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11/12/2012

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO


DEP. DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

AULA 04
Estrutura de Concreto Armado I

Material Estrutural Concreto

Concreto
• A mistura em proporção adequada de cimento,
agregados e água resulta num material de
construção – o concreto – cujas características
diferem substancialmente daquelas apresentadas
pelos elementos que o constituem.
• Segundo a NBR 6118, sua massa específica seca
deve ser maior que 2000 kg/m³ e menor que
2800 kg/m³.
• Adotar 2400 kg/m³ concreto simples e 2500
kg/m³ concreto armado, se não forem
conhecidas.

Classificação
• Segundo a NBR 8953 “os concretos são
classificados em grupos de resistência, grupo I e
grupo II, conforme a resistência característica à
compressão (fck)”.

Apenas Normas
fundações
Armadur
Internacionais
Armadur
a Passiva
a Ativa

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Dilatação térmica
• Para efeito de análise estrutural : 10-5/ºC.
• Este valor combina com o valor do aço
estrutural, e essa é uma das principais razões
para que o concreto armado funcione
estruturalmente.

Resistência à compressão
• Ensaios em corpos cilíndricos NBR 5738 e 5739;
• O corpo-de-prova padrão brasileiro é o
cilíndrico, com 15cm de diâmetro e 30cm de
altura, e a idade de referência para o ensaio é 28
dias.

Resistência à compressão

• Se não foi possível avaliar a resistência aos 28


dias ou mais, pode-se usar a seguinte relação:

f ckj  f ck  1 
1  exp s 1  28 / t 1/ 2 
• s=0,38 para concreto de cimento CPIII e IV
• s=0,25 para concreto de cimento CPI e II
• s=0,20 para concreto de cimento CPV-ARI
• t= tempo em dias

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Resistência à compressão

• Fc, número grande de CP’s:

• fcm – resistência média dos CP’s


• fck – resistência característica
• s – desvio-padrão
f ck  f cm  1,65  s

Resistência à tração

• Ensaios
▫ Tração indireta (fct,sp) NBR-7222
▫ Tração na flexão (fct,f) NBR-12.142
▫ Tração direta – difícil execução

f ct  0,9 f ct ,sp f ct  0,7 f ct , f

Resistência à tração
• Sem ensaios
▫ Valores médios ou característicos:

f ct ,m  0,3 f ck2 / 3
f ctk ,inf  0,7 f ct ,m
f ctk ,sup  1,3 f ct ,m
• NB1/1978
▫ 10% do fck

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Módulo de Elasticidade

• Módulo de Deformação Tangente Inicial, Eci


▫ Análises locais, elementos
▫ Ensaio NBR 8522
▫ Sem ensaio
Eci  5600 f ck1/ 2
• Módulo de Elasticidade Secante, Ecs
▫ Análises globais
▫ Análises elásticas, estados limites de serviço

Ecs  0,85Eci

Coeficiente de Poisson e G
• Segundo a NBR 6118, “para tensões de
compressão menores que 0,5 fc e tensões de
tração menores que fct, o coeficiente de Poisson
ν pode ser tomado como igual a 0,2”.
• G – módulo de deformação transversal,
relacionado com o módulo secante.

E
G
2(1   )
Gc  0,40Ecs

Diagrama Tensão-Deformação
• Concreto à Tração
▫ Bilinear

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Diagrama Tensão-Deformação
• Concreto à Compressão
▫ Linear até 0,5 fc – Adotar Ecs
▫ Diagrama idealizado - ELU

f ck
f cd 
c

Nota histórica I
• Para levar em conta o efeito Rüsch as normas
acrescentaram o fator redutor de 0,85 na tensão
máxima fcd que pode ser aplicada no concreto.
O fator 0,85 funciona como um fator corretivo,
dado que a resistência de cálculo fcd é
determinada por meio de ensaios de corpos-de-
prova cilíndricos em ensaios de compressão que
têm a duração em torno de 2, 3 ou 4 minutos,
enquanto que nas estruturas de concreto o
carregamento é aplicado durante toda a vida útil
da estrutura, ou seja, durante muitos anos.

Nota histórica I

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Nota histórica II
• Gráficos de LEONHARDT & MÖNNIG, 1982

Fluência

• Fluência é uma deformação diferida, causada


por uma força aplicada. Corresponde a um
acréscimo de deformação com o tempo, se a carga
permanecer.
• Ao ser aplicada uma força no concreto, ocorre
deformação imediata, com uma acomodação dos
cristais. Essa acomodação diminui o diâmetro dos
capilares e aumenta a pressão na água capilar,
favorecendo o fluxo em direção à superfície. Tanto a
diminuição do diâmetro dos capilares quanto o
acréscimo do fluxo aumentam a tensão superficial
nos capilares, provocando a fluência.

Deformação por temperatura


• Define-se coeficiente de variação térmica αte como
sendo a deformação correspondente a uma variação
de temperatura de 1°C. Para o concreto armado, para
variações normais de temperatura, a NBR 6118
permite adotar αte = 10-5 /°C.
• Na versão anterior da NBR 6118, NB1, era permitido
dispensar-se a variação de temperatura em estruturas
de concreto interrompidas por juntas de dilatação a
cada 30 m, no máximo.
• O que se recomenda para estruturas de correntes e de
pequeno porte.
• Junta de dilatação é uma separação real da construção
e da estrutura em blocos independentes. Não há
transmissão de esforços.

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Deformação por temperatura

Próximas Aulas
Material estrutural Aço.
Noções sobre o lançamento
estrutural.

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