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CESET / UNICAMP
Rogério Durante
Limeira/2000
1. INTRODUÇÃO
Facilidade de Moldagem
No estado fresco, o concreto pode ser empregado para moldar peças estruturais de formas
e tamanhos variados, fluindo com relativa facilidade pelas armaduras e formas.
Menor custo
Os componentes básicos do concreto são de fácil obtenção e relativamente baratos
resultando valores entre 25 e 40 dólares por tonelada, conforme a região. Além disso, o
consumo de energia para a produção do concreto é baixo, se comparado à fabricação de
outros materiais de engenharia.
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Concreto Simples
Concreto Armado
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Concreto Protendido
1. Planejamento
2. Projeto
3. Materiais e componentes
4. Armazenamento de materiais e componentes
5. Execução
6. Operação e Manutenção
2.1. Planejamento
A estrutura de concreto deve permitir o alojamento das instalações (hidráulicas, elétricas,
comunicações, ar condicionado, incêndio, etc.) segundo diretrizes pré-estabelecidas no
projeto de arquitetura que determinará o tipo de estrutura com vigas, lajes plana, rigidez do
conjunto, etc.
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2.2. Projeto
São necessárias recomendações que estabeleçam o padrão de detalhamento exigido
(projeto, detalhamento, memoriais descritivos), as normas que deverão ser contempladas e
exigências relativas à estrutura em estudo. Estas recomendações assim como as do
planejamento devem orientar o projeto da estrutura e seu recebimento pelo contratante.
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2.7. Segurança das Estruturas de Concreto
A norma brasileira de execução de obras de concreto armado NBR6118/78 (em processo de
revisão) considera as resistências e ações como variáveis aleatórias, admitindo-se uma
distribuição estatística que resulta no valor característico. Para variáveis com distribuições
complexas ou desconhecidas, adota-se coeficientes de ponderações parciais.
As ações são tratadas pelo coeficiente de majoração γf . Os coeficientes de majoração (γm)
englobam os materiais e a qualidade da execução da estrutura.
AÇÕES RESISTÊNCIAS
VARIÁVEIS
ALEATÓRIAS
γf → Ações
γm → Resistências
γf = 1,4 - coeficiente de majoração das ações
γc = 1,4 - coeficiente de minoração da resistência do concreto
γs = 1,15 - coeficiente de minoração resistência do aço
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Os corpos de prova são moldados e curados em condições padronizadas próximas das
ideais e, portanto, sua resistência não correspondem exatamente a do concreto da estrutura.
A resistência à compressão dos corpos-de-prova mede o potencial da mistura empregada,
traduzindo o máximo valor possível caso a manipulação e cura fossem ideais.
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3. CLASSIFICAÇÃO DO CONCRETO
3.1. Classe
Segundo a NBR8953 - Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de
resistência, o concreto utilizado para estruturas deve pertencer a uma das seguintes
classes: C15, C20, C25, C30, C35, C40, C45 e C50. Os números referentes a cada classe
indicam a resistência característica à compressão em MPa, para a idade de 28 dias. A
Norma NBR6118, determina que para concretos com armadura passiva (concreto armado),
o valor mínimo da resistência característica à compressão deve ser de 20MPa, e naqueles
onde há armadura ativa (concreto protendido), este valor não deve ser inferior a 25MPa.
Concretos C15 (Revisão da NBR6118) somente serão empregados em fundações e
estruturas provisórias.
O concreto tem boa resistência à tensões de compressão e nas estruturas é responsável por
resistir aos esforços que produzem compressão.
Por esta razão, os projetos de estruturas especificam a resistência à compressão, que na é
obtida em laboratório através de ensaios de ruptura à compressão de corpos de prova
cilíndricos (NBR5739), moldados com o concreto coletado na obra, conforme a NBR5738.
Quando se fala da resistência de um concreto sem especificar a sua idade, deduz-se que o
ensaio foi realizado aos 28 dias.
A evolução da resistência à compressão pode ser estimada, em caráter orientativo,
conforme a NBR6118, conforme a tabela abaixo:
Cimento
IDADE
(dias)
Portland
3 7 14 28 63 91 120 240 360 720
CPIII
0,46 0,68 0,85 1 1,13 1,18 1,21 1,28 1,31 1,36
CPIV
CPI
0,59 0,78 0,90 1 1,08 1,12 1,14 1,18 1,20 1,22
CPII
CPV 0,66 0,82 0,92 1 1,07 1,09 1,11 1,14 1,16 1,17
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3.2. Massa Específica
A massa específica dos concretos no estado sólido varia de 2000Kg/m3 a 2800Kg/m3.
Usualmente, adota-se o valor de 2400Kg/m3, para efeito de cálculo, quando não se conhece
a massa específica do concreto simples e, 2500Kg/m3 para o concreto armado. Os
concretos leves têm massa específica entre 1600Kg/m3 e 2000Kg/m3 e podem ser
aplicados em peças estruturais, enchimento de pisos, lajes e painéis pré-fabricados.
Os concretos pesados têm massa específica entre 3200Kg/m3 e 3750Kg/m3 e são
utilizados em câmaras de raios X ou gama, paredes de reatores atômicos, contra-peso, lajes
de sub-pressão.
3.3. Composição
Na composição do concreto endurecido encontram-se os sólidos da pasta de cimento,
agregados, ar incorporado e água. A pasta de cimento representa de 25% a 40% do volume
total do concreto sendo que o cimento constitui de 7% a 15% (220 Kg/m3 a 470Kg/m3) e a
água de 16% a 21% (160l/m3 a 210l/m3).
Os agregados constituem de 60% a 80% do volume do concreto e têm grande influência nas
propriedades do concreto endurecido, exigindo cuidados relativos à suas propriedades
(granulometria, forma dos grãos, absorção d’água) e impurezas presentes.
Para se obter concreto com uma trabalhabilidade adequada, utiliza-se uma quantidade de
água muito superior à necessária para a hidratação do cimento. Mas se o acréscimo de
água melhora a trabalhabilidade do concreto fresco, por outro lado, reduz a resistência à
compressão, aumenta a permeabilidade, fator este que reduz a durabilidade do concreto
endurecido. O ajuste preciso da quantidade de água utilizada no amassamento do concreto
é de fundamental importância para se obter um concreto de boa qualidade.
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4. PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO
P
fc =
A
Onde:
fc - tensão de ruptura à compressão do CP (MPa)
P - Valor da carga de ruptura
A - Área da seção transversal do CP
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Nestes casos adota-se o ensaio desenvolvido pelo engenheiro brasileiro Lobo Carneiro,
conforme a NBR7222 - resistência à tração simples de argamassa e concreto por
compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos. Sob a ação da carga vertical P,
surgem tensões horizontais de tração, que são determinadas pela expressão abaixo:
Onde:
2P
fts - tensão de ruptura à tração do CP (MPa)
fts =
πDL P - Valor da carga de ruptura
D - diâmetro do CP
L - comprimento do CP
Outro ensaio que permite avaliar a resistência à tração do concreto é o ensaio de flexão de
prismas. Utilizam-se dois tipos de carregamentos, como segue:
Neste ensaio, como se considera uma relação tensão de deformação linear ao longo de toda
a seção da viga, os valores da resistência à tração obtidos, tendem a ser superestimados.
Relação entre as resistências à Resistência à tração do concreto em função
compressão, flexão e tração no da resistência à compressão
concreto (MPa) (MPa)
Tração na Tração
Compressão
flexão direta
71 1,6 0,8
14 2,6 1,4
21 3,3 1,9
28 4,0 2,3
34 4,7 2,8
41 5,3 3,2
48 5,9 3,6
55 6,4 4,0
62 7,0 4,3
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Modo de ruptura verdadeiro Modo de ruptura Falso
Figura 9 – Forma de Ruptura à Compressão do Concreto
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4.2.1. Relação água/cimento
A relação entre a quantidade de água e a quantidade de cimento utilizados num concreto é
comumente conhecida como relação água/cimento. A resistência de um concreto depende
principalmente da resistência da pasta, além da aderência da pasta ao agregado e outras
propriedades de agregado. O excesso de água no concreto resultará numa pasta mais
porosa e, conseqüentemente, em menor resistência à compressão, além de menor
aderência entre a pasta e o agregado. Daí a importância da relação água/cimento no estudo
da resistência do concreto.
A expressão conhecida como lei de Abrams permite avaliar a resistência do concreto em
função da relação água/cimento.
Onde:
13
Figura 12 – Relação água/cimento - resistência à compressão de cimentos brasileiros
14
Figura 13 – Modificações do volume do gel a partir da hidratação (Esquematicamente)
Os grãos mais finos hidratam com mais velocidade influenciando nas resistências iniciais e
pouco nas resistências em longo prazo.
Os compostos C3A e C4AF hidratam primeiro mas pouco interferem na resistência do
concreto. Já o C3S hidrata com maior velocidade, desenvolvendo a resistência nas primeiras
idades . O C2S tem grande influência na resistência, mas de forma mais lenta.
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4.2.4. Qualidade da Água
Algumas impurezas presentes na água podem prejudicar a pega do cimento ou a resistência
do concreto. Em geral, a água potável é considerada adequada à produção do concreto,
desde que isenta de açúcar e citratos. A utilização de águas agressivas no amassamento do
concreto deve ser estudada com cuidado, levando-se em consideração seus efeitos na pega
do cimento, na resistência do concreto e na corrosão das armaduras. Para peças em
concreto protendido, o emprego de água do mar é proibido.
O pH recomendado para a água de amassamento deve estar entre 5 a 8.
Aderência da pasta/agregado
A ligação entre a pasta e o agregado depende da textura superficial e da composição
química de seus grãos. Sabe-se que grãos com maior rugosidade superficial aumentam a
resistência à compressão e à flexão do concreto.
Para agregados derivados de basalto, cuja composição apresenta maiores teores de sílica,
obtém-se melhores resultados de aderência.
Tamanho do Grão
No quadro a seguir, observa-se a influência do tamanho do grão na resistência do concreto.
Para concretos de elevada resistência à compressão, dimensão máxima acima de 38mm,
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pode conduzir a resultados desfavoráveis, principalmente porque grãos maiores têm menor
área de contrato agregado/pasta e, conseqüentemente, as tensões de contato são mais
elevadas; a descontinuidade granulométrica é outra explicação para esta redução de
resistência, por aumentar a heterogeneidade do concreto.
Resistência do Grão
Os agregados mais resistentes produzem, para uma mesma relação água/cimento,
concretos mais resistentes.
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partículas do gel. Normalmente o concreto é feito com relação a/c superior a 0,4 e contém ,
por conseguinte, mais água do que á necessária para a hidratação do cimento.
Conseqüentemente, nessas condições, a hidratação se processará ininterruptamente, desde
que o concreto não venha a se ressecar 14.
Observa-se que o progresso da resistência é função não apenas da idade, como também da
temperatura a que se submete o concreto. Chama-se de maturidade a somatória do
produto idade x temperatura, expressa em ºC horas ou ºC dias.
fc = f( Σ θ . t )
Onde:
θ = temperatura em ºC
t = tempo em horas ou dias
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• Moldagem dos corpos de prova
• Forma e dimensões dos corpos de prova
Na moldagem dos corpos-de-prova o adensamento inadequado é o grande responsável por
desvios obtidos nos valores de resistência (NBR5738).
No Brasil, os corpos de prova padrão para ensaios à compressão do concreto são cilíndricos
com diâmetro de 15cm e altura de 30cm.
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Outro fator importante para a precisão dos ensaios é o acabamento dos topos dos Corpos-
de-prova. A superfície que ficará em contato com os pratos da prensa deve ser plana e
normal à geratriz do cilindro.
Pode -se obter este acabamento utilizando-se uma mistura de enxofre e caulim ou cimento e
5% a 10% de negro-de-fumo, utilizando-se um capeador apropriado como indica a figura 17.
As variações do volume do concreto podem ser causadas por mudanças do teor de água,
(higrométricas), reações químicas, variação de temperatura (térmicas) ou pela ação de
cargas (mecânicas).
4.3.1. Retração
A retração do concreto é a redução do volume de forma reversível ou não, em razão da
redução do teor de água.
Quando a retração ocorre no concreto ainda fresco minutos após o adensamento, ela é
chamada de retração plástica e freqüentemente é acompanhada por abertura de fissuras.
A umidade do ar, a temperatura, a velocidade do vento e o volume da concretagem são
fatores que influenciam neste tipo de deformação.
Quando a retração resulta do movimento da água na pasta já endurecida é chamada de
retração hidráulica podendo atingir valores da ordem de 800x10-6 para umidades relativas
entre 25% e 50%. A finura do cimento, concentração dos agregados, relação água/cimento,
condições de cura e as dimensões da peça concretada são fatores que influenciam neste
tipo de deformação.
A retração pode ocorrer, também, em razão da hidratação contínua do cimento,
principalmente em grandes massas de concreto e em peças com dimensões transversais
acima de 30cm. Este tipo de retração é chamado de retração autógena e atinge valores em
torno de 400x10-6 até a idade de 60 dias, quando se estabiliza.
A combinação do CO2, da atmosfera, com compostos hidratados do cimento, como o
Ca(OH)2, resulta produtos sólidos de volume menor. Isto provoca a retração por
carbonatação, que atinge valores em torno de 800x10-6.
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4.3.2. Dilatação Térmica
Como o coeficiente de dilatação térmica da pasta cimento é maior que o dos agregados, o
coeficiente de dilatação térmica da mistura é tanto menor, quanto maior for a concentração
dos agregados.
Coef. Dilatação Térmica
Pasta de cimento 11 a 20 x 10-6/ºC
Agregado 5 a 13 x 10-6/ºC
Módulo de deformação
A relação entre a tensão de compressão aplicada ao concreto e a deformação decorrente é
chamada de módulo de deformação e, expressa a sua rigidez.
σ
Ec =
ε
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Figura 19 – Tensão-deformação da pasta de cimento, do agregado e do concreto
Módulo de Poison
A relação entre a deformação transversal e a deformação longitudinal é chamada de
coeficiente de Poison. Para o concreto a NBR6118 recomenda o valor de 0,2, para as
deformações elásticas.
εx
ν =
εy
Onde:
ν – Módulo de Poison
εx – deformação transversal
εy - deformação longitudinal
Figura 20 – Módulo de Poison
Fluência
O aumento da deformação decorrente da ação de tensões constantes ao longo do tempo é
chamado de fluência. Do mesmo modo que a retração hidráulica, a fluência é parcialmente
recuperável.
O aumento da deformação decorrente da ação de tensões constantes ao longo do tempo é
chamado de fluência. Do mesmo modo que a retração hidráulica, a fluência é parcialmente
recuperável.
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Figura 21 – Fluência de uma pasta de cimento e sua recuperação em equilíbrio higrométrico com o
ambiente em que se encontra
A permeabilidade pode ser definida como a facilidade com que um fluido pode escoar
através de um corpo sólido. Tanto a pasta de cimento como os agregados têm alguma
porosidade e, o próprio concreto contém vazios decorrentes da dificuldade de adensamento
que variam de 1% a 10% da mistura.
Sabe-se que o movimento da água através de uma parede de concreto ocorre pelo
gradiente de umidade entre os dois lados, ou por efeito osmótico, e não apenas pela altura
piezométrica.
A permeabilidade é uma propriedade de grande importância na durabilidade das estruturas
de concreto, particularmente naquelas em contato com a água.
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tempo, menor o espaço disponível para o gel e, conseqüentemente, menor a
permeabilidade. Para que isso ocorra, é fundamental a cura do concreto.
A composição do cimento tem influência na velocidade de hidratação e, somente neste
aspecto afeta permeabilidade. Sabe-se que, para uma mesma relação água/cimento,
cimentos com menor área específica produzem concretos com mais porozidade que
cimentos mais finos.
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5. PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
5.1. TRABALHABILIDADE
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O concreto fresco deve encher completamente as fôrmas e, além disso, possuir condições
para depositar-se sem perder a continuidade (uniformidade). A perda de continuidade ou
coesão decorre da separação dos constituintes da mistura de duas formas distintas.
Na primeira, os grãos maiores tendem a se separar dos demais quando o concreto é
transportado em calhas ou depositado nas fôrmas. Uma das causas desta segregação é a
diferença de tamanhos de grãos e da massa específica dos constituintes. Seu aparecimento
pode ser prevenido pela escolha conveniente da granulometria dos agregados e pelos
cuidados tomados nas operações de mistura, transporte, lançamento e adensamento do
concreto fresco.
EXSUDAÇÃO VISÍVEL
Em misturas muito plásticas, NA SUPERFÍCIE
observa-se a separação da pasta.
Este tipo de segregação observa-se
também quando da vibração muito
EXSUDAÇÃO EXSUDAÇÃO
intensa durante o adensamento do SOB SOB
concreto, que obviamente resultará AGREGADOS ARMADURAS
SENTIDO DA
num concreto descontínuo e mais EXSUDAÇÃO
fraco.
Na segunda forma de segregação, a
água da mistura tende a elevar-se
até a superfície do concreto recém FÔRMAS
lançado, fenômeno conhecido como Figura 22 – Exsudação: enfraquecimento da aderência
pasta-agregado
exsudação. Dos constituintes da
mistura, a água é o mais leve e sob a ação da gravidade os sólidos dispersos na mistura
tendem a se sedimentar enquanto que a água migra para a superfície. A exsudação decorre
da incapacidade dos agregados em reter a água na mistura. A água exsudada acumula-se
embaixo dos agregados maiores e embaixo das barras horizontais da armadura (figura 22),
quando esta existe. Este fenômeno, que ocorre particularmente na parte superior dos
elementos estruturais, tornando o concreto desta região mais poroso e enfraquecido. A
aderência da pasta ao agregado ou armadura fica prejudicada.
O conceito de trabalhabilidade envolve também características relativas à natureza da obra
em questão e aos métodos construtivos empregados. Um concreto adequado à
concretagem de peças de grandes dimensões e pouco armadas pode não o ser para peças
delgadas e muito armadas. Um concreto adequado para o adensamento com vibração,
dificilmente será adensado satisfatoriamente manualmente.
O quadro a seguir demonstra a influência do grau de compactação na resistência à
compressão do concreto.
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Figura 23 – Relação entre os índices de resistência e de massas unitárias
MU
= Relação entre as massas unitárias e a correspondente máxima compactada
MU máx
R
= Relação entre as resistências e a correspondente máxima compactada
RMU máx
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5.2.3. Granulometria e Forma do Grão
Admitindo-se mantidas as quantidades de cimento e água num concreto e variando-se a
proporção dos agregados, conforme segue:
a) 70% Areia e 30% Brita
b) 50% Areia e 50% Brita
c) 30 Areia e 70% Brita
Com o aumento da proporção de brita, a superfície total dos grãos diminui, o que contribui
para um melhor envolvimento dos grãos pela pasta e uma redução do atrito interno da
mistura; conseqüentemente o concreto fica mais plástico como ilustra a figura b. Se a
quantidade de brita aumentar excessivamente, a falta de argamassa criará vazios na mistura
permitindo o atrito direto das britas, resultando em grande perda da plasticidade com
dificuldades para o adensamento (figura 24c).
a) 70% Areia + 30% Brita b) 50% Areia + 50% Brita c) 30% Areia + 70% Brita
A forma do grão também tem influencia e sabe-se que as esféricas e cúbicas exigem menos
água para uma mesma consistência e, portanto devem ser preferidas.
5.2.4. Aditivos
O uso de aditivos redutores de água (plastificantes) para uma quantidade de água constante
pode aumentar o abatimento do concreto.
Os incorporadores de ar aumentam o volume da pasta e melhoram a consistência da
mistura. Este tipo de aditivo aumenta a coesão através da redução da exsudação e
segregação.
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5.3. DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA
Este ensaio, embora não represente uma boa avaliação da trabalhabilidade, serve para a
análise da consistência de concretos plásticos. Ele não é indicado para concretos de
consistência muito seca ou fluida e tem como principal utilidade, controlar a uniformidade
entre as diversas amassadas.
O ensaio consiste em preencher um tronco de cone padrão com concreto fresco e, após o
preenchimento, remove-se o molde determinando-se o quanto o concreto abateu em
centímetros. Este parâmetro é conhecido como abatimento (Slump, em Inglês).
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Procedimento do Ensaio
4- Rasar o concreto do topo do 5- Retirar os pés das abas 6- Colocar o tronco de cone
tronco de cone e limpar bem o mantendo pressionado o cone cuidadosamente, sem
excesso de concreto sobre a para baixo, com o auxílio das choques, sobre a placa de
base, deixando-a livre. mãos sobre as alças laterais. ferro da base, na posição
Retirar o molde verticalmente invertida. Apoiar uma régua no
lenta e continuamente. Toda a fundo do tronco de cone e com
operação do ensaio deve ser o auxílio de uma escala medir
realizada num período máximo o abatimento do concreto.
de 2,5 min. Caso ocorra o
desmoronamento ou a parte
superior do tronco de cone
fique muito fora de nível, a
operação completa deve ser
repetida, agora com um novo
concreto fresco.
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A tabela a seguir, indica os limites de consistência em função da aplicação e tipo de
adensamento do concreto:
ABATIMENTO
CONSISTÊNCIA OBRA/ADENSAMENTO
(mm)
Pré-fabricação. Condições especiais de
Extremamente seca 0
adensamento
Grandes massas; pavimentação
Muito seca 0
Vibração muito enérgica
Estruturas de concreto armado ou protendido.
Seca 0 a 20
Vibração enérgica.
Estruturas correntes.
Rija 20 a 50
Vibração normal
Estruturas correntes.
Plástica (média) 50 a 120
Adensamento manual
Estruturas correntes sem grande responsabilidade
Úmida 120 a 200
Adensamento manual
Fluida (líquida) 200 a 250 Concreto inadequado para qualquer uso
ABATIMENTO (mm)
ELEMENTO ESTRUTURAL
POUCO ARMADA MUITO ARMADA
LAJE ≤ 60 ± 10 ≤ 70 ± 10
PILAR ≤ 60 ± 10 ≤ 80 ± 10
PAREDES DE FUNDAÇÃO,
≤ 60 ± 10 ≤ 70 ± 10
SAPATAS E TUBULÕES
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6. ADITIVOS PARA O CONCRETO (Artigo da ABESC)
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6.2. Concretos de alta resistência
Já os aditivos superplastificantes são relativamente novos, pois surgiram a partir da década
de 70. Com eles, foi possível grande avanço na tecnologia do concreto, que é a dosagem de
concretos com resistências elevadas. "Foi preciso que a química se desenvolvesse,
propiciando o desenvolvimento dos aditivos superplastificantes, possibilitando a execução
de concretos de elevada resistência (como o CAD). Isto porque se trabalha com baixíssimo
teor de água e conseqüentemente aumento da resistência. Um aditivo deste pode reduzir
em até 30% a quantidade de água no concreto", afirma o eng. Levy.
Por sua vez, os aditivos incorporadores de ar consistem na introdução de microbolhas de ar,
com o objetivo de melhorar a trabalhabilidade do concreto (aumenta a durabilidade, diminui
a permeabilidade e a segregação, deixando o concreto mais coeso e homogêneo). Outra
vantagem dos incorporadores de ar, é que reduzem a exsudação, migração da água livre
para a superfície do concreto.
Um exemplo de como o preconceito quanto ao uso de aditivos pode ser equivocado diz
respeito à sua utilização em estacas escavadas por hélice contínua. Normalmente, nesse
caso, o uso de aditivos é rechaçado; entretanto, o aditivo plastificante é muito importante
porque melhora o desempenho na aplicação do concreto, uma vez que diminui a perda de
consistência ao longo da aplicação. De acordo com o eng. Levy, "na verdade, o que não se
quer é o uso do aditivo apenas como um redutor da água de amassamento do concreto. Ou
seja, o preconceito está normalmente relacionado ao desconhecimento ou falta de
informação". Para evitar situações como essa, as indústrias de aditivos estão procurando
investir na educação, através da realização periódica de cursos e palestras para faculdades
de engenharia, tanto em nível de graduação como de pós-graduação. O objetivo é mudar a
mentalidade dos profissionais da próxima geração, no que diz respeito ao uso de aditivos.
De acordo com o eng. Mauro Movikawa, o mercado para este segmento é promissor. "Tudo
o que envolve o concreto está evoluindo. Dessa forma, torna-se natural a necessidade cada
vez maior de uso dos aditivos",
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Aditivos/Tipos Efeitos Usos/Vantagens Desvantagens Efeitos na
Mistura
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7. DOSAGEM DO CONCRETO
Para garantir que a resistência característica à compressão do concreto produzido para uma
estrutura (fck,est) não fique abaixo do valor especificado em projeto (fck), adota-se para a
resistência de dosagem (fcj) um valor superior a partir de critérios definidos pela
NBR6118,como exposto a seguir.
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Figura 27 – Dispersão pequena Figura 287 – Dispersão grande
Onde:
fcj é a resistência média de dosagem a j dias de idade,em MPa.
Sd = Kn . Sn
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Onde:
Kn tem o valor seguinte, de acordo com o número de ensaios:
n 20 25 30 50 200
Sd = 4,0MPa
Sd = 5,5MPa
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• Quando o cimento for medido em massa e os agregados em volume e, existir
medidor de água, corrigindo-se a quantidade total de água em função da umidade dos
agregados, simplesmente estimada, adota-se:
Sd = 7,0MPa
A relação água/cimento pode ser estimada pelo quadro a seguir, obtido através de traços
realizados pela ABCP com cimentos de marcas, tipos e classes distintas. Se a classe do
cimento não é conhecida, adota-se a classe 25, que é mínima especificada para cimentos
nacionais.
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Relação a/c em função ds resistências do cimento aos 28 dias
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Car = Cai ( ar )0,1
ai
Onde:
Car= consumo de água requerida
Cai=consumo de água inicial
ar= abatimento requerido
ai= abatimento inicial
Ca
C =
a/c
Dmáx (mm)
MF
9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
1,8 0,645 0,770 0,795 0,820 0,845
2,0 0,625 0,750 0,775 0,800 0,825
2,2 0,605 0,730 0,755 0,780 0,805
2,4 0,585 0,710 0,735 0,760 0,785
2,6 0,565 0,690 0,715 0,740 0,765
2,8 0,545 0,670 0,695 0,720 0,745
3,0 0,525 0,650 0,675 0,700 0,725
3,2 0,505 0,630 0,655 0,680 0,705
3,4 0,485 0,610 0,635 0,660 0,685
3,6 0,465 0,590 0,615 0,640 0,665
A determinação de CG é feita pela expressão:
40
CG = VG x MuG (Kg/m3)
Proporcionamento de Britas
B0, B1 30% B0 E 70% B1
B1, B2 50% B1 e 50% B2
B2, B3 50% B2 e 50% B3
B3, B4 50% B3 e 50% B4
C CG Ca
Vm = 1 - (
ρa )
+ +
ρc ρG
Onde ρc, ρG, ρa, são as massas específicas do cimento, agregado graúdo e água.
O consumo de areia será:
Cm = ρm x Vm
Onde ρm é a massa específica da areia
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8. RECEBIMENTO DO CONCRETO
A NBR 12655 – Preparo, controle e recebimento de concreto – Procedimento, fixa as
condições para o recebimento do concreto em obras.
Para garantir um controle confiável e considerando a complexidade das estruturas dos
edifícios, o número de etapas de execução, o volume de concreto necessário por etapa, é
importante que desde o início da construção estabeleça-se um plano de controle e
recebimento do concreto.
Inicialmente, define-se a formação de lotes podendo ser utilizada a tabela a seguir:
Compressão Simples ou
Limites Superiores Flexão Simples**
Flexão e Compressão*
Nº de Amassadas 25 50
Nº de Andares 1 1
A cada lote deve corresponder uma amostra de, no mínimo, 6 exemplares. Cada exemplar é
constituído por 2 corpos de prova, coletados da mesma amassada e moldados no mesmo
ato,para cada idade de ruptura.
A) Documentação
À chegada do caminhão de concreto na obra, deve ser verificado:
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• O lacre da betoneira e seu número constante na nota fiscal.
Caso existam irregularidades nos itens anteriores, o concerto deve ser rejeitado.
ABATIMENTO TOLERÂNCIA
(mm) (mm)
De 10 a 90 ± 10
De 100 a 150 ± 20
Acima de 160 ± 30
O abatimento não deve exceder o limite e, caso fique abaixo pode-se acrescentar água até o
limite pré-estabelecido, desde que a diferença do abatimento inicial e o corrigido não seja
maior que 25mm. Esta medida deve ser tomada em comum acordo entre a concreteira e o
responsável técnico da obra e, caso não se não alcançada a trabalhabilidade desejada ou
se extrapole a mesma, o concreto deve ser rejeitado.
C) Resistência à Compressão
A aceitação do concreto quanto à resistência à compressão é feita através da comparação
entre o valor obtido em ensaio (resistência característica à compressão estimativa – fck,est) e
o especificado em pprojeto (fck).
Se o concreto não atingir o valor especificado em projeto, o responsável pela obra deverá
comunicar o projetista de estrutura e a concreteira para que sejam definidas as providências.
Os ensaios que determinam o fck,est do concreto são realizados em laboratórios apropriados
e a forma de controle deve seguir as recomendações da NBR12655:
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1- Cálculo para Amostragem Parcial
Este método é adotado quando as amostras são recolhidas de algumas amassadas.
f1 + f2 + . . . + f m-1
fck,est = 2 . _fm
m-1
Onde:
n
m=
2
Não se deve adotar para fck,est valor menor que ψ6 . f1 . O parâmetro ψ6 é apresentado na
tabela a seguir e é função do número de exemplares e da condição de preparo do concreto.
Considera-se como condição de preparo do tipo “A”, a situação em que o cimento e os
agregados São dosados em massa e a água por dispositivo dosador, corrigida em função da
umidade dos agregados. Nas demais situações, consideram-se como condições de preparo
tipo “B” e “C” .
Nº de Exemplares (n)
Condição de
preparo
6 7 8 10 12 14 16 ≥18
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O valor da resistência característica à compressão estimativo (fck,est), na idade especificada,
é dado pela expressão:
Onde:
fcm é a resistência média do concreto à compressão;
Sn é o desvio padrão dos resultados.
fck,est = f1
fck,est = fi
Onde:
i = 1 + 0,05 . n (adota-se apenas a parte inteira de i)
n = número de exemplares
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9. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CONCRETO DOSADO
EM CENTRAL (Artigo)
ABESC
Na hora de se construir surge uma grande dúvida: devo utilizar o concreto dosado em central
ou "virar" esse concreto na própria obra?
Optar pelo concreto dosado em central proporciona diversas vantagens que são facilmente
observadas, entre as quais destacamos:
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Concreto
Na obra, o trajeto a ser percorrido pelo caminhão betoneira até o ponto de descarga do
concreto deve estar limpo e ser realizado em terreno firme, evitando, assim, o atolamento e as
manobras dificeis que podem atrasar a concretagem em andamento.
A circulação dos caminhões deve ser facilitada, de modo que o caminhão seguinte não impeça
a saída do caminhão vazio.
A descarga do concreto deve ocorrer no menor prazo possível; quando for lançado por meio de
bombeamento ou quando grande número de caminhões estiver circulando, deve-se prever um
local próximo à concretagem para que os caminhões possam aguardar o momento do
descarregamento.
Antes de solicitar o concreto, confira as medidas e a posição das formas, verificando se suas
dimensões estão dentro das tolerâncias previstas no projeto. certifique-se de que estão limpas e
de que suas juntas estejam vedadas para evitar a fuga da pasta. As formas e o travamento
deverão apresentar rigidez suficiente para resistir a esforços que ocorrem durante o processo
de concretagem.
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Quanto às formas absorventes, é preciso molhá-las até a saturação antes de aplicar o concreto.
Quando necessitar de desmoldantes, estes devem ser de qualidade tal, que não sejam
prejudiciais ao concreto e devem ser aplicados antes da colocação da armadura.
O escoramento deve ser dimensionado de forma a suportar o peso das formas, ferragens e do
concreto a ser aplicado, bem como das cargas que venham a ocorrer durante a concretagem -
movimentação de pessoal, transporte do concreto etc. - e ainda impedir deformações que
venham a alterar as dimensões da peça recém-concretada.
48
ou em concretagens demoradas.
Para solicitar os serviços de uma central dosadora de concreto deve-se ter em mãos todos
os dados necessários, tais como:
A programação deve incluir também o volume por caminhão a ser entregue, bem como o
intervalo de entrega entre caminhões, dimensionado em função da capacidade de aplicação
do concreto, pela equipe da obra.
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A programação deve ser feita com antecedência, de modo a evitar atrasos, especificando
horário de início da concretagem e intervalo de fornecimento.
• volume do concreto;
• abatimento (slump test);
• resistência característica do concreto à compressão (fck) ou o consumo de cimento;
• aditivo, quando utilizado.
As regras para a reposição de água perdida por evaporação são especificadas pela norma
técnica brasileira NBR 7212-Execução de concreto dosado em central-Procedimento. De
uma forma geral, a adição de água permitida não deve ultrapassar a medida do abatimento
solicitada pela obra e especificada no documento de entrega do concreto.
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9.7. Ensaio de Abatimento (Slump Test)
51
9.8. Amostragem do Concreto
Depois do concreto ser aceito por meio do ensaio de abatimento (slump test), deve-se
coletar uma amostra que seja representativa do concreto para o ensaio de resistência.
Não é permitido tirar amostras tanto no princípio quanto no final da descarga da betoneira. A
amostra deve ser colhida no terço médio da mistura.
A amostra deve ser coletada cortando o fluxo de descarga do concreto, utilizando-se para
isso um recipiente ou "carrinho de mão" e, em seguida, remexida para assegurar sua
uniformidade.
Retira-se uma quantidade suficiente, 50% maior que o volume necessário, e nunca menor
que 30 litros.
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• após este período deve-se identificar os corpos-de-prova e transferi-los para o laboratório,
onde serão rompidos para atestar sua resistência.
CONVENCIONAL
O concreto é transportado até as formas por meio de carrinhos de mão, giricas, caçambas,
calhas, gruas, correias transportadoras etc.
BOMBEÁVEL
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Isso se traduz em menores custos para a obra, menor quantidade de equipamentos e
grande produtividade.
Uma boa concretagem deve garantir que o concreto chegue à fôrma coeso , que preencha
todos os seus cantos e armadura e seja adequadamente vibrado.
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9.11. Adensamento do Concreto
Uma boa concretagem deve garantir que o concreto chegue à fôrma coeso , que preencha
todos os seus cantos e armadura e seja adequadamente vibrado.
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9.12. Juntas de Concretagem
Se, por algum motivo, a concretagem tiver que ser interrompida, deve-se planejar o local
onde ocorrerá a interrupção da mesma.
O concreto novo possui pouca aderência ao já enduecido. Para que haja uma perfeita
aderência entre a superfície já concretada (concreto endurecido) e aquela a ser concretada,
cuja ligação chamamos de junta de concretagem, devemos observar alguns procedimentos:
• deve-se remover toda a nata de cimento (parte vitrificada), por jateamento de abrasivo ou
por apicoamento,com posterior lavagem, de modo a deixar aparente a brita, para que haja
uma melhor aderência com o concreto a ser lançado;
• é necessária a interposição de uma camada de argamassa com as mesmas
características da que compõe o concreto;
• as juntas de concretagem devem garantir a resistência aos esforços que podem agir na
superficie da junta;
• deve-se prever a interrupção da concretagem em pontos que facilitem a retomada da
concretagem da peça, para que não haja a formação de "nichos" de concretagem, evitando
a descontinuidade na vizinhança daquele ponto.
Após o endurecimento do concreto, este continua a ganhar resistência, mas para que isto
ocorra deve-se iniciar o último, mas não o menos importante, procedimento da fase de
concretagem de uma peça de concreto: a cura.
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reduzir em até 30% sua resistência.
Podemos então afirmar que quanto mais perfeita e demorada for a cura do concreto tanto
melhores serão suas características finais.
De uma forma geral, quando se tratar de concreto convencional, sem a utilização de cimento
de alta resistência inicial, deve-se respeitar os seguintes prazos para a retirada das formas e
escoramentos:
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• faces inferiores, mantendo-se os pontaletes bem encunhados e convenientemente
espaçados: 14 dias
• faces inferiores, sem pontaletes: 21 dias
Os apoios devem ser retirados gradualmente, de modo que a peça entre em carga
progressivamente e de forma uniforme.
Deve-se retirar as formas com cuidado, sem choques ou a utilização de ferramentas que
danifiquem a superficie do concreto.
Uma vez obedecidas todas as práticas recomendadas neste manual, temos que saber se a
resistência especificada em projeto pelo calculista foi atingida. No ensaio de ruptura por
compressão, os corpos-de-prova que foram moldados na obra são submetidos a um
carregamento uniforme, em prensas especiais, até seu rompimento.
Após a ruptura dos corpos-de-prova, e de posse dos resultados dos ensaios, é realizado o
"controle estatístico da resistência do concreto", para certificar a aceitação da estrutura
concretada sob o ponto de vista estrutural.
Este controle é de suma importância como testemunho da segurança da estrutura que será
futuramente utilizada.
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não só pela garantia da resistência do concreto, mas também por outros procedimentos que
são descritos no próximo item.
O trabalho específico desenvolvido pelas centrais dosadoras, operadas por pessoal técnico
especializado, permite o controle de todos os materiais utilizados na dosagem bem como as
propriedades exigidas pelo projeto e de acordo com as normas técnicas vigentes.
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9.17. Concreto Impermeável
Uma das propriedades desejadas do concreto impermeável é, obviamente, que ele resista à
penetração da água, como por exemplo em caixas d'água, lajes, piscinas, etc.
O concreto a ser empregado também deve ser cuidadosamente elaborado, devendo ser
bem argamassado, com um consumo adequado de cimento (mínimo de 350 kg/m³ ),
procurando empregar britas menores (brita o ou brita 1, no máximo). O uso de aditivos é
recomendável. O concreto deve ser ainda fácil de trabalhar, de modo a ocupar toda a fôrma
sem impedimentos.
A cura também deve ser criteriosa, pois irá impedir que o concreto fissure por retração,
recomendando-se seu início logo que o concreto comece a endurecer e sua continuidade
por pelo menos 7 dias.
Quando o concreto for utilizado como material de acabamento, ou seja, sem revestimento,
alguns cuidados devem ser observados.
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Para se obter acabamento liso deve-se empregar fôrmas de madeira plastificadas ou
metálicas, já que estes tipos de fôrma proporcionam menor concentração de bolhas de ar
junto à superfície.
Os desmoldantes facilitam a retirada das fôrmas depois que o concreto endureceu, evitando
que o concreto "cole" à fôrma. Estes não devem reagir com o cimento, nem causar manchas
na superficie do concreto. A camada de desmoldante deve ser uniforme, evitando-se
concentração em pontos isolados da fôrma que causam descolamento de pequenas placas
da superfície do concreto onde o desmoldante está em excesso.
Outros cuidados dizem respeito à vibração adequada do concreto e a evitar que a armadura
fique próxima da superficie. O uso de aditivos plastificantes são altamente recomendáveis
neste caso.
Além dos concretos tradicionalmente fornecidos pelas empresas concreteiras, estas estão
aptas a entregar concretos especiais que, em muitos casos, são a solução para os
problemas de concretagem enfrentados na obra.
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Concreto Leve
Concreto Celular
Trata-se de concreto leve, sem função estrutural, que consiste de pasta ou argamassa de
cimento portland com incorporação de minúsculas bolhas de ar. É indicado para isolamento
térmico em lajes de cobertura e terraços, enchimentos de pisos e rebaixamento de lajes,
fabricação de pré-moldados, etc.
O concreto celular possui massa específica variando de 500 kg/m³ a 1800 kg/m³, sendo que
o concreto convencional possui massa específica- em torno de 2300 kg/m³.
É aquele com valores de resistência acima dos concretos comumente utilizados, ou seja,
maiores que 50 MPa.
Pode ser obtido utilizando-se cimento, microssílica e aditivos plastificantes, obtendo-se uma
relação água/cimento e microssílica (A/c+ms) baixa. Este concreto exige um rigoroso
controle tecnológico, tendo como campo de aplicação pilares de edificios, obras marítimas,
pisos de alta resistência, reparos de obras de concreto, etc.
Concreto Pesado
É obtido utilizando-se agregados com elevada massa específica, tais como: hematita, barita,
magnetita. Este tipo de concreto é empregado como anteparo radiativo (salas de raio x, por
exemplo).
Concreto Fluido
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Concreto Colorido
Concreto Rolado
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QUESTIONÁRIO
Dmáx = 25mm 3
Mu areia = 1450Kg/m
MF = 2,4
Dados:
ρcim = 3100Kg/m3
Cimento CP32
Abatimento 70mm ρbrita = ρareia = 2650Kg/m3
Dmáx = 19mm Mu brita = 1500Kg/m
3
MF = 2,8
Mu areia = 1450Kg/m3
12. Converta o traço da questão anterior para dosagem em volumes de agregados. O cimento
deve ser expresso em peso e cada amassada deverá corresponder a 1 saco de cimento.
64
13. Para a concretagem de um pavimento serão necessários 26m3 de concreto que deverá ser
produzido no canteiro de obra. O cimento será medido em massa, os agregados em volume,
haverá medidor de água e serão feitas correções da água e agregados em função da
variação de umidade da areia, medida com freqüência. A obra terá assistência técnica e o
concreto será misturado em betoneira cujo volume útil é de 480litros e, deseja-se racionalizar
ao máximo seu uso, para dosagens dos materiais múltiplas à massa de um saco de cimento
(50Kg).
Determine:
a) a dosagem em massa deste concreto;
b) o traço para dosagem em volume para maior aproveitamento da betoneira, como citado
anteriormente e, indicando o rendimento por amassada;
c) calcule a quantidade de insumos necessária a produção de todo o concreto (26m3).
Dados
fck = 20MPa ρcim = 3100Kg/m3
Dmáx = 25mm ρbrita = ρareia = 2650Kg/m3
Abatimento 70mm Mu brita = 1400Kg/m3
MF=3,0 Mu areia = 1300Kg/m3
Cimento CPII-32
Exemplar 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Carga de CP1 34700 32500 36200 35800 33100 32000 37700 32500 33000 39200 33400 35700
Ruptura
(Kgf) CP2 35200 32200 36000 36400 34000 30600 38000 32200 36800 36800 35600 35600
Dados: φ do CP = 15cm
23. Determine o fcm, o fckest e o Sn a partir das cargas de ruptura obtidas no ensaio à
compressão de um determinado lote de concreto, cujas amostras foram retiradas de
amassadas aleatórias. Sabe-se que o na produção do concreto, o cimento é dosado
em massa e os agregados e água em volumes, com correção da quantidade de areia
e água, em função da umidade da areia.
Exemplar 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Carga de CP1 54200 59100 56200 64200 62600 58400 59200 57800 52100 64400 57100 59400
Ruptura 65
(Kgf) CP2 54100 58000 59200 62000 59200 59000 60200 58300 56400 63400 58400 61500
13 14 15 16 17 18 19 20
59100 67600 54900 58800 62000 59500 61100 63000
58300 64700 56400 59400 60100 63800 62800 59600
Dados: φ do CP = 15cm
Resultados:
22 23 24 25
66
Bibliografia
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