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FACHADAS

DEFINIÇÃO

As fachadas via de regra são fechamentos de vãos livres que


dividem o ambiente interno de uma edificação do ambiente externo
á mesma.

As fachadas são constituídas de inúmeros elementos , entre eles o vidro, são raras as fachadas que não
possuem vidro em sua constituição, isso acontece devido a grande capacidade de integração de
ambientes que esse material possibilita, necessidade essa também presente no relacionamento humano
com o ambiente que o circunda.

TIPOS

Podemos classificar fachadas de várias formas mas utilizaremos os aspectos que mais nos interessam
neste momento:

Quanto à mobilidade:

a) Fachadas fixas – São fachadas que não apresentam nenhuma mobilidade ou nenhuma possibilidade
de abertura do vão livre fechado

b) Fachadas móveis – São fachadas que apresentam mobilidade quanto à abertura ou movimentação.

Quanto ao material constituinte:

a) Fachadas de aço – São fachadas que utilizam como principal elemento constituinte o aço, que pode
ser desde ligas simples até aços sofisticados ou mesmo aços inoxidáveis. As fachadas de aço são mais
antigas e mais baratas que as fachadas de alumínio (exceto fachadas de ação inoxidável) no entanto
com necessidade de manutenção mais freqüente.

b) Fachadas de alumínio – São fachadas que utilizam como principal elemento constituinte o alumínio
podendo ser esse de vários tipos desde ligas simples até combinações sofisticadas. A grande
versatilidade do alumínio além da sua resistência a oxidação, associada às novas tecnologias de pintura
e acabamento superficiais fizeram desse material, juntamente com o vidro, o principal material
constituinte para fachadas. Possui um custo superior a fachada de aço porém de maior durabilidade.

Quanto aos sistemas mais comuns no Brasil:

a) Fachadas de vidro e ferragens

b) Fachadas Pele de Vidro

c) Fachadas Structural Glazing

d) Fachadas Estruturais em Vidro

(a) Fachadas de Vidros e Ferragens

Esse tipo de fachada é normalmente utilizad o em andares térreos de edifícios ou lojas de comércio, teve
seu início no Brasil na década de 60.

É constituída basicamente de vidros temperados e associados a ferragens específicas para esta


aplicação, seu custo baixo assim como sua baixa freqüência de manutenção, aumentaram muito sua
popularidade entre os especificadores e vidraceiros, sendo hoje um dos tipos mais utilizados de
fechamento de vãos. Podem ser fachadas móveis ou fixas, possuem razoável estanqueidade a água e
vento. Destina-se basicamente a vãos de pequeno porte.

(b) Fachadas Pele de Vidro

As fachadas de edifícios antes da década de 80 eram compostas por vigas externas que ficavam
expostas e tinham entre seus montantes a inserção de peças de vidros, eram conhecidas como
fachadas cortina.

A criação da fachada pele de vidro foi na realidade a colocação do montante que anteriormente
encontrava-se exposto externamente a obra para a região interna da mesma, sendo este montante então
recoberto pelo vidro dando um aspecto à obra de uma pele única e formada por vidros, daí vem seu
nome.

Quanto a fixação dos vidros, estes são fixos mecanicamente através de perfis U que são colocados
internamente ao perfil, normalmente utiliza-se se suave pressão mecânica para a fixação do vidro dentro
do perfil. Quanto a mobilidade, essas fachadas podem ser fixas ou móveis.

Destinam-se basicamente a fechamentos de médio e grande porte devido principalmente ao seu grande
custo de instalação, maior manutenção em relação a fachada de vidros e ferragens porém, esse sistema
oferece excelente estanqueidade a água e vento.

(c) Fachadas Structural Glazing

Contemporânea à fachada pele de vidro, a fachada structural glazing oferece a mesma concepção de
uma única pele de vidro, a grande diferença se dá na forma de fixação.

Diferentemente da fachada pele de vidro que utiliza recursos mecânicos para a fixação de vidros à sua
estrutura, a fachada structural glazing utiliza-se de recursos químicos para esta fixação, esse processo
de fixação utiliza como elemento de união entre o vidro e a fachada structural glazing o silicone
estrutural. Quanto a mobilidade, essas fachadas podem ser fixas ou móveis e destinam-se basicamente
a fechamentos de médio e grande porte devido principalmente ao seu grande custo de instalação, maior
manutenção em relação a fachada de vidros e ferragens porém, esse sistema oferece excelente
estanqueidade a água e vento.

(d) Fachadas Estruturais em Vidro

Devido à necessidade de uma grande integração entre ambientes as fachadas robustas têm se tornado
um empecilho nesta integração, essa necessidade fez surgir à criação de fachadas estruturais em vidro.

As primeiras fachadas desse tipo no mundo datam da década de 80 mas no Brasil as primeiras obras
vieram acontecer somente na década de 90. A principal característica desse tipo de fachada é a
integração que este sistema oferece aos ambientes envolvidos.

Diferentemente das fachadas pele de vidro e structural glazing que utilizam o alumínio como o seu
principal componente, a fachada estrutural em vidro tem como seu principal componente o vidro, isso
aconteceu pois o alumínio assim como o aço são corpos opacos que não possibilitam visualização
através de si e portando, perderam espaço para o vidro que é um material transparente tornando o aço e
o alumínio utilizadas apenas em materiais de apoio mecânico.

Outro ponto interessante e que diferencia as fachadas estruturais em vidro das demais fachadas é que,
nas demais fachadas o vidro entra apenas como elemento constituinte para o fechamento e não como
elemento estrutural o que não acontece nas fachadas estruturais em vidro. Todo o sistema considera
que a peça de vidro envolvida deve trabalhar conjuntamente e continuamente com toda estrutura quando
submetida a esforço, a resistência do vidro é considerada nos cálculos da estrutura situação esta que
não acontece no cálculo das fachadas pele de vidro e structural glazing.

Quanto a mobilidade, essas fachadas podem ser fixas ou móveis e destinam-se basicamente a
fechamentos de pequeno porte devido principalmente ao seu elevado custo de instalação, esse sistema
oferece excelente estanqueidade a água e vento.

PRODUTOS UTILIZADOS

Laminado: o vidro laminado é constituído por duas chapas de vidro intercaladas por um plástico
chamado Polivinil Butiral (PVB), cuja característica é que em caso de quebra, os cacos ficam presos aos
PVB. Proporciona ambientes internos mais confortáveis e atenua o excesso de ruídos externos. Muito
utilizado em coberturas onde o trânsito de pessoas é intenso, assegurando a integridade das pessoas
em caso de impactos contra o vidro. Mais detalhes clique aqui.

Vidro Duplo: o vidro laminado é constituído por duas


chapas de vidro intercaladas por um plástico chamado
Polivinil Butiral (PVB), cuja característica é que em caso
de quebra, os cacos ficam presos aos PVB. Proporciona
ambientes internos mais confortáveis e atenua o
excesso de ruídos externos. Muito utilizado em
coberturas onde o trânsito de pessoas é intenso,
assegurando a integridade das pessoas em caso de
impactos contra o vidro. Mais detalhes clique aqui.

Cool-lite: laminado refletivo que permite a entrada de luz, mas impede a penetração de radiações que
aquecem o ambiente ou que sejam prejudiciais à saúde como o raio UVB, um dos responsáveis pelo
envelhecimento e pelo câncer de pele. Ex. pisos de madeira costumam descolorir e ressecar, móveis e
cortinas costumam desbotar, com a radiação ultravioleta, emitida pelo Sol.Mais detalhes clique aqui.

Reflectafloat: vidro para conforto térmico, reduz o calor em 42% em relação ao vidro incolor.
Racionaliza o uso da iluminação e valoriza o aspecto estético da obra. Para se ter uma cobertura
transparente sem esquentar a cabeça e nem transformar a casa em uma estufa, a solução é investir em
um projeto bem feito. Uma porção maior de luz é sempre bem vinda, mesmo em regiões mais
ensolaradas, para isso precisamos saber especificar o vidro certo para cada obra. Com o reflectafloat
conseguimos um conforto térmico, adequando a transmissão luminosa e o índice de reflexão do vidro.
Além de uma economia de energia e do sistema de ar condicionado. Mais detalhes clique aqui.

ASPECTOS

Um vidro aplicado em uma fachada pode atender a inúmeras necessidades de um projeto:

a) Segurança:

A utilização de vidros em fachadas, no que tange a segurança, é regulamentada por norma técnica
brasileira a ABNT NBR 7199 cujo título é Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil.

Recomendações de vidros aplicados em fachadas:

“Acima do pavimento térreo, as chapas de vidro, quando dão para o exterior e não têm proteção
adequada, só podem ser colocadas a 1,10m acima do respectivo piso; abaixo desta cota, quando sem
proteção adequada , o vidro deve ser de segurança laminado ou aramado.“ (Fonte ABNT NBR 7199)

Os vidros mais comuns para fachada são o vidro laminado e temperado, existe ainda grande utilização
de vidro recozido (vidro comum) em pequenos vãos, ainda em algumas obras são aplicados vidros
duplos ou insulados.

b) Conforto térmico:

Para a utilização de vidros em fachadas no que tange ao conforto térmico devem ser considerados
principalmente dois parâmetros importantes que medem a quantidade e energia solar transferida através
do vidro para o ambiente interno da obra, seriam eles o coeficiente de sombreamento (CS) e heat gain
(RHG), quanto menores estes valores, menor será a transmissão de energia que irá aquecer o ambiente
interno à obra.

Os vidros mais comuns para fachadas para atender a necessidade de conforto térmico são os vidros
refletivos ou metalizados (Cool Lite ou Reflectafloat) que por sua vez, devem ser aplicados laminados ou
monolíticos atendendo aos critérios normativos de segurança descritos anteriormente.

Para uma excepcional performance é possível associar vidros refletivos (Cool Lite ou Reflectafloat) a
vidros duplos (insulados), solução esta muito utilizada em coberturas , que são regiões que sofrem
incidência solar direta por um longo período do dia , diferentemente do que acontece com vidros
aplicados em fachadas, que ficam expostos aos raios solares por um período muito mais curto.

A Cebrace possui a mais completa linha de vidros refletivos constituída s de duas séries de produtos : a
série Cool Lite, vidros refletivos de alta performance e a série Reflectafloat, vidros refletivos de alta
versatilidade de aplicação.

A principal característica da série Cool Lite é a sua alta performance térmica, em resumo, são vidros que,
quando perfeitamente aplicados e devido aos seus baixos índices de coeficiente de sombreamento (CS)
e heat gain (RHG), oferecem grande redução de entrada de energia no ambiente interno da obra. Outro
ponto de destaque dessa série é a grande diversidade de produtos, são mais de quinze produtos
diferentes em uma mesma série capazes de atender a maioria dos projetos arquitetônicos.

A principal característica da série Reflectafloat é a sua alta versatilidade, trata-se de um produto que
pode ser aplicado de várias formas: monolítica (uma única chapa de vidros), temperada, curva,
serigrafada (pintada com esmalte cerâmico) laminada ou mesmo em vidro duplo.

Veja abaixo as tabelas de performance térmica do Cool Lite e do Reflectafloat:

Monolítico - Propriedades Térmicas e Opticas


Laminado Refletivo -Propriedades Térmicas e Opticas

c) Conforto acústico:
Para a utilização de vidros em fachadas no que tange ao conforto acústico, devem ser considerados
principalmente os parâmetros de redução média acústica da composição (medida em decibel).

O vidro quanto material possibilita boa performance acústica mas, dentre os inúmeros tipos de vidro dois
merecem destaque neste quesito, o vidro laminado e o vidro duplo (insulado).

O vidro laminado é composto por no mínimo dois vidros com um intercalário entre essas peças, via de
regra o polivinil butiral (PVB).

O PVB é um material plástico que, quando colocado entre os vidros oferece maior absorção da onda
sonora que é uma onda mecânica, existem também PVBs destinados para esse fim que são comumente
chamados no mercado vidreiro PVBs acústicos, são PVBs especiais que oferecem ainda melhor
performance acústica se comparados aos PVBs tradicionais.

A assimetria de espessura das chapas de vidro que compõem um vidro laminado é outro fator que
oferece redução acústica, isso acontece pois cada espessura de vidro possui uma curva de redução
acústica específica portanto, um vidro laminado de dez milímetros de espessura formado pois dois vidros
de cinco milímetros de espessura terá dois vidros que atuam de forma idêntica na redução do ruído, no
entanto, se este vidro laminado de dez milímetros for constituído por um vidro de seis milímetros de
espessura e um vidro de quatro milímetros de espessura teremos dois vidros se comportando
diferenciadamente pois, cada qual possui uma curva específica de redução acústica e, muitas vezes,
estas curvas se complementam tornando a composição assimétrica mais eficiente acusticamente se
comparada à composição simétrica.

Já no vidro duplo existe m, além das massas de vidro que naturalmente oferecem redução acústica, um
espaço entre esses dois vidros, espaço este que é normalmente preenchido por ar atmosférico, este
“sanduíche” de vidro mais ar reduz a transmissão sonora devido principalmente a sua maior espessura
que os vidros tradicionais e os diferentes meios presentes nesta composição (vidro + gás + vidro) .

As melhores performances acústicas são obtidas com a combinação dessas duas


soluções, vidros duplos compostos a vidros laminados assimétricos.

d) Estética:

Quanto as necessidades estéticas o vidro possui uma variedade de


soluções que vão desde cores específicas a formatos e texturas.

As cores de um vidro podem ser obtidas através da coloração de sua massa no processo de fabricação.
No momento em que se transforma a areia que é o material vitrificante , em vidro, neste momento
adiciona m-se vários elementos químicos que possibilitam, ao final do processo, obter vidros coloridos.
Os padrões brasileiros são incolor, verde, bronze e cinza.

Outras formas de obtenção de cores em vidro podem ser a serigrafia ou mesmo a laminação. No caso
da serigrafia é aplicado sobre o vidro um esmalte cerâmico colorido que induz ao vidro sua cor, este
esmalte é aplicado à quente e possui grande resistência a abrasão.

No caso da laminação é possível combinar vidros com características diferentes em uma única
composição, podemos combinar, por exemplo, um vidro bronze com um vidro refletivo prata uma nova
cor, desta forma geramos as mais diferenciadas cores em uma composição de vidro.

Quanto a formatos e texturas, a utilização de vidros impressos é uma excelente opção, são vidros que
sofrem gravação mecânica no seu processo de fabricação quando ainda se encontram em um estado
plástico e logo depois são resfriados e ficam assim conformados. Essa conformação gera modelos
diferenciados e de grande beleza. Em resumo, o vidro oferece inúmeras soluções estéticas em cor e
formas que podem ser obtidas por inúmeros processos diferentes.
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