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NOTA:
Fissura de componente estrutural: seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um
componente, com abertura(a) capilar, provocado por tensões normais ou tangenciais. As fissuras
podem ser classificadas como ativas (variação da abertura em função de movimentações higrotérmicas
ou outras) ou passivas (abertura constante).
Micro-fissura- a < 0,05 mm Fissura- a ≤ 0,5 mm Trinca- 0,5 mm < a < 1 mm
Trinca: expressão coloquial qualitativa aplicável a fissuras com abertura maior ou igual a 0,6 mm.
2. Concreto armado: concreto que contém armadura passiva (barras de aço), projetado de modo que
os dois materiais (concreto e aço) trabalhem conjuntamente por meio da aderência entre eles, para
resistir às cargas atuantes. Empregado de forma geral nas estruturas usuais de concreto.
3. Concreto com fibras: concreto que contém fibras na sua composição, de forma dispersa e sem
orientação preferencial. As fibras reduzem a fissuração e conferem maior resistência à abrasão, à
tração e ao impacto.
5. Concreto de alto desempenho (CAD): concreto que utiliza aditivos superplastificantes e sílica
ativa, com baixo fator água-cimento, apresentando elevadíssima resistência (mecânica, física e
química), reduzida permeabilidade e maior durabilidade. A fronteira entre concretos convencionais
e de alto desempenho varia de país para país. Segundo Diniz (1997), existe um certo consenso no
Brasil de que o CAD seria o concreto com resistência maior ou igual a 35 MPa. É geralmente
utilizado para estruturas de grande porte, como edifícios altos, pontes e viadutos, barragens, etc.
6.Concreto projetado: conforme definição de Silva (1997): “entende-se por concreto projetado um
concreto (mistura de cimento, areia, pedrisco, água, aditivo e adições) que é transportado por um
mangote, desde o equipamento de projeção até um bico, que por meio de ar comprimido o projeta a
grande velocidade contra uma superfície”. Utilizado para reparo ou reforço estrutural, revestimento
de túneis, contenção de taludes, canais e galerias. Dispensa a utilização de fôrmas.
7. Concreto pesado: concreto de massa específica superior a 2.800 kg/m , obtido com agregado
3
graúdo de alta densidade, como barita e magnetita. É empregado em estruturas de reatores nucleares
(escudo de radiação atômica) ou em situações que exigem grande peso-próprio.
8. Concreto leve: concreto de massa específica não superior a 2.000 kg/m , geralmente entre 600 a
3
1.200 kg/m , obtido com o emprego de agregado graúdo leve (argila expandida, pedra-pomes,
3
9. Concreto massa: concreto indicado para peças de grandes volumes (barragens, blocos de
fundações, etc.) que exigem medidas especiais para reduzir a geração de alto calor de hidratação do
cimento que produz variações volumétricas e conseqüente fissuração resultante destas variações,
nelas incluídas a retração por secagem. Uma das medidas possíveis pode ser a utilização do
concreto resfriado.
10. Concreto resfriado: concreto que utiliza na mistura água gelada, podendo também os agregados
ser resfriados por lançamentos periódicos de água gelada sobre eles. A baixa temperatura reduz o
calor de hidratação do cimento reduzindo em conseqüência a permeabilidade; melhora a
trabalhabilidade e aumenta a vida útil. É indicado para concretagem de peças de grandes volumes.
11. Concreto compactado com rolo (CCR): material baseado em um concreto de baixo teor de
cimento, de consistência seca, assemelhado a uma “farofa” e que, no seu estado fresco, suporta o
peso de um rolo compactador vibratório utilizado para a obtenção do adensamento e da
compacidade requerida da obra. É utilizado em pavimentações rodoviárias, barragens, pátios de
estocagem, pisos industriais, etc.
12. Concreto protendido: concreto no qual é introduzida armadura ativa, previamente alongada por
equipamentos especiais de protensão com a finalidade, em condições de serviço, de impedir ou
eliminar a fissuração e os deslocamentos da estrutura. Muito utilizado em peças préfabricadas como
vigas para grandes vãos.
13. Concreto celular: concreto obtido pela mistura de cimento Portland ou pasta de cimento e
pozolana, cal e pozolona e pela adição de produto químico espumante ou pela geração de gás
durante a mistura do cimento e do agregado miúdo. Normalmente recebe tratamento de cura em
autoclave. Utilizado em placas, painéis, divisórias e, principalmente, em blocos para alvenaria e
blocos para lajes mistas ou nervuradas.
14. Concreto ciclópico: concreto simples com adição de pedras de mão (com diâmetros de 20 a 30
cm), lançadas manualmente sobre a massa de concreto fresco, ocupando, aproximadamente, 30% do
volume total da peça concretada. Utilizado para alicerces diretos contínuos, muros de arrimo por
gravidade, bases e cabeças de pontes, etc.
15. Concreto colorido: concreto em que se utiliza o cimento Portland branco com adição de
pigmentos, utilizado em estruturas de concreto aparente, em pisos (pátios, calçadas, quadras)
monumentos, guarda-corpos de pontes, etc. Dispensa gastos com revestimentos e evita o custo de
manutenção com pinturas.
16. Concreto submerso: concreto de elevada plasticidade que é colocado de modo submerso, através
de tubulação metálica dotada de funil numa das extremidades. É utilizado em plataformas
marítimas, cabeças e bases depontes. Deve possuir resistência à agressão química.
17. Concreto auto-adensável(CAA): concreto que não necessita de energia mecânica de vibração
para tornar-se compacto e adensado, em princípio, o adensamento é conseguido somente com a
colaboração da força da gravidade .É um concreto que apresenta grande fluidez, com slump da
ordem de 20 cm, ou seja, é um concreto muito plástico que permite um bom acabamento
superficial. É especialmente indicado para lajes pré-fabricadas porque, além das vigotas e armações,
esse tipo de lajes apresenta produtos frágeis (os elementos inertes, como as tavelas cerâmica, EPS-
isopor, bloco de concreto celular), que são materiais suscetíveis a danos quando se usa um vibrador.
Também é utilizado em concretagens submersas, reparo e reforços estruturais, chumbamento de
inserts, concretagem de espaços confinados. Cuidados especiais devem ser dispensados na vedação
de tubulações e caixas de instalações embutidas devido o grande risco de o concreto entrar por uma
fenda ou furo.
18. Concreto autonivelante: concreto que não tem slump e a forma de medir sua fluidez é por raio
de espraiamento. À medida que é lançado numa chapa metálica, ele vai escorrendo como se fosse
fluido, devido ao emprego de aditivos plastificantes, chamados de hiperplastificantes. Por dispensar
o vibrador é utilizado onde não se pode fazer barulho, permitindo concretagem em horário noturno.
Também é especialmente indicado para concretar peças com grande concentração de armaduras.
Outra característica deste concreto é que ele não se desagrega com lançamentos a grandes alturas.
Autolimpante
O concreto autolimpante foi desenvolvido pela empresa italiana Italcementi, em 1996, e é feito com um cimento cujo
conceito ganhou o nome comercial TX Active. A Italcementi fornece os cimentos TX Arca e TX Aria com essa
característica autolimpante. É um cimento branco, fotocatalisador, à base se dióxido de titânio de estrutura
nanocristalina. Estima-se que a produção do cimento com o princípio TX Active custe dez vezes mais do que a do
Portland convencional.
Condutor
O concreto convencional é um isolante elétrico e térmico. Mas se ele for
construído com determinadas fibras, pode se tornar um condutor
elétrico e um condutor de temperatura: são os concretos condutores, ou
condutivos. Isso permite que eles sejam usados como aquecedores.
Obviamente, têm pouca utilidade no Brasil e em países de clima tropical.
"Está demonstrado que uma forma de impedir a formação de neve nas
estradas e pontes é o uso de sais de degelo. Esses sais, à base de cloreto de
cálcio e cloreto de sódio, são muito agressivos às estruturas de concreto.
Então, essa tecnologia permite fazer um aquecimento do concreto pela
energia elétrica", diz Paulo Helene. O produto foi desenvolvido pelo IRC
(Institute for Research in Construction), no Canadá. A inovação está
Biblioteca da Escola Técnica Superior de
essencialmente na adição Eberswalde, na Alemanha, com concreto
de fibras de carbono e partículas condutivas à
mistura do concreto. fotogravado Podem ser usadas fibras de vários comprimentos e
diâmetros, o que faz com que elas reforcem o concreto além de torná-lo condutor térmico e elétrico.
Comportamento autoadensável
Os concretos autoadensáveis (CAA) são mais fáceis de serem trabalhados. Como o nome diz, eles se autoadensam,
autonivelam-se. Battagin, chefe de laboratórios da ABCP, afirma que o autoadensável foi desenvolvido no Japão, mas a
grande aplicação, em 2007, era na Europa. "Naquele ano, cerca de 15% de todo o concreto produzido na Europa já era
autoadensável", diz. O chefe dos laboratórios da ABCP estima que seu uso deve aumentar significativamente no Brasil
também.
Além de as inovações na fabricação do cimento e na formulação do concreto buscarem avanços técnicos - durabilidade,
resistência e trabalhabilidade -, outro objetivo marcante das inovações é a redução da emissão de CO2 na produção do
cimento. Uma das formas mais simples e conhecidas de reduzir a emissão de CO2 na produção do cimento é a adição de
pozolanas e escórias de alto-forno, diminuindo o percentual do clínquer. Outra forma, mais complexa, é o
armazenamento de CO2. A fabricante americana Calera, no Estado da Califórnia, captura o carbonato de cálcio emitido
no processo. Por sua vez, esse carbonato armazenado é adicionado como matéria-prima ao cimento. Embora tenha as
mesmas propriedades de um Portland, de durabilidade e resistência, é considerado inovador pelo seu processo de
fabricação.
A menor agressão ao ambiente, entretanto, não fica restrita à produção do cimento. "As inovações na área de concreto
felizmente têm andando em paralelo com a sustentabilidade. Quando você imagina um concreto translúcido, por
exemplo, significa que você vai gastar menos energia para iluminar sua casa. Quando você pensa em um concreto
condutor de energia, você vai ter menos necessidade de renovar sua estrutura porque você vai usar energia elétrica em
vez de usar energia química", lembra Paulo Helene.
As inovações também contribuem com a sustentabilidade na medida em que gastam menos material para produzir o
concreto. Se for analisado 1 m³ de um material de 250 MPa, por exemplo, e 1 m³ de um concreto de 50 MPa, o primeiro
gasta mais energia para ser produzido. Mas, com o concreto de 250 MPa, são feitas muito mais peças. A economia é de
volume de material para a mesma função. Paulo Helene cita o exemplo do edifício e-Tower, em São Paulo. "Fizemos
uma comparação de um concreto de 40 MPa e outro de 80 MPa para o mesmo pilar da e-Tower.
A economia foi de 70% menos areia, 70% menos brita, 20% menos cimento, além de menos água. A quantidade de
material é menor, mas o metro cúbico do concreto de 80 MPa libera mais CO2 e consome mais energia que o metro
cúbico do concreto de 40 MPa. Só que, com o concreto de 80 MPa, usei menos da metade do volume de material",
compara. "E além das vantagens sustentáveis, de economia de materiais, eu tenho benefícios em termos de via útil."
Outras inovações
Concretos com fibra de vidro. São colocadas pequenas fibras de vidro de modelacidade alta, previamente tratadas para
não serem reativas com os álcalis do cimento. Com isso, é possível ter resistências elevadas e flexibilidade. Esse
concreto é usado somente em peças pré-fabricadas para fachadas.
Novacem. Esse cimento foi considerado, em 2009, uma das dez maiores inovações tecnológicas pelo MIT
(Massachusetts Institute of Technology). Ainda em fase não comercial, o produto utiliza silicato de magnésio em vez de
carbonato de cálcio. Com isso, a emissão de CO2 durante sua produção é muito reduzida.
EMC. O cimento EMC (Energetically Modified Cement), produzido pela americana Texas, consegue melhor desempenho
na composição do concreto devido à forma como é produzido. Em vez de ser moído em com bolas de aço, o moinho usa
vibração. "Com isso, são criadas microfissuras dentro das partículas de cimento, o que torna o material muito mais
reativo. Assim, é possível usar menos cimento no concreto para produzir a mesma resistência do que se fosse usado o
cimento Portland moído com moinho de bolas", explica Battagin.
Ceramicrete. O aglomerante, à base de fosfato, foi desenvolvido pelo físico indiano Arun Wagh e patenteado nos EUA, no
laboratório Argonne, do Departamento de Energia do governo americano. A pasta do Ceramicrete pode adquirir
resistência até três vezes maior do que o cimento Portland.
Autorreparo. A evolução de calor na formulação do concreto maciço pode causar fissuração térmica. Há soluções em
desenvolvimento, como um aditivo com microcápsulas contendo um produto que reage com um catalisador adicionado à
mistura. "Essas cápsulas são fechadas e têm um agente. Quando o concreto começa a fissurar - tudo isso no nível
microscópico -, ele destrói essa cápsula onde está o agente e, em contato com o catalisador que está na massa do
concreto, o produto entra nas fissuras e as obturam", detalha Battagin. Com isso, o concreto não fica mais fissurado, ele
se autorregenera. Outra forma de autorreparo utiliza uma bactéria na pasta do concreto que sintetiza carbonato de
cálcio e produz continuamente uma calcita densa e impermeável.
Nanotecnologia. Uma inovação no desenvolvimento de cimentos inovadores é a nanotecnologia. "A nanotecnologia está
melhorando a natureza do cimento, para que ele seja composto de partes mais eficientes para o resultado final, no
desenvolvimento de aditivos. E ela tem sido aplicada com sucesso na área de concreto", afirma Paulo Helene. Ela
permite, por exemplo, que sejam adicionados nanotubos de carbono à mistura, o que aumenta a resistência do concreto
no nível da microestrutura.
Materiais ultrafinos
Os concretos ultrafinos, assim como os de alta resistência, foram desenvolvidos na Universidade de
Sherbrooke, no Canadá, durante a década de 1990. "São concretos com agregados finos - não se utiliza brita,
como no tradicional. Só areia, areias finas, às vezes até artificiais, como pó de quartzo e cimentos bastante
reativos", diz o professor Paulo Helene. Esses concretos conseguem, por meio de adições, microfibras, pó de
quartzo, chegar a resistências muito elevadas, acima de 250 MPa, e são vendidos em peças pré-fabricadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Do que foi exposto, pode-se considerar que mediante a disponibilidade de diferentes tipos de
componentes (cimentos, agregados, aditivos,..), a possibilidade de utilização de aditivos e as várias
técnicas construtivas que podem ser empregadas, é possível a oferta de concretos com diferentes
características. Dessa forma, vários tipos diferentes de concreto foram apresentados com indicações
de aplicações, visando orientar na escolha mais adequada. As possibilidades para escolha do
concreto a ser utilizado são múltiplas.
O exame criterioso das características da obra e o conhecimento de suas condições de trabalho e de
exposição ao meio ambiente são fatores indispensáveis no processo de definição do concreto mais
indicado. Entre as inovações tecnológicas atualmente muito empregadas estão a utilização de
adições de fibras em concretos e argamassas e o concreto de alto desempenho (CAD).
Desafio: produzir um CCP que ao mesmo tempo seja trabalhável, mas que possibilite o atendimento ao
desempenho estrutural especificado(f ck e E), bem como, o alcance da vida útil desejada/prevista
(durabilidade). O que devemos considerar para o alcance desses objetivos?:
1-CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL –CAA
2-COMPOSIÇÃO
3-COMPACTAÇÃO
4-CURA
5-CARREGAMENTO(escoramento)
6-COBRIMENTO(ferragem)
7-CONTROLE
8-CUSTO
Em função da CAA, determinam-se consumos mínimos de cp/m3 de concreto, relações a/c máximas, fck
mínimos, bem como, fissuração máxima(a ≤ 0,6mm) e cobrimento de ferragens mínimos.
I Fraca Rural
Submersa Insignificante
Industrial 1), 2)
Grande
I II III IV
Relação água/cimento CA ≦ 0,65 ≦ 0,60 ≦ 0,55 ≦ 0,45
em massa CP ≦ 0,60 ≦ 0,55 ≦ 0,50 ≦ 0,45
NBR 12655:2006
Para condições especiais de exposição, devem ser atendidos os requisitos mínimos de durabilidade
expressos na tabela abaixo para a máxima relação água/cimento e a minima resistência característica.
Tabela - Requisitos para o concreto, em condições especiais de exposição
________________________________________________________________________________________
Condições de exposição Máxima relação água/cimento, Mínimo valor de fck(para concreto
em massa, para concreto com com agregado normal ou leve)
agregado normal MPa
Concretos expostos a solos ou soluções contendo sulfatos devem ser preparados com cimento
resistente a sulfatos de acordo com a ABNT NBR 5737 e atender ao que estabelece a tabela abaixo, no
que se refere à relação água/cimento e à resistência característica à compressão do concreto (fck)
________________________________________________________________________________________
Condições de Sulfato solúvel em Sulfato solúvel Máxima relação Mlnimo fck
exposição em água (S0 4) presente (S04) presente água/cimento, em (para concreto
no solo na água massa, para concreto com agregado
função da com, agregado normal* normal ou leve)
agressividade %em massa ppm MPa
Fraca 0,00 a 0,10 O a 150 - -
Moderada** 0,10 a 0,20 150 a 1500 0,50 35
Severa*** Acima de 0,20 Acima de 1 500 0,45 40
________________________________________________________________________________________
*Baixa relação água/cimento ou elevada resistência podem ser necessárias para a obtenção de baixa
permeabilidade do concreto ou proteção contra a corrosão da armadura ou proteção a processos de
congelamento e degelo.
**Água do mar.
***para condições severas de agressividade,devems er obrigatoriamente usados cimentos resistentes
a sulfatos.
CLORETOS
De forma a proteger as armaduras do concreto, o valor máximo da concentração de lons cloreto no
concreto endurecido, considerando a contribuição de todos os componentes do concreto no aporte de
cloretos, não deve exceder os limites estabelecidos na tabela abaixo. Quando forem realizados
ensaios para determinação do teor de íons cloreto solúveis em água, deve ser seguido o procedimento
da ASTM C 1218.
Tabela - Teor máximo de ions cloreto para proteção das armaduras do concreto
_______________________________________________________________________________
Tipo de estrutura Teor máximo de lons cloreto (Cl -) no concreto
% sobre a massa de cimento
Concreto protendido 0,05
Concreto armado exposto a cloretos nas
condições de serviço da estrutura 0,15
Concreto armado em condições de exposição
não severas(seco ou protegido da umidade
nas condições de serviço da estrutura) 0,40
Outros tipos de construção com concreto armado 0,30
________________________________________________________________________________________
Se um concreto com armadura for exposto a cloretos provenientes de agentes quimicos de degelo,
sal, água salgada, água do mar ou respingos ou borrifação desses três agentes, os requisitos da
tabela: Requisitos para concretos, em condições especiais, para a relação água/cimento e a
resistência caracterlstica à compressão do concreto devem ser satisfeitos.
Não é permitido o uso de aditivos contendo cloretos em sua composição em estruturas de concreto
armado ou protendido.
7.4.4 Não é permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composição em estruturas
de concreto armado ou protendido.
7.4.5 A proteção das armaduras ativas externas deve ser garantida pela bainha, completada
por graute, calda de cimento Portland sem adições, ou graxa especialmente formulada para
esse fim.
7.4.6 Atenção especial deve ser dedicada à proteção contra a corrosão das ancoragens das
armaduras ativas.
7.4.7 Para o cobrimento deve ser observado o prescrito em 7.4.7.1 a 7.4.7.7.
7.4.7.1 Para atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma, o cobrimento mínimo da
armadura é o menor valor que deve ser respeitado ao longo de todo o elemento considerado
e que se constitui num critério de aceitação.
7.4.7.2 Para garantir o cobrimento mínimo (cmin) o projeto e a execução devem considerar o
cobrimento nominal (cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução
(Δc). Assim, as dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os
cobrimentos nominais, estabelecidos na tabela 7.2, para Δc = 10 mm.
7.4.7.3 Nas obras correntes o valor de Δc deve ser maior ou igual a 10 mm.
7.4.7.4 Quando houver um adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da
variabilidade das medidas durante a execução pode ser adotado o valor Δc = 5 mm, mas a
exigência de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. Permite-se,
então, a redução dos cobrimentos nominais prescritos na tabela 7.2 em 5 mm.
7.4.7.5 Os cobrimentos nominais e mínimos estão sempre referidos à superfície da
armadura externa, em geral à face externa do estribo. O cobrimento nominal de uma
determinada barra deve sempre ser:
a) cnom ≥ φ barra;
b) cnom ≥ φ feixe = φn = φ n ;
c) cnom ≥ 0,5 φ bainha.
7.4.7.6 A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado no concreto não
pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja:
dmáx ≤ 1,2 cnom
__________________________________________________________________________________________________________________________
Tabela 7.2 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal
para Δc = 10 mm
Tipo de Estrutura Componente ou Classe de agressividade ambiental
elemento I II III IV 3)
Cobrimento nominal (mm)
Viga/Pilar 25 30 40 50
Concreto protendido1) Todos 30 35 45 55
_______________________________________________________________________________
1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas,
sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão
fragilizante sob tensão.
2) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com
revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais
como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as exigências
desta tabela podem ser substituídas por 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal ≥ 15 mm.
3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto,
condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente
agressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45 mm.
Propriedades mecânicas exigíveis de barras e fios destinados a armaduras para concreto armado:
O que concorre para a exigência de um > ou < consumo de água na produção de um concreto?
-agregados: granulometria-tamanho(miúdo) e forma(graúdo)-SE/ textura e porosidade// aditivos
(redutores de água)// consistência desejada(coesão e mobilidade)-slump: f(tempo/ temperatura/
hidratação do CP/ fragmentação e porosidade dos agregados⇒ perda d´água)// energia de
adensamento: manual x mecânico, dimensão das peças a concretar, classe de agressividade ambiental,...
Trabalhabilidade: f(pasta)
Agregados: + ásperos/+ irregulares/ + finos/+ SE ⇒ + pasta ⇒ + água de mistura.
Resistência Mecânica/Durabilidade:
Agregados: + ásperos/ - pó/ < SE/ + cúbico/grãos mais resistentes ⇒ - água de mistura.
Maior SE ⇒ + mais pasta para envolver os grãos para uma dada trabalhabilidade ⇒ > a/c: +
porosidade/ + retração de secagem(fissuração)/+ caro.
Relação água/cimento portland
A relação água/cimento (ou fator água/cimento) é o principal parâmetro controlado na
dosagem, pois credita-se a ele a responsabilidade por 95 % das variações na resistência do
concreto. DUFF ABRAMS introduziu o conceito de relação água/cimento em 1918 ao
publicar o primeiro método de estudo de dosagem do concreto em que a resistência não era
mais explicada pela simples interação entre os grãos dos agregados, como se pensava na
época, mas sim pelo espaço a ser preenchido pelos produtos da hidratação do cimento.
ABRAMS demonstrou pelo resultado de 50.000 testes que, para um determinado cimento
e conjunto de agregados, a resistência do concreto a uma certa idade é dependente
essencialmente da relação água/cimento. Foi ele também quem introduziu o conceito de
módulo de finura para exprimir em um só número a distribuição granulométrica do
agregado.
Segundo ABRAMS a resistência à compressão do concreto segue uma curva que pode
ser expressa pela seguinte forma:
onde;
fcj = Resistência do concreto na idade de j dias ;
K1 e K2 = Constantes que dependem do cimento e agregados utilizados no concreto;
a/c = Relação água/cimento do concreto.
Essa equação é hoje conhecida como Lei de Abrams em função de sua importância e da
extensão de sua validade. Em termos simples o que a Lei de Abrams diz é que a resistência
do concreto é tanto menor quanto maior for a quantidade de água adicionada à mistura. Por
isso cuidado com a água adicionada ao concreto!
Atualmente existem vários métodos para o estudo de dosagem do concreto, mas todos
eles baseiam-se na Lei de Abrams quando se trata de encontrar a melhor proporção entre os
materiais que resulte em um concreto com a resistência especificada.
cp:ar:b1:a/c
m = agregados totais= ar + b1
∝= teor de argamassa seca/concreto seco
∴ fcj = fck + 1,65sd
Resistência característica à compressão do concreto (fc,k ): valor de resistência à compressão acima do
qual se espera ter 95% de todos os resultados possíveis de ensaio da amostragem.
b) condição B:
∙ aplicável às classes C10 até C25: o cimento é medido em massa, a água de amassamento é medida
em volume mediante dispositivo dosador e os agregados medidos em massa combinada com volume,
de acordo com o exposto em 5.4;
5.4 Medida dos materiais e do concreto
A base de medida do concreto para o estabelecimento da sua composição, da sua requisição
comercial ou fixação do seu volume é o metro cúbico de concreto no estado fresco adensado.
A medida volumétrica dos agregados somente é permitida para os concretos preparados no próprio
canteiro de obras, cumpridas as demais prescrições desta Norma.
Os materiais para concreto de classe C25 e superiores, de acordo com a ABNT NBR 8953, devem ser
medidos em massa, ou em massa combinada com volume. Por massa combinada com volume,
entende-se que o cimento seja sempre medido em massa e que o canteiro deva dispor de meios que
permitam a confiável e prática conversão de massa para volume de agregados, levando em conta a
umidade da areia. SíIica ativa e metacaulim devem ser sempre medidos em massa. Para concreto
proporcionado em massa, deve ser atendido o disposto na ABNT NBR 7212, no que diz respeito aos
equipamentos e à medida dos materiais.
∙ aplicável às classes C10 até C20: o cimento é medido em massa, a água de amassamento é medida
em volume mediante dispositivo dosador e os agregados medidos em volume. A umidade do
agregado miúdo é determinada pelo menos três vezes durante o serviço do mesmo turno de
concretagem. O volume de agregado miúdo é corrigido através da curva de inchamento estabelecida
especificamente para o material utilizado;
c) condição C (aplicável apenas aos concretos de classe C10 e C15): o cimento é medido em massa,
os agregados são medidos em volume, a água de amassamento é medida em volume e a sua
quantidade é corrigida em função da estimativa da umidade dos agregados e da determinação da
consistência do concreto, conforme disposto na ABNT NBR NM 67 ou outro método normalizado.
5.6.3.2 Concreto com desvio-padrão conhecido
Quando o concreto for elaborado com os mesmos materiais, mediante equipamentos similares e sob
condições equivalentes, o valor numérico do desvio-padrão, Sd, deve ser fixado com no mínimo 20
resultados consecutivos obtidos no intervalo de 30 dias, em período imediatamente anterior. Em
nenhum caso o valor de 8d adotado pode ser menor que 2 MPa.
5.6.3.3 Concreto com desvio-padrão desconhecido
No inicio da obra, ou em qualquer outra circunstância em que não se conheça o valor do desvio-
padrão Sd, deve-se adotar para o cálculo da resistência de dosagem o valor apresentado na tabela 6, de
acordo com a condição de preparo (ver 5.6.3.1), que deve ser mantida permanentemente durante a
construção.
Tabela 6 - Desvio-padrão a ser adotado em função da condição de preparo do concreto
Condição de preparo do concreto Desvio-padrão(MPa)
A 4,0
B 5,5
C1)
7,0
Para a condição de preparo C, e enquanto não se conhece o desvio-padrão,exige-separa os concretos
1)
de classe C15 o consumo mínimo de 350 kg de cimento por metro cúbico de concreto.
9,5 mm 0 0 0 0
6,3 mm 0 0 0 7
4,75 mm 0 0 5 10
2,36 mm 0 10 20 25
1,18 mm 5 20 30 50
600 µm 15 35 55 70
300 µm 50 65 85 95
150 µm 85 90 95 100
70
60
50
40
30
20
10
0
150 300 600 1,18 2,36 4,75 6,3 9,5
µm µm µm mm mm mm mm mm
75 mm - - - - 0–5
63 mm - - - - 5 – 30
50 mm - - - 0–5 75 – 100
37,5 mm - - - 5 – 30 90 – 100
31,5 mm - - 0–5 75 – 100 95 – 100
25 mm - 0–5 5 – 25² 87 – 100 -
2,36 mm 95 - 100 - - - -
1) Zona granulométrica correspondente à menor (d) e à maior (D) dimensões do agregado graúdo;
2) Em cada zona granulométrica deve ser aceita uma variação máxima de 5% em apenas um dos
limites marcados, podendo ser em mais de uma peneira.
9,5 mm 0 0 0 0
6,3 mm 0 0 0 7
4,75 mm 0 0 5 10
2,36 mm 0 10 20 25
1,18 mm 5 20 30 50
600 m 15 35 55 70
300 m 50 65 85 95
150 m 85 90 95 100
:
INTERESSADO
: (67)
FONE/FAX
LOCAL : Campo Grande – MS
AMOSTRA: AMOSTRA:
Abertura das
Massa retida % RetidaMassa retida % Retida
peneiras % Retida % Retida
(g) acumulada (g) acumulada
(mm)
75
63
50
37,5
31,5
25
19
12,5
9,5
6,3
4,75
2,36
1,18
0,6
0,3
0,15
FUNDO
TOTAL
Dimensão máxima característica = Dimensão máxima característica =
Módulo de finura = Módulo de finura =
Na natureza, a areia pode ser encontrada portos de areia dos rios -- que são as melhores --
ou em minas, quando passa a ser chamada de “areia de cava” ou “de barranco”. Estas são
as mais baratas, mas podem conter impurezas necessitando de lavagem para que possam
mser usadas em obras de maior responsabilidade.
1 • O concreto pode usar areia grossa, média ou fina. Entretanto, areias finas podem conter
um teor excessivo de material intruso pulverizado (outros compostos) o que pode causar
sérios danos à qualidade do concreto.
2 • Em princípio, não se lava a areia de rio pois considera-se que ela já está lavada. Já a
areia de cava (ou de barranco) pode exigir lavagem por conter impurezas. Como saber se é
preciso ou não lavar a areia? Se a areia suja a mão necessita de lavagem. Da mesma forma,
se lavarmos uma amostra e a água utilizada for muito turva, então devemos lavar todo o
lote.
3 • A cor das areias pode ser branca, avermelhada ou amarelada. O fato, em si, não é
importante e diz respeito apenas ao tipo da rocha mãe. É preciso apenas observar se a cor
não está vindo de impurezas como, por exemplo, excesso de solo (terra) que veio misturado
à areia por esta ser de procedência duvidosa.
4 • Areia escura pode indicar presença de produtos estranhos. Tente lavar e, caso não
resolva o problema, faça o teste da decantação (acompanhe pela figura acima) -– misture
um pouco de areia a uma boa quantidade de água e deixe em repouso. Depois de
completada a decantação, a areia ficará no fundo e os materiais estranhos logo acima dela.
Areia contendo impurezas deve ser utilizada apenas em funções de baixa responsabilidade
(lastros, enchimentos) e, se possível, devem ser recusadas na obra.
5 • Para fazer argamassas finas peneira-se a areia média ou fina, retirando-se assim os grãos
maiores. O peneiramento pode ser manual ou com máquinas. Para argamassa de
assentamento de tijolos usa-se areia grossa ou média. Para chapisco usa-se areia fina ou
média.
7 • A umidade da brita (pedras maiores) é desprezível pois a área da brita é pequena e não
consegue carregar muita água, enquanto que a areia úmida pode carregar muita água. Na
preparação do concreto será adicionada mais água, o importante é levar em conta o quanto
de água a areia trouxe, para sabermos quanto se adicionará a mais de água.
8 • No concreto, a areia e a pedra são chamados de “material inerte”. Isto porque é material
que será colado, juntado, para formar artificialmente algo como a “pedra mãe” de onde se
originaram. Isto porque o concreto nada mais é do que pedra + areia colados.
9 • Aqui no Brasil, devido a alguns “fatores culturais”, a areia é um material que pode até
ser considerado como “comunitário”. Isto porque se ela for deixada armazenada na calçada
ou em local aberto aos passantes, durante a noite seu volume “diminuirá”. Costuma-se
dizer que um dos das obras são as pequenas obras da vizinhança... abra os olhos!
O volume será a média das alturas, multiplicado pela largura e pelo comprimento da
caçamba. Como demonstrado abaixo:
QUALIDADE DA ÁGUA:
Classificação dos tipos de água-NBR 15900-1: 2010
3.1 Generalidades
Coliformes totais
Sistemas que analisam 40 ou mais amostras por mês:
Ausência em 100ml em 95% das amostras examinadas no mês.
Sistemas que analisam menos de 40 amostras por mês:
Apenas uma amostra poderá apresentar mensalmente resultado
positivo em 100ml.
_______________________________________________________________________________
Notas:
(1) valor máximo permitido.
(2) água para consumo humano em toda e qualquer situação, incluindo fontes individuais como poços, minas,
nascentes, dentre outras.
(3) a detecção de Escherichia coli deve ser preferencialmente adotada.
§1.º No controle da qualidade da água, quando forem detectadas amostras com resultado positivo
para coliformes totais, mesmo em ensaios presuntivos, novas amostras devem ser coletadas em dias
imediatamente sucessivos até que as novas amostras revelem resultado satisfatório.
§2.º Nos sistemas de distribuição, a recoleta deve incluir, no mínimo, três amostras simultâneas,
sendo uma no mesmo ponto e duas outras localizadas a montante e a jusante.
§3.º Amostras com resultados positivos para coliformes totais devem ser analisadas para
Escherichia coli e/ou coliformes termotolerantes, devendo, neste caso, ser efetuada a verificação e a
confirmação dos resultados positivos.
§4.º O percentual de amostras com resultado positivo de coliformes totais em relação ao total de
amostras coletadas nos sistemas de distribuição deve ser calculado mensalmente, excluindo as
amostras extras (recoleta).
§5.º O resultado negativo para coliformes totais das amostras extras (recoletas) não anula o
resultado originalmente positivo no cálculo dos percentuais de amostras com resultado positivo.
§6.º Na proporção de amostras com resultado positivo admitidas mensalmente para coliformes
totais no sistema de distribuição, expressa na tabela 1, não são tolerados resultados positivos que
ocorram em recoleta, nos termos do §1.º deste artigo.
§7.º Em 20% das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas de distribuição,
deve ser efetuada a contagem de bactérias heterotróficas e, uma vez excedidas 500 unidades
formadoras de colônia (UFC) por ml, devem ser providenciadas imediata recoleta, inspeção local e,
se constatada irregularidade, outras providências cabíveis.
§8.º Em complementação, recomenda-se a inclusão de pesquisa de organismos patogênicos, com o
objetivo de atingir, como meta, um padrão de ausência, dentre outros, de enterovírus, cistos de
Giardia spp e oocistos de Cryptosporidium sp.
§9.º Em amostras individuais procedentes de poços, fontes, nascentes e outras formas de
abastecimento sem distribuição canalizada, tolera-se a presença de coliformes totais, na ausência de
Escherichia coli e/ou coliformes termotolerantes, nesta situação devendo ser investigada a origem
da ocorrência, tomadas as providências imediatas de caráter corretivo e preventivo e realizada nova
análise de coliformes.
Art. 12. Para a garantia da qualidade microbiológica da água, em complementação às exigências
relativas aos indicadores microbiológicos, deve ser observado o padrão de turbidez expresso na
tabela 2 abaixo:
_______________________________________________________________________________
Notas: (1) valor máximo permitido.
(2) unidade de turbidez.
§1.º Entre os 5% dos valores permitidos de turbidez superiores aos VMP estabelecidos na
tabela 2, o limite máximo para qualquer amostra pontualdeve ser de 5,0 UT, assegurado,
simultaneamente, o atendimento ao VMP de 5,0 UT em qualquer ponto da rede no sistema de
distribuição.
§2.º Com vistas a assegurar a adequada eficiência de remoção de enterovírus, cistos de Giardia
spp e oocistos de Cryptosporidium sp, recomendase, enfaticamente, que, para a filtração
rápida, se estabeleça como meta a obtenção de efluente filtrado com valores de turbidez
inferiores a 0,5 UT em 95% dos dados mensais e nunca superiores a 5,0 UT.
§3.º O atendimento ao percentual de aceitação do limite de turbidez, expresso na tabela 2,
deve ser verificado, mensalmente, com base em amostras no mínimo diárias para desinfecção
ou filtração lenta e a cada quatro horas para filtração rápida, preferivelmente, em qualquer
caso, no efluente individual de cada unidade de filtração.
Art. 13. Após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual livre de 0,5
mg/L, sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede
de distribuição, recomendando-se que a cloração seja realizada em pH inferior a 8,0 e tempo
de contato mínimo de 30 minutos.
Parágrafo único. Admite-se a utilização de outro agente desinfetante ou outra condição de
operação do processo de desinfecção, desde que fique demonstrado pelo responsável pelo
sistema de tratamento uma eficiência de inativação microbiológica equivalente à obtida com a
condição definida neste artigo.
Art.14. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias químicas
que representam risco para a saúde expresso na tabela 3 a seguir:
Tabela 3: Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde
________________________________________________________________________
Parâmetro Unidade VMP (1)
Inorgânicas
Antimônio mg/L 0,005
Arsênio mg/L 0,01
Bário mg/L 0,7
Cádmio mg/L 0,005
Cianeto mg/L 0,07
Chumbo mg/L 0,01
Cobre mg/L 2
Cromo mg/L 0,05
Fluoreto( )
2
mg/L 1,5
Mercúrio mg/L 0,001
Nitrato (como N) mg/L 10
Nitrito (como N) mg/L 1
Selênio mg/L 0,01
Orgânicas
Acrilamida μg/L 0,5
Benzeno μg/L 5
Benzo[a]pireno μg/L 0,7
Cloreto de Vinila μg/L 5
1,2 Dicloroetano μg/L 10
1,1 Dicloroeteno μg/L 30
Diclorometano μg/L 20
Estireno μg/L 20
Tetracloreto de Carbono μg/L 2
Tetracloroeteno μg/L 40
Triclorobenzenos μg/L 20
Tricloroeteno μg/L 70
Agrotóxicos
Alaclor μg/L 20,0
Aldrin e Dieldrin μg/L 0,03
Atrazina μg/L 2
Bentazona μg/L 300
Clordano (isômeros) μg/L 0,2
2,4 D μg/L 30
DDT (isômeros) μg/L 2
Endossulfan μg/L 20
Endrin μg/L 0,6
Glifosato μg/L 500
Heptacloro e Heptacloro epóxido μg/L 0,03
Hexaclorobenzeno μg/L 1
Lindano (-BHC) μg/L 2
Metolacloro μg/L 10
Metoxicloro μg/L 20
Molinato μg/L 6
Pendimetalina μg/L 20
Pentaclorofenol μg/L 9
Permetrina μg/L 20
Propanil μg/L 20
Simazina μg/L 2
Trifluralina μg/L 20
Cianotoxinas
Microcistinas(3)
μg/L 1,0
Desinfetantes e produtos secundários da desinfecção
Bromato mg/L 0,025
Clorito mg/L 0,2
Cloro livre (4)
mg/L 5
Monocloramina mg/L 3
2,4,6 Triclorofenol mg/L 0,2
Trihalometanos Total mg/L 0,1
_______________________________________________________________________________
Notas: (1) Valor máximo permitido.
(2) Os valores recomendados para a concentração de íon fluoreto devem observar à legislação
específica vigente relativa à fluoretação da água, em qualquer caso devendo ser respeitado o
VMP desta tabela.
(3) É aceitável a concentração de até 10 μg/L de microcistinas em até 3 (três) amostras,
consecutivas ou não, nas análises realizadas nos últimos 12 (doze) meses.
(4) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado.
____________________________________________________________________________________________________________________________________
Notas: (1) Valor máximo permitido.
(2) Se os valores encontrados forem superiores aos VMP, deverá ser feita a identificação dos
radionuclídeos presentes e a medida das concentrações respectivas. Nesses casos, deverão
ser aplicados, para os radionuclídeos encontrados, os valores estabelecidos pela legislação
pertinente da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, parase concluir sobre a
potabilidade da água.
Art. 16. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de aceitação de consumo
expresso na tabela 5, a seguir:
§1.º Recomenda-se que, no sistema de distribuição, o pH da água seja mantido na faixa de 6,0
a 9,5.
§2.º Recomenda-se que o teor máximo de cloro residual livre, em qualquer ponto do sistema
de abastecimento, seja de 2,0 mg/L.
§3.º Recomenda-se a realização de testes para detecção de odor e gosto em amostras de água
coletadas na saída do tratamento e na rede de
distribuição de acordo com o plano mínimo de amostragem estabelecido para cor e turbidez
nas tabelas 6 e 7.
Art. 17. As metodologias analíticas para determinação dos parâmetros físicos, químicos,
microbiológicos e de radioatividade devem atender às especificações das normas nacionais
que disciplinem a matéria, da edição mais recente da publicação Standard Methods for the
Examination of Water and Wastewater, de autoria das instituições American Public Health
Association (APHA), American Water Works Association (AWWA) e Water Environment
Federation (WEF), ou das normas publicadas pela ISO (International Standardization
Organization).
§1.º Para análise de cianobactérias e cianotoxinas e comprovação de toxicidade por bioensaios
em camundongos, até o estabelecimento de especificações em normas nacionais ou
internacionais que disciplinem a matéria, devem ser adotadas as metodologias propostas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) em sua publicação Toxic cyanobacteria in water: a
guide to their public health consequences, monitoring and management.
§2.º Metodologias não contempladas nas referências citadas no §1.º e caput deste artigo,
aplicáveis aos parâmetros estabelecidos nesta Norma, devem, para ter validade, receber
aprovação e registro pelo Ministério da Saúde.
§3.º As análises laboratoriais para o controle e a vigilância da qualidade da água podem ser
realizadas em laboratório próprio ou não que, em qualquer caso, deve manter programa de
controle de qualidade interna ou externa ou ainda ser acreditado ou certificado por órgãos
competentes para esse fim.
O uso de gelo deve ser analisado em função de sua origem (3.2 a 3.8).
3.2 Água de abastecimento público
Esta água é considerada adequada para uso em concreto e não necessita ser ensaiada.
3.3 Água recuperada de processos de preparação do concreto
Este tipo de água está definido no Anexo A e deve estar em conformidade com as
exigências nele estabelecidas para ser considerado adequado para uso em concreto.
3.4 Água de fontes subterrâneas
Esta água pode ser adequada para uso em concreto, mas deve ser ensaiada.
3.5 Água natural de superfície, água de captação pluvial e água residual industrial
Esta água pode ser adequada para uso em concreto, mas deve ser ensaiada. São
exemplos de águas residuais industriais aquelas recuperadas de processos de
resfriamentos, jateamento, corte, fresagem e polimento de concretos.
3.6 Água salobra
Esta água somente pode ser usada para concreto não armado, mas deve ser ensaiada.
Não é adequada à preparação de concreto protendido ou armado.
3.7 Água de esgoto e água proveniente de esgoto tratado
Água de reuso é a água tratada por diversos processos, entre outros filtração e
flotação, em estações de tratamento de esgotos, a partir do afluente já tratado para
usos não potáveis.
Até o momento de publicação desta norma não havia antecedentes suficientes para
garantir viabilidade de uso generalizado deste tipo de água.
O uso deste tipo de água está condicionado a aplicações específicas de comum acordo
entre o fornecedor de água e o responsável pela preparação do concreto, devendo ser
atendidos todos os requisitos desta Norma.
Procedimento
Parâmetro Requisito
de ensaio
Óleos e
Não mais do que traços visíveis
gorduras
Detergentes Qualquer espuma deve desaparecer em 2 min
ABNT NBR 15900-3
A cor deve ser comparada qualitativamente com água
Cor potável devendo ser amarelo claro a incolor, exceto
para a água classificada em 3.3
4.3.1 Cloretos
O teor de cloreto na água, ensaiada de acordo com 6.2 e expresso como Cl -, não deve
exceder os limites estabelecidos na Tabela abaixo, a menos que se mostre que o teor de
cloreto do concreto não excede o valor máximo permitido na ABNT NBR 12655.
Teor máximo
Substância
mg/L
Açúcares 100
Fosfatos, expressos como P2O5 100
Nitratos, expressos como NO3- 500
Chumbo, expresso como Pb2+ 100
Zinco, expresso como Zn2+ 100
6.1 Generalidades
Uma pequena sub-amostra deve ser avaliada, assim que possível, após a coleta, com
relação à presença de óleos e gorduras, detergentes, cor, material sólido, odor e
matéria orgânica.
6.2 Odor
Matéria orgânica
7.1 Reagentes
7.2.1 Colocar 47,5 mL da amostra num tubo de ensaio. Manter a temperatura da amostra e
do ambiente entre 15 °C e 25 °C Adicionar 2,5 mL de uma solução de 3 % de hidróxido de
sódio, agitar e deixar em repouso por 1 h.
7.2.2 Preparar juntamente uma solução padrão com 1,5 ml de acido tânico 2 % (7.1.2) e
48,5 ml de uma solução de 3 % de hidróxido de sódio (7.1.1).
7.3 Resultado
Material sólido
8.1.3 Completar a evaporação, levar a cápsula ou béquer à estufa e secar o material sólido
à temperatura compreendida entre (105 +/- 5)°C, durante 1h.
8.1.4 Deixar esfriar a cápsula ou béquer no dessecador e pesar com precisão de 0,001 g.
8.2 Cálculo
ADITIVOS:
O emprego de aditivos remonta à antiguidade: os romanos já utilizavam em suas obras
determinadas substâncias (sangue, clara de ovos, álcalis, etc.) que funcionavam como aditivos. No
Brasil, em algumas obras históricas, como pontes e igrejas, verifica-se o emprego de óleo de baleia
na argamassa de assentamento das pedras (Otto Baumgart, 2003). Os aditivos podem ser
conceituados como substâncias que são adicionadas intencionalmente ao concreto e às argamassas,
com a finalidade de reforçar ou melhorar certas características, inclusive facilitando o preparo e a
utilização. Atualmente, a tecnologia dos aditivos sofre um grande desenvolvimento, acompanhando
o movimento intenso e crescente da construção civil. Vários laboratórios estão fabricando aditivos
para as mais diversas finalidades, permitindo soluções inovadoras, práticas e econômicas.
Em países desenvolvidos, cerca de 80% do concreto utilizado são aditivados (Otto Baumgart,
2003). É prudente salientar que os aditivos não conseguem transformar um concreto mal dosado e
mal manuseado num concreto bom. Eles apenas transformam um concreto bom num concreto ainda
melhor (Otto Baumgart, 2003). É fundamental, para o sucesso da utilização, um prévio estudo da
disponibilidade de aditivos, o conhecimento de suas propriedades e restrições, para a perfeita
indicação que deve ser específica para cada tipo de necessidade da obra.
Tipos de aditivos
De acordo com as finalidades ou as características predominantes, os aditivos podem ser
classificados em: plastificantes, superplastificantes, incorporadores de ar, retardadores de pega,
aceleradores de pega, impermeabilizantes, anticongelantes, expansores, adesivos, agentes de cura,
hidrofugantes, redutores de retração, anticorrosivos, corantes, fungicidas, espumantes,
desmoldantes, etc.
Os aditivos, incorporados aos concretos e argamassas podem propiciar:
- acréscimo de resistência
- aumento da durabilidade;
- melhora na impermeabilidade;
- melhora na trabalhabilidade;
- possibilidade de retirada de fôrmas em curto prazo;
- diminuição do calor de hidratação;
- retardamento ou aceleração da pega;
- diminuição da retração;
- obtenção de concretos fluídos com utilização de aditivos plastificantes ou aditivos
superplastificantes;
- utilização de aditivos incorporadores de ar;
- melhora no processo de cura com utilização de aditivo agente de cura e diversas outras aplicações
podem ser verificadas nos manuais técnicos dos fabricantes de aditivos.
Algumas normas da ABNT sobre aditivos:
- NBR 11768:1992 - Aditivos para concreto de cimento Portland.
- NBR 12317:1992 - Verificação de desempenho de aditivos para concreto.
- NBR NM 34:1994 - Aditivos para argamassa e concreto – Ensaios de uniformidade.
A norma NBR 11768 considera apenas os mais usuais na construção brasileira. Apresentam-se a
seguir as Tabelas abaixo, com indicações sobre os aditivos normalizados e não normalizados (Leal,
2003b).
3- COMPACTAÇÃO
Deve-se utilizar a técnica e a energia compatíveis à consistência e o tipo/forma das estruturas a adensar,
de modo que este ocupe todos os espaços, bem como, expulse o ar aprisionado durante o processo de
colocação do concreto nos moldes, além do que envolva adequadamente a ferragem, nas estruturas de
concreto armado, com um mínimo de segregação. O adensamento depende fundamentalmente da
trabalhabilidade do material. O tempo insuficiente de vibração acarreta em maior porosidade e o
excesso de tempo causa segregação dos materiais, ambos provocando diminuição da resistência
mecânica.
Adensamento Manual
Pode ser feito com peças de madeira ou barras de aço que atuam como soquete e
empurram o concreto para baixo expulsando o ar aprisionado e eliminando os
vazios. É um processo que exige certos cuidados e experiência. Um cuidado
especial se dá quando do enchimento de peças de grande altura como pilares e
cortinas. Nestes casos se deve acompanhar o enchimento com b atidas de martelo
na forma de modo a escutar onde possam ter ficado espaços vazios. É um
processo que só deve ser usado em casos de emergência ou em locais de pouca
importância devido à dificuldade de um correto acabamento.
Adensamento mecânico
É o processo que se usa na maioria dos casos normalmente com vibradores de
agulha que são imersos na massa de concreto espalhando-o. A agulha é uma peça
metálica que é fixada na extremidade de uma mangueira flexível(mangote), dentro
da qual gira um eixo ligado à uma ponteira de aço dentro da agulha que sendo
excêntrica bata nas paredes da mesma provocando a vibração.
Os vibradores tem um raio de ação ou seja ele só provoca o adensamento com
eficiência se agir em camadas subseqüentes e adjacentes. O quadro abaixo indica a
área de atuação de diverso tipos de agulhas:
31 100
54 250
75 400
100 500
140 850
Fig. 1 - Tempo mínimo de cura de um concreto, em função da temperatura e umidade. Fonte: Patologia e
Terapia do Concreto Armado – Manoel Fernández Cánovas
A cura do concreto deve ser efetuada até que o mesmo atinja a 70% da resistência
prevista em projeto.
No gráfico abaixo (fig. 3), pode se observar a importância da cura na retração do
concreto, onde se pode observar uma drástica redução da retração do concreto
quando se executa uma boa cura.
Fig. 3 - Diminuição da retração com o tratamento de cura Fonte: Patologia e Terapia do Concreto Armado –
Manoel Fernández Cánovas
Existem no mercado diversos tipos de produtos para cura. Muitos fabricantes vendem produtos de cura que
não atendem os requisitos de desempenho necessários, acarretando ao cliente o aparecimento das patologias
citadas acima.
A cura de um concreto pode ser efetuada de forma eficiente com a linha MASTERKURE e CURACEM, que são
tão eficientes, mais econômicos e garantidos que sacos de aniagem permanentemente úmidos e lençóis
plásticos estendidos sobre o concreto, com lâmina de água constantemente colocada no seu interior:
trabalhosos, custosos e improdutivos.
A eficiência de um líquido de cura está associada à formação de um filme de baixa permeabilidade ao vapor
d’água. Os melhores líquidos de cura são os produzidos com formulações adequadas e compostos de baixa
permeabilidade ao vapor.
Líquidos de cura à base de parafina, tipo MASTERKURE 201 são os mais econômicos que os poliméricos, mas
alguns fabricantes, na busca de menores preços, diluem muito o material (baixo teor de parafina), fazendo
com que os preços sejam mais atrativos, sem contudo atender aos requisitos de eficiência.
Fig. 4 - Eficiência de Produtos de Cura - ASTM 309
Marginal Rod. Castello Branco (Concessionária Via Oeste) Aplicação do produto Masterkure 204B
A cura do concreto
← * a Cura
← * O que é cura do concreto e como deve ser feita?
← * Quanto tempo é o ideal para ficar molhando a laje?
← * Por que eu faço laje e às vezes dá rachadura?
← * Quando pode ocorrer a infiltração na laje?
← * O que pode atrapalhar a cura da laje?
A cura
É o nome dado ao trabalho que o concreto realiza enquanto esta endurecendo, é fundamental uma boa cura
Para a cura, molhar continuamente a superfície do concreto logo após o endurecimento do mesmo, durante
antes que tenha endurecido. Como essa água é indispensável, resultará em um concreto fraco.
Por isto se fazem necessárias medidas que visem impedir aquela evaporação, ou seja, proceder a cura do
concreto.
O fator mais importante na cura do concreto é promover uma ação que garanta água suficiente para que todo
Um concreto não curado, ou mal curado, pode ter resistência até 30% mais baixa, além de ser muito
vulnerável aos agentes agressivos, devido a grande quantidade de fissuras que se formam, às vezes
b) Aplicação de folhas de papel , de tecidos (aniagem, algodão) ou camadas de terra ou areia (com espessura
c) Aplicação de lonas ou lençóis plásticos impermeáveis, de preferência de cor clara (para evitar o
aquecimento excessivo do concreto). A prática mais comum é molhar o concreto por aspersão de
água(mangueira), e/ou usar panos ou papel para reter a umidade junto ao concreto o máximo
possível .Assim, você faz com que a laje fique úmida mais tempo, evitando que a água evapore rapidamente.
A duração da cura deve ser de pelo menos 7 dias, no caso de cimento Portland comum (pois nesse período o
cimento irá desenvolver aproximadamente 60% da sua resistência final) e de 14 dias, no caso de cimento
Portland de alto-forno e pozolânico. No entanto, quanto mais tempo durar a cura (até 3 semanas), melhor
Existe a chamada cura química que consiste em aspergir um produto que forma um película na superfície do
A cura mais eficiente é a cura a vapor que ao mesmo tempo que garante a umidade necessária ao concreto,
Para evitar rachaduras molhe a laje durante 7 dias, e para evitar a formação de poças faça a laje com
No caso do calor, aqui vai uma dica simples: no verão, evite fazer laje ao meio dia, quando o sol está muito
TIPO DE CP PERÍODO MÍNIMO DE CURA (DIAS) PARA RELAÇÕES ÁGUA/CIMENTO DE
0,35 0,55 0,65 0,70
CP I e CP II 32 2 3 7 10
CP IV 32 (POZ) 2 3 7 10
CP III 32 (AF) 2 5 7 10
CPI e CP II 40 2 3 5 5
CP V (ARI) 2 3 5 5
RELAÇÃO ÁREA EXPOSTA/VOLUME DA PEÇA R ≦0,20 0,20 < R < 0,40 0,40 < R < 0,70 R≧ 0,70
COEF. DE CORRREÇÃO DO TEMPO DE CURA 1,00 1,05 1,10 1,20
(n2)
Uso do Bidim como elemento no sistema de Cura de Concreto no Complexo Esportivo do Autódromo - Velódromo ::
Local
Jacarepaguá – Rio de Janeiro - RJ.
Características Gerais
O problema
Para que apresente adequada resistência à compressão o concreto necessita por vezes de “cura úmida”, em que o
cimento é progressivamente hidratado para possibilitar a ocorrência das reações químicas.
A solução
Emprego de uma camada de geotêxtil Bidim saturado de água. Neste caso o geotêxtil retém a água nos vazios capilares,
impedindo a sua evaporação, porém cedendo progressivamente a água necessária à cura do concreto.
Vantagens: Redução da freqüência de molhagem da superfície do concreto, e ainda assim garantindo a cessão progressiva
da quantidade de água necessária à hidratação do cimento.
Introdução
A Prefeitura está realizando as obras de construção do Velódromo da Cidade dos Esportes, em Jacarepaguá. As obras
foram iniciadas em outubro de 2006. O prazo de execução é de sete meses e o equipamento estará pronto em junho de
2007.
Duzentos operários estão executando os serviços, com o acompanhamento diário de profissionais especializados como
engenheiros, arquitetos e técnicos.
O projeto, desenvolvido pela Secretaria Especial Rio 2007 em parceria com a RIOURBE, Empresa Municipal de
Urbanização, foi elaborado de acordo com as normas, especificações e métodos aprovados pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT, e entidades nacionais e internacionais.
A madeira utilizada na fabricação da pista é o Pinho Siberiano. As peças estão sendo preparadas na Holanda, por uma
empresa especializada, e medem 40x40mm. As peças perfiladas somam aproximadamente 60km de extensão, e pesam
cerca de 65 toneladas. A geometria da pista foi calculada através de um programa de informática.
Área executada
Áreas de Construção:
Capacidade: 1.500 espectadores
Área de construção: 11.431 m²
Comprimento médio da pista: 250m
Quantidade - 5.040 m2 de Bidim CC10
Data de execução - Entre dezembro de 2006 e abril de 2007
Proprietário - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Construtora - Oriente Construção Civil Ltda
Projetista - Secretaria Especial Rio 2007 em parceria com RioUrbe
Distribuidor - Geomaks Comércio de Geossintéticos Ltda
Procedimentos
O sistema de cura de concreto teve a utilização de Geotêxtil não tecido agulhado em
poliéster Bidim CC10 com filme de polietileno, executados em uma única camada saturada
de água.
Neste caso o Bidim garante a cessão progressiva da quantidade de água necessária a
hidratação do concreto. A grande vantagem do Bidim é a redução de freqüência do serviço
de molhar constantemente o concreto, podendo ser reutilizado entre 3 e 4 vezes.
Início dos serviços de instalação da manta de Bidim CC10 nas Detalhe da instalação do Bidim CC10.
fundações
Detalhe da eficiência da cura de concreto da área molhada. Vista geral da estrutura de construção do velódromo.
Instalação do Bidim CC10 nas colunas de sustentação da Lançamento e instalação do Bidim CC10 na pista do
estrutura metálica de cobertura do Velódromo. velódromo.
Lançamento e instalação do Bidim CC10 na pista do velódromo. - Início da colocação do Bidim CC10 nos pilares de fundação
da estrutura do velódromo.
Início da colocação do Bidim CC10 nos pilares de fundação da Vista aérea do Complexo Esportivo do Autódromo -
estrutura do velódromo. Velódromo.
4-COBRIMENTO
Fissuras x carbonatação: ⇒resistência e durabilidade
7.4.7.1 Para atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma(NBR 6118:2003), o
cobrimento mínimo da armadura é o menor valor que deve ser respeitado ao longo de todo
o elemento considerado e que se constitui num critério de aceitação.
7.4.7.2 Para garantir o cobrimento mínimo (cmin) o projeto e a execução devem considerar o
cobrimento nominal (cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução
(Δc). Assim, as dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os
cobrimentos nominais, estabelecidos na tabela 7.2, para Δc = 10 mm.
7.4.7.3 Nas obras correntes o valor de Δc deve ser maior ou igual a 10 mm.
7.4.7.4 Quando houver um adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da
variabilidade das medidas durante a execução pode ser adotado o valor Δc = 5 mm, mas a
exigência de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. Permite-se,
então, a redução dos cobrimentos nominais prescritos na tabela 7.2 em 5 mm.
7.4.7.5 Os cobrimentos nominais e mínimos estão sempre referidos à superfície da
armadura externa, em geral à face externa do estribo. O cobrimento nominal de uma
determinada barra deve sempre ser:
a) cnom ≥ φ barra;
b) cnom ≥ φ feixe = φn = φ n ;
c) cnom ≥ 0,5 φ bainha.
7.4.7.6 A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado no concreto não
pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja:
dmáx ≤ 1,2 cnom
__________________________________________________________________________________________________________________________
Tabela 7.2 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal
para Δc = 10 mm
Tipo de Estrutura Componente ou Classe de agressividade ambiental
elemento I II III IV 3)
Cobrimento nominal (mm)
Concreto armado Laje 2)
20 25 35 45
Viga/Pilar 25 30 40 50
Concreto protendido1) Todos 30 35 45 55
_______________________________________________________________________________
1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas,
sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão
fragilizante sob tensão.
2) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com
revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais
como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as exigências
desta tabela podem ser substituídas por 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal ≥ 15 mm.
3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto,
condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente
agressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45 mm.
Efeito do cimento
A fonte principal de deformações relacionadas à umidade no
concreto é a pasta endurecida de cimento. As propriedades
do cimento que merecem maior destaque por, teoricamente,
afetarem com mais intensidade a fluência são a finura, a
resistência à compressão e a composição química. Entretanto,
não se conseguiu estabelecer uma correlação entre fluência e
composição química do cimento.
Quanto maior for a relação água/cimento maior será a
fluência, como mostrado na figura 7.
Influência dos agregados
Os agregados exercem uma influência profunda e importante
nas propriedades do concreto endurecido. As características de
deformabilidade do concreto são afetadas em virtude de uma combinação de
efeitos relacionados à quantidade de água requerida, à resistência, módulo de
elasticidade e volume dos agregados e à interação pasta-agregado. A
granulometria, dimensão máxima, forma e textura do agregado também são
fatores que influenciam a retração por secagem e a fluência. Há um consenso,
entretanto, que o módulo de elasticidade do agregado é o fator mais
importante.
Para a mesma resistência à compressão, concretos com maior teor de
agregados apresentam menor deformação ao longo do tempo. Para uma dada
dosagem, constatam-se valores crescentes de fluência e retração para
concretos contendo agregados com módulos de elasticidade decrescentes,
sendo o calcário a única exceção. A importância do módulo do agregado no
controle das deformações do concreto é confirmada por estudos
que mostram que tanto a retração por secagem quanto a fluência
do concreto aumentam 2,5 vezes quando um agregado com alto
módulo de elasticidade é substituído por um agregado com baixo
módulo de elasticidade. A figura 8 ilustra o fato.
Apenas o conhecimento do tipo de agregado utilizado pode não ser
suficiente para que se saiba seu efeito na fluência, como pode ser
visto na figura 9, relativa a concretos produzidos com agregados
da África do Sul. O coeficiente de fluência de concretos similares
produzidos com o mesmo tipo de agregado, quartzito, por exemplo,
pode apresentar variações de 50%.
Efeito dos aditivos
O efeito dos aditivos químicos é controverso, havendo resultados
de ensaios mostrando que a fluência pode ser menor, igual ou
maior que a dos respectivos concretos de referência. De maneira
geral há escassez de informações sobre o efeito dos diversos tipos
de aditivos, principalmente os mais modernos, pois os dados
disponíveis representam uma enorme gama de diferentes ensaios,
realizados sob diferentes condições, não permitindo uma
generalização.
Efeito das adições
Os dados existentes sobre o efeito das adições tais como sílica
ativa, escórias de alto-forno e materiais pozolânicos na fluência de
concretos são contraditórios, havendo resultados de ensaios mostrando que a
fluência pode ser menor, igual ou maior que a dos respectivos concretos de
referência.
Na maioria das investigações sobre o efeito de materiais adicionados ao
concreto, a fluência é quantificada em valores relativos, isto é, a deformação
do concreto contendo a adição como uma porcentagem da deformação do
concreto sem a mesma. Essa abordagem deixa margens a dúvidas, pois os
dois concretos, em outros aspectos, têm diferentes propriedades.
Redução da fluência
Considerações gerais
De maneira geral, os principais fatores que causam ou afetam as deformações
por fluência do concreto estão relacionados a seguir. A redução do efeito da
fluência, principalmente do ponto de vista dos materiais, passa pelo controle
desses fatores:
A fluência ocorre na pasta de cimento e está relacionada com os
movimentos internos da água adsorvida ou intracristalina
A fluência é um fenômeno elástico com retardamento, cuja recuperação
total é impedida pela hidratação progressiva do cimento
O processo de secagem tem efeito direto sobre a fluência
A fluência cresce com o aumento da temperatura
A fluência diminui com o aumento das dimensões da peça
Em média, 25% da fluência total ocorre após duas semanas, 55% após
três meses e 75% após um ano, tendendo a um limite após um tempo
infinito de carregamento
A fluência é inversamente proporcional à resistência do concreto no
instante de aplicação da carga
A relação tensão-resistência no instante de aplicação da carga é um dos
fatores fundamentais na magnitude da fluência. Em geral, quando a
relação tensão-resistência atinge valor acima de 0,4 surgem
microfissuras no concreto que aumentam significativamente a fluência
A variação da resistência do concreto durante o tempo de atuação da
carga é importante e a fluência será tanto menor quanto maior for o
aumento relativo de resistência depois da aplicação da carga
Mantidas as demais características, o aumento do teor de agregado
reduz a fluência do concreto. Agregados com maior módulo de
elasticidade tendem a reduzir a fluência do concreto
Não há um consenso sobre os efeitos, gerais, dos aditivos e das
adições, sobre a fluência
Investigações
A necessidade de pesquisas sobre o assunto, no Brasil, fica clara a partir da
consideração de que os concretos atualmente utilizados diferem muito dos
que já foram objeto de ensaios no passado, mesmo recente. Além disso, as
condições brasileiras são totalmente diferentes que as existentes nos locais
onde a maior parte das pesquisas se concentrou: Estados Unidos, Europa,
Austrália e Japão.
Dois tipos de investigação são necessários:
a) Ensaios laboratoriais: devem ser realizados ensaios de determinação da
fluência, de vários tipos de concretos mais representativos, dos utilizados
pelo mercado da construção de edificações. Tais ensaios devem restringir-se,
num primeiro momento, apenas à caracterização da fluência do material
concreto, obedecendo aos métodos de ensaio internacionalmente
reconhecidos como adequados. Poucos laboratórios brasileiros têm
equipamento para esse tipo de ensaio, que requer o isolamento de fatores
externos que poderiam comprometer os resultados de longo prazo, tais como
umidade relativa, temperatura, manutenção da carga, etc. No entanto, tais
laboratórios teriam condições de executá-los dentro de padrões de
reconhecida competência.
b) Instrumentação de edificações: algumas estruturas de edificações a serem
construídas deveriam ser dotadas de instrumentação embutida, para medição
de deformações de peças especialmente selecionadas, tais como pilares. Tal
instrumentação, de uso corrente em obras de barragens de concreto, no
Brasil, e de barragens, pontes, edifícios, em outros países, poderia ser
constituída por sensores robustos, tais como os embutidos em obras
barrageiras, com previsão de durabilidade de cerca de 20 anos. A cablagem
seria ligada em terminais instalados em algum ponto da obra e as leituras
seriam efetuadas sem interferir nas atividades normais da edificação e sem
causar transtornos aos condôminos. A instalação dos instrumentos dar-se-ia
apenas em locais em que o tipo de concreto seria ensaiado à fluência e onde
os cálculos permitissem uma previsão razoável das tensões e deformações lá
atuantes.
O autor agradece a colaboração dos engenheiros Marcelo Cardoso Gontijo e
Luiz Prado Vieira Junior na revisão da literatura.
Fabrico e propriedades do betão. A. de Souza Coutinho, 1974.
Creep of plain and structural concrete. A. Neville, 1986.
Fluência e retração por secagem do concreto de elevado desempenho. C. A.
Kalintzis, S. C. Kuperman. Revista Concreto 38, Ibracon, mar/abr/mai 2005.
Aggregates and the deformation properties of concrete. M. Alexander.
Materials Jornal, ACI, 1996.
Creep and shrinkage revisited. N. J. Gardner, J. W. Zhao. Materials Journal,
ACI, 1993.
Prediction of concrete creep and shrinkage: past, present and future. Nuclear
Engineering and Design no 203. Z. Bazant, 2000.
Concreto e seus materiais. L. Scandiuzzi, F. R. Andriolo. Editora PINI,1986.
Ao pé do muro. R. L'Hermite. Tradução e adaptação por L. A. F. Bauer.
Garantia de boa estrutura
Cuidados com o planejamento e execução do cimbramento evitam que lajes e vigas
trabalhem precocemente e tenham sua resistência prejudicada
Renato Faria
O primeiro passo para a correta execução das estruturas é seguir à risca o projeto de escoramento e reescoramento
remanescente. Os corretos ajuste e posicionamento das escoras evitam a sobrecarga de lajes e vigas nas idades mais jovens
e a conseqüente microfissuração do concreto. Confira o check-list:
Verificar alinhamento e
espaçamento entre as peças
Madeira
Conclusão
Um bom exemplo para sintetizar as conseqüências de uma soma de efeitos
favoráveis versus os resultados de uma soma de efeitos desfavoráveis. Seja
uma viga projetada com fck = 25 MPa e módulo de elasticidade Ecs = 24 GPa,
para a qual se obteve duas vigas reais em obras diferentes, com materiais e
técnicas construtivas diferentes. Na obra A (soma favorável) obteve-se f c, real
= 29 MPa, Ecs, real = 27,1 GPa, resistência à tração na flexão de 4,2 MPa e
fluência de 1,8.
Na obra B (soma desfavorável) obteve-se fc, real = 25,5 MPa, Ecs, real = 21,5 GPa,
resistência à tração na flexão de 1,8 MPa e fluência de 2,5. A flecha inicial e a
final das duas obras têm valor de ao = 0,59 cm e a¥ = 1,47 cm para obra A e
ao = 1,92 cm e a¥ = 2,92 cm para a obra B. Esses números não são irreais, e
refletem a nossa prática; cumpre portanto repensar meticulosamente nossos
procedimentos nessa área.
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água. Geralmente a água de amassamento para elaboração do concreto é suficiente para as reações de hidratação.
Quando a peça concretada for um pilar ou uma viga, poucas áreas de concreto ficam expostas para secar ou perder água.
Não é o caso dos concretos de pisos e lajes. Nestes casos, uma área maior fica exposta ao sol e ao vento e perde água,
que seria utilizada pelo cimento na hidratação para ganhar resistência. O concreto, nas primeiras vinte e quatro horas,
exposto ao vento e ao sol, sem cura, pode perder até 33% de sua resistência final além do provável aparecimento de
fissuras. A água utilizada no preparo do concreto é necessária e suficiente para promover a cura. O sistema de cura na
obra nada mais é que tentar impedir a saída desta água do concreto e não permitir que o mesmo fique seco. Pode-se
conseguir estes objetivos com molhagem contínua, não no dia seguinte, mas, a partir do momento das operações finais de
acabamento, por meio de colchão de areia úmida ou mesmo mantendo uma lâmina de água sobre a peça concretada.
A cura química, muito utilizada em pisos industriais, consiste em aspergir um látex sobre a superfície recém concretada. O
látex, à base de parafina, borracha ou acrílico, se polimeriza quando perde água e se transforma em uma película que
impede a saída de água do concreto. A posterior remoção deste produto é complicada e o mesmo restringe aplicações de
produtos de acabamento por prejudicar a aderência ou penetração de líquidos como os endurecedores de superfície.
A nova norma de "Execução de Estruturas de Concreto" NBR 14931/2003, recomenda que a cura deva se estender por um
período até que o concreto atinja resistência de 15,0 MPa. Recomenda-se na prática manter a cura por no mínimo cinco
dias. Quanto melhor a cura maior a durabilidade do concreto. Uma laje recém concretada, exposta ao sol e seca, nunca
deve receber um jato de água. O choque térmico é pior que não fazer cura.
Para comentar sobre desforma tem-se que comentar sobre módulo de elasticidade. O que é o módulo de elasticidade? É
um valor, expresso em gigapascal, que caracteriza a maturidade do concreto. O concreto que atinge um determinado valor
de módulo, quando submetido a um esforço, se deforma e ao cessar o esforço o mesmo volta ao estado inicial. Esta
grandeza foi ignorada pelos engenheiros de obras por muito tempo. Pensava-se que bastava a resistência à compressão
atingir um determinado valor para promover a desforma da peça. Primeiro, o módulo não cresce como a resistência à
compressão. Desenvolve-se mais lentamente. Se o escoramento de peças que trabalham na flexão como uma laje ou uma
viga, dependendo do vão, que é a distância entre os apoios for retirado antes do módulo ter atingido o valor de cálculo, a
flecha apresentada pode ser maior que a esperada. Esta é a conseqüência estrutural para uma desforma antecipada.
Outro problema da desforma antecipada é quanto à cura. Podem-se retirar laterais de formas de vigas e pilares desde as
primeiras horas, mas, e a cura da peça? A durabilidade? O concreto mais poroso, causado pela perda de água, permite a
entrada de agentes agressivos, e a instalação de células de corrosão nas armaduras ou mesmo uma carbonatação mais
intensa, também desprotegendo o aço. Uma boa dica para liberar mais cedo formas e escoramentos, não esquecendo a
cura, é planejar a execução de linhas de reescoras incorporadas ao escoramento principal. Pode-se retirar todo um fundo
de viga ou laje sem mexer nas reescoras. Não adianta retirar tudo e reescorar, o concreto já
deformou.