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LÍNGUA PORTUGUESA

Uma pessoa que conhece todas as palavras do texto, mas não


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS compreende o universo dos discursos, as relações extratextuais
LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS/V SIGNIFICADO desse texto, não entende o significado do mesmo. Por isso, é preci-
CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSÕES so colocá-lo dentro do universo discursivo a que ele pertence e no
interior do qual ganha sentido.
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Cada vez mais, é comprovada a dificuldade dos estudantes, de Compreensão
qualquer idade, e para qualquer finalidade em compreender o que Alguns teóricos chamam o universo discursivo de “conheci-
se pede em textos, e também os enunciados. Qual a importância mento de mundo”, mas chamaremos essa operação de compreen-
em se entender um texto? são.
Para a efetiva compreensão precisa-se, primeiramente, enten- A palavra compreender vem da união de duas palavras grega:
der o que um texto não é, conforme diz Platão e Fiorin: cum que significa ‘junto’ e prehendere que significa ‘pegar’. Dessa
forma, a compreensão envolve além da decodificação das estrutu-
“Não é amontoando os ingredientes que se prepara uma re- ras linguísticas e das partes do texto presentes na apreensão, mas
ceita; assim também não é superpondo frases que se constrói um uma junção disso com todo o conhecimento de mundo que você
texto”.1 já possui. Ela envolve entender os significados das palavras jun-
tamente com todo o contexto de discursos e conhecimentos em
Ou seja, ele não é um aglomerado de frases, ele tem um co- torno do leitor e do próprio texto. Dessa maneira a compreensão
meço, meio, fim, uma mensagem a transmitir, tem coerência, e envolve uma série de etapas:
cada frase faz parte de um todo. Na verdade, o texto pode ser a
questão em si, a leitura que fazemos antes de resolver o exercício. 1. Decodificação do código linguístico: conhecer a língua em
E como é possível cometer um erro numa simples leitura de enun- que o texto foi escrito para decodificar os significados das palavras
ciado? Mais fácil de acontecer do que se imagina. Se na hora da ali empregadas.
leitura, deixamos de prestar atenção numa só palavra, como um 2. A montagem das partes do texto: relacionar as palavras,
“não”, já alteramos a interpretação e podemos perder algum dos frases e parágrafos dentro do texto, compreendendo as ideias
sentidos ali presentes. Veja a diferença: construídas dentro do texto
3. Recuperação do saber do leitor: aliar as informações ob-
Qual opção abaixo não pertence ao grupo? tidas na leitura do texto com os conhecimentos que ele já possui,
Qual opção abaixo pertence ao grupo? procurando em sua memória os saberes que ele tem relacionados
ao que é lido.
Isso já muda totalmente a questão, e se o leitor está desa- 4. Planejamento da leitura: estabelecer qual seu objetivo ao
tento, vai marcar a primeira opção que encontrar correta. Pode ler o texto. Quais informações são relevantes dentro do texto para
parecer exagero pelo exemplo dado, mas tenha certeza que isso o leitor naquele momento? Quais são as informações ele precisa
acontece mais do que imaginamos, ainda mais na pressão da pro- para responder uma determinada questão? Para isso utilizamos
va, tempo curto e muitas questões. várias técnicas de leitura como o escaneamento geral das informa-
Partindo desse princípio, se podemos errar num simples ções contidas no texto e a localização das informações procuradas.
enunciado, que é um texto curto, imagine os erros que podemos
cometer ao ler um texto maior, sem prestar a devida atenção aos E assim teremos:
detalhes. É por isso que é preciso melhorar a capacidade de leitu-
ra, compreensão e interpretação. Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto

Apreender X Compreensão X Interpretação2 Interpretação


Há vários níveis na leitura e no entendimento de um texto. O Envolve uma dissecação do texto, na qual o leitor além de com-
processo completo de interpretação de texto envolve todos esses preender e relacionar os possíveis sentidos presentes ali, posicio-
níveis. na-se em relação a eles. O processo interpretativo envolve uma es-
pécie de conversa entre o leitor e o texto, na qual o leitor identifica
Apreensão e questiona a intenção do autor do texto, deduz sentidos e realiza
Captação das relações que cada parte mantém com as outras conclusões, formando opiniões.
no interior do texto. No entanto, ela não é suficiente para enten-
der o sentido integral.

1 PLATÃO, Fiorin, Lições sobre o texto. Ática 2011.


2 LEFFA, Vilson. Interpretar não é compreender: um estudo preliminar
sobre a interpretação de texto.

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Elementos envolvidos na interpretação textual3
Toda interpretação de texto envolve alguns elementos, os quais precisam ser levados em consideração para uma interpretação completa
a) Texto: é a manifestação da linguagem. O texto4 é uma unidade global de comunicação que expressa uma ideia ou trata de um assunto
determinado, tendo como referência a situação comunicativa concreta em que foi produzido, ou seja, o contexto. São enunciados constituídos
de diferentes formas de linguagem (verbal, vocal, visual) cujo objetivo é comunicar. Todo texto se constrói numa relação entre essas linguagens,
as informações, o autor e seus leitores. Ao pensarmos na linguagem verbal, ele se estrutura no encadeamento de frases que se ligam por meca-
nismos de coesão (relação entre as palavras e frases) e coerência (relação entre as informações). Essa relação entre as estruturas linguísticas e a
organização das ideias geram a construção de diferentes sentidos. O texto constitui-se na verdade em um espaço de interação entre autores e
leitores de contextos diversos. 5Dizemos que o texto é um todo organizado de sentido construído pela relação de sentido entre palavras e frases
interligadas.
b) Contexto: é a unidade maior em que uma menor se insere. Pode ser extra ou intralinguístico. O primeiro refere-se a tudo mais
que possa estar relacionado ao ato da comunicação, como época, lugar, hábitos linguísticos, grupo social, cultural ou etário dos falantes
aos tempos e lugares de produção e de recepção do texto. Toda fala ou escrita ocorre em situações sociais, históricas e culturais. A con-
sideração desses espaços de circulação do texto leva-nos a descobrir sentidos variados durante a leitura. O segundo se refere às relações
estabelecidas entre palavras e ideias dentro do texto. Muitas vezes, o entendimento de uma palavra ou ideia só ocorre se considerarmos
sua posição dentro da frase e do parágrafo e a relação que ela estabelece com as palavras e com as informações que a precedem ou a
sucedem. Vamos a dois exemplos para entendermos esses dois contextos, muito necessários à interpretação de um texto.

Observemos o primeiro texto

https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/01/o-mundo-visto-bpor-mafaldab.html

Na tirinha anterior, a personagem Mafalda afirma ao Felipe que há um doente na casa dela. Quando pensamos na palavra doente, já pensa-
mos em um ser vivo com alguma enfermidade. Entretanto, ao adentrar o quarto, o leitor se depara com o globo terrestre deitado sobre a cama. A
interpretação desse texto, constituído de linguagem verbal e visual, ocorre pela relação que estabelecemos entre o texto e o contexto extralinguís-
tico. Se pensarmos nas possíveis doenças do mundo, há diversas possibilidades de sentido de acordo com o contexto relacionado, dentre as quais
listamos: problemas ambientais, corrupção, problemas ditatoriais (relacionados ao contexto de produção das tiras da Mafalda), entre outros.
Observemos agora um exemplo de intralinguístico

https://www.imagemwhats.com.br/tirinhas-do-calvin-e-haroldo-para-compartilhar-143/

3 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/o-que-texto.htm
KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda M. Ler e Compreender os Sentidos do Texto. São Paulo: Contexto, 2006.
4 https://www.enemvirtual.com.br/o-que-e-texto-e-contexto/
5 PLATÃO, Fiorin, Lições sobre o texto. Ática 2011.

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Nessa tirinha anterior, podemos observar que, no segundo facilmente, assim como um pouco usado precisará de um grande
quadrinho, a frase “eu acho que você vai” só pode ser compreen- esforço para ser recuperado. Existem alguns tipos de conhecimen-
dida se levarmos em consideração o contexto intralinguístico. Ao to prévio: o intuitivo, o científico, o linguístico, o enciclopédico,
considerarmos o primeiro quadrinho, conseguimos entender a o procedimental, entre outros. No decorrer de uma leitura, por
mensagem completa do verbo “ir”, já que obstemos a informação exemplo, o conhecimento prévio é criado e utilizado. Por exemplo,
que ele não vai ou vai à escola um livro científico que explica um conceito e depois fala sobre a
utilização desse conceito. É preciso ter o conhecimento prévio
c) Intertexto/Intertextualidade: ocorre quando percebemos a sobre o conceito para se aprofundar no tema, ou seja, é algo gra-
presença de marcas de outro(s) texto(s) dentro daquele que esta- dativo. Em leitura, o conhecimento prévio são informações que
mos lendo. Observemos o exemplo a seguir a pessoa que está lendo necessita possuir para ler o texto e com-
preendê-lo sem grandes dificuldades. Isso é muito importante para
a criação de inferências, ou seja, a construção de informações que
não são apresentadas no texto de forma explícita e para a pessoa
que lê conectar partes do texto construindo sua coerência.

Conhecimento linguístico: conhecimento da linguagem; Ca-


pacidade de decodificar o código linguístico utilizado; Saber acerca
do funcionamento do sistema linguístico utilizado (verbal, visual,
vocal).
Conhecimento genérico: saber relacionado ao gênero textual
utilizado. Para compreender um texto é importante conhecer
a estrutura e funcionamento do gênero em que ele foi escrito,
especialmente a função social em que esse gênero é usualmente
empregado.
Conhecimento interacional: relacionado à situação de produ-
ção e circulação do texto. Muitas vezes, para entender os sentidos
presente no texto, é importante nos atentarmos para os diversos
participantes da interação social (autor, leitor, texto e contexto de
produção).

Diferentes Fases de Leitura8


Um texto se constitui de diferentes camadas. Há as mais su-
perficiais, relacionadas à organização das estruturas linguísticas, e
as mais profundas, relacionadas à organização das informações e
https://priscilapantaleao.wordpress.com/2013/06/26/tipos-de-inter- das ideias contidas no texto. Além disso, existem aqueles sentidos
textualidade/ que não estão imediatamente acessíveis ao leitor, mas requerem
uma ativação de outros saberes ou relações com outros textos.
Na capa do gibi anterior, vemos a Magali na atuação em uma Para um entendimento amplo e profundo do texto é necessá-
peça de teatro. Ao pronunciar a frase “comer ou não comer”, pela rio passar por todas essas camadas. Por esse motivo, dizemos que
estrutura da frase e pelos elementos visuais que remetem ao tea- há diferentes fases da leitura de um texto.
tro e pelas roupas, percebemos marca do texto de Shakespeare,
cuja frase seria “ser ou não”. Esse é um bom exemplo de intertex- Leitura de reconhecimento ou pré-leitura: classificada como
to. leitura prévia ou de contato. É a primeira fase de leitura de um
texto, na qual você faz um reconhecimento do “território” do tex-
Conhecimentos necessários à interpretação de texto6 to. Nesse momento identificamos os elementos que compõem o
Na leitura de um texto são mobilizados muitos conhecimentos enunciado. Observamos o título, subtítulos, ilustrações, gráficos. É
para uma ampla compreensão. São eles: nessa fase que entramos em contato pela primeira vez com o as-
Conhecimento enciclopédico: conhecimento de mundo; co- sunto, com as opiniões e com as informações discutidas no texto.
nhecimento prévio que o leitor possui a partir das vivências e lei- Leitura seletiva: leitura com vistas a localizar e selecionar
turas realizadas ao longo de suas trajetórias. Esses conhecimentos informações específicas. Geralmente utilizamos essa fase na busca
são essenciais à interpretação da variedade de sentidos possíveis de alguma informação requerida em alguma questão de prova. A
em um texto. leitura seletiva seleciona os períodos e parágrafos que possivel-
O conceito de conhecimento Prévio7 refere-se a uma informa- mente contém uma determinada informação procurada.
ção guardada em nossa mente e que pode ser acionada quando
for preciso. Em nosso cérebro, as informações não possuem locais Leitura crítica ou reflexiva: leitura com vistas a analisar infor-
exatos onde serão armazenadas, como gavetas. As memórias são mações. Análise e reflexão das intenções do autor no texto. Muito
complexas e as informações podem ser recuperadas ou recons- utilizada para responder àquelas questões que requerem a iden-
truídas com menor ou maior facilidade. Nossos conhecimentos tificação de algum ponto de vista do autor. Analisamos, compara-
não são estáticos, pois o cérebro está captando novas informações mos e julgamos as informações discutidas no texto.
a cada momento, assim como há informações que se perdem.
Um conhecimento muito utilizado será sempre recuperado mais
8 CAVALCANTE FILHO, U. ESTRATÉGIAS DE LEITURA, ANÁLISE E
6 KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda M. Ler e Compreender os Sentidos INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS NA UNIVERSIDADE: DA DECODIFICAÇÃO
do Texto. São Paulo: Contexto, 2006. À LEITURA CRÍTICA. In: ANAIS DO XV CONGRESSO NACIONAL DE
7 https://bit.ly/2P415JM. LINGUÍSTICA E FILOLOGIA

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Leitura interpretativa: leitura mais completa, um aprofun-
damento nas ideias discutidas no texto. Relacionamos as infor- O texto deixa implícito que:
mações presentes no texto com diferentes contextos e com pro- - Existe a possibilidade de Neto um dia aproximar-se dos cra-
blemáticas em geral. Nessa fase há um posicionamento do leitor ques citados;
quanto ao que foi lido e criam-se opiniões que concordam ou se - Esses craques são referência de alto nível em sua especiali-
contrapõem dade esportiva;
- Há uma oposição entre Neto e esses craques no que diz res-
Os sentidos no texto peito ao tempo disponível para evoluir.
Interpretar é lidar com diferentes sentidos construídos dentro
do texto. Alguns desses sentidos são mais literais enquanto outros Há dois tipos de informações implícitas: os pressupostos e os
são mais figurados, e exigem um esforço maior de compreensão subentendidos
por parte do leitor. Outros são mais imediatos e outros estão mais
escondidos e precisam se localizados. A) Pressupostos: são sentidos implícitos que decorrem logica-
mente a partir de ideias e palavras presentes no texto. Apesar do
Sentidos denotativo ou próprio pressuposto não estar explícito, sua interpretação ocorre a partir
O sentido próprio é aquele sentido usual da palavra, o sentido da relação com marcas linguísticas e informações explícitas. Obser-
em estado de dicionário. O sentido geral que ela tem na maioria vemos um exemplo:
dos contextos em que ocorre. No exemplo “A flor é bela”, a palavra Maria está bem melhor hoje
flor está em seu sentido denotativo, uma vez que esse é o sentido
literal dessa palavra (planta). O sentido próprio, na acepção tradi- Na leitura da frase acima, é possível compreender a seguinte
cional não é próprio ao contexto, mas ao termo. informação pressuposta: Maria não estava bem nos dias passados.
Consideramos essa informação um pressuposto pois ela pode ser
Sentido conotativo ou figurado deduzida a partir da presença da palavra “hoje”.
O sentido conotativo é aquele sentido figurado, o qual é muito
presente em metáforas e a interpretação é geralmente subjetiva e Marcadores de Pressupostos
relacionada ao contexto. É o sentido da palavra desviado do usual, - Adjetivos ou palavras similares modificadoras do substan-
isto é, aquele que se distancia do sentido próprio e costumeiro. tivo
Assim, em “Maria é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido Ex.: Julinha foi minha primeira filha.
figurado, pois significa delicadeza e beleza. “Primeira” pressupõe que tenho outras filhas e que as outras
nasceram depois de Julinha.
Sentidos explícitos e implícitos9
Os sentidos podem estar expressos linguisticamente no texto Ex.: Destruíram a outra igreja do povoado.
ou podem ser compreendidos por uma inferência (uma dedução) a “Outra” pressupõe a existência de pelo menos uma igreja
partir da relação com os contextos extra e intralinguísticos. Frente além da usada como referência.
a isso, afirmamos que há dois tipos de informações: as explícitas e
as implícitas. - Certos verbos
As informações explícitas são aquelas que estão verbalizadas Ex.: Renato continua doente.
dentro de um texto, enquanto as implícitas são aquelas informa- O verbo “continua” indica que Renato já estava doente no
ções contidas nas “entrelinhas”, as quais precisam ser interpreta- momento anterior ao presente.
das a partir de relações com outras informações e conhecimentos
prévios do leitor. Ex.: Nossos dicionários já aportuguesaram a palavra copydesk.
Observemos o exemplo abaixo O verbo “aportuguesar” estabelece o pressuposto de que
Maria é mãe de Joana e Luzia. copidesque não existia em português.

Na frase anterior, podemos encontrar duas informações: uma - Certos advérbios


explícita e uma implícita. A explícita refere-se ao fato de Maria ter Ex.: A produção automobilística brasileira está totalmente nas
duas filhas, Joana e Luzia. Essa informação já acessamos instanta- mãos das multinacionais.
neamente, em um primeiro nível de leitura. Já a informação implí- O advérbio “totalmente” pressupõe que não há no Brasil in-
cita, que é o fato de Joana ser irmã de Luzia, só é compreendida a dústria automobilística nacional.
medida que o leitor entende previamente que duas pessoas que
possuem a mesma mãe são irmãs. Ex.: Você conferiu o resultado da loteria?
Hoje não.
Observemos mais um exemplo: A negação precedida de um advérbio de tempo de âmbito
“Neto ainda está longe de se igualar a qualquer um desses limitado estabelece o pressuposto de que apenas nesse intervalo
craques (Rivelino, Ademir da Guia, Pedro Rocha e Pelé), mas ainda (hoje) é que o interrogado não praticou o ato de conferir o resulta-
tem um longo caminho a trilhar (...).” do da loteria.
(Veja São Paulo,1990)
- Orações adjetivas
Esse texto diz explicitamente que: Ex.: Os brasileiros, que não se importam com a coletividade,
- Rivelino, Ademir da Guia, Pedro Rocha e Pelé são craques; só se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na rua,
- Neto não tem o mesmo nível desses craques; fecham os cruzamentos, etc.
- Neto tem muito tempo de carreira pela frente. O pressuposto é que “todos” os brasileiros não se importam
com a coletividade.
9 http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-texto/
implicitos-e-pressupostos.html

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Ex.: Os brasileiros que não se importam com a coletividade Na imagem há uma combinação de linguagem verbal e não
só se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na rua, verbal, juntas elas fornecem o insumo necessário para o bom en-
fecham os cruzamentos, etc. tendimento e compreensão da temática.
Nesse caso, o pressuposto é outro: “alguns” brasileiros não se Em uma leitura superficial, uma leitura sem inferências, o
importam com a coletividade. leitor poderia cair no erro de não perceber a intenção real do au-
tor, a denúncia sobre a violência. Portanto, para realizar uma boa
No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo, é res- interpretação é necessário atentar-se aos detalhes e fazer certos
tritiva. As explicativas pressupõem que o que elas expressam se questionamentos como:
refere à totalidade dos elementos de um conjunto; as restritivas, - Por que o Cristo Redentor sente-se “incomodado” e “expos-
que o que elas dizem concerne apenas a parte dos elementos de to a riscos”?
um conjunto. O produtor do texto escreverá uma restritiva ou uma - O que significam as balas que o cercam por todos os lados?
explicativa segundo o pressuposto que quiser comunicar. - Por que o Cristo Redentor está usando colete à prova de
balas?
B) Subentendidos: são sentidos e valorações entendidos que
não estão marcados linguisticamente no texto. A compreensão do A partir de questionamentos como os citados acima é possível
subentendido se dá a partir de relações que você estabelece com adentrar no contexto social, Rio de Janeiro violento, que instaura
seus conhecimentos prévios e fatos extralinguísticos. Observemos críticas e denúncias a determinada realidade.
o exemplo a seguir: Portanto, ao inferir, o leitor é capaz de constatar os detalhes
ocultos que transformam a leitura simples em uma leitura reflexi-
Uma visita, em um dia muito quente e ensolarado, chega em va.
sua casa. Após sentar em seu sofá, ela diz:
- Nossa! Esse calor dá uma sede. Ampliação de Sentido
Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a
A partir dessa frase, você pode interpretar que a pessoa pre- designar uma quantidade mais ampla de objetos ou noções do que
cisa ou quer água, o que poderia levá-lo a oferecer água para a originariamente.
visita. Essa interpretação não ocorre pela presença de uma palavra “Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada para
expressa, mas pela relação entre a frase e o contexto de produção designar o ato de viajar em um barco, ampliou consideravelmente
dela. o sentido e passou a designar a ação de viajar em outros veículos.
Hoje se diz, por ampliação de sentido, que um passageiro:
Inferência - embarcou num ter.
A inferência é um processo de dedução dos sentidos contidos - embarcou no ônibus dás dez.
no texto. Ela consiste em descobrir os significados que estão nas - embarcou no avião da força aérea.
entrelinhas. Por meio de relações intra e extratextuais, podemos - embarcou num transatlântico.
compreender e interpretar aqueles sentidos que não estão linguis-
ticamente materializados no texto. Toda vez que uma questão de “Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que
prova pedir para você inferir sobre um determinado sentido, você escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por amplia-
deverá deduzir os sentidos baseados na relação que essa palavra ção de sentido, passou a designar qualquer tipo de praticante do
ou frase estabelece com as outras ao seu redor (contexto intralin- esporte de escalar montanhas.
guístico) e nas relações estabelecidas com os contextos sócio-his- Restrição de Sentido
tórico-cultural (contexto extralinguístico). Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento inverso,
isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade mais restrita
Segue abaixo uma ilustração para análise exemplificação: de objetos ou noções do que originariamente. É o caso, por exem-
plo, das palavras que saem da língua geral e passam a ser usadas
com sentido determinado, dentro de um universo restrito do co-
nhecimento.
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura gra-
matical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na língua
geral, ela significa qualquer junção de elementos para formar um
todo, porém em Gramática designa apenas um tipo de formação
de palavras por composição em que a junção dos elementos acar-
reta alteração de pronúncia, como é o caso de pernilongo (perna +
longa).
Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais aglu-
tinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por exemplo, que
designa uma personagem de desenhos animados, não se formou
por aglutinação, mas por justaposição.
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o signifi-
cado das palavras para dar precisão à comunicação.
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, não
pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que gira em
torno do Sol: seu sentido sofreu restrição, e ela serve para desig-
https://esteeomeusangue.wordpress.com/2010/09/28/cristo-reden- nar apenas um tipo de flor que tem a propriedade de acompanhar
tor-e-eleito-uma-das-maravilhas-do-mundo o movimento do Sol.

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Há certas palavras que, além do significado explícito, contêm ideia principal, denominado tópico-frasal. Para localizar as ideias
outros implícitos (ou pressupostos). principais do texto, é necessário encontrar cada um deles nos pa-
Os exemplos são muitos. É o caso do adjetivo outro, por exem- rágrafos.
plo, que indica certa pessoa ou coisa, pressupondo necessaria- No texto acima possuímos dois parágrafos. Cada um deles é
mente a existência de ao menos uma além daquela indicada. construído em torno de uma ideia núcleo. No primeiro parágrafo
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que nunca podemos perceber que a ideia principal está expressa já no primei-
lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu outro livro. ro período “Definir o que seja arquitetura, tal como ela significa na
O uso de outro pressupõe necessariamente ao menos um livro atualidade, é como tentar fazê-lo para as demais artes técnicas ou
além daquele que está sendo autografado. ciências”. Por ser a introdução desse parágrafo, sabemos que essa
também é a ideia principal do texto. Dessa forma, concluímos que
A interpretação e a organização do texto e a ideia central todo o texto se construirá em torno da definição do conceito de
Em muitas questões de prova, é requerido ao candidato a arquitetura. Já no segundo parágrafo, também temos uma ideia
identificação da ideia principal do texto e do ponto de vista defen- principal, expressa no período “Arquitetura é antes de mais nada
dido pelo autor. Isso exige de você a capacidade de localizar, sele- construção, mas construção concebida com o propósito primordial
cionar e resumir informações dentro do texto. Para isso é necessá- de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e
rio um conhecimento acerca da forma como um texto é construído visando a determinada intenção”. Todas as informações que apa-
e como as ideias são organizadas. recem no restante de cada um desses parágrafos apontam para as
Geralmente, esse tipo de questão aborda, predominante- respectivas ideias principais, com vistas a desenvolvê-la, justificá-
mente, o tipo argumentativo. Dessa forma, abordaremos essa -la, exemplificá-la, entre outros propósitos.
organização das informações dentro de um texto argumentativo Para compreender as temáticas bem como as opiniões discuti-
e as formas de como encontrar as ideias principais bem como as das é importante encontrar cada uma dessas ideias núcleos como
opiniões defendidas pelo autor. veremos no exemplo abaixo
Observemos o seguinte exemplo
“Incalculável é a contribuição do famoso neurologtista aus-
O que é arquitetura? tríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade
Definir o que seja arquitetura, tal como ela significa na atua- humana. Sigmund Freud (1859-1939) conseguiu acender luzes nas
lidade, é como tentar fazê-lo para as demais artes, técnicas ou camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e sub-
ciências, pois, em um mundo complexo e sujeito a mudanças tão consciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos
aceleradas, a dinâmica da vida toma indispensável um constan- anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colabora-
te reexame do pensamento teórico e prático. Entretanto, há um ção com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre
notável consenso acerca da definição dada a seguir, conforme foi a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hip-
sugerida, já em 1940, pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa (1902- notismo, inventou o método que até hoje é usado pela psicanálise:
1998): o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas
“Arquitetura é antes de mais nada construção, mas construção pela terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de
concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o descobrir a fonte das perturbações mentais. Para este caminho de
espaço para determinada finalidade e visando a determinada in- regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente
tenção. E, nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se, da linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como
ela se revela igualmente arte plástica, porquanto nos inumeráveis compensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.
problemas com que se defronta o arquiteto desde a germinação do Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo
projeto até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose
específico, certa margem final de opção entre os limites — máximo é de origem sexual.”
e mínimo —determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, (Salvatore D’Onofrio)
condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos
pelo programa, — cabendo então ao sentimento individual do Primeiro Conceito do Texto: “Incalculável é a contribuição do
arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher, na escala famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a
dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859-1939)
apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique
idealizada.” humana: o inconsciente e subconsciente.” O autor do texto afirma,
COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contem- inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender
porânea (1940). In: Lúcio Costa. Registro de uma vivência. São os níveis mais profundos da personalidade humana, o inconsciente
Paulo: Empresa das Artes, 1995 (fragmento), com adaptações. e subconsciente.
Segundo Conceito do Texto: “Começou estudando casos clí-
Todo texto dissertativo-argumentativo desenvolve-se em tor- nicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda
no de uma ideia principal. No texto anterior podemos observar da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e
que toda construção de frases e parágrafos se faz em torno da Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com
ideia de se conceituar arquitetura. Essa discussão em um texto os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até
argumentativo não é desordenada, mas há um padrão de estrutu- hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e
ração da ideia central e das ideias secundárias. de sentimentos, estimuladas pela terapeuta por palavras dirigidas
As ideias discutidas são estruturadas entre os parágrafos que ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações men-
constituem o texto. Cada parágrafo se constrói em torno de uma tais.” A segunda ideia núcleo mostra que Freud deu início a sua
ideia diferente. Porém, todas elas apontam para a ideia central. pesquisa estudando os comportamentos humanos anormais ou
Dentre os vários períodos que compõem o parágrafo, um traz a doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método, criou
o das “livres associações de ideias e de sentimentos”.

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Terceiro Conceito do Texto: “Para este caminho de regresso às - Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia
origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da lingua- a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto
gem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compen- pelo autor.
sação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.” Aqui, está explici- - Leia bastantes textos de diversas áreas, assuntos distintos
tado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da nos trazem diferentes formas de pensar. Leia textos de bom nível.
compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica - Pratique com exercícios de interpretação. Questões simples,
dos desejos não realizados ao longo da vida do dia a dia. mas que nos ajudam a ter certeza que estamos prestando atenção
na leitura.
Quarto Conceito do Texto: “Mas a grande novidade de Freud, - Cuidado com o “olho ninja”, aquele que quando damos con-
que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação ta, já está no final da página, e nem lembra o que lemos no meio
da tese de que toda neurose é de origem sexual.” Por fim, o texto dela. Talvez seja hora de descansar um pouco, ou voltar a ler aque-
afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afir- le ponto no qual estávamos mais atentos.
mando a novidade de que todo o trauma psicológico é de origem - Ative seu conhecimento prévio antes de iniciar o texto.
sexual. Qualquer informação, mínima que seja, nos ajuda a compreender
melhor o assunto do texto.
Relação entre ideias
A relação entre ideias é um dos elementos mais importantes Além dessas dicas importantes, você também pode grifar
na construção de um texto coeso e coerente. A capacidade de palavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu vo-
conectar pensamentos e conceitos de forma lógica é fundamental cabulário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são
para que o leitor possa compreender a mensagem que o autor uma distração, mas também um aprendizado.
deseja transmitir. Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a com-
Essa conexão pode ser estabelecida de diversas maneiras, preensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula
como por exemplo através de palavras-chave que indicam uma nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora
relação de causa e efeito, comparação, contraste, exemplificação, nosso foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além
entre outras. Também é possível utilizar recursos de coesão tex- de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória.
tual, como pronomes e conectivos, para indicar a relação entre as
ideias. Erros de Interpretação
Além disso, é importante que as ideias apresentadas no texto Existem alguns erros de interpretação que podem prejudicar a
estejam organizadas de forma coerente e estruturada. Isso signi- seleção e compreensão das ideias presentes no texto:
fica que as informações devem ser apresentadas de forma clara 1. Desatenção: Todo tipo de linguagem e toda informação,
e em uma ordem que faça sentido, de modo que o leitor possa por menor que pareça, deve ser levada em consideração. Às vezes
acompanhar o raciocínio do autor e compreender a mensagem de uma pequena desatenção a um dos aspectos do texto pode gerar
maneira efetiva. uma falha na interpretação.
Vale ressaltar que a relação entre as ideias não se limita ape- 2. Extrapolação10: É uma superinterpretação do texto. A partir
nas à conexão entre frases e parágrafos, mas também envolve a de relações excessivas com outras ideias e contextos, você pode
relação entre o tema do texto e as informações apresentadas. É fazer conclusões e entendimentos sem fundamento no texto.
fundamental que o autor mantenha o foco no assunto abordado Ocorre quando encontramos informações nas entrelinhas que não
e estabeleça uma relação clara entre as ideias e o tema central do estão sugeridas ou motivadas pelo texto.
texto. 3. Redução: Oposto à extrapolação. É atentar-se apenas a
Portanto, para produzir um texto de qualidade e eficiente, é alguns aspectos e ideias do texto, deixando de lado outras que
necessário dominar a habilidade de estabelecer relações entre as parecem irrelevantes. Tudo o que está no texto é importante e
ideias apresentadas. Essa habilidade é essencial para garantir que considerável.
o texto seja coeso, coerente e capaz de transmitir a mensagem de 4. Contradição: a contradição às vezes pode ser um recurso
forma clara e objetiva ao leitor. de argumentação dentro do texto. A fim de defender um ponto de
vista, o autor coloca opiniões em contradição. É necessário tomar
Outras dicas para Interpretar um Texto cuidado para não interpretar erroneamente e confundir a opinião
- Faça uma primeira leitura superficial, para identificar a ideia defendida pelo autor.
central do texto, e assim, levantar hipóteses e saber sobre o que se 5. Atenção: mesmo que você tenha sua opinião, na hora de
fala. discutir as ideias do texto, você deve considerar a opiniões do
- Leia as questões antes de fazer uma segunda leitura mais autor, materializadas e defendidas no texto.
detalhada. Assim, você economiza tempo se no meio da leitura
identificar uma possível resposta. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E DOS
- Preste atenção nas informações não verbais. Tudo que vem PARÁGRAFOS
junto com o texto, é para ser usado ao seu favor. Por isso, imagens, São três os elementos essenciais para a composição de um tex-
gráficos, tabelas, etc., servem para facilitar nossa leitura. to: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Vamos estudar
- Use o texto. Rabisque, anote, grife, circule... enfim, procure a cada uma de forma isolada a seguir:
melhor forma para você, pois cada um tem seu jeito de resumir e
pontuar melhor os assuntos de um texto. Introdução
- Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens im- É a apresentação direta e objetiva da ideia central do texto. A
portantes; tente localizar a ideia central de cada parágrafo. introdução é caracterizada por ser o parágrafo inicial.
- Marque palavras como não, exceto, respectivamente, etc.,
pois fazem diferença na escolha adequada.
10 http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbe-
tes/extrapolacao-na-leitura

11
LÍNGUA PORTUGUESA
Desenvolvimento Tipos textuais
Quando tratamos de estrutura, é a maior parte do texto. O A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali-
desenvolvimento estabelece uma conexão entre a introdução e a dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se
conclusão, pois é nesta parte que as ideias, argumentos e posicio- apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão
namento do autor vão sendo formados e desenvolvidos com a fina- específico para se fazer a enunciação.
lidade de dirigir a atenção do leitor para a conclusão. Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas característi-
Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e ap- cas:
tas a fazer com que o leitor anteceda qual será a conclusão.
Apresenta um enredo, com ações e
São três principais erros que podem ser cometidos na elabora- relações entre personagens, que ocorre
ção do desenvolvimento: em determinados espaço e tempo. É
- Distanciar-se do texto em relação ao tema inicial. TEXTO NARRATIVO
contado por um narrador, e se estrutura
- Focar em apenas um tópico do tema e esquecer dos outros. da seguinte maneira: apresentação >
- Falar sobre muitas informações e não conseguir organizá-las, desenvolvimento > clímax > desfecho
dificultando a linha de compreensão do leitor.
Tem o objetivo de defender determinado
Conclusão TEXTO ponto de vista, persuadindo o leitor a
Ponto final de todas as argumentações discorridas no desen- DISSERTATIVO partir do uso de argumentos sólidos.
volvimento, ou seja, o encerramento do texto e dos questionamen- ARGUMENTATIVO Sua estrutura comum é: introdução >
tos levantados pelo autor. desenvolvimento > conclusão.
Ao fazermos a conclusão devemos evitar expressões como: Procura expor ideias, sem a necessidade
“Concluindo...”, “Em conclusão, ...”, “Como já dissemos antes...”. de defender algum ponto de vista. Para
isso, usa-se comparações, informações,
Parágrafo TEXTO EXPOSITIVO
definições, conceitualizações etc. A
Se caracteriza como um pequeno recuo em relação à margem estrutura segue a do texto dissertativo-
esquerda da folha. Conceitualmente, o parágrafo completo deve argumentativo.
conter introdução, desenvolvimento e conclusão.
Expõe acontecimentos, lugares, pessoas,
- Introdução – apresentação da ideia principal, feita de maneira
de modo que sua finalidade é descrever,
sintética de acordo com os objetivos do autor.
TEXTO DESCRITIVO ou seja, caracterizar algo ou alguém. Com
isso, é um texto rico em adjetivos e em
- Desenvolvimento – ampliação do tópico frasal (introdução),
verbos de ligação.
atribuído pelas ideias secundárias, a fim de reforçar e dar credibili-
dade na discussão. Oferece instruções, com o objetivo de
- Conclusão – retomada da ideia central ligada aos pressupos- TEXTO INJUNTIVO orientar o leitor. Sua maior característica
tos citados no desenvolvimento, procurando arrematá-los. são os verbos no modo imperativo.
Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com introdução,
desenvolvimento e conclusão): Gêneros textuais
Existem diferentes nomenclaturas11 relacionadas à questão
“Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha. dos gêneros, porém nem todas se referem a mesma coisa. É es-
Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado sencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero literário e
perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psico- tipo textual. Cada uma dessas classificações é referente aos textos,
trópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão porém é preciso ter atenção, cada uma possui um significado total-
estrutura suficiente para atender à demanda. Enfim, viveremos o mente diferente da outra. Veja uma breve descrição do que é um
caos. ” gênero literário e um tipo textual:
(Alberto Corazza, Isto É, com adaptações) Gênero Textuais: referem-se às formas de organização dos
textos de acordo com as diferentes situações de comunicação.
Elemento relacionador: Nesse contexto. Podem ocorrer nas diferentes esferas de comunicação (literária,
Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha. jornalística, digital, judiciária, entre outras). São exemplos de gêne-
Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação do ros textuais: romance, conto, receita, notícia, bula de remédio.
consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce Gênero Literário – são os gêneros textuais em que a constitui-
sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação ção da forma, a aplicação do estilo autoral e a organização da lin-
de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. guagem possuem uma preocupação estética. São classificados de
Conclusão: Enfim, viveremos o caos. acordo com a sua forma, podendo ser do gênero lírico, dramático
ou épico. Pode-se afirmar que todo gênero literário é um gênero
Tipologia Textual textual, mas nem todo gênero textual é um gênero literário.
A partir da estrutura linguística, da função social e da finali-
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas
11 O gênero textual também pode ser denominado de gênero discursivo. Essa
classificações.
nomenclatura se altera de acordo com a perspectiva teórica, sendo que em uma
as questões discursivas ideológicas e sociais são levadas mais em consideração,
enquanto em outra há um enfoque maior na forma. Nesse momento não trabalha-
remos com essa diferença.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipo Textual - é a forma como a linguagem se estrutura dentro Epitalâmia
de cada um dos gêneros. Refere-se ao emprego dos verbos, po- Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites ro-
dendo ser classificado como narrativo, descritivo, expositivo, dis- mânticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia
sertativo-argumentativo, injuntivo, preditivo e dialogal. Cada uma é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
dessas classificações varia de acordo como o texto se apresenta e
com a finalidade para o qual foi escrito. Ode (ou hino)
Exporemos abaixo os gêneros discursivos mais comuns. Cada É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à
um dos gêneros são agrupados segundo a predominância do tipo pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a
textual. alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acom-
A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe- panhamento musical.
cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir
da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo Idílio (ou écloga)
não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual, Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem
podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o
padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as- poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de
sim como a própria língua e a comunicação, no geral. tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece
Alguns exemplos de gêneros textuais: ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um
• Artigo idílio com diálogos (muito rara).
• Bilhete
• Bula Sátira
• Carta É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém
• Conto ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo, pode
• Crônica abordar críticas sociais, a costumes de determinada época, assun-
• E-mail tos políticos, ou pessoas de relevância social.
• Lista
• Manual Acalanto
• Notícia Canção de ninar.
• Poema
• Propaganda Acróstico
• Receita culinária Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso for-
• Resenha mam uma palavra ou frase. Ex.:
• Seminário
Amigos são
Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em Muitas vezes os
determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex- Irmãos que escolhemos.
to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária, Zelosos, eles nos
por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali- Ajudam e
dade e à função social de cada texto analisado. Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira e
Eterna
Gêneros Textuais e Gêneros Literários https://www.todamateria.com.br/acrostico/

Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se re- Balada


ferem a qualquer tipo de texto, enquanto os gêneros literários se Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas
referem apenas aos textos literários. de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se
Os gêneros literários são divisões feitas segundo característi- destinam à dança.
cas formais comuns em obras literárias, agrupando-as conforme
critérios estruturais, contextuais e semânticos, entre outros. Canção (ou Cantiga, Trova)
- Gênero lírico; Poema oral com acompanhamento musical.
- Gênero épico ou narrativo;
- Gênero dramático. Gazal (ou Gazel)
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio.
Gênero Lírico
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no Soneto
poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quarte-
emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normal- tos e dois tercetos.
mente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predo-
mínio da função emotiva da linguagem. Vilancete
São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de es-
Elegia cárnio e de maldizer); satíricas, portanto.
Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte
é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa Gênero Épico ou Narrativo
tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos
melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos
Shakespeare. anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma varian-

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LÍNGUA PORTUGUESA
te do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concep- da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
ções de prosa com características diferentes: o romance, a novela, cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
o conto, a crônica, a fábula. linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
Épico (ou Epopeia) o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exalta- e caem em desuso.
ção, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exem- Língua escrita e língua falada
plos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero. A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
Ensaio parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didáti- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
co, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respei- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
to de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em for- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
malidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas
de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, de John Linguagem popular e linguagem culta
Locke. Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
Gênero Dramático nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “aconte- valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
ce” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os o diálogo é usado para representar a língua falada.
papéis das personagens nas cenas.
Linguagem Popular ou Coloquial
Tragédia Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era “uma guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspi- nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
rando dó e terror”. Ex.: Romeu e Julieta, de Shakespeare. que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
Farsa irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego expressão dos esta dos emocionais etc.
de processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos, a
caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, A Linguagem Culta ou Padrão
o engano. É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
Comédia truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
É a representação de um fato inspirado na vida e no senti- cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
mento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
populares. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
Tragicomédia cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômi-
cos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
Poesia de cordel arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte ape- a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
lo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
da realidade vivida por este povo. Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
NÍVEIS DE LINGUAGEM
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário
NÍVEIS DE LINGUAGEM de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
Definição de linguagem “mina”, “tipo assim”.
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo

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LÍNGUA PORTUGUESA
Linguagem vulgar -abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplos: A gravidez deve
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco ser tranquila. (o abstrato gravidez está no lugar do concreto, ou
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar seja, mulheres grávidas).
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
comida”. - instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Os microfo-
nes foram atrás dos jogadores. (Os repórteres foram atrás dos jo-
Linguagem regional gadores.)
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- - lugar pelo produto. Exemplo: Fumei um saboroso havana.
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, (Fumei um saboroso charuto.).
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. - símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Não te afas-
tes da cruz. (Não te afastes da religião.).
FIGURAS DE LINGUAGEM
- a parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os desabrigados.
(a parte teto está no lugar do todo, “o lar”).
As figuras de linguagem são recursos especiais usados por
quem fala ou escreve, para dar à expressão mais força, intensidade - indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: O homem foi à Lua.
e beleza. (Alguns astronautas foram à Lua.).
São três tipos: - singular pelo plural. Exemplo: A mulher foi chamada para ir às
Figuras de Palavras (tropos); ruas. (Todas as mulheres foram chamadas, não apenas uma)
Figuras de Construção (de sintaxe);
Figuras de Pensamento. - gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Os mortais so-
Figuras de Palavra frem nesse mundo. (Os homens sofrem nesse mundo.)

É a substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego - matéria pelo objeto. Exemplo: Ela não tem um níquel. (a ma-
figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contigui- téria níquel é usada no lugar da coisa fabricada, que é “moeda”).
dade), seja por uma associação, uma comparação, uma similarida-
de. São as seguintes as figuras de palavras: Atenção: Os últimos 5 exemplos podem receber também o
nome de Sinédoque.
Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão
em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude Perífrase: substituição de um nome por uma expressão para
da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende facilitar a identificação. Exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de
entre elas certas semelhanças. Observe o exemplo: Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.

“Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa) Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de
antonomásia.
Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta Exemplos:
estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o
pensamento. bem.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.
Comparação: é a comparação entre dois elementos comuns;
semelhantes. Normalmente se emprega uma conjunção comparati- Sinestesia: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as
va: como, tal qual, assim como. sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo:
No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (si-
“Sejamos simples e calmos lêncio = auditivo; negro = visual)
Como os regatos e as árvores”
Fernando Pessoa Catacrese: A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de
um termo específico para designar um conceito, toma-se outro
Metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de ou- “emprestado”. Passamos a empregar algumas palavras fora de seu
tro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. sentido original. Exemplos: “asa da xícara”, “maçã do rosto”, “braço
Observe os exemplos abaixo: da cadeira” .

-autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler Machado de Figuras de Construção
Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)
Ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao
-efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Vivo do meu trabalho. significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expres-
(o trabalho é causa e está no lugar do efeito ou resultado). sividade que se dá ao sentido. São as mais importantes figuras de
construção:
- continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma caixa de
bombons. (a palavra caixa, que designa o continente ou aquilo que Elipse: consiste na omissão de um termo da frase, o qual, no
contém, está sendo usada no lugar da palavra bombons). entanto, pode ser facilmente identificado. Exemplo: No fim da co-
memoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias. (Omissão do
verbo haver: No fim da festa comemoração, sobre as mesas, copos
e garrafas vazias).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Pleonasmo: consiste no emprego de palavras redundantes Zeugma: omissão de um ou mais termos anteriormente enun-
para reforçar uma ideia. Exemplo: Ele vive uma vida feliz. ciados. Exemplo: Ele gosta de geografia; eu, de português. (na se-
Deve-se evitar os pleonasmos viciosos, que não têm valor de gunda oração, faltou o verbo “gostar” = Ele gosta de geografia; eu
reforço, sendo antes fruto do desconhecimento do sentido das pa- gosto de português.).
lavras, como por exemplo, as construções “subir para cima”, “entrar Assíndeto: quando certas orações ou palavras, que poderiam
para dentro”, etc. se ligar por um conectivo, vêm apenas justapostas. Exemplo: Vim,
vi, venci.
Polissíndeto: repetição enfática do conectivo, geralmente o “e”.
Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e pulavam, e dançavam. Anáfora: repetição de uma palavra ou de um segmento do
Inversão ou Hipérbato: alterar a ordem normal dos termos ou texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura de cons-
orações com o fim de lhes dar destaque: trução muito usada em poesia. Exemplo: Este amor que tudo nos
“Justo ela diz que é, mas eu não acho não.” (Carlos Drummond toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus nos inspira,
de Andrade) e que um dia nos há de salvar
“Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não
sei.” (Graciliano Ramos) Paranomásia: palavras com sons semelhantes, mas de signi-
Observação: o termo deseja realçar é colocado, em geral, no ficados diferentes, vulgarmente chamada de trocadilho. Exemplo:
início da frase. Comemos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa.

Anacoluto: quebra da estrutura sintática da oração. O tipo mais Neologismo: criação de novas palavras. Exemplo: Estou a fim
comum é aquele em que um termo parece que vai ser o sujeito da do João. (estou interessado). Vou fazer um bico. (trabalho tempo-
oração, mas a construção se modifica e ele acaba sem função sintá- rário).
tica. Essa figura é usada geralmente para pôr em relevo a ideia que
consideramos mais importante, destacando-a do resto. Exemplo: Figuras de Pensamento
O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem.
A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Utilizadas para produzir maior expressividade à comunicação,
Castelo Branco) as figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias,
pensamentos.
Silepse: concordância de gênero, número ou pessoa é feita
com ideias ou termos subentendidos na frase e não claramente ex- Antítese: Corresponde à aproximação de palavras contrárias,
pressos. A silepse pode ser: que têm sentidos opostos. Exemplo: O ódio e o amor andam de
- de gênero. Exemplo: Vossa Majestade parece desanimado. (o mãos dadas.
adjetivo desanimado concorda não com o pronome de tratamento
Vossa Majestade, de forma feminina, mas com a pessoa a quem Apóstrofe: interrupção do texto para se chamar a atenção de
esse pronome se refere – pessoa do sexo masculino). alguém ou de coisas personificadas. Sintaticamente, a apóstrofe
- de número. Exemplo: O pessoal ficou apavorado e saíram cor- corresponde ao vocativo. Exemplo: Tende piedade, Senhor, de to-
rendo. (o verbo sair concordou com a ideia de plural que a palavra das as mulheres.
pessoal sugere).
- de pessoa. Exemplo: Os brasileiros amamos futebol. (o sujeito Eufemismo: Atenua o sentido das palavras, suavizando as ex-
os brasileiros levaria o verbo na 3ª pessoa do plural, mas a concor- pressões do discurso Exemplo: Ele foi para o céu. (Neste caso, a ex-
dância foi feita com a 1ª pessoa do plural, indicando que a pessoa pressão “para a céu”, ameniza o discurso real: ele morreu.)
que fala está incluída em os brasileiros).
Gradação: os termos da frase são fruto de hierarquia (ordem
Onomatopeia: Ocorre quando se tentam reproduzir na forma crescente ou decrescente). Exemplo: As pessoas chegaram à festa,
de palavras os sons da realidade. sentaram, comeram e dançaram.
Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
Miau, miau. (Som emitido pelo gato) Hipérbole: baseada no exagero intencional do locutor, isto é,
Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar. expressa uma ideia de forma exagerada.
Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. (Ligou
As onomatopeias, como no exemplo abaixo, podem resultar da várias vezes, mas não literalmente 1 milhão de vezes ou mais).
Aliteração (repetição de fonemas nas palavras de uma frase ou de
um verso). Ironia: é o emprego de palavras que, na frase, têm o sentido
“Vozes veladas, veludosas vozes, oposto ao que querem dizer. É usada geralmente com sentido sar-
volúpias dos violões, vozes veladas, cástico. Exemplo: Quem foi o inteligente que usou o computador e
vagam nos velhos vórtices velozes apagou o que estava gravado?
dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
Paradoxo: Diferente da antítese, que opõem palavras, o pa-
(Cruz e Sousa) radoxo corresponde ao uso de ideias contrárias, aparentemente
Repetição: repetir palavras ou orações para enfatizar a afirma- absurdas. Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. (Neste caso, o
ção ou sugerir insistência, progressão: mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa.)
“E o ronco das águas crescia, crescia, vinha pra dentro da ca- Personificação ou Prosopopéia ou Animismo: atribuição de
sona.” (Bernardo Élis) ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos, seres irracio-
“O mar foi ficando escuro, escuro, até que a última lâmpada se nais ou outras coisas inanimadas. Exemplo: O vento suspirou essa
apagou.” (Inácio de Loyola Brandão) manhã. (Nesta frase sabemos que o vento é algo inanimado que
não suspira, sendo esta uma “qualidade humana”.)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Reticência: suspender o pensamento, deixando-o meio velado. Exemplo:
“De todas, porém, a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se digo.” (Machado de Assis)

Retificação: consiste em retificar uma afirmação anterior. Exemplos: O médico, aliás, uma médica muito gentil não sabia qual seria o
procedimento.

PRINCÍPIOS DE COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS

Coerência e a coesão
A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpretação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os compo-
nentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa.
Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao
conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.

Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de conectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida a
partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (antecipa um componente).
Confira, então, as principais regras que garantem a coesão textual:

REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) –
João e Maria são crianças. Eles são irmãos.
anafórica
Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização
REFERÊNCIA Demonstrativa (uso de pronomes demonstrativos e
africana.
advérbios) – catafórica
Mais um ano igual aos outros...
Comparativa (uso de comparações por semelhanças)
Substituição de um termo por outro, para evitar Maria está triste. A menina está cansada de ficar
SUBSTITUIÇÃO
repetição em casa.
No quarto, apenas quatro ou cinco convidados.
ELIPSE Omissão de um termo
(omissão do verbo “haver”)
Conexão entre duas orações, estabelecendo relação Eu queria ir ao cinema, mas estamos de
CONJUNÇÃO
entre elas quarentena.
Utilização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos
A minha casa é clara. Os quartos, a sala e a
COESÃO LEXICAL ou palavras que possuem sentido aproximado e
cozinha têm janelas grandes.
pertencente a um mesmo grupo lexical.

Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.
• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundante, ainda que seja expressa com palavras diferentes.
• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumentação.
• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semântica: inserir informações novas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à progressão
de ideias.

Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomendáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimento
de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do leitor; e
informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessantes e pouco previsíveis.

TIPOS DE DISCURSO

Discurso direto
É a fala da personagem reproduzida fielmente pelo narrador, ou seja, reproduzida nos termos em que foi expressa.
— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores completamente bêbados, não é?
Foi aí que um dos bêbados pediu:
— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é o seu marido que os outros querem ir para casa.
(Stanislaw Ponte Preta)

Observe que, no exemplo dado, a fala da personagem é introduzida por um travessão, que deve estar alinhado dentro do parágrafo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
O narrador, ao reproduzir diretamente a fala das personagens, — Você, retrucou Antônio, está completamente enganado.
conserva características do linguajar de cada uma, como termos de
gíria, vícios de linguagem, palavrões, expressões regionais ou caco- Verbos de elocução no fim da fala:
etes pessoais. — Estou vendo que você adorou o carro — disse efusivamente
O discurso direto geralmente apresenta verbos de elocução (ou João.
declarativos ou dicendi) que indicam quem está emitindo a mensa- — Você está completamente enganado — retrucou Antônio.
gem.
Os verbos declarativos ou de elocução mais comuns são: Os trechos que apresentam verbos de elocução podem vir com
acrescentar travessões ou com vírgulas. Observe os seguintes exemplos:
afirmar
concordar — Não posso, disse ela daí a alguns instantes, não deixo meu
consentir filho. (Machado de Assis)
contestar
continuar — Não vá sem eu lhe ensinar a minha filosofia da miséria, disse
declamar ele, escarrachando-se diante de mim. (Machado de Assis)
determinar
dizer — Vale cinquenta, ponderei; Sabina sabe que custou cinquenta
esclarecer e oito. (Machado de Assis)
exclamar
explicar — Ainda não, respondi secamente. (Machado de Assis)
gritar
indagar Verbos de elocução depois de orações interrogativas e excla-
insistir mativas:
interrogar — Nunca me viu? perguntou Virgília vendo que a encarava com
interromper insistência. (Machado de Assis)
intervir — Para quê? interrompeu Sabina. (Machado de Assis)
mandar — Isso nunca; não faço esmolas! disse ele. (Machado de Assis)
ordenar, pedir
perguntar Observe que os verbos de elocução aparecem em letras minús-
prosseguir culas depois dos pontos de exclamação e interrogação.
protestar
reclamar Discurso indireto
repetir No discurso indireto, o narrador exprime indiretamente a fala
replicar da personagem. O narrador funciona como testemunha auditiva e
responder passa para o leitor o que ouviu da personagem. Na transcrição, o
retrucar verbo aparece na terceira pessoa, sendo imprescindível a presen-
solicitar ça de verbos dicendi (dizer, responder, retrucar, replicar, perguntar,
pedir, exclamar, contestar, concordar, ordenar, gritar, indagar, de-
Os verbos declarativos podem, além de introduzir a fala, indicar clamar, afirmar, mandar etc.), seguidos dos conectivos que (dicendi
atitudes, estados interiores ou situações emocionais das persona- afirmativo) ou se (dicendi interrogativo) para introduzir a fala da
gens como, por exemplo, os verbos protestar, gritar, ordenar e ou- personagem na voz do narrador.
tros. Esse efeito pode ser também obtido com o uso de adjetivos ou
advérbios aliados aos verbos de elocução: falou calmamente, gritou A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava
histérica, respondeu irritada, explicou docemente. muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo.
(Ciro dos Anjos)
Exemplo:
— O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nos- Fui ter com ela, e perguntei se a mãe havia dito alguma coisa;
sas vidas. respondeu-me que não.
Ao utilizar o discurso direto – diálogos (com ou sem travessão) (Machado de Assis)
entre as personagens –, você deve optar por um dos três estilos a Discurso indireto livre
seguir: Resultante da mistura dos discursos direto e indireto, existe
uma terceira modalidade de técnica narrativa, o chamado discurso
Estilo 1: indireto livre, processo de grande efeito estilístico. Por meio dele,
João perguntou: o narrador pode, não apenas reproduzir indiretamente falas das
— Que tal o carro? personagens, mas também o que elas não falam, mas pensam, so-
nham, desejam etc. Neste caso, discurso indireto livre corresponde
Estilo 2: ao monólogo interior das personagens, mas expresso pelo narrador.
João perguntou: “Que tal o carro?” (As aspas são optativas) As orações do discurso indireto livre são, em regra, indepen-
Antônio respondeu: “horroroso” (As aspas são optativas) dentes, sem verbos dicendi, sem pontuação que marque a passa-
gem da fala do narrador para a da personagem, mas com transpo-
Estilo 3: sições do tempo do verbo (pretérito imperfeito) e dos pronomes
Verbos de elocução no meio da fala: (terceira pessoa). O foco narrativo deve ser de terceira pessoa. Esse
— Estou vendo, disse efusivamente João, que você adorou o discurso é muito empregado na narrativa moderna, pela fluência e
carro. ritmo que confere ao texto.

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Fabiano ouviu o relatório desconexo do bêbado, caiu numa indecisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversa à toa.
Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso
por isso? Como era? Então mete- se um homem na cadeia por que ele não sabe falar direito?
(Graciliano Ramos)

Observe que se o trecho “Era bruto, sim” estivesse um discurso direto, apresentaria a seguinte formulação: Sou bruto, sim; em discur-
so indireto: Ele admitiu que era bruto; em discurso indireto livre: Era bruto, sim.

Para produzir discurso indireto livre que exprima o mundo interior da personagem (seus pensamentos, desejos, sonhos, fantasias
etc.), o narrador precisa ser onisciente. Observe que os pensamentos da personagem aparecem, no trecho transcrito, principalmente nas
orações interrogativas, entremeadas com o discurso do narrador.

Transposição de discurso
Na narração, para reconstituir a fala da personagem, utiliza-se a estrutura de um discurso direto ou de um discurso indireto. O domínio
dessas estruturas é importante tanto para se empregar corretamente os tipos de discurso na redação.
Os sinais de pontuação (aspas, travessão, dois-pontos) e outros recursos como grifo ou itálico, presentes no discurso direto, não
aparecem no discurso indireto, a não ser que se queira insistir na atribuição do enunciado à personagem, não ao narrador. Tal insistência,
porém, é desnecessária e excessiva, pois, se o texto for bem construído, a identificação do discurso indireto livre não oferece dificuldade.

Discurso Direto
• Presente
A enfermeira afirmou:
– É uma menina.

• Pretérito perfeito
– Já esperei demais, retrucou com indignação.

• Futuro do presente
Pedrinho gritou:
– Não sairei do carro.

• Imperativo
Olhou-a e disse secamente:
– Deixe-me em paz.

Outras alterações
• Primeira ou segunda pessoa
Maria disse:
– Não quero sair com Roberto hoje.

• Vocativo
– Você quer café, João?, perguntou a prima.

• Objeto indireto na oração principal


A prima perguntou a João se ele queria café.

• Forma interrogativa ou imperativa


Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa:
– E o amarelo?

• Advérbios de lugar e de tempo


aqui, daqui, agora, hoje, ontem, amanhã
• Pronomes demonstrativos e possessivos
essa(s), esta(s)
esse(s), este(s)
isso, isto
meu, minha
teu, tua
nosso, nossa

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LÍNGUA PORTUGUESA

Discurso Indireto qualidade — com bom condicionamento físico, músculos e esquele-


tos fortes e funções cognitivas preservadas. De “A” a “F”, a maioria
• Pretérito imperfeito dos países tirou nota “D”.
A enfermeira afirmou que era uma menina.
• Futuro do pretérito Função Emotiva
Pedrinho gritou que não sairia do carro. Caracterizada pela subjetividade com o objetivo de emocionar.
• Pretérito mais-que-perfeito É centrada no emissor, ou seja, quem envia a mensagem. A mensa-
Retrucou com indignação que já esperara (ou tinha esperado) gem não precisa ser clara ou de fácil entendimento.
demais. Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom de voz que
• Pretérito imperfeito do subjuntivo empregamos, etc., transmitimos uma imagem nossa, não raro in-
Olhou-a e disse secamente que o deixasse em paz. conscientemente.
Outras alterações Emprega-se a expressão função emotiva para designar a utili-
• Terceira pessoa zação da linguagem para a manifestação do enunciador, isto é, da-
Maria disse que não queria sair com Roberto naquele dia. quele que fala.
• Objeto indireto na oração principal
A prima perguntou a João se ele queria café. Exemplo: Nós te amamos!
• Forma declarativa
Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa pelo Função Conativa
amarelo. A função conativa ou apelativa é caracterizada por uma lingua-
lá, dali, de lá, naquele momento, naquele dia, no dia anterior, na gem persuasiva com a finalidade de convencer o leitor. Por isso, o
véspera, no dia seguinte, aquela(s), aquele(s), aquilo, seu, sua grande foco é no receptor da mensagem.
(dele, dela), seu, sua (deles, delas) Trata-se de uma função muito utilizada nas propagandas, pu-
blicidades e discursos políticos, a fim de influenciar o receptor por
FUNÇÕES DA LINGUAGEM meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na ter-
ceira pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do
Funções da linguagem são recursos da comunicação que, de vocativo.
acordo com o objetivo do emissor, dão ênfase à mensagem trans- Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com
mitida, em função do contexto em que o ato comunicativo ocorre. a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos influenciam de ma-
São seis as funções da linguagem, que se encontram direta- neira bastante sutil, com tentações e seduções, como os anúncios
mente relacionadas com os elementos da comunicação. publicitários que nos dizem como seremos bem-sucedidos, atraen-
tes e charmosos se usarmos determinadas marcas, se consumirmos
Elementos da certos produtos.
Funções da Linguagem
Comunicação Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos,
Função referencial ou denotativa contexto que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto esperta-
lhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemoriza-
Função emotiva ou expressiva emissor dos, que se deixam conduzir sem questionar.
Função apelativa ou conativa receptor Exemplos: Só amanhã, não perca!
Vote em mim!
Função poética mensagem
Função fática canal Função Poética
Função metalinguística código Esta função é característica das obras literárias que possui
como marca a utilização do sentido conotativo das palavras.
Função Referencial Nela, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será
A função referencial tem como objetivo principal informar, re- transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das
ferenciar algo. Esse tipo de texto, que é voltado para o contexto da figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunica-
comunicação, é escrito na terceira pessoa do singular ou do plural, tivo é a mensagem.
o que enfatiza sua impessoalidade. A função poética não pertence somente aos textos literários.
Para exemplificar a linguagem referencial, podemos citar os Podemos encontrar a função poética também na publicidade ou
materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas
meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.
Exemplo:
Exemplo de uma notícia: “Basta-me um pequeno gesto,
O resultado do terceiro levantamento feito pela Aliança Global feito de longe e de leve,
para Atividade Física de Crianças — entidade internacional dedica- para que venhas comigo
da ao estímulo da adoção de hábitos saudáveis pelos jovens — foi e eu para sempre te leve...”
decepcionante. Realizado em 49 países de seis continentes com o (Cecília Meireles)
objetivo de aferir o quanto crianças e adolescentes estão fazendo
exercícios físicos, o estudo mostrou que elas estão muito sedentá- Função Fática
rias. Em 75% das nações participantes, o nível de atividade física A função fática tem como principal objetivo estabelecer um ca-
praticado por essa faixa etária está muito abaixo do recomendado nal de comunicação entre o emissor e o receptor, quer para iniciar a
para garantir um crescimento saudável e um envelhecimento de transmissão da mensagem, quer para assegurar a sua continuação.
A ênfase dada ao canal comunicativo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Esse tipo de função é muito utilizado nos diálogos, por exem- • Aglutinação: fusão de duas ou mais palavras simples, de
plo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao tele- modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os elemen-
fone, etc. tos formadores perdem sua identidade ortográfica e fonológica. Ex:
aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto)
Exemplo: • Justaposição: fusão de duas ou mais palavras simples, man-
-- Calor, não é!? tendo a ortografia e a acentuação presente nos elementos forma-
-- Sim! Li na previsão que iria chover. dores. Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen. Ex: beija-
-- Pois é... -flor / passatempo.

Função Metalinguística Abreviação


É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a lingua- Quando a palavra é reduzida para apenas uma parte de sua
gem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um totalidade, passando a existir como uma palavra autônoma. Ex: foto
código utilizando o próprio código. (fotografia) / PUC (Pontifícia Universidade Católica).
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem des-
taque são as gramáticas e os dicionários. Hibridismo
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um do- Quando há junção de palavras simples ou radicais advindos de
cumentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema línguas distintas. Ex: sociologia (socio – latim + logia – grego) / binó-
são alguns exemplos. culo (bi – grego + oculus – latim).
Exemplo:
Amizade s.f.: 1. sentimento de grande afeição, simpatia, apreço Combinação
entre pessoas ou entidades. “sentia-se feliz com a amizade do seu Quando ocorre junção de partes de outras palavras simples ou
mestre” radicais. Ex: portunhol (português + espanhol) / aborrecente (abor-
2. POR METONÍMIA: quem é amigo, companheiro, camarada. recer + adolescente).
“é uma de suas amizades fiéis”
Intensificação
Quando há a criação de uma nova palavra a partir do alarga-
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
mento do sufixo de uma palavra existente. Normalmente é feita
adicionando o sufixo -izar. Ex: inicializar (em vez de iniciar) / proto-
A formação de palavras se dá a partir de processos morfológi- colizar (em vez de protocolar).
cos, de modo que as palavras se dividem entre:
• Palavras primitivas: são aquelas que não provêm de outra Neologismo
palavra. Ex: flor; pedra Quando novas palavras surgem devido à necessidade do falan-
• Palavras derivadas: são originadas a partir de outras pala- te em contextos específicos, podendo ser temporárias ou perma-
vras. Ex: floricultura; pedrada nentes. Existem três tipos principais de neologismos:
• Palavra simples: são aquelas que possuem apenas um radi- • Neologismo semântico: atribui-se novo significado a uma pa-
cal (morfema que contém significado básico da palavra). Ex: cabelo; lavra já existente. Ex: amarelar (desistir) / mico (vergonha)
azeite • Neologismo sintático: ocorre a combinação de elementos já
• Palavra composta: são aquelas que possuem dois ou mais existentes no léxico da língua. Ex: dar um bolo (não comparecer ao
radicais. Ex: guarda-roupa; couve-flor compromisso) / dar a volta por cima (superar).
Entenda como ocorrem os principais processos de formação de • Neologismo lexical: criação de uma nova palavra, que tem
palavras: um novo conceito. Ex: deletar (apagar) / escanear (digitalizar)

Derivação Onomatopeia
A formação se dá por derivação quando ocorre a partir de uma Quando uma palavra é formada a partir da reprodução aproxi-
palavra simples ou de um único radical, juntando-se afixos. mada do seu som. Ex: atchim; zum-zum; tique-taque.
• Derivação prefixal: adiciona-se um afixo anteriormente à pa-
lavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz)
• Derivação sufixal: adiciona-se um afixo ao final da palavra ou PONTUAÇÃO
radical. Ex: friorento (frio + ento) / guloso (gula + oso)
• Derivação parassintética: adiciona-se um afixo antes e outro Os sinais de pontuação são recursos gráficos que se encon-
depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) / desgoverna- tram na linguagem escrita, e suas funções são demarcar unidades
do (des + governar + ado) e sinalizar limites de estruturas sintáticas. É também usado como
• Derivação regressiva (formação deverbal): reduz-se a pala- um recurso estilístico, contribuindo para a coerência e a coesão dos
vra primitiva. Ex: boteco (botequim) / ataque (verbo “atacar”) textos.
• Derivação imprópria (conversão): ocorre mudança na classe São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois
gramatical, logo, de sentido, da palavra primitiva. Ex: jantar (verbo pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?),
para substantivo) / Oliveira (substantivo comum para substantivo as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ), o travessão
próprio – sobrenomes). (—), a meia-risca (–), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o hífen (-), o
colchetes ([]) e a barra (/).
Composição
A formação por composição ocorre quando uma nova palavra
se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Confira, no quadro a seguir, os principais sinais de pontuação e suas regras de uso.

SINAL NOME USO EXEMPLOS


Indicar final da frase declarativa Meu nome é Pedro.
. Ponto Separar períodos Fica mais. Ainda está cedo
Abreviar palavras Sra.
A princesa disse:
Iniciar fala de personagem
- Eu consigo sozinha.
Antes de aposto ou orações apositivas, enumerações
Esse é o problema da pandemia: as
: Dois-pontos ou sequência de palavras para resumir / explicar ideias
pessoas não respeitam a quarentena.
apresentadas anteriormente
Como diz o ditado: “olho por olho,
Antes de citação direta
dente por dente”.
Indicar hesitação
Sabe... não está sendo fácil...
... Reticências Interromper uma frase
Quem sabe depois...
Concluir com a intenção de estender a reflexão
Isolar palavras e datas A Semana de Arte Moderna (1922)
() Parênteses Frases intercaladas na função explicativa (podem substituir Eu estava cansada (trabalhar e estudar
vírgula e travessão) é puxado).
Indicar expressão de emoção Que absurdo!
Ponto de
! Final de frase imperativa Estude para a prova!
Exclamação
Após interjeição Ufa!
Ponto de
? Em perguntas diretas Que horas ela volta?
Interrogação
A professora disse:
Iniciar fala do personagem do discurso direto e indicar — Boas férias!
— Travessão mudança de interloculor no diálogo — Obrigado, professora.
Substituir vírgula em expressões ou frases explicativas O corona vírus — Covid-19 — ainda
está sendo estudado.

Vírgula
A vírgula é um sinal de pontuação com muitas funções, usada para marcar uma pausa no enunciado. Veja, a seguir, as principais regras
de uso obrigatório da vírgula.
• Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei abacate, mamão, manga, morango e abacaxi.
• Separar aposto (termo explicativo): Belo Horizonte, capital mineira, só tem uma linha de metrô.
• Isolar vocativo: Boa tarde, Maria.
• Isolar expressões que indicam circunstâncias adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os moradores, calmamente, deixaram o
prédio.
• Isolar termos explicativos: A educação, a meu ver, é a solução de vários problemas sociais.
• Separar conjunções intercaladas, e antes dos conectivos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”: A menina acordou cedo, mas não
conseguiu chegar a tempo na escola. Não explicou, porém, o motivo para a professora.
• Separar o conteúdo pleonástico: A ela, nada mais abala.

No caso da vírgula, é importante saber que, em alguns casos, ela não deve ser usada. Assim, não há vírgula para separar:

• Sujeito de predicado.
• Objeto de verbo.
• Adjunto adnominal de nome.
• Complemento nominal de nome.
• Predicativo do objeto do objeto.
• Oração principal da subordinada substantiva.
• Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”.

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. Dessa
maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento).
A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa relação
é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Regência nominal
Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o
complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras que
pedem seu complemento:

PREPOSIÇÃO NOMES
acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; comum;
A contrário; desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; inferior; leal; necessário;
nocivo; obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante; sensível; útil; visível...
amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; diferente;
DE dotado; escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento; junto; longe; medo;
natural; orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso...
SOBRE opinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência; triunfo...
acostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato; intolerante;
COM
mal; misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste...
abundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador; negligente;
EM
perito; prático; residente; versado...
atentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclamação;
CONTRA
representação...
PARA bom; mau; odioso; próprio; útil...

Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre transitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do
verbo vai depender do seu contexto.

Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser
retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.

Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto direto), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo:
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo.

Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto indireto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer o
sentido completo:
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da campanha eleitoral.

Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposição)
e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora.

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser verbal
— refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
• Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
• Concordância em número: flexão em singular e plural
• Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa

Concordância nominal
Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gênero,
de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar atento,
também, aos casos específicos.
Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os
adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
• A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo
vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo:
• Linda casa e bairro.

Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substantivos
(sendo usado no plural):
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arrumada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arrumados.

Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
• As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros.

Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto
seja ocupado por dois substantivos ou mais:
• O operário e sua família estavam preocupados com as consequências do acidente.

CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substantivo quando há presença
É proibida a entrada.
É PERMITIDO de um artigo. Se não houver essa determinação, deve
É proibido entrada.
É NECESSÁRIO permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem
OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala.
“obrigado”.
As bastantes crianças ficaram doentes com a
volta às aulas.
Quando tem função de adjetivo para um substantivo,
Bastante criança ficou doente com a volta às
BASTANTE concorda em número com o substantivo.
aulas.
Quando tem função de advérbio, permanece invariável.
O prefeito considerou bastante a respeito da
suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não Havia menos mulheres que homens na fila
MENOS
existe na língua portuguesa. para a festa.
As crianças mesmas limparam a sala depois
MESMO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a
da aula.
PRÓPRIO que fazem referência.
Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
Quando tem função de numeral adjetivo, deve
Adicione meia xícara de leite.
concordar com o substantivo.
MEIO / MEIA Manuela é meio artista, além de ser
Quando tem função de advérbio, modificando um
engenheira.
adjetivo, o termo é invariável.
Segue anexo o orçamento.
Seguem anexas as informações adicionais
ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substantivo a que se referem. As professoras estão inclusas na greve.
O material está incluso no valor da
mensalidade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural:


• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.

Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.

Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.

Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo
pode ficar tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concor- Próclise
dar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
substantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto
com o numeral quanto com o substantivo: Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-
votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo. cientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise:
Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
segue a expressão: Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifesta- Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
ção. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova. Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante-
posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
na terceira pessoa do singular: Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se-
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista. jam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,
Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, tudo dá.
concordando com o coletivo partitivo: Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in-
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A tentos são para nos prejudicarem.
matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.
Ênclise
Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
indicativo: Trago-te flores.
Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração prin- Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-
cipal ao qual o pronome faz referência: posição em: Saí, deixando-a aflita.
• Foi Maria que arrumou a casa. Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com
outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o Apressei-me a convidá-los.
verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quan-
to com o próprio nome, na 3ª pessoa do singular: Mesóclise
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa. Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.

Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no
como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa futuro do pretérito que iniciam a oração.
do singular: Dir-lhe-ei toda a verdade.
• Nenhum de nós merece adoecer. Far-me-ias um favor?

Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de
porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Exceto caso o substantivo vier precedido por determinante: Eu lhe direi toda a verdade.
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos Tu me farias um favor?
sumiram.
Colocação do pronome átono nas locuções verbais
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-
rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da Exemplos:
frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono- Devo-lhe dizer a verdade.
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma Devo dizer-lhe a verdade.
culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou
após o verbo – ênclise. Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini- do auxiliar ou depois do principal.
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua- Exemplos:
gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, Não lhe devo dizer a verdade.
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele. Não devo dizer-lhe a verdade.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem
as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,
não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju- o pronome átono ficará depois do auxiliar.
dique a eufonia da frase. Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do
auxiliar. ANÁLISE SINTÁTICA: INTRODUÇÃO À SINTAXE.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade. TERMOS INTEGRANTES E ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO.
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS E
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois SUBORDINADAS
do infinitivo.
Exemplos: A sintaxe estuda o conjunto das relações que as palavras esta-
Hei de dizer-lhe a verdade. belecem entre si. Dessa maneira, é preciso ficar atento aos enuncia-
Tenho de dizer-lhe a verdade. dos e suas unidades: frase, oração e período.
Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras ordenadas
Observação que apresenta sentido completo em um contexto de comunicação
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: e interação verbal. A frase nominal é aquela que não contém verbo.
Devo-lhe dizer tudo. Já a frase verbal apresenta um ou mais verbos (locução verbal).
Estava-lhe dizendo tudo. Oração é um enunciado organizado em torno de um único ver-
Havia-lhe dito tudo. bo ou locução verbal, de modo que estes passam a ser o núcleo
da oração. Assim, o predicativo é obrigatório, enquanto o sujeito é
opcional.
USO DE CRASE
Período é uma unidade sintática, de modo que seu enuncia-
do é organizado por uma oração (período simples) ou mais orações
Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma (período composto). Eles são iniciados com letras maiúsculas e fina-
só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é de- lizados com a pontuação adequada.
marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não
é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. Análise sintática
Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o em- A análise sintática serve para estudar a estrutura de um perío-
prego da crase: do e de suas orações. Os termos da oração se dividem entre:
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela alu- • Essenciais (ou fundamentais): sujeito e predicado
na. • Integrantes: completam o sentido (complementos verbais e
• Indicação de horas, em casos de horas definidas e especifica- nominais, agentes da passiva)
das: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. • Acessórios: função secundária (adjuntos adnominais e adver-
• Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de muito biais, apostos)
estresse.
• Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos dei- Termos essenciais da oração
xando de lado a capacidade de imaginar. Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado.
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima O sujeito é aquele sobre quem diz o resto da oração, enquanto o
à esquerda. predicado é a parte que dá alguma informação sobre o sujeito, logo,
onde o verbo está presente.
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a cra-
se: O sujeito é classificado em determinado (facilmente identificá-
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé. vel, podendo ser simples, composto ou implícito) e indeterminado,
• Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor ter- podendo, ainda, haver a oração sem sujeito (a mensagem se con-
mos uma reunião frente a frente. centra no verbo impessoal):
• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar. Lúcio dormiu cedo.
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te Aluga-se casa para réveillon.
atender daqui a pouco. Choveu bastante em janeiro.
• Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De terça
a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. Quando o sujeito aparece no início da oração, dá-se o nome de
• Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizinha sujeito direto. Se aparecer depois do predicado, é o caso de sujeito
fica a 50 metros da esquina. inverso. Há, ainda, a possibilidade de o sujeito aparecer no meio
da oração:
Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativo Lívia se esqueceu da reunião pela manhã.
• Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha filha. Esqueceu-se da reunião pela manhã, Lívia.
/ Dei um picolé à minha filha. Da reunião pela manhã, Lívia se esqueceu.
• Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei
minha avó até à feira. Os predicados se classificam em: predicado verbal (núcleo do
• Nomes próprios femininos (desde que não seja especificado): predicado é um verbo que indica ação, podendo ser transitivo, in-
Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à transitivo ou de ligação); predicado nominal (núcleo da oração é
Ana da faculdade. um nome, isto é, substantivo ou adjetivo); predicado verbo-nomi-
DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em nal (apresenta um predicativo do sujeito, além de uma ação mais
caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no uma qualidade sua)
masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos As crianças brincaram no salão de festas.
à escola / Amanhã iremos ao colégio. Mariana é inteligente.
Os jogadores venceram a partida. Por isso, estavam felizes.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Termos integrantes da oração
Os complementos verbais são classificados em objetos diretos (não preposicionados) e objetos indiretos (preposicionado).
A menina que possui bolsa vermelha me cumprimentou.
O cão precisa de carinho.

Os complementos nominais podem ser substantivos, adjetivos ou advérbios.


A mãe estava orgulhosa de seus filhos.
Carlos tem inveja de Eduardo.
Bárbara caminhou vagarosamente pelo bosque.

Os agentes da passiva são os termos que tem a função de praticar a ação expressa pelo verbo, quando este se encontra na voz passiva.
Costumam estar acompanhados pelas preposições “por” e “de”.
Os filhos foram motivo de orgulho da mãe.
Eduardo foi alvo de inveja de Carlos.
O bosque foi caminhado vagarosamente por Bárbara.

Termos acessórios da oração


Os termos acessórios não são necessários para dar sentido à oração, funcionando como complementação da informação. Desse modo,
eles têm a função de caracterizar o sujeito, de determinar o substantivo ou de exprimir circunstância, podendo ser adjunto adverbial
(modificam o verbo, adjetivo ou advérbio), adjunto adnominal (especifica o substantivo, com função de adjetivo) e aposto (caracteriza o
sujeito, especificando-o).
Os irmãos brigam muito.
A brilhante aluna apresentou uma bela pesquisa à banca.
Pelé, o rei do futebol, começou sua carreira no Santos.

Tipos de Orações
Levando em consideração o que foi aprendido anteriormente sobre oração, vamos aprender sobre os dois tipos de oração que existem
na língua portuguesa: oração coordenada e oração subordinada.

Orações coordenadas
São aquelas que não dependem sintaticamente uma da outra, ligando-se apenas pelo sentido. Elas aparecem quando há um período
composto, sendo conectadas por meio do uso de conjunções (sindéticas), ou por meio da vírgula (assindéticas).
No caso das orações coordenadas sindéticas, a classificação depende do sentido entre as orações, representado por um grupo de
conjunções adequadas:

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS CONJUNÇÕES


ADITIVAS Adição da ideia apresentada na oração anterior e, nem, também, bem como, não só, tanto...
Oposição à ideia apresentada na oração anterior (inicia
ADVERSATIVAS mas, porém, todavia, entretanto, contudo...
com vírgula)
Opção / alternância em relação à ideia apresentada na
ALTERNATIVAS ou, já, ora, quer, seja...
oração anterior
CONCLUSIVAS Conclusão da ideia apresentada na oração anterior logo, pois, portanto, assim, por isso, com isso...
EXPLICATIVAS Explicação da ideia apresentada na oração anterior que, porque, porquanto, pois, ou seja...

Orações subordinadas
São aquelas que dependem sintaticamente em relação à oração principal. Elas aparecem quando o período é composto por duas ou
mais orações.
A classificação das orações subordinadas se dá por meio de sua função: orações subordinadas substantivas, quando fazem o papel
de substantivo da oração; orações subordinadas adjetivas, quando modificam o substantivo, exercendo a função do adjetivo; orações
subordinadas adverbiais, quando modificam o advérbio.
Cada uma dessas sofre uma segunda classificação, como pode ser observado nos quadros abaixo.

SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS FUNÇÃO EXEMPLOS


APOSITIVA aposto Esse era meu receio: que ela não discursasse outra vez.
COMPLETIVA NOMINAL complemento nominal Tenho medo de que ela não discurse novamente.
OBJETIVA DIRETA objeto direto Ele me perguntou se ela discursaria outra vez.
OBJETIVA INDIRETA objeto indireto Necessito de que você discurse de novo.
PREDICATIVA predicativo Meu medo é que ela não discurse novamente.
SUBJETIVA sujeito É possível que ela discurse outra vez.

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LÍNGUA PORTUGUESA

SUBORDINADAS
CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
ADJETIVAS
Esclarece algum detalhe, adicionando uma informa-
O candidato, que é do partido socialista, está sen-
EXPLICATIVAS ção.
do atacado.
Aparece sempre separado por vírgulas.
Restringe e define o sujeito a que se refere.
As pessoas que são racistas precisam rever seus
RESTRITIVAS Não deve ser retirado sem alterar o sentido.
valores.
Não pode ser separado por vírgula.
Introduzidas por conjunções, pronomes e locuções
conjuntivas. Ele foi o primeiro presidente que se preocupou
DESENVOLVIDAS
Apresentam verbo nos modos indicativo ou subjun- com a fome no país.
tivo.
Não são introduzidas por pronomes, conjunções
sou locuções conjuntivas. Assisti ao documentário denunciando a corrup-
REDUZIDAS
Apresentam o verbo nos modos particípio, gerúndio ção.
ou infinitivo

SUBORDINADAS ADVERBIAIS FUNÇÃO PRINCIPAIS CONJUNÇÕES


CAUSAIS Ideia de causa, motivo, razão de efeito porque, visto que, já que, como...
COMPARATIVAS Ideia de comparação como, tanto quanto, (mais / menos) que, do que...
CONCESSIVAS Ideia de contradição embora, ainda que, se bem que, mesmo...
CONDICIONAIS Ideia de condição caso, se, desde que, contanto que, a menos que...
CONFORMATIVAS Ideia de conformidade como, conforme, segundo...
CONSECUTIVAS Ideia de consequência De modo que, (tal / tão / tanto) que...
FINAIS Ideia de finalidade que, para que, a fim de que...
quanto mais / menos... mais /menos, à medida
PROPORCIONAIS Ideia de proporção
que, na medida em que, à proporção que...
TEMPORAIS Ideia de momento quando, depois que, logo que, antes que...

QUESTÕES

1. (ENEM - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desa-
fetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Ira-
cema, tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jor-
nal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse
personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.
História Viva, n.º 99, 2011.

Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
(A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
(B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
(C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
(D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
(E) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.

2. (FUVEST - 2013) A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na
crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela coope-
ração voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores
conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a
mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem
acessíveis a todos.
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)
No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor
(A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
(B) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
(C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências. (D) 5, 3, 4, 1, 2
(E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”. (E) 2, 3, 1, 4, 5

3. (IBADE – 2020 adaptada) 5. (UNIFOR CE – 2012)


Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra
do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a
bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de Novembro de 1869,
quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma carto-
mante; a diferença é que o fazia por outras palavras.
— Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada.
Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da consulta, antes
mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas começou a botar as
cartas, disse-me: “A senhora gosta de uma pessoa…” Confessei que
sim, e então ela continuou a botar as cartas, combinou-as, e no fim
declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas
que não era verdade…
A Cartomante (Machado de Assis)
A intertextualidade é um recurso criativo utilizado na produ-
https://www.dicio.com.br/partilhar/ acesso em fevereiro de ção do texto. No conto, Machado de Assis dialoga com o clássico
2020 “Hamlet” de Shakespeare com o fito de:
O texto apresentado é um verbete. Assinale a alternativa que (A) Reafirmar a crença no conhecimento científico para explicar
representa sua definição as situações da vida humana.
(B) Discutir o conhecimento científico e o conhecimento místi-
(A) é um tipo textual dissertativo-argumentativo, com o intuito co na sociedade burguesa do século XX. Reconhecer a impor-
de persuadir o leitor. tância da espiritualidade na formação da sociedade burguesa
(B) é um tipo e gênero textual de caráter descritivo para de- do século XIX.
talhar em adjetivos e advérbios o que é necessário entender. (C) Revelar a ambiguidade própria da obra machadiana em
(C) é um gênero textual de viés narrativo para contar em crono- Hamlet de William Shakespeare.
logia obrigatória o enredo por meio de personagens. (D) Ironizar o culto ao cientificismo da sociedade burguesa.
(D) é um gênero textual de caráter informativo, que tem por in- (E) Reconhecer a importância da espiritualidade na formação
tuito explicar um conceito, mais comumente em um dicionário da sociedade burguesa do século XIX.
ou enciclopédia.
(E) é um tipo textual expositivo, típico em redações escolares. 6. (UFPR – 2010) Considere as seguintes sentenças.
1 - Ainda que os salários estejam cada vez mais defasados, o
aumento de preços diminui consideravelmente seu poder de com-
4. (UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – RJ) Preencha os parênteses pras.
com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternati- 2 - O Governo resolveu não se comprometer com nenhuma das
va que indica a correspondência correta. facções formadas no congresso. Desse modo, todos ficarão à vonta-
1. Narrar de para negociar as possíveis saídas.
2. Argumentar 3 - Embora o Brasil possua muito solo fértil com vocação para o
3. Expor plantio, isso conseguiu atenuar rapidamente o problema da fome.
4. Descrever 4 - Choveu muito no inverno deste ano. Entretanto, novos pro-
5. Prescrever jetos de irrigação foram necessários.
5 - As expressões grifadas NÃO estabelecem as relações de sig-
( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos nificado adequadas, criando problemas de coerência, em:
e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de (A) 2 apenas.
verbos no modo imperativo. (B) 1 e 3 apenas.
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias (C) 1 e 4 apenas.
sobre determinado assunto, assim como explicações, avaliações e (D) 2, 3 e 4 apenas.
reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. (E) 2 e 4 apenas.
( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou
não, acontecido num determinado espaço e tempo, envolvendo 7. (CORE-MT - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO EX-
personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse CELÊNCIA - 2019)
tipo de texto. Em “Tempos Modernos”, fez-se o uso de figuras de linguagem,
( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou assinale a alternativa em que os termos destacados têm a classifi-
subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com abundância cação corretamente:
do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade. ”Hoje o tempo voa, amor
( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e expo- escorre pelas mãos
sição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de vista. ...Vamos viver tudo que há pra viver .
Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos ..eu vejo um novo começo de era
e conclusão. de gente fina, elegante, sincera
(A) 3, 5, 1, 2, 4 com habilidade para dizer mais sim do que não
(B) 5, 3, 1, 4, 2 (A) Prosopopeia / pleonasmo / gradação / antítese.
(C) 4, 2, 3, 1, 5 (B) Metáfora / pleonasmo / gradação / antítese.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(C) Metáfora / hipérbole / gradação / antítese. (C) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão
(D) Pleonasmo / metáfora / antítese / gradação. importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos,
(E) Nenhuma das alternativas. sentimos na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de
8. (AL-AP - AUXILIAR LEGISLATIVO - AUXILIAR OPERACIONAL sofrimento da infância mais pobre.”
– FCC – 2020) (D) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão
importante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos
Retrato sentimos, na pele e na alma a dor dos mais altos índices de
sofrimento, da infância mais pobre.”
Eu não tinha este rosto de hoje, (E) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão
Assim calmo, assim triste, assim magro, importante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos,
Nem estes olhos tão vazios, sentimos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de
Nem o lábio amargo. sofrimento da infância mais pobre.”

Eu não tinha estas mãos sem força, 11. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta desvio
Tão paradas e frias e mortas; em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma
Eu não tinha este coração culta é:
Que nem se mostra. (A) O governador insistia em afirmar que o assunto principal
seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam
Eu não dei por esta mudança, líderes pefelistas.
Tão simples, tão certa, tão fácil: (B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do
− Em que espelho ficou perdida qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros pa-
a minha face? íses passou despercebida.
(Cecília Meirelles) (C) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a
− Em que espelho ficou perdida a minha face? (3ª estrofe) dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação
Caso a frase acima seja transposta para o discurso indireto, o social.
elemento sublinhado assumirá a seguinte forma: (D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um
(A) ficasse. morador não muito consciente com a limpeza da cidade.
(B) ficará. (E) O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui-
(C) ficou. mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra,
(D) ficava. a aventura à repetição.
(E) ficara.
12. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente
9. (CESGRANRIO - RJ) As palavras esquartejar, desculpa e irre- as lacunas do texto a seguir:
conhecível foram formadas, respectivamente, pelos processos de: “Todas as amigas estavam _______________ ansiosas
(A) sufixação - prefixação – parassíntese _______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as
(B) sufixação - derivação regressiva – prefixação críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra-
(C) composição por aglutinação - prefixação – sufixação paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên-
(D) parassíntese - derivação regressiva – prefixação cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________
(E) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese arte.”
(A) meio - para - bastante - para com o - para - para a
10. (IFAL - 2011) (B) muito - em - bastante - com o - nas - em
(C) bastante - por - meias - ao - a - à
Parágrafo do Editorial “Nossas crianças, hoje”. (D) meias - para - muito - pelo - em - por
(E) bem - por - meio - para o - pelas – na
“Oportunamente serão divulgados os resultados de tão impor-
tante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos sentimos 13. (PREFEITURA DE BIRIGUI - SP - EDUCADOR DE CRECHE
na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da - VUNESP - 2019)
infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região padece de índices Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente bus-
vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação básica e ca indícios de que o problema ambiental seja universal (e de fato
tantos outros indicadores terríveis.” (Gazeta de Alagoas, seção Opi- é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Algu-
nião, 12.10.2010) ma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apo-
O primeiro período desse parágrafo está corretamente pontu- logético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos,
ado na alternativa: culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto,
(A) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão como condição de sobrevivência. Há quem tenha encontrado nor-
importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos, mas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano.
sentimos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de so- São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro
frimento da infância mais pobre.” das causas ambientais; falava com plantas e animais.
(B) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva,
importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é o meu
sentimos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana,
sofrimento da infância mais pobre.” a pretensão de proteção ambiental seria pulsional, dado que resiste
a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa di-

30
LÍNGUA PORTUGUESA
mensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar
a questão, que também é cultural. E que culturalmente pode ser GABARITO
abordada.
O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O
dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente 1 D
passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse 2 E
sentido que a chamada internalização da externalidade negativa
exige justificativa para uma atuação contra-fática. 3 D
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam- 4 B
bém rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que a prote- 5 D
ção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio
homem. Os geocêntricos piamente entendem que a natureza deva 6 B
ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e característi- 7 A
cas. Posições se radicalizam.
8 E
A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o
“salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter Benjamin, 9 D
em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre 10 E
mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa
para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo. 11 E
(Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em: https://www. 12 A
conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado) 13 E
(*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhe-
cido como “Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência 14 A
na natureza. 15 E
Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados em-
pregando pronomes, de acordo com a norma-padrão de regência e
colocação. ANOTAÇÕES
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam-
bém rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual pode-
ria marcar o ambientalismo apologético. ______________________________________________________
(A) ... lhe rondaria ... o poderia marcar
(B) ... rondá-la-ia ... poderia marcar ele ______________________________________________________
(C) ... rondaria-a ... podê-lo-ia marcar
______________________________________________________
(D) ... rondaria-lhe ... poderia o marcar
(E) ... a rondaria ... poderia marcá-lo ______________________________________________________
14. (ITA) Analisando as sentenças: ______________________________________________________
I. A vista disso, devemos tomar sérias medidas.
II. Não fale tal coisa as outras. ______________________________________________________
III. Dia a dia a empresa foi crescendo.
IV. Não ligo aquilo que me disse. ______________________________________________________
Podemos deduzir que:
(A) Apenas a sentença III não tem crase. ______________________________________________________
(B) As sentenças III e IV não têm crase.
______________________________________________________
(C) Todas as sentenças têm crase.
(D) Nenhuma sentença tem crase. ______________________________________________________
(E) Apenas a sentença IV não tem crase.
______________________________________________________
15. (MACK-SP) “Não se fazem motocicletas como antigamen-
te”. O termo destacado funciona como: ______________________________________________________
(A) Objeto indireto
(B) Objeto direto ______________________________________________________
(C) Adjunto adnominal
______________________________________________________
(D) Vocativo
(E) Sujeito ______________________________________________________

______________________________________________________

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LÍNGUA PORTUGUESA
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MATEMÁTICA

NÚMEROS E OPERAÇÕES: PROBLEMAS ABERTOS E SITUAÇÕES PROBLEMAS RELACIONADOS À ÁLGEBRA E


ARITMÉTICA; FRAÇÕES E DIZIMAS PERIÓDICA

Conjunto dos números inteiros - z


O conjunto dos números inteiros é a reunião do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...},(N C Z); o conjunto dos opos-
tos dos números naturais e o zero. Representamos pela letra Z.

N C Z (N está contido em Z)

Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


* Z* Conjunto dos números inteiros não nulos
+ Z+ Conjunto dos números inteiros não negativos
*e+ Z*+ Conjunto dos números inteiros positivos
- Z_ Conjunto dos números inteiros não positivos
*e- Z*_ Conjunto dos números inteiros negativos

Observamos nos números inteiros algumas características:


• Módulo: distância ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. O módulo de
qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.
• Números Opostos: dois números são opostos quando sua soma é zero. Isto significa que eles estão a mesma distância da origem
(zero).

Somando-se temos: (+4) + (-4) = (-4) + (+4) = 0

Operações
• Soma ou Adição: Associamos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

33
MATEMÁTICA
ATENÇÃO: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dis- Exemplo:
pensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode (PREF.DE NITERÓI) Um estudante empilhou seus livros, obten-
ser dispensado. do uma única pilha 52cm de altura. Sabendo que 8 desses livros
possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem
• Subtração: empregamos quando precisamos tirar uma quan- espessura de 3cm, o número de livros na pilha é:
tidade de outra quantidade; temos duas quantidades e queremos (A) 10
saber quanto uma delas tem a mais que a outra; temos duas quan- (B) 15
tidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a (C) 18
outra. A subtração é a operação inversa da adição. O sinal sempre (D) 20
será do maior número. (E) 22

ATENÇÃO: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., Resolução:


entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal inverti- São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
do, ou seja, é dado o seu oposto. Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm,
Exemplo: temos:
(FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – VUNESP) Para 52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
zelar pelos jovens internados e orientá-los a respeito do uso ade- 36 : 3 = 12 livros de 3 cm
quado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em ativida- O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.
des educativas, bem como da preservação predial, realizou-se uma Resposta: D
dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no
entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um • Potenciação: A potência an do número inteiro a, é definida
classificasse suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
(+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. base e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é multi-
Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes plicado por a n vezes. Tenha em mente que:
anotadas, o total de pontos atribuídos foi – Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.
(A) 50. – Toda potência de base negativa e expoente par é um número
(B) 45. inteiro positivo.
(C) 42. – Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um nú-
(D) 36. mero inteiro negativo.
(E) 32.
Propriedades da Potenciação
Resolução: 1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base
50-20=30 atitudes negativas e somam-se os expoentes. (–a)3 . (–a)6 = (–a)3+6 = (–a)9
20.4=80 2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a
30.(-1)=-30 base e subtraem-se os expoentes. (-a)8 : (-a)6 = (-a)8 – 6 = (-a)2
80-30=50 3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se
Resposta: A os expoentes. [(-a)5]2 = (-a)5 . 2 = (-a)10
4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-a)1 = -a e
• Multiplicação: é uma adição de números/ fatores repetidos. (+a)1 = +a
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado 5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual
por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras. a 1. (+a)0 = 1 e (–b)0 = 1

• Divisão: a divisão exata de um número inteiro por outro nú- Conjunto dos números racionais – Q
mero inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo m
pelo módulo do divisor. Um número racional é o que pode ser escrito na forma n , onde m
e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente de zero.
ATENÇÃO: Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
1) No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa
e não tem a propriedade da existência do elemento neutro.
2) Não existe divisão por zero.
3) Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero,
é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual
a zero.

Na multiplicação e divisão de números inteiros é muito impor-


tante a REGRA DE SINAIS:

Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo. N C Z C Q (N está contido em Z que está contido em Q)
Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre
negativo.

34
MATEMÁTICA
Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


* Q* Conjunto dos números racionais não nulos
+ Q+ Conjunto dos números racionais não negativos
*e+ Q*+ Conjunto dos números racionais positivos
- Q_ Conjunto dos números racionais não positivos
*e- Q*_ Conjunto dos números racionais negativos

Representação decimal
Podemos representar um número racional, escrito na forma de fração, em número decimal. Para isso temos duas maneiras possíveis:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

2
= 0,4
5

2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente Decimais
Periódicos ou Dízimas Periódicas:

1
= 0,333...
3

Representação Fracionária
É a operação inversa da anterior. Aqui temos duas maneiras possíveis:

1) Transformando o número decimal em uma fração numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo
numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado. Ex.:
0,035 = 35/1000

2) Através da fração geratriz. Aí temos o caso das dízimas periódicas que podem ser simples ou compostas.
– Simples: o seu período é composto por um mesmo número ou conjunto de números que se repeti infinitamente. Exemplos:

Procedimento: para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 no denominador para cada
quantos dígitos tiver o período da dízima.

– Composta: quando a mesma apresenta um ante período que não se repete.

a)

35
MATEMÁTICA
Procedimento: para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do
antiperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador.

b)

Procedimento: é o mesmo aplicado ao item “a”, acrescido na frente da parte inteira (fração mista), ao qual transformamos e obtemos
a fração geratriz.

Exemplo:
(PREF. NITERÓI) Simplificando a expressão abaixo

Obtém-se :

(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3

Resolução:

Resposta: B

Caraterísticas dos números racionais


O módulo e o número oposto são as mesmas dos números inteiros.

Inverso: dado um número racional a/b o inverso desse número (a/b)–n, é a fração onde o numerador vira denominador e o denomi-
nador numerador (b/a)n.

36
MATEMÁTICA
Representação geométrica • Multiplicação: como todo número racional é uma fração ou
pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
dois números racionais a e c , da mesma forma que o produto de
b d
frações, através de:

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infini-


tos números racionais.

Operações • Divisão: a divisão de dois números racionais p e q é a própria


• Soma ou adição: como todo número racional é uma fração operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p
ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição ÷ q = p × q-1
entre os números racionais a e c , da mesma forma que a soma
de frações, através de: b d

Exemplo:
(PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação
• Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a policial de rotina, que abordou 800 pessoas, verificou-se que 3/4
própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é: dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
p – q = p + (–q) mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220
(D) 260
ATENÇÃO: Na adição/subtração se o denominador for igual,
(E) 120
conserva-se os denominadores e efetua-se a operação apresen-
tada.
Resolução:
Exemplo:
(PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS
– MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua
portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como
favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual
fração representa os alunos que têm ciências como disciplina favo-
rita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

Resolução:
Somando português e matemática:
Resposta: A

• Potenciação: é válido as propriedades aplicadas aos núme-


ros inteiros. Aqui destacaremos apenas as que se aplicam aos nú-
meros racionais.
O que resta gosta de ciências:
A) Toda potência com expoente negativo de um número ra-
cional diferente de zero é igual a outra potência que tem a base
igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do
expoente anterior.

Resposta: B

37
MATEMÁTICA
Resolução:
Vamos resolver cada expressão separadamente:

B) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da


base.

C) Toda potência com expoente par é um número positivo.

Resposta: E

Múltiplos
Expressões numéricas Dizemos que um número é múltiplo de outro quando o primei-
São todas sentenças matemáticas formadas por números, suas ro é resultado da multiplicação entre o segundo e algum número
operações (adições, subtrações, multiplicações, divisões, potencia- natural e o segundo, nesse caso, é divisor do primeiro. O que sig-
ções e radiciações) e também por símbolos chamados de sinais de nifica que existem dois números, x e y, tal que x é múltiplo de y se
associação, que podem aparecer em uma única expressão. existir algum número natural n tal que:
x = y·n
Procedimentos
1) Operações: Se esse número existir, podemos dizer que y é um divisor de x e
- Resolvermos primeiros as potenciações e/ou radiciações na podemos escrever: x = n/y
ordem que aparecem;
- Depois as multiplicações e/ou divisões; Observações:
- Por último as adições e/ou subtrações na ordem que aparecem. 1) Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
2) Todo número natural é múltiplo de 1.
2) Símbolos: 3) Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- Primeiro, resolvemos os parênteses ( ), até acabarem os cál- 4) O zero é múltiplo de qualquer número natural.
culos dentro dos parênteses, 5) Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares,
-Depois os colchetes [ ]; e a fórmula geral desses números é 2k (k ∈ N). Os demais são cha-
- E por último as chaves { }. mados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k
+ 1 (k ∈ N).
ATENÇÃO: 6) O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k ∈ Z.
– Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, col-
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou Critérios de divisibilidade
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou
com os seus sinais originais. não divisível por outro, sem que seja necessário efetuarmos a divisão.
– Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, col- No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios:
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos
com os seus sinais invertidos.

Exemplo:
(MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – ADMINISTRATI-
VA – FCC) Considere as expressões numéricas, abaixo.
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e
B = 1/3 + 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243
O valor, aproximado, da soma entre A e B é
(A) 2
(B) 3
(C) 1
(D) 2,5
(E) 1,5

38
MATEMÁTICA

Um método para descobrimos os divisores é através da fato-


ração numérica. O número de divisores naturais é igual ao produto
dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Logo o número de divisores de 12 são:

Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada


fator da decomposição e seu respectivo expoente natural que varia
de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na decom-
posição do número natural.
12 = 22 . 31 =
22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
20 . 30=1
20 . 31=3
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
(Fonte: https://www.guiadamatematica.com.br/criterios-de-divisibili- 22 . 31=4.3=12
dade/ - reeditado) 22 . 30=4
Vale ressaltar a divisibilidade por 7: Um número é divisível por
7 quando o último algarismo do número, multiplicado por 2, sub- O conjunto de divisores de 12 são: D (12)={1, 2, 3, 4, 6, 12}
traído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28
de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a quantida-
de de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7. Máximo divisor comum (MDC)
É o maior número que é divisor comum de todos os números
Outros critérios dados. Para o cálculo do MDC usamos a decomposição em fatores
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é primos. Procedemos da seguinte maneira:
divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo. Após decompor em fatores primos, o MDC é o produto dos FA-
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é TORES COMUNS obtidos, cada um deles elevado ao seu MENOR
divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo. EXPOENTE.
Fatoração numérica Exemplo:
Trata-se de decompor o número em fatores primos. Para de- MDC (18,24,42) =
compormos este número natural em fatores primos, dividimos o
mesmo pelo seu menor divisor primo, após pegamos o quociente
e dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até
obtermos o quociente 1. O produto de todos os fatores primos re-
presenta o número fatorado. Exemplo:

Observe que os fatores comuns entre eles são: 2 e 3, então


pegamos os de menores expoentes: 2x3 = 6. Logo o Máximo Divisor
Comum entre 18,24 e 42 é 6.

Divisores Mínimo múltiplo comum (MMC)


Os divisores de um número n, é o conjunto formado por todos É o menor número positivo que é múltiplo comum de todos
os números que o dividem exatamente. Tomemos como exemplo o os números dados. A técnica para acharmos é a mesma do MDC,
número 12. apenas com a seguinte ressalva:

39
MATEMÁTICA
O MMC é o produto dos FATORES COMUNS E NÃO-COMUNS, Resolução:
cada um deles elevado ao SEU MAIOR EXPOENTE. Primeiro mês = x
Pegando o exemplo anterior, teríamos: Segundo mês = x + 126
MMC (18,24,42) = Terceiro mês = x + 126 – 48 = x + 78
Fatores comuns e não-comuns= 2,3 e 7 Total = x + x + 126 + x + 78 = 1176
Com maiores expoentes: 2³x3²x7 = 8x9x7 = 504. Logo o Mínimo 3.x = 1176 – 204
Múltiplo Comum entre 18,24 e 42 é 504. x = 972 / 3
x = R$ 324,00 (1º mês)
Temos ainda que o produto do MDC e MMC é dado por: MDC * No 2º mês: 324 + 126 = R$ 450,00
(A,B). MMC (A,B)= A.B Resposta: B

Os cálculos desse tipo de problemas, envolvem adições e sub- (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE
trações, posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os pro- DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos
blemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos algébricos, testou um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o
isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era
(letras). Observe algumas situações que podem ser descritas com 2 / 7. Sabendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebra-
utilização da álgebra. ram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser ven-
É bom ter mente algumas situações que podemos encontrar: didas, então a razão entre o número de lâmpadas que não podem
ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de
(A) 1 / 4.
(B) 1 / 3.
(C) 2 / 5.
(D) 1 / 2.
(E) 2 / 3.

Resolução:
Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o nú-
mero de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )
Exemplos:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – , ou seja, 7.Q = 2.B ( II )
CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 centímetros
mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sa- Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:
be-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e 7.Q = 2. (360 – Q)
que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 7.Q = 720 – 2.Q
metros, então é verdade que Mônica tem, de altura: 7.Q + 2.Q = 720
(A) 1,52 metros. 9.Q = 720
(B) 1,58 metros. Q = 720 / 9
(C) 1,54 metros. Q = 80 (queimadas)
(D) 1,56 metros. Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270
Resolução:
Escrevendo em forma de equações, temos:
C = M + 0,05 ( I )
C = A – 0,10 ( II )
A = D + 0,03 ( III ) Resposta: B
D não é mais baixa que C
Se D = 1,70 , então: Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73 a/b, com b≠0. Sendo a o numerador e b o denominador. Uma fra-
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63 ção é uma divisão em partes iguais. Observe a figura:
( I ) 1,63 = M + 0,05
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
Resposta: B

(CEFET – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO – CESGRANRIO) Em


três meses, Fernando depositou, ao todo, R$ 1.176,00 em sua ca-
derneta de poupança. Se, no segundo mês, ele depositou R$ 126,00
O numerador indica quantas partes tomamos do total que foi
a mais do que no primeiro e, no terceiro mês, R$ 48,00 a menos do
dividida a unidade.
que no segundo, qual foi o valor depositado no segundo mês?
O denominador indica quantas partes iguais foi dividida a uni-
(A) R$ 498,00
dade.
(B) R$ 450,00
(C) R$ 402,00
(D) R$ 334,00
(E) R$ 324,00

40
MATEMÁTICA
Lê-se: um quarto. – Divisão: É igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da
segunda fração. Ex.:
Atenção:
• Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quar-
tos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos.
• Frações com denominadores potências de 10: décimos, cen-
tésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos de milési-
mos etc.
• Denominadores diferentes dos citados anteriormente:
Enuncia-se o numerador e, em seguida, o denominador seguido da Obs.: Sempre que possível podemos simplificar o resultado da
palavra “avos”. fração resultante de forma a torna-la irredutível.

Tipos de frações Exemplo:


– Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador. (EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – IA-
Ex.: 7/15 DES) O suco de três garrafas iguais foi dividido igualmente entre 5
– Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denomi- pessoas. Cada uma recebeu
nador. Ex.: 6/7
– Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador. (A)
As mesmas pertencem também ao grupo das frações impróprias.
Ex.: 6/3
– Frações mistas: Números compostos de uma parte inteira e (B)
outra fracionária. Podemos transformar uma fração imprópria na
forma mista e vice e versa. Ex.: 1 1/12 (um inteiro e um doze avos)
– Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam (C)
a mesma parte da unidade. Ex.: 2/4 = 1/2
– Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denomi-
nador são primos entre si. Ex.: 5/11 ; (D)

Operações com frações


(E)
• Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e so-
ma-se ou subtrai-se os numeradores. Resolução:
Se cada garrafa contém X litros de suco, e eu tenho 3 garrafas,
então o total será de 3X litros de suco. Precisamos dividir essa quan-
tidade de suco (em litros) para 5 pessoas, logo teremos:

Com denominadores diferentes: é necessário reduzir ao mes-


mo denominador através do MMC entre os denominadores. Usa-
mos tanto na adição quanto na subtração.
Onde x é litros de suco, assim a fração que cada um recebeu de
suco é de 3/5 de suco da garrafa.
Resposta: B

GEOMETRIA PLANA: SEMELHANÇA ENTRE FIGURAS


PLANAS, TRIÂNGULOS SEMELHANTES, RELAÇÕES
MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO, TEOREMA
O MMC entre os denominadores (3,2) = 6 DE PITÁGORAS E TEOREMA DE TALLES, CIRCUNFERÊN-
CIA, POLÍGONOS REGULARES, ELEMENTOS DE UM
• Multiplicação e Divisão POLÍGONO REGULAR, MEDIDAS DE COMPRIMENTO E
Multiplicação: É produto dos numerados pelos denominadores SUPERFÍCIE, ÁREAS DAS PRINCIPAIS FIGURAS PLANAS.
dados. Ex.: GEOMETRIA ESPACIAL: MEDIDAS DE VOLUME E CAPA-
CIDADE, MEDIDA DE MASSA

Geometria plana
Aqui nos deteremos a conceitos mais cobrados como períme-
tro e área das principais figuras planas. O que caracteriza a geome-
tria plana é o estudo em duas dimensões.

41
MATEMÁTICA
Perímetro
É a soma dos lados de uma figura plana e pode ser representado por P ou 2p, inclusive existem umas fórmulas de geometria que
aparece p que é o semiperímetro (metade do perímetro). Basta observamos a imagem:

Observe que a planta baixa tem a forma de um retângulo.

Exemplo:
(CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à venda em uma imobiliária. Sabe-se que
sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago
por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

Resolução:
O perímetro do retângulo é dado por = 2(b+h);
Pelo enunciado temos que: sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento, logo 2 (x + (x-28)) = 2 (2x -28) = 4x – 56. Como ele
já dá o perímetro que é 200, então
200 = 4x -56 • 4x = 200+56 • 4x = 256 • x = 64
Comprimento = 64, largura = 64 – 28 = 36
Área do retângulo = b.h = 64.36 = 2304 m2
Logo o valor da área é: 2304.50 = 115200
Resposta: D

• Área
É a medida de uma superfície. Usualmente a unidade básica de área é o m2 (metro quadrado). Que equivale à área de um quadrado
de 1 m de lado.

Quando calculamos que a área de uma determinada figura é, por exemplo, 12 m2; isso quer dizer que na superfície desta figura ca-
bem 12 quadrados iguais ao que está acima.

42
MATEMÁTICA

Planta baixa de uma casa com a área total

Para efetuar o cálculo de áreas é necessário sabermos qual a figura plana e sua respectiva fórmula. Vejamos:

(Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/57/97/5797a651dfb37-areas-de-figuras-planas.jpg)

Geometria espacial
Aqui trataremos tanto das figuras tridimensionais e dos sólidos geométricos. O importante é termos em mente todas as figuras pla-
nas, pois a construção espacial se dá através da junção dessas figuras. Vejamos:
Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) π e π’, o espaço entre eles é chamado de diedro. A medida de um diedro é feita
em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.

Poliedros
São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais formadas por três elementos básicos: faces, arestas e vértices. Chamamos
de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma
aresta em comum. Veja alguns exemplos:

43
MATEMÁTICA
(B) 30 e 24
(C) 30 e 8
(D) 15 e 25
(E) 15 e 9

Resolução:
O poliedro tem 5 faces triangulares e 3 faces pentagonais, logo,
tem um total de 8 faces (F = 8). Como cada triângulo tem 3 lados e
o pentágono 5 lados. Temos:

Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices


dos polígonos são as arestas e os vértices do poliedro.
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a ne-
nhuma de suas faces) o corta em, no máximo, dois pontos. Ele não Resposta: E
possuí “reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.
Não Poliedros
Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o
número de arestas e F o número de faces, valem as seguintes rela-
ções de Euler:
Poliedro Fechado: V – A + F = 2
Poliedro Aberto: V – A + F = 1

Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que


multiplicar o número de faces F pelo número de lados de cada face
n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face, basta
somar os resultados.
A = n.F/2 Os sólidos acima são. São considerados não planos pois pos-
suem suas superfícies curvas.
Poliedros de Platão Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por
Eles satisfazem as seguintes condições: curvas fechadas em superfície lateral curva.
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas; Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de ares- uma superfície lateral curva.
tas; Esfera: é formada por uma única superfície curva.
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2).
Planificações de alguns Sólidos Geométricos

Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;

Por essas condições e observações podemos afirmar que todos


os poliedros de Platão são ditos Poliedros Regulares.

Exemplo:
(PUC/RS) Um poliedro convexo tem cinco faces triangulares e
três pentagonais. O número de arestas e o número de vértices des-
te poliedro são, respectivamente:
(A) 30 e 40

44
MATEMÁTICA
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-WWDbQ-Gh5zU/Wb7iCjR42BI/AA- Resolução:
AAAAAAIR0/kfRXIcIYLu4Iqf7ueIYKl39DU-9Zw24lgCLcBGAs/s1600/re- Se a base tem n lados, significa que de cada lado sairá uma face.
vis%25C3%25A3o%2Bfiguras%2Bgeom%25C3%25A9tricas-page-001. Assim, teremos n faces, mais a base inferior, e mais a base su-
jpg perior.
Portanto, n + 2
Sólidos geométricos Resposta: B
O cálculo do volume de figuras geométricas, podemos pedir
que visualizem a seguinte figura: PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um
vértice superior.

a) A figura representa a planificação de um prisma reto;


b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da área da
base pela altura do sólido, isto é:
V = Ab. a
Onde a é igual a h (altura do sólido)

c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas;


d) O volume do cilindro também se pode calcular da mesma
forma que o volume de um prisma reto.

Área e Volume dos sólidos geométricos

PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais


e paralelas.
Exemplo:
Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8
cm e altura 15 cm. O volume dessa pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60
(C) 80
(D) 80
(E) 90

Resolução:
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula
da área do triângulo equilátero é . A aresta da base é a = 8 cm e h
= 15 cm.
Cálculo da área da base:

Exemplo:
(PREF. JUCÁS/CE – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – INSTITUTO
NEO EXITUS) O número de faces de um prisma, em que a base é
um polígono de n lados é:
(A) n + 1.
(B) n + 2.
(C) n.
(D) n – 1.
(E) 2n + 1.

45
MATEMÁTICA
Cálculo do volume:

Exemplo:
Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone,
em cm, é:

(A)

(B)
Resposta: D
CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais,
(C)
paralelas e circulares.
(D)

(E) 8

Resolução:
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio
é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16 cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192

Resposta: D

CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e ESFERA: superfície curva, possui formato de uma bola.
vértice superior.

46
MATEMÁTICA

TRONCOS: são cortes feitos nas superfícies de alguns dos sóli-


dos geométricos. São eles:

Para determinarmos as coordenadas de um ponto P, traçamos


linhas perpendiculares aos eixos x e y.
• xp é a abscissa do ponto P;
• yp é a ordenada do ponto P;
• xp e yp constituem as coordenadas do ponto P.

Exemplo:
(ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTI-
CA – TÉCNICA/AVIAÇÃO – EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um
tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases são
iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³
Mediante a esse conhecimento podemos destacar as formulas
Resolução: que serão uteis ao cálculo.

Distância entre dois pontos de um plano


Por meio das coordenadas de dois pontos A e B, podemos lo-
calizar esses pontos em um sistema cartesiano ortogonal e, com
AB=144 dm² isso, determinar a distância d(A, B) entre eles. O triângulo formado
Ab=36 dm² é retângulo, então aplicamos o Teorema de Pitágoras.

Resposta: E

Geometria analítica
Um dos objetivos da Geometria Analítica é determinar a reta
que representa uma certa equação ou obter a equação de uma reta
dada, estabelecendo uma relação entre a geometria e a álgebra.

Sistema cartesiano ortogonal (PONTO)


Para representar graficamente um par ordenado de números
reais, fixamos um referencial cartesiano ortogonal no plano. A reta
x é o eixo das abscissas e a reta y é o eixo das ordenadas. Como se
pode verificar na imagem é o Sistema cartesiano e suas proprieda-
des.

47
MATEMÁTICA
Ponto médio de um segmento Por outro lado, se D ≠ 0, então os pontos A, B e C serão vértices
de um triângulo cuja área é:

onde o valor do determinante é sempre dado em módulo, pois


a área não pode ser um número negativo.

Inclinação de uma reta e Coeficiente angular de uma reta (ou


declividade)
À medida do ângulo α, onde α é o menor ângulo que uma reta
forma com o eixo x, tomado no sentido anti-horário, chamamos de
inclinação da reta r do plano cartesiano.

Baricentro
O baricentro (G) de um triângulo é o ponto de intersecção das
medianas do triângulo. O baricentro divide as medianas na razão
de 2:1.

Já a declividade é dada por: m = tgα

Cálculo do coeficiente angular


Se a inclinação α nos for desconhecida, podemos calcular o
coeficiente angular m por meio das coordenadas de dois pontos da
reta, como podemos verificar na imagem.

Condição de alinhamento de três pontos


Consideremos três pontos de uma mesma reta (colineares),
A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3).

Reta

Estes pontos estarão alinhados se, e somente se: Equação da reta


A equação da reta é determinada pela relação entre as abscis-
sas e as ordenadas. Todos os pontos desta reta obedecem a uma
mesma lei. Temos duas maneiras de determinar esta equação:

1) Um ponto e o coeficiente angular

Exemplo:
Consideremos um ponto P(1, 3) e o coeficiente angular m = 2.

48
MATEMÁTICA
Dados P(x1, y1) e Q(x, y), com P ∈ r, Q ∈ r e m a declividade da
reta r, a equação da reta r será:

Equação geral da reta


Toda equação de uma reta pode ser escrita na forma:
2) Dois pontos: A(x1, y1) e B(x2, y2) ax + by + c = 0
Consideremos os pontos A(1, 4) e B(2, 1). Com essas informa-
ções, podemos determinar o coeficiente angular da reta: onde a, b e c são números reais constantes com a e b não si-
multaneamente nulos.

Posições relativas de duas retas


Em relação a sua posição elas podem ser:

A) Retas concorrentes: Se r1 e r2 são concorrentes, então seus


Com o coeficiente angular, podemos utilizar qualquer um dos ângulos formados com o eixo x são diferentes e, como consequên-
dois pontos para determinamos a equação da reta. Temos A(1, 4), cia, seus coeficientes angulares são diferentes.
m = -3 e Q(x, y)
y - y1 = m.(x - x1) ⇒ y - 4 = -3. (x - 1) ⇒ y - 4 = -3x + 3 ⇒ 3x + y -
4 - 3 = 0 ⇒ 3x + y - 7 = 0

Equação reduzida da reta


A equação reduzida é obtida quando isolamos y na equação da
reta y - b = mx

B) Retas paralelas: Se r1 e r2 são paralelas, seus ângulos com o


eixo x são iguais e, em consequência, seus coeficientes angulares
– Equação segmentária da reta são iguais (m1 = m2). Entretanto, para que sejam paralelas, é neces-
É a equação da reta determinada pelos pontos da reta que in- sário que seus coeficientes lineares n1 e n2 sejam diferentes
terceptam os eixos x e y nos pontos A (a, 0) e B (0,b).

49
MATEMÁTICA
Distância entre um ponto e uma reta
A distância de um ponto a uma reta é a medida do segmento
perpendicular que liga o ponto à reta. Utilizamos a fórmula a seguir
para obtermos esta distância.

C) Retas coincidentes: Se r1 e r2 são coincidentes, as retas cor-


tam o eixo y no mesmo ponto; portanto, além de terem seus coe-
ficientes angulares iguais, seus coeficientes lineares também serão
iguais.
onde d(P, r) é a distância entre o ponto P(xP, yP) e a reta r .

Exemplo:
(UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a
procissão fluvial do Círio-2002, fazendo o percurso em linha reta.
Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido
positivo do eixo x, passando pelo ponto de coordenadas (3, 5). Este
trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1
(B) y = - 3x + 14
(C) y = x + 2
(D) y = - x + 8
(E) y = 3x – 4

Resolução:
xo = 3, yo = 5 e = 1. As alternativas estão na forma de equação
reduzida, então:
y – yo = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3)
y–5=x–3
y=x–3+5
Intersecção de retas y=x+2
Duas retas concorrentes, apresentam um ponto de intersecção Resposta: C
P(a, b), em que as coordenadas (a, b) devem satisfazer as equações
de ambas as retas. Para determinarmos as coordenadas de P, basta Circunferência
resolvermos o sistema constituído pelas equações dessas retas. É o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto
fixo O, denominado centro da circunferência.
Condição de perpendicularismo A medida da distância de qualquer ponto da circunferência ao
Se duas retas, r1 e r2, são perpendiculares entre si, a seguinte centro O é sempre constante e é denominada raio.
relação deverá ser verdadeira.
Equação reduzida da circunferência
Dados um ponto P(x, y) qualquer, pertencente a uma circunfe-
rência de centro O(a,b) e raio r, sabemos que: d(O,P) = r.

onde m1 e m2 são os coeficientes angulares das retas r1 e r2,


respectivamente.

50
MATEMÁTICA
Mesmo que mudemos o eixo maior da elipse do eixo x para
o eixo y, a relação de Pitágoras (a2 =b2 + c2) continua sendo válida.

Equações da elipse
a) Centrada na origem e com o eixo maior na horizontal.
Equação Geral da circunferência
A equação geral de uma circunferência é obtida através do de-
senvolvimento da equação reduzida.

Exemplo:
(VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto
C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0, 3), é: b) Centrada na origem e com o eixo maior na vertical.
(A) x2 + (y – 3)2 = 0
(B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
(D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
(E) x2 + (y – 3)2 = 8

Resolução:
Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no
enunciado.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P,
basta substituir o x por 0 e o y por 3 para achar a raio.
(0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2 TEOREMA DE PITÁGORAS
(- 2)2 + 22 = r2 Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipo-
4 + 4 = r2 tenusa e os outros dois lados são os catetos. Deste triângulo tira-
r2 = 8 mos a seguinte relação:
(x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
Resposta: C

Elipse
É o conjunto dos pontos de um plano cuja soma das distâncias
a dois pontos fixos do plano é constante. Onde F1 e F2 são focos:

“Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual


à soma dos quadrados dos catetos”.
a2 = b2 + c2

51
MATEMÁTICA
Exemplo:
Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o sul chegando a um
ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D e finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o barco
parou relativamente ao ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

Resolução:

x 2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
Resposta: E

VO sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de
medida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.

Medidas de comprimento
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúltiplos para realizar medição em
pequenas distâncias.

UNIDADE
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
FUNDAMENTAL
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
km hm Dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Para transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):

Medidas de superfície e área


As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro quadrado, o me-
tro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos comprimentos.
Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102. A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento
acrescidas de quadrado.

Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros

52
MATEMÁTICA
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros

Medidas de Volume e Capacidade


Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o sistema
continua sendo decimal. Acrescentamos a nomenclatura cúbico.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Medidas de Massa
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – centigrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Espe-
ciais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

Em resumo temos:

Relações importantes

1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l
Exemplos:
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confeccionar
uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

Resolução:
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.
Resposta: C

(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Um veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga. Se a
carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas

53
MATEMÁTICA
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas

Resolução:
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.
Resposta: C

CONJUNTOS: NOÇÕES BÁSICAS DE CONJUNTOS, IGUALDADE DE CONJUNTOS, SUBCONJUNTOS, CONJUNTOS


NUMÉRICOS, CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS, CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS, CONJUNTO DOS
NÚMEROS RACIONAIS, CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS, CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS, OPERAÇÃO
COM NÚMEROS REAIS, MMC E MDC, EXPRESSÃO NUMÉRICA

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado em tópicos anteriores.

ÁLGEBRA: POLINÔMIOS, OPERAÇÕES COM POLINÔMIOS, DECOMPOSIÇÃO DE POLINÔMIOS, RAÍZES DE UM POLI-


NÔMIO

POLINÔMIOS
Polinômio é uma expressão algébrica com todos os termos semelhantes reduzidos.
Como os monômios, os polinômios também possuem grau e é assim que eles são separados. Para identificar o seu grau, basta obser-
var o grau do maior monômio, esse será o grau do polinômio.

Função polinomial
Chamamos de função polinomial ou polinômio a toda função P: R⇒R, definida por uma equação do tipo:

Princípio de identidade de polinômios


Dois polinômios são iguais quando seus coeficientes são iguais, ou seja, os polinômios

serão iguais se, e somente se:

Polinômio identicamente nulo


Dizemos que um polinômio é identicamente nulo, quando todos os seus coeficientes são iguais a zero, e indicamos por P(x) ≡ 0.

Operações com Polinômios


- Adição: somar dois ou mais polinômios é obter um polinômio onde os coeficientes são dados pela adição dos coeficientes dos termos
semelhantes. Reduzindo os termos semelhantes numa só linha

- Subtração: a diferença de dois polinômios A(x) e B(x) é o polinômio obtido pela soma de A(x) com o oposto de B(x).

Exemplo: (UF/AL) Seja o polinômio do 3° grau p = ax³ + bx² + cx + d cujos coeficientes são todos positivos. O n° real k é solução da
equação p(x) = p(- x) se, e somente se, k é igual a:
(A) 0
(B) 0 ou 1
(C) - 1 ou 1

54
MATEMÁTICA
(D) ± √c/a (A)1
(E) 0 ou ± √-c/a (B)2
(C)10
Resolução: (D)11
p(x) = p(- x) (E) 12
ax³ + bx² + cx + d = - ax³ + bx² - cx + d
2ax³ + 2cx = 0 Resolução:
2(ax³ + cx) = 0
ax³+cx=0
Como k é solução da equação ax³ + cx = 0, teremos
p(k) = ak³ + ck = 0
ak³ + ck = 0
k(ak² + c) = 0
k = 0 ou
ak² + c = 0
k² = - c/a
k=±
Resposta: D.
Resposta: E.
- Multiplicação: obter o produto de dois polinômios A(x) e B(x) Dispositivo de Briot-Ruffini  
é aplicar a propriedade distributiva do polinômio A(x) em B(x). Utiliza-se para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um
Fique Atento!!! binômio da forma (ax + b).
As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguintes pro-
priedades:
- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . am = a
n+m
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que multi-
plicar parte literal com parte literal e coeficiente com coeficiente.

Exemplos:

Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do poli-


nômio P(x) = 3x3 – 5x2 + x – 2 por (x – 2).

Resolução:
- Divisão: sejam dois polinômios A(x) e B(x), onde A(x) é o divi-
dendo e B(x) é o divisor, com B(x) ≠ 0. Dizemos que existe um único
par de polinômios Q(x) e R(x) em que Q(x) é o quociente e R(x) é o
resto, tal que:
A(x) = B(x). Q(x) + R(x) ⇒ gr (R) < gr (B) ou R(x) ≡ 0
E se R(x) ≡ 0, dizemos que a divisão é exata ou então que A(x)
é divisível por B(x).

Esquematicamente, temos: Veja que:


O termo constante do divisor h(x) igual a –2, ele com sinal tro-
cado será 2;
Os coeficientes de x do dividendo p(x) são 3, -5 e 1;
O termo constante do dividendo p(x) = -2.

Para resolvermos este problema, vamos seguir o passo a passo


abaixo:
1) Vamos achar a raiz do divisor: x – 2 = 0 ⇒ x = 2;
2) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo
ordenadamente na parte de cima da reta, como mostra a figura
acima;
3) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido abaixo;
4) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente repeti-
Exemplo: (Guarda Civil SP) O resto da divisão do polinômio x³ do abaixo e somamos o produto com o 2º coeficiente do dividen-
+ 3x² – 5x + 1 por x – 2 é: do, colocando o resultado abaixo deste;

55
MATEMÁTICA
5) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abai- Logo:
xo do 2º coeficiente e somamos o produto com o 3º coeficiente, Todo polinômio de grau n tem exatamente n raízes reais e com-
colocando o resultado abaixo deste, e assim sucessivamente; plexas.
6) Separamos o último número formado, que é igual ao resto
da divisão, e os números que ficam à esquerda deste serão os coe- Multiplicidade de uma raiz
ficientes do quociente. Uma equação algébrica pode apresentar todas as suas raízes
distintas ou não. Quando uma raiz ocorre mais de uma vez na forma
fatorada de P(x), denominamos esta raiz de raiz múltipla de P(x).
Assim, se uma equação algébrica tiver duas raízes iguais, diremos
que essa raiz terá multiplicidade 2 (raiz dupla), se houver três raízes
iguais, a multiplicidade será 3 (raiz tripla), e assim por diante. Caso
contrário, a raiz será denominada simples.

Teorema das raízes complexas


Se uma equação P(x) = 0, de coeficientes reais, apresentar uma
raiz complexa (a + bi), então o complexo deste número também
será raiz de P(x), ambos com a mesma multiplicidade. Em um poli-
Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de P(x), nômio P(x) com coeficientes reais e grau ímpar há, no mínimo, uma
pois o divisor é de grau 1. raiz real.
Resposta: Q(x) = 3x2 + x + 3 e R(x) = 4.
Máximo divisor comum de um polinômio Exemplo: Uma equação algébrica com coeficientes reais admi-
Um máximo divisor comum de um grupo de dois ou mais poli- te como raízes os números complexos 2 + i, 1 – i e 0. Podemos afir-
nômios não nulos, de coeficientes racionais, P1(x), P2(x), ... , Pm(x) mar que o grau dessa equação é, necessariamente:
é um polinômio de maior grau M(x) que divide todos os polinômios (A) par.
P1(x), P2(x), ... , Pm(x) . (B) ímpar.
(C) igual a três.
M(x) também deve só conter coeficientes racionais. (D) menor ou igual a seis.
(E) maior ou igual a cinco.
Um polinômio D(x) divide um polinômio A(x) - não nulo - se
existe um polinômio Q(x) tal que Resolução:
Como a equação tem coeficientes reais, além das raízes 2 + i, 1
A(x) ≡ Q(x)D(x) – i e zero, ela admite também 2 – i e 1 + i como raízes. Logo, o menor
grau possível para essa equação é 5.
Cardica Resposta: E.
O MDC entre polinômios não é único, mas se P é um mdc entre
os polinômios considerados, todo mdc entre eles pode ser escrito Relações de Girard
como a·P (a é uma constante não nula). São as relações estabelecidas entre as raízes e os coeficientes
Não se esqueça que para ser mdc é OBRIGATÓRIO que ele seja de uma equação algébrica, P(x) = 0. Se a equação for do 2º grau, ax2
o produto de TODOS os divisores dos polinômios dados (desconsi- + bx + c = 0, com raízes x1 e x2, então:
derando as constantes multiplicativas). O grau do mdc é único.

EQUAÇÕES POLINOMIAIS
Denominamos equações polinomiais, ou algébricas, às equa-
ções da forma: P(x) = 0, onde P(x) é um polinômio de grau n > 0.
Resolver uma equação algébrica é obter o seu conjunto-verda-
de, que é o conjunto de todas as suas raízes, isto é, os valores de x Se a equação for do 3º grau, ax3 + bx2 + cx + d = 0, com raízes
que tornam verdadeira a igualdade: x1,x2 e x3, teremos as seguintes relações:

Teorema fundamental da álgebra Exemplo: (Fuvest-SP) Sabe-se que o produto de duas raízes da
Toda equação algébrica P(x) = 0, de grau n > 0, admite pelo equação algébrica 2x3 – x2 + kx + 4 = 0 é igual a 1. Então, o valor de
menos uma raiz real ou complexa. k é:
(A) – 8
Teorema da decomposição (B) – 4
Todo polinômio P(x) = anxn + an-1xn-1 + an-2xn-2 + ... + a2x2 + ax + a0 (C) 0
de grau n > 0, pode ser decomposto em um produto de n fatores do (D) 4
tipo (x - α), onde α é raiz de P(x): (E) 8

56
MATEMÁTICA
Resolução: Razões Especiais
São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu-
mas:

Velocidade: é razão entre a distância percorrida e o tempo gas-


to para percorrê-la.

Densidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu-


me ocupado por esse corpo.

Proporção
Resposta: A. É uma igualdade entre duas frações ou duas razões.

RAZÃO, PROPORÇÃO, DIVISÃO EM PARTES


PROPORCIONAIS

Razão
Lemos: a esta para b, assim como c está para d.
É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
Ainda temos:
razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
Temos que:

Exemplo:
(SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em uma ação
policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto
parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma
• Propriedades da Proporção
mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi-
– Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao
cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava
produto dos extremos:
apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por várias
a.d=b.c
“outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar todo
o produto apreendido, o traficante usou
– A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o pri-
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
meiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.

Resolução:
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg
da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em
forma de razão , logo :

– A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife-


rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
o seu consequente.

Resposta: C

57
MATEMÁTICA

Exemplo:
(MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO –
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso
desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros,
revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do
comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número míni-
mo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi
igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
(D) 476.
(E) 382. De acordo com essas informações, o número de casos regis-
trados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, teve um
Resolução: aumento em relação ao número de casos registrados em 2007,
aproximadamente, de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos: (D) 55%.
(E) 50%.

Resolução:
Utilizaremos uma regra de três simples:
4L = 28 . 3
L = 84 / 4 ano %
L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588 11442 100
Resposta: A 17136 x

REGRA DE TRÊS SIMPLES REGRA DE TRÊS COMPOSTA 11442.x = 17136 . 100


x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)
149,8% – 100% = 49,8%
Regra de três simples
Aproximando o valor, teremos 50%
Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou
Resposta: E
inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um
processo prático, chamado REGRA DE TRÊS SIMPLES.
(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Numa
• Duas grandezas são DIRETAMENTE PROPORCIONAIS quando
transportadora, 15 caminhões de mesma capacidade transportam
ao aumentarmos/diminuirmos uma a outra também aumenta/di-
toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebras-
minui.
sem, em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo tra-
• Duas grandezas são INVERSAMENTE PROPORCIONAIS quan-
balho?
do ao aumentarmos uma a outra diminui e vice-versa.
(A) 3 h 12 min
(B) 5 h
Exemplos:
(C) 5 h 30 min
(PM/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Em 3 de maio
(D) 6 h
de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte informação
(E) 6 h 15 min
sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.
Resolução:
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto
menos caminhões tivermos, mais horas demorará para transportar
a carga:
caminhões horas
4
15
(15 – 3) x

58
MATEMÁTICA
12.x = 4 . 15 Resolução:
x = 60 / 12
x=5h Operários ↑ horas ↑ dias ↑ área ↑
Resposta: B
20 8 60 4800
Regra de três composta
15 10 80 x
Chamamos de REGRA DE TRÊS COMPOSTA, problemas que
envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
proporcionais.

Exemplos:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
– FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m² de calçada é feita em
um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia.
Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500
m² de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de Resposta: D
(A) 8 horas e 15 minutos.
(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos. PORCENTAGEM
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos. São chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem, as razões de denominador 100, ou
Resolução: seja, que representam a centésima parte de uma grandeza. Costu-
Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x. mam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo %. (Lê-se:
“por cento”).
M² ↑ varredores ↓ horas ↑
6000 18 5
7500 15 x
Exemplo:
Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais) (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANA-
LISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) O
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente pro- departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcio-
porcionais) nários, sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de
Recursos Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em
relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fra-
ção de estagiários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.

Resolução:
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 ho-
ras e 30 minutos.
Resposta: D

(PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma equipe cons-


tituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por dia durante 60
dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa
equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas
por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma área igual a:
(A) 4500 m²
Resposta: B
(B) 5000 m²
(C) 5200 m²
Lucro e Prejuízo em porcentagem
(D) 6000 m²
É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Se
(E) 6200 m²
a diferença for POSITIVA, temos o LUCRO (L), caso seja NEGATIVA,
temos PREJUÍZO (P).

59
MATEMÁTICA
ogo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) O preço de venda de um produto, descontado um imposto de 16%
que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por
cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

Resolução:
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.


Resposta: A

Aumento e Desconto em porcentagem


– Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

- Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

Fator de multiplicação

É o valor final de , é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos de
porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no valor do produto.

60
MATEMÁTICA

Aumentos e Descontos sucessivos em porcentagem


São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos uso dos
fatores de multiplicação. Basta multiplicarmos o Valor pelo fator de multiplicação (acréscimo e/ou decréscimo).

Exemplo: Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de 20%. Qual o
preço desse produto após esse acréscimo e desconto?

Resolução:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e
VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

EQUAÇÃO DO 1º E 2º GRAU

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y, z,...).

Equação do 1º grau
As equações do primeiro grau são aquelas que podem ser representadas sob a forma ax + b = 0, em que a e b são constantes reais,
com a diferente de 0, e x é a variável. A resolução desse tipo de equação é fundamentada nas propriedades da igualdade descritas a seguir.
Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma equação, ou subtraindo um mesmo número de ambos os membros,
a igualdade se mantém.
Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma equação por um mesmo número não-nulo, a igualdade se mantém.

• Membros de uma equação


Numa equação a expressão situada à esquerda da igualdade é chamada de 1º membro da equação, e a expressão situada à direita da
igualdade, de 2º membro da equação.

• Resolução de uma equação


Colocamos no primeiro membro os termos que apresentam variável, e no segundo membro os termos que não apresentam variável.
Os termos que mudam de membro têm os sinais trocados.
5x – 8 = 12 + x
5x – x = 12 + 8
4x = 20
X = 20/4
X=5

Ao substituirmos o valor encontrado de x na equação obtemos o seguinte:


5x – 8 = 12 + x
5.5 – 8 = 12 + 5
25 – 8 = 17
17 = 17 ( V)

Quando se passa de um membro para o outro se usa a operação inversa, ou seja, o que está multiplicando passa dividindo e o que está
dividindo passa multiplicando. O que está adicionando passa subtraindo e o que está subtraindo passa adicionando.

61
MATEMÁTICA
Exemplo: x2 = 49
(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Um gru- x = 7, (aplicando a segunda propriedade).
po formado por 16 motoristas organizou um churrasco para suas Logo, S = {–7, 7}.
famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar.
Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou 3º) A equação é da forma ax² + bx + c = 0 (completa)
R$ 57,00 a mais. Para resolvê-la usaremos a formula de Bháskara.
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00 Conforme o valor do discriminante Δ existem três possibilida-
des quanto á natureza da equação dada.
Resolução:
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570
16.x – 10.x = 570
Quando ocorre a última possibilidade é costume dizer-se que
6.x = 570
não existem raízes reais, pois, de fato, elas não são reais já que não
x = 570 / 6
existe, no conjunto dos números reais, √a quando a < 0.
x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.
• Relações entre raízes e coeficientes
Resposta: E

Equação do 2º grau
As equações do segundo grau são aquelas que podem ser
representadas sob a forma ax² + bx +c = 0, em que a, b e c são
constantes reais, com a diferente de 0, e x é a variável.

• Equação completa e incompleta


1) Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.
Ex.: x2 - 7x + 11 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 7,
c = 11). Exemplo:
(CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) Qual a
2) Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?
diz incompleta. (A) x²-3x+4=0
Exs.: (B) -3x²-5x+1=0
x² - 81 = 0 é uma equação incompleta (b=0). (C) 3x²+5x+2=0
x² +6x = 0 é uma equação incompleta (c = 0). (D) 2x²-5x+3=0
2x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).
Resolução:
• Resolução da equação Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
1º) A equação é da forma ax2 + bx = 0 (incompleta) x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas
x2 – 16x = 0 colocamos x em evidência raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas raízes
x . (x – 16) = 0, multiplicadas resultam no valor de c.
x=0
x – 16 = 0
x = 16
Logo, S = {0, 16} e os números 0 e 16 são as raízes da equação.

2º) A equação é da forma ax2 + c = 0 (incompleta)


x2 – 49= 0 Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferen-
ça de dois quadrados.
(x + 7) . (x – 7) = 0,
x+7=0 x–7=0
x=–7 x=7

ou
Resposta: D
x2 – 49 = 0
x2 = 49

62
MATEMÁTICA
Inequação do 1º grau Resolução:
Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer expressão
do 1° grau que pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax + b > 0
ax + b < 0
ax + b ≥ 0
ax + b ≤ 0
Onde a, b são números reais com a ≠ 0

• Resolvendo uma inequação de 1° grau


Uma maneira simples de resolver uma equação do 1° grau é
isolarmos a incógnita x em um dos membros da igualdade. O méto-
do é bem parecido com o das equações. Ex.:
Resolva a inequação -2x + 7 > 0.
Solução: Resposta: B
-2x > -7
Multiplicando por (-1) Inequação do 2º grau
2x < 7 Chamamos de inequação da 2º toda desigualdade pode ser re-
x < 7/2 presentada da seguinte forma:
Portanto a solução da inequação é x < 7/2. ax2 + bx + c > 0
ax2 + bx + c < 0
Atenção: ax2 + bx + c ≥ 0
Toda vez que “x” tiver valor negativo, devemos multiplicar por ax2 + bx + c ≤ 0
(-1), isso faz com que o símbolo da desigualdade tenha o seu sen- Onde a, b e c são números reais com a ≠ 0
tido invertido.
Pode-se resolver qualquer inequação do 1° grau por meio do Resolução da inequação
estudo do sinal de uma função do 1° grau, com o seguinte proce- Para resolvermos uma inequação do 2o grau, utilizamos o estu-
dimento: do do sinal. As inequações são representadas pelas desigualdades:
1. Iguala-se a expressão ax + b a zero; > , ≥ , < , ≤.
2. Localiza-se a raiz no eixo x; Ex.: x2 -3x + 2 > 0
3. Estuda-se o sinal conforme o caso.
Resolução:
Pegando o exemplo anterior temos: x2 -3x + 2 > 0
-2x + 7 > 0 x ‘ =1, x ‘’ = 2
-2x + 7 = 0 Como desejamos os valores para os quais a função é maior que
x = 7/2 zero devemos fazer um esboço do gráfico e ver para quais valores
de x isso ocorre.

Vemos, que as regiões que tornam positivas a função são: x<1


Exemplo: e x>2. Resposta: { x|R| x<1 ou x>2}
(SEE/AC – PROFESSOR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA MATEMÁ-
TICA E SUAS TECNOLOGIAS – FUNCAB) Determine os valores de Exemplo:
que satisfazem a seguinte inequação: (VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0,
no universo dos números reais é:
(A) ∅
(B) R

(A) x > 2 (C)


(B) x - 5
(C) x > - 5
(D) x < 2 (D)
(E) x 2
(E)

63
MATEMÁTICA
Resolução:
Resolvendo por Bháskara:

Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:


7.Q = 2. (360 – Q)
7.Q = 720 – 2.Q
7.Q + 2.Q = 720
9.Q = 720
Q = 720 / 9
Q = 80 (queimadas)
Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270
Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima:

Resposta: B

Simplificação de expressões algébricas


Podemos escrever as expressões algébricas de forma mais
simples somando seus termos semelhantes (mesma parte literal).
Basta somar ou subtrair os coeficientes dos termos semelhantes e
repetir a parte literal. Exemplos:
a) 3xy + 7xy4 - 6x3y + 2xy - 10xy4 = (3xy + 2xy) + (7xy4 - 10xy4)
- 6x3y = 5xy - 3xy4 - 6x3y
b) ab - 3cd + 2ab - ab + 3cd + 5ab = (ab + 2ab - ab + 5ab) + (- 3cd
+ 3cd) = 7ab
Resposta: C
Fatoração de expressões algébricas
Fatorar significa escrever uma expressão como produto de ter-
EXPRESSÃO ALGÉBRICA mos. Para fatorar uma expressão algébrica podemos usar os seguin-
tes casos:
Expressões algébricas são expressões matemáticas que apre- • Fator comum em evidência: ax + bx = x . (a + b)
sentam números, letras e operações. As expressões desse tipo são • Agrupamento: ax + bx + ay + by = x . (a + b) + y . (a + b) = (x +
usadas com frequência em fórmulas e equações. y) . (a + b)
As letras que aparecem em uma expressão algébrica são cha- • Trinômio Quadrado Perfeito (Adição): a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
madas de variáveis e representam um valor desconhecido. • Trinômio Quadrado Perfeito (Diferença): a2 – 2ab + b2 = (a –
Os números escritos na frente das letras são chamados de coe- b)2
ficientes e deverão ser multiplicados pelos valores atribuídos as le- • Diferença de dois quadrados: (a + b) . (a – b) = a2 – b2
tras. • Cubo Perfeito (Soma): a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3
• Cubo Perfeito (Diferença): a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 = (a - b)3
Exemplo:
(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE Exemplo:
ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos testou (PREF. MOGEIRO/PB - PROFESSOR – MATEMÁTICA – EXAMES)
um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o número Simplificando a expressão,
de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era 2 / 7. Sa-
bendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebraram e que
lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser vendidas, então
a razão entre o número de lâmpadas que não podem ser vendidas
e o número de lâmpadas boas passou a ser de
(A) 1 / 4.
(B) 1 / 3. Obtemos:
(C) 2 / 5. (A) a + b.
(D) 1 / 2. (B) a² + b².
(E) 2 / 3. (C) ab.
(D) a² + ab + b².
Resolução: (E) b – a.
Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o número
de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )

64
MATEMÁTICA
Resolução: Exemplo:
(UFSCAR-SP) Sabendo-se que a soma de duas das raízes da
equação x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0 é igual a 5, pode-se afirmar a respeito
das raízes que:
(A) são todas iguais e não nulas.
(B) somente uma raiz é nula.
(C) as raízes constituem uma progressão geométrica.
(D) as raízes constituem uma progressão aritmética.
(E) nenhuma raiz é real.

Resolução:
x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0
Raízes: x1, x2 e x3
Informação: x1 + x2 = 5
Girard: x1 + x2 + x3 = 7 ➱ 5 + x3 = 7 ➱ x3 = 2
Como 2 é raiz, por Briot-Ruffini, temos

Resposta: D

Monômios x2 – 5x + 4 = 0
Quando uma expressão algébrica apresenta apenas multiplica- x = 1 ou x = 4
ções entre o coeficiente e as letras (parte literal), ela é chamada de S = {1, 2, 4}
monômio. Exemplos: 3ab ; 15xyz3 Resposta: C

Propriedades importantes Teorema das Raízes Racionais


– Toda equação algébrica de grau n possui exatamente n raízes. É um recurso para a determinação de raízes de equações algé-
– Se b for raiz de P(x) = 0 , então P(x) é divisível por (x – b) . bricas. Segundo o teorema, se o número racional, com e primos en-
Esta propriedade é muito importante para abaixar o grau de uma tre si (ou seja, é uma fração irredutível), é uma raiz da equação po-
equação, o que se consegue dividindo P(x) por x - b, aplicando Brio- linomial com coeficientes inteiros então é divisor de e é divisor de.
t-Ruffini.
– Se o número complexo (a + bi) for raiz de P(x) = 0 , então o Exemplo:
conjugado (a – bi) também será raiz . Verifique se a equação x3 – x2 + x – 6 = 0 possui raízes racionais.
– Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes iguais a m então dize-
mos que m é uma raiz de grau de multiplicidade k. Resolução:
– Se a soma dos coeficientes de uma equação algébrica P(x) = 0 p deve ser divisor de 6, portanto: ±6, ±3, ±2, ±1; q deve ser
for nula, então a unidade é raiz da divisor de 1, portanto: ±1; Portanto, os possíveis valores da fração
– Toda equação de termo independente nulo, admite um nú- são p/q: ±6, ±3, ±2 e ±1. Substituindo-se esses valores na equação,
mero de raízes nulas igual ao menor expoente da variável. descobrimos que 2 é uma de suas raízes. Como esse polinômio é de
grau 3 (x3 ) é necessário descobrir apenas uma raiz para determinar
Relações de Girard as demais. Se fosse de grau 4 (x4 ) precisaríamos descobrir duas
São as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de raízes. As demais raízes podem facilmente ser encontradas utilizan-
uma equação algébrica. do-se o dispositivo prático de Briot-Ruffini e a fórmula de Bhaskara.
Sendo V= {r1, r2, r3,...,rn-1,rn} o conjunto verdade da equação P(x)
= a0xn + a1xn-1 +a2xn-2+ ... + an-1x+an=0, com a0≠ 0, valem as seguintes FUNÇÕES: O CONCEITO MATEMÁTICO DE FUNÇÃO,
relações entre os coeficientes e as raízes: FUNÇÃO DE 1º GRAU, FUNÇÃO 2ª GRAU, GRÁFICOS
DE UMA FUNÇÃO DE 1º GRAU, GRÁFICO DE UMA
FUNÇÃO DE 2º GRAU

Funções lineares
Chama-se função do 1º grau ou afim a função f: R • R definida
por y = ax + b, com a e b números reais e a 0. a é o coeficiente an-
gular da reta e determina sua inclinação, b é o coeficiente linear da
reta e determina a intersecção da reta com o eixo y.

Atenção
As relações de Girard só são úteis na resolução de equações
quando temos alguma informação sobre as raízes. Sozinhas, elas
não são suficientes para resolver as equações.
Com a ϵ R* e b ϵ R.

65
MATEMÁTICA
Atenção
Usualmente chamamos as funções polinomiais de: 1º grau, 2º
etc, mas o correto seria Função de grau 1,2 etc. Pois o classifica a
função é o seu grau do seu polinômio.

A função do 1º grau pode ser classificada de acordo com seus


gráficos. Considere sempre a forma genérica y = ax + b.

• Função constante
Se a = 0, então y = b, b ∈ R. Desta maneira, por exemplo, se y
= 4 é função constante, pois, para qualquer valor de x, o valor de y
ou f(x) será sempre 4. • Função Sobrejetora
É quando todos os elementos do domínio forem imagens de
PELO MENOS UM elemento do domínio.

• Função identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Nesta função, x e y têm sempre
os mesmos valores. Graficamente temos: A reta y = x ou f(x) = x é
denominada bissetriz dos quadrantes ímpares.
• Função Bijetora
É uma função que é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.

Mas, se a = -1 e b = 0, temos então y = -x. A reta determinada


por esta função é a bissetriz dos quadrantes pares, conforme mos-
tra o gráfico ao lado. x e y têm valores iguais em módulo, porém
com sinais contrários.
• Função Par
Quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos
f(x)=f(-x), ∀ x ∈ D(f). Ou seja, os valores simétricos devem possuir
a mesma imagem.

• Função linear
É a função do 1º grau quando b = 0, a ≠ 0 e a ≠ 1, a e b ∈ R.

• Função afim
É a função do 1º grau quando a ≠ 0, b ≠ 0, a e b ∈ R. • Função ímpar
Quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos
• Função Injetora f(-x) = -f(x) ∀ x є D(f). Ou seja, os elementos simétricos do domínio
É a função cujo domínio apresenta elementos distintos e tam- terão imagens simétricas.
bém imagens distintas.

66
MATEMÁTICA

Gráfico da função do 1º grau


A representação geométrica da função do 1º grau é uma reta, por- Exemplos:
tanto, para determinar o gráfico, é necessário obter dois pontos. Em (PM/SP – CABO – CETRO) O gráfico abaixo representa o salário bru-
particular, procuraremos os pontos em que a reta corta os eixos x e y. to (S) de um policial militar em função das horas (h) trabalhadas em certa
De modo geral, dada a função f(x) = ax + b, para determinarmos cidade. Portanto, o valor que este policial receberá por 186 horas é
a intersecção da reta com os eixos, procedemos do seguinte modo:

(A) R$ 3.487,50.
1º) Igualamos y a zero, então ax + b = 0 ⇒ x = - b/a, no eixo x (B) R$ 3.506,25.
encontramos o ponto (-b/a, 0). (C) R$ 3.534,00.
2º) Igualamos x a zero, então f(x) = a. 0 + b ⇒ f(x) = b, no eixo y (D) R$ 3.553,00.
encontramos o ponto (0, b).
• f(x) é crescente se a é um número positivo (a > 0); Resolução:
• f(x) é decrescente se a é um número negativo (a < 0).

Resposta: A

Raiz ou zero da função do 1º grau (CBTU/RJ - ASSISTENTE OPERACIONAL - CONDUÇÃO DE VEÍ-


A raiz ou zero da função do 1º grau é o valor de x para o qual y = CULOS METROFERROVIÁRIOS – CONSULPLAN) Qual dos pares de
f(x) = 0. Graficamente, é o ponto em que a reta “corta” o eixo x. Por- pontos a seguir pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
tanto, para determinar a raiz da função, basta a igualarmos a zero: (A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1).
(D) L(–2, –3) e M(2, 3).

Resolução:
Estudo de sinal da função do 1º grau Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescen-
Estudar o sinal de uma função do 1º grau é determinar os valo- te, o primeiro ponto deve estar em uma posição “mais alta” do que
res de x para que y seja positivo, negativo ou zero. o 2º ponto.
1º) Determinamos a raiz da função, igualando-a a zero: (raiz: x =- b/a) Vamos analisar as alternativas:
2º) Verificamos se a função é crescente (a>0) ou decrescente (a ( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma
< 0); temos duas possibilidades: posição mais baixa que o ponto R, e, assim, a função é crescente.

67
MATEMÁTICA
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no Graficamente, a função do 2º grau, de domínio r, é representa-
eixo x à direita do zero, mas N está em uma posição mais baixa que da por uma curva denominada parábola. Dada a função y = ax2 + bx
o ponto P, e, assim, a função é crescente. + c, cujo gráfico é uma parábola, se:
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º
quadrante, e L está em uma posição mais baixa do que o ponto M,
sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º qua-
drante, e S está em uma posição mais alta do que o ponto T, sendo,
assim, decrescente.
Resposta: C

Equações lineares
As equações do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3 + .....+ anxn = b, são equa-
ções lineares, onde a1, a2, a3, ... são os coeficientes; x1, x2, x3,... as • O termo independente
incógnitas e b o termo independente. Na função y = ax2 + bx + c, se x = 0 temos y = c. Os pontos em
Por exemplo, a equação 4x – 3y + 5z = 31 é uma equação linear. que x = 0 estão no eixo y, isto significa que o ponto (0, c) é onde a
Os coeficientes são 4, –3 e 5; x, y e z as incógnitas e 31 o termo parábola “corta” o eixo y.
independente.
Para x = 2, y = 4 e z = 7, temos 4.2 – 3.4 + 5.7 = 31, concluímos
que o terno ordenado (2,4,7) é solução da equação linear
4x – 3y + 5z = 31.

Funções quadráticas
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática, de domínio
R e contradomínio R, a função:
• Raízes da função
Considerando os sinais do discriminante (Δ) e do coeficiente de
x2, teremos os gráficos que seguem para a função y = ax2 + bx + c.
Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
a é o coeficiente de x2
b é o coeficiente de x
c é o termo independente

Atenção:
Chama-se função completa aquela em que a, b e c não são nu-
los, e função incompleta aquela em que b ou c são nulos.

Raízes da função do 2ºgrau


Analogamente à função do 1º grau, para encontrar as raízes Vértice da parábola – Máximos e mínimos da função
da função quadrática, devemos igualar f(x) a zero. Teremos então: Observe os vértices nos gráficos:
ax2 + bx + c = 0

A expressão assim obtida denomina-se equação do 2º grau.


As raízes da equação são determinadas utilizando-se a fórmula de
Bhaskara:

O vértice da parábola será:


• o ponto mínimo se a concavidade estiver voltada para cima
Δ (letra grega: delta) é chamado de discriminante da equação. (a > 0);
Observe que o discriminante terá um valor numérico, do qual te- • o ponto máximo se a concavidade estiver voltada para baixo
mos de extrair a raiz quadrada. Neste caso, temos três casos a con- (a < 0).
siderar: A reta paralela ao eixo y que passa pelo vértice da parábola é
Δ > 0 ⇒ duas raízes reais e distintas; chamada de eixo de simetria.
Δ = 0 ⇒ duas raízes reais e iguais;
Δ < 0 ⇒ não existem raízes reais (∄ x ∈ R). Coordenadas do vértice
As coordenadas do vértice da parábola são dadas por:
Gráfico da função do 2º grau

• Concavidade da parábola

68
MATEMÁTICA

Estudo do sinal da função do 2º grau


Estudar o sinal da função quadrática é determinar os valores de Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro
x para que y seja: positivo, negativo ou zero. Dada a função f(x) = y em O, de modo que o eixo vertical (y) passe pelo ponto mais alto do
= ax2 + bx + c, para saber os sinais de y, determinamos as raízes (se arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse
existirem) e analisamos o valor do discriminante. arco sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é
f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-se afirmar que a distância ,
em metros, é igual a
(A) 2,1.
(B) 1,8.
(C) 1,6.
(D) 1,9.
(E) 1,4.

Resolução:
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
F(x)=-x²+0,81
Exemplos: 0=-x²+0,81
(CBM/MG – OFICIAL BOMBEIRO MILITAR – FUMARC) Duas ci- X²=0,81
dades A e B estão separadas por uma distância d. Considere um X=±0,9
ciclista que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, A distância AB é 0,9+0,9=1,8
em quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar Resposta: B
ao seu destino em função do tempo t, em horas, é dada pela fun-
ção . Sendo assim, a velocidade média desenvol- (TRANSPETRO – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE
vida pelo ciclista em todo o percurso da cidade A até a cidade B é JÚNIOR – CESGRANRIO) A raiz da função f(x) = 2x − 8 é também raiz
igual a da função quadrática g(x) = ax²+ bx + c. Se o vértice da parábola, grá-
(A) 10 Km/h fico da função g(x), é o ponto V(−1, −25), a soma a + b + c é igual a:
(B) 20 Km/h (A) − 25
(C) 90 Km/h (B) − 24
(D) 100 Km/h (C) − 23
(D) − 22
Resolução: (E) – 21
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0: Resolução:
2x-8=0
2x=8
X=4

Agora, vamos substituir na função:

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
t= √100=10km/h
Resposta: A

(IPEM – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE – VUNESP) Lembrando que para encontrar a equação, temos:
A figura ilustra um arco decorativo de parábola AB sobre a porta da (x - 4)(x + 6) = x² + 6x - 4x - 24 = x² + 2x - 24
entrada de um salão: a=1
b=2
c=-24
a + b + c = 1 + 2 – 24 = -21
Resposta: E

69
MATEMÁTICA
Função exponencial
Antes seria bom revisarmos algumas noções de potencialização e radiciação.
Sejam a e b bases reais e diferentes de zero e m e n expoentes inteiros, temos:

Equação exponencial
A equação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente. Exemplos:

Para resolver estas equações, além das propriedades de potências, utilizamos a seguinte propriedade:
Se duas potências são iguais, tendo as bases iguais, então os expoentes são iguais: am = an ⇔ m = n, sendo a > 0 e a ≠ 1.

Gráficos da função exponencial


A função exponencial f, de domínio R e contradomínio R, é definida por y = ax, onde a > 0 e a ≠1.

Exemplos:
01. Considere a função y = 3x.
Vamos atribuir valores a x, calcular y e a seguir construir o gráfico:

02. Considerando a função, encontre a função: y = (1/3)x

Observando as funções anteriores, podemos concluir que para y = ax:


• se a > 1, a função exponencial é crescente;
• se 0 < a < 1, a função é decrescente.

70
MATEMÁTICA
Graficamente temos: Resolução:

Primeiramente, vamos calcular a população inicial, fazendo t


= 0:

Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = 1:


Inequação exponencial
A inequação exponencial caracteriza-se pela presença da incóg-
nita no expoente e de um dos sinais de desigualdade: >, <, ≥ ou ≤.
Analisando seus gráficos, temos:
Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:
População----------%
234 --------------- 100
239,382 ------------ x

234.x = 239,382 . 100


x = 23938,2 / 234
x = 102,3%
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% (crescimento)
Resposta: C

Observando o gráfico, temos que: (POLÍCIA CIVIL/SP – DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL – VU-


• na função crescente, conservamos o sinal da desigualdade NESP) Uma população P cresce em função do tempo t (em anos),
para comparar os expoentes: segundo a sentença P = 2000.50,1t. Hoje, no instante t = 0, a popu-
lação é de 2 000 indivíduos. A população será de 50 000 indivíduos
daqui a
(A) 20 anos.
(B) 25 anos.
(C) 50 anos.
(D) 15 anos.
• na função decrescente, “invertemos” o sinal da desigualdade (E) 10 anos.
para comparar os expoentes:
Resolução:

Desde que as bases sejam iguais.


Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os expoen-
Exemplos: tes. Assim:
(CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/MT – OFICIAL BOMBEIRO 0,1 . t = 2
MILITAR – COVEST – UNEMAT) As funções exponenciais são muito t = 2 / 0,1
usadas para modelar o crescimento ou o decaimento populacional t = 20 anos
de uma determinada região em um determinado período de tem- Resposta: A
po. A função P(t) = 234(1,023)t modela o comportamento de uma
determinada cidade quanto ao seu crescimento populacional em Função logarítmica
um determinado período de tempo, em que P é a população em • Logaritmo
milhares de habitantes e t é o número de anos desde 1980. O logaritmo de um número b, na base a, onde a e b são positi-
Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa vos e a é diferente de um, é um número x, tal que x é o expoente de
cidade? a para se obter b, então:
(A) 1,023%
(B) 1,23%
(C) 2,3%
(D) 0,023%
(E) 0,23%
Onde:
b é chamado de logaritmando
a é chamado de base
x é o logaritmo

71
MATEMÁTICA
OBSERVAÇÕES
– loga a = 1, sendo a > 0 e a ≠ 1
– Nos logaritmos decimais, ou seja, aqueles em que a base é 10,
está frequentemente é omitida. Por exemplo: logaritmo de 2 na
base 10; notação: log 2
Gráfico da função logarítmica
Propriedades decorrentes da definição Vamos construir o gráfico de duas funções logarítmicas como
exemplo:
• Domínio (condição de existência) A) y = log3 x
Segundo a definição, o logaritmando e a base devem ser positi- Atribuímos valores convenientes a x, calculamos y, conforme
vos, e a base deve ser diferente de 1. Portanto, sempre que encon- mostra a tabela. Localizamos os pontos no plano cartesiano obten-
tramos incógnitas no logaritmando ou na base devemos garantir a do a curva que representa a função.
existência do logaritmo.

– Propriedades

Logaritmo decimal - característica e mantissa


Normalmente eles são calculados fazendo-se o uso da calcula- B) y = log1/3 x
dora e da tabela de logaritmos. Mas fique tranquilo em sua prova as Vamos tabelar valores convenientes de x, calculando y. Locali-
bancas fornecem os valores dos logaritmos. zamos os pontos no plano cartesiano, determinando a curva corres-
pondente à função.
Exemplo: Determine log 341.

Resolução:
Sabemos que 341 está entre 100 e 1.000:
102 < 341 < 103
Como a característica é o expoente de menor potência de 10,
temos que c = 2.
Consultando a tabela para 341, encontramos m = 0,53275.
Logo: log 341 = 2 + 0,53275 • log 341 = 2,53275.

Propriedades operatórias dos logaritmos


Observando as funções anteriores, podemos concluir que para
y = logax:
• se a > 1, a função é crescente;
• se 0 < a < 1, a função é decrescente.

Equações logarítmicas
A equação logarítmica caracteriza-se pela presença do sinal de
igualdade e da incógnita no logaritmando.
Para resolver uma equação, antes de mais nada devemos es-
Cologaritmo
tabelecer a condição de existência do logaritmo, determinando os
cologa b = - loga b, sendo b> 0, a > 0 e a ≠ 1
valores da incógnita para que o logaritmando e a base sejam positi-
vos, e a base diferente de 1.
Mudança de base
Inequações logarítmicas
Para resolver questões que envolvam logaritmo com bases di-
Identificamos as inequações logarítmicas pela presença da in-
ferentes, utilizamos a seguinte expressão:
cógnita no logaritmando e de um dos sinais de desigualdade: >, <,
≥ ou ≤.
Assim como nas equações, devemos garantir a existência do
logaritmo impondo as seguintes condições: o logaritmando e a base
devem ser positivos e a base deve ser diferente de 1.
Função logarítmica Na resolução de inequações logarítmicas, procuramos obter
Função logarítmica é a função f, de domínio R*+ e contradomí- logaritmos de bases iguais nos dois membros da inequação, para
nio R, que associa cada número real e positivo x ao logaritmo de x poder comparar os logaritmandos. Porém, para que não ocorram
na base a, onde a é um número real, positivo e diferente de 1. distorções, devemos verificar se as funções envolvidas são crescen-
tes ou decrescentes. A justificativa será feita por meio da análise
gráfica de duas funções:

72
MATEMÁTICA

Na função crescente, os sinais coincidem na comparação dos logaritmandos e, posteriormente, dos respectivos logaritmos; porém,
o mesmo não ocorre na função decrescente. De modo geral, quando resolvemos uma inequação logarítmica, temos de observar o valor
numérico da base pois, sendo os dois membros da inequação compostos por logaritmos de mesma base, para comparar os respectivos
logaritmandos temos dois casos a considerar:
• se a base é um número maior que 1 (função crescente), utilizamos o mesmo sinal da inequação;
• se a base é um número entre zero e 1 (função decrescente), utilizamos o “sinal inverso” da inequação.

Concluindo, dada a função y = loga x e dois números reais x1 e x2:

Exemplos:
(PETROBRAS-GEOFISICO JUNIOR – CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, então o valor de n tal que log n =
3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

Resolução:
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 * 1
onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
log(n*2) = log 10 ^3
2n = 10^3
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500
Resposta: C

(MF – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF) Sabendo-se que log x representa o logaritmo de x na base 10, calcule o valor
da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1

73
MATEMÁTICA
(D) 2
(E) 3

Resolução:
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2
Resposta: D

Funções trigonométricas
Podemos generalizar e escrever todos os arcos com essa característica na seguinte forma: π/2 + 2kπ, onde k Є Z. E de uma forma geral
abrangendo todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ.
Estes arcos são representados no plano cartesiano através de funções circulares como: função seno, função cosseno e função tangente.

• Função Seno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu seno, então f(x) = sem x. O sinal da função f(x) = sem x é positivo no 1º
e 2º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º quadrantes.

• Função Cosseno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu cosseno, então f(x) = cos x. O sinal da função f(x) = cos x é positivo no
1º e 4º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 2º e 3º quadrantes.

74
MATEMÁTICA

• Função Tangente
É uma função f : R → R que associa a cada número real x a sua tangente, então f(x) = tg x.
Sinais da função tangente:
- Valores positivos nos quadrantes ímpares.
- Valores negativos nos quadrantes pares.
- Crescente em cada valor.

75
MATEMÁTICA

MATEMÁTICA FINANCEIRA: TAXA DE PORCENTAGEM, LUCRO E PREJUÍZO, ACRÉSCIMOS E DESCONTOS, JUROS


SIMPLES E JUROS COMPOSTOS

Juros simples (ou capitalização simples)


Os juros são determinados tomando como base de cálculo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
– Os juros são representados pela letra J*.
– O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra C (capital) ou P(principal) ou VP ou PV
(valor presente) *.
– O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
– A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada para
calcular juros.
*Varia de acordo com a bibliografia estudada.

ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na mesma unidade para efetuarmos os cálculos.

Usamos a seguinte fórmula:

Em juros simples:
– O capital cresce linearmente com o tempo;
– O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

Exemplo:
(PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que, investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, produzirá
um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?
(A) R$ 1.650,00
(B) R$ 2.225,00
(C) R$ 3.250,00
(D) R$ 3.460,00
(E) R$ 3.500,00
Resolução:
Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j = 3900 – C ( I )
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples:

76
MATEMÁTICA
Exemplo:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA
– CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com
taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa
aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
(A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C (D) 33,10% do capital aplicado.
– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)
120.C = 390000 Resolução:
C = 390000 / 120
C = R$ 3250,00
Resposta: C

Juros compostos (capitalização composta)


A taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também
conhecido como “juros sobre juros”.

Usamos a seguinte fórmula:


Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:
j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%
Resposta: D

Juros Compostos utilizando Logaritmos


Algumas questões que envolvem juros compostos, precisam de
conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisa-
mos achar o tempo/prazo. Normalmente as questões informam os
O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital. valores do logaritmo, então não é necessário decorar os valores da
tabela.
ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e
do período (t), tem de ser necessariamente iguais. Exemplo:
(FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano,
compostos anualmente. Utilizando para cálculos a aproximação de
, pode-se estimar que uma aplicação de R$ 1.000,00 seria resgatada
no montante de R$ 1.000.000,00 após:
(A) Mais de um século.
(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) ¾ de século

Resolução:
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado
temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t

O crescimento do principal (capital) em:


– juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
– juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto (agora para calcular t temos que usar lo-
tem um crescimento muito mais “rápido”; garitmo nos dois lados da equação para pode utilizar a propriedade
Observe no gráfico que: , o expoente m passa multiplicando)
– O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de
juros simples como para juros compostos;
– Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros simples;
– Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros compostos. t.0,04 = 3

77
MATEMÁTICA

Resposta: E

Taxas de juros
Índices fundamentais no estudo da matemática financeira, sendo incorporadas sempre ao capital. São elas:

Taxa efetiva: são aquelas onde a taxa da unidade de tempo coincide com a unidade de tempo do período de capitalização(valoriza-
ção). Exemplo: Uma taxa de 13% ao trimestre com capitalização trimestral.

ATENÇÃO: Quando no enunciado não estiver citando o período de capitalização, a mesma vai coincidir com unidade da taxa. Em ou-
tras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!

Taxa nominal: são aquelas cujas unidade de tempo NÂO coincide com as unidades de tempo do período de capitalização.

Exemplo:
(TJ/PE- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTADOR-FCC) Uma taxa de juros nominal de 21% ao trimestre, com juros capitalizados mensalmen-
te, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de, aproximadamente,
(A) 21,7%.
(B) 22,5%.
(C) 24,8%.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%.

Resolução:
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7% a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it) • (1+0,07)3 = 1+it • (1,07)3 = 1+it • 1,225043 = 1+it • it= 1,225043-1 • it = 0,225043 x 100 • it= 22,5043%
Resposta: B

ATENÇÃO: Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobri a taxa efetiva (multiplicando ou dividin-
do a taxa)

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.

Taxas proporcionais (regime de juros simples): são taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao
mesmo período de tempo irão gerar o mesmo montante.

Exemplo:
(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25% equivalente à taxa de:
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.

Resolução:
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das questões vamos avaliar item a item
para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)
Resposta: C

Taxas equivalentes (regime de juros compostos): as taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém
não de forma proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.
Exemplo:

78
MATEMÁTICA

Taxa Real, Aparente e Inflação


– Taxa real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e seus ganhos.
– Taxa aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da inflação (são as taxas efetivas/nominais).
– Taxa de inflação (ii) = a inflação representa a perda do poder de compra.

Escrevendo todas as taxas em função uma das outras, temos:

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)

Onde: , independe da quantidade de períodos e do regime de juros.

Descontos
É a diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual).

D=N–A

Onde:
D = desconto
N = valor nominal
A = valor atual

ATENÇÃO: Comparando com o regime de juros, observamos que:


– o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos dá ideia de Montante;
– o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei) nos dá ideia de Capital;
– e o Desconto nos dá ideia de Juros.
Os descontos podem ser:

Desconto racional simples (por dentro): nos passa a ideia de “honesto”, pois todas a taxas são cobradas em cima do valor atual (A) do
título. Associando com os juros simples teremos:

79
MATEMÁTICA
Também podemos escrever a seguinte fórmula:

Exemplo:
(ASSAF NETO) Seja um título de valor nominal de R$ 4.000,00 vencível em um ano, que está sendo liquidado 3 meses antes de seu
vencimento. Sendo de 42% a.a. a taxa nominal de juros corrente, pede-se calcular o desconto e o valor descontado desta operação.
N = 4 000
t = 3 meses
i = 42% a.a = 42 / 12 = 3,5% a.m = 0,035
D=?
Vd = ?

Vd = 4 000 – 380,10 = 3 619,90

Desconto comercial simples ou bancário (por fora): nos passa a ideia de que alguém está “levando” um por fora, pois, todas as taxas
são cobradas em cima do valor nominal (N) do título. O valor nominal é sempre maior e é justamente onde eles querem ganhar.

• Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada: quando se utiliza taxas pré-fixadas aos títulos, que são as taxas
de despesas bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N). Fazemos uso da seguinte
formula:

Dc = N. (i.t + h)

Onde:
Dc = desconto comercial ou bancário
N = valor nominal
i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.

Exemplo:
Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de 12% a.m.. O banco cobra,
simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao des-
contar uma promissória vencível em três meses. O valor da comissão é de:

Resolução:
h = 0,04
t=3
iB = 0,12 . 3
AB = N . [1 - (iB + h)]
300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]
300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000

Resposta: 200 000

– Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr): para sabermos o valor do desconto caso fosse utilizado o desconto
comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa, utilizamos a seguinte relação: Dc = Dr . (1 + i.t)

80
MATEMÁTICA
Desconto Racional Composto (por dentro): as fórmulas estão associando com os juros compostos, assim teremos:

Desconto Comercial Composto (por fora): como a taxa incide sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula o N pelo A e
vice-versa, mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo).

Exemplo:
(PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP - AUDITOR FISCAL MUNICIPAL – CETRO) Com adiantamento de dois meses do vencimento, um título
de valor nominal de R$30.000,00 é descontado a uma taxa composta de 10% a.m.. A diferença entre o desconto racional composto e o
desconto comercial composto será de:
(A) R$246,59.
(B) R$366,89.
(C) R$493,39.
(D) R$576,29.
(E) R$606,49.

Resolução:
N = 30000
t = 2 meses
i = 10% am = 0,10
Vamos utilizar a formula do Drc:
N = A(1 + i)t • 30.000= A (1+ 0,1)2 • 30000 = A (1,1)2 • 30000 = A.1,21
A = 30000 / 1,21 = 24793,39
Como D = N – A
D = 30000 – 24793,39
Drc = 30.000 - 24.793,39 = 5206,61
Para o desconto comercial composto (lembre-se que a taxa recaí sobre o nominal, então trocamos na formula o A pelo N e vice e versa
e mudamos o sinal), temos:
A = N.(1 - i)t
A = 30000 . (1 - 0,1)2
A = 30000 . 0,81
A = 24300
Como D = N – A
D = 30000 – 24300 = 5700, que é o desconto comercial composto
A diferença será dada pelo módulo, uma vez que sabemos que o Desconto Comercial é maior que o racional: |Drc - Dcc|
|5.206,61 - 5.700 | = 493,39

81
MATEMÁTICA
Resposta: C

Equivalência de capitais
Dois ou mais capitais que se encontram em datas diferentes, são chamados de equivalentes quando, levados para uma mesma data,
nas mesmas condições, apresentam o mesmo VALOR nessa data.

• Equação de Valor
Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + …

• Resolução de Problemas de Equivalência


1. leia o problema todo;
2. construa, a partir do enunciado do problema, um diagrama de fluxo de caixa esquemático, colocando na parte de cima o plano
original de pagamento e na parte de baixo o plano alternativo proposto, indicando todos os valores envolvidos, as datas respectivas e as
incógnitas a serem descobertas – esse diagrama é importante porque permite visualizar os grupos de capitais equivalentes e estabelecer
facilmente a equação de valor para resolução do problema;
3. observe se os prazos de vencimento dos títulos e compromissos estão na mesma unidade de medida de tempo periodicidade da
taxa; se não estiverem, faça as transformações necessárias (ou você expressa a taxa na unidade de tempo do prazo ou expressa o prazo na
unidade de tempo da taxa – escolha a transformação que torne os cálculos mais simples);
4. leve todos os valores para a data escolhida para a negociação (data focal), lembrando sempre que capitais exigíveis antes da data
focal deverão ser capitalizados através da fórmula do montante M = C (1 + in), dependendo da modalidade de desconto utilizada;
5. tendo transportado todos os capitais para a data focal e com base no diagrama de fluxo de caixa que você esquematizou, monte
a EQUAÇÃO DE VALOR, impondo que a soma dos valores dos títulos (transportados para a data focal) da parte de cima do diagrama de
fluxo de caixa seja igual à soma dos valores dos títulos (transportados para a data focal) da parte de baixo do diagrama de fluxo de caixa;
6. resolva a equação de valor;
7. releia a PERGUNTA do problema e verifique se o valor que você encontrou corresponde ao que o problema está pedindo (às vezes,
devido à pressa, o candidato se perde nos cálculos, encontra um resultado intermediário e assinala a alternativa que o contém, colocada
ali para induzi-lo em erro, quando seria necessário ainda uma passo a mais para chegar ao resultado final correto).

Exemplo:
A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de 9 meses, contratando-se a taxa de juros de 28% a.a. Além dessa aplicação, existe ou-
tra de valor nominal R$ 7.000,00 com vencimento a 18 meses. Considerando-se a taxa de juros de 18% a.a., o critério de desconto racional
e a data focal 12 meses, a soma das aplicações é, em R$:

Resolução:
Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da primeira aplicação. Considerando n = 9 meses = 0,75 anos, temos que:
N = C (1 + in)
N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420
Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, para serem transportados à data doze, o título de 2.420 terá que ser capitalizado
de três meses, ao passo que o título de 7.000 terá que ser descapitalizado de 6 meses. Além disso, a taxa de 18% a.a., considerando-se
capitalização simples, é equivalente a 1,5% a.m. = 0,015 a.m. Desta forma, podemos escrever que:
2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x
2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x
2.528,9 + 6.422,02 = x
x = 8.950,92

Anuidades
Séries Financeiras também conhecidas como Rendas Certas ou Anuidades. São séries de depósitos ou prestações periódicas ou não
periódicas, em datas de previamente estabelecidas, por um determinado período de tempo. Os depósitos ou prestações podem ser uni-
formes quando todos são iguais ou variáveis quando os valores são diferentes.
Quando as séries financeiras que tem como objetivo de acumular capital ou produzir certo montante temos uma Capitalização e quan-
do as séries financeiras têm como objetivo pagar ou amortizar uma dívida temos uma Amortização.

Elementos das séries financeiras


– Valor presente (VP) = Numa série de pagamentos, definimos VALOR ATUAL como sendo a parcela única que equivale (ou que subs-
titui) a todos os termos (devidamente descapitalizados) até o início do fluxo. É a soma dos valores atuais de todos os termos que compõe
a série.

– Valor futuro (VF) = Numa série de pagamentos, definimos MONTANTE como sendo a parcela única, que equivale (ou substitui) a
todos os termos (devidamente capitalizados) até o final do fluxo. É a soma dos montantes de todos os termos que compõe a série.

– Prestações (P) = Numa série de pagamentos, definimos Prestações como sendo o valor que é pago (ou recebido) a cada período de
capitalização de uma Série Pagamentos.

– Número de prestações (n) = número de Parcelas, Depósitos ou Pagamentos.

82
MATEMÁTICA
– Taxa efetiva de juro (i)= com capitalização na periodicidade das Prestações.

Séries financeiras postecipadas


São aquelas em que as prestações, pagamentos ou depósitos são efetuados no final de cada período.

Valor Futuro Postecipado (VFp)


O Valor Futuro (VF) produzido por uma série de n prestações P postecipadas, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na
forma unitária, no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos capitalizados para uma mesma data focal,
coincidindo com o último depósito.

Fazemos uso da seguinte fórmula:

O valor capitalizado de cada um dos termos da Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma resulta na
seguinte expressão:

Fator de Capitalização Postecipado

Valor Presente postecipado (VPp)


O Valor Presente (VP) produzido por uma série de n prestações P, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na forma unitária,
no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos descapitalizados para uma mesma data focal 0.

83
MATEMÁTICA
O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira postecipada forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja
soma resulta na seguinte expressão:

Fator de Descapitalização Postecipado

Séries financeiras antecipadas


São aquelas em que o depósito ou pagamento é efetuado no início de cada período e o valor futuro é obtido em um período de tempo
após o último depósito ou pagamento da última prestação.

Valor Futuro antecipado (VFa)

O Valor Futuro de uma série financeira é obtido fazendo-se a capitalização da entrada e de cada um dos pagamentos, realizando-se a
soma destes valores no final, conforme a seguir:

O valor capitalizado de cada uma das prestações de uma Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma
resulta na seguinte expressão:

Fator de Capitalização Antecipado

84
MATEMÁTICA
O valor da prestação é obtido isolando-se a P na equação anterior.

Valor Presente antecipado (VPa)

O Valor Presente de uma série financeira antecipada é obtido fazendo-se a descapitalização de cada uma das prestações, somando-se
no final a entrada e cada um destes valores, conforme a seguir:

O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira forma uma Progressão Geométrica cuja soma resulta na
seguinte expressão:

O Fator de Descapitalização Antecipado

Séries financeiras diferidas ou com carência


Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO INICIAL quando ANTES do início do primeiro pagamento, é dado um prazo de dois ou
mais períodos, nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.
Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO FINAL quando APÓS o último pagamento, é dado um prazo de dois ou mais períodos,
nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.

Valor Presente com diferimento inicial


Podemos calcular o Valor Presente de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Presente postecipado com diferimento inicial (VPpdi)


Numa série de pagamentos com diferimento inicial, vamos primeiro calcular o valor presente da série financeira postecipada, em
seguida, vamos efetuar a descapitalização deste valor a juros compostos até o início do prazo da contratação (data focal 0).

85
MATEMÁTICA

CÁLCULO DO VP DA SÉRIE CÁLCULO DA DESCAPITALIZAÇÃO CÁLCULO DIRETO DO VPA COM


ANTECIPADA: DO PERÍODO DE DIFERIMENTO: D DIFERIMENTO INICIAL:

Valor futuro com diferimento final


Podemos calcular o Valor Futuro de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Futuro postecipado com diferimento final (VFpdf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira postecipada, onde esse
valor futuro é obtido logo após o último pagamento.
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFP COM


PAGAMENTOS POSTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Cálculo do Valor Futuro antecipado com diferimento final (VFadf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira antecipada, onde esse
valor futuro é obtido um período após o último pagamento.
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

86
MATEMÁTICA

O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFA COM


PAGAMENTOS ANTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Exemplo:
Uma máquina é vendida a prazo através de oito prestações mensais de $4.000,00 sendo que o primeiro pagamento só irá ocorrer após
três meses da compra. Determine o preço à vista, dada uma taxa de 5% ao mês.

Resolução:
R = $4.000,00
i = 5% a.m.
n = 8 meses
m = 2 meses

Pd = $23.449,30

Sistema de amortização
Visam liquidar uma dívida mediante de pagamentos periódicos e sucessivos.

Principais conceitos
Sempre que efetuamos um pagamento estamos pagando parte do valor relativo aos juros, que são calculados sobre o saldo devedor
e outra parte chamada de amortização, que faz com que o saldo devedor diminua.
– Saldo devedor: é o valor nominal do empréstimo ou financiamento ou simplesmente o Valor Presente (VP) na data focal 0, que é
diminuído da parcela de amortização a cada período.
– Amortização: é a parcela que é deduzida do saldo devedor a cada pagamento.
– Juros: é o valor calculado a partir do saldo devedor e posteriormente somado à parcela de amortização.
– Prestação: é o pagamento efetuado a cada período, composto pela parcela de juros mais a amortização: PRESTAÇÃO = JUROS +
AMORTIZAÇÃO

Existem diversos sistemas de amortização de financiamentos e empréstimos, dos quais os mais usados são:
– Sistema de Amortização Francês (Tabela Price):
– Sistema de Amortização Constante (SAC):
– Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM).

Sistema de Amortização Francês (SAF)


Este sistema utiliza a chamada TABELA PRICE que consiste no cálculo do fator de descapitalização postecipado representado por
fdp(i%,n) e é normalmente usada para financiamento em geral de bens de consumo, tipo: carros, eletrodomésticos, empréstimos bancá-
rios de curto prazo, etc.
O SAF caracteriza-se por PRESTAÇÕES CONSTANTES E IGUAIS, normalmente mensais e decrescentes, com isso, as parcelas de amorti-
zações são crescentes. Isto é, o valor amortizado é crescente ao longo do tempo, ao contrário dos juros, que decrescem proporcionalmente
ao saldo devedor.
Logo, as principais características do SAF são:
a) A prestação é constante durante todo o período de financiamento;
b) A parcela de amortização aumenta a cada período;
c) Os juros diminuem a cada período;
d) O percentual de prestações pagas não é igual ao percentual de quitação da dívida, pois no início das prestações os juros são maiores
que as amortizações, sendo que do meio para o final das prestações esta situação é invertida.

87
MATEMÁTICA
e) Nos juros, temos uma PG (Progressão geométrica) de razão descrente.

Utilizamos as seguintes fórmulas:

Com isso podemos reescrever da seguinte forma, sabendo que :

Sistema de Amortização Constante (SAC)


O SAC foi bastante usado pelo Sistema Financeiro de Habitação no início dos anos 70 e, atualmente, é amplamente utilizado para
financiamentos bancários de longo prazo de imóveis.
O tomador do empréstimo pagará uma prestação decrescente em cada período, a qual é composta por duas parcelas: a amortização
e os juros.
As principais características do SAC são:
a) A parcela de amortização é constante em todo período de financiamento;
b) A prestação é decrescente durante todo o período;
c) Os juros diminuem uniformemente a cada período;
d) O percentual de prestações pagas é igual ao percentual de quitação da dívida.
e) Nos Juros e nas Prestações observa-se de uma PA (Progressão Aritmética) de razão decrescente.
Fórmulas do Cálculo da Prestação (Séries Postecipadas)

UTILIZANDO O CAPITAL UTILIZANDO O MONTANTE

CASO O EXPOENTE SEJA NEGATIVO, UTILIZA-SE:

Para séries antecipadas (com entrada), basta multiplicar o valor da prestação por .

Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM)


No Sistema de Amortização Crescente ou Sistema de Amortização Misto, cada prestação é a média aritmética das prestações nos
sistemas Francês (Tabela Price) e Sistema de Amortização Constante (SAC), quando a proporção for de 50% para o Sistema de Amortização
Frances (SAF) e 50% para o Sistema de Amortização Constante (SAC), com isto as primeiras prestações são maiores que no SAF e menores
que no SAC, sendo que a partir da metade do período do financiamento a situação é invertida. As parcelas de juros, das amortizações e
dos saldos devedores de cada período também são obtidas pela média aritmética dos dois sistemas.

Exemplos:
(UFGD – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ECONOMIA – AOCP) O sistema que consiste no plano de amortização de uma dívida em pres-
tações periódicas, sucessivas e decrescentes, em progressão aritmética, denomina-se:
(A) Sistema de Amortização Misto.
(B) Sistema Price.
(C) Sistema de Amortização Constante.

88
MATEMÁTICA
(D) Sistema Americano com fundo de amortização.
(E) Sistema Alemão.

Resolução:
Como vimos no estudo dos tipos de Amortização, a única que apresenta esta característica é o Sistema de Amortização Constante
(SAC).
Resposta: C

(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS – FEPESE) Uma pessoa financiou 100% de um imóvel no
valor de R$ 216.000,00 em 9 anos. O pagamento será em prestações mensais e o sistema de amortização é o sistema de amortização
constante (SAC).
Sabendo que o valor da terceira prestação é de R$2.848,00, a taxa de juros mensal cobrada é de:
(A) 0,2%.
(B) 0,4%.
(C) 0,5%.
(D) 0,6%.
(E) 0,8%.

Resolução:
Sabemos que no SAC Amortizações são constantes:
Sabemos que E = 216.000
n = 9 anos x 12(mensal) = 108 parcelas
A=?

Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo Devedor para todos os períodos:

PERÍODO SALDO DEVEDOR AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO


0 216.000 - - -
1 216.000 – 2.000 = 214.000 2.000
2 214.000 – 2.000 = 212.000 2.000
3 212.000 – 2.000 = 210.000 2.000
...

Sabemos a prestação do período 3 que é R$ 2.848,00. Lembrando que P = A + J, temos que para o período 3:
P = A + J • 2 848 = 2 000 + J • J = 2 848 – 2 000 = 848. Os juros incidem sobre o capital do período anterior que neste caso é o 2.O
tempo é 1
J = C.i.t • 848 = 212 000.i.1 • i = 848 / 212 000 • i = 0,004 x 100% • i = 0,4%
Resposta: B

PROGRESSÕES: PROGRESSÃO ARITMÉTICA, PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Progressão aritmética (P.A.)


É toda sequência numérica em que cada um de seus termos, a partir do segundo, é igual ao anterior somado a uma constante r, de-
nominada razão da progressão aritmética. Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4,.......,an,....

• Cálculo da razão
A razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

89
MATEMÁTICA
Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25,......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30,.....) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15,....) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.

• Classificação
Uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

Se r > 0 ⇒ CRESCENTE. Se r < 0 ⇒ DECRESCENTE. Se r = 0 ⇒ CONSTANTE.

• Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
n° termo é:

Exemplo:
(PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51,...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331

Resolução:

Resposta: A

Propriedades
1) Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.
2) Numa P.A. com número ímpar de termos, o termo médio é igual à média aritmética entre os extremos.
Exemplo:

90
MATEMÁTICA
3) A sequência (a, b, c) é P.A. se, e somente se, o termo médio é igual à média aritmética entre a e c, isto é:

Soma dos n primeiros termos

Progressão geométrica (P.G.)


É uma sequência onde cada termo é obtido multiplicando o anterior por uma constante. Essa constante é chamada de razão da P.G.
e simbolizada pela letra q.

Cálculo da razão
A razão da P.G. é obtida dividindo um termo por seu antecessor. Assim: (a1, a2, a3, ..., an - 1, an, ...) é P.G. ⇔ an = (an - 1) q, n ≥ 2

Exemplos:

Classificação
Uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

CRESCENTE DECRESCENTE ALTERNANTE CONSTANTE SINGULAR


a1 > 0 e q > 1 a1 > 0 e 0 < q < 1 Cada termo apresenta sinal contrário q = 1. a1 = 0
ou quando ou quando ao do anterior. Isto ocorre quando. (também é chamada de Esta- ou
a1 < 0 e 0 < q < 1. a1 < 0 e q > 1. q<0 cionária) q = 0.

Fórmula do termo geral


Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4

91
MATEMÁTICA
. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é: Soma dos n primeiros termos


A fórmula para calcular a soma de todos os seus termos é
dada por:

Produto dos n termos

Exemplo:
(TRF 3ª – ANALISTA JUDICIÁRIO - INFORMÁTICA – FCC) Um
tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se fosse possível colocar 1
grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na
terceira, 64 grãos na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamen-
te, o total de grãos de arroz que deveria ser colocado na 64ª casa Temos as seguintes regras para o produto:
desse tabuleiro seria igual a 1) O produto de n números positivos é sempre positivo.
(A) 264. 2) No produto de n números negativos:
(B) 2126. a) se n é par: o produto é positivo.
(C) 266. b) se n é ímpar: o produto é negativo.
(D) 2128.
(E) 2256. Soma dos infinitos termos
A soma dos infinitos termos de uma P.G de razão q, com -1 < q
Resolução: < 1, é dada por:
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
a64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64

Exemplo:
Resposta: B A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9;
0,09; 0,009; …) é
Propriedades (A) 3,1
1) Em qualquer P.G., cada termo, exceto os extremos, é a mé- (B) 3,9
dia geométrica entre o precedente e o consequente. (C) 3,99
2) Em toda P.G. finita, o produto dos termos equidistantes dos (D) 3, 999
extremos é igual ao produto dos extremos. (E) 4

Resolução:
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma da
PG infinita (0,9; 0,09; 0,009;…) de razão q = 0,09/0,9 = 0,1. Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG
infinita para obter S1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4
Resposta: E
3) Em uma P.G. de número ímpar de termos, o termo médio é
a média geométrica entre os extremos.
Em síntese temos:

4) Em uma PG, tomando-se três termos consecutivos, o termo


central é a média geométrica dos seus vizinhos.

92
MATEMÁTICA
Resposta: B.
ANÁLISE COMBINATÓRIA: PROBLEMAS QUE
ENVOLVEM CONTAGEM, PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO, Fatorial
PERMUTAÇÃO, ARRANJOS, COMBINAÇÃO. Sendo n um número natural, chama-se de n! (lê-se: n fatorial)
PROBABILIDADE: ESPAÇO AMOSTRAL, TIPOS DE a expressão:
EVENTOS, PROBABILIDADE DE UM EVENTO EM UM n! = n (n - 1) (n - 2) (n - 3). ... .2 . 1, como n ≥ 2.
ESPAÇO AMOSTRAL FINITO, PROBABILIDADE COM
REUNIÃO E INTERSECÇÃO DE EVENTOS Exemplos:
5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120.
A Análise Combinatória é a parte da Matemática que desen- 7! = 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5.040.
volve meios para trabalharmos com problemas de contagem. Ve-
jamos eles:
ATENÇÃO
Princípio fundamental de contagem (PFC) 0! = 1
É o total de possibilidades de o evento ocorrer. 1! = 1
• Princípio multiplicativo: P1. P2. P3. ... .Pn.(regra do “e”). É Tenha cuidado 2! = 2, pois 2 . 1 = 2. E 3!
um princípio utilizado em sucessão de escolha, como ordem. Não é igual a 3, pois 3 . 2 . 1 = 6.
• Princípio aditivo: P1 + P2 + P3 + ... + Pn. (regra do “ou”). É o
princípio utilizado quando podemos escolher uma coisa ou outra. Arranjo simples
Arranjo simples de n elementos tomados p a p, onde n>=1 e p
Exemplos: é um número natural, é qualquer ordenação de p elementos dentre
(BNB) Apesar de todos os caminhos levarem a Roma, eles pas- os n elementos, em que cada maneira de tomar os elementos se
sam por diversos lugares antes. Considerando-se que existem três diferenciam pela ordem e natureza dos elementos.
caminhos a seguir quando se deseja ir da cidade A para a cidade
B, e que existem mais cinco opções da cidade B para Roma, qual a Atenção: Observe que no grupo dos elementos: {1,2,3} um dos
quantidade de caminhos que se pode tomar para ir de A até Roma, arranjos formados, com três elementos, 123 é DIFERENTE de 321, e
passando necessariamente por B? assim sucessivamente.
(A) Oito.
(B) Dez. • Sem repetição
(C) Quinze. A fórmula para cálculo de arranjo simples é dada por:
(D) Dezesseis.
(E) Vinte.

Resolução:
Observe que temos uma sucessão de escolhas:
Primeiro, de A para B e depois de B para Roma.
1ª possibilidade: 3 (A para B). Onde:
Obs.: o número 3 representa a quantidade de escolhas para a n = Quantidade total de elementos no conjunto.
primeira opção. P =Quantidade de elementos por arranjo
Exemplo: Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão
2ª possibilidade: 5 (B para Roma). escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um coordenador pedagó-
Temos duas possibilidades: A para B depois B para Roma, logo, gico. Quantas as possibilidades de escolha?
uma sucessão de escolhas. n = 18 (professores)
Resultado: 3 . 5 = 15 possibilidades. p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógi-
Resposta: C. co)

(PREF. CHAPECÓ/SC – ENGENHEIRO DE TRÂNSITO – IOBV) Em


um restaurante os clientes têm a sua disposição, 6 tipos de carnes,
4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o
cliente quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobre-
mesa e 1 tipo de suco, então o número de opções diferentes com • Com repetição
que ele poderia fazer o seu pedido, é: Os elementos que compõem o conjunto podem aparecer re-
(A) 19 petidos em um agrupamento, ou seja, ocorre a repetição de um
(B) 480 mesmo elemento em um agrupamento.
(C) 420 A fórmula geral para o arranjo com repetição é representada
(D) 90 por:

Resolução:
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo
vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o pedido:
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.

93
MATEMÁTICA
Exemplo: Seja P um conjunto com elementos: P = {A,B,C,D}, faixas são verdes e indistinguíveis, 3 faixas são amarelas e indistin-
tomando os agrupamentos de dois em dois, considerando o arranjo guíveis e 1 faixa é branca, esse decorador conseguirá produzir, no
com repetição quantos agrupamentos podemos obter em relação máximo, 140 formas diferentes com essas faixas.
ao conjunto P. ( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
P = {A, B, C, D} Resolução:
n=4 Total: 7 faixas, sendo 3 verdes e 3 amarelas.
p=2
A(n,p)=np
A(4,2)=42=16

Permutação
É a TROCA DE POSIÇÃO de elementos de uma sequência. Utili- Resposta: Certo.
zamos todos os elementos.
• Circular
• Sem repetição A permutação circular é formada por pessoas em um formato
circular. A fórmula é necessária, pois existem algumas permutações
realizadas que são iguais. Usamos sempre quando:
a) Pessoas estão em um formato circular.
b) Pessoas estão sentadas em uma mesa quadrada (retangular)
Atenção: Todas as questões de permutação simples podem ser de 4 lugares.
resolvidas pelo princípio fundamental de contagem (PFC).

Exemplo:
(PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR SOCIAL –
IDECAN) Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão entre
o número de anagramas de seus nomes representa a diferença en- Exemplo:
tre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é (CESPE) Uma mesa circular tem seus 6 lugares, que serão ocu-
(A) 24. pados pelos 6 participantes de uma reunião. Nessa situação, o nú-
(B) 25. mero de formas diferentes para se ocupar esses lugares com os par-
(C) 26. ticipantes da reunião é superior a 102.
(D) 27. ( ) Certo
(E) 28. ( ) Errado

Resolução: Resolução:
Anagramas de RENATO É um caso clássico de permutação circular.
______ Pc = (6 - 1) ! = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 possibilidades.
6.5.4.3.2.1=720 Resposta: CERTO.

Anagramas de JORGE Combinação


_____ Combinação é uma escolha de um grupo, SEM LEVAR EM CON-
5.4.3.2.1=120 SIDERAÇÃO a ordem dos elementos envolvidos.

Razão dos anagramas: 720/120=6 • Sem repetição


Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos. Dados n elementos distintos, chama-se de combinação simples
Resposta: C. desses n elementos, tomados p a p, a qualquer agrupamento de p
elementos distintos, escolhidos entre os n elementos dados e que
• Com repetição diferem entre si pela natureza de seus elementos.
Na permutação com elementos repetidos ocorrem permuta-
ções que não mudam o elemento, pois existe troca de elementos Fórmula:
iguais. Por isso, o uso da fórmula é fundamental.

Exemplo:
(CRQ 2ª REGIÃO/MG – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FUN-
Exemplo: DEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 3
(CESPE) Considere que um decorador deva usar 7 faixas colo- deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser
ridas de dimensões iguais, pendurando-as verticalmente na vitri- qualquer um deles, o número de maneiras distintas possíveis de se
ne de uma loja para produzir diversas formas. Nessa situação, se 3 fazer esse grupo é:
(A) 4

94
MATEMÁTICA
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

Resolução:
Como trata-se de Combinação, usamos a fórmula:

Onde n = 12 e p = 3
Experimento composto
Quando temos dois ou mais experimentos realizados simulta-
neamente, dizemos que o experimento é composto. Nesse caso, o
Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 número de elementos do espaço amostral é dado pelo produto dos
pessoas, logo temos 220 x 3 = 660. números de elementos dos espaços amostrais de cada experimen-
Resposta: B. to.
n(U) = n(U1).n(U2)
As questões que envolvem combinação estão relacionadas a
duas coisas: Probabilidade de um evento
– Escolha de um grupo ou comissões. Em um espaço amostral U, equiprobabilístico (com elementos
– Escolha de grupo de elementos, sem ordem, ou seja, esco- que têm chances iguais de ocorrer), com n(U) elementos, o evento
lha de grupo de pessoas, coisas, objetos ou frutas. E, com n(E) elementos, onde E Ì U, a probabilidade de ocorrer o
evento E, denotado por p(E), é o número real, tal que:
• Com repetição
É uma escolha de grupos, sem ordem, porém, podemos repe-
tir elementos na hora de escolher.

Onde,
n(E) = número de elementos do evento E.
Exemplo: n(S) = número de elementos do espaço amostral S.
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b,
c}, quantas combinações obtemos? Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja,
Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verifica- todos os elementos têm a mesma “chance de acontecer.
mos o mesmo resultado sem necessidade de enumerar todas as
possibilidades: ATENÇÃO:
n=3ep=2 As probabilidades podem ser escritas na forma decimal ou
representadas em porcentagem.
Assim: 0 ≤ p(E) ≤ 1, onde:
p(∅) = 0 ou p(∅) = 0%
p(U) = 1 ou p(U) = 100%
PROBABILIDADES
A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de Exemplo:
ocorrência de um número em um experimento aleatório. (PREF. NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – FGV) O quadro a
seguir mostra a distribuição das idades dos funcionários de certa
Elementos da teoria das probabilidades repartição pública:
• Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam re-
sultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as condições FAIXA DE IDADES (ANOS) NÚMERO DE FUNCIONÁ-
sejam semelhantes. RIOS
• Espaço amostral: é o conjunto U, de todos os resultados
possíveis de um experimento aleatório. 20 ou menos 2
• Evento: qualquer subconjunto de um espaço amostral, ou De 21 a 30 8
seja, qualquer que seja E Ì U, onde E é o evento e U, o espaço
De 31 a 40 12
amostral.
De 41 a 50 14
Mais de 50 4

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade


de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;
(C) 40%;

95
MATEMÁTICA
(D) 45%; – Caso forem dois eventos simultâneos (ou sucessivos): para
(E) 55%. se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos simultâneos (ou
sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade
Resolução: de ocorrer um deles P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro,
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário: sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B). Sendo:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 =
18
Logo a probabilidade é:

– Se dois eventos forem independentes: dois eventos A e B de


um espaço amostral S são independentes quando P(A|B) = P(A) ou
P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:

Resposta: D P (A ∩ B) = P(A). P(B)

Probabilidade da união de eventos Lei Binomial de probabilidade


Para obtermos a probabilidade da união de eventos utilizamos A lei binominal das probabilidades é dada pela fórmula:
a seguinte expressão:

Sendo:
n: número de tentativas independentes;
p: probabilidade de ocorrer o evento em cada experimento
(sucesso);
Quando os eventos forem mutuamente exclusivos, tendo A ∩
q: probabilidade de não ocorrer o evento (fracasso); q = 1 - p
B = Ø, utilizamos a seguinte equação:
k: número de sucessos.

ATENÇÃO:
A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:
– O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as
n vezes.
– Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e .
– A probabilidade do E deve ser constante em todas as n ve-
zes.
– Cada experimento é independente dos demais.
Probabilidade de um evento complementar
É quando a soma das probabilidades de ocorrer o evento E, e
Exemplo:
de não ocorrer o evento E (seu complementar, Ē) é 1.
Lançando-se um dado 5 vezes, qual a probabilidade de ocorre-
rem três faces 6?

Resolução:
n: número de tentativas ⇒ n = 5
Probabilidade condicional k: número de sucessos ⇒ k = 3
Quando se impõe uma condição que reduz o espaço amostral, p: probabilidade de ocorrer face 6 ⇒ p = 1/6
dizemos que se trata de uma probabilidade condicional. q: probabilidade de não ocorrer face 6 ⇒ q = 1- p ⇒ q = 5/6
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral U, com p(B)
≠ 0. Chama-se probabilidade de A condicionada a B a probabilida- NOÇÕES DE ESTATÍSTICA: MÉDIA ARITMÉTICA, MEDIA
de de ocorrência do evento A, sabendo-se que já ocorreu ou que PONDERADA, MEDIANA E MODA, REPRESENTAÇÃO
vai ocorrer o evento B, ou seja: DA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS, GRÁFICOS
DE BARRAS, GRÁFICOS DE SETORES, GRÁFICO
POLIGONAL OU DE LINHA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DE GRÁFICOS

Tabelas
A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações,
Podemos também ler como: a probabilidade de A “dado que” das quais o dado numérico se destaca como informação central.
ou “sabendo que” a probabilidade de B. Sua finalidade é apresentar os dados de modo ordenado, simples
e de fácil interpretação, fornecendo o máximo de informação num
mínimo de espaço.

96
MATEMÁTICA
Elementos da tabela − O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda, ou
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais e seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem auxílio
elementos complementares. Os elementos essenciais são: do texto.
− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a desig- − O gráfico deverá possuir formato aproximadamente quadra-
nação do fato observado, o local e a época em que foi estudado. do para evitar que problemas de escala interfiram na sua correta
− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão inseridos interpretação.
os dados.
− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o conteú- Tipos de Gráficos
do das colunas.
− Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o conteúdo • Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são repre-
das linhas. sentadas por volumes. Geralmente são construídos num sistema
de eixos bidimensional, mas podem ser construídos num sistema
Os elementos complementares são: tridimensional para ilustrar a relação entre três variáveis.
− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
− Notas: informações de natureza geral, destinadas a esclare-
cer o conteúdo das tabelas.
− Chamadas: informações específicas destinadas a esclarecer
ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar indica-
das no corpo da tabela, em números arábicos entre parênteses, à
esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. Os elementos
complementares devem situar-se no rodapé da tabela, na mesma
ordem em que foram descritos.

• Cartogramas: são representações em cartas geográficas (ma-


pas).

Gráficos
Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma forma
ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos constituem-
-se numa das mais eficientes formas de apresentação de dados.
Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir de
uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais precisa
e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados, o gráfico é mais
indicado para situações que visem proporcionar uma impressão
mais rápida e maior facilidade de compreensão do comportamento
do fenômeno em estudo.
Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos distin-
tos, de modo que a utilização de uma forma de apresentação não
exclui a outra.
Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais devem
ser observadas:
Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de eixos
chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável independente é • Pictogramas ou gráficos pictóricos: são gráficos puramente
localizada no eixo horizontal (abscissas), enquanto a variável de- ilustrativos, construídos de modo a ter grande apelo visual, dirigi-
pendente é colocada no eixo vertical (ordenadas). No eixo vertical, dos a um público muito grande e heterogêneo. Não devem ser uti-
o início da escala deverá ser sempre zero, ponto de encontro dos lizados em situações que exijam maior precisão.
eixos.
− Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder a
iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo 10-15 kg
corresponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg também deverá
corresponder 2 cm, enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá
4 cm.

97
MATEMÁTICA
c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são dis-
postos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir são li-
gados por segmentos de reta. É muito utilizado em séries históricas
e em séries mistas quando um dos fatores de variação é o tempo,
como instrumento de comparação.

• Diagramas: são gráficos geométricos de duas dimensões, de


fácil elaboração e grande utilização. Podem ser ainda subdivididos
em: gráficos de colunas, de barras, de linhas ou curvas e de setores.

a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são compa-


radas através de retângulos de mesma largura, dispostos vertical-
mente e com alturas proporcionais às grandezas. A distância entre d) Gráfico em setores: é recomendado para situações em que
os retângulos deve ser, no mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3 da se deseja evidenciar o quanto cada informação representa do total.
largura da base dos mesmos. A figura consiste num círculo onde o total (100%) representa 360°,
subdividido em tantas partes quanto for necessário à representa-
ção. Essa divisão se faz por meio de uma regra de três simples. Com
o auxílio de um transferidor efetuasse a marcação dos ângulos cor-
respondentes a cada divisão.

Exemplo:
b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o gráfico (PREF. FORTALEZA/CE – PEDAGOGIA – PREF. FORTALEZA) “Es-
de colunas, tendo a única diferença que os retângulos são dispostos tar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e interpretar
horizontalmente. É usado quando as inscrições dos retângulos fo- dados apresentados de maneira organizada e construir represen-
rem maiores que a base dos mesmos. tações, para formular e resolver problemas que impliquem o reco-
lhimento de dados e a análise de informações. Essa característica
da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma de-
manda em abordar elementos da estatística, da combinatória e da
probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).

Observe os gráficos e analise as informações.

98
MATEMÁTICA

Foi pedido:

Na equação ( I ), temos que:

Resposta: E
A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afir- • Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi-
mar que: plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.
(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza Para o cálculo
e Florianópolis.
(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi
maior em Fortaleza.
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianó-
polis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.
ATENÇÃO: A palavra média, sem especificações (aritmética ou
Resolução: ponderada), deve ser entendida como média aritmética.
A única alternativa que contém a informação correta com os
gráficos é a C. Exemplo:
Resposta: C (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – PRO-
GRAMADOR DE COMPUTADOR – FIP) A média semestral de um cur-
Média Aritmética so é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1
Ela se divide em: na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira.
Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda
• Simples: é a soma de todos os seus elementos, dividida pelo e 9,0 na terceira?
número de elementos n. (A) 7,0
Para o cálculo: (B) 8,0
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numéri- (C) 7,8
co A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição: (D) 8,4
(E) 7,2

Resolução:
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua
nota e dividimos pela soma de todos os pesos, assim temos:

Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALIS-
TA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) Na festa
de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam Resposta: B
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a
média aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a soma das Média geométrica
idades deles e a idade de João valia É definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do pro-
(A) 1,5. duto de n elementos de um conjunto de dados.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.

Resolução:
• Aplicações
Foi dado que: J = 2.M
Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere inter-
pretações geométricas. Podemos calcular, por exemplo, o lado de
(I) um quadrado que possui a mesma área de um retângulo, usando a
definição de média geométrica.

99
MATEMÁTICA
Exemplo:
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é
dada por:
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013 (1)
Média harmônica Aplicamos agora no triângulo ECB:
Corresponde a quantidade de números de um conjunto dividi-
dos pela soma do inverso de seus termos. Embora pareça compli- (2)
cado, sua formulação mostra que também é muito simples de ser
calculada: Agora diminuímos a equação (1) da equação (2):

Note, no desenho, que os segmentos AD e AB possuem o mes-


mo comprimento, pois são tangentes à circunferência. Vamos então
substituir na expressão acima AD = AB:

Exemplo:
Na figura abaixo os segmentos AB e DA são tangentes à cir-
cunferência determinada pelos pontos B, C e D. Sabendo-se que os
segmentos AB e CD são paralelos, pode-se afirmar que o lado BC é:

Ou seja, BC é a média geométrica entre AB e CD.


Resposta: B

SISTEMA LINEAR: RESOLUÇÃO DE UM SISTEMA


LINEAR POR ESCALONAMENTO, REGRA DE CRAMER

Matriz
Uma matriz é uma tabela de números reais dispostos segundo
(A) a média aritmética entre AB e CD. linhas horizontais e colunas verticais.
(B) a média geométrica entre AB e CD. O conjunto ordenado dos números que formam a tabela, é de-
(C) a média harmônica entre AB e CD. nominado matriz, e cada número pertencente a ela é chamado de
(D) o inverso da média aritmética entre AB e CD. elemento da matriz.
(E) o inverso da média harmônica entre AB e CD.
• Tipo ou ordem de uma matriz
Resolução: As matrizes são classificadas de acordo com o seu número de
Sendo AB paralela a CD, se traçarmos uma reta perpendicular a linhas e de colunas. Assim, a matriz representada a seguir é deno-
AB, esta será perpendicular a CD também. minada matriz do tipo, ou ordem, 3 x 4 (lê-se três por quatro), pois
Traçamos então uma reta perpendicular a AB, passando por B e tem três linhas e quatro colunas. Exemplo:
outra perpendicular a AB passando por D:

Sendo BE perpendicular a AB temos que BE irá passar pelo cen-


tro da circunferência, ou seja, podemos concluir que o ponto E é • Representação genérica de uma matriz
ponto médio de CD. Costumamos representar uma matriz por uma letra maiúscula
Agora que ED é metade de CD, podemos dizer que o compri- (A, B, C...), indicando sua ordem no lado inferior direito da letra.
mento AF vale AB-CD/2. Quando desejamos indicar a ordem de modo genérico, fazemos uso
Aplicamos Pitágoras no triângulo ADF: de letras minúsculas. Exemplo: Am x n.

100
MATEMÁTICA
Da mesma maneira, indicamos os elementos de uma matriz
pela mesma letra que a denomina, mas em minúscula. A linha e a
coluna em que se encontra tal elemento é indicada também no lado
inferior direito do elemento. Exemplo: a11.
Exemplo:
(PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) Considere a seguinte sen-
tença envolvendo matrizes:

Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta o valor


de y que torna a sentença verdadeira.
(A) 4.
(B) 6.
(C) 8.
(D) 10.
Exemplo:
(PM/SE – SOLDADO 3ª CLASSE – FUNCAB) A matriz abaixo re- Resolução:
gistra as ocorrências policiais em uma das regiões da cidade duran-
te uma semana.

y=10
Resposta: D

– Multiplicação por um número real: sendo k ∈ R e A uma ma-


Sendo M=(aij)3x7 com cada elemento aij representando o núme- triz de ordem m x n, a matriz k . A é obtida multiplicando-se todos
ro de ocorrência no turno i do dia j da semana. os elementos de A por k.
O número total de ocorrências no 2º turno do 2º dia, somando
como 3º turno do 6º dia e com o 1º turno do 7º dia será:
(A) 61
(B) 59
(C) 58
(D) 60
– Subtração: a diferença entre duas matrizes A e B (de mesma
(E) 62
ordem) é obtida por meio da soma da matriz A com a oposta de B.
Resolução:
Turno i –linha da matriz
Turno j- coluna da matriz
2º turno do 2º dia – a22=18
3º turno do 6º dia-a36=25
1º turno do 7º dia-a17=19 – Multiplicação entre matrizes: consideremos o produto A . B =
Somando:18+25+19=62 C. Para efetuarmos a multiplicação entre A e B, é necessário, antes
Resposta: E de mais nada, determinar se a multiplicação é possível, isto é, se o
número de colunas de A é igual ao número de linhas de B, determi-
• Igualdade de matrizes nando a ordem de C: Am x n x Bn x p = Cm x p, como o número de colunas
Duas matrizes A e B são iguais quando apresentam a mesma de A coincide com o de linhas de B(n) então torna-se possível o
ordem e seus elementos correspondentes forem iguais. produto, e a matriz C terá o número de linhas de A(m) e o número
de colunas de B(p)

• Operações com matrizes


– Adição: somamos os elementos correspondentes das ma-
trizes, por isso, é necessário que as matrizes sejam de mesma
ordem. A=[aij]m x n; B = [bij]m x n, portanto C = A + B ⇔ cij = aij + bij.

101
MATEMÁTICA
De modo geral, temos:

Exemplo:
(CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA) Assinale a alternativa
que apresente o resultado da multiplicação das matrizes A e B abai-
xo:
Exemplo:
(CPTM – ANALISTA DE COMUNICAÇÃO JÚNIOR – MAKIYAMA)
Para que a soma de uma matriz e sua respectiva matriz transposta
At em uma matriz identidade, são condições a serem cumpridas:
(A) a=0 e d=0
(A) (B) c=1 e b=1
(C) a=1/c e b=1/d
(D) a²-b²=1 e c²-d²=1
(B) (E) b=-c e a=d=1/2

Resolução:
(C)

(D)
2a=1
a=1/2
(E) b+c=0
b=-c
2d=1
Resolução: D=1/2
Resposta: E

– Matriz inversa: dizemos que uma matriz quadrada A, de or-


dem n, admite inversa se existe uma matriz A-1, tal que:

Resposta: B
• Casos particulares Determinantes
– Matriz identidade ou unidade: é a matriz quadrada que pos- Determinante é um número real associado a uma matriz qua-
sui os elementos de sua diagonal principal iguais a 1 e os demais drada. Para indicar o determinante, usamos barras. Seja A uma ma-
elementos iguais a 0. Indicamos a matriz identidade de Ιn, onde n é triz quadrada de ordem n, indicamos o determinante de A por:
a ordem da matriz.

– Matriz transposta: é a matriz obtida pela troca ordenada de


linhas por colunas de uma matriz. Dada uma matriz A de ordem m
x n, obtém-se uma outra matriz de ordem n x m, chamada de trans- • Determinante de uma matriz de 1ª- ordem
posta de A. Indica-se por At. A matriz de ordem 1 só possui um elemento. Por isso, o deter-
minante de uma matriz de 1ª ordem é o próprio elemento.

• Determinante de uma matriz de 2ª- ordem


Em uma matriz de 2ª ordem, obtém-se o determinante por
meio da diferença do produto dos elementos da diagonal principal
pelo produto dos elementos da diagonal secundária.

102
MATEMÁTICA

Exemplo:
(PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) É correto afirmar que o determinante é igual a zero para x igual a
(A) 1.
(B) 2.
(C) -2.
(D) -1.

Resolução:
D = 4 - (-2x)
0 = 4 + 2x
x=-2

Resposta: C

• Regra de Sarrus
Esta técnica é utilizada para obtermos o determinante de matrizes de 3ª ordem. Utilizaremos um exemplo para mostrar como aplicar
a regra de Sarrus. A regra de Sarrus consiste em:
a) Repetir as duas primeiras colunas à direita do determinante.
b) Multiplicar os elementos da diagonal principal e os elementos que estiverem nas duas paralelas a essa diagonal, conservando os
sinais desses produtos.
c) Efetuar o produto dos elementos da diagonal secundária e dos elementos que estiverem nas duas paralelas à diagonal e multipli-
cá-los por -1.
d) Somar os resultados dos itens b e c. E assim encontraremos o resultado do determinante.

Simplificando temos:

Exemplo:
(PREF. ARARAQUARA/SP – AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO – CETRO) Dada a matriz

, assinale a alternativa que apresenta o valor do determinante de A é

(A) -9.
(B) -8.
(C) 0.
(D) 4.

Resolução:

103
MATEMÁTICA
detA = - 1 – 4 + 2 - (2 + 2 + 2) = - 9

Resposta: A

• Teorema de Laplace
Para matrizes quadradas de ordem n ≥ 2, o teorema de Laplace oferece uma solução prática no cálculo dos determinantes. Pelo teo-
rema, o determinante de uma matriz quadrada A de ordem n (n ≥ 2) é igual à soma dos produtos dos elementos de uma linha ou de uma
coluna qualquer, pelos respectivos co-fatores. Exemplo:

Dada a matriz quadrada de ordem 3, , vamos calcular det A usando o teorema de Laplace.
Podemos calcular o determinante da matriz A, escolhendo qualquer linha ou coluna. Por exemplo, escolhendo a 1ª linha, teremos:
det A = a11. A11 + a12. A12 + a13. A13

Portanto, temos que:


det A = 3. (-21) + 2. 6 + 1. (-12) ⇒ det A = -63 + 12 – 12 ⇒ det A = -63

Exemplo:
(TRANSPETRO – ENGENHEIRO JÚNIOR – AUTOMAÇÃO – CESGRANRIO) Um sistema dinâmico, utilizado para controle de uma rede
automatizada, forneceu dados processados ao longo do tempo e que permitiram a construção do quadro abaixo.

1 3 2 0
3 1 0 2
2 3 0 1
0 2 1 3

A partir dos dados assinalados, mantendo-se a mesma disposição, construiu-se uma matriz M. O valor do determinante associado à
matriz M é
(A) 42
(B) 44
(C) 46
(D) 48
(E) 50

Resolução:

Como é uma matriz 4x4 vamos achar o determinante através do teorema de Laplace. Para isso precisamos, calcular os cofatores. Dica:
pela fileira que possua mais zero. O cofator é dado pela fórmula: . Para o determinante é usado os números que
sobraram tirando a linha e a coluna.

104
MATEMÁTICA

Resposta: D

• Determinante de uma matriz de ordem n > 3


Para obtermos o determinante de matrizes de ordem n > 3, utilizamos o teorema de Laplace e a regra de Sarrus.

Exemplo:

Escolhendo a 1ª linha para o desenvolvimento do teorema de Laplace. Temos então:


det A = a11. A11 + a12. A12 + a13. A13 + a14. A14

Como os determinantes são, agora, de 3ª ordem, podemos aplicar a regra de Sarrus em cada um deles. Assim:
det A= 3. (188) - 1. (121) + 2. (61) ⇒ det A = 564 - 121 + 122 ⇒ det A = 565

• Propriedades dos determinantes


a) Se todos os elementos de uma linha ou de uma coluna são nulos, o determinante é nulo.

b) Se uma matriz A possui duas linhas ou duas colunas iguais, então o determinante é nulo.

c) Em uma matriz cuja linha ou coluna foi multiplicada por um número k real, o determinante também fica multiplicado pelo mesmo
número k.

105
MATEMÁTICA
Exemplo:
Na equação 4x – y = 2, o par ordenado (3,10) é uma solução,
pois ao substituirmos esses valores na equação obtemos uma igual-
dade.
4. 3 – 10 → 12 – 10 = 2
Já o par (3,0) não é a solução, pois 4.3 – 0 = 2 → 12 ≠ 2

• Representação de um sistema linear por meio de matrizes


Um sistema linear de m equações com n incógnitas pode ser
escrito sob a forma de matrizes, bastando separar seus componen-
d) Para duas matrizes quadradas de mesma ordem, vale a se- tes por matriz.
guinte propriedade: Sejam:
Amn ⇒ a matriz dos coeficientes das incógnitas;
det (A. B) = det A + det B. Xn1 ⇒ a matriz das incógnitas;
Bn1 ⇒ a matriz dos termos independentes.
e) Uma matriz quadrada A será inversível se, e somente se, seu
determinante for diferente de zero.

Sistemas lineares
Entendemos por sistema linear um conjunto de equações li-
neares reunidas com o objetivo de se obterem soluções comuns a
todas essas equações.

• Equação linear
Chamamos de equações lineares as equações do 1º grau que Portanto, podemos escrever o sistema sob a forma matricial:
apresentam a forma:
a1x1 + a2x2 + a3x3+...anxn = b,

onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais


x1, x2, x3,.., xn são as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3..., an são chamados de coeficientes e
b é o termo independente.

ATENÇÃO: TODOS os expoentes de todas as variáveis são • Sistema normal


SEMPRE iguais a 1. É o sistema em que o número de equações é igual ao número
de incógnitas (m = n) e o determinante da matriz dos coeficientes é
• Solução de uma equação linear diferente de zero.
Dada uma equação linear com n incógnitas:
a1x1 + a2x2 + ... + anxn = b, temos que sua solução é a sequência Exemplo:
de números reais (k1, k2, ..., kn) que, colocados correspondentemen- Dado o sistema S: , temos
te no lugar de x1, x2, ..., xn, tornam verdadeira a igualdade.
Quando a equação linear for homogênea, então ela admitirá
pelo menos a solução (0, 0, ..., 0), chamada de solução trivial.

• Representação genérica de um sistema linear


Um sistema linear de m equações nas n incógnitas x1, x2, ..., xn
é da forma:
Logo, o sistema linear S é normal.

• Classificação de um sistema linear


Classificar um sistema linear é considerá-lo em relação ao nú-
mero de soluções que ele apresenta. Assim, os sistemas lineares
podem ser:
a) Sistema impossível ou incompatível: quando não admite so-
lução. O sistema não admite solução quando o det A for nulo, e pelo
menos um dos determinantes relativos às incógnitas for diferente
onde a11, a12 , ..., an e b1, b2 , ..., bn são números reais. de zero, isto é: det A 1 0 ou det A2 0 ou ... ou det An 0.
b) Sistema possível ou compatível: quando admite pelo menos
Se o conjunto de números reais (k1, k2, ..., kn) torna verdadeiras uma solução. Este sistema pode ser:
todas as equações do sistema, dizemos que esse conjunto é solu- – Determinado: quando admitir uma única solução. ‘O sistema
ção do sistema linear. Como as equações lineares são homogêneas é determinado quando det A 0.
quando b = 0, então, consequentemente, um sistema linear será Em resumo temos:
homogêneo quando b1 = b2 = ... = bn = 0. Assim, o sistema admitirá
a solução trivial, (0, 0, ... 0).

106
MATEMÁTICA

• Regra de Cramer
Para a resolução de sistemas normais, utilizaremos a regra de Cramer.
Consideramos os sistemas .

Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta desse sistema é

, cujo determinante é indicado por D = ad – bc.

Escalonando o sistema, obtemos:

Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de y) pela coluna dos coeficientes independentes, obteremos , cujo de-
terminante é indicado por Dy = af – ce.

Assim, em (*), na 2ª equação, obtemos D. y = Dy. Se D ≠ 0, segue que

Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e considerando a matriz , cujo determinante é indicado por Dx = ed – bf,
obtemos , D ≠ 0.

Em síntese, temos:

O sistema é possível e determinado quando , e a solução desse sistema é dada por:

Esta regra é um importante recurso na resolução de sistemas lineares possíveis e determinados, especialmente quando o escalona-
mento se torna trabalhoso (por causa dos coeficientes das equações) ou quando o sistema é literal.

Exemplo:

Aplicando a Regra de Cramer para resolver os sistemas

Temos que , dessa forma, SPD.

107
MATEMÁTICA
Resolução:
(I) 2a + 3b + 4c = 17 x(-2)
(II) 4a + b – 2c = 9
Multiplicamos a primeira equação por – 2 e somamos com a
segunda, cancelando a variável a:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) – 5b – 10c = - 25 : (- 5)

Então:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
Uma alternativa para encontrar o valor de z seria substituir x (II) b +2c = 5
por -2 e y por 3 em qualquer uma das equações do sistema. Um sistema com três variáveis e duas equações é possível e
Assim, S = {(-2,3-1)}. indeterminado (tem infinitas soluções), então fazendo a variável c =
α (qualquer letra grega).
Exemplos: Substituímos c em (II):
(UNIOESTE – ANALISTA DE INFORMÁTICA – UNIOESTE) Consi- b + 2α = 5
dere o seguinte sistema de equações lineares Reposta: D

RACIOCÍNIO LÓGICO

RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO


Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver problemas
matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das diferentes
áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura de
Assinale a alternativa correta. tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte con-
(A) O determinante da matriz dos coeficientes do sistema é siste nos seguintes conteúdos:
um número estritamente positivo. - Operação com conjuntos.
(B) O sistema possui uma única solução (1, 1, -1). - Cálculos com porcentagens.
(C) O sistema possui infinitas soluções. - Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geomé-
(D) O posto da matriz ampliada associada ao sistema é igual a tricos e matriciais.
3. - Geometria básica.
(E) Os vetores linha (1, 2, 3/2) e (2, 4, 3) não são colineares. - Álgebra básica e sistemas lineares.
- Calendários.
Resolução: - Numeração.
- Razões Especiais.
- Análise Combinatória e Probabilidade.
- Progressões Aritmética e Geométrica.

RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO


Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de
Argumentação.
O sistema pode ser SI(sistema impossível) ou SPI(sistema pos-
sível indeterminado)
ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL
Para ser SI Dx = 0 e SPI Dx ≠ 0
O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem
figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação
temporal envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que en-
volvam os conteúdos:
- Lógica sequencial
- Calendários
Dx ≠ 0, portanto o sistema tem infinitas soluções.
Resposta: C RACIOCÍNIO VERBAL
Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar
(SEDUC/RJ - PROFESSOR – MATEMÁTICA – CEPERJ) Sabendo- conclusões lógicas.
-se que 2a + 3b + 4c = 17 e que 4a + b - 2c = 9, o valor de a + b + c é: Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de
(A) 3. habilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a
(B) 4. uma vaga. Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou in-
(C) 5. teligência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação
(D) 6. do conhecimento por meio da linguagem.
(E) 7. Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um
trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirma-
ções, selecionando uma das possíveis respostas:

108
MATEMÁTICA
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no trecho)
C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações)

ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos
atribuir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.

Elas podem ser:


• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto,
não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Proposições Compostas – Conectivos


As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que
podemos vê na tabela a seguir:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

109
MATEMÁTICA

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a

110
MATEMÁTICA
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO
valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será conside-
rada uma frase, proposição ou sentença lógica.

( ) CERTO Proposições simples e compostas


( ) ERRADO • Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém
nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
Resolução: proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos: p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

Exemplos
R Q P [P v (Q ↔ R) ] r: Thiago é careca.
V V V V V V V V s: Pedro é professor.

V V F F V V V V • Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógi-


V F V V V F F V cas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras lati-
V F F F F F F V nas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.
F V V V V V F F
Exemplo
F V F F F V F F P: Thiago é careca e Pedro é professor.
F F V V V F V F ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas
F F F F V F V F por duas proposições simples.

Resposta: Certo Exemplos:


1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
Proposição – “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensa- – A expressão x + y é positiva.
mento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensa- – O valor de √4 + 3 = 7.
mentos, isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a – Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
respeito de determinados conceitos ou entes. – O que é isto?

Valores lógicos Há exatamente:


São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma (A) uma proposição;
verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a (B) duas proposições;
proposição é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos (C) três proposições;
os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente. (D) quatro proposições;
Com isso temos alguns aximos da lógica: (E) todas são proposições.
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não
pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo. Resolução:
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é Analisemos cada alternativa:
verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA (A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos
existindo um terceiro caso. atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valo-
res lógicos, logo não é sentença lógica.
“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são:
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos
V ou F.”
atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também po-
Classificação de uma proposição
demos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quan-
Elas podem ser:
tidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou
• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógi-
F a sentença).
co verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto,
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores
não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem?
Resposta: B.
– Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
Conectivos (conectores lógicos)
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a
televisão.
partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, am-
eles:
bíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro
do meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

111
MATEMÁTICA

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

112
MATEMÁTICA
Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.

Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes,
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.

• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”

Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.

Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência


• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tauto-
logia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.

Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual
identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições).
No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V

113
MATEMÁTICA
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.

Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

t
Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.

Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

Resposta: B.

Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.

ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

114
MATEMÁTICA
CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA EXEMPLOS


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusiva v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional ↔ p se e somente se q Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.

Conectivo “ou” (v)


Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. (Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

Conectivo “ou” (v)


Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa).

115
MATEMÁTICA
• Mais sobre o Conectivo “ou”
– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das


proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as pro-
proposições poderá ser verdadeira posições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.

Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusi- ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a
vo”(considera apenas um dos casos) tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qual-
quer questão referente ao assunto.
Exemplo:
R: Paulo é professor ou administrador Ordem de precedência dos conectivos:
S: Maria é jovem ou idosa O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos
ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica mate-
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das mática prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:
proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das
proposições poderá ser verdadeiro
Em resumo:
Conectivo “Se... então” (→)
Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada
subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer
sol, então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não dis-
se o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Temos então sua tabela verdade: Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou
operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbo-
los (da linguagem formal) utilizados para conectar proposições de
acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa
que apresenta exemplos de conjunção, negação e implicação, res-
pectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q
Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando
a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa. Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o
Conectivo “Se e somente se” (↔) conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposi-
bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é ção simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
condição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representa-
necessária e suficiente para p”. da pelo símbolo (→).
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somen- Resposta: B
te se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade) CONTRADIÇÕES
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti) São proposições compostas formadas por duas ou mais propo-
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti) sições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela do valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
verdade: A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a
sua tabela-verdade:

116
MATEMÁTICA
- Somente uma contradição implica uma contradição:

Exemplo:
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a propo-
sição ~P ∧ P é:
(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição. Propriedades
(D) uma contingência. • Reflexiva:
(E) uma disjunção. – P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
– Uma proposição complexa implica ela mesma.
Resolução:
Montando a tabela teremos que: • Transitiva:
– Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
P ~p ~p ^p Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
V F F
– Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R
V F F
F V F Regras de Inferência
• Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
F V F de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante sições verdadeiras já existentes.
de uma CONTRADIÇÃO.
Resposta: C Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição
Q(p,q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verda-
deira. Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolica-
mente temos:

P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente • Silogismo Disjuntivo


distintos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um
conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação
lógica que pode ou não existir entre duas proposições.

Exemplo:

• Modus Ponens

Observe:
- Toda proposição implica uma Tautologia:

117
MATEMÁTICA
• Modus Tollens Vejamos algumas formas:
- Todo A é B.
- Nenhum A é B.
- Algum A é B.
- Algum A não é B.

Onde temos que A e B são os termos ou características dessas


proposições categóricas.

• Classificação de uma proposição categórica de acordo com


o tipo e a relação
Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fun-
damentais: qualidade e extensão ou quantidade.
– Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição
categórica em afirmativa ou negativa.
– Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
uma proposição categórica em universal ou particular. A classifica-
Tautologias e Implicação Lógica ção dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.

• Teorema
P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,-
q,r,...)

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade


e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
letras A, E, I e O.

• Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”


Teremos duas possibilidades.

Observe que:
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P → Q
é tautológica.

Inferências
• Regra do Silogismo Hipotético Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido
no conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é
também elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente
de “Todo B é A”.

• Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”


Tais proposições afirmam que não há elementos em comum
Princípio da inconsistência entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o
– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógi- mesmo que dizer “nenhum B é A”.
ca p ^ ~p ⇒ q Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte
– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer propo- diagrama (A ∩ B = ø):
sição q.

A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a


condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica.

Lógica de primeira ordem


Existem alguns tipos de argumentos que apresentam pro-
posições com quantificadores. Numa proposição categórica, é
importante que o sujeito se relacionar com o predicado de forma • Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”
coerente e que a proposição faça sentido, não importando se é Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro-
verdadeira ou falsa. posição:

118
MATEMÁTICA
Em síntese:

Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto


“A” tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Exemplos:
Contudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem (DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não
todo A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”. são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto.
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B” afirmação anterior é:
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três (A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par-
representações possíveis: dos.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.
(D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
(E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
pardo.

Resolução:
Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, se-
guindo o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou
nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo mos a alternativa B.
que Algum B não é A. Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por:
• Negação das Proposições Categóricas Todo A é não B.
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
as seguintes convenções de equivalência: são pardos NÃO miam alto.
– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos Resposta: C
uma proposição categórica particular.
– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma propo- (CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que
sição categórica particular geramos uma proposição categórica a afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto
universal. de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verda-
– Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos, deira
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca, (A) Todos os não psicólogos são professores.
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre, (B) Nenhum professor é psicólogo.
uma proposição de natureza afirmativa. (C) Nenhum psicólogo é professor.
(D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
(E) Pelo menos um professor não é psicólogo.

Resolução:
Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a ne-
gação de um quantificador universal categórico afirmativo se faz
através de um quantificador existencial negativo. Logo teremos:
Pelo menos um professor não é psicólogo.
Resposta: E

119
MATEMÁTICA
• Equivalência entre as proposições Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:
Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo
na resolução de questões. TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

TODO
A
AéB

Se um elemento pertence ao conjunto A,


então pertence também a B.

Exemplo:
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual NENHUM
a cinco”? E
(A) Todo número natural é menor do que cinco. AéB
(B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
(C) Todo número natural é diferente de cinco. Existe pelo menos um elemento que
(D) Existe um número natural que é menor do que cinco. pertence a A, então não pertence a B, e
(E) Existe um número natural que é diferente de cinco. vice-versa.

Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pe-
de-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com
Todos e Nenhum, que também são universais.
Existe pelo menos um elemento co-
mum aos conjuntos A e B.

Podemos ainda representar das seguin-


tes formas:

ALGUM
I
AéB

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem


quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alter-
nativas A, B e C.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
Resposta: D

Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários pro-
blemas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envol-
vam argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumen-
to podem ser formadas por proposições categóricas.

ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para


conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.

120
MATEMÁTICA

- Algum teatro é casa de cultura

ALGUM
O
A NÃO é B

Perceba-se que, nesta sentença, a aten- Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC
ção está sobre o(s) elemento (s) de A que Segundo as afirmativas temos:
não são B (enquanto que, no “Algum A é (A) existem cinemas que não são teatros- Observando o últi-
B”, a atenção estava sobre os que eram B, mo diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe
ou seja, na intercessão). pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.
Temos também no segundo caso, a dife-
rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B

Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de
cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é
casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema. (B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. mo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Erra-
Resolução: do, a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama
Vamos chamar de: nos afirma isso
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura

(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi-


cativa é observada no diagrama da alternativa anterior.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor-
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que
todo cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura
- Existem teatros que não são cinemas também não é cinema.

121
MATEMÁTICA
• Como saber se um determinado argumento é mesmo váli-
do?
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé-
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa
P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar
essa frase da seguinte maneira:

Resposta: E

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.

Observem que todos os elementos do conjunto menor (ho-


mens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos
pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase
“Todo A é B”. Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo
menor a representar o grupo de quem se segue à palavra TODO.
Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a pa-
lavra-chave desta sentença é NENHUM. E a ideia que ela exprime é
Exemplo: de uma total dissociação entre os dois conjuntos.
P1: Todos os cientistas são loucos.
P2: Martiniano é louco.
Q: Martiniano é um cientista.

O exemplo dado pode ser chamado de Silogismo (argumento


formado por duas premissas e a conclusão).
A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em
verificar se eles são válidos ou inválidos! Então, passemos a enten-
der o que significa um argumento válido e um argumento inválido.

Argumentos Válidos
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou
Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença
bem construído), quando a sua conclusão é uma consequência
“Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
obrigatória do seu conjunto de premissas.
comum.
Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
Exemplo:
vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:
O silogismo...
P1: Todos os homens são pássaros.
P2: Nenhum pássaro é animal.
Q: Portanto, nenhum homem é animal.

... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um


argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da
conclusão sejam totalmente questionáveis.

ATENÇÃO: O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CON-


TEÚDO! Se a construção está perfeita, então o argumento é válido,
independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão!

122
MATEMÁTICA
Comparando a conclusão do nosso argumento, temos: Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não
NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este
será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência argumento é válido ou não, é justamente confirmar se esse resul-
necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o con- tado (se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
junto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do - É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de
conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido! chocolate? Olhando para o desenho acima, respondemos que
não! Pode ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora
Argumentos Inválidos do círculo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro
Dizemos que um argumento é inválido – também denominado do círculo)! Enfim, o argumento é inválido, pois as premissas não
ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade garantiram a veracidade da conclusão!
das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão.
Métodos para validação de um argumento
Exemplo: Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos
P1: Todas as crianças gostam de chocolate. possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não!
P2: Patrícia não é criança. 1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate. quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO,
ALGUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc.
Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois as 2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada
premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão. Patrícia quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que
pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois a primeira ocorre quando nas premissas não aparecem as palavras todo,
premissa não afirmou que somente as crianças gostam de chocolate. algum e nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “• ” e “↔”.
Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade Baseia-se na construção da tabela-verdade, destacando-se uma
do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo coluna para cada premissa e outra para a conclusão. Este método
artifício, que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela tem a desvantagem de ser mais trabalhoso, principalmente quan-
primeira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”. do envolve várias proposições simples.
3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e consi-
derando as premissas verdadeiras.
Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a vali-
dade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossi-
bilidade do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades.
Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobri-
remos o valor lógico da conclusão, que deverá resultar também
em verdade, para que o argumento seja considerado válido.

4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, consi-


derando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do
terceiro método não possibilitará a descoberta do valor lógico da
Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não conclusão de maneira direta, mas somente por meio de análises
é criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima mais complicadas.
(da primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada
a Patrícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa.
Vemos facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do cír-
culo das crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa!
Isto posto, concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares
distintos do diagrama:
1º) Fora do conjunto maior;
2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

123
MATEMÁTICA
Em síntese:

Exemplo:
Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:

(p ∧ q) → r
_____~r_______
~p ∨ ~q

Resolução:
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ou nenhum?
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos à pergunta seguinte.

- 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposições simples?


A resposta também é não! Portanto, descartamos também o 2º método.
- 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposição simples ou uma conjunção?
A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos
seguir adiante com uma próxima pergunta, teríamos:
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta tam-
bém é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método!
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo 3º e pelo 4º métodos.

Resolução pelo 3º Método


Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa!
- 1ª Premissa) (p ∧ q)• r é verdade. Sabendo que r é falsa, concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa. E quando uma conjun-
ção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou ambas forem falsas. Logo, não é possível determinamos os valores lógicos de p e
q. Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se o argumento é ou NÃO
VÁLIDO.

Resolução pelo 4º Método


Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Teremos:
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verdadeiro!
Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas verdadeiras! Teremos:
- 1ª Premissa) (p∧q)• r é verdade. Sabendo que p e q são verdadeiros, então a primeira parte da condicional acima também é verda-
deira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo: r é verdadeiro.
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi!

Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no 4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência si-
multânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido!

124
MATEMÁTICA
Exemplos: (PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma
seguintes proposições sejam verdadeiras. fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Triste-
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. za é uma bruxa.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
• Quando Fernando está estudando, não chove. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
• Durante a noite, faz frio. (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
item subsecutivo. (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
( ) Certo Resolução:
( ) Errado Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não
é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclu-
Resolução: são o valor lógico (V), então:
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as pre- (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F)
missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas: →V
A = Chove (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro
B = Maria vai ao cinema (F) → V
C = Cláudio fica em casa (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bru-
D = Faz frio xa(F) → V
E = Fernando está estudando (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
F = É noite
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Logo:
Lembramos a tabela verdade da condicional: Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)

Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será ver-


dadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a
única que contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B

A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa, LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA


utilizando isso temos: Aqui veremos questões que envolvem correlação de elemen-
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernan- tos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Veja-
do estava estudando. // B → ~E mos o passo a passo:
Iniciando temos:
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B 01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia,
= V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles
tem que ser F. trabalham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V). não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente
// C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria descobrir o nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome
vai ao cinema tem que ser V. de suas esposas.
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D a) O médico é casado com Maria.
= V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio b) Paulo é advogado.
sai de casa tem que ser F. c) Patrícia não é casada com Paulo.
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V). d) Carlos não é médico.
// E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode
ser V ou F. Vamos montar o passo a passo para que você possa compreen-
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V der como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualiza-
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ção da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas
ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois no enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: ho-
temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F). mens, esposas e profissões.
Resposta: Errado

125
MATEMÁTICA

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos
grupos e elementos.

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos
Luís
Paulo

3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).
– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

126
MATEMÁTICA

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N N S
Patrícia N S N
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro Patrícia
Luís Médico Maria
Paulo Advogado Lúcia

Exemplo:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, todos
para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;

127
MATEMÁTICA
− Luiz não viajou para Fortaleza. Resposta: B

É correto concluir que, em janeiro, Quantificador


(A) Paulo viajou para Fortaleza. É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os
(B) Luiz viajou para Goiânia. quantificadores são utilizados para transformar uma sentença
(C) Arnaldo viajou para Goiânia. aberta ou proposição aberta em uma proposição lógica.
(D) Mariana viajou para Salvador.
(E) Luiz viajou para Curitiba. QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA
Resolução: Tipos de quantificadores
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador; • Quantificador universal (∀)
O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas:
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo
Exemplo:
Todo homem é mortal.
− Mariana viajou para Curitiba;
A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será
mortal.
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador Na representação do diagrama lógico, seria:
Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N

− Paulo não viajou para Goiânia;


ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é ho-
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador mem.
A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclu-
Luiz N N
sões:
Arnaldo N N 1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal.
Mariana N N S N 2ª) Se José é homem, então José é mortal.
Paulo N N A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B.
A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀
− Luiz não viajou para Fortaleza. (x) (A (x) → B).
Observe que a palavra todo representa uma relação de inclu-
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador são de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicio-
nal.
Luiz N N N
Arnaldo N N Aplicando temos:
Mariana N N S N x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for-
ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N temos x
Paulo N N
+ 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?
A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador,
Agora, completando o restante: a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos
Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En- julgar, logo, é uma proposição lógica.
tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia
• Quantificador existencial (∃)
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:
Luiz N S N N
Arnaldo S N N N
Mariana N N S N
Paulo N N N S

128
MATEMÁTICA
Exemplo: Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é ne-
“Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase cessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade.
é: – 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos
x e y.
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.
O elemento y pertence ao conjunto os números reais.
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x).
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0.
X + 0 = X.
Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor
O quantificador existencial tem a função de elemento comum. de x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está
A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co- correto.
muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃ Resposta: CERTO
(x)) (A (x) ∧ B).

Aplicando temos: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS


x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) APLICADOS EM DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO
∈ N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal
que x + 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a Os cálculos desse tipo de problemas, envolvem adições e sub-
sentença será verdadeira? trações, posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os pro-
A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador, blemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos algébricos,
a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos
julgar, logo, é uma proposição lógica. (letras). Observe algumas situações que podem ser descritas com
utilização da álgebra.
ATENÇÃO: É bom ter mente algumas situações que podemos encontrar:
– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é
B” é diferente de “Todo B é A”.
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”.

Forma simbólica dos quantificadores


Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B).
Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B).

Exemplos: Exemplos:
Todo cavalo é um animal. Logo, (PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA –
(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo. CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 centímetros
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal. mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sa-
(C) Todo animal é cavalo. be-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e
(D) Nenhum animal é cavalo. que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70
metros, então é verdade que Mônica tem, de altura:
Resolução: (A) 1,52 metros.
A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclu- (B) 1,58 metros.
sões: (C) 1,54 metros.
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal. (D) 1,56 metros.
– Se é cavalo, então é um animal.
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça Resolução:
de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda for- Escrevendo em forma de equações, temos:
ma de conclusão). C = M + 0,05 ( I )
Resposta: B C = A – 0,10 ( II )
A = D + 0,03 ( III )
(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposi- D não é mais baixa que C
ção (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V. Se D = 1,70 , então:
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73
Resolução: ( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números ( I ) 1,63 = M + 0,05
reais (R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
reais (R) tal que x + y = x. Resposta: B
– 1º passo: observar os quantificadores.
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos
os valores de x devem satisfazer a propriedade.

129
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MICROSOFT WINDOWS 7 OU SUPERIOR: CONCEITO DE PASTAS, WINDOWS EXPLORER, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E


ATALHOS, MOUSE, ÁREA DE TRABALHO(DESKTOP), ÁREA DE TRANSFERÊNCIA, MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PAS-
TAS, USO DOS MENUS, PROGRAMAS E APLICATIVOS, INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS MICROSOFT
OFFICE 2007 OU SUPERIOR.

WINDOWS 7

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pasta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armazenar
e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

No caso da figura acima, temos quatro pastas e quatro arquivos.

203
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Arquivos e atalhos Área de transferência
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, A área de transferência é muito importante e funciona em se-
vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos. gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, – Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc. estamos copiando dados para esta área intermediária.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina-
da pasta ou arquivo propriamente dito. – Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.

Manipulação de arquivos e pastas


A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas-
tas, criar atalhos etc.

Uso dos menus

Área de trabalho do Windows 7

204
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Programas e aplicativos
• Media Player
• Media Center
• Limpeza de disco
• Desfragmentador de disco
• Os jogos do Windows.
• Ferramenta de captura
• Backup e Restore

Interação com o conjunto de aplicativos


Vamos separar esta interação do usuário por categoria para entendermos melhor as funções categorizadas.

Facilidades

O Windows possui um recurso muito interessante que é o Capturador de Tela , simplesmente podemos, com o mouse, recortar a parte
desejada e colar em outro lugar.

Música e Vídeo
Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente experiência
de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar playlists e etc.,
isso também é válido para o media center.

205
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Ferramentas do sistema • O recurso de backup e restauração do Windows é muito im-
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró- portante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mes-
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente mo escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma có-
confirmar sua exclusão. pia de segurança.

WINDOWS 8

• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito impor-


tante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos
ficam internamente desorganizados, isto faz que o computador fi-
que lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza
internamente tornando o computador mais rápido e fazendo com
que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez.

206
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Conceito de pastas e diretórios
Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pasta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armazenar
e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.

Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determinada pasta ou arquivo propriamente dito.

207
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Área de trabalho do Windows 8 Programas e aplicativos

Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em se- Interação com o conjunto de aplicativos
gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en-
tipos de itens, tais como arquivos, informações etc. tendermos melhor as funções categorizadas.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
estamos copiando dados para esta área intermediária. Facilidades
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.
Manipulação de arquivos e pastas
A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e O Windows possui um recurso muito interessante que é o Cap-
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos turador de Tela, simplesmente podemos, com o mouse, recortar a
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas- parte desejada e colar em outro lugar.
tas, criar atalhos etc.
Música e Vídeo
Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas
e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente expe-
riência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas
de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar
playlists e etc., isso também é válido para o media center.

Uso dos menus

208
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Jogos
Temos também jogos anexados ao Windows 8.

Transferência
O recurso de transferência fácil do Windows 8 é muito importante, pois pode ajudar na escolha de seus arquivos para serem salvos,
tendo assim uma cópia de segurança.

A lista de aplicativos é bem intuitiva, talvez somente o Skydrive mereça uma definição:
• Skydrive é o armazenamento em nuvem da Microsoft, hoje portanto a Microsoft usa o termo OneDrive para referenciar o armaze-
namento na nuvem (As informações podem ficar gravadas na internet).

WINDOWS 10

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pasta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armazenar
e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.

209
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determinada pasta ou arquivo propriamente dito.

Área de trabalho

Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em segundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários tipos
de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na área
de transferência.

Manipulação de arquivos e pastas


A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos execu-
tar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pastas, criar atalhos etc.

210
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Uso dos menus

Programas e aplicativos e interação com o usuário


Vamos separar esta interação do usuário por categoria para entendermos melhor as funções categorizadas.
– Música e Vídeo: Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma ex-
celente experiência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs,
criar playlists e etc., isso também é válido para o media center.

– Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o próprio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente confir-
mar sua exclusão.

211
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito importante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos ficam
internamente desorganizados, isto faz que o computador fique lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza internamen-
te tornando o computador mais rápido e fazendo com que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez.

• O recurso de backup e restauração do Windows é muito importante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mesmo
escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma cópia de segurança.

Inicialização e finalização

Quando fizermos login no sistema, entraremos direto no Windows, porém para desligá-lo devemos recorrer ao e:

212
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

PROCEDIMENTOS DE BACKUPEM PEN-DRIVE, CD/DVD, HD EXTERNO OU MÍDIA EXTERNA

Procedimentos de backup
Backup é uma cópia dos dados para segurança e proteção. É uma forma de proteger e recuperar os dados na ocorrência de algum
incidente. Desta forma os dados são protegidos contra corrupção, perda, desastres naturais ou causados pelo homem.
Nesse contexto, temos quatro modelos mais comumente adotados: o backup completo, o incremental, o diferencial e o espelho.
Geralmente fazemos um backup completo na nuvem (Através da Internet) e depois um backup incremental para atualizar somente o que
mudou, mas vamos detalhar abaixo os tipos para um entendimento mais completo.

• Backup completo
Como o próprio nome diz, é uma cópia de tudo, geralmente para um disco e fita, mas agora podemos copiar para a Nuvem, visto que
hoje temos acesso a computadores através da internet. Apesar de ser uma cópia simples e direta, é demorada, nesse sentido não é feito
frequentemente. O ideal é fazer um plano de backup combinado entre completo, incremental e diferencial.

• Backup incremental
Nesse modelo apenas os dados alterados desde a execução do último backup serão copiados. Geralmente as empresas usam a data
e a hora armazenada para comparar e assim atualizar somente os arquivos alterados. Geralmente é uma boa opção por demorar menos
tempo, afinal só as alterações são copiadas, inclusive tem um tamanho menor por conta destes fatores.

• Backup diferencial
Este modelo é semelhante ao modelo incremental. A primeira vez ele copia somente o que mudou do backup completo anterior. Nas
próximas vezes, porém, ele continua fazendo a cópia do que mudou do backup anterior, isto é, engloba as novas alterações. Os backups
diferenciais são maiores que os incrementais e menores que os backups completos.

• Backup Espelho
Como o próprio nome diz, é uma cópia fiel dos dados, mas requer uma estrutura complexa para ser mantido. Imaginem dois lugares
para gravar dados ao mesmo tempo, daí o nome de espelho. Este backup entra em ação rápido na falha do principal, nesse sentido este
modelo é bom, mas ele não guarda versões anteriores. Se for necessária uma recuperação de uma hora específica, ele não atende, se os
dados no principal estiverem corrompidos, com certeza o espelho também estará.

SEQUÊNCIA DE BACKUP BACKUP COMPLETO BACKUP ESPELHO BACKUP INCREMENTAL BACKUP DIFERENCIAL
Seleciona tudo e
Backup 1 Copia tudo - -
copia
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças do
Backup 2 Copia tudo
copia backup 1 backup 1
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças do
Backup 3 Copia tudo
copia backup 2 backup 1
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças do
Backup 4 Copia tudo
copia backup 3 backup 1

ARMAZENAMENTO

Compactadores de Arquivos
São softwares especializados em gerar uma representação mais eficiente de vários arquivos dentro de um único arquivo de modo que
ocupem menos espaço na mídia de armazenamento ou o tempo de transferência deles sobre uma rede seja reduzido.
Os compactadores foram muito utilizados no passado quando as mídias de armazenamento tinham preços elevados e era necessário
economizar espaço para armazenamento. Atualmente o uso deles é mais voltado a transferência de arquivos pela internet para reduzir a
massa de dados a ser transferida pela rede.
Os compactadores de arquivo utilizam algoritmos de compressão de dados sem perdas para gerar a representação mais eficiente
combinando diversas técnicas conhecidas para um melhor desempenho. Uma das técnicas usadas por estes algoritmos é reduzir a redun-
dância de sequências de bits recorrentes contidas nos arquivos gerando uma representação que utiliza menos bits para representar estas
sequências. Um exemplo de processo para reduzir a redundância é a codificação de huffman.
Alguns formatos de arquivo incluem esquemas de compressão com perda de dados como os vídeos em dvd e as músicas armazenadas
no formato mp3. Porém os esquemas utilizados nestes casos são diferentes dos compactadores de arquivos pois possibilitam perdas que
se refletem na redução da qualidade da imagem ou do som. Esquemas com perdas não podem ser utilizados pelos compactadores pois
provocariam a corrupção dos dados.

213
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Formatos Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta capacida-
Cada esquema de compressão gera um formato próprio de ar- de de armazenamento, chegando facilmente à casa dos terabytes.
quivo compactado que só pode ser descompactado pelo mesmo Eles, normalmente, funcionam a partir de qualquer entrada USB do
compactador que o gerou ou por outro compactador que também computador.
seja capaz de compreender o mesmo esquema. Atualmente existem As grandes vantagens destes dispositivos são:
compactadores suportando uma grande variedade de esquemas de Alta capacidade de armazenamento;
compressão disponíveis para todos os sistemas operacionais. Facilidade de instalação;
Exemplos de compactadores: ARJ, 7-zip, B1 Free Archiver, Gzip, Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qualquer lugar sem
Tar, WinRAR, WinZip. necessidade de abrir o computador.

Dispositivos de Armazenamento SSD2

HD (Hard Disk - Disco Rígido)1

O HD é o item responsável pelo armazenamento de dados per-


manentes (os dados armazenados no HD não são perdidos quando
o computador é desligado, como é o caso da memória RAM). O HD O SSD (solid-state drive) é uma nova tecnologia de armazena-
é o local onde é instalado e mantido o sistema operacional, todos mento considerada a evolução do disco rígido (HD). Ele não possui
os outros programas que são instalados no computador e todos os partes móveis e é construído em torno de um circuito integrado
arquivos que do usuário. semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferen-
O armazenamento do HD é contado normalmente em GB temente dos sistemas magnéticos (como os HDs).
(Gigabytes), porem atualmente já existe discos rígidos com Mas o que isso representa na prática? Muita evolução em re-
capacidade de TB (terabytes - 1024 GB). Para se ter acesso aos lação aos discos rígidos. Por exemplo, a eliminação das partes me-
dados do HD, é necessário um Sistema operacional. cânicas reduz as vibrações e tornam os SSDs completamente silen-
Atualmente os sistemas operacionais conseguem utilizar o HD ciosos.
como uma extensão da memória, na chamada Gestão de memória Outra vantagem é o tempo de acesso reduzido à memória flash
Virtual. Porém esta função é utilizada somente quando a memória presente nos SSDs em relação aos meios magnéticos e ópticos. O
principal (memória RAM) está sobrecarregada. SSD também é mais resistente que os HDs comuns devido à ausên-
Os HD’s Externos são uma grande evolução. Estes podem ser cia de partes mecânicas – um fator muito importante quando se
carregados em mochilas, pastas, no bolso ou mesmo na mão sem trata de computadores portáteis.
problema algum. O SSD ainda tem o peso menor em relação aos discos rígidos,
Os dados do HD são guardados em uma mídia magnética, mesmo os mais portáteis; possui um consumo reduzido de energia;
parecida com um DVD. Esta é muito sensível, se receber muitas consegue trabalhar em ambientes mais quentes do que os HDs (cer-
batidas pode se deslocar e o HD perde a utilidade. Nestes casos é ca de 70°C); e, por fim, realiza leituras e gravações de forma mais
quase impossível recuperar dados do HD. rápida, com dispositivos apresentando 250 MB/s na gravação e 700
Observação: um GB Equivale a 1024 MB (megabytes), e cada MB/s na leitura.
TB equivale a 1024GB. Mas nem tudo são flores para o SSD. Os pequenos velozes ain-
O número 1024 parece estranho, porém as unidades da custam muito caro, com valores muito superiores que o dos HDs.
de armazenamento utilizam códigos binários para gravar as A capacidade de armazenamento também é uma desvantagem,
informações (portanto, sempre múltiplo de 2). pois é menor em relação aos discos rígidos. De qualquer forma,
Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo, que eles são vistos como a tecnologia do futuro, pois esses dois fatores
pode ser padrão IDE, SATA, SATA II ou SATA III. negativos podem ser suprimidos com o tempo.
Obviamente, é apenas uma questão de tempo para que as em-
HD Externo presas que estão investindo na tecnologia consigam baratear seus
custos e reduzir os preços. Diversas companhias como IBM, Toshiba
e OCZ trabalham para aprimorar a produção dos SSDs, e fica cada
vez mais evidente que os HDs comuns estão com seus dias conta-
dos.

1 http://www.infoescola.com/informatica/disco-rigido/ 2 https://www.tecmundo.com.br/memoria/202-o-que-e-ssd-.htm

214
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
CD, CD-R e CD-RW É um dispositivo de armazenamento de dados em memória
O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década de 80 e flash e conecta-se ao computador por uma porta USB. Ele combi-
é hoje um dos meios mais populares de armazenar dados digital- na diversas tecnologias antigas com baixo custo, baixo consumo de
mente. energia e tamanho reduzido, graças aos avanços nos microproces-
Sua composição é geralmente formada por quatro camadas: sadores. Funciona, basicamente, como um HD externo e quando
- Uma camada de policarbonato (espécie de plástico), onde fi- conectado ao computador pode ser visualizado como um drive. O
cam armazenados os dados. pen drive também é conhecido como thumbdrive (por ter o tama-
- Uma camada refletiva metálica, com a finalidade de refletir nho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdrive (por usar
o laser. uma memória flash) ou, ainda, disco removível.
- Uma camada de acrílico, para proteger os dados. Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos CDs, ou
- Uma camada superficial, onde são impressos os rótulos. seja, armazenar dados para serem transportados, porém, com uma
capacidade maior, chegando a 256 GB.
Na camada de gravação existe uma grande espiral que tem um
relevo de partes planas e partes baixas que representam os bits. Cartão de Memória
Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a informação. Temos
hoje, no mercado, três tipos principais de CDs:
1. CD Comercial: que já vem gravado com música ou dados.
2. CD-R: que vem vazio e pode ser gravado uma única vez.
3. CD-RW: que pode ter seus dados apagados e regravados.

Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca de 700


MB ou 80 minutos de música.

DVD, DVD-R e DVD-RW


O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é hoje o
formato mais comum para armazenamento de vídeo digital. Foi in- Assim como o pen drive, o cartão de memória é um tipo de
ventado no final dos anos 90, mas só se popularizou depois do ano dispositivo de armazenamento de dados com memória flash, muito
2000. Assim como o CD, é composto por quatro camadas, com a encontrado em máquinas fotográficas digitais e aparelhos celulares
diferença de que o feixe de laser que lê e grava as informações é smartphones.
menor, possibilitando uma espiral maior no disco, o que proporcio- Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas e nos te-
na maior capacidade de armazenamento. lefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos, ringtones, endere-
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo R de grava- ços, números de telefone etc.
ção única e RW que possibilita a regravação de dados. A capacidade O cartão de memória funciona, basicamente, como o pen dri-
dos DVDs é de 120 minutos de vídeo ou 4,7 GB de dados, existindo ve, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparente no dispositivo
ainda um tipo de DVD chamado Dual Layer, que contém duas ca- e é bem mais compacto.
madas de gravação, cuja capacidade de armazenamento chega a Os formatos mais conhecidos são:
8,5 GB. - Memory Stick Duo.
- SD (Secure Digital Card).
Blu-Ray - Mini SD.
O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia entre 25 e - Micro SD.
50 GB. O de maior capacidade contém duas camadas de gravação.
Seu processo de fabricação segue os padrões do CD e DVD co- Unidade de Disquete
muns, com a diferença de que o feixe de laser usado para leitura é As unidades de disquete armazenam informações em discos,
ainda menor que o do DVD, o que possibilita armazenagem maior também chamados discos flexíveis ou disquetes. Comparado a
de dados no disco. CDs e DVDs, os disquetes podem armazenar apenas uma pequena
O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do leitor ótico quantidade de dados. Eles também recuperam informações de for-
que, na verdade, para o olho humano, apresenta uma cor violeta ma mais lenta e são mais vulneráveis a danos. Por esses motivos,
azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi retirado do nome por fins as unidades de disquete são cada vez menos usadas, embora ainda
jurídicos, já que muitos países não permitem que se registre co- sejam incluídas em alguns computadores.
mercialmente uma palavra comum. O Blu-Ray foi introduzido no
mercado no ano de 2006.

Pen Drive

Disquete.

Por que estes discos são chamados de “disquetes”? Apesar de a


parte externa ser composta de plástico rígido, isso é apenas a capa.
O interior do disco é feito de um material de vinil fino e flexível.

215
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Navegação e navegadores da Internet
NAVEGAÇÃO INTERNET E NAVEGADORES, SÍTIOS DE
BUSCAS E PESQUISAS NA INTERNET, CONCEITOS DE • Internet
URL, LINKS, SITES, IMPRESSÃO DE PÁGINAS, GUIAS OU É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção
ABAS global de computadores, celulares e outros dispositivos que se co-
municam.
Tipos de rede de computadores
• LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro definido. • Procedimentos de Internet e intranet
Exemplos: casa, escritório, etc. Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas
informações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensa-
gens, compartilhar dados, programas, baixar documentos (down-
load), etc.

• MAN: Rede Metropolitana, abrange uma cidade, por exem-


plo.

• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é
chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar
web sites para operações diversas.

• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde
o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
para uma determinada página, pode apontar para um documento
qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.

Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns


dos principais navegadores de internet: Microsoft Internet Explorer,
Mozilla Firefox e Google Chrome.
• WAN: É uma rede com grande abrangência física, maior que
a MAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para entender- Internet Explorer 11
mos o conceito.

• Identificar o ambiente

O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Micro-


soft, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador sim-
plificado com muitos recursos novos.

216
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites;
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https://www.
gov.br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre outras.

Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da internet muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.

• Características e componentes da janela principal do Internet Explorer

À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica automa-
ticamente desativada, possibilitando uma maior área de exibição.

Vamos destacar alguns pontos segundo as indicações da figura:


1. Voltar/Avançar página
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente;

2. Barra de Endereços
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada;

3. Ícones para manipulação do endereço da URL


Estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da situação pode aparecer fechar ou atualizar.

4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregadas.

5. Página Inicial, favoritos, ferramentas, comentários

6. Adicionar à barra de favoritos

Mozila Firefox

217
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto de nosso estudo:

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Voltar para a página inicial do Firefox

5 Barra de Endereços

6 Ver históricos e favoritos

7 Mostra um painel sobre os favoritos (Barra, Menu e outros)

8 Sincronização com a conta FireFox (Vamos detalhar adiante)

9 Mostra menu de contexto com várias opções

– Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na internet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados
como: Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc., sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado com o
seu e-mail de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computador público sempre desative a sincronização para manter seus dados seguros
após o uso.

Google Chrome

O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponibiliza inúmeras funções que, por serem ótimas, foram implementadas
por concorrentes.

218
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vejamos:

• Sobre as abas
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas também como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se quiser-
mos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal (+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
digitar palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é acionado e exibe os resultados.

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Usuário Atual

7 Exibe um menu de contexto que iremos relatar seguir.

O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostumados ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebemos que
o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum atualmente, a
seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcionalidades.

219
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Favoritos • Downloads
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adi- Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum
cionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Nes-
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e te caso, o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o
pronto. progresso e os downloads concluídos.
Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Fa-
voritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista.
Para removê-lo, basta clicar em excluir.

• Histórico
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao • Sincronização
Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para aces- Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é im-
sá-lo, podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do portante para manter atualizadas nossas operações, desta forma,
teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, se por algum motivo trocarmos de computador, nossos dados esta-
onde podemos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo rão disponíveis na sua conta Google.
dia a dia se preferir. Por exemplo:
– Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão
disponíveis.
– Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google.

No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do


usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para ativar e desativar.

• Pesquisar palavras
Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em Safari
busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso, utilizamos
o atalho do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual
podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.

• Salvando Textos e Imagens da Internet


Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão
direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

O Safari é o navegador da Apple, e disponibiliza inúmeras fun-


ções implementadas.

220
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vejamos:

• Guias

– Para abrirmos outras guias podemos simplesmente teclar CTRL + T ou

Vejamos os comandos principais de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Ajustes Gerais

7 Menus para a página atual.

8 Lista de Leitura

Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas bastante comuns.

221
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vejamos algumas de suas funcionalidades: • Pesquisar palavras
Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em
• Lista de Leitura e Favoritos busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso utilizamos o
No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para pos- atalho do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual po-
terior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endere- demos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
ços. Para adicionar uma página, clique no “+” a que fica à esquerda
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e • Salvando Textos e Imagens da Internet
pronto. Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.
pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para remo-
vê-lo, basta clicar em excluir. • Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de um al-
gum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.).
Neste caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o
progresso e os downloads concluídos.

• Histórico e Favoritos
NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS
E UTILIZAÇÃO DO SISTEMA OPERACIONAL COM
SEGURANÇA

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
Segurança da informação é o conjunto de ações para proteção
de um grupo de dados, protegendo o valor que ele possui, seja para
um indivíduo específico no âmbito pessoal, seja para uma organi-
zação3.
É essencial para a proteção do conjunto de dados de uma cor-
poração, sendo também fundamentais para as atividades do negó-
cio.
Quando bem aplicada, é capaz de blindar a empresa de ata-
ques digitais, desastres tecnológicos ou falhas humanas. Porém,
qualquer tipo de falha, por menor que seja, abre brecha para pro-
blemas.
A segurança da informação se baseia nos seguintes pilares4:
– Confidencialidade: o conteúdo protegido deve estar disponí-
vel somente a pessoas autorizadas.

3 https://ecoit.com.br/seguranca-da-informacao/
4 https://bit.ly/2E5beRr

222
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Disponibilidade: é preciso garantir que os dados estejam • Política de confidencialidade: define como são tratadas as
acessíveis para uso por tais pessoas quando for necessário, ou seja, informações institucionais, ou seja, se elas podem ser repassadas
de modo permanente a elas. a terceiros.
– Integridade: a informação protegida deve ser íntegra, ou seja,
sem sofrer qualquer alteração indevida, não importa por quem e Mecanismos de segurança
nem em qual etapa, se no processamento ou no envio. Um mecanismo de segurança da informação é uma ação, técni-
– Autenticidade: a ideia aqui é assegurar que a origem e auto- ca, método ou ferramenta estabelecida com o objetivo de preservar
ria do conteúdo seja mesmo a anunciada. o conteúdo sigiloso e crítico para uma empresa.
Ele pode ser aplicado de duas formas:
Existem outros termos importantes com os quais um profissio- – Controle físico: é a tradicional fechadura, tranca, porta e
nal da área trabalha no dia a dia. qualquer outro meio que impeça o contato ou acesso direto à infor-
Podemos citar a legalidade, que diz respeito à adequação do mação ou infraestrutura que dá suporte a ela
conteúdo protegido à legislação vigente; a privacidade, que se re- – Controle lógico: nesse caso, estamos falando de barreiras
fere ao controle sobre quem acessa as informações; e a auditoria, eletrônicas, nos mais variados formatos existentes, desde um anti-
que permite examinar o histórico de um evento de segurança da vírus, firewall ou filtro anti-spam, o que é de grande valia para evitar
informação, rastreando as suas etapas e os responsáveis por cada infecções por e-mail ou ao navegar na internet, passa por métodos
uma delas. de encriptação, que transformam as informações em códigos que
terceiros sem autorização não conseguem decifrar e, há ainda, a
Alguns conceitos relacionados à aplicação dos pilares certificação e assinatura digital, sobre as quais falamos rapidamente
– Vulnerabilidade: pontos fracos existentes no conteúdo pro- no exemplo antes apresentado da emissão da nota fiscal eletrônica.
tegido, com potencial de prejudicar alguns dos pilares de segurança
da informação, ainda que sem intenção Todos são tipos de mecanismos de segurança, escolhidos por
– Ameaça: elemento externo que pode se aproveitar da vulne- profissional habilitado conforme o plano de segurança da informa-
rabilidade existente para atacar a informação sensível ao negócio. ção da empresa e de acordo com a natureza do conteúdo sigiloso.
– Probabilidade: se refere à chance de uma vulnerabilidade ser
explorada por uma ameaça. Criptografia
– Impacto: diz respeito às consequências esperadas caso o con- É uma maneira de codificar uma informação para que somen-
teúdo protegido seja exposto de forma não autorizada. te o emissor e receptor da informação possa decifrá-la através de
– Risco: estabelece a relação entre probabilidade e impacto, uma chave que é usada tanto para criptografar e descriptografar a
ajudando a determinar onde concentrar investimentos em seguran- informação6.
ça da informação. Tem duas maneiras de criptografar informações:
• Criptografia simétrica (chave secreta): utiliza-se uma chave
Tipos de ataques secreta, que pode ser um número, uma palavra ou apenas uma
Cada tipo de ataque tem um objetivo específico, que são eles5: sequência de letras aleatórias, é aplicada ao texto de uma mensa-
– Passivo: envolve ouvir as trocas de comunicações ou gravar gem para alterar o conteúdo de uma determinada maneira. Tanto
de forma passiva as atividades do computador. Por si só, o ataque o emissor quanto o receptor da mensagem devem saber qual é a
passivo não é prejudicial, mas a informação coletada durante a ses- chave secreta para poder ler a mensagem.
são pode ser extremamente prejudicial quando utilizada (adultera- • Criptografia assimétrica (chave pública):tem duas chaves re-
ção, fraude, reprodução, bloqueio). lacionadas. Uma chave pública é disponibilizada para qualquer pes-
– Ativos: neste momento, faz-se a utilização dos dados cole- soa que queira enviar uma mensagem. Uma segunda chave privada
tados no ataque passivo para, por exemplo, derrubar um sistema, é mantida em segredo, para que somente você saiba.
infectar o sistema com malwares, realizar novos ataques a partir da
máquina-alvo ou até mesmo destruir o equipamento (Ex.: intercep- Qualquer mensagem que foi usada a chave púbica só poderá
tação, monitoramento, análise de pacotes). ser descriptografada pela chave privada.
Se a mensagem foi criptografada com a chave privada, ela só
Política de Segurança da Informação poderá ser descriptografada pela chave pública correspondente.
Este documento irá auxiliar no gerenciamento da segurança A criptografia assimétrica é mais lenta o processamento para
da organização através de regras de alto nível que representam os criptografar e descriptografar o conteúdo da mensagem.
princípios básicos que a entidade resolveu adotar de acordo com Um exemplo de criptografia assimétrica é a assinatura digital.
a visão estratégica da mesma, assim como normas (no nível táti- • Assinatura Digital: é muito usado com chaves públicas e per-
co) e procedimentos (nível operacional). Seu objetivo será manter mitem ao destinatário verificar a autenticidade e a integridade da
a segurança da informação. Todos os detalhes definidos nelas serão informação recebida. Além disso, uma assinatura digital não permi-
para informar sobre o que pode e o que é proibido, incluindo: te o repúdio, isto é, o emitente não pode alegar que não realizou a
• Política de senhas: define as regras sobre o uso de senhas nos ação. A chave é integrada ao documento, com isso se houver algu-
recursos computacionais, como tamanho mínimo e máximo, regra ma alteração de informação invalida o documento.
de formação e periodicidade de troca. • Sistemas biométricos: utilizam características físicas da pes-
• Política de backup: define as regras sobre a realização de có- soa como os olhos, retina, dedos, digitais, palma da mão ou voz.
pias de segurança, como tipo de mídia utilizada, período de reten-
ção e frequência de execução.
• Política de privacidade: define como são tratadas as infor-
mações pessoais, sejam elas de clientes, usuários ou funcionários.

5 https://www.diegomacedo.com.br/modelos-e-mecanismos-de-segu- 6 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-prote-
ranca-da-informacao/ cao-e-seguranca-da-informacao-parte-2/

223
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Firewall
Firewall ou “parede de fogo” é uma solução de segurança baseada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um con-
junto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem
ser executadas. O firewall se enquadra em uma espécie de barreira de defesa. A sua missão, por assim dizer, consiste basicamente em
bloquear tráfego de dados indesejado e liberar acessos bem-vindos.

Representação de um firewall.7

Formas de segurança e proteção


– Controles de acesso através de senhas para quem acessa, com autenticação, ou seja, é a comprovação de que uma pessoa que está
acessando o sistema é quem ela diz ser8.
– Se for empresa e os dados a serem protegidos são extremamente importantes, pode-se colocar uma identificação biométrica como
os olhos ou digital.
– Evitar colocar senhas com dados conhecidos como data de nascimento ou placa do seu carro.
– As senhas ideais devem conter letras minúsculas e maiúsculas, números e caracteres especiais como @ # $ % & *.
– Instalação de antivírus com atualizações constantes.
– Todos os softwares do computador devem sempre estar atualizados, principalmente os softwares de segurança e sistema operacio-
nal. No Windows, a opção recomendada é instalar atualizações automaticamente.
– Dentre as opções disponíveis de configuração qual opção é a recomendada.
– Sempre estar com o firewall ativo.
– Anti-spam instalados.
– Manter um backup para caso de pane ou ataque.
– Evite sites duvidosos.
– Não abrir e-mails de desconhecidos e principalmente se tiver anexos (link).
– Evite ofertas tentadoras por e-mail ou em publicidades.
– Tenha cuidado quando solicitado dados pessoais. Caso seja necessário, fornecer somente em sites seguros.
– Cuidado com informações em redes sociais.
– Instalar um anti-spyware.
– Para se manter bem protegido, além dos procedimentos anteriores, deve-se ter um antivírus instalado e sempre atualizado.

NOÇÕES DE VÍRUS, ANTIVÍRUS

Noções de vírus, worms e pragas virtuais (Malwares)


– Malwares (Pragas): São programas mal intencionados, isto é, programas maliciosos que servem pra danificar seu sistema e diminuir
o desempenho do computador;
– Vírus: São programas maliciosos que, para serem iniciados, é necessária uma ação (por exemplo um click por parte do usuário);
– Worms: São programas que diminuem o desempenho do sistema, isto é, eles exploram a vulnerabilidade do computador se instalam
e se replicam, não precisam de clique do mouse por parte do usuário ou ação automática do sistema.

Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware etc.)

• Antivírus
O antivírus é um software que encontra arquivos e programas maléficos no computador. Nesse sentido o antivírus exerce um papel
fundamental protegendo o computador. O antivírus evita que o vírus explore alguma vulnerabilidade do sistema ou até mesmo de uma
ação inesperada em que o usuário aciona um executável que contém um vírus. Ele pode executar algumas medidas como quarentena,
remoção definitiva e reparos.
O antivírus também realiza varreduras procurando arquivos potencialmente nocivos advindos da Internet ou de e-mails e toma as
medidas de segurança.

7 Fonte: https://helpdigitalti.com.br/o-que-e-firewall-conceito-tipos-e-arquiteturas/#:~:text=Firewall%20%C3%A9%20uma%20solu%C3%A7%-
C3%A3o%20de,de%20dados%20podem%20ser%20executadas.
8 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-protecao-e-seguranca-da-informacao-parte-3/

224
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Firewall
Firewall, no caso, funciona como um filtro na rede. Ele determina o que deve passar em uma rede, seja ela local ou corporativa, blo-
queando entradas indesejáveis e protegendo assim o computador. Pode ter regras simples ou complexas, dependendo da implementação,
isso pode ser limitado a combinações simples de IP / porta ou fazer verificações completas.

• Antispyware
Spyware é um software espião, que rouba as informações, em contrário, o antispyware protege o computador funcionando como o
antivírus em todos os sentidos, conforme relatado acima. Muitos antivírus inclusive já englobam tais funções em sua especificação.

USO DE CORREIO ELETRÔNICO, ENVIO E RECEBIMENTO, CAIXA DE ENTRADA, LIXO ELETRÔNICO OU SPAM,
MICROSOFT OUTLOOK E THUNDERBIRD

OUTLOOK
O Microsoft Outlook é um gerenciador de e-mail usado principalmente para enviar e receber e-mails. O Microsoft Outlook também
pode ser usado para administrar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e
anotações.

Funcionalidades mais comuns:

PARA FAZER ISTO ATALHO CAMINHOS PARA EXECUÇÃO


1 Entrar na mensagem Enter na mensagem fechada ou click Verificar coluna atalho
2 Fechar Esc na mensagem aberta Verificar coluna atalho
3 Ir para a guia Página Inicial Alt+H Menu página inicial
4 Nova mensagem Ctrl+Shift+M Menu página inicial => Novo e-mail
5 Enviar Alt+S Botão enviar
6 Delete Excluir (quando na mensagem fechada) Verificar coluna atalho
7 Pesquisar Ctrl+E Barra de pesquisa
8 Responder Ctrl+R Barra superior do painel da mensagem
9 Encaminhar Ctrl+F Barra superior do painel da mensagem
10 Responder a todos Ctrl+Shift+R Barra superior do painel da mensagem
11 Copiar Ctrl+C Click direito copiar
12 Colar Ctrl+V Click direito colar
13 Recortar Ctrl+X Click direito recortar
14 Enviar/Receber Ctrl+M Enviar/Receber (Reatualiza tudo)
15 Acessar o calendário Ctrl+2 Canto inferior direito ícone calendário
16 Anexar arquivo ALT+T AX Menu inserir ou painel superior
17 Mostrar campo cco (cópia oculta) ALT +S + B Menu opções CCO

225
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Endereços de e-mail
• Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
• @ – Símbolo padronizado para uso;
• Nome do domínio – domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa. Vejamos um exemplo real: joaodasil-
va@solucao.com.br;
• Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas;
• Caixa de Saída – Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
• E-mails Enviados – Como próprio nome diz, e aonde ficam os e-mails que foram enviados;
• Rascunho – Guarda as mensagens que ainda não terminadas;
• Lixeira – Armazena as mensagens excluídas;

Escrevendo e-mails
Ao escrever uma mensagem, temos os seguintes campos:
• Para – é o campo onde será inserido o endereço do destinatário do e-mail;
• CC – este campo é usado para mandar cópias da mesma mensagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos.
• CCO – sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos;
• Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
• Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens, programas, música, textos e outros.)
• Corpo da Mensagem – espaço onde será escrita a mensagem.

Contas de e-mail
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está apto a receber e enviar mensagens, ou até mesmo guarda-las conforme
a necessidade.

Adicionar conta de e-mail


Siga os passos de acordo com as imagens:

A partir daí devemos seguir as diretrizes sobre nomes de e-mail, referida no item “Endereços de e-mail”.

226
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Criar nova mensagem de e-mail Encaminhar e responder e-mails
Funcionalidades importantes no uso diário, você responde a
e-mail e os encaminha para outros endereços, utilizando os botões
indicados. Quando clicados, tais botões ativam o quadros de texto,
para a indicação de endereços e digitação do corpo do e-mail de
resposta ou encaminhamento.

Ao clicar em novo e-mail é aberto uma outra janela para digita-


ção do texto e colocar o destinatário, podemos preencher também
os campos CC (cópia), e o campo CCO (cópia oculta), porém esta
outra pessoa não estará visível aos outros destinatários.

Adicionar, abrir ou salvar anexos


A melhor maneira de anexar e colar o objeto desejado no corpo
do e-mail, para salvar ou abrir, basta clicar no botão corresponden-
te, segundo a figura abaixo:

Enviar
De acordo com a imagem a seguir, o botão Enviar fica em evi-
dência para o envio de e-mails.

227
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionar assinatura de e-mail à mensagem Imprimir uma mensagem de e-mail
Um recurso interessante, é a possibilidade de adicionarmos Por fim, um recurso importante de ressaltar, é o que nos pos-
assinaturas personalizadas aos e-mails, deixando assim definida a sibilita imprimir e-mails, integrando-os com a impressora ligada ao
nossa marca ou de nossa empresa, de forma automática em cada computador. Um recurso que se assemelha aos apresentados pelo
mensagem. pacote Office e seus aplicativos.

O Mozilla Thunderbird é um aplicativo usado principalmente


para enviar e receber e-mails . Também pode ser usado para ge-
renciar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de
calendário e entradas, tarefas, contatos e anotações semelhantes.

Atalhos das funções principais

AÇÃO ATALHO
Nova mensagem Ctrl + N
Responder à mensagem (apenas reme-
Ctrl + R
tente)
Responder a todos na mensagem (re-
Ctrl + Shift + R
metente e todos os destinatários)
Responder à lista Ctrl + Shift + L
Reencaminhar mensagem Ctrl + L
Editar como nova mensagem Ctrl + E
Obter novas mensagens para a conta
F5
atual
Obter novas mensagens para todas as
Shift + F5
contas
Abrir mensagem (numa nova janela ou
Ctrl + o Enter
separador)
Abrir mensagem na conversa Ctrl + Shift + O
Ampliar Ctrl +
Reduzir Ctrl -

Endereços de e-mail
• Nome do Usuário: é o nome de login escolhido pelo usuário
na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva
@ – Símbolo padronizado
• Nome do domínio a que o e-mail pertence.

228
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vejamos um exemplo real: joaodasilva@empresa.com.br Enviar e-mail
• Caixa de Entrada: Onde ficam armazenadas as mensagens De acordo com a figura abaixo, deve-se clicar em “Enviar”
recebidas; (Send) do lado esquerdo para enviar o e-mail.
• Caixa de Saída: Onde ficam armazenadas as mensagens ainda
não enviadas;
• E-mails Enviados: Como o próprio nome diz, é onde ficam os
e-mails que foram enviados;
• Rascunho: Guarda as mensagens que você ainda não termi-
nou de redigir;
• Lixeira: Armazena as mensagens excluídas.

Ao escrever mensagem, temos os seguintes campos :


• Para: é o campo onde será inserido o endereço do destinatá-
rio do e-mail;
• CC: este campo é usado para mandar cópias da mesma men-
sagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos; Responder e Encaminhar mensagens
• CCO: sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no Utiliza-se os botões Reply e Forward, ilustrador a seguir
entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos;
• Assunto: campo destinado ao assunto da mensagem;
• Anexos: são dados que são anexados à mensagem (imagens,
programas, música, textos e outros);
• Corpo da Mensagem: espaço onde será escrita a mensagem.

Contas de e-mail
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está
apto a receber, enviar ou até mesmo guardar mensagens conforme
a necessidade.

Escrever novo e-mail

Destinatário oculto

Ao clicar em Write é aberta uma outra janela para digitação


do texto e colocar o destinatário. Podemos preencher também os
campos CC (outra pessoa que também receberá uma cópia deste
e-mail) e o campo CCO ou BCC (outra pessoa que receberá outra
cópia do e-mail, porém esta outra pessoa não estará visível aos ou- Arquivos anexos
tros destinatários). A melhor maneira de anexar é colar o objeto desejado no corpo
do e-mail. Pode-se ainda usar o botão indicado a seguir, para ter
acesso a caixa de diálogo na qual selecionará arquivos desejados.

229
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MICROSOFT WORD 2007 OU SUPERIOR. ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE
TEXTOS, CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS, MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, E TABELAS,
IMPRESSÃO, ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA, CONTROLE DE QUEBRAS, NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, LEGENDAS,
ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE TEXTO, WORDART, RECURSOS E UTILIZAÇÃO
ADICIONAIS DO SOFTWARE

O Word 2007 faz parte do pacote de produtividade Microsoft Office System de 2007, que sucedeu ao Office 2003.
A área de trabalho do Word 2007 é apresentada de forma extremamente diferenciada das versões anteriores do programa.

A área de trabalho do Word 2007.

O Office 2007 inclui alterações fundamentais na interface gráfica. Isso pode ser sinalizado também pelo novo painel de comandos em
lugar dos menus e das barras de ferramentas. A Microsoft chama de Faixa de Opções a linha composta pelos nomes de várias guias que
substituem os antigos menus do Word9.

Faixa de Opções do Microsoft Word 2007.

As guias presentes na Faixa de Opções apresentam painéis que a Microsoft chama de Barra de Ferramentas Acesso Rápido. Alguns
desses painéis são fixos, ou seja, não podem ser visualizados em janelas separas. Já a grande maioria possui no canto inferior direito o
ícone que exibe a janela do comando.

9 Monteiro, E. Microsoft Word 2007.

230
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Botão Office
Na versão 2007 o acesso aos comandos referentes ao menu arquivo foi substituído pelo botão do Office. Ao manter o ponteiro por
alguns instantes sobre o botão do Office, aparece a descrição:

Criando um novo documento

1. Clique no Botão Office – Novo10.

2. Clique em Documento em Branco – Criar.

10 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-3.pdf

231
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Salvando um documento
Quando iniciamos a criação de um novo arquivo, como esse texto que digitamos, é essencial guardá-lo em algum local. Na informática
salvar é o nome dado ao ato de guardar ou armazenar.
No Word 2007 podemos salvar o arquivo clicando no Botão office – Salvar. Salve seu arquivo em algum local do computador.

Diferenças entre salvar e salvar como


Uma dúvida muito comum entre as pessoas é saber quando usar o “salvar” e o “salvar como”. Devemos usar o “salvar” quando cria-
mos nosso documento (Word, Excel, Power Point) pela primeira vez. Também podemos utilizar quando estamos modificando o documen-
to, sem problema em modificar e continuar salvando. Existe a tecla para salvar mais rápido: CTRL + B. O “salvar como” deve ser utilizado
para modificar o documento e desejar ter o documento original, para fazer uma cópia ou salvar em outras versões.

Imprimir e visualizar documentos


Microsoft Office você encontrará os comandos Imprimir e Visualizar na mesma janela.
Clique em Botão Office - Imprimir para encontrar os dois.

232
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Início
Contém os principais itens de formatação. Os grupos especializados de comandos desta guia são: Área de Transferência, Fonte, Pará-
grafo, Estilo e Edição.

Guia Início.

Inserir
É a segunda guia da Faixa de Opções, contém comandos para incluir itens externos no documento. Como, por exemplo: inserir pági-
nas, tabelas, ilustrações, gráficos, links, quebras de página, itens de texto como WordArt e Caixa de Texto, equações, cabeçalhos, rodapés,
número de página e símbolos.
Após inserir algum item como uma imagem ou uma tabela, por exemplo, e após selecionar o item, será apresentada uma nova guia
com opções exclusivas de formatações desses itens. Trata-se de guias de contexto.

Guia Inserir.

Cabeçalho e rodapé
Os cabeçalhos e rodapés são áreas situadas nas margens superior, inferior e lateral de cada página de um documento.
Você pode inserir ou alterar textos ou gráficos em cabeçalhos e rodapés.
Por exemplo, é possível adicionar números de página, a hora e a data, uma logomarca de empresa, o título do documento ou o nome
do arquivo ou do autor.

Inserir Cabeçalho ou Rodapé


Na Guia Inserir, no Grupo Cabeçalho e Rodapé, clique em Cabeçalho ou Rodapé.

Tabela
As tabelas permitem organizar colunas de números e texto em um documento. Na tela uma tabela constitui uma grade de linhas e
colunas marcadas por linhas de grade pontilhadas, cada caixa na grade é uma célula.

233
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Inserir tabela
1. Clique no local em que deseja inserir uma tabela.
2. Na guia Inserir, no grupo Tabelas, clique em Tabela, aponte para Tabelas Rápidas e clique no modelo que deseja.

O comando Inserir tabela permite que você especifique as dimensões e o formato da tabela antes da inserção da mesma em um
documento.
1. Clique no local em que deseja inserir uma tabela.
2. Na guia Inserir, no grupo Tabelas, clique em Tabela e, em seguida, clique em Inserir Tabela.

3. Em Tamanho da tabela, insira o número de colunas e linhas.

Trabalhando com imagens


O Microsoft Word 2007 disponibiliza a inserção de imagens em qualquer posição do documento. É possível inserir imagens do próprio
Word, os ClipArts, como também do próprio computador, pen drive, celular, entre outros.

ClipArt
Os ClipArts São Figuras Disponibilizadas pelo Microsoft Office. Ao instalar o Microsoft Word 2007 em nosso computador, esse já vem
com uma biblioteca interna com vários ClipArts, caso precise de novas figuras podemos baixar novos ClipArts da internet.
Pode-se acessar o ClipArt na Guia inserir – Grupo Ilustrações – ClipArt.

234
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A galeria do ClipArt é exibida à direita da janela do programa do Microsoft Word. Nessa galeria é necessário digitar uma palavra-chave,
para que o programa busque figuras relacionadas com o que procuramos. Por exemplo, para pesquisar uma margem do Papai Noel, basta
digitar Natal e clicar no botão Ir.

Inserindo imagens do arquivo


Para inserir uma imagem clique na Guia inserir – Grupo Ilustrações – Imagem.

Wordart
O WordArt é um texto decorativo que você pode adicionar a um documento.

Inserir o WordArt
1. Clique no local onde você deseja inserir um texto decorativo em um documento.
2. Na guia Inserir, no grupo Texto, clique em WordArt.

235
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
3. Clique em qualquer estilo de WordArt e comece a digitar.

Layout de Página
Na guia Layout da Página estão todos os comandos relativos à edição de temas, configuração de página, marcas d’água e parágrafos.
É nesta guia que se ajustam os tamanhos das margens, a orientação do papel e a número de colunas.

Guia Layout de Página.

Referências
A faixa de opções aberta pela guia Referências reúne comandos exibidos do submenu Referências do antigo menu Inserir. São recursos
úteis principalmente na elaboração de documentos extensos, como trabalhos técnicos e acadêmicos. Entre esses itens estão opções para
a criação de sumários, notas de rodapé e de fim de documento, citações, legendas e bibliografia.

Guia Referências.

Correspondências
Quem produz documentos e precisa enviar correspondências a partir do Word, seja por e-mail ou por carta, encontra na guia Corres-
pondências os recursos para dar conta desse trabalho.

Guia Correspondências.

236
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Revisão
A guia Revisão incorpora recursos para correção de texto, inserção de comentários e controle de alterações dos documentos. Traz
ainda comandos para proteger o documento com algum tipo de restrição de acesso.

Guia Revisão.

Exibição
É a última guia da visualização normal. Ela corresponde, de certa forma, ao antigo menu Exibir. De fato, contém os recursos desse
menu e de vários outros. Os comandos para gravar e executar macros estão nessa guia.

Guia Exibição.

Ícones e teclas de atalho

Área de transferência

Ctrl+X (Recortar): envia dados para a Área de Transferência retirando-os da tela.

Ctrl+C (Copiar): envia dados para a Área de Transferência sem retirá-los da tela.

Ctrl+V (Colar): recupera os dados enviados para a Área de Transferência.

Ctrl+Shift+C e Ctrl+Shift+V (Pincel): copia e Cola Formatação.

237
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Fonte

Ctrl+Shift+F: (Fonte): apresenta uma lista de opções para modificar a tipografia da fonte (letra).

Ctrl+Shift+P (Tamanho da Fonte): apresenta uma lista de opções para modificar o tamanho da fonte.

Ctrl+> ou Ctrl+]: aumentar fonte.

Ctrl+< ou Ctrl+[: diminuir fonte.

Limpar formatação.

Ctrl+N: negrito.

Ctrl+I: itálico.

Ctrl+S: sublinhado.

Tachado.

Texto Subscrito.

Ctrl+Shift++: texto sobrescrito.

Shift+F3: alternar entre maiúsculas e minúsculas.

Funciona como uma caneta marca-texto.

Cor-da-fonte.

Os ajustes de formatação (bem como vários outros) no Word também podem ser efetuados através de uma caixa de diálogos especí-
fica ao invés de uma subguia11. A caixa pode ser aberta de três formas: através das teclas de atalho Ctrl +Shift + F; através das teclas Ctrl +
D; ou por um clique sobre a seta de extensão da subguia Fonte.

Caixa de diálogo Fonte.


11 Almeida. R. B. MS Word 2007.

238
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Parágrafo

Marcadores: aplica marcadores aos parágrafos selecionados.

Numeração: formata como lista numerada os parágrafos selecionados.

Tab (para descer um nível) e Shift+Tab (para subir um nível): Numeração de Vários Níveis: formata os parágrafos com
lista numerada em vários níveis.

Diminuir recuo: avança o texto em direção à margem esquerda.

Aumentar recuo: distancia o texto da margem esquerda.

Classificar: coloca em ordem alfabética parágrafos iniciados por textos ou números.

Ctrl+Shift+*: Mostrar Tudo: exibe/oculta caracteres não imprimíveis.

Ctrl+Q: alinhar à esquerda.

Ctrl+E: centralizar.

Alinhar à Direita.

Ctrl+J: justificar.

Ctrl+1 (Espaçamento Simples), Ctrl+2 (Espaçamento Duplo) e Ctrl+5 (1,5 linhas): espaçamento entrelinhas.

Sombreamento: preenche com cor o plano de fundo.

Bordas: opções de bordas para o texto selecionado.

239
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A caixa de diálogo contém as seguintes opções. Na parte inferior da caixa de diálogo, você pode ver uma Visualização de qual será a
aparência das opções antes de aplicá-las.

Janela para formatação de parágrafo.

240
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MICROSOFT EXCEL 2007 OU SUPERIOR. ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS,
COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES BÁSICAS E
IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS, NUMERAÇÃO DE PÁGINAS,
OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO, RECURSOS E UTILIZAÇÃO ADICIONAIS DO SOFTWARE

O Microsoft Excel 2007 é uma versão do Pacote Office escrito e produzido pela empresa Microsoft e baseado em planilha eletrônica,
ou seja, páginas em formato matricial compostas por células e formadas por linhas e colunas12.
É muito utilizado para cálculos, estatísticas, gráficos, relatórios, formulários e entre outros requisitos das rotinas empresariais, admi-
nistrativas e domésticas.

Área de trabalho do Excel 2007.

As principais funções do Excel são13:


• Planilhas: você pode armazenar manipular, calcular e analisar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar grá-
fico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar formatos
pré-definidos em tabelas.
• Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e administrar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando ope-
rações de bancos de dados padronizadas.
• Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você pode
personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
• Apresentações: você pode usar estilos de células, ferramentas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar apre-
sentações de alta qualidade.
• Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros.

12 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-4.pdf
13 http://www.prolinfo.com.br

241
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, impri-
mir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

Planilha eletrônica.

Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a deixar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.

Barra de Fórmulas.

242
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos, tabe-
las dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.
– Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical.
– Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal.
– Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um endereço
que é o resultado do cruzamento da linha 1 e a coluna A, então a célula será chamada 4, como mostra na caixa de nome A1 logo acima da
planilha.

Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

OPERADOR ARITMÉTICO SIGNIFICADO EXEMPLO


+ (Sinal de Adição) Adição 3+3
- (Sinal de Subtração) Subtração 3-1
* (Sinal de Multiplicação) Multiplicação 3*3
/ (Sinal de Divisão) Divisão 10/2
% (Símbolo de Percentagem) Percentagem 15%
^ (Sinal de Exponenciação) Exponenciação 3^4

OPERADOR DE COMPARAÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO


> (Sinal de Maior que) Maior do que B2 > V2
< (Sinal de Menor que) Menor do que C8 < G7
>= (Sinal de Maior ou igual a) Maior ou igual a B2 >= V2
=< (Sinal de Menor ou igual a) Menor ou igual a C8 =< G7
<> (Sinal de Diferente) Diferente J10 <> W7

OPERADOR DE REFERÊNCIA SIGNIFICADO EXEMPLO


: (Dois pontos) Operador de intervalo sem exceção B5 : J6
; (Ponto e Vírgula) Operador de intervalo intercalado B8; B7 ; G4

243
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

Níveis de Prioridade de Cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).

Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ ( ) ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

Copiar Fórmula para células adjacentes


Copiar uma fórmula para células vizinhas representa ganho de tempo ao trabalhar com planilhas.
Para isso, podemos usar a alça de preenchimento. Sua manipulação permite copiar rapidamente conteúdo de uma célula para outra,
inclusive fórmulas.

Alça de Preenchimento.

Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

244
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

Função MÁXIMO e MÍNIMO


Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

245
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.

Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)
Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde que
atenda a uma condição especificada:

Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter texto
neste intervalo.

Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.

246
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e o
critério para ser verificado.

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.

Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos contar a quantidade de homens e mulheres.
Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.

MICROSOFT POWER POINT 2007 OU SUPERIOR. ESTRUTURA BÁSICA DE APRESENTAÇÕES, EXTENSÕES DE


ARQUIVOS, LAYOUTS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE IMAGENS, SLIDES, EFEITOS DE PREENCHIMENTOS, CAIXA DE
TEXTO, FORMATAÇÃO DE TEXTO NOS SLIDES, INSERÇÃO DE OBJETOS E FORMAS, TRANSIÇÕES E EFEITOS, TABELAS,
HIPERLINKS E INSERÇÃO DE ÁUDIO E VÍDEOS, RECURSOS E UTILIZAÇÃO ADICIONAIS DO SOFTWARE.

Programa utilizado para criação e apresentações de Slides. Ele permite um acesso prático, fácil e criativo para todas as necessidades
de apresentações, além de dispor de diversos recursos novos e aprimorados que as tornarão dinâmicas e atraentes, como as novas capa-
cidades para os gráficos, temas do PowerPoint e ferramentas de formatação aprimoradas para tipografia14.

Tela inicial do PowerPoint 2007.

1. Botão do Microsoft Office : substitui o menu Arquivo (versões anteriores) e está localizado no canto superior esquerdo do
programa.
Ao clicar no Botão do Microsoft Office, serão exibidos comandos básicos: Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar, Enviar,
Publicar e Fechar.
14 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-5.pdf

247
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
2. Barra de Ferramentas de Acesso Rápido : localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do Microsoft
Office (local padrão), é personalizável e contém um conjunto de comandos independentes da guia exibida no momento. É possível adicio-
nar botões que representam comandos à barra e mover a barra de um dos dois locais possíveis.
3. Barra de Título: exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também exibe o nome do documento ativo.
4. Botões de Comando da Janela: acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e restaurar a janela do programa Power-
Point.

5. Faixa de Opções: a Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa. Os
comandos são organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade como gravação ou
disposição de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia
Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem for selecionada.
Grande novidade do Office 2007/2010, a faixa de opções elimina grande parte da navegação por menus e busca aumentar a produti-
vidade por meio do agrupamento de comandos em uma faixa localizada abaixo da barra de títulos.

6. Painel de Anotações: nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7. Barra de Status: exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o número de slides; tema e idioma.

8. Nível de Zoom: clicar para ajustar o nível de zoom.

248
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Modos de Exibição do PowerPoint
Você pode encontrar os modos de exibição do PowerPoint em dois lugares:
– Na guia Exibição, no grupo Modos de Exibição de Apresentações, onde todos os modos de exibição estão disponíveis.
– Em uma barra de fácil acesso, localizada na parte inferior da janela do PowerPoint, onde estão disponíveis os principais modos de
exibição (Normal, Classificação de Slides e Apresentação de Slides).

O modo de exibição Normal é o principal modo de edição, onde você escreve e projeta a sua apresentação.

Criar apresentações
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2007 engloba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo; es-
colher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura e criar
efeitos, como transições de slides animados.
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do Microsoft Office, e em seguida clicar em Novo.
Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco, Modelos Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento
existente ou Modelos do Microsoft Office On-line).
Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.

249
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Tema
No PowerPoint, você verá alguns modelos e temas internos. Um tema é um design de slide que contém correspondências de cores,
fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre outros recursos.
1. Clique na guia Design.

2. Clique no tema com as cores, as fontes e os efeitos desejados.


3. Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na guia Início e depois no botão Layout, escolha o layout desejado clicando
sobre ele.

Então basta começar a digitar.

250
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Formatar texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo.

1. Fonte: altera o tipo de fonte.


2. Tamanho da fonte: altera o tamanho da fonte.
3. Negrito: aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+N.
4. Itálico: aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+I.
5. Sublinhado: sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+S.
6. Tachado: desenha uma linha no meio do texto selecionado.
7. Sombra de Texto: adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-lo no slide.
8. Espaçamento entre Caracteres: ajusta o espaçamento entre caracteres.
9. Maiúsculas e Minúsculas: altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros usos comuns de maiúsculas/
minúsculas.
10. Cor da Fonte: altera a cor da fonte.
11. Alinhar Texto à Esquerda: alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+Q.
12. Centralizar: centraliza o texto. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+E.
13. Alinhar Texto à Direita: alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+G.
14. Justificar: alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra entre as palavras conforme o necessário, pro-
movendo uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
15. Colunas: divide o texto em duas ou mais colunas.

Excluir slide
Para excluir um slide basta selecioná-lo e depois clicar no botão ,localizado na guia Início.

Salvar Arquivo
Para salvar o arquivo, acionar o Botão do Microsoft Office e clicar em Salvar, ou clicar no botão .

Inserir Figuras
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar em um desses botões:
– Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.
– Clip-Art: é possível escolher entre várias figuras que acompanham o Microsoft Office.
– Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.
– SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde
listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
– Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados.
– WordArt: insere um texto com efeitos especiais.

251
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Transição de Slides
A Microsoft Office PowerPoint 2007 inclui vários tipos diferentes de transições de slides. Basta clicar no guia transição e escolher a
transição de slide desejada.

Exibir apresentação
Para exibir uma apresentação de slides no Power Point.
1. Clique na guia Apresentação de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides.
2. Clique na opção Do começo ou pressione a tecla F5, para iniciar a apresentação a partir do primeiro slide.
3. Clique na opção Do Slide Atual, ou pressione simultaneamente as teclas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide
atual.

Slide mestre
O slide mestre é um slide padrão que replica todas as suas características para toda a apresentação. Ele armazena informações como
plano de fundo, tipos de fonte usadas, cores, efeitos (de transição e animação), bem como o posicionamento desses itens. Por exemplo, na
imagem abaixo da nossa apresentação multiuso Power View, temos apenas um item padronizado em todos os slides que é a numeração
da página no topo direito superior.
Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide mestre, você modifica essencialmente esse slide mestre. Embora cada layout
de slide seja configurado de maneira diferente, todos os layouts que estão associados a um determinado slide mestre contêm o mesmo
tema (esquema de cor, fontes e efeitos).
Para criar um slide mestre clique na Guia Exibição e em seguida em Slide Mestre.

QUESTÕES

1. (FGV-SEDUC -AM) O dispositivo de hardware que tem como principal função a digitalização de imagens e textos, convertendo as
versões em papel para o formato digital, é denominado
(A) joystick.
(B) plotter.
(C) scanner.
(D) webcam.
(E) pendrive.

2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou um novo jogo para seu computador e o instalou sem que ocorressem erros.
No entanto, o jogo executou de forma lenta e apresentou baixa resolução. Considerando esse contexto, selecione a alternativa que contém
a placa de expansão que poderá ser trocada ou adicionada para resolver o problema constatado por João.
(A) Placa de som
(B) Placa de fax modem
(C) Placa usb

252
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
(D) Placa de captura 9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows
(E) Placa de vídeo 7, Windows Vista e Windows XP, apenas este último não possui ver-
são para processadores de 64 bits.
3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários tipos de pe- ( ) Certo
riféricos utilizados em um computador, como os periféricos de saída ( ) Errado
e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternativa que apresenta
um exemplo de periférico somente de entrada. 10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do
(A) Monitor Microsoft Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é
(B) Impressora uma versão oficial do Microsoft Windows
(C) Caixa de som (A) Windows 7
(D) Headphone (B) Windows 10
(E) Mouse (C) Windows 8.1
(D) Windows 9
4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado- (E) Windows Server 2012
res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi-
bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados 11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do
URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende- Windows:
reço válido na Internet é: (A) Windows Gold.
(A) http:@site.com.br (B) Windows 8.
(B) HTML:site.estado.gov (C) Windows 7.
(C) html://www.mundo.com (D) Windows XP.
(D) https://meusite.org.br
(E) www.#social.*site.com 12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e
Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe-
5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido- cuta?
res e armazenamento compartilhados, com software disponível e (A) Capturar qualquer item da área de trabalho.
localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso (B) Capturar uma imagem a partir de um scanner.
presencial, chamamos esse serviço de: (C) Capturar uma janela inteira
(A) Computação On-Line. (D) Capturar uma seção retangular da tela.
(B) Computação na nuvem. (E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
(C) Computação em Tempo Real. uma caneta eletrônica
(D) Computação em Block Time.
(E) Computação Visual 13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8,
assinale a alternativa INCORRETA:
6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos (A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen- pela Microsoft.
tos associados à Internet, julgue o próximo item. (B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter- ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem-
net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o pre visível ao usuário.
áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no (C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows
Youtube (http://www.youtube.com). 7 dentro do Windows 8.
( ) Certo (D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado
( ) Errado Kapersky.
(E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a res x86 e 64 bits.
execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar
danos ao computador do usuário. 14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema multi-
( ) Certo tarefa e multiusuário, é disponível em várias distribuições, entre as
( ) Errado quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora.
( ) Certo
8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e-mail ( ) Errado
com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa existên-
cia de vírus. 15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de
Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser um diretório, arquivos ou subdiretórios é o
adotado no exemplo acima. (A) init 0.
(A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo (B) init 6.
ao administrador de rede. (C) exit
(B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo (D) ls.
de vírus. (E) cd.
(C) Apagar o e-mail, sem abri-lo.
(D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni- 16. (SOLUÇÃO) O Linux faz distinção de letras maiúsculas ou
toramento. minúsculas
(E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a ( ) Certo
analisá-lo posteriormente. ( ) Errado

253
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
17. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo 12 B
(A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô-
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção 13 D
de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú- 14 CERTO
meros e letras.
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração 15 D
e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT. 16 CERTO
(C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
17 A
útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos
que o Excel. 18 D
(D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa- 19 CERTO
gens de correio eletrônico.
(E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio 20 CERTO
e recebimento de páginas web.

18. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresen- ANOTAÇÕES


ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
na Inicial” do Word 2010.
(A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento. ______________________________________________________
(B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
______________________________________________________
do documento.
(C) Definir o alinhamento do texto. ______________________________________________________
(D) Inserir uma tabela no texto
______________________________________________________
19. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint
2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse apli- ______________________________________________________
cativo.
A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?. ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
( ) Certo
( ) Errado ______________________________________________________

______________________________________________________
20. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so-
noros à apresentação em elaboração. ______________________________________________________
( ) Certo
( ) Errado ______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 C ______________________________________________________
2 E
______________________________________________________
3 E
______________________________________________________
4 D
5 B ______________________________________________________
6 ERRADO ______________________________________________________
7 CERTO
______________________________________________________
8 C
9 CERTO _____________________________________________________

10 D _____________________________________________________
11 A
______________________________________________________

254
LEGISLAÇÃO

IV - No pedido de concessão de diária encaminhado à Secreta-


ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS ria de Governo, Gestão de Projetos e Articulação Institucional de-
verão constar:
DECRETO N.º 1.602, DE 10 DE SETEMBRO DE 2018 a) O nome e número da matrícula, cargo ou função do servidor
ou requerente designado, banco, agência e conta onde é creditado
“Regulamenta o procedimento para a concessão de diária aos o salário para crédito da diária, quando veículo próprio colocar Pla-
servidores e agentes públicos da administração direta do Poder Exe- ca e Modelo do mesmo.
cutivo de Novo Gama – GO na forma que especifica e dá outras b) O local para onde deslocará o servidor ou requerente com a
providências” descrição objetiva do serviço a ser executado, assim como a identi-
ficação e programação do evento, treinamento, conclave ou curso,
A PREFEITA MUNICIPAL DE NOVO GAMA, ESTADO DE GOIAS, quando for o caso;
no uso de suas competências e atribuições que lhe conferem as c) Quantidade de diárias com ou sem pernoite, período de
constituições da República e do Estado de Goiás, e o inciso IV, do afastamento e distância de descolamento;
artigo 46, da Lei Orgânica Municipal, e o disposto no Artigo 39 da Lei d) Ordem de tráfego, no caso de condutor de veículo.
Complementar de n°. 1.124, de 30 de Dezembro de 2014, e ainda o V – Relatório sucinto ou outro documento que comprove a
Artigo 13 e Parágrafos da Lei n° 1.149, de 27 de junho de 2011 execução do serviço ou a participação em eventos, treinamentos,
conclaves e cursos de interesse da administração;
CONSIDERANDO que há necessidade de deslocamentos de ser- VI – Documentos hábeis a comprovação do deslocamento (or-
vidores da Administração Municipal para Cidades dentro e fora do dem de trafego, passagens aéreas e ou terrestres) e das despesas
Estado de Goiás, a serviço, para treinamentos, para solucionar pen- (recibos e notas fiscais) quando do retorno do servidor.
dências diversas do interesse desta Administração; VII – O pedido de diária deverá ainda obedecer ao disposto
na Portaria de n°. 003/2017-GAP, de 13 de março de 2017, a qual
CONSIDERANDO que para tais deslocamentos e necessário efe- “regulamenta a padronização para pedidos de diárias e dá outras
tuar gastos financeiros com alimentação, hospedagens e transpor- providências”.
te; Parágrafo único – As diárias solicitadas fora do prazo previsto
CONSIDERANDO que a Lei Complementar de n° 1.124, de 30 no caput deste artigo, deverão ser justificadas pelo Secretário da
de Dezembro de 2014 em seu Art. 39 dispõe que “O servidor que, a pasta.
serviço, se afastar da sede em caráter eventual ou transitório, para Art. 3º - Após análise da Secretaria de Governo, Gestão de Pro-
outro ponto do território nacional, fará jus a passagens e diárias, jetos e Articulação Institucional, e juntada da Declaração exarada
para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção ur- pela Divisão de Recursos Humanos, a respeito da situação do ser-
bana, com o valor da diária definido em regulamento, vidor, devendo informar o nome, cargo ou função, matrícula e se
está em pleno exercício de suas atividades laborais, não estando
CONSIDERANDO que, para efetuar tais despesas e contabiliza- em gozo de férias ou licença por qualquer motivo, o processo será
ção das mesmas de acordo com a lei, esta Administração resolve encaminhado à Secretaria de Finanças para autorização de paga-
fixar um valor unitário de diária de acordo com cada categoria; mento.
DECRETA: Art. 4° - A Secretaria de Finanças após autorização de pagamen-
Art. 1º - Fica autorizado o pagamento de diária ao servidor to, de acordo com disponibilidade financeira e orçamentária, enca-
que em razão do serviço se afastar do município de Novo Gama, de minhará o processo para a Controladoria Interna. I - A Controladoria
acordo com os dispositivos deste decreto. Interna deverá liberar o processo até o 3° dia útil seguinte ao seu
Art. 2º - Os Órgãos da Administração Direta do Poder Executivo recebimento, ou tomar as medidas cabíveis caso seja constatada
deverão encaminhar requerimento de solicitação de diária à Secre- alguma irregularidade. II - É assegurado o acesso dos servidores da
taria de Governo, Gestão de Projetos e Articulação Institucional, Controladoria Interna Municipal aos documentos ou assentamen-
que o analisará no prazo máximo de 5 (cinco) dias; tos funcionais que entender necessários ao convencimento da ve-
I – A solicitação de pagamento de diária deverá conter o desti- racidade das peças que compõem o processo sob sua análise. Art.
no e justificativa da necessidade de deslocamento do servidor, assi- 5º - Tratando-se de diária solicitada por membros dos conse-
nada pelo Secretário da pasta; lhos municipais, além das disposições previstas, será necessária a
II – Será necessário anexar documento que comprove a real apresentação dos seguintes documentos:
necessidade de deslocamento do servidor ou atestado de compa- I - cópia da Ata de Posse do conselheiro, onde deverá constar
recimento; vigência do mandato, ou decreto de nomeação;
III – A solicitação para pagamento de diária deverá ser protoco- II – solicitação de diária assinada pelo Presidente do Conselho;
lada com antecedência mínima de 05 (cinco) dias ao deslocamento. III – autorização expressa do Secretário da pasta.

255
LEGISLAÇÃO

Art. 6º - Em casos excepcionais e mediante autorização do Ges- Visto a importância das leis indicadas, lá você acompanha me-
tor Financeiro da pasta a qual o servidor esteja vinculado, poderá lhor quaisquer atualizações que surgirem depois da publicação da
ser concedido o pagamento de diárias para a participação em cur- apostila.
sos e seminários em cidades cuja a quilometragem seja inferior a Se preferir, indicamos também acesso direto ao arquivo pelo
100 quilômetros desta municipalidade. link a seguir: https://acessoainformacao.novogama.go.leg.br/legis-
I – os cursos que tratam o caput deste artigo terão que contri- lacao/lei/id=1
buir para o conhecimento técnico e profissional do servidor e ainda
contribuir com melhorias na atividade da Administração Pública;
II – o curso pretendido pelo servidor será afim a área de atua-
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (ARTIGOS 1º AO 6º)
ção do servidor no município;
III – só será permitido o pagamento mediante solicitação do CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE
Secretário da pasta que o servidor estiver subordinado; 1988
IV – a diária somente poderá ser concedida se a permanência
no local do curso for superior a 06 (seis) horas diárias; PREÂMBULO
V- deverá ser apresentado posteriormente à realização do cur- Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assem-
so ou seminário documento que comprove a execução do serviço bléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático,
ou a participação do servidor ou solicitante para que seja anexado destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais,
ao processo de pagamento de diária. a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igual-
Parágrafo Único. Fará jus à diária o servidor que ficar à dispo- dade e a justiça como valores supremos de uma sociedade frater-
sição da Justiça Eleitoral de Novo Gama no período das eleições, na, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
mediante solicitação do Juiz Eleitoral. Art. comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
7° - A concessão de diárias para deslocamentos fora do estado pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus,
de Goiás e da região metropolitana do Distrito Federal, será conce- a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
dida mediante autorização do Gestor Financeiro da pasta a qual o
servidor esteja vinculado e por meio de levantamento de custos a TÍTULO I
ser realizado pelo Setor de Compras da Secretaria de Finanças. Art. DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
8º - O servidor ou solicitante que receber diárias e não se afas-
tar de sua base de trabalho, por qualquer motivo, fica obrigado a Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
restituí-las integralmente num prazo de 05 (cinco) dias. indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, consti-
Art. 9° - A inobservância das disposições deste Decreto impor- tui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
tará na instauração de processo administrativo e a controladoria I - a soberania;
interna do município dará imediata ciência ao Tribunal de Contas II - a cidadania
dos Municípios do Estado de Goiás, sem prejuízo de outras sanções III - a dignidade da pessoa humana;
aplicáveis a espécie. IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;(Vide Lei
Art. 10 - Fica fixado o valor unitário de diária na forma em que nº 13.874, de 2019)
especifica, quando autorizada a solicitação, seguindo tabela em V - o pluralismo político.
anexo, a qual faz parte deste decreto. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce
Art. 11º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publica- por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
ção, revogadas disposições em contrário, em especial os Decretos desta Constituição.
de n°s. 3.231, de 26 de setembro de 2016 e 573, de 21 de maio de Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos
2013 para que surta todos os seus efeitos jurídicos e legais. entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Fede-
GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE NOVO GAMA, aos 10 rativa do Brasil:
dias do mês de setembro de 2018. SÔNIA CHAVES DE F. C I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigual-
dades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
Prezado(a), raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
A fim de atender na íntegra o conteúdo do edital, este tópico Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas rela-
será disponibilizado na Área do Aluno em nosso site. Essa área é re- ções internacionais pelos seguintes princípios:
servada para a inclusão de materiais que complementam a apostila, I - independência nacional;
sejam esses, legislações, documentos oficiais ou textos relaciona- II - prevalência dos direitos humanos;
dos a este material, e que, devido a seu formato ou tamanho, não III - autodeterminação dos povos;
cabem na estrutura de nossas apostilas. IV - não-intervenção;
Por isso, para atender você da melhor forma, os materiais são V - igualdade entre os Estados;
organizados de acordo com o título do tópico a que se referem e po- VI - defesa da paz;
dem ser acessados seguindo os passos indicados na página 2 deste VII - solução pacífica dos conflitos;
material, ou por meio de seu login e senha na Área do Aluno. VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

256
LEGISLAÇÃO

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humani- XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em lo-
dade; cais abertos ao público, independentemente de autorização, desde
X - concessão de asilo político. que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a in- mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade com-
tegração econômica, política, social e cultural dos povos da América petente;
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada
de nações. a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de coope-
TÍTULO II rativas independem de autorização, sendo vedada a interferência
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvi-
CAPÍTULO I das ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS -se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a perma-
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual- necer associado;
quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros re- XXI - as entidades associativas, quando expressamente auto-
sidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à rizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: extrajudicialmente;
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos XXII - é garantido o direito de propriedade;
termos desta Constituição; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação
coisa senão em virtude de lei; por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, me-
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desu- diante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
mano ou degradante; previstos nesta Constituição;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade com-
anonimato; petente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao pro-
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, prietário indenização ulterior, se houver dano;
além da indenização por dano material, moral ou à imagem; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, des-
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo de que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na for- pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dis-
ma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; pondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdei-
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença re- ros pelo tempo que a lei fixar;
ligiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e
prestação alternativa, fixada em lei; à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientí- desportivas;
fica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a ima- obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intér-
gem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano ma- pretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
terial ou moral decorrente de sua violação; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais pri-
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo vilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às cria-
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagran- ções industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas
te delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunica- XXX - é garantido o direito de herança;
ções telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será
no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução pro- brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
cessual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) do “de cujus”;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profis- XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do con-
são, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; sumidor;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguarda- XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos in-
do o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; formações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsa-
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, per- bilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à se-
manecer ou dele sair com seus bens; gurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº
12.527, de 2011)

257
LEGISLAÇÃO

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pa- LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
gamento de taxas: em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direi- comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
tos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; drogas afins, na forma da lei;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defe- LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
sa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; político ou de opinião;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela au-
ou ameaça a direito; toridade competente;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
perfeito e a coisa julgada; devido processo legal;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
que lhe der a lei, assegurados: com os meios e recursos a ela inerentes;
a) a plenitude de defesa; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
b) o sigilo das votações; meios ilícitos;
c) a soberania dos veredictos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em jul-
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra gado de sentença penal condenatória;
a vida; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identifica-
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena ção criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento)
sem prévia cominação legal; LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; esta não for intentada no prazo legal;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direi- LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais
tos e liberdades fundamentais; quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e impres- LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por or-
critível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; dem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente,
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente mi-
graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecen- litar, definidos em lei;
tes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hedion- LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
dos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família
podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) do preso ou à pessoa por ele indicada;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da famí-
o Estado Democrático; lia e de advogado;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, poden- LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por
do a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de sua prisão ou por seu interrogatório policial;
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autori-
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; dade judiciária;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a
outras, as seguintes: lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
a) privação ou restrição da liberdade; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável
b) perda de bens; pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimen-
c) multa; tícia e a do depositário infiel;
d) prestação social alternativa; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer
e) suspensão ou interdição de direitos; ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberda-
XLVII - não haverá penas: de de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger di-
art. 84, XIX; reito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
b) de caráter perpétuo; data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
c) de trabalhos forçados; autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
d) de banimento; atribuições do Poder Público;
e) cruéis; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, por:
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; a) partido político com representação no Congresso Nacional;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física b) organização sindical, entidade de classe ou associação legal-
e moral; mente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que pos- defesa dos interesses de seus membros ou associados;
sam permanecer com seus filhos durante o período de amamen- LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
tação; de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionali-
dade, à soberania e à cidadania;

258
LEGISLAÇÃO

LXXII - conceder-se-á habeas data:


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à GABARITO
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados
de entidades governamentais ou de caráter público; 1. Avança SP - 2023 - Prefeitura de Americana - SP - Assistente
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo Social
por processo sigiloso, judicial ou administrativo; De acordo com o art. 6° da Constituição Federal, são direitos
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação sociais, EXCETO:
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de (A) Dignidade da pessoa humana.
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, (B) Educação.
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o (C) Segurança.
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus (D) Lazer.
da sucumbência; (E) Previdência social.
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos;
2. Com relação ao direito à igualdade, expressamente previsto
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, as-
no art. 5.º da Constituição Federal de 1988, assinale a opção cor-
sim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na for- reta.
ma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) (A) Para garantir a efetividade do princípio da igualdade, a
a) o registro civil de nascimento; Constituição Federal de 1988 não prevê nenhuma norma que
b) a certidão de óbito; trate homens e mulheres de maneira diferenciada. O mencio-
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, nado princípio da igualdade deve ser considerado de forma
e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. absoluta, não se admitindo, em nenhuma hipótese, qualquer
(Regulamento) forma de diferenciação entre os sexos.
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são asse- (B) O princípio constitucional da igualdade está direcionado
gurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a exclusivamente ao legislador, pois o Poder Legislativo é o res-
celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional ponsável pela formatação do ordenamento jurídico a partir das
nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) regras estabelecidas no art. 59 e seguintes da Constituição Fe-
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos deral de 1988.
dados pessoais, inclusive nos meios digitais. (Incluído pela Emenda (C) O princípio da igualdade está direcionado exclusivamente
Constitucional nº 115, de 2022) aos órgãos da administração pública, considerando-se ser ela
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamen- a responsável por aplicar o ordenamento jurídico no caso con-
tais têm aplicação imediata. creto, mediante atos administrativos, visando à realização do
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não interesse público.
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela ado- (D) Embora o princípio da igualdade esteja direcionado a toda
tados, ou dos tratados internacionais em que a República Federati- a administração pública, é possível que, em determinadas situ-
va do Brasil seja parte. ações, mesmo que não haja um motivo legitimador, ocorram
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos certas diferenciações na seleção de candidatos a ocuparem
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Na- cargos públicos. Nesse caso específico, a administração pública
cional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos disporá de discricionariedade ilimitada para escolher os can-
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.(Incluído didatos mais aptos, observando que os agentes públicos que
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide DLG nº 186, de
ocupam cargos na estrutura do Estado são os responsáveis pela
2008), (Vide Decreto nº 6.949, de 2009), (Vide DLG 261, de 2015),
realização do interesse público.
(Vide Decreto nº 9.522, de 2018) (Vide ADIN 3392) (Vide DLG 1,
(E) Analisando-se o princípio da igualdade com relação ao par-
de 2021), (Vide Decreto nº 10.932, de 2022)
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Inter- ticular, verifica-se que este não poderá tratar os demais mem-
nacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela bros da sociedade de maneira discriminatória, atingindo direi-
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) tos fundamentais por meio de condutas preconceituosas, sob
pena de responsabilização civil e até mesmo criminal, quando
CAPÍTULO II o ato for tipificado como crime. Assim, é vedado ao particular,
DOS DIREITOS SOCIAIS na contratação de empregados, por exemplo, utilizar qualquer
critério discriminatório com relação a sexo, idade, origem, raça,
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, cor, religião ou estado civil.
o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previ-
dência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência
aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade
social terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder
público em programa permanente de transferência de renda, cujas
normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, obser-
vada a legislação fiscal e orçamentária (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 114, de 2021)

259
LEGISLAÇÃO

3. Quadrix - 2021 - CREFITO-4° Região (MG) - Analista Contábil 7. Quadrix - 2021 - CREFONO - 3ª Região - Assistente Adminis-
Nos termos do art. 6.º da Constituição Federal, são direitos sociais trativo Júnior
a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o trans- Os direitos e deveres individuais e coletivos não se restringem
porte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à mater- ao art. 5.º da Constituição Federal de 1988, sendo encontrados ao
nidade e à infância e a assistência aos desamparados. Considerando longo do texto constitucional, expressos ou decorrentes do regime
essa informação, julgue o item acerca dos direitos sociais. e dos princípios adotados pela Constituição.
A cobrança de taxa de matrícula em universidades públicas está
em consonância com os princípios que regem o direito à educação, Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado. 22.ª ed. São Paulo:
expressamente previsto pela Constituição Federal. Saraiva, 2018. p. 1.173 (com adaptações).
(...)Certo
(...)Errado Com relação aos direitos e às garantias individuais e coletivos
e aos princípios fundamentais previstos na Constituição Federal de
4. Quadrix - 2020 - CRMV-AM - Fiscal 1988, julgue o item.
O Título I da Constituição Federal de 1988 é dedicado aos prin- O rol de penas previsto no art. 5.º da Constituição Federal de
cípios fundamentais do Estado brasileiro e, no art. 1.º, são estabe- 1988 é exemplificativo.
lecidas suas características essenciais. Acerca dessas características, ( )Certo
julgue o item. ( )Errado
Quanto ao regime político, o Brasil constitui‐se em Estado De-
mocrático de Direito. 8. O Título I da Constituição Federal de 1988 é dedicado aos
( )Certo princípios fundamentais do Estado brasileiro e, no art. 1.º, são esta-
( )Errado belecidas suas características essenciais. Acerca dessas característi-
cas, julgue o item.
5. Nos termos do art. 6.º da Constituição Federal, são direitos O Brasil adota como forma de governo a República, que ex-
sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, pressa a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à como se dá a relação entre governantes e governados.
maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. Consi- ( )Certo
derando essa informação, julgue o item acerca dos direitos sociais. ( )Errado
É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em
qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econô- 9. Quadrix - 2020 - CREFONO-5° Região - Auxiliar Administrativo
mica na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhado- O art. 1.º da Constituição de 1988 estabeleceu a forma de Esta-
res ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área do, a forma de governo e o regime de governo, além de enumerar,
de um município. em seus incisos, os valores que orientam o Estado.
( )Certo A respeito dos princípios fundamentais da Constituição Federal
( )Errado de 1988, julgue o item.
A dignidade da pessoa humana, que assenta o reconhecimento
6. IBFC - 2020 - Prefeitura de Vinhedo - SP - Guarda Municipal da proteção individual, não só em relação ao Estado, mas também
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações in- diante dos demais indivíduos, apesar de ser importante, não é con-
ternacionais por alguns princípios expressos na Constituição Fede- siderada como um fundamento da República Federativa do Brasil.
ral de 1988, dentre eles, a defesa da paz e a solução pacífica de ( )Certo
conflitos. Leia abaixo o parágrafo único do artigo 4° da Constituição ( )Errado
Federal:
10. BRB - 2023 - Prefeitura de Borda da Mata - MG - Contador
“Art. 4°. Parágrafo Único. A República Federativa do Brasil bus- Conforme conhecimento da Constituição da República Federa-
cará a integração econômica, política, social e _____ dos povos tiva do Brasil sabe-se que existem os princípios fundamentais, den-
_____, visando à _____ de uma comunidade _____ de nações”. tre eles formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente e tem como fundamentos. Marque a alternativa que não compõe
as lacunas. um fundamento do Art.1º:
(A) Cultural / da América Latina / formação / latino-americana (A) A soberania.
(B) Religiosa / de todos os países / integração / sul-americana (B) A cidadania.
(C) Educacional / da América do Sul / reunião / universal (C) A dignidade da pessoa humana.
(D) Nacional / do mundo / integração / unida (D) Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei.
(E) O pluralismo político.

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LEGISLAÇÃO

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________
1 A ______________________________________________________
2 E
______________________________________________________
3 ERRADO
______________________________________________________
4 CERTO
5 CERTO ______________________________________________________
6 A ______________________________________________________
7 ERRADO
______________________________________________________
8 CERTO
9 ERRADO ______________________________________________________

10 D ______________________________________________________

______________________________________________________
ANOTAÇÕES ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

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