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Língua Portuguesa
Matemática
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Legislação
LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Elementos envolvidos na interpretação textual3
Toda interpretação de texto envolve alguns elementos, os quais precisam ser levados em consideração para uma interpretação completa
a) Texto: é a manifestação da linguagem. O texto4 é uma unidade global de comunicação que expressa uma ideia ou trata de um assunto
determinado, tendo como referência a situação comunicativa concreta em que foi produzido, ou seja, o contexto. São enunciados constituídos
de diferentes formas de linguagem (verbal, vocal, visual) cujo objetivo é comunicar. Todo texto se constrói numa relação entre essas linguagens,
as informações, o autor e seus leitores. Ao pensarmos na linguagem verbal, ele se estrutura no encadeamento de frases que se ligam por meca-
nismos de coesão (relação entre as palavras e frases) e coerência (relação entre as informações). Essa relação entre as estruturas linguísticas e a
organização das ideias geram a construção de diferentes sentidos. O texto constitui-se na verdade em um espaço de interação entre autores e
leitores de contextos diversos. 5Dizemos que o texto é um todo organizado de sentido construído pela relação de sentido entre palavras e frases
interligadas.
b) Contexto: é a unidade maior em que uma menor se insere. Pode ser extra ou intralinguístico. O primeiro refere-se a tudo mais
que possa estar relacionado ao ato da comunicação, como época, lugar, hábitos linguísticos, grupo social, cultural ou etário dos falantes
aos tempos e lugares de produção e de recepção do texto. Toda fala ou escrita ocorre em situações sociais, históricas e culturais. A con-
sideração desses espaços de circulação do texto leva-nos a descobrir sentidos variados durante a leitura. O segundo se refere às relações
estabelecidas entre palavras e ideias dentro do texto. Muitas vezes, o entendimento de uma palavra ou ideia só ocorre se considerarmos
sua posição dentro da frase e do parágrafo e a relação que ela estabelece com as palavras e com as informações que a precedem ou a
sucedem. Vamos a dois exemplos para entendermos esses dois contextos, muito necessários à interpretação de um texto.
https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/01/o-mundo-visto-bpor-mafaldab.html
Na tirinha anterior, a personagem Mafalda afirma ao Felipe que há um doente na casa dela. Quando pensamos na palavra doente, já pensa-
mos em um ser vivo com alguma enfermidade. Entretanto, ao adentrar o quarto, o leitor se depara com o globo terrestre deitado sobre a cama. A
interpretação desse texto, constituído de linguagem verbal e visual, ocorre pela relação que estabelecemos entre o texto e o contexto extralinguís-
tico. Se pensarmos nas possíveis doenças do mundo, há diversas possibilidades de sentido de acordo com o contexto relacionado, dentre as quais
listamos: problemas ambientais, corrupção, problemas ditatoriais (relacionados ao contexto de produção das tiras da Mafalda), entre outros.
Observemos agora um exemplo de intralinguístico
https://www.imagemwhats.com.br/tirinhas-do-calvin-e-haroldo-para-compartilhar-143/
3 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/o-que-texto.htm
KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda M. Ler e Compreender os Sentidos do Texto. São Paulo: Contexto, 2006.
4 https://www.enemvirtual.com.br/o-que-e-texto-e-contexto/
5 PLATÃO, Fiorin, Lições sobre o texto. Ática 2011.
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Nessa tirinha anterior, podemos observar que, no segundo facilmente, assim como um pouco usado precisará de um grande
quadrinho, a frase “eu acho que você vai” só pode ser compreen- esforço para ser recuperado. Existem alguns tipos de conhecimen-
dida se levarmos em consideração o contexto intralinguístico. Ao to prévio: o intuitivo, o científico, o linguístico, o enciclopédico,
considerarmos o primeiro quadrinho, conseguimos entender a o procedimental, entre outros. No decorrer de uma leitura, por
mensagem completa do verbo “ir”, já que obstemos a informação exemplo, o conhecimento prévio é criado e utilizado. Por exemplo,
que ele não vai ou vai à escola um livro científico que explica um conceito e depois fala sobre a
utilização desse conceito. É preciso ter o conhecimento prévio
c) Intertexto/Intertextualidade: ocorre quando percebemos a sobre o conceito para se aprofundar no tema, ou seja, é algo gra-
presença de marcas de outro(s) texto(s) dentro daquele que esta- dativo. Em leitura, o conhecimento prévio são informações que
mos lendo. Observemos o exemplo a seguir a pessoa que está lendo necessita possuir para ler o texto e com-
preendê-lo sem grandes dificuldades. Isso é muito importante para
a criação de inferências, ou seja, a construção de informações que
não são apresentadas no texto de forma explícita e para a pessoa
que lê conectar partes do texto construindo sua coerência.
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Leitura interpretativa: leitura mais completa, um aprofun-
damento nas ideias discutidas no texto. Relacionamos as infor- O texto deixa implícito que:
mações presentes no texto com diferentes contextos e com pro- - Existe a possibilidade de Neto um dia aproximar-se dos cra-
blemáticas em geral. Nessa fase há um posicionamento do leitor ques citados;
quanto ao que foi lido e criam-se opiniões que concordam ou se - Esses craques são referência de alto nível em sua especiali-
contrapõem dade esportiva;
- Há uma oposição entre Neto e esses craques no que diz res-
Os sentidos no texto peito ao tempo disponível para evoluir.
Interpretar é lidar com diferentes sentidos construídos dentro
do texto. Alguns desses sentidos são mais literais enquanto outros Há dois tipos de informações implícitas: os pressupostos e os
são mais figurados, e exigem um esforço maior de compreensão subentendidos
por parte do leitor. Outros são mais imediatos e outros estão mais
escondidos e precisam se localizados. A) Pressupostos: são sentidos implícitos que decorrem logica-
mente a partir de ideias e palavras presentes no texto. Apesar do
Sentidos denotativo ou próprio pressuposto não estar explícito, sua interpretação ocorre a partir
O sentido próprio é aquele sentido usual da palavra, o sentido da relação com marcas linguísticas e informações explícitas. Obser-
em estado de dicionário. O sentido geral que ela tem na maioria vemos um exemplo:
dos contextos em que ocorre. No exemplo “A flor é bela”, a palavra Maria está bem melhor hoje
flor está em seu sentido denotativo, uma vez que esse é o sentido
literal dessa palavra (planta). O sentido próprio, na acepção tradi- Na leitura da frase acima, é possível compreender a seguinte
cional não é próprio ao contexto, mas ao termo. informação pressuposta: Maria não estava bem nos dias passados.
Consideramos essa informação um pressuposto pois ela pode ser
Sentido conotativo ou figurado deduzida a partir da presença da palavra “hoje”.
O sentido conotativo é aquele sentido figurado, o qual é muito
presente em metáforas e a interpretação é geralmente subjetiva e Marcadores de Pressupostos
relacionada ao contexto. É o sentido da palavra desviado do usual, - Adjetivos ou palavras similares modificadoras do substan-
isto é, aquele que se distancia do sentido próprio e costumeiro. tivo
Assim, em “Maria é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido Ex.: Julinha foi minha primeira filha.
figurado, pois significa delicadeza e beleza. “Primeira” pressupõe que tenho outras filhas e que as outras
nasceram depois de Julinha.
Sentidos explícitos e implícitos9
Os sentidos podem estar expressos linguisticamente no texto Ex.: Destruíram a outra igreja do povoado.
ou podem ser compreendidos por uma inferência (uma dedução) a “Outra” pressupõe a existência de pelo menos uma igreja
partir da relação com os contextos extra e intralinguísticos. Frente além da usada como referência.
a isso, afirmamos que há dois tipos de informações: as explícitas e
as implícitas. - Certos verbos
As informações explícitas são aquelas que estão verbalizadas Ex.: Renato continua doente.
dentro de um texto, enquanto as implícitas são aquelas informa- O verbo “continua” indica que Renato já estava doente no
ções contidas nas “entrelinhas”, as quais precisam ser interpreta- momento anterior ao presente.
das a partir de relações com outras informações e conhecimentos
prévios do leitor. Ex.: Nossos dicionários já aportuguesaram a palavra copydesk.
Observemos o exemplo abaixo O verbo “aportuguesar” estabelece o pressuposto de que
Maria é mãe de Joana e Luzia. copidesque não existia em português.
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Ex.: Os brasileiros que não se importam com a coletividade Na imagem há uma combinação de linguagem verbal e não
só se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na rua, verbal, juntas elas fornecem o insumo necessário para o bom en-
fecham os cruzamentos, etc. tendimento e compreensão da temática.
Nesse caso, o pressuposto é outro: “alguns” brasileiros não se Em uma leitura superficial, uma leitura sem inferências, o
importam com a coletividade. leitor poderia cair no erro de não perceber a intenção real do au-
tor, a denúncia sobre a violência. Portanto, para realizar uma boa
No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo, é res- interpretação é necessário atentar-se aos detalhes e fazer certos
tritiva. As explicativas pressupõem que o que elas expressam se questionamentos como:
refere à totalidade dos elementos de um conjunto; as restritivas, - Por que o Cristo Redentor sente-se “incomodado” e “expos-
que o que elas dizem concerne apenas a parte dos elementos de to a riscos”?
um conjunto. O produtor do texto escreverá uma restritiva ou uma - O que significam as balas que o cercam por todos os lados?
explicativa segundo o pressuposto que quiser comunicar. - Por que o Cristo Redentor está usando colete à prova de
balas?
B) Subentendidos: são sentidos e valorações entendidos que
não estão marcados linguisticamente no texto. A compreensão do A partir de questionamentos como os citados acima é possível
subentendido se dá a partir de relações que você estabelece com adentrar no contexto social, Rio de Janeiro violento, que instaura
seus conhecimentos prévios e fatos extralinguísticos. Observemos críticas e denúncias a determinada realidade.
o exemplo a seguir: Portanto, ao inferir, o leitor é capaz de constatar os detalhes
ocultos que transformam a leitura simples em uma leitura reflexi-
Uma visita, em um dia muito quente e ensolarado, chega em va.
sua casa. Após sentar em seu sofá, ela diz:
- Nossa! Esse calor dá uma sede. Ampliação de Sentido
Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a
A partir dessa frase, você pode interpretar que a pessoa pre- designar uma quantidade mais ampla de objetos ou noções do que
cisa ou quer água, o que poderia levá-lo a oferecer água para a originariamente.
visita. Essa interpretação não ocorre pela presença de uma palavra “Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada para
expressa, mas pela relação entre a frase e o contexto de produção designar o ato de viajar em um barco, ampliou consideravelmente
dela. o sentido e passou a designar a ação de viajar em outros veículos.
Hoje se diz, por ampliação de sentido, que um passageiro:
Inferência - embarcou num ter.
A inferência é um processo de dedução dos sentidos contidos - embarcou no ônibus dás dez.
no texto. Ela consiste em descobrir os significados que estão nas - embarcou no avião da força aérea.
entrelinhas. Por meio de relações intra e extratextuais, podemos - embarcou num transatlântico.
compreender e interpretar aqueles sentidos que não estão linguis-
ticamente materializados no texto. Toda vez que uma questão de “Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que
prova pedir para você inferir sobre um determinado sentido, você escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por amplia-
deverá deduzir os sentidos baseados na relação que essa palavra ção de sentido, passou a designar qualquer tipo de praticante do
ou frase estabelece com as outras ao seu redor (contexto intralin- esporte de escalar montanhas.
guístico) e nas relações estabelecidas com os contextos sócio-his- Restrição de Sentido
tórico-cultural (contexto extralinguístico). Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento inverso,
isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade mais restrita
Segue abaixo uma ilustração para análise exemplificação: de objetos ou noções do que originariamente. É o caso, por exem-
plo, das palavras que saem da língua geral e passam a ser usadas
com sentido determinado, dentro de um universo restrito do co-
nhecimento.
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura gra-
matical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na língua
geral, ela significa qualquer junção de elementos para formar um
todo, porém em Gramática designa apenas um tipo de formação
de palavras por composição em que a junção dos elementos acar-
reta alteração de pronúncia, como é o caso de pernilongo (perna +
longa).
Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais aglu-
tinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por exemplo, que
designa uma personagem de desenhos animados, não se formou
por aglutinação, mas por justaposição.
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o signifi-
cado das palavras para dar precisão à comunicação.
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, não
pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que gira em
torno do Sol: seu sentido sofreu restrição, e ela serve para desig-
https://esteeomeusangue.wordpress.com/2010/09/28/cristo-reden- nar apenas um tipo de flor que tem a propriedade de acompanhar
tor-e-eleito-uma-das-maravilhas-do-mundo o movimento do Sol.
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Há certas palavras que, além do significado explícito, contêm ideia principal, denominado tópico-frasal. Para localizar as ideias
outros implícitos (ou pressupostos). principais do texto, é necessário encontrar cada um deles nos pa-
Os exemplos são muitos. É o caso do adjetivo outro, por exem- rágrafos.
plo, que indica certa pessoa ou coisa, pressupondo necessaria- No texto acima possuímos dois parágrafos. Cada um deles é
mente a existência de ao menos uma além daquela indicada. construído em torno de uma ideia núcleo. No primeiro parágrafo
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que nunca podemos perceber que a ideia principal está expressa já no primei-
lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu outro livro. ro período “Definir o que seja arquitetura, tal como ela significa na
O uso de outro pressupõe necessariamente ao menos um livro atualidade, é como tentar fazê-lo para as demais artes técnicas ou
além daquele que está sendo autografado. ciências”. Por ser a introdução desse parágrafo, sabemos que essa
também é a ideia principal do texto. Dessa forma, concluímos que
A interpretação e a organização do texto e a ideia central todo o texto se construirá em torno da definição do conceito de
Em muitas questões de prova, é requerido ao candidato a arquitetura. Já no segundo parágrafo, também temos uma ideia
identificação da ideia principal do texto e do ponto de vista defen- principal, expressa no período “Arquitetura é antes de mais nada
dido pelo autor. Isso exige de você a capacidade de localizar, sele- construção, mas construção concebida com o propósito primordial
cionar e resumir informações dentro do texto. Para isso é necessá- de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e
rio um conhecimento acerca da forma como um texto é construído visando a determinada intenção”. Todas as informações que apa-
e como as ideias são organizadas. recem no restante de cada um desses parágrafos apontam para as
Geralmente, esse tipo de questão aborda, predominante- respectivas ideias principais, com vistas a desenvolvê-la, justificá-
mente, o tipo argumentativo. Dessa forma, abordaremos essa -la, exemplificá-la, entre outros propósitos.
organização das informações dentro de um texto argumentativo Para compreender as temáticas bem como as opiniões discuti-
e as formas de como encontrar as ideias principais bem como as das é importante encontrar cada uma dessas ideias núcleos como
opiniões defendidas pelo autor. veremos no exemplo abaixo
Observemos o seguinte exemplo
“Incalculável é a contribuição do famoso neurologtista aus-
O que é arquitetura? tríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade
Definir o que seja arquitetura, tal como ela significa na atua- humana. Sigmund Freud (1859-1939) conseguiu acender luzes nas
lidade, é como tentar fazê-lo para as demais artes, técnicas ou camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e sub-
ciências, pois, em um mundo complexo e sujeito a mudanças tão consciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos
aceleradas, a dinâmica da vida toma indispensável um constan- anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colabora-
te reexame do pensamento teórico e prático. Entretanto, há um ção com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre
notável consenso acerca da definição dada a seguir, conforme foi a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hip-
sugerida, já em 1940, pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa (1902- notismo, inventou o método que até hoje é usado pela psicanálise:
1998): o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas
“Arquitetura é antes de mais nada construção, mas construção pela terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de
concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o descobrir a fonte das perturbações mentais. Para este caminho de
espaço para determinada finalidade e visando a determinada in- regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente
tenção. E, nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se, da linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como
ela se revela igualmente arte plástica, porquanto nos inumeráveis compensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.
problemas com que se defronta o arquiteto desde a germinação do Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo
projeto até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose
específico, certa margem final de opção entre os limites — máximo é de origem sexual.”
e mínimo —determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, (Salvatore D’Onofrio)
condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos
pelo programa, — cabendo então ao sentimento individual do Primeiro Conceito do Texto: “Incalculável é a contribuição do
arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher, na escala famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a
dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859-1939)
apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique
idealizada.” humana: o inconsciente e subconsciente.” O autor do texto afirma,
COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contem- inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender
porânea (1940). In: Lúcio Costa. Registro de uma vivência. São os níveis mais profundos da personalidade humana, o inconsciente
Paulo: Empresa das Artes, 1995 (fragmento), com adaptações. e subconsciente.
Segundo Conceito do Texto: “Começou estudando casos clí-
Todo texto dissertativo-argumentativo desenvolve-se em tor- nicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda
no de uma ideia principal. No texto anterior podemos observar da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e
que toda construção de frases e parágrafos se faz em torno da Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com
ideia de se conceituar arquitetura. Essa discussão em um texto os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até
argumentativo não é desordenada, mas há um padrão de estrutu- hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e
ração da ideia central e das ideias secundárias. de sentimentos, estimuladas pela terapeuta por palavras dirigidas
As ideias discutidas são estruturadas entre os parágrafos que ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações men-
constituem o texto. Cada parágrafo se constrói em torno de uma tais.” A segunda ideia núcleo mostra que Freud deu início a sua
ideia diferente. Porém, todas elas apontam para a ideia central. pesquisa estudando os comportamentos humanos anormais ou
Dentre os vários períodos que compõem o parágrafo, um traz a doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método, criou
o das “livres associações de ideias e de sentimentos”.
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Terceiro Conceito do Texto: “Para este caminho de regresso às - Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia
origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da lingua- a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto
gem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compen- pelo autor.
sação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.” Aqui, está explici- - Leia bastantes textos de diversas áreas, assuntos distintos
tado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da nos trazem diferentes formas de pensar. Leia textos de bom nível.
compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica - Pratique com exercícios de interpretação. Questões simples,
dos desejos não realizados ao longo da vida do dia a dia. mas que nos ajudam a ter certeza que estamos prestando atenção
na leitura.
Quarto Conceito do Texto: “Mas a grande novidade de Freud, - Cuidado com o “olho ninja”, aquele que quando damos con-
que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação ta, já está no final da página, e nem lembra o que lemos no meio
da tese de que toda neurose é de origem sexual.” Por fim, o texto dela. Talvez seja hora de descansar um pouco, ou voltar a ler aque-
afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afir- le ponto no qual estávamos mais atentos.
mando a novidade de que todo o trauma psicológico é de origem - Ative seu conhecimento prévio antes de iniciar o texto.
sexual. Qualquer informação, mínima que seja, nos ajuda a compreender
melhor o assunto do texto.
Relação entre ideias
A relação entre ideias é um dos elementos mais importantes Além dessas dicas importantes, você também pode grifar
na construção de um texto coeso e coerente. A capacidade de palavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu vo-
conectar pensamentos e conceitos de forma lógica é fundamental cabulário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são
para que o leitor possa compreender a mensagem que o autor uma distração, mas também um aprendizado.
deseja transmitir. Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a com-
Essa conexão pode ser estabelecida de diversas maneiras, preensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula
como por exemplo através de palavras-chave que indicam uma nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora
relação de causa e efeito, comparação, contraste, exemplificação, nosso foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além
entre outras. Também é possível utilizar recursos de coesão tex- de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória.
tual, como pronomes e conectivos, para indicar a relação entre as
ideias. Erros de Interpretação
Além disso, é importante que as ideias apresentadas no texto Existem alguns erros de interpretação que podem prejudicar a
estejam organizadas de forma coerente e estruturada. Isso signi- seleção e compreensão das ideias presentes no texto:
fica que as informações devem ser apresentadas de forma clara 1. Desatenção: Todo tipo de linguagem e toda informação,
e em uma ordem que faça sentido, de modo que o leitor possa por menor que pareça, deve ser levada em consideração. Às vezes
acompanhar o raciocínio do autor e compreender a mensagem de uma pequena desatenção a um dos aspectos do texto pode gerar
maneira efetiva. uma falha na interpretação.
Vale ressaltar que a relação entre as ideias não se limita ape- 2. Extrapolação10: É uma superinterpretação do texto. A partir
nas à conexão entre frases e parágrafos, mas também envolve a de relações excessivas com outras ideias e contextos, você pode
relação entre o tema do texto e as informações apresentadas. É fazer conclusões e entendimentos sem fundamento no texto.
fundamental que o autor mantenha o foco no assunto abordado Ocorre quando encontramos informações nas entrelinhas que não
e estabeleça uma relação clara entre as ideias e o tema central do estão sugeridas ou motivadas pelo texto.
texto. 3. Redução: Oposto à extrapolação. É atentar-se apenas a
Portanto, para produzir um texto de qualidade e eficiente, é alguns aspectos e ideias do texto, deixando de lado outras que
necessário dominar a habilidade de estabelecer relações entre as parecem irrelevantes. Tudo o que está no texto é importante e
ideias apresentadas. Essa habilidade é essencial para garantir que considerável.
o texto seja coeso, coerente e capaz de transmitir a mensagem de 4. Contradição: a contradição às vezes pode ser um recurso
forma clara e objetiva ao leitor. de argumentação dentro do texto. A fim de defender um ponto de
vista, o autor coloca opiniões em contradição. É necessário tomar
Outras dicas para Interpretar um Texto cuidado para não interpretar erroneamente e confundir a opinião
- Faça uma primeira leitura superficial, para identificar a ideia defendida pelo autor.
central do texto, e assim, levantar hipóteses e saber sobre o que se 5. Atenção: mesmo que você tenha sua opinião, na hora de
fala. discutir as ideias do texto, você deve considerar a opiniões do
- Leia as questões antes de fazer uma segunda leitura mais autor, materializadas e defendidas no texto.
detalhada. Assim, você economiza tempo se no meio da leitura
identificar uma possível resposta. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E DOS
- Preste atenção nas informações não verbais. Tudo que vem PARÁGRAFOS
junto com o texto, é para ser usado ao seu favor. Por isso, imagens, São três os elementos essenciais para a composição de um tex-
gráficos, tabelas, etc., servem para facilitar nossa leitura. to: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Vamos estudar
- Use o texto. Rabisque, anote, grife, circule... enfim, procure a cada uma de forma isolada a seguir:
melhor forma para você, pois cada um tem seu jeito de resumir e
pontuar melhor os assuntos de um texto. Introdução
- Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens im- É a apresentação direta e objetiva da ideia central do texto. A
portantes; tente localizar a ideia central de cada parágrafo. introdução é caracterizada por ser o parágrafo inicial.
- Marque palavras como não, exceto, respectivamente, etc.,
pois fazem diferença na escolha adequada.
10 http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbe-
tes/extrapolacao-na-leitura
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LÍNGUA PORTUGUESA
Desenvolvimento Tipos textuais
Quando tratamos de estrutura, é a maior parte do texto. O A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali-
desenvolvimento estabelece uma conexão entre a introdução e a dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se
conclusão, pois é nesta parte que as ideias, argumentos e posicio- apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão
namento do autor vão sendo formados e desenvolvidos com a fina- específico para se fazer a enunciação.
lidade de dirigir a atenção do leitor para a conclusão. Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas característi-
Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e ap- cas:
tas a fazer com que o leitor anteceda qual será a conclusão.
Apresenta um enredo, com ações e
São três principais erros que podem ser cometidos na elabora- relações entre personagens, que ocorre
ção do desenvolvimento: em determinados espaço e tempo. É
- Distanciar-se do texto em relação ao tema inicial. TEXTO NARRATIVO
contado por um narrador, e se estrutura
- Focar em apenas um tópico do tema e esquecer dos outros. da seguinte maneira: apresentação >
- Falar sobre muitas informações e não conseguir organizá-las, desenvolvimento > clímax > desfecho
dificultando a linha de compreensão do leitor.
Tem o objetivo de defender determinado
Conclusão TEXTO ponto de vista, persuadindo o leitor a
Ponto final de todas as argumentações discorridas no desen- DISSERTATIVO partir do uso de argumentos sólidos.
volvimento, ou seja, o encerramento do texto e dos questionamen- ARGUMENTATIVO Sua estrutura comum é: introdução >
tos levantados pelo autor. desenvolvimento > conclusão.
Ao fazermos a conclusão devemos evitar expressões como: Procura expor ideias, sem a necessidade
“Concluindo...”, “Em conclusão, ...”, “Como já dissemos antes...”. de defender algum ponto de vista. Para
isso, usa-se comparações, informações,
Parágrafo TEXTO EXPOSITIVO
definições, conceitualizações etc. A
Se caracteriza como um pequeno recuo em relação à margem estrutura segue a do texto dissertativo-
esquerda da folha. Conceitualmente, o parágrafo completo deve argumentativo.
conter introdução, desenvolvimento e conclusão.
Expõe acontecimentos, lugares, pessoas,
- Introdução – apresentação da ideia principal, feita de maneira
de modo que sua finalidade é descrever,
sintética de acordo com os objetivos do autor.
TEXTO DESCRITIVO ou seja, caracterizar algo ou alguém. Com
isso, é um texto rico em adjetivos e em
- Desenvolvimento – ampliação do tópico frasal (introdução),
verbos de ligação.
atribuído pelas ideias secundárias, a fim de reforçar e dar credibili-
dade na discussão. Oferece instruções, com o objetivo de
- Conclusão – retomada da ideia central ligada aos pressupos- TEXTO INJUNTIVO orientar o leitor. Sua maior característica
tos citados no desenvolvimento, procurando arrematá-los. são os verbos no modo imperativo.
Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com introdução,
desenvolvimento e conclusão): Gêneros textuais
Existem diferentes nomenclaturas11 relacionadas à questão
“Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha. dos gêneros, porém nem todas se referem a mesma coisa. É es-
Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado sencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero literário e
perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psico- tipo textual. Cada uma dessas classificações é referente aos textos,
trópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão porém é preciso ter atenção, cada uma possui um significado total-
estrutura suficiente para atender à demanda. Enfim, viveremos o mente diferente da outra. Veja uma breve descrição do que é um
caos. ” gênero literário e um tipo textual:
(Alberto Corazza, Isto É, com adaptações) Gênero Textuais: referem-se às formas de organização dos
textos de acordo com as diferentes situações de comunicação.
Elemento relacionador: Nesse contexto. Podem ocorrer nas diferentes esferas de comunicação (literária,
Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha. jornalística, digital, judiciária, entre outras). São exemplos de gêne-
Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação do ros textuais: romance, conto, receita, notícia, bula de remédio.
consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce Gênero Literário – são os gêneros textuais em que a constitui-
sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação ção da forma, a aplicação do estilo autoral e a organização da lin-
de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. guagem possuem uma preocupação estética. São classificados de
Conclusão: Enfim, viveremos o caos. acordo com a sua forma, podendo ser do gênero lírico, dramático
ou épico. Pode-se afirmar que todo gênero literário é um gênero
Tipologia Textual textual, mas nem todo gênero textual é um gênero literário.
A partir da estrutura linguística, da função social e da finali-
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas
11 O gênero textual também pode ser denominado de gênero discursivo. Essa
classificações.
nomenclatura se altera de acordo com a perspectiva teórica, sendo que em uma
as questões discursivas ideológicas e sociais são levadas mais em consideração,
enquanto em outra há um enfoque maior na forma. Nesse momento não trabalha-
remos com essa diferença.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipo Textual - é a forma como a linguagem se estrutura dentro Epitalâmia
de cada um dos gêneros. Refere-se ao emprego dos verbos, po- Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites ro-
dendo ser classificado como narrativo, descritivo, expositivo, dis- mânticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia
sertativo-argumentativo, injuntivo, preditivo e dialogal. Cada uma é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
dessas classificações varia de acordo como o texto se apresenta e
com a finalidade para o qual foi escrito. Ode (ou hino)
Exporemos abaixo os gêneros discursivos mais comuns. Cada É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à
um dos gêneros são agrupados segundo a predominância do tipo pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a
textual. alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acom-
A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe- panhamento musical.
cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir
da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo Idílio (ou écloga)
não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual, Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem
podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o
padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as- poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de
sim como a própria língua e a comunicação, no geral. tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece
Alguns exemplos de gêneros textuais: ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um
• Artigo idílio com diálogos (muito rara).
• Bilhete
• Bula Sátira
• Carta É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém
• Conto ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo, pode
• Crônica abordar críticas sociais, a costumes de determinada época, assun-
• E-mail tos políticos, ou pessoas de relevância social.
• Lista
• Manual Acalanto
• Notícia Canção de ninar.
• Poema
• Propaganda Acróstico
• Receita culinária Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso for-
• Resenha mam uma palavra ou frase. Ex.:
• Seminário
Amigos são
Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em Muitas vezes os
determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex- Irmãos que escolhemos.
to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária, Zelosos, eles nos
por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali- Ajudam e
dade e à função social de cada texto analisado. Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira e
Eterna
Gêneros Textuais e Gêneros Literários https://www.todamateria.com.br/acrostico/
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LÍNGUA PORTUGUESA
te do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concep- da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
ções de prosa com características diferentes: o romance, a novela, cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
o conto, a crônica, a fábula. linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
Épico (ou Epopeia) o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exalta- e caem em desuso.
ção, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exem- Língua escrita e língua falada
plos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero. A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
Ensaio parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didáti- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
co, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respei- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
to de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em for- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
malidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas
de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, de John Linguagem popular e linguagem culta
Locke. Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
Gênero Dramático nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “aconte- valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
ce” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os o diálogo é usado para representar a língua falada.
papéis das personagens nas cenas.
Linguagem Popular ou Coloquial
Tragédia Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era “uma guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspi- nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
rando dó e terror”. Ex.: Romeu e Julieta, de Shakespeare. que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
Farsa irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego expressão dos esta dos emocionais etc.
de processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos, a
caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, A Linguagem Culta ou Padrão
o engano. É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
Comédia truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
É a representação de um fato inspirado na vida e no senti- cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
mento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
populares. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
Tragicomédia cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômi-
cos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
Poesia de cordel arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte ape- a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
lo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
da realidade vivida por este povo. Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
NÍVEIS DE LINGUAGEM
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário
NÍVEIS DE LINGUAGEM de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
Definição de linguagem “mina”, “tipo assim”.
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo
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LÍNGUA PORTUGUESA
Linguagem vulgar -abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplos: A gravidez deve
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco ser tranquila. (o abstrato gravidez está no lugar do concreto, ou
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar seja, mulheres grávidas).
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
comida”. - instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Os microfo-
nes foram atrás dos jogadores. (Os repórteres foram atrás dos jo-
Linguagem regional gadores.)
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- - lugar pelo produto. Exemplo: Fumei um saboroso havana.
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, (Fumei um saboroso charuto.).
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. - símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Não te afas-
tes da cruz. (Não te afastes da religião.).
FIGURAS DE LINGUAGEM
- a parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os desabrigados.
(a parte teto está no lugar do todo, “o lar”).
As figuras de linguagem são recursos especiais usados por
quem fala ou escreve, para dar à expressão mais força, intensidade - indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: O homem foi à Lua.
e beleza. (Alguns astronautas foram à Lua.).
São três tipos: - singular pelo plural. Exemplo: A mulher foi chamada para ir às
Figuras de Palavras (tropos); ruas. (Todas as mulheres foram chamadas, não apenas uma)
Figuras de Construção (de sintaxe);
Figuras de Pensamento. - gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Os mortais so-
Figuras de Palavra frem nesse mundo. (Os homens sofrem nesse mundo.)
É a substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego - matéria pelo objeto. Exemplo: Ela não tem um níquel. (a ma-
figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contigui- téria níquel é usada no lugar da coisa fabricada, que é “moeda”).
dade), seja por uma associação, uma comparação, uma similarida-
de. São as seguintes as figuras de palavras: Atenção: Os últimos 5 exemplos podem receber também o
nome de Sinédoque.
Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão
em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude Perífrase: substituição de um nome por uma expressão para
da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende facilitar a identificação. Exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de
entre elas certas semelhanças. Observe o exemplo: Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa) Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de
antonomásia.
Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta Exemplos:
estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o
pensamento. bem.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.
Comparação: é a comparação entre dois elementos comuns;
semelhantes. Normalmente se emprega uma conjunção comparati- Sinestesia: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as
va: como, tal qual, assim como. sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo:
No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (si-
“Sejamos simples e calmos lêncio = auditivo; negro = visual)
Como os regatos e as árvores”
Fernando Pessoa Catacrese: A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de
um termo específico para designar um conceito, toma-se outro
Metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de ou- “emprestado”. Passamos a empregar algumas palavras fora de seu
tro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. sentido original. Exemplos: “asa da xícara”, “maçã do rosto”, “braço
Observe os exemplos abaixo: da cadeira” .
-autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler Machado de Figuras de Construção
Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)
Ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao
-efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Vivo do meu trabalho. significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expres-
(o trabalho é causa e está no lugar do efeito ou resultado). sividade que se dá ao sentido. São as mais importantes figuras de
construção:
- continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma caixa de
bombons. (a palavra caixa, que designa o continente ou aquilo que Elipse: consiste na omissão de um termo da frase, o qual, no
contém, está sendo usada no lugar da palavra bombons). entanto, pode ser facilmente identificado. Exemplo: No fim da co-
memoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias. (Omissão do
verbo haver: No fim da festa comemoração, sobre as mesas, copos
e garrafas vazias).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Pleonasmo: consiste no emprego de palavras redundantes Zeugma: omissão de um ou mais termos anteriormente enun-
para reforçar uma ideia. Exemplo: Ele vive uma vida feliz. ciados. Exemplo: Ele gosta de geografia; eu, de português. (na se-
Deve-se evitar os pleonasmos viciosos, que não têm valor de gunda oração, faltou o verbo “gostar” = Ele gosta de geografia; eu
reforço, sendo antes fruto do desconhecimento do sentido das pa- gosto de português.).
lavras, como por exemplo, as construções “subir para cima”, “entrar Assíndeto: quando certas orações ou palavras, que poderiam
para dentro”, etc. se ligar por um conectivo, vêm apenas justapostas. Exemplo: Vim,
vi, venci.
Polissíndeto: repetição enfática do conectivo, geralmente o “e”.
Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e pulavam, e dançavam. Anáfora: repetição de uma palavra ou de um segmento do
Inversão ou Hipérbato: alterar a ordem normal dos termos ou texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura de cons-
orações com o fim de lhes dar destaque: trução muito usada em poesia. Exemplo: Este amor que tudo nos
“Justo ela diz que é, mas eu não acho não.” (Carlos Drummond toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus nos inspira,
de Andrade) e que um dia nos há de salvar
“Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não
sei.” (Graciliano Ramos) Paranomásia: palavras com sons semelhantes, mas de signi-
Observação: o termo deseja realçar é colocado, em geral, no ficados diferentes, vulgarmente chamada de trocadilho. Exemplo:
início da frase. Comemos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa.
Anacoluto: quebra da estrutura sintática da oração. O tipo mais Neologismo: criação de novas palavras. Exemplo: Estou a fim
comum é aquele em que um termo parece que vai ser o sujeito da do João. (estou interessado). Vou fazer um bico. (trabalho tempo-
oração, mas a construção se modifica e ele acaba sem função sintá- rário).
tica. Essa figura é usada geralmente para pôr em relevo a ideia que
consideramos mais importante, destacando-a do resto. Exemplo: Figuras de Pensamento
O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem.
A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Utilizadas para produzir maior expressividade à comunicação,
Castelo Branco) as figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias,
pensamentos.
Silepse: concordância de gênero, número ou pessoa é feita
com ideias ou termos subentendidos na frase e não claramente ex- Antítese: Corresponde à aproximação de palavras contrárias,
pressos. A silepse pode ser: que têm sentidos opostos. Exemplo: O ódio e o amor andam de
- de gênero. Exemplo: Vossa Majestade parece desanimado. (o mãos dadas.
adjetivo desanimado concorda não com o pronome de tratamento
Vossa Majestade, de forma feminina, mas com a pessoa a quem Apóstrofe: interrupção do texto para se chamar a atenção de
esse pronome se refere – pessoa do sexo masculino). alguém ou de coisas personificadas. Sintaticamente, a apóstrofe
- de número. Exemplo: O pessoal ficou apavorado e saíram cor- corresponde ao vocativo. Exemplo: Tende piedade, Senhor, de to-
rendo. (o verbo sair concordou com a ideia de plural que a palavra das as mulheres.
pessoal sugere).
- de pessoa. Exemplo: Os brasileiros amamos futebol. (o sujeito Eufemismo: Atenua o sentido das palavras, suavizando as ex-
os brasileiros levaria o verbo na 3ª pessoa do plural, mas a concor- pressões do discurso Exemplo: Ele foi para o céu. (Neste caso, a ex-
dância foi feita com a 1ª pessoa do plural, indicando que a pessoa pressão “para a céu”, ameniza o discurso real: ele morreu.)
que fala está incluída em os brasileiros).
Gradação: os termos da frase são fruto de hierarquia (ordem
Onomatopeia: Ocorre quando se tentam reproduzir na forma crescente ou decrescente). Exemplo: As pessoas chegaram à festa,
de palavras os sons da realidade. sentaram, comeram e dançaram.
Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
Miau, miau. (Som emitido pelo gato) Hipérbole: baseada no exagero intencional do locutor, isto é,
Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar. expressa uma ideia de forma exagerada.
Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. (Ligou
As onomatopeias, como no exemplo abaixo, podem resultar da várias vezes, mas não literalmente 1 milhão de vezes ou mais).
Aliteração (repetição de fonemas nas palavras de uma frase ou de
um verso). Ironia: é o emprego de palavras que, na frase, têm o sentido
“Vozes veladas, veludosas vozes, oposto ao que querem dizer. É usada geralmente com sentido sar-
volúpias dos violões, vozes veladas, cástico. Exemplo: Quem foi o inteligente que usou o computador e
vagam nos velhos vórtices velozes apagou o que estava gravado?
dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
Paradoxo: Diferente da antítese, que opõem palavras, o pa-
(Cruz e Sousa) radoxo corresponde ao uso de ideias contrárias, aparentemente
Repetição: repetir palavras ou orações para enfatizar a afirma- absurdas. Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. (Neste caso, o
ção ou sugerir insistência, progressão: mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa.)
“E o ronco das águas crescia, crescia, vinha pra dentro da ca- Personificação ou Prosopopéia ou Animismo: atribuição de
sona.” (Bernardo Élis) ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos, seres irracio-
“O mar foi ficando escuro, escuro, até que a última lâmpada se nais ou outras coisas inanimadas. Exemplo: O vento suspirou essa
apagou.” (Inácio de Loyola Brandão) manhã. (Nesta frase sabemos que o vento é algo inanimado que
não suspira, sendo esta uma “qualidade humana”.)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Reticência: suspender o pensamento, deixando-o meio velado. Exemplo:
“De todas, porém, a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se digo.” (Machado de Assis)
Retificação: consiste em retificar uma afirmação anterior. Exemplos: O médico, aliás, uma médica muito gentil não sabia qual seria o
procedimento.
Coerência e a coesão
A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpretação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os compo-
nentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa.
Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao
conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.
Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de conectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida a
partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (antecipa um componente).
Confira, então, as principais regras que garantem a coesão textual:
Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.
• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundante, ainda que seja expressa com palavras diferentes.
• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumentação.
• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semântica: inserir informações novas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à progressão
de ideias.
Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomendáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimento
de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do leitor; e
informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessantes e pouco previsíveis.
TIPOS DE DISCURSO
Discurso direto
É a fala da personagem reproduzida fielmente pelo narrador, ou seja, reproduzida nos termos em que foi expressa.
— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores completamente bêbados, não é?
Foi aí que um dos bêbados pediu:
— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é o seu marido que os outros querem ir para casa.
(Stanislaw Ponte Preta)
Observe que, no exemplo dado, a fala da personagem é introduzida por um travessão, que deve estar alinhado dentro do parágrafo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O narrador, ao reproduzir diretamente a fala das personagens, — Você, retrucou Antônio, está completamente enganado.
conserva características do linguajar de cada uma, como termos de
gíria, vícios de linguagem, palavrões, expressões regionais ou caco- Verbos de elocução no fim da fala:
etes pessoais. — Estou vendo que você adorou o carro — disse efusivamente
O discurso direto geralmente apresenta verbos de elocução (ou João.
declarativos ou dicendi) que indicam quem está emitindo a mensa- — Você está completamente enganado — retrucou Antônio.
gem.
Os verbos declarativos ou de elocução mais comuns são: Os trechos que apresentam verbos de elocução podem vir com
acrescentar travessões ou com vírgulas. Observe os seguintes exemplos:
afirmar
concordar — Não posso, disse ela daí a alguns instantes, não deixo meu
consentir filho. (Machado de Assis)
contestar
continuar — Não vá sem eu lhe ensinar a minha filosofia da miséria, disse
declamar ele, escarrachando-se diante de mim. (Machado de Assis)
determinar
dizer — Vale cinquenta, ponderei; Sabina sabe que custou cinquenta
esclarecer e oito. (Machado de Assis)
exclamar
explicar — Ainda não, respondi secamente. (Machado de Assis)
gritar
indagar Verbos de elocução depois de orações interrogativas e excla-
insistir mativas:
interrogar — Nunca me viu? perguntou Virgília vendo que a encarava com
interromper insistência. (Machado de Assis)
intervir — Para quê? interrompeu Sabina. (Machado de Assis)
mandar — Isso nunca; não faço esmolas! disse ele. (Machado de Assis)
ordenar, pedir
perguntar Observe que os verbos de elocução aparecem em letras minús-
prosseguir culas depois dos pontos de exclamação e interrogação.
protestar
reclamar Discurso indireto
repetir No discurso indireto, o narrador exprime indiretamente a fala
replicar da personagem. O narrador funciona como testemunha auditiva e
responder passa para o leitor o que ouviu da personagem. Na transcrição, o
retrucar verbo aparece na terceira pessoa, sendo imprescindível a presen-
solicitar ça de verbos dicendi (dizer, responder, retrucar, replicar, perguntar,
pedir, exclamar, contestar, concordar, ordenar, gritar, indagar, de-
Os verbos declarativos podem, além de introduzir a fala, indicar clamar, afirmar, mandar etc.), seguidos dos conectivos que (dicendi
atitudes, estados interiores ou situações emocionais das persona- afirmativo) ou se (dicendi interrogativo) para introduzir a fala da
gens como, por exemplo, os verbos protestar, gritar, ordenar e ou- personagem na voz do narrador.
tros. Esse efeito pode ser também obtido com o uso de adjetivos ou
advérbios aliados aos verbos de elocução: falou calmamente, gritou A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava
histérica, respondeu irritada, explicou docemente. muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo.
(Ciro dos Anjos)
Exemplo:
— O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nos- Fui ter com ela, e perguntei se a mãe havia dito alguma coisa;
sas vidas. respondeu-me que não.
Ao utilizar o discurso direto – diálogos (com ou sem travessão) (Machado de Assis)
entre as personagens –, você deve optar por um dos três estilos a Discurso indireto livre
seguir: Resultante da mistura dos discursos direto e indireto, existe
uma terceira modalidade de técnica narrativa, o chamado discurso
Estilo 1: indireto livre, processo de grande efeito estilístico. Por meio dele,
João perguntou: o narrador pode, não apenas reproduzir indiretamente falas das
— Que tal o carro? personagens, mas também o que elas não falam, mas pensam, so-
nham, desejam etc. Neste caso, discurso indireto livre corresponde
Estilo 2: ao monólogo interior das personagens, mas expresso pelo narrador.
João perguntou: “Que tal o carro?” (As aspas são optativas) As orações do discurso indireto livre são, em regra, indepen-
Antônio respondeu: “horroroso” (As aspas são optativas) dentes, sem verbos dicendi, sem pontuação que marque a passa-
gem da fala do narrador para a da personagem, mas com transpo-
Estilo 3: sições do tempo do verbo (pretérito imperfeito) e dos pronomes
Verbos de elocução no meio da fala: (terceira pessoa). O foco narrativo deve ser de terceira pessoa. Esse
— Estou vendo, disse efusivamente João, que você adorou o discurso é muito empregado na narrativa moderna, pela fluência e
carro. ritmo que confere ao texto.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Fabiano ouviu o relatório desconexo do bêbado, caiu numa indecisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversa à toa.
Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso
por isso? Como era? Então mete- se um homem na cadeia por que ele não sabe falar direito?
(Graciliano Ramos)
Observe que se o trecho “Era bruto, sim” estivesse um discurso direto, apresentaria a seguinte formulação: Sou bruto, sim; em discur-
so indireto: Ele admitiu que era bruto; em discurso indireto livre: Era bruto, sim.
Para produzir discurso indireto livre que exprima o mundo interior da personagem (seus pensamentos, desejos, sonhos, fantasias
etc.), o narrador precisa ser onisciente. Observe que os pensamentos da personagem aparecem, no trecho transcrito, principalmente nas
orações interrogativas, entremeadas com o discurso do narrador.
Transposição de discurso
Na narração, para reconstituir a fala da personagem, utiliza-se a estrutura de um discurso direto ou de um discurso indireto. O domínio
dessas estruturas é importante tanto para se empregar corretamente os tipos de discurso na redação.
Os sinais de pontuação (aspas, travessão, dois-pontos) e outros recursos como grifo ou itálico, presentes no discurso direto, não
aparecem no discurso indireto, a não ser que se queira insistir na atribuição do enunciado à personagem, não ao narrador. Tal insistência,
porém, é desnecessária e excessiva, pois, se o texto for bem construído, a identificação do discurso indireto livre não oferece dificuldade.
Discurso Direto
• Presente
A enfermeira afirmou:
– É uma menina.
• Pretérito perfeito
– Já esperei demais, retrucou com indignação.
• Futuro do presente
Pedrinho gritou:
– Não sairei do carro.
• Imperativo
Olhou-a e disse secamente:
– Deixe-me em paz.
Outras alterações
• Primeira ou segunda pessoa
Maria disse:
– Não quero sair com Roberto hoje.
• Vocativo
– Você quer café, João?, perguntou a prima.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Esse tipo de função é muito utilizado nos diálogos, por exem- • Aglutinação: fusão de duas ou mais palavras simples, de
plo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao tele- modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os elemen-
fone, etc. tos formadores perdem sua identidade ortográfica e fonológica. Ex:
aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto)
Exemplo: • Justaposição: fusão de duas ou mais palavras simples, man-
-- Calor, não é!? tendo a ortografia e a acentuação presente nos elementos forma-
-- Sim! Li na previsão que iria chover. dores. Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen. Ex: beija-
-- Pois é... -flor / passatempo.
Derivação Onomatopeia
A formação se dá por derivação quando ocorre a partir de uma Quando uma palavra é formada a partir da reprodução aproxi-
palavra simples ou de um único radical, juntando-se afixos. mada do seu som. Ex: atchim; zum-zum; tique-taque.
• Derivação prefixal: adiciona-se um afixo anteriormente à pa-
lavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz)
• Derivação sufixal: adiciona-se um afixo ao final da palavra ou PONTUAÇÃO
radical. Ex: friorento (frio + ento) / guloso (gula + oso)
• Derivação parassintética: adiciona-se um afixo antes e outro Os sinais de pontuação são recursos gráficos que se encon-
depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) / desgoverna- tram na linguagem escrita, e suas funções são demarcar unidades
do (des + governar + ado) e sinalizar limites de estruturas sintáticas. É também usado como
• Derivação regressiva (formação deverbal): reduz-se a pala- um recurso estilístico, contribuindo para a coerência e a coesão dos
vra primitiva. Ex: boteco (botequim) / ataque (verbo “atacar”) textos.
• Derivação imprópria (conversão): ocorre mudança na classe São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois
gramatical, logo, de sentido, da palavra primitiva. Ex: jantar (verbo pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?),
para substantivo) / Oliveira (substantivo comum para substantivo as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ), o travessão
próprio – sobrenomes). (—), a meia-risca (–), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o hífen (-), o
colchetes ([]) e a barra (/).
Composição
A formação por composição ocorre quando uma nova palavra
se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Confira, no quadro a seguir, os principais sinais de pontuação e suas regras de uso.
Vírgula
A vírgula é um sinal de pontuação com muitas funções, usada para marcar uma pausa no enunciado. Veja, a seguir, as principais regras
de uso obrigatório da vírgula.
• Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei abacate, mamão, manga, morango e abacaxi.
• Separar aposto (termo explicativo): Belo Horizonte, capital mineira, só tem uma linha de metrô.
• Isolar vocativo: Boa tarde, Maria.
• Isolar expressões que indicam circunstâncias adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os moradores, calmamente, deixaram o
prédio.
• Isolar termos explicativos: A educação, a meu ver, é a solução de vários problemas sociais.
• Separar conjunções intercaladas, e antes dos conectivos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”: A menina acordou cedo, mas não
conseguiu chegar a tempo na escola. Não explicou, porém, o motivo para a professora.
• Separar o conteúdo pleonástico: A ela, nada mais abala.
No caso da vírgula, é importante saber que, em alguns casos, ela não deve ser usada. Assim, não há vírgula para separar:
• Sujeito de predicado.
• Objeto de verbo.
• Adjunto adnominal de nome.
• Complemento nominal de nome.
• Predicativo do objeto do objeto.
• Oração principal da subordinada substantiva.
• Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”.
A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. Dessa
maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento).
A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa relação
é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Regência nominal
Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o
complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras que
pedem seu complemento:
PREPOSIÇÃO NOMES
acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; comum;
A contrário; desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; inferior; leal; necessário;
nocivo; obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante; sensível; útil; visível...
amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; diferente;
DE dotado; escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento; junto; longe; medo;
natural; orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso...
SOBRE opinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência; triunfo...
acostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato; intolerante;
COM
mal; misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste...
abundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador; negligente;
EM
perito; prático; residente; versado...
atentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclamação;
CONTRA
representação...
PARA bom; mau; odioso; próprio; útil...
Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre transitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do
verbo vai depender do seu contexto.
Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser
retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.
Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto direto), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo:
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo.
Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto indireto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer o
sentido completo:
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da campanha eleitoral.
Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposição)
e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora.
Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser verbal
— refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
• Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
• Concordância em número: flexão em singular e plural
• Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa
Concordância nominal
Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gênero,
de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar atento,
também, aos casos específicos.
Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os
adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
• A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo
vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo:
• Linda casa e bairro.
Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substantivos
(sendo usado no plural):
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arrumada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arrumados.
Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
• As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros.
Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto
seja ocupado por dois substantivos ou mais:
• O operário e sua família estavam preocupados com as consequências do acidente.
Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.
Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.
Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.
Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo
pode ficar tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concor- Próclise
dar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
substantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto
com o numeral quanto com o substantivo: Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-
votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo. cientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise:
Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
segue a expressão: Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifesta- Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
ção. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova. Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante-
posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
na terceira pessoa do singular: Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se-
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista. jam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,
Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, tudo dá.
concordando com o coletivo partitivo: Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in-
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A tentos são para nos prejudicarem.
matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.
Ênclise
Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
indicativo: Trago-te flores.
Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração prin- Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-
cipal ao qual o pronome faz referência: posição em: Saí, deixando-a aflita.
• Foi Maria que arrumou a casa. Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com
outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o Apressei-me a convidá-los.
verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quan-
to com o próprio nome, na 3ª pessoa do singular: Mesóclise
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa. Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.
Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no
como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa futuro do pretérito que iniciam a oração.
do singular: Dir-lhe-ei toda a verdade.
• Nenhum de nós merece adoecer. Far-me-ias um favor?
Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de
porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Exceto caso o substantivo vier precedido por determinante: Eu lhe direi toda a verdade.
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos Tu me farias um favor?
sumiram.
Colocação do pronome átono nas locuções verbais
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-
rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da Exemplos:
frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono- Devo-lhe dizer a verdade.
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma Devo dizer-lhe a verdade.
culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou
após o verbo – ênclise. Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini- do auxiliar ou depois do principal.
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua- Exemplos:
gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, Não lhe devo dizer a verdade.
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele. Não devo dizer-lhe a verdade.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem
as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,
não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju- o pronome átono ficará depois do auxiliar.
dique a eufonia da frase. Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do
auxiliar. ANÁLISE SINTÁTICA: INTRODUÇÃO À SINTAXE.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade. TERMOS INTEGRANTES E ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO.
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS E
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois SUBORDINADAS
do infinitivo.
Exemplos: A sintaxe estuda o conjunto das relações que as palavras esta-
Hei de dizer-lhe a verdade. belecem entre si. Dessa maneira, é preciso ficar atento aos enuncia-
Tenho de dizer-lhe a verdade. dos e suas unidades: frase, oração e período.
Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras ordenadas
Observação que apresenta sentido completo em um contexto de comunicação
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: e interação verbal. A frase nominal é aquela que não contém verbo.
Devo-lhe dizer tudo. Já a frase verbal apresenta um ou mais verbos (locução verbal).
Estava-lhe dizendo tudo. Oração é um enunciado organizado em torno de um único ver-
Havia-lhe dito tudo. bo ou locução verbal, de modo que estes passam a ser o núcleo
da oração. Assim, o predicativo é obrigatório, enquanto o sujeito é
opcional.
USO DE CRASE
Período é uma unidade sintática, de modo que seu enuncia-
do é organizado por uma oração (período simples) ou mais orações
Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma (período composto). Eles são iniciados com letras maiúsculas e fina-
só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é de- lizados com a pontuação adequada.
marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não
é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. Análise sintática
Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o em- A análise sintática serve para estudar a estrutura de um perío-
prego da crase: do e de suas orações. Os termos da oração se dividem entre:
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela alu- • Essenciais (ou fundamentais): sujeito e predicado
na. • Integrantes: completam o sentido (complementos verbais e
• Indicação de horas, em casos de horas definidas e especifica- nominais, agentes da passiva)
das: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. • Acessórios: função secundária (adjuntos adnominais e adver-
• Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de muito biais, apostos)
estresse.
• Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos dei- Termos essenciais da oração
xando de lado a capacidade de imaginar. Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado.
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima O sujeito é aquele sobre quem diz o resto da oração, enquanto o
à esquerda. predicado é a parte que dá alguma informação sobre o sujeito, logo,
onde o verbo está presente.
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a cra-
se: O sujeito é classificado em determinado (facilmente identificá-
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé. vel, podendo ser simples, composto ou implícito) e indeterminado,
• Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor ter- podendo, ainda, haver a oração sem sujeito (a mensagem se con-
mos uma reunião frente a frente. centra no verbo impessoal):
• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar. Lúcio dormiu cedo.
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te Aluga-se casa para réveillon.
atender daqui a pouco. Choveu bastante em janeiro.
• Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De terça
a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. Quando o sujeito aparece no início da oração, dá-se o nome de
• Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizinha sujeito direto. Se aparecer depois do predicado, é o caso de sujeito
fica a 50 metros da esquina. inverso. Há, ainda, a possibilidade de o sujeito aparecer no meio
da oração:
Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativo Lívia se esqueceu da reunião pela manhã.
• Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha filha. Esqueceu-se da reunião pela manhã, Lívia.
/ Dei um picolé à minha filha. Da reunião pela manhã, Lívia se esqueceu.
• Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei
minha avó até à feira. Os predicados se classificam em: predicado verbal (núcleo do
• Nomes próprios femininos (desde que não seja especificado): predicado é um verbo que indica ação, podendo ser transitivo, in-
Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à transitivo ou de ligação); predicado nominal (núcleo da oração é
Ana da faculdade. um nome, isto é, substantivo ou adjetivo); predicado verbo-nomi-
DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em nal (apresenta um predicativo do sujeito, além de uma ação mais
caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no uma qualidade sua)
masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos As crianças brincaram no salão de festas.
à escola / Amanhã iremos ao colégio. Mariana é inteligente.
Os jogadores venceram a partida. Por isso, estavam felizes.
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Termos integrantes da oração
Os complementos verbais são classificados em objetos diretos (não preposicionados) e objetos indiretos (preposicionado).
A menina que possui bolsa vermelha me cumprimentou.
O cão precisa de carinho.
Os agentes da passiva são os termos que tem a função de praticar a ação expressa pelo verbo, quando este se encontra na voz passiva.
Costumam estar acompanhados pelas preposições “por” e “de”.
Os filhos foram motivo de orgulho da mãe.
Eduardo foi alvo de inveja de Carlos.
O bosque foi caminhado vagarosamente por Bárbara.
Tipos de Orações
Levando em consideração o que foi aprendido anteriormente sobre oração, vamos aprender sobre os dois tipos de oração que existem
na língua portuguesa: oração coordenada e oração subordinada.
Orações coordenadas
São aquelas que não dependem sintaticamente uma da outra, ligando-se apenas pelo sentido. Elas aparecem quando há um período
composto, sendo conectadas por meio do uso de conjunções (sindéticas), ou por meio da vírgula (assindéticas).
No caso das orações coordenadas sindéticas, a classificação depende do sentido entre as orações, representado por um grupo de
conjunções adequadas:
Orações subordinadas
São aquelas que dependem sintaticamente em relação à oração principal. Elas aparecem quando o período é composto por duas ou
mais orações.
A classificação das orações subordinadas se dá por meio de sua função: orações subordinadas substantivas, quando fazem o papel
de substantivo da oração; orações subordinadas adjetivas, quando modificam o substantivo, exercendo a função do adjetivo; orações
subordinadas adverbiais, quando modificam o advérbio.
Cada uma dessas sofre uma segunda classificação, como pode ser observado nos quadros abaixo.
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SUBORDINADAS
CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
ADJETIVAS
Esclarece algum detalhe, adicionando uma informa-
O candidato, que é do partido socialista, está sen-
EXPLICATIVAS ção.
do atacado.
Aparece sempre separado por vírgulas.
Restringe e define o sujeito a que se refere.
As pessoas que são racistas precisam rever seus
RESTRITIVAS Não deve ser retirado sem alterar o sentido.
valores.
Não pode ser separado por vírgula.
Introduzidas por conjunções, pronomes e locuções
conjuntivas. Ele foi o primeiro presidente que se preocupou
DESENVOLVIDAS
Apresentam verbo nos modos indicativo ou subjun- com a fome no país.
tivo.
Não são introduzidas por pronomes, conjunções
sou locuções conjuntivas. Assisti ao documentário denunciando a corrup-
REDUZIDAS
Apresentam o verbo nos modos particípio, gerúndio ção.
ou infinitivo
QUESTÕES
1. (ENEM - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desa-
fetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Ira-
cema, tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jor-
nal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse
personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.
História Viva, n.º 99, 2011.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
(A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
(B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
(C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
(D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
(E) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.
2. (FUVEST - 2013) A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na
crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela coope-
ração voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores
conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a
mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem
acessíveis a todos.
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)
No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor
(A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
(B) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
(C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
(D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências. (D) 5, 3, 4, 1, 2
(E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”. (E) 2, 3, 1, 4, 5
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LÍNGUA PORTUGUESA
(C) Metáfora / hipérbole / gradação / antítese. (C) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão
(D) Pleonasmo / metáfora / antítese / gradação. importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos,
(E) Nenhuma das alternativas. sentimos na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de
8. (AL-AP - AUXILIAR LEGISLATIVO - AUXILIAR OPERACIONAL sofrimento da infância mais pobre.”
– FCC – 2020) (D) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão
importante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos
Retrato sentimos, na pele e na alma a dor dos mais altos índices de
sofrimento, da infância mais pobre.”
Eu não tinha este rosto de hoje, (E) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão
Assim calmo, assim triste, assim magro, importante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos,
Nem estes olhos tão vazios, sentimos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de
Nem o lábio amargo. sofrimento da infância mais pobre.”
Eu não tinha estas mãos sem força, 11. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta desvio
Tão paradas e frias e mortas; em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma
Eu não tinha este coração culta é:
Que nem se mostra. (A) O governador insistia em afirmar que o assunto principal
seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam
Eu não dei por esta mudança, líderes pefelistas.
Tão simples, tão certa, tão fácil: (B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do
− Em que espelho ficou perdida qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros pa-
a minha face? íses passou despercebida.
(Cecília Meirelles) (C) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a
− Em que espelho ficou perdida a minha face? (3ª estrofe) dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação
Caso a frase acima seja transposta para o discurso indireto, o social.
elemento sublinhado assumirá a seguinte forma: (D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um
(A) ficasse. morador não muito consciente com a limpeza da cidade.
(B) ficará. (E) O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui-
(C) ficou. mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra,
(D) ficava. a aventura à repetição.
(E) ficara.
12. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente
9. (CESGRANRIO - RJ) As palavras esquartejar, desculpa e irre- as lacunas do texto a seguir:
conhecível foram formadas, respectivamente, pelos processos de: “Todas as amigas estavam _______________ ansiosas
(A) sufixação - prefixação – parassíntese _______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as
(B) sufixação - derivação regressiva – prefixação críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra-
(C) composição por aglutinação - prefixação – sufixação paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên-
(D) parassíntese - derivação regressiva – prefixação cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________
(E) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese arte.”
(A) meio - para - bastante - para com o - para - para a
10. (IFAL - 2011) (B) muito - em - bastante - com o - nas - em
(C) bastante - por - meias - ao - a - à
Parágrafo do Editorial “Nossas crianças, hoje”. (D) meias - para - muito - pelo - em - por
(E) bem - por - meio - para o - pelas – na
“Oportunamente serão divulgados os resultados de tão impor-
tante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos sentimos 13. (PREFEITURA DE BIRIGUI - SP - EDUCADOR DE CRECHE
na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da - VUNESP - 2019)
infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região padece de índices Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente bus-
vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação básica e ca indícios de que o problema ambiental seja universal (e de fato
tantos outros indicadores terríveis.” (Gazeta de Alagoas, seção Opi- é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Algu-
nião, 12.10.2010) ma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apo-
O primeiro período desse parágrafo está corretamente pontu- logético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos,
ado na alternativa: culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto,
(A) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão como condição de sobrevivência. Há quem tenha encontrado nor-
importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos, mas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano.
sentimos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de so- São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro
frimento da infância mais pobre.” das causas ambientais; falava com plantas e animais.
(B) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva,
importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é o meu
sentimos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana,
sofrimento da infância mais pobre.” a pretensão de proteção ambiental seria pulsional, dado que resiste
a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa di-
30
LÍNGUA PORTUGUESA
mensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar
a questão, que também é cultural. E que culturalmente pode ser GABARITO
abordada.
O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O
dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente 1 D
passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse 2 E
sentido que a chamada internalização da externalidade negativa
exige justificativa para uma atuação contra-fática. 3 D
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam- 4 B
bém rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que a prote- 5 D
ção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio
homem. Os geocêntricos piamente entendem que a natureza deva 6 B
ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e característi- 7 A
cas. Posições se radicalizam.
8 E
A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o
“salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter Benjamin, 9 D
em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre 10 E
mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa
para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo. 11 E
(Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em: https://www. 12 A
conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado) 13 E
(*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhe-
cido como “Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência 14 A
na natureza. 15 E
Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados em-
pregando pronomes, de acordo com a norma-padrão de regência e
colocação. ANOTAÇÕES
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam-
bém rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual pode-
ria marcar o ambientalismo apologético. ______________________________________________________
(A) ... lhe rondaria ... o poderia marcar
(B) ... rondá-la-ia ... poderia marcar ele ______________________________________________________
(C) ... rondaria-a ... podê-lo-ia marcar
______________________________________________________
(D) ... rondaria-lhe ... poderia o marcar
(E) ... a rondaria ... poderia marcá-lo ______________________________________________________
14. (ITA) Analisando as sentenças: ______________________________________________________
I. A vista disso, devemos tomar sérias medidas.
II. Não fale tal coisa as outras. ______________________________________________________
III. Dia a dia a empresa foi crescendo.
IV. Não ligo aquilo que me disse. ______________________________________________________
Podemos deduzir que:
(A) Apenas a sentença III não tem crase. ______________________________________________________
(B) As sentenças III e IV não têm crase.
______________________________________________________
(C) Todas as sentenças têm crase.
(D) Nenhuma sentença tem crase. ______________________________________________________
(E) Apenas a sentença IV não tem crase.
______________________________________________________
15. (MACK-SP) “Não se fazem motocicletas como antigamen-
te”. O termo destacado funciona como: ______________________________________________________
(A) Objeto indireto
(B) Objeto direto ______________________________________________________
(C) Adjunto adnominal
______________________________________________________
(D) Vocativo
(E) Sujeito ______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
31
LÍNGUA PORTUGUESA
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MATEMÁTICA
N C Z (N está contido em Z)
Subconjuntos:
Operações
• Soma ou Adição: Associamos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.
33
MATEMÁTICA
ATENÇÃO: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dis- Exemplo:
pensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode (PREF.DE NITERÓI) Um estudante empilhou seus livros, obten-
ser dispensado. do uma única pilha 52cm de altura. Sabendo que 8 desses livros
possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem
• Subtração: empregamos quando precisamos tirar uma quan- espessura de 3cm, o número de livros na pilha é:
tidade de outra quantidade; temos duas quantidades e queremos (A) 10
saber quanto uma delas tem a mais que a outra; temos duas quan- (B) 15
tidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a (C) 18
outra. A subtração é a operação inversa da adição. O sinal sempre (D) 20
será do maior número. (E) 22
• Divisão: a divisão exata de um número inteiro por outro nú- Conjunto dos números racionais – Q
mero inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo m
pelo módulo do divisor. Um número racional é o que pode ser escrito na forma n , onde m
e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente de zero.
ATENÇÃO: Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
1) No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa
e não tem a propriedade da existência do elemento neutro.
2) Não existe divisão por zero.
3) Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero,
é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual
a zero.
Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo. N C Z C Q (N está contido em Z que está contido em Q)
Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre
negativo.
34
MATEMÁTICA
Subconjuntos:
Representação decimal
Podemos representar um número racional, escrito na forma de fração, em número decimal. Para isso temos duas maneiras possíveis:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2
= 0,4
5
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente Decimais
Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
= 0,333...
3
Representação Fracionária
É a operação inversa da anterior. Aqui temos duas maneiras possíveis:
1) Transformando o número decimal em uma fração numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo
numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado. Ex.:
0,035 = 35/1000
2) Através da fração geratriz. Aí temos o caso das dízimas periódicas que podem ser simples ou compostas.
– Simples: o seu período é composto por um mesmo número ou conjunto de números que se repeti infinitamente. Exemplos:
Procedimento: para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 no denominador para cada
quantos dígitos tiver o período da dízima.
a)
35
MATEMÁTICA
Procedimento: para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do
antiperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador.
b)
Procedimento: é o mesmo aplicado ao item “a”, acrescido na frente da parte inteira (fração mista), ao qual transformamos e obtemos
a fração geratriz.
Exemplo:
(PREF. NITERÓI) Simplificando a expressão abaixo
Obtém-se :
(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3
Resolução:
Resposta: B
Inverso: dado um número racional a/b o inverso desse número (a/b)–n, é a fração onde o numerador vira denominador e o denomi-
nador numerador (b/a)n.
36
MATEMÁTICA
Representação geométrica • Multiplicação: como todo número racional é uma fração ou
pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
dois números racionais a e c , da mesma forma que o produto de
b d
frações, através de:
Exemplo:
(PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação
• Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a policial de rotina, que abordou 800 pessoas, verificou-se que 3/4
própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é: dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
p – q = p + (–q) mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220
(D) 260
ATENÇÃO: Na adição/subtração se o denominador for igual,
(E) 120
conserva-se os denominadores e efetua-se a operação apresen-
tada.
Resolução:
Exemplo:
(PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS
– MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua
portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como
favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual
fração representa os alunos que têm ciências como disciplina favo-
rita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2
Resolução:
Somando português e matemática:
Resposta: A
Resposta: B
37
MATEMÁTICA
Resolução:
Vamos resolver cada expressão separadamente:
Resposta: E
Múltiplos
Expressões numéricas Dizemos que um número é múltiplo de outro quando o primei-
São todas sentenças matemáticas formadas por números, suas ro é resultado da multiplicação entre o segundo e algum número
operações (adições, subtrações, multiplicações, divisões, potencia- natural e o segundo, nesse caso, é divisor do primeiro. O que sig-
ções e radiciações) e também por símbolos chamados de sinais de nifica que existem dois números, x e y, tal que x é múltiplo de y se
associação, que podem aparecer em uma única expressão. existir algum número natural n tal que:
x = y·n
Procedimentos
1) Operações: Se esse número existir, podemos dizer que y é um divisor de x e
- Resolvermos primeiros as potenciações e/ou radiciações na podemos escrever: x = n/y
ordem que aparecem;
- Depois as multiplicações e/ou divisões; Observações:
- Por último as adições e/ou subtrações na ordem que aparecem. 1) Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
2) Todo número natural é múltiplo de 1.
2) Símbolos: 3) Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- Primeiro, resolvemos os parênteses ( ), até acabarem os cál- 4) O zero é múltiplo de qualquer número natural.
culos dentro dos parênteses, 5) Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares,
-Depois os colchetes [ ]; e a fórmula geral desses números é 2k (k ∈ N). Os demais são cha-
- E por último as chaves { }. mados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k
+ 1 (k ∈ N).
ATENÇÃO: 6) O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k ∈ Z.
– Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, col-
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou Critérios de divisibilidade
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou
com os seus sinais originais. não divisível por outro, sem que seja necessário efetuarmos a divisão.
– Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, col- No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios:
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos
com os seus sinais invertidos.
Exemplo:
(MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – ADMINISTRATI-
VA – FCC) Considere as expressões numéricas, abaixo.
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e
B = 1/3 + 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243
O valor, aproximado, da soma entre A e B é
(A) 2
(B) 3
(C) 1
(D) 2,5
(E) 1,5
38
MATEMÁTICA
39
MATEMÁTICA
O MMC é o produto dos FATORES COMUNS E NÃO-COMUNS, Resolução:
cada um deles elevado ao SEU MAIOR EXPOENTE. Primeiro mês = x
Pegando o exemplo anterior, teríamos: Segundo mês = x + 126
MMC (18,24,42) = Terceiro mês = x + 126 – 48 = x + 78
Fatores comuns e não-comuns= 2,3 e 7 Total = x + x + 126 + x + 78 = 1176
Com maiores expoentes: 2³x3²x7 = 8x9x7 = 504. Logo o Mínimo 3.x = 1176 – 204
Múltiplo Comum entre 18,24 e 42 é 504. x = 972 / 3
x = R$ 324,00 (1º mês)
Temos ainda que o produto do MDC e MMC é dado por: MDC * No 2º mês: 324 + 126 = R$ 450,00
(A,B). MMC (A,B)= A.B Resposta: B
Os cálculos desse tipo de problemas, envolvem adições e sub- (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE
trações, posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os pro- DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos
blemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos algébricos, testou um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o
isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era
(letras). Observe algumas situações que podem ser descritas com 2 / 7. Sabendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebra-
utilização da álgebra. ram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser ven-
É bom ter mente algumas situações que podemos encontrar: didas, então a razão entre o número de lâmpadas que não podem
ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de
(A) 1 / 4.
(B) 1 / 3.
(C) 2 / 5.
(D) 1 / 2.
(E) 2 / 3.
Resolução:
Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o nú-
mero de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )
Exemplos:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – , ou seja, 7.Q = 2.B ( II )
CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 centímetros
mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sa- Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:
be-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e 7.Q = 2. (360 – Q)
que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 7.Q = 720 – 2.Q
metros, então é verdade que Mônica tem, de altura: 7.Q + 2.Q = 720
(A) 1,52 metros. 9.Q = 720
(B) 1,58 metros. Q = 720 / 9
(C) 1,54 metros. Q = 80 (queimadas)
(D) 1,56 metros. Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270
Resolução:
Escrevendo em forma de equações, temos:
C = M + 0,05 ( I )
C = A – 0,10 ( II )
A = D + 0,03 ( III ) Resposta: B
D não é mais baixa que C
Se D = 1,70 , então: Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73 a/b, com b≠0. Sendo a o numerador e b o denominador. Uma fra-
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63 ção é uma divisão em partes iguais. Observe a figura:
( I ) 1,63 = M + 0,05
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
Resposta: B
40
MATEMÁTICA
Lê-se: um quarto. – Divisão: É igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da
segunda fração. Ex.:
Atenção:
• Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quar-
tos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos.
• Frações com denominadores potências de 10: décimos, cen-
tésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos de milési-
mos etc.
• Denominadores diferentes dos citados anteriormente:
Enuncia-se o numerador e, em seguida, o denominador seguido da Obs.: Sempre que possível podemos simplificar o resultado da
palavra “avos”. fração resultante de forma a torna-la irredutível.
Geometria plana
Aqui nos deteremos a conceitos mais cobrados como períme-
tro e área das principais figuras planas. O que caracteriza a geome-
tria plana é o estudo em duas dimensões.
41
MATEMÁTICA
Perímetro
É a soma dos lados de uma figura plana e pode ser representado por P ou 2p, inclusive existem umas fórmulas de geometria que
aparece p que é o semiperímetro (metade do perímetro). Basta observamos a imagem:
Exemplo:
(CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à venda em uma imobiliária. Sabe-se que
sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago
por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.
Resolução:
O perímetro do retângulo é dado por = 2(b+h);
Pelo enunciado temos que: sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento, logo 2 (x + (x-28)) = 2 (2x -28) = 4x – 56. Como ele
já dá o perímetro que é 200, então
200 = 4x -56 • 4x = 200+56 • 4x = 256 • x = 64
Comprimento = 64, largura = 64 – 28 = 36
Área do retângulo = b.h = 64.36 = 2304 m2
Logo o valor da área é: 2304.50 = 115200
Resposta: D
• Área
É a medida de uma superfície. Usualmente a unidade básica de área é o m2 (metro quadrado). Que equivale à área de um quadrado
de 1 m de lado.
Quando calculamos que a área de uma determinada figura é, por exemplo, 12 m2; isso quer dizer que na superfície desta figura ca-
bem 12 quadrados iguais ao que está acima.
42
MATEMÁTICA
Para efetuar o cálculo de áreas é necessário sabermos qual a figura plana e sua respectiva fórmula. Vejamos:
(Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/57/97/5797a651dfb37-areas-de-figuras-planas.jpg)
Geometria espacial
Aqui trataremos tanto das figuras tridimensionais e dos sólidos geométricos. O importante é termos em mente todas as figuras pla-
nas, pois a construção espacial se dá através da junção dessas figuras. Vejamos:
Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) π e π’, o espaço entre eles é chamado de diedro. A medida de um diedro é feita
em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.
Poliedros
São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais formadas por três elementos básicos: faces, arestas e vértices. Chamamos
de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma
aresta em comum. Veja alguns exemplos:
43
MATEMÁTICA
(B) 30 e 24
(C) 30 e 8
(D) 15 e 25
(E) 15 e 9
Resolução:
O poliedro tem 5 faces triangulares e 3 faces pentagonais, logo,
tem um total de 8 faces (F = 8). Como cada triângulo tem 3 lados e
o pentágono 5 lados. Temos:
Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;
Exemplo:
(PUC/RS) Um poliedro convexo tem cinco faces triangulares e
três pentagonais. O número de arestas e o número de vértices des-
te poliedro são, respectivamente:
(A) 30 e 40
44
MATEMÁTICA
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-WWDbQ-Gh5zU/Wb7iCjR42BI/AA- Resolução:
AAAAAAIR0/kfRXIcIYLu4Iqf7ueIYKl39DU-9Zw24lgCLcBGAs/s1600/re- Se a base tem n lados, significa que de cada lado sairá uma face.
vis%25C3%25A3o%2Bfiguras%2Bgeom%25C3%25A9tricas-page-001. Assim, teremos n faces, mais a base inferior, e mais a base su-
jpg perior.
Portanto, n + 2
Sólidos geométricos Resposta: B
O cálculo do volume de figuras geométricas, podemos pedir
que visualizem a seguinte figura: PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um
vértice superior.
Resolução:
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula
da área do triângulo equilátero é . A aresta da base é a = 8 cm e h
= 15 cm.
Cálculo da área da base:
Exemplo:
(PREF. JUCÁS/CE – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – INSTITUTO
NEO EXITUS) O número de faces de um prisma, em que a base é
um polígono de n lados é:
(A) n + 1.
(B) n + 2.
(C) n.
(D) n – 1.
(E) 2n + 1.
45
MATEMÁTICA
Cálculo do volume:
Exemplo:
Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone,
em cm, é:
(A)
(B)
Resposta: D
CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais,
(C)
paralelas e circulares.
(D)
(E) 8
Resolução:
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio
é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16 cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192
Resposta: D
CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e ESFERA: superfície curva, possui formato de uma bola.
vértice superior.
46
MATEMÁTICA
Exemplo:
(ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTI-
CA – TÉCNICA/AVIAÇÃO – EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um
tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases são
iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³
Mediante a esse conhecimento podemos destacar as formulas
Resolução: que serão uteis ao cálculo.
Resposta: E
Geometria analítica
Um dos objetivos da Geometria Analítica é determinar a reta
que representa uma certa equação ou obter a equação de uma reta
dada, estabelecendo uma relação entre a geometria e a álgebra.
47
MATEMÁTICA
Ponto médio de um segmento Por outro lado, se D ≠ 0, então os pontos A, B e C serão vértices
de um triângulo cuja área é:
Baricentro
O baricentro (G) de um triângulo é o ponto de intersecção das
medianas do triângulo. O baricentro divide as medianas na razão
de 2:1.
Reta
Exemplo:
Consideremos um ponto P(1, 3) e o coeficiente angular m = 2.
48
MATEMÁTICA
Dados P(x1, y1) e Q(x, y), com P ∈ r, Q ∈ r e m a declividade da
reta r, a equação da reta r será:
49
MATEMÁTICA
Distância entre um ponto e uma reta
A distância de um ponto a uma reta é a medida do segmento
perpendicular que liga o ponto à reta. Utilizamos a fórmula a seguir
para obtermos esta distância.
Exemplo:
(UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a
procissão fluvial do Círio-2002, fazendo o percurso em linha reta.
Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido
positivo do eixo x, passando pelo ponto de coordenadas (3, 5). Este
trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1
(B) y = - 3x + 14
(C) y = x + 2
(D) y = - x + 8
(E) y = 3x – 4
Resolução:
xo = 3, yo = 5 e = 1. As alternativas estão na forma de equação
reduzida, então:
y – yo = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3)
y–5=x–3
y=x–3+5
Intersecção de retas y=x+2
Duas retas concorrentes, apresentam um ponto de intersecção Resposta: C
P(a, b), em que as coordenadas (a, b) devem satisfazer as equações
de ambas as retas. Para determinarmos as coordenadas de P, basta Circunferência
resolvermos o sistema constituído pelas equações dessas retas. É o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto
fixo O, denominado centro da circunferência.
Condição de perpendicularismo A medida da distância de qualquer ponto da circunferência ao
Se duas retas, r1 e r2, são perpendiculares entre si, a seguinte centro O é sempre constante e é denominada raio.
relação deverá ser verdadeira.
Equação reduzida da circunferência
Dados um ponto P(x, y) qualquer, pertencente a uma circunfe-
rência de centro O(a,b) e raio r, sabemos que: d(O,P) = r.
50
MATEMÁTICA
Mesmo que mudemos o eixo maior da elipse do eixo x para
o eixo y, a relação de Pitágoras (a2 =b2 + c2) continua sendo válida.
Equações da elipse
a) Centrada na origem e com o eixo maior na horizontal.
Equação Geral da circunferência
A equação geral de uma circunferência é obtida através do de-
senvolvimento da equação reduzida.
Exemplo:
(VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto
C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0, 3), é: b) Centrada na origem e com o eixo maior na vertical.
(A) x2 + (y – 3)2 = 0
(B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
(D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
(E) x2 + (y – 3)2 = 8
Resolução:
Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no
enunciado.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P,
basta substituir o x por 0 e o y por 3 para achar a raio.
(0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2 TEOREMA DE PITÁGORAS
(- 2)2 + 22 = r2 Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipo-
4 + 4 = r2 tenusa e os outros dois lados são os catetos. Deste triângulo tira-
r2 = 8 mos a seguinte relação:
(x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
Resposta: C
Elipse
É o conjunto dos pontos de um plano cuja soma das distâncias
a dois pontos fixos do plano é constante. Onde F1 e F2 são focos:
51
MATEMÁTICA
Exemplo:
Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o sul chegando a um
ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D e finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o barco
parou relativamente ao ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.
Resolução:
x 2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
Resposta: E
VO sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de
medida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.
Medidas de comprimento
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúltiplos para realizar medição em
pequenas distâncias.
UNIDADE
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
FUNDAMENTAL
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
km hm Dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Para transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):
Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
52
MATEMÁTICA
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros
Medidas de Massa
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – centigrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Espe-
ciais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g
Em resumo temos:
Relações importantes
1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l
Exemplos:
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confeccionar
uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas
Resolução:
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.
Resposta: C
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Um veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga. Se a
carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
53
MATEMÁTICA
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas
Resolução:
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.
Resposta: C
POLINÔMIOS
Polinômio é uma expressão algébrica com todos os termos semelhantes reduzidos.
Como os monômios, os polinômios também possuem grau e é assim que eles são separados. Para identificar o seu grau, basta obser-
var o grau do maior monômio, esse será o grau do polinômio.
Função polinomial
Chamamos de função polinomial ou polinômio a toda função P: R⇒R, definida por uma equação do tipo:
- Subtração: a diferença de dois polinômios A(x) e B(x) é o polinômio obtido pela soma de A(x) com o oposto de B(x).
Exemplo: (UF/AL) Seja o polinômio do 3° grau p = ax³ + bx² + cx + d cujos coeficientes são todos positivos. O n° real k é solução da
equação p(x) = p(- x) se, e somente se, k é igual a:
(A) 0
(B) 0 ou 1
(C) - 1 ou 1
54
MATEMÁTICA
(D) ± √c/a (A)1
(E) 0 ou ± √-c/a (B)2
(C)10
Resolução: (D)11
p(x) = p(- x) (E) 12
ax³ + bx² + cx + d = - ax³ + bx² - cx + d
2ax³ + 2cx = 0 Resolução:
2(ax³ + cx) = 0
ax³+cx=0
Como k é solução da equação ax³ + cx = 0, teremos
p(k) = ak³ + ck = 0
ak³ + ck = 0
k(ak² + c) = 0
k = 0 ou
ak² + c = 0
k² = - c/a
k=±
Resposta: D.
Resposta: E.
- Multiplicação: obter o produto de dois polinômios A(x) e B(x) Dispositivo de Briot-Ruffini
é aplicar a propriedade distributiva do polinômio A(x) em B(x). Utiliza-se para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um
Fique Atento!!! binômio da forma (ax + b).
As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguintes pro-
priedades:
- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . am = a
n+m
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que multi-
plicar parte literal com parte literal e coeficiente com coeficiente.
Exemplos:
Resolução:
- Divisão: sejam dois polinômios A(x) e B(x), onde A(x) é o divi-
dendo e B(x) é o divisor, com B(x) ≠ 0. Dizemos que existe um único
par de polinômios Q(x) e R(x) em que Q(x) é o quociente e R(x) é o
resto, tal que:
A(x) = B(x). Q(x) + R(x) ⇒ gr (R) < gr (B) ou R(x) ≡ 0
E se R(x) ≡ 0, dizemos que a divisão é exata ou então que A(x)
é divisível por B(x).
55
MATEMÁTICA
5) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abai- Logo:
xo do 2º coeficiente e somamos o produto com o 3º coeficiente, Todo polinômio de grau n tem exatamente n raízes reais e com-
colocando o resultado abaixo deste, e assim sucessivamente; plexas.
6) Separamos o último número formado, que é igual ao resto
da divisão, e os números que ficam à esquerda deste serão os coe- Multiplicidade de uma raiz
ficientes do quociente. Uma equação algébrica pode apresentar todas as suas raízes
distintas ou não. Quando uma raiz ocorre mais de uma vez na forma
fatorada de P(x), denominamos esta raiz de raiz múltipla de P(x).
Assim, se uma equação algébrica tiver duas raízes iguais, diremos
que essa raiz terá multiplicidade 2 (raiz dupla), se houver três raízes
iguais, a multiplicidade será 3 (raiz tripla), e assim por diante. Caso
contrário, a raiz será denominada simples.
EQUAÇÕES POLINOMIAIS
Denominamos equações polinomiais, ou algébricas, às equa-
ções da forma: P(x) = 0, onde P(x) é um polinômio de grau n > 0.
Resolver uma equação algébrica é obter o seu conjunto-verda-
de, que é o conjunto de todas as suas raízes, isto é, os valores de x Se a equação for do 3º grau, ax3 + bx2 + cx + d = 0, com raízes
que tornam verdadeira a igualdade: x1,x2 e x3, teremos as seguintes relações:
Teorema fundamental da álgebra Exemplo: (Fuvest-SP) Sabe-se que o produto de duas raízes da
Toda equação algébrica P(x) = 0, de grau n > 0, admite pelo equação algébrica 2x3 – x2 + kx + 4 = 0 é igual a 1. Então, o valor de
menos uma raiz real ou complexa. k é:
(A) – 8
Teorema da decomposição (B) – 4
Todo polinômio P(x) = anxn + an-1xn-1 + an-2xn-2 + ... + a2x2 + ax + a0 (C) 0
de grau n > 0, pode ser decomposto em um produto de n fatores do (D) 4
tipo (x - α), onde α é raiz de P(x): (E) 8
56
MATEMÁTICA
Resolução: Razões Especiais
São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu-
mas:
Proporção
Resposta: A. É uma igualdade entre duas frações ou duas razões.
Razão
Lemos: a esta para b, assim como c está para d.
É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
Ainda temos:
razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
Temos que:
Exemplo:
(SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em uma ação
policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto
parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma
• Propriedades da Proporção
mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi-
– Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao
cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava
produto dos extremos:
apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por várias
a.d=b.c
“outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar todo
o produto apreendido, o traficante usou
– A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o pri-
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
meiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.
Resolução:
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg
da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em
forma de razão , logo :
Resposta: C
57
MATEMÁTICA
Exemplo:
(MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO –
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso
desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros,
revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do
comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número míni-
mo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi
igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
(D) 476.
(E) 382. De acordo com essas informações, o número de casos regis-
trados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, teve um
Resolução: aumento em relação ao número de casos registrados em 2007,
aproximadamente, de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos: (D) 55%.
(E) 50%.
Resolução:
Utilizaremos uma regra de três simples:
4L = 28 . 3
L = 84 / 4 ano %
L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588 11442 100
Resposta: A 17136 x
58
MATEMÁTICA
12.x = 4 . 15 Resolução:
x = 60 / 12
x=5h Operários ↑ horas ↑ dias ↑ área ↑
Resposta: B
20 8 60 4800
Regra de três composta
15 10 80 x
Chamamos de REGRA DE TRÊS COMPOSTA, problemas que
envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
proporcionais.
Exemplos:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
– FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m² de calçada é feita em
um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia.
Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500
m² de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de Resposta: D
(A) 8 horas e 15 minutos.
(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos. PORCENTAGEM
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos. São chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem, as razões de denominador 100, ou
Resolução: seja, que representam a centésima parte de uma grandeza. Costu-
Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x. mam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo %. (Lê-se:
“por cento”).
M² ↑ varredores ↓ horas ↑
6000 18 5
7500 15 x
Exemplo:
Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais) (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANA-
LISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) O
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente pro- departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcio-
porcionais) nários, sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de
Recursos Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em
relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fra-
ção de estagiários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.
Resolução:
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 ho-
ras e 30 minutos.
Resposta: D
59
MATEMÁTICA
ogo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) O preço de venda de um produto, descontado um imposto de 16%
que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por
cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.
Resolução:
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C
Logo:
Logo:
Fator de multiplicação
É o valor final de , é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos de
porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no valor do produto.
60
MATEMÁTICA
Exemplo: Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de 20%. Qual o
preço desse produto após esse acréscimo e desconto?
Resolução:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e
VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00
EQUAÇÃO DO 1º E 2º GRAU
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y, z,...).
Equação do 1º grau
As equações do primeiro grau são aquelas que podem ser representadas sob a forma ax + b = 0, em que a e b são constantes reais,
com a diferente de 0, e x é a variável. A resolução desse tipo de equação é fundamentada nas propriedades da igualdade descritas a seguir.
Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma equação, ou subtraindo um mesmo número de ambos os membros,
a igualdade se mantém.
Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma equação por um mesmo número não-nulo, a igualdade se mantém.
Quando se passa de um membro para o outro se usa a operação inversa, ou seja, o que está multiplicando passa dividindo e o que está
dividindo passa multiplicando. O que está adicionando passa subtraindo e o que está subtraindo passa adicionando.
61
MATEMÁTICA
Exemplo: x2 = 49
(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Um gru- x = 7, (aplicando a segunda propriedade).
po formado por 16 motoristas organizou um churrasco para suas Logo, S = {–7, 7}.
famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar.
Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou 3º) A equação é da forma ax² + bx + c = 0 (completa)
R$ 57,00 a mais. Para resolvê-la usaremos a formula de Bháskara.
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00 Conforme o valor do discriminante Δ existem três possibilida-
des quanto á natureza da equação dada.
Resolução:
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570
16.x – 10.x = 570
Quando ocorre a última possibilidade é costume dizer-se que
6.x = 570
não existem raízes reais, pois, de fato, elas não são reais já que não
x = 570 / 6
existe, no conjunto dos números reais, √a quando a < 0.
x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.
• Relações entre raízes e coeficientes
Resposta: E
Equação do 2º grau
As equações do segundo grau são aquelas que podem ser
representadas sob a forma ax² + bx +c = 0, em que a, b e c são
constantes reais, com a diferente de 0, e x é a variável.
ou
Resposta: D
x2 – 49 = 0
x2 = 49
62
MATEMÁTICA
Inequação do 1º grau Resolução:
Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer expressão
do 1° grau que pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax + b > 0
ax + b < 0
ax + b ≥ 0
ax + b ≤ 0
Onde a, b são números reais com a ≠ 0
63
MATEMÁTICA
Resolução:
Resolvendo por Bháskara:
Resposta: B
64
MATEMÁTICA
Resolução: Exemplo:
(UFSCAR-SP) Sabendo-se que a soma de duas das raízes da
equação x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0 é igual a 5, pode-se afirmar a respeito
das raízes que:
(A) são todas iguais e não nulas.
(B) somente uma raiz é nula.
(C) as raízes constituem uma progressão geométrica.
(D) as raízes constituem uma progressão aritmética.
(E) nenhuma raiz é real.
Resolução:
x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0
Raízes: x1, x2 e x3
Informação: x1 + x2 = 5
Girard: x1 + x2 + x3 = 7 ➱ 5 + x3 = 7 ➱ x3 = 2
Como 2 é raiz, por Briot-Ruffini, temos
Resposta: D
Monômios x2 – 5x + 4 = 0
Quando uma expressão algébrica apresenta apenas multiplica- x = 1 ou x = 4
ções entre o coeficiente e as letras (parte literal), ela é chamada de S = {1, 2, 4}
monômio. Exemplos: 3ab ; 15xyz3 Resposta: C
Funções lineares
Chama-se função do 1º grau ou afim a função f: R • R definida
por y = ax + b, com a e b números reais e a 0. a é o coeficiente an-
gular da reta e determina sua inclinação, b é o coeficiente linear da
reta e determina a intersecção da reta com o eixo y.
Atenção
As relações de Girard só são úteis na resolução de equações
quando temos alguma informação sobre as raízes. Sozinhas, elas
não são suficientes para resolver as equações.
Com a ϵ R* e b ϵ R.
65
MATEMÁTICA
Atenção
Usualmente chamamos as funções polinomiais de: 1º grau, 2º
etc, mas o correto seria Função de grau 1,2 etc. Pois o classifica a
função é o seu grau do seu polinômio.
• Função constante
Se a = 0, então y = b, b ∈ R. Desta maneira, por exemplo, se y
= 4 é função constante, pois, para qualquer valor de x, o valor de y
ou f(x) será sempre 4. • Função Sobrejetora
É quando todos os elementos do domínio forem imagens de
PELO MENOS UM elemento do domínio.
• Função identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Nesta função, x e y têm sempre
os mesmos valores. Graficamente temos: A reta y = x ou f(x) = x é
denominada bissetriz dos quadrantes ímpares.
• Função Bijetora
É uma função que é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.
• Função linear
É a função do 1º grau quando b = 0, a ≠ 0 e a ≠ 1, a e b ∈ R.
• Função afim
É a função do 1º grau quando a ≠ 0, b ≠ 0, a e b ∈ R. • Função ímpar
Quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos
• Função Injetora f(-x) = -f(x) ∀ x є D(f). Ou seja, os elementos simétricos do domínio
É a função cujo domínio apresenta elementos distintos e tam- terão imagens simétricas.
bém imagens distintas.
66
MATEMÁTICA
(A) R$ 3.487,50.
1º) Igualamos y a zero, então ax + b = 0 ⇒ x = - b/a, no eixo x (B) R$ 3.506,25.
encontramos o ponto (-b/a, 0). (C) R$ 3.534,00.
2º) Igualamos x a zero, então f(x) = a. 0 + b ⇒ f(x) = b, no eixo y (D) R$ 3.553,00.
encontramos o ponto (0, b).
• f(x) é crescente se a é um número positivo (a > 0); Resolução:
• f(x) é decrescente se a é um número negativo (a < 0).
Resposta: A
Resolução:
Estudo de sinal da função do 1º grau Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescen-
Estudar o sinal de uma função do 1º grau é determinar os valo- te, o primeiro ponto deve estar em uma posição “mais alta” do que
res de x para que y seja positivo, negativo ou zero. o 2º ponto.
1º) Determinamos a raiz da função, igualando-a a zero: (raiz: x =- b/a) Vamos analisar as alternativas:
2º) Verificamos se a função é crescente (a>0) ou decrescente (a ( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma
< 0); temos duas possibilidades: posição mais baixa que o ponto R, e, assim, a função é crescente.
67
MATEMÁTICA
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no Graficamente, a função do 2º grau, de domínio r, é representa-
eixo x à direita do zero, mas N está em uma posição mais baixa que da por uma curva denominada parábola. Dada a função y = ax2 + bx
o ponto P, e, assim, a função é crescente. + c, cujo gráfico é uma parábola, se:
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º
quadrante, e L está em uma posição mais baixa do que o ponto M,
sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º qua-
drante, e S está em uma posição mais alta do que o ponto T, sendo,
assim, decrescente.
Resposta: C
Equações lineares
As equações do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3 + .....+ anxn = b, são equa-
ções lineares, onde a1, a2, a3, ... são os coeficientes; x1, x2, x3,... as • O termo independente
incógnitas e b o termo independente. Na função y = ax2 + bx + c, se x = 0 temos y = c. Os pontos em
Por exemplo, a equação 4x – 3y + 5z = 31 é uma equação linear. que x = 0 estão no eixo y, isto significa que o ponto (0, c) é onde a
Os coeficientes são 4, –3 e 5; x, y e z as incógnitas e 31 o termo parábola “corta” o eixo y.
independente.
Para x = 2, y = 4 e z = 7, temos 4.2 – 3.4 + 5.7 = 31, concluímos
que o terno ordenado (2,4,7) é solução da equação linear
4x – 3y + 5z = 31.
Funções quadráticas
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática, de domínio
R e contradomínio R, a função:
• Raízes da função
Considerando os sinais do discriminante (Δ) e do coeficiente de
x2, teremos os gráficos que seguem para a função y = ax2 + bx + c.
Com a, b e c reais e a ≠ 0.
Onde:
a é o coeficiente de x2
b é o coeficiente de x
c é o termo independente
Atenção:
Chama-se função completa aquela em que a, b e c não são nu-
los, e função incompleta aquela em que b ou c são nulos.
• Concavidade da parábola
68
MATEMÁTICA
Resolução:
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
F(x)=-x²+0,81
Exemplos: 0=-x²+0,81
(CBM/MG – OFICIAL BOMBEIRO MILITAR – FUMARC) Duas ci- X²=0,81
dades A e B estão separadas por uma distância d. Considere um X=±0,9
ciclista que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, A distância AB é 0,9+0,9=1,8
em quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar Resposta: B
ao seu destino em função do tempo t, em horas, é dada pela fun-
ção . Sendo assim, a velocidade média desenvol- (TRANSPETRO – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE
vida pelo ciclista em todo o percurso da cidade A até a cidade B é JÚNIOR – CESGRANRIO) A raiz da função f(x) = 2x − 8 é também raiz
igual a da função quadrática g(x) = ax²+ bx + c. Se o vértice da parábola, grá-
(A) 10 Km/h fico da função g(x), é o ponto V(−1, −25), a soma a + b + c é igual a:
(B) 20 Km/h (A) − 25
(C) 90 Km/h (B) − 24
(D) 100 Km/h (C) − 23
(D) − 22
Resolução: (E) – 21
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0: Resolução:
2x-8=0
2x=8
X=4
100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
t= √100=10km/h
Resposta: A
(IPEM – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE – VUNESP) Lembrando que para encontrar a equação, temos:
A figura ilustra um arco decorativo de parábola AB sobre a porta da (x - 4)(x + 6) = x² + 6x - 4x - 24 = x² + 2x - 24
entrada de um salão: a=1
b=2
c=-24
a + b + c = 1 + 2 – 24 = -21
Resposta: E
69
MATEMÁTICA
Função exponencial
Antes seria bom revisarmos algumas noções de potencialização e radiciação.
Sejam a e b bases reais e diferentes de zero e m e n expoentes inteiros, temos:
Equação exponencial
A equação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente. Exemplos:
Para resolver estas equações, além das propriedades de potências, utilizamos a seguinte propriedade:
Se duas potências são iguais, tendo as bases iguais, então os expoentes são iguais: am = an ⇔ m = n, sendo a > 0 e a ≠ 1.
Exemplos:
01. Considere a função y = 3x.
Vamos atribuir valores a x, calcular y e a seguir construir o gráfico:
70
MATEMÁTICA
Graficamente temos: Resolução:
71
MATEMÁTICA
OBSERVAÇÕES
– loga a = 1, sendo a > 0 e a ≠ 1
– Nos logaritmos decimais, ou seja, aqueles em que a base é 10,
está frequentemente é omitida. Por exemplo: logaritmo de 2 na
base 10; notação: log 2
Gráfico da função logarítmica
Propriedades decorrentes da definição Vamos construir o gráfico de duas funções logarítmicas como
exemplo:
• Domínio (condição de existência) A) y = log3 x
Segundo a definição, o logaritmando e a base devem ser positi- Atribuímos valores convenientes a x, calculamos y, conforme
vos, e a base deve ser diferente de 1. Portanto, sempre que encon- mostra a tabela. Localizamos os pontos no plano cartesiano obten-
tramos incógnitas no logaritmando ou na base devemos garantir a do a curva que representa a função.
existência do logaritmo.
– Propriedades
Resolução:
Sabemos que 341 está entre 100 e 1.000:
102 < 341 < 103
Como a característica é o expoente de menor potência de 10,
temos que c = 2.
Consultando a tabela para 341, encontramos m = 0,53275.
Logo: log 341 = 2 + 0,53275 • log 341 = 2,53275.
Equações logarítmicas
A equação logarítmica caracteriza-se pela presença do sinal de
igualdade e da incógnita no logaritmando.
Para resolver uma equação, antes de mais nada devemos es-
Cologaritmo
tabelecer a condição de existência do logaritmo, determinando os
cologa b = - loga b, sendo b> 0, a > 0 e a ≠ 1
valores da incógnita para que o logaritmando e a base sejam positi-
vos, e a base diferente de 1.
Mudança de base
Inequações logarítmicas
Para resolver questões que envolvam logaritmo com bases di-
Identificamos as inequações logarítmicas pela presença da in-
ferentes, utilizamos a seguinte expressão:
cógnita no logaritmando e de um dos sinais de desigualdade: >, <,
≥ ou ≤.
Assim como nas equações, devemos garantir a existência do
logaritmo impondo as seguintes condições: o logaritmando e a base
devem ser positivos e a base deve ser diferente de 1.
Função logarítmica Na resolução de inequações logarítmicas, procuramos obter
Função logarítmica é a função f, de domínio R*+ e contradomí- logaritmos de bases iguais nos dois membros da inequação, para
nio R, que associa cada número real e positivo x ao logaritmo de x poder comparar os logaritmandos. Porém, para que não ocorram
na base a, onde a é um número real, positivo e diferente de 1. distorções, devemos verificar se as funções envolvidas são crescen-
tes ou decrescentes. A justificativa será feita por meio da análise
gráfica de duas funções:
72
MATEMÁTICA
Na função crescente, os sinais coincidem na comparação dos logaritmandos e, posteriormente, dos respectivos logaritmos; porém,
o mesmo não ocorre na função decrescente. De modo geral, quando resolvemos uma inequação logarítmica, temos de observar o valor
numérico da base pois, sendo os dois membros da inequação compostos por logaritmos de mesma base, para comparar os respectivos
logaritmandos temos dois casos a considerar:
• se a base é um número maior que 1 (função crescente), utilizamos o mesmo sinal da inequação;
• se a base é um número entre zero e 1 (função decrescente), utilizamos o “sinal inverso” da inequação.
Exemplos:
(PETROBRAS-GEOFISICO JUNIOR – CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, então o valor de n tal que log n =
3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10
Resolução:
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 * 1
onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
log(n*2) = log 10 ^3
2n = 10^3
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500
Resposta: C
(MF – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF) Sabendo-se que log x representa o logaritmo de x na base 10, calcule o valor
da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1
73
MATEMÁTICA
(D) 2
(E) 3
Resolução:
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2
Resposta: D
Funções trigonométricas
Podemos generalizar e escrever todos os arcos com essa característica na seguinte forma: π/2 + 2kπ, onde k Є Z. E de uma forma geral
abrangendo todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ.
Estes arcos são representados no plano cartesiano através de funções circulares como: função seno, função cosseno e função tangente.
• Função Seno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu seno, então f(x) = sem x. O sinal da função f(x) = sem x é positivo no 1º
e 2º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º quadrantes.
• Função Cosseno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu cosseno, então f(x) = cos x. O sinal da função f(x) = cos x é positivo no
1º e 4º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 2º e 3º quadrantes.
74
MATEMÁTICA
• Função Tangente
É uma função f : R → R que associa a cada número real x a sua tangente, então f(x) = tg x.
Sinais da função tangente:
- Valores positivos nos quadrantes ímpares.
- Valores negativos nos quadrantes pares.
- Crescente em cada valor.
75
MATEMÁTICA
ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na mesma unidade para efetuarmos os cálculos.
Em juros simples:
– O capital cresce linearmente com o tempo;
– O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)
Exemplo:
(PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que, investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, produzirá
um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?
(A) R$ 1.650,00
(B) R$ 2.225,00
(C) R$ 3.250,00
(D) R$ 3.460,00
(E) R$ 3.500,00
Resolução:
Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j = 3900 – C ( I )
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples:
76
MATEMÁTICA
Exemplo:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA
– CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com
taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa
aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
(A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C (D) 33,10% do capital aplicado.
– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)
120.C = 390000 Resolução:
C = 390000 / 120
C = R$ 3250,00
Resposta: C
Resolução:
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado
temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t
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MATEMÁTICA
Resposta: E
Taxas de juros
Índices fundamentais no estudo da matemática financeira, sendo incorporadas sempre ao capital. São elas:
Taxa efetiva: são aquelas onde a taxa da unidade de tempo coincide com a unidade de tempo do período de capitalização(valoriza-
ção). Exemplo: Uma taxa de 13% ao trimestre com capitalização trimestral.
ATENÇÃO: Quando no enunciado não estiver citando o período de capitalização, a mesma vai coincidir com unidade da taxa. Em ou-
tras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!
Taxa nominal: são aquelas cujas unidade de tempo NÂO coincide com as unidades de tempo do período de capitalização.
Exemplo:
(TJ/PE- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTADOR-FCC) Uma taxa de juros nominal de 21% ao trimestre, com juros capitalizados mensalmen-
te, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de, aproximadamente,
(A) 21,7%.
(B) 22,5%.
(C) 24,8%.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%.
Resolução:
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7% a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it) • (1+0,07)3 = 1+it • (1,07)3 = 1+it • 1,225043 = 1+it • it= 1,225043-1 • it = 0,225043 x 100 • it= 22,5043%
Resposta: B
ATENÇÃO: Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobri a taxa efetiva (multiplicando ou dividin-
do a taxa)
Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.
Taxas proporcionais (regime de juros simples): são taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao
mesmo período de tempo irão gerar o mesmo montante.
Exemplo:
(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25% equivalente à taxa de:
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.
Resolução:
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das questões vamos avaliar item a item
para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)
Resposta: C
Taxas equivalentes (regime de juros compostos): as taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém
não de forma proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.
Exemplo:
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MATEMÁTICA
(1+ia) = (1+ir).(1+ii)
Descontos
É a diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual).
D=N–A
Onde:
D = desconto
N = valor nominal
A = valor atual
Desconto racional simples (por dentro): nos passa a ideia de “honesto”, pois todas a taxas são cobradas em cima do valor atual (A) do
título. Associando com os juros simples teremos:
79
MATEMÁTICA
Também podemos escrever a seguinte fórmula:
Exemplo:
(ASSAF NETO) Seja um título de valor nominal de R$ 4.000,00 vencível em um ano, que está sendo liquidado 3 meses antes de seu
vencimento. Sendo de 42% a.a. a taxa nominal de juros corrente, pede-se calcular o desconto e o valor descontado desta operação.
N = 4 000
t = 3 meses
i = 42% a.a = 42 / 12 = 3,5% a.m = 0,035
D=?
Vd = ?
Desconto comercial simples ou bancário (por fora): nos passa a ideia de que alguém está “levando” um por fora, pois, todas as taxas
são cobradas em cima do valor nominal (N) do título. O valor nominal é sempre maior e é justamente onde eles querem ganhar.
• Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada: quando se utiliza taxas pré-fixadas aos títulos, que são as taxas
de despesas bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N). Fazemos uso da seguinte
formula:
Dc = N. (i.t + h)
Onde:
Dc = desconto comercial ou bancário
N = valor nominal
i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.
Exemplo:
Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de 12% a.m.. O banco cobra,
simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao des-
contar uma promissória vencível em três meses. O valor da comissão é de:
Resolução:
h = 0,04
t=3
iB = 0,12 . 3
AB = N . [1 - (iB + h)]
300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]
300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000
– Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr): para sabermos o valor do desconto caso fosse utilizado o desconto
comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa, utilizamos a seguinte relação: Dc = Dr . (1 + i.t)
80
MATEMÁTICA
Desconto Racional Composto (por dentro): as fórmulas estão associando com os juros compostos, assim teremos:
Desconto Comercial Composto (por fora): como a taxa incide sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula o N pelo A e
vice-versa, mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo).
Exemplo:
(PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP - AUDITOR FISCAL MUNICIPAL – CETRO) Com adiantamento de dois meses do vencimento, um título
de valor nominal de R$30.000,00 é descontado a uma taxa composta de 10% a.m.. A diferença entre o desconto racional composto e o
desconto comercial composto será de:
(A) R$246,59.
(B) R$366,89.
(C) R$493,39.
(D) R$576,29.
(E) R$606,49.
Resolução:
N = 30000
t = 2 meses
i = 10% am = 0,10
Vamos utilizar a formula do Drc:
N = A(1 + i)t • 30.000= A (1+ 0,1)2 • 30000 = A (1,1)2 • 30000 = A.1,21
A = 30000 / 1,21 = 24793,39
Como D = N – A
D = 30000 – 24793,39
Drc = 30.000 - 24.793,39 = 5206,61
Para o desconto comercial composto (lembre-se que a taxa recaí sobre o nominal, então trocamos na formula o A pelo N e vice e versa
e mudamos o sinal), temos:
A = N.(1 - i)t
A = 30000 . (1 - 0,1)2
A = 30000 . 0,81
A = 24300
Como D = N – A
D = 30000 – 24300 = 5700, que é o desconto comercial composto
A diferença será dada pelo módulo, uma vez que sabemos que o Desconto Comercial é maior que o racional: |Drc - Dcc|
|5.206,61 - 5.700 | = 493,39
81
MATEMÁTICA
Resposta: C
Equivalência de capitais
Dois ou mais capitais que se encontram em datas diferentes, são chamados de equivalentes quando, levados para uma mesma data,
nas mesmas condições, apresentam o mesmo VALOR nessa data.
• Equação de Valor
Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + …
Exemplo:
A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de 9 meses, contratando-se a taxa de juros de 28% a.a. Além dessa aplicação, existe ou-
tra de valor nominal R$ 7.000,00 com vencimento a 18 meses. Considerando-se a taxa de juros de 18% a.a., o critério de desconto racional
e a data focal 12 meses, a soma das aplicações é, em R$:
Resolução:
Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da primeira aplicação. Considerando n = 9 meses = 0,75 anos, temos que:
N = C (1 + in)
N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420
Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, para serem transportados à data doze, o título de 2.420 terá que ser capitalizado
de três meses, ao passo que o título de 7.000 terá que ser descapitalizado de 6 meses. Além disso, a taxa de 18% a.a., considerando-se
capitalização simples, é equivalente a 1,5% a.m. = 0,015 a.m. Desta forma, podemos escrever que:
2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x
2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x
2.528,9 + 6.422,02 = x
x = 8.950,92
Anuidades
Séries Financeiras também conhecidas como Rendas Certas ou Anuidades. São séries de depósitos ou prestações periódicas ou não
periódicas, em datas de previamente estabelecidas, por um determinado período de tempo. Os depósitos ou prestações podem ser uni-
formes quando todos são iguais ou variáveis quando os valores são diferentes.
Quando as séries financeiras que tem como objetivo de acumular capital ou produzir certo montante temos uma Capitalização e quan-
do as séries financeiras têm como objetivo pagar ou amortizar uma dívida temos uma Amortização.
– Valor futuro (VF) = Numa série de pagamentos, definimos MONTANTE como sendo a parcela única, que equivale (ou substitui) a
todos os termos (devidamente capitalizados) até o final do fluxo. É a soma dos montantes de todos os termos que compõe a série.
– Prestações (P) = Numa série de pagamentos, definimos Prestações como sendo o valor que é pago (ou recebido) a cada período de
capitalização de uma Série Pagamentos.
82
MATEMÁTICA
– Taxa efetiva de juro (i)= com capitalização na periodicidade das Prestações.
O valor capitalizado de cada um dos termos da Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma resulta na
seguinte expressão:
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MATEMÁTICA
O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira postecipada forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja
soma resulta na seguinte expressão:
O Valor Futuro de uma série financeira é obtido fazendo-se a capitalização da entrada e de cada um dos pagamentos, realizando-se a
soma destes valores no final, conforme a seguir:
O valor capitalizado de cada uma das prestações de uma Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma
resulta na seguinte expressão:
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MATEMÁTICA
O valor da prestação é obtido isolando-se a P na equação anterior.
O Valor Presente de uma série financeira antecipada é obtido fazendo-se a descapitalização de cada uma das prestações, somando-se
no final a entrada e cada um destes valores, conforme a seguir:
O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira forma uma Progressão Geométrica cuja soma resulta na
seguinte expressão:
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MATEMÁTICA
86
MATEMÁTICA
Exemplo:
Uma máquina é vendida a prazo através de oito prestações mensais de $4.000,00 sendo que o primeiro pagamento só irá ocorrer após
três meses da compra. Determine o preço à vista, dada uma taxa de 5% ao mês.
Resolução:
R = $4.000,00
i = 5% a.m.
n = 8 meses
m = 2 meses
Pd = $23.449,30
Sistema de amortização
Visam liquidar uma dívida mediante de pagamentos periódicos e sucessivos.
Principais conceitos
Sempre que efetuamos um pagamento estamos pagando parte do valor relativo aos juros, que são calculados sobre o saldo devedor
e outra parte chamada de amortização, que faz com que o saldo devedor diminua.
– Saldo devedor: é o valor nominal do empréstimo ou financiamento ou simplesmente o Valor Presente (VP) na data focal 0, que é
diminuído da parcela de amortização a cada período.
– Amortização: é a parcela que é deduzida do saldo devedor a cada pagamento.
– Juros: é o valor calculado a partir do saldo devedor e posteriormente somado à parcela de amortização.
– Prestação: é o pagamento efetuado a cada período, composto pela parcela de juros mais a amortização: PRESTAÇÃO = JUROS +
AMORTIZAÇÃO
Existem diversos sistemas de amortização de financiamentos e empréstimos, dos quais os mais usados são:
– Sistema de Amortização Francês (Tabela Price):
– Sistema de Amortização Constante (SAC):
– Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM).
87
MATEMÁTICA
e) Nos juros, temos uma PG (Progressão geométrica) de razão descrente.
Para séries antecipadas (com entrada), basta multiplicar o valor da prestação por .
Exemplos:
(UFGD – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ECONOMIA – AOCP) O sistema que consiste no plano de amortização de uma dívida em pres-
tações periódicas, sucessivas e decrescentes, em progressão aritmética, denomina-se:
(A) Sistema de Amortização Misto.
(B) Sistema Price.
(C) Sistema de Amortização Constante.
88
MATEMÁTICA
(D) Sistema Americano com fundo de amortização.
(E) Sistema Alemão.
Resolução:
Como vimos no estudo dos tipos de Amortização, a única que apresenta esta característica é o Sistema de Amortização Constante
(SAC).
Resposta: C
(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS – FEPESE) Uma pessoa financiou 100% de um imóvel no
valor de R$ 216.000,00 em 9 anos. O pagamento será em prestações mensais e o sistema de amortização é o sistema de amortização
constante (SAC).
Sabendo que o valor da terceira prestação é de R$2.848,00, a taxa de juros mensal cobrada é de:
(A) 0,2%.
(B) 0,4%.
(C) 0,5%.
(D) 0,6%.
(E) 0,8%.
Resolução:
Sabemos que no SAC Amortizações são constantes:
Sabemos que E = 216.000
n = 9 anos x 12(mensal) = 108 parcelas
A=?
Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo Devedor para todos os períodos:
Sabemos a prestação do período 3 que é R$ 2.848,00. Lembrando que P = A + J, temos que para o período 3:
P = A + J • 2 848 = 2 000 + J • J = 2 848 – 2 000 = 848. Os juros incidem sobre o capital do período anterior que neste caso é o 2.O
tempo é 1
J = C.i.t • 848 = 212 000.i.1 • i = 848 / 212 000 • i = 0,004 x 100% • i = 0,4%
Resposta: B
• Cálculo da razão
A razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1
89
MATEMÁTICA
Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25,......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30,.....) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15,....) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.
• Classificação
Uma P.A. é classificada de acordo com a razão.
Exemplo:
(PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51,...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331
Resolução:
Resposta: A
Propriedades
1) Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.
2) Numa P.A. com número ímpar de termos, o termo médio é igual à média aritmética entre os extremos.
Exemplo:
90
MATEMÁTICA
3) A sequência (a, b, c) é P.A. se, e somente se, o termo médio é igual à média aritmética entre a e c, isto é:
Cálculo da razão
A razão da P.G. é obtida dividindo um termo por seu antecessor. Assim: (a1, a2, a3, ..., an - 1, an, ...) é P.G. ⇔ an = (an - 1) q, n ≥ 2
Exemplos:
Classificação
Uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.
91
MATEMÁTICA
. . . . .
. . . . .
. . . . .
Exemplo:
(TRF 3ª – ANALISTA JUDICIÁRIO - INFORMÁTICA – FCC) Um
tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se fosse possível colocar 1
grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na
terceira, 64 grãos na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamen-
te, o total de grãos de arroz que deveria ser colocado na 64ª casa Temos as seguintes regras para o produto:
desse tabuleiro seria igual a 1) O produto de n números positivos é sempre positivo.
(A) 264. 2) No produto de n números negativos:
(B) 2126. a) se n é par: o produto é positivo.
(C) 266. b) se n é ímpar: o produto é negativo.
(D) 2128.
(E) 2256. Soma dos infinitos termos
A soma dos infinitos termos de uma P.G de razão q, com -1 < q
Resolução: < 1, é dada por:
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
a64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64
Exemplo:
Resposta: B A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9;
0,09; 0,009; …) é
Propriedades (A) 3,1
1) Em qualquer P.G., cada termo, exceto os extremos, é a mé- (B) 3,9
dia geométrica entre o precedente e o consequente. (C) 3,99
2) Em toda P.G. finita, o produto dos termos equidistantes dos (D) 3, 999
extremos é igual ao produto dos extremos. (E) 4
Resolução:
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma da
PG infinita (0,9; 0,09; 0,009;…) de razão q = 0,09/0,9 = 0,1. Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG
infinita para obter S1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4
Resposta: E
3) Em uma P.G. de número ímpar de termos, o termo médio é
a média geométrica entre os extremos.
Em síntese temos:
92
MATEMÁTICA
Resposta: B.
ANÁLISE COMBINATÓRIA: PROBLEMAS QUE
ENVOLVEM CONTAGEM, PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO, Fatorial
PERMUTAÇÃO, ARRANJOS, COMBINAÇÃO. Sendo n um número natural, chama-se de n! (lê-se: n fatorial)
PROBABILIDADE: ESPAÇO AMOSTRAL, TIPOS DE a expressão:
EVENTOS, PROBABILIDADE DE UM EVENTO EM UM n! = n (n - 1) (n - 2) (n - 3). ... .2 . 1, como n ≥ 2.
ESPAÇO AMOSTRAL FINITO, PROBABILIDADE COM
REUNIÃO E INTERSECÇÃO DE EVENTOS Exemplos:
5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120.
A Análise Combinatória é a parte da Matemática que desen- 7! = 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5.040.
volve meios para trabalharmos com problemas de contagem. Ve-
jamos eles:
ATENÇÃO
Princípio fundamental de contagem (PFC) 0! = 1
É o total de possibilidades de o evento ocorrer. 1! = 1
• Princípio multiplicativo: P1. P2. P3. ... .Pn.(regra do “e”). É Tenha cuidado 2! = 2, pois 2 . 1 = 2. E 3!
um princípio utilizado em sucessão de escolha, como ordem. Não é igual a 3, pois 3 . 2 . 1 = 6.
• Princípio aditivo: P1 + P2 + P3 + ... + Pn. (regra do “ou”). É o
princípio utilizado quando podemos escolher uma coisa ou outra. Arranjo simples
Arranjo simples de n elementos tomados p a p, onde n>=1 e p
Exemplos: é um número natural, é qualquer ordenação de p elementos dentre
(BNB) Apesar de todos os caminhos levarem a Roma, eles pas- os n elementos, em que cada maneira de tomar os elementos se
sam por diversos lugares antes. Considerando-se que existem três diferenciam pela ordem e natureza dos elementos.
caminhos a seguir quando se deseja ir da cidade A para a cidade
B, e que existem mais cinco opções da cidade B para Roma, qual a Atenção: Observe que no grupo dos elementos: {1,2,3} um dos
quantidade de caminhos que se pode tomar para ir de A até Roma, arranjos formados, com três elementos, 123 é DIFERENTE de 321, e
passando necessariamente por B? assim sucessivamente.
(A) Oito.
(B) Dez. • Sem repetição
(C) Quinze. A fórmula para cálculo de arranjo simples é dada por:
(D) Dezesseis.
(E) Vinte.
Resolução:
Observe que temos uma sucessão de escolhas:
Primeiro, de A para B e depois de B para Roma.
1ª possibilidade: 3 (A para B). Onde:
Obs.: o número 3 representa a quantidade de escolhas para a n = Quantidade total de elementos no conjunto.
primeira opção. P =Quantidade de elementos por arranjo
Exemplo: Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão
2ª possibilidade: 5 (B para Roma). escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um coordenador pedagó-
Temos duas possibilidades: A para B depois B para Roma, logo, gico. Quantas as possibilidades de escolha?
uma sucessão de escolhas. n = 18 (professores)
Resultado: 3 . 5 = 15 possibilidades. p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógi-
Resposta: C. co)
Resolução:
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo
vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o pedido:
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.
93
MATEMÁTICA
Exemplo: Seja P um conjunto com elementos: P = {A,B,C,D}, faixas são verdes e indistinguíveis, 3 faixas são amarelas e indistin-
tomando os agrupamentos de dois em dois, considerando o arranjo guíveis e 1 faixa é branca, esse decorador conseguirá produzir, no
com repetição quantos agrupamentos podemos obter em relação máximo, 140 formas diferentes com essas faixas.
ao conjunto P. ( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
P = {A, B, C, D} Resolução:
n=4 Total: 7 faixas, sendo 3 verdes e 3 amarelas.
p=2
A(n,p)=np
A(4,2)=42=16
Permutação
É a TROCA DE POSIÇÃO de elementos de uma sequência. Utili- Resposta: Certo.
zamos todos os elementos.
• Circular
• Sem repetição A permutação circular é formada por pessoas em um formato
circular. A fórmula é necessária, pois existem algumas permutações
realizadas que são iguais. Usamos sempre quando:
a) Pessoas estão em um formato circular.
b) Pessoas estão sentadas em uma mesa quadrada (retangular)
Atenção: Todas as questões de permutação simples podem ser de 4 lugares.
resolvidas pelo princípio fundamental de contagem (PFC).
Exemplo:
(PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR SOCIAL –
IDECAN) Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão entre
o número de anagramas de seus nomes representa a diferença en- Exemplo:
tre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é (CESPE) Uma mesa circular tem seus 6 lugares, que serão ocu-
(A) 24. pados pelos 6 participantes de uma reunião. Nessa situação, o nú-
(B) 25. mero de formas diferentes para se ocupar esses lugares com os par-
(C) 26. ticipantes da reunião é superior a 102.
(D) 27. ( ) Certo
(E) 28. ( ) Errado
Resolução: Resolução:
Anagramas de RENATO É um caso clássico de permutação circular.
______ Pc = (6 - 1) ! = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 possibilidades.
6.5.4.3.2.1=720 Resposta: CERTO.
Exemplo:
(CRQ 2ª REGIÃO/MG – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FUN-
Exemplo: DEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 3
(CESPE) Considere que um decorador deva usar 7 faixas colo- deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser
ridas de dimensões iguais, pendurando-as verticalmente na vitri- qualquer um deles, o número de maneiras distintas possíveis de se
ne de uma loja para produzir diversas formas. Nessa situação, se 3 fazer esse grupo é:
(A) 4
94
MATEMÁTICA
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960
Resolução:
Como trata-se de Combinação, usamos a fórmula:
Onde n = 12 e p = 3
Experimento composto
Quando temos dois ou mais experimentos realizados simulta-
neamente, dizemos que o experimento é composto. Nesse caso, o
Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 número de elementos do espaço amostral é dado pelo produto dos
pessoas, logo temos 220 x 3 = 660. números de elementos dos espaços amostrais de cada experimen-
Resposta: B. to.
n(U) = n(U1).n(U2)
As questões que envolvem combinação estão relacionadas a
duas coisas: Probabilidade de um evento
– Escolha de um grupo ou comissões. Em um espaço amostral U, equiprobabilístico (com elementos
– Escolha de grupo de elementos, sem ordem, ou seja, esco- que têm chances iguais de ocorrer), com n(U) elementos, o evento
lha de grupo de pessoas, coisas, objetos ou frutas. E, com n(E) elementos, onde E Ì U, a probabilidade de ocorrer o
evento E, denotado por p(E), é o número real, tal que:
• Com repetição
É uma escolha de grupos, sem ordem, porém, podemos repe-
tir elementos na hora de escolher.
Onde,
n(E) = número de elementos do evento E.
Exemplo: n(S) = número de elementos do espaço amostral S.
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b,
c}, quantas combinações obtemos? Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja,
Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verifica- todos os elementos têm a mesma “chance de acontecer.
mos o mesmo resultado sem necessidade de enumerar todas as
possibilidades: ATENÇÃO:
n=3ep=2 As probabilidades podem ser escritas na forma decimal ou
representadas em porcentagem.
Assim: 0 ≤ p(E) ≤ 1, onde:
p(∅) = 0 ou p(∅) = 0%
p(U) = 1 ou p(U) = 100%
PROBABILIDADES
A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de Exemplo:
ocorrência de um número em um experimento aleatório. (PREF. NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – FGV) O quadro a
seguir mostra a distribuição das idades dos funcionários de certa
Elementos da teoria das probabilidades repartição pública:
• Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam re-
sultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as condições FAIXA DE IDADES (ANOS) NÚMERO DE FUNCIONÁ-
sejam semelhantes. RIOS
• Espaço amostral: é o conjunto U, de todos os resultados
possíveis de um experimento aleatório. 20 ou menos 2
• Evento: qualquer subconjunto de um espaço amostral, ou De 21 a 30 8
seja, qualquer que seja E Ì U, onde E é o evento e U, o espaço
De 31 a 40 12
amostral.
De 41 a 50 14
Mais de 50 4
95
MATEMÁTICA
(D) 45%; – Caso forem dois eventos simultâneos (ou sucessivos): para
(E) 55%. se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos simultâneos (ou
sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade
Resolução: de ocorrer um deles P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro,
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário: sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B). Sendo:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 =
18
Logo a probabilidade é:
Sendo:
n: número de tentativas independentes;
p: probabilidade de ocorrer o evento em cada experimento
(sucesso);
Quando os eventos forem mutuamente exclusivos, tendo A ∩
q: probabilidade de não ocorrer o evento (fracasso); q = 1 - p
B = Ø, utilizamos a seguinte equação:
k: número de sucessos.
ATENÇÃO:
A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:
– O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as
n vezes.
– Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e .
– A probabilidade do E deve ser constante em todas as n ve-
zes.
– Cada experimento é independente dos demais.
Probabilidade de um evento complementar
É quando a soma das probabilidades de ocorrer o evento E, e
Exemplo:
de não ocorrer o evento E (seu complementar, Ē) é 1.
Lançando-se um dado 5 vezes, qual a probabilidade de ocorre-
rem três faces 6?
Resolução:
n: número de tentativas ⇒ n = 5
Probabilidade condicional k: número de sucessos ⇒ k = 3
Quando se impõe uma condição que reduz o espaço amostral, p: probabilidade de ocorrer face 6 ⇒ p = 1/6
dizemos que se trata de uma probabilidade condicional. q: probabilidade de não ocorrer face 6 ⇒ q = 1- p ⇒ q = 5/6
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral U, com p(B)
≠ 0. Chama-se probabilidade de A condicionada a B a probabilida- NOÇÕES DE ESTATÍSTICA: MÉDIA ARITMÉTICA, MEDIA
de de ocorrência do evento A, sabendo-se que já ocorreu ou que PONDERADA, MEDIANA E MODA, REPRESENTAÇÃO
vai ocorrer o evento B, ou seja: DA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS, GRÁFICOS
DE BARRAS, GRÁFICOS DE SETORES, GRÁFICO
POLIGONAL OU DE LINHA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DE GRÁFICOS
Tabelas
A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações,
Podemos também ler como: a probabilidade de A “dado que” das quais o dado numérico se destaca como informação central.
ou “sabendo que” a probabilidade de B. Sua finalidade é apresentar os dados de modo ordenado, simples
e de fácil interpretação, fornecendo o máximo de informação num
mínimo de espaço.
96
MATEMÁTICA
Elementos da tabela − O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda, ou
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais e seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem auxílio
elementos complementares. Os elementos essenciais são: do texto.
− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a desig- − O gráfico deverá possuir formato aproximadamente quadra-
nação do fato observado, o local e a época em que foi estudado. do para evitar que problemas de escala interfiram na sua correta
− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão inseridos interpretação.
os dados.
− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o conteú- Tipos de Gráficos
do das colunas.
− Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o conteúdo • Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são repre-
das linhas. sentadas por volumes. Geralmente são construídos num sistema
de eixos bidimensional, mas podem ser construídos num sistema
Os elementos complementares são: tridimensional para ilustrar a relação entre três variáveis.
− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
− Notas: informações de natureza geral, destinadas a esclare-
cer o conteúdo das tabelas.
− Chamadas: informações específicas destinadas a esclarecer
ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar indica-
das no corpo da tabela, em números arábicos entre parênteses, à
esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. Os elementos
complementares devem situar-se no rodapé da tabela, na mesma
ordem em que foram descritos.
Gráficos
Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma forma
ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos constituem-
-se numa das mais eficientes formas de apresentação de dados.
Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir de
uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais precisa
e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados, o gráfico é mais
indicado para situações que visem proporcionar uma impressão
mais rápida e maior facilidade de compreensão do comportamento
do fenômeno em estudo.
Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos distin-
tos, de modo que a utilização de uma forma de apresentação não
exclui a outra.
Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais devem
ser observadas:
Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de eixos
chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável independente é • Pictogramas ou gráficos pictóricos: são gráficos puramente
localizada no eixo horizontal (abscissas), enquanto a variável de- ilustrativos, construídos de modo a ter grande apelo visual, dirigi-
pendente é colocada no eixo vertical (ordenadas). No eixo vertical, dos a um público muito grande e heterogêneo. Não devem ser uti-
o início da escala deverá ser sempre zero, ponto de encontro dos lizados em situações que exijam maior precisão.
eixos.
− Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder a
iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo 10-15 kg
corresponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg também deverá
corresponder 2 cm, enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá
4 cm.
97
MATEMÁTICA
c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são dis-
postos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir são li-
gados por segmentos de reta. É muito utilizado em séries históricas
e em séries mistas quando um dos fatores de variação é o tempo,
como instrumento de comparação.
Exemplo:
b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o gráfico (PREF. FORTALEZA/CE – PEDAGOGIA – PREF. FORTALEZA) “Es-
de colunas, tendo a única diferença que os retângulos são dispostos tar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e interpretar
horizontalmente. É usado quando as inscrições dos retângulos fo- dados apresentados de maneira organizada e construir represen-
rem maiores que a base dos mesmos. tações, para formular e resolver problemas que impliquem o reco-
lhimento de dados e a análise de informações. Essa característica
da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma de-
manda em abordar elementos da estatística, da combinatória e da
probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).
98
MATEMÁTICA
Foi pedido:
Resposta: E
A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afir- • Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi-
mar que: plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.
(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza Para o cálculo
e Florianópolis.
(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi
maior em Fortaleza.
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianó-
polis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.
ATENÇÃO: A palavra média, sem especificações (aritmética ou
Resolução: ponderada), deve ser entendida como média aritmética.
A única alternativa que contém a informação correta com os
gráficos é a C. Exemplo:
Resposta: C (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – PRO-
GRAMADOR DE COMPUTADOR – FIP) A média semestral de um cur-
Média Aritmética so é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1
Ela se divide em: na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira.
Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda
• Simples: é a soma de todos os seus elementos, dividida pelo e 9,0 na terceira?
número de elementos n. (A) 7,0
Para o cálculo: (B) 8,0
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numéri- (C) 7,8
co A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição: (D) 8,4
(E) 7,2
Resolução:
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua
nota e dividimos pela soma de todos os pesos, assim temos:
Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALIS-
TA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) Na festa
de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam Resposta: B
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a
média aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a soma das Média geométrica
idades deles e a idade de João valia É definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do pro-
(A) 1,5. duto de n elementos de um conjunto de dados.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.
Resolução:
• Aplicações
Foi dado que: J = 2.M
Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere inter-
pretações geométricas. Podemos calcular, por exemplo, o lado de
(I) um quadrado que possui a mesma área de um retângulo, usando a
definição de média geométrica.
99
MATEMÁTICA
Exemplo:
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é
dada por:
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013 (1)
Média harmônica Aplicamos agora no triângulo ECB:
Corresponde a quantidade de números de um conjunto dividi-
dos pela soma do inverso de seus termos. Embora pareça compli- (2)
cado, sua formulação mostra que também é muito simples de ser
calculada: Agora diminuímos a equação (1) da equação (2):
Exemplo:
Na figura abaixo os segmentos AB e DA são tangentes à cir-
cunferência determinada pelos pontos B, C e D. Sabendo-se que os
segmentos AB e CD são paralelos, pode-se afirmar que o lado BC é:
Matriz
Uma matriz é uma tabela de números reais dispostos segundo
(A) a média aritmética entre AB e CD. linhas horizontais e colunas verticais.
(B) a média geométrica entre AB e CD. O conjunto ordenado dos números que formam a tabela, é de-
(C) a média harmônica entre AB e CD. nominado matriz, e cada número pertencente a ela é chamado de
(D) o inverso da média aritmética entre AB e CD. elemento da matriz.
(E) o inverso da média harmônica entre AB e CD.
• Tipo ou ordem de uma matriz
Resolução: As matrizes são classificadas de acordo com o seu número de
Sendo AB paralela a CD, se traçarmos uma reta perpendicular a linhas e de colunas. Assim, a matriz representada a seguir é deno-
AB, esta será perpendicular a CD também. minada matriz do tipo, ou ordem, 3 x 4 (lê-se três por quatro), pois
Traçamos então uma reta perpendicular a AB, passando por B e tem três linhas e quatro colunas. Exemplo:
outra perpendicular a AB passando por D:
100
MATEMÁTICA
Da mesma maneira, indicamos os elementos de uma matriz
pela mesma letra que a denomina, mas em minúscula. A linha e a
coluna em que se encontra tal elemento é indicada também no lado
inferior direito do elemento. Exemplo: a11.
Exemplo:
(PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) Considere a seguinte sen-
tença envolvendo matrizes:
y=10
Resposta: D
101
MATEMÁTICA
De modo geral, temos:
Exemplo:
(CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA) Assinale a alternativa
que apresente o resultado da multiplicação das matrizes A e B abai-
xo:
Exemplo:
(CPTM – ANALISTA DE COMUNICAÇÃO JÚNIOR – MAKIYAMA)
Para que a soma de uma matriz e sua respectiva matriz transposta
At em uma matriz identidade, são condições a serem cumpridas:
(A) a=0 e d=0
(A) (B) c=1 e b=1
(C) a=1/c e b=1/d
(D) a²-b²=1 e c²-d²=1
(B) (E) b=-c e a=d=1/2
Resolução:
(C)
(D)
2a=1
a=1/2
(E) b+c=0
b=-c
2d=1
Resolução: D=1/2
Resposta: E
Resposta: B
• Casos particulares Determinantes
– Matriz identidade ou unidade: é a matriz quadrada que pos- Determinante é um número real associado a uma matriz qua-
sui os elementos de sua diagonal principal iguais a 1 e os demais drada. Para indicar o determinante, usamos barras. Seja A uma ma-
elementos iguais a 0. Indicamos a matriz identidade de Ιn, onde n é triz quadrada de ordem n, indicamos o determinante de A por:
a ordem da matriz.
102
MATEMÁTICA
Exemplo:
(PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) É correto afirmar que o determinante é igual a zero para x igual a
(A) 1.
(B) 2.
(C) -2.
(D) -1.
Resolução:
D = 4 - (-2x)
0 = 4 + 2x
x=-2
Resposta: C
• Regra de Sarrus
Esta técnica é utilizada para obtermos o determinante de matrizes de 3ª ordem. Utilizaremos um exemplo para mostrar como aplicar
a regra de Sarrus. A regra de Sarrus consiste em:
a) Repetir as duas primeiras colunas à direita do determinante.
b) Multiplicar os elementos da diagonal principal e os elementos que estiverem nas duas paralelas a essa diagonal, conservando os
sinais desses produtos.
c) Efetuar o produto dos elementos da diagonal secundária e dos elementos que estiverem nas duas paralelas à diagonal e multipli-
cá-los por -1.
d) Somar os resultados dos itens b e c. E assim encontraremos o resultado do determinante.
Simplificando temos:
Exemplo:
(PREF. ARARAQUARA/SP – AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO – CETRO) Dada a matriz
(A) -9.
(B) -8.
(C) 0.
(D) 4.
Resolução:
103
MATEMÁTICA
detA = - 1 – 4 + 2 - (2 + 2 + 2) = - 9
Resposta: A
• Teorema de Laplace
Para matrizes quadradas de ordem n ≥ 2, o teorema de Laplace oferece uma solução prática no cálculo dos determinantes. Pelo teo-
rema, o determinante de uma matriz quadrada A de ordem n (n ≥ 2) é igual à soma dos produtos dos elementos de uma linha ou de uma
coluna qualquer, pelos respectivos co-fatores. Exemplo:
Dada a matriz quadrada de ordem 3, , vamos calcular det A usando o teorema de Laplace.
Podemos calcular o determinante da matriz A, escolhendo qualquer linha ou coluna. Por exemplo, escolhendo a 1ª linha, teremos:
det A = a11. A11 + a12. A12 + a13. A13
Exemplo:
(TRANSPETRO – ENGENHEIRO JÚNIOR – AUTOMAÇÃO – CESGRANRIO) Um sistema dinâmico, utilizado para controle de uma rede
automatizada, forneceu dados processados ao longo do tempo e que permitiram a construção do quadro abaixo.
1 3 2 0
3 1 0 2
2 3 0 1
0 2 1 3
A partir dos dados assinalados, mantendo-se a mesma disposição, construiu-se uma matriz M. O valor do determinante associado à
matriz M é
(A) 42
(B) 44
(C) 46
(D) 48
(E) 50
Resolução:
Como é uma matriz 4x4 vamos achar o determinante através do teorema de Laplace. Para isso precisamos, calcular os cofatores. Dica:
pela fileira que possua mais zero. O cofator é dado pela fórmula: . Para o determinante é usado os números que
sobraram tirando a linha e a coluna.
104
MATEMÁTICA
Resposta: D
Exemplo:
Como os determinantes são, agora, de 3ª ordem, podemos aplicar a regra de Sarrus em cada um deles. Assim:
det A= 3. (188) - 1. (121) + 2. (61) ⇒ det A = 564 - 121 + 122 ⇒ det A = 565
b) Se uma matriz A possui duas linhas ou duas colunas iguais, então o determinante é nulo.
c) Em uma matriz cuja linha ou coluna foi multiplicada por um número k real, o determinante também fica multiplicado pelo mesmo
número k.
105
MATEMÁTICA
Exemplo:
Na equação 4x – y = 2, o par ordenado (3,10) é uma solução,
pois ao substituirmos esses valores na equação obtemos uma igual-
dade.
4. 3 – 10 → 12 – 10 = 2
Já o par (3,0) não é a solução, pois 4.3 – 0 = 2 → 12 ≠ 2
Sistemas lineares
Entendemos por sistema linear um conjunto de equações li-
neares reunidas com o objetivo de se obterem soluções comuns a
todas essas equações.
• Equação linear
Chamamos de equações lineares as equações do 1º grau que Portanto, podemos escrever o sistema sob a forma matricial:
apresentam a forma:
a1x1 + a2x2 + a3x3+...anxn = b,
106
MATEMÁTICA
• Regra de Cramer
Para a resolução de sistemas normais, utilizaremos a regra de Cramer.
Consideramos os sistemas .
Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de y) pela coluna dos coeficientes independentes, obteremos , cujo de-
terminante é indicado por Dy = af – ce.
Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e considerando a matriz , cujo determinante é indicado por Dx = ed – bf,
obtemos , D ≠ 0.
Em síntese, temos:
Esta regra é um importante recurso na resolução de sistemas lineares possíveis e determinados, especialmente quando o escalona-
mento se torna trabalhoso (por causa dos coeficientes das equações) ou quando o sistema é literal.
Exemplo:
107
MATEMÁTICA
Resolução:
(I) 2a + 3b + 4c = 17 x(-2)
(II) 4a + b – 2c = 9
Multiplicamos a primeira equação por – 2 e somamos com a
segunda, cancelando a variável a:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) – 5b – 10c = - 25 : (- 5)
Então:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
Uma alternativa para encontrar o valor de z seria substituir x (II) b +2c = 5
por -2 e y por 3 em qualquer uma das equações do sistema. Um sistema com três variáveis e duas equações é possível e
Assim, S = {(-2,3-1)}. indeterminado (tem infinitas soluções), então fazendo a variável c =
α (qualquer letra grega).
Exemplos: Substituímos c em (II):
(UNIOESTE – ANALISTA DE INFORMÁTICA – UNIOESTE) Consi- b + 2α = 5
dere o seguinte sistema de equações lineares Reposta: D
RACIOCÍNIO LÓGICO
108
MATEMÁTICA
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no trecho)
C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações)
ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos
atribuir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.
• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.
ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.
Negação ~ Não p
Conjunção ^ peq
Disjunção Inclusiva v p ou q
109
MATEMÁTICA
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q
Condicional → Se p então q
Bicondicional ↔ p se e somente se q
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões
Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)
A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a
110
MATEMÁTICA
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO
valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será conside-
rada uma frase, proposição ou sentença lógica.
Exemplos
R Q P [P v (Q ↔ R) ] r: Thiago é careca.
V V V V V V V V s: Pedro é professor.
111
MATEMÁTICA
Negação ~ Não p
Conjunção ^ peq
Disjunção Inclusiva v p ou q
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q
Condicional → Se p então q
Bicondicional ↔ p se e somente se q
Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q
112
MATEMÁTICA
Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.
Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes,
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.
• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”
Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.
Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.
• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tauto-
logia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...
• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.
Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual
identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições).
No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
113
MATEMÁTICA
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.
Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.
t
Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.
Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:
Resposta: B.
Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.
ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO
114
MATEMÁTICA
CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.
ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.
115
MATEMÁTICA
• Mais sobre o Conectivo “ou”
– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)
Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusi- ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a
vo”(considera apenas um dos casos) tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qual-
quer questão referente ao assunto.
Exemplo:
R: Paulo é professor ou administrador Ordem de precedência dos conectivos:
S: Maria é jovem ou idosa O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos
ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica mate-
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das mática prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:
proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das
proposições poderá ser verdadeiro
Em resumo:
Conectivo “Se... então” (→)
Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada
subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer
sol, então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não dis-
se o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Temos então sua tabela verdade: Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou
operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbo-
los (da linguagem formal) utilizados para conectar proposições de
acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa
que apresenta exemplos de conjunção, negação e implicação, res-
pectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q
Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando
a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa. Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o
Conectivo “Se e somente se” (↔) conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposi-
bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é ção simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
condição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representa-
necessária e suficiente para p”. da pelo símbolo (→).
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somen- Resposta: B
te se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade) CONTRADIÇÕES
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti) São proposições compostas formadas por duas ou mais propo-
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti) sições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela do valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
verdade: A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a
sua tabela-verdade:
116
MATEMÁTICA
- Somente uma contradição implica uma contradição:
Exemplo:
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a propo-
sição ~P ∧ P é:
(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição. Propriedades
(D) uma contingência. • Reflexiva:
(E) uma disjunção. – P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
– Uma proposição complexa implica ela mesma.
Resolução:
Montando a tabela teremos que: • Transitiva:
– Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
P ~p ~p ^p Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
V F F
– Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R
V F F
F V F Regras de Inferência
• Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
F V F de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante sições verdadeiras já existentes.
de uma CONTRADIÇÃO.
Resposta: C Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição
Q(p,q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verda-
deira. Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolica-
mente temos:
P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).
Exemplo:
• Modus Ponens
Observe:
- Toda proposição implica uma Tautologia:
117
MATEMÁTICA
• Modus Tollens Vejamos algumas formas:
- Todo A é B.
- Nenhum A é B.
- Algum A é B.
- Algum A não é B.
• Teorema
P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,-
q,r,...)
Observe que:
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P → Q
é tautológica.
Inferências
• Regra do Silogismo Hipotético Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido
no conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é
também elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente
de “Todo B é A”.
118
MATEMÁTICA
Em síntese:
Resolução:
Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, se-
guindo o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou
nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo mos a alternativa B.
que Algum B não é A. Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por:
• Negação das Proposições Categóricas Todo A é não B.
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
as seguintes convenções de equivalência: são pardos NÃO miam alto.
– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos Resposta: C
uma proposição categórica particular.
– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma propo- (CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que
sição categórica particular geramos uma proposição categórica a afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto
universal. de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verda-
– Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos, deira
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca, (A) Todos os não psicólogos são professores.
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre, (B) Nenhum professor é psicólogo.
uma proposição de natureza afirmativa. (C) Nenhum psicólogo é professor.
(D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
(E) Pelo menos um professor não é psicólogo.
Resolução:
Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a ne-
gação de um quantificador universal categórico afirmativo se faz
através de um quantificador existencial negativo. Logo teremos:
Pelo menos um professor não é psicólogo.
Resposta: E
119
MATEMÁTICA
• Equivalência entre as proposições Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:
Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo
na resolução de questões. TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS
TODO
A
AéB
Exemplo:
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual NENHUM
a cinco”? E
(A) Todo número natural é menor do que cinco. AéB
(B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
(C) Todo número natural é diferente de cinco. Existe pelo menos um elemento que
(D) Existe um número natural que é menor do que cinco. pertence a A, então não pertence a B, e
(E) Existe um número natural que é diferente de cinco. vice-versa.
Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pe-
de-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com
Todos e Nenhum, que também são universais.
Existe pelo menos um elemento co-
mum aos conjuntos A e B.
ALGUM
I
AéB
Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários pro-
blemas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envol-
vam argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumen-
to podem ser formadas por proposições categóricas.
120
MATEMÁTICA
ALGUM
O
A NÃO é B
Perceba-se que, nesta sentença, a aten- Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC
ção está sobre o(s) elemento (s) de A que Segundo as afirmativas temos:
não são B (enquanto que, no “Algum A é (A) existem cinemas que não são teatros- Observando o últi-
B”, a atenção estava sobre os que eram B, mo diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe
ou seja, na intercessão). pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.
Temos também no segundo caso, a dife-
rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B
Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de
cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é
casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema. (B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. mo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Erra-
Resolução: do, a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama
Vamos chamar de: nos afirma isso
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura
121
MATEMÁTICA
• Como saber se um determinado argumento é mesmo váli-
do?
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé-
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa
P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar
essa frase da seguinte maneira:
Resposta: E
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.
Argumentos Válidos
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou
Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença
bem construído), quando a sua conclusão é uma consequência
“Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
obrigatória do seu conjunto de premissas.
comum.
Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
Exemplo:
vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:
O silogismo...
P1: Todos os homens são pássaros.
P2: Nenhum pássaro é animal.
Q: Portanto, nenhum homem é animal.
122
MATEMÁTICA
Comparando a conclusão do nosso argumento, temos: Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não
NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este
será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência argumento é válido ou não, é justamente confirmar se esse resul-
necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o con- tado (se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
junto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do - É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de
conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido! chocolate? Olhando para o desenho acima, respondemos que
não! Pode ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora
Argumentos Inválidos do círculo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro
Dizemos que um argumento é inválido – também denominado do círculo)! Enfim, o argumento é inválido, pois as premissas não
ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade garantiram a veracidade da conclusão!
das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão.
Métodos para validação de um argumento
Exemplo: Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos
P1: Todas as crianças gostam de chocolate. possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não!
P2: Patrícia não é criança. 1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate. quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO,
ALGUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc.
Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois as 2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada
premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão. Patrícia quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que
pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois a primeira ocorre quando nas premissas não aparecem as palavras todo,
premissa não afirmou que somente as crianças gostam de chocolate. algum e nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “• ” e “↔”.
Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade Baseia-se na construção da tabela-verdade, destacando-se uma
do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo coluna para cada premissa e outra para a conclusão. Este método
artifício, que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela tem a desvantagem de ser mais trabalhoso, principalmente quan-
primeira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”. do envolve várias proposições simples.
3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e consi-
derando as premissas verdadeiras.
Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a vali-
dade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossi-
bilidade do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades.
Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobri-
remos o valor lógico da conclusão, que deverá resultar também
em verdade, para que o argumento seja considerado válido.
123
MATEMÁTICA
Em síntese:
Exemplo:
Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:
(p ∧ q) → r
_____~r_______
~p ∨ ~q
Resolução:
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ou nenhum?
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos à pergunta seguinte.
Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no 4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência si-
multânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido!
124
MATEMÁTICA
Exemplos: (PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma
seguintes proposições sejam verdadeiras. fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Triste-
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. za é uma bruxa.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
• Quando Fernando está estudando, não chove. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
• Durante a noite, faz frio. (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
item subsecutivo. (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
( ) Certo Resolução:
( ) Errado Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não
é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclu-
Resolução: são o valor lógico (V), então:
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as pre- (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F)
missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas: →V
A = Chove (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro
B = Maria vai ao cinema (F) → V
C = Cláudio fica em casa (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bru-
D = Faz frio xa(F) → V
E = Fernando está estudando (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
F = É noite
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Logo:
Lembramos a tabela verdade da condicional: Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)
125
MATEMÁTICA
3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.
ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).
– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.
Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.
126
MATEMÁTICA
4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.
Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.
Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:
Exemplo:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, todos
para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
127
MATEMÁTICA
− Luiz não viajou para Fortaleza. Resposta: B
128
MATEMÁTICA
Exemplo: Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é ne-
“Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase cessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade.
é: – 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos
x e y.
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.
O elemento y pertence ao conjunto os números reais.
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x).
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0.
X + 0 = X.
Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor
O quantificador existencial tem a função de elemento comum. de x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está
A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co- correto.
muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃ Resposta: CERTO
(x)) (A (x) ∧ B).
Exemplos: Exemplos:
Todo cavalo é um animal. Logo, (PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA –
(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo. CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 centímetros
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal. mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sa-
(C) Todo animal é cavalo. be-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e
(D) Nenhum animal é cavalo. que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70
metros, então é verdade que Mônica tem, de altura:
Resolução: (A) 1,52 metros.
A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclu- (B) 1,58 metros.
sões: (C) 1,54 metros.
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal. (D) 1,56 metros.
– Se é cavalo, então é um animal.
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça Resolução:
de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda for- Escrevendo em forma de equações, temos:
ma de conclusão). C = M + 0,05 ( I )
Resposta: B C = A – 0,10 ( II )
A = D + 0,03 ( III )
(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposi- D não é mais baixa que C
ção (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V. Se D = 1,70 , então:
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73
Resolução: ( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números ( I ) 1,63 = M + 0,05
reais (R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
reais (R) tal que x + y = x. Resposta: B
– 1º passo: observar os quantificadores.
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos
os valores de x devem satisfazer a propriedade.
129
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
WINDOWS 7
203
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Arquivos e atalhos Área de transferência
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, A área de transferência é muito importante e funciona em se-
vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos. gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, – Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc. estamos copiando dados para esta área intermediária.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina-
da pasta ou arquivo propriamente dito. – Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.
204
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Programas e aplicativos
• Media Player
• Media Center
• Limpeza de disco
• Desfragmentador de disco
• Os jogos do Windows.
• Ferramenta de captura
• Backup e Restore
Facilidades
O Windows possui um recurso muito interessante que é o Capturador de Tela , simplesmente podemos, com o mouse, recortar a parte
desejada e colar em outro lugar.
Música e Vídeo
Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente experiência
de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar playlists e etc.,
isso também é válido para o media center.
205
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Ferramentas do sistema • O recurso de backup e restauração do Windows é muito im-
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró- portante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mes-
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente mo escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma có-
confirmar sua exclusão. pia de segurança.
WINDOWS 8
206
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Conceito de pastas e diretórios
Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pasta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armazenar
e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.
Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determinada pasta ou arquivo propriamente dito.
207
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Área de trabalho do Windows 8 Programas e aplicativos
Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em se- Interação com o conjunto de aplicativos
gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en-
tipos de itens, tais como arquivos, informações etc. tendermos melhor as funções categorizadas.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
estamos copiando dados para esta área intermediária. Facilidades
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.
Manipulação de arquivos e pastas
A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e O Windows possui um recurso muito interessante que é o Cap-
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos turador de Tela, simplesmente podemos, com o mouse, recortar a
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas- parte desejada e colar em outro lugar.
tas, criar atalhos etc.
Música e Vídeo
Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas
e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente expe-
riência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas
de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar
playlists e etc., isso também é válido para o media center.
208
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Jogos
Temos também jogos anexados ao Windows 8.
Transferência
O recurso de transferência fácil do Windows 8 é muito importante, pois pode ajudar na escolha de seus arquivos para serem salvos,
tendo assim uma cópia de segurança.
A lista de aplicativos é bem intuitiva, talvez somente o Skydrive mereça uma definição:
• Skydrive é o armazenamento em nuvem da Microsoft, hoje portanto a Microsoft usa o termo OneDrive para referenciar o armaze-
namento na nuvem (As informações podem ficar gravadas na internet).
WINDOWS 10
209
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determinada pasta ou arquivo propriamente dito.
Área de trabalho
Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em segundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários tipos
de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na área
de transferência.
210
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Uso dos menus
– Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o próprio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente confir-
mar sua exclusão.
211
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito importante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos ficam
internamente desorganizados, isto faz que o computador fique lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza internamen-
te tornando o computador mais rápido e fazendo com que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez.
• O recurso de backup e restauração do Windows é muito importante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mesmo
escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma cópia de segurança.
Inicialização e finalização
Quando fizermos login no sistema, entraremos direto no Windows, porém para desligá-lo devemos recorrer ao e:
212
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Procedimentos de backup
Backup é uma cópia dos dados para segurança e proteção. É uma forma de proteger e recuperar os dados na ocorrência de algum
incidente. Desta forma os dados são protegidos contra corrupção, perda, desastres naturais ou causados pelo homem.
Nesse contexto, temos quatro modelos mais comumente adotados: o backup completo, o incremental, o diferencial e o espelho.
Geralmente fazemos um backup completo na nuvem (Através da Internet) e depois um backup incremental para atualizar somente o que
mudou, mas vamos detalhar abaixo os tipos para um entendimento mais completo.
• Backup completo
Como o próprio nome diz, é uma cópia de tudo, geralmente para um disco e fita, mas agora podemos copiar para a Nuvem, visto que
hoje temos acesso a computadores através da internet. Apesar de ser uma cópia simples e direta, é demorada, nesse sentido não é feito
frequentemente. O ideal é fazer um plano de backup combinado entre completo, incremental e diferencial.
• Backup incremental
Nesse modelo apenas os dados alterados desde a execução do último backup serão copiados. Geralmente as empresas usam a data
e a hora armazenada para comparar e assim atualizar somente os arquivos alterados. Geralmente é uma boa opção por demorar menos
tempo, afinal só as alterações são copiadas, inclusive tem um tamanho menor por conta destes fatores.
• Backup diferencial
Este modelo é semelhante ao modelo incremental. A primeira vez ele copia somente o que mudou do backup completo anterior. Nas
próximas vezes, porém, ele continua fazendo a cópia do que mudou do backup anterior, isto é, engloba as novas alterações. Os backups
diferenciais são maiores que os incrementais e menores que os backups completos.
• Backup Espelho
Como o próprio nome diz, é uma cópia fiel dos dados, mas requer uma estrutura complexa para ser mantido. Imaginem dois lugares
para gravar dados ao mesmo tempo, daí o nome de espelho. Este backup entra em ação rápido na falha do principal, nesse sentido este
modelo é bom, mas ele não guarda versões anteriores. Se for necessária uma recuperação de uma hora específica, ele não atende, se os
dados no principal estiverem corrompidos, com certeza o espelho também estará.
SEQUÊNCIA DE BACKUP BACKUP COMPLETO BACKUP ESPELHO BACKUP INCREMENTAL BACKUP DIFERENCIAL
Seleciona tudo e
Backup 1 Copia tudo - -
copia
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças do
Backup 2 Copia tudo
copia backup 1 backup 1
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças do
Backup 3 Copia tudo
copia backup 2 backup 1
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças do
Backup 4 Copia tudo
copia backup 3 backup 1
ARMAZENAMENTO
Compactadores de Arquivos
São softwares especializados em gerar uma representação mais eficiente de vários arquivos dentro de um único arquivo de modo que
ocupem menos espaço na mídia de armazenamento ou o tempo de transferência deles sobre uma rede seja reduzido.
Os compactadores foram muito utilizados no passado quando as mídias de armazenamento tinham preços elevados e era necessário
economizar espaço para armazenamento. Atualmente o uso deles é mais voltado a transferência de arquivos pela internet para reduzir a
massa de dados a ser transferida pela rede.
Os compactadores de arquivo utilizam algoritmos de compressão de dados sem perdas para gerar a representação mais eficiente
combinando diversas técnicas conhecidas para um melhor desempenho. Uma das técnicas usadas por estes algoritmos é reduzir a redun-
dância de sequências de bits recorrentes contidas nos arquivos gerando uma representação que utiliza menos bits para representar estas
sequências. Um exemplo de processo para reduzir a redundância é a codificação de huffman.
Alguns formatos de arquivo incluem esquemas de compressão com perda de dados como os vídeos em dvd e as músicas armazenadas
no formato mp3. Porém os esquemas utilizados nestes casos são diferentes dos compactadores de arquivos pois possibilitam perdas que
se refletem na redução da qualidade da imagem ou do som. Esquemas com perdas não podem ser utilizados pelos compactadores pois
provocariam a corrupção dos dados.
213
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Formatos Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta capacida-
Cada esquema de compressão gera um formato próprio de ar- de de armazenamento, chegando facilmente à casa dos terabytes.
quivo compactado que só pode ser descompactado pelo mesmo Eles, normalmente, funcionam a partir de qualquer entrada USB do
compactador que o gerou ou por outro compactador que também computador.
seja capaz de compreender o mesmo esquema. Atualmente existem As grandes vantagens destes dispositivos são:
compactadores suportando uma grande variedade de esquemas de Alta capacidade de armazenamento;
compressão disponíveis para todos os sistemas operacionais. Facilidade de instalação;
Exemplos de compactadores: ARJ, 7-zip, B1 Free Archiver, Gzip, Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qualquer lugar sem
Tar, WinRAR, WinZip. necessidade de abrir o computador.
1 http://www.infoescola.com/informatica/disco-rigido/ 2 https://www.tecmundo.com.br/memoria/202-o-que-e-ssd-.htm
214
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
CD, CD-R e CD-RW É um dispositivo de armazenamento de dados em memória
O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década de 80 e flash e conecta-se ao computador por uma porta USB. Ele combi-
é hoje um dos meios mais populares de armazenar dados digital- na diversas tecnologias antigas com baixo custo, baixo consumo de
mente. energia e tamanho reduzido, graças aos avanços nos microproces-
Sua composição é geralmente formada por quatro camadas: sadores. Funciona, basicamente, como um HD externo e quando
- Uma camada de policarbonato (espécie de plástico), onde fi- conectado ao computador pode ser visualizado como um drive. O
cam armazenados os dados. pen drive também é conhecido como thumbdrive (por ter o tama-
- Uma camada refletiva metálica, com a finalidade de refletir nho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdrive (por usar
o laser. uma memória flash) ou, ainda, disco removível.
- Uma camada de acrílico, para proteger os dados. Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos CDs, ou
- Uma camada superficial, onde são impressos os rótulos. seja, armazenar dados para serem transportados, porém, com uma
capacidade maior, chegando a 256 GB.
Na camada de gravação existe uma grande espiral que tem um
relevo de partes planas e partes baixas que representam os bits. Cartão de Memória
Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a informação. Temos
hoje, no mercado, três tipos principais de CDs:
1. CD Comercial: que já vem gravado com música ou dados.
2. CD-R: que vem vazio e pode ser gravado uma única vez.
3. CD-RW: que pode ter seus dados apagados e regravados.
Pen Drive
Disquete.
215
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Navegação e navegadores da Internet
NAVEGAÇÃO INTERNET E NAVEGADORES, SÍTIOS DE
BUSCAS E PESQUISAS NA INTERNET, CONCEITOS DE • Internet
URL, LINKS, SITES, IMPRESSÃO DE PÁGINAS, GUIAS OU É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção
ABAS global de computadores, celulares e outros dispositivos que se co-
municam.
Tipos de rede de computadores
• LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro definido. • Procedimentos de Internet e intranet
Exemplos: casa, escritório, etc. Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas
informações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensa-
gens, compartilhar dados, programas, baixar documentos (down-
load), etc.
• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é
chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar
web sites para operações diversas.
• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde
o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
para uma determinada página, pode apontar para um documento
qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.
• Identificar o ambiente
216
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites;
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https://www.
gov.br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre outras.
Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da internet muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.
À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica automa-
ticamente desativada, possibilitando uma maior área de exibição.
2. Barra de Endereços
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada;
4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregadas.
Mozila Firefox
217
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto de nosso estudo:
5 Barra de Endereços
– Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na internet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados
como: Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc., sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado com o
seu e-mail de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computador público sempre desative a sincronização para manter seus dados seguros
após o uso.
Google Chrome
O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponibiliza inúmeras funções que, por serem ótimas, foram implementadas
por concorrentes.
218
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vejamos:
• Sobre as abas
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas também como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se quiser-
mos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal (+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
digitar palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é acionado e exibe os resultados.
4 Barra de Endereço.
5 Adicionar Favoritos
6 Usuário Atual
O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostumados ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebemos que
o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum atualmente, a
seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcionalidades.
219
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Favoritos • Downloads
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adi- Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum
cionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Nes-
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e te caso, o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o
pronto. progresso e os downloads concluídos.
Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Fa-
voritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista.
Para removê-lo, basta clicar em excluir.
• Histórico
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao • Sincronização
Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para aces- Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é im-
sá-lo, podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do portante para manter atualizadas nossas operações, desta forma,
teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, se por algum motivo trocarmos de computador, nossos dados esta-
onde podemos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo rão disponíveis na sua conta Google.
dia a dia se preferir. Por exemplo:
– Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão
disponíveis.
– Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google.
• Pesquisar palavras
Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em Safari
busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso, utilizamos
o atalho do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual
podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
220
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vejamos:
• Guias
4 Barra de Endereço.
5 Adicionar Favoritos
6 Ajustes Gerais
8 Lista de Leitura
221
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vejamos algumas de suas funcionalidades: • Pesquisar palavras
Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em
• Lista de Leitura e Favoritos busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso utilizamos o
No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para pos- atalho do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual po-
terior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endere- demos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
ços. Para adicionar uma página, clique no “+” a que fica à esquerda
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e • Salvando Textos e Imagens da Internet
pronto. Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.
pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para remo-
vê-lo, basta clicar em excluir. • Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de um al-
gum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.).
Neste caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o
progresso e os downloads concluídos.
• Histórico e Favoritos
NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS
E UTILIZAÇÃO DO SISTEMA OPERACIONAL COM
SEGURANÇA
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
Segurança da informação é o conjunto de ações para proteção
de um grupo de dados, protegendo o valor que ele possui, seja para
um indivíduo específico no âmbito pessoal, seja para uma organi-
zação3.
É essencial para a proteção do conjunto de dados de uma cor-
poração, sendo também fundamentais para as atividades do negó-
cio.
Quando bem aplicada, é capaz de blindar a empresa de ata-
ques digitais, desastres tecnológicos ou falhas humanas. Porém,
qualquer tipo de falha, por menor que seja, abre brecha para pro-
blemas.
A segurança da informação se baseia nos seguintes pilares4:
– Confidencialidade: o conteúdo protegido deve estar disponí-
vel somente a pessoas autorizadas.
3 https://ecoit.com.br/seguranca-da-informacao/
4 https://bit.ly/2E5beRr
222
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Disponibilidade: é preciso garantir que os dados estejam • Política de confidencialidade: define como são tratadas as
acessíveis para uso por tais pessoas quando for necessário, ou seja, informações institucionais, ou seja, se elas podem ser repassadas
de modo permanente a elas. a terceiros.
– Integridade: a informação protegida deve ser íntegra, ou seja,
sem sofrer qualquer alteração indevida, não importa por quem e Mecanismos de segurança
nem em qual etapa, se no processamento ou no envio. Um mecanismo de segurança da informação é uma ação, técni-
– Autenticidade: a ideia aqui é assegurar que a origem e auto- ca, método ou ferramenta estabelecida com o objetivo de preservar
ria do conteúdo seja mesmo a anunciada. o conteúdo sigiloso e crítico para uma empresa.
Ele pode ser aplicado de duas formas:
Existem outros termos importantes com os quais um profissio- – Controle físico: é a tradicional fechadura, tranca, porta e
nal da área trabalha no dia a dia. qualquer outro meio que impeça o contato ou acesso direto à infor-
Podemos citar a legalidade, que diz respeito à adequação do mação ou infraestrutura que dá suporte a ela
conteúdo protegido à legislação vigente; a privacidade, que se re- – Controle lógico: nesse caso, estamos falando de barreiras
fere ao controle sobre quem acessa as informações; e a auditoria, eletrônicas, nos mais variados formatos existentes, desde um anti-
que permite examinar o histórico de um evento de segurança da vírus, firewall ou filtro anti-spam, o que é de grande valia para evitar
informação, rastreando as suas etapas e os responsáveis por cada infecções por e-mail ou ao navegar na internet, passa por métodos
uma delas. de encriptação, que transformam as informações em códigos que
terceiros sem autorização não conseguem decifrar e, há ainda, a
Alguns conceitos relacionados à aplicação dos pilares certificação e assinatura digital, sobre as quais falamos rapidamente
– Vulnerabilidade: pontos fracos existentes no conteúdo pro- no exemplo antes apresentado da emissão da nota fiscal eletrônica.
tegido, com potencial de prejudicar alguns dos pilares de segurança
da informação, ainda que sem intenção Todos são tipos de mecanismos de segurança, escolhidos por
– Ameaça: elemento externo que pode se aproveitar da vulne- profissional habilitado conforme o plano de segurança da informa-
rabilidade existente para atacar a informação sensível ao negócio. ção da empresa e de acordo com a natureza do conteúdo sigiloso.
– Probabilidade: se refere à chance de uma vulnerabilidade ser
explorada por uma ameaça. Criptografia
– Impacto: diz respeito às consequências esperadas caso o con- É uma maneira de codificar uma informação para que somen-
teúdo protegido seja exposto de forma não autorizada. te o emissor e receptor da informação possa decifrá-la através de
– Risco: estabelece a relação entre probabilidade e impacto, uma chave que é usada tanto para criptografar e descriptografar a
ajudando a determinar onde concentrar investimentos em seguran- informação6.
ça da informação. Tem duas maneiras de criptografar informações:
• Criptografia simétrica (chave secreta): utiliza-se uma chave
Tipos de ataques secreta, que pode ser um número, uma palavra ou apenas uma
Cada tipo de ataque tem um objetivo específico, que são eles5: sequência de letras aleatórias, é aplicada ao texto de uma mensa-
– Passivo: envolve ouvir as trocas de comunicações ou gravar gem para alterar o conteúdo de uma determinada maneira. Tanto
de forma passiva as atividades do computador. Por si só, o ataque o emissor quanto o receptor da mensagem devem saber qual é a
passivo não é prejudicial, mas a informação coletada durante a ses- chave secreta para poder ler a mensagem.
são pode ser extremamente prejudicial quando utilizada (adultera- • Criptografia assimétrica (chave pública):tem duas chaves re-
ção, fraude, reprodução, bloqueio). lacionadas. Uma chave pública é disponibilizada para qualquer pes-
– Ativos: neste momento, faz-se a utilização dos dados cole- soa que queira enviar uma mensagem. Uma segunda chave privada
tados no ataque passivo para, por exemplo, derrubar um sistema, é mantida em segredo, para que somente você saiba.
infectar o sistema com malwares, realizar novos ataques a partir da
máquina-alvo ou até mesmo destruir o equipamento (Ex.: intercep- Qualquer mensagem que foi usada a chave púbica só poderá
tação, monitoramento, análise de pacotes). ser descriptografada pela chave privada.
Se a mensagem foi criptografada com a chave privada, ela só
Política de Segurança da Informação poderá ser descriptografada pela chave pública correspondente.
Este documento irá auxiliar no gerenciamento da segurança A criptografia assimétrica é mais lenta o processamento para
da organização através de regras de alto nível que representam os criptografar e descriptografar o conteúdo da mensagem.
princípios básicos que a entidade resolveu adotar de acordo com Um exemplo de criptografia assimétrica é a assinatura digital.
a visão estratégica da mesma, assim como normas (no nível táti- • Assinatura Digital: é muito usado com chaves públicas e per-
co) e procedimentos (nível operacional). Seu objetivo será manter mitem ao destinatário verificar a autenticidade e a integridade da
a segurança da informação. Todos os detalhes definidos nelas serão informação recebida. Além disso, uma assinatura digital não permi-
para informar sobre o que pode e o que é proibido, incluindo: te o repúdio, isto é, o emitente não pode alegar que não realizou a
• Política de senhas: define as regras sobre o uso de senhas nos ação. A chave é integrada ao documento, com isso se houver algu-
recursos computacionais, como tamanho mínimo e máximo, regra ma alteração de informação invalida o documento.
de formação e periodicidade de troca. • Sistemas biométricos: utilizam características físicas da pes-
• Política de backup: define as regras sobre a realização de có- soa como os olhos, retina, dedos, digitais, palma da mão ou voz.
pias de segurança, como tipo de mídia utilizada, período de reten-
ção e frequência de execução.
• Política de privacidade: define como são tratadas as infor-
mações pessoais, sejam elas de clientes, usuários ou funcionários.
5 https://www.diegomacedo.com.br/modelos-e-mecanismos-de-segu- 6 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-prote-
ranca-da-informacao/ cao-e-seguranca-da-informacao-parte-2/
223
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Firewall
Firewall ou “parede de fogo” é uma solução de segurança baseada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um con-
junto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem
ser executadas. O firewall se enquadra em uma espécie de barreira de defesa. A sua missão, por assim dizer, consiste basicamente em
bloquear tráfego de dados indesejado e liberar acessos bem-vindos.
Representação de um firewall.7
• Antivírus
O antivírus é um software que encontra arquivos e programas maléficos no computador. Nesse sentido o antivírus exerce um papel
fundamental protegendo o computador. O antivírus evita que o vírus explore alguma vulnerabilidade do sistema ou até mesmo de uma
ação inesperada em que o usuário aciona um executável que contém um vírus. Ele pode executar algumas medidas como quarentena,
remoção definitiva e reparos.
O antivírus também realiza varreduras procurando arquivos potencialmente nocivos advindos da Internet ou de e-mails e toma as
medidas de segurança.
7 Fonte: https://helpdigitalti.com.br/o-que-e-firewall-conceito-tipos-e-arquiteturas/#:~:text=Firewall%20%C3%A9%20uma%20solu%C3%A7%-
C3%A3o%20de,de%20dados%20podem%20ser%20executadas.
8 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-protecao-e-seguranca-da-informacao-parte-3/
224
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Firewall
Firewall, no caso, funciona como um filtro na rede. Ele determina o que deve passar em uma rede, seja ela local ou corporativa, blo-
queando entradas indesejáveis e protegendo assim o computador. Pode ter regras simples ou complexas, dependendo da implementação,
isso pode ser limitado a combinações simples de IP / porta ou fazer verificações completas.
• Antispyware
Spyware é um software espião, que rouba as informações, em contrário, o antispyware protege o computador funcionando como o
antivírus em todos os sentidos, conforme relatado acima. Muitos antivírus inclusive já englobam tais funções em sua especificação.
USO DE CORREIO ELETRÔNICO, ENVIO E RECEBIMENTO, CAIXA DE ENTRADA, LIXO ELETRÔNICO OU SPAM,
MICROSOFT OUTLOOK E THUNDERBIRD
OUTLOOK
O Microsoft Outlook é um gerenciador de e-mail usado principalmente para enviar e receber e-mails. O Microsoft Outlook também
pode ser usado para administrar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e
anotações.
225
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Endereços de e-mail
• Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
• @ – Símbolo padronizado para uso;
• Nome do domínio – domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa. Vejamos um exemplo real: joaodasil-
va@solucao.com.br;
• Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas;
• Caixa de Saída – Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
• E-mails Enviados – Como próprio nome diz, e aonde ficam os e-mails que foram enviados;
• Rascunho – Guarda as mensagens que ainda não terminadas;
• Lixeira – Armazena as mensagens excluídas;
Escrevendo e-mails
Ao escrever uma mensagem, temos os seguintes campos:
• Para – é o campo onde será inserido o endereço do destinatário do e-mail;
• CC – este campo é usado para mandar cópias da mesma mensagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos.
• CCO – sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos;
• Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
• Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens, programas, música, textos e outros.)
• Corpo da Mensagem – espaço onde será escrita a mensagem.
Contas de e-mail
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está apto a receber e enviar mensagens, ou até mesmo guarda-las conforme
a necessidade.
A partir daí devemos seguir as diretrizes sobre nomes de e-mail, referida no item “Endereços de e-mail”.
226
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Criar nova mensagem de e-mail Encaminhar e responder e-mails
Funcionalidades importantes no uso diário, você responde a
e-mail e os encaminha para outros endereços, utilizando os botões
indicados. Quando clicados, tais botões ativam o quadros de texto,
para a indicação de endereços e digitação do corpo do e-mail de
resposta ou encaminhamento.
Enviar
De acordo com a imagem a seguir, o botão Enviar fica em evi-
dência para o envio de e-mails.
227
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionar assinatura de e-mail à mensagem Imprimir uma mensagem de e-mail
Um recurso interessante, é a possibilidade de adicionarmos Por fim, um recurso importante de ressaltar, é o que nos pos-
assinaturas personalizadas aos e-mails, deixando assim definida a sibilita imprimir e-mails, integrando-os com a impressora ligada ao
nossa marca ou de nossa empresa, de forma automática em cada computador. Um recurso que se assemelha aos apresentados pelo
mensagem. pacote Office e seus aplicativos.
AÇÃO ATALHO
Nova mensagem Ctrl + N
Responder à mensagem (apenas reme-
Ctrl + R
tente)
Responder a todos na mensagem (re-
Ctrl + Shift + R
metente e todos os destinatários)
Responder à lista Ctrl + Shift + L
Reencaminhar mensagem Ctrl + L
Editar como nova mensagem Ctrl + E
Obter novas mensagens para a conta
F5
atual
Obter novas mensagens para todas as
Shift + F5
contas
Abrir mensagem (numa nova janela ou
Ctrl + o Enter
separador)
Abrir mensagem na conversa Ctrl + Shift + O
Ampliar Ctrl +
Reduzir Ctrl -
Endereços de e-mail
• Nome do Usuário: é o nome de login escolhido pelo usuário
na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva
@ – Símbolo padronizado
• Nome do domínio a que o e-mail pertence.
228
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vejamos um exemplo real: joaodasilva@empresa.com.br Enviar e-mail
• Caixa de Entrada: Onde ficam armazenadas as mensagens De acordo com a figura abaixo, deve-se clicar em “Enviar”
recebidas; (Send) do lado esquerdo para enviar o e-mail.
• Caixa de Saída: Onde ficam armazenadas as mensagens ainda
não enviadas;
• E-mails Enviados: Como o próprio nome diz, é onde ficam os
e-mails que foram enviados;
• Rascunho: Guarda as mensagens que você ainda não termi-
nou de redigir;
• Lixeira: Armazena as mensagens excluídas.
Contas de e-mail
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está
apto a receber, enviar ou até mesmo guardar mensagens conforme
a necessidade.
Destinatário oculto
229
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MICROSOFT WORD 2007 OU SUPERIOR. ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE
TEXTOS, CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS, MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, E TABELAS,
IMPRESSÃO, ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA, CONTROLE DE QUEBRAS, NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, LEGENDAS,
ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE TEXTO, WORDART, RECURSOS E UTILIZAÇÃO
ADICIONAIS DO SOFTWARE
O Word 2007 faz parte do pacote de produtividade Microsoft Office System de 2007, que sucedeu ao Office 2003.
A área de trabalho do Word 2007 é apresentada de forma extremamente diferenciada das versões anteriores do programa.
O Office 2007 inclui alterações fundamentais na interface gráfica. Isso pode ser sinalizado também pelo novo painel de comandos em
lugar dos menus e das barras de ferramentas. A Microsoft chama de Faixa de Opções a linha composta pelos nomes de várias guias que
substituem os antigos menus do Word9.
As guias presentes na Faixa de Opções apresentam painéis que a Microsoft chama de Barra de Ferramentas Acesso Rápido. Alguns
desses painéis são fixos, ou seja, não podem ser visualizados em janelas separas. Já a grande maioria possui no canto inferior direito o
ícone que exibe a janela do comando.
230
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Botão Office
Na versão 2007 o acesso aos comandos referentes ao menu arquivo foi substituído pelo botão do Office. Ao manter o ponteiro por
alguns instantes sobre o botão do Office, aparece a descrição:
10 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-3.pdf
231
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Salvando um documento
Quando iniciamos a criação de um novo arquivo, como esse texto que digitamos, é essencial guardá-lo em algum local. Na informática
salvar é o nome dado ao ato de guardar ou armazenar.
No Word 2007 podemos salvar o arquivo clicando no Botão office – Salvar. Salve seu arquivo em algum local do computador.
232
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Início
Contém os principais itens de formatação. Os grupos especializados de comandos desta guia são: Área de Transferência, Fonte, Pará-
grafo, Estilo e Edição.
Guia Início.
Inserir
É a segunda guia da Faixa de Opções, contém comandos para incluir itens externos no documento. Como, por exemplo: inserir pági-
nas, tabelas, ilustrações, gráficos, links, quebras de página, itens de texto como WordArt e Caixa de Texto, equações, cabeçalhos, rodapés,
número de página e símbolos.
Após inserir algum item como uma imagem ou uma tabela, por exemplo, e após selecionar o item, será apresentada uma nova guia
com opções exclusivas de formatações desses itens. Trata-se de guias de contexto.
Guia Inserir.
Cabeçalho e rodapé
Os cabeçalhos e rodapés são áreas situadas nas margens superior, inferior e lateral de cada página de um documento.
Você pode inserir ou alterar textos ou gráficos em cabeçalhos e rodapés.
Por exemplo, é possível adicionar números de página, a hora e a data, uma logomarca de empresa, o título do documento ou o nome
do arquivo ou do autor.
Tabela
As tabelas permitem organizar colunas de números e texto em um documento. Na tela uma tabela constitui uma grade de linhas e
colunas marcadas por linhas de grade pontilhadas, cada caixa na grade é uma célula.
233
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Inserir tabela
1. Clique no local em que deseja inserir uma tabela.
2. Na guia Inserir, no grupo Tabelas, clique em Tabela, aponte para Tabelas Rápidas e clique no modelo que deseja.
O comando Inserir tabela permite que você especifique as dimensões e o formato da tabela antes da inserção da mesma em um
documento.
1. Clique no local em que deseja inserir uma tabela.
2. Na guia Inserir, no grupo Tabelas, clique em Tabela e, em seguida, clique em Inserir Tabela.
ClipArt
Os ClipArts São Figuras Disponibilizadas pelo Microsoft Office. Ao instalar o Microsoft Word 2007 em nosso computador, esse já vem
com uma biblioteca interna com vários ClipArts, caso precise de novas figuras podemos baixar novos ClipArts da internet.
Pode-se acessar o ClipArt na Guia inserir – Grupo Ilustrações – ClipArt.
234
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A galeria do ClipArt é exibida à direita da janela do programa do Microsoft Word. Nessa galeria é necessário digitar uma palavra-chave,
para que o programa busque figuras relacionadas com o que procuramos. Por exemplo, para pesquisar uma margem do Papai Noel, basta
digitar Natal e clicar no botão Ir.
Wordart
O WordArt é um texto decorativo que você pode adicionar a um documento.
Inserir o WordArt
1. Clique no local onde você deseja inserir um texto decorativo em um documento.
2. Na guia Inserir, no grupo Texto, clique em WordArt.
235
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
3. Clique em qualquer estilo de WordArt e comece a digitar.
Layout de Página
Na guia Layout da Página estão todos os comandos relativos à edição de temas, configuração de página, marcas d’água e parágrafos.
É nesta guia que se ajustam os tamanhos das margens, a orientação do papel e a número de colunas.
Referências
A faixa de opções aberta pela guia Referências reúne comandos exibidos do submenu Referências do antigo menu Inserir. São recursos
úteis principalmente na elaboração de documentos extensos, como trabalhos técnicos e acadêmicos. Entre esses itens estão opções para
a criação de sumários, notas de rodapé e de fim de documento, citações, legendas e bibliografia.
Guia Referências.
Correspondências
Quem produz documentos e precisa enviar correspondências a partir do Word, seja por e-mail ou por carta, encontra na guia Corres-
pondências os recursos para dar conta desse trabalho.
Guia Correspondências.
236
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Revisão
A guia Revisão incorpora recursos para correção de texto, inserção de comentários e controle de alterações dos documentos. Traz
ainda comandos para proteger o documento com algum tipo de restrição de acesso.
Guia Revisão.
Exibição
É a última guia da visualização normal. Ela corresponde, de certa forma, ao antigo menu Exibir. De fato, contém os recursos desse
menu e de vários outros. Os comandos para gravar e executar macros estão nessa guia.
Guia Exibição.
Área de transferência
Ctrl+C (Copiar): envia dados para a Área de Transferência sem retirá-los da tela.
237
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Fonte
Ctrl+Shift+F: (Fonte): apresenta uma lista de opções para modificar a tipografia da fonte (letra).
Ctrl+Shift+P (Tamanho da Fonte): apresenta uma lista de opções para modificar o tamanho da fonte.
Limpar formatação.
Ctrl+N: negrito.
Ctrl+I: itálico.
Ctrl+S: sublinhado.
Tachado.
Texto Subscrito.
Cor-da-fonte.
Os ajustes de formatação (bem como vários outros) no Word também podem ser efetuados através de uma caixa de diálogos especí-
fica ao invés de uma subguia11. A caixa pode ser aberta de três formas: através das teclas de atalho Ctrl +Shift + F; através das teclas Ctrl +
D; ou por um clique sobre a seta de extensão da subguia Fonte.
238
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Parágrafo
Tab (para descer um nível) e Shift+Tab (para subir um nível): Numeração de Vários Níveis: formata os parágrafos com
lista numerada em vários níveis.
Ctrl+E: centralizar.
Alinhar à Direita.
Ctrl+J: justificar.
Ctrl+1 (Espaçamento Simples), Ctrl+2 (Espaçamento Duplo) e Ctrl+5 (1,5 linhas): espaçamento entrelinhas.
239
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A caixa de diálogo contém as seguintes opções. Na parte inferior da caixa de diálogo, você pode ver uma Visualização de qual será a
aparência das opções antes de aplicá-las.
240
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MICROSOFT EXCEL 2007 OU SUPERIOR. ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS,
COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES BÁSICAS E
IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS, NUMERAÇÃO DE PÁGINAS,
OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO, RECURSOS E UTILIZAÇÃO ADICIONAIS DO SOFTWARE
O Microsoft Excel 2007 é uma versão do Pacote Office escrito e produzido pela empresa Microsoft e baseado em planilha eletrônica,
ou seja, páginas em formato matricial compostas por células e formadas por linhas e colunas12.
É muito utilizado para cálculos, estatísticas, gráficos, relatórios, formulários e entre outros requisitos das rotinas empresariais, admi-
nistrativas e domésticas.
12 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-4.pdf
13 http://www.prolinfo.com.br
241
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, impri-
mir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.
Planilha eletrônica.
Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.
Barra de Fórmulas.
242
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos, tabe-
las dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.
– Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical.
– Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal.
– Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um endereço
que é o resultado do cruzamento da linha 1 e a coluna A, então a célula será chamada 4, como mostra na caixa de nome A1 logo acima da
planilha.
Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.
Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.
– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.
243
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.
Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ ( ) ” para definir uma nova prioridade de cálculo.
Alça de Preenchimento.
Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:
Estrutura da função.
NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.
244
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.
Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.
245
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.
Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)
Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:
Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde que
atenda a uma condição especificada:
Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter texto
neste intervalo.
Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.
246
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e o
critério para ser verificado.
Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos contar a quantidade de homens e mulheres.
Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.
Programa utilizado para criação e apresentações de Slides. Ele permite um acesso prático, fácil e criativo para todas as necessidades
de apresentações, além de dispor de diversos recursos novos e aprimorados que as tornarão dinâmicas e atraentes, como as novas capa-
cidades para os gráficos, temas do PowerPoint e ferramentas de formatação aprimoradas para tipografia14.
1. Botão do Microsoft Office : substitui o menu Arquivo (versões anteriores) e está localizado no canto superior esquerdo do
programa.
Ao clicar no Botão do Microsoft Office, serão exibidos comandos básicos: Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar, Enviar,
Publicar e Fechar.
14 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-5.pdf
247
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
2. Barra de Ferramentas de Acesso Rápido : localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do Microsoft
Office (local padrão), é personalizável e contém um conjunto de comandos independentes da guia exibida no momento. É possível adicio-
nar botões que representam comandos à barra e mover a barra de um dos dois locais possíveis.
3. Barra de Título: exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também exibe o nome do documento ativo.
4. Botões de Comando da Janela: acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e restaurar a janela do programa Power-
Point.
5. Faixa de Opções: a Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa. Os
comandos são organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade como gravação ou
disposição de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia
Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem for selecionada.
Grande novidade do Office 2007/2010, a faixa de opções elimina grande parte da navegação por menus e busca aumentar a produti-
vidade por meio do agrupamento de comandos em uma faixa localizada abaixo da barra de títulos.
6. Painel de Anotações: nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7. Barra de Status: exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o número de slides; tema e idioma.
248
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Modos de Exibição do PowerPoint
Você pode encontrar os modos de exibição do PowerPoint em dois lugares:
– Na guia Exibição, no grupo Modos de Exibição de Apresentações, onde todos os modos de exibição estão disponíveis.
– Em uma barra de fácil acesso, localizada na parte inferior da janela do PowerPoint, onde estão disponíveis os principais modos de
exibição (Normal, Classificação de Slides e Apresentação de Slides).
O modo de exibição Normal é o principal modo de edição, onde você escreve e projeta a sua apresentação.
Criar apresentações
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2007 engloba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo; es-
colher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura e criar
efeitos, como transições de slides animados.
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do Microsoft Office, e em seguida clicar em Novo.
Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco, Modelos Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento
existente ou Modelos do Microsoft Office On-line).
Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.
249
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Tema
No PowerPoint, você verá alguns modelos e temas internos. Um tema é um design de slide que contém correspondências de cores,
fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre outros recursos.
1. Clique na guia Design.
250
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Formatar texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo.
Excluir slide
Para excluir um slide basta selecioná-lo e depois clicar no botão ,localizado na guia Início.
Salvar Arquivo
Para salvar o arquivo, acionar o Botão do Microsoft Office e clicar em Salvar, ou clicar no botão .
Inserir Figuras
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar em um desses botões:
– Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.
– Clip-Art: é possível escolher entre várias figuras que acompanham o Microsoft Office.
– Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.
– SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde
listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
– Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados.
– WordArt: insere um texto com efeitos especiais.
251
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Transição de Slides
A Microsoft Office PowerPoint 2007 inclui vários tipos diferentes de transições de slides. Basta clicar no guia transição e escolher a
transição de slide desejada.
Exibir apresentação
Para exibir uma apresentação de slides no Power Point.
1. Clique na guia Apresentação de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides.
2. Clique na opção Do começo ou pressione a tecla F5, para iniciar a apresentação a partir do primeiro slide.
3. Clique na opção Do Slide Atual, ou pressione simultaneamente as teclas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide
atual.
Slide mestre
O slide mestre é um slide padrão que replica todas as suas características para toda a apresentação. Ele armazena informações como
plano de fundo, tipos de fonte usadas, cores, efeitos (de transição e animação), bem como o posicionamento desses itens. Por exemplo, na
imagem abaixo da nossa apresentação multiuso Power View, temos apenas um item padronizado em todos os slides que é a numeração
da página no topo direito superior.
Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide mestre, você modifica essencialmente esse slide mestre. Embora cada layout
de slide seja configurado de maneira diferente, todos os layouts que estão associados a um determinado slide mestre contêm o mesmo
tema (esquema de cor, fontes e efeitos).
Para criar um slide mestre clique na Guia Exibição e em seguida em Slide Mestre.
QUESTÕES
1. (FGV-SEDUC -AM) O dispositivo de hardware que tem como principal função a digitalização de imagens e textos, convertendo as
versões em papel para o formato digital, é denominado
(A) joystick.
(B) plotter.
(C) scanner.
(D) webcam.
(E) pendrive.
2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou um novo jogo para seu computador e o instalou sem que ocorressem erros.
No entanto, o jogo executou de forma lenta e apresentou baixa resolução. Considerando esse contexto, selecione a alternativa que contém
a placa de expansão que poderá ser trocada ou adicionada para resolver o problema constatado por João.
(A) Placa de som
(B) Placa de fax modem
(C) Placa usb
252
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
(D) Placa de captura 9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows
(E) Placa de vídeo 7, Windows Vista e Windows XP, apenas este último não possui ver-
são para processadores de 64 bits.
3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários tipos de pe- ( ) Certo
riféricos utilizados em um computador, como os periféricos de saída ( ) Errado
e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternativa que apresenta
um exemplo de periférico somente de entrada. 10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do
(A) Monitor Microsoft Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é
(B) Impressora uma versão oficial do Microsoft Windows
(C) Caixa de som (A) Windows 7
(D) Headphone (B) Windows 10
(E) Mouse (C) Windows 8.1
(D) Windows 9
4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado- (E) Windows Server 2012
res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi-
bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados 11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do
URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende- Windows:
reço válido na Internet é: (A) Windows Gold.
(A) http:@site.com.br (B) Windows 8.
(B) HTML:site.estado.gov (C) Windows 7.
(C) html://www.mundo.com (D) Windows XP.
(D) https://meusite.org.br
(E) www.#social.*site.com 12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e
Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe-
5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido- cuta?
res e armazenamento compartilhados, com software disponível e (A) Capturar qualquer item da área de trabalho.
localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso (B) Capturar uma imagem a partir de um scanner.
presencial, chamamos esse serviço de: (C) Capturar uma janela inteira
(A) Computação On-Line. (D) Capturar uma seção retangular da tela.
(B) Computação na nuvem. (E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
(C) Computação em Tempo Real. uma caneta eletrônica
(D) Computação em Block Time.
(E) Computação Visual 13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8,
assinale a alternativa INCORRETA:
6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos (A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen- pela Microsoft.
tos associados à Internet, julgue o próximo item. (B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter- ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem-
net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o pre visível ao usuário.
áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no (C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows
Youtube (http://www.youtube.com). 7 dentro do Windows 8.
( ) Certo (D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado
( ) Errado Kapersky.
(E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a res x86 e 64 bits.
execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar
danos ao computador do usuário. 14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema multi-
( ) Certo tarefa e multiusuário, é disponível em várias distribuições, entre as
( ) Errado quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora.
( ) Certo
8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e-mail ( ) Errado
com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa existên-
cia de vírus. 15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de
Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser um diretório, arquivos ou subdiretórios é o
adotado no exemplo acima. (A) init 0.
(A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo (B) init 6.
ao administrador de rede. (C) exit
(B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo (D) ls.
de vírus. (E) cd.
(C) Apagar o e-mail, sem abri-lo.
(D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni- 16. (SOLUÇÃO) O Linux faz distinção de letras maiúsculas ou
toramento. minúsculas
(E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a ( ) Certo
analisá-lo posteriormente. ( ) Errado
253
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
17. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo 12 B
(A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô-
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção 13 D
de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú- 14 CERTO
meros e letras.
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração 15 D
e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT. 16 CERTO
(C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
17 A
útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos
que o Excel. 18 D
(D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa- 19 CERTO
gens de correio eletrônico.
(E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio 20 CERTO
e recebimento de páginas web.
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
( ) Certo
( ) Errado ______________________________________________________
______________________________________________________
20. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so-
noros à apresentação em elaboração. ______________________________________________________
( ) Certo
( ) Errado ______________________________________________________
GABARITO ______________________________________________________
______________________________________________________
1 C ______________________________________________________
2 E
______________________________________________________
3 E
______________________________________________________
4 D
5 B ______________________________________________________
6 ERRADO ______________________________________________________
7 CERTO
______________________________________________________
8 C
9 CERTO _____________________________________________________
10 D _____________________________________________________
11 A
______________________________________________________
254
LEGISLAÇÃO
255
LEGISLAÇÃO
Art. 6º - Em casos excepcionais e mediante autorização do Ges- Visto a importância das leis indicadas, lá você acompanha me-
tor Financeiro da pasta a qual o servidor esteja vinculado, poderá lhor quaisquer atualizações que surgirem depois da publicação da
ser concedido o pagamento de diárias para a participação em cur- apostila.
sos e seminários em cidades cuja a quilometragem seja inferior a Se preferir, indicamos também acesso direto ao arquivo pelo
100 quilômetros desta municipalidade. link a seguir: https://acessoainformacao.novogama.go.leg.br/legis-
I – os cursos que tratam o caput deste artigo terão que contri- lacao/lei/id=1
buir para o conhecimento técnico e profissional do servidor e ainda
contribuir com melhorias na atividade da Administração Pública;
II – o curso pretendido pelo servidor será afim a área de atua-
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (ARTIGOS 1º AO 6º)
ção do servidor no município;
III – só será permitido o pagamento mediante solicitação do CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE
Secretário da pasta que o servidor estiver subordinado; 1988
IV – a diária somente poderá ser concedida se a permanência
no local do curso for superior a 06 (seis) horas diárias; PREÂMBULO
V- deverá ser apresentado posteriormente à realização do cur- Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assem-
so ou seminário documento que comprove a execução do serviço bléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático,
ou a participação do servidor ou solicitante para que seja anexado destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais,
ao processo de pagamento de diária. a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igual-
Parágrafo Único. Fará jus à diária o servidor que ficar à dispo- dade e a justiça como valores supremos de uma sociedade frater-
sição da Justiça Eleitoral de Novo Gama no período das eleições, na, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
mediante solicitação do Juiz Eleitoral. Art. comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
7° - A concessão de diárias para deslocamentos fora do estado pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus,
de Goiás e da região metropolitana do Distrito Federal, será conce- a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
dida mediante autorização do Gestor Financeiro da pasta a qual o
servidor esteja vinculado e por meio de levantamento de custos a TÍTULO I
ser realizado pelo Setor de Compras da Secretaria de Finanças. Art. DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
8º - O servidor ou solicitante que receber diárias e não se afas-
tar de sua base de trabalho, por qualquer motivo, fica obrigado a Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
restituí-las integralmente num prazo de 05 (cinco) dias. indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, consti-
Art. 9° - A inobservância das disposições deste Decreto impor- tui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
tará na instauração de processo administrativo e a controladoria I - a soberania;
interna do município dará imediata ciência ao Tribunal de Contas II - a cidadania
dos Municípios do Estado de Goiás, sem prejuízo de outras sanções III - a dignidade da pessoa humana;
aplicáveis a espécie. IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;(Vide Lei
Art. 10 - Fica fixado o valor unitário de diária na forma em que nº 13.874, de 2019)
especifica, quando autorizada a solicitação, seguindo tabela em V - o pluralismo político.
anexo, a qual faz parte deste decreto. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce
Art. 11º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publica- por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
ção, revogadas disposições em contrário, em especial os Decretos desta Constituição.
de n°s. 3.231, de 26 de setembro de 2016 e 573, de 21 de maio de Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos
2013 para que surta todos os seus efeitos jurídicos e legais. entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Fede-
GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE NOVO GAMA, aos 10 rativa do Brasil:
dias do mês de setembro de 2018. SÔNIA CHAVES DE F. C I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigual-
dades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
Prezado(a), raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
A fim de atender na íntegra o conteúdo do edital, este tópico Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas rela-
será disponibilizado na Área do Aluno em nosso site. Essa área é re- ções internacionais pelos seguintes princípios:
servada para a inclusão de materiais que complementam a apostila, I - independência nacional;
sejam esses, legislações, documentos oficiais ou textos relaciona- II - prevalência dos direitos humanos;
dos a este material, e que, devido a seu formato ou tamanho, não III - autodeterminação dos povos;
cabem na estrutura de nossas apostilas. IV - não-intervenção;
Por isso, para atender você da melhor forma, os materiais são V - igualdade entre os Estados;
organizados de acordo com o título do tópico a que se referem e po- VI - defesa da paz;
dem ser acessados seguindo os passos indicados na página 2 deste VII - solução pacífica dos conflitos;
material, ou por meio de seu login e senha na Área do Aluno. VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
256
LEGISLAÇÃO
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humani- XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em lo-
dade; cais abertos ao público, independentemente de autorização, desde
X - concessão de asilo político. que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a in- mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade com-
tegração econômica, política, social e cultural dos povos da América petente;
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada
de nações. a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de coope-
TÍTULO II rativas independem de autorização, sendo vedada a interferência
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvi-
CAPÍTULO I das ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS -se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a perma-
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual- necer associado;
quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros re- XXI - as entidades associativas, quando expressamente auto-
sidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à rizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: extrajudicialmente;
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos XXII - é garantido o direito de propriedade;
termos desta Constituição; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação
coisa senão em virtude de lei; por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, me-
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desu- diante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
mano ou degradante; previstos nesta Constituição;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade com-
anonimato; petente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao pro-
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, prietário indenização ulterior, se houver dano;
além da indenização por dano material, moral ou à imagem; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, des-
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo de que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na for- pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dis-
ma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; pondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdei-
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença re- ros pelo tempo que a lei fixar;
ligiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e
prestação alternativa, fixada em lei; à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientí- desportivas;
fica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a ima- obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intér-
gem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano ma- pretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
terial ou moral decorrente de sua violação; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais pri-
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo vilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às cria-
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagran- ções industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas
te delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunica- XXX - é garantido o direito de herança;
ções telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será
no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução pro- brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
cessual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) do “de cujus”;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profis- XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do con-
são, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; sumidor;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguarda- XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos in-
do o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; formações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsa-
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, per- bilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à se-
manecer ou dele sair com seus bens; gurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº
12.527, de 2011)
257
LEGISLAÇÃO
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pa- LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
gamento de taxas: em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direi- comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
tos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; drogas afins, na forma da lei;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defe- LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
sa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; político ou de opinião;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela au-
ou ameaça a direito; toridade competente;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
perfeito e a coisa julgada; devido processo legal;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
que lhe der a lei, assegurados: com os meios e recursos a ela inerentes;
a) a plenitude de defesa; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
b) o sigilo das votações; meios ilícitos;
c) a soberania dos veredictos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em jul-
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra gado de sentença penal condenatória;
a vida; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identifica-
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena ção criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento)
sem prévia cominação legal; LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; esta não for intentada no prazo legal;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direi- LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais
tos e liberdades fundamentais; quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e impres- LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por or-
critível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; dem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente,
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente mi-
graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecen- litar, definidos em lei;
tes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hedion- LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
dos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família
podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) do preso ou à pessoa por ele indicada;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da famí-
o Estado Democrático; lia e de advogado;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, poden- LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por
do a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de sua prisão ou por seu interrogatório policial;
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autori-
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; dade judiciária;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a
outras, as seguintes: lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
a) privação ou restrição da liberdade; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável
b) perda de bens; pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimen-
c) multa; tícia e a do depositário infiel;
d) prestação social alternativa; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer
e) suspensão ou interdição de direitos; ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberda-
XLVII - não haverá penas: de de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger di-
art. 84, XIX; reito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
b) de caráter perpétuo; data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
c) de trabalhos forçados; autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
d) de banimento; atribuições do Poder Público;
e) cruéis; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, por:
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; a) partido político com representação no Congresso Nacional;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física b) organização sindical, entidade de classe ou associação legal-
e moral; mente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que pos- defesa dos interesses de seus membros ou associados;
sam permanecer com seus filhos durante o período de amamen- LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
tação; de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionali-
dade, à soberania e à cidadania;
258
LEGISLAÇÃO
259
LEGISLAÇÃO
3. Quadrix - 2021 - CREFITO-4° Região (MG) - Analista Contábil 7. Quadrix - 2021 - CREFONO - 3ª Região - Assistente Adminis-
Nos termos do art. 6.º da Constituição Federal, são direitos sociais trativo Júnior
a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o trans- Os direitos e deveres individuais e coletivos não se restringem
porte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à mater- ao art. 5.º da Constituição Federal de 1988, sendo encontrados ao
nidade e à infância e a assistência aos desamparados. Considerando longo do texto constitucional, expressos ou decorrentes do regime
essa informação, julgue o item acerca dos direitos sociais. e dos princípios adotados pela Constituição.
A cobrança de taxa de matrícula em universidades públicas está
em consonância com os princípios que regem o direito à educação, Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado. 22.ª ed. São Paulo:
expressamente previsto pela Constituição Federal. Saraiva, 2018. p. 1.173 (com adaptações).
(...)Certo
(...)Errado Com relação aos direitos e às garantias individuais e coletivos
e aos princípios fundamentais previstos na Constituição Federal de
4. Quadrix - 2020 - CRMV-AM - Fiscal 1988, julgue o item.
O Título I da Constituição Federal de 1988 é dedicado aos prin- O rol de penas previsto no art. 5.º da Constituição Federal de
cípios fundamentais do Estado brasileiro e, no art. 1.º, são estabe- 1988 é exemplificativo.
lecidas suas características essenciais. Acerca dessas características, ( )Certo
julgue o item. ( )Errado
Quanto ao regime político, o Brasil constitui‐se em Estado De-
mocrático de Direito. 8. O Título I da Constituição Federal de 1988 é dedicado aos
( )Certo princípios fundamentais do Estado brasileiro e, no art. 1.º, são esta-
( )Errado belecidas suas características essenciais. Acerca dessas característi-
cas, julgue o item.
5. Nos termos do art. 6.º da Constituição Federal, são direitos O Brasil adota como forma de governo a República, que ex-
sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, pressa a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à como se dá a relação entre governantes e governados.
maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. Consi- ( )Certo
derando essa informação, julgue o item acerca dos direitos sociais. ( )Errado
É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em
qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econô- 9. Quadrix - 2020 - CREFONO-5° Região - Auxiliar Administrativo
mica na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhado- O art. 1.º da Constituição de 1988 estabeleceu a forma de Esta-
res ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área do, a forma de governo e o regime de governo, além de enumerar,
de um município. em seus incisos, os valores que orientam o Estado.
( )Certo A respeito dos princípios fundamentais da Constituição Federal
( )Errado de 1988, julgue o item.
A dignidade da pessoa humana, que assenta o reconhecimento
6. IBFC - 2020 - Prefeitura de Vinhedo - SP - Guarda Municipal da proteção individual, não só em relação ao Estado, mas também
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações in- diante dos demais indivíduos, apesar de ser importante, não é con-
ternacionais por alguns princípios expressos na Constituição Fede- siderada como um fundamento da República Federativa do Brasil.
ral de 1988, dentre eles, a defesa da paz e a solução pacífica de ( )Certo
conflitos. Leia abaixo o parágrafo único do artigo 4° da Constituição ( )Errado
Federal:
10. BRB - 2023 - Prefeitura de Borda da Mata - MG - Contador
“Art. 4°. Parágrafo Único. A República Federativa do Brasil bus- Conforme conhecimento da Constituição da República Federa-
cará a integração econômica, política, social e _____ dos povos tiva do Brasil sabe-se que existem os princípios fundamentais, den-
_____, visando à _____ de uma comunidade _____ de nações”. tre eles formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente e tem como fundamentos. Marque a alternativa que não compõe
as lacunas. um fundamento do Art.1º:
(A) Cultural / da América Latina / formação / latino-americana (A) A soberania.
(B) Religiosa / de todos os países / integração / sul-americana (B) A cidadania.
(C) Educacional / da América do Sul / reunião / universal (C) A dignidade da pessoa humana.
(D) Nacional / do mundo / integração / unida (D) Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei.
(E) O pluralismo político.
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LEGISLAÇÃO
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GABARITO
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1 A ______________________________________________________
2 E
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3 ERRADO
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4 CERTO
5 CERTO ______________________________________________________
6 A ______________________________________________________
7 ERRADO
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8 CERTO
9 ERRADO ______________________________________________________
10 D ______________________________________________________
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ANOTAÇÕES ______________________________________________________
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LEGISLAÇÃO
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