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Aula 04
Segurança nas
Estruturas e
Estados Limites
Universidade de Brasília:
INTRODUÇÃO
Segurança
g ç assim definida é meramente q
qualitativa,, ou seja,
j , é boa ou ruim. No intuito de
quantificar a segurança das construções, foram desenvolvidos diferentes métodos de cálculo ao
longo dos tempos. Os primeiros métodos que surgiram eram empíricos, baseados nas obras já
executadas com sucesso.
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g ç interno;;
- Método das tensões admissíveis ou método do coeficiente de segurança
- Métodos probabilísticos;
- Métodos semi-probabilístico.
Hi t i
Historicamente,
t o método
ét d das
d t
tensões
õ admissíveis
d i í i foif i a primeira
i i t t ti
tentativa té i
técnica d
de
quantificação da segurança. A idéia básica desse método consiste na aplicação de um
coeficiente interno, (γi>1), na tensão de ruptura do material (σr), obtendo-se assim a tensão
Desse modo, a maior tensão de trabalho (σr), obtida com as cargas de serviço (trabalho),
não deverá ultrapassar a (σadm):
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Também é conhecido p
pelos nomes de "cálculo do
concreto no estádio III", "método dos estados
limites", e "método do coeficiente de segurança
externo“ .
A ideia básica desse método é aplicar um coeficiente externo, γe>1, na carga de serviço,
obtendo-se assim a carga admissível. Equaciona-se o problema impondo que a carga admissível
não seja maior do que a carga de ruptura da peça.
A crítica fundamental que se faz aos métodos anteriores é em função de sua característica
determinista, quando na realidade a geometria da estrutura, as resistências dos materiais e as ações
atuantes são grandezas aleatórias. Desse modo, os métodos probabilísticos substituem os
coeficientes de ponderação (valores deterministas) por uma probabilidade de ruína.
Pela natureza aleatória de todos os parâmetros envolvidos na análise estrutural e por não
se dispor de dados estatísticos a respeito do comportamento das ações, solicitações,
geometria, aliados ao não perfeito conhecimento do comportamento real de estruturas de maior
complexidade, permite-se usar um método semi-probabilístico:
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Método Semi-Probabilístico
● Majoram-se as ações e os esforços solicitantes, de modo que a probabilidade destes valores serem
ultrapassados seja pequena. Os esforços solicitantes majorados (ou ações) são chamados de esforços
solicitantes de cálculo;
● Minoram-se as resistências dos materiais, de modo que seja pequena a probabilidade dos valores reais
descerem até esse ponto. As resistências reduzidas são ditas de resistências de cálculo;
● Equaciona-se a situação de ruína, supondo que os esforços solicitantes de cálculo (ou ações) alcancem as
resistências de cálculo.
Método Semi-Probabilístico
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Assim para que seja garantida a segurança é necessário estabelecer os estados limites, ou seja,
verificar que não ocorra a ruptura dos materiais e o colapso da estrutura (estados limites últimos)
e, que sejam mantidas as características apropriadas ao bom funcionamento da obra, tais como
flecha máxima nas vigas e abertura máxima de fissuras no concreto armado (estado limite de
utilização).
O não atendimento dos estados limites de utilização podem inviabilizar o uso da construção. Por
exemplo, a flecha excessiva em pontes ferroviárias pode impedir a passagem de trens ou a fissuração
com aberturas excessivas em caixas d’água de concreto podem comprometer sua estanqueidade.
ESTADOS LIMITES
Sã estados
São t d a partir
ti dos
d quais
i a estrutura
t t apresenta
t desempenho
d h inadequado
i d d às
à finalidades
fi lid d
da construção. Na análise das estruturas de concreto devem ser verificados os estados
limites últimos e os estados limites de serviço.
Depreende-se naturalmente dos requisitos esperados para uma edificação, que a mesma
deva reunir condições adequadas de segurança, funcionalidade e durabilidade, de
modo a atender todas as necessidades para as quais foi projetada,
projetada ao longo de sua vida útil.
útil
Quando uma estrutura deixa de atender a qualquer um desses três itens, diz-se que ela
atingiu um Estado Limite.
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● Estado limite último da perda do equilíbrio da estrutura, admitida como corpo rígido;
● Estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte,
devido às solicitações normais e tangenciais, admitindo-se a redistribuição de esforços internos, desde que
seja respeitada a capacidade de adaptação plástica definida na seção 14 da NBR-6118/2003, e admitindo-
se, em geral, as verificações separadas das solicitações normais e tangenciais;
● Estado
d limite
l úl
último d esgotamento da
de d capacidade
d d resistente da
d estrutura, no seu todo
d ou em parte,
considerando os efeitos de segunda ordem;
● Estado limite último provocado por solicitações dinâmicas;
● Estado limite último de colapso progressivo;
São estados que pela sua ocorrência, repetição ou duração causam efeitos estruturais que não respeitam
as condições especificadas para o uso normal da construção,
construção ou que são indícios de comprometimento da
durabilidade da estrutura.
Estão relacionados à durabilidade e aparência das estruturas, ao conforto do usuário e à boa utilização
funcional das mesmas.
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E.L.S E.L.U
AÇÕES
Na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que possam produzir
efeitos significativos para a segurança da estrutura em exame, levando-se em conta os
possíveis estados limites últimos e os de serviço. Para cada tipo de construção, as ações a
serem consideradas devem respeitar suas peculiaridades e as normas a ela aplicável.
● Ações permanentes;
● Ações variáveis;
● Ações excepcionais.
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São as q
que ocorrem com valores p
praticamente constantes,, ou com p
pequena
q variabilidade em torno de sua
média, durante toda a vida da construção. Devem ser consideradas com seus valores representativos mais
desfavoráveis para a segurança. São subdivididas em: ações permanentes diretas e indiretas.
Ações permanentes
Ações permanentes
indiretas
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São aquelas que variam de intensidade de forma significativa em torno de sua média, ao longo da vida útil
da construção.
const ção São classificadas em diretas,
di etas indiretas
indi etas e dinâmicas.
dinâmicas
Ações Dinâmicas
Ações variáveis durante a construção:
A verificação de cada uma das fases da construção deve ser feita considerando a parte da estrutura já
executada e as estruturas provisórias auxiliares com os respectivos pesos próprios. Além disso, devem ser
consideradas as cargas acidentais de execução.
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ç
São ações ç extremamente curta e com muito baixa p
de duração probabilidade de ocorrência
durante a vida útil da construção. Devem ser consideradas no projeto se seus efeitos não
puderem ser controlados por outros meios. São exemplos os abalos sísmicos, as explosões,
os incêndios, choques de veículos, enchentes, etc.
Os valores de cálculo das ações Fd são obtidos a partir dos valores representativos das ações,
Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidade não
desprezível de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um período
pré-estabelecido. Essas combinações devem ser feitas de diferentes maneiras, de forma que
possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura.
Segundo o item 11.8.2 da NBR-6118, a verificação da segurança aos estados limites últimos é
feita em função das combinações últimas, que são classificadas conforme segue:
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Os coeficientes de ponderação são agentes modificadores dos valores característicos (ou representativos)
das ações (ou solicitações) e das resistências dos materiais. Eles representam, de certo modo, uma
medida das incertezas existentes na análise estrutural e no comportamento dos materiais.
Valores característicos são grandezas que apresentam uma probabilidade pré-definida de serem
ultrapassados em seu sentido desfavorável.
As ações devem ser majoradas pelo coeficiente de ponderação γf , obtido pelo produto de três outros :
γf2 γ
– considera a simultaneidade das ações ( f2 = ψ0 ou ψ1 ou ψ2) (ver Tabela ).
γf3 – considera os possíveis erros de avaliação dos efeitos das ações, seja por desvios gerados nas
Em geral, o coeficiente de ponderação das ações para o ELS é tomado igual a γf2 , sendo
que este tem valor variável de acordo com a verificação desejada , conforme a seguir,
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Onde:
1 – Edifícios residenciais.
2 – Edifícios comerciais, de escritórios, estações e edifícios públicos.
Sendo:
ψ0 - Fator de redução de combinação para o ELU ;
ψ1 - Fator de redução de combinação freqüente para o ELS ;
ψ2 - Fator de redução de combinação quase-permanente para o ELS ;
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Os valores dos coeficientes de ponderação das ações, para o estado limite último, são apresentados na
Tabela abaixo (NBR-6118 item 11.7.1):
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Onde:
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TIPOS DE COMBINAÇÕES
Combinações Últimas
diferença é que ψ0 pode ser substituído por ψ2 quando a atuação da ação principal Fq1k
tiver duração muito curta.
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Combinações de Serviço
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Combinações de Serviço
Combinações Quase-Permanentes de Serviço
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q2 = 100 kN
g2 = 80 kN
q1 = 8 kN/m
g1
1 = 20 kN/m
kN/
A B C
2m 3m 3m 3m
q2 = 100 kN
g2 = 80 kN
q1 = 8 kN/m
g1
1 = 20 kN/m
kN/
A B C
2m 3m 3m 3m
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