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INTRODUÇÃO

Estruturas
A estrutura é um dos fatores mais importantes em uma obra, pois todos os demais elementos
dependem de sua solidez para a estabilidade da edificação. De forma concisa, a estrutura é o
"esqueleto" da Obra, ela compreende as áreas de sustentação: fundação, alicerce, colunas, vigas,
paredes, lajes e telhados.

Existem vários tipos de estruturas, como de alvenaria, madeira, ferro, aço, Betão e perfis
metálicos.
Estrutura de alvenaria: sistema construtivo formado de um conjunto coeso e rígido de tijolos
ou blocos (elementos de), unidos entre si, com ou sem argamassa de ligação, em fiadas
horizontais que se sobrepõem uma sobre as outras.Pode ser empregada na confecção de diversos
elementos construtivos (paredes, abóbadas, sapatas, muros, etc...)

Estrutura de madeira: A madeira é um dos materiais de utilização mais antiga na construção


civil, tendo como vantagem não oxidar. A madeira utilizada hoje, tem alta resistência ao ataque
de cupins, leveza (o que tornaria um projeto de fundação menos robusto). Comparando com o
Betão, ganha-se tempo. Mas as estruturas de madeira, têm menor resistência a torção ou
compressão do que o Betão, e deve-se ter uma instalação elétrica bem planejada, para evitar
qualquer tipo de acidente.

Estrutura metálica: A tendência na área da construção civil é aumentar a utilização de


estruturas metálicas, pois tem como vantagem a grande precisão dimensional e leveza estrutural.
São de rápida montagem e utiliza-se um canteiro de obras menor do que o utilizado em um
edifício construído com estrutura de Betão.
Estrutura de Betão Armado: É o material mais utilizado para estruturas atualmente, diferencia-
se do Betão normal por receber uma armadura metálica por resistir aos esforços como tração e
compressão. É nada mais que a união do Betão simples e de barras de aço, com a perfeita
aderência entre o Betão e o aço, resistindo juntos aos esforços.
Estrutura De Alvenaria
Estrutura De Alvenaria

A alvenaria é um sistema construtivo que utiliza peças industrializadas de dimensões e peso que
as fazem manuseáveis, ligadas por argamassa, tornando o conjunto monolítico.
Estas peças industrializadas podem ser moldadas em:
• Cerâmica
• Betão
• Sílico-calcáreo
A alvenaria estrutural é um sistema construtivo tradicional, utilizado à milhões de anos.
Inicialmente eram utilizados blocos de rocha como elementos de alvenaria, mas a partir do ano
4.000 a.C. a argila passou a ser trabalhada possibilitando a produção de tijolos.
O sistema construtivo desenvolveu-se inicialmente através do simples empilhamento de
unidades, tijolos ou blocos. Os vãos eram executados com peças auxiliares, como vigas de
madeira ou pedra.
Ao passar do tempo, foi descoberta uma alternativa para a execução dos vãos: os arcos. Estes
seriam obtidos através do arranjo entre as unidades. Assim foram executadas pontes e outras
obras de grande beleza, obtendo maior qualidade à alvenaria estrutural. Um exemplo disso é a
parte superior da igreja de Notre Dame, em Paris.
Para se ter um bom projeto a Alvenaria Estrutural não pode ser vista meramente como um
conjunto de paredes superpostas, resistindo o seu peso próprio e outras cargas adicionais. Deve
ser compreendida como um processo construtivo racionalizado, projetado, calculado e construído
em conformidade com as normas pertinentes, visando funcionalidade com segurança e
economia.
No processo criativo de uma edificação em alvenaria estrutural é fundamental a perfeita
integração entre Arquiteto e Engenheiro Estruturista, objetivando a obtenção de uma estrutura
economicamente competente para suportar todos os esforços previstos sem prejuízo das demais
funções: compartimentação, vedação, isolamento termo-acústico, instalações hidráulicas,
elétricas, telefônicas e ter função estética.
A concepção estrutural pode ser facilitada se alguns aspectos forem observados: forma;
distribuição das paredes resistentes; lajes.
Um projeto arquitetônico em alvenaria portante será mais econômico na medida em que for mais
repetitivo e tiver paredes coincidentes nos diversos pavimentos, dispensando elementos
auxiliares ou estrutura de transição.
A capacidade portante (tensão admissível) da alvenaria deve estar bem definida. Esta
determinação pode ser feita em laboratório ou apenas estimada sempre baseada em ensaios já
elaborados e de acordo com o material utilizado.
Para se obter uma boa alvenaria, é necessário controlar não apenas o tijolo ou bloco, mas
também a argamassa utilizada.
A execução da alvenaria portante também deve ser controlada pois a espessura das juntas, o
prumo das paredes e sua altura também modificam a sua capacidade resistente.
As maiores vantagens da alvenaria estrutural em relação aos processos tradicionais são:
• Economia no uso de madeira para formas;
• Redução no uso de Betão e ferragens;
• Redução na mão-de-obra em carpintaria e ferraria;
• Facilidade de treinar mão-de-obra qualificada;
• Projetos são mais fáceis de detalhar;
• Maior rapidez e facilidade de construção;
• Menor número de equipes ou sub-contratados de trabalho;
• Ótima resistência ao fogo;
• Ótimas características de isolamento termo-acústico;
• Flexibilidade arquitetônica pelas pequenas dimensões do bloco.

As maiores desvantagens da alvenaria estrutural são:


• As paredes portantes não podem ser removidas sem substituição por outro elemento de
equivalente função;
• Impossibilidade de efetuar modificações na disposição arquitetônica original;
• O projeto arquitetônico fica mais restrito;
• Vãos livres são limitados;
• Juntas de controle e dilatação a cada 15m.
Este tipo de estrutura pode ser dividido em 2 (dois) tipos:
-Alvenaria Estrutural Não Armada
-Alvenaria Estrutural Armada.
1. Alvenaria Estrutural Não Armada
Este sistema vem sendo tradicionalmente utilizado em edificações de pequeno porte, como
residências e prédios de até 8 (oito) pavimentos.
O tamanho do bloco a ser utilizado é definido na fase de projeto pois é necessária a paginação de
cada uma das paredes da edificação.
Na alvenaria estrutural não armada à análise estrutural não deve acusar esforços de tração.

2. Alvenaria Estrutural Armada


Pode ser adotada em edificações com até mais de 20 pavimentos.
São normalmente executados com blocos vazados de Betão ou cerâmicos, sendo a execução e o
projeto regidos pelas mesmas normas citadas anteriormente.
O tamanho do bloco a ser utilizado, assim como na alvenaria não armada, é definido na fase de
projeto pois também é necessária a paginação de cada uma das paredes da edificação.

3. Estruturas Mistas
Tem-se uma estrutura mista, sempre que forem adotados materiais estruturais diferenciados.
Podemos misturar alvenaria com Betão armado, aço e Betão, madeira e alvenaria, aço e
alvenaria, etc...
Na realização de alterações no projeto, qualquer elemento a ser removido deve ser analisado e se
houver necessidade, substituído ou reforçado. A remoção de um elemento estrutural pode por em
risco o equilíbrio do conjunto.
É muito comum a ocorrência de estruturas mistas em edifícios com 3 (três) a 5 (cinco)
pavimentos, que tenham a necessidade do 1o (primeiro) pavimento com uso diferenciado. Tem
pilares das
fundações ao piso do 2o (segundo) pavimento, que é totalmente estruturado, e os demais
pavimentos são apoiados em alvenarias portantes.
Apesar deste modelo ser amplamente adotado em edificações de pequeno porte, e de ser mais
econômico do que o modelo totalmente estruturado, tem limitações grandes, e devem ser
adotados quidados especiais não só durante o projeto, mas também durante a sua execução.
A definição da capacidade resistente das alvenarias e a análise bem detalhada do projeto
arquitetônico, para que as cargas sejam definidas da forma mais precisa possível, é de suma
importância para o bom desempenho deste tipo de estrutura.
Unidades para Edificações (tijolos ou blocos) : Tipologia e Propriedades Mecânicas
Os tijolos ou blocos que compõem a alvenaria podem ser constituídos de diferentes materiais,
sendo os mais utilizados os cerâmicos ou de betão.
Qualquer que seja o material utilizado as propriedades desejáveis são:
• Ter resistência à compressão adequada;
• Ter capacidade de aderir à argamassa tornando homogênea a parede;
• Possuir durabilidade frente aos agentes agressivos (umidade, variação de temperatura e ataque
por agentes químicos);
• Possuir dimensões uniformes;
• Resistir ao fogo.

Tijolos Maciços Cerâmicos:


São blocos de barro comum, moldados com arestas vivas e retilíneas, obtidos pela queima da
argila,
que se dá em temperaturas em torno de 1000ºC.
Tipologia
Devem possuir a forma de um paralepípedo retângulo sendo suas dimensões nominais
recomendadas.
Tabela 1 – Dimensões nominais

Comprimento (mm) Largura (mm) Altura (mm)


190 90 57
190 90 90

Devem possuir todas as faces planas, podendo apresentar rebaixos de fabricação em uma das
faces de maior área.
É comum os tijolos apresentarem expansão devido à incorporação de umidade do ambiente. Em
consequência é recomendado que se evite a utilização de blocos ou tijolos cerâmicos com menos
de duas ou três semanas após saírem do forno.
Propriedades mecânicas
Os tijolos podem ser comuns ou especiais.
Os tijolos comuns são classificados em A, B ou C de acordo com as suas propriedades mecânicas

Categoria Resistência à compressão (MPa)


A 1,5
B 2,5
C 4,0
Os tijolos e blocos cerâmicos possuem coeficiente de dilatação térmica pequeno, sendo adotado
um valor médio de 6x10-6 /ºC.
Juntas de dilatação devem ser espaçadas de 12 à 15m, para evitar uma possível fissuração da
alvenaria devido à expansão dos tijolos por incorporação de umidade, ou variação de
temperatura.

Blocos cerâmicos
São blocos vazados moldados com arestas vivas retilíneas, sendo os furos cilíndricos ou
prismáticos.
São produzidos a partir da queima da cerâmica vermelha. A sua conformação é obtida através da
extrusão.
Durante este processo toda a umidade é expulsa e a matéria orgânica é queimada, ocorrendo a
vitrificação com a fusão dos grãos de sílica.

Blocos de vedação
São blocos usados na construção das paredes de vedação.
No assentamento dos blocos cerâmicos de vedação os furos são geralmente dispostos
horizontalmente, o que ocasiona a diminuição da resistência dos painéis de alvenaria.

Blocos portantes
São blocos usados na construção de paredes portantes. Devem ter furos dispostos na direção
vertical.
Esta afirmativa se deve à diferença no mecanismo de ruptura de ambos, que no caso dos furo
verticais formam indícios da situação de colapso, enquanto que no caso de furos horizontais o
colapso é brusco e frágil, não sendo adequado seu uso como material estrutural.
Tipologia
Conforme mencionado, o processo de vitrificação nas faces do bloco compromete a aderência
com a argamassa de assentamento ou revestimento. Por esta razão, as faces dos blocos são
constituídas de ranhuras e saliências.
Dimensões nominais para blocos de vedação e portantes comuns
Dimensões comerciais Dimensões nominais ( mm)
L x H x C (cm) Largura (L) Altura (H) Comprimento (C)
10x20x10 90 190 90
10x20x20 90 190 190
10x20x30 90 190 290
10x20x40 90 190 390
15x20x10 140 190 90
15x20x20 140 190 190
15x20x30 140 190 290
15x20x40 140 190 390
20x20x10 190 190 90
20x20x20 190 190 190
20x20x30 190 190 290
20x20x40 190 190 390

A seguir são apresentadas figuras e dimensões dos blocos cerâmicos estruturais mais comumente
utilizados nas edificações em alvenaria estrutural em blocos cerâmicos.

Bloco Cerâmico 14x19x29 cm


Dimensão real: 14x19x29 cm
Área Bruta: 406 cm²
Peso: 6,0

Bloco Cerâmico 14x19x14 cm


Dimensão real: 14x19x14 cm
Área Bruta: 196 cm²
Peso: 3,0 kg

Bloco Cerâmico Canaleta 14x19x29 cm


Dimensão real: 14x19x29 cm
Peso: 6,0 kg

Bloco Cerâmico 14x19x44 cm


Dimensão real: 14x19x44 cm
Área Bruta: 616 cm²
Peso: 8,4 kg
Bloco Compensador 14x19x4 cm
Dimensão real: 14x19x29 cm
Peso: 1,3 kg

Bloco Canaleta 14x19x44 cm


Dimensão real: 14x19x44 cm
Peso: 9,0

Bloco “J” 14x19x29 cm


Dimensão real: 14x(7 ou 9 ou 11)x19x29 cm
Peso: 6,0 kg

Bloco Canaleta 14x07x29 cm


Dimensão real: 14x07x07x29 cm/
14x09x09x29cm/ 14x11x11x29 cm
Peso: 5,6 kg/5,5 kg/6,2 kg

Bloco Cerâmico 19x19x39 cm


Dimensão real: 19x19x39 cm
Área Bruta: 741 cm²
Peso: 8,5 kg

Bloco Cerâmico 19x19x19 cm)


Dimensão real: 19x19x19 cm
Área Bruta: 361 cm²
Peso: 4,7 kg

Bloco Canaleta 19x19x39 cm


Dimensão real: 19x19x39 cm
Peso: 7,5 kg

Propriedades mecânicas
A resistência à compressão mínima dos blocos na área bruta deve atender aos valores indicados
na tabela, que classifica os blocos em tipo A, B, C, D e F:
Resistência à compressão
Resistência à compressão na
Tipo
área bruta* (MPa)
A 1,5
De vedação
B 2,5
C 4,0
Portante D 7,0
F 10,0
* Área bruta representa a área de qualquer uma das faces.

BLOCOS DE BETÃO
Tipologia
Quanto às dimensões classificam-se em M20 e M15, conforme tabela abaixo:
Tabela 5 – Dimensões nominais
Dimensões Largura (mm) Altura (mm) Comprimento (mm)
M-20 190 190 390 ou 190*
M-15 140 140 390 ou 190*
* meio bloco

Propriedades mecânicas
Os blocos de betão são classificados em classe A e B.
O bloco de classe A aplica-se à alvenarias externas sem revestimento devendo o bloco possuir
resistência característica à compressão maior do que 6 MPa, além de sua capacidade de vedação.
O bloco de classe B aplica-se à alvenarias internas ou externas com revestimento devendo
possuir resistência característica à compressão de no mínimo 4,5 Mpa.
As maiores empresas fabricam blocos que apresentam uma média de resistência à compressão de
12 à 15 MPa podendo atingir até 20 MPa.

Argamassa de assentamento
A argamassa de assentamento é o elemento de ligação entre as unidades de alvenaria,
normalmente constituída de cimento, areia e cal. Cabe salientar que não é correto utilizar os
procedimentos de produção de Betão para produzir argamassas de boa qualidade, pois no Betão
o objetivo final é obter maior resistência à compressão, enquanto na argamassa os objetivos são
os seguintes:
• Solidarizar as unidades transferindo as tensões de maneira uniforme entre as unidades;
• Distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede;
• Absorver pequenas deformações que a alvenaria está sujeita;
• Compensar as irregularidades dimensionais das unidades de alvenaria;
• Selar as juntas contra a entrada de água e vento nas edificações.
Materiais constituintes das argamassas
Cimento
São utilizados cimentos Portland Comum (CP-I), Composto (CP-II) e Alta Resistência Inicial
(CPV).
Podem ser utilizados ainda outros tipos de cimento, como o Cimento Portland Pozolânico
(CPIV) e Alto-Forno (CP-III).
Tem a função de propiciar resistência às argamassas, aumentar a aderência, colaborar em sua
trabalhabilidade e retenção de água.
Quando utilizado cimento em excesso, se aumenta muito a contração da argamassa, prejudicando
a durabilidade da aderência, devido ao fato de quanto maior a quantidade de cimento maior o
calor de hidratação na argamassa.
Esse excesso de calor de hidratação causa a retração da argamassa, ocasionando em trincas e
fissuras.
Os cimentos com maior superfície específica tornam as argamassas mais trabalháveis e com
maior retenção de água.
As argamassas produzidas com os cimentos CP-III e CP-IV tem a tendência de ser tecnicamente
melhores do que as argamassas executadas com os outros tipos de cimento, devido ao seu
endurecimento mais lento, propiciando argamassas com maior capacidade de absorver pequenas
deformações.
Cal
Nas argamassas de assentamento é utilizada a cal hidratada com uma porcentagem de
componentes ativos (CaO e MgO) superior a 88%. Estudos realizados pelo IPT-ABCP
concluíram que a cal hidratada comercializada no Brasil não possui em muitos casos boa
qualidade e não atendem ao
especificado na norma brasileira.
Podem ser utilizadas também cales extintas em obra, capazes de produzir argamassas de melhor
qualidade final.
A adição de cal à argamassa confere a ela plasticidade, retenção de água, coesão e extensão da
aderência.
Areia
A areia permite aumentar o rendimento (ou reduzir o custo da argamassa) e diminuir os efeitos
prejudiciais do excesso de cimento, atuando como agregado inerte na mistura.
As areias grossas aumentam a resistência à compressão da argamassa, enquanto as areias finas
reduzem a resistência, porém aumentam a aderência, sendo portanto preferíveis em alvenaria
estrutural.
As normas britânica e norte americana recomendam as granulometrias das areias destinadas à
Peneira – Abertura Porcentagem (em massa) do Material Passante nas
Peneiras Peneiras
Nominal (mm) BS – 1200 ASTM C - 144
4,8 100 100
2,4 90-100 90-100
1,2 70-100 70-100
0,6 40-80 40-75
0,3 5-40 10-35
0,15 0-10 2-15
argamassas de assentamento, conforme tabela abaixo:

Água
A água é o elemento que permite o endurecimento da argamassa pela hidratação do cimento. É
responsável por uma qualidade fundamental no estado fresco da argamassa, a trabalhabilidade.
A água deve ser dosada a uma quantidade que permita o bom assentamento das unidades, não
causando segregação dos seus constituintes.

PAREDES DE ALVENARIA
As paredes são elementos estruturais, definidos como laminares (uma das dimensões muito
menor do que as outras duas), apoiadas de modo contínuo em sua base.

TIPOLOGIA
De acordo com a sua utilização são classificadas em:
Paredes de vedação
São aquelas que resistem apenas ao seu próprio peso, e tem como função separar ambientes ou
fechamento externo. Não tem responsabilidade estrutural.
Paredes estruturais ou portantes
Tem a finalidade de resistir ao seu peso próprio e outras cargas advindas de outros elementos
estruturais tais como lajes, vigas, paredes de pavimentos superiores, carga de telhado, etc...
Paredes de contraventamento ou enrijecedoras
Paredes estruturais projetadas para enrijecer o conjunto, tornando-o capaz de resistir também a
cargas horizontais como por exemplo o vento.

PROPRIEDADES MECÂNICAS
As paredes de alvenaria são uma combinação de unidades (tijolos ou blocos) e argamassa. Para
que o conjunto trabalhe de modo eficiente é necessário que a argamassa ligue solidariamenre as
unidades tornando o conjunto homogêneo.
A alvenaria tem bom comportamento à compressão, porém fraca resistência aos esforços de
tração.
A resistência das alvenarias à tração na direção vertical depende da aderência da argamassa à
superfície dos tijolos.
Na direção horizontal a resistência à tração, provocada por esforços de flexão, recebe a
contribuição da resistência ao cisalhamento que o transpasse das fiadas dos blocos proporciona.

Estruturas Metálicas
Estruturas Metálicas

Desde a mais remota antiguidade, tem-se notícia do homem a utilizar-se de artefatos de ferro.
Iniciando-se pela descoberta do cobre, que se mostrava demasiadamente ductil , capaz de
deformar-se sob a ação de cargas.
O homem aprimorando as suas próprias realizações, através do empreendimento de sua
capacidade de pensar e de realizar, estabeleceu os princípios da metalurgia, que na definição de
alguns autores, é uma síntese; pressupõe o uso coerente de um conjunto de processos, e não a
prática de um instrumento único.
E esses processos foram-se somando ao longo das necessidades humanas, pois para a síntese da
metalurgia ou da forja, juntam-se as percussões (martelo),o fogo (fornalha), a água (têmpera), o
ar (fole) e os princípios da alavanca.
Imagina-se que, provavelmente, o cobre foi descoberto por acaso, quando alguma fogueira de
acampamento tenha sido feita sobre pedras que continham minério cúprico.
É presumível que algum observador mais arguto tenha notado algo “derretido” pelo calor do
fogo, reproduzindo, mais tarde, o processo propositadamente.
Mas, como já se observou, o cobre é por demais mole para que com ele se fabriquem
instrumentos úteis, em especial nos primórdios das descobertas humanas, bastante caracterizadas
pelas necessidades de coisas brutas.

Um exemplo de estrutura de metal é o Edifício Gherkin em Londres na Inglaterra


Vantagens e Desvantagens na utilização do Aço Estrutura
Como todo material de utilização em construção, o aço estrutural é possuidor de características
que trazem benefícios de toda ordem o que, certamente, proporciona vantagens em sua
utilização.
Muito embora não seja causador de malefícios quando utilizado em construções, é também
necessário estabelecer algumas desvantagens com relação à sua utilização.

Vantagens:
Como principais vantagens da utilização do aço estrutural, podemos citar:
a) Alta resistência do material nos diversos estados de solicitação,tração,
compressão, flexão, etc. O que permite aos elementos estruturais
suportarem grandes esforços apesar das dimensões relativamente pequenas
dos perfis que os compõem.

b) Apesar da alta massa específica do aço, na ordem de 78,50 KN/m3, as


estruturas metálicas são mais leves do que, por exemplo, as estruturas de
Betão armado, proporcionado, assim, fundações menos onerosas.

c) As propriedades dos materiais oferecem grande margem de segurança, em


vista do seu processo de fabricação que proporciona material único e
homogêneo, com limites de escoamento, ruptura e módulo de elasticidade
bem definidos.
d) As dimensões dos elementos estruturais oferecem grande margem de
segurança, pois por terem sido fabricados em oficinas, são seriados e sua
montagem é mecanizada, permitindo prazos mais curtos de execução de
obras.
e) Apresenta possibilidade de desmontagem da estrutura e seu posterior
reaproveitamento em outro local.

f) Apresenta possibilidade de substituição de perfis componentes da estrutura


com facilidade, o que permite a realização de eventuais reforços de ordem
estrutural, caso se necessite estruturas com maior capacidade de suporte de
cargas.

g) Apresenta possibilidade de maior reaproveitamento de material em estoque, ou mesmo, sobras


de obra, permitindo emendas devidamente dimensionadas, que diminuem as perdas de materiais,
em geral corrente em obras.

Desvantagens:
Como principais desvantagens da utilização do aço estrutural, podemos citar:

a) Limitação de fabricação em função do transporte até o local da montagem


final, assim como custo desse mesmo transporte, em geral bastante oneroso.
b) Necessidade de tratamento superficial das peças estruturais contra oxidação devido ao contato
com o ar, sendo que esse ponto tem sido minorado através da utilização de perfis de alta
resistência à corrosão atmosférica, cuja capacidade está na ordem de quatro vezes superior aos
perfis de aço carbono convencionais.

c) Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para a


fabricação e montagem.

d) Limitação, em algumas ocasiões, na disponibilidade de perfis estruturais,


sendo sempre aconselhável antes do início de projetos estruturais, verificar
junto ao mercado fornecedor, os perfis que possam estar em falta nesse
mercado.

Produtos Siderúrgicos e Produtos Metalúrgicos


Os produtos siderúrgicos, via de regra, podem ser classificados de forma geral
em perfis; chapas e barras.
As indústrias siderúrgicas produzem cantoneiras de abas iguais ou desiguais, perfis H, I ou Tê,
perfis tipo U, barras redondas, barras chatas, tubos circulares, quadrados ou retangulares, chapas
em bobinas, finas ou grossas; enquanto os produtos metalúrgicos são os compostos por chapas
dobradas tais como perfis tipo U enrijecido ou não, cantoneiras em geral de abas
iguais, perfil cartola, perfil Z ou trapezoidais, ou ainda, compostos por chapas
soldadas para perfis tipo Tê soldado ou I soldado.

Designação dos perfis


a) Perfis laminados ou conformados a quente:
A designação de perfis metálicos laminados segue determinada ordem
Código, altura (mm.), peso (Kg/m)
Como exemplo de códigos teremos:
L – Cantoneiras de abas iguais ou desiguais
I – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘ I ‘
H – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘H’
U – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘U’
T – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘Tê’

Como exemplo de designação de perfis teremos:


L 50 x 2,46 – Perfil L de abas iguais de 50mm e peso de 2,46 kg/ml
L 100 x 75 x 10,71 – Perfil L de abas desiguais de 100mm de altura por 75mm
de largura e peso de 10,71 kg/ml
I 200 x 27 – Perfil ‘ I ‘ com altura de 200mm e peso de 27 Kg/ml
H 200 x 27 – Perfil ‘ H ‘ com altura de 200mm e peso de 27 Kg/ml
U 200 x 27 – Perfil ‘ U ‘ com altura de 200mm com peso de 27 Kg/ml

b) Perfis de chapa dobrada ou perfis formados a frio (PFF):


A designação de perfis metálicos de chapa dobrada segue determinada ordem
Tipo, Altura, Aba, Dobra, Espessura (todas as medidas em mm)
L – Cantoneiras de abas iguais ou desiguais
U – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘ U ‘ enrijecidos ou não
Como exemplo de designação de perfis teremos:
L 50 x 3 – Perfil L de abas iguais de 50mm e espessura de 3mm
L 50 x 30 x 3 – Perfil L de abas desiguais de 50mm por 30mm e espessura de
3mm
U 150 x 60 x 3 – Perfil U não enrijecido com altura de 150mm, aba de 60mm e
espessura de 3mm
U 150 x 60 x 20 x 3 – Perfil U enrijecido com altura de 150mm, aba de 60mm,
dobra de 20mm e espessura de 3mm
A designação de perfis soldados seguem especificações dos fabricantes sempre na forma de
perfil tipo ‘ I ‘
CS – Perfil coluna soldada (altura e abas com a mesma dimensão)
VS – Perfil viga soldada
CVS – Perfil coluna-viga soldada
Como exemplo de designação de perfis teremos:
CS 250 x 52 – Perfil CS com altura de 250mm e peso de 52 Kg/ml
VS 600 x 95 – Perfil VS com altura de 600mm e peso de 95 kg/ml
CVS 450 x 116 – Perfil CVS com altura de 450mm e peso de 116 Kg/ml

c) Outros produtos:
Chapas finas a frio – possuem espessuras padrão de 0,30mm a 2,65mm e
fornecidas em larguras padronizadas de 1.000mm, 1.200mm e 1.500mm e nos
comprimentos de 2.000mm e 3.000mm, e também sob a forma de bobinas.
Chapas finas a quente – possuem espessuras padrão de 1,20mm a 5,00mm e
fornecidas em larguras padronizadas de 1.000mm, 1.100mmn, 1.200mm,
1.500mm e 1.800mm e nos comprimentos de 2.000mm, 3.000mm e 6.000mm, e
também sob a forma de bobinas.

Chapas grossas – possuem espessuras padrão de 6,3mm a 102mm e


fornecidas em diversas larguras padronizadas de 1.000mm a 3.800mm e em
comprimentos de 6.000mm e 12.000mm.

Barras redondas – apresentadas em amplo numero de bitolas que são utilizadas


em chumbadores, parafusos e tirantes.

Barras chatas – apresentadas nas dimensões de 38 x 4,8 a 304 x 50 (mm).


Barras quadradas – apresentadas nas dimensões de 50mm a 152mm.
Tubos estruturais – apresentados em amplo numero de dimensões e fornecidos em
comprimento padrão de 6.000mm.

Aplicações Gerais das Estruturas Metálicas


Dentre as inúmeras aplicações das estruturas metálicas, podemos citar:
• Telhados
• Edifícios Industriais, Residenciais e Comerciais
• Residências
• Hangares
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PADRÃO COMERCIAL DE PERFIS METÁLICOS
Dispositivos de ligação
Existe uma infinidade de sistemas de ligações utilizáveis em estruturas espaciais.
Alguns destes são sistemas patenteados, bem caracterizados experimentalmente. Outros, no
entanto, são detalhes de ligações geralmente empíricos, projetados na base da intuição e
experiência, sem quaisquer estudos que confirmem seu comportamento, ou baseado em hipóteses
simplistas.
Não é comum o uso de ligação completamente soldada, já que esta apresenta custo elevado e
dificuldades construtivas quando comparada a ligações parafusadas.

Sistema de nó OKTAPLATTE

A maioria dos sistemas de nós patenteados são desenvolvidos para estruturas formadas por
elementos de seção tubular. Neste caso, o sistema pode ser divido em:
-Elemento estrutural (tubo), Nó esférico (ou de formato aproximadamente esférico) e um
dispositivo conector.
As figuras subsequentes apresentam sistemas de ligações que seguem este padrão.
Sistema MERO

VESTRUT

Sistema de
ligação Italiano

Sistema ECO

As ligações em estruturas espaciais podem ser realizadas sem qualquer tipo de dispositivo
especial, neste caso as barras são conectadas juntas através de parafusos.
Neste tipo de detalhe de nó, muitas vezes é necessário variar a seção nas extremidades dos
elementos, para facilitar a ligação entre eles.
Sistema de ligação CATRUS

Nó típico Nó de aço

ELEMENTOS DE LIGAÇÃO
• Rebites;
• Parafusos;
• Porcas;
• Anilhas;
• Metal de adição (No caso de adição de metal para o
processo de soldadura .as propriedades do aditivo não
deverão ser inferiores às dos materiais de base)
• Etc
Ligações de elementos e apoios
• Uniões rígidas, semi-rigidas e articuladas (função da capacidade de rotação).
• Grau de encastramento K, quociente entre o momento real resistente e o momento
correspondente ao encastramento perfeito.
Estruturas De Madeira

Estruturas De Madeira

A madeira é um dos materiais estruturais mais antigos utilizados pelo homem em edificações.
Acrescente-se ainda o fato da madeira possuir um vasto campo de aplicação em construções,
como por exemplo, pontes, residências, igrejas, passarelas, curtumes, cimbramento e em
edificações inseridas em ambientes altamente corrosivos, etc.
Apesar da madeira ter qualidades estruturais bastante apreciáveis, ainda há muito preconceito em
relação a sua utilização como material estrutural. Em grande parte devido a falta de
conhecimento adequado a respeito deste material, da falta de projetos específicos.
Como a maioria dos materiais estruturais a madeira apresenta vantagens e desvantagens em
relação a sua utilização.
Segue abaixo as vantagens e desvantagens da aplicação de madeiras em estruturas de
edificações:

Principais vantagens do uso da madeira:


-É renovável e abundante na natureza;
-Possui elevada resistência em relação a sua baixa massa específica;
-Excelente isolante térmico e acústico;
-Facilidade de trabalho e união das peças;
-Inerte, mesmo quando está exposta a ambientes químicos;
-Baixa demanda de energia para produção;
-Pode ser reempregada várias vezes;
-Tem custo relativamente baixo.
Possíveis desvantagens:
-Possui variações transversais e longitudinais devido a variação da umidade;
-È combustível, principalmente quando se trata de elementos de pequenas dimensões;
-É relativamente venerável ao ataque de insetos e agentes externos de uma forma geral;
-Possui composição bastante heterogênea e anisotrópica;
-Por vezes possui formas que limitam sua utilização;

Além das características citadas acima, podemos citar ainda a beleza


arquitetônica. Provavelmente por se tratar de um material natural e gerar um
visual atraente, que agrada a maioria das pessoas.
Por outro lado, a madeira também possui algumas características
indesejáveis em estruturas. A despeito das desvantagens, alguns dos seus
efeitos podem ser contornados através da utilização de preservativos,
indispensáveis para os projetos de estruturas de madeira expostas às
circunstâncias propicias à proliferação dos efeitos indesejáveis em estruturas
deste tipo.
O tratamento da madeira é indispensável para peças em posições sujeitas a variações de umidade
e de temperatura favoráveis ao desenvolvimento de agentes externos.
Vale citar que apesar da madeira ser inflamável, ela resiste a altas.
Madeiras estruturais
As espécies de madeiras mais utilizadas em estruturas são:
Peroba Rosa, Ipê, Eucalipto, Pinho, Jatobá, Maçaranduba, Garapa, Cumaru,
Aroeira e Itaúba.
A madeira apresenta um comportamento estrutural bastante apreciável,
pois possui resistência mecânica tanto a esforços de tração como a
compressão, além de resistência a tração na flexão e tem resistência a
choques e cargas dinâmicas absorvendo impactos que dificilmente seriam
absorvidos com outros materiais.
Ligações
-Ligações mecânicas
*Ligações com pinos metálicos
No projeto de ligações das estruturas de madeira a segurança é verificada em relação aos
seguintes modos de ruptura, além do respeito aos afastamentos e espaçamentos mínimos.
Modos de ruptura das ligações de estruturas de madeira

Afastamento e espaçamentos mínimos


Interfaces de cortes de uma ligação
Estruturas De
Betão
Estruturas De Betão
O Betão é um material resultante da mistura de cimento, água, agregado graúdo (brita ou
cascalho) e agregado miúdo (areia). No estado fresco, o Betão possui consistência plástica,
podendo ser moldado em formas com dimensões desejadas.
O Betão no estado endurecido tem elevada resistência à compressão, porém sua resistência a
tração é bastante reduzida (cerca de 10% da resistência à compressão.)

Betão armado
É obtido através da colocação de barras de aço no interior do Betão.
As armaduras são posicionadas, no interior da fôrma, antes do lançamento do Betão plástico que
envolve as barras de aço (que possui excelente resistência à tração). O resultado é uma peça
estrutural que pode resistir solidariamente aos esforços de compressão e tração.
As barras de aço, colocadas no interior do Betão, são protegidas contra a corrosão pelo fato de o
Betão ser um meio alcalino. Por outro lado, a fissuração do Betão armado pode permitir o acesso
de ar e água junto às armaduras, reduzindo o grau de proteção das mesmas contra oxidação o que
reduz a eficiência e durabilidade do Betão armado.
A fissuração do Betão pode surgir devido, principalmente, a retração acelerada do Betão, quando
se permite rápida evaporação da água na mistura, assim como devido às tensões de tração
produzidas por solicitações atuantes.

Vantagens e desvantagens do Betão armado


Vantagens do uso do Betão armado como material de construção:

 São materiais econômicos e abundantes no planeta;


 É de fácil moldagem, permitindo adoção das mais variadas formas;
 Emprego extensivo de mão-de-obra não qualificada e equipamentos simples;
 Elevada resistência à ação do fogo;
 Elevada resistência ao desgaste mecânico;
 Grande estabilidade, sob ação de intempéries, dispensando trabalhos de manutenção;
 Aumento da resistência à ruptura com o tempo.

A principal desvantagem do Betão armado é sua massa específica elevada (aproximadamente 2,5
t/m3). Em obras com grandes vãos, as solicitações de peso próprio se tornam excessivas,
resultando em uma limitação prática dos vãos das vigas em Betão armado.
Elementos Estruturais
As estruturas ou sistemas estruturais são constituídas através da disposição racional e adequada
de diversos elementos estruturais. Os elementos estruturais são os responsáveis por receber e
transmitir as solicitações na estrutura, sofrendo como conseqüência deformações. Os elementos
estruturais podem ser:

 Barras: possuem dimensões da seção transversal da mesma ordem de grandeza, e


menores em relação ao seu comprimento e cujo eixo é uma linha reta ou curva aberta. As
barras podem constituir diversos sistemas estruturais. Dentre osprincipais estão:
Viga: estrutura formada por barras alinhadas;
Arco: estrutura formada por barra cujo eixo é uma curva única;
Pórtico: estrutura formada de barras não-alinhadas;
Cabo: formado por uma barra flexível, sem resistência à flexão (resiste bem a esforços de
tração);
Treliça: estrutura constituída por barras dispostas de modo a formar uma rede de triângulos.

 Folhas ou estruturas de superfície: São elementos estruturais que apresentam grandes


superfícies em relação a sua espessura. Nesta classe de elementos podemos ter as
seguintes estruturas:
Chapas: são estruturas formadas por dois planos paralelos muito próximos um do outro,
estando as forças situadas no plano médio. Como exemplo prático podemos citar as vigas-
parede. Quando a chapa é muito fina tem-se uma estrutura laminar;
Placas: estruturas planas nas quais as cargas agem em planos diferentes da superfície
(normalmente perpendiculares);
Membranas: são placas ou cascas que não possuem resistência à flexão;
Cascas: São estruturas limitadas por duas superfícies curvas. Exemplo: cúpulas.

 Blocos: Os blocos possuem as três dimensões com a mesma ordem de grandeza. Para os
blocos não se pode desprezar nenhuma das três dimensões, por este motivo não deve ser
considerado uma estrutura linear (barra) nem estrutura superficial (folha). Como exemplo
de estrutura formada por bloco pode-se citar os blocos de fundações.
Estrutura De Betão

Sistemas estruturais
-Estruturas Lineares
*Vigas
As vigas são estruturas lineares. Podem ser dispostas horizontalmente ou inclinadas, com um ou
mais apoios (móvel ou fixo), engastes, etc, de tal forma a garantir que tais barras sejam no
mínimo isostáticas. Podem ser confeccionadas de madeira, aço, ferro fundido, Betão (armado ou
protendido) e alumínio, com aplicações nos mais diversos tipos de construções.
As figuras a seguir ilustram algumas das aplicações mais comuns do uso de vigas.

Vigas pré-moldadas com ligações tipo pilar-pilar


Viga balcão em Betão armado.

Pilares: são barras verticais que recebem as ações das vigas ou das lajes e dos andares superiores
as transmitem para os elementos inferiores ou para a fundação;

 Fundação: são elementos como blocos, lajes, sapatas, vigas, estacas etc; que transferem
os esforços para o solo.

Pilares alinhados ligados por vigas formam os pórticos, que devem resistir às ações do vento e às
outras ações que atuam no edifício, sendo o mais utilizado elemento de contraventamento.
Em edifícios esbeltos, o travamento também pode ser feito por pórticos treliçados, paredes
estruturais ou núcleos. Os dois primeiros situam-se, em geral, nas extremidades do edifício. Os
núcleos costumam envolver a escada ou da caixa de elevadores.
Nos andares constituídos por lajes e vigas, a união desses elementos pode ser denominada
tabuleiro.
Os termos piso e pavimento devem ser evitados, pois podem ser confundidos com pavimentação.
É crescente o emprego do Betão em pisos industriais e em pavimentos de vias urbanas e
rodoviárias, principalmente nos casos de tráfego intenso e pesado.
Nos edifícios com tabuleiros sem vigas, as lajes se apóiam diretamente nos pilares, sendo
denominadas lajes lisas.
Se nas ligações das lajes com os pilares houver capitéis, elas recebem o nome de lajes-cogumelo.
Nas lajes lisas, há casos em que, nos alinhamentos dos pilares, uma determinada faixa é
considerada como viga, sendo projetada como tal ,são as denominadas vigas-faixa.

CONCLUSÃO
Conclui-se ainda que a importância dos sistemas estruturais não está restrita somente a função de
esqueleto resistente da construção. É notória a sua relação com a arquitetura, uma vez que muitos
sistemas estruturais são visíveis na construção terminada.
A escolha dos materiais de construção adequados, como discutido, são outros aliados
fundamentais para o sucesso de um sistema estrutural e consequentemente da obra como um
todo.
Portanto, para a aplicação de um sistema estrutural, não se deve observar apenas as necessidades
estruturais da obra. Além de relevar o peso da construção e os carregamentos externos, por
exemplo, é necessário levar em conta fatores tão importantes quanto o sistema estrutural em si, a
saber: estudo e especificação dos materiais adequados, estudo e determinação de soluções
econômicas e harmonia entre estrutura e arquitetura.
BIBLIOGRÁFIA/WEBGRÁFIA
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MARCHÃO, Carla; APPLETON, Júlio – Folhas de apoio às aulas de Estruturas de
Betão I, Módulo 1, 2, 3, 4, 5 e 6. 2008/2009.
MARCHÃO, Carla; APPLETON, Júlio – Folhas de apoio às aulas de Estruturas de
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