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GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR

TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC

ALVENARIA ESTRUTURAL: ENSAIO DE RUPTURA À COMPRESSÃO DOS


BLOCOS DE CONCRETO
Fernando Augusto Zanatta1
Felipe Gustavo Isernhagen2

RESUMO: Devido ao grande crescimento da construção civil, novas tendências estão sendo
utilizadas para facilitar a execução estrutural. Umas dessas tendências é o emprego de alvenaria
estrutural com blocos de concreto. Alvenaria estrutural é um sistema construtivo de paredes
autoportante sem que se utiliza blocos de concreto, que formam a estrutura da edificação, eliminando
o uso de vigas e pilares e evitando o uso de blocos cerâmicos convencionais. Como existem muitos
fornecedores em nossa região, nem sempre normatizados, os blocos de concreto podem sofrer um
desvio de qualidade em sua produção, onde os mesmos devem suportar uma resistência mínima
estabelecida por norma para sua utilização, visando à segurança das obras de alvenaria estrutural. Há
vários tipos de ensaios que a norma12118(ABNT, 2013) estabelece para blocos de concreto, por
exemplo: análise dimensional, absorção de água, área bruta, área liquida, resistência à compressão e
retração por secagem. Com base na norma e no risco do desvio de qualidade dos blocos, nosso
objetivo foi analisar apenas os esforços à compressão que os blocos vendidos em nossa região
suportariam e verificar se eles atenderiam as exigências normativas. Após os ensaios, as empresas
testadas obtiveram uma qualidade inferior ao esperado e uma defasagem comprovada dos elementos
estruturais. Classificamos a empresa “A” como classe B (blocos de 4 até 8 MPa) e as empresas “B” e
“C” como classe D (blocos com resistência menor que 3MPa). Pudemos concluir que o respectivo
estudo de caso atingiu seu objetivo de avaliar os blocos estruturais de concreto.

Palavras-chave: Blocos. Ensaio. Resistência. Riscos. Qualidade.

ABSTRACT: Due to the great growth of construction industry, new trends are being used to facilitate
structural execution. One of these trends is the use of structural masonry with concrete blocks in
construction industry. Structural masonry is a constructive system of self - supporting walls in which
concrete blocks are used, which form the structure of the building, eliminating the use of beams and
pillars, avoiding the use of conventional ceramic blocks. Since there are many suppliers in our region,
not always standardized, concrete blocks can suffer a quality deviation in their production, in which
they must withstand a minimum established resistance for their use, aiming at the safety of structural
masonry works. There are several types of tests that NBR 12118/2013 establishes for concrete blocks,
for example: dimensional analysis, water absorption, gross area, net area, compressive strength and
drying shrinkage. Based on the Standard and the risk of quality deviation of the blocks, we will only
analyze the compression efforts that the blocks sold in our region support and if they meet the NBR
requirements. After the tests, the tested companies obtained a lower quality than expected, obtaining a
proven lag of the structural elements, with classification of company "A" as class B (blocks from 4 to
8 MPa) and companies "B" and "C" as class D (blocks with resistance less than 3MPa). In general, we
can conclude that the respective case study reached its objective of evaluating the concrete blocks of
concrete.

Keywords: Blocks. Test. Resistance. Risks. Quality.

1
Acadêmico de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense (UNIPAR), campus Toledo.
E-mail: fernandozanatta1@hotmail.com
2
Professor Orientador, Engenheiro Civil, especialista em Engenharia de Avaliações e
Perícias, do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense (UNIPAR), campus
Toledo. E-mail: felipeiser@prof.unipar.com.br
1
INTRODUÇÃO

Alvenaria estrutural é um método construtivo que está sendo muito utilizado,


obtendo aumento significativo nos últimos anos, com o emprego de novas técnicas
de assentamento, projetos adequados aos tipos dos blocos de concreto fabricados,
expansão do mercado civil e a crescente demanda por métodos construtivos mais
rápidos e eficazes.
As paredes de tijolos comuns, vigas e pilares são substituídas por blocos de
concreto, tornando a alvenaria em paredes autoportantes que suportam todas as
cargas permanentes e acidentais da edificação, ou seja, funciona como dois em um
juntando as funções de estrutura e vedação.
Há muitas vantagens que podemos citar no emprego desta forma de
construção, como: redução de consumo de formas de madeira, barras de aço e
concreto, com uma mobilidade de construção mais eficaz devido as dimensões dos
blocos e uma redução de custos da edificação na maioria dos casos.
Devemos ressaltar que, por terem uma função estrutural e estarem sendo
desenvolvidos atualmente em larga escala, é importante que os blocos de concreto,
sejam sempre produzidos respeitando as normas técnicas vigentes do setor. para
uma construção com segurança, qualidade e sem desperdício de dinheiro.
As normas técnicas (NBR), estabelecidas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), apresentam aos profissionais da área de engenharia as
exigências mínimas para uso de materiais e o emprego deles nas obras. Há várias
normas a serem utilizadas, entre elas o respaldo técnico para o ensaio de
resistência à compressão dos blocos de concreto, exigidospelanorma6136(ABNT,
2016)de alvenaria estrutural.
Devido à grande facilidade na produção, em que formas para blocos de
concreto são confeccionadas em casa e o concreto é produzido manualmente, os
blocos podem sofrer falta de qualidade e a grande demanda e prazos de entrega
apertados para os fornecedores tendem a resultar em um produto fora dos padrões
aceitáveis e normatizados, o que poderia ocasionar risco à construção.
Em razão a esta preocupação analisou-se, por meio de ensaios de
resistência à compressão, conforme a norma 6136(ABNT, 2016)-Blocos vazados de
concreto simples para alvenaria -requisitos, três fabricantes de blocos de concreto

2
da nossa região, para verificar se os mesmos estariam dentro das exigências
estabelecidas.
Acrescente demanda do mercado de alvenaria estrutural consolidou uma
larga escala de produção dos blocos de concretos, que tornou-se o material mais
utilizado nas obras deste segmento, ocasionando um problema de grande ênfase
em nossa região. Com base nesta crescente demanda, através de estudos
laboratoriais, verificamos se houve uma defasagem de qualidade em alguns
produtos, ou seja, se eles apresentariam um baixo nível de segurança em sua
produção, tornando a utilização dos mesmos um risco eminente e averiguamos se
os três fabricantes da nossa região estariam normatizados, dentro do padrão de
qualidade requisitado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A alvenaria estrutural está difundindo-se cada vez mais no mercado da


construção civil, respaldada por normas técnicas e ensaios para testes de
verificação da segurança do uso dos elementos que a compõe e está tornando-se
um método construtivo muito utilizado por empresas deste segmento, em obras de
um ou mais pavimentos e por clientes que optam por esta aplicação devido ao
ganho de tempo e custo (MANZIONE, 2006).

1.1 ALVENARIA

Alvenaria, termo técnico denominado ao fechamento de paredes de tijolos


comuns ou com função estrutural, é utilizada em construções de grande, médio ou
pequeno porte. Apresenta a função de vedação ou a função combinada, ou seja, a
função estrutural agregada à função de vedação, tornando-se um conjunto de peças
ligadas por uma massa apropriada que forma um elemento vertical uniforme e dá as
características físicas e mecânicas para a “parede” suportar todos os intempéries
(chuvas, vento, etc) e resistir às cargas atuantes, promovendo a segurança da
alvenaria. (TAUIL; ALBERTO, 2010).
Segundo Sandes (2008), a alvenaria é um processo construtivo muito antigo,
que data do início do século XIX, época em os blocos de concreto eram maciços e

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muito pesados.Com o passar dos anos, esse processo apresentou evolução, tanto
nos elementos de vedação (blocos), quanto nos métodos de assentamento, o que
melhorou a aplicação da alvenaria nas construções. O aperfeiçoamento desses
elementos abriu um leque de possibilidades construtivas nesse segmento e com os
tipos diferenciados de blocos ocorreu uma grande demanda de produção para
atender o mercado civil. Os tipos de blocos mais comuns são: blocos de concreto,
bloco cerâmico, solo-cimento, bloco de gesso, entre outros.

1.2 ALVENARIA ESTRUTURAL OU PORTANTE

A alvenaria estrutural é um sistema construtivo que visa a vedação e a


sustentação do edifício. Surgiu como forma de substituir o método convencional
viga/pilar/laje de construção e, quando planejada, suportar todas as cargas
acidentais e permanentes(TAUIL; ALBERTO, 2010).
Segundo Neto et al., (2015) à alvenaria estrutural é uma técnica de
construção muito eficaz que vem se aperfeiçoando com o passar do tempo e busca
novas técnicas para suportar grandes vãos e /ou mais pavimentos. Iniciou-se com a
utilização de rochas maciças empilhadas umas nas outras, formando um elemento
monolítico e sustentável à todas as cargas atuantes na estrutura. Atualmente, o
princípio é o mesmo, mas com novas peças de montagem e conhecimento estrutural
elevado. Os blocos estruturais ficaram mais leve e tornou a estrutura rígida a ponto
de suportar maiores cargas ou maiores tensões.
É um processo construtivo em que as paredes têm função estrutural ou
autoportantes e são encarregadas de suportar e transmitir todas as cargas até a
fundação. Já, a alvenaria comum, apenas tem função de vedar e dividir os
cômodos(NETO, et al, 2015).

1.3 BLOCO ESTRUTURAL DE CONCRETO

Os blocos de concreto, material mais utilizado na alvenaria estrutural, têm


função importantíssima nas obras deste segmento, por isso eles apresentam um
estudo aprofundado, com normas a seguir, métodos de utilização a respeitar,
ensaios para verificação de sua qualidade, logística de armazenamento e transporte

4
que fazem com que este produto esteja intacto e em perfeitas condições de uso.
(SANDES, 2008)

Figura 1 – Bloco de concreto da família M15.

Fonte: Grupo Mega Mix concretos.

Estas normas supracitadas são estabelecidas pelos órgãos regulamentadores


do setor, que buscam a segurança das obras construídas com alvenaria estrutural. A
norma 6136 -Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – requisitos (ABNT,
2016), estabelece as dimensões adequadas, classes, resistências, porosidade,
retração entre outras finalidades para a melhor qualidade dos blocos produzidos
para a alvenaria como estrutura.
Os blocos estruturais de concreto são subdivididos em classes conforme o
uso para determinada função, exigidos pela norma6136(ABNT, 2016), que
determina os componentes específicos e os requisitos gerais que compõe cada
bloco com sua respectiva classe.
No método convencional, o bloco cerâmico é um elemento apenas de
vedação sem nenhuma função estrutural, que suporta apenas o seu peso próprio,
sem cargas adicionais. O bloco de concreto, material mais utilizado na função
combinada, por sua vez, suporta a estrutura e o fechamento de paredes (vedação) e
tem total capacidade de suportar cargas adicionais, como a carga total da estrutura
e seu peso próprio, devidamente dimensionado e calculado para esta função
(ITALIANO, 2017).
Segundo a norma6136 (ABNT, 2016), são elementos vazados de concreto
que possibilitam a construção de paredes mais espessas, se comparado com os
blocos sem função estrutural. Possuem uma maior resistência à compressão e uma

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qualidade de produção altíssima, pois sua estrutura física está relacionada à perfeita
fabricação para suportar as cargas da estrutura e seu peso próprio (SANDES, 2008).
A norma técnica classifica em 4 classes o uso dos blocos de concreto para
alvenaria estrutural nas construções. Estas classes são normatizadas, estudadas e
possibilitam aprovar o material para fabricação. Todo fabricante deve analisar as
normas para adequar-se à sua produção, pois cada classe atende a uma respectiva
função e a uma certa resistência característica dos blocos empregados(NBR 6136,
ABNT, 2007).
A família da classe A tem por finalidade de resistir no mínimo 8 MPa, suporta
maiores cargas da estrutura e é utilizada em locais com maior absorção de água,
que apresentam contato direto com intempéries.

Tabela 1 – Classificação da resistência dos blocos de concreto.


RESISTÊNCIA DOS BLOCOS DE CONCRETO
CLASSIFICAÇÃO CLASSE RESISTÊNCIA
A Fbk ≥ 8 MPa
COM FUNÇÃO ESTRUTURAL
B 4 ≤ Fbk < 8 MPa
COM OU SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL C Fbk ≥ 3 MPa
SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL D Fbk < 3 MPa
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas(NBR 6136, 2016).

Há vários tipos de elementos estruturais, entre eles, o bloco cerâmico


estrutural. É um bloco utilizado em construções de menores dimensões e cargas de
estrutura de baixa complexibilidade, como casas de um pavimento ou até edifícios
menores de até dois pavimentos, como os sobrados (TAUIL; ALBERTO, 2010).
Diferente do bloco cerâmico comum, o bloco de concreto tem paredes duplas
e muito mais espessas, mas ambos são feitos de argila aquecida que se transforma
em um material muito resistente para a alvenaria comum e alvenaria portante
(KALIL, 2010).
Outra diferença entre os blocos cerâmicos e os blocos de concreto são os
materiais empregados. O primeiro tem em sua composição a argila como matéria
principal e o segundo tem o cimento e seus agregados, o que faz com que os blocos
apresentem funções iguais, mas produção com materiais diferentes. A capacidade
de suportar cargas também muda, dependendo da classe e das dimensões de cada
bloco (LEMOS, 2016).

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1.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS

A alvenaria estrutural, com o emprego dos blocos de concreto como estrutura


e vedação, traz muitas vantagens que são essenciais para uma obra de qualidade,
segura e reduzida de custos, o que proporciona ao cliente uma boa relação de custo
x benefício, se comparado aos métodos convencionais.
A mão de obra é um fator predominante na qualidade de uma construção, que
torna a alvenaria estrutural um método construtivo eficaz pois, a estrutura e a
vedação são os únicos elementos. Outro benefício é a organização do processo
construtivo, com a baixa utilização de outros materiais, como a utilização da madeira
para caixaria, tornando o canteiro de obra mais limpo e organizado (LEMOS, 2016).
Por ser um método construtivo inovador, as vantagens são inúmeras, se
comparadas com o método comum de alvenaria, tendo maior velocidade na
execução das paredes: elimina o uso de vigas, pilares e formas de madeira, reduz o
uso de mão de obra para carpintaria e com a utilização de aço pode ser dispensado
o uso de revestimento, o que ocasiona um custo menor na compra de matérias, uma
alvenaria mais uniforme e gera menos resíduos sólidos como entulho e outros
fatores (KALIL, 2010).
No entanto, há fatores negativos.Como os blocos tem função estrutural, uma
vez projetados, calculados os esforços que cada bloco suporta e montado em obra,
fica inviável o manuseio para futuras reformas da construção, ou seja, não se pode
derrubar paredes e modificar cômodos com facilidade, como em outros métodos de
edificação. Além disso, a mão de obra deve ser qualificada, uma vez que a estrutura
e a vedação são partes de um único elemento, o que exige maior controle dos
materiais utilizados (ITALIANO, 2017).

1.5 ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

O teste de compressão ou ensaio de ruptura à compressão é feito com blocos


estruturais e, segundo a norma 12118, é a “relação de carga e área bruta do corpo
de prova quando submetido ao ensaio de compressão axial”(ABNT, 2013), ou seja,

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avalia a resistência da capacidade que a parede de alvenaria possui de suportar
cargas e ações mecânicas da estrutura, vento, choques e deformações.
Segundo a norma 6136 (ABNT, 2016), os blocos são elementos que suportam
todas as forças mecânicas da estrutura, sendo influenciadas diretamente pela sua
geometria, sua absorção de água e a sua resistência à compressão. Geometria, em
que as paredes devem ser espessas para suportar as cargas; absorção de água,
quando o material recebe chuvas e mesmo assim consegue resistir aos esforços,
chegando a sua resistência total à compressão, quando o elemento estrutural tem
condições de suportar as cargas de uma estrutura.
A norma de ensaio 12118(ABNT, 2016)descreve todos os passos que devem
ser seguidos para uma exata verificação das cargas suportadas pelos corpos de
prova. O posicionamento do bloco na prensa hidráulica é de suma importância para
manter a força concentrada no ponto exato. Deve-se imprimir uma carga uniforme,
ou seja, que varie gradativamente, evitando socos ou choques, e o corpo de prova
deve ser posicionado na prensa hidráulica, emparelhando seu centro de gravidade
com o eixo da máquina que executará o ensaio.
Outra norma a ser respeitada para a execução perfeita do ensaio é a ISO
7500-1:Materiais metálicos - calibração e verificação de máquinas de ensaio estático
uniaxial - parte 1: máquinas de ensaio de tração/ compressão - calibração e
verificação do sistema de medição da força(ABNT, 2016),que determina as
condições que a prensa hidráulica deve estar para análise e execução do teste com
perfeição. Prensa hidráulica é um dispositivo de força, que tem por finalidade medir
a quantidade de força ou carga que determinado material tende a suportar até sua
ruptura.

METODOLOGIA

Foram analisados, a partir de testes de compressão à resistência, os efeitos


mecânicos suportados pelos blocos de concreto, para verificar se eles estariam
dentro dos parâmetros estabelecidos pela norma6136(ABNT, 2016),:tendo em vista
o embasamento da problemática dos fabricantes de blocos de concreto para
alvenaria estrutural.

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Há vários tipos, tamanhos e resistência de blocos de concreto no mercado.
De acordo com pesquisas em campo, o bloco M15 (14cmx19cmx39cm) é o mais
utilizado e vem sendo opção para obras em andamento. Por isso, será utilizado
como base este bloco para o ensaio à compressão, atendendo a norma 12118
:Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – métodos de ensaio(ABNT,
2014), que estabelece todos os parâmetros e etapas do processo.
A primeira etapa do processo de testes e ensaios foi analisar os blocos que
foram testados e deveriam atender a norma vigente. Para tal, buscou-se três
fornecedores da região, que estariam inseridos no mercado da construção civil, e
avaliou-se seis blocos fabricados por cada um deles. Esta quantidade foi definida
pelo item 6.5.1, da norma6136 (ABNT, 2016) que determina esta quantia de testes,
devido ao desconhecimento do valor de desvio padrão do fornecedor ao fabricar os
blocos em suas respectivas empresas.

Figura 2 – Blocos de concreto para ensaio à compressão de três fabricantes


diferentes.

Fonte: elaborado pelo pesquisador.

A segunda etapa é a regularização dos corpos de prova em que, conforme a


norma 12118“todos os corpos de prova devem ser ensaiados de modo que a carga
seja aplicada na direção do esforço que o bloco deve suportar” (ABNT, 2013). Dessa
forma, as faces foram lixadas e removeu-se qualquer excesso de concreto, deixando
o bloco regularizado e uniforme para receber carga uniforme em todos os pontos,
sem concentrar em apenas um local. A prensa hidráulica foi utilizada como
equipamento de ensaio.

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Figura 3 – Prensa hidráulica utilizada para execução dos ensaios de ruptura.

Fonte: elaborado pelo pesquisador.

Após a devida conformidade com os passos descritos, a carga máxima


suportada pelo bloco de concreto foi analisada. Nosso corpo de prova foi colocado
na prensa hidráulica, onde aplicou-se as forças em direção ao eixo do bloco para
rompê-lo. Verificamos assim a carga máxima de ruptura que ele suportou.

Figura 4 – Bloco de concreto sendo rompido pela prensa hidráulica.

Fonte: elaborado pelo pesquisador.

Este resultado de carga deu início a conta para chegarmos ao valor da tensão
em megapascal (MPa), conforme a norma determina para cada bloco de concreto.
Mas, para isso, precisávamos do valor da área bruta total do bloco testado, que não
descontaria os valores dos furos, para o cálculo. Ou seja, para o cálculo da área
bruta efetuamos a multiplicação da largura do bloco vezes o seu comprimento em
milímetros (mm), o que resultou na área bruta de cada elemento em milímetros
quadrados (mm²).

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Figura 5 – Análise Dimensional dos blocos de concreto.

Fonte: laboratório Itambé.

Com base nos valores do relatório de ensaio, calculamos o esforço máximo


suportado pelo bloco de concreto estrutural, conforme a norma, obtendo os valores
na unidade de megapascal (MPa), pela fórmula básica de tensão que foi igual a
força dividida pela área do bloco.

Equação 1 –tensão mecânica.

= Tensão (megapascal)

F= Força (newtons)
A= Área (milímetros quadrados)

Após o valor em MPa dos blocos ensaiados, concluímos que estes elementos
obedeciam às condições mínimas que a norma 6136(ABNT, 2016) exige para o uso
de blocos de concreto classe “A”.

Figura 6 – Blocos de concreto após ensaio de resistência a compressão.

Fonte: elaborado pelo pesquisador.

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A última etapa dos cálculos foi a verificação da média de carga suportada
pelo lote de milheiro dos blocos de concreto, que está normatizada pela NBR
6136:2016, em que buscamos estimar por meio de fórmulas matemáticas pré-
determinadas, a quantidade de carga que um lote produzido pelas três empresas
poderia suportar sem conhecer o valor do desvio padrão do fabricante.

Equação 2 – Estimativa da Resistência do lote de blocos produzido.

Valor estimado de resistência característica à compressão do bloco (Fbk,est)


é calculado pela expressão:
fb(1) + fb(2) + ⋯ fb(i = 1)
𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2. − 𝑓𝑏𝑖
i−1

Sendo: 𝑖 = , 𝑠𝑒𝑛𝑓𝑜𝑟𝑝𝑎𝑟𝑜𝑢𝑖 = , 𝑠𝑒𝑛𝑓𝑜𝑟𝑖𝑚𝑝𝑎𝑟

Em que:
fbk,est é a resistência característica estimada da amostra, expressa em
megapascal(MPa).
fb(1), fb(2),…, fbi são os valores de resistência à compressão individuais dos
corpos de provada amostra, ordenados crescentemente.
n é igual à quantidade de blocos da amostra.
Não se deve tomar para fbk,est valor menor que ψ.fb(1), adotando-se para ψ
os valores da tabela 2 ,em função da quantidade de blocos da amostra.

Tabela 2 - valores de ψ em função da quantidade de blocos.

Quantidade
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 18
de blocos

ψ 0,89 0,91 0,93 0,94 0,96 0,97 0,98 0,99 1 1,01 1,02 1,04

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RESULTADOS

Com a regularização dos blocos com retífica, em que deixamos as faces


superiores e inferiores dos blocos planas e niveladas para que recebessem as
cargas em toda a área de contato sem concentrar em apenas um ponto especifico,
realizamos os ensaios dos três fabricantes da região com seis unidades de cada,
todos do mesmo dia, em que a data de coleta até a data dos ensaios ultrapassou os
28 dias, tempo para cura do concreto. As empresas que forneceram os blocos já os
fabricavam há algum tempo, assim, todos os blocos estariam em perfeitas
condições para atingir a resistência máxima de ruptura.
Para a realização dos ensaios à compressão, aplicamos as cargas nos
blocos, observando a tensão de ruptura dos mesmos e suas dimensões. A avaliação
da resistência característica de ruptura dos blocos de concreto para alvenaria
estrutural gerou os valores de resistência média de cada fabricante.

Figura 7 – Gráfico da resistência média em relação a norma classe A.

RESISTÊNCIA MÉDIA DOS BLOCOS DE


CONCRETO
9 8
8
7
VALOR EM MPA

5,95
6
5
4
2,82
3 2,45
2
1
0
A B C NORMA
FABRICANTES E NORMA CLASSE "A"

Neste gráfico pudemos conferir a diferença entre os fabricantes em relação à


resistência média dos blocos. Outra análise, é a resistência de cada bloco individual,
observando que há uma variância em relação a cada unidade do milheiro produzido
nas fábricas. Essa variação é ocasionada geralmente pela má qualidade na
produção, ou seja, falta do controle de qualidade destas empresas.

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Figura 8 – Gráfico dos blocos ensaiados da empresa A.
RESISTÊNCIA INDIVIDUAL DOS BLOCOS -
EMPRESA "A"
6,28
6,4 6,21
Resistência em MPa 6,20
6,2
6 5,89

5,8 5,64
5,51
5,6
5,4
0 1 2 3 4 5 6 7
BLOCOS

Figura 9 – Gráfico dos Blocos ensaiados da empresa B


RESISTÊNCIA INDIVIDUAL DOS BLOCOS -
EMPRESA "B"
3,1 2,99 3,02
Resistência em MPa

3
2,9 2,72
2,8 2,70 2,73
2,7
2,72
2,6
0 1 2 3 4 5 6 7
BLOCOS

Figura 10 – Gráfico dos Blocos ensaiados da empresa C


RESISTÊNCIA INDIVIDUAL DOS BLOCOS -
EMPRESA "C"
2,70
3 2,50
2,32
Resistência em MPa

2,5 2,28
2 2,67
2,22
1,5
1
0,5
0
0 1 2 3 4 5 6 7
BLOCOS

Com base nos elementos ensaiados, podemos calcular o valor do Fbk,


estático, que determinou o valor da resistência do milheiro produzido pelas
empresas. Este valor foi utilizado para o cálculo de projeto para alvenaria
autoportante, onde o projetista estima por meio de fórmulas matemáticas, a

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resistência máxima dos blocos de concreto para dimensionamento da estrutura.
Conforme os cálculos nos anexos, verificamos o valor do Fbk, est de cada empresa.

Tabela 3 – Resistência a compressão Fbk, est.


Resistência à compressão Fbk, est
Empresa Resistência Fbk, estático (MPa)

A 5,26
B 2,728
C 2,18
Fonte: norma 6136 (ABNT, 2016)

CONCLUSÃO

O bloco de concreto é um elemento construtivo que vem ganhando espaço no


mercado da construção. Várias empresas optaram pela produção dos blocos de
concreto, o que acarretou AA necessidade de produção em larga escala deste
produto, em que se pode fabricar milhares de blocos por dia. Devido ao aumento de
produção, aumentou-se o descuido na dosagem de concreto e outros fatores, que
influenciaram na falta de controle de qualidade destes elementos estruturais,
implicando assim em uma defasagem do produto na questão de resistência à
compressão e esforços que os blocos de concreto deveriam suportar.
Este trabalho analisou se as empresas fabricantes estavam dentro dos
índices mínimos de norma para a produção dos blocos de concreto para alvenaria
estrutural da classe A, em que eles deveriam chegar há uma tensão de ruptura
maior ou igual a 8 MPa, tendo em vista que seriam fabricados com a finalidade de
suportar cargas altas e seriam utilizados em obras de grandes complexibilidade ou
em locais de piores tensões de uma edificação, como os locais abaixo do nível do
solo.
Constatou-se que as empresas não estavam de acordo com a classe
desejada e produziam produtos abaixo do nível esperado. Uma empresa estava
dentro da classe B, em que sua carga de ruptura ficou na faixa de 4 a 8 MPa e os
blocos poderiam ter a função estrutural, mas com os elementos utilizados acima do
nível do solo. Já, nas outras duas empresas, a carga de ruptura não ultrapassou
3MPa, ficando classificada como classe D, ou seja, elas poderiam utilizar seus

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blocos apenas como elementos de vedação, pois os blocos não suportariam
qualquer tipo de carga permanente e carga móvel.
Concluímos que o respectivo estudo de caso atingiu o objetivo de avaliar os
blocos de concreto produzidos em nossa região, verificando a qualidade e a
resistência do material, tendo como princípio básico o uso das normas de alvenaria
estrutural como respaldo técnico prático e teórico.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Má qualidade dos blocos


de concreto pode comprometer a obra. São Paulo, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 6156: Máquina de


ensaio de tração e compressão - verificação - método de ensaio, 1983.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7184: Blocos vazados


de concreto simples para alvenaria – determinação da resistência a compressão,
1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 12118: Blocos vazados


de concreto simples para alvenaria – métodos de ensaio, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 6136: Blocos vazados


de concreto simples para alvenaria — requisitos, 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR ISO 7500-1: Materiais


metálicos - calibração e verificação de máquinas de ensaio estático uniaxial. Parte 1:
Máquinas de ensaio de tração/ compressão - calibração e verificação do sistema de
medição, 2016.

BLOG CERÂMICA MÔNACO. Diferença entre alvenaria estrutural e alvenaria de


vedação; Disponível em: <https://ceramicamonaco.com.br/blog/alvenaria-de-
vedacao-alvenaria-estrutural>. Acesso em: 15 de out. de 2018.

BLOG MASSA CINZENTA. Ensaio de ruptura dos blocos de concreto; 2014.


Disponível em: <http://www.cimentoitambe.com.br/video-labs/ensaio-de-ruptura-de-
blocos>. Acesso em: 15 de out. de 2018.

BLOG MEGA MIX CONCRETOS. Bloco estrutural família M15; Disponível em :


<https://www.grupomega.ind.br/pre-moldados/blocos-e-canaletas/bloco-estrutural-
de-concreto-19x19x39>Acesso em: 20 de out. de 2018.

16
ITALIANO, R. S. Alvenaria estrutural utilizando blocos cerâmicos estruturais e
comparação com obras em alvenaria convencional. Congresso Brasileiro de
Engenharia de Produção. Ponta Grossa, 2017.

KALIL, S. B.; LEGGERINI, M. R. Estruturas mistas: alvenaria estrutural. Curso de


Graduação. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.
2010. 86p.

LEMOS, J. A. O. Requisitos mínimos exigidos em obras de alvenaria estrutural.


Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em engenharia
civil da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 2016.

MANZIONE, L. Estudo de métodos de planejamento do processo de projeto de


edificação. Dissertação de mestrado. Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo, 2006.

NETO, A. P. P.; PELUSO, E. O.; CARVALHO, V. T. A. Alvenaria estrutural:


empreendimento Flora Park II. Curso de graduação em engenharia civil.
Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, 2015.

SANDES, V. S. Estudo sobre a qualidade dos blocos de concreto em fábricas


de Feira de Santana. 61p. Monografia (graduação em engenharia civil) –
Departamento de Tecnologia – Curso de engenharia civil - Universidade Estadual de
Feira de Santana, Feira de Santana, 2008.

SILVA, A. F. da. Avaliação da resistência a compressão da alvenaria estrutural.


Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Engenharia
de Ilha Solteira, 2007.

TAUIL, C. A.; NESE, F. J. M. Alvenaria estrutural. 1. Ed. PINI. São Paulo, 2010.

17
ANEXOS/ APÊNDICES

1.6 ANEXOS DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS

ENSAIO DE RUPTURA À COMPRESSÃO DOS BLOCOS DE CONCRETO

NBR 12118/2013 e NBR 6136/2016 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria
Analise Dimensional e Determinação de resistência a compressão.

BLOCO DE CONCRETO M15 (14,19,39 cm) - EMPRESA "A"

Corpo Carga
Comp. Largura Altura Área Resistência
de Ruptura
(mm) (mm) (mm) (mm²) (Mpa)
prova (N)

1 391 140 190 54.740 309.200 5,648520278


2 390 141 190 54.990 303.300 5,515548282
3 392 140 191 54.880 340.600 6,206268222
4 391 141 191 55.131 346200 6,279588616
5 390 140 190 54.600 339350 6,215201465
6 390 140 192 54.600 321700 5,891941392
Resistência características a compressão (Media) 5,959511376
Data de fabricação: NÃO ESPECIFICADA Data do ensaio: 01/10/2018
Data de Coleta: 11/09/2018 Idade na data do ensaio: > 28 DIAS

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ENSAIO DE RUPTURA À COMPRESSÃO DOS BLOCOS DE CONCRETO

NBR 12118/2013 e NBR 6136/2016 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria
Analise Dimensional e Determinação de resistência a compressão.

BLOCO DE CONCRETO M15 (14,19,39 cm) - EMPRESA "B"

Corpo Carga
Comp. Largura Altura Área Resistência
de Ruptura
(mm) (mm) (mm) (mm²) (Mpa)
prova (N)

1 391 140 191 54.740 148250 2,708257216


2 390 141 190 54.990 150050 2,728677941
3 390 140 192 54.600 149500 2,738095238
4 391 141 190 55.131 165150 2,995592316
5 392 140 190,5 54.880 149300 2,72048105
6 390 141 190 54.990 166400 3,026004728
Resistência características a compressão (Media) 2,819518082
Data de fabricação: NÃO ESPECIFICADA Data do ensaio: 01/10/2018
Data de Coleta: 11/09/2018 Idade na data do ensaio: > 28 dias

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ENSAIO DE RUPTURA A COMPRESSÃO DOS BLOCOS DE CONCRETO

NBR 12118/2013 e NBR 6136/2016 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria
Analise Dimensional e Determinação de resistência a compressão.

BLOCO DE CONCRETO M15 (14,19,39 cm) - EMPRESA "C"

Corpo Carga
Comp. Largura Altura Área Resistência
de Ruptura
(mm) (mm) (mm) (mm²) (Mpa)
prova (N)

1 390 141 190 54.990 122500 2,22767776


2 390,5 140,5 190 54.865 127400 2,322052665
3 390 141 190,5 54.990 149000 2,709583561
4 391 140,5 191 54.936 147150 2,678595808
5 390 140,5 191 54.795 137050 2,501140615
6 391 140,5 190,5 54.936 125550 2,285407432
Resistência características a compressão (Média) 2,454076307
Data de fabricação: NÃO ESPECIFICADA Data do ensaio: 01/10/2018
Data de Coleta: 11/09/2018 Idade na data do ensaio: > 28 dias

20
1.7 ANEXOS DE CÁLCULO

Cálculo da fórmulaFbk,est para estimativa da resistência a compressão do


milheiro produzido pelas três empresas para os blocos de concreto.

EMPRESA “A”

Dados:

fb 1 = 5,51

fb 2 = 5,64

fb 3 = 5,89

n = 6 (número de blocos ensaiados)

𝑛 6
𝑖= , 𝑠𝑒𝑛𝑓𝑜𝑟𝑝𝑎𝑟; 𝑖 = 𝒊 = 𝟑
2 2

fb(1) + fb(2) + ⋯ fb(i = 1)


𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2. − 𝑓𝑏𝑖
i−1

5,51 + 5,64
𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2. − 5,89
3−1
𝑭𝒃𝒌, 𝒆𝒔𝒕 = 5,26 MPa

𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 < 𝜓. 𝑓𝑏(1)

𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 < 0,89 .5,51

𝑭𝒃𝒌, 𝒆𝒔𝒕 < 4,90 MPa

O valor Fbk,est do milheiro da empresa “A” é de 5,26 MPa.

21
EMPRESA “B”

Dados:

fb 1 = 2,70

fb 2 = 2,728

fb 3 = 2,72

n = 6 (número de blocos ensaiados)

𝑛 6
𝑖= , 𝑠𝑒𝑛𝑓𝑜𝑟𝑝𝑎𝑟; 𝑖 = 𝒊 = 𝟑
2 2

fb(1) + fb(2) + ⋯ fb(i = 1)


𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2. − 𝑓𝑏𝑖
i−1

𝟐, 𝟕𝟎 + 𝟐, 𝟕𝟐𝟖
𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2. − 𝟐, 𝟕𝟎
𝟑−𝟏
𝑭𝒃𝒌, 𝒆𝒔𝒕 =2,728 MPa

𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 < 𝜓. 𝑓𝑏(1)

𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 < 0,89 . 𝟐, 𝟕𝟎

𝑭𝒃𝒌, 𝒆𝒔𝒕 < 2, 𝟒𝟎 MPa

O valor Fbk, est do milheiro da empresa “B” é de 2,728 MPa.

22
EMPRESA “C”

Dados:

fb 1 = 2,22

fb 2 = 2,28

fb 3 = 2,32

n = 6 (Número de blocos ensaiados)

𝑛 6
𝑖= , 𝑠𝑒𝑛𝑓𝑜𝑟𝑝𝑎𝑟; 𝑖 = 𝒊 = 𝟑
2 2

fb(1) + fb(2) + ⋯ fb(i = 1)


𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2. − 𝑓𝑏𝑖
i−1

𝟐, 𝟐𝟐 + 𝟐, 𝟐𝟖
𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2. − 𝟐, 𝟑𝟐
𝟑−𝟏
𝑭𝒃𝒌, 𝒆𝒔𝒕 = 2,18 MPa

𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 < 𝜓. 𝑓𝑏(1)

𝐹𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 < 0,89 . 𝟐, 𝟐𝟐

𝑭𝒃𝒌, 𝒆𝒔𝒕 < 1, 𝟗𝟕𝟓𝑴𝑷𝒂

O valor Fbk, est do milheiro da empresa “C” é de 2,18 MPa.

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