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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE DE SÃO PAULO

ENGENHARIA CIVIL – SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

TRABALHO
4ºBIMESTRE

ENTREGA NO DIA DA PROVA


VALE 50% DA NOTA

Disciplina: Alvenaria Estrutural


Docente: Profª. Ms. Ana Paula Fugii

Discente: ???????
1) BREVE HISTÓRICO ALVENARIA ESTRUTURAL

A alvenaria estrutural tem suas origens na Pré-História. É assim um dos mais antigos

sistemas de construção da humanidade. As primeiras alvenarias, em pedra ou em tijolo

cerâmico seco ao sol, apresentavam grandes espessuras em suas obras mais

imponentes, face ao desconhecimento das características resistentes dos materiais e de

procedimentos racionais de cálculo. Valeu por muitos séculos a prática adquirida pelos

construtores. As construções em alvenaria de pedra ou tijolo cerâmico queimado,

assentados com barro, betume e mais tarde com argamassas de cal, pozolana e

finalmente cimento Portland, predominaram até o início de nosso século. No final do

século 19 as estruturas em aço começam a assumir o domínio das grandes obras, face

a evolução dos métodos de cálculo e da tecnologia do metal, resultando em

aproveitamento de espaços perdidos no então reinante empirismo da alvenaria

estrutural. Com o aprimoramento do cimento e o domínio do aço, as estruturas em

concreto armado são marcantes no início do nosso século e se tornam, junto com as

edificações metálicas, os sistemas estruturais predominantes até a metade do século,

não só pela menor área útil ocupada, mas igualmente pelo custo mais baixo em relação

às pesadas obras em alvenaria estrutural. Por volta de 1950, entretanto, começam a

surgir normas que permitem calcular a espessura necessária das paredes e a resistência

das alvenarias, em bases de cálculo mais racionais e experimentações laboratoriais,

principalmente na Suíça.

No Brasil, a alvenaria estrutural inicia no período colonial, com o emprego da pedra,

tijolo de barro cru e taipa de pilão. Os primeiros avanços na técnica construtiva são
marcados, já no Império, pelo uso do tijolo de barro cozido, a partir de 1850,

proporcionando construções com maiores vãos e mais resistentes à ação das águas,

sepultando a técnica da taipa de terra socada. Já no final do século 19 a precisão

dimensional dos tijolos permitia a aplicação de alguns conceitos na direção da

racionalização e industrialização. Mas o largo emprego das estruturas de aço na

Europa, nesta época, e a facilidade de importação, acabam por serem determinantes na

utilização deste sistema nas grandes obras nacionais até os anos 20. O Viaduto Santa

Efigênia e a Estação da Luz, em São Paulo, são dois exemplos típicos de estruturas

importadas e aqui montadas, nesta época. As estruturas em concreto armado, pelas

mesmas razões, dominam grande faixa do mercado de edificações residenciais e

comerciais.

2) VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ALVENARIA

ESTRUTURAL

 Redução do consumo de formas de madeira, aço e concreto.


 Maior rapidez na construção.
 Custo reduzido em relação ao sistema convencional de vigas, pilares e
lajes.
 Facilidade no treinamento de mão de obra.
 Maior organização no canteiro de obras.

Desvantagens da Alvenaria Estrutural


 Arquitetura e design restringidos pelo tamanho e forma dos blocos
estruturais.
 Se sua edificação foi construída com alvenaria estrutural e deseja
derrubar uma parede, solicite uma avaliação de um engenheiro. A
estrutura pode cair se uma parede for retirada sem os devidos
cuidados.
3) TIPOS DE ALVENARIA ESTRUTURAL

Alvenaria estrutural não armada

É usada em edificações de pequeno porte como casas e prédios com até 8


pavimentos. O tamanho do bloco de alvenaria estrutural a ser usado é definido na
fase de projeto, pois é necessária a paginação de cada uma das paredes da
edificação.

Nesse tipo de alvenaria estrutural, os reforços são colocados apenas em cintas,


vergas, contra-vergas, na amarração entre paredes e nas juntas horizontais com a
finalidade de evitar fissuras localizadas.
Alvenaria estrutural armada

A alvenaria estrutural armada pode ser usada em edificações com até mais de 20
pavimentos. Ela é caracterizada por ter os vazados verticais dos blocos
preenchidos com graute (microconcreto de grande fluidez) envolvendo barras e
fios de aço.

Assim como acontece no tipo anterior, o tamanho do bloco de alvenaria estrutural


a ser usado é definido na fase de projeto, pois é necessária a paginação de cada
uma das paredes da edificação.

Alvenaria estrutural parcialmente armada

Nesse caso, algumas paredes seguem as regras da alvenaria armada e as demais,


as regras da alvenaria não armada.

4) TIPOS E FAMÍLIAS DE BLOCOS (CONCRETO E CERÂMICO)

BLOCOS DE CONCRETO:
Bloco Estrutural 4 MPa (classes A e B) Bloco Estrutural 3 MPa (classes C)
Pisos Intertravados – 35 Mpa Pisos Intertravados – 35 e 50 MPa (só para pisos com espessura de 10 cm)

Guia Meio Fio

BLOCOS DE CERÂMICA:

5) TIPOS DE ENSAIOS EM BLOCOS DE CONCRETO

ABSORÇÃO:

s testes de absorção devem ser realizados de acordo com a NBR 12118:2013, e


seus resultados verificados na NBR 6136:2014, a qual determina que a média do
índice de absorção deve ser ≤ 6% para blocos Classe A, ≤ 8% para blocos Classe B
e ≤ 10% para blocos Classe C.

Para obter a porcentagem de absorção de água, o bloco precisa ser pesado


totalmente seco, após permanecer 24 horas na estufa, sendo necessário mantê-
lo na estufa e repetir a medição a cada 2 horas até que as medidas sucessivas
não difiram mais de 0,5% em relação à medida anterior, descobrindo assim a M1.A
segunda medida é do corpo de prova totalmente saturado após permanecer 24
horas imerso em água, sendo necessário drená-lo por 60 segundos e enxugá-lo
rapidamente para obter a massa da peça saturada, M2.

RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO:

É feito em corpo-de-prova cilíndrico que deve ser posicionado de modo que, quando
estiver centrado, seu eixo coincida com a máquina de ensaio , de modo que resulte
das forças passem pelo centro. Além da carga de ruptura, interessa saber o tipo de
ruptura.

Para blocos classe A – A resistência deve ser >/8MPA

Para blocos classe B – A resistência deve ser <8MPA e >/ 4MPA

Para blocos classe C – A resistência deve ser >/ 3

RETRAÇÃO LINEAR POR SECAGEM:

É a diminuição do volume do bloco em decorrência da evaporação da água no


momento da concretagem e seu índice de tolerância de ser < 0,0065%.Quando
realizada a etapa de conformação do material é necessário que se realize uma secagem,
principalmente para a remoção da umidade ainda presente na amostra. O processo de secagem
pode ser realizado em estufa, ou não, e tem a finalidade de evitar o surgimento de possíveis
defeitos no material após a etapa de sinterização (queima), bem como a formação de poros ou
trincas. Essas três etapas do processo de preparação do corpo cerâmico (conformação,
secagem e sinterização) submetem ao material alterações das suas dimensões físicas. Assim, a
análise da retração linear sofrida pelo material é, então, realizada com a comparação das
medições das dimensões da amostra: sendo a primeira medição realizada antes da secagem do
material; a segunda, logo após a secagem do material ainda verde; e a terceira, após o
processo de queima do material.

ANÁLISE DIMENSIONAL:

Nada mais é do que verificar as medidas de dimensões dos blocos que devem estar dentro da
norma, (altura, largura, comprimento e espessura) para cada família de bloco.
ÁREA LÍQUIDA:

Para blocos de concreto significa o cálculo da área total do bloco menos a área vazada.

PERMEABILIDADE:

Verifica a capacidade de absorção de água de cada bloco.Quanto mais permeável for o bloco,
menos durável ele será.

TIPOS DE ENSAIOS EM BLOCOS DE CERÂMICA:

ABSORÇÃO:

O índice de absorção do bloco cer/ãmico não pode ser <8%, pois pode
gerar argamassa de resistência fraca, também não pode ser >20% , pois
pode gerar falta de água para hidratar o cimento ou retração da
argamassa.

RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO:

A norma NBR 15270 diz que a resistência a compressão deve ser


superior a 3MPA considerando a área bruta, ou seja, mesmo que o
bloco seja vazado.

6) TIPOS ARGAMASSA, GRAUTE E ARMADURA

7) DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE ESTRUTURAL

7.1) AÇÕES

7.1.1) AÇÕES PERMANENTES

Peso=140kgf/m2 (bloco de concreto vazado)

Peso Graute+ argamassa= 3,0 kgf/m2


Peso telhado=50kgf/m2 (telha) + 25 kgf/m2 (madeira) + 3,0kg/m2

(fôrma)= 78,0 kgf/m2

TOTAL= 221,0 kgf/m2

7.1.2) AÇÕES VARIÁVEIS

Pessoas – Q=0,0

Móveis – Q=0,0

7.1.3) AÇÕES DO VENTO - 6123

q= 30 kgf/m2 à 50 kgf/m2

q=50 kgf/m2

7.2) COMBINAÇÃO DAS AÇÕES

Utilizar a fórmula da página 18 da norma NBR 16868.

Fd=ygxFg,k+yq(somat. Fq1,k+w.Fqk)

Pela tabela 7 – 1,35

Coeficiente do vento – 0,60

Fd=221,0x1,35+50,0x0,60=298,35+30=328,35=330kgf/m2

Fd=330 kgf/m2

7.3) DIMENSIONAMENTO DA ALVENARIA ESTRUTURAL – NÃO

ARMADA
7.3.1) COMPRESSÃO SIMPLES

Nrd= fdxAxR

Fd=330 kgf/m2

A= bxh=3,20x3,00=9,6m2

R=(1- (Y/40)3)

Y=he/te= 3/0,19=15,7 < 24

Alvenaria armada – tabela 9 na página 26.

R=(1-(15,7/40)3)=0,94

Nrd= fdxAxR

Nrd=330kgf/m2 x 9,6m2 x 0,94= 2.977,92 kgf

7.3.2)FLEXÃO SIMPLES

VERIFICAR OS MÍNIMOS DA NORMA NOS ITENS: 6.2.2.3 E 6.2.2.4

Escrever os mínimas....

7.3.3) CISALHAMENTO

Tvd= Vd/(bxh)

Desenhar uma parede, coloca os esforços distribuídos em cima da

parede.
Vd= força cortante= fdxA = 330kgf/m2 x (0,19x3,2)m2 = 200,64kgf

Tvd= 200,64/ (3,20x3,00)= 200,64/9,6= 20,9kgf

7.3.4) FLEXO COMPRESSÃO

Nd/(AxR) + Md/(W.k) =fd

Nd= 2.977,92 kgf

A=3,20x3,00= 9,6m2

R=0,94

Md= Nrdx1,50=2.977,92*1,5= 4.466,88

W=1

K=1,5

Nd/(AxR) + Md/(W.k) =fd

2.977,92/(9,6x0,94)+4.466,88/(1x1,5)=330+2.977,92=3.307,92 < fd=

Fd=330 kgf/m2

OBS: UTILIZE COMO FONTE PESQUISA LIVRO DA BIBLIOTECA

VIRTUAL, A NORMA NBR 16868, ABNT 2020 (TARGET) E ARTIGO

DISPONÍVEL JEFERSON CAMACHO.


Boa Sorte!!

Profª. Ms. Ana Paula Fugii

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