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Coordenação de Pós-Graduação e Atividades Acadêmicas

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU – ESPECIALIZAÇÃO EM


ARQUITETURA AMBIENTAL

RACIONALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO
PROFESSORA VALÉRIA NUNES SANTOS CAIADO

vnscaiado@gmail.com

BASE COMPARATIVA ENTRE 04 PROCESSOS CONSTRUTIVO (CONCRETO ARMADO, CONCRETO


PRÉ-FABRICADO, AÇO E ALVENARIA ARMADA) COM SUAS VANTAGENS E DESVANTAGENS NAS
CONSTRUÇÕES.

Maria Luiza de Alvarenga Diniz


Rio de Janeiro, 13 de Maio de 2008.
Sumário:

• Detalhamento das premissas do trabalho :

Item Descrição

1 DEFINIÇÃO DOS PROCESSOS CONSTRUTIVOS: CONCRETO ARMADO, CONCRETO PRÉ-FABRICADO, AÇO E


ALVENARIA ARMADA); CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS COSNTRUTIVAS.
2 DIÁGNÓSTICO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA SISTEMA CONSTRUTIVO – COMPARATIVAMENTE.
3 COMPARAÇÃO ENTRE SISTEMAS CONSTRUTIVOS – EXEMPLOS E CONCLUSÃO GERAL

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Trabalho Prático: Apresentar o comparativo entre os 04 processos construtivos dados em aula, citando as vantagens e desvantagens de cada um
deles.

“O que pode ocasionar falta de criatividade é o não domínio da tecnologia e, talvez, a maioria dos arquitetos, até pelas falhas do ensino,
domina muito pouco a tecnologia e se escraviza por não conhecê-la”
(João Filgueiras Lima – o Lelé)

Introdução:

A tendência mundial nos dias atuais é a busca por sistemas construtivos nos quais apresentem soluções que integrem os materiais e os conceitos projectuais,
considerando as condições ambientais na implantação destes sistemas, conduzindo a realidade dos processos tecnológicos viáveis com as premissas
econômicas.
1- DEFINIÇÃO DOS PROCESSOS CONSTRUTIVOS: CONCRETO ARMADO, CONCRETO PRÉ-FABRICADO, AÇO E ALVENARIA
ARMADA) COM SUAS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA SISTEMA.

1.1 – CONCRETO ARMADO:

Histórico: Conforme Vasconcelos (1992), o concreto é usado pela humanidade há muito tempo, desde os tempos dos romanos, pois foi nessa época
e no oriente que se iniciou a idéia de fazer uma pasta e ao endurecer, virar pedra.
Foi nessa época também onde começou o desenvolvimento da interação de dois materiais distintos, as barras de bronze dentro da argamassa de
pozolana.
A história da arquitetura moderna narra na sua origem às sucessivas revoluções ocorridas no desenvolvimento da indústria e como elas
influenciaram os processos construtivos. Além de novos materiais, tais como o vidro e o ferro, os projetos de pontes, grandes naves industriais,
estações de estrada de ferro etc. exigiram o restabelecimento de uma linguagem arquitetônica adequada às realidades e utopias que se encontravam
na segunda metade do século XIX.
De acordo com Vasconcelos (1992), na década de 30 o país encontrava no berço do desenvolvimento da construção civil no geral,
conseqüentemente no desenvolvimento do concreto, é tão certo que em setembro na década de 40, foi fundada a conhecida e importante ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Conceito: Chama-se concreto a mistura íntima e homogenia de um cimento com agregado miúdo, agregado graúdo e água. Essa mistura com o
passar do tempo adquiri resistência quase igual às pedras, sendo grande para as resistências a compreensão e baixa para as resistências a tração.

Tipos:
a) Concreto simples: chama-se de concreto simples (ou concreto magro para aqueles de baixas resistências) aqueles que não se usa de outro
material, que não o concreto. Sua resistência à tração é cerca de 10% a 15% da resistência a compressão;
b) Concreto ciclópico: chama-se o concreto com grande quantidade de pedras de dimensões elevadas. Utiliza-se em peças volumosas (tubulões
(Ex.: 1x8m), blocos de coroamento (Ex.: 30% de rachinha));
c) Concreto armado: se o concreto se comporta como foi dito acima, já se viu que o aço em barras e fios se comporta justamente de maneira
oposta. Tem enorme resistência a tração, mas não é aconselhado para a compressão em peças delgadas. Embora tenha um bom coeficiente de
resistência a compressão flamba muito facilmente quando em barras. Somente quando envolvido por um meio que impeça a flambagem, é que
se torna possível resistir à compressão. Além disso, o aço oxida quando exposto ao meio ambiente. Concreto e aço possuem quase que o
mesmo coeficiente de expansão térmica (0,01mm/m/ºC e 0,012mm/m/ºC);
d) Concreto corrente, comum ou convencional: pilar com dimensões normais, bloco, peças de grande volume. Slump: 5 +/- 1 cm;
e) Concreto bombeável: pilares, lajes, fundação (tubulão, sapata). Recomenda-se bombear 70%(#19) com 30%(#25) para dar maior
compacidade, nunca 338. Slump: 8+/-1cm;
f) Concreto alto adensável: peças onde não poderá ser utilizado vibrador, como estacas pré-fabricadas. Slump: 15+/- 2cm;
Observações: quando o slump passar de 10, a variação que antes era de +/-1, passa para +/- 2.
Observações: quanto maior o slump, maior a quantidade de água, maior a quantidade de argamassa para adensar, e mais caro.
g) Concreto protendido: é o concreto no qual, pela tração de cabos de aço, são introduzidas pré-tensões de tal grandeza e distribuição, que as
tensões de tração resultantes do carregamento são neutralizadas a um nível ou grau desejado. Tem como suas maiores vantagens a
possibilidade de vãos maiores com peças delgadas (Ex.: A maior ponte do mundo possui 1400m de vão).Tomar cuidado com efeito Rush.
h) Concreto projetado: é o concreto transportado pneumaticamente através de mangueiras, e projetado sobre a superfície a uma alta velocidade. È
geralmente utilizado para reforço estrutural e construções de túneis.
i) Concreto para laje colméia: - Rapidez na execução de vencer grandes panos de lajes, com a utilização, por exemplo, de uma malha de 30cm² e
um ferro de 5mm em cima das cambotas;
- Não colocação de vigas internas, só vigas de contorno;
- Facilidade na reutilização do material (formas de fibras – cambotas), com a utilização de um desmoldante (vaselina), aplicado antes da colocação
da mesma;
- Reutilização das cambotas a cada 3 dias aproximadamente;
- Desenvolvimento das ambientações internas, sem nenhuma relação com as cambotas;
- Utilização de escoras em linhas, longitudinalmente e transversalmente na edificação.
j) Concreto polímero: usa-se resina para aumentar a vida útil.
k) Concreto de 45 MPa: é o mais aconselhado. Possuí excelente vida útil, porém, não se deve vacilar na execução, tendo 100% de atenção com
vibração, traço, prumo, alinhamento...
l) Concreto impermeável: uma das propriedades desejadas do concreto impermeável é, obviamente que ele resista à penetração da água, como
por exemplo: em caixas d’água,lajes, piscinas...
m) Concreto aparente: quando o concreto for utilizado como material de acabamento, ou seja, sem revestimento, alguns cuidados devem ser
observados. Para se obter acabamento liso deve-se empregar fôrmas de madeira plastificadas ou metálicas, já que estes tipos de fôrma
proporcionam menor concentração de bolhas de ar junto à superfície. Os desmoldantes facilitam a retirada das fôrmas depois que o concreto
endureceu, evitando que o concreto cole à forma.
n) Concreto leve: é executado com argila expandida ou poliestireno expandido (pérolas de isopor). È comumente conhecido por isopor; é
utilizado para enchimentos, isolamentos térmicos e acústicos, divisórias ou em locais onde se deseja reduzir o peso próprio da estrutura.
o) Concreto celular: trata-se de concreto leve, sem função estrutural, que consiste de pasta ou argamassa de cimento portland com incorporação de
minúsculas de bolhas de ar. È indicado para isolamento térmico em lajes de cobertura e terraços, enchimentos de pisos e rebaixamentos de lajes,
fabricação de pré-moldados...
p) Concreto de alta resistência: é aquele com valores de resistência acima dos concretos comumente utilizados, ou seja, maiores que 50 MPa.
Pode ser obtido utilizando-se microssílica (é um subproduto da indústria de ferro-liga e consiste de partículas extremamente pequenas de sílica
amorfa, ou seja 100 vezes menor que grão de cimento). Este concreto exige um rigoroso controle tecnológico, tendo como campo de aplicação
pilares de edifícios, obras marítimas, pisos de alta resistência, reparos de obras de concreto...
q) Concreto pesado:é obtido utilizando-se agregados com elevada massa específica, tais como: hematita,barita, magnetita. Este tipo de concreto é
empregado como anteparo radiativo (Ex.: salas de Raio X).
r) Concreto fluído: utiliza aditivos superplastificantes, sendo auto-adensável e reduzindo a necessidade de vibração. È indicado para peças de
difícil concretagem.
s) Concreto colorido: é obtido pela adição de pigmentos que atingem o concreto, dispensando a necessidade de pintura. È utilizado em pisos,
fachadas (concreto aparente), vigas, pilares, lajes ou peças artísticas (monumento).
t) Concreto rolado: é utilizado em pavimentação de ruas, áreas estacionamento, pisos para postos de gasolina, substituindo o asfalto comumente
utilizado, sendo mais econômico e durável. Em comparação com o asfalto possuí diversas vantagens nas condicionantes de construção (rapidez),
economia (custo inicial moderado e pequena necessidade de manutenção e economia de até 30% nas despesas com iluminação (reflete melhor a luz
que o pavimento asfáltico); desempenho (enorme vida útil); projeto ( resistência aumenta com a idade) e consumo de energia.

1.2.A – CONCRETO PRÉ-FABRICADO:


Histórico: De acordo com Vasconcelos, podemos conceituar que a construção pré-fabricada de concreto, por sua vez, acabou consolidando-se como
a forma mais viável e mais difundida para se promover a industrialização da construção, tomando um impulso sem precedentes no período do
segundo pós-guerra. A opção pelo “grande painel” pré-fabricado de concreto, como resposta técnica e econômica às necessidades de reconstrução
da Europa após a Segunda Guerra Mundial, converteu esta tecnologia num logotipo deste período.
As realizações massivas na área de habitação ocorridas nesta época criaram, no entanto, uma espécie de estigma que associou a construção pré-
fabricada durante muitos anos à uniformidade, monotonia e rigidez na arquitetura, ou seja, flexibilidade “zero”.
Seria muito restrita nos dias de hoje uma definição de industrialização calcada nos padrões do pós-guerra europeu, visto que tais modelos vêm
sendo revisados em profundidade nos seus próprios países de origem, desde o final dos anos 80. Por sua vez, o desenvolvimento de sistemas e
componentes construtivos mais leves, buscando conferir um maior valor agregado ou “densidade tecnológica” aos produtos, parece ser uma
tendência dominante para o futuro do segmento de pré-fabricados de concreto.
Os novos materiais empregados atualmente na produção de pré-fabricados de “última geração”, como por exemplo, o CAD (Concreto de Alto
Desempenho), os CPR (Concretos de Pós-Reativos) e os materiais compostos são partes fundamentais desta revolução sutil que vem ocorrendo
alguns anos nos países desenvolvidos e que agora já está presente.
O emprego recente de painéis arquitetônicos e banheiros prontos pré-fabricados tem como fundamento as necessidades de maximização da
eficiência dos métodos e procedimentos adotados na construção civil, a partir de um novo paradigma. Sob este ponto de vista, três aspectos
principais podem ser destacadas entre as propostas metodológicas para se atingir a eficiência em referência, a saber: o uso da pré-fabricação na
maior parte possível de partes do edifício, a crescente conversão do canteiro de obra em local de montagem de partes pré-fabricadas, e a máxima
racionalização dessa montagem.

A administração da produção e o controle dos processos no canteiro, particularmente no que se refere às relações comerciais com terceiros e às
entregas dos diversos insumos, desde projetos até materiais e serviços, são amplamente favorecidos dentro desta metodologia.

Ainda que a adoção destas novas práticas não implique necessariamente no emprego da pré-fabricação total, claro está que a transformação da obra
num local de montagem de partes pré-fabricadas é uma alternativa que pode contribuir decisivamente para melhorar o controle dos cronogramas e
da produtividade em canteiro, uma vez que a produção dos componentes faz-se fora do local da obra, segundo contratos específicos, os quais estão
submetidos aos seus próprios cronogramas.
Partindo-se do pressuposto de que não são apenas os fatores estritamente tecnológicos que representam o maior obstáculo à difusão da pré-
fabricação no Brasil, chega-se à conclusão que uma visão de futuro sobre a pré-fabricação no país deva contemplar inicialmente a demonstração da
validade desta ferramenta para a superação das demandas existentes, tomando como exemplo as experiências ocorridas nos países desenvolvidos, a
apresentação de obras nacionais e internacionais que tenham um caráter inovador e que tragam uma contribuição objetiva no sentido de aplicação
dos novos conceitos inerentes à construção pré-fabricada em concreto (industrialização de ciclo aberto), o rompimento do estigma que no passado
associou a construção pré-fabricada à uniformidade, à monotonia e a rigidez na arquitetura, a demonstração de que, para além da qualidade
arquitetônica, as novas obras pré-fabricadas possuem qualidades intrínsecas relativas ao nível de acabamento e ao atendimento das exigências de
conforto do usuário final.
Dentro da era do desenvolvimento tecnológico, foram aprimoradas várias técnicas de utilização do concreto pré-moldado, sendo usado então como
uma inovação tecnológica.

1.2.B – CONCRETO PRÉ-MOLDADO:


Histórico: Uma estrutura feita em concreto pré-moldado é aquela em que os elementos estruturais, como pilares,vigas, lajes e outros, são moldados
e adquirem certo grau de resistência, antes do seu posicionamento definitivo na estrutura. Por este motivo, este conjunto de peças é também
conhecido pelo nome de estrutura pré-fabricada. Tendências do uso do pré-moldado se processam na automatização do projeto; conceito
arquitetônico; automatização de execução e concreto de alto desempenho.

1.3- AÇO:
Conceito: Os aços têm uma estrutura cristalina, e são formados de elementos simples como: Carbono puro (grafita) ou combinações
Fe-C(cementina). O sistema construtivo em aço apresenta características significativas:

• Liberdade no projeto de arquitetura


A tecnologia do aço confere aos arquitetos total liberdade criadora, permitindo a elaboração de projetos arrojados e de expressão arquitetônica
marcante.
• Maior área útil
As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor
aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, fator muito importante principalmente em garagens.
• Flexibilidade
A estrutura em aço mostra-se especialmente indicada nos casos onde há necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança de
ocupação de edifícios. Além disso, torna mais fácil a passagem de utilidades como água, ar condicionado, eletricidade, esgoto, telefonia,
informática, etc.
• Compatibilidade com outros materiais
O sistema construtivo em aço é perfeitamente compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto vertical como horizontal,
admitindo desde os mais convencionais (tijolos e blocos, lajes moldadas in loco) até componentes pré-fabricados (lajes e painéis de concreto,
painéis "dry-wall", etc).
• Menor prazo de execução
A fabricação da estrutura em paralelo com a execução das fundações, a possibilidade de se trabalhar em diversas frentes de serviços
simultaneamente, a diminuição de formas e escoramentos e o fato da montagem da estrutura não ser afetada pela ocorrência de chuvas, pode
levar a uma redução de até 40% no tempo de execução quando comparado com os processos convencionais.
• Racionalização de materiais e mão-de-obra
Numa obra, através de processos convencionais, o desperdício de materiais pode chegar a 25% em peso. A estrutura em aço possibilita a
adoção de sistemas industrializados, fazendo com que o desperdício seja sensivelmente reduzido.
• Alívio de carga nas fundações
Por serem mais leves, as estruturas em aço podem reduzir em até 30% o custo das fundações.
• Garantia de qualidade
A fabricação de uma estrutura em aço ocorre dentro de uma indústria e conta com mão-de-obra altamente qualificada, o que dá ao cliente a
garantia de uma obra com qualidade superior devido ao rígido controle existente durante todo o processo industrial.
• Antecipação do ganho
Em função da maior velocidade de execução da obra, haverá um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no
retorno do capital investido.
• Organização do canteiro de obras
Como a estrutura em aço é totalmente pré-fabricada, há uma melhor organização do canteiro devido entre outros à ausência de grandes
depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens, reduzindo também o inevitável desperdício desses materiais. O ambiente limpo com
menor geração de entulho, oferece ainda melhores condições de segurança ao trabalhador contribuindo para a redução dos acidentes na obra.
• Precisão construtiva
Enquanto nas estruturas de concreto a precisão é medida em centímetros, numa estrutura em aço a unidade empregada é o milímetro. Isso
garante uma estrutura perfeitamente aprumada e nivelada, facilitando atividades como o assentamento de esquadrias, instalação de elevadores,
bem como redução no custo dos materiais de revestimento.
• Reciclabilidade
O aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser desmontadas e reaproveitadas com menor geração de rejeitos.
• Preservação do meio ambiente
A estrutura em aço é menos agressiva ao meio ambiente pois além de reduzir o consumo de madeira na obra, diminui a emissão de material
particulado e poluição sonora geradas pelas serras e outros equipamentos destinados a trabalhar a madeira.
1.4 – ALVENARIA ARMADA:
Conceito: A alvenaria estrutural é um processo construtivo utilizado como estrutura de edifícios, dimensionado a partir do cálculo racional.
A alvenaria estrutural racionalizada de blocos vazados de concreto é um sistema construtivo em que a parede construída com blocos modulados de
mesma família, desempenha duas funções: vedação (fechamento) e elemento estrutural, suportando as ações verticais e horizontais. Essa
racionalização proporciona mais eficácia e economia ao sistema, que apresenta vantagens significativas:
• Redução de armaduras
• Redução de fôrmas
• Eliminação das etapas de moldagem dos pilares e vigas
• Facilidade na montagem da alvenaria
• Redução de desperdícios e retrabalho Normas técnicas.
Com um conjunto completo de normas voltadas à qualidade dos materiais e ao processo construtivo, a alvenaria estrutural com blocos de concreto
proporciona um resultado final confiável e de alto desempenho. As principais normas no âmbito da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) são:
• NBR 6136:94 - Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural
• NBR 7184:92 - Determinação da resistência à compressão
• NBR 12117:92 - Retração por secagem
• NBR 12118:92 - Determinação da absorção de água, do teor de umidade e da área líquida
• NBR 10837:89 - Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto
• NBR 8798:85 - Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto
• NBR 8215:83 - Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural /Preparo e ensaio à compressão
A escolha do bloco : Como saber que bloco devo utilizar? Qual fabricante escolher? Existe na minha região algum produtor que possa atender meu
empreendimento?
O desempenho do sistema está diretamente relacionado com a qualidade do componente. Há no mercado uma grande variedade de produtos que não
atendem os critérios estabelecidos pelas normas brasileiras, por isso é imprescindível à busca contínua pelo bloco de qualidade. Para consolidar o
emprego da alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto, considerando a importância do componente BLOCO no processo construtivo, a
ABCP lançou o programa "Selo de Qualidade". O selo tem o objetivo de qualificar os blocos de concreto de acordo com as normas brasileiras. Os
produtores que aderem ao programa qualificam-se para atender, entre outros órgãos, ao
PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – Habitação).

Projetar alvenaria modulada com blocos vazados de concreto lembra a montagem de um jogo de peças de encaixe. Modular é dispor os blocos em
fiadas alternadas, amarrando os elementos e as paredes entre si com o mínimo possível de peças, sem quebras. Uma etapa importante do projeto é
definir a família de blocos a ser utilizada no empreendimento e a largura dos blocos.
Mais usualmente, utilizamos duas famílias de blocos: a família 29 e a família 39. Cada uma delas é composta de três elementos básicos – na
verdade, três diferentes blocos de concreto, a saber:
• Família 29: bloco B29 (14x19x29 cm), bloco B14 (14x19x19 cm) e bloco B44 (44x19x14 cm).
• Família 39: bloco B39 (14x19x39 cm), bloco B19 (14x19x19 cm) e bloco B54 (14x19x54 cm).
Um elemento complementar, o B34 (14x19x34), auxilia no fechamento da modulação no caso da família 39.
Para blocos de largura de 19 cm, a família 39 restringe-se ao B39 (19x19x39cm) e ao B19 (19x19x19cm). Complicado? Não. Basta saber
interagir os elementos construtivos. Daí a necessidade de adquirir o máximo de conhecimento sobre o sistema construtivo, como já mencionado. O
projeto é a ordem de serviço para a execução da alvenaria, ou melhor, para a montagem da alvenaria.
Daí a importância de que o conjunto de detalhes seja compatível com a técnica construtiva. As soluções propostas devem ser sempre avaliadas
objetivando reduzir a diversidade de componentes e incorporar facilidades na produção.
O projeto de execução da alvenaria, organizado em plantas baixas e elevações de paredes, reúne um conjunto de informações que contém: detalhes
arquitetônicos, estruturais, de instalações elétricas e hidro-sanitárias, que serão executados simultaneamente
ao serviço de alvenaria. Tais informações, compatibilizadas com a técnica construtiva, são levadas aos canteiros de obras por meio de
programas de qualificação profissional.
Novos equipamentos e ferramentas de fácil fabricação e uso foram incorporados ao processo. Com ferramentas adequadas e equipe capacitada, o
resultado é a precisão dimensional, a produtividade e a economia. O processo descrito com imagens, que ilustram a racionalização e os resultados
que podem ser obtidos é apresentado a seguir.
Marcação
Com a planta de primeira fiada, a equipe inicia a execução da alvenaria.
Locação das Instalações
Observe, primeiramente, a locação das instalações, porque as tubulações elétricas deverão coincidir com os furos dos blocos e as instalações hidro-
sanitárias, com os shafts. Instalações e armaduras coincidem com os furos dos blocos de concreto graças à precisão dimensional e ao uso da família
adequada de componentes. Com os pontos precisamente demarcados, as fundações já podem ser executadas.
Como serviços preliminares, verifica-se o esquadro e as diferenças de níveis nos pontos da laje que delimitarão a alvenaria. Em seguida,
marca-se o alinhamento das paredes, indicando a posição em que devem ser assentados os blocos. A conclusão dos serviços de marcação é definida
pela colocação dos escantilhões e finalização do assentamento dos blocos da primeira fiada. Com esses procedimentos, garante-se o perfeito
nivelamento e alinhamento das fiadas subseqüentes.
Assentamento dos blocos estratégicos
Assentamento da 1ª fiada A partir desse momento, inicia-se a etapa de elevação da alvenaria. Finalização da etapa de marcação:
Elevação - A elevação de alvenaria começa a partir da execução da segunda fiada. Nesta fase serão executados os vãos das esquadrias, lembrando
que os vãos das portas já foram locados na primeira fiada. É realizado também o embutimento dos eletrodutos,
são definidos os locais para as instalações de água e esgoto (shafts) e os detalhes estruturais (armações e concretagens). Todos esses detalhes
deverão estar contidos nas elevações das paredes, cujas soluções foram estabelecidas na fase de projeto.
A argamassa é aplicada uniformemente sobre as paredes longitudinais e transversais dos blocos.
Aplicação de argamassa - junta horizontal
Aplicação de argamassa - juntas verticais
Durante a execução da alvenaria, são verificados o nível e o alinhamento, garantindo a precisão dimensional da parede. As juntas verticais são
totalmente preenchidas, podendo ser trabalhadas com :Processo construtivo efeitos arquitetônicos (no caso de alvenaria de blocos
aparentes), pintura direta sobre blocos, entre outros acabamentos. Peças pré-moldadas nas aberturas de portas e janelas agregam valor ao
processo industrializado. Contramarcos pré-fabricados, além do efeito arquitetônico, permitem maior produtividade e precisão na elevação da
alvenaria.
Contramarcos pré-fabricados
Instalações - O estudo da interferência entre instalações e alvenaria é importante para a racionalização do processo construtivo e para os serviços de
manutenção. Devemos sempre buscar reduzir essa interferência - o ideal seria não embutir nada nas paredes. Para facilitar a manutenção ou reparo,
as instalações devem estar em posições adequadas e ser acessíveis, de modo que o serviço seja feito sem necessidade de quebrar a parede.
Instalações de água e esgoto, entretanto, não podem ser embutidas de forma convencional. Elas caminharão por espaços que deverão ser
acessíveis, a fim de facilitar a manutenção e o conserto. Para que não fiquem visíveis, as instalações hidro-sanitárias podem ocupar shafts (1),
normalmente situados no boxe do banheiro ou em armários, como o da pia da cozinha. Os shafts são projetados dentro dos padrões de modulação
da alvenaria. Se previstos no projeto, facilitam tanto a montagem quanto a manutenção das instalações.
Integradas ao conceito de racionalização e industrialização, as instalações hidro-sanitárias também podem ser pré-montadas em kits para cada
unidade. A instalação fica restrita ao encaixe do kit nas prumadas principais, o que limita as interferências no processo executivo.
Os condutores das instalações elétricas, ou "eletrodutos", caminham na vertical dentro dos furos dos blocos. Na horizontal, eles caminham
embutidos nas lajes ou nos forros. Os blocos com caixas elétricas deverão ser preparados antes da execução da alvenaria e assentados no local
indicado nas elevações.
Shafts (1) Bloco elétrico
Shafts são nichos embutidos na parede onde são locadas as tubulações de água e esgoto
Revestimento Na alvenaria com blocos de concreto, pela precisão do componente e da execução, o revestimento pode ser aplicado diretamente
sobre o bloco, eliminando camadas como o chapisco e o emboço.

2 DIÁGNÓSTICO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA SISTEMA CONSTRUTIVO – COMPARATIVAMENTE.


CONCRETO CONVENCIOANAL:
1- Vantagens:
- Vencer grandes vãos;
- Devido aos diversos tipos é inúmera sua versatilidade na aplicação da cosntrução civil (vigas, pilares, lajes, pisos, grandes construções de pontes,
estradas, viadutos);
- Durabilidade;
- Manutenção preventiva permite maior durabilidade devido à resistência do material;
- Grande facilidade de obter mão-de-obra;
-Facilidade de resolver os problemas oriundos do projeto na obra;
.2 – Desvantagens:
- Baixa produtividade;
- Grande desperdício de materiais;
- Morosidade na execução das edificações;
- Baixo controle de qualidade.
- Obra muito suja

CONRETO PRÉ- MOLDADO:

1 - Vantagens:
- Grande velocidade com a qualidade ;
- Elevada produtividade;
- Redução dos serviços de obra;
- Redução dos prazos de entrega;
- Menor custo com mão-de-obra;
- Menores custos de materiais;
- Redução dos custos totais da obra.

2- Desvantagens:
- Transporte e montagem de ligação;

ALVENARIA ARMADA:
1 – Vantagens:
- técnica executiva simplificada;
- projetos bem estudados e elaborados;
- dimensões regulares;
- materiais com qualidade estrutural;
- grande durabilidade;
- resistência adequada à sua aplicação;
- facilidade na montagem das instalações em geral pela compatibilidade dos kits próprios de instalações;
- flexibilidade de treinamento de mão-de-obra
2 – Desvantagens:
- Inibe a concepção estrutural na destinação dos edifícios;
- Restringe a possibilidade de mudanças;

AÇO:
1 - Vantagens:
O AÇO E AS IMPLICAÇÕES NA ARQUITETURA
As estruturas Metálicas bem elaboradas arquitetonicamente traduzem aspectos de arrojo e modernidade. As vigas de aço, por sua elevada
resistência e baixo peso próprio, permitem a execução das mais variadas obras, com soluções leves e econômicas.
O AÇO NA ARQUITETURA
Devido às excelentes propriedades mecânicas do aço, algumas implicações sensíveis se revelam na concepção arquitetônica de um projeto.

ESPAÇO OCUPADO PELAS COLUNAS


A coluna de aço ocupa um menor espaço em relação à convencional e em geral, implica em uma redução do número de pilares necessários; as
garagens ficam mais amplas e tem-se maior área líquida para a comercialização. Nos edifícios comerciais, estes itens são de extrema importância.

ALTURA DO CONJUNTO VIGA LAJE


Considerando que a altura de uma viga de concreto armado pode ser estimada pela relação h = vão/10 e para uma mesma viga de aço h = vão/20, a
altura do conjunto viga-laje em Estruturas Metálicas aproximadamente irá representar 2/3 da altura do conjunto viga laje em concreto convencional.
Em termos práticos, isto pode representar uma redução de 0,4m na distância entre pisos, compostos de lajes com seis metros de vão, mantendo-se
constante o pé direito livre (cota do piso-cota da face inferior da viga do pavimento superior). Estas razões podem, conforme o projeto em estudo,
levar a substanciais reduções das áreas totais de Alvenarias e Revestimentos.

OUTRAS VANTAGENS
O projeto arquitetônico de uma edificação em Estrutura Metálica permite também: facilidades na utilização de materiais complementares pré-
fabricados;condições para projetar economicamente grandes vãos livres;flexibilidade de utilização dos espaços construídos;liberdade de
formas;desmontagem e remontagem da edificação em outro local; e ampliação e reforma da edificação, com o mínimo de interferência e transtornos
na utilização normal do edifício.
2 – Devantagens:

- Incêndios, entretanto as normas , também em discussão na ABNT, vai definir o dimensionamento correto da estrutura metálica para o tempo de resistência ao
fogo exigido pela norma.Tecnologias não faltam. Os chamados retardadores de calor – placas de gesso, amianto, vermiculita ou lã de rocha, mantas cerâmicas
e tintas intumescentes – resolvem o problema.É verdade que tais proteções são dispendiosas.

3 COMPARAÇÃO ENTRE SISTEMAS CONSTRUTIVOS.

O AÇO E AS SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO CONSTRUTIVO:

PLANEJAMENTO
A síntese do planejamento de uma obra é o seu cronograma físico-financeiro que consiste em relacionar no tempo as várias tarefas que compõem o
ato de construir, assim como os seus respectivos custos.

O sistema construtivo estruturado em aço, ao mesmo tempo que facilita a execução do planejamento, exige para seu completo êxito, um estreito
relacionamento entre o arquiteto, projetistas estruturais e de utilidades, para que se índice as obras com todas as soluções já determinadas, evitando-
se o improviso, correções e os prováveis desperdícios decorrentes.

É também imprescindível que o planejamento de aporte de recursos seja compatível com o desenvolvimento rápido da obra.

ECONOMIA NOS PRAZOS


Entretanto, dependendo do tipo de edificação, a redução nos prazos pode alcançar até 50%.

PRECISÃO DE ORÇAMENTO
Com as Estruturas de Aço, a construção, transforma-se em uma simples tarefa de montar. A precisão das estruturas transmite-se aos demais itens,
seja na regularização das lajes, seja nos revestimentos das alvenarias, instalações de tubulações de utilidades, esquadrias, elevadores etc. Dessa
maneira, não havendo desvios a cobrir, improvisações de canteiro a fazer, não existirão mais as justificativas entre o orçado e o realizado. Por outro
lado, as Estruturas de Aço são entregues ao construtor, montadas, a preço firme, o que vem reduzir substancialmente a dispersão orçamentária.

CUSTOS: ESTRUTURAS EM AÇO - UMA SOLUÇÃO ECONÔMICA


Em uma análise superficial pode-se, concluir erroneamente que um edifício estruturado em aço tenha o seu custo final superior ao do mesmo
edifício estruturado convencionalmente, porque o preço de sua Estrutura Metálica é superior ao preço das estruturas de concreto armado.

Entretanto, devemos lembrar que não se trata de uma pura substituição do sistema estrutural, e sim de uma troca de sistema construtivo, ou seja, é
necessário aproveitarmos a alta qualidade do aço e das excelentes características das estruturas obtidas a partir dele: resistência, leveza, prumo,
esquadro, nível, rapidez e principalmente pela possibilidade de abordagem industrial com grande planejamento e racionalização do processo
construtivo.

Apresentaremos a seguir, um modelo de estudo comparativo levando-se em conta os percentuais de participação de custo dos principais itens de
uma edificação e que para melhor compreensão exemplificaremos com uma comparação entre alternativas de construção de um prédio comercial
hipotético de dez pavimentos.

CUMPRE RESSALTAR, QUE AS DIVERSIDADES E PARTICULARIDADES DAS EDIFICAÇÕES, ASSIM COMO OS PROCESSOS
OPERACIONAIS DE CADA CONSTRUTOR, IMPEDEM QUE OS NÚMEROS, REDUÇÕES E PERCENTUAIS APRESENTADOS, SE
CONSTITUAM EM VALORES ABSOLUTOS E INDISCUTÍVEIS.

É FUNDAMENTAL, PORTANTO, QUE PARA UMA DEFINIÇÃO CORRETA DA OPÇÃO CONSTRUTIVA DE UM EMPREENDIMENTO
IMOBILIÁRIO, PROCEDA-SE A UMA CRITERIOSA AVALIAÇÃO E ANÁLISE, ESPECÍFICA DE CADA OBRA.

COMPARAÇÃO DE CUSTOS
Como anteriormente afirmamos, não se pode definir o sistema estrutural somente pela comparação de custo das estruturas, é necessário comparar
também os demais itens que lhe fazem interface.

Assim, neste nosso exemplo comparativo, vamos dividir o estudo em etapas, sendo a primeira delas a que se refere aos custos das estruturas
propriamente ditas.

1ª ETAPA DE COMPARAÇÃO - CUSTO DAS ESTRUTURAS

Comparamos nesse item, percentualmente sobre o valor total da obra, o custo de lajes, vigas, pilares e os contraventamentos metálicos, com lajes
vigas e pilares de concreto armado.

2ª ETAPA DE COMPARAÇÃO - CUSTOS DE FUNDAÇÕES

O aço é um produto nobre, com excelente relação carga suportada/peso de aço, o que traduz numa edificação mais leve.

Em terrenos de condições normais tem sido obtidas reduções de até 30% no custo das fundações. Estes valores podem ser superados quando os
mesmos estão classificados como "terrenos ruins".

No caso de alguns edifícios, o alívio das cargas de fundações obtido com a utilização de Estruturas Metálicas permite que se utilizem em "tubulões
a céu aberto" em lugar dos "tubulões a ar comprimido", anteriormente especificados para a construção convencional.
3ª ETAPA DE COMPARAÇÃO - CUSTO DE ALVENARIAS E REVESTIMENTOS

Por outro lado, a precisão construtiva das Estruturas de Aço nos dá:

A ausência de desvios de posição das formas para concretagem, propiciando assim, a economia de mão-de-obra e argamassas da retificação de
prumo e nivelamento de pisos.

É comum observarmos em construções convencionais, a utilização de argamassas de nivelamento com até 8 cm de espessura, para a planificação de
suas fachadas e pisos.

Referências perfeitas de PRUMO, NÍVEL e ESQUADRO, para a execução das alvenarias, reduzindo o tempo de assentamento dos tijolos ou
blocos, e a aplicação das argamassas de regularização e acabamento das paredes internas e externas.

Dependendo da tolerância dimensional dos elementos da alvenaria adotados pelo construtor, pode-se especificar a espessura dos revestimentos das
paredes internas com 0,5cm, obtendo-se assim uma substancial redução desses custos.

VERIFIQUE TAMBÉM O CUSTO DE SUAS ESCADAS

A altura exata entre vigas de piso assegurada pela precisão da Estrutura Metálica, aliada ao simples ato de encaixe de uma escada metálica pré-
fabricada torna o processo extremamente mais econômico em relação ao sistema convencional, no qual as escadas são executadas de forma
artesanal.

Além disso, o custo das escadas está embutido no preço das estruturas metálicas.

4ª ETAPA DE COMPARAÇÃO - CUSTO DE INSTALAÇÃO DE UNIDADES, EQUIPAMENTOS E MANUTENÇÃO DE CANTEIRO

As Estruturas de Aço, como elementos pré-fabricados, se apresentam como ferramentas ideais para a racionalização do processo construtivo,
através de uma concepção industrial do ato de construir.

Os projetos de instalações de dutos (hidráulicos-sanitários, elétricos, telefonia, ar condicionado e outros equipamentos) devem estar concluídos
antes da elaboração do detalhamento de fabricação das Estruturas de Aço.

As passagens para os dutos devem ser executadas na fábrica, para reduzir custos e evitar a improvisação de canteiro e todas as suas implicações.

Pode-se assim, obter uma economia de 25% (ou mais) no custa das instalações, tanto na redução de desperdícios como na elevada produtividade
decorrente da racionalização do processo.

As Estruturas Metálicas são normalmente adquiridas montadas, isto é, o construtor civil fica livre do ônus representado pela contratação e
manutenção de uma grande equipes de coordenação e apoio administrativo, necessários para a execução de uma estrutura convencional, assim
como dos custos decorrentes da elevada rotatividade de recursos humanos.

Contribuem também, para a redução dos custos de manutenção do canteiro, a limpeza e a racionalidade da construção estruturada em Aço,
permitindo a aplicação de técnicas modernas de administração de materiais, eliminando desperdícios e os riscos de desvios.

É importante lembrar, que trabalhos publicados por especialistas da construção civil, indicam que os desperdícios e entulhos gerados pela
construção convencional atingem valores alarmantes de 15 a 20% do valor total da obra.

A construção pré-fabricada estruturada em Aço, além de ter reduzido o custo que estes números sejam colocados em patamares razoáveis, entre 3 e
6%.

Por outro lado, a redução do prazo de execução da obra, implica em corte diretamente proporcional dos custos mensais da administração.

Convém lembrar que as Estruturas de Aço permitem a elaboração de um programa de entrega dos componentes estruturais onde se concatena a
descarga noturna e montagem diurna, sem embaraços de trânsito e infrações ao código de obras local.

5ª ETAPA DE COMPARAÇÃO - CUSTOS COMUNS

Os custos dos demais componente da edificação, tais como: esquadrias, vidros, limpeza, etc., denominamos itens comuns, e que, neste exemplo,
irão representar 30% dos custos diretos de construção.
6ª ETAPA DE COMPARAÇÃO - CUSTOS FINANCEIROS

Para concluir o estudo comparativo de custos, deveremos agregar o custo financeiro referente à imobilização dos recursos aplicados na construção
da edificação.

O cálculo de valor total do custo financeiro é representado pela soma dos juros incidentes sobre as parcelas imobilizadas e pode ser expresso
matematicamente por:

k=p

C.F.T = Σ x k((1+ i)m – 1)

k=0

onde:

C.F.T - Custo Financeiro Total.

x = valor de cada parcela imobilizada.

k = número do período de imobilização da parcela x.

i = custo de capital (taxa de juros) expressa na forma decimal.

p = número total de períodos de duração da obra.

m = p-k = número de períodos de imobilização da parcela xk .

Entretanto, não é somente a redução de custos que define a viabilidade da utilização das estruturas do Aço, é necessário que se proceda às
quantificações e respectivas valorações dos benefícios que se podem esperar:

- Aumento da área líquida construída.

- Antecipação da ocupação do imóvel.

- Giro rápido do capital empregado.

VALORAÇÕES DOS BENEFÍCIOS

(1) - AUMENTO DA ÁREA LÍQUIDA CONSTRUÍDA

O primeiro passo para a determinação dos benefícios obtidos com a construção de um edifício é conjugar a sua área real com o seu objetivo:
venda, locação e/ou uso próprio.

Quando comparamos outras alternativas de construção com o processo estruturado em Aço, é necessário levar em consideração essa opção pode
introduzir modificações no anteprojeto arquitetônico, tanto no que diz respeito a ampliação do número de pavimentos, como na redução do espaço
ocupado pelas colunas (maior área líquida disponível, incluindo maior número de vagas para o estacionamento de veículos).

(2) - ANTECIPAÇÃO DA OCUPAÇÃO DO IMÓVEL

Quando se decide por um investimento imobiliário, deve-se levar em consideração o tempo de maturação do investimento, isto é, o prazo entre a
concepção do projeto e a conclusão da obra.

Sabe-se que o tempo é fator preponderante para a determinação da certeza de previsões de demanda, e que, quanto menor esse prazo, maior a
probabilidade de acerto dessas previsões.

Assim, a construção estruturada em Aço, com o seu curto prazo de execução, permite o rápido atendimento às condições de mercado,
minimizando os riscos do empreendimento. Portanto, quando se comparam os processos construtivos para a realização do empreendimento, os
benefícios oriundos da antecipação da ocupação propiciada pela construção em Aço, devem ser devidamente computados.

A antecipação de ocupação do edifício Áurea, em Brasília, foi de dez meses em relação ao cronograma original para a construção convencional.
A utilização de Estruturas Metálicas, possibilitou também o acréscimo de vagas de garagem e a construção de mais um pavimento, mantendo-se a
mesma altura total do projeto inicial.
(3) - GIRO RÁPIDO DO CAPITAL EMPREGADO

O capital é, sem dúvida, o recurso mais escasso na construção civil, e reduzir o seu período de imobilização é a maneira correta para otimizar a
sua aplicação e aumentar a produtividade desse segmento industrial.

A construção estruturada em Aço, vai ao encontro desse anseio do setor, propiciando uma grande redução do prazo de imobilização desse
recurso.

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA - COMPARAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO

PRECISÃO DE ORÇAMENTO

Com as Estruturas de Aço, a construção, transforma-se em uma simples tarefa de montar. A precisão das estruturas transmite-se aos demais itens, seja na
regularização das lajes, seja nos revestimentos das alvenarias, instalações de tubulações de utilidades, esquadrias, elevadores etc.
Dessa maneira, não havendo desvios a cobrir, improvisações de canteiro a fazer, não existirão mais as justificativas entre o orçado e o realizado.
Por outro lado, as Estruturas de Aço são entregues ao construtor, montadas, a preço firme, o que vem reduzir substancialmente a dispersão orçamentária.

CUSTOS

ESTRUTURAS EM AÇO - UMA SOLUÇÃO ECONÔMICA


Em uma análise superficial pode-se concluir, erroneamente que um edifício estruturado em aço tenha o seu custo final superior ao do mesmo edifício
estruturado convencionalmente, porque o preço de sua Estrutura Metálica é superior ao preço das estruturas de concreto armado.
Entretanto, devemos lembrar que não se trata de uma pura substituição do sistema estrutural, e sim de uma troca de sistema construtivo, ou seja, é necessário
aproveitarmos a alta qualidade do aço e das excelentes características das estruturas obtidas a partir dele: resistência, leveza, prumo, esquadro, nível, rapidez e
principalmente pela possibilidade de abordagem industrial com grande planejamento e racionalização do processo construtivo.

CONCLUSÃO:

NÃO SE PODE DEFINIR O SISTEMA ESTRUTURAL SOMENTE PELA COMPARAÇÃO DE CUSTO DAS ESTRUTURAS, É
NECESSÁRIO COMPARAR TAMBÉM OS DEMAIS ITENS QUE LHE FAZEM INTERFACE.
CUMPRE RESSALTAR, QUE AS DIVERSIDADES E PARTICULARIDADES DAS EDIFICAÇÕES, ASSIM COMO OS PROCESSOS
OPERACIONAIS DE CADA CONSTRUTOR, IMPEDEM QUE OS NÚMEROS, REDUÇÕES E PERCENTUAIS APRESENTADOS, SE
CONSTITUAM EM VALORES ABSOLUTOS E INDISCUTÍVEIS.
É FUNDAMENTAL, PORTANTO, QUE PARA UMA DEFINIÇÃO CORRETA DA OPÇÃO CONSTRUTIVA DE UM EMPREENDIMENTO
IMOBILIÁRIO, PROCEDA-SE A UMA CRITERIOSA AVALIAÇÃO E ANÁLISE, ESPECÍFICA DE CADA OBRA.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MANUAL DE HABITAÇÃO – ABCP -Associação Brasileira de Cimento Portland,Colaboraram com este Manual:
Antonio Carlos Boin; Aurinilce A. Port Nascimento; Carla Araujo Sautchuk; Carlos Alberto Chaves; Davidson Figueiredo Deana; Henry
Cherkezian; Hugo da Costa Rodrigues Filho; Márcio Santos Faria ; Mario William Esper ; Coordenação executiva: Ana Maria Starka e Hugo da
Costa Rodrigues Filho.
EL DEBS, Mounir Khalil. Concreto Pré-Moldado: Fundamentos e Aplicações. São Paulo:EESC-USP,2000.
Mehta, P.K.; Monteiro, P.J.M.; Concreto: estruturas, propriedades e materiais, PINI Ltda:São paulo,1994.
VASCONCELOS, Augusto Carlos de. “ O Concreto Armado no Brasil. Pré-fabricação - .Monumentos – Fundações ”. Volume 3. Studio
Nobel.2002.São Paulo.
Artigo técnico ARCOWEB – Wilsonyana@yahoo.com.br – 25/7/2006.

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