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CONCRETO ARMADO I
Materiais
Solicitações Normais
Flexão Simples – seção retangular
Flexão Simples – seção T
Cisalhamento
Lajes
MATERIAIS
MATERIAIS
1 . CONCRETO ARMADO
O concreto é um excelente material para resistir aos esforços de compressão e resisti pouco à
tração ( cerca de 10% da resistência à compreensão ) .
q
x
L
linha elástica: y = f (x)
y
2
FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
2 . CONCRETO
O concreto é um material constituído por mistura pré-fixada de aglomerante com água e com
agregados graúdos e miúdos. O conjunto cimento mais água é denominado de pasta;
adicionando-se o agregado miúdo à pasta, obtém-se a argamassa. Adicionando-se a esta o
agregado graúdo, tem-se o concreto.
aglomerante agregados
pasta
argamassa
concreto
O concreto depende dos materiais, da qualidade da mistura e do seu correto manuseio. Após a
mistura, o concreto deve ser transportado, lançado, adensado e curado conforme as
recomendações das normas brasileiras.
3. PROPRIEDADES DO CONCRETO
a) Peso específico:
b) Deformações:
1,0 10 5 /º C
tg E
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O módulo de elasticidade pode ser avaliado pela fórmula empírica abaixo (NBR6118:2014,
item 8.2.8), na qual Ecs é o módulo de elasticidade secante do concreto e Eci é o módulo de
elasticidade inicial.
∝∙ ; sendo:
sendo:
∝ = 1,2 para basalto e diabásio
∝ = 1,0 para granito e gnaisse
∝ = 0,9 para calcário
∝ = 0,7 para arenito
Classe C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
Eci
25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
(GPa)
Ecs
21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47
(GPa)
∝ 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00
c Lenta 2 x c Imediata
tempo
5
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A verificação da resistência é feita em corpos de prova e a idade normal para a ruptura é aos
28 dias, podendo também ser rompido com idades menores ( 3, 7 dias, etc ).
Tabela Aproximada
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
Exemplo: Seja calcular o valor de fck, sendo fc,28 = 26,6 MPa, na condição A (sd = 4,0MPa)
fck = fc,28 – 1,65 sd
fck = 26,6 – 1,65 x 4 = 20 MPa
Valores da classe de resistência do concreto para fins estruturais :
C20 = 20 MPa; C25 = 25 MPa; C30 = 30 MPa; C35 = 35MPa; C40 = 40 MPa; C45 = 45 MPa;
C50 = 50 MPa; C60 = 60 MPa; C70 = 70 MPa, C80 = 80 MPa, C90 = 90 MPa.
5. AÇO
Passivas
Segundo o valor característico da tensão de escoamento, os aços são divididos nas seguintes
categorias (NBR 7480:1996) :
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Diagrama tensão–deformação
fyd
Es
yd
Para cálculo nos estados limites de serviço e último pode-se utilizar o diagrama tensão–
deformação simplificado mostrado acima, para os aços com ou sem patamar de escoamento.
CA-50: É o mais usado dos aços quando necessitamos de grandes áreas de armaduras, pois
se apresenta no mercado com bitolas grossas, diferencia-se do CA-25, pois a superfície
externa é não lisa (nervurada).
6.3, 8.0, 10.0, 12.5, 16.0, 20.0, 25.0, 32.0 mm
É muito usado em vigas, pilares, muros de arrimos, etc.
CA-60: É o mais usado dos aços quando necessitamos de pequenas áreas de armaduras, pois
se apresenta no mercado com bitolas finas, superfície externa lisa ou nervurada.
4.2, 5.0, 6.0, 7.0, 8.0, 9.5 mm.
É muito usado em lajes, estribos de vigas ou de pilares.
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Solução:
fyd
Es
yd
f yd
yd , fyd =Tensão de escoamento à tração de cálculo.
Es
Es = módulo de elasticidade do aço.
Es = 2.100.000 kgf/cm² = 210.000 MPa = 21.000 kN/cm²
fy 50
f yd
s 1,15
Coeficiente de minoração do aço = 1,15
50 / 1,15
yd 0,00207 2,07% 0 (por mil)
21.000
2,07
a) εsd = 2,07 ‰ => σsd = 21.000 43,48kN/cm²
1000
Neste caso particular εsd = εyd, σsd = fyd
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A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam
sobre as estruturas de concreto.
O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na ABNT
NBR12655.
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Lajes
Vigas
C = 25 mm para Classe I
C = 30 mm para Classe II
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
SOLICITAÇÕES NORMAIS
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
SOLICITAÇÕES NORMAIS
“Designam-se por solicitações normais os esforços solicitantes que produzem Tensões
Normais nas seções transversais das peças estruturais.”
Hipóteses Básicas
As seções transversais planas antes do carregamento, permanecem planas até a ruptura (as
deformações são proporcionais à sua distância à L.N.).
s = 10‰
Admite-se que no estado último, as tensões de compressão na seção transversal tenham uma
distribuição de acordo com o diagrama parábola – retângulo da figura abaixo.
c c fcd
0,85f cd
y=x
cfcd
x
d
Armadura
sd
Deformações Tensões
A NBR 6118:2014 permite trabalhar com um diagrama retangular no lugar do diagrama parábola –
retângulo, conforme mostra a figura acima.
A simplificação é perfeitamente viável, uma vez que as resultantes de cada diagrama são praticamente
iguais.
A altura y ,do diagrama retangular de tensões, é dada por (NBR6118:2014, item 17.2.2.d):
, sendo que o parâmetro pode ser tomado igual a:
0,8 para 50MPa; ou
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
50
0,8 para 50MPa.
400
Nas seções retangulares, a tensão constante atuante até a profundidade pode ser tomada
igual a ∙ , sendo igual a:
0,85 para 50MPa, ou
Diagramas de deformação
1º Caso
A ruína ocorre por ruptura do concreto comprido
Seção parcialmente comprimida
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
2º Caso
Seção totalmente comprimida por compressão excêntrica ou centrada.
A ruína também ocorre por ruptura do concreto.
3º Caso
Alongamento excessivo da armadura. Seção parcialmente comprimida ou totalmente
tracionada. A ruptura ocorre por alongamento excessivo da armadura.
εs = 10‰ corresponde à fissura de 1mm para cada 10cm de peça.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
4º Caso
Não há ruína pois não foi atingido nenhum limite último.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
FLEXÃO SIMPLES
Seção retangular
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
0,85 ∙ ∝ ∙
Como estamos dimensionando uma seção genérica, de maneira que ela não esteja no domínio
4, podemos afirmar que εsd está entre εyd e 10‰. (Domínio 3 ou Domínio 2).
A altura y ,do diagrama retangular de tensões, é dada por (NBR6118:2014, item 17.2.2.d):
, sendo que o parâmetro pode ser tomado igual a:
0,8 para 50MPa; ou
50
0,8 para 50MPa.
400
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
Nas seções retangulares, a tensão constante atuante até a profundidade pode ser tomada
igual a ∙ , sendo igual a:
0,85 para 50MPa, ou
Equações de equilíbrio
Md
Sejam : K
fc b d 2
y
y d
d
sd
1
f yd
Substituindo, temos:
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
d
d d
K 2 A s f yd d d
d2 fc b d 2
d
A s f yd 1
d
K 1
2 fc b d
Seja K 1
2
d
A s f yd 1
K K d
fc b d
d
A s f yd 1
d
K K
fc b d
fc b d K K
A s
f yd 1 d
d
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
As f yd f c b y A`s `sd
As f yd f c b d A`s f yd
f c .b.d . A`s . . f yd
As
f yd f yd
As As1 As 2
f c .b.d K K `
As 2 A´s . .
. f yd 1 d `
d
f c .b.d K K´
As 2
f yd d`
1
d
f c .b.d .
e As1 , mas como K` 1-
f yd 2
2 2
Temos : K´ K ` 0, é uma equação do 2º grau em ,
2 2
As1
f c .b.d
f yd
1 1 2K `
As As1 As 2
y x
Como K` 1- e ,
2 d d
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
xlim d xlim
cu yd
xlim cu
e
d cu yd
x
como , temos :
d
xlim cu
lim
d ( cu yd )
lim
K`L lim (1- )
2
À medida que o momento (M) aumenta, a L.N. abaixa (aumentando a área comprimida), de
modo a fazer o equilíbrio da seção.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
Ainda nesse sentido o item 17.2.3 da NBR 6118:2014 diz: “Nas vigas é necessário garantir
boas condições de dutilidade, respeitando os limites da posição da linha neutra (x/d), dados em
14.6.4.3, sendo adotada, se necessária, armadura de compressão.”
xlim cu f yd
lim ;
yd , inclusive para o CA60
d cu yd 21.000
f yd em kN / cm 2 .
Os valores de αlim, obtidos por meio das equações acima, estabelecem as condições para que
a seção não caia no domínio 4.
Agora, adotando também as condições do item 14.6.4.3, fica:
xlim
E considerando que lim e que KL ∝ ∙ 1 , podem-se obter os valores da
d
Tabela 1 abaixo, elaborada pelo Prof. Ney Amorim da Silva, da UFMG.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
L
CLASSE λ ξL= (x/d)L αL= (x/d)L KL ∝L ∙
Só haverá A´s (armadura de compressão, também chamada de armadura dupla), quando K> KL
e nesse caso K`= KL.
Se o momento (M) for pequeno (K é pequeno) não teremos armadura dupla. K ≤ KL faz-se
K`= K, zerando o valor de A`s.
Com relação aos valores do nível de tensão na armadura comprimida, tem-se:
3,5%o
d`
`s
x
sd Es s
1 (1)
f yd f yd
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
Assim, obtém-se a Tabela 2, adaptada de uma outra elaborada pelo Prof. Ney Amorim da
Silva, da UFMG.
CA 25 CA 50 CA 60
εcu εyd = 1,035 ‰ εyd = 2,070 ‰ εyd = 2,484 ‰
CLASSE
‰
(d/d’)≥ (d/d’)≥ (d/d’)≥
Até C50 3,500 3,155 5,439 7,655
C55 3,125 4,272 8,460 13,929
C60 2,884 4,456 10,123 20,600
C65 2,737 4,595 11,724 30,909
C70 2,656 4,681 12,950 44,120
C75 2,618 4,725 13,650 55,820
C80 2,604 4,742 13,933 62,000
C85 2,600 4,747 14,016 64,039
C90 2,600 4,747 14,016 64,039
Qualquer valor de (d/d´) maior que os valores acima, implica em φ=1,0. No entanto, se (d/d´) for
inferior aos valores acima, deve-se calcular φ pela expressão:
´
∙
L
∙ 1.
L
Vale observar que, para vigas usuais em concretos com fck ≤ 50 MPa, geralmente os valores de
(d/d’) são maiores que os da Tabela 2 acima e, consequentemente, o valor de =1 (isto
significa que o nível de tensão na amadura comprimida é igual a 1. No entanto, aumentando-se
a resistência do concreto, também aumentam os valores de (d/d’) para que seja igual a 1.
Tais valores elevados de (d/d’) não são, geralmente, utilizados nas vigas usuais em concreto
armado e, nestes casos, o valor de deve ser calculado pela última expressão acima.
Considerando os concretos com fck menores que 50 MPa e aço CA 50, tem-se que:
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
′
1,6905 1
Na Tabela 3, dada a seguir, elaborada pelo Prof. Ney Amorim da Silva (UFMG), agrupam-se os
parâmetros usuais do concreto, para o cálculo à flexão.
Comentários adicionais:
1) A posição mais comum das vigas é sob as lajes (a), porém pode-se executar a viga sobre a
laje (c), a qual denominamos de viga invertida, ou com a laje passando por seu intermédio (b),
a qual denominamos viga semi-invertida.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
2) Item 13.2.2 da NBR 6118:2014: “A seção transversal das vigas não deve apresentar largura
menor que 12cm. Este limite pode ser reduzido, respeitando um mínimo absoluto de 10 cm em
casos excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitados os cobrimentos mínimos exigidos por
esta norma.”
3) Para o cálculo da armadura longitudinal mínima de tração nas vigas, a NBR 6118:2014,
no item 17.3.5.2.1, adota a Tabela 17.3, reproduzida a seguir.
Retan-
0,15 0,15 0,15 0,164 0,179 0,194 0,208 0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256
gular
a
Os valores de min estabelecidos nestas Tabela pressupõem o uso de aço CA-50; d/h=0,8; c=1,4 e s=1,15. Caso
esses fatores sejam diferentes, min deve ser recalculado.
O Prof. Ney Amorim da Silva (UFMG) desenvolveu a Tabela 4 mostrada abaixo, com valores
usuais de d/h.
20 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150
25 0,151 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150
30 0,170 0,150 0,158 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150
35 0,188 0,157 0,175 0,150 0,164 0,150 0,153 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150
40 0,205 0,171 0,191 0,159 0,179 0,150 0,168 0,150 0,158 0,150 0,150 0,150
45 0,222 0,185 0,206 0,172 0,194 0,161 0,181 0,151 0,171 0,150 0,161 0,150
50 0,238 0,198 0,221 0,184 0,208 0,172 0,194 0,162 0,183 0,153 0,173 0,150
55 0,241 0,201 0,225 0,187 0,211 0,175 0,197 0,164 0,186 0,155 0,176 0,150
60 0,251 0,209 0,233 0,194 0,219 0,182 0,205 0,171 0,193 0,161 0,183 0,152
65 0,259 0,216 0,241 0,201 0,226 0,188 0,212 0,176 0,200 0,166 0,189 0,157
70 0,267 0,222 0,248 0,207 0,233 0,194 0,218 0,182 0,206 0,172 0,195 0,162
75 0,274 0,229 0,255 0,213 0,239 0,199 0,224 0,187 0,212 0,176 0,199 0,166
80 0,282 0,235 0,262 0,218 0,245 0,204 0,230 0,192 0,217 0,181 0,203 0,169
85 0,288 0,240 0,268 0,224 0,251 0,209 0,236 0,196 0,222 0,185 0,210 0,175
90 0,295 0,245 0,274 0,228 0,256 0,214 0,241 0,201 0,227 0,189 0,215 0,179
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
pele) deve ser 0,10% Ac,alma em cada face da alma viga e composta por barras de CA-50 ou
CA-60, com espaçamento não maior que 20 cm e devidamente ancorada nos apoios,
respeitando o disposto em 17.3.3.2, não sendo necessária uma armadura superior a 5 cm2/m
por face.
Em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode ser dispensada a utilização da armadura de
pele.
As armaduras principais de tração e de compressão não podem ser computadas no cálculo da
armadura e pele.
6) Vãos efetivos de vigas (item 14.6.2.4 da NBR6118:2014) - Nas vigas, o vão efetivo pode
ser calculado por:
;
Com a1 igual ao menor valor entre (t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor valor entre (t2/2 e 0,3h),
conforme a Figura abaixo.
É usual adotar o vão teórico como a distância entre os eixos dos apoios.
Nas vigas em balanço, o vão teórico é a distância da extremidade livre da viga até a face do
pilar, acrescida do menor valor entre (t1/2 e 0,3h).
30
FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
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FEA‐FUMEC – CONCRETO ARMADO
FLEXÃO NORMAL SIMPLES – SEÇÃO RETANGULAR (Prof. Tepedino)
A's
ccu fc=cfck/1,4
d' Rsc d'
y/2
s
y=x
Md Md
Rcc
x
(h/2)
(h/2)
LN
(d-y/2)
d
h
Rst
d" s
As
Vista lateral b
Seção transversal Deformações Tensões Resultantes
Dados: momento fletor, classe do concreto e as dimensões da seção, calcula-se K. Determina-se o valor de K’ em função de K e KL.
Se K ≤ KL → fazer K'=K
K
∙ ∙
Se K > KL → fazer K'=KL
Valores de KL
até
Classe C55 C60 C65 C70 C75 C80 C85 C90
C50
KL 0,295 0,238 0,234 0,231 0,228 0,225 0,222 0,218 0,215
′
∙
Quando ’sd<fyd, L
∙ 1 32
L
FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
33
FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
34
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
VIGAS DE SEÇÃO T
VIGAS DE SEÇÃO T
A uma viga de seção retangular podemos acrescentar DUAS abas ou UMA aba, conforme a
figura, formanto uma seção em forma de um T ou de um L. Desta maneira, a resultante no
concreto, de compressão, aumenta.
a) Momento Positivo
COMPRESSÃO NA MESA
M
TRAÇÃO NA MESA. NÃO funciona como T.
Funciona como SEÇÃO RETANGULAR
b) Momento Negativo
COMPRESSÃO NA MESA
36
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
A largura da mesa, bf, deve ser calculada da maneira a seguir, com base na figura abaixo.
bf bf
hf
hf
y2
y1
x1 x2
b4 b2
bw b1 bw b1
b3 ba b1
0,10 a
b1
0,5 b2
a = Distância entre pontos de momento fletor nulo.
0,10 a
b3
b4
37
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
Segundo a NBR-6118:2014, no item 14.6.2.2, “a largura colaborante bf deve ser dada pela
largura bw acrescida de no máximo 10% da distância (a) entre pontos de momento fletor nulo,
para cada lado da viga em que houver laje colaborante.
Para facilitar o entendimento do cálculo da distância (a), são dadas as ilustrações abaixo, para
as situações mais comuns de vigas:
1) Viga bi-apoiada
38
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
39
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
bf
ccu fc=cfck/1,4
hf /2
hf
Rcc MREF
x
MREF
(d-hf /2)
d
h
Asfyd
d" s yd
A
MREF é Momento de Referência As
bw
M A 0
hf
M REF Rcc (d )
2
hf
M REF f c b f h f (d )
2
bf bf
hf
MREF > Md
d
d
h
d" d"
As As
bbw
40
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
1) Verificar se a seção pode ser calculada como seção T (existe compressão na mesa?).
2) Calcular o valor de bf.
b f = b1 + ba + b1 0,10 a
b1
b f = b3 + ba + b3 0,5 b2
b f = b3 + ba + b1
0,10 a
b3
b4
3) Calcular o valor de MREF, dado pela fórmula:
h
M REF f c b f h f d f
2
4.1) Se MREF > Md, a linha neutra sobe, cortando parcialmente a mesa , e a viga
pode ser calculada como viga T, usando as fórmulas de seção retangular com b = bf.
4.3) Se MREF < Md, a linha neutra desce, cortando a nervura , e a viga deve ser
dimensionada pelo processo rigoroso.
41
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
Quando MREF < Md, a Linha Neutra desce, cortando a nervura, e a viga deve ser dimensionada
pelo processo rigoroso, que veremos a seguir:
bf
y/2
s
y=x
hf
Md Md
Rcc
(h/2)
LN
(d-y/2)
d
h
Rst
d" s yd
As
bbw
Ma 0
M d f c bw y(d y ) f c b f bw .h f d f
h
As ' sd
(d d ' ) 1
2 2
H 0
As f yd f c bw y f c b f bw .h f A's 'sd 2
hf
f c bw y (d ( y ) f c (b f bw )h f (d
2 A's 'sd (d d ' )
Md )
2
f c bw d 2
f c bw d 2
f c .bw .d 2 f c .bw .d 2
y
Md bf h f h f y d 2 A's 'sd (d d ' )
1 1
f c bw d 2 bw d 2d d2 f c .bw .d 2
Sejam:
Md b h hf
K f 1 f 1
f c bw d bw d
2
2d
y '
y d , sd , temos:
d f yd
42
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
K
.d d . d 2 A' .. f
s yd (d d ' )
d .d f c .bw .d .d
Seja K ' 1
2
A's . . f yd d '
K K ' 1
f c .bw .d d
f c .bw .d K K '
A's
. f yd 1 d ' d
Da equação 2 , temos:
As f yd f c bw y f c b f bw h f A's 'sd
As f yd f c bw d f c b f bw h f A's f yd
f c bw d f c bw b f A' s f yd
As 1h f
f yd f yd bw f yd
As1 As2
As As1 As2
f c .bw .d K K '
As2 A's As2
f yd 1 d ' d
f c bw d f c bw b f
As1 1 h f
f yd f yd bw
43
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
Mas como K ' 1 , temos uma equação do 2° grau em , e uma das raízes é
2
1 1 2 K ' , logo:
As1
f c bw d
f yd
f .b .d b
1 1 2 K ' c w f 1.h f
f yd .d bw
As1
f c bw d
bf
hf
1 1 2k ' bw 1. d
f yd
Se K KL K ' K
(Mesmas explicações da seção retangular)
Se K KL K ' KL
PRESCRIÇÕES DA NBR6118:2014
44
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
Segundo o item 18.3.7 da NBR-6118:2014, “os planos de ligação entre mesas e almas ou
talões e almas devem ser verificados com relação aos efeitos tangenciais decorrentes das
variações de tensões normais ao longo do comprimento da viga, tanto sob o aspecto de
resistência do concreto, quanto das armaduras necessárias para resistir às trações decorrentes
desses efeitos.
As armaduras de flexão da laje, existentes no plano de ligação, podem ser consideradas como
parte da armadura de ligação, complementando-se a diferença entre ambas, se necessário. A
seção transversal mínima dessa armadura, estendendo-se por toda a largura útil e ancorada na
alma, deve ser de 1,5 cm2 por metro”.
P4
45
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
CISALHAMENTO
46
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
1. FISSURAS DE CISALHAMENTO
= Tensão de tração
= Tensão de Compressão
1) Barras Dobradas
CAVALETE
2) Estribos
47
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
48
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
1) Não podemos atribuir às barras dobradas mais do que 60% do esforço de cisalhamento.
2) Logo, em consequência, os estribos devem resistir a um mínimo de 40% do esforço
total de cisalhamento.
3) A tensão nas barras dobradas deve ser reduzida de 30%, ou seja, a tensão de
cálculo = 0,70.fyd.
4) A tensão de cálculo nas barras de combate ao cisalhamento deve obedecer a:
A sw f
ρsw 0,2 ct , m
b w s senα f ywk
Para s = 100 cm (estribos totais em 100 cm) e, considerando fywk = 500 MPa, estribos com
= 90º, temos:
49
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
0,012
A sw,mín b w (f ck ) 2 / 3 0,006 b w (f ck ) 2 / 3; em cm2 /m ; estribos simples (dois ramos).
2
Vsd
sendo wd e wd2 a tensão limite de cisalhamento, que está tabelada na página 52.
bw d
TRELIÇA DE MÖRSCH
biela
comprimida s (espaçamento das barras tracionadas)
banzo comprimido
h d
z
zcotg zcotg
Vsd
banzo tracionado
z(cotg+cotg)
50
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
VRd 2 = força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas, obtida
de acordo com o modelo de Cálculo I ou II, descritos adiante.
VRd 3 Vc Vsw = força cortante de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal, onde Vc é a
parcela de força cortante absorvida por mecanismos complementares ao de uma treliça e Vsw é
a parcela resistida pela armadura transversal, ambas obtidas de acordo com o modelo de
cálculo I e II descritos adiante.
O modelo de cálculo I admite diagonais de compressão inclinadas de θ=45º e admite ainda que
a parcela complementar Vc tenha valor constante, independente de VSd .
VRd 2 0,27 v 2 f cd bw d wd 2 bw d
Onde,
51
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
Obs.: Embora para o cálculo de v 2 a unidade utilizada seja o MPa, para a obtenção do
VSd
wd wd 2 0,27 v 2 f cd
bw d
fck (MPa)
wd2 (kN/cm2)
20 0,355
25 0,434
30 0,509
35 0,581
40 0,648
45 0,712
50 0,771
wd wd2
Modelo I
Mo
Vc Vc 0 1 2 Vc 0 na flexo-compressão
M Sd max
Com
(3)
Vc 0 0 ,6 f ctd b w d τ c 0 b w d
52
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
2/3
f ctk,inf 0,7 0,3f ck
f ctd
γc γc
Da equação (3)
0,7 0,3f ck2 / 3
0, 6 b w d τc0 b w d
1, 4
c0=0,09 fck2/3 ; com fck em MPa, para fck 50MPa. O resultado deve ser transformado em kN/cm2.
z
s
z(cotg + cotg)
VSd
53
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
0
Supondo θ = 45 , modelo I
Vsw Dst sen
z (cotg + cotg )
A sw f yd Dst
s
z cot g cot g
Vsw A sw f yd senα
s
0,90d A sw
Vsw 43,5
s
VSd V V
c 0 sw
bw d bw d bw d
0,90 d A sw 43,5 1
τ wd τc0
s bw d
A sw 39,15
τ wd τ c0 , então:
s bw
54
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
A sw τ wd τ c0
bw
s 39,15
τ τ
Asw wd c0 100 b w
39,15 Área total em cm2 (deve ser dividida por 2 ramos)
VSd
wd ; c0=0,09 f ck2 / 3 ; com fck em MPa, para fck 50MPa (Ver tabela 2)
bw d
Onde:
55
FEA – FUMEC Concreto Armado I - Cisalhamento
wd2
fck (MPa) wd wd2
θ=30º θ=45º
VRd 3 Vc Vsw
Com:
c1 Vc1 b d
w
56
FEA – FUMEC Concreto Armado I - Cisalhamento
A
Vsw sw z ( cot g + cot g ) f ywd senα
s
τ wd τ c1
Asw 100 bw Área total em cm2 (deve ser dividida por 2 ramos).
39 ,15 cot gθ
57
FEA-FUMEC Concreto Armado – Cisalhamento
58
FEA-FUMEC Concreto Armado – Cisalhamento
59
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
LAJES
60
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
LAJES
As lajes são calculadas como placas, podendo ser usado o Regime Elástico.
Ma, Mb = Momentos fletores positivos máximos, por unidade de largura da laje (Ma atuando na
direção do vão a e Mb atuando na direção do vão b).
Xa, Xb = Momentos fletores negativos máximos, por unidade de largura da laje (Xa atuando na
direção do vão a e Xb atuando na direção do vão b).
62
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
MOMENTOS FLETORES
p a²
Momentos positivos =
m
p a²
Momentos negativos =
n
p = carga total distribuída
p=g+q
g = carga permanente
q = carga acidental
b = 5,20m
Laje Tipo C
a = 4,0m
h=8 b 5,20
1,30
a 4
5,20
b
Entrando na tabela Laje Tipo C , 1,30 ,
a
temos os coeficientes:
63
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
p a² 4,5 4²
Ma 2,93 kN m
ma 24,6
p a² 4,5 4²
Mb 1,80 kN m
mb 40
p a² 4,5 4²
Xa 6,73 kN m
na 10,7
p a² 4,5 4²
Xb 5,63 kN m
nb 12,8
2,93
Ma
Mb Xb 1,80 5,63
6,73
Xa
REAÇÕES DE APOIO
Ra = Reação de apoio, suposta uniformemente distribuída, que ocorre nas bordas a (no caso
em que as duas bordas tenham diferentes condições de apoio, R’a será a menor reação,
correspondendo à borda apoiada, e R”a a maior reação, correspondendo ao engaste).
64
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
a a
Ra R'a
R' r' p a
R r p a ou a a
1m
R"b
R'b
Rb
Rb
b
R"a r"a p a
Ra R"a
1m
4,05
1m
3,29
5,71
1m
a
7,02
FLECHAS
Vejamos em primeiro lugar o caso da laje armada em duas direções, para a qual usamos a
FÓRMULA de Bares (Tabela 3 – Folha 10).
65
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
Flecha imediata
Teremos também os mesmos 6 (seis) tipos de lajes e a flecha é dada por:
p* a 4
Flecha imed x , x é obtido na Tabela 3.
Ec s h 3
p* g 2 q
g carga permanente
q carga acidental
2 fator de redução de combinação quase permanente
sendo:
∝ = 1,2 para basalto e diabásio
∝ = 1,0 para granito e gnaisse
∝ = 0,9 para calcário
∝ = 0,7 para arenito
De acordo com a NBR 6118:2014, é necessário verificar se, para o momento máximo no vão,
a laje está trabalhando no Estádio I ou Estádio II. Portanto, deve-se fazer a comparação do
momento de serviço com o momento de fissuração.
66
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
Momento de serviço:
M serviço M g 2 M q
Ic
M r f ct
yt
Caso o momento de serviço M serviço M g 2 M q seja menor que o momento de
fissuração Mr, a laje está trabalhando no Estádio I, caso contrário, está no Estádio II.
M serviço M r Estádio I
M serviço M r Estádio II
67
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
O item 19.3.1 da NBR 6118:2014, Estado Limite de Deformação em Lajes, estabelece que
devem ser usados os mesmos critérios dados para as vigas (item 17.3.2), tanto para o
Estádio I quanto para o Estádio II.
Os critérios para a flecha imediata em vigas se baseiam no cálculo de rigidez equivalente pela
formulação de Branson, a saber:
M
3
M
3
EI eq E cs r I c 1 r I II E cs I c
M a M a
Ma = Momento fletor da seção crítica do vão considerado, momento máximo no vão para vigas
biapoiadas ou contínuas e momento no apoio para balanços, para a combinação de ações
considerada nessa avaliação;
Es
n Relação Modular
Ecs
b x2
n 1 A' s x d ' n As ( d x)
2
b x3
I II n 1 A' s x d ' n As (d x) 2
2
3
68
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
Segundo o Prof. Ney Amorim da Silva, “Quando o momento em serviço for menor que o de
fissuração, ou seja, estádio I, deve-se adotar para a rigidez equivalente a equação
(EI)eq = Ecs . Ic.
Quando ocorrer o estádio II em lajes armadas em duas direções, a rigidez equivalente de
Branson deve ser usada, conforme recomendação da NBR 6118.
M
3
M
3
Estádio II - EI eq E cs r I c 1 r I II E cs I c
M a M a
A equação de Bares, que calcula a flecha em lajes retangulares, apresenta o valor do produto
Ecs.h3 e não a rigidez à flexão EI. Portanto, no cálculo da flecha no Estádio II, para levar em
conta a rigidez equivalente, basta usar na fórmula de Bares o valor da altura equivalente
heq=(12.Ieq/100)(1/3)” .
Ou seja:
p* a 4
Flecha imed x , x é obtido na Tabela 3.
Ec s heq
3
69
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
Para o uso da fórmula acima, é necessário analisar se a laje está trabalhando no Estádio I ou
Estádio II.
Para Estádio I, (EI)eq=Ecs Ic=Ecs (bh3/12)
Para Estádio II, usar a fórmula de Branson para o cálculo de (EI)eq, dada na página 68, com III
da seção fissurada.
Leva-se em conta o efeito da fluência. Chamando a flecha imediata de fimediata, a flecha diferida
f∞ é dada por:
f=fimediata (1+f )
A'
f onde ρ' s
1 50 bd
TEMPO (T)
MESES
0 0,5 1 2 3 4 5 10 20 40 ≥70
COEFICIENTE
(T) 0 0,54 0,68 0,84 0,95 1,04 1,12 1,36 1,64 1,89 2
15 dias
≥70 meses
70
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
f f imediata ( 1 α f )
f f imediata (1 1,46)
f fimediata 2,46
b = 5,20m
Laje Tipo C
a = 4,0m
h=8 b
1,30
a
5,20
p* a 4 p* g 2 q
f imediata x
Ec h3
No exemplo
revestimen to 1,0 kN/m
2
4,5 kN/m 2
71
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
M serviço calculadocom p* :
p* a 2 3,45 42
Ma,serviço 2,24 kN m
ma 24,6
Coeficiente de momento obtido na tabela 1- Folha 8
Mr= Momento de fissuração
Ic
M r α f ct
yt
1,5 (seção retangular )
2 2
f ct fctm 0,3 fck 3 0,3 20 3
2,21MPa 0,221 kN/cm 2
3
Ic bh , yt h
12 2
100 83
Mr 1,5 0,221 12 354 kN cm ou 3,54 kN m
8
2
Neste caso, não há necessidade de reduzir o momento de inércia da seção bruta, ou seja,
Supondo que o agregado graúdo seja gnaisse, para o qual ∝ = 1,0, temos:
0,85 1,0 5600√20
21287 2128,7 /
72
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
p* a 4 3,45 4 4
f imediata x 0,038 0,00307 m
Ec h 3 2.128,7 10 4 0,08 3
ou na unidade cm
0,000345 400 4
f imediata 0,038 0,307 cm
2.128,7 8 3
vão 400
f adm 1,6 cm
250 250
73
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
a) ESPESSURAS MÍNIMAS
De acordo com o item 13.2.4.1 da NBR-6118:2014, “nas lajes maciças devem ser res-
peitados os seguintes limites mínimos para a espessura h:
a) 7 cm para lajes de forro não em balanço;
b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;
c) 10 cm para lajes em balanço;
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
ℓ
f) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, para lajes de piso biapoiadas e
ℓ
para lajes de piso contínuas;
h (cm) ≥19 18 17 16 15 14 13 12 11 10
γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45
sendo:
γn = 1,95 – 0,05 h;
h é a ltura da laje, expressa em centímetros (cm).
NOTA: O coeficiente γn deve majorar os esforços solicitantes finais de cálculo nas lajes em balanço
quando de seu dimensionamento
No item 14.7.8, a NBR 6118:2014 define “lajes-cogumelo como lajes apoiadas di-
retamente em pilares com capitéis, enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem
capitéis”. Capitel é a região no entorno dos pilares, com uma espessura maior que a da
laje, para possibilitar a resistência aos esforços de punção.
74
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
b) ARMADURAS
O item 20.1 da NBR 6118:2014 traz as prescrições gerais sobre detalhamento de lajes:
“As armaduras devem ser detalhadas no projeto de forma que, durante a execução, seja
garantido o seu posicionamento durante a concretagem.
Qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro no máximo igual a h/8.
Nas lajes maciças armadas em uma ou duas direções, em que seja dispensada armadura
transversal de acordo com 19.4.1, e quando não houver avaliação explícita dos acréscimos das
armaduras decorrentes da presença dos momentos volventes nas lajes, toda a armadura
positiva deve ser levada até os apoios, não se permitindo escalonamento desta armadura. A
armadura deve ser prolongada no mínimo 4 cm além do eixo teórico do apoio.
c) COBRIMENTO MÍNIMO
CAA Cnominal 20 mm
CAA Cnominal 25 mm
CAA Cnominal 35 mm
CAA V Cnominal 45 mm
Obs.: Permite-se reduzir 5mm nos valores acima quando houver um adequado controle de
qualidade durante a execução, mas a exigência de controle rigoroso deve ser explicitada nos
desenhos de projeto.
75
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
Comentários:
e) ARMADURA EM BALANÇOS
/2 /2 /2 /2
L1 L2
BALANÇO
76
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
77
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
ANEXO A
Tabela de cargas acidentais da NBR6120:1980
Carga
Local
KN/m2
1- Arquibancadas 4
2- Balcões Mesma carga da peça com a qual se comunica e as previstas -
para parapeitos e balcões (ver adiante)
3- Bancos Escritórios e banheiros 2
Salas de diretoria e de gerência 1,5
Sala de leitura 2,5
Sala para depósito de livros 4
4- Bibliotecas Sala com estantes de livro, a ser determinada em cada caso ou
2,5 kN/m2 por metro de altura observado, porém o valor mínimo 6
de
5- Casa de (incluindo o peso das máquinas) a ser determinada em caso,
máquinas porém com o valor mínimo de 7,5
Platéia com assentos fixos 3
6- Cinemas Estúdio e platéia com assentos móveis 4
Banheiro 2
Sala de refeição e assembléia com assentos fixos 3
7- Clubes Sala de assembléia com assentos móveis 4
Salão de danças e salão de esportes 5
Sala de bilhar e banheiro 2
8- Corredores Com acesso ao público 3
Sem acesso ao público 2
9- Cozinhas não A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de 3
residenciais
10- Depósitos A ser determinada em cada caso e na falta de valores -
experimentais conforme a tabela 1 da NBR-6120
11- Edifícios Dormitório, sala, copa, cozinha e banheiro 1,5
residenciais Despensa, área de serviço e lavanderia 2
12- Escadas Com acesso ao público 3
Sem acesso ao público 2,5
13- Escolas Anfiteatro com assentos fixos, corredor e sala de aula 3
Outras salas 2
14- Escritório Salas de uso geral e banheiro 2
78
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
Carga
Local
KN/m2
15- Forros Sem acesso a pessoas 0,5
16- Galerias de A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de 3
arte
17- Galeria de A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de 3
lojas
18- Garagens e Para veículos de passageiros ou semelhante com carga máxima
estacionamento de 25 kN. Valores de indicados adiante 3
19- Ginásio de 5
esportes
Dormitórios, enfermarias, sala de recuperação, saal de cirurgia,
20- Hospitais sala de raio X e banheiro 2
Corredor 3
21- Laboratórios Incluindo equipamentos, a ser determinada em cada caso, porém
com o mínimo de 3
22- Lavanderias Incluindo equipamentos 3
23- Lojas 4
24- Restaurantes 3
25- Teatros Palco 5
Demais dependências: cargas iguais às especificadas para -
cinemas
Sem acesso ao público 2
Com acesso ao público 3
26- Terraços Inacessível a pessoas 0,5
Destinados a heliportos elevados: as cargas deverão ser
fornecidas pelo órgão competente do Ministério da Aeronáutica -
27- Vestíbulo Sem acesso ao público 1,5
Com acesso ao público 3
79
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
80
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
c/10
L1 L2 L3
N2
38
N2
N4
N1 57 Ø 8 c/10 C=415
57 N3 c/10
129
N1 57 Ø 10 C/10 C=230
11
11
L2 L3
L1
129
N2 71 Ø 8 C/8 C=230
11
11
81
Exemplo 1
Concreto C20
20 480 20 Aço CA50 ou CA60
Edifício residencial
Revestimento de piso é 1,0 kN/m2.
Sobrecarga é 2,0 kN/m2.
680
L1
V4
V3
h=11 Solução:
1. Cargas atuantes na laje
Peso próprio =1x1x0,11x25= 2,75 kN/m2
A A Revestimento = 1,0 kN/m2
V2 Sobrecarga = 2,0 kN/m2
P3 P4 Carga total p = 5,75 kN/m2.
20
V3 V1 V4 p=g+q, sendo:
P1 P2 g =carga permanente = 3,75 kN/m2.
Corte AA
q = carga acidental = 2,0 kN/m2.
Nota: medidas em cm
2. Cálculo dos MOMENTOS FLETORES
∙ ,
Mb= = 5,75 kN. m
a= 5 m
3. Armaduras
N1-61Ø8.0c/11-515
82
4. Cálculo da Flecha
A laje é tipo A com 1,4 da tabela de Flechas ‐ lajes retangulares, tem‐se o valor de x=0,083.
∗ ∗ ,
A carga em serviço é ∙ 3,75 0,3 2,0 4,35 / ou /
,
Assim, , ç 7,71 . = 771 kN.cm
,
Comparando Mr com Ma,serviço, verificamos que Mr < Ma,serviço a laje está trabalhando no ESTÁDIO II e
deve ser empregada a FÓRMULA DE BRANSON:
∙ ∙ 1 ∙ ∙
∝∙ ; sendo:
0,653 e 11092
83
Para o cálculo do MOMENTO DE INÉRCIA NO ESTÁDIO II, é necessário o valor da altura da linha neutra no
estádio II, que é a raiz da seguinte equação:
∙ ´ ´
1 ∙ ∙ ∙ ∙ , sendo a relação modular 9,86
´
A armadura de compressão 0, pois . Assim, temos:
∙
9,86 4,57 8,5 , tendo sido considerada , 4,57 8.0 /11
∙ ´ ´
1 ∙ ∙ ∙ ∙ , ficando:
,
0 9,86 4,57 8,5 2,36 ≅ 2137
7985 ,.
A flecha imediata é:
∗
∙ 4,35 500
∙ 0,083 1,106
∙ 10 2129 9,86
ã 500
2,0
250 250
84
4.7. Conclusão
Como a laje não passou na flecha (ou seja, não foram cumpridas as verificações de norma
no que diz respeito à flecha da laje)
Seja, então, adotar a terceira solução, ou seja, calcular um valor de contraflecha a ser aplicada à laje, desde
que seja obedecido o limite de norma (NBR6118:2003):
ã 500
1,42
350 350
85
FEA‐FUMEC Concreto Armado ‐ Estudo das Lajes
Exemplo 2
Calcular a flecha final em uma laje armada em uma direção, biapoiada, com vão de 4 m e espessura igual a
10 cm.
Dados: o concreto é C25; o aço é CA50 ou CA60, o edifício é residencial; o revestimento de piso é 1,0 kN/m2
e a sobrecarga é 2,0 kN/m2.
Solução:
1. Cargas atuantes na laje
p=g+q, sendo:
g =carga permanente = 3,5 kN/m2.
q = carga acidental = 2,0 kN/m2.
2. Cálculo dos MOMENTOS FLETORES
Como a laje é armada em UMA direção, calcula‐se como uma viga, cuja seção transversal tem a base
igual a 1 m e altura igual à espessura da laje (100 x h).
3. Armaduras
Para M=11 kN.m k=0,18 As,calc=5,24 cm2/m (CA50) da tabela de AÇO, temos: N1‐10.0c/14
As,existente=5,61 cm2/m
4. Cálculo da Flecha
∗ ∗ ,
A carga em serviço é ∙ 3,5 0,3 2,0 4,1 / ou /
,
Assim, ç 8,2 . = 820 kN.cm
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FEA‐FUMEC Concreto Armado ‐ Estudo das Lajes
Comparando Mr com Ma,serviço, verificamos que Mr < Ma,serviço a laje está trabalhando no ESTÁDIO II e
deve ser empregada a FÓRMULA DE BRANSON:
∙ ∙ 1 ∙ ∙
0,475 e 8333
Para o cálculo do MOMENTO DE INÉRCIA NO ESTÁDIO II, é necessário o valor da altura da linha neutra no
estádio II, que é a raiz da seguinte equação:
∙ ´ ´
1 ∙ ∙ ∙ ∙ , sendo a relação modular 8,70
´
A armadura de compressão 0, pois . Assim, temos:
∙
8,70 5,61 7,5 , tendo sido considerada , 5,61 10.0 /14
∙ ´ ´
1 ∙ ∙ ∙ ∙ , ficando:
,
0 8,70 5,61 7,5 2,261 ≅ 1725
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FEA‐FUMEC Concreto Armado ‐ Estudo das Lajes
Como a flecha imediata é calculada para uma faixa de um metro de largura, a carga p* é uma carga
uniformemente distribuída:
∗ , ,
100 /
∗
∙ ∙ 4,1 400
5 1,16
384 10 384 11746560
ã 400
1,60
250 250
4.7. Conclusão
Como a laje não passou na flecha (ou seja, não foram cumpridas as verificações de norma
no que diz respeito à flecha da laje)
Seja, então, adotar a solução de aplicar uma contraflecha à laje, obedecendo o limite de norma
(NBR6118:2014):
ã 400
1,14
350 350
Conclui‐se que, neste caso, a solução de contraflecha NÃO pode ser aplicada. Deve‐se AUMENTAR a
ESPESSURA da laje e refazer todo o cálculo.
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