Você está na página 1de 64

Ciência de Materiais

Aula de revisão - Capítulos 6,7 e 8

Prof. Dr. Émerson M. Miná


Introdução

A elaboração de Projetos de Engenharia requer a compreensão do


comportamentos dos Materiais sob uma força ou carga aplicada.

▪ Instalação de torres de
comunicação;

▪ Sistema de geração de Energia


eólica;

▪ Estrutura de transmissão de
energia;

▪ Transporte de matéria-prima
Propriedades mecânicas

1. Rigidez

2. Resistência

3. Dureza

4. Ductilidade

5. Tenacidade
Ensaios mecânicos

▪ Experimentos laboratoriais padronizados – Normas (standards)


Características da força aplicada

1. Natureza da carga
▪ Tração
▪ Compressão
▪ Cisalhamento

2. Tempo
▪ Infinitesimal de tempo
▪ Longo tempo (horas, dias, anos...)

3. Temperatura (difusão, vibração e etc.)


Ensaio de tração

▪É o ensaio mais utilizado – obtêm-se diversas


propriedades mecânicas

▪ Limite de escoamento

▪ Limite de resistência

▪ Ductilidade ▪ Gráfico Tensão – Deformação


▪ Rigidez
𝐹 𝑙𝑖− 𝑙0 ∆𝑙
𝜎 = 𝜀0 = =
▪ Tenacidade 𝐴0 𝑙0 𝑙0
1 𝑀𝑃𝑎 = 106 𝑁/𝑚² 𝑎𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑜𝑢 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑡𝑢𝑎𝑙
Ensaio de Compressão

▪ Forçaaplicada na mesma direção, mas o sentido


será oposto ao aplicado no ensaio de tração

𝐹 𝑙𝑖− 𝑙0 ∆𝑙
𝜎 =− 𝜀0 = − =−
𝐴0 𝑙0 𝑙0

▪ Por convenção, atribuímos valores negativos.


Ensaio de Cisalhamento

▪ Forçaaplicada paralelamente a superfícies do


material. Mesma direção e sentidos opostos.

𝜎 ′ = 𝜎 cos ²𝜃

𝐹
𝜏 = 𝛾 = tan 𝜃 𝜏 ′ = 𝜎 sin 𝜃 cos 𝜃
𝐴0
Deformação elástica

▪ Dentro do estágio de deformação elástica, a tensão aplicada


induzirá uma deformação proporcional – não permanente

𝜎 = 𝐸ϵ

Lei de Hooke

Modulo de Elasticidade (E) – GPa ou psi

Módulo de Young
Deformação elástica

▪O módulo de elasticidade também pode ser interpretado


como a resistência das ligações interatômicas

Ligação forte:

• Metálica;

• Iônica;

Ligação fraca:
𝑑𝐹
• Van Der Walls 𝐸 ∝
𝑑𝑟 𝑟0
Problema-Exemplo 6.1
Uma peça de cobre originalmente com 305 mm (12 in) de comprimento e
tracionada por uma tensão de 276 MPa (40.000 psi). Se a deformação e
inteiramente elástica, qual será o alongamento resultante?

𝜎 = 𝜖𝐸 ∆𝑙 𝜎𝑙0
𝜎= 𝐸 ∆𝑙 =
𝑙0 𝐸

∆𝑙
𝜖=
𝑙0 276 × 106 𝑃𝑎 × 305 (𝑚𝑚)
∆𝑙 = 9
= 0,77 𝑚𝑚
110 × 10 (𝑃𝑎)
Problema 6.5
Uma barra de alumínio com 125 mm de comprimento e que possui uma seção transversal
quadrada com 16,5 mm de aresta é puxada em tração com uma carga de 66.700 N e
apresenta um alongamento de 0,43 mm. Considerando que a deformação seja inteiramente
elástica, calcule o módulo de elasticidade do alumínio.

𝐹
𝜎 = 𝜀𝐸 𝜎 𝐹 𝑙0
𝐸= 𝐸= 𝐴 𝐸=
𝜀 ∆𝑙 𝐴 ∆𝑙
𝑙0
∆𝑙
𝜀=
𝑙0 66700 𝑁 125 𝑚𝑚
𝐸= 𝐸 = 7,12 × 1010 𝑃𝑎
(16,5 × 10−3 𝑚)² 0,43 𝑚𝑚
𝐸 = 71,2 𝐺𝑃𝑎
Propriedades elásticas

O coeficiente de Poisson (𝜈) para materiais isotrópicos

A deformação, 𝜖𝑧 , induzirá uma


constrição no plano x-y

𝜖𝑥 = 𝜖𝑦
𝜖𝑥 𝜖𝑦
𝜈=− =−
𝜖𝑧 𝜖𝑧

Coefiente de Poisson (ν) = 0,25 – 0,35


Problema-Exemplo 6.2
Uma tensão de tração deve ser aplicada ao longo do eixo do comprimento
de uma barra cilíndrica de latão, com diametro de 10 mm. Determine a
magnitude da carga necessária para produzir uma variação de 2,5 ×
10−3 mm no diâmetro, se a deformação for puramente elástica.

∆𝑑 2,5 × 10−3 𝑚𝑚
𝜖𝑥 = =− = −2,5 × 10−4
𝑑0 10 𝑚𝑚

𝜖𝑥 2,5 × 10−4 𝑚𝑚
𝜖𝑧 = − = = 7,35 × 10−4
𝜈 0,34
Problema-Exemplo 6.2
Uma tensão de tração deve ser aplicada ao longo do eixo do comprimento
de uma barra cilíndrica de latão, com diametro de 10 mm. Determine a
magnitude da carga necessária para produzir uma variação de 2,5 ×
10−3 mm no diâmetro, se a deformação for puramente elástica.

𝜎𝑧 = 𝜖𝑧 𝐸

𝜎𝑧 = 7,35 × 10−4 × 97 × 109 (𝑃𝑎)

𝜎𝑧 = 71,3 × 106 (𝑃𝑎)


Problema-Exemplo 6.2
Uma tensão de tração deve ser aplicada ao longo do eixo do comprimento
de uma barra cilíndrica de latão, com diametro de 10 mm. Determine a
magnitude da carga necessária para produzir uma variação de 2,5 ×
10−3 mm no diâmetro, se a deformação for puramente elástica.

2
𝑑0
𝐹 = 𝜎𝑧 𝐴0 = 𝜎𝑧 𝜋
2
−3 2
6
10 × 10 𝑚
𝐹 = 71,3 × 10 (𝑃𝑎) × 𝜋
2

𝐹 = 5600 𝑁
Deformação plástica

Quando a força submetida ao material excede a força


das ligações interatômicas, as ligações serão rompidas
e o material sofrerá alterações permanentes

Deformação elástica Deformação plástica

𝜎 = 𝐸ϵ 𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑠𝑒𝑟á 𝑎 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎?


Deformação plástica

Limite de escoamento (𝜎𝑙 )


Deformação plástica
ou (MPa) → Pa = N/m²
Campo plástico (kpsi) → psi = lb/in²

Deformação elástica
ou
Campo elástico
Deformação plástica

O limite de resistência a tração


representa a tensão máxima suportada
pelo material antes da ruptura.

Tensão efetiva
Deformação plástica

Tensão-Deformação – Verdadeira

Tensão-Deformação – Engenharia

𝐹 𝑙𝑖
𝜎𝑉 = 𝜖𝑉 = 𝑙𝑛
𝐴𝑖 𝑙0

𝐴 𝑖 𝑙𝑖 = 𝐴 0 𝑙 0

𝜎𝑉 = 𝜎(1 + 𝜖)

𝜖𝑉 = 𝑙𝑛(1 + 𝜖)
Problema-Exemplo 6.3
• A partir do comportamento tensão-deformação em tração para o corpo de prova
de latão que esta mostrado na Figura 6.12, determine:
• (a) O modulo de elasticidade;
• (b) A resistência ao escoamento para uma pré-deformação de 0,002;

(a) (b)
𝜎2 − 𝜎1 𝜎2 − 0 𝜎𝑙 = 250 𝑀𝑃𝑎
𝐸= 𝐸=
𝜀2 − 𝜀1 𝜀2 − 0

150 𝑀𝑃𝑎 − 0
𝐸=
0,0016 − 0
𝐸 = 93,8 𝐺𝑃𝑎
Problema-Exemplo 6.3
• A partir do comportamento tensão-deformação em tração para o corpo de prova
de latão que esta mostrado na Figura 6.12, determine:
• (c) A carga máxima que pode ser suportada por um corpo de prova cilíndrico que possui um diâmetro
original de 12,8 mm (0,505 in);

• (d) A variação no comprimento de um corpo de prova originalmente com 250 mm (10 in) de
comprimento e que foi submetido a uma tensão de tração de 345 MPa (50.000 psi).

(c)

−3 2
𝐹 12,8 × 10 𝑚
𝜎= 𝐹 = 450 𝑀𝑃𝑎 × 𝜋
𝐴 2

𝐹 = 57,9 𝑘𝑁
Problema-Exemplo 6.3
• A partir do comportamento tensão-deformação em tração para o corpo de prova
de latão que esta mostrado na Figura 6.12, determine:
• (c) A carga máxima que pode ser suportada por um corpo de prova cilíndrico que possui um diâmetro
original de 12,8 mm (0,505 in);

• (d) A variação no comprimento de um corpo de prova originalmente com 250 mm (10 in) de
comprimento e que foi submetido a uma tensão de tração de 345 MPa (50.000 psi).

∆𝑙
𝜀= ∆𝑙 = 𝜀 × 𝑙0
𝑙0

∆𝑙 = 0,06 × 250 × 10−3 𝑚

∆𝑙 = 15 × 10−3 𝑚
Deformação plástica

A ductilidade é outra propriedade obtida a partir do gráfico tensão-


deformação que representa quanto do material alongou antes de romper

𝑙𝑓 − 𝑙0
%𝐴𝑙 = 𝑎𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙
𝑙0

𝐴0 − 𝐴𝑓
%𝑅𝐴 = 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 á𝑟𝑒𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙
𝐴0
Deformação plástica

A Resiliência é capacidade de absorver energia e retornar a sua


condição inicial. Logo, a resiliência até associada a deformação elástica

𝜖
𝑈𝑟 = ‫׬‬0 𝑙 𝜎 𝑑𝜖 − 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎
(J/m³ ou in.lbf/in³)

1
𝑈𝑟 = 𝜎𝑙 𝜖𝑙 − 𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜 𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟
2

1 𝜎𝑙 𝜎𝑙 2
𝑈𝑟 = 𝜎𝑙 = − 𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜 𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟
2 𝐸 2𝐸
Deformação plástica

A Tenacidade é a habilidade de um material absorver


energia e se deformar plasticamente até a sua fratura

Tenacidade a fratura é importante para


entender a capacidade do material de absorver
energia durante a propagação de um trinca.
Deformação plástica

A Tenacidade é a habilidade de um material absorver


energia e se deformar plasticamente antes de fraturar

Tenacidade ao impacto é a capacidade do


material absorver energia durante a aplicação
de um grande impacto.
Deformação plástica

A Dureza é a resistência do material a deformação plásticas localizada


durante a impressão de um penetrado sobre a superfície do material
Discordâncias e Deformação Plástica

Princípio fundamental da deformação plástica


– movimento das discordâncias
Discordâncias e Deformação Plástica

❑ Característica das discordâncias


▪ Campo de Compressão
▪ Campo de Tração
▪ Tensão Cisalhante

Por que os Defeitos Aumentam


a Resistência dos Metais?
Por que as discordâncias se
multiplicam com a deformação?
Escorregamento em Monocristais

Quando uma força uniaxial é aplicada sobre um monocristal,


existirão componentes de cisalhamento em todas as direções

𝜏𝑅 = 𝜎 cos 𝜑 cos 𝜆 → 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑎

A magnitude depende do plano


e da direção cristalográfica
Escorregamento em Monocristais

Quando uma força uniaxial é aplicada sobre um monocristal,


existirão componentes de cisalhamento em todas as direções

𝜏𝑅𝑐𝑟𝑖𝑡 = 𝜎𝑙 cos 𝜑 cos 𝜆

𝜏𝑅𝑐𝑟𝑖𝑡 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑎


𝜎𝑙 = 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

𝑄𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝜑 = 𝜆 = 45°, 𝜏𝑅𝑐𝑟𝑖𝑡 = 𝜏𝑚𝑎𝑥 (𝐶𝐹𝐶 − 𝐶𝐶𝐶)


Problema-Exemplo 7.1
• Considere um monocristal de ferro, com estrutura CCC, orientado de modo que uma tensão de tração é
aplicada ao longo de uma direção [010].

• (a) Calcule a tensão de cisalhamento resolvida ao longo de um plano (110) e em uma direção [-111]
quando uma tensão de tração de 52 MPa (7500 psi) e aplicada.

−1
𝑢1 𝑢2 + 𝑣1 𝑣2 + 𝑤1 𝑤2
𝜃 = cos
𝑢12 + 𝑣12 + 𝑤12 𝑢22 + 𝑣22 + 𝑤32

𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 110

𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [1ത 11]


𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 [010]
Problema-Exemplo 7.1
• Considere um monocristal de ferro, com estrutura CCC, orientado de modo que uma tensão de tração e
aplicada ao longo de uma direção [010].

• (a) Calcule a tensão de cisalhamento resolvida ao longo de um plano (110) e em uma direção [-111]
quando uma tensão de tração de 52 MPa (7500 psi) e aplicada.

−1
𝑢1 𝑢2 + 𝑣1 𝑣2 + 𝑤1 𝑤2
𝜃 = cos
𝑢12 + 𝑣12 + 𝑤12 𝑢22 + 𝑣22 + 𝑤32

𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 110

𝑞𝑢𝑎𝑙 é 𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 𝑎𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 110 ?


𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 [110]
Problema-Exemplo 7.1
• Considere um monocristal de ferro, com estrutura CCC, orientado de modo que uma tensão de tração e
aplicada ao longo de uma direção [010].

• (a) Calcule a tensão de cisalhamento resolvida ao longo de um plano (110) e em uma direção [-111]
quando uma tensão de tração de 52 MPa (7500 psi) e aplicada.

−1
1.0 + 1.1 + 0.0
𝜑 = cos
12 + 12 + 0 2 02 + 12 + 0 2

−1
1
𝜑 = cos = 45°
2
Problema-Exemplo 7.1
• Considere um monocristal de ferro, com estrutura CCC, orientado de modo que uma tensão de tração e
aplicada ao longo de uma direção [010].

• (a) Calcule a tensão de cisalhamento resolvida ao longo de um plano (110) e em uma direção [-111]
quando uma tensão de tração de 52 MPa (7500 psi) e aplicada.

−1
−1.0 + 1.1 + 1.0
𝜆 = cos
−1 2 + 12 + 12 02 + 12 + 02

−1
1
𝜑 = cos = 54,7°
3
Problema-Exemplo 7.1
• Considere um monocristal de ferro, com estrutura CCC, orientado de modo que uma tensão de tração e
aplicada ao longo de uma direção [010].

• (a) Calcule a tensão de cisalhamento resolvida ao longo de um plano (110) e em uma direção [-111]
quando uma tensão de tração de 52 MPa (7500 psi) e aplicada.

𝜏𝑅 = 𝜎 cos 𝜑 cos 𝜆

𝜏𝑅 = 52 𝑀𝑃𝑎 cos 45 cos 54,7

𝜏𝑅 = 21,3 𝑀𝑃𝑎
Problema-Exemplo 7.1
• Considere um monocristal de ferro, com estrutura CCC, orientado de modo que uma tensão de tração e
aplicada ao longo de uma direção [010].

• (b) Se o escorregamento ocorre em um plano (110) e em uma direção [-111], e a tensão de


cisalhamento resolvida critica e de 30 MPa (4350 psi), calcule a magnitude da tensão de tração aplicada
necessária para iniciar o escoamento.

𝜏𝑅 = 𝜎 cos 𝜑 cos 𝜆

𝜏𝑅
𝜎0 =
cos 𝜑 cos 𝜆

30 𝑀𝑃𝑎
𝜎0 = = 73,4 𝑀𝑃𝑎
cos 45 cos 54,7
Discordâncias e Deformação Plástica

❑ Os materiais sofrem dois tipos de deformação: elástica e plástica

⊥ ⊥
Mecanismos de endurecimento

❑ Tamanho de grão;
❑ Solução sólida;
❑ Encruamento;
❑ Precipitação de fases
Aumento da resistência por Solução
Sólida

Os elementos de impureza ou elementos de


liga provocam o aumento de resistência

Elemento Elemento
substitucional substitucional
menor que o maior que o
solvente solvente
Aumento da resistência por Solução
Sólida

Os elementos de impureza ou elementos de


liga provocam o aumento de resistência

Limite de resistência a tração e escoamento Alongamento (%)


Falha - Introdução
❑ Por que estudamos a Falha? Para termos previsibilidade

▪ Principais causas
✓ Seleção inadequada de materiais;
✓ Elaboração de projetos ruins;
Navio tanque – falha frágil
✓ Utilização impropria dos componentes;
✓ Mal previsão dos danos durante serviço;
✓ Ausência de inspeção e manutenção

• Boeing 737 – falha por fadiga preventiva.


Fratura
❑ A falha ocorre por um processo de fratura do componente
ou separação do mesmo em duas ou mais partes.

▪ Fratura dúctil ❑Por que preferimos os


materiais dúcteis?
▪ Fratura frágil
Para termos previsibilidade
Fratura
❑ A falha ocorre por um processo de fratura do componente
ou separação do mesmo em duas ou mais partes.

▪ Fratura dúctil

▪ Fratura frágil

Ouro, chumbo, Ligas Materiais


polímeros e etc. metálicas frágeis
Fratura dúctil
❑Materiais apresentam uma grande deformação plástica
durante a aplicação de um esforço mecânico até a fratura.

Fratura taça-cone
Fratura dúctil
❑Materiais apresentam uma grande deformação plástica
após e absorvem muita de energia antes da fratura.

Fratura taça-cone
Estudo fractográfico

❑O estudo fractográfico nos ajuda a compreender as


características dos materiais e os mecanismos de fratura

▪ Fratura dúctil – micro cavidades (dimples)


Fratura frágil
❑ A fratura frágil pode ser transgranular ou intergranular

▪ Fratura transgranular ▪ Fratura intergranular


Estudo fractográfico

❑O estudo fractográfico nos ajuda a compreender as


características dos materiais e os mecanismos de fratura

▪ Fratura frágil – clivagem (cleavage)


Mecânica da Fratura
❑ A mecânica da fratura tenta estabelecer uma relação entre o
esforço aplicado em um material que contem uma trinca.
Mecânica da Fratura
❑ A mecânica da fratura tenta estabelecer uma relação entre o
esforço aplicado em um material que contem uma trinca.
Mecânica da Fratura
❑ A mecânica da fratura tenta estabelecer uma relação entre o
esforço aplicado em um material que contem uma trinca.

1Τ 2
𝑎
𝜎𝑚 = 2𝜎0
𝜌𝑒

𝜎𝑚 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎


𝜎0 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎
𝜌𝑒 = 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎
𝑎 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎
𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Mecânica da Fratura
❑ A mecânica da fratura tenta estabelecer uma relação entre o
esforço aplicado em um material contendo uma trinca.

𝐾𝑒 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜


1Τ 2
𝜎𝑚 𝑎
𝐾𝑒 = =2
𝜎0 𝜌𝑒

𝜎𝑚 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎


𝜎0 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎
𝜌𝑒 = 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎
𝑎 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎
𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Exercício 1
Qual a tensão máxima na extremidade de uma trinca interna que possui
raio de curvatura de 2,5 × 10−4 𝑚𝑚 e comprimento de 2,5 × 10−2 𝑚𝑚,
quando uma tensão de tração de 170 𝑀𝑃𝑎 é aplicada?
1 Τ2 • 2𝑎 = 2,5 × 10−2 𝑚𝑚
𝑎
𝜎𝑚 = 2𝜎0
𝜌𝑒 𝑎 = 1,25 × 10−2 𝑚𝑚

1,25 × 10−2 𝑚𝑚
𝜎𝑚 = 2 × 170𝑀𝑃𝑎 ×
2,5 × 10−4 𝑚𝑚
𝜎𝑚 2404 𝑀𝑃𝑎
𝐾𝑒 = =
𝜎𝑚 = 2404,1 𝑀𝑃𝑎 = 2,4 𝐺𝑃𝑎 𝜎0 170 𝑀𝑃𝑎

𝐾𝑒 = 14,1 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟


Exercício 2
Qual a tensão máxima na extremidade de uma trinca superficial que
possui raio de curvatura de 2,5 × 10−4 𝑚𝑚 e comprimento de 2,5 ×
10−2 𝑚𝑚, quando uma tensão de tração de 170 𝑀𝑃𝑎 é aplicada?
1 Τ2
𝑎 𝑎 = 2,5 × 10−2 𝑚𝑚
𝜎𝑚 = 2𝜎0
𝜌𝑒

2,5 × 10−2 𝑚𝑚
𝜎𝑚 = 2 × 170𝑀𝑃𝑎 ×
2,5 × 10−4 𝑚𝑚
𝜎𝑚 3400 𝑀𝑃𝑎
𝐾𝑒 = =
𝜎0 170 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑚 = 3400 𝑀𝑃𝑎 = 3,4 𝐺𝑃𝑎
𝐾𝑒 = 20 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
Exercício 3
Qual a tensão máxima na extremidade de trincas superficial e interna
que possuem um raio de curvatura de 2,5 × 10−3 𝑚𝑚 e comprimento de
2,5 × 10−2 𝑚𝑚, quando uma tensão de tração de 170 𝑀𝑃𝑎 é aplicada?

𝑇𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 𝑇𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙


1 Τ2 1 Τ2
𝑎 𝑎
𝜎𝑚 = 2𝜎0 𝜎𝑚 = 2𝜎0
𝜌𝑒 𝜌𝑒

𝜎𝑚 = 760,3 𝑀𝑃𝑎 = 0,76 𝐺𝑃𝑎 𝜎𝑚 = 1075,2 𝑀𝑃𝑎 = 1,07 𝐺𝑃𝑎

𝜎𝑚 𝜎𝑚
𝐾𝑒 = 𝐾𝑒 = 4,5 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝐾𝑒 = 𝐾𝑒 = 6,3 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝜎0 𝜎0
Mecânica da Fratura
❑ A mecânica da fratura tenta estabelecer uma relação entre o
esforço aplicado em um material que contem uma trinca.

1Τ 2
2𝐸𝛾𝑠
𝜎𝑐 =
𝜋𝑎

𝐸 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

𝛾𝑠 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎

𝑎 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎
𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Exercício Exemplo 8.1
Uma placa relativamente grande de um vidro é submetida a uma tensão
de tração de 40 MPa. Se a energia de superfície específica e o módulo de
elasticidade para esse vidro são de 0,3 J/m2 e 69 GPa, respectivamente,
determine o comprimento máximo de um defeito de superfície que pode
existir sem que ocorra fratura.
1Τ 2
2𝐸𝛾𝑠 2𝐸𝛾𝑠
𝜎𝑐 = 𝑎=
𝜋𝑎 𝜋𝜎 2

2
2𝐸𝛾𝑠 2 × 69 × 109 𝑃𝑎 × 0,3 𝐽/𝑚³
𝜎 = 𝑎=
𝜋𝑎 3,14 × (40 × 106 𝑃𝑎)²

2
𝜋𝑎 × 𝜎 = 2𝐸𝛾𝑠 𝑎 = 8,2 × 10−6 𝑚 = 8,2 𝜇𝑚
Exercício Exemplo 8.1 – caso 2
Uma placa relativamente grande de um vidro é submetida a uma tensão
de tração de 40 MPa 20 MPa. Se a energia de superfície específica e o
módulo de elasticidade para esse vidro são de 0,3 J/m2 e 69 GPa,
respectivamente, determine o comprimento máximo de um defeito de
superfície que pode existir sem que ocorra fratura.
1Τ 2
2𝐸𝛾𝑠 2𝐸𝛾𝑠
𝜎𝑐 = 𝑎=
𝜋𝑎 𝜋𝜎 2

2
2𝐸𝛾𝑠 2 × 69 × 109 𝑃𝑎 × 0,3 𝐽/𝑚³
𝜎 = 𝑎=
𝜋𝑎 3,14 × (20 × 106 𝑃𝑎)²

2
𝜋𝑎 × 𝜎 = 2𝐸𝛾𝑠 𝑎 = 3,3 × 10−5 𝑚 = 33 𝜇𝑚
Tenacidade a fratura
❑ A tenacidade a fratura diz respeito a resistência do material a
propagação de uma trinca.

𝐾𝑐 = 𝑌𝜎𝑐 𝜋𝑎

𝐾𝑐 = 𝑀𝑃𝑎 𝑚

𝑌 = 𝑔𝑒𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎 𝑒 𝑑𝑎𝑠


𝑐𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟𝑖𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙

𝑌 = 1 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑎

𝑌 = 1,1 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 𝑠𝑒𝑚𝑖 − 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑎


Fadiga
❑ A maioria dos materiais sofre falha em decorrência da Fadiga

Atuação de uma tensão cíclica, dinâmica, ainda que abaixo do limite de


escoamento e do limite de resistência a tração do material poderá provocar
uma falha catastrófica.
Fadiga
❑ Ciclo de vida em ensaios de fadiga

São avaliadas diversas amostras,


que são submetidas a um regime
de fadiga com uma cargas
trativas e compressivas bem
definidas até o seu rompimento
após N ciclos de oscilação da
tensão.
Fadiga
❑ Análise microestrutural

Você também pode gostar