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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – CAMPUS CRATEÚS

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

SANDRA BEATRIZ FARIAS DOS SANTOS

TRABALHO SOBRE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO E


ESTRUTURAS METÁLICAS

CRATEÚS

2023
SANDRA BEATRIZ FARIAS DOS SANTOS

TRABALHO SOBRE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO E


ESTRUTURAS METÁLICAS

Trabalho realizado para compor nota


referente à Avaliação 3 da disciplina
de Elementos de Cálculo Estrutural,
ministrada para os discentes de
Engenharia Ambiental e Sanitária e
Engenharia de Minas, no campus da
Universidade Federal do Ceará, em
Crateús.

Orientador: Prof. Tiago Nobre da


Silva

CRATEÚS

2023
SUMÁRIO

1. HISTÓRICO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE ESTRUTURAS EM CONCRETO


ARMADO NO BRASIL ..................................................................................... 4

2. MATERIAIS QUE CONSTITUEM O CONCRETO ARMADO E COMO SE


COMPORTAM .................................................................................................. 4

3. CONCEPÇÃO ESTRUTURAL ................................................................... 5

4. AÇÕES E COMBINAÇÕES DE CARREGAMENTO MAIS UTILIZADAS


NO DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM CONCRETO
ARMADO .......................................................................................................... 5

5. ESTÁDIOS DE CARREGAMENTO E DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO DO


CONCRETO ARMADO ..................................................................................... 6

6. HISTÓRICO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS NO


BRASIL ............................................................................................................ 7

7. MATERIAIS QUE CONSTITUEM ESTRUTURAS METÁLICAS E COMO


SE COMPORTAM............................................................................................. 7

8. CARREGAMENTOS E COMBINAÇÕES DE AÇÕES UTILIZADAS NO


DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS METÁLICAS .................................. 8

9. LIGAÇÕES UTILIZADAS EM ESTRUTURAS METÁLICAS E SUAS


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ................................................................... 8
1. HISTÓRICO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE ESTRUTURAS EM
CONCRETO ARMADO NO BRASIL

O concreto é um dos sistemas construtivos mais utilizados no


Brasil, quase todas as edificações construídas no período contemporâneo
são através desse sistema, tendo como ingrediente primordial o cimento,
para o concreto armado e para os diversos tipos de vedação. O concreto
é um produto patenteado, que teve sua inserção no Brasil no início do
século XX. A partir da instalação das cimenteiras, na década de 20, houve
uma difusão dessa tecnologia. Já na década de 40, o concreto já tinha
seu uso normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) e seu uso difundido em diversas obras de engenharia. Para que
o concreto fosse realmente difundido no Brasil, houve alguns fatos que
contribuíram para tal, como a criação do CREA, que abrange diversos
profissionais de engenharia e arquitetura.

2. MATERIAIS QUE CONSTITUEM O CONCRETO ARMADO E COMO SE


COMPORTAM

O concreto é constituído de materiais resultantes da mistura de


agregados, sejam eles naturais ou britados, com cimento e água. Em
alguns casos, ainda são utilizados aditivos químicos e adições minerais,
em casos de necessidade específica, como os retardadores ou
aceleradores de pega e as escórias de alto-forno, respectivamente. Esses
têm o objetivo de melhorar as características do concreto. Sua resistência
irá depender da quantidade de consumo do cimento, da água da mistura,
o grau de adensamento, os tipos de agregados e aditivos. As
propriedades mecânicas do concreto são determinadas a partir da relação
água-cimento e os concretos feitos com agregados britados apresentam
uma maior resistência.
Já o concreto armado é um material composto, devido a
associação do concreto com as barras de aço colocadas em seu interior.
As barras servem para absorver os esforços de tração da estrutura, bem
como aumentar a capacidade de carga das peças comprimidas. Esses
dois materiais funcionam juntos por conta da aderência, onde as
deformações das barras de aço são semelhantes às deformações do
concreto envolvido.

3. CONCEPÇÃO ESTRUTURAL

Uma concepção estrutural consiste em um arranjo adequado dos


vários elementos estruturais de um edifício, tais como laje, viga, pilar,
alvenaria, fundação e dentre outros. Isso assegura que a estrutura
consiga atender às finalidades para qual foi projetada, abrangendo
diferentes tipos de peças estruturais que se combinadas adequadamente
formam um conjunto resistente.
O arranjo estrutural leva em consideração os aspectos de
segurança, economia, durabilidade e aqueles relacionados a estética e
funcionalidade.

4. AÇÕES E COMBINAÇÕES DE CARREGAMENTO MAIS UTILIZADAS


NO DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM
CONCRETO ARMADO

As ações irão produzir efeitos significativos na estrutura de um


edifício, portanto, devem ser consideradas. Elas estão classificadas em
dois grupos principais: as ações permanentes e as ações variáveis. As
ações permanentes são aquelas que acompanham a utilização do edifício
do início ao fim, podem ainda ser classificadas como ações permanentes
diretas ou indiretas. As ações permanentes diretas envolvem o peso
próprio da estrutura, o peso de elementos construtivos como alvenarias e
revestimentos, os empuxos permanentes. Já as ações permanentes
indiretas abrangem a retração do concreto, a fluência do concreto, os
deslocamentos de apoio, as imperfeições geométricas e a protensão.
Com relação as ações variáveis, são aquelas que atuam somente em um
período de vida do edifício, também classificadas em diretas ou indiretas.
As diretas são as cargas acidentais de uso, o vento e a água, e as
indiretas são as ações dinâmicas e as variações de temperatura.
Em um edifício, geralmente está sujeito a atuação de diversas
ações ao mesmo tempo sobre si, denominadas de combinações. Essas
combinações podem ser classificas em combinações últimas e
combinações de serviço. As combinações últimas se referem a resistência
da estrutura, enquanto as combinações de serviço se referem ao
funcionamento da estrutura. Essas combinações são definidas através de
fórmulas matemáticas em que se relacionam as características
permanentes e variáveis, diretas e indiretas. Já as combinações de
serviço são definidas pelas fórmulas matemáticas, mas referente a três
tipos: quase permanentes, frequentes e raras.

5. ESTÁDIOS DE CARREGAMENTO E DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO


DO CONCRETO ARMADO

Em um ensaio de flexão, o engenheiro faz uma viga bi apoiada e


coloca uma prensa hidráulica no meio dela, que produz uma carga
concentrada. Essa carga aplicada vai aumentando, enquanto a peça de
concreto passa por fases de fissuração e deformação até que se rompa.
Essas fases são denominadas de Estádios I, II e III do concreto. No
Estádio I, sem armadura, há uma menor solicitação da carga aplicada do
esforço de tração. No Estádio II, é necessário a presença da armadura,
onde a carga aplicada é suficiente para gerar fissuras na região
tracionada. E no Estádio III, a carga aplicada chega no ápice do limite de
resistência da peça, gerando fissuras até de cisalhamento.
Os Domínios de Deformação podem ser definidos por meio do
conjunto de deformações ao longo se uma seção com armadura simples,
que está submetida a ações normais. Esses domínios representam toda
a importância para a concepção de projetos estruturais, é um fator
determinante no dimensionamento, no quesito segurança e execução das
obras mais viáveis financeiramente. Possuem 6 Domínios de
Deformação.
O Domínio 1 é o domínio de tração total, não existe compressão na
seção e utiliza a deformação máxima do aço como referência. O Domínio
2 tem a necessidade de continuar descomprimindo a seção e o aço está
totalmente tracionado. No Domínio 3, há uma redução da tração do aço e
o concreto está em sua deformação máxima à compressão. No Domínio
4, continua destracionando o aço e por a linha neutra estar sempre acima
do meio da viga, não é possível dimensionar a viga. O Domínio 4ª
destraciona a viga por completo e configura um pilar, e o Domínio 5
corresponde a pilar, e o aço e o concreto estão deformados a compressão.

6. HISTÓRICO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS


NO BRASIL

A tecnologia da construção metálica é anterior a tecnologia da


construção em concreto. Porém, por motivos técnicos, econômicos,
sociais e políticos foi tardia e lenta. O ferro fundido foi o primeiro material
siderúrgico a ser empregado na construção. Por falta de um processo
industrial de fabricação, o aço não estava disponível a preços
competitivos, mas já era conhecido desde a Antiguidade. No Brasil, após
a Segunda Guerra Mundial, a indústria siderúrgica foi implantada com a
construção da Usina Presidente Vargas da Companhia Siderúrgica
Nacional, no Rio de Janeiro. Já se encontram no Brasil, diversas
edificações metálicas, tais como o Edifício Avenida Central, no Rio de
Janeiro, sendo o primeiro edifício alto em estrutura metálica no Brasil, os
vãos metálicos da Ponte Rio-Niterói, com vãos laterais de 200 m e vão
central de 300 m, sendo recorde mundial em viga reta.

7. MATERIAIS QUE CONSTITUEM ESTRUTURAS METÁLICAS E COMO


SE COMPORTAM

O aço é como uma liga metálica composta de ferro com algumas


quantidades de carbono, lhe trazendo resistência e ductilidade, propícios
para o uso na construção civil. As matérias-primas que envolvem o aço
são o minério de ferro, o carvão mineral, que necessitam de um preparo
prévio para aumentar a eficiência dos altos-fornos e da aciaria. Assim, a
fabricação do aço realiza o aproveitamento do ferro, ainda recebe adições
para lhe garantir as características desejadas, trabalhando e solidificando
para adquirir a forma requerida.
8. CARREGAMENTOS E COMBINAÇÕES DE AÇÕES UTILIZADAS NO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS METÁLICAS

Os carregamentos são o conjunto de ações que podem atuar ao


mesmo tempo na estrutura, eles podem ser combinados de maneiras
diferentes. Cada carregamento possui combinações específicas de
ações, classificadas em: normal, construtiva ou especial e excepcional.
Para a verificação de estados limites últimos, a classificação pode
ser em normais, especiais ou construtivas e excepcionais. Através das
fórmulas matemáticas, obtêm-se os valores de combinações. A
combinação última normal é caracterizada pelo seu uso normal e previsto
para a estrutura, sendo a soma das ações permanentes multiplicadas
pelos respectivos coeficientes de ponderação + a ação variável
multiplicada pelo seu coeficiente de ponderação + somatório das demais
ações variáveis multiplicadas pelos respectivos coeficientes de
ponderação e de combinação, além dessa há a combinação especial ou
construtiva e a combinação excepcional.

9. LIGAÇÕES UTILIZADAS EM ESTRUTURAS METÁLICAS E SUAS


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

São ligações entre componentes de um perfil, emendas de barras,


ligações entre barras e ligações de barras com elementos externos.
Possui uma grande diversidade nesses tipos de ligações, algumas
representadas por: solda de composição de perfil, base rotulada de
coluna, ligação de peça tracionada, dentre outras. Essas ligações são
compostas por meios de ligação e pelos elementos de ligação. Os meios
de ligação são dispositivos que unem as partes de uma estrutura,
exemplos destes são as soldas, parafusos e barras roscadas. Já os
elementos de ligação permitem ou facilitam a transmissão dos esforços,
sendo identificados pelos enrijecedores, placa de base, cantoneiras etc.
A ligação deve atender a critérios de resistência e a critérios de
rigidez. As ligações são classificadas de acordo com a rigidez da ligação,
com os meios de ligação utilizados, a posição dos esforços solicitantes e
o local de execução das ligações. A rigidez possui ligações rígidas,
flexíveis e semi-rígidas. As ligações dos meios de ligação podem ser
soldadas e/ou parafusadas. As ligações de acordo com a posição relativa
dos esforços solicitantes podem ser classificadas em cisalhamento
centrado, excêntrico, tração ou compressão centrada e tração ou
compressão com cisalhamento centrados. De acordo com o local de
execução, há as ligações de campo e as ligações de fábrica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, Alex Sander Clemente de. Dimensionamento de Elementos
Estruturais em Aço Segundo a NBR 8800:2008. São Carlos: 2019.

PFEIL, Walter. Estruturas de aço: dimensionamento prático. 8. ed.


Rio de Janeiro: LTC, 2009.

ARAÚJO, José Milton de. Curso de concreto armado. 5. ed. Rio


Grande, RS: Editora Dunas, 2023.

PIGNATTA, VALDIR. DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE


AÇO. São Paulo: 2012.

SANTOS, Roberto Eustáquio dos. A armação do concreto no Brasil:


história da difusão do sistema construtivo concreto armado e da
construção de sua hegemonia. Belo Horizonte: 2008.

ALVA, Gerson Moacyr Sisniegas. Concepção Estrutural de Edifícios


em Concreto Armado. Santa Maria: 2007.

KIMURA, Alio. Informática aplicada a estruturas de concreto armado.


2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2018.

NELSO SCHNEIDER. O que são os Estádios do Concreto? 2019.


Disponível em: https://nelsoschneider.com.br/o-que-sao-os-estadios-do-
concreto/. Acesso em: 04 dez. 2023.

SPOT. Domínios de Deformação. Disponível em:


https://spotcursos.com.br/public/blogs/pilares-do-concreto-
armado/posts/dominios-de-deformacao. Acesso em: 04 dez. 2023.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Tipos de Ligações.


Disponível em: https://estruturas.ufpr.br/wp-
content/uploads/2015/05/Cap1-TiposdeLiga%C3%A7%C3%B5es.pdf.
Acesso em: 04 dez. 2023.

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