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Universidade de São Paulo

Escola de Engenharia de São Carlos


Departamento de Engenharia de Materiais, Aeronáutica e
Automobilística
u o ob s ca

Ensaios
Ensaios Mecânicos
dos
d M
dos Materiais
Materiais
t i i - Tração
T ã

SMM0342- Introdução aos Ensaios


Mecânicos dos Materiais

Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruckert 1


Classificação dos ensaios mecânicos

2
P
Propriedades
i d d M Mecânicas
â i d
de M
Metais
t i
„ Como os metais
C t i são
ã materiais
t i i estruturais,
t t i o
conhecimento de suas propriedades mecânicas
é fundamental para sua aplicação.
aplicação
„ Um grande número de propriedades pode ser
d i d de
derivado d um único
ú i ti
tipo d experimento,
de i t o
ensaio de tração.
„ Neste tipo de ensaio um material é tracionado e
se deforma até fraturar. Mede-se o valor da
força e do alongamento a cada instante, e gera-
se uma curva tensão-deformação.

3
ENSAIO DE MATERIAIS
INTRODUÇÃO

9 Por meio dos Ensaios é que se verifica se os materiais


apresentam as propriedades que os tornarão adequados ao
seu uso.

9 Nos séculos passados, como a construção dos objetos era


essencialmente artesanal, não havia um controle de qualidade
regular dos produtos fabricados. A qualidade era avaliada pelo
uso.
uso

9 Atualmente,
tua e te, eentende-se
te de se que o co
controle
t o e de qua
qualidade
dade p
precisa
ec sa
começar pela matéria-prima e deve ocorrer durante todo o
processo de produção, incluindo a inspeção e os ensaios
finais nos produtos acabados.
4
Análise de tensão vs. Propriedades Mecânicas

9Os ensaios mecânicos dos materiais são procedimentos


padronizados
d i d que compreendem d t t
testes, cálculos,
ál l gráficos
áfi
e consultas a tabelas, tudo isso em conformidade com
normas técnicas.
técnicas Realizar um ensaio consiste em submeter
um objeto já fabricado ou um material que vai ser
processado industrialmente a situações
p ç que simulam os
q
esforços que eles vão sofrer nas condições reais de uso,
chegando a limites extremos de solicitação.

9 A análise de tensões e deformações não tem valor


nenhum se não se conhecer as p propriedades
p mecânicas
do material que a peça será construída;

9 As propriedades mecânicas definem o comportamento


de um material quando sujeito a esforços mecânicos. 5
P
Propriedades
i d d M Mecânicas
â i mais
i CComuns

9 Resistência a tração
tração, compressão e cisalhamento
9 Fadiga
9 Módulo de elasticidade – medida de rigidez na região elástica
9 Ductibilidade – grande deformação na zona de escoamento
9 Fragilidade – pequena deformação na zona de escoamento
9 Elasticidade – capacidade de deformar e voltar a forma original
9 Resiliência – capacidade de suportar grandes cargas dentro da zona
elástica
9 Plasticidade – capacidade de deformar e manter a forma
9 Tenacidade – capacidade do material absorver energia sem ruptura
9 Dureza - resistência a penetração
9 M
Massa especifica
ifi (Densidade - H2O a 4ºC)
6
Ensaio de Tração: Procedimentos Normalizados

Os Ensaios Mecânicos podem ser realizados em:

• Produtos acabados: os ensaios têm maior significado pois procuram


simular as condições de funcionamento do mesmo. Mas na prática isso
nem sempre é realizável;

• Corpos
p de prova:
p Avalia a propriedades
p p dos materiais
independentemente das estruturas em que serão utilizados. Estas
propriedades (Ex. limite de elasticidade, de resistência, alongamento, etc.)
são afetadas pelo comprimento do corpo de prova,
prova pelo seu formato,
formato pela
velocidade de aplicação da carga e pelas imprecisões do método de
análise dos resultados do ensaio.

Para padroni
padronizar:
ar Utili
Utiliza-se
a se as NORMAS
7
Mesmo recorrendo às Normas, na fase de projeto das estruturas utiliza-
se um fator multiplicativo chamado coeficiente de segurança,
segurança o qual
leva em consideração as incertezas (provenientes da determinação das
propriedades dos materiais e das teórias de cálculos das estruturas).

As normas técnicas mais utilizadas pelos laboratórios de ensaios


provêm das seguintes instituições:

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


ASTM
S - American
e ca Soc
Society
ety for
o Testing
est g a
and
d Materials
ate a s
DIN - Deutsches Institut für Normung
AFNOR - Association Française de Normalisation
BSI - British Standards Institution
ASME - American Society of Mechanical Engineer
ISO - International Organization for Standardization
JIS - Japanese Industrial Standards
SAE - Society of Automotive Engineers
COPANT - Comissão Panamericana de Normas Técnicas

Além dessas, são também utilizadas normas particulares de indústrias.


8
TIPOS DE TENSÕES E DEFORMAÇÕES
QUE UMA ESTRUTURA ESTA SUJEITA

ou
compressão

Flexão
9
Cisalhamento
„ Uma tensão cisalhante causa uma deformação
cisalhante, de forma análoga a uma tração.
… Tensão cisalhante
„ τ = F/A0
„ onde A0 é a área paralela a
aplicação da força
força.
… Deformação cisalhante
„ γ = tan α = Δy/z0
„ onde α é o ângulo de
deformação
„ Mód l d
Módulo de cisalhamento
i lh t G
„ τ=Gγ

10
Coeficiente de Poisson
„ Quando ocorre elongamento ao longo de
uma direção, ocorre contração no plano
perpendicular.
di l
„ A Relação entre as deformações é dada
pelo coeficiente de Poisson ν. ν
ν = - εx / εz = - εy / εz
… o sinal negativo apenas indica que uma
extensão gera uma contração e vice-
versa
… Os valores de ν para diversos metais
estão entre 0,25 e 0,35 (max 0,50)

E = 2G(1+ν) Para a maioria dos metais G ≈ 0,4E

O coeficiente de Poisson (materiais isotropicos) pode ser usado para estabelecer uma
11
relação entre o módulo de elasticidade e o módulo de cisalhamento de um material.
Propriedades Mecânicas dos Materiais

12
Equipamento para o ensaio de tração

O ensaio de tração geralmente é realizado na máquina universal, que tem


este nome porque se presta à realização de diversos tipos de ensaios.
A máquina de tração

•É hidráulica ou
eletromecânica, e está
ligada a um dinamômetro
ou célula de carga que
mede a força aplicada ao
corpo de prova;

• Possui um registrador
gráfico que vai traçando o
diagrama de força e
deformação, em papel
milimetrado, à medida em
Máquina Universal de Ensaio de Tração. que o ensaio é realizado.
13
Propriedades Mecânicas dos Materiais
„ Teste de tração:
ç

Célula de Detalhe do início da


carga estricção do
material

Corpo de
Extensômetro prova

Gráfico de σ x ε do
material ensaiado

14
Corpos de prova

• Possuem características especificadas de acordo com normas técnicas.


Suas dimensões devem ser adequadas à capacidade da máquina de ensaio;

• Normalmente utilizam-se corpos de prova de seção circular ou de seção


retangular, dependendo da forma e tamanho do produto acabado do qual
foram retirados
retirados, como mostram as ilustrações a seguir.
seguir

•A pparte útil do corpo


p de p prova,,
identificada na figura anterior por
Lo, é a região onde são feitas as
medidas das propriedades
mecânicas do material.

• As cabeças são as regiões


extremas, que servem para fixar o
corpo de prova à máquina de
modo
d que a força
f d
de t ã
tração
atuante seja axial.
15
Corpos de prova para o Ensaio de Tração.
Sistemas de fixações para as cabeças mais comuns.

• Segundo a ABNT, o comprimento da parte útil dos corpos de prova


utilizados nos ensaios de tração deve corresponder a 5 vezes o diâmetro
d seção
da ã da
d parte
t útil;
útil

• Por acordo internacional, sempre que possível um corpo de prova deve


ter 10 mm de diâmetro e 50 mm de comprimento inicial. Não sendo
possível retirada de um corpo de prova deste tipo, deve-se adotar um
corpo
p com dimensões p proporcionais
p a essas. Dimensões ppadronizadas
podem ser encontradas nas normas como ASTM E8M.
16
Em materiais soldados, podem ser retirados corpos de prova com a
solda no meio ou no sentido longitudinal da solda, como você pode
observar na figura a seguir.

Retirada de corpo
p de p
prova em materiais soldados.

17
Preparação do corpo de prova para o ensaio de tração

1 Id
1. Identificar
tifi o material
t i l do
d corpo de
d prova. Corpos
C d prova podem
de d ser
obtidos a partir da matéria-prima ou de partes específicas do produto
acabado;

2. Depois, deve-se medir o diâmetro do corpo de prova em dois pontos no


comprimento
p da p
parte útil,, utilizando um micrômetro,, e calcular a média;;

3. Por fim, deve-se riscar o corpo de prova, isto é, traçar as divisões no


comprimento útil.
útil Uma possibilidade seria para um CP de 50 mm de
comprimento, as marcações serem feitas de 5 em 5 milímetros.

Corpo de prova preparado para o ensaio de tração 18


Deformação Elástica X Plástica

19
Deformação Elástica
Características Principais
Principais::

¾ A deformação elástica é resultado de um pequeno alongamento


ou contração da célula cristalina na direção da tensão (tração ou
compressão) aplicada;

¾ Deformação não é permanente, o que significa que quando a


carga é liberada, a peça retorna à sua forma original;

¾ Processo no qual tensão e deformação são proporcionais


(obedece a lei de Hooke) → σ=Eε (lembra F=KX-Mola);
F=KX Mola);

¾ Gráfico da tensão x deformação resulta em uma relação linear. A


inclinação deste segmento corresponde ao módulo de elasticidade
E 20
Propriedades Mecânicas dos Materiais

• Comportamento
p σ x ε:

elástica plástica

• Deformação elástica: é reversível, ou


seja, quando a carga é retirada, o material
volta
lt às
à suas dimensões
di õ originais;
i i i
9 átomos se movem, mas não ocupam
novas posições na rede cristalina;
9 numa curva de σ x ε, a região elástica é
tensão

a parte linear inicial do gráfico.


• Deformação
D f ã plástica:
lá i é irreversível,
i í l ou
seja, quando a cargá é retirada, o material
não recupera suas dimensões originais;
9 átomos se deslocam para novas posições
em relação uns aos outros.

deformação
21
Curva Típica σ x ε (tração)
Liga de alumínio

εp εe
22
Módulo de Elasticidade (E)
σ = Eε
ΔS
tan gα = =E
Δε
E = módulo de elasticidade
ou Young (GPa)
GPa)

σ = tensão (MPa)
MPa)

ε = deformação (mm/
(mm/mm
mm)) 23
Módulo de Elasticidade (E)
Principais características:

¾ Quanto maior o módulo, mais rígido será o material ou menor


será a deformação elástica
elástica;;

¾ O módulo do aço (≈ 200 GPa


GPa)) é cerca de 3 vezes maior que o
correspondente para as ligas de alumínio (≈ 70 GPa
GPa),
), ou seja,
quanto maior o módulo de elasticidade, menor a deformação
elástica resultante
resultante..

¾ O módulo de elasticidade corresponde a rigidez ou uma


resistência
i tê i dod material
t i l à deformação
d f ã elástica
elástica.
lá ti .

¾ O módulo de elasticidade está ligado diretamente com as


forças das ligações interatômicas
interatômicas..
24
Módulo de Elasticidade – Aço vs. Alumínio

25
Comportamento não-linear

„ Alguns metais como


ferro fundido cinzento, o
concreto e muitos
polímeros apresentam
um comportamento não
linear na parte elástica
da curva tensão x
deformação

26
Módulo de Elasticidade

¾ O módulo de elasticidade é
dependente da temperatura
temperatura;;

¾ Quanto maior a temperatura


o E tende a diminuir
diminuir..

27
* Polímero termoplástico
p
** Polímero termofixo
*** Compósitos

28
Módulo de Elasticidade Cerâmica
„ O módulo elástico das cerâmicas são fortemente
dependente
p da p
porosidade.

E = E 0 (1 − f p+ f p2 ) Onde f1 =1,9 e f2 = 0,9


1 2 29
„ Um outro fator importante no módulo de elasticidade nos materiais
cerâmicos é a presença de microtrincas, as quais diminuem a
energia
i elástica
lá ti armazenada.d
„ As trincas podem ser geradas durante o resfriamento. Isso se
deve à anisotropia na expansão e contração térmica.

−1

ν ν
⎡ 16(10 − 3 )(1 − ) ⎤
2
E
= ⎢1 + Na ⎥
0 0 3

E 0 ⎢⎣ 45(2 −ν 0) ⎥⎦

a é o raio médio das trincas


N é o número de trincas por unidade de volume

30
Módulo de Elasticidade Polímero

„ Os polímeros possuem
constantes elásticas que
variam a partir do inferior
dos metais até valores
bem mais baixos.
baixos

31
Deformação Plástica
¾ Para a maioria dos materiais metálicos,
metálicos o regime elástico persiste
apenas até deformações de aproximadamente 0,2 a 0,5%.

¾ À medida
did que o material
t i l é deformado
d f d além,
lé d
desse ponto,
t a
tensão não é mais proporcional à deformação (lei de Hooke) e
ocorre uma deformação
ç permanente não recuperável
p p denominada
de deformação plástica;

¾ A deformação plástica corresponde à quebra de ligações com os


átomos vizinhos originais e em seguida formação de novas
ligações;
g ç

¾ A deformação plástica ocorre mediante um processo de


escorregamento (cisalhamento) , que envolve o movimento de
discordâncias.
32
Limite de proporcionalidade e
T
Tensãoã lilimite
it dde escoamento
t
¾ O limite de proporcionalidade pode ser
determinado como o ponto onde ocorre o
afastamento da linearidade na curva tensão
Alongamento
– deformação (ponto P).
P). escoamento

¾ A posição deste ponto pode não ser


determinada com precisão. Por
conseqüência foi adotada uma convenção: é
construída uma linha paralela à região
elástica a partir de uma pré-deformação de
0,002 ou 0,2%.

¾ A intersecção desta linha com a curva


t
tensão
ã – deformação
d f ã é a tensão
t ã limite
li it de
d
escoamento (σy) 33
Limite de Escoamento
Quando não observa-se nitidamente o fenômeno de
escoamento, a tensão de escoamento corresponde à
tensão necessária para promover uma deformação
permanente de 0,2% ou outro valor especificado (Ver
gráfico ao lado)

34
Limite de resistência à tração
¾ Após
A ó o escoamento, t a tensão
t ã
necessária para continuar a
deformação
ç plástica aumenta até
p
um valor máximo (ponto M) e
então diminui até a fratura do
material;

¾ Para um material de alta


capacidade de deformação
plástica, o φ do CP decresce
rapidamente ao ultrapassar o
ponto M e assim a carga
necessária para continuar a
deformação, diminui até a ruptura
final.
O limite de resistência à tração é a tensão no ponto máximo da curva tensão
tensão--
deformação.. É a máxima tensão que pode ser sustentada por uma estrutura
deformação
que se encontra sob tração (ponto M).M). 35
Ductilidade
Definição: é uma medida da extensão da deformação que ocorre
Definição:
até a fratura

Ductilidade pode ser definida como:


¾ Alongamento percentual %AL = 100 x (Lf - L0)/L0

• onde Lf é o alongamento do CP na fratura


• uma fração substancial da deformação se concentra na
estricção, o que faz com que %AL dependa do comprimento do
corpo de
d prova. A
Assimi o valor
l d de L0 deve
d ser citado.
it d

¾ Redução de área percentual %RA = 100 x(A0 - Af)/A0

• onde A0 e Af se referem à área da seção reta original e na


fratura
fratura.
• Independente de A0 e L0 e em geral é ≠ de AL%
36
Tenacidade
¾ Representa uma medida da
habilidade de um material em
absorver energia até a fratura;
¾ Pode ser determinada a partir da
curva σxε.
σxε Ela é a área sobre a Material Frágil
curva;
¾ Para que um material seja tenaz,
deve apresentar resistência e
ductilidade. Materiais dúcteis são
mais tenazes que os frágeis.
frágeis

Materiais Dúcteis
Material Dúctil
Ut= σesc + σLRT . εfratura em N.m/m3

M t i i F
Materiais Frágeis
á i

Ut= 2/3 . σLRT. εf ratura em N.m/m3 37


Resiliência
Definição: Capacidade de um material
Definição:
absorver energia sob tração quando ele é
deformado elasticamente e devolvê-la quando
relaxado
l d (recuperar);
( )

p
9para aços
ç carbono varia de 35 a 120
MJ/m3
9 O módulo de resiliência é dado pela área da
curva tensão-deformação
t ã d f ã atétéε o escoamento
e
t
ou através da fórmula: U r = ∫ σ d ε
0
9N
Na região
iã linear
li Ur =σyεy /2 =σy(σ
( y /E)/2 = εe
σy2/2E
U r = ∫ σdε
0
Assim, materiais de alta resiliência possuem
alto limite de escoamento e baixo módulo de
elasticidade Estes materiais seriam ideais
elasticidade.
para uso em molas.
38
Propriedades Mecânicas dos Materiais

• Tipos de material e as curvas de σ x ε


tensão

tensão

tensão
deformação deformação deformação

39
Ensaio de tração
ç uniaxial
¾ O ensaio de tração consiste na
aplicação de carga uniaxial
crescente até a ruptura. Mede-se
a variação do comprimento como
função da carga e fornece dados
quantitativos das características
mecânicas dos materiais;
¾ Os CPs geralmente possuem
seção transversal circular ou
retangular
t l com proporções
õ
geométricas normalizadas

40
Ensaio de Tração

41
Ensaio de Tração

42
Ensaio de Tração

43
Ensaio de Tração: Curva Tensão –
Deformação Convencional
„ Tensão Convencional, nominal
ou de
d EEngenharia
h i

P
σC =
σC=tensão AO
P=carga aplicada
S0=seção transversal original

„ Deformação Convencional,
nominal
o a ou de Engenharia
ge a a

l − l0 Δl
εC = =
l0 l0
εC = deformação (adimensional - mm/mm)
l0 = comprimento inicial de referência (mm)
l = comprimento de referência para cada
carga (mm) 44
Cálculo Alongamento (%AL)

45
Ensaio Tração - Extensômetro

46
Ensaio Tração CP Cilíndrico sem Extensômetro

47
48
Propriedades Mecânicas da metais
e ligas

49
Encruamento
¾ A partir da região de
escoamento, o material entra
no campo p de deformações
ç
permanentes, onde ocorre
endurecimento por trabalho a
frio (encruamento);
¾ Resulta em função da
i t
interação
ã entre
t discordâncias
di dâ i
e das suas interações com
obstáculos como solutos e
contornos de grãos. É
preciso uma energia cada
vez maior para que ocorra
essa movimentação 50
Empescoçamento - Estricção
¾ Região localizada em uma seção
reduzida em que grande parte da
deformação se concentra;
¾ Ocorre quando o aumento da
dureza por encruamento é menor
que a tensão aplicada e o material
sofre uma grande deformação.
deformação

51
Cálculo da Estricção
ç ((%RA))

52
Tensão Verdadeira e Deformação
V d d i
Verdadeira
¾ Na curva tensão-deformação
N t ã d f ã
convencional após o ponto
máximo (ponto M), o material
aumenta em resistência devido
ao encruamento, mas a área da
seção
ç reta está diminuindo
devido ao empescoçamento;

¾ Resulta
R lt em uma redução
d ã na
capacidade do corpo em
suportar carga; Estricção ou
empescoçamento
¾ A tensão calculada nessa carga
é baseada na área da seção
original e não leva em conta o
pescoço. 53
Tensão Verdadeira e Deformação
Verdadeira
¾ A Tensão Verdadeira é definida
como sendo a carga P dividido
sobre a área instantânea, ou
seja, área do pescoço após o
limite de resistência à tração

P
σV =
Ai
¾ A Deformação Verdadeira é
definida pela expressão

li
ε V = ln
l0
54
Relações entre Tensões e
D f
Deformações
õ R Reais
i eC
Convencionais
i i

„ Deformação „ Tensão
S0 l
ln = ln = ln(1 + ε C )
Δl l S l0
εC = = −1
l0 l0
S0
l S=
= 1+ εC 1+ εC
l0

l
ε r = lln = ln(
l (1 + ε C ) P P
l0 σ r = = (1 + ε C )
S S0

σ r = σ C (1 + ε C )
55
TENSÃO PARA A REGIÃO DE
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

σ = Kεn

K e n são constantes que dependem do


material e dependem do tratamento
dado ao mesmo, ou seja, se foram
tratados termicamente ou encruados

¾ K= coeficiente de resistência (quantifica o nível de resistência que o material


pode suportar)
¾ n= coeficiente de encruamento (representa a capacidade com que o material
distribui a deformação) 56
K e na p
para alguns
g materiais

Material n K (MPa)
( )
Aço baixo teor de carbono 0,26 530
recozido
A 4340 recozido
Aço id 0,15
0 15 640
Aço inox 304 recozido 0,45 1275
Alumínio recozido 02
0,2 180
Liga de Alumínio 2024 T 0,16 690
Cobre recozido 0,54 315
Latão 70-30 recozido 0,49 895

57
Determinação
ç de K e n
„ Log σ =log k+ n log ε
Para εε= 1 extrapolando σ =k
k

K
σ

Inclinação= n

58 1 ε
Efeito da temperatura

¾ A temperatura
t t pode
d
influenciar
significativamente
g as
propriedades
mecânicas levantadas
pelo ensaio de tração

¾ Em geral,
geral a resistência
diminui e a ductilidade
aumenta conforme o
aumento
t d
de
temperatura

59
Efeito %C nas Propriedades de Tração
Diferentes limites de resistência para ligas de Fe-C(Aços)
Fe C(Aços)

9 baixo % de carbono – dúctil e tenaz


9alto % de carbono – limite de escoamento convencional mais elevado que o
de baixo C, assim ele é mais resiliente que o de baixo C
9E constante

60
Propriedades
p - Exercício
Um aço carbono tratado termicamente (têmpera e resfriamento na água) foi submetido ao
ensaio de tração (quadro abaixo). O diâmetro original da amostra era 12,5 mm e o
diâmetro final 11,6 mm. Usando um instrumento de medida de 50 mm, obtiveram-se os
seguintes dados:

Carga Alongamento Carga Alongamento


(kN) (mm) (kN) (mm)
25 9
25,9 0 051
0,051 88 6
88,6 0 508
0,508
36,0 0,071 93,4 0,711
46,6 0,092 98,8 1,016
54,4 0,107 107,2 1,524
70,8 0,152 113,5 2,032
74 8
74,8 0 203
0,203 117 5
117,5 2 541
2,541
80,5 0,305 121,0 3,048
85,0 0,406 123,3 3,560

Determine:

Diagrama tensão x deformação de engenharia e verdadeiro


Determinar o limite de escoamento convencional a 0,2%.
Determinar o módulo de elasticidade
Determinar o limite de ruptura
O %RA e o %AL
Resiliência
Tenacidade a traçao 61
Bibliografia
g
‰CCiência
ê c a e Engenharia
ge a a de Materiais
ate a s – u
uma
a Introdução,
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Callister, Jr. LTC 5. edição.
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‰ Dieter, G.E. Metalurgia Mecânica 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,
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Materials at Room Temperature

62
OBRIGADO PELA

ATENÇÃO !!!

63

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