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Instituto Politécnico de Setúbal

Escola Superior de Tecnologia

Departamento de Engenharia Mecânica

Área Científica de Tecnologia e Organização Industrial

Curso de Engenharia Mecânica – Ramo Aeronáutica


- Ramo Automóvel
– Ramo Energia
– Ramo Produção

Tecnologia Mecânica I
(Ano Letivo: 2016/17)

Prof. José Simões

Soldadura
Guia do 7º Trabalho Laboratorial

Soldadura TIG
Data: 11/06 / 2018 /

Elaborado por: Prof. José Simões, Miguel Jardim, Miguel Carvalho, Andreia Miranda
Maio 2005
Instituto Politécnico de Setúbal – Escola Superior de Tecnologia

Tecnologia Mecânica I

Índice

1. Introdução...................................................................................................................2

1.1. Vantagens e Desvantagens do Processo..........................................................4

1.1.1. Vantagens........................................................................................................4

1.1.2. Desvantagens..................................................................................................4

1.2. Tipo de Corrente e Polaridade..........................................................................5

1.3. Escorvamento do Arco.......................................................................................7

1.4. Consumíveis........................................................................................................8

1.4.1. Gás de Proteção............................................................................................8

1.4.2. Material de Adição......................................................................................9

1.5. Equipamento.......................................................................................................9

1.5.1. Tocha de Soldadura...................................................................................10

1.5.2. Fonte de Potência.......................................................................................11

2. Objetivos....................................................................................................................12

3. Operação Prática......................................................................................................12

4. Avaliação da soldadura..........................................................................................15

5. Avaliação do laboratório.........................................................................................17

6. Avaliação do operador............................................................................................18

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Guia do 7º Trabalho Laboratorial – Soldadura TIG
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Tecnologia Mecânica I

Soldadura TIG
1. Introdução

O processo de soldadura TIG (Tungsten Inert Gas) ou GTA (Gas Tungsten


Arc) é um processo de soldadura por arco elétrico no qual o arco é estabelecido
através de um elétrodo de tungsténio, não consumível, e que está protegido por
uma atmosfera de um gás inerte (Argon ou Hélio). A utilização do tungsténio
deve-se principalmente a duas características:

O seu elevado ponto de fusão – permite a redução do desgaste do


elétrodo;
Elevada emissividade – facilita a ionização e por consequência o
estabelecimento e manutenção do arco elétrico.

A principal função do arco elétrico é fornecer calor para criar o banho de


fusão, e se necessário fundir o material de adição que pode ser adicionado
separadamente através de uma vareta. Este material é adicionado através da
alimentação, manual ou mecânica de fio nu lateralmente ao banho de fusão.
Uma das funções do gás de proteção é a limpeza superficial do banho de fusão
e do metal adjacente, de óxidos superficiais. Para que não haja contaminação do
elétrodo de tungsténio, o gás de proteção deve ser inerte (ver figura 1).

Fig. 1 – Processo de soldadura TIG.

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Para se obter um bom resultado utilizando este processo de soldadura é


necessário garantir a eficácia de actuação do gás de proteção sobre o banho de
fusão e a ponta do elétrodo. Para tal é necessário que o fluxo de gás se inicie e
estabilize cerca de 3 segundos antes do escorvamento do arco (pré-purga). Da
mesma maneira, após a conclusão do trabalho o gás deve fluir por mais alguns
segundos, evitando assim a oxidação do elétrodo (pós-purga).
As características que mais influenciam a qualidade de uma soldadura
TIG, assim como a estabilidade do arco elétrico são a natureza, o diâmetro e o
estado de limpeza do elétrodo. Existem vários tipos de elétrodos tais como
elétrodos de tungsténio com adição de tório ou zircónio e óxido de latão ou
óxido de cério (ver tabela 1).

Corrente Contínua Corrente Alternada


(A) (A)
Diâmetr Elétrodo ao negativo Elétrodo ao positivo
o do (-) (+) Tungsténi
elétrodo Tungsténi Tungsténi Tungsténi o com
(mm) Tungsténi o com Tungsténi o com o puro adições de
o puro adições de o puro adições de óxidos
óxidos óxidos
0,5 2 a 20 2 a 20 2 a 15 2 a 15
1,0 10 a 75 10 a 75 15 a 55 15 a 70
1,6 40 a 130 60 a 150 10 a 20 10 a 20 46 a 90 60 a 125
2,0 75 a 180 100 a 200 15 a 25 15 a 25 65 a 125 85 a 160
2,5 130 a 230 170 a 250 17 a 30 17 a 30 80 a 140 120 a 210
3,2 160 a 310 225 a 330 20 a 35 20 a 35 150 a 190 150 a 250
4,0 275 a 450 350 a 480 35 a 50 35 a 50 180 a 260 240 a 350
5,0 400 a 625 500 a 675 50 a 70 50 a 70 240 a 350 330 a 460
6,3 550 a 875 650 a 950 65 a 100 65 a 100 300 a 450 430 a 575
8,0 650 a 830

Tabela 2 – Valores de intensidade recomendados para diferentes tipos de elétrodo e corrente.


(NP EN 26848 1996, pág.9)

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1.1. Vantagens e Desvantagens do Processo

1.1.1. Vantagens

A soldadura TIG é o método mais popular para a soldadura de


alumínio, aços inox e ligas de níquel. Produz soldaduras de grande qualidade
em praticamente todos os metais e ligas usados na indústria. Este processo
permite um melhor controlo da soldadura do que qualquer outro processo por
arco elétrico, pois o calor do arco e o metal de adição são controlados
independentemente. A visibilidade é excelente pois não são produzidos fumos
durante a soldadura, assim como não produz salpicos nem escória que
necessite ser removida entre passes. Uma outra vantagem é o reduzido empeno
na junta soldada devido à grande concentração da fonte térmica.

A soldadura TIG é indicada para a união de peças com reduzida


espessura, pois permite um excelente controlo da entrega térmica. Tal como na
soldadura oxiacetilénica, a fonte de calor e o metal de adição pode ser
controlado separadamente, e como o elétrodo não é consumível, o processo
pode ser usado para soldar apenas com fusão do metal de base, sem utilização
de metal de adição. Pode ser utilizado em praticamente todos os metais, mas no
entanto não é geralmente usado em metais com um ponto de fusão reduzido,
tais como chumbo, latão, ou ligas de zinco.

1.1.2. Desvantagens

A soldadura TIG é no entanto bastante dispendiosa, pois a velocidade de


soldadura é mais reduzida. Algumas limitações deste processo são:

- A soldadura é mais lenta quando comparado ao processo SER.

- A transferência de tungsténio fundido, proveniente do elétrodo, pode


causar contaminação do cordão de soldadura.

- A exposição da vareta do metal de adição ao ar, devido à utilização de


uma técnica de soldadura imprópria, pode provocar a contaminação do
cordão de soldadura.

- A utilização de gases inertes de proteção, assim como o elétrodo de


tungsténio, acrescentam um custo bastante mais elevado quando
comparado a outros processos de soldadura.

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- O custo do equipamento necessário para a soldadura TIG é bastante


mais elevado, quando comparado a outros processos de soldadura que
requerem um controlo menos preciso.

1.2. Tipo de Corrente e Polaridade

Neste processo o tipo de corrente e polaridade mais utilizado é a


corrente contínua em polaridade direta (CC-). É no entanto possível, em alguns
casos particulares, utilizar corrente alternada e corrente contínua em
polaridade inversa (CC+).
A utilização de CC- provoca uma maior penetração, permitindo assim
velocidades mais elevadas em chapas de maior espessura. A utilização de CC+
é principalmente utilizada na soldadura de alumínio e magnésio, porque
devido à emissão de eletrões do cátodo (ligado à peça) resulta a quebra de uma
película superficial de óxidos refractários que estavam a dificultar a operação.
O alumínio encontra-se por vezes oxidado superficialmente com uma película
(alumina) caracterizada por um elevado ponto de fusão (cerca de 3000ºC) e por
uma baixa densidade. A alumina superficial ou originada durante a execução
do cordão de soldadura devido à oxidação do alumínio em fusão, irá
sobrenadar o banho de fusão criando uma película isolante impedindo o arco
elétrico de actuar sobre o alumínio que constitui o banho de fusão.
A utilização de polaridade inversa resulta numa penetração mais fraca e
numa maior libertação de calor no elétrodo, portanto o elétrodo com o mesmo
diâmetro pode suportar uma intensidade de corrente mais elevada em
polaridade direta do que em polaridade inversa (ver figura 2).

Fig.2 – Comparação da forma do cordão de soldadura utilizando as três opções possíveis.

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Na prática o alumínio é soldado utilizando corrente alternada, ou seja o


sentido da corrente inverte-se em cada alternância e o elétrodo é
sucessivamente pólo positivo e pólo negativo. Para garantir o reescorvamento e
a estabilidade do arco são necessárias duas condições:

A temperatura da extremidade do elétrodo e do banho de fusão


deve ser suficientemente elevada para que se possa produzir a
emissão termoeléctrica que assegura a passagem de corrente.
No momento do reescorvamento do arco deverá existir uma
tensão mais elevada do que aquela exigida para o normal
funcionamento do arco elétrico.

Corrente Contínua
Corrente
Natureza do metal a soldar Polaridade Polaridade
Alternada
Inversa Direta
Alumínio e suas ligas C D A
Magnésio e suas ligas (espessura
B D A
< 3mm)
Magnésio e suas ligas (espessura
C D A
> 3mm)
Aços Inox
C A A (1)
(espessura < 0,7mm)
Aços Inox
C A B-C
(espessura > 0,7mm)
Aços macios ou microligados
C A C
(espessura < 4mm)
Ferro fundido C A A (2)
Cobre e suas ligas C A C
Níquel e suas ligas C A C
Enchimentos C A A (3)

Tabela 1 – Modo de alimentação a adoptar em função dos metais a soldar.

A- Modo de alimentação mais recomendado


B- Modo de alimentação dando bons resultados
C- Modo de alimentação não recomendável
D- Soldadura impossível
(1) – Utilizar se o arco elétrico é menos estável em corrente contínua ou se se temer o
afundamento do banho de fusão
(2) – Utilizar para a soldadura em posição
(3) – Utilizar para peças pequenas, ou quando se deseja um mínimo de diluição do
metal de base
(NP EN 26848 1996, pág.9)

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1.3. Escorvamento do Arco

Para o escorvamento inicial do arco é necessária uma unidade de alta-


frequência, uma vez que a passagem de uma corrente de alta-frequência e alta
tensão através do elétrodo de tungsténio facilita a emissividade de eletrões,
necessária para o estabelecimento do arco elétrico. Uma outra forma de
escorvamento consiste em tocar na peça com o elétrodo fazendo passar a
corrente afastando-o rapidamente, quando ocorre um curto-circuito. No
entanto, este método tem a desvantagem de originar a contaminação e a fusão
da ponta do elétrodo do tungsténio, o que se pode constatar observando a
forma mais arredondada que este toma. Esta forma provoca um alargamento
do arco elétrico e uma redução de potência na peça. A fusão do elétrodo de
tungsténio pode também originar inclusões no cordão de soldadura.
Para evitar estes problemas, o equipamento inclui um sistema que actua
durante o curto-circuito limitando o aumento inicial da corrente, a qual deve
subir gradualmente até ao valor de operação num período de 0,1 a 10 segundos
(“Slope-Up”- inclinação de subida). Assim que o elétrodo está aquecido, o arco
pode ser escorvado em polaridade direta (elétrodo ao negativo) devido à
emissão termo iónica do elétrodo. No entanto quando o elétrodo ainda está
frio, antes que a emissão termoionica possa ocorrer, o arco poderá ser mais
facilmente escorvado em polaridade inversa (elétrodo ao positivo). Por este
motivo alguns equipamentos incorporam um dispositivo que mantém o
elétrodo ao positivo durante um período inicial de cerca de 20 segundos após o
qual a polaridade é invertida. Este dispositivo é especialmente aconselhado
quando são utilizados elétrodos de diâmetro superior a 3mm, pois estes
demoram mais tempo a atingir a temperatura a que ocorre a emissividade.

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1.4. Consumíveis

1.4.1. Gás de Proteção

O gás de proteção utilizado na soldadura


TIG é o Argon, pois é adequado a todos os
metais e ligas. Este gás permite manter um arco
mais estável, assim como uma melhor acção de
limpeza. De um modo geral, é fornecido em
garrafas identificáveis pela cor da ogiva (ver
figura 3).

Fig. 3 – Garrafa de gás de proteção (Argon)

À saída da garrafa é montado um


regulador de pressão, que permite a
verificação da pressão do gás na garrafa, e
um debitómetro, que efectua a regulação
do débito de saída (ver figura 4).

Fig. 4 - Regulador de pressão e debitómetro.

Para que o banho de fusão fique perfeitamente protegido, o


escorvamento do gás não deverá ser turbulento, e para tal torna-se necessário a
escolha do bico ideal de forma a cumprir este objectivo. Por este motivo, os
bicos possuem difusores que permitem o escoamento não turbulento do gás
protector, mesmo quando se efectua uma soldadura em locais pouco acessíveis,
em que o elétrodo se encontra fora do bocal (ver figura 5).

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Fig. 5 - Diferentes tipos de escoamento do gás de proteção.

1.4.2. Material de Adição

Os fios ou varetas de material de adição utilizados têm, de um modo


geral, uma composição semelhante ao metal de base uma vez que há poucas
perdas de elementos de liga no arco elétrico. São adicionados elementos
desoxidantes ao material de adição para evitar a oxidação devido à mistura de
ar no gás de proteção e à existência de óxidos superficiais.

1.5. Equipamento

Os principais componentes do equipamento de soldadura TIG estão


representados na seguinte figura:

TUBAGEM DE ARGON REGULADOR DE PRESSÃO

CABO
DA TUBAGEM DE SAÍDA DE ÁGUA
TOCHA
TOCHA

ADAPTADOR CABO DE SOLDADURA

ÁGUA
FONTE DE
POTÊNCIA
TUBAGEM DE
ENTRADA DE ÁGUA

Fig. 6 – Equipamento para soldadura TIG.

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1.5.1. Tocha de Soldadura

A tocha de soldadura é o elemento onde é colocado o elétrodo de


tungsténio. É também a tocha que realiza o transporte de energia eléctrica ao
elétrodo e assegura o escoamento do gás protector (ver figura 7 e 8).

Existem dois tipos de tochas, as manuais e as automáticas. Neste


trabalho iremos utilizar uma tocha manual arrefecida a água. Este tipo de tocha
pode suportar uma intensidade de corrente, em regime permanente, até 200 A e
é equipada com elétrodos com diâmetro igual ou inferior a 3,2mm.

Fig. 7 – Tocha para soldadura TIG.

AJUSTADOR DA
VARETA

CABO ELÉCTRODO
PEGA

SAÍDA DE ÁGUA

ENTRADA DE GÁS

SAÍDA DE GÁS

ENTRADA DE ÁGUA
BOCAL

ELÉCTRODO DE TUNGSTÉNIO

Fig. 8 – Esquema da tocha para soldadura TIG.

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1.5.2. Fonte de Potência

Qualquer máquina para soldadura TIG tem uma característica estática


tombante (mergulhante), tal como acontece nas máquinas para soldadura com
elétrodo revestido (ver figura 9). As máquinas que operam em corrente
contínua utilizadas para soldadura de aço macio, aço de baixa liga, aço
inoxidável, etc. são habitualmente retificadores com controlo por tiristores
transístores ou inversor.
As caixas de comando constituintes das máquinas TIG contêm os
dispositivos necessários ao controlo de alimentação do gás:

Eletroválvulas;
Temporizadores de escoamento do gás;
Comando de alta-frequência para o escorvamento do arco.

Fig. 9 – Máquina para soldadura TIG.

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2. Objetivos

Neste trabalho laboratorial pretende-se desenvolver uma operação


prática representativa do processo de soldadura TIG em alumínio e em aço.

3. Operação Prática

Este trabalho realizar-se-á em dois provetes (um de alumínio e um de


aço) constituídos por uma chapa de 3 mm de espessura, no qual serão feitos
dois cordões de soldadura, um com material de adição e outro sem material
de adição. Esta chapa deverá estar previamente preparada tendo sido
efectuado uma rebarbagem, escovagem e desengorduramento recorrendo a
acetona na superfície a soldar.

Largura do provete : 50mm Comprimento do provete: 125mm

1º Passo: Preencher avaliação do laboratório e do operador.

2º Passo: Colocação do equipamento de proteção individual referido na


documentação de posto.

3º Passo: Regulação dos parâmetros da máquina de soldadura.

Os principais parâmetros operatórios são: a tensão e intensidade


da corrente e as características da fonte de potência; composição,
capacidade e forma do elétrodo; tipo de gás de proteção e o metal
de adição.

Diâmetro
Material de do Intensidade Débito de
Corrente Polaridade
Base Elétrodo [A] gás
[mm]
Alumínio 2 CA - 65-125
10 L/Min.
Aço 2 CC Ao negativo 15-25

Tabela 3 – Parâmetros para a soldadura a efectuar.

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4º Passo: Operação de soldadura.

Esta soldadura será efetuada na posição ao baixo e da direita para a


esquerda, seguindo os passos representados na figura 10.

Fig. 10 – Técnica para soldadura manual TIG.

Uma vez escorvado o arco, a tocha é mantida cerca de 15º com a


vertical;

O arco deve ser movido em pequenos círculos até à formação do


banho de fusão. A manutenção deste banho de fusão é muito
importante, não devendo ser ultrapassado pela progressão do
arco. Uma vez obtida a fusão adequada, a soldadura é feita
gradualmente movendo o elétrodo ao longo da peça;

A vareta de metal de adição e a tocha devem ser movimentados


suave e progressivamente para que o banho de fusão e a ponta do
metal de adição em fusão não fiquem expostos ao ar, que irá
contaminar o cordão de soldadura. Esta exposição é evitada
através do gás de proteção (Argon);

A vareta do metal de adição deve manter cerca de 15° com a


superfície da peça a soldar, alimentando lentamente o banho de
fusão. Durante este processo, a ponta da vareta em fusão não
deve ser retirada da zona protegida pelo Argon de modo a evitar
a oxidação;

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Efectuar dois cordões de soldadura em cada chapa, paralelos e


longitudinalmente, sendo um cordão efectuado com material de adição e o
outro sem material de adição.

Os cordões de soldadura deverão ter aproximadamente as seguintes


dimensões:

Cordão de soldadura com material de adição: Largura: 3 mm, Altura: 2 mm.

5ºPasso: Identificação do provete com o número de aluno.

6ºPasso: Preenchimento do questionário de avaliação de soldadura. O objectivo


deste último passo é o de garantir que o aluno consolida os conhecimentos
mencionados neste guia.

Nota: No final da realização deste laboratório cada aluno deverá fornecer ao


docente o provete e os respectivos questionários preenchidos.

Nome: _________________________________________________ nº _______


Curso: ________________________________________ Turma: ____________
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Data: __ / __ / __

4. Avaliação da soldadura

Resultado da
Causas do
Designação do defeito avaliação Localização
defeito
(Existe / Não existe)
- Composição
química do material
Fissuração a quente (elevada
percentagem de
impurezas);
- Consumíveis com
elevada
percentagem de H
(o gás de proteção
não tem um baixo
nível de humidade,
Fissuração a frio
o que favorece o
aparecimento de H);

- Juntas com
elevadas tensões
internas;
- A intensidade de
corrente é
demasiado alta;

- O comprimento do
Porosidade
arco é demasiado
grande;

- Sobre aquecimento
do metal de base;
- Sujidade nas
superfícies a soldar;

Falta de fusão
- Intensidade de
corrente mal
ajustada;
- A intensidade de
corrente é
demasiado baixa;
Falta de penetração

- A taxa de avanço é
demasiado alta;
Bordo queimado -A
intensidade

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de corrente
demasiado alta;

- O comprimento do
arco é demasiado
grande;
- A taxa de avanço é
demasiado baixa;

Sobre - espessura excessiva


-O comprimento do
arco é demasiado
grande;
- A intensidade de
corrente é
demasiado alta;
Excesso de penetração
- A taxa de avanço é
demasiado baixa;
- O comprimento do
arco é demasiado
grande;
Projecções
- A intensidade de
corrente é
demasiado alta;
- Falta de uma
adequada
preparação do metal
de base;

Inclusões de escória - Escória não foi


devidamente
controlada de
maneira a ficar à
superfície do banho
de fusão;

(Norma EN ISO 6520-1 (2000))

Nome: _________________________________________________ nº _______


Curso: ________________________________________ Turma: ____________
Data: __ / __ / __

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5. Avaliação do laboratório

Afirmações Si Nã Correcção
m o (No caso de
considerar a
afirmação errada)
TIG é um processo de soldadura por arco elétrico. x

A principal função do arco elétrico é fornecer x


calor para criar o banho de fusão.

A natureza do arco elétrico e o seu diâmetro são x


características que mais influenciam a qualidade
da soldadura TIG.

TIG não é indicada para a união de peças com x A soldadura


reduzida espessura. TIG é indicada
para a união de
peças com
reduzida
espessura, pois
permite um
excelente
controlo da
entrega térmica
TIG não pode ser utilizada em praticamente todos x Produz
os metais. soldaduras de
grande
qualidade em
praticamente
todos os metais
e ligas usados
na indústria
A soldadura é mais rápida, do que o processo x Uma das
SER. desvantagens
deste processo é
ser um processo
mais lento do
que o processo
SER, sendo em
simultâneo mais
dispendioso.
A utilização de gases inertes de proteção, assim x
como o elétrodo de tungsténio, acrescentam um
custo bastante mais elevado do que os outros

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processos de soldadura.

Um dos tipos de corrente utilizado neste processo x


é a corrente continua em polaridade direta (CC-).

O gás de proteção utilizado na TIG é o árgon. x

Quando o elétrodo está aquecido o arco pode ser x Quando o esta


escorvado em polaridade indireta. aquecido deve
ser feito em
polaridade direta,
caso esteja frio
será mais fácil
utilizar a
polaridade
indireta
A tocha é o elemento onde é colocado o elétrodo x
de tungsténio.

Quando existe falta de fusão, o defeito é causado x


pela sujidade nas superfícies a soldar apesar da
intensidade de corrente poder estar bem ajustada.

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Nome: _________________________________________________ nº _______


Curso: ________________________________________ Turma: ____________
Data: __ / __ / __

6. Avaliação do operador

Coloque um círculo na opção correta:

1. Fazer a legenda do painel frontal da máquina de soldadura TIG.

Legenda:

1-sistema geral

2-intensidade

3-Refrigerador

4-

5-

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Fig. 11 – Máquina de soldadura manual TIG

2. Antes de ligar a máquina, a válvula a azul junto ao bocal de caudal


(caudalimetro), deve ficar:

a) Aberta;
b) Fechada;
c) Nenhuma das hipóteses anteriores.

3. Após a verificação da válvula deve:

a) Prender o cabo de massa junto da peça numa zona onde se


possa estabelecer o circuito elétrico;
b) Prender o cabo de massa longe da peça numa zona onde não
exista risco de se estabelecer o circuito elétrico;
c) Simplesmente não prender o cabo de massa;
d) Nenhuma das hipóteses anteriores.

4. Caso a válvula azul se encontre fechada deve:

a) Deixa-la permanecer fechada;


b) Abrir lentamente a botija de árgon;
c) Abrir rapidamente a botija de árgon;
d) Nenhuma das hipóteses anteriores.

5. Para ligar a máquina deve:

a) Accionar o botão 1;
b) Accionar botão 2;
c) Ambas as hipóteses anteriores;
d) Nenhuma das hipóteses anteriores.

6. Em seguida deve ligar o sistema de refrigeração que se situa:

a) Por detrás das mangueiras;


b) Em cima perto das mangueiras;
c) Em baixo perto das mangueiras;

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d) Nenhuma das hipóteses anteriores.

7. Para regular a máquina para TIG ou elétrodo revestido deve utilizar:

a) Utilizar o botão 2;
b) Utilizar botão 5;
c) Utilizar ambos;
d) Nenhum dos botões anteriores.

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8. A corrente eléctrica divide-se em corrente alternada e corrente continua.

8.1. Para escolher corrente alternada deve:

a) Rodar o botão 2 para o símbolo que representa uma onda


rectificada;
b) Rodar o botão 2 para o símbolo que representa uma onda
sinosoidal;
c) Rodar o botão 2 para o símbolo que representa uma onda
sinosoidal e rectificada;
d) Nenhuma das hipóteses anteriores.

8.2. Para escolher corrente continua deve:

a) Ter em conta o tipo de polaridade que pretende utilizar: direta


ou inversa;
b) Apenas rodar o botão 2;
c) Nenhuma das hipóteses anteriores.

9. A escolha do valor da intensidade de corrente depende:

a) Da experiência do operador;
b) Da extensão do cordão de soldadura;
c) Do tipo de trabalho que se pretende realizar;
d) Todas as hipóteses anteriores.

10. Que tipo de escorvamento de arco é utilizado na soldadura TIG:

a) Por liftair;
b) Por alta-frequência;
c) Ambas as hipóteses anteriores;
d) Nenhuma das respostas anteriores.

11. Ao executar este tipo de soldadura deve regular o arco pulsado?

a) Sim;
b) Não.

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12. Deve operar o equipamento com a seguinte proteção:

a) Luvas e avental de couro;


b) Luvas, avental de couro e óculos;
c) Avental de couro e mascara;
d) Luvas de couro, avental de couro, mascara para soldar e calçado
adequado;

13. Para escorvar o arco deve:

a) Aproximar ligeiramente até 15mm da peça e carregar no botão


que está na tocha;
b) Aproximar ligeiramente até 10mm da peça e carregar no botão
que está na tocha;
c) Aproximar ligeiramente até 1mm da peça e carregar no botão
que está na tocha;
d) Aproximar ligeiramente até 30mm da peça e carregar no botão
que está na tocha;

14. Para terminar a soldadura deve:

a) Largar o botão da tocha;


b) Apenas afastar a tocha até o arco se extinguir;
c) Deixar que o gás saia;
d) Todas as hipóteses anteriores.

15. Antes de desligar a máquina deve:

a) Tirar o cabo de massa;


b) Pousar a tocha num local seguro;
c) Esperar pelo arrefecimento da peça soldada;
d) Fechar a botija de árgon.

16. Para que o manómetro da botija de árgon esteja a zeros deve:

a) Carregar no botão da tocha ate se extinguir o gás todo existente


nas mangueiras;
b) Apenas pressionar uma vez no botão da tocha;
c) Não pressionar o botão e deixar exactamente como está;
d) Nenhuma das hipóteses anteriores.

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Guia do 7º Trabalho Laboratorial – Soldadura TIG
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17. Para desligar a máquina deve:

a) Apenas desligar a refrigeração;


b) Desligar no botão 1 do painel frontal da máquina;
c) Ambas as hipóteses anteriores;
d) Nenhuma das hipóteses.

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Guia do 7º Trabalho Laboratorial – Soldadura TIG

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