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Aula 02
Propriedades
Mecânicas do
Concreto
Universidade de Brasília:
Classes de Concreto
A NBR-6118/2003 se aplica aos concretos cujas resistências à compressão estão situadas no
grupo I da NBR-8953, ou seja, aqueles cuja resistência à compressão axial esteja dentro do
seguinte limite:
A classe de concreto C15 (15MPa) pode ser usada apenas em fundações, conforme a NBR-
6122, em obras provisórias.
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RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
Segundo MEHTA & MONTEIRO (1994), “A resistência de um material é definida como a capacidade de
este resistir à tensões sem haver ruptura
ruptura”.
Para a NBR-6118/2003, a resistência característica inferior é admitida como sendo o valor que
tem apenas 5% de probabilidade de não ser atingido pelos elementos de um dado lote de
material.
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c) Cura: A cura inadequada ou a alta temperatura pode ocasionar uma perda de água prematura do
concreto, deixando espaços vazios, reduzindo assim a sua resistência.
Segundo a NBR 6118 (2003), para idades inferiores a 28 dias, pode-se utilizar a seguinte expressão:
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b) Idade do concreto - Para levar em conta a idade do concreto, admite-se que a resistência
à compressão aumenta 20%, em um ano, em relação à resistência aos 28 dias, ou seja,
fc,1ano=1,2 fck.
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Resistência à tração
A resistência à tração do concreto é relativamente baixa, girando em torno de 8 a 15% da sua
resistência à compressão. Os ensaios para a determinação da resistência à tração do concreto
são:
ã
Esse ensaio é feito com a utilização de um corpo-de-prova prismático, com seção transversal de
15 cm x 15 cm e comprimento de 75 cm, que é submetido à aplicação de carga transversal nos
terços médios entre os apoios, conforme a Figura abaixo.
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É o ensaio mais utilizado, por ser mais simples de ser executado e utilizar o mesmo corpo de
prova cilíndrico do ensaio de compressão (15 cm por 30 cm). Também é conhecido
internacionalmente como Ensaio Brasileiro, pois foi desenvolvido por Lobo Carneiro,
em 1943.
Esse ensaio surgiu durante a abertura da Avenida Presidente Vargas, na cidade do Rio de
Janeiro, em 1943. A igreja de São Pedro, uma igreja muito antiga, construída em 1732,
situava-se bem no centro da futura avenida. A solução imaginada, na época, foi deslocá-la
para o lado, usando rolos de concreto com 60cm de diâmetro.
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Na falta de ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f, pode-se avaliar o valor médio ou característico
por meio das seguintes equações:
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Módulo Tangente – seu valor é variável em cada ponto e é dado pela inclinação da reta
tangente à curva nesse ponto;
Ec = tgφ
Módulo Tangente na Origem – é dado pela inclinação da reta tangente à curva na origem;
Segundo a NBR 6118 (2003), item 8.2.8,“quando não forem realizados ensaios e não existirem
dados mais precisos sobre o concreto usado na idade de 28 dias, pode-se estimar o valor do
módulo de elasticidade tangente inicial usando a expressão:
Módulo Secante – seu valor é variável em cada ponto e é obtido pela inclinação da reta que
une a origem com esse ponto. Segundo a NBR 6118 (2003), “O módulo de elasticidade secante
a ser utilizado nas análises elásticas de projeto, especialmente para determinação de esforços
solicitantes e verificação de estados limites de serviço, deve ser calculado pela expressão”:
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Coeficiente de Poisson
entre as deformações transversais e longitudinais na peça .Varia entre 0,15 e 0,25, sendo
sugerido pela NBR 6118 (2014) o valor constante de 0,20, devido a pequena variação que
estes valores representam nos cálculos. Esse valor, entretanto, válido para tensões de
compressão menores que 0,5.fc e tensões de tração menores que fct.
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Com esses dados, a maioria das normas, inclusive a NBR 6118 (2014), recomenda a utilização do
diagrama simplificado parábola-retângulo dimensionamento do concreto normal para carregamentos
de curta duração.
Segundo a NBR 6118:2003, quando toda a seção estiver submetida a compressão simples, a
deformação máxima do concreto é igual a 2‰.
(MPa) (MPa)
c c
60 60
50 f = 50 MPa 50 f = 50 MPa
c c
10 10
1 2 3 4 5 6 ( 0 /0 0 ) 1 2 3 4 5 6 ( 0 /00 )
c c
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No processo de retração, a água é inicialmente expulsa das fibras externas do concreto, criando
deformações diferenciais que, por sua vez, geram tensões capazes de provocar fissuração em
peças de concreto armado, e perda de tensão em cabos de peças em concreto protendido.
P
Para minimizarem-se
i i i os efeitos
f it d retração,
da t ã
deve ser efetuado um processo de cura no
concreto, por pelo menos sete dias, de forma
que a umidade existente ao seu redor impeça
a perda de água do interior do mesmo.
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d) finura do cimento e das partículas dos agregados - Quanto mais fino o grão maior é
sua superfície específica, necessitando assim maior quantidade de água de amassamento; além
disso,
disso mais finos serão os capilares.
capilares Resultam portanto capilares mais numerosos e mais finos,
finos
aumentando a retração.
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Alguns dos motivos pelos quais o fenômeno de fluência pode sofrer variação são:
• A idade do concreto no instante (to) em que se aplica o carregamento. Ela se reduz com o
aumento dessa idade;
• Umidade do Ambiente - Quanto mais seco o ambiente, maior a fluência do concreto;
• Espessura da peça - Maior fluência em peças menos espessas;
• Composição do concreto - A fluência aumenta com o aumento do fator água/cimento e do
consumo de cimento na peça.
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Considerando um elemento estrutural submetido a uma força axial de compressão, que gere
uma tensão constante σc, em um instante t0, se em um instante posterior t esta força deixar de
ser aplicada a deformação que era crescente diminui bruscamente até uma deformação relativa
a recuperação elástica instantânea, e as deformações ao longo do tempo continuam a diminuir
em virtude da deformação elástica retardada até a um valor da deformação chamado de
deformação residual.
onde:
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Variação de temperatura
Uma peça submetida a uma variação uniforme de temperatura t ºC terá uma deformação axial
dada pela expressão: εct = α.t , onde α é o coeficiente de dilatação térmica do material. Para o
caso do concreto, a NBR 6118 (2003) recomenda a adoção do valor de 10-5/ºC para o
coeficiente α de dilatação térmica. A variação de temperatura pode ser ocasionada por dois
fatores:
• Meio ambiente;
• Calor de hidratação, em estruturas com grande volume de concreto, como o caso das
barragens.
• Prever juntas de dilatação na estrutura, de tal forma que as dimensões da estrutura entre as
juntas seja sempre inferior a 30 m;
• Considerar os efeitos de temperatura nos cálculos da estrutura.
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