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UNIVERSIDADE DE ITAÚNA

ENGENHARIA CIVIL

Victor Diniz

PROJETO DE PESQUISA

ITAÚNA-MG
2023
CORROSÃO ATRELADA AO FCK DO CONCRETO
PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO

Projeto de pesquisa apresentado à


UNIVERSIDADE DE ITAÚNA como
requisito parcial para a aprovação do curso
de Engenharia Civil.
Orientador:
Coorientador

ITAÚNA-MG
2023
I – Introdução

a) Tema do Projeto
Corrosão atrelada ao fck do concreto. Subtitulo Prevenção e recuperação.

b) Breve Abordagem sobre o Tema do Projeto


O fck é uma sigla referente ao termo inglês “Feature Compression
Know”. Apesar da tradução livre não fazer menção direta ao concreto, no
Brasil o termo é referido para designar a resistência caraterística do concreto
à compressão. O conceito do fck é imprescindível para projetos estruturais em
concreto. Os cálculos considerando as propriedades corretas de resistência
podem colaborar significativamente na quantificação exata de materiais, que
por sua vez afeta no setor orçamentário da obra.
O fck é definido pela ABNT NBR 6118:2014, como sendo a resistência
característica do concreto à compressão. É uma variável de grande
importância para a correta elaboração de projetos estruturais. Sua unidade no
SI é o Mega Pascal (MPa).
A norma diz ainda que quando não for especificada a data, o fck é a
resistência característica do concreto à compressão aos 28 dias de idade.
Além do fck é utilizado também em projetos de dosagem de concreto o fcj,
que se refere a resistência do concreto à compressão em j dias de idade.

Essa resistência é medida através do ensaio de compressão, normatizado


pela ABNT NBR 5739:2018 e de um cálculo estatístico específico. O método
de obtenção do fck é relevante principalmente para garantia de resistência
utilizada em cálculos estruturais, assim como a correta produção do concreto,
tanto para concretagem de elementos estruturais como para empresas que
fabricam elementos pré-moldados.

Em todo projeto estrutural de concreto, é obrigatória a especificação do fck


que foi utilizado para cálculo, assim essa informação deve ser passada para
equipe responsável executora do projeto.

O Pascal é a pressão exercida pela força equivalente a 1 Newton, distribuída


uniformemente sobre uma superfície de região plana com área de 1 m², e que
esteja perpendicular a força aplicada, ou seja:
1 Pascal (Pa) = 1 Newton/metro quadrado (N/m²)

Mega é unidade de 1 milhão, e 1 Newton equivale a 0,101972 kgf/m², então:

1 Mega Pascal (MPa) = 1 milhão de Pascal (Pa) = 10,1972 kgf/cm²

Para projeto, usualmente este valor é aproximado para 10 kgf/cm². Por


exemplo, um concreto com fck de 20 MPa tem uma resistência característica
a compressão de 200 kgf/cm².

Ensaio de compressão do concreto: A NBR 5738:2015 – Concreto –


procedimento para moldagem e cura do corpo de prova – trata
especificamente das etapas e procedimentos que devem ser realizados para
a moldagem de corpos de prova. Essa moldagem é uma etapa essencial para
realização do ensaio do concreto à compressão, que é o que determina o fck.

O ensaio de compressão por sua vez é normatizado pela ABNT NBR


5739:2018 – Concreto — Ensaio de compressão de corpos de prova
cilíndricos.

Moldagem corpos de prova: A primeira fase é a moldagem dos corpos de


prova cilíndricos, estes podem ter dimensões variáveis, sendo obrigatório que
a altura seja o dobro do diâmetro, podendo ter uma variação aceitável
máxima de 1% para o diâmetro e de 2% para altura. As dimensões de
diâmetro podem ser de: 10 cm, 15 cm, 20 cm, 25 cm, 30 cm ou 45 cm. O
padrão de corpo de prova cilíndrico utilizado no Brasil é o de 15 cm de
diâmetro e 30 cm de altura.

As formas dos corpos de prova devem ser previamente lubrificadas com uma
fina camada de óleo mineral. O concreto deve ser então inserido nas formas e
corretamente adensado, conforme as especificações de adensamento
(manual ou mecânico) que a norma trata.

Cura: Os corpos de prova devem ser submetidos a uma cura inicial de até 24
horas em local seguro, em seguida são desmoldados e devem ser
encaminhados para cura úmida até o momento do ensaio. Antes do ensaio é
realizada a preparação das superfícies do corpo de prova, que pode ser
realizada por retificação ou capeamento.
Rompimento: Na segunda fase é realizado o rompimento dos corpos de
prova. Os diâmetros e altura dos corpos de prova devem ser conferidos com
exatidão antes de se iniciar o rompimento. Estes devem atender às variações
máximas permitidas. A máquina para o ensaio deve atender as
especificações da ABNT NBR ISO 7500-1.

O carregamento aplicado ao corpo de prova pela máquina deve ser realizado


de maneira contínua e sem choques. A velocidade ideal estabelecida pela
norma é de 0,45 + ou – 0,15 MPa por segundo, e só deve ser interrompido
com a ruptura.

A resistência à compressão (fc) do corpo de prova é obtida dividindo o valor


resultante do ensaio, pela área da seção do corpo de prova em cm². Assim, é
obtida a resistência em kgf/cm² que se dividida ainda por 10,1972 obtém-se a
resistência em MPa.

O esclerômetro é um aparelho utilizado para medir a dureza da superfície de


estruturas em concreto. Ele é utilizado para determinar a resistência à
compressão superficial do concreto. O ensaio de esclerometria é realizado
segundo a ABNT-NBR 7584 e consiste em um método não destrutivo que
mede in loco a dureza superficial do concreto. O esclerômetro funciona com
uma mola que empurra um martelo em alta velocidade, que golpeia a
superfície da amostra a ser testada. O esclerômetro é regulamentado pela
NBR 75844.

Fck’s usuais em estruturas de concreto

O concreto é um dos elementos da construção civil que mais evoluiu em


relação às novas tecnologias. Atualmente existem no mercado concretos com
fck’s altíssimos, podendo chegar até 100 MPa. A ABNT NBR 8953:2015 –
Concreto para fins estruturais — Classificação pela massa específica, por
grupos de resistência e consistência – classifica os concretos estruturais em
dois grupos de acordo com o fck:
Além disso, a NBR 6118:2014 trata de recomendações para utilização das
classes de resistência de acordo com as classes de agressividade ambiental
(CAA):

c) Problema da Pesquisa
A prevenção e recuperação. A prevenção da corrosão do concreto é uma
questão complexa que requer uma abordagem integrada e colaborativa entre
projetistas, construtores e especialistas em materiais. A adoção de soluções
múltiplas e personalizadas, considerando as características específicas de
cada projeto e ambiente, é essencial para garantir a durabilidade e a
longevidade das estruturas de concreto.

d) Hipóteses
Causa seria a execução incorreta, definições de recobrimentos incorretos
perante a classe de agressividade ambiental, armazenamento incorreto dos
materiais de construção (ferragens já deterioradas antes da execução da
concretagem), percolação de água pela estrutura etc.

II – Justificativa
O Concreto é um material muito utilizado atualmente na construção, sua função
primordial nas estruturas é resistir à compressão uma vez que sua resistência a
tração é baixa o que resulta na utilização de barras de aço para suportar estas
cargas. A classe de agressividade do ambiente define a espessura mínima de
recobrimento (face do concreto até a barra de aço), está relacionada diretamente
com a vida útil da edificação caso o recobrimento não esteja de acordo com as
normas pode ocorrer a deterioração do concreto e por consequência afetar a
estabilidade das armaduras. Quando notado patologias de corrosão é indicado
recuperar as estruturas o mais rápido possível pois com o passar do tempo o
problema tende sempre a aumentar gradativamente gerando também um gasto
financeiro cada vez maior para a recuperação das estruturas. A forma mais
econômica é a prevenção, seja com aditivos no concreto ou até mesmo com a
utilização de revestimentos ou pinturas epóxi em ambientes muito agressivos como
litorais, pontes e viadutos (locais de difícil acesso dificultando a vistoria). Para que o
concreto tenha uma boa qualidade é necessário um bom controle no seu preparo
principalmente na obra (betoneiras) pois o traço pode não ser homogêneo por erro
humano, é fundamental também o controle de qualidade com ensaios laboratoriais
como recolhimento e rompimento dos corpos de provas, mapeamento das
concretagens(masseiros ou caminhões) para se acaso o laboratório aponte erros as
devidas providências sejam tomadas com o lote de concreto reprovado (demolição
ou reforço estrutural dos elementos).
III – Metodologia
Informaremos sobre a história do concreto; explicaremos a importância do fck do
concreto, classe de agressividade ambiental, principais erros de execução (falta de
recobrimento por não utilização de espaçadores), traço inadequado do concreto
(usinado e produzido na obra), etc...
Procuraremos uma edificação que apresente corrosão do concreto em sua estrutura
para estudo e execução de teste com Esclerômetro/Durômetro. Após análise dos
ensaios visuais e laboratoriais desenvolveremos uma conclusão sobre a causa e
recuperação da estrutura.

IV – Referências

Nelso Schneider:https://nelsoschneider.com.br/fck-do-
concreto/#O%20Que%20%C3%89%20O%20Fck%20Do%20concreto

XX Seminário Interinstitucional de ensino , pesquisa e extensão:


https://unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-
2015/XX%20SEMIN%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202015%20-
%20ANAIS/Graduacao/Graduacao%20-%20Trabalho%20Completo%20-
%20Exatas,%20Agrarias%20e%20Ambientais/CORROSAO%20EM%20CONCRE
TO%20FATORES%20ACELERADORES%20DA%20DETERIORACAO.pdf

AECweb: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/corrosao-do-concreto-e-
causada-por-umidade-e-gases-nocivos/6412

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO - UFERSA CURSO DE


BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA :
https://repositorio.ufersa.edu.br/bitstream/prefix/9105/1/NatanKNX_ART.pdf

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