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BANCO DO BRASIL
Escriturário
A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com
base no Edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos.
MR070-2017
DADOS DA OBRA
Cargo: Escriturário
• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico - Matemático
• Atualidades do Mercado Financeiro
• Cultura Organizacional
• Técnica de Vendas
• Atendimento
• Domínio Produtivo de Informática
• Conhecimentos Bancários
• Língua Inglesa
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Suelen Domenica Pereira
Capa
Rosa Thaina dos Santos
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
PASSO 1
Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaporte
PASSO 2
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*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: AB026-17
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Ortografia oficial....................................................................................................................................................................................................... 01
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................. 05
Emprego das classes de palavras. ..................................................................................................................................................................... 09
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. ...................................................................................................................... 09
Concordância nominal e verbal. ........................................................................................................................................................................ 44
Regência nominal e verbal. .................................................................................................................................................................................. 49
Crase. ............................................................................................................................................................................................................................ 55
Construção frasal...................................................................................................................................................................................................... 60
Emprego de conectores......................................................................................................................................................................................... 61
Compreensão de textos......................................................................................................................................................................................... 64
Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
múltiplos e divisores de números naturais; problemas. Frações e operações com frações. ..................................................... 01
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais; regra de três; porcentagem
e problemas................................................................................................................................................................................................................ 20
Estatística descritiva; distribuição de probabilidade discreta. Juros simples e compostos: capitalização e descontos. .......... 40
Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, proporcionais, real e aparente................................................................................ 52
Planos ou Sistemas de Amortização de Empréstimos e Financiamentos. ........................................................................................ 55
Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento.............................................. 61
Taxas de Retorno.......................................................................................................................................................................................................................64
Cultura Organizacional
Conceito de Cultura Organizacional. Preceitos da Cultura Organizacional. Vantagens e desvantagens da Cultura Orga-
nizacional. Características da Cultura Organizacional. Cultura Empresarial...................................................................................... 01
Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A gestão da ética nas empre-
sas públicas e privadas........................................................................................................................................................................................... 05
Código de Ética do Banco do Brasil ( disponível no sítio do BB na internet)................................................................................... 14
Código de conduta da alta administração pública..................................................................................................................................... 16
Gestão da Sustentabilidade. ............................................................................................................................................................................... 19
Essência BB: Crença, Missão, Valores e Visão................................................................................................................................................ 23
Estatuto Social do Banco....................................................................................................................................................................................... 23
Técnica de Vendas
Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, objetivos; análise do mercado, metas. .......................... 01
Técnicas de vendas de Produtos e Serviços financeiros no setor bancário: planejamento, técnicas; motivação para
vendas; ......................................................................................................................................................................................................................... 03
Produto, Preço, Praça, Promoção; ................................................................................................................................................................... 04
SUMÁRIO
Atendimento
Microsoft Windows 7 em português: Conhecimentos básicos. Criação de pastas (diretórios), arquivos e atalhos, área de
trabalho, área de transferência, manipulação de arquivos e pastas.................................................................................................... 01
Processador de texto (MS Word e BrOffice.org Writer). Edição e formatação de textos (operações do menu: Formatar,
Inserir tabelas, Exibir-cabeçalho e rodapé, Arquivo-configurar página e impressão, Ferramentas-ortografia e gramáti-
ca. ................................................................................................................................................................................................................................... 09
Planilhas eletrônicas (MS Excel e BrOffice.org Calc). Edição e formatação de células, manipulação de fórmulas matemá-
ticas elementares, filtros, seleções e ordenação. ........................................................................................................................................ 53
Editor de Apresentações (MS PowerPoint e BrOffice.org Impress). Uso de slide mestre, formatação e transição de slides,
inserção de objetos (som, imagem, links).....................................................................................................................................................104
Conceitos básicos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, World Wide Web, Navegador Internet (Internet
Explorer e Mozilla Firefox), busca e pesquisa na Web. ...........................................................................................................................132
Conceitos básicos de tecnologias e ferramentas de colaboração, correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns e
wikis...................................................................................................................................................................................................................166
Conceitos básicos de proteção e segurança, realização de cópias de segurança (backup), vírus e ataques a compu-
tadores.................................................................................................................................................................................................... 169
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ........................................176
Conhecimentos gerais sobre redes sociais (twitter, facebook, linkedin)..........................................................................................182
Conhecimentos Bancários
Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancá-
rias; Fundo Garantidor de Crédito (FGC)......................................................................................................................................................... 36
Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas.’.................................................................................................................................... 54
Prevenção e combate ao crime d e lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações, Circular Bacen 3.461/2009 e
suas alterações e Carta-Circular Bacen 3.542/12......................................................................................................................................... 57
Autorregulação Bancária....................................................................................................................................................................................... 73
Língua Inglesa
Conhecimento de um vocabulário fundamental e dos aspectos gramaticais básicos para a interpretação de textos
técnicos........................................................................................................................................................................................................................ 01
LÍNGUA PORTUGUESA
Ortografia oficial....................................................................................................................................................................................................... 01
Pontuação. ................................................................................................................................................................................................................. 05
Emprego das classes de palavras. .................................................................................................................................................................... 09
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. ..................................................................................................................... 09
Concordância nominal e verbal. ........................................................................................................................................................................ 44
Regência nominal e verbal. ................................................................................................................................................................................. 49
Crase. ........................................................................................................................................................................................................................... 55
Construção frasal...................................................................................................................................................................................................... 60
Emprego de conectores......................................................................................................................................................................................... 61
Compreensão de textos......................................................................................................................................................................................... 64
LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje-
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun- tos.
do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele- E) O autodidata fez uma autoanálise.
tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
semi-hospitalar, super- -homem. 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo do hífen, respeitando-se o novo Acordo.
termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on- A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
do campeonato.
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. D) O recém-chegado veio de além-mar.
E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu-
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- 04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre- (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
hífen é obrigatório:
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na
A) em nenhuma delas.
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas
B) na segunda palavra.
as linhas). C) na terceira palavra.
D) em todas as palavras.
Não se emprega o hífen: E) na primeira e na segunda palavra.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou 05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __.
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir- Qual alternativa completa corretamente as lacunas?
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, A) sobreumano/interregional
microrradiografia, etc. B) sobrehumano-interregional
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- C) sobre-humano / inter-regional
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com D) sobrehumano/ inter-regional
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes- E) sobre-humano /interegional
trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc. 06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos sub- às palavras que aparecem nas alternativas a seguir.
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu- Assinale aquela que tem de ser escrita com hífen:
mano, inábil, desabilitar, etc. A) (sub) chefe
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando B) (sub) entender
o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo- C) (sub) solo
brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, D) (sub) reptício
etc. E) (sub) liminar
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção 07.Assinale a alternativa em que todas as palavras es-
de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis- tão grafadas corretamente:
ta, etc. A) autocrítica, contramestre, extra-oficial
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei- B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som
C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato
to, benquerer, benquerido, etc.
D) supervida, superelegante, supermoda
E) sobre-saia, mini-saia, superssaia
Questões sobre Hífen
08.Assinale o item em que o uso do hífen está incor-
01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o reto.
novo Acordo, está sendo usado corretamente: A) infraestrutura / super-homem / autoeducação
A) Ele fez sua auto-crítica ontem. B) bem-vindo / antessala /contra-regra
B) Ela é muito mal-educada. C) contramestre / infravermelho / autoescola
C) Ele tomou um belo ponta-pé. D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói
D) Fui ao super-mercado, mas não entrei. E) extraoficial / infra-hepático /semirreta
E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.
09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção
02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do quanto ao emprego do hífen.
hífen: A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que para relacionamento extraconjugal.
faria uma superalimentação. B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterre-
B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada. no.
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C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama- 9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina an-
rinas. tirrábica.
D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina an-
tirrábica. 10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé.
E) Era um suboficial de uma superpotência.
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(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se 07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – VU-
prepara para o evento. NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri- pontuação.
moramento do desportista. (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali-
judô, natação e canoagem. viada.
(B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, por-
04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012) que você está junto; com os outros motoristas cujos com-
Assinale a alternativa em que a pontuação está correta. portamentos, são desconhecidos.
a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem! (C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem
b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da tran- ser uma extensão de nossa personalidade.
sação. (D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; au-
c) Maria, você trouxe os documentos? mentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema. (E) Os congestionamentos e o número de motoristas
e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimen- na rua, são as principais causas da ira de trânsito.
tação estranha.
08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU-
Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta MARC/2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo
após o acréscimo das vírgulas. econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame,
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada
pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô- para te dizer, agora afasta que abriu o sinal.”
nica ao grupo ou acione o código na internet. No período acima, as vírgulas foram empregadas em
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de “Paciência, minha filha, este é [...]”, para separar
onde o código foi acionado. (A) aposto.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra- (B) vocativo.
dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo (C) adjunto adverbial.
que a criança foi encontrada. (D) expressão explicativa.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega
primeiro às, areias do Guarujá. 09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te- PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O perío-
lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re- do corretamente pontuado é:
ferência (A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência
em condições hostis nem sempre conseguem agradar, aos
06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013) espectadores.
Para que o fragmento abaixo seja coerente e gramatical- (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en-
mente correto, é necessário inserir sinais de pontuação. tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma
Assinale a posição em que não deve ser usado o sinal de história ficcional.
ponto, e sim a vírgula, para que sejam respeitadas as re- (C) A história de heroísmo e de determinação que nem
gras gramaticais. Desconsidere os ajustes nas letras iniciais sempre, é convincente, se passa em um cenário marcado,
minúsculas. pelo frio.
O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas (D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr
de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Pau- riscos iminentes que comprometem, a sobrevivência.
lo(A) o programa desenvolve ainda oficinas e cursos para as (E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a
crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e correta(B) liberdade, nada poderia parecer, realmente intransponível.
os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de ati-
vidades sobre cidadania e reciclagem(C) as escolas partici- GABARITO
pantes se tornam também centros de descarte de garrafas
PET(D) destinadas depois para reciclagem(E) o programa 01. C 02. C 03. D 04. C 05. E
possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crian- 06. D 07. A 08. B 09.B
ças e transformação das comunidades em lugares melhores
para se viver. RESOLUÇÃO
(Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
a) A 1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
b) B (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
c) C embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma
d) D intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
e) E encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
sua dona.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual- Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
invariáveis. senta-se nas formas:
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha
têm os dois elementos flexionados. Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala-
vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:
Grau do Adjetivo O secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten-
de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
o comparativo e o superlativo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
Comparativo benéfico beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri- comum comuníssimo
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi- cruel crudelíssimo
cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de difícil dificílimo
igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe doce dulcíssimo
os exemplos abaixo: fácil facílimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade fiel fidelíssimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
quão. um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
Essa relação pode ser:
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
rioridade Analítico De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
No comparativo de superioridade analítico, entre os
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do
que” ou “mais...que”. Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe- dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
rioridade Sintético etc., antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su- duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular,
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior,
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
grande/maior, baixo/inferior.
ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de supe- forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res- guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
pectivamente. 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariís-
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas simo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei- formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desa-
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve- gradável hiato i-í.
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais gran-
de e mais pequeno. Por exemplo: Advérbio
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
mentos. O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
duas qualidades de um mesmo elemento. Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a
ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo,
ferioridade ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo
Sou menos passivo (do) que tolerante. se desenvolve.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no senti- de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efe-
do de caracterizar os processos expressos por ele. Contu- tivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubi-
do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos), tavelmente (=sem dúvida).
pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se- de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
guem alguns exemplos: mente, simplesmente, só, unicamente
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
você está até bem informado. de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad- bém
jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
O artista canta muito mal.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica de designação: Eis
outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos
pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quan-
funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar do? (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade),
demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim para quê? (finalidade)
não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama-
mos de locução adverbial, representada por algumas ex- Locução adverbial
pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de
modo algum, entre outras. É reunião de duas ou mais palavras com valor de advér-
Dependendo das circunstâncias expressas pelos advér- bio. Exemplo:
bios, eles se classificam em distintas categorias, uma vez Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
expressas por: Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Artigos Definidos: determinam os substantivos de ma-
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, neira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures,
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter- Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei
cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta um animal.
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum Combinação dos Artigos
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavel- É muito presente a combinação dos artigos definidos
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por
essas combinações:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Preposições Artigos - Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no
o, os sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme),
a ao, aos a menos que venham especificadas.
de do, dos Eles estavam em casa.
em no, nos Eles estavam na casa dos amigos.
por (per) pelo, pelos Os marinheiros permaneceram em terra.
a, as um, uns uma, umas Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
à, às - -
da, das dum, duns duma, dumas - Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata-
na, nas num, nuns numa, numas mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa
pela, pelas - - excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com - Não se une com preposição o artigo que faz parte do
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe- nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O
cida por crase. Estado de S. Paulo.
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa- A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e
cultativo: a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”.
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma Observe: Gosto de natação e de futebol.
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter Nessa frase as expressões de natação, de futebol são
é uns vinte anos. partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra
“e” está ligando termos de uma mesma oração.
- O artigo também é usado para substantivar palavras Morfossintaxe da Conjunção
oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de
tudo isso. As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re- cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
lativo cujo (e flexões). Classificação
Este é o homem cujo amigo desapareceu. - Conjunções Coordenativas
Este é o autor cuja obra conheço. - Conjunções Subordinativas
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LÍNGUA PORTUGUESA
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais
(OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de-
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá
paramos com a dúvida de como distinguir uma oração
fora.
causal de uma explicativa. Veja os exemplos:
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (an-
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
tes do verbo), porquanto.
atropelado”:
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
Conjunções subordinativas
va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independen-
- CAUSAIS
tes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as ora-
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, ções que vêm marcadas por vírgula.
uma vez que, como (= porque). Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Ora-
ção Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela
- COMPARATIVAS será explicativa.
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão... Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im-
como, mais...do que, menos...do que. perativo)
Ela fala mais que um papagaio. 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra
cidade porque não havia cemitério no local.”
- CONCESSIVAS a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
mesmo que, apesar de, se bem que. verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção
fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar
estar cansada) os mortos em outra cidade.
Apesar de ter chovido fui ao cinema. b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
dependentes uma da outra.
- CONFORMATIVAS Interjeição
Principais conjunções conformativas: como, segundo,
conforme, consoante Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
Cada um colhe conforme semeia. sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre
Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor- o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento
midade. sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas
linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Droga! Preste atenção quando eu estou falando! A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve-
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode
Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por
ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim- exemplo:
plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga! Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra-
As sentenças da língua costumam se organizar de for- riedade)
ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in-
terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra- Classificação das Interjeições
se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um
conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser Comumente, as interjeições expressam sentido de:
colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: - Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
Bravo! Bis! Atenção!, Olha!, Alerta!
bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi mui- - Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
to bom! Repitam!” - Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = senten- - Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
ça (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!” - Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em - Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!,
que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como Boa!
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um - Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!,
particular, um momento ou um contexto específico. Exem- Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
plos: - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! - Desculpa: Perdão!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!,
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Oh!, Eh!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição - Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!,
O significado das interjeições está vinculado à maneira Epa!, Ora!
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,
dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex- Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?,
to de enunciação. Exemplos: Cruz!, Putz!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres- - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!,
são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
chamando! Ei, espere!” - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
em um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-
favor, faça silêncio!” me, Deus!
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto
puxa: interjeição; tom da fala: decepção é, não sofrem variação em gênero, número e grau como
os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al-
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, gumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter
tristeza, dor, etc. claro, neste caso, que não se trata de um processo natural
Você faz o que no Brasil? dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a
Eu? Eu negocio com madeiras. linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
Ah, deve ser muito interessante. até loguinho.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de senti-
do. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são lar-
gamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normal-
mente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante,
exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas:
abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de,
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância
em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:
Preposição + Artigos
De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
De + um = dum
De + uns = duns
De + uma = duma
De + umas = dumas
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Em + um = num
Em + uma = numa
Em + uns = nuns
Em + umas = numas
A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)
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LÍNGUA PORTUGUESA
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
das preposições: variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
Destino = Irei para casa. ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
Modo = Chegou em casa aos gritos. através do pronome seja coerente em termos de gênero
Lugar = Vou ficar em casa; e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência. mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral. Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos-
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra- sa escola neste ano.
tamento. [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
Instrumento = Escreveu a lápis. adequada]
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LÍNGUA PORTUGUESA
[neste: pronome que determina “ano” = concordância Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma
adequada] variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- indica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
tônicos.
Pronomes Pessoais
Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, fraca: Ele me deu um presente.
“vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con-
“ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa figurado:
ou às pessoas de quem fala. - 1ª pessoa do singular (eu): me
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 2ª pessoa do singular (tu): te
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ou do caso oblíquo. - 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
Pronome Reto - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por
esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.
Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma
oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, de-
verá ser do caso reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco
e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são
reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da
oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
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LÍNGUA PORTUGUESA
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlo-
cutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação
à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.
*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na
3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa pos-
suída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa Reafirmamos a disposição desta universidade em partici-
gramatical a que se refere; o gênero e o número concor- par no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universida-
dam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua con- de que envia a mensagem).
tribuição naquele momento difícil.
No tempo:
Observações: Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se
refere ao ano presente.
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, refere a um passado próximo.
seu José. Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
está se referindo a um passado distante.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
se. Podem ter outros empregos, como: - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 la(s).
anos. Invariáveis: isto, isso, aquilo.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá - Também aparecem como pronomes demonstrativos:
seus defeitos, mas eu gosto muito dela. - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
trouxe sua mensagem? que te indiquei.)
- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas que
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- o procuraram ontem.
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
anotações. - próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram
o problema.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí- - semelhante(s): Não compre semelhante livro.
quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe
os passos. (= Vou seguir seus passos.) - tal, tais: Tal era a solução para o problema.
Os pronomes demonstrativos são utilizados para expli- - Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
citar a posição de uma certa palavra em relação a outras construções redundantes, com finalidade expressiva, para
ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa
espaço, no tempo ou discurso. é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar
das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o - O pronome demonstrativo neutro ou pode represen-
carro está perto da pessoa que fala. tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi-
carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o
pessoa que fala. pressentiam.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que - Para evitar a repetição de um verbo anteriormente ex-
o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com presso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer,
quem falo. chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as
vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que ela o
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo fizesse.
quanto por meio de correspondência, que é uma moda- - Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
lidade escrita de fala), são particularmente importantes o mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram
emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este
pode causar ambiguidade. solteiro, aquele casado]
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da univer- - O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irô-
sidade destinatária). nica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
A colocação pronominal é a posição que os pronomes - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no
verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: mesmo instante.
me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições
na oração em relação ao verbo: Mesóclise
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado
3. mesóclise: pronome no meio do verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela
Próclise se realizará)
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: proposta a você)
- Palavras com sentido negativo:
Nada me faz querer sair dessa cama. Questões sobre Pronome
Não se trata de nenhuma novidade.
- Advérbios: 01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012).
Nesta casa se fala alemão. Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
Naquele dia me falaram que a professora não veio. está claro até onde pode realmente chegar uma política ba-
seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para
- Pronomes relativos: o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra.
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. e da água faça em si diferença, as companhias não podem
suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por
- Pronomes indefinidos: tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto,
Quem me disse isso? elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém
Todos se comoveram durante o discurso de despedida. encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada-
mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas
- Pronomes demonstrativos: de crescimento verde sempre será a segunda opção.
Isso me deixa muito feliz! (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, re- (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que
ferem- -se, respectivamente, a abrisse a bolsa que encontrara.
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten-
(A) dúvidas e preços. dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
(B) dúvidas e insumos básicos.
(C) companhias e insumos básicos. 07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
(D) companhias e preços do carbono e da água. Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ-
(E) políticas de crescimento e preços adequados. tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- prazo.
adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho gri- Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta
fado está corretamente substituído por um pronome em: e respectivamente, considerando a norma culta da língua.
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo A) a que … acaba … à
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo- B) com que … acabam … à
lhes desalentado C) de que … acabam … a
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de D) em que … acaba … a
conhecê-lo? E) dos quais … acaba … à
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
parecia ser-lhe 08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013-
E) incomodaram o general... − incomodaram-no adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e res-
pectivamente, as lacunas do trecho.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). ______alguns anos, num programa de televisão, uma jo-
A substituição do elemento grifado pelo pronome cor- vem fazia referência______ violência______ o brasileiro estava
respondente, com os necessários ajustes, foi realizada de sujeito de forma cômica.
modo INCORRETO em: A) Fazem... a ... de que
A) mostrando o rio= mostrando-o. B) Faz ...a ... que
B) como escolher sítio= como escolhê-lo. C) Fazem ...à ... com que
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. D) Faz ...à ... que
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada E) Faz ...à ... a que
lhes acrescentariam.
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. 09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
As sereias então devoravam impiedosamente os tripu-
04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a lantes.
alternativa em que o pronome destacado está posicionado ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabe-
de acordo com a norma-padrão da língua. ça...
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família. Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
(C) A garota disse que perdeu-se dos pais. grifados acima foram corretamente substituídos por um
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha. pronome, na ordem dada, em:
(E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança. (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alterna- (C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes
tiva cujo emprego do pronome está em conformidade com (D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
a norma padrão da língua. (E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba- 10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013-
lada. adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. estabelecimentos felizmente comprovam os acontecimen-
(D) Conformado, se rendeu às punições. tos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investigação.
(E) Todos querem que combata-se a corrupção. – de acordo com a norma-padrão, os pronomes que subs-
tituem, corretamente, os termos em destaque são:
06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale A) os comprovam … ajudá-la.
a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de B) os comprovam …ajudar-la.
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. C) os comprovam … ajudar-lhe.
(A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que D) lhes comprovam … ajudar-lhe.
eles sejam sempre trazidos junto ao corpo. E) lhes comprovam … ajudá-la.
(B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa-
ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. GABARITO
(C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos 01. C 02. E 03. C 04. D 05. C
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. 06. A 07. C 08. E 09. A 10. A
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LÍNGUA PORTUGUESA
RESOLUÇÃO 9-)
devoravam - verbo terminado em “m” = pronome oblí-
1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primei- quo no/na (fizeram-na, colocaram-no)
ro, não está claro até onde pode realmente chegar uma impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto;
política baseada em melhorar a eficiência sem preços ade- “lhe” é para objeto indireto
quados para o carbono, a água e (na maioria dos países convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire-
pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos to; “lhe” é para objeto indireto
preços do carbono e da água faça em si diferença, as com- (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di-
10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabeleci-
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer
mentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste-
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-som-
munhas vão ajudar a polícia na investigação.
bra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- felizmente os comprovam ... ajudá-la
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos. (advérbio)
E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde
sempre será a segunda opção. Substantivo
2-) Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme-
desalentado nos, os substantivos também nomeiam:
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
conhecê-las ? -sentimentos: raiva, amor...
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não -estados: alegria, tristeza...
parecia sê-lo -qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria...
3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las
Morfossintaxe do substantivo
4-)
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em ge-
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta.
ral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo:
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou
do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do ob-
5-) jeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos
(A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos. substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de
(B) Falaram-nos que a diplomacia americana está aba- adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempe-
lada. nhadas por grupos de palavras.
(D) Conformado, rendeu-se às punições.
(E) Todos querem que se combata a corrupção. Classificação dos Substantivos
6-) 1- Substantivos Comuns e Próprios
(B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação
de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com
(C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de
(D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que uma cidade (em oposição aos bairros).
abrisse a bolsa que encontrara.
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
(E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma ten-
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos. cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo
comum.
7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
produtos de que não necessitam e acabam tendo uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
de pagar tudo a prazo. homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.
8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma
jovem fazia referência à violência a que o brasileiro O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es-
estava sujeito de forma cômica. pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Pró-
Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular prio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie
de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivo coletivo Conjunto de: Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
assembleia pessoas reunidas terra.
alcateia lobos O substantivo chuva é formado por um único elemento
acervo livros ou radical. É um substantivo simples.
antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas Substantivo Simples: é aquele formado por um único
banda músicos elemento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. fêmea.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes-
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. o ídolo, o indivíduo.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
Substantivos Primitivos e Derivados soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
doente, o artista e a artista.
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá... Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de
sistema, o sintoma, o teorema.
nenhum outro dentro de língua portuguesa.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e a
nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (ci-
substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir dade)
da palavra limão.
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou-
tra palavra. - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno -
aluna.
Flexão dos substantivos - Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino: freguês - freguesa
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por três formas:
exemplo, pode sofrer variações para indicar: - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
Plural: meninos Feminino: menina - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Flexão de Gênero
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão -
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sultana
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há - Substantivos terminados em -or:
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul
Um Natal inesquecível - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque -
Os reis da praia duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que po- final por -a: elefante - elefanta
dem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim - Substantivos que têm radicais diferentes no masculino
Uma cidade sem passado e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
As tartarugas ninjas
- Substantivos que formam o feminino de maneira es-
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar – czarina réu - ré
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no-
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for- Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito Epicenos:
- prefeita Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
para o feminino. Classificam-se em: para indicar o masculino e o feminino.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma - São geralmente masculinos os substantivos de ori-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha- gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
macho e fêmea. eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
A cobra macho picou o marinheiro. ma, o hematoma.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a - Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa). ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon
- cânones.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sem- Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
pre que a terminação preste-se à flexão. as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
Os Napoleões também são derrotados. - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera-
As Raquéis e Esteres. do normal. Por exemplo: casa
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
Plural dos Substantivos Estrangeiros do ser. Classifica-se em:
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es- Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor- cador de aumento. Por exemplo: casarão.
do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os ré- - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho
quiens. do ser. Pode ser:
Observe o exemplo: Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
Este jogador faz gols toda vez que joga. que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
cador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Plural com Mudança de Timbre
Verbo
Certos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
fonético chamado metafonia (plural metafônico).
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
Singular Plural
ocorrência (nascer); desejo (querer).
corpo (ô) corpos (ó)
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não
esforço esforços
os seus possíveis significados. Observe que palavras como
fogo fogos
forno fornos corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo
fosso fossos ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam,
imposto impostos porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos
olho olhos possuem.
osso (ô) ossos (ó)
ovo ovos Estrutura das Formas Verbais
poço poços
porto portos Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
posto postos apresentar os seguintes elementos:
tijolo tijolos
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am.
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. (radical fal-)
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de - Tema: é o radical seguido da vogal temática que in-
molho (ó) = feixe (molho de lenha). dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
fala-r
Particularidades sobre o Número dos Substantivos São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar),
2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I -
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o (partir).
norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, - Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do sin- falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
gular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, bom falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
nome) e honras (homenagem, títulos).
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com - Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
sentido de plural: signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin-
Aqui morreu muito negro. gular ou plural):
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
improvisadas. falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados ** São impessoais, ainda:
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação,
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em tempo: Já passa das seis.
algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blas-
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas fêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem re-
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce- ferência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por se, tais verbos, então, pessoais.
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende-
“ser possível”. Por exemplo:
rão, nutriríamos.
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
Classificação dos Verbos
* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conju-
Classificam-se em: gam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
plural.
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências A fruta amadureceu.
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca al- As frutas amadureceram.
terações no radical: canto cantei cantarei cantava
cantasse. Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera- verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadu-
ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi- receu bastante.
zesse. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vo-
zes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo,
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju- cacarejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais
e pessoais: Os principais verbos unipessoais são:
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor- 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os (preciso, necessário, etc.):
principais verbos impessoais são: Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
bastante.)
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali- Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
zar-se ou fazer (em orações temporais). É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, segui-
dos da conjunção que.
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
fumar.)
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Era primavera quando a conheci. Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
Estava frio naquele dia. * Pessoais: não apresentam algumas flexões por moti-
vos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza - verbo falir. Este verbo teria como formas do presente
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, ama- do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o
nhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Ama- que provavelmente causaria problemas de interpretação
nheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em certos contextos.
em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, emprega-
do em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser - verbo computar. Este verbo teria como formas do pre-
pessoal. sente do indicativo computo, computas, computa - formas
de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáti-
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) cos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com
o desenvolvimento e a popularização da informática, tem
sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mes-
ma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abs-
ter-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia re-
flexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Há verbos que também são acompanhados de pro- Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos refle- plo:
xivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exem- Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
plo: - Particípio: quando não é empregado na formação
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
Modos Verbais nero, número e grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis-
tem três modos: Quando o particípio exprime somente estado, sem ne-
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sem- nhuma relação temporal, assume verdadeiramente a fun-
pre estudo. ção de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a alu-
na escolhida para representar a escola.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Tal-
vez eu estude amanhã. Tempos Verbais
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda Tomando-se como referência o momento em que se
agora, menino. fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos. Veja:
Formas Nominais
1. Tempos do Indicativo
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for-
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo, - Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste co-
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
légio.
nominais. Observe:
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo
num momento anterior ao atual, mas que não foi comple-
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
tamente terminado: Ele estudava as lições quando foi inter-
substantivo. Por exemplo:
rompido.
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen- momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por Ele estudou as lições ontem à noite.
exemplo:
É preciso ler este livro. - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato
Era preciso ter lido este livro. ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha es-
tudado as lições quando os amigos chegaram. (forma com-
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três posta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não (forma simples).
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im-
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira: - Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) atual: Ele estudará as lições amanhã.
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) - Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado:
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
boa colocação.
2. Tempos do Subjuntivo
- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo
ou advérbio. Por exemplo: - Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no mo-
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad- mento atual: É conveniente que estudes para o exame.
vérbio) - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado,
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de ad- mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele ven-
jetivo) cesse o jogo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.
Presente do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
Pretérito mais-que-perfeito
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
correspondente.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
Infinitivo Pessoal
01. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) Assinale a
alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma-padrão.
(A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício.
(B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram.
(C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos.
(D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização.
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
03. (TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - 07. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante
FCC/2012) O emprego, a grafia e a flexão dos verbos estão que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura
corretos em: empresarial, por meio das ações e projetos de Educação Am-
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty biental, esteja alinhada a esses conceitos.
não prescindiram e não requiseram mais do que o esqueci- O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
mento e a passagem do tempo. verbo grifado na frase acima está em:
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para (A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, polí-
sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge ticas...
do esquecimento, em 1974. (B) ... as definições de Educação Ambiental são abran-
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a impor- gentes...
tância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, so- (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
breviram longos anos de esquecimento. vel...
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando (D) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvol-
as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos vimento humano.
atropelos do turismo selvagem. (E)... e reforce a identidade das comunidades.
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para
que obtesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo 08. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JA-
turístico de inegável valor histórico. NEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIO-
TECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) Na frase “se você
04. (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - quiser ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua
FCC/2014) Tinham seus prediletos ... forma corretamente conjugada. A frase abaixo em que a
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o forma verbal está ERRADA é
grifado acima está em: (A) se você se opuser a esse desejo.
(A) Dumas consentiu. (B) se você requerer este documento.
(B) ... levaram com eles a instituição do “lector”. (C) se você ver esse quadro.
(C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam
(D) se você provier da China.
charutos...
(E) se você se entretiver com o jogo.
(D) Despontava a nova capital mundial do Havana.
(E) ... que cedesse o nome de seu herói...
09. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO –
ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) Considere as frases:
05.(Analista – Arquitetura – FCC – 2013-adap.). Está ade-
I. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara.
quada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
II. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional
A) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores
de 5,4 bilhões de reais por ano.
absolutos talvez façam melhor se pensassem no encanto
Assinale a alternativa que, respectivamente, substitui o
dos pequenos bons momentos.
B) Há até quem queira saber quem fosse o maior ban- verbo haver pelo verbo existir, conservando o tempo e o
dido entre os que recebessem destaque nos popularescos modo.
programas da TV. (A) Existe – existe
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos- (B) Existem – existirão
tam tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tenha (C) Existirão – existirá
aspirações a ser metafísica. (D) Existem – existirá
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em (E) Existiriam – existiria
conta nossa condição de mortais, não precisariam preocu-
par-se com os degraus da notoriedade. 10. (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012)
E) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de ... pois assim se via transportado de volta “à glória que foi
grande nos momentos felizes, menos precisaríamos nos a Grécia e à grandeza que foi Roma”.
preocupar com conquistas superlativas. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
grifado acima está em:
06. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – a) Poe certamente acreditava nisso...
FCC/2012) ...Ou pretendia. b) Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o casa...
grifado acima está em: c) ... ainda seja por nós obscuramente sentido como
a) ... ao que der ... verdadeiro, embora não de modo consciente.
b) ... virava a palavra pelo avesso ... d) ... como um legado que provê o fundamento de nos-
c) Não teria graça ... sas sensibilidades.
d) ... um conto que sai de um palíndromo ... e) Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação
e) ... como decidiu o seu destino de escritor. da princesa homérica?
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agen- Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la-
te e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
O menino feriu-se. nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem
o significado de voz passiva como sendo a voz que expres-
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com sa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois
a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE
outro) e AGENTE DA PASSIVA.
Formação da Voz Passiva
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos:
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
analítico e sintético. tancialmente o sentido da frase.
1- Voz Passiva Analítica Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio
do verbo principal. Por exemplo: A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Pas-
A escola será pintada. siva)
O trabalho é feito por ele. Sujeito da Passiva Agente da Passiva
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de solda- assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Observe mais exemplos:
dos.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não - Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã. Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar mestres.
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
ção das frases seguintes: - Eu o acompanharei.
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) Ele será acompanhado por mim.
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indi-
cativo) Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado,
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
Saiba que:
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle-
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
xivos, são chamados neutros.
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) O vinho é bom.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Aqui chove muito.
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Observe a transformação da frase seguinte: - Há formas passivas com sentido ativo:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva
analítica com outros verbos que podem eventualmente - Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo:
funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou mar- Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
cada pela doença. Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões sobre Vozes dos Verbos A transposição para a voz passiva da oração grifada aci-
ma teria, de acordo com a norma culta, como forma verbal
01. (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A fra- resultante:
se que admite transposição para a voz passiva é: (A) ameaçavam.
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. (B) foram ameaçadas.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma (C) ameaçarem.
grande diversidade de fenômenos. (D) estiver sendo ameaçada.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- (E) forem ameaçados.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da 07. (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA –
vida (...). FCC/2011) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido figurante pode obscurecer a atuação de um protagonista, a
e da falsa consciência. forma verbal obtida será:
(A) pode ser obscurecido.
02. (TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) ... a
(B) obscurecerá.
Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho ...
(C) pode ter obscurecido.
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma
(D) pode ser obscurecida.
verbal corretamente obtida é:
(E) será obscurecida.
a) tinha interrompido.
b) foram interrompidas.
c) fora interrompido. 08.(GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PRO-
d) haviam sido interrompidas. CON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) “todos que são impac-
e) haveriam de ser interrompidas. tados pelas mídias de massa”
03. (FCC-TRE-Analista Judiciário – 2011) Transpondo-se O fragmento transcrito acima apresenta uma constru-
para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional en- ção na voz passiva do verbo. Outro exemplo de voz passiva
frenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á encontra-se em:
a seguinte forma verbal: A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões
(A) são enfrentados. de compra de uma família”
(B) tem enfrentado. B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do
(C) tem sido enfrentada. mercado para a persuasão do público infantil”
(D) têm sido enfrentados. C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as
(E) é enfrentada. crianças brasileiras nas práticas de consumo.”
D) “Elas são assediadas pelo mercado”
04. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – E) “valores distorcidos são de fato um problema de or-
FCC/2012) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a dem ética”
responsabilidade de proteger pela via militar, a comunida-
de internacional [...] observe outro preceito ... 09. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CASA CI-
Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz VIL – EXECUTIVO PÚBLICO – FCC/2010) Transpondo a frase
passiva, a forma verbal resultante será: o diretor estava promovendo seu filme para a voz passiva,
a) é observado. obtém-se corretamente o seguinte segmento:
b) seja observado. (A) tinha recebido promoção.
c) ser observado. (B) estaria sendo promovido.
d) é observada. (C) fizera a promoção.
e) for observado.
(D) estava sendo promovido.
(E) havia sido promovido.
05. (Analista de Procuradoria – FCC – 2013-adap) Trans-
pondo- -se para a voz passiva a frase O poeta teria
10. -) (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012)
aberto um diálogo entre as duas partes, a forma verbal re-
sultante será: Da sede do poder no Brasil holandês, Marcgrave acompa-
A) fora aberto. nhou e anotou, sempre sozinho, alguns fenômenos celestes,
B) abriria. sobretudo eclipses lunares e solares.
C) teria sido aberto. Ao transpor-se a frase acima para a voz passiva, as for-
D) teriam sido abertas. mas verbais resultantes serão:
E) foi aberto. a) eram anotados e acompanhados.
b) fora anotado e acompanhado.
06.(SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II E PRO- c) foram anotados e acompanhados.
FESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011) ...permite d) anota-se e acompanha-se.
que os criadores tomem atitudes quando a proliferação de e) foi anotado e acompanhado.
algas tóxicas ameaça os peixes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
5-) O poeta teria aberto um diálogo entre as duas par- 2) Nos casos referentes a sujeito representado por
tes = Um diálogo teria sido aberto... substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pes-
soa do singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
6-) Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa Observação:
Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação... - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto
= voz passiva adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou
poderá ir para o plural:
7-) Um figurante pode obscurecer a atuação de um Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
protagonista. Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos
dois; se na ativa temos dois, na passiva teremos três. Então: 3) Quando o sujeito é representado por expressões
A atuação de um protagonista pode ser obscurecida por partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte
um figurante. de, a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto
pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto
8-) com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resol-
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das deci- veu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar.
sões de compra de uma família” = voz ativa
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do 4) No caso de o sujeito ser representado por expres-
mercado para a persuasão do público infantil” = ativa (ver- sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”,
bo de ligação); não dá para passar para a passiva o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso.
crianças brasileiras nas práticas de consumo.” = ativa
D) “Elas são assediadas pelo mercado” = voz passiva 5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex-
E) “valores distorcidos são de fato um problema de or- pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais
dem ética” = ativa (verbo de ligação); não dá para passar de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
para a passiva Observação:
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LÍNGUA PORTUGUESA
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou 12) Casos relativos a sujeito representado por substan-
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns
necessariamente, deverá permanecer no plural: aspectos que os determinam:
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver-
na campanha de doação de alimentos. bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi-
Mais de um formando se abraçaram durante as soleni- cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de
dades de formatura. Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam-
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po-
dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi tência mundial.
um dos que atuaram na Copa América. - Casos em que o artigo figura no singular ou em que
ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
7) Em casos relativos à concordância com locuções Unidos é uma potência mundial.
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário Casos referentes a sujeito composto
nos atermos a duas questões básicas:
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, es-
também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós tando relacionado a dois pressupostos básicos:
o receberemos. / Alguns de nós o receberão. - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
- Quando o primeiro pronome da locução estiver ex- demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
presso no singular, o verbo permanecerá, também, no sin- - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexio-
gular: Algum de nós o receberá. nar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são
primos.
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa 2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an-
teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus
do singular ou poderá concordar com o antecedente desse
dois filhos compareceram ao evento.
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para
ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao ver-
bo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que toma-
mos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém
com mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no
10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex- singular: Meu esposo e grande companheiro merece toda a
pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará felicidade do mundo.
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô-
da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
Observações: vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de
- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de por- meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha pre-
centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova- miação é fruto de meu esforço.
ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin- Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos
gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da dire- demais termos da oração para que concordem em gênero
toria. e número com o substantivo. Teremos que alterar, portan-
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de to, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso,
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o prono-
me concordam em gênero e número com o substantivo.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado - A pequena criança é uma gracinha.
por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empre- - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
gado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas
Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à
agradeceu o convite. regra geral mostrada acima.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural - Como advérbios: são invariáveis.
masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. Comi muito durante a viagem.
- Ela tem pai e mãe louros. Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
- Ela tem pai e mãe loura. Comprei caro os sapatos.
- Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoria-
mente para o plural. i) Mesmo, bastante
- O homem e o menino estavam perdidos. - Como advérbios: invariáveis
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
- Como pronomes: seguem a regra geral.
- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
mais próximo.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco. j) Menos, alerta
- Em todas as ocasiões são invariáveis.
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: Preciso de menos comida para perder peso.
concorda com o mais próximo ou vai para o plural. Estamos alerta para com suas chamadas.
Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos. k) Tal Qual
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda
c) Um substantivo e mais de um adjetivo com o consequente.
- antecede todos os adjetivos com um artigo. As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões sobre Concordância Nominal e Verbal De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A con- pectivamente, com:
cordância verbal e nominal está inteiramente correta na (A) Restam… faça… será
frase: (B) Resta… faz… será
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va- (C) Restam… faz... serão
lores que determinam as escolhas dos governantes, para (D) Restam… façam… serão
conferir legitimidade a suas decisões. (E) Resta… fazem… será
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem
ser embasados na percepção dos valores e princípios que 04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alterna-
regem a prática política. tiva em que o trecho
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma-
regime democrático, em que se respeita tanto as liberda- neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.–
des individuais quanto as coletivas. está corretamente reescrito, de acordo com a norma-pa-
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- drão da língua portuguesa.
crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimi- (A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encon-
nadas de um único poder central. trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados insumos básicos.
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi- (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
niões existentes na sociedade. trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
cos ser quantificados.
02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de con- (C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
cordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas até agora uma maneira adequada para que os insumos bá-
em: sicos sejam quantificado.
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimo- trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
ramento intelectual, estão na capacidade de criação do au- mos básicos seja quantificado.
tor, mediante palavras, sua matéria-prima. (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
B) Obras que se considera clássicas na literatura sem- trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
pre delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o os insumos básicos.
leitor ao ultrapassar os limites da época em que vivem seus
autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-pri- 05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO
ma. - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto:
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega-
lhe permitem criar todo um mundo de ficção, em que per- tiva...
sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classi-
leitores, numa verdadeira interação com a realidade. ficação do continente americano (2,0)...
D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei- Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e
tor somente se realiza plenamente caso haja afinidade de II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos
ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o exemplos, em:
crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura. (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da
constitui leitura obrigatória e se tornam referências por seu maioria?
conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época. (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas.
Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha.
03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase
responder à questão. todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas
não está claro até onde pode realmente chegar uma políti- também existem umas que não merecem nossa atenção.
ca baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
para o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a
terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do 06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
carbono e da água em si ___________diferença, as compa- Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de
nhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, peregrinação.
40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer prepara- O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plu-
ção. Portanto, elas começam a usar preços- -sombra. ral caso o segmento grifado seja substituído por:
Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira (A) Há folheteiros que
de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem (B) A maior parte dos folheteiros
eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre (C) O folheteiro e sua família
___________ a segunda opção. (D) O grosso dos folheteiros
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) (E) Cada um dos folheteiros
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LÍNGUA PORTUGUESA
07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas crático não pode (podem) estar subordinado (subordinadas)
em: às ordens indiscriminadas de um único poder central.
(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) volta-
sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dos (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (expõe)
dessas criações poéticas tão originais. as diferentes opiniões existentes na sociedade.
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje 2-)
nas melhores universidades do país. A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa lei-
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que tura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimora-
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mento intelectual, estão na capacidade de criação do autor,
mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer. mediante palavras, sua matéria-prima. = correta
(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e B) Obras que se consideram clássicas na literatura sem-
a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser pre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encantar
resultado do puro e simples desconhecimento. o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que vivem
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os proble- seus autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria
mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de -prima.
representatividade. C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que per-
08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de con- leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
cordância verbal e nominal em: D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como tor somente se realizam plenamente caso haja afinidade de
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica- ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o cres-
cimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
das às mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias
E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que
de hoje.
constituem leitura obrigatória e se tornam referências por
b) A importância de intelectuais como Edward Said e
seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que
3-) _Restam___dúvidas
escreveram.
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre em si __faça __diferença
árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto so- a maioria das políticas de crescimento verde sempre
frimento, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo ____será_____ a segunda opção.
menos de terem alguma trégua. Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a no plural quanto no singular. Nas alternativas não há “res-
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo tam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as opções
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores adequadas.
que admiradores.
e) No final do século XX já não se via muitos intelec- 4-)
tuais e escritores como Edward Said, que não apenas era (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
notícia pelos livros que publicavam como pelas posições trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
que corajosamente assumiam. insumos básicos.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
GABARITO trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
cos serem quantificados.
01. A 02. A 03. A 04. E 05. A (C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
06. E 07. |B 08. D trou até agora uma maneira adequada para que os insumos
básicos sejam quantificados.
RESOLUÇÃO (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
trou até agora uma maneira adequada para que os insumos
1-) Fiz os acertos entre parênteses: básicos sejam quantificados.
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va- (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
lores que determinam as escolhas dos governantes, para trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
conferir legitimidade a suas decisões. os insumos básicos. = correta
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos 5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
valores e princípios que regem a prática política. aos itens:
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver- (A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei- tem (singular)
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais áto-
Objetiva Direta nas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela
(s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
Saiba que: Aspiravam a ela)
- A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua ASSISTIR
culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra - Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
licença estiver subentendida. tar assistência a, auxiliar. Por exemplo:
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infiniti-
vo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). - Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-
ciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
- A construção “dizer para”, também muito usada po- Assistimos ao documentário.
pularmente, é igualmente considerada incorreta. Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
Preferir
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indi-
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
reto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa
Prefiro trem a ônibus. conturbada cidade.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transi- - Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
tividade, apresentam mudança de significado. O conheci- apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predi-
mento das diferentes regências desses verbos é um recurso cativo preposicionado ou não.
linguístico muito importante, pois além de permitir a correta A torcida chamou o jogador mercenário.
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades A torcida chamou ao jogador mercenário.
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, A torcida chamou o jogador de mercenário.
estão: A torcida chamou ao jogador de mercenário.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela - No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
atitude. objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
Objeto Oração Subordinada Substantiva O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Subjetiva Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
Indireto Reduzida de Infinitivo público.
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções ESQUECER – LEMBRAR
que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado - Lembrar algo – esquecer algo
por pessoa. Observe: - Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (prono-
Custei para entender o problema. minal)
Forma correta: Custou-me entender o problema.
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,
IMPLICAR exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
exigem complemento com a preposição “de”. São, portan-
implicavam um firme propósito.
to, transitivos indiretos:
b) Ter como consequência, trazer como consequência,
- Ele se esqueceu do caderno.
acarretar, provocar: Liberdade de escolha implica amadure-
- Eu me esqueci da chave.
cimento político de um povo.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
econômicas. Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-
brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é tran- alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
sitivo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
quem não trabalhasse arduamente. clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
PROCEDER - Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter - Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e
de adjunto adverbial de modo. indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de al-
As afirmações da testemunha procediam, não havia guma coisa).
como refutá-las. SIMPATIZAR
Você procede muito mal. Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo- simpatizei com os jurados.
sição” de”) e fazer, executar (rege complemento introduzi-
do pela preposição “a”) é transitivo indireto. NAMORAR
O avião procede de Maceió. É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Ma-
Procedeu-se aos exames. ria namora João.
O delegado procederá ao inquérito. Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.
QUERER OBEDECER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com
vontade de, cobiçar. a preposição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
Querem melhor atendimento. Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode
Queremos um país melhor. ser usado na voz passiva: A fila não foi obedecida.
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LÍNGUA PORTUGUESA
VER
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o filme.
Regência Nominal
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vá-
rios nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa,
nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes:
todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atenta-
mente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Questões sobre Regência Nominal e Verbal
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LÍNGUA PORTUGUESA
02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
adap.). mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço
... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo
filhos do sueco. – do que em outros.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de com- (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu
plementos que o grifado acima está empregado em: espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável
A) ...que existe uma coisa chamada exército... em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros.
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- 06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a
cia... alternativa correta quanto à regência dos termos em destaque.
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro... (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a res-
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atre- ponsabilidade pelo problema.
vimento. (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter
se perdido.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em um índio na porta do prédio.
partes desiguais... (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se per-
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que dido de sua família.
o grifado acima está empregado em: (E) A família toda se organizou para realizar a procura à
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a garotinha.
extremos de sutileza.
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale a al-
do nos troncos mais robustos. ternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- do texto, de acordo com as regras de regência.
rientam, não raro, quem... Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já as-
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho sinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal
na serra de Tunuí... e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a
gentio, mestre e colaborador... mídia pode exercer sobre os jovens.
A) dos … na
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). B) nos … entre a
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... C) aos … para a
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que D) sobre os … pela
o da frase acima se encontra em: E) pelos … sob a
A) A palavra direito, em português, vem de directum,
do verbo latino dirigere... GABARITO
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das 01. D 02. D 03. A 04. A 05. D
sociedades... 06. A 07. C
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado
pela justiça. RESOLUÇÃO
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspi-
rações da justiça... 1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o outras ciências ...
sentimento de justiça. Facilitar – verbo transitivo direto
A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de li-
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter- gação
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência
de ligação
nominal e à pontuação.
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran-
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida-
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço sitivo direto e indireto
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro =
do que em outros. verbo transitivo indireto
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra-
pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o 2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um nos filhos do sueco.
exemplo!, do que em outros. Pedir = verbo transitivo direto e indireto
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra- A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran-
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o sitivo direto
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de
exemplo, do que em outros. ligação
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LÍNGUA PORTUGUESA
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”,
em partes desiguais... “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à “jun-
Constar = verbo intransitivo ção” de duas vogais idênticas. É de grande importância a cra-
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- se da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a”
do nos troncos mais robustos. =ligação inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a”
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento
rientam, não raro, quem... =transitivo direto grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho grave depende da compreensão da fusão das duas vogais. É
na serra de Tunuí... = transitivo direto fundamental também, para o entendimento da crase, domi-
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o nar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto “a”. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender
a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... artigo ou pronome. Observe:
Vou a + a igreja.
Lidar = transitivo indireto
Vou à igreja.
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das
sociedades... =transitivo direto
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”,
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado
exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do ar-
pela justiça. =ligação
tigo “a” que está determinando o substantivo feminino igre-
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira-
ja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se
ções da justiça... =transitivo direto e indireto
unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
os outros exemplos:
sentimento de justiça. =transitivo direto
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon-
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhe-
tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re-
cer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase
gência (pontuação encontra-se em tópico específico)
não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transiti-
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam,
vo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige a prepo-
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon-
sição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o termo
tuação)
seguinte seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto
um dos pronomes já especificados.
à pontuação)
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- Casos em que a crase NÃO ocorre:
mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço - diante de substantivos masculinos:
seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do Andamos a cavalo.
que em outros. Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
6-) Fazer o exercício a lápis.
(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por ter Compramos os móveis a prazo.
se perdido.
(C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de um - diante de verbos no infinitivo:
índio na porta do prédio. A criança começou a falar.
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se perdido Ela não tem nada a dizer.
de sua família.
(E) A família toda se organizou para realizar a procura Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
pela garotinha. exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá
crase.
7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se reportou
já assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem - diante da maioria dos pronomes e das expressões
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia. de tratamento, com exceção das formas senhora, se-
A pesquisa faz um alerta para a influência negativa nhorita e dona:
que a mídia pode exercer sobre os jovens. Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de on-
tem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método: troque a palavra
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)
- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
- na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de
Crase diante de Nomes de Lugar
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:
*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Vou à praia. = Volto da praia.
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04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não 08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e O sinal indicativo de crase está correto em:
efervescente. A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase área de biotecnologia.
se o segmento grifado for substituído por: B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
à educação dos filhos.
A) leitura apressada e sem profundidade.
C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
B) cada um de nós neste formigueiro.
instalações do prédio.
C) exemplo de obras publicadas recentemente.
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
D) uma comunicação festiva e virtual.
detalhe que envolva a segurança das pessoas.
E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
E) É função da política é dedicar-se à todo problema
que comprometa o bem-estar do cidadão.
05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
NESP – 2013).
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LÍNGUA PORTUGUESA
09. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra
O detetive Gervase Fen, que apareceu em 1944, é um ho- masculina)
mem de face corada, muito afeito ...... frases inteligentes e a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefinido)
citações dos clássicos; sua esposa, Dolly, uma dama meiga e a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa-
sossegada, fica sentada tricotando tranquilamente, impassí- lavra masculina)
vel ...... propensão de seu marido ...... investigar assassinatos.
(Adaptado de P.D.James, op.cit.) 5-) O Instituto Nacional de Administração Prisional
(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio___à__
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepa-
ordem dada:
rá--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa forma, quando
(A) à - à - a
em liberdade, ele estará capacitado__a___ ter uma profissão
(B) a - à - a
(C) à - a - à e uma vida digna.
(D) a - à - à - Apoio a ? Regência nominal pede preposição;
(E) à - a – a - retorno a? regência nominal pede preposição;
- antes de verbo no infinitivo não há crase.
10. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Em qual das op- 6-) Vamos por partes!
ções abaixo o acento indicativo de crase foi corretamente - Quem se sujeita, sujeita-se A algo ou A alguém, por-
indicado? tanto: pede preposição;
A) O dia fora quente, mas à noite estava fria e escura. - quem cede, cede algo A alguém, então teremos obje-
B) Ninguém se referira à essa ideia antes. to direto e indireto;
C) Esta era à medida certa do quarto. - quem se propõe, propõe-se A alguma coisa.
D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. Vejamos:
E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. Não nos sujeitamos À corrupção; tampouco cederemos
GABARITO espaço A nenhuma ação que se proponha A prejudicar
nossas instituições.
01. B 02. A 03. A 04. A 05. D * Sujeitar A + A corrupção;
06.C 07. E 08. B 09.B 10. D * ceder espaço (objeto direto) A nenhuma ação (objeto
indireto. Não há acento indicativo de crase, pois “nenhu-
ma” é pronome indefinido);
RESOLUÇÃO * que se proponha A prejudicar (objeto indireto, no
caso, oração subordinada com função de objeto indireto.
1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais.
Não há acento indicativo de crase porque temos um verbo
Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina
no infinitivo – “prejudicar”).
não há crase)
de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a
7-)
vida = à)
A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar en-
caminhar um drogado da nossa própria família? (antes de com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
pronome indefinido/relativo) desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase)
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la so- nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se
bre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há
que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___ crase)
confiança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
ter feito o que fez. (artigo indefinido)
3-) D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
(A) A população, de um modo geral, está à espera (dá de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra
para substituir por “esperando”) de que masculina)
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen- E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
sarem (antes de verbo) dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi-
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à nal: desfavorável a?)
punições (generalizando, palavra no plural)
(D) À ninguém (pronome indefinido) 8-)
(E) Cabe à todos (pronome indefinido) A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
área de biotecnologia. (artigo indefinido)
4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa- B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à
da e sem profundidade. educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar a )
a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono- C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
me indefinido) instalações do prédio. (verbo no infinitivo)
59
LÍNGUA PORTUGUESA
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer contexto (= o escrito em que figuram) e na situação (= o
detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome ambiente, as circunstâncias) em que o falante se encontra.
indefinido) Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o
E) É função da política é dedicar-se à todo problema verbo. Exemplo: Tudo parado e morto.
que comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome in-
definido) Quanto ao sentido, as frases podem ser:
9-) Afeito a frases (generalizando, já que o “a” está no Declarativas: aquela através da qual se enuncia algo,
singular e “frases”, no plural) de forma afirmativa ou negativa. Encerram a declaração ou
Impassível à propensão (regência nominal: pede pre- enunciação de um juízo acerca de alguém ou de alguma
posição) coisa:
A investigar (antes de verbo no infinitivo não há acen- Paulo parece inteligente. (afirmativa)
to indicativo de crase) A retificação da velha estrada é uma obra inadiável.
Sequência: a / à / a. (afirmativa)
Nunca te esquecerei. (negativa)
10-) Neli não quis montar o cavalo velho, de pêlo ruço. (ne-
A) O dia fora quente, mas à noite = mas a noite (artigo e gativa)
substantivo. Diferente de: Estudo à noite = período do dia) Interrogativas: aquela da qual se pergunta algo, direta
B) Ninguém se referira à essa ideia antes.= a essa (antes (com ponto de interrogação) ou indiretamente (sem ponto
de pronome demonstrativo) de interrogação). São uma pergunta, uma interrogação:
C) Esta era à medida certa do quarto. = a medida (artigo Por que chegaste tão tarde?
e substantivo, no caso. Diferente da conjunção proporcio- Gostaria de saber que horas são.
nal: À medida que lia, mais aprendia) “Por que faço eu sempre o que não queria” (Fernando
D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. = correta (advér- Pessoa)
bio de modo = apressadamente)
“Não sabe, ao menos, o nome do pequeno?” (Machado
E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. =
de Assis)
palavra masculina
Imperativas: aquela através da qual expressamos uma
ordem, pedido ou súplica, de forma afirmativa ou negativa.
CONSTRUÇÃO FRASAL. Contêm uma ordem, proibição, exortação ou pedido:
“Cale-se! Respeite este templo.” (afirmativa)
Não cometa imprudências. (negativa)
Frase: é todo enunciado capaz de transmitir, a quem “Vamos, meu filho, ande depressa!” (afirmativa)
nos ouve ou lê, tudo o que pensamos, queremos ou senti- “Segue teu rumo e canta em paz.” (afirmativa)
mos. Pode revestir as mais variadas formas, desde a simples “Não me leves para o mar.” (negativa)
palavra até o período mais complexo, elaborado segundo
os padrões sintáticos do idioma. São exemplos de frases: Exclamativas: aquela através da qual externamos uma
admiração. Traduzem admiração, surpresa, arrependimen-
Socorro! to, etc.:
Muito obrigado! Como eles são audaciosos!
Que horror! Não voltaram mais!
Sentinela, alerta! “Uma senhora instruída meter-se nestas bibocas!”
Cada um por si e Deus por todos. (Graciliano Ramos)
Grande nau, grande tormenta.
Por que agridem a natureza? Optativas: É aquela através da qual se exprime um de-
“Tudo seco em redor.” (Graciliano Ramos) sejo:
“Boa tarde, mãe Margarida!” (Graciliano Ramos) Bons ventos o levem!
“Fumaça nas chaminés, o céu tranquilo, limpo o terrei- Oxalá não sejam vãos tantos sacrifícios!
ro.” (Adonias Filho) “E queira Deus que te não enganes, menino!” (Carlos
“As luzes da cidade estavam amortecidas.” (Érico Ve- de Laet)
ríssimo) “Quem me dera ser como Casimiro Lopes!” (Graciliano
“Tropas do exército regular do Sul, ajustadas pelos seus Ramos)
aliados brancos de além mar, tinham sido levadas em heli-
cópteros para o lugar onde se presumia estivesse o inimigo, Imprecativas: Encerram uma imprecação (praga, mal-
mas este se havia sumido por completo.” (Érico Veríssimo) dição):
“Esta luz me falte, se eu minto, senhor!” (Camilo Cas-
As frases são proferidas com entoação e pausas espe- telo Branco)
ciais, indicadas na escrita pelos sinais de pontuação. Mui- “Não encontres amor nas mulheres!” (Gonçalves Dias)
tas frases, principalmente as que se desviam do esquema “Maldito seja quem arme ciladas no seu caminho!”
sujeito + predicado, só pode ser entendidas dentro do (Domingos Carvalho da Silva)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de d) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
frase podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No e) Tão preta como o túnel!
primeiro caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O f) Quem bom!
que caracteriza e distingue esses diferentes tipos de frase é g) As ovelhas são mansas e pacientes.
a entoação, ora ascendente ora descendente. h) Que espírito irônico e livre!
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só po-
dem ser integralmente captados se atentarmos para o con- 05. Escreva para cada frase o tipo a que pertence: decla-
texto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das rativa, interrogativa, imperativa e exclamativa:
situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, a) Que flores tão aromáticas!
na frase “Que educação!”, usada quando se vê alguém in- b) Por que é que não vais ao teatro mais vezes?
vadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, c) Devemos manter a nossa escola limpa.
ela expressa exatamente o contrário do que aparentemen- d) Respeitem os limites de velocidade.
te diz. e) Já alguma vez foste ao Museu da Ciência?
A entoação é um elemento muito importante da frase f) Atravessem a rua com cuidado.
falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. g) Como é bom sentir a alegria de um dever cumprido!
Dependendo de como é dita, uma frase simples como “É h) Antes de tomar banho no mar, deve-se olhar para a
ela.” pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indigna- cor da bandeira.
ção, decepção, etc. i) Não te quero ver mais aqui!
A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, con- j) Hoje saímos mais cedo.
forme o tom com que a proferimos. Observe:
Olavo esteve aqui. Respostas
Olavo esteve aqui? 1-“a” e “d”
Olavo esteve aqui?! 2- a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d) optati-
va; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h) declarativa
Olavo esteve aqui!
3- a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,
procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!
Exercícios
4- a/b/d/g
5- a) exclamativa; b) interrogativa; c) declarativa; d) impe-
01. Marque apenas as frases nominais: rativa; e) interrogativa; f) imperativa; g) exclamativa; h) decla-
a) Que voz estranha! rativa; i) imperativa; j) declarativa
b) A lanterna produzia boa claridade.
c) As risadas não eram normais.
d) Luisinho, não!
EMPREGO DE CONECTORES.
02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa,
exclamativa, optativa ou imperativa.
a) Você está bem? Conector é uma designação genérica para as palavras ou
b) Não olhe; não olhe, Luisinho! locuções que servem para ligar ideias ou orações, permitindo
c) Que alívio! construir frases complexas. Embora a conjunção seja a clas-
d) Tomara que Luisinho não fique impressionado! se de palavras mais representativa desta função, também os
e) Você se machucou? pronomes, as preposições, os advérbios e até os verbos,
f) A luz jorrou na caverna. para além da própria pontuação, servem para ligar orações.
g) Agora suma, seu monstro!
h) O túnel ficava cada vez mais escuro. Segue abaixo alguns exemplos de conectores:
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LÍNGUA PORTUGUESA
LOCUÇÕES CONJUNTIVAS: Duas ou mais palavras em- A conjunção “e” (aditiva) pode aparecer com valor ad-
pregadas com valor de conjunção. Ex.: versativo.
o se bem que, a fim de que, ainda que, à medida que... o Ex.: É ferida que dói e não se sente” (Camões). (=
mas)
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES A conjunção “mas” (adversativa) pode aparecer com
Para se ter um bom domínio sobre o estudo das con- valor aditivo.
junções é preciso também estar bastante atento às relações o Ex.: Era um homem trabalhador, mas principalmen-
lógico discursivas (relações lógicas dentro do discurso da fra- te honesto. (além de ser trabalhador ele também é honesto,
se: causa, consequência, explicação, finalidade etc.) por elas uma qualidade se soma à outra)
estabelecidas.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
TEMPORAIS
CONCLUSIVAS o Valores semânticos: tempo (ou temporalidade), re-
o Valores semânticos: conclusão, fechamento, fina- lação cronológica.
lização: Logo que, quando, enquanto, até que, antes que,
Logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre
(posposto ao verbo), então, destarte, dessarte... que etc.
Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no con- Ex.:
curso. Enquanto todos dormiam, eu estudava. (temporal)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Desde que ele chegou não para de reclamar. (tem- OBSERVAÇÃO: As conjunções concessivas indicam
poral) oposição, contraste. Cuidado para não confundi-las com as
Você pode sair desde que termine o trabalho. (con- coordenativas, as adversativas. A concessão está vinculada
dicional) a uma permissão mediante quebra de expectativa.
CONFORMATIVAS
CONDICIONAIS ◦Valores semânticos: conformidade, consonância,
o Valores semânticos: condição (condicionalidade), igualdade/semelhança, concordância...
pré-requisito, hipótese, algo supostamente esperado. ■Conforme, como, segundo, consoante, que (todas
Se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo com o mesmo valor de “conforme”).
se, a menos que, a não ser que... ■Ex.: Todo saiu conforme combinamos.
Ex.: Se você estudar muito, passará nas provas.
COMPARATIVAS
PROPORCIONAIS ◦Valores semânticos: comparação, analogia, paralelo...
o Valores semânticos: proporção, proporcionalida- ■Como, assim como, mais... (do) que, menos... (do)
de, simultaneidade, concomitância
que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto..., qual ou
À medida que, à proporção que, ao passo que,
como (precedidos de tal)...
quanto mais (ou menos), mais/menos (quanto mais, quan-
■Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)
to menos), tanto mais (ou menos), mais/menos (tanto mais,
tanto menos) etc.
Ex.: À medida que estudava, aprendia o assunto OBSERVAÇÃO: Sempre que houver uma conjunção
das provas. comparativa o período é composto porque depois dela há
outro verbo escondido: “Ele dorme como um urso dorme”.
FINAIS
◦Valores semânticos: finalidade, objetivo, intenção, in- CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS INTEGRANTES
tuito. ◦Que, se, quando, quanto(a)(s), onde, qual, quem...
■ A fim de que, para que, que e porque (= para que), ◦Quando iniciarem oração ‘equivalente’ aos pronomes
etc. “isso, esse(a)(s
■ Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas pro- Ex.:
vas. Necessito de que me ajudem. (=Necessito disso)
Pergunto se tudo estava bem. (=Perguntou isso)
CAUSAIS Perguntou quando ela irá chegar.
◦Valores semânticos: causa (ou causalidade), motivo, Perguntou quanto custa a casa.
razão. Perguntou onde você estava.
■ Porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já Perguntou qual era a sua idade.
que, posto que, por isso que etc. Perguntou quem iria sair com você.
■ Ex.: Já que você vem se dedicando bastante aos es-
tudos, suas chances de aprovação em concursos são enor- OBSERVAÇÃO: Conjunção integrante x pronome rela-
mes. tivo:
Pronome relativo: QUE – quando pode ser trocado por
CONSECUTIVAS “o (a) (s) qual (is)”.
◦Valores semânticos: consequência, resultado, produto. Ex.:
■ Que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), sem O livro que eu li é ótimo. (que = o qual)
que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira
As pessoas que conheço são maravilhosas. (que = as
que, que (equivalendo a sem que) etc.
quais)
■ Ex.: Falou tanto que ficou rouco.
◦Conjunção integrante: QUE – quando pode ser troca-
■ Observação: Relação de causa-consequência – é de
do por “isso/esse (a)”
natureza sintático-semântica (valor que a palavra adquire
em seu contexto de uso) e independe da classificação sin- Ex.: Estou certo de que você passará nas provas. (=Es-
tática do período. tou certo disso)
■ Ex.: Falou tanto (causa) que ficou muito rouco (con-
sequência). Exercícios
■ Vamos logo (consequência), pois já é tarde (causa). 1. No período “Os banqueiros já puderam comemorar
o investimento, pois o índice de risco e de instabilidade do
CONCESSIVAS Brasil caiu”, a conjunção pois estabelece uma relação de:
◦Valores semânticos: concessão, contraste, consenti- a) explicação
mento, licença, quebra de expectativa, oposição b) oposição
■(muito) embora, ainda que, se bem que, mesmo que, c) condição
mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, d) causa
malgrado, não obstante, inobstante, em que pese... e) comparação
■Ex.: Embora discordasse, aceitei suas condições.
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QUESTÕES Casamento
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Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in- No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao
vestimentos e também erros operacionais conspiraram para homem para saber se ele
produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri- A) verificou o horário de chegada e está sob os cuida-
buição de energia do país desde o traumático racionamento dos do dr. Pedro.
de 2001. B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o paga-
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações). mento do aluguel.
C) tem relógio e sabe esperar.
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas D) marcou consulta e está calmo.
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens. E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cui-
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 dados do dr. Pedro.
estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.
(...) CERTO ( ) ERRADO (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA
FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Atenção: As
6-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINIS-
questões de números 09 a 12 referem-se ao texto abaixo.
TRAÇÃO – AOCP/2010) “A carga foi desviada e a viatura,
com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte Liderança é uma palavra frequentemente associada a
de São Paulo.” feitos e realizações de grandes personagens da história e da
Pela leitura do fragmento acima, é correto afirmar que, vida social ou, então, a uma dimensão mágica, em que al-
em sua estrutura sintática, houve supressão da expressão gumas poucas pessoas teriam habilidades inatas ou o dom
a) vigilantes. de transformar-se em grandes líderes, capazes de influenciar
b) carga. outras e, assim, obter e manter o poder.
c) viatura. Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a
d) foi. maioria das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos
e) desviada. desenvolver consideravelmente as suas capacidades de lide-
rança.
7-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns
Um carteiro chega ao portão do hospício e grita: que aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjun-
— Carta para o 9.326!!! to, formam uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias
Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está algumas habilidades, mas elas podem ser aprendidas tanto
em através das experiências da vida, quanto da formação volta-
branco, e um outro pergunta: da para essa finalidade.
— Quem te mandou essa carta?
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; en-
— Minha irmã.
volve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades
— Mas por que não está escrito nada?
para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados,
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com que requerem a interação cooperativa dos membros envol-
adaptações). vidos. Não pressupõe proximidade física ou temporal: pode-
se ter a mente e/ou o comportamento influenciado por um
O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto escritor ou por um líder religioso que nunca se viu ou que
acima decorre viveu noutra época. [...]
A) da identificação numérica atribuída ao louco. Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a do poder de influência do líder, implica dizer que parte desse
carta no hospício. poder encontra-se no próprio grupo. É nessa premissa que
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou se fundamenta a maioria das teorias contemporâneas sobre
a carta. liderança.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran- Daí definirem liderança como a arte de usar o poder
co. que existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele. fazerem o que se requer delas, da maneira mais efetiva e
humana possível. [...]
8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) (Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza
Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica:
Pinto. Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na
— Por favor, quero falar com o dr. Pedro.
Administração pública do Estado de São Paulo, org. Lais Ma-
— O senhor tem hora?
cedo de Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão, Secretaria de
O sujeito olha para o relógio e diz:
— Sim. São duas e meia. Gestão pública, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. 290 e 292,
— Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente. com adaptações)
— O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me
paga o aluguel do consultório... 09-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o
adaptações). texto, liderança
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LÍNGUA PORTUGUESA
(A) é a habilidade de chefiar outras pessoas que não (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo,
pode ser desenvolvida por aqueles que somente executam mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre
tarefas em seu ambiente de trabalho. aquele que influencia e aquele que é influenciado.
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de (D) as influências recebidas devem ser bem analisadas
heróis da história da humanidade, que realizaram grandes e postas em prática em seu devido tempo e na ocasião
feitos e se tornaram poderosos através deles. mais propícia.
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até
mesmo adquirida, de conseguir resultados desejáveis da- 13-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR –
queles que constituem a equipe de trabalho. FGV PROJETOS/2010)
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os
grupos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá Painel do leitor (Carta do leitor)
mobilizar esses grupos em torno de seus objetivos pes-
soais. Resgate no Chile
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC-
NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de
claro que salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo
(A) a importância do líder baseia-se na valorização de de uma mina de cobre e ouro no Chile.
todo o grupo em torno da realização de um objetivo co- Um a um os mineiros soterrados foram içados com
mum. sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cum-
primentando seus companheiros de trabalho. Não se pode
(B) o líder é o elemento essencial dentro de uma orga-
esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos,
nização, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta
Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamen-
ou objetivo.
to, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E,
(C) pode não haver condições de liderança em algumas
também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demons-
equipes, caso não se estabeleçam atividades específicas
trando coragem e desprendimento, desceram na mina para
para cada um de seus membros.
ajudar no salvamento.
(D) a liderança é um dom que independe da participa-
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai-
ção dos componentes de uma equipe em um ambiente de
nel do leitor – 17/10/2010)
trabalho.
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex-
11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI- pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem
liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo) ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO:
No contexto, inter-relação significa A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...”
(A) o respeito que os membros de uma equipe devem B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma
demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por mina de cobre e ouro no Chile.”
resultarem em benefício de todo o grupo. C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...”
(B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”
grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propos- E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des-
tos pela organização a que prestam serviço. ceram na mina...”
(C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em
equipe, de modo que os mais capacitados colaborem com (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO –
os de menor capacidade. VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às
(D) a criação de interesses mútuos entre membros de questões de números 14 a 16.
uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcan-
çadas por todos. Férias na Ilha do Nanja
12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI- Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo
proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo) faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
A afirmativa acima quer dizer, com outras palavras, que fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre
(A) a presença física de um líder natural é fundamen- as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
tal para que seus ensinamentos possam ser divulgados e Meus amigos partem para as suas férias, cansados de
aceitos. tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra-
(B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sem- mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver
pre se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da
autores diversos. própria vida.
E eu vou para a Ilha do Nanja.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as (A) a oposição entre o modo de pensar e agir.
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio (B) a rapidez da comunicação na Era da Informática.
cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já es- (C) a comunicação e sua importância na vida das pes-
tou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a soas.
moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra (D) a massificação do pensamento na sociedade mo-
ilha. derna.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adap-
tado) RESOLUÇÃO
RESPOSTA: “CERTO’.
6-)
“A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes,
abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Tra-
ta-se da figura de linguagem (de construção ou sintaxe)
“zeugma”, que consiste na omissão de um termo já citado
(Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1. anteriormente (diferente da elipse, que o termo não é ci-
Porto Alegre: L&PM, 1976. p. 95.) tado, mas facilmente identificado). No enunciado temos a
narração de que a carga foi desviada e de que a viatura foi
A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunis- abandonada.
ta mineiro mais conhecido como Caulos. É correto afirmar
que o tema apresentado é RESPOSTA: “D”.
69
LÍNGUA PORTUGUESA
7-) 14-)
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah, fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en-
porque nós brigamos e não estamos nos falando”. tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
RESPOSTA: “D”.
8-) RESPOSTA: “C”.
“O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se
o senhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele
marcou horário e se é paciente do Dr. Pedro. 15-)
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
RESPOSTA: “E”. da própria autora!
RESPOSTA: “A”.
11-)
Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresenta-
das, a que está coerente com o sentido dado à palavra “in-
ter-relação” é: “a criação de interesses mútuos entre mem-
bros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser
alcançadas por todos”.
RESPOSTA: “D”.
12-)
Não pressupõe proximidade física ou temporal = o
aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se
houver distância no tempo e no espaço entre aquele que
influencia e aquele que é influenciado.
RESPOSTA: “C”.
13-)
Em todas as alternativas há expressões que represen-
tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
RESPOSTA: “B”.
70
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
múltiplos e divisores de números naturais; problemas. Frações e operações com frações. ..................................................... 01
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais; regra de três; porcentagem
e problemas................................................................................................................................................................................................................ 20
Estatística descritiva; distribuição de probabilidade discreta. Juros simples e compostos: capitalização e descontos. .......... 40
Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, proporcionais, real e aparente................................................................................ 52
Planos ou Sistemas de Amortização de Empréstimos e Financiamentos. ........................................................................................ 55
Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento.............................................. 61
Taxas de Retorno.......................................................................................................................................................................................................................64
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Exemplos:
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS: a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO); c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
EXPRESSÕES NUMÉRICAS; MÚLTIPLOS antecessor (número que vem antes do número dado).
E DIVISORES DE NÚMEROS NATURAIS; Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
PROBLEMAS. FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM de zero.
FRAÇÕES. a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.
Números Naturais
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
números naturais pares. Embora uma sequência real seja
O conjunto dos números naturais é representado pela
outro objeto matemático denominado função, algumas
letra maiúscula N e estes números são construídos com os vezes utilizaremos a denominação sequência dos números
algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são co- naturais pares para representar o conjunto dos números
nhecidos como algarismos indo-arábicos. No século VII, os naturais pares: P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
árabes invadiram a Índia, difundindo o seu sistema numéri- O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
co. Embora o zero não seja um número natural no sentido números naturais ímpares, às vezes também chamados, a
que tenha sido proveniente de objetos de contagens na- sequência dos números ímpares. I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
turais, iremos considerá-lo como um número natural uma
vez que ele tem as mesmas propriedades algébricas que Operações com Números Naturais
os números naturais. Na verdade, o zero foi criado pelos
hindus na montagem do sistema posicional de numeração Na sequência, estudaremos as duas principais opera-
para suprir a deficiência de algo nulo. ções possíveis no conjunto dos números naturais. Pratica-
Na sequência consideraremos que os naturais têm mente, toda a Matemática é construída a partir dessas duas
início com o número zero e escreveremos este conjunto operações: adição e multiplicação.
como: N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Representaremos o conjunto dos números naturais A adição de números naturais
com a letra N. As reticências (três pontos) indicam que este A primeira operação fundamental da Aritmética tem
conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos nú- por finalidade reunir em um só número, todas as unidades
meros. de dois ou mais números. Antes de surgir os algarismos
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas por meio
conjunto será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou por meio
9, 10, ...} de ábacos.
1
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
2
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
3
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
4
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a - Temos duas quantidades e queremos saber quanto
distância ou afastamento desse número até o zero, na reta uma delas tem a mais que a outra;
numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. - Temos duas quantidades e queremos saber quanto
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0 falta a uma delas para atingir a outra.
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 A subtração é a operação inversa da adição.
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9 Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de diferença
zero, é sempre positivo.
subtraendo
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos minuendo
opostos um do outro quando apresentam soma zero; as-
Considere as seguintes situações:
sim, os pontos que os representam distam igualmente da
origem. 1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião
Exemplo: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da
é 2, pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0 temperatura?
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6)
é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de zero é o – (+3) = +3
próprio zero.
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, duran-
Adição de Números Inteiros te o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de
3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-
Para melhor entendimento desta operação, associare- feira?
mos aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) +
números inteiros negativos a idéia de perder. (–3) = +3
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8) Se compararmos as duas igualdades, verificamos que
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7) (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3)
Temos:
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3)
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispen- (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
sado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode
ser dispensado. Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros
Propriedades da adição de números inteiros: O con- é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do se-
junto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois gundo.
números inteiros ainda é um número inteiro.
Multiplicação de Números Inteiros
Associativa: Para todos a,b,c em Z:
a + (b + c) = (a + b) + c A multiplicação funciona como uma forma simplificada
2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7 de uma adição quando os números são repetidos. Podería-
mos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhan-
Comutativa: Para todos a,b em Z: do repetidamente alguma quantidade, como por exemplo,
a+b=b+a ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar
3+7=7+3 30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x,
isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2
Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a
+ 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos:
z+0=z (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
7+0=7 Observamos que a multiplicação é um caso particular
da adição onde os valores são repetidos.
Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z, Na multiplicação o produto dos números a e b, pode
tal que ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal
z + (–z) = 0 entre as letras.
9 + (–9) = 0 Para realizar a multiplicação de números inteiros, deve-
mos obedecer à seguinte regra de sinais:
Subtração de Números Inteiros (+1) x (+1) = (+1)
A subtração é empregada quando: (+1) x (-1) = (-1)
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantida- (-1) x (+1) = (-1)
de; (-1) x (-1) = (+1)
5
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Com o uso das regras acima, podemos concluir que: - A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto
Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que
Sinais dos números Resultado do produto não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um
número inteiro.
Iguais Positivo - No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é as-
Diferentes Negativo sociativa e não tem a propriedade da existência do ele-
mento neutro.
Propriedades da multiplicação de números intei- 1- Não existe divisão por zero.
ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe
multiplicação de dois números inteiros ainda é um número um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15.
inteiro. 2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente
de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro
Associativa: Para todos a,b,c em Z: por zero é igual a zero.
a x (b x c) = (a x b) x c Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1)
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7 =0
Potenciação de Números Inteiros
Comutativa: Para todos a,b em Z:
A potência an do número inteiro a, é definida como um
axb=bxa
produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
3x7=7x3
base e o número n é o expoente.
an = a x a x a x a x ... x a
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por
a é multiplicado por a n vezes
todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
zx1=z Exemplos:33 = (3) x (3) x (3) = 27
7x1=7 (-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de (-7)² = (-7) x (-7) = 49
zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que (+9)² = (+9) x (+9) = 81
z x z–1 = z x (1/z) = 1 - Toda potência de base positiva é um número inteiro
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1 positivo.
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9
Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
a x (b + c) = (a x b) + (a x c) - Toda potência de base negativa e expoente par é
3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5) um número inteiro positivo.
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64
Divisão de Números Inteiros
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é
um número inteiro negativo.
Dividendo divisor dividendo: Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125
Divisor = quociente 0
Quociente . divisor = dividendo Propriedades da Potenciação:
Sabemos que na divisão exata dos números naturais: Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-
40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40 se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36 = (–7)9
6
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
(a)
3
8 = 2, pois 2³ = 8.
III
(b)
3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8. De acordo com as propriedades da potenciação, temos
3
que, respectivamente, nas operações I, II e III:
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27. A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27. C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o E) x=2b, y=2c e z=c+2.
produto de números inteiros, concluímos que:
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
inteiro negativo. 4 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz GRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior número inteiro
de qualquer número inteiro. menor do que 8 pelo menor número inteiro maior do que
- 8, o resultado encontrado será
A) - 72
Questões
B) - 63
C) - 56
1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma
D) - 49
operação λ é definida por: E) – 42
wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
Com base nessa definição, é correto afirmar que a
soma 2λ + (1λ) λ é igual a
A) −20.
B) −15.
C) −12.
D) 15.
E) 20.
7
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG) Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais
é um número inteiro?
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4
7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o número de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com duas
escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números indicam a quantidade de passageiros que subiram no avião
e os negativos, a quantidade dos que desceram em cada cidade.
Curtiba +240
-194
Rio de Janeiro
+158
-108
Brasília
+94
1 - RESPOSTA:“E”.
Pela definição:
Fazendo w=2
8
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
167 = 2,53030...
, logo os únicos números que sa- 66
tisfazem a condição é x= 0 e x=5 , dois números apenas. Representação Fracionária dos Números Decimais
9
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Exemplo 1 a
+ c =
ad + bc
b d bd
Seja a dízima 0, 333... .
Propriedades da Adição de Números Racionais
Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os
membros por 10: 10x = 0,333 O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto
Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade é, a soma de dois números racionais ainda é um número
da segunda: racional.
10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9 - Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = (
a+b)+c
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 . - Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
9
- Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a
Exemplo 2 todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q,
Seja a dízima 5, 1717... tal que q + (–q) = 0
Seja a dízima 1, 23434... Como todo número racional é uma fração ou pode ser
escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x = dois números racionais a e c , da mesma forma que o
1234,34... . produto de frações, através
b de:d
Subtraindo membro a membro, temos:
990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x a
x
c
=
ac
= 1222/990 b d bd
O produto dos números racionais a e b também pode
Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum
dízima 1, 23434... 495
sinal entre as letras.
Para realizar a multiplicação de números racionais,
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
representa esse número ao ponto de abscissa zero. toda a Matemática:
(+1) × (+1) = (+1)
(+1) × (-1) = (-1)
Exemplo: Módulo de - 3 é 3 . Indica-se - 3 = 3 (-1) × (+1) = (-1)
2 2
2 2 (-1) × (-1) = (+1)
10
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Propriedades da Multiplicação de Números - Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
Racionais sinal da base.
3
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é,
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ =
o produto de dois números racionais ainda é um número 3 3 3 3 27
racional.
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( - Toda potência com expoente par é um número
a×b)×c positivo.
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a 2
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ 1
⎜⎝ − ⎟⎠ = ⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q 5 5 5 25
- Elemento inverso: Para todo q = a em Q, q diferente - Produto de potências de mesma base. Para reduzir um
de zero, existe q-1 = b em Q: q × q-1 b= 1 a x produto de potências de mesma base a uma só potência,
b =1 a b conservamos a base e somamos os expoentes.
a 2 3 2+3 5
- Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞
⎜⎝ ⎟⎠ .⎜ ⎟ = ⎜ . ⎟ .⎜ . . ⎟ = ⎜ ⎟ =⎜ ⎟
a×b)+(a×c) 5 ⎝ 5⎠ ⎝ 5 5⎠ ⎝ 5 5 5⎠ ⎝ 5⎠ ⎝ 5⎠
b)
Radiciação de Números Racionais
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Respostas
A ordem crescente é :
1 - RESPOSTA: “B”.
Somando português e matemática:
7 - RESPOSTA: “B”.
x=0,181818... temos então pela transformação na fra-
ção geratriz: 18/99 = 2/11, substituindo:
2 - RESPOSTA: “B”.
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
e = 2,718281828459045...,
Pi () = 3,141592653589793238462643...
Mariana totalizou R$ 62,20. Que são utilizados nas mais diversas aplicações práti-
cas como: cálculos de áreas, volumes, centros de gravida-
de, previsão populacional, etc.
9 - RESPOSTA: “A”.
Classificação dos Números Irracionais
Existem dois tipos de números irracionais:
.
A recíproca não é verdadeira: existem números algé-
bricos que não podem ser expressos através de radicais,
Total de pessoas detidas: 120+25=145 conforme o teorema de Abel-Ruffini.
Existe, entretanto, outra classe de números que não Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.
podem ser escritos na forma de fração a/b, conhecidos - O quociente de dois números irracionais, pode ser
como números irracionais. um número racional.
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Questões
10x=4,4444...
-x=0,4444.....
9x=4
x=4/9
II.
Números Reais
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Aproximação por
Falta Excesso
Erro menor que π π
1 unidade 1 3 2 4
1 décimo 1,4 3,1 1,5 3,2
1 centésimo 1,41 3,14 1,42 3,15
Podemos concluir que na representação dos números
Reais sobre uma reta, dados uma origem e uma unidade, a 1 milésimo 1,414 3,141 1,415 3,142
cada ponto da reta corresponde um número Real e a cada 1 décimo de
1,4142 3,1415 1,4134 3,1416
número Real corresponde um ponto na reta. milésimo
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
De 100 a 999
999-100+1=900 números
900⋅0,003=2,7ml
Sobrou 1/4 do bolo. 1000=0,004ml
Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893
10 - RESPOSTA: “E”.
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3
de R$ 0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
5 - RESPOSTA: “B”. Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de
Aluguel: R$ 0,10=R$ 0,40.
A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35
Outras despesas: Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o
maior valor possível – o menor valor.
Restam :1000-850=R$150,00
6 - RESPOSTA: “D”.
Primeiro balde:
Segundo balde:
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Resolvendo as proporções:
Nessas sucessões as razões entre os termos x 32400 4
correspondentes são iguais: =
24000 8100010
6 3 9 3 12 3
= = =
4 2 6 2 8 2
10x = 96 000
x = 9 600
6 9 12 3
Assim: = = =
y 4
4 6 8 2
=
27000 10
Dizemos, então, que:
10y = 108 000
- os números da sucessão 6, 9, 12 são diretamente y = 10 800
proporcionais aos
3 da sucessão 4, 6, 8; z 4
- o número 2 , que é a razão entre dois termos corres- =
pondentes, é chamado fator de proporcionalidade. 3000 10
Duas sucessões de números não-nulos são diretamen- 10z = 120 000
te proporcionais quando as razões entre cada termo da z = 12 000
primeira sucessão e o termo correspondente da segunda Logo, Júlio recebeu R$ 9.600,00, César recebeu R$
sucessão são iguais. 10.800,00 e Toni, R$ 12.000,00.
20
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Observe agora as duas sucessões de números: Exemplo 2: Vamos dividir o número 104 em partes
inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 4.
Sucessão do número de máquinas: 1 2 4 6
Sucessão do número de minutos: 120 60 30 20 Representamos os números procurados por x, y e z. E
como as sucessões (x, y, z) e (2, 3, 4) devem ser inversamente
Nessas sucessões as razões entre cada termo da proporcionais, escrevemos:
primeira sucessão e o inverso do termo correspondente da
104
segunda são iguais: x y z x y z x+ y+z
1 2 4 6 = = = = =
= = = = 120 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 + +
120 60 30 20 2 3 4 2 3 4 2 3 4
Observando que
1 4 é mesmo que
é o mesmo que 1.120=120
1 1 Logo, os números procurados são 48, 32 e 24.
20 30
4.30=120 Grandezas Diretamente Proporcionais
Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as - duplicando o número de dias, duplicou a produção
sucessões sejam inversamente proporcionais: de açúcar;
- triplicando o número de dias, triplicou a produção de
4 x 8 açúcar, e assim por diante.
20 16 y
21
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
60 4
= inverso da razão 6
90 6 4
60 3
= inverso da razão 6
120 6 3
Isso nos leva a estabelecer que: Duas grandezas são
diretamente proporcionais quando a razão entre os valores 90
=
3 inverso da razão 4
da primeira é igual à razão entre os valores da segunda. 120 6 3
Tomemos agora outro exemplo. Podemos, então, estabelecer que: Duas grandezas
Com 1 tonelada de cana-de-açúcar, uma usina produz são inversamente proporcionais quando a razão entre os
70l de álcool. valores da primeira é igual ao inverso da razão entre os
De acordo com esses dados podemos supor que: valores da segunda.
Nesse caso dizemos que as grandezas velocidade e 2 - (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE-
tempo são inversamente proporcionais. MÁTICA – IMA/2014) Uma herança de R$ 750.000,00 deve
ser repartida entre três herdeiros, em partes proporcionais
Observe que, duas a duas, as razões entre os números a suas idades que são de 5, 8 e 12 anos. O mais velho re-
que indicam a velocidade são iguais ao inverso das razões ceberá o valor de:
que indicam o tempo: A) R$ 420.000,00
B) R$ 250.000,00
30 6 C) R$ 360.000,00
= inverso da razão 12
60 12 6 D) R$ 400.000,00
E) R$ 350.000,00
22
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
4 - RESPOSTA: “B”.
A) 90.
B) 80.
C) 96.
D) 84.
E) 72.
23
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
189-162= 27
5 - RESPOSTA: “B”.
Primeiro:2k
Segundo:5k
2k+5k=14
7k=14
K=2
Primeiro=2.2=4
Segundo=5.2=10
Diferença=10-4=6m³
1m³------1000L
6--------x
X=6000 l
6 - RESPOSTA: “B”.
X=80
7 - RESPOSTA: “B”.
Marcos: a
Fábio: b
a+b=8400
b=4800
8 - RESPOSTA “A”.
24
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
25
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Exemplo 2 12 3 ⎧12 + 3 12 15 12
Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se a = ⇒⎨ = ⇒ =
seguinte dosagem: 5 gotas para cada 2 kg do “peso” da 8 2 ⎩ 8+2 8 10 8
criança.
Se uma criança tem 12 kg, a dosagem correta x é dada ou
por: 12 3 ⎧12 + 3 3 15 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
5gotas x 8 2 ⎩ 8 + 2 2 10 2
= → x = 30gotas
2kg 12kg
26
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
3 1 ⎧ 3−1 3 2 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
15 5 ⎩15 − 5 15 10 15
ou
3 1 ⎧ 3−1 1 2 1
= ⇒⎨ = ⇒ =
15 5 ⎩15 − 5 5 10 5 A razão entre a área do triângulo (CEF) e a área do
retângulo é:
a) 1/8
Questões b) 1/6
c) 1/2
1 - (VUNESP - AgSegPenClasseI-V1 - 2012) – Em um d) 2/3
concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas e) 3/4
1800. A razão do número de candidatos aprovados para o
total de candidatos participantes do concurso é: 5 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Na
A) 2/3 biblioteca de uma faculdade, a relação entre a quantidade
B) 3/5 de livros e de revistas era de 1 para 4. Com a compra de
C) 5/10 novos exemplares, essa relação passou a ser de 2 para 3.
D) 2/7 Assinale a única tabela que está associada corretamen-
E) 6/7 te a essa situação.
A)
2 – (VNSP1214/001-AssistenteAdministrativo-I – 2012) Nº de livros Nº de revistas
– Em uma padaria, a razão entre o número de pessoas que
tomam café puro e o número de pessoas que tomam café Antes da compra 50 200
com leite, de manhã, é 2/3. Se durante uma semana, 180 Após a compra 200 300
pessoas tomarem café de manhã nessa padaria, e supondo
que essa razão permaneça a mesma, pode-se concluir que B)
o número de pessoas que tomarão café puro será:
Nº de livros Nº de revistas
A) 72
B) 86 Antes da compra 50 200
C) 94 Após a compra 300 200
D) 105
E) 112 C)
Nº de livros Nº de revistas
3 - (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGU- Antes da compra 200 50
RANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Num zooló- Após a compra 200 300
gico, a razão entre o número de aves e mamíferos é igual à
razão entre o número de anfíbios e répteis. Considerando D)
que o número de aves, mamíferos e anfíbios são, respecti-
vamente, iguais a 39, 57 e 26, quantos répteis existem neste Nº de livros Nº de revistas
zoológico? Antes da compra 200 50
A) 31 Após a compra 300 200
B) 34
C) 36 E)
D) 38
E) 43 Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 200
Após a compra 50 300
4 - (TRT - Técnico Judiciário) Na figura abaixo, os pon-
tos E e F dividem o lado AB do retângulo ABCD em seg-
mentos de mesma medida.
27
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
6 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Uma rede varejista teve um faturamento anual de 4,2 bilhões de
reais com 240 lojas em um estado. Considerando que esse faturamento é proporcional ao número de lojas, em outro esta-
do em que há 180 lojas, o faturamento anual, em bilhões de reais, foi de
A) 2,75
B) 2,95
C) 3,15
D) 3,35
E) 3,55
7 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ/2014) De cada dez alunos de uma sala de aula, seis são do
sexo feminino. Sabendo que nesta sala de aula há dezoito alunos do sexo feminino, quantos são do sexo masculino?
A) Doze alunos.
B) Quatorze alunos.
C) Dezesseis alunos.
D) Vinte alunos.
8 - (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos
alunos de certa escola chegaram atrasados, sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo
que todos os demais alunos chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de
alunos que chegaram com mais de 30 minutos de atraso e número de alunos que chegaram no horário, nessa ordem, foi de
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5
9 - (PMPP1101/001-Escriturário-I-manhã – 2012) – A razão entre as idades de um pai e de seu filho é hoje de 5/2.
Quando o filho nasceu, o pai tinha 21 anos. A idade do filho hoje é de
A) 10 anos
B) 12 anos
C) 14 anos
D) 16 anos
E) 18 anos
10 - (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o nú-
mero de atendimentos a usuários internos e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um
determinado dia, nessa ordem, foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir
que, no total, o número de usuários atendidos foi
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350
Respostas
1 – Resposta “B”
2 – Resposta “A”
Sejam CP e CL o número de pessoas que consumiram café puro e café com leite respectivamente. Como na semana o
número total de pessoas que consumiram café foi de 180, temos que:
CP+CL = 180
A relação encontrada entre eles é de ; assim aplicando a propriedade da proporção teremos:
180.2 = CP.5 CP = CP = 72
28
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
3 - RESPOSTA: “D”
9 – RESPOSTA: “C”
4 - Resposta “B” A razão entre a idade do pai e do filho é respectiva-
mente , se quando o filho nasceu o pai tinha 21, sig-
nifica que hoje o pai tem x + 21 , onde x é a idade do filho.
Montando a proporção teremos:
LETRA B
6 - RESPOSTA: “C”
DIVISÃO PROPORCIONAL
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
M
= 5,5 , logo M=R$ 220 000,00
40000
J
= 5,5 logo J=R$ 275 000,00
50000
A
= 5,5 logo A=R$ 165 000,00
30000
Resposta: Manuela receberá R$ 220 000,00: Jose receberá R$ 275 000,00 e Alberto receberá R$ 165 000,00
Ex: 2. Um professor tem 171 figurinhas para distribuir aos quatro alunos que menos faltaram durante o semestre. Para
ser justo, a divisão deverá ser feita de forma inversamente proporcional ao número de faltas de cada um. João faltou 4
vezes, Ana faltou 3, Marcos faltou 2 e Cintia faltou 2. Quanto deve receber cada aluno?
4J=3A=2M=2C=108
4J=108
J=27
3A=108
A=36 Resposta: João recebeu 27 figurinhas, Ana recebeu 36, Marcos recebeu
2M=108 54 e Cintia 54.
M=54
2C=108
C=54
PROBLEMAS
1. Decidi dividir R$ 247,00 entre meus dois filhos de modo proporcional às suas idades. O mais velho tem onze anos e
o mais novo tem oito. Quantos reais devo dar a cada um?
2. Três profissionais com a mesma capacidade de trabalho, devem executar uma tarefa por R$ 1800,00. O primeiro
deles, porém, trabalhou apenas três dias, o segundo, quatro, e o terceiro trabalhou 5 dias. Para que o pagamento seja justo
quanto deverá receber cada um?
3. Três trabalhadores devem dividir 1200 reais referentes ao pagamento de um serviço realizado. Eles trabalharam 2, 3
e 5 dias respectivamente e devem receber uma quantia diretamente proporcional ao número de dias trabalhados. Quanto
deverá receber cada um?
4. Dois ambulantes obtiveram R$ 1560,00 pela venda de certas mercadorias. Esta quantia deve ser dividida entre eles
em partes diretamente proporcionais a 5 e 7 respectivamente. Quanto irá receber cada um?
5. Os três jogadores mais disciplinados de um campeonato de futebol amador irão receber um prêmio de R$ 3340,00
rateados em partes inversamente proporcionais ao número de faltas cometidas em todo o campeonato. Os jogadores co-
meteram 5, 7 e 11 faltas. Qual a premiação referente a cada um deles respectivamente?
6. Para estimular a frequência às aulas, um professor resolveu distribuir a título de premio aos alunos, 60 CD’s para suas
3 classes, repartidas em partes inversamente proporcionais ao número de faltas ocorridas durante o mês em cada uma das
classe. Após esse período, ele constatou que houve 8, 12 e 24 faltas totais respectivamente nas classes A, B e C. Quantos
CD’s devem ser entregues para cada classe?
30
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
RESPOSTAS
1. 143 reais para o mais velho e 104 reais para o mais novo.
2. O primeiro receberá 450 reais, o segundo 600 reais e o terceiro 750 reais
3. O que trabalhou 2 dias recebeu 240 reais, 3 dias recebeu 360 reais e por 5 dias 600 reais
5A=7B=11C=7700
5A=7700
A= ⇒ A = 1540
7B=7700
B= ⇒ B = 1100
11C=7700
C= ⇒ C = 700
5 faltas recebeu 1540 reais, 7 faltas recebeu 1100 reais e 11 faltas 700 reais.
Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através
de um processo prático, chamado regra de três simples.
Exemplo 1: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
Solução:
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem em uma mesma linha:
Distância (km) Litros de álcool
180 15
210 x
Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), vamos colocar uma flecha:
Distância (km) Litros de álcool
180 15
210 x
Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros
de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que estamos montando, indicamos esse fato colocando uma fle-
cha na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna “litros de álcool”:
31
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo Exemplo 1: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160
fica reduzido à metade. Isso significa que as grandezas peças. Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras
velocidade e tempo são inversamente proporcionais. produziriam 300 dessas peças?
No nosso esquema, esse fato é indicado colocando-se na Solução: Indiquemos o número de dias por x.
coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
da flecha da coluna “tempo”: só coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que
Velocidade (km/h) Tempo (h) aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:
60 4 Máquinas Peças Dias
80 x 8 160 4
6 300 x
32
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
33
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
A) 36. A) 15 minutos.
B) 38. B) 3 minutos e 45 segundos.
C) 40. C) 7 minutos e 30 segundos.
D) 42. D) 4 minutos e 50 segundos.
E) 44. E) 7 minutos.
34
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
4. RESPOSTA : “A”
75% Homens = 72
25% Mulheres = 24 Antes
40% Mulheres = 24
60% Homens = x Depois
40% -------------- 24
60% -------------- x 8- RESPOSTA: “B”
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamen-
40x = 60 . 24 ➜ x = ➜ x = 36. to esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas
por dia , passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo
Portanto: 72 – 36 = 36 Homens se retiraram. um total de 9 horas, nesta condições temos:
35
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Exemplo
p p
P% de V = .V VA = V + A = V + .V
100 100
p
Exemplo 1 VA = ( 1 + ).V
100
p
23% de 240 = . 240 = 55,2 Em que (1 + 100 ) é o fator de aumento.
23
100
Exemplo 2
Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que 67% Desconto
de uma amostra assistem a um certo programa de TV.
Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial
assistem ao tal programa? V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor.
Chamemos de D o valor do desconto e VD o valor após o
67
Resolução: 67% de 56 000 = .56000 = 37520 desconto. Então, D = p% de V = p . V
100 100
36
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
p
VD = V – D = V – .V
100
p
VD = (1 – ).V
100
p
Em que (1 – ) é o fator de desconto.
100
Exemplo
Uma empresa admite um funcionário no mês de janeiro sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento. Se a
empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir de março, seja R$ 3 500,00, com que salário deve admiti-lo?
Resolução: VA = 1,4 . V
3 500 = 1,4 . V
3500
V= = 2500
1,4
Resposta: R$ 2 500,00
Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer dois
aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor após o primeiro aumento, temos:
V1 = V . (1 + 1 )
p
100
Sendo V2 o valor após o segundo aumento, temos:
V2 = V1 . (1 + p2 )
100
V2 = V . (1 + 1 ) . (1 + 2 )
p p
100 100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%.
V2 = V1 . (1 – )
p2
100
V2 = V . (1 – p1 ) . (1 – p2 )
100 100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%.
Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
V1 = V . (1+ 1 )
p
100
37
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
QUESTÕES
1 - (PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO/2014) Se em um tanque de um carro for misturado 45 litros
de etanol em 28 litros de gasolina, qual será o percentual aproximado de gasolina nesse tanque?
A) 38,357%
B) 38,356%
C) 38,358%
D) 38,359%
2 - (CEF / Escriturário) Uma pessoa x pode realizar uma certa tarefa em 12 horas. Outra pessoa, y, é 50% mais eficiente
que x. Nessas condições, o número de horas necessárias para que y realize essa tarefa é :
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8
3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Observe a tabela que indica o consumo mensal de uma mesma torneira da pia
de uma cozinha, aberta meia volta por um minuto, uma vez ao dia.
Em relação ao cosumo mensal da torneira alimentada pela água da rua, o da torneira alimentada pela água da caixa
representa, aproximadamente,
A) 20%
B) 26%
C) 30%
D) 35%
E) 40%
4 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de uma mercadoria, na loja J, é
de R$ 50,00. O dono da loja J resolve reajustar o preço dessa mercadoria em 20%. A mesma mercadoria, na loja K, é vendida
por R$ 40,00. O dono da loja K resolve reajustar o preço dessa mercadoria de maneira a igualar o preço praticado na loja J
após o reajuste de 20%. Dessa maneira o dono da loja K deve reajustar o preço em
A) 20%.
B) 50%.
C) 10%.
D) 15%.
E) 60%.
5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de venda de um produto, des-
contado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem
o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
A) 67%.
B) 61%.
C) 65%.
D) 63%.
E) 69%.
6 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Um comerciante comprou uma mercadoria por R$
350,00. Para estabelecer o preço de venda desse produto em sua loja, o comerciante decidiu que o valor deveria ser sufi-
ciente para dar 30% de desconto sobre o preço de venda e ainda assim garantir lucro de 20% sobre o preço de compra.
Nessas condições, o preço que o comerciante deve vender essa mercadoria é igual a
38
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
7 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – Vitor arrematou um lote, pagou o combinado no ato
FCC/2013) Uma bolsa contém apenas 5 bolas brancas e 7 da arrematação e os R$28.800,00 restantes no dia 10 de
bolas pretas. Sorteando ao acaso uma bola dessa bolsa, a dezembro. Com base nas informações contidas no texto,
probabilidade de que ela seja preta é calcule o valor total gasto por Vitor nesse leilão.
A) maior do que 55% e menor do que 60%.
B) menor do que 50%. A) R$34.600,00
C) maior do que 65%. B) R$36.000,00
D) maior do que 50% e menor do que 55%. C) R$35.400,00
E) maior do que 60% e menor do que 65%. D) R$32.000,00
E) R$37.800,00
8 - PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
MA/2013) Das 80 crianças que responderam a uma en- RESPOSTAS
quete referente a sua fruta favorita, 70% eram meninos.
Dentre as meninas, 25% responderam que sua fruta favori- 1 - RESPOSTA: “B”.
ta era a maçã. Sendo assim, qual porcentagem representa, Mistura:28+45=73
em relação a todas as crianças entrevistadas, as meninas 73------100%
que têm a maçã como fruta preferida? 28------x
A) 10% X=38,356%
B) 1,5%
C) 25% 2 - RESPOSTA “C”.
D) 7,5% 12 horas → 100 %
E) 5% 50 % de 12 horas = = 6 horas
3 - RESPOSTA: “B”.
4 - RESPOSTA: “B”.
Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção
e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro obtido por
ele com a revenda das latas de cerveja das duas embala-
gens completas foi:
A) R$33,60
B) R$28,60
C) R$26,40 O reajuste deve ser de 50%.
D) R$40,80
E) R$43,20 5 - RESPOSTA: “A”.
Preço de venda: PV
10 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) Preço de compra: PC
Leilão de veículos apreendidos do Detran aconteceu no dia
7 de dezembro. Note que: 1,4 = 100%+40% ou 1+0,4.Como ele supe-
O Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe – De- rou o preço de venda (100%) em 40% , isso significa soma
tran/SE – realizou, no dia 7 de dezembro, sábado, às 9 ho- aos 100% mais 40%, logo 140%= 1,4.
ras, no Espaço Emes, um leilão de veículos apreendidos em
fiscalizações de trânsito. Ao todo foram leiloados 195 veí- PV - 0,16PV = 1,4PC
culos, sendo que 183 foram comercializados como sucatas 0,84PV=1,4PC
e 12 foram vendidos como aptos para circulação.
39
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Distribuição de frequência
A distribuição de frequência nos mostra um agrupa-
mento de dados resumidos, dividida em classes e o núme-
ro de ocorrências de uma classe. É uma forma de mostrar,
por exemplo, os resultados de uma eleição, a renda de
pessoas para uma determinada região, as vendas de um
produto dentro de um determinado período, etc. Alguns
dos gráficos que podem ser usados com as distribuições de
O lucro de Alexandre foi de R$33,60. frequência podem ser: histograma, gráfico de linha, gráfico
de barras e gráfico de setores.
10 - RESPOSTA: “E”.
R$28.800-------80% Média
x------------------100% A média aritmética simples é a mais utilizada no nos-
so dia a dia. A média aritmética simples de dois ou mais
termos é o quociente da soma dos números dados pela
quantidade de números somados.
Ex: Encontre a média em matemática de um aluno que
teve nota 6 na 1ª prova, nota 8 na 2ª prova e nota 10 no
trabalho.
40
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
41
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Se ao invés de uma moeda, o objeto a ser lançado for O conjunto A = { 2, 3, 5, 6, 4, 1 } representa um evento
um dado, o resultado será mais imprevisível ainda, pois au- certo pois ele possui todos os elementos do espaço amos-
mentamos o número de possibilidades de resultado. tral S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }.
A experimentos como estes, ocorrendo nas mesmas
condições ou em condições semelhantes, que podem Evento Impossível
apresentar resultados diferentes a cada ocorrência, damos
o nome de experimentos aleatórios. No lançamento conjunto de dois dados qual é a pos-
sibilidade de a soma dos números contidos nas duas faces
Espaço Amostral para cima, ser igual a 15?
Este é um evento impossível, pois o valor máximo que
Ao lançarmos uma moeda não sabemos qual será a podemos obter é igual a doze. Podemos representá-lo por
face que ficará para cima, no entanto podemos afirmar , ou ainda por A = {}.
com toda certeza que ou será cara, ou será coroa, pois
uma moeda só possui estas duas faces. Neste exemplo, ao Conceito de probabilidade
conjunto { cara, coroa } damos o nome de espaço amostral,
pois ele é o conjunto de todos os resultados possíveis de Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são
ocorrer neste experimento. igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer
Representamos um espaço amostral, ou espaço um evento A é:
amostral universal como também é chamado, pela
letra S. No caso da moeda representamos o seu espaço
amostral por:
S = { cara, coroa }
Se novamente ao invés de uma moeda, o objeto a ser
lançado for um dado, o espaço amostral será: Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número
S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igual-
mente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%
Evento
Probabilidade da União de dois Eventos
Quando lançamos um dado ou uma moeda, chama-
mos a ocorrência deste fato de evento. Qualquer subcon- Dados dois eventos A e B de um espaço amostral S a
junto de um espaço amostral é um evento. probabilidade de ocorrer A ou B é dada por:
Em relação ao espaço amostral do lançamento de um P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
dado, veja o conjunto a seguir:
A = { 2, 3, 5 }
Classificação de Eventos
Podemos classificar os eventos por vários tipos. Veja-
mos alguns deles:
Verificação
Evento Simples O Número de elementos de A U B é igual à soma do
Classificamos assim os eventos que são formados por número de elementos de A com o número de elementos
um único elemento do espaço amostral. de B, menos uma vez o número de elementos de A ∩ B que
A = { 5 } é a representação de um evento simples do foi contado duas vezes (uma em A e outra em B). Assim
lançamento de um dado cuja face para cima é divisível temos:
por5. Nenhuma das outras possibilidades são divisíveis por
5. n(AUB) = n(A) + n(B) – n(A∩B)
42
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Ex: Numa urna existem 10 bolas numeradas de 1 a Resolução: O que determina a utilização da fórmula
10. Retirando uma bola ao acaso, qual a probabilidade de da intersecção para resolução desse problema é a palavra
ocorrer múltiplos de 2 ou múltiplos de 3? “e” na frase “a probabilidade de sair um número ímpar e o
número 4”. Lembre-se que na matemática “e” representa
intersecção, enquanto “ou” representa união.
Note que a ocorrência de um dos eventos não interfere
na ocorrência do outro. Temos, então, dois eventos inde-
pendentes.
Vamos identificar cada um dos eventos.
Evento A: sair um número ímpar = {1, 3, 5}
Evento B: sair o número 4 = {4}
Espaço Amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Temos que:
43
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Após a retirada da primeira bola, ficamos com 19 boli- A probabilidade de se obter um número divisor de 6
nhas na urna. Logo, teremos: é 2/3 ou 66,67%.
Respostas
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Podemos definir juros como o rendimento de uma 1. Qual a taxa anual que R$ 13.000,00 esteve aplicado
aplicação financeira, valor referente ao atraso no paga- por 2 anos e rendeu R$5.980,00 de juros simples?
mento de uma prestação ou a quantia paga pelo emprésti- a) 17%.
mo de um capital. Atualmente, o sistema financeiro utiliza b) 12%.
o regime de juros compostos, por ser mais lucrativo. Mas c) 23%.
vamos entender como funciona a capitalização no sistema d) 32%.
de juros simples.
No sistema de capitalização simples, os juros são 2. Temos uma dívida de R$ 1 000,00 que deve ser paga
calculados baseados no valor da dívida ou da aplicação. com juros de 8% a.m. pelo regime de juros simples e de-
Dessa forma, o valor dos juros é igual no período de vemos pagá-la em 2 meses. Quanto pagaremos de juros, e
aplicação ou composição da dívida. quanto pagaremos no total (montante)?
A expressão matemática utilizada para o cálculo das
situações envolvendo juros simples é a seguinte: 3. Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00,
J = C . i . t, onde aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias.
J = juros
C = capital 4. Um capital aplicado a juros simples, triplicará em 5
i = taxa de juros ( na forma decimal) anos se a taxa anual for de :
t= tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, se- a) 30%
mestre, ano...) b) 40%
c) 50%
M=C+J d) 75%
M = montante final e) 100%
C = capital
J = juros 5. Qual o valor do juro simples sobre R$ 6000,00 que
foram aplicados por 4 meses a uma taxa de 3% ao mês?
Ex: 1. Qual o valor do montante produzido por um ca-
pital de R$ 1.200,00, aplicado no regime de juros simples 6. Uma TV que custava R$ 4000,00 foi vendida em três
a uma taxa mensal de 2%, durante 10 meses? prestações mensais e iguais, e o comprador pagou no total
R$ 4480,00. Qual foi a taxa mensal de juros simples apli-
Capital: 1200 cada?
i = 2% = 2/100 = 0,02 ao mês (a.m.)
t = 10 meses 7. (Concurso Detran/SP 2013-Oficial Est. De Trân-
J=C.i.t sito-VUNESP) Pedro vendeu seu carro por R$ 50.000,00 e
J = 1200 . 0,02 . 10 aplicou desse valor em um investimento de juros simples,
J = 240 à taxa de 2% ao mês. Para resgatar um montante de valor
M=C+j igual ao da venda do seu carro, o dinheiro deverá ficar apli-
M = 1200 + 240 cado, no mínimo, por
M = 1440 (A) 12 anos e 5 meses.
Resp: O montante produzido será de R$ 1.440,00. (B) 11 anos e 6 meses.
(C) 12 anos e 6 meses.
(D) 11 anos e 5 meses.
2. Determine o valor do capital que aplicado durante (E) 11 anos e 4 meses
14 meses, a uma taxa de 6%, rendeu juros de R$ 2.688,00.
J=C.i.t Respostas
J=C.i.t
2688 = C . 0,06 . 14 1. Alternativa C
2688 = C . 0,84
2. 160 reais de juros e 1160 reais no total
2688
C= 3. 5000 reais
0,84
4. Se o capital deve triplicar, então o montante deverá
C = 3200 ser igual a 3 vezes o capital aplicado.
Resp: O valor do capital é de R$ 3.200,00. M = 3. C
M = C (1 + i.t)
3C = C ( 1 + i . 5) cancelando C nos dois membros
3 = 1 + i.5
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
1 + i.5 = 3 t=5
i. 5 = 3 – 1 M = 4000 . (1 + 0,04)5
i = 2/5 M= 4000 . (1,04)5
i = 0,40 M= 4000 . 1,2165
i = 40% M= 4866
Resp. Para triplicar o capital a taxa deverá ser de 40% Subtraindo o capital inicial do montante temos:
a.a. J = 4866 – 4000 = 866
Alternativa B Portanto, Pedro terá que devolver o valor de R$ 4866
(quatro mil, oitocentos e sessenta e seis reais) para Fer-
5. 720 reais nando. Sendo R$ 866 de juros.
6. 4% ao mês Problemas
por exemplo, nos bancos. Os juros compostos são utili- 19752 = C . ( 1 + 0,035)
8
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
4. N = 1000
Problemas i= 3% a.m. = 0,03 a.m. = 0,001 ao dia
n=108 dias
1. Um título no valor nominal de 25000 reais é des- A = N (1-i.n)
contado 2 meses antes do seu vencimento, à taxa de juro A = 1000 ( 1 – 0,001.108)
simples de 2,5% ao mês. Qual o desconto racional? A = 1000 (1 – 0,108)
A = 1000 (0,892)
2. Um título no valor nominal de 25000 reais é des- A = 892
contado 2 meses antes do seu vencimento, à taxa de juro Resp: O valor atual será de 892 reais.
simples de 2,5% ao mês. Qual o desconto bancário?
5. N = 1600
3. Qual a taxa mensal simples de desconto utilizada nu- i = 1,5% a.m.
mas operação a 120 dias cujo valor nominal é de 1000 reais n= 75 dias = 2,5 meses
e o valor líquido de 880 reais?
D=
4. Calcular o valor atual de um título no valor nominal
de 1000 reais que sofreu um desconto comercial a uma
taxa de 3% a.m. em 108 dias antes do vencimento. D:
5. Um título de crédito de valor nominal de 1600 reais
sofre um desconto racional simples à taxa de 1,5% a.m.,
75 dias antes do seu vencimento. Calcule o desconto e o D=
valor atual.
A = 1600 – 57,83
Respostas: A = 1542,17
Resp: O desconto será de 57,83 reais e o valor atual de
1. N = 25000 1542,17 reais.
i = 2,5% = 0,025
n=2
Como se trata de desconto racional usaremos a fór- Descontos Compostos
mula:
O desconto (Dc) é calculado com taxa de juros
compostos, considerando n período(s) antecipado(s):
Dc = S - C
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
N ≈ 1340.10 A = N – Dc
Dcr = N – A A = 11245.54 – 562.277
340.10 = 1340.10 – A A = 10683.26
A = 1000
II) Dr = (N * i * n) / (1 + i * n)
Questão 15. O valor nominal de uma dívida é igual a Dr = (11245.54 * 0.03 * 2) / (1 + 0.03 * 2)
5 vezes o desconto racional composto, caso a antecipação Dr = 674.7324 / 1.06
seja de dez meses. Sabendo-se que o valor atual da dívida Dr = 636.54
(valor de resgate) é de R$ 200.000,00, então o valor nominal A = N – Dc
da dívida, sem considerar os centavos é igual a: A = 11245.54 – 636.54
Resposta: A = 10609.0
N = 5 * Drc
n = 10 meses III) Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
A = 200000 Dcr = 11245.54 * 0.05740409
Dcr = 645.54
Drc = N – A A = N – Dc
Drc = 5 * Drc – 200000 A = 11245.54 – 645.54
4 * Drc = 200000 A = 10600
Drc = 50000
Drc = N – A Nenhum item tem uma resposta certa. Mas a diferença
entre o valor atual da escolha II e a III é nove, então se houve
50000 = N – 200000 um erro na digitação da questão a resposta é a alternativa c.
N = 250000
Questão 18. Um título deveria sofrer um desconto
Questão 16. Um Commercial paper, com valor de face comercial simples de R$ 672,00, quatro meses antes do
de US$ 1.000.000,00 e vencimento daqui a três anos deve seu vencimento. Todavia, uma negociação levou à troca
ser resgatado hoje. A uma taxa de juros compostos de 10% do desconto comercial simples por um desconto racional
a.a. e considerando o desconto racional, obtenha o valor composto. Calculo o novo desconto, considerando a
do resgate. mesma taxa de 3% a.m..
Resposta: Resposta:
N = 1000000 Dc = 672
n = 3 anos n = 4 meses
i = 0.1 a.a. i = 0.03 a.m.
Questão 17. Uma pessoa quer descontar hoje um Questão 19. Um título é descontado por R$ 4.400,00,
título de valor nominal de R$ 11.245,54, com vencimento quatro meses antes do seu vencimento. Obtenha o valor de
para daqui a 60 dias, e tem as seguintes opções: face do título, considerando que foi aplicado um desconto
I – desconto simples racional, taxa de 3% a.m.; racional composto a uma taxa de 3% a.m. (despreze os
II – desconto simples comercial, taxa de 2,5% a.m.; centavos, se houver).
III – desconto composto racional, taxa de 3% a.m. Resposta:
A = 4400
Se ela escolher a opção I, a diferença entre o valor n = 4 meses
líquido que receberá e o que receberia se escolhesse a i = 0.03 a.m.
opção: A = N – Drc
Resposta: A + Drc = N
N = 11245.54 Drc = N * [1 - (1/(1+i)n)]
n = 60 dias = 2 meses (1+i)n = 1.12550881
I) Dc = N * i * n Drc = N * 0.12550881 / 1.12550881
Dc = 11245.54 * 0.025 *2 Drc = (A + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881
Dc = 562.277 Drc = (4400 + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Podemos definir a taxa nominal como aquela em que onde:
a unidade de referência do seu tempo não coincide com a iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero
unidade de tempo dos períodos de capitalização. É usada it : taxa para o prazo que eu tenho
no mercado financeiro, mas para cálculo deve-se encontrar q : prazo que eu quero
a taxa efetiva. Por exemplo, a taxa nominal de 12% ao ano, t : prazo que eu tenho
capitalizada mensalmente, resultará em uma taxa mensal
de 1% ao mês. Entretanto, quando esta taxa é capitalizada
pelo regime de juros compostos, teremos uma taxa efetiva
de 12,68% ao ano. iq = 0,009489 a.m ou iq = 0,949 % a.m.
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
1,2 = 1,08 * (1 + I) 2)
1,2 / 1,08 = 1 + I Taxa real: ir = [(1+ ie ) / (1 + f)] - 1
1,11 = 1 + I ir = [(1+ 0,018 ) / (1 + 0,011)] - 1
1,11 – 1 = I ir = ( 1,018 / 1,011 ) – 1 = 1,0069 = 0,0069 ou 0,69%
I = 0,11
I = 11% Resposta: letra “a”.
A taxa de inflação deve ser igual a 11%.
3) Taxa real: ir = [(1+ ie ) / (1 + f)] - 1
Exemplo 3 ir = [(1+ 0,009 ) / (1 + 0,007)] - 1
Qual deve ser a taxa aparente que equivale a uma taxa ir = ( 1,009 / 1,007 ) – 1 = 1,001986 = 0,001986 ou
real de 1,2% ao mês e uma inflação de 15% no período? 0,1986%
Taxa real = 1,2% = 0,012
Inflação = 15% = 0,15 Resposta: letra “a”.
1 + ia = (1 + 0,012) * (1 + 0,15)
1 + ia = 1,012 * 1,15
1 + ia = 1,1638
ia = 1,1638 – 1 PLANOS OU SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
ia = 0,1638 DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS.
ia = 16,38%
Questões
É a maneira como uma dívida evolui, por meio de pa-
1)[TCU] Uma financeira pretende ganhar 12% a.a. de gamentos periódicos. A soma das prestações corresponde-
juros em cada financiamento. Supondo que a inflação rá ao reembolso dos juros e do capital.
anual seja de 2.300%, a financeira deverá cobrar, a título de
taxa de juros nominal anual: Prestação = amortização + juros
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
Considera-se apenas o regime de juros compostos:
58
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.912,62) (35.275,08) (34.323,34) (34.799,21) (33.353,04)
2 - (2.827,79) (33.305,05) (33.323,63) (33.314,35) (32.381,60)
3 (100.000,00) (94.259,59) (31.419,87) (32.353,04) (31.886,45) (31.438,44)
VPL - - - - - (173,09)
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 4% ao mês.
Referências
Questões
1)[Quadrix, CRM-GO 2004, Técnico em Contabilidade (nível médio)] Qual dos sistemas de amortização abaixo propõe
o valor constante (fixo) para a prestação de um empréstimo?
SAC – Sistema de Amortização Constante
SAM – Sistema de Amortização Misto.
SAD – Sistema de Amortização Decrescente.
SAF – Sistema de Amortização Francês “Price”
Qualquer das anteriores com os juros mensais constantes.
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Número de Dias % Limite do Rendimento No Brasil, o Plano Real, implantado em julho de 1994,
deu início à estabilidade econômica, reduzindo a inflação
01 96 anual para cerca de 4%. No entanto, ainda permanece al-
02 93 guma indexação na economia, embora não automática. Os
03 90 reajustes anuais de salários, por exemplo, ainda são nego-
ciados com base no índice inflacionário do ano anterior.
04 86 Dada a conjuntura atual de estabilidade monetária, a
05 83 correção automática de contratos, via indexação, foi de-
saparecendo do cenário econômico brasileiro. Os preços
06 80
não são mais reajustados com base na variação mensal dos
07 76 índices de preços do IBGE. A inflação, medida pelo IPCA
08 73 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), baixou em junho
de 2006 para 4,03%. Os preços administrados, ou seja, os
09 70 monitorados pelo Governo Federal – tais como gasolina,
10 66 energia elétrica, telefonia, planos de saúde, remédios, gás
11 63 de cozinha, passagens aéreas e transporte público – os
quais em 1999 aumentaram 20,9%, em 2006 aumentaram
12 60 somente 4,4%. Os preços administrados eram apontados
13 56 como os responsáveis pelo aumento contínuo da inflação.
Também, os índices de serviços não-comercializáveis (ca-
14 53
beleireiro, escola, aluguéis etc), os quais de 2001 a 2005,
15 50 que aumentaram entre 6 e 7%, tiveram aumento menor
16 46 (4,4%) entre julho de 2005 e junho de 2006.
A inflação em queda possibilitou a desindexação de
17 43 grande parte da economia brasileira. No entanto, é senso
18 40 comum entre os economistas que uma desindexação total
19 36 não é possível. Há alguns “vilões” que eventualmente pro-
vocam aumentos de preços.
20 33 Além dos preços administrados acima mencionados,
21 30 há também o setor da telefonia, cujos índices de serviços
aumentou, desde julho de 1994 (início do Plano Real), em
22 26
662,21%, contra o IPCA de 200,29% no mesmo período.
23 23 Ocorre que as tarifas telefônicas sofriam correções através
24 20 dos IGPs (Índices Gerais de Preços), da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), cujas taxas eram influenciadas pelo dólar, em
25 16 baixa em 2006. Por conseguinte, com as crises cambais em
26 13 1999 e em 2002, os serviços de telefonia tiveram um aumen-
27 10 to bem superior ao nível da inflação. Hoje, a telefonia segue
uma combinação dos índices IPCA e IGP, com o que são sua-
28 06 vizados os impactos de eventuais crises de câmbio. Ademais,
29 03 basta notar que em 2005 o IGP beirou 1%, e o IPCA, como
afirmado anteriormente, ficou em 4,03%. E com o surgimen-
30 00
to da tecnologia Voip, as taxas de telefonia tenderão a cair
ainda mais, segundo se comenta, em percentuais entre 50 a
Inflacionamento 80% em relação aos níveis atuais. Outro vilão são as escolas,
A indexação, em economia, é um sistema de reajus- as quais ainda são reajustadas em níveis acima da inflação.
te de preços, inclusive salários e aluguéis, de acordo com A consequência da estabilidade dos preços é boa, tan-
índices oficiais de variação dos preços. Em conjunturas in- to para os fornecedores de serviços, quanto para os clien-
flacionárias, a indexação permite corrigir o valor real dos tes: os primeiros aumentam sua clientela, enquanto que
salários, aluguéis e demais preços da economia, reajustan- os segundos não sofrem no bolso os efeitos corrosivos da
do-os com base na inflação passada. No entanto, a indexa- inflação. No Brasil, a tendência é continuar a vigorar a livre
ção automática pode realimentar a inflação futura. negociação dos contratos.
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Em Economia é também chamado de “Correção Mo- classe contábil, mas continuou durante muitos anos como
netária”, ou seja, um ajuste feito periodicamente de certos um dos principais “incentivos tributários” às empresas bra-
valores na economia tendo em base o valor da inflação de sileiras com vultosos ativos imobilizados (indústrias, prin-
um período, objetivando compensar a perda de valor da cipalmente).
moeda.
Em termos de contabilidade tributária, a atualização Princípios Contábeis
monetária pode ser uma receita (denomina-se variação
monetária ativa), ou uma despesa (variação monetária pas- Em função das características da Economia brasileira, e
siva). da doutrina da essência econômica utilizada para o estudo
das Ciências Contábeis no Brasil, a Atualização Monetária é
Exemplo de cálculo de uma variação monetária passiva: considerada pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade,
- Empréstimo em dólar = US$ 100,00 um Princípio Fundamental de Contabilidade. Antes deno-
- Cotação Cambial na data do empréstimo: 2,00 minado de “Princípio da Correção Monetária”, ele atual-
- Cotação Cambial na data do vencimento da amorti- mente é denominado “Princípio da Atualização Monetária”.
zação: 4,00 Com o fim da hiperinflação, os ajustes dessa natureza nas
Demonstrações Financeiras brasileiras são efetuados em
Valor a ser contabilizado na data do recebimento do razão das altas taxas de juros praticadas pelas instituições
empréstimo: Obrigação a Pagar = US$ 100,00 x 2,00 = R$ financeiras; e em decorrência do regime de “Câmbio Flu-
200,00 tuante”, que periodicamente provoca grandes oscilações
Valor a ser contabilizado na data do vencimento da na cotação do Dólar americano em relação ao Real.
amortização: Ajuste da variação monetária passiva = R$
400,00 (US$ 100,00 x 4,00) (-) valor principal (R$ 200,00) = Processos Inflacionários
R$ 200,00
Existe uma controvérsia em relação aos juros: Se o ju- Os processos inflacionários podem ser classificados,
ros for de 10% ao mês, a ser pago junto com a amortização, segundo algumas características como:
alguns dizem que o valor deve ser integralmente conta- - Inflação prematura - processo inflacionário gerado
bilizado como despesas de juros (R$ 40,00 ou 10% de R$ pelo aumento dos preços sem que o pleno emprego seja
atendido.
400,00) enquanto outros afirmam que a despesa de juros
- Inflação reprimida - processo inflacionário gerado
é R$ 20,00 e os outros R$ 20,00 seriam variação monetária
pelo congelamento dos preços por parte do governo.
passiva.
- Inflação de custo - processo inflacionário gerado pelo
Embora atualmente a questão não tenha implicações
aumento dos custos de produção.
em termos de contabilidade tributária, uma vez que ambos
são “Despesas”, a questão se torna relevante tendo em vis-
Por causa de uma redução na oferta de fatores de pro-
ta uma conversão de um balanço em reais para um balanço dução, o seu preço aumenta. Com o custo dos fatores de
em dolar, por exemplo. Na primeira hipótese, o balanço em produção mais altos, a produção se reduz e ocorre uma
dólar apresentaria a despesa de juros de US$ 10,00 (40,00 / redução na oferta dos bens de consumo, aumentando seu
4,00), enquanto na segunda, a despesa a ser demonstrada preço. A inflação de custo ocorre ceteris paribus quando a
seria de US$ 5,00 (20,00 / 4,00), considerando-se o critério produção se reduz.
de eliminações dos ajustes cambiais contábeis para fins da - Inflação de demanda - processo inflacionário gerado
referida conversão. pelo aumento do consumo com a economia em pleno em-
prego. Ou seja, os preços sobem por que há aumento geral
Correção Monetária de Balanços da demanda sem um acompanhamento no crescimento da
oferta.
Até 1994, em função da hiperinflação, no Brasil os Ba-
lanços eram demonstrados com os ajustes denominados Esse tipo de inflação é causada também pela emissão
de “Correção Monetária de Balanços” (Lei 6.404/76). Para elevada de moeda e aumento nos níveis de investimento,
fins de contabilidade tributária, os itens permanentes do pois, ceteris paribus, passa a haver muito dinheiro à cata de
Balanço (basicamente Ativo Permanente e Patrimônio Lí- poucas mercadorias. Uma das formas utilizadas para o con-
quido) eram ajustados em função de um coeficiente forne- trole de uma crise de inflação de demanda é uma redução
cido pelo governo (com base em algum índice de inflação). na oferta de moeda, que gera uma redução no crédito, e
Nesse caso, havendo saldo credor da correção monetária, consequente desaceleração econômica. Outras alternativas
o valor era ainda ajustado pelas variações monetárias, que são os aumentos de tributos, elevação da taxa de juros e
poderiam aumentar ou reduzir o saldo a ser tributado pelo das restrições de crédito.
imposto de renda. Esse sistema foi criado pelo DL 1.598/77, Há ainda aqueles que discutem a chamada inflação
em função da preocupação com o acréscimo ao lucro de (por razão) estrutural, proposta pela CEPAL, que tem a ver
valores tido como não-financeiros (ajustes decorrentes da com alguma questão específica de um determinado mer-
inflação), o que poderia resultar em impostos a pagar sem cado, como pressão de sindicatos, tabelamento de preços
que as empresas tivessem de fato o numerário em caixa. Tal acima do valor de mercado (caso do salário mínimo), im-
entendimento não era majoritário entre os acadêmicos da perfeições técnicas no mecanismo de compra e venda.
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Outro tipo de inflação, também muito danosa, é a In- 3) (Banco do Brasil- 2006-FCC)Um empréstimo foi li-
flação Inercial, onde há um círculo vicioso de elevação de quidado através de pagamentos de prestações, a uma taxa
preços, taxas e contratos, com base em índices de inflação de juros positiva, corrigidas pela taxa de inflação desde a
passados. Quase na mesma linha, podemos citar ainda a data da realização do referido empréstimo. Verificou-se
Inflação de Expectativas, consequência de um aumento de que o custo efetivo da operação foi de 44% e a taxa de
preços provocados pelas projeções dos agentes sobre a inflação acumulada no período foi de 25%. O custo real
inflação. efetivo referente a este empréstimo foi de
A. 14,4%.1
B. 5,2%.
Questões C. 18,4%.
D. 19%.
1) (Cesgranrio-Analista Admnistrativo 2008) A DT E. 20%.
Indústria S.A. produz dois tipos de válvula de segurança: Resposta B
DT1 e DT2. Para motivar as vendas no varejo das duas vál- 4) (Banco do Brasil- 2006-FCC)Um financiamento foi
vulas, a empresa oferece 10% do preço de venda de comis- contratado, em uma determinada data, consistindo de pa-
são, para cada unidade vendida. Dados selecionados para gamentos a uma taxa de juros positiva e ainda corrigidos
pela taxa de inflação desde a data da realização do com-
os dois produtos, para o último mês, são apresentados a
promisso. O custo efetivo desta operação foi de 44% e o
seguir.
custo real efetivo de 12,5%. Tem-se, então, que a taxa de
inflação acumulada no período foi de
A. 16%.
B. 20%.
C. 24%.
D. 28%.
E. 30%
TAXAS DE RETORNO.
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
projeto com investimento inicial de R$ 1 milhão, recebi- d) calcula-se o fluxo positivo por juros compostos e o
mento mensal, por doze meses, de R$ 100 mil, nos dá uma negativo por juros simples.
TIR de 2,92% ao mês. O cálculo pressupõe que a receita e) calcula-se separadamente o VPL do fluxo negativo
mensal de R$ 100 mil também será reinvestida à taxa de (com a taxa de empréstimo ou taxa mínima para o projeto)
2,92% ao mês. e o fluxo positivo (com a taxa de reinvestimento).
A TIR, até um fluxo de caixa de três períodos, pode ser
calculada com uma equação de segundo grau (exemplo: Resposta: letra “e.
x2 + 3x + 2 = 0). Para períodos maiores, entretanto, não é
um taxa facilmente calculada. A forma mais fácil continua
sendo a utilização de calculadora financeira ou o uso de 3.(BB-2010-FCC) Uma máquina com vida útil de 3
planilha eletrônica. Até mesmo estes instrumentos utilizam anos é adquirida hoje (data 0) produzindo os respectivos
o método de tentativa e erro em seus cálculos. retornos: R$ 0,00 no final do primeiro ano, R$ 51.480,00 no
A TIR pode ser utilizada para auferir, por exemplo, a final do segundo ano e R$ 62.208,00 no final do terceiro
taxa de juros de um título. Basta saber o seu valor de com- ano. O correspondente valor para a taxa interna de retorno
pra, o fluxo projetado para o pagamento de juros e o valor encontrado foi de 20% ao ano. Então, o preço de aquisição
do seu resgate. da máquina na data 0 é de
A TIR modificada ou MIRR (Modified Internal Rate of Re- (A) R$ 71.250,00.
turn) é uma técnica mais avançada e incorpora as taxas de (B) R$ 71.500,00.
reinvestimento e de empréstimo estipulada pelo usuário. (C) R$ 71.750,00.
Esse método busca uma apuração mais eficaz do retorno (D) R$ 78.950,00.
de um projeto, eliminando as limitações da TIR citadas no (E) R$ 86.100,00.
2º parágrafo do item 8.3. Resolução:
Neste caso, calcula-se separadamente o VPL do fluxo
negativo (com a taxa de empréstimo ou taxa mínima para
o projeto) e o fluxo positivo (com a taxa de reinvestimento).
Exercícios
Resolução:
a) CERTO. Esta é a definição da TIR.
b) ERRADO. É comumente utilizada para juros compos-
tos.
c) ERRADO. Não “diminui”, mas iguala.
ERRADO. Não “aumenta”, mas iguala.
d) ERRADO. A resposta “a” está correta.
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
Resolução
Resolução:
Alternativa A
Resolução
O primeiro passo é anotar os dados da questão.
VP = 0 (é sempre zero)
capital = 50000 (não esquecer de colocar o sinal ne-
gativo)
n=1
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9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5! _______
!!,! = = = 126 P5.4.3.2.1 A=120
5! 4! 5! ∙ 24 120.2(letras E e U)=240
!
120+240=360 anagramas com a letra P
RESPOSTA: “A”.
360.4=1440 (serão 4 tipos por ter 4 consoantes)
2. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTA-
DOR SOCIAL – IDECAN/2013) Renato é mais velho que RESPOSTA: “C”.
Jorge de forma que a razão entre o número de anagra-
mas de seus nomes representa a diferença entre suas 5. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a al-
idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é ternativa que apresenta o número de anagramas da pa-
A) 24. lavra QUARTEL que começam com AR.
B) 25. A) 80.
C) 26. B) 120.
D) 27. C) 240.
E) 28. D) 720.
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO
A_ _ _ GRT P3=3!=6
E_ _ _ GRT P3=3!=6
IA_ _GRT P2=2!=2
IE_ _GRT P2=2!=2
IOAEGRT-17ª da sequência
RESPOSTA: “C”.
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
sistema tem ainda muitas outras funções. Tem também Sistema Financeiro Nacional
muitos componentes que o formam. Existem grupos,
dentro do grupo do Sistema Financeiro Nacional. O mais Definição
importante dentro desse sistema é o Conselho Monetário O Sistema Financeiro Nacional pode ser definido como
Nacional. Esse conselho é essencial por tomar as decisões o conjunto de instituições e órgãos que regulamentam,
mais importantes, para a que o país funcione de forma fiscalizam e executam as operações relativas à circulação
sadia. O Conselho Monetário Nacional tem dentro de si da moeda e do crédito.
muitos integrantes que são importante, cada um na sua
função. No entanto, o mais importante desses membros Origens e Aspectos Históricos
é o Banco Central do Brasil. Em 1920, foi criada a Inspetoria Geral de Bancos,
O Banco Central do Brasil é o responsável pela que tinha como objetivo exercer a fiscalização sobre as
produção de papel-moeda e de moeda metálica, dinheiro instituições financeiras. Não se tratava, portanto, de um
que circula no país. Ele exerce, junto ao Conselho órgão destinado à normatização e ao controle amplo do
Monetário Nacional, um trabalho de fiscalização nas mercado financeiro.
instituições financeiras do país. Além disso, tem diversas Apenas com a criação da Superintendência da Moeda
utilidades, como realizar operações bancárias, como e do Crédito – SUMOC, em 1945, passou a existir um
empréstimos, cobrança de créditos e outros, de outras controle monetário mais amplo.
instituições financeiras. O Banco central é considerado Em 1952, foi fundado o atual Banco Nacional de
o banco mais importante do Brasil, acima de todos os Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
outros, uma espécie de “Banco dos Bancos”. Em 1964, ocorreu a “Reforma Bancária”, por intermédio
O Sistema Financeiro Nacional, então, é uma forma da Lei nº 4.595, que dispôs sobre:
de várias entidades se organizarem, de modo a manter - a criação do Conselho Monetário Nacional;
a máquina do governo funcionando. Sua utilidade é o - a transformação da SUMOC no Banco Central da
acompanhamento e também a coordenação de todas República do Brasil, que, posteriormente, passou a ser
as atividades financeiras que acontecem no Brasil. Esse denominado Banco Central do Brasil;
acompanhamento acontece na forma de fiscalização. Já - a composição original do Sistema Financeiro
a coordenação está na parte em que funcionários do Nacional: Conselho Monetário Nacional, Banco Central
Banco Central agem, segundo suas responsabilidades, no da República do Brasil (atual Banco Central do Brasil
cenário financeiro. – BACEN), Banco do Brasil S.A., Banco Nacional do
Esse sistema já sofreu várias mudanças ao longo Desenvolvimento Econômico (atual Banco Nacional de
dos anos. O próprio Banco Central era outra entidade Desenvolvimento Econômico Social – BNDES) e demais
como nome diferente: Superintendência da Moeda e do instituições financeiras públicas e privadas;
Crédito era o nome do órgão antes. A mudança ocorreu Entre 1964 e 1965, foi criado o Sistema Financeiro
por meio da lei nº 4.595/64, no art.8º. A moeda nacional, da Habilitação – SFH, tendo como principal operador o
que também já mudou várias vezes ao longo da história Banco Nacional da Habitação – BNH. As principais fontes
brasileira e leva o nome de “Real” foi uma das grandes de recursos so SFH são o Fundo de Garantia por Tempo
mudanças. A modificação de uma moeda nacional é, em de Serviço – FGTS e o Sistema Brasileiro de Poupança e
qualquer circunstancias, algo que causa muitas mudanças, Empréstimo – SBPE. Em 1986, o BNH foi extinto, e suas
mas no caso da mudança para a atual moeda (real), essa atribuições foram transferidas para a Caixa Econômica
transformação foi grandiosa. Numa época em que a Federal.
inflação era um grande terror para economia brasileira, A Lei do Mercado de Capitais, nº 4.728/65, estabeleceu
essa mudança, chamada de plano real, conseguiu frear a normas relativas ao mercado de investimentos.
inflação e normalizar os preços do comércio interno. Isso, Em 1976, pela Lei nº 6.385, foi criada a Comissão
seguido de uma valorização da moeda nacional, resultou de Valores Mobiliários, que também integra o Sistema
numa recuperação rápida da economia brasileira. Financeiro Nacional.
Quem pega no dinheiro todos os dias, paga as suas Em 1986, foi encerrada a conta movimento do Banco
contas, recebe seu salário, nem pensa no grande sistema do Brasil perante o Banco Central, dando-se início ao
que há por trás dessas operações. Na verdade, os salários processo de transferência de todas as atribuições de
são do valor que são, para que a atual quantidade de autoridade monetária responsável pela emissão de
dinheiro circule no país, para que a economia brasileira moeda ao BACEN.
seja como é, o Sistema Financeiro Nacional toma decisões Em 1988, foi autorizada a constituição dos “Bancos
todos os dias, que são refletidas na nossa realidade. Múltiplos”, permitindo-se que uma mesma pessoa
jurídica opere com mais de uma das seguintes carteiras:
comercial; de investimento; de desenvolvimento;
de crédito imobiliário; e de crédito, financiamento e
investimento. Posteriormente, pela Resolução nº 2.099/94,
foi autorizada a operação, por essas instituições, com a
carteira de arrendamento mercantil.
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Em 1995, foi instituído o Programa de Estímulo à - Instituições do Sistema Nacional de Seguros Privados
Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional – PROER, e de Previdência Complementar;
tendo como principais objetivos assegurar a liquidez e - Instituições Prestadoras de Serviços Financeiros
solvência do Sistema Financeiro Nacional e resguardar os Não Regulamentados.
interesses de depositantes e investidores.
Instituições Financeiras
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional é dividido em dois Consideram-se instituições financeiras, para os
Subsistemas: efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas,
- Subsistema de Supervisão; públicas ou privadas, que tenham como atividade
- Subsistema Operativo. principal ou acessória a coleta, intermediação ou
aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros,
Subsistema de Supervisão em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor
de propriedade de terceiro. Equiparam-se às instituições
Função do Subsistema de Supervisão- O Subsistema financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer
de Supervisão tem como função editar normas que dessas atividades, de forma permanente ou eventual.
definam os parâmetros para transferência de recursos dos As instituições financeiras somente podem funcionar
poupadores aos tomadores e controlar o funcionamento no Brasil mediante prévia autorização do Banco Central
das instituições e entidades que efetuem atividades de do Brasil ou, quando estrangeiras, por intermédio de
intermediação financeira. decreto do presidente da República.
É ilegal o desempenho de atividades de coleta,
Composição do Subsistema de Supervisão- O intermediação ou aplicação de recursos sem prévia
Subsistema de Supervisão tem a seguinte composição: autorização.
- Conselho Monetário Nacional;
- Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Instituições Financeiras Bancárias
Nacional;
- Banco Central do Brasil S.A.;
São as instituições financeiras autorizadas a captar
- Comissão de Valores Mobiliários;
recursos junto ao público sob a forma de depósitos à
- Conselho Nacional de Seguros Privados;
vista, podendo, por isso, criar moeda escritural:
- Superintendência de Seguros Privados;
- Bancos Comerciais;
- IRB – Brasil Resseguros;
- Caixas Econômicas;
- Conselho de Gestão da Previdência Complementar;
- Cooperativas de Crédito;
- Secretaria de Previdência Complementar.
- Bancos Cooperativos;
- Bancos Múltiplos com Carteira Comercial.
Subsistema Operativo
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
São instituições mantenedoras de seguros de coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos,
garantias, cosseguro, resseguro, retrocessão de seguros, planos de benefícios complementares ou assemelhados aos da
Previdência Social:
- Sociedades Seguradoras;
- Sociedades de Capitalização;
- Entidades Abertas de Previdência Privada com Fins Lucrativos;
- Entidades Abertas de Previdência Privada sem Fins Lucrativos;
- Entidades Fechadas de Previdência Privada;
- Sociedades Administradoras de Planos de Seguro-Saúde;
- Corretoras de Seguros.
Detentoras de volume significativo de poupança, as Entidades Fechadas de Previdência Privada são supervisionadas
pela Secretaria de Previdência Complementar. As Entidades Abertas de Previdência Privada, pela SUSEP.
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Segundo o Banco Central do Brasil, o Sistema Financeiro Nacional é estruturado da seguinte forma:
Instituições Financeiras
Conselho Monetário Nacional Banco Central do Brasil – Captadoras de Depósitos à Vista
- CNM BACEN
Demais Instituições
Financeiras
Outros Intermediários
Financeiros e Administrativos de
Recursos de Terceiros
Bolsas de Mercadorias e
Comissão de Valores Futuros
Mobiliários - CVM
Bolsas de Valores
Sociedades Seguradoras
Sociedades de Capitalização
Superintendência de Seguros
Conselho Nacional de Seguros
Privados – SUSEP e IRB – Brasil
Privados - CNSP Entidades Abertas de
Resseguros
Previdência Complementar
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
O quadro apresentado em seguida demonstra a estrutura do Sistema Financeiro Nacional de forma mais detalhada.
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
- determinar a percentagem máxima dos recursos O CMN delibera mediante resoluções, por maioria
que as instituições financeiras poderão emprestar a um dos votos, cabendo ao seu presidente a prerrogativa de
mesmo cliente ou grupo de empresas; deliberar, nos casos de urgência e relevante interesse, “ad
- estipular índices e outras condições técnicas sobre referendum” dos demais membros, devendo, nesse caso,
encaixes, imobilizações ou outras relações patrimoniais, a submeter a decisão ao colegiado, na primeira reunião
serem observadas pelas instituições financeiras; posterior à prática do ato.
- delimitar o capital mínimo das instituições
financeiras; Comissão Técnica da Moeda e do Crédito
- expedir normas gerais de contabilidade e estatística Junto ao Conselho Monetário Nacional, funciona
a serem observadas pelas instituições financeiras; a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, com a
- determinar recolhimento de até 100% dos depósitos função básica de regulamentar algumas matérias de
à vista e de até 60% do total dos demais depósitos e/ competência do Conselho Monetário Nacional, composta
ou títulos contábeis das instituições financeiras, seja na pelos seguintes membros:
forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro - presidente e quatro diretores do Banco Central do
Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, Brasil;
seja por meio de recolhimento em espécie, em ambos os - presidente da Comissão de Valores Mobiliários;
casos entregues ao Banco Central; - secretário executivo do Ministério do Planejamento,
- determinar os encaixes obrigatórios; Orçamento e Gestão;
- regulamentar as operações de redesconto e de - secretário do Tesouro Nacional;
empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições - secretário de Política Econômica;
financeiras públicas ou privadas de natureza bancária; - secretário executivo do Ministério da Fazenda.
- aprovar o regimento interno e as contas do Banco
Central do Brasil, sem prejuízo da competência do Tribunal Comissões Consultivas do CMN
de Contas da União;
- aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem Junto ao CMN, funcionam, ainda, as seguintes
no País as mesmas vedações ou restrições equivalentes, comissões consultivas:
que vigores, nas praças de suas matrizes, em relação a - de Normas de Organização do Sistema Financeiro;
bancos brasileiros ali instalados ou que nelas desejam - do Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;
estabelecer-se; - de Crédito Rural;
- fixar a orientação geral a ser observada pela CVM no - de Crédito Industrial;
exercício de suas atribuições; - de Endividamento Público;
- regular a utilização do crédito no mercado de valores - de Politica Monetária e Cambial;
mobiliários; - de Processos Administrativos.
- definir a política a ser observada na organização do
mercado de valores mobiliários; Conselho de Recursos do Sistema Financeiro
- definir as atividades da CVM que devam ser exercidas Nacional
de forma coordenada com o Banco Central do Brasil;
- definir tipos de instituições financeiras que poderão Criado pelo Decreto nº 91.152/85, o CRSFN julga,
exercer atividades no mercado de valores mobiliários, em segunda e última instância administrativa, os
bem como as espécies de operações que poderão realizar recursos interpostos das decisões relativas a penalidades
e de serviços que poderão prestar nesse mercado; administrativas aplicadas pelo BACEN, pela CVM e pela
- fixar as diretrizes para a aplicação das reservas Secretaria de Comércio Exterior.
técnicas das sociedades seguradoras, entidades abertas O CRSFN tem ainda como atribuição julgar os
e fechadas de previdência privada, podendo, no caso das recursos de ofício, interpostos pelos órgãos de primeira
últimas, estabelecer diretrizes diferenciadas para uma instância administrativa, das decisões que concluírem
determinada entidade, ou grupo de entidades, levando em pela não aplicação das penalidades.
conta a existência de condições peculiares relativamente
a suas patrocinadoras. Estrutura do CRSFN
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
no passado. Nos anos 80, por exemplo, durante o Plano Compra de títulos públicos: quando o Banco Central
Cruzado, foi criado um dispositivo legal que garantia um compra títulos públicos há uma expansão dos meios de
reajuste automático dos salários de todas as categorias pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos.
trabalhistas sempre que a inflação atingisse 20%. Com isso, ocorre uma redução na taxa de juros e um
O objetivo dessa política era a de garantir o poder aumento da liquidez.
de compra dos trabalhadores contra os efeitos da
inflação. Conforme destaca o autor, este se constituiu em Política Cambial (Fonte: www.bcb.gov.br –
um objetivo louvável, porém trouxe um efeito colateral explicação na modalidade de perguntas e respostas
negativo. Com o recrudescimento da inflação, o gatilho produzidos pelo Banco Central)
salarial passou a disparar mensalmente, iniciando um
processo de indexação da economia, gerando um 1. O que é câmbio?
fenômeno conhecido como inflação inercial. Câmbio é a operação de troca de moeda de um
Constata-se que a partir da implantação do Plano país pela moeda de outro país. Por exemplo, quando
Real, em 1994, o governo foi reduzindo gradativamente um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa
sua atuação por meio da política de rendas. Atualmente, a de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Banco
interferência, conforme se observa, do governo nos preços Central a operar no mercado de câmbio recebe do
e salários, tem sido muito reduzida, quando comparada a turista brasileiro a moeda nacional e lhe entrega (vende)
interferência realizada ao longo dos anos 80 e 90. a moeda estrangeira. Já quando um turista estrangeiro
Política monetária (Fonte: www.economiabr.net) quer converter moeda estrangeira em reais, o agente
autorizado a operar no mercado de câmbio compra a
A Política Monetária representa a atuação das moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe
autoridades monetárias, por meio de instrumentos de os reais correspondentes.
efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar 2. O que é mercado de câmbio?
a liquidez global do sistema econômico. No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde
A ) Política Monetária Restritiva: engloba um conjunto se realizam as operações de câmbio entre os agentes
de medidas que tendem a reduzir o crescimento da autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes,
diretamente ou por meio de seus correspondentes.
quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos.
O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado
Instrumentos:
pelo Banco Central e compreende as operações de compra
Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo
e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda
Banco Central, de parcela dos depósitos recebidos do
nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no
público pelos bancos comerciais. Esse instrumento é ativo,
País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e
pois atua diretamente sobre o nível de reservas bancárias,
as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas
reduzindo o efeito multiplicador e, consequentemente, a
por intermédio das instituições autorizadas a operar no
liquidez da economia.
mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente ou
Assistência Financeira de liquidez: o Banco por meio de seus correspondentes.
Central empresta dinheiro aos bancos comerciais, sob Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as
determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse operações relativas aos recebimentos, pagamentos
prazo é reduzido e a taxa de juros do empréstimo é e transferências do e para o exterior mediante a
aumentada, a taxa de juros da própria economia aumenta, utilização de cartões de uso internacional, bem como as
causando uma diminuição na liquidez. operações referentes às transferências financeiras postais
Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central internacionais, inclusive vales postais e reembolsos
vende títulos públicos ele retira moeda da economia, que postais internacionais.
é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos À margem da lei, funciona um segmento denominado
meios de pagamento e da liquidez da economia. mercado paralelo. São ilegais os negócios realizados
B) Política Monetária Expansiva: é formada por no mercado paralelo, bem como a posse de moeda
medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda estrangeira oriunda de atividades ilícitas.
e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros).
Incidirá positivamente sobre a demanda agregada. 3. Qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar e
Instrumentos: vender moeda estrangeira?
Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Sim, desde que a outra parte na operação de câmbio
Central diminui os valores que toma em custódia dos seja agente autorizado pelo Banco Central a operar no
bancos comerciais, possibilitando um aumento do efeito mercado de câmbio (ou seu correspondente para tais
multiplicador, e da liquidez da economia como um todo. operações) e que seja observada a regulamentação
Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, em vigor, incluindo a necessidade de identificação
ao emprestar dinheiro aos bancos comerciais, aumenta em todas as operações. É dispensado o respaldo
o prazo do pagamento e diminui a taxa de juros. Essas documental das operações de valor até o equivalente a
medidas ajudam a diminuir a taxa de juros da economia, US$ 3 mil, preservando-se, no entanto, a necessidade de
e a aumentar a liquidez. identificação do cliente.
18
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
4. Que instituições podem operar no mercado de A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) também é
câmbio e que operações elas podem realizar? autorizada pelo Banco Central a realizar operações com
Podem ser autorizados pelo Banco Central a operar vales postais internacionais, emissivos e receptivos, para
no mercado de câmbio: bancos múltiplos; bancos liquidação pronta, não sujeitos ou vinculados a registro
comerciais; caixas econômicas; bancos de investimento; no Banco Central do Brasil e de até o equivalente a
bancos de desenvolvimento; bancos de câmbio; agências US$50 mil, por operação.
de fomento; sociedades de crédito, financiamento e A relação dos agentes autorizados a operar no
investimento; sociedades corretoras de títulos e valores mercado de câmbio pode ser consultada em: Câmbio
mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores e Capitais Internacionais > Instituições que atuam no
mobiliários e sociedades corretoras de câmbio. mercado de câmbio.
Esses agentes podem realizar as seguintes operações: 5. Que operações podem ser realizadas no mercado
a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa
de câmbio?
Econômica Federal: todas as operações previstas para o
Quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda
mercado de câmbio;
estrangeira podem ser realizados no mercado de câmbio,
b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito,
inclusive as transferências para fins de constituição de
financiamento e investimento e agências de fomento:
operações específicas autorizadas pelo Banco Central; disponibilidades no exterior e seu retorno ao País e
c) sociedades corretoras de títulos e valores aplicações no mercado financeiro. As pessoas físicas e
mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda
mobiliários e sociedades corretoras de câmbio: estrangeira ou realizar transferências internacionais
c1.) operações de câmbio com clientes para liquidação em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor,
pronta de até US$100 mil ou o seu equivalente em outras observada a legalidade da transação, tendo como base
moedas; e a fundamentação econômica e as responsabilidades
c2.) operações no mercado interbancário, arbitragens definidas na respectiva documentação.
no País e, por meio de banco autorizado a operar no Embora do ponto de vista cambial não exista
mercado de câmbio, arbitragem com o exterior. restrição para a movimentação de recursos, os agentes
Além desses agentes, o Banco Central também do mercado e seus clientes devem observar eventuais
concedia autorização para agências de turismo e meios restrições legais ou regulamentares existentes para
de hospedagem de turismo para operarem no mercado determinados tipos de operação. Como exemplo,
de câmbio. Atualmente, não se concede mais autorização relativamente à colocação de seguros no exterior, devem
para esses agentes, permanecendo ainda apenas aquelas ser observadas as disposições dos órgãos e entidades
agências de turismo cujos proprietários pediram ao Banco responsáveis pela regulação do segmento segurador.
Central autorização para constituir instituição autorizada
a operar em câmbio. Enquanto o Banco Central está 6. Os bancos são obrigados a vender moeda em
analisando tais pedidos, as agências de turismo ainda espécie?
autorizadas podem continuar a realizar operações de Não. Normalmente, os agentes autorizados a operar
compra e venda de moeda estrangeira em espécie, em câmbio, por questão de administração de caixa e
cheques e cheques de viagem, relativamente a viagens estratégia operacional, procuram operar com o mínimo
internacionais. possível de moeda em espécie.
As instituições financeiras autorizadas a operar em
câmbio podem contratar correspondentes (pessoas
7. Posso fazer aplicações no exterior no mercado de
jurídicas em geral) para a realização das seguintes
capitais ou de derivativos?
operações de câmbio:
As aplicações no exterior no mercado de capitais
a) execução ativa ou passiva de ordem de pagamento
pelas pessoas físicas ou jurídicas são permitidas,
relativa a transferência unilateral (ex: manutenção de
residentes, transferência de patrimônio, prêmios em observada a legalidade da transação, inclusive de ordem
eventos culturais e esportivos ) do ou para o exterior, tributária. As transferências ao exterior são realizadas por
limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos meio de instituições autorizadas a operar no mercado de
Estados Unidos, por operação; câmbio. A regulamentação, no entanto, não prevê que
b) compra e venda de moeda estrangeira em espécie, essas aplicações sejam realizadas por meio de cartão de
cheque ou cheque de viagem, bem como carga de crédito.
moeda estrangeira em cartão pré-pago, limitada ao valor As transferências financeiras relativas às aplicações
equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, por no exterior por instituições financeiras e demais
operação; e instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
c) recepção e encaminhamento de propostas de do Brasil devem observar a regulamentação específica.
operações de câmbio. Os fundos de investimento podem efetuar transferências
As operações realizadas pelos correspondentes são do e para o exterior relacionadas às suas aplicações
de total responsabilidade da instituição contratante. fora do País, obedecida a regulamentação editada pela
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
ANOTAÇÕES
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CULTURA ORGANIZACIONAL
Conceito de Cultura Organizacional. Preceitos da Cultura Organizacional. Vantagens e desvantagens da Cultura Orga-
nizacional. Características da Cultura Organizacional. Cultura Empresarial...................................................................................... 01
Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A gestão da ética nas empre-
sas públicas e privadas........................................................................................................................................................................................... 05
Código de Ética do Banco do Brasil ( disponível no sítio do BB na internet)................................................................................... 14
Código de conduta da alta administração pública..................................................................................................................................... 16
Gestão da Sustentabilidade. ............................................................................................................................................................................... 19
Essência BB: Crença, Missão, Valores e Visão................................................................................................................................................ 23
Estatuto Social do Banco....................................................................................................................................................................................... 23
CULTURA ORGANIZACIONAL
1
CULTURA ORGANIZACIONAL
Máquinas, equipamentos, layout, distribuição e métodos A seguir iremos extrair parte do artigo científico do pro-
de trabalhos. fessor Nelson Vieira da Silva e Rosivan Barbosa Gomes no qual
- Caráter (Manifestação dos indivíduos) como que o indi- abordam o tema pedido de forma simplificada e eficiente.
víduo se comporta diante da sociedade. Os motivos de se fazer uma mudança organizacional são
Participação, criatividade, grupos informais, medo tensão, vários, porém antes de discorrer sobre os mesmos, será trans-
apatia, agressividade, comodismo. crito alguns conceitos de cultura organizacional.
Essa mesma cultura pode aparecer nas organizações de De acordo com Chiavenato (2010, p.172) cultura organi-
duas formas distintas. Como um subsistema que se liga à es- zacional é “o conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos por
trutura, à estratégia, sistemas políticos e técnicos, ou ainda normas, valores, atitudes e expectativas, compartilhadas por
como uma superestrutura que determina todos os demais todos os membros da organização”.
componentes. Alguns dos componentes da cultura são de Mas segundo Araujo (Megginson; Mosley; Pietri Jr., 1998
origem histórica, do ambiente e território em que ela se situa, apud Araujo 2006, p.308) já define cultura organizacional como
de crenças e pressupostos (mitos, ideologias, etc.), de regras, sendo “o conjunto de valores, crenças e padrões de comporta-
nomes e regulamentos, do processo de comunicação (lingua- mento que formam o núcleo de identidade de uma organização”.
gem), de ritos, rituais e cerimônias, de heróis e tabus, ou ainda Moraes e Fadel (2007, p.03) no artigo cultura organiza-
de produtos e serviços com que está envolvida. cional em cenários de mudança trazem o conceito de Sér-
Existem diversas funções que a cultura pode exercer den- gio Buarque de Holanda como sendo: Conjunto de valores,
tro de uma organização: ela define os limites, a coerência nos hábitos, influências sociais e costumes reunidos ao longo do
atos dos empregados; dá aos funcionários uma sensação de tempo, de um processo histórico de uma sociedade. Cultura
identidade, de pertencer a algo grande, amplo e sério, tra- é tudo que com o passar do tempo se incorpora na vida dos
zendo motivação e ainda fazendo-os se comprometer com indivíduos, impregnando o seu cotidiano. (HOLANDA Apud
interesses coletivos; reduz a ambiguidade, determinando FADEL e MORAES 1975, p.74)
exatamente como os trabalhos devem ser executados. Algu- Marras (2009) define cultura organizacional citando outro
mas vezes ela funciona até mesmo como um vínculo entre os autor, por ser um dos mais ricos e conhecedor sobre o assunto
funcionários e a empresa, ajudando a permanecerem unidos como: Cultura organizacional é o modelo de pressupostos bá-
através de normas do que se deve fazer e dizer. Mas sua prin- sicos que um grupo assimilou na medida em que resolveu os
cipal função é distinguir uma organização de outra. seus problemas de adaptação externa e integração interna e
A cultura organizacional, assim como a gestão das or- que, por ter sido suficientemente eficaz, foi considerado válido
ganizações, modifica-se com o tempo, já que também sofre e repassado (ensinado) aos demais (novos) membros como a
influência do ambiente externo e de mudanças na socieda- maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àque-
de. Entretanto, a cultura de uma instituição também pode in- les problemas. (SCHEIN, 1997 apud MARRAS, 2009, p.290)
fluenciar essa mesma sociedade. De acordo com as definições acima, pode-se considerar
Em sua formação existem os princípios básicos da admi- que cultura organizacional, é formada pelos valores, crenças e
nistração, sua filosofia e valores que indicam a direção para atitudes que os administradores da organização acreditam e
são repassados para todos os membros da organização, des-
guiar procedimentos, para ditar como as coisas devem acon-
de o nível mais alto da cúpula até os níveis mais inferiores da
tecer. Outra forte influência na formação da cultura de uma
organização.
empresa é seu capital humano, seu pessoal. Cada indivíduo
Diante destes vários conceitos descritivos, é válido dizer
tem uma forma de pensar, princípios e crenças diferentes. A
que cultura organizacional é o aprendizado adquirido ao lon-
junção dessas pessoas dentro de uma mesma organização
go dos anos de vida da organização, na busca pela continui-
leva a uma condensação de todos esses pensamentos diferen-
dade no mercado.
tes, formando uma só cultura para todos se guiarem. A cultura
Segundo Wagner III e Hollenbeck (2006, p.367) “No cerne
dominante tem uma visão macro da organização e trata ape-
da cultura de toda organização existe um conjunto de normas
nas dos valores centrais. Além desta cultura principal, existem
e valores fundamentais que moldam os comportamentos dos
também as subculturas, que podem estar ou não relacionadas
membros e os ajudam a entender a organização”. E muitas
entre si, ou que podem até concorrer umas com as outras. Elas
vezes a resistência a mudança se dá quando afetam essas nor-
podem ser geográficas, departamentais ou situacionais. Os
mas e valores tidos pelos colaboradores como fundamentais.
valores centrais da cultura dominante estão presentes nessas
Porém as mudanças na maioria das vezes são necessárias, uma
subculturas, porém são incluídos valores adicionais e particula-
vez que, com o passar dos anos, e o surgimento de novas tec-
res de alguns grupos, equipes ou departamentos.
nologias e outras descobertas, as organizações tem que aderir
A contracultura também existe nas organizações, e nada às mudanças para sobreviver ao tempo.
mais é do que um movimento reacionário, por parte de um Na concepção de Salles e Vilas Boas (2007) fala que: A
grupo pequeno, ou até mesmo grande, que quer reagir con- implantação de novos modelos de gestão, faz-se mister no
tra os valores tradicionais, que está insatisfeito, e vive em bus- mundo globalizado, pois as organizações buscam através de
ca de mudanças e inovações na cultura atual. novas alternativas, melhorar seus índices de produtividade e
Na formação da cultura há também uma forte influência qualidade para manterem-se rentáveis aos seus acionistas.
dos fundadores da instituição, que estabeleceram diretrizes Dentro desta perspectiva, abrem-se novos caminhos para
culturais, e que são vistos com muito respeito, ou até ado- mudanças culturais, necessárias, para adaptação dos cola-
rados, por grande parte dos colaboradores. (http://www. boradores e da organização, a nova gestão. (SALLES e VIL-
aguiareoliveira.com.br/) LAS BOAS, 2007, p.1)
2
CULTURA ORGANIZACIONAL
A concepção das supracitadas autoras vem reforçar a Segundo Chiavenato (2010): O processo de mudança se
necessidade da mudança ao longo dos anos. desenvolve dentro de um campo dinâmico de forças que
A Cultura organizacional ultrapassada não tem valor ne- atuam individualmente em vários sentidos. Algumas dessas
nhum, por isso os administradores têm que fazer mudanças forças agem positivamente, enquanto outras agem negati-
organizacionais periodicamente nas organizações. vamente em relação à mudança. Assim, a mudança é o resul-
Um dos métodos de mudança organizacional é mudar a tado da competição entre forças impulsionadoras e forças
cultura da empresa. De acordo com Chiavenato (2010): Mu- restritivas. (CHIAVENATO, 2010, p.431)
dança representa a passagem de um estado para o outro. E para obter sucesso nas mudanças, causando um im-
A mudança está em todas as partes, nas organizações, nas pacto positivo, é necessário que as mudanças aconteçam
escolas, nas cidades, nos produtos e serviços, nas pessoas. primeiramente, nos colaboradores e, de maneira positiva,
Quando feita de maneira errada pode arruinar e até mesmo onde o clima organizacional não pode ser alterado.
causar a falência de uma determinada empresa. (CHIAVENA- Dias (2009, p.182), traz que “O clima organizacional re-
TO, 2010, p.425) trata o grau de satisfação das pessoas nos ambientes de
Outro fator chave quanto às mudanças organizacionais trabalho e pode apontar a sua predisposição para apoiar a
é que as pessoas são resistentes às mudanças, elas já estão implantação e manutenção de novas filosofias gerenciais”.
acostumadas ao modelo antigo e não querem o novo. Daí pode-se tirar uma conclusão de que, se a mudança afe-
Segundo Cohen (2003, p.350) “que as pessoas resistem tou de maneira positiva uma organização, os impactos serão
às mudanças quando percebem que as consequências das os melhores, e caso apareça pontos negativos, estes serão
mudanças são negativas”. superados.
Robbins (2005) descreve as barreiras à mudança da se- Porém quando estas mudanças atingem de maneira ne-
guinte maneira: Quando o ambiente passa por rápidas mu- gativa, provocando o turnover, que é a rotatividade de fun-
danças, uma cultura arraigada pode não ser mais adequada. cionários, a insatisfação dos trabalhadores com a mudança
Assim, a consistência do comportamento é um ativo quando do clima organizacional, e com as dificuldades de adapta-
a empresa lida com um ambiente estável, entretanto, isso ção, serão de difícil superação, podendo colocar toda a mu-
pode se tornar um fardo e dificultar a resposta às mudanças dança organizacional a perder.
Segundo Dias (2009): O clima organizacional está direta-
no ambiente. (ROBBINS, 2005, p.379)
mente relacionado com a cultura das organizações. As mo-
Mas porque realizar as mudanças e onde elas devem
dificações culturais geram expectativas, às vezes insatisfação
começar?
e insegurança. Essas situações criam climas organizacionais
Para responder perguntas como esta é necessário uma
que produzem uma redução da capacidade de trabalho. São
pesquisa bibliográfica intensa, e talvez não seja encontrada
indicadores de um clima organizacional negativo: o absen-
a resposta procurada.
teísmo, alta rotatividade, desperdícios, rumores, conflitos
Salles e Vilas Boas (2007) trazem que: Muito tem se fa- etc.. (DIAS, 2009, p.182)
lado da necessidade de mudança cultural nas organizações, Esta afirmação de Dias vem reforçar que, as mudanças
para que as mesmas se adaptem aos novos tempos, contu- não podem trazer mais impactos negativos do que positivos,
do, responder cientificamente, como ocorre essas mudan- porque caso isso ocorra, a mudança não será bem sucedida,
ças, quais ações, impactos e contribuições destas para con- podendo prejudicar a organização de tal modo que poderá
texto organizacional e para o trabalhador, somente através levar muito tempo para reerguer, perdendo assim seu prin-
de pesquisa de campo. (SALLES e VILAS BOAS, 2007, p.01) cipal objetivo, que é manter-se no mercado com competi-
Partindo do início, de acordo com alguns pesquisadores, tividade.
as mudanças organizacionais são necessárias, para as em- Esses impactos negativos se devem a maneira encarada
presas se manterem no mercado. pela maioria dos trabalhadores, diante das mudanças ofere-
Chiavenato (2010) em suas palavras nos explica alguns cidas. Veja o que fala Chiavenato (2010, p.433) a esse respei-
motivos da necessidade da mudança: Nas organizações, as to: “Dessa maneira, é a mudança, percebida pelas pessoas
mudanças estão ocorrendo a todo instante. Do lado de fora, – e não a mudança real e objetiva – que determina o tipo de
clientes mudam seus hábitos de compra e de preferência, reação que elas desenvolverão”.
fornecedores mudam características e preços das matérias Desta maneira é preciso saber o porquê de os trabalha-
-primas, prestadores de serviços impõem diferentes condi- dores terem recebido a mudança de tal maneira, a esse res-
ções e esquemas de trabalho, concorrentes mudam suas es- peito Chiavenato (2010, p.433), fala que: “Assim, o primeiro
tratégias, sindicatos iniciam novas reivindicações, o governo passo é conhecer os motivos do medo e da resistência das
impõe alterações em leis, e isso tudo nunca acaba. (CHIAVE- pessoas às mudanças que ocorrem ou precisam ocorrer na
NATO, 2010, p.426) organização”.
Ou seja, a vida muda em torno da organização que pas- Nodari et al., (2010, p. 5) traz que “A produtividade e a
sa por mudanças, e ela por sua vez, necessita continuar no satisfação de colaboradores no ambiente de trabalho têm
mercado. Sendo isto uma das principais causas de mudan- sido evidenciadas como grande fator diferenciador da com-
ças em qualquer organização. petitividade empresarial”, ou seja, quanto maior a satisfação
O fato de saber onde começar a mudança organizacio- dos colaboradores, maior é seu rendimento no trabalho.
nal faz com que o impacto na organização seja menor, po- Na empresa em analise nesse estudo não poderia ser di-
rém, isto é algo que depende de cada organização segundo ferente, ou seja, cada um teve uma reação com os impactos
alguns pesquisadores. das mudanças organizacional.
3
CULTURA ORGANIZACIONAL
“As consequências da insatisfação no trabalho podem Manipulação e cooptação, a manipulação aqui refere à ten-
representar altos custo para a organização. Esses podem tativa de influência em determinada atitude para que crie um
refletir-se, tanto em aspectos financeiros, quanto morais ou ambiente favorável à mudança. Coerção esta é a última tática,
até mesmo emocionais. As consequências mais comuns em pois o uso de ameaças diretas ou de forças sobre os resistentes
empresas que têm dificuldade com a satisfação de sua mão não é muito aconselhável. Esta coerção refere à redução salarial,
de obra são o turnover (a rotatividade), o absenteísmo, con- ou coisa do tipo, serve para que a resistência seja quebrada.
flitos no ambiente de trabalho, baixo comprometimento com Junior et al., (2008, p.10) fala que para se ter credibilidade
os objetivos organizacionais, baixa qualidade nos produtos e é necessário que as mudanças mexam com as empresas exter-
serviços e desperdício de materiais ou matéria-prima”. (DAVIS; na e internamente. Mexer no exterior significa alterar sistemas,
NEWSTROM, 1992 apud NODARI et al., 2010, p.5). estruturas e processos. Mexer no interior diz respeito à maneira
Segundo pesquisas a rotatividade representa hoje um como as pessoas pensam e se comportam. Se isso não muda,
dos pontos mais prejudicial às grandes organizações, isto dificilmente o resto mudará.
porque, o turnover provoca um desgaste muito grande à or- Portanto, para que as mudanças atendam as metas dese-
ganização, como dito anteriormente. jadas, primeiro é necessário se ter credibilidade nas mesmas, e
mais, é preciso que as mudanças sejam planejadas, trabalhadas
AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA MUDANÇA e necessárias, para que não torne apenas mais uma mudança.
NA CULTURAL ORGANIZACIONAL Para que seja mudança de verdade é preciso empenho de
Para Wagner III; Hollenbeck (2006, p.376) mudança é o todos, e principalmente comprometimento, para que tenha su-
ato de variar ou de alterar modos convencionais de pensa- cesso na mudança.
mento ou comportamento, e quando isto acontece, muitas Em conjunto, desde os proprietários, diretores, gerentes,
das vezes gera desconforto em uma organização. supervisores e colaboradores, trabalhando e comprometendo-
As mudanças culturais nas organizações causam grandes se com as mudanças, pois a resistência sempre existirá a tudo
impactos tanto negativos quantos positivos, para Cury (2007, que é novo.
p.286), isto acontece porque “a cultura compreende um con-
junto de propriedades do ambiente de trabalho, percebidas CULTURA EMPRESARIAL
A cultura empresarial é uma propriedade que emerge num
pelos empregados, constituindo-se numa das forças impor-
grupo que interage há muito tempo, não é algo que se possa
tantes que influenciam o comportamento”, desta forma cada
embutir num sistema. Ela surge com a cristalização dos proces-
colaborador ou empregado pode reagir de uma forma dife-
sos por meio dos quais a empresa tomou (boas) decisões no
rente.
passado, e reflete os valores que nortearam a tomada dessas
Wagner III; Hollenbeck (2006, p.376) traz que quanto mais
decisões. De tanto fazer o que deu certo, a empresa (qualquer
intensa a mudança, mais intensa tende a ser a resistência, por-
empresa) passa a pensar assim: “esses são os processos certos
que para os colaboradores a intensidade traz o que eles con- para planejar, lançar produtos, abordar os segmentos que esco-
sideram de radical, transformando por completo seu dia a dia. lhemos, organizar a venda, dar suporte ao cliente...”. Mas, quan-
Segundo ROBBINS (2005, p.425): Uma das descobertas do tem de fazer coisas diferentes daquelas para as quais seus
mais bem documentadas nos estudos sobre comportamen- processos se cristalizaram, não dá certo.
to individual e organizacional é que as organizações e seus Processos que determinam a competência para fazer uma coi-
membros resistem às mudanças. De certo modo, essa resis- sa ao mesmo tempo definem a incompetência para fazer outra.
tência é positiva. Proporciona certo grau de estabilidade e Conjunto dos valores, dos símbolos e sinais partilhados
previsibilidade no interior das organizações. Se não houvesse pelos membros de uma empresa e que marcam os seus com-
resistência, o comportamento organizacional assumiria carac- portamentos e as suas atitudes. Sobre ela agem tanto variáveis
terísticas de casualidade caótica... Mas existe uma séria des- culturais externas como particularidades de cada empresa. É um
vantagem à mudança, ela impede a adaptação ao progresso. conceito que se vulgarizou a partir de 1981, com a publicação
Diante das palavras de Robbins a resistência deve ser de várias obras americanas relativas à excelência da gestão de
encarada como positiva, quando ela serve para melhorar o certas empresas. Até 1985, coexistem duas orientações: a cultu-
ambiente, não agindo com indiferença diante das mudanças. ra como um dos elementos da empresa, ou seja, a empresa tem
Porém a resistência pode ser motivo de negativismo, isto uma cultura, meio de aceder aos valores e comportamentos da
geralmente acontece quando os colaboradores se fecham, mesma; a cultura como sinônimo da empresa, isto é, a empresa
não aceitando em hipótese alguma a mudança. é uma cultura, sistema de conhecimentos e de valores a inter-
Robbins (2005, p.425) traz os principais pontos a serem pretar por cada um dos seus membros. É esta segunda que se
trabalhados para superar a resistência. Dentre eles estão à tem imposto ultimamente.
educação e comunicação, que uma vez ajudará a minimizar a A cultura de empresa é aquele pequeno nada que faz com
resistência com ajuda aos funcionários, para que estes com- que toda a gente se reveja no todo ou na parte da sua atividade,
preendam melhor a razão das mudanças. Participação será nos membros, na publicidade e nos produtos.
impossível alguém resistir à mudança se dela tiver participa- Não se decreta, vive-se. Ela recolhe e divulga os prin-
do, contribuído. Facilitação e apoio é uma forma de oferecer cípios, os valores e os objetivos da empresa. Entre os seus
ajuda aos colaboradores com meios que facilite e apoiem objetivos conta-se a homogeneização do espírito comum
nos momentos de medo e ansiedade. Negociação é outra do grupo através da partilha de aspetos como a comunica-
maneira de lidar com a resistência, oferece uma recompensa ção, a integração, a motivação e a animação. Por Clemente
em troca da facilitação à resistência. Nóbrega e Porto: Porto Editora, 2003-2014
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CULTURA ORGANIZACIONAL
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CULTURA ORGANIZACIONAL
Dessa forma, a Ética grega, que também significa uma Jesus convida à castidade como maneira de entender a
maneira de ser em sociedade, é um campo de reflexão que sexualidade e o corpo humano como instrumentos de santi-
envolve investigação e questionamento a respeito da conduta ficação e de oblação a Deus e ao cônjuge, enquanto muitos
humana que se determina a partir de princípios imutáveis. optam pela abstinência sexual como forma de liberdade in-
Essa incompreensão, predominante nos dias de hoje, terior para alcançar outros fins que consideram mais nobres.
é um fator de confusão e prejuízo para o próprio homem, Então, ser casto não é a mesma coisa que ser abstinente, e
porque este, desviado da visão nítida dos imperativos éticos, menos ainda ser assexuado.
passou a compreender o dever-ser, face a si mesmo, ao seu Enquanto a dieta e a abstinência sexual podem chegar a
semelhante e, também, à natureza, como apenas questões a ser considerados como valores para alguns, o jejum e a cas-
serem reguladas por normas morais ou, com mais rigor, por tidade são, em si, virtudes de caráter espiritual para todos. É
normas legais, ambas estabelecidas por outros seres huma- importante saber, além disso, que os valores não precisam
nos, geralmente, de forma arbitrária. da graça de Deus, já que, pelo fato de possuírem uma pon-
Todos esses, que assim entendem, deixam de reconhe- deração intelectual, são vividos a partir da racionalidade.
cer que a verdadeira essência do homem continua sendo Já as virtudes, por buscarem colaborar no plano de Deus
o dever-ser que se frustra diante da vontade. Assim, o que e na semelhança com Cristo, requerem a ajuda do Senhor,
caracteriza a Ética é a postura assumida pelo dever-ser au- um auxílio especial de sua magnificência, já que o ser huma-
todeterminado por convicção, estabelecendo seus próprios no, por suas próprias forças, não pode alcançá-las.
limites para a atuação no mundo. (www.sjt.com.br) É possível ser abstinente sem ser casto e fazer dieta sem
jejuar. O sentido de cada prática difere muito segundo sua
Valores e Virtudes finalidade. Os cristãos não estão chamados apenas a ter va-
As virtudes são hábitos bons que nos levam a fazer o lores (necessários em todo ser humano), mas a preencher
bem. Podemos tê-las desde que nascemos ou adquiri-las de- suas vidas de virtudes, tanto cardeais como teologais.
pois. São um meio muito eficaz para colaborar com Deus, Se aprofundarmos mais, poderemos encontrar muitos
pois implicam em decidir, livre e voluntariamente, fazer o outros valores que têm semelhança com as virtudes e, por
bem, ou seja, cumprir o plano de Deus. isso, tendem a ser confundidos com elas. Há pessoas que
O objetivo de uma vida virtuosa é chegar a ser seme- acham que fanatismo é sinônimo de fé, que estar apaixo-
lhantes a Cristo. Não se trata de perfeccionismo, no qual a nado é amar, que estar entusiasmado é ter esperança, que
pessoa elimina defeitos porque considera que não deve ter timidez é o mesmo que prudência etc.
tal ou qual falha; isso seria vaidade apenas. Tampouco é um Todos os seres humanos possuem valores. Todos nós
narcisismo de ver-se bem, ou que todos pensem que você é atribuímos valor a certas coisas. Há coisas pelas quais certas
o máximo. A virtude não é uma higiene moral, pela qual você pessoas chegam a dar a vida. Mas, para alcançar a perfeição
“limpa” sua pessoa. cristã, não bastam os valores: as virtudes são necessárias.
Os valores, por outro lado, estão orientados ao cresci-
mento pessoal por um convencimento intelectual: sabemos NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL.
que, se estivermos limpos, seremos mais aceitos pelos ou- Em um primeiro momento, necessário se faz explicar
tros; sabemos que, mantendo nossas coisas em ordem, po- o conceito de princípios em contraposição ao de valores.
deremos encontrá-las com mais facilidade ao procurá-las. Aqueles pertencem ao plano deontológico e estes ao axio-
Os valores são bens que a inteligência do homem conhe- lógico. Galuppo, citando o pensamento defendido por Ha-
ce, aceita e vive como algo bom para ele como pessoa. O valor bermas expõe as quatro diferenças existentes entre normas
é tudo aquilo que se “valoriza” como bom, desejável, neces- e valores. Vê-se: Normas e valores distinguem-se respec-
sário para a vida. Para uma pessoa, um valor pode ser ter um tivamente, em primeiro lugar, por suas referências ao
belo carro, enquanto, para outra, isso não significa nada. agir obrigatório ou teleológico; em segundo lugar, pela
Neste sentido, podemos dizer que os valores são mais codificação respectivamente binária ou gradual de suas
ambíguos, pois nem todas as pessoas consideram as mes- pretensões de validade; em terceiro lugar, por sua obri-
mas realidades como valores. As virtudes têm um caráter gatoriedade respectivamente absoluta ou relativa; e, em
mais universal, pois o que é uma virtude em uma pessoa quarto lugar, pelos critérios aos quais o conjunto de sis-
também o é em outra. tema de normas ou valores deve satisfazer (HABEMAS,
Estabelecidas as diferenças, é importante reconhecer citado por GALUPPO, 2.002, p. 181).
que, na vida de fé, sempre há propostas feitas por Jesus que, Os valores dizem respeito às preferências de grupos so-
quando comparadas com o que o mundo nos apresenta, ciais ou as experiências vivenciadas por estes, que, conse-
tendem a parecer semelhantes, mas não o são necessaria- quentemente, variam de um para outro indivíduo, haja vista,
mente. Vejamos alguns exemplos. se tratar de regras morais adotadas por indivíduos indistin-
A Bíblia nos ensina a necessidade do jejum como remé- tamente.
dio eficaz contra a concupiscência e como mecanismo de Neste sentido, Galuppo prevê que: Pois é apenas por-
domínio de si; o mundo nos propõe a dieta como método que são concebidos como valores que os seres podem
eficaz para manter o controle do peso corporal e de uma ser objetos de mensuração por meio de preferibilidade,
saúde adequada. Primeira conclusão: jejuar não é a mesma constitutiva do próprio conceito de valor, uma vez que
coisa que fazer dieta, e menos ainda passar fome. Ainda que o valor, conforme aponta Lalande, pode ser entendido
semelhantes na forma, não são iguais no fundo. como o “caráter das coisas consistindo em que elas são
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CULTURA ORGANIZACIONAL
mais ou menos estimadas ou desejadas por um sujeito algo seja realizado em seu maior nível possível, contendo as-
ou, mais ordinariamente, por um grupo de sujeitos de- sim uma ideia de gradação e que demonstra a grande dife-
terminados”.(…) Os valores indicam muito mais o regis- rença entre as regras e os princípios. Por Fernanda São José
tro de uma preferibilidade em um grupo social do que Ética aplicada é um estudo de ordem ética, que atua em
um dever para esse mesmo grupo, o que implica a possi- um meio social, o seu comportamento, e sua aplicação nesse
bilidade de concebê-los de forma hierarquizada. (GALU- meio. Nos anos de 1950 os meios de comunicação vigentes
PPO, 1.999, p. 196). e o público em geral já discutiam a ética da inseminação
Chamon Junior (2.004) relata que os valores são aplica- artificial e de transplantes de órgãos que começavam a ser
dos com o objetivo de se auferir finalidades específicas le- postos em prática.
vando-se em conta o interesse de determinados grupos de Além da ética médica incluem-se em seu campo de
indivíduos dentro da sociedade. Assim, o conceito de “bom” pesquisa a bioética, a ética da ciência, a ética econômica ou
sofre variações por possuir visão parcial e pessoal, haja vista, ética empresarial, a ética do trabalho, a ética ambiental, a
o que é bom para um indivíduo pode não ser para o outro. ética do futuro, a ética do direito, a ética política, a ética da
Ao expor sobre a diversidade dos valores, intrínseca na informação ou infoética, a ética dos meios de comunicação
sociedade Dworkin, faz o seguinte questionamento: “quan- social, a engenharia ética, a ética administrativa, a ética da
tas vezes nos dizem que culturas diferentes têm valo- técnica, a ética social, a ética sexual e a ética animal.
res diferentes e que, em nosso caso, não passa de uma A ética profissional é um conjunto de atitudes e valo-
forma de imperialismo insistir que só os nossos valores res positivos aplicados no ambiente de trabalho. A ética no
estão certos e que os valores diferentes estão errados?” ambiente de trabalho é de fundamental importância para o
(DWORKIN, 2.010, p. 151). bom funcionamento das atividades da empresa e das rela-
Na lição de Rodotá (2.010), o que se busca é reconstruir ções de trabalho entre os funcionários.
o sistema em sua integridade, reconhecendo a importância Vantagens da ética aplicada ao ambiente de trabalho:
dos diferentes componentes formais e informais e não subs- - Maior nível de produção na empresa;
tituir uma visão unilateral por outra visão que não seja me- - Favorecimento para a criação de um ambiente de tra-
nor. A realidade dos comportamentos jurídicos não pode ser balho harmonioso, respeitoso e agradável;
valorada, caso contrário, estar-se-á sempre fortemente con- - Aumento no índice de confiança entre os funcionários.
dicionada ao contexto em que estes valores se manifestam. Exemplos de atitudes éticas num ambiente de trabalho:
Dworkin, ao explicar o pluralismo moral e, por conse- - Educação e respeito entre os funcionários;
guinte, a colisão e a variação dos valores, cita o entendi- - Cooperação e atitudes que visam à ajuda aos colegas
mento de Berlin. Vale conferir: Nossos valores entram em de trabalho;
conflito, insiste Berlin, de uma maneira mais profunda - Divulgação de conhecimentos que possam melhorar o
que esta, motivo pelo qual ele afirma que o ideal de har- desempenho das atividades realizadas na empresa;
monia não é apenas inalcançável, mas incoerente, por- - Respeito à hierarquia dentro da empresa;
que o fato de garantir ou proteger um valor implica, ne- - Busca de crescimento profissional sem prejudicar ou-
cessariamente, abandonar, outros ou fazer concessões. tros colegas de trabalho;
Quer dizer, nossos valores colidem mesmo quando nos - Ações e comportamentos que visam criar um clima
empenhamos em fazer o melhor possível. (BERLIN, cita- agradável e positivo dentro da empresa como, por exemplo,
do por DWORKIN, 2.010, p. 153-154). manter o bom humor;
Já os princípios, para se ter entendimento a respeito é - Realização, em ambiente de trabalho, apenas de tare-
preciso que se entenda antes de tudo o conceito de regra. fas relacionadas ao trabalho;
A regra tem uma única dimensão: a da validade. Se for - Respeito às regras e normas da empresa.
válida, a regra deverá ser aplicada integralmente, em sua in-
teireza, ou não ser aplicada. Esse aspecto da regra é também Ética profissional é o conjunto de normas éticas que for-
chamado de “tudo ou nada”, ou a regra é totalmente aplica- mam a consciência do profissional e representam imperati-
da, ou não. Não existem diferentes graus de aplicação. vos de sua conduta.
Ou seja, são normas válidas condizentes às expectações Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que sig-
gerais da sociedade, havendo, portanto, a imposição de uma nifica propriedade do caráter. Ser ético é agir dentro dos
obrigação, de um dever ser: Neste sentido, Galuppo (1.999) padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o
expõe que os princípios jurídicos levando-se em conta o pla- próximo. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela
no da justificação, são fundamentos formais normativos dos sociedade em que se vive.
demais direitos, e, por conseguinte, o seu ponto inicial. Ter ética profissional é o indivíduo cumprir com todas as
Os princípios, por sua vez, são requisitos de otimização, atividades de sua profissão, seguindo os princípios determi-
deverão ser alcançados da melhor forma possível e possuem nados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
uma ideia de gradação. Cada profissão tem o seu próprio código de ética,
Em outras palavras, podemos dizer que regras são co- que pode variar ligeiramente, graças a diferentes áreas de
mandos definitivos (ou se aplicam ou não se aplicam) en- atuação. No entanto, há elementos da ética profissional
quanto princípios são requisitos de otimização. Se a regra é que são universais e por isso aplicáveis a qualquer ativi-
válida e aplicável, esta requer que seja feito o que se prevê dade profissional, como a honestidade, responsabilidade,
na sua íntegra. Já os princípios são normas que exigem que competência, etc.
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CULTURA ORGANIZACIONAL
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CULTURA ORGANIZACIONAL
A existência de organizações mostra ser possível a coope- Em razão da natureza humana, há necessidade de o lí-
ração humana sistemática. No entanto, as tendências dispersi- der renovar constantemente o esforço cooperativo, que cons-
vas, encontradas nos interesses individuais, bem como a com- titui elemento fundamental para a existência de todas as orga-
plexidade e instabilidade das motivações pessoais, tornam nizações. Sem essa energia unificadora a organização morre, tal
necessário ao líder desenvolver um clima de fé, como prelúdio como uma fogueira não alimentada.
e condição para a tal cooperação. O caráter geral dessa energia unificadora é a tonalidade
O líder deve criar fé na superioridade do interesse comum, moral, expressa por meio de pontos de vista, atitudes funda-
o que significa fazer as pessoas acreditarem na existência de mentais, lealdades e outros elementos intangíveis incorporados
uma probabilidade de sucesso coletivo, dentro do qual as mo- à autoimagem da organização, os quais são moldados e expres-
tivações pessoais possam essencialmente ser satisfeitas des- sos pela liderança executiva.
de que o grupo confie na integridade da autoridade objetiva Todas as pessoas analisam o que está acontecendo e como
exercida na liderança. devem responder àquilo que percebem, mediante o uso de
Sem estabelecer julgamento a respeito da superioridade códigos múltiplos, aplicados seletivamente, de maneira situa-
de uns sobre outros, devemos observar que cada membro de cional. Caso o executivo tenha sucesso na criação de um alto
uma organização possui diversos códigos privados que afe- nível de moralidade organizacional, passará a existir um tipo de
tam suas decisões e seu comportamento. ambiente favorável à autocorreção de decisões, que só tardia-
Significa que a posição executiva implica, para quem as- mente seriam percebidas como equivocadas. Se a moralidade
sumi-la, trabalhar com um número ainda maior de códigos. é baixa, os erros acabam conduzindo à desintegração da orga-
Adicionalmente aos códigos morais próprios e indepen- nização.
dentemente da posição que ocupe, tal incumbência implica
a aceitação, pelo executivo, de diversos códigos adicionais da O que é ética empresarial
sua organização. Estes variam de organização para organiza- Com a clara intenção de evitar a desintegração da orga-
ção e constituem uma acumulação de práticas habituais, ex- nização, torna-se imperativo entender alguns significados mais
periências e tradições, incorporadas na cultura organizacional. profundos da ética e sua relação direta com o mundo dos ne-
São elementos intangíveis, relacionados com a visão que a or-
gócios. Em geral, as opiniões das pessoas sobre a ética tendem
ganização faz de si, bem como percepções de como ela é vista
a ser absolutas ou incondicionais. Sem muita reflexão tende-se
nas relações com a clientela.
a definir ética basicamente como fazer o bem. Qualquer ação
O comportamento e as decisões do executivo se estabe-
que se distancie de tal perspectiva é imediatamente caracteri-
lecem como um símbolo da tonalidade moral da organização,
zada como má e, em função disso, antiética. Assim, a relação
tanto internamente quanto para a clientela. O executivo res-
entre senso comum e ética é uma relação marcada pela unila-
ponsável está firmemente governado pelos próprios códigos
morais, bem como pelos códigos da organização. Quando teralidade, uma vez que ética é caracterizada de forma irrestrita
toma decisões apoiado em impulsos imediatos, desejos, in- e unidimensional.
teresses e/ou problemas que surgem tende a desconsiderar Hoje o debate sobre a ética é cada vez mais intenso e dis-
os códigos da instituição que representa, provocando tensões tante da unilateralidade do senso comum. Marxistas, cristãos,
muitas vezes abusivas. empresários e existencialistas debatem em conjunto questões
Se demonstra equilíbrio entre valores íntimos e valores da relativas ao que é bom e o que é mau na conduta humana.
instituição na tomada de decisão, o executivo é visto como um De David Hume, que viveu no século XVIII, aos dias atuais,
líder responsável, merecedor de posições mais altas no mundo muitos filósofos e estudiosos das mais diversas áreas do co-
organizacional. Se não há sinceridade por parte do executivo a nhecimento vêm se ocupando das questões e dos dilemas éti-
organização tende a acumular problemas, pois ela é o elemento cos que estão sempre rondando as experiências e os conflitos
indispensável na criação do desejo de adesão por parte daqueles humanos. O homem escrevia Sartre está condenado a decidir
cujos esforços, voluntariamente dados, constituem a organização. sobre seu próprio destino. Antes dele, Nietzsche também foi
categórico ao definir o homem como um animal que valora,
Energia unificadora logo um animal ético, pois é o próprio Nietzsche que faz a ge-
Uma alta moralidade organizacional cria um ambiente ca- nealogia do conceito de ética, resgatando sua origem do grego
paz de auto corrigir as decisões do executivo. Ações estas que, ethos, que significa uso, comportamento ou costume. Destes
embora empreendidas com sinceridade, acabam se transfor- pensadores é que deriva a clareza de que a ética está relaciona-
mando em erros táticos e estratégicos. da à ação prática dos homens, não a discursos bem intenciona-
O líder deve fazer as pessoas acreditarem na existência de dos, mas sem qualquer conexão sólida com o mundo da vida.
uma probabilidade de sucesso coletivo com impactos negati- Portanto, é deles também que herdamos a capacidade crítica de
vos na esfera econômica. Cada executivo, ainda que talentoso, perceber o abismo existente entre o que é dito e o que é efe-
comete enganos de tempos em tempos, que são percebidos tivamente feito em nome da ética no interior das organizações
como lapsos pelos colaboradores na organização. Uma mo- formais. Se no plano discursivo a ética aparece como imperativo
ralidade baixa não sustenta a liderança por muito tempo; sua categórico, ou como valor universal, no mundo concreto da vida
influência rapidamente esvanece, atrapalhando a própria su- nega-se tudo isto, invariavelmente, em nome do auto interesse.
cessão da liderança. Uma moralidade organizacional alta é o A tensão permanente entre valores universais e valores in-
fator capaz de superar as forças desintegradoras dos interes- dividuais é a tônica da investigação ética. Sendo assim, po-
ses e motivações individuais, educando a tendência constante de-se definir a ética a partir de uma reflexão, da busca de
dos indivíduos de procurar os próprios caminhos. uma teoria sobre a conduta humana. A investigação ética,
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CULTURA ORGANIZACIONAL
além de visar ao estabelecimento de conceitos sobre o com- Fica evidente que Weber admite que organizações que
portamento moral dos seres humanos, pode ser entendida a se antecipam no que se refere a tomadas de decisões am-
partir do seguinte princípio: toda decisão que implicar danos paradas na ética, diferentemente do que se poderia pensar,
ou prejuízos diversos aos outros não pode ser considerada tendem a aumentar seus níveis de competitividade.
ética. Nos termos expressos, a ética não pode apresentar-se Fazer referências à ética empresarial ou à ética dos ne-
como ameaça ou como aquilo que as pessoas, empresas ou gócios implica estudar e tornar inteligível a moral vigente
governos jamais fariam se não fossem obrigadas. Se aceitar- nas empresas capitalistas contemporâneas contrariando ou-
mos estas percepções negativas da ética como verdadeiras, tras análises que insistem em acentuar possíveis incompati-
estaremos negando sua dimensão civilizatória. bilidades entre ética e sucesso empresarial.
Estaremos negando que o sucesso tanto das nações Se para muitas pessoas associadas ao mundo dos negó-
quanto das organizações diversas tem como pano de fundo cios às supostas exigências da ética se apresentam invaria-
a ética; a ação responsável em termos não apenas econômi- velmente como verdadeiros obstáculos, para outras as difi-
cos, mas principalmente socioambientais, é o sustentáculo de culdades foram transformadas em oportunidades de êxito e
uma grande organização. de expansão.
Na perspectiva de Weber, a dimensão ética relacionada Neste particular, fazer referências à ética empresarial ou
às crenças íntimas é de pouco proveito e, em certos casos, até à ética dos negócios implica estudar e tornar inteligível a
prejudicial às tomadas de decisões. Para ele, (...) toda a ati- moral vigente nas empresas capitalistas contemporâneas e,
vidade orientada segundo a ética pode ser subordinada em especial, a moral predominante em empresas de uma
a duas máximas inteiramente diversas e irredutivelmente nacionalidade específica.
opostas. Pode orientar-se segundo a ética da responsa-
bilidade ou segundo a ética da convicção. Isso não quer Ética empresarial como fator de produção
dizer que a ética da convicção equivalha a ausência de res- A caracterização da ética como fator de produção é fei-
ponsabilidade, e a ética da responsabilidade a ausência de ta de forma pioneira por um economista, Giannetti (1993
convicção. Não se trata disso, evidentemente. Não obs- e 2000), em seus diálogos interdisciplinares envolvendo as
tante, há oposição profunda entre a atitude de quem se teorias clássicas da economia e as reflexões éticas herdadas
conforma às máximas da ética da convicção diríamos, em da filosofia. A ideia central de Giannetti é demonstrar que,
linguagem religiosa, O cristão cumpre seu dever e, quan- embora o mercado seja notadamente o melhor espaço para
to aos resultados da ação, confia em Deus e a atitude de as trocas de bens e serviços, não pode prescindir da ética.
quem se orienta pela ética da responsabilidade, que diz: Uma de suas conclusões é que a riqueza ou a pobreza de
Devemos responder pelas previsíveis consequências de uma nação deve ser buscada na qualidade ética de seus jo-
nossos atos. (WEBER, 1968, p.114). gadores, isto é, de todos os agentes econômicos, sociais e
Na formulação de Weber, a ética da convicção, por deri- políticos envolvidos. Com este raciocínio, Giannetti torna vi-
var de uma ética religiosa, busca inspiração, autoridade e legi- sível que a ética não pode ser apreendida como uma amea-
timidade no passado, ao passo que a ética da responsabilida- ça, e sim aliada para o sistema econômico.
de legitima-se e se orienta para o futuro. Em outras palavras, Considerando que a ética, na abordagem não apenas de
trata-se do confronto clássico entre tradição e modernidade. Giannetti, mas também de Lipovetski (1994), Srour (2000) e
Enquanto a ética da convicção tem seus fundamentos muito outros, é um excelente negócio, é fundamental delimitar as
mais fincados nas tradições passadas e internalizadas pelos noções de ética empresarial a partir de questões práticas;
indivíduos como se fossem suas, a ética da responsabilida- de atos e não simplesmente de discursos bem intenciona-
de busca sustentação no futuro prometido pelo humanismo dos dos líderes. As éticas empresariais constituem-se a partir
antropocêntrico do período renascentista. A diferença funda- de deliberações, em função de análises das circunstâncias,
mental é que a ética da responsabilidade induz o homem a se dos propósitos, da razão, dos resultados previsíveis, dos
reposicionar diante de suas próprias decisões, não cabendo prognósticos e dos fatores condicionantes. Elas têm como
remeter aos outros a responsabilidade futura pelos seus atos. fundamentos níveis elevados de incertezas, flexibilizações e
É perceptível que uma ética apoiada apenas em convic- análises de risco.
ções íntimas não é adequada para os tomadores de decisão, Assim, ao chamar para si a responsabilidade por seus
nem para governos, nem para grandes corporações. É mais atos, o líder transforma a ética em diferencial não apenas
apropriada para funcionários executores de ordens com re- para si, mas, sobretudo, para a empresa diante de juízes
duzidos espaços para questionamentos. A decisão de esta- cada vez mais exigentes, ou seja, as sociedades contempo-
distas, chefes políticos, empresários ou quaisquer homens râneas. Empresas que se antecipam, isto é, que tomam deci-
de ação, ao contrário, deve estar apoiada em uma ética que sões éticas, têm se destacado em todos os domínios da vida
vá além das convicções íntimas, a ética da responsabilidade, associativa por uma razão: conseguem fidelizar clientes.
que não concede espaço para delegação de poderes. Assim, Na busca pela fidelização de clientes, a organização,
justifica-se a defesa de que a ética empresarial predominan- para ser classificada como ética, precisa: sentir-se livre em
te é a da responsabilidade. Isto porque, cada vez mais se relação a subornos e chantagens de governos, de fornece-
configuram cenários que obrigam empresas, instituições e dores e de outros, para tomar decisões; assumir responsa-
pessoas a optarem por decisões éticas não por bom-mo- bilidades pelas tomadas de decisão; e, ainda, as decisões,
cismo, mas, primeiro, por estratégias de sobrevivência e, conscientemente, não deverão ser abusivas em relação ao
depois, pela necessidade imperativa de expansão dos ne- outro, se considerarmos que ninguém é ético em relação a
gócios. si mesmo, mas sempre em relação ao outro.
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No que diz respeito ao outro, é necessário qualificar de 32 milhões de embalagens de todo o território norte-ame-
quem se trata ou quem ele é. Em termos concretos, o outro ricano. Na operação, a empresa enfrentou redução em seu
pode ser o vizinho, o pai, a mãe, o irmão, o sócio, a empresa, o faturamento mensal na ordem de 88%; de US$ 33 milhões,
governo, a sociedade, o Planeta. Retomando a definição, sem- baixou para US$ 4 milhões. Além dessa primeira iniciativa, a
pre que se age livremente, movido por princípios íntimos ou va- Johnson&Johnson assumiu total responsabilidade pelas víti-
lores calculistas e úteis à organização à qual se faz parte, está-se mas, indenizando-as junto a seus parentes e familiares. Em
diante de possibilidades objetivas de ser mais ou menos abusi- seguida, desembolsou US$ 100 milhões com a parte fiscal
vo em face de quem quer que seja o outro. O raciocínio é válido da devolução dos remédios e, por último, ainda gastou mais
para toda e qualquer circunstância que envolva seres vivos. US$ 150 milhões em campanhas publicitárias para recuperar
Sendo assim, a ética implica decidir o destino de outros o mercado perdido, obtendo enorme sucesso dois anos de-
seres que estão em volta. Quando um líder decide o que, como pois do incidente.
e quanto produzir, e assim inicia o processo produtivo, não Numa primeira análise das experiências expostas, as
está decidindo apenas o seu destino, mas os destinos de todos iniciativas da Johnson&Johnson foram louváveis porque
aqueles que serão atingidos por tais escolhas. Estas últimas po- agiram de acordo com princípios éticos. Contudo, é funda-
dem ser emancipatórias ou abusivas, sobretudo para aqueles mental enfatizar que o grande motivador das ações éticas da
que estão envolvidos no jogo, como fatores de produção, e não empresa em questão foi à força de uma sociedade capaz de
como seres humanos. Note-se que no centro da problemática pressioná-la a agir da forma que agiu. Em outros termos, a
exposta reina a questão ética. É possível pensá-la, também, Johnson&Johnson agiu eticamente nos Estados Unidos por-
como fator de produção? É evidente que sim. Se a trajetória que dificilmente recuperaria sua imagem se negligenciasse
da ascensão e expansão do capitalismo engendrou e legitimou ou se passasse por cima dos fatos. O ocorrido ensina que o
percepções abusivas no que se refere aos fatores de produção, mundo dos negócios já não pode fazer o que bem entende,
tais percepções veem-se obrigadas a receber reparos. já não pode ser abusivo; enfim, já não pode agir de acordo
A ética vem conquistando o direito de se tornar fator de com suas paixões íntimas. As pessoas agem eticamente sem-
produção não por uma transformação espontânea, natural, pre que são obrigadas a fazê-lo, não por espontaneidade ou
positiva e humanística dos gestores do capital, mas porque as
voluntarismo um freio para estes possíveis abusos. Existe um
pressões oriundas da sociedade forçam essa nova tomada de
fator que o obriga a educar suas vontades: a ética.
consciência. Pelo mundo afora não são poucos os casos de op-
Em um mundo balizado pela lógica do lucro rápido, as
ção pela ética, não por bom-mocismo, mas por necessidade de
pessoas agem eticamente sempre que são obrigadas a fazê
sobrevivência e de expansão a médio e longo prazos. Alguns
-lo, não por espontaneidade ou voluntarismo. A prova disto
exemplos são ilustrativos.
é que a Johnson&Johnson só se preocupou em recolher em-
Pesquisas na Universidade de Harvard vêm demonstran-
do que empresas efetivamente preocupadas e direcionadas balagens dos Estados Unidos; outras regiões do mundo, sem
para os stakeholders (fornecedores, acionistas, consumidores, poder de pressão ou desinformadas, permaneceram entre-
empregados e comunidade) apresentam indicadores de cres- gues à própria sorte.
cimento muito superiores aos de outras companhias que ne- Infere-se da análise que a decisão ética de qualquer em-
gligenciam tais estratégias. Em termos de empregos, elas vêm presa é refém de sociedades minimamente preparadas para
gerando entre quatro e oito vezes mais do que as que se limi- reagir, para eliminar possíveis atalhos que as empresas quei-
tam a satisfazer acionistas. ram seguir, em nome de interesses particulares e abusivos
A título de ilustração, tome-se a experiência de determina- face à coletividade. Quanto mais tolerante for à coletividade
da empresa suíça, especializada em serviços financeiros éticos, em relação aos desmandos, corrupções e à impunidade, mais
que criou o Dow Jones Sustainability Index (Índice de Susten- aberto estará o cenário para ações abusivas por parte das
tabilidade). O índice é composto por 229 empresas, tais como organizações. É importante ressaltar que, do ponto de vista
Honeywell, Unilever e Fujitsu e, de acordo com os parâmetros das organizações, o sucesso está associado ao maior con-
estabelecidos pelo índice, às empresas citadas produzem, em trole, à maior redução dos níveis de incerteza, isto é, à maior
média, maior retorno para os acionistas do que outras empre- capacidade de tomar decisões éticas em relação à sociedade.
sas da mesma região, em prazos médios de cinco anos. Além Por carregar um enorme poder de irradiação pelos efei-
disso, cumpre destacar que as empresas éticas foram mais tos que provoca, nenhuma decisão empresarial é neutra. Em
bem-sucedidas que outras vinculadas ao mesmo setor. termos práticos, direta ou indiretamente, as decisões costu-
Há de se notar a preocupação de empresários em se an- mam afetar os stakeholders, os agentes que mantêm víncu-
tecipar a um movimento que parece decisivo ao processo de los internos e externos com a organização. O exemplo da
elevação dos níveis de competitividade das corporações. O re- Johnson&Johnson nos conduz à certeza de que ter atitude
ferido movimento já percebeu que a ética não pode mais ser heroica abraçando os erros não compensa. É mais inteligente
encarada como inútil. Figura de retórica, e sim como fator fun- ter a transparência como diferencial e como grande negócio.
damental ao êxito das organizações formais. Situações difíceis sempre existiram. O importante são os
Outro caso citado e analisado por Srour (2000) – digno pequenos esforços, cuidadosos e práticos, vindos de pessoas
de destaque é o da Johnson & Johnson, no início da década que ficam fora das luzes da ribalta. A atitude heroica de pe-
de 1980, nos Estados Unidos. Ao ser notificada de que sete dir demissão e denunciar o problema deveria ser o último e
pessoas, em Chicago (EUA), haviam morrido envenenadas desesperado recurso das pessoas em posição de liderança.
por um de seus produtos, o Tylenol (conhecido analgésico), Em primeiro, segundo e terceiro lugares deveria estar a li-
a empresa imediatamente recolheu o medicamento cerca de derança ética.
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CULTURA ORGANIZACIONAL
Por que a ética voltou a ser um dos temas mais trabalha- - Legalidade: todo ato administrativo deve seguir fielmen-
dos no pensamento administrativo? Pode ser que as pessoas te os meandros da lei;
estejam começando a perceber que não é possível construir - Impessoalidade: aqui é aplicado como sinônimo de
patrimônios estando apoiadas em ações administrativas que igualdade, todos devem ser tratados de forma igualitária, res-
prescindam da ética. É como se a antiga ilusão de ganhar peitando-se o que a lei prevê;
dinheiro a qualquer custo tivesse se transformado em de- - Moralidade: respeito ao padrão moral para não compro-
sespero em face das vigorosas exigências éticas. No campo meter os bons costumes da sociedade;
da administração, as grandes expectativas de um sucesso - Publicidade: se refere à transparência de todo ato públi-
pretensamente neutro, alheio aos valores éticos e humanos, co, salvo os casos previstos em lei;
tiveram resultados desalentadores. Ao deixar de ser uma - Eficiência: ser o mais eficiente possível na utilização dos
ameaça, a ética conquista seu próprio espaço e se transfor- meios que são postos a sua disposição para a execução do
ma em possibilidade concreta de sucesso. seu mister.
A ética é uma ótica e isto significa que existem múltiplas É importante também observar que todo ato do servidor
morais, historicamente fundamentadas, e que há éticas no público deve observar o equilíbrio entre legalidade e finalida-
plural que se desdobram em várias abordagens. Uma dessas de para que o princípio da moralidade seja cumprido, ou seja,
abordagens considera a conciliação entre a ética da respon- o ato só terá a sua finalidade alcançada e válida se durante
sabilidade e a ética da convicção. O presente texto traz ao todo o processo, os meios utilizados forem legais e observa-
mundo empresarial uma modesta reflexão sobre a impor- rem o interesse público.
tância da ética no mundo dos negócios, tendo como base a A gestão ética nas empresas vai além do “bem proceder”
necessidade do executivo de integrar a ética da responsabi- com relação aos negócios que tal empresa ou entidade lucra-
lidade com a ética da convicção. Neste sentido, a responsa- tiva possam estar ligadas, o comportamento ético empresarial
bilidade do executivo aparece como o substrato moral. também se relaciona com a responsabilidade social das em-
Não podemos desconsiderar o fato de que ética implica presas perante seus clientes e comunidade em geral.
investimento de médio e longo prazos. As análises expostas As empresas que apresentam a postura ética mantêm
nos autorizam a concluir parcialmente que ao relacionar o ações que visam o bem estar da comunidade e a preocupação
conceito de ética à possibilidade de reduzir dimensões abu- com o meio ambiente e com outras questões que denotam
sivas das ações dos homens sobre sociedade pode ser fértil um comportamento social responsável.
para novos estudos preocupados em demonstrar que não Dentro desse contexto de responsabilidade social e preo-
existe incompatibilidade entre ética e êxito empresarial. cupação com os clientes, algumas empresas tem adotado me-
Finalmente, é preciso destacar que ética não se aprende didas para que a ética seja realmente um diferencial no rela-
ouvindo ou lendo belos discursos. Ética é, fundamentalmen- cionamento que mantém com seus clientes.
te, emoção, vivência, experiência singular (HEEMANN, 2001). Já os órgãos públicos, por lei, devem criar comissões de
É preciso educar a mente para sentir a ética penetrando e ética que, além de fiscalizar devem promover ações que des-
transformando nosso corpo por inteiro. A ética só se torna pertem no servidor a consciência ética no tratamento com o
eficaz à medida que os tomadores de decisões adquirem a público e com os equipamentos.
capacidade de se indignar diante de ações ou fatos que an- Um conflito de interesse acontece toda vez que um inte-
tes não lhes afetavam. Por Osmar Ponchirolli e José Edmilson resse particular possa se sobrepor a um interesse público.
de Souza Lima. Os conflitos de interesses são tratados pela resolução nº 8
da Presidência da República.
A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E Resolução nº 8
PRIVADAS Todas as vezes que o exercício do cargo público puder
Quando se fala em ética no serviço público logo asso- ser impropriamente afetado por interesse privado do agen-
ciamos a corrupção, roubo, desvio de dinheiro etc. Na ver- te público ou de pessoa a ele ligada por laços de compadrio,
dade, a ética no setor público se refere a muito mais que parentesco ou negócio configura-se uma situação que suscita
isso, ela deve estar presente em todo ato administrativo, a conflito de interesses.
fim de que os princípios constitucionais sejam cumpridos.
Um dos fundamentos que precisa ser compreendido é Situações de risco:
o de que o padrão ético dos servidores públicos advém de 1. Atividades profissionais paralelas ao exercício da função
sua natureza, ou seja, o caráter público e sua relação com o pública:
público. a) no próprio setor público:
O servidor deve estar atento a esses padrões não ape- a1. participação em conselhos de empresas;
nas no exercício de suas funções, mas 24 horas por dia du- a2. docência;
rante toda a sua vida. O caráter público do seu serviço deve b) no setor privado:
se incorporar em sua vida privada, com o fim de que os valo- b1. em empresas e sociedades com ou sem fins lucrativos;
res morais e a boa fé, amparados constitucionalmente como b2. em ONGs;
princípios básicos e essenciais a uma vida equilibrada, se in- b3. prestação de consultoria.
siram, e seja uma constante em seu relacionamento com os 2. Atividade político-partidária e em entidades associati-
colegas e com os usuários do serviço. vas diversas.
Os princípios que devem ser observados pelos servido- 3. Investimentos e outras relações de negócio, inclusive
res são: participação em empresas.
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CULTURA ORGANIZACIONAL
4. Exercício de atividades profissionais no setor privado A literatura apresenta trabalhos sobre o chamado “cho-
após deixar o cargo: que cultural” em executivos expatriados (CHEW, 2004). Uma
a) Atuar para pessoa física ou jurídica com quem se rela- pesquisa baseada em relatório de multinacionais que aloca-
cionava institucionalmente em função do cargo público; ram executivos para projetos no exterior concluiu que: 40%
b) Atuar em processo ou negócio que tenha sido objeto deles deixaram o cargo por não se ajustarem às novas cul-
de sua participação em função do cargo público que ocupou; turas, e 50% dos remanescentes apresentaram desempenho
c) Representar interesse privado junto ao órgão público abaixo da média, causando somente no aspecto performan-
onde o exerceu cargo ou com o qual tenha mantido relacio- ce, perdas de US$2 bilhões por ano para o conjunto dessas
namento oficial direto e relevante. empresas.
5. Relações de compadrio e parentesco Medidas para Agora, essas empresas estão sendo obrigadas a ofere-
Prevenir Conflitos: cerem treinamento e acompanhamento psicológico para os
- Observar vedação para desenvolver certas atividades gerentes que vão substituir os que retornam que, por sua vez,
paralelas, em função do cargo público ocupado. são igualmente submetidos a esses treinamentos e acompa-
- Limitação para fazer investimentos em ativos cujo valor ou nhamentos.
cotação possa ser afetado por decisão ou política governamental a Alguns exemplos podem ilustrar comportamentos dife-
respeito da qual o agente público tenha informações privilegiadas. rentes associados à ética das diferentes culturas: na Tailândia
- Transferir a gestão do patrimônio próprio para adminis- e nos países árabes, não se pode cruzar as pernas e mostrar
tradores independentes a sola do sapato para quem quer que seja. Trata-se de um in-
- Declarar-se impedido para participar do processo deci- sulto, pois esta é considerada a parte mais suja da vestimenta
sório a respeito de matéria que envolva interesse pessoal ou das pessoas, logo, por uma questão de respeito ao outro, não
de pessoa ligada por laços de parentesco ou negócio; deve ser mostrada. Em algumas regiões do Oriente Médio, da
- Quarentena: África e da Ásia, é preciso ter cuidado com as mãos, particular-
a) Restrições para atividades profissionais em função da mente a esquerda, por ser utilizada na higiene pessoal.
matéria; Como as diferentes culturas produzem diferentes tipos
b) Restrições para atividades profissionais em função da
de ética, somente a responsabilidade social pode ser seu
área de atuação ou relacionamento mantido enquanto no
contraponto, já que, no dizer de Francisco Gomes de Mattos
cargo público. Por Luis Guilherme Winther Neves
(2005), consultor de Estratégia Empresarial, “a responsabilida-
Ética e Responsabilidade Social
de social é uma exigência básica à atitude e ao comportamen-
A ética, como já explicitado, tem a ver com a conduta
to ético, através de práticas que demonstrem que a empresa
humana, com a forma como o ser humano se relaciona en-
possui uma alma, cuja preservação implica solidariedade e
tre si. As relações humanas são pautadas por um conjunto
de princípios ou padrões, nem sempre consensuais, mas que compromisso social”.
permitem a interação entre as pessoas. Até agora, pouco se Toda e qualquer cultura com suas respectivas éticas e
conseguiu quanto a princípios universais, aceitos por todos procedimentos particulares, certamente será sensível a um
indistintamente. Catástrofes, por vezes, pelo impacto que sentido moral que vincule o indivíduo à vida e aos interesses
causam, levam à produção de legislações aceitas por maio- de seu grupo social. A solidariedade atinge a todos, é univer-
rias, pelo menos formalmente, como, por exemplo, a legis- sal e ética. Portanto, entendida por toda e qualquer cultura, já
lação pactuada na ONU sobre os Direitos Humanos, apesar que denota reciprocidade de interesses e obrigações.
de suas constantes violações. O que tende a permanecer não Os aspectos éticos na avaliação da responsabilidade so-
são os pactos universais, mas os pactos locais, estabelecidos cial da empresa referem-se, entre outros, às dimensões éticas
por forte consenso e estratificados pelo tempo. O tradicional na condução dos negócios, às questões morais que se origi-
é exatamente isso, mesmo quando se confronta com valores nam da relação trabalho/empresa e ao acordo explícito entre
limítrofes, próximos, e tecnologias que se desenvolvem ex- os objetivos e metas da empresa com o cumprimento dos
ponencialmente. O que é material muda muito rapidamente, códigos de ética dos profissionais que dela fazem parte.
através de tecnologias de produtos, processos e operações, Embora existam diferenças conceituais entre administra-
que são filtradas por valores culturais, que mudam também, dores públicos e privados, de acordo com os compromissos
mas de uma forma muito mais lenta. A tendência de conflitos de cada um, existe um princípio que norteia o comporta-
neste momento de globalização não parece ser uma quime- mento de todos na sociedade, o da probidade administrativa
ra. Ainda são necessários novos pactos para que se possa ter (MARTINS JR., 2001) e social. A probidade não pode ser uma
uma ética global, mais ampla, aceita por todos. Quando na falácia, uma contradição entre o que se faz e o que se diz. O
Academia as pesquisas são avaliadas pelo prisma da ética, caráter de integridade e honradez deve ser legitimado por
a tarefa recomendada pelos Comitês de Ética em Pesquisa avaliações de natureza legal, financeira e ética, como supõem
(SERRUYA & MOTTA, 2006) consiste em analisar de maneira as pontuações requeridas pela responsabilidade social, quan-
crítica e imparcial as ferramentas científicas (conceitos, teo- do avaliam empresas e países que se propõem a competir
rias, paradigmas); os materiais e métodos; os valores e as num mercado aberto, ou propenso a se abrir.
crenças sobre o correto e o incorreto; o justo e o errado, O consultor Matos lembra que em sociedade é impossí-
diretamente envolvidos pela pesquisa, seja ela pertencente vel a continuidade de um grupo que não tenha estrutura ética
ao âmbito das ciências naturais ou sociais (A Administração na forma de valores, princípios, limites, respeito à pessoa e
é uma ciência social aplicada e a Engenharia de Produção sentido de bem comum. Informa da necessidade de Predis-
acrescenta a dimensão social às engenharias). posição Ética, por parte de empresas e pessoas, que se via-
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CULTURA ORGANIZACIONAL
biliza através da sensibilidade social, da percepção de valor catálogo de produtos e serviços, por mais atrativo que este
e da relevância do bem moral. Mas isso só é possível quando possa ser. O cenário mundial globalizado, marcado por forte
há Consciência Ética, que corresponde à capacidade de ava- concorrência e rapidez do fluxo de informações, traz exigên-
liar e julgar. Ao mesmo tempo, recomenda a necessidade de cias novas - justificadas preocupações, por exemplo, com a
substancial revisão na realidade organizacional que vige no sustentabilidade, que começamos a ver em concepção mais
país, tais como: ampla, de preservação e renovação de recursos naturais, de
- Autoritarismo: concentração do poder, dominação, posicionamento moral diante de comportamentos ou atitudes
tendência à fragmentação (ilhas de poder nas organizações). de pessoas ligadas à gestão de recursos financeiros, de parti-
- Paternalismo: corrupção do poder, privilégios, assis- cipação em decisões que possam afetar o desenvolvimento
tencialismo opressor. social.
- Individualismo: competição predatória, egoísmo, falta Consequentemente, o conjunto formado por Missão,
de visão social. Crenças e Visão de Futuro, que indica diretrizes de política em-
- Consumismo: possessividade, canibalismo social, ânsia presarial, também passa a ser considerado como tradução da
de possuir sempre mais. razão de ser de uma organização. Em todos os níveis funcio-
Segundo seus estudos, o foco deve ser sempre o ho- nais, influencia estratégias, práticas e relacionamentos e, com
mem, em dignidade e oportunidades. O homem em equipes isso, levanta implicações morais que é preciso antever e siste-
inteligentes, integrado e interagindo. Essa sinergia resulta da matizar sob a compreensão da Ética.
consciência ética, e a ética pressupõe 4 elementos: Como ciência da moral, a Ética é amplamente aceita como
- Liberdade; uma reflexão sobre a ação humana e suas consequências. Ela
- Dignidade/Responsabilidade; nos esclarece sobre o alcance das decisões que tomamos em
- Igualdade de Oportunidades; e sociedade, de modo a se tornar um guia para a escolha correta
- Direitos Humanos. dos meios empregados na busca de nossos objetivos. É nesse
Para este autor, ser competente pressupõe ser ético, já sentido que o Banco do Brasil vem assumindo a abordagem
que não vale a pena para nenhuma empresa ter profissio- da ética: na perspectiva de empresa socialmente responsável.
nais competentes e aéticos. Frequentemente esses profissio- De que maneira comunicar essa disposição, ou seja, como
nais ganham negócios, mas perdem a empresa. Geralmen- dizer claramente o nosso compromisso moral com todos os
te agem com uma visão imediatista, sem respeitar valores. parceiros? Como guiar nosso relacionamento, que queremos
Para esses profissionais vale tudo para obter resultados: o que seja íntegro, com colegas de trabalho, clientes, acionistas,
concorrente tem que ser eliminado, o cliente “encantado” a fornecedores, agentes governamentais e cidadãos das comu-
qualquer preço. nidades em que atuamos?
A educação ética, quando faz parte da cultura da em- Temos uma história prestigiosa de participação positiva
presa, é a contrapartida da organização aos profissionais na formação do País, não somente na esfera econômica, mas
aéticos, mesmo competentes. também no campo da cultura, da educação, da promoção so-
Quanto ao lucro, condição necessária à perpetuidade da cial e, mais recentemente, da preservação do planeta. Também
empresa, é importante que se acrescente a ele um conteúdo estamos empenhados em continuar construindo e comparti-
ético também. Por Orlando Nunes Cosenza e Ilan Chamovitz lhando valores morais, tradição em nossa imagem institucio-
nal tão prezada pelos brasileiros. Em todos os momentos, o
profissionalismo dos funcionários foi decisivo para que che-
gássemos ao bom êxito.
CÓDIGO DE ÉTICA DO BANCO DO É assim que, acreditando nesse engajamento e levando
BRASIL (DISPONÍVEL NO SÍTIO DO BB NA adiante o programa de Gestão da Ética Corporativa da nossa
INTERNET). Agenda 21 Empresarial, apresentamos o Código de Ética do
Banco do Brasil. Produto da participação representativa de
conselho diretor, executivos e funcionários, este documento
O Código de Ética do Banco do Brasil ratifica a contínua confirma e expressa os valores éticos seguidos pela Empresa.
valorização dos preceitos éticos existentes na cultura da Or- Portanto, próprios a cada um de nós, incumbidos de garantir
ganização, reconhecidos pela comunidade. a permanência dessa importante reflexão em nossa atividade
O Banco do Brasil reconhece a responsabilidade do fun- diária.
cionário pela imagem que detém na comunidade e pela dis-
seminação e manutenção dos princípios éticos envolvidos Código de Ética do Banco do Brasil
na sua atuação no mercado.
Dessa forma, convidamos a todos que têm compromis- Clientes
so com a marca BB para compartilhar a reflexão sobre esses 1. Oferecemos produtos, serviços e informações para o
valores, de forma a perpetuar a credibilidade e o sucesso da atendimento das necessidades de clientes de cada segmento
Empresa. de mercado, com inovação, qualidade e segurança.
Conselho de Administração 2. Oferecemos tratamento digno e cortês, respeitando os
Introdução interesses e os direitos do consumidor.
Na sociedade contemporânea, a identidade de uma 3. Oferecemos orientações e informações claras, confiáveis
empresa, ou a maneira como ela é conhecida e lembrada e oportunas, para permitir aos clientes a melhor decisão nos
pelas pessoas, não está mais fundamentada apenas no seu negócios.
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Na verdade, o Código trata de um conjunto de normas Art. 2o As normas deste Código aplicam-se às seguintes
às quais se sujeitam as pessoas nomeadas pelo Presiden- autoridades públicas:
te da República para ocupar qualquer dos cargos nele pre- I - Ministros e Secretários de Estado;
vistos, sendo certo que a transgressão dessas normas não II - titulares de cargos de natureza especial, secretários
implicará, necessariamente, violação de lei, mas, principal- -executivos, secretários ou autoridades equivalentes ocupan-
mente, descumprimento de um compromisso moral e dos tes de cargo do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores
padrões qualitativos estabelecidos para a conduta da Alta - DAS, nível seis;
Administração. Em conseqüência, a punição prevista é de III - presidentes e diretores de agências nacionais, autar-
caráter político: advertência e “censura ética”. Além disso, é quias, inclusive as especiais, fundações mantidas pelo Poder
prevista a sugestão de exoneração, dependendo da gravida- Público, empresas públicas e sociedades de economia mista.
de da transgressão.
A linguagem do Código é simples e acessível, evitan- Art. 3o No exercício de suas funções, as autoridades pú-
do-se termos jurídicos excessivamente técnicos. O objetivo é blicas deverão pautar-se pelos padrões da ética, sobretudo no
assegurar a clareza das regras de conduta do administrador, que diz respeito à integridade, à moralidade, à clareza de posi-
de modo que a sociedade possa sobre elas exercer o contro- ções e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiança
le inerente ao regime democrático. do público em geral.
Além de comportar-se de acordo com as normas estipu- Parágrafo único. Os padrões éticos de que trata este ar-
ladas, o Código exige que o administrador observe o decoro tigo são exigidos da autoridade pública na relação entre suas
inerente ao cargo. Ou seja, não basta ser ético; é necessário atividades públicas e privadas, de modo a prevenir eventuais
também parecer ético, em sinal de respeito à sociedade. conflitos de interesses.
A medida proposta visa a melhoria qualitativa dos pa-
drões de conduta da Alta Administração, de modo que esta Art. 4o Além da declaração de bens e rendas de que trata
Exposição de Motivos, uma vez aprovada, juntamente com a Lei no 8.730, de 10 de novembro de 1993, a autoridade pú-
o anexo Código de Conduta da Alta Administração Federal, blica, no prazo de dez dias contados de sua posse, enviará à
poderá informar a atuação das altas autoridades federais, Comissão de Ética Pública - CEP, criada pelo Decreto de 26 de
maio de 1999, publicado no Diário Oficial da União do dia 27
permitindo-me sugerir a publicação de ambos os textos,
subseqüente, na forma por ela estabelecida, informações sobre
para imediato conhecimento e aplicação.
sua situação patrimonial que, real ou potencialmente, possa
Estas, Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
suscitar conflito com o interesse público, indicando o modo
as razões que fundamentam a proposta que ora submeto à
pelo qual irá evitá-lo.
elevada consideração de Vossa Excelência.
Art. 5o As alterações relevantes no patrimônio da autori-
Respeitosamente,
dade pública deverão ser imediatamente comunicadas à CEP,
PEDRO PARENTE especialmente quando se tratar de:
Chefe da Casa Civil da Presidência da República I - atos de gestão patrimonial que envolvam:
a) transferência de bens a cônjuge, ascendente, descen-
CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO dente ou parente na linha colateral;
FEDERAL b) aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa; ou
c) outras alterações significativas ou relevantes no valor ou
Art. 1o Fica instituído o Código de Conduta da Alta Ad- na natureza do patrimônio;
ministração Federal, com as seguintes finalidades: II - atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substan-
I - tornar claras as regras éticas de conduta das auto- cialmente alterado por decisão ou política governamental. (Re-
ridades da alta Administração Pública Federal, para que a dação dada pela Exm nº 360, de 17.9.2001)
sociedade possa aferir a integridade e a lisura do processo § 1o É vedado o investimento em bens cujo valor ou cota-
decisório governamental; ção possa ser afetado por decisão ou política governamental a
II - contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éti- respeito da qual a autoridade pública tenha informações privi-
cos da Administração Pública Federal, a partir do exemplo legiadas, em razão do cargo ou função, inclusive investimentos
dado pelas autoridades de nível hierárquico superior; de renda variável ou em commodities, contratos futuros e moe-
III - preservar a imagem e a reputação do administrador das para fim especulativo, excetuadas aplicações em modali-
público, cuja conduta esteja de acordo com as normas éticas dades de investimento que a CEP venha a especificar. (Redação
estabelecidas neste Código; dada pela Exm nº 360, de 17.9.2001)
IV - estabelecer regras básicas sobre conflitos de inte- § 2o Em caso de dúvida, a CEP poderá solicitar informações
resses públicos e privados e limitações às atividades profis- adicionais e esclarecimentos sobre alterações patrimoniais a ela
sionais posteriores ao exercício de cargo público; comunicadas pela autoridade pública ou que, por qualquer ou-
V - minimizar a possibilidade de conflito entre o interes- tro meio, cheguem ao seu conhecimento. (Redação dada pela
se privado e o dever funcional das autoridades públicas da Exm nº 360, de 17.9.2001)
Administração Pública Federal; § 3o A autoridade pública poderá consultar previamen-
VI - criar mecanismo de consulta, destinado a possibi- te a CEP a respeito de ato específico de gestão de bens que
litar o prévio e pronto esclarecimento de dúvidas quanto à pretenda realizar. (Parágrafo incluído pela Exm nº 360, de
conduta ética do administrador. 17.9.2001)
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§ 4o A fim de preservar o caráter sigiloso das informa- Art. 13. As propostas de trabalho ou de negócio futu-
ções pertinentes à situação patrimonial da autoridade pú- ro no setor privado, bem como qualquer negociação que
blica, as comunicações e consultas, após serem conferidas envolva conflito de interesses, deverão ser imediatamente
e respondidas, serão acondicionadas em envelope lacrado, informadas pela autoridade pública à CEP, independente-
que somente poderá ser aberto por determinação da Co- mente da sua aceitação ou rejeição.
missão. (Parágrafo incluído pela Exm nº 360, de 17.9.2001)
Art. 14. Após deixar o cargo, a autoridade pública não
Art. 6o A autoridade pública que mantiver participação poderá:
superior a cinco por cento do capital de sociedade de eco- I - atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou
nomia mista, de instituição financeira, ou de empresa que jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, em pro-
negocie com o Poder Público, tornará público este fato. cesso ou negócio do qual tenha participado, em razão do
cargo;
Art. 7o A autoridade pública não poderá receber salário II - prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusi-
ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desa- ve sindicato ou associação de classe, valendo-se de informa-
cordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou ções não divulgadas publicamente a respeito de programas
quaisquer favores de particulares de forma a permitir situa- ou políticas do órgão ou da entidade da Administração Pú-
ção que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou ho- blica Federal a que esteve vinculado ou com que tenha tido
norabilidade. relacionamento direto e relevante nos seis meses anteriores
Parágrafo único. É permitida a participação em seminá- ao término do exercício de função pública.
rios, congressos e eventos semelhantes, desde que tornada
pública eventual remuneração, bem como o pagamento das Art. 15. Na ausência de lei dispondo sobre prazo diver-
despesas de viagem pelo promotor do evento, o qual não so, será de quatro meses, contados da exoneração, o perío-
poderá ter interesse em decisão a ser tomada pela autori- do de interdição para atividade incompatível com o cargo
dade. anteriormente exercido, obrigando-se a autoridade pública
a observar, neste prazo, as seguintes regras:
Art. 8o É permitido à autoridade pública o exercício não I - não aceitar cargo de administrador ou conselheiro,
remunerado de encargo de mandatário, desde que não im- ou estabelecer vínculo profissional com pessoa física ou jurí-
plique a prática de atos de comércio ou quaisquer outros dica com a qual tenha mantido relacionamento oficial direto
incompatíveis com o exercício do seu cargo ou função, nos e relevante nos seis meses anteriores à exoneração;
termos da lei. II - não intervir, em benefício ou em nome de pessoa fí-
sica ou jurídica, junto a órgão ou entidade da Administração
Art. 9o É vedada à autoridade pública a aceitação de Pública Federal com que tenha tido relacionamento oficial
presentes, salvo de autoridades estrangeiras nos casos pro- direto e relevante nos seis meses anteriores à exoneração.
tocolares em que houver reciprocidade.
Parágrafo único. Não se consideram presentes para os Art. 16. Para facilitar o cumprimento das normas previs-
fins deste artigo os brindes que: tas neste Código, a CEP informará à autoridade pública as
I - não tenham valor comercial; ou obrigações decorrentes da aceitação de trabalho no setor
II - distribuídos por entidades de qualquer natureza a privado após o seu desligamento do cargo ou função.
título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por
ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas, não Art. 17. A violação das normas estipuladas neste Código
ultrapassem o valor de R$ 100,00 (cem reais). acarretará, conforme sua gravidade, as seguintes providên-
cias:
Art. 10. No relacionamento com outros órgãos e fun- I - advertência, aplicável às autoridades no exercício do
cionários da Administração, a autoridade pública deverá es- cargo;
clarecer a existência de eventual conflito de interesses, bem II - censura ética, aplicável às autoridades que já tiverem
como comunicar qualquer circunstância ou fato impeditivo deixado o cargo.
de sua participação em decisão coletiva ou em órgão cole- Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão
giado. aplicadas pela CEP, que, conforme o caso, poderá encami-
nhar sugestão de demissão à autoridade hierarquicamente
Art. 11. As divergências entre autoridades públicas superior.
serão resolvidas internamente, mediante coordenação ad-
ministrativa, não lhes cabendo manifestar-se publicamente Art. 18. O processo de apuração de prática de ato em
sobre matéria que não seja afeta a sua área de competência. desrespeito ao preceituado neste Código será instaurado
pela CEP, de ofício ou em razão de denúncia fundamentada,
Art. 12. É vedado à autoridade pública opinar publica- desde que haja indícios suficientes.
mente a respeito: § 1o A autoridade pública será oficiada para manifestar-
I - da honorabilidade e do desempenho funcional de se no prazo de cinco dias.
outra autoridade pública federal; e § 2o O eventual denunciante, a própria autoridade pú-
II - do mérito de questão que lhe será submetida, para blica, bem assim a CEP, de ofício, poderão produzir prova
decisão individual ou em órgão colegiado. documental.
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§ 3o A CEP poderá promover as diligências que consi- lidade Socioambiental - RSA e do Desenvolvimento Susten-
derar necessárias, bem assim solicitar parecer de especialista tável - DS do Banco do Brasil. E o lançamento de documen-
quando julgar imprescindível. tos sobre o tema, entre eles a Agenda 21 do BB e a Carta de
§ 4o Concluídas as diligências mencionadas no parágrafo Princípios de Responsabilidade Socioambiental, ratificada pelo
anterior, a CEP oficiará a autoridade pública para nova mani- Presidente e Vice-Presidentes em setembro de 2009, durante
festação, no prazo de três dias. o evento de lançamento do Fórum de Sustentabilidade BB.
§ 5o Se a CEP concluir pela procedência da denúncia, ado- Carta de Princípios
tará uma das penalidades previstas no artigo anterior, com A postura de responsabilidade socioambiental do Ban-
comunicação ao denunciado e ao seu superior hierárquico. co do Brasil tem como premissa a crença na viabilidade de
se conciliar o atendimento aos interesses dos seus acionistas
Art. 19. A CEP, se entender necessário, poderá fazer re- com o desenvolvimento de negócios social e ecologicamente
comendações ou sugerir ao Presidente da República normas sustentáveis, mediante o estabelecimento de relações etica-
complementares, interpretativas e orientadoras das disposi- mente responsáveis com seus diversos públicos de interesse,
ções deste Código, bem assim responderá às consultas for- interna e externamente.
muladas por autoridades públicas sobre situações específicas. Além disso, o interesse em contribuir para o desenvolvi-
mento de um novo sistema de valores para a sociedade, que
Este texto não substitui o publicado no D.O. de 22.8.2000 tem como referencial maior o respeito à vida humana e ao
meio ambiente, condição indispensável à sustentabilidade da
própria humanidade.
Esses compromissos estão expressos na Carta de Princí-
GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE. pios de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil,
aprovada pelo Conselho Diretor do Banco em julho de 2003.
Por essa Carta de Princípios, o Banco do Brasil se compro-
mete a:
Gestão da Sustentabilidade - Atuar em consonância com Valores Universais, tais como:
Responsabilidade Socioambiental do BB Direitos Humanos, Princípios e Direitos Fundamentais do Tra-
A responsabilidade socioambiental do BB é uma política balho, Princípios sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
empresarial que propõe incorporar os princípios do desenvol- - Reconhecer que todos os seres são interligados e toda
vimento sustentável no planejamento de suas atividades, ne- forma de vida é importante.
gócios e práticas administrativas, envolvendo os seus públicos - Repelir preconceitos e discriminações de gênero, orien-
de relacionamento. Ou seja, para o Banco do Brasil, responsa- tação sexual, etnia, raça, credo ou de qualquer espécie.
bilidade socioambiental é “ter a ética como compromisso e o - Fortalecer a visão da Responsabilidade Socioambiental
respeito como atitude nas relações com funcionários, colabo- como investimento permanente e necessário para o futuro da
radores, fornecedores, parceiros, clientes, credores, acionistas, humanidade.
concorrentes, comunidade, governo e meio ambiente”. - Perceber e valer-se da posição estratégica da corporação
Com essa premissa, a avaliação do desempenho orga- BB, nas relações com o Governo, o Mercado e a Sociedade
nizacional vai além dos indicadores de natureza econômica, Civil, para adotar modelo próprio de gestão da Responsabili-
que é complementado com outros que avaliam a geração de dade Socioambiental à altura da corporação e dos desafios do
valores sociais – como a defesa dos direitos humanos e do Brasil contemporâneo.
trabalho, o bem-estar dos funcionários, a promoção da diver- - Ter a transparência, a ética e o respeito ao meio ambien-
sidade, o respeito às diferenças, a inclusão social e os investi- te como balizadores das práticas administrativas e negociais
mentos diretos na comunidade –, e a preservação ambiental da Empresa.
– como os que consideram os impactos diretos e indiretos de - Pautar relacionamentos com terceiros a partir de critérios
nossas atividades no ar, na água, na terra e na biodiversidade. que observem os princípios de responsabilidade socioambien-
tal e promovam o desenvolvimento econômico e social.
Ontem e hoje: - Estimular, difundir e implementar práticas de desenvol-
A partir de 2003 os temas ligados a responsabilidade so- vimento sustentável.
cioambiental passaram a ser definitivamente pauta das deci- - Enxergar clientes e potenciais clientes, antes de tudo,
sões estratégicas e operacionais do Banco, quando o Conse- como cidadãos.
lho Diretor aprovou a criação de estrutura organizacional es- - Estabelecer e difundir boas práticas de governança cor-
pecífica para tratar da matéria transversalmente na Empresa. porativa, preservando os compromissos com acionistas e in-
Ainda em 2003 foi criada a Unidade Relações com Fun- vestidores.
cionários e Responsabilidade Socioambiental – RSA e insti- - Contribuir para que o potencial intelectual, profissional,
tuída equipe interdisciplinar, denominada Grupo RSA, com artístico, ético e espiritual dos funcionários e colaboradores
representantes de todas as áreas do BB, além da Fundação possam ser aproveitados, em sua plenitude, pela sociedade.
Banco do Brasil, a fim de que as definições sobre o tema pu- - Fundamentar o relacionamento com os funcionários e
dessem ser debatidas e disseminadas por toda a organização. colaboradores na ética e no respeito.
Como resultado, foram desenvolvidos diversas ações, in- - Contribuir para a universalização dos direitos sociais e
clusive a criação da Unidade de Desenvolvimento Sustentá- da cidadania.
vel – UDS - que unificou a gestão estratégica da Responsabi- - Contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência.
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- Servir como canal de relacionamento da UDS com cada de boas práticas no meio empresarial brasileiro. É calculado
uma das unidades estratégicas do Banco e demais empresas pela Bovespa em tempo real ao longo do pregão, conside-
do conglomerado; rando os preços dos últimos negócios efetuados no mer-
- Contribuir para a disseminação da cultura de responsa- cado à vista. As ações integrantes do ISE são selecionadas
bilidade socioambiental por todo conglomerado; entre as mais negociadas na Bovespa em termos de liquidez
- Acompanhar a execução das ações da Agenda 21 do BB, e ponderadas na carteira pelo valor de mercado dos ativos
no âmbito de sua diretoria, unidade ou gerência autônoma. disponíveis à negociação. O índice é revisado anualmente.
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§ 3º Com a admissão do Banco do Brasil no segmen- toras de vendas, sociedades de processamento de serviços de
to especial de listagem denominado Novo Mercado, da suporte operacional, e de processamento de cartões, desde
BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futu- que conexas às atividades bancárias.
ro, o Banco, seus acionistas, administradores e membros do IV – câmaras de compensação e liquidação e demais socie-
conselho Fiscal sujeitam-se às disposições do Regulamento dades ou associações que integram o sistema de pagamentos;
de Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA. V – sociedades ou associações de prestação de serviços de
§ 4º As disposições do Regulamento do Novo Mer- cobrança e reestruturação de ativos, ou de apoio administrati-
cado prevalecerão sobre as disposições estatutárias, nas vo ou operacional ao próprio Banco;
hipóteses de prejuízo aos direitos dos destinatários das ofer- VI – associações ou sociedades sem fins lucrativos;
tas públicas previstas nos artigos 55, 56 e 57 deste estatuto. VII – sociedades em que a participação decorra de dis-
positivo legal ou de operações de renegociação de créditos,
CAPÍTULO II – OBJETO SOCIAL Seção I – Objeto social tais como dação em pagamento, arrematação ou adjudicação
e vedações judicial e conversão de debêntures em ações; e
VIII – outras sociedades, mediante aprovação do Conselho
Objeto social de Administração.
Art. 2º O Banco tem por objeto a prática de todas as § 2º Na limitação da alínea “a” do inciso III deste artigo
operações bancárias ativas, passivas e acessórias, a presta- não se incluem os investimentos relativos à aplicação de in-
ção de serviços bancários, de intermediação e suprimento centivos fiscais.
financeiro sob suas múltiplas formas e o exercício de § 3º As participações de que trata o inciso VII do § 1º deste
quaisquer atividades facultadas às instituições integrantes artigo, decorrentes de operações de renegociação de créditos,
do Sistema Financeiro Nacional. deverão ser alienadas no prazo fixado pelo Conselho de Admi-
§ 1º O Banco poderá, também, atuar na comercialização nistração.
de produtos agropecuários e promover a circulação de bens.
§ 2º Compete-lhe, ainda, como instrumento de exe- Seção II – Relações com a União
cução da política creditícia e financeira do Governo Fede- Art. 5º O Banco contratará, na forma da lei, diretamente
ral, exercer as funções que Ihe são atribuídas em lei, espe- com a União ou com a sua interveniência:
I – a execução dos encargos e serviços pertinentes à fun-
cialmente aquelas previstas no art. 19 da Lei nº 4.595, de 31
ção de agente financeiro do
de dezembro de 1964, observado o disposto nos arts. 5º e
Tesouro Nacional e às demais funções que lhe forem atri-
6º deste Estatuto.
buídas por lei;
II – a realização de financiamentos de interesse governa-
Art. 3º A administração de recursos de terceiros será
mental e a execução de programas oficiais mediante aplicação
realizada mediante a contratação de sociedade subsidiária
de recursos da União ou de fundos de qualquer natureza; e
ou controlada do Banco. III – a concessão de garantia em favor da União.
Parágrafo único. A contratação de que trata este artigo fica
Vedações condicionada, conforme o caso:
Art. 4º Ao Banco é vedado, além das proibições fixadas I – à colocação dos recursos correspondentes à disposi-
em lei: ção do Banco e ao estabelecimento da devida remuneração;
I – realizar operações com garantia exclusiva de ações II – à prévia e formal definição da adequada remunera-
de outras instituições financeiras; II – conceder empréstimos ção dos recursos a serem aplicados em caso de equalização
ou adiantamentos, comprar ou vender bens de qualquer na- de encargos financeiros; e
tureza a membros do Conselho de Administração, do Comi- III – à prévia e formal definição da assunção dos riscos e da
tê de Auditoria, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal; remuneração, nunca inferior aos custos dos serviços a serem
III – participar do capital de outras sociedades, salvo se prestados.
em percentuais iguais ou inferiores:
a) a 15% (quinze por cento) do patrimônio líquido do Seção III – Relações com o Banco Central do Brasil
próprio Banco, para tanto considerada a soma dos investi- Art. 6º O Banco poderá contratar a execução de encargos,
mentos da espécie; e serviços e operações de competência do Banco Central do Bra-
b) a 10% (dez por cento) do capital da sociedade parti- sil, desde que observado o disposto no parágrafo único do art.
cipada; 5º deste Estatuto.
IV – emitir ações preferenciais ou de fruição, debêntures
e partes beneficiárias. CAPÍTULO III
§ 1º As limitações do inciso III deste artigo não alcançam CAPITAL E AÇÕES
as participações societárias, no Brasil ou no exterior, em:
I – sociedades das quais o Banco participe na data da Capital social e ações ordinárias
aprovação do presente Estatuto; Art. 7º O Capital Social é de R$ 67.000.000.000,00 (ses-
II – instituições financeiras e demais entidades autoriza- senta e sete bilhões de reais), dividido em 2.865.417.020
das a funcionar pelo Banco Central do Brasil; (dois bilhões, oitocentos e sessenta e cinco milhões, quatro-
III – entidades de previdência privada, sociedades de ca- centos e dezessete mil e vinte) ações ordinárias representa-
pitalização, de seguros ou de corretagem, financeiras, promo- das na forma escritural e sem valor nominal.
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CULTURA ORGANIZACIONAL
§ 1º Cada ação ordinária confere ao seu titular o direito conversíveis em ações de empresas controladas; venda de
de um voto nas deliberações da Assembleia Geral, salvo na debêntures conversíveis em ações de titularidade do Banco
hipótese de adoção do voto múltiplo para a eleição de Conse- de emissão de empresas controladas; ou, ainda, emissão de
lheiros de Administração. quaisquer outros títulos ou valores mobiliários, no País ou no
§ 2º As ações escriturais permanecerão em depósito neste exterior;
Banco, em nome dos seus titulares, sem emissão de certifica- II – cisão, fusão ou incorporação;
dos, podendo ser cobrada dos acionistas a remuneração pre- III – permuta de ações ou outros valores mobiliários;
vista em lei. IV – práticas diferenciadas de governança corporativa e ce-
§ 3º O Banco poderá adquirir as próprias ações, mediante lebração de contrato para essa finalidade com bolsa de valores.
autorização do Conselho de Administração, a fim de cancelá Parágrafo único. A escolha da instituição ou empresa
-las ou mantê-las em tesouraria para posterior alienação. especializada para determinação do valor econômico da
companhia, nas hipóteses previstas nos artigos 55, 56 e 57
Capital autorizado deste Estatuto, é de competência privativa da Assembleia
Art. 8º O Banco poderá, independentemente de refor- Geral, mediante apresentação de lista tríplice pelo Conselho
ma estatutária, por deliberação da Assembleia Geral e nas de Administração, e deverá ser deliberada pela maioria dos
condições determinadas por aquele órgão, aumentar o capi- votos dos acionistas representantes das ações em circulação,
tal social até o limite de R$ 120.000.000.000,00 (cento e vinte presentes na respectiva Assembleia Geral, não computados
bilhões de reais), mediante a emissão de ações ordinárias, os votos em branco. Se instalada em primeira convocação,
concedendo-se aos acionistas preferência para a subscrição deverá contar com a presença de acionistas que represen-
do aumento de capital, na proporção do número de ações que tem, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total das ações em
possuírem, ressalvado o direito de titulares de bônus de subs- circulação ou, se instalada em segunda convocação, poderá
crição emitidos pela Companhia. contar com a presença de qualquer número de acionistas re-
Parágrafo único. A emissão de ações, até o limite do capi- presentantes dessas ações.
tal autorizado, para venda em Bolsas de Valores ou subscrição
pública, ou permuta por ações em oferta pública de aquisição CAPÍTULO V
de controle, poderá ser efetuada sem a observância do direito ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO BANCO
de preferência aos antigos acionistas, ou com redução do Seção I
prazo para o exercício desse direito, observado o disposto
no inciso I do art. 10 deste Estatuto. Normas Comuns aos Órgãos de Administração
CAPÍTULO IV Requisitos
ASSEMBLEIA GERAL Art. 11. São órgãos de administração do Banco, inte-
grados por brasileiros, dotados de notórios conhecimentos,
Convocação e funcionamento inclusive sobre as melhores práticas de governança corpora-
Art. 9º A Assembleia Geral de Acionistas será convocada tiva, experiência, idoneidade moral, reputação ilibada e capa-
por deliberação do Conselho de Administração ou, nas hipó- cidade técnica compatível com o cargo:
teses admitidas em lei, pelo Conselho Diretor, pelo Conselho I – o Conselho de Administração; e
Fiscal, por grupo de acionistas ou por acionista isoladamente. II – a Diretoria Executiva, composta pelo Conselho Di-
§ 1º Os trabalhos da Assembleia Geral serão dirigidos pelo retor e pelos demais Diretores, todos residentes no País, na
Presidente do Banco, por seu substituto ou, na ausência ou forma estabelecida no art. 24 deste Estatuto.
impedimento de ambos, por um dos acionistas ou administra- § 1º O Conselho de Administração tem, na forma prevista
dores do Banco presentes, escolhido pelos acionistas. O pre- em lei e neste Estatuto, atribuições estratégicas, orientadoras,
sidente da mesa convidará dois acionistas ou administradores eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo funções operacio-
do Banco para atuarem como secretários da Assembleia Geral. nais ou executivas.
§ 2º Nas Assembleias Gerais Extraordinárias, tratar-se-á, § 2º Os cargos de Presidente e de Vice-Presidente do
exclusivamente, do objeto declarado nos editais de convoca- Conselho de Administração não poderão ser acumulados
ção, não se admitindo a inclusão, na pauta da Assembleia, de com o de Presidente ou principal executivo da Companhia,
assuntos gerais. ainda que interinamente.
§ 3º As atas da Assembleia Geral serão lavradas de forma
sumária no que se refere aos fatos ocorridos, inclusive dissi- Investidura
dências e protestos, e conterão a transcrição apenas das deli- Art. 12. Os membros dos órgãos de Administração serão
berações tomadas, observadas as disposições legais. investidos em seus cargos mediante assinatura de termos de
posse no livro de atas do Conselho de Administração ou da
Competência Diretoria Executiva, conforme o caso.
Art. 10. Além dos poderes definidos em lei, competirá es- § 1º Os eleitos para os órgãos de Administração tomarão
pecialmente à Assembleia Geral deliberar sobre: posse independentemente da prestação de caução.
I – alienação, no todo ou em parte, de ações do capital § 2º No ato da posse, os administradores eleitos deverão,
social do Banco ou de suas controladas; abertura do capital; ainda, assinar o Termo de Anuência dos Administradores ao
aumento do capital social por subscrição de novas ações; Regulamento de Listagem do Novo Mercado da BM&FBO-
renúncia a direitos de subscrição de ações ou debêntures VESPA – Bolsa de Valores de São Paulo.
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CULTURA ORGANIZACIONAL
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CULTURA ORGANIZACIONAL
§ 1º É assegurado aos acionistas minoritários o di- § 1º Caberá à mesa que dirigir os trabalhos da Assem-
reito de eleger ao menos dois conselheiros de adminis- bleia informar previamente aos acionistas, à vista do “Livro de
tração, se maior número não lhes couber pelo processo de Presença”, o número de votos necessários para a eleição de
voto múltiplo. cada membro do Conselho.
§ 2º A União indicará, à deliberação da Assembleia Geral, § 2º Adotado o voto múltiplo, em substituição às prer-
para o preenchimento de seis vagas no Conselho de Admi- rogativas previstas no § 1º do art. 18 deste Estatuto, os acio-
nistração: nistas que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento)
I – o Presidente do Banco; do total das ações com direito a voto, terão direito de eleger
II – três representantes indicados pelo Ministro de Esta- e destituir um membro e seu suplente do Conselho de Ad-
do da Fazenda; ministração, em votação em separado na Assembleia Geral,
III – um representante indicado pelos empregados do excluído o acionista controlador.
Banco do Brasil S.A., na forma do § 4º deste artigo; § 3º Somente poderão exercer o direito previsto no § 2º
IV – um representante indicado pelo Ministro de Estado acima os acionistas que comprovarem a titularidade ininter-
do Planejamento, Orçamento e Gestão. rupta da participação acionária ali exigida durante o período
§ 3º O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho serão de três meses, no mínimo, imediatamente anterior à realiza-
escolhidos dentre os membros indicados pelo Ministro de Es- ção da Assembleia Geral.
tado da Fazenda, observado o previsto no § 2º do Artigo 11. § 4º Será mantido registro com a identificação dos
§ 4º O representante dos empregados será escolhido acionistas que exercerem a prerrogativa a que se refere o §
pelo voto direto de seus pares, dentre os empregados ativos 2º deste artigo.
da empresa, em eleição organizada e regulamentada pelo
Banco, em conjunto com as entidades sindicais que os repre- Vacância e substituições
sentam, observadas as exigências e procedimentos previstos Art. 20. Excetuada a hipótese de destituição de membro
na legislação e o disposto nos parágrafos 5º e 6º deste artigo. do Conselho eleito pelo processo de voto múltiplo, no caso
§ 5º Para o exercício do cargo, o conselheiro represen- de vacância do cargo de conselheiro, os membros remanes-
tante dos empregados está sujeito a todos os critérios, exi- centes no Colegiado nomearão acionista para completar o
gências, requisitos, impedimentos e vedações previstas em mandato do substituído. Se houver a vacância da maioria dos
lei e neste Estatuto. cargos, estejam ou não ocupados por substitutos nomeados,
§ 6º Sem prejuízo dos impedimentos e vedações previs- a Assembleia Geral será convocada para proceder a uma
tos nos artigos 13 e 14 deste Estatuto, o conselheiro repre- nova eleição.
sentante dos empregados não participará das discussões e Parágrafo único. O Presidente do Conselho será substi-
deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, tuído pelo Vice-Presidente e, nas ausências deste, por outro
remuneração, benefícios e vantagens, inclusive matérias de conselheiro indicado pelo Presidente. No caso de vacância, a
previdência complementar e assistenciais, bem como nas substituição dar-se-á até a escolha do novo titular do Con-
demais hipóteses em que ficar configurado o conflito de in- selho, o que deverá ocorrer na primeira reunião do Conselho
teresse. de Administração subsequente.
§ 7º Na composição do Conselho de Administração, ob-
servar-se-ão, ainda, as seguintes regras: Atribuições
I – no mínimo 20% (vinte por cento) dos membros do Art. 21. Além das competências definidas em lei, são atri-
Conselho de Administração deverão ser Conselheiros Inde- buições do Conselho de Administração:
pendentes, assim definidos no Regulamento de Listagem do I – aprovar as políticas, a estratégia corporativa, o plano de
Novo Mercado da BM&FBOVESPA, estando nessa condição, investimentos, o plano diretor e o orçamento geral do Banco;
os conselheiros eleitos nos termos do § 1º deste artigo; II – deliberar sobre:
II – a condição de Conselheiro Independente será expres- a) distribuição de dividendos intermediários, inclusive à
samente declarada na Ata da Assembleia Geral que o eleger. conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existen-
III - quando, em decorrência da observância do percen- tes no último balanço anual ou semestral;
tual referido no parágrafo acima, resultar número fracionário b) pagamento de juros sobre o capital próprio;
de conselheiros, proceder-se-á ao arredondamento nos ter- c) aquisição das próprias ações, em caráter não perma-
mos do Regulamento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA. nente;
§ 8º Na hipótese de adoção do processo de voto múlti- d) participações do Banco em sociedades, no País e no
plo previsto no § 1º deste artigo, não será considerada a vaga exterior;
destinada ao representante dos empregados. III – definir as atribuições da Auditoria Interna, regula-
mentar o seu funcionamento, bem como nomear e dispensar
Voto múltiplo o seu titular;
Art. 19. É facultado aos acionistas, observado o percen- IV – escolher e destituir os auditores independentes,
tual mínimo estabelecido pela Comissão de Valores Mobi- cujos nomes poderão ser objeto de veto, devidamente fun-
liários – CVM, requerer, até 48 horas antes da Assembleia damentado, pelo Conselheiro eleito na forma do § 2º do art.
Geral, mediante requerimento escrito dirigido ao Presiden- 19 deste Estatuto, se houver;
te do Banco, a adoção do processo de voto múltiplo, para V – fixar o número e eleger os membros da Diretoria Exe-
a eleição dos membros do Conselho de Administração, de cutiva, observado o art. 24 deste Estatuto e o disposto no art.
acordo com o disposto neste artigo. 21 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964;
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VI – aprovar o seu regimento interno e decidir sobre § 1º As reuniões do Conselho de Administração serão
a criação, a extinção e o funcionamento de comitês no convocadas pelo seu Presidente.
âmbito do próprio Conselho de Administração; § 2º A reunião extraordinária solicitada pelos conselhei-
VII – aprovar o regimento interno da Diretoria Executiva ros, na forma do inciso II deste artigo, deverá ser convocada
e dos comitês constituídos no âmbito do próprio Conselho; pelo Presidente nos sete dias que se seguirem ao pedido; es-
VIII – decidir sobre a participação dos empregados nos gotado esse prazo sem que o Presidente a tenha convocado,
lucros ou resultados do Banco; qualquer conselheiro poderá fazê-lo.
IX – apresentar à Assembleia Geral lista tríplice de em- § 3º O Conselho de Administração delibera por maioria
presas especializadas para determinação do valor econômico de votos, sendo necessário:
da companhia, para as finalidades previstas no parágrafo úni- I – o voto favorável de cinco conselheiros para a aprova-
co do art. 10; ção das matérias de que tratam os incisos I, III, IV e VI do art.
X – estabelecer meta de rentabilidade que assegure a 21; ou
adequada remuneração do capital próprio; II – o voto favorável da maioria dos conselheiros pre-
XI – eleger e destituir os membros dos comitês consti- sentes, para a aprovação das demais matérias, prevalecendo,
tuídos no âmbito do próprio Conselho; em caso de empate, o voto do Presidente do Conselho, ou do
XII – avaliar formalmente, ao término de cada ano, o de- seu substituto no exercício das funções.
sempenho da Diretoria Executiva e dos comitês constituídos § 4º Fica facultada, mediante justificativa, eventual parti-
no âmbito do próprio Conselho; e cipação dos conselheiros na reunião, por telefone, videocon-
XIII – manifestar-se formalmente quando da realização de ferência, ou outro meio de comunicação que possa assegurar
ofertas públicas de aquisição de ações de emissão do Banco. a participação efetiva e a autenticidade do seu voto, que será
§ 1º A estratégia corporativa do Banco será fixada para considerado válido para todos os efeitos legais e incorporado
um período de cinco anos, devendo ser revista, anualmente, à ata da referida reunião.
até o mês de setembro de cada ano.
§ 2º Para assessorar a deliberação do Conselho de Admi- Avaliação
nistração, as propostas de fixação das atribuições e de regu-
Art. 23. O Conselho de Administração realizará anual-
lamentação do funcionamento da Auditoria Interna, referidas
mente uma avaliação formal do seu desempenho.
no inciso III, deverão conter parecer prévio das áreas técnicas
§ 1º O processo de avaliação citado no caput será realiza-
envolvidas e do Comitê de Auditoria.
do conforme procedimentos previamente definidos pelo pró-
§ 3º A fiscalização da gestão dos membros da Diretoria
prio Conselho de Administração e que deverão estar descritos
Executiva, de que trata a Lei n°
em seu regimento interno.
6.404/76 poderá ser exercida isoladamente por qualquer
§ 2º Caberá ao Presidente do Conselho conduzir o pro-
conselheiro, o qual terá acesso aos livros e papéis do Banco
cesso de avaliação.
e às informações sobre os contratos celebrados ou em via de
celebração e quaisquer outros atos que considere necessários
ao desempenho de suas funções, podendo requisitá-los, dire- Seção III
tamente, a qualquer membro da Diretoria Executiva. As provi- Diretoria Executiva
dências daí decorrentes, inclusive propostas para contratação
de profissionais externos, serão submetidas à deliberação do Composição e prazo de gestão
Conselho de Administração. Art. 24. A administração do Banco competirá à Diretoria
§ 4º A manifestação formal, favorável ou contrária, de Executiva, que terá entre dez e trinta e sete membros, sendo:
que trata a alínea XIII será por meio de parecer prévio funda- I – o Presidente, nomeado e demissível “ad nutum” pelo
mentado, divulgado em até 15 (quinze) dias da publicação do Presidente da República;
edital da oferta pública de ações, abordando, pelo menos: (i) II – até nove Vice-Presidentes eleitos na forma da lei;
a conveniência e a oportunidade da oferta pública de ações III – até vinte e sete Diretores eleitos na forma da lei.
quanto ao interesse do conjunto dos acionistas e em relação § 1º No âmbito da Diretoria Executiva, o Presidente e os
à liquidez dos valores mobiliários de sua titularidade; (ii) as Vice-Presidentes formarão o Conselho Diretor.
repercussões da oferta pública de aquisição de ações sobre § 2º O cargo de Diretor é privativo de empregados da
os interesses do Banco; (iii) os planos estratégicos divulgados ativa do Banco.
pelo ofertante em relação ao Banco; (iv) outros pontos que § 3º Os eleitos para a Diretoria Executiva terão mandato
o Conselho de Administração considerar pertinentes, bem de três anos, permitida a reeleição. O prazo de gestão esten-
como as informações exigidas pelas regras aplicáveis estabe- der-se-á até a investidura dos novos membros.
lecidas pela CVM. § 4º Além dos requisitos previstos no art. 11 deste Esta-
tuto, devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes
Funcionamento condições para o exercício de cargos na Diretoria Executiva
Art. 22. O Conselho de Administração reunir-se-á com a do Banco:
presença de, no mínimo, a maioria dos seus membros: I – ser graduado em curso superior; e
I – ordinariamente, pelo menos uma vez por mês; e II – ter exercido, nos últimos cinco anos:
II – extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu a) por pelo menos dois anos, cargos gerenciais em insti-
Presidente, ou a pedido de, no mínimo, dois conselheiros. tuições integrantes do Sistema Financeiro Nacional; ou
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§ 1º Os instrumentos de mandato devem especificar os XII – decidir sobre a concessão, a fundações criadas
atos ou as operações que poderão ser praticados e a dura- pelo Banco, de contribuições para a consecução de seus ob-
ção do mandato, podendo ser outorgados, isoladamente, por jetivos sociais, limitadas, em cada exercício, a 5% (cinco por
qualquer membro da Diretoria Executiva, observada a hipóte- cento) do resultado operacional;
se do § 2º do art. 29 deste Estatuto. O mandato judicial pode- XIII – aprovar os critérios de seleção e a indicação de
rá ser por prazo indeterminado. conselheiros para integrarem os conselhos de empresas e
§ 2º Os instrumentos de mandato serão válidos ainda instituições das quais o Banco, suas subsidiárias, controladas
que o seu signatário deixe de integrar a Diretoria Executiva ou coligadas participem ou tenham direito de indicar repre-
do Banco, salvo se o mandato for expressamente revogado. sentante; e
XIV – decidir sobre situações não compreendidas nas
Atribuições da Diretoria Executiva atribuições de outro órgão de administração e sobre casos
Art. 28. Cabe à Diretoria Executiva cumprir e fazer cumprir extraordinários.
este Estatuto, as deliberações da Assembleia Geral de Acionis- § 1º As decisões do Conselho Diretor obrigam toda a
tas e do Conselho de Administração e exercer as atribuições Diretoria Executiva.
que lhe forem definidas por esse Conselho, sempre observan- § 2º As outorgas de poderes previstas nos incisos V, VIII,
do os princípios de boa técnica bancária e as boas práticas de X e XI deste artigo, quando destinadas a produzir efeitos
governança corporativa. perante terceiros, serão formalizadas por meio de instru-
mento de mandato assinado pelo Presidente e um Vice-Pre-
Atribuições do Conselho Diretor sidente ou por dois Vice- Presidentes.
Art. 29. São atribuições do Conselho Diretor:
I – submeter ao Conselho de Administração, por inter- Atribuições individuais dos membros da Diretoria
médio do Presidente do Banco, ou pelo Coordenador por Executiva
este designado, propostas à sua deliberação, em especial so-
bre as matérias relacionadas nos incisos I, II, VII e VIII do art. Art. 30. Cabe a cada um dos membros da Diretoria Exe-
21 deste Estatuto; cutiva cumprir e fazer cumprir este Estatuto, as deliberações
II – fazer executar as políticas, a estratégia corporativa, o plano da Assembleia Geral de Acionistas e do Conselho de Admi-
de investimentos, o plano diretor e o orçamento geral do Banco; nistração e as decisões colegiadas do Conselho Diretor e da
III – aprovar e fazer executar o plano de mercado e o Diretoria Executiva. Além disso, são atribuições:
acordo de trabalho; I – do Presidente:
IV – aprovar e fazer executar a alocação de recursos para a) presidir a Assembleia Geral de Acionistas, convocar e
atividades operacionais e para investimentos; presidir as reuniões do Conselho Diretor e da Diretoria Exe-
V – autorizar a alienação de bens do ativo permanen- cutiva e supervisionar a sua atuação;
te, a constituição de ônus reais, a prestação de garantias a b) propor, ao Conselho de Administração, o número de
obrigações de terceiros, a renúncia de direitos, a transação e membros da Diretoria Executiva, indicando-lhe, para eleição,
o abatimento negocial, facultada a outorga desses poderes os nomes dos Vice-Presidentes e dos Diretores;
com limitação expressa; c) propor ao Conselho de Administração as atribuições
VI – decidir sobre os planos de cargos, salários, vantagens dos Vice-Presidentes e dos Diretores, bem como eventual
e benefícios, e aprovar o Regulamento de Pessoal do Banco, remanejamento;
observada a legislação vigente; d) supervisionar e coordenar a atuação dos Vice-Presi-
VII – distribuir e aplicar os lucros apurados, na forma da dentes, dos Diretores e titulares de unidades que estiverem
deliberação da Assembleia Geral de Acionistas ou do Conse- sob sua supervisão direta;
lho de Administração, observada a legislação vigente; e) nomear, remover, ceder, promover, comissionar,
VIII – decidir sobre a criação, instalação e supressão de punir e demitir empregados, podendo outorgar esses po-
sucursais, filiais ou agências, escritórios, dependências e ou- deres com limitação expressa;
tros pontos de atendimento no País e no exterior, faculta- f) indicar, dentre os Vice-Presidentes, coordenador
da a outorga desses poderes com limitação expressa; com a finalidade de convocar e presidir, em suas ausências
IX – decidir sobre a organização interna do Banco, a es- ou impedimentos, as reuniões do Conselho Diretor e da Di-
trutura administrativa das diretorias e a criação, extinção e retoria Executiva.
funcionamento de comitês no âmbito da Diretoria Executiva e II – de cada Vice-Presidente:
de unidades administrativas; a) administrar, supervisionar e coordenar as áreas que
X – fixar as alçadas da Diretoria Executiva e dos seus lhe forem atribuídas e a atuação dos Diretores e dos titulares
membros e as atribuições e alçadas dos comitês e das uni- das unidades que estiverem sob sua supervisão direta;
dades administrativas, dos órgãos regionais, das redes de b) coordenar as reuniões do Conselho Diretor e da Dire-
distribuição e dos demais órgãos da estrutura interna, bem toria Executiva, quando designado pelo Presidente.
como dos empregados do Banco, facultada a outorga desses III – de cada Diretor:
poderes com limitação expressa; a) administrar, supervisionar e coordenar as atividades
XI – autorizar, verificada previamente a segurança e a da diretoria e unidades sob sua responsabilidade;
adequada remuneração em cada caso, a concessão de crédi- b) prestar assessoria aos trabalhos do Conselho Dire-
tos a entidades assistenciais e a empresas de comunicação, tor, no âmbito das respectivas atribuições; e
bem como o financiamento de obras de utilidade pública, c) executar outras tarefas que lhe forem atribuídas pelo
facultada a outorga desses poderes com limitação expressa; membro do Conselho Diretor ao qual estiver vinculado.
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§ 4º Os membros do Conselho Fiscal serão investidos IV – posição acionária de todo aquele que detiver, direta
em seus cargos, independentemente da assinatura de ter- ou indiretamente, mais de 5% (cinco por cento) do capital
mo de posse, desde a respectiva eleição. social do Banco;
§ 5º Os Conselheiros Fiscais devem, na data da eleição, V – quantidade e características dos valores mobiliários
assinar o Termo de Anuência dos membros do Conselho de emissão do Banco de que o acionista controlador, os ad-
Fiscal ao Regulamento de Listagem do Novo Mercado da ministradores e os membros do Conselho Fiscal sejam titu-
BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo. lares, direta ou indiretamente;
VI – evolução da participação das pessoas referidas no
Funcionamento inciso anterior, em relação aos respectivos valores mobiliá-
Art. 38. Observadas as disposições deste Estatuto, o rios, nos doze meses imediatamente anteriores; e
Conselho Fiscal, por voto favorável de, no mínimo, quatro VII – quantidade de ações em circulação e o seu percen-
de seus membros, elegerá o seu Presidente e aprovará o seu tual em relação ao total emitido.
regimento interno. § 2º Nas demonstrações financeiras do exercício,
§ 1º O Conselho Fiscal reunir-se-á em sessão ordiná- serão apresentados, também, indicadores e informações
ria, uma vez por mês, e, extraordinariamente, sempre que sobre o desempenho socioambiental do Banco.
julgado necessário por qualquer de seus membros ou pela
Administração do Banco. Art. 43. As demonstrações financeiras trimestrais, se-
§ 2º Perderá o cargo, salvo motivo de força maior ou mestrais e anuais serão também elaboradas em inglês, sen-
caso fortuito, o membro do Conselho Fiscal que deixar de do que pelo menos as demonstrações financeiras anuais
comparecer, sem justificativa, a três reuniões ordinárias con- serão também elaboradas de acordo com os padrões inter-
secutivas ou a quatro reuniões ordinárias alternadas durante nacionais de contabilidade.
o prazo do mandato.
§ 3º Exceto nas hipóteses previstas no caput deste arti- Destinação do lucro
go, a aprovação das matérias submetidas à deliberação do Art. 44. Após a absorção de eventuais prejuízos acumu-
Conselho Fiscal exige voto favorável de, no mínimo, três de lados e deduzida a provisão para pagamento do imposto
seus membros. de renda, do resultado de cada semestre serão apartadas
verbas que, observados os limites e condições exigidos por
Art. 39. Os Conselheiros Fiscais assistirão às reuniões do lei, terão, pela ordem, a seguinte destinação:
Conselho de Administração em que se deliberar sobre os I – constituição de Reserva Legal;
assuntos em que devam opinar. II – constituição, se for o caso, de Reserva de Contingên-
Parágrafo único. O Conselho Fiscal far-se-á represen- cia e de Reservas de Lucros a Realizar;
tar por, pelo menos, um de seus membros às reuniões da III – pagamento de dividendos, observado o disposto
Assembleia Geral e responderá aos pedidos de informação nos artigos 44 e 45 deste Estatuto; IV – do saldo apurado
formulados pelos acionistas. após as destinações anteriores:
a) constituição das seguintes Reservas Estatutárias:
Dever de informar e outras obrigações 1- Reserva para Margem Operacional, com a finalidade
Art. 40. Os membros do Conselho Fiscal acionistas do de garantir margem operacional compatível com o desen-
Banco devem observar, também, os deveres previstos no art. volvimento das operações da sociedade, constituída pela
17 deste Estatuto. parcela de até 100% (cem por cento) do saldo do lucro líqui-
do, até o limite de 80% (oitenta por cento) do capital social;
CAPÍTULO VII 2- Reserva para Equalização de Dividendos, com a fi-
EXERCÍCIO SOCIAL, LUCRO, RESERVAS nalidade de assegurar recursos para o pagamento de divi-
E DIVIDENDOS dendos, constituída pela parcela de até 50% (cinquenta por
cento) do saldo do lucro líquido, até o limite de 20% (vinte
Exercício social por cento) do capital social;
Art. 41. O exercício social coincidirá com o ano civil, com
término no dia 31 de dezembro de cada ano. b) demais reservas e retenção de lucros previstas na le-
gislação.
Demonstrações financeiras Parágrafo único. Na constituição de reservas serão ob-
Art. 42. Serão levantadas demonstrações financeiras ao servadas, ainda, as seguintes normas:
final de cada semestre e, facultativamente, balanços inter- I – as reservas e retenção de lucros de que trata o inciso
mediários em qualquer data, inclusive para pagamento de IV não poderão ser aprovadas em prejuízo da distribuição
dividendos, observadas as prescrições legais. do dividendo mínimo obrigatório;
§ 1º As demonstrações financeiras trimestrais, semes- II – o saldo das reservas de lucros, exceto as para con-
trais e anuais, além dos requisitos legais e regulamentares, tingências e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o
devem conter: capital social;
I – balanço patrimonial consolidado, demonstrações do III – as destinações do resultado, no curso do exercício,
resultado consolidado e dos fluxos de caixa; serão realizadas por proposta do Conselho Diretor, aprova-
II – demonstração do valor adicionado; da pelo Conselho de Administração e deliberada pela As-
III – comentários acerca do desempenho consolidado; sembleia Geral Ordinária de que trata o § 1º do artigo 9º
33
CULTURA ORGANIZACIONAL
deste Estatuto, ocasião em que serão apresentadas as jus- III – divulgará, em sua página na Internet, além de ou-
tificativas dos percentuais aplicados na constituição das re- tras, as informações:
servas estatutárias de que trata a alínea “a” do inciso IV do a) referidas nos arts. 41 e 42 deste Estatuto;
caput deste artigo. b) divulgadas na reunião pública referida no inciso I des-
te artigo; e c) prestadas à bolsa de valores na forma do inciso
Dividendo obrigatório II deste artigo;
Art. 45. Aos acionistas é assegurado o recebimento IV – adotará medidas com vistas à dispersão acionária
semestral de dividendo mínimo e obrigatório equivalente na distribuição de novas ações, tais como:
a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado, a) garantia de acesso a todos os investidores interessa-
como definido em lei e neste Estatuto. dos; ou
§ 1º O dividendo correspondente aos semestres de cada b) distribuição, a pessoas físicas ou a investidores não
exercício social será declarado por ato do Conselho Diretor, institucionais, de, no mínimo, 10% (dez por cento) das ações
aprovado pelo Conselho de Administração. emitidas.
§ 2º Os valores dos dividendos devidos aos acionistas
sofrerão incidência de encargos financeiros na forma da le- CAPÍTULO IX
gislação, a partir do encerramento do semestre ou do exer- DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
cício social em que forem apurados até o dia do efetivo re-
colhimento ou pagamento, sem prejuízo da incidência de Ingresso nos quadros do Banco
juros moratórios quando esse recolhimento não se verificar Art. 48. Só a brasileiros será permitido ingressar no qua-
na data fixada em lei, pela Assembleia Geral ou por delibera- dro de empregados do Banco no País.
ção do Conselho Diretor. Parágrafo único. Os portugueses residentes no País po-
§ 3º É admitida a distribuição de dividendos intermediá- derão também ingressar nos serviços e quadros do Banco,
rios em períodos inferiores ao previsto no caput deste artigo, desde que amparados por igualdade de direitos e obriga-
observado o disposto nos artigos 21, II, “a”, 29, I e VII, e 44, ções civis e estejam no gozo de direitos políticos legalmente
§ 1º, deste Estatuto. reconhecidos.
34
CULTURA ORGANIZACIONAL
nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do merca- § 2º Aquele que adquirir o poder de controle, em razão
do de capitais em geral, além daquelas constantes do Regu- de contrato particular de compra de ações celebrado com o
lamento de Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, acionista controlador, envolvendo qualquer quantidade de
do Regulamento de Arbitragem, do Contrato de Participa- ações, estará obrigado a: (i) efetivar a oferta pública referida
ção e do Regulamento de Sanções do Novo Mercado. no caput deste artigo, e (ii) pagar, nos termos a seguir indica-
§ 1º O disposto no caput não se aplica às disputas ou dos, quantia equivalente à diferença entre o preço da oferta
controvérsias que se refiram às atividades próprias do Ban- pública e o valor pago por ação eventualmente adquirida em
co, como instituição integrante do Sistema Financeiro bolsa nos 6 (seis) meses anteriores à data da aquisição do
Nacional, e às atividades previstas no art. 19 da Lei nº 4.595, poder de controle, devidamente atualizado até a data do pa-
de 31 de dezembro de 1964, e demais leis que lhe atribuam gamento. Referida quantia deverá ser distribuída entre todas
funções de agente financeiro, administrador ou gestor de as pessoas que venderam ações do Banco nos pregões em
recursos públicos. que o adquirente realizou as aquisições, proporcionalmente
§ 2º Excluem-se, ainda, do disposto no caput, as disputas ao saldo líquido vendedor diário de cada uma, cabendo à
ou controvérsias que envolvam direitos indisponíveis. BM&FBOVESPA operacionalizar a distribuição, nos termos de
seus regulamentos.
Art. 53. O Banco, na forma definida pelo Conselho de § 3º O acionista controlador alienante somente transfe-
Administração, assegurará aos integrantes e ex-integran- rirá a propriedade de suas ações se o comprador subscrever
tes do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da o Termo de Anuência dos Controladores. O Banco somente
Diretoria Executiva, bem como do Comitê de Auditoria e registrará a transferência de ações para o comprador, ou para
de outros órgãos técnicos ou consultivos criados por este aquele(s) que vier(em) a deter o Poder de Controle, se este(s)
Estatuto, a defesa em processos judiciais e administrativos subscrever(em) o Termo de Anuência dos Controladores a
contra eles instaurados pela prática de atos no exercício de que alude o Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
cargo ou função, desde que não tenha sido constatado fato BM&FBOVESPA.
que dê causa a ação de responsabilidade e que não haja § 4º O Banco somente registrará acordo de acionistas que
incompatibilidade com os interesses da Companhia, ou disponha sobre o exercício do Poder de Controle se os seus
de suas subsidiárias e sociedades controladas e coligadas. signatários subscreverem o Termo de Anuência dos Contro-
Parágrafo único. O Conselho de Administração poderá, ladores.
ainda, na forma por ele definida e observado, no que couber,
o disposto no caput deste artigo, autorizar a contratação de Fechamento de capital
seguro em favor dos integrantes e ex-integrantes dos ór- Art. 55. Na hipótese de fechamento de capital do Banco e
gãos estatutários relacionados no caput para resguardá-los consequente cancelamento do registro de companhia aberta,
de responsabilidade por atos ou fatos pelos quais eventual- deverá ser ofertado um preço mínimo às ações, correspon-
mente possam vir a ser demandados judicial ou adminis- dente ao valor econômico apurado por empresa especializa-
trativamente, cobrindo todo o prazo de exercício dos seus da escolhida pela Assembleia Geral, na forma da Lei nº 6.404,
respectivos mandatos. de 15 de dezembro de 1976, e conforme previsto no Parágra-
fo Único do Artigo 10.
CAPÍTULO X § 1º No caso da saída do Banco do Novo Mercado da
OBRIGAÇÕES DO ACIONISTA CONTROLADOR BM&FBOVESPA, para que os valores mobiliários por ele emiti-
dos passem a ter registro para negociação fora do Novo Mer-
Alienação de controle cado, ou em virtude de operação de reorganização societária
Art. 54. A alienação do controle acionário do Banco, na qual a sociedade resultante dessa reorganização não
direta ou indireta, tanto por meio de uma única operação, tenha seus valores mobiliários admitidos à negociação no
quanto por meio de operações sucessivas, somente poderá Novo Mercado, no prazo de 120 (cento e vinte) dias conta-
ser contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de dos da data da assembleia geral que aprovou a referida
que o adquirente se obrigue a, observando as condições e operação, o Acionista Controlador deverá efetivar oferta
prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento de pública de aquisição das ações pertencentes aos demais acio-
Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, fazer oferta nistas do Banco, no mínimo, pelo respectivo valor econômico,
pública de aquisição das ações dos demais acionistas, asse- a ser apurado em laudo de avaliação elaborado nos termos
gurando-se a estes tratamento igualitário àquele dado ao do Parágrafo 3º deste Artigo e do Parágrafo Único do Artigo
acionista controlador alienante. 10, respeitadas as normas legais e regulamentares aplicáveis.
§ 1º A oferta pública, prevista no caput deste artigo, será § 2º Os custos com a contratação de empresa especiali-
também realizada quando houver (i) cessão onerosa de di- zada de que trata este Artigo serão suportados pelo acionista
reitos de subscrição de ações e de outros títulos ou direitos controlador.
relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, de que § 3º Os laudos de avaliação referidos neste Artigo deve-
venha resultar a alienação do controle do Banco; ou (ii) em rão ser elaborados por instituição ou empresa especializada,
caso de alienação do controle de sociedade que detenha com experiência comprovada e independência quanto ao po-
o poder de controle do Banco, sendo que, nesse caso, o der de decisão do Banco, de seus administradores e/ou do(s)
acionista controlador alienante ficará obrigado a declarar à acionista(s) controlador(es), além de satisfazer os requisitos
BM&FBOVESPA o valor atribuído ao Banco nessa alienação e do § 1º do Artigo 8º da Lei nº 6.404/76, e conter a responsa-
anexar documentação que comprove esse valor. bilidade prevista no Parágrafo 6º desse mesmo Artigo.
35
CULTURA ORGANIZACIONAL
36
CULTURA ORGANIZACIONAL
04. (Banco do Brasil - Escriturário - 2013 - FCC/2013). 07. (ANVISA - Técnico Administrativo - Prova Anu-
O Código de Ética do Banco do Brasil prevê lada - CETRO/2013). Pode-se conceituar a cultura organi-
A) estrita conformidade à Lei na proibição ao financia- zacional como o conjunto de valores, crenças e tecnologias
mento a partidos políticos. que mantém unidos os mais diferentes membros, de todos
B) troca, sem limites, de informações com a concorrên- os escalões hierárquicos, perante as dificuldades, operações
cia, na busca de negócios rentáveis. do cotidiano, metas e objetivos. Sobre o assunto, marque V
C) relacionamento com o poder público, dependente para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a al-
das convicções ideológicas dos seus titulares. ternativa que apresenta a sequência correta.
D) responsabilidade aos parceiros pela avaliação de ( ) Pode-se afirmar que é a cultura organizacional que
eventual impacto socioambiental nas realizações conjuntas. produz junto aos mais diferentes públicos, diante da socie-
E) contratação de fornecedores a partir de um grupo se- dade e mercados o conjunto de percepções, ícones, índices e
lecionado com parcialidade. símbolos que chamamos de imagem corporativa.
( ) A cultura organizacional não é algo pronto e acabado,
05. (Banco do Brasil - Escriturário - 2013 - FCC/2013). mas está em constante transformação de acordo com sua
O Banco do Brasil espera de seus colaboradores o atendi- história os seus atores e com a conjuntura.
mento a elevados padrões de ética, moral, valores e virtudes, ( ) A cultura organizacional consiste em padrões explíci-
tais como: tos e implícitos de comportamentos adquiridos e transmiti-
A) aceitação de presentes oferecidos por clientes satis- dos ao longo do tempo que constituem uma característica
feitos, sem restrição de valor. própria de cada empresa.
B) associação a entidades representativas alinhadas ao ( ) Uma cultura organizacional holística é um conjunto de
pensamento da diretoria. valores, conhecimentos e costumes ligados a uma visão não-
C) repúdio a condutas que possam caracterizar assédio fragmentada do mundo em que a organização é considerada
de qualquer natureza. um organismo vivo em constante movimento, constituindo
D) imposição dos princípios pessoais dos chefes aos um sistema de eventos com uma constante interação e inter-
membros da sua equipe. dependência de sistemas maiores ou menores.
E) intolerância com a diversidade do conjunto das pes- ( ) A cultura organizacional pode ser dividida no nível in-
visível (onde estão os padrões e estilos de comportamento
soas que trabalham no conglomerado.
dos empregados) e no nível visível (onde estão os valores
compartilhados e crenças que permanecem durante um lon-
06. (MTur - Analista Técnico - Administrativo -
go período de tempo).
ESAF/2014). “Muitos aspectos da cultura organizacional
A) V/ V/ F/ F/ V
são percebidos mais facilmente, enquanto outros são me-
B) V/ F/ F/ F/ V
nos visíveis e de difícil percepção. É como se estivéssemos
C) F/ V/ F/ V/ F
observando um Iceberg. Sua parte superior é perfeitamente D) F/ F/ V/ V/ F
visível, pois se encontra acima das águas. Contudo, sua parte E) V/ V/ V/ V/ F
inferior fica oculta sob as águas e totalmente fora da visão
das pessoas.”(Chiavenato, Administração nos Novos Tem- 08. (SUSAM - Administrador - FGV/2014). A cultura
pos, 2003, p.173). Com este argumento foi construído o Ice- organizacional possui a aspectos formais que são visíveis e
berg da cultura organizacional no qual os aspectos formais e concretos, sendo facilmente identificados e observados.
abertos são representados na parte superior do Iceberg e os Por outro lado, há aspectos da cultura organizacional mais
aspectos informais e ocultos são representados pela parte profundos (ou informais) e que não são claramente per-
submersa. Analise as alternativas que se seguem marcando ceptíveis. Por isso, alguns autores consideram a cultura
C para Certo e E para Errado. A seguir selecione a opção organizacional como um iceberg metafórico, ou seja, as
correta. partes visíveis são a ponta do iceberg, enquanto que a
( ) A estrutura organizacional, os objetivos e as estraté- parte invisível corresponde aos elementos abaixo do nível
gias são aspectos formais da cultura organizacional. da água. Levando em consideração essa a analogia da cultura
( ) Os títulos e descrição de cargos são aspectos formais organizacional com um iceberg, assinale a opção que diz
da cultura organizacional e os valores são aspectos infor- respeito a um aspecto formal de uma cultura organizacional.
mais. A) Atitudes das pessoas
( ) As percepções e atitudes das pessoas e as normas B) Normas grupais
grupais são aspectos formais da cultura organizacional. C) Objetivos organizacionais
( ) Medidas de produtividade físico-financeiras são as- D) Relações afetivas
pectos ocultos da cultura organizacional. E) Valores
( ) Padrões de poder, métodos e procedimentos são as-
pectos formais da cultura organizacional. 09. (Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos -
A) C, C, E, E, E CESPE/2014). No que concerne a ética nas organizações, julgue
B) E, C, C, E, C os itens que se seguem. Ética empresarial corresponde ao con-
C) C, E, C, E, E junto de valores que guiam o comportamento das organizações.
D) E, C, E, C, E A) Certo
E) C, E, C, C, C B) Errado
37
CULTURA ORGANIZACIONAL
10. (Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos C) violando a lei que permite o acesso de familiares às
- CESPE/2014). No que concerne a ética nas organizações, contas de todos os membros da família
julgue os itens que se seguem. Os valores de uma organiza- D) perdendo uma oportunidade de negócios, deixando
ção representam suas características intrínsecas e, por isso, de agradar à cliente.
são inalteráveis. E) assegurando o sigilo da operação bancária, que deve
A) Certo ser protegido no caso.
B) Errado
11. (Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - 15. (Banco do Brasil - Nível Superior - Conhecimen-
CESPE/2014). Julgue os itens a seguir, relativos a códigos de tos Básicos - Todos os Cargos - CESGRANRIO/2014). Uma
ética e conduta. As orientações do código de ética de uma assistente administrativa de um banco que atua na área de
organização restringem-se às ações de seus funcionários e câmbio, em épocas de muita procura, por vezes, tem neces-
colaboradores internos. sidade de postular autorização do seu gerente para procurar
A) Certo numerário em outras Instituições financeiras, prometendo
B) Errado
reciprocidade no caso de situações similares ocorreram nas
outras empresas. Em determinado dia, diante de procura
12. (Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos
excepcional, um dos funcionários de uma das Instituições
- CESPE/2014). Com relação a ética, ética empresarial e éti-
ca profissional, julgue os itens a seguir. A ética profissional que auxiliara a funcionária postulou reforço do seu nume-
diz respeito às regras morais que os indivíduos devem ob- rário em moeda estrangeira. Sabedora da existência de re-
servar em suas atividades laborais com o fim de valorizar servas polpudas no seu banco, a assistente solicitou o apoio
sua profissão e atender adequadamente àqueles que deles do gerente que, em altos brados, chamou-a de mendaz e
dependam oportunista, acrescentando que não autorizaria a remessa
A) Certo B) Errado postulada.
Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, o
13. (Banco do Brasil - Nível Superior - Conhecimen- gerente estaria
tos Básicos - Todos os Cargos - CESGRANRIO/2014). Um A) exercendo naturalmente o seu poder de decisão ge-
gerente de pesquisa vinculado ao superintendente de pro- rencial com autonomia
paganda, ambos subordinados à Diretoria de Marketing do B) impedindo que a Instituição financeira tivesse prejuí-
Banco I, verifica, através de um dos projetos que gerencia, zos diante da possibilidade de falta de espécie para outros
a necessidade da divulgação dos serviços bancários presta- atos
dos pela internet aos clientes dessa Instituição. Para vencer C) estabelecendo um ambiente não saudável de relacio-
eventual resistência dos usuários em aderir à inclusão digi- namento, contrariando a normativa preconizada.
tal, em conjunto com a área de Informática, o gerente apre- D) atuando de acordo com o estresse provocado pelo
senta-lhes um mecanismo de acesso à rede com proteção trabalho desempenhado.
avançada. E) defendendo a Instituição de um mau negócio em
Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, em época de crises, o que lhe permitiria o uso de um palavrea-
relação aos clientes, do modo como foi elaborado, tal proje- do mais rude.
to de inclusão realiza o primado da
A) cortesia Respostas
B) segurança
C) competitividade 01. C
D) precaução
02. E
E) promoção
03. D
04. A
14. (Banco do Brasil - Nível Superior - Conhecimen-
tos Básicos - Todos os Cargos - CESGRANRIO/2014). 05. C
Um casal possui contas separadas em uma mesma agência 06. A
bancária. A mulher, curiosa quanto aos gastos do marido, 07. E
segundo ela, excessivos, procura o gerente do Banco para 08. C
pedir informações sobre a movimentação financeira do côn- 09. A
juge. O gerente, no entanto, aduz que somente pode per- 10. B
mitir-lhe o acesso aos dados bancários mediante autoriza- 11. B
ção do correntista titular. Nos termos do Código de Ética do 12. A
Banco do Brasil, o gerente estaria. 13. B
Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, o 14. E
gerente estaria 15. C
A) protegendo o direito de imagem do correntista dian-
te da curiosidade da esposa.
B) burlando o dever de cortesia que permite o acesso
preconizado pela cliente.
38
TÉCNICAS DE VENDAS
Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, objetivos; análise do mercado, metas. .......................... 01
Técnicas de vendas de Produtos e Serviços financeiros no setor bancário: planejamento, técnicas; motivação para
vendas; ......................................................................................................................................................................................................................... 03
Produto, Preço, Praça, Promoção; ................................................................................................................................................................... 04
Vantagem competitiva; ........................................................................................................................................................................................ 05
Como lidar com a concorrência; .................................................................................................................................................................... 06
Noções de Imaterialidade ou intangibilidade, Inseparabilidade e Variabilidade dos produtos bancários. ................ 08
Manejo de carteira de Pessoa Física e de Pessoa Jurídica........................................................................................................................ 08
Noções de Marketing de Relacionamento. .................................................................................................................................................. 09
Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada)............................................................... 10
TÉCNICAS DE VENDAS
1
TÉCNICAS DE VENDAS
2
TÉCNICAS DE VENDAS
se disseram interessados e desses você consegue fechar acima citadas e coloque cada uma delas para sugerir em
um, você tem uma relação de 4 para 1. Sendo necessário, como ajudar a atingir a meta. É provável que você tenha a
por estatística, ter quatro clientes potenciais interessados resposta dentro da empresa.
para fechar uma venda.
Fonte: http://www.l3crm.com.br/blog/index.php/9-
6. Capacidade produtiva da área de entrega dicas-de-como-elaborar-uma-meta-de-vendas-para-sua
Sua empresa pode ser uma fábrica, uma revenda de -empresa-2/
produtos ou mesmo uma empresa de serviços, a pergunta
é : Até quanto você pode faturar com a operação atual?
Qual sua capacidade produtiva máxima? Existe algum limi-
te máximo? Qual é ?
TÉCNICAS DE VENDAS DE PRODUTOS
7. Quanto você quer ganhar no próximo ano E SERVIÇOS FINANCEIROS NO SETOR
Você pode ser o dono da empresa, um executivo de BANCÁRIO: PLANEJAMENTO,
área de negócios, diretor de vendas ou até mesmo um ven- TÉCNICAS, MOTIVAÇÃO PARA VENDAS
dedor. Essa pergunta tem que fazer parte de seu plano, por
que isso é que irá lhe mover para o atingimento da meta,
sem isso, qualquer direção servirá. Faça a conta inversa
com esse parâmetro. O quanto eu preciso vender para ga- TÉCNICAS DE VENDAS
nhar o que eu quero. Dada sua retirada de cotas, comissão
ou bônus para o volume de vendas necessário. São fórmulas adotadas para desenvolver o processo
de negociação, de maneira que esse atenda o interesse,
8. Trabalhe com cenários
necessidade ou desejo do cliente e corresponda aos resul-
Agora você tem a maioria dos parâmetros para tomar
tados almejados no planejamento das vendas.
a decisão de como vai ser o seu próximo ano. Identifique
qual será o seu comportamento perante as informações. As
empresas muitas vezes não conseguem obter estes dados Alguns pressupostos dessas técnicas:
acima e acabam não conseguindo atribuir metas que sejam • Conhecimento do produto (características/funcio-
exequíveis (possíveis de serem realizadas dentro do prazo namento/garantia...)
estabelecido), faça três cenários contando com expecta- • Clientela (identificar perfil/nicho)
tivas conversadora, moderada, arrojada e acompanhe-as. • Abordagem
Terei que investir mais em Marketing, Contratações, Capa- • Descobrir o fato gerador da venda
cidade produtiva, Pós vendas… • Comunicação
• Fechamento da venda
9. Atribua gatilhos de investimentos • Acompanhamento
Se você quiser crescer mais do que já está crescendo
deverá realizar investimentos em um primeiro momento. O setor bancário tem como característica a prestação
Faça o seu plano de investimentos e atribua gatilhos para
de serviço. É um setor de vital importância, tendo em vis-
sua execução, Não saia investindo tudo o que tem (ou mes-
ta o seu desempenho na economia nacional. Mas somen-
mo o que não tem) de forma suicida sem conhecer os riscos
e o retorno esperado – Campanhas de marketing, contrata- te pouco tempo atrás os bancos brasileiros colocaram os
ção de vendedores, aumento da capacidade produtiva, no- clientes como centro das atenções na demarcação do foco
vos equipamentos, nova infraestrutura, são investimentos de seus produtos e serviços.
geralmente realizados. Trace um plano no papel e coloque
o atingimento de metas parciais para a realização de novos Tipos de produtos e serviços
investimentos, se não obteve retorno, questione o motivo e • Cartões
identifique a causa. Isso criará um hábito que é fundamen- • Seguros
tal para o atingimento de meta: DISCIPLINA. • Previdência
Outro hábito que deverá ser internalizado pelos gesto- • Investimentos
res é a revisão do modelo e as ações que foram tomadas na • Consórcios
direção da meta. Temos visto muitas empresas elaborarem
um plano muito bacana e deixarem na gaveta pelo resto do Diferenciais no atendimento e venda
ano e voltam a trabalhar de forma oportunista no merca-
• Taxas diferenciadas
do. Revise e avalie as conquistas periodicamente, ajuste o
• Agências especiais
rumo e comunique as ações.
• Consultoria Financeira
Tenha em mente que a elaboração da meta de vendas • Brindes
é parte de um aprendizado da empresa como um todo, • Descontos em eventos
envolva as pessoas que possam ajudar com as informações • Aconselhamentos segmentados
3
TÉCNICAS DE VENDAS
Algumas técnicas que podem ser utilizadas: O que move a empresa e seus colaboradores, não é
apenas o retorno financeiro. É preciso levar em conside-
• SOLICITAR ração outros motivadores, tais como:
Uma venda só é fechada quando o cliente diz SIM. Objetivos
• OU...OU... Metas
Basta tu colocar duas opções para o cliente, seja qual Desejos de progredir na carreira
for a que ele escolher, estará dizendo SIM. Ser empresa referência no mercado
• CHAVE DE BRAÇO E também, os clientes, esses últimos precisam ser
Consiste em responder a pergunta do cliente com ou- motivação, razão pela qual tudo na empresa gira.
tra pergunta, fazendo com que ele se comprometa com a
resposta que conduzirá ao SIM.
• ESTÓRIA INTIMIDANTE PRODUTO, PREÇO, PRAÇA
Mostre o que pode acontecer de ruim em caso de não
E PROMOÇÃO
aquisição do produto.
• PROCESSO DE ELIMINAÇÃO
Consiste em induzir o cliente a dizer NÃO, quando o
não dele quer dizer SIM. Quando falamos em vendas, em mercado, precisamos
• PERGUNTANDO CERTO E VENDENDO MAIS nos ater ao mix de marketing que gira esse processo. Esta-
mos falando do tão conhecido 4 P´s.
Descobrir as reais necessidades dos clientes é funda-
mental para conseguir vender mais e melhor.
PRODUTO PREÇO
Independente da técnica utilizada, é necessário estar •Variedade •Preço de venda
atento à maneira como se faz a apresentação do produto •Embalagem •Forma de pagamento
e/ou serviço, para isso temos algumas sugestões que po- •Qualidade •Prazo de financiamento
•Funcionalidade •Concessão de Crédito
dem ser úteis: •Designer
• Planejamento/preparo/conhecimento •Garantia
• Tenha um script memorizado para diminuir a ten- •Característica
são e a ansiedade
• Vendas é uma ciência: pode ser estudada e absor-
vida PRAÇA PROMOÇÃO
•Abrangência territorial •Descontos
• Organização: monte um script com anotações de- •Canais de MKT •Esforço de venda
talhadas sobre o cliente antes de visitá-lo •Localização •Comercialização
• Pesquise •Layout •Publicidade e propaganda
•MKT direto
• Elabore e estude antecipadamente objeções e so- •RP
luções
• Crie quadros mentais de sucesso e visualize um
bom negócio
• Treine com colegas através de dinâmicas PRODUTO
• Encontre sua própria estratégia de apresentação, Tudo aquilo que possa ser oferecido e que atenda a
mas pode seguir alguns modelos até identificar o próprio. necessidade ou interesse de um mercado. Aqui entra não
Ex.: CVBA só bens ou serviços, mas a marca, embalagens, ideias, lo-
C – Característica: algo que esteja presente no cais, enfim, tudo aquilo que possa gerar desejo ou ser ne-
produto. Ex.: Tamanho. cessário para alguém, ou seja, é a somatória e atributos,
V – Vantagem: a diferença que faz o produto ter funções e benefícios que os clientes compram.
ou não a característica citada. Ex.: é portátil Níveis observados na criação do produto:
B – Benefício: o que representa para o comprador - Produto básico – aquele que o consumidor com-
aquela vantagem, em que o afeta. Ex.: praticidade. pra, definindo os benefícios básicos.
A – Atração: crie uma atração para o produto. Faça - Produto real ou esperado – apresenta algumas
uma pergunta ao cliente fazendo-o concordar com o be- particularidades como: nível de qualidade, características,
nefício. Ex.: O senhor concorda que é bem mais pratico na design, marca e embalagem.
nossa rotina maluca um produto mais fácil de se carregar e - Produto ampliado – serviços e benefícios adicio-
mais seguro, por chamar menos atenção? nais.
- Produto potencial – ampliações e modificações
Motivadores para a venda que esses produtos possam sofrer no futuro.
Um vendedor sem motivação perde o poder de per-
suasão e não consegue mostrar para o cliente, com entu- PREÇO
siasmo, as vantagens e os benefícios que o seu produto É o volume de dinheiro cobrado para a aquisição ou
oferece. direito de uso de um produto e/ou serviço. Esse preço
4
TÉCNICAS DE VENDAS
deve ser elevado o suficiente para proporcionar lucro a Nesse sentido, surgiu o conceito CINCO FORÇAS, que
quem o oferece, mas não tão elevado a ponto de não regem a competição em um setor.
despertar o interesse em alguém de pagá-lo. As cinco forças que regem a competição são:
O preço exerce algumas funções: • Clientes – o poder de barganha do cliente inter-
1. Em a negociação ocorrendo, quanto os consumi- fere no equilíbrio entre esses e o mercado.
dores comprarão?
• Fornecedores – seu poder de barganha pode alte-
2. Essa negociação gerará lucro?
3. Existe flexibilidade nesse preço, a ponto de gerar rar o mercado ao aumentarem os preços ou diminuírem a
mudança no comportamento dos negócios? qualidade do produto ou serviço.
4. O preço é quem gera a demanda, e não o contrá- • Novos participantes em potencial – são aqueles
rio. (preço baixo/demanda alta) que trazem novas capacidades e chegam com desejo de
ganhar participação no mercado.
PRAÇA • Produtos substitutos - não somente limitam os lu-
Aqui abordamos a questão da distribuição desse
cros, mas também reduzem a prosperidade pretendida de
produto ou serviço, ou seja, a estratégia de MKT deverá
atentar aos cuidados no momento de disponibilizar esse um setor.
produto. • Rivalidade entre os concorrentes – trata-se do uso
É necessário que esse produto esteja disponibili- de táticas de competição de preços, lançamento de produ-
zado de maneira que o cliente o encontre facilmente, tos e propaganda.
que esse acesso seja facilitado, podendo efetivar a ne-
gociação com agilidade e no momento em que desejar Uma vez analisadas as forças que afetam a competi-
ou precisar. ção em um setor e suas causas básicas, a empresa tem a
Essa distribuição pode ser direta ou indireta, de acor-
do com o produto ou serviço. oportunidade de identificar as condições dentro de uma
estratégia.
PROMOÇÃO Para isso, podemos utilizar a técnica FOFA.
Primeiramente devemos distinguir Propaganda de
Marketing.
A Propaganda é uma das ferramentas que o MKT uti-
liza para projetar o produto/serviço.
O MKT utiliza de ferramentas diversas nessa projeção,
conforme características peculiares ao momento, ao in-
teresse, ao produto e/ou serviço, enfim, conforme o ob-
jetivo.
Ferramentas da Promoção:
1. Propaganda – através dela os clientes são informa-
dos sobre os produtos e/ou serviços, além de passar in-
formações sobre a empresa, instigando a necessidade ou
desejo de comprá-los.
2. Promoção de Vendas – é uma ferramenta que co-
munica, atrai, incentiva, convida à negociação.
3. Relações Públicas – são apelos que mostram o his-
tórico da empresa, além dos produtos que desenvolvem,
além de ações sociais. Essa análise proporciona uma eficácia operacional, que
permite a contribuição de melhores práticas, redução de
custos, determinando-se o que fazer e, principalmente, o
que não fazer.
VANTAGEM COMPETITIVA
Na cadeia de valor empresarial, o custo e a qualidade
dos produtos são responsáveis pelas vantagens competiti-
vas que a organização dispõe, sendo estas para os setores
Vamos analisar o conceito vantagem competitiva a do mercado, a razão pela qual os clientes escolhem a sua
partir da visão de Michael Porter, visto que foi ele quem marca, seu produto ou serviço, sua oferta, e não a de seu
desenvolveu esse conceito.
concorrente, sendo essa vantagem única ou melhor do que
A vantagem competitiva surge do valor que uma de-
terminada empresa consegue criar para os Seus clientes e a ofertado por eles.
que ultrapassa os custos de produção. Vale ressaltar que a vantagem competitiva é sempre
A busca dessa vantagem está essencialmente na for- relativa.
ma de como lidar com a competição. Na luta por partici- Seja qual for a vantagem apresentada por sua empre-
pação no mercado, a competição é percebida em toda a sa, a partir do momento que um concorrente apresentá-la
cadeia de relações da empresa e não apenas em relação na mesma proporção, essa deixará de ser vantagem e pas-
aos concorrentes. sará a ser obrigação.
5
TÉCNICAS DE VENDAS
Características das vantagens competitivas É interessante perceber que algumas pessoas da empre-
• 1. Precisa ter valor para os clientes, precisa ser al- sa não conseguem conhecer nem mesmo o que sua empre-
mejada por eles. sa produz, sejam produtos ou serviços, há somente o conhe-
• 2. Não pode haver outras vantagens competitivas cimento de uma parte do que é ofertado ao consumidor,
substitutas disponibilizadas pelos concorrentes (não co- mas hoje não há mais espaço para este tipo de empresa no
piam mas substituem) mercado, deve-se ter em mente quais são os pontos em que
• 3. Possuir recursos e capacidade para ofertá-la de pode-se melhorar e quais podem não ser tão bons.
forma constante e consistente. Os concorrentes podem ser classificados de acordo com
• 4. Precisa ser sustentável a percepção da empresa, do mercado ou da combinação
de ambos, tornando assim mais fácil o reconhecimento dos
Quatro passos devem ser praticados de forma contínua pontos em que se deve atacar para superar a concorrência.
para quem trabalha com essas vantagens: Para algumas empresas um concorrente é apenas quem
• 1. Fique de olho na concorrência faz um produto similar, praticamente igual e que tem os
• 2. Faça a diferença (copiar X inovar e revolucionar) mesmos propósitos, outras enxergam seus concorrentes de
• 3. Quem não é visto não é lembrado. acordo com o ramo (setor) em que atuam, por outro lado
ainda existem aquelas organizações que classificam os con-
• 4. Cumpra o prometido
correntes por produtos ou serviços de mesma categoria, e
existem aquelas que defendem o argumento de que qual-
Posturas contrárias à Porter: quer empresa no mercado é concorrente, pois está dispu-
• A empresa deve basear-se nos recursos físicos, fi- tando o mesmo dinheiro do consumidor, mesmo que sejam
nanceiros, intangíveis, organizacionais e humanos, onde a segmentos diferentes.
definição das estratégias competitivas deve partir de uma A concorrência sempre busca Informações dos demais,
compreensão de possibilidades serem operacionalizadas e quer conhecer profundamente os acertos dos adversários e
sustentadas por tais recursos (Teoria defendida por Praha- mudar a percepção do consumidor quanto aos produtos ou
lad & Hamel / Krog & Ross) serviços ofertados.
• As vantagens competitivas partem da hipótese de Um profissional de Marketing sempre deve estar cole-
que os recursos empresariais que as gerarão devem ser he- tando Informações de mercado, procurando saber quem
terogêneos e imóveis, além de apresentar atributos como são as fontes que podem ameaçar ou até mesmo retirar
serem valiosos, raros, de difícil imitação e insubstituíveis. consumidores da sua base.
(Teoria defendida por Dosi & Coriat) Qualquer que seja o tamanho da empresa, deve-se sa-
• O sucesso competitivo requer a união de múlti- ber que sempre existirão concorrentes no mercado, inde-
plas capacidades como: inovação, produtividade, qualida- pendente do seu tamanho, localização e poder, mas sempre
de, resposta a cliente, sendo que os centros estratégicos há brechas que podem pegar a todos desprevenidos, como
combinam capacidade especializada e integração em larga a evolução tecnológica muito elevada, um novo concorrente
escala. (Teoria defendida por Lorenzoni G. / Baden Fuller) que entra no mercado após algum tempo e que fixou suas
• Em países emergentes, um impulsionador dinâmi- bases estratégicas no conhecimento dos pontos fracos co-
co da Vantagem Competitiva é a estratégia entre os setores nhecidos e estudados com muita cautela e dedicação
público e privado. (Faria e Imasato) Aprender com os acertos e erros dos concorrentes, é
• E ainda, por Mintzbert, valores gerenciais da or- saber utilizar de forma correta a disponibilidade de Infor-
ganização e sua responsabilidade social, além das forças mações de mercado, é aceitar e tomar para si a certeza de
políticas internas e o impacto das ações do governo no que não irá cometer estes erros e de que a concorrência
ambiente de atuação da empresa. não poderá corrigir os erros tão rapidamente.
6
TÉCNICAS DE VENDAS
- Concorrência genérica: uma empresa vê como suas Notemos que em um primeiro momento a concor-
concorrentes todas as empresas que competem pelo di- rência pode nos parecer algo muito produtivo, isso quan-
nheiro dos mesmos consumidores, assim a empresa de do estamos no polo de clientes, ao passo que quando
automóveis enxerga a concorrência como empresas que estamos no polo de fornecedores a concorrência não é
possam vender viagens ao exterior e residências. tão bem vista assim. Por isso o maior desafio como for-
(Fonte: Portal do Marketing e KOTLER, Philip. Adminis- necedores não é simplesmente ser escolhido pelo cliente,
tração de Marketing, São Paulo, 10ª Edição, 2004). pois você tem que aproveitar a chance de usar essa con-
corrência para crescer e contribuir para o mercado.
Para lidar com a concorrência, primeiro, é preciso que Precisa-se, antes de tudo, entender seus concorren-
se entendam os motivos pelos quais um cliente prefere um tes, precisa saber em quais mercados eles trabalham ou
produto ou serviço de uma empresa ao da outra. atuam, necessita buscar e descobrir várias características
Se as ofertas são imensas, o que leva a escolha? essenciais que lhe permitirão caminhar ou criar o negó-
Estamos na era da qualidade. As empresas se preparam cio. Alguns dos fatores que se precisa analisar sobre os
sempre para oferecer melhor para os seus clientes. E ain- concorrentes, são: Quem são? Onde eles estão? Quantos
da, fazem questão de demonstrar isso. Tudo porque elas são? Quais são os produtos principais deles? E esses pro-
perceberam que os clientes estão cada vez mais exigentes, dutos são melhores que os que você produz? Que preços
espertos e atentos. eles praticam, e são maiores ou menores que os seus?
Então, se a qualidade deve ser algo comum a todos, o Qual o tipo de investimento está sendo feito por ele em
que motiva a aquisição e determina a escolha de um pro- relação a suporte, vendas, pós-vendas, entregas e paga-
duto ou serviço de uma empresa, é o que elas fazem de mentos, quais são as pessoas-chave nessa concorrência?
diferente. Essas são informações essenciais pra que se possa deter-
Esse diferencial está ligado à percepção da empresa. minar como funciona seu mercado, pelo ponto de vista
Ou seja, é ela conseguir enxergar o que a concorrência faz da concorrência.
e precisa ser melhorado. Ou, o que ela não faz e poderia Vejamos alguns passos que deve-se executar para
ser feito. conseguir driblar a concorrência:
E isso pode estar embutido em atendimentos persona- • Deve-se perceber que o melhor não existe, o que
lizados; não se limitar, aprender a correr riscos; não agredir existe é o mais apropriado para cada cliente, afinal de
a concorrência; criar uma nova necessidade; trazer bene- contas, querer ser o melhor em tudo faz com que se per-
fícios; ampliar o mercado; contribuir para a sociedade; ser
ca o foco estratégico, leva a grandes contradições, como
transparente.
querer vender um produto mais luxuoso e com preço
As empresas não podem esquecer que se continuarem
mais baixo ao mesmo tempo, e isso faz com que se perca
fazendo o de sempre, mesmo que façam bem, essa estra-
a identidade dos produtos ou serviços, enquanto que o
tégia, por ser algo óbvio, podem ser afetadas pelas ações
diferente já traz consigo a vantagem da surpresa.
da concorrência.
• Devem-se aproveitar os próprios pontos fortes para
Portanto, os concorrentes podem ser entendidos como
forças externas que motivam as empresas a procurarem conquistar o cliente, do que tentar conseguir conquis-
novas estratégias de mercado. E isso é algo positivo. tá-lo usando os pontos fracos dos outros concorrentes.
Nenhuma empresa e nenhum país têm condições de • Não se deve agredir os concorrentes, pelo contrá-
ignorar a necessidade de competir. Todas as empresas e rio, ao se criar um novo leque dentro de um mercado já
todos os países devem procurar compreender e exercer existente, acaba-se por dar uma nova guinada no mer-
com maestria a competição. cado.
Toda empresa sofre ou sofrerá um dia o efeito da con- • Com certeza correrá riscos, mas qual é o maior risco
corrência, afinal, ideias inovadoras e rentáveis tornam os do que o de ser abandonado pelo cliente? Porém isso
mercados atrativos, salvo algumas exceções, e faz com não quer dizer que o risco não possa ser administrado.
que uma organização não consiga manter o monopólio • Deve-se deixar o cliente totalmente satisfeito, po-
todo o tempo em seu mercado de atuação. Por isso é rém sempre com vontade de voltar, de quero mais, pois
fundamental para qualquer tipo de organização saber assim se terá sempre um cliente satisfeito e fiel.
lidar da melhor forma possível com seus concorrentes, • Não deve se limitar as pesquisas, afinal novos pro-
sejam estes diretos ou indiretos. dutos exigem experimentação e degustação.
Para tanto, falaremos como ter um melhor gerencia- • Um produto pode dar certo, mas isso não significa
mento dos concorrentes. O primeiro passo que deve- se que está finalizado, pois sempre há melhorias que podem
preocupar é a identificação dos concorrentes, pode até ser acrescidas. E mesmo que um produto tenha sido de-
parecer que esta seja uma tarefa fácil, porém a faixa de senvolvido para um determinado cliente, sempre podem
concorrentes reais e potenciais será na verdade muito ampliar os rendimentos, sem que o cliente original seja
mais ampla do que se pensa. lesado.
Toda concorrência gera inovações, invenções e a cada
invento percebemos que nossa sociedade se aprimora. E Mas um fator que deve ser analisado é que, cada con-
esse aprimoramento faz com que fiquemos mais abertos corrente tem sua forma de gestão, sua cultura interna, con-
ao novo, mais criativos, logo, muito mais exigentes, isso vicções, dente outros fatores, que os guiará a determinado
nada mais é do que evolução. padrão de reação.
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TÉCNICAS DE VENDAS
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TÉCNICAS DE VENDAS
• Crédito Imobiliário – essa linha manteve o cres- Processo de Crédito – constitui 4 etapas:
cimento, com previsão de continuidade nos próximos 1. Concessão – abrange a análise do cliente e da ope-
anos, e nesse contexto, o BB, investindo em sustentabi- ração;
lidade, vem priorizando financiamentos à produção que 2. Condução – acompanhamento da aplicação dos re-
atenda conceitos de preservação. cursos liberados, prevenindo a inadimplência.
3. Cobrança - utilização de mecanismos que assegurem o
PESSOA JURÍDICA retorno de recursos emprestados;
4. Recuperação – busca reduzir perdas de crédito, mini-
• Microcrédito – diante da positividade do cenário mizar custos de recuperação e aumentar taxa de recuperação
econômico brasileiro (queda no desemprego/integração
no mercado de consumo/mobilidade social/ampliação de Gestão do Risco de Crédito – Modelos de Concessão
crédito...) o BB passou atuar no Microcrédito Produtivo • O BB utiliza modelos de credit scoring (analisa con-
Orientado (MPO) – dentre os objetivos citamos a promo- ceitos de inadimplência, pontualidade, definição de bom ou
mau pagador) e credit rating e probabilidade de default (clas-
ção de inclusão bancária e a geração de trabalho e renda
sifica as empresas em categoria de risco de crédito)
para empreendedores de pequeno porte.
• O BB desenvolveu algumas metodologias próprias
• Crédito Pessoa Jurídica – o BB busca estimular a
para a apuração dos componentes de risco.
inovação e a produção nacional para aumentar a com-
• Entre elas citamos:
petitividade das indústrias e estimular o crescimento do FEI – Frequência Esperada de Inadimplência
país. Isso explica o crescimento dessa carteira, onde linhas PDI – Perda Dada a Inadimplência
de capital de giro e investimentos representam mais de Exposição a risco de crédito, mensurando Capital
70%. Econômico (CE) e Perda Esperada (PE)
• Crédito para Empresas Médias, Grandes e Corpo-
rate – nessa linha (clientes Atacado), o BB atende empresas
com faturamento anual bruto superior a 25 milhões, e as
ações estarão centradas no aprimoramento de processos
e estruturas de atendimento, estratégias de rentabilização NOÇÕES DE MARKETING DE
e desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. RELACIONAMENTO
• Micro e Pequenas Empresas – aqui destacamos
a linha de crédito BB Giro Empresa Flex, além do Cartão
BNDES.
• Operações de Investimento e Repasses – nessa Quando falamos em marketing de relacionamento, ou
modalidade podemos citar o Fundo da Marinha Mercante, CRM (Customer Relationship Management), estamos falando
Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, em uma ferramenta que propõe ações de comunicação e re-
além de recursos do FINAME, que movimentaram bilhões lacionamento de forma individualizada entre a organização e
em investimentos na geração de emprego e no desenvol- o consumidor, visando gerar entre ambos um relacionamento
vimento do país. de longo prazo. Essa comunicação individualizada é de ex-
• Agronegócios – nessa modalidade podemos citar trema eficácia visto que, ao estreitar essas relações as orga-
nizações identificam o perfil de cada cliente e detectam mais
medidas adotadas que destacam o BB no segmento:
facilmente suas necessidades, interesses, particularidades, de
Mitigação do risco;
tal forma que, as ações adotadas junto a esses clientes geram
Programa Agricultura de Baixo Carbono
uma maior valorização a eles e, por consequência o nível de
Letra de Crédito do Agronegócio fidelização é potencializado, onde vários fatores, além de cus-
Novo modelo de atendimento ao produtor rural to, passam a ser levados em consideração por esse cliente,
PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento mantendo-o na instituição não apenas por conveniência, mas
da Agricultura Familiar) também por convicção.
PRONAMP (Programa Nacional de Apoio ao Mé- Marketing de Relacionamento está relacionado ao pro-
dio Produtor Rural) cesso de construção e sustentação da infraestrutura dos rela-
Negócios com cooperativas e atendimento espe- cionamentos com os clientes, gerando assim uma integração
cializado. dos clientes no desenvolvimento dos processos.
Essa ferramenta consiste em uma estratégia de negócios
Políticas de Crédito e Risco de Crédito – essas políti- que visa construir de forma pró ativa relacionamentos dura-
cas visam: douros e sólidos, que contribuem para o aumento do desem-
• Assegurar uniformidade de decisões penho das empresas, atingindo resultados sustentáveis, faci-
• Aperfeiçoar a administração do risco de crédito litando inclusive mensurar o nível de satisfação dos clientes,
• Garantir a integridade dos ativos de crédito antecipando-se às futuras mudanças e adequações que se
• Elevar os padrões de qualidade façam necessárias,
• Tratam do retorno ajustado ao risco, dos limites Investir e administrar essa ferramenta traz para a empresa
máximos de concentração e percentuais de comprometi- uma vantagem competitiva, pois isso a destaca frente à con-
mento do patrimônio. corrência.
9
TÉCNICAS DE VENDAS
Outra vantagem obtida através do MKT de relacionamen- necedor). Já, fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
to é que, por meio das informações colhidas, é possível me- pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os
lhor analisar e desenvolver estratégias de marketing, pois, co- entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
nhecendo o gosto e avaliação que os clientes têm, é possível produção, montagem, criação, construção, transformação,
mantê-los ativos e fazer com eles se tornem divulgadores de importação, exportação, distribuição ou comercialização
produtos e/ou serviços das instituições. de produtos ou prestação de serviços, conforme o art. 4º
Método para implementação de MKT relacional = IDIC da lei 8078/90.
• I – Identificar
• D – Diferenciar LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.
• I – Interagir
• C - Customizar Vigência
Mensagem de veto
É de conhecimento geral que o custo para conquis- Regulamento
tar novos clientes é muito superior àquele para manter Regulamento
os que já o são, visto que, a confiança dos antigos clien- Regulamento
tes permite que eles não troquem a organização sem (Vide Decreto nº 2.181, de 1997)
que haja uma razão muito forte, e também o volume de (Vide pela Lei nº 13.425, de 2017) (Vigência)
negócios por eles gerado é superior ao de novos clien- Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
tes, que ainda terão que passar por todo esse processo providências.
de construção de valores e relação. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
O CRM demonstra que todo relacionamento é um
aprendizado. Quando a organização usa dessa ferramenta TÍTULO I
ela está se propondo a aprender com seu cliente, ou seja, Dos Direitos do Consumidor
ela se propõe a ouvir, a atender as observações e sugestões CAPÍTULO I
por eles colocadas, unindo esforços e interesses, direciona Disposições Gerais
suas ações para um bem comum, onde um se torna supor-
te do outro, gerando assim um relacionamento além de Art. 1° O presente código estabelece normas de prote-
lucrativo, sólido e sustentável. ção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse
social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V,
da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Tran-
CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO sitórias.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
CONSUMIDOR – LEI 8.078/1990
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário fi-
nal.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletivi-
As denominadas relações de consumo estão estrita- dade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja in-
mente relacionadas às relações de cunho comercial. Com tervindo nas relações de consumo.
o passar do tempo, essas práticas foram acompanhando Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
o crescimento do comércio, o avanço das tecnologias, até pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os
que se o Estado, regulamentou essas práticas e garantiu entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
mecanismos de defesa dos direitos dos envolvidos, através produção, montagem, criação, construção, transformação,
da Lei 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor), que importação, exportação, distribuição ou comercialização
passou a tutelar essa relação, revestindo-a de caráter públi- de produtos ou prestação de serviços.
co, afim de resguardar os interesses da coletividade. § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, mate-
Tendo em vista que essas relações envolvem duas ou rial ou imaterial.
mais pessoas, faz-se necessário a presença de dois elemen- § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mer-
tos para caracterizar tal relação, sejam eles Consumidor e cado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de
Fornecedor. De acordo com o artigo 2º da lei 8078/90, natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo
Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
ou utiliza produtos ou serviços como destinatário final, en-
tenda-se aqui destinatário final como aquela pessoa, física CAPÍTULO II
ou jurídica que adquire ou se utiliza de produtos ou ser- Da Política Nacional de Relações de Consumo
viços em benefício próprio, ou seja, é aquele que busca
a satisfação de suas necessidades através de um produ- Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo
to ou serviço, sem ter o interesse de repassar este serviço tem por objetivo o atendimento das necessidades dos con-
ou esse produto a terceiros (Caso este produto ou serviço sumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança,
seja repassado a terceiros, mediante remuneração, inexiste a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da
a figura do consumidor e surge imediatamente a do for- sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmo-
10
TÉCNICAS DE VENDAS
nia das relações de consumo, atendidos os seguintes prin- II - a educação e divulgação sobre o consumo ade-
cípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) quado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor escolha e a igualdade nas contratações;
no mercado de consumo; III - a informação adequada e clara sobre os dife-
II - ação governamental no sentido de proteger efeti- rentes produtos e serviços, com especificação correta de
vamente o consumidor: quantidade, características, composição, qualidade, tri-
a) por iniciativa direta; butos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de asso- apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012)
ciações representativas; Vigência
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusi-
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões va, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como
adequados de qualidade, segurança, durabilidade e de- contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no forne-
sempenho. cimento de produtos e serviços;
III - harmonização dos interesses dos participantes das V - a modificação das cláusulas contratuais que esta-
relações de consumo e compatibilização da proteção do beleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em
consumidor com a necessidade de desenvolvimento eco- razão de fatos supervenientes que as tornem excessiva-
nômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios mente onerosas;
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Cons- VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patri-
tituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio moniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
nas relações entre consumidores e fornecedores; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos
IV - educação e informação de fornecedores e consu- com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimo-
midores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à niais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada
melhoria do mercado de consumo; a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessita-
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios dos;
eficientes de controle de qualidade e segurança de produ- VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
tos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
solução de conflitos de consumo;
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordiná-
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos
rias de experiências;
praticados no mercado de consumo, inclusive a concor-
IX - (Vetado);
rência desleal e utilização indevida de inventos e criações
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públi-
industriais das marcas e nomes comerciais e signos distinti-
cos em geral.
vos, que possam causar prejuízos aos consumidores;
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;
III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com
VIII - estudo constante das modificações do mercado deficiência, observado o disposto em regulamento. (In-
de consumo. cluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Rela- Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem
ções de Consumo, contará o poder público com os seguin- outros decorrentes de tratados ou convenções internacio-
tes instrumentos, entre outros: nais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna
I - manutenção de assistência jurídica, integral e gra- ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades
tuita para o consumidor carente; administrativas competentes, bem como dos que derivem
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüi-
Consumidor, no âmbito do Ministério Público; dade.
III - criação de delegacias de polícia especializadas no Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, to-
atendimento de consumidores vítimas de infrações penais dos responderão solidariamente pela reparação dos danos
de consumo; previstos nas normas de consumo.
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas
e Varas Especializadas para a solução de litígios de consu- CAPÍTULO IV
mo; Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e
V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimen- da Reparação dos Danos
to das Associações de Defesa do Consumidor. SEÇÃO I
§ 1° (Vetado). Da Proteção à Saúde e Segurança
§ 2º (Vetado).
CAPÍTULO III Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado
Dos Direitos Básicos do Consumidor de consumo não acarretarão riscos à saúde ou seguran-
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: ça dos consumidores, exceto os considerados normais e
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os ris- previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obri-
cos provocados por práticas no fornecimento de produtos gando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as
e serviços considerados perigosos ou nocivos; informações necessárias e adequadas a seu respeito.
11
TÉCNICAS DE VENDAS
Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, II - o produto for fornecido sem identificação clara do
ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere seu fabricante, produtor, construtor ou importador;
este artigo, através de impressos apropriados que devam III - não conservar adequadamente os produtos pe-
acompanhar o produto. recíveis.
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencial- Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao
mente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os
informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da demais responsáveis, segundo sua participação na causa-
sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção ção do evento danoso.
de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado Art. 14. O fornecedor de serviços responde, indepen-
de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria sa- dentemente da existência de culpa, pela reparação dos
ber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
saúde ou segurança. prestação dos serviços, bem como por informações insufi-
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, poste- cientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
riormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a se-
conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá gurança que o consumidor dele pode esperar, levando-
comunicar o fato imediatamente às autoridades compe- se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
tentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitá- quais:
rios. I - o modo de seu fornecimento;
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o pará- II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se
grafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e tele- esperam;
visão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. III - a época em que foi fornecido.
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculo- § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela ado-
sidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos ção de novas técnicas.
consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabi-
Municípios deverão informá-los a respeito. lizado quando provar:
Art. 11. (Vetado). I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
SEÇÃO II § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais libe-
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e rais será apurada mediante a verificação de culpa.
do Serviço Art. 15. (Vetado).
Art. 16. (Vetado).
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos
ou estrangeiro, e o importador respondem, independen- consumidores todas as vítimas do evento.
temente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de SEÇÃO III
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, ma- Da Responsabilidade por Vício do Produto e
nipulação, apresentação ou acondicionamento de seus do Serviço
produtos, bem como por informações insuficientes ou ina-
dequadas sobre sua utilização e riscos. Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo du-
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a se- ráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos ví-
gurança que dele legitimamente se espera, levando-se em cios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes
I - sua apresentação; diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se espe- disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da
ram; embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respei-
III - a época em que foi colocado em circulação. tadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mer- § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de
cado. trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importa- sua escolha:
dor só não será responsabilizado quando provar: I - a substituição do produto por outro da mesma es-
I - que não colocou o produto no mercado; pécie, em perfeitas condições de uso;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, II - a restituição imediata da quantia paga, moneta-
o defeito inexiste; riamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. danos;
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos III - o abatimento proporcional do preço.
termos do artigo anterior, quando: § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou am-
- o fabricante, o construtor, o produtor ou o importa- pliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não po-
dor não puderem ser identificados; dendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta
12
TÉCNICAS DE VENDAS
dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inade-
ser convencionada em separado, por meio de manifesta- quados para os fins que razoavelmente deles se esperam,
ção expressa do consumidor. bem como aqueles que não atendam as normas regula-
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das al- mentares de prestabilidade.
ternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por
extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á
comprometer a qualidade ou características do produto, implícita a obrigação do fornecedor de empregar compo-
diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. nentes de reposição originais adequados e novos, ou que
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo,
inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a subs- quanto a estes últimos, autorização em contrário do con-
tituição do bem, poderá haver substituição por outro de sumidor.
espécie, marca ou modelo diversos, mediante complemen- Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
tação ou restituição de eventual diferença de preço, sem concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra
prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
forma de empreendimento, são obrigados a fornecer ser-
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura,
viços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essen-
será responsável perante o consumidor o fornecedor ime-
ciais, contínuos.
diato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total
I - os produtos cujos prazos de validade estejam ven- ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as
cidos; pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, danos causados, na forma prevista neste código.
avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de
vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacor- qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o
do com as normas regulamentares de fabricação, distribui- exime de responsabilidade.
ção ou apresentação; Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem serviço independe de termo expresso, vedada a exonera-
inadequados ao fim a que se destinam. ção contratual do fornecedor.
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula
pelos vícios de quantidade do produto sempre que, res- que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de inde-
peitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu nizar prevista nesta e nas seções anteriores.
conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do § 1° Havendo mais de um responsável pela causação
recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem do dano, todos responderão solidariamente pela repara-
publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamen- ção prevista nesta e nas seções anteriores.
te e à sua escolha: § 2° Sendo o dano causado por componente ou peça
I - o abatimento proporcional do preço; incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis so-
II - complementação do peso ou medida; lidários seu fabricante, construtor ou importador e o que
III - a substituição do produto por outro da mesma realizou a incorporação.
espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
IV - a restituição imediata da quantia paga, moneta- SEÇÃO IV
riamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e Da Decadência e da Prescrição
danos.
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou
anterior.
de fácil constatação caduca em:
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando
fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço
não estiver aferido segundo os padrões oficiais. e de produtos não duráveis;
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de ser-
de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou viço e de produtos duráveis.
lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorren- § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir
tes da disparidade com as indicações constantes da oferta da entrega efetiva do produto ou do término da execução
ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, dos serviços.
alternativamente e à sua escolha: § 2° Obstam a decadência:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e I - a reclamação comprovadamente formulada pelo
quando cabível; consumidor perante o fornecedor de produtos e servi-
II - a restituição imediata da quantia paga, moneta- ços até a resposta negativa correspondente, que deve ser
riamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e transmitida de forma inequívoca;
danos; II - (Vetado).
III - o abatimento proporcional do preço. III - a instauração de inquérito civil, até seu encerra-
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada mento.
a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial
fornecedor. inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
13
TÉCNICAS DE VENDAS
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à repa- Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão asse-
ração pelos danos causados por fato do produto ou do gurar a oferta de componentes e peças de reposição en-
serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a quanto não cessar a fabricação ou importação do produto.
contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação,
de sua autoria. a oferta deverá ser mantida por período razoável de tem-
Parágrafo único. (Vetado). po, na forma da lei.
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou
SEÇÃO V reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e en-
Da Desconsideração da Personalidade Jurídica dereço na embalagem, publicidade e em todos os impres-
sos utilizados na transação comercial.
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e
jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumi- serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao
dor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da consumidor que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800,
lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato de 2008).
social. A desconsideração também será efetivada quando Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é soli-
houver falência, estado de insolvência, encerramento ou dariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou
inatividade da pessoa jurídica provocados por má admi- representantes autônomos.
nistração. Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recu-
§ 1° (Vetado). sar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
e as sociedades controladas, são subsidiariamente respon- I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos
sáveis pelas obrigações decorrentes deste código. termos da oferta, apresentação ou publicidade;
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equi-
responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. valente;
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por cul- III - rescindir o contrato, com direito à restituição de
pa. quantia eventualmente antecipada, monetariamente atua-
lizada, e a perdas e danos.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa ju-
rídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma,
SEÇÃO III
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos con-
Da Publicidade
sumidores.
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal for-
CAPÍTULO V ma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique
Das Práticas Comerciais como tal.
SEÇÃO I Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus
Das Disposições Gerais produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para infor-
mação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técni-
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equi- cos e científicos que dão sustentação à mensagem.
param-se aos consumidores todas as pessoas determiná- Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abu-
veis ou não, expostas às práticas nele previstas. siva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação
SEÇÃO II ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcial-
Da Oferta mente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por
omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficiente- da natureza, características, qualidade, quantidade, pro-
mente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de priedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre
comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos produtos e serviços.
ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discrimina-
ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser cele- tória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore
brado. o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou servi- julgamento e experiência da criança, desrespeita valores
ços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a
ostensivas e em língua portuguesa sobre suas caracterís- se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
ticas, qualidades, quantidade, composição, preço, garan- ou segurança.
tia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é en-
como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança ganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado
dos consumidores. essencial do produto ou serviço.
Parágrafo único. As informações de que trata este ar- § 4° (Vetado).
tigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da
serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº informação ou comunicação publicitária cabe a quem as
11.989, de 2009) patrocina.
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TÉCNICAS DE VENDAS
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TÉCNICAS DE VENDAS
§ 6o Todas as informações de que trata o caput deste I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsa-
artigo devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis, bilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos
inclusive para a pessoa com deficiência, mediante solicita- produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição
ção do consumidor. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor
(Vigência) e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor limitada, em situações justificáveis;
manterão cadastros atualizados de reclamações funda-
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da
mentadas contra fornecedores de produtos e serviços, de-
vendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indi- quantia já paga, nos casos previstos neste código;
cará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor. III - transfiram responsabilidades a terceiros;
§ 1° É facultado o acesso às informações lá constantes IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas,
para orientação e consulta por qualquer interessado. abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem
§ 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mes- exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a
mas regras enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo eqüidade;
único do art. 22 deste código. V - (Vetado);
Art. 45. (Vetado). VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em pre-
juízo do consumidor;
CAPÍTULO VI
VII - determinem a utilização compulsória de arbitra-
Da Proteção Contratual
SEÇÃO I gem;
Disposições Gerais VIII - imponham representante para concluir ou reali-
zar outro negócio jurídico pelo consumidor;
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de con- IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não
sumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada o contrato, embora obrigando o consumidor;
a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu con- X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente,
teúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos variação do preço de maneira unilateral;
de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e al- XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato uni-
cance. lateralmente, sem que igual direito seja conferido ao con-
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de
sumidor;
maneira mais favorável ao consumidor.
Art. 48. As declarações de vontade constantes de XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de
escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos às cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja
relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando conferido contra o fornecedor;
inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e pa- XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateral-
rágrafos. mente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no celebração;
prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas
recebimento do produto ou serviço, sempre que a contra- ambientais;
tação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora XV - estejam em desacordo com o sistema de prote-
do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ção ao consumidor;
ou a domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização
de arrependimento previsto neste artigo, os valores even- por benfeitorias necessárias.
tualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a van-
reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente tagem que:
atualizados. I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurí-
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e dico a que pertence;
será conferida mediante termo escrito. II - restringe direitos ou obrigações fundamentais ine-
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente rentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu
deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada objeto ou equilíbrio contratual;
em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o III - se mostra excessivamente onerosa para o consu-
prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a car-
midor, considerando-se a natureza e conteúdo do contra-
go do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamen-
te preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, to, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares
acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso ao caso.
do produto em linguagem didática, com ilustrações. § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva
não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência,
SEÇÃO II apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo
Das Cláusulas Abusivas a qualquer das partes.
§ 3° (Vetado).
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as § 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produ- que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze
tos e serviços que: a competente ação para ser declarada a nulidade de cláu-
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TÉCNICAS DE VENDAS
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TÉCNICAS DE VENDAS
Parágrafo único. A multa será em montante não in- Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
ferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes o Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competen-
valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equi- te e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de
valente que venha a substituí-lo. (Parágrafo acrescentado produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação
pela Lei nº 8.703, de 6.9.1993) no mercado:
Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
produtos, de proibição de fabricação de produtos, de sus- Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem
pensão do fornecimento de produto ou serviço, de cas- deixar de retirar do mercado, imediatamente quando de-
sação do registro do produto e revogação da concessão terminado pela autoridade competente, os produtos noci-
ou permissão de uso serão aplicadas pela administração, vos ou perigosos, na forma deste artigo.
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosida-
defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou de, contrariando determinação de autoridade competente:
de qualidade por inadequação ou insegurança do produto Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa.
ou serviço. Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis
Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de sem prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à
interdição e de suspensão temporária da atividade, bem morte
como a de intervenção administrativa, serão aplicadas me- Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir
diante procedimento administrativo, assegurada ampla de- informação relevante sobre a natureza, característica, qua-
fesa, quando o fornecedor reincidir na prática das infrações lidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade,
de maior gravidade previstas neste código e na legislação preço ou garantia de produtos ou serviços:
de consumo. Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a
concessionária de serviço público, quando violar obrigação oferta.
legal ou contratual. § 2º Se o crime é culposo;
§ 2° A pena de intervenção administrativa será aplica- Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
da sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou
deveria saber ser enganosa ou abusiva:
a cassação de licença, a interdição ou suspensão da ativi-
Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
dade.
Parágrafo único. (Vetado).
§ 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a impo-
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou
sição de penalidade administrativa, não haverá reincidên-
deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se com-
cia até o trânsito em julgado da sentença.
portar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou se-
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será comi-
gurança:
nada quando o fornecedor incorrer na prática de publici- Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa:
dade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus Parágrafo único. (Vetado).
parágrafos, sempre às expensas do infrator. Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e
§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo respon- científicos que dão base à publicidade:
sável da mesma forma, freqüência e dimensão e, preferen- Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
cialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário, de Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou
forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enga- componentes de reposição usados, sem autorização do
nosa ou abusiva. consumidor:
§ 2° (Vetado) Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 3° (Vetado). Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça,
coação, constrangimento físico ou moral, afirmações fal-
TÍTULO II sas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro proce-
Das Infrações Penais dimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a
ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de con- Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
sumo previstas neste código, sem prejuízo do disposto no Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor
Código Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos às informações que sobre ele constem em cadastros, banco
artigos seguintes. de dados, fichas e registros:
Art. 62. (Vetado). Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a no- Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação
cividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens, sobre consumidor constante de cadastro, banco de dados,
nos invólucros, recipientes ou publicidade: fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de aler- Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de
tar, mediante recomendações escritas ostensivas, sobre a garantia adequadamente preenchido e com especificação
periculosidade do serviço a ser prestado. clara de seu conteúdo;
§ 2° Se o crime é culposo: Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
18
TÉCNICAS DE VENDAS
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quan-
os crimes referidos neste código, incide as penas a esses do se tratar de:
cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos,
diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza
promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o for- indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas
necimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em e ligadas por circunstâncias de fato;
depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços
nas condições por ele proibidas. II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos,
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipi- para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza
ficados neste código: indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de
I - serem cometidos em época de grave crise econômi- pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
ca ou por ocasião de calamidade; relação jurídica base;
II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, as-
III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento; sim entendidos os decorrentes de origem comum.
IV - quando cometidos: Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição legitimados concorrentemente: (Redação dada pela Lei
econômico-social seja manifestamente superior à da víti- nº 9.008, de 21.3.1995)
ma;
I - o Ministério Público,
b) em detrimento de opeário ou rurícola; de menor de
dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas portado- II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Fe-
ras de deficiência mental interditadas ou não; deral;
V - serem praticados em operações que envolvam ali- III - as entidades e órgãos da Administração Pública,
mentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos ou direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
serviços essenciais . especificamente destinados à defesa dos interesses e direi-
Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção será tos protegidos por este código;
fixada em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao má- IV - as associações legalmente constituídas há pelo
ximo de dias de duração da pena privativa da liberdade menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais
cominada ao crime. Na individualização desta multa, o juiz a defesa dos interesses e direitos protegidos por este códi-
observará o disposto no art. 60, §1° do Código Penal.
go, dispensada a autorização assemblear.
Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de
multa, podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, § 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispen-
observado odisposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal: sado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes,
I - a interdição temporária de direitos; quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
II - a publicação em órgãos de comunicação de gran- dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do
de circulação ou audiência, às expensas do condenado, de bem jurídico a ser protegido.
notícia sobre os fatos e a condenação; § 2° (Vetado).
III - a prestação de serviços à comunidade. § 3° (Vetado).
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses prote-
este código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que gidos por este código são admissíveis todas as espécies de
presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela.
do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente
Parágrafo único. (Vetado).
que venha a substituí-lo.
Parágrafo único. Se assim recomendar a situação eco- Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimen-
nômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser: to da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá
a) reduzida até a metade do seu valor mínimo; a tutela específica da obrigação ou determinará providên-
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes. cias que assegurem o resultado prático equivalente ao do
Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previs- adimplemento.
tos neste código, bem como a outros crimes e contraven- § 1° A conversão da obrigação em perdas e danos
ções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, somente será admissível se por elas optar o autor ou se
como assistentes do Ministério Público, os legitimados in- impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado
dicados no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é facul- prático correspondente.
tado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem
oferecida no prazo legal.
prejuízo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).
TÍTULO III § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e ha-
Da Defesa do Consumidor em Juízo vendo justificado receio de ineficácia do provimento final,
CAPÍTULO I é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após jus-
Disposições Gerais tificação prévia, citado o réu.
§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença,
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consu- impor multa diária ao réu, independentemente de pedido
midores e das vítimas poderá ser exercida em juízo indivi- do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
dualmente, ou a título coletivo. fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.
19
TÉCNICAS DE VENDAS
§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promo-
resultado prático equivalente, poderá o juiz determinar as vida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as
medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sen-
de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de tença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras
atividade nociva, além de requisição de força policial. execuções. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
Art. 85. (Vetado). § 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão
Art. 86. (Vetado). das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocor-
Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código rência ou não do trânsito em julgado.
não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorá- § 2° É competente para a execução o juízo:
rios periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória,
da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorá-
no caso de execução individual;
rios de advogados, custas e despesas processuais.
II - da ação condenatória, quando coletiva a execução.
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a as-
sociação autora e os diretores responsáveis pela propositura Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes
da ação serão solidariamente condenados em honorários de condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da res- 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultan-
ponsabilidade por perdas e danos. tes do mesmo evento danoso, estas terão preferência no
Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste pagamento.
código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo,
autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos a destinação da importância recolhida ao fundo criado pela
mesmos autos, vedada a denunciação da lide. Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada enquan-
Art. 89. (Vetado) to pendentes de decisão de segundo grau as ações de in-
Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as denização pelos danos individuais, salvo na hipótese de o
normas do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de 24 patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente para
de julho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, responder pela integralidade das dívidas.
naquilo que não contrariar suas disposições. Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação
de interessados em número compatível com a gravidade do
CAPÍTULO II dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquida-
Das Ações Coletivas Para a Defesa de I ção e execução da indenização devida.
nteresses Individuais Homogêneos
Parágrafo único. O produto da indenização devida re-
verterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de julho
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão
propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus de 1985.
sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos da-
nos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos CAPÍTULO III
artigos seguintes. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Pro-
21.3.1995) dutos e Serviços
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atua-
rá sempre como fiscal da lei. Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornece-
Parágrafo único. (Vetado). dor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes
competente para a causa a justiça local: normas:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
dano, quando de âmbito local; II - o réu que houver contratado seguro de responsa-
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Fe- bilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada
deral, para os danos de âmbito nacional ou regional, apli- a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros
cando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente
competência concorrente. o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão
de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o
oficial, a fim de que os interessados possam intervir no pro-
síndico será intimado a informar a existência de seguro de
cesso como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação
pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o ajui-
defesa do consumidor. zamento de ação de indenização diretamente contra o se-
Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condena- gurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Res-
ção será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos seguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório
danos causados. com este.
Art. 96. (Vetado). Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste códi-
Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão go poderão propor ação visando compelir o Poder Público
ser promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como competente a proibir, em todo o território nacional, a pro-
pelos legitimados de que trata o art. 82. dução, divulgação distribuição ou venda, ou a determinar
Parágrafo único. (Vetado). a alteração na composição, estrutura, fórmula ou acondi-
20
TÉCNICAS DE VENDAS
cionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a
revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à incolumidade política nacional de proteção ao consumidor;
pessoal. II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, de-
§ 1° (Vetado). núncias ou sugestões apresentadas por entidades represen-
§ 2° (Vetado) tativas ou pessoas jurídicas de direito público ou privado;
III - prestar aos consumidores orientação permanente
CAPÍTULO IV sobre seus direitos e garantias;
Da Coisa Julgada IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor
através dos diferentes meios de comunicação;
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquéri-
sentença fará coisa julgada: to policial para a apreciação de delito contra os consumido-
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improce- res, nos termos da legislação vigente;
dente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer VI - representar ao Ministério Público competente para
legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico funda- fins de adoção de medidas processuais no âmbito de suas
mento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do atribuições;
parágrafo único do art. 81; VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria infrações de ordem administrativa que violarem os interes-
ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, ses difusos, coletivos, ou individuais dos consumidores;
nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da
prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81; União, Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como
III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pe- auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade
dido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na e segurança de bens e serviços;
hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81. IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e ou-
§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos tros programas especiais, a formação de entidades de defe-
I e II não prejudicarão interesses e direitos individuais dos sa do consumidor pela população e pelos órgãos públicos
integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.
estaduais e municipais;
§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de im-
X - (Vetado).
procedência do pedido, os interessados que não tiverem
XI - (Vetado).
intervindo no processo como litisconsortes poderão propor
XII - (Vetado)
ação de indenização a título individual.
XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com
§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16,
combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de suas finalidades.
1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos,
pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na o Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá
forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória espe-
beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão pro- cialização técnico-científica.
ceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a
99. TÍTULO V
§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sen- Da Convenção Coletiva de Consumo
tença penal condenatória.
Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II Art. 107. As entidades civis de consumidores e as as-
e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência sociações de fornecedores ou sindicatos de categoria eco-
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada nômica podem regular, por convenção escrita, relações de
erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III consumo que tenham por objeto estabelecer condições re-
do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações in- lativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e ca-
dividuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de racterísticas de produtos e serviços, bem como à reclamação
trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da e composição do conflito de consumo.
ação coletiva. § 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do re-
gistro do instrumento no cartório de títulos e documentos.
TÍTULO IV § 2° A convenção somente obrigará os filiados às enti-
Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor dades signatárias.
§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor
Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do que se desligar da entidade em data posterior ao registro do
Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do Dis- instrumento.
trito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa Art. 108. (Vetado).
do consumidor. TÍTULO VI
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Con- Disposições Finais
sumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico (MJ),
ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo de Art. 109. (Vetado).
coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art. 1° da
Consumidor, cabendo-lhe: Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985:
21
TÉCNICAS DE VENDAS
22
TÉCNICAS DE VENDAS
04. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Escriturário) D. Prever as vendas para o próximo período.
O setor bancário, de maneira geral, tem investido na criação E. Avaliar o desempenho dos vendedores e da equipe
de novos produtos para atender a um mercado emergente de vendas.
nos últimos anos, em função do aumento da renda per capita
no país – as camadas mais populares da população brasileira. 07. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário - 2013)
Com base nesse pressuposto, os bancos, para avaliar se va- As técnicas de vendas podem ampliar a penetração de mer-
leria a pena ou não investir na criação desses novos produ- cado de determinados produtos financeiros. Sabe-se que
tos, em seu planejamento de vendas, iniciaram seu processo caminham, em paralelo com o processo de marketing de
de planejamento de vendas, analisando o(a). relacionamento, o planejamento e a fidelização. Sobre esse
A. Potencial de mercado, que é um processo em que assunto, é correto afirmar que:
é estimada a capacidade do mercado brasileiro no ramo da A. O especialista em vendas tem a função de apresen-
atuação da empresa – estimativa que vai refletir a situação tar o produto, preocupando-se com a imagem e a credibili-
econômica do momento. dade da instituição perante os clientes finais.
B. Potencial de vendas, que é um processo em que é B. O especialista em vendas se preocupa com a buro-
calculado, a partir da análise da empresa e de seu ambiente, cracia dos serviços para fidelização dos clientes.
da concorrência e de outros fatores pertinentes ao processo, C. As vendas visam prioritariamente ao crescimento
o mercado existente. da instituição, sem preocupação com os clientes.
C. Mix de marketing, que pode ser utilizado pela em- D. As instituições não focam apenas os aspectos hu-
presa para influenciar a resposta dos consumidores. manos e nem sempre se preocupam com sua imagem.
D. Campanha de marketing, procurando entender o E. As instituições focam a impessoalidade através do
comportamento do consumidor visando a estabelecer os sistema hierarquizado.
objetivos e as metas de cada produto para que a campanha
8. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Escriturá-
atinja o público-alvo.
rio) A motivação da força de vendas é um fator fundamental
E. Previsão de vendas, que é um processo em que a
para o sucesso na área comercial, sendo então necessário
capacidade de vendas da empresa e do mercado parte da
respeitar a seguinte premissa:
análise da demanda total do mercado para definir o público
A. A motivação financeira sempre será o aspecto mo-
-alvo em que vai atuar.
tivacional mais importante em um time comercial.
B. Uma equipe motivada sempre conseguirá alcançar
05. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil - Escriturário)
e superar as metas da área comercial.
A operação bancária de vendor finance é a prática de finan- C. O gasto financeiro da empresa em motivação é um
ciamento de vendas com base no princípio da fator essencial para manter a equipe de vendas constante-
A. Obtenção de receitas, que viabiliza vantagens para mente motivada.
o cliente em uma transação comercial. D. A motivação está diretamente ligada à valorização
B. Troca ou negociação de títulos de curto prazo por do funcionário.
recebíveis de longo prazo, sem custos para ambas as partes. E. A questão motivacional não tem relação com um
C. Concentração do risco de crédito, que fica por con- ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e profissio-
ta da empresa compradora em troca de uma redução da nal de seu colaborador
taxa de juros na operação do financiamento das vendas.
D. Cessão de crédito, que permite a uma empresa 9. (FUMARC - 2011 - PRODEMGE - Analista de Gestão
vender seu produto a prazo e receber à vista o pagamento Administrativa) O preço é considerado uma variável que,
do banco, mediante o pagamento de juros. junto aos demais elementos do composto de marketing,
E. Retenção de crédito lastreado por títulos públicos e determina a percepção que os consumidores criam sobre
vinculado a transações comerciais, garantindo ao vendedor a oferta de produtos ou serviços. Analise as frases a seguir.
o recebimento total de sua duplicata. I. O preço pode variar de acordo com o amadurecimen-
to do produto no mercado.
06. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário) Até que o II. Necessidades de geração de caixa podem interferir
cliente receba e aceite a mercadoria constante em seu pedi- na política de preço dos produtos.
do, a venda é um compromisso de compra e venda. Por isso, III. A redução de preço pode ser associada à redução da
as empresas têm investido em Administração de Vendas, qualidade percebida pelo cliente.
tratando, principalmente, de três temas centrais: o planeja- Marque a alternativa CORRETA:
mento do que deverá ser feito; a coordenação daquilo que A. Apenas as frases I e II são verdadeiras.
está sendo feito; e o controle daquilo que já foi feito. Deve B. Apenas as frases I e III são verdadeiras.
fazer parte do planejamento: C. Apenas as frases II e III são falsas.
A. Conferir se o pedido de venda foi preenchido de D. As frases I, II e III são verdadeiras.
forma correta.
B. Verificar se as informações constantes no relatório 10. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobrás - Técnico de Ad-
de visita a um cliente são satisfatórias. ministração e Controle Júnior) As técnicas de treinamento
C. Apresentar o relatório de despesas oriundas de vi- da sensitividade, análise transacional, desenvolvimento de
sitas a clientes. equipes, consultoria de procedimentos e reunião de con-
23
TÉCNICAS DE VENDAS
frontação estão associada ao desenvolvimento organizacio- mente, solicitar, dentro do prazo de 7 (sete) dias, a substitui-
nal em diferentes níveis de intervenção e etapas. ção do produto durável ou não durável por outro de mesma
PORQUE espécie, em perfeitas condições de uso, ou a restituição ime-
O desenvolvimento organizacional é a aplicação dos co- diata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas e
nhecimentos das ciências comportamentais no esforço de danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do preço.
longo prazo, visando a melhorar a capacidade de resolução D. É direito de o consumidor exigir apenas a substituição
de problemas e de adaptação, além de promove renovação do produto durável por outro de mesma espécie, em perfei-
organizacional. tas condições de uso, ou, sendo não durável, a restituição
A esse respeito, conclui-se que:
imediata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas
A. As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda
e danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do preço.
justifica a primeira.
E. É direito de o consumidor exigir a substituição do pro-
B. As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda
não justifica a primeira. duto durável ou não durável, dentro do prazo de 180 (cento
C. A primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é e oitenta) dias, por outro de mesma espécie, em perfeitas
falsa. condições de uso, ou, a seu critério exclusivo, a restituição
D. A primeira afirmação é falsa, e a segunda é verda- imediata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas
deira. e danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do preço.
E. As duas afirmações são falsas.
13. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário) Dadas as
11. (FCC - 2010 - MPE-RN - Analista de Tecnologia da afirmações abaixo:
Informação) Sobre CRM, considere: 1ª - A “satisfação” é definida como a avaliação objetiva,
I. As empresas utilizam o CRM para trocar informações com respeito a um bem ou serviço, contemplando ou não as
com seus fornecedores sobre disponibilidade de materiais e necessidades e expectativas do cliente, PORQUE
componentes, datas de entrega para remessa de suprimen- 2ª - a satisfação é influenciada pelas contrapartidas
tos e requisitos de produção. emocionais dos clientes, pelas causas percebidas para o re-
II. CRM é uma rede de organizações e processos de ne- sultado alcançado com o bem ou serviço e por suas percep-
gócios para selecionar matérias-primas, transformá-las em ções de ganho ou preço justo.
produtos intermediários e acabados e distribuir os produtos
É correto afirmar que
acabados aos clientes.
A. As duas afirmações são verdadeiras e a segunda
III. Sistemas de CRM capturam e integram dados do
justifica a primeira.
cliente provenientes de toda a organização, consolidam e
analisam esses dados e depois distribuem os resultados para B. As duas afirmações são verdadeiras e a segunda
vários sistemas e pontos de contato com o cliente espalha- não justifica a primeira.
dos por toda a empresa. C. A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é
IV. Pacotes de software CRM mais abrangentes contêm falsa.
módulos para gerenciamento com o relacionamento com o D. A primeira afirmação é falsa e a segunda é verda-
parceiro (PRM) e gerenciamento de relacionamento com o deira.
funcionário (ERM). E. As duas afirmações são falsas.
Está correto o que se afirma APENAS em:
A. I e II. GABARITO
B. II e III.
C. III e IV. 01 B
D. II, III e IV.
E. IV. 02 C
03 E
12. (MPE/SP 2010 - VUNESP - ANALISTA DE PROMOTO-
RIA I) Consideram-se produtos essenciais os indispensáveis 04 A
para satisfazer as necessidades imediatas do consumidor. 05 D
Logo, na hipótese de falta de qualidade ou quantidade, não 06 D
sendo o vício sanado pelo fornecedor:
A. É direito de o consumidor exigir a substituição do 07 A
produto por outro de mesma espécie, em perfeitas condi- 08 D
ções de uso, ou, a seu critério exclusivo, a restituição ime- 09 D
diata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas e
danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do preço. 10 A
B. O consumidor tem apenas o direito de exigir a subs- 11 C
tituição do produto por outro de mesma espécie, em perfei- 12 A
tas condições de uso.
13 D
C. Abre-se, para o consumidor, o direito de, alternativa-
24
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada 4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
ou faltante: Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes mesma regra que distribuídos.
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X) (A) sócio
diárias dessa fonte. (B) sofrê-lo
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes (C) lúcidos
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias (D) constituí
dessa fonte. (E) órfãos
25
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Distribuímos = regra do hiato (abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa
(A) sócio = paroxítona terminada em ditongo Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o
(B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome seu presidente, de acordo com o Manual de Redação da
oblíquo. Nunca!) Presidência da República (1991).
(C) lúcidos = proparoxítona (Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-
(D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui” detail.php?id=393)
– oxítona: cons-ti-tui)
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão” RESPOSTA: “E”.
26
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que as
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que as
RESPOSTA: “A”. crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com
as de ontem.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as
frase que admite transposição para a voz passiva é: crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver com
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- as de ontem.
do.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
grande diversidade de fenômenos.
ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. nas demais.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...). RESPOSTA: “E”.
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
e da falsa consciência. 12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No tre-
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- cho: “O crescimento econômico, se associado à ampliação
do. do emprego, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma descrito.”, se passarmos o verbo destacado para o futuro
grande diversidade de fenômenos. do pretérito do indicativo, teremos a forma:
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e A) puder.
explicada pelo conceito... B) poderia.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- C) pôde.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. D) poderá.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da E) pudesse.
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
e da falsa consciência.
Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
RESPOSTA: “B”. ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração
é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO soa do singular (ele) = poderia.
- FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias, vê deze-
nas de caminhões parados”, revelou o analista ambiental RESPOSTA: “B”.
Geraldo Motta. 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) En-
Substituindo-se Quando por Se, os verbos sublinha- tre as frases que seguem, a única correta é:
dos devem sofrer as seguintes alterações: a) Ele se esqueceu de que?
(A) entrar − vira b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri-
(B) entrava − tinha visto bui-lo entre os presentes.
(C) entrasse − veria c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí-
(D) entraria − veria ticas.
(E) entrava − teria visto d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações
dos funcionários.
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve- e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
ria = entrasse / veria.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
RESPOSTA: “C”.
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
pontuação está inteiramente adequada na frase: (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as cessivos nas críticas.
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a ver (D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
com as de ontem. cações dos funcionários.
b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, com
as de ontem. RESPOSTA: “E”.
27
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRA- (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o pla-
TIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do neta não resistiu.
texto: (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega- poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
tiva... (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classifi- o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
cação do continente americano (2,0)... torções patológicas, não haverá vícios.
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão baratas.
exemplos, em: (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia.
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da
maioria? Fiz as correções necessárias:
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o plane-
Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha. ta não resistiu = resistirá
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
também existem umas que não merecem nossa atenção. o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. torções patológicas, não haverá = haveria
(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos tão eficientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam (ou
aos itens: teriam ficado)
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
tem (singular) cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia =
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) crescerá
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
ram (plural) RESPOSTA: “B”.
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
umas (plural) 17-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas – VUNESP/2010) Assinale a alternativa que preenche ade-
as formas estão no plural) quadamente e de acordo com a norma culta a lacuna da
frase: Quando um candidato trêmulo ______ eu lhe faria a
RESPOSTA: “A”. pergunta mais deliciosa de todas.
15-) (CETESB/SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO - RE- (A) entrasse
CURSOS HUMANOS - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Consi- (B) entraria
dere as orações: … sabíamos respeitar os mais velhos! / E (C) entrava
quando eles falavam nós calávamos a boca! (D) entrar
Alterando apenas o tempo dos verbos destacados para (E) entrou
o tempo presente, sem qualquer outro ajuste, tem-se, de
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa: O verbo “faria” está no futuro do pretérito, ou seja, in-
(A) … soubemos respeitar os mais velhos! / E quando dica que é uma ação que, para acontecer, depende de ou-
eles falaram nós calamos a boca! tra. Exemplo: Quando um candidato entrasse, eu faria / Se
(B) … saberíamos respeitar os mais velhos! / E quando ele entrar, eu farei / Caso ele entre, eu faço...
eles falassem nós calaríamos a boca!
(C) … soubéssemos respeitar os mais velhos! / E quan- RESPOSTA: “A”.
do eles falassem nós calaríamos a boca!
(D) … saberemos respeitar os mais velhos! / E quando 18-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA –
eles falarem nós calaremos a boca! VUNESP/2010 - adaptada)
(E) … sabemos respeitar os mais velhos! / E quando eles Assinale a alternativa de concordância que pode ser
falam nós calamos a boca! considerada correta como variante da frase do texto – A
maioria considera aceitável que um convidado chegue
No presente: nós sabemos / eles falam. mais de duas horas ...
(A) A maioria dos cariocas consideram aceitável que
RESPOSTA: “E”. um convidado chegue mais de duas horas...
(B) A maioria dos cariocas considera aceitáveis que um
16-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA- convidado chegue mais de duas horas...
TIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas verbais (C) As maiorias dos cariocas considera aceitáveis que
está correta em: um convidado chegue mais de duas horas...
28
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
(D) As maiorias dos cariocas consideram aceitáveis que (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re-
um convidado chegue mais de duas horas... pensarem a sua postura.
(E) As maiorias dos cariocas consideram aceitável que (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
um convidado cheguem mais de duas horas... punições muito mais severas.
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a
Fiz as indicações: vida dos demais motoristas e de pedestres.
(A) A maioria dos cariocas consideram (ou considera, (E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento
tanto faz) aceitável que um convidado chegue mais de da nova lei para que ela possa funcionar.
duas horas...
(B) A maioria dos cariocas considera (ok) aceitáveis (A) A população, de um modo geral, está à espera (dá
(aceitável) que um convidado chegue mais de duas horas... para substituir por “esperando”) de que
(C) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas considera (ok) (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re-
aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais de pensarem (antes de verbo)
duas horas... (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
(D) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram punições (generalizando, palavra no plural)
(ok) aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais (D) À ninguém (pronome indefinido)
de duas horas... (E) Cabe à todos (pronome indefinido)
(E) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram
(ok) aceitável que um convidado cheguem (chegue) mais RESPOSTA: “A”.
de duas horas...
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
RESPOSTA: “A”. LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013
- adaptado) Leia o texto, para responder às questões de
19-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – números 21 e 22.
Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux”
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras
(*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista
são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que
acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo;
justificam, respectivamente, as acentuações de: década, re-
encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom ca-
lógios, suíços.
rioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estre-
(A) flexíveis, cartório, tênis.
bucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom boceja,
(B) inferência, provável, saída.
tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
(C) óbvio, após, países.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o
(D) islâmico, cenário, propôs.
paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já
(E) república, empresária, graúda. estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais
terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou
Década = proparoxítona / relógios = paroxítona termi- crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de es-
nada em ditongo / suíços = regra do hiato tar pagando não garantirá a atenção do garçom carioca?
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua ba-
ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida talha entre burgueses e proletários, compreender o discre-
de “s”) to charme da aristocracia?
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de
provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde,
hiato por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e caipiri-
terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em nhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson,
“o” + “s” recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de
(E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto- Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com Roberto Carlos
na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre
quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
RESPOSTA: “E”. Até que chega esse paulista, esse homem bidimensio-
nal e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatê-
20-) (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU- nis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá
NESP/2013) De acordo com a norma- padrão da língua universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta
portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que car-
empregado em: regas no peito - pensa o garçom, antes de conduzi-lo à
(A) A população, de um modo geral, está à espera de última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali
que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. esquecê-lo para todo o sempre.
29
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “B”.
30
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
1
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
Serviços permitem diferenciação, personalização e consumo e identificaram pelo menos quatro característi-
customização. Assim, permitem margem e lucro. Serviços cas que fazem da venda de serviços uma situação clara-
vão de telecomunicações a bancos. São escolas, hospitais, mente diferente da venda de produtos, quais são elas:
profissionais liberais, até serviços domésticos e pessoais. 1. Intangibilidade: Esta pode ser a característica mais mar-
Passam pela internet e pelo varejo (o serviço da venda e cante e talvez a que apresente maior dificuldade na sua
atendimento ao público), pelas consultorias especializa- gestão. Devido à intangibilidade, há uma subjetividade
das, serviços técnicos, logística e serviços de distribuição. muito grande na avaliação do serviço por parte do cliente,
Este é o mundo dos serviços, que cresce a cada dia e além da dificuldade de comunicar ao público em geral as
que exige uma nova abordagem, que passaremos a discu- qualidades daquele serviço oferecido. Outro, porém, ad-
tir brevemente aqui. vindo dessa característica, é o fato de que o risco percebi-
do pelo comprador de serviços é muito maior do que pelo
Afinal, o que é um serviço? Como defini-lo? Como comprador de produtos, justamente por não se tratar de
diferenciar serviço e produto? algo palpável. Para amenizar os impactos negativos desse
Bom, já pudemos entender um pouco do universo no item, os gestores devem preocupar-se com as caracterís-
qual as organizações prestadoras de serviços estão inse- ticas físicas do lugar de prestação dos serviços bem como
ridas. Agora, vamos compreender sua definição e signifi- com possíveis produtos agregados, como, por exemplo,
cado. o relatório final de um serviço de consultoria. São aspec-
Uma boa definição pode ser a seguinte: Serviço é um tos que se apresentam mais diretamente no momento
desempenho, essencialmente intangível, que não resulta da entrega (ou prestação) do serviço, o que faz com que
na propriedade de algo. O serviço pode ou não estar liga- o comprador consiga atribuir algo tangível à qualidade e
do a um produto físico. ao resultado final daquele serviço.
Mas, o que significam tangíveis e intangíveis? 2. Inseparabilidade: É impossível separar o prestador
Tangíveis são tudo aquilo que podemos tocar, que do serviço por ele oferecido. A bem da verdade, existem
tem forma, que se pode medir. 3 níveis básicos de interação entre o prestador e o to-
Intangíveis então são tudo o que não tem forma, que mador do serviço: Presença física do cliente (Ex.: corte
não podemos tocar. São coisas que são representadas por de cabelo); presença do cliente somente no começo e no
algo. final do serviço (Ex.: Oficina de automóveis); e presença
Exemplo: Uma loja de sapatos possui atividade tangí- mental do cliente (Ex.: Serviços educacionais). Vale ressal-
vel, pois: vendem calçados nos quais podemos tocá-los,
tar que, independente do nível de integração do clien-
senti-los. Ou seja, eles possuem forma. Assim, essa em-
te, este influencia os resultados alcançados na prestação
presa trabalha com a venda de produtos. Tendo como ati-
do serviço, assim como a presença de outros clientes no
vidade e benefícios, produtos tangíveis.
local do serviço e a interação entre estes podem afetar
Já um banco, possui atividade essencialmente intan-
a percepção dos mesmos em relação à qualidade final.
gível. Isso porque ele oferece: seguros, créditos, financia-
Diante de tal peculiaridade, faz-se mandatório o investi-
mentos, etc.. Todos esses produtos são representados por
mento no pessoal da linha de frente capacitando-os, tanto
algo, que pode ser, por exemplo, o dinheiro, tranquilidade
tecnicamente para a prestação do serviço vendido, como
e conforto. Porém, essas coisas em si, sem suas represen-
nas relações com os clientes, fazendo com que o contato
tações, não possuem forma. Muito menos podemos tocá
-las. Então, caracterizamos um banco como prestador de em todas as fases do serviço possa ser o melhor possível.
serviços. Igualmente, no que diz respeito à interação entre os clien-
Mas, porque dizemos que os bancos possuem ativida- tes, pode-se pensar em alguma maneira de segmenta-los
des essencialmente intangíveis, e não dizemos que uma dentro do estabelecimento, como, por exemplo, a defini-
loja de sapatos possui atividade essencialmente tangível? ção de área de fumantes e não fumantes que existia nos
A explicação é simples, todas as empresas, de alguma restaurantes.
maneira, prestam serviços, porque de qualquer forma elas 3. Heterogeneidade: Representa a incapacidade das
trabalham com produtos intangíveis. Pois, sempre exis- empresas de fornecer um mesmo serviço exatamente
tem os momentos nos quais elas farão atendimento ao igual todas as vezes que for solicitado. Esse problema
cliente. E esse atendimento é uma atividade intangível. pode ser originado por diversos fatores, desde a capa-
Porém, faz parte da venda do produto. citação de quem presta o serviço até a maneira como o
Assim, serviços são desempenhos no tempo e espaço cliente explicou o que desejava. A terceirização dentro da
que geram valor para o cliente por meio de uma transfor- empresa de serviços pode ser apontada como uma das
mação, uma experiência de serviço. grandes causas da heterogeneidade. Por outro lado, em
Diante de tal importância adquirida através dos anos, alguns casos, esse fator pode tornar-se uma vantagem
os gestores se viram com o desafio de administrar um competitiva, quando o serviço demanda um grau de custo-
elevado volume de negócios nessa área, porém, a princí- mização e os clientes que o procuram assim o desejam. Po-
pio, sem elementos teóricos dedicados a discorrer sobre o rém, essa vantagem possui impacto tanto no custo quanto
assunto. Em face dessa situação, diversos estudiosos de- no prazo de realização do serviço.
dicaram-se a analisar as peculiaridades dessa relação de
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
- Análise de clientes perdidos: Consiste em analisar os Essa percepção se dá desde o primeiro contato dele
reais motivos que fizeram os clientes perdidos deixarem de com a empresa e o atendimento.
fazer uso de seus produtos ou serviços. E então ocorre o que chamamos de:
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
7. Cobertura: pode atingir distâncias continentais em fumar”. Detalhe: é formado em Administração, Economia,
segundos; fala três línguas e tem MBA. Apesar do currículo, seu ne-
8. Comodidade: tanto para o comprador quanto para gócio foi por água abaixo após a reunião. Comportamen-
o vendedor; tos como esses, em compromissos de trabalho, que, para
9. Custo: é mais barato vender pelo telemarketing, pois alguns, podem significar um mero jeito de ser, seja por
os custos de comissões, estrutura e logística são muito me- displicência ou desvalorização de delicadezas, impossibi-
nores do que em uma loja; litam uma carreira promissora. Antes restritas ao mundo
10. Velocidade: um operador de telemarketing pode social, as boas maneiras, hoje, são ferramentas essenciais
efetuar 70 contatos com empresas no mesmo dia, já um à vida profissional.
vendedor de campo pode, em média, visitar 12 clientes.
Porém, causa restrições por ter natureza intrusiva. Comportamento
Etiqueta é bom senso. E por isso, instrui e indica com-
Estilo de Operações de Telemarketing portamentos adequados em determinadas situações.
Receptivo (In Bound) No âmbito empresarial, o comportamento correto é
• Trata-se do estilo no qual os operadores recebem as imprescindível, porque o cliente involuntariamente asso-
chamadas efetuadas pelos clientes ou os possíveis clientes cia o comportamento do funcionário à imagem da em-
da empresa. presa.
• Antigamente era conhecido como “Passivo”, mas Portanto, os funcionários devem ter em mente que
como o termo era impróprio para designar atitudes ade- o local de trabalho não é uma extensão de sua causa. E
quadas ao atendimento telefônico o nome foi abolido. que ali, eles estão representando a organização para a
• É chamado In Bound, pois significa salto para dentro, qual eles trabalham. E por isso, comportar-se de manei-
ou seja, a iniciativa se dá de fora da empresa para dentro. ra formal, educada e assumir uma postura profissional, é
• O cliente liga para a empresa para receber uma infor- fundamental.
mação ou efetuar uma compra. Deve-se também, obedecer às regras internas da em-
• Em casos de venda, as ligações externas são sempre presa como: uso de internet, celulares, telefones e atendi-
consequências de um estímulo provocado pela ação da mentos de pessoas com fins particulares.
propaganda de resposta direta.
Essas atitudes comportamentais ideais fazem toda di-
ferença para o sucesso e avanço. Pois, elas também fazem
Ativo (Out Bound)
parte da estratégia de marketing de relacionamento.
Trata-se do estilo no qual os operadores ligam para os
clientes ou os possíveis clientes da empresa.
Aparência
Podemos dizer que se chama Out Bound, porque a ini-
A higiene pessoal é o primeiro passo para uma boa
ciativa da ação se dá de dentro da empresa para fora. A
aparência. E a aparência complementa o comportamento.
empresa vai até o cliente para obter informação ou efetuar
Se não se pode fazer do local de trabalho uma extensão
uma venda.
de sua casa, e deve-se comportar de maneira profissional.
Então, a aparência também deve estar relacionada com a
ETIQUETA EMPRESARIAL: postura assumida.
COMPORTAMENTO, APARÊNCIA, Portanto, o traje deve ser sóbrio, formal e passar uma
CUIDADOS NO ATENDIMENTO boa imagem. Os exageros e modismos devem ser deixa-
PESSOAL E TELEFÔNICO. dos de lado. O mesmo serve para os acessórios.
A aparência ideal é aquela que transmite confiança,
seriedade e que não desvia a atenção do objetivo princi-
Etiqueta é uma ferramenta fundamental para boa con- pal, que é a consolidação dos negócios.
vivência, tanto social, quanto empresarial. Pois, torna os re-
lacionamentos mais fáceis e saudáveis. Então, é tudo aquilo Cuidados no atendimento pessoal
que indica comportamentos, atitudes, vestimentas, gestos No atendimento pessoal, o cliente precisa perceber
e vocabulários em cada circunstância, com o fim, de padro- que está sendo acolhido de uma maneira personalizada.
nizar as ações. E que o funcionário está ali para atendê-lo de forma a
Tendo como objetivo, o bem-estar de todos os envol- satisfazê-lo.
vidos. Ou seja, etiqueta, é um agente facilitador de convi- Outro ponto importante do atendimento é mostrar ao
vência e relacionamentos. cliente que a opinião dele é importante e que os funcio-
O saber se comportar e a aparência são questões cada nários daquela empresa assumem uma atitude responsi-
vez mais exigidas para os profissionais contemporâneos va. Demonstrando assim, que a instituição possui respeito
que pretendem se manter no mercado. pelas pessoas.
Exemplo: Ele chegou com uma hora de atraso ao almo-
ço de negócios, na pressa deixou de fazer a barba, foi de-
selegante com uma funcionária, subiu pelo elevador falan-
do ao celular e deu boas tragadas onde se lia “é proibido
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
• Trata-se de um relacionamento interativo e bidi- rios “porque eles não sabem nem atender o cliente”. Parece
recional. até que o atendimento é a tarefa mais simples da empresa
• Somatória de competências. e que menos merece preocupação. Ao contrário, é a mais
• Observação de linguagem corporal, identificando complexa e recheada de nuances que perpassam pela con-
sentimentos e sensações da outra parte. dição individual e por condições sistêmicas.
• Desenvolvimento de confiança, fortalecendo laços
fortes e duradouros e gerando lealdade. Estas condições sistêmicas estão relacionadas a:
• Desenvolvimento de Inteligência Emocional 1. Falta de uma política clara de serviços;
2. Indefinição do conceito de serviços;
Mapeamento da I.E (Inteligência Emocional) 3. Falta de um perfil adequado para o profissional de
A I.E pode ser dividida entre habilidades, entre elas: atendimento;
- Aspectos de inteligência intrapessoal 4. Falta de um padrão de atendimento;
1. Autoconhecimento (reconhece o sentimento quan- 5. Inexistência do follow up;
do ele se manifesta) 6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal.
2. Controle Emocional (saber lidar com seus sentimen-
tos) Nas condições individuais, podemos encontrar a con-
3. Automotivação (objetivar emoções) tratação de pessoas com características opostas ao neces-
sário para atender ao público, como: timidez, avareza, re-
- Aspectos de inteligência interpessoal beldia...
4. Reconhecimento de emoções alheias
5. Habilidades de relações interpessoais. Serviço e postura de atendimento
É fundamental que essas inteligências sejam estimu- Observando estas duas condições principais que cau-
ladas em ambas as partes, para que haja um equilíbrio de sam a vinculação ou o afastamento do cliente da empresa,
comportamento. podemos separar a estrutura de uma empresa de serviços
em dois itens: os serviços e a postura de atendimento.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organi-
zações e, como tal, está diretamente relacionado ao próprio
QUALIDADE NO ATENDIMENTO negócio.
A CLIENTES Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de
serviços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também
são tratados os aspectos gerais da organização que dão
peso ao negócio, como: o ambiente físico, as cores (pin-
As pesquisas revelam que 68% dos clientes das em- tura), os jardins. Este item, portanto, depende mais direta-
presas fogem delas por problemas relacionados à pos- mente da empresa e está mais relacionado com as condi-
tura de atendimento. ções sistêmicas.
Numa escala decrescente de importância, podemos Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento
observar os seguintes percentuais: dispensado às pessoas, está mais relacionado com o funcio-
68% dos clientes fogem das empresas por proble- nário em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir com
mas de postura no atendimento; os clientes. Portanto, está ligado às condições individuais.
14% fogem por não terem suas reclamações aten- É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas
didas; políticas das empresas, o treinamento, a definição de um
9% fogem pelo preço; padrão de atendimento e de um perfil básico para o profis-
9% fogem por competição, mudança de endereço, sional de atendimento, como forma de avançar no próprio
morte. negócio. Dessa maneira, estes dois itens se tornam comple-
mentares e inter-relacionados, com dependência recíproca
A origem dos problemas está nos sistemas implanta- para terem peso.
dos nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes siste-
mas não definem uma política clara de serviços, não defi- O profissional do atendimento
nem o que é o próprio serviço e qual é o seu produto. Sem Para conhecermos melhor a postura de atendimento,
isso, existe muita dificuldade em satisfazer plenamente o faz-se necessário falar do verdadeiro profissional do aten-
cliente. dimento.
Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes,
não contratam profissionais com características básicas Os três passos do verdadeiro profissional de aten-
para atender o público, não treinam estes profissionais na dimento:
postura adequada, não criam um padrão de atendimento e
este passa a ser realizado de acordo com as características 01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de com-
individuais e o bom senso de cada um. preender e atender as necessidades dos clientes, fazer com
A falta de noção clara da causa primária da perda de que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir importante
clientes faz com que as empresas demitam os funcioná- e proporcioná-lo um ambiente agradável. Este profissional
8
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
é voltado completamente para a interação com o cliente, a) postura do atendente de manter os ombros aber-
estando sempre com as suas antenas ligadas neste, para tos e o peito aberto, passa ao cliente um sentimento de
perceber constantemente as suas necessidades. Para este receptividade e acolhimento;
profissional, não basta apenas conhecer o produto ou ser- b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente
viço, mas o mais importante é demonstrar interesse em re- inclinado transmite ao cliente a humildade do atendente;
lação às necessidades dos clientes e atendê-las. c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem
respeito e segurança;
02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as neces- d) a fisionomia amistosa alenta um sentimento de afe-
sidades dos clientes, aguçando a capacidade de perce- tividade e calorosidade.
ber o cliente. Para entender o lado humano, é necessário 02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO CORPO-
que este profissional tenha uma formação voltada para as RAL: que se caracteriza pela existência de uma unidade en-
pessoas e goste de lidar com gente. Se espera que ele fi- tre o que dizemos e o que expressamos no nosso corpo.
que feliz em fazer o outro feliz, pois para este profissional, Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos
a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante e confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir
em que ela cessa a busca de sua própria felicidade para os nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa for-
buscar a felicidade do outro. ma, nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos
medos.
03. Entender a necessidade de manter um ESTADO DE
ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e sentimen- 03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos extrair
tos positivos, para ter atitudes adequadas no momento dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados emocionais
do atendimento. Ele sabe que é fundamental separar os que elas traduzem e a identificação destes estados pelas
problemas particulares do dia a dia do trabalho e, para pessoas; e a sua função social que diz em que condições
isso, cultiva o estado de espírito antes da chegada do ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o observador e
cliente. O primeiro passo de cada dia, é iniciar o traba- quem a expressa.
lho com a consciência de que o seu principal papel é o Podemos concluir, entendendo que, qualquer compor-
de ajudar os clientes a solucionarem suas necessidades. A tamento inclui posturas e é sempre fruto da interação com-
postura é de realizar serviços para o cliente. plexa entre o organismo e o seu meio ambiente.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
10
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
A maioria das empresas não tem noção da quantidade mento firme, que prenda toda a mão, mas que a deixe
de clientes perdidos durante a sua existência, pois elas não livre, sem sufocá-la. Este aperto de mão demonstra inte-
adotam mecanismos de identificação de reclamações e/ou resse pelo outro, firmeza, bom nível de energia, atividade e
insatisfações destes clientes. Assim, elas deixam escapar as compromisso com o contato.
armas que teriam para reforçar os seus processos internos É importante lembrar que o cumprimento deve estar
e o seu sistema de trabalho. associado ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros
Quando as organizações atentam para essa importân- e o peito abertos, totalizando uma sintonia entre fala e ex-
cia, elas passam a aplicar instrumentos de medição. pressão corporal.
Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem a NÃO SE ESQUEÇA: APESAR DE HAVER UMA FORMA
realidade, pois muitas vezes trazem perguntas vagas, sub- ADEQUADA DE CUMPRIMENTAR, ESTA JAMAIS DEVERÁ
jetivas ou pedem a opinião aberta sobre o assunto. SER MECÂNICA E AUTOMÁTICA.
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não
colher as informações reais. Tom de voz
A saída seria criar medidores que traduzissem com A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz uma
fatos e dados, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o onda de intensa vibração. O tom de voz e a maneira como
serviço e o produto adquiridos da empresa. dizemos as palavras, são mais importantes do que as pró-
prias palavras.
Apresentação pessoal Podemos dizer ao cliente: “a sua televisão deveria sair
Que imagem você acha que transmitimos ao cliente hoje do conserto, mas por falta de uma peça, ela só estará
quando o atendemos com as unhas sujas, os cabelos des- pronta na próxima semana”. De acordo com a maneira que
penteados, as roupas mal cuidadas... ? dizemos e de acordo com o tom de voz que usamos, va-
O atendente está na linha de frente e é responsável mos perceber reações diferentes do cliente.
pelo contato, além de representar a empresa neste mo- Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos des-
mento. Para transmitir confiabilidade, segurança, bons ser- culpando pela falha e assumindo uma postura de humilda-
viços e cuidado, se faz necessário, também, ter uma boa de, falando com calma e num tom amistoso e agradável,
apresentação pessoal. percebemos que a reação do cliente será de compreensão.
Alguns cuidados são essenciais para tornar este item Por outro lado, se a mesma frase é dita de forma me-
mais completo. São eles: cânica, estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância,
01. Tomar um banho antes do trabalho diário: além da poderemos ter um cliente reagindo com raiva, procurando
função higiênica, também é revigorante e espanta a pre- o gerente, gritando...
guiça; As palavras são símbolos com significados próprios. A
02. Cuidar sempre da higiene pessoal: unhas limpas,
forma como elas são utilizadas também traz o seu signifi-
cabelos cortados e penteados, dentes cuidados, hálito
cado e com isso, cada palavra tem a sua vibração especial.
agradável, axilas asseadas, barba feita;
03. Roupas limpas e conservadas;
SABER ESCUTAR
04. Sapatos limpos;
Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCU-
05. Usar o crachá de identificação, em local visível
TAR? Se você respondeu que não, você errou.
pelo cliente.
Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o ver-
Quando estes cuidados básicos não são tomados, o
dadeiro sentido, compreendendo e interpretando a essên-
cliente se questiona: “puxa, se ele não cuida nem dele, da
sua aparência pessoal, como é que vai cuidar de me prestar cia, o conteúdo da comunicação.
um bom serviço?”. O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com
A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto im- a nossa capacidade de perceber o outro. E, para perceber-
portante para criar uma relação de proximidade e confian- mos o outro, o cliente que está diante de nós, precisamos
ça entre o cliente e o atendente. nos despojar das barreiras que atrapalham e empobrecem
o processo de comunicação. São elas:
Cumprimento caloroso Os nossos PRECONCEITOS;
O que você sente quando alguém aperta a sua mão As DISTRAÇÕES;
sem firmeza? Os JULGAMENTOS PRÉVIOS;
Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se co- As ANTIPATIAS.
nhece alguém, a sua integridade moral, pela qualidade do
seu aperto de mão. Para interagirmos e nos comunicarmos a contento,
O aperto de mão “frouxo” transmite apatia, passivida- precisamos compreender o TODO, captando os estímulos
de, baixa energia, desinteresse, pouca interação, falta de que vêm do outro, fazendo uma leitura completa da situa-
compromisso com o contato. ção.
Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo que Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de
machuca a mão, ao invés de trazer uma mensagem posi- receptividade e simpatia, afinal, nós temos DOIS OUVIDOS
tiva, causa um mal estar, traduzindo hiperatividade, agres- E UMA BOCA, O QUE NOS SUGERE QUE É PRECISO ESCU-
sividade, invasão e desrespeito. O ideal é ter um cumpri- TAR MAIS DO QUE FALAR.
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EMPATIA PERCEPÇÃO
O termo empatia deriva da palavra grega EMPATHÉIA, PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de compreender
que significa entrar no sentimento. Portanto, EMPATIA é a e captar as situações, o que exige sintonia e é fundamental
capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, procuran- no processo de atendimento ao público. Para perceber-
do sempre entender as suas necessidades, os seus anseios, os mos melhor, precisamos passar pelo “esvaziamento” de
seus sentimentos. Dessa forma, é uma aptidão pessoal fun- nós mesmos, ficando assim, mais próximos do outro. Mas,
damental na relação atendente - cliente. Para conseguir- como é isso? Vamos ficar vazios? É isso mesmo. Vamos ficar
mos ser empáticos, precisamos nos despojar dos nossos vazios dos nossos preconceitos, das nossas antipatias, dos
preconceitos e preferências, evitando julgar o outro a partir nossos medos, dos nossos bloqueios, vamos observar as si-
de nossas referências e valores. tuações na sua totalidade, para entendermos melhor o que
A empatia alimenta-se da autoconsciência, que signifi- o cliente deseja. Vamos ilustrar com um exemplo real: certa
ca estarmos abertos para conhecermos as nossas emoções. vez, em uma loja de carros, entra um senhor de aproxima-
Quanto mais isto acontece, mais hábeis seremos na leitura damente 65 anos, usando um chapéu de palha, camiseta
dos sentimentos dos outros. Quando não temos certeza rasgada e calça amarrada na cintura por um barbante. Ele
dos nossos próprios sentimentos, dificilmente consegui- entrou na sala do gerente, que imediatamente se levantou
mos ver os dos outros. pedindo para ele se retirar, pois não era permitido “pedir
E, a chave para perceber os sentimentos dos outros, esmolas ali”. O senhor com muita paciência retirou de um
está na capacidade de interpretar os canais não verbais de saco plástico que carregava, um “bolo“ de dinheiro e disse:
comunicação do outro, que são: os gestos, o tom de voz, “eu quero comprar aquele carro ali”.
as expressões faciais... Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata cla-
Esta capacidade de se empatizar com o outro, está li- ramente o que podemos fazer com o outro quando prejul-
gada ao envolvimento: sentir com o outro é envolver-se. gamos as situações.
Isto requer uma atitude muito sublime que se chama HU- Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo
MILDADE. Sem ela é impossível ser empático. é muito mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que
Quando não somos humildes, vemos as pessoas de é e não é harmônico e com ele percebemos a essência dos
maneira deturpada, pois olhamos através dos óculos do fatos e situações.
orgulho e do egoísmo, com os quais enxergamos apenas Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado
com a PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de
o nosso pequenino mundo.
percepção, na qual vemos, escutamos e sentimos apenas
O orgulho e o egoísmo são dois males que atacam a
aquilo que nos interessa. Esta seleção age como um filtro,
humanidade, impedindo-a de ser feliz.
que deixa passar apenas o que convém. Esta filtragem está
Com eles, não conseguimos sair do nosso mundinho,
diretamente relacionada com a nossa condição física, psí-
criando uma couraça ao nosso redor para nos proteger.
quica e emocional. Como é isso? Vamos entender:
Com eles, nós achamos que somos tudo o que importa e
a) Se estou com medo de passar em rua deserta e es-
esquecemos de olhar para o outro e perguntar como ele
cura, a sombra do galho de uma árvore pode me assustar,
está, do que ele precisa, em que podemos ajudar.
pois eu posso percebê-lo como um braço com uma faca
Esquecemos de perceber principalmente os seus sen- para me apunhalar;
timentos e necessidades. Com o orgulho e o egoísmo, nos b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de
tornamos vaidosos e passamos a ver os outros de acordo um cheiro agradável de comida;
com o que estes óculos registram: os nossos preconceitos, c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a
nossos valores, nossos sentimentos... parte mais amena da repreensão e reprimir a mais severa.
Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR, não Em alguns casos, a percepção seletiva age como me-
sabemos repartir, não sabemos doar. canismo de defesa.
Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós mes-
mos, só lembramos de nós. É aqui que a empatia se de- O ESTADO INTERIOR
teriora, quando os nossos próprios sentimentos são tão O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a
fortes que não permitem harmonização com o outro e condição interna, o estado de espírito diante das situações.
passam por cima de tudo. A atitude de quem atende o público está diretamente
OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM TRABA- relacionada ao seu estado interior. Ou seja, se o atendente
LHAR COM O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM CAPACIDADE mantém um equilíbrio interno, sem tensões ou preocupa-
DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO E ENTENDER OS ções excessivas, as suas atitudes serão mais positivas frente
SEUS SENTIMENTOS E NECESSIDADES. ao cliente.
Dessa forma, o estado interior está ligado aos pensa-
Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas, mentos e sentimentos cultivados pelo atendente. E estes,
pois as raízes da moralidade estão na empatia. Para con- dão suporte as atitudes frente ao cliente.
cluir, podemos lembrar a frase de Saint-Exupéry no livro O Se o estado de espírito supõe sentimentos e pensa-
Pequeno Príncipe: “Só se vê bem com o coração; o essen- mentos negativos, relacionados ao orgulho, egoísmo e vai-
cial é invisível aos olhos“. Isto é empatia. dade, as atitudes advindas deste estado, sofrerão as suas
influências e serão:
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Os clientes e usuários das organizações públicas e pri- Para identificar esses tipos de usuários, as pessoas da
vadas também se mostram mais exigentes na escolha de organização devem responder o seguinte:
serviços e produtos de melhor qualidade. Assim, a relação Com que pessoas mantenho contato enquanto
com estes clientes e usuários passa ser um novo foco de trabalho?
preocupação e demanda esforços para sua melhoria. Quem recebe o resultado do meu trabalho?
Qual o nível de satisfação das pessoas que depen-
Qualidade dem do resultado dos serviços executados por mim?
O conceito de qualidade é amplo e suscita várias inter-
pretações. As mais expressivas se referem, por um lado, à Princípios para o bom atendimento na gestão da
definição de qualidade como busca da satisfação do clien- qualidade
te, e, por outro, à busca da excelência para todas as ativi- 1. Foco no Cliente. Nas empresas privadas, a importân-
dades de um processo. cia dada a esse princípio se deve principalmente ao fato de
Na mesma vertente, a qualidade é também considera- que o sucesso da venda (lucro financeiro) depende da sa-
da como fator de transformação no modo como a organi- tisfação do cliente com a qualidade do produto e também
zação se relaciona com seus clientes, agregando valor aos com o tratamento recebido e com o resultado da própria
serviços a ele destinados. negociação.
Em face dessa diversidade de significados, cabe às or- No setor público, este princípio se relaciona sobretudo,
ganizações identificar os atributos ou indicadores de qua- aos conceitos de cidadania, participação, transparência e
lidade dos seus produtos e serviços do ponto de vista dos controle social.
seus usuários. Entre estes, podem ser destacados a eficiên- Para cumprir este princípio é necessário ter atenção
cia, a eficácia, a ética profissional, a agilidade no atendi- com dois aspectos:
mento, entre outros. verificar se o que é estabelecido como qualidade
No Brasil, a questão da qualidade na área pública vem atende a todos os usuários, inclusive aos mais exigentes;
sendo abordada pelo Programa de Qualidade no Serviço fazer bem feito o serviço e, depois, checar os pas-
Público que tem por objetivos elevar o padrão dos serviços sos necessários para a sua execução.
prestados e tornar o cidadão mais exigente em relação a Deve se lembrar que tais atitudes levam em conta tan-
esses serviços. Para tanto, o Programa visa a transforma- to o atendimento do usuário quanto as atividades e rotinas
ção das organizações e entidades públicas no sentido de que envolvem o serviço.
valorizar a qualidade na prestação de serviços ao público,
retirando o foco dos processos burocráticos. 2. O serviço ou produto deve atender a uma real neces-
O programa estabelece que o cidadão como principal sidade do usuário. Este princípio se relaciona à dimensão
foco de atenção de qualquer órgão público federal. Define da validade, isto é, o serviço ou produto deve ser exata-
padrões de qualidade do atendimento e prevê a avaliação mente como o usuário espera, deseja ou necessita que ele
de satisfação do usuário por todos os órgãos e entidades seja.
da Administração Pública Federal direta, indireta e funda-
cional que atendem diretamente ao cidadão. 3. Manutenção da qualidade. O padrão de qualidade
Nesse sentido considera-se que o serviço público deve mantido ao longo do tempo é que leva à conquista da con-
ter as seguintes características: fiabilidade.
₋ Adequado: realizado na forma prevista em lei deven- A atuação com base nesses princípios deve ser orien-
do atender ao interesse público; tada por algumas ações que imprimem qualidade ao aten-
₋ Eficiente: alcança o melhor resultado com menor con- dimento, tais como:
sumo de recursos; Identificar as necessidades dos usuários;
₋ Seguro: não coloca em risco a vida, a saúde, a segu- Cuidar da comunicação (verbal e escrita);
rança, o patrimônio ou os direitos materiais e imateriais do Evitar informações conflitantes;
cidadão-usuário; Atenuar a burocracia;
₋ Contínuo: oferecido sem risco de interrupção, sendo Cumprir prazos e horários;
obrigatório o planejamento e a adoção de medidas de pre- Desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;
venção para evitar a descontinuidade. Divulgar os diferenciais da organização;
Imprimir qualidade à relação atendente/usuário;
Usuários/ Clientes Fazer uso da empatia;
Existem dois tipos de usuários ou clientes de uma or- Analisar as reclamações;
ganização: Acatar as boas sugestões.
• externos - recebem serviços ou produtos na sua ver-
são final. Essas ações estão relacionadas a indicadores que po-
• internos – fazem parte da organização, de seus seto- dem ser percebidos e avaliados de forma positiva pelos
res, grupos e atividades. usuários, entre eles: competência, presteza, cortesia, pa-
ciência, respeito.
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Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, III - disponibilizar acesso telefônico gratuito, cujo nú-
desrespeito, imposição de normas ou exibição de poder mero deve ser:
tornam o atendente intolerável, na percepção dos usuários. a) divulgado e mantido atualizado em local e formato
No conjunto dessas ações deve ainda ser ressaltada a visível ao público no recinto das suas dependências e nas
empatia como um fator crucial para a excelência no atendi- dependências dos correspondentes no País, bem como nos
mento ao público. A utilização adequada dessa ferramenta respectivos sítios eletrônicos na internet e nos demais ca-
no momento em que as pessoas estão interagindo é fun- nais de comunicação utilizados para difundir os produtos e
damental. No bom atendimento é importante a utilização serviços da instituição;
de frases como “Bom-dia”, “Boa-tarde”, “Sente-se, por fa- b) registrado nos extratos, nos comprovantes, inclusi-
vor,”, ou “Aguarde um instante, por favor”, que, ditas com ve eletrônicos, nos contratos formalizados com os clientes,
suavidade e cordialidade, podem levar o usuário a perce- nos materiais de propaganda e de publicidade e nos de-
ber o tratamento diferenciado que algumas organizações mais documentos que se destinem aos clientes e usuários
já conseguem oferecer ao seu público-alvo. dos produtos e serviços da instituição; e
c) registrado e mantido permanentemente atualizado
em sistema de informações, na forma estabelecida pelo
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.433, DE 23/07/15 Banco Central do Brasil.
- DISPÕE SOBRE A CONSTITUIÇÃO E O § 3º A divulgação de que trata o § 2º, inciso I, deve ser
FUNCIONAMENTO DE COMPONENTE providenciada inclusive por meio dos canais de comuni-
ORGANIZACIONAL DE OUVIDORIA PELAS cação utilizados para difundir os produtos e serviços a
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E DEMAIS instituição.
INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A FUNCIONAR § 4º O componente organizacional deve ser segregado
da unidade executora da atividade de auditoria interna, de
PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL.
que trata o art. 2º da Resolução nº 2.554, de 24 de setem-
bro de 1998, com a redação dada pela Resolução nº 3.056,
de 19 de dezembro de 2002.
RESOLUÇÃO Nº 4.433, DE 27/7/2015. § 5º Os bancos comerciais, os bancos múltiplos, as cai-
xas econômicas, as sociedades de crédito, financiamento e
Dispõe sobre a instituição de componente organiza- investimento, as associações de poupança e empréstimo
cional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais e as sociedades de arrendamento mercantil que realizem
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do operações de arrendamento mercantil financeiro devem
Brasil. instituir o componente organizacional de ouvidoria na pró-
pria instituição.
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei § 6º As cooperativas singulares de crédito filiadas a
nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o cooperativa central podem firmar convênio com a respecti-
Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 25 va central, confederação ou banco cooperativo do sistema,
de março de 2010, com fundamento no art. 4º, inciso VIII, para compartilhamento e utilização de componente orga-
da referida lei, nizacional de ouvidoria único, mantido em uma dessas ins-
tituições.
RESOLVEU § 7º As cooperativas singulares de crédito não filiadas
a cooperativa central podem firmar convênio com coope-
Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições rativa central, ou com federação ou confederação de coo-
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil que perativas de crédito, ou com associação representativa da
tenham clientes pessoas físicas ou pessoas jurídicas classi- classe, para compartilhamento e utilização de ouvidoria
ficadas como microempresas na forma da legislação pró- mantida em uma dessas instituições.
pria devem instituir componente organizacional de ouvi- § 8º As instituições não referidas nos §§ 5º, 6º e 7º
doria, com a atribuição de atuar como canal de comunica- podem firmar convênio com a associação de classe a que
ção entre essas instituições e os clientes e usuários de seus sejam afiliadas ou com as bolsas de valores ou as bolsas
produtos e serviços, inclusive na mediação de conflitos. de mercadorias e de futuros nas quais realizam operações,
§ 1º A estrutura do componente organizacional deve para compartilhamento e utilização da ouvidoria mantida
ser compatível com a natureza e a complexidade dos pro- em uma dessa entidades.
dutos, serviços, atividades, processos e sistemas de cada § 9º As instituições que fazem parte de conglomerado
instituição. financeiro podem instituir componente organizacional úni-
§ 2º As instituições a que se refere o caput devem: co que atuará em nome de todos os integrantes do grupo.
I - dar ampla divulgação sobre a existência da ouvi- § 10. As instituições referidas no caput que não façam
doria, bem como de informações completas acerca da sua parte de conglomerado financeiro podem firmar convênio
finalidade e forma de utilização; com empresa não financeira ligada, conforme definição
II - garantir o acesso gratuito dos clientes e usuários de constante do art. 1º, § 1º, incisos I e III, da Resolução nº
produtos e serviços ao atendimento da ouvidoria, por meio 2.107, de 31 de agosto de 1994, que possuir ouvidoria, para
de canais ágeis e eficazes; e compartilhamento e utilização da respectiva ouvidoria.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
§ 11. Os bancos comerciais sob controle direto de b) assegurar o acesso da ouvidoria às informações ne-
bolsas de mercadorias e de futuros que operem exclu- cessárias para a elaboração de resposta adequada às re-
sivamente no desempenho de funções de liquidante e clamações recebidas, com total apoio administrativo, po-
custodiante central das operações cursadas, constituídos dendo requisitar informações e documentos para o exer-
na forma da Resolução nº 3.165, de 29 de janeiro de 2004, cício de suas atividades.
ficam excluídos da exigência estabelecida no caput. § 1º O disposto neste artigo, conforme a natureza ju-
§ 12. Nas hipóteses previstas nos §§ 7º e 8º, o convê- rídica da sociedade, deve ser incluído no estatuto ou con-
nio somente pode ser realizado com associação de classe, trato social da instituição, na primeira alteração que ocor-
ou bolsa de valores, ou bolsa de mercadorias e de futuros, rer após a criação da ouvidoria.
ou cooperativa central, ou federação ou confederação de § 2º As alterações estatutárias ou contratuais exigi-
cooperativas de crédito que possua código de ética e/ou das por esta resolução relativas às instituições que opta-
de autorregulação efetivamente implantados aos quais a rem pela faculdade prevista no art. 1º, §§ 6º e 9º, podem
instituição tenha aderido. ser promovidas somente pela instituição que constituir o
componente organizacional único de ouvidoria.
Art. 2º Constituem atribuições da ouvidoria: § 3º As instituições que não instituírem componente
I - receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento de ouvidoria próprio em decorrência da faculdade prevista
formal e adequado às reclamações dos clientes e usuários no art. 1º, §§ 6º a 10, devem ratificar tal decisão por oca-
de produtos e serviços das instituições referidas no caput sião da primeira assembleia geral ou da primeira reunião
do art. 1º que não forem solucionadas pelo atendimento de diretoria, após a formalização da adoção da faculdade.
habitual realizado por suas agências e quaisquer outros
pontos de atendimento; Art. 4º As instituições referidas no caput do art. 1º de-
II - prestar os esclarecimentos necessários e dar ciên- vem designar perante o Banco Central do Brasil os nomes
cia aos reclamantes acerca do andamento de suas deman- do ouvidor e do diretor responsável pela ouvidoria.dispo-
das e das providências adotadas; sições:
III - informar aos reclamantes o prazo previsto para
resposta final, o qual não pode ultrapassar quinze dias,
§ 1º Para efeito da designação de que trata o caput,
contados da data da protocolização da ocorrência;
são estabelecidas as seguintes
IV - encaminhar resposta conclusiva para a demanda
I - não há vedação a que o diretor responsável pela
dos reclamantes até o prazo informado no inciso III;
ouvidoria desempenhe outras funções na instituição, exce-
V - propor ao conselho de administração ou, na sua
to a de diretor de administração de recursos de terceiros;
ausência, à diretoria da instituição medidas corretivas ou
II - nos casos dos bancos comerciais, bancos múltiplos,
de aprimoramento de procedimentos e rotinas, em decor-
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
rência da análise das reclamações recebidas; e
VI - elaborar e encaminhar à auditoria interna, ao co- investimento e associações de poupança e empréstimo, o
mitê de auditoria, quando existente, e ao conselho de ad- ouvidor não poderá desempenhar outra atividade na ins-
ministração ou, na sua ausência, à diretoria da instituição, tituição, exceto a de diretor responsável pela ouvidoria; e
ao final de cada semestre, relatório quantitativo e qualita- III - na hipótese de recair a designação do diretor
tivo acerca da atuação da ouvidoria, contendo as proposi- responsável pela ouvidoria e do ouvidor sobre a mesma
ções de que trata o inciso V. pessoa, esta não poderá desempenhar outra atividade na
§ 1º O serviço prestado pela ouvidoria aos clientes e instituição.
usuários dos produtos e serviços das instituições referidas § 2º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 6º e 9º, o
no caput do art. 1º deve ser identificado por meio de nú- ouvidor e o diretor responsável pela ouvidoria respon-
mero de protocolo de atendimento. derão por todas as instituições que utilizarem o compo-
§ 2º Os relatórios de que trata o inciso VI devem per- nente organizacional único de ouvidoria e devem integrar
manecer à disposição do Banco Central do Brasil pelo pra- os quadros da instituição que constituir o componente de
zo mínimo de cinco anos na sede da instituição. ouvidoria.
§ 3º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10,
Art. 3º O estatuto ou o contrato social das instituições as instituições devem:
referidas no caput do art. I - designar perante o Banco Central do Brasil apenas o
1º deve conter, de forma expressa, entre outros, os nome do diretor responsável pela ouvidoria; e
seguintes dados: I - as atribuições da ouvidoria; II - informar o nome do ouvidor, que deverá ser o do
II - os critérios de designação e de destituição do ou- ouvidor da associação de classe, bolsa de valores ou bol-
vidor e o tempo de duração de seu mandato; e sa de mercadorias e de futuros, entidade ou empresa que
III - o compromisso expresso da instituição no sentido constituir a ouvidoria.
de: § 4º Os dados relativos ao diretor responsável pela
a) criar condições adequadas para o funcionamento ouvidoria e ao ouvidor devem ser inseridos e mantidos
da ouvidoria, bem como para que sua atuação seja pau- atualizados em sistema de informações, na forma estabe-
tada pela transparência, independência, imparcialidade e lecida pelo Banco Central do Brasil.
isenção; e
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)
§ 5º O diretor responsável pela ouvidoria deve ela- Art. 7º A ouvidoria deve manter sistema de controle
borar relatório semestral, na forma definida pelo Banco atualizado das reclamações recebidas, de forma que pos-
Central do Brasil, relativo às atividades da ouvidoria nas da- sam ser evidenciados o histórico de atendimentos e os da-
tas-base de 30 de junho e 31 de dezembro e sempre que dos de identificação dos clientes e usuários de produtos
identificada ocorrência relevante. e serviços, com toda a documentação e as providências
§ 6º O relatório de que trata o § 5º deve ser: adotadas.
I - revisado pela auditoria externa, a qual deve mani- Parágrafo único. As informações e a documentação
festar-se acerca da qualidade e adequação da estrutura, referidas no caput devem permanecer à disposição do
dos sistemas e dos procedimentos da ouvidoria, bem como Banco Central do Brasil na sede da instituição, pelo prazo
sobre o cumprimento dos demais requisitos estabelecidos mínimo de cinco anos, contados da data da protocolização
nesta resolução, inclusive nos casos previstos no art. 1º, §§ da ocorrência.
7º, 8º e 10;
II - apreciado pela auditoria interna ou pelo comitê de Art. 8º O Banco Central do Brasil poderá adotar medi-
auditoria, quando existente; das complementares necessárias à execução do disposto
III - encaminhado ao Banco Central do Brasil, na forma e nesta resolução.
periodicidade estabelecida por aquela Autarquia:
a) pelas instituições que possuem comitê de auditoria, Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
bem como pelas cooperativas centrais de crédito, confe- publicação.
derações e bancos cooperativos que tenham instituído
componente organizacional único para atuar em nome das Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções nº 3.477, de
respectivas cooperativas de crédito singulares conveniadas 26 de julho de 2007, e nº3.489, de 29 de agosto de 2007.
nos termos do art. 1º, § 6º; e relevante;
b) pelas instituições referidas no caput do art. 1º, no Brasília, 25 de março de 2010.
caso de ocorrência de fato
IV - arquivado na sede da respectiva instituição, à dis- Henrique de Campos Meirelles
posição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de Presidente
cinco anos, acompanhado da revisão e da apreciação de
que tratam os incisos I e II. Este texto não substitui o publicado no DOU de
26/3/2010, Seção 1, p. 38/39, e no Sisbacen.
Art. 5º As instituições não obrigadas, no termos des-
ta resolução, à remessa do relatório do diretor responsável
QUESTÕES
pela ouvidoria ao Banco Central do Brasil, devem manter os
relatórios ainda não enviados na forma exigida pela Resolu-
1) (TRT/RN - Técnico Judiciário – CESPE/2010) Com
ção nº 3.477, de 26 de julho de 2007, na sede da instituição,
relação a serviço público e qualidade do atendimento, jul-
conforme previsto no art. 4º, § 6º, inciso IV.
gue os itens a seguir.
Art. 6º As instituições referidas no caput do art. 1º de- A aproximação entre o Estado e o cidadão ocorre me-
vem adotar providências para que todos os integrantes da diante a prestação do atendimento e se materializa na res-
ouvidoria sejam considerados aptos em exame de certifi- posta proativa e eficiente do atendente.
cação organizado por entidade de reconhecida capacidade Certo
técnica. Errado
§ 1º O exame de certificação de que trata o caput deve
abranger, no mínimo, temas relacionados à ética, aos direi- 2) (Banco do Brasil - Escriturário – FCC/2013) As
tos e defesa do consumidor e à mediação de conflitos, bem atividades do Telemarketing permitem conduzir campa-
como ter sido realizado após 30 de julho de 2007. nhas de marketing direto e têm se tornado popular nos
§ 2º A designação dos membros da ouvidoria fica con- últimos anos. Seu uso em pesquisa de mercado, em pro-
dicionada à comprovação de aptidão no exame de certifica- moção de vendas e em vendas é crescente, devido a um
ção de que trata o caput, além do atendimento às demais número considerado de vantagens. São vantagens do Te-
exigências desta resolução. lemarketing:
§ 3º As instituições referidas no caput do art. 1º são a) flexibilidade e rapidez.
responsáveis pela atualização periódica dos conhecimen- b) flexibilidade e custo elevado.
tos dos integrantes da ouvidoria. c) rapidez e visibilidade do produto.
§ 4º O diretor responsável pela ouvidoria deve atender d) custo elevado e eficácia.
à formalidade prevista no caput somente na hipótese pre- e) inflexibilidade e custo baixo.
vista no art. 4º, § 1º, inciso III.
§ 5º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10, os 3) (Banco do Brasil - Escriturário – FCC/2013) Da-
respectivos convênios devem conter cláusula exigindo exa- das as afirmações abaixo: 1a - A “satisfação” é definida
me de certificação de todos os integrantes das ouvidorias como a avaliação objetiva, com respeito a um bem ou ser-
das associações de classe, entidades e empresas convenia- viço, contemplando ou não as necessidades e expectativas
das, nos termos desta resolução. do cliente, PORQUE
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RESPOSTA: “D”
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ANOTAÇÕES
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Microsoft Windows 7 em português: Conhecimentos básicos. Criação de pastas (diretórios), arquivos e atalhos, área de
trabalho, área de transferência, manipulação de arquivos e pastas.................................................................................................... 01
Processador de texto (MS Word e BrOffice.org Writer). Edição e formatação de textos (operações do menu: Formatar,
Inserir tabelas, Exibir-cabeçalho e rodapé, Arquivo-configurar página e impressão, Ferramentas-ortografia e gramáti-
ca. ................................................................................................................................................................................................................................... 09
Planilhas eletrônicas (MS Excel e BrOffice.org Calc). Edição e formatação de células, manipulação de fórmulas matemá-
ticas elementares, filtros, seleções e ordenação. ........................................................................................................................................ 53
Editor de Apresentações (MS PowerPoint e BrOffice.org Impress). Uso de slide mestre, formatação e transição de slides,
inserção de objetos (som, imagem, links).....................................................................................................................................................104
Conceitos básicos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, World Wide Web, Navegador Internet (Internet
Explorer e Mozilla Firefox), busca e pesquisa na Web. ...........................................................................................................................132
Conceitos básicos de tecnologias e ferramentas de colaboração, correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns e
wikis...................................................................................................................................................................................................................166
Conceitos básicos de proteção e segurança, realização de cópias de segurança (backup), vírus e ataques a compu-
tadores.................................................................................................................................................................................................... 169
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ........................................176
Conhecimentos gerais sobre redes sociais (twitter, facebook, linkedin)..........................................................................................182
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de apli- Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere impor-
cativos e jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Col- tante. Se a edição de um determinado documento é constan-
lage é um aplicativo para organizar e redimensionar fotos. te, vale a pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto que a lista
Nele é possível montar slide show de fotos e criar papeis de de recentes se modifica conforme você abre e fecha novos
parede personalizados. Essas funções não são novidades, documentos.
mas por serem feitas para usar uma tela sensível a múlti-
plos toques as tornam novidades.
Snap
Windows Search
Microsoft Surface Collage, desenvolvido para usar tela O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e es-
sensível ao toque. tendido. Podemos fazer buscas mais simples e específicas
diretamente do menu iniciar, mas foi mantida e melhorada
Lista de Atalhos a busca enquanto você navega pelas pastas.
Novidade desta nova versão, agora você pode abrir di-
retamente um arquivo recente, sem nem ao menos abrir
o programa que você utilizou. Digamos que você estava Menu iniciar
editando um relatório em seu editor de texto e precisou fe-
chá-lo por algum motivo. Quando quiser voltar a trabalhar As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do
nele, basta clicar com o botão direito sob o ícone do editor menu iniciar. É útil quando você necessita procurar, por
e o arquivo estará entre os recentes. exemplo, pelo atalho de inicialização de algum programa
Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se ou arquivo de modo rápido.
preocupar em procurar o arquivo, você pula uma etapa e “Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do
vai diretamente para a informação, ganhando tempo. Windows Search, a pesquisa do menu início não olha ape-
nas aos nomes de pastas e arquivos.
Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e proprieda-
des também” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770).
Os resultados são mostrados enquanto você digita e
são divididos em categorias, para facilitar sua visualização.
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Fonte: http://ead.go.gov.br/ficead/mod/book/tool/
print/index.php?id=53&chapterid=56
Central de ações
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Aplicativos novos
Uma das principais características do mundo Linux é
suas versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário
não precisa ficar baixando arquivos após instalar o sistema,
o que não ocorre com as versões Windows.
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora
existe uma serie de aplicativos juntos com o Windows 7,
para que o usuário não precisa baixar programas para ati-
vidades básicas.
Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desk-
top e também suportar entrada por caneta e toque.
No Math Input Center, utilizando recursos multitoque,
equações matemáticas escritas na tela são convertidas em
texto, para poder adicioná-la em um processador de texto. Calculadora: 2 novos modos.
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Atualização
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Win-
dows 7 em seu computador, pois mantém os arquivos, as
configurações e os programas do Windows Vista no lugar”
(Site da Microsoft, http://windows.microsoft.com/pt-
BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-
to-windows-7).
É o método mais adequado, se o usuário não possui
conhecimento ou tempo para fazer uma instalação do mé-
todo tradicional. Optando por essa opção, ainda devesse
tomar cuidado com a compatibilidade dos programas, o
que funciona no Vista nem sempre funcionará no 7.
Instalação
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser
efetuada, a instalação completa se torna a opção mais viá-
WordPad remodelado vel.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que
Requisitos se deseja utilizar, como drivers e documentos de texto,
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve pois todas as informações no computador serão perdidas.
em relação ao Vista, ainda é exigido uma configuração de Quando iniciar o Windows 7, ele vai estar sem os progra-
hardware (peças) relativamente boa, para que seja utilizado mas que você havia instalado e com as configurações pa-
sem problemas de desempenho. drão.
Esta é a configuração mínima:
· Processador de 1 GHz (32-bit) Desempenho
· Memória (RAM) de 1 GB De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7
se ele mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de
por seu antecessor. Testes indicam que a nova versão tem
memória (sem Windows Aero)
ganhou alguns pontos na velocidade.
· Espaço requerido de 16GB
O 7 te ajuda automaticamente com o desempenho:
· DVD-ROM
“Seu sistema operacional toma conta do gerenciamento do
· Saída de Áudio
processador e memória para você” (Jim Boyce; Windows 7
Bible, pg 1041, tradução nossa).
Se for desejado rodar o sistema sem problemas de len- Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar
tidão e ainda usufruir de recursos como o Aero, o reco- de não ajudar efetivamente no desempenho, o Windows
mendado é a seguinte configuração. 7 prioriza o que o usuário está interagindo (tarefas “fore-
Configuração Recomendada: ground”).
· Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits) Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade
· Memória (RAM) de 2 GB pois são naturalmente lentas e podem ser executadas “lon-
· Espaço requerido de disco rígido: 16 GB ge da visão” do usuário, dando a impressão que o compu-
· Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos Di- tador não está lento.
rectX 9 com 256 MB de memória (para habilitar o tema do Essa característica permite que o usuário não sinta uma
Windows Aero) lentidão desnecessária no computador.
· Unidade de DVD-R/W Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada
· Conexão com a Internet (para obter atualizações) vez mais recursos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o
sistema operacional se torne um forte consumidor de me-
Atualizar de um SO antigo mória e processamento. O 7 disponibiliza vários recursos
de ponta e mantêm uma performance satisfatória.
O melhor cenário possível para a instalação do Win-
dows 7 é com uma máquina nova, com os requisitos apro- Monitor de desempenho
priados. Entretanto, é possível utilizá-lo num computador Apesar de não ser uma exclusividade do 7, é uma fer-
antigo, desde que atenda as especificações mínimas. ramenta poderosa para verificar como o sistema está se
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista portando. Podem-se adicionar contadores (além do que já
instalado, você terá a opção de atualizar o sistema opera- existe) para colher ainda mais informações e gerar relató-
cional. Caso sua máquina utilize Windows XP, você deverá rios.
fazer a re-instalação do sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito prova- Monitor de recursos
velmente seu computador não atende aos requisitos míni- Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra
mos. Entretanto, nada impede que você tente fazer a re- informações sobre o uso do processador, da memória, dis-
instalação. co e conexão à rede.
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PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o
Domain Join, que ajuda os computadores de uma rede a
Windows 7 Starter “se enxergarem” e conseguirem se comunicar. O Location
Como o próprio título acima sugere, esta versão do Aware Printing, por sua vez, tem como objetivo tornar mui-
Windows é a mais simples e básica de todas. A Barra de to mais fácil o compartilhamento de impressoras.
Tarefas foi completamente redesenhada e não possui su- Como empresas sempre estão procurando maneiras
porte ao famoso Aero Glass. Uma limitação da versão é para se proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz
que o usuário não pode abrir mais do que três aplicativos o Encrypting File System, que dificulta a violação de dados.
ao mesmo tempo. Esta versão também será encontrada em lojas de varejo ou
Esta versão será instalada em computadores novo ape- computadores novos.
nas nos países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e Windows 7 Enterprise, apenas para vários
Brasil. Disponível apenas na versão de 32 bits. Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma
versão mais voltada para empresas de médio e grande por-
Windows 7 Home Basic te, só poderá ser adquirida com licenciamento para diver-
Esta é uma versão intermediária entre as edições Star- sas máquinas. Acumula todas as funcionalidades citadas na
ter e Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá edição Professional e possui recursos mais sofisticados de
também a versão de 64 bits e permitirá a execução de mais segurança.
de três aplicativos ao mesmo tempo. Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável
Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero pela criptografia de dados e o AppLocker, que impede a
Glass nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, execução de programas não-autorizados. Além disso, há
fugindo um pouco da principal novidade do Windows 7. ainda o BrachCache, para turbinar transferência de arqui-
Computadores novos poderão contar também com a ins- vos grandes e também o DirectAccess, que dá uma super
talação desta edição, mas sua venda será proibida nos Es- ajuda com a configuração de redes corporativas.
tados Unidos.
Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro
Windows 7 Home Premium Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas,
Edição que os usuários domésticos podem chamar de pois contém todas as funcionalidades já citadas neste ar-
“completa”, a Home Premium acumula todas as funciona- tigo e mais algumas. Apesar de sua venda não ser restrita
lidades das edições citadas anteriormente e soma mais al- às empresas, o Microsoft disponibilizará uma quantidade
gumas ao pacote. limitada desta versão do sistema.
Dentre as funções adicionadas, as principais são o su- Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos
porte à interface Aero Glass e também aos recursos Touch presentes na Ultimate são dedicados às corporações, não
Windows (tela sensível ao toque) e Aero Background, que interessando muito aos usuários comuns.
troca seu papel de parede automaticamente no intervalo
de tempo determinado. Haverá ainda um aplicativo nativo
para auxiliar no gerenciamento de redes wireless, conheci-
do como Mobility Center.
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Se você estiver conectado à Internet, verifique se o Centro de Ajuda e Suporte do Windows está configurado como Aju-
da Online. A Ajuda Online inclui novos tópicos da Ajuda e as versões mais recentes dos tópicos existentes.
Clique no botão Iniciar e em Ajuda e Suporte.
Na barra de ferramentas Ajuda e Suporte do Windows, clique em Opções e em Configurações.
Em Resultados da pesquisa, marque a caixa de seleção Melhorar os resultados de pesquisa usando a Ajuda online
(recomendado) e clique em OK. Quando você estiver conectado, as palavras Ajuda Online serão exibidas no canto inferior
direito da janela Ajuda e Suporte.
Pesquisar na Ajuda
A maneira mais rápida de obter ajuda é digitar uma ou duas palavras na caixa de pesquisa. Por exemplo, para obter
informações sobre rede sem fio, digite rede sem fio e pressione Enter. Será exibida uma lista de resultados, com os mais
úteis na parte superior. Clique em um dos resultados para ler o tópico.
Pesquisar Ajuda
Você pode pesquisar tópicos da Ajuda por assunto. Clique no botão Pesquisar Ajuda e, em seguida, clique em um
item na lista de títulos de assuntos que será exibida. Esses títulos podem conter tópicos da Ajuda ou outros títulos de as-
suntos. Clique em um tópico da Ajuda para abri-lo ou clique em outro título para investigar mais a fundo a lista de assuntos.
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MS WORD
O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é considerado um dos principais produtos da Microsoft sendo a suíte
que domina o mercado de suítes de escritório, mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como Google Docs e
Open Office.
Interface
No cabeçalho de nosso programa temos a barra de títulos do documento
, que como é um novo documento apresenta como título “Documen-
to1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápido, que permite acessar alguns comandos mais rapidamen-
te como salvar, desfazer. Você pode personalizar essa barra, clicando no menu de contexto (flecha para baixo) à direita dela.
Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.
Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar
o documento (permite adicionar propriedades ao documento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.). Vamos uti-
lizar alguns destes recursos no andamento de nosso curso.
ABAS
Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos
os grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Inicio, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para os
usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior.
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.
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Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar se documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou
outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma
tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.
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Visualização do Documento
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Configuração de Documentos
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Colunas
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Selecionando Textos
Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que
qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de ata-
lho CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar),
ou o primeiro grupo na ABA Inicio.
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matações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao • Usar caracteres curinga: Procura somente as pa-
copiar um texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao lavras que você especificou com o caractere coringa. Ex.
seu documento, não basta apenas clicar em colar, é ne- Se você digitou *ão o Word vai localizar todas as palavras
cessário clicar na setinha apontando para baixo no botão terminadas em ão.
Colar, escolher Colar Especial. • Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma
sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para
palavras em inglês.
• Todas as formas de palavra: Localiza todas as for-
mas da palavra, não será permitida se as opções usar carac-
tere coringa e semelhantes estiverem marcadas.
• Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o es-
pecificado como formatação.
• Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa lo-
calizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.
Formatação de texto
Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a
possibilidade de se formatar o texto. No Office 2010 a ABA
responsável pela formatação é a Inicio e os grupo Fonte,
Parágrafo e Estilo.
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A janela fonte contém os principais comandos de for- No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcado-
matação e permite que você possa observar as alterações res (bullets e numeração e listas de vários níveis), diminuir
antes de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avan- e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na
çado. segunda linha temos os botões de alinhamentos: esquer-
da, centralizado, direita e justificado, espaçamento entre li-
nhas, observe que o espaçamento entre linhas possui uma
seta para baixo, permitindo que se possa definir qual o es-
paçamento a ser utilizado.
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Bordas no parágrafo.
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Podemos começar escolhendo uma definição de borda (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada uma
das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da borda. A Guia
Sombreamento permite atribuir um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você pode escolher uma cor base, e
depois aplicar uma textura junto dessa cor.
Cabeçalho e Rodapé
O Word sempre reserva uma parte das margens para o cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e
rodapé, clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.
Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao clicar
em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra superior passa a ter comandos para alteração do cabeçalho.
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A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo o
que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas páginas.
Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome
o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos
também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes
do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.
Data e Hora
O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo
Texto, temos o botão Data e Hora.
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Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque a
opção Atualizar automaticamente.
Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemento Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com o mesmo
nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu computador.
O primeiro grupo é o Ajustar, dentre as opções temos Brilho e Contraste, que permite clarear ou escurecer a imagem e
adicionar ou remover o contraste. Podemos recolorir a imagem.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Clip Art
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Formas
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SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas
ao seu documento. Se você estiver usando o Office 2003
ou seu documento estiver salvo em DOC, ao clicar nesse
botão, ele habilita a seguinte janela:
Basta selecionar o tipo de organograma a ser trabalha- No grupo Layout podemos mudar a disposição de nos-
do e clique em OK. Porém se o formato de seu documento so organograma.
for DOCX, a janela a ser mostrada será:
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WordArt
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Você pode criar facilmente uma tabela mais complexa, por exemplo, que contenha células de diferentes alturas ou um
número variável de colunas por linha semelhante à maneira como você usa uma caneta para desenhar uma tabela.
Ao desenhar a caixa que fará parte da tabela, você pode utilizar o topo
Ferramentas de Tabela.
Através do grupo Opções de Estilo de Tabela é possível definir células de cabeçalho. O grupo Estilos de Tabela permite
aplicar uma formatação a sua tabela e o grupo Desenhar Bordas permite definir o estilo, espessura e cor da linha. O botão
Desenhar Tabela transforma seu cursor em um lápis para desenhar as células de sua tabela, e o botão Borracha apaga as
linhas da tabela.
Você pode observar também que ao estar com alguma célula da tabela com o cursor o Word acrescenta mais uma ABA
ao final, chamada Layout, clique sobre essa ABA.
O primeiro grupo Tabela permite selecionar em sua tabela, apenas uma célula, uma linha, uma coluna ou toda a tabela.
Ao clicar na opção Propriedades será aberto uma janela com as propriedades da janela.
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Nesta janela existem quatro Guias. A opção dividir células permite dividir uma célula. Ao
A primeira é relativa à tabela, pode-se definir a largura clicar nessa opção será mostrada uma janela onde você deve
da tabela, o alinhamento e a quebra do texto na tabela. Ao definir em quantas linhas e colunas a célula será dividida.
clicar no botão Bordas e Sombreamento abre-se a janela
de bordas e sombreamento estudada anteriormente. Ao
clicar em Opções é possível definir as margens das células
e o espaçamento entre as células.
Ao clicar na Faixa deste grupo ele abre uma janela onde O grupo Dados permite classificar, criar cálculos, etc.,
é possível deslocar células, inserir linhas e colunas. O ter- em sua tabela.
ceiro grupo é referente à divisão e mesclagem de células.
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Ele abre a seguinte janela e coloca sua primeira linha como a linha de cabeçalho, você pode colocar até três colunas
como critérios de classificação.
O botão Converter em Texto permite transformar sua tabela em textos normal. A opção fórmula permite fazer cálculos
na tabela.
ABA Revisão
A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.
O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.
Os de ortografia ele marca em vermelho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com
cores para verificação na impressão sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como
errada você pode:
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Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações prontas
a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word disponibili-
za uma grande quantidade de estilos através do grupo estilos.
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Abaixo definir a formatação a ser aplicada no mesmo. Será mostrada uma janela de configuração de seu índi-
Na parte de baixo mantive a opção dele aparecer nos esti- ce. Clique no botão Opções.
los rápidos e que o mesmo está disponível somente a este
documento. Ao finalizar clique em OK. Veja um exemplo do
estilo aplicado:
Índices
Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele
normalmente aparece no inicio de documentos. A princi-
pal regra é que todo parágrafo que faça parte de seu índi-
ce precisa estar atrelado a um estilo. Clique no local onde
você precisa que fique seu índice e clique no botão Sumá-
rio. Serão mostrados alguns modelos de sumário, clique
em Inserir Sumário.
Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos
os estilos presentes no documento, então é nela que você
define quais estilos farão parte de seu índice.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
LIBREOFFICE WRITER
O Writer é um aplicativo de processamento de texto que lhe permite criar documentos, como cartas, currículos, li-
vros ou formulários online. Alternativa gratuita e open source ao tradicional pacote Microsoft Office. Surgido a partir de
um fork do OpenOffice, o LibreOffice traz soluções completas para edição de texto, criação de planilhas, apresentações de
slides, desenhos, base de dados e ainda fórmulas matemáticas.
O Writer do LibreOffice suporta os seguintes formatos: ODT, OTT, SXW, STW, DOC (Word), DOCX (Word 2007), RTF,
SDW, VOR, TXT, HTML, PDB, XML, PSW e UOT.
Layout
O Writer aparece sob a forma de uma janela genérica de documento em branco, a tela de edição, que é composta por
vários elementos:
Barra de Título: Apresenta o nome do arquivo e o nome do programa que está sendo usado nesse momento. Usando-
se os 3 botões no canto superior direito pode-se minimizar, maximizar / restaurar ou fechar a janela do programa.
Barra de Menus: Apresenta os menus suspensos onde estão as listas de todos os comandos e funções disponíveis do
programa.
Barra de Formatação: Apresenta os atalhos que dão forma e cor aos textos e objetos.
Área para trabalho: Local para digitação de texto e inserção de imagens e sons.
Barra de Status: Apresenta o número de páginas / total de páginas, o valor percentual do Zoom
e a função inserir / sobrescrever está na parte inferior e central da tela.
Réguas: Permite efetuar medições e configurar tabulações e recuos.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
-Novo:
Cria um novo documento do LibreOffice.
Abrir arquivo
Escolha Arquivo - Novo
Ícone Novo na Barra de ferramentas (o ícone mostra o Locais: Mostra os locais favoritos. Por exemplo, os ata-
tipo do novo documento) lhos das pastas locais ou remotas.
Área de exibição: Mostra os arquivos e pastas existen-
tes em que você está. Para abrir um arquivo, selecione-o e
Novo clique em Abrir.
Para abrir mais de um documento ao mesmo tempo,
Tecla Ctrl+N cada um em sua própria janela, pressione a tecla Ctrl ao
Para criar um documento a partir de um modelo, esco- clicar nos arquivos e, em seguida, clique em Abrir.
lha Novo - Modelos. Para classificar os arquivos, clique em um cabeçalho de
Um modelo é um arquivo que contém os elementos de coluna. Para inverter a ordem de classificação, clique no-
design para um documento, incluindo estilos de formata- vamente.
ção, planos de fundo, quadros, figuras, campos, layout de Para excluir um arquivo, clique com o botão direito do
página e texto. mouse sobre ele e, em seguida, escolha Excluir.
Para renomear um arquivo, dê um clique com o botão
Ícone Nome Função direito do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Reno-
Documento de Cria um novo documento de texto mear.
texto (LibreOffice Writer).
Cria um novo documento de Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um
Planilha caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL
planilha (LibreOffice Calc).
Cria um novo documento de que começa com o nome de protocolo ftp, http, ou https.
apresentação (LibreOffice Caso deseje, utilize caracteres curinga na caixa Nome
Apresentação Impress). Se ativado, será exibida do arquivo para filtrar a lista de arquivos exibida.
a caixa de diálogo Assistente de Por exemplo, para listar todos os arquivos de texto em
apresentações. uma pasta, insira o caractere asterisco (*) com a extensão
Cria um novo documento de de arquivo de texto (*.txt) e, em seguida, clique em Abrir.
Desenho Utilize o caractere curinga ponto de interrogação (?) para
desenho (LibreOffice Draw).
Abre o Assistente de Bancos de representar qualquer caractere, como em (??3*.txt), o que
Banco de dados dados para criar um arquivo de só exibe arquivos de texto com um ‘3’ como terceiro carac-
banco de dados. tere no nome do arquivo.
O LibreOffice possui uma função autocompletar que
Documento HTML Cria um novo documento HTML. se ativa sozinha em alguns textos e caixas de listagem. Por
Documento de Cria um novo exemplo, entre ~/a no campo da URL e a função autocom-
formulário XML documento XForms. pletar exibe o primeiro arquivo ou o primeiro diretório en-
Documento mestre Cria um novo documento mestre. contrado no seu diretório de usuário que começa com a
letra “a”.
Cria um novo documento de
Fórmula Utilize a seta para baixo para rolar para outros arquivos
fórmula (LibreOffice Math).
e diretórios. Utilize a seta para a direita para exibir tam-
Abre a caixa de diálogo Etiquetas,
bém um subdiretório existente no campo da URL. A função
para definir as opções para suas
autocompletar rápida está disponível se você pressionar a
Etiquetas etiquetas e, em seguida, cria um
tecla End após inserir parte da URL. Uma vez encontrado o
novo documento de texto para as
documento ou diretório desejado, pressione Enter.
etiquetas (LibreOffice Writer).
Versão: Se houver várias versões do arquivo seleciona-
Abre a caixa de diálogo Cartões do, selecione a versão que deseja abrir. Você pode salvar
de visita para definir as opções e organizar várias versões de um documento, escolhendo
Cartões de visita para os cartões de visita e, em Arquivo - Versões. As versões de um documento são aber-
seguida, criar um novo documento tas em modo somente leitura.
de texto (LibreOffice Writer). Tipo de arquivo: Selecione o tipo de arquivo que deseja
Criar um novo documento a partir abrir ou selecione Todos os arquivos(*) para exibir uma lista
Modelos
de um modelo. de todos os arquivos na pasta.
Abrir: Abre o(s) documento(s) selecionado(s).
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Inserir: Se você tiver aberto a caixa de diálogo esco- Ao fechar a última janela de documento aberta, apare-
lhendo Inserir - Arquivo, o botão Abrir será rotulado Inserir. cerá a Tela inicial.
Insere no documento atual, na posição do cursor, o arquivo
selecionado. - Salvar
Somente leitura: Abre o arquivo no modo somente lei- Salva o documento atual.
tura. Escolha Arquivo - Salvar
Abrir documentos com modelos: O LibreOffice reco- Ctrl+S
nhece modelos localizados em qualquer uma das seguintes Na Barra de ferramentas ou de tabela de dados, clique em
pastas:
• Pasta de modelos compartilhados
• Pasta de modelos do usuário em Documents and
Salvar
Settingsno diretório inicial do usuário
• Todas as pastas de modelos definidas em Ferra- Salvar como: Salva o documento atual em outro local
mentas - Opções - LibreOffice - Caminhos ou com um nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente.
Ao utilizar Arquivo - Modelo - Salvar como mode- Escolha Arquivo - Salvar como
lo para salvar um modelo, o modelo será armazenado na
sua pasta de modelos do usuário. Ao abrir um documento
baseado neste modelo, o documento será verificado para
detectar uma mudança do modelo, como descrito abaixo.
O modelo é associado com o documento e pode ser cha-
mado de “modelo vinculado”.
Ao utilizar Arquivo - Salvar como e selecionar um filtro
de modelo para salvar um modelo em qualquer outra pas-
ta que não esteja na lista, então os documentos baseados
nesse modelo não serão verificados.
Ao abrir um documento criado a partir de um “modelo
vinculado” (definido acima), O LibreOffice verifica se o mo-
delo foi modificado desde a última vez que foi aberto. Se o
modelo tiver sido alterado, uma caixa de diálogo aparecerá
para você poder selecionar os estilos que devem ser apli-
cados ao documento.
Para aplicar os novos estilos do modelo ao documento,
clique em Sim.
Para manter os estilos que estão sendo usados no do-
cumento, clique em Não.
Se um documento tiver sido criado por meio de um
modelo que não possa ser encontrado, será mostrada uma Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um
caixa de diálogo perguntando como proceder na próxima caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL
vez em que o documento for aberto. • Tipo de arquivo: Selecione o formato de arquivo
Para quebrar o vínculo entre o documento e o modelo para o documento que você está salvando. Na área de exi-
que está faltando, clique em Não; caso contrário, o LibreOf- bição, serão exibidos somente os documentos com esse
fice procurará o modelo na próxima vez que você abrir o tipo de arquivo.
documento. • Salvar com senha: Protege o arquivo com uma se-
nha que deve ser digitada para que o usuário possa abrir
- Documentos recentes o arquivo.
Lista os arquivos abertos mais recentemente. Para abrir
um arquivo da lista, clique no nome dele. Salvar tudo: Salva todos os documentos do LibreOffice
que foram modificados.
- Assistentes
Guia você na criação de cartas comerciais e pessoais, - Recarregar
fax, agendas, apresentações, etc. Substitui o documento atual pela última versão salva.
Todos as alterações efetuadas após o último salvamen-
- Fechar to serão perdidas.
Fecha o documento atual sem sair do programa. Escolha Arquivo - Recarregar
Escolha Arquivo - Fechar
O comando Fechar fecha todas as janelas abertas do - Versões
documento atual. Salva e organiza várias versões do documento atual no
Se foram efetuadas alterações no documento atual, mesmo arquivo. Você também pode abrir, excluir e compa-
você será perguntado se deseja salvar as lterações. rar versões anteriores.
35
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
- Visualizar impressão
36
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
- Repetir - Autotexto
Repete o último comando. Esse comando está disponí- Cria, edita ou insere Autotexto. Você pode armazenar
vel no Writer e no Calc. texto formatado, texto com figuras, tabelas e campos como
Autotexto. Para inserir Autotexto rapidamente, digite o ata-
- Recortar lho do Autotexto no documento e pressione F3.
Remove e copia a seleção para a área de transferência. Escolha Editar – Autotexto
Ctrl+F3
- Copiar
Copia a seleção para a área de transferência. - Trocar banco de dados
Escolha Editar - Copiar Altera a fonte de dados do documento atual. Para
Ctrl+C exibir corretamente o conteúdo dos campos inseridos, o
banco de dados que foi substituído deve conter nomes de
- Colar campos idênticos.
Insere o conteúdo da área de transferência no local do
cursor, e substitui qualquer texto ou objeto selecionado. - Campos
Escolha Editar - Colar Abre um caixa de diálogo na qual você pode editar as
Ctrl+V propriedades de um campo. Clique antes de um campo e
selecione este comando. Na caixa de diálogo, você pode
- Colar especial usar as setas para ir para o próximo campo ou voltar para
Insere o conteúdo da área de transferência no arquivo o anterior.
atual em um formato que você pode especificar.
Escolha Editar - Colar especial - Notas de rodapé
Edita a âncora de nota de rodapé ou de nota de fim
- Selecionar texto selecionada. Clique na frente da nota de rodapé ou da nota
Você pode ativar um cursor de seleção em um texto de fim e, em seguida, escolha este comando.
somente leitura ou na Ajuda. Escolha Editar - Selecionar - Entrada de índice
texto ou abra o menu de contexto de um documento so- Edita a entrada de índice selecionada. Clique antes da
mente leitura e escolha Selecionar texto. O cursor de sele- entrada de índice ou na própria entrada e, em seguida, es-
ção não fica intermitente. colha este comando.
Use o ícone Editar arquivo para ativar ou desativar o
modo de edição. - Entrada bibliográfica
Edita a entrada bibliográfica selecionada.
- Modo de seleção
Escolha o modo de seleção do submenu: modo de se- - Hiperlink
leção normal, ou modo de seleção por bloco. Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
e edite hiperlinks.
- Selecionar tudo
Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou ob- - Vínculos
jeto de texto atual. Permite a edição das propriedades de cada vínculo no
Escolha Editar - Selecionar tudo documento atual, incluindo o caminho para o arquivo de
Ctrl+A origem. Este comando não estará disponível se o docu-
mento atual não contiver vínculos para outros arquivos.
- Alterações
Lista os comandos que estão disponíveis para rastrear - Plug-in
as alterações em seu arquivo. Permite a edição de plug-ins no seu arquivo. Escolha
este comando para ativar ou desativar este recurso. Quan-
- Comparar documento do ativado, aparecerá uma marca de seleção ao lado do
Compara o documento atual com um documento que comando, e você verá comandos para editar o plug-in em
você seleciona. seu menu de contexto. Quando desativado, você verá co-
mandos para controlar o plug-in no menu de contexto.
- Localizar e substituir
Procura ou substitui textos ou formatos no documento - Mapa de imagem
atual. Permite que você anexe URLs a áreas específicas, deno-
Escolha Editar - Localizar e substituir minadas pontos de acesso, em uma figura ou em um grupo
Ctrl+H de figuras. Um Mapa de imagem é um grupo com um ou
Na Barra de ferramentas, clique em mais pontos de acesso.
37
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
- Nomes de campos
Alterna a exibição entre o nome e o conteúdo do cam-
po. A presença de uma marca de seleção indica que os no-
mes dos campos são exibidos e a ausência dessa marca
indica que o conteúdo é exibido. O conteúdo de alguns
campos não pode ser exibido.
- Caracteres não-imprimíveis
Mostra os caracteres não imprimíveis no texto, como
marcas de parágrafo, quebras de linha, paradas de tabula-
ção e espaços.
- Parágrafos ocultos
Mostra ou oculta parágrafos ocultos. Esta opção afeta
somente a exibição de parágrafos ocultos. Ela não afeta a
impressão desses parágrafos.
- Fontes de dados
Lista os bancos de dados registrados para o LibreOffice
e permite que você gerencie o conteúdo deles.
- Layout de impressão
Exibe a forma que terá o documento quando este for - Navegador
impresso. Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para
acessar rapidamente diferentes partes do documento e
- Layout da Web para inserir elementos do documento atual ou de outros
Exibe o documento como seria visualizado em um na- documentos abertos, bem como para organizar documen-
vegador da Web. Esse recurso é útil ao criar documentos tos mestre. Para editar um item do Navegador, clique com
HTML. o botão direito do mouse no item e, em seguida, escolha
um comando do menu de contexto. Se preferir, você pode
- Código-fonte HTML encaixar o Navegador na borda do espaço de trabalho.
Exibe o código fonte do documento HTML atual. Para - Tela inteira
exibir o código fonte HTML de um novo documento, é ne- Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas
cessário primeiro salvar o novo documento como um do- no Writer ou no Calc. Para sair do modo de tela inteira,
cumento HTML. clique no botão Ativar/Desativar tela inteira.
- Régua
Mostra ou oculta a régua horizontal, que é utilizada
para ajustar as margens da página, paradas de tabulação,
recuos, bordas, células de tabela e para dispor objetos na
página. Para mostrar a régua vertical, escolha Ferramentas
- Opções - LibreOffice Writer - Exibir, e selecione a caixa
Régua vertical na área Réguas.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Inserir - Seção
O menu Inserir contém os comandos necessários para Insere uma seção de texto no mesmo local em que o
inserir novos elementos no seu documento. Isso inclui se- cursor está posicionado no documento. Também é possível
ções, notas de rodapé, anotações, caracteres especiais, fi- selecionar um bloco de texto e, em seguida, escolher esse
guras e objetos de outros aplicativos. comando para criar uma seção. Use as seções para inserir
blocos de texto de outros documentos, para aplicar layouts
de colunas personalizados ou para proteger ou ocultar os
blocos de texto quando uma condição for atendida.
- Hiperlink
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
e edite hiperlinks.
- Cabeçalho
Adiciona ou remove um cabeçalho do estilo de página
que você selecionar no submenu. O cabeçalho é adiciona-
do a todas as páginas que usam o mesmo estilo de página.
Em um novo documento, é listado apenas o estilo de pági-
na “Padrão”. Outros estilos de páginas serão adicionados à
lista depois que você aplicá-los ao documento.
- Rodapé
Adiciona ou remove um rodapé do estilo de página se-
lecionado no submenu. O rodapé é adicionado a todas as
páginas que usam o mesmo estilo. Em um novo documen-
to, somente o estilo de página “Padrão” é listado. Outros
estilos serão adicionados à lista depois que forem aplica-
dos ao documento.
- Legenda
Adiciona uma legenda numerada à figura, tabela, qua-
dro, quadro de texto ou objeto de desenho selecionado.
Você também pode acessar este comando clicando com o
botão direito do mouse no item ao qual deseja adicionar
a legenda.
- Quebra manual
Insere uma quebra manual de linha, de coluna ou de - Marcador
página na posição atual em que se encontra o cursor. Insere um indicador na posição do cursor. Use o Na-
vegador para saltar rapidamente para a posição indicada
- Campos em outra hora. em um documento HTML, os indicadores
Insere um campo na posição atual do cursor. O sub- são convertidos em âncoras para você navegar através de
menu lista os tipos de campos mais comuns. Para exibir hyperlinks.
todos os campos disponíveis, escolha Outro.
- Referência
- Caractere especial Esta é a posição em que você insere as referências ou
Insere caracteres especiais a partir das fontes instala- os campos referidos no documento atual. As referências
das. são os campos referidos no mesmo documento ou em
subdocumentos de um documento mestre.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
- Script Formatar
Insere um script na posição atual do cursor em um do- Contém comandos para formatar o layout e o conteú-
cumento HTML ou de texto. do de seu documento.
- Envelope
Cria um envelope. Nas três guias, você pode especificar
o destinatário e o remetente, a posição e o formato de am-
bos os endereços, o tamanho e a orientação do envelope.
- Quadro
Insere um quadro que você pode usar para criar um
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos.
- Tabela
Insere uma tabela no documento. Você também pode
clicar na seta, arrastar o mouse para selecionar o número
de linhas e colunas a serem incluídas na tabela e, em segui-
da, clicar na última célula.
- Figura
Selecione a origem da figura que deseja inserir.
- Objeto de desenho
Insere um objeto no documento. Para vídeo e áudio
utilize Inserir - Multimídia - Áudio ou vídeo. - Limpar formatação direta
Remove a formatação direta e a formatação por estilos
- Quadro flutuante de caracteres da seleção.
Insere um quadro flutuante no documento atual. Qua-
dros flutuantes são utilizados em documentos HTML para - Caractere
exibir conteúdo de outro arquivo. Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
selecionados.
- Áudio ou vídeo
Insere um arquivo de vídeo ou áudio no documento. - Parágrafo
Modifica o formato do parágrafo atual, por exemplo,
- Arquivo alinhamento e recuo.
Insere um arquivo de texto na posição atual do cursor.
- Marcadores e numeração
Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual
e permite que você edite o formato da numeração ou dos
marcadores.
- Página
Especifique os estilos de formatação e o layout do es-
tilo de página atual, incluindo margens da página, cabeça-
lhos, rodapés e o plano de fundo da página.
- Alterar caixa
Altera a caixa dos caracteres selecionados. Se o cursor
estiver no meio de uma palavra e não houver texto selecio-
nado, então a palavra será a seleção.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
- Colunas Tabela
Especifica o número de colunas e o layout de coluna
para um estilo de página, quadro ou seção.
- Seções
Altera as propriedades das seções definidas no docu-
mento. Para inserir uma seção, selecione o texto ou clique
no documento e, em seguida, escolha Inserir - Seção.
- Estilos e formatação
Use a janela Estilos e formatação para aplicar, criar, edi-
tar, adicionar e remover estilos de formatação. Clique duas
vezes para aplicar o estilo.
- Autocorreção
Formata automaticamente o arquivo de acordo com as
opções definidas em Ferramentas - Opções da autocorre-
ção.
- Ancorar
Define as opções de ancoramento para o objeto sele-
cionado.
- Quebra Automática
Define as opções de quebra automática de texto para
figuras, objetos e quadros.
- Inverter - Excluir
Inverte o objeto selecionado, horizontalmente ou ver- Tabela
ticalmente. Exclui a tabela atual.
- Agrupar Colunas
Agrupa os objetos selecionados de forma que possam Exclui as colunas selecionadas.
ser movidos ou formatados como um único objeto.
Linhas
- Objeto Exclui as linhas selecionadas.
Abre um submenu para editar propriedades do objeto
selecionado. Selecionar
Tabela
- Quadro Seleciona a tabela atual.
Insere um quadro que você pode usar para criar um
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos. Coluna
Seleciona a coluna atual.
- Imagem
Formata o tamanho, a posição e outras propriedades Linha
da figura selecionada. Seleciona a linha atual.
Célula
Seleciona a célula atual.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Altura da linha
Abre a caixa de diálogo Altura da linha para alterar a
altura de uma linha.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
- Galeria
Abre a Galeria, onde você poderá selecionar figuras e
sons para inserir em seu documento.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Ajuda - Sobrescrito
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e le-
O menu da Ajuda permite iniciar e controlar o sistema vanta o texto acima da linha de base.
de Ajuda do LibreOffice.
Sobrescrito
- Subscrito
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e po-
siciona o texto abaixo da linha de base.
Subscrito
- Esquerda
Alinha o parágrafo selecionado em relação à margem
esquerda da página.
Alinhar à esquerda
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
• Para adicionar a palavra a um dos dicionários, escolha Adicionar e clique no nome do dicionário.
Observação – O número de entradas em um dicionário definido pelo usuário é limitado, mas você pode criar quantos
dicionários definidos pelo usuário forem necessários.
Etapas
3. Quando um possível erro de ortografia é localizado, a caixa de diálogo Ortografia e gramatica sugere uma correção.
Formatando texto
O Writer permite-lhe formatar o texto manualmente ou ao usar estilos. Com os dois métodos, você controla tamanho,
tipo de fonte, cor, alinhamento e espaçamento do texto. A principal diferença é que a formatação manual aplica-se apenas
ao texto selecionado, enquanto a formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento.
Para uma formatação simples, como alterar o tamanho e a cor do texto, use os ícones na barra Formatação. Se desejar,
pode também usar os comandos de menu no menu Formato, assim como teclas de atalho.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Teclas de atalho para o LibreOffice Writer Seta para baixo - Move o cursor uma linha para baixo
Teclas de atalho - Efeito Shift+Seta para baixo - Seleciona linhas de cima para
Ctrl+A - Selecionar tudo baixo
Ctrl+J - Justificar Ctrl+Seta para baixo - Move o cursor para o final do
Ctrl+D - Sublinhado duplo parágrafo.
Ctrl+E - Centralizado CtrlShift+Seta para baixo - Seleciona até o fim do pa-
Ctrl+H - Localizar e substituir rágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o fim do próximo
Ctrl+Shift+P - Sobrescrito parágrafo
Ctrl+L - Alinhar à esquerda Home - Vai até o início da linha
Ctrl+R - Alinhar à direita Home+Shift - Vai e seleciona até o início de uma linha
Ctrl+Shift+B - Subscrito End - Vai até o fim da linha
Ctrl+Y - Refaz a última ação End+Shift - Vai e seleciona até o fim da linha
Ctrl+0 (zero) - Aplica o estilo de parágrafo Padrão Ctrl+Home - Vai para o início do documento
Ctrl+1 - Aplica o estilo de parágrafo Título 1 Ctrl+Home+Shift - Vai e seleciona o texto até o início
Ctrl+2 - Aplica o estilo de parágrafo Título 2 do documento
Ctrl+3 - Aplica o estilo de parágrafo Título 3 Ctrl+End - Vai para o fim do documento
Ctrl+4 - Aplica o estilo de parágrafo Título 4 Ctrl+End+Shift - Vai e seleciona o texto até o fim do
Ctrl+5 - Aplica o estilo de parágrafo Título 5 documento
Ctrl + tecla mais - Calcula o texto selecionado e copia Ctrl+PageUp - Alterna o cursor entre o texto e o ca-
o resultado para a área de transferência. beçalho
Ctrl+Hífen(-) - Hifens personalizados; hifenização defi- Ctrl+PageDown - Alterna o cursor entre o texto e o
nida pelo usuário. rodapé
Ctrl+Shift+sinal de menos (-) - Traço incondicional Insert - Ativa / Desativa modo de inserção
(não utilizado na hifenização) PageUp - Move uma página da tela para cima
Ctrl+sinal de multiplicação * (somente no teclado nu- Shift+PageUp - Move uma página da tela para cima
mérico) - Executar campo de macro com seleção
Ctrl+Shift+Espaço - Espaços incondicionais. Esses PageDown - Move uma página da tela para baixo
espaços não serão usados para hifenização nem serão ex- Shift+PageDown - Move uma página da tela para bai-
pandidos se o texto estiver justificado. xo com seleção
Shift+Enter - Quebra de linha sem mudança de pará- Ctrl+Del - Exclui o texto até o fim da palavra
grafo Ctrl+Backspace - Exclui o texto até o início da palavra
Ctrl+Enter - Quebra manual de página Em uma lista: exclui um parágrafo vazio na frente do
Ctrl+Shift+Enter - Quebra de coluna em textos com parágrafo atual
várias colunas Ctrl+Del+Shift - Exclui o texto até o fim da frase
Alt+Enter - Insere um novo parágrafo sem numeração Ctrl+Shift+Backspace - Exclui o texto até o início da
numa lista. Não funciona se o cursor estiver no fim da lista. frase
Alt+Enter - Insere um novo parágrafo antes ou depois Ctrl+Tab - Próxima sugestão com Completar palavra
de uma seção ou antes de uma tabela. automaticamente
Seta para a esquerda - Move o cursor para a esquerda Ctrl+Shift+Tab - Utiliza a sugestão anterior com Com-
Shift+Seta para a esquerda - Move o cursor para a es- pletar palavra automaticamente
querda com seleção Ctrl+Alt+Shift+V - Cola o conteúdo da área de transfe-
Ctrl+Seta para a esquerda - Vai para o início da palavra rência como texto sem formatação.
Ctrl+Shift+Seta para a esquerda - Seleciona à Ctrl + clique duplo ou Ctrl + Shift + F10 - Utilize esta
esquerda, uma palavra de cada vez combinação para encaixar ou desencaixar rapidamente a
Seta para a direita - Move o cursor para a direita janela do Navegador, a janela Estilos e Formatação ou ou-
Shift+Seta para a direita - Move o cursor para a direita tras janelas
com seleção
Ctrl+Seta para a direita - Vá para o início da próxima
palavra
Ctrl+Shift+Seta para a direita - Seleciona à direita, uma
palavra de cada vez
Seta para cima - Move o cursor uma linha acima
Shift+Seta para cima - Seleciona linhas de baixo para
cima
Ctrl+Seta para cima - Move o cursor para o começo do
parágrafo anterior
CtrlShift+Seta para cima - Seleciona até o começo do
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do pa-
rágrafo anterior
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
MS EXCEL
O Excel é uma das melhores planilhas existentes no
mercado. As planilhas eletrônicas são programas que se
assemelham a uma folha de trabalho, na qual podemos
colocar dados ou valores em forma de tabela e aproveitar Na janela que é mostrada é possível inserir uma nova
a grande capacidade de cálculo e armazenamento do planilha, excluir uma planilha existente, renomear uma pla-
computador para conseguir efetuar trabalhos que, nilha, mover ou copiar essa planilha, etc...
normalmente, seriam resolvidos com uma calculadora, lápis
e papel. A tela do computador se transforma numa folha Movimentação na planilha
onde podemos observar uma série de linhas (números) e Para selecionar uma célula ou torná-la ativa, basta mo-
colunas (letras). A cada encontro de uma linha com uma vimentar o retângulo (cursor) de seleção para a posição de-
coluna temos uma célula onde podemos armazenar um sejada. A movimentação poderá ser feita através do mouse
texto, um valor, funções ou fórmula para os cálculos. O ou teclado.
Excel oferece, inicialmente, em uma única pasta de trabalho Com o mouse para selecionar uma célula basta dar um
três planilhas, mas é claro que você poderá inserir mais clique em cima dela e observe que a célula na qual você
planilhas conforma sua necessidade. clicou é mostrada como referência na barra de fórmulas.
Interface
A interface do Excel segue o padrão dos aplicativos
Office, com ABAS, Botão Office, controle de Zoom na direi-
ta. O que muda são alguns grupos e botões exclusivos do
Excel e as guias de planilha no rodapé à esquerda:
Guias de Planilha
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil
e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos
Entrada de textos e números mais complexos e vários valores.
Na área de trabalho do Excel podem ser digitados ca- Existem funções para os cálculos matemáticos, fi-
racteres, números e fórmulas. Ao finalizar a digitação de nanceiros e estatísticos. Por exemplo, na função: =SOMA
seus dados, você pode pressionar a tecla ENTER, ou com (A1:A10) seria o mesmo que (A1+A2+A3+A4+A5+A6+A7
as setas mudar de célula, esse recurso somente não será +A8+A9+A10), só que com a função o processo passa a
válido quando estiver efetuando um cálculo. Caso preci- ser mais fácil. Ainda conforme o exemplo pode-se observar
se alterar o conteúdo de uma célula sem precisar redigitar que é necessário sempre iniciar um cálculo com sinal de
tudo novamente, clique sobre ela e pressione F2, faça sua igual (=) e usa-se nos cálculos a referência de células (A1) e
alteração e pressione ENTER em seu teclado. não somente valores.
Operadores
Operadores são símbolos matemáticos que permitem
fazer cálculos e comparações entre as células. Os operado-
res são:
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Vamos montar uma planilha simples. Poderíamos fazer o seguinte cálculo =1*20 que me
traria o resultado, porém bastaria alterar o valor da quan-
tidade ou o V. unitário que eu precisaria fazer novamente
o cálculo. O correto é então é fazer =A4*C4 com isso eu
multiplico referenciando as células, independente do con-
teúdo dela, ele fará a multiplicação, desde que ali se tenha
um número.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Para calcular o total você poderia utilizar o seguinte cálculo D4+D5+D6+D7+D8, porém isso não seria nada pratico em
planilhas maiores. Quando tenho sequências de cálculos o Excel permite a utilização de funções.
No caso a função a ser utilizada é a função SOMA, a sua estrutura é =SOMA(CelIni:Celfim), ou seja, inicia-se com o sinal
de igual (=), escreve-se o nome da função, abrem-se parênteses, clica-se na célula inicial da soma e arrasta-se até a
última célula a ser somada, este intervalo é representado pelo sinal de dois pontos (:), e fecham-se os parênteses.
Embora você possa fazer manualmente na célula o Excel possui um assistente de função que facilita e muito a utilização
das mesmas em sua planilha. Na ABA Inicio do Excel dentro do grupo Edição existe o botão de função.
A primeira função é justamente Soma, então clique na célula e clique no botão de função.
Observe conforme a imagem que o Excel acrescenta a soma e o intervalo de células pressione ENTER e você terá seu
cálculo.
Formatação de células
A formatação de células é muito semelhante a que vimos para formatação de fonte no Word, basta apenas que a célula
onde será aplicada a formatação esteja selecionada, se precisar selecionar mais de uma célula, basta selecioná-las.
As opções de formatação de célula estão na ABA Inicio.
Temos o grupo Fonte que permite alterar a fonte a ser utilizada, o tamanho, aplicar negrito, itálico e sublinhado, linhas
de grade, cor de preenchimento e cor de fonte. Ao clicar na faixa do grupo será mostrada a janela de fonte.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Vamos então formatar nossa planilha, inicialmente sele- O botão estilo de Célula permite que se utilize um esti-
cione todas as células de valores em moeda. Você pode uti- lo de cor para sua planilha.
lizar a janela de formatação como vimos antes, como pode
também no grupo Número clicar sobre o botão moeda.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Congelar Painéis
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Uma solução seria fazer uma a uma, mas a ideia de As combinações então ficariam (tomando como base a
uma planilha é ganhar-se tempo. célula D9)
A célula D9 então é um valor absoluto, ele não muda é D9 - Relativa, não fixa linha nem coluna
também chamado de valor constante. $D9 - Mista, fixa apenas a coluna, permitindo a varia-
A solução é então travar a célula dentro da formula, ção da linha.
para isso usamos o símbolo do cifrão ($), na célula que fize- D$9 - Mista, fixa apenas a linha, permitindo a variação
mos o cálculo E4 de clique sobre ela, depois clique na barra da coluna.
de fórmulas sobre a referência da célula D9. $D$9 - Absoluta, fixa a linha e a coluna.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Média
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Função SE
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Então agora preciso verificar a idade de acordo com A função ficou da seguinte forma =CONT.SE(H4:H13;K4)
o valor na coluna J e retornar com valores verdadeiros e onde se faz a contagem em um intervalo de H3:H13 que é
falsos o conteúdo da coluna K. A função então ficará da o resultado calculado pela função
seguinte forma: SE e retorna a célula K4 onde está a categoria juvenil de
atletas. Para as demais categorias basta repetir o cálculo
mudando-se somente a categoria que está sendo buscada.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Planilhas 3D
Vamos a um exemplo
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Se precisar alterar alguma célula protegida basta clicar no botão Desproteger Planilha no grupo Alterações.
Inserção de Objetos
A inserção de objetos no Excel é muito semelhante ao que aprendemos no Word, as opções de inserção de objetos
estão na ABA Inserir.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Podemos inserir Imagens, clip-arts, formas, SmartArt, caixas de texto, WordArt, objetos, símbolos, etc.
Como a maioria dos elementos já sabemos como implementar vamos focar em Gráficos.
Gráficos
A utilização de um gráfico em uma planilha além de deixá-la com uma aparência melhor também facilita na hora de
mostrar resultados. As opções de gráficos, esta no grupo Gráficos na ABA Inserir do Excel
Para criar um gráfico é importante decidir quais dados serão avaliados para o gráfico. Vamos utilizar a planilha Atletas
para criarmos nosso gráfico, vamos criar um gráfico que mostre os atletas x peso.
Selecione a coluna com o nome dos atletas, pressione CTRL e selecione os valores do peso.
Ao clicar em um dos modelos de gráfico no grupo Gráficos você poderá selecionar um tipo de gráfico disponível, no
exemplo cliquei no estilo de gráfico de colunas.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Para mover o gráfico para qualquer parte de sua planilha basta clicar em uma área em branco de o gráfico manter o
mouse pressionado e arrastar para outra parte.
Na parte superior do Excel é mostrada a ABA Design (Acima dela Ferramentas de Gráfico).
Se você quiser mudar o estilo de seu gráfico, você pode clicar no botão Alterar Tipo de Gráfico.
Para alterar a exibição entre linhas e colunas, basta clicar no botão Alterar Linha/Coluna.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Classificação
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Você precisa definir quais serão os critérios de sua classificação, onde diz
Classificar por clique e escolha nome, depois clique no botão Adicionar Nível e coloque Modalidade.
Antes de clicar em OK, verifique se está marcada a opção Meus dados contêm cabeçalhos, pois selecionamos a linha
de títulos em nossa planilha e clique em OK.
Você pode mudar a ordem de classificação sempre que for necessário, basta clicar no botão de Classificar.
Auto Filtro
Este é um recurso que permite listar somente os dados que você precisa visualizar no momento em sua planilha. Com
seus dados selecionados clique no botão Filtro e observe que será adicionado junto a cada célula do cabeçalho da planilha
uma seta.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Estas setas permite visualizar somente os dados que te interessam na planilha, por exemplo caso eu precise da relação
de atletas do sexo feminino, basta eu clicar na seta do cabeçalho sexo e marcar somente Feminino, que os demais dados
da planilha ficarão ocultos.
Posso ainda refinar mais a minha filtragem, caso precise saber dentro do sexo feminino quantos atletas estão na cate-
goria Profissional, eu faço um novo filtro na coluna Categoria.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Observe que as colunas que estão com filtro possuem Depois clique no botão Subtotal.
um ícone em forma de funil no lugar da seta. Em A cada alteração em: coloque sexo e em Adicionar
subtotal a deixe marcado apenas Peso, depois clique em OK.
Para remover os filtros, basta clicar nos cabeçalhos
com filtro e escolher a opção selecionar tudo.
Você também pode personalizar seus filtros através da
opção Filtros de Texto e Filtro de número (quando conteú-
do da célula for um número).
Impressão
O processo de impressão no Excel é muito parecido
com o que fizemos no Word.
Subtotais Clique no botão Office e depois em Imprimir e escolha
Podemos agrupar nossos dados através de seus valo- Visualizar Impressão.
res, vamos inicialmente classificar nossa planilha pelo sexo
dos atletas relacionado com a idade.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
No caso escolhi a planilha atletas, podemos observar Para reexibir aquilo que você ocultou, selecione uma
que a mesma não cabe em uma única página. Clique no célula da linha anterior e uma da próxima, depois utilize
botão Configurar Página. as teclas CTRL + SHIFT + (. Por exemplo: se você ocultou a
linha 14 e precisa reexibi-la, selecione uma célula da linha
13, uma da linha 15 e pressione as teclas de atalho.
74
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
“colar valores”, que fará com que somente os valores das LIBREOFFICE CALC
células copiadas apareçam, sem qualquer formatação. Para O LibreOffice Calc é um programa de planilha que você
não precisar usar o mouse, copie as células desejadas e na pode usar para organizar e manipular dados que contêm
hora de colar utilize as teclas CTRL + ALT + V. texto, números, valores de data e tempo, e mais, por exem-
plo para o orçamento doméstico.
CTRL + PAGE DOWN: não há como ser rápido utilizan- O Calc nos permite:
do o mouse para alternar entre as planilhas de um mesmo • Aplicar fórmulas e funções a dados numéricos e
arquivo. Utilize esse comando para mudar para a próxima efetuar cálculos
planilha da sua pasta de trabalho. • Aplicação de uma muitas formatações, como tipo,
tamanho e coloração das fontes, impressão em colunas,
CTRL + PAGE UP: similar ao comando anterior. Porém, alinhamento automático etc ...,
executando-o você muda para a planilha anterior. • Utilização de figuras, gráficos e símbolos,
*É possível selecionar as planilhas que estão antes ou • Movimentação e duplicação dos dados e fórmulas
depois da atual, pressionando também o SHIFT nos dois dentro das planilhas ou para outras planilhas,
comando acima. • Armazenamento de textos em arquivos, o que
Teclas de função permite usá-los ou modificá-los no futuro.
Poucas pessoas conhecem todo o potencial das teclas
que ficam na mesma linha do “Esc”. Assim como o CTRL, Fundamentos da planilha
as teclas de função podem ser utilizadas em combinação Uma planilha (“sheet”) é uma grande tabela, já prepa-
com outras, para produzir comandos diferentes do padrão rada para efetuar cálculos, operações matemáticas, proje-
atribuído a elas. Veja alguns deles abaixo. ções, análise de tendências, gráficos ou qualquer tipo de
operação que envolva números.
F2: se você cometer algum erro enquanto está inse- Cada planilha se compõe de colunas e linhas, cuja in-
rindo fórmulas em uma célula, pressione o F2 para poder tersecção delimita as células:
mover o cursor do teclado dentro da célula, usando as se-
Colunas: Estão dispostas na posição vertical e são iden-
tas para a direita e esquerda. Caso você pressione uma da
tificadas da esquerda para a direita, começando com A até
setas sem usar o F2, o cursor será movido para outra célula.
Z. Depois de Z, são utilizadas 2 letras: AA até AZ, que são
seguidas por BA até BZ, e assim por diante, até a última (IV),
ALT + SHIFT + F1: inserir novas planilhas dentro de um
num total de 256 colunas.
arquivo do Excel também exige vários cliques com o mou-
Linhas: Estão dispostas na posição horizontal e são
se, mas você pode usar o comando ALT + SHIFT + F1 para
numeradas. Portanto, a intersecção entre linhas e colunas
ganhar algum tempo. As teclas SHIFT + F11 produzem o
gera milhões de células disponíveis.
mesmo efeito.
Cada planilha possui 1.048.576 linhas e as colunas vão
F8: use essa tecla para ligar ou desligar o modo de se-
até AMJ.
leção estendida. Esse pode ser usado da mesma forma que
Valores: Um valor pode representar um dado numérico
o SHIFT. Porém, ele só será desativado quando for pres-
ou textual entrado pelo usuário ou pode ser resultado de
sionado novamente, diferente do SHIFT, que precisa ser
uma fórmula ou função.
mantido pressionado para que você possa selecionar várias
Fórmulas: A fórmula é uma expressão matemática
células da planilha.
dada ao computador (o usuário tem que montar a fórmula)
para calcular um resultado, é a parte inteligente da pla-
Veja abaixo outros comandos úteis:
nilha; sem as fórmulas a planilha seria um amontoado de
textos e números.
CTRL + Setas de direção: move o cursor para a última
Funções: São fórmulas pré-definidas para pouparem
célula preenchida. Se houve alguma célula vazia no meio,
tempo e trabalho na criação de uma equação.
o cursor será movido para a última célula preenchida que
Uma célula é identificada por uma referência que con-
estiver antes da vazia.
siste na letra da coluna a célula seguida do número da li-
END: pressione essa tecla uma vez para ativar ou de-
nha da célula. Por exemplo, a referência de uma célula na
sativar o “Modo de Término”. Sua função é parecida com o
interseção da coluna A e da linha 2 é A2. Além disso, a
comando anterior. Pressiona uma vez para ativar e depois
referência do intervalo de células nas colunas de A a C e
pressione uma tecla de direção para mover o cursor para a
linhas 1 a 5 é A1:C5.
última célula preenchida.
Endereço ou Referência: Cada planilha é formada
*Se a tecla Scroll Lock estiver ativada, pressionar END
por linhas numeradas e por colunas ordenadas alfabetica-
fará com que o cursor seja movido para a célula que estiver
mente, que se cruzam delimitando as células. Quando se
visível no canto inferior direito da janela.
clica sobre uma delas, seleciona-se a célula.
CTRL + BARRA DE ESPAÇO: utilize essa atalho se você
Célula: corresponde à unidade básica da planilha, ou
quiser selecionar a coluna inteira onde está o cursor.
seja, cada retângulo da área de edição.
SHIFT + BARRA DE ESPAÇOS: semelhante ao comando
Célula Ativa: É a célula onde os dados serão digitados,
acima, porém, seleciona a linha inteira onde está o cursor.
ou seja, onde está o cursor no instante da entrada de da-
dos.
75
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Dá-se o nome Endereço ou Referência ao conjunto das coordenadas que uma célula ocupa em uma planilha. Por exem-
plo, a intersecção entre a coluna B e a linha 3 é exclusiva da casela B3, portanto é a sua referência ou endereço.
A figura abaixo mostra a célula B3 ativa (ou atual, ou selecionada), ou seja, o cursor está na intersecção da linha 3 com
a coluna B. (Notar que tanto a linha 3 como a coluna B destacam-se em alto relevo).
A célula ativa ou célula atual é a que está clicada, ou seja, é aquela na qual serão digitadas os dados nesse mo-
mento.
Apenas uma célula pode ficar ativa de cada vez e a seleção é representada pelas bordas da célula que ficam negritadas.
Para mudar a posição da célula ativa pode-se usar o mouse ou as teclas de seta do teclado.
Observação - Você pode também incluir o nome do arquivo e o nome da folha em uma referência a uma célula ou
a um intervalo de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo de células, para usar o nome em vez de uma
referência à coluna/número. Para obter detalhes, pesquise o termo eferências na ajuda on-line.
Layout
Barra de título
A barra de título, localizada no alto da tela, mostra o nome da planilha atual. Quando a planilha for recém criada, seu
nome é Sem título X, onde X é um número. Quando a planilha é salva pela primeira vez, você é solicitado a dar um nome
a sua escolha.
Barra de Menus
A Barra de Menus é composta por 9 menus, que são: Arquivo, Editar, Exibir, Inserir, Formatar, Tabela, Ferramentas, Ja-
nela e Ajuda. Onde encontra-se todos os comandos do Calc.
Menu Arquivo: Este menu contém os comandos para Criar uma planilha, salva-la, abrir os documentos já salvos e os
mais recentes e por fim fechar a planilha.
Menu Editar: Responsável pelos comando de copiar, mover e excluir os dados, desfazer e refazer uma ação além de
localizar e substituir dados.
Menu Exibir: Esse menu é utilizado para estruturar a área de trabalho. A partir de suas opções, podem ser exibidas ou
ocultadas as barras do LibreOffice.Calc. Ainda podem ser trabalhadas a aparência e o tamanho da tela de trabalho.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Menu Inserir: É responsável pela inserção de elementos como linhas, colunas, comentários nas células, figuras, gráficos,
fórmulas músicas, vídeos entre outros.
Menu Formatar: É responsável pela formatação de fontes e números, alinhamento dados nas células inserção de bordas
nas células e alteração de cores tanto de fonte quanto de plano de fundo.
Menu Ferramentas: Possui comandos para proteger o documento impedindo que alterações sejam feitas, personaliza
menus e as teclas de atalho, além de possuir recurso Galeria, onde podemos selecionar figuras e sons do próprio LibreOf-
fice para inserir no documento.
Menu Dados: Seleciona um intervalo e Classifica as linhas selecionadas de acordo com as condições especificas além
de outras funções.
Menu Janela: É utilizado para Abrir uma nova janela, Fecha a janela atual, Dividir a janela atual e listar todas as janelas
do documento.
Menu Ajuda: Abre a página principal da Ajuda de OpenOffice.org.br para o aplicativo atual. Você pode percorrer as
páginas da Ajuda e procurar pelos termos do índice ou outro texto.
Você pode personalizar a Barra de menu conforme as suas necessidades, para isso, vá em Ferramentas → Personalizar...
e vá na guia Menu.
Barra de ferramentas
Três barras de ferramentas estão localizadas abaixo da Barra de menus, por padrão: A Barra de ferramentas padrão, a
Barra de ferramentas de formatação, e a Barra de fórmulas.
Na Barra de ferramentas padrão estão várias opções tais como, gráficos, impressão, ajuda, salvar, outros.
Na Barra de ferramentas de formatação existem opções para alinhamento, numeração, recuo, cor da fonte e o outros.
Barra de fórmulas
Células individuais
A seção principal da tela exibe as células na forma de uma tabela, onde cada célula fica na interseção de uma coluna
com uma linha. É nela que colocaremos valores, referências e formatos.
No alto de cada coluna, e à esquerda de cada linha, há uma célula cinza, contendo letras (colunas) e números (linhas).
Esses são os cabeçalhos das colunas e linhas. As colunas começam em A e seguem para a direita, e as linhas começam em
1 e seguem para baixo.
Os cabeçalhos das colunas e linhas formam a referência da célula que aparece na Caixa de Nome na Barra de Fórmulas.
Você pode desligar esses cabeçalhos em Exibir → Cabeçalhos de Linhas e Colunas.
Abas de folhas
Abaixo da tabela com as células estão as abas das folhas. Essas abas permitem que você acesse cada folha da planilha
individualmente, com a folha visível (ativa) estando na cor branca. Você pode escolher cores diferentes para cada folha.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Clicando em outra aba de folha exibe-se outra folha e sua aba fica branca. Você também pode selecionar várias folhas
de uma só vez, pressionando a tecla Ctrl ao mesmo tempo que clica nas abas.
Barra de estado
Na parte inferior da janela do Calc está a barra de estado, que mostra informações sobre a planilha e maneiras con-
venientes de alterar algumas das suas funcionalidades. A maioria dos campos é semelhante aos outros componentes do
LibreOffice.
Partes esquerda e direita da barra de estado, respectivamente:
Para criar uma nova planilha a partir de qualquer programa do Libreoffice, escolha Arquivo - Novo – Planilha.
Movendo-se em uma folha
Você pode usar o mouse ou o teclado para mover-se em uma folha do Calc ou para selecionar itens na folha. Se sele-
cionou um intervalo de células, o cursor permanece no intervalo ao mover o cursor.
Dica – Para mover para a última célula que contém dados em uma coluna ou linha, mantenha pressionada a tecla Ctrl
enquanto pressiona uma tecla de direção.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Usando operadores
Você pode usar os seguintes operadores nas fórmulas:
Usando parênteses
O Calc segue a ordem de operações ao calcular uma fórmula. Multiplicação e divisão são feitas antes de adição e sub-
tração, independentemente de onde esses operadores aparecem na fórmula. Por exemplo, para a fórmula =2+5+5*2, o
Calc retorna o valor de 17 e não de 24.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
* Você também pode editar uma célula pressionado F2 ou dando um clique duplo na célula
2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alterações.
Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete ou Backspace.
3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula para confirmar as alterações.
Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc ou clique no ícone na barra Fórmula.
Usando funções
O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções predefinidas. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5, você
pode digitar =SUM(A2:A5) .
Usando gráficos
Gráficos podem ajudar a visualizar padrões e tendências nos dados numéricos.
O LibreOffice fornece vários estilos de gráfico que você pode usar para representar os números.
Observação – Gráficos não se restringem a planilhas. Você pode também inserir um gráfico ao escolher Inserir - Objeto
- Gráfico nos outros programas do LibreOffice.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Editando gráficos
Depois de criar um gráfico, poderá voltar e alterar, mover, redimensionar ou excluir o gráfico.
- Para redimensionar, mover ou excluir um gráfico
Etapa
Clique no gráfico e siga um destes procedimentos:
• Para redimensionar o gráfico, mova o ponteiro do mouse sobre uma das alças, pressione o botão do mouse e arraste
o mouse.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho do gráfico enquanto você arrasta.
• Para mover o gráfico, mova o ponteiro do mouse para dentro do gráfico, pressione o botão do mouse e arraste o
mouse para um novo lugar.
• Para excluir o gráfico, pressione a tecla Delete.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Apagando folhas
As folhas podem ser apagadas individualmente ou em
grupos.
Folha única: clique com o botão direito na aba da folha
Excluir 3 linhas abaixo da linha 1. que quer apagar e clique em Excluir Planilha no menu de
contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra
Trabalhando com folhas de menu.
Como qualquer outro elemento do Calc, as folhas po- Múltiplas folhas: selecione-as como descrito anterior-
dem ser inseridas, apagadas ou renomeadas. mente, e clique com o botão direito do mouse sobre uma
das abas e escolha a opção Excluir Planilha no menu de
Inserindo novas folhas contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra
Há várias maneiras de inserir uma folha. A mais rápida, de menu.
é clicar com o botão Adicionar folha. Isso insere uma nova
folha naquele ponto, sem abrir a caixa de diálogo de Inserir Renomeando folhas
planilha. Utilize um dos outros métodos para inserir mais O nome padrão para uma folha nova é PlanilhaX, onde
de uma planilha, para renomeá-las de uma só vez, ou para X é um número. Apesar disso funcionar para pequenas
inserir a folha em outro lugar da sequência. O primeiro planilhas com poucas folhas, pode tornar-se complicado
passo para esses métodos é selecionar a folha, próxima da quando temos muitas folhas.
qual, a nova folha será inserida. Depois, utilize as seguintes Para colocar um nome mais conveniente a uma folha,
opções. você pode:
Clique em Inserir → Planilha na Barra de menu. • Digitar o nome na caixa Nome, quando você criar a
Clique com o botão direito do mouse e escolha a op- folha, ou
ção Inserir Planilha no menu de contexto. • Clicar com o botão direito do mouse e escolher a
Clique em um espaço vazio no final da fila de abas de opção Renomear Planilha no menu de contexto e trocar o
folhas. nome atual por um de sua escolha.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
• Clicar duas vezes na aba da folha para abrir a caixa de Inserir uma anotação (comentário)
diálogo Renomear Planilha. As células podem conter observações de outros usuá-
rios ou lembretes que ficam ocultos, isto é, não são im-
Mesclando várias células pressos. Uma célula contendo uma anotação apresenta um
Um recurso útil do Calc é a possibilidade de mesclar pequeno triângulo vermelho no canto superior direito.
várias células contíguas para formar um título de uma fo- Para inserir uma anotação clique com o botão direito
lha de planilha, por exemplo. Para isso selecione as células do mouse na célula que conterá a anotação e selecione a
contíguas a serem mescladas e vá em Formatar → Mesclar opção Inserir anotação ou pressione Ctrl + Alt + C. Em se-
células → Mesclar ou Formatar → Mesclar células → Mes- guida digite o texto e clique fora da caixa de texto quando
clar e centralizar células, para centralizar e mesclar ou ainda tiver terminado.
botão diretito do mouse/mesclar células. Para visualizar a anotação, basta posicionar o ponteiro
do mouse em cima do triângulo vermelho. Você pode ain-
da clicar com o botão direito sobre a célula que possui a
anotação e clicar em Mostrar anotação para deixá-la sem-
pre a amostra ou clicar em Excluir anotação para excluí-la.
Dividir células
Posicione o cursor na célula a ser dividida.
Escolha Formatar - Mesclar células - Dividir células.
Botão direito do mouse/dividir células.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Congelando células.
Congelando uma única coluna ou linha
Clique no cabeçalho da linha abaixo, ou da coluna à esquerda da qual quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Uma linha escura aparece, indicando onde o ponto de congelamento foi colocado.
Congelando uma coluna ou linha
Clique em uma célula que esteja imediatamente abaixo da linha, ou na coluna imediatamente à direita da coluna que
quer congelar.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Dividindo a tela
Outra maneira de alterar a visualização é dividir a janela, ou dividir a tela. A tela pode ser dividida, tanto na horizontal,
quanto na vertical, ou nas duas direções. É possível, além disso, ter até quatro porções da tela da planilha à vista, ao mesmo
tempo.
Por que fazer isso? Imagine que você tenha uma planilha grande, e uma das células tem um número que é utilizado em
outras células. Utilizando a técnica de divisão da tela, você pode alterar o valor da célula que contém o número e verificar
nas outras células as alterações sem perder tempo rolando a barra.
Dividindo células.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Removendo as divisões
Para remover as divisões, siga uma das seguintes instruções:
Clique duas vezes na linha divisória.
Clique na linha divisória e arraste-a de volta ao seu lugar no final das barras de rolagem.
Clique em Janela → Dividir para remover todas as linhas divisórias de uma só vez.
Operadores Aritméticos
Operadores de Comparação
Comandos / Instruções
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Imprimindo
Imprimir no Calc é bem parecido com imprimir nos outros componentes do LibreOffice, mas alguns detalhes são dife-
rentes, especialmente quanto a preparação do documento para a impressão.
Utilizando intervalos de impressão
Intervalos de impressão possuem várias utilidades, incluindo imprimir apenas uma parte específica dos dados, ou im-
primir linhas ou colunas selecionadas de cada página.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Escala
Utilize as opções de escala para controlar o número
de páginas que serão impressas. Isso pode ser útil se uma
grande quantidade de dados precisa ser impressa de ma-
neira compacta, ou se você desejar que o texto seja au-
mentado para facilitar a leitura.
Reduzir/Aumentar a impressão—redimensiona os da-
dos na impressão tanto para mais, quanto para menos. Por
exemplo, se uma folha for impressa, normalmente em qua-
tro páginas (duas de altura e duas de largura), um redimen-
sionamento de 50% imprime-a em uma só página (tanto a
altura, quanto a largura, são divididas na metade).
Ajustar intervalo(s) de impressão ao número de pá-
Selecionando a ordem das páginas ginas—define, exatamente, quantas páginas, a impressão
terá. Essa opção apenas reduzirá o tamanho da impressão,
Ordem das páginas mas não o aumentará. Para aumentar uma impressão, a
Quando uma folha será impressa em mais de uma pá- opção Reduzir/Aumentar deve ser utilizada.
gina, é possível ajustar a ordem na qual as páginas serão Ajustar intervalo(s) de impressão para a largura/altu-
impressas. Isso é especialmente útil em documentos gran- ra—define o tamanho da altura e da largura da impres-
des; por exemplo, controlar a ordem de impressão pode são, em páginas.
economizar tempo de organizar o documento de uma ma-
neira determinada. As duas opções disponíveis são mos- Imprimindo linhas ou colunas em todas as páginas
tradas abaixo. Se uma folha for impressa em várias páginas é possível
configurá-la para que certas linhas ou colunas sejam repe-
tidas em cada página impressa. Por exemplo, se as duas li-
nhas superiores de uma folha, assim como a coluna A, pre-
cisam ser impressas em todas as páginas, faça o seguinte:
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Editar.
Na caixa de diálogo Editar Intervalo de Impressão, digite as
linhas na caixa de texto abaixo de Linhas a serem repetidas.
Por exemplo, para repetir as linhas de 1 a 4, digite $1:$4.
Isso altera automaticamente as Linhas a serem repetidas
de, - nenhum - para – definido pelo usuário-.
Detalhes
Você pode especificar os detalhes que serão impressos.
Os detalhes incluem:
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Assistente de Funções
Na criação de fórmulas podemos contar com o recurso de assistente de funções, situado na barra de fórmulas do Calc,
onde encontramos todas as funções disponíveis do programa e selecionamos as células que pertencerá determinada fun-
ção selecionada. Para acionar o assistente de funções execute os seguintes procedimentos:
Primeiramente deve-se selecione a célula a qual deverá conter a fórmula matemática e que posteriormente exibirá o
seu resultado, por exemplo, neste caso selecionaremos a célula F5.
Clique sobre o assistente de funções situado na barra de fórmulas. Veja a figura abaixo.
Em seguida surgira a guia Assistente de funções nesta guia encontra-se todas a fórmulas matemáticas disponíveis do
LibreOffice.org Calc. Para nosso exemplo criaremos uma função de multiplicação, para isso clique na aba Funções e sele-
cione MULT para a multiplicação e clique em Próximo. Veja na figura a seguir.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Assistente de Funções 2
Selecione as células farão parte da multiplicação, neste caso as células D5 e E5. Para selecionar a célula volte para a
planilha, se preferir clique em cima da opção Encolher figura 34, para diminuir o tamanho da caixa e em seguida selecione
a célula de D5 e depois clique no campo abaixo, ou então apenas digite o endereço da célula correspondente e clique em
OK e coloque o valor em formato Moeda.
Opção Encolher.
Repita esse procedimento com as células D6 e E6, D7 e E7, D8 e E8. Ao final a tabela estará conforme a figura abaixo.
MULT Multiplicação
QUOCIENTE Divisão
POTÊNCIA Potenciação
Adição = D5+E 5
Subtração = D5-E 5
Multiplicação = D5*E 5
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Classificação de dados
Classificar dados numa planilha nada mais é do que ordená-los de acordo com os nossos critérios. Para que os dados
possam ser classificados, é necessário que estejam dispostos em uma tabela e que tenha sido desenvolvida na forma de
banco de dados, ou seja que cada coluna tenha informações referentes há uma classe ou tipo, que deverá estar descrita no
rotulo de cada coluna.
Classificando
A classificação pode ser feita através dos critérios de ordem crescente ou decrescente , lembro que isto vale tanto para
os numero quanto para letras deixando-as em ordem alfabética. Agora a partir da figura 64 que esta logo acima, iremos
realiza o procedimento de classificação de dados na ordem alfabética na coluna “Produto”.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Caixa classificar
No menu desdobrável Classificar por, selecionamos o rotulo da coluna que queremos efetuar a classificação, neste caso
selecione o rotulo “Produto”.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classificação na ordem crescente das letras, mais conhecida como
ordem alfabética. 5- Por fim clique em OK.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Filtragem de dados
A filtragem de dados nada mais é do que visualizar
apenas os dados desejados de uma tabela. Existem três
métodos de filtragem: o Autofiltro, Fitro padrão e o Filtro
avançado. Suas principais diferenças são:
Tabela após classificação por três critérios. Autofiltro: Uma das utilizações para a função Auto-fil-
Opções de Classificação tro é a de rapidamente restringir a exibição de registros
A partir da caixa classificar figura abaixo, podemos de- com entradas idênticas em um campo de dados.
finir algumas opções de classificação dos dados. Filtro padrão: Na caixa de diálogo Filtro, você também
pode definir intervalos que contenham os valores em de-
terminados campos de dados. É possível utilizar o filtro pa-
drão para conectar até três condições com um operador
lógico E ou OU.
Filtro avançado: excede a restrição de três condições
e permite um total de até oito condições de filtro. Com os
filtros avançados, você insere as condições diretamente na
planilha.
Aplicando o Autofiltro
O Autofiltro é o tipo de filtragem mais simples e rápida
de ser aplicada. Para uma maior compreensão desta função
aplicar o autofiltro na tabela da figura 67 página 44 deste
modulo. Nesta tabela execute os seguintes procedimentos:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja
abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Autofiltro.
Note que foram inseridos botões de seta, que ao cli-
ca-los abra-se uma lista dos dados pertencentes a coluna,
cuja a filtragem pode ser aplicada.
Opções de classificação
Distinção entre maiúsculas e minúsculas: esta opção
considera diferentes as palavras que contenha as mesmas
letras porém com a forma maiúsculas e minúsculas dife-
rentes.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Para filtrar os dados, basta clicar sobre a seta da coluna que contenha os dados que servirá base para a filtragem. Por
exemplo agora faremos a seguinte filtragem, para que só os carros Volkswagen sejam exibidos. Então clique sobre a seta
do cabeçalho “Marca” e na lista de dados que aparece, selecione a marca Volkswagen.
Lista de dados
Filtro padrão
O filtro padrão é uma especialização do autofiltro, ele possui algumas funcionalidades a mais, é muito utilizado quando
é necessário obedecer um critério de filtragem muito especifico.
Para melhor exemplificar este procedimento iremos realizar a seguinte filtragem na tabela da figura 67, onde só deve-
rão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor inferior a 29.000 mil reais.
Para criar um filtro padrão basta executar os procedimentos a seguir:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Filtro padrão.
100
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Na caixa Nome do campo é onde define qual critério deverá ser comparado. Em nosso exemplo estamos comparando
a “Marca”, portanto devemo seleciona-la.
Na caixa seguinte definimos a condição ( maior, menor, igual e etc), neste caso selecione o operador “ = ” (igual).
A caixa Valor serve como valor de comparação, ou seja todas as células do campo
“Marca” por exemplo vão ser comparados segundo a condição estabelecida com esse “Valor” que precisa ser necessa-
riamente numérico e conforme for o resultado este campo será ou não exibido.
A caixa Operador serve para adicionar mais condições na filtragem, através dos operadores ( “E” e “OU”), podendo
conter no máximo três condicionais.
Preencha a Caixa Filtro padrão conforme a figura 74 logo abaixo para ver este exemplo na pratica.
Se a tabela e a filtragem estiver conforme citadas acima o resultado será igual ao da figura 75 logo abaixo.
Resultado da filtragem
Para Desfazer a filtragem, selecione a tabela, clique em Dados, vá em filtros e clique sobre Remover filtro.
Filtro Avançado
A filtragem avançada nada mais é do que definir os critérios em um determinado campo da planilha. Para uma boa
compreensão dessa função Iremos repetir a filtragem utilizada no filtro padrão que era a seguinte: de acordo com a tabela
da figura 67, realizar uma filtragem onde só deverão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor
inferior a 29.000 mil reais, para realizaremos os seguintes passos:
Copie os cabeçalhos de coluna dos intervalos de planilha a serem filtrados para uma área vazia da planilha e, em segui-
da, insira os critérios para o filtro em uma linha abaixo dos cabeçalhos. Os dados dispostos horizontalmente em uma linha
serão sempre conectados logicamente com E e dados dispostos verticalmente em uma coluna serão sempre conectados
logicamente com OU.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
102
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Ctrl+Page Up / Move uma planilha para a esquerda. Ctrl+F3 / Abre a caixa de diálogo Definir nomes.
Na visualização de impressão: Move para a página de F4 / Mostra ou oculta o Explorador de Banco de dados.
impressão anterior. Shift+F4 / Reorganiza as referências relativas ou ab-
Ctrl+Page Down / Move uma planilha para a direita. solutas (por exemplo, A1, $A$1, $A1, A$1) no campo de
Na visualização de impressão: Move para a página de entrada.
impressão seguinte. F5 / Mostra ou oculta o Navegador.
Alt+Page Up / Move uma tela para a esquerda. Shift+F5 / Rastreia dependentes.
Alt+Page Down / Move uma página de tela para a di- Shift+F7 / Rastreia precedentes.
reita. Shift+Ctrl+F5 / Move o cursor da Linha de entrada para
Shift+Ctrl+Page Up / Adiciona a planilha anterior à se- a caixa Área da planilha.
leção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- F7 / Verifica a ortografia na planilha atual.
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação Ctrl+F7 / Abre o Dicionário de sinônimos se a célula
de teclas de atalho somente selecionará a planilha anterior. atual contiver texto.
Torna atual a planilha anterior. F8 / Ativa ou desativa o modo de seleção adicional.
Shift+Ctrl+Page Down / Adiciona a próxima planilha à Nesse modo, você pode usar as teclas de seta para esten-
seleção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- der a seleção. Você também pode clicar em outra célula
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação para estender a seleção.
de teclas de atalho somente selecionará a próxima planilha. Ctrl+F8 / Realça células que contém valores.
Torna atual a próxima planilha. F9 / Recalcula as fórmulas modificadas na planilha
Ctrl+ * onde (*) é o sinal de multiplicação no teclado atual.
numérico Ctrl+Shift+F9 / Recalcula todas as fórmulas em todas
Seleciona o intervalo de dados que contém o cursor. as planilhas.
Um intervalo é um intervalo de células contíguas que con- Ctrl+F9 / Atualiza o gráfico selecionado.
tém dados e é delimitado por linhas e colunas vazias. F11 Abre a janela Estilos e formatação para você apli-
Ctrl+ / onde (/) é o sinal de divisão no teclado numé-
car um estilo de formatação ao conteúdo da célula ou à
rico
planilha atual.
Seleciona o intervalo de fórmulas de matriz que con-
Shift+F11 / Cria um modelo de documento.
tém o cursor.
Shift+Ctrl+F11 / Atualiza os modelos.
Ctrl+tecla de adição / Insere células (como no menu
F12 / Agrupa o intervalo de dados selecionado.
Inserir - Células)
Ctrl+F12 / Desagrupa o intervalo de dados seleciona-
Ctrl+tecla de subtração / Exclui células (tal como no
do.
menu Editar - Excluir células)
Alt+Seta para baixo / Aumenta a altura da linha atual
Enter ( num intervalo selecionado) / Move o cursor uma
célula para baixo no intervalo selecionado. Para especificar (somente no Modo de compatibilidade legada do OpenOf-
a direção do movimento do cursor, selecione Ferramentas fice.org).
- Opções - LibreOffice Calc - Geral. Alt+Seta para cima / Diminui a altura da linha atual (so-
Ctrl+ ` / Exibe ou oculta as fórmulas em vez dos valores mente no Modo de compatibilidade legada do OpenOffice.
em todas as células. org).
A tecla ` está ao lado da tecla “1” na maioria dos tecla- Alt+Seta para a direita / Aumenta a largura da coluna
dos em Inglês. Se seu teclado não possui essa tecla, você atual.
pode atribuir uma outra tecla: Selecione Ferramentas - Per- Alt+Seta para a esquerda / Diminui a largura da coluna
sonalizar, clique na guia Teclado. Selecione a categoria “Exi- atual.
bir” e a função “Exibir fórmula”. Alt+Shift+Tecla de seta / Otimiza a largura da coluna
ou o tamanho da linha com base na célula atual.
Teclas de função utilizadas em planilhas
Teclas de atalho / Efeito Formatar células com as teclas de atalho
Ctrl+F1 / Exibe a anotação anexada na célula atual Os formatos de célula a seguir podem ser aplicados
F2 / Troca para o modo de edição e coloca o cursor com o teclado:
no final do conteúdo da célula atual. Pressione novamente Teclas de atalho / Efeito
para sair do modo de edição. Ctrl+1 (não use o teclado numérico) / Abre a caixa de
Se o cursor estiver em uma caixa de entrada de uma diálogo Formatar células
caixa de diálogo que possui o botão Encolher, a caixa de Ctrl+Shift+1 (não use o teclado numérico) / Duas casas
diálogo ficará oculta e a caixa de entrada permanecerá vi- decimais, separador de milhar
sível. Pressione F2 novamente para mostrar a caixa de diá- Ctrl+Shift+2 (não use o teclado numérico) / Formato
logo inteira. exponencial padrão
Ctrl+Shift+3 (não use o teclado numérico) / Formato
Ctrl+F2 / Abre o Assistente de funções. de data padrão
Shift+Ctrl+F2 / Move o cursor para a Linha de entrada Ctrl+Shift+4 (não use o teclado numérico) / Formato
onde você pode inserir uma fórmula para a célula atual. monetário padrão
103
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Ctrl+Shift+5 (não use o teclado numérico) / Formato 3 A guia Slides mostra uma versão em miniatura de
de porcentagem padrão (duas casas decimais) cada slide inteiro mostrado no painel Slide. Depois de adi-
Ctrl+Shift+6 (não use o teclado numérico) / Formato cionar outros slides, você poderá clicar em uma miniatu-
padrão ra na guia Slides para fazer com que o slide apareça no
painel Slide ou poderá arrastar miniaturas para reorganizar
os slides na apresentação. Também é possível adicionar ou
EDITOR DE APRESENTAÇÕES (MS excluir slides na guia Slides.
POWERPOINT E BROFFICE.ORG IMPRESS). 4 No painel Anotações, você pode digitar observações
USO DE SLIDE MESTRE, FORMATAÇÃO sobre o slide atual. Também pode distribuir suas anotações
E TRANSIÇÃO DE SLIDES, INSERÇÃO DE para a audiência ou consultá-las no Modo de Exibição do
OBJETOS (SOM, IMAGEM, LINKS). Apresentador durante a apresentação.
104
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
• Desfazer , que desfaz sua última alteração Outros recursos da Faixa de Opções
(para ver uma dica de tela sobre qual ação será desfeita,
coloque o ponteiro sobre o botão. Para ver um menu de
outras alterações recentes que também podem ser desfei-
tas, clique na seta à direita de Desfazer ).
• Você também pode desfazer uma alteração pres-
sionando CTRL+Z.
• Refazer ou Repetir , que repete ou refaz
sua última alteração, dependendo da ação feita anterior-
mente (para ver uma dica de tela sobre qual ação será re-
petida ou refeita, coloque o ponteiro sobre o botão). Você Outros elementos que podem ser exibidos na Faixa de
também pode repetir ou refazer uma alteração pressionan- Opções são as guias contextuais, as galerias e os iniciado-
do CTRL+Y. res de caixa de diálogo.
• A Ajuda do Microsoft Office PowerPoint , que
abre o painel Ajuda do PowerPoint. Você também pode Uma galeria, neste caso a galeria de formas no gru-
abrir a Ajuda pressionando F1. po Desenho. As galerias são janelas ou menus retangulares
que apresentam uma gama de opções visuais relacionadas.
Familiarizar-se com a Faixa de Opções do Power- Uma guia contextual, neste caso a guia Ferramentas
Point 2010 de Imagem. Para diminuir a poluição visual, algumas guias
Ao iniciar o Microsoft PowerPoint 2010 pela primeira vez, são mostradas somente quando necessárias. Por exemplo,
você perceberá que os menus e as barras de ferramentas do a guia Ferramentas de Imagem será mostrada somente se
PowerPoint 2003 e das versões anteriores foram substituídos você inserir uma imagem a um slide e a selecionar.
pela Faixa de Opções. Um Iniciador da Caixa de Diálogo, neste caso, um
que inicia a caixa de diálogo Formatar Forma.
O que é a Faixa de Opções?
A Faixa de Opções contém os comandos e os outros Localização dos comandos conhecidos na Faixa de Op-
itens de menu presentes nos menus e barras de ferramen- ções
tas do PowerPoint 2003 e de versões anteriores. A Faixa de Para encontrar a localização de comandos específicos
Opções foi projetada para ajudá-lo a localizar rapidamente em guias e grupos, consulte os diagramas a seguir.
os comandos necessários para concluir uma tarefa.
A guia Arquivo
Principais recursos da Faixa de Opções
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
1 Salvar como
2 Abrir
3 Novo
4 Imprimir
A guia Página Inicial é o local onde é possível inserir novos slides, agrupar objetos e formatar texto no slide.
1 Se você clicar na seta ao lado de Novo Slide, poderá escolher entre vários layouts de slide.
2 O grupo Fonte inclui os botões Fonte, Negrito, Itálico e Tamanho da Fonte.
3 O grupo Parágrafo inclui Alinhar Texto à Direita, Alinhar Texto à Esquerda, Justificar e Centralizar.
4 Para localizar o comando Agrupar, clique em Organizar e, em Agrupar Objetos, selecione Agrupar.
Guia Inserir
A guia Inserir é o local onde é possível inserir tabelas, formas, gráficos, cabeçalhos ou rodapés em sua apresentação.
1 Tabela
2 Formas
3 Gráfico
4 Cabeçalho e Rodapé
Guia Design
A guia Design é o local onde é possível personalizar o plano de fundo, o design e as cores do tema ou a configuração
de página na apresentação.
1 Clique em Configurar Página para iniciar a caixa de diálogo Configurar Página.
2 No grupo Temas, clique em um tema para aplicá-lo à sua apresentação.
3 Clique em Estilos de Plano de Fundo para selecionar uma cor e design de plano de fundo para sua apresentação.
Guia Transições
A guia Transições é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover transições no slide atual.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
1 No grupo Transições para este Slide, clique em uma transição para aplicá-la ao slide atual.
2 Na lista Som, você pode selecionar entre vários sons que serão executados durante a transição.
3 Em Avançar Slide, você pode selecionar Ao Clicar com o Mouse para fazer com que a transição ocorra ao clicar.
Guia Animações
A guia Animações é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover animações em objetos do slide.
1 Clique em Adicionar Animação e selecione uma animação que será aplicada ao objeto selecionado.
2 Clique em Painel de Animação para iniciar o painel de tarefas Painel de Animação.
3 O grupo Intervalo inclui áreas para definir o Página Inicial e a Duração.
A guia Apresentação de Slides é o local onde é possível iniciar uma apresentação de slides, personalizar as configura-
ções da apresentação de slides e ocultar slides individuais.
1 O grupo Iniciar Apresentação de Slides, que inclui Do Começo e Do Slide Atual.
2 Clique em Configurar Apresentação de Slides para iniciar a caixa de diálogo Configurar Apresentação.
3 Ocultar Slide
Guia Revisão
A guia Revisão é o local onde é possível verificar a ortografia, alterar o idioma da apresentação ou comparar alterações
na apresentação atual com outra.
1 Ortografia, para iniciar o verificador ortográfico.
2 O grupo Idioma, que inclui Editando Idiomas, onde é possível selecionar o idioma.
3 Comparar, onde é possível comparar as alterações na apresentação atual com outra.
Guia Exibir
A guia Exibir é o local onde é possível exibir o slide mestre, as anotações mestras, a classificação de slides. Você também
pode ativar ou desativar a régua, as linhas de grade e as guias de desenho.
1 Classificação de Slides
2 Slide Mestre
3 O grupo Mostrar, que inclui Régua e Linhas de Grade.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Se houver uma grande quantidade de material para apresentar sobre qualquer um dos pontos ou áreas principais,
talvez você queira criar um subagrupamento de slides para esse material, usando a mesma estrutura de tópicos básica.
Dica: Pense em quanto tempo cada slide deve ficar visível na tela durante a sua apresentação. Uma boa estimativa
padrão é de dois a cinco minutos por slide.
Aplicar um novo layout a um slide
Para alterar o layout de um slide existente, faça o seguinte:
• No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides e clique no
slide ao qual deseja aplicar um novo layout.
• Na guia Página Inicial, no grupo Slides, clique em Layout e, em seguida, clique no novo layout desejado.
Observação Se você aplicar um layout que não possua tipos de espaços reservados suficientes para o conteúdo que
já existe no slide, serão criados espaços reservados adicionais automaticamente para armazenar esse conteúdo.
Copiar um slide
Se você deseja criar dois ou mais slides que tenham conteúdo e layout semelhantes, salve o seu trabalho criando um
slide que tenha toda a formatação e o conteúdo que será compartilhado por ambos os slides, fazendo uma cópia desse
slide antes dos retoques finais em cada um deles.
1. No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o
botão direito do mouse no slide que deseja copiar e clique em Copiar.
2. Na guia Slides, clique com o botão direito do mouse onde você deseja adicionar a nova cópia do slide e clique em
Colar.
Você também pode usar esse procedimento para inserir uma cópia de um slide de uma apresentação para outra.
Excluir um slide
No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o botão
direito do mouse no slide que deseja excluir e clique em Excluir Slide.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
2. Clique na forma desejada, clique em qualquer parte do slide e arraste para colocar a forma.
Para criar um quadrado ou círculo perfeito (ou restringir as dimensões de outras formas), pressione e mantenha a tecla
SHIFT pressionada ao arrastar.
Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do primeiro slide, siga este procedi-
mento:
Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo (ou pressione F5).
Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do slide atual, siga este procedimento(ou
pressione Shift+F5):
Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Slide Atual.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.
11 – Alinhar Texto à Esquerda
Alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado
através do comando Ctrl+Q.
12 – Centralizar
Centraliza o texto. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+E.
13 – Alinhar Texto à Direita
Alinha o texto à direita. Também pode ser acionado
através do comando Ctrl+G.
14 – Justificar
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicio-
nando espaço extra entre as palavras conforme o neces-
sário, promovendo uma aparência organizada nas laterais
Formatar texto esquerda e direita da página.
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná- 15 – Colunas
-lo. Para selecionar um texto ou palavra, basta clicar com Divide o texto em duas ou mais colunas.
o boto esquerdo sobre o ponto em que se deseja iniciar
a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse Limpar formatação
até o ponto desejado e soltar o botão esquerdo. Para limpar toda a formatação de um texto basta se-
lecioná-lo e clicar no botão , localizado na guia Início.
1 – Fonte
Altera o tipo de fonte 3. Clicar no botão Símbolo.
2 – Tamanho da fonte 4. Selecionar o símbolo.
Altera o tamanho da fonte
3 – Negrito
Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser
acionado através do comando Ctrl+N.
4 – Itálico
Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser
acionado através do comando Ctrl+I.
5 – Sublinhado
Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acio-
nado através do comando Ctrl+S.
6 – Tachado
Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
7 – Sombra de Texto
Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para
destacá-lo no slide.
5. Clicar em Inserir e em seguida Fechar.
8 – Espaçamento entre Caracteres
Ajusta o espaçamento entre caracteres. Marcadores e numeração
9 – Maiúsculas e Minúsculas Com a guia Início acionada, clicar no botão , para
Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, criar parágrafos com marcadores. Para escolher o tipo de
minúsculas, ou outros usos comuns de maiúsculas/minús- marcador clicar na seta.
culas.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Inserir figuras
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e Animar textos e objetos
clicar em um desses botões: Para animar um texto ou objeto, selecionar o texto ou
• Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um ar- objeto, clicar na guia Animações, e depois em Animações
quivo. Personalizadas, abrirá um painel à direita, clicar em Adicio-
• Clip-art: é possível escolher entre várias figuras que nar efeito. Nele se encontram várias opções de animação
acompanham o Microsoft Office. de entrada, ênfase, saída e trajetórias de animação.
• Formas: insere formas prontas, como retângulos e
círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos ex-
plicativos.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Inserir botão de ação • Para tocar um som, marcar a caixa de seleção Tocar
Um botão de ação consiste em um botão já existen- som e selecionar o som desejado.
te que pode ser inserido na apresentação e para o qual
pode definir hiperlinks. Os botões de ação contêm formas, Criar apresentação personalizada
como setas para direita e para esquerda e símbolos de fá- Existem dois tipos de apresentações personalizadas:
cil compreensão referentes às ações de ir para o próximo, básica e com hiperlinks.
anterior, primeiro e último slide, além de executarem filmes Uma apresentação personalizada básica é uma apre-
ou sons. Eles são mais comumente usados para apresen- sentação separada ou uma apresentação que inclui alguns
tações autoexecutáveis — por exemplo, apresentações que slides originais.
são exibidas várias vezes em uma cabine ou quiosque (um Uma apresentação personalizada com hiperlinks é uma
computador e monitor, geralmente localizados em uma forma rápida de navegar para uma ou mais apresentações
área frequentada por muitas pessoas, que pode incluir tela separadas.
sensível ao toque, som ou vídeo. 1 – Apresentação Personalizada Básica
Os quiosques podem ser configurados para executar
Utilizar uma apresentação personalizada básica para
apresentações do PowerPoint de forma automática, contí-
fornecer apresentações separadas para diferentes grupos
nua ou ambas).
da sua organização. Por exemplo, se sua apresentação
1. Na guia Inserir, no grupo Ilustrações, clicar na seta contém um total de cinco slides, é possível criar uma apre-
sentação personalizada chamada “Site 1” que inclui apenas
os slides 1, 3 e 5. É possível criar uma segunda apresenta-
abaixo de Formas e, em seguida, clique no botão Mais .
ção personalizada chamada “Site 2” que inclui os slides 1, 2,
2. Em Botões de Ação, clicar no botão que se deseja
4 e 5. Quando você criar uma apresentação personalizada
adicionar.
a partir de outra apresentação, é possível executá-la, na ín-
3. Clicar sobre um local do slide e arrastar para dese-
nhar a forma para o botão. tegra, em sua sequência original.
4. Na caixa Configurar Ação, seguir um destes proce-
dimentos:
• Para escolher o comportamento do botão de ação
quando você clicar nele, clicar na guia Selecionar com o
Mouse.
• Para escolher o comportamento do botão de ação
quando você mover o ponteiro sobre ele, clicar na guia Se-
lecionar sem o Mouse.
5. Para escolher o que acontece quando você clica ou
move o ponteiro sobre o botão de ação, siga um destes
procedimentos:
• Se você não quiser que nada aconteça, clicar em Ne-
nhuma.
• Para criar um hiperlink, clicar em Hiperlink para e se-
lecionar o destino para o hiperlink.
• Para executar um programa, clicar em Executar pro-
grama e, em seguida, clicar em Procurar e localizar o pro- 1. Na guia Apresentações de Slides, no grupo Iniciar
grama que você deseja executar. Apresentação de Slides, clicar na seta ao lado de Apresenta-
• Para executar um macro (uma ação ou um conjunto ção de Slides Personalizada e, em seguida, clicar em Apresen-
de ações que você pode usar para automatizar tarefas. Os tações Personalizadas.
macros são gravados na linguagem de programação Visual 2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas,
Basic for Applications), clicar em Executar macro e selecio- clicar em Novo.
nar a macro que você deseja executar. 3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que
As configurações de Executar macro estarão disponí-
você deseja incluir na apresentação personalizada e, em
veis somente se a sua apresentação contiver um macro.
seguida, clicar em Adicionar.
• Se você deseja que a forma escolhida como um botão
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no
de ação execute uma ação, clicar em Ação do objeto e sele-
cionar a ação que você deseja que ele execute. primeiro slide e, em seguida, manter pressionada a tecla
As configurações de Ação do objeto estarão disponí- SHIFT enquanto clica no último slide que deseja selecio-
veis somente se a sua apresentação contiver um objeto OLE nar. Para selecionar diversos slides não sequenciais, manter
(uma tecnologia de integração de programa que pode ser pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide que
usada para compartilhamento de informações entre pro- queira selecionar.
gramas. Todos os programas do Office oferecem suporte 4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos,
para OLE; por isso, você pode compartilhar informações em Slides na apresentação personalizada, clicar em um sli-
por meio de objetos vinculados e incorporados). de e, em seguida, clicar em uma das setas para mover o
slide para cima ou para baixo na lista.
115
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação • Para se vincular a um local na apresentação atual, na
de slides e clicar em OK. Para criar apresentações personali- lista Selecione um local neste documento, selecionar o sli-
zadas adicionais com quaisquer slides da sua apresentação, de para o qual você deseja ir.
repetir as etapas de 1 a 5. Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar
Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no nome da apresentação na caixa de diálogo Apresenta-
no nome da apresentação na caixa de diálogo Apresenta- ções Personalizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.
ções Personalizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.
2 – Apresentação Personalizada com Hiperlink Transição de slides
Utilizar uma apresentação personalizada com hiper- As transições de slide são os efeitos semelhantes à ani-
links para organizar o conteúdo de uma apresentação. Por mação que ocorrem no modo de exibição Apresentação
exemplo, se você cria uma apresentação personalizada de Slides quando você move de um slide para o próximo.
principal sobre a nova organização geral da sua empresa, É possível controlar a velocidade de cada efeito de
é possível criar uma apresentação personalizada para cada transição de slides e também adicionar som.
departamento da sua organização e vinculá-los a essas exi- O Microsoft Office PowerPoint 2010 inclui vários tipos
bições da apresentação principal. diferentes de transições de slides, incluindo (mas não se
limitando) as seguintes:
1. Sem transição
2. Persiana Horizontal
1. Na guia Apresentações, no grupo Iniciar Apresen- 3. Persiana Vertical
tação de Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de 4. Quadro Fechar
Slides Personalizada e, em seguida, clicar em Apresenta-
5. Quadro Abrir
ções Personalizadas.
6. Quadriculado na Horizontal
2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas,
7. Quadriculado na Vertical
clicar em Novo.
8. Pente Horizontal
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que
você deseja incluir na apresentação personalizada principal 9. Pente Vertical
e, em seguida, clicar em Adicionar.
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos
primeiro slide e, em seguida, manter pressionada a tecla Rápidos, clicar no botão Mais, conforme mostrado no dia-
SHIFT enquanto clica no último slide que deseja selecio- grama acima.
nar. Para selecionar diversos slides não sequenciais, manter • Adicionar a mesma transição de slides a todos os sli-
pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide que des em sua apresentação:
queira selecionar. 1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides,
4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, clicar na guia Slides.
em Slides na apresentação personalizada, clicar em um sli- 2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
de e, em seguida, clicar em uma das setas para mover o 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este
slide para cima ou para baixo na lista. Slide, clicar em um efeito de transição de slides.
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de 4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Es-
slides e clicar em OK. Para criar apresentações personaliza- tilos Rápidos, clicar no botão Mais.
das adicionais com quaisquer slides da sua apresentação, 5. Para definir a velocidade de transição de slides, no
repetir as etapas de 1 a 5. grupo Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de
6. Para criar um hiperlink da apresentação principal Velocidade da Transição e, em seguida, selecionar a veloci-
para uma apresentação de suporte, selecionar o texto ou dade desejada.
objeto que você deseja para representar o hiperlink. 6. No grupo Transição para Este Slide, clicar em Aplicar
7. Na guia Inserir, no grupo Vínculos, clicar na seta a Tudo.
abaixo de Hiperlink. • Adicionar diferentes transições de slides aos slides
8. Em Vincular para, clicar em Colocar Neste Docu- em sua apresentação
mento. 1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides,
9. Seguir um destes procedimentos: clicar na guia Slides.
• Para se vincular a uma apresentação personalizada, 2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
na lista Selecionar um local neste documento, selecionar a 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este
apresentação personalizada para a qual deseja ir e marcar Slide, clicar no efeito de transição de slides que você deseja
a caixa de seleção Mostrar e retornar. para esse slide.
116
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Es- o Para iniciar uma apresentação de slides personaliza-
tilos Rápidos, clicar no botão Mais. da que seja derivada de outra apresentação do PowerPoint,
5. Para definir a velocidade de transição de slides, no clicar em Apresentação personalizada e, em seguida, clicar
grupo Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de na apresentação que você deseja exibir como uma apre-
Velocidade da Transição e, em seguida, selecionar a veloci- sentação personalizada (uma apresentação dentro de uma
dade desejada. apresentação na qual você agrupa slides em uma apresen-
6. Para adicionar uma transição de slides diferente a tação existente para poder mostrar essa seção da apresen-
outro slide em sua apresentação, repetir as etapas 2 a 4. tação para um público em particular).
• Adicionar som a transições de slides • Opções da apresentação
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, Usar as opções na seção Opções da apresentação para
clicar na guia Slides. especificar como você deseja que arquivos de som, narra-
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. ções ou animações sejam executados em sua apresentação.
o Para executar um arquivo de som ou animação con-
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este
tinuamente, marcar a caixa de opções Repetir até ‘Esc’ ser
Slide, clicar na seta ao lado de Som de Transição e, em se-
pressionada.
guida, seguir um destes procedimentos: o Para mostrar uma apresentação sem executar uma
• Para adicionar um som a partir da lista, selecionar o narração incorporada, marcar a caixa de seleção Apresen-
som desejado. tação sem narração.
• Para adicionar um som não encontrado na lista, se- o Para mostrar uma apresentação sem executar uma
lecionar Outro Som, localizar o arquivo de som que você animação incorporada, marcar a caixa de seleção Apresen-
deseja adicionar e, em seguida, clicar em OK. tação sem animação.
4. Para adicionar som a uma transição de slides dife- o Ao fazer sua apresentação diante de uma audiência
rente, repetir as etapas 2 e 3. ao vivo, é possível escrever nos slides. Para especificar uma
cor de tinta, na lista Cor da caneta, selecionar uma cor de
Configurar apresentação de slides tinta.
• Tipo de apresentação
Usar as opções na seção Tipo de apresentação para A lista Cor da caneta estará disponível apenas se Exibi-
especificar como você deseja mostrar a apresentação para da por um orador (tela inteira) (na seção Tipo de apresen-
sua audiência. tação) estiver selecionada.
o Para fazer sua apresentação diante de uma audiência • Avançar slides
Usar as opções na seção Avançar slides para especificar
ao vivo, clicar em Exibida por um orador (tela inteira).
como mover de um slide para outro.
o Para permitir que a audiência exiba sua apresentação o Para avançar para cada slide manualmente durante a
a partir de um disco rígido ou CD em um computador ou apresentação, clicar em Manualmente.
na Internet, clicar em Apresentada por uma pessoa (janela). o Para usar intervalos de slide para avançar para cada
o Para permitir que a audiência role por sua apresen- slide automaticamente durante a apresentação, clicar em
tação de auto execução a partir de um computador autô- Usar intervalos, se houver.
nomo, marcar a caixa de seleção Mostrar barra de rolagem. • Vários Monitores
o Para entregar uma apresentação de auto execução
executada em um quiosque (um computador e monitor, É possível executar sua apresentação do Microsoft Offi-
geralmente localizados em uma área frequentada por mui- ce PowerPoint 2010 de um monitor (por exemplo, em um
tas pessoas, que pode incluir tela sensível ao toque, som ou pódio) enquanto o público a vê em um segundo monitor.
vídeo. Os quiosques podem ser configurados para executar Usando dois monitores, é possível executar outros pro-
apresentações do PowerPoint de forma automática, con- gramas que não são vistos pelo público e acessar o modo
de exibição Apresentador. Este modo de exibição oferece
tínua ou ambas), clicar em Apresentada em um quiosque
as seguintes ferramentas para facilitar a apresentação de
(tela inteira). informação:
• Mostrar slides o É possível utilizar miniaturas para selecionar os slides
Usar as opções na seção Mostrar slides para especifi- de uma sequência e criar uma apresentação personalizada
car quais slides estão disponíveis em uma apresentação ou para o seu público.
para criar uma apresentação personalizada (uma apresen- o A visualização de texto mostra aquilo que o seu pró-
tação dentro de uma apresentação na qual você agrupa ximo clique adicionará à tela, como um slide novo ou o
slides em uma apresentação existente para poder mostrar próximo marcador de uma lista.
essa seção da apresentação para um público em particular). o As anotações do orador são mostradas em letras
o Para mostrar todos os slides em sua apresentação, grandes e claras, para que você possa utilizá-las como um
clicar em Tudo. script para a sua apresentação.
o Para mostrar um grupo específico de slides de sua o É possível escurecer a tela durante sua apresentação e,
apresentação, digitar o número do primeiro slide que você depois, prosseguir do ponto em que você parou. Por exem-
deseja mostrar na caixa De e digitar o número do último plo, talvez você não queira exibir o conteúdo do slide du-
slide que você deseja mostrar na caixa Até. rante um intervalo ou uma seção de perguntas e respostas.
117
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
118
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
pontos distintos em cada uma das 480 linhas, ou aproximadamente 300.000 pixels. Essa é a resolução com desempenho
mais rápido, contudo fornece a menor qualidade. Em contraste, uma tela com 1280 x 1024 pixels fornece as imagens mais
nítidas, mas com desempenho mais lento.
LIBREOFFICE IMPRESS
O LibreOffice Impress é o editor de apresentações da família LibreOffice.org e apresenta soluções atuais para esta
finalidade.
O Impress permite criar apresentações de slides profissionais que podem conter gráficos, objetos de desenho, texto,
multimídia e vários outros itens. Se desejar, você poderá importar e modificar apresentações do Microsoft PowerPoint.
O usuário poderá criar slides com complexidades variadas, indo de uma simples apresentação escolar até as mais
complexas apresentações profissionais. De uma forma geral, poderá ser criado e editado com o LibreOffice.org Impress:
a) Apresentações: Conjunto de slides, folhetos, anotações do apresentador e estruturas de tópicos, agrupados em um
arquivo;
b) Slides: É a página individual da apresentação. Pode conter títulos, textos, elementos gráficos, desenhos (clipart), etc;
c) Folhetos: É uma pequena versão impressa dos slides, para distribuir entre os ouvintes.
d) Anotações do Apresentador: Anotações que o apresentador queira adicionar ao slide sem que sejam visualizadas na
apresentação.
e) Estrutura de Tópicos: É o sumário da apresentação. Aparecem apenas os títulos e os textos principais de cada slide.
Layout
Antes de iniciar a utilização do Impress, é interessante ter alguns conceitos básicos de informática bem fixados, como
por exemplo:
– Cursor de Ponto de Inserção: barra que indica posição dentro do documento;
– Menu: conjunto de opções (comandos) utilizados durante a tarefa, que podem dividir-se em sub-menus. As opções
podem ser acessadas pela barra de menu, barra de ferramentas e teclas de atalho; – Janela: espaço onde fica um conjunto
de configurações de um comando.
– Barra de Menu: dá acesso a menus suspensos, onde estão todas as opções (comandos) do programa;
– Barra de Ferramentas: dá acesso a um conjunto de botões com as mesmas funcionalidades da barra de menu;
– Barra de Rolagem Horizontal e Vertical: facilita a navegação na página quando o zoom de visualização excede o
tamanho da tela;
– Barra de Status: exibe na parte inferior da janela do documento alguns status de comportamento e edição do texto
no programa.
119
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Painel de slides
O Painel de Slides contém imagens em miniaturas dos slides de sua apresentação, na ordem em que serão mostrados
(a menos que se mude a ordem de apresentação dos slides). Clicando em um slide deste painel, isto o selecione e o coloca
na Área de Trabalho. Quando um slide está na Área de Trabalho, pode-se aplicar nele as alterações desejadas.
Várias operações adicionais podem ser aplicadas em um ou mais slides simultaneamente no Painel de slides:
• Adicionar novos slides para a apresentação.
• Marcar um slide como oculto para que ele não seja mostrado como parte da apresentação.
• Excluir um slide da apresentação, se ele não é mais necessário.
• Renomear um slide.
• Duplicar um slide (copiar e colar) ou movê-lo para uma posição diferente na apresentação (cortar e colar).
Também é possível realizar as seguintes operações, apesar de existirem métodos mais eficientes do que usando o Pai-
nel de Slides:
• Alterar a transição de slides para o slide seguinte ou após cada slide em um grupo de slides.
• Alterar a sequência de slides na apresentação.
• Alterar o modelo do slide.
• Alterar a disposição do slide ou para um grupo de slides simultaneamente.
Painel de tarefas
O Painel de Tarefas tem cinco seções. Para expandir a seção que se deseja, clique no triângulo apontando para
a esquerda da legenda. Somente uma seção por vez pode ser expandida.
Páginas mestre
Aqui é definido o estilo de página para sua apresentação. O Impress contém Páginas Mestre pré-preparadas (slides
mestres). Um deles, o padrão, é branco, e os restantes possuem um plano fundo.
Layout
Os layouts pré-preparados são mostrados aqui. Você pode escolher aquele que se deseja, usálo como está ou modifi-
cá-lo conforme suas próprias necessidades. Atualmente não é possível criar layouts personalizados.
Modelos de tabela
Os estilos de tabela padrão são fornecidos neste painel. Pode-se ainda modificar a aparência de uma tabela com as
seleções para mostrar ou ocultar linhas e colunas específicas, ou aplicar uma aparência única às linhas ou colunas.
Animação personalizada
Uma variedade de animações/efeitos para elementos selecionados de um slide são listadas. A animação pode ser adi-
cionada a um slide, e também pode ser alterada ou removida posteriormente.
Transição de slide
Muitas transições estão disponíveis, incluindo Sem transição. Pode-se selecionar a velocidade de transição (lenta, mé-
dia, rápida), escolher entre uma transição automática ou manual, e escolher por quanto tempo o slide selecionado será
mostrado.
Área de trabalho
A Área de Trabalho tem cinco guias: Normal, Estrutura de tópicos, Notas, Folheto e Classificador de slide. Estas cinco
guias são chamadas botões de Visualização. A Área de Trabalho abaixo dos botões muda dependendo da visualização
escolhida.
120
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Barra de status
A Barra de status, localizada na parte inferior da janela do Impress, contém informações que podem ser úteis quando
trabalhamos com uma apresentação. Ela mostra algumas informações sobre o documento e maneiras convenientes de al-
terar algumas funcionalidades. Ela é parecida, tanto no Writer, como no Calc, Impress e Draw, mas cada componente inclui
alguns itens específicos.
Assinatura digital
Se o documento foi assinado digitalmente, um ícone é mostrado aqui. Você pode clicar duas vezes sobre ele para
ver o certificado.
Informação do objeto
Mostra informações importantes relativas à posição do cursor ou do elemento selecionado no documento. Clicar duas
vezes nessa área normalmente abre uma caixa de diálogo.
Zoom e proporção
Para alterar a visualização para mais perto ou mais longe, arraste o botão de Zoom, ou clique nos botões + e –, ou cli-
que com o botão direito do mouse no marcador de nível de zoom para mostrar uma lista de valores que se podem escolher
para a exibição.
121
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Navegador
O Navegador exibe todos os objetos contidos em
um documento. Ele fornece outra forma conveniente de
se mover em um documento e encontrar itens neste. Para
exibir o Navegador, clique no ícone na barra de ferra- Use a exibição Estrutura de tópicos para as seguintes
mentas Padrão, ou escolha Exibir → Navegador na barra de finalidades:
menu, ou pressione Ctrl+Shift+F5. Fazer alterações no texto de um slide :
O Navegador é mais útil se se der aos slides e objetos Adicione e exclua o texto em um slide assim como no
(figuras, planilhas, e assim por diante) nomes significativos, modo de exibição Normal.
ao invés de deixá- los como o padrão “Slide 1” e “Slide 2” Mova os parágrafos do texto no slide selecionado para
mostrado na Figura abaixo. cima ou para baixo usando as teclas de seta para cima e
para baixo (Mover para cima ou Mover para baixo) na barra
de ferramenta Formatação de Texto.
Exibição Notas
Use a exibição Notas para adicionar notas para um slide.
Clique na guia Notas na Área de trabalho.
Selecione o slide ao qual se deseja adicionar notas.
Exibições da área de trabalho Clique o slide no painel Slides, ou Duplo clique no
Cada uma das exibições da área de trabalho é projeta- nome do slide no Navegador.
da para facilitar a realização de determinadas tarefas; por- Na caixa de texto abaixo do slide, clique sobre as pala-
tanto, é útil se familiarizar com elas, a fim de se realizar vras Clique para adicionar notas e comece a digitar.
rapidamente estas tarefas.
Pode-se redimensionar a caixa de texto de Notas uti-
A exibição Normal é a principal exibição para traba- lizando as alças de redimensionamento verdes que apare-
lharmos com slides individuais. Use esta exibição para cem quando se clica na borda da caixa. Pode-se também
projetar e formatar e adicionar texto, gráficos, e efeitos de mover a caixa colocando o cursor na borda, então clicando
animação. e arrastando. Para fazer alterações no estilo de texto, pres-
sione a tecla F11 para abrir a janela Estilos e formatação.
Para colocar um slide na área de projeto (Exibição nor-
mal), clique na miniatura do slide no Painel de slides ou
clique duas vezes no Navegador.
122
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Renomeando slides
124
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
• Escolha a transição de slides no menu suspenso Pode-se escolher o tipo de conteúdo clicando no ícone
Efeito. correspondente que é exibido no meio da caixa de con-
• Selecione a velocidade desejada para a transição teúdo, como mostrado na Figura abaixo. Para texto, basta
entre os diferentes slides na apresentação no menu sus- clicar no local indicado na caixa para se obter o cursor.
penso. Velocidade. Média e uma boa escolha no momento.
Clique Criar. Uma nova apresentação é criada.
Inserindo slides
Isto pode ser feito de várias maneiras, faça a sua es-
colha:
• Inserir → Slide.
• Botão direito do mouse no slide atual e selecione
Slide → Novo slide no menu suspenso.
• Clique no ícone Slide na barra de ferramenta
Apresentação.
Às vezes, ao invés de partir de um novo slide se deseja
duplicar um slide que já está inserido. Para fazer isso, sele-
cione o slide que se deseja duplicar no painel de Slides e Para selecionar ou alterar o layout, coloque o slide na
escolha Inserir → Duplicar slide. Área de trabalho e selecione o layout desejado da gaveta
de layout no Painel de tarefas.
Selecionando um layout Se tivermos selecionado um layout com uma ou mais
No painel de Tarefas, selecione a aba Layouts para exi- caixas de conteúdo, este é um bom momento para decidir
bir os layouts disponíveis. O Layout difere no número de qual tipo de conteúdo se deseja inserir.
elementos que um slide irá conter, que vai desde o slide
vazio (slide branco) ao slide com 6 caixas de conteúdo e um Modificando os elementos de slide
título (Título, 6 conteúdos). Atualmente cada slide irá conter os elementos que es-
tão presentes no slide mestre que se está usando, como
imagens de fundo, logos, cabeçalho, rodapé, e assim por
diante. No entanto, é improvável que o layout pré-definido
irá atender todas as suas necessidades. Embora o Impress
não tenha a funcionalidade para criar novos layouts, ele
nos permite redimensionar e mover os elementos do la-
yout. Também é possível adicionar elementos de slides sem
ser limitado ao tamanho e posição das caixas de layout.
Para redimensionar uma caixa de conteúdo, clique so-
bre o quadro externo para que as 8 alças de redimensiona-
mento sejam mostradas. Para movê-la coloque o cursor do
mouse no quadro para que o cursor mude de forma. Pode-
se agora clicar com o botão esquerdo do mouse e arrastar
a caixa de conteúdos para uma nova posição no slide.
Nesta etapa pode-se também querer remover quadros
indesejados. Para fazer isto:
Clique no elemento para realçá-lo. (As alças de redi-
mensionamento verdes mostram o que é realçado).
Pressione a tecla Delete para removê-lo.
O Slide de título (que também contém uma seção para Adicionando texto a um slide
um subtítulo) ou Somente título são layouts adequados Se o slide contém texto, clique em Clique aqui para
para o primeiro slide, enquanto que para a maioria dos sli- adicionar um texto no quadro de texto e então digite o
des se usará provavelmente o layout Título, conteúdo. texto. O estilo Estrutura de esboço 1:10 é automaticamente
Vários layouts contém uma ou mais caixas de conteú- aplicado ao texto conforme o que insere. Pode-se alterar o
do. Cada uma dessas caixas pode ser configurada para nível da Estrutura de cada parágrafo assim como sua posi-
conter um dos seguintes elementos: Texto, Filme, Imagem, ção dentro do texto usando os botões de seta na barra de
Gráfico ou Tabela. ferramenta Formatação de texto.
125
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Modificando a aparência de todos os slides Clique e arraste para desenhar uma caixa para o texto
Para alterar o fundo e outras características de todos no slide. Não se preocupe com o tamanho e posição ver-
os slides em uma apresentação, é melhor modificar o slide tical; a caixa de texto irá expandir se necessário enquanto
mestre ou escolher um slide mestre diferente como expli- se digita.
cado na seção Trabalhando com slide mestre e estilos na Solte o botão do mouse quando terminar. O cursor
página 28. aparece na caixa de texto, que agora está no modo de edi-
Se tudo que se necessita fazer é alterar o fundo, pode- ção.
se tomar um atalho: Digite ou cole seu texto na caixa de texto.
1. Selecione Formatar → Página e vá para a aba Plano Clique fora da caixa de texto para desmarcá-la.
de fundo. Pode-se mover, redimensionar e excluir caixas de texto.
2. Selecione o plano de fundo desejado entre cor só-
lida, gradiente, hachura e bitmap. Adicionando imagens, tabelas, gráficos e filme
3. Clique OK para aplicá-lo. Como foi visto, além de texto uma caixa pode conter
Uma caixa de diálogo se abrirá perguntando se o fun- também imagens, tabelas, gráficos ou filme. Esta seção for-
do deve ser aplicado para todos os slides. Se clicar em sim, nece uma visão rápida de como trabalhar estes objetos.
o Impress irá modificar automaticamente o slide mestre.
Usando caixas de texto criadas a partir do painel Layouts Selecione uma opção de estilo na seção Modelos de
Na exibição Normal: tabela do painel de Tarefas.
Clique na caixa de texto que se lê Clique para adicio- Cada método abre a caixa de diálogo Inserir tabela. Al-
nar texto, Clique para adicionar o título, ou uma notação ternativamente, clicando na seta preta ao lado do botão
similar. Tabela mostra um gráfico que pode-se arrastar e selecionar
Digite ou cole seu texto na caixa de texto. o número de linhas e colunas para a tabela.
Com a tabela selecionada, a barra de ferramentas Ta-
Usando caixa de texto criadas a partir da ferramen- bela deve aparecer. Se não, pode-se acessá-la selecionan-
ta caixa de texto Na exibição Normal: do Exibir → Barra de ferramentas → Tabela. A barra de fer-
ramentas Tabela oferece muito dos mesmos botões como
Clique no ícone na barra de ferramenta Desenho. a barra de ferramentas Tabela no Writer, com a exceção de
Se a barra de ferramenta com o ícone texto não é visível, funções como Classificar e Soma para realização de cálcu-
escolha Exibir → Barra de ferramentas → Desenho. los. Para estas funções, é preciso usar uma planilha do Calc
inserida (discutido abaixo).
126
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Depois que a tabela é criada, pode-se modificá-la de O Impress oferece a capacidade de inserir em um slide
forma semelhante ao que se faria em uma tabela no Writer: vários outros tipos de objetos como documentos Writer,
adicionando e excluindo linhas e colunas, ajustando largura Fórmulas matemáticas, ou mesmo uma outra apresenta-
e espaçamento, adicionando bordas, cores de fundo, etc... ção.
Modificando o estilo da tabela a partir da seção Mode-
los de tabela no painel de Tarefas, pode-se alterar rapida- Trabalhando com slide mestre e estilos
mente a aparência da tabela ou quaisquer tabelas recém- Um slide mestre é um slide que é usado como ponto
criadas com base nas opções de estilo que se selecionou. de partida para outros slides. É semelhante a página de
Pode-se escolher optar por dar enfase ao cabeçalho e as estilos no Writer: controla a formatação básica de todos os
linhas de totais, bem como a primeira e a ultima colunas da slides baseados nele. Uma apresentação de slides pode ter
tabela, e aplicar uma faixa aparecendo nas linhas e colunas. mais de um slide mestre. O slide mestre também pode ser
Tendo concluído o modelo da tabela, inserir dados chamado de slide principal ou página mestre.
dentro das células é semelhante a trabalhar com objetos Um slide mestre tem um conjunto definido de caracte-
caixa de texto. Clique na célula que se deseja adicionar da- rísticas, incluindo a cor de fundo, gráfico, ou gradiente; ob-
dos, e comece a digitar. Para se deslocar rapidamente nas jetos (como logotipos, linhas decorativas e outros gráficos)
células, use as seguintes opções de teclas: no fundo; cabeçalhos e rodapés; localização e tamanho dos
As teclas Seta move o cursor para a próxima célula da quadros de texto; e a formatação do texto.
tabela se a célula está vazia, caso contrário, elas movem o
cursor para o próximo caractere na célula. Estilos
A tecla Tab move para a próxima célula, pulando sobre Todas as características de slide mestre são controladas
o conteúdo da célula; Shift+Tab move para trás pulando por estilos. Os estilos de qualquer novo slide que se crie
para o início do conteúdo se houver. são herdados do slide mestre do qual ele foi criado. Em
Adicionando gráficos outras palavras, o estilo do slide mestre estão disponíveis
Para inserir um gráfico em um slide pode-se usar o
e aplicados a todos os slides criados a partir desse slide
recurso Inserir gráfico ou selecionar gráfico como tipo de
mestre. Alterando um estilo em um slide mestre resulta em
uma caixa de conteúdo. Em ambos os casos o Impress irá
mudança para todos os slides com base nesse slide mestre,
inserir um gráfico padrão.
mas pode-se modificar slides individualmente sem afetar o
Adicionando clips de mídia
slide mestre.
Pode-se inserir vários tipos de músicas e clips de filme
O slide mestre tem dois tipos de estilos associados a
em seu slide selecionando o botão Inserir filme em uma cai-
ele: estilos de apresentação e estilos gráficos. Os estilos de
xa de conteúdo vazia. Um reprodutor de mídia será aberto
apresentação pré-configurados não podem ser modifica-
na parte inferior da tela, o filme será aberto no fundo da
dos mas novos estilos de apresentação podem ser criados.
tela e pode-se ter uma visualização da mídia. No caso de
um arquivo de áudio, a caixa de conteúdo será preenchida No caso de estilos gráficos, pode-se modificar os préconfi-
com uma imagem de alto falante. gurados e também criar novos.
Estilos de apresentação afetam três elementos de um
Adicionando gráficos, planilhas, e outros objetos slide mestre: o plano de fundo, fundo dos objetos (como
Gráficos tais como formas, textos explicativos, setas, ícones, linhas decorativas e quadro de texto) e o texto co-
etc... são muitas vezes úteis para complementar o texto em locado no slide. Estilos de texto são subdivididos em No-
um slide. Estes objetos são tratados da mesma forma como tas, Alinhamento 1 ate Alinhamento 9, Subtítulo, e Título.
um gráfico no Draw. Os estilos de alinhamento são usados para os diferentes
Planilhas embutidas no Impress incluem a maioria das níveis de alinhamento a que pertencem. Por exemplo, Ali-
funcionalidades de planilhas no Calc e, portanto, capaz de nhamento 2 é usado para os subpontos do Alinhamento
realizar cálculos extremamente complexos e análise de da- 1, e Alinhamento 3 e usado para os subpontos do Alinha-
dos. Se houver necessidade de analisar seus próprios da- mento 2.
dos ou aplicar fórmulas, essas operações podem ser me- Estilos gráficos afetam muitos dos elementos de um
lhor executadas em uma planilha Calc e os resultados mos- slide. Repare que estilos de texto existem tanto na seleção
trados em uma planilha incorporada no Impress ou ainda do estilo de apresentação como no estilo gráfico.
melhor em uma tabela Impress nativa.
Slides mestres
Alternativamente, escolha Inserir → Objeto → Objeto O Impress vem com vários slides mestres pré-configu-
OLE na barra de menu. Isso abre uma planilha no meio do rados. Eles são mostrados na seção
slide e o menu e as barras de ferramentas mudam para os Páginas mestre no painel de Tarefas. Esta seção tem
utilizados no Calc para que se possa começar a adicionar três subseções: Utilizadas nesta apresentação, Recém utili-
os dados, embora talvez seja necessário redimensionar a zadas e Disponível para utilização. Clique no sinal + ao lado
área visível no slide. Pode-se também inserir uma planilha do nome de uma subseção para expandi-la para mostrar
já existente e usar o visor para selecionar os dados que se miniaturas dos slides, ou clique o sinal – para esconder as
deseja exibir no slide. miniaturas.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Cada um dos slides mestres mostrados na lista Dispo- Quando terminar, feche a barra de ferramenta Exibi-
nível para utilização é de um modelo de mesmo nome. Se ção mestre para retornar para o modo de edição de slide
tivermos criado nossos próprios modelos, ou adicionado normal.
modelos de outras fontes, os slides mestres a partir destes
modelos também aparecem nesta lista. Aplicando um slide mestre
No Painel de tarefas, certifique-se de que a seção Pági-
nas mestre é mostrada.
Para aplicar um dos slides mestre para todos os slides
de sua apresentação, clique sobre ele na lista.
Para aplicar um slide mestre diferente para um ou mais
slides selecionados:
No Painel de slides, selecione o slide que se deseja al-
terar.
No Painel de tarefas, com o botão direito do mouse no
slide mestre que se deseja
aplicar aos slides selecionados, e clique Aplicar aos sli-
des selecionados no menu suspenso.
Adicionando comentários a uma apresentação
O Impress suporta comentários semelhantes ao do
Writer e Calc.
No modo de exibição Normal, escolha Inserir → Anota-
ção da barra de menu. Uma pequena caixa contendo suas
iniciais aparece no canto superior esquerdo do slide, com
uma caixa de texto maior ao lado. O Impress adiciona auto-
maticamente seu nome (se preenchido em Dados do usuá-
rio conforme dica acima) e a data atual na parte inferior da
caixa de texto.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Ctrl+ tecla de adição /Trazer para a frente. Teclas de atalho no LibreOffice Impress
Shift+Ctrl + tecla mais /Trazer para frente. Teclas de atalho / Efeito
Ctrl + tecla menos Enviar para trás. Tecla de seta / Move o objeto selecionado ou a exibi-
Shift+Ctrl + tecla menos / Enviar para o fundo. ção da página na direção da seta.
Ctrl+ tecla Seta / Mover pela exibição da página.
Teclas de atalho ao editar texto Shift + arrastar / Limita o movimento do objeto sele-
Teclas de atalho / Efeito cionado no sentido horizontal ou vertical.
Ctrl+Hífen(-) / Hifens personalizados; hifenização defi- Ctrl+ arrastar (com a opção Copiar ao mover ativa) /
nida pelo usuário. Mantenha pressionada a tecla Ctrl e arraste um objeto para
Ctrl+Shift+Sinal de menos (-) / Traço incondicional (não criar um cópia desse objeto.
utilizado na hifenização) Tecla Alt / Mantenha pressionada a tecla Alt para de-
Ctrl+Shift+Barra de espaços / Espaços incondicionais. senhar ou redimensionar objetos arrastando do centro do
Os espaços incondicionais não são utilizados na hifenização objeto para fora.
e não se expandem se o texto estiver justificado. Tecla Alt+clique / Selecionar o objeto que está atrás do
Shift+Enter / Quebra de linha sem mudança de pará- objeto atualmente selecionado.
grafo
Alt+Shift+clique / Selecionar o objeto que está na
Seta para a esquerda / Move o cursor para a esquerda
frente do objeto atualmente selecionado.
Shift+Seta para esquerda / Mover cursor com seleção
Shift+clique / Seleciona os itens adjacentes ou um tre-
para a esquerda
Ctrl+Seta para a esquerda / Ir para o início da palavra cho de texto. Clique no início de uma seleção, vá para o fim
Ctrl+Shift+Seta para a esquerda / Selecionar palavra a da seleção e mantenha pressionada a tecla Shift enquanto
palavra para a esquerda clica.
Seta para a direita / Move o cursor para a direita Shift+arrastar (ao redimensionar) / Mantenha pressio-
Shift+Seta para a direita / Move o cursor com seleção nada a tecla Shift enquanto arrasta um objeto para redi-
para a direita mensioná-lo mantendo suas proporções.
Ctrl+Seta para a direita / Ir para o início da palavra se- Tecla Tab / Selecionar os objetos na ordem em que fo-
guinte ram criados.
Ctrl+Shift+Seta para a direita / Seleciona palavra a pa- Shift+Tab / Selecionar objetos na ordem inversa em
lavra para a direita que foram criados.
Seta para cima / Move o cursor para cima uma linha Escape / Sair do modo atual.
Shift+Seta para cima / Seleciona linhas para cima Enter / Ativa um objeto de espaço reservado em uma
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o início do nova apresentação (somente se o quadro estiver selecio-
parágrafo anterior nado).
Ctrl+Shift+Seta para cima / Seleciona até ao inicio do Ctrl+Enter / Move para o próximo objeto de texto no
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do pa- slide.
rágrafo anterior Se não houver objetos de texto no slide, ou se você
Seta para baixo / Move o cursor para baixo uma linha chegou ao último objeto de texto, um novo slide será inse-
Shift+Seta para baixo / Seleciona linhas para baixo rido após o slide atual. O novo slide usará o mesmo layout
Ctrl+Seta para baixo / Move o cursor para o final do do atual.
parágrafo. Ao repetir, move o cursor até ao final do pará- PageUp / Alternar para o slide anterior. Sem função no
grafo seguinte. primeiro slide.
CtrlShift+Seta para baixo / Seleciona até ao final do pa- PageDown / Alternar para o próximo slide. Sem função
rágrafo. Ao repetir, estende a seleção até ao final do pará- no último slide.
grafo seguinte
Home / Ir para o início da linha
Navegar com o teclado no classificador de slides
Shift+Home / Ir e selecionar até o início de uma linha
End / Ir para o fim da linha Teclas de atalho / Efeito
Shift+End / Ir e selecionar até ao final da linha Home/End / Define o foco para o primeiro/último sli-
Ctrl+Home / Ir para o inicio do bloco de texto do slide de.
Ctrl+Shift+Home / Ir e selecionar até ao inicio do bloco Seta para a direita/esquerda ou Page Up/Page Down /
de texto do slide Define o foco para o slide anterior/seguinte.
Ctrl+End / Ir para o final do bloco de texto do slide Enter / Mudar para o modo normal com o slide ativo.
Ctrl+Shift+End / Ir e selecionar até ao final do bloco de
texto do slide
Ctrl+Del / Exclui o texto até ao final da palavra
Ctrl+Backspace / Exclui o texto até o início da palavra
Numa lista: exclui um parágrafo vazio na frente do pa-
rágrafo atual
Ctrl+Shift+Del / Exclui o texto até ao final da frase
Ctrl+Shift+Backspace / Exclui o texto até o início da
frase
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni- Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor, 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza- Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
recurso que também é utilizado para redes locais, como a servado.
existente na empresa que você trabalha, por exemplo. As três primeiras classes são assim divididas para aten-
O endereço IP é uma sequência de números composta der às seguintes necessidades:
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um - Os endereços IP da classe A são usados em locais
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quan-
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 tidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utili-
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú- zado como identificador da rede e os demais servem como
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso. identificador dos dispositivos conectados (PCs, impresso-
ras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos
onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante
à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois
primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os
restantes para identificar os dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi- requerem grande quantidade de redes, mas com poucos
zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en- dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes
dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível são usados para identificar a rede e o último é utilizado
a organização das casas da região onde você mora. Neste para identificar as máquinas.
sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po- Quanto às classes D e E, elas existem por motivos es-
peciais: a primeira é usada para a propagação de pacotes
dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em
especiais para a comunicação entre os computadores, en-
uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos
quanto que a segunda está reservada para aplicações futu-
e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
ras ou experimentais.
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos
Vale frisar que há vários blocos de endereços reserva-
octetos são usados na identificação de computadores.
dos para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço
começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto
Classes de endereços IP é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço
Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem 127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja,
ser utilizados tanto para identificar o seu computador den- ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de
tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet. localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para
Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com- propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de
putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má- maneira simultânea.
quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal,
ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer Endereços IP privados
sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são
rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados
endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nesta, na internet, sendo reservados para aplicações locais. São,
cada dispositivo conectado deve receber um endereço úni- essencialmente, estes:
co. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se -Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta -Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapa- -Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
lhar toda a rede. Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em re- com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para es-
des locais quanto para utilização na internet, contamos com tas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50,
um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O
IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In- que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não.
ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que, Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipa-
basicamente, divide os endereços em três classes principais mento de rede - como um roteador - que receba a cone-
e mais duas complementares. São elas: xão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos
Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 conectados a ele. Com isso, somente este equipamento
redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conecta- precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial
dos; de computadores.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um
passado não muito distante, você conectava apenas o PC
da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu
notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e
assim por diante. Somando este aspecto ao fato de cada
vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro,
nos deparamos com um grande problema: o número de
IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras)
aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo,
afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo
nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a
até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607. partir de uma rede local - tal como uma rede wireless -
431.768.211.456 de endereços, um número absurdamente visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para
alto! saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede,
você pode visitar sites como whatsmyip.org.
Provedor
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au- backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra-
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave-
pode ser, por exemplo: nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
Finalizando de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante. que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
Durante essa fase, que podemos considerar de transição, e um endereço eletrônico na Internet.
o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões.
Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio- URL - Uniform Resource Locator
nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden-
a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você tificação de onde está localizado o computador e quais re-
é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL:
ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se http://www.novaconcursos.com.br
aprofundar nas duas especificações. Será mais bem explicado adiante.
A esta altura, você também deve estar querendo des-
cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma Como descobrir um endereço na Internet?
forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por Para que possamos entender melhor, vamos exemplificar.
exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu-
Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor-
e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig. mações que preciso?
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de
procura, que são sites que possuem um enorme banco de
dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa-
ges), que permitem a procura por um determinado assun-
to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação
de páginas encontradas.
136
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
para o usuário de Internet. É com ele que se podem vi-
sitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
participar de novelas interativas. As informações na Web
são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
no campo chamado Endereço no navegador. O software
estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
pondente.
O navegador não precisa de nenhuma configuração
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes-
e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces- quisa.
sar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi-
cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na
possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala-
científicas. vras com ou sem acento.
O WWW não dispunha de gráficos em seus primór-
dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto Opções de pesquisa
WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
dor (também conhecido como browser) de páginas capaz
não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá-
ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi
desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por Web: pesquisa em todos os sites
Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular. Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
Depois disto, várias outras companhias passaram a Exemplo do resultado se uma pesquisa.
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
outros browsers.
138
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
O que é Intranet?
Por exemplo: 3+4 O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
projetadas para a comunicação por computador entre em-
Irá retornar:
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
O resultado da pesquisa
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte for-
tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
ma:
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis- Identificação do Servidor e das Estações - Depois de
temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma- definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as
nuais de qualidade; informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos- nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem
tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP
de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be- (Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às
nefícios. estações clientes.
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo- Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio-
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. nários acessam as informações colocadas à sua disposição
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume no servidor. Para isso usam o Web browser, software que
quase somente em clicar nos links que remetem às novas permite folhear os documentos.
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi-
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa Comparando Intranet com Internet
complexa e exige a presença de profissionais especializa- Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In-
ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos
sua diversidade de funções e a quantidade de informações
protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O
nela armazenadas.
conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es-
A intranet é baseada em quatro conceitos:
cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al-
• Conectividade - A base de conexão dos computa- guém com seis anos de idade até as previsões do tempo.
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir A maior parte dos dados de uma empresa não se destina
qualquer tipo de informação digital entre si; ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa- as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de-
dores e sistemas operacionais podem ser conectados de vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da
forma transparente; escala, a Internet é global, uma intranet está contida den-
• Navegação - É possível passar de um documento a tro de um pequeno grupo, departamento ou organização
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela
facilitam o acesso não linear aos documentos; ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão,
acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra- por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir-
ças à execução de programas aplicativos, que podem es- relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites
tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma
rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expres- medida da necessidade de uma abordagem organizada.
são que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servi- Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
dor). A vantagem da intranet é que esses programas são num ambiente controlado e seguro.
ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade.
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande Vantagens e Desvantagens da Intranet
importância no desenvolvimento de softwares aplicativos Alguns dos benefícios são:
que obedeçam aos três conceitos anteriores. • Redução de custos de impressão, papel, distribuição
de software, e-mail e processamento de pedidos;
Como montar uma Intranet • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em suporte telefônico;
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das • Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
técnicas e de marketing;
empresas, e em instalar um servidor Web.
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo-
remotas;
sitório das informações contidas na intranet. É lá que os
• Incrementando o acesso a informações da concor-
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail
rência;
ou qualquer outro tipo de arquivo. • Uma base de pesquisa mais compreensiva;
• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunica- ceiros (revendas);
ção utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. • Aumento da precisão e redução de tempo no acesso
O primeiro é o HTTP, responsável pela comunicação do à informação;
browser com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao • Uma única interface amigável e consistente para
envio de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transfe- aprender e usar;
rência de arquivos. Independentemente das aplicações uti- • Informação e treinamento imediato (Just in Time);
lizadas na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem • As informações disponíveis são visualizadas com cla-
falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet. reza;
• Redução de tempo na pesquisa a informações;
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Empresa estendida
Segurança da Intranet O acesso à intranet de uma empresa através de um
Três tecnologias fornecem segurança ao armazena- Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas
mento e à troca de dados em uma rede: autenticação, con- e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in-
trole de acesso e criptografia. tranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
Autenticação - É o processo que consiste em verificar Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen- Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in-
tos e dados podem ser protegidos através da solicitação tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas
de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da ve- tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages,
rificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os servidor FTP etc.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en- Multitarefas com guias e janelas
tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em
de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar uma só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir,
novas soluções. fechar e alternar os sites. A barra de guias mostra todas
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea- as guias ou janelas que estão abertas no Internet Explorer.
da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em- Para ver a barra de guias, passe o dedo de baixo para cima
presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento, (ou clique) na tela.
trocando informações sobre compras, vendas, fabricação,
distribuição, contabilidade entre outros.
Internet Explorer1
O Internet Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver
com o máximo de qualidade todo o conteúdo incrível que
você pode encontrar. Depois de aprender alguns gestos
e truques comuns, você poderá usar seu novo navegador
com todo o conforto e aproveitar ao máximo seus sites
favoritos.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Para salvar seus sites favoritos Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In-
Salvar um site como favorito é uma forma simples de ternet
memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure
sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo- pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en-
ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im- itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
portados automaticamente.) sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a
Vá até um site que deseja adicionar. página no modo de exibição de leitura. Quando quiser re-
Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir tornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone nova-
os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique mente.
no botão Favoritos para mostrar a barra de favoritos.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Principais características
· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrin-
do os links em segundo plano
Eles já estarão carregados quando você for ler;
· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de
popups;
2 Fonte: Ajuda do Firefox
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Personalizar a página Nova aba Arraste um favorito para dentro da posição que você
O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites quiser.
em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.
Fixar
Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges- Como faço para configurar o Sync no meu compu-
tão para fixá-la naquela posição na página. tador?
Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su- O Sync permite compartilhar seus dados e preferên-
gestões fixadas entre os seus outros computadores. cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
Remover dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Importante: O Sync requer a versão mais recente do
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em
quaisquer computadores ou dispositivos Android.
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de-
talhes:
- Crie uma conta do Sync
Clique no “X” no canto superior direito do site para ex- Clique no botão de menu e depois em Entrar no
cluí-lo da página. Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba.
Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu-
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.
Reorganizar
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas Onde posso encontrar meus favoritos?
Os favoritos são atalhos para as páginas da web que A forma mais fácil de encontrar um site para o qual
você mais gosta. você criou um favorito é digitar seu nome na Barra de En-
Como eu crio um favorito? dereços. Enquanto você digita, uma lista de sites que já
Fácil — é só clicar na estrela! você visitou, adicionou aos favoritos ou colocou tags apa-
Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na recerá. Sites com favoritos terão uma estrela amarela ao
Barra de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito seu lado. Apenas clique em um deles e você será levado até
será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto! lá instantaneamente.
Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
favorito? os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
recerá.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Adicionando favoritos em pastas Para mover um favorito para uma pasta diferente, ar-
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos raste-o para cima da pasta.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão re-
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que fletidas na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
você deseja mover.
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para Ordenar visualizações na janela Biblioteca
mover o favorito para a pasta. Para ver os seus favoritos em várias ordens de classifi-
cação, use a janela Biblioteca:
Ordenando por nome Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visuali-
Clique com o botão direito do mouse na pasta que de- zar. O conteúdo será exibido no painel da direita.
seja ordenar e selecione Ordenar pelo nome. Os Favoritos Clique no botão Exibir, selecione Ordenar e depois
serão colocados em ordem alfabética. escolha uma ordem de classificação.
A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas
para visualização, e não vai ser refletido na barra lateral, no
menu ou no botão de favoritos.
Definindo a Página Inicial
Veja como abrir automaticamente qualquer página
web na inicialização do Firefox ou clicando no botão Pági-
na inicial .
Abra a página web que deseja definir como sua página
inicial.
Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial
.
Reorganizando manualmente
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém o favorito que você deseja
mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o
para a posição desejada.
Dica: Mais opções de configuração da página inicial es-
tão disponíveis na janela Opções .
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas
abaixo do campo Página Inicial. informações de acordo com os termos da política de pri-
vacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas in-
formações sendo coletadas podem desejar não ativar as
sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão de-
sativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você
deve ativá-las explicitamente em uma janela de navegação
privativa para ativá-las nesse modo.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Gerenciador de Downloads
A Biblioteca e o painel de downloads controlam os ar- A Biblioteca mostra essas informações para todos os
quivos baixado pelo Firefox. Aprenda a gerenciar seus ar- seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido
quivos e configurar as definições de download. eles do seu histórico.
Como faço para acessar meus downloads?
Você pode acessar seus downloads facilmente clicando
no icone download (a seta para baixo na barra de ferra-
mentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba
que existem arquivos baixados.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Imprimindo uma página web Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági-
nas da página web atual será impressa:
Clique no menu e depois em Imprimir. Selecione Tudo para imprimir tudo.
Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
1” imprimirá somente a primeira página.
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
página que você selecionou.
Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.
Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,
você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá-
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.
SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá-
gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas
serão impressas:
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Navegação Privativa
Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in-
formação para você - como os sites visitados. No entan-
to, pode haver momentos em que não deseja que outros
usuários tenham acesso a tais informações, como quando
estiver comprando um presente de aniversário. A navega-
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar
informações sobre os sites e páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra
rastreamento na navegação privada, a qual impede que
seja rastreado enquanto navega.
Mostraremos a você como funciona.
Importante: A navegação privativa não o torna anôni-
mo na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os
próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas.
Use as seguintes opções para convidar seus amigos: Além disso, a navegação privativa não o protege de key-
loggers ou spywares que podem estar alojados em seu
computador
Compartilhar no Facebook.
Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um
alerta.
Para encerrar a chamada, clique em .
Se juntar a uma conversa
Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil! Abrir um link em nova janela privativa
Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir
página para entrar na conversa. link em uma nova janela privativa no menu contextual.
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Dica: Janelas de navegação privativas tem uma másca- Como saber se a minha conexão com um site é se-
ra roxa no topo. gura?
O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
na sua barra de endereço quando você visita um site segu-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter
sua informação pessoal.
159
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Configurações de Segurança
Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a ins-
talação de complementos. Para evitar que tentativas de
Para sites usando certificados VE, o botão de identida- instalação não requisitadas resultem em instalações aci-
de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal dentais, o Firefox exibe um aviso quando um site tentar ins-
da companhia ou organização do website, então você sabe talar um complemento e bloqueia a tentativa de instalação.
quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o Para permitir que sites específicos instalem complementos,
mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla. você deve clicar em Exceções…, digitar o endereço do site
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta e clicar em Permitir. Desmarque essa opção para desativar
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta esse aviso para todos os sites.
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox bloqueou Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Mar-
o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não necessaria- que isso se você quer que o Firefox verifique se o site que
mente exibir ou funcionar inteiramente correto. você está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas
funções normais do computador ou mandar dados pes-
Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta soais sobre você sem autorização através da Internet.
Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta A ausência deste aviso não garante que o site seja con-
indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas fiável.
parcialmente criptografada e não impede espionagem. Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se
você quer que o Firefox verifique ativamente se o site que
você está visitando pode ser uma tentativa de enganar
você fazendo com que passe suas informações pessoais
(isto é frequentemente chamado de “phishing”).
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
(informação bancária, dados de cartão de crédito, Números Logins
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden- Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo. segurança senhas que você digita em formulários web para
Cadeado cinza com um traço vermelho facilitar seu acesso aos websites. Desmarque essa opção
Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que para impedir o Firefox de memorizar suas senhas. No en-
a conexão entre o Firefox e o website é apenas parcial- tanto, mesmo com isso marcado, você ainda será questio-
mente criptografada e não previne contra espionagem ou nado se deseja salvar ou não as senhas para um site quan-
ataque man-in-the-middle. do você visitá-lo pela primeira vez. Se você selecionar Nun-
ca para este site, aquele site será adicionado à uma lista de
exceções. Para acessar essa lista ou para remover sites dela,
clique no botão Exceções….
Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger infor-
Esse ícone não aparecerá a menos que você manual- mações sensíveis, como senhas salvas e certificados, crip-
mente desativou o bloqueio de conteúdo misto. tografando eles usando uma senha mestra. Se você criar
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível uma senha mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será
(informação bancária, dados de cartão de crédito, números solicitado que você digite a senha na primeira vez que for
de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden- necessário acessar um certificado ou uma senha salva. Você
tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma pode definir, alterar, ou remover a senha mestra marcando
listra vermelha. ou desmarcando essa opção ou clicando no botão Modifi-
car senha mestra…. Se uma senha mestra já estiver defini-
Configurações de segurança e senhas da, você precisará digitá-la para alterar ou remover a senha
Este artigo explica as configurações disponíveis no pai- mestra.
nel Segurança da janela Opções do Firefox. Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua dividuais clicando no botão Logins salvos….
segurança ao navegar na internet.
Encontrar e instalar complementos para adicionar
funcionalidades ao Firefox
Complementos são como os aplicativos que você ins-
tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.
160
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
- Extensões
Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
mesmo adicionar recursos de outros navegadores.
- Aparência
Existem dois tipos de complementos de aparência:
temas completos, que mudam a aparência de botões e
menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
faixa de abas com uma imagem de fundo O Firefox irá fazer o download do complemento e pode
pedir que você confirme a sua instalação.
- Plugins Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
Plugins permitem adicionar suporte para todos os tipos serão salvas e restauradas após a reinicialização.
de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem forma- Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
tos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight que ramentas após a instalação..
são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresentações
e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por outras Como desativar extensões e temas
empresas. Ao desativar um complemento ele deixará de funcio-
nar sem ser removido:
Para visualizar quais complementos estão instalados: Clique no botão de menu e selecione Complemen-
Clique no botão escolha complementos. A aba com- tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
plementos irá abrir. No gerenciador de complementos, selecione o pai-
Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins. nel Extensões ou Aparência.
Como faço para encontrar e instalar complementos? Selecione o complemento que deseja desativar.
Aqui está um resumo para você começar: Clique no botão Desativar.
Clique no botão de menu e selecione Complemen- Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
No gerenciador de complementos, selecione o painel reiniciar.
Get Add-ons. Para reativar um complemento, encontre-o na lista de
complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar
Para ver mais informações sobre um complemento ou o Firefox.
tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão
verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo. Como desativar plugins
Você também pode pesquisar por complementos es- Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem
pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Po- ser removido:
dendo então instalar qualquer complemento que encon- Clique no botão de menu e selecione Complemen-
trar, com o botão Instalar. tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Plugins.
Selecione o plugin que deseja desativar.
Selecione Nunca Ativar no menu de seleção.
Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu-
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção.
161
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
162
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
163
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Para Iniciantes
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dú- O botão direito abre o menu de contexto da aba, em
vidas básicas sobre essa categoria de programas, continue que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar
lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode
poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simples-
conceitos e ações mais básicas do programa. mente apertando o F1.
Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma
forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao exe- Fechei sem querer!
cutar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar
o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal Quem nunca fechou uma aba importante acidental-
Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é mente em um momento de distração? Pensando nisso,
possível dispensar o famoso “www”, inserido automatica- o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no
mente pelo programa.) menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecio-
No entanto nem sempre sabemos exatamente o link ná-la para que a última página retorne ao navegador.
que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as pa-
lavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta
forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe
os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas
a palavra “Baixaki”.
164
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Configurações avançadas
Básicas Downloads
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do
navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e Todos os navegadores mais famosos da atualidade
configurar as páginas que deseja abrir. contam com pequenos gerenciadores de download, o que
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tem-
anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Tam- po. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em
bém é possível escolher se o atalho para a home (aquele um link de download, muitas vezes o programa pergunta-
em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador. rá se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, abaixo:
aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar
na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista
de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sem-
pre que algum software ou link for executado, o Chrome
será automaticamente utilizado pelo sistema.
Coisas pessoais
Senhas: define basicamente se o programa salvará ou
não as senhas que você digitar durante a navegação. A op-
ção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o
que já foi inserido por você.
Preenchimento automático de formulário: define se os
formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) se- Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embai-
rão sugeridos automaticamente após a primeira digitação. xo da janela, mostrando o progresso do download. Você
Dados de navegação: durante o uso do computador, o pode clicar no canto dela e conferir algumas funções es-
Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar peciais para a situação. Além disso, ao selecionar a função
sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Lim- “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é
par dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que
a função “Importar dados” coleta informações de outros você está baixando
navegadores.
165
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
CORREIO ELETRÔNICO
O correio eletrônico3 se parece muito com o correio
tradicional. Todo usuário tem um endereço próprio e uma
caixa postal, o carteiro é a Internet. Você escreve sua men-
Navegação anônima
sagem, diz pra quem quer mandar e a Internet cuida do
resto. Mas por que o e-mail se popularizou tão depressa?
Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros
A primeira coisa é pelo custo. Você não paga nada por uma
ou históricos de navegação no computador, utilize a nave-
comunicação via e-mail, apenas os custos de conexão com
gação anônima. Basta clicar no menu com o desenho da
a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o correio tra-
chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”,
dicional levaria dias para entregar uma mensagem, o ele-
que também pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift
trônico faz isso quase que instantaneamente e não utiliza
+ N. papel. Por último, a mensagem vai direto ao destinatário,
não precisa passa de mão-em-mão (funcionário do correio,
carteiro, etc.), fica na sua caixa postal onde somente o dono
tem acesso e, apesar de cada pessoa ter seu endereço pró-
prio, você pode acessar seu e-mail de qualquer computa-
dor conectado à Internet. Bem, o e-mail mesclou a faci-
lidade de uso do correio convencional com a velocidade
do telefone, se tornando um dos melhores e mais utilizado
meio de comunicação.
Gerenciador de tarefas Estrutura e Funcionalidade do e-mail
Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos
gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão,
botão direito no topo da página (como indicado na figura) nome do usuário + @ + host, onde:
e selecione a função “Gerenciador de tarefas”. » Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo
usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecas-
tro.
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa
o nome do usuário do seu provedor.
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o ende-
reço eletrônico. Exemplo: click21.com.br .
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao
serviço 24 horas por dia.
3 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronico-
ewebmail001.asp
166
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21. quase que uma guerra por usuários. Os provedores, tam-
com.br bém, disputam quem oferece maior espaço em suas caixas
postais. Há pouco tempo encontrar um e-mail com mais
A caixa postal é composta pelos seguintes itens: de 10 Mb, grátis, não era fácil. Lembro que, quando a Em-
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as men- bratel ofereceu o Click21 com 30 Mb, achei que era muito
sagens recebidas. espaço, mas logo o iBest ofereceu 120 Mb e não parou por
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não ai, a “guerra” continuo culminando com o anúncio de que
enviadas. o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A última campanha
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails do GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal
que foram enviados. constantemente, a última vez que acessei estava em 2663
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda Mb.
não terminou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas. WebMail
Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão pre- O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação
sentes: acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos
destinatário. os e-mails possuem aplicações para acesso direto na In-
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da ternet. É grande o número de provedores que oferecem
mesma mensagem, ao usar este campo os endereços apa- correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo segue uma
recerão para todos os destinatários. lista dos mais populares.
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, » Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com
no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos » GMail – http://www.gmail.com
donos. » Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensa- » iG Mail – http://www.ig.com.br
gem. » Yahoo – http://www.yahoo.com.br
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem
Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e
(imagens, programas, música, arquivos de texto, etc.).
seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a
observado é o tamanho máximo permitido por anexo, este
mensagem.
foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há pouco
tempo a maioria dos provedores permitiam em torno de 2
Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor,
Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em média 25
porém representando as mesmas funções. Além dos destes
Mb. Além de caixa postal os provedores costumam ofere-
campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e cer serviços de agenda e contatos.
EXCLUIR as mensagens, este botões bem como suas fun- Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a crité-
cionalidades veremos em detalhes, mais à frente. rio de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu,
Para receber seus e-mails você não precisa estar co- por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma interface
nectado à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. com o menor propaganda possível.
Mesmo você não estado com seu computador ligado, seus » Criando seu e-mail
e-mail são recebidos e armazenados na sua caixa postal, Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente
localizada no seu provedor. Quando você acessa sua caixa simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste
postal, pode ler seus e-mail on-line (diretamente na Inter- WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os en-
net, pelo WebMail) ou baixar todos para seu computador tendimentos, no entanto você pode acessar qualquer dos
através de programas de correio eletrônico. Um programa endereços informados acima ou ainda qualquer outro que
muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais você conheça. O processo de cadastro é muito simples,
à frente. basta preencher um formulário e depois você terá sua con-
A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de ta de e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos:
e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode 1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com.
enviar mensagens para você. Também é possível enviar br) ou qualquer outro de sua preferência.
mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para isto 2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será
basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima. aberto um formulário, preencha-o observando todos os
Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maio- campos. Os campos do formulário têm suas particularida-
ria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet des de provedor para provedor, no entanto todos trazem
através do navegador. Este tipo de correio é chamado de a mesma ideia, colher informações do usuário. Este será a
WebMail. O WebMail é responsável pela grande populari- primeira parte do seu e-mail e é igual a este em qualquer
zação do e-mail, pois mesmo as pessoas que não tem com- cadastro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção do
putador, podem acessar sua caixa postal de qualquer lugar nome de usuário com o nome do provedor é que será seu
(um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um endereço endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte: seuno-
eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe me@outlook.com.
167
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
3. Após preencher todo o formulário clique no botão sagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão
“Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado. “Contas externas” abre uma seção para configurar outras
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é co- contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa
mum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por postal. Para o correto funcionamento desta opção é preci-
outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem so que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.
lhe informando do problema. Isso acontece porque den- 11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista
tro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes de de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails
usuários iguais. A solução é procurar outro nome que ainda na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique
esteja livre, alguns provedores mostram sugestões como: no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão dispo-
seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você níveis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de
(o que é bem provável que acontecerá) escolha uma das sua caixa postal.
sugestões ou informe outro nome (não desista, você vai 12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um
conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail vai está correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas;
pronto para ser usado. Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do
nome, quando está normal significa que todas as mensa-
gens foram abertas, porém quando estão em negrito, acu-
» Entendendo a Interface do WebMail
sam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas,
A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que
o número entre parêntese indica a quantidade. Este deta-
nos liga do mundo externo aos comandos do programa.
lhe funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail 13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir
que você tiver e também para o Outlook, que é um progra- as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exi-
ma de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa bido o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe
mais adiante. também as mensagens das diversas pastas existentes na
1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua sua caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre
caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no ser- negrito, também é válida para esta seção. Observe as caixas
vidor. de seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensa-
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição gem, é através delas que as mensagens são selecionadas. A
de e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no seleção de todos os itens ao mesmo tempo, também pode
qual você vai redigir, responder e encaminhar mensagens. ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título
Semelhante à função novo e-mail do Outlook. da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de no-
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus meá-las, também serve para classificar as mensagens que
endereços de e-mail são previamente guardados para uti- por padrão estão classificadas através da coluna “Data”,
lização futura, nesta seção também é possível criar grupos para usar outra coluna na classificação basta clicar sobre
para facilitar o gerenciamento dos seus contatos. nome dela.
4. Configurações – Este botão abre (como o próprio 14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adi-
nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem cionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são
ser feitas diversas configurações, tais como: mudar senha, um modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas
definir número de e-mail por página, assinatura, resposta mensagens por temas. Quando seu e-mail é criado não
automática, etc. existem pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário
5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma de acordo com suas necessidades.
seção com vários tópicos de ajuda. 15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a
6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através seção onde pode ser feita uma configuração que permitirá
dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomen- você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O
próximo link, como o nome já diz, abre a janela de confi-
dado quando o uso de seu e-mail ocorrer em computado-
guração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para
res de terceiros.
baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração
7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu
automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links
endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta;
são os mesmos apresentados no item 10.
parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico.
8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
está, no exemplo a Caixa de Entrada.
9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men-
sagens que estão na tela e também o total da seção sele-
cionada.
10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão
todos os comandos relacionados com as mensagens exi-
bidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais
mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O
botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da men-
168
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Instalação e Atualização
CONCEITOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO E
A maioria dos sistemas operacionais, principalmente
SEGURANÇA, REALIZAÇÃO DE CÓPIAS DE
as distribuições Linux, vem acompanhada de muitos apli-
SEGURANÇA (BACKUP), VÍRUS E ATAQUES A
cativos que são instalados opcionalmente no processo de
COMPUTADORES. instalação do sistema.
Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos
sejam observados para garantir a segurança desde a insta-
CONCEITOS DE SEGURANÇA lação do sistema, dos quais podemos destacar:
• Seja minimalista: Instale somente os aplicativos ne-
A Segurança da Informação refere-se à proteção exis- cessários, aplicativos com problemas podem facilitar o
tente sobre as informações de uma determinada empresa, acesso de um atacante;
instituição governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto • Devem ser desativados todos os serviços de sistema
as informações corporativas quanto as pessoais. que não serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia au-
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo tomaticamente diversos aplicativos que não são necessá-
ou dado que tenha valor para alguma organização ou pes- rios, esses aplicativos também podem facilitar a vida de um
soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta atacante;
ao público para consulta ou aquisição. • Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o
de ferramentas) para a definição do nível de segurança sistema vulnerável a ataques remotos que podem ser reali-
existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para zados através da rede ou Internet;
análise da melhoria ou piora da situação de segurança exis- • Use partições diferentes para os diferentes tipos de
tente. dados: a divisão física dos dados facilita a manutenção da
A segurança de uma determinada informação pode ser segurança;
afetada por fatores comportamentais e de uso de quem • Remova todas as contas de usuários não utilizadas:
se utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca Contas de usuários sem senha, ou com a senha original de
ou por pessoas mal intencionadas que tem o objetivo de instalação, podem ser facilmente exploradas para obter-se
furtar, destruir ou modificar a informação. acesso ao sistema.
Antes de proteger, devemos saber: Grande parte das invasões na Internet acontece devi-
• O que proteger. do a falhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os
• De quem proteger. administradores de sistemas não foram capazes de corrigir
• Pontos vulneráveis. a tempo. Essa afirmação pode ser confirmada facilmente
• Processos a serem seguidos. pelo simples fato de que quando uma nova vulnerabilidade
é descoberta, um grande número de ataques é realizado
MECANISMOS DE SEGURANÇA com sucesso. Por isso é extremamente importante que os
administradores de sistemas se mantenham atualizados
O suporte para as recomendações de segurança pode sobre os principais problemas encontrados nos aplicati-
ser encontrado em: vos utilizados, através dos sites dos desenvolvedores ou
específicos sobre segurança da Informação. As principais
• CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o empresas comerciais desenvolvedoras de software e as
contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura principais distribuições Linux possuem boletins periódicos
(que garante a existência da informação) que a suporta. informando sobre as últimas vulnerabilidades encontradas
Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até a
nem sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâm- possuir o recurso de atualização automática, facilitando
pagos, alagamentos, problemas na rede elétrica, acesso ainda mais o processo.
indevido de pessoas aos servidores ou equipamentos de
rede, treinamento inadequado de funcionários, etc. Firewalls
Medidas de proteção física, tais como serviços de guar-
da, uso de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno
Definimos o firewall como sendo uma barreira inteli-
de televisão e sistemas de escuta são realmente uma parte
gente entre duas redes, geralmente a rede local e a Inter-
da segurança da informação. As medidas de proteção física
net, através da qual só passa tráfego autorizado. Este trá-
são frequentemente citadas como “segurança computacio-
fego é examinado pelo firewall em tempo real e a seleção
nal”, visto que têm um importante papel também na pre-
é feita de acordo com um conjunto de regras de acesso
venção dos itens citados no parágrafo acima.
Ele é tipicamente um roteador (equipamento que liga as
O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados
redes com a Internet), um computador rodando filtragens
por mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhu-
de pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um
ma se a segurança física não for garantida.
hardware proprietário específico para função de firewall),
ou um conjunto desses sistemas.
169
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de
um produto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a performance, já que ele analisa toda a comunicação uti-
rede. Geralmente, essas regras são elaboradas consideran- lizando proxies, ele permite uma maior auditoria sobre o
do as políticas de acesso da organização. controle no tráfego, já que as aplicações específicas podem
Podemos observar que o firewall é único ponto de detalhar melhor os eventos associados a um dado serviço.
entrada da rede, quando isso acontece o firewall também A maior dificuldade na sua implementação é a necessi-
pode ser designado como check point. dade de instalação e configuração de um proxy para cada
De acordo com os mecanismos de funcionamentos aplicação, sendo que algumas aplicações não trabalham
dos firewalls podemos destacar três tipos principais: corretamente com esses mecanismos.
• Filtros de pacotes
• Stateful Firewalls Considerações sobre o uso de Firewalls
• Firewalls em Nível de Aplicação Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e
são inestimáveis para segurança da informação, existem al-
- Filtros de Pacotes guns ataques que os firewalls não podem proteger, como a
Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele interceptação de tráfego não criptografado, ex: Intercepta-
controla a origem e o destino dos pacotes de mensagens ção de e-mail. Além disso, embora os firewalls possam pro-
da Internet. Quando uma informação é recebida, o firewall ver um único ponto de segurança e auditoria, eles também
verifica as informações sobre o endereço IP de origem e podem se tornar um único ponto de falha – o que quer
destino do pacote e compara com uma lista de regras de dizer que os firewalls são a última linha de defesa. Significa
acesso para determinar se pacote está autorizado ou não a que se um atacante conseguir quebrar a segurança de um
ser repassado através dele. firewall, ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportu-
Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na nidade de roubar ou destruir informações. Além disso, os
maioria dos roteadores e é transparente aos usuários, po- firewalls protegem a rede contra os ataques externos, mas
rém pode ser facilmente contornada com IP Spoofers. Por não contra os ataques internos. No caso de funcionários
isto, o uso de roteadores como única defesa para uma rede mal intencionados, os firewalls não garantem muita pro-
corporativa não é aconselhável. teção. Finalmente, como mencionado os firewalls de filtros
de pacotes são falhos em alguns pontos. - As técnicas de
Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita dire-
Spoofing podem ser um meio efetivo de anular a sua pro-
tamente no roteador, para uma maior performance e con-
teção.
trole, é necessária a utilização de um sistema específico de
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de se-
firewall. Quando um grande número de regras é aplicado
gurança existentes, os firewalls devem ser usados em con-
diretamente no roteador, ele acaba perdendo performan-
junto com diversas outras medidas de segurança.
ce. Além disso, Firewall mais avançados podem defender a Existem, claro, outros mecanismos de segurança que
rede contra spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS. apoiam os controles físicos: Portas / trancas / paredes /
blindagem / guardas / etc.
- Stateful Firewalls
• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem
Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Fire- ou limitam o acesso à informação, que está em ambiente
wall. Ele utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Ins- controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo,
pection, que é um tipo avançado de filtragem de pacotes. ficaria exposta a alteração não autorizada por elemento
Esse tipo de firewall examina todo o conteúdo de um pa- mal intencionado.
cote, não apenas seu cabeçalho, que contém apenas os en- Existem mecanismos de segurança que apoiam os con-
dereços de origem e destino da informação. Ele é chamado troles lógicos:
de ‘stateful’ porque examina os conteúdos dos pacotes
para determinar qual é o estado da conexão, Ex: Ele ga- Mecanismos de encriptação
rante que o computador destino de uma informação tenha
realmente solicitado anteriormente a informação através A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas
da conexão atual. palavras gregas:
Além de serem mais rigorosos na inspeção dos paco- • CRIPTO = ocultar, esconder.
tes, os stateful firewalls podem ainda manter as portas fe- • GRAFIA = escrever
chadas até que uma conexão para a porta específica seja Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou
requisitada. Isso permite uma maior proteção contra a em códigos. É então um conjunto de técnicas que tornam
ameaça de port scanning. uma mensagem incompreensível permitindo apenas que
o destinatário que conheça a chave de encriptação possa
- Firewalls em Nível de Aplicação decriptar e ler a mensagem com clareza.
Nesse tipo de firewall o controle é executado por apli- Permitem a transformação reversível da informação de
cações específicas, denominadas proxies, para cada tipo de forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal,
serviço a ser controlado. Essas aplicações interceptam todo algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir
o tráfego de um conjunto de dados não encriptados, produzir uma
recebido e o envia para as aplicações correspondentes; sequência de dados encriptados. A operação inversa é a
assim, cada aplicação pode controlar o uso de um serviço. desencriptação.
170
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Atualmente os mais conhecidos meios de backups • Depois de visualizar os arquivos ou pastas que se
são: CD-ROM, DVD e Disco Rígido Externo, pendrives e deseja copiar no lado direito do “Windows Explorer”, se-
fitas magnéticas. Na prática existem inúmeros softwares lecione-os (clicando sobre o arquivo ou pasta, este ficará
para criação de backups e a posterior reposição. Como por destacado);
exemplo o Norton Ghost da Symantec. • Clique com o botão direito do mouse sobre o arquivo
Se você costuma fazer cópias de backup dos seus ar- “Copiar”;
quivos regularmente e os mantêm em um local separado, • Clique na unidade correspondente ao dispositivo no
você pode obter uma parte ou até todas as informações lado esquerdo do “Windows Explorer”;
de volta caso algo aconteça aos originais no computador. • Clique com o botão direito do mouse no espaço em
A decisão sobre quais arquivos incluir no backup é branco do lado direito, e escolha “Colar”;
muito pessoal. Tudo aquilo que não pode ser substituído
facilmente deve estar no topo da sua lista. Antes de come- Selecionando Vários Arquivos
çar, faça uma lista de verificação de todos os arquivos a
serem incluídos no backup. Isso o ajudará a determinar o • Para selecionar vários arquivos ou pastas, após sele-
que precisa de backup, além de servir de lista de referência cionar o primeiro segure a tecla “Ctrl” e clique nos outros
para recuperar um arquivo de backup.
arquivos ou pastas desejadas. Todos os arquivos (ou pas-
Eis algumas sugestões para ajudá-lo a começar:
tas) selecionados ficarão destacados.
• Dados bancários e outras informações financeiras
• Fotografias digitais
• Software comprado e baixado através da Internet Fazendo Backup do seu Outlook
• Projetos pessoais
• Seu catálogo de endereços de e-mail Todos sabem do risco que é não termos backup dos
• Seu calendário do Microsoft Outlook nossos dados, e dentre eles se inclui as informações que
• Seus favoritos do Internet Explorer guardamos no OUTLOOK.
O detalhe mais importante antes de fazer um backup Já imaginou ter que entrar com todos os contatos no-
é formatar o dispositivo. Isso pode ser feito clicando com vamente? E seus compromissos no calendário? Pior, como
o botão direito do mouse sobre o ícone do dispositivo, é que vai recuperar as mensagens de e-mail que você tinha
dentro do ícone “Meu Computador” e selecionar a opção guardado?
formatar. Como fazer o backup das informações do Outlook, não
Para ter certeza que o dispositivo não está danificado, é uma atividade muito simples (pelo menos não há nele
escolha a formatação completa, que verificará cada setor nada automatizado), listamos aqui algumas maneiras de
do disquete e mostrará para você se o disquete tem algum executar este backup e se garantir contra qualquer proble-
dano. Sempre que um disquete tiver problemas, não copie ma! Exemplo para Outlook.
arquivos de backups para ele. 1 - Copie todas as mensagens para uma pasta separa-
Bem, agora que você já sabe fazer cópias de segurança, da (com isso você terá feito o backup das mensagens)
conheça os dois erros mais banais que você pode cometer 2 - Vá em Ferramentas -> Contas lá selecione todas as
e tornar o seu backup inútil: contas que deseja salvar e selecione Exportar. Cada conta
1- Fazer uma cópia do arquivo no mesmo disco. Isso será salva com a extensão (IAF) na pasta que você quiser.
não é backup, pois se acontecer algum problema no disco 3 - Para exportar todos os seus contatos, abra o seu
você vai perder os dois arquivos. catálogo de endereços do seu Outlook, então clique em
2- Fazer uma cópia e apagar o original. Isso também Arquivo -> Exportar -> Catálogo de endereços (WAB). Com
não é backup, por motivos óbvios. esse procedimento todos os seus contatos serão armaze-
Procure utilizar arquivos compactados apenas como nados num arquivo de extensão (WAB) com o nome que
backups secundários, como imagens que geralmente ocu-
você quiser e na pasta que você quiser.
pam um espaço muito grande.
4 - Para as assinaturas é simples, basta copiar o con-
Copiando Arquivos de um Disco Rígido (H.D.) para teúdo de cada assinatura que você utiliza em arquivos de
um Dispositivo (Fazendo Backup) texto (TXT) separados. Depois você poderá utilizar as suas
assinaturas a partir dos arquivos que criou.
• Clique no botão “Iniciar” (canto inferior esquerdo); 5 - Para as regras (ou filtros), você deverá ir em Ferra-
• Escolha “Programas”; e no menu que abre escolha mentas -> Assistente de Regras -> Clicar em OPÇÕES ->
“Windows Explorer”. Clicar em Exportar Regras. Será salvo um arquivo com a
• O Windows Explorer é dividido em duas partes. Do extensão RWZ. Fazer todos esses procedimentos é mais
lado esquerdo são exibidas as pastas (diretórios) e do lado trabalhoso, porém muito mais seguro.
direito o conteúdo das pastas; Outra solução, é utilizar programas específicos para
• Para ver o conteúdo de uma pasta clique uma vez so- backup do Outlook.
bre a pasta desejada (no lado esquerdo), e ele será exibido
do lado direito.
• Para ver o conteúdo de uma subpasta (uma pasta
dentro de outra pasta) clique duas vezes sobre a pasta de-
sejada do lado direito do “Windows Explorer”;
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
MEIOS DISPONÍVEIS PARA BACKUPS EM ARMA- Isso é tudo. Não se esqueça de verificar o backup para
ZENAMENTO EXTERNO se certificar que ele coube na unidade de backup e o man-
tenha protegido.
Entende-se por armazenamento externo qualquer me-
canismo que não se encontre dentro do seu PC. Existem Utilizando a ferramenta inclusa no Windows XP
várias opções, e apresentamos uma tabela com os mais co- Professional.
muns, vantagens e desvantagens: Se você trabalha com o Windows XP Professional, você
CD-RW dispõe de uma ferramenta muito útil que se encarrega de
fazer os backups que você marcar. Siga estes passos para
É um CD em que pode guardar/gravar suas informa- utilizá-la:
ções. Arquivos realmente preciosos que precisam ser guar- 1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra-
dados com 100% de certeza de que não sofrerão danos mas”. 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas
com o passar do tempo devem ser becapeados em CDs. A de Sistema”. 3. Escolha a opção “Backup”.
maioria dos computadores atuais inclui uma unidade para Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
gravar em CD-RW. O CD-ROM é a forma mais segura de aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique
fazer grandes backups. Cada CD armazena até 700 Mb e, em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um
por ser uma mídia ótica, onde os dados são gravados de guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode
maneira física, é muito mais confiável que mídias magnéti- obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
cas sujeitas a interferências elétricas. Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so-
DVD-RW bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”.
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu
sistema operacional.
A capacidade de armazenamento é muito maior, nor-
malmente entre 4 e 5 gibabytes.
Para utilizar a ferramenta de backups no Windows
XP Home Edition
Pen Drive
Se seu PC tem o Windows XP Home Edition, você pre-
São dispositivos bastante pequenos que se conectam a cisa adicionar a ferramenta de backups que vem no seu CD
uma porta USB do seu equipamento. original seguindo estes passos:
São muito portáteis, frequentemente são do tipo “cha- 1. Insira o CD do Windows XP (ou o que veio com seu
veiro”, ideais para backups rápidos e para mover arquivos equipamento se ele foi pré-carregado) na unidade de CD.
entre máquinas. Se a tela de apresentação não aparecer, dê um clique duplo
Você deve escolher um modelo que não seja muito frá- sobre o ícone da unidade de CD dentro de “Meu Compu-
gil. tador”.
2. Na tela de apresentação, escolha a opção “Executar
HD Externo tarefas adicionais”.
3. Clique em “Explorar este CD”.
O HD externo funciona como um periférico, como se 4. O Windows Explorer se abrirá. Localize a pasta
fosse um Pen Drive, só que com uma capacidade infinita- “ValueAdd” e dê um clique duplo sobre ela, depois em Msft
mente maior. e depois em NtBackup.
5. Agora, dê um clique duplo sobre o arquivo NtBackup.
Backups utilizando o Windows msi para instalar a ferramenta de backup.
Nota: Ao terminar a instalação, é provável que seja so-
Fazer backups de sua informação não tem que ser um licitado que você reinicie seu equipamento.
trabalho complicado. Você pode simplesmente recorrer ao Para utilizar a ferramenta, siga estes passos:
método Copiar e Colar, ou seja, aproveitar as ferramentas 1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra-
dependendo da versão do Sistema Operacional (Windows, mas”.
Linux, etc.) que você utiliza. 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas
de Sistema”.
Cópias Manuais 3. Escolha a opção “backup”.
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
Você pode fazer backups da sua informação com estes aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique
passos simples: em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um
1. Clique com o botão direito sobre o arquivo ou pasta guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode
de que seja fazer backup e depois clique na opção “Copiar” obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
no menu exibido. 2. Agora marque a unidade de backup, Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema
clique com o botão direito sobre ela e escolha “Colar” no operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so-
menu exibido. Você pode marcar a unidade de backup ao bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”.
localizá-la no ícone “Meu Computador”, ou seja, como uma Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu
das unidades do Windows Explorer. sistema operacional.
175
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Recomendações para proteger seus backups Por meio destas definições podemos observar uma
Fazer backups é uma excelente prática de segurança unanimidade no que diz respeito à importância da infor-
básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você mação contida no documento, independente do seu su-
esteja a salvo no dia em que precisar deles: porte, para as atividades humanas; isso devido à sua na-
1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório, tureza comprobatória de fatos ocorridos ao longo de uma
e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên- atividade.
dios, como os cofres onde você guarda seus documentos e No tocante ao termo Arquivo, Schellenberg (2004, p.
valores importantes. 41) define-o como “Os documentos de qualquer institui-
2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man- ção pública ou privada que hajam sido considerados de
tenha em lugares separados. valor, merecendo preservação permanente para fins de re-
3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é ferência e de pesquisa e que hajam sido depositados ou
melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos selecionados para depósito, num arquivo de custódia per-
(quase todos os programas de backup contam com essa manente”.
opção), assim você não desperdiça espaço útil. Quando falamos de arquivos, devemos ter em mente
4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira que existem dois tipos: o de caráter privado e o público.
que sua informação fique criptografada o suficiente para Ao se tratar de Arquivos Públicos, podemos encontrar
que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é sua definição no artigo 7º da Lei nº 8159 de 1991, que dis-
importante para seus entes queridos, implemente alguma põe que “Os arquivos públicos são os conjuntos de docu-
forma para que eles possam saber a senha se você não mentos produzidos e recebidos, no exercício de suas ati-
estiver presente. vidades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual,
do Distrito Federal e municipal, em decorrência de suas
*texto adaptado do material disponivel em: funções administrativas, legislativas e judiciárias”.
https://www.vivaolinux.com.br/linux/ Ao analisarmos o verdadeiro objeto de um arquivo
www.petropolis.rj.gov.br/intranet/images/intro_linux concluímos que é o conteúdo dos seus documentos ou o
http://www.paulobarbosa.com.br/downloads/grupos.pdf próprio documento, e sua importância está na forma com
que foi empregado dentro de um processo de tomada de
decisão.
CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE A organização e gestão de acervos arquivísticos tor-
GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, nou-se bastante problemática para as instituições nas últi-
ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS. mas três décadas, devido à rápida e ininterrupta evolução
tecnológica que a humanidade sofreu. Evolução essa que
afetou todos os meios de produção existentes.
Segundo SANTOS (2002), as tecnologias desenvolvidas
Sobre o que é Documento, encontramos na literatu-
ra diversos entendimentos. Primeiramente temos Houaiss, para permitir essa evolução também afetaram diretamente
Villar e Franco (2001) que, em seu Dicionário, definem o a produção informacional e documental.
verbete “documento” como “qualquer escrito usado para Para se ter uma ideia do volume de informação dis-
esclarecer determinada coisa [...] qualquer objeto de valor ponível nos dias de hoje, ao fazer uma pesquisa sobre um
documental (fotografia, peças, papéis, filmes, construções, assunto de seu interesse na Internet, o pesquisador irá en-
etc.) que elucide, instrua, prove ou comprove cientifica- contrar tanta informação que será praticamente impossí-
mente algum fato, acontecimento, dito etc.” vel ler todos os documentos encontrados sobre o assunto.
No campo da Arquivologia, temos Schellenberg (2004, Também iremos encontrar documentos que, apesar de te-
p. 41) que define “documento (records)” da seguinte forma: rem sido indexados para um determinado assunto, ele não
Todos os livros, papéis, mapas, fotografias ou outras contém nada sobre o termo indexado.
espécies documentárias, independentemente de sua apre- Uma das tecnologias que mais se destacaram nesse
sentação física ou características, expedidos ou recebidos desenvolvimento, foi a da área da informática essa tecnolo-
por qualquer entidade pública ou privada no exercício de gia, onde acabou criando uma nova forma de documento:
seus encargos legais ou em funções das suas atividades e o Arquivo Digital.
preservados ou depositados para preservação por aquela Para o Arquivo Nacional, em sua obra Subsídios para
entidade ou por seus legítimos sucessores como prova de um Dicionário Brasileiro de Termos Arquivísticos, Arquivo
suas funções, sua política, decisões, métodos, operações Digital é um conjunto de Bits que formam uma unidade
ou outras atividades, ou em virtude do valor informativo lógica interpretável por computador e armazenada em su-
dos dados neles contidos. porte apropriado.
Já Rondinelli (2004) cita a definição do Comitê de Do- A Wikipédia trata o termo Arquivo Digital como Arqui-
cumentos Eletrônicos do Conselho Internacional de Arqui- vo de Computador e o traduz da seguinte forma:
vos (CIA) onde a “informação registrada, independente da No disco rígido de um computador, os dados são guar-
forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer dados na forma de arquivos (ou ficheiros, em Portugal). O
da atividade de uma instituição ou pessoa e que possui arquivo é um agrupamento de registros que seguem uma
conteúdo, contexto e estrutura suficientes para servir de regra estrutural, e que contém informações (dados) sobre
evidência dessa atividade”. uma área específica.
176
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Estes arquivos podem conter informações de qualquer Não podemos nos bastar somente na forma de man-
tipo de dados que se possa encontrar em um computador: ter o documento digital através da sua preservação, tam-
textos, imagens, vídeos, programas, etc. Geralmente o tipo bém temos que organizá-lo para ter acesso às informações
de informação encontrada dentro de um arquivo pode ser que ele contém.
previsto observando-se os últimos caracteres do seu nome, Schellenberg (2004, p. 68) dá uma ideia do que vem a
após o último ponto (por exemplo, txt para arquivos de ser um modo de gestão de documentos quando nos diz
texto sem formatação). Esse conjunto de caracteres é cha- que documentos são eficientemente administrados quan-
mado de extensão do arquivo. do, uma vez necessários, podem ser localizados com rapi-
Como os arquivos em um computador são muitos (só dez e sem transtorno ou confusão
o sistema operacional costuma ter milhares deles), esses Segundo o autor, a maneira com que os documentos
arquivos são armazenados em diretórios (também conhe- são mantidos para uso corrente determina a exatidão com
cidos como pastas). que podem ser fixados os valores da documentação reco-
No Brasil, o responsável pela regulamentação e práti- lhida. Também nos diz que o uso dos documentos para fins
cas de gestão arquivística no âmbito do poder público é o de pesquisa depende, igualmente, da maneira pela qual
Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ. Sua atribuição foram originalmente ordenados (2004, p. 53).
é definir a política nacional de arquivos públicos e privados, Paes (1991, p. 17) diz que devemos ter por base a aná-
como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos, lise das atividades da instituição e de como os documentos
bem como exercer orientação normativa visando a gestão são solicitados ao arquivo, para podermos definir o melhor
documental e a proteção especial aos documentos de ar- método arquivístico a ser adotado pela instituição.
quivo. Para o CONARQ (Resolução nº 25. art. 1), gestão ar-
Para o CONARQ, o termo Documento Digital é o mes- quivística de documentos é o conjunto de procedimentos
mo que Documento em Meio Eletrônico, ou seja, aquele e operações técnicas referentes à produção, tramitação,
que só é legível por computador. uso, avaliação e arquivamento de documentos em fases
O parágrafo 2º, do artigo 1º, da Resolução do CONARQ corrente e intermediária, visando à sua eliminação ou reco-
nº 20, de 16 de julho de 2004, define Documento Arqui- lhimento para guarda permanente.
vístico Digital como: o documento arquivístico codificado A característica que o documento digital apresenta
em dígitos binários, produzido, tramitado e armazenado pode comprometer a sua autenticidade pois está sujeito à
por sistema computacional. São exemplos de documen-
degradação física dos seus suportes, à rápida obsolescên-
tos arquivísticos digitais: planilhas eletrônicas, mensagens
cia tecnológica e às intervenções que podem causar adul-
de correio eletrônico, sítios na internet, bases de dados e
terações e destruição.
também textos, imagens fixas, imagens em movimento e
Na tentativa de se coibir estes tipos problemas, o CO-
gravações sonoras, dentre outras possibilidades, em for-
NARQ, através da sua Câmara Técnica de Documentos Ele-
mato digital.
trônicos, editou a Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007,
Atualmente existe uma variedade muito grande de do-
onde recomenda aos órgãos e instituições que adotem o
cumentos digitais e os tipos mais comuns que podemos
encontrar são: “Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de
1) Textos: arquivos com a extensão “.txt”, “.doc”, Gestão Arquivística de Documentos e-ARQ Brasil”, para de-
“.pdf” etc.; finir, documentar, instituir e manter políticas, procedimen-
2) Vídeos: arquivos com a extensão “.avi”, “.mov”, tos e práticas para a gestão arquivística de documentos,
“.wmv” etc.; com base nas diretrizes estabelecidas por ele.
3) Áudio: arquivos com a extensão “.wma”, “.mp3”, Para o CONARQ, somente com procedimentos de ges-
“.midi” etc.; tão arquivística é possível assegurar a autenticidade dos
4) Fotografia: arquivos com a extensão “.jpg”, “.bmp”, documentos arquivísticos digitais.
“.tiff”, “.gif” etc.; Para se ter sucesso na implantação deste Sistema nos
5) Arquivos de planilhas: arquivos com a extensão órgãos públicos e empresas privadas é necessário que to-
“.pps” etc.; dos os funcionários estejam envolvidos na política arquivís-
6) Arquivos da Internet: arquivos com a extensão tica de documentos e as responsabilidades devem ser dis-
“.htm”, “.html” etc. tribuídas de acordo com a função e hierarquia de cada um.
Porém, ao mesmo tempo em que este tipo de tecnolo- A Constituição Federal de 1988 e, particularmente, a
gia vem nos ajudar a executar nossas tarefas diárias, a sua Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a
veloz e constante evolução também está nos criando um política nacional de arquivos públicos e privados, delega-
problema muito sério no tocante à sua preservação. ram ao Poder Público algumas responsabilidades, consubs-
À medida que a tecnologia avança, seus meios (hard- tanciadas pelo Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002,
ware e software) sofrem mutações consideráveis em suas que consolidou os decretos anteriores - nsº 1.173, de 29 de
estruturas a ponto de criarem sérios problemas de preser- junho de 1994; 1.461, de 25 de abril de 1995, 2.182, de 20
vação, principalmente quando se pretende abrir arquivos de março de 1997 e 2.942, de 18 de janeiro de 1999.
de programas mais antigos ou de versões ultrapassadas. O artigo 3º, da Lei nº 8.159 de 08 de janeiro de 1991,
No tocante à preservação de acervos digitais, pode- que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos
mos contar atualmente com a existência de uma vasta e e privados, diz que gestão de documentos é o conjunto de
rica literatura sobre o assunto. procedimentos e operações técnicas à sua produção, tra-
177
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
mitação, uso, avaliação e arquivamento em fases corrente preservar exige compromissos de longo prazo entre os vá-
e intermediária, visando à sua eliminação ou recolhimento rios segmentos da sociedade: poderes públicos, indústria
para guarda permanente., e o seu artigo 17, do Capítulo de tecnologia da informação, instituições de ensino e pes-
IV, afirma que a administração da documentação pública quisa, arquivos e bibliotecas nacionais e demais organiza-
ou de caráter público compete às instituições arquivísticas ções públicas e privadas.
federais, estaduais do Distrito Federal e municipais. O CONARQ reconhece a instabilidade da informação
Tal dispositivo torna claro a importância e a respon- arquivística digital e sobre a necessidade de estabeleci-
sabilidade que devemos ter com o trato da documentação mento de políticas públicas, diretrizes, programas e proje-
pública. tos específicos, legislação, metodologias, normas, padrões
Dentre estas responsabilidades, a mais discutida pelos e protocolos que possam minimizar os efeitos da fragilida-
autores de hoje é a da preservação dos documentos. de e da obsolescência de hardwares, softwares e formatos
Hoje, encontramos uma vasta bibliografia que trata es- e que assegurem, ao longo do tempo, a autenticidade, a in-
pecificamente sobre o tema da preservação de documen- tegridade, o acesso contínuo e o uso pleno da informação.
tos, tanto em suporte de papel quanto em meios eletrôni-
cos. Metadados
A guarda e a conservação dos documentos, visando à A definição mais simples de metadados é que eles são
sua utilização, são as funções básicas de um arquivo (PAES, dados sobre dados – mais especificamente, informações
1991, p. 5). (dados) sobre um determinado conteúdo (os dados).
Para Arellano (2004): Os metadados são utilizados para facilitar o entendi-
A natureza dos documentos digitais está permitindo mento, o uso e o gerenciamento de dados. Os metadados
ampla produção e disseminação de informação no mun- necessários para este fim variam conforme o tipo de dados
do atual. É fato que na era da informação digital se está e o contexto de uso. Assim, no contexto de uma biblioteca,
dando muita ênfase à geração e/ou aquisição de material onde os dados são o conteúdo dos títulos em estoque, os
digital, em vez de manter a preservação e o acesso a longo metadados a respeito de um título normalmente incluem
prazo aos acervos eletrônicos existentes. O suporte físico uma descrição do conteúdo, o autor, a data de publicação
da informação, o papel e a superfície metálica magneti- e sua localização física. No contexto de uma câmera, onde
zada se desintegram ou podem se tornar irrecuperáveis. os dados são a imagem fotográfica, os metadados normal-
Existem, ademais, os efeitos da temperatura, umidade, ní- mente incluem a data na qual a foto foi tirada e detalhes
vel de poluição do ar e das ameaças biológicas; os danos da configuração da câmera. No contexto de um sistema de
provocados pelo uso indevido e o uso regular, as catástro- informações, onde os dados são o conteúdo de arquivos
fes naturais e a obsolescência tecnológica. A aplicação de de computador, os metadados a respeito de um item de
estratégias de preservação para documentos digitais é uma dados individual normalmente incluem o nome do arquivo,
prioridade, pois sem elas não existiria nenhuma garantia o tipo do arquivo e o nome do administrador dos dados.
de acesso, confiabilidade e integridade dos documentos a Um registro de metadados consiste de alguns elemen-
longo prazo. tos pré-definidos que representam determinados atributos
Na Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico de um recurso, sendo que cada elemento pode ter um ou
Digital (2004), o CONARQ diz que: mais valores. Segue abaixo um exemplo de um registro de
As facilidades proporcionadas pelos meios e tecnolo- metadados simples:
gias digitais de processamento, transmissão e armazena-
mento de informações reduziram custos e aumentaram a Nome do
eficácia dos processos de criação, troca e difusão da infor- Valor
Elemento
mação arquivística. O início do século XXI apresenta um Título Catálogo da Web
mundo fortemente dependente do documento arquivístico
Criador Dagnija McAuliffe
digital como um meio para registrar as funções e ativida-
des de indivíduos, organizações e governos. Editora University of Queensland Library
Porém, o CONARQ alerta sobre a importância de vol- http://www.library.uq.edu.au/iad/
Identificador
tarmos nossas atenções para os meios de preservar este mainmenu.html
tipo de acervo, pois essas tecnologias digitais sofrem uma Formato Texto / html
obsolescência muito rápida pois a tecnologia digital é Relação Website da Biblioteca
comprovadamente um meio mais frágil e mais instável de
armazenamento, comparado com os meios convencionais Os esquemas de metadados normalmente apresenta-
de registrar informações. rão as seguintes características:
A Carta também nos alerta: • Um número limitado de elementos
A preservação da informação em formato digital não • O nome de cada elemento
se limita ao domínio tecnológico, envolve também ques- • O significado de cada elemento
tões administrativas, legais, políticas, econômico-financei- Normalmente, a semântica é descritiva do conteúdo,
ras e, sobretudo, de descrição dessa informação através de localização, atributos físicos, tipo (texto ou imagem, mapa
estruturas de metadados que viabilizem o gerenciamento ou modelo, por exemplo) e forma (folha impressa ou ar-
da preservação digital e o acesso no futuro. Desta forma, quivo eletrônico, por exemplo). Os principais elementos
178
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
de metadados que fornecem suporte para acesso a docu- ODS (Open document spreadsheets) - Extensão padrão
mentos publicados são o criador de uma obra, seu título, da planilha eletrônica Calc, contida no pacote LibreOffice.
quando e onde ele foi publicado e as áreas que ela abor-
da. Quando a informação é publicada sob forma analógica, - Apresentações
como material impresso, são fornecidos metadados adicio- PPT – Esta extensão é exclusiva para o Microsoft Po-
nais para auxiliar na localização das informações, como os werpoint, aplicativo que permite criar apresentações de sli-
números de identificação utilizados nas bibliotecas. des para palestrantes e situações semelhantes.
ODP (Open document presentation) - Extensão padrão
Extensões de Arquivos do criador/editor de apresentações Impress, contida no
As extensões de arquivos são sufixos que distinguem pacote LibreOffice.
seu formato e principalmente a função que cumprem no
computador. Cada extensão de arquivo possui funções e PDF
aspectos próprios, por isso a maioria necessita de progra- Formato criado pela Adobe, atualmente é um dos pa-
mas específicos para serem executadas. drões utilizados na informática para documentos impor-
Como tudo que há em um computador é formado por tantes, impressões de qualidade e outros aspectos. Pode
arquivos, existem diversos formatos, como de textos, sons, ser visualizado no Adobe Reader, aplicativo mais conheci-
imagens, planilhas, vídeos, slides entre diversos outros. do entre os usuários do formato.
A principal
Sem dúvida alguma, a principal extensão é o EXE. A Áudio
extensão significa basicamente que o arquivo é um exe- MP3 – Esta é atualmente a extensão para arquivos de
cutável, ou seja, pode ser executado e produzir efeitos em áudio mais conhecida entre os usuários, devido à ampla
computadores com sistema operacional Windows. Isso dá utilização dela para codificar músicas e álbuns de artistas.
a ele inúmeras possibilidades, desde realizar a instalação O grande sucesso do formato deve-se ao fato dele reduzir
de um programa no seu computador até mesmo execu- o tamanho natural de uma música em até 90%, ao elimi-
tar um vírus dentro dele, pois ao se executar um arquivo nar freqüências que o ouvido humano não percebe em sua
com a extensão EXE, o usuário está dando autorização ao grande maioria.
sistema para executar todas as instruções contidas dentro
WMA – Esta extensão, muito semelhante ao MP3, foi
dele. Quando tal ficheiro é de origem desconhecida ou
criada pela Microsoft e ganhou espaço dentro do mundo
não confiável, como por exemplo o que vem anexado a
da informática por ser o formato especial para o Windows
um e-mail de remetente desconhecido, é possível que este
Media Player. Ao passar músicas de um CD de áudio para
ficheiro instrua o computador a realizar tarefas indesejadas
o seu computador usando o programa, todos os arquivos
pelo usuário, tais como a instalação de vírus ou spywares.
formados são criados em WMA. Hoje, praticamente todos
Deve-se estar bastante atento ao clicar em arquivos com
esta extensão. os players de música reproduzem o formato sem compli-
cações.
DLL AAC – Sigla que significa codificação avançada de
Também conhecida como biblioteca de vínculo dinâ- áudio, o AAC foi criado pela Apple a fim de concorrer di-
mico, é um arquivo que é usada geralmente junto como retamente com o MP3 e o WMA, visando superá-los em
EXE como parte complementar de um software. qualidade sem aumentar demasiadamente o tamanho dos
arquivos. Menos conhecido, o formato pode ser reprodu-
Documentos zido em iPods e similares, além de players de mídia para
- Editores de texto computador.
TXT – É um arquivo texto ou texto puro como é mais OGG – Um dos formatos menos conhecidos entre os
conhecido. Arquivos dos Word também são textos, mas ele usuários, é orientado para o uso em streaming, que é a
gera um texto com formatação. O TXT é um formato que transmissão de dados diretamente da Internet para o com-
indica um texto sem formatação, podendo ser aberto ou putador, com execução em tempo real. Isso se deve ao fato
criado no Bloco de Notas do Windows, por exemplo. do OGG não precisar ser previamente carregado pelo com-
DOC – O formato de arquivos DOC é de propriedade putador para executar as faixas.
da Microsoft e usado no Microsoft Word como padrão na AC3 – Extensão que designa o formato Dolby Digi-
gravação de arquivos textos. As versões mais recentes do tal, amplamente utilizado em cinemas e filmes em DVD.
Word incorporaram a extensão DOCX como evolução do A grande diferença deste formato é que as trilhas criadas
DOC, isto aconteceu a partir da versão 2007 do Microsoft nele envolvem diversas saídas de áudio com freqüências
Word. bem divididas, criando a sensação de imersão que perce-
ODT (Open document text) – Extensão padrão do edi- bemos ao fazer uso de home theaters ou quando vamos
tor de texto Writer contido no pacote LibreOffice. ao cinema.
WAV – Abreviação de WAVE, ou ainda WAVEForm au-
- Planilhas Eletrônicas dio format, é o formato de armazenamento mais comum
XLS – Este tipo de arquivo é usado pelo Excel para criar adotado pelo Windows. Ele serve somente para esta fun-
e editar planilhas. O XLS foi usado até a versão 2003, a par- ção, não podendo ser tocado em players de áudio ou apa-
tir da versão 2007 passou a usar o formato XLSX relhos de som, por exemplo.
179
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
MPEG – Um dos padrões de compressão de áudio e PNG – Este formato surgiu em sua época pelo fato dos
vídeo de hoje, criado pelo Moving Picture Experts Group, algoritmos utilizados pelo GIF serem patenteados, encare-
origem do nome da extensão. Atualmente, é possível en- cendo a utilização dele. O PNG suporta canais alga e apre-
contrar diversas taxas de qualidade neste formato, que va- senta maior gama de cores.
ria de filmes para HDTV a transmissões simples. Além destes formatos, há outros menos conhecidos
referentes à gráficos e ilustrações vetoriais, que são basea-
das em formas geométricas aplicadas de forma repetida na
MOV – Formato de mídia especialmente desenhado
tela, evitando o desenho pixelado feito no padrão Bitmap.
para ser reproduzido no player QuickTime. Por esse mo- Algumas delas são o CRD, do Corel, e o AI, do Adobe Ilus-
tivo, ficou conhecido através dos computadores da Apple, trator.
que utilizam o QuickTime da mesma forma que o Windows
faz uso do seu Media Player. Compactadores
ZIP – A extensão do compactador Winzip se tornou tão
RMVB - RealMedia Variable Bitrate, define o formato famosa que já foi criado até o verbo “zipar” para mencionar
de arquivos de vídeo desenvolvido para o Real Player, que a compactação de arquivos. O programa é um dos pionei-
já foi um dos aplicativos mais famosos entre os players de ros em sua área, sendo amplamente usado para a tarefa
mídia para computador. Embora não seja tão utilizado, ele desde sua criação.
apresenta boa qualidade se comparado ao tamanho de
seus arquivos. RAR – Este é o segundo formato mais utilizado de
compactação, tido por muitos como superior ao ZIP. O
Winrar, programa que faz uso dele, é um dos aplicativos
MKV – Esta sigla denomina o padrão de vídeo criado
mais completos para o formato, além de oferecer suporte
pela Matroska, empresa de software livre que busca am- ao ZIP e a muitos outros.
pliar o uso do formato. Ele apresenta ótima qualidade de
áudio e vídeo e já está sendo adotado por diversos softwa- 7z – Criado pelos desenvolvedores do 7-Zip, esta ex-
res, em especial os de licença livre. tensão faz menção aos arquivos compactados criados por
ele, que são de alta qualidade e taxa de diminuição de ta-
Imagem manho se comparado às pastas e arquivos originais inseri-
BMP – O Bitmap é um dos formatos de imagem mais dos no compactado.
conhecidos pelo usuário. Pode-se dizer que este formato é
o que apresenta a ilustração em sua forma mais crua, sem Onde ficam os documentos?
perdas e compressões. No entanto, o tamanho das ima- Qualquer coisa que exista no seu computador está ar-
gens geralmente é maior que em outros formatos. Nele, mazenada em algum lugar e de maneira hierárquica. Em
cada pixel da imagem é detalhado especificamente, o que cima de tudo, estão os dispositivos que são, basicamente,
qualquer peça física passível de armazenar alguma coisa.
a torna ainda mais fiel.
Os principais dispositivos são o disco rígido; CD; DVD; car-
tões de memória e pendrives.
GIF – Sigla que significa Graphics Interchange Format, Tais dispositivos têm uma quantidade de espaço dispo-
é um formato de imagem semelhante ao BMP, mas ampla- nível limitada, que pode ser dividida em pedaços chama-
mente utilizado pela Internet, em imagens de sites, progra- dos partições. Assim, cada uma destas divisões é exibida
mas de conversação e muitos outros. O maior diferencial como umaunidade diferente no sistema. Para que a ideia
do GIF é ele permitir a criação de pequenas animações com fique clara, o HD é um armário e aspartições são as gave-
imagens seguidas, o que é muito utilizado em emoticons, tas: não aumentam o tamanho do armário, mas permitem
blogs, fóruns e outros locais semelhantes. guardar coisas de forma independente e/ou organizada.
Em cada unidade estão as pastas que, por sua vez, con-
JPEG - Joint Photographic Experts Group é a origem tém arquivos ou outras pastas que, por sua vez, podem ter
da sigla, que é um formato de compressão de imagens, mais arquivos... e assim, sucessivamente. A organização de
sacrificando dados para realizar a tarefa. Enganando o olho tudo isso é assim:
humano, a compactação agrega blocos de 8X8 bits, tor-
nando o arquivo final muito mais leve que em um Bitmap.
180
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
2. Unidades e Partições
Para acessar tudo o que armazenado nos dispositivos
acima, o Windows usa unidades que, no computador, são
identificadas por letras. Assim, o HD corresponde ao C:; o
leitor de CD ou DVD é D: e assim por diante. Tais letras po-
dem variar de um computador para outro.
Você acessa cada uma destas unidades em “Meu Com-
putador”, como na figura abaixo:
1. Dispositivos
181
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
3. Pastas
As pastas - que, há “séculos” eram conhecidas por di-
retórios - não contém informação propriamente dita e sim
arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organi-
zar tudo o que está dentro de cada unidade.
182
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
A Linkedln, que é a rede social online mais popular Ou, ainda, você pode procurar pessoas que estudaram
para profissionais de negócios, permite que você busque no mesmo colégio ou faculdade que você, pessoas que
cada um dos membros do site, e você também tem acesso têm a mesma marca de carro ou que gostam do mesmo
aos perfis completos e informações de contato dos seus tipo de música. Você pode convidar essas pessoas para
contatos já existentes, ou seja, as pessoas que aceitaram também participarem da sua rede, aumentando, assim, a
o convite para participar da sua rede (ou que convidaram sua rede social.
você para participar da rede delas). No entanto, seus con- Mesmo que tenha a impressão de que conhece as pes-
tatos podem apresentá-lo a pessoas que estão distantes soas que encontra no ciberespaço, você deve ter cuidado
de você duas ou três posições na rede maior da Linkedln. porque a ação de hackers é bastante comum.
Ou você pode pagar um adicional para entrar em contato
direto com qualquer usuário por meio de um serviço cha- A ação de hackers e as redes sociais
mado InMail. Quando as pessoas falam sobre a ação de hackers em
redes sociais, elas não estão usando a definição comum de
O Orkut, rede social do Google, foi a mais popular entre
hackers, que são aqueles que usam códigos ou brechas em
os brasileiros por um bom tempo. Seu uso era tão fácil que
redes de computadores de forma mal-intencionada, para
os brasileiros acabaram dominando a rede e chegaram a
causar danos aos sistemas ou roubar informações confi-
80% de seus usuários. Uma vez cadastrado na rede, o usuá- denciais. A ação dos hackers em redes sociais requer muito
rio tinha uma página pessoal onde podia adicionar, além pouca habilidade técnica. Trata-se mais de um jogo psico-
de seus dados pessoais e profissionais, amigos, amigos dos lógico: usar informações dos perfis pessoais para ganhar a
amigos, amigos dos amigos dos amigos, criar comunidades confiança de um estranho.
online e participar das já existentes, enviar recados para sua Este segundo tipo de hacker é chamado de engenheiro
rede de contatos e para quem ainda não faz parte dela, social. A engenharia social usa técnicas psicológicas per-
criar álbuns de fotos e paquerar, flertar, namorar. E, o mais suasivas para explorar o elo mais fraco do sistema de segu-
importante para grande parte dos participantes, xeretar a rança da informação: as pessoas. Veja alguns exemplos de
vida das pessoas através das páginas de recados. engenharia social:
• chamar um administrador de sistemas fingindo ser
Fazendo contatos em uma rede social online um executivo irritado que esqueceu sua senha e precisa
Você precisa criar um perfil em uma rede social antes acessar seu computador imediatamente;
de fazer contatos online. Você vai precisar escolher um • fingir ser um funcionário de banco e ligar para um
nome para login e uma senha. Depois de fazer isso, você cliente pedindo o número do seu cartão de crédito;
vai fornecer algumas informações pessoais básicas, como • fingir ter perdido seu crachá e pedir gentilmente a
um funcionário para deixar você entrar no escritório.
nome, sexo, idade, local e alguns hobbies ou interesses es-
Muitas pessoas não levam os possíveis riscos de segu-
pecíficos.
rança em consideração quando criam uma página de perfil
Você pode personalizar seu perfil adicionando fotos,
em uma rede social. Quanto mais informações pessoais e
música ou vídeos. Mas lembre-se de que o seu perfil é a profissionais você incluir no seu perfil público, mais fácil
imagem que você está apresentando ao mundo online. Na será para um hacker explorar essas informações para ga-
maioria dos sites você pode ter um controle sobre quem nhar sua confiança.
pode visualizar seu perfil completo. Vamos supor que você seja um engenheiro e faz um
blog sobre um dos seus projetos atuais na sua página do
Em alguns sites, só amigos ou aqueles que você con- Facebook. Um hacker pode usar essas informações para
vidou podem visualizar seu perfil. Quando tiver terminado fingir ser um funcionário da empresa. Ele sabe seu nome
de criar seu perfil, você pode começar a procurar amigos e e seu cargo na empresa, então você está sujeito a confiar
fazer contatos. Isso acontece quando você convida amigos nele. Assim; ele pode tentar conseguir de você uma senha
que estão offline no momento para participar ou procurar ou informação confidencial para vender aos concorrentes.
amigos que já são membros. A segurança da maioria das redes sociais online é que
Na maioria dos sites de rede social você pode enviar somente seus “amigos” ou membros da sua rede podem
um e-mail convidando amigos para participar do Website ver seu perfil completo. Mas isso só é eficaz se você for ex-
e fazer parte da sua rede social online. Em alguns casos, tremamente seletivo sobre quem você inclui em sua rede.
como no Facebook ou Linkedln, você pode importar sua Se você aceita convites de qualquer pessoa, uma delas
lista de endereços das suas contas de e-mail, como o Goo- pode ser um hacker.
O problema com as redes sociais online é que elas não
gle ou Yahoo.
possuem um sistema integrado de autenticação para veri-
ficar se alguém é realmente quem diz ser [fonte: SearchSe-
Depois de convidar seus amigos atuais, você pode co- curity.com]. Um hacker pode criar um perfil qualquer em
meçar a procurar pessoas que têm interesses parecidos um site como o Linkedln para se encaixar perfeitamente
com os seus. Por exemplo, se você gosta de ler os livros nos interesses comerciais de seu alvo. Se o alvo aceita o
da Jane Austen, você pode procurar outras pessoas que hacker como contato, ele pode ter acesso às informações
gostam de Jane Austen e convidá-las para participar da sua de todos os outros contatos de seu alvo. Com essas infor-
rede. mações, é possível criar uma elaborada identidade falsa.
183
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Para lutar contra a engenharia social, a chave é a aten- empresa a revelar os dados dos usuários envolvidos. Em
ção. Se você sabe que hackers de engenharia social exis- maio de 2006, a rede social foi obrigada a retirar do ar co-
tem, deve ter mais cuidado com aquilo que vai postar em munidades consideradas pelas autoridades como crimino-
seus perfis online. Se você está familiarizado com as trapa- sas e racistas.
ças mais comuns da engenharia social, vai reconhecer uma
enquanto ela está acontecendo, e não quando for tarde Conceitos de tecnologias e ferramentas multimídia,
demais. de reprodução de áudio e vídeo
O termo multimídia, relacionado à Informática, determi-
Redes sociais para adultos na equipamentos e programas que detém a possibilidade
Além de participarem de redes sociais online que antes de ler, gravar e criar arquivos que são perceptíveis por vários
eram dominadas por adolescentes, como o MySpace e o sentidos do ser humano, ou seja, podemos ver, ouvir ou gra-
Facebook, os usuários adultos também estão participando var nossa voz, por exemplo.
de redes sociais online destinadas a eles. As redes sociais
para adultos não têm um conteúdo “adulto” especializado Tecnologias e ferramentas multimídia são aquelas que
(embora também exista). Elas são redes sociais para profis- permitem manipulação de arquivos de áudio e vídeo, seja
sionais, e não somente para amigos. em CDs, DVDs, Blu-ray, pendrives ou outras mídias de arma-
Com mais de 15 milhões de membros, o LinkedIn é a zenamento.
maior rede social online para profissionais. No LInkedln, as Permitem armazenar, ouvir ou ver os conteúdos de
páginas de perfil são mais parecidas com currículos, com scanners, câmeras digitais, Internet, vídeos, webcams e ou-
informações sobre experiência profissional e formação tros dispositivos.
acadêmica, deixando de fora informações como livros e Existem softwares que fazem a conversão dos formatos
bandas favoritos. Até pouco tempo atrás, o Linkedln não dos arquivos, possibilitando, por exemplo, que músicas sal-
permitia que os usuários postassem uma foto em seu perfil, vas em um determinado formato, que tocam apenas em um
temendo que o site estritamente profissional se tornasse programa específico, possam ser convertidas em formatos
uma desculpa para namoros online. que são de possível execução em diversos outros equipa-
Os usuários do Linkedln podem fortalecer os contatos mentos e softwares.
e relacionamentos existentes para encontrar novos empre- A reprodução de áudio e vídeo consiste na possibilidade
gos e parcerias. No Linkedln, por exemplo, você pode fazer de copiar arquivos de áudio e vídeo e também usá-los em
uma busca por emprego na sua rede. Se acontecer de o seu aparelhos e programas diferentes.
melhor amigo ter estudado com a pessoa que está contra- Há pouco tempo ouvíamos falar nos “kits multimídia”
tando, isso pode dar a você uma vantagem significativa em para computadores. Esses kits eram compostos pelo hard-
relação a outros candidatos. ware que possibilitava o tratamento de arquivos de som, ví-
Os recrutadores de profissionais também estão garim- deo, imagens e voz. Eram compostos por placas de som, que
pando os enormes bancos de dados profissionais em sites possibilitam a entrada de som (com a instalação do micro-
como o Linkedln. Eles podem pagar um adicional pelo Lin- fone), a saída de som (com a instalação das caixas de som)
kedln Corporate Services, um serviço que permite realizar e o drive de DVD ou CD, que era a principal fonte de exibi-
buscas direcionadas por membros que atendem aos seus ção de arquivos multimídia. A placa de vídeo, apesar de ser
requisitos de experiência e localização. A vantagem de um essencial para a exibição de imagens e vídeos, como é um
serviço como o LInkedln é que os recrutadores podem item primordial do computador, não era considerada parte
atingir “candidatos passivos,” isto é, profissionais altamen- desse kit. Com o advento da Internet, o drive de CD ou DVD,
te qualificados que não estão necessariamente procurando não passou a ser o único meio de entrada de arquivos mul-
um novo emprego. Eles são mais atraentes para os empre- timídia, e os componentes de hardware passaram a ser pra-
gadores, pois têm sua capacidade provada, já que perma- ticamente parte integrante do computador e não mais um
necem em seus cargos. kit opcional. Estes hardwares são considerados ferramentas
Várias redes sociais para adultos são dedicadas a pro- multimídia, mas também existem softwares que trabalham
fissões específicas. De acordo com um artigo do Wall Street como ferramentas.
Journal, médicos estão se encontrando em um site de rede Existem vários programas que dão suporte aos arqui-
social para médicos chamado Sermo e executivos de publi- vos multimídia com recursos para criar screensavers, visua-
cidade, marketing e mídia estão trocando dicas e truques lizar imagens, criar álbuns de fotos digitais, cartões virtuais,
em um outro site de rede social chamado AdGabber [fonte: editores de vídeos e músicas, calendários e outros tipos de
Wall Street Journal]. arquivos, com as extensões avi, mpeg, mpg, wmv, mov, asf,
mp3, wav e outras específicas dos arquivos multimídia.
Redes do mal Exemplos de softwares que são ferramentas multimídia
As redes sociais tem o lado bom de aproximar pes- são o Windows Media Player, que reproduz vídeos e músi-
soas de diferentes lugares, mas a facilidade de criar perfis cas; Windows Movie Maker, que permite a edição de vídeos;
e comunidades também tem um lado negro. Em março de Play All, que localiza todos os links de música e vídeo de
2008, o Orkut foi obrigado a revelar à polícia os dados de um site e permite que sejam executados no seu programa
usuários pedófilos. A Polícia brasileira descobriu uma rede favorito.
de pedofilia infiltrada nas páginas do Orkut e obrigou a
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Conhecimentos gerais sobre redes sociais (twitter, A Equipe de gestão da empresa é composto de executi-
facebook, linkedin) vos experientes de empresas como Yahoo!, Google, Microsoft,
Uma rede social é uma estrutura social composta por TiVo, PayPal e Electronic Arts. O CEO do LinkedIn é Jeff Wei-
pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos ner.
de relações, que partilham valores e objetivos comuns. LinkedIn está disponível em 19 idiomas: Inglês, checo,
Em informática, essa conexão ocorre através de sites dinamarquês, holandês, francês, alemão, indonésio, italiano,
disponíveis na Internet, como os que vamos mencionar: japonês, coreano, malaio, norueguês, polaco, Português, ro-
meno, russo, espanhol, sueco e turco.
O Twitter é uma rede social e servidor para micro- Em 30 de junho de 2012, o LinkedIn tem 2.861 funcioná-
blogging, que permite aos usuários enviar e receber atua- rios em tempo integral localizados ao redor do mundo. Linke-
lizações pessoais de outros contatos (em textos de até 140 dIn começou 2012 com cerca de 2.100 funcionários em tempo
caracteres, conhecidos como “tweets”), por meio do website integral em todo o mundo, acima dos cerca de 1.000 no início
do serviço, por SMS e por softwares específicos de geren- de 2011 e cerca de 500 no início de
ciamento.
QUESTÕES GERAIS
Facebook é uma rede social que reúne pessoas a seus
amigos e àqueles com quem trabalham, estudam e convi- 1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi-
vem. nale a opção correta.
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve
Para participar dessa rede social, é necessário acessar o ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con-
site www.facebook.com.br, realizar um cadastro rápido e de- trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos
pois acessar com o login e senha, o espaço reservado para relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema opera-
cada usuário. Nele, é possível postar fotos, vídeos, imagens cional.
e mensagens. Os contatos são adicionados através do bo- (B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e
tão “Localizar Amigos”, que possibilita a busca na Internet DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos
das pessoas conhecidas. Após a localização é enviado uma diretórios de programas instalados na máquina em uso.
solicitação para que a outra pessoa faça parte do seu grupo (C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de
de contatos. um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha
da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá-
O Orkut é uma rede social filiada ao Google, antecesso- rios possivelmente cadastrados nessa máquina.
ra do Facebook, com o objetivo de ajudar seus membros a (D) O Windows oferece um conjunto de acessórios
conhecer pessoas e manter relacionamentos. disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre
Seu funcionamento é semelhante ao Facebook, onde é eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
necessário um cadastro para obter login e senha, antes do (E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo-
acesso para postar fotos, vídeos, imagens e mensagens. tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o
Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na
O LinkedIn é uma rede social que teve início em 2002. máquina e, em seguida, desligar o computador.
O site lançado oficialmente em 5 de maio de
2003. No final do primeiro mês de operação, Lin- Comentários: Para desinstalar um programa de forma
kedIn tinha um total de 4.500 membros da rede. segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
Em 30 de junho de 2012 (final do segundo trimestre), os remover programas
profissionais estão se inscrevendo para participar LinkedIn a Resposta – Letra A
uma taxa de cerca de dois novos membros por segundo.
A empresa é de capital aberto e tem um modelo de ne-
gócios diversificado com receitas provenientes de soluções de 2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in-
contratação, soluções de marketing e assinaturas premium. formações estão contidas em arquivos de vários formatos,
Em 2 de agosto de 2012, o LinkedIn opera a maior rede que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de
profissional do mundo na internet com mais de 175 milhões mídias removíveis do computador, organizados em:
de membros em mais de 200 países e territórios. (A) telas.
Sessenta e dois por cento dos usuários do LinkedIn estão (B) pastas.
localizados fora dos Estados Unidos, em 2 de agosto de 2012. (C) janelas.
LinkedIn fez cerca de 4,2 bilhões de buscas, orientados (D) imagens.
profissionalmente na plataforma em 2011 e está a caminho (E) programas.
de superar 5,3 bilhões em 2012.
Com sede em Mountain View, na Califórnia, o LinkedIn Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma
também tem escritórios nos Estados Unidos, em Chicago, Los bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
Angeles, Nova York, Omaha e São Francisco. Escritórios inter- mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
nacionais do LinkedIn estão localizados em Amsterdã, Ban- os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
galore, Delhi, Dubai, Dublin, Hong Kong, Londres, Madrid, sistema de armário e gavetas.
Melbourne, Milão, Mumbai, Munique, Paris, Perth, São Paulo, Resposta: Letra B
Cingapura, Estocolmo, Sydney, Tóquio e Toronto.
185
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
186
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, (C) A opção Salvar Como, disponível no menu das apli-
ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o cações do MS Office, permite que o usuário salve o docu-
gabarito da questão. mento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso,
Resposta: B. a versão antiga do documento é apagada e só a nova ver-
7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e cor- são permanece armazenada no computador.
reio eletrônico, analise: (D) O menu Exibir permite a visualização do documen-
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos to aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS
navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Goo- Word para ser aberto no MS PowerPoint.
gle Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet (E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a ela-
(Exemplo: http://www.google.com.br). boração de apresentações de slides que utilizem conteúdo
II. Download significa descarregar ou baixar; é a trans- e imagens de maneira estruturada e organizada.
ferência de dados de um servidor ou computador remoto
para um computador local. Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
III. Upload é a transferência de dados de um computa- mandos universais dos programas da Microsoft como é o
dor local para um servidor ou computador remoto. caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail signifi- localizar.
ca movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a Em relação às outras letras:
um destinatário, com endereço eletrônico. Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
Estão corretas apenas as afirmativas: Excel e não o Access
A) I, II, III, IV Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma
B) I, II cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga.
C) I, II, III Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de
D) I, II, IV exibição do documento dentro do contexto de cada pro-
E) I, III, IV grama e não de um programa para o outro como é o caso
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur- da afirmativa.
so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação
página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais de slides e sim o Ms Power Point.
conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro. Resposta: B
É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e 9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assi-
III são verdadeiros. nale a opção correta.
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla
a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre
na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem na
barra de endereços do navegador: http://intranet.com.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma
rede local, pois sua função é conectar um computador à
rede de telefonia fixa.
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina
denominada cliente requisita serviços a outra, denominada
servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet.
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que ar-
No item IV encontramos o item falso da questão, o que mazena os nomes dos usuários que possuem permissão de
nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men- acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet.
sagem de e-mail significa copiar e não mover! Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado
Resposta: C. em termos de internet pois não é tão robusto quanto re-
des P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda do
servidor central impede o acesso aos usuários clientes, no
8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do segundo mesmo que um servidor “caia” outros servidores
ambiente MS Office, assinale a opção correta. ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo que
(A) Ao se clicar no nome de um documento gravado o download continue. Ex: programas torrent, Emule, Lime-
com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Win- ware, etc.
dows ativa o MS Access para a abertura do documento em Em relação às outras letras:
tela. letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve
(B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas para localizar e identificar conjuntos de computadores na
ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na-
+ V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de vegador.
todos os aplicativos da suíte MS Office.
187
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma (D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e
forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com
é restrito a uma rede local e não a internet como um todo. o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu- arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma (E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutu-
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim ra de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de bus-
acessar redes locais. ca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com- máquinas ligadas à Internet.
putação que fornece serviços a uma rede de computado-
res. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/ Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui-
ou restringe acessos. vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
Resposta: D ras e Detalhes.
10- Com relação à Internet, assinale a opção correta. Resposta: B
(A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Inter-
net, pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde Atenção: Para responder às questões de números
está localizada tal máquina. 12 e 13, considere integralmente o texto abaixo:
(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários Todos os textos produzidos no editor de textos padrão
se conectarem a uma mesma máquina simultaneamente, deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do
como no caso de salas de bate-papo. órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial
(C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebi- de computadores.
mento de arquivos na Internet. Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve-
(D) Quando se digita o endereço de uma página web, rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns
o termo http significa o protocolo de acesso a páginas em artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados
formato HTML, por exemplo. obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va-
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de lores e totais.
Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de-
correio eletrônico envia uma mensagem com anexo para
vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
outro destinatário de correio eletrônico.
também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às
Comentários: Os itens apresentados nessa questão es-
informações guardadas.
tão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os
Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas
protocolos mais comuns:
na internet visando o atendimento do nível de qualidade da
- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car- informação prestada à sociedade, pelo órgão.
regamento de páginas de Hipertexto – HTML O ambiente operacional de computação disponível para
- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do
máquina na rede MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimen- eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
to de emails direto no PC via gerenciador de emails utilizadas atualmente.
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa- Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
drão de envio de emails CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla-
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhan- da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme-
te ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário lhantes.
a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa-
gens de email direto no servidor. 12- As células que contêm cálculos feitos na planilha
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe- eletrônica,
rência de arquivos (A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão
Resposta: D resultados diferentes do original.
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
(C) somente podem ser copiadas para o editor de tex-
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor- tos dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco co-
reta. lunas.
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas- (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma
tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o a uma.
Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e
Iniciar do Windows. “coladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal- tabela.
vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de
modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de Comentários: Sempre que se copia células de uma pla-
Modos de Exibição. nilha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede como uma tabela simples, onde as fórmulas são esqueci-
oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para das e só os números são colados.
acesso direto a elas. Resposta: E
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Resposta: “C”
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
a) 3, 0 e 7. Passo 2
b) 5, 0 e 7. que foi propagada pela alça de preenchimento para A2
c) 5, 1 e 2. e A3
d) 7, 5 e 2.
e) 8, 3 e 4.
Resposta: “C”
Comentário:
Expressão =MÉDIA(A1:A3)
São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é
dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
Expressão =MENOR(B1:B3;2)
Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número,
que seria o número 1. Para facilitar coloque esses números
em ordem crescente. Click na imagem para melhor visualizar
Expressão =MAIOR(C1:C3;3)
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número, Passo 3
que seria o número 2. Para facilitar coloque esses números Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a
em ordem decrescente. propagação, o resultado
190
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191
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
decimais. Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra 25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao
A, C ou D. A função SOMA efetua a soma das três células
se clicar em , localizado abaixo do menu Favori-
(B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre o menor
entre os dois valores informados (2,66666 - dízima periódi- tos, será fechado
ca - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas (A) o Meu computador.
casas decimais. (B) o Disco Local (C:).
Considere a figura que mostra o Windows Explorer (C) o painel Pastas.
do Microsoft Windows XP, em sua configuração origi- (D) Meus documentos.
nal, e responda às questões de números 24 e 25. (E) o painel de arquivos.
Resposta: C
Comentário:
Resposta: E
Comentário:
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/
pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca- oculta o painel PASTAS.
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil
para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza-
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
02. (UFFS - TÉCNICO DE LABORATÓRIO ÁREA por esses conectores é a Plugand Play, onde basta conectar
INFORMÁTICA – FEPESE/2012)- São componentes de o dispositivo para que o sistema o reconheça precisando
hardware de um micro-computador: de poucos ou quase nenhum caminho de configuração
a. ( ) Disco rígido, patch-panel, BIOS, firmware, para poder utilizá-lo.
mouse. O tipo de memória que o pendrive utiliza - me-
b. ( ) RJ-11, processador, memória RAM, placa de mória flash - é do tipo EEPROM (Electrically-
rede, pen-drive. ErasableProgrammableRead-OnlyMemory), uma
c. ( ) Memória ROM, placa de vídeo, BIOS, proces- memória não volátil, ou seja, não depende da
sador, placa mãe. permanência de energia elétrica para manter os dados,de
d. ( ) Memória RAM, Memória ROM, Disco rígido, leitura e gravação. Os chips de memória flash ocupam pou-
processador, placa e rede. co espaço físico, mas grande poder de armazenamento.
e. ( ) Memória RAM, BIOS, Disco rígido, processa- Veja imagens de pendrives:
dor, placa de rede.
Tipos de pendrive
194
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Veja a seguir imagens ilustrativas da memória RAM. (D)O estabilizador é um equipamento eletrônico exter-
no ao gabinete do computador, onde os demais cabos de
energia da máquina são ligados. Geralmente, o estabiliza-
dor é ligado diretamente na rede elétrica e tem a função de
estabilizar a tensão desta para evitar danos ao equipamen-
to devido às variações e picos de tensão.
(E)BIT é a sigla para BinaryDigit, ou Dígito Binário, que
pode ser representado apenas pelo 0 ou pelo 1 (verdadeiro
ou falso) que representam a menor unidade de informação
transmitida na computação ou informática.
RESPOSTA: “C”.
195
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Em um computador, a velocidade do clock se refere ao Dizemos que um computador está travado quando sua
número de pulsos por segundo gerados por um oscilador tela fica estática, impossibilitando abertura, fechamento ou
(dispositivo eletrônico que gera sinais), que determina o execução de qualquer tarefa no computador. Um trava-
tempo necessário para o processador executar uma instru- mento aleatório é aquele que não ocorre sempre em um
ção. Assim para avaliar a performance de um processador, mesmo programa ou em determinado momento do traba-
medimos a quantidade de pulsos gerados em 1 segundo e, lho do computador.
para tanto, utilizamos uma unidade de medida de frequên- I – O processador é a peça do computador responsável
cia, o Hertz. pela execução lógica e aritmética das tarefas e operações
de busca, leitura e gravação de dados do computador. A
RESPOSTA: “E”. entrada e saída contínua de informações transformadas
em linguagem de máquina e os registradores presentes no
07. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN-
processador são todos mantidos por pulsos elétricos e o
CEIRA – FCC/2012) - O armazenamento de informações
aquecimento é resultado da aceleração dos processadores.
em computadores é feito pela utilização de dispositivos
chamados de memória, que as mantêm de forma volátil Processadores mais velozes tendem a ser mais aquecidos.
ou permanente. Entre esses dispositivos, está a memó- Por esse motivo os processadores são utilizados sob pastas
ria RAM ou memória térmicas e coolers, que são apropriados para cada tipo de
a) magnética. processador. O aquecimento do processador pode causar
b) secundária. travamentos e inclusive o desligamento inesperado da
c) cache. máquina.
d) principal. II- A memória RAM é o hardware responsável pelo
e) de armazenamento em massa. armazenamento temporário das informações que serão
usadas pelo computador. Essas informações também são
A memória RAM, sigla de Random Access Memory, mantidas por pulsos elétricos, o que faz com que se per-
ou memória de acesso randômico, é um dispositivo cam caso haja a interrupção no fornecimento de energia.
eletrônico de armazenamento temporário de dados Vários erros no sistema são causados por defeitos na me-
que permite a leitura e escrita, ou seja, as informações mória RAM como a “tela azul”, a reinicialização inesperada
ocupam lugar nessa memória enquanto aguardam serem do sistema e travamentos aleatórios. Um dos motivos des-
usadas pelo processador. Os dados da memória RAM são ses travamentos ocorre quando o computador tenta gravar
representados por pulsos elétricos e são descartados assim momentaneamente uma informação na RAM e não recebe
que o fornecimento de energia elétrica é interrompido,
permissão para essa tarefa devido a um defeito no local de
seja pelo desligamento do computador, ou por uma queda
de energia. Por esse motivo, essas memórias também são locação da memória, ou quando a informação não conse-
chamadas de memórias voláteis. Devido a sua importância gue ser lida pelo processador.
para o funcionamento do computador, a memória RAM é III – Todo o funcionamento do computador é impulsio-
considerada um tipo de memória principal. Existem ainda nado pela eletricidade. Picos ou ausências dela causam de-
outros tipos de memórias que são consideradas desse feitos em hardware, problemas no funcionamento correto
grupo, como a memória ROM, sigla de ReadOnlyMemory, dos procedimentos computacionais e podem ocasionar os
ou memória de somente leitura, onde os dados são travamentos aleatórios.
geralmente gravados na fábrica e não são perdidos em
caso de ausência de energia. Por esse motivo, a memória RESPOSTA: “C”.
ROM é considerada memória não volátil. 09. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
RESPOSTA: “D”. São vários os fatores que causam a não detecção do HD
pelo Setup. Assim sendo, todas as alternativas abaixo
08. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM são responsáveis por esse defeito, EXCETO:
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- a) HD com defeito físico
Com relação aos fatores que podem levar ao travamen- b) Defeito na placamãe
to aleatório em um computador:
c) Defeito no cabo de alimentação do HD
I. Aquecimento excessivo do processador;
d) Defeito no cabo de dados do HD
II. Defeito na memória RAM;
III. Inconstância na rede elétrica; e) HD sem formatação
IV. Bateria da placamãe descarregada.
HD é a sigla para Hard Disk e representa o hardwa-
Dentre os fatores listados anteriormente, estão cor- re responsável pelo armazenamento das informações de
retos dados salvos pelo usuário, de programas instalados e até
a) apenas I, III e IV. informações presentes em memória virtual para posterior
b) apenas II, III e IV. uso em processamentos de informação.
c) apenas I, II e III. O HD é ligado por um cabo flat ao conector IDE da
d) apenas I e II. placa mãe. Além dessa conexão, há também a conexão do
e) apenas III e IV. cabo da fonte de alimentação de energia.
196
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
Se conectarmos um HD não formatado e ligarmos o CD é a sigla para CompactDisc, que pode ser um CD-
computador, a mensagem de detecção ocorrerá normal- -RCompactDiscRecordable) e CD-RW (CompactDiscRecor
mente, mas aparecerá outra mensagem que indica que não dableRewritable),respectivamente gravado uma única vez
há sistema operacional instalado. e depois apenas lido e gravado e regravado.
A informação de quantos minutos a reprodução terá
RESPOSTA: “E”. em um CD de 650 MB pode ser conseguida através dos
seguintes dados:
10. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- X = 150 KB por segundo
Quando o computador começa a exibir a mensagem de 1Byte= 8 bits
erro “CMOS CHECKSUM FAILURE” após ser ligado, sig- 1kiloByte ( kb ) = 1 024 Bytes
nifica que o usuário deve realizar 1megaByte(Mb) = 1 024 kb = 1 048 576 Bytes
a) a substituição da RAM. 1 gigaByte (Gb) = 1 024 Mb = 1 073 741 824 Bytes
b) a troca da bateria da placamãe. 1 teraByte (Tb) = 1 024 Gb = 1 099 511 627 776 Bytes
c) a formatação do HD. 1 petaByte (Pb) = 1 024 Tb = 1 125 899 906 842 624
d) a inicialização do computador. Bytes
e) a operação de Boot pelo CD. 650 MB = 665600 kb
665600/150=4437,33 (dados gravados por segundo).
CMOS é a sigla para Complementary Metal Oxide Se-
miconductor, uma tecnologia usada em semicondutores Um minuto tem 60 segundos, então,4437,33/60=
que requerem pouquíssima energia. O termo se popula- 73,9555 que, aproximando e devido à dízima periódica,
rizou com o significado de uma pequena área de arma- será equivalente a 74 minutos.
zenamento em que o sistema controla determinados pa-
râmetros de hardware como, por exemplo, o tamanho do RESPOSTA: “D”.
disco rígido, o número de portas seriais que o computador
possui e assim por diante. 12. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
Checksum é um controlador de erro que funciona rea- MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)-
lizando soma e conferência de bits. Todas as alternativas abaixo representam as partes de
Failure significa falha. um disco rígido, EXCETO:
Então, com a mensagem CMOS CHECKSUM FAILURE, a) placa controladora lógica;
nós temos a informação de que houve uma falha na checa- b) conectores internos padrão IDE;
gem dos dados que o CMOS é responsável por armazenar. c) cabeças de leitura e gravação;
Esses dados são preservados pela bateria da placa mãe e d) platter;
por esse motivo sua troca pode resolver o problema. e) componentes internos de controle do atuador.
RESPOSTA: “B”.
197
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA
RESPOSTA: “B”.
HD indicando os discos, motor, atuador, cabeça de leitura
e gravação e braço 14. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
IDE é a sigla para Intergrated Drive Electronics e trata- Qual das alternativas abaixo especifica a menor quan-
-se dos conectores presentes na placa mãe para o encaixe tidade de informação que um sistema operacional con-
do cabo flat que terá uma de suas extremidades ligadas ao segue gerenciar em um disco rígido?
HD ou a um drive de gravação de CD/DVD. a) cilindro.
b) cluster.
c) trilha.
d) segmento.
e) setor.
Um cluster é a menor parte do disco rígido reconheci-
da pelo sistema operacional, e pode ser formada por vários
setores. Um cluster não armazena mais de um arquivo, mas
se o tamanho do arquivo exceder o tamanho do cluster, ele
será gravado em mais de um cluster.
RESPOSTA: “B”.
198
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
1
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Entre as várias competências do BCB destacam-se: Essas são algumas de suas atribuições:
- Assegurar a estabilidade do poder de compra da moe- - Estimular a formação de poupança e a sua aplicação
da nacional e da solidez do Sistema Financeiro Nacional; em valores mobiliários;
- Executar a política monetária mediante utilização de - Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das
títulos do Tesouro Nacional; bolsas de valores, do mercado de balcão e das bolsas de
- Fixar a taxa de referência para as operações compro- mercadorias e futuros;
missadas de um dia, conhecida como taxa SELIC; - Proteger os titulares de valores mobiliários e os inves-
- Controlar as operações de crédito das instituições que tidores do mercado contra emissões irregulares de valores
compõem o Sistema Financeiro Nacional; mobiliários e contra atos ilegais de administradores de com-
- Formular, executar e acompanhar a política cambial e panhias abertas ou de carteira de valores mobiliários;
de relações financeiras com o exterior; - Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipu-
- Fiscalizar as instituições financeiras e as clearings (câ- lação que criem condições artificiais de demanda, oferta ou
maras de compensação); preço dos valores mobiliários negociados no mercado;
- Emitir papel-moeda; - Assegurar o acesso do público a informações sobre os
- Executar os serviços do meio circulante para atender à valores mobiliários negociados e sobre as companhias que
demanda de dinheiro necessária às atividades econômicas; os tenham emitido;
- Manter o nível de preços (inflação) sob controle; - Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equi-
- Manter sob controle a expansão da moeda e do cré- tativas no mercado de valores mobiliários;
dito e a taxa de juros; - Assegurar o cumprimento, no mercado, das condições
- Operar no mercado aberto, de recolhimento compul- de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Na-
sório e de redesconto; cional;
- Executar o sistema de metas para a inflação; - Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de
- Divulgar as decisões do Conselho Monetário Nacional; auditores independentes, administradores de carteiras de va-
- Manter ativos de ouro e de moedas estrangeiras para lores mobiliários, agentes autônomos, entre outros;
atuação nos mercados de câmbio; - Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fun-
- Administrar as reservas internacionais brasileiras; dos de investimento;
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições finan- - Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais
ceiras nacionais; e práticas não-equitativas de administradores de companhias
- Conceder autorização para o funcionamento das ins- abertas e de quaisquer participantes do mercado de valores
tituições financeiras. mobiliários, aplicando as penalidades previstas em lei;
- Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores in-
b) Comissão de Valores Mobiliários - CVM dependentes, consultores e analistas de valores mobiliários.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em
07 de dezembro de 1976 pela Lei 6.385 para fiscalizar e de- c) Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
senvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. A Susep é o órgão responsável pelo controle e fiscalização
A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia fe- dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capita-
deral vinculada ao Ministério da Fazenda, porém sem su- lização e resseguro. Criada em 1966 pelo Decreto-Lei 73/66,
bordinação hierárquica. que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados,
Com o objetivo de reforçar sua autonomia e seu poder de que fazem parte o CNSP, o IRB, as sociedades autorizadas
fiscalizador, o governo federal editou, em 31.10.01, a Me- a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de
dida Provisória nº 8 (convertida na Lei 10.411 de 26.02.02), previdência privada aberta e os corretores habilitados.
pela qual a CVM passa a ser uma “entidade autárquica em É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda,
regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com administrada por um Conselho Diretor, composto pelo Su-
personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de au- perintendente e por quatro Diretores. Essas são algumas de
toridade administrativa independente, ausência de subor- suas atribuições:
dinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e
dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária” (art. 5º). operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, En-
É administrada por um Presidente e quatro Diretores tidades Abertas de Previdência Privada e Resseguradores, na
nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; Atuar
Senado Federal. Eles formam o chamado “colegiado” da no sentido de proteger a captação de poupança popular que
CVM. Seus integrantes têm mandato de 5 anos e só perdem se efetua através das operações de seguro, previdência pri-
seus mandatos “em virtude de renúncia, de condenação ju- vada aberta, de capitalização e resseguro.
dicial transitada em julgado ou de processo administrativo
disciplinar” (art. 6º § 2º). O Colegiado define as políticas e d) Superintendência Nacional de Previdência Comple-
estabelece as práticas a serem implantadas e desenvolvidas mentar - PREVIC
pelas Superintendências, as instâncias executivas da CVM. A Previc atua como entidade de fiscalização e de super-
Sua sede é localizada na cidade do Rio de Janeiro com visão das atividades das entidades fechadas de previdência
Superintendências Regionais nas cidades de São Paulo e complementar e de execução das políticas para o regime de
Brasília. previdência complementar operado por essas entidades. É
uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social.
2
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
3
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Organograma do SFN
O Conselho Monetário Nacional é o órgão máximo do sistema financeiro brasileiro, cabendo-lhe traçar as normas a se-
rem empreendidas na política monetária. Nesse sentido tem como atividade primordial a formulação da política de moeda
e crédito do país, além de exercer o controle da organização bancária e seus intermediários financeiros. O CMN é o órgão
central da política financeira nacional, tendo suas deliberações baixadas pelo Banco Central, sob a forma de resoluções.
Composição: é composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho); Ministro do Planejamento Orçamento e
Gestão; e Presidente do Banco Central.
O CMN tem a responsabilidade primordial formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da
moeda e o desenvolvimento econômico e social do País.
Os seus membros reúnem-se uma vez por mês para deliberarem sobre assuntos relacionados com as competências do
CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma reunião por mês. As matérias aprovadas são regulamentadas
por meio de Resoluções, normativo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União e na página de norma-
tivos do Banco Central do Brasil. De todas as reuniões são lavradas atas, cujo extrato é publicado no DOU.
Posto isso, resta-nos enumerar algumas das principais atribuições do Conselho Monetário Nacional.
A política do Conselho Monetário Nacional objetiva:
- Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desen-
volvimento;
- Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de
origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;
- Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização
dos recursos em moeda estrangeira;
- Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar,
nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;
- Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema
de pagamentos e de mobilização de recursos;
4
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições finan- - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco
ceiras; Central do Brasil em suas transações com títulos públicos e
- Coordenar as políticas monetárias, de crédito, orça- de entidades de que participe o Estado;
mentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. Com- - Autorizar o Banco Central do Brasil e as instituições
pete ao Conselho Monetário Nacional; financeiras públicas federais a efetuar a subscrição compra
e venda de ações e outros papéis emitidos ou de respon-
Compete ao Conselho Monetário Nacional: sabilidade das sociedades de economia mista e empresas
- Autorizar a emissão de papel moeda; do Estado;
- Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos
Banco Central do Brasil, por meio dos quais se estimarão as corretores de fundos públicos;
necessidades globais de moeda e crédito; - Estatuir normas para as operações das instituições
- Fixar as diretrizes e normas da política cambial, in- financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar
clusive quanto à compra e venda de ouro e quaisquer ope- seu funcionamento aos objetivos desta Lei;
rações em direitos especiais de saque e em moeda estran- - Baixar normas que regulem as operações de câm-
geira; bio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras
- Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e
condições.
as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive
aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte
Dica: Procurar gravar as palavras chaves como: autori‑
das instituições financeiras;
zar, fixar, disciplinar, limitar, regular. Lembre-se que o CMN
- Regular a constituição, funcionamento e fiscalização
dos que exercerem atividades subordinadas a esta Lei, bem é um órgão NORMATIVO assim não executa tarefas.
como a aplicação das penalidades previstas;
- Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, Maiores detalhes sobre a “Estrutura do Sistema Fi-
descontos, comissões e qualquer outra forma de remu- nanceiro Nacional” e sobre o “Conselho Monetário Na-
neração de operações e serviços bancários ou financeiros, cional”, estão presentes nas Leis que serão apresentadas
inclusive os prestados pelo Banco Central do Brasil, asse- a seguir:
gurando taxas favorecidas aos financiamentos que se des-
tinem a promover: LEI Nº 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964.
- recuperação e fertilização do solo;
- reflorestamento; Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias,
- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais; Bancárias e Creditícias, Cria o Conselho Monetário Nacional
- eletrificação rural;- mecanização;- irrigação; e dá outras providências.
- investimentos indispensáveis às atividades agrope-
cuárias; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Con-
- Determinar a percentagem máxima dos recursos que gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo
cliente ou grupo de empresas; Capítulo I
- Estipular índices e outras condições técnicas sobre Do Sistema Financeiro Nacional
encaixes, imobilizações e outras relações patrimoniais, a
serem observadas pelas instituições financeiras; Art. 1º O sistema Financeiro Nacional, estruturado e
- Expedir normas gerais de contabilidade e estatística regulado pela presente Lei, será constituído:
a serem observadas pelas instituições financeiras; I - do Conselho Monetário Nacional;
- Delimitar, com periodicidade não inferior a dois II - do Banco Central do Brasil; (Redação dada pelo Del
anos, o capital mínimo das instituições financeiras privadas, nº 278, de 28/02/67)
levando em conta sua natureza, bem como a localização de
III - do Banco do Brasil S. A.;
suas sedes e agências ou filiais;
IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econô-
- Estabelecer para as instituições financeiras públicas a
mico;
dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de direito pú-
V - das demais instituições financeiras públicas e pri-
blico que lhes detenham o controle acionário, bem como
das respectivas autarquias e sociedades de economia mis- vadas.
ta, no cálculo a que se refere o artigo 10 inciso III, desta Lei.
- Regulamentar, fixando limites, prazos e outras con- Capítulo II
dições, as operações de redesconto e de empréstimo, efe- Do Conselho Monetário Nacional
tuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e
privadas de natureza bancária; Art. 2º Fica extinto o Conselho da atual Superinten-
- Outorgar ao Banco Central do Brasil o monopólio dência da Moeda e do Crédito, e criado em substituição, o
das operações de câmbio quando ocorrer grave desequi- Conselho Monetário Nacional, com a finalidade de formu-
líbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões lar a política da moeda e do crédito como previsto nesta
para prever a iminência de tal situação; lei, objetivando o progresso econômico e social do País.
5
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional ob- IV - Determinar as características gerais (Vetado) das
jetivará: cédulas e das moedas;
I - Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, in-
necessidades da economia nacional e seu processo de de- clusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer ope-
senvolvimento; rações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estran-
II - Regular o valor interno da moeda, para tanto pre- geira; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)
venindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacio- VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades
nários de origem interna ou externa, as depressões eco- e as operações creditícias em todas as suas formas, inclu-
nômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos sive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por
conjunturais; parte das instituições financeiras;
III - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no VII - Coordenar a política de que trata o art. 3º desta
balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor Lei com a de investimentos do Governo Federal;
utilização dos recursos em moeda estrangeira; VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscaliza-
IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições ção dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei,
financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista bem como a aplicação das penalidades previstas;
propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favorá- IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros,
veis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional; descontos comissões e qualquer outra forma de remune-
V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos ração de operações e serviços bancários ou financeiros, in-
instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do clusive os prestados pelo Banco Central da República do
sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos
VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições fi- que se destinem a promover:
nanceiras; - recuperação e fertilização do solo;
VII - Coordenar as políticas monetárias, creditícia, orça- - reflorestamento;
mentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. - combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;
- eletrificação rural;
Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, se- - mecanização;
gundo diretrizes estabelecidas pelo Presidente da Repúbli- - irrigação;
ca: (Redação dada pela Lei nº 6.045, de 15/05/74) - investimento indispensáveis às atividades agropecuá-
I - Autorizar as emissões de papel-moeda (Vetado) as rias;
quais ficarão na prévia dependência de autorização legis- X - Determinar a percentagem máxima dos recursos
lativa quando se destinarem ao financiamento direto pelo que as instituições financeiras poderão emprestar a um
Banco Central da República do Brasil, das operações de mesmo cliente ou grupo de empresas;
crédito com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49 XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre
desta Lei. (Vide Lei nº 8.392, de 30.12.91). encaixes, mobilizações e outras relações patrimoniais a se-
rem observadas pelas instituições financeiras;
O Conselho Monetário Nacional pode, ainda, autorizar XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatísti-
o Banco Central da República do Brasil a emitir, anualmente, ca a serem observadas pelas instituições financeiras;
até o limite de 10% (dez por cento) dos meios de pagamen‑ XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois
tos existentes a 31 de dezembro do ano anterior, para aten‑ anos o capital mínimo das instituições financeiras privadas,
der as exigências das atividades produtivas e da circulação levando em conta sua natureza, bem como a localização de
da riqueza do País, devendo, porém, solicitar autorização do suas sedes e agências ou filiais;
Poder Legislativo, mediante Mensagem do Presidente da Re‑ XIV - Determinar recolhimento de até 60% (sessen-
pública, para as emissões que, justificadamente, se tornarem ta por cento) do total dos depósitos e/ou outros títulos
necessárias além daquele limite. contábeis das instituições financeiras, seja na forma de
Quando necessidades urgentes e imprevistas para o subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou
financiamento dessas atividades o determinarem, pode o compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de
Conselho Monetário Nacional autorizar as emissões que se recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues
fizerem indispensáveis, solicitando imediatamente, através ao Banco Central do Brasil, na forma e condições que o
de Mensagem do Presidente da República, homologação do Conselho Monetário Nacional determinar, podendo este:
Poder Legislativo para as emissões assim realizadas. a) adotar percentagens diferentes em função;
- das regiões geoeconômicas;
II - Estabelecer condições para que o Banco Central da - das prioridades que atribuir às aplicações;
República do Brasil emita moeda-papel (Vetado) de curso - da natureza das instituições financeiras;
forçado, nos termos e limites decorrentes desta Lei, bem b) determinar percentuais que não serão recolhidos,
como as normas reguladoras do meio circulante; desde que tenham sido reaplicados em financiamentos
III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições
pelo Banco Central da República do Brasil, por meio dos fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. (Vide art 10,
quais se estimarão as necessidades globais de moeda e inciso III)
crédito;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
XV - Estabelecer para as instituições financeiras públi- XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução
cas, a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de di- dos processos de empréstimos externos dos Estados, do
reito público que lhes detenham o controle acionário, bem Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do
como das respectivas autarquias e sociedades de econo- disposto no art. 63, nº II, da Constituição Federal;
mia mista, no cálculo a que se refere o inciso anterior; XXX - Expedir normas e regulamentação para as de-
XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, signações e demais efeitos do art. 7º, desta lei. (Vide Lei nº
até o último dia do mês subsequente, relatório e mapas 9.069, de 29.6.1995) (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)
demonstrativos da aplicação dos recolhimentos compulsó- XXXI - Baixar normas que regulem as operações de
rios, (Vetado). câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e ou-
XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e ou- tras condições.
tras condições, as operações de redesconto e de emprésti- XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições
mo, efetuado com quaisquer instituições financeiras públi- financeiras e demais sociedades autorizadas a funcionar
cas e privado de natureza bancária; pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas su-
XVIII - Outorgar ao Banco Central da República do Bra- jeitas ao mesmo controle acionário ou coligadas. (Redação
sil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer dada pelo Del nº 2.290, de 21/11/86)
grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver § 1º O Conselho Monetário Nacional, no exercício das
sérias razões para prever a iminência de tal situação; atribuições previstas no inciso VIII deste artigo, poderá de-
XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Ban- terminar que o Banco Central da República do Brasil recuse
co Central da República do Brasil em suas transações com autorização para o funcionamento de novas instituições
títulos públicos e de entidades de que participe o Estado; financeiras, em função de conveniências de ordem geral.
XX - Autoriza o Banco Central da República do Brasil § 2º Competirá ao Banco Central da República do Brasil
e as instituições financeiras públicas federais a efetuar a acompanhar a execução dos orçamentos monetários e re-
subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emi- latar a matéria ao Conselho Monetário Nacional, apresen-
tidos ou de responsabilidade das sociedades de economia tando as sugestões que considerar convenientes.
mista e empresas do Estado; § 3º As emissões de moeda metálica serão feitas sem-
XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e pre contra recolhimento (Vetado) de igual montante em
cédulas.
dos corretores de fundos públicos;
§ 4º O Conselho Monetário nacional poderá convidar
XXII - Estatuir normas para as operações das institui-
autoridades, pessoas ou entidades para prestar esclareci-
ções financeiras públicas, para preservar sua solidez e ade-
mentos considerados necessários.
quar seu funcionamento aos objetivos desta lei;
§ 5º Nas hipóteses do art. 4º, inciso I, e do § 6º, do art.
XXIII - Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital
49, desta lei, se o Congresso Nacional negar homologação
realizado e reservas livres, o limite além do qual os exce-
à emissão extraordinária efetuada, as autoridades respon-
dentes dos depósitos das instituições financeiras serão re-
sáveis serão responsabilizadas nos termos da Lei nº 1059,
colhidos ao Banco Central da República do Brasil ou aplica-
de 10/04/1950.
dos de acordo com as normas que o Conselho estabelecer; § 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará ao
XXIV - Decidir de sua própria organização; elaborando Congresso Nacional, até 31 de março de cada ano, relató-
seu regimento interno no prazo máximo de trinta (30) dias; rio da evolução da situação monetária e creditícia do País
XXV - Decidir da estrutura técnica e administrativa do no ano anterior, no qual descreverá, minuciosamente as
Banco Central da República do Brasil e fixar seu quadro de providências adotadas para cumprimento dos objetivos
pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vanta- estabelecidos nesta lei, justificando destacadamente os
gens de seus funcionários, servidores e diretores, caben- montantes das emissões de papel-moeda que tenham sido
do ao Presidente deste apresentar as respectivas propos- feitas para atendimento das atividades produtivas.
tas; (Vide Lei nº 9.650, 27.5.1998) § 7º O Banco Nacional da Habitação é o principal ins-
XXVI - Conhecer dos recursos de decisões do Ban- trumento de execução da política habitacional do Governo
co Central da República do Brasil; (Vide Lei nº9.069, de Federal e integra o sistema financeiro nacional, juntamen-
29.6.1995) te com as sociedades de crédito imobiliário, sob orienta-
XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do ção, autorização, coordenação e fiscalização do Conselho
Banco Central do Brasil e decidir sobre seu orçamento e Monetário Nacional e do Banco Central da República do
sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a Brasil, quanto à execução, nos termos desta lei, revogadas
forma e prazo de transferência de seus resultados para o as disposições especiais em contrário. (Vide Lei nº 9.069,
Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do Tribu- de29.6.1995)
nal de Contas da União. (Redação dada pelo Decreto Lei nº
2.376, de 25.11.1987) (Vide art 10, inciso III) Art. 5º As deliberações do Conselho Monetário Nacio-
XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcio- nal entendem-se de responsabilidade de seu Presidente
nem no País as mesmas vedações ou restrições equivalen- para os efeitos do art. 104, nº I, letra “b”, da Constituição
tes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação Federal e obrigarão também os órgãos oficiais, inclusive
a bancos brasileiros ali instalados ou que nelas desejem autarquias e sociedades de economia mista, nas atividades
estabelecer - se; que afetem o mercado financeiro e o de capitais.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; III - determinar o recolhimento de até cem por cento
5 - da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Ban- do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento
co do Brasil S.A.; de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja
6 - dos Banco privados; na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesou-
7 - das Sociedades de Crédito, Financiamento e Inves- ro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal,
timentos; seja através de recolhimento em espécie, em ambos os ca-
8 - da Indústria. sos entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e con-
dições por ele determinadas, podendo: (incluído pela Lei
§ 1º A organização e o funcionamento das Comissões nº 7.730, de 31.1.1989, renumerando-se os demais incisos)
Consultivas serão regulados pelo Conselho Monetário Na- a) adotar percentagens diferentes em função:
cional, inclusive prescrevendo normas que: 1. das regiões geoeconômicas;
a) lhes concedam iniciativa própria junto ao MESMO 2. das prioridades que atribuir às aplicações;
CONSELHO; 3. da natureza das instituições financeiras;
b) estabeleçam prazos para o obrigatório preenchi-
b) determinar percentuais que não serão recolhidos,
mento dos cargos nas referidas Comissões;
desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à
c) tornem obrigatória a audiência das Comissões Con-
agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por
sultivas, pelo Conselho Monetário Nacional, no trato das
matérias atinentes às finalidades específicas das referidas ele fixadas.
Comissões, ressalvado os casos em que se impuser sigilo. IV - Receber os recolhimentos compulsórios de que
§ 2º Os representantes a que se refere este artigo serão trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos voluntários à
indicados pelas entidades nele referida se designados pelo vista das instituições financeiras, nos termos do inciso III e
Conselho Monetário Nacional. § 2º do art. 19. (Renumerado com redação dada pela Lei
§ 3º O Conselho Monetário Nacional, pelo voto de nº 7.730, de 31/01/89)
2/3 (dois terços) de seus membros, poderá ampliar a com- V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a
petência das Comissões Consultivas, bem como admitir a instituições financeiras bancárias e as referidas no Art. 4º,
participação de representantes de entidades não mencio- inciso XIV, letra “b”, e no § 4º do Art. 49 desta lei; (Renume-
nadas neste artigo, desde que tenham funções diretamen- rado pela Lei nº7.730, de 31/01/89)
te relacionadas com suas atribuições. VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas
formas; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de31/01/89)
CAPÍTULO III VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos
Do Banco Central da República do Brasil termos da lei; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)
VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e
Art. 8º A atual Superintendência da Moeda e do Crédito é moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer
transformada em autarquia federal, tendo sede e foro na Ca- com estas últimas todas e quaisquer operações previstas
pital da República, sob a denominação de Banco Central da no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário Internacio-
República do Brasil, com personalidade jurídica e patrimônios nal; (Redação dada pelo Del nº 581, de14/05/69) (Renume-
próprios este constituído dos bens, direitos e valores que lhe rado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)
são transferidos na forma desta Lei e ainda da apropriação dos IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e
juros e rendas resultantes, na data da vigência desta lei, do dis- aplicar as penalidades previstas; (Renumerado pela Lei nº
posto no art. 9º do Decreto-Lei número 8495, de28/12/1945, 7.730, de 31/01/89)
dispositivo que ora é expressamente revogado. X - Conceder autorização às instituições financeiras,
Parágrafo único: Os resultados obtidos pelo Banco
a fim de que possam: (Renumerado pela Lei nº 7.730, de
Central do Brasil, consideradas as receitas e despesas de
31/01/89)
todas as suas operações, serão, a partir de 1º de janeiro
a) funcionar no País;
de 1988, apurados pelo regime de competência e transfe-
ridos para o Tesouro Nacional, após compensados even- b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências,
tuais prejuízos de exercícios anteriores. (Redação dada pelo inclusive no exterior;
Del nº 2.376, de 25/11/87) c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou en-
campadas;
Art. 9º Compete ao Banco Central da República do d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda
Brasil cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são habitual de títulos da dívida pública federal, estadual ou
atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros
pelo Conselho Monetário Nacional. títulos de crédito ou mobiliários;
Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcio-
República do Brasil: namento;
I - Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condi- f) alterar seus estatutos.
ções e limites autorizados pelo Conselho Monetário Na- g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu
cional (Vetado). controle acionário. (Incluído pelo Del nº 2.321, de 25/02/87)
II - Executar os serviços do meio-circulante;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
XI - Estabelecer condições para a posse e para o exer- ção financeira, ficando essas pessoas sujeitas ao disposto
cício de quaisquer cargos de administração de institui- no artigo 44, § 8º, desta lei. (Incluído pelo Del nº 2.321, de
ções financeiras privadas, assim como para o exercício de 25/02/87)
quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e seme- § 2º O Banco Central da República do Brasil instala-
lhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Con- rá delegacias, com autorização do Conselho Monetário
selho Monetário Nacional; (Renumerado pela Lei nº 7.730, Nacional, nas diferentes regiões geoeconômicas do País,
de 31/01/89) tendo em vista a descentralização administrativa para dis-
XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, tribuição e recolhimento da moeda e o cumprimento das
operações de compra e venda de títulos públicos fede- decisões adotadas pelo mesmo Conselho ou prescritas em
rais; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) lei. (Renumerado pelo Del nº 2.321,de 25/02/87)
XIII - Determinar que as matrizes das instituições finan-
ceiras registrem os cadastros das firmas que operam com Art. 12. O Banco Central da República do Brasil operará
suas agências há mais de um ano. (Renumerado pela Lei nº exclusivamente com instituições financeiras públicas e pri-
7.730, de31/01/89) vadas, vedadas operações bancárias de qualquer natureza
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inci- com outras pessoas de direito público ou privado, salvo as
so IX deste artigo, com base nas normas estabelecidas pelo expressamente autorizadas por lei.
Conselho Monetário Nacional, o Banco Central da Repúbli-
ca do Brasil, estudará os pedidos que lhe sejam formulados Art. 13. Os encargos e serviços de competência do Ban-
e resolverá conceder ou recusar a autorização pleiteada, co Central, quando por ele não executados diretamente,
podendo (Vetado) incluir as cláusulas que reputar conve- serão contratados de preferência com o Banco do Brasil S.
nientes ao interesse público. A., exceto nos casos especialmente autorizados pelo Con-
§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as selho Monetário Nacional. (Redação dada pelo Del nº 278,
instituições financeiras estrangeiras dependem de autori- de 28/02/67)
zação do Poder Executivo, mediante decreto, para que pos-
sam funcionar no País (Vetado). Art. 14. O Banco Central do Brasil será administrado
por uma Diretoria de cinco (5) membros, um dos quais será
o Presidente, escolhidos pelo Conselho Monetário Nacio-
Art. 11.Compete ainda ao Banco Central da República
nal dentre seus membros mencionados no inciso IV do art.
do Brasil;
6º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)
I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com
(Vide Decreto nº 91.961, de 19.11.1985)
as instituições financeiras estrangeiras e internacionais;
§ 1º O Presidente do Banco Central da República do
II - Promover, como agente do Governo Federal, a co-
Brasil será substituído pelo Diretor que o Conselho Mone-
locação de empréstimos internos ou externos, podendo,
tário Nacional designar.
também, encarregar-se dos respectivos serviços;
§ 2º O término do mandato, a renúncia ou a perda da
III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mer- qualidade Membro do Conselho Monetário Nacional deter-
cado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio minam, igualmente, a perda da função de Diretor do Banco
e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para Central da República do Brasil.
esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem
como realizar operações de crédito no exterior, inclusive Art. 15. O regimento interno do Banco Central da Repú-
as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os blica do Brasil, a que se refere o inciso XXVII, do art. 4º, des-
mercados de câmbio financeiro e comercial; (Redação dada ta lei, prescreverá as atribuições do Presidente e dos Direto-
pelo Del nº 581, de 14/05/69) res e especificará os casos que dependerão de deliberação
IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades da Diretoria, a qual será tomada por maioria de votos, pre-
de economia mista e empresas do Estado; sentes no mínimo o Presidente ou seu substituto eventual
V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acor- e dois outros Diretores, cabendo ao Presidente também o
do com as condições estabelecidas pelo Conselho Mone- voto de qualidade.
tário Nacional; Parágrafo único. A Diretoria se reunirá, ordinariamente,
VI - Regular a execução dos serviços de compensação uma vez por semana, e, extraordinariamente, sempre que
de cheques e outros papéis; necessário, por convocação do Presidente ou a requerimen-
VII - Exercer permanente vigilância nos mercados fi- to de, pelo menos, dois de seus membros.
nanceiros e de capitais sobre empresas que, direta ou in- Art. 16. Constituem receita do Banco Central do Brasil as
diretamente, interfiram nesses mercados e em relação às rendas: (Redação dada pelo Del nº2.376, de 25/11/87)
modalidades ou processos operacionais que utilizem; I - de operações financeiras e de outras aplicações de
VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Na- seus recursos; (Redação dada pelo Del nº2.376, de 25/11/87)
cional, os serviços de sua Secretaria. II- das operações de câmbio, de compra e venda de
ouro e de quaisquer outras operações em moeda estrangei-
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inci- ra;(Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)
so VIII do artigo 10 desta lei, o Banco Central do Brasil po- III - eventuais, inclusive as derivadas de multas e de ju-
derá examinar os livros e documentos das pessoas naturais ros de mora aplicados por força do disposto na legislação
ou jurídicas que detenham o controle acionário de institui- em vigor.(Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 1º Do resultado das operações de cambio de que trata § 2º O Banco Central da Republica do Brasil, no exercí-
o inciso II deste artigo ocorrido a partir da data de entrada cio da fiscalização que lhe compete, regulará as condições
em vigor desta lei, 75% (setenta e cinco por cento) da parte de concorrência entre instituições financeiras, coibindo-lhes
referente ao lucro realizado, na compra e venda de moeda os abusos com a aplicação da pena (Vetado) nos termos
estrangeira destinar-se-á à formação de reserva monetária do desta lei.
Banco Central do Brasil, que registrará esses recursos em conta § 3º Dependerão de prévia autorização do Banco Cen-
específica, na forma que for estabelecida pelo Conselho Mo- tral da República do Brasil as campanhas destinadas à coleta
netário Nacional. (Renumerado pelo Del nº 2.076, de 20/12/83) de recursos do público, praticadas por pessoas físicas ou ju-
§ 2º A critério do Conselho Monetário Nacional, pode- rídicas abrangidas neste artigo, salvo para subscrição pública
rão também ser destinados à reserva monetária de que tra- de ações, nos termos da lei das sociedades por ações.
ta o § 1º os recursos provenientes de rendimentos gerados
por: (Parágrafo incluído pelo Del nº 2.076, de 20/12/83) SEÇÃO II
a) suprimentos específicos do Banco Central do Brasil DO BANCO DO BRASIL S. A.
ao Banco do Brasil S.A. concedidos nos termos do § 1º do
artigo 19 desta lei;
Art. 19. Ao Banco do Brasil S. A. competirá precipua-
b) suprimentos especiais do Banco Central do Brasil aos
mente, sob a supervisão do Conselho Monetário Nacional e
Fundos e Programas que administra.
como instrumento de execução da política creditícia e finan-
§ 3º O Conselho Monetário Nacional estabelecerá, ob-
servado o disposto no § 1º do artigo 19desta lei, a cada exer- ceira do Governo Federal:
cício, as bases da remuneração das operações referidas no I - na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Na-
§ 2º e as condições para incorporação desses rendimentos cional, sem prejuízo de outras funções que lhe venham a ser
à referida reserva monetária. (Parágrafo incluído pelo Del nº atribuídas e, ressalvado o disposto no art. 8º, da Lei nº 1628,
2.076, de 20/12/83) de 20 de junho de1952:
a) receber, a crédito do Tesouro Nacional, as importân-
CAPÍTULO IV cias provenientes da arrecadação de tributos ou rendas fe-
DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS derais e ainda o produto das operações de que trata o art.
49, desta lei;
SEÇÃO I b) realizar os pagamentos e suprimentos necessários
Da caracterização e subordinação à execução do Orçamento Geral da União e leis complemen-
tares, de acordo com as autorizações que lhe forem trans-
Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os mitidas pelo Ministério da Fazenda, as quais não poderão
efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas exceder o montante global dos recursos a que se refere a
ou privadas, que tenham como atividade principal ou aces- letra anterior, vedada a concessão, pelo Banco, de créditos
sória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos finan- de qualquer natureza ao Tesouro Nacional;
ceiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou es- c) conceder aval, fiança e outras garantias, consoante
trangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. expressa autorização legal;
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação d) adquirir e financiar estoques de produção exportável;
em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pes- e) executar a política de preços mínimos dos produtos
soas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas agropastoris;
neste artigo, de forma permanente ou eventual. f) ser agente pagador e recebedor fora do País;
g) executar o serviço da dívida pública consolidada;
Art. 18. As instituições financeiras somente poderão fun- II - como principal executor dos serviços bancários de
cionar no País mediante prévia autorização do Banco Central
interesse do Governo Federal, inclusive suas autarquias, re-
da República do Brasil ou decreto do Poder Executivo, quan-
ceber em depósito, com exclusividade, as disponibilidades
do forem estrangeiras.
de quaisquer entidades federais, compreendendo as repar-
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou
privados, das sociedades de crédito, financiamento e inves- tições de todos os ministérios civis e militares, instituições de
timentos, das caixas econômicas e das cooperativas de cré- previdência e outras autarquias, comissões, departamentos,
dito ou a seção de crédito das cooperativas que a tenham, entidades em regime especial de administração e quaisquer
também se subordinam às disposições e disciplina desta lei pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por adiantamentos,
no que for aplicável, as bolsas de valores, companhias de ressalvados o disposto no § 5º deste artigo, as exceções pre-
seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam dis- vistas em lei ou casos especiais, expressamente autorizados
tribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, pelo Conselho Monetário Nacional, por proposta do Banco
mediante sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer Central da República do Brasil;
forma, e as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam, por III - arrecadar os depósitos voluntários, à vista, das ins-
conta própria ou de terceiros, atividade relacionada com tituições de que trata o inciso III, do art.10, desta lei, escri-
a compra e venda de ações e outros quaisquer títulos, rea- turando as respectivas contas; (Redação dada pelo Del nº
lizando nos mercados financeiros e de capitais operações 2.284, de 10/03/86)
ou serviços de natureza dos executados pelas instituições IV - executar os serviços de compensação de cheques e
financeiras. outros papéis;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
V - receber, com exclusividade, os depósitos de que § 1º A nomeação do Presidente do Banco do Brasil S.
tratam os artigos 38, item 3º, do Decreto-lei nº 2.627, de A. será feita pelo Presidente da República, após aprovação
26 de setembro de 1940, e 1º do Decreto-lei nº 5.956, de do Senado Federal.
01/11/43, ressalvado o disposto no art. 27, desta lei; § 2º As substituições eventuais do Presidente do Banco
VI - realizar, por conta própria, operações de compra e do Brasil S. A. não poderão exceder o prazo de 30 (trinta)
venda de moeda estrangeira e, por contado Banco Central dias consecutivos, sem que o Presidente da República sub-
da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo meta ao Senado Federal o nome do substituto.
Conselho Monetário Nacional; § 3º (Vetado).
VII - realizar recebimentos ou pagamentos e outros § 4º (Vetado).
serviços de interesse do Banco Central da República do
Brasil, mediante contratação na forma do art. 13, desta lei; SEÇÃO III
VIII - dar execução à política de comércio exterior (Ve- DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PÚBLICAS
tado).
IX - financiar a aquisição e instalação da pequena e mé- Art. 22. As instituições financeiras públicas são órgãos
dia propriedade rural, nos termos da legislação que regular auxiliares da execução da política de crédito do Governo
a matéria; Federal.
X - financiar as atividades industriais e rurais, estas com § 1º O Conselho Monetário Nacional regulará as ativi-
o favorecimento referido no art. 4º, inciso IX, e art. 53, desta dades, capacidade e modalidade operacionais das institui-
lei; ções financeiras públicas federais, que deverão submeter à
XI - difundir e orientar o crédito, inclusive às atividades aprovação daquele órgão, com a prioridade por ele prescri-
comerciais suplementando a ação dar e de bancária; ta, seus programas de recursos e aplicações, deforma que
a) no financiamento das atividades econômicas, aten- se ajustem à política de crédito do Governo Federal.
dendo às necessidades creditícias das diferentes regiões § 2º A escolha dos Diretores ou Administradores das
do País; instituições financeiras públicas federais e a nomeação dos
b) no financiamento das exportações e importações. respectivos Presidentes e designação dos substitutos ob-
(Vide Lei nº 8.490 de 19.11.1992) servarão o disposto no art. 21, parágrafos 1º e 2º, desta lei.
§ 1º - O Conselho Monetário Nacional assegurará re- § 3º A atuação das instituições financeiras públicas será
cursos específicos que possibilitem ao Banco do Brasil S. A., coordenada nos termos do art. 4º desta lei.
sob adequada remuneração, o atendimento dos encargos
previstos nesta lei. Art. 23. O Banco Nacional do Desenvolvimento Eco-
§ 2º - Do montante global dos depósitos arrecadados, nômico é o principal instrumento de execução de política
na forma do inciso III deste artigo o Banco do Brasil S. A. de investimentos do Governo Federal, nos termos das Leis
Colocará à disposição do Banco Central da República números 1628, de 20/06/1952 e 2973, de 26/11/1956.Art.
do Brasil, observadas as normas que forem estabelecidas 24. As instituições financeiras públicas não federais ficam
pelo Conselho Monetário Nacional, a parcela que exceder sujeitas às disposições relativas às instituições financeiras
as necessidades normais de movimentação das contas res- privadas, assegurada a forma de constituição das existentes
pectivas, em função dos serviços aludidos no inciso IV des- na datada publicação desta lei.
te artigo. Parágrafo único. As Caixas Econômicas Estaduais equi-
§ 3º - Os encargos referidos no inciso I, deste artigo, param-se, no que couber, às Caixas Econômicas Federais,
serão objeto de contratação entre o Banco do Brasil S. A. para os efeitos da legislação em vigor, estando isentas do
e a União Federal, esta representada pelo Ministro da Fa- recolhimento a que se refere o art. 4º, inciso XIV, e à taxa de
zenda. fiscalização, mencionada no art. 16, desta lei.
§ 4º - O Banco do Brasil S. A. prestará ao Banco Central
da República do Brasil todas as informações por este, julga- SEÇÃO IV
das necessárias para a exata execução desta lei. DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRIVADAS
§ 5º - Os depósitos de que trata o inciso II deste artigo,
também poderão ser feitos nas Caixas econômicas Fede- Art. 25. As instituições financeiras privadas, exceto
rais, nos limites e condições fixadas pelo Conselho Mone- as cooperativas de crédito, constituir-se-ão unicamente sob
tário Nacional. a forma de sociedade anônima, devendo a totalidade de
seu capital com direito a voto ser representada por ações
Art. 20. O Banco do Brasil S. A. e o Banco Central da nominativas. (Redação dada pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)
República do Brasil elaborarão, em conjunto, o programa § 1º Observadas as normas fixadas pelo Conselho Mo-
global de aplicações e recursos do primeiro, para fins de netário Nacional as instituições a que se refere este artigo
inclusão nos orçamentos monetários de que trata o inciso poderão emitir até o limite de 50% de seu capital social em
III, do artigo 4º desta lei. ações preferenciais, nas formas nominativas, e ao porta-
dor, sem direito a voto, às quais não se aplicará o dispos-
Art. 21. O Presidente e os Diretores do Banco do Brasil to no parágrafo único do art. 81 do Decreto-lei nº 2.627,
S. A. deverão ser pessoas de reputação ilibada e notória de 26 de setembro de 1940. (Incluído pela Lei nº 5.710, de
capacidade. 07/10/71)
12
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 2º A emissão de ações preferenciais ao portador, que concedida expressamente, ressalvados os casos de garan-
poderá ser feita em virtude de aumento de capital, conver- tia de subscrição, nas condições que forem estabelecidas,
são de ações ordinárias ou de ações preferenciais nomina- em caráter geral, pelo Conselho Monetário Nacional.
tivas, ficará sujeita a alterações prévias dos estatutos das Parágrafo único (Vetado).
sociedades, a fim de que sejam neles incluídas as declara-
ções sobre: (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71) Art. 31. As instituições financeiras levantarão balanços
I - as vantagens, preferenciais e restrições atribuídas a gerais a 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano, obri-
cada classe de ações preferenciais, de acordo com o Decre- gatoriamente, com observância das regras contábeis esta-
to-lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940; (Incluído pela belecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Lei nº 5.710, de07/10/71)
II - as formas e prazos em que poderá ser autorizada a Art. 32. As instituições financeiras públicas deverão
conversão das ações, vedada a conversão das ações prefe- comunicar ao Banco Central da República do Brasil a no-
renciais em outro tipo de ações com direito a voto. (Incluí- meação ou a eleição de diretores e membros de órgãos
consultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias da
do pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)
data de sua ocorrência.
§ 3º Os títulos e cautelas representativas das ações pre-
Art. 33. As instituições financeiras privadas deverão co-
ferenciais, emitidos nos termos dos parágrafos anteriores,
municar ao Banco Central da República do Brasil os atos
deverão conter expressamente as restrições ali especifica-
relativos à eleição de diretores e membros de órgão con-
das. (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71) sultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias de sua
ocorrência, de acordo com o estabelecido no art. 10,inciso
Art. 26. O capital inicial das instituições financeiras pú- X, desta lei.
blicas e privadas será sempre realizado em moeda corrente. § 1º O Banco Central da República do Brasil, no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias, decidirá aceitar ou recusar
Art. 27.Na subscrição do capital inicial e na de seus au- o nome do eleito, que não atender às condições a que se
mentos em moeda corrente, será exigida no ato a realiza- refere o artigo 10, inciso X, desta lei.
ção de, pelo menos 50% (cinquenta por cento) do montan- § 2º A posse do eleito dependerá da aceitação a que se
te subscrito. refere o parágrafo anterior.
§ 1º As quantias recebidas dos subscritores de ações § 3º Oferecida integralmente a documentação prevista
serão recolhidas no prazo de 5 (cinco)dias, contados do nas normas referidas no art. 10, inciso X, desta lei, e decor-
recebimento, ao Banco Central da República do Brasil, per- rido, sem manifestação do Banco Central da República do
manecendo indisponíveis até a solução do respectivo pro- Brasil, o prazo mencionado no § 1º deste artigo, entender-
cesso. se-á não ter havido recusa a posse.
§ 2º O remanescente do capital subscrito, inicial ou
aumentado, em moeda corrente, deverá ser integralizado Art. 34. É vedado às instituições financeiras conce-
dentro de um ano da data da solução do respectivo pro- der empréstimos ou adiantamentos:
cesso. I - A seus diretores e membros dos conselhos consulti-
vos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos
Art. 28. Os aumentos de capital que não forem realiza- respectivos cônjuges;
dos em moeda corrente, poderão decorrer da incorpora- II - Aos parentes, até o 2º grau, das pessoas a que
ção de reservas, segundo normas expedidas pelo Conselho se refere o inciso anterior;
Monetário Nacional, e da reavaliação da parcela dos bens III - As pessoas físicas ou jurídicas que participem de
seu capital, com mais de 10% (dez por cento), salvo auto-
do ativo imobilizado, representado por imóveis de uso e
rização específica do Banco Central da República do Brasil,
instalações, aplicados no caso, como limite máximo, os ín-
em cada caso, quando se tratar de operações lastreadas por
dices fixados pelo Conselho Nacional de Economia.
efeitos comerciais resultantes de transações de compra e
venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fi-
Art. 29. As instituições financeiras privadas deverão xados pelo Conselho Monetário Nacional, em caráter geral;
aplicar, de preferência, não menos de 50% (cinquenta por IV - As pessoas jurídicas de cujo capital participem,
cento) dos depósitos do público que recolherem, na res- com mais de 10% (dez por cento);
pectiva Unidade Federada ou Território. V - Às pessoas jurídicas de cujo capital participem com
§ 1º O Conselho Monetário Nacional poderá, em casos mais de 10% (dez por cento), quaisquer dos diretores ou
especiais, admitir que o percentual referido neste artigo administradores da própria instituição financeira, bem
seja aplicado em cada Estado e Território isoladamente ou como seus cônjuges e respectivos parentes, até o 2º grau.
por grupos de Estados e Territórios componentes da mes- § 1º A infração ao disposto no inciso I, deste artigo,
ma região geoeconômica. constitui crime e sujeitará os responsáveis pela transgres-
são à pena de reclusão de um a quatro anos, aplicando-se,
Art. 30. As instituições financeiras de direito privado, no que couber, o Código Penal e o Código de Processo
exceto as de investimento, só poderão participar de capital Penal. (Vide Lei 7.492, de 16.7.1986)
de quaisquer sociedades com prévia autorização do Banco § 2º O disposto no inciso IV deste artigo não se aplica
Central da República do Brasil, solicitada justificadamente e às instituições financeiras públicas.
13
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 35. É vedado ainda às instituições financeiras: à multa igual ao dobro do valor do empréstimo ou adianta-
I - Emitir debêntures e partes beneficiárias; mento concedido, cujo processamento obedecerá, no que
II - Adquirir bens imóveis não destinados ao próprio couber, ao disposto no art. 44,desta lei.
uso, salvo os recebidos em liquidação de empréstimos de
difícil ou duvidosa solução, caso em que deverão vendê-los Art. 44. As infrações aos dispositivos desta lei sujeitam
dentro do prazo de um (1) ano, a contar do recebimento, as instituições financeiras, seus diretores, membros de con-
prorrogável até duas vezes, a critério do Banco Central da selhos administrativos, fiscais e semelhantes, e gerentes,
República do Brasil. às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras estabele-
Parágrafo único. As instituições financeiras que não re- cidas na legislação vigente:
cebem depósitos do público poderão emitir debêntures, I - Advertência.
desde que previamente autorizadas pelo Banco Central do II - Multa pecuniária variável.
Brasil, em cada caso. (Redação dada pelo Decreto-lei nº III - Suspensão do exercício de cargos.
2.290, de 21/11/86) IV - Inabilitação temporária ou permanente para
o exercício de cargos de direção na administração ou ge-
Art. 36. As instituições financeiras não poderão manter rência em instituições financeiras.
aplicações em imóveis de uso próprio, que, somadas ao V - Cassação da autorização de funcionamento das
seu ativo em instalações, excedam o valor de seu capital instituições financeiras públicas, exceto as federais, ou pri-
realizado e reservas livres. vadas.
Art. 37. As instituições financeiras, entidades e pessoas VI - Detenção, nos termos do § 7º, deste artigo.
referidas nos artigos 17 e 18 desta lei, bem como os cor- VII - Reclusão, nos termos dos artigos 34 e 38, desta lei.
retores de fundos públicos, ficam, obrigados a fornecer ao § 1º A pena de advertência será aplicada pela inobser-
Banco Central da República do Brasil, na forma por ele de- vância das disposições constantes da legislação em vigor,
terminada, os dados ou informes julgados necessários para ressalvadas as sanções nela previstas, sendo cabível tam-
o fiel desempenho de suas atribuições. bém nos casos de fornecimento de informações inexatas,
de escrituração mantida em atraso ou processada em de-
Art. 38. Revogado. sacordo com as normas expedidas de conformidade com o
art. 4º, inciso XII, desta lei.
Art. 39. Aplicam-se às instituições financeiras estran- § 2º As multas serão aplicadas até 200 (duzentas) vezes
geiras, em funcionamento ou que venham a se instalar o maior salário-mínimo vigente no País, sempre que as ins-
no País, as disposições da presente lei, sem prejuízo das tituições financeiras, por negligência ou dolo:
que se contém na legislação vigente. a) advertidas por irregularidades que tenham sido pra-
ticadas, deixarem de saná-las no prazo que lhes for assina-
Art. 40. As cooperativas de crédito não poderão con- lado pelo Banco Central da República do Brasil;
ceder empréstimos se não a seus cooperados com mais de b) infringirem as disposições desta lei relativas ao ca-
30 dias de inscrição. pital, fundos de reserva, encaixe, recolhimentos compulsó-
Parágrafo único . Aplica-se às seções de crédito das rios, taxa de fiscalização, serviços e operações, não atendi-
cooperativas de qualquer tipo o disposto neste artigo. mento ao disposto nos arts. 27 e 33, inclusive as vedadas
nos arts. 34 (incisos II a V), 35 a 40 desta lei, e abusos de
Art. 41. Não se consideram como sendo operações de concorrência (art. 18, § 2º);
seções de crédito as vendas a prazo realizadas pelas coo- c) opuserem embaraço à fiscalização do Banco Central
perativas agropastoris a seus associados de bens e produ- da República do Brasil.
tos destinados às suas atividades econômicas. § 3º As multas cominadas neste artigo serão pagas
mediante recolhimento ao Banco Central da República do
CAPÍTULO V Brasil, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados do re-
DAS PENALIDADES cebimento da respectiva notificação, ressalvado o disposto
no § 5º deste artigo e serão cobradas judicialmente, com o
Art. 42. O art. 2º, da Lei nº 1808, de 07 de janeiro de acréscimo da mora de 1% (um por cento) ao mês, contada
1953, terá a seguinte redação: “Art. 2º Os diretores e ge- da data da aplicação da multa, quando não forem liquida-
rentes das instituições financeiras respondem solidaria- das naquele prazo;
mente pelas obrigações assumidas pelas mesmas durante § 4º As penas referidas nos incisos III e IV, deste artigo,
sua gestão, até que elas se cumpram. serão aplicadas quando forem verificadas infrações graves
Parágrafo único. Havendo prejuízos, a responsabilidade na condução dos interesses da instituição financeira ou
solidária se circunscreverá ao respectivo montante.” (Vide quando dá reincidência específica, devidamente caracteri-
Lei nº 6.024, de 1974) zada em transgressões anteriormente punidas com multa.
§ 5º As penas referidas nos incisos II, III e IV deste ar-
Art. 43. O responsável ela instituição financeira que au- tigo serão aplicadas pelo Banco Central da República do
torizar a concessão de empréstimo ou adiantamento ve- Brasil admitido recurso, com efeito suspensivo, ao Conse-
dado nesta lei, se o fato não constituir crime, ficará sujeito, lho Monetário Nacional, interposto dentro de 15 dias, con-
sem prejuízo das sanções administrativas ou civis cabíveis, tados do recebimento da notificação.
14
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 6º É vedada qualquer participação em multas, as quais Art. 48. Concluídos os acertos financeiros previstos no
serão recolhidas integralmente ao Banco Central da Repú- artigo anterior, a responsabilidade da moeda em circula-
blica do Brasil. ção passará a ser do Banco Central da República do Brasil.
§ 7º Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem
como instituição financeira, sem estar devidamente auto- Art. 49. As operações de crédito da União, por anteci-
rizadas pelo Banco Central da Republica do Brasil, ficam pação de receita orçamentária ou a qualquer outro título,
sujeitas à multa referida neste artigo e detenção de 1 a 2 dentro dos limites legalmente autorizados, somente serão
anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica, seus realizadas mediante colocação de obrigações, apólices ou
diretores e administradores. letras do Tesouro Nacional.
§ 8º No exercício da fiscalização prevista no art. 10, in- § 1º A lei de orçamento, nos termos do artigo 73, § 1º
ciso VIII, desta lei, o Banco Central da República do Brasil inciso II, da Constituição Federal, determinará quando for
poderá exigir das instituições financeiras ou das pessoas o caso, a parcela do déficit que poderá ser coberta pela
físicas ou jurídicas, inclusive as referidas no parágrafo ante- venda de títulos do Tesouro Nacional diretamente ao Ban-
rior, a exibição a funcionários seus, expressamente creden- co Central da República do Brasil.
ciados, de documentos, papéis e livros de escrituração, con- § 2º O Banco Central da República do Brasil mediante
siderando-se a negativa de atendimento como embaraço á autorização do Conselho Monetário Nacional baseada na
fiscalização sujeito á pena de multa, prevista no § 2º deste lei orçamentária do exercício, poderá adquirir diretamente
artigo, sem prejuízo de outras medidas e sanções cabíveis. letras do Tesouro Nacional, com emissão de papel-moeda.
§ 9º A pena de cassação, referida no inciso V, deste ar- § 3º O Conselho Monetário Nacional decidirá, a seu
tigo, será aplicada pelo Conselho Monetário Nacional, por exclusivo critério, a política de sustentação em bolsa da
proposta do Banco Central da República do Brasil, nos casos cotação dos títulos de emissão do Tesouro Nacional.
de reincidência específica de infrações anteriormente puni- § 4º No caso de despesas urgentes e inadiáveis do Go-
das com as penas previstas nos incisos III e IV deste artigo. verno Federal, a serem atendidas mediante créditos suple-
Art. 45. As instituições financeiras públicas não federais mentares ou especiais, autorizados após a lei do orçamen-
e as privadas estão sujeitas, nos termos da legislação vigen-
to, o Congresso Nacional determinará, especificamente, os
te, à intervenção efetuada pelo Banco Central da República
recursos a serem utilizados na cobertura de tais despesas,
do Brasil ou à liquidação extrajudicial.
estabelecendo, quando a situação do Tesouro Nacional for
Parágrafo único. A partir da vigência desta lei, as insti-
deficitária, a discriminação prevista neste artigo.
tuições de que trata este artigo não poderão impetrar con-
§ 5º Na ocorrência das hipóteses citadas no parágrafo
cordata.
único, do artigo 75, da Constituição Federal, o Presidente
da República poderá determinar que o Conselho Mone-
CAPÍTULO VI
tário Nacional, através do Banco Central da República do
DISPOSIÇÕES GERAIS
Brasil, faça a aquisição de letras do Tesouro Nacional com
Art. 46. Ficam transferidas as atribuições legais e regu- a emissão de papel-moeda até o montante do crédito ex-
lamentares do Ministério da Fazenda relativamente ao meio traordinário que tiver sido decretado.
circulante inclusive as exercidas pela Caixa de Amortização § 6º O Presidente da República fará acompanhar a de-
para o Conselho Monetário Nacional, e (VETADO) para o terminação ao Conselho Monetário Nacional, mencionada
Banco Central da República do Brasil. no parágrafo anterior, de cópia da mensagem que deverá
dirigir ao Congresso Nacional, indicando os motivos que
Art. 47. Será transferida à responsabilidade do Tesou- tornaram indispensável a emissão e solicitando a sua ho-
ro Nacional, mediante encampação, sendo definitivamente mologação.
incorporado ao meio circulante o montante das emissões § 7º As letras do Tesouro Nacional, colocadas por an-
feitas por solicitação da Carteira de Redescontos do Banco tecipação de receita, não poderão ter vencimentos poste-
do Brasil S.A. e da Caixa de Mobilização Bancária. riores a 120 (cento e vinte) dias do encerramento do exer-
§ 1º O valor correspondente à encampação será des- cício respectivo.
tinado à liquidação das responsabilidades financeiras do § 8º Até 15 de março do ano seguinte, o Poder Execu-
Tesouro Nacional no Banco do Brasil S. A., inclusive as de- tivo enviará mensagem ao Poder Legislativo, propondo a
correntes de operações de câmbio concluídas até a data da forma de liquidação das letras do Tesouro Nacional emiti-
vigência desta lei, mediante aprovação especificado Poder das no exercício anterior e não resgatadas.
Legislativo, ao qual será submetida a lista completa dos dé- § 9º É vedada a aquisição dos títulos mencionados
bitos assim amortizados. neste artigo pelo Banco do Brasil S.A. e pelas instituições
§ 2º Para a liquidação do saldo remanescente das res- bancárias de que a União detenha a maioria das ações.
ponsabilidades do Tesouro Nacional, após a encampação
das emissões atuais por solicitação da Carteira de Redes- Art. 50. O Conselho Monetário Nacional, o Banco Cen-
contos do Banco do Brasil S.A. e da Caixa de Mobilização tral da República do Brasil, o Banco Nacional do Desen-
Bancária, o Poder Executivo submeterá ao Poder Legislativo volvimento Econômico, o Banco do Brasil S.A., O Banco do
proposta específica, indicando os recursos e os meios ne- Nordeste do Brasil S.A. e o Banco de Crédito da Amazônia
cessários a esse fim. S. A. gozarão dos favores, isenções e privilégios, inclusive
15
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
fiscais, que são próprios da Fazenda Nacional, ressalvado a) tenham sido admitidos nas respectivas institui-
quanto aos três, últimos, o regime especial de tributação ções de origem, consoante determina o inciso I, deste artigo;
do Imposto de Renda a que estão sujeitos, na forma da b) estejam em exercício (Vetado) há mais de dois anos;
legislação em vigor. c) seja a opção aceita pela Diretoria do Banco Central
Parágrafo único. São mantidos os favores, isenções e da República do Brasil, que sobre ela deverá pronunciar-se
privilégios de que atualmente gozam as instituições finan- conclusivamente no prazo máximo de três meses, contados
ceiras. da entrega do respectivo requerimento.
Art. 51. Ficam abolidas, após 3 (três) meses da data Art. 53. (Revogado pela Lei nº 4.829, de 05/11/65)
da vigência desta Lei, as exigências de “visto” em “pedi-
dos de licença” para efeitos de exportação, excetuadas as CAPÍTULO VII
referentes a armas, munições, entorpecentes, materiais Disposições Transitórias
estratégicos, objetos e obras de valor artístico, cultural ou
histórico. (Vide Lei nº 5.025, de 1966) Art. 54. O Poder Executivo, com base em proposta do Con-
Parágrafo único. Quando o interesse nacional exigir, o selho Monetário Nacional, que deverá ser apresentada dentro
Conselho Monetário Nacional criará o “visto” ou exigência de 90 (noventa) dias de sua instalação, submeterá ao Poder
equivalente. Legislativo projeto de lei que institucionalize o crédito rural,
regule seu campo específico e caracterize as modalidades de
Art. 52. O quadro de pessoal do Banco Central da Re- aplicação, indicando as respectivas fontes de recurso.
pública do Brasil será constituído de: (Vide Lei nº 9.650, de Parágrafo único. A Comissão Consultiva do Crédito Ru-
1998) ral dará assessoramento ao Conselho Monetário Nacional,
I - Pessoal próprio, admitido mediante concurso pú- na elaboração da proposta que estabelecerá a coordenação
blico de provas ou de títulos e provas, sujeita á pena de das instituições existentes ou que venham a ser cridas, com
nulidade a admissão que se processar com inobservância o objetivo de garantir sua melhor utilização e da rede bancá-
destas exigências; ria privada na difusão do crédito rural, inclusive com redução
II - Pessoal requisitado ao Banco do Brasil S. A. e a de seu custo.
outras instituições financeiras federais, de comum acordo
Art. 55. Ficam transferidas ao Banco Central da Repúbli-
com as respectivas administrações;
ca do Brasil as atribuições cometidas por lei ao Ministério
III - Pessoal requisitado a outras instituições e que ve-
da Agricultura, no que concerne à autorização de funciona-
nham prestando serviços à Superintendência da Moeda e
mento e fiscalização de cooperativas de crédito de qualquer
do Crédito há mais de 1 (um) ano, contado da data da pu-
tipo, bem assim da seção de crédito das cooperativas que a
blicação desta lei.
tenham.
§ 1º O Banco Central da República do Brasil baixará
dentro de 90 (noventa) dias da vigência desta lei, o Estatuto
Art. 56. Ficam extintas a Carteira de Redescontos do
de seus funcionários e servidores, no qual serão garantidos Banco do Brasil S. A. e a Caixa de Mobilização Bancária, in-
os direitos legalmente atribuídos a seus atuais servidores corporando-se seus bens direitos e obrigações ao Banco
e mantidos deveres e obrigações que lhes são inerentes. Central da República do Brasil.
§ 2º Aos funcionários e servidores requisitados, na for- Parágrafo único. As atribuições e prerrogativas legais da
ma deste artigo as instituições de origem lhes assegurarão Caixa de Mobilização Bancária passam a ser exercidas pelo
os direitos e vantagens que lhes cabem ou lhes venham a Banco Central da República do Brasil, sem solução de con-
ser atribuídos, como se em efetivo exercício nelas estives- tinuidade.
sem. Art. 57. Passam à competência do Conselho Monetá-
§ 3º Correrão por conta do Banco Central da República rio Nacional as atribuições de caráter normativo da legis-
do Brasil todas as despesas decorrentes do cumprimento lação cambial vigente e as executivas ao Banco Central da
do disposto no parágrafo anterior, inclusive as de aposen- República do Brasil e ao Banco do Brasil S. A., nos termos
tadoria e pensão que sejam de responsabilidade das insti- desta lei.
tuições de origem ali mencionadas, estas últimas rateadas Parágrafo único. Fica extinta a Fiscalização Bancária do
proporcionalmente em função dos prazos de vigência da Banco do Brasil S. A., passando suas atribuições e prerroga-
requisição. tivas legais ao Banco Central da República do Brasil.
§ 4º Os funcionários do quadro de pessoal próprio
permanecerão com seus direitos e garantias regidos pela Art. 58. Os prejuízos decorrentes das operações de
legislação de proteção ao trabalho e de previdência social, câmbio concluídas e eventualmente não regularizadas nos
incluídos na categoria profissional de bancários. termos desta lei bem como os das operações de câmbio
§ 5º Durante o prazo de 10 (dez) anos, cotados da data contratadas e não concluídas até a data de vigência desta
da vigência desta lei, é facultado aos funcionários de que lei, pelo Banco do Brasil S.A., como mandatário do Governo
tratam os inciso II e III deste artigo, manifestarem opção Federal, serão na medida em que se efetivarem, transferidos
para transferência para o Quadro do pessoal próprio do ao Banco Central da República do Brasil, sendo neste regis-
Banco Central da República do Brasil, desde que: trados como responsabilidade do Tesouro Nacional.
16
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 5º - O Banco Central do Brasil será administrado “Art. 16. Participam das reuniões do CMN:
por um Presidente e seis Diretores, nomeados pelo Presi-
dente da República, escolhidos entre brasileiros de ilibada III - os Diretores do Banco Central do Brasil, não inte-
reputação e notória capacidade em assuntos econômico- grantes da COMOC;
financeiros, sendo demissíveis ad nutum. (Redação dada
pelo Decreto-lei nº 1.795, de 1980) “Art 23. Os recursos de decisões do Banco Central do
Art 6º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publica- Brasil, cujo julgamento seja da competência do CMN, se-
ção, revogadas as disposições em contrário. rão encaminhados ao Colegiado após manifestação da CO-
MOC.”
Brasília, 15 de maio de 1974; 153º da Independência e
86º da República. Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua pu-
blicação.
ERNESTO GEISEL
Mario Henrique Simonsen Brasília, 27 de setembro de 1995; 174º da Independên-
Dyrceu Araújo Nogueira cia e 107º da República.
Alysson Paulinelli
Severo Fagundes Gomes FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Maurício Rangel Reis Pedro Malan
João Paulo dos Reis Velloso
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 28.9.1995
16.5.1974
18
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
E o que é o viés da taxa de juros? No segundo dia da reunião, do qual participam apenas os
Viés de taxa de juros (de elevação ou de redução) trata-se membros do Comitê e o chefe do Depep, sem direito a voto,
de uma prerrogativa que autoriza o Presidente do BCB a alterar os diretores de Política Monetária e de Política Econômica,
a meta para a Taxa Selic na direção do viés a qualquer momento após análise das projeções atualizadas para a inflação, apre-
entre as reuniões regulares do Copom. O viés é utilizado, nor- sentam alternativas para a taxa de juros de curto prazo e fa-
malmente, quando alguma mudança significativa na conjuntura zem recomendações acerca da política monetária. Em segui-
econômica for esperada. A última vez em que esse expediente foi da, os demais membros do Copom fazem suas ponderações
utilizado ocorreu na 82ª reunião do Comitê, em 19-20/3/2003. e apresentam eventuais propostas alternativas. Ao final, pro-
Importante ressaltar que o Copom é composto pelos cede-se à votação das propostas, buscando-se, sempre que
membros da Diretoria Colegiada do BCB: o Presidente e os possível, o consenso. A decisão final - a meta para a Taxa Selic
Diretores de Política Monetária, Política Econômica, Assuntos e o viés, se houver - é imediatamente divulgada à imprensa
Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, Organização ao mesmo tempo em que é expedido Comunicado através do
do Sistema Financeiro e Controle de Operações de Crédito Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen).
Rural, Fiscalização, Regulação do Sistema Financeiro, e Admi- As atas em português das reuniões do Copom são divul-
nistração. O Presidente tem direito ao voto decisório em caso gadas às 8h30 da quinta-feira da semana posterior a cada re-
de empate na decisão da política monetária. união, dentro do prazo regulamentar de seis dias úteis, sendo
Formalmente, os objetivos do Copom são: “implemen- publicadas na página do Banco Central na internet (“Atas do
tar a política monetária, definir a meta da Taxa Selic e seu Copom”) e para a imprensa.
eventual viés, e analisar o Relatório de Inflação”. A taxa de Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e
juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic dezembro), o Copom publica o documento “Relatório de In-
(taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títu- flação”, que analisa detalhadamente a conjuntura econômi-
los federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e ca e financeira do País, bem como apresenta suas projeções
Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões para a taxa de inflação.
ordinárias do Comitê. Se for o caso, o Copom também pode
definir o viés, que é a prerrogativa dada ao presidente do
Em seguida para complementação dos ensinamentos aci‑
Banco Central para alterar, na direção do viés, a meta para a
ma apresentados, se faz necessária à leitura atenta da Circu-
Taxa Selic a qualquer momento entre as reuniões ordinárias.
lar nº 3.593, de 16 de maio de 2012, que anuncia o novo
As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em dois
Regulamento do Comitê de Política Monetária (Copom):
dias: a primeira sessão às terças-feiras e a segunda às quar-
tas-feiras. Mensais desde 2000, o número de reuniões ordi-
CIRCULAR Nº 3.593, DE 16 DE MAIO DE 2012
nárias foi reduzido para oito ao ano a partir de 2006, sendo
o calendário anual divulgado até o fim de junho do ano
anterior. O Copom é composto pelos membros da Direto- Divulga novo Regulamento do Comitê de Política Mone-
ria Colegiada do Banco Central do Brasil: o presidente, que tária (Copom).
tem o voto de qualidade; e os diretores de Administração,
Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em ses-
Fiscalização, Organização do Sistema Financeiro e Controle são realizada em 16 de maio de 2012, com fundamento nos
de Operações do Crédito Rural, Política Econômica, Políti- arts. 9º e 10, inciso XII, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro
ca Monetária, Regulação do Sistema Financeiro, e Relacio- de 1964, e no art. 2º do Decreto nº 3.088, de 21 de junho de
namento Institucional e Cidadania. Também participam do 1999,
primeiro dia da reunião os chefes dos seguintes departa-
mentos do Banco Central: Departamento de Operações RESOLVE :
Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departa-
mento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Depar- Art. 1º O Regulamento do Comitê de Política Monetá-
tamento Econômico (Depec), Departamento de Estudos e ria (Copom) passa a vigorar com a redação do documento
Pesquisas (Depep), Departamento das Reservas Internacio- anexo.
nais (Depin), Departamento de Assuntos Internacionais (De-
rin), e Departamento de Relacionamento com Investidores Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua pu-
e Estudos Especiais (Gerin). A primeira sessão dos trabalhos blicação.
conta ainda com a presença do chefe de gabinete do pre-
sidente, do assessor de imprensa e de outros servidores do Art. 3º Fica revogada a Circular nº 3.297, de 31 de outu-
Banco Central, quando autorizados pelo presidente. bro de 2005.
No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamen-
to apresentam uma análise da conjuntura doméstica abran- Aldo Luiz Mendes Carlos Hamilton Vasconcelos
gendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados Araújo
monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, eco- Diretor de Política Monetária Diretor de Política Eco-
nomia internacional, mercado de câmbio, reservas interna- nômica
cionais, mercado monetário, operações de mercado aberto,
avaliação prospectiva das tendências da inflação e expectati- Este texto não substitui o publicado no DOU de
vas gerais para variáveis macroeconômicas. 17/5/2012, Seção 1, p. 39, e no Sisbacen.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Regulamenta o funcionamento do Comitê de Política Art. 4º Cabe aos membros do Copom o exercício das
Monetária (Copom). seguintes atribuições:
I - Presidente e Diretores:
Capítulo I a) avaliar informações, apresentações e documentos
OBJETIVO expostos como subsídios para deliberação do colegiado;
b) definir, por meio de voto, a meta para a Taxa Selic
Art. 1º O Comitê de Política Monetária (Copom), cons- e seu eventual viés, observado o disposto no § 2º deste
tituído no âmbito do Banco Central do Brasil, tem como artigo;
objetivos implementar a política monetária, definir a meta II - Presidente:
da Taxa Selic e seu eventual viés e analisar o Relatório de
a) autorizar a participação de outros servidores do
Inflação a que se refere o Decreto nº 3.088, de 21 de junho
Banco Central do Brasil na primeira sessão das reuniões
de 1999.
ordinárias ou nas reuniões extraordinárias;
Capítulo II b) presidir as reuniões e, ao final, encaminhar a vota-
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO ção;
c) alterar a meta para a Taxa Selic, no mesmo sentido
Art. 2º São membros do Copom o Presidente e os Dire- do viés, sem necessidade de convocação de reunião ex-
tores do Banco Central do Brasil. traordinária do Copom;
III - Diretor de Política Monetária: exercer o papel de
Art. 3º O Copom reúne-se ordinariamente oito vezes moderador durante a primeira sessão das reuniões ordi-
por ano e, extraordinariamente, por convocação de seu Pre- nárias;
sidente, presentes, no mínimo, o Presidente, ou seu substi- IV - Diretor de Política Econômica: elaborar as atas das
tuto, e metade do número de Diretores. reuniões do Copom.
§ 1º As reuniões ordinárias são realizadas em duas ses- § 1º Os Chefes de Unidade deverão levar ao conheci-
sões, discriminadas a seguir: mento do Copom os fatos mais relevantes relacionados ao
I - a primeira sessão ocorrerá às terças-feiras, sendo re- diagnóstico e prognóstico dos seguintes assuntos:
servada às apresentações técnicas de conjuntura econômica; I - Chefe do Deban: condições de liquidez e de funcio-
II - a segunda sessão ocorrerá às quartas-feiras, desti- namento do sistema bancário;
nando-se à decisão acerca das diretrizes de política mone- II - Chefe do Demab: mercado monetário e operações
tária. de mercado aberto;
§ 2º Além dos membros do Copom, participam da pri- III - Chefe do Depec: conjuntura econômica doméstica;
meira sessão das reuniões ordinárias os Chefes das seguin- IV - Chefe do Depep: avaliação prospectiva das ten-
tes Unidades: dências da inflação;
I - Departamento de Operações Bancárias e de Sistema V - Chefe do Depin: mercados financeiros internacio-
de Pagamentos (Deban); nais e de câmbio;
II - Departamento de Operações do Mercado Aberto VI - Chefe do Derin: conjuntura econômica internacio-
(Demab); nal;
III - Departamento Econômico (Depec);
VII - Chefe do Gerin: expectativas de mercado para va-
IV - Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep);
riáveis macroeconômicas.
V - Departamento das Reservas Internacionais (Depin);
§ 2º O Copom deliberará por maioria simples de votos,
VI - Departamento de Assuntos Internacionais (Derin);
a serem proferidos oralmente, cabendo ao Presidente voto
VII - Departamento de Relacionamento com Investido-
res e Estudos Especiais (Gerin). de qualidade.
§ 3º Nas ausências dos Chefes das Unidades, os substitu- § 3º Compete ao Copom avaliar o cenário macroeco-
tos nas reuniões do Copom serão indicados pelos Diretores nômico e os principais riscos a ele associados, com base
das respectivas áreas e terão as mesmas responsabilidades. nos quais são tomadas as decisões de política monetária.
§ 4º A primeira sessão das reuniões ordinárias conta ain- § 4º As atas das reuniões conterão as informações in-
da com a presença do Chefe de Gabinete do Presidente, do dicadas no § 3º deste artigo, além do registro nominal dos
Assessor de Imprensa e de outros servidores do Banco Cen- votos proferidos pelos membros do Copom.
tral do Brasil, quando autorizados pelo Presidente. § 5º As atas das reuniões do Copom serão divulgadas
§ 5º A participação nas reuniões extraordinárias é restri- no prazo de até seis dias úteis após a data de sua realiza-
ta aos membros do Copom, podendo delas participar outros ção.
servidores do Banco Central do Brasil, quando autorizados
pelo Presidente. Art. 5º As decisões emanadas do Copom devem ser
§ 6º Na segunda sessão das reuniões ordinárias, além publicadas por meio de Comunicado do Diretor de Política
dos membros do Copom, participa, sem direito a voto, o Monetária, divulgado na data da segunda sessão da reu-
Chefe do Depep. nião ordinária, após o fechamento dos mercados.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 1º O Comunicado de que trata este artigo identifica- A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositi-
rá o voto de cada membro do Copom. vos importantes para a atuação do Banco Central, dentre
§ 2º No caso de reunião extraordinária, o horário de os quais destacam-se o exercício exclusivo da competência
divulgação do Comunicado será determinado pelo Diretor da União para emitir moeda e a exigência de aprovação
de Política Monetária. prévia pelo Senado Federal, em votação secreta, após ar-
guição pública, dos nomes indicados pelo Presidente da
Art. 6º O calendário anual das reuniões ordinárias deve República para os cargos de presidente e diretores da ins-
ser divulgado até o fim do mês de junho do ano anterior. tituição. Além disso, vedou ao Banco Central a concessão
direta ou indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional.
A Constituição de 1988 prevê ainda, em seu artigo 192,
a elaboração de Lei Complementar do Sistema Financeiro
BANCO CENTRAL DO BRASIL; Nacional, que deverá substituir a Lei 4.595/64 e redefinir as
atribuições e estrutura do Banco Central do Brasil.
Missão Institucional
O Banco Central do Brasil, autarquia federal integran-
te do Sistema Financeiro Nacional, foi criado em 31.12.64, Assegurar a estabilidade do poder de compra da moe-
da e a solidez do sistema financeiro nacional.
com a promulgação da Lei nº 4.595.
Antes da criação do Banco Central, o papel de autori-
Macroprocessos
dade monetária era desempenhado pela Superintendência
da Moeda e do Crédito - SUMOC, pelo Banco do Brasil - BB
- Formulação e gestão das políticas monetária e cam-
e pelo Tesouro Nacional. bial, compatíveis com as diretrizes do Governo Federal.
A SUMOC, criada em 1945 com a finalidade de exercer - Regulação e supervisão do sistema financeiro nacio-
o controle monetário e preparar a organização de um ban- nal.
co central, tinha a responsabilidade de fixar os percentuais - Administração do sistema de pagamentos e do meio
de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas circulante. Macro objetivos (para o biênio 2002-2003)
do redesconto e da assistência financeira de liquidez, bem - Consolidar as políticas monetária e cambial no sen-
como os juros sobre depósitos bancários. tido de assegurar a estabilidade do poder de compra da
Além disso, supervisionava a atuação dos bancos co- moeda.
merciais, orientava a política cambial e representava o País - Assegurar que a regulação e a fiscalização do Sistema
junto a organismos internacionais. Financeiro observem padrões e práticas internacionais.
O Banco do Brasil desempenhava as funções de banco - Consolidar a implantação do novo Sistema de Paga-
do governo, mediante o controle das operações de comér- mentos Brasileiro.
cio exterior, o recebimento dos depósitos compulsórios e - Concluir o processo de saneamento e reestruturação
voluntários dos bancos comerciais e a execução de opera- dos bancos oficiais.
ções de câmbio em nome de empresas públicas e do Te- - Implantar modelo de administração gerencial para
souro Nacional, de acordo com as normas estabelecidas atuação do Banco Central.
pela SUMOC e pelo Banco de Crédito Agrícola, Comercial
e Industrial. Como banco do governo, o BC administra a dívida
O Tesouro Nacional era o órgão emissor de papel- pública mobiliária federal interna, ao financiar o Tesouro
moeda. Nacional, adquirindo títulos por ele emitidos, quando seus
Após a criação do Banco Central buscou-se dotar a ins- gastos superam suas receitas (da mesma forma que nós
tituição de mecanismos voltados para o desempenho do recorremos aos bancos quando o nosso salário acaba antes
papel de “bancos dos bancos”. Em 1985 foi promovido o do final do mês).
reordenamento financeiro governamental com a separa- Administra, também, tanto as reservas como a dívida
ção das contas e das funções do Banco Central, Banco do pública externas, além de fiscalizar e supervisionar a dívida
Brasil e Tesouro Nacional. Em 1986 foi extinta a conta mo- pública de estados e municípios, para evitar que seu even-
vimento e o fornecimento de recursos do Banco Central ao tual descontrole prejudique apolítica fiscal do governo.
Banco do Brasil passou a ser claramente identificado nos Como banco das instituições financeiras monetárias
orçamentos das duas instituições, eliminando-se os supri- (bancos comerciais), administra suas reservas bancárias,
mentos automáticos que prejudicavam a atuação do Banco que nada mais são do que os depósitos que essas institui-
Central. ções mantêm junto ao BC (da mesma forma que cada um
de nós tem uma conta corrente em um banco comercial).
O processo de reordenamento financeiro governamen-
Uma parte desses depósitos fica compulsoriamente re-
tal se estendeu até 1988, quando as funções de autoridade
tida no BC com o objetivo, neste caso, de controlar o esto-
monetária foram transferidas progressivamente do Banco
que de recursos que os bancos podem disponibilizar como
do Brasil para o Banco Central, enquanto as atividades atí-
crédito aos seus clientes e, dessa forma, tentar estabelecer
picas exercidas por esse último, como as relacionadas ao o nível ideal de aumento de consumo sem aumento de in-
fomento e à administração da dívida pública federal, foram flação para cada momento da economia.
transferidas para o Tesouro Nacional.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
matização contábil e de auditoria, aos assuntos jurídicos, A Lei atribui à CVM competência para apurar, julgar e
ao desenvolvimento de mercado, à internacionalização, à punir irregularidades eventualmente cometidas no merca-
informática e à administração. do.
O colegiado conta ainda com o suporte direto da Che- Diante de qualquer suspeita a CVM pode iniciar um
fia de Gabinete, da Assessoria de comunicação social, da inquérito administrativo, através do qual, recolhe informa-
Assessoria Econômica e da Auditoria Interna. ções, toma depoimentos e reúne provas com vistas a iden-
A estrutura executiva da CVM é completada pelas Su- tificar claramente o responsável por práticas ilegais, ofere-
perintendências Regionais de São Paulo e Brasília. cendo-lhe, a partir da acusação, amplo direito de defesa.
O Colegiado tem poderes para julgar e punir o falto-
ATRIBUIÇÕES: A Lei que criou a CVM (6385/76) e a so. As penalidades que a CVM pode atribuir vão desde a
Lei das Sociedades por Ações (6404/76) disciplinaram simples advertência até a inabilitação para o exercício de
o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atividades no mercado, passando pelas multas pecuniárias.
atuação de seus protagonistas, assim classificados, as com- A CVM mantém, ainda, uma estrutura especificamente
panhias abertas, os intermediários financeiros e os investi- destinada a prestar orientação aos investidores ou acolher
dores, além de outros cuja atividade gira em torno desse denúncias e sugestões por eles formuladas.
universo principal. Quando solicitada, a CVM pode atuar em qualquer
A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fis- processo judicial que envolva o mercado de valores mobi-
calizar a atuação dos diversos integrantes do mercado. Seu liários, oferecendo provas ou juntando pareceres.
poder normatizador abrange todas as matérias referentes Nesses casos, a CVM atua como “amicus curiae” asses-
sorando a decisão da Justiça.
ao mercado de valores mobiliários.
Em termos de política de atuação, a Comissão perse-
gue seus objetivos através da indução de comportamento,
Cabe à CVM, entre outras, disciplinar as seguintes ma-
da autorregulação e da autodisciplina, intervindo efetiva-
térias:
mente, nas atividades de mercado, quando este tipo de
- registro de companhias abertas;
procedimento não se mostrar eficaz.
- registro de distribuições de valores mobiliários;
No que diz respeito à definição de políticas ou nor-
- credenciamento de auditores independentes e admi-
mas voltadas para o desenvolvimento dos negócios com
nistradores de carteiras de valores mobiliários;
valores mobiliários, a CVM procura junto a instituições de
- organização, funcionamento e operações das bolsas mercado, do governo ou entidades de classe, suscitar a dis-
de valores; cussão de problemas, promover o estudo de alternativas
- negociação e intermediação no mercado de valores e adotar iniciativas, de forma que qualquer alteração das
mobiliários; práticas vigentes seja feita com suficiente embasamento
- administração de carteiras e a custódia de valores técnico e, institucionalmente, possa ser assimilada com fa-
mobiliários; cilidade, como expressão de um desejo comum.
- suspensão ou cancelamento de registros, credencia- A atividade de fiscalização da CVM realiza-se pelo
mentos ou autorizações; acompanhamento da veiculação de informações relativas
- suspensão de emissão, distribuição ou negociação de ao mercado, às pessoas que dele participam e aos valores
determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa mobiliários negociados.
de valores. Dessa forma, podem ser efetuadas inspeções destina-
das à apuração de fatos específicos sobre o desempenho
O sistema de registro gera, na verdade, um fluxo per- das empresas e dos negócios com valores mobiliários.
manente de informações ao investidor.
Essas informações, fornecidas periodicamente por to- ANÁLISE DA SUA FUNÇÃO: A CVM é órgão regulador
das as companhias abertas, podem ser financeiras e, por- e controlador máximo do mercado de valores mobiliários.
tanto, condicionadas a normas de natureza contábil, ou Ela tem amplos poderes para disciplinar, normatizar e
apenas referirem-se a fatos relevantes da vida das empre- fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado.
sas. Entende-se como fato relevante, aquele evento que O que são valores mobiliários? Valor mobiliário é títu-
possa influir na decisão do investidor, quanto a negociar lo de investimento que a sociedade anônima emite para a
com valores emitidos pela companhia. obtenção de recursos. É investimento social oferecido ao
A CVM não exerce julgamento de valor em relação à público, pela companhia.
qualquer informação divulgada pelas companhias. Zela, Além das ações, a Lei das Sociedades por Ações (LSA)
entretanto, pela sua regularidade e confiabilidade e, para contempla como suas modalidades as partes beneficiárias
tanto, normatiza e persegue a sua padronização. e as debêntures. Também trata dos valores considerados
A atividade de credenciamento da CVM é realizada pela doutrina como subprodutos de valores mobiliários;
com base em padrões pré-estabelecidos pela Autarquia os bônus de subscrição e os certificados de emissão de ga-
que permitem avaliar a capacidade de projetos a serem rantia. Na verdade, são valores mobiliários derivados.
implantados. A negociação em mercado:
- Primária
- Secundária
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
As empresas detentoras de uma determinada marca O CDC é uma alternativa de financiamento de veícu-
(popularmente chamadas de bandeiras) autorizam outras los leves e pesados, máquinas e equipamentos médicos e
empresas (chamadas emissoras) gerar cartões ostentando odontológicos, equipamentos de informática, serviços di-
a respectiva marca. versos, entre outros.
Os portadores desses cartões têm à sua disposição Os prazos variam entre 1 e 48 meses, de acordo com o
uma rede de lojas credenciadas para a aquisição de bens bem financiado. O CDC Interveniência é uma modalidade
e serviços. de CDC na qual a empresa vendedora da mercadoria atua
O estabelecimento comercial registra a transação com como garantidora do crédito concedido pela financeira ou
o uso de máquinas mecânicas ou informatizadas, forneci- pelo banco.
das pela administradora do cartão de crédito, gerando um
débito do usuário-consumidor a favor da administradora e CRÉDITO RURAL
um crédito do fornecedor do bem ou serviço contra a ad-
O Crédito Rural abrange recursos destinados a custeio,
ministradora, de acordo com os contratos firmados entre
investimento ou comercialização. As suas regras, finalida-
essas partes.
des e condições estão estabelecidas no Manual de Crédito
Periodicamente, a administradora do cartão de crédito
Rural (MCR), elaborado pelo Banco Central do Brasil. Essas
emite e apresenta a fatura ao usuário-consumidor, com a
normas são seguidas por todos os agentes que compõem
relação e o valor das compras efetuadas. o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), como ban-
Assim, o cartão de crédito pode ser considerado como cos e cooperativas de crédito. Representa importante ope-
um indutor ao crescimento das vendas. Possibilita ao clien- ração ativa realizada pelo Banco do Brasil, sendo que tal
te um financiamento e a adequação de suas despesas a seu instituição é o principal agente do Governo Federal neste
fluxo de caixa. Funciona como um crédito automático e é a segmento.
moeda do futuro.
As fontes de recursos do Crédito Rural
Tipos de cartões:
- quanto ao usuário; O crédito rural pode ser concedido com recursos de 2
- pessoa física; categorias:
- empresarial; a) controlados: assim considerados da exigibilidade de
- quanto à utilização; recursos obrigatórios, das Operações Oficiais de Crédito
- exclusivo no mercado brasileiro; sob supervisão do Ministério da Fazenda; da poupança ru-
- de uso internacional. ral, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo
de Investimento Extramercado (outro fundo administrado
Cartão de Débito pelo Governo Federal), quando aplicados em operações
É dinheiro vivo, à medida que o valor é debitado da subvencionadas pela União sob a forma de equalização de
conta corrente. O estabelecimento deve dispor de um ter- encargos financeiros, além de outros que vierem a ser es-
minal eletrônico, que fará a leitura do cartão de débito, pecificados pelo Conselho Monetário Nacional;
com a respectiva senha do cliente. b) não controlados: assim considerados os da exigibi-
Será cobrada uma taxa do estabelecimento e os recur- lidade e livres da poupança rural, de fundos, programas e
sos não serão entregues imediatamente, não sendo, por- linhas específicas, de recursos livres.
tanto, dinheiro vivo para o estabelecimento.
As aplicações em crédito rural
CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR
A instituição financeira deve consignar no instrumento
de crédito a fonte dos recursos utilizados no financiamen-
É o financiamento concedido por uma Financeira para
to, observada a classificação do parágrafo anterior, regis-
aquisição de bens e serviços por seus clientes - sua maior trando a denominação do fundo, programa ou linha espe-
utilização é na aquisição de veículos e eletrodomésticos. cífica, se for o caso.
O CDC é concedido diretamente ao consumidor, pes- Os financiamentos ao amparo de recursos controlados
soas jurídicas ou pessoas físicas por bancos e sociedades do crédito rural podem ser concedidos diretamente a pro-
de crédito, financiamento e investimento (financeiras). dutores rurais ou repassados por suas cooperativas.
Além dos juros é cobrado o IOF (Imposto sobre ope- A legislação específica do segmento determina a apli-
rações de crédito, câmbio e seguro ou relativos a títulos cação obrigatória em crédito rural de uma parcela de re-
e valores imobiliários), que incide de forma diferente nas cursos captados pelas instituições financeiras.
pessoas físicas e jurídicas. Neste caso específico, o IOF ar- As normas existentes detalham como é calculada esta
cado pelas pessoas jurídicas é maior do que aquele pago parcela e quais instituições estão sujeitas ao cumprimento
pelas pessoas físicas. de tal obrigatoriedade.
Em geral, as operações obedecem a um sistema de Geralmente, nesta modalidade, as operações de crédi-
pagamento Price, ou seja, a quitação do financiamento é to rural realizadas pelas instituições financeiras têm taxas
efetuada em prestações iguais, mensais e sucessivas. subsidiadas.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
De igual modo, uma parcela dos recursos livres de uma LEI Nº 12.703, DE 7 DE AGOSTO DE 2012.
instituição financeira (e recebem este nome pois a insti-
tuição financeira pode aplicar livremente) pode ser aplica- Conversão da Medida provisória nº 567, de 2012
da no crédito rural, desde que as taxas destas operações
observem as taxas das operações bancárias comuns. Isto Altera o art. 12 da Lei no 8.177, de 1o de março de 1991,
quer dizer que operações de crédito rural contratadas com que estabelece regras para a desindexação da economia e
recursos livres não são subsidiadas. dá outras providências, o art. 25 da Lei no 9.514, de 20 de
novembro de 1997, que dispõe sobre o Sistema de Finan-
As linhas de Crédito Rural ciamento Imobiliário, institui a alienação fiduciária de coisa
imóvel e dá outras providências, e o inciso II do art. 167 da
As principais linhas de crédito rural podem ser resumi- Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre
das em 3 grandes grupos: os registros públicos e dá outras providências.
Os Créditos de Custeio: destinam-se ao custeio das
despesas normais da atividade, como por exemplo, do A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
ciclo produtivo de lavouras periódicas, da entressafra de gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
lavouras permanentes, de exploração pecuária e do bene-
ficiamento ou industrialização de produtos agropecuários. Art. 1o O art. 12 da Lei no 8.177, de 1o de março de
1991, passa a vigorar com a seguinte redação:
Os Créditos de Investimentos
“Art. 12.........................................................................
São utilizados para o financiamento de investimentos .............................................................................................
fixos, semifixos. São exemplos de investimento fixos a cons-
trução, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações II - como remuneração adicional, por juros de:
permanentes e a aquisição de máquinas e equipamentos
de provável vida útil superior a 5 anos. a) 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês, enquanto a
São exemplos de investimentos semifixos a aquisição meta da taxa Selic ao ano, definida pelo Banco Central do
de animais de pequeno, médio e grande porte para cria- Brasil, for superior a 8,5% (oito inteiros e cinco décimos por
ção, recriação, engorda ou serviço e a aquisição de veícu- cento); ou
los, tratores colheitadeiras, implementos, embarcações e
aeronaves que necessariamente devem ser utilizas na ativi- b) 70% (setenta por cento) da meta da taxa Selic ao
dade agropecuária. ano, definida pelo Banco Central do Brasil, mensalizada,
vigente na data de início do período de rendimento, nos
Os Créditos de Comercialização demais casos.
Têm o objetivo de assegurar ao produtor rural ou às § 5o O Banco Central do Brasil divulgará as taxas resul-
suas cooperativas os recursos necessários à comercializa- tantes da aplicação do contido nas alíneas a e b do inciso II
ção de seus produtos no mercado, compreendendo a pré- do caput deste artigo.” (NR)
comercialização, o desconto, os adiantamentos a coopera-
dos por parte de cooperativas na fase imediata à colheita Art. 2o O saldo dos depósitos de poupança efetuados
da produção própria ou de cooperados. até a data de entrada em vigor da Medida Provisória no
567, de 3 de maio de 2012, será remunerado, em cada pe-
CADERNETA DE POUPANÇA ríodo de rendimento, pela Taxa Referencial - TR, relativa à
data de seu aniversário, acrescida de juros de 0,5% (cinco
A conta poupança é um tipo de conta bancária, de bai- décimos por cento) ao mês, observado o disposto nos §§
xo risco e de rendimento pré-fixado de 0,5% ao mês mais 1º, 2º, 3º e 4º do art. 12 da Lei nº 8.177, de 1o de março
a correção da TR - Taxa Referencial, garantida pelo FGC - de 1991.
Fundo Garantidor de Crédito até o valor de R$ 250.000,00 § 1o O saldo remanescente dos depósitos de que trata
por cliente, independente de qual banco é a sua deposi- o caput somente será acrescido da remuneração que lhe
tária. for aplicável.
O BC estabeleceu, ainda, que os depósitos até R$ 5 § 2o Para os efeitos do caput, consideram-se efetua-
mil, efetuados por intermédio de cheques em contas de dos os depósitos de poupança quando efetivamente credi-
poupança, continuarão a ter o mesmo tratamento atual, de tados em conta, conforme as normas legais e regulamenta-
serem remunerados a partir da data em que realizados. res de regência do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
Desde 4 de maio de 2012 a poupança no Brasil passou
a seguir a taxa Selic, sempre quando esta estiver igual ou Art. 3o Ficam as instituições financeiras obrigadas a
inferior a 8,5%. Assim a remuneração será de 70% da Selic segregar, do saldo dos depósitos de poupança efetuados
mais a taxa referencial. a partir de 4 de maio de 2012, o saldo dos depósitos de
poupança de que trata o art. 2o.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
É possível que após o último pagamento, o plano ain- • Pecúlio por morte - importância em dinheiro, pa-
da continue em vigor, pois seu prazo de vigência pode ser gável de uma só vez ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na
maior do que o prazo de pagamento estipulado na pro- proposta de inscrição, em decorrência da morte do par-
posta. Por sua vez, o PU é um plano em que o pagamento ticipante ocorrida durante o período de cobertura e após
é único (realizado uma única vez), tendo sua vigência es- cumprido o período de carência estabelecido no Plano.
tipulada na proposta. • Pecúlio por invalidez - importância em dinheiro, pa-
Enquanto que o prazo de pagamento é o período du- gável de uma só vez ao próprio participante, em decorrên-
rante o qual o Subscritor compromete-se a efetuar os pa- cia de sua invalidez total e permanente ocorrida durante
gamentos que, em geral, são mensais e sucessivos. o período de cobertura e após cumprido o período de ca-
Outra possibilidade, como colocada acima, é a de o rência estabelecido no Plano.
título ser de Pagamento Único (P.U.). Prazo de Vigência, A SUSEP e as entidades que atuam no sistema criaram
por sua vez, é o período durante o qual o Título de Ca- os seguintes planos padrões que atualmente são comer-
pitalização está sendo administrado pela Sociedade de cializados pelo mercado de previdência aberta comple-
Capitalização, sendo o capital relativo ao título atualizado mentar:
monetariamente pela TR e capitalizado pela taxa de juros
informada nas Condições Gerais. Tal período deverá ser PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre
igual ou superior ao período de pagamento. A legislação não exige depósitos periódicos no caso
dos PGBLs, tipo contribuições mensais.
PREVIDÊNCIA Os depósitos podem ser feitos à medida que haja re-
cursos disponíveis, dentro do que for contratado com o
Previdência privada, também chamada de Previdência administrador. O participante deve verificar se tem renda
complementar, é uma forma de seguro contratado para para garantir o fluxo de pagamentos acertado no contrato.
garantir uma renda ao comprador ou seu beneficiário. O O período de contribuição para os planos depende do
valor do prêmio é aplicado pela entidade gestora, que prazo existente entre a decisão de poupar e a idade que o
com base em cálculos atuariais, determina o valor do be- contribuinte deseja receber o benefício.
nefício. Quanto antes começa um plano de previdência priva-
Em resumo, pode-se dizer que é um sistema que acu- da, mais fácil é formar a poupança, porque o volume de
mula recursos que garantam uma renda mensal no futu- dinheiro que será poupado será distribuído por um núme-
ro, especialmente no período em que se deseja parar de ro maior de meses.
trabalhar. Num primeiro momento, era vista como uma Segundo, porque o efeito da parte dos juros no capital
forma uma poupança extra, além da previdência oficial, final é maior quanto maior o tempo de contribuição. A
mas como o benefício do governo tende a ficar cada vez poupança que vai garantir o pagamento dos benefícios é
menor, muitos adquirem um plano como forma de garan- formada por dois valores básicos. Um é a soma das con-
tir uma renda razoável ao fim de sua carreira profissional. tribuições feitas, retirando daí todos os custos. O outro é
Há dois tipos de plano de previdência no Brasil. A o rendimento obtido ao longo dos anos. Quanto maior o
aberta e a fechada. número de anos, maior a contribuição do rendimento na
A aberta pode ser contratada por qualquer pessoa, formação do capital.
enquanto a fechada é destinada a grupos, como por VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre
exemplo, funcionários de uma empresa.
O VGBL – Vida Gerador de Benefícios Livres dá ao
Benefícios dos Planos Previdenciários cliente o direito de resgatarem vida, após o período de
Os planos de aposentadoria e pensão privados po- carência, uma parte ou a totalidade do montante aplicado,
dem ser contratados deforma individual ou coletiva (aver- acrescido do rendimento durante esse período.
bados ou instituídos); e podem oferecer juntos ou separa- O VGBL é bastante parecido com o PGBL. Isso porque
damente, alguns tipos básicos de benefícios, quais sejam: o investidor também tem seus recursos aplicados em um
• Renda por sobrevivência - renda a ser paga ao parti- FIF exclusivo, sendo cobrada taxa de carregamento, e ain-
cipante do plano que sobreviver ao prazo de diferimento da pode optar pelo perfil do fundo em que aportará suas
contratado, geralmente denominada de aposentadoria. reservas.
• Renda por invalidez - renda a ser paga ao partici- O VGBL não tem garantia de remuneração mínima,
pante, em decorrência de sua invalidez total e permanen- sendo o benefício baseado na rentabilidade da carteira de
te ocorrida durante o período de cobertura e após cum- investimento do FIF. A transferência (portabilidade) dos
prido o período de carência estabelecido no Plano; Planos recursos de uma seguradora para outra é permitida, de-
de Aposentadoria. vendo apenas ser respeitado o período de carência, que
• Pensão por morte - renda a ser paga ao(s) beneficiá- ainda não foi regulamentado pela Susep (Superintendên-
rio(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrên- cia de Seguros Privados).
cia da morte do Participante ocorrida durante o período Conforme exposto, o PGBL e o VGBL são produtos com
de cobertura e após cumprido o período de carência es- características bastante semelhantes. A grande diferença
tabelecido no Plano. está no tratamento fiscal. No PGBL, o investidor conta com
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
o incentivo fiscal concedido aos planos de previdência, • da possibilidade de realização de aplicações que co-
que permite ao poupador deduzir de sua base de cálculo loquem em risco o patrimônio do fundo; O valor de cada
do Imposto de Renda contribuições feitas a estes planos, cota é recalculado diariamente e a remuneração recebida
até o limite de 12% de sua renda bruta anual. varia de acordo com o prazo de aplicação e com os rendi-
Já o VGBL não conta com esse incentivo, mas, em mentos dos ativos financeiros que compõe o fundo.
compensação, o investidor não é tributado com base na Não há, geralmente, garantia de que o valor resgatado
tabela progressiva no momento do resgate ou do recebi- seja superior ao valor aplicado.
mento do benefício, como ocorre no PGBL. Sua tributação Aplicação caracterizada pela aquisição de cotas de
acontece apenas em relação ao ganho de capital – ou seja, aplicações com características abertas e solidárias, e que
o lucro. Sendo assim, o VGBL torna-se um produto ideal representam parte do Patrimônio do Fundo, sendo que
para pessoas que atuam na economia informal ou que es- apresenta ainda uma valorização diária.
tão isentas do Imposto de Renda e, por isso, não podem Neste modelo de aplicação, os investidores podem sa-
contar com a vantagem fiscal do PGBL e dos planos de car suas cotas a curto prazo, no entanto, como nem todos
previdência em geral. agem dessa forma, a soma restante, que sempre represen-
ta uma importância volumosa, poderá ser aplicada em mo-
INVESTIMENTOS E SEGUROS dalidades mais rentáveis.
Os recursos obtidos pela administradora do Fundo
Fundo de Investimentos serão aplicados no mercado financeiro interno ou externo
Os fundos de investimento representam significativa onde houver uma melhor rentabilidade.
parcela de recursos aplicados por investidores no SFN, tais Os Fundos de Investimentos atuam conforme deter-
investimentos são constituídos sob a forma de condomí- minação Comissão de Valores Mobiliários (CVM), onde são
nios, estando, dessa forma, segregados do patrimônio da determinados os limites de composição da carteira, que re-
instituição financeira que os administra. flete na liquidez da aplicação.
O Fundo de Investimento Financeiro, constituído sob Os fundos de investimento podem ser classificados
a forma de condomínio aberto, é uma comunhão de re- pelo índice de volatilidade, que determina o grau de risco
cursos destinados à aplicação em carteira diversificada de para o investidor. Segundo a CVM, autarquia responsável
ativos financeiros e demais modalidades operacionais dis- pela supervisão deste mercado, os Fundos podem ser:
poníveis no âmbito do mercado financeiro e de capitais. a) Fundo de Curto Prazo - Devem aplicar seus recursos
Ao administrador do Fundo compete a realização de exclusivamente em títulos públicos federais ou privados
uma série de atividades gerenciais e operacionais rela- pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de
cionadas com os cotistas e seus investimentos, dentre as juros, ou títulos indexados a índices de preços, com pra-
quais a gestão da carteira de títulos e valores mobiliários. zo máximo a decorrer de 375 (trezentos e setenta e cinco)
Esta gestão da carteira do Fundo pode ser realizada dias. O prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 (ses-
pelo próprio administrador ou pode ser terceirizada, isto senta) dias.
é, realizada por uma pessoa física ou jurídica, credenciada b) Fundo Referenciado - Esses Fundos devem identifi-
pela CVM e contratada especialmente para esta finalidade. car em sua denominação o seu indicador de desempenho,
Este é o gestor da carteira. em função da estrutura dos ativos financeiros integrantes
As informações relevantes de um Fundo de Investi- das respectivas carteiras, desde que atendidas, cumulativa-
mento constam de seu prospecto e de seu Regulamento, mente, as seguintes condições:
que devem, obrigatoriamente, ser entregues ao cotista por I - tenham 80% (oitenta por cento), no mínimo, de seu
ocasião de seu ingresso no Fundo. patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativa-
O Fundo tem prazo indeterminado de duração e em mente, por:
sua denominação, que não pode conter termos incompa- a) títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Ban-
tíveis com o seu objetivo, deve constar a expressão “inves- co Central do Brasil;
timento financeiro”, facultado o acréscimo de vocábulos b) títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emis-
que identifiquem o perfil de suas aplicações. sor esteja classificado na categoria baixo risco de crédito
As taxas, despesas e prazos adotados devem ser os ou equivalente.
mesmos para todos os condôminos do fundo. Na defi- II - estipulem que 95% (noventa e cinco por cento), no
nição da política de investimento (onde serão aplicados mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de
os recursos do fundo), devem ser prestadas informações forma a acompanhar a variação do indicador de desempe-
acerca: nho escolhido;
• das características gerais da atuação do fundo, entre III - restrinjam a respectiva atuação nos mercados de
as quais os critérios de composição e de diversificação da derivativos a realização de operações com o objetivo de
carteira e os riscos operacionais envolvidos; proteger posições detidas à vista, até o limite dessas.
29
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
c) Fundo de Renda Fixa - Devem possuir, no mínimo, O objetivo maior do Seguro Rural é oferecer cobertu-
80% (oitenta por cento) da carteira em ativos relacionados ras, que ao mesmo tempo atendam ao produtor e a sua
diretamente aos principais fatores de risco da carteira, que produção, à sua família, à geração de garantias a seus fi-
são a variação da taxa de juros doméstica ou de índice de nanciadores, investidores, parceiros de negócios, todos in-
inflação, ou ambos. teressados na maior diluição possível dos riscos, pela com-
d) Fundo de Ações - Devem possuir, no mínimo, 67% binação dos diversos ramos de seguro.
(sessenta e sete por cento) da carteira em ações admitidas
à negociação no mercado à vista de bolsa de valores ou Seguro contra incêndio
entidade do mercado de balcão organizado. Para fins de seguro, o incêndio pode ser definido como
e) Fundo Cambial - Devem possuir, no mínimo, 80% (oi- fogo que se propaga, ou se desenvolve com intensidade,
tenta por cento) da carteira em ativos relacionados direta- destruindo e causando prejuízos (danos). Para que fique
mente, ao fator de risco do fundo que é a variação de preços caracterizado a ocorrência de incêndio, para fins de seguro,
de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial.
não basta que exista fogo é preciso:
f) Fundo de Dívida Externa - Devem aplicar, no mínimo,
• que o fogo se alastre, se desenvolva, se propague;
80% (oitenta por cento) de seu patrimônio líquido em títu-
• que a capacidade de alastrar-se não esteja limitada
los representativos da dívida externa de responsabilidade
da União, sendo permitida a aplicação de até 20% (vinte a um recipiente ou qualquer outro local em que habitual-
por cento) do patrimônio líquido em outros títulos de cré- mente haja fogo, ou seja, que ocorra em local indesejado
dito transacionados no mercado internacional. ou não habitual; e
g) Fundo Multimercado - Estes Fundos possuem polí- • que o fogo cause dano.
ticas de investimento que envolvem vários fatores de risco,
sem o compromisso de concentração em nenhum fator Seguro de Garantia
em especial ou em fatores diferentes das demais classes É um seguro que tem a finalidade de garantir o fiel
de fundos. cumprimento das obrigações contraídas pelo tomador jun-
Os fundos classificados como “Referenciado”, “Renda to ao segurado em contratos privados ou públicos, bem
Fixa”, “Cambial”, “Dívida Externa” e “Multimercado” pode- como em licitações.
rão ser adicionalmente classificados como “Longo Prazo” As partes se relacionam da seguinte forma: o segurado
quando o prazo médio de sua carteira supere 365 (trezen- recebe uma apólice de seguro emitida pela seguradora, ga-
tos e sessenta e cinco) dias e seja composta por títulos pri- rantindo as obrigações do tomador contraídas no contrato
vados ou públicos federais, pré-fixados ou indexados à taxa principal. Para que se conclua a operação, a seguradora e o
SELIC (taxa média de juros dos títulos públicos federais) ou tomador assinam o contrato de contra garantia, garantindo
a outra taxa de juros, a índices de preço ou à variação cam- o direito de regresso da seguradora contra o tomador em
bial, ou, ainda, por operações compromissadas lastreadas um eventual sinistro.
nos títulos públicos federais acima referidos. O tomador é a pessoa jurídica ou pessoa física que as-
sume a tarefa de construir, fornecer bens ou prestar ser-
PLANOS DE SEGUROS viços, por meio de um contrato contendo as obrigações
As sociedades seguradoras são as únicas entidades a estabelecidas.
negociar pla Ao mesmo tempo, torna-se cliente e parceiro da segu-
nos de seguros. radora, que passa a garantir seus serviços.
Para tanto, tais entidades seguem um conjunto de re- O Tomador é o risco; o interessado em cumprir o con-
gras definidas em legislação especifica relativa ao assunto.
trato. É ele quem paga o prêmio do seguro;
Os planos de seguros existentes no mercado brasileiro
O segurado é a pessoa física ou jurídica contratante
são:
da obrigação junto ao tomador e o segurador é quem ga-
1. Seguro rural;
rante a realização do contrato. Geralmente este seguro é
2. Seguro contra incêndio;
3. Seguro garantia; utilizado na construção civil, porém pode ser aplicado em
4. Seguro de pessoas; contratos de prestação de serviços, fornecimento e obriga-
5. Seguro de transporte; ções aduaneiras.
6. Seguro de crédito interno; As relações entre o tomador e a seguradora regem-se
7. Seguro de automóveis. pelo estabelecido na proposta de seguro e no contrato de
contra garantia.
Seguro Rural Tal contrato é o instrumento legal que permite obter
O Seguro Rural é um dos mais importantes instrumen- ressarcimento junto ao tomador e seus fiadores dos valo-
tos de política agrícola, por permitir ao produtor proteger- res pagos pela seguradora ao segurado. Este contrato não
se contra perdas decorrentes principalmente de fenôme- interfere no direito do segurado.
nos climáticos adversos. Contudo é mais abrangente, co-
brindo não só atividade agrícola, mas também a atividade Seguro de Pessoas
pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos, São feitas pelas seguradoras visando a proteção de ris-
o crédito para comercialização desses produtos, além do cos suportados por pessoas físicas. Podem ser subdivididos
seguro de vida dos produtores. nas seguintes modalidades:
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
• Seguro de vida em grupo: garantem um pagamento O sinistro é caracterizado quando ocorre a insolvência
de uma indenização ao segurado e aos seus beneficiários. do devedor reconhecida por meio de medidas judiciais ou
observadas as garantias contratadas que podem ser bási- extrajudiciais realizadas para o pagamento da dívida.
cas (geralmente morte ou invalidez permanente) ou adicio- Este seguro é geralmente contratado por empresas
nais. São feitos para garantir duas ou mais pessoas, sendo que realizam operações de crédito em suas vendas, tanto
obrigatoriamente contratados por uma estipulante, que para pessoa física como para pessoa jurídica, ou interme-
representa os segurados; diários de operações de crédito, financiamento e investi-
• Seguro de acidentes pessoais: garante o pagamento mento; consórcios, empresas de factoring, etc.
de uma indenização ao segurado ou a seus beneficiários, Caracterizados desta forma como segurados das ope-
caso aquele venha a sofre um acidente pessoal; rações de crédito.
• Seguro de vida individual: é o seguro que garante um Os segurados também são os responsáveis pelo paga-
único segurado, contratado pelo próprio interessado; mento do prêmio de seguro. Os contratantes da operação
• Seguro educacional: auxilia o custeio das despesas de crédito, ou seja, os devedores são denominados garanti-
com educação dos beneficiários do segurado, à luz da dos, e é sobre eles que incide o risco de inadimplência.
ocorrência dos riscos segurados definidos no contrato;
• Seguro prestamista: são seguros em grupo, onde os Seguro de Automóveis
segurados convencionam pagar prestações ao estipulante O Seguro de Automóveis poderá ser contratado pelas
pelo valor do saldo da dívida ou do compromisso feito pelo modalidades de Valor Determinado ou Valor de Mercado
segurado. Referenciado. As Seguradoras podem oferecer apenas a
contratação na modalidade Valor Determinado, apenas na
Seguro de Transporte modalidade Valor de Mercado Referenciado, ou ambas; As
Para que possamos compreender como funciona o se- principais garantias oferecidas são Compreensiva (colisão,
guro de transporte, temos que entender como está estru- incêndio e roubo), Incêndio e Roubo, Colisão e Incêndio,
turada a operação de transporte. Acidentes Pessoais de Passageiros e Responsabilidade Civil
O conhecimento de embarque é o contrato feito para o Facultativa de Veículos: Outras garantias podem ser contra-
transporte da mercadoria entre comprador (ou vendedor) tadas. São elas:
e o transportador (ou operador de transporte multimodal). • A assistência 24 Horas: tem como objetivo prestar as-
A relação existente entre as partes deverá ser definida no sistência ao veículo segurado e a seus ocupantes, em caso
contrato de compra e venda, uma vez que a definição de de acidente ou pane mecânica e/ou elétrica;
quem tem a obrigação de contratar o frete constará deste. • Acessórios: garante a indenização dos prejuízos cau-
Os principais contratos de transporte são: sados aos acessórios do veículo pelos mesmos riscos pre-
• FOB: O vendedor é o responsável pela contratação do vistos na apólice contratada.
transporte e do seguro da mercadoria até a colocação da Entende-se como acessório, original de fábrica ou não,
mesma a bordo da embarcação. Cabe ao comprador con- rádio e toca-fitas, Cd players, televisores, etc, desde que fi-
tratar o transporte e o seguro a partir deste ponto; xados em caráter permanente no veículo segurado;
• CIF: este contrato prevê a obrigatoriedade do ven- • Equipamentos: garante a indenização dos prejuízos
dedor providenciar o transporte e o seguro até o porto de causados aos equipamentos do veículo pelos mesmos ris-
destino final. Costuma ser utilizado nas exportações brasi- cos previstos na apólice contratada. Entende-se como equi-
leiras; Quem pode contratar o seguro transporte é a pessoa pamento, qualquer peça ou aparelho fixado em caráter per-
que tem o interesse em preservar o patrimônio contra os manente no veículo segurado, exceto áudio e vídeo;
riscos inerentes à viagem. • Carroceria: garante indenização, no caso de danos
Ou seja, por qualquer pessoa que tenha o interesse se- causados à carroceria do veículo segurado, desde que o si-
gurável na carga a ser transportada. Este interesse segurá- nistro seja decorrente de um dos riscos cobertos na apólice;
vel será esclarecido no contrato de compra e venda. • Blindagem: está coberta por esta garantia, a blinda-
Neste contrato, estará definido a partir de que mo- gem do veículo segurado, contra eventos cobertos pela
mento o interesse segurável passará do vendedor ao com- apólice;
prador da mercadoria; • Despesas Extraordinárias: garante ao segurado, em
caso de indenização integral, uma quantia estipulada no
Seguro de Crédito Interno contrato de seguro, para o pagamento de despesas extras
Entende-se por operação de crédito todo ato de von- relativas a documentação do veículo, etc;
tade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, tem- • Danos Morais: garante ao Segurado o reembolso da
porariamente, parte de seu patrimônio a um terceiro, com indenização por danos morais causados a terceiros, pela
a expectativa de que essa parcela volte a sua posse inte- qual vier a ser responsável civilmente em sentença judicial
gralmente, após decorrer o tempo estipulado. transitada em julgado, ou em acordo judicial ou extrajudi-
O seguro de crédito interno é uma modalidade de se- cial autorizado de modo expresso pela seguradora;
guro que tem por objetivo ressarcir o segurado (credor), • Extensão de Perímetro para os Países da América do
nas operações de crédito realizadas dentro do território Sul: por meio desta garantia, o Segurado poderá ampliar a
nacional, das Perdas Líquidas Definitivas – PLD4 – causadas área de abrangência do seguro do seu veículo para os paí-
por devedor insolvente. ses da América do Sul;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
• Valor de Novo: Garante ao Segurado, no caso de in- Como acionista, ele é sócio da empresa e se beneficia
denização integral, a indenização referente à Cobertura da distribuição de dividendos sempre que a empresa ob-
de Casco pelo Valor de Novo, nos casos em que o sinistro tiver lucros.
ocorra em até 6 ou 12 meses da saída do veículo da con- Essa é a mecânica da democratização do capital de
cessionária; uma empresa e da participação em seus lucros.
Para operar no mercado secundário de ações, é neces-
sário que o investidor se dirija a uma sociedade corretora
NOÇÕES DO MERCADO DE membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários es-
pecializados poderão fornecer os mais diversos esclareci-
CAPITAIS E DE CÂMBIO.
mentos e orientação na seleção do investimento, de acor-
do com os objetivos definidos pelo aplicador.
Se pretender adquirir ações de emissão nova, ou seja,
MERCADO DE CAPITAIS no mercado primário, o investidor deverá procurar um ban-
co, uma corretora ou uma distribuidora de valores mobiliá-
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de rios, que participem do lançamento das ações pretendidas.
valores mobiliários, que tem o propósito de proporcionar Os países capitalistas mais desenvolvidos possuem
liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu mercados de capitais fortes e dinâmicos.
processo de capitalização. A fraqueza desse mercado nos países subdesenvolvi-
É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corre- dos dificulta a formação de poupança, constitui um sério
toras e outras instituições financeiras autorizadas. obstáculo ao desenvolvimento e obriga esses países a re-
No mercado de capitais, os principais títulos nego- correr aos mercados de capitais internacionais, sediados
ciados são os representativos do capital de empresas - as nas potências centrais.
ações - ou de empréstimos tomados, via mercado, por em-
presas – debêntures conversíveis em ações, bônus de subs- MERCADO DE CÂMBIO
crição e “commercial papers” - , que permitem a circulação
O mercado de câmbio envolve as forças de ofer-
de capital para custear o desenvolvimento econômico.
ta e procura de divisas estrangeiras e a condição de equi-
O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações
líbrio, servindo para explicar a determinação da taxa de
com direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários,
câmbio e o volume das transações internacionais. Inclui
certificados de depósitos de ações e demais derivativos au-
todas transações de compra e venda de moeda estrangei-
torizados à negociação.
ra realizadas por exportadores, importadores, investidores,
À medida que cresce o nível de poupança individual
turistas, devedores e especuladores por intermédio do sis-
e a poupança das empresas (lucros) constituem a fonte
tema financeiro.
principal do financiamento dos investimentos de um país.
Tais investimentos são o motor do crescimento econômi- Instituições Autorizadas a Operar
co e este, por sua vez, gera aumento de renda, com con-
sequente aumento da poupança e do investimento, assim Podem operar no mercado de câmbio apenas as insti-
por diante. tuições autorizadas pelo Banco Central. O segmento livre é
Esse é o esquema da circulação de capital, presente no restrito aos bancos e ao Banco Central.
processo de desenvolvimento econômico. As empresas, à No segmento flutuante, além desses dois, podem ter
medida que se expandem, carecem de mais e mais recur- permissão para operar as agências de turismo, os meios de
sos, que podem ser obtidos por meio de: hospedagem de turismo e as corretoras e distribuidoras de
● empréstimos; títulos e valores mobiliários.
● reinvestimentos de lucros; A transação PCAM 830, do SISBACEN, disponível ao
● participação de acionistas. público em geral, lista todas as instituições autorizadas nos
dois segmentos do mercado de câmbio.
As duas primeiras fontes de recursos são limitadas. Ge- Em dúvida, o cliente deve solicitar documentação com-
ralmente, as empresas utilizam-nas para manter sua ativi- probatória da aprovação do Banco Central e/ou contatar a
dade operacional. representação do Departamento de Câmbio na praça ou
Mas é pelas participações de novos sócios - os acio- região ou ainda ligar para as Centrais de Atendimento do
nistas - que uma empresa ganha condição de obter novos Banco Central.
recursos não exigíveis, como contrapartida à participação
no seu capital. OPERAÇÕES BÁSICAS
Com os recursos necessários, as empresas têm condi-
ções de investir em novos equipamentos ou no desenvol- CÂMBIO. Operação financeira que consiste em vender,
vimento de pesquisas melhorando seu processo produtivo, trocar ou comprar valores em moedas de outros países ou
tornando-o mais eficiente e beneficiando toda a comuni- papéis que representem moedas de outros países. Para
dade. essas operações são utilizados cheques, moedas propria-
O investidor em ações contribui assim para a produção mente ditas ou notas bancárias, letras de câmbio, ordens
de bens, dos quais ele também é consumidor. de pagamento etc.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Até o século passado, a maioria das moedas tinha seu As flutuações da taxa cambial apresentam uma série de
valor determinado por certa quantia de ouro e prata que riscos, pois o mercado de divisas passa a sofrer variações
representavam. determinadas também por fatores políticos, sociais e até
Atualmente não há mais o lastro metálico para servir psicológicos.
de relação no câmbio entre as moedas, e as taxas cambiais Quando um país sofre uma crise de liquidez, por
são determinadas por uma conjunção de fatores intrínse- exemplo, o regime de câmbio livre estimula a especulação
cos ao país, principalmente a política econômica vigente.O com moeda estrangeira, o que eleva excessivamente sua
câmbio não possui apenas o valor teórico de determinar cotação e agrava sua escassez. Da mesma forma, os im-
preços comparativos entre moedas, mas a função básica de portadores passam a utilizar maior quantidade de divisas
exprimir a relação efetiva de troca entre diferentes países. (moeda estrangeira) para suas compras, querendo evitar
A troca de moedas é consequência das transações co- pagá-las mais caras com o avanço da crise, o que agrava a
merciais entre países. crise de liquidez.
No Brasil, a rede bancária, liderada pelo Banco do Bra-
sil, é a intermediária nas transações cambiais. CÂMBIO MANUAL
Os exportadores, ao receberem moeda estrangeira,
vendem-na aos bancos e os bancos revendem essa moeda A simples troca física da moeda de um país pela de
aos importadores para que paguem as mercadorias com- outro. As operações manuais de câmbio só se fazem em
pradas. dinheiro efetivo e restringem-se aos viajantes e turistas.
Essas transações são sempre reguladas pelo governo, Nas transações de comércio exterior ou de pais a pais,
que fixa os preços de compra e venda das moedas estran- utilizam-se divisas sob a forma de letras de câmbio, che-
geiras. ques, ordens de pagamento ou títulos de crédito.
CÂMBIO MÚLTIPLO
Estrutura do Mercado Cambial Brasileiro
Sistema de câmbio em que as taxas variam conforme
- Banco Central do Brasil: órgão executor da política a destinação do uso da moeda estrangeira. Acaba funcio-
cambial brasileira; nando como um tipo de subsídio para a compra de alguns
- Banco Autorizado: instituição bancária com quem o produtos ou como taxação na compra de outros. E adota-
cliente fecha o câmbio; do tanto para a importação quanto para a exportação, e
- Cliente: qualquer pessoa física ou jurídica habilitada a alguns países o adotam oficialmente.
comprar ou vender moeda estrangeira; O Brasil não possui câmbio múltiplo, mas certas re-
- Corretor de Câmbio: intermediário de quem, facul- gulamentações de natureza cambial criam efeito seme-
tativamente, o cliente pode se utilizar para realizar as suas lhante. O dólar para a compra de petróleo, por exemplo,
operações de câmbio. possui valor inferior ao do cambio oficial, contrapartida,
durante algum tempo a taxação de 25% de IOF (imposto
Segmentos de Mercado sobre Operações Financeiras) na compra. de dólares por
turistas brasileiros que viajavam ao exterior criou um dólar
O Mercado Cambial Brasileiro está dividido em dois mais caro. Estão no mesmo caso a taxação variável dos
segmentos distintos: produtos de importação (com alíquotas maiores para os
chamados supérfluos e o confisco cambial incidente sobre
a) Mercado de Taxas Livres (ou Câmbio Comercial), produtos de exportação (como o café). Consideraremos
que abrange as operações de câmbio relativas ao comércio que essas operações se realizem em um mercado cambial
exterior e de capitais estrangeiros, entre outras; totalmente livre, isto é, onde inexistam quaisquer tipos de
controles de câmbio.
b) Mercado de Taxas Flutuantes (ou Câmbio Turis-
mo), que engloba as operações não enquadradas no Câm- Nota: Algumas das operações aqui tratadas pode-
bio Comercial. rão não ser permitidas no Brasil, em virtude de dispositivos
cambiais vigentes.
MODALIDADES Os negócios cambiais realizados pelos bancos podem
ser efetuados com seus clientes não bancários (empresas,
CAMBIO LIVRE particulares etc.) como também com outros bancos (ope-
rações interbancárias).
Regime de operações do mercado de divisas sem in- Tais operações poderão referir-se a operações “pron-
terferência das autoridades monetárias. A liberação da taxa tas”, operações “futuras”, operações de swaps, hedging etc.
cambial faz com que o valor das moedas estrangeiras flu- As transações “interbancárias” normalmente são efe-
tue de acordo com o interesse que despertam no mercado tuadas por telex ou telefone, diretamente entre os bancos
segundo a interação da oferta e da procura. ou, conforme a legislação cambial do país, com a interven-
O câmbio livre é também chamado de flutuante ou er- ção de corretores.
rático.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
A rapidez é fator primordial na condução dessas ope- 4. Que instituições podem operar no mercado de câm-
rações os negócios são consumados dizendo-se simples- bio e que operações elas podem realizar?
mente “feito” a uma proposta. Podem ser autorizados pelo Banco Central a operar no
Uma proposta de operação devera ser imediatamente mercado de câmbio: bancos múltiplos; bancos comerciais;
respondida ela outra parte, aceitando-a ou recusando-a. caixas econômicas; bancos de investimento; bancos de de-
Uma demora na resposta poderá fazer que a outra parte senvolvimento; bancos de câmbio; agências de fomento;
se recuse a fechar o negocio nas condições estabelecidas sociedades de crédito, financiamento e investimento; so-
inicialmente. Este aspecto é de particular importância no ciedades corretoras de títulos e valores mobiliários; socie-
caso de cotações cambiais, as quais, em um mercado livre dades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e so-
de câmbio, poderão modificar-se rapidamente, de acordo ciedades corretoras de câmbio.
com as condições de mercado. Esses agentes podem realizar as seguintes operações:
a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Eco-
Segue algumas questões acerca de câmbio. nômica Federal: todas as operações previstas para o mer-
1. O que é câmbio? cado de câmbio;
Câmbio é a operação de troca de moeda de um país b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito,
pela moeda de outro país. Por exemplo, quando um turista financiamento e investimento e agências de fomento: ope-
brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda es- rações específicas autorizadas pelo Banco Central;
trangeira, o agente autorizado pelo Banco Central a operar c) sociedades corretoras de títulos e valores mobiliá-
no mercado de câmbio recebe do turista brasileiro a moe- rios; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliá-
da nacional e lhe entrega (vende) a moeda estrangeira. Já rios e sociedades corretoras de câmbio:
quando um turista estrangeiro quer converter moeda es- c 1.) operações de câmbio com clientes para liquidação
trangeira em reais, o agente autorizado a operar no mer- pronta de até US$100 mil ou o seu equivalente em outras
cado de câmbio compra a moeda estrangeira do turista moedas; e
estrangeiro, entregando-lhe os reais correspondentes. c 2.) operações no mercado interbancário, arbitragens
no País e, por meio de banco autorizado a operar no mer-
2. O que é mercado de câmbio? cado de câmbio, arbitragem com o exterior.
No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde Além desses agentes, o Banco Central também conce-
se realizam as operações de câmbio entre os agentes au- dia autorização para agências de turismo e meios de hos-
torizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes, pedagem de turismo para operarem no mercado de câm-
diretamente ou por meio de seus correspondentes. bio. Atualmente, não se concede mais autorização para es-
O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado ses agentes, permanecendo ainda apenas aquelas agências
pelo Banco Central e compreende as operações de compra de turismo cujos proprietários pediram ao Banco Central
e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda autorização para constituir instituição autorizada a operar
nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no em câmbio. Enquanto o Banco Central está analisando tais
País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior pedidos, as agências de turismo ainda autorizadas podem
e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas continuar a realizar operações de compra e venda de moe-
por intermédio das instituições autorizadas a operar no da estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem,
mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente ou relativamente a viagens internacionais.
por meio de seus correspondentes. As instituições financeiras autorizadas a operar em
Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as opera- câmbio podem contratar correspondentes (pessoas jurídi-
ções relativas aos recebimentos, pagamentos e transferên- cas em geral) para a realização das seguintes operações de
cias do e para o exterior mediante a utilização de cartões câmbio:
de uso internacional, bem como as operações referentes a) execução ativa ou passiva de ordem de pagamento
às transferências financeiras postais internacionais, inclusi- relativa a transferência unilateral (ex: manutenção de resi-
ve vales postais e reembolsos postais internacionais. dentes, transferência de patrimônio, prêmios em eventos
À margem da lei, funciona um segmento denominado culturais e esportivos ) do ou para o exterior, limitada ao
mercado paralelo. São ilegais os negócios realizados no valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos,
mercado paralelo, bem como a posse de moeda estran- por operação;
geira oriunda de atividades ilícitas. b) compra e venda de moeda estrangeira em espécie,
cheque ou cheque de viagem, bem como carga de moeda
3. Qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar e estrangeira em cartão pré-pago, limitada ao valor equiva-
vender moeda estrangeira? lente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, por opera-
Sim, desde que a outra parte na operação de câm- ção; e
bio seja agente autorizado pelo Banco Central a operar no c) recepção e encaminhamento de propostas de ope-
mercado de câmbio (ou seu correspondente para tais ope- rações de câmbio.
rações) e que seja observada a regulamentação em vigor, As operações realizadas pelos correspondentes são
incluindo a necessidade de identificação em todas as ope- de total responsabilidade da instituição contratante (para
rações. É dispensado o respaldo documental das opera- mais informações sobre correspondentes, consulte: Perfis
ções de valor até o equivalente a US$ 3 mil, preservando- > Cidadão > Perguntas frequentes, cartilhas e notícias >
se, no entanto, a necessidade de identificação do cliente. Perguntas frequentes > Correspondentes no país).
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
A ECT também é autorizada pelo Banco Central a rea- 8. O que é posição de câmbio?
lizar operações com vales postais internacionais, emissivos A posição de câmbio é representada pelo saldo das
e receptivos, destinadas a atender compromissos diversos, operações de câmbio (compra e venda de moeda estran-
tais como: manutenção de pessoas físicas, contribuições geira, de títulos e documentos que as representem e de
previdenciárias, aposentadorias e pensões, aquisição de ouro-instrumento cambial) prontas ou para liquidação fu-
medicamentos para uso particular, pagamento de aluguel tura, realizadas pelas instituições autorizadas pelo Banco
de veículos, multas, doações. Por meio dos vales postais in- Central do Brasil a operar no mercado de câmbio.
ternacionais, a ECT também pode dar curso a recebimentos
ou pagamentos conduzidos sob a sistemática de câmbio 9. O que é posição de câmbio comprada?
simplificado de exportação ou de importação, observado o A posição de câmbio comprada é o saldo em moeda
limite de US$50 mil, ou seu equivalente em outras moedas, estrangeira registrado em nome de uma instituição autori-
por operação. zada que tenha efetuado compras, prontas ou para liquida-
A relação dos agentes autorizados a operar no merca- ção futura, de moeda estrangeira, de títulos e documentos
do de câmbio pode ser consultada em: Câmbio e Capitais que as representem e de ouro-instrumento cambial, em
Internacionais > Instituições que atuam no mercado de valores superiores às vendas.
câmbio.
10. O que é posição de câmbio vendida?
5. Que operações podem ser realizadas no mercado A posição de câmbio vendida é o saldo em moeda es-
de câmbio? trangeira registrado em nome de uma instituição autoriza-
Quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda da que tenha efetuado vendas, prontas ou para liquidação
estrangeira podem ser realizados no mercado de câmbio, futura, de moeda estrangeira, de títulos e documentos que
inclusive as transferências para fins de constituição de dis- as representem e de ouro-instrumento cambial, em valores
ponibilidades no exterior e seu retorno ao País e aplica- superiores às compras.
ções no mercado financeiro. As pessoas físicas e as pessoas
jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou 11. O que é operação pronta?
realizar transferências internacionais em reais, de qualquer A operação de câmbio (compra ou venda) pronta é a
natureza, sem limitação de valor, observada a legalidade da operação a ser liquidada em até dois dias úteis da data de
transação, tendo como base a fundamentação econômica contratação.
e as responsabilidades definidas na respectiva documen-
tação. 12. O que é operação para liquidação futura?
Embora do ponto de vista cambial não exista restrição A operação de câmbio (compra ou venda) para liqui-
para a movimentação de recursos, os agentes do mercado dação futura é a operação a ser liquidada em prazo maior
e seus clientes devem observar eventuais restrições legais que dois dias.
ou regulamentares existentes para determinados tipos de
operação. Como exemplo, relativamente à colocação de 13. O que é contrato de câmbio?
seguros no exterior, devem ser observadas as disposições Contrato de câmbio é o documento que formaliza a
dos órgãos e entidades responsáveis pela regulação do operação de compra ou de venda de moeda estrangeira.
segmento segurador. Nele são estabelecidas as características e as condições sob
6. Os bancos são obrigados a vender moeda em es- as quais se realiza a operação de câmbio. Dele constam
pécie? informações relativas à moeda estrangeira que um cliente
Não. Normalmente, os agentes autorizados a operar está comprando ou vendendo, à taxa contratada, ao valor
em câmbio, por questão de administração de caixa e estra- correspondente em moeda nacional e aos nomes do com-
tégia operacional, procuram operar com o mínimo possível prador e do vendedor. Os contratos de câmbio devem ser
de moeda em espécie. registrados no Sistema Integrado de Registro de Opera-
ções de Câmbio (Sistema Câmbio) pelo agente autorizado
7. O que é mercado primário e mercado secundário? a operar no mercado de câmbio.
A operação de mercado primário implica o recebimen- Nas operações de compra ou de venda de moeda es-
to ou a entrega de moeda estrangeira por parte de clientes trangeira de até US$ 3 mil, ou seu equivalente em outras
no País, correspondendo a fluxo de entrada ou de saída da moedas estrangeiras, não é obrigatória a formalização do
moeda estrangeira do País. Esse é o caso das operações contrato de câmbio, mas o agente do mercado de câmbio
realizadas com exportadores, importadores, viajantes, etc. deve identificar seu cliente e registrar a operação no Siste-
Já no mercado secundário, também denominado merca- ma Câmbio.
do interbancário quando os negócios são realizados entre
bancos, a moeda estrangeira é negociada entre as insti- 14. O que é política cambial?
tuições integrantes do sistema financeiro e simplesmente É o conjunto de ações governamentais diretamente
migra do ativo de uma instituição autorizada a operar no relacionadas ao comportamento do mercado de câmbio,
mercado de câmbio para o de outra, igualmente autoriza- inclusive no que se refere à estabilidade relativa das taxas
da, não havendo fluxo de entrada ou de saída da moeda de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos.
estrangeira do País.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Cálculo do valor da garantia por conta: Saldo remanescente do Credor X na Instituição Finan-
ceira = R$ 183.333,33
AB = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00 Saldo remanescente do Credor Y na Instituição Finan-
AC = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00 ceira = R$ 125.000,00
AD = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00 Saldo remanescente do Credor Z na Instituição Finan-
AE = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00 ceira = R$ 50.000,00
A cada um deles caberá: Saldo remanescente do Credor B na Instituição Finan-
ceira = R$ 50.000,00
A = R$ 250.000,00
B = R$ 125.000,00 Obs.:- Deverá ser aplicado o mesmo raciocínio do item
C = R$ 125.000,00 e), devido ao fato de a garantia ser limitada primeiramente
D = R$ 125.000,00 a R$ 250.000,00 por conta, e em caso de mais de uma conta
E = R$ 125.000,00
limitar o máximo de R$ 250.000,00 por CPF no somatório
das partes de cada uma das contas.
Conta 1 = Saldo R$ 300.000,00 – Credores Fulano e
Beltrano
Legislação sobre as garantias do Sistema Financei-
Pagamento de garantia de R$ 250.000,00 = R$ 125 mil
para cada (CPF) ro Nacional
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 821 As dívidas futuras podem ser objeto de fian- Art. 832 O devedor responde também perante o fiador
ça; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que
depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal sofrer em razão da fiança.
devedor.
Art. 833 O fiador tem direito aos juros do desembolso
Art. 822 Não sendo limitada, a fiança compreenderá pela taxa estipulada na obrigação principal, e, não havendo
todos os acessórios da dívida principal, inclusive as despe- taxa convencionada, aos juros legais da mora.
sas judiciais, desde a citação do fiador.
Art. 834 Quando o credor, sem justa causa, demorar a
Art. 823 A fiança pode ser de valor inferior ao da obri- execução iniciada contra o devedor, poderá o fiador pro-
gação principal e contraída em condições menos onerosas, mover-lhe o andamento.
e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa
que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afian- Art. 835 O fiador poderá exonerar-se da fiança que
çada. tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe
convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança,
Art. 824 As obrigações nulas não são suscetíveis de durante sessenta dias após a notificação do credor.
fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacida-
de pessoal do devedor. Art. 836 A obrigação do fiador passa aos herdeiros;
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo de-
não abrange o caso de mútuo feito a menor. corrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as
forças da herança.
Art. 825 Quando alguém houver de oferecer fiador, o
credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa Art. 837 O fiador pode opor ao credor as exceções
idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que
fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obri-
competem ao devedor principal, se não provierem sim-
gação.
plesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo
Art. 826 Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz,
feito a pessoa menor.
poderá o credor exigir que seja substituído.
Art. 838 O fiador, ainda que solidário, ficará desobri-
gado:
Art. 827 O fiador demandado pelo pagamento da dívi-
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder mo-
da tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam
primeiro executados os bens do devedor. ratória ao devedor;
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação
ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do nos seus direitos e preferências;
devedor, sitos no mesmo município, livres e desembarga- III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar ami-
dos, quantos bastem para solver o débito. gavelmente do devedor objeto diverso do que este era
obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por
Art. 828 Não aproveita este benefício ao fiador: evicção*.
I - se ele o renunciou expressamente; Evicção: perda, parcial ou total, que sofre o adquirente
II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor duma coisa em consequência da reivindicação judicial pro-
solidário; movida pelo verdadeiro dono ou possuidor.
III - se o devedor for insolvente, ou falido.
Art. 839 Se for invocado o benefício da excussão e
Art. 829 A fiança conjuntamente prestada a um só dé- o devedor, retardando-se a execução, cair em insolvência,
bito por mais de uma pessoa importa o compromisso de ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os
solidariedade entre elas, se declaradamente não se reser- bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, sufi-
varem o benefício de divisão. cientes para a solução da dívida afiançada.
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador Art. 1.647... , nenhum dos cônjuges pode, sem autori-
responde unicamente pela parte que, em proporção, lhe zação do outro, exceto no regime da separação absoluta:
couber no pagamento. III - prestar fiança ou aval.
Art. 830 Cada fiador pode fixar no contrato a parte da PENHOR – CÓDIGO CIVIL
dívida que toma sob sua responsabilidade, caso em que
não será por mais obrigado. Art. 1.431 Constitui-se o penhor pela transferência efe-
tiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a
Art. 831 O fiador que pagar integralmente a dívida fica quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de
sub-rogado nos direitos do credor; mas só poderá deman- uma coisa móvel, suscetível de alienação.
dar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota. Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distri- e de veículos, as coisas empenhadas continuam em poder
buir-se-á pelos outros. do devedor, que as deve guardar e conservar.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 1.432 O instrumento do penhor deverá ser levado § 2º Operando-se a confusão tão-somente quanto
a registro, por qualquer dos contratantes; o do penhor co- a parte da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor
mum será registrado no Cartório de Títulos e Documentos. quanto ao resto.
Art. 1.433 O credor pignoratício tem direito: Art. 1.437 Produz efeitos a extinção do penhor depois
I - à posse da coisa empenhada; de averbado o cancelamento do registro, à vista da respec-
II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas tiva prova.
devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasio-
nadas por culpa sua; Art. 1.438 Constitui-se o penhor rural mediante ins-
III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido trumento público ou particular, registrado no Cartório de
por vício da coisa empenhada; Registro de Imóveis da circunscrição em que estiverem si-
IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigá- tuadas as coisas empenhadas.
vel, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe auto- Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dí-
rizar o devedor mediante procuração; vida, que garante com penhor rural, o devedor poderá emi-
V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que tir, em favor do credor, cédula rural pignoratícia, na forma
se encontra em seu poder; determinada em lei especial.
VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia
autorização judicial, sempre que haja receio fundado de Art. 1.439 O penhor agrícola e o penhor pecuário não
que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o podem ser convencionados por prazos superiores aos das
preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode obrigações garantidas.
impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo § 1º Embora vencidos os prazos, permanece a garan-
outra garantia real idônea. tia, enquanto subsistirem os bens que a constituem.
§ 2º A prorrogação deve ser averbada à margem do
Art. 1.434 O credor não pode ser constrangido a de- registro respectivo, mediante requerimento do credor e do
volver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de
devedor.
ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento
do proprietário, determinar que seja vendida apenas uma
Art. 1.440 Se o prédio estiver hipotecado, o penhor
das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o
rural poderá constituir-se independentemente da anuência
pagamento do credor.
do credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de
Art. 1.435 O credor pignoratício é obrigado:
preferência, nem restringe a extensão da hipoteca, ao ser
I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir
executada.
ao dono a perda ou deterioração de que for culpado, po-
dendo ser compensada na dívida, até a concorrente quan-
tia, a importância da responsabilidade; Art. 1.441 Tem o credor direito a verificar o estado das
II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem,
ciência, ao dono dela, das circunstâncias que tornarem ne- por si ou por pessoa que credenciar.
cessário o exercício de ação possessória; Art. 1.442 Podem ser objeto de penhor:
III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar I - máquinas e instrumentos de agricultura;
(art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação, II - colheitas pendentes, ou em via de formação;
nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessiva- III - frutos acondicionados ou armazenados;
mente; IV - lenha cortada e carvão vegetal;
IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, V - animais do serviço ordinário de estabelecimento
uma vez paga a dívida; agrícola.
V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida Art. 1.443 O penhor agrícola que recai sobre colheita
for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433. pendente, ou em via de formação, abrange a imediatamen-
te seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que
Art. 1.436 Extingue-se o penhor: se deu em garantia.
I - extinguindo-se a obrigação; Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova sa-
II - perecendo a coisa; fra, poderá o devedor constituir com outrem novo penhor,
III - renunciando o credor; em quantia máxima equivalente à do primeiro; o segundo
IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades penhor terá preferência sobre o primeiro, abrangendo este
de credor e de dono da coisa; apenas o excesso apurado na colheita seguinte.
V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a
venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele Art. 1.444 Podem ser objeto de penhor os animais que
autorizada. integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios.
§ 1º Presume-se a renúncia do credor quando con-
sentir na venda particular do penhor sem reserva de preço, Art. 1.445 O devedor não poderá alienar os animais
quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir empenhados sem prévio consentimento, por escrito, do
à sua substituição por outra garantia. credor.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 1.446 Os animais da mesma espécie, comprados Art. 1.474 A hipoteca abrange todas as acessões, me-
para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor. lhoramentos ou construções do imóvel. Subsistem os ônus
Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista reais constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca,
neste artigo, mas não terá eficácia contra terceiros, se não sobre o mesmo imóvel.
constar de menção adicional ao respectivo contrato, a qual
deverá ser averbada. Art. 1.475 É nula a cláusula que proíbe ao proprietário
alienar imóvel hipotecado.
Art. 1.447 Podem ser objeto de penhor máquinas, apa-
relhos, materiais, instrumentos, instalados e em funciona- Art. 1.476 O dono do imóvel hipotecado pode cons-
mento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados tituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em
na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; favor do mesmo ou de outro credor.
produtos de suinocultura, animais destinados à industria-
lização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos Art. 1.477 Salvo o caso de insolvência do devedor, o
industrializados. credor da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá
Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas executar o imóvel antes de vencida a primeira.
aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles de- Parágrafo único. Não se considera insolvente o deve-
positadas. dor por faltar ao pagamento das obrigações garantidas por
hipotecas posteriores à primeira.
Art. 1.448 Constitui-se o penhor industrial, ou o mer-
cantil, mediante instrumento público ou particular, regis- Art. 1.479 O adquirente do imóvel hipotecado, desde
trado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição que não se tenha obrigado pessoalmente a pagar as dívi-
onde estiverem situadas as coisas empenhadas. das aos credores hipotecários, poderá exonerar-se da hi-
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a poteca, abandonando-lhes o imóvel.
dívida, que garante com penhor industrial ou mercantil, o
devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula do res- Art. 1.485 Mediante simples averbação, requerida por
pectivo crédito, na forma e para os fins que a lei especial ambas as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até 30
determinar. (trinta) anos da data do contrato. Desde que perfaça esse
prazo, só poderá subsistir o contrato de hipoteca reconsti-
Art. 1.449 O devedor não pode, sem o consentimento tuindo-se por novo título e novo registro; e, nesse caso, lhe
por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou mu- será mantida a precedência, que então lhe competir.
dar-lhes a situação, nem delas dispor. O devedor que, anu-
indo o credor, alienar as coisas empenhadas, deverá repor Art. 1.486 Podem o credor e o devedor, no ato consti-
outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados tutivo da hipoteca, autorizar a emissão da correspondente
no penhor. cédula hipotecária, na forma e para os fins previstos em lei
especial.
Art. 1.450 Tem o credor direito a verificar o estado das
coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, Art. 1.487 A hipoteca pode ser constituída para garan-
por si ou por pessoa que credenciar. tia de dívida futura ou condicionada, desde que determina-
do o valor máximo do crédito a ser garantido.
HIPOTECA – CÓDIGO CIVIL § 1º Nos casos deste artigo, a execução da hipoteca
dependerá de prévia e expressa concordância do deve-
Art. 1.473 Podem ser objeto de hipoteca: dor quanto à verificação da condição, ou ao montante
I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjunta- da dívida.
mente com eles; § 2º Havendo divergência entre o credor e o deve-
II - o domínio direto (diz respeito ao direito de dispor dor, caberá àquele fazer prova de seu crédito. Reconhecido
do imóvel); este, o devedor responderá, inclusive, por perdas e danos,
III - o domínio útil (diz respeito ao direito de utilizar ou em razão da superveniente desvalorização do imóvel.
usufruir do imóvel);
IV - as estradas de ferro; Art. 1.492 As hipotecas serão registradas no cartório
V - os recursos naturais (as jazidas, minas e demais do lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título se
recursos minerais) independentemente do solo onde se referir a mais de um.
acham; Parágrafo único. Compete aos interessados, exibido o
VI - os navios; título, requerer o registro da hipoteca.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 1.493 Os registros e averbações seguirão a ordem § 2º Se, na data do instrumento de alienação fiduciária,
em que forem requeridas, verificando-se ela pela da sua o devedor ainda não for proprietário da coisa objeto do
numeração sucessiva no protocolo. contrato, o domínio fiduciário desta se transferirá ao credor
Parágrafo único. O número de ordem determina a no momento da aquisição da propriedade pelo devedor,
prioridade, e esta a preferência entre as hipotecas. independentemente de qualquer formalidade posterior.
§ 3º Se a coisa alienada em garantia não se identifica
Art. 1.494 Não se registrarão no mesmo dia duas hipo- por números, marcas e sinais indicados no instrumento de
tecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o mesmo alienação fiduciária, cabe ao proprietário fiduciário o ônus
imóvel, em favor de pessoas diversas, salvo se as escrituras, da prova, contra terceiros, da identidade dos bens do seu
do mesmo dia, indicarem a hora em que foram lavradas. domínio que se encontram em poder do devedor.
§ 4º No caso de inadimplemento da obrigação garanti-
Art. 1.495 Quando se apresentar ao oficial do registro da, o proprietário fiduciário pode vender a coisa a terceiros
título de hipoteca que mencione a constituição de anterior, e aplicar preço da venda no pagamento do seu crédito e
não registrada, sobrestará ele na inscrição da nova, depois das despesas decorrentes da cobrança, entregando ao de-
de a prenotar, até trinta dias, aguardando que o interessa- vedor o saldo porventura apurado, se houver.
do inscreva a precedente; esgotado o prazo, sem que se re- § 5º Se o preço da venda da coisa não bastar para pa-
queira a inscrição desta, a hipoteca ulterior será registrada gar o crédito do proprietário fiduciário e despesas, na forma
e obterá preferência. do parágrafo anterior, o devedor continuará pessoalmente
obrigado a pagar o saldo devedor apurado.
Art. 1.497 As hipotecas legais, de qualquer natureza, § 6º É nula a cláusula que autoriza o proprietário fidu-
deverão ser registradas e especializadas. ciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida
não for paga no seu vencimento.
Art. 1.498 Vale o registro da hipoteca, enquanto a obri- § 8º O devedor que alienar, ou der em garantia a tercei-
gação perdurar; mas a especialização, em completando ros, coisa que já alienara fiduciariamente em garantia, ficará
vinte anos, deve ser renovada. sujeito à pena prevista no art. 171, § 2º, inciso I, do Código
Penal.
Art. 1.499 A hipoteca extingue-se: § 10. A alienação fiduciária em garantia do veículo
I - pela extinção da obrigação principal; automotor deverá, para fins probatórios, constar do certi-
II - pelo perecimento da coisa; ficado de Registro, a que se refere o artigo 52 do Código
III - pela resolução da propriedade; Nacional de Trânsito.
IV - pela renúncia do credor;
V - pela remição; Art. 2º No caso de inadimplemento ou mora nas obri-
VI - pela arrematação ou adjudicação. gações contratuais garantidas mediante alienação fiduciá-
ria, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coi-
Art. 1.500 Extingue-se ainda a hipoteca com a averba- sa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública,
ção, no Registro de Imóveis, do cancelamento do registro, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extra-
à vista da respectiva prova. judicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no
contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS - DECRE- de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao
TO-LEI 911/69 devedor o saldo apurado, se houver, com a devida presta-
ção de contas
Art 1º A alienação fiduciária em garantia transfere ao § 1º O crédito a que se refere o presente artigo abrange
credor o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa mó- o principal, juros e comissões, além das taxas, cláusula penal
vel alienada, independentemente da tradição efetiva do e correção monetária, quando expressamente convencio-
bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor nados pelas partes.
direto e depositário com todas as responsabilidades e en- § 2º A mora decorrerá do simples vencimento do pra-
cargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal. zo para pagamento e poderá ser comprovada por carta re-
§ 1º A alienação fiduciária somente se prova por escri- gistrada com aviso de recebimento, não se exigindo que
to e seu instrumento, público ou particular, qualquer que a assinatura constante do referido aviso seja a do próprio
seja o seu valor, será obrigatoriamente arquivado, por có- destinatário.
pia ou microfilme, no Registro de Títulos e Documentos do § 3º A mora e o inadimplemento de obrigações con-
domicílio do credor, sob pena de não valer contra terceiros, tratuais garantidas por alienação fiduciária, ou a ocorrência
e conterá, além de outros dados, os seguintes: legal ou convencional de algum dos casos de antecipação
a) o total da divida ou sua estimativa; de vencimento da dívida facultarão ao credor considerar,
b) o local e a data do pagamento; de pleno direito, vencidas todas as obrigações contratuais,
c) a taxa de juros, as comissões cuja cobrança for per- independentemente de aviso ou notificação judicial ou ex-
mitida e, eventualmente, a cláusula penal e a estipulação de trajudicial.
correção monetária, com indicação dos índices aplicáveis; § 4o Os procedimentos previstos no caput e no seu § 2o
d) a descrição do bem objeto da alienação fiduciária e aplicam-se às operações de arrendamento mercantil previs-
os elementos indispensáveis à sua identificação. tas na forma da Lei no 6.099, de 12 de setembro de 1974.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 3º O proprietário fiduciário ou credor poderá, des- § 14. O devedor, por ocasião do cumprimento do man-
de que comprovada a mora, na forma estabelecida pelo dado de busca e apreensão, deverá entregar o bem e seus
§ 2o do art. 2o, ou o inadimplemento, requerer contra o respectivos documentos.
devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado § 15. As disposições deste artigo aplicam-se no caso
fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, po- de reintegração de posse de veículos referente às opera-
dendo ser apreciada em plantão judiciário. ções de arrendamento mercantil previstas na Lei no 6.099,
§ 1º Cinco dias após executada a liminar mencionada de 12 de setembro de 1974.
no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse ple-
na e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, Art. 4º Se o bem alienado fiduciariamente não
cabendo às repartições competentes, quando for o caso, for encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica
expedir novo certificado de registro de propriedade em facultado ao credor requerer, nos mesmos autos, a conver-
nome do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do são do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na
ônus da propriedade fiduciária. forma prevista no Capítulo II do Livro II da Lei no 5.869, de
§ 2º No prazo do § 1º o devedor fiduciante poderá pa- 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil
gar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores
apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na Art. 5º Se o credor preferir recorrer à ação executiva
qual o bem lhe será restituído livre do ônus. ou, se for o caso ao executivo fiscal, serão penhorados, a
§ 3º O devedor fiduciante apresentará resposta no critério do autor da ação, bens do devedor quantos bastem
prazo de quinze dias da execução da liminar. para assegurar a execução.
§ 4º A resposta poderá ser apresentada ainda que o
devedor tenha se utilizado da faculdade do § 2º, caso en- ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS - LEI
tenda ter havido pagamento a maior e desejar restituição. 9.514/97
§ 5º Da sentença cabe apelação apenas no efeito de-
volutivo. Art. 23º Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa
§ 6º Na sentença que decretar a improcedência da imóvel mediante registro, no competente Registro de Imó-
ação de busca e apreensão, o juiz condenará o credor fidu-
veis, do contrato que lhe serve de título.
ciário ao pagamento de multa, em favor do devedor fidu-
Parágrafo único. Com a constituição da propriedade
ciante, equivalente a cinquenta por cento do valor original-
fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o
mente financiado, devidamente atualizado, caso o bem já
fiduciante possuidor direto e o fiduciário possuidor indire-
tenha sido alienado.
to da coisa imóvel.
§ 7º A multa mencionada no § 6º não exclui a respon-
sabilidade do credor fiduciário por perdas e danos.
Art. 24º O contrato que serve de título ao negócio fi-
§ 8º A busca e apreensão prevista no presente artigo
constitui processo autônomo e independente de qualquer duciário conterá:
procedimento posterior. I - o valor do principal da dívida;
§ 9o Ao decretar a busca e apreensão de veículo, o juiz, II - o prazo e as condições de reposição do emprésti-
caso tenha acesso à base de dados do Registro Nacional de mo ou do crédito do fiduciário;
Veículos Automotores - RENAVAM, inserirá diretamente a III - a taxa de juros e os encargos incidentes;
restrição judicial na base de dados do Renavam, bem como IV - a cláusula de constituição da propriedade fiduciá-
retirará tal restrição após a apreensão. ria, com a descrição do imóvel objeto da alienação fiduciá-
§ 10. Caso o juiz não tenha acesso à base de dados ria e a indicação do título e modo de aquisição;
prevista no V - a cláusula assegurando ao fiduciante, enquanto
§ 9o, deverá oficiar ao departamento de trânsito com- adimplente, a livre utilização, por sua conta e risco, do imó-
petente para que: vel objeto da alienação fiduciária;
I - registre o gravame referente à decretação da busca VI - a indicação, para efeito de venda em público leilão,
e apreensão do veículo; e do valor do imóvel e dos critérios para a respectiva revisão;
II - retire o gravame após a apreensão do veículo. )
§ 11. O juiz também determinará a inserção do manda- Art. 25º Com o pagamento da dívida e seus encargos
do a que se refere o § 9o em banco próprio de mandados. resolve-se, nos termos deste artigo, a propriedade fiduciá-
§ 12. A parte interessada poderá requerer diretamente ria do imóvel.
ao juízo da comarca onde foi localizado o veículo com vis-
tas à sua apreensão, sempre que o bem estiver em comarca Art. 26º Vencida e não paga, no todo ou em parte,
distinta daquela da tramitação da ação, bastando que em a dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-
tal requerimento conste a cópia da petição inicial da ação se-á, nos termos deste artigo, a propriedade do imóvel em
e, quando for o caso, a cópia do despacho que concedeu a nome do fiduciário.
busca e apreensão do veículo.
§ 13. A apreensão do veículo será imediatamente co- Art. 27º Uma vez consolidada a propriedade em seu
municada ao juízo, que intimará a instituição financeira nome, o fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da
para retirar o veículo do local depositado no prazo máximo data do registro de que trata o § 7º do artigo anterior, pro-
de 48 (quarenta e oito) horas. moverá público leilão para a alienação do imóvel.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 1º Se, no primeiro público leilão, o maior lance ofe- I - para os DPGE em que o FGC aceitar em cessão fidu-
recido for inferior ao valor do imóvel, estipulado na forma ciária recebíveis de operações de crédito e de arrendamen-
do inciso VI do art. 24, será realizado o segundo leilão, nos to mercantil originadas pela instituição emitente;
quinze dias seguintes. II - para o estoque de DPGE de que tratam os incisos
§ 2º No segundo leilão será aceito o maior lance ofe- I e II do caput deste artigo para os quais o FGC aceitar em
recido desde que igual ou superior ao valor da dívida, das cessão fiduciária recebíveis de operações de crédito e de ar-
despesas, dos prêmios de seguro, dos encargos legais, in- rendamento mercantil originadas pela instituição emitente
clusive tributos, e das contribuições condominiais. § 2º Os recebíveis de que trata o § 1º devem ser objeto de
Art. 31º O fiador ou terceiro interessado que pagar a registro em sistemas de registro e de liquidação financeira de
dívida ficará sub-rogado, de pleno direito, no crédito e na ativos, na forma da Resolução nº 3.998, de 28 de julho de 2011.
propriedade fiduciária. § 3º Os contratos relativos aos depósitos de que trata a
contribuição prevista nos incisos I e II do caput devem pre-
FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC). ver prazo mínimo de doze meses e prazo máximo de vinte
e quatro meses.
RESOLUÇÃO Nº 4.222, DE 23 DE MAIO DE 2013 § 4º Os depósitos de que trata o § 1º terão prazo mí-
nimo de seis meses e prazo máximo de trinta e seis meses.
Altera e consolida as normas que dispõem sobre o es- § 5º O prazo máximo da captação de que trata o § 4º
tatuto e o regulamento do Fundo Garantidor de Créditos poderá ser limitado pelo FGC para ajustá-lo à estrutura de
(FGC). vencimentos dos recebíveis de operações de crédito e de
arrendamento mercantil dados em cessão fiduciária. (Reda-
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei ção dada pela Resolução nº 4.312, de 20/2/2014.)
nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que § 6º Devem ser objeto de registro específico em sistema
o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em de ativos administrado por entidades de registro e de liqui-
23 de maio de 2013, com base nos arts. 3º, inciso VI, e 4º, dação financeira, autorizado pelo Banco Central do Brasil,
inciso VIII, da Lei nº 4.595, de 1964, no art. 69 da Lei nº os contratos de depósitos de que trata a contribuição pre-
7.357, de 2 de setembro de 1985, e no art. 7º do Decreto-lei vista neste artigo.
nº 2.291, de 21 de novembro de 1986, e tendo em conta § 7º Os recursos captados na forma prevista neste artigo
devem ser registrados de forma segregada por modalidade
o disposto no § 1º do art. 28 da Lei Complementar nº 101,
em sistema de controle interno das instituições emitentes.
de 4 de maio de 2000, e no § 1º, inciso XIII, do art. 1º da Lei
§ 8º Ficam vedados:
Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001,
I - o resgate total ou parcial dos depósitos a prazo de
que trata este artigo antes dos respectivos vencimentos, ex-
RESOLVEU :
cetuados os casos em que, mediante concordância expressa
do depositante e da instituição depositária, o resgate seja
Art. 1º Ficam alteradas e consolidadas, nos termos dos necessário para cumprimento de limites operacionais, cisão,
Anexos I e II a esta Resolução, as normas que dispõem so- fusão, incorporação, mudança de objeto social, transferên-
bre o estatuto e o regulamento do Fundo Garantidor de cia de controle ou para cancelamento de autorização para
Créditos (FGC). funcionamento da instituição depositária; e
II - a captação de novos DPGE sem cessão fiduciária em
Art. 2º A contribuição mensal ordinária das instituições favor do FGC:
associadas ao FGC é de 0,0125% (cento e vinte e cinco dé- a) a partir da primeira captação de DPGE de que trata o
cimos de milésimos por cento) do montante dos saldos das inciso I do § 1º;
contas correspondentes às obrigações objeto de garantia b) a partir da adoção da prerrogativa de que trata o
ordinária. inciso II do § 1º.
Art. 3º Como condição para dispor da garantia especial § 9º A documentação comprobatória das razões que
de que trata o Capítulo II do Regulamento, as instituições fundamentaram o resgate antecipado de que trata o § 8º,
associadas devem recolher ao FGC contribuição especial inciso I, deste artigo, deve ser mantida na instituição finan-
equivalente ao somatório dos seguintes valores: ceira depositária, à disposição do Banco Central do Brasil,
I - 0,0833% a.m. (oitocentos e trinta e três décimos de pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos.
milésimo por cento ao mês) do montante dos saldos dos § 10. Podem captar recursos por meio de depósito a
Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) do FGC prazo com garantia do FGC os bancos comerciais, os ban-
que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho Mone- cos múltiplos, os bancos de desenvolvimento, os bancos de
tário Nacional; e investimento, as sociedades de crédito, financiamento e in-
II - 0,8333% a.m. (oito mil trezentos e trinta e três dé- vestimento e as caixas econômicas.
cimos de milésimo por cento ao mês) do montante dos § 11. Os DPGE para os quais seja adotada a prerrogativa
saldos dos DPGE que exceder o limite fixado pelo Conselho de que trata o inciso II do § 1º continuarão a ser computa-
Monetário Nacional. dos para fins de apuração dos saldos excedentes a que se
§ 1º A contribuição de que trata o caput deste artigo é refere o inciso II deste artigo. (Incluído pela Resolução nº
de 0,02497% a.m. (dois mil quatrocentos e noventa e sete 4.312, de 20/2/2014.) Resolução nº 4.222, de 23 de maio de
centésimos de milésimo por cento ao mês): 2013 Página 3 de 22
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§ 12. O FGC pode aceitar, em cessão fiduciária, títulos I - início de operações por parte de uma instituição;
públicos federais de titularidade de instituição associada, II - início de operações por parte de uma instituição, de
até que sejam oferecidos recebíveis representados por forma independente em relação a conglomerado financei-
operações de crédito e de arrendamento mercantil origi- ro que anteriormente integrava; e
nadas pela referida instituição em montante suficiente para III - modificação, em função de transformação societá-
realizar a cessão fiduciária de que trata o § 1º deste artigo. ria, do conjunto de instituições que integram um conglo-
merado financeiro.
Art. 4º Nas captações por meio de DPGE deverão ser § 3º Os limites referidos nos incisos I e II deste artigo
observados os seguintes limites: devem ser apurados de forma consolidada pelas institui-
I - para o saldo dos depósitos originalmente captados ções associadas ao FGC que sejam integrantes de um mes-
sem cessão fiduciária, incluídos aqueles objeto da prerro- mo conglomerado financeiro.
gativa de que trata o inciso II do § 1º do art. 3º, por insti- § 4º No caso de instituição autorizada a funcionar pelo
tuição depositária associada ao FGC, o maior dos seguintes Banco Central do Brasil que não tenha iniciado suas opera-
valores: ções até a última data-base, deve ser considerado, para fins
a) o correspondente ao dobro do Patrimônio de Refe- do cálculo do limite de que trata o caput, o PR, nível I, da
rência (PR), nível I, apurado a cada ano na data-base de 30 primeira informação fornecida ao Banco Central do Brasil
de junho, atualizado mensalmente pela Taxa Selic a partir sobre esse elemento patrimonial.
de 1º de julho; Art. 5º º O limite para captação dos depósitos a prazo
b) o correspondente ao dobro do PR, nível I, calculado com garantia especial do FGC sem cessão fiduciária deve
em 31 de dezembro de 2008, atualizado mensalmente pela ser reduzido de acordo com o seguinte cronograma:
Taxa Selic a partir de 1º de maio de 2009; e I - em 40% (quarenta por cento), a partir de 1º de ja-
c) o correspondente à soma dos saldos dos depósitos neiro de 2013;
a prazo com os saldos de obrigações por letras de câmbio II - em 60% (sessenta por cento), a partir de 1º de ja-
mantidos na instituição em 30 de junho de 2008, atualiza- neiro de 2014;
da mensalmente pela Taxa Selic a partir de 1º de maio de III - em 80% (oitenta por cento), a partir de 1º de janei-
2009; ro de 2015; e
II - para o saldo dos depósitos captados com alienação IV - em 100% (cem por cento), a partir de 1º de janeiro
fiduciária, os seguintes múltiplos do valor correspondente de 2016.
ao PR, nível I, apurados na data-base de 31 de dezembro Parágrafo único. O cronograma para redução do limite
do ano anterior, atualizado mensalmente pela Taxa Selic: de captação de depósitos a prazo com a garantia especial
a) 1,6 (um inteiro e seis décimos) a partir de 1º de ju- do FGC refere-se às operações contratadas a partir de cada
nho de 2013; e uma das datas-base em que será aplicada essa redução,
b) 2 (dois) a partir de 1º de janeiro de 2014. respeitados os saldos residuais dos contratos em curso.
§ 1º O valor referido no inciso I, acrescido daquele
mencionado no inciso II, não pode ultrapassar: Art. 6º O recolhimento das contribuições estabelecidas
I - R$5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais), até 31 nos arts. 2º e 3º observará as seguintes regras:
de dezembro de 2014; e I - o cálculo do valor das contribuições levará em con-
II - para o saldo dos depósitos captados com cessão ta os saldos no último dia de cada mês das contas e dos
fiduciária, os seguintes múltiplos do valor correspondente instrumentos correspondentes às obrigações objeto de ga-
ao PR, nível I, apurados na data-base de 31 de dezembro rantia;
do ano anterior, atualizado mensalmente pela Taxa Selic: II - o valor das contribuições devidas deve ser apura-
a) 1,6 (um inteiro e seis décimos) a partir de 1º de ju- do e recolhido conforme normas estabelecidas pelo Banco
nho de 2013; e Central do Brasil;
b) 2 (dois) a partir de 1º de janeiro de 2014. III - o atraso no recolhimento das contribuições devi-
§ 1º O valor referido no inciso I, acrescido daquele das sujeita a instituição associada à multa de 2% (dois por
mencionado no inciso II, não cento) sobre o valor da contribuição, acrescido de atualiza-
pode ultrapassar: ção com base na taxa Selic; e
I - R$5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais), até 31 IV - o recolhimento das contribuições e das multas
de dezembro de 2014; e deve ser processado no âmbito do Sistema de Pagamentos
II - R$3.000.000.000,00 (três bilhões de reais), a partir Brasileiro (SPB), por meio do Sistema de Transferência de
de 1º de janeiro de 2015. Reservas (STR).
§ 1º Fica o Banco Central do Brasil autorizado a esta-
§ 2º O cálculo dos limites referidos nos incisos I e II belecer
deste artigo deve considerar o valor do PR, nível I, apurado § 2º Para efeito de apuração da base cálculo da con-
com base na primeira informação fornecida ao Banco Cen- tribuição devida, não será considerado o valor das obriga-
tral do Brasil sobre esse elemento patrimonial, no caso de ções relativas a letras de crédito do agronegócio emitidas
ocorrer alguma das seguintes situações após a data-base anteriormente à vigência desta Resolução.
nele mencionada:
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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II - observarão os seguintes limites em relação ao Art. 8º O FGC tem foro na cidade de São Paulo (SP),
patrimônio líquido do FGC, nele computado o valor das encontrando-se sua sede no referido Município, no ende-
antecipações de contribuições devidas pelas associadas, reço Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 201, 12º andar, CEP
constantes do balancete mensal ou do balanço do exer- 05426-100.
cício do FGC:
a) até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto Art. 9º O prazo de duração do FGC é indeterminado.
das operações realizadas com cada instituição associada
ou com todas as instituições associadas de um mesmo CAPÍTULO II
conglomerado financeiro; e DAS RECEITAS E DO PATRIMÔMIO
b) até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das
operações de que trata este artigo. Art. 10. Constituem receitas do FGC:
§ 3º Diante de situação conjuntural adversa, reconhe- I - contribuições ordinárias e especiais das instituições
cida pelo Banco Central do Brasil, e no resguardo da esta- associadas;
bilidade do Sistema Financeiro Nacional, o limite de risco II - taxas de serviços decorrentes da emissão de che-
previsto no inciso I do § 2º poderá ser excepcionalmente ques sem provisão de fundos;
ultrapassado e os encargos de que trata o art. 32, inciso III - recuperações de direitos creditórios nas quais o
XIII, poderão ser fixados em bases inferiores aos de mer- FGC houver se sub-rogado, em virtude de pagamento de
cado. dívidas de instituições associadas relativas a créditos ga-
rantidos;
Art. 5º Observados os critérios, os limites, os requisi- IV - resultado líquido dos serviços prestados pelo FGC
tos de diversificação, o formato operacional e as cláusu- e rendimentos de aplicação de seus recursos;
las contratuais estabelecidos pelo Conselho de Adminis- V - remuneração e encargos correspondentes ao rece-
tração, o FGC poderá aplicar recursos até o limite global bimento dos valores devidos em função da realização das
de 50% (cinquenta por cento) de seu patrimônio líquido, operações de que tratam os arts. 4º e 5º; e
acrescido das obrigações passivas decorrentes da anteci- VI - receitas de outras origens.
pação de contribuições ordinárias pelas instituições asso- § 1º A responsabilidade das instituições associadas é
ciadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do limitada às contribuições que estão obrigadas a fazer, ob-
exercício do FGC: servadas as condições fixadas no regulamento do FGC, não
I - na aquisição de direitos creditórios de instituições respondendo subsidiariamente pelas obrigações sociais do
financeiras e de sociedades de arrendamento mercantil; Fundo.
II - em títulos de renda fixa de emissão de instituições § 2º Se as circunstâncias indicarem, em qualquer mo-
associadas desde que lastreados em direitos creditórios mento, que o patrimônio do FGC necessita de receitas adi-
constituídos ou a constituir com os recursos das respecti- cionais para fazer face a suas obrigações, serão utilizados,
vas aplicações; e na seguinte ordem, recursos provenientes de:
III - em operações vinculadas na forma da Resolução I - contribuições extraordinárias das instituições asso-
nº 2.921, de 17 de janeiro de 2002. ciadas, estabelecidas na forma do art. 32, inciso II, deste
§ 1º O FGC poderá alienar os ativos adquiridos em estatuto;
decorrência das operações referidas nos incisos I, II e III II - adiantamento, pelas instituições associadas, de até
do caput. 12 (doze) contribuições mensais ordinárias;
§ 2º Ressalvadas as hipóteses previstas neste estatuto, III - operações de crédito com instituições privadas, ofi-
é vedado ao FGC aplicar recursos na aquisição de bens ciais ou multilaterais; e
imóveis, ou em títulos de renda variável, exceto quando IV - outras fontes de recursos, por proposta da admi-
recebidos em liquidação de créditos de sua titularidade, nistração do FGC e mediante prévia autorização do Banco
após o que devem ser alienados. Central do Brasil.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
III - captem recursos mediante a emissão e a colocação § 1º Cada real desembolsado na última contribuição
de letras imobiliárias, de letras hipotecárias, de letras de cré- ordinária antes da respectiva Assembleia Geral, despreza-
dito imobiliário ou de letras de crédito do agronegócio; e dos os centavos, conferirá à instituição associada uma uni-
IV - captem recursos por meio de operações compro- dade de voto.
missadas tendo como objeto títulos emitidos, após 8 de § 2º O direito de voto de instituições associadas in-
março de 2012, por empresa ligada. tegrantes do mesmo conglomerado financeiro levará em
consideração o montante da contribuição ordinária efetiva-
Art. 12. O FGC contará com número ilimitado de insti- mente desembolsada em favor do FGC pelo conjunto das
tuições associadas. instituições, admitindo-se, contudo, o exercício do direito
§ 1º Considera-se justa causa, para fins de exclusão do de voto relativo às unidades de voto de todo o conglome-
quadro de associados do FGC, a decretação de intervenção rado pela instituição associada para este fim designada por
ou de liquidação extrajudicial da instituição associada, bem escrito pela instituição líder do conglomerado.
como a mudança de objeto social em virtude da qual a ins-
tituição associada deixe de atender ao disposto no art. 11. Art. 17. Até 30 de abril de cada ano, as instituições as-
§ 2º Fica facultado à associada o oferecimento de defe- sociadas devem reunir-se em Assembleia Geral ordinária
sa ao Conselho de Administração, no prazo de 15 (quinze) para:
dias, contados a partir da notificação da exclusão da insti- I - tomar as contas dos administradores, examinar, dis-
tuição do quadro de associados do FGC. cutir e votar as demonstrações financeiras, à vista dos pa-
§ 3º Da decisão do Conselho de Administração caberá receres dos auditores independentes e do Conselho Fiscal;
recurso, sem efeito suspensivo, à Assembleia Geral. II - eleger os membros do Conselho de Administração,
§ 4º É direito da instituição associada desligar-se do qua- do Conselho Fiscal, da Diretoria Executiva e do Conselho
dro de associadas ao FGC quando entender necessário, des- Consultivo;
de que comprove não mais exercer as atividades previstas no III - designar o Presidente e o Vice Presidente do Con-
art. 11 deste Estatuto nem deter saldo de operações objeto selho de Administração; e
de garantia ordinária ou especial proporcionada pelo FGC. IV - fixar o limite global de remuneração do Conselho
de Administração, da Diretoria Executiva e do Conselho Fis-
Art. 13. São deveres das associadas:
cal, a ser distribuída entre seus membros conforme delibe-
I - cumprir e fazer cumprir o estatuto e regimento in-
ração do Conselho de Administração.
terno;
II - comparecer, votar, respeitar e cumprir as decisões
Art. 18. A Assembleia Geral Extraordinária poderá ser
da Assembleia Geral; e
convocada para deliberar sobre outros assuntos de inte-
III - honrar pontualmente com as contribuições, con-
resse do FGC.
forme critérios estabelecidos.
Art. 19. A Assembleia Geral será convocada no mínimo
Art. 14. Todos os associados poderão exercer livremen-
te os direitos previstos no presente estatuto. com 10 (dez) dias de antecedência, mediante 3 (três) publi-
cações seguidas no Diário Oficial da União, sempre com a
CAPÍTULO IV indicação da ordem do dia:
DOS ÓRGÃOS DO FGC E DAS ASSEMBLEIAS GERAIS I - pelo presidente do Conselho de Administração, por
sua iniciativa ou a pedido de 2 (dois) ou mais de seus mem-
Art. 15. São órgãos do FGC: bros;
I - a Assembleia Geral; II - por 2 (dois) ou mais membros do conselho de ad-
II - o Conselho de Administração; ministração signatários do pedido ao presidente do Conse-
III - o Conselho Consultivo; lho de Administração, caso este não promova a publicação
IV - a Diretoria Executiva; e do aviso de convocação dentro de 10 (dez) dias, contados
V - o Conselho Fiscal. do recebimento do pedido;
Parágrafo único. Os integrantes dos órgãos do FGC, III - por iniciativa de instituições associadas que repre-
não respondem subsidiaria ou solidariamente pelas obri- sentem em conjunto, no mínimo, 1/5 (um quinto) do total
gações sociais do FGC, nos termos do inciso V do art. 46 do das unidades de votos, observados os critérios do art. 16
Código Civil Brasileiro. deste estatuto.
Art. 16. A Assembleia Geral, órgão deliberativo máxi- Art. 20. A Assembleia Geral será instalada e presidida
mo do FGC, é integrada por todas as instituições associa- pelo presidente do Conselho de Administração, que convi-
das, cabendo-lhes a prerrogativa do exercício do direito de dará um dos presentes para secretariar os trabalhos.
voto, observadas as seguintes regras: Parágrafo único. Na ausência do presidente do con-
I - somente poderão votar as associadas que estiverem selho, a Assembleia Geral será instalada por qualquer dos
adimplentes com as contribuições devidas ao FGC; e conselheiros, cabendo às instituições associadas presentes
II - o direito de voto de cada associada corresponderá eleger o presidente da assembleia.
ao somatório das unidades de voto de que sejam titulares.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 21. A Assembleia Geral será instalada com qual- I - não é permitida a participação de controladores,
quer número de instituições associadas presentes e suas administradores ou funcionários de instituições financei-
deliberações serão tomadas por maioria simples das uni- ras, de administradores de recursos de terceiros, de outras
dades de votos presentes à assembleia, observados os cri- instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
térios do art. 16 deste estatuto. Brasil ou de empresas integrantes dos respectivos conglo-
merados, bem como de profissionais dessas instituições ou
Art. 22. Aplicam-se às deliberações que tiverem por empresas que estejam formalmente licenciados ou tempo-
objeto a reforma do estatuto ou do regulamento do FGC, rariamente afastados;
ou a eleição e a destituição de membros do Conselho de II - não é permitida a participação de administradores
Administração ou da Diretoria Executiva, os seguintes ou funcionários de entidades de classe representativas de
quóruns: instituições financeiras ou de outras instituições autorizadas
I - instalação em primeira convocação com a presen- a funcionar pelo Banco Central do Brasil, bem como de pro-
ça de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) mais uma fissionais dessas entidades que estejam formalmente licen-
das unidades de voto das instituições associadas e, nas ciados ou temporariamente afastados; e
convocações seguintes, com a presença de, no mínimo, III - no caso de renúncia ou de impedimento de membro
1/3 (um terço) das unidades de voto das instituições as- do conselho, o Conselho de Administração indicará um dos
sociadas; suplentes para assumir a vaga até o término do mandato.
II - deliberação mediante, no mínimo, 2/3 (dois terços)
das unidades de voto das instituições associadas presen- Art. 26. O mandato dos membros do Conselho de Ad-
tes à assembleia. ministração será de até 3 (três) anos, permitida a reeleição
Parágrafo único. Aprovada a reforma do estatuto ou por um mandato.
do regulamento pela Assembleia Geral, a respectiva pro- § 1º O prazo de gestão estender-se-á até a investidura
posta deverá ser encaminhada ao Banco Central do Brasil, dos novos conselheiros eleitos.
para exame e submissão ao Conselho Monetário Nacio- § 2º Os membros do Conselho de Administração serão
nal. dispensados de prestação de garantia de gestão.
Art. 27. O Conselho de Administração deve declarar
Art. 23. Uma instituição associada pode fazer-se re- vago o cargo de membro que, sem causa justificada, deixar
de participar de 3 (três) reuniões consecutivas.
presentar por outra, mediante procuração com poderes
específicos para cada Assembleia Geral.
Art. 28. O Conselho de Administração reunir-se-á por
convocação do presidente, por sua iniciativa ou a pedido de
CAPÍTULO V
2 (dois) ou mais de seus membros.
DA ADMINISTRAÇÃO DO FGC
§ 1º Caso o presidente, dentro de 7 (sete) dias do rece-
bimento do pedido de convocação, não expeça o respectivo
Art. 24. O FGC será administrado pelo Conselho de aviso, 2 (dois) ou mais membros do Conselho de Administra-
Administração e pela Diretoria Executiva, eleitos pela As- ção que tiverem pedido a reunião poderão remetê-lo.
sembleia Geral, observados os critérios do art. 16 e os se- § 2º O aviso de convocação deve indicar a ordem do dia
guintes procedimentos: e ser entregue, mediante recibo, aos membros do Conselho
I - a eleição dos membros do Conselho de Administra- de Administração, com 10 (dez) dias, no mínimo, de ante-
ção será feita por votação em chapas, contendo o nome cedência.
dos candidatos a titulares ou a suplentes para todos os § 3º A antecedência referida no § 2º é dispensada quan-
cargos em disputa, as quais deverão ser registradas junto do a reunião contar com a presença ou representação da
à mesa tão logo divulgada pela Assembleia Geral a quan- totalidade dos membros do Conselho de Administração, ou
tidade dos cargos em disputa; ainda, alternativamente, com atestado por escrito daqueles
II - o nome de cada candidato a titular ou a suplente membros concordando com a realização da reunião.
do Conselho de Administração deverá compor somente § 4º A reunião do Conselho de Administração somente
uma chapa; pode ocorrer com a presença ou a representação da maioria
III - cada instituição associada poderá registrar ape- absoluta de seus membros e as deliberações devem ser to-
nas uma chapa; madas por maioria de votos, cabendo ao presidente voto de
IV - será considerada vencedora a chapa que obtiver qualidade, em caso de empate na votação.
o maior número de votos das associadas, de acordo com § 5º Das reuniões do Conselho de Administração devem
os quóruns estabelecidos no art. 22; e ser lavradas atas no livro próprio, assinadas pelos presentes.
V - ocorrendo empate na votação, nova Assembleia
Geral será convocada, reabrindo-se o prazo para apresen- Art. 29. O FGC terá um Conselho Consultivo, sem funções
tação das chapas. executivas, integrado por até 5 (cinco) membros titulares e
5 (cinco) suplentes, eleitos pela Assembleia Geral, mediante
Art. 25. O Conselho de Administração será constituído indicação de nomes feita pelo conselho de administração,
por 5 (cinco) a 9 (nove) membros efetivos e igual número com mandato de 3 (três) anos, permitida a reeleição, e que
de suplentes, pessoas naturais residentes no País, obser- se reunirá por convocação do Conselho de Administração,
vadas as seguintes disposições: quando decidir ouvi-lo sobre:
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 4º Ocorridas as situações previstas nos incisos do doras, sociedades de capitalização e demais sociedades e
art. 3.º do estatuto, a informação sobre os valores corres- associações sem personalidade jurídica e entidades asse-
pondentes ao pagamento da garantia será fornecida di- melhadas serão garantidos até o valor de R$ 20.000.000,00
retamente ao FGC pelo representante legal da instituição (vinte milhões de reais) na totalidade de seus haveres em
associada, cabendo ao FGC a designação da instituição fi- um mesmo conglomerado financeiro.
nanceira encarregada dos pagamentos.
Art. 7º O limite de captação dos depósitos, para efeito
CAPÍTULO II do art. 5.º deste regulamento, é aquele estabelecido pelo
DA GARANTIA ESPECIAL Conselho Monetário Nacional.
Art. 5º São objeto da garantia especial proporcionada Art. 8º As instituições financeiras que captarem DPGE
pelo FGC os depósitos a prazo, sem emissão de certificado, devem fornecer aos titulares desses depósitos comprovan-
nas condições e nos limites estabelecidos pelo Conselho te do registro específico do depósito, emitido pela entida-
Monetário Nacional, captados pelas instituições autoriza- de registradora.
das. Parágrafo único. O comprovante de registro específico
§ 1º Os depósitos de que trata o caput serão conhe- de que trata o caput deve ser remetido ao depositante em
cidos como “Depósitos a Prazo com Garantia Especial do até 5 (cinco) dias úteis após a contratação da operação.
FGC (DPGE)” e assim devem ser especificados nos contra- CAPÍTULO III
tos. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º A cobertura do FGC ao DPGE somente será exigida
nas situações de que trata o art. 3.º do estatuto do FGC, de- Art. 9º O recebimento dos créditos contra instituições
vendo ser paga em até 3 (três) dias úteis após a decretação associadas por meio de procurações deverá ser previamen-
de intervenção ou de liquidação extrajudicial, cabendo ao te justificado e aprovado pelo FGC.
FGC a designação de instituição financeira para executar o
pagamento dos investimentos garantidos. Art. 10. Detectada a ocorrência de procedimentos que
§ 3º O prazo de até 3 (três) dias para a liquidação será possam propiciar, mediante a utilização de artifícios, o pa-
estendido, na hipótese de divergência ou atraso na entrega gamento de valor superior ao limite estabelecido, com o
de informações e documentos, até que os procedimentos intuito de beneficiar uma mesma pessoa, ou de operações
publicados pelo FGC em seu sítio na internet sejam aten- cujas condições pactuadas revelem indícios de fraude, o
didos. FGC, mediante decisão fundamentada referente ao especí-
§ 4º Os depósitos de que trata o caput devem ser ce- fico depositante ou investidor, poderá suspender o paga-
lebrados com um único titular, a ser identificado pelo res- mento até o esclarecimento do fato.
pectivo número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Parágrafo único. Compete ao interessado demonstrar
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), vedada a ma- a lisura dos procedimentos adotados, ficando a critério do
nutenção de depósitos na modalidade de conta conjunta. FGC acatar ou não os argumentos e as provas que forem
§ 5º A cobertura do FGC ao DPGE será corrigida pelos apresentados.
índices contratuais dos respectivos instrumentos até a data
da decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial
de instituição associada. CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO:
CONCEITO E ETAPAS.
Art. 6º O total de créditos de cada pessoa contra a
mesma instituição associada ao FGC, ou contra todas as
instituições associadas do mesmo conglomerado financei-
ro, relativo aos DPGE, será garantido até o valor máximo de CONCEITO
R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
Parágrafo único. Para efeito da determinação do valor Crimes de lavagem de dinheiro: Constitui um conjun-
garantido dos créditos de cada depositante, serão observa- to de operações comerciais ou financeiras que buscam a
dos os seguintes critérios: incorporação na economia de cada país dos recursos, bens
I - titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito e serviços que se originam ou estão ligados a atos ilícitos.
estiver registrado na escrituração da instituição associada Em outras palavras é a intenção de ocultar a origem
ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito; ilegal de recursos para que, num momento posterior, eles
II - devem ser somados os créditos de cada credor possam ser reintroduzidos na economia revestidos de le-
identificado pelo respectivo Cadastro de Pessoas Físicas gitimidade.
(CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) con- Assim sendo é o delito de ocultação ou dissimulação
tra todas as instituições associadas do mesmo conglome- da natureza, origem, localização, disposição, movimenta-
rado financeiro; ção ou propriedade de bens, direitos ou valores provenien-
III - os créditos titulados por associações, condomínios, tes, direta ou indiretamente, de infração penal.
cooperativas, grupos ou administradoras de consórcio, en- Nova lei de lavagem do dinheiro foi baixada em 10 de
tidades de previdência complementar, sociedades segura- julho de 2012.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Entre as principais especificações da nova lei, está a 1) a lavagem é um processo em que somente a partida
possibilidade de punição para lavagem de dinheiro prove- é perfeitamente identificável, não o ponto final;
niente de qualquer origem ilícita. 2) a finalidade desse processo não é somente ocultar
Nos termos da lei, o crime de lavagem de dinheiro sig- ou dissimular a origem delitiva dos bens, direitos e valores,
nifica “ocultar ou dissimular a natureza, origem, localiza- mas igualmente conseguir que eles, já lavados, possam ser
ção, disposição, movimentação ou propriedade de bens, utilizados na economia legal.”
direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente,
de infração penal”. Importante destacar, finalmente, as características da
A pena para o infrator à lei é de reclusão com prazo lavagem de dinheiro na atualidade, apontadas por Blanco
de 3 a 10 anos, e multa. Incorre nesta mesma pena quem Cordero, quais sejam:
utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos 1) A complexidade, como decorrência dos altos lucros
ou valores provenientes de infração penal. da criminalidade organizada e da implantação de medidas
A Lei altera dispositivos que criam o Conselho de Con- de controle, os quais levam à superação das formas mais
trole de Atividades Financeiras (COAF), ampliando os ti- rudimentares de lavagem por outras mais sofisticadas;
pos de profissionais obrigados a enviar informações sobre 2) A profissionalização da atividade de lavagem, seja
operações suspeitas, alcançando doleiros, empresários que pela separação entre as atividades criminosas em sentido
negociam direitos de atletas, comerciantes de artigos de estrito e aquelas de lavagem dentro da organização crimi-
luxo, pessoas físicas que trabalham com compra e troca de nosa, seja pela oferta de profissionais especializados em
moeda estrangeira, etc. lavagem de dinheiro, que prestam serviço a mais de uma
Também será possível apreender bens em nomes de organização;
laranjas e vender bens apreendidos antes do final do pro- 3) O caráter internacional, de modo a aproveitar-se das
cesso, cujos recursos ficarão depositados em juízo até o notórias dificuldades da cooperação judiciária internacio-
final do julgamento. nal e dirigir a lavagem a países com sistemas menos rígidos
O patrimônio apreendido poderá ser repassado a es- de controle.
tados e municípios, e não apenas à União. No tocante à Fases da lavagem de dinheiro
“delação premiada”, já prevista na Lei anterior, poderá ser
feita “a qualquer tempo”, ou seja, mesmo depois da con- O dinheiro obtido de maneira ilícita - “dinheiro sujo”
denação. - passa por um processo composto por diversas fases ten-
Os crimes desta categoria são inafiançáveis. cionadas a disfarçar sua origem ilícita sem comprometer os
Saliente-se que não há na doutrina um conceito uní- envolvidos, de forma que seja considerado “limpo”.
voco do crime de lavagem, contudo não existem acepções Dos vários modelos de fases existentes, o de aceitação
distintas, as mesmas convergem no sentido de que a lava- mais ampla e adotado pela maioria da doutrina especia-
gem é um procedimento de caracterização lícita ao capital lizada é o elaborado pelo GAFI, composto por três fases:
de origem ilícita. colocação, ocultação e integração.
Tradicionalmente, define-se a lavagem de dinheiro
como um conjunto de operações por meio das quais os a) Colocação ou Placement
bens, direitos e valores obtidos com a prática de crimes são Esta fase consiste na introdução do dinheiro ilícito no
integrados ao sistema econômico financeiro, com a apa- sistema financeiro, dificultando a identificação da proce-
rência de terem sido obtidos de maneira lícita. É uma forma dência dos valores. É a fase mais arriscada para o “lavador”
de mascaramento da obtenção ilícita de capitais. em razão da sua proximidade com a origem ilícita. Walter
Segundo o GAFI, lavagem de dinheiro é o processo Fanganiello Maiorovitch diz que é o momento “de apagar
que tem por objetivo disfarçar a origem criminosa dos a mancha caracterizadora da origem ilícita”.
proveitos do crime. Como bem aponta Carla Veríssimo de Normalmente esses valores são introduzidos no siste-
Carli, a importância da lavagem é capital, porque permite ma financeiro em pequenas quantias, que, individualmen-
ao delinquente usufruir desses lucros sem pôr em perigo a te, acabam não gerando maiores suspeitas. A essa técni-
sua fonte (o delito antecedente), além de protegê-lo contra ca é dado o nome de smurfing. Daí por que existe uma
o bloqueio e o confisco. preocupação muito grande com os registros das institui-
Ademais, é certo que o dinheiro em espécie é difícil de ções financeiras. O Federal Reserve – FED, Banco Central
ser guardado e manuseado, pois apresenta grande risco americano, se preocupa, há algum tempo, em identificar
de furto e roubo, além de chamar a atenção em negócios o cliente de forma tal que ele não perceba que está sendo
de alto valor, de forma que o criminoso, por tais motivos, investigado.
tenta desvincular o proveito obtido com o crime de sua Outra técnica de lavagem utilizada nesta fase é a utili-
origem criminosa e dar-lhe aparência de ganho lícito, ou zação de estabelecimentos comerciais que trabalham com
seja, “lavando” o dinheiro. dinheiro em espécie, a princípio insuspeitos, como cine-
Conforme prelecionam Marcia Monassi Mougenot mas, restaurantes, hotéis, casas de bingo, entre outros.
Bonfim e Edilson Mougenot Bonfim: Ainda podem ser referidas as práticas de “cabodólar”
Independentemente da definição adotada, a doutrina e a utilização de “laranjas” ou testas-de-ferro” nesta fase
aponta as seguintes características comuns no processo de da lavagem de dinheiro. O “cabodólar” consiste em uma
lavagem de dinheiro: rede de transferência de valores à margem do sistema
55
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
financeiro oficial, isto é, doleiros e casas de câmbio, que uma determinada operação em conluio com a instituição
atuam como intermediários, realizam a transferência de va- financeira. Aliás, Fausto Martin de Sanctis destaca que a
lores de um país para outro sem tributação, declaração ou realidade de hoje é ainda mais complexa tendo em vista
autorização legal, o que, como destaca o juiz federal José que a criminalidade já está adquirindo bancos internacio-
Paulo Baltazar Júnior, presta-se também para a evasão nais, porque todos os registros dessas instituições são ma-
de divisas e para a sonegação fiscal. Já os “laranjas” são nipulados, viabilizando ainda mais o que já era facilitado
pessoas, reais ou fictas, cujos nomes são utilizados, com pelos paraísos fiscais.
seu conhecimento ou não, para titularizarem dinheiro ou Segundo Marcia Monassi Mougenot Bonfim e Edilson
bens do lavador. Mougenot Bonfim, um dos métodos de ocultação mais
Nota-se, assim, que a lavagem de dinheiro tanto pode avançados é a venda fictícia de ações na bolsa de valores (o
se dar mediante a utilização do sistema financeiro, quan- vendedor e o comprador, previamente ajustados, fixam um
to mediante a utilização de outros meios, como mercado preço artificial para as ações de compra). É comum nesta
imobiliário, estabelecimentos comerciais, jogos legais e fase também a transformação das quantias em bens imó-
ilegais e etc. Daí, destaca-se a classificação doutrinária de veis ou móveis; quanto a estes, costuma-se adquirir bens
lavagem financeira e lavagem não financeira. que possam ser postos em circulação rápida em diferentes
No Brasil, o “vídeobingo” era a técnica predileta do países como ouro, joias e pedras preciosas (commodities).
narcotráfico. Em depoimento mencionado por Juarez Ciri-
no dos Santos, Lillo Lauricela, preso pela Divisão Antimáfia c) Integração ou Integration
da Itália, afirmou que a abertura de bingos eletrônicos no É a fase final do processo, muitas vezes interligada ou
Brasil, despertou o interesse de empresários europeus e da até mesmo sobreposta à etapa anterior. Nessa fase, já com
máfia italiana para a venda de máquinas e para a lavagem
a aparência lícita, o capital é formalmente incorporado ao
do dinheiro advindo da comercialização da cocaína.
sistema econômico, geralmente por meio de investimentos
Rogério Pacheco Jordão, ao comentar a gama de op-
no mercado mobiliário e imobiliário, e é assimilado com
ções de que o “lavador” pode se utilizar para a colocação
todos os outros ativos existentes no sistema. A integração
do capital ilícito, destaca:
do “dinheiro limpo” através das outras etapas faz com que
“Dificilmente alguém poderá andar em linha reta por
este dinheiro pareça ter sido ganho de maneira lícita.
mais de dois quilômetros dentro de importantes cidades
Entre as práticas realizadas nesta fase, estão o emprés-
brasileiras como São Paulo ou Rio de Janeiro sem se de-
timo de regresso, a falsa especulação imobiliária, a falsa
parar, no caminho, com estabelecimentos que estejam,
especulação com obras de arte ou pedras preciosas e a es-
direta ou indiretamente, na rede de lavagem. São hotéis,
bares, restaurantes, bingos, casas de câmbio, videolocado- peculação financeira cruzada, por exemplo.
ras. Mas também imobiliárias, construtoras, bancos. “ O empréstimo de regresso nada mais é que a simu-
Fausto Martin de Sanctis conclui que é nessa oportuni- lação de empréstimos com dinheiro já pertencente ao la-
dade, no momento da colocação, que se exige maior inter- vador de empresas, localizadas no território nacional, para
venção do Estado, porque o limite temporal entre a prática empresas de fachada, localizadas em paraísos fiscais, com
do crime original e o início da lavagem é muito estreito. os mesmos proprietários daquelas. A falsa especulação,
tanto de imóveis quanto de obras de arte ou pedras pre-
b) Ocultação, Dissimulação, Transformação ou Laye- ciosas, se dá através da simulação de valores superiores
ring aos reais. E, por fim, a especulação financeira cruzada é
Nessa fase ocorre a camuflagem das evidências, com a simulação de lucros e prejuízos em operações casadas
a utilização de uma série de negócios ou movimentações e de sinal contrário em bolsas de valores ou mercado de
financeiras, a fim de que seja dificultado o rastreamento futuros, com os mesmos titulares ou com a utilização de
contábil dos lucros ilícitos. É a fase da lavagem propria- laranjas. Esses compram e vendem os mesmos títulos, no
mente dita, pois se dissimula a origem dos valores para mesmo dia, gerando prejuízos para um, que pode diminuir
que sua procedência não seja identificada. o imposto de renda devido, e lucros falsos para outro, pos-
Cria-se um emaranhado de complexas transações fi- sibilitando a lavagem de dinheiro.
nanceiras, em sua maioria internacionais, sendo que é nes- Alguns autores, como Carlos Márcio Rissi Macedo, in-
ta fase que os países e as jurisdições que não cooperam clusive, destacam que não se pode dizer que tecnicamente
com as investigações referentes à lavagem de dinheiro há “lavagem de dinheiro” nesta fase, já que o dinheiro já
têm papel fundamental. É a fase mais complexa do pro- possui uma máscara de licitude.
cesso e a que envolve maiores riscos de vulnerabilidade Contudo, cabe esclarecer que a lavagem de dinheiro
aos sistemas financeiros nacionais. nem sempre ocorre de acordo com as fases supracitadas,
As transações realizadas anteriormente são multiplica- bem como, não é necessária a ocorrência dessas três fases
das, muitas vezes com várias transferências por cabo (wire para que o delito esteja consumado, bastando a fase da co-
transfer) através de muitas empresas e contas, de modo a locação, conforme posicionamento firmado pelo Supremo
que se perca a trilha do dinheiro (paper trail). Há o saque Tribunal Federal. Entretanto, o estudo das fases da lavagem
do dinheiro em espécie e o depósito do mesmo em uma de dinheiro é importante, pois ajuda a compreender como
nova instituição ou mesmo destruição dos registros de a mesma procede.
56
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Além disso, salienta-se que todos os dias surgem no- COAF - CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES
vas técnicas de lavagem de dinheiro, diferenciando-se das FINANCEIRAS
já expostas, a par de que são muito mais complexas, tor-
nando-se inabarcável a listagem de todas as formas de re- A Lei 9.613 introduziu na Legislação Brasileira uma sé-
ferida prática delitiva. Aliás, nesse sentido, como lembrou rie de iniciativas internacionais previstas na Convenção de
o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Gilson Dipp, as Viena, na Convenção de Palermo, na Convenção das Na-
técnicas de lavagem de dinheiro mais eficazes são aquelas ções Unidas contra o Financiamento ao Terrorismo e, prin-
ainda não conhecidas. cipalmente, nas Recomendações do GAFI/FATF.
O avanço mais significativo no sistema legal brasileiro
de prevenção e combate à lavagem de dinheiro desde a Lei
9.613/98 foi a aprovação da Lei Complementar 105, de 20
PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE de janeiro de 2001, que ampliou o acesso do Conselho de
LAVAGEM DE DINHEIRO: LEI Nº 9.613/98 E Controle de Atividades Financeiras (COAF) a informações
SUAS ALTERAÇÕES, CIRCULAR bancárias. Ademais, a Lei 10.701, de 09 de julho de 2003,
incluiu o financiamento ao terrorismo como crime antece-
BACEN 3.461/2009 E SUAS ALTERAÇÕES E
dente à lavagem de dinheiro, proporcionou mais autori-
CARTA-CIRCULAR BACEN 3.542/12.
dade ao COAF para obter informações de comunicantes, e
cria um registro nacional de contas bancárias.
O COAF, a unidade de inteligência financeira brasilei-
ra, órgão integrante do Ministério da Fazenda, possui um
O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por papel central no sistema brasileiro de combate à lavagem
um conjunto de operações comerciais ou financeiras que de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo, tendo a in-
buscam a incorporação na economia de cada país, de cumbência legal de coordenar mecanismos de cooperação
modo transitório ou permanente, de recursos, bens e valo- e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e
res de origem ilícita e que se desenvolvem por meio de um eficientes no combate à lavagem de dinheiro, disciplinar e
processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases aplicar penas administrativas e receber, examinar e identifi-
independentes que, com frequência, ocorrem simultanea- car ocorrências suspeitas. O COAF também coordena a par-
mente. ticipação do Brasil em várias organizações internacionais,
Em 03.03.98, o Brasil, dando continuidade a compro- tais como GAFI, GAFISUD e Grupo de Egmont.
missos internacionais assumidos a partir da assinatura Com relação às medidas preventivas, a legislação bra-
da Convenção de Viena de 1988, aprovou, com base na sileira, ao designar autoridades competentes apropriadas
respectiva Exposição de Motivos, a Lei de Lavagem de Di- para supervisionar as instituições financeiras, cumpre os re-
nheiro ou Lei nº 9.613, posteriormente alterada pela Lei nº quisitos para uma maior vigilância de atividades financeiras
10.467, de 11.06.02. suspeitas ou incomuns, ou ainda transações envolvendo
A lei supracitada atribuiu às pessoas físicas e jurídicas jurisdições com regimes deficientes de combate à lavagem
de diversos setores econômico-financeiros maior respon- de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo. A conser-
sabilidade na identificação de clientes e manutenção de vação de documentos, os dispositivos legais, a execução
registros de todas as operações e na comunicação de ope- da lei e a autoridade dos supervisores para aplicar sanções
rações suspeitas, sujeitando-as ainda às penalidades admi- são bastante abrangentes, além de estar mostrando ótimos
nistrativas pelo descumprimento das obrigações. resultados.
Para efeitos de regulamentação e aplicação das penas, Além do COAF, outras autoridades, tais como a Polícia
o legislador preservou a competência dos órgãos regula- Federal, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União e
dores já existentes, cabendo ao COAF a regulamentação e o Ministério Público, têm se engajado de forma sistemática
supervisão dos demais setores. e progressiva no combate à lavagem de dinheiro, o que
Em 2012, a Lei nº 9.613 foi alterada pela Lei nº 12.683 pode ser visto no aumento do número de investigações e
que trouxe importantes avanços para a prevenção e com- condenações. Essas autoridades têm ampliado suas capaci-
bate à lavagem de dinheiro, tais como (i) a extinção do dades de atuação, quer seja ampliando recursos, quer seja
rol taxativo de crimes antecedentes, admitindo-se agora cooperando com outros órgãos para intercâmbio de infor-
como crime antecedente da lavagem de dinheiro qualquer mações e experiências. Além disso, os tribunais especiali-
infração penal; (ii) a inclusão das hipóteses de alienação zados recém-criados para julgar estes processos também
antecipada e outras medidas assecuratórias que garantam aumentaram os esforços na luta contra o crime de lavagem
que os bens não sofram desvalorização ou deterioração; de dinheiro.
(iii) inclusão de novos sujeitos obrigados tais como cartó- Como mencionado acima, o COAF tem participado ati-
rios, profissionais que exerçam atividades de assessoria ou vamente de eventos internacionais relacionados à lavagem
consultoria financeira, representantes de atletas e artistas, de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo. Graças ao
feiras, dentre outros; (iv) aumento do valor máximo da mul- COAF, o Brasil se tornou membro do GAFI, do GAFISUD e do
ta para R$ 20 milhões. Grupo de Egmont, sendo reconhecido internacionalmente
como um país que luta de forma eficaz contra atividades
57
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
financeiras ilícitas. A atuação do COAF inclui participações • Situações relacionadas com operações de crédito
nos principais grupos de trabalho destas organizações, o contratadas no exterior e operações de investimento ex-
que implica em resultados, tendências e recomendações a terno;
serem discutidos internamente no Brasil a fim de lidar de • Situações relacionadas com empregados de institui-
forma apropriada com esta questão no país. O COAF coor- ções financeiras e seus representantes;
dena, por exemplo, o processo de avaliação mútua ao qual • Abertura e movimentação de contas ou realização de
Brasil é submetido no âmbito do GAFI. operações por detentor de procuração ou qualquer tipo de
Esta participação também inclui o compromisso de ter um mandato;
importante papel na região da América do Sul, liderando as • Ausência repentina de movimentação financeira em
operações realizadas pelo GAFISUD, tendo exercido inclusive a conta;
presidência do Grupo em 2006. O COAF também exerceu, de • Utilização de cofres de aluguel de forma atípica ou do
julho de 2008 a junho de 2009, a presidência do GAFI. Além cartão de forma incompatível com o perfil do cliente.
disso, o COAF vem indicando representantes para participar do
Grupo de Egmont, não apenas nos que diz respeito a questões Vamos acompanhar, em seguida na íntegra a men-
políticas e institucionais, mas também na esfera operacional,
cionada lei, bem como os outros dispositivos criados
especialmente em relação à melhoria da troca de processos
para prevenção e combate ao crime de lavagem de di-
e normas de informações entre as UIFs membros do Grupo.
nheiro.
Autarquia criada no âmbito do Ministério da Fazenda
para: LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998.
a) coordenar e propor mecanismos de cooperação e
troca de informações que viabilizem ações rápidas e efi- Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de
cientes no combate à ocultação ou à dissimulação de bens, bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sis-
direitos e valores; tema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o
b) receber, examinar e identificar as ocorrências suspei- Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e
tas de atividades ilícitas previstas em lei; dá outras providências.
c) disciplinar e aplicar penas administrativas, sem pre-
juízo da competência de outros órgãos e entidades; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
d) comunicar à autoridade competente para a instaura- Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
ção dos procedimentos legais, em casos de indícios funda-
dos da prática do crime de lavagem de dinheiro. CAPÍTULO I
Dos Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens,
Desde março de 2012 (com vigência contar de maio do Direitos e Valores
mesmo ano) o COAF passa a atuar também nas seguintes
operações e situações: Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, locali-
• Operações com moeda nacional, estrangeira e che- zação, disposição, movimentação ou propriedade de bens,
ques de viagem ou com dados cadastrais de clientes, movi- direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente,
mentação de contas e operações de investimento interno; de infração penal.
• Investimentos significativos não proporcionais à capa- Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
cidade econômica e financeira do cliente, cuja origem não § 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou
seja claramente definida; dissimular a utilização de bens, direitos ou valores prove-
• Movimentações atípicas de recursos por agentes pú- nientes de infração penal:
blicos, ou por pessoa física ou jurídica relacionados a pa-
I - os converte em ativos lícitos;
trocínio, propaganda, marketing, consultoria, assessoria e
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em
capacitação; ou de recursos por organizações sem fins lu-
garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou trans-
crativos ou por pessoa física ou jurídica relacionados a lici-
tações públicas; fere;
• Situações relacionadas a consórcios; III - importa ou exporta bens com valores não corres-
• Aumento expressivo do número de quotas pertencen- pondentes aos verdadeiros.
tes a um mesmo consorciado; § 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:
• Situações relacionadas a pessoas suspeitas de envolvi- I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens,
mento com atos terroristas, ou relacionadas com atividades direitos ou valores provenientes de infração penal;
internacionais; II - participa de grupo, associação ou escritório tendo
• Realização ou proposta de operação com pessoas, conhecimento de que sua atividade principal ou secundária
inclusive sociedades e instituições situadas em países que é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.
não apliquem (ou apliquem insuficientemente) as recomen- § 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo úni-
dações do Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e co do art. 14 do Código Penal.
o Financiamento do Terrorismo, ou que tenham sede em § 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os
países com tributação favorecida ou regimes fiscais privi- crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reite-
legiados; rada ou por intermédio de organização criminosa.
58
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços § 2o O juiz determinará a liberação total ou parcial dos
e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultan- bens, direitos e valores quando comprovada a licitude de
do-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e
tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor valores necessários e suficientes à reparação dos danos e
ou partícipe colaborar espontaneamente com as autorida- ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas
des, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração decorrentes da infração penal. (Redação dada pela Lei nº
das infrações penais, à identificação dos autores, coautores 12.683, de 2012)
e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores § 3o Nenhum pedido de liberação será conhecido sem
objeto do crime. o comparecimento pessoal do acusado ou de interposta
pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o
CAPÍTULO II juiz determinar a prática de atos necessários à conservação
Disposições Processuais Especiais de bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no §
1o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos § 4o Poderão ser decretadas medidas assecuratórias
nesta Lei: sobre bens, direitos ou valores para reparação do dano de-
I – obedecem às disposições relativas ao procedimento corrente da infração penal antecedente ou da prevista nes-
comum dos crimes punidos com reclusão, da competência ta Lei ou para pagamento de prestação pecuniária, multa e
do juiz singular; custas. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - independem do processo e julgamento das infra-
ções penais antecedentes, ainda que praticados em outro Art. 4o-A. A alienação antecipada para preservação de
país, cabendo ao juiz competente para os crimes previstos valor de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de
nesta Lei a decisão sobre a unidade de processo e julga- ofício, a requerimento do Ministério Público ou por soli-
mento; citação da parte interessada, mediante petição autônoma,
III - são da competência da Justiça Federal: que será autuada em apartado e cujos autos terão tramita-
a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ção em separado em relação ao processo principal. (Incluí-
ordem econômico-financeira, ou em detrimento de bens, do pela Lei nº 12.683, de 2012)
serviços ou interesses da União, ou de suas entidades au- § 1o O requerimento de alienação deverá conter a re-
tárquicas ou empresas públicas; lação de todos os demais bens, com a descrição e a es-
b) quando a infração penal antecedente for de compe- pecificação de cada um deles, e informações sobre quem
tência da Justiça Federal. os detém e local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº
§ 1o A denúncia será instruída com indícios suficientes 12.683, de 2012)
da existência da infração penal antecedente, sendo puní- § 2o O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos
veis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido apartados, e intimará o Ministério Público. (Incluído pela
ou isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da Lei nº 12.683, de 2012)
infração penal antecedente. § 3o Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergên-
§ 2o No processo por crime previsto nesta Lei, não se cias sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homo-
aplica o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 logará o valor atribuído aos bens e determinará sejam alie-
de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o nados em leilão ou pregão, preferencialmente eletrônico,
acusado que não comparecer nem constituir advogado ser por valor não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da
citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
com a nomeação de defensor dativo. (Redação dada pela § 4o Realizado o leilão, a quantia apurada será deposi-
Lei nº 12.683, de 2012) tada em conta judicial remunerada, adotando-se a seguin-
Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012) te disciplina: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - nos processos de competência da Justiça Federal e
Art. 4o O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério da Justiça do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683,
Público ou mediante representação do delegado de po- de 2012)
lícia, ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica
horas, havendo indícios suficientes de infração penal, po- Federal ou em instituição financeira pública, mediante do-
derá decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou cumento adequado para essa finalidade; (Incluída pela Lei
valores do investigado ou acusado, ou existentes em nome nº 12.683, de 2012)
de interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômi-
proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações ca Federal ou por outra instituição financeira pública para
penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de a Conta Única do Tesouro Nacional, independentemente
2012) de qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro)
§ 1o Proceder-se-á à alienação antecipada para preser- horas; e (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
vação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Fede-
qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando ral ou por instituição financeira pública serão debitados à
houver dificuldade para sua manutenção. (Redação dada Conta Única do Tesouro Nacional, em subconta de restitui-
pela Lei nº 12.683, de 2012) ção; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
59
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
II - nos processos de competência da Justiça dos Esta- § 13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada
dos: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) de bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilí-
a) os depósitos serão efetuados em instituição finan- cito de drogas e que tenham sido objeto de dissimulação
ceira designada em lei, preferencialmente pública, de cada e ocultação nos termos desta Lei permanecem submetidos
Estado ou, na sua ausência, em instituição financeira públi- à disciplina definida em lei específica. (Incluído pela Lei nº
ca da União; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 12.683, de 2012)
b) os depósitos serão repassados para a conta única
de cada Estado, na forma da respectiva legislação. (Incluída Art. 4o-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medi-
pela Lei nº 12.683, de 2012) das assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão ser
§ 5o Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a
depósito, após o trânsito em julgado da sentença proferida sua execução imediata puder comprometer as investiga-
na ação penal, será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) ções. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - em caso de sentença condenatória, nos processos Art. 5o Quando as circunstâncias o aconselharem, o
de competência da Justiça Federal e da Justiça do Distri- juiz, ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou
to Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio da jurídica qualificada para a administração dos bens, direitos
União, e, nos processos de competência da Justiça Esta- ou valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante ter-
dual, incorporado ao patrimônio do Estado respectivo; (In- mo de compromisso. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 2012)
II - em caso de sentença absolutória extintiva de pu-
nibilidade, colocado à disposição do réu pela instituição Art. 6o A pessoa responsável pela administração dos
financeira, acrescido da remuneração da conta judicial. (In- bens: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será
§ 6o A instituição financeira depositária manterá con- satisfeita com o produto dos bens objeto da administração;
trole dos valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela II - prestará, por determinação judicial, informações pe-
Lei nº 12.683, de 2012) riódicas da situação dos bens sob sua administração, bem
§ 7o Serão deduzidos da quantia apurada no leilão to- como explicações e detalhamentos sobre investimentos e
dos os tributos e multas incidentes sobre o bem alienado, reinvestimentos realizados.
sem prejuízo de iniciativas que, no âmbito da competên- Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos
cia de cada ente da Federação, venham a desonerar bens
bens sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao co-
sob constrição judicial daqueles ônus. (Incluído pela Lei nº
nhecimento do Ministério Público, que requererá o que en-
12.683, de 2012)
tender cabível. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 8o Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo,
os autos da alienação serão apensados aos do processo
CAPÍTULO III
principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Dos Efeitos da Condenação
§ 9o Terão apenas efeito devolutivo os recursos inter-
postos contra as decisões proferidas no curso do procedi-
mento previsto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos
de 2012) no Código Penal:
§ 10. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos ca-
penal condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o sos de competência da Justiça Estadual -, de todos os bens,
caso, da União ou do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à
de 2012) prática dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles uti-
I - a perda dos valores depositados na conta remunera- lizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado
da e da fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) ou de terceiro de boa-fé; (Redação dada pela Lei nº 12.683,
II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e de 2012)
daqueles aos quais não foi dada destinação prévia; e (In- II - a interdição do exercício de cargo ou função pública
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho
III - a perda dos bens não reclamados no prazo de de administração ou de gerência das pessoas jurídicas refe-
90 (noventa) dias após o trânsito em julgado da sentença ridas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de
condenatória, ressalvado o direito de lesado ou terceiro de liberdade aplicada.
boa-fé. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) § 1o A União e os Estados, no âmbito de suas compe-
§ 11. Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 tências, regulamentarão a forma de destinação dos bens,
deste artigo serão adjudicados ou levados a leilão, deposi- direitos e valores cuja perda houver sido declarada, asse-
tando-se o saldo na conta única do respectivo ente. (Incluí- gurada, quanto aos processos de competência da Justiça
do pela Lei nº 12.683, de 2012) Federal, a sua utilização pelos órgãos federais encarregados
§ 12. O juiz determinará ao registro público compe- da prevenção, do combate, da ação penal e do julgamento
tente que emita documento de habilitação à circulação e dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de
utilização dos bens colocados sob o uso e custódia das en- competência da Justiça Estadual, a preferência dos órgãos
tidades a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela locais com idêntica função. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
Lei nº 12.683, de 2012) 2012)
60
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 2o Os instrumentos do crime sem valor econômico V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e
cuja perda em favor da União ou do Estado for decretada as de fomento comercial (factoring);
serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entida- VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro
de pública, se houver interesse na sua conservação.(Incluí- ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços,
do pela Lei nº 12.683, de 2012) ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante
sorteio ou método assemelhado;
CAPÍTULO IV VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros
Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas nes-
Praticados no Estrangeiro te artigo, ainda que de forma eventual;
VIII - as demais entidades cujo funcionamento depen-
Art. 8o O juiz determinará, na hipótese de existência da de autorização de órgão regulador dos mercados finan-
de tratado ou convenção internacional e por solicitação de ceiro, de câmbio, de capitais e de seguros;
autoridade estrangeira competente, medidas assecurató- IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estran-
rias sobre bens, direitos ou valores oriundos de crimes des- geiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes,
critos no art. 1o praticados no estrangeiro. (Redação dada procuradoras, comissionarias ou por qualquer forma repre-
pela Lei nº 12.683, de 2012) sentem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independente- das atividades referidas neste artigo;
mente de tratado ou convenção internacional, quando o X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam ativida-
governo do país da autoridade solicitante prometer reci- des de promoção imobiliária ou compra e venda de imó-
procidade ao Brasil. veis; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 2o Na falta de tratado ou convenção, os bens, direi- XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem
tos ou valores privados sujeitos a medidas assecuratórias joias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigui-
por solicitação de autoridade estrangeira competente ou dades.
os recursos provenientes da sua alienação serão repartidos XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem
entre o Estado requerente e o Brasil, na proporção de me- bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comer-
tade, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa- cialização ou exerçam atividades que envolvam grande vo-
fé. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) lume de recursos em espécie; (Redação dada pela Lei nº
12.683, de 2012)
CAPÍTULO V XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; (In-
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CON- XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mes-
TROLE mo que eventualmente, serviços de assessoria, consulto-
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) ria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência,
de qualquer natureza, em operações: (Incluído pela Lei nº
Art. 9o Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 12.683, de 2012)
e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos
permanente ou eventual, como atividade principal ou aces- comerciais ou industriais ou participações societárias de
sória, cumulativamente ou não: (Redação dada pela Lei nº qualquer natureza; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
12.683, de 2012) b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos fi- ativos; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
nanceiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira; c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de pou-
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro pança, investimento ou de valores mobiliários; (Incluída
como ativo financeiro ou instrumento cambial; pela Lei nº 12.683, de 2012)
III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação, nego- d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de
ciação, intermediação ou administração de títulos ou valo- qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estru-
res mobiliários. turas análogas; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações: e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e (Incluída
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou pela Lei nº 12.683, de 2012)
futuros e os sistemas de negociação do mercado de balcão f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos
organizado; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) relacionados a atividades desportivas ou artísticas profis-
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as enti- sionais; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
dades de previdência complementar ou de capitalização; XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promo-
III - as administradoras de cartões de credenciamento ção, intermediação, comercialização, agenciamento ou ne-
ou cartões de crédito, bem como as administradoras de gociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou
consórcios para aquisição de bens ou serviços; feiras, exposições ou eventos similares; (Incluído pela Lei nº
IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de 12.683, de 2012)
cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou XVI - as empresas de transporte e guarda de valo-
equivalente, que permita a transferência de fundos; res; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
61
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivel- § 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Adminis-
mente seria obtido pela realização da operação; ou (Incluí- tração Pública as informações cadastrais bancárias e finan-
da pela Lei nº 12.683, de 2012) ceiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas.
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de
reais); (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competen-
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, tes para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando
para o exercício do cargo de administrador das pessoas ju- concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de
rídicas referidas no art. 9º; fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilí-
IV - cassação ou suspensão da autorização para o exer- cito.
cício de atividade, operação ou funcionamento. (Redação
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 16. O Coaf será composto por servidores públicos
§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregulari- de reputação ilibada e reconhecida competência, designa-
dade no cumprimento das instruções referidas nos incisos dos em ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os
I e II do art. 10. integrantes do quadro de pessoal efetivo do Banco Central
§ 2o A multa será aplicada sempre que as pessoas refe- do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Supe-
ridas no art. 9o, por culpa ou dolo: (Redação dada pela Lei rintendência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral
nº 12.683, de 2012) da Fazenda Nacional, da Secretaria da Receita Federal do
I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de ad- Brasil, da Agência Brasileira de Inteligência, do Ministério
vertência, no prazo assinalado pela autoridade competen- das Relações Exteriores, do Ministério da Justiça, do Depar-
te; tamento de Polícia Federal, do Ministério da Previdência
II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. Social e da Controladoria-Geral da União, atendendo à in-
10; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) dicação dos respectivos Ministros de Estado.(Redação dada
III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a re- pela Lei nº 12.683, de 2012)
quisição formulada nos termos do inciso V do art. 10; (Re- § 1º O Presidente do Conselho será nomeado pelo Pre-
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
sidente da República, por indicação do Ministro de Estado
IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a
da Fazenda.
comunicação a que se refere o art. 11.
§ 2º Das decisões do COAF relativas às aplicações de
§ 3º A inabilitação temporária será aplicada quando fo-
penas administrativas caberá recurso ao Ministro de Estado
rem verificadas infrações graves quanto ao cumprimento
da Fazenda.
das obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer re-
incidência específica, devidamente caracterizada em trans-
Art. 17. O COAF terá organização e funcionamento de-
gressões anteriormente punidas com multa.
finidos em estatuto aprovado por decreto do Poder Exe-
§ 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos
de reincidência específica de infrações anteriormente puni- cutivo.
das com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.
CAPÍTULO X
Art. 13. O procedimento para a aplicação das sanções DISPOSIÇÕES GERAIS
previstas neste Capítulo será regulado por decreto, assegu- (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
rados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições
CAPÍTULO IX do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código
Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras de Processo Penal), no que não forem incompatíveis com
esta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Públi-
o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, co terão acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do
com a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrati- investigado que informam qualificação pessoal, filiação
vas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas e endereço, independentemente de autorização judicial,
de atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas,
competência de outros órgãos e entidades. pelas instituições financeiras, pelos provedores de internet
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às e pelas administradoras de cartão de crédito. (Incluído pela
pessoas mencionadas no art. 9º, para as quais não exista Lei nº 12.683, de 2012)
órgão próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições fi-
pelo COAF, competindo-lhe, para esses casos, a definição nanceiras e tributárias em resposta às ordens judiciais de
das pessoas abrangidas e a aplicação das sanções enume- quebra ou transferência de sigilo deverão ser, sempre que
radas no art. 12. determinado, em meio informático, e apresentados em ar-
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor meca- quivos que possibilitem a migração de informações para
nismos de cooperação e de troca de informações que via- os autos do processo sem redigitação. (Incluído pela Lei nº
bilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação 12.683, de 2012)
ou dissimulação de bens, direitos e valores.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor pú- III - definir os critérios e procedimentos para seleção,
blico, este será afastado, sem prejuízo de remuneração e treinamento e acompanhamento da situação econômico-
demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente financeira dos empregados da instituição;
autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno. (Incluí- IV - incluir a análise prévia de novos produtos e ser-
do pela Lei nº 12.683, de 2012) viços, sob a ótica da prevenção dos mencionados crimes;
V - ser aprovadas pelo conselho de administração ou,
Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do Brasil na sua ausência, pela diretoria da instituição;
conservará os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo VI - receber ampla divulgação interna.
mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do início do § 2º Os procedimentos de que trata o caput devem
exercício seguinte ao da declaração de renda respectiva ou incluir medidas prévia e expressamente estabelecidas, que
ao do pagamento do tributo. (Incluído pela Lei nº 12.683, permitam:
de 2012) I - confirmar as informações cadastrais dos clientes e
identificar os beneficiários finais das operações;
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi- II - possibilitar a caracterização ou não de clientes
cação. como pessoas politicamente expostas.
§ 3º Para os fins desta circular, considera-se cliente
Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e eventual ou permanente qualquer pessoa natural ou jurí-
110º da República. dica com a qual seja mantido, respectivamente em caráter
eventual ou permanente, relacionamento destinado à pres-
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO tação de serviço financeiro ou à realização de operação fi-
Iris Rezende nanceira.
Luiz Felipe Lampreia § 4º Os procedimentos de que trata o caput devem ser
Pedro Malan reforçados para início de relacionamento com:
I - instituições financeiras, representantes ou corres-
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de pondentes localizados no exterior, especialmente em paí-
4.3.1998 ses, territórios e dependências que não adotam procedi-
mentos de registro e controle similares aos definidos nesta
CIRCULAR BACEN 3.461/2009 circular;
E SUAS ALTERAÇÕES II - clientes cujo contato seja efetuado por meio ele-
trônico, mediante correspondentes no País ou por outros
Consolida as regras sobre os procedimentos a serem meios indiretos.
adotados na prevenção e combate às atividades relaciona‑ § 5º As políticas e procedimentos internos de controle
das com os crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de que trata o caput devem ser implementados também
de 1998. pelas dependências e subsidiárias situadas no exterior das
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em funcionar pelo Banco Central do Brasil.
sessão realizada em 23 de julho de 2009, com base no dis- § 6º O diretor responsável pela implementação e cum-
posto nos arts. 10, inciso IX, e 11, inciso VII, da Lei nº 4.595, primento das medidas estabelecidas nesta Circular, nos ter-
de 31 de dezembro de 1964, 10 e 11 da Lei nº 9.613, de 3 mos do art. 18, deve informar por escrito ao Banco Central
de março de 1998, e tendo em vista o disposto na Con- do Brasil sobre a existência de legislação ou regulamenta-
venção Internacional para Supressão do Financiamento ção que impeça ou limite a aplicação do disposto no § 5º a
do Terrorismo, adotada pela Assembleia Geral das Nações suas dependências e subsidiárias situadas no exterior.
Unidas em 9 de dezembro de 1999, promulgada por meio
do Decreto nº 5.640, de 26 de dezembro de 2005, Manutenção de Informações
DECIDIU: Cadastrais Atualizadas
Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil de- coletar e manter atualizadas as informações cadastrais de
vem implementar políticas e procedimentos internos de seus clientes permanentes, incluindo, no mínimo:
controle destinados a prevenir sua utilização na prática dos I - as mesmas informações cadastrais solicitadas de de-
crimes de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998. positantes previstas no art. 1º da Resolução no 2.025, de 24
§ 1º As políticas de que trata o caput devem: de novembro de 1993, com a redação dada pela Resolução
I - especificar, em documento interno, as responsabi- no 2.747, de 28 de junho de 2000;
lidades dos integrantes de cada nível hierárquico da insti- II - os valores de renda mensal e patrimônio, no caso
tuição; de pessoas naturais, e de faturamento médio mensal dos
II - contemplar a coleta e registro de informações tem- doze meses anteriores, no caso de pessoas jurídicas;
pestivas sobre clientes, que permitam a identificação dos III - declaração firmada sobre os propósitos e a nature-
riscos de ocorrência da prática dos mencionados crimes; za da relação de negócio com a instituição.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Brasil, admite-se que as providências em relação às § 3º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetua-
pessoas politicamente expostas sejam adotadas pela insti- dos por instituição sacada devem conter, no mínimo, os
tuição estrangeira, desde que assegurado ao Banco Central dados relativos ao valor e ao número do cheque, o código
do Brasil o acesso aos respectivos dados e procedimentos de compensação da instituição depositária, os números
adotados. da agência e da conta de depósitos depositárias, caben-
do à instituição depositária fornecer à instituição sacada
Início ou Prosseguimento de Relação de Negócio os dados relativos ao seu código de compensação e aos
números da agência e da conta de depósitos depositárias.
Art. 5º As instituições de que trata o art. 1º somente § 4º No caso de cheque utilizado em operação simul-
devem iniciar qualquer relação de negócio ou dar prosse- tânea de saque e depósito na própria instituição sacada,
guimento a relação já existente com o cliente se observadas com vistas à transferência de recursos da conta de depó-
as providências estabelecidas nos arts. 2º, 3º e 4º, conforme sitos do emitente para conta de depósitos de terceiros, os
o caso. registros de que trata o inciso I do § 1º devem conter, no
mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do che-
Registros de Serviços Financeiros
que sacado, bem como aos números das agências sacada
e Operações Financeiras
e depositária e das respectivas contas de depósitos.
§ 5º Os registros de que trata o inciso II do § 1º devem
Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem
manter registros de todos os serviços financeiros prestados conter, no mínimo, as seguintes informações:
e de todas as operações financeiras realizadas com os clien- I - o tipo e o número do documento emitido, a data
tes ou em seu nome. da operação, o nome e o número de inscrição do adqui-
§ 1º No caso de movimentação de recursos por clientes rente ou remetente no CPF ou no CNPJ;
permanentes, os registros devem conter informações con- II - quando pagos em cheque, o código de compen-
solidadas que permitam verificar: sação da instituição, o número da agência e da conta de
I - a compatibilidade entre a movimentação de recursos depósitos sacadas referentes ao cheque utilizado para o
e a atividade econômica e capacidade financeira do cliente; respectivo pagamento, inclusive no caso de cheque saca-
II - a origem dos recursos movimentados; do contra a própria instituição emissora dos instrumentos
III - os beneficiários finais das movimentações. referidos neste artigo;
§ 2º O sistema de registro deve permitir a identificação: III - no caso de DOC, o código de identificação da
I - das operações que, realizadas com uma mesma pes- instituição destinatária no sistema de liquidação de trans-
soa, conglomerado financeiro ou grupo, em um mesmo ferência de fundos e os números da agência, da conta de
mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em depósitos depositária e o número de inscrição no CPF ou
seu conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais); no CNPJ do respectivo titular;
II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou IV - no caso de ordem de pagamento:
forma, configurem artifício que objetive burlar os mecanis- a) destinada a crédito em conta: os números da agên-
mos de identificação, controle e registro. cia destinatária e da conta de depósitos depositária;
Registros de Depósitos em Cheque, Liquidação de Che- b) destinada a pagamento em espécie: os números da
ques Depositados em Outra Instituição Financeira e da Uti- agência destinatária e de inscrição do beneficiário no CPF
lização de Instrumentos de Transferência de Recursos ou no CNPJ.
§ 6º Em se tratando de operações de transferência de
Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem recursos envolvendo pessoa física residente no exterior
manter registros específicos das operações de transferência desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela
de recursos.
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a identifi-
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação:
cação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea “b”, pode ser
I - das operações referentes ao acolhimento em depó-
efetuada pelo número do respectivo passaporte, com-
sitos de Transferência Eletrônica Disponível (TED), de che-
que, cheque administrativo, cheque ordem de pagamento plementada com a nacionalidade da referida pessoa e,
e outros documentos compensáveis de mesma natureza, e quando for o caso, o organismo internacional de que seja
à liquidação de cheques depositados em outra instituição representante para o exercício de funções específicas no
financeira; País.
II - das emissões de cheque administrativo, de cheque § 7º A identificação prevista no § 5º, incisos I e IV,
ordem de pagamento, de ordem de pagamento, de Docu- alínea “b”, não se aplica às operações de transferência de
mento de Crédito (DOC), de TED e de outros instrumentos recursos envolvendo pessoa jurídica com domicílio sede
de transferência de recursos, quando de valor superior a no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma
R$1.000,00 (mil reais). definida pela RFB.
§ 2º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetua- § 8º A instituição sacada deve informar à instituição
dos por instituição depositária devem conter, no mínimo, depositária e a instituição depositária deve informar à
os dados relativos ao valor e ao número do cheque depo- instituição sacada, quando requeridas, no prazo máximo
sitado, o código de compensação da instituição sacada, os de 5 (cinco) dias úteis contados a partir da data de soli-
números da agência e da conta de depósitos sacadas. citação, os números de inscrição no CPF ou CNPJ dos ti-
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tulares da conta sacada e da conta depositária referentes VIII - o nome e o respectivo número de inscrição no
às operações de transferência de valores efetuadas me- CPF das pessoas naturais que representem as pessoas jurí-
diante cheque, cheque administrativo, cheque ordem de dicas responsáveis pela emissão ou recarga de valores em
pagamento e outros documentos compensáveis de mesma cartão pré-pago.
natureza, e à liquidação de cheques depositados em outra
instituição financeira. Registros de Movimentação Superior
a R$100.000,00 em Espécie
Registros de Cartões Pré-Pagos
Art. 9º Os bancos comerciais, a Caixa Econômica Fe-
Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem deral, os bancos múltiplos com carteira comercial ou de
manter registros específicos da emissão ou recarga de va- crédito imobiliário, as sociedades de crédito imobiliário, as
lores em um ou mais cartões pré-pagos. sociedades de poupança e empréstimo e as cooperativas
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação de crédito devem manter registros específicos das ope-
da: rações de depósito em espécie, saque em espécie, saque
I - emissão ou recarga de valores em um ou mais car- em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de
tões pré-pagos, em montante acumulado igual ou superior provisionamento para saque.
a R$100.000,00 (cem mil reais) ou o equivalente em moeda § 1º O sistema de registro deve permitir a identificação
estrangeira, no mês calendário; de:
II - emissão ou recarga de valores em cartão pré-pa- I - depósito em espécie, saque em espécie, saque
go que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de
natureza, da origem, da localização, da disposição, da mo- provisionamento para saque, de valor igual ou superior a
vimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores. R$100.000,00 (cem mil reais);
§ 2º Para fins do disposto no caput, define-se cartão II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em
pré-pago como o cartão apto a receber carga ou recarga espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de provi-
de valores em moeda nacional ou estrangeira oriundos sionamento para saque, que apresente indícios de oculta-
de pagamento em espécie, de operação cambial ou de ção ou dissimulação da natureza, da origem, da localiza-
transferência a débito de contas de depósito. ção, da disposição, da movimentação ou da propriedade
§ 3º Os registros das ocorrências de que tratam os in- de bens, direitos e valores;
cisos I e II do § 1º devem conter as seguintes informações: III - emissão de cheque administrativo, TED ou de
I - o nome ou razão social e o respectivo número de qualquer outro instrumento de transferência de fundos
inscrição no CPF ou no CNPJ da pessoa natural ou jurídica contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior
responsável pela emissão ou recarga de valores em cartão a R$100.000,00 (cem mil reais).
pré-pago, no caso de emissão ou recarga efetuada por re- § 2º Os registros de que trata o caput devem conter as
sidente ou domiciliado no País; informações abaixo indicadas:
II - o nome, o número do passaporte e o respectivo I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF
país emissor, no caso de emissão ou recarga de valores em ou no CNPJ, conforme o caso, do proprietário ou benefi-
cartão pré-pago efetuada por pessoa natural não residente ciário dos recursos e da pessoa que efetuar o depósito, o
no País ou domiciliada no exterior; saque em espécie ou o pedido de provisionamento para
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF saque;
da pessoa natural a quem se destina o cartão pré-pago; II - o tipo e o número do documento, o número da
IV - a identificação das instituições, das agências e das instituição, da agência e da conta corrente de depósitos
contas de depósito ou de poupança debitadas, os nomes à vista ou da conta de poupança a que se destinam os
dos titulares das contas e respectivos números de inscrição valores ou de onde o valor será sacado, conforme o caso;
no CPF, no caso de emissão ou recarga de valores em car- III - o nome e o respectivo número de inscrição no
tão pré-pago oriundos de transferências a débito de contas CPF ou no CNPJ, conforme o caso, dos titulares das contas
de depósito ou de poupança tituladas por pessoas naturais; referidas no inciso II, se na mesma instituição;
V - a identificação das instituições, das agências e das IV - o nome e o respectivo número de inscrição no
contas de depósito ou de poupança debitadas, os nomes CPF, no caso de saque em espécie por meio de cartão pré
dos titulares das contas e respectivos números de inscrição -pago cujo portador seja residente ou domiciliado no País;
no CNPJ, bem como os nomes das pessoas naturais au- V - o nome e o número do passaporte e o respectivo
torizadas a movimentá-las e respectivos números de ins- país emissor, no caso de saque em espécie por meio de
crição no CPF, no caso de emissão ou recarga de valores cartão pré-pago cujo portador seja não residente no País
em cartão pré-pago oriundos de transferências a débito de ou domiciliado no exterior;
contas de depósito ou de poupança tituladas por pessoas VI - a data e o valor do depósito, do saque em espécie,
jurídicas; do saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou do
VI - a data e o valor de cada emissão ou recarga de provisionamento para saque.
valores em cartão pré-pago;
VII - o propósito da emissão do cartão pré-pago;
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Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º devem Art. 12. As instituições de que trata o art. 1º devem
dispensar especial atenção a: comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Finan-
I - operações ou propostas cujas características, no que ceiras (Coaf), na forma determinada pelo Banco Central do
se refere às partes envolvidas, valores, formas de realização Brasil:
e instrumentos utilizados, ou que, pela falta de fundamen- I - as ocorrências de que trata o art. 8º, § 1º, inciso I, no
to econômico ou legal, indiquem risco de ocorrência dos prazo de até 5 (cinco) dias úteis após o encerramento do
crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998, ou com eles re- mês calendário;
lacionados; II - as ocorrências de que trata o art. 9º, § 1º, incisos I e
II - propostas de início de relacionamento e operações III, na data da operação.
com pessoas politicamente expostas de nacionalidade bra- Parágrafo único. Devem também ser comunicadas ao
sileira e as oriundas de países com os quais o Brasil possua Coaf as propostas de realização das operações de que trata
elevado número de transações financeiras e comerciais, o caput.
fronteiras comuns ou proximidade étnica, linguística ou
política; Art. 13. As instituições de que trata o art. 1º devem
III - indícios de burla aos procedimentos de identifica- comunicar ao Coaf, na forma determinada pelo Banco Cen-
ção e registro estabelecidos nesta circular; tral do Brasil:
IV - clientes e operações em que não seja possível I - as operações realizadas ou serviços prestados cujo
identificar o beneficiário final; valor seja igual ou superior a R$10.000,00 (dez mil reais)
V - operações oriundas ou destinadas a países ou ter- e que, considerando as partes envolvidas, os valores, as
ritórios que aplicam insuficientemente as recomendações formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta
do Gafi, conforme informações divulgadas pelo Banco de fundamento econômico ou legal, possam configurar a
Central do Brasil; e existência de indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613,
VI - situações em que não seja possível manter atuali- de 1998;
zadas as informações cadastrais de seus clientes. II - as operações realizadas ou serviços prestados que,
§ 1º A expressão “especial atenção” inclui os seguintes
por sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício
procedimentos:
que objetive burlar os mecanismos de identificação, con-
I - monitoramento reforçado, mediante a adoção de
trole e registro;
procedimentos mais rigorosos para a apuração de situa-
III - as operações realizadas ou os serviços prestados,
ções suspeitas;
qualquer que seja o valor, a pessoas que reconhecidamen-
II - análise com vistas à verificação da necessidade das
te tenham perpetrado ou intentado perpetrar atos terroris-
comunicações de que tratam os arts. 12 e 13;
tas ou neles participado ou facilitado o seu cometimento,
III - avaliação da alta gerência quanto ao interesse no
bem como a existência de recursos pertencentes ou por
início ou manutenção do relacionamento com o cliente.
§ 2º Considera-se alta gerência qualquer detentor de eles controlados direta ou indiretamente;
cargo ou função de nível hierárquico superior ao daquele IV - os atos suspeitos de financiamento do terrorismo.
ordinariamente responsável pela autorização do relaciona- § 1º O disposto no inciso III aplica-se também às enti-
mento com o cliente. dades pertencentes ou controladas, direta ou indiretamen-
te, pelas pessoas ali mencionadas, bem como por pessoas
Manutenção de Informações e Registros e entidades atuando em seu nome ou sob seu comando.
§ 2º As comunicações das ocorrências de que tratam os
Art. 11. As informações e registros de que trata esta incisos III e IV devem ser realizadas até o dia útil seguinte
circular devem ser mantidos e conservados durante os se- àquele em que verificadas.
guintes períodos mínimos, contados a partir do primeiro § 3º Devem também ser comunicadas ao Coaf as pro-
dia do ano seguinte ao do término do relacionamento com postas de realização das operações e atos descritos nos
o cliente permanente ou da conclusão das operações: incisos I a IV.
I - 10 (dez) anos, para as informações e registros de
que trata o art. 7º; Art. 14. As comunicações de que tratam os arts. 12
II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros de e 13 deverão ser efetuadas sem que seja dada ciência aos
que tratam os arts. 6º, 8º e 9º. envolvidos.
III - 5 (cinco) anos, para as informações cadastrais defi- § 1º As comunicações relativas a cliente identificado
nidas nos arts. 2º e 3º. como pessoa politicamente exposta devem incluir especifi-
Parágrafo único. As informações de que trata o art. camente essa informação.
2º devem ser mantidas e conservadas juntamente com § 2º A alteração ou o cancelamento de comunica-
o nome da pessoa incumbida da atualização cadastral, o ção efetuados após o quinto dia útil seguinte ao da sua
nome do gerente responsável pela conferência e confirma- inclusão devem ser acompanhados de justificativa da
ção das informações prestadas e a data de início do rela- ocorrência.
cionamento com o cliente permanente.
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Art. 15. As comunicações de que tratam os arts. 12 Art. 22. Ficam revogadas as Circulares ns. 2.852, de 3
e 13 relativas a instituições integrantes de conglomerado de dezembro de 1998, 3.339, de 22 de dezembro de 2006,
financeiro e a instituições associadas a sistemas cooperati- e 3.422, de 27 de novembro de 2008, e os arts. 1º e 2º da
vos de crédito podem ser efetuadas, respectivamente, pela Circular nº 3.290, de 5 de setembro de 2005.
instituição líder do conglomerado econômico e pela coo- Brasília, 24 de julho de 2009.
perativa central de crédito. Alexandre Antonio Tombini
Diretor
Art. 16. As instituições de que trata o art. 1º devem Alvir Alberto Hoffmann
manter, pelo prazo de 5 (cinco) anos, os documentos re- Diretor
lativos às análises de operações ou propostas que funda-
mentaram a decisão de efetuar ou não as comunicações CARTA CIRCULAR Nº 3.542,
de que tratam os arts. 12 e 13. DE 12 DE MARÇO DE 2012
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k) recebimento de recursos com imediata compra VI - situações relacionadas com cartões de pagamento:
de instrumentos para a realização de pagamentos ou de a) utilização, carga ou recarga de cartão em valor não
transferências a terceiros, sem justificativa; compatível com a capacidade econômico-financeira, ativi-
l) realização de operações que, por sua habitualidade, dade ou perfil do usuário;
valor e forma, configurem artifício para burla da identifica- b) realização de múltiplos saques com cartão em ter-
ção da origem, do destino, dos responsáveis ou dos bene- minais eletrônicos em localidades diversas e distantes do
ficiários finais; local de contratação ou recarga;
m) existência de contas que apresentem créditos e dé- c) utilização do cartão de forma incompatível com o
bitos com a utilização de instrumentos de transferência de perfil do cliente, incluindo operações atípicas em outros
recursos não característicos para a ocupação ou o ramo de países;
atividade desenvolvida pelo cliente; d) utilização de diversas fontes de recursos para carga
n) recebimento de depósitos provenientes de diver- e recarga de cartões; e
sas origens, sem fundamentação econômico-financeira, e) realização de operações de carga e recarga de car-
especialmente provenientes de regiões distantes do local tões, seguidas imediatamente por saques em caixas ele-
de atuação da pessoa jurídica ou distantes do domicílio da trônicos.
pessoa natural; VII - situações relacionadas com operações de crédito
o) pagamentos habituais a fornecedores ou beneficiá- no País:
rios que não apresentem ligação com a atividade ou ramo a) realização de operações de crédito no País liquida-
de negócio da pessoa jurídica; das com recursos aparentemente incompatíveis com a si-
p) pagamentos ou transferências por pessoa jurídica tuação econômico-financeira do cliente;
para fornecedor distante e seu local de atuação, sem fun- b) solicitação de concessão de crédito no País incom-
damentação econômico-financeira; patível com a atividade econômica ou com a capacidade
q) realização de depósitos de cheques endossados to- financeira do cliente;
talizando valores significativos; c) realização de operação de crédito no País seguida
r) existência de conta de depósitos à vista de organi- de remessa de recursos ao exterior, sem fundamento eco-
zações sem fins lucrativos cujos saldos ou movimentações nômico ou legal, e sem relacionamento com a operação
financeiras não apresentem fundamentação econômica ou de crédito;
legal ou nas quais pareça não haver vinculação entre a ati- d) realização de operações de crédito no País, simultâ-
vidade declarada da organização e as outras partes envol- neas ou consecutivas, liquidadas antecipadamente ou em
vidas nas transações; prazo muito curto;
s) movimentação habitual de recursos financeiros de e) liquidação de operações de crédito no País por ter-
ou para pessoas politicamente expostas ou pessoas de re- ceiros, sem justificativa aparente;
lacionamento próximo, não justificada por eventos econô- f) concessão de garantias de operações de crédito no
micos; País por terceiros não relacionados ao tomador;
t) existência de contas em nome de menores ou in- g) realização de operação de crédito no País com ofe-
capazes, cujos representantes realizem grande número de recimento de garantia no exterior por cliente sem tradição
operações atípicas; e de realização de operações no exterior; e
u) transações significativas e incomuns por meio de h) aquisição de bens ou serviços incompatíveis com o
contas de depósitos de investidores não residentes consti- objeto da pessoa jurídica, especialmente quando os recur-
tuídos sob a forma de trust; sos forem originados de crédito no País;
V - situações relacionadas com operações de investi- VIII - situações relacionadas com a movimentação de
mento interno: recursos oriundos de contratos com o setor público:
a) operações ou conjunto de operações de compra ou a) movimentações atípicas de recursos por agentes pú-
de venda de títulos e valores mobiliários a preços incompa- blicos, conforme definidos no art. 2º da Lei nº 8.429, de 2
tíveis com os praticados no mercado ou quando realizadas de junho de 1992;
por pessoa cuja atividade declarada e perfil não se coadu- b) movimentações atípicas de recursos por pessoa na-
nem ao tipo de negociação realizada; tural ou jurídica relacionados a patrocínio, propaganda,
b) realização de operações atípicas que resultem em marketing, consultorias, assessorias e capacitação;
elevados ganhos para os agentes intermediários, em des- c) movimentações atípicas de recursos por organiza-
proporção com a natureza dos serviços efetivamente pres- ções sem fins lucrativos; e
tados; d) movimentações atípicas de recursos por pessoa na-
c) investimentos significativos em produtos de baixa tural ou jurídica relacionados a licitações;
rentabilidade e liquidez; IX - situações relacionadas a consórcios:
d) investimentos significativos não proporcionais à ca- a) existência de consorciados detentores de elevado
pacidade econômico-financeira do cliente, ou cuja origem número de cotas, incompatível com sua capacidade eco-
não seja claramente conhecida; e nômico-financeira ou com o objeto da pessoa jurídica;
e) resgates de investimentos no curtíssimo prazo, inde- b) aumento expressivo do número de cotas pertencen-
pendentemente do resultado auferido; tes a um mesmo consorciado;
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Pelo supra exposto temos que a opção “C” é a corre- Resposta correta: E
ta vez que, se amolda às atribuições das cooperativas de Os bancos de desenvolvimento são instituições finan-
créditos. ceiras controladas pelos governos estaduais, e têm como
objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e
adequado dos recursos necessários ao financiamento, a
médio e a longo prazos, de programas e projetos que vi-
sem a promover o desenvolvimento econômico e social do
respectivo Estado.
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As operações passivas são depósitos a prazo, emprésti- No mercado financeiro, essa operação é denomi-
mos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, nada
emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títu- ( ) (A) Aval bancário
los de Desenvolvimento Econômico. ( ) (B) Hot Money
As operações ativas são empréstimos e financiamen- ( ) (C) Leasing
tos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. ( ) (D) Factoring
E, conforme o artigo 1º da Resolução CMN 394, de ( ) (E) Finança bancária
1976 os Bancos de Desenvolvimento devem:
Resposta correta: D
“Art. 1º Os Bancos de Desenvolvimento são instituições
financeiras públicas não federais, constituídas sob a forma Sociedade de Fomento Mercantil – Factoring - é o ato
de sociedade anônima, com sede na Capital do Estado da de um comerciante ceder títulos que vencerão em uma
Federação que detiver seu controle acionário. Parágrafo data futura para que sejam adquiridos pela casa de fac‑
único. As instituições financeiras de que trata este artigo toring.
adotam, obrigatória e privativamente, em sua denomina‑ Tem por finalidade fomentar a atividade comercial,
ção, a expressão “Banco de Desenvolvimento”, seguida do uma vez que o lojista poderá receber por um crédito futuro
nome do Estado em que tenham sede.” em uma data presente.
Assim temos que:
9. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário – ● Não são instituições financeiras, são prestadoras de
2012) As seguradoras também se preocupam com os serviço;
riscos que as cercam por conta da possibilidade de um ●É cobrado IOF e ISS;
colapso no mercado ou, até mesmo, pela ocorrência ●É fiscalizada pela Receita Federal, e não pelo Bacen;
simultânea de muitos sinistros. Nesse sentido, para se ●O factor se responsabiliza integralmente pelo título
aliviar parcialmente do risco de um seguro já feito, a por sua conta e risco.
companhia poderá contrair um novo seguro em outra Por exemplo, se o título não for pago, o factor arcará
instituição, através de uma operação denominada com o prejuízo do crédito, e não o dono da loja que cedeu
(A) corretagem de seguro o título a ele.
(B) resseguro
11. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário
(C) seguro de incêndio
– 2012) Os bancos comerciais são o tipo de instituição
(D) seguro de veículos
financeira que mais realizam movimentação monetária
(E) seguro de vida
em número de transações, devido ao grande número
de instituições e clientes. Dentre os tipos de captação
Resposta correta: B
de recursos dos clientes, os bancos possuem um tipo
de captação conhecida como “captação a custo zero”,
Resseguro é a operação pela qual o segurador, trans-
realizada por meio das contas correntes dos clientes. O
fere a outrem, total ou parcialmente, um risco assumido
tipo de operação em que são realizadas entradas de di-
através da emissão de uma apólice ou um conjunto de- nheiro em contas correntes é denominado captação de
las. Nessa operação, o segurador objetiva diminuir suas ( ) (A) clientes
responsabilidades na aceitação de um risco considerado ( ) (B) dinheiro
excessivo ou perigoso, e cede a outro uma parte da res- ( ) (C) depósitos à vista
ponsabilidade e do prêmio recebido. Simplistamente o ( ) (D) recursos a prazo
resseguro é visto como um seguro do seguro. ( ) (E) investimentos a curto prazo
Em síntese, resseguro é um contrato que visa equilibrar
e dar solvência aos seguradores e evitar, através da dilui- Resposta correta: C
ção dos riscos, quebradeiras generalizadas de seguradores
no caso de excesso de sinistralidade, como a ocorrência A opção correta é a C – depósito à vista -, pois, a cap-
de grandes tragédias, garantindo assim o pagamento das tação de depósitos a vista, nada mais é do que o depósito
indenizações aos segurados. bancário em conta-corrente de movimento, exigível à vista,
ou seja, o correntista deposita seus recursos, que podem
10. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário ser sacados de imediato.
– 2012) No mercado financeiro, além dos bancos, exis- Possui liquidez imediata, o que significa que o depósi-
tem outras instituições que podem realizar transações to à vista (conta corrente) não pode ser remunerado pelos
financeiras. Entre elas, estão as Sociedades de Fomento bancos, assim seu custo é zero para o banco.
Mercantil, que prestam o serviço de compra de direitos
de um contrato de venda mercantil, como, por exem-
plo, a compra de duplicatas de uma empresa mediante
um deságio.
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1. Colocação – a primeira etapa do processo é a coloca‑ O Câmbio Manual é a simples troca física da moeda de
ção do dinheiro no sistema econômico. Objetivando ocultar um país pela de outro. As operações manuais de câmbio
sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em só se fazem em dinheiro efetivo e restringem-se aos via-
países com regras mais permissivas e naqueles que possuem jantes e turistas.
um sistema financeiro liberal. A colocação se efetua por Nas transações de comércio exterior ou de pais a pais,
meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou utilizam-se divisas sob a forma de letras de câmbio, che-
compra de bens. Para dificultar a identificação da procedên‑ ques, ordens de pagamento ou títulos de crédito.
cia do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas
e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO
valores que transitam pelo sistema financeiro e a utilização
01. (FCC - 2011 - Banco do Brasil – Escriturário) De-
de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham
pósitos bancários, em espécie ou em cheques de via-
com dinheiro em espécie.
gem, de valores individuais não significativos, realiza-
dos de maneira que o total de cada depósito não seja
2. Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em
elevado, mas que no conjunto se torne significativo,
dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O ob‑
podem configurar indício de ocorrência de
jetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade
a) crime contra a administração privada.
da realização de investigações sobre a origem do dinheiro.
b) fraude cambial.
Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica,
c) fraude contábil.
transferindo os ativos para contas anônimas – preferencial‑ d) crime de lavagem de dinheiro.
mente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou e) fraude fiscal.
realizando depósitos em contas “fantasmas”.
02. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil – Escri-
3. Integração – nesta última etapa, os ativos são incor‑ turário) O mercado de câmbio envolve a negociação
porados formalmente ao sistema econômico. As organiza‑ de moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em
ções criminosas buscam investir em empreendimentos que movimentar essas moedas. O câmbio manual é a forma
facilitem suas atividades – podendo tais sociedades presta‑ de câmbio que
rem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se a) envolve a compra e a venda de moedas estrangei-
cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal. ras em espécie.
b) envolve a troca de títulos ou documentos represen-
17. Produto que, após um período de acumulação tativos da moeda estrangeira.
de recursos, proporciona aos investidores uma renda c) pratica a importação e a exportação por meio de
mensal − que poderá ser vitalícia ou por período deter- contratos.
minado – ou um pagamento único, é o: d) pratica a troca de moeda estrangeira por uma mer-
(A) CDB − Certificado de Depósito Bancário. cadoria.
(B) FIDC − Fundo de Investimento em Direitos Cre- e) exerce a função de equilíbrio na balança comercial
ditórios. externa.
(C) Ourocap − Banco do Brasil.
(D) BB Consórcio de Serviços.
(E) PGBL − Plano Gerador de Benefício Livre.
80
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
03. (CESPE - 2010 - Caixa - Técnico Bancário) Em 06. (CESPE - 2008 - Banco do Brasil - Escriturário
relação ao mercado de câmbio brasileiro, assinale a op- – 002) O Comitê de Política Monetária (COPOM) do
ção correta. BACEN foi instituído em 20/6/1996, com o objetivo
a) Tendo em vista que as operações no mercado de de estabelecer as diretrizes da política monetária e de
câmbio estão sujeitas à comprovação documental, não se definir a taxa de juros. A criação desse comitê buscou
admite, nesse mercado, contrato de câmbio assinado digi- proporcionar maior transparência e ritual adequado ao
talmente. processo decisório da instituição. Com relação ao CO-
b) Como não pressupõem a realização, pelo titular, de POM, julgue os itens seguintes.
contrato de câmbio específico, as operações de pagamento A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a
para o exterior mediante utilização de cartão de crédito de meta para a taxa SELIC (taxa média dos financiamen-
uso internacional não se incluem no mercado de câmbio. tos diários, com lastro em títulos federais, apurados no
c) A autorização para operar no mercado de câmbio Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vi-
será concedida pelo BACEN e estará condicionada, entre gora por todo o período entre reuniões ordinárias do
outros requisitos, à indicação pela instituição financeira de Comitê.
diretor responsável pelas operações relacionadas ao mer-
cado de câmbio. ( ) Certo ( ) Errado
d) As sociedades corretoras de câmbio poderão rea-
lizar todas as operações do mercado de câmbio, entre as 07. (FCC - 2011 - Banco do Brasil - Escriturário - Ed.
quais dar curso a transferências financeiras para o exterior, 02) O Comitê de Política Monetária (COPOM)
sem limites de valor. a) divulga semanalmente a taxa de juros de curto prazo
e) De acordo com a atual regulação, conforme a fun- verificada no mercado financeiro.
damentação econômica, as operações de câmbio serão b) tem como objetivo cumprir as metas para a inflação
cursadas no mercado de câmbio de taxas flutuantes ou no definidas pela Presidência da República.
mercado de câmbio de taxas livres. c) é composto pelos membros da Diretoria Colegiada
04. (CESPE - 2010 - Caixa - Técnico Bancário – Ad- do Banco Central do Brasil.
ministrativo) Assinale a opção correta a respeito das d) tem suas decisões homologadas pelo ministro da
operações realizadas no mercado de câmbio brasileiro. Fazenda.
a) As operações de câmbio não podem ser canceladas, e) discute e determina a atuação do Banco Central do
mesmo que exista consenso entre as partes, com exceção Brasil no mercado de câmbio.
das operações de câmbio simplificado e interbancárias. 08. (FCC - 2010 - Banco do Brasil – Escriturário) O
b) Os agentes autorizados a operar no mercado de Comitê de Política Monetária ? COPOM tem como ob-
câmbio devem observar as regras para a perfeita identifi- jetivo:
cação dos seus clientes, bem como verificar as responsabi- a) Promover debates acerca da política monetária até
lidades das partes e a legalidade das operações. que se alcance consenso sobre a taxa de juros de curto
c) Os agentes autorizados a operar no mercado de prazo a ser divulgada em ata.
câmbio não podem realizar operações de compra e de b) Implementar a política monetária e definir a meta
venda de moeda estrangeira com instituição bancária do da Taxa SELIC e seu eventual viés.
exterior, em contrapartida aos reais em espécie recebidos c) Reunir periodicamente os ministros da Fazenda e
do exterior ou para lá enviados. do Planejamento, Orçamento e Gestão e o presidente do
d) Nas operações de compra e venda de moeda es- Banco Central do Brasil.
trangeira, em qualquer valor, não há necessidade de identi- d) Coletar as projeções das instituições financeiras
ficação do comprador ou do vendedor, podendo o contra- para a taxa de inflação.
valor ser pago ou recebido diretamente em espécie. e) Divulgar mensalmente as taxas de juros de curto e
e) No contrato de câmbio, podem ser alterados os da- longo prazos praticadas no mercado financeiro.
dos referentes às identidades do comprador ou do ven-
dedor, ao valor em moeda nacional, ao código da moeda 09. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário –
estrangeira e à taxa de câmbio. 2013) O COAF - Conselho de Controle de Atividades Fi-
nanceiras compõe a estrutura legal brasileira para lidar
05. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário – com o problema da lavagem de dinheiro e tem como
2013) Comitê de Política Monetária (COPOM), instituí- missão
do pelo Banco Central do Brasil em 1996 e composto a) autorizar, em conjunto com os bancos, o ingresso
por membros daquela instituição, toma decisões de recursos internacionais por meio de contratos de câm-
a) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). bio.
b) a respeito dos depósitos compulsórios dos bancos b) julgar se é de origem lícita a incorporação na eco-
comerciais. nomia, de modo transitório ou permanente, de recursos,
c) de acordo com a maioria dos participantes nas reu- bens e valores.
niões periódicas de dois dias. c) identificar e apontar para a Secretaria da Receita Fe-
d) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda. deral do Brasil os casos de ilícito fiscal envolvendo lavagem
e) conforme os votos da Diretoria Colegiada. de dinheiro.
81
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
d) prevenir a utilização dos setores econômicos para ( ) c) verificar se os seus clientes são pessoas politi-
lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. camente expostas, impedindo qualquer tipo de transação
e) discriminar as atividades principal ou acessória de financeira, caso haja a positivação dessa consulta.
pessoas físicas e jurídicas sujeitas às obrigações previstas ( ) d) comunicar previamente aos clientes suspeitos de
em lei. lavagem de dinheiro as possíveis sanções que estes sofre-
rão, caso continuem com a prática criminosa.
10. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico ( ) e) registrar as operações suspeitas em um sistema
Científico - Conhecimentos Básicos para os Cargos de apropriado e enviar para a polícia civil a lista dos possíveis
1 a 15) Com a evolução do mercado, produtos finan- criminosos, com a descrição das operações realizadas.
ceiros são modificados para atenderem a novas con-
junturas econômicas. Entre eles, a poupança, a letra 14. (CESPE - 2007 - Banco do Brasil - Escriturário
de câmbio, os commercial papers e as garantias tam- – 002) Garantia é a segurança dada ao titular de um
bém evoluíram. Entretanto, apesar das modificações, direito para que possa exercê-lo. É uma verdadeira
o equilíbrio entre a rentabilidade, a garantia e o risco proteção concedida ao credor, aumentando a possibi-
permanece no cerne da atividade bancária. Com rela- lidade de receber aquilo que lhe é devido. Acerca das
ção aos produtos financeiros, às garantias e aos crimes garantias do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo
de lavagem de dinheiro, julgue os itens que se seguem. Garantidor de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir.
O prazo de vencimento da letra de câmbio é li- A alienação fiduciária em garantia não tem por fi-
vremente pactuado, enquanto os commercial papers nalidade precípua a transmissão da propriedade, em-
(nota promissória comercial) têm prazo de vencimento bora esta seja sua natureza.
de, no mínimo, cento e oitenta dias. ( ) Certo ( ) Errado
12. (CESPE - 2010 - BRB – Escriturário) Em relação 16. (CESPE - 2007 - Banco do Brasil - Escriturário
ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e aos seus diver- – 002) Garantia é a segurança dada ao titular de um
sos órgãos, entidades e instituições, julgue os itens a direito para que possa exercê-lo. É uma verdadeira
seguir. proteção concedida ao credor, aumentando a possibi-
Ao Conselho Monetário Nacional (CMN) incumbe lidade de receber aquilo que lhe é devido. Acerca das
expedir normas gerais de contabilidade e estatística a garantias do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo
serem observadas pelas instituições financeiras. Garantidor de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir.
O aval, uma vez dado, não poderá ser cancelado
( ) Certo ( ) Errado pelo avalista.
( ) Certo ( ) Errado
13. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil - Escri-
turário) A Lei nº 9.613, de 1998, que dispõe sobre os 17. (CESPE - 2007 - Banco do Brasil - Escriturário
crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, de- – 002) Garantia é a segurança dada ao titular de um
termina que as instituições financeiras adotem alguns direito para que possa exercê-lo. É uma verdadeira
mecanismos de prevenção. Dentre esses mecanismos, proteção concedida ao credor, aumentando a possibi-
as instituições financeiras deverão lidade de receber aquilo que lhe é devido. Acerca das
( ) a) instalar equipamentos de detecção de metais na garantias do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo
entrada dos estabelecimentos onde acontecem as transa- Garantidor de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir.
ções financeiras. No penhor rural, a regra é que a coisa empenhada
( ) b) identificar seus clientes e manter seus cadastros continua em poder do devedor, que deve guardá-la e
atualizados nos termos de instruções emanadas pelas au- conservá-la.
toridades competentes. ( ) Certo ( ) Errado
82
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
18. (CESPE - 2007 - Banco do Brasil - Escriturário – d) comunicar previamente aos clientes suspeitos de la-
002) Garantia é a segurança dada ao titular de um direi- vagem de dinheiro as possíveis sanções que estes sofrerão,
to para que possa exercê-lo. É uma verdadeira proteção caso continuem com a prática criminosa.
concedida ao credor, aumentando a possibilidade de e) registrar as operações suspeitas em um sistema
receber aquilo que lhe é devido. Acerca das garantias apropriado e enviar para a polícia civil a lista dos possíveis
do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo Garantidor criminosos, com a descrição das operações realizadas.
de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir.
A hipoteca deverá sempre vir registrada em contra- 22. (FCC - 2011 - Banco do Brasil - Escriturário - Ed.
to, sob pena de nulidade. 03) Os profissionais e as instituições financeiras têm de
( )Certo ( ) Errado estar cientes que operações que possam constituir-se
em sérios indícios dos crimes previstos na lei de lava-
19. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico gem de dinheiro
Científico - Conhecimentos Básicos para os Cargos de 1 a) dependem de verificação prévia pelo Conselho de
a 15) Com a evolução do mercado, produtos financeiros Controle de Atividades Financeiras (COAF).
são modificados para atenderem a novas conjunturas b) precisam ser caracterizadas como ilícito tributário
econômicas. Entre eles, a poupança, a letra de câmbio, pela Receita Federal do Brasil.
os commercial papers e as garantias também evoluí- c) não incluem as transações no mercado à vista de
ram. Entretanto, apesar das modificações, o equilíbrio ações.
entre a rentabilidade, a garantia e o risco permanece no d) devem ser comunicadas no prazo de 24 horas às
cerne da atividade bancária. Com relação aos produtos autoridades competentes.
financeiros, às garantias e aos crimes de lavagem de di- e) devem ser comunicadas antecipadamente ao
nheiro, julgue os itens que se seguem. cliente.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(COAF), relacionado à prevenção e ao combate aos 23. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil – Escri-
crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, turário) A letra de câmbio é o instrumento de capta-
direitos e valores, é composto por servidores públicos, ção específico das sociedades de crédito, financiamen-
integrantes do quadro de pessoal efetivo do BACEN, da
to e investimento, sempre emitida com base em uma
CVM e da Superintendência de Seguros Privados (SU-
transação comercial e que, posteriormente ao aceite, é
SEP), entre outros órgãos.
ofertada no mercado financeiro. A letra de câmbio é
( ) Certo ( ) Errado
caracterizada por ser um título
a) ao portador, flexível quanto ao prazo de venci-
20. (FCC - 2013 - Banco do Brasil – Escriturário) O
mento.
crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um
conjunto de operações comerciais ou financeiras que b) atrelado à variação cambial.
buscam a incorporação na economia de cada país, de c) nominativo, com renda fixa e prazo determinado de
modo transitório ou permanente, de recursos, bens vencimento.
e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por d) negociável na Bolsa de Valores, com seu rendimen-
meio de um processo dinâmico que envolve, teorica- to atrelado ao dólar.
mente, três fases independentes: e) pertencente ao mercado futuro de capitais, com
a) cobrança, conversão e destinação. renda variável e nominativo.
b) colocação, ocultação e integração.
c) contratação, registro e utilização. 24. (CESPE - 2010 - Caixa - Técnico Bancário) Em re-
d) exportação, tributação e distribuição. lação aos mercados de ações, assinale a opção correta.
e) aplicação, valorização e resgate. a) Para configurar uma operação à vista, as liquidações
física e financeira das ações adquiridas devem ser necessa-
21. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil – Escri- riamente efetivadas no mesmo dia da realização do negó-
turário) A Lei nº 9.613, de 1998, que dispõe sobre os cio em bolsa.
crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, de- b) Uma emissão de ações julgada fraudulenta após a
termina que as instituições financeiras adotem alguns efetuação do registro de emissão não poderá ser suspensa
mecanismos de prevenção. Dentre esses mecanismos, pela CVM.
as instituições financeiras deverão c) As ações negociadas nos mercados de balcão não
a) instalar equipamentos de detecção de metais na en- se submetem à regulação da CVM.
trada dos estabelecimentos onde acontecem as transações d) Considerando-se que a subscrição de ações pela
financeiras. própria companhia emissora equipara-se, de acordo com
b) identificar seus clientes e manter seus cadastros a lei aplicável, a um ato de distribuição de valores mobi-
atualizados nos termos de instruções emanadas pelas au- liários, a emissão de ações para esse fim condiciona-se a
toridades competentes. registro prévio na CVM.
c) verificar se os seus clientes são pessoas politicamen- e) As bolsas de valores e os mercados de balcão or-
te expostas, impedindo qualquer tipo de transação finan- ganizados compõem os ambientes onde são cursadas as
ceira, caso haja a positivação dessa consulta. operações do mercado primário de ações.
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01 D ___________________________________________________
02 A
___________________________________________________
03 C
04 B ___________________________________________________
05 E
06 Certo ___________________________________________________
07 C
08 B ___________________________________________________
09 D ___________________________________________________
10 Errado
11 B ___________________________________________________
12 Certo
13 B ___________________________________________________
14 Certo ___________________________________________________
15 Errado
16 Errado ___________________________________________________
17 Certo
18 Errado ___________________________________________________
19 Certo ___________________________________________________
20 B
21 B ___________________________________________________
22 D
23 C ___________________________________________________
24 D ___________________________________________________
25 B
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
86
LÍNGUA INGLESA
Conhecimento de um vocabulário fundamental e dos aspectos gramaticais básicos para a interpretação de textos
técnicos........................................................................................................................................................................................................................ 01
LÍNGUA INGLESA
1
LÍNGUA INGLESA
Existem muitas estratégias que podem ser usadas ao realizar o skimming. Algumas pessoas leem o primeiro e o último
parágrafo usando títulos, sumários e outros organizadores na medida que leem a página ou a tela do monitor. Você pode
ler o titulo, subtítulo, cabeçalhos, e ilustrações. Considere ler somente a primeira sentença de cada parágrafo. Esta técnica
é útil quando você está procurando uma informação especifica em vez de ler para compreender. Skimming funciona bem
para achar datas, nomes, lugares e para revisar figuras e tabelas. Use skimming para encontrar a ideia principal do texto e
ver se um artigo pode ser de interesse em sua pesquisa.
Muitas pessoas consideram scanning e skimming como técnicas de pesquisa do que estratégias de leitura. Entretanto,
quando é necessário ler um grande volume de informação, elas são muito práticas, como exemplo durante a procura de
uma informação específica, de dicas, ou ao revisar informações. Assim, scanning e skimming auxiliam-no na definição de
material que será lido ou descartado.
Vejam as regras de formação de palavras abaixo e seus respectivos sufixos, com alguns exemplos:
SUBSTANTIVO + ...ful = ADJETIVO (significando full of …, having …) SUBSTANTIVO + ...less = ADJETIVO (signifi-
cando without …)
2
LÍNGUA INGLESA
SUBSTANTIVO + …hood = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser).
Há cerca de mil anos atrás, no período conhecido como Old English, hood era uma palavra independente, com um significa-
do amplo, relacionado à pessoa, sua personalidade, sexo, nível social, condição. A palavra ocorria em conjunto com outros
substantivos para posteriormente, com o passar dos séculos, se transformar num sufixo.
SUBSTANTIVO + …ship = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser).
A origem do sufixo _ship é uma história semelhante à do sufixo _hood. Tratava-se de uma palavra independente na época
do Old English, relacionada a shape e que tinha o significado de criar, nomear. Ao longo dos séculos aglutinou-se com o
substantivo a que se referia adquirindo o sentido de estado ou condição de ser tal coisa.
3
LÍNGUA INGLESA
ADJETIVO + …ity = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o mesmo que o anterior: o estado, a qualidade de;
equivalente ao sufixo ...idade do português). Uma vez que a origem deste sufixo é o latim, as palavras a que se aplica são
na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança com o português.
VERBO + …tion (…sion) = SUBSTANTIVO (sufixo de alta produtividade significando o estado, a ação ou a instituição;
equivalente ao sufixo ...ção do português). A origem deste sufixo é o latim. Portanto, as palavras a que se aplica são na
grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança e equivalência com o português.
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LÍNGUA INGLESA
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LÍNGUA INGLESA
6
LÍNGUA INGLESA
7
LÍNGUA INGLESA
VERBO + …able (...ible) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …ável ou …ível do português; sufixo de alta produtivida-
de). Sua origem é o sufixo _abilis do latim, que significa capaz de, merecedor de.
VERBO + …ive (…ative) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …tivo ou …ível do português; sufixo de alta produtivida-
de). Sua origem é o sufixo _ivus do latim, que significa ter a capacidade de.
8
LÍNGUA INGLESA
ADJETIVO + …ly = ADVÉRBIO (o mesmo que o sufixo …mente do português; sufixo de alta produtividade).
Veja uma lista mais completa de sufixos e prefixos em Word Formation (Morfologia - Formação de Palavras)
9
LÍNGUA INGLESA
8) Use sua intuição, não tenha medo de adivinhar significados, e não dependa muito do dicionário.
Para nós, brasileiros, a interpretação de textos é facilitada pela semelhança no plano do vocabulário, uma vez que o
português é uma língua latina e o inglês possui cerca de 50% de seu vocabulário proveniente do latim. É principalmente no
vocabulário técnico e científico que aparecem as maiores semelhanças entre as duas línguas, mas também no vocabulário
cotidiano encontramos palavras que nos são familiares. É certo que devemos cuidar com os falsos cognatos (veja item
anterior). Estes, entretanto, não chegam a representar 0,1% do vocabulário de origem latina. Podemos portanto confiar na
semelhança. Por exemplo: bicycle, calendar, computer, dictionary, exam, important, intelligent, interesting, manual, modern,
necessary, pronunciation, student, supermarket, test, vocabulary, etc., são palavras que brasileiros entendem sem saber nada
de inglês. Assim sendo, o aluno deve sempre estar atento para quaisquer semelhanças. Se a palavra em inglês lembrar algo
que conhecemos do português, provavelmente tem o mesmo significado.
Leitura de textos mais extensos como jornais, revistas e principalmente livros é altamente recomendável para alunos
de nível intermediário e avançado, pois desenvolve vocabulário e familiaridade com as características estruturais da gra-
mática do idioma. A leitura, entretanto, torna-se inviável se o leitor prender-se ao hábito de consultar o dicionário para
todas palavras cujo entendimento não é totalmente claro. O hábito salutar a ser desenvolvido é exatamente o oposto. Ou
seja, concentrar-se na ideia central, ser imaginativo e perseverante, e adivinhar se necessário. Não deve o leitor desistir na
primeira página por achar que nada entendeu. Deve, isto sim, prosseguir com insistência e curiosidade. A probabilidade é
de que o entendimento aumente de forma surpreendente, à medida que o leitor mergulha no conteúdo do texto.
BIBLIOGRAFIA
Lado, Robert. Language teaching: A scientific approach. New York: McGraw Hill, 1964.
Tempos Verbais
Verbo é a classe de palavras que nomeia, descreve um estado ou uma ação. A maioria dos verbos em Inglês é dividida
em verbos regulares (regular verbs) e verbos irregulares (irregular verbs). Os verbos irregulares são os que não são
conjugados da mesma maneira que os regulares e para os quais não existe uma regra geral; para cada verbo irregular há
uma regra. Em Inglês, toda a sentença precisa ter um verbo, pelo menos.
Os tempos verbais na Língua Inglesa podem ser divididos basicamente em quatro grupos:
1. Simple Tenses;
2. Continuous Tenses / Progressive Tenses;
3. Perfect Tenses / Perfect Simple Tenses;
4. Perfect Continuous Tenses / Perfect Progressive Tenses.
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LÍNGUA INGLESA
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LÍNGUA INGLESA
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LÍNGUA INGLESA
1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA: He will not be a spoiled child. (Ele não será uma crian-
ça mimada.)
Forma Sem Contra-
Forma Contraída We will not be ready to play the game tomorrow. (Não
ção
estaremos preparados para jogar o jogo amanhã.)
I will be I’ll be
You will be You’ll be 3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGA-
TIVA:
He will be He’ll be
She will be She’ll be
Forma Sem Contração Forma Contraída
It will be It’ll be
will I be? ---x---
We will be We’ll be
will you be? ---x---
You will be You’ll be
will he be? ---x---
They will be They’ll be
will she be? ---x---
will it be? ---x---
Examples: will we be? ---x---
We will be on vacation next month. will you be? ---x---
(Estaremos de férias no mês que
vem.) will they be? ---x---
I think it will be raining tomorrow.
(Acho que estará chovendo ama-
nhã.) Examples:
She will be the most beautiful bride
in the whole world! (Ela será a noiva Will you be at home tomorrow evening? (Você vai es-
mais linda do mundo inteiro!) tar em casa amanhã à noite?)
Will I be late if I get there at nine o’clock? (Vou estar
atrasado se chegar lá às nove horas?)
Will he be waiting for me in the station? (Ela estará
esperando por mim na estação?)
I’ll be there at eight o’clock. Seguem abaixo as principais formas que a língua ingle-
(Estarei lá às oito horas.) sa emprega para indicar o tempo de uma ação ou de um
estado relativo no momento da fala ou da escrita:
PRESENT SIMPLE
O PRESENT SIMPLE é usado para indicar um estado
2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA: que é considerado permanente ou uma ação que ocorre
sempre:
The sun rises in the east and sets in the west.
Forma Sem Contra- (O sol nasce no leste e se põe no oeste.)
Forma Contraída
ção
I will not be I’ll not be / I won’t be Every day he leaves the office at 5.30.
(Todo dia ele sai do escritório às 17h30.)
You will not be You’ll not be / You won’t be
He will not be He’ll not be / He won’t be My brother works at BBC.
She will not be She’ll not be / She won’t be (Meu irmão trabalha na BBC.)
It will not be It’ll not be / It won’t be Um outro uso, menos frequente, é a indicação de uma
We will not be We’ll not be / We won’t be ação que ocorre no momento em que se fala (uma demons-
tração ou um comentário sobre futebol, por exemplo.)
You will not be You’ll not be / You won’t be
They’ll not be / They won’t Hooddle passes to Waddle, eho scores...
They will not be
be (Hoodle passa a bola para Waddle, que marca um gol...)
13
LÍNGUA INGLESA
he he he
she walks she watches she cries
it it it
PRESENT CONTINUOUS
O present continuous é usado para indicar um estado atual ou um evento que está ocorrendo no momento da fala ou
próximo ao momento da fala, mas que não é considerado permanente:
It’s raining.
(Está chovendo.)
IMPORTANTE
Existem verbos que normalmente não se empregam na forma contínua em inglês, mesmo quando se referem a um
estado temporário. São eles:
Alguns deles, no entanto, podem ser usados tanto no present continuous quanto no present simple, mas o seu signifi-
cado será diferente, dependendo da forma utilizada.
PAST
PAST SIMPLE
O past simple é usado para indicar um evento concluído no passado:
Exemplo: talked
14
LÍNGUA INGLESA
Para formar o past simple de verbos regulares, I have finished my homework so now I can play tennis.
acrescenta-se ao radical o sufixo –ed, como nesta frase: (Eu terminei o meu dever de casa, agora posso jogar
tênis.)
He talked about his vacation.
(Ele falou sobre suas férias.) I can’t write ai the moment because I’ve hurt my arm.
(Eu não posso escrever agora porque machuquei meu
The macht ended in a draw. braço.)
(O jogo terminou empatado.)
Talks have begun between América and Japan.
(As discussões entre os Estados Unidos e o Japão co-
The train left five minutes ago. meçaram.)
(O trem partiu há cinco minutos.)
The timetable has been changed.
Também é usado para indicar um estado que começou (O horário foi mudado.)
e terminou no passado:
Have you washed your hands?
I was a student at that time. (Você lavou as mãos?)
(Eu era um estudante naquela época.)
She’s changed a lot.
USED TO (Ela mudou muito.)
A forma USED TO é utilizada para indicar ações habi-
tuais no passado e que não ocorrem mais no presente: The cat has fought again.
(O gato brigou de novo.)
I used to cycle to school when I was a boy. They haven’t decided on the wedding date yet.
(Eu ia para a escola de bicicleta quando era menino.) (Eles não decidiram a data do casamento ainda.)
It has never been so hot in June.
PAST CONTINUOUS (Nunca fez tanto calor em junho.)
O past continuous é aplicado para indicar uma ação
que estava em andamento quando sobreveio outra. Nesse c) Um evento que aconteceu no passado, em que o
caso a ação interrompida está no past continuous e a ação tempo não é mencionado. Essa forma é empregada princi-
que causou a interrupção está no past simple: palmente para indicar uma experiência em que o evento é
I was shaving when he arrived. mais importante que o tempo.
(Eu estava fazendo a barba quando ele chegou.) I have lived in London.
(Eu morei em Londres.)
It was raining when I woke up.
I’ve never been here before.
(Estava chovendo quando eu acordei.)
(Nunca estive aqui antes.)
O past continuous também é usado para indicar situa- It’s the best book I’ve ever read.
ções que estavam ocorrendo em um determinado momen- (É o melhor livro que já li.)
to no passado. Essa forma é encontrada, geralmente, na
descrição literária de um acontecimento: PAST PERFECT SIMPLE e PAST PERFECT CONTI-
NUOUS
The sun was shining and the birds were singing.
(O sol estava brilhando e os pássaros estavam cantan- Esses tempos indicam um estado, ação repetida ou
do.) contínua que durou até um ponto determinado no pas-
sado:
PRESENT PERFECT SIMPLE e PRESENT PERFECT They had been waiting for the bus for an hour qhen it
CONTINUOUS finally came.
(Eles estavam esperando pelo ônibus havia uma hora
quando ele finalmente apareceu.)
Essas duas formas são empregadas em três situações
básicas. Todas elas dão ênfase a algum tipo de conexão O past perfect é usado quando duas ações acontece-
entre o presente e o passado. ram no passado. A ação que ocorreu antes fica no past per-
fect e a que aconteceu depois no simple past.
a) Para um estado ou ação repetida ou contínua que
começou no passado e ainda persiste: We had just sat down when the doorbell rang.
(Nós acabáramos de sentar quando a campainha to-
b) Um evento no passado que causou um efeito que cou.)
ainda persiste ou que, de alguma forma, ainda é relevante
ao presente; no caso da forma negativa, refere-se a “não-o- Someone had told them before we arrived.
corrência” de um evento até o presente: (Alguém os tinha avisado antes de chegarmos.)
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LÍNGUA INGLESA
WILL também é usado para ações tomadas pelo sujeito He will have arrived by then.
no momento da fala: (A essa hora ele já está chegando.)
I’ll answer the phone. I shall have been here a month tomorrow.
(Vou atender o telefone.) (Amanhã vai fazer um mês que estou aqui.)
A forma GOING TO é usada quando podemos fazer You are to come back as soon as it finishes.
uma previsão de que um fato vai acontecer no futuro devi- (Você tem de voltar assim que terminar.)
do a um indício presente.
You are not to talk to me like that.
It’s cloudy. It’s going to rain. (Você não deve falar assim comigo.)
(Está nublado. Vai chover.)
- Com NEVER, tem-se a ideia de “destino”:
FUTURE COM PRESENT SIMPLE
He was never to see her again.
O present simple é empregado para fazer referência (Ele nunca mais a veria novamente.)
a eventos futuros que são parte de uma programação ou
tabela de horários:
She was never to recover.
The sun rises at 5.31 tomorrow. (Nunca mais ela iria se recuperar.)
(O Sol nasce às 5h31 amanhã.)
b) BE ABOUT TO indica uma ação iminente:
The plane takes off in twenty minutes.
(O avião decola daqui a vinte minutos.) We were about to go out when he rang.
(Estávamos para sair quando ele telefonou.)
FUTURE COM PRESENT CONTINUOUS
I think it’s about to rain.
O present continuous pode ser usado para fazer refe- (Acho que já vai chover.)
rência a eventos que foram planejados para acontecer no
futuro. Seu uso é similar ao de GOING TO. c) JUST emprega-se com o present continuous e os
tempos perfeitos para indicar ações que ocorrem no mo-
England are playing against Scotland tonight. mento em que se fala ou escreve ou em um momento pró-
(A Inglaterra joga contra a Escócia hoje à noite.) ximo daquele em que se fala ou escreve:
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LÍNGUA INGLESA
REGRAS ORTOGRÁFICAS
Todos os verbos, inclusive os regulares, estão sujeitos às seguintes regras ortográficas:
a) Se a última sílaba do radical terminar em uma consoante que não seja x, y ou w, for precedida de uma vogal (e não
de um ditongo) e for Tônica, dobra-se a consoante final antes de –ing e –ed:
Se a última sílaba não for a sílaba tônica da palavra, normalmente não se dobra a consoante final, como neste exemplo:
Alguns verbos terminados com outras letras dobram a consoante final mesmo que a última sílaba não seja a sílaba
tônica:
workship workshipping workshipped
b) Os verbos terminados em consoante + -y têm esse y alterado para –i + -es na formação da 3ª pessoa do singular do
presente, e para –i + -ed na formação do past simple e do particípio passado:
IMPORTANTE
Os verbos terminados em vogal + y mantêm o y e recebem o sufixo –ed. Por exemplo: play – played.
Verbos terminados em –ie, ao contrário, trocam a terminação –ie por –y na formação do gerúndio:
Die dying
Lie lying
give giving
hope hoping
precede preceding
d) Os verbos terminados em –s, -z, -ch, -sh e –x formam a 3ª pessoa do singular do presente acrescentando-se –es
a suas terminação:
miss misses
fizz fizzes
scratch scratches
wish wishes
fix fixes
e) Os verbos TO DO e TO GO (e seus compostos) também formam a 3ª pessoa do singular do presente acrescen-
tando-se –es:
do does
go goes
17
LÍNGUA INGLESA
IMPORTANTE
Há um grande número de verbos em inglês que têm formas irregulares para o past simple e para o particípio passado.
FORMA AFIRMATIVA
Present simple: I work. (Eu trabalho.)
Past simple: I worked. (Eu trabalhei.)
Present continuous: I am working. (Eu estou trabalhando.)
Past continuous: I was working. (Eu estava trabalhando.)
Present perfect: I have work. (Eu trabalhei.)
Past perfect: I had worked. (Eu tinha trabalhado.)
Present perfect continuous: I have been worked. (Eu tenho trabalhado.)
Past perfect continuous: I had been working. (Eu tinha trabalhado.)
Present simple passive: The book is written. (O livro está escrito.)
Past simple passive: The book was written. (O livro foi escrito.)
Present continuous passive: The book was being written. (O livro estava sendo escrito.)
Present perfect passive: The book has been written. (O livro tem sido escrito.)
Past perfect passive: The book had been written. (O livro tinha sido escrito.)
FORMA NEGATIVA
Present simple: I do not work. (Eu não trabalho.)
Past simple: I did not work. (Eu não trabalhei.)
Present continuous: I am not working. (Eu não estou trabalhando.)
Past continuous: I was not working. (Eu não estava trabalhando.)
Present perfect: I have not work. (Eu não trabalhei.)
Past perfect: I had not worked. (Eu não tinha trabalhado.)
Present perfect continuous: I have not been worked. (Eu não tenho trabalhado.)
Past perfect continuous: I had not been working. (Eu não tinha trabalhado.)
Present simple passive: The book is not written. (O livro não está escrito.)
Past simple passive: The book was not written. (O livro não foi escrito.)
Present continuous passive: The book was not being written. (O livro não estava sendo escrito.)
Present perfect passive: The book has not been written. (O livro não tem sido escrito.)
Past perfect passive: The book had not been written. (O livro não tinha sido escrito.)
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LÍNGUA INGLESA
AFIRMATIVA NEGATIVA
Forma Plena Forma contraída Forma Plena Forma contraída
Present can can not can’t
Past culd could not couldn’t
Present may may not -
Past might might not mightn’t
Present shall shall not shan’t
Past should should not shouldn’t
Present will ‘ll will not won’t
Past would ‘d would not wouldn’t
Present must must not mustn’t
Present ought to ought not to oughtn’t to
usedn’t to
Past used to used not to
didn’t use to
Present dare* dare not daren’t
Present need* need not needn’t
*No inglês britânico TO DARE e TO NEED podem funcionar tanto como modais quanto como principais, sem nehuma
diferença de significado.
Observação:
Os verbos modais também são chamados de “auxiliares secundários”, pois podem ser antepostos aos “auxiliares pri-
mários” TO HAVE, TO BE, e TO DO – esse último, quando está substituindo um verbo principal. Tais verbos apresentam no
máximo duas formas (present simple e past simple), não têm infinitivo, gerúndio, imperativo nem particípio passado e não
recebem o sufixo –s na 3ª pessoa do singular do present simple. Os modais são usados com a forma básica do verbo.
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LÍNGUA INGLESA
May I go now?
(Posso ir agora?)
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LÍNGUA INGLESA
When I was younger I could run 100 meters in 12 se- Will you show me that letter?
conds. (Você me mostra aquela carta?)
(Quando eu era mais novo, podia correr 100 metros em
12 segundos.) Would you move over a bit?
Can you speak German? – No, but I could when I was (Você poderia se afastar um pouco?)
at school.
(Você sabe falar alemão? – Não, mas eu sabia quando Can you help me lift this, please?
estava na escola.) (Pode me ajudar a levantar isto, por favor?)
Could you tell me how to get to the airport?
TO BE ABLE (Poderia me dizer como chegar ao aeroporto?)
Como os modais não têm infinitivo, emprega-se o ver-
bo TO BE ABLE para substituir CAN quando esta mão pode WILL, SHALL – futuro
ser usado por razões sintáticas. WILL e SHALL são os únicos modais que indicam es-
pecificamente o tempo, no caso, futuro. SHALL só é con-
No infinitivo: jugado na 1ª pessoa do singular o do plural (I e WE); WILL
It is important to be able to drive these days. é conjugado nas demais pessoas. Contudo, atualmente se
(É importante saber dirigir hoje em dia.) nota o uso de WILL para todas as pessoas.
That could explain his strange behaviour. Shall I get you a glass of water?
(Isso poderia explicar seu comportamento estranho.) (Posso lhe trazer um copo de água?)
He can’t have been going to work at that time. Shall I open the window a little?
(Não é possível que ele tenha ido trabalhar àquela (Você quer que eu abra um pouco a janela?)
hora.)
Shall we go to the cinema this evening?
It couldn’t have been na accident. (Vamos ao cinema hoje à noite?)
(Não podia ter sido um acidente.)
Shall we stop now?
WILL, WOULD CAN e COULD - pedido (Vamos parar agora?)
Para fazer um pedido de forma mais direta com um
verbo modal usa-se WILL. WOULD é um pouco menos di- SHALL – ameaça, promessa
reto, porém mais elegante. CAN denota mais delicadeza O uso de SHALL, nesse caso, é bastante formal
ainda. COULD indica menos objetividade. Mas, como sem-
pre, o uso desses verbos depende do contexto, do tom de He shall suffer for this.
voz, etc. (Ele sofrerá por isso.)
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LÍNGUA INGLESA
Blessed are the merciful, for they shall obtain mercy. A única forma de exprimir obrigação no passado é
(Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcança- com HAVE TO:
rão misericórdia.) We had to open all our cases at the customs.
(Tivemos de abrir todas nossas malas na alfândega.)
SHOULD, MUST e OUGHT TO – obrigação.
MUST e HAVE TO indicam dever enquanto OUGHT TO
Os modais SHOULD, MUST e OUGHT TO são de uso e SHOULD indicam apenas um conselho, uma recomenda-
corrente na linguagem diária. MUST possui um significado ção e não uma obrigação:
mais forte. SHOULD é utilizado normalmente como forma You should go, but you don’t have to.
de dar um conselho: (Você devia ir, mas não é obrigado.)
You should read this. It’s very good.
(Você deveria ler isto. É muito bom.) MUSTN’T, OUGHTN’T TO - proibição
A Negativa de MUST indica sempre proibição.
Anyone wishing to speak to the director should make You mustn’t tell them.
an appoitment. (Você não deve contar para eles.)
(Quem quiser falar com o diretor, deve marcar uma
hora.) You oughtn’t to have lent my bool toyour brother.
(Você não deveria ter emprestado meu livro para o seu
All students must register by August 15th. irmão.)
(Todos os estudantes deverão se matricular até o dia
15 de agosto.) SHOULD, MUST e OUGHT TO – conclusão lógica
Os verbos que denotam obrigação também são usados
You ought to have worked harder. quando se quer dar a ideia de “conclusão lógica”. Nessa
(Você deveria ter trabalhado mais.) situação, esses verbos são utilizados para fazer deduções:
The water should be good in Italy now.
HAD BETTER é uma alternativa “não modal” para (O clima deve estar bom na Itália agora.)
SHOULD e OUGHT TO quando estes indicam “obrigação”:
They ought to have finished by now.
You had better go now if you don’t want to be latter. (A essa altura eles já deviam ter terminado.)
(É melhor você ir agora se não quiser chegar atrasado.)
It must be ready to eat now.
Hadn’t we better stop now? (Deve estar pronto para comer agora.)
(Não seria melhor pararmos agora?)
He must be nearly 80.
They’d better train a bit more, hadn’t they? (Ele deve ter quase 80 anos.)
(Seria melhor eles treinarem um pouco mais, não é?)
HAVE TO está sendo cada vez mais empregado para
Observações expressar “conclusão lógica”, principalmente nos EUA
HAVE TO é usado para indicar obrigação e substitui a e entre pessoas mais jovens na Inglaterra, embora nes-
foram MUST quando não é possível empregá-la na por te país ainda não seja aceito como “inglês correto” pela
razões sintáticas, ou seja, no infinitivo ou no gerúndio: maioria das pessoas:
You may have to wait rather a long time. He has to be the worst singer in the world.
(Você terá de esperar bastante tempo.) (Ele deve ser o pior cantor do mundo.)
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LÍNGUA INGLESA
You will leave everything to the last minute. He daren’t call the police.
(Você faz questão de deixar tudo para a última hora.) (Ele não se atreve a chamar a polícia.)
WOULD (pronunciado com ênfase) exprime a ideia de Do I need to remind you that you are not allowed to
que uma coisa “era de esperar”: ask questions?
He would say that, of course. (Preciso lembrar-lhe de que não é permitido fazer per-
(Claro que ele ia dizer isso.) guntas?)
I would go and say something stupid like that, woudn’t You don’t need to shout.
I? (Você não precisa gritar.)
(Eu tinha que dizer uma coisa idiota como essa, não
tinha?) He doesn’t dare (to) call the police.
(Ele não ousaria chamar a polícia.)
WILL, WOULD – ações habitualmente repetidas
When I was younger, I would go for a run every mor- You didn’t need to come.
ning. (Você não precisava ter vindo.)
(Quando eu era mais novo, eu corria toda manhã.)
2. WOULD RATHER quer dizer “preferir”:
Would you rather have tea?
If you let him, he’ll talk for hours about his boat.
(Você prefere tomar chá?)
(Se você deixar, ele passa horas falando sobre seu
barco.)
I’d rather you didn’t do that.
(Eu preferia que você não fizesse isso.)
SHOULD, WOULD
I’d rather not, if you don’t mind.
SHOULD e WOULD são empregados no subjuntivo: (Prefiro não sair, se você não se incomoda.)
If you should change your mind,... Os verbos modais combinam-se com THERE BE (haver)
(Se você mudar de ideia...) como com qualquer outra locução verbal:
Should you find that ... There may be (pode haver)
(Se você achar que...) There will be (haverá)
There ought to be (devia haver)
It asked that overdue books should ne returnes by Fri- There cannot be (nãopode haver)
day. Might there be? (poderia haver?)
(Pede-se que os livros com prazos de entrega vencidos There needn’t be (não precisava haver), etc.
sejam devolvidos até sexta-feira.)
4. NEGATIVO
I was hoping he would come earlier. NOT (ou a contração N’T) integrada ao verbo) vem de-
(Eu estava esperando que ele viesse mais cedo.) pois do primeiro verbo auxiliar ou modal:
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LÍNGUA INGLESA
Na negativa, a forma básica de qualquer verbo que Não pode haver mais de uma palavra negativa em uma
está no verbo auxiliar no tempo presente (do, does). Se mesma oração. Nesse caso, usa-se ANY no lugar da segun-
houver verbo modal ou outro verbo auxiliar (ex.: to be, to da negativa:
have), não se pode usar don’t nem doesn’t para o negativo: I don’t have anything to say. (Não tenho nada a dizer.)
No one said anything. (Ninguém disse nada.)
Auxiliar to be
I am working. (Eu estou trabalhando.) Adjetivos (Adjectives)
I am not working. (Eu não estou trabalhando.)
Os adjetivos, assim como no português, servem para
Modal “can” definir ou caracterizar um substantivo ou pronome, nor-
I can work. (Eu posso trabalhar.) malmente aparecem antes do substantivo. Por exemplo, a
I can not work. (Eu não posso trabalhar.) frase “Ela tem uma pele macia”, em inglês ficaria “She has
I like you. (Gosto de você.) a soft skin” (soft = macio, skin = pele). Note que o adjetivo
vem antes do substantivo.
I do not Outros exemplos:
like you. (Não gosto de você.) - He has a big house (ele tem uma casa grande)
I don’t - She lives in a beautiful paradise (ela vive em um lin-
do paraíso)
We go to the beach in the summer. (Nós vamos à praia Quando houver o verbo to be em uma frase, o adjetivo
no verão.) virá logo depois, como:
- He is nice (ele é legal)
We do not - They are smart (eles são espertos)
go to the beach in the summer. (Nós não vamos à Os advetivos do inglês não tem diferenciação quanto
praia no verão.) ao gênero:
We don’t - She is married (ela é casada)
Para formar a negativa no passado dos verbos regula-
- He is married (ele é casado)
res e irregulares, usa-se o auxiliar DID:
Preposições (Prepositions)
John went to the cinema yesterday.
As preposições de tempo no inglês são: at, in, on, un-
(John foi ao cinema ontem.)
til, after, around, before, between, entre muitas outras.
Elas têm um grau de especificidade, enquanto o IN su-
John did not go to the cinema yesterday. (John não foi
gere uma informação mais vaga, genérica, o AT é mais
ao cinema ontem.) John didn’t go.
preciso. O ON fica em meio termo.
Try that beer. (Experimente aquela cerveja.) O IN é usado quando queremos dizer que uma coisa
está contida em outra (dentro de, em):
Don’t drink that beer. (Não tome aquela cerveja.) - She is studying in England, at Cambridge High
School (Ela está estudando na Inglaterra, na Universidade
OBSERVAÇÃO: de Cambridge).
NOT é partícula de formação do negativo e não pode - The car is in the garage (o carro está [dentro] da
ser empregado sem auxiliar, a não ser quando TO BE e TO garagem)
HAVE funcionarem como verbos principais: - The book is on the table (o livro está na [em cima]
da mesa)
I’m hungry. (estou com fome.) Note no primeiro exemplo, que o IN dá uma infor-
I’m not hungry. (Não estou com fome.) mação mais genérica (um país), enquanto o AT especifica
mais o local (uma universidade).
I have time ro rest a little. (Tenho tempo para descan- O At também pode significar que se está EM, não ne-
sar um pouco.) cessariamente dentro:
- I’m at home (estou em casa)
I don’t have time - The dog jumped at my face (o cachorro pulou em
to rest. (Não tempo para descansar.) meu rosto)
I do not have time O ON significa “em cima de”, “sobre”:
- He left the wallet on the table (ele deixou a carteira
Quando há mais de um auxiliar, coloca-se NOT depois na [em cima da] mesa)
do primeiro: Until significa “até que”, “até”:
- I’ll not go home until she arrive (Eu não vou pra casa
He may not have been reading. (Pode ser que ele não até ela chegar)
esteja lendo.) After: depois, após:
- I’ll go home after the party (eu vou pra casa depois
auxiliar auxiliar da festa)
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LÍNGUA INGLESA
Explicativas
Para dar explicação à algo, dar razão à. because – porque
as – como since – desde for - pois, visto que
Pronomes (Pronouns)
Os pronomes demonstrativos, assim como no portu-
guês, servem para apontar, mostrar algum animal, objeto ou
pessoa.
Usa-se “this” para referir-se a algo que está perto de
quem fala.
O plural de this é “these”.
Exemplos:
- This car is comfortable. (Este carro é confortável.)
- These clothes are beautiful. (Estas roupas são bonitas.)
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LÍNGUA INGLESA
Os pronomes possessivos são utilizados quando não queremos repetir um substantivo já citado anteriormente, ou que
está “subentendido” em uma frase.
Possessive Pronouns:
I - Mine
You - Yours
He - His
She - Hers
It - Its
We - Ours
You - Yours
They - Theirs
Exemplos:
- That dog is mine (aquele cão é meu)
- This book is hers (este livro é dela)
1- SOME:
‘Some’ significa algum, alguns, alguma, algumas e deve ser usado em afirmações.
Exemplos:
Some people never give up their dreams.
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LÍNGUA INGLESA
There aren’t any pens here. My parents can’t run, can they? (Meus pais não po-
(Não há nenhuma caneta aqui.) dem correr, podem?)
Any pode significar qualquer. Nesse caso, geralmente, é My sister could travel, couldn’t she? (Minha irmã po-
enfatizado na fala. deria viajar, não poderia?)
She is so elegant that any jeans will surely look good on The teacher should do this, shouldn’t he? (O professor
her. deveria fazer isso, não deveria?)
(Ela é tão elegante que qualquer calça jeans certamente
ficará bonita nela.) VERBOS NÃO AUXILIARES
Nas perguntas, significa algum, alguma, alguns, algumas. Quando não temos o verbo auxiliar na sentença, como
Muitas vezes, em português, simplesmente não usaríamos o verbo to be, to have, can, could, should, nós utilizamos
nenhum pronome nesses casos, ou, outras vezes, usaríamos outras formas verbais para formar a tag question, como:
o singular. Portanto, procure acostumar-se a usar ‘any’ em in- do, does, don’t, doesn’t – para o presente – e did ou didn’t
terrogações em inglês e a adaptar a tradução, caso seja ne- – para o passado. Devemos relembrar que se a primeira
cessária parte está na forma positiva, a segunda deve estar na ne-
gativa e vice-versa. Observe os exemplos:
Do you have any brothers and sisters?
(Você tem (alguns) irmãos e irmãs?) You understand English, don’t you? (Você entende in-
glês, não entende?)
Are there any good restaurants near here?
(Há algum bom restaurante aqui perto? ou ainda: Há (al- You don’t live here, do you? (Você não mora aqui,
guns) bons restaurantes aqui perto?) mora?)
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LÍNGUA INGLESA
She doesn’t cook very well, does she? (Ela não cozinha 1. Substantivos mencionados anteriormente, já
muito bem, cozinha?) definidos pelo locutor:
He wrote some letters and postcards. The letters were
You went to Salvador last week, didn’t you? (Você foi to his girlfriend.
a Salvador semana passada, não foi?) Ele escreveu algumas cartas e cartões-postais. As car-
tas eram para sua namorada.
Raquel didn’t go to school, did she? (Raquel não foi
à escola, foi?) Mary bought a funny dress. The dress is full of small
FUTURE AND CONDITIONAL animals and big flowers.
Mary comprou um vestido engraçado. O vestido é
Para o futuro se usa o auxiliar will, na forma afirmativa, cheio de animaizinhos e flores enormes.
e won’t na forma negativa; ou would para expressar con-
dição, na forma afirmativa, e wouldn’t, na forma negativa. 2. Substantivos únicos em sua espécie:
Observe os exemplos: The Sun (o sol), the Moon (a lua), the sky (o céu), the
You will travel to Buenos Aires, won’t you? (Você irá planet Earth (o planeta Terra), the universe (o universo),
viajar para Buenos Aires, não vai?) etc.
Observação:
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LÍNGUA INGLESA
The Martins went to the restaurant they like. They plan to go dancing at the Apollo.
Os Martin foram ao restaurante que gostam. Eles planejam ir dançar no Apollo.
The Kennedys are a famous family. You must visit the British Museum.
Os Kennedy são uma família famosa. Você precisa visitar o Museu Britânico.
The John I’m talking about is Jane’s brother. The lecture at the Boston Library will start at seven
O John de quem estou falando é o irmão da Jane. o’clock.
A palestra na Boston Library começará às sete horas.
Peter is my Friend. (e não “The Peter is my friend”)
O Peter é meu amigo. 11. Com os superlativos:
That girl who is playing the clarinet is Martha’s sister. Hellen is the best teacher I’ve ever had.
Aquela garota que está tocando clarinete é irmã da A Hellen é a melhor professora que eu já tive.
Martha.
12. Com o grau comparativo, para indicar que
Mary likes the saxophone. duas coisas aumentam ou diminuem na mesma pro-
Mary gosta de saxofone. porção:
The more she gets, the more she wants.
Valéria dances the samba graciously. Quanto mais ela consegue, mais ela quer.
Valéria dança samba graciosamente.
The more I study philosophy, the less I understand
Juan dances the tango like a professional. it.
Juan dança tango como um profissional. Quanto mais eu estudo filosofia, menos eu entendo.
8. Com nomes de jornais: 13. Com numerais ordinais indicando ênfase nu-
The Economist, The New York Times, The Washington mérica:
Post This is the first time she comes to Brazil.
Esta é a primeira vez que ela vem ao Brasil.
9. Com a maioria dos nomes de edifícios:
The Capitol, The Empire States, The Louvre, The Quando NÃO usar o Artigo Definido - When NOT
Kremlin, The Taj Mahal, The Vatican to use the Definite Article
Exceções: Buckingham Palace e todos os edifícios com Omite-se o The quando temos:
a palavra hall (Carnegie Hall, Lilly Hall).
1. Nomes de cidades, estados, ilhas, países, con-
10. Diante de nomes de cinemas, teatros, hotéis, tinentes:
restaurantes, clubes, museus, bibliotecas e galerias de
arte:
There’s a foreign film festival at the Paramount. Brazil is a very large coun-
Há um festival de filmes estrangeiros no Paramount. try.
O Brasil é um país muito
I saw Barbra Streisand at the Palladium in 1975. extenso.
Eu vi Barbra Streisand no Palladium em 1975. Roraima is the Brazil’s
Northernmost state.
They have a reservation at the Plaza for next week. Roraima é o estado mais
Eles têm uma reserva no Plaza para a semana que ao norte do Brasil.
vem. Hawaii is in Oceania.
O Havaí situa-se na Ocea-
We are going to have dinner at the Chinese Palace. nia.
Nós vamos jantar no Chinese Palace.
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LÍNGUA INGLESA
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LÍNGUA INGLESA
The lunch my grandma offered us was delicious. They don’t go to market on Saturdays because it’s the
O almoço que minha vó nos ofereceu estava delicioso. crowdest day.
Eles não vão ao mercado aos sábados porque é o dia
The winter we spent in London was unforgettable. mais lotado.
O inverno que passamos em Londres foi inesquecível.
Observe que os substantivos destacados nesse último The students went home earlier.
grupo estão empregados em sentido específico. Os estudantes foram para casa mais cedo.
6. Títulos ou designações de cargos, apesar de le-
My wife goes to work on foot.
varem o artigo, como em Português, devem ser usados
Minha esposa vai para o trabalho a pé.
sem artigo quando acompanhados de nome próprio:
8. Antes das palavras next e last, em expressões tem-
porais:
Our children go to bed at nine. Os Artigos Indefinidos (A/An) - The Indefinite Arti-
Nossos filhos vão para a cama às nove. cles (A/An)
Os artigos indefinidos A e An acompanham o substanti-
We go to church every Sunday to attend the Mass. vo do qual o falante/leitor ainda não tem conhecimento. Sig-
Nós vamos à igreja todos os domingos para participar nificam, em Português, UM ou UMA, e não variam em gênero
da Missa.
nem em número, ao contrário do português. São utilizados
da seguinte forma:
He’ll send them all to court.
Ele vai levá-los todos para os tribunais.
1) A (um, uma) é utilizado antes de palavras que iniciem
Tony is very sick. He is still in hospital. por som de consoante, ou seja, antes de consoantes, da se-
Tony está muito doente. Ele ainda está no hospital. mivogal Y e do H sonoro/audível:
A book (um livro)
The thieves were sent to prison. A house (uma casa)
Os ladrões foram mandados para A year (um ano)
a prisão. A university (uma universidade)
Frank attends college in Florida.
Frank frequenta uma faculdade na
Flórida.
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LÍNGUA INGLESA
Substanti-
Adjetivo
vo
English-
inglês English / British
man
heir (herdeiro) honest (honesto)
francês French Frenchman
d i n a m a r-
Danish Dane
quês
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LÍNGUA INGLESA
7. Depois da palavra what (“que” com sentido enfático), such (tal, tais) e half (meio / meia), precedendo subs-
tantivos contáveis:
What a terrible movie we watched!
Que filme horrível assistimos!
Mas: What complete research you presented! Congratulations! (research = substantivo incontável)
Que pesquisa completa você apresentou! Parabéns!
I’ve never seen such a wild storm.
Nunca vi uma tempestade tão violenta.
8. Também utiliza-se o artigo indefinido com sentido de por em expressões como “preço por quilo”, “km por
hora”, “vezes por dia” etc.:
one real a kilo (um real por quilo)
ninety kilometers an hour (noventa quilômetros por hora)
three times a day (três vezes ao dia)
two times a week (duas vezes por semana)
four times a year (quatro vezes por ano)
33
LÍNGUA INGLESA
Quando NÃO usar o Artigo Indefinido - When NOT to use the Indefinite Article
Como saber quando utilizar A/An ou ONE, se, no Inglês, os três podem ser traduzidos por Um ou Uma? Apresentamos
algumas dicas que lhe ajudarão:
1. Para nos referirmos a UMA unidade de algo podemos utilizar, antes de um Substantivo Contável no Singular,
tanto o numeral ONE como os artigos indefinidos A/AN:
We’ll be in New Zealand for one year. (or ...a year.)
Ficaremos na Nova Zelândia por um ano.
Wait here for one minute, and I’ll be with you. (or ...a minute...)
Espere aqui por um minuto, que eu estarei com você.
2. Utilizamos ONE para enfatizar extensão de tempo, quantidade, valor, etc.
He weights one hundred and twenty kilos! Would you believe it?
Ele pesa cento e vinte quilos! Dá para acreditar?
Observe que na oração acima, ao se utilizar ONE, dá-se maior ênfase ao peso do que se utilizássemos o artigo A.
Saiba mais sobre os números em inglês na seção Matemática no Inglês.
3. Utilizamos necessariamente o ONE, em vez de A/AN, quando queremos enfatizar que estamos nos referindo
a somente UMA coisa ou pessoa, em vez de duas ou mais:
Do you want one sandwich or two?
Você quer um sanduíche ou dois?
Are you staying only one day?
Você ficará somente um dia?
I just took one look at her and she started laughing. Crazy girl!
Foi só eu dar uma olhada pra ela que ela começou a rir. Garota doida!
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LÍNGUA INGLESA
One evening, when he was working late at the office, he received a call:
the mysterious call...
Uma (certa) noite, em que ele trabalhava até tarde no escritório, ele
recebeu um telefonema: o misterioso telefonema...
No singular, podem vir precedidos de números, de artigo definido the, de artigos indefinidos a/an e de pronomes no
singular (this, that, my, your etc.).
No plural, podem vir precedidos de diversos pronomes como some, many, a lot of, few, these, those, my, their etc.
Por exemplo:
an idea (uma ideia) your ideas (suas ideias)
one bottle (uma garrafa) two bottles (duas garrafas)
a man (um homem) these men (estes homens)
one house (uma casa) a lot of houses (muitas casas)
35
LÍNGUA INGLESA
Os Uncountable Nouns (ou Mass Nouns) representam um grupo menor de substantivos. Eles denotam uma substân-
cia homogênea, isto é, coisas que percebemos mais como uma massa do que como um ou vários objetos isolados, ou uma
ideia abstrata que, em inglês, não permite subdivisões.
Esses substantivos, portanto, não podem ser contados, enumerados, tendo a mesma forma para o singular e para o
plural. Ainda que o sentido seja plural, o verbo com o qual concordam também vai ficar sempre no singular. Exemplos:
Importante: Certos substantivos que são contáveis em português, são incontáveis em inglês. Exemplos:
O correto é:
“Music” - Don’t say it: I wanna show you a song.
I wanna show you a music -> (Quero te mostrar uma música.)
There are fifteen musics in that al- There are fifteen songs in that album.
bum -> (Há quinze músicas naquele álbum.)
Nesse caso, devemos saber a diferença no Inglês entre Music, que se refere à arte da Música como um todo (substan-
tivo incontável), e Song, que é a obra, uma canção, composição, canto ou melodia (substantivo contável). Devemos cuidar
para não nos confundirmos, já que, em português, podemos usar a mesma palavra, Música, para os dois significados.
36
LÍNGUA INGLESA
Note que, apesar de em português utilizarmos a palavra no plural, em inglês o substantivo homework é incontável,
isto é, não apresenta forma diferenciada para o plural. O mesmo ocorre com information e toast, que também devem vir
precedidos de certos pronomes ou de algumas expressões. Veja que:
- Podem ocorrer antes de um substantivo incontável o artigo the, os pronomes some, any, a lot of e much, mas não
many, que ocorre somente com os contáveis.
meat (carne) - a piece, a slice, a pound of meat butter (manteiga)- a bar of butter (um tablete de manteiga) ketchup,
mayonnaise, mustard - a bottle of, a tube of. chocolate - a bar of chocolate (um chocolate, uma barra de chocolate) sugar
- a loaf/ loaf sugar (açúcar em cubinhos) rice (arroz) - a bowl of rice (uma tigela/um prato de arroz) pasta (macarrão, mas-
sa) - a plate of pasta, a serving of pasta chewing gum (goma de mascar) - a piece of chewing gum (e não a chewing gum)
- Muitos substantivos incontáveis podem ser usados como contáveis quando se estiver falando de diferentes tipos
desses produtos; Exemplos:
cheese/cheeses - queijos/tipos de queijo
wine/wines - vinho/tipos de vinhos. Ex.:
We have a selection of fine wines at very good prices.
(Temos uma seleção de vinhos finos a preços muito bons.)
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LÍNGUA INGLESA
Learning a new language? You should start by listening b) forgot an important part of the doctor’s tst.
to a song; you will get a better sense of words and pronun- c) didn’t realize that his wife was hungry.
ciation. In addition to all these fabulous benefits, music is d) came to the conclusion that his wife was sick
excellent to help you remember and recall information. Add e) decided to take his wife to a restaurant.
to that increased motivation and improved mood, and you
have a winning language learning tactic. When using music 3) The result of the test shows that:
to learn, you can use your listening, speaking and (if you fol- a) the wife doesn’t like to be disturbed while cooking.
low along with the lyrics) your reading skills. b) the wife’s hearing is not good at all
c) the wife prepared chicken four times that week.
(Adaptado de: T-SKEET, J. Why Learning a Langua- d) the man has a hearing impairment instead of his
ge from Music is Easier. Voxy. 12 jul. 2012. Disponível em: wife
<http://voxy.com/blog/index.php/2012/07/learn-music e) the wife doesn’t like to cook chicken for the man.
-language/>. Acesso em: 14 ago. 2012.)
4) O trecho do texto- “ I don’t think my wife1s hea-
a) Segundo a autora, é mais fácil memorizar músicas que ring is good as it used to be” - tem o sentido de que:
outros tipos de informações. Explique, de acordo com o tex- a) no passado, a esposa prestava mais atenção ao que
to, por que isso acontece. o marido dizia.
b) a audição da esposa piorou com o passar do tem-
b) Cite três benefícios da música para o aprendizado de po, na opinião do marido.
línguas estrangeiras mencionados no texto. c) a esposa costumava pensar melhor antes de dar
ouvidos ao marido.
Respostas: d) o marido acha que sua esposa sempre teve um
problema de audição.
a) Segundo o texto, quando ouvimos uma música, am- e) o marido atribuiu o silêncio da esposa ao passar
bos os hemisférios do cérebro são ativados através do exer- dos anos.
cício de seguir a letra e a melodia/o ritmo, o que torna o pro-
cesso de memorização mais fácil do que na simples leitura. 5) The wife’s answer - “For the fourth time, I SAID
CHICKEN”! - indicates that she:
b) Os benefícios são: melhor compreensão das palavras, a) is very shy.
contato com pronúncia, melhor memorização, maior moti- b) is really hungry.
vação, bom humor; oportunidade para exercitar as habili- c) is shouting and irritated.
dades de ler, falar e ouvir. d) is deaf.
Medical Jokes e) has already called him four times to have dinner.
40
LÍNGUA INGLESA
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES To see this in action on a large scale, think about Goo-
gle. Google made the culture of sharing and collaboration
in the workplace legend. It deployed “grouplets” for initia-
01. (BNDES – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2013) tives that cover broader changes through the organization.
One remarkable story of a successful Google grouplet
Coworking: Sharing How We Work involved getting engineers to write their own testing code
to reduce the incidence of bugs in software code. Thinking
In the past, when trying to find places to work, inde- creatively, the grouplet came up with a campaign based
pendent workers, small businesses, and organizations of- on posting episodes discussing new and interesting testing
ten had to choose between several scenarios, all with their techniques on the bathroom stalls. “Testing on the Toilet”
attendant advantages and disadvantages: working from spread fast and garnered both rants and raves. Soon, peo-
home; working from a coffee shop, library, or other public ple were hungry for more, and the campaign ultimately de-
veloped enough inertia to become a de facto part of the
venue; or leasing an executive suite or other commercial
coding culture. They moved out of the restrooms and into
space.
the mainstream.
Is there a better way to work? Yes. Enter coworking.
Keith Sawyer, a professor of psychology and education
Coworking takes freelancers, indie workers, and entre-
at Washington University in St. Louis, MO, has written wi-
preneurs who feel that they have been dormant or isolated dely on collaboration and innovation. In his study of jazz
working alone at home or who have been migrating from a performances, Keith Sawyer made this observation, “The
coffee shop to a friend’s garage or languishing in a sterile group has the ideas, not the individual musicians.” Some of
business center – to a space where they can truly roost. the most famous products were born out of this mosh pit
“We can come out of hiding,” a coworker tells us, “and of interaction – in contrast to the romantic idea of a lone
be in a space that’s comfortable, friendly, and has an aes- working genius driving change. According to Sawyer, more
thetic appeal that’s a far cry from the typical cookie-cutter often than not, true innovation emerges from an improvi-
office environment.” sed process and draws from trial-by-error and many inputs.
For many, it might be puzzling to pay for a well-e- Unexpected insights emerge from the group dyna-
quipped space teeming with other people, even with the mic. If increasing interaction among different peer groups
chance of free coffee and inspiration. You might ask your- within a single company could lead to promising results
self, “Well, why pay for a place to work when I’m perfectly imagine the possibilities for solopreneurs, small businesses,
comfortable at home and paying nothing?” Or, “Isn’t the and indie workers – if only they could reach similar levels
whole point of telecommuting or starting my own business of peer access as those experienced by their bigger coun-
a chance to avoid ‘going to the office’?” terparts. It is this potential that coworking tries to capture
Coworking may sound like an unnecessary expense, for its members.
but let’s consider what you get from being a part of the
space. Available: http://workawesome.com (adapted)
At its most basic level, coworking is the phenomenon
of workers coming together in a shared or collaborative The expression indie workers, found in lines 10 and 90,
workspace or one or more of these reasons: to reduce refers to
costs by having shared facilities and equipment, to access (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
a community of fellow entrepreneurs, and to seek out col- por conta da diagramação do material.)
laboration within and across fields. Coworking spaces of- A) Retired civil servants.
B) Lazy businessmen aiming for profit.
fer an exciting alternative for people longing to escape the
C) Self-employed independent professionals.
confines of their cubicle walls, the isolation of working solo
D) Expert employees at international organizations.
at home, or the inconveniences of public venues.
E) Workaholic employers in large companies.
The benefits and cost-savings in productivity and ove-
A questão pede que o candidato determine. A expres-
rall happiness and well-being reaped from coworking are são “indie workers” se refere a. Indie é uma abreviação para
also potentially huge. Enthusiasm and creativity become independent, neste caso, trabalhadores independentes.
contagious and multiply when you diversity your work en-
vironment with people from different fields or backgrou- RESPOSTA: “C”.
nds. At coworking spaces, members pass each other during 02. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE-
the day, conversations get going, and miraculously idea- TRO/2013)
fusion happens with everyone benefitting from the shared
thinking and brainstorming. Alzheimer’s disease
Differences matter. Coworking hinges on the belief
that innovation and inspiration come from the cross-pol- Alzheimer’s disease (AD) is a form of dementia, whi-
lination of different people in different fields or speciali- ch is a brain disorder. It damages nerve cells in the brain.
zations. Random opportunities and discoveries that arise This affects your ability to remember things, think clearly,
from interactions with others play a large role In coworking. and care for yourself. AD begins slowly, and symptoms get
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LÍNGUA INGLESA
worse with time. Eventually, a person with AD might need of painting – the sincerity of which is, in any case, ques-
help in many areas, including eating and getting dressed. tionable, since it was elicited from him when he was under
For some people in the early or middle stages of the disea- interrogation for the capital crime of libel.
se, medicine might help symptoms, such as memory loss, When Caravaggio emerges from the obscurity of the
from getting worse for a limited time. Other drugs may past he does so, like the characters in his own paintings,
help people feel less worried or depressed. Dealing with as a man in extremis. He lived much of his life as a fugiti-
Alzheimer’s disease can be extremely difficult, but planning ve, and that is how he is preserved in history – a man on
ahead and getting support can lighten the lead. AD usually the run, heading for the hills, keeping to the shadows. But
begins after age 60, and risk goes up with age. The risk he is caught, now and again, but the sweeping beam of a
is also higher if a family member has had AD. Scientists searchlight. Each glimpse is different. He appears in many
are working to better understand AD. Ongoing studies are guises and moods. Caravaggio throws stones at the house
looking at whether some things can help prevent or delay of his landlady and sings ribald songs outside her window.
the disease. Areas that are being explored include exercise, He has a fight with a waiter about the dressing on a plate
eating omega-3 fatty acids, and keeping your brain active. of artichokes. His life is a series of intriguing and vivid ta-
bleaux – scenes that abruptly switch from low farce to high
Available: www.womenshealth.gov drama.
Read the sentence below and choose the alternative New York - London. W. W. Norton & Company, 2010
that presents a synonym to the underlined word. (adapted)
“Ongoing studies are looking at whether some things In line 5, “at point-blank range” means
can help prevent or delay the disease.” A) In a cold-blooded manner.
B) Summarily.
A) Cut down. C) Without intention.
B) Suspended. D) Fatally.
C) Ended. E) Within a short distance.
D) Continuous.
A questão pede que o candidato determine. Na linha
cinco “at point-blank range” (à queima-roupa) significa. In
A palavra “ongoing” quer dizer algo contínuo, em an-
a cold-blooded manner – de forma a sangue-frio. Summa-
damento. Cut down – cortar, diminuir. Suspended – sus-
rily – sumariamente. Without intention – sem intenção. Fa-
penso. Ended – terminado. Continuous – contínuo.
tally – fatalmente. Within a short distance – a uma curta
distância.
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “E”.
03. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES-
PE/2012) 04. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES-
PE/2012)
Darkness and light
Godzilla’s grandchildren
Caravaggio’s art is made from darkness and light. His
pictures present spotlight moments of extreme and often In Japan there is no kudos in going to jail for your art.
agonized human experience. A man is decapitated in his Bending the rules, let alone breaking them, is largely taboo.
bedchamber, blood spurting from a deep gash in his neck. That was one reason Toshinori Mizuno was terrified as he
A woman is shot in the stomach with a bow and arrow at worked undercover at the Fukushima
point-blank range. Dai-ichi nuclear-power plant, trying to get the shot that
Caravaggio’s images freeze time but also seem to shows him in front of the mangled third reactor holding
hover on the brink of their own disappearance. Faces are up a referee’s red card. He was also terrified of the radia-
brightly illuminated. Details emerge from darkness with tion, which registered its highest reading where he took the
such uncanny clarity that they might be hallucinations. Yet photograph. The only reason he did not arouse suspicion,
always the shadows encroach, the pools of blackness that he says, is because he was in regulation radiation kit. And in
threaten to obliterate all. Looking at this picture is like loo- Japan people rarely challenge a man in uniform.
king at the world of flashes of lightning. Mr. Mizuno is part of ChimPom, a six-person collective
Caravaggio’s life is like his art, a series of lightning fla- of largely unschooled artists who have spent a lot of time
shes in the darkness of nights. He is a man who can never getting into tight spots since the disaster, and are engagin-
be known in full because almost all that he did, said and gly thoughtful about the results.
thought is lost in the irrecoverable past. He was one of the It is easy to dismiss ChimPom’s work as a publicity
most electrifying original artists ever to have lived, yet we stunt. But the artists’ actions speak at least as loudly as their
have only one solitary sentence from him on the subject images. There is a logic to their seven years of guerrilla art
42
LÍNGUA INGLESA
that has become clearer since the nuclear disaster of March Only few studies in auditing have adopted the service
11th 2011. In fact, Noi Sawaragi, a prominent art critic, says quality approach, where clients are asked to assess their
they may be hinting at a new direction in Japanese con- current (and/or former) auditor (i.e., audit firm and/or audit
temporary art. team). However, the latter approach has several advanta-
Radiation and nuclear annihilation have suffused Ja- ges because it allows overall client satisfaction to be de-
pan’s subculture since the film Gojira (the Japanese God- termined and also identification of the attributes that drive
zilla) in 1954. The two themes crop up repeatedly in manga client satisfaction.
and anime cartoons.
Other young artists are ploughing similar ground. Kota Internet: http://onlinelibrarywhiley.com (adapted)
Takeuchi, for instance, secretly took a job at Fukushima Dai
-ichi and is recorded pointing an angry finger at the camera The word “unlike” (L.4) is the same as
that streams live images of the site. Later he used public (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
news conferences to pressure Tepco, operator of the plant, por conta da diagramação do material.)
about the conditions of its workers inside. His work, like A) Aside from.
ChimPom’s blurs the distinction between art and activism. B) Similar to.
Japanese political art is unusual and the new subversi- C) Contrasted with.
veness could be a breath of fresh air; if only anyone noti- D) Resembling.
ced. The ChimPom artists have received scant coverage in E) Despite.
the stuffy arts pages of the national newspapers. The group
held just one show of Mr. Mizuno’s reactor photographs in A questão pede que o candidato determine. A palavra
Japan. He says: “The timing has not been right. The media “unlike” (o contrário) é o mesmo que. Aside from – além de.
will just want to make the work look like a crime.” Similar to – similar à. Contrasted with – contrastadas com.
Resembling – semelhante. Despite – apesar de.
Internet: www.economist.com (adapted)
RESPOSTA: “C”.
The words “mangled” (L.6) and “suffused” (L.23) mean
respectively 06. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.)
The difficulty for health policy makers the world over is
A) “Ruined” and “permeated”.
this: it is simply not possible to promote healthier lifestyles
B) “Mutilated” and “obscured”.
through presidential decree or through being overprotec-
C) “Subdued” and “covered”.
tive towards people and the way they choose to live. Re-
D) “Humongous” and “imbued”.
cent history has proved that one-size-fits-all solutions are
E) “Torn” and “Zeroed in on”.
no good when public health challenges vary from one area
A questão pede que o candidato determine. As pala- of the country to the next. But we cannot sit back while, in
vras “mangled” (destroçado) e “suffused” (impregnado, spite of all this, so many people are suffering such severe
inundado) significam respectivamente. Ruined – arruinado, lifestyle-driven ill health and such acute health inequalities.
destruído. Permeated – permeado, penetrado. Mutilated – Internet: www.gov.uk (adapted)
mutilado. Obscured – obscurecido. Subdued – subjugado, The expression “the world over” (L.1) is synonymous
dominado. with “in some parts of the world”.
Covered – coberto. Humongous – gigante. Imbued – (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
embutido. Torn – rasgado. Zeroed in on – mirado em. por conta da diagramação do material.)
A) Certo.
RESPOSTA: “A”. B) Errado.
05. (SEFAZ/ES – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTA- A questão pede que o candidato determine. A expres-
DUAL – CESPE/2013) são “the world over” (no mundo todo) é sinônimo com “in
some parts of the world” (em algumas partes do mundo).
It is well accepted and acknowledged that service
quality is essential for firm success. The problem with the RESPOSTA: “B”.
measurement of service quality is that it is not easily iden-
tifiable and measurable. Unlike the quality of goods, which 07. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)
can be measured objectively, service quality is an abstract
and elusive construct because of three features unique to The difficulty for health policy makers the world over is
services: intangibility, heterogeneity, and inseparability of this: it is simply not possible to promote healthier lifestyles
production and consumption. Despite the complexity of through presidential decree or through being overprotec-
the issue, a consensus has emerged in the literature to tive towards people and the way they choose to live. Re-
measure service quality using clients’ perceptions of the cent history has proved that one-size-fits-all solutions are
service delivered. no good when public health challenges vary from one area
43
LÍNGUA INGLESA
of the country to the next. But we cannot sit back while, in 09. (TCE/ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO –
spite of all this, so many people are suffering such severe CESPE/2012)
lifestyle-driven ill health and such acute health inequalities.
Welcome to Oxford
Internet: www.gov.uk (adapted)
Many periods of English history are impressively do-
The adjective “one-size-fits-all” (L.5) means “long-term cumented in Oxford’s streets, houses, colleges and cha-
and drastic” pels. Within one square mile alone, the city has more than
A) Certo. 900 buildings of architectural or historical interest. For the
B) Errado. visitor this presents a challenge – there is no single buil-
ding that dominates Oxford, no famous fortress or huge
A questão pede que o candidato determine. O adjetivo cathedral that will give you a short-cut view of the city.
“one-size-fits-all” (um tamanho serve para todos) significa Even Oxford’s famous University is spread amidst a tangle
of 35 different colleges and halls in various parts of the
“long-term and drastic” (longo período e drástico).
city centre, flaunt its treasures; behind department stores
lurk grand Palladian doorways or half-hidden crannies or
RESPOSTA: “B”.
medieval architecture. The entrance to a college may me
tucked down a narrow alleyway, and even then it is unlikely
08. (STF – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA to be signposted.
– CESPE/2013)
Oxford University Press, 1999, p. 135 (adapted)
The head of the National Security Agency defended his The word “tangle” (L.8) can be correctly replaced by
beleaguered organization, saying it acts within the law to “line”
stop militant attacks and calling reports that the NSA col- (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
lected data on millions of phone calls in Europe false. por conta da diagramação do material.)
The intelligence chiefs appeared against a backdrop of A) Certo.
angry accusations by European allies that the United States B) Errado.
spies on their leaders and citizens, accusations prompted A questão pede que o candidato determine. A palavra
by highly classified documents that Snowden leaked to “tangle” (emaranhar, entrelaçar, complicar) pode ser corre-
media organizations. tamente substituida por “line” (linha, fila, alinhamento)
Army General Keith Alexander, testifying with other
U.S. spy chiefs before the House of Representatives Intelli- RESPOSTA: “B”.
gence committee, sought to defuse a growing controversy 10. (DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO
over reports of NSA snooping on citizens and leaders of CÓDIGO – CESGRANRIO/2012)
major U.S. allies.
The hearing took place as Congress in weighing new Air traffic controllers asleep on the job...still
legislative proporsals that could limit some of the NSA’s Michael J. Breus, Ph. D., in Sleepnewzzz
more expansive electronic intelligence collection programs.
More than any previous disclosures from the Snowden Here’s some news of workers sleeping on the job that’s
documents, the reports of spying on close U.S. allies have downright scary. A news investigation produced a story
forced the White House to promise reforms and even ack- and footage of air traffic controllers at Westchester County
Airport sleeping during their shifts. The video, provided to
nowledge that America’s electronic surveillance may have
the news outlet by an employee in the air traffic control to-
gone too far.
wer at Westchester Airport, also shows controllers reading
and using laptops and cell phones while on duty. The Fede-
Internet: www.reuters.com (adapted) ral Aviation Administration (FAA) bans its controllers from
use of cell phones, personal reading material and electric
The word “beleaguered” (L.2) is synonymous with “be- devices while on duty. Sleeping is prohibited anywhere in
sieged” air traffic control towers.
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar All of these violations are alarming and dangerous, and
por conta da diagramação do material.) pose a serious public safety problem. It is important, I be-
A) Certo. lieve, to separate the issue of air traffic controllers sleeping
B) Errado. on the job from their choice to play with laptops and cell
phones when they are supposed to be working. The video
images showing air traffic controllers slumped over and
A questão pede que o candidato determine. A palavra sleeping at their stations is truly frightening. But the issue
“beleaguered” (cercada) é sinônimo com “besieged” (cer- of sleep deprivation among air traffic controllers is a very
cada, sob ataque). real one, and means that some instances of falling asleep
– however dangerous and wrong – is not entirely the con-
RESPOSTA: “A”. trollers’ fault, or even within their control.
44
LÍNGUA INGLESA
Unfortunately this is not a new problem. We’ve seen • Keep a strong and consistent sleep routine both
several instances of air traffic controllers falling asleep on during your workdays and your days off. It’s not always
duty in recent months. easy, but shift workers in particular need to build their off
In response to these cases, the FAA in 2011 revised its – duty schedules around making sure they get the sleep
regulations for air traffic controllers to include additional they need.
time for rest between shifts. The FAA: Similarly to the recent changes in health care, the FAA
• Raised the minimum amount of time off between is moving in the right direction to help its employees get
work shifts to 9 hours from 8 hours. the sleep they need to do their jobs safely. As this latest
• Prohibited air traffic controllers from swapping incident at Westchester Airport confirms, there is a great
shifts without having a minimum of 9 hours off in between deal of work still to be done.
shifts.
• Increased supervisor coverage in air traffic control
And it’s in everyone’s best – and safest – interest that
towers during late night an early morning shifts.
• Prohibited air traffic controllers from picking up progress continues to be made.
and overnight shift after a day off. Sweet Dreams,
These adjustments are a step in the right direction, but Michael J. Breus, PhD
they don’t go far enough. Managing schedules for shift The Sleep Doctor TM
workers in these high-pressure jobs where public safety is www.thesleepdoctor.com
at stake is too important to settle for improvements that Available at http://www.theinsomniablog.com
don’t actually solve the problem.
Shift workers of all types face challenges to getting In text I, the expression “downright scary” in “Here’s
enough sleep while managing long hours, overnight shifts, some news of workers sleeping on the job that’s “down-
and changing schedules that fluctuate between day and right scary.”” (lines 1-2) can be replaced, without change in
night. Research shows that: meaning by
• People who engage in shift work get less sleep
overall than those of us who work more regular hours. A) Faintly alarming.
• Shift workers are at higher risk for illness and chro- B) Really encouraging.
nic disease. C) Not at all terrifying.
• The sleep deprivation associated with shift work
D) A little intimidating.
increase the risk of accidents, injuries and mistakes in high
E) Absolutely frightening.
-profile, public-safety related industries like medicine and
law enforcement, as well as air traffic control.
In addition to making people more prone to accidents A questão pede que o candidato determine. A expres-
and injury, sleep deprivation causes a number of negative são “downright scary” no trecho pode ser substituída sem
effects – both physical and psychological – that can impair perder o sentido por. “Downright scary” quer dizer franca-
the on-the-job performance of air traffic controllers and mente assustador.
other shift workers. Sleep deprivation:
• Slows reaction time. RESPOSTA: “E”.
• Interferes with memory.
• Causes fatigue. 11. (CETESB – ADVOGADO – VUNESP/2013)
• Compromises judgment.
• Impairs the ability to retain new information. Diet Drinks “Link to depression” questioned
I think we can all agree that we don’t want the peo-
ple responsible for guiding our planes to be sluggish, slo- Experts are questioning whether diet drinks could raise
w-reacting, forgetful, fatigued and of questionable judg- depression risk, after a large study has found a link.
ment. But that’s exactly what being sleep deprived can
make them! The US research in more than 250.000 people found
It’s the FAAs responsibility to create workplace regula-
depression was more common among frequent consumers
tions that enable air traffic controllers to get the rest they
of artificially sweetened beverages. The work, which will be
need. This can include not just mandating reasonable time
off between shifts, but also giving controllers breaks during presented all the American Academy of Neurology’s annual
shifts and allowing them to nap on their breaks. There are meeting, did not look at the cause for this link.
also some basic things that controllers themselves – or any Drinking coffee was linked with a lower risk of depres-
shift workers – can do to help avoid sleep deprivation: sion.
• Make sure to get adequate rest before a shift People who drank four cups a day were 10% less likely
beings. Take a nap before work, if needed be. to be diagnosed with depression during the 10-year stu-
• Limit your reliance on caffeine. While it’s okay as dy period than those who drank no coffee. But those who
an occasional pick–me–up, caffeinated beverages are not drank four cans or glasses of diet fizzy drinks or artificially
substitutes for adequate sleep. And caffeine can interfere sweetened juice a day increased their risk of depression
with your sleep when you actually want and need to be by about a third. Lead researcher Dr Honglei Chen, of the
sleepy. National Institutes of Health in North Carolina, said: “Our
45
LÍNGUA INGLESA
research suggests that cutting out or down on sweetened But he said more studies were needed to explore this.
diet drink or replacing them with unsweetened coffee may There are many other factors that may be involved. And the
naturally help lower your depression risk.” findings – in people in their 50s, 60s, 70s and 80s and living
But he said more studies were needed to explore this. in the US – might not apply to other populations. The safety
There are many other factors that may be involved. And the of sweeteners, like aspartame, has been extensively tested
findings – in people in their 50s, 60s, 70s and 80s and living by scientists and is assured by regulators.
in the US – might not apply to other populations. The safety Gaynor Bussell, of the British Dietetic Association, said:
of sweeteners, like aspartame, has been extensively tested “Sweeteners used to be called ‘artificial’ sweeteners and
by scientists and is assured by regulators. unfortunately the term ‘artificial’ has evoked suspicion. As
Gaynor Bussell, of the British Dietetic Association, said: a result, sweeteners have been very widely tested and re-
“Sweeteners used to be called ‘artificial’ sweeteners and viewed for safety and the ones on the market have an ex-
unfortunately the term ‘artificial’ has evoked suspicion. As cellent safety track record. However, the studies on them
a result, sweeteners have been very widely tested and re- continue and this one has thrown up a possible link – not a
viewed for safety and the ones on the market have an ex- cause and effect – with depression.”
cellent safety track record. However, the studies on them (www.bbc.co.uk)
continue and this one has thrown up a possible link – not a
cause and effect – with depression.” The term “whether” in – Experts are questioning whe-
ther diet drinks could raise depression risk, after a large
(www.bbc.co.uk) study has found a link. – introduces:
A) A supposition.
O termo likely em – People who drank four cups a day B) A certainty.
were 10% less likely to be diagnosed with depression du- C) A denial.
ring the 10-year study period than those who drank no cof- D) A dismissal.
fee. – transmite a ideia de: E) An acceptance.
A) Preferência.
B) Propensão. O termo “whether” é usado para fazer o contraste
C) Impossibilidade. quando pode ou não acontecer. Nesta frase, experts estão
D) Exclusividade. perguntando se os refrigerantes diet podem ou não au-
E) Diminuição. mentar o risco de depressão (...)
O trecho em questão. Pessoas que beberam quatro
copos por dia eram 10% menos prováveis de serem diag- RESPOSTA: “A”.
nosticadas (...)
RESPOSTA: “B”.
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