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INFERÊNCIA – ESTRATÉGIAS DE INTERPRETAÇÃO

A inferência é uma relação de sentido conhecida


desde a Grécia Antiga e que embasa as teorias sobre
interpretação de texto. Interpretar é buscar ideias,
LÍNGUA PORTUGUESA pistas do autor do texto, nas linhas apresentadas.
Apesar de, aparentemente, parecer algo subjetivo,
existem “regras” para se buscar essas pistas. A primei-
ra e mais importante delas é identificar a orientação
do pensamento do autor do texto, que fica perceptível
COMPREENSÃO DE TEXTOS quando identificamos como o raciocínio dele foi expos-
to, se de maneira mais racional, a partir da análise de
INTRODUÇÃO dados, informações com fontes confiáveis ou se de
maneira mais empirista, partindo dos efeitos, das con-
A interpretação e a compreensão textual são aspec- sequências, a fim de se identificar as causas.
tos essenciais a serem dominados por aqueles candida-
A seguir, apresentamos estratégias de leitura que
tos que buscam a aprovação em seleções e concursos
focam nas formas de inferência sobre um texto. Inicial-
públicos. Pelo fato de as questões de provas abordarem
mente, é fundamental identificar como ocorre o pro-
conteúdos diversos, muitas vezes, possuir competência
para interpretar e compreender aquilo que leu pode ser cesso de inferência, que se dá por dedução ou por
o grande diferencial entre o “quase” e a aprovação. indução. Para entender melhor, veja esse exemplo:
Além disso, seja a compreensão textual, seja a
interpretação textual, ambas guardam uma relação de O marido da minha chefe parou de beber.
proximidade com um assunto pouco explorado pelos
cursos de português: a semântica, que incide suas rela- Observe que é possível inferir várias informações
ções de estudo sobre as relações de sentido que a forma a partir dessa frase. A primeira é que a chefe do enun-
linguística pode assumir. ciador é casada (informação comprovada pela expres-
Neste material, você encontrará recursos para são “marido”), a segunda é que o enunciador está
solidificar seus conhecimentos em interpretação e trabalhando (informação comprovada pela expressão
compreensão textual, associando a essas temáticas as “minha chefe”) e a terceira é que o marido da chefe do
relações semânticas que permeiam todo amontoado enunciador bebia (expressão comprovada pela expres-
de palavras. Vale lembrar que qualquer aglomeração são “parou de beber”). Note que há pistas contextuais
textual é, atualmente, considerada texto e, dessa for- do próprio texto que induzem o leitor a interpretar
ma, deve ter um sentido que precisa ser reconhecido essas informações.
por quem o lê. Tratando-se de interpretação textual, os processos
Vamos começar nosso estudo fazendo uma breve
de inferência, sejam por dedução ou por indução, par-
diferença entre os termos compreensão e interpreta-
tem de uma certeza prévia para a concepção de uma
ção textual. Para muitos, essas palavras expressam o
interpretação construída pelas pistas oferecidas no
mesmo sentido, mas, como pretendemos deixar claro,
ainda que existam relações de sinonímia entre pala- texto junto da articulação com as informações aces-
vras do nosso vocabulário, a opção do autor por um sadas pelo leitor do texto. A seguir, apresentamos um
termo ao invés de outro reflete um sentido que deve fluxograma que representa como ocorre a relação
ser interpretado no texto, uma vez que a interpreta- desses processos:
ção realiza ligações com o texto a partir das ideias que
o leitor pode concluir com a leitura. DEDUÇÃO → CERTEZA → INTERPRETAR
Já a compreensão busca a análise de algo exposto no
texto, e, geralmente, é marcada por uma palavra ou uma INFERÊNCIA
expressão, além de apresentar mais relações semânti- INDUÇÃO → INTERPRETAR → CERTEZA
cas e sintáticas. A compreensão textual estipula aspectos
linguísticos essencialmente relacionados à significação
das palavras e, por isso, envolve uma forte ligação com A partir desse esquema, conseguimos visualizar
a semântica. melhor como o processo de interpretação ocorre. Agora,
Sabendo disso, é importante separarmos os con- iremos detalhar esse processo, reconhecendo as estra-
teúdos que tenham mais apelo interpretativo ou tégias que compõem cada maneira de inferir informa-
compreensivo. Neste material, você encontrará um ções de um texto. Por isso, vamos apresentar nos tópicos
forte conteúdo que relaciona semântica e interpreta- seguintes como usar estratégias de cunho dedutivo, indu-
ção, contendo questões sobre os assuntos: inferência; tivo e, ainda, como articular o nosso conhecimento de
figuras de linguagem; vícios de linguagem e intertex- mundo na interpretação de textos.
LÍNGUA PORTUGUESA

tualidade. No que se refere aos estudos que focam na


compreensão e semântica, os principais tópicos são: A INDUÇÃO
semântica dos sentidos e suas relações; coerência e
coesão; gêneros textuais (mais abordados em provas As estratégias de interpretação que observam
de concursos); tipos textuais e, ainda, as variações lin- métodos indutivos analisam as “pistas” que o texto
guísticas e suas consequências para o sentido. oferece e, posteriormente, reconhecem alguma certe-
Todos esses assuntos completam o estudo basilar za na interpretação. Dessa forma, é fundamental bus-
de semântica com foco em provas e concursos, sem- car uma ordem de eventos ou processos ocorridos no
pre de olho na sua aprovação. Por isso, convidamos texto e que variam conforme o tipo textual.
você a estudar com afinco e dedicação. Não se esqueça Sendo assim, no tipo textual narrativo, podemos iden-
de praticar seus conhecimentos realizando os exercí- tificar uma organização cronológica e espacial no desen-
cios de cada tópico, bem como, a seleção de exercícios volvimento das ações marcadas, por exemplo, pelo uso do
finais. pretérito imperfeito; na descrição, podemos organizar as 13
ideias do texto a partir da marcação de adjetivos e demais leitura que fará em seguida. Uma outra dica impor-
sintagmas nominais; na argumentação, esse encadea- tante é ler as questões da prova antes de ler o texto,
mento de ideias fica marcado pelo uso de conjunções e pois, assim, suas hipóteses já estarão agindo conforme
elementos que expõem uma ideia/ponto de vista. um objetivo mais definido.
No processo interpretativo indutivo, as ideias são O processo de interpretação por estratégias de dedu-
organizadas a partir de uma especificação para uma ção envolve a articulação de três tipos de conhecimento:
generalização. Vejamos um exemplo:
z Conhecimento Linguístico;
Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa z Conhecimento Textual;
espécie de animal. O que observei neles, no tempo em z Conhecimento de Mundo.
que estive na redação do O Globo, foi o bastante para
não os amar, nem os imitar. São em geral de uma las- O conhecimento de mundo, por se tratar de um
timável limitação de ideias, cheios de fórmulas, de assunto mais abrangente, será abordado mais adiante.
receitas, só capazes de colher fatos detalhados Os demais iremos abordar detalhadamente a seguir.
e impotentes para generalizar, curvados aos for-
tes e às ideias vencedoras, e antigas, adstritos a um Conhecimento Linguístico
infantil fetichismo do estilo e guiados por conceitos
obsoletos e um pueril e errôneo critério de beleza. Esse é o conhecimento basilar para a compreen-
(BARRETO, 2010, p. 21) são e decodificação do texto, pois envolve o reco-
nhecimento das formas linguísticas estabelecidas
O trecho em destaque na citação do escritor Lima socialmente por uma comunidade linguística, ou seja,
Barreto, em sua obra “Recordações do escrivão Isaías envolve o reconhecimento das regras de uma língua.
Caminha” (1917), identifica bem como o pensamento É importante salientar que as regras de reconhe-
indutivo compõe a interpretação e decodificação de cimento sobre o funcionamento da língua não são,
um texto. Para deixar ainda mais evidente as estraté- necessariamente, as regras gramaticais, mas, sim, as
gias usadas para identificar essa forma de interpretar, regras que estabelecem, por exemplo, no caso da lín-
deixamos a seguir dicas de como buscar a organiza- gua portuguesa, que o feminino é marcado pela desi-
ção cronológica de um texto. nência -a, que a ordem de escrita respeita o sistema
sujeito-verbo-objeto (SVO) etc.
Ângela Kleiman (2016) afirma que o conhecimento
A propriedade vocabular linguístico é aquele que “abrange desde o conhecimento
leva o cérebro a aproxi- sobre como pronunciar português, passando pelo conhe-
PROCURE SINÔNIMOS mar as palavras que têm cimento de vocabulário e regras da língua, chegando até
maior associação com o o conhecimento sobre o uso da língua” (2016, p. 15).
tema do texto Um exemplo em que a interpretação textual é preju-
Os conectivos (conjunções, dicada pelo conhecimento linguístico é o texto a seguir:
preposições, pronomes)
ATENÇÃO AOS
são marcadores claros de
CONECTIVOS
opiniões, espaços físicos e
localizadores textuais

A DEDUÇÃO

A leitura de um texto envolve a análise de diversos


aspectos que o autor pode colocar explicitamente ou
de maneira implícita no enunciado. Em questões de
concurso, as bancas costumam procurar nos enuncia-
dos implícitos do texto aspectos para abordar em suas
provas.
No momento de ler um texto, o leitor articula seus
conhecimentos prévios a partir de uma informação
que julga certa, buscando uma interpretação; assim,
ocorre o processo de interpretação por dedução. Con-
forme Kleiman (2016, p. 47):

Ao formular hipóteses o leitor estará predizendo


temas, e ao testá-las ele estará depreendendo o tema;
ele estará também postulando uma possível estru-
tura textual; na predição ele estará ativando seu
conhecimento prévio, e na testagem ele estará enri-
quecendo, refinando, checando esse conhecimento.
Fonte: https://bit.ly/3kCyWoI. Acesso em: 22/09/2020.
Atente-se a essa informação, pois é uma das pri-
meiras estratégias de leitura para uma boa inter- Como é possível notar, o texto é uma peça publici-
pretação textual: formular hipóteses, a partir da tária escrita em inglês, portanto, somente os leitores
macroestrutura textual; ou seja, antes da leitura ini- proficientes nessa língua serão capazes de decodificar
cial, o leitor deve buscar identificar o gênero textual e entender o que está escrito; assim, o conhecimento
ao qual o texto pertence, a fonte da leitura, o ano, linguístico torna-se crucial para a interpretação. Essas
entre outras informações que podem vir como “aces- são algumas estratégias de interpretação em que
14 sórios” do texto e, então, formular hipóteses sobre a podemos usar métodos dedutivos.
Conhecimento Textual Indução é um processo lógico que parte do particular
para o geral, como ocorre no seguinte raciocínio:
Esse tipo de conhecimento atrela-se ao conheci-
mento linguístico e desenvolve-se pela experiência a) Todos os dias o metrô está cheio; hoje deve estar
leitora. Quanto maior exposição a diferentes tipos de também;
textos, melhor se dá a sua compreensão. Nesse conhe- b) Após as chuvas, as ruas ficam alagadas; hoje deve ter
cimento, o leitor desenvolve sua habilidade, porque chovido durante toda a noite;
prepara sua leitura de acordo com o tipo de texto que c) A torcida do Corinthians está presente em todos os
está lendo. Não se lê uma bula de remédio como se lê jogos; domingo não deve ser diferente;
uma receita de bolo ou um romance. Não se lê uma d) O estacionamento do restaurante está cheio de carros;
reportagem como se lê um poema. o lucro desse restaurante deve ser alto;
Em outras palavras, esse conhecimento se relacio-
e) Os carros brasileiros ainda mostram deficiências; o
na com a habilidade de reconhecer diferentes tipos de
meu automóvel enguiçou ontem.
discursos, estruturas, tipos e gêneros textuais.
Indução é um processo lógico que parte do particu-
Conhecimento de Mundo
lar para o geral. Se houver alguma dúvida na reso-
lução, basta realizar a exclusão das alternativas
O uso dos conhecimentos prévios é fundamental
para a boa interpretação textual, por isso, é sempre a) Todos os dias.../ hoje...
importante que o candidato a cargos públicos reserve b) as ruas/ toda a noite
um tempo para ampliar sua biblioteca e buscar fontes c) em todos os jogos/ domingo...
de informações fidedignas, para, dessa forma, aumen- d) Resposta certa
tar seu conhecimento de mundo. e) Os carros.../ meu automóvel... Resposta: Letra D.
Conforme Kleiman (2016), durante a leitura, nosso
conhecimento de mundo que é relevante para a com- 2. (CESPE-CEBRASPE – 2014) Julgue o item, relativo à
preensão textual é ativado; por isso, é natural ao nosso dedução e indução.
cérebro associar informações, a fim de compreender A conclusão de um argumento dedutivo é uma con-
o novo texto que está em processo de interpretação. sequência necessária da verdade da conjunção das
A esse respeito, a autora propõe o seguinte exer- premissas, o que significa que, sendo verdadeiras
cício para atestarmos a importância da ativação do as premissas, é impossível a conclusão ser falsa.
conhecimento de mundo em um processo de interpre-
tação. Leia o texto a seguir e faça o que se pede: ( ) CERTO  ( ) ERRADO

Como gemas para financiá-lo, nosso herói desa- O pensamento dedutivo parte do conhecimento
fiou valentemente todos os risos desdenhosos que geral, visando ao conhecimento particular, assim,
tentaram dissuadi-lo de seu plano. “Os olhos enga-
para a lógica dedutiva, as premissas verdadeiras não
nam” disse ele, “um ovo e não uma mesa tipificam
corretamente esse planeta inexplorado.” Então as podem gerar enunciados falsos. Resposta: Certo.
três irmãs fortes e resolutas saíram à procura de
provas, abrindo caminho, às vezes através de imen- 3. (UFPE – 2018 - Adaptada) Na temática da Lógica,
sidões tranquilas, mas amiúde através de picos e leia o texto a seguir sobre os tipos de inferência:
vales turbulentos (KLEIMAN, 2016, p. 24). A dedução e a indução são conhecidas com o nome
de inferência, isto é, concluir alguma coisa a partir
Agora, tente responder as seguintes perguntas de outra já conhecida. Sobre a indução e a dedu-
sobre o texto: ção, entende-se como inferências mediatas.
Quem é o herói de que trata o texto? (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1996, p. 68.)
Quem são as três irmãs? Adaptado.
Qual é o planeta inexplorado?
Certamente, você não conseguiu responder nenhu- A autora acima enfatiza a singularidade dos tipos de
ma dessas questões, porém, ao descobrir o título des- inferência no âmbito da razão discursiva. Sobre isso,
se texto, sua compreensão sobre essas perguntas será observe a seguinte inferência:
afetada. O texto chama-se “A descoberta da América Sócrates é homem e mortal 
por Colombo”. Agora, volte ao texto, releia-o e busque Platão é homem e mortal 
responder às questões; certamente você não terá mais Aristóteles é homem e mortal  
as mesmas dificuldades. Logo, todos os homens são mortais.  
LÍNGUA PORTUGUESA

Ainda que o texto não tenha sido alterado, ao voltar


A inferência expressa o raciocínio:
seus olhos por uma segunda vez a ele, já sabendo do
que se trata, seu cérebro ativou um conhecimento pré-
a) Dialético.
vio que é essencial para a interpretação de questões.
b) Disjuntivo.
c) Indutivo.
d) Conjuntivo.
EXERCÍCIOS COMENTADOS e) Argumentativo.

1. (FGV – 2019) “Quando se julga por indução e sem o O raciocínio é indutivo, porque parte de premissas
necessário conhecimento dos fatos, às vezes chega- particulares para outras mais genéricas. Resposta:
-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores”. Letra C. 15
USO DOS PORQUÊS
ORTOGRAFIA OFICIAL
É muito comum haver confusão com os usos das
As regras de ortografia são muitas e, na maioria dos formas dos porquês, pois no contexto de uso discursi-
casos, contraproducentes, tendo em vista que a lógica vo (fala) não necessitamos distinguir foneticamente.
da grafia e da acentuação das palavras, muitas vezes, é Porém, existem quatro formas de escrita dos porquês,
derivada de processos históricos de evolução da língua.
as quais se distinguem por função sintática, morfo-
Por isso, vale lembrar a dica de ouro do aluno cra-
lógica e pela sua posição no período. Veja a tirinha a
que em ortografia: leia sempre! Somente a prática de
leitura irá lhe garantir segurança no processo de gra- seguir e como são realizadas essas distinções:
fia das palavras.
Em relação à acentuação, por outro lado, a maior
parte das regras não são efêmeras, porém, são em
grande número. Neste material, iremos apresen-
tar uma forma condensada e prática de nunca mais
esquecer os acentos e os motivos pelos quais as pala-
vras são acentuadas.
Ainda sobre aspectos ortográficos da língua portu-
guesa, é importante estarmos atentos ao uso de letras Disponível em: https://bit.ly/3oIvkDs
cujos sons são semelhantes e geram confusão quanto
à escrita correta. Veja:
Os tipos de porquês:
z É com X ou CH? Empregamos X após os ditongos.
Ex.: ameixa, frouxo, trouxe. � Porque: conjunção causal ou explicativa (igual a
“pois”, “uma vez que”).
Jogava vôlei porque os amigos o chamavam.
USAMOS X: USAMOS CH:
� Porquê: substantivo abstrato com propósito de
� Depois da sílaba em, se � Depois da sílaba em, se justificar. Pode ser acompanhado de artigo, prono-
a palavra não for derivada a palavra for derivada de me, adjetivo ou numeral. Pode vir no singular e no
de palavras iniciadas por palavras iniciadas por CH: plural.
CH: enxerido, enxada encher, encharcar Ex.: Não sabia o porquê de ela ter ido embora.
� Depois de ditongo: cai- � Em palavras derivadas Ele não entendeu os porquês de tantas brigas.
xa, faixa de vocábulos que são gra-
� Depois da sílaba ini- fados com CH: recauchu- � Por que: inicia perguntas diretas ou está presen-
cial me se a palavra não tar, fechadura te no interior de perguntas indiretas, podendo
for derivada de vocábulo ser substituído por “por qual razão” ou “por qual
iniciado por CH: mexer, motivo”. Pode ser também que tenha o significado
mexilhão de “pelo qual” e suas flexões.
Ex.: Quero saber por que você não visitou seu primo.
Fonte: instagram/academiadotexto. Acesso em: 10/10/2020. Os lugares por que passei são incríveis.

z É com G ou com J? Usamos G em substantivos termi- � Por quê: aparecerá sempre no final de uma fra-
nados em: -agem; igem; -ugem. Ex.: viagem, ferrugem; se, podendo ser substituído por “por qual motivo”,
Palavras terminadas em: ágio, -égio, -ígio, -ógio, “por qual razão”.
-úgio. Ex.: sacrilégio, pedágio; Ex.: Você não me falou nada, por quê?
Verbos terminados em -ger e -gir. Ex.: proteger, fugir; Ela escutou tudo isso sem saber por quê.
Usamos J em formas verbais terminadas em -jar ou
-jer. Ex.: viajar, lisonjear;
Termos derivados do latim escritos com j.
z É com Ç ou S? Após ditongos, usamos, geralmente, EXERCÍCIO COMENTADO
Ç quando houver som de S, e escrevemos S quando
houver som de Z. Ex.: eleição; Neusa; coisa. 1. (FCC – 2012) Está correto o emprego de ambos os
z É com S ou com Z? palavras que designam nacio- elementos destacados em:
nalidade ou títulos de nobreza e terminam em -ês
e -esa devem ser grafadas com S. Ex.: norueguesa; a) Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava
inglês; marquesa; duquesa. na sua localização estratégica, a importância de que
Palavras que designam qualidade, cuja termina- goza atualmente está na relevância histórica porque é
ção seja -ez ou -eza, são grafadas com Z: reconhecida.
Embriaguez; lucidez; acidez. b) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo mereci-
mento de ser poesia e história, por que o tempo a esco-
Essas regras para correção ortográfica das pala- lheu para ser preservada e a natureza, para ser bela.
vras, em geral, apresentam muitas exceções; por isso é c) Os dissabores por que passa uma cidade turística
importante ficar atento e manter uma rotina de leitu- devem ser prevenidos e evitados pela Casa Azul, por-
ra, pois esse aprendizado é consolidado com a prática. que ela nasceu para disciplinar o turismo.
Sua capacidade ortográfica ficará melhor a partir da d) Porque teria a cidade passado por tão longos anos
leitura e da escrita de textos, por isso, recomendamos de esquecimento? Criou-se uma estrada de ferro, eis
que se mantenha atualizado e leia fontes confiáveis de porque.
informação, pois além de contribuir para seu conhe- e) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sem-
cimento geral, sua habilidade em língua portuguesa pre deplorável; veja-se como e por quê Paraty acabou
16 também aumentará. se tornando um atraente centro turístico.
O “por que” na sentença da alternativa C está correta- Cessão
mente empregado, pois possui sentido de “pelo qual”.
O “porque” logo em seguida também está correto, pois Tem sentido de “ceder”, “repartir”.
tem função de explicar o nascimento da Casa Azul: Ex.: O governo autorizou a cessão de livros para
para disciplinar o turismo. Resposta: Letra C. as escolas.

DEMAIS E DE MAIS AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A

Demais Ao encontro de

Advérbio de intensidade. Assume também a fun- Significa “ser favorável a” e “aproximar-se de”.
ção de pronome indefinido. Ex.: A opinião dos estudantes ia ao encontro das
Ex.: Gritamos demais no jogo, por isso estamos nossas. (sentido de “corresponder”)
roucos. (advérbio) Ele foi ao encontro dos amigos. (sentido de
Eu amo essa cantora, ela é demais! (advérbio) “encontrar-se com”)
Sabemos o motivo principal, os demais não foram
divulgados. (pronome indefinido) De encontro a

De mais Indica “oposição”, “confronto”, “colisão”.


Ex.: A sua maneira de agir veio de encontro à
minha. (sentido de “confronto”)
Locução adjetiva que manifesta quantidade. Para
O caminhão foi de encontro ao poste. (sentido de
diferenciá-la de “demais”, basta trocar pelo antônimo,
“colisão”)
“de menos”; se der certo, escreve-se “de mais”.
O que ele fez foi de encontro ao que havia dito.
Ex.: Essa sobremesa tem açúcar de mais para o (sentido de oposição”)
meu paladar.
Preparei comida de mais, vou precisar congelar. SENÃO / SE NÃO
É só uma injeção, não tem nada de mais.
Senão
A CERCA DE / ACERCA DE / HÁ CERCA DE
Significa “do contrário, caso contrário”, “mas sim,
A cerca de mas”, “a não ser, exceto, mais do que”, “mas também”,
“falha, defeito, obstáculo (como substantivo)”.
Quando se referir a algo ou alguém, com ideia de Ex.: Saio cedo, senão chego atrasado.
quantidade aproximada. Não era diamante nem rubi, senão cristal.
Ex.: Ele falou a cerca de mil ouvintes. Ninguém, senão os convidados, podia entrar na festa.
O aprendizado não depende somente do professor,
Acerca de senão do esforço do aluno.
Não encontrei um senão em seu texto. (substanti-
Equivale a “sobre”, “a respeito de”, “em relação a”. vo com sentido de “falha”)
Ex.: O professou dissertou acerca dos progressos
científicos. Se não

Há cerca de Formado de uma conjunção condicional se e do


advérbio de negação não, tem valor de “caso não”,
Quando se trata de uma média de tempo passado. “quando não”.
Ex.: Há cerca de trinta dias, foi feita essa proposta. Ex.: Se não fizer sol, não lavarei roupas.
Havia duas pessoas interessadas, se não três.
Dica Para não errar mais:
Para evitar redundância, não se deve usar o “há Se não (separado): Caso não
cerca de” com outro termo que dê ideia de pas- Ex.: Se não estudar, será reprovado.
Senão (junto): Caso contrário
sado numa mesma sentença.
Ex.: Estude, senão será reprovado.
Ex.: Há cerca de trinta dias atrás. (inadequado)
Há cerca de trinta dias. (adequado) HÁ / A (EXPRESSÃO DE TEMPO)
LÍNGUA PORTUGUESA

SEÇÃO / SESSÃO / CESSÃO Há

Seção Usa-se para espaço de tempo referente ao passado.


Ex.: Ela saiu de casa há duas horas.
Tem sentido de “parte”, “divisão”, “segmento”. Saiba que o verbo há pode ser substituído também
Ex.: A seção onde trabalho é muito requisitada. por faz, sendo invariável, sempre no singular.
Ex.: Ela saiu de casa faz meia hora. / Ela saiu de
Sessão casa faz duas horas.

Tem sentido de “reunião”, “encontro”, “espaço de A


tempo”.
Ex.: Os ingressos para a sessão de estreia estão Usa-se para espaço de tempo referente ao futuro.
disponíveis. Ex.: Ele chegará daqui a duas horas. 17
MAL / MAU
EXERCÍCIO COMENTADO
Mal
1. (TJ-SC - 2010) “As eleições vão acontecer daqui ___
três meses, mas as discussões intrapartidárias come- Conjunção ou substantivo. Como substantivo,
çaram ____ bastante tempo. Entretanto, não ___ como refere-se a uma desgraça, calamidade, dano, doença,
deixar de constatar o irrealismo da legislação eleitoral, enfermidade, pesar, aflição, sofrimento, defeito, pro-
que cria certas restrições a pretexto de proporcionar blema, maldade. O substantivo mal forma o plural
igualdade de oportunidades a todos quantos dispu- males. Como conjunção subordinativa temporal,
tem mandato eletivo mas tenham pouco ou nada _____ tem sentido de “assim que” e “logo que”.
com a dinâmica do processo político.” Ex.: Todos sabem que essa personagem é do mal.
A sequência que preenche corretamente as lacunas (substantivo)
do texto é: Não temos como fugir dos males do mundo.
(substantivo)
a) a – há – há – haver Mal ele chegou, ela saiu da sala. (conjunção)
b) há – há – a – há ver Mal você possa, venha falar comigo. (conjunção)
c) a – a – a – haver
d) a – a – há – a ver Mau
e) a – há – há – a ver
Adjetivo. Indica alguém ou alguma coisa que: faz
A lacuna “daqui a três meses” representa tempo maldades, não é de boa qualidade, faz grosserias, traz
futuro, logo o “a” é uma preposição; “há bastante infortúnio, não tem competência, é pouco produtivo,
tempo” se refere ao que já passou, então se usa o é inconveniente e impróprio, é contrário aos bons cos-
verbo “há”; “não há como deixar” tem que ser com- tumes, é travesso e desobediente.
pletado com o verbo “haver” conjugado (“há”); em Ex.: Que chato! Sempre de mau humor!
“pouco ou nada a ver com a dinâmica”, utiliza-se “a Ele seguiu por maus caminhos.
ver”, e não “haver”, pois não se pode usar o verbo Desculpa o mau jeito! Eu estava nervoso!
nessa situação. Resposta: Letra E. Você está fazendo mau uso desse equipamento.

EM VEZ DE / AO INVÉS DE Para não errar mais, faça a seguinte operação sem-
pre que em dúvida: Mal é antônimo de Bem / Mau é
Em vez de
antônimo de Bom.
Significa “substituição”, “troca”.
Ex.: Em vez de estudar, ficou brincando com os
amigos.
CLASSE E EMPREGO DE PALAVRAS
Ao invés de
INTRODUÇÃO
Indica “algo inverso”, “oposição”.
Ex.: Ao invés de ligar o som, desligou-o.
A palavra morfologia refere-se ao estudo das for-
TRAZ / TRÁS / ATRÁS mas; por isso, o termo é usado pelos linguistas e tam-
bém pelos médicos que estudam as formas dos órgãos
Traz e suas funções.
Analogamente, para compreender bem as funções
Do verbo “trazer”, conjugado na terceira pessoa do de uma forma, seja ela uma palavra, seja um órgão,
singular. precisamos conhecer como essa forma se classifica
Ex.: Ele sempre me traz flores quando vem me ver. e como se organiza. Por isso, em língua portuguesa,
estudamos as formas das palavras na morfologia, que
Trás
organiza as classes das palavras em dez categorias.
Significa “na parte posterior” e é sempre precedi- A seguir, iremos estudar detalhadamente cada uma
do de preposição. delas e também acrescentamos um “bônus” para seus
Ex.: Ele estava por trás disso tudo desde o começo. estudos: as palavras denotativas, atualmente, muito
Ande mais depressa, senão ficará pra trás. cobradas por bancas exigentes.

Atrás ARTIGOS

Advérbio de lugar. Os artigos devem concordar em gênero e número


Ex.: O ponto de ônibus fica atrás do shopping. com os substantivos. São, por isso, considerados deter-
minantes dos substantivos.
Dica Essa classe está dividida em artigos definidos e arti-
Na frase “Ele estava atrás de mim quando tudo gos indefinidos. Os primeiros funcionam como deter-
aconteceu”, o advérbio atrás pode apresentar minantes objetivos, individualizando a palavra e os
dois significados: no sentido literal, “estar atrás” segundos funcionam como determinantes imprecisos.
é localizar-se atrás de alguém, mas o “estar
z Artigos definidos: o, os; a, as.
atrás” também apresenta um sentido figurado
18 de “estar buscando” ou “procurando”. z Artigos indefinidos: um, uns; uma, umas.
Os artigos podem ser combinados às preposições: Outra forma de notarmos a diferença é ficarmos
são as chamadas contrações. Algumas contrações atentos com a aparição das expressões adverbiais, o
comuns na língua são: em + a = na; a + o = ao; a + a = que sempre fará com que a palavra “um” seja numeral.
à; de + a = da. Sobre o numeral milhão/milhares, importa desta-
Toda palavra determinada por um artigo torna-se car que sua forma é masculina, logo, o artigo que pre-
um substantivo! Ex.: o não, o porquê, o cuidar etc. cede será sempre no masculino

z Errado: As milhares de vacinas chegaram hoje.

EXERCÍCIO COMENTADO z Correto: Os milhares de vacina chegaram hoje.

1. (SCT – 2020) Marque a alternativa cujo período apre- Dica


senta apenas artigos indefinidos:
A forma 14 por extenso apresenta duas for-
a) Uma das vantagens de ser garçonete é que acabo mas aceitas pela norma gramatical: catorze e
conhecendo todas as pessoas. quatorze.
b) A garota prefere lutar por ele, pois o considera uma
boa pessoa.
c) A família está em festa com a chegada do bebê.
d) Poderia me passar a colher, por favor? EXERCÍCIO COMENTADO
e) Mariana é uma mulher com um coração de ouro.
1. (CONSESP – 2018) Analise os itens a seguir:
Os artigos indefinidos são “um/uma” e suas flexões
de plural. A única opção que apresenta somente I. A quadragésima quinta Feira do Livro foi um sucesso (45ª).
artigos indefinidos é a e Resposta: Letra E. II. Pela milésima vez ele acenou positivamente (1000ª).
III. Há uma década que não o vejo (10 anos).
NUMERAIS
Os numerais entre parênteses foram grafados correta-
Palavra que se relaciona diretamente ao substanti-
mente, conforme apresentados em destaque, em:
vo, inferindo ideia de quantidade ou posição.
Os numerais podem ser:
a) 1 e 2, apenas.
z Cardinais: indicam quantidade em si. Ex.: dois b) 2 e 3, apenas.
potes de sorvete; zero coisas a comprar; ambos os c) 1 e 3, apenas.
meninos eram bons em português. d) 1, 2, e 3.

z Ordinais: indicam a ordem de sucessão de uma Todas as frases colocam adequadamente os nume-
série. Ex.: foi o segundo colocado do concurso; che- rais nas frases, por extenso, e entre parênteses. Res-
gou em último/penúltimo/antepenúltimo lugar.
posta: Letra D.
z Multiplicativos: indicam o aumento proporcio-
nal de uma quantidade. Ex.: Ele ganha o triplo no SUBSTANTIVOS
novo emprego.
z Fracionários: indicam a diminuição proporcio- Os substantivos classificam os seres em geral. Uma
nal de uma quantidade. Ex.: Tomou um terço característica básica dessa classe é admitir um deter-
de vinho; o copo estava meio cheio; ele recebeu minante, artigo, pronome etc. Os substantivos flexio-
metade do pagamento. nam-se em gênero, número e grau.

Um numeral ou um artigo? Tipos de Substantivos

A forma um pode assumir na língua a função de A classificação dos substantivos admite nove tipos
artigo indefinido ou de numeral cardinal; então, como diferentes de substantivos. São eles:
podemos reconhecer cada função? É preciso observar
o contexto em uso. z Simples: Formados a partir de um único radical.
Durante a votação, houve um deputado que se Ex.: vento, escola;
posicionou contra o projeto.
z Composto: Formados pelo processo de justaposi-
LÍNGUA PORTUGUESA

z Durante a votação, apenas um deputado se posi- ção. Ex.: couve-flor, aguardente;


cionou contra o projeto. z Primitivo: Possibilitam a formação de um novo
substantivo. Ex.: pedra, dente;
Na primeira frase, podemos substituir o termo um
por uma, realizando as devidas alterações sintáticas, e z Derivado: Formados a partir dos primitivos. Ex.:
o sentido será mantido, pois o que se pretende defen- pedreiro, dentista;
der é que a espécie do indivíduo que se posicionou z Concreto: Designam seres com independência
contra o projeto é um deputado e não uma deputada, ontológica, ou seja, um ser que existe por si, inde-
por exemplo. pendente da sua conotação espiritual ou real. Ex.:
Já na segunda oração, a alteração do gênero não Deus, fada, carro;
implicaria em mudanças no sentido, pois o que se
pretende indicar é que o projeto foi rejeitado por UM z Abstrato: Indica estado, sentimento, ação, quali-
deputado, marcando a quantidade. dade. Ex.: coragem, Liberalismo; 19
z Comum: Designam determinados seres e lugares. Além disso, algumas palavras na língua causam
Ex.: homem, cidade; dificuldade na identificação do gênero, pois são usa-
das em contextos informais com gêneros diferentes, é
z Próprio: Designam uma determinada espécie. Ex.: o caso de: a alface; a cal; a derme; a libido; a gênese;
Maria, Fortaleza; a omoplata / o guaraná; o catolicismo; o formicida; o
z Coletivo: Usados no singular, designam um conjun- telefonema; o trema.
to de uma mesma espécie. Ex.: pinacoteca, manada. Algumas formas que não apresentam, necessaria-
mente, relação com o gênero, são admitidas tanto no
É importante destacar que a classificação de um masculino quanto no feminino: O personagem / a per-
substantivo depende do contexto em que ele está inse- sonagem; O laringe / a laringe; O xerox / a xerox.
rido. Vejamos:
Judas foi um apóstolo (Judas = Próprio). Flexão de Número
O amigo se mostrou um judas (judas = traidor/
comum). Os substantivos flexionam-se em gênero, de manei-
ra geral, pelo acréscimo do morfema -s: Casa / casas.
Flexão de Gênero Porém, podem apresentar outras terminações: males,
reais, animais, projéteis etc. Geralmente, devemos acres-
Os gêneros do substantivo são masculinos e femi- centar -es ao singular das formas terminadas em R ou Z,
ninos. Porém, alguns admitem apenas uma forma como: flor / flores; paz / pazes. Porém, há exceções, como
para os dois gêneros, são, por isso, chamados de uni- mal/males.
formes. Os substantivos uniformes podem ser: Já os substantivos terminados em AL, EL, OL, UL
fazem plural trocando-se o L final por -is. Ex.: coral
z Comuns-de-dois-gêneros: designam seres huma- / corais; papel / papéis; anzol / anzóis. Mas também
nos e sua diferença é marcada pelo artigo. Ex.: o há exceções. Ex.: a forma mel apresenta duas formas
pianista / a pianista; o gerente / a gerente; o cliente aceitas meles e méis.
/ a cliente; o líder / a líder. Geralmente, as palavras terminadas em -ão fazem
plural com o acréscimo do -s ou pelo acréscimo de -es.
z Epicenos: designam animais ou plantas que apre-
Ex.: capelães, capitães, escrivães. Contudo, há subs-
sentam distinção entre masculino e feminino; a tantivos que admitem até três formas de plural:
diferença é marcada pelo uso do adjetivo macho
ou fêmea. Ex.: cobra macho / cobra fêmea; onça z Ermitão: ermitãos, ermitões, ermitães.
macho / onça fêmea; gambá macho / gambá fêmea;
girafa macho / girafa fêmea. z Ancião: anciãos, anciões, anciães.
z Sobrecomuns: designam seres de forma geral que z Vilão: vilãos, vilões, vilães.
não são distinguidos por artigo ou adjetivo, o gêne-
ro pode ser reconhecido apenas pelo contexto. Ex.: Podemos, ainda, associar às palavras paroxítonas
A criança; O monstro; A testemunha; O indivíduo. que terminam em -ão o acréscimo do -s. Ex.: órgão /
órgãos; órfão / órfãos.
Os substantivos biformes, como o nome indi-
ca, designam os substantivos que apresentam duas Plural dos Substantivos Compostos
formas para os gêneros masculino ou feminino. Ex.:
professor/professora. Os substantivos compostos são aqueles formados
Destacamos que alguns substantivos apresentam por justaposição; o plural dessas formas obedece às
formas diferentes nas terminações para designar for- seguintes regras:
mas diferentes no masculino e no feminino:
z Variam os dois elementos:
Ex.: Ator/atriz; Ateu/ ateia; Réu/ré.
substantivo + substantivo:
Outros substantivos modificam o radical para
Ex.: mestre-sala / mestres-salas;
designar formas diferentes no masculino e no femini-
no, estes são chamados de substantivos heteroformes:
Substantivo + adjetivo:
Ex.: Pai/mãe; Boi/vaca; Genro/nora. Ex.: guarda-noturno / guardas - noturnos;

Gênero e Significação Adjetivo + substantivo:


Ex.: boas-vindas;
É importante salientar que alguns substantivos
uniformes podem aparecer com marcação de gênero Numeral + substantivo:
diferente, ocasionando uma modificação no sentido. Ex.: terça-feira / terças - feiras.
Veja, por exemplo:
z Varia apenas um elemento:
z A testemunha: pessoa que presenciou um crime;
z O testemunho: relato de experiência, associado a
Substantivo + preposição + substantivo.
religiões.
Ex.: canas-de-açúcar;
Algumas formas substantivas mantêm o radical,
mas a alteração do gênero interfere no significado: Substantivo + substantivo (com função adjetiva).
Ex.: navios-escola.
z O cabeça: chefe / a cabeça: membro o corpo;
z O moral: ânimo / a moral: costumes sociais; Palavra invariável + palavra invariável.
20 z O rádio: aparelho / a rádio: estação de transmissão. Ex.: abaixo-assinados.
Verbo + substantivo. Terra seca árvore seca
Ex.: guarda-roupas. E a bomba de gasolina
Casa seca paiol seco
Redução + substantivo. E a bomba de gasolina
Ex.: bel-prazeres. ( ) CERTO  ( ) ERRADO
Destacamos, ainda, que os substantivos compostos A palavra “seco” no contexto mencionado não é
formados por verbo + advérbio e verbo + substan- substantivo, e sim funciona como adjetivo. Respos-
tivo plural ficam invariáveis. Ex.: Os bota-fora; os ta: Errado.
saca-rolha.
ADJETIVOS
Variação de Grau
Os adjetivos associam-se aos substantivos garan-
A flexão de grau dos adjetivos exprime a variação
tindo a estes um significado mais preciso. Os adjetivos
de tamanho dos seres, indicando um aumento ou uma
diminuição. podem indicar:

z Grau aumentativo: quando o acréscimo de sufi- z Qualidade: professor chato.


xos aos substantivos indicar um grau aumentativo. z Estado: aluno triste.
Ex.: bocarra, homenzarrão, gatalhão, cabeçorra, z Aspecto, aparência: estrada esburacada.
fogaréu, boqueirão, poetastro.
Locuções Adjetivas
z Grau diminutivo: quando o acréscimo de sufi-
xos aos substantivos indicar um grau diminutivo. As locuções adjetivas apresentam o mesmo valor
Ex.: fontinha, lobacho, casebre, vilarejo, saleta, dos adjetivos, indicando as mesmas características
pequenina, papelucho. deles.
Elas são formadas por preposição + substantivo,
Dica referindo-se a outro substantivo ou expressão subs-
tantivada, atribuindo-lhe o mesmo valor adjetivo.
O emprego do grau aumentativo ou diminutivo A seguir, colocamos algumas locuções adjetivas
dos substantivos pode alterar o sentido das pala- com valores diferentes ao lado da forma adjetiva,
vras, podendo assumir um valor: importantes para seu estudo:
Afetivo: filhinha;
Pejorativo: mulherzinha / porcalhão. z Voo de águia / aquilino;
z Poder de aluno / discente;
O Novo Acordo Ortográfico e o Uso de Maiúsculas
z Cor de chumbo / plúmbeo;
O novo acordo ortográfico estabelece novas regras z Bodas de cobre / cúprico;
para o uso de substantivos próprios, exigindo o uso
da inicial maiúscula. Dessa forma, devemos usar com z Sangue de baço / esplênico;
letra maiúscula as iniciais das palavras que designam: z Nervo do intestino / celíaco ou entérico;

z Nomes de instituições. Ex.: Embaixada do Brasil; z Noite de inverno / hibernal ou invernal.


Ministério das Relações Exteriores; Gabinete da
Vice-presidência. É importante destacar que mais do que “decorar”
formas adjetivas e suas respectivas locuções, é fun-
z Títulos de obras. Ex.: Memórias póstumas de Brás
Cubas. Caso a obra apresente em seu título um damental reconhecer as principais características de
nome próprio, este também deverá ser escrito com uma locução adjetiva: caracterizar o substantivo e
inicial maiúscula. apresentar valor de posse. Ex.: Viu o crime pela aber-
tura da porta; A abertura de conta pode ser realiza-
z Nomenclatura legislativa especificada deve ser
da on-line.
escrita com inicial maiúscula. Ex.: Lei de Diretri-
Quando a locução adjetiva é composta pela pre-
zes e Bases da Educação (LDB).
posição “de”, ela pode ser confundida com a locução
z Períodos e eventos históricos. Ex.: Revolta da adverbial. Nesse caso, para diferenciá-las, é importan-
Vacina; Guerra Fria. te perceber que a locução adjetiva apresenta valor de
posse, pois, nesse caso, o meio usado pelo sujeito para
Em palavras com hífen, podemos optar pelo uso
de maiúsculas ou minúsculas, portanto, são aceitas as ver “o crime”, indicado na frase, foi pela abertura da
formas: Vice-Presidente; Vice-presidente e vice-pre- porta. Além disso, a locução destacada está caracteri-
LÍNGUA PORTUGUESA

sidente, porém é preciso manter a mesma forma em zando o substantivo “abertura”.


todo o texto. Já nomes próprios compostos por hífen Já na segunda frase, a locução destacada é adver-
devem ser escritos com as iniciais maiúsculas: Grã- bial, pois quem sofre a “ação” de ser aberta é a “con-
-Bretanha, Timor-Leste. ta”, o que indica o valor de passividade da locução,
demonstrando seu caráter adverbial.
As locuções adjetivas também desempenham fun-
ção de adjetivo e modificam substantivos, pronomes,
EXERCÍCIO COMENTADO numerais, oração substantiva. Ex.: amor de mãe, café
com açúcar.
1. (FCC – 2018) Julgue o item a seguir: Já as locuções adverbiais desempenham função
Organiza-se o sentido, nos versos 1 e 3, por meio de de advérbio. Modificam advérbios, verbos, adjetivos,
sequências verbais, das quais se destaca o uso recor- orações adjetivas com esses valores. Ex.: morreu de
rente do substantivo “seco” devidamente flexionado. fome; agiu com rapidez. 21
Adjetivo de Relação O candidato é o mais humilde dos concorren-
tes? (Superlativo relativo de superioridade).
No estudo dos adjetivos, é fundamental estudar O candidato é o menos preparado entre os con-
o aspecto morfológico designado como “adjetivo de correntes à prefeitura (Superlativo relativo de
relação”, muito cobrado por bancas de concursos. inferioridade).
Para identificar um adjetivo de relação, observe as
seguintes características: Ao compararmos duas qualidades de um mesmo
ser, devemos empregar a forma analítica (mais alta,
z Seu valor é objetivo, não podendo, portanto, apre- mais magra, mais bonito etc.).
sentar meios de subjetividade. Ex.: Em “Menino
bonito”, o adjetivo não é de relação, já que é sub- Ex.: A modelo é mais alta que magra.
jetivo, pois a beleza do menino depende dos olhos
de quem o descreve.
Porém, se uma mesma característica se referir
z Posição posterior ao substantivo: os adjetivos de a seres diferentes, empregamos a forma sintética
relação sempre são posicionados após o substanti- (melhor, pior, menor etc.).
vo. Ex.: casa paterna.
z Derivado do substantivo: derivam-se do substan- Ex.: Nossa sala é menor que a sala da diretoria.
tivo por derivação prefixal ou sufixal.
Formação dos Adjetivos
z Não admitem variação de grau: os graus compa-
rativo e superlativo não são admitidos. Os adjetivos podem ser primitivos, derivados,
simples ou compostos.
Alguns exemplos de adjetivos relativos: Presiden-
te americano (não é subjetivo; posicionado após o z Primitivos: são os Adjetivos que não derivam de
substantivo; derivado de substantivo; não existe a outras palavras e, a partir deles, é possível formar
forma variada em grau “americaníssimo”); platafor- novos termos. Ex.: útil, forte, bom, triste, mau etc.
ma petrolífera; economia mundial; vinho francês; z Derivados: são formados a partir dos adjetivos pri-
roteiro carnavalesco. mitivos. Ex.: bondade, lealdade, mulherengo etc.
z Simples: Os adjetivos simples apresentam um
Variação de Grau único radical. Ex.: português, escuro, honesto etc.
z Compostos: são formados a partir da união de
O adjetivo pode variar em dois graus: Compara-
dois ou mais radicais. Ex.: verde-escuro, luso-bra-
tivo ou superlativo. Cada um deles apresenta suas
sileiro, amarelo-ouro etc.
respectivas categorias.
Dica
z Grau comparativo: exprime a característica de
um ser, comparando-o com outro da mesma classe O plural dos adjetivos simples é realizado da
nos seguintes sentidos: mesma forma que o plural dos substantivos.

„ Igualdade: igual a, como, tanto quanto, tão Plural dos adjetivos compostos
quanto;
O plural dos adjetivos compostos segue as seguin-
„ Superioridade: mais do que; tes regras:
„ Inferioridade: menos do que.
z Invariável: adjetivos compostos como azul-mari-
Ex.: Somos tão complexos quanto simplórios
nho, azul-celeste, azul-ferrete; locuções formadas
(comparativo de igualdade);
de cor + de + substantivo, como em cor-de-rosa,
O amor é mais suficiente do que o dinheiro cor-de-cáqui; adjetivo + substantivo, como tape-
(comparativo de superioridade); tes azul-turquesa, camisas amarelo-ouro.
Homens são menos engajados do que mulhe-
res (comparativo de inferioridade). z Varia o último elemento: 1º elemento é palavra
invariável, como em mal-educados, recém-forma-
dos; adjetivo + adjetivo, como em lençóis verde-
z Grau superlativo: em relação ao grau superlati- -claros, cabelos castanho-escuros.
vo, é importante considerar que o valor semântico
desse grau apresenta variações, podendo indicar: Adjetivos Pátrios

„ Característica de um ser elevada ao último Os adjetivos pátrios também são conhecidos como
grau: Superlativo absoluto, que pode ser analí- gentílicos e designam a naturalidade ou nacionalidade
tico (associado ao advérbio) ou sintético (asso- dos seres.
ciação de prefixo ou sufixo ao adjetivo); O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de
um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: ama-
„ Característica de um ser relacionada com zonense, fluminense, cearense.
outros indivíduos da mesma classe: Superla- Uma outra curiosidade sobre os adjetivos pátrios diz
tivo relativo, que pode ser de superioridade (O respeito ao adjetivo brasileiro, formado com o sufixo
mais) ou de inferioridade (O menos) -eiro, costumeiramente usado para designar profissões.
Ex.: O candidato é muito humilde (Superlativo O gentílico que designa nossa nacionalidade teve
absoluto analítico). origem com as pessoas que comercializavam o pau-
O candidato é humílimo (Superlativo absoluto -brasil, esse ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”,
22 sintético). termo que passou a indicar os nascidos em nosso país.
Veja abaixo alguns deles:

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FGV – 2017) Há, em língua portuguesa, um grupo de adjetivos chamados “adjetivos de relação”, que possuem marcas
diferentes de outros adjetivos, como a de não poder ser empregado antes do substantivo a que se refere, nem receber
grau superlativo. Assinale a opção que indica o adjetivo do texto que não está incluído nessa categoria:

a) Herói nacional.
b) Guerra mundial.
c) Diferença social.
LÍNGUA PORTUGUESA

d) Povo cordial.
e) Traço cultural.

Como vimos, uma outra característica dos adjetivos de relação é a objetividade. Esses adjetivos não denotam
questões subjetivas, tal qual o adjetivo “cordial”, na letra D, a única sem adjetivo de relação. Resposta: Letra D

ADVÉRBIOS

Advérbios são palavras invariáveis que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Em alguns
casos, os advérbios também podem modificar uma frase inteira, indicando circunstância.
Os grandes cientistas da gramática da língua portuguesa apresentam uma lista exaustiva com as funções dos
advérbios. Porém, decorá-las além de desgastante, pode não ter o resultado esperado na resolução de questões
de concurso. 23
Dessa forma, atente-se às principais funções designadas por um advérbio e, a partir delas, consiga interpretar
a função exercida nos enunciados das questões que tratem dessa classe de palavras.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algumas funções basilares exercidas pelo advérbio:

z Dúvida: Talvez, caso, porventura, quiçá etc.


z Intensidade: Bastante, bem, mais, pouco etc.
z Lugar: Ali, aqui, atrás, lá etc.
z Tempo: Jamais, nunca, agora etc.
z Modo: Assim, depressa, devagar etc.

Novamente, chamamos sua atenção para a função que o advérbio deve exercer na oração. Como dissemos,
essas palavras modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio; por isso, para identificar com mais pro-
priedade a função denotada pelos advérbios, é preciso perguntar: Como? Onde? Como? Por quê?
As respostas sempre irão indicar circunstâncias adverbiais expressas por advérbios, locuções adverbiais ou
orações adverbiais.
Vejamos como podemos identificar a classificação/função adequada dos advérbios:

z O homem morreu... de fome (causa); com sua família (companhia); em casa (lugar); envergonhado (modo).
z A criança comeu... demais (intensidade); ontem (tempo); com garfo e faca (instrumento); às claras (modo).

Locuções dverbiais

As locuções adverbiais, como já mostramos anteriormente, são bem semelhantes às locuções adjetivas. É
importante saber que as locuções adverbiais apresentam um valor passivo.

Ex.: Ameaça de colapso.

Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja, se inverter-
mos a ordem e inserirmos um verbo na voz passiva, a frase manterá seu sentido. Vejamos:

Colapso foi ameaçado: essa frase faz sentido e apresenta valor passivo, logo, sem o verbo, a locução destaca-
da anteriormente é adverbial.

Ainda sobre esse assunto, perceba que em locuções como esta: “Característica da nação”, o termo destacado
não terá o mesmo valor passivo, pois não aceitará a inserção de um verbo com essa função:

Nação foi característica*: essa frase quebra a estrutura gramatical da língua portuguesa, que não admite voz
passiva em termos com função de posse, caso das locuções adjetivas. Isso torna tal estrutura agramatical, por
isso, inserimos um asterisco (*) para indicar essa característica.

Dica
Locuções adverbiais apresentam valor passivo.
Locuções adjetivas apresentam valor de posse.

Com essa dica, esperamos que você seja capaz de diferenciar essas locuções em questões; ademais, buscamos
desenvolver seu aprendizado para que não seja preciso gastar seu valioso tempo decorando listas de locuções
adverbiais. Lembre-se: o sentido está no texto.

Advérbios Interrogativos

Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo ideia de tempo,
modo ou causa.

Exs.:
Como foi a prova?
Quando será a prova?
Onde será realizada a prova?
Por que a prova não foi realizada?

De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são advérbios interrogativos, pois não substi-
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.

Grau do Advérbio
Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser flexionados nos graus comparativo e superlativo.
24 Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando flexionados em grau:
GRAU COMPARATIVO
NORMAL SUPERIORIDADE INFERIORIDADE IGUALDADE
Bem Melhor (mais bem*) - Tão bem
Mal Pior (mais mal*) - Tão mal
Muito Mais - -
Pouco menos - -

Obs.: As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal.

GRAU SUPERLATIVO

NORMAL ABSOLUTO SINTÉTICO ABSOLUTO ANALÍTICO RELATIVO


Bem Otimamente Muito bem Inferioridade
Mal Pessimamente Muito mal Superioridade
Muito Muitíssimo - Superioridade: o mais
Pouco Pouquíssimo - Superioridade: o menos

Advérbios e Adjetivos

O adjetivo é, como vimos, uma classe de palavras variável, porém, quando se refere a um verbo, ele fica inva-
riável, confundindo-se com o advérbio.
Nesses casos, para ter certeza de qual é classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural; caso
a palavra aceite uma dessas flexões, será adjetivo.

Ex.: A cerveja que desce redondo/ As cervejas que descem redondo.


Nesse caso, trata-se de um advérbio.

Palavras Denotativas

São termos que apresentam semelhança aos advérbios, em alguns casos são até classificados como tal, mas
não exercem função modificadora de verbo, adjetivo ou advérbio.
Sobre as palavras denotativas, é fundamental que você saiba identificar o sentido a elas atribuído, pois, geral-
mente, é isso que as bancas de concurso cobram.

z Eis: sentido de designação;


z Isto é, por exemplo, ou seja: sentido de explicação;
z Ou melhor, aliás, ou antes: sentido de ratificação;
z Somente, só, salvo, exceto: sentido de exclusão;
z Além disso, inclusive: sentido de inclusão.

Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente compostas pela forma ser
+ que (é que). A principal característica dessas palavras é que podem ser retiradas sem causar prejuízo sintático
ou semântico na frase. Ex.: Eu é que faço as regras / Eu faço as regras.
Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, não, é porque etc.

Algumas Observações Interessantes

z O adjunto adverbial deve sempre vir posicionado após o verbo ou complemento verbal, caso venha deslocado,
em geral, separamos por vírgulas.
z Em uma sequência de advérbios terminados com o sufixo -mente, apenas o último elemento recebe a termi-
nação destacada.
LÍNGUA PORTUGUESA

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (SCT – 2020) Assinale a opção em que as palavras denotativas não foram bem classificadas:

a) A palavra SE, por exemplo, pode ter muitas funções (explicação).


b) Todos saíram exceto o vigia (exclusão).
c) O pároco, isto é, o vigário da nossa paróquia, esteve aqui (de adição).
d) Mesmo eu não sabia de nada (exclusão).
e) Ele também participou da homenagem (inclusão).

A expressão “isto é” designa explicação, portanto, o item incorreto é a alternativa C. Resposta: Letra C. 25
2. (FCC – 2018) Julgue o item a seguir: Os pronomes oblíquos tônicos são pronunciados
O antônimo de “bem-estar” se constrói com o adjetivo com força e precedidos de preposição. Costumam ter
mau. função de complemento:

( ) CERTO  ( ) ERRADO z 1ª pessoa: Mim, comigo (singular); nós, conosco


(plural).
O contrário de “bem-estar” é “mal-estar”, admitin-
do-se apenas a forma adverbial da palavra. Respos- z 2ª pessoa: Ti, contigo (singular); vós, convosco
ta: Errado. (plural).

PRONOMES z 3ª pessoa: Si, consigo (singular ou plural); ele (s), ela (s)

Pronomes são palavras que representam ou acom- Importante lembrar que não devemos usar prono-
panham um termo substantivo. Dessa forma, a função mes do caso reto como objeto ou complemento ver-
dos pronomes é substituir ou determinar uma pala- bal, como em: “mate ele”. Contudo, o gramático Celso
vra. Os pronomes indicam: pessoas, relações de pos- Cunha destaca que é possível usar os pronomes do
se, indefinição, quantidade, localização no tempo, no caso reto como complemento verbal, desde que ante-
espaço e no meio textual, entre tantas outras funções. cedidos pelos vocábulos “todos”, “só”, “apenas” ou
Destacamos, ainda, que os pronomes exercem “numeral”. Ex.: Encontrei todos eles na festa; Encon-
papel importante na análise sintática e também na trei apenas ela na festa.
interpretação textual, pois colaboram para a comple- Após a preposição “entre”, em estrutura de reci-
mentação de sentido de termos essenciais da oração, procidade, devemos usar os pronomes oblíquos tôni-
além de estruturar a organização textual, contribuin- cos. Ex.: Entre mim e ele não há segredos.
do para a coesão e também para a coerência de um
texto. Pronomes de Tratamento
Pronomes Pessoais
Os pronomes de tratamento são formas que expres-
Os pronomes pessoais designam as pessoas do dis- sam uma hierarquia social institucionalizada linguis-
curso; algumas informações relevantes sobre eles são: ticamente. As formas de pronomes de tratamento
apresentam algumas peculiaridades importantes:

PRONOMES PRONOMES z Vossa: designa a pessoa a quem se fala (relativo a


PESSOAS DO CASO DO CASO 2ª pessoa), apesar disso, os verbos relacionados a
RETO OBLÍQUO esse pronome devem ser flexionados na 3ª pessoa
do singular. Ex.: Vossa excelência deve conhecer a
1ª pessoa do Me, mim,
EU Constituição.
singular comigo
z Sua: designa a pessoa de quem se fala (relativo
2ª pessoa do a 3ª pessoa). Ex.: Sua excelência, o presidente do
TU Te, ti, contigo
singular Supremo Tribunal, fará um pronunciamento hoje
à noite.
3ª pessoa do Se, si, consigo,
ELE/ELA
singular o, a, lhe
Como mencionamos anteriormente, os pronomes
1ª pessoa do de tratamento estabelecem uma hierarquia social na
NÓS Nos, conosco. linguagem, ou seja, a partir das formas usadas, pode-
plural
mos reconhecer o nível de discurso e o tipo de poder
2ª pessoa do instituídos pelos falantes.
VÓS Vos, convosco
plural Por isso, é eficaz reconhecer que alguns pronomes
de tratamento só devem ser utilizados em contextos
3ª pessoa do Se, si, consigo, cujos interlocutores sejam reconhecidos socialmen-
ELES/ELAS
plural os, as, lhes te por suas funções, como juízes, reis, clérigos, entre
outras. Dessa forma, apresentamos alguns pronomes
Os pronomes pessoais do caso reto costumam de tratamento com as funções sociais que designam:
substituir o sujeito. Ex.: Pedro é bonito / Ele é bonito.
Já os pronomes pessoais oblíquos costumam funcio- z Vossa Alteza (V. A.): Príncipes, duques, arquidu-
nar como complemento verbal ou adjunto. Ex.: Eu a vi ques e seus respectivos femininos;
com o namorado; Maura saiu comigo.
z Vossa Eminência (V. Ema.): Cardeais;
z Os pronomes que estarão relacionados ao objeto
direto são: O, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Ex.: Infor- z Vossa Excelência (V. Exa.): Autoridades do governo
mei-o sobre todas as questões. e das Forças Armadas membros do alto escalão;

z Já os que se relacionam com o objeto indireto são: z Vossa Majestade (V. M.): Reis, imperadores e seus
Lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos – complementados respectivos femininos;
por preposição). Ex.: Já lhe disse tudo (disse tudo z Vossa Reverendíssima (V. Rev. Ma.): Sacerdotes;
a ele).
z Vossa Senhoria (V. Sa.): Funcionários públicos gra-
Devemos lembrar que todos os pronomes pessoais duados, oficiais até o posto de coronel, tratamento
são pronomes substantivos; além disso, é importan- cerimonioso a comerciantes importantes;
te saber que eu e tu não podem ser regidos por pre-
z Vossa Santidade (V. S.): Papa;
posição e que os pronomes ele(s), ela (s), nós e vós
podem ser retos ou oblíquos, dependendo da função z Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Revma.):
26 que exercem. Bispos.
Os exemplos acima fazem referência a pronomes z Referência ao tempo presente. Ex.: Esta semana
de tratamento e suas respectivas designações sociais começarei a dieta; Neste mês, pagarei a última
conforme indica o Manual de Redação Oficial da Pre- prestação da casa.
sidência da República; portanto, essas designações
devem ser seguidas com atenção quando o gênero z Referência ao espaço textual. Ex.: Encontrei Joana
textual abordado for um gênero oficial. e Carla no shopping, esta procurava um presente
Sobre o uso das abreviaturas das formas de trata- para o marido (o pronome refere-se ao último ter-
mento, é importante destacar: mo mencionado).
O plural de algumas abreviaturas é feito com letras
dobradas, como: V. M. / VV. MM.; V. A. / VV. AA. Usamos esse, essa, isso para indicar:
Porém, na maioria das abreviaturas terminadas
com a letra a, por exemplo, o plural é feito com o z Referência ao espaço físico, indicando o afasta-
acréscimo do s: V. Exa. / V. Exas.; V. Ema. / V.Emas. mento de algo de quem fala. Ex.: Essa sua gravata
O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri- combinou muito com você.
tíssimo Juiz. O tratamento dispensado ao Presidente
da República nunca deve ser abreviado. z Pode indicar distância que se deseja manter. Ex.:
Não me fale mais nisso; A população não confia
Pronomes Indefinidos nesses políticos.
z Referência ao tempo passado. Ex.: Nessa semana,
Os pronomes indefinidos indicam quantidade de eu estava doente; Esses dias estive em São Paulo.
maneira vaga e sempre devem ser utilizados na 3ª
pessoa do discurso. Os pronomes indefinidos podem z Referência a algo já mencionado no texto/ na fala.
variar e podem ser invariáveis, vejamos: Ex.: Continuo sem entender o porquê de você ter
falado sobre isso; Sinto uma energia negativa nes-
z Variáveis: Algum, Alguma / Alguns, Algumas; sa sua expressão.
Nenhum, Nenhuma / Nenhuns, Nenhumas; Todo,
Toda/ Todos, Todas; Outro, Outra / Outros, Outras; Usamos aquele, aquela, aquilo para indicar:
Muito, Muita / Muitos, Muitas; Tanto, Tanta / Tan-
tos, Tantas; Quanto, Quanta / Quantos, Quantas; z Referência ao espaço físico, indicando afastamen-
Pouco, Pouca / Poucos, Poucas etc. to de quem fala e de quem ouve. Ex.: Margarete,
quem é aquele ali perto da porta?
z Invariáveis: Alguém; Ninguém; Tudo; Outrem;
Nada; Cada; Quem; Menos; Mais; Que. z Referência a um tempo muito remoto, um passado
muito distante. Ex.: Naquele tempo, podíamos dor-
As palavras certo e bastante serão pronomes mir com as portas abertas; Bons tempos aqueles!
indefinidos quando vierem antes do substantivo, e
serão adjetivos quando vierem depois. Ex.: Busco cer- z Referência a um afastamento afetivo. Ex.: Não
to modelo de carro (Pronome indefinido) / Busco o conheço aquela mulher.
modelo de carro certo (adjetivo). z Referência ao espaço textual, indicando o primeiro
A palavra bastante frequentemente gera dúvida termo de uma relação expositiva. Ex.: Saí para lan-
quanto a ser advérbio, adjetivo ou pronome indefini- char com Ana e Beatriz, esta preferiu beber chá,
do, por isso, fique atento: aquela, refrigerante.
z Bastante (advérbio): será invariável e equivalen-
te ao termo “muito”. Ex.: Elas são bastante famosas. Dica
z Bastante (adjetivo): será variável e equivalente O pronome “mesmo” não pode ser usado em
ao termo “suficiente”. Ex.: A comida e a bebida não função demonstrativa referencial, veja:
foram bastantes para a festa. O candidato fez a prova, porém o mesmo esque-
ceu de preencher o gabarito. ERRADO.
z Bastante (Pronome indefinido): “Bastantes ban-
cos aumentaram os juros”
O candidato fez a prova, porém esqueceu de
preencher o gabarito. CORRETO.
Pronomes Demonstrativos

Os pronomes demonstrativos indicam a posição e


apontam elementos a que se referem as pessoas do EXERCÍCIO COMENTADO
discurso (1ª, 2ª e 3ª). Essa posição pode ser designa-
LÍNGUA PORTUGUESA

da por eles no tempo, no espaço físico ou no espaço 1. (FCC – 2018) “Tratando do estado de solidão ou da
textual. necessidade de convívio, Sêneca vê no estado de soli-
dão uma contrapartida da necessidade de convívio,
z 1ª pessoa: Este, Estes / Esta, Estas. assim como vê na necessidade de convívio uma aber-
z 2ª pessoa: Esse, Esses / Essa, Essas. tura para encontrar satisfação no estado de solidão.”
z 3ª pessoa: Aquele, Aqueles / Aquela, Aquelas. Evitam-se as viciosas repetições do texto acima subs-
z Invariáveis: isto, isso, aquilo. tituindo-se os elementos grifados, na ordem dada, por:

Usamos este, esta, isto para indicar: a) naquele – desta – nesta – naquele.
b) nisso – daquilo – naquela – deste.
z Referência ao espaço físico, indicando a proximi- c) este – do outro – na primeira – no último.
dade de algo ao falante. Ex.: Esta caneta aqui é d) nisto – disso – naquela – desse.
minha; Entreguei-lhe isto como prova. e) na primeira – do segundo – numa – noutra. 27
Devemos lembrar das regras de proximidade e dis- z Emprego de o qual: o pronome relativo o qual e
tância que organizam o uso dos pronomes demons- suas variações (os quais, a qual, as quais) é usa-
trativos. Resposta: Letra A. do em substituição a outros pronomes relativos,
sobretudo o que, a fim de evitar fenômenos lin-
Pronomes Relativos guísticos, como queísmo. Ex.: O Brasil tem um pas-
sado do qual (que) ninguém se lembra.
Uma das classes de pronomes mais complexas, os
pronomes relativos têm função muito importante na O pronome o qual pode auxiliar na compreensão
língua, refletida em assuntos de grande relevância textual, desfazendo estruturas ambíguas.
em concursos, como a análise sintática. Dessa forma,
é essencial conhecer adequadamente a função desses Pronomes Interrogativos
elementos a fim de saber utilizá-los corretamente.
Os pronomes relativos referem-se a um substantivo São utilizados para introduzir uma pergunta ao tex-
ou a um pronome substantivo, mencionado anterior- to e se apresentam de formas variáveis (Que? Quais?
mente. A esse nome (substantivo ou pronome mencio- Quanto? Quantos?) e invariáveis (Que? Quem?). Ex.:
nado anteriormente) chamamos de antecedente. O que é aquilo? Quem é ela? Qual sua idade? Quantos
São pronomes relativos: anos tem seu pai?
O ponto de exclamação só é usado nas interrogati-
z Variáveis: O qual, os quais, cujo, cujos, quanto, vas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção
quantos / A qual, as quais, cuja, cujas, quanta, interrogativa, indicada por um verbo como: pergun-
quantas. tar, indagar etc. Ex.: Indaguei quem era ela.
Os pronomes interrogativos que e quem são pro-
z Invariáveis: Que, quem, onde, como.
nomes substantivos.
z Emprego do pronome relativo que: pode ser asso-
ciado a pessoas, coisas ou objetos. Ex.: Encontrei Pronomes Possessivos
o homem que desapareceu; O cachorro que esta-
va doente morreu; A caneta que emprestei nunca Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do
recebi de volta. discurso e indicam posse:

Em alguns casos, há a omissão do antecedente do


relativo que. Ex.: Não teve que dizer (não teve nada 1ª pessoa Meu, minha, meus, minhas
que dizer). SINGULAR 2ª pessoa Teu, tua, teus, tuas
3ª pessoa Seu, sua, seus, suas
z Emprego do relativo quem: seu antecedente deve 1ª pessoa Nosso, nossa, nossos, nossas
ser uma pessoa ou objeto personificado. Ex.: Fomos PLURAL 2ª pessoa Vosso, vossa, vossos, vossas
nós quem fizemos o bolo. 3ª pessoa Seu, sua, seus, suas
O pronome relativo quem pode fazer referência a algo
subentendido: Quem cala consente (aquele que cala). Os pronomes pessoais oblíquos (me, te, se, lhe, o,
z Emprego do relativo quanto: seu antecedente a, nos, vos) também podem atribuir valor possessivo
deve ser um pronome indefinido ou demonstra- a uma coisa. Ex.: Apertou-lhe a mão (a sua mão). Ain-
tivo, pode sofrer flexões. Ex.: Esqueci-me de tudo da que o pronome esteja ligado ao verbo pelo hífen, a
quanto foi me ensinado; Perdi tudo quanto pou- relação do pronome é com o objeto da posse.
pei a vida inteira. Outras funções dos pronomes possessivos:
z Emprego do relativo cujo: deve ser empregado
z Delimitam o substantivo a que se referem;
para indicar posse e aparecer relacionando dois
termos que devem ser um possuidor e uma coisa z Concordam com o substantivo que vem depois dele;
possuída. Ex.: A matéria cuja aula faltei foi Língua z Não concordam com o referente;
portuguesa (o relativo cuja está ligando aula (pos-
z O pronome possessivo que acompanha o substan-
suidor) a matéria (coisa possuída).
tivo exerce função sintática de adjunto adnominal.
O relativo cujo deve concordar em gênero e núme-
VERBOS
ro com a coisa possuída.
Jamais devemos inserir um artigo após o pronome
cujo: Cujo o, cuja a Certamente, a classe de palavras mais complexa e
Não podemos substituir cujo por outro pronome importante dentre as palavras da língua portuguesa é
relativo; o verbo. A partir dos verbos, são estruturados as ações
O pronome relativo cujo pode ser preposiciona- e os agentes desses atos, além de ser uma importante
do. Ex.: Esse é o vilarejo por cujos caminhos percorri. classe sempre abordada nos editais de concursos; por
Para encontrar o possuidor faça-se a seguinte per- isso; fique atento às nossas dicas.
gunta: “de quem/do que?” Ex.: Vi o filme cujo dire- Os verbos são palavras variáveis que se flexionam
tor ganhou o Óscar (diretor do que? Do filme.); Vi o em número, pessoa, modo e tempo, além da designação
rapaz cujas pernas você se referiu (pernas de quem? da voz que exprime uma ação, um estado ou um fato.
Do rapaz.) As flexões verbais são marcadas por desinências
que podem ser: número-pessoal, indicando se o
z Emprego do pronome relativo onde: empregado verbo está no singular ou plural, bem como em qual
para indicar locais físicos. Ex.: Conheci a cidade pessoa verbal foi flexionado (1ª, 2ª ou 3ª); modo-tem-
onde meu pai nasceu. poral, que indica em qual modo e tempo verbais a
Em alguns casos, pode ser preposicionado, assumin- ação foi realizada; iremos apresentar estas desinên-
do as formas aonde e donde. Ex.: Irei aonde você for. cias a seguir. Antes, porém, de abordarmos as desi-
O relativo onde pode ser empregado sem antece- nências modo-temporais, precisamos explicar o que
28 dente. Ex.: O carro atolou onde não havia ninguém. são o modo e o tempo verbais:
Modos
MODO MODO
TEMPO
Indica a atitude da ação/sujeito frente a uma rela- INDICATIVO SUBJUNTIVO
ção enunciada pelo verbo. Futuro -rá e -re -r
z Indicativo: exprime atitude de certeza. Ex.: Estu- Futuro do
-ria *
dei muito para ser aprovado. pretérito

z Subjuntivo: exprime atitude de dúvida, desejo ou * Nem todas as formas verbais apresentam desi-
possibilidade. Ex.: Se eu estudasse, seria aprovado. nências modo-temporais.
z Imperativo: designa ordem, convite, conselho, súpli-
ca ou pedido. Ex.: Estuda! Assim, serás aprovado. Flexões Modo-Temporais – Tempos Compostos
(Indicativo)
Tempos
z Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar: TER
O tempo designa o recorte temporal em que a ação (presente do indicativo) + verbo principal particí-
verbal foi realizada. Basicamente, podemos indicar pio. Ex.: Tenho estudado.
o tempo dessa ação no Passado, Presente ou Futuro.
z Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo auxi-
Porém, existem ramificações específicas.
liar: TER (pretérito imperfeito do indicativo) + ver-
bo principal no particípio. Ex.: Tinha passado.
z Presente: pode expressar não apenas um fato
atual, como também uma ação habitual. Ex.: z Futuro composto: Verbo auxiliar: TER (futuro do
Estudo todos os dias no mesmo horário. indicativo) + verbo principal no particípio. Ex.:
Uma ação passada. Terei saído.
Ex.: Vargas assume o cargo e instala uma ditadura.
z Futuro do pretérito composto: Verbo auxiliar: TER
Uma ação futura.
(futuro do pretérito simples) + verbo principal no
Ex.: Amanhã, estudo mais! (equivalente a estudarei)
particípio. Ex.: Teria estudado.
z Pretérito perfeito: ação realizada plenamente no
passado. Ex.: Estudei até ser aprovado. Flexões Modo-Temporais – Tempos Compostos
Pretérito imperfeito: ação inacabada, que pode (Subjuntivo)
indicar uma ação frequentativa, vaga ou durativa.
Ex.: Estudava todos os dias. z Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar: TER
Pretérito mais-que-perfeito: ação anterior à ou- (presente o subjuntivo) + Verbo principal particí-
tra mais antiga. Ex.: Quando notei, a água já trans- pio. Ex.: (que eu) Tenha estudado.
bordara da banheira.
z Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo auxi-
z Futuro do presente: indica um fato que deve ser liar: TER (pretérito imperfeito do subjuntivo) +
realizado em um momento vindouro. Ex.: Estuda- verbo principal no particípio. Ex.: (se eu) Tivesse
rei bastante ano que vem. estudado
z Futuro do pretérito: expressa um fato posterior
z Futuro composto: Verbo auxiliar: TER (futuro sim-
em relação a outro fato já passado. Ex.: Estudaria
ples do subjuntivo) + verbo principal no particípio.
muito, se tivesse me planejado.
Ex.: (quando eu) tiver estudado.
A partir dessas informações, podemos também iden-
tificar os verbos conjugados nos tempos simples e nos Formas Nominais do Verbo e Locuções Verbais
tempos compostos. Os tempos verbais simples são for-
mados por uma única palavra, ou verbo, conjugado no As formas nominais do verbo são as formas infi-
presente, passado ou futuro; já os tempos compostos são nitiva, particípio e gerúndio que eles assumem em
formados por dois verbos, um auxiliar e um principal, determinados contextos. São chamadas nominais pois
nesse caso, o verbo auxiliar é o único a sofrer flexões. funcionam como substantivos, adjetivo ou advérbios.
Agora, vamos conhecer as desinências modo-temporais
dos tempos simples e compostos, respectivamente: z Gerúndio: é marcado pela terminação -NDO, seu
valor indica duração de uma ação e, por vezes,
Flexões modo-temporais – tempos simples pode funcionar como um advérbio ou um adjetivo.
Ex.: Olhando para seu povo, o presidente se
compadeceu.
MODO MODO
TEMPO z Particípio: é marcado pelas terminações -ado,
INDICATIVO SUBJUNTIVO
-ido, -do, -to, -go, -so, corresponde nominalmente
LÍNGUA PORTUGUESA

-e (1ª conjugação) ao adjetivo, pode flexionar-se, em alguns casos, em


e número e gênero.
Presente *
-a ( 2ª e 3ª Ex.: A Índia foi colonizada pelos ingleses.
conjugações)
z Infinitivo: forma verbal que indica a própria ação
Pretérito do verbo, ou o estado, ou, ainda, o fenômeno desig-
-ra (3ª pessoa do plural) *
perfeito nado. Pode ser pessoal ou impessoal.
Pretérito -va (1ª conjugação)
-sse „ Pessoal: o infinitivo pessoal é passível de con-
imperfeito -ia (2ª e 3ª conjugações)
jugação, pois está ligado às pessoas do discurso.
Pretérito
É usado na formação de orações reduzidas. Ex.:
mais-que -ra *
Comer eu; Comermos nós; É para aprenderem
-perfeito que ele ensina. 29
„ Impessoal: não é passível de flexão. É o nome z Anômalos: esses verbos apresentam profundas
do verbo, servindo para indicar apenas a con- alterações no radical e nas desinências verbais,
jugação. Ex.: Estudar - 1ª conjugação; Comer - 2ª consideradas anomalias morfológicas, por isso,
conjugação; Partir - 3ª conjugação. recebem essa classificação. Um exemplo bem
usual de verbos dessa categoria é o verbo ser. Na
O infinitivo impessoal forma locuções verbais ou língua portuguesa, apenas dois verbos são classi-
orações reduzidas. ficados dessa forma, os verbos ser e ir. Vejamos a
conjugação do verbo ser:
„ Locuções verbais: sequência de dois ou mais ver-
bos que funcionam como um verbo. Ex.: Ter de
+ verbo principal no infinitivo: Ter de trabalhar PRETÉRITO PERFEITO
para pagar as contas; Haver de + verbo principal PRESENTE INDICATIVO
INDICATIVO
no infinitivo: Havemos de encontrar uma solução.
Eu sou Fui
Não confunda locuções verbais com tempos com-
Tu és Foste
postos. O particípio formador de tempo composto na
voz ativa não se flexiona. Ex.: O homem teria realiza- Ele/ você é Foi
do sua missão.
Nós somos Fomos
Classificação dos Verbos
Vós sois Fostes
Os verbos são classificados quanto a sua forma de Eles/ vocês são Foram
conjugação e podem ser divididos em: regulares, irre-
gulares, anômalos, abundantes, defectivos, pronomi-
nais, reflexivos, impessoais e os auxiliares, além das Os verbos ser e ir são irregulares, porém, apresen-
formas nominais. Vamos conhecer as particularida- tam uma forma específica de irregularidade, que oca-
des de cada um a seguir: siona uma anomalia em sua conjugação, por isso, são
classificados como anômalos.
z Regulares: os verbos regulares são os mais fáceis
de compreender, pois apresentam regularidade no z Abundantes: são formas verbais abundantes os
uso das desinências, ou seja, as terminações ver- verbos que apresentam mais de uma forma de
bais. Da mesma forma, os verbos regulares man- particípio aceitas pela norma culta gramatical.
têm o paradigma morfológico com o radical, que Geralmente, apresentam uma forma de particípio
permanece inalterado. Ex.: Verbo cantar. regular e outra irregular; falaremos disso poste-
riormente, quando trataremos das formas nomi-
PRETÉRITO PERFEITO nais do verbo. Vejamos alguns verbos abundantes:
PRESENTE INDICATIVO
INDICATIVO
Eu canto Cantei PARTICÍPIO PARTICÍPIO
INFINITIVO
Tu cantas Cantaste REGULAR IRREGULAR
Ele/ você canta Cantou Acender Acendido Aceso
Nós cantamos Cantamos Afligir Afligido Aflito
Vós cantais Cantastes
Corrigir Corrigido Correto
Eles/ vocês cantam Cantaram
Encher Enchido Cheio
z Irregulares: os verbos irregulares apresentam
alteração no radical e nas desinências verbais, por Fixar Fixado Fixo
isso recebem esse nome, pois sua conjugação ocor-
re irregularmente, seguindo um paradigma pró- � Defectivos: são verbos que não apresentam algu-
prio para cada grupo verbal. Perceba como ocorre mas pessoas conjugadas em suas formas, gerando
uma sutil diferença na conjugação do verbo estar um defeito na conjugação, por isso o nome. São
que utilizamos como exemplo, isso é importante defectivos os verbos colorir, precaver, reaver.
para não confundir os verbos irregulares com os Esses verbos não são conjugados na primeira pes-
verbos anômalos. Ex.: Verbo estar.
soa do singular do presente do indicativo. Bem
como: Aturdir, exaurir, explodir, esculpir, extor-
PRETÉRITO PERFEITO quir, feder, fulgir, delinquir, demolir, puir, ruir,
PRESENTE INDICATIVO computar, colorir, carpir, banir, brandir, bramir,
INDICATIVO
soer.
Eu estou Estive Verbos que expressam onomatopeias ou fenôme-
nos temporais também apresentam essa caracte-
Tu estás Esteves
rística, como latir, bramir, chover.
Ele/ você está Esteve
� Pronominais: esses verbos apresentam um pro-
Nós estamos Estivemos nome oblíquo átono integrando sua forma verbal;
é importante lembrar que esses pronomes não
Vós estais Estiveste apresentam função sintática. Predominantemen-
te, os verbos pronominas apresentam transitivida-
Eles/ vocês estão Estiveram
30 de indireta, ou seja, são VTI. Ex.: Sentar-se
„ Particípio: terminações: -ADO, -IDO, -DO, -TO,
PRETÉRITO PERFEITO -GO, -SO. Apresenta valor adjetivo e pode ser
PRESENTE INDICATIVO
INDICATIVO
classificado em particípio regular e irregular,
Eu me sento Sentei-me sendo as formas regulares finalizadas em -ADO
e -IDO.
Tu te sentas Sentaste-te
A norma culta gramatical recomenda o uso do par-
Ele/ você se senta Sentou-se
ticípio regular com os verbos ter e haver, já com os
Nós nos sentamos Sentamo-nos verbos ser e estar, recomenda-se o uso do particípio
irregular. Ex.: Os policiais haviam expulsado os ban-
Vós vos sentais Sentastes-vos didos / Os traficantes foram expulsos pelos policiais.
Eles/ vocês se sentam Sentaram-se
„ Infinitivo: marca as conjugações verbais.
AR: verbos que compõem a 1ª conjugação (AmAR,
z Reflexivos: são os verbos que apresentam pro- PasseAR);
nome oblíquo átono reflexivo, funcionando sinta- ER: verbos que compõem a 2ª conjugação (ComER,
ticamente como objeto direto ou indireto. Nesses
pÔR);
verbos, o sujeito sofre e pratica a ação verbal ao
IR: verbos que compõem a 3ª conjugação (Par-
mesmo tempo. Ex.: Ela se veste mal; Nós nos cum-
tIR, SaIR)
primentamos friamente.
O verbo pôr corresponde à segunda conjuga-
z Impessoais: são verbos que designam fenômenos ção, pois origina-se do verbo poer, o mesmo
da natureza, como chover, trovejar, nevar etc. acontece com verbos que deste derivam.

O verbo haver com sentido de existir ou marcando Vozes verbais


tempo decorrido também será impessoal. Ex.: Havia
muitos candidatos e poucas vagas; Há dois anos, fui As vozes verbais definem o papel do sujeito na
aprovado em concurso público. oração, demonstrando se o sujeito é o agente da ação
Os verbos ser e estar também são verbos impes- verbal ou se ele recebe a ação verbal.
soais, quando designam fenômeno climático ou tempo.
Ex.: Está muito quente!; Era tarde quando chegamos.
z Ativa: O sujeito é o agente, praticando a ação ver-
O verbo ser para indicar hora, distância ou data
bal. Ex.: O policial deteve os bandidos.
concorda com esses elementos.
O verbo fazer também poderá ser impessoal, z Passiva: O sujeito é paciente, sofre a ação verbal.
quando indicar tempo decorrido ou tempo climáti- Ex.: Os bandidos foram detidos pelo policial – pas-
co. Ex.: Faz anos que estudo para concursos; Aqui faz siva analítica; Detiveram-se os criminosos – pas-
muito calor. siva sintética.
Os verbos impessoais não apresentam sujeito; sin- z Reflexiva: O sujeito é agente e paciente ao mesmo
taticamente, classificamos como sujeito inexistente. tempo, pois o sujeito pratica e recebe a ação ver-
bal. Ex.: Os bandidos se entregaram à polícia.
Dica z Recíproca: O sujeito é agente e paciente ao mesmo
O verbo ser será impessoal quando o espaço tempo, porém percebemos que há uma ação com-
sintático ocupado pelo sujeito não estiver preen- partilhada entre dois indivíduos. Ex.: Os bandidos
se olharam antes do julgamento.
chido: “Já é natal”. Segue o mesmo paradigma
do verbo fazer, podendo ser impessoal, tam-
A voz passiva é realizada a partir da troca de
bém, o verbo IR: “vai uns bons anos que não vejo
funções entre sujeito e objeto da voz ativa; falamos
Mariana” melhor desse processo no capítulo funções do SE em
verbos transitivos direto.
z Verbos Auxiliares: os verbos auxiliares são Só podemos transformar uma frase da voz ativa
empregados nas formas compostas dos verbos e para a voz passiva se o verbo for transitivo direto ou
também nas locuções verbais. Os principais verbos transitivo direto e indireto, logo, só há voz passiva
auxiliares dos tempos compostos são ter e haver. com a presença do objeto direto.
A voz reflexiva indica uma ação praticada e rece-
Nas locuções, os verbos auxiliares determinam a bida pelo sujeito ao mesmo tempo; essa relação pode
concordância verbal, porém, o verbo principal deter- ser alcançada com apenas um indivíduo que pratica e
mina a regência estabelecida na oração.
LÍNGUA PORTUGUESA

sofre a ação. Ex.: O menino se agrediu.


Apresentam forte carga semântica que indica Ou a ação pode ser compartilhada entre dois ou mais
modo e aspecto da oração; tratamos mais desse assun- indivíduos que praticam e sofrem a ação. Ex.: Apesar
to no tópico verbos auxiliares no final da gramática. do ódio mútuo, os candidatos se cumprimentaram.
São importantes na formação da voz passiva No último caso, a voz reflexiva é também chamada
analítica. de recíproca, por isso, fique atento.
Não confunda os verbos pronominais com as
z Formas Nominais: na língua portuguesa, usamos vozes verbais. Os verbos pronominais que indicam
três formas nominais dos verbos: sentimentos, como arrepender-se, queixar-se, dignar-
-se, entre outros acompanham um pronome que faz
„ Gerúndio: terminação -NDO. Apresenta valor parte integrante do seu significado, diferentemente
durativo da ação e equivale a um advérbio ou das vozes verbais que acompanham o pronome SE
adjetivo. Ex.: Minha mãe está rezando. com função sintática própria. 31
Outras funções do “SE” O verbo criar é conjugado da mesma forma que os
verbos “variar”, “copiar”, “expiar” e todos os demais
Como vimos, o SE pode funcionar como item essen- que terminam em -iar. Os verbos com essa termina-
cial na voz passiva; além dessa função, esse elemento ção são, predominantemente, regulares.
também acumula outras atribuições. Vejamos:

z Partícula apassivadora: a voz passiva sintética é PRESENTE - INDICATIVO


feita com verbos transitivos direto (TD) ou transiti-
Eu Crio
vos direto indireto (TDI). Nessa voz, incluímos o SE
junto ao verbo, por isso o elemento SE é designado Tu Crias
partícula apassivadora, nesse contexto. Ex.: Busca-
-se a felicidade (voz passiva sintética) – SE (partícu- Ele/Você Cria
la apassivadora)
O SE exercerá essa função apenas: Nós Criamos

Vós Criais
„ Com verbos cuja transitividade seja TD ou TDI;
„ Verbos concordam com o sujeito; Eles/Vocês Criam
„ Com a voz passiva sintética.
Os verbos terminados em -ear, por sua vez, geral-
Lembramos que na voz passiva nunca haverá objeto
direto (OD), pois ele se transforma em sujeito paciente. mente, são irregulares e apresentam alguma modi-
ficação no radical ou nas desinências. Assim como o
z Índice de indeterminação do sujeito: o SE fun- verbo passear, são derivados dessa terminação os
cionará nessa condição quando não for possível verbos:
identificar o sujeito explícito ou subentendido.
Além disso, não podemos confundir essa função PRESENTE - INDICATIVO
do SE com a de apassivador, já que para ser índi-
ce de indeterminação do sujeito a oração precisa Eu Passeio
estar na voz ativa.
Outra importante característica do SE como índi- Tu Passeias
ce de indeterminação do sujeito ocorre em verbos
transitivos indiretos, verbos intransitivos ou verbos Ele/Você Passeia
de ligação. Além disso, o verbo sempre deverá estar
Nós Passeamos
na 3ª pessoa do singular. Ex.: Acredita-se em Deus.
z Pronome reflexivo: na função de pronome refle- Vós Passeais
xivo, a partícula SE indicará reflexão ou recipro-
Eles/Vocês Passeiam
cidade, auxiliando a construção dessas vozes
verbais, respectivamente. Nessa função, suas prin-
cipais características são: Conjugação de Alguns Verbos
„ Sujeito recebe e pratica a ação;
Vamos, agora, conhecer algumas conjugações de
„ funcionará, sintaticamente, como objeto direto
ou indireto; verbos irregulares importantes, que sempre são obje-
„ o sujeito da frase poderá estar explícito ou to de questões em concursos.
implícito. Ex.: Ele se via no espelho / Deu-se um Fazem paradigma com o verbo aderir, mantendo
presente de aniversário. as mesmas desinências desse verbo, as formas

z Parte integrante do verbo: nesses casos, o SE será PRESENTE - INDICATIVO


parte integrante dos verbos pronominais, acompa-
nhando-o em todas as suas flexões. Quando o SE Eu Adiro
exerce essa função, jamais terá uma função sin-
tática. Além disso, o sujeito da frase poderá estar Tu Aderes
explícito ou implícito. Ex.: (Ele/a) Lembrou-se da
mãe, quando olhou a filha. Ele/Você Adere
z Partícula de realce: será partícula de realce o SE Nós Aderimos
que puder ser retirado do contexto sem prejuízo no
sentido e na compreensão global do texto. A partícu- Vós Aderis
la de realce não exerce função sintática, pois é desne-
cessária. Ex.: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos. Eles/Vocês Aderem
z Conjunção: o SE será conjunção condicional,
quando sugerir a ideia de condição. A conjunção
SE exerce função de conjunção integrante, ape- PRESENTE - INDICATIVO
nas ligando as orações e poderá ser substituída
Eu Ponho
pela conjunção caso. Ex.: Se ele estudar, irá ser
aprovado. Tu Pões
Ele/Você Põe
Conjugação de Verbos Derivados
Nós Pomos
Vamos conhecer, a seguir alguns verbos cuja con- Vós Pondes
jugação apresenta paradigma derivado, auxiliando a
Eles/Vocês Põem
32 compreensão dessas conjugações verbais.
São conjugados da mesma forma os verbos: dispor, Em vez de comer lanches gordurosos, coma frutas
interpor, sobrepor, compor, opor, repor, transpor, en- = substituição. / Ao invés de chegar molhado, chegou
trepor, supor. cedo = oposição.
Fonte: instagram.com/academiadotexto. Acessado em: 19/11/2020.

EXERCÍCIO COMENTADO Combinações e Contrações


1. (FCC – 2018) “Uma tendência que já coroava as edi-
ções anteriores do prêmio”. As preposições podem ser contraídas com outras
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que classes de palavras, veja:
se encontra acima está sublinhado em:
z Preposição + artigo:
a) Por meio do qual definia uma suposta obra de arte. A + a, as, o, os: à, às, ao, aos.
b) O novo prêmio atenderia o mercado. De + a, as, o, os, um, uns, uma, umas: da, das, do,
c) Ou o que o contraria. dos, dum, duns, duma, dumas.
d) O leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas. Por + a, as, o, os: pela, pelas, pelo, pelos.
e) Ele contempla os títulos com mais chance. Em + a, as, o, os, um, uns, uma, umas: na, nas, no,
nos, num, nuns, numa, numas.
“Coroava”, assim como “definia”, está conjugado no
pretérito imperfeito do indicativo. Resposta: Letra A. z Preposição + pronome demonstrativo:
A + aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo: àque-
PREPOSIÇÕES le, àqueles, àquela, àquelas, àquilo.
Em + este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses,
Conceito essas, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aqui-
lo: neste, nesta, nestes, nestas, nisto, nesse, nes-
São palavras invariáveis que ligam orações ou sa, nesses, nessas, nisso, naquele, naquela, na-
outras palavras. As preposições apresentam funções queles, naquelas, naquilo.
importantes tanto no aspecto semântico quanto no De + este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, es-
aspecto sintático, pois complementam o sentido de sas, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo:
verbos e/ou palavras cujo sentido pode ser alterado deste, desta, destes, destas, disto, desse, dessa,
sem a presença da preposição, modificando a transiti- desses, dessas, disso, daquele, daquela, daque-
vidade verbal e colaborando para o preenchimento de les, daquelas, daquilo.
sentido de palavras deverbais1.
As preposições essenciais são: a, ante, até, após, z Preposição + advérbio:
com, contra, de, desde, em, entre, para, per, peran- De + aqui, ali, além: daqui, dali, dalém.
te, por, sem, sob, trás. z Preposição + pronomes pessoais:
Existem, ainda, as preposições acidentais, assim
Em + ele, ela, eles, elas: nele, nela, neles, nelas.
chamadas pois pertencem a outras classes gramaticais,
De + ele, ela, eles, elas: dele, dela, deles, delas.
mas, ocasionalmente, funcionam como preposições.
Eis algumas: afora, conforme (quando equivaler a z Preposição + pronome relativo:
“de acordo com”), consoante, durante, exceto, salvo, A + onde: aonde.
segundo, senão, mediante, que, visto (quando equi-
valer a “por causa de”). z Preposição + pronomes indefinidos:
De + outro, outras: doutro, doutros, doutra, doutras.
Locuções Prepositivas
Algumas Relações Semânticas Estabelecidas por
São grupos de palavras que equivalem a uma pre- Preposições
posição. Ex.: Falei sobre o tema da prova; Falei acerca
do tema da prova. É importante ressaltar que as preposições podem
A locução prepositiva na segunda frase substitui apresentar valor relacional ou podem atribuir um
perfeitamente a preposição sobre. As locuções pre- valor nocional. As preposições que apresentam um
positivas sempre terminam em uma preposição, e há valor relacional cumprem uma relação sintática
apenas uma exceção: a locução prepositiva com sen- com verbos ou substantivos, que, em alguns casos, são
tido concessivo “não obstante”. A seguir, elencamos chamados deverbais, conforme já mencionamos ante-
alguns exemplos de locuções prepositivas: riormente. Essa mesma relação sintática pode ocorrer
Abaixo de; acerca de; acima de; devido a; a despeito
com adjetivos e advérbios, os quais também apresen-
LÍNGUA PORTUGUESA

de; adiante de; defronte de; embaixo de; em frente de;


tarão função deverbal.
graças a; junto de; perto de; por entre; por trás de; quan-
Ex.: Concordo com o advogado (preposição exigida
to a; a fim de; a respeito de; por meio de; em virtude de.
Algumas locuções prepositivas apresentam seme- pela regência do verbo concordar).
lhanças morfológicas, mas significados completamen- Tenho medo da queda (preposição exigida pelo
te diferentes, como: complemento nominal).
A opinião dos diretores vai ao encontro do pla- Estou desconfiado do funcionário (preposição exi-
nejamento inicial = Concordância. / As decisões do gida pelo adjetivo).
público foram de encontro à proposta do programa = Fui favorável à eleição (preposição exigida pelo
Discordância. advérbio).
1  Palavras deverbais são substantivos que expressam, de forma nominal e abstrata, o sentido de um verbo com o qual mantêm relação.
Exemplo: A filmagem, O pagamento, A falência etc. Geralmente, os nomes deverbais são acompanhados por preposições e, sintaticamente, o
termo que completa o sentido desses nomes é conhecido como complemento nominal. 33
Em todos esses casos, a preposição mantém uma Conjunções Coordenativas
relação sintática com a classe de palavras a qual se liga,
sendo, portanto, obrigatória sua presença na sentença. As conjunções coordenativas são aquelas que
De modo oposto, as preposições cujo valor nocio- ligam orações coordenadas, ou seja, orações que não
nal é preponderante apresentam uma modificação fazem parte de uma outra ou, em alguns casos, essas
no sentido da palavra a qual se liga. Elas não são conjunções ligam núcleos de um mesmo termo da ora-
componentes obrigatórios na construção da senten- ção. As conjunções coordenadas podem ser:
ça, divergindo das preposições de valor relacional.
As preposições de valor nocional estabelecem uma z Aditivas: E, nem, bem como, não só, mas também,
noção de posse, causa, instrumento, matéria, modo não apenas, como ainda, senão (após não só). Ex.:
etc. Vejamos algumas: Não fiz os exercícios nem revisei. O gato era o pre-
ferido, não só da filha, senão de toda família.
z Adversativa: Mas, porém, contudo, todavia, entre-
VALOR NOCIONAL DAS tanto, não obstante, senão (equivalente a mas). Ex.:
SENTIDO
PREPOSIÇÕES Não tenho um filho, mas dois. A culpa não foi a
Posse Carro de Marcelo população, senão dos vereadores (equivale a “mas
sim”).
O cachorro está sob a
Lugar
mesa „ Importante: a conjunção E pode apresentar
Votar em branco, chegar valor adversativo, principalmente quando é
Modo antecedido por vírgula: Estava querendo dor-
aos gritos
mir, e o barulho não deixava.
Causa Preso por estupro
z Alternativas: Ou, ou...ou, quer...quer, seja...seja,
Assunto Falar sobre política
ora...ora, já...já. Ex.: Estude ou vá para a festa. Seja
Descende de família por bem, seja por mal, vou convencê-la.
Origem
simples
„ Importante: a palavra senão pode funcionar
Olhe para frente! Iremos
Destino como conjunção alternativa: Saia agora, senão
a Paris
chamarei os guardas! (podemos trocá-la por ou).

z Explicativas: Que, porque, pois, (se vier no início


da oração), porquanto. Estude, porque a caneta é
EXERCÍCIO COMENTADO mais leve que a enxada!

1. (FCC – 2018) Observe as seguintes passagens: „ Importante: Pois com sentido explicativo ini-
cia uma oração e justifica outra. Ex.: Volte, pois
I. Para o comitê, Brasília era um marco do desenvolvi- sinto saudades.
mento moderno.
II. Mas, para ganhar o título de patrimônio mundial, preci- Pois conclusivo fica após o verbo, deslocado entre
sava de leis... vírgulas: Nessa instabilidade, o dólar voltará, pois, a
III. Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano... subir.
IV. Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião.
z Conclusiva: Logo, portanto, então, por isso, assim,
Considerando-se o contexto, o vocábulo para exprime por conseguinte, destarte, pois (deslocado na fra-
ideia de finalidade em: se). Ex.: Estava despreparado, por isso, não fui
aprovado.
a) I e III, apenas.
b) I, II e IV, apenas. As conjunções e, nem não devem ser empregadas
c) III e IV, apenas. juntas (e nem), tendo em vista que ambas indicam a
d) II e III, apenas. mesma relação aditiva o uso concomitante acarreta
e) I, II, III e IV. em redundância.

A preposição “para” indicará finalidade quando puder Conjunções Subordinativas


ser substituída pela locução “a fim de”, como ocorre
nos itens II e III. Resposta: Letra D. Tal qual as conjunções coordenativas, as subor-
dinativas estabelecem uma ligação entre as ideias
CONJUNÇÕES apresentadas em um texto; porém, diferentemente
daquelas, estas ligam ideias apresentadas em orações
Assim como as preposições, as conjunções também subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra
são invariáveis e também auxiliam na organização para terem o sentido apreendido.
das orações, ligando termos e, em alguns casos, ora-
ções. Por manterem relação direta com a organização z Causal: Haja vista, que, porque, pois, porquanto,
das orações nas sentenças, as conjunções podem ser: visto que, uma vez que, como (equivale a porque)
34 coordenativas ou subordinativas. etc. Ex.: Como não era vaidosa, nunca se arrumava.
z Consecutiva: Que (depois de tal, tanto, tão), de Nem precisamos ler o texto mencionado pela ques-
modo que, de forma que, de sorte que etc. Ex.: tão para sabermos que o item está errado, pois
Estudei tanto que fiquei com dor de cabeça. conquanto, assim como embora, é uma conjunção
concessiva. Resposta: Errado.
z Comparativa: Como, que nem, que (depois de
mais, menos, melhor, pior, maior) etc. Ex.: Corria
como um touro. INTERJEIÇÕES

z Conformativa: Conforme, como, segundo, de As interjeições também fazem parte do grupo de


acordo com, consoante etc. Ex.: Tudo ocorreu con- palavras invariáveis, tal como as preposições e as con-
forme o planejado. junções. Sua função é expressar estado de espírito e
z Concessiva: Embora, conquanto, ainda que, mes- emoções, por isso, apresenta forte conotação semânti-
mo que, em que pese, posto que etc. Ex.: Teve que ca; ademais, uma interjeição sozinha pode equivaler
aceitar a crítica, conquanto não tivesse gostado. a uma frase. Ex.: Tchau!
As interjeições, como mencionamos, indicam rela-
z Condicional: Se, caso, desde que, contanto que, ções de sentido diversas; a seguir, apresentamos um
a menos que, somente se etc. Ex.: Se eu quisesse quadro com os sentimentos e sensações mais expres-
falar com você, teria respondido sua mensagem.
sos pelo uso de interjeições:
z Proporcional: À proporção que, à medida que,
quanto mais...mais, quanto menos...menos etc. Ex.:
VALOR SEMÂNTICO INTERJEIÇÃO
Quanto mais estudo, mais chances tenho de ser
aprovado. Advertência Cuidado! Devagar! Calma!
z Final: Final, para que, a fim de que etc. Ex.: A pro- Alívio Arre! Ufa! Ah!
fessora dá exemplos para que você aprenda!
Alegria/satisfação Eba! Oba! Viva!
z Temporal: Quando, enquanto, assim que, até que,
mal, logo que, desde que etc. Ex.: Quando viajei Desejo Oh! Tomara! Oxalá!
para Fortaleza, estive na Praia do Futuro. Mal che-
guei à cidade, fui assaltado. Repulsa Irra! Fora! Abaixo!

Dor/tristeza Ai! Ui! Que pena!


Os valores semânticos das conjunções não se
prendem às formas morfológicas desses elementos. Espanto Oh! Ah! Opa! Putz!
O valor das conjunções é construído contextualmen-
te, por isso, é fundamental estar atento aos sentidos Saudação Salve! Viva! Adeus! Tchau!
estabelecidos no texto. Ex.: Se Mariana gosta de você, Medo Credo! Cruzes! Uh! Oh!
por que você não a procura? (SE = causal = já que);
Por que ficar preso na cidade, quando existe tanto ar
puro no campo. (quando = causal = já que). É salutar lembrar que o sentido exato de cada
interjeição só poderá ser apreendido diante do con-
Conjunções Integrantes texto; por isso, em questões que abordem essa classe
de palavras, o candidato deve reler o trecho em que a
As conjunções integrantes fazem parte das orações interjeição aparece, a fim de se certificar do sentido
subordinadas e, na realidade, elas apenas integram expresso no texto.
uma oração principal à outra, subordinada. Existem Isso acontece pois qualquer expressão exclamati-
apenas dois tipos de conjunções integrantes: que e se. va que expresse sentimento ou emoção pode funcionar
como uma interjeição. Lembrem-se dos palavrões, por
z Quando é possível substituir o que pelo pronome exemplo, que são interjeições por excelência, mas, depen-
isso, estamos diante de uma conjunção integrante. dendo do contexto, podem ter seu sentido alterado.
Ex.: Quero que a prova esteja fácil. Quero = isso. Antes de concluirmos, é importante ressaltar o
papel das locuções interjetivas, conjunto de palavras
z Sempre haverá conjunção integrante em orações que funciona como uma interjeição, como: Meu Deus!
substantivas e, consequentemente, em períodos
Ora bolas! Valha-me Deus!
compostos. Ex.: Perguntei se ele estava em casa.
Perguntei = isso.
z Nunca devemos inserir uma vírgula entre um ver-
bo e uma conjunção integrante. Ex.: Sabe-se, que
LÍNGUA PORTUGUESA

EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE


o Brasil é um país desigual (errado). Sabe-se que o
Brasil é um país desigual (certo). CRASE
Outro assunto que causa grande dúvida é o uso da
crase, fenômeno gramatical que corresponde à junção
EXERCÍCIO COMENTADO da preposição a + artigo feminino definido a, ou da
junção da preposição a + os pronomes relativos aque-
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) O uso da conjunção le, aquela ou aquilo. Representa-se graficamente pela
“embora” pela conjunção “conquanto” prejudicaria o marcação (`) + (a) = (à).
sentido original do texto:
Ex.: Entregue o relatório à diretoria.
( ) CERTO  ( ) ERRADO Refiro-me àquele vestido que está na vitrine. 35
Regra geral: haverá crase sempre que o termo � Antes de forma verbal infinitiva
antecedente exija a preposição a e o termo conse- Ex.: Os produtos começaram a chegar.
quente aceite o artigo a. “Os homens, dizendo em certos casos que vão falar
Ex.: Fui à cidade (a + a = preposição + artigo) com franqueza, parecem dar a entender que o
Conheço a cidade (verbo transitivo direto: não exi- fazem por exceção de regra.” (MM)
ge preposição).
Vou a Brasília (verbo que exige preposição a + � Antes de expressão de tratamento
palavra que não aceita artigo). Ex.: O requerimento foi direcionado a Vossa
Essas dicas são facilitadoras quanto à orientação Excelência.
no uso da crase, mas existem especificidades que aju-
dam no momento de identificação: � No a (singular) antes de palavra no plural, quando
a regência do verbo exigir preposição
Casos Convencionados Ex.: Durante o filme assistimos a cenas chocantes.
z Locuções adverbiais formadas por palavras � Antes dos pronomes relativos quem e cuja
femininas: Ex.: Por favor, chame a pessoa a quem entregamos
Ex.: Ela foi às pressas para o camarim. o pacote.
Entregou o dinheiro às ocultas para o ministro. Falo de alguém a cuja filha foi entregue o prêmio.
Espero vocês à noite na estação de metrô.
Estou à beira-mar desde cedo.
� Antes de pronomes indefinidos alguma, nenhu-
z Locuções prepositivas formadas por palavras ma, tanta, certa, qualquer, toda, tamanha
femininas: Ex.: Direcione o assunto a alguma cláusula do
Ex.: Ficaram à frente do projeto. contrato.
z Locuções conjuntivas formadas por palavras Não disponibilizaremos verbas a nenhuma ação
femininas: suspeita de fraude.
Ex.: À medida que o prédio é erguido, os gastos vão Eles estavam conservando a certa altura.
aumentando. Faremos a obra a qualquer custo.
A campanha será disponibilizada a toda a comunidade.
� Quando indicar marcação de horário, no plural
Ex.: Pegaremos o ônibus às oito horas. � Antes de demonstrativos
Fique atento ao seguinte: entre números teremos Ex.: Não te dirijas a essa pessoa
que de = a / da = à, portanto:
Ex.: De 7 as 16 h. De quinta a sexta. (sem crase) � Antes de nomes próprios, mesmo femininos, de
Das 7 às 16 h. Da quinta à sexta. (com crase) personalidades históricas
Ex.: O documentário referia-se a Janis Joplin.
� Com os pronomes relativos aquele, aquela ou
aquilo: � Antes dos pronomes pessoais retos e oblíquos
Ex.: A lembrança de boas-vindas foi reservada Ex.: Por favor, entregue as frutas a ela.
àquele outono. O pacote foi entregue a ti ontem.
Por favor, entregue as flores àquela moça que está
sentada. � Nas expressões tautológicas (face a face, lado a
Dedique-se àquilo que lhe faz bem. lado)
� Com o pronome demonstrativo a antes de que ou Ex.: Pai e filho ficaram frente a frente no tribunal
de: de justiça.
Ex.: Referimo-nos à que está de preto. � Antes das palavras casa, Terra ou terra, distância
Referimo-nos à de preto. sem determinante
� Com o pronome relativo a qual, as quais: Ex.: Precisa chegar a casa antes das 22h.
Ex.: A secretária à qual entreguei o ofício acabou Astronauta volta a Terra em dois meses.
de sair. Os pesquisadores chegaram a terra depois da
As alunas às quais atribuí tais atividades estão de expedição marinha.
férias. Vocês o observaram a distância.
Casos Proibitivos
Crase Facultativa
Em resumo, seguem-se as dicas abaixo para melhor
orientação de quando não usar a crase. Nestes casos, podemos escrever as palavras das
duas formas: utilizando ou não a crase. Para entender
� Antes de nomes masculinos
detalhadamente, observe as seguintes dicas:
Ex.: “O mundo intelectual deleita a poucos, o mate-
rial agrada a todos.” (MM)
O carro é movido a álcool. � Antes de nomes de mulheres comuns ou com quem
Venda a prazo. se tem proximidade
Ex.: Ele fez homenagem a/à Bárbara.
� Antes de palavras femininas que não aceitam
artigos � Antes de pronomes possessivos no singular
Ex.: Iremos a Portugal. Ex.: Iremos a/à sua residência.

Macete de crase: � Após preposição até, com ideia de limite


Se vou a; Volto da = Crase há! Ex.: Dirija-se até a/à portaria.
Se vou a; Volto de = Crase pra quê? “Ouvindo isto, o desembargador comoveu-se até
Ex.: Vou à escola / Volto da escola. às (ou “as”) lágrimas, e disse com mui estranho
36 Vou a Fortaleza / Volto de Fortaleza. afeto.” (CBr. 1, 67)
Casos Especiais Justificativa do erro no item II: a palavra “desde”
é uma preposição que “designa o ponto de partida
Veremos a seguir alguns casos que fogem à regra. de um movimento ou extensão (no espaço, no tem-
Quando se relacionar a instrumentos cujos nomes po ou numa série), para assinalar especialmente a
forem femininos, normalmente a crase não será utili- distância” (ROCHA LIMA, 1997). Portanto, a forma
zada. Porém, em alguns casos, utiliza-se a crase para
correta é “desde as 8h”.As outras alternativas estão
evitar ambiguidades.
corretas: na I, cabe crase antes do pronome relativo;
Ex.: Matar a fome. (Quando “fome” for objeto direto)
Matar à fome. (Quando “fome” for advérbio de na III, há paralelismo – no primeiro termo, “a pista”
instrumento) tem artigo, no segundo, deverá ter também, além da
Fechar a chave. (Quando “chave” for objeto direto) preposição a, originando a crase.
Fechar à chave. (Quando “chave” for advérbio de
instrumento)

Quando Usar ou Não a Crase em Sentenças com


Nomes de Lugares SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
z Regidos por preposições de, em, por: não se usa crase CONCEITOS BÁSICOS DA SINTAXE
Ex.: Fui a Copacabana. (Venho de Copacabana,
moro em Copacabana, passo por Copacabana) Ao selecionar palavras, nós as escolhemos entre
os grandes grupos de palavras existentes na língua,
� Regidos por preposições da, na, pela: usa-se crase
Ex.: Fui à Bahia. (Venho da Bahia, moro na Bahia, como verbos, substantivos ou adjetivos. Esses são gru-
passo pela Bahia) pos morfológicos. Ao combinar as palavras em frases,
nós construímos um painel morfológico.
Macetes As palavras normalmente recebem uma dupla
classificação: a morfológica, que está relacionada à
z Haverá crase quando o “à” puder ser substituído classe gramatical a que pertencem, e a sintática, rela-
por ao, da na, pela, para a, sob a, sobre a, contra cionada à função específica que assumem em deter-
a, com a, à moda de, durante a; minada frase.
z Quando o de ocorre paralelo ao a, não há crase.
Quando o da ocorre paralelo ao à, há crase; Frase

z Na indicação de horas, quando o “à uma” puder Frase é todo enunciado com sentido completo.
ser substituído por às duas, há crase. Quando o a Pode ser formada por apenas uma palavra ou por um
uma equivaler a a duas, não ocorre crase; conjunto de palavras.
z Usa-se a crase no “a” de àquele(s), àquela(s) e àqui- Ex.: Fogo!
lo quando tais pronomes puderem ser substituídos Silêncio!
por a este, a esta e a isto; “A igreja, com este calor, é fornalha...” (Graciliano
Ramos)
z Usa-se crase antes de casa, distância, terra e
nomes de cidades quando esses termos estiverem Oração
acompanhados de determinantes. Ex.: Estou à dis-
tância de 200 metros do pico da montanha.
Enunciado que se estrutura em torno de um verbo
(explícito, implícito ou subentendido) ou de uma locu-
A compreensão da crase vai muito além da estética ção verbal. Quanto ao sentido, a oração pode apresen-
gramatical, pois serve também para evitar ambigui- tá-lo completo ou incompleto.
dades comuns, como o caso seguinte: Lavando a mão. Ex.: Você é um dos que se preocupam com a
Nessa ocasião, usa-se a forma “Lavando a mão”, poluição.
pois “a mão” é o objeto direto, e, portanto, não exi-
“A roda de samba acabou” (Chico Buarque)
ge preposição. Usa-se a forma “à mão” em situações
como “Pintura feita à mão”, já que “à mão” seria o
advérbio de instrumento da ação de pintar. Período

Período é o enunciado constituído de uma ou mais


orações.
EXERCÍCIO COMENTADO Classifica-se em:

� Simples: possui apenas uma oração.


1. (TJ-SC – 2010) Quanto ao uso da crase:
Ex.: O sol surgiu radiante.
LÍNGUA PORTUGUESA

Ninguém viu o acidente.


I. O anúncio foi feito por meio da rede de miniblogs Twirter, � Composto: possui duas ou mais orações.
à qual ele aderiu duas semanas atrás. Ex.: “Amou daquela vez como se fosse a última.”
II. Estou esperando por você desde às 8 horas da manhã. (Chico Buarque)
III. Alguns investigadores preferiram seguir a pista do Chegou Em Casa E Tomou Banho.
dinheiro à da honra.
IV. Cabe a cada um decidir o rumo que dará à sua vida. PERÍODO SIMPLES – TERMOS DA ORAÇÃO

a) Somente as proposições II e IV estão corretas. Os termos que formam o período simples são dis-
b) Estão corretas somente as proposições I, III e IV. tribuídos em: essenciais (Sujeito e Predicado), inte-
c) Estão corretas somente as proposições II, III e IV. grantes (complemento verbal, complemento nominal
d) Estão corretas somente as proposições I, II e III. e agente da passiva) e acessórios (adjunto adnominal,
e) Todas as proposições estão corretas. adjunto adverbial e aposto). 37
Termos Essenciais da Oração Tipos de Sujeito

São aqueles indispensáveis para a estrutura básica Quanto à função na oração, o sujeito classifica-se em:
da oração. Costuma-se associar esses termos a situa-
ções analógicas, como um almoço tradicional brasi-
leiro constituído basicamente de arroz e feijão, por Simples
exemplo. São eles: Sujeito e Predicado. Veremos a
seguir cada um deles. DETERMINADO Composto

SUJEITO Elíptico

É o elemento que faz ou sofre a ação determinada Com verbos flexionados na 3ª


pelo verbo. pessoa do singular
O sujeito pode ser: INDETERMINADO Com verbos acompanhados do
se (índice de indeterminação do
� o termo sobre o qual o restante da oração diz algo;
sujeito)
� o elemento que pratica ou recebe a ação expressa
pelo verbo; Usado para fenômenos da
� o termo que pode ser substituído por um pronome INEXISTENTE natureza ou com verbos
do caso reto; impessoais
� o termo com o qual o verbo concorda.
Ex.: A população implorou pela compra da vacina z Determinado: quando se identifica a pessoa, o
da COVID-19. lugar ou o objeto na oração. Classifica-se em:

No exemplo anterior a população é: „ Simples: quando há apenas um núcleo.


Ex.: O [aluguel] da casa é caro.
z O elemento sobre o qual se declarou algo (implo- Núcleo: aluguel
rou pela compra da vacina); Sujeito simples: O aluguel da casa
z O elemento que pratica a ação de implorar; „ Composto: quando há dois núcleos ou mais.
z O termo com o qual o verbo concorda (o verbo Ex.: Os [sons] e as [cores] ficaram perfeitos.
implorar está flexionado na 3ª pessoa do singular); Núcleos: sons, cores.
Sujeito composto: Os sons e as cores
z O termo que pode ser substituído por um pronome
do caso reto. „ Elíptico, oculto ou desinencial: quando não
(Ele implorou pela compra da vacina da COVID-19.) aparece na oração, mas é possível de ser identifi-
cado devido à flexão do verbo ao qual se refere.
Núcleo do sujeito Ex.: Vi o noticiário hoje de manhã. Sujeito: (Eu)

O núcleo é a palavra base do sujeito. É a principal z Indeterminado: quando não é possível identificar
porque é a respeito dela que o predicado diz algo. O o sujeito na oração, mas ainda sim está presente.
núcleo indica a palavra que realmente está exercen- Encontra-se na 3ª pessoa do plural ou representa-
do determinada função sintática, que atua ou sofre do por um índice de indeterminação do sujeito, a
a ação. O núcleo do sujeito apresentará um substan- partícula “se”.
tivo, ou uma palavra com valor de substantivo, ou
pronome. „ Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural,
não se referindo a nenhuma palavra determi-
z O sujeito simples contém apenas um núcleo. nada no contexto.
Ex.: O povo pediu providências ao governador. Ex.: Passaram cedo por aqui, hoje.
Sujeito: O povo Entende-se que alguém passou cedo.
Núcleo do sujeito: povo
„ Colocando-se verbos sem complemento direto
z Já o sujeito composto, o núcleo será constituído (intransitivos, transitivos diretos ou de ligação)
de dois ou mais termos. na 3ª pessoa do singular acompanhados do pro-
As luzes e as cores são bem visíveis. nome se, que atua como índice de indetermina-
Sujeito: As luzes e as cores ção do sujeito.
Núcleo do sujeito: luzes/cores Ex.: Não se vê com a neblina.
Entende-se que ninguém consegue ver nessa
Dica condição.
Para determinar o sujeito da oração, colocam-se
as expressões interrogativas quem? ou o quê?
Antes do verbo. EXERCÍCIO COMENTADO
Ex.: A população pediu uma providência ao
governador. 1. (CONSESP – 2018) Assinale a alternativa em que
quem pediu uma providência ao governador? temos sujeito indeterminado.
Resposta: A população (sujeito).
Ex.: O pêndulo do relógio iria de um lado para o a) Levaram-me para uma casa velha.
outro. b) Era uma tarde maravilhosa.
o que iria de um lado para o outro? c) Vendem-se espetos de carne aqui.
38 Resposta: O pêndulo do relógio (sujeito). d) Alguns assistiram ao filme até o final.
A construção verbal “Levaram-me”, da alternativa
A, indica que o sujeito está na 3ª pessoa do plural EXERCÍCIO COMENTADO
e é indeterminado porque não se sabe quem levou.
Resposta: Letra A. 1. (FURB – 2019) Assinale a alternativa que contém
a classificação correta do sujeito da oração “Neste
Sujeito Inexistente ou Oração sem Sujeito primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos
auditivos”.
Esse tipo de situação ocorre quando uma oração
a) Sujeito composto.
não tem sujeito mas tem sentido completo. Os verbos
b) Oração sem sujeito.
são impessoais e normalmente representam fenôme-
c) Sujeito oculto (desinencial).
nos da natureza. Pode ocorrer também o verbo fazer d) Sujeito indeterminado.
ou haver no sentido de existir. e) Sujeito simples.
Geia no Paraná.
Fazia um mês que tinha sumido.
Basta de confusão. O sujeito da oração é “30 aparelhos auditivos”. Na
Há dois anos esse restaurante abriu. ordem direta, a sentença fica: “30 aparelhos audi-
tivos foram entregues neste primeiro momento”.
Como o sujeito é formado por apenas um núcleo, o
sujeito é simples. Resposta: Letra E.
EXERCÍCIO COMENTADO
PREDICADO
1. (FEPESE – 2016) Na oração “Uma partícula extrema-
mente quente e pesada começou a se ‘contorcer’”, o É o termo que contém o verbo e informa algo sobre
núcleo do sujeito é a palavra: o sujeito. Apesar de o sujeito e o predicado serem ter-
mos essenciais na oração, há casos em que a oração
a) quente. não possui sujeito. Mas, se a oração é estruturada em
torno de um verbo e ele está contido no predicado, é
b) pesada.
impossível existir uma oração sem sujeito.
c) partícula.
d) contorcer
O predicado pode ser:
e) extremamente.
z Aquilo que se declara a respeito do sujeito.
“Partícula” corresponde ao termo central do sujei- Ex.: “A esposa e o amigo seguem sua marcha.”
to “uma partícula extremamente quente e pesada”. (José de Alencar)
Portanto, tem função de núcleo do sujeito. Resposta: Predicado: seguem sua marcha
Letra C. z Uma declaração que não se refere a nenhum sujei-
to (oração sem sujeito):
Classificação do Sujeito Quanto à Voz Ex.: Chove pouco nesta época do ano.
Predicado: Chove pouco nesta época do ano.
z Voz ativa (sujeito agente)
Ex.: Cláudia corta cabelos de terça a sábado. Para determinar o predicado, basta separar o
Nesse caso, o termo “Cláudia” é a pessoa que exer- sujeito. Ocorrendo uma oração sem sujeito, o predica-
ce a ação na frase. do abrangerá toda a declaração. A presença do verbo
é obrigatória, seja de forma explícita ou implícita:
z Voz passiva sintética (sujeito paciente) Ex.: “Nossos bosques têm mais vidas.” (Gonçalves
Dias)
Ex.: Corta-se cabelo.
Sujeito: Nossos bosques. Predicado: têm mais vida.
Pode-se ler “Cabelo é cortado”, ou seja, o sujeito
Ex.: “Nossa vida mais amores”. (Gonçalves Dias)
“cabelo” sofre uma ação, diferente do exemplo do Sujeito: Nossa vida. Predicado: mais amores.
item anterior. O “-se” é a partícula apassivadora da
oração. Classificação do Predicado

Importante notar que não há preposição entre A classificação do predicado depende do significa-
o verbo e o substantivo. Se houvesse, por exemplo, do e do tipo de verbo que apresenta.
LÍNGUA PORTUGUESA

“de” no meio da frase, o termo “cabelo” não seria mais


sujeito, seria objeto indireto, um complemento verbal. z Predicado nominal: ocorre quando o núcleo sig-
Precisa-se de cabelo. nificativo se concentra em um nome (corresponde
a um predicativo do sujeito).
Assim, “de cabelo” seria um complemento verbal,
O verbo deste tipo de oração é sempre de ligação.
e não um sujeito da oração. Nesse caso, o sujeito é
O predicado nominal tem por núcleo um nome
indeterminado, marcado pelo índice de indetermina- (substantivo, adjetivo ou pronome).
ção “-se”. Ex.: “Nossas flores são mais bonitas.” (Murilo
Mendes)
z Voz passiva analítica (sujeito paciente) Predicado: são mais bonitas.
Ex.: A minha saia azul está rasgada. Ex.: “As estrelas estão cheias de calafrios.” (Olavo
O sujeito está sofrendo uma ação, e não há presen- Bilac)
ça da partícula -se. Predicado: estão cheias de calafrios. 39
É importante não confundir: z Verbo transitivo direto e indireto (VTDI): é o
verbo de sentido incompleto que exige dois com-
z Verbo de ligação: quando não exprime uma ação, plementos: objeto direto (sem preposição) e objeto
mas um estado momentâneo ou permanente que indireto (com preposição).
relaciona o sujeito ao restante do predicado, que é Ex.: “Ela contava-lhe anedotas, e pedia-lhe ou-
o predicativo do sujeito. tras.” (Machado de Assis)
z Predicativo do sujeito; função exercida por subs- Verbo transitivo direto e indireto 1: contava
tantivo, adjetivo, pronomes e locuções que atri- Objeto direto 1: anedotas
buem uma condição ou qualidade ao sujeito. Objeto indireto 1: lhe
Ex.: O garoto está bastante feliz. Verbo transitivo direto e indireto 2: pedia
Verbo de ligação: está. Objeto direto 2: outras
Predicativo do sujeito: bastante feliz. Objeto indireto 2: lhe.
Ex.: Seu batom é muito forte.
Verbo de ligação: é. z Verbo intransitivo (VI): É aquele capaz de cons-
Predicativo do sujeito: muito forte. truir sozinho o predicado, que não precisa de com-
plementos verbais, sem prejudicar o sentido da
oração.
EXERCÍCIO COMENTADO Ex.: Escrevia tanto que os dedos adormeciam.
Verbo intransitivo: adormeciam.
1. (AMEOSC – 2019) “Elas são diferentes uma da outra,
[...]”. Na oração, os termos destacados exercem fun-
ção sintática de: EXERCÍCIO COMENTADO
a) Predicado nominal. 1. (CRESCER CONSULTORIAS – 2019) Ocorre predicado
b) Predicado verbal. verbal em:
c) Predicado verbo-nominal.
d) Predicativo do sujeito. a) “O rapaz foi condenado a dez anos de liberdade vigia-
da e terapia”.
O verbo “são” é de ligação, o que confere uma b) “Mesmo se formos todos bem intencionados”.
característica do sujeito com os termos posteriores c) “Crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de
“diferentes uma da outra”, que são o predicativo do abuso de substâncias”.
sujeito. Portanto, a alternativa correta é a A, consi- d) “Filhos de pais ricos não estão necessariamente livres
derando que o predicado da oração é nominal. Res- de problemas de adequação”.
posta: Letra A.
O predicado “foi condenado a dez anos de liberdade
Predicado Verbal vigiada e terapia” contém um verbo intransitivo dire-
to (“foi”) e, consequentemente, um complemento de
Ocorre quando há dois núcleos significativos: um mesmo valor sintático. Resposta: Letra A
verbo (transitivo ou intransitivo) e um nome (predi-
cativo do sujeito ou, em caso transitivo, predicativo do Predicado Verbo-Nominal
objeto). Da natureza desse verbo é que decorrem os
demais termos do predicado. Ocorre quando há dois núcleos significativos:
O verbo do predicado pode ser classificado em um verbo nocional (intransitivo ou transitivo) e um
transitivo direto, transitivo indireto, verbo transi- nome (predicativo do sujeito ou, em caso de verbo
tivo direto e indireto ou verbo intransitivo. transitivo, predicativo do objeto).

z Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que exi- Ex.: “O homem parou atento.” (Murilo Mendes)
ge um complemento não preposicionado, o objeto Verbo intransitivo: parou
direto. Predicativo do sujeito: atento
Ex.: “Fazer sambas lá na vila é um brinquedo.”
Noel Rosa Repare que no primeiro exemplo o termo “atento”
Verbo Transitivo Direto: Fazer. está caracterizando o sujeito “O homem” e, por isso, é
Ex.: Ele trouxe os livros ontem. considerado predicativo do sujeito.
Verbo Transitivo Direto: trouxe.
z Verbo transitivo indireto (VTI): o verbo transiti- Ex.: “Fabiano marchou desorientado.” (Olavo Bilac)
vo indireto tem como necessidade o complemen- Verbo intransitivo: marchou
to acompanhado de uma preposição para fazer Predicativo do sujeito: desorientado
sentido.
Ex.: Nós acreditamos em você. No segundo exemplo, o termo “desorientado” indi-
Verbo transitivo indireto: acreditamos ca um estado do termo “Fabiano”, que também é sujei-
Preposição: em to. Temos mais um caso de predicativo do sujeito.
Ex.: Frida obedeceu aos seus pais.
Verbo transitivo indireto: obedeceu Ex.: “Ptolomeu achou o raciocínio exato.” (Macha-
Preposição: a (a + os) do de Assis)
Ex.: Os professores concordaram com isso. Verbo transitivo direto: achou
Verbo transitivo indireto: concordaram Objeto direto: o raciocínio
40 Preposição: com Predicativo do objeto: exato
No terceiro exemplo, o termo “exato” caracteriza um Complementos Verbais
julgamento relacionado ao termo “o raciocínio”, que é o
objeto direto dessa oração. Com isso, podemos concluir São termos que completam o sentido de verbos
que temos um caso de predicativo do objeto, visto que transitivos diretos e transitivos indiretos.
“exato” não se liga a “Ptolomeu”, que é o sujeito.
O que é o predicativo do objeto? z Objeto direto: revela o alvo da ação. Não é acom-
É o termo que confere uma característica, uma panhado de preposição.
qualidade, ao que se refere. Ex.: Examinei o relógio de pulso.
A formação do predicativo do objeto se dá por um Gostaria de vê-lo no topo do mundo.
adjetivo ou por um substantivo. O técnico convocou somente os do Brasil. (os =
Ex.: Consideramos o filme proveitoso. aqueles)
Predicativo do objeto: proveitoso
Ex.: Chamavam-lhe vitoriosa, pelas conquistas. Pronomes e sua relação com o objeto direto
Predicativo do objeto: vitoriosa Além dos pronomes oblíquos o(s), a(s) e suas
Para facilitar a identificação do predicativo do variações lo(s), la(s), no(s), na(s), “que” quase sem-
objeto, o recomendável é desdobrar a oração, acres- pre exercem função de objeto direto, os pronomes
centando-lhe um verbo de ligação, cuja função especí- oblíquos me, te, se, nos, vos também podem exercer
fica é relacionar o predicativo ao nome. essa função sintática.
O filme foi proveitoso. Ex.: Levou-me à sabedoria esta aula. (= “Levaram
Ela era vitoriosa.
quem? A minha pessoa”)
Nessas duas últimas formas, os termos seriam pre-
Nunca vos tomeis como grandes personalidades.
dicativos do sujeito, pois são precedidos de verbos de
(= “Nunca tomeis quem? Vós”)
ligação (foi e era, respectivamente).
Convidaram-na para o almoço de despedida. (=
“Convidaram quem? Ela”)
Depois de terem nos recebido, abriram a caixa. (=
EXERCÍCIOS COMENTADOS “Receberam quem? Nós”)
Os pronomes demonstrativos o, a, os, as podem
1. (SERCTAM – 2016) Na oração “Este homem parece ser objetos diretos. Normalmente, aparecem antes do
uma criança”, o termo destacado é: pronome relativo que.
Ex.: Escuta o que eu tenho a dizer. (Escuta algo:
a) sujeito. esse algo é o objeto direto)
b) predicado verbal. Observe bem a que ele mostrar. (a = pronome
c) predicativo do objeto. feminino definido)
d) predicado nominal.
e) predicado verbo-nominal. z Objeto direto preposicionado
O verbo “parece” é transitivo direto, e “uma crian-
ça” tanto complementa o sentido do verbo como Mesmo que o verbo transitivo direto não exija
caracteriza o sujeito “Este homem”. Portanto, o tre- preposição no seu complemento, algumas palavras
cho “parece uma criança” corresponde a um predi- requerem o uso da preposição para não perder o sen-
cado nominal. Resposta: Letra D. tido de “alvo” do sujeito.
Além disso, há alguns casos obrigatórios e outros
2. (FUMARC – 2012) Há oração sem sujeito em: facultativos.
a) “Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno.”
b) “Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade [...]” Exemplos com ocorrência obrigatória de preposição:
c) “Com certeza, já haviam tomado café da manhã em
casa [...]” Não entendo nem a ele nem a ti.
d) “É muito grave esse processo de abstração da lingua- Respeitava-se aos mais antigos.
gem, de sentimentos [...]” Ali estava o artista a quem nosso amigo idolatrava.
Amavam-se um ao outro.
Oração sem sujeito acontece quando não há um ele- “Olho Gabriela como a uma criança, e não mulher
mento ao qual se atribui o predicado. Ocorre, por feita.” (Ciro dos Anjos)
exemplo, quando temos o verbo “haver” no sentido
de existir, acontecer, pois o mesmo não tem sujei-
to. Na alternativa B, temos o verbo falar na 3º pes- Exemplos com ocorrência facultativa de preposição:
LÍNGUA PORTUGUESA

soa do singular + SE, indicando indeterminação do


sujeito. Na alternativa C, temos o verbo haver, mas Eles amam a Deus, assim diziam as pessoas daque-
no sentido de ter, por isso, o mesmo encontra-se no le templo.
plural; temos, portanto, Sujeito indeterminado. Na A escultura atrai a todos os visitantes.
letra D, temos como sujeito “esse processo de abs- Não admito que coloquem a Sua Excelência num
tração da linguagem, de sentimentos”. Resposta: pedestal.
Letra A. Ao povo ninguém engana.
Eu detesto mais a estes filmes do que àqueles.
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
No caso “Você bebeu dessa água?”, a forma “des-
São vocábulos que se agregam a determinadas sa” (preposição de + pronome essa) precisa estar pre-
estruturas para torná-las completas. De acordo com sente para indicar parte de um todo, quando assim
a gramática da língua portuguesa, esses termos são for o contexto de uso. Logo, a pergunta é se a pessoa
divididos em: bebeu uma porção da água, e não ela toda. 41
z Objeto direto pleonástico: É a dupla ocorrência Agente da Passiva
dessa função sintática na mesma oração, a fim de
enfatizar um único significado. É o complemento de um verbo na voz passiva ana-
lítica. Sempre é precedido da preposição por, e, mais
Ex.: “Eu não te engano a ti”. (Carlos Drummond de raramente, da preposição de.
Andrade) Forma-se essencialmente pelos verbos auxiliares
ser, estar, viver, andar, ficar.
z Objeto direto interno: Representado por palavra
que tem o mesmo radical do verbo ou apresenta Termos Acessórios da Oração
mesmo significado.
Ex.: Riu um riso aterrador.
Há termos que, apesar de dispensáveis na estrutu-
Dormiu o sono dos justos.
ra básica da oração, são importantes para compreen-
são do enunciado porque trazem informações novas.
Como diferenciar objeto direto de sujeito?
Esses termos são chamados acessórios da oração.
Já começaram os jogos da seleção. (sujeito)
Ignoraram os jogos da seleção. (objeto direto)
O objeto direto pode ser passado para a voz passi- Adjunto Adnominal
va analítica e se transforma em sujeito.
Os jogos da seleção foram ignorados. São termos que acompanham o substantivo,
núcleo de outra função, para qualificar, quantificar,
z Objeto indireto: É complemento verbal regido de especificar o elemento representado pelo substantivo.
preposição obrigatória, que se liga diretamente a Categorias morfológicas que podem funcionar
verbos transitivos indiretos e diretos. Representa como adjunto adnominal:
o ser beneficiado ou o alvo de uma ação.
Ex.: Por favor, entregue a carta ao proprietário da z Artigos
casa 260. z Adjetivos
Gosto de ti, meu nobre. z Numerais
Não troque o certo pelo duvidoso. z Pronomes
Vamos insistir em promover o novo romance de z Locuções adjetivas
ficção.
Ex.: Aqueles dois antigos soldadinhos de chumbo
Objeto indireto e o uso de pronomes pessoais ficaram esquecidos no quarto.
Iam cheios de si.
Pode ser representado pelos seguintes pronomes
Estava conquistando o respeito dos seus.
oblíquos átonos: me, te, se, no, vos, lhe, lhes. Os pro-
O novo regulamento originou a revolta dos
nomes o, a, os, as não exercerão essa função.
funcionários.
Ex.: Mostre-lhe onde fica o banheiro, por favor.
Todos os pronomes oblíquos tônicos (me, mim, O doutor possuía mil lembranças de suas viagens.
comigo, te, ti, contigo) podem funcionar como objeto
indireto, já que sempre ocorrem com preposição. z Pronomes oblíquos átonos e a função de ajunto
Ex.: Você escreveu esta carta para mim? adnominal: os pronomes me, te, lhe, nos, vos, lhes
exercem essa função sintática quando assumem
z Objeto indireto pleonástico: Ocorrência repetida valor de pronomes possessivos.
dessa função sintática com o objetivo de enfatizar Ex.: Puxaram-me o cabelo (Puxam meu cabelo).
uma mensagem.
Ex.: A ele, sem reservas, supliquei-lhe ajuda. z Como diferenciar adjunto adnominal de com-
plemento nominal?
COMPLEMENTO NOMINAL
Quando o adjunto adnominal for representado
Completa o sentido de substantivos, adjetivos e por uma locução adjetiva, ele pode ser confundido
advérbios. É uma função sintática regida de preposi- com complemento nominal. Para diferenciá-los, siga
ção e com objetivo de completar o sentido de nomes. A a dica:
presença de um complemento nominal nos contextos
de uso é fundamental para o esclarecimento do senti- „ Será adjunto adnominal: se o substantivo ao
do do nome. qual se liga for concreto.
Ex.: Tenho certeza de que tu serás aprovado. Ex.: A casa da idosa desapareceu.
Estou longe de casa e tão perto do paraíso.
Se indicar posse ou o agente daquilo que
Para melhor identificar um complemento nomi-
expressa o substantivo abstrato.
nal, siga a instrução:
Ex.: A preferência do grupo não foi respeitada.
Nome + preposição + quem ou quê
Como diferenciar complemento nominal de com-
plemento verbal? „ Será complemento nominal: se indicar o alvo
Ex.: Naquela época, só obedecia ao meu coração. daquilo que expressa o substantivo.
(complemento verbal, pois “ao meu coração” liga-se Ex.: A preferência pelos novos alojamentos não
diretamente ao verbo “obedecia”) foi respeitada.
Naquela época, a obediência ao meu coração pre- Notava-se o amor pelo seu trabalho.
valecia. (complemento nominal, pois “ao meu cora- Se vier ligado a um adjetivo ou a um advérbio:
42 ção” se liga diretamente ao nome “obediência”). Ex.: Manteve-se firme em seus objetivos.
O verbo “estava” é seguido de um adjunto adverbial
EXERCÍCIO COMENTADO de lugar; neste caso, temos um adjunto adverbial.
Resposta: Letra E.
1. (NOVA CONCURSOS – 2021) Identifique os adjuntos
adnominais das orações abaixo. Aposto

a) Os inscritos atrasados não puderam entrar. Estruturas relacionadas a substantivos, pronomes


b) As consequências serão graves. ou orações. O aposto tem como propósito explicar,
c) Os alunos calados estiveram atentos. identificar, esclarecer, especificar, comentar ou apon-
d) Os funcionários da recepção continuaram calados. tar algo, alguém ou um fato.
e) O romance da jovem escritora foi publicado. Ex.: Renata, filha de D. Raimunda, comprou uma
bicicleta.
a) “atrasados”, qualificando o termo “inscritos” Aposto: filha de D. Raimunda
b) “As”, artigo relacionado do termo “consequências” Ex.: O escritor Machado de Assis escreveu gran-
d) “calados”, qualificando o termo “alunos” des obras.
d) “da recepção”, indicando quais são os funcionários Aposto: Machado de Assis.
e) “da jovem escritora”, indicando de quem é o
romance. Resposta. Classifica-se nas seguintes categorias:

Adjunto Adverbial z Explicativo: usado para explicar o termo anterior.


Separa-se do substantivo a que se refere por uma
Termo representado por advérbios, locuções pausa, marcada na escrita por vírgulas, travessões
adverbiais ou adjetivos com valor adverbial. Relacio- ou dois-pontos.
na-se ao verbo ou a toda oração para indicar variadas Ex.: As filhas gêmeas de Ana, que aniversariaram
circunstâncias. ontem, acabaram de voltar de férias.
Jéssica uma ótima pessoa, conseguiu apoio de todos.
z Tempo: Quero que ele venha logo;
� Enumerativo: usado para desenvolver ideias que
z Lugar: A dança alegre se espalhou na avenida;
foram resumidas ou abreviadas em um termo ante-
z Modo: O dia começou alegremente; rior. Mostra os elementos contidos em um só termo.
z Intensidade: Almoçou pouco; Ex.: Víamos somente isto: vales, montanhas e
z Causa: Ela tremia de frio; riachos.
Apenas três coisas me tiravam do sério, a saber,
z Companhia: Venha jantar comigo;
preconceito, antipatia e arrogância.
z Instrumento: Com a máquina, conseguiu lavar as z Recapitulativo ou resumidor: É o termo usado
roupas; para resumir termos anteriores. É expresso, nor-
z Dúvida: Talvez ele chegue mais cedo; malmente, por um pronome indefinido.
z Finalidade: Vivia para o trabalho; Ex.: Os professores, coordenadores, alunos, todos
z Meio: Viajou de avião devido à rapidez; estavam empolgados com a feira.
Irei a Macau, Cabo Verde, Angola e Timor-Leste,
z Assunto: Falávamos sobre o aluguel; países africanos onde se fala português.
z Negação: Não permitirei que permaneça aqui;
� Comparativo: Estabelece uma comparação implícita.
z Afirmação: Sairia sim naquela manhã; Ex.: Meu coração, uma nau ao vento, está sem
z Origem: Descendia de nobres. rumo.

Não confunda! � Circunstancial: Exprime uma característica


Para conseguir distinguir adjunto adverbial de circunstancial.
adjunto adnominal, basta saber se o termo relacio- Ex.: No inverno, busquemos sair com roupas
nado ao adjunto é um verbo ou um nome, mesmo que apropriadas.
o sentido seja parecido. � Especificativo: É o aposto que aparece junto a um
Ex.: Descendência de nobres. (O “de nobres” aqui substantivo de sentido genérico, sem pausa, para
é um adjunto adnominal) especificá-lo ou individualizá-lo. É constituído por
Descendia de nobres. (O “de nobres” aqui é um substantivos próprios.
adjunto adverbial) Exs.: O mês de abril.
O rio Amazonas.
LÍNGUA PORTUGUESA

Meu primo José.

EXERCÍCIO COMENTADO z Aposto da oração: É um comentário sobre o


fato expresso pela oração, ou uma palavra que
1. (NOVA CONCURSOS – 2021) O termo grifado em: condensa.
“Watson estava  numa sala ao lado” exerce a função Ex.: Após a notícia, ficou calado, sinal de sua
sintática de: preocupação.
O noticiário disse que amanhã fará muito calor –
ideia que não me agrada.
a) Adjunto adnominal
b) Objeto direto � Distributivo: Dispõe os elementos equitativamente.
c) Predicativo Ex.: Separe duas folhas: uma para o texto e outra
d) Complemento nominal para as perguntas.
e) Adjunto adverbial Sua presença era inesperada, o que causou surpresa. 43
Dica z Para distinguir vocativo de aposto: o vocati-
vo não se relaciona sintaticamente com nenhum
� O aposto pode aparecer antes do termo a que outro termo da oração.
se refere, normalmente antes do sujeito. Ex.: Lufe, faz um almoço gostoso para as crianças.
Ex.: Maior piloto de todos os tempos, Ayrton Sen- O aposto se relaciona sintaticamente com outro
na marcou uma geração. termo da oração.
� Segundo “o gramático” Cegalla, quando o apos- A cozinha de Lufe, cozinheiro da família, é impecável.
to se refere a um termo preposicionado, pode ele Sujeito: a cozinha de lufe.
vir igualmente preposicionado. Aposto: cozinheiro da família (relaciona-se ao
Ex.: De cobras, (de) morcegos, (de) bichos, de sujeito).
tudo ele tinha medo.
� O aposto pode ter núcleo adjetivo ou adverbial. PERÍODO COMPOSTO
Ex.: Tuas pestanas eram assim: frias e curvas.
(adjetivos, apostos do predicativo do sujeito) Observe os exemplos a seguir:
Falou comigo deste modo: calma e maliciosa- A apostila de Português está completa.
mente. (advérbios, aposto do adjunto adverbial Um verbo: Uma oração = período simples
de modo). Português e Matemática são disciplinas essen-
ciais para ser aprovado em concursos.
z Diferença de aposto especificativo e adjunto Dois verbos: duas orações = período composto
adnominal: Normalmente, é possível retirar a O período composto é formado por duas ou mais
preposição que precede o aposto. Caso seja um orações. Num parágrafo, podem aparecer misturado
adjunto, se for retirada a preposição, a estrutura períodos simples e período compostos.
fica prejudicada.
Ex.: A cidade Fortaleza é quente.
PERÍODO SIMPLES PERÍODO COMPOSTO
(aposto especificativo / Fortaleza é uma cidade)
O clima de Fortaleza é quente. O povo levantou-se cedo
(adjunto adnominal / Fortaleza é um clima?) Era dia de eleição
para evitar aglomeração
z Diferença de aposto e predicativo do sujeito: O
aposto não pode ser um adjetivo nem ter núcleo Para não esquecer:
adjetivo. Período simples é aquele formado por uma só
oração.
Ex.: Muito desesperado, João perdeu o controle. Período composto é aquele formado por duas ou
(predicativo do sujeito; núcleo: desesperado – ad- mais orações. Classifica-se nas seguintes categorias:
jetivo)
Homem desesperado, João sempre perde o con-
z Por coordenação: orações coordenadas assindéticas;
trole.
(aposto; núcleo: homem – substantivo)
„ Orações coordenadas sindéticas: aditivas, adver-
sativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
EXERCÍCIO COMENTADO z Por subordinação:
1. (CESPE-CEBRASPE – 2014) No trecho, as vírgulas iso-
lam segmento – “Sua vocação eminentemente hídrica „ Orações subordinadas substantivas: subjeti-
impõe, ao longo dos séculos, a necessidade do deslo- vas, objetivas diretas, objetivas indiretas, com-
camento...” com função de aposto explicativo. pletivas nominais, predicativas, apositivas;
„ Orações subordinadas adjetivas: restritivas,
( ) CERTO  ( ) ERRADO explicativas;
„ Orações subordinadas adverbiais: causais,
O trecho “ao longo dos séculos” não é um aposto e comparativas, concessivas, condicionais, con-
não sugere explicação. Na verdade, ele é um adjunto formativas, consecutivas, finais, proporcionais,
adverbial de tempo deslocado na frase, intercalado temporais.
por vírgulas. Se trouxéssemos esse trecho para o iní-
cio do período, ficaria: “Ao longo dos séculos, sua z Por coordenação e subordinação: orações for-
vocação eminentemente hídrica impõe a necessida- madas por períodos mistos;
de do deslocamento.” Resposta: Errado. z Orações reduzidas: de gerúndio e de infinitivo.

Vocativo Período Composto por Coordenação

O vocativo é um termo que não mantém relação As orações são sintaticamente independentes. Isso
sintática com outro termo dentro da oração. Não per- significa que uma não possui relação sintática com
tence nem ao sujeito, nem ao predicado. É usado para verbos, nomes ou pronomes das demais orações no
chamar ou interpelar a pessoa que o enunciador dese- período.
ja se comunicar. É um termo independente, pois Ex.: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”
não faz parte da estrutura da oração. (Fernando Pessoa)
Ex.: Recepcionista, por favor, agende minha Oração coordenada 1: Deus quer
consulta. Oração coordenada 2: o homem sonha
44 Ela te diz isso desde ontem, Fábio. Oração coordenada 3: a obra nasce.
Ex.: “Subi devagarinho, colei o ouvido à porta da Orações Subordinadas Substantivas
sala de Damasceno, mas nada ouvi.” (M. de Assis)
Oração coordenada assindética: Subi devagarinho São classificadas nas seguintes categorias:
Oração coordenada assindética: colei o ouvido à
porta da sala de Damasceno z Orações subordinadas substantivas conectivas:
Oração coordenada sindética: mas nada ouvi são introduzidas pelas conjunções subordinativas
Conjunção adversativa: mas nada integrantes que e se.
Ex.: Dizem que haverá novos aumentos de
Orações Coordenadas Sindéticas impostos.
Não sei se poderei sair hoje à noite.
As orações coordenadas podem aparecer ligadas z Orações subordinadas substantivas justapos-
às outras através de um conectivo (elo), ou seja, atra- tas: introduzidas por advérbios ou pronomes
vés de um síndeto, de uma conjunção, por isso o nome interrogativos (onde, como, quando, quanto,
sindética. Veremos agora cada uma delas: quem etc.)
z Ex.: Ignora-se onde eles esconderam as joias
z Aditivas: exprimem ideia de sucessibilidade ou roubadas.
simultaneidade. Não sei quem lhe disse tamanha mentira.
Conjunções constitutivas: e, nem, mas, mas tam-
bém, mas ainda, bem como, como também, se- z Orações subordinadas substantivas reduzidas:
não também, que (= e). não são introduzidas por conectivo, e o verbo fica
Ex.: Pedro casou-se e teve quatro filhos. no infinitivo.
Os convidados não compareceram nem explica- Ex.: Ele afirmou desconhecer estas regras.
ram o motivo. z Orações subordinadas substantivas subjetivas:
exercem a função de sujeito. O verbo da oração
z Adversativas: exprimem ideia de oposição, con-
principal deve vir na voz ativa, passiva analítica
traste ou ressalva em relação ao fato anterior.
ou sintética. Em 3ª pessoa do singular, sem se refe-
Conjunções constitutivas: mas, porém, todavia, rir a nenhum termo na oração.
contudo, entretanto, no entanto, senão, não obs- Ex.: Foi importante o seu regresso. (sujeito)
tante, ao passo que, apesar disso, em todo caso. Foi importante que você regressasse. (sujeito ora-
Ex.: Ele é rico, mas não paga as dívidas. cional) (or. sub. subst. subje.)
“A morte é dura, porém longe da pátria é dupla a z Orações subordinadas substantivas objetivas
morte.” (Laurindo Rabelo) diretas: exercem a função de objeto direto de um
z Alternativas: exprimem fatos que se alternam ou verbo transitivo direto ou transitivo direto e indi-
se excluem. reto da oração principal.
Ex.: Desejo o seu regresso. (OD)
Conjunções constitutivas: (ou), (ou ... ou), (ora ...
Desejo que você regresse. (OD oracional) (or. sub.
ora), (que ... quer), (seja ... seja), (já ... já), (talvez
subst. obj. dir.)
... talvez).
Ex.: Ora responde, ora fica calado. z Orações subordinadas substantivas completi-
Você quer suco de laranja ou refrigerante? vas nominais: exercem a função de complemento
nominal de um substantivo, adjetivo ou advérbio
z Conclusivas: exprimem uma conclusão lógica da oração principal.
sobre um raciocínio. Ex.: Tenho necessidade de seu apoio. (comple-
Conjunções constitutivas: logo, portanto, por con- mento nominal)
seguinte, pois isso, pois (o “pois” sem ser no início Tenho necessidade de que você me apoie. (com-
de frase). plemento nominal oracional) (or. sub. subst. com-
Ex.: Estou recuperada, portanto viajarei próxima pl. nom.)
semana.
z Orações subordinadas substantivas predicati-
“Era domingo; eu nada tinha, pois, a fazer.” (Paulo
vas: funcionam como predicativos do sujeito da
Mendes Campos)
oração principal. Sempre figuram após o verbo de
z Explicativas: justificam uma opinião ou ordem ligação ser.
expressa. Conjunções constitutivas: que, porque, Ex.: Meu desejo é a sua felicidade. (predicativo do
porquanto, pois. sujeito)
Ex.: Vamos dormir, que é tarde. (o “que” equivale Meu desejo é que você seja feliz. (predicativo do
a “pois”) sujeito oracional) (or. sub. subst. predic.)
Vamos almoçar de novo porque ainda estamos
LÍNGUA PORTUGUESA

z Orações subordinadas substantivas apositivas:


com fome. funcionam como aposto. Geralmente vêm depois
de dois-pontos ou entre vírgulas.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO Ex.: Só quero uma coisa: a sua volta imediata. (aposto)
Só quero uma coisa: que você volte imediata-
Formado por orações sintaticamente dependentes, mente. (aposto oracional) (or. sub. aposi.)
considerando a função sintática em relação a um ver- z Orações subordinadas adjetivas: desempenham
bo, nome ou pronome de outra oração. função de adjetivo (adjunto adnominal ou, mais
Tipos de orações subordinadas: raramente, aposto explicativo). São introduzidas
por pronomes relativos (que, o qual, a qual, os
z Substantivas; quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas etc.) As
z Adjetivas; orações subordinadas adjetivas classificam-se em:
z Adverbiais. explicativas e restritivas. 45
z Orações subordinadas adjetivas explicativas: � Orações subordinadas adverbiais finais: indicam
não limitam o termo antecedente e, sim, acres- um objetivo a ser alcançado. São introduzidas por:
centam uma explicação sobre o termo anteceden- para que, a fim de que, porque e que (= para que).
te. São consideradas termo acessório no período, Ex.: O pai sempre trabalhou para que os filhos
podendo ser suprimidas. Sempre aparecem isola- tivessem bom estudo.
das por vírgulas.
� Orações subordinadas adverbiais proporcio-
Ex.: Minha mãe, que é apaixonada por bichos,
nais: são introduzidas por: à medida que, à pro-
cria trinta gatos.
porção que, quanto mais, quanto menos etc.
z Orações subordinadas adjetivas restritivas: Ex.: Quanto mais ouço essa música, mas a
especificam ou limitam a significação do termo aprecio.
antecedente, acrescentando-lhe um elemento
� Orações subordinadas adverbiais temporais:
indispensável ao sentido. Não são isoladas por
são introduzidas por: quando, enquanto, logo que,
vírgulas.
depois que, assim que, sempre que, cada vez que,
Ex.: A doença que surgiu recentemente ainda é
agora que etc.
incurável.
Ex.: Assim que você sair, feche a porta, por favor.

Dica Para separar as orações de um período composto, é


Como diferenciar as orações subordinadas adje- necessário atentar-se para dois elementos fundamen-
tivas restritivas das orações subordinadas adjeti- tais: os verbos (ou locuções verbais) e os conectivos
vas explicativas? (conjunções ou pronomes relativos). Após assinalar
esses elementos, deve-se contar quantas orações ele
Ele visitará o irmão que mora em Recife.
representa, a partir da quantidade de verbos ou locu-
(restritiva, pois ele tem mais de um irmão e vai
ções verbais. Exs.:
visitar apenas o que mora em Recife)
Ele visitará o irmão, que mora em Recife. [“A recordação de uns simples olhos basta] – 1ª oração
(explicativa, pois ele tem apenas um irmão que [para fixar outros] – 2ª oração
mora em Recife) [que os rodeiam] – 3ª oração
[e se deleitem com a imaginação deles]. – 4ª ora-
� Orações subordinadas adverbiais: exprimem ção (M. de Assis)
uma circunstância relativa a um fato expresso em
outra oração. Têm função de adjunto adverbial. Nesse período, a 2ª oração subordina-se ao verbo
São introduzidas por conjunções subordinativas basta pertencente a 1ª (oração principal).
(exceto as integrantes) e se enquadram nos seguin- A 3ª e a 4ª são orações coordenadas entre si, porém
tes grupos: ambas dependentes do pronome outros da 2ª oração.
� Orações subordinadas adverbiais causais: são
introduzidas por: como, já que, uma vez que, por- Orações Reduzidas
que, visto que etc.
Ex.: Caminhamos o restante do caminho a pé por- z Apresentam o mesmo verbo em uma das formas
que ficamos sem gasolina. nominais (gerúndio, particípio e infinitivo);
� Orações subordinadas adverbiais comparati- z As que são substantivas e adverbiais: nunca são
vas: são introduzidas por: como, assim como, tal iniciadas por conjunções;
qual, como, mais etc.
Ex.: A cerveja nacional é menos concentrada (do) z As que são adjetivas: nunca podem ser iniciadas
que a importada. por pronomes relativos;

� Orações subordinadas adverbiais concessivas: z Podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses
indica certo obstáculo em relação ao fato expres- conectivos;
so na outra oração, sem, contudo, impedi-lo. São
z Podem ser iniciadas por preposição ou locução
introduzidas por: embora, ainda que, mesmo que,
prepositiva.
por mais que, se bem que etc.
Ex.: Mesmo que chova, iremos à praia amanhã. Ex.: Terminada a prova, fomos ao restaurante.
O. S. Adv. reduzida de particípio: não começa com
� Orações subordinadas adverbiais condicionais: conjunção
são introduzidas por: se, caso, desde que, salvo se, Quando terminou a prova, fomos ao restaurante.
contanto que, a menos que etc. (desenvolvida)
Ex.: Você terá sucesso desde que se esforce para tal. O. S. Adv. Desenvolvida: começa com conjunção
� Orações subordinadas adverbiais conformati-
vas: são introduzidas por: como, conforme, segun- Orações Reduzidas de Infinitivo
do, consoante.
Ex.: Ele deverá agir conforme combinamos. Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais.
� Orações subordinadas adverbiais consecutivas: Se o infinitivo for pessoal, irá flexionar normalmente.
são introduzidas por: que (precedido na oração
anterior de termos intensivos como tão, tanto, z Substantivas: Ex.: É preciso trabalhar muito. (O.
tamanho etc.) de sorte que, de modo que, de forma S. substantiva subjetiva reduzida de infinitivo)
que, sem que. Deixe o aluno pensar. (O. S. substantiva objetiva
Ex.: A garota rio tanto, que se engasgou. direta reduzida de infinitivo)
“Achei as rosas mais belas do que nunca, e tão per- A melhor política é ser honesto. (O. S. substantiva
46 fumadas que me estontearam.” (Cecília Meireles) predicativa reduzida de infinitivo)
Este é um difícil livro de se ler. (O. S. substantiva Resumindo: período composto por coordenação e
completiva nominal reduzida de infinitivo) subordinação.
Temos uma missão: subir aquela escada. (O. S. As orações subordinadas são coordenadas entre si,
substantiva apositiva reduzida de infinitivo) ligadas ou não por conjunção.
z Adjetivas: Ex.: João não é homem de meter os pés
pelas mãos. z Orações subordinadas substantivas coordena-
O meu manual para fazer bolos certamente vai das entre si
agradar a todos. Ex.: Espero que você não me culpe, que não culpe
z Adverbiais: Ex.: Apesar de estar machucado, meus pais, nem que culpe meus parentes.
continua jogando bola. Oração principal: Espero
Sem estudar, não passarão. Oração coordenada 1: que você não me culpe
Ele passou mal, de tanto comer doces. Oração coordenada 2: que não culpe meus pais
Oração coordenada 3: nem que culpe meus
Orações Reduzidas de Gerúndio parentes.

Podem ser coordenadas aditivas, substantivas apo-


sitivas, adjetivas, adverbiais. Importante!
z Coordenada aditiva: Ex.: Pagou a conta, ficando O segredo para classificar as orações é per-
livre dos juros. ceber os conectivos (conjunções e pronomes
z Substantiva apositiva: Ex.: Não mais se vê amigo relativos).
ajudando um ao outro. (subjetiva)
Agora ouvimos artistas cantando no shopping.
(objetiva direta) � Orações subordinadas adjetivas coordenadas
entre si
z Adjetiva: Ex.: Criança pedindo esmola dói o
Ex.: A mulher que é compreensiva, mas que é
coração.
cautelosa, não faz tudo sozinha.
z Adverbial: Ex.: Temendo a reação do pai, não Oração subordinada adjetiva 1: que é compreensiva
contou a verdade. Oração subordinada adjetiva 2: mas que é
cautelosa
Orações Reduzidas de Particípio
� Orações subordinadas adverbiais coordenadas
Podem ser adjetivas ou adverbiais. entre si
Ex.: Não só quando estou presente, mas também
� Adjetiva: Ex.: A notícia divulgada pela mídia era falsa. quando não estou, sou discriminado.
Nosso planeta, ameaçado constantemente por Oração subordinada adverbial 1: quando estou
nós mesmos, ainda resiste. presente
� Adverbiais: Ex.: Aceitas as condições, não have- Oração subordinada adverbial 2: quando não
ria problemas. (condicional)
estou
Dada a notícia da herança, as brigas começaram.
(causal/temporal) � Orações coordenadas ou subordinadas no mes-
Comprada a casa, a família se mudou logo. mo período
(temporal) Ex.: Presume-se que as penitenciárias cumpram
seu papel, no entanto a realidade não é assim.
O particípio concorda em gênero e número com os
Oração principal: Presume-se
termos referentes.
Essas orações reduzidas adverbiais são bem fre- Oração subordinada subjetiva da principal: as
quentes em provas de concurso. penitenciárias cumpram seu papel
Oração coordenada sindética adversativa da ante-
Períodos Mistos rior: no entanto a realidade não é assim.

São períodos que apresentam estruturas oracio-


nais de coordenação e subordinação.
Assim, às vezes aparecem orações coordenadas EXERCÍCIOS COMENTADOS
dentro de um conjunto de orações que são subordina-
das a uma oração principal. 1. (UEPA – 2013) No trecho: “Até hoje, os prédios resi-
LÍNGUA PORTUGUESA

denciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para


os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e
1ª oração 2ª oração 3ª oração
o elevador de serviço, apropriado para empregados
O homem entrou na sala e pediu que todos calassem. e pobres”. A repetição do conectivo “e” tem efeito de
marcar uma:
verbo verbo verbo
a) descontinuidade de fatos.
1ª oração: oração coordenada assindética. b) sequência cronológica dos fatos.
2ª oração: oração coordenada sindética aditiva em c) coordenação entre as ideias principais.
relação a 1ª oração e principal em relação a 3ª oração. d) implicação natural de consequência dos dois últimos
3ª oração: coordenada substantiva objetiva direta fatos em relação ao primeiro.
em relação a 2ª oração. e) subordinação entre a sequência dos fatos. 47
O conectivo “e” junta duas ideias coordenadas “o Ontem choveu o esperado para o mês todo. / Ontem,
[elevador] social” e “o elevador de serviço”. Respos- choveu o esperado para o mês todo.
ta: Letra C. Ela acordou muito cedo. Por isso ficou com sono
durante a aula. / Ela acordou muito cedo. Por isso, ficou
2. (CEPERJ – 2013) “É razoável que as pessoas tenham com sono durante a aula.
medo de assaltos”. Abaixo estão cinco (5) formas Irei à praia amanhã se não chover. / Irei à praia
de reescrever-se essa frase. Assinale a única forma amanhã, se não chover.
errada.
Não se Usa Vírgula nas Seguintes Situações
a) É razoável as pessoas temerem assaltos.
b) É razoável que as pessoas temessem assaltos. � Entre o sujeito e o verbo
c) É razoável que as pessoas tenham medo de ser assaltadas. Ex.: Todos os alunos daquele professor, entende-
d) É razoável que assaltos causem medo às pessoas. ram a explicação. (errado)
e) É razoável que assaltos sejam temidos pelas pessoas. Muitas coisas que quebraram meu coração, con-
sertaram minha visão. (errado)
A forma “que as pessoas temessem” está também � Entre o verbo e seu complemento, ou mesmo pre-
no subjuntivo, mas pertence a tempo verbal diferen- dicativo do sujeito:
te da frase original, alterando o sentido. Resposta: Ex.: Os alunos ficaram, satisfeitos com a explica-
Letra B. ção. (errado)
Os alunos precisam de, que os professores os aju-
dem. (errado)
Os alunos entenderam, toda aquela explicação.
(errado)
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
� Entre um substantivo e seu complemento nominal
PONTUAÇÃO ou adjunto adnominal.
Ex.: A manutenção, daquele professor foi exigida
Outro tópico que gera dúvidas é a pontuação. Vere- pelos alunos. (errado)
mos a seguir as regras sobre seus usos. � Entre locução verbal de voz passiva e agente da
passiva:
Uso de Vírgula Ex.: Todos os alunos foram convidados, por aquele
professor para a feira. (errado)
A vírgula é um sinal de pontuação que exerce três
funções básicas: marcar as pausas e as inflexões da � Entre o objeto e o predicativo do objeto:
voz na leitura; enfatizar e/ou separar expressões e Ex.: Considero suas aulas, interessantes. (errado)
orações; e esclarecer o significado da frase, afastando Considero interessantes, as suas aulas. (errado)
qualquer ambiguidade.
Quando se trata de separar termos de uma mesma
oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:
EXERCÍCIO COMENTADO
� Para separar os termos de mesma função
Ex.: Comprei livro, caderno, lápis, caneta. 1. (TJ-SC – 2011) Indique o período que não apresenta
erro de pontuação:
z Usa-se a vírgula para separar os elementos de
enumeração. a) Morte de florestas; chuvas ácidas, e animais marinhos
Ex.: Pontes, edifícios, caminhões, árvores... tudo foi cobertos por petróleo, são questões ambientais que
arrastado pelo tsunami. teriam suficiente relevância para alarmar a população,
e automaticamente, motivar encontros e discussões.
� Para indicar a elipse (omissão de uma palavra que b) Ao final, conclui o autor, que todos esses elementos
já apareceu na frase) do verbo apontados são faces de uma nova abordagem meto-
Ex.: Comprei melancia na feira; ele, abacate. dológica para a proteção do meio ambiente.
Ela prefere filmes de ficção científica; o namorado, c) Não é justo e razoável que o servidor tenha que des-
filmes de terror. pender recursos financeiros com o recolhimento das
� Para separar palavras ou locuções explicativas, custas judiciais – que serão destinadas ao seu deve-
retificativas dor – para obter o que lhe é devido e, depois, reclamar
Ex.: Ela completou quinze primaveras, ou seja, 15 a restituição, se julgada procedente a sua pretensão.
anos. d) Outra providência muito recomendada, é evitar polari-
zação entre os setores de planejamento e produção,
� Para separar datas e nomes de lugar privilegiando o trabalho em equipe, realizado de forma
Ex.: Belo Horizonte, 15 de abril de 1985. coordenada.
� Para separar as conjunções coordenativas, exceto e) Segundo Meirelles o ato administrativo – vinculado ou
e, nem, ou. discricionário –, há que ser praticado com a observân-
Ex.: Treinou muito, portanto se saiu bem. cia formal e ideológica da lei.

A vírgula também é facultativa quando a expres- No trecho “o que lhe é devido e, depois, reclamar a
são de tempo, modo e lugar não for uma expressão, restituição, se julgada procedente a sua pretensão”,
mas uma palavra só. Exemplos: as duas primeiras vírgulas isolam o advérbio de
Antes vamos conversar. / Antes, vamos conversar. tempo “depois”, que está deslocado; a última vírgula
Geralmente almoço em casa. / Geralmente, almoço justifica-se pela condicional “se julgada procedente
48 em casa. a sua pretensão”. Resposta: Letra C.
Uso de Ponto e Vírgula Como disse o poeta: “Só não se inventou a máqui-
na de fazer versos ― já havia o poeta parnasiano”.
É empregado nos seguintes casos o sinal de ponto
e vírgula (;): Parênteses

� Nos contrastes, nas oposições, nas ressalvas Têm função semelhante à dos travessões e das
Ex.: Ela, quando viu, ficou feliz; ele, quando a viu, vírgulas no sentido que colocam em relevo certos ter-
ficou triste. mos, expressões ou orações.
� No lugar das conjunções coordenativas deslocadas Ex.: Os professores (amigos meus do curso carioca)
Ex.: O maratonista correu bastante; ficou, portan- vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)
to, exausto. Meninos (pediu ela), vão lavar as mãos, que vamos
jantar. (oração intercalada)
� No lugar do e seguido de elipse do verbo (= zeugma)
Ex.: Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o Ponto-final
ouvinte.
Prefiro brigadeiros; minha mãe, pudim; meu pai,
É o sinal que denota maior pausa.
sorvete.
Usa-se:
� Em enumerações, portarias, sequências
Ex.: São órgãos do Ministério Público Federal: � Para indicar o fim de oração absoluta ou de
o Procurador-Geral da República; período.
o Colégio de Procuradores da República; Ex.: “Itabira é apenas uma fotografia na parede.”
o Conselho Superior do Ministério Público Federal. Carlos Drummond de Andrade

Dois-pontos � Nas abreviaturas


Ex.: apart. ou apto. = apartamento
Marcam uma supressão de voz em frase que ainda sec. = secretário
não foi concluída. a.C. = antes de Cristo
Servem para:
Dica
� Introduzir uma citação (discurso direto):
Ex.: Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um Símbolos do sistema métrico decimal e elemen-
homem mais pelas suas perguntas que pelas suas tos químicos não vêm com ponto final:
respostas”. Exemplos: km, m, cm, He, K, C
� Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, Ponto de Interrogação
distributivo ou uma oração subordinada substan-
tiva apositiva
Ex.: Em nosso meio, há bons profissionais: profes- Marca uma entonação ascendente (elevação da
sores, jornalistas, médicos. voz) em tom questionador.
Usa-se:
� Introduzir uma explicação ou enumeração após
expressões como por exemplo, isto é, ou seja, a � Em frase interrogativa direta:
saber, como. Ex.: O que você faria se só lhe restasse um dia?
Ex.: Adquirimos vários saberes, como: Linguagens,
Filosofia, Ciências... � Entre parênteses para indicar incerteza:
z Marcar uma pausa entre orações coordenadas Ex.: Eu disse a palavra peremptório (?), mas acho
(relação semântica de oposição, explicação/causa que havia palavra melhor no contexto.
ou consequência)
� Junto com o ponto de exclamação, para denotar
Ex.: Já leu muitos livros: pode-se dizer que é um
surpresa:
homem culto.
Ex.: Não conseguiu chegar ao local de prova?! (ou !?)
Precisamos ousar na vida: devemos fazê-lo com
cautela. � E interrogações retóricas:
� Marcar invocação em correspondências Ex.: Jogaremos comida fora à toa? (Ou seja: “Claro
Ex.: Prezados senhores: que não jogaremos comida fora à toa”).
Comunico, por meio deste, que...
Ponto de Exclamação
Travessão
� É empregado para marcar o fim de uma frase com
LÍNGUA PORTUGUESA

� Usado em discursos diretos, indica a mudança de entonação exclamativa:


discurso de interlocutor: Ex.: Ex.: Que linda mulher!
– Bom dia, Maria! Coitada dessa criança!
– Bom dia, Pedro! � Aparece após uma interjeição:
Ex.: Nossa! Isso é fantástico.
� Serve também para colocar em relevo certas
expressões, orações ou termos. Pode ser subs- � Usado para substituir vírgulas em vocativos enfáticos:
tituído por vírgula, dois-pontos, parênteses ou
Ex.: “Fernando José! onde estava até esta hora?”
colchetes:
Ex.: Os professores ― amigos meus do curso cario- � É repetido duas ou mais vezes quando se quer
ca ― vão fazer videoaulas. (aposto explicativo) marcar uma ênfase:
Meninos ― pediu ela ―, vão lavar as mãos, que Ex.: Inacreditável!!! Atravessou a piscina de 50
vamos jantar. (oração intercalada) metros em 20 segundos!!! 49
Reticências � Para indicar os sons da fala, quando se estuda
Fonologia:
São usadas para: Ex.: mel: [mɛw]; nem: [bẽy]
� Para suprimir parte de um texto (assim como
� Assinalar interrupção do pensamento:
parênteses)
Ex.: ― Estou ciente de que...
Ex.: Na hora em que entrou no quarto [...] e depois
― Pode dizer...
desceu as escadas apressadamente. ou
� Indicar partes suprimidas de um texto: Na hora em que entrou no quarto (...) e depois des-
Ex.: Na hora em que entrou no quarto ... e depois ceu as escadas apressadamente. (caso não preferí-
desceu as escadas apressadamente. (Também pode vel segundo as normas da ABNT)
ser usado: Na hora em que entrou no quarto [...] e
depois desceu as escadas apressadamente.) Asterisco
� Para sugerir prolongamento da fala:
Ex.: ―O que vocês vão fazer nas férias? � É colocado à direita e no canto superior de uma
― Ah, muitas coisas: dormir, nadar, pedalar... palavra do trecho para se fazer uma citação ou
comentário qualquer sobre o termo em uma nota
� Para indicar hesitação: de rodapé:
Ex.: ― Eu não a beijava porque... porque... tinha Ex.: A palavra tristeza é formada pelo adjetivo
vergonha. triste acrescido do sufixo -eza*.
� Para realçar uma palavra ou expressão, normal- *-eza é um sufixo nominal justaposto a um adjeti-
mente com outras intenções: vo, o que origina um novo substantivo.
Ex.: ― Ela é linda...! Você nem sabe como...! � Quando repetido três vezes, indica uma omissão
ou lacuna em um texto, principalmente em substi-
Uso das Aspas tuição a um substantivo próprio:
Ex.: O menor *** foi apreendido e depois encami-
São usadas em citações ou em algum termo que nhado aos responsáveis.
precisa ser destacado no texto. Pode ser substituído
por itálico ou negrito, que têm a mesma função de � Quando colocado antes e no alto da palavra, repre-
destaque. senta o vocábulo como uma forma hipotética, isto
Usam-se nos seguintes casos: é, cuja existência é provável, mas não comprovada:
Ex.: Parecer, do latim *parescere.
� Antes e depois de citações: � Antes de uma frase para indicar que ela é agrama-
Ex.: “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, tical, ou seja, uma frase que não respeita as regras
afirma Dad Squarisi, 64. da gramática.
� Para marcar estrangeirismos, neologismos, arcaís- * Edifício elaborou projeto o engenheiro.
mos, gírias e expressões populares ou vulgares,
conotativas: Uso da Barra
Ex.: O home, “ledo” de paixão, não teve a fortuna
que desejava. A barra oblíqua [ / ] é um sinal gráfico usado:
Não gosto de “pavonismos”.
Dê um “up” no seu visual. � Para indicar disjunção e exclusão, podendo ser
substituída pela conjunção “ou”:
� Para realçar uma palavra ou expressão imprópria, Ex.: Poderemos optar por: carne/peixe/dieta.
às vezes com ironia ou malícia Poderemos optar por: carne, peixe ou dieta.
Ex.: Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão.
Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” � Para indicar inclusão, quando utilizada na separa-
sonoro. ção das conjunções e/ou.
Ex.: Os alunos poderão apresentar trabalhos orais
� Para citar nomes de mídias, livros etc. e/ou escritos.
Ex.: Ouvi a notícia do “Jornal Nacional”.
� Para indicar itens que possuem algum tipo de rela-
Colchetes ção entre si.
Ex.: A palavra será classificada quanto ao número
Representam uma variante dos parênteses, porém (plural/singular).
tem uso mais restrito. O carro atingiu os 220 km/h.
Usam-se nos seguintes casos:
� Para separar os versos de poesias, quando escritos
seguidamente na mesma linha. São utilizadas duas
� Para incluir num texto uma observação de nature-
barras para indicar a separação das estrofes.
za elucidativa:
Ex.: “[…] De tanto olhar para longe,/não vejo o que
Ex.: É de Stanislaw Ponte Preta [pseudônimo de
passa perto,/meu peito é puro deserto./Subo mon-
Sérgio Porto] a obra “Rosamundo e os outros”.
te, desço monte.//Eu ando sozinha/ao longo da noi-
� Para isolar o termo latino sic (que significa “assim”), te./Mas a estrela é minha.” Cecília Meireles
a fim de indicar que, por mais estranho ou errado � Na escrita abreviada, para indicar que a palavra
que pareça, o texto original é assim mesmo: não foi escrita na sua totalidade:
Ex.: “Era peior [sic] do que fazer-me esbirro aluga- Ex.: a/c = aos cuidados de;
50 do.” (Machado de Assis) s/ = sem
� Para separar o numerador do denominador nos Popularmente, usa-se “do que” no lugar de “a”,
números fracionários, substituindo a barra da o que tornaria a oração da seguinte forma: “Prefiro
fração: natação do que futebol”. Porém, segundo a norma-pa-
Ex.: 1/3 = um terço drão, a forma correta é como consta no exemplo.

� Nas datas: Concordância Verbal com o Sujeito Simples


Ex.: 31/03/1983
� Nos números de telefone: Em regra geral, o verbo concorda com o núcleo do
Ex.: 225 03 50/51/52 sujeito.
Ex.: Os jogadores de futebol ganham um salário
� Nos endereços: exorbitante.
Ex.: Rua do Limoeiro, 165/232
Diferentes situações:
� Na indicação de dois anos consecutivos:
Ex.: O evento de 2012/2013 foi um sucesso. z Quando o núcleo do sujeito for uma palavra de
� Para indicar fonemas, ou seja, os sons da língua: sentido coletivo, o verbo fica no singular. Ex.: A
Ex.: /s/ multidão gritou entusiasmada.
z Quando o sujeito é o pronome relativo que, o ver-
Embora não existam regras muito definidas sobre bo posterior ao pronome relativo concorda com o
a existência de espaços antes e depois da barra oblí- antecedente do relativo. Ex.: Quais os limites do
qua, privilegia-se o seu uso sem espaços: plural/singu- Brasil que se situam mais próximos do Meridiano?
lar, masculino/feminino, sinônimo/antônimo. z Quando o sujeito é o pronome indefinido quem, o
verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Fomos nós
quem resolveu a questão.

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL Por questão de ênfase, o verbo pode também con-
cordar com o pronome reto antecedente. Ex.: Fomos
nós quem resolvemos a questão.
Na elaboração da frase, as palavras relacionam-se
umas com as outras. Ao se relacionarem, elas obede-
z Quando o sujeito é um pronome interrogativo,
cem a alguns princípios: um deles é a concordância.
demonstrativo ou indefinido no plural + de nós /
Observe o exemplo: de vós, o verbo pode concordar com o pronome no
plural ou com nós / vós. Ex.: Alguns de nós resol-
A pequena garota andava sozinha pela cidade. viam essa questão. / Alguns de nós resolvíamos
A: Artigo, feminino, singular; essa questão.
Pequena: Adjetivo, feminino, singular;
z Quando o sujeito é formado por palavras plurali-
Garota: Substantivo, feminino, singular.
zadas, normalmente topônimos (Amazonas, férias,
Minas Gerais, Estados Unidos, óculos etc.), se hou-
Tanto o artigo quanto o adjetivo (ambos adjuntos ver artigo definido antes de uma palavra plura-
adnominais) concordam com o gênero (feminino) e o lizada, o verbo fica no plural. Caso não haja esse
número (singular) do substantivo. artigo, o verbo fica no singular. Ex.: Os Estados
Na língua portuguesa, há dois tipos de concordân- Unidos continuam uma potência.
cia: verbal e nominal. Estados Unidos continua uma potência.
Santos fica em São Paulo. (Corresponde a: “A cida-
CONCORDÂNCIA VERBAL de de Santos fica em São Paulo.”)

É a adaptação em número – singular ou plural –


e pessoa que ocorre entre o verbo e seu respectivo Importante!
sujeito. Quando se aplica a nomes de obras artísticas, o
“De todos os povos mais plurais culturalmente, o verbo fica no singular ou no plural.
Brasil, mesmo diante de opiniões contrárias, as quais
Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
insistem em desmentir que nosso país é cheio de ‘bra-
sis’ – digamos assim –, ganha disparando dos outros,
pois houve influências de todos os povos aqui: euro- z Quando o sujeito é formado pelas expressões mais
peus, asiáticos e africanos.” de um, cerca de, perto de, menos de, coisa de,
Esse período, apesar de extenso, constitui-se de
LÍNGUA PORTUGUESA

obra de etc., o verbo concorda com o numeral. Ex.:


um sujeito simples “o Brasil”, portanto o verbo cor- Mais de um aluno compareceu à aula.
respondente a esse sujeito, “ganha”, necessita ficar no Mais de cinco alunos compareceram à aula.
singular.
Destrinchando o período, temos que os termos A expressão mais de um tem particularidades:
essenciais da oração (sujeito e predicado) são apenas se a frase indica reciprocidade (pronome reflexivo
“[...] o Brasil [...]” – sujeito – e “[...] ganha [...]” – predi- recíproco se), se houver coletivo especificado ou se
cado verbal. a expressão vier repetida, o verbo fica no plural. Ex.:
Veja um caso de uso de verbo bitransitivo: Mais de um irmão se abraçaram.
Ex.: Prefiro natação a futebol.
Verbo bitransitivo: Prefiro Mais de um grupo de crianças veio/vieram à festa.
Objeto direto: natação Mais de um aluno, mais de um professor esta-
Objeto indireto: a futebol vam presentes. 51
z Quando o sujeito é formado por um número per- Concordância Verbal com o Sujeito Composto
centual ou fracionário, o verbo concorda com o
numerador ou com o número inteiro, mas pode � Núcleos do sujeito constituídos de pessoas grama-
concordar com o especificador dele. Se o numeral ticais diferentes
vier precedido de um determinante, o verbo con- Ex.: Eu e ele nos tornamos bons amigos.
cordará apenas com o numeral. Ex.: Apenas 1/3
� Núcleos do sujeito ligados pela preposição com
das pessoas do mundo sabe o que é viver bem.
Ex.: O ministro, com seus assessores, chegou/che-
garam ontem.
Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é
viver bem. � Núcleos do sujeito acompanhados da palavra cada
Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem. ou nenhum
Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem. Ex.: Cada jogador, cada time, cada um deve man-
Os 30% da população não sabem o que é viver mal. ter o espírito esportivo.
� Núcleos do sujeito sendo sinônimos e estando no
EXERCÍCIO COMENTADO singular
Ex.: A angústia e a ansiedade não o ajudava/aju-
davam. (preferencialmente no singular)
1. (FGV – 2008) “... mostram que um terço dos pagamen-
tos realizados por intermédio de instituições financei- � Gradação entre os núcleos do sujeito
ras foi tributado apenas por aquela contribuição...” Ex.: Seu cheiro, seu toque bastou/bastaram para
Assinale a alternativa em que, ao se alterar o termo me acalmar. (preferencialmente no singular)
“um terço”, não se tenha mantido a concordância em
� Núcleos do sujeito no infinitivo
conformidade com a norma culta. Desconsidere a
Ex.: Andar e nadar faz bem à saúde.
possibilidade de concordância atrativa.
� Núcleos do sujeito resumidos por um aposto resu-
a) mostram que 0,27% dos pagamentos realizados por mitivo (nada, tudo, ninguém)
intermédio de instituições financeiras foi tributado Ex.: Os pedidos, as súplicas, nada disso o comoveu.
apenas por aquela contribuição.
� Sujeito constituído pelas expressões um e outro,
b) mostram que menos de 2% dos pagamentos realiza-
nem um nem outro
dos por intermédio de instituições financeiras foram
Ex.: Um e outro já veio/vieram aqui.
tributados apenas por aquela contribuição.
c) mostram que grande parte dos pagamentos realiza- � Núcleos do sujeito ligados por nem... nem
dos por intermédio de instituições financeiras foi tribu- Ex.: Nem a televisão nem a internet desviarão meu
tado apenas por aquela contribuição. foco nos estudos.
d) mostram que três quartos dos pagamentos realizados
� Entre os núcleos do sujeito, aparecem as palavras
por intermédio de instituições financeiras foram tribu-
como, menos, inclusive, exceto ou as expressões
tados apenas por aquela contribuição.
bem como, assim como, tanto quanto
e) mostram que 1,6 milhão dos pagamentos realizados
Ex.: O Vasco ou o Corinthians ganhará o jogo na
por intermédio de instituições financeiras foi tributado
final.
apenas por aquela contribuição.
z Núcleos do sujeito ligados pelas séries correlativas
Em “grande parte dos pagamentos realizados... aditivas enfáticas (tanto... quanto / como / assim
foi tributado”, não houve concordância adequada, como; não só... mas também etc.)
deveria ser “foi tributada”, para concordar com o Ex.: Tanto ela quanto ele mantém/mantêm sua
núcleo do sujeito, “parte”. Resposta: Letra C. popularidade em alta.
z Quando dois ou mais adjuntos modificam um úni-
� Os verbos bater, dar e soar concordam com o
co núcleo, o verbo fica no singular concordando
número de horas ou vezes, exceto se o sujeito for a
com o núcleo único. Mas, se houver determinante
palavra relógio. Ex.: Deram duas horas, e ela não
após a conjunção, o verbo fica no plural, pois aí o
chegou. (Duas horas deram...)
sujeito passa a ser composto.
Bateu o sino duas vezes. (O sino bateu)
Ex.: O preço dos alimentos e dos combustíveis
Soaram dez badaladas no relógio da sala. (Dez
aumentou. Ou: O preço dos alimentos e o dos
badaladas soaram)
combustíveis aumentaram.
Soou dez badaladas o relógio da escola. (O relógio
da escola soou dez badaladas)
Concordância Verbal do Verbo Ser
z Quando o sujeito está em voz passiva sintética, o
verbo concorda com o sujeito paciente. Ex.: Ven- � Concorda com o sujeito
dem-se casas de veraneio aqui. Ex.: Nós somos unha e carne.
Nunca se viu, em parte alguma, pessoa tão
� Concorda com o sujeito (pessoa)
interessada.
Ex.: Os meninos foram ao supermercado.
z Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
� Em predicados nominais, quando o sujeito for
verbo fica sempre na 3ª pessoa. Ex.: Por que Vossa
representado por um dos pronomes tudo, nada,
Majestade está preocupada?
isto, isso, aquilo ou “coisas”, o verbo ser concor-
Suas Excelências precisam de algo?
dará com o predicativo (preferencialmente) ou
z Sujeito do verbo viver em orações optativas ou com o sujeito
52 exclamativas. Ex.: Vivam os campeões! Ex.: No início, tudo é/são flores.
� Concorda com o predicativo quando o sujeito for � Concordância do verbo parecer
que ou quem Flexiona-se ou não o infinitivo.
Ex.: Quem foram os classificados? Pareceu-me estarem os candidatos confiantes. (o
equivalente a “Pareceu-me que os candidatos esta-
� Em indicações de horas, datas, tempo, distância
vam confiantes”, portanto o infinitivo é flexionado
(predicativo), o verbo concorda com o predicativo
de acordo com o sujeito, no plural)
Ex.: São nove horas.
Eles parecem estudar bastante. (locução verbal,
É frio aqui.
logo o infinitivo será impessoal)
Seria meio-dia e meia ou seriam doze horas?
� Concordância dos verbos impessoais
� O verbo fica no singular quando precede termos
São os casos de oração sem sujeito. O verbo fica
como muito, pouco, nada, tudo, bastante, mais,
sempre na 3ª pessoa do singular.
menos etc. junto a especificações de preço, peso,
Ex.: Havia sérios problemas na cidade.
quantidade, distância, e também quando seguido
Fazia quinze anos que ele havia se formado.
do pronome o
Deve haver sérios problemas na cidade. (verbo
Ex.: Cem metros é muito para uma criança.
auxiliar fica no singular)
Divertimentos é o que não lhe falta.
Trata-se de problemas psicológicos.
Dez reais é nada diante do que foi gasto.
Geou muitas horas no sul.
� Na expressão expletiva “é que”, se o sujeito da ora-
� Concordância com sujeito oracional
ção não aparecer entre o verbo ser e o que, o ser
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o
ficará invariável. Se o ser vier separado do que, o
verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do
verbo concordará com o termo não preposiciona-
singular.
do entre eles.
Ex.: Ainda vale a pena investir nos estudos.
Ex.: Eles é que sempre chegam cedo.
Sabe-se que dois alunos nossos foram aprovados.
São eles que sempre chegam cedo.
Ficou combinado que sairíamos à tarde.
É nessas horas que a gente precisa de ajuda. (cons-
Urge que você estude.
trução adequada)
Era preciso encontrar a verdade
São nessas horas que a gente precisa de ajuda.
(construção inadequada)
Casos mais frequentes em provas
CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL
Veja agora uma lista com os casos mais abordados
em concursos:
Concordância do Infinitivo
� Sujeito posposto distanciado
z Exemplos com verbos no infinitivo pessoal: Ex.: Viviam o meio de uma grande floresta tropical
Nós lutaremos até vós serdes bem tratados. (sujei- brasileira seres estranhos.
to esclarecido)
Está na hora de começarmos o trabalho. (sujeito � Verbos impessoais (haver e fazer)
implícito “nós”) Ex.: Faz dois meses que não pratico esporte.
Falei sobre o desejo de aprontarmos logo o site. Havia problemas no setor.
(dois pronomes implícitos: eu, nós) Obs.: Existiam problemas no setor. (verbo existir
Até me encontrarem, vocês terão de procurar vai ter sujeito “problemas”, e vai ser variável)
muito. (preposição no início da oração)
� Verbo na voz passiva sintética
Para nós nos precavermos, precisaremos de luz.
Ex.: Criaram-se muitas expectativas para a luta.
(verbos pronominais)
Visto serem dez horas, deixei o local. (verbo ser � Verbo concordando com o antecedente correto
indicando tempo) do pronome relativo ao qual se liga
Estudo para me considerarem capaz de aprova- Ex.: Contratei duas pessoas para a empresa, que
ção. (pretensão de indeterminar o sujeito) tinham experiência.
Para vocês terem adquirido esse conhecimento,
� Sujeito coletivo com especificador plural
foi muito tempo de estudo. (infinitivo pessoal com-
Ex.: A multidão de torcedores vibrou/vibraram.
posto: locução verbal de verbo auxiliar + verbo no
particípio) � Sujeito oracional
Ex.: Convém a eles alterar a voz. (verbo no
z Exemplos com verbos no infinitivo impessoal:
singular)
Devo continuar trabalhando nesse projeto. (locu-
� Núcleo do sujeito no singular seguido de adjun-
LÍNGUA PORTUGUESA

ção verbal)
Deixei-os brincar aqui. (pronome oblíquo átono to ou complemento no plural
sendo sujeito do infinitivo) Ex.: Conversa breve nos corredores pode gerar
atrito. (verbo no singular)
Quando o sujeito do infinitivo for um substantivo
no plural, usa-se tanto o infinitivo pessoal quanto o Casos Facultativos
impessoal. “Mandei os garotos sair/saírem”.
z A multidão de pessoas invadiu/invadiram o
Navegar é preciso, viver não é preciso. (infinitivo estádio.
com valor genérico)
z Aquele comediante foi um dos que mais me fez/
São casos difíceis de solucionar. (infinitivo prece-
fizeram rir.
dido de preposição de ou para)
Soldados, recuar! (infinitivo com valor de imperativo) z Fui eu quem faltou/faltei à aula. 53
z Quais de vós me ajudarão/ajudareis? Colocar o substantivo no singular e, ao enumerar
os adjetivos (também no singular), antepor um artigo
z “Os Sertões” marcou/marcaram a literatura
a cada um, menos no primeiro deles. Ex.: Ele estuda a
brasileira.
língua inglesa, a francesa e a alemã.
z Somente 1,5% das pessoas domina/dominam a
ciência. (1,5% corresponde ao singular) z Com função de predicativo do sujeito
z Chegaram/Chegou João e Maria. Com o verbo após o sujeito, o adjetivo concordará
z Um e outro / Nem um nem outro já veio/vieram com a soma dos elementos.
aqui. Ex.: A casa e o quintal estavam abandonados.

z Eu, assim como você, odeio/odiamos a política Com o verbo antes do sujeito o predicativo do su-
brasileira. jeito acompanhará a concordância do verbo, que por
sua vez concordará tanto com a soma dos elementos
z O problema do sistema é/são os impostos. quanto com o nome mais próximo.
z Hoje é/são 22 de agosto. Ex.: Estava abandonada a casa e o quintal. / Esta-
vam abandonados a casa e o quintal.
z Devemos estudar muito para atingir/atingirmos
a aprovação. Como saber quando o adjetivo tem valor de adjun-
to adnominal ou predicativo do sujeito? Substitua os
z Deixei os rapazes falar/falarem tudo. substantivos por um pronome:
Ex.: Existem conceitos e regras complicados.
Silepse de Número e de Pessoa (substitui-se por “eles”)
Fazendo a troca, fica “Eles existem”, e não “Eles
Conhecida também como “concordância irregular,
existem complicados”.
ideológica ou figurada”. Vejamos os casos:
Como o adjetivo desapareceu com a substituição,
então é um adjunto adnominal.
z Silepse de número: usa-se um termo discordando
do número da palavra referente, para concordar z Com função de predicativo do objeto
com o sentido semântico que ela tem. Ex.: Flor tem
vida muito curta, logo murcham. (ideia de plurali- Recomenda-se concordar com a soma dos substan-
dade: todas as flores) tivos, embora alguns estudiosos admitam a concor-
z Silepse de pessoa: o autor da frase participa do dância com o termo mais próximo.
processo verbal. O verbo fica na 1ª pessoa do plu- Ex.: Considero os conceitos e as regras complicados.
ral. Ex.: Os brasileiros, enquanto advindos de Tenho como irresponsáveis o chefe do setor e
diversas etnias, somos multiculturais. seus subordinados.

Algumas convenções
CONCORDÂNCIA NOMINAL
� Obrigado / próprio / mesmo
Define-se como a adaptação em gênero e número Ex.: A mulher disse: “Muito obrigada”.
que ocorre entre o substantivo (ou equivalente, como A própria enfermeira virá para o debate.
o adjetivo) e seus modificadores (artigos, pronomes, Elas mesmas conversaram conosco.
adjetivos, numerais).
O adjetivo e as palavras adjetivas concordam em Dica
gênero e número com o nome a que se referem.
Ex.: Parede alta. / Paredes altas. O termo mesmo no sentido de “realmente” será
Muro alto. / Muros altos. invariável.
Ex.: Os alunos resolveram mesmo a situação.
Casos com adjetivos
z Só / sós
z Com função de adjunto adnominal: quando o Variáveis quando significarem “sozinho” /
adjetivo funcionar como adjunto adnominal e esti- “sozinhos”.
ver após os substantivos, poderá concordar com Invariáveis quando significarem “apenas,
as somas desses ou com o elemento mais próximo. somente”.
Ex.: Encontrei colégios e faculdades ótimas. / Ex.: As garotas só queriam ficar sós. (As garotas
Encontrei colégios e faculdades ótimos. apenas queriam ficar sozinhas.)
A locução “a sós” é invariável.
Há casos em que o adjetivo concordará apenas Ex.: Ela gostava de ficar a sós. / Eles gostavam de
com o nome mais próximo, quando a qualidade per-
ficar a sós.
tencer somente a este.
Ex.: Saudaram todo o povo e a gente brasileira. � Quite / anexo / incluso
Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho Concordam com os elementos a que se referem.
Ex.: Estamos quites com o banco.
Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno- Seguem anexas as certidões negativas.
minal e estiver antes dos substantivos, poderá con- Inclusos, enviamos os documentos solicitados.
cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.:
Existem complicadas regras e conceitos. � Meio
Quando houver apenas um substantivo qualifica- Quando significar “metade”: concordará com o
do por dois ou mais adjetivos pode-se: elemento referente.
Colocar o substantivo no plural e enumerar o ad- Ex.: Ela estava meio (um pouco) nervosa.
jetivo no singular. Ex.: Ele estuda as línguas inglesa, Quando significar “um pouco”: será invariável.
54 francesa e alemã. Ex.: Já era meio-dia e meia (metade da hora).
� Grama Na alternativa A, a frase enunciada pela menina
Quando significar “vegetação”, é feminino; quan- deveria flexionar no feminino o adjetivo “obrigada”,
do significar unidade de medida, é masculino. portanto está incorreta. Na alternativa B, o adjeti-
Ex.: Comprei duzentos gramas de farinha. vo “inclusa” deve concordar em gênero e número,
“A grama do vizinho sempre é mais verde.” havendo a necessidade do plural, o mesmo ocorre
� É proibido entrada / É proibida a entrada em C, portanto mais duas alternativas incorretas.
Se o sujeito vier determinado, a concordância do Na alternativa D a palavra “meia” é um advérbio,
verbo e do predicativo do sujeito será regular, ou pois modifica o adjetivo tonta, sendo, portanto,
seja, tanto o verbo quanto o predicativo concorda- invariável, acarretando o erro dessa alternativa. Já
rão com o determinante. na alternativa E termos “bastantes” corretamente
Ex.: Caminhada é bom para a saúde. / Esta cami- empregado, pois assume valor de “muitos”. Respos-
nhada está boa. ta: Letra E
É proibido entrada de crianças. / É proibida a
entrada de crianças. 2. (TJ-SC – 2010) Assinale a frase correta em termos de
Pimenta é bom? / A pimenta é boa? concordância nominal:
� Menos / pseudo
São invariáveis. a) Por essa razão se faz necessária a agilização de pro-
Ex.: Havia menos violência antigamente. cedimentos como a apuração da base de cálculos.
Aquelas garotas são pseudoatletas. / Seu argumen- b) Julgo procedente em parte os pedidos promovidos
to é pseudo-objetivo. por Maria e José.
c) As duplicatas apenso não foram resgatadas.
� Muito / bastante d) O veículo estará à sua disposição no local e hora
Quando modificam o substantivo: concordam com aprazado.
ele. e) Embora meia tonta, a moça conseguiu dizer “muito
Quando modificam o verbo: invariáveis. obrigado”.
Ex.: Muitos deles vieram. / Eles ficaram muito
irritados.
O trecho “[...] se faz necessária a agilização” está
Bastantes alunos vieram. / Os alunos ficaram bas-
correto porque o termo “necessária” concorda com
tante irritados.
o artigo definido feminino singular “a”. Resposta:
Se ambos os termos puderem ser substituídos por
“vários”, ficarão no plural. Se puderem ser substi- Letra A
tuídos por “bem”, ficarão invariáveis.
3. (TJ-SC – 2010) “Ao meio-dia e ____ , encontrando a
� Tal qual porta da lancheria _____ aberta, Joana entrou e pediu
Tal concorda com o substantivo anterior; qual, ____ grama de sal e _____ porção de sanduíche.” O tex-
com o substantivo posterior. to fica gramaticalmente correto com a inserção de:
Ex.: O filho é tal qual o pai. / O filho é tal quais os
pais. a) meia – meio – meia – meia
Os filhos são tais qual o pai. / Os filhos são tais
b) meio – meia – meio – meia
quais os pais.
c) meia – meia – meia – meia
Silepse (também chamada concordância figurada)
d) meia – meio – meio – meia
É a que se opera não com o termo expresso, mas o
e) meio – meio – meio – meio
que está subentendido.
Ex.: São Paulo é linda! (A cidade de São Paulo é linda!)
Estaremos aberto no final de semana. (Estaremos Ao meio-dia e [meia hora], [...] a porta da lancheria
com o estabelecimento aberto no final de semana.) [meio = um pouco] aberta, [...] pediu [meio = meta-
Os brasileiros estamos esperançosos. (Nós, brasi- de do termo masculino grama] grama de sal e meia
leiros, estamos esperançosos.) porção [...]. Resposta: Letra D

� Possível PLURAL DE COMPOSTOS


Concordará com o artigo, em gênero e número, em
frases enfáticas com o “mais”, o “menos”, o “pior”.
Substantivos
Ex.: Conheci crianças o mais belas possíveis. /
Conheci crianças as mais belas possíveis.
O adjetivo concorda com o substantivo referen-
te em gênero e número. Se o termo que funciona
como adjetivo for originalmente um substantivo fica
EXERCÍCIOS COMENTADOS invariável.
LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: Rosas vermelhas e jasmins pérola. (pérola


1. (FAFIPA – 2020) Para que haja concordância, todos os também é um substantivo; mantém-se no singular)
elementos que compõem a oração precisam estar em Ternos cinza e camisas amarelas. (cinza também é
harmonia. A partir disso, assinale a alternativa em que um substantivo; mantém-se no singular)
NÃO há erro de concordância nominal:
Adjetivos
a) Sempre educada e prestativa, a menina olhou para
todos os convidados e disse: “Muito obrigado!” Quando houver adjetivo composto, apenas o últi-
b) As taxas inclusa no pacote de viagem são muito altas. mo elemento concordará com o substantivo referente.
c) Os diretores mesmo realizaram a campanha na escola. Os demais ficarão na forma masculina singular.
d) Bebi meia garrafa de vinho e fiquei meia tonta. Se um dos elementos for originalmente um subs-
e) Gosto muito de ler Clarice Lispector. Na biblioteca há tantivo, todo o adjetivo composto ficará invariável.
bastantes livros de sua autoria. Ex.: Violetas azul-claras com folhas verde-musgo. 55
No termo “azul-claras”, apenas “claras” segue o � Nos substantivos compostos em que há repeti-
plural, pois ambos são adjetivos. ção do primeiro elemento:
No termo “verde-musgo”, “musgo” permanece no zum-zum – zum-zuns;
singular, assim como “verde”, por ser substantivo. tico-tico – tico-ticos;
Nesse caso, o termo composto não concorda com o lufa-lufa – lufa-lufas;
plural do substantivo referente, “folhas”. reco-reco – reco-recos.
Ex.: Calças rosa-claro e camisas verde-mar. � Nos substantivos compostos grafados ligada-
O termo “claro” fica invariável porque “rosa” tam- mente, sem hífen:
bém pode ser um substantivo. girassol – girassóis;
O termo “mar” fica invariável por seguir a mesma pontapé – pontapés;
lógica de “musgo” do exemplo anterior. mandachuva – mandachuvas;
fidalgo – fidalgos.
Dica � Nos substantivos compostos formados com
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual- grão, grã e bel:
grão-duque – grão-duques;
quer adjetivo composto iniciado por “cor-de” são
grã-fino – grã-finos;
sempre invariáveis.
bel-prazer – bel-prazeres.
O adjetivo composto pele-vermelha tem os dois ele- Não flexão dos elementos
mentos flexionados no plural (peles-vermelhas).
� Em alguns casos, não ocorre a flexão dos elementos
Lista de Flexão dos dois elementos formadores, que se mantêm invariáveis. Isso ocor-
re em frases substantivadas e em substantivos
compostos por um tema verbal e uma palavra
� Nos substantivos compostos formados por pala-
invariável ou outro tema verbal oposto:
vras variáveis, especialmente substantivos e
o disse me disse – os disse me disse;
adjetivos:
o leva e traz – os leva e traz;
segunda-feira – segundas-feiras; o cola-tudo – os cola-tudo.
matéria-prima – matérias-primas;
couve-flor – couves-flores;
guarda-noturno – guardas-noturnos;
primeira-dama – primeiras-damas.
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
� Nos substantivos compostos formados por
temas verbais repetidos: Regência é a maneira como o nome ou o verbo se
corre-corre – corres-corres; relacionam com seus complementos, com ou sem pre-
pisca-pisca – piscas-piscas; posição. Quando um nome (substantivo, adjetivo ou
pula-pula – pulas-pulas. advérbio) exige complemento preposicionado, esse
Nestes substantivos também é possível a flexão nome é um termo regente, e seu complemento é um
apenas do segundo elemento: corre-corres, pisca- termo regido, pois há uma relação de dependência
-piscas, pula-pulas. entre o nome e seu complemento.
O nome exige um complemento nominal sempre ini-
Flexão apenas do primeiro elemento ciado por preposição, exceto se o complemento vier em
forma de pronome oblíquo átono.
z Nos substantivos compostos formados por subs- Ex.: Os discípulos daquele mestre sempre lhe foram
tantivo + substantivo em que o segundo termo leais.
limita o sentido do primeiro termo: Observação: Complemento de “lhe”: predicativo do sujei-
decreto-lei – decretos-lei; to (desprovido de preposição)
cidade-satélite – cidades-satélite; Pronome oblíquo átono: lhe
público-alvo – públicos-alvo; Foram leais: complemento de “lhe”, predicativo do
elemento-chave – elementos-chave. sujeito (desprovido de preposição).
Nestes substantivos também é possível a flexão
dos dois elementos: decretos-leis, cidades-satélites, REGÊNCIA VERBAL
públicos-alvos, elementos-chaves.
Relação de dependência entre um verbo e seu
z Nos substantivos compostos preposicionados: complemento. As relações podem ser diretas ou indi-
cana-de-açúcar – canas-de-açúcar; retas, isto é, com ou sem preposição.
pôr do sol – pores do sol;
fim de semana – fins de semana; Há verbos que admitem mais de uma regência
pé de moleque – pés de moleque. sem que o sentido seja alterado.

Flexão apenas do segundo elemento Ex.: Aquela moça não esquecia os favores recebidos.
V. T. D: esquecia
� Nos substantivos compostos formados por tema Objeto direto: os favores recebidos.
verbal ou palavra invariável + substantivo ou Aquela moça não se esquecia dos favores recebidos.
adjetivo: V. T. I.: se esquecia
bate-papo – bate-papos; Objeto indireto: dos favores recebidos.
quebra-cabeça – quebra-cabeças;
arranha-céu – arranha-céus; No entanto, na Língua Portuguesa, há verbos
ex-namorado – ex-namorados; que, mudando-se a regência, mudam de sentido,
56 vice-presidente – vice-presidentes. alterando seu significado.
Ex.: Neste país aspiramos ar poluídos. � Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo
(aspiramos = sorvemos) direto e indireto
V. T. D.: aspiramos Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo)
Objeto direto: ar poluídos. A jovem não queria casar com ninguém. (transiti-
Os funcionários aspiram a um mês de férias. vo indireto)
(aspiram = almejam) O pai casou a filha com o vizinho. (transitivo dire-
V. T. I.: aspiram to e indireto)
Objeto indireto: a um mês de férias � Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de
predicativo do objeto
A seguir, uma lista dos principais verbos que Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire-
geram dúvidas quanto à regência: to com sentido de “convocar”)
Chamei-lhe inteligente. (transitivo seguido de pre-
� Abraçar: transitivo direto dicativo do objeto com sentido de “denominar,
Ex.: Abraçou a namorada com ternura. qualificar”)
O colar abraçava-lhe elegantemente o pescoço � Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi-
� Agradar: transitivo direto; transitivo indireto reto; intransitivo
Ex.: A menina agradava o gatinho. (transitivo dire- Ex.: Custa-lhe crer na sua honestidade. (transitivo
to com sentido de “acariciar”) indireto com sentido de “ser difícil”)
A notícia agradou aos alunos. (transitivo indireto A imprudência custou lágrimas ao rapaz. (transiti-
vo direto e indireto: sentido de “acarretar”)
no sentido de “ser agradável a”)
Este vinho custou trinta reais. (intransitivo)
� Agradecer: transitivo direto; transitivo indireto;
� Esquecer: admite três possibilidades
transitivo direto e indireto
Ex.: Esqueci os acontecimentos.
Ex.: Agradeceu a joia. (transitivo direto: objeto não Esqueci-me dos acontecimentos.
personificado) Esqueceram-me os acontecimentos.
Agradeceu ao noivo. (transitivo indireto: objeto
personificado) � Implicar: transitivo direto; transitivo indireto;
Agradeceu a joia ao noivo. (transitivo direto e indi- transitivo direto e indireto
reto: refere-se a coisas e pessoas) Ex.: A resolução do exercício implica nova teoria.
(transitivo direto com sentido de “acarretar”)
� Ajudar: transitivo direto; transitivo indireto Mamãe sempre implicou com meus hábitos.
Ex.: Seguido de infinitivo intransitivo precedido da (transitivo indireto com sentido de “mostrar má
preposição a, rege indiferentemente objeto direto disposição”)
e objeto indireto. Ele implicou-se em negócios ilícitos. (transitivo
Ajudou o filho a fazer as atividades. (transitivo direto) direto e indireto com sentido de envolver-se”)
Ajudou ao filho a fazer as atividades. (transitivo � Informar: transitivo direto e indireto
indireto) Ex.: Referente à pessoa: objeto direto; referente à
Se o infinitivo preposicionado for intransitivo, coisa: objeto indireto, com as preposições de ou
rege apenas objeto direto: sobre
Ajudaram o ladrão a fugir. Informaram o réu de sua condenação.
Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto Informaram o réu sobre sua condenação.
direto: Referente à pessoa: objeto direto; referente à coi-
Ajudei-o muito à noite. sa: objeto indireto, com a preposição a
Informaram a condenação ao réu.
� Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto
� Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi-
Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran- reto, com as preposições em e por
sitivo direto com sentido de “angustiar”) Ex.: Ela interessou-se por minha companhia.
Ansiamos por sua volta. (transitivo indireto com
sentido de “desejar muito” – não admite “lhe” � Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi-
como complemento) tivo direto e indireto
Ex.: Eles começaram a namorar faz tempo. (intran-
� Aspirar: transitivo direto; transitivo indireto sitivo com sentido de “cortejar”)
Ex.: Aspiramos o ar puro das montanhas. (transiti- Ele vivia namorando a vitrine de doces. (transitivo
vo direto com sentido de “respirar”) indireto com sentido de “desejar muito”)
Sempre aspiraremos a dias melhores. (transitivo “Namorou-se dela extremamente.” (A. Gar-
LÍNGUA PORTUGUESA

indireto no sentido de “desejar”) ret) (transitivo direto e indireto com sentido de


“encantar-se”)
� Assistir: transitivo direto; transitivo indireto
Ex.: - Transitivo direto ou indireto no sentido de � Obedecer/desobedecer: transitivos indiretos
“prestar assistência” Ex.: Obedeçam à sinalização de trânsito.
O médico assistia os acidentados. Não desobedeçam à sinalização de trânsito.
O médico assistia aos acidentados. � Pagar: transitivo direto; transitivo indireto; transi-
- Transitivo direto no sentido de “ver, presenciar” tivo direto e indireto
Não assisti ao final da série. Ex.: Você já pagou a conta de luz? (transitivo direto)
Você pagou ao dono do armazém? (transitivo
O verbo assistir não pode ser empregado no particípio. indireto)
É incorreta a forma “O jogo foi assistido por milha- Vou pagar o aluguel ao dono da pensão. (transitivo
res de pessoas.” direto e indireto) 57
� Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto; c) A pesquisa da qual foram submetidos revelou infor-
transitivo direto e indireto mações novas.
Ex.: Perdoarei as suas ofensas. (transitivo direto) d) As objeções contra as quais se levantaram não tinham
A mãe perdoou à filha. (transitivo indireto) qualquer fundamento.
Ela perdoou os erros ao filho. (transitivo direto e e) As leis às quais se referem foram julgadas pela
indireto) pesquisa.
� Suceder: intransitivo; transitivo direto
Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no O correto é “A pesquisa à qual foram submetidos”,
sentido de “ocorrer”) para respeitar a regência do nome “submetidos”.
A noite sucede ao dia. (transitivo direto no sentido Faz-se a pergunta: “Submetidos a quem ou a quê?”.
de “vir depois”) Resposta: Letra C.
REGÊNCIA NOMINAL
2. (TJ-SC – 201) Analise as proposições sob o aspecto
da regência verbal:
Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advér-
bios) exigem complementos preposicionados, exceto
quando vêm em forma de pronome oblíquo átono. I. Comunique aos candidatos de que as provas serão
realizadas em outro local.
Advérbios Terminados em “mente” II. Fundação, pilares, lajes, vigas, caixas-d’água, escadas
em concreto armado devem obedecer às normas da
Os advérbios derivados de adjetivos seguem a ABNT.
regência dos adjetivos: III. Essa mudança de percepção dos riscos ambientais
implica maior influência da participação popular nos
análoga / analogicamente a projetos industriais.
contrária / contrariamente a
IV. Esperamos que cheguem logo a nossas mãos os
compatível / compativelmente com
documentos visando a instruir o processo.
diferente / diferentemente de
favorável / favoravelmente a
paralela / paralelamente a a) Estão corretas somente as proposições II, III e IV.
próxima / proximamente a/de b) Estão corretas somente as proposições I, II e III.
relativa / relativamente a c) Estão corretas somente as proposições I, III e IV.
d) Estão corretas somente as proposições I, II e IV.
Preposições Prefixos Verbais e) Todas as proposições estão corretas.
Alguns nomes regem preposições semelhantes a
A forma correta de I seria: “Comunique aos candida-
seus “prefixos”:
tos que as provas serão realizadas em outro local”.
dependente, dependência de O verbo “comunicar” é transitivo direto e indireto,
inclusão, inserção em e, no contexto, o objeto direto é a oração subordina-
inerente em/a da substantiva “que as provas serão realizadas em
descrente de/em outro local”. Resposta: Letra A.
desiludido de/com
desesperançado de
desapego de/a
convívio com
convivência com
COLOCAÇÃO PRONOMINAL DOS
demissão, demitido de PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS
encerrado em (PRÓCLISE, MESÓCLISE E ÊNCLISE)
enfiado em
imersão, imergido, imerso em
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
instalação, instalado em
interessado, interesse em Estudo da posição dos pronomes na oração.
intercalação, intercalado entre
supremacia sobre Próclise

Pronome posicionado antes do verbo.

EXERCÍCIOS COMENTADOS Casos que atraem o pronome para próclise:

1. (CEPERJ – 2013) “...não passa de uma manifestação z Palavras negativas: nunca, jamais, não. Ex.: Não
de racismo, do qual, aliás, o brasileiro gosta de decla- me submeto a essas condições.
rar-se isento”. Nessa oração, o emprego da forma “do z Pronomes indefinidos, demonstrativos, relati-
qual” está ligado à presença do termo “isento”, que vos. Ex: Foi ela que me colocou nesse papel.
solicita a presença da preposição de. A frase criada z Conjunções subordinativas. Ex.: Embora se apre-
apresenta desvio da norma culta nesse mesmo tipo de sente como um rico investidor, ele nada tem.
estrutura em: z Gerúndio precedido da preposição em. Ex: Em se
tratando de futebol, Maradona foi um ídolo.
a) Os assaltos dos quais falam são cotidianos na cidade z Infinitivo pessoal preposicionado. Ex.: Na espe-
de São Paulo. rança de sermos ouvidos, muito lhe agradecemos.
b) Os crimes contra os quais lutam os policiais oferecem z Orações interrogativas, exclamativas, optati-
58 perigo à sociedade. vas (exprimem desejo). Ex.: Como te iludes!
Mesóclise a aceitação mútua de erros e desvios da norma culta
escrita: “ele escreve tudo errado, mas eu aceito para
Pronome posicionado no meio do verbo. não ser cobrado por ele da mesma forma quando
errar”. Usam-se imagens, símbolos gráficos, abrevia-
Casos que atraem o pronome para mesóclise: ções que mais se assemelham a códigos criptografa-
Os pronomes devem ficar no meio dos verbos que dos do que à própria língua portuguesa.
estejam conjugados no futuro, caso não haja nenhum O maior problema é que isso gera um reforço nega-
motivo para uso da próclise. Ex.: “Dar-te-ei meus bei- tivo: treina-se uma escrita que não promove a prática
jos agora...” ideal da comunicação verbal normatizada. O resul-
tado é que, quando ocorre a exigência da produção
Ênclise escrita, a prática que se tem não promove a eficiência
nessa categoria de comunicação.
Pronome posicionado após o verbo.
Como, em pouco tempo, desenvolver a habilidade da
Casos que atraem o pronome para ênclise: escrita em quem tem dificuldade de passar para o
papel o que tem na sua cabeça?
z Início de frase ou período. Ex.: Sinto-me muito
honrada com esse título. Inicialmente, em um procedimento tradicional
z Imperativo afirmativo. Ex.: Sente-se, por favor. de produção de textos, começa-se pela apresentação
z Advérbio virgulado. Ex.: Talvez, diga-me o quan- de exemplos de textos bem escritos, mostra-se sua
to sou importante. estrutura, apresentam-se as partes que o compõem.
Depois disso, inicia-se a identificação dessas partes e
Casos proibidos: Início de frase: Me dá esse cader- de como elaborá-las separadamente: como se constrói
no! (errado) / Dá-me esse caderno! (certo). um parágrafo; quais são as fases de sua elaboração;
Depois de ponto e vírgula: Falou pouco; se lembrou quais são os diferentes tipos de parágrafos. Também é
de nada (errado) / Falou pouco; lembrou-se de nada mostrado como podem ser os parágrafos que introdu-
(correto). zem, desenvolvem e concluem um texto dissertativo.
Depois de particípio: Tinha lembrado-se do fato E só depois de exercitar esses primeiros procedimen-
(errado) / Tinha se lembrado do fato (correto). tos é que se passa à produção de um trabalho comple-
to, buscando a eficiência do todo por intermédio do
agrupamento de cada uma das partes estudadas até a
formação de um bloco contínuo e completo.

REDAÇÃO
Importante!
REDAÇÃO DISCURSIVA
O truncamento desse trabalho ocorrerá certa-
Alunos, vamos trabalhar nesse material a redação mente se o aprendiz não se dispuser a praticar
discursiva. Aqui, apresentaremos a vocês um projeto esses conceitos. É aí que começa a frustração
de redação dissertativa. Você irá estudar algumas dos potenciais autores, pois muitas vezes só vão
características inovadoras no conceito de produção de tentar praticar a escritura da sua redação após
textos para quem quer atingir um melhor resultado terem terminado o estudo do livro didático e
em provas que exijam do candidato a habilidade de sentem muita dificuldade no momento do agru-
produzir um texto. pamento, isto é, de fazer virar o todo, aquilo que
Neste material serão apresentados os aspectos aprendeu a fazer por partes. Se o resultado não
gerais da redação discursiva em sua estrutura textual, for satisfatório, eles simplesmente assumirão a
bem como todos os passos para a sua produção com dificuldade como uma inabilidade pessoal.
eficiência. Porém, é importante dar atenção às dúvi-
das que geralmente são apresentadas pelos alunos
para que se possa dar solução aos principais proble- Como proposta de solução para essa dificulda-
mas que eles relatam. de, vamos partir de um princípio inverso em que se
começa da materialização do texto eficiente, satisfa-
Por que é tão difícil produzir um texto eficiente? zendo os anseios dos nossos alunos: começamos pelo
todo para depois estudarmos as partes. Esse trabalho
Sempre se ouvem os temores de alunos quanto consiste na elaboração de máscaras de redação, o que
LÍNGUA PORTUGUESA

às provas que cobram dos candidatos habilidades na proporciona a você um ponto de partida concreto na
produção de questões discursivas. Alguns dizem se produção de redações eficientes a partir de modelos
sentirem tão despreparados que terminam por desis- prontos e que poderão ser reproduzidos e adaptados
tir dos concursos que trazem a redação como critério para qualquer tema proposto pela banca organizado-
de classificação. ra do concurso, respeitando ainda o caráter da origi-
Tem de se reconhecer que o hábito de escrever não nalidade e da criatividade de cada autor.
está na prática do cotidiano da maioria das pessoas e As máscaras de redação garantem a eficácia sobre
que, hoje em dia, quando se dispõem a fazê-lo, exerci- os principais quesitos exigidos pelas bancas organiza-
tam essa habilidade normalmente em ambientes vir- doras dos critérios de correção dos textos, tais como
tuais como sites de comunicação e na elaboração de progressão textual e sequencialização, coesão e conse-
e-mail. Nesses expedientes ocorre o que chamam de quentemente coerência, além de atender naturalmen-
“pacto da mediocridade”, sem intenção ofensiva, que te à estrutura própria dos textos dissertativos. Outro
caracteriza a postura displicente de como se escreve e ponto importante é o de permitir ao candidato uma 59
projeção bem aproximada da extensão do seu texto Se tiver de pôr título, qual palavra dele deve-se pôr
em número de linhas. em maiúscula?
Outra finalidade dessa proposta é também a de
desenvolver uma maior agilidade na projeção e na Há duas possibilidades:
construção da redação, otimizando o tempo de sua
elaboração durante a prova. Então vamos lá! z A primeira forma convencionada diz que só a pri-
meira palavra do título deve ser iniciada por letra
maiúscula, como em:
DÚVIDAS FREQUENTES QUANTO À REDAÇÃO PARA
CONCURSOS PÚBLICOS
É bom fazer redação com o Nélson!
Selecionamos dúvidas que frequentemente apare-
z A segunda forma permite que você coloque todas
cem sobre as redações para concursos públicos e que as palavras com iniciais maiúsculas, com exceção
certamente pode ser a sua dúvida. Vejamos: dos vocábulos monossilábicos e átonos (sem senti-
do próprio), como preposições e artigos:
Qual o peso ou a importância da redação em um
concurso público? É bom fazer Redação com o Nélson!

O peso da redação é muito grande, por isso, ela „ Nomes próprios são sempre com iniciais
faz a diferença na aprovação. Nos concursos atuais, maiúsculas.
a redação se tornou o passaporte para o ingresso em „ Use pontuação significativa se for necessário,
grande parte das carreiras públicas, pois de nada vale como interrogação e exclamação. O ponto final
um resultado positivo na prova objetiva se não obti- é dispensável.
ver sucesso em sua redação.
É preciso usar letra cursiva ou pode ser de forma?
Os candidatos costumam dedicar seu tempo de
estudos à prova objetiva e deixar a redação por últi-
Como já dissemos, a letra cursiva (letra de mão)
mo. Na maioria das vezes, passam naquela e repro-
só será necessária se for uma exigência do edital. De
vam nesta. Não dá para subestimar a redação, é uma maneira geral, o que se pede é a legibilidade.
preciso exercitar sempre. Nesse caso você pode até misturar tudo:
Caligrafia / Caligrafia / CALIGRAFIA / CaliGrAfia
O que conta mais para um bom resultado: ter bons É importante sempre se lembrar de respeitar as
conhecimentos sobre o assunto apresentado na regras de caixa alta e caixa baixa, ou seja, maiúscula e
proposta ou ter bons conhecimentos em língua minúscula devem ser diferenciadas:
portuguesa? Caixa alta <CALIGRAFIA>, caixa baixa <caligrafia>.

Em verdade, os dois aspectos são equivalentes em O que é texto em prosa?


importância. No que diz respeito aos conhecimentos
de língua portuguesa, estamos nos referindo à estru- Como já dissemos, mas vale a pena repetir, texto
em prosa é aquele que naturalmente usamos para
tura e à linguagem do texto dissertativo. Subentende-
escrever um bilhete, uma carta, nos comunicarmos
-se que quem domina estes dois aspectos não tenha
em “e-mail” etc. Ele se constrói em estrutura linear
dificuldades com a ortografia e outros aspectos gra- (linha cheia) por meio de parágrafos. É a forma
maticais que, em prova, inclusive, pouco peso tem. comum de escrever. É contrária ao verso, que exige
uma elaboração estrutural e demonstra preocupação
Qual é a diferença entre tema e título? com rimas e arranjos vocabulares alheios à sintaxe.
Veja um exemplo de texto em verso:
Tema é o assunto proposto pela instituição. Tem
caráter geral e abrangente, e propõe questões que A rosa de Hiroxima
devem ser abordadas obrigatoriamente com objeti- Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
vidade pelo candidato. Essa objetividade é um fator
Pensem nas meninas
determinante para que sua composição fique delimita- Cegas inexatas
da àquilo que é possível desenvolver em sua redação. Pensem nas mulheres
E o que é a delimitação do tema? É simples. É a Rotas alteradas
elaboração de sua tese que, por sua vez, é seu posi- Pensem nas feridas
cionamento sobre esse tema. Na maioria das vezes, o Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
número de linhas que é proposto para se desenvolver
Da rosa da rosa
o tema é limitado. Geralmente não passa de 30 linhas, Da rosa de Hiroxima
por isso é preciso ser claro e direto no desenvolvimen- A rosa hereditária
to da argumentação. A rosa radioativa
Título é o nome que você dá a sua redação. Ele tem Estúpida e inválida
a função de apresentar e chamar a atenção sobre o A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
assunto desenvolvido. Porém, é importante lembrar
Sem cor sem perfume
que são poucas as instituições que solicitam que o Sem rosa sem nada.
candidato dê um título ao texto. Se ele não for pedido,
60 não é para colocá-lo. (http://www.revista.agulha.nom.br/vm.html/rosa)
Agora um exemplo de texto em prosa: A introdução deve ser clara e chamar a atenção
para dois itens básicos: os objetivos do texto e o pla-
“Hiroshima ou Hiroxima (em japonês: 広島市) é no do desenvolvimento. Sem ter medo de apresentar
uma cidade japonesa localizada na província de alguma previsibilidade de seu projeto, você, autor,
Hiroshima. Fica no rio Ota (Otagawa), cujos seis deve expor os caminhos por que percorrerá em sua
canais dividem a cidade em ilhas. Cresceu em tor- explanação. Lembre-se de que o leitor, corretor de seu
no de um castelo feudal do século XVI. Recebeu o trabalho, é um professor experiente e é a organização
estatuto de cidade em 1589. Serviu de quartel-gene-
que mais o impressionará nesse momento. Por isso,
ral durante a guerra sino-japonesa (1894-95). Em 6
não tenha medo de ser objetivo e previamente ilustra-
de agosto de 1945 foi a primeira cidade do mundo
arrasada por uma bomba atômica: 250 mil pessoas
tivo quanto aos seus propósitos de trabalho.
foram mortas ou feridas.” Ex.: Parágrafo de introdução
Todos sabem o quanto a tecnologia vem imple-
mentando novos valores à vida do homem moder-
Importante! no principalmente no que diz respeito a sua vida
em sociedade (1). É notório o desenvolvimento da
Não se esqueça! Redação para concurso é em tecnologia em campos como o da educação (2) e o
prosa. dos serviços sociais (3). Essas inovações vão ainda
muito além disso, atingindo vários outros espaços
(http://pt.ikipedia.org/wiki/Hiroshima/28cidade/29 do cotidiano (4) da maioria das pessoas.
(1) A tese: a tecnologia vem implementando novos
O que eu faço se errar uma palavra quando estiver valores à vida do homem moderno principalmente no
passando a limpo minha redação? que diz respeito a sua vida em sociedade;
(2), (3), (4) Os argumentos são levantados a fim
Erro é erro, não dá para voltar no tempo. Porém, de sustentar a tese: o desenvolvimento da tecnologia
muitas instituições orientam os candidatos a passar um em campos como o da educação (2) / o dos serviços
traço simples sobre a palavra e continuar escrevendo sociais (3) / inovações atingindo vários outros espaços
como se nada houvesse acontecido. Geralmente, nesses do cotidiano (4).
casos, o erro não é considerado. Sendo assim, não perca
tempo sofrendo e faça como no exemplo a seguir: Desenvolvimento
Vamos começar nossa dedação redação agora.
Entendeu? O desenvolvimento é a parte em que você deve
expor os elementos que vão fundamentar sua tese que
ESTRUTURA DISSERTATIVA – COESÃO, pode vir especificada por intermédio de argumentos,
PARALELISMO E PROGRESSÃO DISCURSIVA de pormenores, de exemplos, de citações, de dados
estatísticos, de explicações, de definições, de confron-
Neste assunto trabalharemos alguns elementos tos de ideias e contra argumentações. Você poderá
importantes para iniciarmos nossa produção de textos. usar tantos parágrafos quanto achar necessário para
Começaremos com a estrutura do texto dissertativo. desenvolver suas teorias, porém em redações de cur-
Como todos sabem, a dissertação é um tipo de tex- ta extensão o ideal é que cada parágrafo apresente
to que se caracteriza pela exposição e defesa de uma objetivamente apenas um dos argumentos a serem
ideia que será analisada e discutida a partir de um desenvolvidos, ou ainda, que esses argumentos sejam
ponto de vista. Para tal defesa o autor do texto dis- agrupados caso vários deles devam ser apresentados
sertativo trabalha com argumentos, com fatos, com para sustentar sua tese.
dados, os quais utiliza para reforçar ou justificar o Ex.: apresentação do primeiro argumento sobre “o
desenvolvimento de suas ideias. desenvolvimento da tecnologia em campos como o
Para atender a esse propósito, a dissertação deve da educação”
apresentar uma organização estrutural que conduza Alguns argumentam que é importante reconhecer
as informações ao leitor de forma a seduzi-lo quanto o papel das redes mundiais de informação para
ao reconhecimento da verdade proposta como tese. o favorecimento da construção do conhecimento.
Compreende-se como estrutura básica de uma disser- Hoje é possível visitar um museu, consultar uma biblio-
tação a divisão da exposição da argumentação em três teca e até mesmo estudar sem sair de casa. Por meio da
partes distintas: a introdução, o desenvolvimento e a internet, muito da sabedoria mundial pode ser alcança-
conclusão: da por qualquer pessoa que a deseje. Basta estar diante
A estrutura do texto dissertativo constitui-se de: de um computador, ou de posse de um desses modernos
aparelhos celulares para se ligar a qualquer momento
LÍNGUA PORTUGUESA

Introdução ao universo virtual. Hoje é possível ler qualquer livro a


qualquer momento em um desses dispositivos.
A introdução do texto dissertativo é a apresenta- Ex.: apresentação do segundo argumento sobre “o
ção de seu projeto. Ela deve conter a tese de sua dis- desenvolvimento da tecnologia em campos como o
sertação, ou seja, deve apresentar seu posicionamento dos serviços sociais”
sobre o tema proposto pela banca. Esse momento Outro aspecto que merece destaque especial é quan-
é muito importante para o leitor, pois é aí que será to ao atendimento oferecido ao cidadão pelos
mostrada a identificação de suas ideias com o tema. É órgãos do serviço público. Já é possível registrar
um bom momento para apresentá-lo aos argumentos um boletim de ocorrências via computador ou ainda
sequencialmente ordenados de acordo com a progres- agendar a emissão de passaportes junto às agencias da
são que você dará a sua redação (progressão textual). Policia Federal em qualquer lugar do Brasil. Consultas
médicas podem ser marcadas em hospitais públicos ou 61
privados e os exames realizados podem ser consultados z Elementos Catafóricos: Este, esta, isto, tal como,
diretamente do banco de dados dessas entidades. a saber...
Ex.: apresentação do terceiro argumento sobre “as
inovações em vários outros espaços do cotidiano” São palavras referentes a outras que irão aparecer
E isso não para por aí. Ainda convém lembrar que no texto:
de muitas outras formas a tecnologia interfere
positivamente em nossas vidas. As relações sociais
se intensificaram depois do surgimento das várias
redes de relacionamento tendo início com o Orkut e o Ex.: Este novo produto a deixará maravilhosa, é o
Facebook, permitindo que as pessoas se reencontrem xampu Ela. Use-o e você não vai se arrepender!
em ambientes virtuais, o que antigamente exigiria mui-
to esforço coletivo para tais eventos. Programas como O pronome demonstrativo este apresenta um ele-
o Zoom e o Google Meet possibilitam que as pessoas mento do qual ainda não se falou = o xampu.
conversem e interajam em diferentes partes do mundo
sem nenhum custo além dos já dispensados com seus z Coesão lexical: são palavras ou expressões
provedores residenciais. Uma mãe que mora longe dos equivalentes.
filhos já pode vê-los ou aos netos, pela tela de um note-
book ou celular, sempre que sentir saudade. A repetição de palavras compromete a qualidade
do texto, mostrando falta de vocabulário do redator.
Conclusão Assim, é aconselhável a utilização de sinônimos:
Ex.: Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase -
A conclusão é a retomada da ideia principal, que êxtase tão grande que sacrificaria o resto de minha
agora deve aparecer de forma muito mais convin- vida por umas poucas horas dessa alegria.
cente, uma vez que já foi fundamentada durante o Nesse caso a palavra alegria aparece como sinôni-
desenvolvimento da dissertação. Deve, pois, conter mo semântico da palavra amor, representando-a.
de forma sintética, o objetivo proposto na instrução, a
confirmação da hipótese ou da tese, acrescida da argu- z Coesão por elipse ou zeugma (omissão): é a
mentação básica empregada no desenvolvimento. omissão de um termo facilmente identificável.
Ex.: considerações finais
Tendo em vista esses aspectos observados sobre
Podemos ocultar o sujeito da frase e fazer o leitor
esse admirável mundo de facilidades técnicas, só nos
procurar no contexto quem é o agente, fazendo corre-
resta comentar que não foi só o computador que
lações entre as partes:
tornou a vida do cidadão mais simples e confor-
Ex.: O marechal marchava rumo ao leste. Não
tável, mas outros campos da tecnologia também
tinha medo, (?) sabia que ao seu lado a sorte também
contribuíram para isso. Os aparelhos de GPS, que
galopava.
nos orientam a qualquer direção, ou ainda diver-
A interrogação representa a omissão do sujeito
sos dispositivos médicos portáteis, garantem a
marechal que fica subentendido na oração.
melhora da qualidade de vida de todos os homens
do nosso tempo.
z Conectivos principais: preposições e suas locu-
ções: em, para, de, por, sem, com...
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS

Coesão Conjunções e suas locuções: e, que, quando, para


que, mas...
Coesão pode ser considerada a “costura” textual, Pronomes relativos, demonstrativos, possessivos,
a “amarração” na estrutura das frases, dos períodos pessoais: onde, que, cujo, seu, este, esse, ele...
e dos parágrafos que fazemos com palavras. Para Ex.: Os programas de TV, em que nós podemos ver
garantir uma boa coesão no seu texto, você deve pres- muitas mulheres nuas, são imorais. Desde seu iní-
tar atenção a alguns mecanismos. Abaixo, em negrito, cio, a televisão foi usada para facilitar o domínio da
há exemplos de períodos que podem ser melhorados sociedade. Como exemplo, podemos citar a chegada
utilizando os mecanismos de coesão: do homem à Lua, onde os EUA conseguiram com sua
propaganda capitalista frente a uma Guerra Fria, a
z Elementos Anafóricos: Esse, essa, isso, aquilo, simpatia de grande parte da população do planeta.
isso, ele...
Coerência
São palavras referentes a outras que apareceram
no texto, a fim de retomá-las. Coerência textual é uma relação harmônica que se
estabelece entre as partes de um texto, em um contex-
to específico, e que é responsável pela percepção de
Ela = Dolores seu = Ela uma unidade de sentido. Sendo assim, os principais
aspectos envolvidos nessa questão são:
Ex.: Dolores era beleza única. Ela sabia do seu
poder de seduzir e o usava z Coerência semântica

Refere-se à relação entre significados dos elemen-


tos da frase (local) ou entre os elementos do texto
o = poder
62 como um todo:
Ex.: Paulo e Maria queria chegar ao centro da Ex.: Passe-me essa jarra de suco, por favor. – pediu ela
questão. - Não caberia aqui pensar em centro como ao rapaz que sentara à sua frente.
bairro de uma cidade. Aquele (lá): pronome de 3ª pessoa: a referência
É nesse caso que entra o estudo da coesão por meio será ao ser que está distante do falante e do ouvin-
do vocabulário. te: As duas no portão não aguentavam de curiosidade,
quem seria aquele moço na esquina?
z Coerência sintática: refere-se aos meios sintáti-
cos que o autor utiliza para expressar a coerência z Indicando localização temporal:
semântica: “A felicidade, para cuja obtenção não
existem técnicas científicas, faz-se de pequenos Este (presente): Neste ano haverá Copa do Mundo.
fragmentos...” - como leitor do texto, você deve Esse (passado próximo: Nesse ano que passou, não
entender que o pronome cuja foi empregado para tivemos Copa do Mundo.
estabelecer posse entre obtenção e felicidade. Esse (passado futuro): A próxima copa será em
2014. Nesse ano poderemos ver todos os jogos aconte-
É nesse caso que entra o estudo da coesão com o cerem aqui em nosso país.
emprego dos conectivos. Aquele (passado distante ou bastante vago):
Naquela época, não havia iluminação elétrica.
z Coerência estilística: refere-se ao estilo do autor,
à linguagem que ele emprega para redigir. O lei- z Fazendo referências contextuais (funções anafó-
tor atento a isso consegue facilmente entender a rica e catafórica):
estrutura do texto e relacionar bem as informa-
ções textuais. Além disso, percebendo se a lin- Este: refere-se a um elemento sobre o qual ainda
guagem do texto é figurada ou não, seu raciocínio se vai falar no texto (referência catafórica). Ex.: Este
interpretativo deverá funcionar de uma determi- é o problema: estou dura. Pode também fazer uma
nada maneira, como podemos ver neste texto de referência de especificação a um elemento já expres-
Fernando Pessoa: so (ref. anafórica). Ex.: Ana e Bia saíram, esta foi ao
cinema.
Já sobre a fronte vã se me acinzenta Esse: refere-se a um elemento já mencionado no
O cabelo do jovem que perdi. texto (referência anafórica). Ex.: Comprei aspirina.
Meus olhos brilham menos. Esse remédio é ótimo.
Já não tem jus a beijos minha boca. Este: refere-se à última informação antecedente a
Se me ainda amas por amor, não ames: ele no texto;
Trairias-me comigo. Aquele: refere-se à informação mais distante dele
no texto. Ex.: Ana, João e Cris são irmãos; esta é quie-
(Ricardo Reis/Fernando Pessoa)
ta, esse fala pouco e aquela fala muito.
z Elementos importantes de coesão e coerência:
Período composto
para continuarmos o estudo de coesão e coerência,
devemos relembrar alguns elementos gramaticais
z Que, o/a (s) qual (s): referem-se à coisa ou pessoa.
importantes:
Ex.: O livro que li é ótimo. / O livro o qual li é ótimo.
z Pronome demonstrativo: indicam posição dos
z Quem – refere-se à pessoa, sempre preposiciona-
seres em relação às pessoas do discurso, situando-
do. Ex.: Esta é a aluna de quem falei.
-o no tempo e/ou no espaço (função dêitica destes
z Cujo (parecido com o possessivo): estabelece pos-
pronomes). Podem também ser empregados fazen-
se. Ex.: Este é o autor com cujas ideias concordo.
do referência aos elementos do texto (função ana-
z Onde (= em que): refere-se a lugar. Ex.: A rua onde
fórica ou catafórica). São eles:
(em que) moro é movimentada.

ESTE (A/S), ESSE (A/S), Têm função de pronome Atenção:


AQUELE (A/S) adjetivo. Observar a palavra a que se refere o pronome
ISSO, ISTO, AQUILO, O Têm função de pronome relativo para evitar erros de concordância verbal. Ex.:
(A/S) substantivo. Lemos os livros que foram indicados pelo professor
(que = os quais → livros)
MESMO, PRÓPRIO, Quando são demons- Respeitar a regência do verbo ou do nome, usando
SEMELHANTE, TAL (E trativos, são pronomes a preposição exigida quando necessário. Ex.: Este é o
LÍNGUA PORTUGUESA

FLEXÕES). adjetivos. livro a que me refiro.


O verbo referir-se pede a preposição a; por isso, ela
Empregos do pronome demonstrativo aparece antes do que.
Os pronomes como, quando e quanto também
z Indicando localização no espaço: podem ser relativos.
Os relativos compõem as orações subordinadas
Este (aqui): pronome de 1ª pessoa: o falante o adjetivas
emprega para referir-se ao ser que está junto dele. As orações adjetivas podem ser explicativas
Ex.: Este é meu casaco! – a moça avisou, enquanto o – cujo conteúdo é explicativo, genérico, uma infor-
segurava. mação a mais - ou restritivas – cujo conteúdo é de
Esse (aí): pronome de 2ª pessoa: o falante o empre- restrição, especificação, informação importante no
ga para referir-se ao ser que está junto do seu ouvinte. contexto. 63
As Orações Subordinadas Adjetivas e a Semântica z Conformidade: conforme, como, segundo, con-
soante. Ex.: Tudo aconteceu como eles imaginaram.
As orações adjetivas são iniciadas sempre por pro- z Consequência: (tão/tanto...) que, de modo que, de
nomes relativos e podem ser de dois tipos: maneira que, de sorte que. Ex.: Tanto lutou, que
progrediu muito na vida.
z Explicativa: O homem, que é racional, mata.  A z Finalidade: a fim de que, a fim de (+ infinitivo),
oração adjetiva deste caso não tem sentido restriti- que, porque, para que, para (+ infinitivo). Ex.:
vo, pois todos os homens são racionais. Faça bem a sua parte do projeto para que não haja
z Restritiva: O homem que fuma morre mais cedo. reclamações.
 A or. adj. deste caso reporta-se apenas ao homem z Proporcionalidade: à proporção que, à medi-
fumante. da que, na medida em que, quanto mais, quanto
menos, conforme. Ex.: À medida que o progresso
Emprego do cujo e do onde avança, o romantismo diminui.
z Tempo: quando (a ideia pode ser desdobrada em
ideia de condição), enquanto, mal, logo que, assim
Este é o prédio onde
ONDE Lugares. que, sempre que, desde que, conforme. Ex.: Mal ele
fica o 1º cartório.
chegou, todas o rodearam.
Concorda com
Esta é a jovem de
o substantivo cujo pai eu lhe falei.
Paralelismo
posterior e indica
SUBS . CUJO SUBS. que esse subs- Paralelismo pode ser entendido como equilíbrio da
tantivo pertence organização textual, promovendo no texto coerência
Este é o pai de cuja
POSSE a outro termo jovem eu lhe falei. em sua elaboração e, portanto, em seu sentido. Esse
substantivo an- mesmo equilíbrio deve assim ser entendido nos perío-
terior ao cujo. dos, pois sua redação também deve apresentar uma
sequência lógica para que ele tenha sentido claro e
Conjunções coordenativas, locuções conjuntivas, realmente dê a informação pretendida pelo seu autor.
preposições e locuções prepositivas Veja, como exemplo, o que diz o Professor Othon
Marques Garcia em seu livro Comunicação em Prosa
z Adição: e, nem, (não só...) mas também, mas ain- Moderna:
da, tampouco, (não só...) como também. Ex.: A água
cristalina brota da terra e busca seu caminho por “Se coordenação é, como vimos, um processo de
entre as pedras. encadeamento de valores sintáticos idênticos, é
justo presumir que quaisquer elementos da frase
z Adversidade/oposição: mas, porém, contudo, toda-
– sejam orações, sejam termos dela–, coordenados
via, entretanto, no entanto, não obstante. Ex.: Este
entre si, devam – em princípio, pelo menos – apre-
candidato não estudou muito, mas foi aprovado. sentar estrutura gramatical idêntica, pois –como,
z Alternância: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja... aliás, ensina a gramática de Chomsky – não se
seja. Ex.: Ou estude, ou aguente a reprova. podem coordenar frases que não comportem cons-
z Conclusão: logo, portanto, pois (depois de verbo), tituintes do mesmo tipo. Em outras palavras: as
por isso, então. Ex.: Bebida alcoólica pode causar ideias similares devem corresponder forma verbal
vício, portanto sua venda deve ser considerada ilícita. similar. Isso é o que se costuma chamar paralelis-
z Explicação: que, porque, pois (antes do verbo), mo ou simetria de construção”.
porquanto. Ex.: Não se preocupe, que eu arruma-
rei toda esta bagunça. Vejamos agora alguns exemplos de construções
que apresentam erros de paralelismo:
Conjunções subordinativas adverbiais
z Paralelismo semântico: Em sua última via-
z Causa: porque, como (somente no início do perío- gem pela América Latina como representante do
governo brasileiro, o presidente visitou Havana, a
do), que, já que, visto que, por (+ infinitivo), graças
República Dominicana, Washington e o Presidente
a, na medida em que, em virtude de (+ infinitivo),
Barack Obama.
em face de, desde que, uma vez que. Ex.: Como
estava muito doente, foi ao médico.
Observem que nesse caso o verbo “visitou” está sen-
z Comparação: mais... que, menos... que, tão/tanto...
do empregado de maneira a sugerir que se pode visitar
como, assim como, como. Ex.: Ele sempre se posi-
uma cidade da mesma forma como se visita uma pessoa,
cionou como um líder. ou seja, está empregado de forma errada, já que ocorre
z Concessão: embora, conquanto, ainda que, mesmo um duplo sentido a esse verbo com essa construção.
que, se bem que, apesar de (+ infinitivo), em que pese Uma forma correta de representar a ideia preten-
a (+ infinitivo), posto que, malgrado. Ex.: Embora não dida pelo texto é: Em sua última viagem pela Améri-
esteja me sentindo bem, assistirei à aula até o final. ca Latina como representante do governo brasileiro,
z Condição: se (às vezes prevalece a ideia de causa, o presidente visitou Havana, a República Dominicana,
outras vezes de tempo, ou ainda de oposição), caso, Washington e nesta última cidade foi ver o Presidente
desde que, a não ser que, a menos que (a ideia Barack Obama.
pode ser desdobrada em de concessão), contanto
que, uma vez que. Ex.: Eles não conseguirão vaga z Paralelismo sintático: Nosso time se esforçou bas-
para esse ano letivo, a menos que haja alguma tante em todos os jogos, mas conseguiram se tornar
64 desistência. os campeões este ano.
Veja como a conjunção adversativa “mas” foi inde- os carboidratos no arroz com feijão, as proteínas no
vidamente empregada dando uma ideia de que ser bife com salada além da glicose no cafezinho preto
campeão é oposto ao fato de se esforçar para vencer. com açúcar fornecem um completo abastecimento de
O correto nesse caso seria empregar uma conjunção energia somada ao prazer.
que conduzisse logicamente a primeira oração à ideia
da vitória apresentada na segunda oração, como em: 2° Parágrafo
Nosso time se esforçou bastante em todos os jogos, por
isso (e, dessa forma, logo, consequentemente...) conse- É de fundamental importância o consumo de
guiu se tornar o campeão este ano. alimentos ricos no fornecimento de energia para a
movimentação do nosso corpo. Podemos mencionar,
Progressão textual por exemplo, o arroz com feijão que diariamente
abastece a nossa mesa, por causa de sua riqueza em
A progressão textual é o processo pelo qual o texto carboidratos. Esse complexo alimentar nos recompõe
se constrói a partir de elementos semânticos e grama- da energia própria consumida durante o dia.
ticais. Novas informações devem ser somadas e liga-
das às informações anteriores e não apenas repetidas. 3° Parágrafo
Deve haver a continuidade e a evolução dos concei-
tos já apresentados que podem ser conquistadas por Além disso, as proteínas da carne no bife que
intermédio dos elementos de coesão. comemos servem para repor a massa muscular per-
Veja uma simulação do projeto de máscaras de dida durante o trabalho. E somando-se a isso, há as
redação e observe na prática como a progressão tex- fibras das verduras e folhas que ajudam no proces-
tual ocorre: samento dos alimentos pelos órgãos digestivos. Daí a
Muito se tem discutido ultimamente sobre (blá, blá, possibilidade de reafirmarmos o valor nutricional do
blá) por causa de (blá, blá, blá). Sabe-se que alguns conjunto de alimentos de nosso prato mais tradicional
fatores como (blá, blá, blá), (blá, blá, blá) e (blá, blá, e de justificarmos os hábitos desenvolvidos em nossa
blá) são a base do desenvolvimento desse problema. As
cultura culinária.
consequências imediatas de (blá, blá, bla´) só pode-
rão ser avaliadas quando (blá, blá, blá).
4° Parágrafo
O primeiro passo a se tomar é o de (blá, blá, blá).
Além de (blá, blá, blá), também se pode especular
Ainda convém lembrarmos outro hábito que
que (blá, blá, blá).
contribui para o sucesso do nosso bem elaborado
Ainda convém chamar a atenção para mais um
cardápio (que é): o de tomarmos um cafezinho após
ponto determinante sobre (blá, blá, blá) que é (blá,
as refeições. Esse conjunto da cafeína mais o açúcar
blá, blá).
O resultado de todo esse esforço é (blá, blá, blá) e reabastece nosso cérebro de energia desviada para os
é em busca de (blá, blá, blá) que se deve (blá, blá, blá). órgãos processadores da digestão no momento em que
Sendo assim (blá, blá, blá). comemos. Essas substâncias reprimem a sonolência
Você pode perceber que, mesmo não abordando típica da hora do almoço nos mantendo despertos.
assunto algum, há um encadeamento lógico da estru-
tura do texto que conduz a uma eficiência argumen- 5° Parágrafo
tativa que admite a idealização uma vasta margem de
desenvolvimentos sobre variados temas. Levando-se em consideração esses aspectos
práticos do prato do brasileiro somos levados a acre-
TEORIA DAS MÁSCARAS ditar que não é apenas por prazer que somos sedu-
zidos pela nossa culinária, mas também por tudo o
Depois de observar as dificuldades que as pessoas que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde.
têm de se expressarem por meio da escrita, colocamos Sendo assim a falta de qualquer um desses ingredien-
aqui soluções para esses problemas, sem a pretensão tes nos causará debilidade além de insatisfação.
de criar fórmulas mágicas, mas sim de criar um refe- Observe o texto e a estrutura. Imaginemos que o
rencial mais concreto e imediato. tema proposto a nós fosse “A alimentação do brasileiro”
O método aqui utilizado refere-se ao método Teo- e que a partir desse tema tivéssemos que produzir uma
ria das Máscaras dissertação sobre ele. A primeira coisa a fazer seria a
Leia inicialmente o texto piloto desse projeto: delimitação do tema, ou seja, deveríamos buscar com
Projeto de dissertação: Exemplos arroz com objetividade uma tese, dentro desse tema, sobre a qual
feijão. fôssemos capazes de argumentar, como essa:
Tema: A alimentação do brasileiro. “A comida dos brasileiros é muito saudável e tem
LÍNGUA PORTUGUESA

Tese: A comida dos brasileiros é muito saudável tudo de que ele necessita para seu longo dia de trabalho”.
e tem tudo de que ele necessita para seu longo dia de O próximo passo seria o de levantar alguns argumen-
trabalho. tos que sustentassem a tese proposta com valor de ver-
Argumentos: carboidratos no arroz com feijão; dade. Veja como fizemos. Já que estávamos falando da
proteínas no bife com salada; glicose e cafeína do alimentação dos brasileiros, nada melhor do que falar-
cafezinho preto com açúcar. mos sobre seus pontos positivos, pontos estes reconhe-
cidos até por especialistas em alimentação mundial. O
1° Parágrafo valor nutricional que compõe o nosso prato mais popu-
lar. Isso mesmo, o “pf”, o “prato feito” que encontramos
Todos sabem o quanto, em nosso país, a comida em bares, pequenos restaurantes e, principalmente, na
é saudável e tem tudo de que os brasileiros necessi- maioria das mesas do povo brasileiro: o arroz com fei-
tam para seu longo dia de trabalho. Verifica-se que jão, bife e salada, finalizado com um cafezinho preto. 65
Decompomos esse prato e identificamos seus prin- Veja agora uma coletânea de frases que podem
cipais ingredientes, aqueles merecedores de destaque auxiliá-lo na introdução de seus parágrafos iniciais:
como boa argumentação a favor de nossa tese. Marcamos
o “carboidrato”, presente no arroz e no feijão, como nosso É de conhecimento geral que ... Todos sabem que,
primeiro ponto positivo. Depois foi a vez das “proteínas” em nosso país, há tempos, observa- se...
presentes no bife com salada e chegamos, finalmente, à Cogita-se, com muita frequência, que...
“cafeína” e ao “açúcar” presentes no cafezinho. Pronto, já Muito se tem discutido, recentemente, acerca de...
temos a primeira parte de nosso projeto organizado. É de fundamental importância o (a)....
O próximo passo é juntar tudo no primeiro parágra- Ao fazer uma análise da sociedade, busca-se desco-
fo, de maneira organizada, de forma que as ideias sejam brir as causas de....
Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual...
apresentadas em uma sequência que deixe claro ao leitor
sobre o que será falado e também qual será a sequência
Assim como no segundo parágrafo, o terceiro e o
de argumentos que será apresentado para dar credibili-
quarto também seguiram o mesmo princípio quanto
dade a nossa tese. Veja o modelo do primeiro parágrafo:
às relações de coesão. As conjunções foram posicio-
nadas para dar coerência a quase qualquer tipo de
Todos sabem o quanto, em nosso país, _____________ argumentação. Veja os parágrafos seguindo suas res-
____________________. Verifica-se que____________________(,) pectivas estruturas vazias:
___________________ além de _____________________ forne-
cem (ou - resultam, culminam, têm como consequência...) 3o Parágrafo:
_________________________________________________________.

Além disso, ______________________________. E soman-


do-se a isso,_________________________ que _____________.
Compare agora com o parágrafo preenchido com
Daí__________________________________________________e
a tese e com os argumentos e veja a amarração que de______________________________________________________.
conseguimos:
Todos sabem o quanto, em nosso país, a comida é
saudável e tem tudo de que os brasileiros necessitam para
o seu longo dia de trabalho. Verifica-se que os carboidra- Teremos, após preencher o modelo:
tos no arroz com feijão, as proteínas no bife com salada Além disso, as proteínas da carne no bife que come-
além da glicose no cafezinho preto com açúcar fornecem mos servem para repor a massa muscular perdida
um completo abastecimento de energia somada ao prazer. durante o trabalho. E somando-se a isso, há as fibras
A partir daí, fizemos o mesmo para os parágrafos das verduras e folhas que ajudam no processamento dos
seguintes, impondo a eles estruturas programadas alimentos pelos órgãos digestivos. Daí a possibilidade de
com relação lógica de coerência e coesão. Você perce- reafirmarmos o valor nutricional do conjunto de alimen-
berá que a continuidade e a progressão textual foram tos de nosso prato mais tradicional e de justificarmos os
sendo procuradas e construídas para dar evolução ao hábitos desenvolvidos em nossa cultura culinária.
texto e aos argumentos.
No segundo parágrafo, iniciamos com uma frase de 4o Parágrafo:
apresentação que valoriza o primeiro argumento, depois
fomos completando os espaços em branco que ligavam
os argumentos entre si com relações preestabelecidas Ainda convém lembrarmos_________________________
(que é): ________________________________________________
de: finalidade ― com a conjunção “para” ―; explicação
___________. Esse _________________________________ para
― com o “que” ― causa ― com a locução “por causa de”. ______________________________. Essa (s) _________________
Veja que, para manter a continuidade textual recupe- _________________________________________________________.
rando sempre a ideia central do parágrafo, nos preocu-
pamos em acrescentar o pronome demonstrativo “Esse”
fechando com uma conclusão sobre esse argumento.
Teremos, após preencher o modelo:
Ainda convém lembrarmos outro hábito que con-
É de fundamental importância o__________________ tribui para o sucesso do nosso bem elaborado cardápio
______________ para_____________________________________.
que é o de tomarmos um cafezinho após as refeições.
Podemos mencionar, por exemplo, ______________que____
______________________________, por causa de _____________ Esse conjunto da cafeína mais o açúcar reabastece
___________________________. Esse ________________________ nosso cérebro de energia desviada para os órgãos pro-
_________________________________________________________. cessadores da digestão no momento em que comemos.
Essas substâncias reprimem a sonolência típica da
hora do almoço nos mantendo despertos.
Para os parágrafos de desenvolvimento, também
Observe como ficou a sequência completa do podemos relacionar frases que você poderá escolher
segundo parágrafo: para dar originalidade ao seu texto:
É de fundamental importância o consumo de ali-
mentos ricos no fornecimento de energia para a movi- z Ao se examinarem alguns; verifica-se que;
mentação do nosso corpo. Podemos mencionar, por z Pode-se mencionar, por exemplo,
exemplo, o arroz com feijão que diariamente abastece z Em consequência disso; vê-se; a todo instante;
a nossa mesa, por causa de sua riqueza em carboidra- z Alguns argumentam que;
tos. Esse complexo alimentar nos recompõe da energia z Além disso;
66 própria consumida durante o dia. z Outro fator existente;
z Outra preocupação constante;
MÁSCARA 01
z Ainda convém lembrar;
z Por outro lado; 1o Parágrafo
z Porém; mas; contudo; todavia; no entanto;
entretanto. Todos sabem o quanto, em nosso país,_______________
______________Verifica-se que____________________________(,)
Lembramos que esses exemplos são apenas suges- __________________________ além de_____________________
tões e que você poderá desenvolver construções que _________ fornecem (ou - resultam, culminam, têm como
atendam sua necessidade a partir de quando você consequência)_________________________________________.
for adquirindo experiência com a produção de textos.
Tanto quanto podemos criar padrões para a introdu- 2o Parágrafo
ção e para o desenvolvimento de nossas redações, também
podemos criá-los para a conclusão de nossa dissertação. É de fundamental importância o_________________
_____________________ para ______________________________.
Acompanhe a organização de nosso último parágrafo.
Podemos mencionar, por exemplo,_______________________
que_________________________, por causa de________________
_______________. Esse______________________________________.
Levando-se em consideração esses aspectos __________
________________________ somos levados a acreditar que___
3o Parágrafo
_________________________________________________________
_______________________, mas também____________________.
Sendo assim ____________________________________________ Além disso,________________________________________. E
_________________________________________________________. somando-se a isso,________________________________que_____
_____________________________. Daí_________________________
____e de__________________________________________________.

Teremos, após preencher o modelo: 4o Parágrafo


Levando-se em consideração esses aspectos
práticos do prato do brasileiro somos levados a acre- Ainda convém lembrarmos__________________ (que é):______
ditar que não é apenas por prazer que somos sedu- _______________________. Esse______________________________
zidos pela nossa culinária, mas também por tudo o _______________________para_______________________. Essa(s)
que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde. __________________________________________________________.
Sendo assim a falta de qualquer um desses ingredien-
tes nos causará debilidade além de insatisfação. 5o Parágrafo
Os aspectos conclusivos presentes nesse último
parágrafo garantem ao leitor a clareza de que se che- Levando-se em consideração esses aspectos____________
gou ao final do desenvolvimento da tese inicial. As somos levados a acreditar que___________________________,
mas também_______________________________________ Sendo
frases em destaque dão força conclusiva ao parágrafo,
assim_____________________________________________________.
conduzindo a sequência textual a uma possível solu-
ção para os problemas propostos, ou ainda, podem
gerar simples constatações das verdades idealizadas.
Você também pode contar com uma pequena lista de Muito bem, agora que vimos o processo de criação
frases que podem auxiliá-lo nessa tarefa. das máscaras, você poderá começar também seu traba-
lho de produção. Antes, porém, vamos apresentar mais
z Em virtude dos fatos mencionados; dois outros modelos de máscaras de redação que você
z Por isso tudo; poderá usar como base para suas próprias criações.
z Levando-se em consideração esses aspectos; Vá observando como as máscaras garantem o
z Dessa forma; encadeamento das ideias, a coesão entre as orações
z Em vista dos argumentos apresentados; e a coerência com as várias possibilidades argumen-
z Dado o exposto; tativas. A seguir temos mais um exemplo de máscara
z Por todos esses aspectos;
z Pela observação dos aspectos analisados; Portanto;
logo; então. MÁSCARA 02

Após a frase inicial, pode-se continuar a conclusão 1o Parágrafo


com as seguintes frases:
Entre os aspectos referentes a _______________.
z somos levados a acreditar que; ______________________ três pontos merecem desta-
LÍNGUA PORTUGUESA

z é-se levado a acreditar que; que especial. O primeiro é __________________________;


z entendemos que; o segundo ________________ e por fim________________
z entende-se que;
z concluímos que; 2o Parágrafo
z conclui-se que;
z é necessário que; Alguns argumentam que________________________
z faz-se necessário que. ______________________ para________________________.
Isso porque _______________________________. Dessa
Observe como fica, então, a soma dos parágrafos e forma______________________________________________.
como se deu a criação da primeira máscara:

67
MÁSCARA 02 5° (2º parágrafo) justificativas (por que isso
ocorre?): argumento “a)” + provas e exemplos
1o Parágrafo (mostre casos conhecidos ou dê exemplos seme-
lhantes ao seu argumento).
Entre os aspectos referentes a _______________.
6° Construa o parágrafo unindo as informa-
______________________ três pontos merecem desta-
ções anteriores ao argumento “a)”
que especial. O primeiro é __________________________;
_________________________________________________
o segundo ________________ e por fim________________
____________________________________________________.
2o Parágrafo
7° Faça o mesmo esquema no 3º e 4º parágra-
fos para os argumentos “b)” e “c)”
Alguns argumentam que________________________
_________________________________________________
______________________ para________________________.
___________________________________________________.
Isso porque _______________________________. Dessa
forma______________________________________________.
48° Elabore sua conclusão: (confirme sua tese
dizendo que, se algum dos argumentos não for
3 Parágrafo
o
considerado, a ideia inicial não poderá ser sus-
tentada, ou que os resultados propostos não serão
Outra preocupação constante é _______________
atingidos).
___________________________________, pois____________
_________________________________________________
________________________. Como se isso não bastasse,
___________________________________________________.
________________________ que _______________________
____________ Daí _______________________________ que
____________e que__________________________________.

4o Parágrafo APROFUNDAMENTO DA ELABORAÇÃO DO


PARÁGRAFO DISSERTATIVO
Também merece destaque ______________________
o (a) qual __________________________________________ Vamos agora aprofundar o nosso trabalho com
. Diante disso ________________________para que ____ a estrutura dos textos dissertativos. Para isso traba-
____________________________________________________. lharemos as várias modalidades de parágrafos que
podem ser utilizados para a elaboração de uma boa
5o Parágrafo dissertação. Mostraremos aqui a continuidade de nos-
so projeto de máscaras e os vários arranjos que são
Tendo em vista os aspectos observados __________ possíveis ao construí-las.
______________________ só nos resta esperar que ___
______________________________, ou quem saiba ______ z Parágrafo de introdução
____________________________________________________.
Consequentemente_________________________________. O parágrafo de introdução tem como uma de suas
funções mais importantes, a de apresentar a tese que
será defendida no decorrer da redação. É também
Sugerimos a você que faça suas primeiras redações possível e bastante didático que vocês façam uma pré-
baseadas em uma das máscaras prontas, e conforme via dos argumentos que serão trabalhados na susten-
forem avançando as aulas, você poderá construir a tação dessa tese. Assim, o leitor poderá ser orientado,
suas próprias máscaras personalizadas. logo de saída, a acompanhar o ritmo do pensamento
Por fim, preparamos uma máscara de organização de vocês e a sequência das suas argumentações.
sequencial para seu projeto de redação. Use-a para se
organizar. z Tipos diferentes de parágrafos de introdução:

„ Declaração inicial: na declaração afirma-se


PROJETO DE TEXTO (monte sua dissertação) ou nega-se algo de início para em seguida justi-
ficar-se e comprovar-se a assertiva com exem-
1° Tema: _______________________________________ plos, comparações, testemunhos de autores etc.
____________________________________________________ Vejamos um exemplo desse tipo de parágrafo
aplicado à nossa proposta básica que é o proje-
2° Tese: ________________________________________ to arroz-com-feijão. Mais uma vez colocamos a
estrutura já construída e em seguida a disposição
a) ___________________________ vazia do parágrafo que poderá ser utilizada por
vocês sempre que desejarem.
3°Argumentos
b)____________________________
Modelo nº 1
c) ____________________________
É fato notório que _____________________________
(1º parágrafo) tese + argumentos ___________________________________________________
_________________________________________________ ______________. Sabe-se que _______________________
____________________________________________________. ________________________, além da _______________.
68
Preenchendo o modelo, teremos: Usamos aqui como representação desse mode-
lo o conceito de silogismo (Um silogismo é um
É fato notório que a alimentação do brasileiro é boa termo filosófico com o qual Aristóteles designou
e tem tudo de que necessitamos para suprir os desgastes a argumentação lógica perfeita, constituída de
de um dia de trabalho. Sabe-se que os carboidratos do três proposições declarativas que se conectam
arroz e do feijão, as proteínas do bife e da salada, além de tal modo que a partir das primeiras duas,
da glicose do cafezinho preto com açúcar fornecem um chamadas premissas, é possível deduzir uma
completo abastecimento de energia somada ao prazer. conclusão.) A teoria do silogismo foi exposta por
Aristóteles em sua obra Analíticos Anteriores.
„ Definição: o parágrafo por definição é entendi-
do como um método preferencialmente didático,
Modelo nº 3
pois busca, por intermédio de uma explicação
_____________ pode ser representado de duas
clara e breve, a exposição do significado de uma
maneiras diferentes: ___________ que é ___________
ideia, palavra ou de uma expressão.  É a forma
____________ e ___________, que é __________________
de exposição dos diversos lados pelos quais se
_______________. Enquanto a primeira ___________se
pode encarar um assunto. Pode apresentar tan-
apresenta __________________. Esta, por sua vez, rea-
to o significado que o termo carrega no uso geral
liza-se por intermédio de _________________________
quanto aquele que o falante pretende determi-
____________________________________________________.
nar para o propósito do seu discurso.

Uma definição é um enunciado que descreve um


conceito, permitindo diferenciá-lo de outros conceitos Preenchendo o modelo, teremos:
associados.
Vejam como em nosso parágrafo de exemplo O silogismo pode ser representado de duas
exploramos o conceito global e generalizado sobre o maneiras diferentes: silogismo simples que é for-
assunto. mado por um único núcleo argumentativo e silogismo
Vocês perceberão como o modelo vazio que segue composto que é formado por diversos núcleos argu-
este exemplo traz a indução do assunto a ser defini- mentativos de elaboração complexa. Enquanto a pri-
do. Vale lembrar que, como se trata de uma definição, meira teoria se apresenta pela estrutura filosófica
a base dessa informação deve sustentar-se em uma básica consagrada pela antiguidade. Esta, por sua
verdade consagrada, diferentemente do que vimos vez, realiza-se por intermédio de vários silogismos
no exemplo anterior, já que a declaração inicial pode desenvolvidos para atender às novas perspectivas de
basear-se em uma posição pessoal a ser defendida. sedução e convencimento.
„ Alusão histórica: a elaboração de um parágra-
Modelo nº 2 fo por alusão histórica é um recurso que desperta
______________________________ é a denominação sempre a curiosidade do leitor por meio de fatos
dada a ________________________. Essa ____________ históricos, lendas, tradições, crendices, anedotas
___________________, mas a hipótese mais aceita é ou a acontecimentos de que o autor tenha sido
a de que __________________________________________ participante ou testemunha (desenvolve-se geral-
______. Outra versão afirma que esse ____________ mente por meio da comparação com o presente
____________, que tem origem ____________. O que se ou retorno a ele). A vantagem desse método é o
sabe é que _______________________________________. de podermos mostrar o desenvolvimento crono-
lógico de um assunto, expondo sua evolução no
tempo. Lembrem-se de que, ao se servirem de
Preenchendo o modelo, teremos: um fato histórico para sustentar uma tese, a His-
tória é a ciência que estuda o homem e sua ação
Arroz com feijão é a denominação dada a um pra-
no tempo e no espaço, concomitante à análise
to típico da América Latina. Essa receita não tem uma
de processos e eventos ocorridos no passado - e
origem certa, mas a hipótese mais aceita é a de
como ela é uma ciência, tem, por conseguinte, um
que seria fruto de uma combinação do arroz (de ori-
grande valor argumentativo.
gem oriental) trazido pelos portugueses ao Brasil com
o feijão, que já seria consumido no Brasil pelos índios. Observem como isso é simples:
Outra versão afirma que esse prato foi a união do
arroz com a feijoada, que tem origem africana ou por-
tuguesa. O que se sabe é que, ao longo dos séculos, Modelo nº 4
LÍNGUA PORTUGUESA

esse prato foi se popularizando por todo o país, passan- Desde a época da ________________ sabe-se que
do a ser uma parte quase que indispensável da refeição ___________________________________________________
dos brasileiros. para ____________________________________. Principal-
mente hoje em dia, reconhece-se que ____________
„ Divisão: o parágrafo de divisão, processo tam- _____________________________________________, além
bém quase que exclusivamente didático, por de________________________________________________
causa das suas características de objetividade ____________________________________________________.
e clareza, que consiste em apresentar o tópico
frasal (frase que introduz o parágrafo) sob a
forma de divisão ou discriminação das ideias Preenchendo o modelo, teremos:
a serem desenvolvidas (normalmente a divisão
vem precedida por uma definição, ambas no Desde a época da escravidão no Brasil sabia-se
mesmo parágrafo ou em parágrafos distintos). que a alimentação dada a esses novos brasileiros era 69
boa e tinha tudo de que eles necessitavam para suprir Preenchendo o modelo, teremos:
os desgastes de um longo dia de trabalho. Hoje em dia
principalmente, já se reconhece que os carboidratos A cidade (ou região) em destaque é Pindaíba da
do arroz e do feijão, as proteínas da carne e das verduras Serra, que fica localizada em Monte Mole, região
fornecem um completo abastecimento de energia soma- nobre de Pindorama. É aí onde se localiza uma das
da ao prazer, justificando os hábitos do passado como mais belas reservas naturais de paioca-rija, um cipó
responsáveis pela tradição alimentar que preservamos. medicinal e afrodisíaco muito cobiçado pelos morado-
„ Interrogação: A ideia núcleo do parágrafo por res dessa região. Cercada por uma densa floresta
interrogação é colocada por intermédio de uma de mambutis gigantes, foi bem no centro desse san-
pergunta a qual serve mais como recurso retó- tuário tropical que a próspera cidadezinha se tornou
rico, uma vez que a questão levantada deve ser uma espécie de centro cultural da região por preservar
respondida pelo próprio autor. Seu desenvolvi- até hoje um dos mais tradicionais rituais de nossa his-
mento é feito por intermédio da confecção de tória: a sagração da taioba-plus, entidade sagrada e
uma resposta à pergunta. reverenciada pelos devotos naobilicos.

Modelo nº 5 „ Desenvolvimento por exploração temporal:


Será possível determinar qual é ______________ nesse modelo o leitor é informado do momen-
para_____________________________? (Resposta) ______ to em que os fatos ocorreram com a indicação
____________________________________________________. de datas e outros aspectos temporais. Pode-se
recorrer nesse momento aos artifícios empre-
gados no próprio parágrafo de alusão histórica,
Preenchendo o modelo, teremos: já que este também se serve de referências cro-
nológicas como em:
Será possível determinar qual é a melhor combi-
nação de alimentos para atender às necessidades diá-
rias de nossa população? Qualquer nutricionista dirá Modelo nº 1
que sim, pois alimentos ricos em carboidratos e pro- A cidade (ou região) em destaque é ____________,
teínas devem compor essa alimentação e não há quase que fica localizada em ____________, região nobre de
nada mais apropriado do que nosso tradicional prato _________. É aí onde se localiza ____________________
de todos os dias. O arroz com feijão tem as proporções __________________ dessa região. Cercada por uma
perfeitas para satisfazer essa necessidade que todos densa floresta ____________________, foi bem no cen-
têm de recomposição de força e de energia. tro desse ___________________________________________
____________________________________________________.
z Parágrafos de desenvolvimento

Após o primeiro parágrafo que, como já vimos, Preenchendo o modelo, teremos:


pode apresentar a tese e também os argumentos prin-
cipais que serão desenvolvidos, chega a hora de abor- No passado, quando pensávamos em alimenta-
dar os elementos que sustentarão essas afirmações ção, notávamos que sua relação com a sobrevivência
iniciais. Os parágrafos seguintes deverão conter os era muito maior comparada à que vemos nos nos-
recursos argumentativos que articularão o convenci-
sos atuais. Hoje, por outro lado, a qualidade desses
mento do leitor quanto à tese apresentada.
alimentos e a qualidade da saúde que eles proporcio-
nam tornaram-se o foco desse pensamento. O resul-
„ Tipos diferentes de parágrafos de desenvol-
tado disso é que comer, na atualidade, tornou-se
vimento: as possibilidades de ordenação do
um ritual de bem viver.
parágrafo são várias: exploração de aspectos
espaciais e temporais, enumeração de porme-
nores, apresentação de analogia, ou contraste, „ Desenvolvimento por exploração de porme-
citação de exemplos, apresentação de causas e nores ou de enumerações: nesse modelo de
consequências. parágrafo, vocês têm por objetivo enumerar
„ Desenvolvimento por exploração espacial: características, relacionar aspectos importan-
ao argumentar, vocês podem se servir da expo- tes sobre algum assunto. A apresentação das
sição de informações relativas ao lugar em que ideias pode ser ou não ordenada segundo uma
os fatos ocorreram. ordem de importância. A ordem depende do
que vocês pretendem enfatizar.
Modelo nº 1
A cidade (ou região) em destaque é _____________, Modelo nº 3
que fica localizada em ____________, região nobre de Entre os aspectos referentes a__________________
________ É aí onde se localiza ______________________ _______________________ três pontos merecem desta-
_____________ dessa região. Cercada por uma densa que especial. O primeiro é _________________________
floresta ___________________, foi bem no centro desse __________; o segundo________________ e por fim ____
____________________________________________________. ____________________________________________________.

70
Ao preenchermos o modelo, teremos: verduras, por sua vez, oferecem as fibras que nos auxi-
liam no processamento dos alimentos pelo nosso orga-
Entre os aspectos referentes à alimentação dos nismo ajudando na absorção dos nutrientes.
brasileiros, três pontos merecem destaque especial. O
primeiro é quanto aos carboidratos presentes no arroz „ Desenvolvimento por exploração de causa
com feijão; o segundo diz respeito às proteínas pre- e consequência: Dentro de uma perspectiva
sentes no bife com salada e por fim a glicose somada à lógica e simples devemos compreender causa
cafeína no cafezinho preto com açúcar que fornecem um como um fator como gerador de problemas e
completo abastecimento de energia somada ao prazer. consequência como os problemas gerados pela
causa. Trabalhar com causas e consequências é
„ Desenvolvimento por exploração de contras-
apresentar os aspectos que levaram ao proble-
te de ideias: na ordenação do parágrafo por
ma discutido e as suas decorrências.
exposição de contrastes entre si, vocês podem se
servir de comparações, ideias paralelas, ideias
diferentes e ideias opostas.
Modelo nº 6
É de fundamental importância o ___________
Modelo nº 4 ___________________________________________________
Muitos acreditam que __________________________ __________ para___________________. Podemos men-
________________________________________________, por cionar, por exemplo, ____________________________
causa da _____________________________. Por outro que____________________, por causa ________________.
lado, sabe-se também que _________________________
____________________________________________________
________________, quando muitas vezes _____________ Ao preenchermos o modelo, teremos:
____________________________________________________.
É de fundamental importância o consumo de ali-
mentos ricos no fornecimento de energia para a movi-
Ao preenchermos o modelo, teremos: mentação do nosso corpo. Podemos mencionar, por
exemplo, o arroz com feijão que diariamente abastece
Muitos acreditam que o cafezinho preto com açúcar a nossa mesa, por causa de sua riqueza em carboidra-
pode causar excitação e ansiedade quando consumido em tos. Esse complexo alimentar nos recompõe da energia
excesso, por causa da cafeína e da glicose presentes nele. própria consumida durante o dia.
Por outro lado, sabe-se também que essas substâncias
fornecem uma carga suplementar de energia nos deixan- z Parágrafo de conclusão
do despertos logo após o almoço, quando muitas vezes
somos acometidos por uma sonolência indesejada. A conclusão de uma dissertação é o momento de
Desenvolvimento por exploração de ideias ana- se mostrar que o objetivo proposto na introdução foi
lógicas e comparação: para organização das ideias, atingido. É de fundamental importância que não ocor-
nossos redatores valem-se de expressões que indicam ra contradição com a tese proposta no início de sua
confronto valendo-se do artifício de contrapor ideias, redação, o que descaracterizaria toda a argumenta-
seres, coisas, fatos ou fenômenos. Tal confronto tanto ção. Vocês, nesse momento, devem fazer uma síntese
pode ser de contrastes como de semelhanças. Analo- geral; ou retomar a ideia inicial, reforçando os pon-
gia e comparação são também espécies de confronto:
tos de partida do raciocínio. Podem também demons-
“A analogia é uma semelhança parcial que sugere
trar que uma solução a um problema foi encontrada
uma semelhança oculta, mais completa. Na compara-
ou que uma proposta de solução pode ser alcança-
ção, as semelhanças são reais, sensíveis numa forma
verbal própria, em que entram normalmente os cha- da, ou ainda que uma resposta a uma pergunta foi
mados conectivos de comparação (quanto, como, do encontrada.
que, tal qual)”. – Comunicação em prosa Moderna – Esse momento pode também gerar um questio-
Othon M. Garcia. namento final, desde que não concorra com suas
Por exemplo: exposições anteriores. A satisfação do leitor deve ser
contemplada na conclusão para que ele não se sinta
frustrado pela expectativa criada quanto ao tema.
Modelo nº 5 Essa volta ao início do texto que a conclusão faz é algo
No caso das _______________________, porque cada que chamamos de circularidade. Esse caráter finaliza-
LÍNGUA PORTUGUESA

qual tem seus próprios valores __________________. dor da conclusão também colabora para a progressão
Enquanto a __________________________________, as e continuidade textual.
________, por sua vez, _____________________________.
„ Tipos diferentes de parágrafos de conclusão:
podemos enumerar alguns exemplos de con-
Ao preenchermos o modelo, teremos: clusões satisfatórias que todos poderão usar
em seus textos dissertativos.
No caso das proteínas do bife e da salada que „ Conclusão por síntese ou resumo: o primei-
comemos, seria melhor não generalizar, porque cada ro recurso com que trabalharemos será o do
qual tem seus próprios valores para a alimentação. resumo ou síntese geral. Nesse caso vocês reto-
Enquanto a carne é rica em proteínas que repõem mam, resumidamente, aquilo que exploraram
as perdas musculares pelo desgaste do dia-a-dia, as durante o texto: 71
Preenchendo o modelo, teremos:
Modelo nº 1
Levando-se em consideração esses aspectos Tendo em vista os aspectos observados sobre
__________________ somos levados a acreditar que nossa alimentação, só nos resta esperar que se
não é apenas por ____________________________, mas garanta a todo brasileiro o acesso a esse rico cardápio.
também _________________________________. Sendo Ou quem saiba ainda que se divulgue o sucesso de
assim_____________________________________________. nossa combinação alimentar para que o mundo saiba
que no Brasil se come bem. Consequentemente será
possível a qualquer um balancear com eficiência e bai-
xo custo do que se põe na mesa de sua casa.
Ao preenchermos o modelo, teremos: Agora, pessoal, é começar a criar seus próprios
arranjos e utilizar essas técnicas para compor reda-
ções eficientes que garantam seu sucesso em qualquer
Levando-se em consideração esses aspectos
tipo de concurso que peça a vocês um posicionamento
práticos do prato do brasileiro, somos levados a acre-
específico sobre qualquer tema.
ditar que não é apenas por prazer que somos sedu-
zidos pela nossa culinária, mas também por tudo o Construindo as Máscaras de Redação
que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde.
Sendo assim, a falta de qualquer um desses ingredien- Vamos agora montar nosso quebra-cabeças? Veja
tes nos causará debilidade além de insatisfação. como arranjamos os modelos de maneiras diferentes.

„ Conclusão por questionamento: nesse mode- z Modelo n° 1: Introdução (declaração inicial)


lo vocês partem de um questionamento para
encerrar seu raciocínio. Mas não se esqueçam
de que vocês não devem colocar em dúvida os É fato notório que ____________________________
argumentos desenvolvidos em sua redação. __________________________________________. Sabe-se
que _____________________________________________,
além da __________________________________________.
Modelo Nº 2
O que mais há para ser tomado como _________
_________________________(?) _______________________ z Modelo n° 2: desenvolvimento (pormenores ou
acreditar que ____________________________________ de enumerações)
_______________, mas também ____________________
_______________________________(?) Certamente que
Entre os aspectos referentes a ___________________
sim, pois _________________________________________.
três pontos merecem destaque especial. O primei-
ro é ___________________________________; o segundo
_________________ e por fim ________________________.
Preenchendo o modelo, teremos:
Modelo nº 2: desenvolvimento (temporal)
O que mais há para ser tomado como positivo No passado, quando pensávamos em _______,
e prático no prato dos brasileiros? O que sabemos nos notávamos que ___________________. era ____________
leva a acreditar que não é apenas por prazer que comparada à que vemos recentemente . Hoje, por
somos seduzidos pela nossa culinária, mas tam- outro lado, _______________________________ torna-
bém por tudo o que ela nos oferece para a manutenção ram-se _____________. O resultado disso é que ______,
de nossa saúde. E a falta desses ingredientes mudará a na atualidade, tornou-se _________________________.
saúde de nossa população? Certamente que sim, pois
a carência de tais ingredientes nos causará debilidade
além de insatisfação. z Modelo n° 3: desenvolvimento (contraste de
ideias)
„ Conclusão por resposta, solução ou propos-
ta: vocês levantam uma (ou mais) hipóteses ou
sugestões do que se deve fazer para transfor- Muitos acreditam que ______________________
mar a história mostrada durante o desenrolar ___________________________________________, por
do texto. causa da ____________________________. Por outro
lado, sabe-se também que_____________________
________________________, quando muitas vezes
Modelo nº 3 _____________.
Tendo em vista os aspectos observados sobre
_________________, só nos resta esperar que
z Modelo n° 4: conclusão (síntese ou resumo)
____________________________. Ou quem saiba ainda
que ____________________________________ para que
______________________ Consequentemente ________
__________________________________________________. Levando-se em consideração esses aspectos
______________ somos levados a acreditar que não é
apenas por _________________________________, mas
também____________. Sendo assim________________.
72
Nova máscara
É fato notório que _____________________________________. Sabe-se que ___________________________, além da
____________________. Entre os aspectos referentes a ______________________________ três pontos merecem desta-
que especial. O primeiro é ___________________; o segundo_____________________ e por fim ______________________
______________. No passado, quando pensávamos em __________, notávamos que ___________________________ era
____________ comparada à que vemos recentemente. Hoje, por outro lado, _________________________ tornaram-
-se _________________. O resultado disso é que ______, na atualidade, tornou-se __________________________. Muitos
acreditam que ________________________________, por causa da __________________________. Por outro lado, sabe-
-se também que _________________, quando muitas vezes _______________. Levando-se em consideração esses
aspectos _________________ somos levados a acreditar que não é apenas por _______________________________, mas
também _____________________. Sendo assim _____________________________________.

Observe que fizemos a opção por abrir nossa redação com uma declaração inicial. Como abordamos um tema
geral, sem uma relevância científica notória e que representa na verdade um conhecimento cultural somado às
observações de médicos e nutricionistas, a declaração foi a melhor alternativa, já que não se compromete com a
obrigatoriedade de recorrência a uma fonte de conhecimento referencial.
Em seguida, arranjamos os parágrafos de desenvolvimento mesclando os vários modelos apresentados ante-
riormente. Ao mesmo tempo em que eles nos ofereciam diversas alternativas para a estruturação de nosso pro-
jeto, também nos orientavam dando caminhos a seguir na argumentação. É como se montássemos realmente um
quebra-cabeça.
Escolhemos três modelos diferentes de parágrafos de desenvolvimento para esse projeto. Por enumerações, o
temporal e o por contraste. Forçamos um pouco a barra, primeiro criando a máscara para, só depois, completar
nossa redação. Afinal de contas, essa é a vantagem do projeto de máscaras.
Vejam como ficou:

É fato notório que a comida dos brasileiros é muito boa e tem tudo de que eles necessitam para o seu longo dia de
trabalho. Sabe-se que o arroz-com-feijão nos fornece um completo abastecimento de energia somado ao prazer.
Entre os aspectos referentes a esse par considerado completo que é o arroz com feijão, três pontos mere-
cem destaque especial. O primeiro está na riqueza de carboidratos presentes nele e que nos reabastece repondo
a energia consumida durante o dia; o segundo nos reporta ao sabor exótico e marcante que o alimento oferece,
tornando-o sempre uma escolha positiva quanto ao prazer e por fim deve-se levar em conta a vantagem do baixo
custo dessa combinação se comparado a outros alimentos também computados como importantes para a com-
posição de uma alimentação rica.
No passado, quando pensávamos em alimentação, notávamos que sua relação com sobrevivência era mui-
to maior comparada à que vemos recentemente. Hoje, por outro lado, a qualidade desses alimentos e a quali-
dade da saúde que eles proporcionam tornaram-se o foco desse pensamento. O resultado disso é que comer, na
atualidade, tornou-se um ritual de bem viver.
Muitos acreditam que a comida presente em nossas mesas é uma das mais saudáveis do mundo, por cau-
sa da sua variedade e equilíbrio. Por outro lado, sabe-se também que poderá engordar, quando muitas
vezes for consumida sem medida, com inspiração apenas no sabor e no prazer que oferece.
Levando-se em consideração esses aspectos práticos do prato do brasileiro somos levados a acreditar
que não é apenas por prazer que somos seduzidos pela nossa culinária, mas também por tudo o que ela nos ofe-
rece para a manutenção de nossa saúde. Sendo assim, concluímos que a falta desse ingrediente em nossa mesa
nos causará debilidade além de insatisfação.

Com esses modelos apresentados, desejamos mostrar como é possível programar e treinar nossos trabalhos de
redação se exercitarmos essas habilidades. Porém, é de fundamental importância que você busque ou crie um
modelo de máscara com o qual você mais se identifique. Isso para que, no momento de produção de sua redação,
principalmente se ocorrer durante uma prova de concurso, você já esteja organizado. Com isso, espera-se que
vocês tenham a vantagem de partir direto para a elaboração de seu texto sem ter de ficar parados buscando ins-
piração em um momento em que todo segundo é importante.
LÍNGUA PORTUGUESA

PROJETO DE TEXTO – ANÁLISE DE PROPOSTAS E RESPECTIVOS PROJETOS POSSÍVEIS

Neste assunto trabalharemos com a análise de algumas propostas de variadas instituições para mostrar as
diferenças entre elas. Veremos também como vêm sendo apresentados os temas e como agir diante das diferentes
exigências feitas nas últimas provas de concursos. Depois passaremos ao trabalho de orientação de como evitar
erros comuns e como buscar soluções para alguns problemas que venhamos a enfrentar quando estivermos
escrevendo a nossa redação durante a prova.
Vejamos então a proposta feita a seguir. Observe que, antes de iniciar a apresentação do tema, há orientações
claras da instituição aos candidatos para que não incorram em erros que possam desclassificá-los ou que ainda
não percam pontuações significativas na avaliação de seu texto.

73
Veja a proposta abaixo: Como última informação eles alertam para que
não se usem parênteses com essa finalidade. Os
Prova Discursiva
parênteses são elementos gramaticais de pontuação e
como tal devem ser usados em sua indicação correta,
z Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso dese-
isolando termos pertinentes ao texto e é dessa forma
je, os espaço para rascunho indicado no presente
que será avaliado seu uso.
caderno.Em seguida, transcreva o texto para a folha
Observe agora os textos motivadores para essa pro-
de texto definitivo da prova discursiva, no local
posta e o tema que deve ser abordado obrigatoriamente:
apropriado, pois não será avaliado fragmento de
texto escrito em local indevido.
Direito à saúde
z Qualquer fragmento de texto além da extensão máxi-
ma de linhas disponibilizadas será desconsiderado.
O direito à saúde é parte do conjunto de direitos
z Na Folha de Texto Definitivo, a presença de qual-
chamados de direitos sociais, que têm como inspira-
quer marca identificadora no espaço destinado à
ção o valor da igualdade entre as pessoas. No Brasil,
transição do texto definitivo acarretará a anulação
esse direito apenas foi reconhecido na CF; antes disso,
da sua prova discursiva.
o Estado apenas oferecia atendimento à saúde para
z Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 13,00
trabalhadores com carteira assinada e suas famílias; as
pontos, dos quais até 0,60 ponto será atribuído
outras pessoas tinham acesso a esses serviços como um
ao quesito apresentação (legibilidade, respeito às
margens e indicação de parágrafos) e estrutura tex- favor e não como um direito. Na Constituinte de 1988,
tual (organização das ideias em texto estruturado). as responsabilidades do Estado foram repensadas, e
promover a saúde de todos passou a ser seu dever: “A
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
Inicialmente o candidato é orientado a usar a folha de
mediante políticas sociais e econômicas que visem à
rascunho e depois transcrevê-la para a folha definitiva.
redução do risco de doença e de outros agravos e ao
Por quê? Porque muitos candidatos deixam para
acesso universal e igualitário às ações e serviços para a
fazer suas redações ao término da prova objetiva,
promoção, proteção e recuperação” (CF, art. 196).
quando a prova discursiva ocorre concomitante-
A saúde é um direito de todos porque sem ela
mente a esta, e acabam administrando mal o tempo.
não há condições de uma vida digna, e é um dever
Quando isso ocorre, acabam fazendo suas redações
do Estado porque é financiada pelos impostos que são
diretamente na folha definitiva e têm de assumir os
pagos pela população. Dessa forma, para que o direi-
riscos de cometer erros que não podem ser revertidos.
Ou ainda, não conseguem passar o texto “a limpo” e to à saúde seja uma realidade, é preciso que o Estado
esperam que seja corrigido assim mesmo. crie condições de atendimento em postos de saúde,
É importante saber que, por determinação apresenta- hospitais, programas de prevenção, medicamentos
da geralmente nos editais, os rascunhos não serão lidos. etc., e, além disso, é preciso que esse atendimento seja
Dessa forma, os candidatos perdem a oportunidade universal (atingindo a todos os que precisam) e inte-
de disputar a vaga para esse concurso, pois são desclas- gral (garantindo tudo de que a pessoa precise).
sificados como se não houvessem feito sua redação. A criação do SUS está diretamente relacionada à
Como falam sobre um lugar apropriado para a tomada de responsabilidade por parte do Estado.
transcrição do texto e declaram que não considera- Organizado com o objetivo de proteger, o SUS deve
rão fragmentos de textos escritos em lugar indevido, promover e recuperar a saúde de todos os brasilei-
os candidatos deverão ficar atentos às margens e ao ros, independentemente de onde morem, de tra-
número de linhas disponibilizado. Ou seja, se ultrapas- balharem ou não e de quais sintomas apresentem.
sadas as trinta linhas da folha, certamente a conclusão Infelizmente, esse sistema ainda não está completa-
ficará fragmentada. Se a margem for ultrapassada, mente organizado e ainda existem muitas falhas, no
aquela parte da palavra não será lida. O resultado des- entanto seus direitos estão garantidos e devem ser
sas desatenções prejudicará toda a coerência do texto, cobrados para que sejam cumpridos. Internet: <nev.
além de comprometer a estrutura dissertativa. incubadora.fapesp.br> (com adaptações).
Por fim, vêm as orientações quanto ao erro de gra- A humanização é um movimento com crescente e
fia: que nem sempre aparecem nesse quadro inicial, disseminada presença, assumindo diferentes sentidos
mas que sempre servem como referência para todas as segundo a proposta de intervenção eleita. Aparece, à
provas. Lembrem-se sempre de que o corretor não é primeira vista, como a busca de um ideal, pois, sur-
um perito do serviço de inteligência nacional, que bus- gindo em distintas frentes de atividades e com signi-
ca meios científicos e investigativos para decodificar ficados variados, segundo os seus proponentes, tem
informações relevantes de uma mensagem secreta. Por representado uma síntese de aspirações genéricas
isso, se seu texto tiver problemas quanto à legibilidade, por uma perfeição moral das ações e relações entre
mais pontos serão perdidos, ou pior, serão desclassifi- os sujeitos humanos envolvidos. Cada uma dessas
cados caso não se possa ler o que foi escrito. frentes arrola e classifica um conjunto de questões
Veja como as bancas trabalham com o possível práticas, teóricas, comportamentais e afetivas que
erro na transcrição de uma palavra. Você deve apenas teriam uma resultante humanizadora.
passar um traço sobre a palavra, a frase, o trecho ou o Nos serviços de saúde, essa intenção humanizado-
sinal gráfico e escrever em seguida o respectivo subs- ra se traduz em diferentes proposições: melhorar a
tituto. Exemplo: relação médico-paciente; organizar atividades de
convívio, amenizadas e lúdicas, como as brinquedo-
Depois de hoje, iremos para nossas cag casas muito tecas e outras ligadas às artes plásticas, à música e ao
felizes. teatro; garantir acompanhante na internação da crian-
ERROU? ça; implementar novos procedimentos na atenção
CORRIGIU! psiquiátrica, na realização do parto — parto humani-
74 zado — e na atenção ao recém-nascido de baixo peso
— programa da mãe-canguru —; amenizar as condi- „ Unificar as informações sobre o oferecimen-
ções do atendimento aos pacientes em regime de to de serviços apropriados aos pacientes, bem
terapia intensiva; denunciar a “mercantilização” da como oferecer meios de locomoção contínua
medicina; criticar a “instituição total” e tantas outras aos que necessitam de buscar outras unidades
proposições. Internet: <www.scielo.br> que possam atendê-los;
„ Fiscalizar e avaliar continuamente a qua-
A NECESSIDADE DE HUMANIZAÇÃO DOS lidade dos serviços oferecidos expondo os
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE resultados à população, além de apresentar
cronogramas dos projetos de evolução de
z Compreendendo a proposta desenvolvimento científico e tecnológico a
serem implementados em prol da saúde.
O primeiro passo, ao analisar os textos propostos,
é buscar os principais pontos de maior destaque por Feito isso, vamos usar o processo inverso com as
eles abordados. Destacamos para vocês as palavras- palavras-chave e organizar nosso projeto de texto.
-chave de cada parágrafo para construir uma síntese Observe:
sobre as principais ideias. Essa é uma atitude que tam- Já passou da hora de reconhecer no povo brasileiro
bém pode ser tomada durante a análise das propostas, o valor de homem vivente e não apenas de ver esse povo
pois é assim que poderá se construir a tese em sinto- como se fosse um coletivo impessoal; como se não res-
nia com o tema. pirassem, nem pensassem; como se fossem um núme-
O próximo passo é organizar essas informações, ro em um gráfico de estatística e não existissem. Para
relacionando-as ao tema, como se elas pudessem res- que o homem prevaleça com sua dignidade, deve-se
ponder a uma pergunta feita a partir do tema. Veja procurar treinar melhor os profissionais de saúde,
uma possibilidade: unificar as informações sobre o oferecimento de
serviços, além de fiscalizar e avaliar continuamen-
z Como humanizar os serviços públicos de saúde? te a qualidade dos serviços oferecidos.
Daqui para frente vocês já sabem... é o Arroz-com-
Vamos agora produzir algumas possíveis respostas -Feijão, ou seja, os modelos que apresentamos exten-
com as palavras que destacamos no texto: samente ao longo do material.
Demonstramos aqui algumas formas diferentes de
„ Cobrar dos governantes condições dignas de análise de propostas, mas que compreendem pratica-
atendimento por se tratar de um dever do esta- mente a forma básica de trabalho com todas as dife-
do reverter em benefícios à população os valo- rentes instituições e diferentes propostas, assim como
res arrecadados em impostos; dissemos que faríamos. Vamos passar agora para o aca-
„ Responsabilizar o governo pela proteção e bamento de nossa redação, pois alguns aspectos devem
recuperação da saúde de todos; ou ser observados antes que fechemos a nossa redação.

z Por que é necessário humanizar os serviços 20 DICAS COM SÍNTESE DE ALGUNS ASPECTOS DE
públicos? GRANDE RELEVÂNCIA

„ Para garantir a todos o direito à saúde, já que se Reunimos aqui algumas informações importantes
trata de uma determinação de nossa constituição, para a organização e revisão de seu trabalho. Algumas
prestando serviços de atendimento ao público; até já foram trabalhadas anteriormente, mas as retoma-
remos para criar um procedimento de observação geral.
„ Para destacar que a humanização dos serviços
públicos não é apenas uma aspiração de perfeição
moral, mas, antes de tudo, um programa de melho- z 1° Estética: grafia / alinhamento / paragrafação /
ria nas relações de convívio com os agentes de respeito às margens;
saúde, promovendo o desenvolvimento de novos Essa serve para qualquer prova de concurso. Já
procedimentos de atendimento aos pacientes; falamos a respeito disso, mas é importante reforçar.
A maioria das bancas exige que os candidatos apre-
„ Para poder denunciar as especulações e a mer-
sentem uma escrita que permita a leitura clara do tex-
cantilização dos serviços médicos e criticar a
to sem a preocupação com o tipo de letra, respeitando
instituição em sua totalidade e rejeitar proposi-
apenas questões de caixa alta (letra grande marcan-
ções que não atendam às aspirações populares.
do o início de frases e nomes próprios) e caixa baixa
(letra pequena compondo o restante da palavra).
Agora vamos criar uma tese que se encaixe com
A segunda parte desse item aborda o respeito às
essas respostas, como por exemplo:
LÍNGUA PORTUGUESA

margens. É de fundamental importância a disposição


Já passou da hora de reconhecer no povo brasileiro
do texto na folha definitiva. O texto deverá respeitar
o valor de homem vivente e não apenas de ver esse povo
os limites impostos pelas margens direita e esquerda,
como se fosse um coletivo impessoal; como se não res-
nunca ultrapassando seus limites nem se distancian-
pirassem, nem pensassem; como se fossem um número
do demasiadamente delas:
em um gráfico de estatística e não existissem.
Agora vamos buscar, nas respostas que elabora-
mos, ações que promovam essa proposta de humani-
zação, como, por exemplo:
Margens
„ Treinar os profissionais de saúde para que
recepcionam os pacientes com um atendimen-
to mais atencioso nesse momento carência; 75
Na margem esquerda da folha definitiva de reda- z 4° A ordem direta facilita na correta pontuação;
ção, deve-se iniciar a escrita imediatamente ao lado
da linha, sem deixar folga alguma entre a primeira Uma das importantes regras de pontuação que
letra e a demarcação da margem; determina o correto emprego da vírgula orienta que,
se a oração estiver em ordem direta (sujeito + verbo +
complementos), não se deve usar vírgula para sepa-
rar termos que se complementam sintaticamente. Ou
Margens seja, se estiverem com alguma dúvida quanto ao uso
de vírgula, reorganize a oração para ver se fica mais
fácil a compreensão da estrutura.
Exemplo:

Na margem direita, a preocupação do candidato Ordem com termo deslocado:


aumenta, pois além de se preocupar com as questões
de divisão silábica e o correto emprego do hífen para
essa função, ele também deverá se preocupar em não Termo deslocado Sujeito Verbo
ultrapassar a linha demarcatória da margem;
Hoje pela manhã, eu comprei um belo carro novo.

2 cm
Parágrafo Ordem direta:
Eu comprei um belo carro novo hoje pela manhã.
Margens
z 5° Colocação pronominal: qualquer palavra atrai
o pronome oblíquo, por isso não inicie orações e
períodos com verbo.

O último item desse quesito trata da paragrafação, Caso você esteja com qualquer dúvida em relação
ou seja, disposição dos parágrafos dentro da redação. à colocação pronominal, coloque uma palavra antes
O candidato deverá deixar bem clara a distância em do verbo e o pronome será atraído para trás do verbo.
que se iniciará a escritura do parágrafo para que se Assim a colocação pronominal sempre ficará correta.
faça a diferença com a escrita iniciada junto à mar-
gem. Um afastamento de aproximadamente 2 cm já Falaria-se muito sobre este assunto naquele dia.
é suficiente, ou ainda recorra à velha dica da escola, (errado)
pulando dois dedos.
Falar-se-ia muito sobre este assunto naquele dia.
z 2° O erro: apenas uma linha sobre as palavras (certo)
erradas;
Ou
Já falamos sobre isso, mas vou trazer esse item de
Muito se falaria sobre este assunto naquele dia.
volta:
(sempre certo)
Você deve apenas passar um traço sobre a palavra,
a frase, o trecho ou o sinal gráfico e escrever em segui-
z 6° Impessoalidade: as verdades gerais sempre
da o respectivo substituto.
têm maior valor.
Exemplo:
As opiniões pessoais pouco contribuem para a
Depois de hoje, iremos para nossas cag casas muito
sustentação de uma ideia. Por isso as afirmações
felizes.
apresentadas terão melhor aceitação se trouxerem
representações gerais de valor coletivo:
z 3° Faça períodos curtos: + ou - 3 períodos por
Acredita-se em vez de Acredito
parágrafo.
Sabe-se em vez de Sei
Com os modelos que lhes apresentamos, vocês
Ou outras expressões generalizantes como:
puderam observar que, para cada parágrafo de apro-
É de conhecimento geral... / Muitos entendem
ximadamente 5 linhas, usamos pelo menos 3 perío-
que... / Muito se tem discutido sobre...
dos. Com isso conseguimos algumas vantagens como
a de ser mais objetivos e diretos ao abordar uma ideia
e também a de isolar um possível erro dentro de um z 7° A tese: é aí que você apresenta o seu ponto de
período sem projetá-lo para o resto do parágrafo. vista, o seu posicionamento diante do tema;
z 8° Os argumentos: é comum a cobrança de temas
(1)É de fundamental importância o ........................ próprios às funções dos cargos disputados, por isso
........................ ........................ ........................ ........................ preste sempre atenção nos assuntos recorrentes
para........................ ........................./(2) Podemos mencio- dos textos da prova;
nar, por exemplo, ................................................................
que........................ ........................, por causa .................... z 9° Não se põe título nas redações para concursos: a
.........................../ (3) Esse ........................ ........................do menos que isso seja uma exigência do edital.
que........................ ......................... z 10° Evite a repetição das palavras: use sinôni-
76 mos e outros termos de recuperação.
que = o qual / a qual; anos. Um levantamento, por meio da Lei de  Acesso
onde = em que , no qual / na qual; à Informação, indicou mais de 1,7 milhão de autua-
ções, com crescimento contínuo desde 2008. O avanço
z 11° Vocabulário: procure sempre a clareza na das infrações nos últimos cinco anos ficou acima do
apropriação vocabular. A linguagem simples torna aumento da frota de veículos e de pessoas habilitadas:
o texto mais fluente: pense em explicar seus argu- o número de motoristas flagrados bêbados continua
mentos como se falasse a uma criança de 10 anos. crescendo, em vez de diminuir com o endurecimento
Não use erudições do tipo “hodiernamente”; diga: das punições ao longo desses anos. Internet: <g1.glo-
atualmente ou hoje em dia bo.com> (com adaptações).
z 12° Interferência positiva: se possível apresen- Nas estradas federais que cortam o estado de Per-
te propostas que dêem solução aos problemas nambuco, durante o feriadão de Natal, a PRF registrou
levantados na redação. Não fique apenas fazendo cento e três acidentes de trânsito, com cinquenta e
dois feridos e sete mortos. Segundo a corporação, seis
constatações óbvias. “Se é para falar bobagem, o
motoristas foram presos por dirigir bêbados e houve
melhor é ficar quieto.”
oitenta e sete autuações pela Lei  Seca. Os números
z 13° Não faça críticas ao governo: essa postura é são parte da Operação Integrada Rodovia, deflagrada
pobre e pouco criativa – é o que se chama de lugar pela PRF. Em 2017, foram registrados noventa aciden-
comum. É como se vocês fossem pedir emprego tes. No ano passado, a ação da polícia teve um dia a
em uma empresa e criticassem o patrão durante a menos. Internet: <g1.globo.com> (com adaptações).
entrevista. Isso é ser muito ingênuo. Considerando que os fragmentos de texto acima
z 14° O rascunho é importante: é a sua garantia de têm caráter unicamente motivador, redija um texto
poder fazer uma revisão eliminando erros, além dissertativo acerca do seguinte tema.
disso, o acabamento bem feito garante a você até O Combate às Infrações de Trânsito nas Rodo-
10 % da nota da redação se a estética for um dos vias Federais Brasileiras
critérios de pontuação. Vale sempre a pena capri- Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
char. Lembre-se de que é função de quem escreve
seduzir o leitor e o estímulo visual contribui para 1. Medidas adotadas pela PRF no combate às infra-
que haja uma boa impressão; ções; [valor: 7,00 pontos]
z 15° Atente para as expressões vagas ou de signifi- 2. Ações da sociedade que auxiliem no combate às
cado amplo e sua adequada contextualização. Ex.: infrações; [valor: 6,00 pontos]
conceitos como “certo”, “errado”, “democracia”, 3. Atitudes individuais para a diminuição das infra-
“justiça”, “liberdade”, “felicidade” etc. ções. [valor: 6,00 pontos]
z 16° Evite expressões como “belo”, “bom’, “mau”,
Tema 2
“incrível”, “péssimo”, “triste”, “pobre”, “rico” etc;
são juízos de valor sem carga informativa, impre-
Preâmbulo da Constituição Federal de 1988 (CF)
cisos e subjetivos.
dispõe que o Estado democrático se destina a asse-
z 17° Fuja do lugar-comum, frases feitas e expres- gurar o exercício dos direitos sociais e individuais,
sões cristalizadas: “a pureza das crianças”, “a sabe- a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvi-
doria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios mento, a igualdade e a justiça como valores supremos
da linguagem oral devem ser evitados, bem como de uma sociedade fraterna, pluralista e sem precon-
o uso de “etc” e as abreviações. ceitos, fundada na harmonia social e comprometida,
z 18° Não se usam entre aspas palavras estrangei- na ordem interna e internacional, com a solução pací-
ras sem correspondência na língua portuguesa: fica das controvérsias. A missão das forças policiais
hippie, status, dark, punk, chips etc. é garantir ao cidadão o exercício dos direitos e das
garantias fundamentais previstos na CF e nos instru-
z 19° Observe se não há repetição de ideias, falta de
mentos internacionais subscritos pelo Brasil (art. 5.º,
clareza, construções sem nexo (conjunções mal
§ 2.º, da CF).
empregadas), falta de concatenação (coesão) de
O cumprimento dessa missão exige preparo dos
ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divaga-
integrantes das corporações policiais, que devem per-
ção ou fuga ao tema proposto.
seguir incansavelmente a verdade dos fatos sem se
z 20° Caso você tenha feito uma pergunta na tese afastar da estrita observância ao ordenamento jurí-
ou no corpo do texto, verifique se a argumenta- dico vigente, que deve ser observado por todos, em
ção responde à pergunta. Se você eventualmente respeito ao Estado democrático de direito. Wlamir
encerrar o texto com uma interrogação, esta pode Leandro Motta Campos. Polícia Federal e o Estado
estar corretamente empregada desde que a argu-
LÍNGUA PORTUGUESA

democrático. Internet: (com adaptações). O Brasil se


mentação responda à questão. Se o texto for vago, efetivou como um país.
a interrogação será retórica e vazia. O estado democrático de direito após a promulga-
ção da CF — também chamada de Constituição Cida-
TEMAS GERAIS DE REDAÇÃO dã, por contar com garantias e direitos fundamentais
que reforçam a ideia de um país livre e pautado na
Tema 1 valorização do ser humano. Com a ruptura do anti-
go sistema ditatorial, o Estado tinha a necessidade de
A Lei n.º 11.705/2008, conhecida como Lei Seca, resgatar a importância dos direitos humanos, negli-
por reduzir a tolerância com motoristas que  diri- genciados até então, porquanto, desde 1948, havia-se
gem embriagados, colocou o Brasil entre os países erigido a Declaração Internacional dos Direitos Huma-
com legislação mais severa sobre o tema. No  entan- nos no mundo. Já no art. 1.º da CF, afirma-se a condi-
to, a atitude dos motoristas pouco mudou nesses dez ção de Estado democrático de direito fundamentado 77
em cidadania e dignidade da pessoa humana. O Brasil, Tema 4
por ser signatário de tratados internacionais de direi-
tos humanos, tem como princípio, em suas relações Denominamos “cooperação descentralizada” as
internacionais, a prevalência dos direitos humanos. iniciativas de cooperação protagonizadas pelas admi-
Yara Gonçalves Emerik Borges. A atividade policial nistrações locais e regionais, especialmente governos
e os direitos humanos. Internet: (com adaptações). municipais e estaduais. Essa cooperação descentra-
A partir das ideias dos textos precedentes, que têm lizada expressa o surgimento, na América, de uma
caráter unicamente motivador, redija um texto dis- nova forma de cooperação, a partir do envolvimento
sertativo acerca do seguinte tema. da sociedade fronteiriça e de atores políticos locais.
O papel da Polícia Federal no aprimoramento
Nesse tipo de cooperação, vê-se alto nível de articu-
da democracia Brasileira
lação da comunidade fronteiriça em detrimento do
Em seu texto,
governo central.  
1. discorra sobre o papel constitucional e social da
Renata Furtado. 35 anos da lei da faixa de fronteira: avanços e
Polícia Federal e sua relação com os direitos huma-
desafios à integração sul-americana.
nos; [valor: 4,00 pontos] In: Revista Brasileira de Inteligência, n.º 9. ABIN, 2015 (com
2. cite contribuições da Polícia Federal relevantes adaptações).
para a manutenção do Estado democrático de
direito, especialmente relacionadas aos direitos
Tendo o fragmento de texto apresentado como
humanos; [valor: 4,00 pontos]
referência inicial, redija um texto dissertativo a res-
3. apresente sugestões de implantação de ações e(ou)
projetos que possam contribuir futuramente para peito do papel dos governos municipal, estadual e
o aprimoramento da democracia brasileira. [valor: federal nas relações políticas e sociais nas áreas de
4,40 pontos] fronteira do Brasil.  
Em seu texto, aborde os seguintes tópicos.
Tema 3
1. A fronteira como espaço geopolítico e espaço de
Sem abrigos, grupos de imigrantes venezuelanos relações sociais. [valor: 10,00 pontos]
voltaram a acampar na rodoviária e a ficar nas ruas de 2. Distintas relações do Brasil com os países vizinhos
Manaus. A crise política, econômica e social na Vene- e principais problemas presentes nas regiões fron-
zuela, que desencadeou um fluxo migratório para o teiriças. [valor: 18,00pontos]
Brasil, continua atraindo milhares de imigrantes para o 3. Papel da área de inteligência na análise das ques-
país. Em busca de sobrevivência, indígenas venezuela-
tões relacionadas às fronteiras. [valor: 10,00 pontos]
nos da etnia Warao começaram a migrar para Manaus
desde o início de 2017. Adultos, idosos e crianças se
abrigaram na rodoviária de Manaus e debaixo de um Considerando que os fragmentos de texto apresen-
viaduto na Zona Centro-Sul. Enquanto o maior abrigo tados têm caráter unicamente motivador, redija um
foi desativado no Amazonas, a chegada dos venezue- texto dissertativo acerca da entrada de imigrantes no
lanos não indígenas só aumentou. As condições pre- Brasil, discutindo estratégias para a prevenção de cri-
cárias de vida em solo brasileiro podem favorecer a mes e de violências envolvendo imigrantes no país,
ocorrência de situações degradantes. Órgãos federais e tanto na condição de agentes quanto na de vítimas.
entidades religiosas anunciaram medidas para cobrar
ações concretas da prefeitura da cidade e dos governos Tema 5
federal e estadual. Internet: (com adaptações).
Historicamente, instruir os que não sabem, alimen-
Lei n.º 13.445/2017 Art. 3.º tar os famintos e cuidar dos doentes têm sido algumas
das missões diárias indicadas aos devotos de dife-
A política migratória brasileira rege-se pelos
rentes religiões. Em tempos modernos, a essas mis-
seguintes princípios e diretrizes:
I – universalidade, indivisibilidade e interdependên- sões foi acrescentado um novo item: zelar pelo meio
cia dos direitos humanos; ambiente, como revela, por exemplo, uma mensagem
II – repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a escrita pelo Papa Francisco, exortando as sociedades,
quaisquer formas de discriminação; independentemente de suas crenças, a tomar medidas
III – não criminalização da migração; […] urgentes para frear as mudanças climáticas. Para o
VI – acolhida humanitária; […]
representante máximo do catolicismo, “o cuidado da
IX – igualdade de tratamento e de oportunidade ao
migrante e a seus familiares; casa comum requer simples gestos cotidianos, pelos
X – inclusão social, laboral e produtiva do migrante quais quebramos a lógica da violência, da exploração,
por meio de políticas públicas; do egoísmo, e manifestamos o amor em todas as ações
XI – acesso igualitário e livre do migrante a serviços, que procuram construir um mundo melhor”.
programas e benefícios sociais, bens públicos, educa-
ção, assistência jurídica integral pública, trabalho, O Globo, 2/9/2016, p. 29 (com adaptações).
moradia, serviço bancário e seguridade social;
XII – promoção e difusão de direitos, liberdades, Considerando que o fragmento de texto acima tem
garantias e obrigações do migrante;
caráter unicamente motivador, redija um texto dis-
XVII – proteção integral e atenção ao superior inte-
resse da criança e do adolescente migrante; sertativo acerca do seguinte tema:
Preservação do ecossistema: responsabilidade
78 (Internet – www.planalto.gov.br) do estado, da sociedade e de cada cidadão.
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos: z 2 Descreva as características do IP. [valor: 4,00
pontos]
z Relação entre os cuidados com o meio ambiente z 3 Comente sobre o valor probatório do IP. [valor:
e a preservação das condições sanitárias; [valor: 2,00 pontos]
12,00 pontos] z 4 A instauração de IP é indispensável? [valor: 2,00
z Atitudes individuais que podem reduzir os efei- pontos]
tos da ação humana sobre o planeta; [valor: 13,00 z 5 Na situação considerada, a prisão temporária de
pontos] João, nos moldes em que foi decretada — de ofício
z Formas de atuação da sociedade para que os — foi legal? [valor: 4,00 pontos]
governos cumpram compromissos relacionados à z 6 Na situação considerada, há fundamento legal
preservação ambiental. [valor: 13,00 pontos] para o direito de acesso do defensor de João aos
elementos de prova no curso do IP? Em sua respos-
Tema 6 ta, destaque o entendimento do Supremo Tribunal
Federal a respeito. [valor: 5,00 pontos]
No curso de uma investigação policial, atendendo
a representação da autoridade policial, foi autorizada Tema 8
judicialmente medida de busca e apreensão de bens
e documentos, a ser realizada em endereço determi- Discorra sobre os princípios penais da reserva
nado, conforme descrito no competente mandado. legal; da anterioridade da lei penal e da intranscen-
De posse do mandado, os agentes de polícia, acompa- dência da pena, abordando o conceito de cada um, sua
nhados da autoridade policial, chegaram ao sobredito
natureza jurídica e seus objetivos.
imóvel somente no período noturno, devido a vários
contratempos havidos no decorrer das diligências.
Tema 9
Confirmado o endereço, constatou-se a presença de
várias pessoas no interior do imóvel, entre elas, o pro-
prietário da casa, indiciado no inquérito policial que Declaração Universal dos Direitos Humanos (…)
originou o mandado de busca e apreensão. Adicional- Art. 19 Todo ser humano tem direito à liberdade de
mente, constatou-se a existência de três veículos na opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de,
garagem do imóvel. sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber
Considerando a situação hipotética acima apresen- e transmitir informações e ideias por quaisquer meios
tada, redija um texto dissertativo acerca do instituto da e independentemente de fronteiras.
busca e apreensão no processo penal. Ao elaborar seu
texto, aborde, fundamentadamente, os seguintes tópicos Internet <www.unicef.org>

z 1 Natureza jurídica da busca e apreensão, seus Código Civil (…) Art. 187 Também comete ato ilí-
objetivos e suas características e normas gerais. cito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
[valor: 7,00 pontos] manifestamente os limites impostos pelo seu fim eco-
z 2 Requisitos para o cumprimento da busca e nômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
apreensão em suas modalidades domiciliar e pes-
soal. [valor: 6,00 pontos] Internet: .<www.planalto.gov.br>
z 3 Relativamente à situação hipotética apresenta-
da: possibilidade jurídica de realização da diligên- “Não podemos confundir liberdade de expressão
cia no horário noturno. [valor: 3,00 pontos] nas redes sociais com irresponsabilidade, senão o
z 4 Relativamente à situação hipotética apresenta- exercício dessa liberdade torna-se abuso de direito”,
da: possibilidade jurídica de realização de busca alerta a advogada Patrícia Peck Pinheiro, especialista
pessoal nas pessoas encontradas no interior do em direito digital. “O que mais prejudica a liberdade
imóvel, bem como no interior dos veículos estacio- de todos é o abuso de alguns, a ofensa covarde e anô-
nados na garagem. [valor: 3,00 pontos] nima, isso não é democracia”. Os chamados crimes
contra a honra na Internet — que envolvem ameaça,
Tema 7
calúnia, difamação, injúria e falsa identidade — têm
gerado cada vez mais processos judiciais. Um levan-
João foi indiciado em inquérito policial (IP), e, no
tamento divulgado pelo Superior Tribunal de Justi-
curso deste, o juiz competente, de ofício, decretou a pri-
ça lista sessenta e cinco julgamentos recentes que
são temporária do dito indiciado. Para defender seus
LÍNGUA PORTUGUESA

interesses, João constituiu um advogado que, na pri- resultaram em pagamento de indenizações, retirada
meira oportunidade, requereu ao delegado de polícia de páginas do ar, responsabilização de agressores e
responsável acesso a todos os elementos de prova no outras condenações em favor das vítimas. Na opinião
curso do IP, para permitir a ampla defesa de seu cliente, de Patrícia Peck, a falta de educação e a impunidade
de modo a se garantir, assim, o devido processo legal. contribuem para os excessos na Internet. Segundo
Acerca da situação hipotética acima apresentada ela, “Sem educação em ética e leis, corremos o risco
e do IP, redija um texto dissertativo que atenda, de de a liberdade de expressão e o anonimato digital se
modo fundamentado, às determinações e aos questio- converterem em verdadeiros entraves à evolução da
namentos seguintes. sociedade digital, pois tornarão o ambiente da Inter-
net selvagem e inseguro”.
z 1 Apresente o conceito e a finalidade do IP. [valor:
2,00 pontos] Internet< www.cartacapital.com.br> (com adaptações) 79
Considerando as ideias precedentes nos fragmen- uma finalidade ilícita, ao passo que, tratando-se de con-
tos textuais apresentados anteriormente, redija um duta culposa, a finalidade é quase sempre lícita. Nesse
texto dissertativo a respeito do seguinte tema: caso, os meios escolhidos e empregados pelo agente
O anonimato digital e o abuso do direito à liber- para atingir a finalidade lícita é que são inadequa-
dade de expressão dos ou mal utilizados. Rogério Greco. Curso de direito
Ao construir seu texto, apresente um exemplo de
penal – parte geral. p. 196 (com adaptações).
situação em que emissão de opinião no meio digital
Considerando que o fragmento de texto acima tem
pode significar abuso de direito e discuta maneiras de
prevenir ou coibir esse tipo de comportamento. caráter unicamente motivador, redija um texto dis-
sertativo acerca dos crimes culposos.
Tema 10 Seu texto deve conter, necessariamente,

Um tribunal regional eleitoral elaborou o seu pla- z 1. Os elementos do crime culposo e a descrição de pelo
no estratégico junto à cúpula de juízes. Do ponto  de menos dois desses elementos; [valor: 12,00 pontos]
vista administrativo, o plano foi bem elaborado, z 2. Os conceitos de culpa inconsciente, culpa consciente
no entanto a estratégia não está sendo alcançada.  A e dolo eventual e suas diferenças; [valor: 12,00 pontos]
maioria dos servidores não tem conhecimento da mis-
são, da visão de futuro, dos valores, nem sabe associar z 3. Os conceitos de culpa imprópria e tentativa.
ao plano estratégico as atividades que executa no dia [valor: 14,00 pontos]
a dia do órgão. O mapa estratégico passou  a ser um
mero cartaz sem significado nas paredes do tribunal. Tema 13
Considerando que o princípio constitucional da
eficiência vem ganhando cada vez mais destaque A foto de Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos
nos processos de gestão judiciária  e administrativa de idade morto em uma praia da Turquia  quando
das cortes judiciais brasileiras; e considerando ainda sua família tentava imigrar para a Europa, comoveu
que, para o alcance da eficiência, é necessário que os o mundo todo. E serviu para vários países  europeus
órgãos do  Poder Judiciário revisem suas estruturas, ampliarem sua quota de refugiados — não todos,
sua forma de funcionamento e, sobretudo, dispo-
naturalmente — e para a opinião pública internacio-
nham de um plano bem estruturado para  executar
nal se conscientizar da magnitude do problema repre-
adequadamente a estratégia e garantir a qualidade
dos serviços prestados à população, redija um texto sentado pelas centenas de milhares, talvez  milhões,
dissertativo a respeito  do plano estratégico do tribu- de famílias que fogem da África e do Oriente Médio
nal do caso hipotético descrito. Ao elaborar seu texto, para o mundo ocidental, onde, acreditam,  encontra-
faça o que se pede a seguir: rão trabalho, segurança e uma vida digna e decente
que seus países não lhe oferecem.
z 1. Discorra sobre planejamento estratégico e sua Considerando que o fragmento de texto acima tem
finalidade. [valor: 10,00 pontos] caráter unicamente motivador, redija um texto dis-
z 2. Defina missão, visão e valores organizacionais. sertativo acerca do seguinte tema:
[valor: 10,00 pontos] As atuais correntes migratórias: o drama huma-
no que afronta a consciência universal
z 3. Explique o que são objetivos estratégicos. [valor: Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os
8,00 pontos]
seguintes aspectos:
z 4. Aponte as possíveis falhas na execução da estra-
tégia e as possíveis ações a serem adotadas para que z 1.Os fatores que levam milhares de pessoas a
a estratégia seja alcançada. [valor: 10,00 pontos] enfrentar a perigosa travessia do Mediterrâneo;
[valor: 3,50 pontos]
Tema 11
z 2. O dilema moral vivido pela Europa entre rece-
Considerando a integração da gestão da qualidade ber ou rejeitar os imigrantes; [valor: 3,00 pontos]
no cotidiano das organizações, redija um texto disser- z 3. O papel da opinião pública internacional na
tativo acerca do seguinte tema. sociedade contemporânea. [valor: 3,00 pontos]

Ciclo PDCA Tema 14

Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir. Na trajetória da administração pública brasileira,
destacam-se o modelo burocrático, associado ao poder
z 1.Conceitue o ciclo PDCA. [valor: 10,00 pontos] racional-legal, e o modelo gerencialista, representado
z 2. Cite e defina as quatro fases do ciclo PDCA.
pela nova administração pública. Discorra sobre os
[valor: 15,00 pontos]
seguintes tópicos, relacionados a esses dois modelos:
z 3. Apresente o detalhamento das etapas da primei-
ra fase do ciclo PDCA. [valor: 13,00 pontos]
z 1. Contextos em que esses modelos surgiram;
Tema 12 [valor: 9,00 pontos]
z 2. Propósito de cada um desses modelos; [valor:
Toda conduta dolosa ou culposa pressupõe uma 9,00 pontos]3. Princípios e práticas norteadores
finalidade. A diferença entre elas reside no fato de que, (apresente, ao menos, três para cada modelo).
80 em se tratando de conduta dolosa, como regra, existe [valor: 20,00 pontos]
Tema 15 z 3. Objetivos expressos na Lei do RDC; [valor: 2,50
pontos]
O comandante de determinado quartel instaurou
inquérito policial militar para apurar desvios de mate- z 4. Diretrizes relativas às licitações e aos contratos
riais na seção do almoxarifado. No curso do procedimen- administrativos. [valor: 3,00 pontos]
to, o encarregado indiciou um tenente, um sargento, um
cabo e um soldado, imputando-lhes a autoria dos fatos. Tema 18
No indiciamento, os quatro constituíram o mesmo advo-
gado para defende-los, o qual, de imediato, solicitou ao Quando não havia um Estado organizado, a
encarregado o acesso a todos os procedimentos realiza- solução dos conflitos se dava pela atuação dos pró-
dos, tenham sido eles documentados ou não, para possi- prios  interessados: a força vencia a disputa. No
bilitar a ampla defesa e o contraditório. entanto, com a consolidação do Estado, atribuiu-se
A respeito das informações descritas na situação ao Poder  Judiciário, imparcial, a função de aplicar a
hipotética acima e com base no entendimento do lei na busca da pacificação social. Assim, a jurisdição
Supremo Tribunal Federal e na legislação e doutrina garantiu ao Estado a legitimidade para agir em nome
pertinentes, redija um texto dissertativo acerca do do interesse público e, ao jurisdicionado, a segurança
pedido do advogado. jurídica para prosperar.
Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os Redija um texto dissertativo acerca do clean code.
seguintes aspectos: Seu texto deverá abordar, necessariamente,

z 1. Características do inquérito policial militar; z 1. A escolha de nomenclatura de variáveis, méto-


[valor: 14,00 pontos] dos e classes; [valor: 14,00 pontos]
z 2. Finalidade do inquérito policial militar e o cabi- z 2. A abrangência e parametrização de funções;
mento de alegações de nulidades nesse procedi- [valor: 12,00 pontos]
mento; [valor: 12,00 pontos]
z 3. A necessidade e tipos de comentários. [valor:
z 3. Possibilidade de deferimento do pedido do advo-
12,00 pontos]
gado. [valor: 12,00 pontos]

Tema 16

Nas últimas décadas, a administração pública bra- HORA DE PRATICAR!


sileira vem passando por algumas reformas, com vis-
tas ao aprimoramento do serviço público prestado e à Texto para as questões 1, 2, 3 e 4
modernização da gestão. Entre essas reformas, destaca-
-se o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado Cartilha orienta consumidor
(PDRAE), implantado no ano de 1995, sob a supervisão
do então Ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, como Lançada pelo SindilojasRio e pelo CDL-Rio, em parceria
forma de aproximar a administração pública brasileira com o Procon-RJ, guia destaca os principais pontos do
da chamada administração gerencial. Código de Defesa do Consumidor (CDC), selecionados a
A partir dessas informações, redija um texto dis- partir das dúvidas e reclamações mais comuns recebi-
sertativo, atendendo ao que se pede a seguir. das pelas duas entidades

z 1. Discorra sobre os aspectos da administração O Sindicato de Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro


pública e da prestação dos serviços públicos que (SindilojasRio) e o Clube de Diretores Lojistas do Rio
culminaram na implantação do PDRAE. [valor: de Janeiro (CDL-Rio) lançaram ontem uma cartilha
2,50 pontos] para orientar lojistas e consumidores sobre seus direi-
z 2. Aponte, no mínimo, três objetivos do PDRAE tos e deveres. Com o objetivo de dar mais transparên-
enquanto reforma de estado. [valor: 3,00 pontos] cia e melhorar as relações de consumo, a cartilha tem
z 3. Apresente, no mínimo, quatro características apoio também da Secretaria Estadual de Proteção e
da administração pública gerencial. [valor: 4,00 Defesa do Consumidor (Seprocon)/ Procon-RJ.
pontos] Batizada de Boas Vendas, Boas Compras! – Guia prá-
tico de direitos e deveres para lojistas e consumi-
Tema 17 dores, a publicação destaca os principais pontos do
Código de Defesa do Consumidor (CDC), seleciona-
No Brasil, a legislação sobre compras públicas
dos a partir das dúvidas e reclamações mais comuns
foi inovada com a introdução da Lei n.º 12.462/2011,
LÍNGUA PORTUGUESA

recebidas, tanto pelo SindilojasRio e CDL-Rio, como


conhecida como Lei do Regime Diferenciado de Con-
pelo Procon-RJ.
tratações Públicas (RDC), que foi regulamentada pelo
Decreto n.º 7.581/2011. “A partir da conscientização de consumidores e lojis-
Considerando essas informações, redija um texto tas sobre seus direitos e deveres, queremos contribuir
dissertativo sobre a introdução do RDC no ordena- para o crescimento sustentável das empresas, tendo
mento jurídico brasileiro, abordando, fundamentada- como base a ética, a qualidade dos produtos e a boa
mente, os seguintes aspectos: prestação de serviços ao consumidor”, explicou o pre-
sidente do SindilojasRio e do CDL-Rio, Aldo Gonçalves.
z 1. A motivação para sua criação; [valor: 2,00 Gonçalves destacou que as duas entidades estão
pontos] comprometidas em promover mudanças que pro-
z 2. Exigências aplicáveis ao objeto da licitação; piciem o avanço das relações de consumo, além do
[valor: 2,00 pontos] desenvolvimento do varejo carioca. 81
“O consumidor é o nosso foco. É importante informá- Texto para as questões 5, 6 e 7
-lo dos seus direitos”, disse o empresário, ressaltando
que conhecer bem o CDC é vital não só para os lojis- Moeda digital deve revolucionar a sociedade
tas, mas também para seus fornecedores.
Nas sociedades primitivas, a produção de bens era limi-
Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 08 abr. 2014, A-9. Adaptado.
tada e feita por famílias que trocavam seus produtos
de subsistência através do escambo, organizado em
1. (CESGRANRIO — 2015) No seguinte período, a palavra locais públicos, decorrendo daí a origem do termo “pre-
em destaque está grafada de acordo com a ortografia gão” da Bolsa. Com o passar do tempo, especialmente
oficial: na antiguidade, época em que os povos já dominavam
a navegação, o comércio internacional se modernizou
a) O sindicato se preocupa com o aspécto educativo da e engendrou a criação de moedas, com o intuito de
cartilha. facilitar a circulação de mercadorias, que tinham como
b) Várias entidades mantêm convênio conosco. lastro elas mesmas, geralmente alcunhadas em ouro,
c) O consumidor tem de ser consciênte de seu papel de prata ou bronze, metais preciosos desde sempre.
cidadão. A Revolução Industrial ocorrida inicialmente na Ingla-
d) O substântivo que traduz essa cartilha é “seriedade”. terra e na Holanda, por volta de 1750, viria a criar uma
e) No rítmo em que a sociedade caminha, em breve exer- quantidade de riqueza acumulada tão grande que
ceremos plena cidadania. transformaria o próprio dinheiro em mercadoria. Nas-
cia o mercado financeiro em Amsterdã, que depois se
2. (CESGRANRIO — 2015) No trecho “Batizada de Boas espalharia por toda a Europa e pelo mundo. A grande
inovação na época foi o mecanismo de compensação
Vendas, Boas Compras! - Guia prático de direitos e
nos pagamentos, mais seguro e prático, no qual um
deveres para lojistas e consumidores, a publicação
banco emitia uma ordem de pagamento para outro em
destaca os principais pontos do Código de Defesa do
favor de determinada pessoa e esta poderia sacá-la
Consumidor (CDC)”, são palavras de classes gramati- sem que uma quantidade enorme de dinheiro ou ouro
cais diferentes tivesse de ser transportada entre continentes. Essa
ordem de pagamento, hoje reconhecida no mundo
a) vendas e compras financeiro como “título cambial”, tem como instrumen-
b) prático e principais to mais conhecido o cheque, “neto” da letra de câm-
c) publicação e pontos bio, amplamente usada pela burguesia em transações
d) direitos e lojistas financeiras na alta idade média. A teoria nos ensina
e) deveres e destaca que são três as suas principais características: a car-
tularidade, a autonomia e a abstração.
3. (CESGRANRIO — 2015) De acordo com a norma-pa- Ora, o que isso tem a ver com bitcoins? Foi necessá-
drão, se fosse acrescentado ao trecho “disse o empre- ria essa pequena exegese para refletirmos que não
sário” um complemento informando a quem ele deu importa a forma como a sociedade queira se organi-
a declaração, seria empregado o acento indicativo de zar, ela é sempre motivada por um fenômeno humano.
crase no seguinte caso: Como nos ensina Platão, a necessidade é a mãe das
invenções. Considerando o dinamismo da evolução
da sociedade da informação, inicialmente revolucio-
a) a imprensa especializada
nada pela invenção do códex e da imprensa nos idos
b) a todos os presentes
de 1450, que possibilitou na Idade Média o armaze-
c) a apenas uma parte dos convidados namento e a circulação de grandes volumes de infor-
d) a suas duas assessoras de imprensa mação, e, recentemente, o fenômeno da internet, que
e) a duas de suas secretárias eliminou distâncias e barreiras culturais, transforman-
do o mundo em uma aldeia global, seria impossível
4. (CESGRANRIO — 2015) O emprego do verbo destaca- que o próprio mundo virtual não desenvolvesse sua
do no trecho “‘queremos contribuir para o crescimento moeda, não somente por questão financeira, mas
sustentável das empresas’” contribui para indicar uma sobretudo para afirmação de sua identidade cultural.
pretensão do presidente do Sindicato dos Lojistas, que Criada por um “personagem virtual”, cuja identidade
começa no presente e se estende no futuro. no mundo real é motivo de grande especulação, a bit-
Se, respeitando-se o contexto original, a frase indicas- coin, resumidamente, é uma moeda virtual que pode
se uma pretensão que começasse no passado e se ser utilizada na aquisição de produtos e serviços dos
estendesse no tempo, o verbo adequado seria o que mais diversos no mundo virtual. Trata-se de um título
se destaca em: cambial digital, sem emissor, sem cártula, e, portanto,
sem lastro, uma aberração no mundo financeiro, que,
não obstante isso, tem valor.
a) quisemos contribuir para o crescimento sustentável
No entanto, ao que tudo indica, essa questão do lastro
das empresas.
está prestes a ser resolvida. Explico. Grandes corpora-
b) quisermos contribuir para o crescimento sustentável
ções começam a acenar com a possibilidade de aceitar
das empresas. bitcoins na compra de serviços. Se a indústria pesada
c) quiséssemos contribuir para o crescimento sustentá- da tecnologia realmente adotar políticas reconhecendo
vel das empresas. e incluindo bitcoins como moeda válida, estará dado o
d) quereremos contribuir para o crescimento sustentável primeiro passo para a criação de um mercado financei-
das empresas. ro global de bitcoins. Esse assunto é de alta relevância
e) quisera poder contribuir para o crescimento sustentá- para a sociedade como um todo e poderá abrir as por-
82 vel das empresas. tas para novos serviços nas estruturas que se formarão
não somente no mercado financeiro, em todas as suas d) É preciso observar que a população interessa-se pelas
facetas — refiro-me à Bolsa de Valores, inclusive, bem formas de aprendizagem condizentes com a sua cultura.
como em novos campos do direito e na atividade esta- e) Os turistas tinham organizado-se para viajar quando
tal de regulação dessa nova moeda. as condições econômicas melhorassem.

Certamente a consolidação dos bitcoins não revogará Texto para as questões 8, 9, 10 e 11.
as outras modalidades de circulação de riqueza cria-
Ciência do esporte – sangue, suor e análises
das ao longo da história, posto que ainda é possível
trocar mercadorias, emitir letras de câmbio, transacio- Na luta para melhorar a performance dos atletas […],
nar com moedas e outros títulos. Ao longo do tempo o Comitê Olímpico Brasileiro tem, há dois anos, um
aprendemos também que os instrumentos se renova- departamento exclusivamente voltado para a Ciência
ram e se tornaram mais sofisticados, fato que consti- do Esporte. De estudos sobre a fadiga à compra de
tui um desafio para o mundo do direito. materiais para atletas de ponta, a chave do êxito é uma
AVANZI, Dane. UOL TV Todo Dia. Disponível em: <http://portal. só: o detalhamento personalizado das necessidades.
tododia.uol.com.br/_conteudo/2015/03/opiniao/65848-moeda- Talento é fundamental. Suor e entrega, nem se fala.
digital-deve-revolucionar-a-sociedade.php>. Acesso em: 09 ago. Mas o caminho para o ouro olímpico nos dias atuais
2015. passa por conceitos bem mais profundos. Sem distin-
Adaptado. ção entre gênios da espécie e reles mortais, a máqui-
na humana só atinge o máximo do potencial se suas
5. (CESGRANRIO — 2015) Para que a leitura de um texto características individuais forem minuciosamente
seja bem sucedida, é preciso reconhecer a sequência estudadas. Num universo olímpico em que muitas
em que os conteúdos foram apresentados. Esse texto, vezes um milésimo de segundo pode separar glória e
antes de explicar como eram realizadas as transações fracasso, entra em campo a Ciência do Esporte. Por-
financeiras na época medieval, refere-se que grandes campeões também são moldados atra-
vés de análises laboratoriais, projetos acadêmicos e
a) à importância da criação de novos serviços na área finan- modernos programas de computador.
ceira, o que é de grande relevância para a sociedade. A importância dos estudos científicos cresceu de tal
b) à possibilidade de criação de lastro para as moedas vir- forma que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) há dois
tuais devido à adesão de grandes empresas mundiais. anos criou um departamento exclusivamente dedica-
c) à invenção de um documento financeiro para evitar o do ao tema. [...]
transporte de valores entre grandes distâncias. — Nós trabalhamos para potencializar as chances de
d) à criação de instrumento a ser utilizado na aquisição resultados. O que se define como Ciência do Esporte
de produtos e serviços por meio eletrônico. é na verdade uma quantidade ampla de informações
e) ao surgimento do fenômeno da internet, responsável que são trazidas para que técnico e atleta possam uti-
pela transformação do mundo em uma aldeia global. lizá-las da melhor maneira possível. Mas o líder será
sempre o treinador. Ele decide o que é melhor para
6. (CESGRANRIO — 2015) De acordo com as regras de o atleta — ressalta o responsável pela gerência de
regência verbal estabelecidas pela norma-padrão da desenvolvimento e projetos especiais, que cuida da
Língua Portuguesa, o elemento destacado está ade- área de Ciência do Esporte no COB, Jorge Bichara.
quadamente empregado em: A gerência também abrange a coordenação médica do
comitê. Segundo Bichara, a área de Ciência do Esporte
a) Os inadimplentes infringem aos regulamentos estabe- está dividida em sete setores: fisiologia, bioquímica,
lecidos pelas financeiras ao deixar de cumprir os pra- nutrição, psicologia, meteorologia, treinamento espor-
zos dos empréstimos. tivo e vídeo análise.
b) Os comerciantes elogiaram aos bancos às medidas Reposição individualizada
tomadas a favor de seus empreendimentos.
c) Vários executivos procuram realizar cursos de espe- Na prática, o atleta de alto rendimento pode dispor
cialização porque cobiçam aos estágios mais avança- desde novos equipamentos, que o deixem em igual-
dos da carreira. dade de condições de treino com seus principais con-
d) Os funcionários mais graduados das grandes empre- correntes, até dados fisiológicos que indicam o tipo de
sas aspiram aos melhores cargos tendo em vista o reposição ideal a ser feita após a disputa.
aumento de seu poder aquisitivo. No futebol feminino, já temos o perfil de desgaste de
e) Algumas grandes empresas responsáveis pelas redes cada atleta e pudemos desenvolver técnicas individuais
sociais ludibriam aos princípios estabelecidos por lei de recuperação. Algumas precisam beber mais água,
ao permitir postagens agressivas. outras precisam de isotônico — explica Sidney Caval-
LÍNGUA PORTUGUESA

cante, supervisor de Ciência do Esporte do comitê. […]


7. (CESGRANRIO — 2015) A colocação do pronome des- As Olimpíadas não são laboratório para testes. É pre-
tacado atende às exigências da norma-padrão da Lín- ciso que todas as inovações, independentemente da
gua Portuguesa em: modalidade, estejam testadas e catalogadas com
antecedência. Bichara afirma que o trabalho da área
a) Os clientes mais exigentes sempre comportaram-se bem de Ciências do Esporte nos Jogos pode ser resumida
diante das medidas favoráveis oferecidas pelos bancos. em um único conceito:
b) Efetivando-se os pagamentos com moedas virtuais, Recuperação. Essa é a palavra-chave. […]
os clientes terão confiança para utilizar esse recurso CUNHA, Ary; BERTOLDO, Sanny. Ciência do esporte – sangue, suor e
financeiro. análises. O Globo, Rio de Janeiro, 25 maio 2012.
c) Os usuários constantes da internet não enganam-se a
respeito das vantagens do comércio on-line. O Globo Olimpíadas - Ciência a serviço do esporte, p. 6. 83
8. (CESGRANRIO — 2013) A leitura do texto indica que a uma hipótese. Mas, no caso, de acontecer, serei obri-
expressão o detalhamento personalizado das neces- gada mesmo a cumprir todas essas metas antes? Não
sidades diz respeito ao fato de que dá pra fechar por cinquenta em vez de cem?
Outro dia estava assistindo a um DVD promocional que
a) cada atleta precisa que uma só pessoa faça seu também mostra, como imaginei, as cem coisas que a
acompanhamento para evitar enganos. gente precisa porque precisa fazer antes de morrer.
b) cada atleta observe suas próprias necessidades e as Me deu uma angústia, pois, das cem, eu fiz onze até
detalhe para a comissão técnica.
agora. Falta muito ainda. Falta dirigir uma Ferrari, fazer
c) as necessidades comuns a todos os atletas sejam
um safári, frequentar uma praia de nudismo, comer
verificadas pessoalmente por alguém.
algo exótico (um baiacu venenoso, por exemplo), visi-
d) as necessidades de cada atleta, identificadas em cada
tar um vulcão ativo, correr uma maratona [...].
um deles, sejam analisadas cientificamente.
e) as necessidades de cada atleta deverão ser identifica- Se dependesse apenas da minha vontade, eu já teria
das coletivamente. um plano de ação esquematizado, mas quem fica com
as crianças? Conseguirei cinco férias por ano? E quem
9. (CESGRANRIO — 2013) Segundo o texto, o responsá- patrocina essa brincadeira?
vel pelos projetos especiais é o Hoje é dia de mais um sorteio da Mega-Sena. O prê-
mio está acumulado em cinquenta milhões de reais.
a) COB A maioria das pessoas, quando perguntadas sobre
b) atleta o que fariam com a bolada, responde: pagar dívidas,
c) técnico comprar um apartamento, um carro, uma casa na
d) treinador serra, outra na praia, garantir a segurança dos filhos e
e) Sr. Bichara guardar o resto para a velhice.
Normal. São desejos universais. Mas fica aqui um con-
10. (CESGRANRIO — 2013) Abaixo estão transcritos tre-
vite para sonhar com mais criatividade. Arranje uma
chos do texto, em que são propostas alterações da
dessas listas de cem coisas pra fazer e procure diver-
posição do adjetivo nas expressões em destaque.
Em qual delas a troca de posição altera o sentido? tir-se com as opções [...]. Não pense tanto em comprar
mas em viver.
a) “grandes campeões também são moldados através Eu, que não apostei na Mega-Sena, por enquanto sigo
de análises laboratoriais” - campeões grandes com a minha lista de cem coisas a evitar antes de mor-
b) “através de análises laboratoriais, projetos acadêmi- rer. É divertido também, e bem mais fácil de realizar,
cos e modernos programas de computador” - progra- nem precisa de dinheiro.
mas modernos de computador MEDEIROS, Martha. Doidas e santas. Porto Alegre: L&PM, 2008, p.
c) “Ciência do Esporte é na verdade uma quantidade 122-123. Adaptado.
ampla de informações” - ampla quantidade
d) “Na prática, o atleta de alto rendimento” - rendimento alto No fragmento “fazer um safári, frequentar uma praia
e) “igualdade de condições de treino com seus principais de nudismo, comer algo exótico (um baiacu venenoso,
concorrentes” - concorrentes principais por exemplo), visitar um vulcão ativo”, são palavras de
classes gramaticais diferentes
11. (CESGRANRIO — 2013) Faz o plural como palavra-
-chave, com dupla possibilidade de flexão, o composto a) “praia” e “ativo”
b) “venenoso” e “exótico”
a) lugar-comum c) “baiacu” e “nudismo”
b) guarda-roupa d) “ativo” e “exótico”
c) aço-liga e) “safári” e “vulcão”
d) amor-perfeito
e) abaixo-assinado Texto para as questões: 14 e 15.

12. (CESGRANRIO — 2013) Que forma verbal está empre- Dialética da mudança
gada no mesmo tempo e modo que pudemos?
Certamente porque não é fácil compreender certas
a) Forem questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afir-
b) Cresceu
mações como verdades indiscutíveis(a) e até mesmo a
c) Será
irritar-se quando alguém insiste em discuti-las. É natu-
d) Deixem
ral que isso aconteça, quando mais não seja porque
e) Indicam
as certezas nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las
em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés.
13. (CESGRANRIO — 2013)
Não necessito dizer que, para mim, não há verdades
indiscutíveis, embora acredite em determinados valo-
100 Coisas
res e princípios que me parecem consistentes. De fato,
É febre. Livros listando as cem coisas que você deve é muito difícil, senão impossível, viver sem nenhuma
fazer antes de morrer, os cem lugares que você deve certeza, sem valor algum.
conhecer antes de morrer, os cem pratos que você No passado distante, quando os valores religiosos se
deve provar antes de morrer. Primeiramente, me impunham à quase totalidade das pessoas, poucos
espanta o fato de todos terem a certeza absoluta de eram os que questionavam, mesmo porque, dependen-
84 que você vai morrer. Eu prefiro encarar a morte como do da ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo.
Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da 15. (CESGRANRIO — 2013) No trecho do Texto “Introduzi-
ciência, aquelas certezas inquestionáveis passaram a ram-se as ideias não só de evolução como de revolu-
segundo plano, dando lugar a um novo modo de lidar ção.”, o verbo concorda em número com o substantivo
com as certezas e os valores. Questioná-los, reava- que o segue.
liá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais O verbo deverá ser flexionado no plural, caso o subs-
tornou-se frequente e inevitável, dando-se início a uma tantivo destacado que o segue esteja no plural, EXCE-
nova época da sociedade humana. Introduziram-se as TO em:
ideias não só de evolução como de revolução(b).
Naturalmente, essas mudanças não se deram do dia a) Ao se implantar o uso do computador nas salas de
para a noite, nem tampouco se impuseram à maio- aula, corresponde-se à expectativa dos alunos de
ria da sociedade. O que ocorreu de fato foi um pro- estarem antenados com os novos tempos.
cesso difícil e conflituado em que, pouco a pouco, a b) Com o advento dos novos tempos, reafirma-se a tese
visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que relacionada à necessidade de mudança.
isso, conquistando posições estratégicas, o que tor-
c) Defende-se a visão conservadora do mundo com o
nou possível influir na formação de novas gerações,
argumento de que a sociedade não aceita mudanças.
menos resistentes a visões questionadoras.
d) Em outras épocas, valorizava-se a pessoa que não ques-
A certa altura desse processo, os defensores das tionava os valores religiosos impostos à população.
mudanças acreditavam-se senhores de novas ver- e) No passado, questionava-se a mudança de valores e
dades, mais consistentes porque eram fundadas no
crenças para não incentivar o caos social.
conhecimento objetivo das leis que governam o mun-
do material e social. Mas esse conhecimento era ain-
Texto para as questões 16 e 17
da precário e limitado.
Inúmeras descobertas reafirmam a tese de que a 100 Coisas
mudança é inerente à realidade tanto material quanto
espiritual(c), e que, portanto, o conceito de imutabilida-
É febre. Livros listando as cem coisas que você deve
de é destituído de fundamento.
fazer antes de morrer, os cem lugares que você deve
Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros conhecer antes de morrer, os cem pratos que você
erros: o de achar que quem defende determinados deve provar antes de morrer. Primeiramente, me
valores estabelecidos está indiscutivelmente errado.
espanta o fato de todos terem a certeza absoluta de
Em outras palavras, bastaria apresentar-se como ino-
que você vai morrer. Eu prefiro encarar a morte como
vador para estar certo. Será isso verdade? Os fatos
uma hipótese. Mas, no caso, de acontecer, serei obri-
demonstram que tanto pode ser como não.
gada mesmo a cumprir todas essas metas antes? Não
Mas também pode estar errado quem defende os valo- dá pra fechar por cinquenta em vez de cem?
res consagrados e aceitos. Só que, em muitos casos,
não há alternativa senão defendê-los. E sabem por quê? Outro dia estava assistindo a um DVD promocional que
Pela simples razão de que toda sociedade é, por defini- também mostra, como imaginei, as cem coisas que a
ção, conservadora, uma vez que, sem princípios e valo- gente precisa porque precisa fazer antes de morrer.
res estabelecidos, seria impossível o convívio social. Me deu uma angústia, pois, das cem, eu fiz onze até
Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem agora. Falta muito ainda. Falta dirigir uma Ferrari, fazer
a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável. um safári, frequentar uma praia de nudismo, comer
Por outro lado, como a vida muda e a mudança é ine- algo exótico (um baiacu venenoso, por exemplo), visi-
rente à existência, impedir a mudança é impossível(d). tar um vulcão ativo, correr uma maratona [...].
Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as Se dependesse apenas da minha vontade, eu já teria
mudanças(e), mas apenas aquelas que de algum modo um plano de ação esquematizado, mas quem fica com
atendem a suas necessidades e a fazem avançar. as crianças? Conseguirei cinco férias por ano? E quem
patrocina essa brincadeira?
GULLAR, Ferreira. Dialética da mudança. Folha de São Paulo, 6 maio
2012, p. E10. Hoje é dia de mais um sorteio da Mega-Sena. O prê-
mio está acumulado em cinquenta milhões de reais.
14. (CESGRANRIO — 2013) No Texto, o verbo atender exi- A maioria das pessoas, quando perguntadas sobre
ge a presença de uma preposição para introduzir o ter- o que fariam com a bolada, responde: pagar dívidas,
mo regido. comprar um apartamento, um carro, uma casa na
Essa mesma exigência ocorre na forma verbal desta- serra, outra na praia, garantir a segurança dos filhos e
cada em: guardar o resto para a velhice.
LÍNGUA PORTUGUESA

Normal. São desejos universais. Mas fica aqui um con-


a) “Certamente porque não é fácil compreender certas
vite para sonhar com mais criatividade. Arranje uma
questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afir-
mações como verdades indiscutíveis.” dessas listas de cem coisas pra fazer e procure diver-
b) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como tir-se com as opções [...]. Não pense tanto em comprar
de revolução.” mas em viver.
c) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese Eu, que não apostei na Mega-Sena, por enquanto sigo
de que a mudança é inerente à realidade tanto material com a minha lista de cem coisas a evitar antes de mor-
quanto espiritual,” rer. É divertido também, e bem mais fácil de realizar,
d) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é ine- nem precisa de dinheiro.
rente à existência, impedir a mudança é impossível.”
e) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as MEDEIROS, Martha. Doidas e santas. Porto Alegre: L&PM, 2008, p.
mudanças,” 122-123. Adaptado. 85
16. (CESGRANRIO — 2013) O emprego do verbo obter está Quando comentassem que devia ser uma chatice tra-
adequado à norma-padrão apenas em: balhar em elevador, ele não responderia “tem altos e
baixos”, como esperavam. Responderia, “cripticamen-
a) Com as apostas, obtém-se recursos para diversas te”, que era melhor do que trabalhar em escada.
pesquisas científicas. Ou que não se importava, embora seu sonho fosse,
b) Quando o pessoal obtiverem êxito, o grupo que faz um dia, comandar alguma coisa que também andasse
aposta coletiva vai viajar pelo mundo. para os lados...
c) Caso obtenham êxito na Mega-Sena, os apostadores
E quando ele perdesse o emprego porque substituís-
farão as cem coisas possíveis antes de morrer.
sem o elevador antigo por um moderno, daqueles com
d) A procura das pessoas pelo enriquecimento rápido
música ambiental, diria:
obtêm bons recursos financeiros para o país.
e) Se obterem recursos, certamente as pessoas farão Era só me pedirem. Eu também canto!
mais de cem coisas antes de morrer. Mas, enquanto não o despedissem, continuaria inovando.
Sobe?
17. (CESGRANRIO — 2013) A seguinte frase está redigida
A ideia é essa.
com adequada grafia de palavras, correta acentuação
e pontuação de acordo com a norma-padrão: Desce?
Se ainda não revogaram a lei da gravidade, sim.
a) A raiz, geralmente subterrânea, não abdica de com- Sobe?
postos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.
Faremos o possível.
b) As raízes geralmente subterrâneas, não abidicam de com-
postos nitrogenados e outras substâncias orgânicas. Desce?
c) As raízes, crescem abaixo da superficie da terra, mas Pode acreditar.
não abidicam de compostos nitrogenados e outras
substâncias orgânicas. VERISSIMO, L. F. Jornal O Globo, p. 15, 28 jun. 2015.
d) A raíz é o membro das árvores que cresce abaixo da
terra, mas não abdica de compostos nitrogenados e A palavra em destaque está grafada corretamente em:
outras substâncias orgânicas.
e) A raíz é o membro das árvores que, apesar de crescer a) É preciso reavaliar o prosesso.
abaixo da terra não abdica de compostos nitrogena- b) O bancos fortalecem a estrutura finançeira do país.
dos e outras substâncias orgânicas. c) O mercado é sencível ao consumo.
d) Sempre se deve fazer esse tipo de inspeção.
18. (CESGRANRIO — 2015) e) A tacha de juros será mantida nesse percentual.

19. (CESGRANRIO — 2013)


Texto II
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Sobe e desce
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que começou
Ascensorista é uma das profissões que desapare- com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retomamos
ceram no mundo moderno. Era certamente a mais uma parceria com o Banco na área de saneamento,
tediosa das profissões, e não apenas porque o ascen- premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.
sorista estava condenado a passar o dia ouvindo his- O tiro que eu daria seria na mudança de mentalidade.
tórias pela metade, anedotas sem desenlace, brigas O Brasil começaria a entender a Amazônia não como
sem resolução, só nacos e vislumbres da vida dos um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste exato
passageiros. momento duas crises. Uma econômica internacional,
Pode-se imaginar que muitos ascensoristas tenham outra ambiental(a). Apesar de serem duas, a solução
tentado combater o tédio, variando a sua própria fala. para a saída de ambas é uma só: pensar um novo mode-
Dizendo “ascende”, em vez de “sobe”, por exemplo. lo de desenvolvimento que una a questão ambiental à
Ou “Eleva-se”. Ou “Para cima”. econômica. Sobretudo, que traga alegria, saúde, felici-
dade, com base não apenas no consumo desenfreado.
Para o alto.
A questão liga a Amazônia ao mundo não apenas pelo
Escalando.
aspecto da regulação climática, mas também pela
Quando perguntassem “Sobe ou desce?”, responderia motivação na busca de uma solução para aquelas duas
“A primeira alternativa”. Ou diria “Descendente”, “Ruma crises. Temos uma oportunidade única — principalmen-
para baixo”. “Cai controladamente”. E se justificaria te por ser o Brasil um país que agrega a maioria do ter-
dizendo: ritório amazônico — de construir, a partir da Amazônia,
Gosto de improvisar. um modelo de desenvolvimento “2.0” capaz de ofere-
Mas, como toda arte tende para o excesso, o ascenso- cer respostas em um sentido inverso ao atual. Em lugar
rista entediado chegaria fatalmente ao preciosismo. de importar um modelo de desenvolvimento do Sul,
Quando perguntassem “Sobe?”, responderia “É o que construído em outras bases, deveríamos levar adiante
veremos...” Ou então, “Como a Virgem Maria”. algumas iniciativas que podem ser, até mesmo, replica-
das em cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo.
Ou recorreria a trocadilhos:
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentalidade.
Desce?
Às vezes, pensamos na Amazônia como um proble-
Dei. ma, como o escândalo do desmatamento. Raramente
Nem todo mundo o compreenderia, mas alguns o chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Brasília notícias
86 instigariam. boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fosse redu- c) Essa é a prática na Amazônia. / Essa, é a prática na
zido a alguns pilares — incluiria, obviamente, zerar o Amazônia.
desmatamento (já há programas para isso) e combater d) Às vezes, acho que o Brasil desconhece a Amazônia.”/
a pobreza, entendendo-se que a solução para o meio Às vezes, acho, que o Brasil desconhece a Amazônia.
ambiente passa, necessariamente, pela questão social. e) Outro ponto a ser levado em consideração é o ordena-
Se analisarmos as áreas que mais desmatam hoje no mento territorial. / Outro ponto a ser levado em consi-
mundo, constataremos que são áreas com menor Índi- deração, é o ordenamento territorial.
ce de Desenvolvimento Humano [IDH]. Portanto, há uma
necessidade premente de se criar um ambiente de negó- 20. (CESGRANRIO — 2013) A substituição do termo des-
cios sustentáveis, com uma economia ligada ao meio tacado pelo pronome oblíquo adequado está de acor-
ambiente. O investidor precisa ter segurança de investir, do com a norma-padrão em:
de gerar emprego com o mínimo de governança, para
que esses negócios se perpetuem ao longo do tempo. a) “Arranje uma dessas listas” – Arranje-lhes
Destaco outros pontos, como a política de proteção b) “fica aqui um convite” – fica-o aqui
e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilegalismo c) “listando as cem coisas” – Listando-as
e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Vamos d) “Eu prefiro encarar a morte” – Encarar-lhe
imaginar que sou do Rio Grande do Sul, sou um cara e) “Falta muito ainda” – Falta-o ainda
do bem, quero investir em produção madeireira na
Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de mane- 9 GABARITO
jo, obtenho as licenças necessárias, pago encargos
trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrência
desleal, e minha empresa fechará no vermelho. Como 1 B
posso concorrer com 99% dos empreendimentos, que
2 E
são ilegais?(b) Ou volto para o Rio Grande do Sul ou
mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia(c). E essa 3 A
prática precisa acabar.
4 A
Além da necessidade de governança, de gestão públi-
ca, há a necessidade de políticas que atendam ao 5 C
fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil desconhece
a Amazônia(d). Lido com políticos municipais, principal- 6 D
mente nas áreas de saúde e educação. Evidentemen- 7 B
te, não podemos trabalhar com a mesma política de
municípios como Campinas ou Santarém, equivalen- 8 D
te ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há comuni-
9 E
dades que ficam distantes 20 horas de barco e são
responsabilidade do gestor municipal. Imaginem um 10 A
secretário de Saúde tentando cumprir a Constituição,
o direito do cidadão, com o orçamento limitado, numa 11 C
situação amazônica, com as distâncias amazônicas.
12 B
Outro ponto a ser levado em consideração é o orde-
namento territorial(e). Também destaco os aspectos 13 A
social e de infraestrutura, as cadeias produtivas, o
14 A
crédito, o fomento e a construção de uma nova econo-
mia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions from 15 A
Deforestation and Degradation, que significa reduzir
emissões provenientes de desflorestamento e degra- 16 C
dação) e o pagamento de serviços ambientais. 17 A
Em resumo, se começarmos a pensar na Amazônia
como uma oportunidade, acho que conseguiremos 18 D
efetivar soluções em curto espaço de tempo.
19 A
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a
Amazônia. In: BNDES.
20 C
Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de
LÍNGUA PORTUGUESA

Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.

A mudança de pontuação manteve o sentido original


do texto, bem como observou os preceitos da norma- ANOTAÇÕES
-padrão, em:

a) Vivemos neste exato momento duas crises. Uma


econômica internacional, outra ambiental.”/ Vivemos,
neste exato momento, duas crises: uma econômica
internacional, outra ambiental.
b) Como posso concorrer com 99% dos empreendimen-
tos, que são ilegais? / Como posso concorrer com 99%
dos empreendimentos? Que são ilegais? 87
ANOTAÇÕES

88
A soma ou subtração de um número par com outro
ímpar tem resultado ímpar.
Ex.: 14 + 5 = 19; 14 – 5 = 9.

MATEMÁTICA A multiplicação de números pares tem resultado par.


Ex.: 8 x 6 = 48.

A multiplicação de números ímpares tem resulta-


do ímpar:
NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS, Ex.: 3 x 7 = 21.
REAIS E PROBLEMAS DE CONTAGEM
A multiplicação de um número par por um núme-
NÚMEROS NATURAIS ro ímpar tem resultado par:
Ex.: 4 x 5 = 20.
Operações e Propriedades
NÚMEROS INTEIROS
Os números construídos com os algarismos de 0 a
9 são chamados de naturais. O símbolo desse conjun- Os números inteiros são os números naturais e
to é a letra N e podemos escrever os seus elementos seus respectivos opostos (negativos). Veja:
entre chaves: Z = {..., -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, O símbolo desse conjunto é a letra Z. Uma coisa
17, …} importante é saber que todos os números naturais
Os três pontos, as reticências, indicam que este são inteiros, mas nem todos os números inteiros são
conjunto tem infinitos números naturais.
naturais. Logo, podemos representar através de dia-
O zero não é um número natural propriamente
gramas e afirmar que o conjunto de números naturais
dito, pois não é um número de “contagem natural”.
está contido no conjunto de números inteiros ou ain-
Por isso, se utiliza o símbolo N* para designar os
números naturais positivos, isto é, excluindo o zero. da que N é um subconjunto de Z. Observe:
Veja: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7…}
O símbolo do conjunto dos números naturais é
a letra N e podemos ter, ainda, o símbolo N*, que
representa os números naturais positivos, isto é,
excluindo o zero.
Conceitos básicos relacionados aos números
naturais:

z Sucessor: é o próximo número natural. Z N

Exemplo: o sucessor de 4 é 5 e o sucessor de 51 é


52. E o sucessor do número “n” é o número “n+1”.

z Antecessor: é o número natural anterior.

Exemplo: o antecessor de 8 é 7 e o antecessor de 77


é 76. E o antecessor do número “n” é o número “n-1”.
Podemos destacar alguns subconjuntos de núme-
z Números consecutivos: são números em sequência. ros. Veja:

Exemplo: 5, 6, 7 são números consecutivos, porém z Números Inteiros não negativos = {4,5,6...}. Veja
10, 9, 11 não são. Assim, (n-1, n e n+1) são números que são os números naturais.
consecutivos. z Números Inteiros não positivos = {… -3, -2, -1, 0}.
Veja que o zero também faz parte deste conjunto,
z Números naturais pares: é aquele que, ao ser divi- pois ele não é positivo nem negativo.
dido por 2, não deixa resto. Por isso o zero também
z Números inteiros negativos = {… -3, -2, -1}. O zero
é par. Logo, todos os números que terminam em 0,
não faz parte.
2, 4, 6 ou 8 são pares.
z Números naturais ímpares: ao serem divididos por z Números inteiros positivos = {5, 6, 7...}. Novamen-
2, deixam resto 1. Todos os números que terminam te, o zero não faz parte.
MATEMÁTICA

em 1, 3, 5, 7 ou 9 são ímpares.
Operações com números inteiros
A soma ou subtração de dois números pares tem
resultado par. Há quatro operações básicas que podemos efetuar
Ex.: 12 + 8 = 20; 12 – 8 = 4. com estes números são: adição, subtração, multiplica-
ção e divisão.
A soma ou subtração de dois números ímpares tem
resultado par. z Adição: é dada pela soma de dois números. Ou
Ex.: 13 + 7 = 20; 13 – 7 = 6. seja, a adição de 20 e 5 é: 20 + 5 = 25 123
Veja mais alguns exemplos:
Adição de 15 e 3: 15 + 3 = 18 SINAIS NA MULTIPLICAÇÃO
Adição de 55 e 30: 55 + 30 = 85 Operações Resultados
Principais propriedades da operação de adição: + + +

z Propriedade comutativa: a ordem dos números - - +


não altera a soma.
+ - -
Ex.: 115 + 35 é igual a 35 + 115. - + -

z Propriedade associativa: quando é feita a adição


de 3 ou mais números, podemos somar 2 deles, pri-
meiramente, e depois somar o outro, em qualquer Importante!
ordem, que vamos obter o mesmo resultado.
� A multiplicação de números de mesmo sinal
Ex.: 2 + 3 + 5 = (2 + 3) + 5 = 2 + (3 + 5) = 10 tem resultado positivo.
Ex.: 51 × 2 = 102; (-33) × (-3) = 99
z Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da � A multiplicação de números de sinais diferen-
adição, pois qualquer número somado a zero é tes tem resultado negativo.
igual a ele mesmo.
Ex.: 25 × (-4) = -100; (-15) × 5 = -75
Ex.: 27 + 0 = 27; 55 + 0 = 55.
As principais propriedades da operação de
z Propriedade do fechamento: a soma de dois núme- multiplicação:
ros inteiros sempre gera outro número inteiro.
z Propriedade comutativa: A x B é igual a B x A, ou
Ex.: a soma dos números inteiros 8 e 2 gera o
número inteiro 10 (8 + 2 = 10). seja, a ordem não altera o resultado.

� Subtração: subtrair dois números é o mesmo que Ex.: 8 x 5 = 5 x 8 = 40.


diminuir, de um deles, o valor do outro. Ou seja,
subtrair 7 de 20 significa retirar 7 de 20, restando z Propriedade associativa: (A x B) x C é igual a (C x B)
13: 20 – 7 = 13. x A, que é igual a (A x C) x B.

Veja mais alguns exemplos: Ex.: (3 x 4) x 2 = 3 x (4 x 2) = (3 x 2) x 4 = 24.


Subtrair 5 de 16: 16 -5 = 11
30 subtraído de 10: 30 – 10 = 20
z Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu-
tro da multiplicação, pois ao multiplicar 1 por
As principais propriedades da operação de
subtração: qualquer número, este número permanecerá
inalterado.
z Propriedade comutativa: como a ordem dos núme-
ros altera o resultado, a subtração de números não Ex.: 15 x 1 = 15.
possui a propriedade comutativa.
z Propriedade do fechamento: a multiplicação de
Ex.: 250 – 120 = 130 e 120 – 250 = -130. números inteiros sempre gera um número inteiro.

z Propriedade associativa: não há essa propriedade Ex.: 9 x 5 = 45


na subtração.
z Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da
subtração, pois, ao subtrair zero de qualquer z Propriedade distributiva: essa propriedade é
número, este número permanecerá inalterado. exclusiva da multiplicação. Veja como fica: Ax(B+C)
= (AxB) + (AxC)
Ex.: 13 – 0 = 13.
Ex.: 3x(5+7) = 3x(12) = 36
z Propriedade do fechamento: a subtração de dois Usando a propriedade:
números inteiros sempre gera outro número 3x(5+7) = 3x5 + 3x7 = 15+21 = 36
inteiro.
z Divisão: quando dividimos A por B, queremos
Ex.: 33 – 10 = 23. repartir a quantidade A em partes de mesmo
valor, sendo um total de B partes.
Multiplicação: a multiplicação funciona como se
fosse uma repetição de adições. Veja:
Ex.: Ao dividirmos 50 por 10, queremos dividir 50
A multiplicação 20 x 3 é igual à soma do número 20 em 10 partes de mesmo valor. Ou seja, nesse caso tere-
três vezes (20 + 20 + 20), ou à soma do número 3 vinte mos 10 partes de 5 unidades, pois se multiplicarmos 10
vezes (3 + 3 + 3 + ... + 3). x 5 = 50. Ou ainda podemos somar 5 unidades 10 vezes
Algo que é muito importante e você deve lembrar consecutivas, ou seja, 5+5+5+5+5+5+5+5+5+5=50.
sempre são as regras de sinais na multiplicação de Algo que é muito importante e você deve lembrar
124 números. sempre são as regras de sinais na divisão de números.
SINAIS NA DIVISÃO
Dica
Qualquer número natural é também inteiro e todo
Operações Resultados
número inteiro é também racional.
+ + +
O símbolo desse conjunto é a letra Q e podemos
- - + representar por meio de diagramas a relação entre os
+ - - conjuntos naturais, inteiros e racionais, veja:

- + -
Q

z A multiplicação de números de mesmo sinal tem


resultado positivo.
Ex.: 60 ÷ 3 = 20; (-45) ÷ (-15) = 3
Z N
z A divisão de números de sinais diferentes tem
resultado negativo.
Ex.: 25 ÷ (-5) = -5; (-120) ÷ 5 = -24

Esquematizando:

Dividendo Representação fracionária e decimal


Divisor
Há 3 tipos de números no conjunto dos Números
30 5
Racionais:
0 6

Quociente z Frações:
Resto
8 3 7
Dividendo = Divisor × Quociente + Resto Ex.: 3 , 5 , 11 etc.
30 = 5 · 6 + 0
z Números decimais.
As principais propriedades da operação de divisão:
Ex.: 1,75
z Propriedade comutativa: a divisão não possui essa
z Dízimas periódicas.
propriedade.
z Propriedade associativa: a divisão não possui essa Ex.: 0,33333...
propriedade.
Operações e propriedades dos números racionais
„ Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu-
tro da divisão, pois ao dividir qualquer número z Adição de números decimais: segue a mesma lógi-
por 1, o resultado será o próprio número. ca da adição comum.
Ex.: 15 / 1 = 15.
Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4
z Propriedade do fechamento: aqui chegamos em
z Subtração de números decimais: segue a mesma
uma diferença enorme dentro das operações de
lógica da subtração comum.
números inteiros, pois a divisão não possui essa
propriedade, uma vez que ao dividir números Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18
inteiros podemos obter resultados fracionários ou
decimais. z Multiplicação de números decimais: aplicamos o
mesmo procedimento da multiplicação comum.
Ex.: 2 / 10 = 0,2 (não pertence ao conjunto dos
números inteiros). Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05

NÚMEROS RACIONAIS z Divisão de números decimais: devemos multipli-


MATEMÁTICA

car ambos os números (divisor e dividendo) por


São aqueles que podem ser escritos na forma da uma potência de 10 (10, 100, 1000, 10000 etc.) de
modo a retirar todas as casas decimais presentes.
divisão (fração) de dois números inteiros. Ou seja,
Após isso, é só efetuar a operação normalmente.
escritos na forma A/B (A dividido por B), onde A e B
são números inteiros. Ex.: 5,7 ÷ 1,3
Exemplos: 7/4 e -15/9 são racionais. Veja, também, 5,7 × 100 = 570
que os números 87, 321 e 1221 são racionais, pois são 1,3 × 100 = 130
divididos pelo número 1. 570 ÷ 130 = 4,38 125
NÚMEROS REAIS Sendo “n” um número natural, observe como
desenvolver o fatorial de n:
É o conjunto que envolve todos os outros conjuntos,
ou seja, aqui encontramos os números naturais, inteiros n! = n · (n-1) · (n-2) · ... · 2 · 1, para n ≥ 2
e racionais envolvidos de uma única maneira. Dentro 1! = 1
dos números reais podemos envolver todos os outros 0! = 1
números dentro das operações matemáticas, sejam elas
de adição, subtração, multiplicação ou divisão. Exemplos:
O símbolo desse conjunto é a letra R e podemos
representar por meio de diagramas a relação entre os 3! = 3 · 2 · 1= 6
conjuntos naturais, inteiros, racionais e reais. Veja 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120

Agora, veja esse outro exemplo:


6!
Calcular 4!
Q Resolução:
6! 6·5·4·3·2·1 = 6 · 5 = 30
=
4! 4·3·2·1
Z N
Poderíamos também resolver abrindo o 6! até 4! e
depois simplificar. Veja:

6! 6·5·4! = 6 · 5 = 30
=
4! 4!
R
Princípio Fundamental da Contagem

Podemos, também, encontrar como princípio mul-


tiplicativo. Vamos esquematizar uma maneira que vai
Operações e propriedades dos números reais
ser bem simples para resolvermos problemas sobre o
tema, observe o lembrete:
z Adição de números reais: segue a mesma lógica da
adição comum. 1. Identificar as etapas do enunciado;
2. Calcular todas as possibilidades em cada etapa;
Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4 3. Multiplicar.
5 + 37,8 + 120 = 162,8
55 + 83 + 205 = 343 Exemplo: Para fazer uma viagem São Paulo-For-
taleza-São Paulo, você pode escolher como meio de
z Subtração de números reais: segue a mesma lógica transporte ônibus, carro, moto ou avião. De quantas
da subtração comum. maneiras posso escolher os transportes?
Resolução: Usando o lembrete acima:
Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18
25 – 63 = -38 1. Identificar as etapas do enunciado;
41 – 0,75 – 4,8 = 35,45 Escolher o meio de transporte para ida e para a
volta;
z Multiplicação de números reais: aplicamos o mes- 2. Calcular todas as possibilidades em cada etapa;
mo procedimento da multiplicação comum. Na ida temos 4 possibilidades de escolha (ôni-
bus, carro, moto ou avião) e para a volta temos 4
Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05 possibilidades de escolha (ônibus, carro, moto ou
3 × 55 = 165 avião);
7 × 2,85 = 19,95 3. Multiplicar.
4 · 4 = 16 maneiras.
z Divisão de números reais: aplicamos o mesmo pro-
E se o problema dissesse que você não pode voltar
cedimento da divisão comum.
no mesmo transporte que viajou na ida. Qual seria a
resolução? O desenvolvimento é o mesmo, apenas vai
Ex.: 5,7 ÷ 1,3 = 4,38 mudar na quantidade de possibilidades de escolhas
2,8 × 100 = 280 para voltar. Veja:
15 × 51 = 765 Resolução: Usando o lembrete:

PROBLEMAS DE CONTAGEM 1. Identificar as etapas do enunciado;


Escolher o meio de transporte para ida e para a
Primeiro, vamos aprender uma ferramenta impor- volta;
tante para o nosso estudo: Fatorial. 2. Calcular todas as possibilidades em cada etapa;
Na ida temos 4 possibilidades de escolha (ônibus,
Fatorial de um Número Natural carro, moto ou avião) e para a volta temos 3 possi-
bilidades de escolha (não posso voltar no mesmo
Serve para facilitar e acelerar resolução de ques- meio de transporte);
tões. Veja sua representação simbólica: 3. Multiplicar.
126 Fatorial de N = n! 4 · 3 = 12 maneiras.
Permutação Simples Diante do conceito de permutação, essas duas dis-
posições são iguais, ou seja, a pessoa A tem a sua direita
Imagine que temos 5 livros diferentes para serem E, a sua esquerda B, e assim sucessivamente. Não pode-
ordenados em uma estante. De quantas maneiras é
mos contar duas vezes a mesma disposição. Repare
possível ordenar? Para questões envolvendo permu-
ainda que, antes da primeira pessoa se sentar à mesa,
tação simples, devemos encarar de um modo geral
que temos n modos de escolhermos um objeto (livro) todas as 5 posições disponíveis são equivalentes. Isto
que ocupará o primeiro lugar, n-1 modos de escolher porque não existe uma referência espacial (ponto fixo
um objeto (um outro livro) que ocupará o segundo determinado). Nestes casos, devemos utilizar a fórmu-
lugar, ..., 1 modo de escolher o objeto (um outro livro) la da permutação circular de n pessoas, que é:
que ocupará o último lugar. Então, temos:
Modos de ordenar: n · (n-1) · ... 1 = n! Pc (n) = (n-1)!
Então, resolvendo, teremos 5! = 5·4·3·2·1 = 120
maneiras de ordenar os livros na estante. Em nosso exemplo, o número de possibilidades de
Agora, observe um outro exemplo: posicionar 5 pessoas ao redor de uma mesa será:
Quantos são os anagramas da palavra CAJU?
Resolução: Pc(5) = (5-1)! = 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
Cada anagrama de CAJU é uma ordenação das
letras que a compõem, ou seja, C, A, J, U. Arranjo Simples

CAJU CUJA ACJU AUJC Imagine agora que quiséssemos posicionar 5 pes-
soas nas cadeiras de uma praça, mas temos apenas 3
CAUJ CJUA ACUJ ... cadeiras à disposição. De quantas formas poderíamos
fazer isso?
CUAJ CJAU AUCJ ... Para a primeira cadeira temos 5 pessoas disponí-
veis, isto é, 5 possibilidades. Já para a segunda cadei-
Desta maneira, o número de anagramas é 4! =
4·3·2·1 = 24 anagramas. ra, restam-nos 4 possibilidades, dado que uma já foi
ANAGRAMA é a ordenação de maneira distinta das utilizada na primeira cadeira. Por último, na terceira
letras que compõem uma determinada palavra. cadeira, poderemos colocar qualquer das 3 pessoas
restantes. Observe que sempre sobrarão duas pessoas
Permutação com Repetição em pé, pois temos apenas 3 cadeiras. A quantidade de
formas de posicionar essas pessoas sentadas é dada
Quantos anagramas têm na palavra ARARA? O
pela multiplicação abaixo:
problema é causado por conta da repetição de letras
na palavra ARARA. Veja que temos 3 letras A e 2 letras Formas de organizar 5 pessoas em 3 cadeiras =
R. De maneira tradicional, faríamos 5! (número de
letras na palavra), mas é preciso que descontemos as 5 · 4 · 3 = 60
letras repetidas. Assim, devemos dividir pelo número
de letras fatorial, ou seja, 3! e 2!. O exemplo acima é um caso típico de arranjo sim-
ples. Sua fórmula é dada abaixo:
5! 5·4·3! 5·4
3!·2·1 = 2
= = 10
3!·2! n!
A(n, p) =
(n - p) !
Temos, então, 10 anagramas na palavra ARARA.
Lembre-se de que pretendemos posicionar “n” ele-
Dica
mentos em “p” posições (p sendo menor que n), e onde
Na permutação com repetição devemos descon- a ordem dos elementos diferencia uma possibilidade
tar os anagramas iguais, por isso dividimos pelo da outra.
fatorial do número de letras repetidas. Observe a resolução do nosso exemplo usando a
fórmula:
Permutação com Repetição
5! 5!
Vamos imaginar que temos uma mesa circular com A(5, 3) = = = 5·4·3·2·1 = 60
(5 - 3) ! 2! 2·1
5 lugares e queremos ordenar 5 pessoas de maneiras
distintas. Observe as duas disposições abaixo das pes- Uma outra informação muito importante é que
soas A, B, C, D, e E ao redor da mesa: nos problemas envolvendo arranjo simples a ordem
dos elementos importa, ou seja, a ordem é diferente
MATEMÁTICA

E de uma possibilidade para outra. Vamos supor que as


A
5 pessoas sejam: Ana, Bianca, Clara, Daniele e Esme-
A ralda. Agora observe uma maneira de posicionar as
B D
E pessoas na praça:
MESA MESA

CADEIRA 1ª 2ª 3ª
D C C B OCUPANTE Ana Bianca Clara 127
Perceba que Daniele e Esmeralda ficaram em pé C(6, 3)= 6!
=
6 · 5 · 4 · 3! = 6 · 5 · 4 = 6 · 5 · 4 = 5 · 4 = 20.
(6 - 3) !3! 3!3! 3! 3·2·1
nessa disposição.
Resposta: Letra E.

CADEIRA 1ª 2ª 3ª 2. (IDECAN – 2016) Felipe é uma criança muito bagun-


OCUPANTE Clara Bianca Ana ceira e sempre espalha seus brinquedos pela casa.
Quando vai brincar na casa da sua avó, ele só pode
A Daniele e a Esmeralda continuam de fora e a levar 3 brinquedos. Felipe sempre escolhe 1 carrinho,
Bianca permaneceu no mesmo lugar. O que mudou 1 boneco e 1 avião. Sabendo que Felipe tem 7 carri-
foi a posição da Ana em relação a Clara. Assim, uma nhos, 5 bonecos e 4 aviões diferentes, quantas vezes
simples mudança na posição da ordem gera uma nova Felipe pode visitar a sua avó sem levar o mesmo con-
junto de brinquedos já levados antes?
possibilidade de posicionamento.

Combinação a) 100 vezes.


b) 115 vezes.
Para entendermos esse tema, vamos imaginar c) 130 vezes.
que queremos fazer uma salada de frutas e precisa- d) 140 vezes.
mos usar 3 frutas das 4 que temos disponíveis: maçã,
banana, mamão e morango. Cortando as frutas maçã, Perceba que Felipe tem 7 carrinhos para escolher 1,
banana e morango e depois colocando em um prato. 5 bonecos para escolher 1 e 4 aviões para escolher
Agora cortando as frutas banana, morango e maçã 1, queremos formar grupos de 3 brinquedos, sendo
para colocar em um outro prato. um de cada tipo. O total de possibilidades será dado
Você percebeu que a ordem aqui não importou? por: 7 x 5 x 4 = 140 possibilidades (conjuntos de
É exatamente isso, a ordem não importa e estamos brinquedos diferentes). Resposta: Letra D.
diante de um problema de Combinação. Será preciso
3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um aeroporto, 30
calcular quantas combinações de 4 frutas, 3 a 3, é pos-
passageiros que desembarcaram de determinado
sível formar.
voo e que estiveram nos países A, B ou C, nos quais
Para resolvermos é necessário usar a fórmula:
ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados
n! para ser examinados. Constatou-se que exatamente
C(n, p) = 25 dos passageiros selecionados estiveram em A ou
(n - p) !p!
em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
Substituindo na fórmula, os valores do exemplo, desses 25 passageiros estiveram em A e em B.
temos: Com referência a essa situação hipotética, julgue o
4! item que segue.
C(4, 3) =
(4 - 3) !3! A quantidade de maneiras distintas de se escolher 2
4·3·2·1 dos 30 passageiros selecionados de modo que pelo
C(4, 3) = menos um deles tenha estado em C é superior a 100.
1·3·2·1
C(4, 3) = 4 ( ) CERTO  ( ) ERRADO

Dica Se 25 passageiros tiveram em A ou B e nenhum deles


em C, então, C teve 5 passageiros (é o que falta para
No arranjo a ordem importa. o total de 30). Vamos escolher 2 passageiros, de
Na combinação a ordem não importa. modo que pelo menos um seja de C, teremos:
Podemos achar o total para escolha dos 2 passagei-
ros que seria:
C30,2 = 30.29/2 = 15.29 = 435
EXERCÍCIOS COMENTADOS Agora, tiramos a opção de nenhum deles ser de C,
que seria:
1. (VUNESP – 2016) Um Grupamento de Operações C25,2 = 25.24/2 = 25.12 = 300
Especiais trabalha na elucidação de um crime. Para Então, pelo menos um deles é de C, teremos:
investigações de campo, 6 pistas diferentes devem 435 - 300 = 135. Resposta: Certo.
ser distribuídas entre 2 equipes, de modo que cada
equipe receba 3 pistas. O número de formas diferen- 4. (IBFC – 2015) Paulo quer assistir um filme e tem dis-
ponível 5 filmes de terror, 6 filmes de aventura e 3 fil-
tes de se fazer essa distribuição é
mes de romance. O total de possibilidades de Paulo
assistir a um desses filmes é de:
a) 6.
b) 10.
a) 90.
c) 12. b) 33.
d) 18. c) 45.
e) 20. d) 14.

Vamos descobrir o número de formas de escolher 3 Paulo tem disponível 14 filmes no total, 5 de terror, 6
pistas em 6, visto que ao escolher 3 pistas, restarão de aventura e 3 de romance; e dentre esses 14 filmes
outras 3 pistas que vão compor o outro grupo de disponíveis tem que escolher um, portanto o total
pistas. Dessa maneira, de quantas formas podemos de possibilidades será dado pela combinação de 14
escolher 3 pistas em um grupo de 6? Aqui a ordem elementos, tomados um a um.
128 não é relevante, então, vamos usar a combinação: C(14,1) = 14 possibilidades. Resposta: Letra D.
5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um processo de cole- Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
ta de fragmentos papilares para posterior identifica- (quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (mlímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)
ção de criminosos, uma equipe de 15 papiloscopistas
deverá se revezar nos horários de 8 h às 9 h e de 9 h às
10 h.
×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item
a seguir.
Se dois papiloscopistas forem escolhidos, um para Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
atender no primeiro horário e outro no segundo horá-
rio, então a quantidade, distinta, de duplas que podem
:100 :100 :100 :100 :100 :100
ser formadas para fazer esses atendimentos é supe-
rior a 300.
Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2.
( ) CERTO  ( ) ERRADO Para sair do metro quadrado e chegar no cen-

Quantos servidores há para escolher que ficará no tímetro quadrado devemos multiplicar por 10000
1° horário? 15. (100x100), pois “andamos” duas casas até chegar em
Agora, já para escolher o que ficará no 2° horário, centímetro quadrado. Logo,
temos apenas 14, pois um já foi escolhido para ficar
no 1° horário. Multiplicando as possibilidades =
5,3m2 = 5,3 x 10000 = 53000 cm2.
15x14 = 210. Resposta: Errado.

Medidas de Volume (Capacidade)

SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS A unidade principal tomada como referência é o


metro cúbico. Além dele, temos outras seis unidades
MÉTRICA, ÁREAS, VOLUMES, ESTIMATIVAS E diferentes que servem para medir dimensões maiores
APLICAÇÕES
ou menores. A conversão de unidades de superfície
Quando estudamos o sistema de medidas, nos segue potências de 1000. Veja o esquema abaixo:
atentamos ao fato de que ele serve quantificar dimen-
sões que podem ter uma variação gigantesca. Porém,
Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
existem as conversões entre as unidades para uma (quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (mlímetro
melhor interpretação e leitura. cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

Medidas de Comprimento
×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000
A unidade principal tomada como referência é o
metro. Além dele, temos outras seis unidades dife- Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
rentes que servem para medir dimensões maiores ou
menores. A conversão de unidades de comprimento
segue potências de 10. Veja o esquema abaixo: :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000

Km hm dam m dm cm mm Exemplo: Converter 5,3 m3 para cm3.


(quilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (mlímetro)
Para sair do metro cúbico e chegar no centímetro
cúbico devemos multiplicar por 1000000 (1000x1000),
×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10
pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro
cúbico. Logo, 5,3m3 = 5,3 x 1000000 = 5300000 cm3.
Km hm dam m dm cm mm
Veja agora algumas relações interessantes e que
:10 :10 :10 :10 :10 :10 você precisa ter em mente para resolver diversas
questões.
Exemplo: Converter 5,3 metros para centímetros.
Para sair do metro e chegar no centímetro deve-
mos multiplicar por 100 (10x10), pois “andamos” duas UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE
casas até chegar em centímetro. Logo, 1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
MATEMÁTICA

5,3m = 5,3 x 100 = 530 cm.


1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
Medidas de Área (Superfície)
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
A unidade principal tomada como referência é o 1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
metro quadrado. Além dele, temos outras seis unidades
diferentes que servem para medir dimensões maiores 1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
ou menores. A conversão de unidades de superfície
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)
segue potências de 100. Veja o esquema a seguir: 129
Medidas de Tempo As conversões entre essas escalas termométricas
são dadas pelas fórmulas a seguir:
Medindo intervalos de tempos temos (hora – minu-
to – segundo) que são os mais conhecidos. Veja como
se faz a relação nessa unidade: De graus Celsius para Kelvin: TK = ToC + 273
Para transformar de uma unidade maior para a De graus Celsius para Fahrenheit: ToC / 5 = (ToF-32) / 9
unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:
Veja os exemplos abaixo:
1 hora = 60 minutos
4 h = 4 x 60 = 240 minutos
Exemplo 1: Transformar 250 K para oC:
Para transformar de uma unidade menor para a
unidade maior, divide-se por 60. Veja: TK = ToC + 273

20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h. 250 = ToC + 273


Para medir ângulos, a unidade básica é o grau.
ToC = 250 – 273
Temos as seguintes relações: ToC = -23°

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”) Exemplo 2: Transformar 85 oC para oF:

Aqui vale fazer uma observação: os minutos e os ToC / 5 = (ToF-32) / 9


segundos dos ângulos não são os mesmos do sistema
(hora – minuto – segundo). Os nomes são semelhantes, 85/5 = (ToF-32) / 9
mas os símbolos que os indicam são diferentes, veja:
17 = (ToF-32) / 9
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um ins- 17 × 9 = ToF-32
tante do dia.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo. 153 + 32 = ToF

Medidas de Massa ToF = 185°

As unidades abaixo são as mais utilizadas quando Veja agora algumas relações que você precisar ter
estamos trabalhando a massa de uma matéria. Veja
quais são: em mente para resolver diversas questões:

Tonelada (t), Quilograma (kg), Grama (g) e UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE


Miligrama (mg).
1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
Vamos tomar como base as relações abaixo para 1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
converter uma unidade em outra. Observe:
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
1 t = 1000 kg (uma tonelada tem mil quilogramas); 1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
1 kg = 1000 g (um quilograma tem mil gramas); 1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
1 g = 1000 mg (uma grama tem mil miligramas).
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)
Observe o exemplo a seguir de uma conversão:

Vamos transformar 3,5 kg em gramas.


Sabemos que 1 kg equivale a 1000 gramas, logo: RAZÕES E PROPORÇÕES, DIVISÃO
1 kg — 1000 g PROPORCIONAL, REGRAS DE
3,5 Kg — x
x = 3,5 × 1000 TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS,
x = 3500 g PORCENTAGENS
Então, podemos dizer que 3,5 kg equivalem a 3500 g.
RAZÕES E PROPORÇÕES
Medidas de Temperatura
A razão entre duas grandezas é igual a divisão
O instrumento para a medição de temperatura é o entre elas, veja:
termômetro, que é um tubo graduado com um líquido
em seu interior (mercúrio ou álcool). As escalas mais 2
comuns para medir temperatura são: 5
z Celsius. Medida em graus centígrados;
z Kelvin. Medido em escala Kelvin; Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se 2 está
130 z Fahrenheit. Medida em graus Fahrenheit. para 5).
Já a proporção é a igualdade entre razões, veja: Aqui cabe uma observação importante!
Esse valor 2.000, que chamamos de “Constante de
2
=
4 Proporcionalidade”, é que nos mostra o valor real das
3 6 partes dentro da proporção. Veja:

Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 (Lê-se 2 C


= 2.000
está para 3 assim como 4 está para 6). 3
Os problemas mais comuns que envolvem razão e
proporção é quando se aplica uma variável qualquer C = 2000 x 3
dentro da proporcionalidade e se deseja saber o valor C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)
dela. Veja o exemplo: D
= 2.000
2
2 x
= ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6 D = 2.000 x 2
3 6
D = 4.000 (esse é o valor de Diego)
Para resolvermos esse tipo de problema devemos
usar a Propriedade Fundamental da razão e propor- Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai rece-
ção: produto dos meios pelos extremos. ber R$4.000.
Meio: 3 e x
Extremos: 2 e 6 z Somas Internas
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles
numa igualdade. Observe: a
=
c
=
a+b
=
c+d
b d b d
3·X=2.6
3X = 12 É possível, ainda, trocar o numerador pelo deno-
X = 12/3 minador ao efetuar essa soma interna, desde que
X=4 o mesmo procedimento seja feito do outro lado da
proporção.
Lembre-se de que a maioria dos problemas envol-
vendo esse tema são resolvidos utilizando essa pro- a c a+b c+d
= = =
priedade fundamental. Porém, algumas questões b d a c
acabam sendo um pouco mais complexas e pode ser
útil conhecer algumas propriedades para facilitar. Vejamos um exemplo:
Vamos a elas.
x 2
Propriedade das Proporções =
14 - x 5

z Somas Externas x + 14 - x 2+5


=
x 2
a c a+c
= =
b d b+d 14 7
=
x 2
Vamos entender um pouco melhor resolvendo
uma questão:
7 . x = 2 · 14
Suponha que uma fábrica vai distribuir um prê-
mio de R$10.000 para seus dois empregados (Carlos 14 · 2
e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma pro- x= =4
7
porcional ao tempo de serviço deles na fábrica. Carlos
está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos na
fábrica. Quanto cada um vai receber? Portanto, encontramos que x = 4.
Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C
a quantia que Carlos vai receber e D a quantia que
Diego vai receber, temos: Importante!
Vale lembrar que essa propriedade também ser-
C D
= ve para subtrações internas.
3 2

Utilizando a propriedade das somas externas: z Soma com Produto por Escalar:
MATEMÁTICA

C D C+D a c a + 2b c + 2d
= = = =
3 2 = 3+2 b d b d

Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas), Vejamos um exemplo para melhor entendimento:
então podemos substituir na proporção: Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000
proporcionalmente ao número de anos trabalhados.
C D C+D 10.000 São dois funcionários que trabalham há 2 anos na
= = = = 2.000
3 2 3+2 5 empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos. 131
Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes pro-
o prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa, porcionais, respectivamente a 4, 5 e 6. Sendo assim, X
temos: é proporcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é propor-
A
=
B cional a 6, ou seja, podemos representar na forma de
2 3 razão. Veja:

Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3 X Y Z


= = = constante de proporcionalidade.
funcionários na categoria B, podemos escrever que a 4 5 6
soma total dos prêmios é igual a R$13.000.
Usando uma das propriedades da proporção,
2A + 3B = 13.000 somas externas, temos:

Agora multiplicando em cima e embaixo de um X+Y+Z 900.000


lado por 2 e do outro lado por 3, temos: = 60.000
4+5+6 15

2A 3B A menor dessas partes é aquela que é proporcional


=
4 9 a 4, logo:

Aplicando a propriedade das somas externas, X


podemos escrever o seguinte: = 60.000
4
X = 60.000 x 4
2A 3B 2A + 3B
= = X = 240.000
4 9 4+9
Inversamente proporcional
Substituindo o valor da equação 2A + 3B na pro-
porção, temos:
É um tipo de questão menos recorrente, mas não
menos importante. Consiste em distribuir uma quan-
2A 3B 2A + 3B 13.000
= = = = 1.000 tia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um
4 9 4+9 13
quinhão inversamente proporcional a três números.
Vejamos um exemplo:
Logo,
Exemplo:
Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes
2A
= 1.000 inversamente proporcionais a 4, 5 e 6.
4
Vamos chamar de X as quantias que devem ser dis-
2A = 4 x 1.000 tribuídas inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, res-
2A = 4.000 pectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao
A = 2.000 total que dever ser distribuído para facilitar o nosso
Fazendo a mesma resolução em B: cálculo, veja:
3B
= 1.000 X X X
9 + + = 740.000
4 5 6
3B = 9 x 1.000
3B = 9.000 Agora vamos precisar tirar o M.M.C (mínimo múl-
B = 3.000 tiplo comum) entre os denominadores para resolver-
Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa mos a fração.
receberão R$2.000 de bônus. Já os funcionários com 3
anos de casa receberão R$3.000 de bônus. 4–5–6|2
O total pago pela empresa será: 2–5–3|2
Total = 2.2000 + 3.3000 = 4000 + 9000 = 13000 1–5–3|3
Agora vamos estudar um tipo de problema que 1–5–1|5
aparece frequentemente em provas de concursos 1 – 1 – 1 | 2 x 2 x 3 x 5 = 60
envolvendo razão e proporção.
Assim, dividindo o M. M. C. pelo denominador e
DIVISÃO PROPORCIONAL multiplicando o resultado pelo numerador temos:

Diretamente proporcional 15x 12x


+ +
10x
60 60 60 = 740.000
Um dos tópicos mais comuns em questões de prova
é dividir uma determinada quantia em partes propor- 37x
= 740.000
cionais a determinados números. Vejamos um exemplo 60
para entendermos melhor como esse assunto é cobrado:
Exemplo: X = 1.200.000
A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em
partes proporcionais aos números 4, 5 e 6. A menor Agora basta substituir o valor de X nas razões para
132 dessas partes corresponde a: achar cada parte da divisão inversa.
x 1.200.000
= 300.000 A razão entre o número de pessoas com 20 anos e o
4 = 4 número de pessoas com 21 anos, atualmente, é 4/5.
x 1.200.000
= 240.000 I 20 4x
5 = 5 = total de 9x
I 21 5x
x 1.200.000
= 200.000 No próximo mês, duas pessoas com 20 anos farão
6 = 6
aniversário, assim como uma pessoa com 21 anos, e
Logo, as partes dividas inversamente proporcio- a razão em questão passará a ser de 5/8.
nais aos números 4, 5 e 6 são, respectivamente 300K, I 20 4x - 2 5
240K e 200K. = =
I 21 5x + 2 - 1 8

4x - 2 5
=
5x + 1 8
EXERCÍCIOS COMENTADOS 8 (4x - 2) = 5 (5x + 1)
32x – 16 = 25x + 5
1. (FAEPESUL - 2016) Em uma turma de graduação em 7x = 21
Matemática Licenciatura, de forma fictícia, temos x=3
que a razão entre o número de mulheres e o número Para sabermos o total de pessoas, basta substituir o
total de alunos é de 5/8. Determine a quantidade de valor de X na primeira equação:
homens desta sala, sabendo que esta turma tem 120 9x = 9 x 3 = 27 é o número total de pessoas nesse
alunos. grupo. Resposta: Letra D.

a) 43 homens. 3. (IBADE - 2018) Três agentes penitenciários de um


b) 45 homens. país qualquer, Darlan, Arley e Wanderson, recebem
c) 44 homens. juntos, por dia, R$ 721,00. Arley recebe R$ 36,00 mais
que o Darlan, Wanderson recebe R$ 44,00 menos que
d) 46 homens.
o Arley. Assinale a alternativa que representa a diária
e) 47 homens.
de cada um, em ordem crescente de valores.
A razão entre o número de mulheres e o número
a) R$ 249,00, R$ 213,00 e R$ 169,00.
total de alunos é de 5/8: b) R$ 169,00, R$ 213,00 e R$ 249,00.
c) R$ 145,00, R$ 228,00 e R$ 348,00.
M 5 d) R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00
=
T 8 e) R$ 267,00, R$ 231,00 e R$ 223,00.

A turma tem 120 alunos, então: T = 120 D + A + W = 721


Fazendo os cálculos: A = D + 36
W = A - 44
M
=
5 Substituímos Arley em Wanderson:
T 8 W= A - 44
W= 36+D-44
M 5 W= D-8
= Substituímos na fórmula principal:
120 8
D + A + W = 721
8 x M = 5 x 120 D + 36 + D + D – 8 = 721
8M = 600 3D + 28 = 721
3D = 721 - 28
M=
600 D = 693/3
8 D = 231
Substituímos o valor de D nas outras:
M = 75 A = D + 36
A quantidade de homens da sala: A= 231+36= 267
120 - 75 = 45 homens. Resposta: Letra B. W = A - 44
W= 267-44
W= 223
2. (VUNESP – 2020) Em um grupo com somente pessoas
Logo, os valores em ordem crescente que Wander-
com idades de 20 e 21 anos, a razão entre o número
son, Darlan, Arley recebem são, respectivamente,
de pessoas com 20 anos e o número de pessoas com
R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00. Resposta: Letra D.
21 anos, atualmente, é 4/5. No próximo mês, duas pes-
MATEMÁTICA

soas com 20 anos farão aniversário, assim como uma 4. (CESPE-CEBRASPE - 2018) A respeito de razões, pro-
pessoa com 21 anos, e a razão em questão passará a porções e inequações, julgue o item seguinte.
ser de 5/8. O número total de pessoas nesse grupo é Situação hipotética: Vanda, Sandra e Maura receberam
R$ 7.900 do gerente do departamento onde trabalham,
a) 30. para ser divido entre elas, de forma inversamente propor-
b) 29. cional a 1/6, 2/9 e 3/8, respectivamente. Assertiva: Nes-
c) 28. sa situação, Sandra deverá receber menos de R$ 2.500.
d) 27.
e) 26. ( ) CERTO  ( ) ERRADO 133
6x
+
9x
+
8x
= 7.900 z Grandezas Inversamente Proporcionais: o aumen-
1 2 3 to de uma grandeza implica a redução da outra;

Tirando o MMC entre 1, 2 e 3 vamos achar 6. Temos: Vamos esquematizar para sabermos quando será
direta ou inversamente proporcional:
36x 27x 16x
6
+ 6
+ 6
= 7.900
DIRETAMENTE + / + OU - / -
PROPORCIONAL
79x
= 7.900
6 Aqui as grandezas aumentam ou diminuem juntas
x = 600 (sinais iguais)
Sendo assim, Sandra está inversamente proporcio-
nal a: PROPORCIONAL + / - OU - / +

9x
2 Aqui uma grandeza aumenta e a outra diminui
(sinais diferentes)
Basta substituirmos o valor de X na proporção. Agora vamos esquematizar a maneira que iremos
resolver os diversos problemas:
9x 9 x 600
= = 2.700
2 2 DIRETAMENTE MULTIPLICA CRUZADO
PROPORCIONAL

(valor que Sandra irá receber é MAIOR que 2.500).


INVERSAMENTE MULTIPLICA NA HORIZONTAL
Resposta: Errado. PROPORCIONAL

5. (IESES - 2019) Uma escola possui 396 alunos matricu-


lados. Se a razão entre meninos e meninas foi de 5/7, Vejamos alguns exemplos para fixarmos um pouco
determine o número de meninos matriculados. mais como isso tudo funciona:

a) 183 z Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2


b) 225 160 tijolos. Caso queira construir um muro de 30
c) 165 metros nas mesmas condições do anterior, quan-
d) 154 tos tijolos serão necessários?

Total de alunos = 396 Primeiro vamos montar a relação entre as gran-


Meninos = H dezas e depois identificar se é direta ou inversamente
Meninas = M proporcional.

12 m -------- 2 160 (tijolos)


Razão: H + 5x
M 7x 30 m -------- X (tijolos)

Agora vamos somar 5x com 7x = 12x Veja que de 12m para 30m tivemos um aumento (+)
12x é igual ao total que é 396 e que para fazermos um muro maior vamos precisar
12x = 396 de mais tijolos, ou seja, também deverá ser aumentado
x = 33 (+). Logo, as grandezas são diretamente proporcionais
Portanto o número de meninos será: e vamos resolver multiplicando cruzado. Observe:
Meninos = 5X = 5 x 33 = 165. Resposta: Letra C.
12 m -------- 2 160 (tijolos)
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS
30 m -------- X (tijolos)
Regra de Três Simples 12 · X = 30 . 2160
12X = 64800
A Regra de Três Simples envolve apenas duas X = 5400 tijolos
grandezas. São elas:
Assim, comprovamos que realmente são necessá-
z Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se dese- rios mais tijolos.
ja calcular a partir da grandeza explicativa;
z Grandeza Explicativa ou Independente é aque- z Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para
la utilizada para calcular a variação da grandeza corrigir as provas de um vestibular. Considerando
dependente. a mesma proporção, quantos dias levarão 30 pro-
fessores para corrigir as provas?
Existem dois tipos principais de proporcionalida-
des que aparecem frequentemente em provas de con- Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos
cursos públicos. Veja abaixo: montar a relação e analisar:

z Grandezas Diretamente Proporcionais: o aumento 5 (prof.) --------- 12 (dias)


134 de uma grandeza implica o aumento da outra; 30 (prof.) -------- X (dias)
Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um Analisando isoladamente duas a duas:
aumento (+), mas como agora estamos com uma equi-
1000 (panf.) -------- 40 (min)
pe maior o trabalho será realizado mais rapidamente.
2000 (panf.) ------ -- X (min)
Logo, a quantidade de dias deverá diminuir (-). Des-
sa forma, as grandezas são inversamente proporcio- Perceba que de 1000 panfletos para 1200 panfle-
nais e vamos resolver multiplicando na horizontal. tos o valor aumenta ( + ) e que o tempo também irá
Observe: aumentar ( + ). Logo, as grandezas são diretas e deve-
mos manter a razão.
5 (prof.) 12 (dias)
30 (prof.) X (dias) 40 3 1000
= #
30 . X = 5 . 12 X 6 2000
30X = 60
X=2 Agora basta resolver a proporção para acharmos
o valor de X.
A equipe de 30 professores levará apenas 2 dias
para corrigir as provas. 40 3000
X
= 12000
Regra de Três Composta 3X = 40 x 12
3X = 480
A Regra de Três Composta envolve mais de duas
X = 160
variáveis. As análises sobre se as grandezas são dire-
tamente ou inversamente proporcionais devem ser
As três impressoras produziriam 2000 panfletos em
feitas cautelosamente levando-se em conta alguns
160 minutos, que correspondem a 2 horas e 40 minutos.
princípios:
Para fixarmos mais ainda nosso conhecimento,
vamos analisar mais um exemplo.
z As análises devem sempre partir da variável
dependente em relação as outras variáveis; Exemplo 2: Um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas
z As análises devem ser feitas individualmente. Ou cada uma, com 80 letras (ou espaços) em cada linha.
seja, deve-se comparar as grandezas duas a duas, Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o núme-
mantendo as demais constantes. ro de linhas por página e para 40 o número de letras
z A variável dependente fica isolada em um dos (ou espaços) por linha. Considerando as novas condi-
lados da proporção. ções, determine o número de páginas ocupadas.
Já aprendemos o passo a passo no exemplo ante-
Vamos analisar alguns exemplos e ver na prática rior. Aqui vamos resolver de maneira mais rápida.
como isso tudo funciona:
6 (pág.) -------- 45 (linhas) -------- 80 (letras)
z Se 6 impressoras iguais produzem 1000 panfletos X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras)
em 40 minutos, em quanto tempo 3 dessas impres- 6 ? ?
soras produziriam 2000 desses panfletos? = #
X ? ?

Da mesma forma que na regra de três simples,


Analisando isoladamente duas a duas:
vamos montar a relação entre as grandezas e analisar
cada uma delas isoladamente duas a duas.
6 (pág.) -------- 45 (linhas)
X (pág.) -- ----- 30 (linhas)
6 (imp.) -------- 1000 (panf.) -------- 40 (min)
3 (imp.) -------- 2000 (panf.) -------- X (min)
Perceba que de 45 linhas para 30 linhas o valor
Vamos escrever a proporcionalidade isolando a diminui ( - ) e que o número de páginas irá aumentar
parte dependente de um lado e igualando às razões da ( + ). Logo, as grandezas são inversas e devemos inver-
seguinte forma – se for direta vamos manter a razão, ter a razão.
agora se for inversa vamos inverter a razão. Observe:
6 30 ?
= #
40 ? ? X 45 ?
= #
X ? ?
Analisando isoladamente duas a duas:
Analisando isoladamente duas a duas:
6 (pág.) -------- 80 (letras)
6 (imp.) -------- 40 (min) X (pág.) ------- 40 (letras)
MATEMÁTICA

3 (imp.) ---- ---- X (min)


Perceba que de 6 impressoras para 3 impressoras Veja que de 80 letras para 40 letras o valor diminui
o valor diminui ( - ) e que o tempo irá aumentar ( + ), ( - ) e que o número de páginas irá aumentar ( + ). Logo,
pois agora teremos menos impressoras para realizar as grandezas são inversas e devemos inverter a razão.
a tarefa. Logo, as grandezas são inversas e devemos 6 30 40
inverter a razão. = #
X 45 80
40 3 ? 6 2 1
= # = #
X 6 ? X 3 2 135
6 2 3. (VUNESP - 2020) Uma pessoa comprou determinada
=
X 6 quantidade de guardanapos de papel. Se ela utilizar 2
guardanapos por dia, a quantidade comprada irá durar
2X = 36 15 dias a mais do que duraria se ela utilizasse 3 guar-
X = 18 danapos por dia. O número de guardanapos compra-
dos foi
O número de páginas a serem ocupadas pelo texto
respeitando as novas condições é igual a 18. a) 60.
b) 70.
c) 80.
d) 90.
EXERCÍCIOS COMENTADOS e) 100.

1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) No item seguinte apre- x = dias


senta uma situação hipotética, seguida de uma asser- 3 guardanapos por dia -------- x
tiva a ser julgada, a respeito de proporcionalidade, 2 guardanapos por dia -------- x+15
porcentagens e descontos. São valores inversamente proporcionais, quanto
No primeiro dia de abril, o casal Marcos e Paula com- mais guardanapos por dia, menos dias durarão.
prou alimentos em quantidades suficientes para que Assim, multiplicamos na horizontal:
eles e seus dois filhos consumissem durante os 30 3x = 2 . (x+15)
dias do mês. No dia 7 desse mês, um casal de amigos 3x = 30+2x
chegou de surpresa para passar o restante do mês 3x-2x = 30
com a família. x = 30
Nessa situação, se cada uma dessas seis pessoas Podemos substituir em qualquer uma das duas
consumir diariamente a mesma quantidade de ali- situações:
mentos, os alimentos comprados pelo casal acabarão 3 guardanapos x 30 dias= 90
antes do dia 20 do mesmo mês. 2 guardanapos x 45(30+15) dias = 90. Resposta: Letra D.

( ) CERTO  ( ) ERRADO 4. (FUNDATEC - 2017) Cinco mecânicos levaram 27


minutos para consertar um caminhão. Supondo que
4 Pessoas ------- 24 Dias fossem três mecânicos, com a mesma capacidade e
6 Pessoas ------- x Dias ritmo de trabalho para realizar o mesmo serviço, quan-
Temos grandezas inversas, então é só multiplicar tos minutos levariam para concluir o conserto desse
na horizontal: mesmo caminhão?
6x = 4 . 24
6x = 96 a) 20 minutos.
x = 96/6 b) 35 minutos.
x = 16 c) 45 minutos.
Como já haviam comido por 6 dias é só somar: d) 50 minutos.
6 dias (consumidos por 4) + 16 dias (consumidos por e) 55 minutos.
6) = 22 dias (a comida acabará no dia 22 de abril).
Resposta: Errado. Mecânicos ------ Minutos
5 ---------------- 27
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) O motorista de uma 3 ---------------- x
empresa transportadora de produtos hospitalares Quanto menos mecânicos, mais minutos eles gas-
deve viajar de São Paulo a Brasília para uma entrega tarão para finalizar o trabalho, logo a grande-
de mercadorias. Sabendo que irá percorrer aproxima- za é inversamente proporcional. Multiplica na
damente 1.100 km, ele estimou, para controlar as des- horizontal:
pesas com a viagem, o consumo de gasolina do seu 3x = 27.5
veículo em 10 km/L. Para efeito de cálculos, conside- 3x = 135
rou que esse consumo é constante. x = 135/3
Considerando essas informações, julgue o item que x = 45 minutos. Resposta: Letra C.
segue.
Nessa viagem, o veículo consumirá 110.000 dm3 de 5. (IESES - 2019) Cinco pedreiros construíram uma casa em
gasolina. 28 dias. Se o número de pedreiros fosse aumentado para
sete, em quantos dias essa mesma casa ficaria pronta?
( ) CERTO  ( ) ERRADO
a) 18 dias.
Com 1 litro ele faz 10 km b) 16 dias.
Sabendo que 1 L é igual a 1dm³, então podemos c) 20 dias.
dizer que com 1dm³ ele faz 10km d) 22 dias.
Portanto,
10 km -------- 1dc³ 5 (pedreiros) ---------- 28 (dias)
1.100 km --------- x 7 (pedreiros) ------------- X (dias)
10x = 1.000 Perceba que as grandezas são inversamente propor-
x = 110dm³ (a gasolina que será consumida). cionais, então basta multiplicar na horizontal.
136 Resposta: Errado. 5 . 28=7 . X
7X = 140 Todos os caixas de uma agência bancária trabalham
X = 140/7 com a mesma eficiência: 3 desses caixas atendem 12
X = 20 dias . Resposta: Letra C. clientes em 10 minutos. Nessa situação, 5 desses cai-
xas atenderão 20 clientes em menos de 10 minutos.
6. (CESPE-CEBRASPE – 2020) Determinado equipamen-
to é capaz de digitalizar 1.800 páginas em 4 dias, fun- ( ) CERTO  ( ) ERRADO
cionando 5 horas diárias para esse fim. Nessa situação,
a quantidade de páginas que esse mesmo equipamen- 3 caixas - 12 clientes - 10 minutos
to é capaz de digitalizar em 3 dias, operando 4 horas e 5 caixas - 20 clientes - x minutos
30 minutos diários para esse fim, é igual a
10 5 12
= #
a) 2.666. X 3 20
b) 2.160.
c) 1.215. 5 · 12 · X = 10 · 3 · 20
d) 1.500. 60x = 600
e) 1.161. X = 10.
Os 5 caixas atenderão em exatamente 10 minutos.
Primeiro vamos passar para minutos: Não em menos de 10 como a questão afirma.
5h = 300min. Resposta: Errado.
4h30min= 270min.
min.-----Dias-----Pag. 9. (VUNESP - 2020) Das 9 horas às 15 horas, de trabalho
300 -------4-------1800 ininterrupto, 5 máquinas, todas idênticas e trabalhan-
270 -------3-------X do com a mesma produtividade, fabricam 600 unida-
Resolvendo temos: des de determinado produto. Para a fabricação de 400
unidades do mesmo produto por 3 dessas máquinas,
300 (Simplifica por 30) trabalhando nas mesmas condições, o tempo estima-
1800 4
X = 3
# 270 (Simplifica por 30) do para a realização do serviço é de

1800 4
#
10 a) 5 horas e 54 minutos
X = 3 9 b) 6 horas e 06 minutos.
c) 6 horas e 20 minutos.
4 · X · 10 = 1800 · 3 · 9 d) 6 horas e 40 minutos.
X = 1215 páginas que esse mesmo equipamento é e) 7 horas e 06 minutos.
capaz de digitalizar. Resposta: Letra C.
Das 9h às 15h = 6 horas = 360 min
7. (VUNESP - 2016) Em uma fábrica, 5 máquinas, todas 360 min ------ 5 máquinas ----- 600 unidades (cortam-se os zeros
operando com a mesma capacidade de produção, iguais)
x ------------- 3 máquinas ---- 400 unidades (cortam-se os zeros
fabricam um lote de peças em 8 dias, trabalhando 6 iguais)
horas por dia. O número de dias necessários para que
4 dessas máquinas, trabalhando 8 horas por dia, fabri- 360 3 6
= #
quem dois lotes dessas peças é X 5 4

a) 11. x·3·6 = 360·5·4


b) 12. x·18 = 7.200
c) 13. x = 7200/18
d) 14. x = 400
e) 15. Logo, transformando minutos para horas novamen-
te temos:
5 máquinas -------1 lote --------- 8 dias ------------ 6 horas X = 400min
4 máquinas -------2 lotes --------x dias -------------8 horas X = 6h40min
Quanto mais dias para entrega do lote, menos Resposta: Letra D.
horas trabalhadas por dia (inversa), menos máqui-
nas para fazer o serviço (inversa) e mais lotes para 10. (VUNESP - 2020) Em uma fábrica de refrigerantes, 3
serem entregues (direta). máquinas iguais, trabalhando com capacidade máxima,
Resolvendo: ligadas ao mesmo tempo, engarrafam 5 mil unidades de
8/x = 1/2 * 8/6 * 4/5 (simplifique 8/6 por 2) refrigerante, em 4 horas. Se apenas 2 dessas máquinas
8/x = 1/2 * 4/3 * 4/5 trabalharem, nas mesmas condições, no engarrafamen-
8/x = 16/30 (simplifique 16/30 por 2) to de 6 mil unidades do refrigerante, o tempo esperado
8/x = 8/15 para a realização desse trabalho será de
MATEMÁTICA

8x = 120
x = 120/8 a) 6 horas e 40 minutos.
x = 15 dias. b) 6 horas e 58 minutos.
Resposta: Letra E. c) 7 horas e 12 minutos.
d) 7 horas e 20 minutos.
8. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No item a seguir é apre- e) 7 horas e 35 minutos.
sentada uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada, a respeito de proporcionalida- 3 máquinas ------------ 5 mil garrafas ------------ 4 horas
de, divisão proporcional, média e porcentagem. 2 máquinas ------------ 6 mil garrafas ------------ x 137
Veja que se aumentar o tempo de trabalho quer dizer Veja um exemplo:
que serão engarrafados mais refrigerantes (direta) e
se aumentar o tempo de trabalho quer dizer que são Roberto assistiu a 2 aulas de Matemática Financei-
menos máquinas trabalhando (inversa). ra. Sabendo que o curso que ele comprou possui um
total de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assisti-
4 5000 2 das por Roberto?
= #
X 6000 3 O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual,
devemos dividir a parte pelo todo e obter uma fração.
2·X·5 = 4·6·3
2 1
10X = 72 =
8 4
x = 7, 2 horas (7 horas + 0,2 horas = 7 horas + 0,2 ×
60 min = 7 horas e 12 minutos)
Precisamos transformar em porcentagem, ou seja,
OBS: Para transformar horas em minutos, basta
vamos multiplicar a fração por 100:
multiplicarmos o número por 60 min. Logo, 0,2 horas
= 0,2 x 60 = 120/10 = 12 min. Resposta: Letra C. 1 x 100 = 25%
4
PORCENTAGENS
Soma e Subtração de Porcentagem
A porcentagem é uma medida de razão com base
100. Ou seja, corresponde a uma fração cujo denomi- As operações de soma e subtração de porcentagem
nador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar são as mais comuns. É o que acontece quando se diz
como podemos representar um número porcentual. que um número excede, reduziu, é inferior ou é supe-
rior ao outro em tantos por cento. A grandeza inicial
30 corresponderá sempre a 100%. Então, basta somar ou
30% = (forma de fração)
100 subtrair o percentual fornecido dos 100% e multipli-
car pelo valor da grandeza.
30 Exemplo 1:
30% = = 0,3 (forma decimal)
100 Paulinho comprou um curso de 200 horas-aula.
Porém, com a publicação do edital, a escola precisou
30 3 aumentar a carga horária em 15%. Qual o total de
30% = = (forma de fração simplificada) horas-aula do curso ao final?
100 10
Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total
de 200 horas-aula que correspondiam a 100%. Com o
Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de
aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100% +
várias maneiras:
15% das aulas inicialmente previstas. Portanto, o total
de horas-aula do curso será:
30 3
30% = = 0,3 =
100 10
(1 + 0,15) x 200 = 1,15 x 200 = 230 horas-aula

Também é possível fazer a conversão inversa, isto A avaliação do crescimento ou da redução percen-
é, transformar um número qualquer em porcentual. tual deve ser feita sempre em relação ao valor inicial
Para isso, basta multiplicar por 100. Veja: da grandeza.

25 x 100 = 2500% -
Variação percentual = Final Inicial
0,35 x 100 = 35% Inicial
0,586 x 100 = 58,6%
Veja mais um exemplo para podermos fixar melhor.
Exemplo 2:
Número Relativo
Juliano percebeu que ele ainda não assistiu a 200
aulas do seu curso. Ele deseja reduzir o número de
A porcentagem traz uma relação entre uma parte e aulas não assistidas a 180. É correto afirmar que, se
um todo. Quando dizemos 10% de 1000, o 1000 corres- Juliano chegar às 180 aulas almejadas, o número terá
ponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo caído 20%?
que estamos especificando. Para descobrir a quanto A variação percentual de uma grandeza corres-
isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000. ponde ao índice:

10% de 1000 =
10 x 1000 = 100 Final - Inicial 180 - 200
100 Variação percentual = = =
Inicial 200

Dessa maneira, 1000 é o todo, enquanto que 100 é 20


– = - 0,10
a parte que corresponde a 10% de 1000. 200

Dica Como o resultado foi negativo, podemos afirmar


que houve uma redução percentual de 10% nas aulas
Quando o todo varia, a porcentagem também ainda não assistidas por Juliano. O enunciado está
138 varia! errado ao afirmar que essa redução foi de 20%.
Veja que se 12% faltaram, então 88% fizeram a
EXERCÍCIOS COMENTADOS prova.
Pessoas presentes (88%) e dessas 45% eram mulhe-
1. (CESPE-CEBRASPE – 2020) Em determinada loja, uma res e 55% eram homens. Portanto, basta multiplicar
bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista ou em duas o percentual dos homens pelo total:
vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma parcela de R$ 55% de 88% das pessoas que fizeram a prova; ou
920 com vencimento para o mês seguinte. Caso queira
0,55 x 0,88 = 0,484.
antecipar o crédito correspondente ao valor da parcela,
Transformando em porcentagem
a lojista paga para a financeira uma taxa de antecipa-
ção correspondente a 5% do valor da parcela. 0,484 x 100 = 48,4%. Resposta: Letra D.
Com base nessas informações, julgue o item a seguir.
Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de finan- 4. (FCC - 2018) Em uma pesquisa 60% dos entrevistados
ciamento pago pelo cliente será inferior a 14% ao mês. preferem suco de graviola e 50% suco de açaí. Se 15%
dos entrevistados gostam dos dois sabores, então,
( ) CERTO  ( ) ERRADO a porcentagem de entrevistados que não gostam de
nenhum dos dois é de
Valor da bicicleta =1720,00
Parcelado = 920,00 (entrada) + 920,00 (parcela) a) 80%.
Na compra a prazo, o agente vai pagar 920,00 b) 61%.
(entrada), logo vai sobrar (1720-920 = 800,00) c) 20%.
No próximo mês é preciso pagar 920,00 ou seja d) 10%.
800,00 + 120,00 de juros. Agora é pegar 120,00
e) 5%.
(juros) e dividir por 800,00. Resultado:
120,00/800,00 = 0,15% ao mês.
A questão diz que seria inferior a 0,14%, ou seja, Vamos dispor as informações em forma de conjun-
está errada. Resposta: Errado. tos para facilitar nossa resolução:

2. (CESPE-CEBRASPE - 2019) Na assembleia legislati- Graviola Açai


va de um estado da Federação, há 50 parlamentares,
entre homens e mulheres. Em determinada sessão
plenária estavam presentes somente 20% das deputa-
das e 10% dos deputados, perfazendo-se um total de 7 60% – 15% = 15% 50% – 15% =
parlamentares presentes à sessão.
45% 35%
Infere-se da situação apresentada que, nessa assem-
bleia legislativa, havia
Nenhum = X

a) 10 deputadas.
b) 14 deputadas. Vamos somar todos os valores e igualar ao total que
c) 15 deputadas. é 100%: 45% + 15% + 35% + X = 100%
d) 20 deputadas. 95% + X = 100%
e) 25 deputadas. X = 5%. Resposta: Letra E.

50 parlamentares 5. (FUNCAB - 2015) Adriana e Leonardo investiram R$


Deputadas = X 20.000,00, sendo o 3/5 desse valor em uma aplicação
Deputados = 50-X que gerou lucro mensal de 4% ao mês durante dez
Compareceram 20% x e 10% (50-x), totalizando 7 meses. O restante foi investido em uma aplicação,
parlamentares. Não sabemos a quantidade exata de que gerou um prejuízo mensal de 5% ao mês, durante
cada sexo. Vamos montar uma equação e achar o o mesmo período. Ambas as aplicações foram feitas
valor de X. no sistema de juros simples.
20% x + 10% (50-x) = 7 Pode-se concluir que, no final desses dez meses, eles
20/100 . x + 10/100 . (50-x) = 7 tiveram:
2/10 . x + 1/10 . (50-x) = 7
2x/10 + 50 - x/10 = 7 (faz o MMC) a) prejuízo de R$2.800,00.
2x + 50 - x = 70 b) lucro de R$3.200,00.
2x - x = 70 - 50 c) lucro de R$2.800,00.
x = 20 deputadas fazem parte da Assembleia Legis-
d) prejuízo de R$6.000,00
lativa. Resposta: Letra D.
e) lucro de R$5.000,00.
3. (VUNESP - 2016) Um concurso recebeu 1500 ins-
crições, porém 12% dos inscritos faltaram no dia da 3/5 de 20.000,00 = 12.000,00
12.000,00 · 4% = 480,00
MATEMÁTICA

prova. Dos candidatos que fizeram a prova, 45% eram


mulheres. Em relação ao número total de inscritos, o 480 · 10 (meses) = 4.800 (juros)
número de homens que fizeram a prova corresponde a O que sobrou 20.000,00 - 12.000,00 = 8.000,00. Apli-
uma porcentagem de cação que foi investida e gerou prejuízo de 5% ao
mês, durante 10 meses:
a) 45,2%. 8.000,00 · 5% = 400,00
b) 46,5%. 400 · 10 meses= 4.000
c) 47,8%. Portanto 20.000,00 + 4.800(juros) = 24,800,00 -
d) 48,4%. 4.000= 20.800,00 /10 meses= 2.080,00 lucros.
e) 49,3%. Resposta: Letra C. 139
� Perguntas: são as orações interrogativas.
LÓGICA PROPOSICIONAL Exemplo: Que horas vamos ao cinema?
Essa pergunta não pode ser classificada como ver-
VALORES LÓGICOS dadeira ou falsa;
Na lógica temos apenas dois valores lógicos – ver- � Exclamações: são frases exclamativas.
dadeiro ou falso. Quando temos uma declaração ver- Exemplo: Que lindo cabelo!
dadeira, o seu valor lógico é Verdade (V) e quando é Essa exclamação não pode ser valorada, pois apre-
falsa, dizemos que seu valor lógico é Falso (F). sentam percepções subjetivas;
� Ordens: são orações com verbo no imperativo.
PROPOSIÇÕES LÓGICAS SIMPLES Exemplo: Pegue o livro e vá estudar.
Vamos começar nosso estudo falando sobre o que
é uma proposição lógica. Observe a frase abaixo: Uma ordem não pode ser classificada como verda-
Ex.: Paula vai à praia. deira ou falsa. Muito cuidado com esse tipo de oração,
Para saber se temos ou não uma proposição, preci- pois pode ser facilmente confundida com uma propo-
samos de três requisitos fundamentais: sição lógica.
Não são proposições – perguntas, exclamações e
z Ser uma oração: ou seja, são frases com verbos; ordens.
z Oração declarativa: a frase precisa estar apresen- Temos um outro caso menos cobrado em provas,
tando uma situação, um fato; mas que também não é proposição lógica, sendo o
z Pode ser classificada como Verdadeira ou Falsa :
paradoxo. Para ficar mais claro, veja o exemplo a
ou seja, podemos atribuir o valor lógico verdadeiro
ou o valor lógico falso para a declaração. seguir:

Tendo isso em vista, podemos afirmar claramen- Ex.: Esta frase é uma mentira.
te que a frase “Paula vai à praia” é uma proposição
lógica, pois temos a presença de um verbo (ir), uma Quando atribuímos um valor de verdade para
informação completa (temos o sujeito claro na oração) a frase, então na verdade ele mentiu, uma vez que
e podemos afirmar se é verdade ou falsa. a própria frase já diz isso. E se atribuirmos o valor
falso, então a frase é verdade, pois a frase diz ela é
Importante! uma mentira e já sabemos que isso é falso. Perceba
que sempre que valoramos a frase ela nos resulta um
Proposição Lógica é uma oração declarativa que valor contrário, ou seja, estamos diante de uma frase
admite apenas um valor lógico: V ou F. que é contraditória em si mesma. Isto é a definição de
um paradoxo.
Ou então podemos também esquematizar o que é
SENTENÇA ABERTA
uma proposição lógica assim:
Chama-se proposição toda sentença declarativa
que pode ser valorada ou só como verdadeira ou só Dizemos que uma sentença é aberta quando não
como falsa. A presença do verbo é obrigatória junta- conseguimos ter a informação completa que a oração
mente com o sentido completo (caráter informativo). nos mostra. Veja o exemplo abaixo:

Verdadeira Ex.: Ele é o melhor cantor de rock.

Sentença Perceba que há presença do verbo e que consegui-


OU Sentido
Declarativa mos parcialmente entender o que a frase quer dizer.
Completo
Mas logo surge a pergunta: Ele quem? Aqui nossa in-
Falsa formação não consegue ser completa e por isso temos
mais um caso que não é proposição lógica. Observe mais
alguns exemplos:
Obrigatório X + 5 = 10
Aquele carro é amarelo.
VERBO
5+5
X – Y = 20
Toda proposição pode ser representada simbolica- Todos os exemplos acima são sentenças abertas.
mente pelas letras do alfabeto, veja no exemplo: Então podemos resumir da seguinte forma:
As variáveis: Ele, aquele ou variáveis matemáti-
p: Sabino é um pintor esperto.
cas (X ou Y) tornam a sentença aberta.
r: Kate é uma mulher alta.
Sempre será uma proposição lógica na escrita
Na situação temos duas proposições sendo repre- matemática e podemos notar que há verbos nos casos
sentadas pelas letras p e r. a seguir:
Agora que já sabemos o que são proposições lógi-
cas, fica tranquilo distinguir o que não são propo- z = (é igual);
sições. Isto é fundamental, pois várias questões de z ≠ (é diferente);
prova perguntam exatamente isso – são apresentadas z > (é maior);
algumas frases e você precisa identificar qual delas z < (é menor);
não é uma proposição. Vejamos os casos que mais z ≥ (é maior ou igual);
140 aparecem: z ≤ (é menor ou igual);
Esquematizando o que não são proposições lógicas: Agora que já fomos apresentados aos conectivos
lógicos, vamos ver algumas camuflagens dos opera-
Sentenças Interrogativas(?) dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja:

� Conectivos “e” usando “mas”


Sentenças sem Verbo
NÃO SÃO Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor;
PROPOSIÇÕES
� Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não
Sentenças com Verbo no Imperativo ambos”;
Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, mas
Sentenças Abertas
não ambos;
Paradoxo
� Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”
Exemplos: Desde que faça sol, Pedrinho vai à
PRINCÍPIOS DA LÓGICA PROPOSICIONAL praia;
Caso você estude, irá passar no concurso;
É fundamental que você conheça três princípios
Basta Ana comer massas, e engordará;
para deixarmos tudo alinhado com as proposições
Quem joga bola é rápido;
lógicas. Veja:
Todos os médicos sabem operar;
z Princípio do terceiro excluído: Uma proposição Qualquer criança anda de bicicleta;
deve ser Verdadeira ou Falsa, não havendo outra Toda vez que chove, não vou à praia.
possibilidade. Não é possível que uma proposição
seja “quase verdadeira” ou “quase falsa”; É importante saber que na condicional a 1º Na con-
z Princípio da não-contradição: Dizemos que uma dicional a 1º proposição é o termo antecedente e a 2º
mesma proposição não pode ser, ao mesmo tempo, é o termo consequente.
verdadeira e falsa;
z Princípio da Identidade: Cada ser é igual a si mes- P→Q
mo, ou seja, uma proposição não assume o signifi- P = antecedente
cado de outra proposição lógica. Q = consequente

PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Temos proposições compostas quando há duas ou


EXERCÍCIOS COMENTADOS
mais proposições simples ligadas por meio dos conec-
1. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito de proposi-
tivos lógicos. Veja os exemplos:
ções lógicas, julgue o item a seguir:
z Sabino corre e Marcos compra leite; A sentença “Soldado, cumpra suas obrigações” é uma
z O gato é azul ou o pato é preto; proposição simples.
z Se Carlinhos pegar a bola, então o jogo vai acabar.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Cada conectivo tem sua representação simbólica e
sua nomenclatura. Veja a relação de conectivos: Perceba que a frase “Soldado, cumpra suas obriga-
ções” é, na verdade, uma ordem. Observe o verbo
CONECTIVOS NOMENCLATURA SIMBOLOGIA conjugado “cumpra” (imperativo). Assim, sabemos
e Conjunção ^ que estamos diante de uma frase que NÃO é uma
proposição. Resposta: Errado.
ou Disjunção v
ou...ou Disjunção Exclusiva v 2. (VUNESP – 2014) Das alternativas apresentadas, assi-
se...então Condicional → nale a única que contém uma proposição lógica.
se e somente se Bicondicional ⟷
a) Ser um perito criminal ou não ser? Que dúvida!
b) Uma atribuição do perito criminal é analisar documen-
Exemplos:
tos em locais de crime.
c) O perito criminal também atende ocorrências com víti-
z Na linguagem natural: mas de terrorismo!
d) É verdade que o perito criminal realiza análises no
„ O macaco bebe leite e o gato come banana; âmbito da criminalística?
„ Maria é bailarina ou Juliano é atleta; e) Instruções especiais para perito criminal.
„ Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta;
„ Se estudar, então vai passar; Veja que essa é uma boa questão para ficarmos de
„ Bino vai ao cinema se e somente se ele receber olho no que é uma proposição lógica. Então vamos
MATEMÁTICA

dinheiro. analisar as alternativas:


a) e d) Erradas. As sentenças “a” e “d” contém uma
z Na linguagem simbólica: pergunta e uma exclamação, portanto não podem
ser proposições.
„ p ^ q; c) Errada. A sentença “c” também não pode ser pro-
„ p v q; posição, pois é uma sentença exclamativa.
„ p v q; e) Errada. Na letra “e” temos uma frase que não tem
„ p → q; verbo. Desta forma, também não é proposição.
„ p ⟷ q. Resposta: Letra B. 141
3. (CESPE-CEBRASPE – 2019) Acerca da lógica senten- P Q PVQ
cial, julgue o item que segue.
A lógica bivalente não obedece ao princípio da não
contradição, segundo o qual uma proposição não
assume simultaneamente valores lógicos distintos.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

O nome “bivalente” quer dizer que só há 2 resultados


para uma proposição: verdadeiro ou falso. Sabendo 3º passo: Dispor os valores “V” e “F” na primeira
disso, a lógica bivalente obedece ao princípio da não coluna fazendo o agrupamento pela metade do núme-
contradição, segundo o qual uma proposição não ro de linhas da tabela.
assume simultaneamente valores lógicos distintos. Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas = (agrupamento da
Resposta: Errado. primeira coluna de 2 em 2 – V V / F F).

4. (FUNDATEC – 2019) A alternativa que apresenta uma P Q PVQ


proposição composta com a presença do conectivo
V
condicional é:
V
a) Paulo não está com febre, entretanto está desidratado. F
b) Algum paciente está com febre. F
c) Qual a temperatura do paciente do quarto?
d) Se Mario tem febre, então deve permanecer internado
por 48 horas. 4º passo: Preencher as demais colunas com agru-
e) Mário, você deve ser internado imediatamente! pamento de valores lógicos (V ou F) sempre pela meta-
de do agrupamento anterior.
Lembrando das exceções de proposições lógicas, Exemplo: primeira coluna de 2 em 2 (a próxima
percebemos que as letras B, C e E já podem ser des- será de 1 em 1).
consideradas. Sobrando as letras A e D. A nomencla-
tura condicional refere-se ao conectivo lógico “se..., P Q PVQ
então”. Na letra A temos uma conjunção (conectivo
e) disfarçado pela “virgula + entretanto”, portanto V V
descartamos. Resposta: Letra D. V F
F V
5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item que segue,
a respeito de lógica proposicional. F F
A sentença “No Livro dos Heróis da Pátria consta o
nome de Francisco José do Nascimento, o Dragão do Pronto! A nossa tabela já está montada, agora precisa-
Mar, por sua atuação como líder abolicionista no esta- mos aprender qual o resultado que teremos quando com-
do do Ceará.” é uma proposição simples. binamos os valores lógicos usando os conectivos lógico.
Número de linhas da tabela verdade:
( ) CERTO  ( ) ERRADO 2n = 2proposições (onde n é o número de proposições).
Vamos caminhar mais um pouco e aprender todas
“No Livro dos Heróis da Pátria consta o nome de as combinações lógicas possíveis para cada conectivo
Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, lógico.
por sua atuação como líder abolicionista no estado
do Ceará” é uma proposição simples. Se a propo- Negação (~P)
sição possui uma única oração (único verbo) ela é
simples. Resposta: Certo. Uma proposição quando negada, recebe valores
lógicos opostos dos valores lógicos da proposição ori-
TABELA VERDADE ginal. O símbolo que iremos utilizar é ¬ p ou ~p.

Trata-se de uma tabela na qual conseguimos


apresentar todos os valores lógicos possíveis de uma P ~P
proposição. V F
F V
Números de Linhas de Tabela Verdade
Dupla Negação ~(~P)
Neste momento, vamos aprender a construir tabe-
las-verdade para proposições compostas.
A dupla negação nada mais é do que a própria pro-
1º passo: Contar a quantidade de proposições
posição. Isto é, ~(~P) = P
envolvidas no enunciado.
Exemplo: P v Q (temos duas proposições).
2º passo: Calcular a quantidade de linhas da tabela P ~P ~(~P)
usando a fórmula 2n = 2proposições (onde n é o número de V F V
proposições).
F V F
142 Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas.
Conectivo Conjunção “e” (^) Condicional falsa:
Vai Ficar Falsa
Só teremos uma resposta verdadeira quando todos VF=F
os valores lógicos envolvidos forem verdadeiros.
TAUTOLOGIA
P Q P^Q
É uma proposição cujo valor lógico é sempre
V V V
verdadeiro.
V F F Exemplo 1: A proposição P ∨ (~P) é uma tautolo-
F V F gia, pois o seu valor lógico é sempre V, conforme a
tabela-verdade.
F F F

Conectivo Disjunção “ou” (v) P ~P P V ~P


V F V
Teremos resposta verdadeira quando pelo menos
F V V
um dos valores lógicos envolvidos for verdadeiro.
Exemplo 2: A proposição (P Λ Q) → (PQ) é uma
P Q PVQ tautologia, pois a última coluna da tabela verdade só
V V V possui V.
V F V
F V V P Q (P^Q) (PQ) (P^Q)→(PQ)
F F F V V V V V
V F F F V
Conectivo Disjunção Exclusiva “ou...ou” ( v )
F V F F V
Teremos resposta verdadeira quando os valores F F F V V
lógicos envolvidos forem diferentes.
CONTRADIÇÃO
P Q PVQ
É uma proposição cujo valor lógico é sempre falso.
V V F Exemplo: A proposição P ^ (~P) é uma contradi-
V F V ção, pois o seu valor lógico é sempre F, conforme a
F V V tabela-verdade.
F F F
P ~P P ^ (~P)
Conectivo Bicondicional “se e somente se” () V F F
F V F
Teremos resposta verdadeira quando os valores
lógicos envolvidos forem iguais. CONTINGÊNCIA

P Q PQ Sempre que uma proposição composta recebe


valores lógicos falsos e verdadeiros, independente-
V V V
mente dos valores lógicos das proposições simples
V F F componentes, dizemos que a proposição em questão é
F V F uma contingência. Ou seja, quando a tabela-verdade
F F V apresenta, ao mesmo tempo, alguns valores verdadei-
ros e alguns falsos.
Exemplo: A proposição [P ^ (~Q)] v (P→~Q)] é uma
Conectivo Condicional “se...,então” (→)
contingência, conforme a tabela-verdade.
Especialmente nesse caso, vamos aprender quan-
do teremos o resultado falso, pois o conectivo con- P Q [P^(~Q)] (P→~Q) [P^(~Q)]V(P→~Q)
dicional só tem uma possibilidade de isso ocorrer. V V F F F
Somente teremos resposta falsa quando o valor lógico
V F V V V
MATEMÁTICA

do antecedente for verdadeiro e o consequente falso.


F V F V V
F F F V V
P Q P→Q
V V V z Tautologia: uma proposição que é sempre
V F F verdadeira;
F V V z Contradição: uma proposição que é sempre falsa;
z Contingência: uma proposição que pode assumir
F F V valores lógicos V e F, conforme o caso. 143
5. (VUNESP – 2018) Seja M a afirmação: “Marília gosta
EXERCÍCIOS COMENTADOS de dançar”. Seja J a afirmação “Jean gosta de estu-
dar”. Considere a composição dessas duas afirma-
1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) Acerca da lógica senten- ções: “Ou Marília gosta de dançar ou Jean gosta de
cial, julgue o item que segue. estudar”. A tabela-verdade que representa correta-
Se uma proposição na estrutura condicional — isto é, na mente os valores lógicos envolvidos nessa situação é:
forma P→Q, em que P e Q são proposições simples — for
falsa, então o precedente será, necessariamente, falso.
TABELA - VERDADE
( ) CERTO  ( ) ERRADO M J Ou M ou J
V V 1
Veja que P→Q foi considerado falso pelo enunciado V F 2
da questão. Assim na condicional para ser falso a F V 3
regra é que o Precedente (antecedente) seja verda- F F 4
deiro o seguinte (consequente) falso. Lembre-se da
dica: Vai Ficar Falso = V  F. Resposta: Errado. Os valores 1, 2, 3 e 4 da coluna “Ou M ou J” devem ser
preenchidos, correta e respectivamente, por:
2. (AOCP – 2019) Considere a proposição: “O contingen-
te de policiais aumenta ou o índice de criminalidade
a) V, F, V e F.
irá aumentar”. Nesse caso, a quantidade de linhas da
b) F, V, V e F.
tabela verdade é igual a
c) F, F, V e V.
a) 2. d) V, F, F e V.
b) 4. e) V, V, V e F.
c) 8.
d) 16. Veja que precisamos saber quando o resultado das
e) 32. combinações lógicas do conectivo “ou...ou” dá ver-
dade. Lembrando da nossa parte teórica, sempre
O número de linhas da tabela-verdade depende do que tivermos valores lógicos diferentes, o resultado
número de proposições e é calculado pela fórmula: será verdadeiro. Sabendo disso,
2ⁿ. Assim,
O contingente de policiais aumenta (1º proposição) M J Ou M ou J
O índice de criminalidade irá aumentar (2°
V V F
proposição)
22 = 4 linhas. Resposta: Letra B. V F V
F V V
3. (FUNDATEC – 2019) Trata-se de um exemplo de tauto- F F F
logia a proposição:
Resposta: Letra B.
a) Se dois é par então é verão em Gramado.
b) É verão em Gramado ou não é verão em Gramado. CONECTIVOS LÓGICOS
c) Maria é alta ou Pedro é alto.
d) É verão em Gramado se e somente se Maria é alta. Conceito
e) Maria não é alta e Pedro não é alto.
Os conectivos lógicos ou operadores lógicos, como
Você precisa guardar essa dica: A proposição que também podem ser chamados, servem para ligar duas
contiver uma afirmação com o conectivo ou mais a ou mais proposições simples e formar, assim, propo-
negação dessa mesma afirmação (ou vice-versa) será sições compostas.
sempre uma tautologia. Então, Temos 05 (cinco) operadores lógicos no total e cada
É verão em Gramado ou não é verão em Gramado. um tem sua nomenclatura e representação simbólica.
A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu
Veja a tabela abaixo:
valor lógico é sempre “verdadeiro”. Resposta: Letra B.
Tabela de conectivos
4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o seguinte
item, relativo à lógica proposicional e à lógica de
argumentação. CONECTIVO NOMENCLATURA SÍMBOLO LEITURA
Se P e Q são proposições simples, então a proposição e Conjunção ^ peq
[P→Q]∧P é uma tautologia, isto é, independentemente
ou Disjunção v p ou q
dos valores lógicos V ou F atribuídos a P e Q, o valor
lógico de [P→Q]∧P será sempre V. Disjunção
ou...ou v Ou p ou q
exclusiva
( ) CERTO  ( ) ERRADO Condicional
se...,então → Se p, então q
(implicação)
Basta perceber que o conectivo em questão é o “E”
p se e
(Conjunção), que só é verdadeiro quando as duas se e Bicondicional
somente
são verdadeiras, sendo assim se P for falso, já irá somente se (bi-implicação)
se q
144 invalidar o argumento. Resposta: Errado.
z Conjunção (conectivo “e”): Sua representação z Conectivo “e” usando “mas”
simbólica é ^.
Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor;
Exemplo:
z Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não
ambos”
„ Na linguagem natural: O macaco bebe leite e o
gato come banana; Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador,
„ Na linguagem simbólica: p ^ q. mas não ambos;

z Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”): Sua repre- z Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
sentação simbólica é v. Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”

Exemplo: Exemplos:

Desde que faça sol, Pedrinho vai à praia.


„ Na linguagem natural: Maria é bailarina ou Caso você estude, irá passar no concurso.
Juliano é atleta; Basta Ana comer massas, e engordará.
„ Na linguagem simbólica: p v q. Quem joga bola é rápido.
Todos os médicos sabem operar.
z Disjunção Exclusiva (conectivo “ou...ou”): Sua Qualquer criança anda de bicicleta.
representação simbólica é: v. Toda vez que chove, não vou à praia.

Exemplo: Dica
„ Na linguagem natural: Ou o elefante corre rápi- Na condicional a 1° proposição é o termo ante-
do ou a raposa é lenta; cedente e a 2° é o termo consequente.
„ Na linguagem simbólica: p v q. PQ
P = antecedente
z Condicional (conectivos “se, então”): Sua repre- Q = consequente
sentação simbólica é →.

Exemplo:
EXERCÍCIOS COMENTADOS
„ Na linguagem natural: Se estudar, então vai
passar; 1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) As proposições P, Q e R a
„ Na linguagem simbólica: p → q. seguir referem-se a um ilícito penal envolvendo João,
Carlos, Paulo e Maria:
z Bicondicional (conectivo “se e somente se”): Sua P: “João e Carlos não são culpados”. Q: “Paulo não é
representação simbólica é ⟷. mentiroso”. R: “Maria é inocente”.
Considerando que ~X representa a negação da propo-
Exemplo: sição X, julgue o item a seguir.
A proposição “Se Paulo é mentiroso então Maria é
„ Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e culpada.” pode ser representada simbolicamente por
somente se ele receber dinheiro; (~Q)↔(~R).
„ Na linguagem simbólica: p⟷q.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
z Negação: Uma proposição quando negada, recebe
valores lógicos opostos dos valores lógicos da pro- Veja que temos uma proposição condicional (se
posição original. O símbolo que iremos utilizar é então) e a representação simbólica apresentada é de
¬p ou ~p. uma bicondional. Representação da condicional ().
Resposta: Errado.
Exemplos:
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o seguinte
p: O gato é amarelo. item, relativo à lógica proposicional e à lógica de
~p: O gato não é amarelo.
argumentação.
q: Raciocínio Lógico é difícil.
A proposição “A construção de portos deveria ser
~q: É falso que raciocínio lógico é difícil.
uma prioridade de governo, dado que o transporte
r: Maria chegou tarde em casa ontem.
~r: Não é verdade que Maria chegou tarde em casa de cargas por vias marítimas é uma forma bastante
ontem. econômica de escoamento de mercadorias.” Pode ser
representada simbolicamente por P∧Q, em que P e Q
MATEMÁTICA

A negação além da forma convencional, pode ser são proposições simples adequadamente escolhidas.
escrita com as expressões abaixo:
( ) CERTO  ( ) ERRADO
É falso que ...
Não é verdade que... A representação simbólica apresentada para julgar-
mos é de uma conjunção. E na questão foi apresen-
Agora que já fomos apresentados aos conectivos tada uma proposição composta pela condicional na
lógicos, vamos ver algumas “camuflagens” dos opera- forma “camuflada” dentro de uma relação de causa
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja: e consequência “ Dado que...”. Resposta: Errado. 145
3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Considere as seguintes
proposições: P: O paciente receberá alta; Q: O paciente NOÇÕES DE CONJUNTOS
receberá medicação; R: O paciente receberá visitas.
Tendo como referência essas proposições, julgue o INTRODUÇÃO À TEORIA DE CONJUNTOS
item a seguir, considerando que a notação ~S significa
a negação da proposição S. Conjunto é uma reunião de elementos ou pessoas
A proposição ~P→[Q∨R] pode assim ser traduzida: Se que possuem a mesma característica, por exemplo,
numa festa pode haver o conjunto de pessoas que só
o paciente receber alta, então ele não receberá medi-
bebem cerveja ou o conjunto daquelas que só gostam
cação ou não receberá visitas. de músicas eletrônicas.
Representamos um conjunto da seguinte forma:
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Conjunto X
P: O paciente receberá alta;
~P: O paciente não receberá alta;
y
Q: O paciente receberá medicação;
R: O paciente receberá visitas.
A proposição ~P→[Q∨R] pode assim ser traduzida: x
Se o paciente NÃO receber alta, então ele receberá
medicação ou receberá visitas. Resposta: Errado.
Podemos afirmar que no interior do círculo há
4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item a seguir, a
todos os elementos que pertencem (compõem) ao con-
respeito de lógica proposicional. junto X, já na parte externa do círculo, estão todos os
A proposição “A vigilância dos cidadãos exercida pelo elementos que não fazem parte de X, ou seja, “y” não
Estado é consequência da radicalização da sociedade pertence ao conjunto X.
civil em suas posições políticas.” pode ser corretamente
representada pela expressão lógica P→Q, em que P e Q
Dica
são proposições simples escolhidas adequadamente.
No gráfico acima podemos dizer que o elemento
( ) CERTO  ( ) ERRADO “x” pertence ao conjunto X e o elemento “y” não
pertence.
A vigilância dos cidadãos exercida pelo Estado é
(verbo de ligação) consequência da radicalização Matematicamente, usamos o símbolo Є para indi-
da sociedade civil em suas posições políticas. Temos car essa relação de pertinência. Isto é: x Є X, já o ele-
apenas um verbo e por esse motivo é uma proposi- mento “y” não pertence ao conjunto X, onde usamos o
ção simples. símbolo ∉ para essa relação de não pertinência. Mate-
Cuidado com o uso da palavra consequência em maticamente: y ∉ X.
proposições como esta. Em determinadas situações,
de fato, teremos uma proposição condicional, senão Complemento de um conjunto
vejamos:
O complemento de X é o conjunto formado por
Passar (verbo no infinitivo) é consequência de estu-
todos os elementos do Universo e o elemento “y” faz
dar (verbo no infinitivo)
parte dele, claro que com exceção daqueles que estão
Nesse caso temos uma proposição composta pela
presentes em X. Representamos o complemento, ou
condicional. Resposta: Errado.
complementar, pelo símbolo XC. Podemos afirmar
que “y” não pertence a X, mas pertence ao conjunto
5. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Considerando os símbo- complementar de X: matematicamente: y Є XC.
los normalmente usados para representar os conecti-
vos lógicos, julgue o item seguinte, relativos a lógica Interpretando regiões e conhecendo a Interseção e
proposicional e à lógica de argumentação. Nesse sen- União de Conjuntos
tido, considere, ainda, que as proposições lógicas sim-
ples sejam representadas por letras maiúsculas. Uma outra situação é quando temos dois conjuntos
A sentença A fiscalização federal é imprescindível (X e Y), podemos representar da seguinte forma, no
para manter a qualidade tanto dos alimentos quanto geral:
dos medicamentos que a população consome pode
ser representada simbolicamente por P∧Q. X Y
( ) CERTO  ( ) ERRADO

Para ser proposição composta, haveria mais de um


verbo na frase, por isso, a frase em questão é con-
siderada uma proposição simples. Procure o verbo
na oração. a b c
A fiscalização federal é imprescindível para manter
a qualidade tanto dos alimentos quanto dos medica-
146 mentos que a população consome. Resposta: Certo. d
Interpretando os conjuntos mostrados, temos: X
O elemento “a” pertence apenas ao conjunto X,
pois ele está numa região que não tem contato com
o conjunto Y, já o elemento “c” faz parte somente ao
conjunto Y.
Perceba que o elemento “b” pertence aos dois con- Y
juntos, ou seja, faz parte da interseção entre os con-
juntos X e Y. A representação simbólica é feita por X ∩
Y. Como o elemento “b” faz parte dessa região, temos:
b Є (X ∩ Y) – o elemento “b” pertence à interseção
dos conjuntos X e Y.
Já o elemento “d” não faz parte de nenhum dos dois Perceba que realmente X ∩ Y = Y. Quando temos
conjuntos. Logo, podemos dizer que “d” não pertence à a situação acima, podemos dizer que o conjunto Y
União entre os conjuntos X e Y. A união é a junção das está contido no conjunto X, representado matemati-
regiões dos dois conjuntos e é representada simbolica- camente por Y ⊂ X. Ou podemos dizer ainda que o
mente por X ∪ Y. Assim, d ∉ (X ∪ Y) – o elemento “d” conjunto X contém o conjunto Y, representado mate-
não pertence à união entre os conjuntos X e Y. maticamente por X ⊃ Y.
Vamos analisar uma outra situação:

X Y Importante!
Entenda a diferença:
● Falamos que um elemento pertence ou não
pertence a um conjunto;
X–Y X∩Y Y–X ● Falamos que um conjunto está contido ou não
está contido em outro conjunto.

Representação de Conjunto usando Chaves


Nesta representação, podemos interpretar a região
Geralmente usamos letras maiúsculas para repre-
X – Y (diferença de conjuntos) como sendo a região
sentar os nomes de conjuntos, e minúsculas para
formada pelos elementos de X que não fazem parte do
representar elementos. Ex.: A = {4, 6, 7, 9}; B = {a, b, c,
conjunto Y. Veja o exemplo:
d} etc. Ainda podemos utilizar notações matemáticas
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} para representar os conjuntos. Veja o exemplo abaixo:
Y = {5, 6, 7, 9, 10}
A = {∀ x Є Z | x ≥ 0}
X – Y = basta tirar de X os elementos que estão nele
Podemos entender e fazer a leitura do conjunto
e também em Y, ou seja, X – Y = {2, 3, 4, 8}
acima da seguinte maneira: o conjunto A é compos-
to por todo x pertencente ao conjunto dos números
Já no caso da região Y – X, temos:
inteiros, tal que x é maior ou igual a zero.
Agora, veja um outro exemplo:
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
Y = {5, 6, 7, 9, 10} B = {∃ x Є Z | x > 5}
Y – X = {9, 10}
Uma interpretação para o conjunto é: no conjunto
Podemos falar, também, da região de interseção B existe x pertencente ao conjunto dos números intei-
dos conjuntos X ∩ Y. ros, tal que x é maior do que 5.
Agora vamos esquematizar todas as simbologias
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} para que você possa gravar mais facilmente e aplicar na
Y = {5, 6, 7, 9, 10} hora de resolver as questões. Observe a tabela a seguir:
X ∩ Y = {5, 6, 7}
SÍMBOLO NOME EXPLICAÇÃO
E por fim, vamos identificar a união entre os
conjuntos X e Y. Observe que vamos juntar todos os Ex: X = {a,b,c} representa
elementos dos dois conjuntos, mas sem repetir os ele- {,} chaves o conjunto X composto
mentos presentes na interseção. Veja: por a, b e c
Significa que o conjunto
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} conjunto
{ } ou ∅ não tem elementos, é um
Y = {5, 6, 7, 9, 10} vazio
conjunto vazio
MATEMÁTICA

X ∪ Y = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}
Significa “Para todo” ou
∀ para todo
“Para qualquer que seja”
Relação de “Contém”/“Não Contém” e “Está
Contido”/“Não Está Contido” entre Conjuntos Indica relação de pertinên-
Є pertence
cia de elementos.
Em algumas situações, a intersecção entre os con- Indica relação de não per-
∉ não pertence
juntos X e Y pode ser todo o conjunto Y, por exemplo. tinência de elementos.
Isso acontece quando todos os elementos de B são tam-
∃ existe Indica relação de existência.
bém elementos de A. Veja isso no gráfico a seguir: 147
SÍMBOLO NOME EXPLICAÇÃO 3. Preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações);
Indica que não há relação
∄ não existe
de existência
Matemática Português
Indica que um conjunto
⊂ está contido está contido em outro
conjunto.
Indica que um conjunto
não está
⊄ não está contido em ou-
contido
tro conjunto
Indica que determinado 10
⊃ contém conjunto contém outro
conjunto
Indica que determinado
⊅ não contém conjunto não contém ou- 4. Preencha as demais informações no diagrama;
tro conjunto
Serve para fazer a ligação Matemática (20) Português (30)
entre a composição de um
| tal que
conjunto na “representa-
ção em chaves”
união de
A ∪ B Lê-se como “X união Y”.
conjuntos
interseção de Lê-se como “X intersec- 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
A ∩ B
conjuntos ção Y”
diferença de Lê-se como “diferença de
A-B
conjuntos A com B”
5
Refere-se ao complemen-
XC complementar
to do conjunto X
Total = X
Diagrama de VENN 20 gostam de Matemática
30 gostam de Português
Vamos entender como se resolve questões que 10 gostam dos dois
envolvem Operações com Conjuntos se relacionan- 10 gostam apenas de Matemática
do. Acompanhe os exemplos a seguir e a maneira 20 gostam apenas de Português
como desenvolvemos suas resoluções:
5 não gostam de nenhuma
z Em uma sala de aula, 20 alunos gostam de Mate-
mática, 30 gostam de Português, e 10 gostam das 5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
duas matérias. Sabendo que 5 alunos não gostam tos envolvidos;
de nenhuma dessas duas matérias, quantos alunos
há nessa sala de aula? Matemática (20) Português (30)
Siga os passos abaixo:

1. Identifique os conjuntos;
2. Represente em forma de diagramas;
3. Preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações);
4. Preencha as demais informações no diagrama; 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos.

Vamos à resolução:
5
1. Identifique os conjuntos;
2. Represente em forma de diagramas; 10+10+20+5 = X
X = 45 alunos é o total dessa sala.
Matemática Português Também seria possível resolver esse tipo de ques-
tão usando a seguinte fórmula:

n(X ∪ Y) = n(X) + n(Y) – n(X ∩ Y)

Esta fórmula nos diz que o número de elementos


da União entre os conjuntos X e Y (X ∪ Y) é dado pelo
número de elementos de X, somado ao número de ele-
mentos de Y, subtraído do número de elementos da
148 interseção (X ∩ Y). Aplicando no exemplo, temos:
Matemática (M) 4. Preencha as demais informações no diagrama;
Português (p)
André Bernardo
n(M ∪ P) = n(M) + n(P) – n(M ∩ P)
n(M ∪ P) = 20 + 30 – 10
n(M ∪ P) = 40

Temos 40 alunos que gostam de Matemática ou


Português (aqui já está incluso quem gostam das duas
matérias). Para finalizar a resolução, devemos apenas 0 12 0
somar os 5 alunos que não gostam das duas matérias.
Assim, 40 + 5 = 45 alunos no total dessa sala. 10
z Assim como nos problemas com 2 conjuntos, quando
9 4
nós tivermos 3 conjuntos será possível resolver o pro-
blema por meio de Diagramas de Venn ou por meio
de fórmula. Acompanhe a resolução do exemplo: 0 Carol

André, Bernardo e Carol ouviram certa quantida- 6


de de músicas. Nenhum deles gostou de seis músicas
e os três gostaram de dez músicas. Além disso, hou-
ve doze músicas que só André e Bernardo gostaram, Colocamos o número 10 bem no centro, pois sabe-
nove músicas que só André e Carol gostaram e quatro mos que os três gostaram de dez músicas, depois
músicas que só Bernardo e Carol gostaram. Não houve preenchemos com as demais informações:
música alguma que somente um deles tenha gostado. 12 músicas que somente André e Bernardo gosta-
O número de músicas que eles ouviram foi? ram (na interseção entre os 2 apenas);
Siga os passos abaixo: 9 que somente André e Carol gostaram;
4 que somente Bernardo e Carol gostaram;
1. Identifique os conjuntos; 6 músicas que ninguém gostou (de fora dos três
2. Represente em forma de diagramas; conjuntos).
3. Preencha as informações de dentro para fora (da Os “zeros” representam o fato de que não houve
interseção para as demais informações); música que somente um deles tenha gostado.
4. Preencha as demais informações no diagrama; Logo, vem a última etapa:
5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos. 5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos;
Vamos à resolução:
Total = X
1. Identifique os conjuntos;
6+0+12+10+9+0+4+0=X
2. Represente em forma de diagramas;
X = 41 músicas
André Bernardo
Questões com três conjuntos podem ser resolvidos
usando a fórmula abaixo:

n(X ∪ Y ∪ Z) = n(X) + n(Y) + n(Z) – n(X ∩ Y) – n(X


∩ Z) – n(Y ∩ Z) + n(X ∩ Y ∩ Z)

Traduzindo a fórmula:
Total de elementos da união = soma dos conjuntos
– interseções dois a dois + interseção dos três
Bom! Já vimos a teoria e precisamos praticar o que
aprendemos, não é mesmo? Vamos praticar!
Carol

3. Preencha as informações de dentro para fora (da EXERCÍCIOS COMENTADOS


interseção para as demais informações);
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Determinado porto rece-
André Bernardo
beu um grande carregamento de frango congelado,
carne suína congelada e carne bovina congelada, para
exportação. Esses produtos foram distribuídos em
800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner
MATEMÁTICA

foi carregado com os três produtos; 300 contêineres


foram carregados com carne bovina; 450, com carne
10 suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne
suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína.
Nessa situação hipotética,
250 contêineres foram carregados somente com car-
Carol ne suína.

( ) CERTO  ( ) ERRADO 149


Vamos extrair as informações e colocar dentro dos 3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Determinado porto rece-
diagramas: beu um grande carregamento de frango congelado,
800 contêineres distribuição; carne suína congelada e carne bovina congelada, para
0 contêineres com os 3 produtos; exportação. Esses produtos foram distribuídos em
300 contêineres carne bovina; 800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner
450 contêineres carne suína; foi carregado com os três produtos; 300 contêineres
100 contêineres com frango e carne bovina; foram carregados com carne bovina; 450, com carne
150 contêineres com carne suína e carne bovina; suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne
100 contêineres com frango e carne suína. suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína.
Nessa situação hipotética,
400 contêineres continham frango congelado.
Bovina Frango
( ) CERTO  ( ) ERRADO
50 100 X
Com as informações colocadas nos diagramas na
questão anterior, podemos somar todas as informa-
ções que não possuem contato com o conjunto de
0 frango e subtrair do total. Veja:
50 (só bovinos);
150 100 150 (bovinos e suínos);
200 (só suínos).
Somando tudo isso, teremos 400 contêineres com
200 Suína
outras carnes, o que sobrou do total será a resposta
para a questão.
800-400= 400 contêineres contêm franco. (Lembre-se, a
banca não perguntou somente frango). Logo, 400 con-
Veja que apenas 200 contêineres foram carregados
têineres continham frango congelado. Resposta: Certo.
somente com carne suína. Resposta: Errado.
4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um aeroporto, 30
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Determinado porto rece-
beu um grande carregamento de frango congelado, passageiros que desembarcaram de determinado
carne suína congelada e carne bovina congelada, para voo e que estiveram nos países A, B ou C, nos quais
exportação. Esses produtos foram distribuídos em ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados
800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner para ser examinados. Constatou-se que exatamente
foi carregado com os três produtos; 300 contêineres 25 dos passageiros selecionados estiveram em A ou
foram carregados com carne bovina; 450, com carne em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne desses 25 passageiros estiveram em A e em B.
suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína. Com referência a essa situação hipotética, julgue os
Nessa situação hipotética, itens que se seguem
50 contêineres foram carregados somente com carne Se 11 passageiros estiveram em B, então mais de 15
bovina. estiveram em A.

( ) CERTO  ( ) ERRADO ( ) CERTO  ( ) ERRADO

Vamos extrair as informações e colocar dentro dos Dos 30 passageiros, são 25 que estiveram apenas
diagramas: em A ou B, de modo que os outros 5 passageiros esti-
800 contêineres distribuição; veram apenas em C. Veja ainda que 6 passageiros
0 contêineres com os 3 produtos; estiveram A e B, de modo que os outros 19 estiveram
300 contêineres carne bovina; somente em um desses dois países. Logo,
450 contêineres carne suína;
100 contêineres com frango e carne bovina;
A B
150 contêineres com carne suína e carne bovina;
100 contêineres com frango e carne suína.

Bovina Frango
X 6 25 – 6 – x =
50 100 X
19 – x

150 100

200 Suína C 5

Veja que exatamente 50 contêineres foram carrega-


150 dos somente com carne bovina. Resposta: Certo.
Sabemos que o número de pessoas que estiveram em Para toda distância percorrida nesta tabela, existe
B é dado pela soma 6 + (19 – X). Ou seja, um único correspondente de valor pago por corrida.
11 = 6 + (19 – X) Um matemático diria que o valor pago na corrida de
11 = 25 – X taxi está em função da distância percorrida. Se cha-
X = 25 – 11 marmos D de distância e VP de valor pago, pode-se
X = 14 escrever então a fórmula que represente essa função:
Logo, as pessoas que estiveram em A são X + 6 = 14 VP = 2D + 5, onde as duas letras na fórmula são as
+ 6 = 20. Resposta: Certo. variáveis, tendo VP variando de acordo com a varia-
ção de D, isto é, VP está em função de D. A fórmula da
5. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Situação hipotética: A função permite escrever a sua correspondente Tabe-
ANVISA realizará inspeções em estabelecimentos la, bastando substituir os valores D e obter seus res-
comerciais que são classificados como Bar ou Res- pectivos VP. Podemos dizer ainda, que o valor fixo na
taurante e naqueles que são considerados ao mesmo fórmula (cinco) seria o valor da bandeira.
tempo Bar e Restaurante. Sabe-se que, ao todo, são 96 Definição: Uma relação 𝑓 de um conjunto A em
estabelecimentos a serem visitados, dos quais 49 são um conjunto B, ou uma função 𝑓 de A em B, que é
classificados como Bar e 60 são classificados como denotado por 𝑓: A → B, e apresenta a seguinte pro-
Restaurante. Assertiva: Nessa situação, há mais de 15 priedade: ⩝x ϵ A, existe um único y ϵ B tal que (x,
estabelecimentos que são classificados como Bar e y) ϵ 𝑓.
como Restaurante ao mesmo tempo. Na figura abaixo, observa-se que as relações 𝑓 e g
não são funções, pois para 𝑓 nem todo elemento de A
( ) CERTO  ( ) ERRADO tem um respectivo em B. Já para a relação g, não se
tem todo elemento de A com um único respectivo em
B. A relação h: esta sim é uma função, visto que para
Extraindo os dados:
todo elemento de A existe um único respectivo em B,
total: 96;
bar: 49; A f B
restaurante: 60.
Somando tudo, temos 49 + 60 = 109. Passou o total de
96, porque estamos contando 2x vezes os estabeleci-
mentos que estão na interseção. Logo, descontamos
o que passou do total. 109 - 96 = 13 estabelecimentos
que são classificados como Bar e como Restaurante
ao mesmo tempo. Resposta: Errado.

A g B

RELAÇÕES E FUNÇÕES, FUNÇÕES


POLINOMIAIS,FUNÇÕES
EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES, RELAÇÕES E
FUNÇÕES
A
O conceito de função é um dos mais importantes H B
em toda a matemática. Essa teoria aparece em mui-
tos momentos do nosso cotidiano e seu uso pode ser
encontrado em diversos assuntos, como por exemplo,
qual seria o preço a ser pago numa conta de luz que
depende da quantidade de energia consumida? Ou será
que a temperatura influencia o aumento de vendas de
sorvete? E assim, o seu estudo se torna apropriado para
que sua aplicação ajude na resolução de problemas. Geralmente existe uma expressão y = 𝑓 (x) que
Toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de expressa todos os elementos da relação, assim, para
representar uma função 𝑓, de A em B, segundo uma
associação entre eles, que faça corresponder a todo
lei de formação, tem-se:
elemento do primeiro conjunto um único elemento do
segundo, ocorre uma função, ou dizemos que um está
𝑓 = {(x, y) | x ϵ A, y ϵ B e y = 𝑓 (x)} ou
MATEMÁTICA

em função do outro. Podemos representar uma função


𝑓: A → B
de duas maneiras, tabela ou fórmula. Abaixo segue
x ↦ 𝑓(x)
uma tabela que relaciona dois conjuntos, distância per-
corrida e valor pago em uma corrida de taxi:
Por exemplo, a função 𝑓, que associa a cada núme-
ro real x ao número 2x é expressa da seguinte forma:
DISTÂNCIA PERCORRIDA
10 15 20 25
(KM) 𝑓 = {(x, y) | x ϵ A, y ϵ B e y = 2x} ou
𝑓: A → B
VALOR PAGO (R$) 25 35 45 55
x ↦ 2x 151
Domínio, Contra Domínio e Imagem da função Funções Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras

O domínio (D) de uma função é sempre o próprio As Funções Injetoras são funções tais que os dis-
conjunto de partida, ou seja, é formado por todos os
tintos elementos do domínio se relacionam com dis-
possíveis elementos do conjunto A (D=A) e nos gráficos
são os valores que a abscissa (eixo x) pode assumir. O tintos elementos da imagem, ou seja, dois elementos
contra domínio (CD=B) é o conjunto de chegada, for- do domínio não podem ter a mesma imagem (Figura
mado por todos os elementos do conjunto B e são for- a). Uma função 𝑓: ℝ → ℝ dada por 𝑓(x) = 4x é injetora,
mados por todos os valores que as ordenadas (eixo y)
visto que para x1 ≠ x2tem-se 4x1 ≠ 4x2, logo, 𝑓 (x1) ≠ 𝑓
podem assumir. A imagem (Im) é formada por todos os
elementos do contra domínio que se relacionam com (x2).
algum elemento do domínio. Assim, quando todo ele- a) Diagrama para funções injetoras
mento x ϵ A está associado a um elemento y ϵ B, dize-
mos que y é a imagem de x, e denotamos por y = 𝑓(x).
Seja uma função 𝑓: ℕ → ℕ, ou seja, com domínio
e contra domínio nos naturais, definida por y = 𝑓(x)
= x + 2. Seu conjunto imagem é formado por meio da
substituição dos valores de x = {0, 1, 2, 3, 4, ...}, perten-
cente aos ℕ, em y = 𝑓(x), então para x = 1 → y = 𝑓(1) = 1
+ 2 = 3, e assim sucessivamente, de modo geral, a Im(
𝑓) = x + 2.

Importante!
b) Diagrama para funções sobrejetoras
Se tivermos um elemento do conjunto de parti-
da (A) do qual não tem seu respectivo valor em
relação ao conjunto (B), então essa relação não
é função.

O domínio é um subconjunto dos ℝ no qual todas


as operações indicadas em y = 𝑓(x) são possíveis. Para
a função abaixo qual seria seu domínio?

√x – 2
𝑓(x) = c) Diagrama para funções bijetoras
√3 – x

Assim, o domínio são todos valores possíveis para


x tal que y = 𝑓(x) exista nos reais. Tem-se duas restri-
ções na função, a primeira que não existe raiz quadra-
da negativa e que o denominador não seja nulo. Para
isso faremos:
x – 2 ≥ 0 → x ≥ 2 e 3 – x > 0 → x < 3, note que a
desigualdade do denominador exclui o zero. Assim, a
intersecção dessas duas condições é 2 ≤ x < 3. Logo, o
domínio é D = {x ϵ R| 2 ≤ x < 3}.

As Funções Sobrejetoras são funções nas quais o


seu conjunto imagem (Im) é igual ao contra domínio
(CD), isto é, Im=CD=B (Figura b). Em funções que acon-
teçam as duas situações ao mesmo tempo, ou seja, a
função é Injetora e Sobrejetora, então dizemos que ela
é uma Função Bijetora (Figura c).

Funções Pares e Ímpares

Uma função é dita par se, e somente se, 𝑓(x) =


𝑓(–x), para todo x ∊ D, ou seja, valores simétricos de x
devem ter a mesma imagem em y. Por outro lado, se a
função for definida por 𝑓(–x) = – 𝑓(x), então dizemos a

Diagrama A e B, em relação ao domínio (D), contra domínio (CD) e


função é ímpar. Seja 𝑓:A→B, os diagramas para fun-
152 imagem (Im). ções par e ímpar seguem na Figura 6.
a) Diagramas para funções pares Se 𝑓(x) = 2x então, 𝑓[g(x)] = 2g(x), como temos tam-
bém que 𝑓[g(x)] = x + 3, logo:

x+3
𝑓[g(x)] = 2g(x) = x + 3 → g(x) =
2

Relações entre Funções

A igualdade entre duas funções, é uma relação


entre funções definida da seguinte forma: sejam as
funções 𝑓: A → B e g: C → D, são funções iguais se, e
somente se, A = C e B = D e 𝑓(x) = g(x) para todo x ∊ A.
Assim, sendo A = {1, 2, 3} e B = {–2, –1, 0, 1, 2} e as
funções de A em B definidas por:

x2 – 1
𝑓(x) = x – 1 e g(x) =
x+1
Assim, para o domínio A = {1, 2, 3} tem-se:

𝑓(1) = 1 – 1 = 0
𝑓(2) = 2 – 1 = 1
𝑓(3) = 3 – 1 = 2

Diagramas para funções par (a) e ímpar (b).


e

Funções de x (𝑓(x) = xn), definidas em 𝑓 : ℝ → ℝ, 12 – 1


com potências pares são funções pares e com potên- g(1) = =0
cias ímpares são funções ímpares, por exemplo, 𝑓(x) 1+1
= x2 ou 𝑓(x) = x4 são pares e 𝑓(x) = x3 ou 𝑓(x) = x5 são
ímpares, visto que, 𝑓(x) = x2 = (–x)2 = 𝑓(–x) e 𝑓(–x) = (–x)3 22 – 1
= –x3 = –𝑓(x). g(2) = =1
Observando o gráfico de uma função par notamos 2+1
que ela é simétrica em relação ao eixo das ordenadas
(eixo y). 32 – 1
Já a função ímpar é simétrica em relação a origem g(3) = =2
3+1
((x, y) = (0, 0))

Funções Periódicas e Compostas Como 𝑓(1) = g(1); 𝑓(2) = g(2); 𝑓(3) = g(3) para todo x
∊ A, temos que as funções são iguais.
Funções periódicas a grosso modo são funções Podemos ter outras relações entre funções, como
especiais de fácil identificação visual ou gráfica, nas a soma de duas funções 𝑓 e g definida por:
quais se observa uma característica de repetição do (𝑓 + g) (x) = 𝑓 (x) + g(x).
decorrer da curva em intervalos subsequentes.
Uma função 𝑓 : ℝ → ℝ é dita periódica de tempo T, A diferença entre funções, definida por:
se existe uma constante positiva T tal que 𝑓(x) = 𝑓(x + (𝑓 – g) (x) = 𝑓 (x) – g(x).
T) para todo x ϵ ℝ. Assim, se 𝑓 é periódica de período
T, então, 𝑓 também é periódica de período nT, onde O produto entre funções:
n ϵ ℕ, 𝑓(x) = 𝑓(x + T) = 𝑓(x + 2T) = ... = 𝑓(x + nT). Por (𝑓 · g) (x) = 𝑓 (x) · g(x).
exemplo, funções trigonométricas 𝑓(x) =sen(x) e g(x) =
cos(x), são funções periódicas de período T =2π.
E o quociente entre funções:
Para que uma função composta 𝑓 com g exista,
cada uma delas 𝑓 e g devem ser funções dentro do (𝑓 / g) (x) = 𝑓 (x) / g(x), g(x) ≠ 0.
domínio e contra domínio definidos, ou seja, 𝑓: A → B
e g: B → C. Então, para todo x ϵ A temos um único y ϵ Em cada uma das operações anteriores o domínio
B tal que y = 𝑓(x) e para todo y ϵ B tem-se um único z da função resultante consiste naqueles valores de x
ϵ C tal que z = 𝑓(y), logo, existe uma função h: A → C, que estão no domínio de cada uma das funções 𝑓 e g,
definida por h(x) = z. Pode-se ainda indicá-la como 𝑓οg sendo que quando tivermos o quociente existe a neces-
MATEMÁTICA

ou h(x) = 𝑓[g(x)]. sidade do denominador ser não nulo e algumas outras


Assim, sejam as funções 𝑓(x) = x2 + 2 e g(x) = 3x. A funções também podem ter restrições específicas,
composta de 𝑓οg é dada por 𝑓[g(x)] = 𝑓[3x] = (3x)2 + 2 como por exemplo, a função raiz quadrada que precisa
= 9x2 +2. ser positiva. Logo, o domínio do resultado delas deve
Já a composta de gο𝑓 seria: g[𝑓 (x) ] = g[(x2 +2)] = satisfazer as duas funções ao mesmo tempo.
3(x + 2) = 3x2 + 2.
2
Supondo duas funções 𝑓(x) = √x + 1 e g(x) = √x – 4 , os
Podemos ainda, conhecendo a composta gο𝑓, vol- domínios delas são D𝑓 = [–1, +∞[ e Dg = [4, +∞[, notem
tar para as funções individuais, 𝑓 e g. Supondo 𝑓(x) = que raiz quadrada pode assumir somente valores
2x e 𝑓[g(x)] = x + 3, qual será a função g(x)? positivos incluindo o zero. 153
Se fizermos o quociente delas, teremos: Uma função 𝑓: A → B definida por y = 𝑓(x) é dita fun-
ção crescente em um intervalo, se para dois valores
quaisquer de x1 e x2, pertencentes ao intervalo, se x1 <
√x + 1
(𝑓/g)(x) = x2então 𝑓(x1) < 𝑓(x2). Ou seja, aumentando os valores de
√x – 4 x os valores de y também aumentam (Figura 9a).
Uma função y = 𝑓(x) = 3x é uma função crescente
nos ℝ, visto que para qualquer x1 < x2 → 3x1 < 3x2 para
O domínio da função quociente é D𝑓/g = ]4, +∞[, pois
todo {x1, x2} ∊ ℝ.
nesse caso o denominador não pode ser nulo.
Uma função 𝑓: A → B definida por y = 𝑓(x) é dita
função decrescente em um intervalo, se para dois
RAIZ DE UMA FUNÇÃO valores quaisquer de x1 e x2, pertencentes ao interva-
lo, se x1 < x2 então 𝑓(x1) > 𝑓(x2). Ou seja, aumentando
Raiz, ou raízes de uma função, são também conhe- os valores de x os valores de y diminuem (Figura 9b).
cidas como zero da função, ou seja, é quando o valor Uma função y = 𝑓(x) = –3x é uma função decres-
de x tenha imagem, y em zero ou nula, isto é, y = 𝑓(x) cente nos ℝ, visto que para qualquer x1 < x2 → –3x1 >
= 0. –3x2 para todo {x1, x2} ∊ ℝ.
Assim, para determinar a raiz da função y = 2x – 1,
basta igualar tal função a zero e isolar o valor de x, logo:

1
y = 2x – 1 = 0 → 2x = 1 → x =
2

É raiz da função y = 2x – 1 e o ponto no plano car- a) b)


tesiano será:
Figura 9. Exemplos de funções crescente (a) e decrescente (b).
1
(x, y) = ,0 FUNÇÃO DEFINIDA POR MAIS DE UMA SENTENÇA
2
Funções definidas por mais de uma sentença
FUNÇÃO CONSTANTE, CRESCENTE E são funções em que cada subdomínio tem uma função
DECRESCENTE associada a ela e a união desses subdomínios forma
o domínio da função original 𝑓(x). Com isso, conse-
Uma relação 𝑓: ℝ → ℝ recebe a denominação de guimos construir o gráfico das funções 𝑓(x) em cada
função constante quando a cada elemento de x ∊ ℝ subdomínio, Figura 10, dois exemplos de funções com
associa-se sempre o mesmo elemento c ∊ ℝ, ou seja, mais de uma sentença e diferentes subdomínios.

{
y = 𝑓(x) = c. O gráfico da função constante é uma reta
paralela ao eixo das abcissas (eixo x) passando pelo –x + 1, se x < –2
ponto (x, y) = (0, c), figura a seguir, assim o conjunto
Imagem (Im) de 𝑓 é Im = {c}. a) 𝑓(x) = x2 – 1, se – 2 ≤ x ≤ 1
–x + 1, se x > 1

(Figura 10a);

Função constante 𝑓(x) = c.


b) 𝑓(x) = { –x2 + 1, se x < 1
(x – 2)2 – 1, se x ≥ 1

Assim, temos exemplos de funções constantes (Figura 10b).


como mostra a figura a seguir.

y=4 y=–2

154 Exemplos de funções constante. (Figura 10a)


(Figura 10b)

FUNÇÃO INVERSA E SEU GRÁFICO

Uma função 𝑓: A → B, bijetora de A em B, ou seja,


distintos elementos do domínio (A) se relacionam com
distintos elementos da imagem (Im) e a Im=CD=B, a
relação inversa de 𝑓 é uma função de 𝑓: B → A, que
denominamos de função inversa e denotada por 𝑓 -1.
Seja uma função 𝑓:A→B, com A = {1, 2, 3, 4} e B = {1,
3, 5, 7}, definida por 𝑓(x) = 2x – 1, 𝑓 = {(1, 1), (2, 3), (3,
5), (4, 7)}. Temos que 𝑓 é bijetora visto que D𝑓 = A e a
Im𝑓 = B. A função inversa de 𝑓 também é uma função
bijetora, visto que para todo y ∊ B existe um único x ∊
A tal que 𝑓–1 = {(y, x) | (x, y) ∊ 𝑓}, onde 𝑓–1 = {(1, 1) | (3,
2), (5, 3), (7, 4)} D𝑓–1 = B e Im𝑓–1 = A. Logo, a sentença da
função inversa de 𝑓 é definida por:

{
y+1
𝑓(x) = y = 2x – 1 → 2x = y + 1 → x =
2
Figura 11. Funções (a) 𝑓(x) = 2x – 1, (b) 𝑓–1(x) = (x + 1)/2 e (c) as
duas funções mais a bissetriz em pontilhado.
Logo, se 𝑓 = {(x, y) ∊ A × B | y = 2x – 1}, então:
FUNÇÃO LINEAR, AFIM E QUADRÁTICA

𝑓–1 = { (y, x) ∊ B × A | x =
y+1
2
Função Linear e Afim

A Função Linear é uma aplicação de ℝ → ℝ quan-


do cada elemento x ∊ ℝ associa o elemento ax ∊ ℝ com
O domínio da f é A que é a imagem de f –1, já o a ≠ 0 e constante real, ou seja, 𝑓(x) = ax. a ≠ 0.
domínio de f–1 é B que é a imagem da f. O gráfico da função linear é uma reta que passa
Na Figura 11, vemos os gráficos das funções 𝑓 e 𝑓 -1 pela origem e liga os pontos (x, y) = (x, ax) no plano
cartesiano (Figura 12).
acima, percebemos pela Figura 11c que eles são simé-
tricos em relação a bissetriz nos quadrantes ímpares
do plano cartesiano. Para construir o gráfico basta
plotar os pontos (x, y) ou (y, x) das duas funções no
plano cartesiano e traçar uma reta.
MATEMÁTICA

Figura 12. Gráfico da Função Linear 𝑓(x) = 2x e o ponto (x, y) = (2, 4).

A aplicação de ℝ → ℝ, quando cada x ∊ ℝ estiver


associado ao elemento (ax + b) ∊ ℝ com a ≠ 0, a e b
constante real, recebe o nome de Função Afim, ou
seja, 𝑓(x) = ax + b; a ≠ 0, onde a é conhecido como coe-
ficiente angular e b como coeficiente linear. 155
O gráfico para a função afim, 𝑓(x) = ax + b, também
é uma reta, onde o coeficiente angular indica a incli-
nação da reta e o coeficiente linear indica o local em
que a reta corta o eixo das ordenadas (eixo y). Seja a
função afim, 𝑓(x) = 2x + 1, (x, y) = (0, 1) é o ponto onde a
reta corta o eixo y, com mais um ponto pode-se traçar
a reta que representa a função 𝑓(x). Assim, para x = 1
→ y = 3, ou seja, o ponto (x, y) = (1, 3), seu gráfico segue
na Figura 13.
Assim colocando esses resultados sobre o eixo x
e adicionando os sinais vemos em quais intervalos
Importante! estão os sinais positivos e negativos da função.
2º caso: a < 0 (decrescente):
Uma função afim, 𝑓(x) = ax + b, quando b = 0 ,
transforma-se na função linear, 𝑓(x) = ax, assim,
dizemos que uma função linear é um caso parti- b
cular da função afim.
üü =ℵℵ=
üüü
𝑓(x) ax + b > 0 → x < – ;
a

b
üü =ℵℵ=
üüü
𝑓(x) ax + b < 0 → x > – ;
a

Figura 13. Gráfico da Função Afim 𝑓(x) = 2x + 1 e o ponto (x, y) = (1, 3).
Seja a função 𝑓(x) = 2x + 1, sua raiz é dada por:
Uma Função Afim é crescente sempre que o coe-
ficiente angular for positivo e decrescente quando o 1
2x + 1 = 0 → x = –
mesmo for negativo. 2

Sinal da Função Afim Como o coeficiente angular é positivo (a = 2 > 0),


então o estudo de sinal de 𝑓(x) será:
O estudo do sinal de uma função 𝑓: A → B definida
1
por y = 𝑓(x), é encontrar para quais valores de x temos x >üü
üüü – ℵℵ=
→ 𝑓(x) > 0
2
𝑓(x) > 0, 𝑓(x) < 0 ou 𝑓(x) = 0, com x ∊ D𝑓 .
Inicialmente, identificamos onde a função é igual 1
x <üü
üüü – ℵℵ=
→ 𝑓(x) < 0
a zero, ou seja, encontramos a raiz da função y = 𝑓(x). 2
Para isso fazemos y = 𝑓(x) = 0, para função afim temos
a raiz sendo:

b
𝑓(x) = ax + b = 0 → x = –
a

Agora, teremos dois casos para estudo do sinal da


função afim, um quando o coeficiente angular é posi-
tivo (a > 0) outro quando é negativo (a < 0):
1º caso: a > 0 (crescente): Inequações produto e quociente para Função Afim

Sejam as funções 𝑓(x) e g(x), as inequações produ-


b to delas são dadas por:
üü= ax
üüü
𝑓(x) ℵℵ=+b>0→x>– ; 𝑓(x) · g(x) > 0 ou 𝑓(x) · g(x) < 0 ou 𝑓(x) · g(x) ≥ 0 ou
a 𝑓(x) · g(x) ≤ 0
b De acordo com a regra de sinais do produto de
üü= ax
üüü
𝑓(x) ℵℵ=+b<0→x<– ; números reais, temos que (+ × + = +); (– × – = +); (+ × –
156 a = –), assim, um conjunto solução (S) para uma dessas
inequações pode ser encontrado da seguinte forma, De acordo com a regra de sinais do quociente de
seja a inequação produto 𝑓(x) · g(x) > 0, para o produto números reais, temos que (+ ÷ + = +); (– ÷ – = +); (+
ser positivo temos duas situações: 𝑓(x) > 0 e g(x) > 0 ou ÷ – = –) e lembrando que o denominador da fração
𝑓(x) < 0 e g(x) < 0. não pode ser nulo, assim, um conjunto solução (S)
Assim, para 𝑓(x) > 0 e g(x) > 0 encontramos a solu-
para uma dessas inequações pode ser encontrado da
ção S1 para a 𝑓(x) > 0 e a solução S2 para a g(x) > 0,
chegando na solução geral S1 ⌒ S2. seguinte forma, seja a inequação quociente:
Depois para 𝑓(x) < 0 e g(x) < 0 encontramos a solu-
ção S3 para a 𝑓(x) < 0 e a solução S4 para a g(x) < 0,
𝑓(x)
chegando na solução geral S3 ⌒ S4 . ≥0
Por fim, a solução para a inequação produto, 𝑓(x) · g(x)
g(x) > 0, é dada pela união das soluções anteriores,S =
{S1 ⌒ S2} ◡ { S3 ⌒ S4}. Raciocínio análogo para as outras
Para o produto ser positivo temos duas situações:
inequações produto.
Tomemos como exemplo a inequação produto (x + 𝑓(x) ≥ 0 e g(x) > 0 ou 𝑓(x) ≤ 0 e g(x) < 0.
2) (3x – 1) > 0, ou seja, 𝑓(x) · g(x) > 0 → 𝑓(x) = x + 2 e g(x) Assim, para 𝑓(x) ≥ 0 e g(x) > 0 encontramos a solu-
= 3x – 1, seguindo os dois passos acima temos: ção S1 para a 𝑓(x) ≥ 0 e a solução S2 para a g(x) > 0,
chegando na solução geral S1 ⌒ S2.
Depois para 𝑓(x) ≤ 0 e g(x) < 0 encontramos a solu-
xüü
+ 2 ℵℵ=
üüü >0→x>–2
ção S3 para a 𝑓(x) ≤ 0 e a solução S4 para a g(x) < 0,
chegando na solução geral S3 ⌒ S4 .
1
Por fim, a solução para a inequação quociente:
3xüü
üüü– 1 ℵℵ=
>0→x>
3
𝑓(x)
≥0
g(x)

É dada pela união das soluções anteriores, S = {S1


⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4}. Raciocínio análogo para as outras
inequações quocientes.
Logo, a solução para esse primeiro caso é: Tomemos como exemplo a inequação quociente:

{
S1 ⌒ S2= x∊ℜ|x>
1
{ (x + 2)
≥1
3 (3X – 1)

Ou seja,
x üü
+ 2 <ℵℵ=
üüü 0→x<–2

1
(x + 2) (x + 2) (–2x + 3
3xüü
üüü 0→x<
– 1 <ℵℵ= ≥1→ –1≥0→ ≥0
3 (3x – 1) 3x – 1 (3x – 1

Assim temos:

𝑓(x)
> 0 → 𝑓(x) = – 2x + 3 e g(x) = 3x – 1
g(x)

Logo, a solução para esse segundo caso é S3 ⌒ S4 = Seguindo os dois passos acima temos:
{x ∊ ℜ | x < – 2}. Assim, o conjunto solução para inequa-
ção produto (x + 2) (3x – 1) > 0 é:
3
– üü
üüü
2x + 3ℵℵ=
≥0→x –≤

{
S = {S1 ⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4} = x ∊ ℜ | x < –2 ou x >
1
{ 1
2
MATEMÁTICA

3 3xüü
üüü– 1 >ℵℵ=
0→x>
3

Seja as funções 𝑓(x) e g(x), as inequações quocien-


tes delas são dadas por:

𝑓(x) 𝑓(x) 𝑓(x) 𝑓(x)


> 0 ou < 0 ou ≥ 0 ou ≤0
g(x) g(x) g(x) g(x) 157
Logo, a solução para esse primeiro caso é: 3 1
(xv, yv) = ,–

{
S1 ⌒ S2= x∊ℜ|
1
<x≤
3
{ 2 4

3 2 Logo seu gráfico segue na Figura 14.

3
– üü
üüü
2x +ℵℵ=
3≤0→x –≥
2

1
üü
üüü
3x –ℵℵ=
1<0→x<
3

Logo, a solução para esse segundo caso é {S3 ⌒


S4} = {∅}. Assim, o conjunto solução para inequação
quociente: Figura 14. Gráfico da Função Quadrática 𝑓(x) = x2 – 3x + 2 com
(x v, y v = ^ 2 , – h e raízes (x1, y) = (1, 0); (x2, y) = (2, 0).
3 1
vértice: 4
(x + 2) As raízes ou zeros da função quadrática são os valores de x tal que a
≥1 𝑓(x) = ax2 + bx + c = 0.
(3x – 1)
Pela forma canônica tem-se que a função 𝑓(x) = ax2
é: + bx + c pode ser escrita da seguinte forma:

{ [ ]
2

S = {S1 ⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4} =


x∊ 1
<x≤
3
{ 𝑓(x) = a x+
b

ℜ| 2a 4a2
3 2

Sendo ∆ = b2 – 4ac, o discriminante, igualando essa


Quando se está trabalhando algebricamente com função canônica a zero chegamos nos valores das
uma inequação e no momento que se tem a necessida- raízes:
de de multiplicar por -1 ambos os lados para isolar x,
(–1) · – x ≤ – 3/2 · (–1) , não esqueça de também inver-
– b ± √∆
ter o sinal da inequação, ficando nesse caso, x ≥ 3/2 . x=
2a
Funções Quadráticas
Usando essa fórmula chegamos nas raízes da fun-
A Função Quadrática ou do 2º grau é uma apli- ção quadrática, 𝑓(x) = x2 – 3x + 2:
cação de ℝ → ℝ quando cada elemento x ∊ ℝ associa
o elemento (ax2 + bx + c) ∊ ℝ com a ≠ 0, ou seja, 𝑓(x) = ∆ = b2 – 4ac = (–3)2 – 4 · 1 · 2 = 9 – 8 = 1,
ax2 + bx + c; a ≠ 0 e a, b, c ∊ ℜ. Um exemplo de função
quadrática, 𝑓(x) = x2 – 3x + 2; a = 1, b = –3, c = 2. – (–3) – √1 3–1
O gráfico para a função quadrática, 𝑓(x) = ax2 + x1 = = =2
bx + c, é uma parábola, assim para sua construção é 2·1 2
necessário mais que dois pontos, diferente do visto
– (–3) + √1 3+1
anterior na construção da reta. Inicialmente encon- x2 = = =2
tra-se os zeros ou raízes da função, o vértice e o pon- 2·1 2
to de encontro com o eixo y. São três coeficientes na
função quadrática, a, b e c. O primeiro (a) indica se a Assim, as raízes para a função quadrática são: (x1,
concavidade da parábola está voltada para cima (a > y) = (1, 0); (x2, y) = (2, 0).
0) ou para baixo (a < 0), já o terceiro (c) indica onde a
parábola corta o eixo das ordenadas (eixo y), ou seja, Quando o valor de delta é negativo (∆ < 0) não
quando x = 0 ou y = c. Seja a função quadrática, 𝑓(x) temos raízes reais, pois raiz quadrada de um núme-
= x2 – 3x + 2, (x, y) = (0, 2) é o ponto onde a parábola ro negativo é um número complexo. Quando o delta
corta o eixo y, com mais alguns pontos pode-se traçar é igual a zero (∆ = 0) as duas raízes são iguais, ou seja,
a parábola que representa a função 𝑓(x). Assim, as raí- teremos uma função quadrática de raiz unitária. Já
zes da função são y = 0 → x1 = 1; x2 = 2, ou seja, o ponto para delta positivo (∆ > 0) teremos então a situação de
158 (x1, y) = (1, 0); (x2, y) = (2, 0) e o vértice dado pelo ponto: duas raízes reais.
Sinal da Função Quadrática

O estudo do sinal de uma função 𝑓: A → B definida


por y = 𝑓(x), é encontrar para quais valores de x temos
𝑓(x) > 0, 𝑓(x) < 0 ou 𝑓(x) = 0, x ∊ D𝑓 com.
Inicialmente, identificamos onde a função é igual
a zero, ou seja, encontramos a raiz da função y = 𝑓(x). Logo no estudo do sinal da função quadrática 𝑓(x)
Para isso fazemos y = 𝑓(x) = 0, para função quadrática = x2 – 3x + 2, temos que a = 1 > 0 e calculamos o valor
vimos que as raízes são: do delta, ∆ = 1 > 0, e das raízes, x1 1 = e x2 = 2. Assim,
concluímos para o estudo de sinal:
– b ± √∆
x=
2a üü> 0,
üüü
𝑓(x) ℵℵ={x ∊ ℜ | x < 1 ou x > 2}

Com ∆ = b2 – 4ac. a>0→


Agora, teremos os casos para estudo do sinal da üü< 0,
üüü
𝑓(x) ℵℵ={x ∊ ℜ | 1 < x < 2}
função quadrática, quando o coeficiente a é positivo
(a > 0) outro quando é negativo (a <0) e ainda quando
∆ > 0; ∆ < 0 e ∆ = 0 Inequações para Função Quadrática
Para ∆ < 0 temos:
Seja a ≠ 0 as inequações quadráticas são: ax2 + bx
a > 0 → 𝑓(x) >0, ⩝x ∊ ℜ + c > 0, ax2 + bx + c < 0, ax2 + bx + c ≥ 0 ou ax2 + bx + c ≤ 0.
a < 0 → 𝑓(x) < 0, ⩝x ∊ ℜ Resolver a inequação 𝑓(x) = ax2 + bx + c > 0 signifi-
No gráfico da função quadrática com ∆ < 0, como ca encontrar valores de x tal que 𝑓(x) seja positiva. O
não existe raiz real, logo a parábola não corta o eixo resultado para resolver essa inequação é encontrado
x (abscissa). no estudo de sinal da função 𝑓(x) . Assim dependendo
dos valores de a e de delta temos algumas combina-
ções de resultados para solução da 𝑓(x) > 0:

Para ∆ = 0 temos:

a > 0 → 𝑓(x) > 0, ⩝x ∊ ℜ


a < 0 → 𝑓(x) < 0, ⩝x ∊ ℜ

No gráfico da função quadrática com ∆ = 0, as raí-


zes são iguais (raiz unitária), logo a parábola corta o
eixo x (abscissa) em apenas um ponto, nesse ponto a
𝑓(x) = 0.

Para ∆ > 0 temos: No caso de inequação produto faz-se o estudo de


sinal de cada uma das funções quadráticas e define-se
como solução de acordo com a regra de sinais do pro-
üü> 0,
üüü
𝑓(x) ℵℵ={x ∊ ℜ | x < x1 ou x > x2} duto de números reais, temos que (+ × + = +); (– × – =
a>0→ +); (+ × – = –), assim, um conjunto solução (S) para uma
dessas inequações pode ser encontrada da seguinte
üü< 0,
üüü
𝑓(x) ℵℵ={x ∊ ℜ | x1 < x < x2}
forma, seja a inequação produto 𝑓(x) · g(x) > 0, para o
produto ser positivo temos duas situações: 𝑓(x) > 0 e
MATEMÁTICA

g(x) > 0 ou 𝑓(x) < 0 e g(x) < 0.


üü> 0,
üüü
𝑓(x) ℵℵ={x ∊ ℜ | x1 < x < x2}
Então seja a inequação produto (x2 – x – 6) · (– x2
a<0→ + 2x – 1) > 0, para achar o conjunto solução primeiro
üü< 0,ℵℵ=
üüü
𝑓(x) {x ∊ ℜ | x < x1 ou x > x2} encontra-se as raízes de cada função 𝑓(x) = x2 – x – 6 e
g(x) = –x2 + 2x – 1:

No gráfico da função quadrática com ∆ > 0, exis- ∆ üü


üüü
𝑓
ℵℵ=
= (–1)2
– 4(1)(–6) = 1 + 24 = 25
te as duas raízes reais, logo a parábola corta o eixo x ∆ = b2 – 4ac →
(abscissa) em dois pontos, nesses pontos a 𝑓(x) = 0. ∆ üü
üüü
g
= (2)
ℵℵ=
2
– 4(–1)(–1) =4–4=0 159
–(–1) – √25 Para g(x) = – x2 + 2x, com ∆ > 0 e a < 0:
xüü
üüü
1
= ℵℵ= = –2
2·1
𝑓(x) = 0 g(x) > 0, {x ∊ ℜ | 0 < x < 2}
–(–1) + √25
xüü
üüü
2
= ℵℵ= =3 g(x) < 0, {x ∊ ℜ | x < 0 ou x > 2}
2·1
Assim, para a inequação quociente ser negativa,
üü ℵℵ= –(2) 𝑓(x)/g(x) = (2x2 + x – 1) / (–x2 + 2x) < 0, temos duas situa-
üüü ± √0
g(x) = 0 x =x = =1 ções, a primeira com 𝑓(x) > 0 e g(x) < 0. Assim, a solu-
1
üü
üüü 2
ℵℵ=
2 · (–1) ção será:

Para 𝑓(x) = x2 – x – 6, com ∆ > 0 e a > 0:


üüü =ℵℵ üü1
üü ℵℵ= ü
S1 = x ∊ ℜ | x < – 1 ou x > ⌒ {x ∊ ℜ | x < 0 ou x >2}
üü> ℵℵ=
üüü =ℵℵ üü2
üü ℵℵ=
üüü ü
𝑓(x) 0, {x ∊ ℜ | x < –2 ou x > 3}
üü< ℵℵ=
üüü 0, {x ∊ ℜ | –2 < x <3}
𝑓(x) = {x ∊ ℜ | x < –1 ou x > 2

Para g(x) = –x2 +2x – 1, com ∆ = 0 e a < 0:


A segunda para 𝑓(x) < 0 e g(x) > 0. Assim, a solução
g(x) < 0, ⩝x ∊ ℜ.
será:
Assim, para a inequação produto ser positiva, 𝑓(x)
· g(x) = (x2 – x – 6) · (–x2 + 2x – 1) > 0, sabendo que g(x) <
0, então a 𝑓 também deve ser negativa, 𝑓(x) < 0. Assim, =ℵℵ üü1
üü ℵℵ=
üüü ü
a solução será S = {x ∊ ℜ |–2 < x < 3}. S2 = x∊ℜ|–1<x< ⌒ { x ∊ ℜ | 0 < x < 2}
üü ℵℵ=
üüü =ℵℵ üü ü
No caso de inequação quociente faz-se o estudo 2
de sinal de cada uma das funções quadráticas e defi-
üüü =ℵℵ üü1
üü ℵℵ= ü
ne-se como solução de acordo com a regra de sinais
= x∊ℜ|0<x<
do quociente de números reais, temos que (+ ÷ + = üü ℵℵ=
üüü =ℵℵ üü ü
2
+);(– ÷ – = +);(+ ÷ – = –), assim, um conjunto solução (S)
para uma dessas inequações pode ser encontrada da
Logo, a solução das inequações quociente (2x2 + x
seguinte forma, seja a inequação quociente 𝑓(x) / g(x)
– 1)/(–x2 + 2x) < 0 é:
> 0, para o quociente ser positivo temos duas situa-
ções: 𝑓(x) > 0 e g(x) > 0 ou 𝑓(x) < 0 e g(x) < 0.
Então seja a inequação quociente (2x2 + x – 1)/(–x2 + üü ℵℵ=
üüü 1 ℵℵ üüü
=

2x) < 0, para achar o conjunto solução primeiro encon- S1 ◡ S2 = x ∊ ℜ | x < –1 ou 0 < x < ou x > 2
üü ℵℵ=
üüü =ℵℵ üü ü
tra-se as raízes de cada função 𝑓(x) = 2x2 + x – 1 e g(x) 2
= – x2 + 2x:
üü ℵℵ=
üüü Máximo e Mínimo para Função Quadrática

∆𝑓 = (1)2 – 4(2)(–1) = 1 + 8 = 9 Dizemos que o número yM ∊ Im(𝑓) é o valor máxi-


∆ = b2 – 4ac →
mo ou mínimo da função y = 𝑓(x) se, somente se, yM ≥
∆g = (2) – 4(–1)(0) = 4 – 0 = 4
2

üü –(1)
üüü ℵℵ= – √9
y ou yM ≤ y, respectivamente. Ao valor xM ∊ D𝑓 tal que
yM = 𝑓(xM) chamamos de ponto máximo ou mínimo da
xüü
üüü= ℵℵ= = –1 função. Esse ponto também conhecido como vértice
1
2·2 da função quadrática ou da parábola. Denotamos o
𝑓(x) = 0
vértice como:
–(1) + √9 1
xüü
üüü
= ℵℵ=
2
=
2·2 2
ℵℵ–b ℵ–∆ℵ
üü ü(xM, yℵ
üüü ) = V (xv, yv) = V ℵ , ℵ ℵ
–(2) – √4 M
ℵü2a üℵ
ü ü4a
xüü
üüü
1
= ℵℵ= =2
2 · (–1)
g(x) = 0 Para a função quadrática 𝑓(x) = x2 – 3x + 2, o vértice
–(2) + √4
xüü
üüü
2
= ℵℵ= =0 é dado por:
2 · (–1)
ℵℵ–b ℵ
–∆ℵ
Para 𝑓(x) = 2x2 + x – 1, com ∆ > 0 e a > 0: üü ü
üüü ℵ V(xv , yv) = V ℵ , üüℵ ℵ üüüüüü
ℵü2a
ü 4aℵ
1 ℵℵ
– ( –3) –((–3)2 – 4 · 1 ·ℵ
2)ℵ
𝑓(x) > 0, x ∊ ℜ | x < –1 ou x >
üü ü
üüü ℵ =V ℵ , ℵ ℵ ü
2
ℵüü2 · 1 4·1 üüℵ
=ℵℵ üü ü 1
𝑓(x) < 0, x ∊ ℜ | –1=<ℵxℵ
< ℵℵ3 ℵ1ℵ
üü ü
2 üü ü
üüü ℵ =V ℵ , – 4ℵ ℵ üüüüüü
160 ℵü2ü üüℵ
Sendo a = 1 > 0, então a concavidade da parábola –(4) – √16
está voltada para cima e o vértice será ponto de míni- xüü
üüü
= ℵℵ=
1
= –4
mo da função. 2·1
O vértice de uma função quadrática será ponto de –(4) + √16
máximo da função quando a < 0 e ponto de mínimo xüü
üüü
= ℵℵ=
2
=0
da função quando a > 0. 2·1

FUNÇÃO MODULAR As raízes são –4 e 0, como para a primeira sentença


o valor de a > 0, então a concavidade é voltada para
Definição, Gráfico, Domínio e Imagem cima, e na segunda sentença o valor de a < 0, ou seja,
concavidade voltada para baixo. Logo, a solução posi-
Uma função 𝑓: ℝ → ℝ definida pela associação de cada tiva para a função nas duas sentenças segue o interva-
x ∊ ℝ a 𝑓(x) = |x| ∊ ℝ é denominada Função Modular. lo de x abaixo:
Considerando a definição de módulo de um núme-
ro real, em que para um número x tem-se |x| = x, se x
≥ 0 ou |x| = –x, se x < 0, podemos descrever a função x2üü
üüü+ 4x,
ℵℵ=x ≤ –4 ex≥0
𝑓(x) =
modular também da seguinte forma: üü
üüü ℵℵ=
–x – 4x, –4 < x < 0
2

x,üü
üüüse xℵℵ=
≥0 Dessa forma construímos o gráfico para x2 + 4x no
𝑓(x) = intervalo abaixo de –4 e acima de 0 e para –x2 – 4x no
üü ℵℵ=
üüü
– x, se x < 0
intervalo entre –4 e 0 (Figura 16).
As raízes das sentenças definidas pela função
O gráfico para a função modular 𝑓(x) = |x| é defi- modular podem também ser chamadas de ponto (s)
nido pela junção dos dois gráficos da função de duas de inflexão da curva (funções quadráticas) ou da reta
sentenças (x e –x) e resultará em duas semi-retas de (funções lineares ou Afim). Inflexão é um ponto sobre
origem na raiz da função, (x, y) = (0,0), ou seja, essas uma curva na qual a curvatura troca o sinal, nesse
retas são bissetrizes dos primeiro e segundo quadran- caso indo para o lado positivo do eixo y, pois, Im(𝑓)
tes do plano (Figura 15). = 𝔑+.
O domínio da função modular é o conjunto dos
reais, ou seja, para todo x ∊ ℝ, existe um único y ∊
Im(𝑓), sendo que a imagem da função assume somen-
te valores positivos (reais não negativos (ℝ+)). Logo,
Im(𝑓) = ℜ+. Note, que no gráfico da função as retas
ficam acima do eixo x, onde todos valores para y são
positivos (Figura 15).

Figura 16. Gráfico da Função Modular 𝑓(x) = | x2 + 4x|.

Equações Modulares

Lembrando da definição de módulo de um núme-


Figura 15. Gráfico da Função Modular 𝑓(x) = |x|. ro real, em que para um número k > 0 tem-se |x| = k
⇔ x = k ou x = –k. Então a solução da equação modu-
Para funções modulares com potência quadrática lar |x + 2| = 3 é:
como 𝑓(x) = |x2 + 4x|, primeiro divida a função modu-
lar em funções definidas por duas sentenças:
MATEMÁTICA

x üü
+ 2 =ℵℵ=
üüü 3→x =1
|x + 2| = 3 ⇔
üü ℵℵ=
üüü
x + 2 = –3 → x = –5
x2üü
üüü ℵℵ=
+ 4x
𝑓(x) =
üü
–(x
üüü + 4x)
2 ℵℵ=
S = {–5, 1}

A essas duas funções encontramos as suas raízes: Caso tenhamos duas funções modulares, como a
equação |3x + 2| = |x – 1|, a solução é dada da seguin-
∆ = b2 – 4ac = 42 – 4 · 1 · 0 = 16 te forma: 161
3 Já para x < –1 temos –x –1 ≥ 7 – 2x ⇔ x ≥ 8, com
3xüü
üüü+ 2ℵℵ=
=x–1→x=– solução:
2
|3x + 2| = |x – 1| ⇔
1 S2 = {x ∊ ℜ| x < –1} ⌒ {x ∊ ℜ| x ≥ 8} = {∅}
3xüü
üüü+ 2ℵℵ=
= –x + 1 → x = –
4
Assim, a solução de |x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 é dada por:
üü
üüü
= ℵ üü1
3 ℵℵℵ=ü
S= – ,– S1 ◡ S2 = {x ∊ ℜ| x ≥ 2} ◡ ∅ = {x ∊ ℜ| x ≥ 2}
üü
üüü
= ℵ üü4
2 ℵℵℵ=ü

FUNÇÃO EXPONENCIAL
E na situação de uma função modular, como a
equação |3x + 2| = 2x – 3, a solução é válida para valo- Definição, Características, Domínio, Imagem e
res de x tal que 2x – ≥ 0 → x ≥ 3/2. A solução da equa-
Gráfico
ção é dada por:

Seja a um número real, tal que seja maior que zero


3xüü
üüü+ 2ℵℵ=
= 2x – 3 → x = –5
e diferente de 1(0 < a ≠ 1 ou a ∊ ℜ*+ –{1}), a função 𝑓:
|3x + 2| = 2x – 3 ⇔ 1 ℝ → ℝ que associa a cada x ∊ ℝ o número 𝑓(x) = ax,
3xüü
üüü+ 2ℵℵ=
= –2x + 3 → x =
5 é conhecida como Função Exponencial. Assim fun-
ções como: 2x, (√2)x e 10x são exemplos de funções
Como a solução só é válida para valores de x ≥ 3/2, exponenciais.
então a solução para |3x + 2| = 2x – 3 é S = {∅}. Da definição de função exponencial, a partir de
algumas características, pode-se notar:
Inequações Modulares
z x = 0 → 𝑓(0) = a0 = 1;
Uma das propriedades de módulo para números
reais, em que para um número k > 0 tem-se |x| < k ⇔ z 𝑓(x) = ax é crescente para a > 1, ou seja, x1 < x2 →
–k < x < k e |x| > k ⇔ x < – k ou x > k. Com essa proprie- 𝑓(x1) < 𝑓(x2);
dade podemos resolver inequações modulares como z 𝑓(x) = ax é decrescente para 0 < a < 1, ou seja, x1 <
|3x – 2| < 4 e sua solução é:
x2 → 𝑓(x1) > 𝑓(x2);
z n ∊ ℤ e a > 1, então 𝑓(n) = an > 1 se, e somente se, n
2 > 0;
|3x – 2| < 4 ⇔ –4 < 3x – 2 < 4 → –2 < 3x < 6 → – <x<2
3 z a ∊ ℝ, a > 1 e r ∊ ℚ, então 𝑓(r) = ar > 1 se, e somente
üü ℵℵ=
üüü ℵℵ üüü
=2 se, r > 0;
S= x∊ℜ|– <x<2 z a ∊ ℝ, a > 1 e r, s ∊ ℚ, então as > ar se, e somente se,
üü ℵℵ=
üüü ℵℵ üüü
=3
s > r;
z a ∊ ℝ, a > 1 e α ∊ {ℝ –ℚ}, então aα > 1 se, e somente
Mas se a inequação for |5x + 4| ≥ 4, a solução é:
se, α > 0;
|5x + 4| ≥ 4 ⇔ 5x + 4 ≤ –4 ou 5x + 4 ≥ 4 ⇔ 5x ≤ –8 z a ∊ ℝ, a > 1 e b ∊ ℝ, então ab > 1 se, e somente se, b
> 0;
ou z a ∊ ℝ, a > 1 e x1, x2 ∊ ℝ, então ax1 > ax2 se, e somente
se, x1 > x2;
8 z a ∊ ℝ, 0 < a < 1 e b ∊ ℝ, então ab > 1 se, e somente
5x ≥ 0 ⇔ x ≤ – ou x ≥ 0 se, b < 0;
5
z a ∊ ℝ, 0 < a < 1 e x1, x2 ∊ ℝ, então ax1 > ax2 se, e somen-
üü ℵℵ=
üüü =ℵℵ üüü
8 te se, x1 < x2.
S= x∊ℜ|x≤– ou x ≥ 0
üü ℵℵ=
üüü 5
=ℵℵ üüü
O domínio da função exponencial é o conjunto
Para a inequação |x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 temos: dos reais, ou seja, para todo x ∊ ℝ, existe um único y ∊
Im(𝑓), sendo que a imagem da função assume somente
|x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 → |x + 1| ≥ 7 – 2x valores positivos não nulos (reais não negativos e não
nulo (ℝ*+)). Logo, Im(𝑓) = ℜ*+. Note, que no gráfico da
x üü
üüü
+ 1, ℵℵ=
se x ≥ – 1 função a curva de 𝑓(x) = ax está toda acima do eixo x,
|x + 1| = pois 𝑓(x) = ax > 0, ⩝ x ∊ ℜ. Além disso, temos que o pon-
–xüü
üüü– 1,ℵℵ=
se x < –1
to de encontro da curva com o eixo y, é no ponto (x, y)
= (0, 1), x = 0 → 𝑓(0) = a0 = 1. Assim, o gráfico para duas
Para x ≥ –1 temos x + 1 ≥ 7 – 2x ⇔ ≥ 2, com solução:
funções exponenciais, crescente (a > 1) e decrescente
162 S1 = {x ∊ ℜ | x ≥ – 1} ⌒ { x ∊ ℜ | x ≥ 2} = {x ∊ ℜ | x ≥ 2} (0 < a < 1), segue como na Figura 17.
üü1
üü
üüü
=ℵℵ ü
ℵℵ=
S= – 2,
=ℵℵ üü2
üü
üüü ü
ℵℵ=

Inequações Exponenciais

Inequações exponenciais são aquelas inequações


onde a incógnita x está no expoente, como: 2x > 32 e
2x – 4x < 2.
A forma de solucionar a inequação exponencial é
deixando todas as potências com a mesma base, como
a 𝑓(x) = ax é crescente com base (a > 1) e decrescen-
te com base (0 < a < 1), podemos dizer então que a
desigualdade se mantém para as potências quando a
função é crescente e inverte quando é decrescente, ou
seja:

a > 1 → ax > ay ⇔ x > y;


0 < a < 1 → ax > ay ⇔ x < y

Seja a inequação exponencial 2x < 32 (crescente),


temos a solução igual a:

2x < 32 → 2x < 25 → x < 5


S = {x ∊ ℜ | x < 5}

E na inequação exponencial (decrescente):

ℵ ℵx
ü ℵ1ℵ ≥ ü125
ℵ5ℵ
Temos duas formas:

ℵ1ℵ ℵ1ℵ
x x
Figura 17. Gráfico da Função Exponencial, (a) crescente (𝑓(x) = 2x) e
(b) decrescente (𝑓(x) = (0, 5)x ). ü ℵ5ℵ üü → ℵ ℵ
≥ 125 ü
≥ 53 → (5–1)x ≥ 53 → 5–x ≥ 53
ℵℵ ℵ5ℵ
Equações Exponenciais
5–x ≥ 53 → – x ≥ 3 → x ≤ –3
Equações exponenciais são aquelas equações nas
quais a incógnita x está no expoente, como: 2x = 32 e S = {x ∊ ℜ | x ≤ –3}
2x – 4x = 2.
A forma de solucionar a equação exponencial é
ℵ1 ℵx ℵ1ℵx ℵ 1ℵx ℵ 1ℵ–3
deixando todas as potências com a mesma base, como ü ℵ ℵ ≥ü125ü→ ℵ ℵ ≥ü53 →
ü ℵ ℵ ≥üü ℵ ℵ ü
a 𝑓(x) = ax é injetora, podemos dizer que potências ℵ5 ℵ ℵ 5ℵ ℵ 5ℵ ℵ 5ℵ
iguais e de mesma base têm expoentes iguais, ou seja,
ax = ay ⇔ x = y, (a ∊ ℜ*+ –{1}) x ≤ –3
Seja a equação exponencial 2x = 128, temos a solu-
ção o valor de x igual a: S = {x ∊ ℜ | x ≤ –3}

FUNÇÃO LOGARÍTMICA
2x = 128 → 2x = 27→ x = 7
S = {7} Logaritmo

Agora para a equação exponencial 52x


2+3x–2
= 1 Antes de definir a Função Logarítmica, temos que
temos x igual a: ter uma noção básica de Logaritmo. A ideia de Loga-
ritmo surgiu para solucionar problemas de equações
MATEMÁTICA

52x2+3x–2 = 1 → 52x2+3x–2 = 50 → 2x2 + 3x – 2 = 0 exponenciais do tipo 2x = 3, ou seja, exponenciais que


∆ = b2 – 4ac = 32 – 4 · 2 · (–2) = 9 + 16 = 25 não são possíveis deixar os dois membros com a mes-
ma base, assim define-se o conceito de logaritmo, seja
–b – √∆ –3 – √25 dois números reais positivos a e b, com a ≠ 1, chama-se
xüü
üüü
= ℵℵ=
1
= = –2 x o logaritmo de b na base a, onde o expoente que se
2a 2·2
deve dar à base a de modo que a potência obtida seja
–b + √∆ –3 +√25 1 igual a b, ou seja:
xüü
üüü
= ℵℵ=
2
= =
2a 2·2 2 loga b = x ⇔ ax = b 163
Em que, a é base do logaritmo; b é o logaritmando O domínio da função logarítmica é o conjunto dos
e x é o logaritmo. Assim, por exemplo, o logaritmo log2 reais positivos não nulos, ou seja, para todo x ∊ ℝ*+,
8 = 3 pois 23 = 8. existe um único y ∊ Im(𝑓), como a função 𝑓: ℝ*+ → ℝ,
Logo, dessa definição decorrem algumas proprie- 𝑓(x) = loga x, admite a inversa g: ℝ → ℝ*+, g(x) = ax, assim
dades, seja (a ∊ ℜ*+ –{1}) e b > 0: 𝑓 é bijetora e portanto a imagem da função assume
qualquer valor real. Logo, Im (𝑓) = ℜ. Note, que no grá-
z loga 1 = 0;
fico da função 𝑓(x) = loga x, a curva está toda a direita
z loga a = 1; do eixo y, pois x > 0. Além disso, temos que o ponto de
encontro da curva com o eixo x, é no ponto (x, y) = (1,
z aloga b = b; 0), x = 1 → 𝑓(1) = loga 1 = 0. Assim, o gráfico para duas
funções logarítmicas, crescente (a > 1) e decrescente (0
z loga b = loga c ⇔ b = c;
< a < 1), segue como na Figura 18.
z b > 0 e c > 0 → loga (b · c) = loga b + loga c, que pode
ser generalizada para:
ℵn ℵ n
logaüℵΠ bi ℵü= Σ loga bi, n ≥ 2;
ℵi = 1 ℵ i=1

ℵbℵ
ü a ℵ ℵ = log
z b > 0 e c > 0 → log ü a b – loga c, então loga
ℵc ℵ
ℵ1 ℵ
ü ℵ ℵ = –ü loga c;
ℵc ℵ
z α ∊ ℝ → loga bα = α · (loga b);

1
z n ∊ ℕ → loga √b = loga(b) =
*
loga b ;
n
z a, b, c ∊ ℝ+ e a ≠ 1, c ≠ 1:

logc b
loga b = , mudança de base com quociente;
logc a
z a, b, c ∊ ℝ+ e a ≠ 1, c ≠ 1: loga b = logc b · log a
c,
mudança de base com produto;

1
z a ≠ 1, b ≠ 1 loga b = ;
loga a

1
z β ∊ ℝ* logaβ b = loga b ;
β

Definição, Características, Domínio, Imagem e


Gráfico

Seja a um número real, tal que seja maior que zero


e diferente de 1(0 < a ≠ 1 ou a ∊ ℜ*+ –{1}), a função 𝑓: ℝ*+
→ ℝ que associa a cada x ∊ ℝ*+ o número 𝑓(x) = loga x, é
conhecida como Função Logarítmica. Assim funções
como: log2 x, log½ x e log x são exemplos de funções
logarítmicas.
Da definição de função logarítmica algumas carac-
Figura 18. Gráfico da Função Logarítmica, (a) crescente (𝑓(x) = log2
terísticas quando a ∊ ℜ*+ –{1}, pode-se notar:
x) e (b) decrescente (𝑓(x) = log½ x).

z 𝑓: ℝ*+ → ℝ e g: ℝ → ℝ*+: 𝑓(x) = loga x → 𝑓–1 (x) = g(x) =


Equações Logarítmicas
ax , relação inversa;
z 𝑓(x) = loga x é crescente para a > 1; Equações logarítmicas são aquelas equações do
z 𝑓(x) = loga x é decrescente para 0 < a < 1; tipo: loga 𝑓(x) = loga g(x) ou loga 𝑓(x) = α, α ∊ ℝ e com
(a ∊ ℜ*+ –{1}).
z a > 1; 0 < x < 1 → loga x < 0; A forma de solucionar a equação logarítmica é
z a > 1; x > 1 → loga x > 0; deixando os logaritmos com a mesma base, e igualan-
do as função 𝑓(x) = g(x) > 0 ou aplicando propriedade
z 0 < a < 1; 0 < x < 1 → loga x > 0;
inversa e transformando em equação exponencial,
164 z 0 < a < 1; x > 1 → loga x < 0; loga 𝑓(x) = α → 𝑓(x) = aα
Seja a equação logarítmica log4 (3x + 2) = log4 (2x + 2x2 – 5x > 0 → ∆ = (–5)2 – 4 · 2 · 0 = 25
5), temos a solução o valor de x = 3, pois foi maior que
x > –2/3 e x > –5/2:
– (–5) – √25
xüü
üüü
= ℵℵ=
1
= 0
üü ℵℵ=
üüü
3x + 2 < 0 → x > –2/3 2·2

üü ℵℵ=
üüü –(–5) + √25 5
2x + 5 > 0 → x > –5/2 xüü
üüü
= ℵℵ=
1
=
2·2 2
log4 (3x + 2) = log4 (2x + 5) → (3x + 2) = (2x + 5) → x = 3
S = {3} Como para a 𝑓(x) = 2x2 – 5x temos a > 0 e ∆ > 0,
então a solução para 𝑓(x) > 0 é:
Agora para a equação logarítmica log4 (2x2 + 5x + 4)
= 2 temos x igual a:
üü ℵℵ==ℵℵ üü5
üüü ü

2x2 + 5x + 4 > 0 S1 = x ∊ ℜ | x < 0 ou x >


üü ℵℵ==ℵℵ üü2
üüü ü
∆ = b – 4ac = 25 – 32 = –7
2

logo, 𝑓(x) > 0, ⩝ x ∊ ℜ


Agora o estudo da inequação logarítmica começa
log4 (2x2 + 5x + 4) = 2 → 2x2 + 5x + 4 = 42 →2x2 + 5x + 4 na relação entre os logaritmos de mesma base. Como
= 16 → 2x2 + 5x – 12 = 0 a base é 2, então a função é crescente:

∆ = b2 – 4ac = 52 – 4 · 2 · (–12) = 25 + 96 = 121 a = 2 > 1 → log2 (2x2 – 5x) ≤ log2 3 → 2x2 – 5x ≤ 3 → 2x2
– 5x – 3 ≤ 0

– b – √∆ – 5 – √121
xüü
2x2 – 5x – 3 ≤ 0 → ∆ = (–5)2 – 4 · 2 · (–3) = 25 + 24 = 49
üüü
1
= ℵℵ= = = –4
2a 2·2
– (–5) – √49 1
xüü
üüü
= ℵℵ=
– b + √∆ – 5 +√121 3
xüü
üüü
= ℵℵ= = = 1
= –
2
2a 2·2 2 2·2 2
– (–5) + √49
xüü
üüü
1
= ℵℵ= = 3
üü
üü3
üüü
=ℵℵ ü
ℵℵ= 2·2
S= – 4,
=ℵℵ üü2
üü
üüü ü
ℵℵ=
Como para a g(x) = 2x2 – 5x – 3 temos a > 0 e ∆ > 0,
então a solução para g(x) ≤ 0 é:
Inequações Logarítmicas
üü ℵℵ=
üüü ℵℵ üüü
=1
Inequações logarítmicas são aquelas inequações
do tipo: loga 𝑓(x) >loga g(x) e loga 𝑓(x) > α, α ∊ ℝ e com S2 = x∊ℜ|– ≤x≤3
=2
üü ℵℵ=
üüü ℵℵ üüü
(a ∊ ℜ*+ –{1}).
A forma de solucionar a inequação logarítmica é
deixando os logaritmos com as mesma base, e aplican- Assim, a solução da inequação logarítmica log2
do as desigualdades em casos de bases maiores que (2x2 – 5x) ≤ log2 3 é dada pela intersecção das soluções
um ou entre zero e um, lembrando que as 𝑓(x) = g(x) acima:
> 0 ou aplicando propriedade inversa e transforman-
do em equação exponencial, loga 𝑓(x) = α → 𝑓(x) = aα. üü ℵℵ=
üüü ℵℵ üüü
=5
1
Esquematizando temos: S = S1 ⌒ S2 = x∊ℜ|– ≤ x < 0 ou <x≤3
üü ℵℵ=
üüü 2 =2
ℵℵ üüü

üü >ℵℵ=
üüü
𝑓(x) g(x) se a>1
loga 𝑓(x) > loga g(x) ⇔ E na inequação logarítmica log2 (3x + 5) > 3, temos:
0 üü
< 𝑓(x)
üüü ℵℵ=< g(x) se 0 < a < 1
a > 1 → log2 (3x + 5) > 3 → 3x + 5 > 23 → 3x + 5 > 8 → x > 1
ou
Mas, a função 𝑓(x) = 3x + 5 > 0, então:
üü >ℵℵ=
üüü
𝑓(x) ak se a >1
loga 𝑓(x) > k ⇔
MATEMÁTICA

5
0 üü
< 𝑓(x)
üüü ℵℵ=< ak se 0 < a < 1 𝑓(x) = 3x + 5 > 0 → x > –
3
0 üü
< 𝑓(x)
üüü ℵℵ=< ak se a>1
loga 𝑓(x) > k ⇔
üü ℵℵ=
üüü
𝑓(x) > a se 0 < a < 1
k Como a solução x > 1 é também maior que:

Seja a inequação logarítmica log2 (2x2 – 5x) ≤ log23, 5


para acharmos a solução primeiro fazemos o estudo x>–
do sina de 𝑓(x) = 2x2 – 5x: 3 165
Logo temos o intervalo de solução para x sendo: Mantissas
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
S = {x ∊ ℜ | x > 1}

Logaritmos Decimais 20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3243 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
São funções logarítmicas onde a base a = 10, ou
22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
pode ser escrita como potência de base 10, como: log10
𝑓(x) ou log10α 𝑓(x), α ∊ ℝ*. Pode-se ter também a nota- 23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
ção: log10 𝑓(x) = log 𝑓(x), onde não há a necessidade de 24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962
escrever o valor 10 na base. Todas as características
e propriedades de logaritmos também valem para os 25 3979 3997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133
logaritmos decimais. 26 4150 4166 4183 4200 4216 4232 4249 4265 4281 4298
Segue algumas propriedades:
27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456

z 10c ≤ x < 10c+1 ⇔ log 10c ≤ log x < log 10c+1 → c ≤ log x 28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609
< c + 1, x > 0 e c ∊ ℤ; 29 4624 4639 4654 4669 4683 4698 4713 4728 4742 4757
z log x = c + m, onde c ∊ ℤ é característica e 0 ≤ m < 1
é a mantissa; 30 4771 4786 4800 4814 4829 4843 4857 4871 4886 4900
z x > 1 → c ≥ 0; 0 < x < 1 → c < 0; 31 4914 4928 4942 4955 4969 4983 4997 5011 5024 5038
z A mantissa (m) é um valor tabelado;
32 5051 5065 5079 5092 5105 5119 5132 5145 5159 5172
z A mantissa do decimal de x não se altera quando
multiplica-se x por potência de 10 com expoente 33 5185 5198 5211 5224 5237 5250 5263 5276 5289 5302
inteiro, ou seja a mantissa (m) de log x não muda 34 5315 5328 5340 5353 5366 5378 5391 5403 5416 5428
quando temos log10p x, p ∊ ℤ.
35 5441 5453 5465 5478 5490 5502 5514 5527 5539 5551
Valores da característica (c) são dados da seguinte
36 5563 5575 5587 5599 5611 5623 5635 5647 5658 5670
forma:
37 5882 5694 5705 5717 5729 5740 5752 5763 5775 5786
38 5798 5809 5821 5832 5843 5855 5866 5877 5888 5899
log 2,3 → c = 0
üü ℵℵ=
üüü 39 5911 5922 5933 5944 5955 5966 5977 5988 5999 6010
log 31,421 → c = 1
x>1 40 6021 6031 6042 6053 6064 6075 6085 6096 6107 6117
log 204 → c = 2
üü ℵℵ=
üüü 41 6128 6138 6149 6160 6170 6180 6191 6201 6212 6222
log 6542,3 → c = 3 42 6232 6243 6253 6263 6274 6284 6294 6304 6314 6325
43 6335 6345 6355 6365 6375 6385 6395 6405 6415 6425
log 0,2 → c = –1
üü ℵℵ=
üüü 44 6435 6444 6454 6464 6474 6484 6493 6503 6513 6522
log 0,035 → c = –2
0<x<1 45 6532 6542 6551 6561 6571 6580 6590 6599 6609 6618
log 0,00405 → c = –3
üü ℵℵ=
üüü 46 6628 6637 6646 6656 6665 6675 6684 6693 6702 6712
log 0,00053 → c = –4 47 6721 6730 6739 6749 6758 6767 6776 6785 6794 6803
48 6812 6821 6830 6839 6848 6857 6866 6875 6884 6893
Ou seja, o c é a quantidade de algarismos da parte 49 6902 6911 6920 6928 6937 6946 6955 6964 6972 6981
inteira menos 1 em caso de x > 1 e para 0 < x < 1 é o
oposto (negativo) da quantidade de zeros (inclusive o 50 6990 6998 7007 7016 7024 7033 7042 7050 7059 7067
zero antes da vírgula!) que precede o primeiro alga- 51 7075 7084 7093 7101 7110 7118 7126 7135 7143 7152
rismo significativo. 52 7160 7168 7177 7185 7193 7202 7210 7218 7226 7235
Sendo a mantissa tabelada para N = 234 (m =
53 7243 7251 7259 7267 7275 7284 7292 7300 7308 7316
0,3692), Tabela 1, c = 1, assim o valor do log 23,4 = c +
m = 1 + 0,3692 = 1,3692. 54 7324 7332 7340 7348 7356 7464 7372 7380 7388 7396

Tabela 1. Exemplo de tabela de Mantissas para valores de 100 a 549


(IEZZI; MURAKAMI, 1977).
Mantissas
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
EXERCÍCIOS COMENTADOS
10 0000 0043 0086 0128 0170 0212 0253 0294 0334 0374
1. (FCC – 2018) Inicialmente o domínio da função y = –
11 0414 0453 0492 0531 0569 0607 0645 0682 0719 0755
x² + 2x + 15 é o conjunto dos números reais e essa
12 0792 0828 0864 0899 0934 0969 1004 1038 1072 1106 função será chamada de função J. Uma outra função,
13 1139 1173 1206 1239 1271 1303 1335 1367 1399 1430 K, também dada por y = −x² + 2x + 15, tem como domí-
14 1461 1492 1523 1553 1584 1614 1644 1673 1703 1732 nio o conjunto {−4,−3,−2,3,4,5,6,7}. A diferença entre a
maior imagem da função J e a menor imagem da fun-
15 1761 1790 1818 1847 1875 1903 1931 1959 1987 2014 ção K, nessa ordem, é igual a:
16 2041 2068 2095 2122 2148 2175 2201 2227 2253 2279
a) 18.
17 2304 2330 2355 2380 2405 2430 2455 2480 2504 2529 b) 41.
18 2553 2577 2601 2625 2648 2672 2695 2718 2742 2765 c) 36.
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989 d) 4.
166 e) 15.
Para saber temos que a função J: ℝ → ℝ, ou seja, D = 3 2 3 2
Im= ℝ, a função K: A → B, D = A e Im = B, logo se A = = 4log2 2 + log2 2 + log2 2 = 4 + +
{−4, −3, −2, 3, 4, 5, 6, 7} então B = {–20, –9, 0 ,7, 12}. 2 3 2 3
Assim, a menor imagem para a função K é -20, já a
maior imagem para a função J, como o coeficiente 24 + 9 + 4 37
a< 0, a concavidade está voltada para baixo e o seu = =
6 6
ponto de máximo será o:
Resposta: Letra C.
∆ 64
yvértice = – =– = 16
4a 4 · (–1) 4. (VUNESP – 2014) Uma população P cresce em fun-
ção do tempo t (em anos), segundo a sentença P =
Fazendo a diferença na ordem mencionada temos:
2000.50,1t. Hoje, no instante t = 0, a população é de
16 – (–20) = 16 + 20 = 36. Resposta: Letra C.
2000 indivíduos. A população será de 50000 indiví-
2. (FCC – 2019) Em uma negociação salarial, o sindicato duos daqui a:
representativo dos trabalhadores de uma empresa de
alta tecnologia em manufatura de peças para compu- a) 20 anos.
tadores pediu 31,25 reais por hora de trabalho mais b) 25 anos.
uma taxa adicional por empreitada de 7,05 reais por c) 50 anos.
unidade inteira fabricada em cada hora. A empresa por d) 15 anos.
sua vez ofereceu 12,03 reais por hora trabalhada mais e) 10 anos.
12,03 reais por taxa de empreitada por unidade intei-
ra produzida por hora. Na audiência de negociação, Resolvendo deixando todos log na mesma base:
foram estabelecidas equações para o salário por hora P = 2000 · 50,1t → 50000 = 2000 · 50,1t → 50,1t
de cada uma das propostas em termos de n, o número
inteiro de peças produzidas por hora. O valor por hora 50000 50
= = = 25
trabalhada mais a taxa de empreitada que a empresa 2000 2
ofereceu só é maior que o valor solicitado pelo sindi-
cato quando: 50,1t = 25 = 52 → 0,1t = 2 →

2 2 10
a) n<2. t= = =2· = 20 anos
b) n=2. 0,1 1 1
c) n=3.
10
d) n<3.
e) n>3. Resposta: Letra A.

Inicialmente temos as seguintes funções para sindi- 5. (FAFIPA – 2016) Os valores de x que satisfazem a ine-
cato e empresa, respectivamente: quação (x2 + 2x -15 / x + 2 )≤ 0 pertencem a:
yS = 31,25t + 7,05n
yE = 12,03t + 12,03n a) (-∞-5]U[-2,3].
Para a empresa ser maior que a do sindicato temos: b) (-∞-5]U(-2,3].
yE > ys → 12,03t + 12,03n > 31,25t + 7,05n c) (-∞-5]U(-2,3).
Deixando em função de número de peças produzi- d) (-∞-5)U[-2,3].
das por hora temos:
12,03n – 7,05n > 31,25t – 12,03t → 4,98n > 19,22t → Para a razão ser negativa existem dois conjuntos de
n > 3,86t soluções possíveis:
Logo, para o valor da empresa ser maior que a do 1º) x2 + 2x – 15 ≥ 0 e x + 2 < 0:
sindicato os funcionários terão que produzir mais x < –2
que três peças por hora trabalhada, ou seja, n>3. x2 + 2x – 15 ≥ 0
Resposta: Letra E.
∆ = b2 – 4ac = 4 – 4 · 1 · (–15) = 4 + 60 = 64
3. (FCC – 2016) O valor da expressão log2 16 + log4 8 + – b – √∆ –2–8
log8 4 é igual a: xüü
üüü
1
= ℵℵ= = = –5
2a 2
a) 5. – b + √∆ –2 + 8
b) 23/2. xüü
üüü
2
= ℵℵ= = =3
c) 37/6. 2a 2
d) 5/4.
MATEMÁTICA

Como ∆ > 0 e a > 0 a parábola tem duas raízes e a con-


e) 41/8. cavidade voltada para cima assim para que a função
quadrática seja positiva a solução é em S1 = {x ∊ ℜ | –
Resolvendo deixando todos log na mesma base: 5 ≤ x ou x ≥ 3} mas também deve satisfazer a solução
log2 16 + log4 8 + log8 4 = log2 24 + log 22 23 + log23 22 S2 = {x ∊ ℜ | x < –2}, assim, S1 ⌒ S2 = {x ∊ ℜ | x ≤ –5}.
3 2 2º) x2 + 2x – 15 ≤ 0 e x + 2 > 0:
= 4log2 2 + log2 2 + log2 2 x > –2
2 3 x2 + 2x – 15 ≤ 0
Como log2 2 = 1 então temos: ∆ = b2 – 4ac = 4 – 4 · 1 · (–15) = 4 + 60 = 64 167
– b – √∆ –2–8
e o
a11 a12
xüü
üüü
= ℵℵ= A=

{
1
= = –5 a21 a22
2a 2
(lê – se a um um) elemento que está na 1ª linha
– b + √∆ –2 + 8 a11
e 1ª coluna.
xüü
üüü
= ℵℵ=
2
= =3 (lê – se a um dois) elemento que está na 1ª linha
2a 2 a12
e 2ª coluna.
Como ∆ > 0 e a > 0 a parábola tem duas raízes e (lê – se a um um) elemento que está na 2ª linha
a21
a concavidade voltada para cima assim para que a e 1ª coluna.
função quadrática seja negativa a solução é em S3 (lê – se a um um) elemento que está na 2ª linha
a22
= {x ∊ ℜ | – 5 < x < 3} mas também deve satisfazer e 2ª coluna.
a solução S4 = {x ∊ ℜ | x > –2}, assim, S3 ⌒ S4 = {x ∊
Observação: Uma matriz M de ordem m ⨉ n tam-
ℜ | –2 < x ≤ 3}.
bém pode ser indicada por M = (aij) ou M = (aij) m ⨉ n.
A solução final é dada pela união das parciais:
(S1 ⌒ S2) ◡ (S3 ⌒ S4) = {x ∊ ℜ | x ≤ – 5 ou –2 < x ≤ 3} = TIPOS DE MATRIZES
(– ∞, –5] ◡ (–2, 3]. Resposta: Letra B.
Matriz Linha
REFERÊNCIAS
É toda matriz do tipo 1 ⨉ n, ou seja, é uma matriz
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e que possui apenas uma linha.
aplicações. 3. ed. São Paulo: Ática, 2016. 3 v. Exemplo:

IEZZI, Gelson et al. Fundamentos de Matemática C = [–3 4 1] é uma matriz linha de ordem 1x3
Elementar. 3. ed. São Paulo: Atual, 1977. 10 v. M = (–9 7 0 –√15) é uma matriz linha de ordem 1x4

IEZZI, Gelson et al. Matemática: ciência e aplica- Matriz Coluna


ções. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 3 v.
É toda matriz do tipo m ⨉ 1, ou seja, é uma matriz
que possui apenas uma coluna.
LEONARDO, Fabio Martins de et al. Conexões com
Exemplo:
a Matemática. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2016. 3
v. RS VW
SS - 2 WW
PAIVA, Manoel Rodrigues. Matemática. 2. ed. São SS 1 WW
Paulo: Moderna, 2010. 3 v. A= SS 7 WW é uma matriz coluna de ordem 4x1
SS 0 WW
SS- 17WW
SOUZA, Joamir Roberto de; GARCIA, Jacqueline
da Silva Ribeiro. #Contato Matemática. 1. ed. São
T X
Paulo: FTD, 2016. 3 v.
e o é uma matriz coluna de ordem 2x1
-6
B=
1

Matriz Nula
MATRIZES
É a matriz que possui todos os elementos iguais a
Matrizes podem ser definidas da seguinte manei-
zero.
ra: sejam dois números naturais m e n diferentes de
zero, denominamos matriz de ordem m por n (indi- Exemplo:
ca-se m x n) qualquer tabela M formada por núme-
= G
ros pertencentes ao conjunto dos reais, sendo estes 0 0 0 0
E= é uma matriz nula de ordem 2x4
números distribuídos em m linhas e n colunas. 0 0 0 0
Exemplos:

e o
0 0
> H
-2 1 0
A= é uma matriz de ordem 2x3, N= é a matriz nula de ordem 2x2
2 4 3 0 0

= G é uma matriz de ordem 2x2,


0 -1
B= Matriz Quadrada de Ordem n
3 5
JK 9 1 NO É toda matriz do tipo n ⨉ n, ou seja, em uma matriz
KK 3 OO quadrada de ordem n o número de linhas e colunas
C= KK- 8 7 OO é uma matriz de ordem 3x2. são iguais.
K 4 0 O
Exemplo:
L P
Toda matriz m x n tem os seus elementos repre-
e o é uma matriz quadrada de ordem 2x2
sentados por (aij) onde i representa a linha e j a colu- 2 -8
A=
na em que o elemento está localizado: 7 0
168 Exemplo:
RS VW RS V
SS - 7 4 2 WW SS1 0 0 0W
W
SS 2 W
B= 9 0W WW é uma matriz quadrada de
SS0 0W
WW é uma matriz identidade de ordem 4.
3 1 0
SS 2 I4 = S
S-5 - 1 22 W W ordem 3x3. SS0 0 1 0WWW
SS
T X S0 0 0 1W W
Observação: Para toda matriz quadrada, no lugar
T X
IGUALDADE DE MATRIZES
de mencionarmos que sua ordem é n ⨉ m, dizemos
apenas que ela é uma matriz de ordem n. Por exem-
Duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)m ⨉ n serão iguais
plo, ao nos referirmos a uma matriz quadrada de
quando aij = bij para todo i ∈ {1,2, ∙∙∙ , m } e todo j ∈ {1,2,
ordem 3, estamos dizendo que essa matriz possui três
linhas e três colunas. ∙∙∙ , n }. Portanto para que duas matrizes sejam iguais,
elas devem ser do mesmo tipo e apresentar todos os
elementos correspondentes iguais.
Diagonal Principal
Exemplo:
Chamamos de diagonal principal de uma matriz
quadrada de ordem n, o conjunto dos elementos que
[ ] [ ]
Seja A = X 2 e B = 7 2 , a matriz A será igual
9 –6 z y
à matriz B, se, e somente se, x = 7, y = – 6 e z = 9.
possui índices iguais.
Exemplo: ADIÇÃO DE MATRIZES

Dadas duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)m ⨉ n , cha-


e o é uma matriz quadrada de ordem 2,
2 -8
A= mamos soma de A + B a matriz C = (cij)m ⨉ n tal que cij =
7 0 aij + bij, para todo i e todo j. Isto significa que a soma
cuja diagonal principal é uma matriz composta de duas matrizes A e B do tipo m ⨉ n é uma matriz C
pelos elementos a11 = 2, e a22 = 0 do mesmo tipo, em que cada elemento é a soma dos
elementos correspondentes em A e B.
Diagonal Secundária Exemplo:

Chamamos de diagonal secundária de uma matriz


quadrada de ordem n o conjunto dos elementos que [ –14 09 27 ] + [ –31 –01 05 ] = [ –14+–31 90 +– 10 27 ++ 05 ]
possui soma dos índices igual a n + 1. = [ 4 –1 7 ]
Exemplo: –5 9 7

A = e o é uma matriz quadrada de ordem 2,


2 -8
� Propriedades da adição de matrizes
7 0
A adição de matrizes do tipo admite as seguintes
cuja diagonal secundária é composta pelos elemen- propriedades:
tos a12 = - 8, e a21 = 7
P1) Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Matriz Diagonal
P2) Comutativa: A + B = B + A
P3) Elemento Neutro: A + 0 = A, em que 0 é a matriz
É a matriz em que todos os elementos que não per-
nula
tencem à diagonal principal são iguais a zero.
P4) Elemento simétrico: A + (- A) = 0, em que -A é a
Exemplo:
matriz oposta de A.

–15 0 0 PRODUTO DE NÚMERO POR MATRIZ


B= 0 1 0
Dado um número k e uma matriz A = (aij)m ⨉ n, cha-
0 0 – √7 ma-se produto kA a matriz B = (bij)m ⨉ n tal que bij = kaij,
para todo i e todo j. Isto significa que multiplicar uma
matriz A por um número k é construir uma matriz B
Matriz Identidade de Ordem n formada por todos os elementos de A multiplicados
por k.
É toda matriz quadrada em que os elementos da

[ ][ ][ ]
diagonal principal são iguais a 1. A matriz identidade
4 –1 2 ∙ 4 2 ∙ (– 1) 8 –2
é representada pela letra maiúscula I, seguida da sua 2. 0 5 = 2 ∙ 0 2 ∙ 5 = 0 10
ordem, ou seja, In. 3 √2 2 ∙ 3 2 ∙ √2 6 2 ∙ √2
Exemplos:
MATEMÁTICA

� Propriedades do produto de um número por uma


= G
1 0 matriz
I2 = é uma matriz identidade de ordem 2
0 1
O produto de um número por uma matriz admite
as seguintes propriedades:
JK1 0 0N
O
KK OO P1) a . (b . A) = (a . b) . A
I3 = KK0 1 0 O é uma matriz identidade de ordem 3
OO P2) a . (A + B) = a . A + a . B
K0 0 1 P3) (a + b) . A = a . A + b . A
L P P4) 1 . A = A 169
PRODUTO DE MATRIZES

Dadas duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)n ⨉ p , deno-


[ 01 00 ] ∙ [ 00 01 ] = [ 00 00 ]
minamos o produto AB a matriz C = (cik)m ⨉ p tal que cik =
MATRIZ TRANSPOSTA
ai1 . b1k + ai2 . b2k + ai3 . b3k + . . . + ain . bnk = ƩnJ=1 aij . bjk para
todo i ∈ {1,2, ... ,m} e k ∈ {1,2, ... ,p}.
Dada a matriz A = (aij)m ⨉ n, chamamos transposta
Observações: A definição dada garante a existên- de A a matriz At = (a´ji)n ⨉m tal que aji’ = aij para todo i
cia do produto AB somente se o número de colunas de e todo j. Isto significa que as colunas de At são ordena-
A for igual ao número de linhas de B, pois A é do tipo damente iguais às linhas de A.
m ⨉ n e B é do tipo n ⨉ p. Exemplos:
A definição dada afirma que o produto AB é uma
matriz que tem o número de linhas de A e o número
> H
de colunas de B, pois AB é do tipo m ⨉ p. 4 2 -1
Exemplos: Se A = 2 , sua transposta é
5 7 5 2x3

[ ] [ ]
1 –2
2 4 2
∙ 0 5
RS VW
–1 –3 5 4 0
SS 4 5 WW
2x3 2x3 At = SS2 7W W
SS 2 W W
[ (– 1)2 ∙∙ 11 ++ 4(–∙ 3)0 +∙ 02 +∙ 45 ∙ 4 (– 1)2∙(–(–2)2)++4(–∙ 53)+∙ 25 ∙+05 ∙ 0 ] S-1
T
5 W3x2
X
Se B = [– 1 0 ⁵√19 – 6]1x4, sua transposta é
RS V
[ 10 16
19 – 13 ]
2x2
SS - 1 WWW
SS 0 WW
SS5 WW

[ ]
Bt =
1 SS 19WW
–2 ∙ [ 3 –5 4 0 ]
1x4
SS - 6 WW
12 4x1
3x1 T X
1∙3 1 ∙ (– 5) 1∙4 1∙0 � Propriedades de uma matriz transposta

[ (– 2) ∙ 3 (– 2) ∙ (– 5)
12 ∙ 3 12 ∙ (– 5)
(– 2) ∙ 4
12 ∙ 4
(– 2)
∙0
12 ∙ 0 ] A matriz transposta admite as seguintes propriedades:

[ ]
3 –5 4 0 P1) (At)t = A
– 6 10 – 8 0 P2) (A + B)t = At + Bt
36 –60 48 0 P3) (k . A)t = k . At
3x4
P4) (A . B)t = Bt . At

[ 5 –3 1
0 3 –2 ] 3x2

[ ]
1
–1
10 3x1
MATRIZ SIMÉTRICA

Denominamos matriz simétrica toda matriz qua-


[ 5 ∙ 1 + (– 3) ∙ (– 1) + 1 ∙ 10 = 18
0 ∙ 1 + 3 ∙ (– 1) + (– 2) ∙ 10 – 23 ] [ ] 1x2
drada A, de ordem n, tal que At = A.
Exemplo:
� Propriedades do produto de matrizes Se C = [2 –1
–1 3 ]
, sua transposta é Ct =
2 –1
–1 3
. [ ]
Portanto, a matriz C é simétrica, pois C = C.
t
O produto de matrizes admite as seguintes
propriedades:
MATRIZ ANTISSIMÉTRICA
P1) Associativa: (A . B) . C = A . (B . C)
P2) Distributiva à direita em relação à adição: (A + B) . Denominamos matriz antissimétrica toda matriz
C=A.C+B.C quadrada A, de ordem n, tal que At = - A.
P3) Distributiva à esquerda: C . (A + B) = C . A + C . B
P4) (k . A) . B = A . (k . B) = k . (A . B) Se D = [ –04 04 ], sua transposta é D = [ 04 t
0 ]
–4 .

Observações: É muito importante notar que, em


Portanto, a matriz D é antissimétrica, pois Dt = -D.
geral, a multiplicação de matrizes não é comutativa,
ou seja, para duas matrizes quaisquer A e B, temos AB
≠ BA. MATRIZ INVERSA
Quando A e B são tais que AB = BA, dizemos que A
e B comutam. Notemos que uma condição necessária Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Dizemos
para A e B comutarem é que sejam matrizes quadra- que A é uma matriz invertível se existir uma matriz
das e de mesma ordem. A-1 tal que A . A-1 = A-1 . A = In, onde In é a matriz identi-
É importante observar também que a implicação dade de ordem n.
AB = 0 → A = 0 ou B = 0 não é válida para matrizes, Observações: Se A não é invertível, dizemos que A
ou seja, é possível encontrar duas matrizes não nulas é uma matriz singular.
cujo produto é a matriz nula. Se A é invertível, então é única a matriz A-1.
170 Exemplo: Exemplos:
A matriz A =
, pois
[ 1
2
3
7 ] é inversível e A = [ –72 –13 ]
–1
Determinante de matriz quadrada de ordem 2

Se M é de ordem 2, então o det M é o produto dos


elementos da diagonal principal de M, menos o produ-
A ∙ A– 1 = [ 21 73 ] ∙ [ –72 –13 ] to dos elementos da diagonal secundária de M.
Exemplo:

[ 21 ∙∙ 77 ++ 37 ∙∙ (–(– 2)2) 1 ∙ (– 3) + 3 ∙ 1
2 ∙ (– 3) + 7 ∙ 1 ] = [ 01 0
1 ] =I 2 Se M = [ 26 –1
5 ]
, então:

A ∙ A– 1 = [ –72 –3
1 ]∙[ ]1
2
3
7
det M = 2 ∙ 5 – [6 ∙ (– 1)] = 10 – (– 6) = 10 + 6 = 16

Determinante de matriz quadrada de ordem 3


[ 7 ∙ 1 + (–3) ∙ 2
–2∙1+1∙2 –2∙3+1∙7 ] [ 0
7 ∙ 3 + (– 3) ∙ 7
=
1 0
1 ] = I2
Se M é de ordem 3, então o det M é dado por:

Qual é a inversa da matriz A = [ 02 1


3 ]? det M = a11 ∙ a22 ∙ a33 + a12 ∙ a23 ∙ a31 + a13 ∙ a21 ∙ a32 – a13
∙ a22 ∙ a31 – a11 ∙ a23 ∙ a32 – a12 ∙ a21 ∙ a33

Fazendo A-1 = [ ac b
d ], temos: Podemos memorizar essa definição da seguinte
maneira:

A– 1 ∙ A = [ ac bd ] ∙ [ 02 31 ] = [ 01 01 ] z Repetimos ao lado da matriz, as duas primeiras


colunas;

[ ac ∙∙ 22 ++ db ∙∙ 00 ac ∙∙ 11 ++ db ∙∙ 33 ] = [ 01 01 ] z Os termos precedidos pelo sinal + são obtidos


multiplicando-se os elementos segundo as flechas
situadas na direção da diagonal principal;

{ a +2a3b= 1= 0
1 1 z Os termos precedidos pelo sinal – são obtidos
⇒a= eb=–
2 6 multiplicando-se os elementos segundo as flechas
situadas na direção da diagonal secundária.

{ c +2c3d= 0= 1
1 Este dispositivo apresentado acima é conhecido
⇒c=0ed= como Regra de Sarrus, e é utilizado para o cálculo de
3
determinantes de ordem 3.
Vejamos agora um exemplo numérico:

> H
1
2
- 16
RS V
Portanto, A-1 =
0
1
SS1 2 1W
W
3
SS5 W
- 2W
Seja M = 3 WW , calcule o seu determinante
SS
� Propriedades de uma matriz inversa 2 4 - 1W
T X
A matriz inversa admite as seguintes propriedades: Utilizando a regra de Sarrus, temos que:

P1) (A-1)-1 = A 1 2 1 1 2
P2) (A . B)-1 = B-1 . A-1 det M = 5 3 – 2 5 3 = 1 ∙ 3 ∙ (1) + 2 ∙ (– 2) ∙
2 4 –1 2 4
P3) (At)-1 = (A-1)t
2 + 1 ∙ 5 ∙ 4 – (1 ∙ 3 ∙ 2 + 1 ∙ (– 2) ∙ 4 + 2 ∙ 5 ∙ (– 1))

1 2 1 1 2
det M = 5 3 – 2 5 3 = – 3 – 8 + 20 – (6 – 8
DETERMINANTES 2 4 –1 2 4
– 10) = 9 – (– 12) = 9 + 12 = 21, portanto, o det de M
Determinantes podem ser definidos do seguinte = 21
modo: considere o conjunto das matrizes quadra-
das de elementos reais. Seja M uma matriz de ordem MENOR COMPLEMENTAR
n desse conjunto. Denominamos determinante da
matriz M (e indicamos por det M) o número que asso- Considere uma matriz M de ordem n ≥ 2. Seja aij
ciamos a matriz M, operando seus elementos confor- um elemento de M. Definimos menor complementar
do elemento aij, e indicamos por Dij, como sendo o
MATEMÁTICA

me a ordem desta matriz.


determinante da matriz que se obtém suprimindo a
Determinante de matriz quadrada de ordem 1 linha i e a coluna j de M.
Exemplo:
Se M é de ordem 1, então o det M é o único elemen- RS V
to de M. SS1 -2 3 WW
SS1 W
Exemplo: Seja M = -1 5WWW , então:
SS
S2 4 - 2WW
Se M = [4], então o det M = 4 T X 171
D11 = – 1 5 = - 18, note que suprimimos a primeira 2 – 3 + 3 ∙ (– 1)3 ∙ 5 – 3 + 4 ∙ (– 1)4 ∙ 5 2 = 1
4 –2 4 2 1 2 1 4

[ ]
1 –2 3 ∙ 1 ∙ (4 + 12) + 3 ∙ (– 1) ∙ (10 + 3) + 4 ∙ 1 ∙ (20 – 2) = 16 – 39
linha e a primeira coluna da matriz M, 1 – 1 5 , + 72 = 49
2 4 –2
calculando assim o determinante dos elementos Observações: podemos utilizar Sarrus ou Laplace
restantes. no cálculo do determinante de uma matriz qualquer,
O raciocínio é análogo para os demais termos, por- os resultados obtidos serão os mesmos. Na utilização
tanto teremos: de Laplace qualquer fila (linha ou coluna) escolhida
produzirá o mesmo valor de determinante. De prefe-
1 5 = – 12, D = 1 – 1 = 6, rência, escolha sempre a fila com a maior quantidade
D12 =
2 –2 13
2 4 de elementos iguais a zero. Este procedimento facilita
os cálculos do determinante.
D21 = – 2 3 = – 8, D22 = 1 3 = – 8,
4 –2 2 –2 PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES
D23 = 1 – 2 = 8, D31 = – 2 3 = – 7,
2 4 –1 5 A definição de determinante e o teorema de Lapla-
1 3 1 – 2 = 1. ce nos permitem fazer o cálculo de qualquer deter-
D32 = = 2, D33 = minante, no entanto, é possível simplificar o cálculo
1 5 1 –1
com a aplicação de certas propriedades. Vejamos estas
COMPLEMENTO ALGÉBRICO (COFATOR) propriedades:

Consideremos uma matriz M de ordem n ≥ 2. Seja P1) Matriz transposta


aij um elemento de M. Definimos complemento algé-
brico do elemento aij, e indicamos por Aij, como sendo Se M é a matriz de ordem n e Mt sua transposta,
então det Mt = det M
o número ( - 1)i + j . Dij
Exemplo:
Exemplo: RS V
RS
SS1 -2 3W
VW S- 1 2 0 WWSS W
Seja M = S1
S 5W
WW Seja a Matriz M = SS 3 4 - 6WWW , o det M = – 10
W, então:
-1
SS SS 2 1 - 2WW
S2 4 - 2W W T V X
RS
T X SS- 1 3 2W WW
A11 = (– 1) 1+1
∙ D11 = (– 1) ∙ – 1 5 = 1 ∙ (– 18) = – 18
2
SS 2
4 –2 logo a Mt = 4 1W WW , e o det Mt = – 10
SS
A12 = (– 1)1+2 ∙ D12 = (– 1)3 ∙ 1 5 = (– 1) ∙ (– 12) = 12 S0 - 6 - 2W W
2 –2 T X
P2) Fila nula
A13 = (– 1)1+3 ∙ D13 = (– 1)4 ∙ 1 5 = 1 ∙ (6) = 6
2 –2
Se os elementos de uma fila (linha ou coluna) qual-
A21 = (– 1) 2+1
∙ D21 = (– 1) ∙ – 2 3 = (– 1) ∙ (– 8) = 8
3 quer de uma matriz M de ordem n forem todos nulos,
4 –2 então det M = 0
RS V
A22 = (– 1)2+2 ∙ D22 = (– 1)4 ∙ 1 3 = 1 ∙ (– 8) = – 8 S 3 - 1 4WW
SS W
2 –2
Seja M = SS 0 0 0W
W , o det de M = 0
1 – 2 = (– 1) ∙ (8) = – 8 SS- 3 WW
A23 = (– 1)2+3 ∙ D23 = (– 1)5 ∙ 5 2W
2 4
T X
A31 = (– 1)3+1 ∙ D31 = (– 1)4 ∙ – 2 3 = 1 ∙ (– 7) = – 7 P3) Multiplicação de uma fila por uma constante
–1 5
Se multiplicarmos uma fila qualquer de uma
A32 = (– 1)3+2 ∙ D32 = (– 1)5 ∙ 1 3 = (– 1) ∙ (2) = – 2
1 5 matriz M de ordem n por um número k, o determi-
nante da nova matriz M’ obtida será o produto de k
A33 = (– 1)3+3 ∙ D33 = (– 1)6 ∙ 1 – 2 = 1 ∙ (1) = 1 pelo determinante de M, isto é det M’ = k . det M
1 –1 Exemplo:
RS V
TEOREMA FUNDAMENTAL DE LAPLACE
SS2 - 1 3W
W
SS4 W
O determinante de uma matriz de ordem n ≥ 2, é Seja M = 5 0W
WW , o det M = – 28
SS W
a soma dos produtos dos elementos de uma fila qual- S2 -1 1W
quer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores. T X
Se multiplicarmos a primeira linha da matriz por
RS V 2, teremos:
SS1 3 4WWW RS V
Seja M = SS5 2 - 3WWW , então: SS4 - 1 6WWW
SS
1 4 2W M’ = S SS4 5 0WWW , o det de M’ = – 56, ou seja, det M’ = 2 .
T X SS2 - 1 1WW
1 3 4
det M = 5 2 – 3 = a11 ∙ A11 + a12 ∙ A12 + a13 ∙ A13 det M, oTdet de M’ X = – 56, ou seja, caso fosse multipli-
1 4 2 cada a primeira coluna da matriz M por 2, o determi-
nante da nova matriz M’ também seria o dobro do det
172 = 1 ∙ (– 1)1+1 ∙ D11 + 3 ∙ (– 1)1+2 ∙ D12 + 4 ∙ (– 1)1+3 ∙ D13 = 1 ∙ (– 1)2 ∙ M.
RS VW RS W V
SS4 -1 3W SS 1 2 6W
S WW SS 3 W
- 3W
M’ = S8 0W Seja M = -1 WW , o det M = 0, pois a 3ª linha
SS 5 WW , o det M’ = - 56 SS
S4 -1 1W
-2 4 12W
T X T X
é a 2ª linha multiplicada por 3.
P4) Multiplicação da matriz por uma constante
P8) Combinação linear de filas paralelas
Se A é uma matriz de ordem n, então det (ɑ . A) =
Se uma matriz quadrada M, de ordem n, tem uma
ɑn . det A linha (ou coluna) que é combinação linear de outras
Exemplo: linhas (ou colunas), então det M = 0

e o , o det A = 14
4 -1 Exemplos:
Se A =
2 3 JK 1 - 2 - 1N
O
Se quiséssemos descobrir o determinante de 3 . A, KK OO
faríamos: Seja M = KK 3 4 7O
O , o det M = 0, pois a 3ª coluna
KK- - 3O
O
det 3 . A = (3)2 . det A = 9 . 14 = 126 5 2
L P
é a soma da 1ª coluna com a 2 ª coluna.
P5) Troca de filas paralelas JK2 NO
-3
KK 5 OO
Seja M uma matriz de ordem n ≥ 2. Se trocarmos Seja N = KK1 4 0O OO , o det N = 0, pois a 3ª linha é
KK
10 O
de posição duas filas paralelas, obteremos uma nova - 10
3
matriz M’ tal que det M’ = - det M L P
Exemplo: o dobro da 2ª linha menos a 1ª linha.
RS VW
SS 1 -1 2W
W P9) Teorema de Binet
Seja M = SS 0 3 4W
WW , o det M = 13
SS W
S- 3 5 1W Se A e B são matrizes quadradas de ordem n, então
T X det (AB) = det A . det B
Exemplo:
Se trocarmos de posição a primeira coluna com a
Seja A = e o , o det A = 5 e B = e o , o det
3 2 -2 -7
segunda coluna, teremos: -1 1
B = 3, 1 2
RS V Logo, pelo Teorema de Binet, o det (A . B) = det A .
SS- 1 1 2W
W
SS 3 W det B = 5 . 3 = 15
M’ = 0 4W
WW o det M’ = - 13 Observação: decorre a seguinte relação do Teore-
SS W
S5 -3 1W ma de Binet:
T X
Portanto a conclusão que chegamos é que: det M’ 1
det A–1 =
= - det M det A
O raciocínio é análogo, caso fosse feita a troca de Exemplo:
RS V
linhas paralelas.
SS0 3 - 1W
W
SS2 W
P6) Filas paralelas iguais Seja A = -4 3WWW , o det A = 19 , logo o det A–1 =
SS
1
=
1 S1 2 - 3WW
Se uma matriz M de ordem n ≥ 2 tem duas filas det A 19 T X
paralelas formadas por elementos respectivamente
P10) Matriz triangular
iguais, então det M = 0.
Exemplo: O determinante de uma matriz triangular (aquela
cujos elementos acima ou abaixo da diagonal princi-
RS V pal são todos iguais a zero) é dado pelo produto dos
SS- 1 0 2W
W
SS 4 W elementos da diagonal principal.
Seja M = 5 7W
WW , o det de M = 0, pois a 1ª e 3ª Exemplos:
SS W
S- 1 2W RS V
0W
0
T X SS- 3 W
MATEMÁTICA

0
SS 1 W
linha são iguais. Seja A = 2 0WWW , como temos uma matriz
SS
S4 -5 - 1WW
P7) Filas paralelas proporcionais
T X
triangular superior, ou seja, todos os elementos acima
Se uma matriz de ordem n ≥ 2 tem duas filas para- da diagonal principal são nulos, logo o determinante
lelas formadas por elementos respectivamente pro- de A será dado pelo produto dos elementos da diago-
porcionais, então det M = 0. nal principal da matriz A.
Exemplo: Portanto: det A = ( - 3) . 2 . ( - 1) = 6 173
{
RS V
SS1 -2 7 W
W a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c1
SS0 W
Seja B = 4 2WWW , como temos uma matriz a21x1 + a22x2 + a23x3 + . . . + a2nxn = c2
SS
S0 0 - 3WW S a31x1 + a32x2 + a33x3 + . . . + a3nxn = c3
T X ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙
triangular inferior, ou seja, todos os elementos acima am1x1 + am2x2 + am3x3 + . . . + amnxn = cm
da diagonal principal são nulos, logo o determinante
de B será dado pelo produto dos elementos da diago-
Note que pela definição do produto de matrizes, o
nal principal da matriz B.
sistema linear genérico acima, pode ser escrito na for-
Portanto: det B = 1 . 4 . ( - 3) = - 12
ma matricial da seguinte maneira:

[ ][ ] [ ]
a11 a12 a13 ... a1n x1 c1
SISTEMAS LINEARES a21 a22 a23 ... a2n x2 c2
EQUAÇÃO LINEAR a31 a32 a33 ... a3n x3 = c3
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ ∙ ∙
Denominamos equação linear toda equação do
tipo: am1 am2 am3 ... amn xn cn

a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c, onde: Exemplos:


Escrevendo na forma matricial os dois exemplos
a1, a2, a3, . . . , xn : são coeficientes reais, não todos anteriores, temos:
nulos.
x1, x2, x3, . . . , xn : são as incógnitas.
{ x4x+–7yy == 21 ⇒ [ 1 ] ∙ [ y ] = [1 ]
4 –1 x 2
c : é o termo independente.
7

{ [ ][][ ]
Quando o termo independente é nulo, dizemos
que a equação linear é homogênea. – 3x + 2y – z = – 1 –3 2 –1 x –1
Exemplos: x + y – 5z = 3 ⇒ 1 1 –5 ∙ y = 3
2x – 5y + 2z = 4 2 –5 2 z 4
a) 4x + 3y – z = – 1
b) 2x – y = 3
SOLUÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR
c) – 2x – y + 5z = 0 (Equação linear homogênea)
Seja uma sequência ou n-upla ordenada de núme-
Não são equações lineares as equações abaixo: ros reais (a1, a2, a3, . . . , an), a mesma será solução de
um sistema linear S, se for a solução de todas as equa-
a) x2 + y – z3 = 3 ções lineares de S, ou seja:
b) xy – 5z = –7
c) x – 2y + √z = 3
a11a1 + a12a2 + a13a3 + . . . + a1nan = c1 (setença verdadeira)

� Sistema linear: a21a1 + a22a2 + a23a3 + . . . + a2nan = c2 (setença verdadeira)


a31a1 + a32a2 + a33a3 + . . . + a3nan = c3 (setença verdadeira)
Denominamos sistema linear, o conjunto de duas ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙
ou mais equações lineares com n incógnitas.
am1a1 + am2a2 + am3a3 + . . . + amnan = cm (setença verdadeira)
Exemplos:

{ 4x – y = 2 Exemplo:

{
x + 7y = 1
x + 2y – 2z = – 5
Neste caso temos um sistema linear de duas incóg- 2x – 3y + z = 9
nitas, sendo elas x e y. O 2 e o 1 são os termos indepen-
3x – y + 3z = 8
dentes desse sistema.

{
O sistema acima admite como solução a tripla
– 3x + 2y – z = – 1
ordenada (1,-2,1), pois substituindo estas coordenadas
x + y – 5z = 3 em cada uma das equações lineares, temos:

{
2x – 5y + 2z = 4

{
(1) +2 (– 2) – 2 (1) = – 5 1–4–2=–5
Neste caso temos um sistema linear de três incóg-
nitas, sendo elas x, y e z. O -1, e o 4 são os termos inde- 2(1) – 3 (– 2) + (1) = 9 ⇒ 2+6+1=9
pendentes desse sistema. 3+2+3=8
3(1) – (– 2) + 3(1) = 8

{
Um sistema linear de m equações com n incógni- –5=–5
tas, indicado por m x n (lemos “m por n”), pode ser 9 = 9 .todas as sentenças são verdadeiras.
174 representado por um conjunto de equações do tipo: 8=8
SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO
Dx 11 Dy 22
portanto: x = = = 1, y = = = 22
Chamamos de sistema linear homogêneo, aquele D 11 D 11
possui todos os termos independentes nulos, ou seja,
iguais a zero.
Exemplo: Logo a solução do sistema é o par ordenado (1, 2)

{ {
x + y + 2z = 0 x – 2y + z = 0
b) 2x + y – 3z = – 5
3x + 4y – z = 0 4x – y – z = – 1
2x + 3y – 3z = 0
1 –2 1 0 –2 1
D = 2 1 – 3 = 10, Dx = – 5 1 – 3 = 10
Todo sistema linear homogêneo admite a solução
4 –1 –1 –1 –1 –1
nula (0, 0, ..., 0), chamada de solução trivial. Além da
solução trivial um sistema linear homogêneo pode ter
outras soluções. 1 0 1 1 –2 0
Dy = 2 – 5 – 3 = 20, Dz = 2 1 – 5 = 30
4 –1 –1 4 –1 –1
MÉTODOS PRÁTICOS PARA A RESOLUÇÃO DE UM
SISTEMA
Dx 10 Dy 20
portanto: x = = = 1, y = = =2
Regra de Cramer
D 10 D 10
Inicialmente consideremos o seguinte sistema Dz 30
z= = =3
linear:
D 10

{ aa xx ++ bb yy == cc
1
2
1
2
1
2
Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, 2, 3).

CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS LINEARES

[a ]
a1 b1
é a matriz incompleta do sistema c1 e c2, Os sistemas lineares podem ser classificados con-
b2
2 forme o esquema abaixo:
são os termos independentes do sistema.
a1 b1 determinado
D= , é o determinante da matriz incompleta
a2 b2 possível
do sistema.
indeterminado
Sistema
c1 b1
Dx = , é o determinante da matriz obtida
c2 b2
impossível
por meio da troca dos coeficientes de x, pelos termos
independentes, na matriz incompleta. Sistema Possível e Determinado
a1 c1
Dy = , é o determinante da matriz obtida
a2 c2 Um sistema será possível e determinado (SPD),
quando o determinante D da matriz incompleta for
por meio da troca dos coeficientes de y, pelos termos
diferente de zero, ou seja, D ≠ 0.
independentes, na matriz incompleta.
Sistema Possível e Indeterminado
O exemplo acima é análogo para qualquer sistema
linear n x n, portanto a regra de Cramer pode ser apli-
cada para resolver qualquer sistema linear n x n, onde Um sistema será possível e indeterminado (SPI),
D ≠ 0. A solução será dada pelas seguintes razões: quando o determinante D da matriz incompleta for
igual a zero (D = 0) e os determinantes das incógnitas

( )
também: (D1 = D2 = D3 = ... = Dn = 0)
D1 D2 D3 Dn
X1 = ,X2 = ,X3 = , . . . , xn =
D D D D Sistema Impossível

Exemplos: Um sistema será impossível (SI), quando o deter-


Vamos resolver os seguintes sistemas pela Regra minante D da matriz incompleta for igual a zero (D =
0) e pelo menos um dos determinantes das incógnitas
MATEMÁTICA

de Cramer:
for diferente de zero.

{ 3x2x– +4yy == –45


Vamos classificar cada um dos sistemas lineares
a) abaixo:

D = 3 – 4 = 11, Dx = – 5 – 4 = 11, D =
2 1 4 1
3
2
– 5 = 22
4
{
a) 4x – y = 1
2x + 3y = 5

D = 4 – 1 = 14 Como D ≠ 0, o sistema é SPD


2 3 175
b)
{ x + 2y – z = 1
2x – 3y + 4z = 2
3x – y + 3z = 3
z Vamos multiplicar a 1ª equação por (- 2) e adicio-
nar o resultado à 2ª equação.

Substituiremos a terceira linha por uma nova,


1 2 –1 fazendo a seguinte operação:
D = 2 – 3 4 = 0, como D = 0, o sistema não é SPD,
3 –1 3 z Vamos multiplicar a 1ª equação por (- 3) e adicio-
nar o resultado à 3ª equação.

{
vamos verificar se é SPI ou SI.
x + 2y – 2z = – 5
– 7y + 5z = 19
1 2 –1 1 1 –1 1 2 1 – 7y + 9z = 23
Dx = 2 – 3 4 = 0, Dy = 2 2 4 = 0, Dz = 2 – 3 2 = 0
3 –1 3 33 3 3 –1 3 Substituiremos a terceira linha por uma nova,
fazendo a seguinte operação:
Como D = 0, Dx = 0, Dy = 0 e Dz = 0, o sistema é SPI.
z Vamos multiplicar a 2ª equação por (- 1) e adicio-

c)
{ – 2x + y – 3z = 0
x – y – 5z = 2
nar o resultado à 3ª equação.

3x – 2y + 2z = – 3

–2 1 –3
D = 1 – 1 – 5 = 0, como D = 0, o sistema não é SPD,
{ x + 2y – 2z = – 5
– 7y + 5z = 19
4z = 4

3 –2 –2 Com o sistema escalonado, podemos determinar


os valores das incógnitas da seguinte forma:
vamos verificar se é SPI ou SI. Obtendo z na 3ª equação:

4z = 4
0 1 –3
Dx = 2 – 1 – 5 = 40 , Como D ≠ 0, o sistema é SI. 4
–3 –2 –2
x
z=
4
Não é necessário analisar o determinante das incóg-
z=1
nitas y e z, uma vez que um deles já apresenta resulta-
do diferente de zero. Obtendo y na 2ª equação:
Como z = 1, vamos substituir o seu valor na 2ª
ESCALONAMENTO DE SISTEMAS LINEARES equação e encontrar o y:

Nem sempre a Regra de Cramer é um instrumento – 7y + 5z = 19


– 7y + 5(1) = 19
prático para a resolução de sistemas lineares. Para a
– 7y + 5 = 19
resolução de sistemas de três ou mais equações, pode- – 7y = 19 – 5
mos fazer a solução de uma forma escalonada, ou seja, – 7y = 14
vamos fazer o escalonamento do sistema. Um sistema
14
estará escalonado quando de equação para equação, y=
no sentido de cima para baixo, houver aumento dos –7
coeficientes nulos situados antes dos coeficientes y=–2
não-nulos.
Exemplos: Obtendo x na 1º equação:
Como y = - 2 e z = 1, vamos substituir os seus valo-

{ {
res na 1ª equação e encontrar o x:
x+y+z=3 x+y+z–t=6
S1 0x + y + z = 2 , S2 0x – y – 4z + 3t = – 13 x + 2y – 2z = – 5
0x + 0y + z = 1 0x + 0y + 12z – 6t = 20
x + 2 (– 2) – 2(1) = – 5
x–4–2=–5
Vejamos um exemplo prático de como resolver um x–6=–5
sistema linear por escalonamento: x=–5+6
x=1

{ 2x – 3y + z = 9
x + 2y – 2z = – 5
3x – y + 3z = 8
Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, -2, 1).

Primeiramente vamos trocar de posição a linha 2


com a linha 1, para que a incógnita x que possui o coe-
EXERCÍCIOS COMENTADOS
ficiente 1 fique na primeira linha.
1. (ESAF – 2009) O determinante da matriz:

{ x + 2y – 2z = – 5
2x – 3y + z = 9
3x – y + 3z = 8
B=
[
2
a
4+a
1
b
2+b
0
c
c ] é:

a) 0
Substituiremos a segunda linha por uma nova, b) 2b - c
176 fazendo a seguinte operação: c) a + b + c
d) 6 + a + b + c
e) 2bc + c - a ( –11 2
–1
∙ ) ( ) = (31 –42 )
a b
c d
A matriz B é uma matriz quadrada de ordem 3, para Fazendo o produto entre as matrizes no primeiro
calcular os seus determinantes, vamos utilizar a membro, temos:
Regra de Sarrus:
2 1 0 2 1 ( (– 1)1 ∙∙ aa ++ (–2 ∙1)c ∙ c 1∙b+2∙d
) (
(– 1) ∙ b + (– 1) ∙ d
=
3 –2
1 4 )
a b c a b ,
4+a 2+b c 4+a 2+b
(–a a+ –2cc b + 2d
–b–d ) = (31 –42 )
Vamos fazer o produto das diagonais principais,
menos o produto das diagonais secundárias. Pela igualdade de matrizes geraremos o seguinte
sistema linear:

{
2 ∙ b ∙ c + 1 ∙ c ∙ (4 + a) + 0 ∙ a ∙ (2 + b) – [0 ∙ b ∙ (4 + a) +
2 ∙ c ∙ (2 + b) + 1 ∙ a ∙ c] = 2bc +4c + ac – [4c + 2bc + ac] a + 2c = 3
= 2bc + 4c + ac – 4c – 2bc – ac = 0 Resposta: Letra A. b + 2d = – 2
2. (ESAF – 2012) Dada as matrizes: –a–c=1

(21 33) e B = (21 43)


–b–d=4
A=
Trocando de posição a linha 2 com a linha 3, temos:
Calcule o determinante do produto AB:

{
a) 8 a + 2c = 3
b) 12 –a–c=1
c) 9
b + 2d = – 2
d) 15
e) 6 –b–d=4

Pelo Teorema de Binet, temos que: o det (A ∙ B) = det Vamos encontrar primeiramente os valores de a e
A ∙ det B c, fazendo a soma da linha 1 com a linha 2, temos:
Calculando separadamente cada um dos determi- c=4
nantes, teremos:
Substituindo c por 4 na primeira linha, temos:
2 3
Det A = = 2 ∙ 3 – (3 ∙ 1) = 6 – 3 = 3 a + 2c = 3
1 3
2 4 a + 2 ∙ (4) = 3
Det B = =2∙3–4∙1=6–4=2 a+8=3
1 3
a=3–8
Portanto o det (A ∙ B) = detA ∙ detB = 3 ∙ 2 = 6 Respos- a=–5
ta: Letra E.
Para encontrar os valores de b e d, faremos a soma
da linha 3 com a linha 4, obtendo:
3. (CESGRANRIO – 2011) Considere a equação matricial
AX = B, d=2
Substituindo d por 2 na linha 4, temos:
Se A = ( –11 2
–1 ) e B = (31 –42 ) , então a matriz X é: –b–d=4
– b – (2) = 4
–b–2=4
a)
( 22 –54 ) –b=4+2
–b=6
b)
( –45 –26 ) b=–6

c) (
Portanto a matriz X será igual a:
–5 –6
( )
– 1 – 4)
3 –1 4 2
Resposta: Letra B.

d) (
2 ) {3x2x ++ my
–5 –8 y = 18
4. (UNIRIO – 2009) Se o sistema: possui
3 =k

e) (
0 3)
4 0 infinitas soluções, o produto k ∙ m, vale:

a) 8
MATEMÁTICA

Para encontrar a matriz X, vamos escreve-la como


uma matriz genérica, e substituir na equação indi- b) 12
cada no enunciado: c) 15
d) 18
X= ( 40 03 ) e) 20

Substituindo as três matrizes conhecidas na equa- Se o sistema possui infinitas soluções, ele é um siste-
ção inicial, temos: ma possível indeterminado (SPI). Pela regra de Cra-
mer um sistema linear 2x2 será SPI, se e somente se,
A∙X=B D = 0, Dx = 0 e Dy = 0. 177
Para encontrar o valor de m vamos calcular o deter- 0 5 1 0 5
minante da matriz incompleta, igualando o mesmo Dx = 1 1 – 2 1 1 = 0 ∙ 1 ∙ (– 4) + 5 ∙ (– 2) ∙ (– 1)
a zero, teremos, portanto: –1 3 –4–1 3
+ 1 ∙ 1 ∙ 3 – [1 ∙ 1 ∙ (– 1) + 0 ∙ (– 2) ∙ 3 + 5 ∙ 1 ∙ (– 4)]
3 1
=0
2 m Dx = 10 + 3 – (– 1 – 20) = 13 – (– 21) = 13 + 21 = 34
3∙m–2∙1=0 Logo Dx = 34
3m – 2 = 0 Fazendo:
3m = 2 Dx 34
2 x= = = 2, portanto x = 2. Resposta: Letra B.
m= D 17
3
Para encontrar o valor de k, basta calcular o determi-
nante em relação a uma das duas incógnitas, já que
descobrimos o valor de m, porém para facilitar os
SEQUÊNCIAS
cálculos vamos calcular o determinante em relação
a y, igualando o mesmo a zero, teremos o seguinte:
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
3 18
=0
2 k Esse tema é cobrado de uma maneira que ao mes-
3 ∙ k – 2 ∙ 18 = 0 mo tempo que pode parecer fácil, pode ser bem com-
3k – 36 = 0 plicado. Descobrir a lei de formação ou padrão da
3k = 36 sequência é o seu principal objetivo, pois nas ques-
36
k= tões sobre sequências/raciocínio sequencial, você
3 será apresentado a um conjunto de dados dispostos
k = 12 de acordo com alguma “regra” implícita, alguma lógi-
Não se esqueça que o exercício não pede os valores ca de formação. O desafio é exatamente descobrir
de m e k, mas sim o produto entre eles. Fazendo o essa “regra” para, com isso, encontrar outros termos
produto entre m e k, teremos: daquela mesma sequência.
Veja o exemplo abaixo:
2 24
m∙k= ∙ 12 = =8
3 3 2, 4, 6, 8,...
Resposta: Letra A.
A primeira pergunta que podemos fazer para
5. (CESGRANRIO – 2011) Considere o sistema a seguir: achar a lei de formação é: os números estão aumen-
tando ou diminuindo?

{ x + 5y + z = 0
4x + y – 2z = 1
7x + 3y – 4z = – 1
Caso eles estejam aumentando, devemos tentar as
operações de soma ou multiplicação entre os termos.
Nesse sistema o valor de x é: Veja o nosso exemplo que fora postado: 2, 4, 6, 8,.. Do
primeiro termo para o segundo, somamos o número
a) 3 dois e depois repetimos isso.
b) 2
c) 1 2+2=4
d) 0 4+2=6
e) -1 6+2=8
O exercício pede somente o valor da incógnita
Logo, o nosso próximo termo será o número 10,
x, portanto podemos utilizar a regra de Cramer,
pois 8+2 = 10.
para encontrar o seu valor. Pela regra de Cramer,
D Caso os números estejam diminuindo, você pode
sabemos que: x = x . Calculando os respectivos buscar uma lógica envolvendo subtrações ou divisões
D
determinantes pela regra de Sarrus, teremos: entre os termos.
Agora, observe esta outra sequência:
1 5 1
D= 4 1 –2
7 3 –4 2, 3, 5, 7, 11, 13, ...

1 5 1 1 5 Qual é o seu próximo termo? Vários alunos tendem


D = 4 1 – 2 4 1 = 1 ∙ 1 ∙ (– 4) + 5 ∙ (– 2) ∙ 7 + 1 ∙ 4 a dizer que o próximo termo é o 15, mesmo tendo per-
7 3 –4 7 3
cebido que o 9 não está na sequência. A nossa tendên-
∙ 3 – [1 ∙ 1 ∙ 7 + 1 ∙ (– 2) ∙ 3 + 5 ∙ 4 ∙ (– 4)]
cia é relevar esse “probleminha” e marcar logo o valor
D = – 4 – 7 + 12 – (7 – 6 – 80) = – 62 – (– 79) = – 62 + 15. Muito cuidado! Como já disse, o padrão encon-
79 = 17 trado deve ser capaz de explicar TODA a sequência!
Logo D = 17 Neste caso, estamos diante dos números primos! Sim,
Fazendo Dx, temos: aqueles números que só podem ser divididos por eles
0 5 1 mesmos ou então pelo número 1. No caso, o próximo
Dx = 1 1 –2 seria o 17, e não o 15. A propósito, os próximos núme-
178 –1 3 –4 ros primos são: 17, 19, 23, 29, 31, 37...
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS ALTERNADAS

É bem comum aparecem questões que envolvem


uma sequência que tem mais de uma lei de formação.
Podemos ter 2 sequências que se alternam, como nes-
te exemplo:

2, 5, 4, 10, 6, 15, 8, 20, ...


O número que substitui o símbolo “?” é:
Se analisarmos mais minuciosamente, podemos
dizer que temos uma sequência que, de um número a) 25.
para outro, devemos somar 2 unidades e também b) 23.
podemos notar que temos a sequência que, de um c) 32.
número para o outro, basta somar 5 unidades, elas d) 20.
estão em sequências numéricas alternadas. Veja: e) 28.
1° Sequencia: 2, 4, 6, 8,...
2° Sequencia: 5, 10, 15, 20, ... Note o seguinte padrão:
1 + 2 = 3 (primeiro número da segunda coluna)
SEQUÊNCIAS COM FIGURAS E DE PALAVRAS 3 + 5 = 8 (primeiro número da terceira coluna)
8 + 12 = 20 (primeiro número da quarta coluna)
Não há teoria específica para este assunto, mas res- 20 + 28 = 48 (primeiro número da quinta coluna)
ponderemos a seguir algumas questões para “pegar- Resposta: Letra E.
mos o jeito” dos exercícios que envolvem sequências
com figuras e de palavras. Esse é o modo como se 3. (ACCESS – 2020) Observe a sequência infinita a
aprende essa matéria. Mãos à obra! seguir:

LOGICALOGICALOGICALOGICA...

EXERCÍCIOS COMENTADOS A 2020ª letra dessa sequência é:

1. (FURB – 2019) Em um restaurante, usam-se mesas a) C.


que comportam 4 cadeiras. Se juntarem duas dessas b) A.
mesas, consegue-se espaço para 6 cadeiras. Se jun- c) L.
tarem três dessas mesas, o espaço fica restrito a 8 d) O.
cadeiras. A imagem a seguir ilustra essa situação: e) I.

Temos o ciclo “L O G I C A”, com 6 elementos. Agora,


basta dividir a posição 2020 pela quantidade de ele-
mentos do ciclo. Veja:
2020 / 6 = 336 + resto 4
Ou seja, temos 336 ciclos completos mais 4
elementos:
Seguindo esse padrão, pode-se afirmar que a quanti- Resto 1 = L
dade de mesas que se deve juntar para que a quanti- Resto 2 = O
dade de lugares disponíveis (cadeiras) seja igual a 22 Resto 3 = G
é: Resto 4 = I (Gabarito)
Resposta: Letra E.
a) 6.
b) 15. 4. (INSTITUTO CONSULPLAN – 2019) Observe a sequên-
c) 10. cia de palavras:
d) 12. OSSOS – NEVOEIRO – DESENHO – JANTARES –
FIBRILADOR – MILÍCIA – ABRIDOR – ? –. A palavra
e) 8.
que substitui corretamente o ponto de interrogação é:
1 mesa = 4 cadeiras
a) GARAPA.
2 mesas = 6 cadeiras
b) MAMÃO.
3 mesas = 8 cadeiras
c) JONATAS.
4 mesas = 10 cadeiras d) AGROPECUÁRIO.
5 mesas = 12 cadeiras
MATEMÁTICA

6 mesas = 14 cadeiras A sequência apresentada segue um padrão em rela-


7 mesas = 16 cadeiras ção aos meses do ano. A primeira palavra, OSSOS,
8 mesas = 18 cadeiras começa com letra “O”, mês de outubro; a segunda
9 mesas = 20 cadeiras palavra, NEVOEIRO, começa com a letra “N”, mês
10 mesas = 22 cadeiras de novembro...
Resposta: Letra C. OSSOS → Outubro
NEVOEIRO → Novembro
2. (CONTEMAX – 2020) Considere o seguinte padrão de DESENHO → Dezembro
números JANTARES → Janeiro 179
FIBRILADOR → Fevereiro z o termo que buscamos é o da décima posição, isto
MILÍCIA → Março é, a10;
ABRIDOR → Abril z a razão da PA é 2, portanto r = 2;
? → Maio z o termo inicial é 1, logo a1 = 1;
O ponto de interrogação está associado ao mês de z n, ou seja, a posição que queremos, é a de número
Maio, devendo ser substituído por uma palavra que 10: n = 10
comece com a letra “M” = MAMÃO, apresentada nas
opções. Resposta: Letra B. Logo,

5. (IBADE – 2019) A palavra MALOTE está para LOMAET, an = a1 + (n-1)r


assim como CAMILO está para: a10 = 1 + (10-1)2
a10 = 1 + 2x9
a) MIOLCA. a10 = 1 + 18
b) MICAOL. a10 = 19
c) CAOLMI.
d) MILOCA. Isto é, o termo da posição 10 é o 19. Volte na
sequência e confira. Perceba que, com essa fórmula,
e) LOCAMI.
podemos calcular qualquer termo da PA. O termo da
posição 200 é:
Na palavra MALOTE, foi invertida a ordem das
duas primeiras sílabas (LOMA) e invertida a ordem
an = a1 + (n-1)r
das duas últimas letras (ET). Basta seguir o mes- a200 = 1 + (200-1)2
mo raciocínio para a palavra CAMILO, que fica: a200 = 1 + 2x199
MICAOL. Resposta: Letra B. a200 = 1 + 198
a200 = 199

Soma do primeiro ao n-ésimo termo da PA


PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E
A fórmula a seguir nos permite calcular a soma dos
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS “n” primeiros termos de uma progressão aritmética:
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS n # (a1 + an)
Sn =
2
Uma progressão aritmética é aquela em que os
termos crescem, sendo adicionados a uma razão cons- Para entendermos um pouco melhor, vamos calcu-
tante, normalmente representada pela letra r. lar a soma dos 7 primeiros termos do nosso exemplo
Termo inicial: valor do primeiro número que que já foi apresentado: {1,3,5,7,9,11, 13, ...}.
Já sabemos que a1 = 1, e n = 7. O termo an será, nes-
compõe a sequência;
te caso, o termo a7, que observando na sequência é o
Razão: regra que permite, a partir de um termo, número 13, ou seja, a7 = 13. Substituindo na fórmula,
obter o seguinte. temos:
Observe o exemplo abaixo:
n # (a1 + an)
{1,3,5,7,9,11,13, ...} Sn =
2

7 # (1 + 13)
Veja que 1+2=3, 3+2=5, 5+2=7, 7+2=9, e assim suces- S7 =
2
sivamente. Temos um exemplo nítido de uma Progres-
são Aritmética (PA) com uma razão 2, ou seja, r = 2 e 7 # 14
S7 =
termo inicial igual a 1. Em questões envolvendo pro- 2
gressões aritméticas, é importante você saber obter o 98
termo geral e a soma dos termos, conforme veremos S7 = = 49
2
a seguir.
Dependendo do sinal da razão r, a PA pode ser:
Termo geral da PA PA crescente: se r > 0, a PA terá termos em ordem
crescente.
Trata-se de uma fórmula que, a partir do primei- Ex.: {1, 4, 7, 10, 13, 16...} → r = 3
PA decrescente: se r < 0, a PA terá termos em ordem
ro termo e da razão da PA, permite calcular qualquer
decrescente.
outro termo. Temos a seguinte fórmula:
Ex.: {20, 19, 18, 17 ...} → r = -1
PA constante: se r = 0, todos os termos da PA serão
an = a1 + (n-1)r iguais.
Ex.: {7, 7, 7, 7, 7, 7, 7...} → r = 0.
Nesta fórmula, an é o termo de posição n na PA (o
“n-ésimo” termo); a1 é o termo inicial, r é a razão e n é
Dica
a posição do termo na PA.
Usando o nosso exemplo acima, vamos descobrir PA crescente: se r > 0;
o termo de posição 10. Já temos as informações que PA decrescente: se r < 0;
180 precisamos: {1,3,5,7,9,11, 13, ...} PA constante: se r = 0.
Em uma progressão aritmética de 3 termos, o Substituindo na fórmula da média aritmética:
segundo termo ou o termo do meio é a média aritmé- (a1 + a2 + a3 + a4 )/4 = 310
tica entre o primeiro e terceiro termo. Veja: (a1+ a1 + r + a1 + 2r + a1 + 3r) / 4 = 310
4 a1 + 6r = 310 . 4
PA (a1, a2, a3)  a2 = (a1 + a3)/2 4 a1 + 6. (-24) = 1240
PA (2, 4, 6)  4 = (2+6)/2  4 = 4 4 a1 - 144 = 1240
a1 = 346
Encontrando a4:
a4= 346 + (4-1).r
EXERCÍCIOS COMENTADOS a4= 346 + 3r
a4= 346 + 3. (-24)
a4 = 274. Resposta: Letra D.
1. (IBFC – 2015) O total de múltiplos de 4 existentes
entre os números 23 e 125 é: 3. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Em cada item a seguir é
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma
a) 25. assertiva a ser julgada, a respeito de modelos lineares,
b) 26. modelos periódicos e geometria dos sólidos.
c) 27. Manoel, candidato ao cargo de soldado combatente,
d) 28. considerado apto na avaliação médica das condições
e) 24. de saúde física e mental, foi convocado para o teste
de aptidão física, em que uma das provas consiste em
O primeiro múltiplo de 4 neste intervalo é 24 e o últi- uma corrida de 2.000 metros em até 11 minutos. Como
mo é 124. Veja que os múltiplos de 4 formam uma Manoel não é atleta profissional, ele planeja completar
PA de razão igual a 4. Então, temos as seguintes o percurso no tempo máximo exato, aumentando de
informações: uma quantidade constante, a cada minuto, a distância
a1 = 24 percorrida no minuto anterior.
an = 124 Nesse caso, se Manoel, seguindo seu plano, correr 125
r = 4 (podemos ir somando de 4 em 4 unidades para metros no primeiro minuto e aumentar de 11 metros a
obter os múltiplos). distância percorrida em cada minuto anterior, ele com-
Substituindo na fórmula do termo geral, vamos pletará o percurso no tempo regulamentar.
encontrar a quantidade de elementos (múltiplos):
( ) CERTO  ( ) ERRADO
an = a1 + (n-1)r
124 = 24 + (n – 1)4 Veja que no primeiro minuto ele percorre 125
124 = 24 + 4n – 4 metros, no segundo 125 + 11 = 136 metros, no ter-
124 – 24 + 4 = 4n ceiro 125 + 2×11 = 147 metros, e assim por diante.
104 = 4n
Estamos diante de uma progressão aritmética (PA)
n = 26. Resposta: Letra B.
de termo inicial a1 = 125 e razão r = 11. O décimo
primeiro termo (correspondente ao 11º minuto) é:
2. (FCC – 2018) Rodrigo planejou fazer uma viagem em an= a1 + (n-1).r
4 dias. A quantidade de quilômetros que ele percorrerá a11 = 125 + (11 – 1).11
em cada dia será diferente e formará uma progressão a11 = 125 + 110 = 235 metros
aritmética de razão igual a − 24. A média de quilôme-
A soma das distâncias percorridas nos 11 primeiros
tros que Rodrigo percorrerá por dia é igual a 310 km.
minutos é dada pela fórmula da soma dos termos
Desse modo, é correto concluir que o número de quilô-
da PA:
metros que Rodrigo percorrerá em seu quarto e último
dia de viagem será igual a n # (a1 + an)
Sn =
2
a) 334.
b) 280. 11 # (125 + 235)
S11 =
c) 322. 2
d) 274. 11 # 360
e) 310. S11 =
2
Primeiro devemos achar o a1, para depois acharmos S11 = 180 · 11
o a4. Devemos colocar tudo em função de a1, para S11 = 1.980
podermos substituir na média. Usando a fórmula A distância total percorrida é menor do que 2.000
do termo geral: metros. Logo, Manoel não completará o percurso
r = -24 no tempo regulamentar de 11 minutos. Resposta:
an= a1 + (n-1).r Errado.
Achando a1:
a1 = a1 + (1-1).r
4. (FCC – 2017) Em um experimento, uma planta recebe
MATEMÁTICA

a1 = a1
a cada dia 5 gotas a mais de água do que havia recebi-
Colocando a2 em função de a1:
do no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu 374 gotas
a2= a1+ (2-1)r
a2 = a1 + r de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
Colocando a3 em função de a1:
a3= a1+ (3-1)r a) 64 gotas.
a3 = a1 + 2r b) 49 gotas.
Colocando a4 em função de a1: c) 59 gotas.
a4 = a1 + (4-1)r d) 44 gotas.
a4 = a1 + 3r e) 54 gotas. 181
Já sabemos que a razão é r = 5 e que o a65 = 374, Usando novamente o nosso exemplo e fazendo a
então, o a1 é dado por: soma dos 4 primeiros termos (n = 4), temos: {2, 4, 8,
a65= a1 + (n-1).r 16, 32...}
374 = a1 + (65-1)5 4
2 # (2 - 1)
374 = a1 + 64 x 5 S4 =
374 = a1 + 320 2-1
a1 = 54 gotas. 2 # (16 - 1)
S4 =
Resposta: Letra E. 1
2 # 15
S4 =
5. (CESPE-CEBRASPE – 2014) Em determinado colégio, 1
todos os 215 alunos estiveram presentes no primeiro S4 = 30
dia de aula; no segundo dia letivo, 2 alunos faltaram;
no terceiro dia, 4 alunos faltaram; no quarto dia, 6 alu- Soma dos infinitos termos de uma progressão
nos faltaram, e assim sucessivamente. geométrica
Com base nessas informações, julgue os próximos
Suponha que você corra 1000 metros, depois,
itens, sabendo que o número de alunos presentes às
você corra 500 metros, depois, você corra 250 metros
aulas não pode ser negativo.
e, depois, 125 metros – sempre metade do que você
No vigésimo quinto dia de aula, faltaram 50 alunos.
correu anteriormente. Quanto você correrá no total?
Observe que o que temos é exatamente uma progres-
( ) CERTO  ( ) ERRADO são geométrica infinita, porém, essa PG é decrescente.
Quando temos uma PG infinita com razão 0 < q <
P.A. (215, 213, 211, 209,..., a25) 1, teremos que qn = 0. Entendemos, então, que quanto
Termo Geral da P.A. maior for o expoente, mais próximo de zero será. Por-
an= a1 + (n-1).r tanto, substituindo, teremos:
a25 = 215 + (25-1) · (-2)
a25 = 215 + (24· -2) a1 # (0 - 1)
S∞ =
a25 = 215 - 48 q-1
a25 = 167 alunos
a1
Logo, 215 - 167 = 48 alunos ausentes. Resposta: Errado. S∞ =
q-1
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS
Dica
Observe a sequência abaixo: Em uma progressão geométrica, o quadrado do
termo do meio é igual ao produto dos extremos.
{2, 4, 8, 16, 32...}
{a1, a2, a3}  (a2)2 = a1 × a3
Cada termo é igual ao anterior multiplicado por 2. Veja: {2, 4, 8, 16, 32...}
Este é um exemplo típico de Progressão Geométrica, 82 = 4 × 16
ou simplesmente, PG. Em uma PG, cada termo é obti- 64 = 64.
do a partir da multiplicação do anterior por um mes-
mo número, o que chamamos de razão da progressão
geométrica. A razão é simbolizada pela letra q. EXERCÍCIOS COMENTADOS
No exemplo acima, temos q = 2 e o termo inicial é
a1 = 1. Da mesma maneira que vimos para o caso de 1. (FUMARC – 2018) Se a sequência numérica repre-
PA, normalmente, precisamos calcular o termo geral sentada por (6, a2, a3, a4, a5,192) é uma Progressão
e a soma dos termos. Geométrica crescente de razão igual a q, então, é COR-
RETO afirmar que o valor de q é igual a:
Termo geral da PG
a) 2.
A fórmula a seguir nos permite obter qualquer b) 3.
termo (an) da progressão geométrica, partindo-se do c) 4.
primeiro termo (a1) e da razão (q): d) 8.

an = a1 × qn-1 Vamos substituir os valores que já temos na fórmu-


la geral da PG para acharmos a razão:
No nosso exemplo, o quinto termo, a5 (n = 5), pode an = a1 × qn-1
ser encontrado assim: a6 = a1 × q6-1
192 = 6 × q5
{2, 4, 8, 16, 32...} 192/6 = q5
a5 = 2 × 25-1 32 = q5
a5 = 2 × 24 q=
5
32
a5 = 2 × 16 q=2
a5 = 32 Resposta: Letra A.
Soma do primeiro ao n-ésimo termo da PG 2. (IBFC – 2016) Se a soma dos elementos de uma P.G.
(progressão geométrica) de razão 3 e segundo termo
A fórmula abaixo permite calcular a soma dos “n”
12 é igual a 484, então o quarto termo da P.G. é igual a:
primeiros termos da progressão geométrica:
a) 324.
n
a1 # (q - 1) b) 36.
Sn = c) 108.
182 q-1 d) 216.
Temos que a2 = 12 e q = 3. Para calcularmos o quarto
termos, devemos usar a fórmula do termo geral da HORA DE PRATICAR!
PG. Veja:
a4 = a2 × q4-2 1. (CESGRANRIO — 2018) Considere o conjunto A cujos
a4 = 12 × 32 5 elementos são números inteiros, e o conjunto B for-
a4 = 12 × 9 mado por todos os possíveis produtos de três elemen-
a4 = 108 tos de A.
Resposta: Letra C. Se B = {–30, –20, –12, 0, 30}, qual o valor da soma de
todos os elementos de A?
3. (IDECAN – 2014) Observe a progressão geométrica
(P.G.) e assinale o valor de y.
a) 5
P.G. = (y + 30; y; y – 60) b) 3
c) 12
a) +30. d) 8
b) +60. e) –12
c) –30.
d) –60. 2. (CESGRANRIO — 2015) Em certo concurso, a pontua-
e) –90. ção de cada candidato é obtida da seguinte forma:
Em uma progressão geométrica, o quadrado do ter- por cada acerto o candidato recebe 3 pontos e, por
mo do meio é igual ao produto dos extremos. Logo: cada erro, perde 1 ponto. Os candidatos A e B fizeram
y² = (y + 30) × (y - 60) a mesma prova, porém A acertou 5 questões a mais
y² = y² -60y +30y -1800 do que B.
y² - y² +60y -30y = -1800 Qual foi a diferença entre as pontuações obtidas pelos
30y = -1800 dois candidatos?
y = -1800/30
y = -60 a) 15
Resposta: Letra D. b) 25
c) 5
4. (FUNDATEC – 2019) A sequência (x-120; x; x+600) for-
ma uma progressão geométrica. O valor de x é: d) 10
e) 20
a) 40.
b) 120. 3. (CESGRANRIO — 2015) A mãe de João decidiu aju-
c) 150. dá-lo a pagar uma das prestações referentes a uma
d) 200. compra parcelada. Ela solicitou a antecipação do
e) 250. pagamento e, por isso, a financeira lhe concedeu um
desconto de 6,25% sobre o valor original daquela pres-
Em uma progressão geométrica, o quadrado do ter-
tação. João pagou um terço do novo valor, e sua mãe
mo do meio é igual ao produto dos extremos. Logo:
pagou o restante.
x2 = (x-120) × (x+600)
x2 = x2 + 600x – 120x -72000 A parte paga pela mãe de João corresponde a que fra-
x2 - x2 = 480x – 72000 ção do valor original da prestação?
480x = 72000
x = 72000/480 29
a)
x = 150 48
Resposta: Letra C. 1
b)
5. (IESES – 2019) Em uma progressão geométrica de 24
razão r = 3 a soma dos 5 primeiros termos é igual a 968. 15
Então, o primeiro termo dessa progressão é: c)
16
a) Maior que 18. 5
d)
b) Maior que 15 e menor que 18. 8
c) Maior que 12 e menor que 15.
4
d) Maior que 9 e menor que 12. e)
e) Menor que 9. 25

Vamos usar a fórmula da soma da PG: 4. (CESGRANRIO — 2015) Cada vez que o caixa de um
banco precisa de moedas para troco, pede ao geren-
n
a1 # (q - 1) te um saco de moedas. Em cada saco, o número de
Sn =
q-1 moedas de R$ 0,10 é o triplo do número de moedas de
R$ 0,25; o número de moedas de R$ 0,50 é a metade
MATEMÁTICA

n
a1 # (3 - 1) do número de moedas de R$ 0,10.
968 =
3-1 Para cada R$ 75,00 em moedas de R$ 0,50 no saco de
a1 # (243 - 1) moedas, quantos reais haverá em moedas de R$ 0,25?
968 = 2
a) 20
1936 = 242a1 b) 25
a1 = 1936 / 242 c) 30
a1 = 8 d) 10
Resposta: Letra E. e) 15 183
5. (CESGRANRIO — 2018) Para que seja possível admi- 9. (CESGRANRIO — 2013) Mauro precisava resolver alguns
nistrar as vendas de uma empresa, é necessário 1
exercícios de Matemática. Ele resolveu dos exercícios
estimar a demanda do mercado. Considere que uma 5
2
cidade tenha 300.000 habitantes que consomem dois no primeiro dia. No segundo dia, resolveu dos exercí-
3
sabonetes por mês e que a participação da empresa X
cios restantes e, no terceiro dia, os 12 últimos exercícios.
no mercado de sabonetes é de 30%. A demanda men-
Ao todo, quantos exercícios Mauro resolveu?
sal por sabonetes da empresa X é de
a) 30
a) 60.000 unidades b) 40
b) 90.000 unidades c) 45
c) 120.000 unidades d) 75
d) 180.000 unidades e) 90
e) 240.000 unidades
10. (CESGRANRIO — 2013) Em certa cidade, a tarifa do
metrô é R$ 2,80, e a dos ônibus, R$ 2,40. Mas os passa-
6. (CESGRANRIO — 2018) O dono de uma loja deu um
geiros que utilizam os dois meios de transporte podem
desconto de 20% sobre o preço de venda (preço ori-
optar por um bilhete único, que dá direito a uma viagem
ginal) de um de seus produtos e, ainda assim, obteve
de ônibus e uma de metrô, e custa R$ 3,80.
um lucro de 4% sobre o preço de custo desse produto. Em relação ao valor total gasto com uma viagem de
Se vendesse pelo preço original, qual seria o lucro obti- ônibus e uma de metrô pagas separadamente, o bilhe-
do sobre o preço de custo? te único oferece um desconto de, aproximadamente,

a) 40% a) 27%
b) 30% b) 30%
c) 10% c) 32%
d) 20% d) 34%
e) 25% e) 37%

11. (CESGRANRIO — 2013) Numa empresa, todos os seus


7. (CESGRANRIO — 2018) Uma empresa cria uma cam- clientes aderiram a apenas um dos seus dois planos,
panha que consiste no sorteio de cupons premiados. Alfa ou Beta. O total de clientes é de 1.260, dos quais
O sorteio será realizado em duas etapas. Primeira- apenas 15% são do Plano Beta. Se x clientes do plano
mente, o cliente lança uma moeda honesta: Beta deixarem a empresa, apenas 10% dos clientes
que nela permanecerem estarão no plano Beta.
se o resultado for “cara”, o cliente seleciona, aleatoria- O valor de x é um múltiplo de
mente, um cupom da urna 1; se o resultado for “coroa”, o
cliente seleciona, aleatoriamente, um cupom da urna 2. a) 3
b) 8
Sabe-se que 30% dos cupons da urna 1 são premia- c) 13
dos, e que 40% de todos os cupons são premiados. d) 11
e) 10
Antes de começar o sorteio, a proporção de cupons
premiados na urna 2 é de 12. (CESGRANRIO — 2013) O gráfico abaixo apresenta o
consumo médio de oxigênio, em função do tempo, de
a) 50% um atleta de 70 kg ao praticar natação.
b) 25%
c) 5%
d) 10%
e) 15%

8. (CESGRANRIO — 2015) Amanda e Belinha são amigas


e possuem assinaturas de TV a cabo de empresas
diferentes. A empresa de TV a cabo de Amanda dá
descontos de 25% na compra dos ingressos de cine-
ma de um shopping. A empresa de TV a cabo de
Belinha dá desconto de 30% na compra de ingressos
do mesmo cinema. O preço do ingresso de cinema,
sem desconto, é de R$ 20,00. Em um passeio em famí-
lia, Amanda compra 4 ingressos, e Belinha compra 5
ingressos de cinema no shopping, ambas utilizando-
-se dos descontos oferecidos por suas respectivas Considere que o consumo médio de oxigênio seja dire-
empresas de TV a cabo. tamente proporcional à massa do atleta.
Quantos reais Belinha gasta a mais que Amanda na Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de
um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de prática de
compra dos ingressos?
natação?
a) 10 a) 50,0
b) 15 b) 52,5
c) 20 c) 55,0
d) 25 d) 57,5
184 e) 30 e) 60,0
13. (CESGRANRIO — 2018) Uma sequência numérica tem 1
O número real x para o qual se tem Sx =
seu termo geral representado por an, para n ≥ 1. Sabe- 4
-se que a1 = 0 e que a sequência cujo termo geral é bn
= an+1 – an, n ≥ 1, é uma progressão aritmética cujo a) 4
primeiro termo é b1 = 9 e cuja razão é igual a 4. b) log25
O termo a1000 é igual a c) 3/2
d) 5/2
a) 2.002.991 e) log23
b) 2.002.995
c) 4.000.009 18. (CESGRANRIO — 2015) Uma sequência de números
d) 4.009.000 reais tem seu termo geral, an , dado por an = 4.23n+1,
e) 2.003.000 para n ≥ 1. Essa sequência é uma progressão

14. (CESGRANRIO — 2018) Para obter uma amostra de a) geométrica, cuja razão é igual a 2.
tamanho 1.000 dentre uma população de tamanho b) geométrica, cuja razão é igual a 32.
20.000, organizada em um cadastro em que cada ele- c) aritmética, cuja razão é igual a 3.
mento está numerado sequencialmente de 1 a 20.000, d) aritmética, cuja razão é igual a 1.
um pesquisador utilizou o seguinte procedimento: e) geométrica, cuja razão é igual a 8.

I. calculou um intervalo de seleção da amostra, dividin- 19. (CESGRANRIO — 2013) A sequência an, n ∈ N é
do o total da população pelo tamanho da amostra: uma progressão aritmética cujo primeiro termo é
20.000/1.000 = 20;
a1 = −2 e cuja razão é r = 3. Uma progressão geo-
II. sorteou aleatoriamente um número inteiro, do interva-
métrica, bn, é obtida a partir da primeira, por meio
lo [1, 20]. O número sorteado foi 15; desse modo, o
da relação bn = 3an , n ? N. Se b1 e q indicam o primeiro
primeiro elemento selecionado é o 15º;
termo e a razão dessa progressão geométrica, então
III. a partir desse ponto, aplica-se o intervalo de seleção q
da amostra: o segundo elemento selecionado é o 35º vale
b1
(15+20), o terceiro é o 55º (15+40), o quarto é o 75º
(15+60), e assim sucessivamente.
a) 243.
O último elemento selecionado nessa amostra é o b) 3.
1
a) 19.997º c)
243
b) 19.995º
2
c) 19.965º d) –
3
d) 19.975º
e) 19.980º 27
e) –
6
15. (CESGRANRIO — 2013) Progressões aritméticas são
sequências numéricas nas quais a diferença entre 20. (CESGRANRIO — 2014) Seja A3x3 uma matriz quadra-
dois termos consecutivos é constante. da de ordem 3. O elemento da matriz A3x3, que ocupa
A sequência (5, 8, 11, 14, 17, ..., 68, 71) é uma progres- a linha i e a coluna j, é representado por aij, i, j = 1, 2, 3.
são aritmética finita que possui Acerca dos elementos da matriz A3x3, sabe-se que:

a) 67 termos Quatro elementos são iguais a 0 e os cinco restantes


b) 33 termos são iguais a 1;
c) 28 termos Para todos os valores de i e j, tem-se aij = aji .
d) 23 termos
e) 21 termos Os possíveis valores da soma a11 + a22 + a33 são:

16. (CESGRANRIO — 2018) Considere a sequência numé- a) 0e1


rica cujo termo geral é dado por a n=2 1-3n, para n ≥ 1. b) 0e2
Essa sequência numérica é uma progressão c) 0e3
d) 1e3
1
a) geométrica, cuja razão é e) 2e3
8
b) geométrica, cuja razão é -6.
c) geométrica, cuja razão é -3. 9 GABARITO
d) aritmética, cuja razão é -3.
MATEMÁTICA

1
e) aritmética, cuja razão é 1 D
8
2 E
17. (CESGRANRIO — 2018) Para x > 0, seja Sx a soma
3 D

4 B

5 D
185
6 B

7 A

8 A

9 C

10 A

11 E

12 E

13 B

14 B

15 D

16 A

17 B

18 E

19 A

20 D

ANOTAÇÕES

186
Atualmente o Windows é oferecido na versão 10,
que possui suporte para os dispositivos apontadores
tradicionais, além de tela touch screen e câmera (para
acompanhar o movimento do usuário, como no siste-

CONHECIMENTOS DE
ma Kinect do videogame xBox).
Em concursos públicos, as novas tecnologias e supor-

INFORMÁTICA
tes avançados são raramente questionados. As questões
aplicadas nas provas envolvem os conceitos básicos e o
modo de operação do sistema operacional em um dispo-
sitivo computacional padrão (ou tradicional).
O sistema operacional Windows é um software pro-
NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS prietário, ou seja, não tem o núcleo (kernel) disponível e o
usuário precisa adquirir uma licença de uso da Microsoft.
– WINDOWS 10 (32-64 BITS) E
AMBIENTE LINUX (SUSE SLES 15 SP2)
Importante!
O sistema operacional proporciona a base para
execução de todos os demais softwares no computa- Algumas bancas priorizam o conhecimento bási-
dor. Ele é responsável por estabelecer o padrão para co das configurações do sistema operacional.
comunicação com o hardware (através dos drivers). Assim, as primeiras páginas do material sobre
Os computadores podem receber diferentes sistemas, Windows são importantes para a realização das
segundo a sua arquitetura de construção. provas, mas não de todas as bancas. Por isso, a
É possível termos dois ou mais sistemas operacionais
necessidade de se estudar o conteúdo pensando
instalados em um dispositivo. No caso dos computado-
res, o usuário pode criar partições (divisões lógicas) no na relevância dele para as bancas organizadoras.
disco de armazenamento e instalar cada sistema (Win-
dows e Linux) em uma delas. O usuário também poderá
Funcionamento do Sistema Operacional
executar no formato de Máquina Virtual (Virtual Machi-
ne), conforme detalhado no tópico Virtualização.
O que os sistemas operacionais têm em comum? Do momento em que ligamos o computador até o
momento em que a interface gráfica está completa-
z Plataforma para execução de programas: eles mente disponível para uso, uma série de ações e con-
oferecem recursos que são compartilhados pelos figurações são realizadas, tanto nos componentes de
programas executados, desenvolvidos para serem hardware como nos aplicativos de software. Acompa-
compatíveis com o sistema operacional; nhe a seguir estas etapas.
z Núcleo monolítico: arquitetura monobloco, onde
um único processo centraliza e executa as princi-
pais funções. No Windows, é o explorer.exe; HARDWARE SOFTWARE
z Interface gráfica: mesmo oferecendo uma inter-
Energia elétrica - botão ON/OFF POST - Power On Self Test
face de linha de comandos, a interface gráfica é
a mais utilizada e questionada em provas, com
Equipamento OK BIOS - Carregado para a
ícones que representam os itens existentes no memória RAM
dispositivo;
z Multiusuário: os sistemas permitem que vários Disco de Inicialização Gerenciador de Boot
usuários utilizem o dispositivo, cada um com sua
respectiva conta e credenciais de acesso; Memória RAM Núcleo do Sistema Speracional
z Multiprocessamento: os sistemas possibilitam a
execução de vários processos simultaneamente, Periféricos de Entrada Drivers
gerenciando os recursos oferecidos pelo processador;
z Preemptivo: o sistema operacional poderá inter- Interface Gráfica
romper processos durante a sua execução; CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Multitarefas: os sistemas operacionais possibilitam
Aplicativos
a execução de várias tarefas de forma simultânea
e concorrentes entre si, através do gerenciamento
profundo da memória do dispositivo; Todo dispositivo possui um sistema de inicializa-
z Interface com o hardware: o sistema operacio- ção. Quando colocamos a chave no contato do carro
nal contém arquivos que atuam como tradutores, e damos a primeira mexida, todas as luzes do painel
possibilitando a comunicação do software com o se acendem e somente aquelas que estiverem ativa-
hardware. das permanecem. Quando ligamos o micro-ondas, ele
acende todo o painel e faz um beep. Quando ligamos
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS:
o nosso smartphone, ele acende a tela e faz um toque.
WINDOWS 10
Estes procedimentos são úteis para identificar que os
O sistema operacional Windows foi desenvolvido recursos do dispositivo estão disponíveis corretamen-
pela Microsoft para computadores pessoais (PC) em te para utilização.
meados dos anos 80, oferecendo uma interface gráfi-
ca baseada em janelas, com suporte para apontadores z POST – Power On Self Teste: autoteste da inicia-
como mouses, touch pad (área de toque nos portáteis), lização. Instruções definidas pelo fabricante para
canetas e mesas digitalizadoras. verificação dos componentes conectados; 313
z BIOS – Basic Input Output System: sistema bási- z Usuário: poderá executar os programas que foram
co de entrada e saída. Informações gravadas em instalados pelo administrador, mas não poderá
um chip CMOS (Complementary Metal Oxidy Semi- desinstalar ou alterar as configurações;
conductor) que podem ser configuradas pelo usuá- z Convidado ou Visitante: poderá acessar apenas os
rio usando o programa SETUP (executado quando itens liberados previamente pelo administrador. Esta
pressionamos DEL ou outra tecla específica no conta geralmente permanece desativada nas confi-
momento que ligamos o computador, na primeira gurações do Windows, por questões de segurança.
tela do autoteste – POST Power On Self Test);
z KERNEL – Núcleo do sistema operacional: O Windo- No Windows, as permissões NTFS podem ser atri-
ws tem o núcleo fechado e inacessível para o usuário. buídas em Propriedades, guia Segurança. Através de
O Linux tem núcleo aberto e código fonte disponível permissões como Controle Total, Modificar, Gravar,
para ser utilizado, copiado, estudado, modificado e entre outras, o usuário poderá definir o que será aces-
redistribuído sem restrição. O kernel do Linux está sado e executado por outros usuários do sistema. As
em constante desenvolvimento por uma comunidade permissões do sistema de arquivos NTFS não são compatí-
de programadores, e para garantir sua integridade e veis diretamente com o sistema operacional Linux, e caso
qualidade, as sugestões de melhorias são analisadas e tenhamos dois sistemas operacionais ou dois dispositivos
aprovadas (ou não) antes de serem disponibilizadas na rede com sistemas diferentes, um servidor Samba será
para download por todos; necessário, para realizar a ‘tradução’ das configurações.
z Gerenciador de BOOT : O Linux tem diferentes O Windows oferece a interface gráfica (a mais usa-
gerenciadores de boot, mas os mais conhecidos são da e questionada) e pode oferecer uma interface de
o LILO e o Grub; linha de comandos para digitação. O Prompt de Coman-
z GUI - Graphics User Interface: Interface gráfica, dos é a representação do sistema operacional MS-DOS
porque o sistema operacional oferece também a (Microsoft Disk Operation System), que era a opção
padrão de interface para o usuário antes do Windows.
interface de comandos (Prompt de Comandos ou
O Windows 10 oferece o Prompt de Comandos ‘bási-
Linha de Comandos).
co’ e tradicional, acionado pela digitação de CMD segui-
do de Enter, na caixa de diálogo Executar (aberta pelo
Quando o sistema Windows não consegue ini- atalho de teclado Windows+R = Run). Além dele, existe
ciar de forma correta, é possível recuperar o acesso o Windows Power Shell, que é a interface de comandos
através de ferramentas de inicialização. Para acesso programável, acessível pelo menu do botão Iniciar.
a estes recursos, pode ser necessária uma conta com Para conhecer as configurações do dispositivo, o
credenciais de administrador. usuário pode acessar as Propriedades do computa-
dor no Explorador de Arquivos, ou o item Sistema em
z Restauração do Sistema: a cada vez que o Win- Configurações (atalho de teclado Windows+I), ou pela
dows foi iniciado com sucesso, um ponto de res- Central de Ações (atalho de teclado Windows+A), ou
tauração foi criado. A cada instalação de software acionar o atalho de teclado Windows+Pause.
ou alterações significativas das configurações, um A interface gráfica do Windows é caracterizada
ponto de restauração é criado. Em caso de insta- pela Área de Trabalho, ou Desktop. A tela inicial do
bilidade, o usuário pode retornar o Windows para Windows exibe ícones de pastas, arquivos, programas,
um ponto de restauração previamente criado. atalhos, Barra de Tarefas (com programas que podem
z Reparação do Sistema: se arquivos do sistema foram ser executados e programas que estão sendo executa-
seriamente modificados ou se tornaram inacessíveis, dos) e outros componentes do Windows.
o Windows não iniciará e não conseguirá recuperar
para um ponto de restauração. O Windows permite a
criação de um disco de recuperação do sistema, que Microsoft Google Mozilla Kaspersky Firefox
Lixeira
restaura o Windows para as configurações originais. Edge Chrome Thunderbird secure Co
z Histórico de Arquivos: a cada alteração, o Windo-
ws armazena cópias dos arquivos originais e grava W X
os novos dados no local. Depois, caso necessário, o Provas Downloads- Caragua. Lista de Extra Dicas
usuário poderá acessar o Histórico de Arquivos e Anteriores Atalhos docx e-mails p... E-book cesp.txt
retornar para uma cópia anterior do mesmo item.
z Versões anteriores (ou Cópias de Sombra): alte- Digite Aqui Para Pesquisar
rações de conteúdos de pastas são monitorados
pelo Windows. O usuário poderá acessar no menu Figura 1. Imagem da área de trabalho do Windows 10.
de contexto, item Propriedades, guia Versões ante-
riores, as cópias anteriores da mesma pasta, res- Navegador padrão Windows 10 Atalhos
Itens Excluídos
taurando e descartando as alterações posteriores.

O Windows possui 3 níveis de acesso, que são as


Microsoft Google Mozilla Kaspersky Firefox
credenciais. Lixeira
Edge Chrome Thunderbird secure Co
Pasta de Arquivos
Arquivos
z Administrador: usuário que poderá instalar pro- W X

gramas e dispositivos, desinstalar ou alterar as Provas Downloads- Caragua. Lista de Extra Dicas
configurações. Os programas podem ser desinsta- Anteriores Atalhos docx e-mails p... E-book cesp.txt
Barra de Tarefas
lados ou reparados pelo administrador;
Digite Aqui Para Pesquisar
„ Administrador local: configurado para o
dispositivo; Cortana Área de Notificação
Visão de tarefas
„ Administrador domínio: quando o dispositivo Botão Iniciar
Central de Ações
está conectado em uma rede (domínio), o admi- Barra de acesso rápido
nistrador de redes também poderá acessar o
314 dispositivo com credenciais globais; Figura 2. Elementos da área de trabalho do Windows 10.
A Área de Trabalho, caracterizada pela imagem do z Bloquear o computador: com o atalho de teclado
papel de parede personalizada pelo usuário, poderá Windows+L (Lock), o usuário pode bloquear o com-
ter uma proteção de tela ativada. Após algum tempo putador. Poderá bloquear pelo menu de controle de
sem utilização dos periféricos de entrada (mouse e sessão, acionado pelo atalho de teclado Ctrl+Alt+Del;
teclado), uma imagem ou tela será exibida no lugar da z Gerenciador de Tarefas: para controlar os aplica-
imagem padrão. tivos, processos e serviços em execução. Atalho de
Na área de trabalho do Windows, o usuário pode- teclado: Ctrl+Shift+Esc;
rá armazenar arquivos e pastas, além de criar atalhos z Minimizar todas as janelas: com o atalho de tecla-
para itens no dispositivo, na rede ou na Internet. do Windows+M (Minimize), o usuário pode minimi-
A tela da área de trabalho poderá ser estendida ou zar todas as janelas abertas, visualizando a área de
duplicada, com os recursos de projeção. Ao acionar o ata- trabalho;
lho de teclado Windows+P (Projector), o usuário poderá: z Criptografia com BitLocker: o Windows oferece o
sistema de proteção BitLocker, que criptografa os
z Tela atual: exibir somente na tela atual. dados de uma unidade de disco, protegendo contra
z Estender: ampliar a área de trabalho, usando dois acessos indevidos. Para uso no computador, uma
ou mais monitores, iniciando em uma tela e ‘conti- chave será gravada em um pendrive, e para aces-
nuando’ na outra tela. sar o Windows, ele deverá estar conectado;
z Duplicar: exibir a mesma imagem nas duas telas. z Windows Hello: sistema de reconhecimento facial
z Somente projetor: desativar a tela atual (no note- ou biometria, para acesso ao computador sem a
book, por exemplo) e exibir somente no projetor necessidade de uso de senha;
ou Datashow. z Windows Defender: aplicação que integra recur-
sos de segurança digital, como o firewall, antivírus
O Windows 10 apresenta algumas novidades em
e antispyware.
relação às versões anteriores. Assistente virtual, navega-
dor de Internet, locais que centralizam informações etc.
Procure conhecer os novos recursos dos softwares
constantes do edital publicado.
z Botão Iniciar: permite acesso aos aplicativos instala-
No Windows, algumas definições sobre o que está sen-
dos no computador, com os itens recentes no início da
do executado podem variar, segundo o tipo de execução.
lista e os demais itens classificados em ordem alfabé-
Confira:
tica. Combina os blocos dinâmicos e estáticos do Win-
dows 8 com a lista de programas do Windows 7;
z Aplicativos: são os programas de primeiro plano,
z Pesquisar: com novo atalho de teclado, permite
que o usuário executou.
localizar a partir da digitação de termos, itens no
z Processos: são os programas de segundo plano,
dispositivo, na rede local e na Internet. Atalho de
carregados na inicialização do sistema operacional,
teclado: Windows+S (Search);
componentes de programas instalados pelo usuário.
z Cortana: assistente virtual. Auxilia em pesquisas de
z Serviços : são componentes do sistema operacio-
informações no dispositivo, na rede local e na Internet.
nal carregados durante a inicialização para auxi-
z Visão de Tarefas: permite alternar entre os pro-
gramas em execução e abre novas áreas de traba- liar na execução de vários programas e processos.
lho. Atalho de teclado: Windows+TAB;
z Microsoft Edge: navegador de Internet padrão do Os aplicativos em execução no Windows poderão
Windows 10. Ele está configurado com o buscador ser acessados de várias formas, alternando a exibição
padrão Microsoft Bing, mas pode ser alterado; de janelas, com o uso de atalhos de teclado. Confira:
z Microsoft Loja: loja de app’s para o usuário bai-
xar novos aplicativos para Windows; z Alt + Tab: alterna entre os aplicativos em execução,
z Windows Mail: aplicativo para correio eletrônico, que exibindo uma lista de miniaturas deles para o usuá-
carrega as mensagens da conta Microsoft e pode se tor- rio escolher. A cada toque em Alt+Tab, a seleção
nar um hub de e-mails com adição de outras contas; passa para o próximo item, retornando ao começo CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Barra de Acesso Rápido: ícones fixados de pro- quando passar por todos;
gramas para acessar rapidamente; z Alt + Esc: alterna diretamente para o próximo apli-
z Fixar itens: em cada ícone, ao clicar com o botão cativo em execução, sem exibir nenhuma janela de
direito (secundário) do mouse, será mostrado o seleção;
menu rápido, que permite fixar arquivos abertos z Ctrl + Alt + Tab: alterna entre os aplicativos em
recentemente e fixar o ícone do programa na barra execução como o Alt+Tab, mas a tela permanece em
de acesso rápido; exibição, podendo usar as setas de movimentação
z Central de Ações: centraliza as mensagens de segu- para escolha do programa;
rança e manutenção do Windows, como as atuali- z Windows + Tab: mostra a Visão de Tarefas, para
zações do sistema operacional. Atalho de teclado: escolher programas em execução ou outras áreas
Windows+A (Action). A Central de Ações não precisa de trabalho abertas.
ser carregada pelo usuário, ela é carregada automa-
ticamente quando o Windows é inicializado; Vários recursos presentes no sistema operacional
z Mostrar área de trabalho: visualizar rapidamen- Windows podem auxiliar nas tarefas do dia a dia. Pro-
te a área de trabalho, ocultando as janelas que cure praticar as combinações de atalhos de teclado, por
estejam em primeiro plano. Atalho de teclado: dois motivos: elas agilizam o seu trabalho cotidiano e
Windows+D (Desktop); elas caem em provas de concursos. 315
4 - Maximizar Antes de prosseguir, vamos conhecer estes conceitos.
2 - Barra ou linha de título
3 - Minimizar 5 Fechar
1 - Barra de Menus TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO

Unidade de disco de armazenamento


Disco de permanente, que possui um siste-
armazenamento ma de arquivos e mantém os dados
gravados.

Estruturas lógicas que endereçam as par-


Área de trabalho Sistema de tes físicas do disco de armazenamento.
Arquivos NTFS, FAT32, FAT são alguns exemplos
de sistemas de arquivos do Windows.

Circunferência do disco físico (como


Trilhas um hard disk HD ou unidades removí-
Figura 3. Elementos de uma janela do Windows 10. veis ópticas).

São ‘fatias’ do disco, que dividem as


1 . Barra de menus: são apresentados os menus com Setores
trilhas.
os respectivos serviços que podem ser executados
no aplicativo. Unidades de armazenamento no dis-
Clusters co, identificado pela trilha e setor onde
2 . Barra ou linha de título: mostra o nome do arqui-
se encontra.
vo e o nome do aplicativo que está sendo execu-
tado na janela. Através dessa barra, conseguimos Estrutura lógica do sistema de arqui-
Pastas ou diretórios vos para organização dos dados na
mover a janela quando a mesma não está maximi-
unidade de disco.
zada. Para isso, clique na barra de título, mante-
nha o clique e arraste e solte o mouse. Assim, você Arquivos Dados. Podem ter extensões.
estará movendo a janela para a posição desejada. Pode identificar o tipo de arquivo, asso-
Depois é só soltar o clique. ciando com um software que permita
3. Botão minimizar: reduz uma janela de documento Extensão visualização e/ou edição. As pastas
podem ter extensões como parte do
ou aplicativo para um ícone. Para restaurar a janela
nome.
para seu tamanho e posição anteriores, clique neste
botão ou clique duas vezes na barra de títulos. Arquivos especiais, que apontam para
4. Botão maximizar: aumenta uma janela de docu- outros itens computacionais, como
unidades, pastas, arquivos, dispositi-
mento ou aplicativo para preencher a tela. Para Atalhos
vos, sites na Internet, locais na rede
restaurar a janela para seu tamanho e posição etc. Os ícones possuem uma seta,
anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes para diferenciar dos itens originais.
na barra de títulos.
5. Botão fechar: fecha o aplicativo ou o documento. O disco de armazenamento de dados tem o seu
Solicita que você salve quaisquer alterações não tamanho identificado em Bytes. São milhões, bilhões e
salvas antes de fechar. Alguns aplicativos, como até trilhões de bytes de capacidade. Os nomes usados
os navegadores de Internet, trabalham com guias são do Sistema Internacional de Medidas (SI) e estão
ou abas, que possui o seu próprio controle para listados na escala a seguir.
fechar a guia ou aba. Atalho de teclado Alt+F4.
6. Barras de rolagem: as barras sombreadas ao longo do Exabyte
Petabyte (EB)
lado direito (e inferior de uma janela de documento). (PB)
Terabyte
Para deslocar-se para outra parte do documento, arras- Gigabyte (TB)
te a caixa ou clique nas setas da barra de rolagem. Megabyte (GB) trilhão
Kilobyte (MB) bilhão
(KB) mil milhão
Conceito de Pastas, Diretórios, Arquivos e Atalhos Byte
(B)

No Windows 10, os diretórios são chamados de pastas.


Ainda não temos discos com capacidade na ordem
E algumas pastas são especiais, coleções de arquivos, de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos
chamadas de Bibliotecas. São quatro Bibliotecas: Docu- comercialmente, mas quem sabe um dia? Hoje estas
mentos, Imagens, Músicas e Vídeos. O usuário poderá medidas muito altas são usadas para identificar gran-
criar Bibliotecas, para sua organização pessoal. Elas oti- des volumes de dados na nuvem, em servidores de
mizam a organização dos arquivos e pastas, inserindo redes, em empresas de dados etc.
apenas ligações para os itens em seus locais originais. 1 Byte representa uma letra, ou número, ou símbo-
O sistema de arquivos NTFS (New Technology File lo. Ele é formado por 8 bits, que são sinais elétricos (que
vale zero ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam
System) armazena os dados dos arquivos em localiza-
o sistema binário para representação de informações.
ções dos discos de armazenamento. Os arquivos pos-
A palavra “Nova”, quando armazenada no disposi-
suem nome, e podem ter extensões. tivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação grava-
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de da na memória.
armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de bytes) A palavra “Concursos”, ocupará 9 bytes, que são 72
316 O FAT32 suporta unidades de até 2 TB. bits de informação.
Os bits e bytes estão presentes em diversos momentos do cotidiano. Um plano de dados de celular oferece um pacote
de 5 GB, ou seja, poderá transferir até 5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão Wi-Fi de sua residência está
operando em 150 Mbps, ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por segundo, e um arquivo com 75 MB de tama-
nho, levará 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo para o roteador wireless.
Quando os computadores pessoais foram apresentados para o público, a árvore foi usada como analogia para
explicar o armazenamento de dados, criando o termo “árvore de diretórios”.

Documentos
Imagens Folhas
Músicas Flores
Vídeos Frutos

Pastas e Subpastas Tronco e Galhos

Diretório Raiz Raiz

Figura 4. Árvore de diretórios

No Windows 10, a organização segue a seguinte definição:

Arquivos de Programas (Program Files), Usuários (Users),


Estruturas do sistema operacional Windows. A primeira pasta da unidade é chamada raiz (da ár-
vore de diretórios), representada pela barra invertida.

Documentos (Meus Documentos), Imagens (Minhas Imagens), Ví-


Estruturas do Usuário
PASTAS deos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Músicas) – BIBLIOTECAS

Desktop, que permite acesso a Lixeira, Barra de Tarefas, pas-


Área de Trabalho
tas, arquivos, programas e atalhos.

Armazena os arquivos de discos rígidos que foram excluídos,


Lixeira do Windows
permitindo a recuperação dos dados.

Extensão LNK, podem ser criados arrastando o item com ALT


ATALHOS Arquivos que indicam outro local
ou CTRL+SHIFT pressionado.

Extensão DLL e outras, usadas para comunicação do software


DRIVERS Arquivos de configuração
com o hardware

O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que antes era Windows Explorer) para o gerenciamento de pastas
e arquivos. Ele é usado para as operações de manipulação de informações no computador, desde o básico (formatar
discos de armazenamento) até o avançado (organizar coleções de arquivos em Bibliotecas).
O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado para executar o Explorador de Arquivos.
Como o Windows 10 está associado a uma conta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou MSN, ou Outlook), o CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
usuário tem disponível um espaço de armazenamento de dados na nuvem Microsoft OneDrive. No Explorador
de Arquivos, no painel do lado direito, o ícone OneDrive sincroniza os itens com a nuvem. Ao inserir arquivos ou
pastas no OneDrive, eles serão enviados para a nuvem e sincronizados com outros dispositivos que estejam conec-
tados na mesma conta de usuário.
Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos somente leitura... os atributos dos itens podem ser definidos
pelo item Propriedades no menu de contexto. O Explorador de Arquivos pode exibir itens que tenham o atributo
oculto, desde que ajuste a configuração correspondente.

Extensões de Arquivos

O Windows 10 apresenta ícones que representam arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão carac-
teriza o tipo de informação que o arquivo armazena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é atribuída para
ele, de acordo com o programa que o criou. É possível alterar esta extensão, porém corremos o risco de perder
o acesso ao arquivo, que não será mais reconhecido diretamente pelas configurações definidas em Programas
Padrão do Windows.
Confira na tabela a seguir algumas das extensões e ícones mais comuns em provas de concursos. 317
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO

Adobe Acrobat. Pode ser criado e editado pelos aplicativos Office. Formato de docu-
PDF mento portável (Portable Document Format) que poderá ser visualizado em várias
plataformas.

Documento de textos do Microsoft Word. Textos com formatação que podem ser
editados pelo LibreOffice Writer.
DOCX

Pasta de trabalho do Microsoft Excel. Planilhas de cálculos que podem ser editadas
pelo LibreOffice calc.
XLSX

Apresentação de slides do Microsoft PowerPoint, que poderá ser editada pelo Li-
PPTX breOffice Impress.

Texto sem formatação. Formato padrão do acessório Bloco de Notas. Poderá ser
aberto por vários programas do computador.
TXT

Rich Text Format – formato de texto rico. Padrão do acessório WordPad, este docu-
mento de texto possui alguma formatação, como estilos de fontes.
RTF

Formato de vídeo. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone a


miniatura do primeiro quadro. No Windows 10, Filmes e TV reproduzem os arquivos
MP4, AVI, MPG de vídeo.

Formato de áudio. O Gravador de Som pode gravar o áudio. O Windows Media Player
e o Groove Music, podem reproduzir o som.
MP3

Formato de imagem. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone


BMP, GIF, JPG, a miniatura da imagem. No Windows 10, o acessório Paint visualiza e edita os arqui-
PCX, PNG, TIF vos de imagens.

Formato ZIP, padrão do Windows para arquivos compactados. Não necessita de pro-
gramas adicionais, como o formato RAR que exige o WinRAR.
ZIP

Biblioteca de ligação dinâmica do Windows. Arquivo que contém informações que


podem ser usadas por vários programas, como uma caixa de diálogo.
DLL

Arquivos executáveis, que não necessitam de outros programas para serem


executados.
EXE, COM, BAT

Se o usuário quiser, pode acessar Configurações (atalho de teclado Windows+I) e modificar o programa padrão. Alteran-
do esta configuração, o arquivo será visualizado e editado por outro programa de escolha do usuário.
No Windows 10, Configurações é o Painel de Controle. A troca do nome alterou a organização dos itens de ajustes do
Windows, tornando-se mais simples e intuitivo.
Através deste item o usuário poderá instalar e desinstalar programas e dispositivos, configurar o Windows,
além de outros recursos administrativos.
Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10, acessado pela opção Configurações, localizada na lista exi-
bida a partir do botão Iniciar, é possível configurar VPN, Wi‐Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/ Modo avião/
318 Status da rede/ Ethernet/ Conexão discada/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy.
Modo Avião é uma configuração comum em smar- Ao acionar o atalho de teclado Alt+PrintScreen,
tphones e tablets que permite desativar, de manei- estamos copiando uma ‘foto da janela atual’ para a
ra rápida, a comunicação sem fio do aparelho – que Área de Transferência, desconsiderando outros ele-
inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS, mentos da tela do Windows.
NFC e todos os demais tipos de uso da rede sem fio. Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+V (Colar), o
Mas, eu não vejo as extensões de meus arquivos. conteúdo que está armazenado na Área de Transfe-
Como resolver? rência será inserido no local atual.
O Explorador de Arquivos possui diferentes modos As ações realizadas no Windows, em sua quase
de exibição. Poderá ser em Lista, ou Detalhes, ou Con- totalidade, podem ser desfeitas ao acionar o atalho de
teúdo, entre outras. O usuário poderá ativar ou desati- teclado Ctrl+Z imediatamente após a sua realização.
var a exibição das extensões dos arquivos, facilitando Por exemplo, ao excluir um item por engano, ao pres-
a manipulação dos itens. sionar DEL ou DELETE, o usuário pode acionar Ctrl+Z
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao (Desfazer) para restaurar ele novamente, sem neces-
exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar sidade de acessar a Lixeira do Windows.
informações, como, por exemplo, a data de modifica- E outras ações podem ser repetidas, acionando o
ção e o tamanho de cada arquivo. atalho de teclado Ctrl+Y (Refazer), quando possível.
Para obter uma imagem de alguma janela em
Modos de Exibição do Windows 10 exibição, além dos atalhos de teclado PrintScreen e
Alt+PrintScreen, o usuário pode usar o recurso Instan-
tâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office.
Outra forma de realizar esta atividade, é usar a
Ferramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível
no Windows.
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem cap-
turada, poderá fazer com o atalho de teclado Windo-
ws+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo na
pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens.

Importante!
Ícones Extra Grandes Ícones Extra Grandes com nome (e extensão)
A área de transferência é um dos principais
Ícones Grandes
Ícones Grandes com nome (e extensão) recursos do Windows, que permite o uso de
Ícones médios com nome (e extensão) comandos, realização de ações e controle das
Ícones Médios
organizados da esquerda para a direita ações que serão desfeitas.
Ícones Pequenos
Ícones pequenos com nome (e extensão)
organizados da esquerda para a direita
Ícones pequenos com nome (e extensão)
Operações de Manipulação de Arquivos e Pastas
Lista
organizados de cima para baixo
Ícones pequenos com nome, data de Ao nomear arquivos e pastas, algumas regras pre-
Detalhes
modificaçã, tipo e tamanho. cisam ser conhecidas para que a operação seja reali-
Ícones médios com nome, tipo e tamanho, zada com sucesso.
Lado a Lado
organizado da esquerda para a direita.
Ícones médios com nome, autores, data de z O Windows não é case sensitive. Ele não faz distin-
Conteúdo
modificação, marcas e tamanho. ção entre letras minúsculas ou letras maiúsculas.
Um arquivo chamado documento.docx será consi-
Área de Transferência derado igual ao nome Documento.DOCX;
z O Windows não permite que dois itens tenham o
Um dos itens mais importantes do Windows não é mesmo nome e a mesma extensão quando estive-
visível como um ícone ou programa. A Área de Trans- rem armazenados no mesmo local;
ferência é um espaço da memória RAM, que armazena z O Windows não aceita determinados caracteres
uma informação de cada vez. A informação armaze- nos nomes e extensões. São caracteres reservados,
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
nada poderá ser inserida em outro local, e ela acaba para outras operações, que são proibidos na hora
de nomear arquivos e pastas. Os nomes de arqui-
trabalhando em praticamente todas as operações de
vos e pastas podem ser compostos por qualquer
manipulação de pastas e arquivos.
caractere disponível no teclado, exceto os carac-
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+X (Recortar),
teres * (asterisco, usado em buscas), ? (interroga-
estamos movendo o item selecionado para a memória
ção, usado em buscas), / (barra normal, significa
RAM, para a Área de Transferência. opção), | (barra vertical, significa concatenador de
No Windows 10, se quiser visualizar o conteúdo comandos), \ (barra invertida, indica um caminho),
da Área de Transferência, acione o atalho de teclado “ (aspas, abrange textos literais), : (dois pontos, sig-
Windows+V (View). nifica unidade de disco), < (sinal de menor, signi-
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+C (Copiar), fica direcionador de entrada) e > (sinal de maior,
estamos copiando o item para a memória RAM, para significa direcionador de saída);
ser inserido em outro local, mantendo o original e z Existem termos que não podem ser usados, como
criando uma cópia. CON (console, significa teclado), PRN (printer, sig-
Ao acionar o atalho de teclado PrintScreen, esta- nifica impressora) e AUX (indica um auxiliar), por
mos copiando uma ‘foto da tela inteira’ para a Área de referenciar itens de hardware nos comandos digi-
Transferência, para ser inserida em outro local, como tados no Prompt de Comandos. (por exemplo, para
em um documento do Microsoft Word ou edição pelo enviar para a impressora um texto através da linha
acessório Microsoft Paint. de comandos, usamos TYPE TEXTO.TXT > PRN). 319
As ações realizadas pelos usuários em relação à manipulação de arquivos e pastas, pode estar condicionada ao
local onde ela é efetuada, ou ao local de origem e destino da ação. Portanto, é importante verificar no enunciado
da questão, geralmente no texto associado, estes detalhes que determinarão o resultado da operação.
As operações podem ser realizadas com atalhos de teclado, com o mouse, ou com a combinação de ambos. Vale
ressaltar que algumas bancas organizadoras não costumam questionar ações práticas nas provas e, raramente,
utilizam imagens nas questões.

OPERAÇÕES COM TECLADO

Atalhos de Teclado Resultado da Operação

Não é possível recortar e colar na mesma pasta. Será exibida uma men-
Ctrl+X e Ctrl+V na mesma pasta
sagem de erro.

Ctrl+X e Ctrl+V em locais diferentes Recortar (da origem) e colar (no destino). O item será movido

Copiar e colar. O item será duplicado. A cópia receberá um sufixo (Copia)


Ctrl+C e Ctrl+V na mesma pasta
para diferenciar do original.

Copiar (da origem) e colar (no destino). O item será duplicado, mantendo
Ctrl+C e Ctrl+V em locais diferentes
o nome e extensão.

Deletar, apagar, enviar para a Lixeira do Windows, podendo recuperar de-


Tecla Delete em um item do disco rígido pois, se o item estiver em um disco rígido local interno ou externo conec-
tado na CPU.

Tecla Delete em um item do disco Será excluído definitivamente. A Lixeira do Windows não armazena itens
removível de unidades removíveis (pendrive), ópticas ou unidades remotas.

Independentemente do local onde estiver o item, ele será excluído


Shift+Delete
definitivamente

Renomear. Trocar o nome e a extensão do item. Se houver outro item


com o mesmo nome no mesmo local, um sufixo numérico será adicio-
F2
nado para diferenciar os itens. Não é permitido renomear um item que
esteja aberto na memória do computador.

Lixeira

Um dos itens mais questionados em concursos públicos é a Lixeira do Windows. Ela armazena os itens que
foram excluídos de discos rígidos locais, internos ou externos conectados na CPU.
Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a tecla DELETE (DEL), o item é removido do local original e arma-
zenado na Lixeira.
Quando o item está na Lixeira, o usuário pode escolher a opção ‘Restaurar’, para retornar ele para o local
original. Se o local original não existe mais, pois suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira recupera o
caminho e restaura o item.
Os itens armazenados na Lixeira poderão ser excluídos definitivamente, escolhendo a opção “Esvaziar Lixeira” no
menu de contexto ou faixa de opções da Lixeira.
Quando acionamos o atalho de teclado Shift+Delete, o item será excluído definitivamente. Pelo Windows, itens excluí-
dos definitivamente ou apagados após esvaziar a Lixeira, não poderão ser recuperados. É possível recuperar com progra-
mas de terceiros, mas isto não é considerado no concurso, que segue a configuração padrão.
Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados com o mouse para fora dela, restaurando o item para o
local onde o usuário liberar o botão do mouse.
A Lixeira do Windows tem o seu tamanho definido em 10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá alterar o
tamanho máximo reservado para a Lixeira, poderá desativar ela excluindo os itens diretamente, e configurar Lixeiras
individuais para cada disco conectado.

OPERAÇÕES COM MOUSE

Ação do usuário Resultado da operação

Clique simples no botão principal. Selecionar o item.

Clique simples no botão secundário. Exibir o menu de contexto do item.

Executar o item, se for executável. Abrir o item, se for edi-


tável, com o programa padrão que está associado. Nos
Duplo clique.
programas do computador, poderá abrir um item através
da opção correspondente.

Renomear o item. Se o nome já existe em outro item, será


Duplo clique pausado.
sugerido numerar o item renomeado com um sufixo.
320
OPERAÇÕES COM MOUSE

Ação do usuário Resultado da operação

Arrastar com botão principal pressionado, e soltar na


O item será movido.
mesma unidade de disco.

Arrastar com botão principal pressionado, e soltar em ou-


O item será copiado.
tra unidade de disco.

Arrastar com botão secundário do mouse pressionado, e Exibe o menu de contexto, podendo “Copiar aqui” (no local
soltar na mesma unidade. onde soltar).

Arrastar com botão secundário do mouse pressionado, e Exibe o menu de contexto, podendo “Copiar aqui” (no local
soltar em outra unidade de disco. onde soltar) ou “Mover aqui”.

Ação do usuário Resultado da operação

Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será copiado, quando a tecla CTRL for liberada, in-
a tecla CTRL pressionada. dependente da origem ou do destino da ação.

Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será movido, quando a tecla SHIFT for liberada, in-
a tecla SHIFT pressionada. dependente da origem ou do destino da ação.

Arrastar com o botão principal pressionado um item com Será criado um atalho para o item, independente da ori-
a tecla ALT pressionada (ou CTRL+SHIFT). gem ou do destino da ação.

Clique em itens com o botão principal, enquanto mantém


Seleção individual de itens.
a tecla CTRL pressionada.

Seleção de vários itens. O primeiro item clicado será o iní-


Clique em itens com o botão principal, enquanto mantém
cio, e o último item será o final, de uma região contínua
a tecla SHIFT pressionada.
de seleção.

As ações envolvendo tela touchscreen foram questionadas quando o Windows 8 estava disponível. No Windo-
ws 10, apesar de ter suporte para telas sensíveis ao toque, não temos questões sobre as ações no sistema opera-
cional com esta interface.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESGRANRIO – 2018) Se um usuário tem duas pastas em uma mesma partição de um disco rígido de um compu-
tador rodando o Windows 10 em português, o que acontece se esse usuário, utilizando o botão esquerdo do mouse,
arrasta uma pasta sobre a outra?

a) Aparece uma mensagem perguntando se o usuário quer mover a pasta e todo o seu conteúdo ou somente o conteúdo
da pasta.
b) A pasta arrastada e o seu conteúdo são copiados para a outra pasta.
c) A pasta arrastada e todo o seu conteúdo são movidos para a outra pasta e deixam de existir na localização original.
d) O conteúdo da pasta arrastada é movido para a outra pasta, mas a pasta de origem, agora vazia, continua a existir na
localização original.
e) O usuário recebe uma mensagem de erro advertindo-o de que pastas não podem ser aninhadas.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Ao arrastarmos um item de um local em uma unidade de disco para outro local na mesma unidade de disco, o
item será movido. Ao arrastarmos um item de um local em uma unidade de disco para outra unidade de disco, o
item será copiado. A letra A está errada, pois não aparecerá uma mensagem com confirmações parciais para a
ação. A letra B está errada, pois, estando na mesma unidade de disco, os itens são movidos (seriam copiados se
fossem unidades diferentes). A letra D está errada, pois, ao mover a pasta, ela deixa de existir no local original,
passando a existir apenas no destino da movimentação. A letra E está errada, pois não há o conceito de pastas
aninhadas – uma pasta dentro de outra pasta é uma subpasta. Resposta: Letra C.

NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL GNU LINUX – CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA OPERACIONAL GNU LINUX

O sistema operacional Linux é uma opção ao sistema operacional Windows, com outras características próprias.
O sistema operacional Linux é mais utilizado em sistemas de baixo custo, e possui diferentes distribuições para
diferentes modelos de computadores. Por ser um sistema de código aberto, deu origem a outros sistemas como o
iOs (Apple) e o Android (Google).
Por ser um sistema operacional livre e licenciável, possui a licença GNU GPL para distribuição. O projeto GNU
foi lançado no começo dos anos 80 e atualmente é patrocinado pela FSF (Free Software Foundation). Muitos usuá-
rios descobrem que no contexto de softwares livres, ser livre não significa ser gratuito. Ao contrário do termo 321
freeware, que identifica uma categoria de softwares Kernel (núcleo)

gratuitos para utilização, o termo free no Linux está


relacionada às liberdades de uso. Shell (interpretador)
A GPL (GNU Public Licence) baseia-se em 4 liberda-
des ‘essenciais’: Terminal
(linha de comandos)

z A liberdade de executar o programa, para qual-


quer propósito (liberdade nº 0); Interface gráfica
z A liberdade de estudar como o programa funciona
e adaptá-lo às suas necessidades (liberdade nº 1).
O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para
esta liberdade;
z A liberdade de redistribuir cópias de modo que
você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2);
z A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os Figura 1. Assim como no Windows, o Linux tem camadas que

seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comu- separam os recursos.

nidade beneficie deles (liberdade nº 3). O acesso ao


código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. Distribuições Linux

Disponível em < https://www.gnu.org/philosophy/free-sw.pt-br.html Distribuição é um conjunto de personalizações


>. Acesso em: 27 nov. 2020. que mantém o mesmo núcleo (kernel) do Linux, mas
apresentável de forma diferenciada.
Características Básicas do Sistema Linux
Puppy, Debian, Fedora, Kubuntu, Ubuntu, RedHat,
O Linux tem as seguintes características básicas: SuSe, Mandrake, Xandros (da Corel) e Kurumim são
alguns exemplos de distribuições.
z Possui um kernel (núcleo) comum em todas as
Ubuntu é a distribuição mais cobrada em con-
distribuições;
cursos públicos, baseada na distribuição Debian. O
z FHS é um acrônimo para Hierarquia do Sistema de
Ubuntu é uma versátil distribuição Linux que pode
Arquivos. Basicamente, ele é um padrão que todas
ser instalada em várias construções computacionais,
as distribuições Linux devem seguir para organi-
zar os seus diretórios; desde que adaptadas (drivers).
z O código fonte está disponível para ser baixado, É importante citar, também, a Open SuSE, uma
estudado, modificado e distribuído gratuitamente; distribuição Linux que mantém as características
z As distribuições oferecem recursos específicos de comandos e diretórios das outras distribuições.
para cada proposta, mantendo o núcleo comum do Em suma, ao estudar o sistema Linux, você aprende-
sistema; rá sobre qualquer distribuição desse sistema, como
z Cada distribuição poderá ter uma ou mais interfa- Debian, Ubuntu ou OpenSuSE.
ces de usuário, e elas podem ser usadas em outras
distribuições; Big Linux Brasil
z Possui modo gráfico e terminal de comandos;
Gnoppix Alemanha
z Existem distribuições gratuitas e pagas;
ImpiLinux África do Sul
z As modificações realizadas pelos usuários serão
submetidas para avaliação da comunidade de Kurumim Brasil
desenvolvedores, que determinarão a importância Mint Irlanda
e relevância delas, antes de tornar as modificações DeMuDi Europa
oficiais para todo o mundo;
Finnix EUA
z Como todo sistema operacional, possui suporte
Insigne GNU Brasil
para protocolos TCP, permitindo o acesso às redes
de computadores com browsers ou navegadores; KeeP OS Brasil
z Geralmente instalado em dispositivos com Windo- Knoppix Alemanha
ws, o Linux oferece gerenciador de boot (bootloa- Linspire EUA
der) para gerenciar a inicialização, exibindo um
MeNTOPPIX Indonésia
menu para o usuário escolher qual sistema opera-
MEPIS EUA
cional será usado na sessão atual;
z LILO e GRUB são os gerenciadores de boot mais Rxart Argentina

comuns nas distribuições Linux; Satux Brasil


z O Linux é um sistema operacional do tipo case Symphony OS
sensitive, ou seja, diferencia letras maiúsculas de
letras minúsculas nos nomes de arquivos, diretó- Figura 2. Distribuição Ubuntu, derivada do Debian, é a mais
322 rios e comandos. questionada.
Diretórios Linux

Os diretórios são pastas onde armazenamos e organizamos arquivos e subpastas (subdiretórios). A represen-
tação dos diretórios segue o princípio lúdico de uma árvore. Árvore de diretórios ou folder tree é a forma como
as pastas dos sistemas Linux estão organizadas. Elas têm uma hierarquia, para facilitar a organização do sistema,
seus arquivos, bibliotecas e inclusive para melhorar a segurança do sistema.
FHS é um acrônimo para Hierarquia do Sistema de Arquivos. Basicamente, ele é um padrão que todas as dis-
tribuições Linux devem seguir para organizar os seus diretórios.
A escolha da árvore para representar a estrutura de diretórios, se mostrou adequada, dada a semelhança
entre seus componentes. Por exemplo, o diretório raiz é o primeiro diretório, assim como a raiz de uma árvore.
Encontramos diretórios principais, como /bin, /etc, /lib e /tmp, que podem ser considerados o ‘caule’ da árvore
de diretórios. Nos diretórios é possível criar subdiretórios, o que representam os galhos de uma árvore. E dentro
dos diretórios, temos arquivos (documentos, comandos, temporários) igual a árvore, como flores, folhas e frutos.
Enquanto o Windows representa com barra invertida um diretório, no Linux é usada a barra normal.
Diretórios, pastas e Bibliotecas são ‘sinônimos’. Diretórios é o nome usado no Windows XP e Linux, proveniente
do ambiente MS-DOS (interface de caracteres). Pastas é o nome usado no Windows. Bibliotecas é a estrutura de
organização criada no Windows Vista, que é utilizada no Windows 7, 8, 8.1 e 10 para organizar as informações
do usuário. Elas são usadas para organizar arquivos e subpastas (subdiretórios), mantendo-os até o momento de
serem apagados.

Importante!
Diretórios e comandos Linux são os itens mais importantes em concursos atualmente. Conceitos e caracte-
rísticas do sistema operacional Linux já foram amplamente questionados nas provas anteriores.

Os diretórios são denominados com algumas letras que indicam o seu conteúdo. Confira na tabela a seguir.

NOME DESCRIÇÃO CONTEÚDO

/bin binary – binário = executável Contém os comandos (arquivos binários executáveis).

Contém os drivers dos dispositivos de hardware, para comunicação do


/dev device – dispositivo = hardware
sistema operacional com o equipamento.

/home home – início Contém os arquivos dos usuários, como as bibliotecas do Windows.

Contém as bibliotecas do sistema Linux, compartilhadas por vários


/lib library – biblioteca
programas.

/usr user – usuário Contém as configurações dos usuários.

Tabela – Diretórios Linux, exemplos básicos

Os comandos são grafados com letras minúsculas, assim como os nomes dos diretórios. Diretórios e comandos
são algumas letras do nome do conteúdo ou ação realizada, que é um termo em inglês.
A seguir, uma tabela mais completa, com quase todos os diretórios de uma distribuição padrão Linux.

DIRETÓRIO DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS


/ raiz do sistema, o diretório que ‘’guarda’’ todos os outros diretórios. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
arquivos/comandos utilizados durante a inicialização do sistema e por usuários (após a inicializa-
/bin
ção). O termo BIN é referência ao tipo de informação, binário.

arquivos utilizados durante a inicialização do sistema. Boot é uma expressão comum a vários
/boot
sistemas para indicar a inicialização.

/dev drivers de controle de dispositivos. DEV vem de device, dispositivo.

/etc arquivos de configurações do computador.

/etc/sysconfig arquivos de configuração do sistema para os dispositivos.

/etc/passwd dados dos usuários, senhas criptografadas... PASSWORD = senha.

sistemas de arquivos montados no sistema (file system table – tabela do sistema de arquivos). O
/etc/fstab
sistema de arquivos do Linux pode ser EXT3, EXT4, entre outros.

/etc/group Grupos.

323
DIRETÓRIO DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS
/etc/include header para programação em C, através do comando include.

/etc/inittab Arquivo (tabela) de configuração do init.

/etc/skel Contém os arquivos e estruturas que serão copiadas para um novo usuário do sistema.

/home pasta pessoal dos usuários comuns. Equivale às bibliotecas do sistema Windows.

/lib bibliotecas compartilhadas. LIB vem de library, biblioteca.

/lib/modules módulos externos do kernel usados para inicializar o sistema...

/misc arquivos variados (misc de miscelânea).

/mnt ponto de montagem de sistemas de arquivos (CD, floppy, partições...) MNT vem de mount, montagem.

/proc sistema de arquivos virtual com dados sobre o sistema. PROC vem de procedure.

/root diretório pessoal do root. Equivalente a pasta raiz da unidade de inicialização C:

/sbin arquivos/comandos especiais (geralmente não são utilizados por usuários comuns).

/tmp arquivos temporários.

Unix System Resources. Contém arquivos de todos os programas para o uso dos usuários de
/usr
sistemas UNIX.

/usr/bin executáveis para todos os usuários.

/usr/sbin executáveis de administração do sistema.

/usr/lib bibliotecas dos executáveis encontrados no /usr/bin.

/usr/local arquivos de programas instalados localmente.

/usr/man manuais.

/usr/info informações.

/usr/X11R6 Arquivos do X Window System e seus aplicativos.

/var Contém arquivos que são modificados enquanto o sistema está rodando (variáveis).

/var/lib Bibliotecas.

Contém os arquivos que armazenam informações, mensagens de erros dos programas, relatórios
/var/log
diversos, entre outros tipos de logs.

Tabela – Diretórios Linux

Existem sites na Internet que oferecem emuladores de Linux, para treinamento. Acesse https://bellard.org/
jslinux/ para conhecer algumas opções.

Comandos Linux

Os comandos são denominados com algumas letras que indicam a tarefa que eles realizam. Confira na tabela
a seguir:

NOME DESCRIÇÃO AÇÃO


cp copy – copiar Copiam os arquivos listados.

ls list – listar Lista os arquivos e diretório do local atual.

mv move – mover Pode mover ou renomear um arquivo ou diretório.

rm remove – remover Apagar arquivos.

vi view – visualizar Permite visualizar e editar um arquivo.


Tabela – comandos Linux, exemplos básicos

A seguir, uma tabela mais completa, com quase todos os comandos questionados pelas bancas organizadoras,
quando temos o item Linux no conteúdo programático.
324
COMANDO DESCRIÇÃO EXEMPLO AÇÃO
cat arq1.txt >> arq2.txt O arq1.txt será concatenado com arq2.txt
Concatenar, juntar ou mostrar. Exibir
Os arq1.txt e arq2.txt serão unidos em arq3.
cat o conteúdo de arquivos ou direcioná- cat arq1.txt arq2.txt >> arq3.txt
txt
-lo para outro.
cat arq1.txt Exibirá arq1.txt

cd Mudar diretório. cd /home Muda para o diretório /home.


Copia o arquivo teste.txt para o diretório /
cp Copiar arquivos e diretórios. cp teste.txt /home
home.

Lê o conteúdo de um ou mais arqui- O comando cut pode ser usado para mostrar
cut vos e tem como saída uma coluna cut arq1.txt apenas seções específicas de um arquivo de
vertical. texto ou da saída de outros comandos.

Comparar e mostrar as diferenças


diff diff arq1.txt arq2.txt Mostra a diferença entre os dois arquivos.
entre arquivos e diretórios.

exit Sair do usuário atual. exit Sair do usuário atual.

Exibe o arq1.txt (comando cat no modo type),


Seleciona uma linha de texto que
grep cat arq1.txt | grep Nishimura com destaque para as linhas que contenham
contenha o texto pesquisado.
Nishimura.

id Informa o usuário atual. id Informa o usuário atual.

Permite listar e configurar as interfa-


Listar todas as interfaces (all)
ifconfig ces de rede (placas de rede) conecta- ifconfig -a
No Windows, o comando é ipconfig.
das no computador.

init 0 Desligar
init Desligar ou reiniciar o computador.
init 6 Reiniciar

ln Criar links de arquivos. ln texto.txt Cria um atalho para o arquivo texto.txt.

Lista os arquivos e diretórios existentes no


ls Listar arquivos e diretórios. ls
diretório atual.

kill Eliminar um processo em execução. kill 998 Eliminar o processo 998.

Cria o diretório novo, dentro do diretório /


mkdir Criar diretório. mkdir /home/novo
home.
mv texto.txt /home Move o arquivo texto.txt para o diretório /
Mover e renomear arquivos e
mv home.
diretórios.
mv texto.txt novo.txt Renomeia o arquivo texto.txt para novo.txt.

passwd Mudar a senha do usuário. passwd Mudar a senha.

Listam os processos em execução,


ps e com o número poderá eliminar ele ps Listar os processos em execução.
com o comando kill.
pwd Exibe o diretório atual. pwd Mostra onde estou.

rm Deletar arquivos. rm teste.txt Apaga o arquivo teste.txt

rmdir Remover diretórios. rmdir novo Remove o diretório novo que está no local atual. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
sort Ordena o conteúdo de um arquivo. sort arq1.txt Ordena o conteúdo do arquivo arq1.txt

Executar comandos como superu-


sudo sudo ps Executa o comando ps como superusuário
suário. Válido por 10 min.

shutdown -r +10 Reinicia em 10 minutos


shutdown Desligar ou reiniciar o computador.
shutdown -h +5 Desliga em 5 minutos
Exibir as últimas linhas de um
tail tail arq1.txt Exibe as 10 últimas linhas de arq1.txt
arquivo.
Cria um arquivo que contém os outros, sem
tar Empacotar arquivos. tar teste1.txt
compactar.
Criar e modificar data do arquivo. Se
Criar o arquivo vazio teste.txt com a data
touch o arquivo não existe, ele é criado va- touch teste.txt
atual.
zio, com a data atual.
Cria um novo usuário ou atualiza as
Criar o usuário fernando, com os arquivos
useradd informações padrão de um usuário useradd fernando
definidos em /etc/skel
no sistema Linux.
325
COMANDO DESCRIÇÃO EXEMPLO AÇÃO
Entra em modo de visualização e edição do
vi Visualizar um arquivo no editor vi teste.txt
arquivo teste.txt
O zypper é o gerenciador de pacotes
por linha de comando do OpenSU-
Instalar o pacote mplayer no OpenSus; Bus-
SE, funcionando como o apt-get do
car e instalar pacotes de software; gerenciar
zypper Debian, ou seja, providenciando fun- zypper install mplayer
atualizações e instalações de patches; geren-
ções, como acesso a repositórios,
ciar repositórios etc.
resolução de dependências entre pa-
cotes, instalação de pacotes etc.

Tabela – comandos Linux

Todos os sistemas operacionais possuem recursos para a realização das mesmas tarefas. Não é correto afirmar
que um sistema é melhor que outro, sendo que eles são equivalentes em funcionalidades.

Prompt de Comandos (Windows) e Console de Comandos (Linux)

A interface que não é gráfica, ou seja, de caracteres, sempre existiu nos computadores. Mas entre o Windows e Linux exis-
tem diferenças, tanto operacionais como de comandos. Confira um comparativo de comandos entre o Linux e o Windows.

LINUX WINDOWS
Ajuda man, help ou info /?
Data e Hora date, cal ou hwclock date e time
Espaço em disco df dir
Processos em execução ps
Finalizar processo kill
Qual o diretório atual? pwd cd
Subir um nível cd .. cd..
Diretório raiz cd / cd \
Voltar ao diretório anterior cd –
Diretório pessoal cd ~
Copiar arquivos cp copy
Mover arquivos mv move
Renomear mv ren
Listar arquivos ls dir
Apagar arquivos rm del
Apagar diretórios rm deltree
Criar diretórios mkdir md
Alterar atributos attrib
Alterar permissões chmod
Alterar proprietário (dono) chown
Alterar grupo chgrp
Comparar arquivos e pastas diff comp
Empacotar arquivos tar
Compactar arquivos gzip compact
Alterar a senha passwd
Concatenar, juntar e mostrar cat
Mostrar, visualizar vi type
Pausa na exibição de páginas more ou less more
Interfaces de rede ifconfig ipconfig
Caminho dos pacotes tracert route
Listar todas as conexões netstat arp -a
326
LINUX WINDOWS
Apagar a tela clear Cls
Concatenar comandos | |
Direcionar a entrada para um comando < <
Direcionar a saída de um comando > >
Localizar ocorrências dentro do arquivo grep
Exibir as últimas linhas do arquivo tail
Diretório raiz / (barra normal) \ (barra invertida)
Opção de um comando - (sinal de menos) / (barra normal)

Tabela – comparação de comandos Linux com comandos Windows

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FCC – 2019) Um Procurador solicitou ajuda ao suporte técnico para resolver um problema de conexão com a Internet em
um computador que usa o sistema operacional Linux. O atendente do suporte solicitou a ele para informar o endereço IP
do computador na rede. Para obter este endereço, em linha de comando, ele utilizou a instrução

a) netsh -a
b) ipconfig
c) getip -a
d) ifconfig
e) ipaddress

O comando, no Linux, para consultar as informações da conexão de rede é o ifconfig. No Windows, é ipconfig.
Resposta: Letra D.

EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT


OFFICE – WORD, EXCEL E POWERPOINT - VERSÃO O365)
Um pacote de aplicativos para escritório é sem dúvida, um dos mais úteis aplicativos que um computador pode
ter instalado. Independente do perfil de utilização do usuário, algum dos aplicativos disponíveis em um pacote
como o Microsoft Office, atendem a diferentes tarefas cotidianas. Das mais simples, até as mais complexas.
A Microsoft chama o pacote Office de ‘suíte de produtividade’, e tem como ‘concorrente’ o LibreOffice.
O Microsoft Office possui alguns aplicativos que trocaram de nomes ao longo do tempo. Atualmente está na
versão Office 365, que disponibiliza recursos via Internet (computação nas nuvens), com armazenamento de
arquivos no Microsoft OneDrive.
Serviços adicionais de comunicação, como o Microsoft Outlook e Microsoft Teams, fazem parte do pacote
Microsoft Office 365.

PROGRAMAS MICROSOFT OFFICE LIBREOFFICE

Editor de Textos Microsoft Word LibreOffice Writer CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Planilhas de Cálculos Microsoft Excel LibreOffice Calc


Apresentações de Slides Microsoft PowerPoint LibreOffice Impress

As extensões dos arquivos editáveis produzidos pelos pacotes de produtividade são apresentadas na tabela a seguir.

EXTENSÕES DE MICROSOFT
LIBREOFFICE
ARQUIVOS OFFICE

Editor de Textos DOCX ODT

Planilhas de Cálculos XLSX ODS

Apresentações de Slides PPTX ODP

As extensões do Microsoft Office, para arquivos editáveis, terminam em X, em referência ao conteúdo forma-
tado com XML, que foi introduzido na versão 2007. As extensões do LibreOffice iniciam com OD, em referência ao
Open Document, do Open Office. 327
Microsoft Office Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office
podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft
Office 2003 Office 2007 Office 365 Word, desde a versão 2013, possui o recurso “Refuse
PDF”, que permite editar um arquivo PDF como se fos-
Até a versão 2003, os arquivos produzidos pelo se um documento do Word.
Microsoft Office eram identificados com extensões de 3 O Microsoft Word pode gravar o documento no for-
letras, como DOC, XLS e PPT. Algumas questões de con- mato ODT, do LibreOffice, assim como é capaz de editar
cursos ainda apresentam estas extensões nas alternati- documentos produzidos no outro pacote de aplicativos.
vas das questões. Durante a edição de um documento, o Microsoft Word:
Na versão 2007, o padrão XML (eXtensible Markup
Language) foi implementado para oferecer portabili- z Faz a gravação automática dos dados editados en-
dade aos documentos produzidos. As extensões dos quanto o arquivo não tem um nome ou local de ar-
arquivos passaram a ser identificadas com 4 letras, mazenamento definidos. Depois, se necessário, o
como DOCX, XLSX e PPTX. usuário poderá “Recuperar documentos não salvos”;
Com o avanço dos recursos de computação na nuvem, z Faz a gravação automática de auto recuperação
o Office foi disponibilizado na versão on-line, que poste- dos arquivos em edição que tenham nome e local
riormente se chamou 365, e é a versão atual do pacote. definidos, permitindo recuperar as alterações que
Com um novo formato de licenciamento, com assinaturas não tenham sido salvas;
mensais e anuais, ao invés da venda de licenças de uso, a z As versões do Office 365 oferecem o recurso de
instalação do Office 365 no computador disponibiliza a “Salvamento automático”, associado à conta Mi-
última versão do pacote para escritórios. crosoft, para armazenamento na nuvem Microsoft
MS-WORD 2010 OneDrive. Como na versão on-line, a cada altera-
ção, o salvamento será realizado.
Estrutura Básica dos Documentos
O formato de documento RTF (Rich Text Format) é
Os documentos produzidos com o editor de textos
padrão do acessório do Windows chamado WordPad,
Microsoft Word possuem a seguinte estrutura básica:
e por ser portável, também poderá ser editado pelo
z Documentos – arquivos DOCX criados pelo Microsoft Microsoft Word.
Word 2007 e superiores. Os documentos são arquivos
editáveis pelo usuário, que podem ser compartilhados Dica
com outros usuários para edição colaborativa;
z Os Modelos (Template), com extensão DOTX, con- Em questões de informática nos concursos as
tém formatações que serão aplicadas aos novos extensões dos arquivos produzidos pelo usuário
documentos criados a partir dele. O modelo é usa- costumam ser questionadas com regularidade.
do para a padronização de documentos;
z O modelo padrão do Word é NORMAL.DOTM Ao iniciar a edição de um documento, o modo
(Document Template Macros – modelo de docu- de exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de
mento com macros). As macros são códigos desen- Impressão”. O documento será mostrado na tela da
volvidos em Visual Basic for Applications (VBA) mesma forma que será impresso no papel.
para a automatização de tarefas; O Modo de Leitura permite visualizar o documen-
z Páginas – unidades de organização do texto, segun- to sem outras distrações como a Faixa de Opções com
do a orientação, o tamanho do papel e margens. As os ícones. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a
principais definições estão na guia Layout, mas tam- barra de título continua sendo exibida.
bém encontrará algumas definições na guia Design; O modo de exibição “Layout da Web” é usado para
z Seção – divisão de formatação do documento, visualizar o documento como ele seria exibido se esti-
onde cada parte tem a sua configuração. Sempre vesse publicado na Internet como página web.
que forem usadas configurações diferentes, como Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de
margens, colunas, tamanho da página, orientação, Títulos serão mostrados, auxiliando na organização
cabeçalhos, numeração de páginas, entre outras, as
dos blocos de conteúdo.
seções serão usadas;
O modo “Rascunho”, que antes era modo “Nor-
z Parágrafos – formado por palavras e marcas de
mal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem os
formatação. Finalizado com Enter, contém for-
elementos gráficos (imagens, cabeçalho, rodapé) exis-
matação independente do parágrafo anterior e do
parágrafo seguinte; tentes nele.
z Linhas – sequência de palavras que pode ser um Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que
parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemen-
finalizado com Quebra de Linha, a configuração to da interface do Microsoft Office.
atual permanece na próxima linha;
Acesso Rápido Guia Atual Item com Listagem Guias ou Abas
z Palavras – formado por letras, números, símbolos,
caracteres de formatação etc.
Os arquivos produzidos nas versões anteriores do
Word são abertos e editados nas versões atuais. Arqui-
vos de formato DOC são abertos em Modo de Compa-
tibilidade, com alguns recursos suspensos. Para usar
todos os recursos da versão atual, deverá “Salvar
como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão
ser editados pelas versões antigas do Office, desde que Caixa de Diálogo do Grupo Grupo Ícone com Opções
instale um pacote de compatibilidade, disponível para
328 download no site da Microsoft. Figura 1. Faixa de opções do Microsoft Word
Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o atalho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado. Na versão 2007 ela era
fixa e não podia ser ocultada. Atualmente ela pode ser recolhida ou exibida, de acordo com a preferência do usuário.
A Faixa de Opções contém guias, que organizam os ícones em grupos.

GUIA GRUPO ITEM ÍCONE

Recortar

Copiar
Área de Transferência
Colar

Página Inicial Pincel de Formatação

Nome da fonte Calibri (Corp)

Tamanho da fonte
Fonte
Aumentar fonte

Diminuir fonte

Folha de Rosto

Páginas Página em Branco

Quebra de Página

Tabelas Tabela
Inserir

Imagem

Ilustrações Imagens Online

Formas

As guias possuem uma organização lógica, sequencial, das tarefas que serão realizadas no documento, desde
o início até a visualização do resultado final.

BOTÃO/GUIA DICA
Arquivo Comandos para o documento atual. Salvar, salvar como, imprimir, Salvar e enviar
Tarefas iniciais. O início do documento, acesso à Área de Transferência, formatação de fontes,
Página Inicial CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
parágrafos. Formatação do conteúdo da página
Tarefas secundárias. Adicionar um objeto que ainda não existe no documento. Tabela, Ilustra-
Inserir
ções, Instantâneos
Layout da Página Configuração da página. Formatação global do documento, formatação da página
Design Reúne formatação da página e plano de fundo
Referências Índices e acessórios. Notas de rodapé, notas de fim, índices, sumários etc
Correspondências Mala direta. Cartas, envelopes, etiquetas, e-mails e diretório de contatos
Correção do documento. Ele está ficando pronto... Ortografia e gramática, idioma, controle de
Revisão
alterações, comentários, comparar, proteger etc
Exibir Visualização. Podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será que ficou bom?

329
EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS
EXERCÍCIOS COMENTADOS
A edição e formatação de textos consiste em apli-
1. (VUNESP – 2020) O arquivo modelo que sempre abre car estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos
quando é iniciado o programa MS Word 2010, em sua parágrafos e nas páginas.
configuração padrão, e que inclui os estilos padrão e Os estilos fornecem configurações padronizadas
as personalizações que determinam a aparência bási- para serem aplicadas aos parágrafos. Estas formata-
ca de um documento, é o ções envolvem as definições de fontes e parágrafos,
sendo úteis para a criação dos índices ao final da edi-
a) Abertura.dotm ção do documento. Os índices são gerenciados através
b) Begin.docx das opções da guia Referências.
No Microsoft Word estão disponíveis na guia Pági-
c) Início.dotx
na Inicial, e no LibreOffice Writer estão disponíveis no
d) Padrão.docx
menu Estilos.
e) Normal.dotm
Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuá-
rio poderá copiar a formatação de um local e aplicar
As configurações de fontes e parágrafos, assim em outro local no mesmo documento, ou em outro
como os estilos utilizados, estão no arquivo Normal. arquivo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o
dotm. Resposta: Letra E. ‘modelo de formatação no texto’, clique no ícone da
guia Página Inicial e clique no local onde deseja apli-
car a formatação.
O conteúdo não será copiado, somente a formatação.
Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a
formatação em vários locais até pressionar a tecla Esc
ou iniciar uma digitação.

Seleção

Através do teclado e do mouse, como no sistema


operacional, podemos selecionar palavras, linhas,
parágrafos e até o documento inteiro.
Assim como no Windows, as operações com mouse
2. (VUNESP – 2020) No Microsoft Word 2010, em sua
e teclado também são questionadas nos programas do
configuração padrão, tem-se o ícone Recortar, do gru- Microsoft Office. Entretanto, por terem conteúdos dis-
po Área de Transferência e guia Página Inicial, desta- tintos (textos, planilhas e apresentações de slides), a
cado na imagem a seguir. seleção poderá ser diferente para algumas ações.

MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO


Selecionar Seleciona o
- Ctrl+T
tudo documento
Botão 1 clique na Posiciona o
-
principal palavra cursor
Botão 2 cliques na Seleciona a
-
principal palavra palavra
Assinale a alternativa que apresenta a combinação de Botão 3 cliques na Seleciona o
-
teclas com o mesmo efeito desse ícone. principal palavra parágrafo
Botão 1 clique na Selecionar a
-
a) CTRL+V principal margem linha
b) CTRL+C Botão 2 cliques na Seleciona o
-
c) CTRL+X principal margem parágrafo
d) CTRL+A Botão 3 cliques na Seleciona o
-
e) CTRL+R principal margem documento
Seleciona
Ctrl+X é para Recortar. O conteúdo selecionado Selecionar
- Shift+Home até o início
até o início
será removido do local atual e enviado para a Área da linha
de Transferência, podendo ser colado (Ctrl+V) em Seleciona
Selecionar
outro local. - Shift+End até o final
até o final
Ctrl+C é para Copiar, Ctrl+A para Abrir e Ctrl+R da linha
para Refazer. O Pincel de Formatação é um recurso Seleciona
que permite copiar a formatação de um local (Ctr- Ctrl+Shif- Selecionar até o
-
l+Shift+c) e colar a formatação em outro local (Ctr- t+Home até o início início do
330 l+Shift+V). Resposta: Letra C. documento
MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO 2. (VUNESP – 2018) Em um documento editado no
MS-Word 2010 (em sua configuração padrão e em por-
Seleciona tuguês), a palavra “Casa” de um parágrafo está com os
Ctrl+Shif- Selecionar até o formatos de fonte Arial, Negrito e Sublinhado, apenas,
-
t+End até o final final do e a palavra “Mesa”, de outro parágrafo, está com os
documento formatos de fonte Calibri e Itálico, apenas. O usuário
Botão Seleção Palavra por selecionou a palavra “Casa” e, a seguir, clicou no botão
Ctrl Pincel. Após isso, clicou na palavra “Mesa”.
principal individual palavra
Seleção de É correto afirmar que, após todas essas ações, a pala-
Botão Seleção um ponto vra “Mesa” estará apenas com os formatos de fonte
Shift
principal bloco até outro
local a) Arial e Itálico.
Botão b) Calibri, Negrito e Sublinhado.
Seleção Seleção c) Calibri, Itálico e Negrito.
principal Ctrl+Alt
bloco vertical d) Arial, Negrito e Sublinhado.
pressionado
e) Calibri e Sublinhado.
Seleção
Botão vertical, O Pincel (de formatação) é para copiar a formata-
Seleção
principal Alt iniciando ção de um local e aplicar em outro local do mesmo
bloco
pressionado no local do documento ou de um arquivo aberto no Microsoft
cursor Word. A palavra “Casa” de um parágrafo está com
os formatos de fonte Arial, Negrito e Sublinhado, e
copiando a formatação para a palavra “Mesa”, ela
Dica ficará igual. Resposta: Letra D.
Teclas de atalhos e seleção com mouse são
CABEÇALHOS
importantes, tanto nos concursos como no dia
a dia. Experimente praticar no computador. No Localizado na margem superior da página, poderá
Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30) no ser configurado em Inserir, grupo Cabeçalho e Roda-
início de um documento em branco, ele criará um pé1. Poderá ser igual em toda a extensão do documen-
texto ‘aleatório’ com 10 parágrafos de 30 frases to, diferente nas páginas pares e ímpares (para frente
em cada um. Agora você pode praticar à vontade. e verso), semelhante ao da seção anterior, diferente
para cada seção do documento, ser ocultado na pri-
meira página etc., como podemos observar, são várias
as opções de personalização.
Os cabeçalhos aceitam elementos gráficos, como
EXERCÍCIOS COMENTADOS tabelas e ilustrações.
A formatação de cabeçalho e rodapé, é diferente
1. (VUNESP – 2020) Tem-se a imagem parcial da guia entre os programas do Microsoft Office. No Microsoft
Página Inicial do Microsoft Word 2010, em sua confi- Word o cabeçalho tem 1 coluna. No Excel, são 3 colu-
guração original. nas. No Microsoft PowerPoint... depende. Poderá ter 2
Em um documento em branco, ao iniciar a digitação, o ou 3 colunas.
texto estará alinhado _______ e formatado ______. A numeração de páginas poderá ser inserida no
cabeçalho e/ou rodapé.
Calibri (Corp 11

Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


vamente, as lacunas do texto. Digite aqui.

a) à esquerda ... tachado


b) centralizado ... negrito e itálico Digite aqui. Digite aqui. Digite aqui.
c) justificado ... sublinhado
d) justificado ... negrito e itálico
e) à esquerda ... sublinhado

Em um documento em branco, ao iniciar a digita- EXERCÍCIOS COMENTADOS


ção, o texto estará alinhado justificado (1) e forma-
tado negrito e itálico (2). Resposta: Letra D. 1. (VUNESP – 2015) No MS-Word 2010, a partir da sua
configuração padrão, a figura ilustra um grupo cha-
mado “Cabeçalho e Rodapé”. Assinale a alternativa
correta que contém o nome da guia que contém esse
grupo.
1  O grupo Cabeçalho e Rodapé permite a inserção de um Cabeçalho (na margem superior), Rodapé (na margem inferior) e Número de Página
(no local do cursor, na margem superior, na margem inferior, na margem direita/esquerda) 331
a) Página Inicial.
b) Inserir.
c) Layout da Página.
d) Revisão.
e) Exibição.

O grupo Cabeçalho e Rodapé, para inserção de cabeçalhos, rodapés e números de páginas, está na guia Inserir.
Resposta: Letra B.

2. (VUNESP – 2018) No Microsoft Word 2010, em sua configuração original, um usuário criou um documento com 18
páginas. Posicionado na página 8, ele percebeu que precisava incluir um cabeçalho e o fez, clicando em Cabeçalho, no
grupo Cabeçalho e Rodapé, guia Inserir. Assinale a alternativa que indica quais páginas ficaram com o cabeçalho.

a) 1, apenas.
b) 8, apenas.
c) De 1 a 8, apenas.
d) De 8 a 18, apenas.
e) Todas as páginas.

Quando o documento está em edição, ele possui uma Seção. A seção é uma divisão de formatação. Ao inserir algo
no cabeçalho da página 8, o usuário está inserindo um conteúdo válido para todas as páginas da mesma seção.
Como a questão não informou sobre a existência de outras seções no documento, a inserção será válida para
todas as páginas. Resposta: Letra E.

PARÁGRAFOS

Edição e Formatação de Parágrafos

Os parágrafos são estruturas do texto que são finalizadas com Enter.


Um parágrafo poderá ter diferentes formatações. Confira:

z Marcadores – símbolos no início dos parágrafos;


z Numeração – números, ou algarismos romanos, ou letras, no início dos parágrafos;
� Aumentar recuo – aumentar a distância do texto em relação à margem;
� Diminuir recuo – diminuir a distância do texto em relação à margem;
� Alinhamento – posicionamento em relação às margens esquerda e direita. São 4 alinhamentos disponíveis:
Esquerda, Centralizado, Direita e Justificado;
� Espaçamento entre linhas – distância entre as linhas dentro do parágrafo;
z Espaçamento antes – distância do parágrafo em relação ao anterior;
z Espaçamento depois – distância do parágrafo em relação ao seguinte;
z Sombreamento – preenchimento atrás do parágrafo;
z Bordas – linhas ao redor do parágrafo.

Recuo especial de primeira linha


- apenas a primeira linha será
deslocada em
relação à margem esquerda

Margem esquerda Margem direita


2 2 4 6 8 10 10 14 16

Recuo deslocamento - as
Recuo esquerda - todas as linhas serão deslocadas em
linhas serão deslocadas relação à margem esquerda, Recuo direito - todas as
em relação à margem exceto a primeira linha linhas serão deslocadas em
esquerda relação à margem direita

332 Figura 2. Recuos de parágrafos (nos símbolos da régua)


Nos editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos. Confira alguns
exemplos:

z Recuo – distância do texto em relação à margem;


z Realce – marca-texto, preenchimento do fundo das palavras;
z Sombreamento – preenchimento do fundo dos parágrafos;
z Folha de Rosto – primeira página do documento, capa;
z SmartArt – diagramas, representação visual de dados textuais;
z Orientação – posição da página, que poderá ser Retrato ou Paisagem;
z Quebras – são divisões, de linha, parágrafo, colunas ou páginas;
z Sumário – índice principal do documento.

Dica
Fontes e Parágrafos são os itens mais questionados do edital de Microsoft Word.

Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os carac-
teres não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar
tudo).

CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD


Tecla(s) Ícone Ação Visualização

Enter - Quebra de Parágrafo – muda de parágrafo e pode mudar a formatação

Shift+Enter - Quebra de Linha – muda de linha e mantém a formatação atual

Quebra de página – muda de página, no local atual do cursor. Dispo-


Ctrl+Enter ou ...Quebra de
nível na guia Inserir, grupo Páginas, ícone Quebra de Página, e na guia
Ctrl+Return páginas...
Layout, grupo Configurar Página, ícone Quebras

Quebra de coluna – indica que o texto continua na próxima coluna. ... Quebra de
Ctrl+Shift+ Enter
Disponível na guia Layout, grupo Configurar Página, ícone Quebras coluna..

Ctrl+Alt+ Enter - Separador de Estilo – usado para modificar o estilo no documento

Insere uma marca de tabulação (1,25cm). Se estiver no início de um


TAB
texto, aumenta o recuo

- - Fim de célula, linha ou tabela

ESPAÇO Espaço em branco


Ctrl+Shift+
Espaço em branco não separável
Espaço

- - Texto oculto (definido na caixa Fonte, Ctrl+D) abc CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


- - Hifens opcionais

- - Âncoras de objetos

- - Selecionar toda a tabela

- - Campos atualizáveis pelo Word

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2020) A imagem a seguir mostra um parágrafo de um documento sendo editado por meio do MS-Word
2010, em sua configuração padrão. 333
Um parágrafo muito grande costuma
utilizar várias linhas. E a formatação do
parágrafo fica bem visível.

O alinhamento aplicado ao parágrafo exibido na imagem é:

a) Alinhado à direita.
b) Alinhado à esquerda.
c) Normal.
d) Justificado.
e) Centralizado.

O Microsoft Word é um editor de textos, integrante do pacote Microsoft Office, para edição e formatação de
documentos. Os textos digitados no documento, quando finalizados com a tecla Enter, constituem parágrafos,
que poderão ter as seguintes formatações: marcadores, numeração, recuos, espaçamento, alinhamento e classi-
ficação, entre outras opções.
Alinhamento é a posição do texto do parágrafo em relação às margens da página.
Alinhamento à esquerda - atalho Ctrl+Q - texto alinhado apenas na margem esquerda
Centralizado - atalho Ctrl+E - texto alinhado entre as margens esquerda e direita
Alinhamento à direita - atalho Ctrl+G - texto alinhado apenas na margem direita
Justificado - atalho Ctrl+J - texto alinhado nas margens esquerda e direita simultaneamente
O texto exibido na imagem da questão está alinhado entre as margens. Ele está Centralizado. Resposta: Letra E.

2. (VUNESP – 2020) O alinhamento do parágrafo do documento é:

Instituto de Previdência dos Servidores


Públicos de Avaré

a) Centralizado.
b) Justificado.
c) Normal.
d) Alinhado à esquerda.
e) Alinhado à direita.

Quando o texto está entre as margens da página, com o mesmo espaço em ambos os lados, ele está centralizado.
O alinhamento poderá ser obtido com o acionamento do atalho de teclado Ctrl+E. Resposta: Letra A.

Esquerda Direita
Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de

Avaré

FONTES

Edição e Formatação de Fontes

As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
programas do computador.
As formatações de fontes estão disponíveis no grupo Fonte, da guia Página Inicial.

Calibri 11
N I S abc x2 x2

334
Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana, são os
mais comuns. Atalho de teclado para formatar a fonte: Ctrl+Shift+F.
A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o
valor específico para o tamanho da letra.
Atalhos de teclado: Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo
teclado com Ctrl+Shift+< para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da fonte.
Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N), itálico (atalho Ctrl+I)
e sublinhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as
palavras), subscrito (como na fórmula H2O – atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 – atalho Ctrl+Shift+mais)
A diferença entre estilos e efeitos é que, os estilos podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico-sublinha-
do, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si.
Concorrentes entre si, significa que você escolhe o efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simultanea-
mente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCULAS e Versalete. Sobrescrito e subscrito, Sombra é um efeito indepen-
dente, que pode ser combinado com outros. Já as opções de efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devem
ser individuais.
Finalizando... Temos o sublinhado. Ele é um estilo simples, mas comporta-se como efeito dentro de si mesmo.
Temos então Sublinhado simples, Sublinhado duplo, Tracejado, Pontilhado, Somente palavras (sem considerar os
espaços entre as palavras), etc. São os estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.

Dica
As questões sobre Fontes são práticas. Portanto, se puder praticar no seu computador, será melhor para a
memorização do tema. As questões são independentes da versão, portanto poderá usar o Word 2007 ou
Word 2016, para testar as questões de Word 2010.

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2020) Um usuário do MS-Word 2010, em sua configuração padrão, precisa aplicar o recurso de formata-
ção de Fonte sobrescrito numa palavra previamente selecionada.
O ícone usado para aplicar o recurso descrito no enunciado é:

a) A▾

b) A

c) Aa

d) X2
2
e) X
O ícone A é para Diminuir Fonte (o tamanho). A letra B é para Aumentar Fonte. A letra C é para alternar entre
Maiúsculas e minúsculas. A letra D é para Subscrito. A letra E é para Sobrescrito, e o atalho é Ctrl+Shift+igual.
Resposta: Letra E.

2. (VUNESP – 2020) Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma palavra do documento com a formatação CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
de Fonte nela aplicada.

Instituto de Previdência dos Servidores


Públicos de Avaré

a) Servidores – sobrescrito.
b) Previdência – itálico.
c) Públicos – negrito.
d) Avaré – taxado.
e) Instituto – subscrito.

A palavra Instituto está em Negrito (Ctrl+N). A palavra de está sublinhada (Ctrl+S). A palavra Previdência está
com negrito e sublinhado. A palavra dos está abaixo da linha de texto, está Subscrito (Ctrl+igual). 335
A palavra Servidores está acima da linha de texto, está Sobrescrito (Ctrl+Shift+mais). A palavra Públicos está itálico
(Ctrl+I) e sublinhado. A palavra de (entre Públicos e Avaré), está com tachado. A palavra Avaré está sublinhada.
Resposta: Letra A.

COLUNAS

O documento inicia com uma única coluna. Em Layout da Página podemos escolher outra configuração, além
de definir opções de personalização.
As colunas poderão ser definidas para a seção atual (divisão de formatação dentro do documento) ou para o
documento inteiro. Assim como os cadernos de provas de concursos, que possuem duas colunas, é possível inserir
uma ‘Linha entre colunas’, separando-as ao longo da página.

Colunas

Uma

Duas

Três

Esquerda

Direita

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2019) Um funcionário público que está elaborando um relatório no programa MS-Word 2010, em sua con-
figuração padrão, deseja que um dos parágrafos do texto editado seja apresentado em duas colunas. Para tanto, esse
funcionário deverá selecionar o parágrafo de interesse e escolher a correta opção do menu Colunas, que pertence à guia

a) Inserir Colunas.
b) Design de Página.
c) Exibir Colunas.
d) Layout de Página.
e) Revisão de Página.

Em um documento do Word, a configuração de Colunas = 1 é padrão. Ou seja, ele inicia com 1 coluna em modo
normal, e poderá ser alterada esta configuração.
As colunas do documento poderão ser configuradas na guia Layout da Página, grupo Configurar Página, ícone
Colunas. Resposta: Letra D.

2. (VUNESP – 2018) Deseja-se, no MS-Word 2016 (em português e em sua configuração padrão), configurar a página
de um documento em colunas. Na janela Colunas, acessível por meio da guia Layout da Página, algumas das opções
predefinidas de colunas são:

a) De textos, De imagens e De figuras.


b) Principal, Secundária e Oculta.
c) Larga, Normal e Estreita.
d) Uma, Duas e Três.
e) Simples, Dupla e Quádrupla.

Na guia Layout da Página, grupo Configurar Página, ícone Colunas, o usuário poderá formatar as colunas para
336 Uma, Duas, Três, Esquerda e Direita. Resposta: Letra D.
MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS 2. (VUNESP – 2020) Três parágrafos foram digitados em
um documento no MS-Word 2010, em sua configura-
São várias as possibilidades de marcadores que ção padrão. Após digitar os parágrafos, como se vê
podem ser utilizadas. Veremos a seguir algumas opções: na imagem ANTES, aplicou-se em cada parágrafo um
recurso de formatação, deixando o documento como
• Usados por parágrafos, apresentam símbolos no visto na imagem DEPOIS.
início de cada, do lado esquerdo;
o Podem ser círculos preenchidos (linha acima), ou ANTES
círculos vazios, como esta;
 Outra forma de apresentação são quadrados, ou Tinha uma pedra no meio do caminho.
então...; No meio do caminho tinha uma pedra.
• O desenho do Office...; Logo a pedra sumiu.
 Um símbolo neutro...; DEPOIS
 Setas...;
 Check... ou qualquer símbolo que o usuário deseja 1. Tinha pedra no meio do caminho.
personalizar. • No meio do caminho tinha um pedra.
 Logo a pedra sumiu
Ao pressionar duas vezes Enter, sairá da formata-
ção dos marcadores simbólicos, retornando ao Normal. Assinale a alternativa que apresenta, correta e respec-
Os marcadores numéricos são semelhantes aos mar- tivamente, o recurso aplicado em cada parágrafo.
cadores simbólicos, mas com números, letras ou algaris-
mos romanos. Podem ser combinados com os Recuos de a) Numeração; Marcadores; Numeração.
parágrafos, surgindo o formato Múltiplos Níveis. b) Numeração; Numeração; Marcadores.
c) Numeração; Marcadores; Marcadores.
NÚMEROS LETRAS d) Marcadores; Numeração; Numeração.
1. Exemplo. a. Exemplo. e) Marcadores; Marcadores; Numeração.
2. Exemplo. b. Exemplo.
3. Exemplo. c. Exemplo. Numeração (números, letras ou algarismos roma-
4. Exemplo. d. Exemplo. nos) e marcadores (símbolos). Resposta: Letra C.
ROMANOS MÚLTIPLOS NÍVEIS
DEPOIS
1) Exemplo.
i. Exemplo. Numeração 1. Tinha pedra no meio do caminho.
a) Exemplo.
ii. Exemplo. Marcadores • No meio do caminho tinha um pedra.
2) Exemplo. Marcadores  Logo a pedra sumiu
iii. Exemplo.
a) Exemplo.
iv. Exemplo.
i) Exemplo.
TABELAS
Para trabalhar com a formatação de marcadores
Múltiplos níveis, o digitador poderá usar a tecla TAB para As tabelas são estruturas de organização muito
aumentar o recuo, passando os itens do primeiro nível utilizadas para um layout adequado do texto, seme-
para o segundo nível. E também pelo ícone Aumentar lhante a colunas, com a vantagem que estas não criam
recuo, presente na guia Página Inicial, grupo Parágrafo. seções exclusivas de formatação.
Usando a régua, aumentando o recuo também. As tabelas seguem as mesmas definições de uma
planilha de Excel, ou seja, tem linhas, colunas, é for-
Dica mada por células, e estas poderão conter também fór-
Ao teclar Enter em uma linha com marcador mulas simples.
ou numeração, mas sem conteúdo, você sai do Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um
recurso, voltando à configuração normal do pará- desenho livre, ou convertendo a partir de um texto, uma
grafo. Se forem listas numeradas, itens excluídos planilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será
dela provocam a renumeração dos demais itens. apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
de Opções.
Um texto poderá ser convertido em Tabela, e vol-
tar a ser um texto, se possuir os seguintes marcado-
EXERCÍCIOS COMENTADOS res de formatação: ponto e vírgula, tabulação, enter
(parágrafo) ou outro específico.
1. (VUNESP – 2019) No MS-Word 2010, em sua configu- Algumas operações são exclusivas das Tabelas,
ração padrão, os recursos Marcadores, Numeração e como Mesclar Células (para unir células adjacentes em
Lista de Vários Níveis são formatações do grupo uma única), Dividir células (para dividir uma ou mais
células em várias outras), alinhamento do texto com-
a) Estilo.
binando elementos horizontais tradicionais (esquerda,
b) Tema.
centro e direita) com verticais (topo, meio e base).
c) Página.
d) Parágrafo. O editor de textos Microsoft Word oferece ferra-
e) Fonte. mentas para manipulação dos textos organizados em
tabelas.
São formatações de Parágrafo, aplicados ao conteúdo O usuário poderá organizar as células nas linhas e
do documento. Numeração, que poderá ser números, colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar),
letras ou algarismos romanos. Disponível na guia visualizar as linhas de grade, ocultar as linhas de gra-
Página Inicial, grupo Parágrafo. Resposta: Letra D. de, entre outras opções. 337
E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da
tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente estes itens
são aqueles questionados em provas de concursos.
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de
linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo ‘extrapola’ os limites da célula, e precisará alterar as
configurações na planilha ou a largura da coluna manualmente.
Confira na tabela a seguir algumas das diferenças do Word para o Excel.

WORD EXCEL

Somente o conteúdo da primeira célula


Tabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos
será mantido

Em inglês, com referências direcionais Em português, com referências posicio-


Tabela, Fórmulas
=SUM(ABOVe) nais =SOMA(A1:A5)

Recalcula automaticamente e manual-


Tabelas, Fórmulas Não recalcula automaticamente
mente (F9)

Tachado Texto Não tem atalho de teclado Atalho: Ctrl+5

Quebra de linha manual Shift+Enter Alt+Enter

Copia apenas a primeira formatação da


Pincel de Formatação Copia várias formatações diferentes
origem

Ctrl+D Caixa de diálogo Fonte Duplica a informação da célula acima

Ctrl+E Centralizar Preenchimento Relâmpago

Ctrl+G Alinhar à Direita (parágrafo) Ir para...

Ctrl+R Repetir o último comando Duplica a informação da célula à esquerda

F9 Atualizar os campos de uma mala direta Atualizar o resultado das fórmulas

F11 - Inserir gráfico

Finaliza a entrada na célula e mantém o


Ctrl+Enter Quebra de página manual
cursor na célula atual

Alt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual

Finaliza a entrada na célula e posiciona o


Shift+Enter Quebra de linha manual
cursor na célula acima da atual, se houver

Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas Inserir função

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2018) Tem-se a seguinte imagem do Microsoft Word 2010, em sua configuração padrão:

Inserir Tabela

Inserir Tabela...

Desenhar Tabela

Converter Texto em tabela...

Planilha do Excel

Tabelas Rápidas
338
Assinale a alternativa que indica o resultado da ação IMPRESSÃO
ao clicar em Inserir Tabela...
Disponível no menu Arquivo e pelo atalho Ctrl+P
a) Será criada uma tabela de 1 linha e 1 coluna. (e também pelo Ctrl+Alt+I, Visualizar Impressão), a
b) Será criada uma tabela de 2 linhas e 2 colunas
impressão permite o envio do arquivo em edição para
c) Será criada uma tabela de 8 linhas e 10 colunas
d) Será aberta a janela Inserir Tabela, onde o usuário a impressora. A impressora listada vem do Windows,
poderá criar tabelas desde 1 linha e 1 coluna até mais do Painel de Controle.
de 8 linhas e 10 colunas. Podemos escolher a impressora, definir como será a
e) Será reservado um espaço no documento sobre o qual impressão (Imprimir Todas as Páginas, ou Imprimir Sele-
uma tabela pode ser configurada com um duplo-clique ção, Imprimir Página Atual, imprimir as Propriedades),
com botão principal do mouse.
quais serão as páginas (números separados com ponto e
O usuário poderá escolher a quantidade de linhas e vírgula/vírgula indicam páginas individuais, separadas
quantidade de colunas, digitando na caixa de diálo- por traço uma sequência de páginas, com a letra s uma
go correspondente, valores superiores aos exibidos seção específica, e com a letra p uma página específica).
na grade de tabela. Resposta: Letra D. Havendo a possibilidade, serão impressas de um
lado da página, ou frente e verso automático, ou
manual. O agrupamento das páginas permite que
várias cópias sejam impressas uma a uma, enquanto
Desagrupado, as páginas são impressas em blocos.
As configurações de Orientação (Retrato ou Paisa-
gem), Tamanho do Papel e Margens, podem ser esco-
lhidas no momento da impressão, ou antes, na guia
Layout da Página. A última opção em Imprimir pos-
sibilita a impressão de miniaturas de páginas (várias
páginas por folha) em uma única folha de papel.

2. (VUNESP – 2020) A tabela a seguir foi adicionada a


um documento do MS-Word 2010, em sua configura- Imprimir

ção padrão, utilizando-se o ícone:

EPSON8D025B(L5190 SERIES)
Pronto

Assinale a alternativa que apresenta, correta e respec-


tivamente, a guia e o grupo em que se encontra o ícone
utilizado.
Imprimir Todas as Páginas
Tudo

Imprimir

Imprimir em Um Lado CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


Apenas imprimir um lado d..

a) Inserir; Tabelas. Agrupado


b) Inserir; Objetos. 1;2;3 1;2;3; 1;2;3;
c) Página Inicial; Tabelas.
Orientação Retrato
d) Página Inicial; Objetos.
e) Exibição; Ilustrações. A4
21cm x 29,7 cm

O Microsoft Word é o editor de textos do pacote


Margens Personalizadas
Microsoft Office que permite a edição de textos com
recursos de formatação de Fontes e Parágrafos,
1 Página por Folha
além da inclusão de elementos gráficos como Tabe-
las, Ilustrações, Formas e Caixas de Textos. Configurar Página
No Microsoft Office, para adicionar um elemento
que não existe no documento, devemos acessar a
guia Inserir.
O ícone Tabela está disponível na guia Inserir, grupo
Tabelas. Resposta: Letra A. 339
EXERCÍCIOS COMENTADOS Quebras

1. (VUNESP – 2020) No MS-Word, em sua configuração


padrão para a Língua Portuguesa, tem-se diversas
opções de impressão. Ao ser selecionado o recurso
Imprimir, obtido por meio da ação Arquivo>Imprimir,
uma configuração de impressão que pode ser escolhi-
da é:

a) Imprimir Todas as Páginas, Imprimir Cabeçalhos,


Imprimir Rodapés e Imprimir Referências.
b) Imprimir Todas as Páginas, Imprimir Seleção, Imprimir
Página Atual e Impressão Personalizada.
c) Imprimir Todo o Documento, Imprimir Textos e Impri-
mir Figuras.
d) Imprimir Todo o Documento, Imprimir Colunas e Impri-
mir Tabelas.
e) Imprimir Tudo, Imprimir Seleção, Imprimir Figuras e
Imprimir Tabelas.

Imprimir Todas as Páginas, Imprimir Seleção,


Imprimir Página Atual e Impressão Personalizada.
Resposta: Letra B.

Se envolvem configurações diferentes, temos Quebras.


Cabeçalhos diferentes... quebras inseridas. Colu-
Imprimir todas as páginas
Tudo
nas diferentes... quebras inseridas. Tamanho de pági-
na diferente... quebra inserida.

Quebra
de Página

Numeração de Páginas

Disponível na guia Inserir permite que um núme-


2. (VUNESP – 2020) Na tela de impressão do MS-Word ro seja apresentado na página, informando a sua
2010, em suas configurações originais, o item de con- numeração em relação ao documento.
figuração “Orientação Retrato” indica que: Combinado com o uso das seções, a numeração de
página pode ser diferente em formatação a cada seção
a) o documento será impresso com qualidade fotográfica.
b) o documento será impresso na horizontal. do documento, como no caso de um TCC.
c) o documento será impresso na vertical.
d) apenas as imagens do documento serão impressas.
e) apenas páginas com imagens serão impressas.

Ao imprimir em orientação Retrato, o documento


será impresso na vertical. Ao imprimir em orienta-
ção Paisagem, o documento será impresso na hori-
zontal. Resposta: Letra C.

CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE


PÁGINAS

As quebras são divisões. E podem ser do tipo Pági-


na ou de Seção.
Podem ser automáticas, como quando formata- Conforme observado na imagem acima, o núme-
mos um texto em colunas. Mas também podem ser
ro de página poderá ser inserido no Início da Página
manuais, como Ctrl+Enter para quebra de página,
Shift+Enter para quebra de linha, Ctrl+Shift+Enter (cabeçalho), ou no Fim da página (rodapé), ou nas
340 para quebra de coluna, e outras. margens da página, e na posição atual do cursor.
outro local do documento. Assim, ao criar uma refe-
EXERCÍCIOS COMENTADOS rência cruzada, o usuário poderá ir para o local dese-
jado pelo autor e a seguir retornar ao ponto em que
1. (VUNESP – 2020) O MS-Word 2010, possui diversas
estava antes.
formas de quebras de páginas, incluindo quebras de
seções e colunas. Assinale a alternativa que apresen-
ta o ícone relacionado às quebras descritas no enun-
ciado, cujo nome é Coluna.
Inserir
Legenda

a)
Legenda

b) Legenda
Figura 1
Opção
Rótulo: Figura
c)
Posição: Abaixo do item selecionado

Excluir rótulo da legenda

Novo rótulo Excluir Rótulo Numeração...


d)
Auto Legenda... OK Cancelar

e)

As quebras são divisões no documento. A letra A é


para Quebra de Seção do tipo Próxima Página, a letra
EXERCÍCIOS COMENTADOS
B para Quebra de Seção do tipo Contínua. A letra D é
1. (VUNESP – 2019) “Citações e bibliografia” e “Legen-
para quebra de seção do tipo Página Par, e a letra E é
para Quebra de Página. Resposta: Letra C. das” são grupos com recursos do MS-Word 2010, em
sua configuração padrão, localizados na guia
2. (VUNESP – 2020) Em um documento em branco no
Microsoft Word 2010, em sua configuração padrão, a) Correspondências.
um usuário redigiu um texto com 3 frases, mas em b) Referências.
apenas 1 parágrafo que não ocupa a página inteira. c) Inserir.
Na sequência, decidiu melhorar a formatação e posi- d) Página Inicial.
cionou o cursor do mouse no final da primeira frase e) Revisão.
e pressionou CTRL+ENTER. Em seguida, posicionou o
cursor do mouse no final da segunda frase e pressio-
A guia Referências contém as opções relaciona-
nou CTRL+ENTER.
das com índices, como “Citações e bibliografia” e
Diante desse procedimento, é correto afirmar que:
“Legendas”. Estas opções são usadas para identi-
a) o documento ficou com 3 parágrafos em 1 página. ficação de imagens, tabelas, ilustrações, e demais
b) o documento ficou com 3 colunas. objetos gráficos. Resposta: Letra B.
c) foi criada uma tabela com 3 linhas, e as frases foram
inseridas, sequencialmente, em cada uma das linhas.
d) o documento ficou com 3 páginas.
e) o documento ficou com 1 parágrafo em 3 linhas.

O documento ficou com 3 páginas. Na primeira CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


página, a primeira frase. Ctrl+Enter inseriu uma
quebra de página e a segunda frase ficou na segunda
página. Ctrl+Enter inseriu outra quebra de página, 2. (VUNESP – 2020) Após adicionar uma imagem (por
e a terceira frase ficou na terceira página. Resposta: meio do ícone Imagem da guia Inserir) em um docu-
Letra D. mento do MS-Word, em sua configuração padrão, um
usuário clicou com o botão direito sobre a imagem e
LEGENDAS escolheu a opção Inserir Legenda.
Assinale a alternativa que apresenta o rótulo pré-se-
Uma legenda é uma linha de texto exibida abaixo
de um objeto para descrevê-lo. Podem ser usadas em lecionado nas opções na janela que se abre após a
Figuras (que inclui Ilustrações) ou Tabelas. escolha descrita no enunciado.
Disponível na guia Referências (índices), as legen-
das podem ser inseridas na configuração padrão ou a) Figura.
personalizadas. Depois, podemos criar um índice b) Equação.
específico para elas, que será o Índice de Ilustrações.
No final do grupo Legendas, da guia Referências, c) Tabela.
no Word 2010, encontramos o ícone “Referência Cru- d) Foto.
zada”. Em alguns textos, é preciso citar o conteúdo de e) Imagem. 341
As legendas são textos adicionados nas imagens, A guia Referências contém as opções relacionadas
tabelas e outros elementos do documento que pode- com índices, como o Sumário (índice principal do
rão ser usadas para a criação de índices. documento), notas de rodapé, notas de fim, referên-
Ao inserir uma legenda para uma imagem do docu- cias bibliográficas, entre outras. Resposta: Letra D.
mento, o texto padrão que será adicionado é “Figu-
ra”, seguido do número sequencial dela em relação INSERÇÃO DE OBJETOS
às demais existentes no documento.
Para adicionar uma legenda, deverá acionar o íco- Disponíveis na guia Inserir, os objetos que pode-
ne “Inserir legenda”, do grupo Legendas, na guia riam ser inseridos no documento estão organizados
Referências.
em categorias:
A guia Referências contém as opções para manipu-
Páginas – objetos em forma de página, como a
lação de índices no documento. Resposta: Letra A.
capa (Folha de Rosto), uma Página em Branco ou uma
ÍNDICES Quebra de Página (divisão forçada, quebra de página
manual, atalho Ctrl+Enter).
Basicamente, é todo o conjunto disponível na guia
Referências. z Tabelas: conforme comentado anteriormente, or-
Os índices podem ser construídos a partir dos Esti- ganizam os textos em células, linhas e colunas.
los usados na formatação do texto, ou posteriormente z Ilustrações: Imagem (arquivos do computador),
através da adição de itens manualmente. ClipArt (imagens simples do Office), Formas (geo-
Sumário – principal índice do documento. métricas), SmartArt (diagramas), Gráfico e Instan-
Notas de Rodapé – inseridas no final de cada pági- tâneo (cópia de tela ou parte da janela).
na, não formam um índice, mas ajudam na identifica-
ção de citações e expressões.
Notas de Fim – inseridas no final do documento,
semelhante a Notas de Rodapé.
Citações e Bibliografia – permite a criação de índices
com as citações encontradas no texto, além das Refe-
rências Bibliográficas segundo os estilos padronizados.
Legendas – inseridas após os objetos gráficos (ilus- Na sequência dos objetos para serem inseridos em
trações e tabelas), podem ser usadas para criação de um documento, encontramos:
um Índice de Ilustrações.
Índice – para marcação manual das entradas do índice. z Links: indicador para acessar a Internet via nave-
Índice de Autoridades – formato próprio de cita- gador, ou acionar o programa de e-mail, ou criação
ção, disponível na guia Referências. de referência cruzada.
Os índices serão criados a partir dos Estilos utili-
zados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim
Cabeçalho e Rodapé
por diante. Se não forem usados, posteriormente o
usuário poderá ‘Adicionar Texto’ no índice principal
(Sumário), Marcar Entrada (para inserir um índice) e z Texto: elementos gráficos como Caixa de Texto, Par-
até remover depois de inserido. tes Rápidas (com organizador de elementos do docu-
Os índices suportam Referências Cruzadas, que mento), WordArt (que são palavras com efeitos),
permitem o usuário navegar entre os links do docu- Letra Capitular (a primeira letra de um parágrafo
mento de forma semelhante ao documento na web. Ao com destaque), Linha de Assinatura (que não é uma
clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. assinatura digital válida, dependendo de compra via
Ao clicar no local, retorna para o local de origem. Office Marketplace), Data e Hora, ou qualquer outro
Objeto, desde que instalado no computador.
Dica z Símbolos: inserção de Equações ou Símbolos espe-
ciais.
A guia Referências é uma das opções mais
questionadas em concursos públicos por dois
motivos: envolvem conceitos de formatação do
documento exclusivos do Microsoft Word e é EXERCÍCIO COMENTADO
utilizado pelos estudantes na formatação de um
TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). 1. (VUNESP – 2014) No MS-Word 2010, pode-se inserir,
no documento em edição, símbolos que não constam
do teclado, como caracteres em língua estrangeira e
EXERCÍCIO COMENTADO marcas de parágrafo. Isso pode ser efetuado median-
te o seguinte botão da guia Inserir:
1. (VUNESP – 2020) Um recurso muito útil do MS-Word
2010, em sua configuração padrão, é o de Gerenciar a)
Fontes Bibliográficas, que facilita bastante a edição de
textos com muitas citações bibliográficas. b)
Assinale a alternativa que apresenta a guia em que se
localiza o recurso Gerenciar Fontes Bibliográficas.
c)
a) Página Inicial.
b) Inserir. d)
c) Revisão.
d) Referências.
e)
342 e) Correspondências.
Os símbolos poderão ser inseridos pelo ícone Símbolo, disponível na guia Inserir. A letra B é WordArt, um efeito de
texto. A letra C é Hiperlink, para criação de uma ligação com outro local ou documento. A letra D é Caixa de Texto,
um elemento gráfico com texto em seu interior. A letra E é Formas, para formas geométricas. Resposta: Letra A.

CAMPOS PREDEFINIDOS

Para essa seção, temos destaque para Linha de Assinatura e Data e Hora.
Estes campos são objetos disponíveis na guia Inserir que são predefinidos. Após a configuração inicial, são
inseridos no documento.
Além da configuração da Linha de Assinatura, existem outras opções, como ‘Data e Hora’, ‘Objeto’ e dentro do
item Partes Rápidas, no grupo Texto, da guia Inserir, a opção Campo.
Entre as categorias disponíveis, encontramos campos para: automação de documento, data e hora, equações
e fórmulas, índices, informação sobre o documento, informações sobre o usuário, mala direta, numeração e vín-
culos e referências.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Assinale a alternativa que apresenta um recurso do MS-Word 2010, em sua configuração padrão,
que permite inserir a data atual dinamicamente no cabeçalho ou rodapé de um documento.

a) AutoTexto.
b) Data e Hora.
c) Timestamp.
d) Data Atual.
e) Clip-Art.

No editor de textos Microsoft Word, o documento possui elementos configuráveis como o cabeçalho e rodapé, que
poderão ser elementos gráficos adicionados em todas as páginas do arquivo ou em uma seção específica.
A seção é uma divisão de formatação, logo, é possível ter cabeçalho e rodapé diferente ao longo das páginas do
documento, primeira página diferente etc.
Para inserir a Data e Hora, de modo que seja atualizada dinamicamente a cada abertura ou impressão do docu-
mento, o usuário deve acessar a guia Inserir, grupo Texto, ícone Data e Hora.
AutoTexto são elementos visuais para o documento, pré-formatados.
Clipart são imagens prontas e nas novas versões se chama Imagens Online. Resposta: Letra B.

CAIXAS DE TEXTO

Esta ferramenta possibilita a inserção de caixas de textos pré-formatadas, ou desenhar no documento, acei-
tando configurações de direção de texto (semelhante a uma tabela) e também configurações de bordas e sombrea-
mento, semelhante a uma Forma.
Qualquer forma geométrica composta poderá ser caixa de texto.
Uma nova guia de opções será apresentada após a última, denominada Ferramentas de Caixa de Texto, permi-
tindo Formatar os elementos de Texto e do conteúdo da Caixa de Texto.
Nas opções disponibilizadas, será possível controlar o texto (direção do texto), definir estilos de caixa de texto
(preenchimento da forma, contorno da forma, alterar forma, estilos pré-definidos), efeitos de sombra e efeitos 3D.

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) No MS-Word 2010, em sua configuração padrão, a partir da aba ________, no grupo _________ , o
ícone que permite adicionar uma Caixa de Texto, em um documento que está sendo editado é ________ .
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto.

a) Exibição...Texto...

b) Exibição...Formas...

c) Inserir...Texto...
343
d) Inserir...Texto... MICROSOFT EXCEL 2010

e) Página Inicial...Parágrafo... INTRODUÇÃO

As Planilhas de cálculos são amplamente utilizadas


No MS-Word 2010, em sua configuração padrão, a nas empresas para as mais diferentes tarefas. Desde
partir da aba Inserir, no grupo Texto, o ícone que
a criação de uma agenda de compromissos, passan-
permite adicionar uma Caixa de Texto, em um docu-
do pelo controle de ponto dos funcionários e folha de
mento que está sendo editado é Caixa de texto. Res-
posta: Letra D. pagamento, ao controle de estoque de produtos e base
de clientes. Diversas funções internas oferecem os
Atalhos de Teclado – Word 2010 recursos necessários para a operação.
O Microsoft Excel apresenta grande semelhança de
ATALHO AÇÃO ícones com o Microsoft Word. O Excel “antigo” usava os
formatos XLS e XLT em seus arquivos, atualizado para
Abrir – carrega um arquivo da memória per-
Ctrl+A XLSX e XLTX, além do novo XLSM contendo macros. A
manente para a memória RAM
atualização das extensões dos arquivos ocorreu com o
Salvar – grava o documento com o nome
Ctrl+B atual, substituindo o anterior. Caso não tenha Office 2007, e permanece até hoje.
nome, será mostrado Salvar como
Copiar – o selecionado será copiado para a
Ctrl+C
Área de Transferência Importante!
Ctrl+D Formatar Fonte As planilhas de cálculos não são banco de dados.
Centralizar – alinhamento de texto entre as Muitos usuários armazenam informações (dados)
Ctrl+E
margens em uma planilha de cálculos como
Alinhar à direita – alinhamento de texto na se fosse um banco de dados, porém o Microsoft
Ctrl+G
margem direita Access é o software do pacote Microsoft Office
Ctrl+I Estilo Itálico desenvolvido para esta tarefa. Um banco de dados
Justificar – alinhamento do texto em ambas
tem informações armazenadas em registros, sepa-
Ctrl+J rados em tabelas, conectados por relacionamen-
margens esquerda e direita
Localizar – procurar uma ocorrência no
tos, para a realização de consultas.
Ctrl+L
documento
Ctrl+M Estilo normal MS-EXCEL 2010
Ctrl+N Estilo Negrito
Ctrl+O Novo documento Começaremos agora a analisar ferramentas bási-
Alinhar à esquerda – alinhamento de texto na
cas disponíveis no programa Microsoft Excel 2010.
Ctrl+Q
margem esquerda
Guias – Excel 2010
Ctrl+R Refazer
Ctrl+S Estilo Sublinhado simples
LEMBRETE
Ctrl+Shift+ BOTÃO/GUIA
Aumentar o tamanho da fonte (VÁLIDO PARA EXCEL 2010/2013)
>
Comandos para o documento atual: Sal-
Pincel de Formatação - para copiar a forma- Arquivo
Ctrl+Shif- var, salvar como, imprimir, salvar e enviar.
tação de um local e aplicá-la a outro, seja no
t+C
mesmo documento ou outro aberto. Tarefas iniciais: O início do trabalho,
Ctrl+T Selecionar tudo – seleciona todos os itens acesso à Área de Transferência (Colar
Página Inicial
Especial), formatação de fontes, célu-
Substituir – procurar uma ocorrência e trocar las, estilos etc.
Ctrl+U
por outra
Tarefas secundárias: Adicionar um
Colar – o conteúdo da Área de Transferência objeto que ainda não existe. Tabela,
Ctrl+V
é inserido no local do cursor Inserir
Ilustrações, Instantâneos, Gráficos, Mi-
Recortar – o selecionado será movido para a nigráficos, Símbolos etc.
Ctrl+X
Área de Transferência
Configuração da página: Formata-
Ctrl+Z Desfazer Layout da
ção global da planilha, formatação da
Página
F1 Ajuda página.
F5 Ir para (navegador de páginas, seção etc) Funções: Permite acesso a biblioteca
de funções, gerenciamento de nomes,
Verificar ortografia e gramática – procurar Fórmulas
F7 auditoria de fórmulas e controle dos
por erros ou excesso de digitação no texto.
cálculos.
F12 Salvar como
Informações na planilha: Possibilitam
Shift+F1 Revelar formatação Dados obter dados externos, classificar e filtrar,
344 Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas além de outras ferramentas de dados.
LEMBRETE Por exemplo, se uma célula mostra o valor 5, pode-
BOTÃO/GUIA rá ser o número 5 ou uma função/fórmula que calcu-
(VÁLIDO PARA EXCEL 2010/2013)
lou e resultou em 5 (como =10/2).
Correção do documento: Ele está fi-
cando pronto... Ortografia e gramática,
Revisão
idioma, controle de alterações, comen-
tários, proteger etc.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Visualização: Podemos ver o resultado
Exibição
de nosso trabalho. Será que ficou bom? 1. (VUNESP – 2019) Um professor solicita auxílio a um
escriturário para abrir, por meio do MS-Excel 2010,
Atalhos de teclado – Excel 2010 em sua configuração padrão, uma planilha contendo
horários de aula de todas as turmas do semestre. Para
Os atalhos de formatação (Ctrl+N para negrito, Ctr- procurar um texto contido na planilha, por exemplo o
l+I para itálico, entre outros) são os mesmos do Word nome do professor, o escriturário pode utilizar o atalho
2010. por teclado

a) Ctrl + B
ATALHO AÇÃO b) Ctrl + F
Ctrl+1 Formatar células c) Ctrl + L
d) Ctrl + A
Alterna entre guias da planilha, da direi- e) Ctrl + C
CTRL+PgDn
ta para a esquerda.
Alterna entre guias da planilha, da es- No Microsoft Office, os atalhos são em português.
CTRL+PgUp
querda para a direita. Ctrl+L é para localizar uma ocorrência de texto no
documento, planilha ou apresentação.
Repetir o conteúdo da célula que está à
Ctrl+R Ctrl+B é para salvar o documento. Ctrl+A é para
esquerda
abrir um documento ou planilha. Ctrl+C é para
Ir para, o mesmo que F5, tanto no Word copiar. Resposta: Letra C.
Ctrl+G
como Excel
Mostrar fórmulas (guia Fórmulas, grupo 2. (VUNESP – 2019) No MS-Excel 2010, em sua configu-
Ctrl+J ração padrão, o recurso “Colar Especial” permite, entre
Auditoria)
outras funcionalidades, colar os Valores ou as Fór-
F2 Edita o conteúdo da célula atual mulas. Ao copiar uma célula que tem como conteúdo
F4 Refazer uma fórmula e utilizar o recurso “Colar”, por padrão,
será feita uma cópia
F9 Calcular planilha manualmente
a) da fórmula com formatação.
ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS b) da fórmula sem formatação.
c) do valor com formatação.
d) do valor sem formatação.
e) da formatação, apenas.

O atalho para Colar Especial é Ctrl+Alt+V. Ao colar,


segundo a definição padrão, o conteúdo será colado
com a fórmula formatada. Resposta: Letra A.

colar especial
colar
Tudo Todos usando tema da origem
Fórmulas Tudo, exceto bordas
Valores Larguras da coluna
Formatos Fórmulas e formatos de número
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Comentários Valores e formatos de número
Espaço de Trabalho – um conceito muito interes- Validação Todos os formatos condicionados de mesclagem
sante do Excel 2010, que já existia antes, e no Office Operação
Nenhuma Multiplicação
2013 foi estendido para os outros aplicativos, é o espa- Adição Divisão
ço de trabalho. Assim, quando temos vários arquivos Subtração
abertos, podemos salvar o espaço de trabalho. Em Ignorar em branco Transpor
outro momento, quando abrirmos o arquivo do espa-
colar vínculo Ok Cancelar
ço de trabalho, todas as planilhas que estavam abertas
serão reabertas, posicionando o cursor na célula em
que deixamos antes. CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS,
A planilha em Excel, ou folha de dados, poderá ser PASTAS E GRÁFICOS
impressa em sua totalidade, ou apenas áreas defini-
das pelo Área de Impressão, ou a seleção de uma área z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encon-
de dados, ou uma seleção de planilhas do arquivo, ou tro entre uma linha e uma coluna. A seleção indivi-
toda a pasta de trabalho. dual é com a tecla CTRL e a seleção de áreas é com
Ao contrário do Microsoft Word, o Excel trabalha a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional).
com duas informações em cada célula: dados reais e z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomea-
dados formatados. das com uma letra. 345
z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas com números.

Barra de Acesso Rápido Coluna

Barra de Fórmulas
Faixa
de Opções

Célula

Linha

z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Na versão atual são 65546 colunas (nomeadas de A
até XFD) e 1048576 linhas (numeradas).
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quanti-
dade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3).
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção
em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será
criada. Se for um texto, é copiado. Mas texto com números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e
datas são sempre criadas as continuações (sequências).
z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mesclados, o Excel manterá
somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente na célula resultante.

Mesclar e Centralizar

Mesclar e Centralizar

Mesclar através

Mesclar Células
G H
Desfazer Mesclagem de Células

E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, poderá juntar as informações das células.
Existem 4 opções no ícone Mesclar e Centralizar, disponível na guia Página Inicial:

z Mesclar e Centralizar – Une as células selecionadas a uma célula maior e centraliza o conteúdo da nova célu-
la. Este recurso é usado para criar rótulos (títulos) que ocupam várias colunas.
z Mesclar através – Mesclar cada linha das células selecionadas em uma célula maior.
z Mesclar células – Mesclar (unir) as células selecionadas em uma única célula, sem centralizar.
z Desfazer Mesclagem de Células – desfaz o procedimento realizado para a união de células.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2020) Considere a funcionalidade do MS-Excel 2010 representada pelo símbolo a seguir.


Assinale a alternativa que apresenta o nome da função representada pelo símbolo.

a) Média.
b) Soma.
c) Contar Números.
d) Máx.
346 e) Mín.
O ícone AutoSoma insere a função SOMA no local, Dica
para somar os valores numéricos adjacentes. Res-
posta: Letra B. As informações existentes nas células poderão
ser exibidas com formatos diferentes. Uma data,
ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS por exemplo, na verdade é um número formata-
A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha do como data. Por isso conseguimos calcular a
de dados, é o conjunto de valores armazenados nas diferença entre datas.
células. Estes dados poderão ser organizados (classi-
ficação), separados (filtro), manipulados (fórmulas Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre
e funções), além de apresentar em forma de gráfico si. Mas possuem exibição diferenciada. No formato de
(uma imagem que representa os valores informados). Moeda, o alinhamento da célula é respeitado e o sím-
Para a elaboração, poderemos: bolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil, o
z D igitar o conteúdo diretamente na célula. Basta alinhamento é ‘justificado’ e o símbolo de R$ fica posi-
iniciar a digitação, e o que for digitado é inserido cionado na esquerda, alinhando os valores pela vírgula
na célula. decimal.
z Digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponí-
vel na área superior do aplicativo, a linha de fór- Moeda
mulas é o conteúdo da célula. Se a célula possui um R$4,00
valor constante, além de mostrar na célula, este
aparecerá na barra de fórmulas. Se a célula possui
um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mos-
trada na barra de fórmulas.
z O preenchimento dos dados poderá ser agilizado
através da Alça de Preenchimento ou pelas opções
automáticas do Excel.
z Os dados inseridos nas células poderão ser forma-
tados, ou seja, continuam com o valor original (na
linha de fórmulas) mas são apresentados com uma
formatação específica. Contábil
z Todas as formatações estão disponíveis no atalho R$4,00
de teclado Ctrl+1 (Formatar Células).
z Também na caixa de diálogo Formatar Células,
encontraremos o item Personalizado, para criação O ícone % é para mostrar um valor com o formato de
de máscaras de entrada de valores na célula. porcentagem. Ou seja, o número é multiplicado por 100.
Exibe o valor da célula como percentual (Ctrl+Shift+%)
Formatos de números, disponível na guia Página
Inicial
FORMATO PORCENTAGEM
VALOR
Geral PORCENTAGEM E 2 CASAS
123 Sem formato especifico
1 100% 100,00%
Número
12 4,00 0,5 50% 50,00%

Moeda 2 200% 200,00%


R$4,00 100 10000% 10000,00%

Contábil 0,004 0% 0,40%


R$4,00
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Data Abreviada O ícone 000 é o Separador de Milhares. Exibir o
04/01/1900 valor da célula com um separador de milhar. Este
comando alterará o formato da célula para Contábil
Data Completa
quarta-feira, 4 de janeiro de 1900 sem um símbolo de moeda.

Hora SEPARADOR
00:00:00 FORMATO
VALOR DE MILHARES
CONTÁBIL
000
Porcentagem
400,00% 1500 R$1.500,00 1.500,00

1 Fração 16777418 R$16.777.418,00 16.777.418,00


2 4
1 R$1,00 1,00
Científico
102 4,00E+00 400 R$400,00 400,00
Texto
ab 4
27568 R$27.568,00 27.568,00
347
ß,0 ,0 0
Os ícones ,0 0 à,0 são usados para Aumentar casas decimais (Mostrar valores mais precisos exibindo mais
casas decimais) ou Diminuir casas decimais (Mostrar valores menos precisos exibindo menos casas decimais).
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele é mostrado ao aumentar casas deci-
mais. Se não possuir, então será acrescentado zero.
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele poderá ser arredondado para
cima ou para baixo, de ao diminuir as casas decimais. É o mesmo que aconteceria com o uso da função ARRED,
para arredondar.

Simbologia específica

Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o significado e
alguns exemplos de aplicação.

OPERADORES ARITMÉTICOS OU MATEMÁTICOS


Símbolo Significado Exemplo Comentários
+ (mais) Adição = 18 + 2 Faz a soma de 18 e 2
- (menos) Subtração = 20 – 5 Subtrai 5 do valor 20
* (asterisco) Multiplicação =5*4 Multiplica 5 (multiplicando) por 4 (multiplicador)
/ (barra) Divisão = 25 / 10 Divide 25 por 10, resultando em 2,5
% (percentual) Percentual = 20% Faz 20 por cento, ou seja, 20 dividido por 100
Exponenciação =3^2 Faz 3 elevado a 2, 3 ao quadrado = 9
^ (circunflexo)
Cálculo de raízes =8^(1/3) Faz 8 elevado a 1/3, ou seja, raiz cúbica de 8

Ordem das operações matemáticas

z ( ) → parênteses
z ^ → exponenciação (potência, um número elevado a outro número)
z * ou / → multiplicação (função MULT) ou divisão
z + ou - → adição (função SOMA) ou subtração

Como resolver as questões de planilhas de cálculos?

z Leitura atenta do enunciado (português e interpretação de textos)


z Identificar a simbologia básica do Excel (informática)
z Respeitar as regras matemáticas básicas (matemática)
z Realizar o teste, e fazer o verdadeiro ou falso (raciocínio lógico)

OPERADORES RELACIONAIS, USADOS EM TESTES


Símbolo Significado Exemplo Comentários
> (maior) Maior que = SE (A1 > 5 ; 15 ; 17 ) Se o valor de A1 for maior que 5, então mostre 15, senão mostre 17
< (menor) Menor que = SE (A1 < 3 ; 20 ; 40 ) Se o valor de A1 for menor que 3, então mostre 20, senão mostre 40.
>= (maior ou igual) Maior ou igual a = SE (A1 >= 7 ; 5 ; 1 ) Se o valor de A1 for maior ou igual a 7, então mostre 5, senão mostre 1.
<= (menor ou igual) Menor ou igual a = SE (A1 <= 5 ; 11 ; 23 ) Se o valor de A1 for menor ou igual a 5, então mostre 11, senão mostre 23.
<> (menor e maior) Diferente = SE (A1 <> 1 ; 100 ; 8 ) Se o valor de A1 for diferente de 1, então mostre 100, senão mostre 8.
= (igual) Igual a = SE (A1 = 2 ; 10 ; 50 ) Se o valor de A1 for igual a 2, então mostre 10, senão mostre 50.

Princípios dos operadores relacionais

z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo.
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio.
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=

OPERADORES DE REFERÊNCIA
Símbolo Significado Exemplo Comentários
=$A1 Trava a célula na coluna A
$ (cifrão) Travar uma célula =A$1 Trava a célula na linha 1
=$A$1 Trava a célula A1, ela não mudará
! (exclamação) Planilha = Planilha2!A3 Obtém o valor de A3 que está na planilha Planilha2.
Informa o nome de outro arquivo do Excel, onde deverá bus-
[ ] (colchetes) Pasta de Trabalho =[Pasta2]Planilha1!$A$2
car o valor.
348
OPERADORES DE REFERÊNCIA
=’C:\FernandoNishimura\
Informa o caminho de outro arquivo do Excel, onde deverá
‘ (apóstrofe) Caminho [pasta2.xlsx]
encontrar o arquivo para buscar o valor.
Planilha1’!$A$2
; (ponto e vírgula) Significa E = SOMA (15 ; 4 ; 6 ) Soma 15 e 4 e 6, resultando em 25.
: (dois pontos) Significa ATÉ = SOMA (A1:B4) Soma de A1 até B4, ou seja, A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4.
Executa uma operação sobre as células em comum nos
Espaço Intersecção =SOMA(F4:H8 H6:K10)
intervalos.

Princípios dos operadores de referência

z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.
Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2

Importante!
O símbolo de cifrão é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.

Observe a questão abaixo como exemplo de referências mistas.

Assumindo que foi digitada a fórmula =$F2-G$2 na célula H2 e que essa fórmula foi copiada e colada nas células H3
até H9, assinale a alternativa com o valor que aparecerá na célula H6 da planilha do MS-Excel 2010, em sua configura-
ção original, exibida na figura.

a) –R$ 960,00
b) –R$ 100,00
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
c) R$ 400,00
d) R$ 500,00
e) R$ 360,00

A fórmula =$F2-G$2 inserida na célula H2 possui referências mistas.


O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
O símbolo de $ serve para fixar uma posição na referência (endereço da célula). A posição que ele estiver acom-
panhando, não mudará.
Quando não temos o símbolo de cifrão, temos uma referência relativa. A1
Se temos um símbolo de $, temos uma referência mista. $A1 ou A$1
E se temos dois símbolos de cifrão, temos uma referência absoluta. $A$1
A fórmula =$F2-G$2 tem =$F2-G$2 fixo, ou seja, ao copiar e colar, não mudará. =$F__-__$2
Na célula H2 temos a fórmula =$F2-G$2

Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2, porque mudamos da célula H2 para H6 (linha 2 para linha 6), mas
permanecemos na mesma coluna H (não precisando mudar a letra G da segunda parte da fórmula).
349
Na célula H6 teremos a fórmula =$F6 - G$2

Resposta: Letra B.

SÍMBOLOS USADOS NAS FÓRMULAS E FUNÇÕES

Símbolo Significado Exemplo Comentários

= 15 + 3 Faz a soma de 15 e 3.
Início de fórmula, função
= (igual) = SOMA ( 15 ; 3 ) Compara o valor de A1 com 5, e caso seja ver-
ou comparação.
=SE ( A1 = 5 ; 10 ;11 ) dadeiro, mostra 10, caso seja falso, mostra 11.

Identifica uma função ou = HOJE ( ) Retorna a data atual do computador.


( )parênteses os valores de uma opera- = SOMA (A1;B1) Faz a soma de A1 e B1.
ção prioritária. = (3+5) / 2 Faz a soma de 3 e 5 antes de dividir por 2.

A função SE tem 3 partes, e estas estão sepa-


; (ponto e vírgula) Separador de argumentos. =SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )
radas por ponto e vírgula.

=SOMA(F4:H8 Executa uma operação sobre as células em


Espaço Intersecção.
H6:K10) comum nos intervalos.

As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel substi-
tuirá pelo sinal de igual.

SÍMBOLOS PARA TEXTOS

Símbolo Significado Exemplo Comentários

Apresenta o texto Fernando.


“ (aspas duplas) Texto exato = “Fernando”
Se usado em testes, é “igual a”.

Exibe os zeros não significativos, 0001 como texto


‘(apóstrofe) Número como texto. ‘0001
(ex.: placa de carro).

= “Fernando ”&” Exibe “Fernando Nishimura” (sem as aspas), o resul-


& (“E” comercial) Concatenar.
Nishimura” tado da junção dos textos individuais.

O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Pode-
remos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.

CORRESPONDÊNCIA DE SÍMBOLOS E FUNÇÕES NO EXCEL

Símbolo Significado Exemplo Comentários

+ (sinal de mais) SOMA Adição =15+7 é o mesmo que =SOMA(15;7).

* (asterisco) MULT Multiplicação =12*3 é o mesmo que =MULT(12;3).

^ (circunflexo) POTÊNCIA Exponenciação =2^3 é o mesmo que =POTÊNCIA(2;3).

RAIZ Raiz quadrada =4^(1/2) é o mesmo que =RAIZ(4).

& (E comercial) CONCATENAR Juntar textos =A1&A2&A3 é igual a =CONCATENAR(A1;A2;A3).

“ (aspas) TEXTO Converte em texto =”150144” é o mesmo que =TEXTO(150144).


350
Erros USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS

Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, Funções Básicas


especialmente no início dos estudos, é comum apa-
recerem mensagens de erros nas células, decorren- z SOMA(valores) : realiza a operação de soma nas
te da falta de argumentos nas fórmulas, referências células selecionadas. No Microsoft Excel, a fun-
incorretas, erros de digitação, entre outros. Vamos ção SOMA efetua a adição dos valores numéricos
ver algumas das mensagens de erro mais comuns que informados em seus argumentos. Se existirem
ocorrem nas planilhas de cálculos. células com textos, elas serão ignoradas. Células
vazias não são somadas.
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Ras-
trear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria
=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores exis-
de Fórmulas. Com este recurso, Com este recurso, o
tentes nas células A1, A2 e A3.
usuário poderá ver setas na planilha indicando a rela-
=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores exis-
ção entre as células, e identificar a origem das mensa- tentes nas células A1 até A5
gens de erros. =SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da
A seguir, os erros mais comuns que podem ocor- célula A1, com 34 (valor literal) e B3.
rer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel: =SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores exis-
tentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘triangulação’,
z #DIV/0! – indica que a fórmula está tentando divi- operando apenas áreas quadrangulares.
dir um valor por 0. =SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1
z #NOME? – indica que a fórmula possui um texto com B1 e C1 até C3.
que o Excel 2007 não reconhece. =SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 com
z #NULO! – a fórmula contém uma interseção de 3 e o valor A1 duas vezes.
duas áreas que não se interceptam.
z #NUM! – a fórmula apresenta um valor numérico z SOMASE(valores;condição): realiza a operação
inválido. de soma nas células selecionadas, se uma condi-
z #REF! – indica que na fórmula existe a referência ção for atendida. A sintaxe é =SOMASE(onde;qual
para uma célula que não existe. o critério para que seja somado)
z #VALOR! – indica que a fórmula possui um tipo
errado de argumento. =SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valo-
z ##### – indica que o tamanho da coluna não é sufi- res de A1 até A5 que sejam maiores que 15
=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valo-
ciente para exibir seu valor.
res de A1 até A10 que forem iguais a 10.

z MÉDIA(valores): realiza a operação de média


EXERCÍCIO COMENTADO nas células selecionadas e exibe o valor médio
encontrado.
1. (VUNESP – 2019) Tem-se a seguinte planilha, criada
=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples
no Microsoft Excel 2010, em sua configuração padrão.
dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valo-
res, serão somados e divididos por 5. Se existir uma
A B C célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células
1 Mês Qtde vazias não entram no cálculo da média.
2 Junho 2
z MED(valores): informa a mediana de uma série
3 Julho 6 de valores.
4 Agosto 8 Mediana é o ‘valor no meio’. Se temos uma sequência
5 Setembro 9 de valores com quantidade ímpar, eles serão ordena-
6 Outubro 7 dos e o valor no meio é a sua mediana. Por exemplo, CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
7 para os valores (5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e a
mediana é 5.
Se temos uma sequência de valores com quan-
Assinale a alternativa com o resultado da fórmula tidade par, a mediana será a média dos valores
=SOMA(B2;B6) a ser inserida na célula B7. que estão no meio. Por exemplo, para os valores
(2,13,4,10,8,1), ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no
meio temos 4 e 8. A média de 4 e 8 é 6 ((4+8)/2).
a) 9
b) 32 z MÁXIMO(valores): exibe o maior valor das célu-
c) #ERRO las selecionadas.
d) 7
e) 2 =MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na
área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape-
Na simbologia de planilhas, ponto e vírgula signifi- nas um será mostrado.
ca E. A função SOMA somará os valores numéricos
existentes nas células informadas. z MAIOR(valores;posição): exibe o maior valor de
Serão somadas as células B2 e B6. uma série, segundo o argumento apresentado.
2+7=9 Resposta: Letra A. Valores iguais ocupam posições diferentes. 351
=MAIOR(A1:D6;3): Exibe o 3º maior valor nas célu- z CONT.SES - quantidade de células que atendem a
las A1 até D6. várias condições simultaneamente.
z CONT.VALORES(células): esta função conta todas
z MÍNIMO(valores): exibe o menor valor das célu-
as células em um intervalo, exceto as células vazias.
las selecionadas.
=CONT.VALORES(A1:A10): Informa o resultado da
=MINIMO(A1:D6):Exibe qual é o menor valor na
contagem, informando quantas células estão preen-
área de A1 até D6.
chidas com valores, quaisquer valores.
z MENOR(valores;posição): exibe o menor valor de
z CONT.NÚM (células): conta todas as células em um
uma série, segundo o argumento apresentado.
intervalo, exceto células vazias e células com texto.
Valores iguais ocupam posições diferentes.
=CONT.NÚM(A1:A8): Informa quantas células no
=MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas célu-
intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.
las A1 até D6.
z CONT.SE(células;condição): Esta função conta quan-
z SE(teste;verdadeiro;falso): avalia um teste e
tas vezes aparece um determinado valor (número ou
retorna um valor caso o teste seja verdadeiro ou
texto) em um intervalo de células (o usuário tem que
outro caso seja falso.
indicar qual é o critério a ser contado)
Esta função é muito solicitada em todas as bancas.
A sua estrutura não muda, sendo sempre o teste na
=CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quan-
primeira parte, o que fazer caso seja verdadeiro na
tas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-
segunda parte, e o que fazer caso seja falso na últi-
do o valor 5.
ma parte. Verdadeiro ou falso. Uma ou outra. Jamais
serão realizadas as duas operações, somente uma
z CONT.SES(células1;condição1;células2;condi-
delas, segundo o resultado do teste.
ção2) : Esta função conta quantas vezes aparece
A função SE usa operadores relacionais (maior,
um determinado valor (número ou texto) em um
menor, maior ou igual, menor ou igual, igual, diferen-
intervalo de células (o usuário tem que indicar
te) para construção do teste. As aspas são usadas para
qual é o critério a ser contado), atendendo a todas
textos literais.
as condições especificadas.
=SE(A1=10;”O valor da célula A1 é 10”;”O valor da
célula A1 não é 10”)
=CONT.SES(A1:A10;”5”;B1:B10;”7”) Efetua a conta-
=SE(A1<0;”O valor da célula A1 é negativo”;”O
gem de quantas células existem no intervalo de A1 até
valor não é negativo”)
A10 contendo o valor 5 e ao mesmo tempo, quantas
=SE(A1>0;”O valor da célula A1 é positivo”;”O valor
células existem no intervalo de B1 até B10 contendo
não é positivo”)
o valor 7.
É possível encadear funções, ampliando as áreas
z CONTAR.VAZIO (células) : conta as células vazias
de atuação. Por exemplo, um número pode ser negati-
de um intervalo.
vo, positivo ou igual a zero. São 3 resultados possíveis.
=CONTAR.VAZIO(A1:A8) Informa quantas células
vazias existem no intervalo A1 até A8.
=SE(A1=0;”Valor é igual a zero”;SE(A1<0;”Valor é
negativo”;”Valor é positivo”))
z SOMASE(células para testar;teste;células para
somar): Efetua um teste nas células especificadas,
Neste exemplo, se for igual a zero (primeiro teste),
e soma as correspondentes nas células para somar.
exibe a mensagem e finaliza a função. Mas se não for
Os intervalos de teste e de soma podem ser os
igual a zero, poderá ser menor do que zero (segundo
mesmos.
teste), e exibe a mensagem “Valor é negativo”, encer-
rando a função. E por fim, se não é igual a zero, e não
=SOMASE(A1:A10;”>6”;A1:A10) somará os valores
é menor que zero, só poderia ser maior do que zero,
de A1 até A10 que sejam maiores que 6.
e a mensagem final “Valor é positivo” será mostrada.
=SOMASE(A1:A10;”<3”;B1:B10) somará os valores
Obs.: o sinal de igual, para iniciar uma função, é
de B1 até B10 quando os valores de A1 até A10 forem
usado somente no início da digitação da célula.
menores que 3.
As funções CONT são usadas para informar a
quantidade de células, que atendem às condições
z SOMASES(células para somar; células1; teste1;
especificadas.
células2; teste2): Verifica as células que atendem
aos testes e soma as células correspondentes.
z CONT.NÚM - para contar quantas células possuem
Os intervalos de teste e de soma podem ser os
números.
mesmos.
z CONT.VALORES - quantidade de células que estão
preenchidas. z MÉDIASE(células para testar;teste;células para
calcular a média): Efetua um teste nas célu-
z CONTAR.VAZIO - quantidade de células que não
las especificadas, e calcula a média das células
estão preenchidas.
correspondentes.
z CONT.SE - quantidade de células que atendem a Os intervalos de teste e de média podem ser os
352 uma condição específica. mesmos.
z PROCV(valor_procurado; matriz_tabela; núm_ z MULT(número;número;número; ... )
índice_coluna; [intervalo_pesquisa]): A função Multiplica os números informados nos argumentos.
PROCV é utilizada para localizar o valor_procurado
dentro da matriz_tabela, e quando encontrar, retor- FUNÇÕES LÓGICAS
nar à enésima coluna informada em núm_índice_
coluna. A última opção, que será VERDADEIRO ou Retorna VERDADEIRO se
FALSO, é usada para identificar se precisa ser o valor E (Função E) todos os seus argumentos
exato (F) ou pode ser valor aproximado (V). forem VERDADEIROS

Retorna VERDADEIRO se
Por exemplo:
OU (Função OU) um dos argumentos for
VERDADEIRO
=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO) Inverte o valor lógico do
NÃO (Função NÃO)
argumento
A função PROCV é um membro das funções de pes-
quisa e Referência, que incluem a função PROCH. Retorna o valor lógico
FALSO (Função FALSO)
Use a função TIRAR ou a função ARRUMAR para FALSO
remover os espaços à esquerda nos valores da tabela.
VERDADEIRO (Função Retorna o valor lógico
VERDADEIRO) VERDADEIRO
z Esquerda (texto;quantidade): Extrai de uma
sequência de texto, uma quantidade de caracteres Retornará um valor que você
especificados, a partir do início (esquerda). especifica se uma fórmula
SEERRO (Função
for avaliada para um erro; do
= Esquerda (“Fernando Nishimura”;8) exibe “Fernando” SEERRO)
contrário, retornará o resul-
tado da fórmula
z DIREITA (texto;quantidade): Extrai de uma sequên-
cia de texto, uma quantidade de caracteres especifi-
cados, a partir do final.
Importante!
=DIREITA (“Polícia Federal”;7) exibe “Federal”. Foram apresentadas muitas funções neste mate-
rial, não é verdade? Existem milhares de funções
z CONCATENAR(texto1;texto2; ... ): Junta os textos
especificados em uma nova sequência.
no Microsoft Excel e LibreOffice Calc. Por outro
lado, em algumas bancas organizadoras, rara-
=CONCATENAR(“Escrevente “;”Técnico “;”Judiciá- mente aparecem questões com funções, e quan-
rio”) – exibe “Escrevente Técnico Judiciário”. do aparecem, são as básicas e intermediárias.

z INT(valor): Extrai a parte inteira de um número.

=INT(PI()) parte inteira do valor de PI – valor


3,14159 exibe 3. EXERCÍCIO COMENTADO
z TRUNCAR(valor;casas decimais): Exibe um número 1. (VUNESP – 2020) A planilha a seguir foi editada no
com a quantidade de casas decimais, sem arredondar. MS-Excel.

=TRUNCAR(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas


decimais – valor 3,14159 exibe 3,141.

z ARRED(valor;casas decimais): Exibe um número


com a quantidade de casas decimais, arredondan- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
do para cima ou para baixo.

=ARRED(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas


decimais – valor 3,14159 exibe 3,142.
Caso a fórmula: =SOMA(A1:C3) seja inserida na célula
z HOJE() – Exibe a data atual do computador. C5, o resultado produzido nessa célula será igual a:
z AGORA() – Exibe a data e hora atuais do computador.
z DIA(data) – Extrai o número do dia de uma data. a) 3
z MÊS(data) – Extrai o número do mês de uma data.
b) 6
z ANO(data) – Extrai o número do ano de uma data.
c) 16
z DIAS(data1;data2) - Informa a diferença em dias
entre duas datas. d) 21
z DIAS360(data1;data2) – Informa a diferença em e) 45
dias entre duas datas (ano contábil, de 360 dias)
z POTÊNCIA(base;expoente) A função SOMA é para somar os valores numéricos
Eleva um número (base) ao expoente informado. das células. A soma de A1 até C3 (todos os valores) é
45. Na simbologia de planilhas, dois pontos significa
=POTÊNCIA(2;4) 2 elevado à 4, 24, 2x2x2x2 = 16 ATÉ. Resposta: Letra E. 353
IMPRESSÃO

A impressão no Excel é semelhante ao Word. Difere ao oferecer o item Área de Impressão, que permite ao
usuário escolher uma área de uma planilha para ser impressa.
Outro item exclusivo que o Excel oferece é a possibilidade de imprimir os títulos das colunas e linhas, fazendo
com que a impressão seja muito parecida com a tela que está sendo visualizada.
Ambos estão na guia Layout da Página.
E na caixa de diálogo de impressão (Ctrl+P) temos o ajuste da impressão (zoom), permitindo ajustar para caber
em uma página, ajustar apenas as linhas, apenas as colunas, e mudar as quebras de páginas arrastando a divisão
na tela.

Arquivo

Área de
impressão
Definir área de impressão
Limpar área de impressão

Arquivo

Imprimir
Títulos

Imprimir Títulos
Especificar linhas e colunas a serem
repetidas em cada página impressa

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) No MS-Excel 2016 (em português e em sua configuração padrão), considere a janela Configurar
Página, aba Planilha, item Imprimir. Nessa janela, pode-se selecionar opções para a impressão de um documento.
Duas dessas opções disponíveis nessa janela são:

a) Linhas verticais somente; Cores básicas


b) Título de linha e coluna; Colorido
c) Qualidade de rascunho; Cores básicas
d) Linhas horizontais somente; Linhas de grade
e) Linhas de grade; Preto e branco

O Microsoft Excel é o editor de pastas de trabalho, que contém planilhas de cálculos.


Nas planilhas de cálculos o usuário poderá adicionar conteúdo nas células, e fórmulas ou funções para obtenção
de resultados.
A impressão de uma planilha contém opções de configurações diferentes de outros programas do pacote Micro-
soft Office.
Confira a descrição dos itens desta caixa de diálogo.
Área de impressão – com o mouse selecione o bloco de células que será impresso, ignorando as demais. A digita-
ção é possível, informando referências absolutas (com símbolo de cifrão)
Imprimir títulos
Linhas a repetir na parte superior – selecione com o mouse as linhas que serão repetidas em todas as páginas
impressas. A digitação é possível, informando referências absolutas (com símbolo de cifrão)
Colunas a repetir à esquerda – selecione com o mouse as colunas que serão repetidas em todas as páginas impres-
sas. A digitação é possível, informando referências absolutas (com símbolo de cifrão)
Imprimir
Linhas de grade – a grade que é exibida na edição em tela da planilha, também será impressa.
Preto e branco – impressão monocromática
Qualidade de rascunho – impressão rápida e com economia de tinta/toner
Títulos de linha e coluna – quando ativado, as letras das colunas e os números das linhas também são impressas
Comentários – poderão ser impressos no final da planilha ou no local onde foram inseridos
Erros de células como – exibido, <em branco>, --, #N/D (selecione um dos itens)
Ordem da página = sequência de impressão
354 Abaixo e acima, ou Acima e abaixo. Resposta: Letra E.
INSERÇÃO DE OBJETOS

A inserção de objetos contém os mesmos itens do Microsoft Word, mas o destaque são os Gráficos.

Arquivo

Tabela
dinâmica

Inserir Tabela dinâmica

Clique aqui para resumir os dados


usando uma tabela dinâmica ou para
inserir um gráfico dinâmico.
As tabelas dinâmicas tornam mais
fácil organizar e resumir dados
complicados, bem como analisar
detalhes

A tabela e o gráfico dinâmico possibilitam resumir os dados rapidamente, a partir de critérios padronizados no Excel.

Os gráficos são representações visuais de dados da planilha. De acordo com a opção escolhida, teremos uma
forma de apresentação. Alguns gráficos são indicados para situações específicas. Outros gráficos são generalistas.

Gráficos

Além da produção de planilhas de cálculos, o Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz gráficos com os
dados existentes nas células.
Gráficos são a representação visual de dados numéricos, e poderão ser inseridos na planilha como gráficos
‘comuns’ ou gráficos dinâmicos.
Os gráficos dinâmicos, assim como as tabelas dinâmicas, são construídos com dados existentes em uma ou
várias pastas de trabalho, associando e agrupando informações para a produção de relatórios completos.

z Os gráficos de Colunas representam valores em colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de Colunas: Agrupada,
Empilhada, 100% Empilhada, 3D Agrupada, 3D Empilhada, 3D 100% Empilhada, e 3D. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

z Os gráficos de Linhas representam valores com linhas, pontos ou ambos. São opções do gráfico de Linhas:
Linha, Linha Empilhada, 100% Empilhada, com Marcadores, Empilhada com Marcadores, 100% Empilhada
com Marcadores, e 3D.

355
z Os gráficos de Pizza representam valores propor-
cionalmente. São opções do gráfico de Pizza: Pizza,
Pizza 3D, Pizza de Pizza, Barra de Pizza, e Rosca.

z Os gráficos de Barras representam dados de forma


semelhante ao gráfico de Colunas, mas na horizon-
tal. São opções dos gráficos de Barras: Agrupadas,
Empilhadas, 100% Empilhadas, 3D Agrupadas, 3D z Os gráficos de Superfície parecem com os gráficos
Empilhadas, e 3D 100% Empilhadas. de Linhas, e preenchem a superfície com cores.
São exemplos de gráficos de Superfície: 3D, 3D
Delineada, Contorno e Contorno Delineado.

z Os gráficos de Área representam dados de forma seme-


lhante ao gráfico de Linhas, mas com preenchimento
até a base (eixo X). São opções dos gráficos de Área:
Área, Área Empilhada, Área 100% Empilhada, Área 3D, z Os gráficos de Radar são usados para mostrar a
Área 3D Empilhada, e Área 3D 100% Empilhada. evolução de itens. São exemplos de gráficos de
Radar: Radar, Radar com Marcadores, e Radar
Preenchido.

z Os gráficos de Dispersão representam duas séries


de valores em seus eixos. São opções dos gráficos
de Dispersão: Dispersão, com Linhas Suaves e Mar-
cadores, com Linhas Suaves, com Linhas Retas e
Marcadores, com Linhas Retas, Bolhas e Bolhas 3D. z O gráfico do tipo Mapa de Árvore é usado para mos-
trar proporcionalmente a hierarquia dos valores.

z O gráfico do tipo Explosão Solar se assemelha ao


z O gráfico do tipo Mapa, exibe a informação de gráfico de Rosca, mas o maior valor será o primei-
acordo com cada região. Sua única opção é o Mapa ro da série de dados.
Coroplético.

z Os gráficos do tipo Histograma são usados para


séries de valores com evolução, como idades da
z Os gráficos de Ações necessitam que os dados este-
população. São exemplos de gráficos do tipo Histo-
jam organizados em preço na alta, preço na baixa
e preço no fechamento. Datas ou nomes das ações grama: Histograma e Pareto.
serão usados como rótulos. São exemplos de gráficos
de Ações: Alta-Baixa-Fechamento, Abertura-Alta-
-Baixa-Fechamento, Volume-Alta-Baixa-Fechamen-
356 to, e Volume-Abertura-Alta-Baixa-Fechamento.
z O gráfico do tipo Caixa Estreita é usado para projeção de valores.

z O gráfico do tipo Cascata exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.

z O gráfico do tipo Funil alinha os valores em ordem decrescente.

z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição de séries de dados.
São exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna Clusterizada-Linha no Ei-
xo Secundário, Área Empilhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de criação de uma Combinação Perso-
nalizada.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) Um usuário do MS-Excel 2010, em sua configuração padrão, deseja colocar em uma planilha um dos
gráficos exibidos na imagem a seguir.

Linhas Área

Pizza Dispersão

Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, o nome da Guia e do Grupo onde se podem escolher
os gráficos exibidos na imagem. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

a) Página Inicial – Inserir.


b) Página Inicial – Gráficos
c) Inserir – Gráficos.
d) Gráficos – Inserir
e) Gráficos – Exibição.

Na guia Inserir, grupo Gráficos, o usuário poderá selecionar o tipo de gráfico, ou seguir as recomendações suge-
ridas pelo programa. Resposta: Letra C.

CAMPOS PREDEFINIDOS

Semelhante ao Word, o Excel poderá operar com os mesmos campos. Campos são variáveis inseridas na plani-
lha de dados, que serão atualizadas segundo a necessidade.
Data e Hora, Linha de Assinatura, Cabeçalho e Rodapé, entre muitos outros.
Uma das principais diferenças entre o editor de textos e o editor de planilhas é o Cabeçalho e Rodapé. Enquan-
to no editor de textos eles são únicos, no Excel estão divididos em 3 partes. 357
Lado esquerdo do cabeçalho Cabeçalho Lado direito do cabeçalho
Número da Página: 1 Número da Páginas: 3
Quantidade
São José do Campo 173

Lado esquerdo do rodapé Lado direito do rodapé


28/09/2014 - 11:05 Rodapé C:\users\FernandoNishimuta\Documents\Paasta1

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Considere a janela de configuração de cabeçalho de uma planilha do MS-Excel 2010, na sua confi-
guração original, exibida na figura a seguir.

Para incluir o nome da planilha no cabeçalho, na seção da esquerda, deve-se clicar no ícone

a)

b)

c)

d)

e)

O primeiro ícone é para Formatar Texto. O segundo ícone é para inserção do número da página. O terceiro ícone
é para inserir número de páginas (total). Os dois ícones a seguir são data e hora. A seguir, caminho, nome e nome
da planilha. E nos dois últimos, inserir imagem e formatar imagem. Resposta: Letra D.
CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS
O Excel é mais simples em relação ao Word, quando o assunto são as Quebras.

358
E para habilitar esta visualização, basta ativar o item na guia Exibição.

Visualização da Quebra de Página


Exibir uma prévia dos lugares onde
as páginas irão quebrar quando o
documento for impresso.

A numeração de páginas está associada ao Cabeçalho e Rodapé.

Cabeçalho

(nenhum)
Página 1
Página 1de ?
Plan 1
Confidencial; 28/09/2014; Página 1
Pasta 1

OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS

O Excel poderá trabalhar com as informações inseridas pelo usuário na planilha, e com dados provenientes de
outros locais. Disponível na guia Dados, o grupo ‘Obter Dados Externos’, apesar de figurar em alguns editais, nem
sempre é questionado em provas de Noções de Informática, seja de nível médio ou seja de nível superior.

Do Access Importar dados de um banco de dados do Microsoft Access

Da Web Importar dados de uma página Web (Internet)

Importar dados de um arquivo de texto (formato TXT, ou CSV – texto separado por
De Texto
vírgulas/ponto e vírgula)

Importar dados de outras fontes. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

De Outras
Fontes

Conexões Obter dados externos usando uma conexão existente – conectar a uma fonte de dados
Existentes externa, selecionando uma opção de uma lista de fontes usadas com frequência.
359
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Por meio do MS-Excel, em sua configuração padrão, um usuário pode acessar dados de um banco
de dados institucional como, por exemplo, o MS-SQLServer, permitindo realizar cálculos e visualizações com dados do
banco de dados ao invés de dados da própria planilha.
A guia onde se encontra o recurso para acessar dados externos é

a) Revisão.
b) Transformação.
c) Dados.
d) Fórmulas.
e) Externos.

Banco de dados SQL Server é uma base de dados de um gerenciador de banco de dados, da Microsoft. Resposta: Letra C.

CLASSIFICAÇÃO DE DADOS

A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados.


Você pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A), números (dos menores para os maiores ou dos maiores
para os menores) e datas e horas (da mais antiga para a mais nova e da mais nova para a mais antiga) em uma ou
mais colunas. Você também poderá classificar por uma lista de clientes (como Grande, Médio e Pequeno) ou por
formato, incluindo a cor da célula, a cor da fonte ou o conjunto de ícones. A maioria das operações de classificação
é identificada por coluna, mas você também poderá identificar por linhas.
Disponível na guia Dados, e na guia Página Inicial, a classificação poderá ser de texto, números, datas ou horas,
por cor da célula, cor da fonte ou ícones, por uma lista personalizada, linhas, por mais de uma coluna ou linha, ou
por uma coluna sem afetar as demais.

Arquivo Página Inicial


A
Z
Classificar
e filtrar
A Classificar de A a Z
Z
Z
A
Classificar de Z a A
Classificação Personalizada
Filtro
Limpar
Reaplicar

Arquivo
Limpar
Reaplicar
Classificar Filtro
Avançado
Classificar e filtrar

CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS

A classificação de dados alfanuméricos poderá ser ‘Classificar de A a Z’


Classificar texto em ordem crescente, ou ‘Classificar de Z a A’ em ordem decrescente. É
possível diferenciar letras maiúsculas e minúsculas.

Quando a coluna possui números, podemos ‘Classificar do menor para o maior’


Classificar números
ou ‘Classificar do maior para o menor’

Se houver datas ou horas, podemos ‘Classificar da mais antiga para a mais


Classificar datas ou horas nova’ ou ‘Classificar da mais nova para a mais antiga’, resumindo,
cronologicamente.
Se você tiver formatado manual ou condicionalmente um intervalo de células
Classificar por cor de célula, cor de ou uma coluna de tabela, por cor de célula ou cor de fonte, poderá classificar
fonte ou ícones por essas cores. Também será possível classificar por um conjunto de ícones
criados ao aplicar uma formatação condicional.
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem defi-
Classificar por uma lista personalizada nida pelo usuário. Por exemplo, uma coluna pode conter valores pelos quais
você deseja classificar, como Alta, Média e Baixa.
Na caixa de diálogo Opções de Classificação, em Orientação, clique em Clas-
Classificar linhas
sificar da esquerda para a direita e, em seguida, clique em OK.
Classificar por mais de uma coluna ou
Na caixa de diálogo Classificar, adicione mais de um critério para ordenação.
linha
Classificar uma coluna em um interva- Basta selecionar a coluna desejada, e na janela de diálogo, manter o item
360 lo de células sem afetar as demais “Continuar com a seleção atual”.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESGRANRIO – 2015) A célula I1 do trecho de planilha Excel 2010 (português), apresentada a seguir, foi preenchida
com a expressão matemática =$G$1+H1

Ao copiar o conteúdo da célula I1 para a célula I3, será gerado, na célula I3, o seguinte valor:

a) 12.
b) 16.
c) 22.
d) 25.
e) 61.

No Excel, o uso de cifrão é para fixar uma posição; mesmo que a fórmula seja copiada, as referências absolutas
que o cifrão estiver travando não mudarão. Portanto, em I1, temos =$G$1+H1. Ao ser copiado para I3, mudamos
para a linha 3 as referências “livres”, chamadas de referência relativa, que não possui cifrão. Em I3 teremos
=$G$1+H3. 7 + 5 = 12. Resposta: Letra A.

MICROSOFT POWERPOINT 2010


INTRODUÇÃO

As apresentações de slides criadas pelo Microsoft PowerPoint 2010/2013/2016/2019 são arquivos de extensão
.PPTX. Caso contenham macros (comandos para automatização de tarefas) será atribuída a extensão .PPTM. e
ainda podemos trabalhar com os modelos (extensão .POTX e POTM).
Apesar de ser um aplicativo com finalidade diferente do editor de textos, ele possui muitas semelhanças que
acabam ajudando quem está iniciando nele. Da mesma forma que o editor de textos, é possível trabalhar com
seções (divisões), é possível inserir números de slides, é possível comparar apresentações etc.

EXTENSÃO TIPO DE ARQUIVO CARACTERÍSTICAS


PPT Apresentação editável. Versão 2003 ou anterior.

PPS Apresentação executável. Versão 2003 ou anterior.

POT Modelo de apresentação. Versão 2003 ou anterior.

PPTX Apresentação editável. Versão 2007 ou superior.

Versão 2007 ou superior, que não necessita de programas para ser


PPSX Apresentação executável.
visualizada.

POTX Modelo de apresentação. Recursos para padronização de novas apresentações.


CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Modelo de apresentação com Recursos para padronização e automatização de novas
POTM
macros. apresentações.

Formato do LibreOffice Impress, que pode ser editado e salvo


ODP Open Document Presentation.
pelo Microsoft PowerPoint.

Formato de documento portável, sem alguns recursos multimídia


PDF/XPS Portable Document Format.
inseridos na apresentação de slide.

Guias – PowerPoint 2010

BOTÃO/GUIA LEMBRETE...
Arquivo Comandos para a apresentação atual - Salvar, salvar como, imprimir, Salvar e enviar

Tarefas iniciais - O início do trabalho, acesso à Área de Transferência, formatação de


Página Inicial
slides, fontes, parágrafos, desenho e edição
361
BOTÃO/GUIA LEMBRETE...
Tarefas secundárias - Adicionar um objeto que ainda não existe. Tabelas, Imagens,
Inserir
Ilustrações, Links, Textos, Símbolos e Mídia (Vídeo e/ou Áudio)

Configuração da página - Temas para toda a apresentação, ou apenas slides selecio-


Design
nados, e Plano de Fundo

Animação entre os slides - Permitem visualizar, atribuir e configurar intervalo para a


Transições
mudança de slides

Efeitos de animação para os objetos - Permitem visualizar, atribuir, configurar anima-


Animação
ção avançada e definir seus intervalos

Apresentações de Slides Iniciar apresentação de slides, configurar, definir resolução e escolha de monitores

Correção da apresentação - Ela está ficando pronta... Revisão de Texto, Idioma, Co-
Revisão
mentários, Comparar e Compartilhar

Visualização - Modos de Exibição de Apresentação, Modos de Exibição Mestres, Mos-


Exibição
trar (na janela do PowerPoint), Zoom, Cor/Escala de Cinza, Janela e Macros

Dica
As guias de opções do Microsoft PowerPoint são semelhantes às guias dos demais programas do Microsoft Offi-
ce. As guias Apresentações de Slides, Transições e Animações são as mais questionadas em provas de concursos.

Atalhos de teclado – PowerPoint 2010

Os atalhos de formatação (Ctrl+N para negrito, Ctrl+I para itálico, entre outros) são os mesmos do Word 2010.

ATALHO AÇÃO

Ctrl+M Inserir novo slide

F5 Iniciar apresentação de slides a partir do início (primeiro slide)

Shift+F5 Iniciar apresentação de slides a partir do slide atual

Durante a apresentação, esconde a apresentação, mostrando um


E ou ponto
fundo preto (escuro).

Durante a apresentação, esconde a apresentação, mostrando um


C ou vírgula
fundo branco (claro).

R ou mais ( + ) Para e reinicia uma apresentação automática.

Durante a apresentação, mostra uma caneta para anotações, e o


Ctrl+C (Caneta)
usuário poderá salvar estas anotações na apresentação ao final.

Ctrl+T (Target) Durante a apresentação, alterar o ponteiro para seta.

Ctrl+E (Erase) Durante a apresentação, alterar o ponteiro para borracha.

Durante a apresentação é para Mostrar ou Ocultar as marcações


Ctrl+M (Mostrar)
da caneta

Durante a apresentação, apaga o desenho da tela (manten-


D do o slide intacto, sem as alterações feitas durante o modo de
apresentação)

ESC, Ctrl+Break ou hífen (traço) Sair do modo de Apresentação de Slides e voltar à edição
p, clicar com o botão esquerdo, enter, page down, seta
Executar a próxima animação ou avançar para o próximo slide.
para a direita, seta para baixo ou barra de espaços

a, clicar com o botão direito, page up, seta para a


Executar a animação anterior ou voltar ao slide anterior.
esquerda, seta para cima ou backspace

ATALHO AÇÃO

Clicar com o botão direito Menu de contexto (popup) ou slide anterior (durante a apresentação)

Shift+F9 Mostrar ou ocultar a grade


362
ATALHO AÇÃO
Alt+F9 Mostrar ou ocultar as guias

número + Enter Ir para o slide número.

V Vai para o próximo slide, se oculto

Manter os botões Direito e Esquerdo do


Durante a apresentação, retorna ao primeiro slide
mouse pressionados por dois segundos

Ctrl+H ou Ctrl+U Ocultar/Mostrar seta ao mover o mouse

ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES

As apresentações de slides podem ser gravadas em formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até trans-
formadas em vídeo (extensão MP4).
Os recursos do PowerPoint, como animações, transições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá ser
reproduzido em outros dispositivos, como Smart TV em totens de propagandas.

Figura 1. Para produzir um vídeo da apresentação, acessar o botão Arquivo, menu Exportar, item Criar Vídeo.

Vamos conhecer alguns termos usados no aplicativo de edição de apresentações de slides.

z Slide: unidade de edição, como uma página da apresentação.


z Slide Mestre: slide com o modelo de formatação que será usado pelos slides da apresentação atual.
z Design: aparência do slide ou de toda a apresentação. O design combina cores, estilos e padrões para que a apa-
rência tenha um visual harmonizado. O PowerPoint oferece “Ideias de Design” a cada objeto inserido no slide.
z Layout: disposição dos elementos dentro do slide. Quando a apresentação é iniciada, o slide de slide de título
é apresentado. O usuário poderá alterar para outro layout. Cada slide da apresentação poderá ter um layout
diferente.

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Slide de Título Título e Conteúdo Cabeçalho da Duas Partes de Comparação


Seção Conteúdo

Somente Título Em Branco Conteúdo com Imagem com


Legenda Legenda

Figura 2. Layout de slide

z Seção: divisão de formatação dentro da apresentação (usadas para Apresentações Personalizadas). Poderá ter “duas
apresentações” dentro de uma, e no início, escolher qual delas será exibida para o público; 363
z Transições: animação entre os slides. Ao selecionar Nos modos de exibição, na guia Exibição, ocorreu
algum efeito de animação entre os slides (guia Tran- uma pequena mudança em relação às versões ante-
sições, grupo Transição para este slide), será disponi- riores, com a inclusão do item Modo de Exibição de
bilizada a opção para configuração do Intervalo; Estrutura de Tópicos:
z Animação: animação dentro do slide, em um obje-
1. Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas
to do slide. Um objeto poderá ter diversas anima-
dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquerdo,
ções simultaneamente, enquanto a transição do o aparecerá no centro (sendo possível sua edição) e
slide é única. Poderão ser de Entrada, Ênfase, Saída na área inferior da tela aparecerá a área de anota-
ou Trajetórias de Animação. ções. Ajustar à janela encaixa o slide na área.
2. Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para
EXERCÍCIO COMENTADO editar e alternar entre slides no painel de estrutura de
tópicos. Útil para a criação de uma apresentação a par-
1. (VUNESP – 2019) Um usuário deseja preparar uma apre- tir dos tópicos de um documento do Microsoft Word.
sentação no MS-PowerPoint 2010, em sua configuração 3. Classificação dos Slides: no modo de exibição Clas-
padrão, para promover a prevenção de doenças. Depois sificação de Slides, apenas miniaturas dos slides
de preparar a apresentação, um possível nome para o serão mostradas. Estas miniaturas poderão ser orga-
arquivo, com o tipo padrão do MS-PowerPoint 2010, é: nizadas, arrastando-as. As operações de slides estão
a) prevencao.docx disponíveis, como Excluir slide, Ocultar slide etc.
b) prevencao.pptx Mas não é possível editar o conteúdo. Somente após
c) prevencao.xlsx duplo clique será possível a edição do conteúdo.
d) prevencao.doc 4. Anotações: Exibir a página de anotações para edi-
e) prevencao.txt tar as anotações do orador da forma como ficarão
quando forem impressas.
PPTX é um arquivo contendo apresentação de slides 5. Modo de Exibição de Leitura: Exibir a apresenta-
do PowerPoint. DOCX e DOC são documentos de texto ção como uma apresentação de slides que cabe na
do Microsoft Word. XLSX é pasta de arquivo do Micro- janela. A barra de título do PowerPoint continuará
soft Excel. TXT é texto sem formatação do Bloco de sendo exibida.
Notas, um acessório do Windows. Resposta: Letra B.
CONCEITOS DE SLIDES
Conforme observado no item anterior, os slides são as EXERCÍCIO COMENTADO
unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as pági-
1. (VUNESP – 2019) O programa MS-PowerPoint 2010, em
nas de um documento do Microsoft Word, os slides pos-
sua configuração padrão, possui um recurso chamado
suem configurações como margens, orientação, números
Slide Mestre, que armazena informações sobre a forma-
de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés etc.
tação dos slides de uma apresentação, incluindo tela de
O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais
fundo, cor, fontes, efeitos, espaços e posicionamento.
de slides: O Slide Mestre pode ser acessado para alterações por
1. Slide (modo de exibição Normal): cada slide é mos- meio da guia
trado para edição de seu conteúdo;
2. Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides a) Arquivo.
mestres, alterando toda a apresentação de uma vez; b) Design.
3. Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos c) Exibição.
folhetos que serão impressos; d) Inserir.
4. Anotações Mestras: para alterar o design e layout e) Revisão.
das folhas de anotações. O Slide Mestre é um modelo de slide que será usa-
do para definir as configurações de outros slides da
Dica apresentação. Está na guia Exibição, grupo “Modos
O slide mestre é o item mais questionado entre de Exibição Mestres”.
os modos de slides, seguido de Anotações
(modo de apresentação do Narrador).

Resposta: Letra C.

ANOTAÇÕES

Durante uma apresentação de slides em um pro-


jetor, o narrador poderá acessar as suas anotações
enquanto a imagem do slide aparece para o público.
Anotações do orador poderão ser inseridas no slide
enquanto estiver em modo de edição Normal. Estará
disponível na parte inferior da janela de edição.

Figura 3. Modo de exibição Normal, para edição da apresentação de


364 slides
O modo de exibição Anotações serve para visuali- Dica
zar como serão impressos os slides e as anotações. É
possível editar o conteúdo das anotações no modo de Anotações poderão ser adicionadas nos slides,
exibição Anotações. exibidos em tela somente para o apresentador
Para modificar o layout ou design, é preciso acessar ou impressos. Os elementos de uma anotação
Anotações Mestras (na guia Exibição), e as configura- não aparecem no slide exibido para o público.
ções aplicadas serão válidas para toda a apresentação.

z Modo de Exibição Anotações


EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2020) O MS-PowerPoint, em sua configura-
ção padrão para a Língua Portuguesa, possibilita diver-
sos modos de exibição de apresentações, entre eles:

a) Anotações e Classificação de Slides.


b) Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos e Modo de
Apresentação Compacta.
c) Modo de Exibição de Leitura e Modo de Apresentação
Mestre.
d) Modo Normal e Modo de Segurança.
e) Modo sem Áudio e Modo com Áudio.

São modos de apresentação de slides no Microsoft


Anotações do orador PowerPoint:
Normal – para edição da apresentação.
Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos – para
exibir apenas os títulos dos slides
Classificação de Slides – para exibir miniaturas e
facilitar a organização dos slides
Anotações – slide em cima e espaço para anotações
embaixo
Modo de Exibição de Leitura – para visualizar a
apresentação no formato e-book, com a barra de
títulos
Slide Mestre – modo de exibição que permite modifi-
car o slide mestre, e aplicar as alterações em todos
os slides
Folheto Mestre – modo de modificação de como os
z Anotações Mestras slides serão impressos
Anotações Mestras – modo de exibição do modo de
Cabeçalho 08/02/2021 apresentação do narrador. Resposta: Letra A.

RÉGUA E GUIAS

Clique para editar o título Mestre As réguas são exibidas na parte superior e lateral
• Clique para editar os estilos de texto Mestres no modo de edição. O atalho é Alt+Shift+F9.
• Segundo nível
• Terceiro nível As guias são exibidas no meio do slide (vertical e
• Quarto nível
• Quinto nível horizontalmente). CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Linhas de grade são exibidas ao fundo do slide,
orientando o posicionamento dos elementos.

Clique para editar os estilos de texto Mestres


Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível Réguas Guias
Quinto nível

Linhas de Grade
[Texto] [Texto]

[Texto] [Texto]

[Texto]
Rodapé < nº >
365
Dica
Todos os elementos visuais que compõe a inter-
face do programa, podem ser ativados ou desati-
vados na guia Exibição.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2015) Observe a imagem a seguir, retirada
do MS-PowerPoint 2010, em sua configuração padrão.
As linhas tracejadas foram exibidas ao se clicar em
um recurso da guia Exibição.

As Anotações e folhetos (que são impressos), pos-


suem cabeçalho e rodapé. No cabeçalho poderá ser
mostrada a Data e hora (lado direito) ou um texto
(lado esquerdo). No rodapé poderá ser mostrado o
número da página impressa (no lado direito) ou um
texto (lado esquerdo).
A Data e Hora é uma informação que pode ser adi-
cionada pelo ícone Data e Hora, do grupo Texto, da
guia Inserir, e também pelo ícone Cabeçalho e Roda-
Esse recurso é denominado
pé, pertencente ao mesmo grupo.
a) Régua.
b) Linhas de Grade.
c) Guias.
d) Escalas. EXERCÍCIO COMENTADO
e) Zoom.
1. (VUNESP – 2013) Considere as guias de configuração
As guias dividem o slide em quadrantes, a partir da de Cabeçalho e rodapé do MS-PowerPoint 2010 apre-
linha central vertical e horizontal. Resposta: Letra C. sentadas na figura:
CABEÇALHOS E RODAPÉS

O PowerPoint é diferente dos demais aplicativos


com relação ao cabeçalho e rodapé, por oferecer dife-
rentes configurações de acordo com o tipo de exibição
ou formato utilizado.

Por padrão, a data e hora são dispostos da seguinte


maneira:

a) Slide: rodapé à direita; Anotações e folhetos: cabeça-


lho à esquerda.
b) Slide: cabeçalho no centro; Anotações e folhetos:
cabeçalho no centro.
c) Slide: rodapé à esquerda; Anotações e folhetos: cabe-
çalho à direita.
d) Slide: cabeçalho à direita; Anotações e folhetos: roda-
pé no centro.
e) Slide: cabeçalho à esquerda; Anotações e folhetos:
cabeçalho à direita.

O slide não possui cabeçalho, e no rodapé temos


data e hora (esquerda), texto do rodapé (centro) e
O slide possui apenas Rodapé. Na área inferior do número do slide (direita)
slide, poderá ser apresentada a data e hora (no lado Em Anotações e Folhetos temos o cabeçalho com
esquerdo), um texto de Rodapé (na área central) e texto do cabeçalho (esquerda) e data e hora (direi-
o número do slide (no lado direito). Opcionalmente, ta), e ainda temos o rodapé com texto do rodapé
poderá não ser mostrado no primeiro slide da apresen- (esquerda) e número da página (direita). Resposta:
366 tação (que seria como uma folha de rosto, uma capa). Letra C.
NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE APRESENTAÇÕES

A preparação de uma apresentação de slides seque uma série de recomendações, quanto a quantidade de texto,
quantidade de slides, tempo da apresentação etc.
Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro. O questionamento é sobre como fazer, onde configurar,
como apresentar etc.
Para entrar em modo de apresentação de slides do começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o ícone
‘Do Começo’ na guia Apresentações de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides. E ainda clicar no ícone corres-
pondente na barra de status, ao lado do zoom.
A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de exibição Leitura em Tela Inteira, a barra de títulos não será
mostrada.
A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou clican-
do no ícone da guia Apresentação de Slides.
Durante a apresentação de slides, as setas de direção permitem mudar o slide em exibição. O Enter passa para
o próximo slide. O ESC sai da apresentação de slides.
Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão principal (esquerdo) do mouse exibirá um ‘laser pointer’ na
apresentação.
Pressionar a letra C ou vírgula deixará a tela em branco (clara). Pressionar E ou ponto final, deixa a tela preta
(escura).
A edição dos elementos textuais e parágrafos seguem os princípios do editor de textos Word. E os comandos
também são os mesmos. Por exemplo, o Salvar como PDF.
De acordo com o formato escolhido, alguns recursos poderão ser desabilitados.

FORMATO ANIMAÇÕES TRANSIÇÕES ÁUDIO VÍDEO HIPERLINKS


PPTX X X X X X
PPSX X X X X X
PDF - - - - X
MP4 X X X X X
JPG/PNG - - - - -
Tabela. Recursos disponíveis ( X ), recursos indisponíveis ( - )

Como pode ser visto na tabela, os botões de ação, animações e transições de slides não serão gravados no arqui-
vo PDF da apresentação. Para manter os recursos multimídia, deve salvar como vídeo.

Importante!
O formato PDF é portável, e poderá ser usado em qualquer plataforma. Praticamente todos os programas
disponíveis no mercado reconhecem o formato PDF.

Confira a seguir os ícones do aplicativo, que costumam ser questionados em provas.

Para entrar em modo de apresentação de slides do começo, devemos pressionar F5.

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou
clicando no ícone da guia Apresentação de Slides.

Apresentar on-line: Transmitir a apresentação de slides para visualizadores remotos que possam assis-
ti-la em um navegador da Web.

Apresentação de Slides Personalizada: Criar ou executar uma apresentação de slides personalizada.


Uma apresentação de slides personalizada exibirá somente os slides selecionados. Este recurso permite
que você tenha vários conjuntos de slides diferentes (por exemplo, uma sucessão de slides de 30 minu-
tos e outra de 60 minutos) na mesma apresentação.

Configurar Apresentação de Slides: Configurar opções avançadas para a apresentação de slides, como o
modo de quiosque (em que a apresentação reinicia após o último slide, e continua em loop até pressio-
nar ESC), apresentação sem narração, vários monitores, avançar slides etc.

Ocultar Slide: Ocultar o slide atual da apresentação. Ele não será mostrado durante a apresentação de
slides de tela inteira.
367
Testar Intervalos: Iniciar uma apresentação de slides em tela inteira na qual você possa testar sua
apresentação. A quantidade de tempo utilizada em cada slide é registrada e você pode salvar esses
intervalos para executar a apresentação automaticamente no futuro.

Gravar Apresentação de Slides: Gravar narrações de áudio, gestos do apontador laser ou intervalos de
slide e animação para reprodução durante a apresentação de slides.

Álbum de Fotografias: criar ou editar uma apresentação com base em uma série de imagens. Cada
imagem será colocada em um slide individual.

Ação: Adicionar uma ação ao objeto selecionado para especificar o que deve acontecer quando você
clicar nele ou passar o mouse sobre ele.

Inserir número do slide: o número do slide reflete sua posição na apresentação.

Inserir vídeo no slide: permite inserir um videoclipe no slide.

Inserir áudio no slide: permite inserir um clipe de áudio no slide.

Gravação de tela: gravar o que está sendo exibido na tela e inserir no slide.

Formas: linhas, retângulos, formas básicas, setas largas, formas de equação, fluxograma, estrelas e
faixas, textos explicativos e botões de ação.

Dica
O slide oculto existe na apresentação, aparece na edição, mas não é mostrado em modo de apresentação de
slides para o público.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Tem-se a seguinte apresentação criada no Microsoft PowerPoint 2010, em sua configuração origi-
nal, apresentados no modo de exibição Classificação de Slides.

Assinale a alternativa que indica o resultado correto ao se selecionar o slide 2 e pressionar a tecla DEL.

a)

b)

c)

d)

e)
368
O Microsoft PowerPoint é o editor de apresentações É possível associar um programa para ser aberto,
de slides do pacote Microsoft Office. uma macro (pequeno programa) para ser executado
O usuário poderá criar apresentações de slides edi- ou outra ação do objeto.
táveis (com extensão PPTX) ou executáveis (com É possível associar um som para ser tocado (ou
extensão PPSX). interromper o som que estiver em execução) ao clicar
A extensão PPTX exige que o usuário que pretende no objeto ou passar o mouse sobre o objeto.
abrir o arquivo tenha o Microsoft PowerPoint, ou
As ações estão disponíveis na guia “Inserir”, grupo
use a versão online do Microsoft 365.
A extensão PPSX permite executar a apresentação Links, ícone Ação.
sem ter o PowerPoint instalado em seu computador.
Ao selecionar um slide e pressionar DEL ou DELE-
TE, ele será excluído (eliminado) da apresentação.
A letra A apenas apagou os objetos do slide, sem
excluir o slide totalmente.
A letra B apenas mudou a cor do objeto do slide 2,
fazendo de conta que está desativado.
A letra D reposicionou o slide 2 no final da apresenta- E também poderemos inserir uma ação no ícone
ção, mudando a cor para simular uma desativação. “Formas”, tanto em Página Inicial, grupo Desenho,
A letra E não existe. A barra diagonal cortando um como em Inserir, Ilustrações. Apenas os ícones serão
slide é típico de slide oculto, mas não sobre o slide, apresentados. Veja a descrição de cada um a seguir.
apenas no número dele. Resposta: Letra C.

INSERÇÃO DE OBJETOS

Os objetos poderão ser inseridos no PowerPoint


de diferentes maneiras. A mais simples e óbvia é por
meio da guia “Inserir.” Mas podemos adicionar tam- Voltar ou Anterior; Avançar ou Próximo; Início;
bém no slide, na guia “Revisão (Comentários)” e até Final; Página Inicial; Informações; Retornar; Filme;
converter o que já existe na apresentação.
Documento; Som; Ajuda; Personalizar.
Dica
Inserir número do slide
Objetos comuns, presentes em todos os progra-
mas do Microsoft Office, as Ilustrações (Ima- Disponível na guia “Inserir”, grupo Texto, permite
gem, SmartArt, Caixa de Texto) são itens pouco Inserir o número do slide. O número do slide reflete
questionados em provas. Quando aparecem em sua posição na apresentação.
uma questão de PowerPoint, basta lembrar do
ícone no Word, pois são iguais.

Álbum de fotografias

Novo Álbum de Fotografias – criar ou editar uma


apresentação com base em uma série de imagens. Inserir vídeo no slide
Cada imagem será colocada em um slide individual.
Será possível selecionar fotografias de pastas, dis- Disponível na guia “Inserir”, grupo Mídia, permite
cos, inserir caixa de texto, mudar todas as fotografias inserir um videoclipe no slide. Poderá ser um vídeo do
para preto e branco, acrescentar legendas abaixo das arquivo (armazenado no computador), vídeo do site
fotografias, ajustar ao slide, ajustar a imagem (bri- ou vídeo de Clipart.
lho, contraste, rotação) e associar um tema para a
apresentação.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Inserir áudio no slide

Disponível na guia “Inserir”, grupo Mídia, per-


mite inserir um clipe de áudio no slide. Poderá ser
um áudio do arquivo (armazenado no computador),
Ação áudio de Clipart ou Gravar áudio.

Adicionar uma ação ao objeto selecionado para Inserir Formas


especificar o que deve acontecer quando você clicar
nele ou passar o mouse sobre ele. Disponível em “Página Inicial”, grupo Desenho,
É possível associar um hiperlink para o próximo assim como em Inserir, Ilustrações, em Formas pode-
slide, slide anterior, primeiro slide, último slide, último remos inserir Linhas, Retângulos, Formas Básicas,
slide exibido e finalizar a apresentação, tanto ao clicar Setas largas, Formas de Equação, Fluxograma, Estre-
como ao passar o mouse sobre o objeto. las e faixas, Textos explicativos e Botões de Ação. 369
z Girar: permite alterar a posição do objeto, rotacio-
nando em torno de seu próprio eixo;
z Painel de Seleção: mostrar o Painel de Seleção
para ajudar a selecionar objetos individuais e para
E todas as formas/objetos do slide, poderão ser orga-
alterar a ordem e a visibilidade desses objetos.
nizados, aplicados estilos rápidos, definir a cor de preen-
chimento, contorno da forma e efeitos da forma (sombra,
Dica
reflexo, brilho, bordas suaves, bisel, rotação 3d).
Os gráficos são representações visuais de dados
numéricos. Todos os programas do Microsoft
Office permitem a inserção de gráficos. É pos-
sível vincular uma planilha de cálculos do Excel
para exibição em uma apresentação de slides.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) Um usuário, por meio do MS-Po-
werPoint 2010, em sua configuração padrão, gera
duas versões de um gráfico para o mesmo conjunto
de dados, conforme as imagens a seguir.

Organizar

Veremos a seguir algumas funções referentes à


organização do Microsoft PowerPoint:

z Trazer para a Frente: Trazer o objeto seleciona-


do para frente de todos os outros objetos, a fim de
que nenhuma parte dele seja ocultada por outro
objeto;
z Enviar para Trás: Enviar o objeto selecionado
para trás de todos os outros objetos;
z Avançar: Trazer o objeto selecionado para a frente
para que menos objetos fiquem à frente dele;
z Recuar: Enviar o objeto selecionado para trás para
que ele fique oculto atrás dos objetos à frente dele;
z Agrupar: Unir dois ou mais objetos selecionados
para que sejam tratados como um único objeto;
z Desagrupar: Separar um conjunto de objetos
agrupados para que se tornem novamente objetos
individuais;
z Reagrupar: se executarmos o Desagrupar, o
item Reagrupar se torna disponível, voltando o
Agrupamento;
z Alinhar: posiciona o objeto em relação às margens
370 ou à grade do slide
Pelas imagens, é possível afirmar que as versões 1 e 2 A letra A permite inserir uma imagem de arqui-
são, respectivamente, de gráficos dos tipos vo, e está na guia Inserir, grupo Ilustrações, ícone
Imagem.
a) Barra e Linha.
A letra C permite inserir a data e hora atual do com-
b) Linha e Coluna.
putador, e está na guia Inserir, grupo Texto, ícone
c) Coluna e Barra.
Data e Hora.
d) Linha e Barra.
A letra D permite adicionar uma forma geométri-
e) Coluna e Linha.
ca regular, e está na guia Inserir, grupo Ilustrações,
São gráficos de colunas (vertical) e barras ícone Formas.
(horizontal). A letra E permite inserir um texto artístico no slide
O gráfico de colunas apresenta os dados em barras da apresentação, e está na guia Inserir, grupo Texto,
verticais como as colunas de uma casa, e o gráfico ícone WordArt. Resposta: Letra B.
de barras apresenta os dados em barras horizontais
como as barras fixas na academia. Resposta: Letra C. BOTÕES DE AÇÃO

NUMERAÇÃO DE PÁGINAS

Pertencente à guia “Inserir”, grupo Texto, o Inserir


Número do Slide serve para Inserir o número do slide.
O número do slide reflete sua posição na apresentação. Veremos a seguir as funções dos botões de ação
Será aberta a caixa de diálogo “Cabeçalho e Roda- (imagem acima). São elas: Voltar ou Anterior; Avan-
pé”, para que o usuário possa habilitar a sua exibição, çar ou Próximo; Início; Final; Página Inicial; Infor-
remover do slide de título, aplicar ao slide atual ou
mações; Retornar; Filme; Documento; Som; Ajuda;
aplicar a todos os slides.
Personalizar.

z Voltar ou Anterior: voltará para o slide anterior.


Se estamos no slide 5, volta para o slide 4.
z Avançar ou Próximo: avançará para o slide seguin-
te. Se estamos no slide 5, avança para o slide 6.
z Início: volta para o primeiro slide da apresenta-
ção, sempre.
Se estivermos no modo de exibição será aberta z Final: vai para o último slide da apresentação,
a caixa de diálogo para “Inserir número da página” sempre.
nas Anotações ou Folhetos. Esta opção é válida para a z Página Inicial: o mesmo que o botão de ação Iní-
impressão das miniaturas na página.
cio, mas com o ícone de Home (página inicial)
z Informações: o mesmo que o ícone Ação, mas com
o ícone de Informações.
EXERCÍCIO COMENTADO z Retornar: retorna para o último slide exibido. Em
uma apresentação de slides não sequencial, passa-
1. (VUNESP – 2015) No MS­PowerPoint 2010, na sua mos pelos slides 1, 2, 5, 7, 4 e 3. Estamos no slide 5.
configuração padrão, na guia Inserir, o ícone que per- Ao clicar em Retornar, voltará para o slide 2, por-
mite inserir “Número do Slide” é: que este foi o último a ser mostrado.
z Filme: permite adicionar uma mídia do tipo vídeo.
Poderá ser um vídeo do arquivo (armazenado no
a)
computador), vídeo do site ou vídeo de Clipart.
z Documento: permite adicionar uma ação ‘Exe-
b) CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
cutar programa’. Será mostrado um ícone de
documento.
c)
z Som: permite adicionar uma mídia do tipo som.
Poderá ser um áudio do arquivo (armazenado no
d) computador), áudio de Clipart ou Gravar áudio.
z Ajuda: o mesmo que o ícone Ação, mas com o íco-
ne de Ajuda.
e)
z Personalizar: o mesmo que o ícone Ação, mas sem
nenhum ícone.
Os ícones do Microsoft Office (Word, Excel, Power-
Point) seguem uma padronização visual. Conhecen- Dica
do esta padronização, a resolução de questões como
Os botões de Ação são elementos visuais inse-
esta, torna-se fácil. Nos ícones, o sinal # significa
número. ridos no slide, que ao serem clicados, executam
A questão solicita o ícone que permite a inserção do uma ação programada. Permite a personaliza-
número do slide. Este número será posicionado no ção da navegação entre slides, para além da
rodapé do slide, porque ele não possui cabeçalho. sequência original da apresentação. 371
z O Painel de Animação permite visualizar e orga-
EXERCÍCIO COMENTADO nizar as animações no slide, possibilitando definir
animações personalizadas;
1. (VUNESP – 2019) Um usuário do programa MS-Po- z Em Disparar podemos “Definir” uma condição
werPoint 2010, em sua configuração padrão, deseja inicial especial para uma animação. Você pode
adicionar um Botão de Ação a um slide de sua apre- definir uma animação para iniciar depois de você
sentação. Para tanto, ele deverá selecionar a guia clicar em uma forma ou quando a reprodução da
Inserir e escolher uma opção entre aquelas disponibili- mídia alcançar um indicador;
zadas depois de acionar o ícone z No Word temos o Pincel de Formatação (assim
como no PowerPoint, guia “Página Inicial”) com
a) WordArt. o objetivo de copiar a formatação de um local e
b) SmartArt. aplicar em outro. No PowerPoint temos o Pincel de
c) Imagem. Animação (Alt+Shift+c), que pode Copiar a anima-
d) Gráfico. ção de um objeto e aplicá-la a outro objeto.
e) Formas.
Todos os itens comentados neste tópico estão no
Os botões de ação permitem que o usuário insira
Painel de Animação (que apresenta a Linha do tempo
no slide um elemento clicável que executará um
avançada).
comando, seja ao clicar com o botão do mouse ou
passando sobre o elemento. Resposta: Letra E.

ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES

As animações são aplicadas aos objetos do slide.


Possuem uma guia própria, mas no Painel de Anima-
ção é que encontramos as opções de como eles estão
configurados:

z No PowerPoint temos o Pincel de Animação


(Alt+Shift+c), que pode Copiar a animação de um
objeto e aplicá-la a outro objeto;
z Ícone do mouse no Painel de Animação: a anima-
ção será executada ao clicar;
z Ícone de relógio no Painel de Animação: a anima-
ção será executada após a anterior;
z Ausência de ícones no Painel de Animação: a ani-
mação será executada com a anterior;
z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone
Iniciar. Nele definimos o Intervalo de Tempo da
Animação, que pode escolher quando uma ani-
mação iniciará a execução. As animações podem
começar após um clique do mouse, ao mesmo tem-
po em que a animação anterior ou após a conclu-
são da animação anterior;
z Em Animações, grupo Visualização, ícone “Visuali- z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone
zar”, podemos Visualizar as animações neste slide, Iniciar. Nele definimos o Intervalo de Tempo da
ou desativar a AutoVisualização das animações; Animação, que pode escolher quando uma ani-
z Em Animações, grupo Animação, encontramos as mação iniciará a execução. As animações podem
opções de efeitos de entrada, saída e ênfase, além começar após um clique do mouse, ao mesmo tem-
das trajetórias de animação. As opções de Efeito po em que a animação anterior ou após a conclu-
permitem escolher a direção que o efeito usará; são da animação anterior;
z Em Animações, grupo Animação Avançada, encon- z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone
tramos “Adicionar Animação”, esta função permi- Duração da Animação. Especificar a duração de
te que possamos Escolher um efeito de animação uma animação;
para adicionar aos objetos selecionados. A nova z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone
animação será aplicada após qualquer animação Atraso da Animação. Executar a animação após
372 já existente no slide; um determinado número de segundos;
z E, finalmente, em Reordenar animação, podemos “Mover Antes” – mover a animação atual para executá-la
mais cedo ou “Mover Depois” – mover a animação atual para executá-la mais tarde;
z Em “Opções do efeito”, o usuário pode associar um som para a animação, configurar para que um áudio seja
executado durante toda a apresentação, entre outros.

Se existe uma animação, ela aparecerá no Painel de Animação. O número na frente é para indicar a ordem da
animação. No exemplo acima, temos 7 objetos com animação de entrada, em 4 momentos de animação “ao clicar”.
Observamos que a animação antes e depois da animação 4 possuem um “relógio”, e isso quer dizer que elas
acontecem “após o anterior”. A quinta animação na lista está alinhada com o término da quarta animação. Este é
o padrão. Já a última animação na lista está “distante” do término da penúltima animação. Isto significa que ela
tem “atraso”.
A animação após a terceira não possui ícone. Isto significa que ela acontecerá “com a anterior”, simultanea-
mente à animação 3. O traço vertical nas duas últimas animações serve para mostrar que elas estão associadas
entre si.
Um traço vertical durante o comando “Visualizar” mostra em qual momento está a sequência das animações.

TRANSIÇÕES ENTRE SLIDES

De forma semelhante ao item Animações, as Transições também possuem uma guia específica. As transições
são efeitos de animação aplicados na mudança dos slides, quando avançamos a apresentação.
A principal diferença para a guia Animações é a possibilidade de criar apresentações com passagem automá-
tica de slides, após um determinado tempo. Para fazer isto, basta atribuir um valor em Após, no item “Avançar
Slide”, grupo “Intervalo”, da guia Transições.

A seguir, uma imagem com todas as opções de Transição para este slide, disponível no PowerPoint 2010.

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

z Transições do grupo Sutil: Recortar, Esmaecer, Empurrão, Revelar, Dividir, Revelar, Barras Aleatórias, For-
ma, Descobrir, Cobrir, Piscar;
z Transições do grupo Empolgante: Dissolver, Xadrez, Persianas, Relógio, Ondulação, Colmeia, Brilho, Vortex,
Rasgar, Alternar, Inverter, Galeria, Cubo, Portas, Caixa, Zoom;
z Transições do grupo Conteúdo Dinâmico: Panorâmica, Roda Gigante, Transportadora, Girar, Janela, órbita,
Voar Através.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) Na figura a seguir, é apresentado parcialmente um slide do MS-PowerPoint 2010, em sua configu-
ração original, com o respectivo painel de animação e seus objetos animados. 373
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
FUNDAMENTOS, CONCEITOS E MECANISMOS
DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO DE ESTAÇÕES DE
TRABALHO

Uma pergunta curta, mas que tem muitas informa-


ções relacionadas para elaboração de uma resposta
completa. As informações para responder esta per-
gunta você encontrará nos tópicos deste material.
As redes de computadores se tornaram cada vez
mais interligadas e complexas. Elas integram atual-
mente muitos dispositivos, que talvez você não conhe-
ça, mas que estão ali promovendo a troca de dados
entre o seu equipamento e o servidor remoto que está
acessando. E claro, os criminosos virtuais podem aces-
sar redes de qualquer lugar do mundo.
Os profissionais de Segurança da Informação
procuram proteger os dados armazenados e trafega-
dos entre os dispositivos por meio de equipamentos,
programas e técnicas direcionadas. Treinamento dos
usuários também é importante, considerando que ele
é o elo mais fraco e vulnerável no que se refere à Segu-
rança da Informação.

O objeto trator, identificado na figura, aparecerá no sli-


de logo após o

a) slide entrar em modo de apresentação. Figura 1. A conexão entre o usuário cliente e o servidor é realizada
b) quarto clique no mouse. por diferentes equipamentos, que são transparentes para o usuário
c) terceiro clique no mouse. final.
d) segundo clique no mouse.
e) primeiro clique no mouse. Entre o servidor remoto e o usuário final, as infor-
mações solicitadas passarão por vários dispositivos de
conexão (roteadores, repetidores de sinal, switches,
O objeto será exibido após o terceiro clique do
bridges, gateways) antes de serem apresentadas no
mouse.
dispositivo do usuário.
Picture 3 é o primeiro objeto que aparecerá na exibi- É importante saber que o paradigma cliente-ser-
ção do slide, após o primeiro clique do mouse. vidor. Nós somos clientes e acessamos informações
Picture 2 é o segundo objeto, após o segundo clique em servidores remotos. As redes de computadores,
do mouse. em concursos públicos, são abordadas seguindo este
Picture 9 aparecerá após um tempo, seguido após o paradigma. Usamos cliente web (browser ou navega-
objeto Picture 2. dor) para acessar um servidor web. Usamos cliente de
Picture 6 é o terceiro objeto, que aparece após o ter- e-mail para acessar um servidor de e-mail. Usamos
ceiro clique do mouse. um cliente FTP para acessar um servidor FTP.
Picture 7 (Trator) será exibido junto com Picture 6.
Por não possuir ícone no Painel, será ‘com anterior’.
Picture 8 é o último objeto, após o quarto clique do
mouse. Resposta: Letra C.

Figura 2. O tráfego de dados em uma conexão é um ativo


interessante para invasores, vírus de computadores e softwares
maliciosos.

Invasores tentarão acessar a conexão e capturar


os dados trafegados, vírus de computador procuram
infectar os arquivos e causar danos aos sistemas,
softwares maliciosos podem infectar dispositivos e
374 sequestrar arquivos.
Antes de estudarmos elas, vamos conhecer alguns dos
conceitos básicos das redes de computadores, de acordo
com as suas características de uso e nível de segurança.

REDE CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Local Area Network é uma denomi-


nação relacionada ao alcance de
LAN
uma rede, restrita a um prédio ou pe-
quena região.
Figura 3. Um protocolo seguro protege o tráfego de dados em uma
conexão insegura, criptografando as informações que são enviadas É uma rede local (pelo seu alcance é
e recebidas. uma LAN), interna de uma organização,
Intranet
segura, com acesso restrito aos usuá-
O usuário deverá utilizar um protocolo seguro rios cadastrados no servidor da rede.
para acessar os dados, manter o seu dispositivo atua-
lizado e protegido, utilizar uma senha forte de acordo É o acesso remoto seguro, por meio
com as políticas de segurança e práticas recomenda- Extranet de um ambiente inseguro, à intranet
das, entre outras ações. da organização.
O usuário deve utilizar conexões seguras (como as
Rede mundial de computadores, de
VPN’s – Virtual Private Network) para acesso aos Ser-
acesso público e considerada inse-
viços remotos (Computação na Nuvem); proteger-se Internet
gura. A Internet é comumente repre-
das ameaças e ataques à Segurança da Informação
sentada por uma nuvem.
utilizando medidas de proteção em seu dispositivo
(como antivírus, firewall e anti-spyware).
Iniciaremos os estudos de Segurança da Informa-
ção com o tópico VPN. Elas são muito importantes
para a comunicação segura, e tornaram-se desta-
que nos últimos anos, por causa do trabalho remoto
(home office). Empresas e usuários que não utilizavam
uma conexão remota segura precisaram se adaptar
aos novos tempos. Em concursos, a tendência é que Figura 4. A Extranet é uma conexão segura através de um ambiente
aumente a frequência de questões, pois se tornou um inseguro (Internet) para redes internas protegidas (Intranet).
tema popular devido à pandemia.
A seguir, conheceremos como é a Computação na Dica
Nuvem. Suas características, os tipos de nuvem, os
Toda Intranet é uma LAN, mas nem toda LAN é
serviços oferecidos e as vantagens e desvantagens.
Vale ressaltar que esse tópico já foi importante para
uma Intranet.
alguns concursos, em provas de diversos cargos.
Por que usar uma VPN? Porque é importante e
Vírus de computador e softwares maliciosos.
necessário.
Quem nunca foi vítima, não é mesmo? O terceiro tópi-
A Internet é a rede mundial de computadores, que
co de Segurança da Informação abordará os ataques
conecta diversos dispositivos entre si, utilizando uma
e ameaças, com destaque para os principais e mais estrutura pública e insegura, oferecida pelos governos
comuns em provas de concursos. Assim como Compu- e operadoras de telefonia. O acesso à Internet é ofereci-
tação na nuvem, o tópico “noções de vírus, worms e do para todos, e usuários mal intencionados poderiam
pragas virtuais” também é muito questionado em con- interceptar a comunicação de outros usuários, monito-
cursos públicos. rando o tráfego de dados e roubando informações.
Finalizando o conteúdo de Segurança da Informa- Com uma VPN estabelecida entre os dispositivos, o ris-
ção, estudaremos os mecanismos de proteção e defesa co na transmissão é muito pequeno. Lembrando que nada
contra os ataques e ameaças. Existem equipamentos será 100% seguro em Informática, independentemente
de proteção, mas em concursos públicos são questio- da quantidade de sistemas e proteções implementadas.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
nados os “aplicativos para segurança (antivírus, fire-
wall, anti-spyware etc)”.

Dica
Apesar de existirem soluções integradas e avan-
çadas para os problemas de Segurança da Infor-
mação, que até usamos em nossos dispositivos,
nos concursos públicos são questionadas as
definições oficiais e as configurações padrão
dos programas. Figura 5. Usuários mal intencionados procuram ‘escutar’ uma
conexão insegura em busca de dados que possam comprometer a
NOÇÕES DE REDES PRIVADAS VIRTUAIS (VPN) privacidade do usuário ou empresa.

As redes privadas virtuais, popularmente identi- As empresas utilizam softwares de terceiros para
ficadas pela sigla VPN (do inglês Virtual Private Net- estabelecer a conexão segura entre os dispositivos de
work), são criadas pelas empresas e usuários para seus colaboradores. Existem vários softwares que pos-
estabelecer uma conexão segura entre dois pontos. sibilitam a conexão segura, como: a Área de Trabalho 375
Remota (Windows) e soluções de empresas de segurança digital (Forticlient VPN, Citrix Metaframe, TeamViewer,
LogMeIn etc).
Para estabelecer uma conexão segura, protocolos seguros serão usados, criando um túnel seguro entre o emissor e o
receptor, por meio de um ambiente vulnerável.
Os protocolos são padrões de comunicação e os protocolos seguros procuram encapsular os dados transmi-
tidos para que, em caso de monitoramento, a leitura do conteúdo se torne impossível, uma vez que os dados se
tornam criptografados.

Figura 6. Usuários mal intencionados não conseguem monitorar o conteúdo de uma conexão que esteja protegida com um protocolo seguro.

TIPO DE VPN CARACTERÍSTICA


Um usuário pode conectar-se a uma rede, para acessar seus serviços e recursos remotamente. A conexão é segura e
VPN de acesso remoto
ocorrerá por meio de uma rede pública, como a Internet.
(VPN client to site)
Será uma conexão (cliente) para um servidor remoto que aceita várias conexões.
Dois roteadores estabelecem uma conexão segura para a troca de dados, um operando como cliente VPN
e o outro operando como servidor VPN. É o modelo mais usado no âmbito empresarial, para conectar com
VPN site a site segurança a rede interna de uma filial com a rede interna de uma matriz.
Serão várias conexões (filial) acessando um servidor remoto que aceita várias conexões (matriz).
Também conhecida como VPN LAN to LAN.

Protocolos

Quando uma navegação na Internet é realizada, os protocolos transferem os dados de um servidor para o cliente,
de acordo com o paradigma Cliente-Servidor. O servidor oferece os dados e provê a conexão e, então, o cliente acessa
as informações e solicita serviços.
Em uma conexão, para evitar que os dados sejam acessados por pessoas não autorizadas, protocolos de segu-
rança e proteção poderão ser implementados utilizando-se de chaves e certificados digitais para garantia da
transferência segura dos dados.
Muitas siglas de protocolos estão relacionadas com este tópico. Confira algumas delas.

PROTOCOLO SIGNIFICADO CARACTERÍSTICAS SEGURO?


GRE Generic Routing Encapsulation Desenvolvido pela CISCO, prioriza a velocidade Não

SSL Secure Sockets Layer Camada adicional de segurança para a conexão Sim

TLS Transport Layer Security Camada de transporte seguro para a conexão Sim

Orientar o servidor para criação de uma conexão


SSH Secure Shell Sim
segura com o cliente

Extensão do protocolo IP para suprir a falta de


IPsec IP Security Protocol segurança de informações que trafegam em uma Sim
rede pública

Protocolo para facilitar a comunicação bidirecio-


Telnet nal, baseada em texto interativo (comandos), usan- Não
do uma conexão de terminal virtual.

Atualização dos protocolos L2F (Protocolo de En-


L2TP Layer 2 Tunnelling Protocol caminhamento da Camada 2) e PPTP (Protocolo Não
de Tunelamento Ponto-a-Ponto).

O PPTP adiciona um canal seguro ao TCP e utiliza


PPTP Point-to-Point Tunneling Protocol um túnel GRE. Algumas questões o apresentam Sim
com a sigla PPP.

Criar conexões ponto a ponto (point to point) e site


OpenVPN VPN de Código aberto a site (site to site), usando um protocolo personali- Sim
zado baseado no TLS e SSL.
376
Atenção! Protocolos seguros costumam mostrar a letra S na sua sigla, como em HTTPS.
Um protocolo seguro procura estabelecer uma conexão segura entre os dispositivos, possibilitando a troca de
informações. Antes do envio de dados, a conexão segura será negociada entre os dispositivos e aprovada após a
confirmação do certificado digital.

Figura 7. A criptografia é usada para garantir a autenticidade e a integridade das conexões.

A conexão remota poderá ser uma simples conexão direta entre os dispositivos (ponto a ponto, túnel de cone-
xão, sem criptografia dos dados trafegados) ou uma conexão entre os dispositivos com segurança (utilizando
protocolos seguros para criptografar o conteúdo trafegado no túnel de conexão).

Programas

Conhecendo as definições de uma VPN e os protocolos que podem ser utilizados, vem uma dúvida: quais são
os programas que usamos para transformar o nosso dispositivo em um cliente VPN? Depende.
Cada dispositivo tem um sistema operacional, e de acordo com a origem (cliente) e o destino (servidor), existem
programas mais adequados para cada cenário.

ORIGEM (CLIENTE) DESTINO (SERVIDOR) EXEMPLO DE PROGRAMA PARA VPN

Windows Windows Área de Trabalho Remota

Windows Linux PuTTy

Linux Windows OpenVPN

Linux Linux Network-Manager.

A utilização de um software de VPN, a fim de acessar a rede interna de uma organização (no modelo VPN client
to site), implementa segurança aos dados trafegados na forma de criptografia, para garantir a autenticidade e a
integridade das conexões.

Onde a VPN será ‘iniciada’?

Nas redes de computadores, o firewall é um item especialmente importante em relação à segurança da informa-
ção. Ele é um filtro de portas TCP, que permite ou bloqueia o tráfego de dados. Logo, se uma conexão deseja enviar
e receber dados, precisa ter a porta correspondente liberada, em ambos os lados, tanto no cliente como no servidor.
Se existe um firewall na rede, a VPN poderá ser instalada (e configurada) no firewall (mais comum), em frente
ao firewall (para autenticar o que está chegando), atrás do firewall (para autenticar o que chegou), paralelamente
ao firewall (para acompanhar o envio e recebimento dos pacotes) ou na interface dedicada do firewall (na conexão
VPN site to site, para atender a vários dispositivos da rede).
No Windows 10, a definição da VPN poderá ser realizada por meio da Central de Ações (atalho de teclado Windows +
A) ou em Configurações, Rede e Internet, VPN.

Importante!
O acesso Home Office é um tipo de conexão externa que deverá utilizar uma VPN para proteger os dados CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
trafegados, com o uso de criptografia, implementada por protocolos seguros.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESGRANRIO – 2018) Política de segurança da informação é a documentação que espelha as decisões da empresa
com respeito à manipulação e à proteção da informação.
O conjunto de políticas deve ser definido, aprovado pela direção, publicado e comunicado para

a) todos os funcionários e partes externas relevantes.


b) apenas os diretores da empresa.
c) apenas os diretores e gerentes da empresa.
d) apenas os diretores, gerentes e supervisores da empresa.
e) apenas os diretores, gerentes, supervisores e líderes de equipe da empresa.

A política de segurança da informação (PSI) deverá ser publicada para que todos tenham conhecimento das
regras e procedimentos, visando à continuidade do negócio e prevenção de desastres. Resposta: Letra A. 377
NOÇÕES DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM Tecnologias de Serviços na Nuvem

Computação em nuvem (em inglês, cloud compu- Existem várias opções que poderão ser contrata-
ting) refere-se ao processamento de dados remotos. O das como serviços, sendo as principais em concursos
usuário envia informações inseridas em seu dispositi- públicos: IaaS, PaaS e SaaS.
vo local, os programas na nuvem executam as opera-
ções solicitadas e devolvem para o periférico de saída z Infrastructure as a Service (IaaS) fornece recursos
do dispositivo local do usuário os resultados obtidos. de computação virtualizados pela Internet. O pro-
A expressão “nuvem” é usada para designar a Internet, vedor hospeda o hardware, o software, os servido-
mas na prática poderá estar referenciando um processa- res e os componentes de armazenamento;
mento remoto dentro da rede interna da empresa. Exis- z Platform as a Service (PaaS) proporciona acesso
tem nuvens privadas, públicas, híbridas e comunitárias. às ferramentas e aos serviços de desenvolvimento
A computação em nuvem é a evolução do princípio usados para entregar os aplicativos;
da computação em grade. Na computação em grade, z Software as a Service (SaaS) permite aos usuários
grande quantidade de clusters computacionais (servi- ter acesso a bancos de dados e software de aplica-
dores conectados entre si dentro de uma infraestrutu- tivo. Os provedores de nuvem gerenciam a infraes-
ra compartilhada), aliado a disseminação da conexão trutura. Os usuários armazenam dados nos servi-
de banda larga, facilitaram a adoção da Computação dores do provedor de nuvem.
nas Nuvens por diferentes empresas.
Dica
Novas definições são criadas por empresas,
com propósitos de marketing. Em concursos
públicos, as definições mais questionadas são
SaaS, PaaS e IaaS.

Um sistema de computação legado, ou dedicado, é


aquele que a empresa é responsável por todos os itens
do projeto, desde o fornecimento de energia para a
operação dos servidores adquiridos por ela, até a dis-
ponibilização das aplicações que licenças foram com-
pradas para utilização.
Na computação em nuvem, é possível contratar de
Figura 8. Os diferentes dispositivos acessarão os recursos uma operadora de nuvem, datacenters, rede de dados,
disponibilizados na nuvem (Internet) armazenamento, servidores e sistemas de virtualiza-
ção. Esta é uma Infraestrutura como um Serviço (IaaS).
Computação na Nuvem pode ser vista como a evo- Desenvolvedores podem contratar de uma opera-
lução e convergência das tecnologias de virtualização dora de nuvem, datacenters, rede de dados, armazena-
e das arquiteturas (como os clusters computacionais) mento, servidores, sistemas de virtualização, sistema
orientadas a serviços. operacional, banco de dados e segurança digital. Esta
Atualmente a Computação nas Nuvens é o ponto é uma Plataforma como um Serviço (PaaS).
de partida para o desenvolvimento de soluções com- Usuários podem contratar de uma operadora de
putacionais que necessitem de rapidez, flexibilidade nuvem tudo, desde os datacenters até as aplicações.
e acesso facilitado, oferecendo instantaneamente, a Este é um Software como um Serviço.
nível global, uma solução para problemas do dia a dia.
Quem nunca pediu uma refeição por um aplicati-
vo, ou um meio de transporte? O sistema de proces-
samento dos pedidos, distribuição das demandas,
localização dos prestadores de serviços e controle
fiscal das vendas... Tudo foi realizado na nuvem, em
servidores que estão distribuídos ao redor do mundo,
conectados em tempo real para o atendimento das
demandas.
A computação na nuvem oferecerá tudo como um
serviço. Armazenamento de dados, plataforma para
execução de aplicações, infraestrutura para o desen-
volvimento de sistemas, espaço para testes de aplicati-
vos etc. Webware, ou software baseado na Internet, é a
denominação para estes programas que operam como
serviços na rede. Figura 9. Na computação local, tudo precisa ser adquirido e mantido
Tudo que é oferecido pela nuvem é um Serviço, pelo usuário. Na computação na nuvem, o usuário precisará apenas
escalável e personalizável. de um acesso à rede.
Armazenamento em nuvem é uma opção de arma-
zenamento remoto que usa o espaço em um provedor Como é possível observar, a computação nas
de data center e é acessível de qualquer computador nuvens é uma forma de disponibilização de recursos
com acesso à Internet. Google Drive, Microsoft OneDri- equivalente à computação local, mas remotamente.
ve, Apple iCloud e Dropbox são exemplos de serviços Na tabela a seguir, vamos comparar estes dois forma-
378 de armazenamento em nuvem. tos e suas responsabilidades.
COMPUTAÇÃO LOCAL COMPUTAÇÃO NAS NUVENS
Entrada de Dados Teclado, mouse, scanner, monitor touch screen. Enviado para um serviço na rede.
Processamento de Dados Processador do computador. Computadores remotos, distribuídos na rede.
Monitor, impressora, placa de modem, placa de Disponibilizado um link para download, visualização
Saída de Dados
rede, USB, HD etc. ou compartilhamento.
Programas (softwares) Instalados no computador. Disponíveis na Internet.
Serviços (backup) Responsabilidade do usuário. Responsabilidade da empresa.
Serviços
Responsabilidade do sistema operacional local. Responsabilidade da empresa.
(desfragmentador)
Antivírus Responsabilidade do usuário. Responsabilidade da empresa.
Firewall Responsabilidade do usuário. Responsabilidade da empresa.
Permissões de acesso Responsabilidade do usuário. Oferecido pela empresa, definido pelo usuário.
Gerenciamento da
Responsabilidade do usuário. Responsabilidade da empresa.
estrutura

Benefícios dos Serviços na Nuvem

Ao contratar Infraestrutura como um Serviço (IaaS), o usuário obtém economia de custo (não há necessidade
de comprar e manter hardwares), tempo de colocação no mercado (poderá iniciar suas operações imediatamente,
sem esperar pela instalação de um datacenter na empresa), disponibilidade em tempo integral e escalabilidade
sob demanda (expansão ou contração da empresa de acordo com o dia a dia da operação).
Plataforma como um Serviço (PaaS) gera para o usuário uma economia de gastos (novamente, relacionada ao
hardware que não precisa ser adquirido), desenvolvimento simplificado de aplicativos (ambientes de desenvol-
vimento para diferentes plataformas), colaboração (on-line com outros desenvolvedores) e ambiente integrado
(para teste, implementação e gerenciamento).
Software como um Serviço (SaaS) oferecerá economia de gastos (menor custo das licenças de softwares), com-
partilhamento de arquivos (de forma fácil e rápida), portabilidade (na troca de dispositivos pessoais, o acesso ao
serviço não será impactado com novas instalações e configurações) e independência do sistema operacional (a
troca de dados será realizada pelo protocolo TCP, que tem suporte em todos os sistemas operacionais).

Figura 10. Os provedores, desenvolvedores e usuários finais, fornecem, suportam ou consomem recursos da nuvem.

Os softwares são desenvolvidos na Plataforma (PaaS), utilizando os recursos da estrutura na Infraestrutura CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
(IaaS), para serem utilizados pelos usuários finais como um serviço (SaaS).
Na tabela a seguir vamos associar os itens da computação local com os itens da computação na nuvem, para
entender que na Nuvem temos uma adaptação do nosso computador de casa.

COMPUTAÇÃO LOCAL COMPUTAÇÃO NA NUVEM


SOFTWARE Microsoft Office (instalado) Microsoft Office (on-line)
PLATAFORMA Microsoft Windows 10 Microsoft Windows Azure
INFRAESTRUTURA Hardware e energia elétrica do usuário Hardware e energia elétrica da empresa provedora

Vantagens da Computação em Nuvem

O usuário não precisará se preocupar com atualizações de softwares e hardware, que serão realizadas pela
empresa contratada. Elas serão automáticas e disponibilizadas em tempo real para todos.
O compartilhamento de informações será facilitado, bastando que outros usuários tenham acesso à Internet
para que possam acessar os dados compartilhados.
Os serviços serão disponibilizados 24 horas, 7 dias por semana, com sistemas de redundância e recuperação de falhas
sob responsabilidade da empresa contratada. 379
Diminui a necessidade de manutenção da infraes- Resource Pooling, ou pool de recursos, significa
trutura física da rede local, bastando para o usuário que os serviços são armazenados em servidores dis-
o fornecimento de energia elétrica e conexão de rede tribuídos globalmente e seus recursos virtuais são
para acesso aos serviços remotos. dinamicamente atribuídos ou retribuídos pelo clien-
Por ter menos equipamentos na infraestrutura te conforme sua demanda. É o modelo multi-inquili-
local, o consumo de energia elétrica, refrigeração e no (multi-tenancy), que possibilita a adesão de novos
espaço físico serão reduzidos. Indiretamente contribui clientes sem detrimento da oferta para os clientes
para preservação e uso racional dos recursos naturais. atuais. Um usuário em São Paulo poderá contratar
Flexibilidade no uso e na contratação de serviços. e acessar um serviço ofertado por uma empresa em
O usuário poderá contratar um pacote básico de servi- Belo Horizonte, que mantém os servidores em uma
ços e, de acordo com a sua necessidade, pode ampliar cidade na Índia.
parâmetros do contrato alterando de forma dinâmica Rapid Elasticy, ou elasticidade rápida, significa que
os limites de utilização. a alocação de mais ou menos recursos da nuvem ocor-
Elasticidade rápida, onde os recursos são provi- rerá com agilidade, provisionando e liberando elas-
sionados dinamicamente, atendendo as necessida- ticamente as demandas solicitadas pelo usuário. Ao
des pontuais da operação do cliente (uma loja virtual contratar um armazenamento de dados na nuvem, o
pode aumentar a quantidade de acessos simultâneos espaço disponível para uso será imediatamente ajus-
ao site apenas na Black Friday, por exemplo). Esta é a tado após a confirmação do pagamento.
sua característica mais marcante. Measured Service, ou serviços mensuráveis, sig-
nifica que todos os serviços são controlados e moni-
Desvantagens da Computação em Nuvem torados automaticamente pela nuvem, de maneira
transparente para o usuário, sem a necessidade de
Quanto mais aplicações forem acessadas na conhecimento técnico sobre a sua operação.
nuvem, mais velocidade de transferência de dados Transparência para o usuário, pois ele não precisa
será necessária. Portanto, a principal desvantagem da conhecer onde estão alocados os recursos computa-
nuvem é inerente ao propósito dela mesma. cionais contratados e acessa apenas a interface para
Tempo de inatividade é outra desvantagem. Quan- acesso, tornando tudo transparente.
do todos os sistemas estão em uma plataforma, se
ela ficar indisponível, a empresa e os usuários não Tipos de Nuvem
terão acesso a nada. Felizmente isto tem mudado, e
atualmente as empresas fornecedoras de serviços na Podemos classificar as nuvens de acordo com a
nuvem conseguem oferecer up-time (tempo de uso infraestrutura ou seus usuários em: Privada, Pública,
disponível) acima de 99,9999%. Híbrida ou Comunidade (comunitária).
Dificuldade de migração, e esta é a principal desvan- No modelo de nuvem privada, a infraestrutura
tagem. Quanto mais utilizamos uma determinada empre- é proprietária ou alugada por uma única organiza-
sa fornecedora, mais nos tornamos dependente dela. ção para ser operada exclusivamente por ela mesma.
Caso exista a necessidade de migração dos dados, Poderá ser local ou remota, e a empresa aplica políti-
ela poderá ser dificultada ou até impossibilitada. Para cas de acesso aos serviços (para os usuários cadastra-
minimizar esta desvantagem, a replicação de servido- dos e autorizados).
res é uma alternativa, quando os dados são replicados A definição de nuvem pública indica que a
entre um servidor local e um servidor na nuvem. infraestrutura pertence a uma organização que vende
serviços para o público em geral e poderá ser acessa-
da por qualquer usuário que conheça a localização do
serviço, não sendo admitidas técnicas de restrição de
acesso ou autenticação.
No formato de nuvem híbrida, que tem como
característica a infraestrutura ser composta por pelo
menos duas nuvens, que preservam as características
originais do seu modelo e estão interligadas por uma
tecnologia que possibilite a portabilidade de informa-
ções e de aplicações, é o tipo mais comum encontrado
no mercado.
Na nuvem comunidade (comunitária), a infraes-
trutura é compartilhada por diversas organizações
Figura 11. Diferentes apresentações para a nuvem que normalmente possuem interesses comuns, como
requisitos de segurança, políticas, aspectos de flexibi-
As Principais Características da Computação em lidade e/ou compatibilidade.
Nuvem

On Demand Self Service, ou auto atendimento sob


demanda, significa que o usuário pode usar os serviços,
aumentar ou diminuir as capacidades computacionais
alocadas como: o tempo de servidor e armazenamento
de rede, sem a intervenção humana com o provedor
de serviços. O limite de crédito do seu cartão de crédito
virtual é um exemplo desta característica.
Ubiquitous Network Access, ou amplo acesso à
rede, significa que os serviços são acessíveis a partir
de qualquer plataforma. O usuário poderá acessar um
sistema desenvolvido para Windows, armazenado em
um servidor Linux, a partir de seu smartphone Apple. Figura 12. De acordo com a natureza do acesso e dos interesses
Quase todos os serviços disponíveis na nuvem são envolvidos, uma nuvem poderá ser do tipo Pública, Privada, Híbrida
380 assim. ou Comunitária.
Em concursos públicos, as ameaças e os ataques
EXERCÍCIO COMENTADO são os itens mais questionados.

1. (IBFC – 2020 ) Marcos deseja migrar seu backup de Dica


arquivos pessoais, que atualmente encontra-se em
seu computador, para nuvem. Assinale a alternativa Você conhece a Cartilha de Segurança CERT?
correta para exemplos de serviços de armazenamento Disponível gratuitamente na Internet, ela é a
de arquivos em nuvem. fonte oficial de informações sobre ameaças,
ataques, defesas e segurança digital. Disponível
a) Dropbox e Google Chrome em: <https://cartilha.cert.br/>. Acesso em: 13
b) Firefox e Mozilla nov. 2020.
c) Google Arq e Team Viewer
d) Dropbox e Google Drive Ameaças
e) Google Arq e Firefox
As ameaças são identificadas como aquelas que
possuem potencial para comprometer a oferta ou
A realização de cópias de segurança na nuvem (cloud)
existência dos ativos computacionais, tais como:
é feita através de um serviço de armazenamento
informações, processos e sistemas.
(cloud storage). Várias empresas oferecem serviços,
Um ransomware, software que sequestra dados uti-
como o Microsoft Onedrive, Google Drive e Dropbox.
lizando-se de criptografia, e solicita o pagamento de
Google Chrome e Mozilla Firefox são exemplos de
resgate para a liberação das informações sequestra-
navegadores de Internet que acessam os serviços na
das, é um exemplo de ameaça. Observe que a ameaça
nuvem. TeamViewer é uma aplicação de acesso remo-
existe, entretanto, se não ocorrer uma ação delibera-
to que permite controlar dispositivos remotos conec-
da para execução ou se medidas de proteção forem
tados à rede e realizar transferência de dados entre
implementadas, a ameaça deixa de existir e não se
eles. Resposta: Letra D.
torna um ataque.
As ameaças à segurança da informação podem ser
NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS
classificadas como:

Ameaças e riscos de segurança estão presentes z Tecnológicas: quando ocorre mudança no padrão
no mundo virtual. Assim como existem pessoas boas ou tecnologia, sem a devida atualização ou upgrade.
e más no mundo real, existem usuários com boas ou z Humanas: intencionais ou acidentais, que explo-
más intenções no mundo virtual. ram vulnerabilidades nos sistemas.
Os criminosos virtuais são genericamente deno- z Naturais: não intencionais, relacionadas ao am-
minados como hackers, porém o termo mais adequa- biente, como as catástrofes naturais.
do seria cracker. Um hacker é um usuário que possui
muitos conhecimentos sobre tecnologia, e podem ser As empresas precisam fazer uma avaliação das
nomeados como White Hat (hacker ético que usa suas ameaças que possam causar danos ao ambiente com-
habilidades com propósitos éticos e legais), Gray Hat putacional dela mesma (Gerenciamento de Risco),
(cometem crimes, mas sem ganho pessoal, geralmente implementar sistemas de autenticação (Controlar o
para exposição de falhas nos sistemas) e Black Hat (vio- Acesso), definir os requisitos de senha forte (Políti-
lam a segurança dos sistemas para obtenção de ganhos ca de Segurança), manter um inventário e realizar o
pessoais). rastreamento de todos os ativos (Gerenciamento de
Amadores ou inexperientes, profissionais ou expe- Recursos), além de utilizar sistemas de backup e res-
rientes, todo usuário está sujeito aos riscos inerentes tauração de dados (Gerenciamento de Continuidade
ao uso dos recursos computacionais. de Negócios).
São riscos de segurança digital: Falhas
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

z Ameaças: vulnerabilidades que existem e podem As falhas de segurança nos sistemas de informação
ser exploradas por usuários; poderão ser propositais ou involuntárias.
z Falhas: vulnerabilidades existentes nos sistemas, Se o programador insere no código do sistema uma
sejam propositais ou acidentais; falha, que produza danos ou permita o acesso sem
z Ataques: ação que procura denegrir ou suspender autenticação, temos um exemplo de falha proposital.
a operação de sistemas. Se uma falha for descoberta após a implantação do
sistema, sem que tenha sido uma falha proposital, e
Devido à crescente integração entre as redes de seja explorada por invasores, temos um exemplo de
comunicação, conexão com novos e inusitados dis- falha involuntária, inerente ao sistema.
positivos (IoT – Internet das Coisas) e criminosos Quando identificadas, as falhas são corrigidas pelas
com acesso de qualquer lugar do mundo, as redes de empresas que desenvolveram o sistema por meio da
informações se tornaram particularmente difíceis de distribuição de notificações e correções de segurança.
se proteger. Profissionais altamente qualificados são O Windows Update, serviço da Microsoft para atuali-
formados e contratados pelas empresas com a única zação do Windows, distribui mensalmente os patches
função de proteger os sistemas informatizados. (pacotes) de correções de falhas de segurança. 381
Ataques

Sem dúvida, o que tem mais destaque, tanto em


concursos como no mundo real, são os ataques. Coorde-
nados ou isolados, os ataques procuram romper as bar-
reiras de segurança definidas na Política de Segurança,
com o objetivo de anular o sistema ou capturar dados.
Os ataques podem ser classificados como:

z Baixa complexidade: exploram falhas de segu-


rança de forma isolada e são facilmente identifica-
dos e anulados;
z Média complexidade: combinam duas ou mais
ferramentas e técnicas, para obter acesso aos
dados, sendo de média complexidade para a solu-
ção, gerando impactos na operação dos sistemas,
como a indisponibilidade;
z Alta complexidade: refinados e avançados, os
ataques combinam o acesso às falhas do sistema,
novos códigos maliciosos desconhecidos, distribui-
ção do ataque com redes zumbis, tornando difícil
a resolução do problema. O vírus de computador poderá entrar no disposi-
tivo do usuário por meio de um arquivo anexado em
Ameaças existem e podem afetar ou não os siste- uma mensagem de e-mail, ou por cópia de arquivos
mas computacionais. existentes em uma mídia removível como o pen drive,
Falhas existem e podem ser exploradas ou não recebidos por alguma rede social, baixados de sites na
pelos invasores. Internet, entre outras formas de contaminação.
Ataques são realizados todo o tempo contra todos
os tipos de sistemas. VÍRUS DE
CARACTERÍSTICAS
COMPUTADOR
Vírus de Computador
Infectam o setor de boot do disco de
O vírus de computador é a ameaça digital mais Vírus de boot inicialização. Cada vez que o sistema
popular. Todos já ouviram falar dele e ele tem uma é iniciado, o vírus é executado.
definição fácil de ser compreendida. Tem este nome
por se assemelhar a um vírus orgânico ou biológico. Armazenados em sites na Internet,
O vírus biológico é um organismo que possui um são carregados e executados quan-
Vírus de script
código viral que infecta uma célula de outro organismo. do o usuário acessa a página usando
Quando a célula infectada é acionada, o código viral é um navegador de Internet.
duplicado e se propaga para outras células saudáveis As macros são desenvolvidas em
do corpo. Quanto mais vírus existirem no organismo, linguagem Visual Basic for Applica-
menor será o seu desempenho e recursos vitais serão tions (VBA) nos arquivos do Office,
consumidos, podendo levar o hospedeiro à morte. Vírus de macro
para a automatização de tarefas.
O vírus de computador é um código malicioso que Quando desenvolvido com propósi-
infecta arquivos em um dispositivo. Quando o arquivo tos maliciosos, é um vírus de macro.
é executado, o código do vírus é duplicado e se propa-
ga para outros arquivos do computador. Quanto mais Vírus ‘mutantes’ ou ‘polimórficos’, a
vírus existirem no dispositivo, menor será o seu desem- Vírus do tipo cada nova multiplicação, o novo vírus
penho e recursos computacionais serão consumidos, mutante mantém traços do original, mas é di-
podendo levar o hospedeiro a uma falha catastrófica. ferente do original.
Atenção! O vírus de computador infectam arqui- São programados para agir em uma
vos e se propagam para outros arquivos.
Vírus time determinada data, causando algum
bomb tipo de dano no dia previamente
agendado.
Um vírus stealth é um código malicio-
so muito complexo, que se esconde
depois de infectar um computador.
Ele mantém cópias dos arquivos que
Vírus stealth foram infectados para si, e quando
um software antivírus realiza a detec-
ção, o vírus stealth apresenta o arqui-
vo original, enganando o mecanismo
de proteção.
O vírus Nimda explora as falhas de
segurança do sistema operacional.
Ele se propaga pelo correio eletrôni-
Vírus Nimda co, e também pela web, em diretórios
compartilhados, pelas falhas de ser-
vidor Microsoft IIS e nas trocas de
382 arquivos.
Todos os sistemas operacionais estão vulneráveis
aos vírus de computador. Quando um vírus de compu-
tador é desenvolvido por um hacker, ele procura fazer
para um software que tenha uma grande quantidade
de usuários iniciantes, o que aumenta as suas chances
de sucesso.
O Windows tem muitos usuários e a maioria deles
não tem preocupações com segurança. A maioria dos
vírus de computadores são desenvolvidos para ataca-
rem sistemas Windows.
O Linux tem poucos usuários (se comparado ao
Windows) e a maioria deles possuem muito conheci-
mento sobre Informática, tornando a ação de vírus no
Linux uma ocorrência rara.
O Android, software operacional dos smartphones
populares, é uma variação do sistema Linux original, e
apesar de possuir esta origem nobre, é alvo de milha-
res de vírus por causa dos seus usuários, que na maio-
ria das vezes não tem rotinas de proteção e segurança
de seus aparelhos.
Um vírus de computador poderá ser recebido
por e-mail, transferido de sites na Internet, compar-
tilhado em arquivos, através do uso de mídias remo-
víveis infectadas, nas redes sociais e por mensagens
instantâneas.
Um vírus necessita ser executado para que entre
em ação, pois ele tem um hospedeiro definido e um
alvo estabelecido.
Se propaga inserindo cópias de si em outros Os worms infectam dispositivos e se propagam
arquivos. para outros dispositivos de forma autônoma, sem
E altera ou remove arquivos do dispositivo, para interferência do usuário.
propagação e auto proteção (não ser detectado pelo Os worms podem ser recebidos automaticamente
antivírus). pela rede, inseridos por um invasor ou por ação de
outro código malicioso. Assim como vírus, ele poderá
Worms ser recebido por e-mail, transferido de sites na Inter-
net, compartilhado em arquivos, por meio do uso de
O worm é um verme, que explora de forma inde- mídias removíveis infectadas, nas redes sociais e por
pendente as vulnerabilidades nas redes de dispositi- mensagens instantâneas.
vos. Geralmente eles deixam a comunicação na rede Ele é auto executável, e procura explorar as vulne-
lenta, por ocuparem a conexão de dados ao enviarem rabilidades dos dispositivos.
cópias de seu código malicioso. Envia cópias de si mesmo para outros dispositivos
e usuários conectados.
Um verme biológico parasita um organismo con-
Por ser auto executável, costuma consumir grande
sumindo seus recursos, deixando o corpo debilitado.
quantidade de recursos computacionais, promove a CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Um verme tecnológico parasita um dispositivo consu- instalação de outros códigos maliciosos e inicia ataques
mindo seus recursos de memória e conexão de rede, na Internet, tentando alcançar outras redes remotas.
deixando o aparelho e a rede de dados lentos.
Os worms não precisam ser executados pelo usuá- Pragas Virtuais
rio como os vírus de computador e a sua propagação
z Cavalo de Troia ou Trojan: É um código malicioso
será rápida, caso não existam barreiras de proteção
que realiza operações mal-intencionadas, enquan-
que os impeçam.
to realiza uma operação desejada pelo usuário,
como um jogo on-line ou reprodução de um vídeo.

Ele é enviado com o conteúdo desejado e ao ser


executado, desativa as proteções do dispositivo para
que o invasor tenha acesso aos arquivos e dados. O
nome está relacionado com a história do presente
dado pelos gregos para os troianos, que era um cava-
lo de madeira, com soldados em seu interior. Após
entrar nas fortificações de Troia, os gregos desativa-
ram as defesas e permitiram o acesso do seu exército. 383
Dica Os softwares espiões podem ser especializados na
captura de teclas digitadas (keylogger), nas telas e cliques
Existem muitas pragas virtuais, que generica-
efetuados (screenlogger) ou para apresentação de propa-
mente são chamadas de Malwares (software
gandas alinhadas com os hábitos do usuário (adware).
malicioso), por apresentarem características Eles geralmente são instalados por outros progra-
semelhantes: oferecem alguma vantagem para mas maliciosos para aumentar a quantidade de dados
o usuário, mas realizam ações danosas que aca- capturados.
barão prejudicando-o.
z Bot: é um programa malicioso que mantém conta-
Vale dizer que algumas bancas organizadoras con- to com o invasor, permitindo que comandos sejam
sideram o trojan ou cavalo de Troia como um tipo de executados remotamente. O dispositivo controla-
vírus de computador nos enunciados de suas questões. do por um bot poderá integrar uma rede de dispo-
sitivos zumbis, a chamada botnet.

Quando o invasor deseja atacar sites para provo-


car Negação de Serviço, ele aciona os bots que estão
distribuídos nos dispositivos do usuário para que
façam a ação danosa. Além de esconder os rastros da
identidade do verdadeiro atacante, os bots poderão
continuar sua propagação através do envio de cópias
para outros contatos do usuário afetado.

z Backdoor: é um código malicioso semelhante ao


bot, mas que além de executar comandos recebi-
dos do invasor, ainda realiza ações para desativa-
ção de proteções e aberturas de portas de conexão.

O invasor, ciente das portas TCP que estão disponí-


veis, consegue acesso ao dispositivo para a instalação
de outros códigos maliciosos e roubo de informações.
Assim como os spywares, existem backdoors legí-
timos (adicionados pelo desenvolvedor do software
para funcionalidades administrativas) e ilegítimos
(para operarem independente do consentimento do
usuário).

z Rootkit: é um código malicioso especializado em


esconder e assegurar a presença de outros códigos
maliciosos para o invasor acessar o sistema. Estas
pragas virtuais podem ser incorporadas em outras
pragas, para que o código que camufla a presença,
seja executado escondendo os rastros do software
malicioso.

Após a remoção de um rootkit, o sistema afetado


não se recupera dos dados apagados, sendo necessá-
rio uma cópia segura (backup) para restauração dos
arquivos.
Cavalo de Troia, Spyware, Bot, Backdoor e Rootkit
são as pragas digitais mais questionadas em concur-
sos públicos.
Confira na tabela a seguir outras pragas digitais
que ameaçam a Segurança da Informação e a privaci-
dade dos usuários de sistemas computacionais.

CÓDIGO MALICIOSO CARACTERÍSTICAS


Gatilho para a execução de outros
códigos maliciosos que permane-
Bomba lógica
ce inativa até que um evento acio-
nador seja executado.
Sequestrador de dados que crip-
tografa pastas, arquivos e discos
Ransomware
inteiros, solicitando o pagamento
z Spyware: é um programa malicioso que procu- de resgate para liberação.
ra monitorar as atividades do sistema e enviar Simulam janelas do sistema ope-
os dados capturados durante a espionagem para racional, induzindo o usuário para
terceiros. Existem software espiões considerados acionar um comando, fazendo a
Scareware
legítimos (instalados com consentimento do usuá- operação continuar normalmente.
rio) e maliciosos (que executa ações prejudiciais à O comando iniciará a instalação de
códigos maliciosos.
384 privacidade do usuário).
CÓDIGO MALICIOSO CARACTERÍSTICAS
Fraude que engana o usuário, indu-
zindo a informar seus dados pes-
Phishing
soais em páginas de captura de
dados falsas.
Ataque aos servidores de DNS para
Pharming alteração das tabelas de sites, direcio-
nando a navegação para sites falsos.
Ataques na rede que simulam trá-
fego acima do normal com pacotes
de dados formatados incorreta-
Negação de Serviço mente, fazendo o servidor remoto
se ocupar com os pedidos e er-
ros, negando acesso para outros
usuários.
Código que analisa ou modifica
o tráfego de dados na rede, em
busca de informações relevantes
Sniffing
como login e senha. Enquanto o
spyware não modifica o conteúdo,
o sniffing pode alterar.
Falsificando dados de identifi-
cação, seja do remetente de um
e-mail (e-mail Spoofing), do ende-
Spoofing
reço IP, dos serviços ARP e DNS.
Desta forma, é escondida a real
identidade do atacante.
Intercepta as comunicações da
Man-In-The-Midle rede para roubar os dados que tra-
fegam na conexão.
Intercepta as comunicações do Outra ação mais elaborada tecnicamente, é o
aparelho móvel, para roubar os da- Pharming.
Man-In-The-Mobile
dos que trafegam na conexão do O invasor ataca um servidor DNS, modifica as
aparelho smartphone.
tabelas que direcionam o tráfego de dados, e o usuá-
Enquanto uma falha não é corrigi- rio acessa uma página falsa. Da mesma forma que o
da pelo desenvolvedor do software,
Phishing, este ataque procura capturar dados bancá-
Ataque de dia zero invasores podem explorar a vulne-
rabilidade identificada antes da im- rios do usuário e roubar o seu dinheiro.
plantação da proteção.
Modificam páginas na Internet, al-
Defacement terando a sua apresentação (face)
para os usuários visitantes.
Sequestrador de navegador que
pode desde alterar a página inicial
HiJacker do browser, até mudanças do me-
canismo de pesquisas e direciona-
mento para servidores DNS falsos.

Uma das ações mais comuns que procuram compro-


meter a segurança da informação é o ataque Phishing. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
O usuário recebe uma mensagem (e-mail, ou rede
social, ou SMS no telefone) e é induzido a clicar em
um link malicioso. O link acessa uma página que pode
ser semelhante ao site original, induzindo o usuário
a fornecer dados pessoais como login e senha. Em
ataques mais elaborados, as páginas capturam dados
bancários e de cartões de crédito. O objetivo é simples:
roubar dinheiro das contas do usuário.

385
O código que infecta o arquivo é chamado de assi-
natura do vírus.
Os programas antivírus são desenvolvidos para
detectarem a assinatura do vírus existente nos arqui-
vos do computador. O antivírus precisa estar atualiza-
do, com as últimas definições da base de assinaturas
de vírus, para que seja eficiente na remoção dos códi-
gos maliciosos.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (Quadrix – 2021) Considere as seguintes afirmações:

I. Um vírus se propaga inserindo cópias de si mesmo e


se tornando parte de outros programas e arquivos. Se
um usuário receber um arquivo com vírus e não execu-
tar o arquivo, seu computador não será contaminado.
II. Para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao
processo de infecção, o vírus depende da execução do
programa ou arquivo hospedeiro.

As afirmações acima referem-se a vírus, uma das cate-


gorias de malware. Considerando as duas afirmações,
assinale a alternativa correta.

a) As duas são verdadeiras e a segunda é a justificativa


correta da primeira.
b) A primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
c) As duas são falsas.
d) A segunda é verdadeira, mas não é a justificativa cor-
reta da primeira.
e) A primeira é falsa e a segunda é verdadeira.

Os vírus de computador são códigos maliciosos que


infectam arquivos e se propagam para outros arqui-
vos, quando o hospedeiro é executado. Não é um
código malicioso autônomo, como o worm (verme),
que se propaga executando cópias de si mesmo sem
a interferência do usuário. O vírus de computador
precisa ser explicitamente executado para que entre
em ação. Resposta: Letra A.

Controle de Dispostivos Usb, Hardening, Antimalware


e Firewall Pessoal

Nos itens anteriores, conhecemos as diferentes


ameaças e ataques que podem comprometer a segu-
rança da informação, expondo a privacidade do
usuário.
Para todas elas, existem mecanismos de proteção. Quando o antivírus encontra um código malicioso
Softwares ou hardwares que detectam e removem os em algum arquivo, que tenha correspondência com a
códigos maliciosos, ou impedem a sua propagação. base de assinaturas de vírus, ele poderá:
Independentemente da quantidade de sistemas de z Remover o vírus que infecta o arquivo;
proteção, o comportamento do usuário poderá levar z Criptografar o arquivo infectado e manter na pas-
à uma infecção por códigos maliciosos, pois a maio- ta Quarentena, isolado;
ria deles necessita de acesso ao dispositivo do usuário z Excluir o arquivo infectado.
mediante autorização, dada pelo próprio usuário.
A autorização de acesso poderá estar camuflada O antivírus poderá proteger o dispositivo através
em um arquivo válido, como o Cavalo de Troia, ou em de três métodos de detecção: assinatura dos vírus
mensagens falsas apresentadas em sites, como o ata- conhecidos, verificação heurística e comportamento
que de Phishing. Portanto, a navegação segura começa do código malicioso quando é executado.
com a atitude do usuário na rede. O que fazer quando o código malicioso do vírus
não está na base de assinaturas? A base de assinatu-
Antivírus ras é atualizada pelo fabricante do antivírus, com as
informações conhecidas dos vírus detectados. Entre-
Os vírus de computadores, como conhecemos no tanto, muitos novos vírus são criados diariamente.
tópico anterior, infecta um arquivo e se propaga para Para detecção destes novos códigos maliciosos, os pro-
386 outros arquivos quando o hospedeiro é executado. gramas oferecem a Análise Heurística.
Análise Heurística O sistema operacional disponibiliza um firewall
pré-configurado com regras úteis para a maioria dos
O software antivírus poderá analisar os arquivos do
usuários. A maioria das portas comuns estão liberadas
dispositivo através de outros parâmetros, além da base
de assinaturas de vírus conhecidos, para encontrar novos e a maioria das portas específicas estão bloqueadas.
códigos maliciosos que ainda não foram identificados.
Se o código enviado para análise for comprovada-
mente um vírus, o fabricante inclui sua assinatura na
base de vírus conhecidos, e na próxima atualização
do antivírus, todos poderão reconhecer e remover o
novo código recém descoberto.

Figura 13. O firewall controla o tráfego proveniente de outras redes.

O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, por-


tanto ele permite que códigos maliciosos como os
vírus de computadores infectem o computador, quan-
do chegam como anexos de uma mensagem de e-mail.
O usuário deve executar um antivírus e antispyware
nos anexos antes de executá-los.

Figura 14. O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, e mensagens


com anexos maliciosos passarão pela barreira e chegarão até o
usuário.

Windows Defender O firewall impede um ataque, seja de um hacker,


de um vírus, de um worm, ou qualquer outra praga
Em concursos públicos, as soluções de antivírus de digital que procure acessar a rede ou o computador
terceiros raramente são questionadas. Avast, AVG, Avi- por meio de suas portas de conexão. Apenas o conteú-
ra e Kaspersky são alguns exemplos. Usamos no nosso
do liberado, como e-mails e páginas web, não serão
dia a dia, mas em provas de concursos as bancas tra-
balham com as configurações padrões dos programas. bloqueados pelo firewall.
O Windows 10 possui uma solução integrada de
proteção, que é o Windows Defender. Na época do
Windows 7, a Microsoft adquiriu e disponibilizou o
programa Microsoft Security Essentials como antiví-
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
rus padrão do sistema operacional.
A seguir, foi desenvolvida a solução Windows
Defender, para detecção e remoção de outros códi-
gos maliciosos, como os worms e Cavalos de Troia. E
o Windows sempre ofereceu o firewall, um filtro de
conexões para impedir ataques oriundos das redes
conectadas.
Figura 15. O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, mas impede
No Windows 10, o Windows Defender faz a detec- os ataques provenientes da rede.
ção de vírus de computador, códigos maliciosos e
opera o firewall do sistema operacional, impedindo
O firewall não é um antivírus e não é um antispy-
ataques e invasões.
ware. Ele permite ou bloqueia o tráfego de dados nas
Firewall Pessoal portas TCP do dispositivo.
O uso do firewall não dispensa o uso de outras ferra-
O firewall é um filtro de conexões e poderá ser um mentas de segurança como o antivírus e o antispyware.
software, instalado em cada dispositivo, ou um hard- É importante saber que o firewall não é um antiví-
ware, instalado na conexão da rede, protegendo todos rus, mas ele impede um ataque de vírus. Ele impedirá
os dispositivos da rede interna. por ser um ataque, não por ser um vírus. 387
Antispyware a infecção por software malicioso, mas nem sempre
conseguirá restaurar os arquivos que foram modifica-
Da mesma forma que existe a solução antivírus con- dos ou substituídos.
tra vírus de computadores, existe uma solução que procu-
ra detectar, impedir a propagação e remover os códigos Controle de Dispositivos Usb
maliciosos que não necessitam de um hospedeiro.
Genericamente, malware é um software malicioso. Universal Serial Bus, ou simplesmente, USB, é uma
Genericamente, spyware é um software espião. Quan- espécie de dispositivo frequentemente associada a ata-
do os softwares maliciosos ganharam destaque e rele- ques por vírus. Em razão disso, atualmente existem no
vância para os usuários dos sistemas operacionais, os mercado diversos antivírus que já realizam o bloqueio
spywares se destacavam, e comercialmente se tornou desses softwares maliciosos que podem ser transferido
interessante nomear a solução como antispyware. por meio de tal periférico. Inclusive, é possível realizar
Na prática, um antispyware ou um antimalware, o bloqueio através do painel de controle, especialmen-
detecta e remove vários tipos de pragas digitais. te na aba relativa ao gerenciamento de dispositivos.

UTM

Unified Threat Management (UTM) ou “Gerencia-


mento Unificado de Ameaças”, são soluções abrangen-
tes que integram diferentes mecanismos de proteção
em apenas um programa.
Ele realiza em tempo real a filtragem de códigos
acessados, otimiza o tráfego de dados nas conexões,
controla a execução das aplicações, protege o dispo-
Figura 16. O antispyware é usado para evitar pragas digitais no sitivo com um firewall, estabelece uma conexão VPN
dispositivo do usuário.
segura para navegação e entrega relatórios de fácil
compreensão para o usuário.
Para proteção, o usuário deverá:
Defesa Contra Ataques
z Manter o firewall ativado.
z Manter o antivírus atualizado e ativado. Quando o ataque é direcionado ao e-mail e nave-
z Manter o antispyware atualizado e ativado. gador de Internet, os filtros antispam e filtros anti-
z Manter os programas atualizados com as corre- phishing atendem aos requisitos de proteção.
ções de segurança. Se o ataque chega disfarçado, medidas de preven-
z Usar uma senha forte para acesso aos sistemas, e optar ção devem ser adotadas, como nunca fornecer infor-
pela autenticação em dois fatores quando disponível. mações confidenciais ou secretas por e-mail, resistir à
tentação de cliques em links das mensagens, observar
os downloads automáticos ou não iniciados, e dentro
das políticas de segurança para os funcionários, des-
tacar que não se deve submeter à pressão de pessoas
desconhecidas.
Quando os ataques procuram atingir um servidor
da empresa, como ataques DoS (negação de serviço),
DDos (ataque distribuído de negação de serviços)
ou spoofing (fraude de identidade), uma das formas
de proteção é o bloqueio de pacotes externos não
convencionais.
Figura 17. Para proteção, firewall ativado, antivírus atualizado e Se o usuário está utilizando um dispositivo móvel
ativado, antispyware atualizado e ativado, atualizações de softwares e sofre um ataque, deve aumentar o nível de proteção
instaladas e uso de senha forte. do aparelho e as senhas precisam ser redefinidas o
mais breve possível.
Hardening E por fim, os ataques contra aplicativos poderão
ser minimizados ou anulados se o usuário manter
Consiste numa técnica utilizada para blindagem os programas atualizados em seu dispositivo, apli-
de sistemas, que é executada através de um processo cando as correções de segurança tão logo elas sejam
de mapeamento de ameaças. Ela diminui os riscos por disponibilizadas.
meio de atividades de correção direcionadas à infraes-
trutura e, em resumo, torna o sistema mais preparado
para enfrentar as tentativas de ataque. Importante!
Antimalware Quando o usuário é envolvido na perpetração de
ataques digitais, ele é considerado o elo mais
Comumente, trata-se antimalware como sendo fraco da corrente de segurança da informação,
sinônimo de antivírus, contudo esta ideia é errônea, por estar sujeito a enganos e trapaças dos ata-
sobretudo porque o antivírus se encarrega exclusiva- cantes. Engenharia Social é o conjunto de téc-
mente pela proteção dos vírus, ao passo que o anti- nicas e atividades que procuram estabelecer
malware é mais abrangente e, para além dos vírus, confiança mediante dados falsos, ameaças ou
protege contra outros softwares maliciosos. Importa dissimulação.
388 dizer, no entanto, que o antimalware consegue evitar
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESGRANRIO – 2016) Para prevenir que vírus se instalem nos computadores de seus usuários, o Gmail não permite
que sejam enviados ou recebidos arquivos executáveis.
Como consequência dessa política, dentre os arquivos listados abaixo, o único que poderia ser enviado por e-mail
através do Gmail é

a) arq_a.pif
b) arq_b.exe
c) arq_c.bat
d) arq_d.jar
e) arq_e.txt

Arquivos executáveis são infectados com vírus, pois, a cada nova execução, cópias do vírus serão anexadas em
outros arquivos, propagando a infecção. Arquivos do tipo TXT não podem ser infectados, porque possuem texto
sem formatação. PIF, EXE, BAT, JAR, COM e MSI são exemplos de extensões executáveis que podem ser infectados
por vírus e, geralmente, são bloqueadas para envio pelo e-mail. Resposta: Letra E.

CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES,


ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS
Aqui, relembraremos o sistema por trás dos conceitos e organizações de arquivos, pastas e programas
No Windows 10, os diretórios são chamados de pastas e algumas pastas são especiais, contendo coleções de arqui-
vos que são chamadas de Bibliotecas. Ao todo são quatro Bibliotecas: Documentos, Imagens, Músicas e Vídeos. O
usuário poderá criar Bibliotecas para sua organização pessoal, uma vez que elas otimizam a organização dos arqui-
vos e pastas, inserindo apenas ligações para os itens em seus locais originais.

Pasta com Pasta sem Pasta vazia


subpasta subpasta

O sistema de arquivos NTFS (New Technology File System) armazena os dados dos arquivos em localizações
dos discos de armazenamento. Por sua vez, os arquivos possuem nome e podem ter extensões.
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de bytes)
O FAT32 suporta unidades de até 2 TB.
Antes de prosseguir, vamos conhecer estes conceitos.

TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO


Unidade de disco de armazenamento permanente, que possui um sistema de arquivos e
Disco de armazenamento
mantém os dados gravados
Estruturas lógicas que endereçam as partes físicas do disco de armazenamento. NTFS, CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Sistema de Arquivos
FAT32, FAT são alguns exemplos de sistemas de arquivos do Windows.
Trilhas Circunferência do disco físico (como um hard disk HD ou unidades removíveis ópticas)
Setores São ‘fatias’ do disco, que dividem as trilhas
Clusters Unidades de armazenamento no disco, identificado pela trilha e setor onde se encontra.
Pastas ou diretórios Estrutura lógica do sistema de arquivos para organização dos dados na unidade de disco
Arquivos Dados. Podem ter extensões.
Pode identificar o tipo de arquivo, associando com um software que permita visualização
Extensão
e/ou edição. As pastas podem ter extensões como parte do nome.
Arquivos especiais, que apontam para outros itens computacionais, como unidades, pas-
Atalhos tas, arquivos, dispositivos, sites na Internet, locais na rede etc. Os ícones possuem uma
seta, para diferenciar dos itens originais.

O disco de armazenamento de dados tem o seu tamanho identificado em Bytes. São milhões, bilhões e até tri-
lhões de bytes de capacidade. Os nomes usados são do Sistema Internacional de Medidas (SI) e estão listados na
escala a seguir. 389
Exabyte
(EB)
Petabyte
(PB)
Terabyte
(TB)
Gigabyte trilhão
(GB)
Megabyte
bilhão
(MB)
Kilobyte milhão
(KB) mil
Byte
(B)
Ainda não temos discos com capacidade na ordem de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos comercial-
mente, mas quem sabe um dia... Hoje estas medidas muito altas são usadas para identificar grandes volumes de
dados na nuvem, em servidores de redes, em empresas de dados etc.
Vamos falar um pouco sobre Bytes: 1 Byte representa uma letra, ou número, ou símbolo. Ele é formado por 8
bits, que são sinais elétricos (que vale zero ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam o sistema binário para repre-
sentação de informações.
A palavra “Nova”, quando armazenada no dispositivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação gravada na
memória.
A palavra “Concursos”, ocupará 9 bytes, que são 72 bits de informação.
Os bits e bytes estão presentes em diversos momentos do cotidiano. Um plano de dados de celular oferece um
pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até 5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão Wi-Fi de sua
residência está operando em 150 Mbps, ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por segundo, e um arqui-
vo com 75 MB de tamanho levará 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo para o roteador wireless.

Importante!
O tamanho dos arquivos no Windows 10 é exibido em modo de visualização de Detalhes, nas Propriedades
(botão direito do mouse, menu de contexto) e na barra de status do Explorador de Arquivos. Poderão ter as
unidades KB, MB, GB, TB, indicando quanto espaço ocupam no disco de armazenamento.

Quando os computadores pessoais foram apresentados para o público, a árvore foi usada como analogia para
explicar o armazenamento de dados, criando o termo “árvore de diretórios”.

Documentos
Imagens Folhas
Músicas Flores
Vídeos Frutos

Pastas e subpastas Tronco e galhos

Diretório raiz Raiz

Figura 4. Árvore de diretórios

No Windows 10, a organização segue a seguinte definição:

z Pastas

„ Estruturas do sistema operacional: Arquivos de Programas (Program Files), Usuários (Users), Windows.
A primeira pasta da undiade é chamada raiz (da árvore de diretórios), representada pela barra inverti-
da: Documentos (Meus Documentos), Imagens (Minhas Imagens), Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas
Músicas) – bibliotecas
„ Estruturas do Usuário: Documentos (Meus Documentos), Imagens (Minhas Imagens), Vídeos (Meus Vídeos),
Músicas (Minhas Músicas) – bibliotecas
„ Área de Trabalho: Desktop, que permite acesso à Lixeira, Barra de Tarefas, pastas, arquivos, programas e
atalhos.
„ Lixeira do Windows: Armazena os arquivos de discos rígidos que foram excluídos, permitindo a recupe-
390 ração dos dados.
z Atalhos
„ Arquivos que indicam outro local: Extensão LNK, podem ser criados arrastando o item com ALT ou CTR-
L+SHIFT pressionado.
z Drivers
„ Arquivos de configuração: Extensão DLL e outras, usadas para comunicação do software com o hardware
O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que antes era Windows Explorer) para o gerenciamento de pastas
e arquivos. Ele é usado para as operações de manipulação de informações no computador, desde o básico (formatar
discos de armazenamento) até o avançado (organizar coleções de arquivos em Bibliotecas).
O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado para executar o Explorador de Arquivos.
Como o Windows 10 está associado a uma conta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou MSN, ou Outlook), o
usuário tem disponível um espaço de armazenamento de dados na nuvem Microsoft OneDrive. No Explorador de
Arquivos, no painel do lado direito, o ícone OneDrive sincroniza os itens com a nuvem. Ao inserir arquivos ou
pastas no OneDrive, eles serão enviados para a nuvem e sincronizados com outros dispositivos que estejam conec-
tados na mesma conta de usuário.
Os atalhos são representados por ícones com uma seta no canto inferior esquerdo, e podem apontar para um
arquivo, pasta ou unidade de disco. Os atalhos são independentes dos objetos que os referenciam, portanto, se
forem excluídos, não afetam o arquivo, pasta ou unidade de disco que estão apontando.
Podemos criar um atalho de várias formas diferentes:
z Arrastar um item segurando a tecla Alt no teclado, e ao soltar, o atalho é criado;
z No menu de contexto (botão direito) escolha “Enviar para... Área de Trabalho (criar atalho);
z Um atalho para uma pasta cujo conteúdo está sendo exibido no Explorador de Arquivos pode ser criado na
área de trabalho arrastando o ícone da pasta, mostrado na barra de endereços e soltando-o na área de trabalho.
Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos somente leitura... os atributos dos itens podem ser definidos
pelo item Propriedades no menu de contexto. O Explorador de Arquivos pode exibir itens que tenham o atributo
oculto, desde que ajuste a configuração correspondente.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) No sistema operacional Windows 10, em sua configuração padrão, atalhos podem ser utilizados para
várias finalidades. Os atalhos podem ser

a) identificados com facilidade, pois seus ícones possuem uma seta no canto inferior esquerdo.
b) colocados em diversos locais do Windows, como na Área de Trabalho, mas não podem ser colocados dentro de pastas.
c) utilizados para acessar arquivos e programas, mas atalhos para endereços da Internet não são permitidos.
d) utilizados para acessar pastas, mas atalhos para subpastas não são permitidos.
e) colocados em qualquer local do Windows, exceto na Barra de Tarefas.

Os ícones de atalhos possuem uma seta no canto inferior esquerdo, indicando que apontam para um item que
poderá ser um computador na rede, uma unidade de disco, uma pasta ou diretório, um arquivo, outro atalho,
sites na Internet e até dispositivos como as impressoras conectadas.
Os atalhos poderão ser armazenados em qualquer local do computador, desde a Área de Trabalho até alguma
pasta específica, e na Barra de Tarefas. Resposta: Letra A

ÁREA DE TRABALHO

A interface gráfica do Windows é caracterizada pela Área de Trabalho, ou Desktop. A tela inicial do Windows
exibe ícones de pastas, arquivos, programas, atalhos, barra de tarefas (com programas que podem ser executados
e programas que estão sendo executados) e outros componentes do Windows.
A área de trabalho do Windows 10, também conhecida como Desktop, é reconhecida pela presença do papel de
parede ilustrando o fundo da tela. É uma imagem, que pode ser um bitmap (extensão BMP), uma foto (extensão CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
JPG), além de outros formatos gráficos. Ao ver o papel de parede em exibição, sabemos que o computador está
pronto para executar tarefas.

Lixeira Microsoft Google Mozilla Kaspersky Firefox


Edge Chrome Thunderbird Secure Co..

Provas Dawnloads caragua.docx Lista de Extra - dicas


Anteriores e-mails par.. Ebook-Curs.. cespe.txt

Figura 1. Imagem da área de trabalho do Windows 10. 391


Na área de trabalho podemos encontrar Ícones e estes podem ser ocultados se o usuário escolher ‘Ocultar
ícones da área de trabalho’ no menu de contexto (botão direito do mouse, Exibir). Os ícones representam atalhos,
arquivos, pastas, unidades de discos e componentes do Windows (como Lixeira e Computador).
No canto inferior esquerdo encontraremos o botão Iniciar, que pode ser acionado pela tecla Windows ou pela
combinação de teclas Ctrl+Esc. Ao ser acionado, o menu Iniciar será apresentado na interface de blocos que sur-
giu com o Windows 8, interface Metro.
A ideia do menu Iniciar é organizar todas as opções instaladas no Windows 10, como acessar Configurações
(antigo Painel de Controle), programas instalados no computador, apps instalados no computador a partir da
Windows Store (loja de aplicativos da Microsoft) etc.
Ao lado do botão Iniciar encontramos a caixa de pesquisas (Cortana). Com ela, poderemos digitar ou ditar o
nome do recurso que estamos querendo executar e o Windows 10 apresentará a lista de opções semelhantes na
área de trabalho e a possibilidade de buscar na Internet. Além da digitação, podemos falar o que estamos queren-
do procurar, clicando no microfone no canto direito da caixa de pesquisa.
A seguir, temos o item Visão de Tarefas sendo uma novidade do Windows 10, que permite visualizar os dife-
rentes aplicativos abertos (como o atalho de teclado Alt+Tab clássico) e alternar para outra Área de Trabalho. O
atalho de teclado para Visão de Tarefas é Windows+Tab.
Enquanto no Windows 7 só temos uma Área de Trabalho, o Windows 10 permite trabalhar com várias áreas de
trabalho independentes, onde os programas abertos em uma não interfere com os programas abertos em outra.
A seguir, a tradicional Barra de Acesso Rápido, que organiza os aplicativos mais utilizados pelo usuário, per-
mitindo o acesso rápido, tanto por clique no mouse, como por atalhos (Windows+1 para o primeiro, Windows+2
para o segundo programa etc.) e também pelas funcionalidades do Aero (como o Aero Peek, que mostrará minia-
turas do que está em execução, e consequente transparência das janelas).
A Área de Notificação mostrará a data, hora, mensagens da Central de Ações (de segurança e manutenção),
processos em execução (aplicativos de segundo plano) etc. Atalho de teclado: Windows+B.
Por sua vez, em “Mostrar Área de Trabalho”, o atalho de teclado Windows+D mostrará a área de trabalho ao
primeiro clique e mostrará o programa que estava em execução ao segundo clique. Se a opção “Usar Espiar para
visualizar a área de trabalho ao posicionar o ponteiro do mouse no botão Mostrar Área de Trabalho na extremida-
de da barra de tarefas” estiver ativado nas Configurações da Barra de Tarefas, não será necessário clicar. Bastará
apontar para visualizar a Área de Trabalho.
Uma novidade do Windows 10 foi a incorporação dos Blocos Dinâmicos (que antes estavam na interface Metro
do Windows 8 e 8.1) no menu Iniciar. Os blocos são os aplicativos fixados no menu Iniciar. Se quiser ativar ou
desativar, pressione e segure o aplicativo (ou clique com o botão direito do mouse) que mostra o bloco dinâmico
e selecione Ativar bloco dinâmico ou Desativar bloco dinâmico.

Navegador padrão
do Windows 10 Atalhos

Itens Excluídos

Lixeira Microsoft Google Mozilla Kaspersky


Pastas de Firefox Arquivos
Edge Chrome Thunderbird Secure Co..
Arquivos

Provas Downloads caragua.docx Lista de Extra - dicas


Anteriores e-mails par.. Ebook-Curs.. cespe.txt
Central de
Botão Iniciar Barra de Área de
Visão de Tarefas Ações
Cortana Acesso rápido Notificação

Barra de Tarefas

Figura 2. Elementos da área de trabalho do Windows 10.

Mostrar área de trabalho agora está no canto inferior direito, ao lado do relógio, na área de notificação da
392 Barra de Tarefas. O atalho continua o mesmo: Win+D (Desktop)
Aplicativos fixados na Barra de Tarefas são ícones que permanecem em exibição todo o tempo.

Aplicativo que está em execução 1 vez possui um pequeno traço azul abaixo do ícone.

Aplicativo que está em execução mais de 1 vez possui um pequeno traço segmentado azul no ícone.

1 +1 não está em
execução execução execução

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Considere um computador com o Microsoft Windows 10, em sua configuração original, sem nenhu-
ma janela aberta. Como primeira ação, o usuário abre o WordPad e maximiza a janela. Em seguida abre o Bloco de
Notas e maximiza a janela. Assinale a alternativa que indica qual(is) janela(s) aparecerá(ão) na tela do computador
quando o usuário clicar no botão indicado na imagem a seguir, na janela do Bloco de Notas, exibida parcialmente.

Minimizar
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

a) As opções do Menu Iniciar.


b) O Wordpad.
c) O Bloco de Notas.
d) A Área de Trabalho.
e) O Wordpad e o Bloco de Notas lado a lado.

Quando o aplicativo WordPad está em exibição, outro aplicativo ‘toma a frente na exibição’, com a janela do
Bloco de Notas. Ao minimizar a janela que está à frente, a janela anterior torna a ser exibida.
Para visualizar a área de trabalho, atalho Windows+D ou Windows +M. Para posicionar os aplicativos lado a
lado, Windows+seta à esquerda e escolha o segundo aplicativo para exibir do lado direito. Resposta: Letra B. 393
ÁREA DE TRANSFERÊNCIA Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti-
vamente, as lacunas.
Um dos itens mais importantes do Windows não é
visível como um ícone ou programa. A Área de Trans- a) Ctrl + C... Ctrl + V
ferência é um espaço da memória RAM, que armazena b) Ctrl + V... Ctrl + A
uma informação de cada vez. A informação armaze- c) Ctrl + Y... Ctrl + C
nada poderá ser inserida em outro local, e ela acaba
d) Alt + C... Alt + V
trabalhando em praticamente todas as operações de
e) Esc + Y…. Ctrl + V
manipulação de pastas e arquivos.
No Windows 10, se quiser visualizar o conteúdo
da Área de Transferência, acione o atalho de teclado O atalho de teclado Ctrl+C é para Copiar e o atalho
Windows+V (View). Ctrl+V para colar o conteúdo existente na Área de
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+C (Copiar), Transferência.
estamos copiando o item para a memória RAM, para No Windows, o atalho Ctrl+A é para Selecionar
ser inserido em outro local, mantendo o original e Tudo, Ctrl+Y para Refazer a última ação que tenha
criando uma cópia. sido desfeita pelo atalho Ctrl+Z (desfazer). Respos-
Ao acionar o atalho de teclado PrintScreen, esta- ta: Letra A.
mos copiando uma “foto da tela inteira” para a Área
de Transferência, para ser inserida em outro local, MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS
como em um documento do Microsoft Word ou edição
pelo acessório Microsoft Paint. Ao nomear arquivos e pastas, algumas regras pre-
Ao acionar o atalho de teclado Alt+PrintScreen, cisam ser conhecidas para que a operação seja reali-
estamos copiando uma ‘foto da janela atual’ para a zada com sucesso.
Área de Transferência, desconsiderando outros ele-
mentos da tela do Windows. z O Windows não é case sensitive. Ele não faz distin-
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+V (Colar), o ção entre letras minúsculas ou letras maiúsculas.
conteúdo que está armazenado na Área de Transfe- Um arquivo chamado documento.docx será consi-
rência será inserido no local atual.
derado igual ao nome Documento.DOCX.
Dica z O Windows não permite que dois itens tenham o
mesmo nome e a mesma extensão quando estive-
As três teclas de atalhos mais questionadas rem armazenados no mesmo local.
em questões do Windows são Ctrl+X, Ctrl+C z O Windows não aceita determinados caracteres
e Ctrl+V, que acionam os recursos da Área de nos nomes e extensões. São caracteres reservados,
Transferência. para outras operações, que são proibidos na hora
de nomear arquivos e pastas. Os nomes de arqui-
As ações realizadas no Windows, em sua quase
vos e pastas podem ser compostos por qualquer
totalidade, podem ser desfeitas ao acionar o atalho de
caractere disponível no teclado, exceto os carac-
teclado Ctrl+Z imediatamente após a sua realização.
teres * (asterisco, usado em buscas), ? (interroga-
Por exemplo, ao excluir um item por engano, e pres-
sionar Del ou Delete, o usuário pode acionar Ctrl+Z ção, usado em buscas), / (barra normal, significa
(Desfazer) para restaurar ele novamente, sem neces- opção), | (barra vertical, significa concatenador de
sidade de acessar a Lixeira do Windows. comandos), \ (barra invertida, indica um caminho),
E outras ações podem ser repetidas, acionando o “ (aspas, abrange textos literais), : (dois pontos, sig-
atalho de teclado Ctrl+Y (Refazer), quando possível. nifica unidade de disco), < (sinal de menor, signi-
Para obter uma imagem de alguma janela em fica direcionador de entrada) e > (sinal de maior,
exibição, além dos atalhos de teclado PrintScreen e significa direcionador de saída).
Alt+PrintScreen, o usuário pode usar o recurso Instan- z Existem termos que não podem ser usados, como
tâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office. CON (console, significa teclado), PRN (printer, sig-
Outra forma de realizar esta atividade é usar a Fer- nifica impressora) e AUX (indica um auxiliar), por
ramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível no referenciar itens de hardware nos comandos digi-
Windows. tados no Prompt de Comandos. (por exemplo, para
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem enviar para a impressora um texto através da linha
capturada, poderá fazer com o atalho de teclado Win- de comandos, usamos TYPE TEXTO.TXT > PRN).
dows+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo
na pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens. Entre os caracteres proibidos, o asterisco é o mais
A área de transferência é um dos principais recur- conhecido. Ele pode ser usado para substituir de zero
sos do Windows, que permite o uso de comandos, à N caracteres em uma pesquisa, tanto no Windows
realização de ações e controle das ações que serão como nos sites de busca na Internet.
desfeitas. As ações realizadas pelos usuários em relação à
manipulação de arquivos e pastas pode estar condi-
cionada ao local onde ela é efetuada, ou ao local de
EXERCÍCIO COMENTADO origem e destino da ação. Portanto, é importante veri-
ficar no enunciado da questão, geralmente no texto
1. (VUNESP – 2018) No MS-Windows, a partir da sua associado, estes detalhes que determinarão o resulta-
configuração padrão, um objeto foi previamente sele- do da operação.
cionado e, por meio do conjunto de teclas ___________, As operações podem ser realizadas com atalhos
o objeto é copiado para a área de transferência, e por de teclado, com o mouse, ou com a combinação de
meio do conjunto de teclas _____________, o mesmo ambos. As bancas organizadoras costumam questio-
objeto da área de transferência é colado em um local nar ações práticas nas provas e, na maioria das vezes
394 previamente estabelecido. utilizam imagens nas questões.
OPERAÇÕES COM TECLADO
Atalhos de teclado Resultado da operação
Ctrl+X e Ctrl+V
Não é possível recortar e colar na mesma pasta. Será exibida uma mensagem de erro.
na mesma pasta
Ctrl+X e Ctrl+V
Recortar (da origem) e colar (no destino). O item será movido
em locais diferentes
Ctrl+C e Ctrl+V Copiar e colar. O item será duplicado. A cópia receberá um sufixo (Copia) para diferenciar do
na mesma pasta original.
Ctrl+C e Ctrl+V
Copiar (da origem) e colar (no destino). O item será duplicado, mantendo o nome e extensão.
em locais diferentes
Tecla Delete em um Deletar, apagar, enviar para a Lixeira do Windows, podendo recuperar depois, se o item estiver em
item do disco rígido um disco rígido local interno ou externo conectado na CPU.
Tecla Delete em
Será excluído definitivamente. A Lixeira do Windows não armazena itens de unidades removíveis
um item do disco
(pendrive), ópticas ou unidades remotas.
removível
Shift+Delete Independentemente do local onde estiver o item, ele será excluído definitivamente
Renomear. Trocar o nome e a extensão do item. Se houver outro item com o mesmo nome no
F2 mesmo local, um sufixo numérico será adicionado para diferenciar os itens. Não é permitido
renomear um item que esteja aberto na memória do computador.

Lixeira

Um dos itens mais questionados em concursos públicos é a Lixeira do Windows. Ela armazena os itens que
foram excluídos de discos rígidos locais, internos ou externos conectados na CPU.
Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a tecla Delete (DEL), o item é removido do local original e arma-
zenado na Lixeira.
Quando o item está na Lixeira, o usuário pode escolher a opção Restaurar, para retornar ele para o local
original. Se o local original não existe mais, pois suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira recupera o
caminho e restaura o item.
Os itens armazenados na Lixeira poderão ser excluídos definitivamente, escolhendo a opção “Esvaziar Lixeira” no
menu de contexto ou faixa de opções da Lixeira.
Quando acionamos o atalho de teclado Shift+Delete, o item será excluído definitivamente. Pelo Windows, itens
excluídos definitivamente ou apagados após esvaziar a Lixeira não poderão ser recuperados. É possível recuperar
com programas de terceiros, mas isto não é considerado no concurso, que segue a configuração padrão.
Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados com o mouse para fora dela, restaurando o item para o
local onde o usuário liberar o botão do mouse.
A Lixeira do Windows tem o seu tamanho definido em 10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá alterar o
tamanho máximo reservado para a Lixeira, poderá desativar ela excluindo os itens diretamente e configurar Lixeiras
individuais para cada disco conectado.

OPERAÇÕES COM MOUSE


AÇÃO DO USUÁRIO RESULTADO DA OPERAÇÃO
Clique simples no botão principal Selecionar o item
Clique simples no botão secundário Exibir o menu de contexto do item
Executar o item, se for executável. Abrir o item, se for editável, com o programa CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Duplo clique padrão que está associado. Nos programas do computador, poderá abrir um item
através da opção correspondente.
Renomear o item. Se o nome já existe em outro item, será sugerido numerar o
Duplo clique pausado
item renomeado com um sufixo.
Arrastar com botão principal pressio-
nado e soltar na mesma unidade de O item será movido
disco
Arrastar com botão principal pres-
sionado e soltar em outra unidade O item será copiado
de disco
Arrastar com botão secundário do
mouse pressionado e soltar na mes- Exibe o menu de contexto, podendo “Copiar aqui” (no local onde soltar)
ma unidade
Arrastar com botão secundário do
Exibe o menu de contexto, podendo “Copiar aqui” (no local onde soltar) ou “Mover
mouse pressionado e soltar em ou-
aqui”
tra unidade de disco 395
Arrastar na mesma unidade, será movido. Arrastar entre unidades diferentes, será copiado.

OPERAÇÕES COM TECLADO E MOUSE

AÇÃO DO USUÁRIO RESULTADO DA OPERAÇÃO

Arrastar com o botão principal pressionado um O item será copiado, quando a tecla CTRL for liberada, inde-
item com a tecla CTRL pressionada pendente da origem ou do destino da ação

Arrastar com o botão principal pressionado um O item será movido, quando a tecla SHIFT for liberada, inde-
item com a tecla SHIFT pressionada pendente da origem ou do destino da ação

Arrastar com o botão principal pressiona-


Será criado um atalho para o item, independente da ori-
do um item com a tecla ALT pressionada (ou
gem ou do destino da ação
CTRL+SHIFT)

Clique em itens com o botão principal, enquan-


Seleção individual de itens
to mantém a tecla CTRL pressionada

Seleção de vários itens. O primeiro item clicado será o iní-


Clique em itens com o botão principal, enquan-
cio, e o último item será o final, de uma região contínua de
to mantém a tecla SHIFT pressionada
seleção

Extensões de arquivos

O Windows 10 apresenta ícones que representam arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão carac-
teriza o tipo de informação que o arquivo armazena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é atribuída para
ele, de acordo com o programa que o criou. É possível alterar esta extensão, porém corremos o risco de perder
o acesso ao arquivo, que não será mais reconhecido diretamente pelas configurações definidas em Programas
Padrão do Windows.

Importante!
Existem arquivos sem extensão, como itens do sistema operacional. Ela é opcional e procura associar o
arquivo com um programa para visualização ou edição. Se o arquivo não possui extensão, o usuário não
conseguirá executar ele, por se tratar de conteúdo de uso interno do sistema operacional (que não deve ser
manipulado).

Confira na tabela a seguir algumas das extensões e ícones mais comuns em provas de concursos.

EXTENSÃO ÍCONE FORMATO

Adobe Acrobat. Pode ser criado e editado pelos aplicativos Office. Formato de documento
PDF
portável (Portable Document Format) que poderá ser visualizado em várias plataformas.

Documento de textos do Microsoft Word. Textos com formatação que podem ser editados
DOCX
pelo LibreOffice Writer.

Pasta de trabalho do Microsoft Excel. Planilhas de cálculos que podem ser editadas pelo Li-
XLSX
breOffice calc.

Apresentação de slides do Microsoft PowerPoint, que poderá ser editada pelo LibreOffice
PPTX
Impress.

Texto sem formatação. Formato padrão do acessório Bloco de Notas. Poderá ser aberto por
TXT
vários programas do computador.

Rich Text Format – formato de texto rico. Padrão do acessório WordPad, este documento de
RTF
texto possui alguma formatação, como estilos de fontes.
396
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO

MP4, AVI, Formato de vídeo. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone a miniatura
MPG do primeiro quadro. No Windows 10, Filmes e TV reproduzem os arquivos de vídeo.

Formato de áudio. O Gravador de Som pode gravar o áudio. O Windows Media Player e o Groo-
MP3
ve Music, podem reproduzir o som.

BMP, GIF,
Formato de imagem. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone a miniatura
JPG, PCX,
da imagem. No Windows 10, o acessório Paint visualiza e edita os arquivos de imagens.
PNG, TIF

Formato ZIP, padrão do Windows para arquivos compactados. Não necessita de programas
ZIP
adicionais, como o formato RAR que exige o WinRAR.

Biblioteca de ligação dinâmica do Windows. Arquivo que contém informações que podem ser
DLL
usadas por vários programas, como uma caixa de diálogo.

EXE, COM,
Arquivos executáveis, que não necessitam de outros programas para serem executados.
BAT

Uma das extensões menos conhecidas e mais questionadas das bancas é a extensão RTF. Rich Text Format, uma
tentativa da Microsoft em criar um padrão de documento de texto com alguma formatação para múltiplas plata-
formas. A extensão RTF pode ser aberta pelos programas editores de textos, como o Microsoft Word e LibreOffice
Writer, e é padrão do acessório do Windows WordPad.
Se o usuário quiser, pode acessar Configurações (atalho de teclado Windows+I) e modificar o programa padrão.
Alterando esta configuração, o arquivo será visualizado e editado por outro programa de escolha do usuário.
As Configurações do Windows e dos programas instalados estão armazenados no Registro do Windows. O
arquivo do registro do Windows pode ser editado pelo comando regedit.exe, acionado na caixa de diálogo “Exe-
cutar”. Entretanto, não devemos alterar suas hives (chaves de registro) sem o devido conhecimento, pois poderá
inutilizar o sistema operacional.
No Windows 10, Configurações é o Painel de Controle. A troca do nome alterou a organização dos itens de ajus-
tes do Windows, tornando-se mais simples e intuitivo.
Através deste item o usuário poderá instalar e desinstalar programas e dispositivos, configurar o Windows,
além de outros recursos administrativos.
Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10, acessado pela opção Configurações, localizada na lista exibi-
da a partir do botão Iniciar, é possível configurar VPN, Wi‐Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/ Modo avião/
Status da rede/ Ethernet/ Conexão discada/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy.
Modo Avião é uma configuração comum em smartphones e tablets que permite desativar, de maneira rápida,
a comunicação sem fio do aparelho – que inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS, NFC e todos os
demais tipos de uso da rede sem fio.
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar informa- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ções, como, por exemplo, a data de modificação e o tamanho de cada arquivo.

Modos de Exibição do Windows 10

397
z ícones extras grandes: ícones extra grandes com nome (e extensão);
z ícones grandes: ícones grandes com nome (e extensão);
z ícones médios: ícones médios com nome (e extensão) organizados da esquerda para a direita;
z ícones pequenos: ícones pequenos com nome (e extensão) organizados da esq. para a direita;
z Listas: ícones pequenos com nome (e extensão) organizados de cima para baixo;
z Detalhes: ícones pequenos com nome, data de modificação, tipo e tamanho;
z Blocos: ícones médios com nome, tipo e tamanho, organizados da esq. para a direita;
z Conteúdo: ícones médios com nome, autores, data de modificação, marcas e tamanho.

Um dos temas mais questionado em provas anteriores são os modos de exibição do Windows. Se tem um
computador com Windows 10, procure visualizar os modos de exibição no seu Explorador de Arquivos. Praticar
a disciplina no computador, ajuda na memorização dos recursos.

2. Barra ou linha de título


3. Minimizar 4. Maximizar 5. fechar

1. Barra de menus

Área de trabalho do aplicativo

6. Barra de Rolagem

Figura 3. Elementos de uma janela do Windows 10.

1. Barra de menus: são apresentados os menus com os respectivos serviços que podem ser executados no
aplicativo.
2. Barra ou linha de título: mostra o nome do arquivo e o nome do aplicativo que está sendo executado na jane-
la. Através dessa barra, conseguimos mover a janela quando a mesma não está maximizada. Para isso, clique
na barra de título, mantenha o clique e arraste e solte o mouse. Assim, você estará movendo a janela para a
posição desejada. Depois é só soltar o clique.
3. Botão minimizar: reduz uma janela de documento ou aplicativo para um ícone. Para restaurar a janela para
seu tamanho e posição anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes na barra de títulos.
4. Botão maximizar: aumenta uma janela de documento ou aplicativo para preencher a tela. Para restaurar a
janela para seu tamanho e posição anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes na barra de títulos.
5. Botão fechar: fecha o aplicativo ou o documento. Solicita que você salve quaisquer alterações não salvas antes
de fechar. Alguns aplicativos, como os navegadores de Internet, trabalham com guias ou abas, que possui o seu
próprio controle para fechar a guia ou aba. Atalho de teclado Alt+F4.
6. Barras de rolagem: as barras sombreadas ao longo do lado direito (e inferior de uma janela de documento).
Para deslocar-se para outra parte do documento, arraste a caixa ou clique nas setas da barra de rolagem.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) No Windows 10, em sua configuração padrão, os arquivos e pastas apresentam algumas caracte-
rísticas, como

a) poder ter nomes de qualquer tamanho.


b) os arquivos marcados como favoritos, que só podem ser apagados mediante o fornecimento de senha.
c) os seus nomes não aceitarem caracteres especiais, como ? e *.
d) não mais permitir arquivos ocultos.
e) ao contrário de outras versões do Windows, não mais possuem extensão.

Quando as informações são armazenadas no computador, elas precisam ser nomeadas. Os nomes dos arquivos
que contém os dados armazenados, e das pastas onde os arquivos estão organizados, segue a mesma regra desde
os primeiros computadores PC no final dos anos 70.
Os nomes poderão ter até 255 caracteres, que somados aos caracteres de unidade de disco e diretório raiz, totalizará
260 caracteres no caminho de pasta. As extensões são opcionais, porém não foram eliminadas na versão do sistema
398 operacional Windows 10.
Os nomes de arquivos e pastas podem ser compos- Ao clicar com o botão direito sobre o ícone da Lixei-
tos por qualquer caractere disponível no teclado, à ra, será mostrado o menu de contexto, e escolhendo
exceção dos caracteres * (asterisco, usado em bus- ‘Esvaziar Lixeira’, os itens serão removidos definiti-
cas), ? (interrogação, usado em buscas), / (barra vamente. Pelo Windows não haverá como recuperar...
normal, significa opção), | (barra vertical, significa
concatenador de comandos), \ (barra invertida, indi-
ca um caminho), “ (aspas, abrange textos literais), :
(dois pontos, significa unidade de disco), < (sinal de
EXERCÍCIO COMENTADO
menor, significa direcionador de entrada) e > (sinal 1. (VUNESP – 2020) Em um computador com Microsoft Win-
de maior, significa direcionador de saída). Resposta: dows instalado, em sua configuração original, um usuário
Letra C. clicou com o botão invertido do mouse sobre um ponto
vazio da Área de Trabalho e obteve o seguinte menu de
USO DOS MENUS contexto, exibido parcialmente na imagem a seguir.

No Windows 10, tanto pelo Explorador de Arquivos Exibir


como pelo menu Iniciar, encontramos as opções para
Classificar por
gerenciamento de arquivos, pastas e configurações.
O Windows 10 disponibiliza listas de atalho como Atualizar
recurso que permite o acesso direto a sítios, músicas,
documentos ou fotos. O conteúdo dessas listas está Colar
diretamente relacionado com o programa ao qual Colar atalho
elas estão associadas. O recurso de Lista de Atalhos,
Desfazer Mover Ctrl+z
novidade do Windows 7 que foi mantida nas versões
seguintes, possibilita organizar os arquivos abertos Novo
por um aplicativo ao ícone do aplicativo, com a possi-
bilidade ainda de fixar o item na lista. Configurações de exibição
No Explorador de Arquivos do Windows 10, os
Personalizar
menus foram trocados por guias, semelhante ao
Microsoft Office. Ao pressionar ALT, nenhum menu
escondido será mostrado (como no Windows 7), mas A opção Novo permite que se crie um(a) novo(a)
os atalhos de teclado para as guias Arquivo, Início, a) Usuário
Compartilhar e Exibir. b) Atalho
c) Papel de parede
d) Barra de ferramentas
e) Pesquisa por arquivos

A opção “Novo”, disponível no menu de contexto,


permite a criação de uma Pasta (vazia) ou um ata-
lho (para um item).
Ao efetuar um clique com o botão invertido (secundário
ou botão direito, no mouse configurado para pessoas
O botão direito do mouse exibe a janela pop-up
destras), em algum local vazio da área de trabalho, será
chamada “Menu de Contexto”. Em cada local que for
exibido o menu de contexto. Nele existem as opções para
clicado, uma janela diferente será mostrada. configuração da visualização, do monitor e as ações de
As opções exibidas no menu de contexto contém manipulação de arquivos e pastas do Windows.
as ações permitidas para o item clicado naquele local.
Através do menu de contexto da área de trabalho, Novo
podemos criar nova pasta (Ctrl+Shift+N), novo Atalho,
ou novos arquivos (Imagem de bitmap [BMP Paint], CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Documento do Microsoft Word [DOCX Microsoft
Word], Formato Rich Text [RTF WordPad], Documen-
to de Texto [TXT Bloco de Notas], Planilha do Micro-
soft Excel [XLSX Microsoft Excel], Pasta Compactada
[extensão ZIP], entre outros).

Dica
Arquivos de imagens são editados pelo acessó-
rio do Windows Microsoft Paint, que no Windo-
ws 10 oferece a versão Paint 3D.

Cada item (pasta ou arquivo) armazena uma série


de informações relacionadas a si próprio. Estas infor- Atalho é um link, uma ligação, e será representa-
mações podem ser consultadas em Propriedades, do pelo ícone com seta, que poderá apontar para
acessado no menu de contexto, exibido quando clicar outros arquivos, pastas, unidades, dispositivos e
com o botão direito do mouse sobre o item. sites na Internet. Resposta: Letra B 399
PROGRAMAS E APLICATIVOS No menu Iniciar, em Ferramentas Administrativas
do Windows, encontraremos os outros programas,
Os programas associados ao Windows 10 podem
como por exemplo: Agendador de Tarefas, Gerencia-
ser classificados em:
mento do Computador, Limpeza de Disco etc. Na par-
te de segurança encontramos o Firewall do Windows,
z Componentes do sistema operacional;
z Aplicativos e Acessórios; um filtro das portas TCP do computador, que autoriza
z Ferramentas de Manutenção e Segurança. ou bloqueia o acesso para a rede de computadores, e
z App’s – aplicativos disponíveis na Loja (Windows de acesso externo ao computador.
Store) para instalação no computador do usuário.

Dica Firewall do Windows


Painel de controle
Os acessórios do Windows são aplicativos nati-
vos do sistema operacional, que estão dispo-
níveis para utilização mesmo que não existam A tabela a seguir procura resumir os recursos e
outros programas instalados no computador. Os novidades do Windows 10. Confira.
acessórios oferecem recursos básicos para ano-
tações, edição de imagens e edição de textos. WINDOWS 10 O QUE
Gerenciamento de arquivos e
Na primeira categoria encontramos o Configura- Explorador de Arquivos
pastas do computador.
ções (antigo Painel de Controle). Usado para realizar
as configurações de software (programas) e hardware Referência ao local no gerencia-
dor de arquivos e pastas para
(dispositivos), permite alterar o comportamento do Este Computador
unidades de discos e pastas
sistema operacional, personalizando a experiência no
Favoritas.
Windows 7. No Windows 10 o Painel de Controle cha-
ma-se Configurações, e pode ser acessado pelo atalho Ferramenta de sistema para or-
Desfragmentar e Otimi- ganizar os arquivos e pastas do
de teclado Windows+X no menu de contexto, ou dire-
zar Unidades computador, melhorando o tem-
tamente pelo atalho de teclado Windows+I. po de leitura dos dados.
Na segunda categoria, temos programas que reali-
zam atividades e outros que produzem mais arquivos. Win+S Pesquisar
Por exemplo, a calculadora. É um acessório do Windo- Pressionar DEL em um item
Envia imediatamente
ws 10 que inclui novas funcionalidades em relação às selecionado.
versões anteriores, como o cálculo de datas e conver- Permite configurar software e
Configurações
são de medidas. Temos também o Notas Autoadesivas hardware do computador.
(como pequenos post its na tela do computador). Home, Pro, Enterprise,
Outros acessórios são o WordPad (para edição Edições do Windows
Education.
de documentos com alguma formatação), Bloco de Integração com xBox, modo
Notas (para edição de arquivos de textos), MSPaint xBox (Games, músicas
multiplayer gratuito, streaming
(para edição de imagens) e Visualizador de Imagens = Groove)
de jogos do xBox One.
(que permite ver uma imagem e chamar o editor
Com blocos dinâmicos
correspondente). Menu Iniciar
(live tiles)
E finalmente, as ferramentas do sistema. Desfrag-
Hyperboot & InstantGo Inicialização rápida
mentar e Otimizar Unidades2 (antigo Desfragmenta-
dor de Discos, para organizar clusters3), Verificação de Menu Iniciar, Barra
Erros (para procurar por erros de alocação), Backup de Tarefas e Blocos Fixar aplicativos
Dinâmicos
do Windows (para cópia de segurança dos dados do
usuário) e Limpeza de Disco (para liberar espaço livre Autenticação biométrica permi-
no disco). Windows Hello te logar no sistema sem preci-
sar de senhas.
Acessar os documentos do
Desfragmentar e Otimizar Unidades OneDrive diretamente do Win-
OneDrive integrado
Aplicativo da área de trabalho dows Explorer e Explorador de
Arquivos
Permite alternar de maneira fá-
Otimizar e desfragmentar unidade cil entre os modos de desktop e
Continuum
tablet, sendo ideal para disposi-
A otimização das unidades do computador pode tivos conversíveis.
ajudá-lo a funcionar com mais eficiência.
O novo navegador da Micro-
Otimizar Microsoft Edge soft está disponível somente no
Windows 10.

2  Em cada local do Windows, o item poderá ter um nome diferente. “Desfragmentar e Otimizar Unidades” é o nome do recurso. “Otimizar e
desfragmentar unidade” é o nome da opção.
400 3  Unidades de alocação. Quando uma informação é gravada no disco, ela é armazenada em um espaço chamado cluster.
WINDOWS 10 O QUE O Bloco de Notas (notepad.exe): é um acessório do
Com funcionamento análogo Windows para edição de arquivos de texto sem forma-
à Google Play Store e à Apple tação, com extensão TXT.
Windows Store Store, o ambiente permite com-
prar jogos, apps, filmes, músi-
cas e programas de TV.
O recurso permite visualizar da-
Desktops virtuais dos de vários computadores em
uma única tela.
Windows Update,
Fornecimento do Windows
Windows Update for
como um serviço, para manter o
Business, Current Bran-
Windows atualizado
ch for Business e Long
Windows as a Service – WaaS O WordPad (wordpad.exe) é um acessório do Win-
Term Servicing Branch
Intregração com Win- dows para edição de arquivos de texto com alguma
Aplicativos Fotos aprimorado formatação, com extensão RTF e DOCX.
dows Phone
O WordPad se assemelha ao Microsoft Word, com
O modo tablet deixa o Windo-
recursos simplificados.
ws mais fácil e intuitivo de usar
Modo tablet
com touch em dispositivos tipo
conversíveis.
Email, Calendário,
Notícias, entre ou- Executar aplicativos Metro
tros – também foram (Windows 8 e 8.1) em janelas
melhorados.
Compartilhar sua rede Wi-Fi
Compartilhar Wi-Fi com os amigos sem revelar a
senha
Sincronizar dados entre seu PC
Complemento para
e smartphone ou tablete, seja O Paint (mspaint.exe) é o acessório do Windows
Telefone
iOs ou Android. para edição de imagens BMP, GIF, JPG, PNG e TIF.
Configurações > Siste- Analisar o espaço de armazena-
ma > Armazenamento mento em seu PC
Usar o comando Ctrl + V no
Prompt de Comandos
prompt de comando
Assistente pessoal semelhante
Cortana a Siri da Apple, que já está dis-
ponível em português.
Na área de notificações do Win-
dows 10, a Central de Notificações
Central de Notificações reúne as mensagens do e-mail, do
computador, de segurança e ma- A Ferramenta de Captura é um aplicativo da área
nutenção, entre outras. de trabalho do Windows 10, que permite copiar parte
de alguma tela em exibição.
Quando você clica duas vezes em um arquivo,
como por exemplo, uma imagem ou documento, o
arquivo é aberto no programa que está definido como
o “programa padrão” para esse tipo de arquivo no CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Windows 10. Porém, se você gosta de usar outro pro-
grama para abrir o arquivo, você pode defini-lo como
padrão. Disponível em Configurações, Sistema, Aplica-
tivos Padrão.

Notas Autoadesivas (que agora se chama Stick


Notes) é um aplicativo do Windows 10, que permite a
inserção de pequenas notas de texto na área de traba-
lho do Windows, como recados do tipo Post-It.
As Anotações podem ser vinculadas ao Microsoft
Bing e assistente virtual Cortana. Assim, ao anotar um
endereço, o mapa é exibido. Ao anotar um número de
voo, as informações serão mostradas sobre a partida.
O aplicativo “Filmes e TV” pode ser usado para
visualização de vídeos, assim como o “Windows Media
Player”.
O Prompt de Comandos (cmd.exe) é usado para
digitar comandos em um terminal de comandos. 401
O Microsoft Edge é o navegador de Internet padrão z As pastas de trabalho do tipo modelo, possuem a
do Windows 10 . Podemos usar outros navegadores, extensão XLTX.
como o Internet Explorer 11 , Mozilla Firefox , Google z As pastas de trabalho do tipo modelo habilitadas
Chrome , Apple Safari, Opera Browser, etc. para macros possuem a extensão XLTM.
O Windows Update (verificar se há atualizações) é z O arquivo do Excel que contém os dados de uma
o recurso do Windows para manter ele sempre atua- planilha que não foi salva, que pode ser recupera-
lizado. Está em Configurações (atalho de teclado Win- da pelo usuário, possui a extensão XLSB. (binário)
dows+I), Atualização e segurança. z O arquivo com extensão CSV (Comma Separated
Values) contém textos separados por vírgula, que
podem ser importados pelo Excel, podem ser usa-
dos em mala direta do Word, incorporados a um
banco de dados, etc.
z Um arquivo com a extensão. contact é um contato,
que pode ser usado no Outlook 2016
z Arquivos compactados com extensão ZIP podem
armazenar outros arquivos e pastas.
z Os arquivos compactados podem ser criados pelo menu
de contexto, opção Enviar para, Pasta Compactada.
z Os arquivos de Internet, como páginas salvas, rece-
bem a extensão HTML e uma pasta será criada
para os arquivos auxiliares (imagens, vídeos, etc.).
EXERCÍCIO COMENTADO z O conteúdo de arquivos do Office pode ser transfe-
rido para outros arquivos do próprio Office através
1. (VUNESP – 2019) Assinale a alternativa correta sobre da Área de Transferência do Windows.
o Bloco de Notas do Microsoft Windows 10, em sua z O conteúdo formatado do Office poderá ser trans-
configuração padrão. ferido para outros arquivos do Windows, mas a
formatação poderá ser perdida.
a) Existe um recurso de criação de tabelas, igual ao
Microsoft Word 2016.
b) É possível trocar a fonte de letra de um texto digitado. EXERCÍCIO COMENTADO
c) Imagens podem ser incluídas em um texto criado no
Bloco de Notas, porém apenas copiando a partir da 2. (VUNESP – 2020) Um usuário do MS-Windows com
Área de Transferência. MS-Office 2010, em suas configurações originais,
d) É possível alterar a cor das letras de um texto digitado. acessou uma pasta em seu computador e viu a lista
e) O Bloco de Notas tem um recurso de corretor ortográ- de arquivos exibida a seguir.
fico, mas não corretor gramatical.

O Bloco de Notas é um editor de anotações simples, arq.pptx


que trabalha com o formato .TXT (Texto sem Forma-
tação), que não permite a criação de tabelas, alte- bbc.docx
ração das cores de fontes ou inserção de imagens,
pois são elementos gráficos de formatação não otr.txt
suportados. O Bloco de Notas não possui recursos
de correção do texto como o corretor ortográfico e slc.xlsx
gramatical, função disponível em editores de textos
como o Microsoft Word, integrante do pacote de
wpa.zip
aplicativos Microsoft Office. Resposta: Letra B.

INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS A quantidade de arquivos na imagem cuja extensão


MS-OFFICE 2010 corresponde a editores de texto é

z Os documentos de texto produzidos pelo Microsoft a) 1.


Word 2010 possuem a extensão DOCX.
b) 2.
z Os documentos de texto habilitados para macros4,
c) 3.
possuem a extensão DOCM.
d) 4.
z Um modelo5 de documento é um arquivo que pode
ser usado para criar novos arquivos a partir de uma e) 5.
formatação pré-estabelecida. A extensão é DOTX.
z Um modelo de documento habilitado para macros São dois arquivos. “bbc.docx” é um documento do
contém além da formatação básica para criação de Microsoft Word e “otr.txt” é um arquivo de texto
outros documentos, comandos programados para sem formatação do acessório do Windows Bloco
automatização de tarefas. A extensão é DOTM. de Notas. “arq.pptx” é uma apresentação de slides
z As pastas de trabalho produzidas pelo Microsoft do Microsoft PowerPoint, “slc.xlsx” é uma pasta de
Excel 2010 possuem a extensão XLSX. trabalho do Microsoft Excel e “wpa.zip” é uma pasta
z As pastas de trabalho habilitadas para macros pos- compactada, um arquivo que contém outros arqui-
suem a extensão XLSM. vos e/ou pastas compactados. Resposta: Letra B.
4  Macros são pequenos programas desenvolvidos dentro de arquivos do Office, para automatização de tarefas. Os códigos dos programas são
escritos em linguagem VBA – Visual Basic for Applications. Arquivos com macros podem conter vírus, e no momento da abertura, o programa
perguntará se o usuário deseja ativar ou não as macros.
402 5  Template = modelo de documento, planilha ou apresentação, com a formatação básica a ser usada no novo arquivo.
Atalhos de teclado – Windows 10
ATALHO AÇÃO
Dica Acessa o segundo programa da barra
Win+2
Os atalhos de teclado do Windows são de termos de tarefas
originais em inglês. Por serem atalhos de teclado do Win+B Acessa a Área de Notificação
sistema operacional, são válidos para os programas
que estiverem sendo executados no Windows. Win+D Mostra o desktop (área de trabalho)

Win+E Abre o Explorador de Arquivos.


ATALHO AÇÃO
Feedback – hub para comentários so-
Alterna para o próximo aplicativo em Win+F
Alt+Esc bre o Windows.
execução
Win+I Configurações (Painel de Controle)
Exibe a lista dos aplicativos em
Alt+Tab Win+L Bloquear o Windows (Lock, bloquear)
execução

Volta para a pasta anterior, que es- Minimiza todas as janelas e mostra a
Backspace tava sendo exibida no Explorador de Win+M área de trabalho, retornando como esta-
Arquivos. vam antes.

Ctrl+A Selecionar tudo Selecionar o monitor/projetor que será


Win+P usado para exibir a imagem, podendo
Copia o item (os itens) para a Área de repetir, estender ou escolher
Ctrl+C
Transferência
Search, para pesquisas (substitui o
Ctrl+Esc Botão Início Win+S
Win+F)
Ctrl+E / Exibe a lista dos aplicativos em execu-
Pesquisar Win+Tab
Ctrl+F ção em 3D (Visão de Tarefas)
Ctrl+Shif- Menu de acesso rápido, exibido ao lado
Gerenciador de Tarefas Win+X
t+Esc do botão Iniciar
Cola o item (os itens) da Área de Trans-
Ctrl+V
ferência no local do cursor

Move o item (os itens) para a Área de


Ctrl+X
Transferência
REDES DE COMPUTADORES
Ctrl+Y Refazer CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS,
APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E
Desfaz a última ação. Se acabou de INTRANET
renomear um arquivo, ele volta ao nome
Ctrl+Z original. Se acabou de apagar um arqui- A Internet é a rede mundial de computadores que
vo, ele restaura para o local onde estava surgiu nos Estados Unidos com propósitos militares,
antes de ser deletado. para proteger os sistemas de comunicação em caso de
ataque nuclear, durante a Guerra Fria.
Del Move o item para a Lixeira do Windows Na corrida atrás de tecnologias e inovações, Esta-
dos Unidos e União Soviética lançavam projetos que
F1 Exibe a ajuda procuravam proteger as informações secretas de
F11 Tela Inteira ambos os países e seus blocos de influência.
ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced
Renomear, trocar o nome: dois arquivos Research Projects Agency, era um modelo de troca e
com mesmo nome e mesma extensão compartilhamento de informações que permitisse a CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
não podem estar na mesma pasta, se descentralização das mesmas, sem um ‘nó central’,
F2 já existir outro arquivo com o mesmo garantindo a continuidade da rede mesmo que um nó
nome, o Windows espera confirmação, fosse desligado.
símbolos especiais não podem ser usa- A troca de mensagens começou antes da própria
dos, como / | \ ? * “ < > : Internet. Logo, o e-mail surgiu primeiro, e depois veio
a Internet como conhecemos e usamos.
Pesquisar, quando acionado no Explora- Ela passou a ser usada também pelo meio educa-
F3
dor de Arquivos. Win+S fora dele. cional (universidades) para fomentar a pesquisa aca-
dêmica. No início dos anos 90 ela se tornou aberta e
F5 Atualizar comercial, permitindo o acesso de todos.
Exclui definitivamente, sem armazenar
Shift+Del
na Lixeira

Win Abre o menu Início


Usuário Modem
Acessa o primeiro programa da barra de Internet
Win+1 Provedor de Acesso
tarefas
Figura 1. Para acessar a Internet, o usuário utiliza um modem que se
conecta a um provedor de acesso através de uma linha telefônica 403
A navegação na Internet é possível através da com-
binação de protocolos, linguagens e serviços, operan-
NAVEGADOR WEB (MICROSOFT EDGE
do nas camadas do modelo OSI (7 camadas) ou TCP (5 VERSÃO 91 E MOZILLA FIREFOX
camadas ou 4 camadas). VERSÃO 78 ESR), BUSCA E PESQUISA
A Internet conecta diversos países e grandes cen- NA WEB
tros urbanos através de estruturas físicas chamadas Os navegadores de Internet reconhecem os protoco-
de backbones. São conexões de alta velocidade que los da família TCP/IP, que permite a comunicação entre
permitem a troca de dados entre as redes conectadas. os dispositivos nas redes de computadores. São exem-
plos de protocolos de transferência de dados: HTTP
O usuário não consegue se conectar diretamente no
(hipertextos), HTTPS (hipertextos de forma segura), FTP
backbone. Ele deve acessar um provedor de acesso ou (arquivos), SMTP (mensagens de correio eletrônico),
uma operadora de telefonia através de um modem, e NNTP (grupos de discussão e notícias), entre outros.
a empresa se conecta na ‘espinha dorsal’. Ao navegar na Internet com um navegador ou bro-
wser, o usuário está em uma sessão de navegação.
Após a conexão na rede mundial, o usuário deve A sessão de navegação poderá ser em janelas ou
utilizar programas específicos para realizar a navega- em guias dentro das janelas.
ção e acesso ao conteúdo oferecido pelos servidores. As guias ou abas podem ser iniciadas com o cli-
que em links das páginas visitadas, ou clique no link
enquanto mantém a tecla CTRL pressionada, ou ata-
CONCEITO USO COMENTÁRIOS lho de teclado Ctrl+T para nova guia em branco, ou cli-
Conhecido como nuvem, e tam- que no link com o botão direito do mouse para acessar
bém como World Wide Web, ou o menu de contexto e escolher a opção “Abrir link em
Conexão entre WWW, a Internet é um ambiente in- nova guia”. As guias ou abas podem ser fechadas com
Internet o atalho de teclado Ctrl+W ou Ctrl+F4.
computadores seguro, que utiliza o protocolo TCP
para conexão em conjunto a outros A janela de navegação ‘normal’ é aberta com o
para aplicações específicas. atalho de teclado Ctrl+N, ou clique no link enquanto
mantém a tecla SHIFT pressionada, ou clique no link
Ambiente seguro que exige iden- com o botão direito do mouse para acessar o menu de
tificação, podendo estar restrito
contexto e escolher a opção “Abrir link em nova jane-
a um local, que poderá acessar
Intranet
Conexão com
a Internet ou não. A Intranet uti-
la”. A janela poderá ser fechada com o atalho de tecla-
autenticação do Alt+F4. Se houver várias guias abertas na janela,
liza o mesmo protocolo da Inter-
net, o TCP, podendo usar o UDP com o atalho de teclado Alt+F4, todas serão fechadas.
também. Para reabrir uma guia ou janela que foi fechada,
pressione o atalho de teclado Ctrl+Shift+T.
Conexão remota segura, prote- Os navegadores de Internet permitem a continua-
Conexão entre gida com criptografia, entre dois ção da navegação nas guias que estavam abertas na
Extranet d i s p o s i t i v o s dispositivos, ou duas redes. O última sessão. Alterando as configurações do navega-
ou redes acesso remoto é geralmente su- dor, na próxima vez que ele for executado, exibirá as
portado por uma VPN.
últimas guias que foram acessadas na última sessão.
Os navegadores de Internet não permitem a edição
de arquivos PDF de forma nativa. O formato PDF é o
Os editais costumam explicitar Internet e Intranet, mais popular para distribuição de conteúdo na Inter-
mas também questionam Extranet. A conexão remota net, e pode ser editado por aplicativos específicos
segura que conecta Intranet’s através de um ambiente como o Microsoft Word.
Os navegadores de Internet possuem mecanismos
inseguro que é a Internet, é naturalmente um resulta-
internos que procuram proteger a navegação do usuá-
do das redes de computadores. rio por sites, alertando sobre sites que tenham con-
teúdo malicioso, download automático de códigos,
arquivos que são potencialmente perigosos se execu-
Internet, Intranet e Extranet tados, entre outras medidas.
Redes de
computadores
Importante!
Os navegadores possuem mais recursos em
Internet Intranet Extranet
comum do que diferenças. As bancas costumam
Rede mundial de Rede local de Acesso remoto perguntar os itens que são diferentes ou exclusivos.
computadores acesso restrito seguro

Microsoft Edge
Utiliza os mesmos
Protocolos TCP/IP protocolos da Protocolos seguros
Internet Navegador multiplataforma da Microsoft, padrão
Padrão de
Família TCP/IP
Criptografia em no Windows 10, atualmente é desenvolvido sobre
comunicação VPN
o kernel (núcleo) Google Chromium, o que traz uma
série de itens semelhantes ao Google Chrome.
A Internet é transparente para o usuário. Qualquer Integrado com o filtro Microsoft Defender SmartS-
creen, permite o bloqueio de sites que contenham
usuário poderá acessar a Internet sem ter conheci-
phishing (códigos maliciosos que procuram enganar o
mento técnico dos equipamentos que existem para usuário, como páginas que pedem login/senha do car-
404 possibilitar a conexão. tão de crédito).
Outro recurso de proteção é usado para combater Snippets fazem parte do navegador Firefox. Eles
vulnerabilidades do tipo XSS (cross-site-scripting), que oferecem pequenas dicas para que você possa apro-
favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compar- veitar ao máximo o Firefox. Também pode aparecer
tilhar dados entre sites sem permissão do usuário. novidades sobre produtos Firefox, missão e ativismo
Ele substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o da Mozilla, notícias sobre integridade da internet e
visualizador padrão de arquivos PDFs no Windows muito mais.
10. Foram adicionados recursos que permitem ‘Dese-
nhar’ sobre o conteúdo do PDF. Google Chrome
Mantém as características dos outros navegado-
res de Internet, como a possibilidade de instalação de O navegador mais utilizado pelos usuários da
extensões ou complementos, também chamados de Internet é oferecido pela Google, que mantém serviços
plugins ou add-ons, que permitem adicionar recursos como Buscas, E-mail (Gmail), vídeos (Youtube), entre
específicos para a navegação em determinados sites. muitos outros.
As páginas acessadas poderão ser salvas para aces- Uma das pequenas diferenças do navegador em
sar off-line, marcadas como preferidas em Favoritos, relação aos outros navegadores é a tecla de atalho
consultadas no Histórico de Navegação ou salvas para acesso à Barra de Endereços, que nos demais é
como PDF no dispositivo do usuário. F4 e nele é F6. Outra diferença é o acesso ao site de
Coleções no Microsoft Edge, é um recurso exclusivo pesquisas Google, que oferece a pesquisa por voz se
para permitir que a navegação inicie em um dispositi- você acessar pelo Google Chrome.
vo e continue em outro dispositivo logado na mesma Outro recurso especialmente útil do Chrome é o
conta Microsoft. Semelhante ao Google Contas, mas Gerenciador de Tarefas, acessado pelo atalho de tecla-
nomeado como Coleções no Edge, permite adicionar do Shift+Esc. Quando guias ou processos do navegador
sugestões do Pinterest. não estiverem respondendo, o gerenciador de tarefas
Outro recurso específico do navegador é a repro- poderá finalizar, sem finalizar todo o programa.
dução de miniaturas de vídeos ao pesquisar no site Alguns recursos do navegador são ‘emprestados’
Microsoft Bing (buscador da Microsoft). do site de buscas, como a tradução automática de
páginas pelo Google Tradutor.
Internet Explorer É possível compartilhar o uso do navegador com
outras pessoas no mesmo dispositivo, de modo que
Foi o navegador padrão dos sistemas Windows, cada uma tenha suas próprias configurações e arqui-
e encerrou na versão 11. Alguns concursos ainda o vos. O navegador Google Chrome possui níveis dife-
questionam. Suas funcionalidades foram mantidas no rentes de acessos, que podem ser definidos quando o
Microsoft Edge, por questões de compatibilidade. usuário conecta ou não em sua conta Google.
A compatibilidade é um princípio no desenvolvi-
mento de substitutos para os programas, que deter- z Modo Normal – sem estar conectado na conta Goo-
mina que a nova versão ou novo produto, terá os gle, o navegador armazena localmente as informa-
recursos e irá operar como as versões anteriores ou ções da navegação para o perfil atual do sistema
produtos de origem. operacional. Todos os usuários do perfil, poderão
O atalho de teclado para abrir uma nova janela de consultar as informações armazenadas.
navegação InPrivate é Ctrl+Shift+P. z Modo Normal conectado na conta Google – o nave-
As Opções de Internet, disponível no menu Fer- gador armazena localmente as informações da
ramentas, também poderá ser acessado pelo Painel navegação e sincroniza com outros dispositivos
de Controle do Windows, devido à alta integração do conectados na mesma conta Google.
navegador com o sistema operacional. z Modo Visitante – o navegador acessa a Internet,
mas não acessa as informações da conta Google
Mozilla Firefox registrada.
z Modo de Navegação Anônima – o navegador aces-
O Mozilla Firefox é o navegador de Internet que, sa a Internet e apaga os dados acessados quando a
como os demais browsers, possibilita o acesso ao con- janela é fechada.
teúdo armazenado em servidores remotos, tanto na
Internet como na Intranet. O navegador Google Chrome, quando conectado em
É um navegador com código aberto, software livre, uma conta Google, permite que a exclusão do histórico
de navegação seja realizada em todos os dispositivos CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
que permite download para estudo e modificações.
Possui suporte ao uso de applets (complementos de conectados. Esta funcionalidade não estará disponível,
terceiros), que são instalados por outros programas caso não esteja conectado na conta Google.
no computador do usuário, como o Java. Um dos atalhos de teclado diferente no Google
Oferece o recurso Firefox Sync, para sincronização Chrome em comparação aos demais navegadores é F6.
de dados de navegação, semelhante ao Microsoft Con- Para acessar a barra de endereços nos outros nave-
tas e Google Contas dos outros navegadores. Entretan- gadores, pressione F4. No Google Chrome o atalho de
to, caso utilize o modo de navegação privativa, estes teclado é F6.
dados não serão sincronizados. Para verificar a versão atualmente instalada do
Assim como nos outros navegadores, é possível Chrome, acesse no menu a opção “Ajuda” e depois
definir uma página inicial padrão, uma página inicial “Sobre o Google Chrome”. Se houver atualizações pen-
escolhida pelo usuário (ou várias páginas) e continuar dentes, elas serão instaladas. Se as atualizações foram
a navegação das guias abertas na última sessão. instaladas, o usuário poderá reiniciar o navegador.
No navegador Firefox, o recurso Captura de Tela Caso o navegador seja reiniciado, ele retornará nos
permite copiar para a Área de Transferência do com- mesmos sites que estavam abertos antes do reinício,
putador, parte da imagem da janela que está sendo com as mesmas credenciais de login.
acessada. A seguir, em outro aplicativo o usuário O Google Chrome permite a personalização com
poderá colar a imagem capturada ou salvar direta- temas, que são conjuntos de imagens e cores combina-
mente pelo navegador. das para alterar a visualização da janela do aplicativo. 405
Ao contrário de muitos outros tópicos dos editais
EXERCÍCIO COMENTADO
de concursos públicos, esta parte você consegue prati-
1. (CESGRANRIO – 2018) Qual atalho de teclado pode car, até no seu smartphone. Comece a usar os símbolos
ser usado nos navegadores Mozilla Firefox e Micro- e comandos nas suas pesquisas na Internet, e visualize
soft Edge para trazer de volta a última guia fechada, os resultados obtidos.
no sistema operacional Windows?
SÍMBOLO USO EXEMPLO
a) Alt F4
Pesquisa exata, na mes-
b) Ctrl + o Aspas “Nova
ma ordem que forem digi-
duplas Concursos”
c) Ctrl + Shift + q tados os termos.
d) Ctrl + Shift + t Menos ou concursos
Excluir termo da pesquisa.
e) Ctrl + w traço –militares
Til concursos
Pesquisar sinônimos.
O atalho de teclado Ctrl+Shift+T é para reabrir a (acento) ~públicos
última guia fechada. Alt+F4 é para fechar a janela Substituir termos na pes-
do navegador. Ctrl+O é para abrir um arquivo no quisa, para pesquisar ‘ins-
Asterisco crições encerradas’, e ‘ins- inscrições *
dispositivo do usuário. Ctrl+Shift+Q é para encerrar
crições abertas’, e ‘inscri-
a janela do navegador (como Alt+F4). Ctrl+W é para ções suspensas’, etc.
fechar apenas a aba atual (como Ctrl+F4). Resposta:
Cifrão Pesquisar por preço. celulares $1000
Letra D.
Dois Intervalo de datas ou campeão
pontos preço. 1980..1990
Sites de busca e pesquisa
Pesquisar em redes
Arroba @novaconcursos
sociais.
Na Internet, os sites (sítios) de busca e pesquisa têm
como finalidade apresentar os resultados de endere- Pesquisar nas marcações
Hashtags #informática
ços URLs com as informações solicitadas pelo usuário. de postagens.

Google Buscas, da empresa Google, e Microsoft


Bing, da Microsoft, são os dois principais sites de pes-
COMANDO USO EXEMPLO
quisa da atualidade. No passado, sites como Cadê,
Aonde, Altavista e Yahoo também contribuíram para a Resultados de ape- livro site:www.uol.
site:
acessibilidade das informações existentes na Internet, nas um site. com.br
indexando em diretórios os conteúdos disponíveis. Somente um tipo apostila
Os sites de pesquisas foram incorporados aos filetype:
de arquivo. filetype:pdf
navegadores de Internet, e na configuração dos bro-
Definição de um
wsers temos a opção “Mecanismo de pesquisa”, que define: define:smtp
termo.
permite a busca dos termos digitados diretamente na
barra de endereços do cliente web. Esta funcionalida- intitle: No título da página. intitle:concursos
de transforma a nossa barra de endereços em uma
No endereço URL
omnibox (caixa de pesquisa inteligente), que preenche inurl: inurl:nova
da página.
com os termos pesquisados anteriormente e oferece
sugestões de termos para completar a pesquisa. Pesquisa o horário
O Microsoft Edge tem o Microsoft Bing como busca- time: em determinado time:japan
local.
dor padrão. O Mozilla Firefox e o Google Chrome têm
o Google Buscas como buscador padrão. As configura- related: Sites relacionados. related:uol.com.br
ções podem ser personalizadas pelo usuário.
Versão anterior do
Os sites de pesquisas incorporam recursos para cache: cache:uol.com.br
site.
operações cotidianas, como pesquisa por textos,
imagens, notícias, mapas, produtos para comprar Páginas que con-
link:
em lojas on-line, efetua cálculos matemáticos, tra- link: tenham link para
novaconcursos
duz textos de um idioma para outro, entre inúmeras outras.
funcionalidades. Informações de um location: méxico
location:
Os sites de pesquisas ignoram pontuação, acen- determinado local. terremoto
tuação e não diferenciam letras maiúsculas de letras
minúsculas, mesmo que sejam digitadas entre aspas.
Os comandos são seguidos de dois pontos e não pos-
E além de todas estas características, os sites de
suem espaço com a informação digitada na pesquisa.
pesquisa permitem o uso de caracteres especiais (sím-
bolos) para refinar os resultados e comandos para O site de pesquisas Google também oferece respos-
selecionar o tipo de resultado da pesquisa. Nos con- tas para pedidos de buscas. O site Microsoft Bing ofe-
406 cursos públicos, estes são os itens mais questionados. rece mecanismos similares.
As possibilidades são quase infinitas, pois os assistentes digitais (Alexa, Google Assistent, Siri, Cortana) permi-
tem a pesquisa por voz. Veja alguns exemplos de pedidos de buscas nos sites de pesquisas.

PEDIDO USO EXEMPLO

traduzir ... para ... Google Tradutor. traduzir maçã para japonês

lista telefônica:número Páginas com o telefone. Lista telefônica:99999-9999

código da ação Cotação da bolsa de valores. GOOG

clima localidade Previsão do tempo. clima são paulo

código do voo Status de um voo (viagens). ba247

Os resultados apresentados pelas pesquisas do site são filtrados pelo SafeSearch. O recurso procura filtrar os
resultados com conteúdo adulto, evitando a sua exibição. Quando desativado, os resultados de conteúdo adulto
serão exibidos normalmente.
No Microsoft Bing, na página do buscador www.bing.com, acesse o menu no canto superior direito e escolha
o item Pesquisa Segura.
No Google, na página do site do buscador www.google.com, acesse o menu Configurações no canto inferior
direito e escolha o item Configurações de Pesquisa.

Importante!
As bancas costumam questionar funcionalidades do Microsoft Bing que são idênticas às funcionalidades do
Google Buscas. Ao inserir o nome do navegador da Microsoft na questão, a banca procura desestabilizar o
candidato com a dúvida acerca do recurso questionado.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em uma pesquisa por meio do Google, o uso da expressão “concurso fub” -“nível médio”,
incluindo as aspas duplas, permite encontrar informações somente dos concursos de nível médio da FUB que estiverem
disponíveis na Internet.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

O sinal de menos usado nas pesquisas é para excluir o termo ou termos informados entre aspas. Na pesquisa com
o uso da expressão “concurso fub” -“nível médio”, serão apresentados resultados contendo exatamente “concurso
fub”, mas sem “nível médio”. Retirando o sinal de menos, a expressão retornará informações somente dos concur-
sos de nível médio da FUB que estiverem disponíveis na Internet. Resposta: Errado.

CORREIO ELETRÔNICO, GRUPOS DE DISCUSSÃO, FÓRUNS E WIKIS CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Nos concursos públicos e no dia a dia, estes são os itens mais utilizados pelas pessoas para acessar o conteúdo
disponível na Internet.
As informações armazenadas em servidores, sejam páginas web ou softwares como um serviço (SaaS – cama-
da mais alta da Computação na Nuvem), são acessadas por programas instalados em nossos dispositivos. São eles:

z Navegadores de Internet ou browsers, para conteúdo em servidores web.


z Softwares de correio eletrônico, para mensagens em servidores de e-mail.
z Redes Sociais, para conteúdos compartilhados por empresas e usuários.
z Sites de Busca, como o Google Buscas e Microsoft Bing, para encontrar informações na rede mundial.
z Grupos de Discussão, tanto no contexto de WhatsApp e Telegram, como no formato clássico do Facebook e
Yahoo Grupos.

Este tópico é muito prático, e nos concursos públicos são questionados os termos usados nos diferentes softwa-
res, como ‘Histórico’, para nomear a lista de informações acessadas por um navegador de Internet.

Ao navegar na Internet, comece a observar os detalhes do seu navegador e as mensagens que são exibidas.
Estes são os itens questionados em concursos públicos. 407
Ferramentas e aplicativos comerciais de navegação

As informações armazenadas em servidores web são arquivos (recursos), identificados por um endereço
padronizado e único (endereço URL), exibidas em um browser ou navegador de Internet.
Eles são usados nas redes internas, pois a Intranet utiliza os mesmos protocolos, linguagens e serviços da
Internet.
Confira a seguir, os principais navegadores de Internet disponíveis no mercado.

NAVEGADOR DESENVOLVEDOR CARACTERÍSTICAS


Edge
Navegador padrão do Windows 10, que substituiu o Microsoft Internet
Microsoft
Explorer.

Internet Explorer
Navegador padrão do Windows 7, um dos mais questionados em con-
Microsoft
cursos públicos, por ser integrante do sistema operacional

Firefox
Software livre e multiplataforma que é leve, intuitivo e altamente
Mozilla
expansível.

Chrome
Um dos mais populares navegadores do mercado, multiplataforma e
Google
de fácil utilização.

Safari
Desenvolvido originalmente para aparelhos da Apple, atualmente está
Apple
disponível para outros sistemas operacionais.

Opera
Navegador leve com proteções extras contra rastreamento e minera-
Opera
ção de moedas virtuais.

Na Internet, as informações (dados) são armazenadas em arquivos nos servidores de Internet. Os servidores
são computadores, que utilizam pastas ou diretórios para o armazenamento de arquivos. Ao acessarmos uma
informação na Internet, estamos acessando um arquivo. Mas como é a identificação deste arquivo? Como acessa-
mos estas informações? Através de um endereço URL.
O endereço URL (Uniform Resource Locator) que define o endereço de um recurso na rede. Na sua tradução
literal, é Localizador Uniforme de Recursos, e possui a seguinte sintaxe:
protocolo://máquina/caminho/recurso
‘Protocolo’ é a especificação do padrão de comunicação que será usado na transferência de dados. Poderá
ser http (Hyper Text Transfer Protocol – protocolo de transferência de hipertexto), ou https (Hyper Text Transfer
Protocol Secure – protocolo seguro de transferência de hipertexto), ou ftp (File Transfer Protocolo – protocolo de
transferência de arquivos), entre outros.
‘://’ faz parte do endereço URL, para identificar que é um endereço na rede, e não um endereço local como ‘/’
no Linux ou ‘:\’ no Windows.
‘Máquina’ é o nome do servidor que armazena a informação que desejamos acessar.
‘Caminho’ são as pastas e diretórios onde o arquivo está armazenado.
‘Recurso’ é o nome do arquivo que desejamos acessar.
Vamos conferir os endereços URL a seguir, e suas características.

ENDEREÇO URL FICTÍCIO CARACTERÍSTICAS


Usando o protocolo http, acessaremos o servidor abc, que é comercial (.com),
no Brasil (.br). Acessaremos a divisão multimídia (www) com arquivos tex-
http://www.abc.com.br/ tuais, vídeos, áudios e imagens. O recurso acessado é o index.html, entendido
automaticamente pelo navegador, por não ter nenhuma especificação de re-
curso no fim.
408
ENDEREÇO URL FICTÍCIO CARACTERÍSTICAS
Usando o protocolo https, acessaremos o servidor abc, que é comercial (.com)
https://mail.abc.com/caixas/inbox/ e pode estar registrado nos Estados Unidos. Acessaremos o diretório caixas,
subdiretório inbox. Acessaremos o serviço mail no servidor.

Usando o protocolo de transferência de arquivos ftp, acessaremos o servidor


ftp://ftp.abc.gov.br/edital.pdf ftp da instituição governamental (gov) brasileira (br) chamada abc, que dispo-
nibiliza o recurso edital.pdf.

Outra forma de analisar um endereço URL é na sua sintaxe expandida. Quando navegamos em sites na Inter-
net, nos deparamos com aquelas combinações de símbolos que não parecem legíveis. Mas como tudo na Internet
está padronizado, vamos ver as partes de um endereço URL ‘completão’.
Confira:
esquema://domínio:porta/caminho/recurso? querystring#fragmento
Onde ‘esquema’ é o protocolo que será usado na transferência.
‘Domínio’ é o nome da máquina, o nome do site.
‘:’ e ‘porta’, indica qual, entre as 65536 portas TCP será usada na transferência.
‘Caminho’ indica as pastas no servidor, que é um computador com muitos arquivos em pastas.
‘Recurso’ é o nome do arquivo que está sendo acessado.
‘?’ é para transferir um parâmetro de pesquisa, usado especialmente em sites seguros.
‘#’ é para especificar qual é a localização da informação dentro do recurso acessado (marcas)
Exemplo: https://outlook.live.com:5012/owa/hotm ail?path=/mail/inbox#open
esquema: https://
domínio: outlook.live.com
porta: 5012
caminho: /owa/
recurso: hotmail
querystring: path=/mail/inbox
fragmento: open
Quando o usuário digita um endereço URL no seu navegador, um servidor DNS (Domain Name Server – servi-
dor de nomes de domínios) será contactado para traduzir o endereço URL em número de IP. A informação será
localizada e transferida para o navegador que solicitou o recurso.

Servidor DNS

Internet
Endereço URL
Usuário
Figura 2. Os endereços URL’s são reconhecíveis pelos usuários, mas os dados são armazenados em servidores web com números de IP. O
servidor DNS traduz um URL em número de IP, permitindo a navegação na Internet.

Conceitos e funções válidas para todos os navegadores

z Modo normal de navegação – as informações serão registradas e mantidas pelo navegador. Histórico de Nave-
gação, Cookies, Arquivos Temporários, Formulários, Favoritos e Downloads.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

z Modo de navegação anônima – as informações de navegação serão apagadas quando a janela for fechada.
Apenas os Favoritos e Downloads serão mantidos.

z Dados de formulários – informações preenchidas em campos de formulários nos sites de Internet.


z Favoritos – endereços URL salvos pelo usuário para acesso posterior. Os sites preferidos do usuário poderão
ser exportados do navegador atual e importados em outro navegador de Internet. 409
z Downloads – arquivos transferidos de um servidor z clique + CTRL - abre o link em uma nova guia
remoto para o computador local. Os gerenciadores z clique + SHIFT - abre o link em uma nova janela
de downloads permitem pausar uma transferência z clique + ALT - faz download do arquivo indicado
ou buscar outras fontes caso o arquivo não esteja pelo link.
mais disponível.
z Uploads – arquivos enviados do computador local
para um servidor remoto.
z Histórico de navegação – são os endereços URL aces- EXERCÍCIO COMENTADO
sados pelo navegador em modo normal de navegação.
z Cache ou arquivos temporários – cópia local dos 1. (CESGRANRIO – 2016) Utilizando um computador da
arquivos acessados durante a navegação. universidade, certo usuário deseja realizar uma transa-
z Pop-up – janela exibida durante a navegação para ção bancária pela internet. Um procedimento para que
funcionalidades adicionais ou propaganda. esse usuário identifique, apenas visualmente, se o site
z Atualizar página – acessar as informações armaze- acessado é um site seguro para este tipo de transação
nadas na cópia local (cache). é verificar se:
z Recarregar página – acessar novamente as infor-
mações no servidor, ignorando as informações a) a URL começa com FTP.
armazenadas nos arquivos temporários. b) a URL começa com HTTP.
z Formato PDF – os arquivos disponíveis na Internet c) a URL começa com HTTPS.
no formato PDF podem ser visualizados direta-
d) a URL está com o nome correto da instituição.
mente no navegador de Internet, sem a necessida-
de de programas adicionais. e) os campos digitáveis de agência e conta possuem o
tamanho correto.
Recursos de sites, combinados com os navegadores
de Internet O endereço URL é formado por quatro partes: proto-
colo://máquina/caminho/recurso. O protocolo define
z Cookies – arquivos de texto transferidos do ser- a forma de troca de dados entre o cliente e o ser-
vidor para o navegador, com informações sobre vidor. Quando acessamos um endereço começando
as preferências do usuário. Eles não são vírus de com HTTP, a comunicação não está sendo criptogra-
computador, pois códigos maliciosos não podem fada e poderá ser monitorada por outras pessoas.
infectar arquivos de texto sem formatação. Quando acessamos com HTTPS, a comunicação é
z Feeds RSS – quando o site oferece o recurso RSS, protegida por criptografia. Resposta: Letra C.
o navegador receberá atualizações para a página
assinada pelo usuário. O RSS é muito usado entre Ferramentas e aplicativos de correio eletrônico
sites para troca de conteúdo.
z Certificado digital – os navegadores podem utilizar O e-mail (Electronic Mail, correio eletrônico) é uma
chaves de criptografia com mais de 1024 bits, ou seja, forma de comunicação assíncrona, ou seja, mesmo
aceitam certificados digitais para validação de cone- que o usuário não esteja on-line, a mensagem será
xões e transferências com criptografia e segurança. armazenada em sua caixa de entrada, permanecendo
z Corretor ortográfico – permite a correção dos tex- disponível até ela ser acessada novamente.
tos digitados em campos de formulários, a par- O correio eletrônico (popularmente conhecido
tir de dicionários on-line disponibilizados pelos como e-mail) tem mais de 40 anos de existência. Foi
desenvolvedores dos navegadores. um dos primeiros serviços que surgiu para a Internet,
e se mantém usual até os dias de hoje.
Atalhos de teclado
PROGRAMA CARACTERÍSTICAS
z Para acessar a barra de endereços do navegador,
pressione F4 ou Ctrl+E.
z Para abrir uma nova janela, pressione Ctrl+N. O Mozilla Thunderbird é um cliente de
z Para abrir uma nova janela anônima, pressione e-mail gratuito com código aberto que po-
Ctrl+Shift+N. No Mozilla Firefox é Ctrl+Shift+P. derá ser usado em diferentes plataformas.
z Para fechar uma janela, pressione Alt+F4.
z Para abrir uma nova guia, pressione Ctrl+T. O eM Client é um cliente de e-mail gratuito
z Para fechar uma guia, pressione Ctrl+F4 ou Ctrl+W. para uso pessoal no ambiente Windows e
z Para reabrir uma guia fechada, pressione Ctrl+ Shift+T. Mac. Facilmente configurável. Tem a versão
z Para aumentar o zoom, o usuário pode pressionar Pro, para clientes corporativos.
Ctrl + = (igual)
z Para reduzir o zoom, o usuário pode pressionar O Microsoft Outlook, integrante do pacote
Ctrl + - (menos) Microsoft Office, é um cliente de e-mail que
z Definir zoom em 100% – Ctrl+0 (zero) permite a integração de várias contas em
uma caixa de entrada combinada.
z Para acessar a página inicial do navegador – Alt+
Home O Microsoft Outlook Express foi o cliente
z Para visualizar os downloads em andamento ou de e-mail padrão das antigas versões do
concluídos – Ctrl+J. Windows. Ainda aparece listado nos editais
z Localizar um texto no conteúdo textual da página de concursos, porém não pode ser utilizado
– Ctrl+F. nas versões atuais do sistema operacional.
z Atualizar a página – F5
z Recarregar a página – Ctrl+F5 Webmail. Quando o usuário utiliza um na-
vegador de Internet qualquer para acessar
Nos navegadores de Internet, os links poderão ser sua caixa de mensagens no servidor de
abertos de 4 formas diferentes. e-mails, ele está acessando pela modalida-
de webmail.
410 z clique - abre o link na guia atual
O Microsoft Outlook possui recursos que permitem Os protocolos de e-mails são usados para a troca
o acesso ao correio eletrônico (e-mail), organização de mensagens entre os envolvidos na comunicação.
das mensagens em pastas, sinalizadores, acompanha- O usuário pode personalizar a sua configuração, mas
mento, e também recursos relacionados a reuniões e em concursos públicos o que vale é a configuração
compromissos. padrão, apresentada neste material.
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é o Protoco-
Os eventos adicionados ao calendário poderão ser
lo para Transferência Simples de E-mails. Usado pelo
enviados na forma de notificação por e-mail para os cliente de e-mail para enviar para o servidor de men-
participantes. sagens, e entre os servidores de mensagens do reme-
O Outlook possui o programa para instalação no tente e do destinatário.
computador do usuário e a versão on-line. A versão POP3 ou apenas POP (Post Office Protocol 3) é o
on-line poderá ser gratuita (Outlook.com, antigo Hot- Protocolo de Correio Eletrônico, usado pelo cliente de
mail) ou corporativa (Outlook Web Access – OWA, inte- e-mail para receber as mensagens do servidor remoto,
grante do Microsoft Office 365). removendo-as da caixa de entrada remota.
IMAP4 ou IMAP (Internet Message Access Protocol)
é o Protocolo de Acesso às Mensagens via Internet é
usado pelo navegador de Internet (sobre os protoco-
los HTTP e HTTPS) na modalidade de acesso webmail,
Usuário transferindo cópias das mensagens para a janela do
navegador e mantendo as originais na caixa de men-
sagens do servidor remoto.
@

Figura 3. Para acessar as mensagens armazenadas em um servidor


de e-mails, o usuário pode usar um cliente de e-mail ou o navegador
Servidor Exchange Enviar e Receber Servidor Gmail
de Internet SMTP

Enviar – SMTP
Formas de acesso ao correio eletrônico
Enviar e Receber
Receber – POP3 IMAP4
Podemos usar um programa instalado em nosso
dispositivo (cliente de e-mail) ou qualquer navegador
de Internet para acessarmos as mensagens recebi- Remetente Destinatário
Cliente
das. A escolha por uma ou por outra opção vai além Webmail

da preferência do usuário. Cada forma de acesso tem Figura 5. O remetente está usando o programa Microsoft Outlook
(cliente) para enviar um e-mail. Ele usa o seu e-mail corporativo
suas características e protocolos. Confira.
(Exchange). O e-mail do destinatário é hospedado no servidor Gmail,
e ele utiliza um navegador de Internet (webmail) para ler e responder
FORMA DE os e-mails recebidos.
CARACTERÍSTICAS
ACESSO
Protocolo SMTP para enviar mensagens Uso do correio eletrônico
e POP3 para receber. As mensagens são
Cliente de E-mail transferidas do servidor para o cliente e Para utilizar o serviço de correio eletrônico, o
são apagadas da caixa de mensagens usuário deve ter uma conta cadastrada em um serviço
remota.
de e-mail. O formato do endereço foi definido inicial-
Protocolo IMAP4 para enviar e para re- mente pela RFC822, redefinida pela RFC2822, e atuali-
ceber mensagens. As mensagens são zada na RFC5322.
Webmail copiadas do servidor para a janela do
RFC é Request for Comments, um documento de
navegador e são mantidas na caixa de
mensagens remota.
texto colaborativo que descreve os padrões de cada
protocolo, linguagem e serviço para ser usado nas
redes de computadores.
De forma semelhante ao endereço URL para recur-
sos armazenados em servidores, o correio eletrônico CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
também possui o seu formato.
Servidor de e-mails
Servidor de e-mails Existem bancas organizadoras que consideram o
formato reduzido usuário@provedor no enunciado
das questões, ao invés do formato detalhado usuá-
rio@provedor.domínio.país. Ambos estão corretos.
Receber – POP3 Receber IMAP4

CAMPOS DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL – USUÁRIO@


PROVEDOR.DOMÍNIO.PAÍS

Usuário COMPONENTE CARACTERÍSTICAS


Usuário

Antes do símbolo de @, identifica um


Usuário
único usuário no serviço de e-mail.
Cliente de e-mail Navegador de Internet Significa AT (lê-se ‘em’ ou ‘no’), e separa
a parte esquerda que identifica o usuá-
Figura 4. Usando o protocolo POP3, a mensagem é transferida para @ rio, da parte à sua direita, que identifica
o programa de e-mail do usuário e removida do servidor. Usando o provedor do serviço de mensagens
o protocolo IMAP4, a mensagem é copiada para o navegador de eletrônicas.
Internet e mantida no servidor de e-mails. 411
CAMPOS DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL – USUÁRIO@ CAMPOS DE UMA MENSAGEM DE E-MAIL
PROVEDOR.DOMÍNIO.PAÍS
CAMPO CARACTERÍSTICAS
COMPONENTE CARACTERÍSTICAS
Identifica os destinatários da men-
Imediatamente após o símbolo de @, sagem que receberão uma cópia do
identifica a empresa ou provedor que BCC (CCO – com e-mail. BCC é o acrônimo de Blind
Nome do domínio armazena o serviço de e-mail (o servidor cópia oculta ou cópia Carbon Copy (cópia carbono oculta).
de e-mail executa softwares como o Mi- carbono oculta) Todos que receberem a mensagem
crosoft Exchange Server, por exemplo). não conhecerão os destinatários in-
formados neste campo.
Identifica o tipo de provedor, por exem-
plo, COM (comercial), .EDU (educa- Identifica o conteúdo ou título da
SUBJECT (assunto)
cional), REC (entretenimento), GOV mensagem. É um campo opcional.
Categoria do
(governo), ORG (organização não-gover-
domínio Anexar Arquivo: Identifica o(s) arqui-
namental), etc., de acordo com as defi-
nições de Domínios de Primeiro Nível vo(s) que estão sendo enviados junto
(DPN) na Internet. com a mensagem. Existem restrições
ATTACH (anexo)
quanto ao tamanho do anexo e tipo
Informação que poderá ser omitida, quan- (executáveis são bloqueados pelos
do o serviço está registrado nos Estados webmails). Não são enviadas pastas.
País Unidos. O país é informado por duas letras,
como: BR, Brasil, AR, Argentina, JP, Japão, O conteúdo da mensagem de e-mail,
CN, China, CO, Colômbia, etc. Mensagem poderá ter uma assinatura associada
inserida no final.

Dica
As mensagens enviadas, recebidas, apagadas ou
Quando o símbolo @ é usado no início, antes salvas, estarão em pastas do servidor de correio ele-
do nome do usuário, identifica uma conta em trônico, nominadas como ‘caixas de mensagens’.
rede social. Para o endereço URL do Instagram A pasta Caixa de Entrada contém as mensagens
https://www.instagram.com/novaconcursos/, o recebidas, lidas e não lidas.
nome do usuário é @novaconcursos. A pasta Itens Enviados contém as mensagens efe-
tivamente enviadas.
Ao redigir um novo e-mail, o usuário poderá preen- A pasta Itens Excluídos contém as mensagens
cher os campos disponíveis para destinatário(s), título apagadas.
da mensagem, entre outros. A pasta Rascunhos contém as mensagens salvas e
Para enviar a mensagem, é preciso que exista não enviadas.
um destinatário informado em um dos campos de A pasta Caixa de Saída contém as mensagens que
destinatários. o usuário enviou, mas que ainda não foram transfe-
Se um destinatário informado não existir no servi- ridas para o servidor de e-mails. Semelhante ao que
dor de e-mails do destino, a mensagem será devolvida.
ocorre quando enviamos uma mensagem no app
Se a caixa de entrada do destinatário não puder rece-
WhatsApp, mas estamos sem conexão com a Internet.
ber mais mensagens, a mensagem será devolvida. Se
A mensagem permanece com um ícone de relógio,
o servidor de e-mails do destinatário estiver ocupado,
a mensagem tentará ser entregue depois. enquanto não for enviada.
Conheça estes elementos na criação de uma nova Lixo Eletrônico ou SPAM é um local para onde
mensagem de e-mail. são direcionadas as mensagens sinalizadas como
lixo. Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails
CAMPOS DE UMA MENSAGEM DE E-MAIL não solicitados, que geralmente são enviados para
um grande número de pessoas. Quando o conteúdo
CAMPO CARACTERÍSTICAS
é exclusivamente comercial, esse tipo de mensagem
Identifica o usuário que está en- é chamado de UCE (do inglês Unsolicited Commercial
viando a mensagem eletrônica, o E-mail – e-mail comercial não solicitado). Estas men-
FROM (De)
remetente. É preenchido automatica- sagens são marcadas pelo filtro AntiSpam, e procuram
mente pelo sistema.
identificar mensagens enviadas para muitos destina-
Identifica o (primeiro) destinatário da tários ou com conteúdo publicitário irrelevante para
mensagem. Poderão ser especifica- o usuário.
dos vários endereços de destinatários
neste campo, e serão separados por
TO (Para) Outras operações com o correio eletrônico
vírgula ou ponto-e-vírgula (segundo o
serviço). Todos que receberem a men-
sagem, conhecerão os outros destina- O usuário poderá sinalizar a mensagem, tanto as
tários informados neste campo. mensagens recebidas como as mensagens enviadas.
Identifica os destinatários da men- Ele poderá solicitar confirmação de entrega e confir-
sagem que receberão uma cópia do mação de leitura. A mensagem recebida poderá ser
e-mail. CC é o acrônimo de Carbon impressa, visualizar o código fonte ou ignorar mensa-
CC (com cópia ou
Copy (cópia carbono). gens de um remetente.
cópia carbono)
Todos que receberem a mensagem,
conhecerão os outros destinatários Confira a seguir as operações ‘extras’ para o uso do
informados neste campo. correio eletrônico com mais habilidade e profissiona-
412 lismo, facilitando a organização do usuário.
Ação e características Enviar e-mail

z Alta prioridade – Quando marca a mensagem Servidor Exchange Servidor Gmail


como Alta Prioridade, o destinatário verá um pon- Enviar e-mail
com confirmação O destinatário
to de exclamação vermelho no destaque do título. de leitura confirma a leitura
da mensagem
z Baixa prioridade – Quando o remetente marca a Recebendo a
confirmação de leitura
mensagem como Baixa Prioridade, o destinatário
verá uma seta azul apontando para Baixo no des-
Remetente Destinatário
taque do título. Cliente
Webmail
z Imprimir mensagem – O programa de e-mail ou Figura 7. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de
navegador de Internet prepara a mensagem para Leitura, o destinatário poderá confirmar (ou não) que fez a leitura do
ser impressa, sem as pastas e opções da visualiza- conteúdo do e-mail.
ção do e-mail.
z Ver código fonte da mensagem – As mensagens
possuem um cabeçalho com informações técnicas
sobre o e-mail, e o usuário poderá visualizar elas.
EXERCÍCIO COMENTADO
z Ignorar – Disponível no cliente de e-mail e em 1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) O símbolo @ em endereços
alguns webmails, ao ignorar uma mensagem, as de email tem o sentido da preposição no, sendo utilizado
próximas mensagens recebidas do mesmo reme- para separar o nome do usuário do nome do provedor.
tente serão excluídas imediatamente ao serem
( ) CERTO  ( ) ERRADO
armazenadas na Caixa de Entrada.
z Lixo Eletrônico – Sinalizador que move a mensa- Em um endereço eletrônico padrão usuário@prove-
gem para a pasta Lixo Eletrônico e instrui o correio dor, o símbolo @ indica que é o usuário ‘no’ prove-
eletrônico para fazer o mesmo com as próximas dor de e-mails. Resposta: Certo.
mensagens recebidas daquele remetente. Grupos de discussão
z Tentativa de Phishing – Sinalizador que move a
mensagem para a pasta Itens Excluídos e instrui o Existem serviços na Internet que possibilitam a
serviço de e-mail sobre o remetente da mensagem troca de mensagens entre os assinantes de uma lista
de discussão. O Grupos do Google é o último serviço
estar enviando links maliciosos que tentam captu-
em atividade, segundo o formato original.
rar dados dos usuários. Yahoo Grupos foi encerrado em 15 de dezembro
z Confirmação de Entrega – O servidor de e-mails do de 2019, e os membros não poderão mais enviar ou
destinatário envia uma confirmação de entrega, receber e-mails do Yahoo Grupos.
informando que a mensagem foi entregue na Cai- Grupo de Discussão, ou Lista de Discussão, ou
xa de Entrada dele com sucesso. Fórum de Discussão são denominações equivalentes
para um serviço que centraliza as mensagens recebi-
z Confirmação de Leitura – O destinatário pode
das que foram enviadas pelos membros e redistribui
confirmar ou não a leitura da mensagem que foi para os demais participantes.
enviada para ele. Os grupos de discussão do Facebook surgiram den-
tro da rede social e ganharam adeptos, especialmente
A confirmação de entrega é independente da con- pela facilidade de acesso, associação e participação.
firmação de leitura. Quando o remetente está elabo-
rando uma mensagem de e-mail, ele poderá marcar ITEM CARACTERÍSTICAS
as duas opções simultaneamente. Se as duas opções Privacidade O grupo poderá ser público e visível,
forem marcadas, o remetente poderá receber duas ou restrito e visível (qualquer um pode
confirmações para a mensagem que enviou, sendo pedir para participar), ou secreto e in-
uma do servidor de e-mails do destinatário e outra do visível (somente convidados podem
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
próprio destinatário. ingressar).

Proprietário Criador do grupo.

Gerentes ou Participantes convidados pelo pro-


Servidor Exchange Servidor Gmail Moderadores prietário para auxiliar na moderação
Enviar e-mail das mensagens e gerenciamento do
O servidor confirma a
com confirmação
entrega do e-mail na caixa
grupo.
de entrega
de entreda do destinatário

Recebendo a
Administrador Em grupos no Facebook, pode ser o
confirmação de entrega criador ou gerente/moderador convi-
dado pelo dono do grupo.
Destinatário

Remetente
Webmail Assinatura Como receberá as mensagens. Pode-
Cliente
rá ser uma por uma, ou resumo das
mensagens por e-mail, ou e-mail de
Figura 6. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de resumos (com os tópicos recebidos
Entrega, o remetente recebe a confirmação do servidor de e-mails
no grupo), ou nenhum e-mail (para
do destinatário, informando que ela foi armazenada corretamente na
leitura na página do grupo).
Caixa de Entrada do e-mail do destinatário. 413
Quais são as vantagens de um grupo? Dica
Os Grupos de Discussão (com as características
z Os participantes podem enviar uma mensagem, e funcionalidades originais) desapareceram ao
que será enviada para todos os participantes. longo do tempo, sendo substituídos pelos gru-
z Permite reunir pessoas com os mesmos interesses. pos nas redes sociais (com novos recursos e
z Organizar reuniões, eventos e conferências. integração com os perfis delas). Este é um tópi-
z Ter uma caixa de mensagens colaborativa, com co que deverá ser questionado cada vez menos,
possibilidade de acesso aos conteúdos que foram assim como Redes Sociais.
enviados antes do seu ingresso no grupo.
Wikis
Neste momento você irá se perguntar: “mas isto o
Facebook, WhatsApp e até o Telegram já fazem, não é Em suma, podemos conceituar um wiki como
mesmo?”. sendo uma espécie de website cuja principal caracte-
Verdade. rística é ser uma enciclopédia aberta, na qual todos
Os antigos grupos de discussão foram o modelo os usuários participam e colaboram na criação e
a ser seguido para o desenvolvimento dos grupos do manutenção dos conteúdos ali contidos. Exemplo:
Facebook, dos grupos no comunicador WhatsApp e Wikipedia.
no Telegram. Nos grupos de Facebook o participante
envia um post, ou anúncio, ou arquivo, e todos podem
consultar na página o que foi compartilhado. Nos gru-
pos de WhatsApp e Telegram também, e todos podem
EXERCÍCIO COMENTADO
consultar o grupo no aplicativo. 1. (CESPE-CEBRASPE – 2013) Lista de discussão é uma
Como funcionam os grupos de discussão? ferramenta de comunicação limitada a uma intranet, ao
O usuário envia um e-mail para um endereço defi- passo que grupo de discussão é uma ferramenta geren-
nido e faz a assinatura. Outras formas de associação ciável pela Internet que permite a um grupo de pessoas
incluem o pedido diretamente na página do grupo ou a troca de mensagens via email entre todos os membros
o link recebido em um convite por e-mail. do grupo.
Depois de associado ao grupo, ele receberá em seu
e-mail as mensagens que os outros usuários enviarem. ( ) CERTO  ( ) ERRADO
Poderá optar por um resumo das mensagens, ou resumo
semanal, ou apenas visualizar na página do grupo. Lem- As listas de discussão e os grupos de discussão são
brando que nos anos 90/2000, os e-mails tinham tama- serviços disponíveis na Internet, que podem ser usa-
dos na Intranet, porém sem limitações como sugeri-
nho limitado para a caixa de entrada de cada usuário.
do na questão. Assinamos um grupo de discussão, e
O envio para um endereço único permite a distribui- toda mensagem enviada para o grupo, os assinantes
ção para os assinantes da lista de discussão. Uma cópia recebem cópia em seu e-mail ou aviso de resumo das
da mensagem e anexos se houverem, será disponibiliza- mensagens. Resposta: Errado.
da no mural da página do grupo, para consultas futuras.

Mensagem
enviada para
Grupos de todos os REDES SOCIAIS (TWITTER, FACEBOOK,
discussão participantes

Mensagem enviada
inscritos no LINKEDIN, WHATSAPP, YOUTUBE,
grupo
para o endereço de
e-mail do grupo
de discussão INSTAGRAM E TELEGRAM)
Usuários da Internet
Quem não é inscrito
REDES SOCIAIS
no grupo, não recebe
Usuário participante a mensagem
As redes sociais se tornaram populares entre os
Figura 8. Os usuários participantes dos grupos de discussão trocam usuários, ao oferecerem os pilares dos relacionamen-
mensagens através de um hub que centraliza e distribui para os tos em formato digital: curtir, comentar e compartilhar.
demais participantes. Teoricamente, elas se dividem em duas catego-
rias: sites de relacionamento (redes sociais) e mídias
A qualquer momento o usuário poderá desistir e sociais.
sair do grupo, tanto pela página como por um endere- Na prática, estes conceitos acabam sendo sobre-
ço de e-mail próprio (unsubscribe). postos nas novas redes.
A principal diferença entre um grupo de discussão O modelo pode ser centralizado, descentralizado
e uma lista de distribuição de e-mails está relacionada ou distribuído.
com a exibição do endereço dos participantes. Em um No modelo centralizado, as informações são exi-
grupo de discussão, cada membro tem acesso a um bidas para os usuários a partir de servidores de uma
empresa, de acordo com os parâmetros de cada usuá-
endereço que enviará cópia para todos os participan-
rio. Localização, idade, sexo, preferências políticas, e
tes do grupo, e nas mensagens respondidas, aparece o
todas as demais informações dadas pelos usuários no
endereço original do remetente. perfil da rede social, serão usadas para a apresentação
Apesar do tópico aparecer em diversos editais dos resultados na linha do tempo dele. O Twitter é um
de concursos, faz vários anos que não são aplicadas exemplo centralizado, com distribuição de conteúdo
questões sobre o tema, em todos os concursos, inde- semelhante à topologia Estrela, das redes de computa-
414 pendente da banca organizadora. dores, com um nó centralizador.
As redes sociais ou mídias descentralizadas são CARACTERÍSTICAS PÚBLICO ALVO
aquelas que, apesar de existirem nós maiores e prin- Wordpress é um portal de
cipais, os usuários acessam apenas parte das informa- Usuários de Internet com foco
blogs que permite o armaze-
ções disponíveis. Critérios informados nos perfis dos em produção de conteúdo.
namento de websites.
usuários, postagens que ele curtiu, postagens que ele
O Youtube é um portal de ví-
ocultou para não ver mais nada relacionado, grupos Produtores de conteúdo mul-
deos com recursos de redes
dentro das redes sociais, etc. O Facebook é um exem- timídia e consumidores.
sociais.
plo de rede descentralizada, onde as conexões pes-
soais são expandidas para o grupo. O Wikipedia é um site para Usuários colaboradores e vo-
As redes sociais distribuídas são aquelas que publicação de conhecimento luntários que contribuem com
no formato colaborativo. novos conteúdos e revisões.
dependem das conexões de um usuário para ter aces-
so a outras conexões. O LinkedIn é um exemplo, que
prioriza as conexões conhecidas e as conexões rela- Saiba:
cionadas, independente dos grupos onde o usuário Redes sociais é um tópico pouco questionado em
está participando no momento. concursos públicos, devido às atualizações que elas
Em todas as redes sociais, a super exposição de oferecem quase diariamente em seus recursos e ope-
dados de usuários pode comprometer a segurança ração de algoritmos. Se comparar o Facebook de hoje
da informação. Técnicas de Engenharia Social podem com as regras e recursos do Facebook do ano passa-
ser usadas para vasculhar as informações publicadas do, poderá ver a quantidade de funcionalidades que
pelos usuários, à procura de conexões, relacionamen- foram alteradas.
tos, senhas, dados de documentos e outras informa-
ções que poderão ser usadas contra o usuário.

CARACTERÍSTICAS PÚBLICO ALVO


EXERCÍCIO COMENTADO
O Facebook é a maior rede so- Todos os usuários de Inter- 1. (CESGRANRIO – 2018) As redes sociais utilizam recur-
cial da atualidade. net e empresas. sos que têm o humor como principal característica e já
O Twitter é uma rede social para Ativistas, artistas, empresas e fazem parte da cultura da internet. Entre os mais usa-
publicações curtas e rápidas. políticos. dos estão os:
O LinkedIn é uma rede social Empresas, empregados, em-
para conexões entre empresas pregadores e candidatos. a) Memes.
e empregados. b) Hiperlinks.
c) Fotolog.
Facebook Workplace, usado Empresas que contratem o
por empresas para conectar serviço e seus colaboradores.
d) Crowfounding.
seus colaboradores. e) Bugs.
O Instagram é uma rede social Todos os usuários de Internet Nas redes sociais, memes são imagens de desenhos
para compartilhamento de fo- e empresas. ou fotomontagens que procuram, através do humor,
tos, vídeos e venda de produtos.
passar uma mensagem, geralmente sarcástica ou
O WhatsApp é um aplicativo Todos os usuários de Internet humorística. Hiperlinks são as ligações entre pági-
multiplataforma de mensa- e empresas. nas na web. Fotolog foi um serviço de armazenamen-
gens instantâneas e chama-
to de imagens na Internet para compartilhamento de
das de voz para smartphones.
É um aplicativo multifuncional fotos. Crowfounding é financiamento online e coleti-
que permite aos usuários o vo em que vários usuários colaboram com dinheiro
compartilhamento de mensa- para a realização de projetos de produtos/serviços.
gens de texto, imagens, vídeos, Bugs são erros em softwares. Resposta: Letra A.
autocolantes (figurinhas), gifs,
documentos em PDF, além
de permitir fazer ligações de
voz e vídeo grátis por meio de VISÃO GERAL SOBRE SISTEMAS DE
uma conexão com a internet
e, mais recentemente, transa-
SUPORTE À DECISÃO E INTELIGÊNCIA CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ções financeiras, como efetuar DE NEGÓCIO E FUNDAMENTOS SOBRE
e solicitar pagamentos.
ANÁLISE DE DADOS
O Telegram é um serviço de Todos os usuários de Internet
mensagens instantâneas ba- e empresas. INTRODUÇÃO
seado em nuvem, estando dis-
ponível para uso em diversos Este capítulo tem como objetivo apresentar a vocês
terminais, tais como: compu-
tadores, tablets, smartphones
os conceitos iniciais sobre bancos de dados. Vocês
e ainda como aplicação web. O aprenderão que existe diferença entre dados e infor-
serviço permite o envio e com- mação e que, a partir deles, é possível gerar conhe-
partilhamento de mensagens cimento. Entender isto é importantíssimo para a
em massa, além da troca de resolução de várias questões em provas de concursos.
fotos, autocolantes (figurinhas)
e arquivos de qualquer tipo.
DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
O Tumblr é uma rede social Todos os usuários de Internet
para compartilhamento de e empresas. Para entendermos melhor o que é um banco de
conteúdo como blogs (textos, dados, é necessário compreender antes a diferença
imagens, vídeos, links etc.)
que existe entre dado, informação e conhecimento. 415
SABADIN (2020) define que o dado é um conteúdo grupo de programas de aplicação, como um Siste-
que ainda não foi processado para gerar um significado. ma Gerenciador de Banco de Dados – SGBD, é um
Também pode-se dizer que dado é a menor unidade de exemplo de automatizado ou computadorizado.
conteúdo que tem significado no mundo real. Para gerar
alguma informação, é necessário, então, realizar uma SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS
análise nestes dados e formatá-los de uma forma mais (SGBD)
resumida e de fácil entendimento. A partir da informa- Bancos de dados existem normalmente para
ção, pode-se gerar conhecimento. Assim, quando conse- serem utilizados por aplicações. São elas que realizam
guimos compreender informações e relacioná-las a um as consultas e fazem alterações em cima destes dados.
contexto, estamos obtendo conhecimento. Para tornar este processo mais simples, existe o Siste-
ma Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).
DADO INFORMAÇÃO CONHECIMENTO
Definição de SGBD

A partir dos conceitos do que são dados, infor- ELMASRI E NAVATHE (2011) definem um SGBD
mações e conhecimento e qual a diferença entre am- como uma coleção de programas que permite aos
bos, precisamos definir agora onde os dados ficam usuários criar e manter um banco de dados. Fique
armazenados. atento que este conceito é bastante cobrado em pro-
vas de concursos!
CONCEITO DE BANCO DE DADOS Já o autor SILBERSCHATZ (2006) define um SGBD
como uma coleção de dados interrelacionados e um
ELMASRI E NAVATHE (2011) definem Banco de
conjunto de programas para acessar esses dados. O
Dados (ou Base de Dados) como “uma coleção de
dados, que representam algo do mundo real, se relacio- objetivo principal de um SGBD é prover formas de
nam entre si e são projetados, construídos e populados armazenar e recuperar informação em um banco de
para atender a um grupo de usuários interessados, com dados de maneira conveniente e eficiente.
um fim específico”. É interessante mencionarmos tam- Ainda segundo SILBERRSCHATZ (2006), uma das
bém a definição dada por C. J. DATE (2003), no qual principais razões para se usar um SGBD é ter um con-
“um banco de dados é uma coleção de dados persisten- trole central dos dados e dos programas que acessam
tes que é usada pelos sistemas de uma organização”. esses dados. ELMASRI E NAVATHE (2011) enumeram
A partir destas definições, ELMASRI E NAVATHE várias vantagens na utilização de SGBDs, tais como:
(2011) destacam que existem algumas propriedades
implícitas de um banco de dados, são elas: z Controle de redundância;
z Restrição de acesso não autorizado;
z Representação do mundo real: um banco de z Armazenamento persistente;
dados representa algum aspecto do mundo real, z Armazenamento de estruturas para o processa-
algumas vezes chamado de “minimundo”. Mudan- mento eficiente de consultas;
ças no minimundo provocam mudanças na base de z Backup e restauração;
dados. Por exemplo, se quisermos construir uma z Múltiplas interfaces para os usuários;
aplicação para uma Universidade, o nosso “mini- z Representação de relacionamentos complexos
mundo” deveria ser representado por dados refe- entre os dados;
rentes à professores, alunos, cursos, disciplinas etc. z Garantia de restrições de integridade.
Sempre que uma nova informação fosse adicionada
(ingresso de novos alunos) ou modificada (mudan- De forma resumida, temos, então, que o SGBD é
ça de professor para uma disciplina), seria necessá- um sistema de software de uso geral que facilita o
rio atualizar essas informações na base de dados. processo de definição, construção, manipulação e
z Dados com significado inerente: um banco de compartilhamento de dados entre diversos usuários
dados é uma coleção logicamente coerente de e aplicações. Ele também tem a função de proteção
dados com algum significado inerente. Uma varie- (contra falhas de hardware e software) e de seguran-
dade aleatória de dados não pode ser corretamente ça (acessos não autorizados ou maliciosos) dos dados
chamada de banco de dados. Por exemplo, não faria nele armazenados, ao mesmo tempo em que permite
sentido uma base de dados com informações sobre o compartilhamento desses dados entre vários usuá-
um cadastro de pessoas (nome, sobrenome, data rios e aplicações.
de nascimento etc.) no mesmo local (ou na mesma Antes da criação do conceito de SGBD, os bancos
tabela para casos de bancos de dados relacionais) de dados utilizavam apenas sistemas de arquivos,
do cadastro de carros (modelo, cor, placa, chassi). não existindo muita integração entre sistemas distin-
z Dados com finalidade específica: um banco de tos. Isso gerava diversos problemas, tais como, redun-
dados é projetado, construído e populado por dância de dados, concorrência de acessos, além de
dados atendendo a uma proposta específica. Ele que toda a organização dos dados ficava armazenada
possui um grupo definido de usuários e algumas no programa que fazia a sua utilização. Com isso, se
aplicações previamente concebidas nos quais esses a estrutura de dados de um arquivo fosse alterada,
usuários estão interessados. Um banco de dados de
todos os programas que utilizassem esse arquivo pre-
uma loja de varejo é diferente em tamanho e com-
cisariam ser atualizados, pois deixariam de funcionar.
plexidade se comparado ao mantido pela Receita
Federal com dados fiscais de toda a população bra- Cenário impossível atualmente, não é mesmo?
sileira, por exemplo.
z Geração e manutenção dos dados: um banco de Características de um SGBD
dados pode ser gerado e mantido manualmen-
te ou de forma automatizada. Por exemplo, um Os dados podem ser armazenados em arquivos
catálogo de cartão de biblioteca é um banco de no formato texto, planilhas ou em bancos de dados.
dados que pode ser criado e mantido manualmen- ELMASRI E NAVATHE (2011) destacam as principais
416 te. Já um banco de dados criado e mantido por um características da abordagem de banco de dados que
diferem do armazenamento de dados em sistemas de C. J. DATE (2003) e ELMASRI E NAVATHE (2011) des-
arquivos, são elas: crevem alguns tipos de profissionais e suas atividades:

z Natureza de autodescrição de um banco de dados; z Administrador de Dados (AD):


z Isolamento entre programas e dados;
z Abstração de dados; „ Pessoa que toma as decisões estratégicas e de
z Suporte para múltiplas visões de dados; normas com relação aos dados da empresa.
z Compartilhamento de dados; Decisões, estas, das quais informações devem
z Processamento de transação multiusuário. ser mantidas no banco de dados.

Arquitetura de um SGBD z Administrador de Banco de Dados (DBA):

Conforme vimos anteriormente, uma das princi- „ É a pessoa que fornece o suporte técnico para
pais características de um SGBD é retirar da aplicação implementar essas decisões. Define e imple-
a preocupação de realizar a estruturação dos dados, menta um sistema de controle de danos ao ban-
deixando de forma transparente o acesso a eles. co de dados, em geral envolvendo a carga e a
De forma simplificada, um SGBD faz a interfa- descarga de banco de dados. Também define as
ce entre a camada física de armazenamento dos restrições de segurança e integridade do banco
dados (discos, storage, métodos de acesso, clustering de dados. Assim, o DBA é responsável pelo con-
de dados etc.) e a sua organização lógica através de trole geral do sistema em um nível técnico (C. J.
um determinado modelo de organização. Dessa for- Date, 2003).
ma, o SGBD elimina grande parte da complexidade
do gerenciamento dos dados, fazendo com que os z Projetistas de Banco de Dados:
usuários e programadores tenham um foco maior na
construção da lógica de suas aplicações e consultas ao „ São responsáveis por identificar os dados a
invés do armazenamento dos dados. serem armazenados e escolher estruturas apro-
Assim, SGBDs são construídos, de forma geral, por priadas para representar e armazenar esses
módulos com funcionalidades bem definidas. Cada dados. Também é responsabilidade dos pro-
módulo possui uma responsabilidade no processo de jetistas de banco de dados se comunicar com
gerenciamento dos dados. Usuários e programado- todos os potenciais usuários a fim de entender
res interagem com estes módulos a fim de obter seus suas necessidades e criar um projeto que as
resultados. A figura a seguir detalha essa estrutura: atenda (Elmasri e Navathe, 2011).

z Usuários Finais:

„ São pessoas cujas funções exigem acesso ao


banco para consultas, atualizações e geração
de relatórios (Elmasri e Navathe, 2011).

z Analistas de Sistemas:

„ Determinam os requisitos de usuários finais,


especialmente dos usuários comuns, e desenvol-
vem especificações das transações para atender
a estes requisitos (Elmasri e Navathe, 2011).

z Programadores de Aplicações:

„ Implementam especificações produzindo pro-


gramas e, então, testam, depuram, documen- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
tam e mantêm estes programas. Analistas e
programadores devem estar familiarizados
com todas as capacidades fornecidas pelo SGBD
para desempenhar estas tarefas (Elmasri e
Navathe, 2011).

Exemplos de SGBD

Atualmente existem vários fornecedores de ban-


Fonte: Adaptado de ELMASRI e NAVATHE (2011, p. 4)
cos de dados. Cada um deles possui características e
algumas peculiaridades no qual são necessárias análi-
ses antes de decidir qual banco utilizar, sendo alguns
Profissionais de Banco de Dados destinados a projetos menores, enquanto outros não.
Dessa forma, o custo para realizar a implantação do
Existem vários tipos de profissionais que estão SGBD deve ser levado em conta antes da contratação.
envolvidos em um SGBD. Alguns têm um foco mais A seguir são descritos os principais SGBDs dispo-
gerencial, enquanto outros apenas se concentram na níveis no mercado e que estão sempre presentes nas
manipulação dos dados. questões de provas de concursos. 417
z MySQL é um dos SGBDs de código aberto mais Nível interno (ou esquema interno):
populares do mundo. Com seu desempenho com-
provado, confiabilidade e facilidade de uso, o z Também conhecido como nível de armazenamen-
MySQL se tornou a principal escolha de banco de to, descreve a estrutura de armazenamento físico
dados para aplicativos baseados na web, usados​​ do banco de dados. O esquema interno usa um
por Facebook, Twitter, YouTube, Yahoo! e muitos modelo de dados físico e descreve os detalhes com-
mais. O site oficial é o < https://www.mysql.com/>. pletos do armazenamento de dados e caminhos de
z ORACLE é um dos bancos de dados mais robustos e acesso para o banco de dados.
confiáveis do mundo corporativo. Possui uma vas-
ta lista de recursos e tem a linguagem PL/SQL para Para uma melhor visualização, acompanhe o
desenvolvimento de funcionalidades internas. esquema abaixo:
Integra-se com várias linguagens de programação
como Java, C, C++, entre outras, como também,
pode ser executado em várias plataformas como Usuário finais
Windows e Linux, por exemplo. O site oficial é o
<http://www.oracle.com>. Visão Visão
Nível esterno
z PostgreSQL é um poderoso SGBD de código aber- externa externa
to que usa e estende a linguagem SQL combinada
com muitos recursos que armazenam e escalam Mapeamento
com segurança as cargas de trabalho de dados mais externo / conceitual
complicadas. As origens do PostgreSQL remontam
a 1986 como parte do projeto POSTGRES na Univer- Nível conceitual Esquema conceitual
sidade da Califórnia em Berkeley e tem mais de 30 Mapeamento
anos de desenvolvimento ativo na plataforma cen- conceitual / interno
tral. O seu site oficial é <http://www.postgresql.org>.
z SQL Server é um SGBD desenvolvido e comercia- Nível interno Esquema interno
lizado pela Microsoft. Ele é construído sobre SQL,
uma linguagem de programação padrão para inte-
ragir com os bancos de dados relacionais. O SQL
Server está vinculado ao Transact-SQL, ou T-SQL, a
implementação do SQL da Microsoft que adiciona Banco de dados
um conjunto de construções de programação pro- armazenados
prietárias. Seu site oficial é o < https://www.micro-
Fonte: Adaptado de ELMASRI e NAVATHE (2011, p. 22)
soft.com/en-us/sql-server/>.
Arquitetura de Três Esquemas (ANSI/SPARC) É importante destacar que nessa arquitetura, os
três esquemas são apenas descrições dos dados. O
A divisão em diversos componentes (software dado, propriamente dito, existe somente no nível
de aplicação, SGBDs, etc) é o principal objetivo dos físico e um usuário interage somente ao seu próprio
sistemas de banco de dados, proporcionando uma esquema externo.
independência entre as estruturas subjacentes. A INDEPENDÊNCIA DE DADOS
arquitetura de três esquemas foi criada como sendo
uma estratégia para formalizar essa independência. ELMASRI e NAVATHE (2011) definem a indepen-
ELMASRI e NAVATHE (2011) define que o objetivo dência de dados como a capacidade de modificar
da arquitetura de três esquemas é separar o usuário ou alterar a definição dos esquemas em determina-
da aplicação do banco de dados físico. Nessa arquite- do nível, sem afetar o esquema do nível superior. A
tura, os esquemas são organizados em três níveis, são arquitetura de três esquemas auxilia na independên-
eles: cia de dados.
Existem dois tipos de independência de dados, são
eles:
Nível externo (ou visão externa):
Independência Lógica de Dados:
z Inclui uma série de esquemas externos ou visões
do usuário. Cada esquema externo descreve a par- z É a capacidade de alterar o esquema conceitual sem
te do banco de dados em que um grupo de usuários mudar o esquema externo ou os programas. A inde-
em particular está interessado e oculta o restante pendência lógica é mais difícil de ser alcançada que
a independência física porque os programas são
do banco de dados do grupo de usuários.
dependentes da estrutura lógica dos dados.
Nível conceitual (ou esquema conceitual): Independência Física de Dados:

z Descreve a estrutura do banco de dados inteiro z É a capacidade de mudar o esquema interno sem
para a comunidade de usuários, ocultando deta- ter de alterar o esquema conceitual. Consequente-
lhes das estruturas de armazenamento físico e mente, o esquema externo também não precisa ser
modificado.
concentrando-se na descrição de:
MODELOS DE DADOS
„ Entidades;
„ Tipos de Dados; Após estudarmos os principais conceitos de banco
„ Relacionamentos; de dados, vamos nos concentrar nos diferentes tipos
„ Operações de usuários; de modelos de dados que possibilitam diferentes tipos
418 „ Restrições. de visões dos usuários.
Para C. J. DATE (2003) os modelos de dados servem A figura a seguir ilustra um exemplo de um mode-
para descrever a estrutura de um banco de dados, lo lógico seguindo a abordagem de Bando de Dados
fornecendo significado necessário para permitir a Relacional.
abstração de dados, uma das características funda-
mentais dos bancos de dados. Produto Categoria
A abstração de dados em um SGBD tem o intuito código: inteiro código: inteiro
de retirar da visão do usuário final informações a res- descrição: Texto (30) nome: Texto (30)
peito da forma física de armazenamento dos dados, (1, n)
quantidade: real (1, 1)
simplificando a interação do usuário com o sistema.
A abstração de dados, então, refere-se à supressão de preço: real
detalhes da organização e armazenamento dos dados. códigoCat: inteiro
A representação dos dados pode estar submetida a dife-
rentes níveis de abstração. ELMASRI E NAVATHE (2011)
dividem estes níveis em modelos conceituais, modelos Modelo Físico
lógicos ou representacionais e modelos físicos. Os modelos físicos são modelos de baixo nível que
descrevem os detalhes de como os dados serão arma-
Modelo Conceitual
zenados no computador. Geralmente, estes modelos
O modelo conceitual é um modelo de dados de alto são voltados para especialistas. Assim, o modelo físico
é construído com base no modelo definido anterior-
nível, mais próximo ao modo como o usuário vê os dados.
mente (modelo lógico), com o objetivo de ser aplicado
HEUSER (2009) também define que este é um modelo de
sobre um SGBD específico.
dados abstrato, que descreve a estrutura de um banco de Na construção do modelo físico, são definidas
dados de forma independente de um SGBD. características como tipo e tamanho do campo, rela-
Assim, o modelo conceitual não se refere a caracte- cionamento, indexação e restrições.
rísticas físicas ou de baixo nível como forma de acesso Dessa forma, este modelo se importa em descrever
e armazenamento dos dados. Ele está focado em ilus- as estruturas físicas dos bancos de dados, tais como
trar a realidade existente a partir de uma representa- tabelas (tables), índices (index), gatilhos (triggers), fun-
ção gráfica. ções (functions), visões (views) etc.
Assim, o modelo conceitual não estabelece caracte- A caixa a seguir ilustra um script de banco de
rísticas físicas ou de baixo nível dos bancos de dados dados em SQL representando a criação dos detalhes
como forma de acesso ou armazenamento dos dados. dos dados internamente ao banco de dados (campo,
Ele está focado em ilustrar uma realidade existente tipo/domínio, restrições).
em um contexto de negócio a partir de uma represen-
tação gráfica. CREATE TABLE PRODUTO (
Neste modelo, são utilizados conceitos como enti- codigo INTEGER PRIMARY KEY,
dades, atributos e relacionamentos. quantidade REAL,
Um dos modelos de dados conceituais mais conhe- preco REAL,
cidos e utilizados na modelagem de banco de dados descricao VARCHAR(30),
codigocat INTEGER
é o Modelo Entidade-Relacionamento (MER). Nele,
);
além dos conceitos vistos anteriormente como enti- CREATE TABLE CATEGORIA (
dade, atributos e relacionamento, são representados codigo INTEGER PRIMARY KEY,
também conceitos centrais como generalização/ nome VARCHAR(30)
especialização e entidade associativa. Este modelo é );
o mais cobrado em provas de concursos e no próximo ALTER TABLE PRODUTO ADD FOREIGN KEY(codigocat)
capítulo iremos detalhar mais sobre ele. REFERENCES
CATEGORIA (codigo);
A figura a seguir ilustra um exemplo de um Diagra-
ma de Entidade-Relacionamento.
Arquitetura de Três Esquemas
Código
Descrição Código z Visão Externa (Nível Externo)
Quantidade z Esquema Conceitual (Nível Conceitual) CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Preço Nome z Esquema Interno (Nível Interno)
(1,n) (1, 1)
Produto Tem Categoria Independência de Dados

z Lógica
Modelo Lógico (Representativos ou de z Física
Implementação)
Modelo de Dados
O modelo lógico tem por objetivo representar as
estruturas que irão armazenar os dados dentro de um z Conceitual (alto nível)
banco de dados. Este modelo inclui a estrutura das z Lógico (ou representativos)
tabelas, domínios, chaves e restrições. z Físico
É importante destacar que o modelo lógico é ini-
ciado somente a partir da estruturação do modelo PROJETO DE BANCO DE DADOS
conceitual. Dessa forma, o modelo lógico é dependen-
te do tipo ou modelo de SGBD que será utilizado, ou Segundo ELMASRI E NAVATHE (2011), para se ter
seja, é levada em consideração qual abordagem será uma visão mais completa dos modelos de dados, é
utilizada referente ao banco de dados, se Relacional, importante ter conhecimento das principais fases do
Hierárquico ou de Rede. projeto de banco de dados. 419
A figura a seguir ilustra o esquema geral das dife- são projetados e implementados como transações
rentes etapas que serão percorridas ao longo do desen- de banco de dados correspondentes às especifica-
volvimento de um novo banco de dados no contexto ções da transação de alto nível. O projeto físico é
do desenvolvimento de um novo sistema ou aplicação. um processo contínuo, que ocorre mesmo depois
de o banco de dados já estar implementado e em
funcionamento, este processo é chamado de sinto-
Minimundo nia (tunning) de banco de dados. Aqui o modelo
físico é dependente do SGBD que será implantado,
podendo ser o MySQL, Oracle, PostgreSQL ou SQL
LEVANTAMENTO
Server, por exemplo.
E ANÁLISE DE
REQUISITOS Para fixar um pouco do que vimos neste capítulo,
Requisitos funcionais
observe o exercício a seguir, que exemplifica como
Requisitos de dados bancos de dados podem ser cobrados em concurso.
ANÁLISE FUNCIONAL
PROJETO CONCEITUAL

EXERCÍCIO COMENTADO
Especificação da Esquema conceitual
transação de alto nível (em um modelo de dados de alto nível)

Independente do SGBD
PROJETO LÓGICO 1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A respeito de bancos de
(MAPEAMENTO DO MODELO DE DADOS)
Específico do SGBD
dados, julgue o item a seguir.
PROJETO DO PROGRAMA Esquema lógico (conceitual) Um banco de dados é uma coleção de dados que
DE APLICAÇÃO (no modelo de um SGDB são organizados de forma randômica, sem significa-
específico)
do implícito e de tamanho variável, e projetados para
PROJETO FÍSICO
atender a uma proposta específica de alta complexi-
IMPLEMENTAÇÃO
DA TRANSAÇÃO dade, de acordo com o interesse dos usuários.
Esquema interno
Programas de aplicação ( ) CERTO  ( ) ERRADO
Fonte: Adaptado de ELMASRI e NAVATHE (2011, p. 133)
Ao contrário do que diz a questão, vimos anterior-
Levantamento e Análise de Requisitos: mente que um banco de dados é uma coleção lógica
e coerente de dados com algum significado inerente
z Nesta etapa, os projetistas de banco de dados e que uma variedade aleatória (ou randômica) de
entrevistam os usuários esperados para entende- dados não pode ser corretamente chamada de ban-
rem e documentarem seus requisitos de dados. O co de dados. Reposta: Errado.
resultado desta etapa é um conjunto de requisitos
dos usuários escrito de forma concisa. Esses requi- MODELAGEM CONCEITUAL
sitos devem ser especificados da forma mais deta-
lhada e completa possível. HEUSER (2009) define que o objetivo da modela-
gem conceitual é obter uma descrição abstrata, inde-
Modelagem Conceitual: pendente de implementação em computador e dos
dados que serão armazenados no banco de dados.
z Baseado na análise de requisitos é construído um Temos que a abordagem Entidade-Relacionamen-
modelo de dados conceitual de alto nível na forma to (ER) é a técnica de modelagem mais utilizada na
de um Modelo de Entidade-Relacionamento (MER). modelagem conceitual, o Modelo Entidade-Relacio-
Aqui são descritos as entidades, atributos, relacio- namento (MER) é modelo de dados conceitual mais
namentos, além de possíveis restrições. Esta fase é popular de alto nível e os Diagramas Entidade-Rela-
independente de SGBD. cionamento (DER) são a notação diagramática asso-
ciada ao MER.
Projeto Lógico:
ENTIDADE
z Nesta etapa, o modelo conceitual é convertido em
modelo de dados lógicos. O modelo lógico define HEUSER (2009) define uma entidade como um con-
como o banco de dados será implementado por um junto de objetos da realidade modelada sobre os quais
SGBD específico, podendo ser do tipo Relacional, se deseja manter informações no banco de dados. Por
Hierárquico ou Rede. Como vimos anteriormente, exemplo:
o modelo lógico descreve as estruturas que estarão
contidas no banco de dados, mas sem considerar z Existência Física: Pessoa, Carro, Casa, Empregado etc.
ainda nenhuma característica específica de SGBD, z Existência Conceitual: Empresa, Departamento,
resultando em um esquema lógico de dados. Trabalho, Cargo, Curso etc.

Projeto Físico: Cada entidade possui um conjunto de atributos,


z Na última etapa, são especificadas as estruturas que são as características que descrevem uma enti-
de armazenamento internas, organizações de dade em particular. Por exemplo, a partir de uma
arquivo, índices, caminhos de acesso e parâme- entidade que representa uma pessoa, os atributos
tros físicos do projeto para os arquivos de banco pertencentes a ela poderiam ser peso, altura, idade ou
420 de dados. Em paralelo, os programas de aplicação CPF.
Em um Diagrama ER, uma entidade é representa- Marido
da através de um retângulo que contém o nome da PESSOA eCasadaCom
entidade. A figura a seguir ilustra dois exemplos de Esposa
entidades:
É importante destacar que no relacionamento
entre entidades diferentes não é necessário indicar os
papéis das entidades.

Cardinalidade de Relacionamentos
Tipos de Entidades:
É importante estabelecer a quantidade de ocorrên-
z Normal; cias de cada um dos relacionamentos. Esta proprieda-
z Fraca (mais detalhes a seguir); de é chamada de cardinalidade, que se desdobra em
z Associativa (mais detalhes a seguir). cardinalidade máxima e cardinalidade mínima,
revelando diferentes características:
Dica
Para se referir a um objeto em particular, fala- z Máxima: razão de cardinalidade.
-se em “instância” ou “ocorrência da entidade”. z Mínima: participação ou dependência de existência.
Assim, uma instância se refere ao estado atual
de uma relação em um determinado momento. A cardinalidade máxima, informa o número de
Ela reflete apenas aos valores válidos que repre- ocorrências de instâncias de uma entidade com a
sentam um estado em particular do mundo real, outra. Para fins práticos, apenas duas cardinalidades
máximas são representadas de cada lado dos losangos
distinguindo-a assim de qualquer outra instân-
do relacionamento, as:
cia. Por exemplo, uma entidade do tipo Pessoa
possui os seguintes atributos: nome, cargo, ida-
z De valor 1;
de e estado civil.
z E as de valor N.
Uma instância dessa entidade poderia ser “João,
analista, 45 anos, casado”. Ou seja, a instância é
A cardinalidade máxima é usada para classificar
um exemplo de Pessoa, com os atributos preen- os relacionamentos binários, aqueles nos quais os
chidos com seus determinados valores (HEU- relacionamentos se dão entre duas entidades. São
SER, 2009). tipos de relacionamentos:

RELACIONAMENTO z 1:1 (um-para-um) – cada instancia de uma entida-


de se relaciona apenas com uma e somente uma
HEUSER (2009) define que um relacionamento é a instancia da outra entidade.
representação de um conjunto de associações entre as
„ Por exemplo: Na imagem abaixo temos o rela-
ocorrências de entidades. Dessa forma, pode-se repre-
cionamento que um Empregado gerencia um
sentar as interações que foram identificadas no pro-
Departamento, assim como, um Departamen-
cesso de análise entre as entidades. No Diagrama ER
to é gerenciado por apenas um Empregado
um relacionamento é representado por um losango
(Gerente).
que faz a interligação de suas respectivas entidades.
O nome do relacionamento aparece dentro do losan-
EMPREGADO DEPARTAMENTO
go. A figura a seguir apresenta um exemplo contendo
duas entidades, DEPARTAMENTO e PROJETO ligados 1 1
ao relacionamento CONTROLA. GERENCIA

z 1:N (um-para-muitos) – uma instância se relaciona


com várias na outra entidade, mas cada instância
da outra entidade só pode estar relacionada a uma CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
única ocorrência da primeira entidade.
„ Por exemplo: Na imagem abaixo, um Departamen-
to controla vários Projetos, assim como, um Proje-
to é controlado apenas por um Departamento.

DEPARTAMENTO
Autorrelacionamento ou Relacionamento Recursivo
1

Normalmente um relacionamento associa entida-


CONTROLA
des diferentes. Porém, há um caso especial no qual
existe um relacionamento entre a mesma entidade.
Nesta situação, surge o conceito de papel que identifi-
cará o relacionamento. N

PROJETO
Por exemplo, no relacionamento eCasadaCom (“é
casada com”), ilustrado na figura a seguir, uma ocor-
rência da entidade PESSOA exerce o papel de marido z N:N (muitos-para-muitos) – uma instância se relaciona
e a outra ocorrência exerce o papel de esposa. com várias ocorrências na outra entidade e vice-versa. 421
„ Por exemplo: Na imagem abaixo, um Compositor De forma resumida, temos que os graus dos rela-
compõe várias Composições, assim como, uma cionamentos podem ser:
Composição é composta por vários Compositores.
z Unário (grau 1): Relacionamento com a própria
N N
entidade. Conforme vimos anteriormente, são cha-
COMPOSITOR COMPÕE COMPOSIÇÃO mados de autorrelacionamento ou relacionamen-
to recursivo.
z Binário (grau 2): Mais comum. É o relacionamento
Já a cardinalidade mínima se refere ao número entre duas entidades.
mínimo de instâncias de uma entidade associadas a uma z Ternário (grau 3): Relacionamento entre três enti-
outra entidade através do relacionamento. De forma prá- dades. Este possui uma maior complexidade.
tica, consideram-se apenas duas cardinalidades mínimas: z Ou mais...

z 1 (um): se uma ocorrência de entidade sempre tiver ATRIBUTO


de participar do relacionamento para que ela exis-
ta, então a associação é obrigatória. Essa associa- HEUSER (2009) define que os atributos são dados
ção é indicada pelo número 1 (um) no diagrama ER. ou informações associadas a cada ocorrência de uma
entidade ou de um relacionamento.
z 0 (zero): se a ocorrência de uma entidade nem
Por exemplo, nome, idade, endereço, salário ou
sempre precisar participar do relacionamento, ela
cargo do funcionário. Para cada entidade em particu-
é considerada uma associação opcional. Esta asso- lar, ela terá um valor para cada um de seus atributos.
ciação é considerada opcional quando é indicada No Diagrama ER, os atributos são representados
pelo número 0 (zero) no diagrama ER. graficamente por círculos brancos, conforme ilustra-
do nas figuras a seguir:
EMPREGADO

(0, 1)

Alocação

(1, 1)

MESA

A partir da imagem anterior, podemos concluir


que cada Empregado deve ter a ele alocada obrigato-
riamente uma Mesa (cardinalidade mínima 1) e que HEUSER (2009) destaca que, na prática, muitas
uma Mesa pode existir sem que a ela esteja alocado vezes os atributos não são representados graficamente
um Empregado (cardinalidade mínima 0). para não sobrecarregar os diagramas, já que entidades
podem possuir um grande número de atributos. Nesses
Grau de Relacionamento casos é preferível o uso de representação textual.
É importante destacar também que cada atributo pos-
A maioria dos exemplos até aqui mostrados são de sui um conjunto de valores possíveis denominado domí-
relacionamentos binários. A abordagem ER permite nio, que veremos em mais detalhes no próximo capítulo.
que sejam definidos relacionamentos de grau menor
ou maior do que dois. Classificação dos Atributos
O grau de um relacionamento corresponde ao
número de entidades que participam do relaciona- Atributos Descritivos:
mento. Assim, podemos ter relacionamentos unários,
binários, ternários e assim por diante, apesar de não z Os atributos descritivos são capazes de represen-
ser muito comum encontrar diagramas com relacio- tar características formadoras ou pertencentes a
namentos com mais de três entidades envolvidas. uma entidade.
A figura a seguir ilustra um exemplo de relacio-
namento ternário, ou seja, com 3 (três) entidades „ Por exemplo: para a entidade Pessoa, podemos
ter os atributos que a descrevem como: nome,
(CIDADE, DISTRIBUIDOR e PRODUTO) participando do
idade, nascimento e sexo.
relacionamento DISTRIBUIÇÃO.
Atributos Nominativos:
CIDADE DISTRIBUIDOR

N 1 z Os atributos nominativos, podem cumprir a fun-


ção de descritivos, como também, serve para defi-
nir nomes ou rótulos de identificação às entidades
DISTRIBUIÇÃO
aos quais pertencem.

N „ Por exemplo: “código do...” (código do setor,


código do curso), “número...” (número total),
“matrícula” (matrícula do aluno, matrícula do
PRODUTO
422 funcionário) etc.
Atributos Referenciais: É importante ficar muito atento na diferença entre
os atributos compostos e os multivalorados, pois eles
z Os atributos referenciais, como o próprio nome são bastante cobrados em provas de concursos.
diz, fazem referência a uma outra entidade. O
exemplo mais comum são as chaves estrangeiras. z Atributo Composto: a informação é formada por
„ Por exemplo, na entidade chamada Aluno, há várias partes, com a informação completa sen-
um atributo denominado “código do curso”, do formada por todas as partes. O exemplo mais
no qual faz referência ao código que identifica comum é o atributo ENDEREÇO.
uma instância da entidade Curso. z Atributo Multivalorado: podem possuir vários
valores em um mesmo atributo. Um exemplo que
Tipos de Atributos cai bastante em prova é o TELEFONE, no qual a
pessoa pode registrar vários telefones (fixo, celu-
Existem diferentes tipos de atributos em uma enti-
lar, comercial) no mesmo atributo.
dade. São eles:

Atributos Simples (Atômicos): Identificando Entidades (Atributos-Chave)

z São atributos unitários ou não divisíveis, ou seja, Para a maioria das entidades, estas devem possuir
não podem ser divididos em outros atributos. um identificador. Segundo HEUSER (2009), um identi-
ficador de entidade é um conjunto de um ou mais atri-
Atributos Compostos: butos e relacionamentos cujos valores servem para
distinguir uma ocorrência da entidade das demais
z Podem ser divididos em subpartes menores (em ocorrências da mesma entidade. Eles podem ser
outros atributos), representando, assim, atributos representados por círculos pretos no Diagrama ER.
mais básicos com significados independentes. Para HEUSER (2009), um identificador simples (úni-
„ Por exemplo: o atributo ENDEREÇO pode ser co atributo) é suficiente para distinguir uma ocorrência
dividido em nome da RUA, CIDADE, ESTADO da entidade das demais ocorrências da mesma entidade.
e CEP. Além do mais, o atributo RUA pode ser
subdividido em outros três mais simples como
RUA, NÚMERO e NÚMERO_APARTAMENTO.

Atributos de Valores Únicos (ou Monovalorados):


Já para um identificador composto, HEUSER
z Possuem valor único para uma entidade em
(2009) menciona que dois ou mais atributos podem
particular.
ser necessários para distinguir uma ocorrência da
„ Por exemplo, para uma entidade do tipo Pes- entidade das demais ocorrências da mesma entidade.
soa, o atributo IDADE é um atributo único, pois HEUSER (2009) destaca também que há casos em
toda pessoa só possui uma idade. que o identificador de uma entidade é composto não
Atributos Multivalorados: somente por seus atributos, mas também, através de
relacionamentos em que ela participa (relaciona-
z Podem possuir vários valores para uma mesma enti- mento identificador).
dade. Por exemplo, FORMACAO_ACADEMICA é um No Diagrama ER, o relacionamento usado como iden-
atributo de uma entidade do tipo Pessoa que pode não tificador é indicado por uma linha dupla ou mais densa.
ter nenhuma formação, uma ou várias formações.
„ Um atributo multivalorado pode ter um limite
mínimo e um máximo para restringir o número de
valores permitidos para cada entidade individual.

Atributos Derivados:

z Os valores destes atributos podem ser derivados de


outros atributos ou entidades e eles relacionados.
„ Por exemplo, os atributos IDADE e DATA_NASCI- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
MENTO. O atributo IDADE é derivado de DATA_
NASCIMENTO, ou seja, o banco de dados pode
calcular o valor do atributo IDADE a partir do
valor que se encontra no atributo DATA_NASCI-
MENTO. Por fim, o atributo DATA_NASCIMEN-
TO é chamado de atributo armazenado.

Atributos Identificadores:

z Quando o atributo permite distinguir uma ocor-


rência das demais ocorrências de uma mesma
entidade, ele é considerado um atributo identifica-
dor de entidade.
„ Por exemplo, o atributo CPF pode ser conside-
rado um atributo identificador de uma entida-
de do tipo Pessoa, pois, para cada pessoa, existe
um número de CPF único. Contudo, um atributo
identificador pode corresponder a um conjunto
de um ou mais atributos ou relacionamentos. 423
Na figura acima, a entidade DEPENDENTE é identi- GENERALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO
ficada por seu atributo “nome” e pelo relacionamento
“dependeDe” com a entidade EMPREGADO. Por meio deste conceito é possível atribuir proprie-
dades particulares a um subconjunto das ocorrências
Identificando Relacionamentos especializadas de uma entidade genérica.
Generalização: HEUSER (2009) define que a gene-
Um relacionamento é identificado pelas entidades ralização é processo inverso à especialização. Ela é
dele participantes, bem como pelos seus próprios atri- resultado da união de dois ou mais tipos entidade de
butos identificadores se porventura existirem. nível mais baixo (subclasse), produzindo um tipo-enti-
dade de nível mais alto (superclasse). Assim, ela é uma
(0, n) (0, n) abstração de um conjunto de entidades.
MÉDICO CONSULTA PACIENTE
Especialização: Já a especialização, HEUSER
CRM nome data
código nome (2009) define como o resultado da separação de um
hora
tipo-entidade de nível mais alto (superclasse), for-
mando vários tipos-entidade de nível mais baixo (sub-
Na figura acima, os atributos identificadores de classe). No Diagrama ER, o símbolo para representar
relacionamento (data e hora) distinguem uma CON- generalização/especialização é um triângulo isósceles.
SULTA entre um MÉDICO e seu PACIENTE dentre as
demais consultas deste médico com os seus demais (1, 1) (0, n) codigo
FILIAL CLIENTE
pacientes. nome

Cardinalidade de Atributos

cpf CNPJ
HEUSER (2009) destaca que um atributo pode pos- sexo
PESSOA PESSOA
tipoOrganizacao
FÍSICA JURÍDICA
suir uma cardinalidade, de maneira análoga a uma
entidade em um relacionamento. Esta cardinalidade
define quantos valores deste atributo podem estar Na figura acima, a entidade PESSOA FÍSICA possui,
associados com uma ocorrência da entidade ou rela- além de seus atributos CPF e sexo, os atributos herdados
cionamento ao qual ele pertence. Por exemplo, pode- da entidade CLIENTE (que são os atributos código e nome),
mos ter as seguintes cardinalidades: bem como o relacionamento com a entidade FILIAL.

z Cardinalidade (1,1): obrigatória (não precisa repre- Níveis de Generalização e Especialização


sentar a cardinalidade no diagrama);
z Cardinalidade (0,1): opcional; Não há limites no número de níveis hierárquicos
z Cardinalidade (0,n): opcional e multivalorada; da generalização/especialização. Admite-se até que
z Cardinalidade (1,n): obrigatória e multivalorada. uma mesma entidade seja a especialização de diversas
entidades genéricas, é a chamada Herança Múltipla.
número
nome
FILIAL numEmpregados VEÍCULO Identificador
localização (1,n) de veículo
definido aqui

ENTIDADE FRACA

HEUSER (2009) define que entidade fraca é uma VEÍCULO TERRESTRE VEÍCULO AQUÁTICO
entidade que não possui atributos suficientes para
formar uma chave primária. A chave primária da
entidade fraca é formada pela chave primária do con-
junto de entidades fortes da relação mais o identifica-
dor do conjunto de entidades fracas.
Por exemplo, a entidade DEPENDENTE é uma enti- AUTOMÓVEL ANFÍBIO BARCO
dade fraca, pois a entidade somente existe quando
relacionada a outra entidade e usa, como parte de ser
identificador, entidades relacionadas.
A entidade fraca é representada por um retângulo com Herança
linha dupla conforme demonstrado na figura a seguir. múltipla

ENTIDADE ASSOCIATIVA

HEUSER (2009) destaca que por definição, um rela-


cionamento é uma associação entre entidades. Em
certas oportunidades, durante a modelagem, surgem
situações nas quais é desejável permitir uma associa-
Na figura anterior, podemos visualizar também ção entre uma entidade e um relacionamento. A ideia
outra forma de especificar os atributos de uma rela- da entidade associativa trata um relacionamento
424 ção, muitas vezes utilizadas em provas de concursos. como se ele fosse uma entidade.
Por exemplo, deseja-se modelar a prescrição de Os tipos de relacionamento que preenchem correta-
medicamentos receitados aos pacientes, com a cria- mente as lacunas acima são, respectivamente:
ção da entidade Medicamentos. A solução, então,
seria transformar o relacionamento entre MÉDICO e a) N:M, N:1, 1:1, N:M
b) 1:N, 1:1, 1:1, N:M
PACIENTE em uma entidade associativa e relacioná-la
c) N:M, N:1, 1:N, N:M
com a entidade MEDICAMENTO.
d) N:M, 1:1, 1:1, N:M
A notação utilizada para tanto é colocar um retân-
e) N:M, N:1, 1:1, 1:N
gulo em torno do relacionamento (losango), conforme
pode ser visto na figura a seguir. A partir do texto inserido na questão, construímos
o nosso Diagrama de Entidade-Relacionamento a
(1, n) (1, n)
MÉDICO CONSULTA PACIENTE seguir:
Entidade
associativa M N 1 1
ALUNO ENSINA MATÉRIA
PROFESSOR MINISTRA
prescrição
N M

1 N RECEBE
MEDICAMENTO PERTENCE TURMA AULA

A seguir, temos uma imagem com um resumo dos Onde:


símbolos de todos os conceitos que vimos sobre o • Relacionamento entre professor e aluno: Um pro-
modelo conceitual mais cobrado em provas de concur- fessor pode ensinar para vários alunos, assim como,
sos, chamado de Modelo Entidade-Relacionamento. cada Aluno é ensinado por vários Professores. Des-
sa forma, temos que o tipo de relacionamento entre
CONCEITO SÍMBOLO Professor e Aluno é N:M.
• Relacionamento entre aluno e turma: Cada aluno
Entidade pertence a somente uma Turma, como também, cada
Turma possui vários Alunos. Dessa forma, temos o
Relacionamento relacionamento do tipo N:1 entre Aluno e Turma.
• Relacionamento entre matéria e professor: Em
cada Matéria só há um Professor, como também,
Atributo cada Professor ministra apenas uma Matéria.
Assim, o relacionamento entre Matéria e Professor
Atributo Identificador
é só tipo 1:1.
• Relacionamento entre turma e matéria: Cada
Relacionamento Turma recebe aula de várias Matérias, assim como,
Identificador cada Matéria é lecionada em várias Turmas. Des-
sa forma, temos que o tipo de relacionamento entre
Turma e Matéria é N:M. Resposta: Letra A.
Generalização/
especialização
MODELO RELACIONAL

Entidade Associativa A seguir vamos apresentar os conceitos sobre um


dos modelos de dados mais utilizados atualmente nos
sistemas de gerenciamento de banco de dados (SGBD),
Fonte: Adaptado de HEUSER (2009, p. 63) o modelo relacional. O objetivo é dar condições para
que vocês compreendam os conceitos básicos e resol-
vam o maior número de questões nas provas de con-
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
cursos públicos.
EXERCÍCIO COMENTADO
INTRODUÇÃO
2. (FCC – 2005) Analise o quadro abaixo.
O modelo relacional foi introduzido por Edgar
Entidade Entidade Tipo de Relacionamento Frank “Ted” Codd, da IMB Research, em 1970. O
modelo utiliza o conceito de relação matemática que
Professor Aluno ...... se parece com uma tabela de valores. As primeiras
Aluno Turma ...... implementações são início da década de 1980. O mode-
Matéria Professor ...... lo revelou-se o mais flexível e adequado ao solucionar
os vários problemas que se colocaram no nível de con-
Turma Matéria ...... cepção e implementação em um banco de dados.
A estrutura fundamental do modelo relacional é
Levando em conta que as turmas são grupos de alu- a relação (tabela). Uma relação é constituída por um
nos e cada aluno pertence a somente uma turma, cada ou mais atributos (colunas) que traduzem o tipo de
professor ministra a mesma matéria em uma ou mais dados a serem armazenados. Cada instância do esque-
turmas, só há um professor por matéria e uma turma ma é chamada de tupla (linha). A seguir, veremos em
recebe aulas de várias matérias. mais detalhes cada um destes conceitos. 425
CONCEITOS DO MODELO RELACIONAL

De acordo com HEUSER (2009), o modelo relacional representa o banco de dados como uma coleção de rela-
ções. Uma relação é semelhante a uma tabela de valores ou arquivo plano de registros.
Fazendo uma comparação da relação com uma tabela de valores, temos que cada linha da tabela representa
uma coleção de valores de dados relacionados. Além disso, uma linha em particular representa um fato que nor-
malmente corresponde a uma entidade ou relacionamento do mundo real.
A tabela a seguir relaciona o que contém em uma tabela de valores com os conceitos do modelo relacional.

INFORMAÇÕES DE UMA TABELA CONCEITOS DO MODELO RELACIONAL


Tabela Relação
Linha Tupla
Coluna Atributo
Tipo Do Dado Domínio

De forma resumida, HEUSER (2009) descreve que uma tabela (relação) é um conjunto não ordenado de linhas
(tuplas), onde cada linha é composta por uma série de colunas ou campos (atributos). Cada campo é identificado
por um nome de campo (nome do atributo), o conjunto de campos homônimos de todas as linhas de uma tabela
forma uma coluna.
A imagem a seguir ilustra as informações presentes em uma relação do modelo relacional de banco de dados.

Fonte: Adaptado de ELSMARI e NAVATHE (2011, p. 40)

Outros dois conceitos muito importantes da modelagem relacional é o grau da relação que diz respeito ao
número de atributos de uma relação e a cardinalidade da relação que indica o número de tuplas (linhas)
existentes na relação.

Chaves

As chaves correspondem aos atributos identificadores que vimos anteriormente no capítulo de modelagem
conceitual. Elas permitem dar uma identificação única a cada ocorrência de instância em uma tabela.
Basicamente existem 3 (três) tipos de chaves em um banco de dados relacional, a chave primária, a chave
estrangeira e a chave alternativa. A seguir, vamos detalhar estes tipos com suas respectivas características.

Chave Primária (ou Primary Key – PK)

z É um conjunto de atributos que identifica unicamente uma tupla em uma relação.


z Pode ser simples ou composta.
„ Simples: é formada por apenas um campo da tabela.
„ Composta: é formada por mais de um campo na tabela.

z Um exemplo de chave primária pode ser o CPF que identifica unicamente cada pessoa. O conjunto {Nome,
CPF} também pode ser uma super chave, mesmo o atributo Nome não sendo uma chave primária.
z Os campos que pertencem à chave primária são obrigatórios, não admitindo valor vazio ou NULL.

Chave Estrangeira (Foreign Key – FK)

z É uma coluna ou conjunto de colunas que se referem necessariamente a uma chave primária de outra tabela
(ou dela mesma no caso de recursividade), estabelecendo um relacionamento entre as tabelas.
z Segundo HEUSER (2009), a existência de uma chave estrangeira impõe restrições que devem ser garantidas ao
426 executar operações de alterações no banco de dados.
z Um exemplo de chave estrangeira pode ser o “Códi- RESTRIÇÕES DO MODELO RELACIONAL
go do curso” que se encontra em uma das colunas
ELMASRI e NAVATHE (2011) definem que restri-
da tabela de Aluno e que referencia a chave primá-
ções do modelo relacional são regras que devem ser
ria da tabela de Cursos.
obedecidas em todos os estados válidos da base de
dados. Elas devem ser especificadas no esquema de
Chave Alternativa (ou Chave Candidata) banco de dados relacional para garantirem que os
dados reflitam corretamente a realidade modelada.
z Uma coluna ou grupo de colunas da tabela que São tipos de restrições:
servem para identificar unicamente um registro.
Assim, além da chave primária criada, uma outra z Domínio
(alternativa) também é utilizada para identificar o z Chave
registro. Também chamada de Chave Única (Uni- z Valores Vazios (NULL)
que Key – UK). z Integridade
z Como exemplo, podemos criar uma tabela com „ Entidade
dados de Pessoas, tendo como chave primária um „ Referencial
número inteiro autoincrementado (valor diferente „ Semântica
para cada pessoa inserida na tabela) e como chave
única o CPF de cada pessoa. Restrições de Domínio

Domínio As restrições de domínio especificam que, dentro


de cada tupla, o valor de cada atributo deve ser um
valor indivisível do domínio. São tipos de domínios os
Um domínio é um conjunto de valores atômicos,
exemplos a seguir:
ou seja, cada valor do domínio é indivisível e possui
uma descrição física e outra semântica. Por exemplo:
z Tipos de dados numéricos para inteiros (short,
integer e long)
z Descrição física
z Números reais (float e double)
„ Identifica o tipo e o formato dos valores que z Caracteres
compõem o domínio z Booleanos
„ Exemplo: VARCHAR(13), “(99)9999-9999” z Cadeias de caracteres de tamanho fixo e variável
z Data
z Descrição semântica z Hora
z Moeda
„ Ajuda na interpretação de seus valores z Entre outros.
„ Exemplo: “Números de telefone válidos no Brasil”

A seguir temos alguns exemplos de domínios para Restrições de Chave (Unicidade)


alguns atributos:
No modelo relacional formal, uma relação é defi-
z CPF (VARCHAR(20)) – o atributo CPF deverá ser nida como um conjunto de tuplas. Todos os elementos
do tipo VARCHAR (string) com um tamanho máxi- de um conjunto são distintos. Logo, todas as tuplas em
ma de 20 caracteres. uma relação também precisam ser distintas. Assim,
z NOME (VARCHAR(40)) – o atributo NOME deve- não pode haver chaves com o mesmo valor.
rá ser do tipo VARCHAR (string) com um tamanho As restrições de chave garantem a unicidade do
máximo de 40 caracteres. valor da chave primária em cada uma das tuplas de
z MEDIA_NOTA (DOUBLE) – o atributo MEDIA_ uma relação. Isso significa que duas tuplas não podem
NOTA deverá ser do tipo DOUBLE (número de pon- ter a mesma combinação de valores para todos os
to flutuante) seus atributos.
Conceitos do Modelo Relacional:
Restrições sobre Valores Vazios (NULL)
z Relação: Tabela de dados. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Atributo: Nome de cada coluna da tabela. ELMASRI e NAVATHE (2011) definem que restri-
z Tupla: Linha da tabela. ções sobre valores vazios especificam se valores NULL
z Instância: Conjunto de tuplas. são permitidos ou não. Por exemplo, se cada tupla de
z Domínio: Conjunto de valores permitidos. uma entidade do tipo ALUNO precisar ter um valor
z Grau: Número de atributos da relação. válido, diferente de NULL, para o atributo Nome,
z Cardinalidade: Indica o número de tuplas (linhas) então Nome de ALUNO é restrito a ser NOT NULL
existentes na relação. (“não nulo” ou “não vazio”).
Chaves:
Restrições de Integridade
z Chave Primária: Conjunto de atributos (colunas)
que identifica unicamente uma tupla em uma ELMASRI e NAVATHE (2011) definem que um
relação. estado que satisfaz a todas as restrições no conjunto
z Chave Estrangeira: Uma coluna ou conjunto de definido de restrições de integridade é chamado de
colunas que se referem necessariamente a uma estado válido. Além disso, um estado de banco de
chave primária de outra tabela. dados que não obedece a todas as restrições de inte-
z Chave Alternativa: Uma coluna ou grupo de colu- gridade é chamado de estado inválido.
nas da tabela que servem para identificar unica- Dessa forma, ELMASRI e NAVATHE (2011) classifi-
mente um registro. cam os tipos de restrições de integridade: 427
Restrição de Integridade de Entidade NOÇÕES DE BIG DATA

Com o uso extensivo de serviços online por meio


z Nenhum valor de chave primária pode ser NULL;
da Internet, os hábitos adotados por empresas, organi-
z As Restrições de Chave e as Restrições de Integri-
zações, economias e por diferentes nações acabaram
dade de Entidade são atribuídas sobre relações
mudando a maneira como as pessoas vivem e usam
individuais.
a tecnologia. Dessa forma, mais do que nunca, há um
aumento crescente da quantidade de informações e,
Restrição de Integridade Referencial
consequentemente, do armazenamento dos dados
que surgem diariamente.
z Restrição de Integridade Referencial é atribuída Tudo isso é relativamente novo. Pois, agora, cada
entre duas relações e usada para manter a consis-
usuário e organização pode armazenar as informa-
tência entre tuplas nas duas relações;
ções em formato digital, diferentemente de como
z Esta utiliza o conceito de Chave Estrangeira (FK)
acontecia algumas décadas atrás. Portanto, para lidar
visto anteriormente.
com esse aumento exponencial de dados, foi criado
um mecanismo e abordagem para lidar com tudo isso,
Restrições de Integridade Semântica
o chamado Big Data.
Neste capítulo, iremos apresentar os conceitos
z Restrições de Integridade Semântica são especifi- sobre Big Data, tecnologias e ferramentas. Ao final,
cadas e impostas em um banco de dados relacional; resolveremos algumas questões de concursos públi-
z Por exemplo: cos sobre este assunto.
„ Salário de um funcionário não deve ser supe-
rior ao salário de seu supervisor; CONCEITO DE BIG DATA
„ Número máximo de horas que um funcionário
pode trabalhar em todos os projetos por sema- Como um dos termos mais “badalados” do merca-
na é 56h. do hoje, não há consenso sobre como definir Big Data.
O termo é frequentemente usado como sinônimo de
A seguir, selecionamos algumas questões sobre os conceitos relacionados como Business Intelligence (BI)
conceitos que acabamos de aprender. e Mineração de Dados (Data Mining). É verdade que
todos os três termos se referem à análise de dados,
mas o conceito de Big Data difere dos demais quando
volumes de dados, número de transações e o núme-
EXERCÍCIO COMENTADO ro de fontes de dados são tão grandes e complexos
que exigem métodos e tecnologias especiais a fim de
extrair uma visão dos dados.
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018)
O Big Data pode ser definido como um concei-
CPF to utilizado para descrever um grande volume de
NOME dados, tanto estruturados quanto não estruturados,
DATA DE NASCIMENTO e que aumentam dia após dia em qualquer sistema
ou negócio. No entanto, não é a quantidade de dados
NOME DO PAI
que é essencial. A parte mais importante é o que as
NOME DA MAE
empresas ou organizações podem fazer com esses
TELEFONE
dados. Milhares de análises podem ser executadas
CEP sobre eles, no qual é possível realizar previsões, ins-
NUMERO pirar novas ideias ou levar a uma melhor tomada de
decisão estratégica.
As informações anteriormente apresentadas corres-
Uma definição exata de Big Data é difícil de definir,
pondem aos campos de uma tabela de um banco de
pois projetos, empresas e profissionais de negócios a
dados, a qual é acessada por mais de um sistema
usam de maneira bem diferente. Com isso em mente,
de informação e também por outras tabelas. Esses de modo geral, Big Data é:
dados são utilizados para simples cadastros, desde a
consulta até sua alteração, e também para prevenção z Grande volume de dados;
à fraude, por meio de verificação dos dados da tabela z Uma categoria de estratégias e tecnologias da com-
e de outros dados em diferentes bases de dados ou putação usadas para lidar com grandes conjuntos
outros meios de informação. de dados.
Considerando essas informações, julgue o item que
segue. QUAIS SÃO OS 5VS DO BIG DATA?
A referida tabela faz parte de um banco de dados
Inicialmente, o conceito de Big Data foi contempla-
relacional.
do por 3 V’s. que são volume, velocidade e varieda-
( ) CERTO  ( ) ERRADO de. Valor e veracidade são outras duas dimensões “V”
que foram adicionadas à literatura recentemente.
Os V’s adicionais são frequentemente propos-
Como estudamos anteriormente, a estrutura fun-
tos, mas estes 5V’s são os que mais são cobrados em
damental do modelo relacional é a tabela, também
provas de concursos. Vamos a uma breve explicação
chamada de relação. Uma relação é constituída por
sobre cada um a seguir:
um ou mais atributos (colunas) e cada instância é
chamada de tupla (linha). Assim, a tabela que cons- � Volume
ta no corpo da questão realmente faz parte de um
banco de dados relacional que poderá ser usada „ Refere-se à enorme quantidade de dados dispo-
para o cadastro de pessoas em uma aplicação com- nível, desde conjuntos de dados com tamanhos
428 putacional, por exemplo. Resposta: Certo. de terabytes a zetabytes;
z Velocidade
„ Refere-se a grandes quantidades de transações
com alta taxa de atualização, resultando em flu-
xos de dados chegando em grande velocidade;

z Variedade
„ Os dados vêm de diferentes fontes de dados.
Além disso, os dados podem vir em vários for-
matos, sendo dados estruturados como uma
tabela de banco de dados, dados semiestrutura-
dos como um arquivo XML ou dados não estru- FONTE: Disponível em: <https://www.google.com/search?q=dados
turados como texto, imagens, streams de vídeo, +estruturados&client=opera&hs=Qbg&sxsrf=ALeKk000TpXUa6k3m
áudio, entre outros. lx87snF0lE866HYNQ:1624911016946&source=lnms&tbm=isch&sa
=X&ved=2ahUKEwjg-dKfkbvxAhX5r5UCHRp-BF4Q_AUoAXoECAEQA
w&biw=770&bih=741#imgrc=-n3SzEFTQkAqoM&imgdii=yRL2emS7
Vale destacar que estes são os três principais V’s de B4ZdVM>.
Big Data. Porém, ainda há os seguintes V’s:
Dados Estruturados
z Veracidade
Uma base de dados é estruturada quando os dados
„ Refere-se à qualidade, precisão ou confiabilida- estão armazenados em campos fixos em um arquivo –
de dos dados. Está ligada diretamente ao quan- por exemplo, uma tabela, uma planilha ou um banco de
to uma informação é verdadeira. dados. Assim, os dados estruturados dependem da cria-
ção de um modelo de dados, incluindo a descrição dos
z Valor objetos juntamente com suas propriedades e relações.
O modelo descreve todos os tipos de dados que serão
„ Refere-se ao valor dos dados ou o valor que eles
armazenados, acessados e processados, o que inclui
possuem. É importante entender o contexto e
definir quais campos de dados serão utilizados (por
a necessidade para gerar a informação certa exemplo, nome, idade, gênero, endereço, escolaridade,
para as pessoas certas. estado civil etc.), os tipos dos dados (por exemplo, numé-
ricos, nominais, alfabéticos, monetários, endereço etc.) e
todas as restrições a eles associadas. Uma das vantagens
Importante!
dos dados estruturados é a facilidade de armazenagem,
Compreender os V’s de Big Data é fundamental acesso e análise (CASTRO e FERRARI, 2016).
para a resolução de diversas questões de provas de
Dados Semiestruturados
concursos, pois este assunto é o mais recorrente.
� Volume: grande quantidade de informação a O dado semiestruturado é um tipo de dado que
ser processada; não possui a estrutura completa de um modelo de
� Variedade: os diferentes tipos de dados analisados; dados, mas também não é totalmente desestrutura-
� Velocidade: tempo hábil para recuperar e pro- do. Nos dados semiestruturados em geral são usados
cessar a informação; marcadores (por exemplo, tags) para identificar cer-
tos elementos dos dados, mas a estrutura não é rígida.
� Veracidade: o quão confiável é o dado;
Exemplos conhecidos de dados semiestruturados são
� Valor: o grau de importância deste dado para arquivos XML ou HTML, que definem um conjunto
compor uma informação. de regras para codificar documentos em um formato
que pode ser lido por humanos e máquinas, e também CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ESTRUTURAÇÃO DOS DADOS e-mails, que possuem campos de remetente, destina-
tário, data, hora e outros adicionados aos dados não
Os dados que alimentam a ideia de Big Data podem estruturados do corpo da mensagem e seus anexos
provir de diversas fontes. Na Internet, encontramos (CASTRO e FERRARI, 2016).
um grande volume de dados com conteúdos relacio-
nados a educação, ciência, entretenimento, governo, Dados Não Estruturados
finanças, saúde, entre outros. Todos esses dados são
fontes de Big Data. Dado não estruturado é aquele que não possui um
modelo de dados, que não está organizado de uma
Empresas e organizações se concentram muito na
maneira predefinida ou que não reside em locais
coleta de dados para garantir que possam obter infor-
definidos. Essa terminologia normalmente se refere
mações valiosas a partir deles. Compreender a estru-
a textos livres, imagens, vídeos, sons, páginas web,
tura de dados é a chave para descobrir seu valor. arquivos PDF, entre outros. Os dados não estrutura-
CASTRO e FERRARI (2016) destacam que, de forma dos costumam ser de difícil indexação, acesso e análi-
simplificada, dados são valores quantitativos ou qua- se (CASTRO e FERRARI, 2016).
litativos associados a alguns atributos. Com relação à De forma resumida, temos a tabela a seguir que
estrutura, eles podem ser: diferencia os três tipos de dados: 429
DADOS DADOS
DADOS NÃO ESTRUTURADOS
ESTRUTURADOS SEMIESTRUTURADOS
Ex.: Textos, Documentos, Imagens,
Ex.: Banco de Dados, Tabela, Planilhas. Ex.: XML, HTML, JSON, RDF.
Vídeos, Áudios, Redes Sociais.
Estrutura rígida, projetada previa- Estrutura flexível, representação Sem estrutura (ou com estrutura
mente, representação homogênea. heterogênea. mínima de arquivo).
Cada campo de dados tem um for- Cada campo de dados tem uma estrutura, Mais de 80% dos dados gerados no
mato bem definido. mas não existe uma imposição de formato. mundo é deste tipo.
O esquema é criado com a definição de ele-
Dados de um mesmo registro pos-
mentos internos dos arquivos (nós), legíveis
suem relação entre eles.
para seres humanos.
Fonte: Adaptado de <https://bit.ly/332OR9z>. Acesso em: 26 set. 2020.

Big Data Analytics

Para a maioria das organizações, o objetivo principal de lançar uma iniciativa de Big Data é analisar os dados
para melhorar os resultados de negócios.
A maneira como as organizações geram esses insights é por meio do uso de software analítico. Os fornecedores
usam muitos termos diferentes, como mineração de dados (data mining), inteligência de negócios (business intelli-
gence), computação cognitiva, aprendizado de máquina (machine learing) e análise preditiva, para descrever suas
soluções de análise de Big Data.
Em geral, no entanto, essas soluções podem ser separadas em quatro categorias amplas:

Análise Descritiva

Esta é a forma mais básica de análise de dados. Ela responde à pergunta: “O que aconteceu?”. Quase todas as
organizações realizam algum tipo de análise descritiva ao reunir seus relatórios regulares semanais, mensais,
trimestrais e anuais.

Análise de Diagnóstico

Depois que uma organização entende o que aconteceu, a próxima grande questão é “Por quê?”. É aqui que
entram as ferramentas de análise de diagnóstico. Elas ajudam os analistas de negócios a entender as razões por
trás de um determinado fenômeno, como uma queda nas vendas ou um aumento nos custos.

Análise Preditiva

As organizações não querem apenas aprender lições do passado, elas também precisam saber o que vai acon-
tecer a seguir. Esse é o escopo da análise preditiva. As soluções de análise preditiva geralmente usam inteligência
artificial ou tecnologia de aprendizado de máquina para prever eventos futuros com base em dados históricos.
Muitas organizações estão investigando a análise preditiva e começando a colocá-la em produção.

Análise Prescritiva

As ferramentas de análise mais avançadas não apenas informam às organizações o que acontecerá a seguir,
mas também oferecem conselhos sobre o que fazer a respeito. Eles usam modelos sofisticados e algoritmos de
aprendizado de máquina para antecipar os resultados de várias ações. Os fornecedores ainda estão em processo
de desenvolvimento dessa tecnologia, e a maioria das empresas ainda não começaram a usar esse nível de análise
de Big Data em suas operações.

TECNOLOGIAS DE BIG DATA

Ferramentas

Uma vez que os requisitos de computação, armazenamento e rede para trabalhar com grandes conjuntos de
dados estão além dos limites de um único computador, há uma necessidade de ferramentas para processar os
dados por meio de computadores de maneira distribuída, os chamados clusters.
Cada vez mais potência de computação e infraestrutura de armazenamento massivo são necessários para pro-
cessar esses dados localmente ou, mais tipicamente, nos centros de dados de provedores de serviços na nuvem
(cloud).
Além da infraestrutura necessária, várias ferramentas e componentes devem ser reunidos para resolver pro-
blemas de Big Data. O ecossistema Hadoop é apenas uma das plataformas que ajudam a trabalhar com grandes
quantidades de dados e descobrir padrões úteis para as empresas.
Abaixo está uma lista de algumas das ferramentas disponíveis e uma descrição resumida de suas funções no
430 processamento de Big Data:
z Apache Kafka „ Surgiu com este único escopo e foi adotada ini-
„ Sistema de mensagens escalonável que permi- cialmente por acadêmicos e depois por empre-
te aos usuários publicar e consumir um gran- sas e público no geral. Além disso, tem uma
de número de mensagens em tempo real por sintaxe orientada a funções.
assinatura.
z Python
z HBase
„ Inspirado na linguagem C, foi lançada em 1991
„ Armazenamento de dados de chave/valor e possui um foco generalista.
orientado por coluna que é executado no „ Serve desde para fazer aplicações web, como
Hadoop Distributed File System.
também, fazer análises de dados.
„ Possui foco na produtividade, possuindo uma
z Hive
sintaxe orientada a objetos.
„ Sistema de data warehouse de código aberto
para análise de conjuntos de dados em arqui-
z XPath
vos Hadoop.
„ Essa é uma linguagem de consulta que selecio-
z MapReduce na os nós em um documento XML.
„ Estrutura de software para processar grandes „ Também pode ser usada para calcular valores
quantidades de dados não estruturados em como strings, números ou valores booleanos do
paralelo em um cluster distribuído. conteúdo de um documento XML.
„ Além de ser uma recomendação do W3C.
z Pig
„ Tecnologia de código aberto para programa- Infraestrutura
ção paralela de jobs MapReduce em clusters
Hadoop. TAURION (2013) destaca que as tecnologias atuais
de tratamento de dados não são mais adequadas.
z Spark Utilizando como exemplo um dos modelos mais
„ Estrutura de código aberto e processamento usados até hoje, o modelo relacional, ele foi criado
paralelo para executar aplicativos de análise para acessar dados estruturados dos sistemas inter-
de dados em grande escala em sistemas em nos das organizações. Não sendo possível tratar dados
cluster. não estruturados ou pentabytes de dados.
Para tratar dados na escala de volume, variedade e
z YARN velocidade do Big Data, precisa-se de outros modelos,
„ Tecnologia de gerenciamento de cluster no como os softwares de banco de dados NoSQL, dese-
Hadoop de segunda geração. nhados para tratar imensos volumes de dados estru-
turados e não estruturados (TAURION, 2013).
Alguns dos mecanismos de análise de Big Data Segundo MACHADO (2018), nos bancos de dados
mais usados, são: NoSQL, as tabelas são conhecidas como tabelas de
hash distribuídas, uma vez que armazenam objetos
z Apache Hive / Hadoop indexados por chaves, o que possibilita a busca desses
„ Solução de preparação de dados para fornecer objetos a partir apenas de suas chaves, diferente dos
informações a muitos ambientes analíticos ou bancos de dados estruturados.
armazenamentos de dados. Desenvolvido por O banco de dados NoSQL é desenhado para aumen-
Yahoo, Google e Facebook. tar a sua escala em sentido horizontal, isso significa
por meio de clusters distribuídos em hardwares de
z Apache Spark baixo custo.
„ Usado em conjunto com tarefas de computação
pesadas e tecnologias Apache Kafka. Desenvol-
vido na University of California, Berkeley. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
EXERCÍCIO COMENTADO
z Presto
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item que se
„ Motor SQL desenvolvido pelo Facebook para
segue, relativo à noção de mineração de dados, big
análises ad-hoc e relatórios rápidos.
data e aprendizado de máquina.
Big data refere-se a uma nova geração de tecnologias
Linguagens de Dados
e arquiteturas projetadas para processar volumes mui-
to grandes e com grande variedade de dados, permi-
Não se poderia deixar de comentar que, além das tindo alta velocidade de captura, descoberta e análise.
ferramentas, há como tecnologias de Big Data, as lin-
guagens de dados, sendo as mais conhecidas: ( ) CERTO  ( ) ERRADO

z Linguagem R Apesar de não existir uma definição exata, a ques-


„ É uma implementação da Linguagem S. tão definiu Big Data mencionando diversas carac-
„ Lançada em 1995, surgiu com um propósito terísticas do contexto do Big Data que estudamos
bem específico de facilitar as análises estatísti- anteriormente, principalmente se referindo aos 3Vs
cas e visualização de dados de forma que fosse mais importantes: volume, velocidade e variedade.
mais amigável para os usuários. Resposta: Certo. 431
NOÇÕES DE MINERAÇÃO DE DADOS z Previsão: Mostrar como certos atributos dos dados
se comportarão no futuro.
A mineração de dados ou, do inglês, data mining, z Identificação: Padrões de dados podem ser usa-
refere-se ao desenvolvimento do suporte à tomada dos para identificar a existência de um item, um
de decisão a partir de dados coletados, organizados e evento ou uma atividade.
processados por uma empresa ou uma organização.
z Classificação: Particionar os dados de modo que
Técnicas de mineração de dados estão sendo usadas
diferentes classes ou categorias possam ser identi-
por empresas e organizações em todo o mundo para
ficadas com base em combinações de parâmetros.
obter um melhor entendimento dos seus clientes, par-
z Otimização: Otimizar o uso de recursos limitados,
ceiros e de suas próprias operações.
como tempo, espaço, dinheiro ou materiais e maxi-
Neste capítulo, iremos estudar o conceito, aplica-
mizar variáveis de saída como vendas ou lucros
ções e algumas das principais técnicas de mineração
sob determinado conjunto de restrições.
de dados. Ao final, resolveremos algumas questões
cobradas em concursos públicos sobre este assunto
PROCESSOS DO PROJETO DE MINERAÇÃO DE
INTRODUÇÃO À MINERAÇÃO DE DADOS DADOS

Atualmente, grandes empresas e organizações têm z Processo de Descoberta do Conhecimento em


buscado entender melhor seus clientes para otimizar Bases de Dados (KDD)
seus serviços e maximizar o retorno sobre seus inves-
timentos. Um grande componente desse entendimen- CASTRO e FERRARI (2016) destacam que a mine-
to vem da análise de dados. O custo de armazená-los ração de dados é parte integrante de um processo
e processá-los diminuiu consideravelmente nos últi- mais amplo, conhecido como Descoberta de Conhe-
mos anos e, como resultado, a quantidade de dados cimento em Bases de Dados ou, do inglês, Knowled-
armazenados em formatos eletrônicos cresceu em ge Discovery in Databases (KDD). GOLDSCHMIDT e
uma velocidade assustadora. Assim, com a criação de PASSOS (2005) definem que ela é caracterizada como
grandes bancos de dados, surgiu, então, a possibilida- um processo composto por três etapas operacionais
de de analisá-los de uma forma mais detalhada. básicas: Pré-Processamento, Mineração de Dados e
TURBAN et. al (2009) mencionam que, inicialmen- Pós-Processamento.
te, o termo “mineração de dados” era utilizado para A etapa de Pré-Processamento compreende
descrever o processo no qual padrões anteriormente todas as funções relacionadas à captação, organiza-
desconhecidos eram identificados nos dados. Porém, ção e ao tratamento dos dados. O objetivo principal
essa definição tem sido expandida para além desses dela é preparar os dados para os algoritmos da eta-
limites e, atualmente, o termo é mais usado para des- pa de Mineração de Dados. GOLDSCHMIDT e PASSOS
crever a descoberta de informações em bancos de (2005) elencam as principais funções desta etapa:
dados.
z Seleção de Dados: Refere-se à identificação das
Conceito de Mineração de Dados informações que devem ser efetivamente conside-
radas durante o processo de KDD. Sendo dois enfo-
TURBAN et. al (2009) definem a mineração de ques distintos: a escolha de atributos ou a escolha
dados como um processo que usa técnicas estatís- de registros que devem ser considerados no pro-
ticas, matemáticas, de inteligência artificial e de cesso de KDD.
aprendizagem de máquina (ou automática) para z Limpeza de Dados: Refere-se a qualquer trata-
extrair e identificar informações úteis e conheci- mento realizado sobre os dados selecionados de
mento em banco de dados. CASTRO e FERRARI (2016) forma a garantir a qualidade (completude, vera-
definem também a mineração de dados como um pro- cidade e integridade) dos fatos por eles repre-
cesso sistemático, interativo e iterativo, de prepara- sentados. Informações faltantes, erradas ou
ção e extração de conhecimentos a partir de grandes inconsistentes devem ser corrigidas de forma a
bases de dados. não comprometer a qualidade dos modelos de
A mineração de dados tem sua base na ciência da conhecimento a serem extraídos ao final do pro-
computação juntamente com a estatística, utilizando cesso de KDD.
avanços nas duas disciplinas para progredir na extra- z Codificação dos Dados: Nesta etapa, os dados
ção de informações de grandes bancos de dados. São devem ser codificados para ficarem em uma forma
utilizadas tarefas como extração de conhecimento, que possam ser usados como entrada dos algorit-
arqueologia de dados, exploração de dados, pro- mos de Mineração de Dados.
cessamento de padrões de dados, limpeza de dados z Enriquecimento dos Dado: Consiste em conse-
e colheita de informação. Todas essas atividades são guir mais informação que possa ser adicionada
gerenciadas e administradas automaticamente e per- aos registros existentes, melhorando os dados,
mitem uma descoberta rápida até mesmo por pessoas para que estes forneçam mais informações para o
não-especialistas. processo de descoberta de conhecimento.

Objetivos da Mineração de Dados Na segunda etapa, a Mineração de Dados realiza


a busca efetiva por conhecimentos úteis no contexto
ELMASRI e NAVATHE (2011) definem que os obje- da aplicação de KDD. Nela, são definidos as técnicas
tivos da mineração de dados estão diretamente rela- e os algoritmos a serem utilizados no problema em
cionados com a descoberta do conhecimento. Eles questão. A escolha da técnica depende, muitas vezes,
classificam que a mineração de dados costuma ser do tipo de tarefa de KDD a ser realizada. Veremos
executada com objetivos finais ou aplicações de uma mais detalhes destas técnicas e algoritmos nos tópicos
432 perspectiva geral. Os objetivos são classificados, como: seguintes.
Business Understanding (Entendimento dos Negócios)
Importante!
z Nessa fase, deve ser identificado os problemas de
É importante ficar atento em algumas questões negócio a serem resolvidos, buscando os detalhes e
de concursos, pois algumas bancas se referem à o impacto dele no negócio. O foco é entender qual
Mineração de Dados e à Descoberta de Conhe- o objetivo que se deseja atingir com a mineração
cimento em Bancos de Dados como sinônimos. de dados. O entendimento do negócio irá ajudar
nas próximas etapas.

Data Understanding (Entendimento dos Dados)


A etapa de Pós-Processamento abrange o tratamen-
to do conhecimento objetivo na Mineração de Dados. z Nessa fase, o objetivo é estudar, organizar e docu-
Tal tratamento tem como objetivo facilitar a inter- mentar os dados que se encontram disponíveis. Os
pretação e a avaliação da utilidade do conhecimento dados mapeados são explorados e analisados em
descoberto. Dentre as principais funções desta etapa busca de melhor entendimento sobre os dados e
estão: elaboração e organização, podendo incluir a avaliação de sua qualidade.
simplificação, de gráficos, diagramas, ou relatórios
demonstrativos; além da conversão da forma de Data Preparation (Prepração dos Dados)
representação do conhecimento obtido.
A figura a seguir apresenta um resumo das etapas z Nessa fase, ocorre a preparação dos dados para
operacionais executadas em processos de KDD. modelagem. Esse processo consiste, principalmen-
te, de quatro tarefas: Data Selection (Seleção dos
Dados), Data Cleaning (Limpeza dos Dados), Cons-
truct Data (Construção dos Dados) e Integrating
Data (Integração dos Dados).

Modeling (Modelagem)
ETAPAS OPERACIONAIS DO PROCESSO DE KDD
PRÉ- MINERAÇÃO DE PÓS-
z É nesse momento que ocorre a construção do seu
PROCESSAMENTO DADOS PROCESSAMENTO modelo. Essa fase consiste na aplicação de fato
das técnicas de mineração de dados, tendo como
base os objetivos definidos no primeiro passo. O
Fonte: Adaptado de GOLDSCHMIDT e PASSOS (2005, p. 3) algoritmo é selecionado, o modelo construído e os
parâmetros são refinados. É interessante que seja
Processo CRISP-DM criado diferentes modelos para avaliação na pró-
xima fase.
Muitos processos têm o objetivo de definir e padro- Evaluation (Avaliação)
nizar as fases e atividades da Mineração de Dados.
Porém, apesar das particularidades, no geral, todos z É nessa fase que ocorre a avaliação dos resultados
possuem a mesma estrutura. com base nos critérios estabelecidos no início do
Em meados dos anos 90, foi proposto o Processo projeto. Considerada uma fase crítica do processo,
CRISP-DM, do inglês Cross-Industry Standard Process nesta fase é necessária a participação de especia-
of Data Mining por um conjunto de empresas euro- listas nos dados, conhecedores do negócio e toma-
peias para atuar como um modelo de processo padrão, dores de decisão. Diversas ferramentas gráficas
são utilizadas para a visualização e análise dos
mas não patenteado.
resultados (modelos).
A figura a seguir ilustra, de maneira cíclica, as seis
fases do processo CRISP-DM. Deployment (Distribuição ou Execução)

z Nessa fase, o modelo é colocado em produção para


que possa ser utilizado pelo cliente.

TAREFAS, TÉCNICAS E ALGORITMOS DE CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


MINERAÇÃO DE DADOS

A mineração de dados compreende a aplicação


de algoritmos sobre os dados procurando abstrair
conhecimento. Estes algoritmos são fundamentados
em técnicas que procuram explorar os dados de for-
ma a produzir modelos de conhecimento. A forma de
representação do conhecimento depende diretamen-
te do algoritmo de mineração de dados utilizado.
TURBAN et. al (2009) destacam que um sistema
de mineração de dados inteligente consegue desco-
brir informações em grandes bases de dados na qual
consultas e relatórios não conseguem revelar algo
efetivamente.
Com isso, ferramentas de mineração de dados
encontram padrões em dados e podem até deduzir
regras a partir deles. Esses padrões e regras podem
ser utilizados para direcionar a tomada de decisão e
Fonte: Adaptado de OLSON e DELEN (2008, p. 10) prever as consequências das decisões. 433
A mineração de dados é normalmente organizada destacam que elas tendem a ser mais eficien-
pela sua capacidade de realizar determinadas tare- tes onde o número de variáveis envolvido é
fas. Elas consistem na especificação do que queremos maior e as relações entre elas é mais complexa
buscar nos dados. CASTRO e FERRARI (2016) destacam e imprecisa. As redes neurais têm vantagens e
que, em geral, essas tarefas podem ser classificadas desvantagens. Como desvantagem, por exem-
em duas categorias: (1) descritivas: caracterizam as plo, é muito difícil fornecer uma boa justificati-
propriedades gerais dos dados; e (2) preditivas: fazem va para as previsões feitas por uma rede neural.
inferência a partir dos dados objetivando predições. Além disso, redes neurais tendem a necessitar
Nas descritivas, têm como principais as tarefas de de muito treinamento. Dessa forma, o tempo
associação, clusterização e sumarização. Já as prediti- necessário para treinamento tende a aumentar
vas, por sua vez, são compostas pelas tarefas de classi- com o aumento do volume de dados. Assim, as
ficação e regressão. redes neurais, em geral, não podem ser treina-
A seguir, são descritas, sucintamente, as principais das em bancos de dados muito grandes.
tarefas, técnicas e algoritmos de mineração de dados:
z Estimação (Estimation) ou Regressão (Regres-
z Classificação (Classification) – Uma das tarefas sion): Semelhante à tarefa de classificação, no
mais comuns da mineração de dados, a classifi- entanto, a estimação ou regressão é utilizada quan-
cação, tem o objetivo de identificar a qual classe do o dado é identificado por um valor numérico e
um determinado dado pertence. O modelo anali- não por uma classe. Assim, muitas vezes, esta tare-
sa o conjunto de dados fornecidos, com cada dado fa está relacionada com a identificação de métricas
já contendo a indicação à qual classe pertence, a e a avaliação de um item específico (por exemplo,
fim de aprender como classificar um novo dado um cliente) junto às métricas através da especifi-
(aprendizado supervisionado). Técnicas comuns cação de pontuações. Um outro exemplo de utili-
utilizadas para classificação são Redes Neurais e zação que também podem ser realizadas são as
Árvores de Decisão. previsões de venda de um determinado produto.
„ Árvores de Decisão (Decision Tree): TURBAN z Análise Descritiva (Description) ou Sumarização
et. al (2009) definem que as Árvores de Deci- de Dados: Esta análise permite medir, explorar e
são classificam dados em um número finito de descrever características intrínsecas aos dados.
classes, com base nos valores das variáveis de Também permitem uma sumarização e compreen-
entrada. Elas são compostas basicamente de são dos objetos base e seus atributos. Técnicas de
uma hierarquia de declarações “se-então” e, visualização também são empregadas para um
portanto, são significativamente mais rápidas melhor entendimento da natureza e distribuição
do que as Redes Neurais. Também são mais dos dados. Como exemplo, podemos ter uma base
adequadas para dados categorizados e inter- de dados com informações sobre assinantes de
valares, pois incorporar variáveis contínuas uma determinada revista. A tarefa de sumariza-
em uma estrutura de árvore de decisão pode ção poderia realizar uma busca por características
ser difícil. Uma árvore de decisão pode ser defi- comuns à maioria dos assinantes. Por exemplo, os
assinantes da revista sobre negócios, são homens
nida como uma raiz seguida de nós internos.
na faixa etária de 35 a 65 anos, com nível superior
Cada nó (incluindo a raiz) é rotulado com uma
completo e que trabalham na área de finanças. Estas
questão. Os arcos associados a cada nó abran-
informações poderiam ser utilizadas pela equipe
gem todas as respostas possíveis. Cada resposta
de marketing da revista para direcionar as ofertas
representa um resultado provável. Um exem- de assinaturas para novos clientes com as mesmas
plo de árvore de decisão pode ser visto na figu- características encontradas anteriormente.
ra a seguir.
z Agrupamento ou Segmentação (Clustering): Tare-
fa que tem como objetivo separar (particionar ou
segmentar) um conjunto de objetos em grupos (do
inglês clusters) de objetos similares. TURBAN et. al
(2009) definem que o agrupamento divide um banco
de dados em segmentos cujos membros comparti-
lham qualidades semelhantes. Esta tarefa diferencia
da classificação pois não há a necessidade de que os
registros sejam categorizados previamente. Além do
mais, o agrupamento não tem o objetivo de classifi-
car, estimar ou predizer o valor de uma variável, ele
apenas tenta identificar os grupos de dados simila-
res. Algumas das técnicas usadas para classificação,
como redes neurais, referem-se em parte a situações
que envolvem agrupamento. Algumas áreas onde as
tarefas de agrupamento são aplicadas, podem ser a
pesquisa de mercado, o reconhecimento de padrões,
o processamento de imagens, as pesquisas geográfi-
cas, a detecção de fraudes, entre outras.
z Associação (Association): TURBAN et. al (2009)
„ Redes Neurais (Neural Networks): As redes definem que as associações estabelecem relações
neurais estão relacionadas com o desenvolvi- entre itens que ocorrem juntos em um determina-
mento de estruturas matemáticas que têm a do registro. Algumas vezes, é chamada também de
434 capacidade de aprender. TURBAN et. al (2009) análise de cesta de supermercado (market basket)
porque uma das aplicações dessa técnica é a análise das operações de venda para determinar um padrão do
que os clientes ou consumidores costumam comprar. CASTRO e FERRARI (2016) exemplificam da seguinte for-
ma: os gerentes de marketing gostam muito de frases como “90% dos clientes que compram um smartphone
assinam um plano de dados para seu aparelho”. Nesse caso, a regra encontrada pela ferramenta de análise de
dados e que está refletida nessa afirmação é aquele que associa smartphone ao plano de dados. Regras dessa
natureza são chamadas de Regras de Associação ou, do inglês Association Rules, ou seja, é a identificação de
grupos de dados que apresentam concorrência entre si (ocorrência simultânea de dois eventos). Na tabela a
seguir, há alguns exemplos de regras de associação.

Regra 1: SE idade = jovem E estudante = não ENTÃO compra computadores = não


Regra 2: SE idade = jovem E estudante = sim ENTÃO compra computadores = sim
Regra 3: SE idade = média ENTÃO compra computadores = sim
Regra 4: SE idade = adulto E avaliação de crédito = excelente ENTÃO compra computadores = sim
Regra 5: SE idade = adulto E avaliação de crédito = ruim ENTÃO compra computadores = não

z Detecção de Anomalias ou Análise de Outliers: CASTRO e FERRARI (2016) destacam que os dados conhe-
cidos como anomalias ou valores discrepantes (outliers) não seguem o comportamento ou não possuem a
característica comum dos dados ou de um modelo que os represente. Em algumas aplicações, como na detec-
ção de fraudes, os eventos raros ou anomalias podem ser mais informativos do que aqueles que ocorrem
regularmente.

APLICAÇÕES DE MINERAÇÃO DE DADOS

A mineração de dados pode ser muito útil em diversos setores com o objetivo de identificar oportunidades de
negócios e criar vantagens competitivas. A seguir, estão listados alguns setores e como a mineração de dados pode
ajudá-los na análise de seus dados:

z Comércio Eletrônico (E-commerce): Os sites de comércio eletrônico usam mineração de dados para oferecer
vendas cruzadas por meio de seus sites. Por exemplo, diversos sites de compras mostram frases como “As
pessoas também viram”, “Compram juntos com frequência” para os clientes que estão interagindo com o site.
z Bancário: A mineração de dados ajuda o setor financeiro a obter uma visão dos riscos de mercado e a geren-
ciar a conformidade regulatória. Ajuda os bancos a identificar prováveis ​​inadimplentes para decidir se emi-
tem cartões de crédito ou empréstimos, por exemplo.
z Varejo e Vendas: A mineração de dados ajuda os proprietários do setor de vendas e varejo a saber as escolhas
dos clientes. Olhando para o histórico de compras dos clientes, as ferramentas de mineração de dados mos-
tram as preferências de compra de cada um deles.
z Fabricação e Produção: Com a ajuda da mineração de dados, os fabricantes podem prever o desgaste dos
ativos de produção. Eles podem antecipar a manutenção, o que os ajuda a reduzi-los para minimizar o tempo
de inatividade.
z Seguros: A mineração de dados ajuda as seguradoras a estabelecer preços lucrativos para seus produtos e a
promover novas ofertas para clientes novos ou existentes.
z Educação: A mineração de dados beneficia os educadores para acessar os dados dos alunos, prever os níveis
de desempenho e encontrar alunos ou grupos de alunos que precisam de atenção extra. Por exemplo, alunos
que são fracos na disciplina de matemática.
z Investigação Criminal: A mineração de dados pode detectar anomalias em uma grande quantidade de dados.
Os dados criminais, por exemplo, incluem todos os detalhes de um crime. Para a polícia, a mineração de dados
é útil para estudar os padrões e tendências e prevê eventos futuros com melhor precisão.

A partir do que foi estudado anteriormente, vamos resumir alguns conceitos fazendo uma comparação entre CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Mitos versus Realidade sobre a mineração de dados.

MITO REALIDADE
A mineração de dados fornece predições imediatas como A mineração de dados é um processo com várias etapas
bola de cristal. que exige projeto e uso de técnicas proativas e calculadas.
A mineração de dados não é viável para aplicações de A tecnologia atual está pronta para ajudar qualquer negó-
negócios. cio, seja pequeno, médio ou grande.
Os bancos de dados estão cada vez mais modernos e ro-
A mineração de dados exige um banco de dados dedicado
bustos, permitindo, assim, a utilização em mais aplicações
e distinto.
de forma paralela.
Ferramentas baseadas na Web mais recentes permitem
Somente aqueles com formação avançada podem fazer a
que pessoas de todos os níveis educacionais realizem a
mineração de dados.
mineração de dados.
Se os dados refletem exatamente o negócio ou os clientes,
A mineração de dados é apenas para grandes empresas
uma empresa pode usar a mineração de dados indepen-
que possuem milhares de dados de clientes.
dentemente da quantidade de dados que ela armazena. 435
COMO FUNCIONA O APRENDIZADO DE MÁQUINA
EXERCÍCIO COMENTADO
A programação tradicional difere significativa-
1. (CESPE-CEBRASPE – 2008) Com referência a arquitetura mente do aprendizado de máquina, pois, nela, um
e tecnologias de sistemas de informações, julgue o item.
programador codifica todas as regras ou algoritmos.
Data mining (mineração de dados) consiste na análise
de grandes quantidades de dados a fim de encontrar Cada regra é baseada em uma base lógica e a máquina
padrões e regras que possam, por exemplo, ser usa- executará uma saída seguindo esta instrução.
dos para orientar a tomada de decisões. É o processo Quando o sistema se torna muito complexo, mais
de explorar grandes quantidades de dados à procura regras precisam ser escritas. Dependendo da comple-
de padrões consistentes, como regras de associação xidade do problema, a manutenção pode se tornar
ou sequências temporais, para detectar relacionamen- insustentável pelo programador.
tos sistemáticos entre variáveis, detectando assim Já o aprendizado de máquina é o cérebro onde
novos subconjuntos de dados. Utiliza várias técnicas
ocorre todo o aprendizado. A forma como a máquina
da estatística, recuperação de informação, inteligên-
cia artificial e reconhecimento de padrões. aprende é semelhante à do ser humano. Por exem-
plo, os humanos aprendem com a experiência, corre-
( ) CERTO  ( ) ERRADO to? Quanto mais sabemos, mais facilmente podemos
prever sobre algo. Por analogia, quando enfrentamos
Definição correta sobre Mineração de Dados (Data uma situação desconhecida, a probabilidade de suces-
Mining), no qual refere-se, de forma resumida, a um so é inferior a uma situação conhecida.
processo que usa técnicas estatísticas, matemáti- As máquinas são treinadas da mesma forma. Para
cas, de inteligência artificial e de aprendizagem realizar uma previsão, a máquina necessita enxergar
de máquina (ou automática) para extrair e iden-
um exemplo conhecido previamente. Assim, quan-
tificar informações úteis e conhecimento em banco
de dados. Resposta: Certo. do oferecemos à máquina um conjunto de exemplos
semelhantes, ela pode descobrir um resultado de for-
NOÇÕES DE APRENDIZADO DE MÁQUINA ma mais consistente.
O objetivo central do aprendizado de máquina é
O aprendizado de máquina é uma das tendências o aprendizado e a inferência. Em primeiro lugar, a
mais recentes da tecnologia atualmente. Do inglês máquina aprende por meio da descoberta de padrões.
Machine Learning, este é um ramo da inteligência Essa descoberta é feita graças aos dados. Uma parte
artificial (IA) que já está revolucionando o softwa- crucial do cientista de dados é escolher cuidadosa-
re moderno e mudando a forma como as empresas mente quais dados serão fornecidos à máquina. A lista
fazem negócios. de atributos usada para resolver um problema é cha-
Neste capítulo, iremos aprender alguns conceitos mada de vetor de recursos.
básicos sobre aprendizado de máquina e, ao final,
A máquina usa alguns algoritmos sofisticados para
resolveremos algumas questões de concursos públi-
simplificar a realidade e transformar essa descoberta em
cos sobre este tema.
um modelo. Portanto, o estágio de aprendizagem é usa-
CONCEITO DE APRENDIZADO DE MÁQUINA do para descrever os dados e resumi-los em um modelo.
Por exemplo, uma máquina poderia tentar entender a
O aprendizado de máquina é focado na construção relação entre o salário de um indivíduo e a probabilidade
de aplicativos que aprendem com os dados e melhoram de ele ir a um restaurante mais refinado. O modelo então
sua precisão ao longo do tempo, sem serem programa- seria a máquina encontrar uma relação positiva entre o
dos para isso. Em ciência de dados, um algoritmo é salário e o indivíduo ir a um restaurante sofisticado.
uma sequência de etapas de processamento estatístico. Quando o modelo é construído, é possível testar
No aprendizado de máquina, os algoritmos são “trei- o quão poderoso ele é em dados nunca vistos antes.
nados” para encontrar padrões e recursos em grandes Os novos dados são transformados em um vetor de
quantidades de dados, a fim de tomar decisões e fazer
recursos que passam pelo modelo e dão uma previsão.
previsões com base em novos dados. Quanto melhor
Essa é a “mágica” do aprendizado de máquina. Não
for o algoritmo, mais precisas serão as decisões e previ-
sões à medida que ele processa mais dados. há necessidade de atualizar as regras ou treinar nova-
O aprendizado de máquina também está intima- mente o modelo. Pode-se usar o modelo previamente
mente relacionado à mineração de dados, pois um treinado para fazer inferências sobre novos dados.
computador recebe dados como entrada e utiliza um
algoritmo para formular suas respostas. ABORDAGENS DE APRENDIZADO DE MÁQUINA
Uma tarefa típica do aprendizado de máquina é
fornecer uma recomendação. Para quem tem conta O aprendizado de máquina pode ser agrupado em
na Netflix, por exemplo, todas as recomendações de algumas categorias, são elas:
filmes ou séries são baseadas nos dados históricos do
usuário. Assim, as empresas de tecnologia utilizam o
Aprendizagem Supervisionada
aprendizado de máquina para melhorar a experiên-
cia do usuário com recomendações personalizadas.
Um algoritmo utiliza dados de treinamento para
O aprendizado de máquina também é usado para
uma variedade de outras tarefas, como detecção de aprender a relação de determinadas entradas com uma
fraude, manutenção preditiva, automatização de tare- determinada saída. Pode-se usar o aprendizado super-
fas e assim por diante. Veremos mais aplicações do visionado quando os dados de saída forem conhecidos.
436 aprendizado de máquina em um tópico posterior. Assim, o algoritmo irá prever novos dados.
Por exemplo, se quisermos usar o aprendizado Uma categoria de algoritmos de aprendizagem não
supervisionado para ensinar um computador a reco- supervisionada que processa um conjunto de dados
nhecer fotos de gatos, forneceríamos a ele um con- para encontrar um padrão interno, sem consultar
junto de imagens, algumas rotuladas como “gatos” e dados prévios é o Agrupamento ou Clustering.
outras como “não são gatos”. Os algoritmos de apren-
dizado de máquina ajudariam o sistema a aprender a Aprendizagem Semissupervisionada
generalizar os conceitos para que pudesse identificar
gatos em imagens que não havia encontrado antes. O aprendizado semissupervisionado oferece um
Há duas categorias de algoritmos de aprendiza- meio-termo entre o aprendizado supervisionado e o
gem supervisionada que processam um conjunto de não supervisionado. Durante o treinamento, ele usa
dados previamente rotulado para extrapolar os com- um menor conjunto de dados rotulados para orientar
portamentos dos dados não rotulados, são os: a classificação e a extração de recursos de um conjun-
to de dados maior e não rotulado.
z Algoritmos de Classificação A aprendizagem semissupervisionada pode
resolver o problema de não haver dados rotulados
„ Como vimos no capítulo de Mineração de suficientes (ou não ser capaz de rotular dados sufi-
Dados, os algoritmos de Classificação têm o cientes) para treinar um algoritmo de aprendizagem
objetivo de identificar a qual classe um deter- supervisionada.
minado dado pertence. Voltando ao exemplo do gato, imagine que você
„ Por exemplo, imagine que se deseja prever tenha um grande número de imagens, algumas das
o gênero de um determinado cliente em uma quais foram rotuladas como “gato” e “não é gato” e
loja online de varejo. Primeiro, será necessário outras não. Um sistema de aprendizagem semissu-
coletar dados do cliente sobre altura, peso, tra- pervisionado usaria as imagens rotuladas para fazer
balho, salário, compras realizadas etc. Sabendo algumas suposições sobre quais das imagens não
que o gênero dos clientes só poderá ser mas- rotuladas incluem gatos. As melhores suposições
culino ou feminino, o objetivo dos algoritmos seriam então realimentadas no sistema para ajudá-lo
a melhorar suas capacidades e o ciclo continuaria.
de Classificação será atribuir uma probabilida-
de de ser homem ou mulher (ou seja, o rótulo)
Aprendizado por Reforço
com base nas informações (dados que foram
coletados). Quando o modelo aprender a reco-
O aprendizado por reforço é um modelo de apren-
nhecer homem ou mulher, ele poderá ser utili- dizado de máquina comportamental semelhante ao
zado para fazer uma previsão a partir de dados aprendizado supervisionado, mas o algoritmo não
coletados de novos clientes. Por exemplo, se o é treinado usando dados de amostra. Este modelo
modelo prediz “masculino = 70%”, significa que aprende à medida que avança por meio de tentativa
o algoritmo tem 70% de certeza de que o novo e erro. Uma sequência de resultados bem-sucedidos
cliente é do gênero masculino e 30% é do gêne- será reforçada para desenvolver a melhor recomen-
ro feminino. Assim, a loja poderá exibir pro- dação ou política para um determinado problema.
dutos relacionados ao gênero com uma maior Por exemplo, se a tarefa for sugerir um artigo de
probabilidade do cliente se interessar. notícias a um usuário, um algoritmo de aprendiza-
do por reforço obterá feedback constante do usuário,
z Algoritmos de Regressão sugerindo alguns artigos de notícias e, em seguida,
construirá um “gráfico de conhecimento” de quais
„ Semelhante aos algoritmos de Classificação, a artigos a pessoa gostará.
Regressão é utilizada quando o dado é identi-
ficado por um valor numérico e não por uma APLICAÇÕES DE APRENDIZADO DE MÁQUINA
classe.
„ Por exemplo, um analista financeiro pode que- z Automação
rer prever o valor de uma ação com base em
„ O aprendizado de máquina funciona de forma
uma variedade de características como desem- totalmente autônoma em qualquer área sem a
penhos anteriores da ação, índices macroeco- necessidade de qualquer intervenção huma-
nômicos etc. Assim, a partir destas informações, na. Por exemplo, robôs executando as etapas CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
os algoritmos irão ser treinados para estimar o essenciais do processo de uma fábrica.
preço das ações com o menor erro possível.
z Indústria Financeira
Aprendizagem Não Supervisionada „ O aprendizado de máquina está se tornando
cada vez mais popular no setor financeiro.
Na aprendizagem não supervisionada, um algo- Os bancos estão usando principalmente para
ritmo explora dados de entrada sem receber uma encontrar padrões de dados entre os clientes,
variável de saída explícita. Ou seja, o objetivo é que o mas também para evitar fraudes.
sistema desenvolva suas próprias conclusões a partir
de um determinado conjunto de dados. z Governo
Por exemplo, se um gerente de uma loja de varejo „ O governo usa o aprendizado de máquina para
tivesse um grande conjunto de dados de vendas onli- gerenciar a segurança pública e os serviços
ne, ele poderia usar o aprendizado não supervisiona- públicos.
do para encontrar associações entre esses dados que
poderiam ajudá-lo a melhorar o marketing dos produ- z Saúde
tos. O resultado dos algoritmos poderia informar algo „ A saúde foi uma das primeiras áreas a utilizar
como “As vendas de home theater estão relacionadas o aprendizado de máquina com a detecção de
às vendas de aparelhos de televisão.”. imagem. 437
z Marketing do seu foco no desenvolvimento de competências
„ Antes da era dos dados de massa (o chamado gerenciais, técnicas e profissionais. Essas competên-
Big Data), os pesquisadores desenvolveram cias são consideradas essenciais para o mercado de
ferramentas matemáticas avançadas, como trabalho. Além disso, as universidades corporativas
análise bayesiana, para estimar o valor de um buscam, por meio do conhecimento, agregar valor às
cliente. Com o crescimento dos dados, o depar- empresas ao mesmo tempo em que valoriza e fortale-
tamento de marketing utiliza a inteligência arti- ce os recursos humanos.
ficial, como o aprendizado de máquina, para A educação corporativa é uma prática da área de
otimizar o relacionamento com o cliente e os RH, que juntamente com a gestão do conhecimento é
anúncios dos produtos, por exemplo. desenvolvida para atender aos objetivos e estratégias
de longo prazo da organização6. A educação corpora-
Dica tiva vai além do treinamento ou qualificação da mão
de obra, mas está totalmente associada à estratégia
Nos últimos anos, a empresa Google tem desen-
organizacional. Logo, a organização deve realizar
volvido um carro autônomo que utiliza inteligên-
um planejamento estratégico sobre como a educa-
cia artificial com algoritmos de aprendizado de
ção corporativa será desenvolvida entre os trabalha-
máquina para se locomover. O automóvel é cheio dores, escolhendo a opção que apresenta o melhor
de câmeras e lasers em seu teto que indicam a custo-benefício.
localização que ele está em relação à sua volta. Chiavenato afirma que o treinamento é uma for-
Ele também possui um radar na parte da frente ma de lucratividade, pois permite que os trabalhado-
do automóvel que informa a velocidade e o movi- res aprimorem suas habilidades para desempenhar
mento de todos os demais carros ao seu redor. melhor suas atividades e, consequentemente, contri-
Esses equipamentos geram dados para descobrir buir para os resultados da empresa. Segundo o autor,
não apenas como dirigir o carro, mas também a partir do treinamento diversas mudanças de com-
para descobrir e prever movimentos dos motoris- portamento podem ocorrer, tais como:
tas ao seu redor, processando quase um gigabyte
por segundo de dados. Impressionante, não? z Aumento do conhecimento: após o treinamento,
os trabalhadores têm mais conhecimento sobre a
organização, suas políticas e práticas, bem como os
produtos/serviços vendidos.
EXERCÍCIO COMENTADO z Melhora das habilidades e destrezas: o funcio-
nário pode habilitar-se para executar e operar
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item que segue,
relativo a noções de mineração de dados, big data e tarefas, máquinas e ferramentas necessárias para
aprendizado de máquina. o seu trabalho.
Situação hipotética: Na ação de obtenção de informa- z Desenvolvimento ou modificação do comporta-
ções por meio de aprendizado de máquina, verificou-se mento: com o treinamento, é possível que os traba-
que o processo que estava sendo realizado consistia
lhadores tenham novos comportamentos e sejam
em examinar as características de determinado objeto
mais atenciosos e prestativos com os colegas de
e atribuir-lhe uma ou mais classes; verificou-se tam-
bém que os algoritmos utilizados eram embasados trabalho, clientes e outras pessoas da organização.
em algoritmos de aprendizagem supervisionados. z Elevação do nível de abstração: os funcionários
Assertiva: Nessa situação, a ação em realização está podem adquirir a capacidade de pensar de forma
relacionada ao processo de classificação. holística, prever cenários futuros e considerar a
situação atual para a tomada de decisão.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
z Criação de competências individuais: os tra-
Conforme vimos, uma das categorias de algoritmos balhadores podem desenvolver competên-
de aprendizagem de máquina supervisionada é a cias individuais compatíveis com os objetivos
classificação que processa um conjunto de dados organizacionais.
previamente rotulado para extrapolar os compor-
tamentos dos dados não rotulados. Resposta: Certo. As universidades corporativas podem ser caracte-
rizadas de acordo com três gerações, sendo que as três
existem ainda hoje7:

CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A z Primeira geração: ênfase na aquisição de valores


corporativos. Vai um pouco além das atividades
DISTÂNCIA de Treinamento e Desenvolvimento. O ensino é
presencial e foca especificamente nos interesses
EDUCAÇÃO CORPORATIVA
organizacionais.
A evolução das tecnologias de informação permi- z Segunda geração: trata-se de uma orientação
tiu a criação de um ambiente virtual para a educação estratégica mais abrangente, cujo foco está no
corporativa, chamada de universidade corporativa. aprendizado organizacional. O local de oferta do
De acordo com Munhoz (2015) a universidade corpo- ensino tende a ser aquele designado antecipada-
rativa se difere da universidade tradicional em razão mente, seja organizacional ou acadêmico.
6  Carvalho (2016)
438 7  Walton (1997 apud Tarapanoff, 2004)
z Terceira geração: o processo de aprendizado z Possibilidade de personalização, ou seja, é possível
inclui elementos virtuais e diferentes estratégias que os materiais e os cursos sejam personalizados
para que o capital intelectual deseja desenvolvido. de acordo com os objetivos e características da
empresa;
Munhoz apresenta algumas orientações sobre a
educação corporativa. Ao optar pela educação corpo- z Relatórios completos, já que no ambiente virtual
rativa, as organizações devem: de aprendizado é possível gerar diversos relató-
rios sobre a participação nos cursos e notas, se for
z Entender que a educação corporativa é uma forma o caso;
de contribuir para a integração dos colaboradores
e para a estratégia organizacional; z Agilidade;

z Adquirir fundamentação teórica suficiente para z Menor burocracia, especialmente de aquela asso-
que o planejamento ocorra de forma adequada; ciada a processos complexos e grande volume de
papéis.
z Considerar que a educação corporativa é resulta-
do de uma necessidade da organização e não um
modismo;
z Conscientizar-se da necessidade de um roteiro EXERCÍCIO COMENTADO
adequado às demandas de trabalho, para que a
educação proporcionada seja realmente útil e 1. (CESPE-CEBRASPE – 2011) Com relação a recursos
desencadeie melhorias para a organização; humanos, julgue o item seguinte.
z Levar em consideração as experiências positivas e A educação corporativa, um processo de ensino e
negativas das organizações que efetivaram a edu- aprendizagem que se molda às necessidades organi-
cação corporativa. zacionais, centra-se, fundamentalmente, no condutor
da ação educacional e objetiva o alcance de resulta-
Carvalho considera que algumas questões ajudam dos operacionais e financeiros da organização.
a definir o planejamento para a educação corporativa,
tais como: (1) qual o objetivo da educação corporati- ( ) CERTO  ( ) ERRADO
va, isto é, o que se pretende alcançar? (2) Quem fará
parte desse tipo de educação? Quem serão os estudan- A educação corporativa tem caráter estratégico e
tes e quais suas características? (3) Como a empresa não operacional. Além disso, a partir da educação
espera que os trabalhadores se comportem? (4) Quais corporativa busca-se desenvolver competências crí-
dificuldades de aprendizado existentes entre os futu- ticas nos trabalhadores, com vistas ao aumento da
ros estudantes? (5) Quais as opções para o processo de competitividade organizacional. Resposta: Errado
ensino-aprendizagem? (6) Quais canais serão utiliza-
REFERÊNCIAS
dos para a educação corporativa?
A educação corporativa é vantajosa para a organi- ALMEIDA, A. V. Planejamento estratégico em re-
zação e para o funcionário. Os benefícios envolvem, cursos humanos. 1. ed. São Paulo: Pearson Educa-
entre outros, aumento da produtividade, melhora na
tion do Brasil, 2015.
qualificação dos trabalhadores, incentivo à inovação,
melhoria no ambiente corporativo e diminuição do BERGUE, S. T. Gestão de pessoas em organiza-
turnover8. ções públicas. 3. ed. Caxias do Sul: Educs, 2010.
Não existe uma melhor forma de promover a edu-
cação corporativa. No entanto, muitas empresas têm BOXALL, P; PURCELL, J. Strategy and Human Re-
optado pela educação a distância pelas facilidades source Management. 3. ed. Palgrave Macmillan,
associadas a essa modalidade de ensino. 2011. p. 39-96.

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sas. Edools, 2016. Disponível em: <https://www.
De acordo com o Ministério da Educação, “educa- edools.com/educacao-corporativa-nas-empresas/>.
ção a distância é a modalidade educacional na qual Acesso em: 19 dez. 2020.
alunos e professores estão separados, física ou tempo-
ralmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas o novo papel CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
meios e tecnologias de informação e comunicação”. dos recursos humanos nas organizações. 4. ed.
Dentre as vantagens associadas a esse tipo de ensino, Barueri: Manole, 2014.
destacam-se27: CONVENIA. Tipos de demissão: 5 formas e suas
z A flexibilidade de horários, permitindo que os regras + Guia Gratuito. 2019. Disponível em: <ht-
estudantes assistam as aulas e façam as atividades tps://blog.convenia.com.br/conheca-agora-5-tipos-
no momento mais apropriado; -de-demissao/>. Acesso em: 15 dez. 2020.

z Autonomia do estudante; GOUVEIA, V. V.; MARTÍNEZ, E.; MEIRA, M.; MIL-


FONT, T. L. A estrutura e o conteúdo universais dos
z Desterritorialização, o que significa que o estudan- valores humanos: análise fatorial confirmatória
te pode estar em qualquer outra cidade, estado ou da tipologia de Schwartz. Estudos de Psicologia,
até mesmo país e ainda assim terá acesso às aulas
v. 6, n. 2, p. 133-142, 2001.
e aos conteúdos;
z Melhor custo-benefício; MAGAZINE LUIZA. Nossa cultura, missão, valores.
Disponível em: <https://ri.magazineluiza.com.br/
z Possibilidade de atingir um maior número de ShowCanal/Nossa-Cultura--Missao-e-Valores?=+Cr
estudantes; wIdegGsV6bHjz6j8IdA==&partner_id=39866&gclid
8  Carvalho (2016) 439
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jJ 9VhWv J f Z 7 f 8 z E 8 l - dO Z I k N y 4 l i S 2 6 Z C u 9T1-
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Conhecer o funcionamento dos protocolos de Inter-
net auxilia na compreensão das tarefas cotidianas que
envolvem as redes de computadores. Mensagens de
erros, problemas de conexão, instabilidades e proble-
CONCEITOS DE TECNOLOGIAS E mas de segurança da informação se tornam mais claros
FERRAMENTAS MULTIMÍDIA, DE para quem conhece os protocolos e seu funcionamento.
HTTP – Hyper Text Transfer Protocol – protocolo de
REPRODUÇÃO DE ÁUDIO E VÍDEO transferência de hipertextos.
Opera pela porta TCP 80
Nas redes de computadores, os dados são arquivos Transfere arquivos HTML (Hyper Text Markup
disponibilizados pelos servidores. Poderão ser servi- Language – linguagem de marcação de hipertextos).
dores web, com páginas web para serem acessadas por Protocolo mais utilizado para navegação, tanto na
um navegador (browser) web. Ou ainda servidores de Internet como na Intranet.
arquivos FTP, para serem acessados por um cliente FTP. As tags (comandos) HTML são interpretadas pelo
O acesso à distância a computadores será realiza- navegador de Internet, que exibe o conteúdo.
do utilizando o paradigma cliente servidor, onde um Arquivos HTML podem ser produzidos em editores
será o servidor que fornecerá o acesso ou arquivos e de textos sem formatação (como o Bloco de Notas) ou em
440 outro dispositivo será o cliente que estiver acessando. editores de textos completos (como o Microsoft Word).
HTTP – Hyper Text Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Hipertextos
Porta TCP 80
Pode operar pelas portas TCP 25, 587, 465, ou 2525.
A porta 25 é a mais antiga, e atualmente é bloquea-
HTTP – request (requisição) da pela maioria dos servidores, para evitar spam.
A porta 587 é a padrão, com suporte para TLS
HTTP – response (resposta)
(camada adicional de segurança).
Cliente Servidor
Web Web
A porta 465 foi atribuída para SMTPS (SMTP sobre
SSL), mas foi reatribuída e depreciada.
HTTPS – Hyper Text Transfer Protocol Secure – pro- A porta 2525 não é uma porta oficial, mas muito
tocolo seguro de transferência de hipertextos. usada por provedores para substituir a porta 587,
Opera pela porta TCP 443 quando ela estiver bloqueada.
Transfere arquivos HTML, ASP, PHP, JSP, DHTML, etc. Transfere a mensagem de e-mail do cliente para o
Protocolo mais utilizado para navegação segura, servidor, e de um servidor para outro servidor.
tanto na Internet como na Intranet.
SMTP – Simple Mail Transfer Protocol – Protocolo de Transferência Simples de
As tags (comandos) HTML não mudam, mas pos- E-mail – Porta TCP 25, 587, 465, ou 2525
suem comandos adicionais (scripts) que complemen-
tam a exibição de conteúdo específico.
SMTP – enviar SMTP – enviar
Utiliza criptografia, acionando camadas adicionais e-mail e-mail
como SSL e TLS na conexão.
Cliente
E-mail Servidor Servidor
HTTP – Hyper Text Transfer Protocol Secure – Protocolo Seguro E-mail E-mail
de Transferência de Hipertextos – Porta TCP 443

Aplicativos de áudio, vídeo e multimídia.


HTTPS – request (requisição)
Cliente Os softwares instalados no computador, podem
Web
HTTPS – certificado digital ser classificados de formas diferentes, de acordo com
o ponto de vista e sua utilização.
Identidade confirmada
Vamos conhecer algumas delas.
Servidor
HTTPS – response (resposta) Web
CATEGORIA CARACTERÍSTICA EXEMPLO

O protocolo HTTPS é o mais questionado em pro- Sistemas Operacio- Windows e Linux.


nais, que oferecem
vas de concursos, tanto em Conceitos de Internet e
Básico uma plataforma para
Intranet, como em Transferência de dados e arquivos, execução de outros
como em Segurança da Informação. softwares.
FTP – File Transfer Protocol – protocolo de transfe-
Programas que per- Microsoft Office e
rência de arquivos. mitem ao usuário LibreOffice, reprodu-
Opera com duas portas TCP, uma para dados (20) e Aplicativo
criar e manipular tores de mídias.
outra para comandos (21). seus arquivos.
Transfere qualquer tipo de informação.
Softwares que reali- Compactador de
Pode transferir em modo byte a byte (arquivos de zam uma tarefa para arquivos, Desfrag-
textos) ou bit a bit (arquivos executáveis). Utilitários a qual fora projetado. mentador de Discos,
Os navegadores de Internet possuem suporte para Gerenciadores de
acesso aos servidores FTP. Arquivos.
O usuário pode instalar um cliente FTP dedicado Software malicioso, Vírus de computa-
ao acesso aos servidores FTP, que opera de forma mais que realiza ações dor, worms, cavalo
rápida que nos navegadores de Internet. Malware que comprometem de Troia, spywares,
Pode utilizar criptografia. a segurança da phishing, pharming,
O modo anônimo caiu em desuso, e poucos servi- informação. ransomware, etc.
dores FTP ainda aceitam conexão anônima.
Os softwares que reproduzem conteúdo multimí- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
FTP – File Transfer Protocol _ Protocolo de Transferência de arquivos
Porta TCP 20 (dados) e 21 (controle) dia, como o Windows Media Player e o Groove Music
(além de opções de terceiros como o VNC Player), reco-
FTP – Comando OPEN (iniciar nhecem o arquivo como tendo conteúdo multimídia a
transferência)
partir da extensão dele.
FTP – Comando PUT (para upload,
adicionar arquivos) EXTENSÃO COMENTÁRIOS

FTP – Comando GET (para download, Audio Video Interleave. Formato de vídeo pa-
.avi
baixar arquivos) drão do Windows.
Servidor
Cliente FTP – dados transferidos para a Formato de vídeo popular entre aparelhos
solicitação GET Web .3gp
Web smartphones

FTP – comando CLOSE Formato de vídeo da Macromedia, usado pelo


.flv
(finalizar transferência) Adobe Flash, com baixa qualidade.

Neste formato, as trilhas de áudio, vídeo e le-


SMTP – Simple Mail Transfer Protocol – protocolo .mkv gendas são encapsuladas em um único con-
simples de transferência de e-mail. têiner, suportando diversos formatos.
441
EXTENSÃO COMENTÁRIOS

QuickTime File Format é um formato de ar-


.mov quivo de computador usado nativamente pela
estrutura do QuickTime. Internet

Arquivo áudio MP3 (MPEG-1 Layer 3). Forma-


to de áudio que aceita compressão em vários
.mp3
níveis. Pode utilizar o Windows Media Player
Fluxo contínuo – os dados são enviados na forma de um fluxo de caracteres
ou Groove Music para reprodução.

Moving Picture Experts Group. Arquivo de ví-


No modo blocado, o arquivo é transferido como
deo comprimido, visível em quase qualquer
.mpg reprodutor, por exemplo, o Real One ou o Win- uma série de blocos precedidos por um cabeçalho
dows Media Player. É o formato para gravar especial. Este cabeçalho é constituído por um conta-
filmes em formato VCD. dor (2 bytes) e um descritor (1 byte).

Real Media Variable Bitrate. Formato de vídeo


.rmvb com taxa variável de qualidade, desenvolvido
pela Real Networks.

Formato de áudio Wave, sem compactação


.wav
com baixa amostragem. Internet

Windows Media Audio, formato de áudio pa-


.wma
drão do Windows.

Windows Media Video, formato de vídeo pa-


.wmv 00 A 01 C 02 B
drão do Windows.
Modo blocado – os dados são enviados com contador e descritor

As aplicações multimídia utilizam o fluxo de dados


No modo comprimido, a técnica de compressão
com áudio, vídeo e metadados.
utilizada caracteriza-se por transmitir uma sequência
Os metadados são usados para diferentes funções, de caracteres iguais repetidos. Os dados normais, os
como identificação da fonte, dados sobre duração da dados comprimidos e as informações de controle são
transmissão, verificação da qualidade etc. os parâmetros desta transferência.
Quando usados separadamente, o usuário pode
baixar apenas o áudio de um vídeo, ou modificar os
metadados do MP3 para exibir as informações edita-
das sobre autor, disco, nome da música etc.
Internet
Os fluxos de dados devem ser analisados na forma Cliente
de contêiner (pacote encapsulado), a fim de mensurar
a qualidade e quantidade de dados trafegados. Dados únicos

Stream é um fluxo de dados com pacotes de vídeo Dados repetidos

e áudio transferidos de um servidor remoto para o Informações de


controle
dispositivo local. Popularizado pelo serviço Netflix
de filmes e séries, o formato stream fragmenta o con- Modo blocado – os dados são enviados com contador e descritor

teúdo em pacotes de dados para serem enviados pelo


canal com protocolos TCP. Estes pacotes de dados são Este foi um dos temas das questões do último con-
curso da Polícia Federal. A transferência de dados e
os contêineres.
arquivos pelas redes de computadores deve ser ques-
tionado ainda mais nas próximas provas.

Internet
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESGRANRIO – 2018) A exploração da internet exige
o uso de inúmeros protocolos, dentre os quais o proto-
A transferência de arquivos poderá ser realizada colo FTP. Esse protocolo tem como objetivo:
de três formas: a) Transferir arquivos entre cliente e servidor.
b) Confirmar a identidade de um servidor.
z Fluxo contínuo; c) Prover serviço de datagrama não confiável.
z Modo blocado; d) Manipular caixas postais remotas como se fossem locais.
z Modo comprimido. e) Gerenciar correio eletrônico.

FTP é a sigla para File Transfer Protocol, um ter-


Na transferência por fluxo contínuo, os dados são mo que, traduzido para o português, significa Pro-
442 transmitidos como um fluxo contínuo de caracteres. tocolo de Transferência de Arquivos. Através dele,
o usuário poderá enviar (upload) e receber (down- A plataforma encontra-se disponível para acesso
load) arquivos de um servidor de arquivos. Respos- nos seguintes terminais: computadores, smart-
ta: Letra A. phones (Android e IOS), tablets e Ipads. Além disso,
ela integra diversos serviços da Google, tais como
o Google Docs, Planilhas, Apresentações, entre
outros;
z Skype: Plataforma que permite a comunicação
FERRAMENTAS DE PRODUTIVIDADE E através de videoconferência e voz, assim como
TRABALHO A DISTÂNCIA (MICROSOFT o envio e compartilhamento de mensagem. Foi
TEAMS, CISCO WEBEX, GOOGLE desenvolvido por Janus Friis e Niklas Zennstrom e
vendido para empresa E-bay. Contudo, atualmente
HANGOUT, GOOGLE DRIVE E SKYPE) o software pertence à Microsoft. O serviço pode ser
acessado por meio do download do aplicativo ou
A produtividade é a capacidade de produzir ou
até mesmo diretamente pelo navegador.
condição do que é produtivo. Em outras palavras, tra-
ta-se do quanto se produz em um determinado perío-
do de tempo, considerando os recursos e ferramentas
disponíveis. Atualmente, a produtividade é um dos
objetivos mais buscados pelos órgãos públicos e priva- HORA DE PRATICAR!
dos, especialmente na era digital, na qual os meios de
comunicação e as ferramentas de trabalho estão cada 1. (CESGRANRIO – 2015) O Facebook e o Twitter pos-
vez mais céleres, rápidos e efetivos. suem muitas características em comum. Dentre essas
Tornar as atividades mais produtivas, no sentido características, inclui-se a(o):
de poupar tempo, é uma busca constante de empresas,
sobretudo porque possibilitam o trabalho otimizado, a) Possibilidade de um usuário adicionar amigos à sua
além de permitir que ele seja realizado de maneira conta.
remota e com equipes reduzidas. b) Capacidade de um usuário visualizar os assuntos do
Na contemporaneidade, nota-se que está cada vez momento (trending topics).
mais frequente o investimento em capital tecnológico c) Número máximo de caracteres que uma publicação
por empresas que buscam ferramentas para alavan- (post) pode conter.
car os seus lucros, acelerar a mão de obra e diminuir d) Possibilidade de um usuário modificar o texto de suas
custos. As ferramentas possibilitam ainda:
publicações (posts).
e) Capacidade de um usuário seguir outros usuários.
z Diluição dos processos;
z Prevenção de retrabalhos;
2. (CESGRANRIO – 2013) O Facebook é uma rede social
z Planejamento;
z Treinamento e capacitação da equipe; em que pessoas interagem postando conteúdo na for-
z Trabalho a distância. ma de “status”, interagindo com o conteúdo postado
por outras pessoas por meio de três ações.
Um dos grandes avanços das ferramentas de pro- Disponibilizadas por meio de links, logo após o con-
dutividade é possibilitar o trabalho remoto. Partire- teúdo original, essas três ações aparecem na seguinte
mos, então, ao estudo de algumas delas: ordem:

z Microsoft Teams: Esta ferramenta consiste em a) Cutucar, Curtir e Comentar.


uma plataforma unificada de comunicação e cola- b) Curtir, Comentar e Repostar.
boração que permite aos seus usuários a realiza- c) Comentar, Compartilhar e Gostar.
ção de videoconferências e o armazenamento de d) Convidar, Curtir e Divulgar.
arquivos. Além disso, a plataforma integra e per- e) Curtir, Comentar e Compartilhar.
mite o uso das ferramentas de escritório do Pacote
Microsoft Office; 3. (CESGRANRIO – 2013) O sistema operacional cujas carac-
z Cisco Webex: Esta plataforma, também conhecida terísticas são utilizar código aberto e interface por linha de
por WebEx Meetings ou Cisco Web Teams, destina- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
comando é o:
-se ao corporativismo e possibilita aos seus usuá-
rios a realização de reuniões, tanto por meio de a) Mac OS.
áudio quanto por videoconferência. Pode ser aces- b) iOS.
sada pelos seguintes terminais: computadores,
c) Linux.
smartphones (Android ou IOS), através do down-
d) Windows.
load do seu aplicativo ou direto pelo navegador;
e) Android.
z Google Hangout: Plataforma de comunicação
desenvolvida pela Google que possibilita o envio
e compartilhamento de mensagens, ligações por 4. (CESGRANRIO – 2015) Para analisar um relatório finan-
videoconferência e também integra alguns servi- ceiro, um funcionário montou uma planilha Excel. Cópia
ços da Google. Contudo, desde meados de 2020 a de um trecho dessa planilha é mostrada a seguir.
empresa vem migrando as suas funcionalidades
para Google Chat;
z Google Drive: Serviço de armazenamento e sin- Q R S
cronização de documentos em nuvem disponí-
vel tanto na modalidade gratuita (15 GB) quanto 1 Taxa de juro Valor atual Valor com juros
remunerada, por meio de assinatura, modalidade 2 0,4% R$ 100.000,00
esta que oferece mais opções de armazenamento. 443
Qual tipo de risco está relacionado com a permissão
3 1,2% R$ 75.000,00
para a instalação de cookies no computador do usuário?
4 1,5% R$ 50.000,00
a) Possibilitar a apresentação de links que podem redi-
5 2% R$ 45.000,00 recionar a navegação para páginas falsas ou induzir o
usuário a instalar código malicioso.
b) Possibilitar a instalação de programas especificamen-
O funcionário deseja calcular cada Valor com juros, cor-
te criados para executar atividades maliciosas.
respondente ao Valor atual das células R2, R3, R4 e R5,
c) Permitir a exibição de mensagens indesejadas, con-
e lançá-lo, respectivamente, nas células S2, S3, S4 e S5.
tendo propagandas ou conteúdos impróprios.
d) Permitir a coleta de hábitos de navegação por parte da
Cada Valor com juros é calculado através de empresa responsável pelo site visitado.
e) Permitir que um possível invasor tenha acesso a arqui-
Valor com juros = Valor atual + Valor atual x Taxa de juro vos importantes localizados no disco rígido do com-
putador do usuário.
Qual é a fórmula que deve ser lançada pelo funcionário
na célula S2 para calcular corretamente o Valor com 9. (CESGRANRIO – 2014) Um usuário entrou em um site
juros, correspondente ao Valor atual de R$100.000,00, da Internet e, ao digitar seu login e senha, recebeu
e que pode ser copiada para as células S3, S4 e S5, a informação de que a partir daquele momento ele
usando sempre a mesma taxa de juro de 0,4% (contida começaria a navegar em um site seguro. Ao lado da
na célula Q2)? mensagem o seguinte ícone foi exibido:

a) =R2+$Q2$%*R2
b) =R2+(Q2%)+R2
c) =R2+Q2*R2
d) =R2+$Q$2*R2
e) =R2+(1+$Q$2)*R2 Nessas condições, o protocolo exibido na barra de
endereços do navegador desse usuário foi o:
5. (CESGRANRIO – 2014) Qual programa é comumente
usado para se navegar por aplicações Web? a) ftp
b) http
a) Twitter. c) https
b) Facebook. d) ssl
e) tcp/ip
c) Microsoft Word.
d) Google Chrome.
10. (CESGRANRIO – 2014) Ao digitar a URL http://170.66.11.
e) Windows Explorer.
10:50 na barra de endereços de um navegador, um usuá-
rio está tentando conectar-se a um servidor Web utilizan-
6. (CESGRANRIO – 2014) Seja a seguinte URL, em que do a porta (do servidor).
abcd.com.br é um host fictício:
a) 10.
ftp://abcd.com.br b) 11.
c) 50.
O primeiro componente desse URL, ftp, indica que o d) 66.
usuário deseja: e) 170.

a) Enviar um e-mail para outro usuário. 11. (CESGRANRIO – 2018) Considere a Figura a seguir
b) Enviar uma mensagem de texto, usando um terminal virtual. extraída do MS Word 2016 em português:
c) Acessar arquivos de um grupo de discussão.
d) Acessar dados no formato de hipertexto.
e) Fazer download ou upload de arquivos.

7. (CESGRANRIO – 2014) Para usar a aplicação WWW, um


usuário deve dispor de um aplicativo conhecido por:
O número ao lado da palavra Arial significa a(o):
a) IP.
b) Twitter. a) Quantidade de letras.
c) Torrent. b) Quantidade de linhas.
c) Versão do texto.
d) Servidor multimídia.
d) Número de páginas.
e) Navegador ou browser.
e) Tamanho da letra.
8. (CESGRANRIO – 2013) Novos recursos de navegação 12. (CESGRANRIO – 2014) Qual arquivo que, por questões
vêm sendo incorporados às aplicações disponibili- de segurança, não pode ser enviado para terceiros
zadas na Web como resposta à crescente demanda através do Gmail diretamente anexado ao email?
por aprimoramento visual das páginas e pela dispo-
nibilização de funcionalidades mais sofisticadas. Tais a) prog.exe
recursos, entretanto, podem incorporar novos riscos à b) relatorio.xlsx
444 atividade de navegação pelos sites da Web. c) carta.docx
d) foto.jpg
e) incio.html

13. (CESGRANRIO – 2015) O canto inferior direito da janela do Microsoft Powerpoint tem a seguinte aparência:

O botão da interface indicado pela seta tem a função de:

a) Iniciar uma apresentação, a partir do slide atual selecionado.


b) Iniciar uma apresentação, a partir do primeiro slide do arquivo.
c) Colocar o powerpoint em “modo de leitura”.
d) Colocar o powerpoint em “modo normal de edição”.
e) Colocar o powerpoint em um modo de exibição de pequenas amostras dos slides lado a lado.

14. (CESGRANRIO – 2015) O gerente de uma agência recebeu um e-mail, supostamente reenviado por um cliente, com o
seguinte conteúdo:

COMPRASRAPIDO – PROMOÇÃO

Prezado Amigo, você acaba de ser contemplado(a) na promoção Compra Premiada COMPRASRAPIDO e ganhou R$ 1.000,00
(Mil Reais) em vale compras em qualquer estabelecimento que tenha as máquinas COMPRASRAPIDO.

Clique no botão abaixo e cadastre-se.

Cadastre-se

Qual deve ser a providência do gerente?

a) Clicar no botão e candidatar-se ao prêmio.


b) Contatar o cliente e perguntar do que se trata.
c) Devolver o e-mail ao cliente, solicitando informações suplementares.
d) Encaminhar o e-mail aos amigos, celebrando o fato e incentivando-os a participar da promoção.
e) Contatar o órgão responsável pela segurança da informação, relatar o fato e perguntar como proceder.

15. (CESGRANRIO – 2013) Há características importantes que distinguem os códigos maliciosos denominados worm
daqueles denominados trojan. Uma dessas características é a:

a) Autorreplicação automática pela rede.


b) Instalação por execução de arquivo infectado.
c) Contaminação através de redes sociais.
d) Contaminação por compartilhamento de arquivos. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
e) Instalação por execução explícita do código malicioso.

16. (CESGRANRIO – 2014) Informações importantes de uma pessoa que teve seu computador invadido foram coletadas e
enviadas para terceiros. Um amigo, especialista em informática, sugere-lhe a instalação de um programa que bloqueie
o acesso de outros computadores que estejam tentando se conectar a programas instalados em seu computador.
Esse tipo de programa é chamado de:

a) Bloqueador de pop-ups.
b) Antivírus.
c) Filtro antispam.
d) Filtro antiphishing.
e) Firewall.

17. (CESGRANRIO – 2018) Determinado funcionário de uma empresa deseja substituir cálculos de verificação de rotinas
financeiras que realiza manualmente pelo uso de uma planilha Excel. Durante sua primeira experiência, preencheu um
trecho de planilha com diversos valores, como mostrado a seguir. 445
A B C D

1 SALDO
CONTA RESULTADO DA
CORRENTE ÚLTIMO MÊS MÊS CORRENTE PESQUISA
2

3 100201 1600,00 1715,00

4 100202 1440,00 1550,00

5 100203 1756,00 1620,00

6 100204 1415,00 1950,00

7 100205 1550,00 1360,00

8 100206 1810,00 1900,00

9 100207 1870,00 1490,00

10 100208 1250,00 1630,00

11 100209 1475,00 1700,00

12 1002010 1612,00 1770,00

Seu objetivo final é que as células da coluna D, correspondentes às contas correntes, sejam preenchidas com o texto
SIM, caso os dois saldos da mesma conta corrente (último mês e mês corrente) sejam simultaneamente superiores
a R$ 1500,00, ou, se isso não for verdade, se pelo menos um deles for superior a R$ 1800,00. Caso nenhuma dessas
hipóteses ocorra, a célula correspondente deve ser preenchida com o texto NÃO.
Para isso, deve iniciar seu processo final de criação da planilha, preenchendo a célula D3 com determinada fórmula
para depois copiá-la para as células de D4 a D12. A fórmula que faz acontecer o que o funcionário deseja é:

a) =SE(E(B3>1500; C3>1500); (OU(B3>1800; C3>1800)))


b) =SE(E(B3>1500; C3>1500);”SIM”; (OU(B3>1800; C3>1800)))
c) =SE(E(B3>1500;C3>1500);”SIM”; SE(B3>1800;C3>1800))
d) =SE(E(B3>1500;C3>1500);”SIM”;SE(OU(B3>1800;C3>1800);”SIM”;”NÃO”))
e) =SE(E(B3>1800;C3>1500);”SIM”;SE(OU(B3>1800;C3>1500);”SIM”;”NÃO”))

18. (CESGRANRIO – 2014) A Intranet da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Intrans, é ganhadora da quinta
edição do Prêmio Intranet Portal, na categoria Colaboração. A ferramenta inovou em colaboração, integrando, desde
o ano passado, servidores e colaboradores da ANS. Por intermédio da Intrans, sugestões, críticas, notícias, eventos,
notas técnicas e normas, entre outros itens, são disponibilizados dia a dia dentro da ANS.

Disponível em: <http://www.ans.gov.br/a-ans/sala-de-noticias-ans/a-ans /2213- intranet-da-ans-ganha-premio-de-abrangencia-nacional>. Acesso


em: 22 ago. 2013.

Intranets podem ser utilizadas para uma grande diversidade de serviços, que podem ser acessados por colaboradores
ou associados.
Para que um usuário tenha acesso a uma Intranet de uma empresa ou instituição, com um acesso seguro às informa-
ções críticas da instituição ou empresa, é necessário que esse usuário utilize:

a) Somente máquinas que estejam fisicamente localizadas dentro da mesma rede local da empresa.
b) Somente máquinas específicas que estejam fisicamente localizadas dentro da mesma rede local da empresa.
c) Somente máquinas que estejam dentro da mesma rede local ou dentro de uma rede diretamente conectada à rede
local da matriz da empresa.
d) Qualquer máquina localizada dentro do data center da empresa.
e) Qualquer máquina com acesso à Internet, fornecendo credenciais que permitam sua autenticação e acesso à Intranet
por uma conexão segura.

19. (CESGRANRIO – 2014) A figura a seguir exibe a caixa de diálogo Opções existente no Mozilla Firefox 27.0.1.

446
Em qual caixa de diálogo se encontra a opção que per-
mite limpar todos os dados de navegação?
ANOTAÇÕES
a) Avançado.
b) Conteúdo.
c) Geral.
d) Privacidade.
e) Sync.

20. (CESGRANRIO – 2018) Se um usuário tem duas pas-


tas em uma mesma partição de um disco rígido de um
computador rodando o Windows 10 em português,
o que acontece se esse usuário, utilizando o botão
esquerdo do mouse, arrasta uma pasta sobre a outra?

a) Aparece uma mensagem perguntando se o usuário


quer mover a pasta e todo o seu conteúdo ou somente
o conteúdo da pasta.
b) A pasta arrastada e o seu conteúdo são copiados para
a outra pasta.
c) A pasta arrastada e todo o seu conteúdo são movidos para
a outra pasta e deixam de existir na localização original.
d) O conteúdo da pasta arrastada é movido para a outra
pasta, mas a pasta de origem, agora vazia, continua a
existir na localização original.
e) O usuário recebe uma mensagem de erro advertindo-o
de que pastas não podem ser aninhadas.

9 GABARITO

1 E

2 E

3 C

4 D

5 D

6 E

7 E

8 D

9 C

10 C

11 E CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
12 A

13 A

14 E

15 A

16 E

17 D

18 E

19 D

20 C

447
ANOTAÇÕES

448

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