Você está na página 1de 3

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Tecnológica Federal do Paraná


Departamento Acadêmico de Construção Civil
Saneamento Básico

RELATÓRIO SIMPLIFICADO DAS AULAS PRÁTICAS

I. Acadêmicos

1. Gustavo Thomas Pedroso (2038056)


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Departamento Acadêmico de Construção Civil
Saneamento Básico

II. Qualidade e cuidados no projeto e execução de elementos protendidos: viga de transição e


viga faixa - Eng Julio Cesar Barzotto
Como estudantes apenas não teremos a experiência que a prática vai trazer de fato, ou seja a
experiência prática é fundamental para a formação profissional.
Com isso o Eng. Julio pretende trazer seu conhecimento voltado para a parte prática de qualidade
relacionada à protensão.
O conteúdo a seguir será relacionado à protensão não aderente.
A protensão está muito ligada ao processo executivo. Ou seja, quem vai projetar obras de protensão
tem que ter um domínio do processo executivo.
E tal domínio foi adquirido em Fortaleza, onde a tecnologia de protensão chegou ao Brasil.
Uma questão importante é sobre o software. O melhor jeito de aprender sobre protensão é calculando
na prática. Ou seja, A tendência é que quem aprenda pelo software acabe utilizando de forma incorreta
tal ferramenta, por não ter um bom domínio dos cálculos por trás do método.
Para o estudo de caso será discutida a protensão não aderente com cordoalhas engraxadas, e
especificamente será discutida a protensão em vigas de transição e vigas faixa.
Para contextualizar:
• Pós tensão aderente: as cordoalhas são nuas e ficam dentro de uma bainha. Depois que é
concretado, é injetado uma nata de cimento dentro da bainha, e tensionadas as cordoalhas.
• Pós tensão engraxada: É uma técnica que permite maiores vãos entre os pilares.
Principalmente é necessário uma armadura mínima para resistir aos momentos. E em muitos
casos, se uma laje com armadura passiva, fosse dimensionada precisaria de uma dimensão
muito grande (até 30cm) e são situações em que cerca de 19cm de laje protendida pode
resolver.
• Pré tração aderida – pré moldada -lajes alveolares.
Uma patologia famosa em casos de lajes protendidas é a punção de lajes por pilares. Isso ocorre
muitas vezes por erros de execução.
Para isso são criadas vigas fixa, são vigas que são dimensionadas como lajes, para evitar a punção, e
utilizando a armadura passiva mínima.
É importante observar detalhes, como qual argamassa utilizar no encunhamento de lajes, pois por
exemplo, se for utilizada uma argamassa muito rica em cimento, esta se torna uma argamassa muito
rígida, de forma que vai resultar em trincas da alvenaria.
Outro detalhe é o encunhamento de um lado apenas, pois isso pode causar compressão apenas em um
lado da vedação e um consequente momento, para o qual a alvenaria não é projetada para resistir,
sofrendo trincas.
Uma armadura muito utilizada para evitar a punção por pilares são armaduras que funcionam como
estribos, dessa forma costurando os esforços que tendem a causar rompimento em ângulos geralmente
de 45° em torno dos pilares.
Outra armadura que é muito usada em protensão é a armadura em formato de estribo em torno das
cordoalhas, que costuram a laje para que o concreto não rompa à tração pelo excesso de compressão
do concreto.
• Para se trabalhar com protensão é importante a escolha da armadura, e verificar se estão de
acordo com as normas. As principais fabricantes de cordoalhas para protensão são:
o Arcelor
o AWA
o Fourgroup
Um dos principais ensaios para esse tipo de aço é para as cordoalhas 190 RB, que avalia a relaxação
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Departamento Acadêmico de Construção Civil
Saneamento Básico

do aço, em um tempo bem maior do que o tempo de um ensaio normal a tração. Ou seja, é o período
em que o aço escoa ao longo do tempo mesmo sob carregamento constante.
Um aspecto importante da protensão são as perdas da tensão de protensão. São várias perdas que vão
sendo acumuladas pelo processo executivo, seja no encunhamento, seja pela deformação do concreto,
seja pela curva do cabo, e inclusive considerando a relaxação do aço ao longo do tempo.
E isso deve ser considerado para majorar a carga que será aplicada pelo macaco hidráulico que vai
aplicar a tensão nos cabos da laje.
É importante cuidar com todos os insumos, incluindo os materiais de encunhamento dos cabos.
Todos os materiais devem possuir certificação de forma que tenha-se um bom controle de qualidade
tanto da placa quanto das cunhas.
Todo o conhecimento aprendido pelo estudante é essencial e necessário para desenvolver o senso
crítico, vital para o engenheiro desconfiar dos materiais, serviços e processos, de forma que possa
garantir o controle da maioria dos aspectos.
E os engenheiros que atuam no mercado sem essa desconfiança são em parte os responsáveis por
estimular na indústria as empresas que não produzem seus insumos de acordo com as recomendações
das normas.
Em parte tal senso crítico servirá também para o engenheiro adotar os critérios certos para escolher
os métodos mais viáveis.
• Protensão de lajes por partes
Um bom caso que a Bolt tem é uma obra de 3.500 m² em que a empresa separou em 5 faixas de
concretagem. Dessa forma é possível fazer a concretagem enquanto se faz as outras etapas nas lajes
vizinhas.
Para isso, é necessário deixar desde o início a armadura inteira, e dessa forma, ela será encunhada e
tensionada conforme as lajes vão sendo concretadas.
As bombas também devem ser calibradas, de forma que apresentem desvios dentro da margem
especificada.
III. Conclusões
É possível concluir que a qualidade, em termos de protensão e execução de estruturas de concreto
protendido, vai muito além do teórico estudado. Muitas características da qualidade são aperfeiçoadas
na prática, e muitos métodos de conferir a qualidade são desenvolvidos ao longo do tempo e com a
experiência do profissional. É necessário estar em constante evolução e manutenção do controle de
qualidade.

IV. Referências

Você também pode gostar