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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS – FTC


CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

CAIQUE OLIVEIRA SANTOS


MAICON LIMA SANTOS

APLICAÇÃO DE LAJES STEEL DECK EM UMA OBRA EM VITÓRIA


DA CONQUISTA - BA

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
OUTUBRO / 2018
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CAIQUE OLIVEIRA SANTOS


MAICON LIMA SANTOS

APLICAÇÃO DE LAJES STEEL DECK EM UMA OBRA EM VITÓRIA


DA CONQUISTA - BA

Projeto apresentado ao curso de


Engenharia Civil – 9º semestre da
Faculdade de Tecnologia e Ciências –
FTC como forma de avaliação parcial da
disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC 1), sob a supervisão da Profª
MSc. Débora Valim Sinay Neves

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
OUTUBRO / 2018
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
1.1 TEMA.....................................................................................................................4
1.2 PROBLEMA...........................................................................................................4
1.3 OBJETIVOS...........................................................................................................4
1.3.1 Geral..................................................................................................................4
1.3.2 Específicos.......................................................................................................4
1.4 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................4
2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................5
2.1 O USO DO STEELDECK.......................................................................................5
2.2 USO DAS ESTRUTURAS METÁLICAS.................................................................6
2.3 CARACTERÍSTICAS DO STEELDECK.................................................................6
2.4 ARMADURA...........................................................................................................7
3 METODOLOGIA.......................................................................................................8
REFERÊNCIAS............................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

A estrutura de uma edificação é a parte, ou conjunto das partes da


construção, destinadas a resistir a cargas. Desse modo, as peças estruturais devem
resistir aos esforços incidentes e transmiti-los aos demais elementos portantes da
construção, através dos vínculos formadores do sistema estrutural, e conduzi-los ao
solo.
Usualmente, no Brasil, as estruturas de edificações são executadas em
concreto armado, um processo construtivo inventado na Europa em meados do
século XIX. Ele consiste na combinação do concreto (uma pasta feita de agregados
miúdos e graúdos, cimento, areia e água, conhecida desde a Antiguidade) com uma
armadura de aço.
Com o avanço tecnológico novas alternativas ao sistema de lajes maciças em
concreto armado surgiram, tais como: lajes nervuradas, pré-moldadas, protendidas,
metálicas e mistas. O uso da estrutura metálica é relativamente novo para os
brasileiros, mas já tem sido amplamente utilizado na Europa e Estados Unidos.
A princípio, o emprego do ferro na Construção Civil esteve restrito a pontes,
sendo a Ponte Ironbridge sobre o Rio Severn em Coalbrookdale na Inglaterra, a
primeira obra importante. O ferro foi amplamente utilizado na construção de pontes
até meados do século XIX, no entanto, os projetos de estruturas mais arrojadas e
alguns acidentes ocorridos com pontes, evidenciaram a necessidade de utilizar um
material estrutural com melhores características, voltando-se a atenção para o aço,
este formado a partir de ferro e carbono.
No Brasil, as construções em estruturas metálicas são mais recentes, o aço
começou a ser utilizado no final do século XIX e início do século XX. A partir do
início da operação da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) - primeira siderúrgica
integrada instalada no Brasil - que o aço importado passou a ser substituído pelo de
fabricação nacional, tendo o setor industrial como destino prioritário e impulsionado
pela política de crescimento do setor automotivo no país.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar o
custo/benefício da laje steel deck em uma obra de médio porte em Vitória da
Conquista – BA.
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1.1 TEMA

Aplicação de Lajes Steel Deck em uma Obra em Vitória Da Conquista – BA.

1.2 PROBLEMA

Qual o custo/benefício de utilização de lajes steel deck em uma obra de


médio porte em Vitória da Conquista – BA?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar o custo/benefício das lajes steel deck em uma obra de médio porte
em Vitória da Conquista – BA.

1.3.2 Objetivos Específicos

 Conhecer a aplicabilidade das lajes steel deck e suas características;


 Analisar o custo/benefício das lajes steel deck em uma obra de médio porte;
 Identificar as vantagens e desvantagens das lajes steel deck na obra.

1.4 JUSTIFICATIVA

Certos elementos da estrutura metálica possuem intrinsecamente


características que dispensam fases da construção de elementos em concreto
armado, especialmente formas em steel deck. Estas funcionam tanto como formas,
como armadura positiva para as lajes, além de não necessitarem de escoramentos
para vãos até 4 metros, desta forma, permite um ciclo de execução de pavimentos
significativamente menor que o da estrutura convencional.
Nesse contexto, este estudo é relevante no sentido de analisar o
custo/benefício das lajes steel deck em uma obra de médio porte em Vitória da
Conquista – BA.
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Desse modo, questiona-se: Qual o custo/benefício de utilização de laje steel


deck em uma obra de médio porte em Vitória da Conquista – BA?

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O USO DO STEELDECK

Com o desenvolvimento de diversos sistemas estruturais e construtivos na


busca por usufruir das vantagens de cada material, surgiu o sistema formado por
elementos mistos de aço e concreto. Nas construções mistas, o concreto foi
inicialmente utilizado, no início do século, como material de revestimento,
protegendo os perfis de aço contra fogo e a corrosão e, embora o concreto pudesse
ter alguma participação em termos estruturais, sua contribuição na resistência era
desprezada (BARROS, 2014).
No entanto, o concreto é conhecido por sua boa resistência a compressão e a
utilização associada ao aço, resistente a tração, se mostra bastante vantajosa à
medida que os elementos se complementam na resistência a esforços solicitantes.
A laje mista é resultado do trabalho conjunto entre uma forma de aço perfilada
e o concreto armado sobre a mesma, a solidariedade entre os dois materiais pode
ser mecânica, a partir da utilização de conectores de cisalhamento, mossas,
saliências, ou por atrito gerado pelo confinamento do concreto em formas
reentrantes (MIRANDA; LIPPI; BRENDOLAN, 2010).
De acordo com o Centro Brasileiro da Construção em Aço - CBCA, o steel
deck ainda não possui normas técnicas nacionais. Mas há vários textos normativos
que servem de referência aos projetistas (BARROS, 2014). Entre eles, a NBR 6118
(Projeto de Estrutura de Concreto - Procedimento), a NBR 8800 (Projeto de
Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de Edifícios), a NBR
10735 (Chapas de Aço de Alta Resistência Mecânica Zincadas) e a NBR 14323
(Dimensionamento de Estruturas de Aço de Edifícios em Situação de Incêndio -
Procedimentos). Outras normas internacionais, como as da ASTM (American
Society for Testing and Materials), também podem servir de referência aos
profissionais (BARROS, 2014).
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2.2 USO DAS ESTRUTURAS METÁLICAS

De acordo com o Portal Metálica Construção Civil, estruturas metálicas


podem ser utilizadas em associação com diversos tipos de laje, tais como: laje
convencional em concreto armado ou protendido; laje mista com vigas pré-
moldadas, metálicas ou não, e tijolos furados; laje de concreto com vigas metálicas,
trabalhando com viga mista aço-concreto; lajes em elementos pré-fabricados de
concreto, servindo de forma e trabalhando como laje mista aço-concreto; e laje com
forma metálica trabalhando como laje mista aço-concreto (aqui se enquadra o steel
deck) (PORTAL METALICA, 2016).
O sistema dá suporte ao concreto, dispensando parcial ou totalmente a
necessidade de escoramentos para a laje, gerando maior agilidade na execução das
mesmas, além de reduzir custos com o aluguel de escoramentos e mão de obra,
não necessitando do intenso emprego deste recurso como em estruturas
convencionais de concreto armado (PORTAL METALICA, 2016).
O sistema consiste basicamente na utilização de uma forma metálica
colaborante, com armadura de reforço sobre a junção das folhas de steel deck e ao
redor dos pilares, tela de aço galvanizado com o objetivo de evitar fissuração,
preenchida com concreto (PORTAL METALICA, 2016).

2.3 CARACTERÍSTICAS DO STEELDECK

As principais características do steeldeck são: forma, armadura e concreto.


Forma - Os conectores de cisalhamento, conhecidos como stud bolts, devem ser
utilizados em projetos que consideram o sistema de viga mista em seu
dimensionamento, com a finalidade de garantir a solidarização da laje com a
estrutura metálica.
O steel deck consiste em um elemento de aço galvanizado, perfilado e
formado a frio, é considerado forma colaborante, pois, durante a concretagem atua
como forma para o concreto e posteriormente como armadura positiva para as
cargas de serviço.
De acordo com o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço), no
mercado brasileiro o steel deck é disponibilizado com três espessuras de chapa:
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0,80mm, 0,95mm e 1,25mm e comprimento personalizado de acordo com o projeto,


podendo chegar a 12m, limite máximo de transporte por carreta. Vale lembrar que
quando aplicado em vãos de 2 até 4 metros dispensa a utilização de escoramentos,
tornando o sistema mais competitivo (DELATORRE; TORRESCASANA, 2012).
É importante observar que para as lajes em steel deck, de maneira especial, o
alinhamento do pórtico estrutural tem que ser perfeito, não havendo a mesma
facilidade de ajustes oferecido por lajes em concreto armado. Portanto, vigas e
pilares, partes constituintes do pórtico estrutural conforme exposto no Item 2 deste
trabalho, devem ser cuidadosamente instalados.

2.4 ARMADURA

Armadura - Pórticos estruturais sustentados por mais de dois pilares possuem


em suas vigas, além do momento positivo gerado pelas cargas permanentes e
variáveis da edificação, momentos negativos sobre os apoios. Conforme
mencionado anteriormente, as formas colaborantes, steel deck, atuam como
armadura positiva para a laje, e a armadura negativa deve ser posicionada na região
dos apoios para resistir a estas solicitações (DELATORRE; TORRESCASANA,
2012).
Além das armaduras positiva e negativa e do reforço no interior da nervura, é
aplicada a malha de retração, consistindo de tela soldada com bitola reduzida, a ser
aplicada em toda a laje para evitar a fissuração.
As lajes steel deck, apresentam bom comportamento em situação de
incêndio, com estanqueidade garantida pelas formas metálicas e isolamento térmico
garantido pela espessura de concreto adequada sobre as nervuras, possuindo
resistência estrutural ao fogo por 30 minutos. A armadura positiva adicional pode
aumentar a resistência do sistema estrutural para até 120 minutos (BARROS, 2014).
Concreto - O concreto empregado deve ter resistência igual ou superior a 25
MPa. Não é recomendável o uso de aditivos à base de cloretos, que podem agredir
a galvanização da chapa (BARROS, 2014). O lançamento e adensamento ocorrem
de acordo com a metodologia estabelecida anteriormente para estruturas de
concreto armado moldadas in loco. É necessário ter atenção no momento do
lançamento de concreto nesta metodologia de laje para que não haja acúmulo de
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material no meio dos vãos, evitando sobrecargas indesejadas, especialmente por


esta laje ser executada, em grande parte, sem escoramento.
Segundo Vasconcellos (2016), o comportamento misto é alcançado após a
cura do concreto da laje, quando a forma de aço transmite as tensões cisalhantes
horizontais na interface com o concreto através de ligações mecânicas fornecidas
por saliências e reentrâncias (mossas) existentes na forma.

3 METODOLOGIA

Com base nos objetivos propostos a pesquisa será exploratória e descritiva.


Segundo Marconi e Lakatos (2013), a pesquisa exploratória é aquela que permite
uma maior familiaridade entre o pesquisador e o tema pesquisado, visto que este
ainda é pouco conhecido, pouco explorado. Para Gil (2010, p.23), a pesquisa
descritiva tem como principal objetivo “descrever características de determinada
população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis”.
Será utilizada também a pesquisa qualitativa com abordagem voltada para o
estudo de caso. A pesquisa será realizada em uma obra de médio porte em Vitória
da Conquista – BA com entrevista junto ao engenheiro responsável.
Como instrumento de coleta de dados será utilizado o questionário. Desta
forma, antes da aplicação do questionário, os sujeitos da pesquisa assinarão o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. As perguntas do questionário
serão as mais claras e precisas possíveis e terão linguagem acessível ao
entendimento, facilitando a interpretação e evitando ambiguidades.
Os resultados apurados serão analisados por meio da técnica de Análise de
Conteúdo, que de acordo com Bardin (2009, p.38), “é um conjunto de técnicas de
análises de comunicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de
descrição do conteúdo das mensagens [...]”.
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REFERÊNCIAS

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Trad. Luís Antero Reto e Augusto


Pinheiro, Portugal: Edições 70, 2009, p.38.

BARROS, Bianca. Lajes em steel deck. Revista Téchne, v. 211, out. 2014.

DELATORRE, Viviane. TORRESCASANA Carlos Eduardo Nunes. Arquitetura e


Aço: Estudo dos condicionantes para projeto arquitetônico integrado. São Paulo:
Atlas, 2012.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2010.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 6.


ed. São Paulo: Atlas. 2013.

MIRANDA, Edson De; LIPPI, Ivan; BRENDOLAN, Gianluca. Mercado em formação;


uso de lajes steel deck ainda é restrito no brasil. Revista téchne, v. 108, jul.
2010.

PORTAL METALICA. O uso do aço na construção civil. 2016.

VASCONCELLOS, Juliano. Lajes maciças de concreto armado. 2016.

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