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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ


FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA

Ana Beatriz Rosa Vieira - 202234040006

Dercio Soeiro Ribeiro Neto - 202034040033

Elton Wanzeler Pereira - 202134040017


Jean Pedro Monteiro Pinheiro - 202334040013

Kelli Naendrea Nascimento Sanches - 202234040013

Moisés Ferreira Pina - 202234040020


Wegda Caroline Veiga de Oliveira - 202234040007

Aço Inox e suas Ligas

Tucuruí
2023
Ana Beatriz Rosa Vieira - 202234040006

Dercio Soeiro Ribeiro Neto - 202034040033


Elton Wanzeler Pereira - 202134040017

Jean Pedro Monteiro Pinheiro - 202334040013

Kelli Naendrea Nascimento Sanches - 202234040013

Moisés Ferreira Pina - 202234040020


Wegda Caroline Veiga de Oliveira - 202234040007

Aço Inox e suas Ligas

Monografia apresentada ao curso de


Engenharia Mecânica, como parte dos
requisitos necessários à obtenção da avaliação
da disciplina de Materiais de Construção
Mecânica.

Tucuruí

2023
Resumo

O presente trabalho conta com o estudo revisado já existente na literatura sobre o aço
inoxidável, suas ligas e aplicações presente na indústria e cotidiano da sociedade. Dessa forma,
o objetivo central trata de apresentar a origem microestrutural e histórica do aço, para
posteriormente, partir para o estudo da liga de aço Cr-Ni que criou as propriedades de
resistência à corrosão e oxidação, que é o aço inox. Suas propriedades apresentadas se dedicam
a demonstrar como sua microestrutura pode proporcionar adições de mais ou outros elementos,
como os aços inoxidáveis ferríticos, austeníticos, martensíticos, duplex e entre outros, mas
principalmente, como um engenheiro mecânico ou de materiais pode vê-lo no mercado.
Palavras-chave: Aço inoxidável, Ligas de Aço Inox, Aço Inox, Microestrutura, Fases
microestruturais.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………….………………5
1.1. AÇO INOXIDÁVEL……………….……………………...………………………….…...5
1.2. OBJETIVOS GERAIS...................................……………………..………………………6
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................……………………..……………..…7
2. REVISÃO LITERÁRIA..............................................……..……………………………...7
2.1. AÇO INOX AUSTENÍTICO................... …………………………...……….……..…….7
2.2. AÇO INOX FERRÍTICO.......................………...…………………...……….…………...8
2.3. AÇO INOX MARTENSÍTICO........................…………………………………….……...8
2.4. AÇO INOX DUPLEX E SUPER DUPLEX.........................................................................8
2.5. PROPRIEDADES DO AÇO INOXIDÁVEL.......................................................................8
2.2.1. Força de rendimento........................................................................................................8
2.2.2. Força em altas temperaturas..........................................................................................9
2.2.3. Resistência à tração.........................................................................................................9
2.2.4. Resistência criogênica......................................................................................................9
2.2.5. Ductilidade.......................................................................................................................9
2.2.6. Maior taxa de endurecimento por trabalho...................................................................9
3. DESENVOLVIMENTO MICROESTRUTURAL DO AÇO INOX...............................10
3.1. ESTRUTURA CRISTALINA DO AÇO............................................................................10
3.2. FASES CONSTITUÍNTES................................................................................................10
4. METODOLOGIA DE ANÁLISE MICROESTRUTURAL……………………………11
4.1. MICROSCOPIA ÓPTICA..........................................................…………..……....….....11
4.2. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV)…...………...…….......….12
4.3. DIFRAÇÃO DE RAIOS-X...........................................................................................….13
4.4. ESPECTROSCOPIA DE ENERGIA DISPERSIVA (EDS)..............................................14
5. LIGAS DE AÇO INOX E SUAS APLICAÇÕES………....……………………….……15
5.1. FERRÍTICO.......................................................................................................................15
5.1.1. Composições e características microestruturais.............................................15
5.1.2. Aplicações industriais........................................................................................15
5.2. MARTENSÍTICO..............................................................................................................16
5.2.1. Composições e características microestruturais.............................................16
5.2.2. Aplicações industriais........................................................................................17
5.3. AUSTENÍTICO.................................................................................................................18
5.3.1. Composições e características microestruturais.............................................18
5.3.2. Aplicações industriais........................................................................................18
5.4. OUTRAS LIGAS DE AÇO INOXIDÁVEL......................................................................19
5.4.1. Composições e características microestruturais.............................................19
5.4.1.1. Duplex..............................................................................................................19
5.4.1.2. Endurecíveis por precipitação – PH................................................................20
5.4.3. Aplicações industriais........................................................................................20
6. CONCLUSÃO……………………………………………….......................................…..21
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................22
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1. INTRODUÇÃO

De todos os sistemas de ligas binárias, o que é possivelmente o mais importante é aquele


formado pelo ferro e o carbono. Os aços, que são essencialmente ligas de ferro-carbono,
oferecem exemplos da maioria das reações microestruturais disponíveis para o engenheiro, a
fim de ajustar as propriedades dos materiais. Tanto os aços como os ferros fundidos, que são
os principais materiais estruturais em toda e qualquer cultura tecnologicamente avançada, são
essencialmente ligas ferro-carbono.

A versatilidade dos aços como materiais estruturais é evidenciada pelos muitos tipos de
aço que são manufaturados. De um lado, temos os aços doces usados em aplicações que exigem
estampagem profunda, como para-lamas de automóveis e portas de geladeiras. De outro lado
temos aços duros e tenazes usados na fabricação de engrenagens e esteiras para tratores. Alguns
aços possuem uma resistência à corrosão anormalmente elevada. Aços para certas aplicações
elétricas, como, por exemplo, placas de transformadores, devem ter características magnéticas
especiais, de forma que possam ser magnetizados muitas vezes por segundo com perdas e
potências baixas.

Os diagramas de fase são usados para explicar cada uma das características que serão
vistas das ligas ferro-carbono. As ligas com até 2,0% de carbono são chamadas de aços e acima
deste teor, ferros fundidos. Durante o processo de solidificação dos aços, é possível verificar
no aço o aparecimento de microconstituintes como ferrita, cementita, perlita e austenita.

1.1. AÇO INOXIDÁVEL

A origem do aço remonta a milhares de anos atrás, e sua história está profundame nte
entrelaçada com o desenvolvimento da humanidade. O aço é uma liga metálica composta
principalmente de ferro e carbono, com a adição de outros elementos em menor quantidade
para conferir propriedades específicas. Sua criação envolve um longo processo de descobertas
e avanços tecnológicos ao longo do tempo.

Os primeiros indícios do uso do aço remontam à Idade do Ferro, que começou por volta
de 1200 a.C. Durante esse período, o ferro era extraído da natureza e aquecido para remover
impurezas, resultando em um material mais resistente que o cobre. No entanto, esses primeiros
ferreiros não tinham o conhecimento necessário para produzir aço de alta qualidade.
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A produção em larga escala de aço só foi alcançada muito mais tarde, durante a
Revolução Industrial, no século XVIII. Um dos avanços fundamentais foi feito pelo engenhe iro
britânico Henry Bessemer em 1856, quando ele desenvolveu um processo de produção em
massa de aço conhecido como "Conversão Bessemer". Esse método envolvia a oxidação rápida
do carbono presente no ferro derretido usando jatos de ar soprados através do metal líquido.
Essa inovação permitiu a produção rápida e eficiente de grandes quantidades de aço de
qualidade.

Outro marco significativo na história do aço foi a descoberta do processo de fabricação


de aço em fornos elétricos, conhecido como processo de forno elétrico a arco, desenvolvido
independentemente por Sidney Gilchrist Thomas e Paul Héroult no final do século XIX. Esse
método revolucionou a indústria siderúrgica, permitindo a produção de aço de alta qualidade a
partir de matérias-primas de menor qualidade, como o minério de ferro contendo altos teores
de fósforo.

Desde então, a indústria do aço tem se expandido e se modernizado continuame nte.


Novas técnicas de produção e refinamento foram desenvolvidas, incluindo o processo de
oxigênio básico (BOP) e a produção de aço em forno a arco elétrico (EAF). Além disso, o aço
tem sido objeto de pesquisa e desenvolvimento contínuos para melhorar suas propriedades e
criar ligas especiais para atender às necessidades específicas de diversas aplicações industria is.

Hoje, o aço é um dos materiais mais importantes e amplamente utilizados em todo o


mundo. É fundamental em indústrias como a construção civil, engenharia, fabricação de
automóveis, transporte, eletrodomésticos, entre muitas outras. A sua história é uma narrativa
fascinante de descobertas científicas, inovação tecnológica e progresso humano.

1.2. OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem como objetivo geral descrever o aço inox e suas ligas, como
surgiu, seus tipos, suas aplicações e etc. A pesquisa se baseia na descrição das ligas ferro-
carbono e a origem do aço inox, seus tipos, classificações e suas propriedades, bem como, a
análise da sua evolução microestrutural a partir de gráficos e imagens microscópicas. Por fim,
mostrar suas aplicações de acordo com as normas da ABNT nas indústrias.
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1.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar as propriedades físicas e químicas do aço inoxidável e suas ligas.


 Investigar os métodos de fabricação e processamento do aço inoxidável e suas ligas.
 Estudar os diferentes tipos de aço inoxidável e suas aplicações industriais.
 Avaliar a resistência à resistência do aço inoxidável em diferentes ambientes e
condições.
 Comparar as propriedades mecânicas do aço inoxidável com outros materiais perdidos.
 Investigar os efeitos das ligas e tratamentos térmicos no comportamento do aço
inoxidável.
 Analisar as técnicas de aderência, brasagem e união de aço inoxidável e suas ligas.
 Avaliar os desafios e soluções na usinagem e conformação do aço inoxidável.
 Estudar as aplicações específicas do aço inoxidável em setores como a indústr ia
química, alimentícia, petroquímica, entre outros.
 Investigar as tendências atuais de pesquisa e desenvolvimento em relação ao aço
inoxidável e suas ligas.

2. REVISÃO LITERÁRIA

Assim como o título, após serem descobertos no ano de 1912, os aços inoxidáveis, ou
apenas aços inox, foram estudados com mais profundidade para que fosse possível utilizar um
material que resistisse mais à inconveniente corrosão dos aços comuns. formando ligas
metálicas a partir de dois elementos químicos principais: o ferro e o cromo. Além de
apresentarem maior resistência à corrosão (ferrugem), essas ligas, de largo uso na indústr ia,
puderam dar origem a produtos com características diversas. Entre os diversos tipos de inox,
destacam-se as ligas:

2.1. AÇO INOX AUSTENÍTICO

São aços não magnéticos e só podem ser endurecidos por trabalho a frio. Geralmente
possuem excelentes propriedades criogênicas e boa resistência a altas temperaturas. O teor de
cromo costuma variar de 16 a 26%; níquel e manganês em até 15%. Molibdênio, cobre, silíc io,
alumínio, titânio e nióbio podem ser adicionados para conferir certas características como
resistência à oxidação. Enxofre pode ser adicionado a certos graus para melhorar a
usinabilidade. Como exemplos temos os aços 304, 304L, 316 e 316L.
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2.2. AÇO INOX FERRÍTICO

O teor de cromo nestes aços costuma ficar entre 10,5 a 30%. Alguns graus podem conter
molibdênio, silício, alumínio, titânio e nióbio para conferir características particulares. Enxofre
pode ser adicionado, como no caso dos martensíticos, para melhorar a usinabilidade. As ligas
ferríticas são ferromagnéticas, ou seja, atraídas por ímãs . Podem apresentar boa ductilidade e
formabilidade, mas, em alta temperatura as resistências são relativamente baixas em
comparação com os graus austeníticos. A tenacidade pode ser levemente limitada em baixas
temperaturas. Como exemplos, citamos os aços 409, 430, 439 e 441.

2.3. AÇO INOX MARTENSÍTICO

São essencialmente ligas de cromo. São ferromagnéticos, endurecíveis por tratamentos


térmicos e, geralmente, resistentes à corrosão em ambientes menos agressivos. O teor de cromo
situa-se na faixa de 10,5 a 18%, e o teor de carbono não pode exceder 1,2%. A combinação de
carbono e cromo pode aumentar a resistência ao desgaste, como no caso da aplicação para
lâminas de faca. Outros elementos podem ser adicionados para melhorar a resistência à
corrosão, a tenacidade e a usinabilidade. Como exemplos, podemos citar os aços 410 e 420.

2.4. AÇO INOX DUPLEX E SUPER DUPLEX

Os aços inoxidáveis Duplex e Super Duplex são os que apresentam a mais elevada
resistência à corrosão a cloretos. Duplex: é uma combinação de austenita e ferrita, o que confere
ao aço inox duplex uma excelente resistência à corrosão e maior resistência mecânica em
comparação com outros tipos. É utilizado em indústrias petroquímicas, navais e de papel. Super
duplex: Possui uma composição química equilibrada com altos teores de cromo, molibdênio e
nitrogênio, proporcionando excelente resistência à corrosão em ambientes agressivos.

2.5. PROPRIEDADES DO AÇO INOXIDÁVEL

2.2.1. Força de rendimento

Dependendo do tipo, o aço inoxidável pode apresentar alta resistência e baixo


alongamento ou propriedades de baixa resistência e alto alongamento. Eles se comparam muito
bem aos aços carbono quando se trata de resistência ao escoamento.
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2.2.2. Força em altas temperaturas

O aço inox tem um desempenho comparativamente melhor do que outros aços carbono
em temperaturas mais altas. Apresenta melhor resistência ao fogo devido ao seu alto fator de
retenção de resistência em temperaturas elevadas (acima de 500° C).

2.2.3. Resistência à tração

Quando se trata de resistência à tração, o aço inoxidável é superior a materiais como


alumínio, latão e aço carbono. A maior resistência à tração é observada no endurecimento por
precipitação e ligas martensíticas.

2.2.4. Resistência criogênica

Alguns tipos de aço inoxidável são extremamente adequados para lidar com uma faixa
mais ampla de temperaturas. Em especial, os aços austeníticos apresentam tenacidade
excepcional e maior resistência à tração em temperaturas abaixo de zero. Isso amplia o escopo
de seu uso, abrindo novos caminhos para aplicações modernas.

2.2.5. Ductilidade

A ductilidade de diferentes tipos de aço inox pode ser significativamente diferente.


Alguns tipos têm alta ductilidade, permitindo o uso de processos extenuantes de repuxo
profundo.

2.2.6. Maior taxa de endurecimento por trabalho

Esta propriedade se refere à capacidade de um metal de aumentar sua resistência por


meio de processos de trabalho a frio. Os aços inoxidáveis podem ser recozidos e trabalhados a
frio para manipular sua resistência ao nível desejado.

Isso significa que a mesma classe pode ser usada em várias aplicações, variando sua
resistência. Por exemplo, o mesmo tipo pode ser usado como uma mola ou um fio dobrável por
recozimento e trabalho a frio.
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3. DESENVOLVIMENTO MICROESTRUTURAL DO AÇO INOXIDÁVEL

A compreensão do desenvolvimento microestrutural do aço inoxidável em diferentes


materiais de construção mecânica é fundamental para o projeto e a seleção adequada de ligas
nesse contexto. Através das técnicas de análise microestrutural, como microscopia óptica,
microscopia eletrônica de varredura (MEV), difração de raios-X e espectroscopia de energia
dispersiva (EDS), é possível investigar as características das ligas e identificar as fases
constituintes do aço inoxidável, contribuindo para a compreensão de suas propriedades
mecânicas e aplicações na indústria.

3.1. ESTRUTURA CRISTALINA DO AÇO

Pode apresentar diferentes sistemas cristalinos, dependendo dos elementos de liga


presentes e das condições de tratamento térmico, as principais estruturas cristalinas encontradas
são: ferrítica (CCC), austenítica (CFC) e martensítica, a estrutura cristalina do aço inoxidá ve l
tem uma influência significativa nas suas propriedades mecânicas. Ela é influenciada pela
presença de ferro como elemento principal e pela adição de elementos de liga, como cromo,
níquel e molibdênio. Esses elementos alteram a estrutura cristalina do aço, proporcionando
diferentes propriedades mecânicas e resistência à corrosão, sua seleção adequada da
composição química e do tratamento térmico pode ajustar as propriedades do aço inoxidá ve l
para atender às necessidades específicas de cada aplicação.

3.2. FASES CONSTITUINTES

Suas principais fases constituintes são ferrita, austenita e martensita, a presença de


cromo promove a formação da camada protetora de óxido de cromo, conferindo resistência à
corrosão, a ferrita é magnética e apresenta boa ductilidade, enquanto a austenita é não
magnética e possui excelente resistência à corrosão. A martensita é formada por tratamentos
térmicos de têmpera, sendo caracterizada por alta dureza e fragilidade, as propriedades
mecânicas do aço inoxidável são influenciadas pelas ligas e tratamentos térmicos, o cromo é
crucial para a resistência à corrosão, e o níquel estabiliza a austenita, melhorando as
propriedades mecânicas. Outros elementos de liga são adicionados para aprimorar propriedades
específicas tratamentos térmicos, como têmpera e revenimento, são utilizados para controlar as
fases e ajustar as propriedades mecânicas, podendo ser vistas no diagrama de fases, figura 1.
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Figura 1: Diagrama de aço inoxidável Fe-Ni

Fonte: http://daewoo-ac-s.buffalomountainkombucha.com/diagram/316-stainless-steel-phase-diagram

4. METODOLOGIA DE ANÁLISE MICROESTRUTURAL

4.1. MICROSCOPIA ÓPTICA

É uma técnica utilizada para análise microestrutural do aço inoxidável, que envolve a
observação e análise das características microscópicas presentes na estrutura do material, a
técnica é baseada na interação da luz com a amostra, onde a luz passa através da amostra e é
refratada, refletida ou absorvida pelos componentes microscópicos, essa interação da luz gera
um contraste e cor nos componentes, permitindo a visualização e análise.

As imagens microscópicas obtidas por meio da microscopia óptica permitem a


visualização da microestrutura do aço inoxidável e sua relação com as propriedades mecânicas.
Por exemplo, é possível observar a distribuição dos grãos, presença de inclusões e fase s
precipitadas, bem como analisar trincas, falhas ou deformações, as imagens são usadas para
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identificar a presença de fases indesejáveis, avaliar o tamanho de grão e homogeneidade da


microestrutura, e compreender como esses fatores influenciam as propriedades mecânicas,
como resistência à tração, dureza e tenacidade do aço inoxidável. Enfim, a microscopia óptica
é uma técnica valiosa para a análise microestrutural do aço inoxidável, permitindo a
visualização e caracterização dos componentes microscópicos e sua relação com as
propriedades mecânicas do material, como exemplificado na figura 2.

Figura 2: Microscopia óptica (MO):aspecto geral da microestrutura do aço na condição B. Ataque -Nital-3%

Fonte: Abdalla, A.. (2023). AÇOS POLIFÁSICOS: ATAQUES QUÍMICOS E INFLUÊNCIA DAS FASES.

4.2. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV)

É uma técnica avançada amplamente utilizada na análise microestrutural de diversos


materiais, incluindo o aço inoxidável, sua alta resolução proporciona imagens detalhadas, figura
3, revelando características microestruturais importantes, enquanto a análise química por
espectroscopia de dispersão de energia (EDS) permite a identificação e quantificação dos
elementos presentes. Essa combinação de alta resolução e análise química torna o MEV uma
ferramenta essencial para a compreensão da microestrutura e das propriedades do aço
inoxidável.
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Figura 3: Imagens de microscopia eletrônica de varredura (MEV) de superfícies limpas de aço inoxidável com
aumento de 2260×: (a) acabamento eletropolido; b) Acabamento do moinho; c) Acabamento jateado em talão; e
(d) acabamento tratado com óxido de alumínio

Fonte: Woodling, Sarah & Moraru, Carmen. (2006). Influence of Surface Topography on the Effectiveness of
Pulsed Light Treatment for the Inactivation of Listeria innocua on Stainless‐steel Surfaces. Journal of Food
Science. 70. m345 - m351. 10.1111/j.1365-2621.2005.tb11478.x.

4.3. DIFRAÇÃO DE RAIOS-X

A difração de raios-X é uma técnica utilizada para analisar a estrutura cristalina do aço
inoxidável, baseia-se na interferência dos raios-X com os planos de átomos na rede cristalina,
permitindo a determinação das posições atômicas e arranjos espaciais dos átomos dentro de um
material cristalino.

Os principais equipamentos utilizados na difração de raios-X são:

● Tubo de raios-X: gera o feixe de raios-X.

● Monocromador: seleciona uma única energia de raios-X a ser utilizada.

● Goniômetro: posiciona o material cristalino e o detector em relação ao feixe de


raios-X.

● Detector: coleta os raios-X difratados e gera um difratograma.


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Os padrões de difração obtidos a partir da difração de raios-X em um material cristalino,


contém informações valiosas sobre sua estrutura cristalina, a análise desses padrões envolve a
identificação e interpretação das posições e intensidades dos picos de difração, figura 4. Em
suma, a difração de raios-X é uma técnica valiosa para analisar a estrutura cristalina do aço
inoxidável, permitindo a identificação de fases cristalinas e fornecendo informações sobre a
composição e a organização dos átomos no material.

Figura 4: Padrão de difração de raios X de (a) aço inoxidável 316L e (b) amostra soldada

Fonte: Dadfar, Mahdi & Fathi, Mohammadhossein & Karimzadeh, Fathallah & Saatchi, A.. (2007). Effe ct of
TIG welding on corrosion behavior of 316L stainless steel. Materials Letters. 61. 2343-2346.
10.1016/j.mat let.2006.09.008.

4.4. ESPECTROSCOPIA DE ENERGIA DISPERSIVA (EDS)

A espectroscopia de energia dispersiva (EDS) é uma técnica complementar à


microscopia eletrônica de varredura (MEV) que fornece informações químicas elementares
sobre materiais. Utiliza raios-X emitidos, quando elétrons de alta energia interagem com a
amostra, no caso do aço inoxidável, a EDS permite identificar e quantificar elementos presentes
na microestrutura, como ferro, cromo, níquel e outros elementos de liga. Além disso, a EDS
possibilita a criação de mapas de distribuição elementar, auxilia na caracterização de sua
composição localizada e heterogeneidade. Com a análise, é possível obter espectros de energia
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característicos para diferentes elementos químicos presentes na amostra, permitindo sua


identificação. Dessa forma, a EDS é uma intensa ferramenta para a análise química elementar
e identificação de elementos na microestrutura do aço inoxidável, fornecendo informações
cruciais para a compreensão desse material.

5. LIGAS DE AÇO INOX E SUAS APLICAÇÕES

5.1. FERRÍTICO

5.1.1. Composições e características microestruturais

Os aços inoxidáveis ferríticos são essencialmente ligas de Fe-Cr, entre 11 a 30% de


cromo, com baixo teor de carbono, além de receberem adições de Ti e Nb para estabilizá - lo.
Possuem a estrutura cúbica de corpo centrado (CCC), sendo a sua fase constituinte a ferrita
(ferro alfa), porém podem apresentar até 30% de austenita em temperaturas elevadas. Quando
essa austenita é transformada em martensita (durante um resfriamento), proporciona a condição
de fragilidade aos aços na temperatura ambiente, figura 5.

5.1.2. Aplicações industriais

Os aços ferríticos com baixa liga de Cr (11%), são os do tipos AISI 409, para ligas
intermediárias (entre 16 a 18%), têm o tipo AISI 430. Outros tipos são UNS S43932 e AISI
444, que apesar de serem intermediários, possuem melhoramento. Ferríticos com alto teor de
cromo (19 a 30%) são os do tipo UNS S44200 e UNS S44600, também conhecidos como super
ferríticos. Outros conhecidos são: V430G, VC430FG e VC430FR. Quanto às aplicações, as
principais estão associadas ao fenômeno de sensitização e sua resistência à corrosão sobre
tensão, exposição atmosférica e oxidação. Dessa forma, todas elas dependem do teor de cromo
presente na liga, entre eles, os aços com baixo teor de cromo são aplicáveis em sistemas de
exaustão em veículos automotivos, especificamente na parte fria. Já os ferríticos com teores
intermediários, são utilizados em detalhes de acabamentos internos e externos de veículos
automotivos, utensílios de cozinha, talheres e entre outros. Por fim, para os aços superferríticos,
suas aplicações exigem alto nível de resistência a corrosão e oxidação, exemplo, confecção de
válvulas solenoides para melhoramento na usinabilidade.
16

Figura 5: Microestrutura típica ferrítica, ataque água-régia 50 x

Fonte: CANALE, L.C.F; ROLLO, J.M.D.A. Aços inoxidáveis de transformação controlada. Metalurgia e
Materiais, São Paulo, SP, v. 49, n. 413, p. 23-27, 1993.

5.2. MARTENSÍTICO

5.2.1. Composição e características microestruturais

Os aços inoxidáveis martensíticos foram o primeiros aços inoxidáveis desenvolvidos


comercialmente (com os talheres) e têm teor de carbono relativamente alto (0,1 – 1,2%)
em comparação com outros aços inoxidáveis e contendo entre 12 e 18% de cromo os aços
inoxidáveis martensíticos podem conter outros elementos de liga, como níquel (Ni), molibdê nio
(Mo) e vanádio (V), em quantidades menores, esses elementos podem ser adicionados para
melhorar determinadas propriedades, como a resistência à corrosão e resistência mecânica. Na
condição recozida, apresentam limite de escoamento com cerca de 275 MPa e então
podem ser usados normalmente quando usinados, conformado ou trabalhado a frio nessa
condição, figura 6.

A microestrutura dos aços inoxidáveis martensíticos é caracterizada pela presença da


estrutura cristalina martensítica, a martensita é uma fase metaestável que se forma quando o
aço é resfriado rapidamente a partir de uma temperatura acima da temperatura de transformação
martensítica, essa transformação ocorre de maneira instantânea, sem a redistrib uição dos
átomos, resultando em uma microestrutura altamente endurecida, a microestrutura martensítica
é composta por placas ou agulhas finas de martensita, dispostas aleatoriamente no material.
17

Essas placas são formadas por um rearranjo dos átomos de ferro e carbono em uma matriz
tetragonal de corpo centrado (TCC). A estrutura tetragonal é responsável pela alta dureza dos
aços martensíticos.

5.2.2. Aplicações industriais

O aço inoxidável martensítico é utilizado nas mais diversas aplicações, onde se exige,
além de elevada resistência à corrosão, também elevada resistência mecânica e dureza. O aço
inoxidável martensítico resiste à ação corrosiva de ácidos orgânicos, ácidos minerais, soluções
de sais, substâncias alcalinas, água doce não poluída e ar não poluído.

Os tipos mais utilizados na indústria são os do tipo 420 e 410, e contam com alta
resistência mecânica e dureza, apresentando pouca soldabilidade, mas forte resistência ao
desgaste. o Aço 410, que é usado para a fabricação de válvulas, turbinas, Componentes de
motor, Instrumentos cirúrgicos, entre outros materiais que exigem maior temperabilidade; Aço
420, usado na produção de facas, bisturis, pinças, eixos entre outros. Há também os aços Inox
416, 420, 431, 440, com as mesmas empregabilidades dos mais convencionais.

Figura 6: Aço inoxidável martensítico AISI 410 temperado e revenido 20 HRC. Microestrutura de martensita
revenida com finos carbonetos precipitados. Microscopia ótica. Ataque Villela.

Fonte: CANALE, L.C.F; ROLLO, J.M.D.A. Aços inoxidáveis de transformação controlada. Metalurgia e
Materiais, São Paulo, SP, v. 49, n. 413, p. 23-27, 1993.
18

5.3. AUSTENÍTICO

5.3.1. Composição e características microestruturais

A austenita está presente em ligas de ferro-carbono acima da temperatura eutetóide


crítica (723°C) e abaixo de 1500°C dependendo do teor de carbono, entretanto, pode ser
mantida à temperatura ambiente com adições de ligas como Níquel ou Manganês. Dessa forma,
são classificados pela ABNT com designações AISI série 200 ou 300. As ligas da série 300 são
de cromo-níquel e os da série 200, composições em que o manganês e o nitrogênio substitue m
parte do níquel, representando a maior família de produção do aço inox. (MATERIAL
PROPERTIES)

Em geral, os aços inox possuem uma microestrutura Cúbica de Face Centrada (CFC) a
qual permite que sejam não magnéticos e facilmente soldados. A sua estrutura cristalina é
alcançada a partir da adição de Níquel, Manganês e Nitrogênio, os quais permitem a
estabilidade da Austenita, figura 7, também conhecida com ferro na fase gama (Fe-γ) no
diagrama de fases Ferro-carbono.

5.3.2. Aplicações industriais

As suas propriedades podem ser bem variadas, incluindo não ser endurecido por
tratamento térmico, somente por trabalho a frio. Além disso, tais condições permitem serem
endurecidos a altos níveis de resistência, resultando numa combinação de resistência à corrosão,
ductilidade, tenacidade e soldabilidade, como citado anteriormente e também baixa resistência
ao escoamento.

Os austeníticos mais empregados na indústria são os do tipo 304 e 304L (resistência a


corrosão considerável). Porém os aços 316 e 316L contém as mesmas aplicações, porém
permitindo que sejam mais duráveis, outros aços inoxidáveis austeníticos são 302, 303, 308,
310, 314, 321, 347, entre outros. São encontrados em abundância na indústria alimentíc ia,
farmacêutica, química, petroquímica, aeroespacial e principalmente de equipame ntos
hospitalares. Os aços do tipo 304L por exemplo, por ter propriedades mais trabalhadas que
evitam corrosão inter cristalinas, são recomendáveis na fabricação de conjuntos de soldas.
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Figura 7: Microscopia ótica exibindo o início de recristalização secundária em um aço inoxidável austenítico
estabilizado com titânio após tratamento de recozimento, ataque Villela.

Fonte: CANALE, L.C.F; ROLLO, J.M.D.A. Aços inoxidáveis de transformação controlada. Metalurgia e
Materiais, São Paulo, SP, v. 49, n. 413, p. 23-27, 1993.

5.5. OUTRAS LIGAS DE AÇO INOXIDÁVEL

5.5.1. Composições e características microestruturais

5.5.1.1. Duplex

Os aços inoxidáveis duplex têm uma estrutura mista de austenita e ferrita e como
resultado têm características desses tipos básicos, uma composição química típica tem 22% de
cromo, 5% de níquel e 3% molibdênio com pequena adição de nitrogênio, os aços duplex são
endurecíveis por tratamento térmico e são mais duros que os aços ferríticos e austeníticos, figura
8, na condição recozida mole e têm limite de escoamento médio em torno de 450 MPa, como
os aços ferríticos são ferro magnéticos, mas têm a boa conformabilidade e soldabilidade dos
aços austeníticos, entretanto são necessários maiores esforços na conformação devido a sua
maior resistência. Estes aços podem ser utilizados em projeto com secções mais finas que os
aços austeníticos mas sua grande vantagem é sua maior resistência a corrosão sob tensão. O
molibdênio é normalmente adicionado para aumentar a resistência à corrosão galvânica e por
pite. tipos mais comuns são: Duplex 2205, 2507, 2304, 2101, 2003, 2202
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Figura 8: Microestrutura típica de aço inoxidável duplex: Austenita-Ferrita.

Fonte: CANALE, L.C.F; ROLLO, J.M.D.A. Aços inoxidáveis de transformação controlada. Metalurgia e
Materiais, São Paulo, SP, v. 49, n. 413, p. 23-27, 1993.

5.5.1.2. Endurecíveis por Precipitação - PH


Os aços inoxidáveis Endurecíveis por Precipitação (PH – Precipitation Hardenable) são
os que apresentam maior resistência mecânica dentre os aços inoxidáveis, associada à elevada
resistência à corrosão. O mecanismo de endurecimento nestes aços é similar ao mecanismo de
endurecimento de algumas ligas de Alumínio e de Níquel, o envelhecimento. Eles podem ser
endurecidos por precipitação em temperaturas mais baixas (480 ° C), o que ajuda a minimizar
a distorção, com baixas temperaturas de envelhecimento significa que há pouco risco de
rachaduras, distorção ou oxidação de superfícies usinadas e os materiais oferecem boas
propriedades de usinagem e soldagem, eles são amplamente utilizados em serviços que exigem
resistência à corrosão e alta resistência até 320 ° C.

5.5.2. Aplicações industriais

O aço inoxidável duplex apresenta diversas vantagens, como a elevada resistência


mecânica, maior resistência à corrosão intergranular e, além disso, os valores mais baixos dos
elementos presentes em sua liga. A microestrutura do aço inox duplex é constituída por ilhas
de austenita, mais escura, distribuídas em matriz ferrítica, mais clara. Como desvantagem, é
preciso citar o processamento mais elaborado e a baixa resistência à corrosão por pites. O aço
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inoxidável duplex vem sendo bastante aplicado para a fabricação de tanques, principalme nte
aqueles destinados a líquidos corrosivos aquecidos, tanques digestores para a indústria de papel
e celulose, aquecedores domésticos de água, tambores de máquinas de lavar, postes de
iluminação de ruas, partes de plataformas marítimas e componentes absorvedores de energia
mecânica em veículos,

O aço inoxidável endurecido por precipitação é amplamente utilizado na indústr ia


aeroespacial devido à sua excelente combinação de resistência mecânica, leveza e resistência à
corrosão. É utilizado em componentes estruturais de aeronaves, como hélices, eixos,
engrenagens, suportes de motores e estruturas de asas, também muito utilizado nas indústr ias
Automotiva, equipamentos médicos e de petróleo e gás, na fabricação de eixos de transmissão,
molas, suportes de motor, pinos e anéis de pistão, instrumentos cirúrgicos, implantes médicos
e próteses, produção e transporte de petróleo e gás. Ele oferece resistência à corrosão em
ambientes agressivos, além de ser capaz de suportar altas pressões e temperaturas.

6. CONCLUSÃO

A partir das aferições feitas pelo presente estudo, ademais as revisões perante as normas
de padronização, pode-se concluir a relevância do aço inoxidável para as aplicações industria is,
vendas comercialmente, usinagem e até mesmo no dia. Além disso, é possível verificar como
sua origem contribui para o uso do pensamento científico quando descoberto como a adição de
elementos como o Cr (cromo) e Ni (níquel) proporcionou uma nova categoria de aço
comercializáveis e pontos mais precisos da rotina e necessidades da humanidade.

Outrossim, nota-se a relevância do estudo da composição microestrutural, bem como


seu desenvolvimento, para ênfase na pesquisa e inovação que permitiu a exploração de
melhoramento a resistência a corrosão do aço inox e o surgimento de suas ligas, proporcionando
aplicações mais específicas e precisas, performando a necessidade de tais conhecimentos para
a qualificação de um profissional que irá aprimorar mais o uso do aço ou até mesmo, descobrir
mais, como os anteriores nos mostraram.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

i. Aço inox: o que é, propriedades e usos . Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/aco-inox/>.
ii. A História do Aço e suas Aplicações . Disponível em: <https://monferrato.com.br/a-historia-
do-aco-e-suas-aplicacoes/>. Acesso em: 14/06/2023
iii. A Origem do Aço e suas Aplicações. Disponível em:
<https://www.tubosabc.com.br/aco/a-origem-do-
aco/#:~:text=Este%20material%20surgiu%20da%20descoberta,resistente%20do%20q
ue%20o%20bronze>. Acesso em: 14/06/2023
iv. Aço inoxidável austenítico: Entenda melhor esse tipo de aço. Disponível em:
<https://www.arinox.com.br/blog/aco-inoxidavel-austenitico/>. Acesso em: 14/06/2023
v. Aços inoxidáveis: tipos, propriedades, microestruturais. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4137244/mod_resource/content/0/aula09-
a%C3%A7o_inoxid%C3%A1vel.pdf>. Acesso em: 14/06/2023
vi. EAGLE STAINLESS TUBE & FABRICATION, INC. Eagle Stainless Stainless Steel
Characteristics. Disponível em: <https://eagletube.com/about-us/news/stainless-steel-
characteristics/>.
vii. O que é Austenita - Definição | Propriedades do Material. Disponível em: <https://material-
properties.org/pt-br/o-que-e-austenita-definicao/>. Acesso em: 14/06/2023
viii. THE EDITORS OF ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA. Inorganic compound | chemical
compound | Britannica, 2020. (Nota técnica).
ix. YADAV, B. Thermal Properties of Stainless Steel. Disponível em:
<https://blog.thepipingmart.com/metals/thermal-properties-of-stainless-steel/>.

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