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Princípios de Dimensionamento
em Estruturas Metálicas
(PDEM-Aula 2-RV15 | 7/11/2017)
Aula 2-3
Eduardo Bicudo de Castro Azambuja
(edazambuja@globo.com | 61 99645-0661)
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Programação do curso
Dimensionamento de
elementos tracionados;
Produtos Siderúrgicos de Aço
Resistência à corrosão de um
aço patinável (ASTM A242) e
de um aço carbono comum
(ASTM A36) expostos às
atmosferas industrial
(Cubatão/SP), marinha
(Bertioga/SP), urbana (Santo
André/SP) e rural (Itararé/SP),
sendo a medida feita em
termos da perda de massa
metálica em função do tempo
de exposição em meses
(Fonte: PANNONI, 1987).
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Produtos Siderúrgicos de Aço
A morfologia da camada de ferrugem formada sobre um aço patinável é diferente daquela formada
em um aço carbono comum. Os aços patináveis desenvolvem uma fase amorfa rica em cobre,
fósforo, cromo e silício que isola o substrato metálico do ingresso de oxigênio e água. A ferrugem
formada sobre o aço carbono comum possui trincas macroscópicas que não impedem a entrada
desses dois componentes (Fonte: PANNONI, 1987).
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Produtos Siderúrgicos de Aço
Ensaio de
Tração
✓ A fadiga aplica-se a elementos estruturais de aço e ligações metálicas sujeitos ações com
grande número de ciclos, com variação de tensões no regime elástico cuja frequência e
magnitude são suficientes para gerar fissuras e colapso progressivo.
A resistência ao escoamento por cisalhamento (fvy), varia entre a metade e cinco oitavos
da resistência ao escoamento à tensão normal (fy). É possível, no entanto, chegar
teoricamente ao seguinte valor, tradicionalmente usado em projetos estruturais:
1
𝑓𝑣𝑦 = × 𝑓𝑦 ≈ 0,60 × 𝑓𝑦
3
A resistência à ruptura por cisalhamento (fvu) situa-se entre dois terços e três quartos da
resistência à ruptura à tensão normal (fu). Por simplicidade e a favor da segurança, adota-
se fvu como igual a 60% de fu.
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Produtos Siderúrgicos de Aço
Para efeito de cálculo devem ser adotados, para os aços aqui
relacionados, os seguintes valores de propriedades mecânicas:
Nos aços para perfis estruturais desginados pela ABNT NBR7007:2002 a sigla MR significa média
resistência mecânica, AR alta resistência mecânica e COR resistência à corrosão atmosférica.
Cálculo de equivalência
de perfis soldados para
laminados Gerdau
(Fonte:
http://www.gerdau.com.
br/ acesso em
17/6/2017).
Equivalência de
Perfis Laminados
Gerdau
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Produtos Siderúrgicos de Aço
Perfis estruturais
dobrados à frio
(Fonte:
http://www.gravia.
net.br/
acesso em
2/8/2014).
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Produtos Siderúrgicos de Aço
Perfis estruturais Modelo de composição de laje tipo “Steel Deck” (Fonte: Autor)
de Aço
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Sistemas estruturais em aço: ATIVIDADE 3
adequar
A elaboração de um projeto
Arranjo Estrutural
estrutural pode ser dividida
em etapas distintas, porém,
que ser relacionam durante Pré-Dimensionamento
todo o seu desenvolvimento:
• Definição de dados e Definições Ações
concepção estrutural;
• Pré-dimensionamento; Verificação
• Análise estrutural;
• Verificação; não
• Detalhamento; Atende
• Emissão dos desenhos;
sim
Etapas do projeto.
Detalhamento (Fonte: Autor, 2014)
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Ações em edifícios de aço
Os carregamentos que atuam na estrutura de uma edificação
podem ser classificados em:
• AÇÕES PERMANENTES, aquelas invariáveis durante a vida
útil da estrutura e relacionadas como o peso próprio de
materiais, instalações ou equipamentos fixos;
• AÇÕES VARIÁVEIS, são decorrentes do uso da edificação,
ação de vento ou variação de temperatura;
• AÇÕES EXCEPCIONAIS, aquelas de baixa probabilidade de
ocorrência, mas incluem grande intensidade, tais como
explosões, choques de veículos e abalos sísmicos.
Além da pressão externa, o vento pode provocar pressão interna, que depende das
posições e das dimensões das aberturas. Essa pressão, na maioria das vezes, tem
intensidade suposta uniforme em toda a superfície interna da edificação e pode ter
sentido de sobrepressão ou de sucção.
V k V0 S 1 S 2 S 3
V0 : velocidade básica (m/s);
S1 : fator topográfico;
S2 : fator de rugosidade e dimensões da edificação;
S3 : fator estatístico.
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Ações em edifícios de aço: Vento
O fator topográfico S1 leva em consideração as variações do relevo do
terreno (ABNT NBR6213:1988 Item 5.2):
(a) terreno plano ou fracamente acidentado: S1 = 1,0;
(b) taludes e morros:
(c) Vales profundos, protegidos de ventos de qualquer direção, S1=0,9;
Para edificações com paredes internas permeáveis, a pressão interna pode ser
considerada uniforme. Neste caso, devem ser adotados os seguintes valores
para o coeficiente de pressão interna cpi:
a) duas faces opostas igualmente permeáveis; as outras faces impermeáveis:
• vento perpendicular a uma face permeável: cpi = + 0,2;
• vento perpendicular a uma face impermeável: cpi = - 0,3;
b) quatro faces igualmente permeáveis: cpi = - 0,3 ou 0 (considerar o valor mais
nocivo);
Para edificações efetivamente estanques e com janelas fixas que tenham uma
probabilidade desprezível de serem rompidas por acidente, considerar o mais
nocivo dos seguintes valores: cpi = - 0,2 ou 0.
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Ações em edifícios de aço: Vento
Para efeitos da NBR 8800:2008, devem ser considerados os estados limites últimos
(ELU) e os estados limites de serviço (ELS).
Os estados limites definem impropriedades para o uso da estrutura, por razões de
segurança, funcionalidade ou estética, desempenho fora dos padrões especificados
para sua utilização normal ou interrupção de funcionamento em razão da ruína de
um ou mais de seus componentes:
• Estados Limites Últimos (ELU): correspondentes à ruína de toda a estrutura, ou
parte dela, por ruptura, deformações plásticas excessivas ou por instabilidade;
• Estados Limites de Serviço (ELS): estados que, pela sua ocorrência, repetição ou
duração, provocam efeitos incompatíveis com as condições de uso da estrutura,
tais como, deslocamentos excessivos, vibrações e deformações permanentes.
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Bases para projeto: segurança e estados limites
As condições usuais referentes aos ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO são expressas por
desigualdades do tipo:
𝑆𝑠𝑒𝑟 ≤ 𝑆𝑙𝑖𝑚
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Bases para projeto: segurança e estados limites
As combinações RARAS são aquelas que podem atuar no máximo algumas horas
durante o período de vida útil da estrutura, utilizadas para os estados limites
irreversíveis, dada pela expressão:
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Bases para projeto: segurança e estados limites
• incerteza relativa às
propriedades dos materiais;
• incertezas relativas ao
comportamento das peças em
cada tipo de colapso.
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Bases para projeto: segurança e estados limites
As resistências dos materiais são representadas pelos valores característicos (fk)
definidos como aqueles que, em um lote, tem apenas 5% de probabilidade de não
serem atingidos.
A resistência de cálculo (fd) de um material é definida como:
𝑓𝑘
𝑓𝑑 =
𝛾𝑚
Sendo m o coeficiente de ponderação da resistência dado por:
𝛾𝑚 = 𝛾𝑚1 × 𝛾𝑚2 × 𝛾𝑚3
Onde:
• m1 considera a variabilidade da resistência dos materiais envolvidos;
• m2 considera a diferença entre a resistência do material no corpo-de-prova e
na estrutura;
• m3 considera os desvios gerados na construção e aproximações de projeto.
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Bases para projeto: segurança e estados limites
Tabela C.1
Deslocamentos Máximos.
Para os deslocamentos de
barras da estrutura e de
conjuntos de elementos
estruturais, incluindo por
exemplo, pisos,
coberturas, divisórias e
paredes externas, devem
ser seguidas as
prescrições do Anexo C da
NBR 8800:2008.
(h) Caso haja paredes de alvenaria sobre ou sob uma viga,
solidarizadas com essa viga, o deslocamento vertical também não
deve exceder a 15mm.
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Bases para projeto: segurança e estados limites
Nos pisos de edifícios, deve-se efetuar análise dinâmica para verificar a possibilidade de
ocorrência de VIBRAÇÕES EXCESSIVAS, pois causam sensação de desconforto nos ocupantes
que percebem o movimento da estrutura. A ABNT NBR 8800:2008 no seu Item L.3 sugere um
método simplificado, calculado com combinações do tipo frequentes, considerando:
✓ nos pisos em que as pessoas saltam ou dançam de forma rítmica, como os de academias de
ginástica, salões de dança, ginásios e estádios de esportes, o deslocamento vertical
máximo, deve ser menor que 9 mm, e, se a atividade for muito repetitiva, como a ginástica
aeróbica, esse valor deve ser reduzido para 5 mm.
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Bases para projeto: ATIVIDADE 5
Obter as combinações de estados limites últimos (ELU) e de serviço (ELS),
considerando as opção Quase-Permanente.
Verifique o deslocamento máximo vertical da viga VM1.
Ações permanentes:
Peso próprio est ...... 2,40 kN/m
Peso próprio laje ... 12,00 kN/m
Pavim-Cobertura...... 7,20 kN/m
Vedação ................... 6,00 kN/m
Rev-Inst ... ................ 3,00 kN/m
São empregadas em
estruturas de aço como:
• tirantes;
• contraventamentos;
• travejamento de vigas e
colunas;
• barras de treliças;
• cabos e estais.
Onde:
• 𝑁𝑡,𝑆𝑑 é a força axial de tração solicitante de cálculo;
• 𝑁𝑡,𝑅𝑑 é a força axial de tração resistente de cálculo, sendo o menor dos valores
obtidos considerando-se os estados limites últimos de ESCOAMENTO DA
SEÇÃO BRUTA e de RUPTURA DA SEÇÃO LÍQUIDA EFETIVA.
A NBR 8800:2008, com a finalidade de reduzir efeitos de vibração, recomenda que
o índice de esbeltez máximo de barras tracionadas não supere o valor de 300:
𝐿𝑓 𝑘×𝐿
𝜆= = ≤ 300
𝑖𝑚í𝑛 𝑖𝑚í𝑛
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Dimensionamento de elementos de aço: Tração
Nas peças tracionadas com furos, as tensões em regime elástico não são
uniformes, verificando-se tensões mais elevadas nas proximidades dos furos. O
escoamento da seção com furos conduz a um pequeno alongamento da peça e
não constitui um estado limite. Devido à ductilidade do aço, no estado limite as
tensões atuam de maneira uniforme em toda a seção da peça.
𝑁𝑡,𝑆𝑑 𝑁𝑡,𝑆𝑑
O furo padrão para parafusos comuns deverá ter uma folga de 1,5mm em
relação ao diâmetro nominal para permitir a montagem das peças.
Como o corte do furo danifica uma parte do material da chapa, considera-se
para efeito de cálculo da seção líquida um diâmetro fictício igual ao diâmetro do
furo acrescido de 2,0mm, ou seja:
𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑡í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑓𝑢𝑟𝑜 = 𝑑𝑛 + 1,5𝑚𝑚 + 2,0𝑚𝑚 = 𝑑𝑛 + 3,5𝑚𝑚
Assim, a área líquida An de barras com espessura de chapa “t” e furos pode ser
representada pela equação:
𝑠2
𝐴𝑛 = 𝑏 − 𝑑𝑛 + 3,5𝑚𝑚 + ×𝑡
4𝑔
Fakury, Ricardo Hallal; Castro, Ana Lydia Reis; Silva, Rodrigo Barreto Caldas. Dimensionamento de
elementos estruturais de aço e mistos de aço e concreto (Página 102).
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Dimensionamento de elementos de aço: Tração
Quando a ligação de uma barra tracionada não é feita com todos os segmentos do
perfil, as tensões se concentram na parte conectada. Esse efeito é levado em conta
através de um coeficiente redutor da seção líquida (Ct):
𝐴𝑒 = 𝐶𝑡 × 𝐴𝑛
O coeficiente Ct tem os seguintes valores:
a) Nos perfis de seção aberta, sendo ec
a excentricidade do plano de ligação
e lc o comprimento efetivo da
ligação, definido como o
comprimento na direção da força do
cordão de solda ou a distância entre
o primeiro e o último parafuso na :
𝑒𝑐
𝐶𝑡 = 1 − ≥ 0,60 Ilustração dos valores de ec em seções abertas.
𝑙𝑐
(Fonte: ABNT:NBR8800 – figura 5)
OBS: Deve-se prever no mínimo 2
parafusos na direção da força.
Princípios de Dimensionamento em Estruturas Metálicas
Dimensionamento de elementos de aço: Tração
O coeficiente Ct tem os seguintes valores:
b) Para peças ligadas apenas por soldas
transversais, sendo “Ac” a área do
segmento ligado:
𝐴
𝐶𝑡 = 𝑐 ;
𝐴𝑔
TM1 TM1
VM1 VM1
PM1