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XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA

UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

Necessidades Energéticas e Consequências Ambientais

Tipos de aços para a protensão do concreto

Rodrigo Coelho Roberto

Professor do Curso de Engenharia Civil

Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP Campus Guarujá

rodrigosbeng@gmail.com

Keith Ned dos Santos

Aluno do Curso de Engenharia Civil

Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP Campus Guarujá

keithned2@gmail.com

Jhonata de Oliveira

Aluno do Curso de Engenharia Civil

Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP Campus Guarujá

jhonata.oli.2013@gmail.com

Savyo de Sá Verçoza

Aluno do Curso de Engenharia Civil

Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP Campus Guarujá

savyosa@yahoo.com.br

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee

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Resumo:

O referente artigo demonstra um contexto específico sobre os tipos de aços utilizados


em obras de concreto protendido, deste modo, através de um referencial teórico,
objetivou-se descrever e diferenciar os fios e cordoalhas. A principal característica da
protensão e da utilização dos fios e cordoalhas é fazer com que, junto ao concreto, a
estrutura tenha resistência aos dois esforços normais solicitantes, tração e
compressão. Saber as características técnicas, funções e aplicabilidade dos aços
utilizados nos cabos para protensão (regularizados pela ABNT), tem sua importância
uma vez que a resistência do mesmo é 3 a 5 vezes maior que os aços utilizados no
concreto armado. A protensão do concreto é feita por meio de cabos de aço, que são
esticados e ancorados nas suas extremidades denominados fios e cordoalhas, os
mesmos podem ser encontrados de diferentes tipos, nomenclaturas e características,
sendo os mais comuns: fios aliviados (RN) e estabilizados (RB), cordoalhas de 3 a 7
fios e cordoalhas especiais. As principais aplicações dos fios e cordoalhas para
protensão são: em pontes, viadutos, pisos industriais, edifícios com grandes vãos e
tirantes protendidos. Conclui-se que todo o procedimento de execução de projetos
com estruturas de concreto protendido é regido pela norma NBR 6118:2003, sendo
assim toda a armadura de protensão utilizada deve obedecer às normas especificas.

Palavras-chaves: protensão, fios, cordoalhas.

1. Introdução

Atualmente nas obras da construção civil temos diversas tecnologias para


execução de obras. Hoje pode-se utilizar diversos tipos de estruturas que darão
formas para as diversas construções, tais como estruturas metálicas, estruturas de
madeira, estruturas de pedra, alvenaria estrutural, concreto armado, concreto
protendido e etc. De acordo com a necessidade do projeto os projetistas irão escolher
a melhor solução para a execução de uma obra. Devemos evidenciar que a escolha
da estrutura depende de diversos fatores, tais como, custo, estética e etc.

O artigo abordará a aplicação dos fios e cordoalhas em obras de concreto


protendido, que resumidamente, trata-se do concreto na qual a armação é concedida
a tensões prévias. A principal característica da protensão e da utilização dos fios e
cordoalhas é fazer com que, junto ao concreto, a estrutura tenha resistência aos dois
esforços normais solicitantes, tração e compressão. Em um contexto específico, o
tema proposto atribui informações ao leitor sobre a metodologia do sistema de
aplicação dos fios ou cordoalhas no concreto protendido bem como suas definições e
aplicações.

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2. Objetivos

2.1 Objetivo geral

Demonstrar através de um referencial teórico a importância da utilização do aço


para protensão, expandindo o conhecimento técnico de profissionais e acadêmicos
na área da engenharia civil.

2.2 Objetivos específicos

a. Diferenciar os tipos de fios e cordoalhas;


b. Explicar suas funções e aplicações;
c. Demonstrar suas vantagens;

3. Justificativa

De modo geral, sabe-se que o concreto tem boa resistência a compressão e


pequena resistência a tração, sendo que o mesmo quando não bem executado pode
causar fissuras que acarreta na eliminação da resistência de tração, antes mesmo da
atuação de solicitações.

Partindo desta necessidade, nasceu o conceito de protensão, que tem como


objetivo melhorar o comportamento da compressão prévia nas regiões onde à atuação
de tensões de tração. A protensão do concreto é realizada inserindo fios de aço e
cordoalhas, tracionados e ancorados no próprio concreto para minimizar a importância
da fissuração como condição determinante de dimensionamento.

Saber as características técnicas, funções e aplicabilidade dos aços utilizados


nos cabos para protensão, tem sua importância uma vez que a resistência do mesmo
é 3 a 5 vezes maior que os aços utilizados no concreto armado, além de outras
vantagens técnicas que será demonstrada neste trabalho, expandindo o
conhecimento prévio sobre este assunto.

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4. Referencial teórico

4.1 Definição de concreto protendido

Concreto protendido é um processo de execução bem conhecido no Brasil.


Diversos especialistas elaboraram métodos nos quais as armaduras sofram um pré
alongamento, possibilitando um sistema de auto equilibrado de esforços, ou seja,
tração no aço e compressão no concreto. Para entendermos melhor como funciona
esse mecanismo, iremos definir e conceituar o que é proteção e sua aplicação ao
concreto, conforme abaixo. (OLIVEIRA et al;2015).

4.1.1 Definição de protensão

Protensão no dicionário “Aurélio” encontra-se a seguinte definição para a


palavra: “Processo pelo qual se aplicam tensão prévias ao concreto”. Ou seja, é um
artifício que proporciona ao concreto uma maior resistência à tração, procedimento
esse que facilita a distribuição dos carregamentos aplicados e usualmente utilizada
em estruturas que solicitam maiores esforços de flexão. (VERISSIMO; CESAR, 1998).

4.1.2 Protensão aplicada ao concreto

Sabendo que o concreto é produzido por materiais de baixo custo, porem tem
pouca resistência a tração e compressão que são poucos confiáveis, quando não é
executado de acordo pode provocar fissuras, que eliminam a resistência antes mesmo
da atuação de qualquer solicitação. No entanto, devido a flexibilidade do concreto em
relação a compressão e tração, o mesmo pode ser aperfeiçoado aplicando uma
compressão prévia nas regiões onde as solicitações produzem tensões de tração
(MARTINS, 2017). Isto é protensão aplicada ao concreto, ou denominado concreto
protendido.

Podemos conceitua-lo como um método inteligente, eficaz e duradouro, que


pode proporcionar soluções estruturais com ótimas relações custo-benefício.
Protensão essa que proporciona uma vida longitudinal a estrutura, que necessitara de
pouca ou nenhuma necessidade de manutenção, além de permitir agilidade na
execução do projeto com relação a retirada de escoras e organização da obra.

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Sabemos que a trabalhabilidade com esse tipo de material, permite o controle
e redução de deformações e fissuras, a criação de ambientes com grandes vãos,
recuperação e reforço de estruturas, entre outros benefícios. A protensão do concreto
é feita por meio de cabos de aço, que são esticados e ancorados nas suas
extremidades (RUDLOFF, 2017), e há dois meios de execução:

4.1.3 Cordoalhas aderentes (armaduras pré-tracionadas)

Para este procedimento os cabos de aço são trabalhados junto a estrutura, ou


seja, os cabos de aço são posicionados nas armaduras de acordo com o projeto
estrutural e tracionados pelos macacos hidráulicos ou talhas antes da concretagem e
somente após o período de cura do concreto as pontas dos cabos podem ser cortados,
este procedimento quase que anulas a possibilidade de fissuras na estrutura e por
mas que o aço tente voltar a deformar não consegue, devido sua natural aderência ao
concreto que por sua vez transfere todos os esforços ao mesmo.

4.1.4 Cordoalhas não aderentes (armaduras pós-tracionadas)

Nessa metodologia são utilizadas cordoalhas engraxadas, ou seja, que ficam


isoladas do contato ao concreto por meio de bainhas “camada de plástico” neste modo
as cordoalhas podem se movimentar de maneiras diferentes da estrutura, sabe-se
que esses cabos são aplicados entre as armaduras de acordo com o projeto estrutural
e somente são tracionados após a cura do concreto que uma vez esticados e
amarrados, ordinalmente são injetadas nata de cimento nas bainhas, a qual
desempenha duas funções essenciais aderência eficaz e protensão Meca química,
esse método é o mais utilizado no Brasil devido a rapidez com que é realizado o
trabalho de protensão e a viabilidade relacionadas a custos, porém na execução
desse processo é de suma importância ficar atento a possíveis fissuras ocasionadas
no ato do tracionamento.

4.2 Definições de fios e cordoalhas

Basicamente se dá ao fornecimento e montagem das armaduras de protensão


em peças de concreto que tem esses predicados. Essas armaduras são unidades
estruturais que, quando tracionadas permitem a aplicação de esforços de compressão

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nas peças, antes da aplicação da carga. Os fios e cordoalhas podem ser encontrados
de diferentes tipos de nomenclaturas e características, conforme os textos a seguir.

4.2.1 Nomenclatura adotada pela ABNT

As nomenclaturas para fios e cordoalhas adotadas pela ABNT segue o seguinte


padrão (CEHOP, 2006). Exemplo: CP – 150 RN 7

Lendo-se da seguinte forma:

 CP – Indica que se trata de um fio para concreto protendido;


 150 – Determina sua categoria com relação ao limite mínimo de resistência a
tração, em kgf/cm²;
 RN – Indica a relaxação, sendo RN = Relaxação Normal e RB = Relaxação
Baixa;
 7 – Indica o diâmetro nominal do fio, em mm (milímetro).

4.2.2 Classificação de fios e cordoalhas

Como já é de conhecimento existe diferentes tipos de fios e cordoalhas para


protensão, onde são fornecidas através das normas condizentes a ABNT, o que fara
com que cada uma tenha sua funcionabilidade especifica são as características de
perda máxima por relaxação, relaxação normal (RN), relaxação baixa (RB), modulo
de elasticidade, carga de ruptura, diâmetro nominal, entre outros. (BELGO, 2015).

4.2.3 Fios para protensão aliviados (RN) e estabilizados (RB)

Providos conforme as normas ABNT NBR 7482, ASTM A 421 e BS 2691. RB


ou RN consiste na relaxação do aço que ocorre devido à perda de tensão em relação
ao tempo, ou seja, é o alongamento que o aço suporta ao decorrer do tempo, quando
submetido a uma tensão constante. RB e RN se caracterizam-se com relaxação
máxima após 1000 h a 20ºC para tensão inicial de Alongamento após ruptura (em 10
d) Diâmetro tolerância área limite de tensão nominal da resistência de 1%.

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4.2.4 Cordoalhas de 3 e 7 fios estabilizados (RB)

Fornecidos conforme as normas ABNT NBR 7483. A cordoalha de sete fios é


composta por seis fios de mesmo diâmetro nominal, entrelaçados juntos, de forma
helicoidal, uniforme, em torno de um fio central. Já a cordoalha de três fios é formada
por três fios do mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, de maneira helicoidal,
com um passo uniforme. Caracterizados com relaxação máxima após 1000 h a 20ºC
para tensão inicial de Alongamento após ruptura (em 10 d) Diâmetro tolerância área
limite de tensão nominal da resistência de 3.5%.

4.2.5 Cordoalhas de 7 fios engraxadas e lubrificadas

Denominada como CP190 e CP 210, são produzidas através de procedimento


contínuo, engraxada e revestida por uma manta de Polietileno de alta densidade
(PEAD) de acordo com as especificações do PTI (Post-Tensioning Institute), sabendo
que tem característica semelhantes as cordoalhas que não tem revestimentos.

4.2.6 Cordoalhas especiais para pontes estaiadas

Essas cordoalhas especiais segue os mesmos padrões de fabricação, porem


são mais reforçadas com características segundo (BELGO,2015) produzidas com três
camadas protetoras contra a corrosão, galvanização dos fios a quente, com gramatura
de 200 a 400 g de zinco por m2, antes do encordoamento e da estabilização. Filme
de cera de petróleo - 12 g/m mín. Encapadas na cor preta, com Polietileno de Alta
Densidade, resistente aos raios ultravioleta, não deslizante sobre a Cordoalha, com
espessura mínima de 1,5 mm.

4.3 Aplicações do concreto protendido

4.3.1 Pontes e viadutos

Em pontes e viadutos, a solução da protensão no concreto é indicado para vãos


maiores que 20 metros e esta vantagem pode ser especialmente importante no caso
de pontes que não podem diminuir a área da vazão ou em rios com qualquer controle
de barragens e canalizações, no qual pode haver maior incidências de passagem de
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detritos e cheias. Devido à propriedade da protensão de sua inércia ser maior
comparada ao concreto armado, sua estrutura sofre menores deformações verticais
(PITA, 2011).
A aplicação dos fios e cordoalhas nos viadutos deve apresentar alto limite
elástico devido as altas tensões tração aplicadas. Os aços de protensão são
constituídos por cordoalhas formadas pela reunião de fios de 7 fios, sendo um central
e seis em forma de tranças em torno do fio central; por barras rosqueadas e fios com
diâmetros de 4mm, 5mm, 6mm, 7mm, 8mm e 9mm. A protensão é feia com macacos
hidráulicos colocados nas extremidades das vigas e presos nas pontas das
cordoalhas para tracionar o cabo até o alongamento correspondente à força que se
deseja implantar. Esses macacos hidráulicos são acionados por bombas elétricas, que
por sua vez injetam óleo no interior do macaco e distendem o pistão que faz o
alongamento dos cabos (ALMEIDA, 2017).

4.3.2 Pisos industriais

Segundo Teixeira (2002), "o grande diferencial do piso protendido em relação


às técnicas convencionais de construção de pisos está na possibilidade de diminuição
da incidência de juntas".
Nos estados unidos, desde a aplicação da protensão em pisos industriais, foi a
de cordoalhas engraxadas e plastificadas, método prático e de fácil aplicação. Com
esse método as cordoalhas engraxadas e plastificadas superam em 50% o enorme
mercado de lajes planas para edifícios (dados do PTIPost-Tensioning Institute)
(CAUDURO, 2000).
A aplicação do concreto protendido nos pisos industriais está diretamente
ligada aos problemas causados pelas juntas dos pisos. A característica da protensão
trata-se de uma tecnologia superior, de elevada durabilidade e mais competitividade
economicamente. Atualmente, os aços para protensão utilizados nos pisos industriais
é o aço CP 190 RB. No qual sua designação CP 190 RB indica que o produto é uma
cordoalha para Concreto Protendido, com limite de resistência igual a 190 kgf/mm² ou
1900 MPa, na categoria de Relaxação Baixa (SENEFONTE, 2007).

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4.3.3 Edifícios

Em lajes e vigas de edifício a protensão em pós-tração é muito utilizada, pois


proporcionam estruturas limpas, com menor custo e rápidas de edificar (uma laje a
cada quatro dias). (BELGO, 2015)

A aplicação dos fios e cordoalhas nas lajes contém dois tipos de protensão com
pós-tração, que podem ser aderentes ou não aderentes. No caso das aderentes os
cabos são colocados dentro das bainhas metálicas, sendo essa injetada com nata de
cimento após a operação da proteção das cordoalhas. Nas obras com lajes
protendidas, os aços mais utilizados é o CP-190 RB, tanto para pós-tração aderente
ou não aderentes. Os dispositivos de fixação nas extremidades dos cabos são
chamados de ancoragens. Existem dois tipos de ancoragens, no qual são
denominadas ativas e passivas. A primeira tem por característica protender os cabos,
já a segunda tem por característica ser fixa. Normalmente utiliza-se uma ancoragem
fixa e outra passiva, mas para comprimentos maiores que 40 metros podem ser
convenientes a ancoragem ativa nas duas extremidades. (EMERICK, 2002).

4.3.4 Estações de tratamento de esgoto

As estações de tratamento de esgoto expõem o concreto à sulfatos e ácidos


procedentes da decomposição da matéria orgânica através do tratamento anaeróbio.
Além da deterioração superficial, pequenas fissuras podem acelerar de forma
acentuada o surgimento de problemas estruturais maiores (CORSINI, 2013).

4.3.5 Radiers

O radier (laje sobre o solo) é uma estrutura que tem por objetivo suportar as
cargas aplicadas através da tensão admissível de suporte do solo. O radier pode ter
espessura uniforme ou variável e pode conter estruturas de enrijecimento, como
nervuras ou vigas. A laje pode ser de concreto simples, protendido ou armado. Nos
Estados Unidos, 80% das casas que não utilizam porões eram feitas sobre radiers
protendidos com cordoalhas engraxadas e plastificadas, os chamados cabos
monocordoalhas, onde cada cordoalha é fixada por uma só ancoragem em cada
extremidade (SOUZA, 2017).
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As cordoalhas engraxadas utilizadas nos radiers é composta por 7 fios de aço
com alto teor de carbono encordoados em volta de um fio centra, cobertos por uma
camada de graxa e revistos com uma capa plástica de alta densidade.
(BELGOBEKAERT, 2017).

4.3.6 Tirantes protendidos

Tirantes são elementos sub-horizontais ou verticais colocados no interior do


solo para fazer a transferência das cargas de empuxo para o muro de arrimo. No caso
dos tirantes protendidos, é composto por um elemento resistente a tração, no qual
podem ser os fios, cordoalhas ou barras de aço, que é introduzido dentro de uma
perfuração, sendo estra preenchida com calda de cimento. A principal característica
dos tirantes protendidos é que após o tempo necessário para a solidificação da calda
de cimento é aplicada uma força pré tensionando todo o conjunto (TECPER, 2017).

Não existe o tipo de aço certo para fazer a composição do tirante, a escolha do
material dependerá da necessidade do dimensionamento do projeto, podendo ser os
materiais do tirante de diversos diâmetros conforme a necessidade (CORSINI, 2013).

5. Material e Método

O presente artigo realizou um levantamento de dados que envolveu a coleta do


referencial teórico e de aplicações estruturais, como por exemplo, diversas consultas
em trabalhos, artigos e projetos de utilização de protensão e pontes estaiadas, que
serviram de embasamento para o desenvolvimento do assunto. Todas as referências
efetuadas a partir deste levantamento, foram devidamente mencionadas no item 8
deste trabalho.

Para a descrição do delineamento da pesquisa, foram selecionadas palavras


chaves subdivididas em três essenciais etapas, sendo elas: protensão, fios e
cordoalhas e aplicações.

6. Resultados e Discussão

Após análise das características e funcionabilidade dos materiais estudados,


fios e cordoalhas para protensão, pode-se observar algumas vantagens que o material
otimizará conforme suas aplicações em obras especificas.
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Nos viadutos, proporciona estruturas mais esbeltas, resistentes à fadiga e com
pouca manutenção devido à propriedade do concreto protendido de diminuir ou até
mesmo eliminar as fissuras no concreto e consequentemente evitar à corrosão. No
caso da economia de materiais, podemos dizer que a comparação do gasto de
materiais no concreto protendido pode chegar a 15% de concreto e até 50% em aço.

Uma das grandes vantagens do uso da protensão em pós-tração em edifícios


é a redução da quantidade de pilares na obra e o aumento da distância entre eles, o
que proporciona maior espaço de estacionamento e de circulação nas garagens,
facilitando a venda ou locação de tais imóveis, tornando a construção muito rentável.

Na execução de “radiers”, a cordoalha engraxada tem por característica


dispensar a nata de cimento e permitir a ausência de bainhas metálicas, garantindo
obras mais econômicas, fáceis e rápidas de construir.

7. Conclusão

A importância da utilização de fios e cordoalhas em obras de protensão está


relacionada com as vantagens, viabilidade técnica e econômica que este sistema
construtivo atribui a quem utiliza-o com exatidão. Saber as características dos
materiais utilizados na protensão é importante, porém entender o método construtivo
de sistemas de protensão é vital para excelência do projeto. O procedimento de
execução de projetos com estruturas de concreto é regido pela norma NBR
6118:2003. Todo a armadura de protensão utilizada deve obedecer às normas
especificas, testes de qualidades e métodos de execução.

Deste modo conclui-se que para todos os profissionais da área da engenharia


civil ter o conhecimento dessa tecnologia, pois diversas obras que necessitam de
grandes vãos aplicam a protensão no concreto como tecnologia como solução, bem
como pontes, edifícios e etc.

8. Referências

VERÍSSIMO, G. S; CESAR, K. M. L. Concreto protendido: fundamentos básicos. 1998. Disponível em:


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