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INDICE

1. Introdução.................................................................................................................................3

1.1 Metal.................................................................................................................................3

2. Objectivos.................................................................................................................................4

3. Generalidades...........................................................................................................................4

4. Processo Siderúrgico................................................................................................................6

5. Classificação dos aços estruturais..........................................................................................12

6. Produtos Siderúrgicos.............................................................................................................13

6.1 Chapas.............................................................................................................................14

7. Estados limites........................................................................................................................19

8. Propriedades mecânicas e físicas dos metais.........................................................................19

9. Vantagens e disvantagens de estruturas metalicas.................................................................21

10. Conclusão...........................................................................................................................23

11. Referências bibliográficas..................................................................................................24

12. Memoria descritiva.............................................................................................................25

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ʻA construção com estrutura de aço acelera a execução do projeto.ʼ
Carolina Fonseca

RESUMO: Este documento apresenta uma breve revisão bibliográfica sobre as propriedades
físicas e mecânicas do metal, propriedades essas indispensáveis para assegurar segundo a EN

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1990 Eurocódigo: Bases de projecto que um metal seja utilizado como elemento estrutural. Estas
propriedades dentre outras (encontradas no Euro Código) foram utilizadas no auxilio de cálculos
para a quantificação de cargas e acções contra uma estrutura de metal. Conhecer as propriedades
físicas e mecânicas do metal é de suma importância para escolha mais eficaz de acordo com suas
aptidões naturais da espécie que será empregada em uma determinada função. As vantagens e
desvantagens do uso do metal como elemento estrutural na construção civil, também foram
evidenciados neste trabalho. Visto as vantagens e desvantagens do uso do metal, ficam evidente
os quão benefícios seu uso trás para a obra, e a sua capacidade de reacção em relação as
classificação das acções, quantificação das acções e tipos de acções ou solicitações (tempo e
duração).

PALAVRAS-CHAVE: Propriedades físicas e mecânicas, Estruturas de metal / aço, Vantagens e


desvantagens, acções e solicitações.

ABSTRACT: This paper presents a brief bibliographical review of the physical and mechanical
properties of metal, which are indispensable to ensure that metal is used as a structural element
according to EN 1990 Euro code: Project basics. These properties, among others (found in the
Euro Code) were used to aid calculations for the quantification of loads and actions against a
metal structure. Knowing the physical and mechanical properties of metal is of paramount
importance in order to choose more effectively according to its natural abilities of the species
that will be employed in a particular function. The advantages and disadvantages of the use of
metal as a structural element in civil construction were also evidenced in this work. In view of
the advantages and disadvantages of using metal, it is evident the benefits that its use brings to
the work and its ability to react with regard to classification of actions, quantification of actions
and types of actions or requests (time and duration).

KEY WORDS: Physical and mechanical properties, Structures of metal, Advantages and
disadvantages, actions and requests.

Metal na Engenharia Civil

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1. Introdução
O aço tem possibilitado aos arquitetos, engenheiros e construtores, soluções arrojadas, eficientes
e de alta qualidade. Constituem os metais um dos grupos mais importante entre os materiais de
construção, mercê de inúmeras propriedades que os fazem aptos a um sem-número de empregos
do campo da Engenharia.

Acresce ainda que a possibilidade da obtenção das ligas metálicas, melhorando certas
propriedades, fez alongar ainda mais o seu campo de aplicação.

O metal mais importante, ainda hoje, é o ferro, seguido pelo cobre, alumínio, chumbo e zinco.

A utilização dos metais foi um dos fatos mais importantes na historia da humanidade. Por isso
foi nos concebido fazer este trabalho com o objetivo de mostrar a importância do uso dos metais
na engenharia civil, suas propriedades gerais e como ele pode nos ser útil, levando a uma análise
mais técnica e critica da aplicabilidade desses materiais nos processos construtivos.

1.1 Metal
Em Química um metal é um elemento, substância ou liga caracterizado por sua boa
condutividade elétrica e de calor. Geralmente apresentando cor prateada ou amarelada, um alto
ponto de fusão e de ebulição e uma elevada dureza.

Qualquer metal pode ser definido também como um elemento químico que forma aglomerados
de átomos com caráter metálico.

Em um metal cada átomo exerce apenas uma fraca atração nos elétrons mais externos, da camada
de valência, que podem então fluir livremente, proporcionando a formação de íons positivos (ou
cátions) e o estabelecimento de ligações iônicas com não metais.

Os elétrons de valência são também responsáveis pela alta condutividade dos metais (teoria de
bandas).

Os metais são um dos três grupos dos elementos distinguidos por suas propriedades de ionização
e de ligação, junto com os metaloides (essa primeira classificação está caindo em desuso, por
isso os metaloides foram revisados e alguns foram classificados como metais, e outros como
ametais) e os não-metais. A maioria dos metais é quimicamente estável, com a exceção notável
dos metais alcalinos e alcalino-terrosos, encontrados nas duas primeiras colunas à esquerda da

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tabela periódica. Alguns elementos antes classificados como metaloides, hoje são considerados
metais, são esses o Germânio, Antimônio e Polônio, os demais são considerados ametais.

2. Objectivos
Este documento tem como objetivo, conhecer as propriedades do metal, suas vantagens e
desvantagens, suas acções e solicitações, tudo isso para poder quantificar as acções e determinar
os seus estados limites e a capacidade do edificio em causa.

Nesse caso de estudo para a construção de um pavilhao com intenca actividade industrial de
movimento de gruas, no Municipio de Quelimane.

3. Generalidades
O aço é um material de bom desempenho quando solicitado à tração, sendo, também, de
fácil emprego. O dimensionamento é teoricamente simples, mas são necessários conhecimentos
sobre o comportamento do material e como se distribuem as tensões nas barras, pois existe
divergência entre a realidade e a hipótese de que as tensões se distribuem uniformemente
ao longo de uma seção transversal genérica de uma haste tracionada.

De forma geral, as peças de aço tracionadas podem ser:

 cabos de aço;
 barras redondas rosqueadas;
 barras laminadas ou compostas.

Os cabos de aço são usados como estais ou cabos de suspensão de pontes, estaiamento de torres
ou suportes de cobertura. Sua eficiência é notável dado serem compostos de vários fios de
pequeno diâmetro, que são obtidos por trefilação, obtendo-se tensões de ruptura muito altas. Têm
como desvantagem não resistirem a esforços de compressão o que os torna inaplicáveis
em muitas situações. Hastes redondas rosqueadas são usadas como barras tracionadas de
treliças, tanto de aço como de madeira, e como tirantes e, geral. Barras tracionadas compostas
de perfis laminados ou compostos (Figura 2) são usadas em estruturas reticuladas (treliças) em
todos os seus empregos na engenharia.

Algumas aplicações de barras tracionadas são ilustradas na Figura 1.

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Figura 1: Barras tracionadas em estruturas de aço (Fonte: Pfeil e Pfeil, 2009).

Figura 2: Tipos de perfis utilizados em peças tracionadas: (a) barra redonda; (b) barra chata; (c)
perfil cantoneira laminado; (d) seções compostas de dois perfis cantoneira laminados (Fonte:
Pfeil e Pfeil, 2009).

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4. Processo Siderúrgico
O aço pode ser definido como uma liga metálica composta, principalmente,de ferro e pequenas
quantidades de carbono (entre 0,008% e 2,11%), possuindo propriedades mecânicas (resistência
mecânica e ductibilidade) muito importantes para sua aplicação como material estrutural na
engenharia civil.

As principais matérias primas para obtenção do aço são o carvão mineral e o minério de
ferro (hematita e limonita), que não são encontrados puros na natureza. Assim, esses
materiais são previamente preparados, a fim de reduzir o consumo de energia e aumentar a
eficiência do processo siderúrgico. Como resultado final, após uma série de etapas, o aço é
moldado (e assim comercializado para utilização estrutural) na forma de chapas, perfis ou
bobinas.

O processo siderúrgico (Figura 3) pode ser dividido em 4 grandes partes:

a) Preparo das Matérias-Primas (Coqueria e Sintetização)

O carvão mineral deve fornecer a energia térmica necessária para ocorrer a redução do minério
no alto-forno (obtenção do ferro gusa) e deve assegurar uma permeabilidade adequada ao
processo. A eliminação de impurezas do carvão é feita em fornos denominados células de
coqueificação. O processo consiste na destilação do material em ausência de ar,
liberando-se substâncias voláteis, ocorrendo em temperaturas em torno de 1300°C. O
material resultante, o coque metalúrgico, é poroso e constituído basicamente de carbono com
alta resistência mecânica e alto ponto de fusão.

O minério de ferro também deve ser preparado. A granulometria da carga de minério é


importante para a combustão, uma vez que a velocidade com que o ar passa depende da
permeabilidade do meio. Assim, os finos são indesejáveis e devem ser aglutinados antes
de carregados no alto-forno. Aos finos são adicionados fundentes (finos de calcáreo, areia de
sílica, e moinha de coque) e o conjunto é aquecido para fusão da mistura e, após o
resfriamento, britagem para atingir a granulometria desejada. Dá-se ao processo o nome de
sinterização e sínter é o material resultante.

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Figura 3: Processo siderurgico (Adaptado de www.csn.com.br)

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a) Produção de Gusa (Alto-forno)

Na parte superior do alto-forno (Figura 3.1) são misturados o coque metalúrgico, o sínter
e outros fundentes (calcáreo) que, após uma injeção de ar na parte inferior, produzem uma reação
exotérmica pela combustão do carbono presente no coque, chegando a uma temperatura
de 1500ºC. O resultado desta reação é a produção do ferro gusa (material metálico líquido
ainda rico em carbono) e uma escória de alto-forno, que pode ser aproveitada na
fabricação de cimento.

Após a reacção, o ferro gusa na forma líquida é transportado nos carros-torpedos (vagões
revestidos com elemento refratário) para uma estação de dessulfuração, onde são
reduzidos os teores de enxofre a níveis aceitáveis. Também são feitas análises da composição
química da liga (carbono, silício, manganês, fósforo, enxofre) e a seguir o carro torpedo
transporta o ferro gusa para a aciaria, onde será transformado em aço.

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Figura 3.1: Esquema de um alto forno (Adaptado de www.csn.com.br).

b) Produção de Aço (Aciaria)

A aciaria tem por finalidade transformar o ferro gusa em aço injetando no seu interior oxigênio
puro sob alta pressão, dentro um conversor (Figura 3.2). O objetivo é a reação do oxigênio com o
carbono em excessopresente no ferro gusa, baixando a sua quantidade e, assim, transformando-o
em aço. Os materiais indesejáveis são eliminados sob forma de gases ou escória flutuante sobre o
banho. Quando o aço está na composição desejada é vazado para formas onde se

solidifica na forma de blocos chamados lingotes.

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Figura 3.2: Conversor de aciaria (http://www.novomilenio.inf.br/cubatao/cubgeo32.htm).

c) Conformação Mecânica (Laminação)

Após a aciaria, o aço líquido étransportado para moldes, onde se solidificará. Este
processo é chamado de lingotamento contínuo (Figura 3.3), em que o veio metálico é
continuamente extraído por rolos e após resfriado, é transformado em placas através do corte
com maçarico.

A etapa seguinte é a laminação (Figuras 3.4 e 3.5), que tem por objetivo a obtenção do produto
na sua forma final, podendo ser um processo a quente ou a frio. Na laminação a
quente, muito utilizada para a formação de chapas grossas e perfis (aços longos), os tarugos são
reaquecidos e conformados progressivamente por uma sériede rolos,chegando, dessa forma,

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no seu formato final. Para chapas muito finas a laminação é feita a frio, em queuma
forte pressão nos rolos, associada com tração na chapa, forçam a redução de espessura.

Figura 3.3: Molde de lingotamento contínuo (http://www.novomilenio.inf.br/cubatao/ch010b.htm).

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Figura 3.4: Processo de laminação (www.infomet.com.br).

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Figura 3.5: Rolos de Laminação (www.infomet.com.br).

Elemento Efeitos principais


Manganês Encontra-se presente em todo aço estrutural, elevando a resistência mecânica,
(Mn) a fadiga, a fratura frágil e a corrosão, além de impedir o envelhecimento.
Entretanto reduz a soldabilidade (menos que o carbono).
Silício (Si) Eleva a resistência mecânica e a fratura frágil, reduzindo a
ductibilidade e a soldabilidade.
Fósforo (P) Eleva a resistência mecânica e a fadiga, mas diminui a ductibilidade e a
soldabilidade.
Enxofre (S) Fragilidade à temperatura elevada.
Cobre (Cu) Eleva a resistência à corrosão, a resistência mecânica e a resistência à fadiga,
causando pouco efeito na soldabilidade (pequena redução).
Molibdênio Eleva a resistência mecânica, dureza e resistência à corrosão.
(Mo)
Vanádio (V) Eleva a resistência mecânica e melhora o comportamento a fluência.
Nióbio (Ni) Eleva a resistência mecânica, sendo muito comum em aços de baixa liga.
Cromo (Cr) Eleva a resistência mecânica e a resistência à corrosão, reduzindo a soldabilidade
e a ductibilidade. Quando em uma porcentagem de 11 %, o aço torna-se
inoxidável.
Níquel (Ni) Eleva a resistência mecânica e a resistência à corrosão, reduzindo a soldabilidade
e a ductibilidade.

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5. Classificação dos aços estruturais
Existe uma grande variedade de tipos de aços disponíveis no mercado, decorrente das diferentes
aplicações a que estematerial se aplica. Dentre estes, são denominados aços estruturais aqueles
que apresentam resistência, ductilidade e outras propriedades mecânicas tais que os
tornam adequados para suportar cargas. Eles são classificados, conforme a composição
química, propriedades mecânicas e métodos de obtenção em três grupos: aços carbono, aços
de alta resistência e baixa liga e aços de alta resistência tratados termicamente.

Os aços, de forma geral, podem ser classificados de acordo com sua composição
química. A definição de aço proposta acima permite uma distinção entre os aços carbono comuns
eos aços ligados:

1. Aço-carbono são ligas de Ferro - Carbono contendo geralmente de 0,008% até 2,11%de
carbono, além de certos elementos residuais resultantes dos processos defabricação;
2. Aço-liga são os aços carbono que contém outros elementos de liga, ou apresenta
oselementos residuais em teores acima dos que são considerados normais.

Os primeiros podem ser subdivididos em:

1. Aços de baixo teor de carbono, com C<0,3%, são aços que possuem grande
ductilidade, bons para o trabalho mecânico e soldagem (construção de pontes, edifícios,
navios, caldeiras e peças de grandes dimensões em geral). Estes aços não
são temperáveis;
2. Aços de médio carbono, com 0,3<C<0,7%, são aços utilizados em engrenagens,
bielas, etc.. São aços que, temperados e revenidos, atingem boa tenacidade e resistência;
3. Aços de alto teor de carbono, com C>0, 7%. São aços de elevada dureza e resistência
após a tempera, e são comumente utilizados em molas, engrenagens, componentes
agrícolas sujeitos ao desgaste, pequenas ferramentas, etc.

Os aços-liga, por sua vez, podem ser subdivididos em dois grupos:

1. Aços de baixo teor de ligas, contendo menos de 8% de elementos de liga;


2. Aços de alto teor de ligas, com elementos de liga acima de 8%.

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Os aços estruturais são, então, a partir desta classificação, aços carbono (com baixo teor
de carbono) ou aços de baixa liga (na verdade a adição de elementos de liga apresenta
teores bem inferiores a 8%).

6. Produtos Siderúrgicos
As usinas siderúrgicas produzem aços para utilização estrutural sob formas de chapas,
barras, perfis laminados, fios trefilados, cordoalhas e cabos. Estes produtos apresentam
dimensões padronizadas, logo, o engenheiro deve conhecer os catálogos de produtos
siderúrgicos, para o emprego em projetos.

6.1 Chapas
As chapas são elementos que possuem duas dimensões bem superiores à terceira
(espessura), sendo também chamadas pelas siderúrgicas de aços planos ao carbono.elas são
classificadas em chapas finas (para espessura igual ou menor que 5mm) ou chapas grossas
(espessura superior a 5mm), sendo produzidas em formas de placasou bobinas, conforme
mostram as Figura 4

Figura 4: Chapas grossas (www.usiminas.com.br).

6.2 Perfis Laminados

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Os perfis laminados são elementos que possuem uma dimensão (comprimento) bem superior às
demais (seção transversal), sendo também chamados pelas siderúrgicas de aços longosao
carbon (Figura 5). Ao contrário dos cilindros usados para a laminação de chapas, na produção
dos perfis eles apresentam canais usinados, por onde passa o aço, alterando gradualmente,
a seção inicial (por exemplo: quadrada) até o perfil final. Os perfis laminados produzidos
atualmente no Brasil possuemseções transversais em formato I, H, U e L.

Figura 5: Perfis laminados –aços longos (www.gerdau.com.br).

Os perfis laminados com formato I e H fabricados no Brasil seguemo padrão de nomenclatura e


dimensões adotados nosEstados Unidos:

 Perfil I: Série chamada Standard Shape(S), possuindo superfícies internas das abas
(mesas) inclinadas e estreitas. Esta série é normalmente emprega em vigas.
 Perfil W: Série chamada Wide Flange Shape, possuindo superfícies internas das
abas (mesas) paralelas e largas. Esta série é normalmente empregada em vigas ou
pilares.
 Perfil HP: Série chamada H-Pile, possuindo superfícies internas das abas (mesas)
paralelas e largas. Esta série é normalmente empregada em vigas pesadas ou pilares.

De forma geral, o perfil I (série S) possui altura variando entre 76 e 502mm, sendo apropriados
para a utilização de peças fletidas em torno do eixo (x-x) que passa no seu centro de gravidade e
é paralelo às abas, visto que o seu momento de inércia em torno do eixo ortogonal (y-
y) é reduzido (possui abas estreitas). O perfil W possui altura variando entre 150 e
610mm sendo apropriado para a utilização em vigas ou colunas (aqueles que são especificados

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com uma letra H no nome H). Pelo fato de apresentarem as superfícies internas das abas
paralelas, as ligações, quando feita nestes elementos, são simplificadas, dispensado a
utilização de arruelas e cunhas, por exemplo, configurando uma vantagem em relação aos
perfis da série S. Finalmente, o perfil HP possui variação de altura entre 200 e 310mm.

Adicionalmente, os perfis I e H também podem ser encontrados de acordo com o padrão


europeu. Osperfis I são chamados IPE (ou IP), possuindo superfícies internas das abas (mesas)
paralelas e estreitas.Os perfis H, por sua vez, possuem superfícies internas das abas
(mesas) paralelas e largas, sendo fornecidos em três séries, HEA (ou HPL), HEB (ou
HPM) e HEM (HPP), ou seja, perfis leves, médios e pesados, conforme as espessuras das abas e
da alma.

Os perfis IPE têm altura variando entre 80 e 600mm e os perfis HEA, HEB e HEM têm variação
de altura entre 100 e 600mm. No Anexo Asão apresentadas às tabelas dos perfis I e H
com padrão europeu. A Figura 6 mostra os diferentes perfis I e H usados em estruturas metálicas.

Figura 6: Perfis I e H padrão americano e europeu.

Ascantoneiras, ou perfis L, podem apresentar abas iguais ou desiguais, embora estas últimas não
sejam produzidas no Brasil. Elas são normalmente empregadas como elementos de treliça,
contraventamento ou como elementos de união entre componentes da estrutura.
Comparativamente aos perfis I e H são consideradas peças pequenas e leves, sendo
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produzidas em série métrica, comabas entre 40 e 100mm, e série polegadas, com abas
não excedendo 203mm.

Os perfis U apresentam altura em geral variando entre 76 e 381mmtendosua maior utilização


para elementos pouco solicitados como colunas pouco carregadas, terças, degraus de
escada, travessas de tapamento, etc. A Figura 1.11mostra os diferentes perfis L e U usados em
estruturas metálicas.

Especificam-se os perfis laminados através de seu símbolo (I, W, HP, U ou L) seguido


de um padrão. Por exemplo, para os perfis I, H e U designa-se a altura nominal (em mm) e a
massa por unidade de comprimento (kg/m). Por exemplo, o perfil designado como
W200x22,5kg/m é um perfil laminado com formato I de abas paralelas, com 200mm de
altura e massa por metro de 22,5kg/m. As cantoneiras são especificadas pelo símbolo L,
seguido do comprimento das duas abase da espessura, em milímetros.

Por exemplo: A cantoneira L40x403.0 é um perfil L com 40mm de aba e 3.0mm de espessura.
Quando as cantoneiras têm abas iguais, é comum omitir uma a repetição da aba (L40x3.0).

Figura 7: Perfis Le U.

Os principais produtores de aços longos (perfis laminados) no Brasil são a Gerdau Açominas e a
Arcelor Mittal (antiga Belgo-Mineira).

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6.3 Fios, Cordoalhas e Cabos

Os fios são barras circulares obtidas por trefilação a frio de barras laminadas, servindo
como elemento básico para a formação de cordoalhas e cabos. As cordoalhas são elementos
formados por fios (3, 7, 19 e 37) em forma de hélice, possuindo um módulo de
elasticidade de 195GPa, ou seja, quase igual ao de uma barra maciça de aço (200GPa). Elas são
muito utilizadas como estais para estruturas do tipo torre de telecomunições ou de linhas
de transmissão, como elementos de suportes de ponte (pontes pênseis ou estaiadas)
e em tenso estruturas. Já os cabos são formados por feixes de fios entrelaçados entre si
em formato helicoidal, possuindo módulo de elasticidade da ordem de 50% daquele
obtido para uma barra maciça de aço. Podem ser utilizados pontes (pênseis ou estaiadas),
gruas, ou em sistemas de polias. A Figura 9 mostra um padrão típico de cabo de aço.

Figura 8: Cordoalhas (a) 3 fios, (b) 7 fios, (c) 19 fios, (d) 37 fios.

Figura 9: Cabo de aço.

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7. Estados limites
Ocorre sempre que a estrutura deixa de satisfazer um de seus objetivos:

 Estados limites últimos;


 Estados limites de utilização.

Os estados limites últimos estão associados à ocorrência de cargas excessivas e


consequentemente colapso da estrutura devido a:

 Perda de equilíbrio como corpo rígido;


 Plastificação total de um elemento estrutural ou de uma seção;
 Ruptura de uma ligação ou seção;
 Flambagem;
 Ruptura por fadiga.

Os estados limites de utilização estão associados a cargas em serviço:

 Deformações excessivas;
 Vibrações excessivas.

8. Propriedades mecânicas e físicas dos metais


Propriedades Mecânicas dos Metais

As propriedades mecânicas definem o comportamento do material quando sujeitos à esforços


mecânicos, pois estas estão relacionadas à capacidade do material de resistir ou transmitir estes
esforços aplicados sem romper e sem se deformar de forma incontrolável.

Principais propriedades mecânicas:

 Resistência à tração;
 Elasticidade;
 Ductilidade;
 Fluência;

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 Fadiga;
 Dureza;
 Tenacidade.

Propriedades Físicas dos Metais

1. COR E BRILHO: os metais possuem brilho característico e coloração que varia do branco ao
cinza com exceção do ouro e do cobre.

2. DUREZA: é variável. O metal mais duro é o cromo, isto justifica a cromação de metais. Os
metais mais brandos são os alcalinos.

3. DENSIDADE : é variável. Os metais de transição são mais densos.

Ex. Al d = 2,7 g/cm2

Ir d = 22,6 g/cm2

Li d = 0,53 g/cm2

4. PONTO DE FUSÃO E EBULIÇÃO: normalmente possuem ponto de fusão elevado.

Ex. maior ponto de fusão e ebulição; W - P.F. = 3410 oC PE = 5927 Oc menor ponto de fusão e
ebulição ; Hg P.F. = - 39 oC PE = 357 oC

5. MALEABILIDADE (CAPACIDADE DE FORMAR LÂMINAS): os metais são na sua


maioria maleáveis, destacando-se o ouro, onde com 30 g podem ser feitas lâminas de 15 m2 com
uma espessura de 3 x 10-6 cm.

6. DUTIBILIDADE (CAPACIDADE DE FORMAR FIOS): Os metais são dúcteis, com


destaque para o ouro, onde com 1 g pode ser feito um fio de 3 km.

7. CONDUTIVIDADE ELÉTRICA E TÉRMICA: os metais são bons condutores de calor e


eletricidade destacando-se o ouro, prata, alumínio e cobre.

8. RESISTÊNCIA MECÂNICA: os metais possuem alta resistência mecânica a qual abrange a


tenacidade (resistência ao choque), resistência a compressão, tração, flexão e torção, destacando-
se o ferro, o que justifica sua importância na indústria metal mecânica.

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9. Vantagens e disvantagens de estruturas metalicas
Para o nosso caso de estudo em que temos que construir com estruturas metálicas, devemos saber
das vantagens que elas oferecem e que o destaque fica por conta da versatilidade e economia em
variados quesitos. Mas além disso, há outros pontos que provocam aspectos negativos.

Vantagens

 Economia no acabamento da Construção – Pela razão do padrão de acabamento ser


mais uniforme na estrutura metálica, consequentemente é possível utiliza-la de forma
aparente, sem prejuízo na estética.
 Canteiro de obras mais enxuto – devido a menor movimentação de materiais e como
resultado uma construção mais limpa.
 Grandes vãos  —  Em contraste com os demais outros modelos de construção, nas
estruturas metálicas é possível obter maiores vãos livres, o que consequentemente dá
maior liberdade de uso do espaço;
 Peso  —  Pela razão de serem mais leves, as estruturas em aço podem reduzir em até 30%
o custo das fundações;
 Reciclabilidade  —  Devido o aço ser 100% reciclável e as estruturas poderem ser
desmontadas e reaproveitadas, consequentemente há uma menor geração de rejeitos;
 Compatibilidade com outros materiais  —  Devido o aço ser compatível com qualquer
tipo de material de fechamento, o mesmo consequentemente admite desde tijolos e blocos
até os painéis dry-wall;
 Menor prazo de execução  — Como resultado da fabricação da estrutura e a execução
das fundações serem realizadas em paralelo, é possível trabalhar em diversas frentes de
serviços simultaneamente. Como consequência, pode levar a uma redução de até 40% no
tempo de execução quando comparado com os processos convencionais;
 Flexibilidade de uso — Não há limitações para o tipo de configuração dos edifícios com
estrutura em aço. Além de serem indicada nos casos onde há necessidade de adaptações,

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ampliações, reformas e mudança de ocupação de edifícios. Tornam também mais fácil a
passagem de dutos como água, ar condicionado, eletricidade, telefonia etc.

Desvantagens

 Falhas nas execuções e possíveis danos nas edificações por consequência de não possuir
mão de obra qualificada e treinada;
 Vulnerabilidade á corrosão devido a utilização de materiais fora dos padrões de qualidade
e manutenção de sistemas protetivos, tais como pinturas e preparo dos materiais de forma
adequada;
 Ruídos na construção como resultado do não dimensionamento e apresentados ao cliente
os melhores conceitos para cada tipo de ambiente;
 Multas e contratempos nas construções pela razão do não atendimento das legislações e
padrões mínimos de construção. Também pode ocorrer problemas com órgãos
reguladores e embargar sua construção;

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10. Conclusão

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11. Referências bibliográficas

ECV 5255 – Estruturas Metálicas I (ECV/UFSC)


Profs. Leandro Fleck Fadel Miguel e Moacir H. Andrade Carqueja
 Callister, W. (2010). Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. 5ª Edição.
Livros Técnicos e Científicos (LTC).
 Pfeil, M. e Pfeil, W. (2009). Estruturas de aço – Dimensionamento prático. 8ª Edição.
Livros Técnicos e Científicos (LTC).
 Reis, A. e Camotim, D. (2001). Estabilidade estrutural. MacGraw-Hill.
 Sáles, J. J. (2009). Elementos de Estruturas de aço. Apostila. USP – São Carlos.
 Silva, V. P e Fruchtengarten, J. (2011). Estruturas metálicas e de madeira. Apostila. USP.
São Paulo.
 Timoshenko, S. P. e Gere, J. (1961). Theory of elastic stability. 2ª Edição. McGraw-Hill.
Londres.

Pfeil, W., Pfeil., M., “Estruturas de Aço – Dimensionamento Prático de Acordo com a NBR
8800:2008”, 8ª edição, LTC.

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12. Memoria descritiva

12.1 Introdução

Refere-se a presente memoria descritiva ao projecto arquitetônico de construção de um


pavilhao com intensa actividade industrial de movimento de gruas. Paredes laterais e traseiras
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em metal que os estudantes de Engenharia Civil pretendem levar a efeito no Municipio de
Quelimane Província da Zambezia.

São partes integrantes deste projecto: a presente memoria descritiva, as especificações técnicas e
as pecas desenhadas.

a. Conceito Arquitectônico

Pretende-se com o presente projecto fazer-se aproveitamento máximo do terreno disponível,


tirando o máximo partindo das condições de ventilação e iluminação naturais e tendo em conta
as disponíveis do Conselho Municipal para esta zona.

Para a concepção deste edifício optou-se uma solução construtiva econômica e funcional.

b. Observações técnicas

É do tipo convencional, a base de técnicas de construção civil usais no pais, em relação ao


Metal.

c. Trabalho por se realizar

Implantação

27
O edifício será implantado de acordo com as cotas e alinhamento da planta topográfica
regentes na zona em referência.

a. Disposições finais

Para casos de especificações omissas nesta memoria descritiva, esses trabalhos serão
executados de acordo com a recolha do dono da obra obedecendo ao regulamento em vigor em
Moçambique.

28
Recolha de cargas

Peso próprio das madres (G) = 1,15 kN/m2

Pesp próprio das cargas (Gc) = 0,015 kN/m2

Sobrecarga (Q) = 0,3 kN/m2

Vento (W) = 1,04 kN/m2

Sobrecarga da verificação (P) = 1,0 kN/m2

Portico 1

B = 30 m ; H = 15 m

α = 5º

Vento : Rugusidade do tipo II

. . . .
We = 1,2 0,8 Wk = 1,2 0,8 1,04 = 1,344 kN/m2

. . . .
We = 1,2 0,3 Wk = 1,2 0,3 1,04 = 0,504 kN/m2

Wt = We + Wi = 1,344 + 0,504 = 1,848 kN/m2

Largura de influencia = 5 m

.
G = 1,165 5 = 5,825 kN/m2

29
.
Q = 0,3 5 = 1,5 kN/m2

.
W = 1,848 5 = 9,24 kN/m2

Calculo de momento da flexão desviada em G/Q/W

Q. L2 P. L
M= ; M= 4
8

Mx = M . sen α

My = M . cos α

Momento em G

5,825 x (5)2
MG = =18,2 kN .m
8

Mx = 18,2 . sen 5º = 1,6 kN.m

30
My = 18,2 . cos 5º = 18,13 kN.m

Momento em Q

1,5 x (5)2
MQ = =4,7 kN .m
8

Mx = 4,7 . sen 5º = 0,41 kN.m

My = 4,7 . cos 5º = 4,71 kN.m

Momento em P

1x 5
MP = =0,625 kN . m
8

Mx = 0,625 . sen 5º = 0,0544 kN.m

My = 0,625 . cos 5º = 0,6226 kN.m

Momento em W

Py = 1,5 . W– G . cos α Py = 1,5 . (9,24) – (5,825) . cos 5º = 8,073 kN

Px = G . sen α Px = (5,825) . sen 5º = 0,5077 kN

8,073 x (5)2
Mw = =25,23 kN . m
8

31
Mx = 25,23 . sen 5º = 2,2 kN.m

My = 25,23 . cos 5º = 25,14 kN.m

Combinação das acções G + Q

Mx = 1,6 + 0,41 = 2,01 kN.m

My = 18,13 + 4,7 = 22,83 kN.m

Combinação das acções G + P

Mx = 1,6 + 0,0544 = 1,6544 kN.m

My = 18,13 + 0,6226 = 18,753 kN.m

Combinação das acções G + P + W (Mais desfavorável)

Mx = 1,6 + 0,0544 + 2,2 = 3,8544 kN.m

My = 18,13 + 0,6226 + 25,14 = 43,9 kN.m

Dimensionamento das madres

Msdx Msdy
σ sd = + ≤ Fcd
Wx Wy

Perfil = INP 100

Wx = 34,2 cm2 ; Ix = 171 cm2

32
Wy = 4,88 cm2 ; Iy = 12,2 cm2

1,5 x 3,8544 x 10−4 1,5∗43,9 x 10−4


σ sd = + ≤ 235 MPa
34,2 x 10−4 4,88 x 10−4

σ sd = 1,7 + 134,94 ≤ 235 MPa

σ sd = 136,56 MPa ≤ 235 MPa

Portico 2

B = 20 m ; H = 13 m

α = 5º

Largura de influência = 5 m

NOTA: Para o Portico 2 vamos usar o mesmo perfil dimensionado para o Portico 1 porque
a acção mais desfavorável e a mesma para os ambos pórticos.

Verificação da elasticidade

Combinação das acções G + P + W (Mais desfavorável)

Mx = 1,6 + 0,0544 + 2,2 = 3,8544 kN.m

My = 18,13 + 0,6226 + 25,14 = 43,9 kN.m

8 . Mx ; y
Qx;y =
L2

Qx = 1,23 kN

Qy = 14,05 kN

33
E = 200 GPa = 200.102

5 Qx L 4 δ = L
δT = x ≤
384 E∗Iy 200

5 14,05 x(5) 4 5
δT = x ≤ δ=
384 200 x 10 x 1,22 x 10
9 −3
200

δ T = 4,7.10-7 m ≤ δ =2,5 cm
δ T = 4,7.10-5 cm ≤ δ =2,5 cm
Dimensionamento da viga do pórtico 1

G = 5,83 kN/m

Q = 1,5 kN/m

W = 9,24 kN/m

Largura = 30 m

Diagrama de estudo para G = 5,83 kN/m

34
Diagrama de estudo para Q = 1,5 kN/m

35
Diagrama de estudo para W = 9,24 kN/m

36
37
Combinacao

G Q W G+Q G+W
Momento 658,3 169,4 260,8 827,7 919,1
fletor
Esforço 87,4 22,6 69,6 110 157
transverso

Combinação mais desfavorável a estrutura e a de G+W onde M = 919,1 kN.m e T = 157 kN.

Verificação da estabilidade

Msd
σ sd = ≤ Fcd
Wx x [1+ Area x tg α ]

Dimensionamento

Msd
Wx = x [1 + Area x tg α ]
Fcd

919,1
Wx = x [1+3,6xtg(5º)] = 5142,89 cm3
235 x 10−3

Perfil = HE 800 AA

A = 218,5 cm2

Wx = 5426 cm3

Wy = 542,2 cm3

Ix = 208 900 cm4

Iy = 8134 cm4

38
Verificação do perfil da viga

Msd
σ sd = x [1+ Area x tg α ] ≤ Fcd
Wx

919,1
σ sd = x [1+3,6xtg(5º)] ≤ 235 MPa
5426 x 10−3

σ sd = 222,74 MPa ≤ 235 Mpa

Verificação da flecha

L 3000
δ max = = = 16,67 cm
180 180

5 xQxL4 L
δ= ≤
384 xExI 180

Msdx 8 919,1 x 8
q= 2 = = 8,20 kN
L 30 2

qx = 8,2 . sen 5º = 0,72 kN/m

qy = 8,2 . cos 5º = 8,1 kN/m

5 x 0,72 x ( 1500 )4
δx = = 10,1 cm
384 x 20500 x 208900

δ x = 10,1 cm ≤ δ max = 16,67 cm

39
5 x 8,1 x ( 1500 )4
δx = = 15,67 cm
384 x 20500 x 8134

δ x = 15,67 cm ≤ δ max = 16,67 cm

NOTA: Perfil ideal HE 800 AA

Dimensionamento da viga do pórtico 2

G = 5,83 kN/m

Q = 1,5 kN/m

W = 9,24 kN/m

Largura = 30 m

Diagrama de estudo para G = 5,83 kN/m

40
41
Diagrama de estudo para Q = 1,5 kN/m

42
Diagrama de estudo para W = 9,24 kN/m

43
Combinação

G Q W G+Q G+W

Momento 293,0 75,4 116,1 368,4 409,1


fletor
Esforço 58,3 15,0 46,2 73,3 104,5
transverso
Combinação mais desvaforavel a estrutura e G+W onde M = 409,1 kN.m e T = 104,5 kN

Verificação da estabilidade

409,1
Wx = x [1+3,6xtg(5º)] = 2289,15 cm3
235 x 10−3

Perfil = HE 500 AA

44
Area = 136,90 cm2

Wx = 2315,0 cm3

Wy = 420,90 cm3

Ix = 54 640,0 cm4

Iy = 6314,0 cm4

Verificação do perfil da viga

409,1
σ sd = x [1+3,6xtg(5º)] ≤ 235 MPa
235 x 10−3

σ sd = 232,4 MPa ≤ 235 Mpa

Verificação da flecha

L 2000
δ max = = = 11,11 cm
180 180

409,1 x 8
q= = 8,2
202

qx = 8,2 . sen 5º = 0,72 kN/m

qy = 8,2 . cos 5º = 8,1 kN/m

5 x 0,72 x ( 1000 )4
δx = = 5,46 cm
384 x 20500 x 54640

δ x = 5,46 cm ≤ δ max = 11,11 cm

5 x 8,1 x ( 1000 )4
δx = = 8,14 cm
384 x 20500 x 6314

δ x = 8,14 cm ≤ δ max = 11,11 cm

NOTA: Perfil HE 500 AA

45
Dimensionamento dos pilares
Verificação a encurvadura de pilar mais solicitado N = 571,5 kN
K=2
Le = LxK = 15x2 = 30 m
Nsd Nsd 571,5 x 103
σ sd = x10-2 =24,32 cm2
A ;A= A = 235
Perfil = HE 500 A
Area = 197,5 cm2
i = 7,24
KxL 1 x 1500
λ=
i = 7,24 = 207,2
λ = 207,2 >105

4803 4803
φ= = = 0,112
λ 2
( 207,2 )2

Nsd 571,5 x 103


σ sd = = = 258,36 MPa
Ax φ 197,5 x 102 x 0,112

σ sd = 258,36 MPa > 235 MPa KO!

Logo: Vamos re-dimensionar e escolher um perfil ideal que possa verificar.


Perfil = HE 600 A
Area = 226,5 cm2
i = 7,05

KxL 1 x 1500
λ=
i = 7,05 = 212,77,2
λ = 212,77 >105

4803 4803
φ= = = 0,106
λ 2
( 212,77 )2

Nsd 571,5 x 103


σ sd = = = 225,3 MPa
Ax φ 212,77 x 102 x 0,106

46
σ sd = 225,3 MPa < 235 MPa OK!

Dimensionamento da ligação aparafusada


N = 272,1 kN
A = 226,5 cm2
e = 5 mm

Esmagamento
Nsd
σ esm = = 2,25xFsyd
rxdxe

Tracção
Nsd
σ tracção = = 0,3xFsyd
rxA

Corte duplo
2 xNsd
τsd = = 0,8xFsyd
π x d 2 xr

2 xNsd 2 xNsd
τsd r =
π x d 2 xr π x d 2 x τ sd

Nsd
σ esm =
rxdxe

Nsd
0,8 xFsydx τ sd
σ esm = Nsd 2,25xFsyd =
xdxe 2 xe
π x d 2 x τ sd

47
2,25 x 2 x e 2,25 x 2 x 5
d= 0,8 x π
= 0,8 x π = 8,95 mm

Diametro comercial proximo Ø = 10,5 mm

2 xNsd 2 x 272,1 x 103


r= 2 = = 8,4 = 10 parafusos
0,8 x 235 x π x(10,5) 0,8 x 235 x π x(10,5)2

Verificação a tracção

σ tracção = 0,3xFsyd

2 xN σ tracçãox π x d 2 xr 0,3 xFsydx π x (10,5)2 x 10


σ tracção = ; N = = = 61,04 kN
π x d 2 xr 4 4

N = 61,04 kN < Nsd = 272,1 kN

48

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