de válvula fechada, o monitor detecta condir;ao de fluxo excessivo.
4. Verificar;ao em sistemas com sensor de pressiío diferencial (DPFE): Aplicada nos sistemas com
configurac.ao similar ti da figura [2a]. Com a válvula EGR aberta o sensor DPFE informa um diferencial de
pressao que resulta proporcional ao fluxo de gases recirculados. Durante as aceierac;oes, o sensor cleverá
indicar um diferenciai de pressao "zero", correspondente á EGR fechada.
" Se, como motor a temperatura normal de operar;ao e a EGR senda acíonada pela v,1/vufa
reguladora EVR com 80% de v2ícuo, o diferencial de pressao DPFE resulta inferior ao límite ele
calibrar.,:t:10, o monitor indicaréJ fluxo insuficiente de recircular;;Jo .
., Se, na marcha lenta, quando o !luxo EGR é nulo (EGR fechada). o valor pressc10 diferencial
supera um límite de calibrar;ao, a UC detecta a condir;ao de fluxo excessivo.
Outras verificaq."Jes efetuadas nestes sistemas sao:
"' Se, com EGR aberta, o sinal supera um máximo especificado, o monitor delecta defeito na
conextio do sensor como coletor de admissao.
" Se o valor do sínal atinge um limite mínimo, inferior aquele correspondente a diferencia·/ "zero"
de pressao, o monitor detecta defeito na conexao do sensor como cofetor do escape.
As conclusües acirna podem ser aplicadas á configurac,:ao com sensor de pressao PFE (fig.[2b]).
Quando o teste de" diagnóstico passivo" nzw for conclusivo, o monitor aplica o teste de "diagnóstico ativo" ou
"teste intrusivo". Os critérios de avaliai:;:ao de dcsernpenho sao os mesmos que aqueles dos testc1s passivos.
Urna das cstratc'igias utilizadas implica em abrir a EGR quando deve estar fechada e vice-versa, fechá-la quando
deveria estar abcrla. Urna condic;ao é que o funcionamento do veiculo nao devc: ser afetado; mas, o motorista
poclerá pcrcebcr pequcnas variavses de rotac;ao.
Em func;ao da grande varicdade de sistemas EGR atualmente no mcrcaclo, a seguir, sorncntc será abordado o
teste intrusivo aplicado nos sistemas com MAP ou com sensor de temperatura EGR.
O teste intrusivo ó realizado em duas etapas:
► A EGR é aberta pelo monitor durante uma dcsaceferac;ao com borbo/cla (echada (quando a EGR devería
estar fechada). lsto provoca um aumento da pressao absoluta (MAPj ou da temperatura EGR.
► O monitor fecha a EGR durante o funcionamento em carga parcial estabílízada (quando a EGR devería
estar aüerta). lsto provoca uma diminuir;ao da pressao absoluta ou da temperatura EGR.
Em ambos os casos deve verificar-se urna variac;ao mínima da prcssao de coletor (sensor MAP) ou de temperatura
(sensor de temperatura EGR).
O exemplo a seguir, aprcsenta a scqlléncia do eventos que constituem um teste intrusivo durante urna
desacelera(;tío, considerando que o sistema possui sensor MAP. Em sistemas aluaís, a maíoria deles com
sensor MAF e que ntm prccísam do sensor MAP, este é incluído pma permitir a veríficac;ao clo sistema EGR.
► Na figura [3], a curva de RPM mostra, inicialmente, urna queda
gradual de rotai:;:ao No ponto [1] a EGR abre e comei:;:a a
Teste Ativo da EGR (na desacelera9ao)
►
recírculai;:ao. lsto provoca o aumento da pressao absoluta, do valor
correspondente a borboleta fechada (ponto [2]) até um máximo
(ponto [3]) que depende do fluxo de gases.
No ponto [2] a pressao absoluta corner;a a aumentar (díminui o
..
RPM
..
EGR
► Como aumento da pressao, a rotac;ao caí devido á perda de torque
provocada pela diluic;:ao da mistura (ponto [4]. '
24 26 28 30 32 34
► Quando a EGR fecl1a (ponto [7]), a presséio do coletor retorna ao Tempo [seg]
valor corresponclente aquele de borboleta fechada (ponto [6]) e a [3]
rotai:;:ao aumenta vallando ao patamar corresponcJenle a
desacelerai;:Eio (ponto [51).
Este comporlamento reflete um sistema EGR funcionando corretamente. O mesmo proccdimento é aplicado no
teste intrusivo cm corga parcial. Neste caso, a EGR (que está a berta) é fechada e como conscqüéncia, a pres sao
absoluta deverá diminuir urn valor predeterminado. Em ambos os testes, a variac;ao indicada pelo sensor MAP
pode ser correlacionada com o fluxo através da EGR.
O resultado de um teste completo de fluxo EGR, é o valor médio das varia<,:éics medidas numa seqüéncia de
vários testes inlrusivos. Desta forma, mínímizam-sc variai:;:éies cspúrias e evita-se um diagnóstico errado.
Urna condi<;:ao de falha é indicada no caso desse valor médío estar fora da faixa de calibrac;;áo
► Um valor médío que ultrapassa o limite superior, indica uma condir;ao de fluxo excessivo. Isla pode
resultar de uma excessiva contrapressao no escape ou de urna EGR nao adequada para a aplicac;ao.
~ Um valor menor que o limite inferior, é indícar;ao de f/uxo insuficiente. lsto pode ser provocado por
restri<,'tJO na tubular;ao, válvula EGR defoituosa ou alta pressao absoluta do coletor (vácuo baixo)
► P0401: Este DTCó gravado em todos os casos de detecc.ao de fluxo insuficiente, como código •'pcndente".
► P0402: Este DTC é gravado em todos os casos de detecc.ao de fluxo excessivo, como código "pendente".
Em ambos os casos, se o defeito se a presenta num segundo ciclo de conduc;:ao consecutivo, o código é gravado
como "confirmado" e a lámpada MIL, ligada.
Os componentes elétricos e círcuítos do sistema EGR sao verificados constantemente pelo Monitor Abrangente
de Componentes. quanto a curto-circuitos e interrupc;:oes. Defeitos nesses dispositivos provocam a gravac;:ao de
códigos DTC no intervalo P0403 a P0409.
É importante salientar que nos casos cm que o sistema EGR é retído por motivo da economía que propicia (e nao
para reduzir a emissao de NOx), a condír;:ao de fluxo insuficiente, e a conseguinte detecc.ao de falha e gravrn;;ao
de DTC, só acontece quando há um bloqueio de 70% ou maís, na recirculac;:ao de gases.
Há casos de veículos em que, ainda com bloqueio de 100%, nao há gravac,áo de OTC. No entanto, nessas
condic,óes podem se manifestar, entre outros, problemas de detonac.ao ou de falha de combustao.
Sendo as emissües o foco do diagnóstico OB011, nao havendo detecc,ao de falha, nao há gravac;:ao ele DTC.
Nestes casos. um procedímento de verificac.ao que pode ser aplicado é o seguinte:
Os valores apresentados sao típicos e de forma alguma, absolutos. Para um diagnóstico conclusivo, é
recomendável, sempre que possível, compará-los com aquelcs de sistemas similares em boas condic,éies.
11 Exemplo
O teste a seguir, que exemplifica a aplicac,ao de teste intrusivo, foí realizado num veículo Honda que, possivelmente,
a
nao precisa do sistema EGR para atender norma OBDII. A razao principal da sua aplicac,ao é a economía de
combustível.
A figura [4] mostra a tela de um osciloscopio de 4 canais com capacídade de armazenamento.
► O veículo trafegava a uma velocidade aproximada de 80 kmíh, quando
entra na fase de desacelerar;ao (barbo/eta fechada) no instante [1]
5> A pressao de coletor, como informado pelo sensor MAP, caí para o
mínimo no ponto [2], para, lago em seguida, se estabilizar no valor
(levemente maior) correspondente á condir;ao de borboleta fechada.
► O sínaí de posír;ao EGR índica que a válvula foi aberta por um curtíssimo
espar;o de tempo (ponto [3]) o que foi detectado pelo sina! do sensor
M/'JJ (ponto [4]), que aumenta levemente, fndicando a presenr;a de
fluxo de recírcular;ao. Desta forma, ncm a dirígibilídade nemas emíssoes
sao perturbadas de forma significativa.
Ainda que com esta variar;cio de pressao bastante pequena, a UC
consegue identificar a condic;2io de f!uxo suficiente.
3 4 5 Observar que um scanner, com a capacidade de registro e
[4] armazenamento de valores, muito possivelmente, nao conseguiría
delectar este evento.
u Objetivo
O sislema dE) controle das emissóes evaporativas, EVAP, tem por !Unc210 controlar a purga do filtro de carvao
ativado (canister). Neste sistema, os vapores gerados no reservatórío de combustível sao coletados nos graos
de carvao ativo do filtro canister.
No momento propicio, a unidade de controle libera a passagem entre o filtro canister e o coletor de admissao.
a
Desta forma, os vapores armazenados no filtro, sao sugados e sr:~ integram mistura.
m Evoluc;ao
A figura [1] apresenta a configurnc;:ao básica do sistema EVAP I Sistema EVAP 1
pré-OBDI 1. Os componentes básicos desta configurac;:ao sao:
Nesta configuracao, a única verificacao possível é a do componente ativo do sistema: a Véílvula de purga. lsto
devido a que o sistema de diagnóstico nao tem a capacídade de realizar verificacoes de pressao ou de fluxo de
vapores como objetivo de detectar fugas.
a
Assim, para atender norma, numa primcira fase (1996) de aplicacao, o teste de diagnóstico incorporado ao
Monitor EVAP devia ser capaz de detectar vazarnento equivalente a um furo de 1 mm de diámetro ou rnaior.
A partir de 2000, deve poder detectar vazamentos equivalentes a um furo de 0,5 mm de diámetro ou maior.
Para ísto. o padrao OBDII prevo um teste de diagnóstico que executa um test.e passivo, para verificacáo do fluxo
de purga e um outro intrusivo, para a verificacao de estanqueidade ou hermetismo, que abrange desde o
reservatório de combustível alé a válvula de purga.
Tarnbém, para atender a especificacao, o reservatório de combustível deve ser selado; ou seja, nestes sistemas,
a lampa do tanque desempenha um papel muito importante na vedac;ao.
Em funr;ao de que uma tampa incorretamente instalada, provoca, na maíoria dos casos, a gravar;ao de
código de fa/ha, os sistemas mais modernos adotam um novo tipo de tampa que requer menos esforr,:o
que as anteriores, do tipo rosqueado.
E.m resumo, a
func;ao original do teste, de detectar defeitos elétricos nos componentes, foi adicionada á de
verificar;:éio do fluxo e de estanqueidacle do sistema.
Seguindo as diretrízes do padrao OBDII:
11- A verifica¡;ao elétrica dos atuadores e sensores do sistema é fcita pelo Monitor Abrangente de
Componentes de forma contínua
► A verificac;ao de hermetismo (estanqueidade) e de fluxo de purga. pelo Monitor das Emissóes
Evaporativas (EVAP) de forma nao contínua.
A func;ao principal do Monitor das Emissoes Evaporatívas (EVAP) é a execw;:ao de testes de diagnóstico que
permitam detectar vazamentos nas línhas e dispositivos do sistema,
1. /solando o sistema da atmosfera. aplicando urna sobre-pressao e verificando como esta varia no tempo.
2. !solando o sistema da atmosfcra. aplicando vácuo e verificando como este varia no tempo.
Fase 1: Nesta fase a depressao do coletor de admissao cría o vácuo necessário ao teste de eslanqueiclade.
lsto se consegue fechando a válvula de ventila~ao do canister e abrinclo a válvula de purga. Quando
atingido, passa-se á fase 2.
Caso exista um grande vazamento, E~sta fase nao será completada. O defeito podü ser causado
pela tampa do tanque nao instalada de forma apropriada, linha de vapor desconectada ou com
vazamento, válvula de ventilac;:ao bloqueada aberta, válvula de purga bloqueada fechada. Esta
situac;:ao provoca a gravac;ao de urn DTC P0455.
Fase 2: Nesta fase, com vácuo na linha, ó fechada a válvula de purga durante um tempo pré-estabelecido.
" Se o vácuo continua a aumentar, provavelmente, a válvula de purga nao fecha corre/amente.
Fase 3: Nesta fase, com vácuo estabilizado. o sistema permanece fechado por um intervalo de tempo
determinado, no fim do qual é novamente registrado o nível de vácuo.
A diferonc;:a entre os valores inicial e final é utilizada para comparar corno limite de calibrac;:ao, o qual
ó ajustado, antes de cada teste, em funi;:ao da temperatura ambiente e o nível de combustível.
O monitor será ínterrompido se houver urna mudarn;:a excessiva de carga do motor, de pressao ou
do nível do combustível no tanque .
.. Se o límile máxímo n/Jo é ultrapassado, o sistema EVAP é considerado estanque, scm fa/tia.
"' Se o limite máximo é superado cm 3 tes/es sucessivos, provavelmenle, existe "pcqueno vazamento"
e urna verificac;:ao final (gerar;ao de vapor) é realizada nas fases 4 e 5, já que uma cxcessiva
gorar;t.10 de vapor no tanque podcria provocar a falsa iluminac;:ao da MIL.
Fase 4: A verificac;:ao de gerac;:ao de vaporé realizada eliminando o vácuo do sistema, abrindo a válvula de
ventilac;:ao e fechando a seguir, a válvula de purga. Após um intervalo especificado, o monilor
determina se a pressáo no tanque permanece baixa ou se aumenlou devido a ~ierac,:ao cxccssíva
de vapores de combustível.
Fase 5: Se a f~levac;:ao da pressao devidél a gera~ao de vaporé inferior ao limite máximo, é gravado o código
P0442 (pequeno vazarnento detectado). Lembrar que as fases 4 e 5 so mente sáo executadas se na
fase 3 foi detectado um provável "pEiqueno vazamento".
1!!111 Verificac;ao de Estanqueidade por Sobre-pressao (VW Passat VR6, Golf e Jetta 2.0L)
e Componentes
A figura [4a] apresenta a configurac,ao típica. Aos componentes básicos, se adicionam:
► Válvula de fochamento (normalmente abc➔ rta): Quando fechada, isola o canister da atmosfera.
► Bomba de diagnóstico: Composta de:
º Bomba de diafragma controlada por vácuo, através !Sistema EVAP - VWI
da tubulac;ao A. A func;ao da bomba é injetar ar no
circuito de purga, através da tubulac;áo B, para gerar
urna sobre~pressao no mesmo. Com vácuo aplicado, o
diafragma injeta ar. Sem vácuo, o diafragma retorna á
posic;ao de repouso.
• Válvula solenóide para o acionamento da bomba.
Aciemada pela unidade de comando, controla o vácuo
aplicado ao diafragma.
" Sensor de pressao. É urn micro-interruptor solidário
ao diafragma. Com pressao baixa, o interruptor fecha.
Com pressao de teste no circuito, o interruptor abre.
► Válvula de a!ívio: Para limitar a sobre-pressao dos
vapores no tanque assim como, a gera<;ao de vácuo. Esta
válvula pode estar integrada na tampa do rcscrvatúrio. [4a]
p
0
Para um sistema som fugas ([4b]L a pressao permanece dentro da
faíxa durante todo o período de verificac;ao de 10 segundos.
sem fuga
[4b]
► P0440: Vazarnento detectado. Por exemplo, o tanque a presenta pressao atrnosférlca após 20 minutos de
funcíonarnento.
► P0441: Fiuxo de vapores incorreto. Coma válvula de purga aberla, nao se verifica aumento de v21cuo no
canister ou com v,3ivula fechada, a pressao no caníster permanece muíto baixa se comparada com a
atmosférica.
► P0442: Pequeno vazamento detoctaclo.
t> P0446: Dcfoíto na válvula de fechamento da entrada de ar ou de ventilai;ao do canisteL
► P0450/P0451: Falha no sensor de pressao.
► P0455: Grande vazarnonto detectado. NM Sf! verifica fluxo de vapolt~S.
Os cócligos relacionados com falhas elétricas sao gravados pelo Monitor Abrangente de Componentes.
~~a literatura especializada, este sistema é identificado, geralmente, coma sigla AIR.
m11 Objetivos
► Promover a oxidac;ao do HC residual, presente no coletor de escape, durante a fase de a(Juecimen!o do
motor, injetando um fluxo de ar ,idicional, antes do catalisador.
~ Gerar urna quanlidade adicional de calor, com o objetivo de que o catalisador atinJa a temperatura de
operac;ao o mais rapidarnentc possível, após urna partida a trio. Nos casos em que o sensor de 02 nao era
do tipo aquecido, este aumento de temperatura favorecía o aquecirnento rápido do sensor e com islo. a
diminuic;:ao do tempo necessário para o funcionamento em malha techada, do controle da mistura.
I> Fornecer oxigenío adicional ao corpo oxidante, nos casos de catalísadores de dois corpos (reclutor +
oxidante), injetando ar entre os clois corpos. Com isto, o carpo oxidante recebe oxígénio suficiente para
oxidar completamente, o HC e CO residuais. (ver o Capítulo 26 "Monitor do Catalisadot")
Sistema Thermactor
li!! Configurac;oes
(]Bomba de lnje9ao
Em furn;:ao da grande variedadc de configurac;:oes
C/álvula de Desvío
utilizadas ao longo dos anos, somente serao
apresentados a seguir, alguns dos sistemas
aplicados cm veículos OBDII.
• Funcionamento
Em func;:ao das condíc;óes de funcionamento do motor, a unidade de comando controla as válvulas de forma a
enviar o ar secundário para o coletor de escape, para o catalisador ou para a atmosfera.
° Com motor fria, o aré dírecíonado para o coletor de escape, provocando a combustao do HC residual e
o aumento da temperatura dos gases; isto O/timo possibílita o aquccimento rápido do catalisador.
" Com motor a temperatura normal de funcionamento, o ar secundário é enviado para o catalísador (caso,
este possua uma tomada especial) para auxiliar na oxidar;ao do HC e CO.
e No caso de aumento rápido do vácuo no cofctor (baíxa pressao absoluta durante uma desacelerar;ao) o
aré desviado para a atmosfcra ou para o filtro de ar (depcndendo da aplícac;ao).
Para atenderás necessidades de rnonitorarnento, a bomba recebe "ar medícfo" pelo sensor MAF. Assim, quanclo
a mesma está funcionando, o sensor MAF indica o correspondente aumento na rnassa de ar admitido. Comparando
a variac;ao do sinal do MAF com a variac;;ao calculada a partir de modelos matemáticos, o monitor consegue
determinar se o fluxo adequado está senda injetado no escape.
A norma OBDII especifica que, em todo veículo equipado com sistema AIR, seja realizado o monitoramento da
presenc;a de ar na corrente dos gases de escape assim como o correto funciona mento da bomba de injec;ao de
ar e das válvulas solcnóide que fazem parte do sistema.
O fabricante pode decidir nao realizar o monitora mento se curnpre com urna das seguintes condic;oes:
1. Garante que o sistema nao apresentara problemas de vaza mentas durante a vicJa útil do veículo.
2. A falha completa do sistema de injec;ao de ar nao provocará um aumento das ernissóes, além de 1, 5
vezes o limite especificado no procedimento FTP.
@ Teste lntrusivo
Se este teste passivo nao for conclusivo, ou há dcteccao df:i defeito, o monitor executa o teste de díagnóstíco
ativo ou íntrusivo.
Para rna!izac;ao dest(➔, a bomba de injec;ao cJe ar é acionada quando o sistema funciona ern malha fechada. A
detec\';_io da falha lem como lJase a análise de como se modificamos valores do sinal da sonda e do pan)metro
de ajuste de curto prazo ( STFT ou Integrador), em resposta á ativac;ao da bomba.
Prímeiramente. como motor na marcl1a k~nta, a mistura é comandada rica e a bomba de injec;ao de aré ligada.
A seguir. é monítorado o tempo para o sinal da sonda indicar mistura pobre. Se isto nao acontece dentro de um
período especificado, o DTC P04 7l (fluxo incorrcto) é gravado como "pendentd'.
Como no teste passívo, urna tensao t)aixa (mistura pobre) ou um aumento no valor de ajuste de curto prazo.
solicitando enriquecimento para compensar o exccsso de 02, si:ío indicativos de funcionamento correto.
Todos os componentes e seus circuitos clétrícos, sao verificados peía monitor abrangente de
componentes quanto a curio. inlerrupr;ao, sinal fara da faíxa
► DTC P0410: Indica clcfeito no sistema de inJc<;ao de ar secundárío ou rnangueíra de entrada dE:sconectada.
► DTC P0411: lndica fluxo incorreto de ínjei;:ao de ar secundárío.
► DTC P0412: Indica falha no circuito de acionamento do relé da bomba de ínje<;:2m.
► DTC P0491: Indica baíxo ou nenhum fluxo de injec;:ao de ar secundário.
Este monitor verifica que a temperatura do motor atit~a um mínimo de, por exemplo, 75ºC ou 8DºC, nurn
determinado período de funciona mento.
Na maior parte das ap!icfü;óes, o limite mínimo de temperatura a ser atingído ó 10ºC inferior a temperatura
normal de opernc:ao do motor.
Quando o motor é operaclo de modo a gerar suficiente calor, a temperatura do líquido arrefecedor dcve aumentar
de forma previsfvr::I.
No monitor, urn temporizador é incrementado toda vez que o veiculo é submc~tido a urna car~Ja moderada e a sua
velocidade for superior a um valor mínimo ele calibrar;ao. Quando o temporizador atinge um valor limite, a
temperatura real do motor é comparada com aquda temperatura mirnma mencionada ac1ma. O temporizador é
incrementado sob condi<;:oes especificas de carga do motor e velocidade do veicuio.
O valor limite do temporizador depencie da temperatura ambiente no momento da particja, Geralmente, estd
entrn 300 e 800 segundos.
O monitor é executado urna vez a cad~1 ciclo de condw,:ao e é necessário que o motor tenha permanecido sem
funcionar, por urn período de 2 horas.
Desta forma, evita-se urna falsa confirrnar;ao de funcionamento correto quando a temperatura do líquido
arrefecedor aumenta depois que o motor é desligado por um curto período.
Como rnostrarn as figuras, a válvula PCV, basicarnente, consiste de urna tJucha corn oriFício e urna mola, que, na
éJUSúncia de v2ícuo, mantúm a v2ílvula fcct1acla.
► Com alto vdcuo ou carga baíxa (fig.[4c]), a /Jucha encosta no orifício ele saída o que permite um baixo
fluxo de ventílar;ao.
► Como aumento de carga (fig [4d]), o vdcuo diminui e a bucha retrocede pela forr;a da mola, permitindo
o aumento de fluxo.
► Na ausencia de vácuo (fig.[4e]), pela forr;a da mola, a bucha fecha o orificio. lsto evita o despejo
desnecesséírio de vapores para a atmosfera e como medida de seguranr;a no caso efe urn eventual
"retorno de chama".
O monitora mento deste sistema ú feito de forma indireta já que nao existe, nas aplicac;óes atuais, um sensor
(;Specífico para ,1valiar o fluxo de vapores. Assim, os defeitos que possarn afetar o circuito ele ventilac;ao positiva
se manifestari'.10 atravús de outros sistemas ou componentes, na rnaior parte dos casos, no ajuste de combustível
na forma c1e falha de mistura pobre ou falta de comutac;:óes no sinal da sonda Lambda.
Os encaixes da tubulac;:ao e da válvula sao feítos para assegurar a pcrfeita conexao dos mesmos. Nos sistemas
OBDII atuais, o diametro do orifício de entrada no coletor, foi aumentado o suficiente como para que, no caso de
urna desconcxao inadvertida, provoque a parada imediata do motor ou impec;a a sua partida. Caso nao deíxe de
funcionar, a dcsconexao da linha de vcntilac;:ao provocará um vazamento de vácuo suficiente para que o motor
funcione com mistura pobre na marcha lenta. Depois de 2 ciclos de conduc;ao nestas condic;óes, a UC gravará
um DTC "genérico" do tipo P0171 ou P0174 (mistura pobre), além de outros códigos proprietários que indiqucm
falta ,Je comutac;ao no sensor de 02, por exemplo.