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Banco do Brasil S.A.

BANCO DO BRASIL
Escriturário
A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com
base no Edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos.

MR070-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Banco do Brasil S.A.

Cargo: Escriturário

(Baseado no Edital Nº 01 - BB, de 07 de Agosto de 2015)

• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico - Matemático
• Atualidades do Mercado Financeiro
• Cultura Organizacional
• Técnica de Vendas
• Atendimento
• Domínio Produtivo de Informática
• Conhecimentos Bancários
• Língua Inglesa

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Suelen Domenica Pereira

Capa
Rosa Thaina dos Santos

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Ortografia oficial....................................................................................................................................................................................................... 01
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................. 05
Emprego das classes de palavras. ..................................................................................................................................................................... 09
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. ...................................................................................................................... 09
Concordância nominal e verbal. ........................................................................................................................................................................ 44
Regência nominal e verbal. .................................................................................................................................................................................. 49
Crase. ............................................................................................................................................................................................................................ 55
Construção frasal...................................................................................................................................................................................................... 60
Emprego de conectores......................................................................................................................................................................................... 61
Compreensão de textos......................................................................................................................................................................................... 64

Raciocínio Lógico - Matemático

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
múltiplos e divisores de números naturais; problemas. Frações e operações com frações. ..................................................... 01
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais; regra de três; porcentagem
e problemas................................................................................................................................................................................................................ 20
Estatística descritiva; distribuição de probabilidade discreta. Juros simples e compostos: capitalização e descontos. .......... 40
Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, proporcionais, real e aparente................................................................................ 52
Planos ou Sistemas de Amortização de Empréstimos e Financiamentos. ........................................................................................ 55
Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento.............................................. 61
Taxas de Retorno.......................................................................................................................................................................................................................64

Atualidades do Mercado Financeiro

Sistema Financeiro Nacional................................................................................................................................................................................ 01


Dinâmica do Mercado. .......................................................................................................................................................................................... 01
Mercado Bancário.................................................................................................................................................................................................... 01

Cultura Organizacional

Conceito de Cultura Organizacional. Preceitos da Cultura Organizacional. Vantagens e desvantagens da Cultura Orga-
nizacional. Características da Cultura Organizacional. Cultura Empresarial...................................................................................... 01
Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A gestão da ética nas empre-
sas públicas e privadas........................................................................................................................................................................................... 05
Código de Ética do Banco do Brasil ( disponível no sítio do BB na internet)................................................................................... 14
Código de conduta da alta administração pública..................................................................................................................................... 16
Gestão da Sustentabilidade. ............................................................................................................................................................................... 19
Essência BB: Crença, Missão, Valores e Visão................................................................................................................................................ 23
Estatuto Social do Banco....................................................................................................................................................................................... 23

Técnica de Vendas

Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, objetivos; análise do mercado, metas. .......................... 01
Técnicas de vendas de Produtos e Serviços financeiros no setor bancário: planejamento, técnicas; motivação para
vendas; ......................................................................................................................................................................................................................... 03
Produto, Preço, Praça, Promoção; ................................................................................................................................................................... 04
SUMÁRIO

Vantagem competitiva; ........................................................................................................................................................................................ 05


Como lidar com a concorrência; .................................................................................................................................................................... 06
Noções de Imaterialidade ou intangibilidade, Inseparabilidade e Variabilidade dos produtos bancários. ................ 08
Manejo de carteira de Pessoa Física e de Pessoa Jurídica........................................................................................................................ 08
Noções de Marketing de Relacionamento. .................................................................................................................................................. 09
Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada)............................................................... 10

Atendimento

Marketing em empresas de serviços;............................................................................................................................................................... 01


Satisfação e retenção de clientes;...................................................................................................................................................................... 03
Valor percebido pelo cliente; .............................................................................................................................................................................. 04
Telemarketing;............................................................................................................................................................................................................ 05
Etiqueta empresarial: comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal e telefônico;...................................... 06
Interação entre vendedor e cliente;.................................................................................................................................................................. 07
Qualidade no atendimento a clientes;............................................................................................................................................................. 08
Resolução CMN nº 4.433, de 23/07/15 - Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente organizacio-
nal de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banc o Central do
Brasil.....................................................................................................................................................................................................................17

Domínio Produtivo de Informática

Microsoft Windows 7 em português: Conhecimentos básicos. Criação de pastas (diretórios), arquivos e atalhos, área de
trabalho, área de transferência, manipulação de arquivos e pastas.................................................................................................... 01
Processador de texto (MS Word e BrOffice.org Writer). Edição e formatação de textos (operações do menu: Formatar,
Inserir tabelas, Exibir-cabeçalho e rodapé, Arquivo-configurar página e impressão, Ferramentas-ortografia e gramáti-
ca. ................................................................................................................................................................................................................................... 09
Planilhas eletrônicas (MS Excel e BrOffice.org Calc). Edição e formatação de células, manipulação de fórmulas matemá-
ticas elementares, filtros, seleções e ordenação. ........................................................................................................................................ 53
Editor de Apresentações (MS PowerPoint e BrOffice.org Impress). Uso de slide mestre, formatação e transição de slides,
inserção de objetos (som, imagem, links).....................................................................................................................................................104
Conceitos básicos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, World Wide Web, Navegador Internet (Internet
Explorer e Mozilla Firefox), busca e pesquisa na Web. ...........................................................................................................................132
Conceitos básicos de tecnologias e ferramentas de colaboração, correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns e
wikis...................................................................................................................................................................................................................166
Conceitos básicos de proteção e segurança, realização de cópias de segurança (backup), vírus e ataques a compu-
tadores.................................................................................................................................................................................................... 169
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ........................................176
Conhecimentos gerais sobre redes sociais (twitter, facebook, linkedin)..........................................................................................182

Conhecimentos Bancários

Estrutura do Sistema Financeiro Nacional: Conselho Monetário Nacional;...................................................................................... 01


COPOM – Comitê de Política Monetária......................................................................................................................................................... 18
Banco Central do Brasil;’........................................................................................................................................................................................ 21
Comissão de Valores Mobiliários....................................................................................................................................................................... 22
Produtos Bancários: Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao consumidor, crédito rural, caderneta de
poupança, capitalização, previdência, investimentos e seguros............................................................................................................ 24
Noções do Mercado de capitais e de Câmbio.............................................................................................................................................. 32
SUMÁRIO

Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancá-
rias; Fundo Garantidor de Crédito (FGC)......................................................................................................................................................... 36
Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas.’.................................................................................................................................... 54
Prevenção e combate ao crime d e lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações, Circular Bacen 3.461/2009 e
suas alterações e Carta-Circular Bacen 3.542/12......................................................................................................................................... 57
Autorregulação Bancária....................................................................................................................................................................................... 73

Língua Inglesa

Conhecimento de um vocabulário fundamental e dos aspectos gramaticais básicos para a interpretação de textos
técnicos........................................................................................................................................................................................................................ 01
LÍNGUA PORTUGUESA

Ortografia oficial....................................................................................................................................................................................................... 01
Pontuação. ................................................................................................................................................................................................................. 05
Emprego das classes de palavras. .................................................................................................................................................................... 09
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. ..................................................................................................................... 09
Concordância nominal e verbal. ........................................................................................................................................................................ 44
Regência nominal e verbal. ................................................................................................................................................................................. 49
Crase. ........................................................................................................................................................................................................................... 55
Construção frasal...................................................................................................................................................................................................... 60
Emprego de conectores......................................................................................................................................................................................... 61
Compreensão de textos......................................................................................................................................................................................... 64
LÍNGUA PORTUGUESA

Escreve-se com S e não com Z:


ORTOGRAFIA OFICIAL. *os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
tamorfose.
A ortografia é a parte da língua responsável pela gra- *as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão quiseste.
culto da língua. *nomes derivados de verbos com radicais terminados
As palavras podem apresentar igualdade total ou par- em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten- empresa / difundir - difusão
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas *os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
do latim, significa música vocal). As palavras homônimas *após ditongos: coisa, pausa, pouso
dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia *em verbos derivados de nomes cujo radical termina
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa-
lácio ou passo, movimento durante o andar). Escreve-se com Z e não com S:
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem- *os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje-
se observar as seguintes regras: tivo: macio - maciez / rico - riqueza
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de
O fonema s: origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con-
cretizar
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan- *como consoante de ligação se o radical não terminar
tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis +
corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / inho - lapisinho
ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão
/ submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im- O fonema j:
pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer Escreve-se com G e não com J:
- recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir *as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
- consensual gesso.
*estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri- *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir Observação: Exceção: pajem
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / litígio, relógio, refúgio.
regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - *os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
compromisso / submeter - submissão *depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com gir.
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé- *depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
trico / re + surgir - ressurgir nado com j: ágil, agente.
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
plos: ficasse, falasse Escreve-se com J e não com G:
*as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
de origem árabe: cetim, açucena, açúcar boia, manjerona.
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
Juçara, caçula, cachaça, cacique
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, O fonema ch:
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, Escreve-se com X e não com CH:
esperança, carapuça, dentuço *as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / caxi, muxoxo, xucro.
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J):
*após ditongos: foice, coice, traição xampu, lagartixa.
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): *depois de ditongo: frouxo, feixe.
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção *depois de “en”: enxurrada, enxoval.
Observação: Exceção: quando a palavra de origem
O fonema z: não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)

1
LÍNGUA PORTUGUESA

Escreve-se com CH e não com X: 04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -


*as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na se-
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. guinte frase:
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
As letras e e i: boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. geiros nos aeroportos.
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. (B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontanei-
*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são dade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de
escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os pessoa cortês.
verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do só-
- atenção para as palavras que mudam de sentido cio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su- pátio.
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expan- (D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa má-
dir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de
goa pode estar sendo o grande impecilho na superação
estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
dessa sua crise.
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta
Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portu-
gues/ortografia quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na conces-
são de privilégios ilegítimos.
Questões sobre Ortografia
05.Em qual das alternativas a frase está corretamente
01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre escrita?
as frases que seguem, a única correta é: A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
a) Ele se esqueceu de que? pansa.
b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri- B) O mendigo não depositou na caderneta de poupan-
bui-lo entre os presentes. ça.
c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí- C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
ticas. sa.
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
dos funcionários. pansa.
e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. 06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU-
NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter- ela cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o
nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo verbo no tempo futuro.
com a norma- -padrão. (A) Mas elas cresceram...
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. (B) Mas elas cresciam...
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. (C) Mas elas cresçam...
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- (D) Mas elas crescem...
cal. (E) Mas elas crescerão...
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! 07. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
FUJB/2011) Assinale a alternativa em que a frase NÃO con-
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP –
traria a norma culta:
2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para
A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios,
informar os usuários sobre o festival Sounderground.
por isso posso me queixar com razão.
Prezado Usuário B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultra-
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do passarmos os infortúnios da vida.
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes
começa o Sounderground, festival internacional que presti- que vermos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa
gia os músicos que tocam em estações do metrô. vida.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento,
tarão e divirta-se! principalmente daqueles que procuram viver com dignida-
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se de e simplicidade.
preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as E) As dificuldades por que passamos certamente nos
expressões fazem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
A) A fim ...a partir ... as
B) A fim ...à partir ... às GABARITO
C) A fim ...a partir ... às
D) Afim ...a partir ... às 01.E 02. D 03. C
E) Afim ...à partir ... as 04. A 05. B 06. E 07. E

2
LÍNGUA PORTUGUESA

RESOLUÇÃO 7-) Fiz as correções entre parênteses:


A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infor-
1-) túnios, por isso posso me queixar com razão.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê? B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para para ultrapassarmos os infortúnios da vida.
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes. C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex- que vermos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte
cessivos nas críticas. de nossa vida.
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi- D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto so-
cações dos funcionários. frimento, principalmente daqueles que procuram viver com
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração. dignidade e simplicidade.
E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) pas-
2-) samos certamente nos fazem mais fortes e preparados
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = ta- para os infortúnios da vida.
beliães
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. HÍFEN
= cidadãos
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
cal. = certidões para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor,
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de- ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe-
graus receram-me; vê-lo-ei).
Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
3-) Prezado Usuário vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do me- duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
trô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa
o Sounderground, festival internacional que prestigia os mú- Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
sicos que tocam em estações do metrô. tográfica:
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
1. Em palavras compostas por justaposição que formam
tarão e divirta-se!
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado;
para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense,
antes de horas: há crase
luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas,
4-) Fiz a correção entre parênteses:
guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
geiros nos aeroportos.
menina, erva-doce, feijão-verde.
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa-
sua reputação de pessoa cortês. do, aquém- -fiar, etc.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
(frondosa) árvore do pátio. uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.
dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe-
cilho) na superação dessa sua crise. 5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni- históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al-
vente na concessão de privilégios ilegítimos. sácia-Lorena, etc.

5-) 6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-


A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou- per- quando associados com outro termo que é iniciado
pansa. = mendigo/caderneta/poupança por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
sa. = mendigo/caderneta/poupança 7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor,
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou- ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito.
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
elas crescerão...

3
LÍNGUA PORTUGUESA

9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje-
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun- tos.
do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele- E) O autodidata fez uma autoanálise.
tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
semi-hospitalar, super- -homem. 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo do hífen, respeitando-se o novo Acordo.
termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on- A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
do campeonato.
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. D) O recém-chegado veio de além-mar.
E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu-
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- 04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre- (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
hífen é obrigatório:
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na
A) em nenhuma delas.
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas
B) na segunda palavra.
as linhas). C) na terceira palavra.
D) em todas as palavras.
Não se emprega o hífen: E) na primeira e na segunda palavra.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou 05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __.
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir- Qual alternativa completa corretamente as lacunas?
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, A) sobreumano/interregional
microrradiografia, etc. B) sobrehumano-interregional
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- C) sobre-humano / inter-regional
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com D) sobrehumano/ inter-regional
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes- E) sobre-humano /interegional
trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc. 06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos sub- às palavras que aparecem nas alternativas a seguir.
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu- Assinale aquela que tem de ser escrita com hífen:
mano, inábil, desabilitar, etc. A) (sub) chefe
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando B) (sub) entender
o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo- C) (sub) solo
brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, D) (sub) reptício
etc. E) (sub) liminar
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção 07.Assinale a alternativa em que todas as palavras es-
de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis- tão grafadas corretamente:
ta, etc. A) autocrítica, contramestre, extra-oficial
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei- B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som
C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato
to, benquerer, benquerido, etc.
D) supervida, superelegante, supermoda
E) sobre-saia, mini-saia, superssaia
Questões sobre Hífen
08.Assinale o item em que o uso do hífen está incor-
01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o reto.
novo Acordo, está sendo usado corretamente: A) infraestrutura / super-homem / autoeducação
A) Ele fez sua auto-crítica ontem. B) bem-vindo / antessala /contra-regra
B) Ela é muito mal-educada. C) contramestre / infravermelho / autoescola
C) Ele tomou um belo ponta-pé. D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói
D) Fui ao super-mercado, mas não entrei. E) extraoficial / infra-hepático /semirreta
E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.
09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção
02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do quanto ao emprego do hífen.
hífen: A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que para relacionamento extraconjugal.
faria uma superalimentação. B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterre-
B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada. no.

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LÍNGUA PORTUGUESA

C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama- 9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina an-
rinas. tirrábica.
D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina an-
tirrábica. 10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé.
E) Era um suboficial de uma superpotência.

10.Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao


emprego do hífen.
PONTUAÇÃO.
A) Foi iniciada a campanha pró-leite.
B) O ex-aluno fez a sua autodefesa.
C) O contrarregra comeu um contra-filé. Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso. servem para compor a coesão e a coerência textual, além
E) O meia-direita deu início ao contra-ataque. de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Ve-
jamos as principais funções dos sinais de pontuação co-
GABARITO
nhecidos pelo uso da língua portuguesa.
01. B 02. B 03. A 04. E 05. C
Ponto
06. D 07. D 08. B 09. D 10. C
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
RESOLUÇÃO - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em
que se encontra.
1-) - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
A) autocrítica - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
C) pontapé
D) supermercado 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
E) infravermelhos
Ponto e Vírgula ( ; )
2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom- 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
brada. importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo
3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo. pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida;
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
4-)
a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo- 2- Separa partes de frases que já estão separadas por
leque (doce) vírgulas.
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta-
apresentam elementos de ligação. nhas, frio e cobertor.
b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé- 3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, tivos, decreto de lei, etc.
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. - Ir ao supermercado;
c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam - Pegar as crianças na escola;
elementos de ligação. - Caminhada na praia;
5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam-
- Reunião com amigos.
peonato inter-regional.
- Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Dois pontos
- Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma
1- Antes de uma citação
letra com que se inicia a outra palavra
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também 2- Antes de um aposto
diante de palavra iniciada por r. : subchefe, subentender, - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
subsolo, sub- -reptício (sem o hífen até a leitura da pala- tarde e calor à noite.
vra será alterada; /subre/, ao invés de /sub re/), subliminar 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
7-) - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven-
A) autocrítica, contramestre, extraoficial do a rotina de sempre.
B) infra-assinado, infravermelho, infrassom
C) semicírculo, semi-humano, semi-internato 4- Em frases de estilo direto
D) supervida, superelegante, supermoda = corretas Maria perguntou:
E) sobressaia, minissaia, supersaia - Por que você não toma uma decisão?
8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ponto de Exclamação - Para marcar elipse (omissão) do verbo:


1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
susto, súplica, etc. - Para isolar:
- Sim! Claro que eu quero me casar com você! - o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasilei-
2- Depois de interjeições ou vocativos ra, possui um trânsito caótico.
- Ai! Que susto! - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
- João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação Fontes:
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze- http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
vedo) la.htm

Reticências Questões sobre Pontuação


1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos... 01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alter-
nativa em que a pontuação está corretamente empregada,
2- Indica interrupção violenta da frase. de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimi-
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en-
- Este mal... pega doutor? contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
dona.
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito (B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e,
- Deixa, depois, o coração falar... embora experimentasse a sensação, de violar uma intimi-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en-
Vírgula contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
dona.
Não se usa vírgula (C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
*separando termos que, do ponto de vista sintático, li- embora experimentasse a sensação de violar uma intimida-
gam-se diretamente entre si: de, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
- entre sujeito e predicado.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e,
Todos os alunos da sala foram advertidos.
embora experimentasse a sensação de violar uma intimi-
Sujeito predicado
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en-
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
- entre o verbo e seus objetos.
dona.
O trabalho custou sacrifício aos realiza-
dores. (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
V.T.D.I. O.D. O.I. embora, experimentasse a sensação de violar uma intimi-
Usa-se a vírgula: dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en-
- Para marcar intercalação: contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun- dona.
dância, vem caindo de preço. 02. (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013 - ADAP-
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão TADA) Jogadores de futebol de diversos times entraram em
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. campo em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús- Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa 4 re-
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não duzir o número de pessoas que não possuem o nome do pai
querem abrir mão dos lucros altos. em sua certidão de nascimento. (...)
- Para marcar inversão: A oração subordinada “que não possuem o nome do
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): pai em sua certidão de nascimento” não é antecedida por
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe- vírgula porque tem natureza restritiva.
chadas. ( ) Certo ( ) Errado
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. 03.(BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN-
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de DES/2012) Em que período a vírgula pode ser retirada,
maio de 1982. mantendo-se o sentido e a obediência à norma-padrão?
- Para separar entre si elementos coordenados (dispos- (A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o
tos em enumeração): treino.
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. (B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos es-
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. portes?

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LÍNGUA PORTUGUESA

(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se 07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – VU-
prepara para o evento. NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri- pontuação.
moramento do desportista. (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali-
judô, natação e canoagem. viada.
(B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, por-
04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012) que você está junto; com os outros motoristas cujos com-
Assinale a alternativa em que a pontuação está correta. portamentos, são desconhecidos.
a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem! (C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem
b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da tran- ser uma extensão de nossa personalidade.
sação. (D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; au-
c) Maria, você trouxe os documentos? mentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema. (E) Os congestionamentos e o número de motoristas
e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimen- na rua, são as principais causas da ira de trânsito.
tação estranha.
08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU-
Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta MARC/2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo
após o acréscimo das vírgulas. econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame,
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada
pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô- para te dizer, agora afasta que abriu o sinal.”
nica ao grupo ou acione o código na internet. No período acima, as vírgulas foram empregadas em
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de “Paciência, minha filha, este é [...]”, para separar
onde o código foi acionado. (A) aposto.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra- (B) vocativo.
dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo (C) adjunto adverbial.
que a criança foi encontrada. (D) expressão explicativa.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega
primeiro às, areias do Guarujá. 09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te- PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O perío-
lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re- do corretamente pontuado é:
ferência (A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência
em condições hostis nem sempre conseguem agradar, aos
06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013) espectadores.
Para que o fragmento abaixo seja coerente e gramatical- (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en-
mente correto, é necessário inserir sinais de pontuação. tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma
Assinale a posição em que não deve ser usado o sinal de história ficcional.
ponto, e sim a vírgula, para que sejam respeitadas as re- (C) A história de heroísmo e de determinação que nem
gras gramaticais. Desconsidere os ajustes nas letras iniciais sempre, é convincente, se passa em um cenário marcado,
minúsculas. pelo frio.
O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas (D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr
de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Pau- riscos iminentes que comprometem, a sobrevivência.
lo(A) o programa desenvolve ainda oficinas e cursos para as (E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a
crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e correta(B) liberdade, nada poderia parecer, realmente intransponível.
os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de ati-
vidades sobre cidadania e reciclagem(C) as escolas partici- GABARITO
pantes se tornam também centros de descarte de garrafas
PET(D) destinadas depois para reciclagem(E) o programa 01. C 02. C 03. D 04. C 05. E
possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crian- 06. D 07. A 08. B 09.B
ças e transformação das comunidades em lugares melhores
para se viver. RESOLUÇÃO
(Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
a) A 1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
b) B (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
c) C embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma
d) D intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
e) E encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
sua dona.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa 6-)


e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Pau-
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a lo(A). O programa desenvolve ainda oficinas e cursos para
sua dona. as crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e corre-
(D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa ta(B). Os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de
e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti- atividades sobre cidadania e reciclagem(C). As escolas parti-
midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) cipantes se tornam também centros de descarte de garrafas
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a PET(D), destinadas depois para reciclagem(E). O programa
sua dona. possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crian-
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, ças e transformação das comunidades em lugares melhores
embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in- para se viver.
timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posi-
(X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era ção (D), pois antecipa um termo explicativo.
a sua dona.
7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas:
2-) A oração restringe o grupo que participará da cam-
(A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas
panha (apenas os que não têm o nome do pai na certidão
circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali-
de nascimento). Se colocarmos uma vírgula, a oração tor-
nar-se-á “explicativa”, generalizando a informação, o que viada.
dará a entender que TODAS as pessoa não têm o nome do (B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse,
pai na certidão. porque você está junto; (X) com os outros motoristas cujos
RESPOSTA: “CERTO”. comportamentos, (X) são desconhecidos.
(C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros
3-) podem ser uma extensão de nossa personalidade.
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o (D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X)
treino. = mantê-la (termo deslocado) aumentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos es- (E) Os congestionamentos e o número de motoristas
portes? = mantê-la (vocativo) na rua, (X) são as principais causas da ira de trânsito.
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se
prepara para o evento. 8-) Paciência, minha filha, este é... = é o termo usado
= mantê-la (explicação) para se dirigir ao interlocutor, ou seja, é um vocativo.
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri-
moramento do desportista. 9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão ina-
= pode retirá-la (advérbio de tempo) dequadas ou faltantes:
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: (A) Os filmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência
judô, natação e canoagem. em condições hostis nem sempre conseguem agradar, (X)
= mantê-la (enumeração) aos espectadores.
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en-
4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou fal- tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma
tante: história ficcional.
a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem! (C) A história de heroísmo e de determinação (X) que
b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da nem sempre, (X) é convincente, se passa em um cenário
transação.
marcado, (X) pelo frio.
c) Maria, você trouxe os documentos?
(D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é
d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema.
e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma mo- correr riscos iminentes (X) que comprometem, (X) a sobre-
vimentação estranha. vivência.
(E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar
5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade- a liberdade, nada poderia parecer, (X) realmente intrans-
quadas ponível.
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá
na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem
eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.
(B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os
pais de onde o código foi acionado.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
dos , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem
dizendo que a criança foi encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) che-
ga primeiro às , (X) areias do Guarujá.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Flexão dos adjetivos


EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS.
PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE O adjetivo varia em gênero, número e grau.
TRATAMENTO E COLOCAÇÃO.
Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se


Adjetivo referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas-
característica do ser e se relaciona com o substantivo. culino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa,
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, per- mau e má, judeu e judia.
cebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no fe-
ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso, minino somente o último elemento. Por exemplo: o moço
moça bondosa, pessoa bondosa. norte-americano, a moça norte-americana.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qua- Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
lidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: ho-
mem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino
portanto, não é adjetivo, mas substantivo. como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher
feliz.
Morfossintaxe do Adjetivo: Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função político-social.
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando Número dos Adjetivos
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
ou do objeto). Plural dos adjetivos simples
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Ob-
com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
serve alguns deles:
substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli-
zes, ruim e ruins boa e boas
Estados e cidades brasileiros:
Alagoas alagoano
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
Amapá amapaense
função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré que estiver qualificando um elemento for, originalmente,
Belo Horizonte belo-horizontino um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo:
Brasília brasiliense a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se
Cabo Frio cabo-friense estiver qualificando um elemento, funcionará como adje-
Campinas campineiro ou campinense tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos
cinza.
Adjetivo Pátrio Composto Veja outros exemplos:
Motos vinho (mas: motos verdes)
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro Paredes musgo (mas: paredes brancas).
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru- Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
dita. Observe alguns exemplos:
África afro- / Cultura afro-americana Adjetivo Composto
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto
-inglesas É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor-
América américo- / Companhia américo-africana malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses o último elemento concorda com o substantivo a que se
China sino- / Acordos sino-japoneses refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso
Espanha hispano- / Mercado hispano-português um dos elementos que formam o adjetivo composto seja
Europa euro- / Negociações euro-americanas um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica-
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
Grécia greco- / Filmes greco-romanos um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen-
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala-
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros invariável. Por exemplo:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Camisas rosa-claro. Superlativo


Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros. O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. vado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser ab-
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. soluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:

Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual- Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
invariáveis. senta-se nas formas:
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha
têm os dois elementos flexionados. Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala-
vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:
Grau do Adjetivo O secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten-
de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
o comparativo e o superlativo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
Comparativo benéfico beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri- comum comuníssimo
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi- cruel crudelíssimo
cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de difícil dificílimo
igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe doce dulcíssimo
os exemplos abaixo: fácil facílimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade fiel fidelíssimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
quão. um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
Essa relação pode ser:
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
rioridade Analítico De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
No comparativo de superioridade analítico, entre os
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do
que” ou “mais...que”. Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe- dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
rioridade Sintético etc., antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su- duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular,
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior,
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
grande/maior, baixo/inferior.
ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de supe- forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res- guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
pectivamente. 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariís-
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas simo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei- formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desa-
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve- gradável hiato i-í.
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais gran-
de e mais pequeno. Por exemplo: Advérbio
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
mentos. O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
duas qualidades de um mesmo elemento. Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a
ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo,
ferioridade ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo
Sou menos passivo (do) que tolerante. se desenvolve.

10
LÍNGUA PORTUGUESA

O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no senti- de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efe-
do de caracterizar os processos expressos por ele. Contu- tivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubi-
do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos), tavelmente (=sem dúvida).
pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se- de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
guem alguns exemplos: mente, simplesmente, só, unicamente
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
você está até bem informado. de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad- bém
jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
O artista canta muito mal.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica de designação: Eis
outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos
pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quan-
funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar do? (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade),
demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim para quê? (finalidade)
não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama-
mos de locução adverbial, representada por algumas ex- Locução adverbial
pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de
modo algum, entre outras. É reunião de duas ou mais palavras com valor de advér-
Dependendo das circunstâncias expressas pelos advér- bio. Exemplo:
bios, eles se classificam em distintas categorias, uma vez Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
expressas por: Maria saiu à tarde. (indicando tempo)

Há locuções adverbiais que possuem advérbios corres-


de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres-
pondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu
sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
apressadamente.
poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral,
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de
frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior
modo são flexionados, sendo que os demais são todos in-
parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, triste-
variáveis. A única flexão propriamente dita que existe na
mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente,
categoria dos advérbios é a de grau:
docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa-
mente Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em inconstitucionalissimamente, etc.;
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto,
quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto -
de todo, de muito, por completo. pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, Artigo
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en- Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo,
fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata- indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou
mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o
vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em gênero e o número dos substantivos.
quando, de quando em quando, a qualquer momento, de
tempos em tempos, em breve, hoje em dia Classificação dos Artigos

de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Artigos Definidos: determinam os substantivos de ma-
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, neira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures,
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter- Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei
cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta um animal.
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum Combinação dos Artigos

de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavel- É muito presente a combinação dos artigos definidos
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por
essas combinações:

11
LÍNGUA PORTUGUESA

Preposições Artigos - Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no
o, os sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme),
a ao, aos a menos que venham especificadas.
de do, dos Eles estavam em casa.
em no, nos Eles estavam na casa dos amigos.
por (per) pelo, pelos Os marinheiros permaneceram em terra.
a, as um, uns uma, umas Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
à, às - -
da, das dum, duns duma, dumas - Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata-
na, nas num, nuns numa, numas mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa
pela, pelas - - excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.

- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com - Não se une com preposição o artigo que faz parte do
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe- nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O
cida por crase. Estado de S. Paulo.

Constatemos as circunstância Morfossintaxe


os em que os artigos se manifestam:
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua
numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal
das olimpíadas. do substantivo a que se refere. Tal função independe da
função exercida pelo substantivo:
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso A existência é uma poesia.
do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, Uma existência é a poesia.
A Bahia...
Conjunção
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por
- No caso de nomes próprios personativos, denotando
exemplo:
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as
do artigo: O Pedro é o xodó da família.
amiguinhas.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, 1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as
os Incas, Os Astecas... amiguinhas
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) Cada informação está estruturada em torno de um ver-
para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o bo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três ora-
artigo), o pronome assume a noção de qualquer. ções:
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e
(qualquer classe) mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas.

- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa- A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e
cultativo: a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”.
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.

- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma Observe: Gosto de natação e de futebol.
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter Nessa frase as expressões de natação, de futebol são
é uns vinte anos. partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra
“e” está ligando termos de uma mesma oração.
- O artigo também é usado para substantivar palavras Morfossintaxe da Conjunção
oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de
tudo isso. As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re- cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
lativo cujo (e flexões). Classificação
Este é o homem cujo amigo desapareceu. - Conjunções Coordenativas
Este é o autor cuja obra conheço. - Conjunções Subordinativas

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LÍNGUA PORTUGUESA

Conjunções coordenativas - CONSECUTIVAS


Expressam uma ideia de consequência.
Dividem-se em: Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”,
“tanto”, “tão”, “tamanho”).
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gos- Falou tanto que ficou rouco.
to de cantar e de dançar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas tam- - FINAIS
bém, não só...como também. Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Todos trabalham para que possam sobreviver.
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo- Principais conjunções finais: para que, a fim de que, por-
sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada. que (=para que),
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu-
do, todavia, no entanto, entretanto. - PROPORCIONAIS
Principais conjunções proporcionais: à medida que,
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. quanto mais, ao passo que, à proporção que.
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora,
quer...quer, já...já. - TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto,
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora- logo que.
ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar. Quando eu sair, vou passar na locadora.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. Diferença entre orações causais e explicativas

- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais
(OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de-
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá
paramos com a dúvida de como distinguir uma oração
fora.
causal de uma explicativa. Veja os exemplos:
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (an-
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
tes do verbo), porquanto.
atropelado”:
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
Conjunções subordinativas
va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independen-
- CAUSAIS
tes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as ora-
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, ções que vêm marcadas por vírgula.
uma vez que, como (= porque). Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Ora-
ção Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela
- COMPARATIVAS será explicativa.
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão... Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im-
como, mais...do que, menos...do que. perativo)
Ela fala mais que um papagaio. 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra
cidade porque não havia cemitério no local.”
- CONCESSIVAS a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
mesmo que, apesar de, se bem que. verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção
fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar
estar cansada) os mortos em outra cidade.
Apesar de ter chovido fui ao cinema. b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
dependentes uma da outra.
- CONFORMATIVAS Interjeição
Principais conjunções conformativas: como, segundo,
conforme, consoante Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
Cada um colhe conforme semeia. sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre
Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor- o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento
midade. sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas
linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:

13
LÍNGUA PORTUGUESA

Droga! Preste atenção quando eu estou falando! A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve-
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode
Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por
ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim- exemplo:
plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga! Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra-
As sentenças da língua costumam se organizar de for- riedade)
ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in-
terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra- Classificação das Interjeições
se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um
conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser Comumente, as interjeições expressam sentido de:
colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: - Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
Bravo! Bis! Atenção!, Olha!, Alerta!
bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi mui- - Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
to bom! Repitam!” - Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = senten- - Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
ça (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!” - Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em - Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!,
que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como Boa!
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um - Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!,
particular, um momento ou um contexto específico. Exem- Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
plos: - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! - Desculpa: Perdão!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!,
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Oh!, Eh!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição - Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!,
O significado das interjeições está vinculado à maneira Epa!, Ora!
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,
dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex- Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?,
to de enunciação. Exemplos: Cruz!, Putz!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres- - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!,
são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
chamando! Ei, espere!” - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
em um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-
favor, faça silêncio!” me, Deus!
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto
puxa: interjeição; tom da fala: decepção é, não sofrem variação em gênero, número e grau como
os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al-
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, gumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter
tristeza, dor, etc. claro, neste caso, que não se trata de um processo natural
Você faz o que no Brasil? dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a
Eu? Eu negocio com madeiras. linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
Ah, deve ser muito interessante. até loguinho.

2) Sintetizar uma frase apelativa Locução Interjetiva


Cuidado! Saia da minha frente.
As interjeições podem ser formadas por: Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma ex-
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. pressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bo-
- palavras: Oba!, Olá!, Claro! las! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus!
Ora bolas! Alto lá! Muito bem!

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observações: Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que


- As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. os números indicam em relação aos seres. Assim, quando
Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! = a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se
Peço-lhe que me desculpe. trata de numerais, mas sim de algarismos.
- Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala-
gramaticais podem aparecer como interjeições. vras consideradas numerais porque denotam quantidade,
Viva! Basta! (Verbos) proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
Fora! Francamente! (Advérbios) dúzia, par, ambos(as), novena.
- A interjeição pode ser considerada uma “palavra-fra-
se” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.: Classificação dos Numerais
Socorro!, Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto!
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número bá-
- Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitati- sico: um, dois, cem mil, etc.
vas, que exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bumba!
Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série
dada: primeiro, segundo, centésimo, etc.
- Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
e não a fazemos depois do “ó” vocativo.
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac) Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac) seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumenta-
- Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas da: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas
no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! Leitura dos Numerais
Obrigadinho!
Separando os números em centenas, de trás para fren-
Interjeições, leitura e produção de textos te, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas
e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses
Usadas com muita frequência na língua falada informal, conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela con-
quando empregadas na língua escrita, as interjeições cos- junção “e”.
tumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquiali- 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos
dade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços e vinte e seis.
pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem
geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos Flexão dos numerais
diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com
o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du-
conteúdo mais emocional do que racional fazem das inter- zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro-
jeições presença constante nos textos publicitários. centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ são invariáveis.
morf89.php Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro segundo milésimo
Numeral primeira segunda milésima
primeiros segundos milésimos
Numeral é a palavra que indica os seres em termos nu- primeiras segundas milésimas
méricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa
em determinada sequência. Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] e conseguiram o triplo de produção.
Eu quero café duplo, e você? Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri-
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! plas do medicamento.
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e nú-
de “fila”] mero. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas
terças partes

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LÍNGUA PORTUGUESA

Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de senti-
do. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)

Emprego dos Numerais

*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são lar-
gamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo

16
LÍNGUA PORTUGUESA

trezentos trecentésimo - trecentésimo


quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Preposição

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normal-
mente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Tipos de Preposição

1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante,
exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas:
abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de,
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.

A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância
em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:

1. Combinação: A preposição não sofre alteração.


preposição a + artigos definidos o, os
a + o = ao
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.

Preposição + Artigos
De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
De + um = dum
De + uns = duns
De + uma = duma
De + umas = dumas
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Em + um = num
Em + uma = numa
Em + uns = nuns
Em + umas = numas
A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)

Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)

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LÍNGUA PORTUGUESA

De + este(s) = deste(s) Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.


De + esta(s) = desta(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + esse(s) = desse(s) Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + essa(s) = dessa(s) Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + aquele(s) = daquele(s) Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + aquela(s) = daquela(s) Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + isto = disto Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + isso = disso Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + aquilo = daquilo Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + aqui = daqui Fonte:
De + aí = daí http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
De + ali = dali
De + outro = doutro(s) Pronome
De + outra = doutra(s)
Em + este(s) = neste(s) Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou
Em + esta(s) = nesta(s) a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o
Em + esse(s) = nesse(s) de alguma forma.
Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s) A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
Em + isto = nisto [substituição do nome]
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
A + aquele(s) = àquele(s) [referência ao nome]
A + aquela(s) = àquela(s) Essa moça morava nos meus sonhos!
A + aquilo = àquilo [qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados
Dicas sobre preposição fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên-
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
seja um artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes
para determiná-lo como um substantivo singular e femi- têm por função principal apontar para as pessoas do dis-
nino. curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação
A dona da casa não quis nos atender. no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica,
Como posso fazer a Joana concordar comigo? os pronomes apresentam uma forma específica para cada
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois pessoa do discurso.
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
Cheguei a sua casa ontem pela manhã. [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para pro-
curar um tratamento adequado. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o fala]
lugar e/ou a função de um substantivo.
Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
parte da família [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / se fala]
Creio que a conhecemos melhor que ninguém.

2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
das preposições: variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
Destino = Irei para casa. ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
Modo = Chegou em casa aos gritos. através do pronome seja coerente em termos de gênero
Lugar = Vou ficar em casa; e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência. mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral. Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos-
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra- sa escola neste ano.
tamento. [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
Instrumento = Escreveu a lápis. adequada]

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LÍNGUA PORTUGUESA

[neste: pronome que determina “ano” = concordância Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma
adequada] variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- indica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
tônicos.
Pronomes Pessoais
Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, fraca: Ele me deu um presente.
“vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con-
“ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa figurado:
ou às pessoas de quem fala. - 1ª pessoa do singular (eu): me
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 2ª pessoa do singular (tu): te
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ou do caso oblíquo. - 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
Pronome Reto - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes

Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen- Observações:


tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
Nós lhe ofertamos flores. apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en-
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome
nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
diretos como objetos indiretos.
gurado:
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
objetos diretos.
- 1ª pessoa do singular: eu
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combi-
- 2ª pessoa do singular: tu nar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for-
- 3ª pessoa do singular: ele, ela mas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha,
- 1ª pessoa do plural: nós lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
- 2ª pessoa do plural: vós Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
- 3ª pessoa do plural: eles, elas - Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados - Não contaram a novidade a vocês?
como complementos verbais na língua-padrão. Frases - Não, no-la contaram.
como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram No português do Brasil, essas combinações não são
eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for- é muito raro.
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram- Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas
me até aqui”. especiais depois de certas terminações verbais. Quando o
verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro- lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal
nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as é suprimida. Por exemplo:
próprias formas verbais marcam, através de suas desinên- fiz + o = fi-lo
cias, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fi- fazeis + o = fazei-lo
zemos boa viagem. (Nós) dizer + a = dizê-la

Pronome Oblíquo Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as-


sume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen- viram + o: viram-no
tença, exerce a função de complemento verbal (objeto di- repõe + os = repõe-nos
reto ou indireto) ou complemento nominal. retém + a: retém-na
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) tem + as = tem-nas

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pronome Oblíquo Tônico

Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por
esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas

Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.

- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.

Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma
oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, de-
verá ser do caso reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.

- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco
e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são
reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.

Pronome Reflexivo

São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da
oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.


Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.


Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio.

- 2ª pessoa do plural (vós): vos.


Vós vos beneficiastes com a esta conquista.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.


Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.

A Segunda Pessoa Indireta

A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlo-
cutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:

Pronomes de Tratamento
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.

Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação
à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na
3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)

Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa pos-
suída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

NÚMERO PESSOA PRONOME


singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Note que: A forma do possessivo depende da pessoa Reafirmamos a disposição desta universidade em partici-
gramatical a que se refere; o gênero e o número concor- par no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universida-
dam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua con- de que envia a mensagem).
tribuição naquele momento difícil.
No tempo:
Observações: Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se
refere ao ano presente.
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, refere a um passado próximo.
seu José. Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
está se referindo a um passado distante.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
se. Podem ter outros empregos, como: - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 la(s).
anos. Invariáveis: isto, isso, aquilo.

c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá - Também aparecem como pronomes demonstrativos:
seus defeitos, mas eu gosto muito dela. - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
trouxe sua mensagem? que te indiquei.)
- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas que
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- o procuraram ontem.
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
anotações. - próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram
o problema.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí- - semelhante(s): Não compre semelhante livro.
quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe
os passos. (= Vou seguir seus passos.) - tal, tais: Tal era a solução para o problema.

Pronomes Demonstrativos Note que:

Os pronomes demonstrativos são utilizados para expli- - Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
citar a posição de uma certa palavra em relação a outras construções redundantes, com finalidade expressiva, para
ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa
espaço, no tempo ou discurso. é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar
das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o - O pronome demonstrativo neutro ou pode represen-
carro está perto da pessoa que fala. tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi-
carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o
pessoa que fala. pressentiam.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que - Para evitar a repetição de um verbo anteriormente ex-
o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com presso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer,
quem falo. chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as
vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que ela o
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo fizesse.
quanto por meio de correspondência, que é uma moda- - Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
lidade escrita de fala), são particularmente importantes o mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram
emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este
pode causar ambiguidade. solteiro, aquele casado]
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da univer- - O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irô-
sidade destinatária). nica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em Indefinidos Sistemáticos


com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, per-
= naquilo) cebemos que existem alguns grupos que criam oposição
de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sen-
Pronomes Indefinidos tido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido
negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmati-
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- va, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa;
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e algo/nada,
quantidade indeterminada. que se referem à coisa; certo, que particulariza, e qualquer,
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém que generaliza.
-plantadas. Essas oposições de sentido são muito importantes na
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- de que fazem parte:
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu- prático.
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. Czrávamos no exterior.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- - Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
guém, outrem, quem, tudo. lavras:
Algo o incomoda? - como (= pelo qual): Não me parece correto o modo
Quem avisa amigo é. como você agiu semana passada.
- quando (= em que): Bons eram os tempos quando po-
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser díamos jogar videogame.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade - Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). numa só frase.
Cada povo tem seus costumes. O futebol é um esporte.
Certas pessoas exercem várias profissões. O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
ora pronomes indefinidos adjetivos: - Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), Pronomes Interrogativos
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações. São usados na formulação de perguntas, sejam elas di-
Alguns se contentam pouco. retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va- referem- -se à 3ª pessoa do discurso de modo
riáveis e invariáveis. Observe: impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual
(e variações), quanto (e variações).
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne- preferes.
nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quan-
algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, tos passageiros desembarcaram.
outras, quantas.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, Sobre os pronomes:
algo, cada.
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função
São locuções pronominais indefinidas: de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
quando desempenha função de complemento. Vamos en-
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), tender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na
quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele frase e que função exerce. Observe as orações:
(que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
uma ou outra, etc. 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
Cada um escolheu o vinho desejado. lhe ajudar.

23
LÍNGUA PORTUGUESA

Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” - Preposição seguida de gerúndio:


exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” indicado à pesquisa escolar.
exercendo função de complemento, e, consequentemente,
é do caso oblíquo. - Conjunção subordinativa:
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para Ênclise
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe). A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta
não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos áto-
Importante: Em observação à segunda oração, o em- nos. A ênclise vai acontecer quando:
prego do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do ver- - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
bo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode Amem-se uns aos outros.
estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo Sigam-me e não terão derrotas.
principal (no caso “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio. - O verbo iniciar a oração:
Eu desejo lhe perguntar algo. Diga-lhe que está tudo bem.
Eu estou perguntando-lhe algo. Chamaram-me para ser sócio.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da pre-
diferentemente dos segundos que são sempre precedidos posição “a”:
de preposição. Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o - O verbo estiver no gerúndio:
que eu estava fazendo. Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreo-
cupada.
Colocação Pronominal Despediu-se, beijando-me a face.

A colocação pronominal é a posição que os pronomes - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no
verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: mesmo instante.
me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições
na oração em relação ao verbo: Mesóclise
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado
3. mesóclise: pronome no meio do verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela
Próclise se realizará)
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: proposta a você)
- Palavras com sentido negativo:
Nada me faz querer sair dessa cama. Questões sobre Pronome
Não se trata de nenhuma novidade.
- Advérbios: 01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012).
Nesta casa se fala alemão. Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
Naquele dia me falaram que a professora não veio. está claro até onde pode realmente chegar uma política ba-
seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para
- Pronomes relativos: o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra.
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. e da água faça em si diferença, as companhias não podem
suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por
- Pronomes indefinidos: tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto,
Quem me disse isso? elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém
Todos se comoveram durante o discurso de despedida. encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada-
mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas
- Pronomes demonstrativos: de crescimento verde sempre será a segunda opção.
Isso me deixa muito feliz! (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!

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LÍNGUA PORTUGUESA

Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, re- (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que
ferem- -se, respectivamente, a abrisse a bolsa que encontrara.
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten-
(A) dúvidas e preços. dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
(B) dúvidas e insumos básicos.
(C) companhias e insumos básicos. 07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
(D) companhias e preços do carbono e da água. Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ-
(E) políticas de crescimento e preços adequados. tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- prazo.
adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho gri- Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta
fado está corretamente substituído por um pronome em: e respectivamente, considerando a norma culta da língua.
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo A) a que … acaba … à
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo- B) com que … acabam … à
lhes desalentado C) de que … acabam … a
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de D) em que … acaba … a
conhecê-lo? E) dos quais … acaba … à
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
parecia ser-lhe 08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013-
E) incomodaram o general... − incomodaram-no adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e res-
pectivamente, as lacunas do trecho.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). ______alguns anos, num programa de televisão, uma jo-
A substituição do elemento grifado pelo pronome cor- vem fazia referência______ violência______ o brasileiro estava
respondente, com os necessários ajustes, foi realizada de sujeito de forma cômica.
modo INCORRETO em: A) Fazem... a ... de que
A) mostrando o rio= mostrando-o. B) Faz ...a ... que
B) como escolher sítio= como escolhê-lo. C) Fazem ...à ... com que
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. D) Faz ...à ... que
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada E) Faz ...à ... a que
lhes acrescentariam.
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. 09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
As sereias então devoravam impiedosamente os tripu-
04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a lantes.
alternativa em que o pronome destacado está posicionado ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabe-
de acordo com a norma-padrão da língua. ça...
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família. Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
(C) A garota disse que perdeu-se dos pais. grifados acima foram corretamente substituídos por um
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha. pronome, na ordem dada, em:
(E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança. (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alterna- (C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes
tiva cujo emprego do pronome está em conformidade com (D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
a norma padrão da língua. (E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba- 10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013-
lada. adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. estabelecimentos felizmente comprovam os acontecimen-
(D) Conformado, se rendeu às punições. tos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investigação.
(E) Todos querem que combata-se a corrupção. – de acordo com a norma-padrão, os pronomes que subs-
tituem, corretamente, os termos em destaque são:
06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale A) os comprovam … ajudá-la.
a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de B) os comprovam …ajudar-la.
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. C) os comprovam … ajudar-lhe.
(A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que D) lhes comprovam … ajudar-lhe.
eles sejam sempre trazidos junto ao corpo. E) lhes comprovam … ajudá-la.
(B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa-
ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. GABARITO
(C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos 01. C 02. E 03. C 04. D 05. C
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. 06. A 07. C 08. E 09. A 10. A

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LÍNGUA PORTUGUESA

RESOLUÇÃO 9-)
devoravam - verbo terminado em “m” = pronome oblí-
1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primei- quo no/na (fizeram-na, colocaram-no)
ro, não está claro até onde pode realmente chegar uma impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto;
política baseada em melhorar a eficiência sem preços ade- “lhe” é para objeto indireto
quados para o carbono, a água e (na maioria dos países convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire-
pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos to; “lhe” é para objeto indireto
preços do carbono e da água faça em si diferença, as com- (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di-
10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabeleci-
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer
mentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste-
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-som-
munhas vão ajudar a polícia na investigação.
bra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- felizmente os comprovam ... ajudá-la
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos. (advérbio)
E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde
sempre será a segunda opção. Substantivo

2-) Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme-
desalentado nos, os substantivos também nomeiam:
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
conhecê-las ? -sentimentos: raiva, amor...
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não -estados: alegria, tristeza...
parecia sê-lo -qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria...
3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las
Morfossintaxe do substantivo
4-)
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em ge-
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta.
ral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo:
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou
do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do ob-
5-) jeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos
(A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos. substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de
(B) Falaram-nos que a diplomacia americana está aba- adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempe-
lada. nhadas por grupos de palavras.
(D) Conformado, rendeu-se às punições.
(E) Todos querem que se combata a corrupção. Classificação dos Substantivos
6-) 1- Substantivos Comuns e Próprios
(B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação
de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com
(C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de
(D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que uma cidade (em oposição aos bairros).
abrisse a bolsa que encontrara.
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
(E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma ten-
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos. cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo
comum.
7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
produtos de que não necessitam e acabam tendo uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
de pagar tudo a prazo. homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.
8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma
jovem fazia referência à violência a que o brasileiro O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es-
estava sujeito de forma cômica. pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Pró-
Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular prio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie
de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2 - Substantivos Concretos e Abstratos bando desordeiros ou malfeitores


LÂMPADA MALA banca examinadores
batalhão soldados
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com cardume peixes
existência própria, que são independentes de outros seres. caravana viajantes peregrinos
São substantivos concretos. cacho frutas
cáfila camelos
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que cancioneiro canções, poesias líricas
existe, independentemente de outros seres. colmeia abelhas
Obs.: os substantivos concretos designam seres do chusma gente, pessoas
mundo real e do mundo imaginário. concílio bispos
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, congresso parlamentares, cientistas.
Brasília, etc. elenco atores de uma peça ou filme
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas- esquadra navios de guerra
ma, etc. enxoval roupas
falange soldados, anjos
Observe agora: fauna animais de uma região
Beleza exposta feixe lenha, capim
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. flora vegetais de uma região
frota navios mercantes, ônibus
O substantivo beleza designa uma qualidade. girândola fogos de artifício
horda bandidos, invasores
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que junta médicos, bois, credores, examinadores
dependem de outros para se manifestar ou existir. júri jurados
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser legião soldados, anjos, demônios
leva presos, recrutas
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa
malta malfeitores ou desordeiros
ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para
manada búfalos, bois, elefantes,
se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo
matilha cães de raça
abstrato.
molho chaves, verduras
Os substantivos abstratos designam estados, qualida-
multidão pessoas em geral
des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
ninhada pintos
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado),
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). penca bananas, chaves
pinacoteca pinturas, quadros
3 - Substantivos Coletivos quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra rebanho ovelhas
abelha, mais outra abelha. récua bestas de carga, cavalgadura
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. repertório peças teatrais, obras musicais
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. réstia alhos ou cebolas
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- romanceiro poesias narrativas
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, revoada pássaros
mais outra abelha... sínodo párocos
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. talha lenha
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no sin- tropa muares, soldados
gular (enxame) para designar um conjunto de seres da turma estudantes, trabalhadores
mesma espécie (abelhas). vara porcos
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mes- Formação dos Substantivos
mo estando no singular, designa um conjunto de seres da
mesma espécie. Substantivos Simples e Compostos

Substantivo coletivo Conjunto de: Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
assembleia pessoas reunidas terra.
alcateia lobos O substantivo chuva é formado por um único elemento
acervo livros ou radical. É um substantivo simples.
antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas Substantivo Simples: é aquele formado por um único
banda músicos elemento.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. fêmea.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes-
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. o ídolo, o indivíduo.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
Substantivos Primitivos e Derivados soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
doente, o artista e a artista.
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá... Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de
sistema, o sintoma, o teorema.
nenhum outro dentro de língua portuguesa.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e a
nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (ci-
substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir dade)
da palavra limão.
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou-
tra palavra. - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno -
aluna.
Flexão dos substantivos - Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino: freguês - freguesa
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por três formas:
exemplo, pode sofrer variações para indicar: - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
Plural: meninos Feminino: menina - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Flexão de Gênero
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão -
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sultana
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há - Substantivos terminados em -or:
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul
Um Natal inesquecível - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque -
Os reis da praia duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que po- final por -a: elefante - elefanta
dem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim - Substantivos que têm radicais diferentes no masculino
Uma cidade sem passado e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
As tartarugas ninjas
- Substantivos que formam o feminino de maneira es-
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar – czarina réu - ré
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no-
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for- Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito Epicenos:
- prefeita Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.

Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
para o feminino. Classificam-se em: para indicar o masculino e o feminino.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Alguns nomes de animais apresentam uma só forma - São geralmente masculinos os substantivos de ori-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha- gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
macho e fêmea. eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
A cobra macho picou o marinheiro. ma, o hematoma.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.

Sobrecomuns: Gênero dos Nomes de Cidades:


Entregue as crianças à natureza.
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas- A histórica Ouro Preto.
A dinâmica São Paulo.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
A acolhedora Porto Alegre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
Uma Londres imensa e triste.
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Gênero e Significação:
Outros substantivos sobrecomuns: Muitos substantivos têm uma significação no masculino
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à
criatura. frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco,
Marcela faleceu manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que
marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe),
Comuns de Dois Gêneros: a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi-
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor
cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
A distinção de gênero pode ser feita através da análise administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu-
cês - repórter francesa mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de
- A palavra personagem é usada indistintamente nos peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa
dois gêneros. (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada pre- (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
ferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens os bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
personagens dos contos de carochinha. nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
(poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
O problema está nas mulheres de mais idade, que não acei-
ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o
tam a personagem.
voga (remador), a voga (moda, popularidade).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo Flexão de Número do Substantivo
fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o do plural é o “s” final.
maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o
soprano, o proclama, o pernoite, o púbis. Plural dos Substantivos Simples

Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a - Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa). ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon
- cânones.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas


“ns”: homem - homens. palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
alto- -falantes
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
Atenção: O plural de caráter é caracteres. - Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
formados de:
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam- substantivo + preposição clara + substantivo = água-
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara- de-colônia e águas-de-colônia
col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
e cônsules. lo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determi-
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo
duas maneiras: do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis -relógio - bombas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba,
homem-rã - homens-rã, peixe-espada - peixes-espada.
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
- Permanecem invariáveis, quando formados de:
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de ca-rolhas
duas maneiras:
- Casos Especiais
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o o louva-a-deus e os louva-a-deus
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva- o joão-ninguém e os joões-ninguém.
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
Plural das Palavras Substantivadas
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de
três maneiras. As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães no plural, as flexões próprias dos substantivos.
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos Pese bem os prós e os contras.
O aluno errou na prova dos noves.
- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
o látex - os látex. Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou
“z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
Plural dos Substantivos Compostos tos seis e alguns dez.

-A formação do plural dos substantivos compostos de- Plural dos Diminutivos


pende da forma como são grafados, do tipo de palavras
que formam o composto e da relação que estabelecem en- Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, pãe(s) + zinhos = pãezinhos
girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/ animai(s) + zinhos = animaizinhos
malmequeres. botõe(s) + zinhos = botõezinhos
O plural dos substantivos compostos cujos elementos chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e farói(s) + zinhos = faroizinhos
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: tren(s) + zinhos = trenzinhos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados flore(s) + zinhas = florezinhas
de: mão(s) + zinhas = mãozinhas
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores papéi(s) + zinhos = papeizinhos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
feitos funi(s) + zinhos = funizinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras pai(s) + zinhos = paizinhos
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando pé(s) + zinhos = pezinhos
formados de: pé(s) + zitos = pezitos

30
LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Nomes Próprios Personativos Flexão de Grau do Substantivo

Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sem- Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
pre que a terminação preste-se à flexão. as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
Os Napoleões também são derrotados. - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera-
As Raquéis e Esteres. do normal. Por exemplo: casa
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
Plural dos Substantivos Estrangeiros do ser. Classifica-se em:

Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es- Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor- cador de aumento. Por exemplo: casarão.
do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os ré- - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho
quiens. do ser. Pode ser:
Observe o exemplo: Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
Este jogador faz gols toda vez que joga. que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
cador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Plural com Mudança de Timbre
Verbo
Certos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
fonético chamado metafonia (plural metafônico).
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
Singular Plural
ocorrência (nascer); desejo (querer).
corpo (ô) corpos (ó)
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não
esforço esforços
os seus possíveis significados. Observe que palavras como
fogo fogos
forno fornos corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo
fosso fossos ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam,
imposto impostos porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos
olho olhos possuem.
osso (ô) ossos (ó)
ovo ovos Estrutura das Formas Verbais
poço poços
porto portos Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
posto postos apresentar os seguintes elementos:
tijolo tijolos
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am.
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. (radical fal-)
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de - Tema: é o radical seguido da vogal temática que in-
molho (ó) = feixe (molho de lenha). dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
fala-r
Particularidades sobre o Número dos Substantivos São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar),
2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I -
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o (partir).
norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, - Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do sin- falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
gular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, bom falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
nome) e honras (homenagem, títulos).
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com - Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
sentido de plural: signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin-
Aqui morreu muito negro. gular ou plural):
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
improvisadas. falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)

31
LÍNGUA PORTUGUESA

Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados ** São impessoais, ainda:
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação,
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em tempo: Já passa das seis.
algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blas-
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas fêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem re-
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce- ferência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por se, tais verbos, então, pessoais.
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende-
“ser possível”. Por exemplo:
rão, nutriríamos.
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
Classificação dos Verbos
* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conju-
Classificam-se em: gam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
plural.
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências A fruta amadureceu.
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca al- As frutas amadureceram.
terações no radical: canto cantei cantarei cantava
cantasse. Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera- verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadu-
ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi- receu bastante.
zesse. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vo-
zes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo,
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju- cacarejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais
e pessoais: Os principais verbos unipessoais são:
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor- 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os (preciso, necessário, etc.):
principais verbos impessoais são: Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
bastante.)
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali- Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
zar-se ou fazer (em orações temporais). É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, segui-
dos da conjunção que.
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
fumar.)
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Era primavera quando a conheci. Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
Estava frio naquele dia. * Pessoais: não apresentam algumas flexões por moti-
vos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza - verbo falir. Este verbo teria como formas do presente
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, ama- do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o
nhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Ama- que provavelmente causaria problemas de interpretação
nheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em certos contextos.
em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, emprega-
do em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser - verbo computar. Este verbo teria como formas do pre-
pessoal. sente do indicativo computo, computas, computa - formas
de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáti-
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) cos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com
o desenvolvimento e a popularização da informática, tem
sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar as moscas.


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo


Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

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LÍNGUA PORTUGUESA

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles
ESTAR - Modo Indicativo

Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

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LÍNGUA PORTUGUESA

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mes-
ma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:

- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abs-
ter-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.

A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia re-
flexiva expressa pelo radical do próprio verbo.

Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):


Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:
Maria penteou-me.

Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.

35
LÍNGUA PORTUGUESA

- Há verbos que também são acompanhados de pro- Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos refle- plo:
xivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exem- Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
plo: - Particípio: quando não é empregado na formação
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
Modos Verbais nero, número e grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis-
tem três modos: Quando o particípio exprime somente estado, sem ne-
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sem- nhuma relação temporal, assume verdadeiramente a fun-
pre estudo. ção de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a alu-
na escolhida para representar a escola.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Tal-
vez eu estude amanhã. Tempos Verbais

Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda Tomando-se como referência o momento em que se
agora, menino. fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos. Veja:
Formas Nominais
1. Tempos do Indicativo
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for-
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo, - Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste co-
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
légio.
nominais. Observe:
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo
num momento anterior ao atual, mas que não foi comple-
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
tamente terminado: Ele estudava as lições quando foi inter-
substantivo. Por exemplo:
rompido.
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen- momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por Ele estudou as lições ontem à noite.
exemplo:
É preciso ler este livro. - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato
Era preciso ter lido este livro. ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha es-
tudado as lições quando os amigos chegaram. (forma com-
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três posta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não (forma simples).
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im-
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira: - Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) atual: Ele estudará as lições amanhã.
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) - Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado:
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
boa colocação.
2. Tempos do Subjuntivo
- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo
ou advérbio. Por exemplo: - Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no mo-
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad- mento atual: É conveniente que estudes para o exame.
vérbio) - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado,
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de ad- mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele ven-
jetivo) cesse o jogo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.

Presente do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

37
LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Pretérito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação

CANTAR VENDER PARTIR


cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.

CANTAR VENDER PARTIR


cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

38
LÍNGUA PORTUGUESA

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

Questões sobre Verbo

01. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) Assinale a
alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma-padrão.
(A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício.
(B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram.
(C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos.
(D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização.
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos.

02. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014)


... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia...
(B) ... era a capital da China.
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(D) ... dispararam na última década.
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...

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LÍNGUA PORTUGUESA

03. (TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - 07. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante
FCC/2012) O emprego, a grafia e a flexão dos verbos estão que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura
corretos em: empresarial, por meio das ações e projetos de Educação Am-
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty biental, esteja alinhada a esses conceitos.
não prescindiram e não requiseram mais do que o esqueci- O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
mento e a passagem do tempo. verbo grifado na frase acima está em:
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para (A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, polí-
sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge ticas...
do esquecimento, em 1974. (B) ... as definições de Educação Ambiental são abran-
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a impor- gentes...
tância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, so- (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
breviram longos anos de esquecimento. vel...
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando (D) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvol-
as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos vimento humano.
atropelos do turismo selvagem. (E)... e reforce a identidade das comunidades.
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para
que obtesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo 08. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JA-
turístico de inegável valor histórico. NEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIO-
TECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) Na frase “se você
04. (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - quiser ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua
FCC/2014) Tinham seus prediletos ... forma corretamente conjugada. A frase abaixo em que a
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o forma verbal está ERRADA é
grifado acima está em: (A) se você se opuser a esse desejo.
(A) Dumas consentiu. (B) se você requerer este documento.
(B) ... levaram com eles a instituição do “lector”. (C) se você ver esse quadro.
(C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam
(D) se você provier da China.
charutos...
(E) se você se entretiver com o jogo.
(D) Despontava a nova capital mundial do Havana.
(E) ... que cedesse o nome de seu herói...
09. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO –
ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) Considere as frases:
05.(Analista – Arquitetura – FCC – 2013-adap.). Está ade-
I. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara.
quada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
II. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional
A) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores
de 5,4 bilhões de reais por ano.
absolutos talvez façam melhor se pensassem no encanto
Assinale a alternativa que, respectivamente, substitui o
dos pequenos bons momentos.
B) Há até quem queira saber quem fosse o maior ban- verbo haver pelo verbo existir, conservando o tempo e o
dido entre os que recebessem destaque nos popularescos modo.
programas da TV. (A) Existe – existe
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos- (B) Existem – existirão
tam tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tenha (C) Existirão – existirá
aspirações a ser metafísica. (D) Existem – existirá
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em (E) Existiriam – existiria
conta nossa condição de mortais, não precisariam preocu-
par-se com os degraus da notoriedade. 10. (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012)
E) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de ... pois assim se via transportado de volta “à glória que foi
grande nos momentos felizes, menos precisaríamos nos a Grécia e à grandeza que foi Roma”.
preocupar com conquistas superlativas. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
grifado acima está em:
06. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – a) Poe certamente acreditava nisso...
FCC/2012) ...Ou pretendia. b) Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o casa...
grifado acima está em: c) ... ainda seja por nós obscuramente sentido como
a) ... ao que der ... verdadeiro, embora não de modo consciente.
b) ... virava a palavra pelo avesso ... d) ... como um legado que provê o fundamento de nos-
c) Não teria graça ... sas sensibilidades.
d) ... um conto que sai de um palíndromo ... e) Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação
e) ... como decidiu o seu destino de escritor. da princesa homérica?

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LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO 6-) Pretendia = pretérito imperfeito do Indicativo


a) ... ao que der ... = futuro do Subjuntivo
01.E 02. B 03. D 04. D 05. E b) ... virava = pretérito imperfeito do Indicativo
06.B 07. E 08. C 09. D 10.B c) Não teria = futuro do pretérito do Indicativo
d) ... um conto que sai = presente do Indicativo
RESOLUÇÃO e) ... como decidiu = pretérito perfeito do Indicativo

1-) Correção à frente: 7-) O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo.


(A) Absteu-se = absteve-se (A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo
(B) mas já os reaveram = reouveram (B) ... as definições de Educação Ambiental são = pre-
(C) se vocês verem = virem sente do Indicativo
(D) Só haverá acordo se nós propormos = propusermos (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos vel... = presente do Indicativo
eletrônicos. (D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo
(E)... e reforce a identidade das comunidades. = presen-
2-) Percorriam = Pretérito Imperfeito do Indicativo te do Subjuntivo.
A = contornam – presente do Indicativo
B = era = pretérito imperfeito do Indicativo 8-)
C = foi = pretérito perfeito do Indicativo (A) se você se opuser a esse desejo.
D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indi- (B) se você requerer este documento.
cativo (C) se você ver esse quadro.= se você vir
E = acompanham = presente do Indicativo (D) se você provier da China.
(E) se você se entretiver com o jogo.
3-) Acrescentei as formas verbais adequadas nas ora-
ções analisadas: 9-) Há = presente do Indicativo / haverá = futuro do
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty presente do indicativo.
não prescindiram e não requiseram (requereram) mais do Ao substituirmos pelo verbo “existir”, lembremo-nos de
que o esquecimento e a passagem do tempo. que esse sofrerá flexão de número (irá para o plural, caso
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para seja necessário):
sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge I. Existem diversos projetos de lei em tramitação na Câ-
(emerge) do esquecimento, em 1974. mara.
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a impor- II. Caso a bondade seja aprovada, existirá custo adicio-
tância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, so- nal de 5,4 bilhões de reais por ano.
breviram (sobrevieram) longos anos de esquecimento. Existem / existirá.
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando
as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos 10-) Foi = pretérito perfeito do Indicativo
atropelos do turismo selvagem. a) Poe certamente acreditava = pretérito imperfeito do
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para Indicativo
que obtesse, (obtivesse) agora em definitivo, o prestígio de b) Se Grécia e Roma foram = pretérito perfeito do In-
um polo turístico de inegável valor histórico. dicativo
c) ... ainda seja = presente do Subjuntivo
4-)Tinham = pretérito imperfeito do Indicativo. Vamos d) ... como um legado que provê = presente do Indi-
às alternativas: cativo
Consentiu = pretérito perfeito / levaram = pretérito e) Seria = futuro do pretérito do Indicativo
perfeito (e mais-que-perfeito) do Indicativo
Despontava = pretérito imperfeito do Indicativo Vozes do Verbo
Cedesse = pretérito do Subjuntivo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para
5-) indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da
A) Os que levam a vida pensando apenas nos valores ação. São três as vozes verbais:
absolutos talvez fariam melhor se pensassem no encanto
dos pequenos bons momentos. - Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação
B) Há até quem queira saber quem é o maior bandido expressa pelo verbo. Por exemplo:
entre os que recebem destaque nos popularescos progra- Ele fez o trabalho.
mas da TV. sujeito agente ação objeto (pacien-
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos- te)
tem tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tem - Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a
aspirações a ser metafísica. ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levassem em O trabalho foi feito por ele.
conta nossa condição de mortais, não precisariam preocu- sujeito paciente ação agente da pas-
par-se com os degraus da notoriedade. siva

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agen- Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la-
te e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
O menino feriu-se. nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem
o significado de voz passiva como sendo a voz que expres-
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com sa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois
a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE
outro) e AGENTE DA PASSIVA.
Formação da Voz Passiva
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos:
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
analítico e sintético. tancialmente o sentido da frase.
1- Voz Passiva Analítica Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio
do verbo principal. Por exemplo: A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Pas-
A escola será pintada. siva)
O trabalho é feito por ele. Sujeito da Passiva Agente da Passiva

Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de solda- assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Observe mais exemplos:
dos.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não - Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã. Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar mestres.
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
ção das frases seguintes: - Eu o acompanharei.
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) Ele será acompanhado por mim.
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indi-
cativo) Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado,
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
Saiba que:
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle-
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
xivos, são chamados neutros.
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) O vinho é bom.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Aqui chove muito.
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Observe a transformação da frase seguinte: - Há formas passivas com sentido ativo:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva
analítica com outros verbos que podem eventualmente - Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo:
funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou mar- Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
cada pela doença. Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)

- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido


2- Voz Passiva Sintética
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o
sujeito é paciente.
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com Chamo-me Luís.
o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Batizei-me na Igreja do Carmo.
Por exemplo: Operou-se de hérnia.
Abriram-se as inscrições para o concurso. Vacinaram-se contra a gripe.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
sintética. morf54.php

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Vozes dos Verbos A transposição para a voz passiva da oração grifada aci-
ma teria, de acordo com a norma culta, como forma verbal
01. (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A fra- resultante:
se que admite transposição para a voz passiva é: (A) ameaçavam.
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. (B) foram ameaçadas.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma (C) ameaçarem.
grande diversidade de fenômenos. (D) estiver sendo ameaçada.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- (E) forem ameaçados.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da 07. (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA –
vida (...). FCC/2011) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido figurante pode obscurecer a atuação de um protagonista, a
e da falsa consciência. forma verbal obtida será:
(A) pode ser obscurecido.
02. (TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) ... a
(B) obscurecerá.
Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho ...
(C) pode ter obscurecido.
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma
(D) pode ser obscurecida.
verbal corretamente obtida é:
(E) será obscurecida.
a) tinha interrompido.
b) foram interrompidas.
c) fora interrompido. 08.(GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PRO-
d) haviam sido interrompidas. CON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) “todos que são impac-
e) haveriam de ser interrompidas. tados pelas mídias de massa”
03. (FCC-TRE-Analista Judiciário – 2011) Transpondo-se O fragmento transcrito acima apresenta uma constru-
para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional en- ção na voz passiva do verbo. Outro exemplo de voz passiva
frenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á encontra-se em:
a seguinte forma verbal: A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões
(A) são enfrentados. de compra de uma família”
(B) tem enfrentado. B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do
(C) tem sido enfrentada. mercado para a persuasão do público infantil”
(D) têm sido enfrentados. C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as
(E) é enfrentada. crianças brasileiras nas práticas de consumo.”
D) “Elas são assediadas pelo mercado”
04. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – E) “valores distorcidos são de fato um problema de or-
FCC/2012) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a dem ética”
responsabilidade de proteger pela via militar, a comunida-
de internacional [...] observe outro preceito ... 09. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CASA CI-
Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz VIL – EXECUTIVO PÚBLICO – FCC/2010) Transpondo a frase
passiva, a forma verbal resultante será: o diretor estava promovendo seu filme para a voz passiva,
a) é observado. obtém-se corretamente o seguinte segmento:
b) seja observado. (A) tinha recebido promoção.
c) ser observado. (B) estaria sendo promovido.
d) é observada. (C) fizera a promoção.
e) for observado.
(D) estava sendo promovido.
(E) havia sido promovido.
05. (Analista de Procuradoria – FCC – 2013-adap) Trans-
pondo- -se para a voz passiva a frase O poeta teria
10. -) (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012)
aberto um diálogo entre as duas partes, a forma verbal re-
sultante será: Da sede do poder no Brasil holandês, Marcgrave acompa-
A) fora aberto. nhou e anotou, sempre sozinho, alguns fenômenos celestes,
B) abriria. sobretudo eclipses lunares e solares.
C) teria sido aberto. Ao transpor-se a frase acima para a voz passiva, as for-
D) teriam sido abertas. mas verbais resultantes serão:
E) foi aberto. a) eram anotados e acompanhados.
b) fora anotado e acompanhado.
06.(SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II E PRO- c) foram anotados e acompanhados.
FESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011) ...permite d) anota-se e acompanha-se.
que os criadores tomem atitudes quando a proliferação de e) foi anotado e acompanhado.
algas tóxicas ameaça os peixes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO 9-) o diretor estava promovendo seu filme = dois ver-


bos na voz ativa, três na passiva: seu filme estava sendo
01. B 02.B 03. E 04.B 05. C produzido.
06. E 07. D 08. D 09.D 10.C
10-)Marcgrave acompanhou e anotou alguns fenô-
RESOLUÇÃO menos celestes = voz ativa com um verbo (sem auxiliar!),
então na passiva teremos dois: alguns fenômenos foram
1-) acompanhados e anotados por Marcgrave.
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL.
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da nos referindo à relação de dependência estabelecida entre
vida (...). um termo e outro mediante um contexto oracional. Desta
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido feita, os agentes principais desse processo são representa-
e da falsa consciência. dos pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante;
e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado.
2-) ... a Coreia do Norte interrompeu comunicações Dessa forma, temos que a concordância verbal carac-
com o vizinho = voz ativa com um verbo, então a passiva teriza-se pela adaptação do verbo, tendo em vista os que-
terá dois: comunicações com o vizinho foram interrompi- sitos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplifi-
das pela Coreia... cando, temos: O aluno chegou atrasado. Temos que o verbo
apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz refe-
3-) Hoje a autoria institucional enfrenta séria concor- rência a um sujeito, assim também expresso (ele). Como
rência dos autores anônimos = Séria concorrência é en- poderíamos também dizer: os alunos chegaram atrasados.
frentada pela autoria...
Casos referentes a sujeito simples
4-) a comunidade internacional [...] observe outro pre-
ceito = se na voz ativa temos um verbo, na passiva tere- 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com
mos dois: outro preceito seja observado. o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.

5-) O poeta teria aberto um diálogo entre as duas par- 2) Nos casos referentes a sujeito representado por
tes = Um diálogo teria sido aberto... substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pes-
soa do singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
6-) Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa Observação:
Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação... - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto
= voz passiva adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou
poderá ir para o plural:
7-) Um figurante pode obscurecer a atuação de um Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
protagonista. Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos
dois; se na ativa temos dois, na passiva teremos três. Então: 3) Quando o sujeito é representado por expressões
A atuação de um protagonista pode ser obscurecida por partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte
um figurante. de, a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto
pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto
8-) com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resol-
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das deci- veu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar.
sões de compra de uma família” = voz ativa
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do 4) No caso de o sujeito ser representado por expres-
mercado para a persuasão do público infantil” = ativa (ver- sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”,
bo de ligação); não dá para passar para a passiva o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso.
crianças brasileiras nas práticas de consumo.” = ativa
D) “Elas são assediadas pelo mercado” = voz passiva 5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex-
E) “valores distorcidos são de fato um problema de or- pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais
dem ética” = ativa (verbo de ligação); não dá para passar de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
para a passiva Observação:

44
LÍNGUA PORTUGUESA

- No caso da referida expressão aparecer repetida ou 12) Casos relativos a sujeito representado por substan-
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns
necessariamente, deverá permanecer no plural: aspectos que os determinam:
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver-
na campanha de doação de alimentos. bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi-
Mais de um formando se abraçaram durante as soleni- cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de
dades de formatura. Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam-
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po-
dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi tência mundial.
um dos que atuaram na Copa América. - Casos em que o artigo figura no singular ou em que
ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
7) Em casos relativos à concordância com locuções Unidos é uma potência mundial.
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário Casos referentes a sujeito composto
nos atermos a duas questões básicas:
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, es-
também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós tando relacionado a dois pressupostos básicos:
o receberemos. / Alguns de nós o receberão. - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
- Quando o primeiro pronome da locução estiver ex- demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
presso no singular, o verbo permanecerá, também, no sin- - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexio-
gular: Algum de nós o receberá. nar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são
primos.
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa 2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an-
teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus
do singular ou poderá concordar com o antecedente desse
dois filhos compareceram ao evento.
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para
ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao ver-
bo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que toma-
mos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém
com mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no
10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex- singular: Meu esposo e grande companheiro merece toda a
pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará felicidade do mundo.
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô-
da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
Observações: vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de
- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de por- meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha pre-
centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova- miação é fruto de meu esforço.
ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin- Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos
gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da dire- demais termos da oração para que concordem em gênero
toria. e número com o substantivo. Teremos que alterar, portan-
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de to, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso,
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o prono-
me concordam em gênero e número com o substantivo.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado - A pequena criança é uma gracinha.
por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empre- - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
gado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas
Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à
agradeceu o convite. regra geral mostrada acima.

45
LÍNGUA PORTUGUESA

a) Um adjetivo após vários substantivos h) Muito, pouco, caro


- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o - Como adjetivos: seguem a regra geral.
plural ou concorda com o substantivo mais próximo. Comi muitas frutas durante a viagem.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. Pouco arroz é suficiente para mim.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui. Os sapatos estavam caros.

- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural - Como advérbios: são invariáveis.
masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. Comi muito durante a viagem.
- Ela tem pai e mãe louros. Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
- Ela tem pai e mãe loura. Comprei caro os sapatos.
- Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoria-
mente para o plural. i) Mesmo, bastante
- O homem e o menino estavam perdidos. - Como advérbios: invariáveis
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
- Como pronomes: seguem a regra geral.
- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
mais próximo.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco. j) Menos, alerta
- Em todas as ocasiões são invariáveis.
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: Preciso de menos comida para perder peso.
concorda com o mais próximo ou vai para o plural. Estamos alerta para com suas chamadas.
Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos. k) Tal Qual
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda
c) Um substantivo e mais de um adjetivo com o consequente.
- antecede todos os adjetivos com um artigo. As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

- coloca o substantivo no plural. l) Possível


Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. - Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “me-
lhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as ex-
d) Pronomes de tratamento pressões.
- sempre concordam com a 3ª pessoa. A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Vossa Santidade esteve no Brasil. Os melhores cargos possíveis estão neste setor da em-
presa.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado As piores situações possíveis são encontradas nas fave-
- Concordam com o substantivo a que se referem. las da cidade.
As cartas estão anexas.
A bebida está inclusa. m) Meio
Precisamos de nomes próprios. - Como advérbio: invariável.
Obrigado, disse o rapaz. Estou meio (um pouco) insegura.

- Como numeral: segue a regra geral.


f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
- Após essas expressões o substantivo fica sempre no
singular e o adjetivo no plural.
n) Só
Renato advogou um e outro caso fáceis. - apenas, somente (advérbio): invariável.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. Só consegui comprar uma passagem.
g) É bom, é necessário, é proibido - sozinho (adjetivo): variável.
- Essas expressões não variam se o sujeito não vier pre- Estiveram sós durante horas.
cedido de artigo ou outro determinante.
Canja é bom. / A canja é boa. Fonte:
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A en- verbal.htm
trada é proibida.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Concordância Nominal e Verbal De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A con- pectivamente, com:
cordância verbal e nominal está inteiramente correta na (A) Restam… faça… será
frase: (B) Resta… faz… será
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va- (C) Restam… faz... serão
lores que determinam as escolhas dos governantes, para (D) Restam… façam… serão
conferir legitimidade a suas decisões. (E) Resta… fazem… será
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem
ser embasados na percepção dos valores e princípios que 04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alterna-
regem a prática política. tiva em que o trecho
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma-
regime democrático, em que se respeita tanto as liberda- neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.–
des individuais quanto as coletivas. está corretamente reescrito, de acordo com a norma-pa-
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- drão da língua portuguesa.
crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimi- (A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encon-
nadas de um único poder central. trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados insumos básicos.
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi- (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
niões existentes na sociedade. trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
cos ser quantificados.
02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de con- (C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
cordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas até agora uma maneira adequada para que os insumos bá-
em: sicos sejam quantificado.
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimo- trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
ramento intelectual, estão na capacidade de criação do au- mos básicos seja quantificado.
tor, mediante palavras, sua matéria-prima. (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
B) Obras que se considera clássicas na literatura sem- trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
pre delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o os insumos básicos.
leitor ao ultrapassar os limites da época em que vivem seus
autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-pri- 05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO
ma. - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto:
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega-
lhe permitem criar todo um mundo de ficção, em que per- tiva...
sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classi-
leitores, numa verdadeira interação com a realidade. ficação do continente americano (2,0)...
D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei- Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e
tor somente se realiza plenamente caso haja afinidade de II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos
ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o exemplos, em:
crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura. (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da
constitui leitura obrigatória e se tornam referências por seu maioria?
conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época. (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas.
Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha.
03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase
responder à questão. todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas
não está claro até onde pode realmente chegar uma políti- também existem umas que não merecem nossa atenção.
ca baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
para o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a
terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do 06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
carbono e da água em si ___________diferença, as compa- Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de
nhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, peregrinação.
40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer prepara- O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plu-
ção. Portanto, elas começam a usar preços- -sombra. ral caso o segmento grifado seja substituído por:
Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira (A) Há folheteiros que
de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem (B) A maior parte dos folheteiros
eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre (C) O folheteiro e sua família
___________ a segunda opção. (D) O grosso dos folheteiros
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) (E) Cada um dos folheteiros

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LÍNGUA PORTUGUESA

07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas crático não pode (podem) estar subordinado (subordinadas)
em: às ordens indiscriminadas de um único poder central.
(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) volta-
sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dos (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (expõe)
dessas criações poéticas tão originais. as diferentes opiniões existentes na sociedade.
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje 2-)
nas melhores universidades do país. A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa lei-
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que tura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimora-
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mento intelectual, estão na capacidade de criação do autor,
mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer. mediante palavras, sua matéria-prima. = correta
(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e B) Obras que se consideram clássicas na literatura sem-
a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser pre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encantar
resultado do puro e simples desconhecimento. o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que vivem
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os proble- seus autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria
mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de -prima.
representatividade. C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que per-
08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de con- leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
cordância verbal e nominal em: D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como tor somente se realizam plenamente caso haja afinidade de
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica- ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o cres-
cimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
das às mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias
E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que
de hoje.
constituem leitura obrigatória e se tornam referências por
b) A importância de intelectuais como Edward Said e
seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que
3-) _Restam___dúvidas
escreveram.
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre em si __faça __diferença
árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto so- a maioria das políticas de crescimento verde sempre
frimento, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo ____será_____ a segunda opção.
menos de terem alguma trégua. Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a no plural quanto no singular. Nas alternativas não há “res-
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo tam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as opções
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores adequadas.
que admiradores.
e) No final do século XX já não se via muitos intelec- 4-)
tuais e escritores como Edward Said, que não apenas era (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
notícia pelos livros que publicavam como pelas posições trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
que corajosamente assumiam. insumos básicos.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
GABARITO trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
cos serem quantificados.
01. A 02. A 03. A 04. E 05. A (C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
06. E 07. |B 08. D trou até agora uma maneira adequada para que os insumos
básicos sejam quantificados.
RESOLUÇÃO (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
trou até agora uma maneira adequada para que os insumos
1-) Fiz os acertos entre parênteses: básicos sejam quantificados.
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va- (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
lores que determinam as escolhas dos governantes, para trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
conferir legitimidade a suas decisões. os insumos básicos. = correta
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos 5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
valores e princípios que regem a prática política. aos itens:
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver- (A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei- tem (singular)
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)

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LÍNGUA PORTUGUESA

(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-


ram (plural) REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
umas (plural)
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas
as formas estão no plural) Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus comple-
6-) mentos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as pala-
A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto vras, criando frases não ambíguas, que expressem efetiva-
“folheterios”) mente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional)
C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto) Regência Verbal
D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional)
Termo Regente: VERBO
E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular
A regência verbal estuda a relação que se estabelece
7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta: entre os verbos e os termos que os complementam (obje-
(A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a conside- tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos
rar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capa- adverbiais).
zes de fruir dessas criações poéticas tão originais. O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nos-
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status sa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje conhecermos as diversas significações que um verbo pode
nas melhores universidades do país. assumir com a simples mudança ou retirada de uma pre-
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que posição. Observe:
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar,
mesmos requizessem (requeressem) o respeito que faziam contentar.
por merecer. A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar
(D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desva- agrado ou prazer”, satisfazer.
lorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
só pode (podem) ser resultado do puro e simples desco- “agradar a alguém”.
nhecimento.
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que Saiba que:
os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados O conhecimento do uso adequado das preposições é
à falta de representatividade. um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver-
bal (e também nominal). As preposições são capazes de
8-) Fiz as correções entre parênteses: modificar completamente o sentido do que se está sendo
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como dito. Veja os exemplos:
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofis- Cheguei ao metrô.
ticadas às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns Cheguei no metrô.
(comum) nos dias de hoje.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se-
b) A importância de intelectuais como Edward Said e
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim de
polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros
indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da lín-
que escreveram. gua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem di-
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en- vergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns
tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto verbos, e a regência culta.
sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos
(ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter) de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém,
alguma trégua. não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a diferentes formas em frases distintas.
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores Verbos Intransitivos
que admiradores.
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
intelectuais e escritores como Edward Said, que não apenas importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
posições que corajosamente assumiam. - Chegar, Ir
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver-
biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fui ao teatro. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:


Adjunto Adverbial de Lugar - Consistir - Tem complemento introduzido pela pre-
posição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direi-
Ricardo foi para a Espanha. tos iguais para todos.
Adjunto Adverbial de Lugar
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple-
- Comparecer mentos introduzidos pela preposição “a”:
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
em ou a. Eles desobedeceram às leis do trânsito.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o
último jogo. - Responder - Tem complemento introduzido pela pre-
posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
Verbos Transitivos Diretos quem” ou “ao que” se responde.
Respondi ao meu patrão.
Os verbos transitivos diretos são complementados por Respondemos às perguntas.
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição Respondeu-lhe à altura.
para o estabelecimento da relação de regência. Ao em-
pregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pro- quando exprime aquilo a que se responde, admite voz pas-
nomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas siva analítica. Veja:
verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após O questionário foi respondido corretamente.
formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen-
lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. te.
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abando-
nar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, ad- - Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
mirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, tos introduzidos pela preposição “com”.
castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, Antipatizo com aquela apresentadora.
eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, Simpatizo com os que condenam os políticos que gover-
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. nam para uma minoria privilegiada.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
como o verbo amar: Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Amo aquele rapaz. / Amo-o.
Amo aquela moça. / Amo-a. Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa-
Amam aquele rapaz. / Amam-no. nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta-
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. que, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar. São verbos
que apresentam objeto direto relacionado a coisas e obje-
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses ver- to indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos:
bos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
adnominais). Agradeço aos ouvintes a audiência.
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Objeto Indireto Objeto Direto
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
reira) Paguei o débito ao cobrador.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu- Objeto Direto Objeto Indireto
mor)
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
Verbos Transitivos Indiretos com particular cuidado. Observe:
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Os verbos transitivos indiretos são complementados Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi- Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
gem uma preposição para o estabelecimento da relação de Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter- Paguei minhas contas. / Paguei-as.
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos Informar
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos Informe os novos preços aos clientes.
lhe, lhes. Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
preços)

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Na utilização de pronomes como complementos, veja AGRADAR


as construções: - Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. nhos, acariciar.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so- Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada
bre eles) quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. /
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.
os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar
Comparar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as introduzido pela preposição “a”.
preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento O cantor não agradou aos presentes.
indireto.
O cantor não lhes agradou.
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma
criança.
ASPIRAR
Pedir - Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi-
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
forma de oração subordinada substantiva) e indireto de pes-
soa. - Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
Pedi-lhe favores. como ambição: Aspirávamos a melhores condições de vida.
Objeto Indireto Objeto Direto (Aspirávamos a elas)

Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais áto-
Objetiva Direta nas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela
(s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
Saiba que: Aspiravam a ela)
- A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua ASSISTIR
culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra - Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
licença estiver subentendida. tar assistência a, auxiliar. Por exemplo:
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infiniti-
vo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). - Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-
ciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
- A construção “dizer para”, também muito usada po- Assistimos ao documentário.
pularmente, é igualmente considerada incorreta. Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
Preferir
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indi-
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
reto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa
Prefiro trem a ônibus. conturbada cidade.

Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado CHAMAR


sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil ve- - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar,
zes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefi- solicitar a atenção ou a presença de.
xo existente no próprio verbo (pre). Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá cha-
Mudança de Transitividade X Mudança de Significa- má-la.
do Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.

Há verbos que, de acordo com a mudança de transi- - Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
tividade, apresentam mudança de significado. O conheci- apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predi-
mento das diferentes regências desses verbos é um recurso cativo preposicionado ou não.
linguístico muito importante, pois além de permitir a correta A torcida chamou o jogador mercenário.
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades A torcida chamou ao jogador mercenário.
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, A torcida chamou o jogador de mercenário.
estão: A torcida chamou ao jogador de mercenário.

51
LÍNGUA PORTUGUESA

CUSTAR - Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,


- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado estimar, amar.
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: Quero muito aos meus amigos.
Frutas e verduras não deveriam custar muito. Ele quer bem à linda menina.
Despede-se o filho que muito lhe quer.
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
ou transitivo indireto. VISAR
Muito custa viver tão longe da família. - Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
Verbo Oração Subordinada Substantiva rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
Subjetiva O homem visou o alvo.
Intransitivo Reduzida de Infinitivo O gerente não quis visar o cheque.

Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela - No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
atitude. objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
Objeto Oração Subordinada Substantiva O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Subjetiva Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
Indireto Reduzida de Infinitivo público.
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções ESQUECER – LEMBRAR
que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado - Lembrar algo – esquecer algo
por pessoa. Observe: - Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (prono-
Custei para entender o problema. minal)
Forma correta: Custou-me entender o problema.
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,
IMPLICAR exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
exigem complemento com a preposição “de”. São, portan-
implicavam um firme propósito.
to, transitivos indiretos:
b) Ter como consequência, trazer como consequência,
- Ele se esqueceu do caderno.
acarretar, provocar: Liberdade de escolha implica amadure-
- Eu me esqueci da chave.
cimento político de um povo.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
econômicas. Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-
brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é tran- alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
sitivo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
quem não trabalhasse arduamente. clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
PROCEDER - Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter - Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e
de adjunto adverbial de modo. indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de al-
As afirmações da testemunha procediam, não havia guma coisa).
como refutá-las. SIMPATIZAR
Você procede muito mal. Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo- simpatizei com os jurados.
sição” de”) e fazer, executar (rege complemento introduzi-
do pela preposição “a”) é transitivo indireto. NAMORAR
O avião procede de Maceió. É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Ma-
Procedeu-se aos exames. ria namora João.
O delegado procederá ao inquérito. Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.

QUERER OBEDECER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com
vontade de, cobiçar. a preposição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
Querem melhor atendimento. Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode
Queremos um país melhor. ser usado na voz passiva: A fila não foi obedecida.

52
LÍNGUA PORTUGUESA

VER
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o filme.

Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vá-
rios nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa,
nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes:
todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atenta-
mente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Questões sobre Regência Nominal e Verbal

01. (Administrador – FCC – 2013-adap.).


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
A) ...astros que ficam tão distantes ...
B) ...que a astronomia é uma das ciências ...
C) ...que nos proporcionou um espírito ...
D) ...cuja importância ninguém ignora ...
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

53
LÍNGUA PORTUGUESA

02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
adap.). mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço
... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo
filhos do sueco. – do que em outros.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de com- (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu
plementos que o grifado acima está empregado em: espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável
A) ...que existe uma coisa chamada exército... em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros.
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- 06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a
cia... alternativa correta quanto à regência dos termos em destaque.
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro... (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a res-
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atre- ponsabilidade pelo problema.
vimento. (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter
se perdido.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em um índio na porta do prédio.
partes desiguais... (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se per-
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que dido de sua família.
o grifado acima está empregado em: (E) A família toda se organizou para realizar a procura à
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a garotinha.
extremos de sutileza.
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale a al-
do nos troncos mais robustos. ternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- do texto, de acordo com as regras de regência.
rientam, não raro, quem... Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já as-
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho sinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal
na serra de Tunuí... e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a
gentio, mestre e colaborador... mídia pode exercer sobre os jovens.
A) dos … na
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). B) nos … entre a
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... C) aos … para a
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que D) sobre os … pela
o da frase acima se encontra em: E) pelos … sob a
A) A palavra direito, em português, vem de directum,
do verbo latino dirigere... GABARITO
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das 01. D 02. D 03. A 04. A 05. D
sociedades... 06. A 07. C
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado
pela justiça. RESOLUÇÃO
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspi-
rações da justiça... 1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o outras ciências ...
sentimento de justiça. Facilitar – verbo transitivo direto
A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de li-
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter- gação
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência
de ligação
nominal e à pontuação.
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran-
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida-
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço sitivo direto e indireto
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro =
do que em outros. verbo transitivo indireto
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra-
pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o 2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um nos filhos do sueco.
exemplo!, do que em outros. Pedir = verbo transitivo direto e indireto
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra- A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran-
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o sitivo direto
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de
exemplo, do que em outros. ligação

54
LÍNGUA PORTUGUESA

C) ...compareceu em companhia da mulher à delega-


cia... =verbo intransitivo CRASE.
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi-
mento. =transitivo direto

3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”,
em partes desiguais... “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à “jun-
Constar = verbo intransitivo ção” de duas vogais idênticas. É de grande importância a cra-
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- se da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a”
do nos troncos mais robustos. =ligação inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a”
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento
rientam, não raro, quem... =transitivo direto grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho grave depende da compreensão da fusão das duas vogais. É
na serra de Tunuí... = transitivo direto fundamental também, para o entendimento da crase, domi-
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o nar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto “a”. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender
a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... artigo ou pronome. Observe:
Vou a + a igreja.
Lidar = transitivo indireto
Vou à igreja.
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das
sociedades... =transitivo direto
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”,
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado
exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do ar-
pela justiça. =ligação
tigo “a” que está determinando o substantivo feminino igre-
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira-
ja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se
ções da justiça... =transitivo direto e indireto
unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
os outros exemplos:
sentimento de justiça. =transitivo direto
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon-
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhe-
tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re-
cer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase
gência (pontuação encontra-se em tópico específico)
não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transiti-
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam,
vo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige a prepo-
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon-
sição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o termo
tuação)
seguinte seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto
um dos pronomes já especificados.
à pontuação)
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- Casos em que a crase NÃO ocorre:
mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço - diante de substantivos masculinos:
seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do Andamos a cavalo.
que em outros. Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
6-) Fazer o exercício a lápis.
(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por ter Compramos os móveis a prazo.
se perdido.
(C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de um - diante de verbos no infinitivo:
índio na porta do prédio. A criança começou a falar.
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se perdido Ela não tem nada a dizer.
de sua família.
(E) A família toda se organizou para realizar a procura Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
pela garotinha. exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá
crase.
7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se reportou
já assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem - diante da maioria dos pronomes e das expressões
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia. de tratamento, com exceção das formas senhora, se-
A pesquisa faz um alerta para a influência negativa nhorita e dona:
que a mídia pode exercer sobre os jovens. Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de on-
tem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método: troque a palavra
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)

- diante de numerais cardinais:


Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

- diante de palavras femininas:


Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

- na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.

- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de
Crase diante de Nomes de Lugar
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:

Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] França.)


Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)

*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Vou à praia. = Volto da praia.

- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:


Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Irei à Salvador de Jorge Amado.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele A Palavra Distância


(s), Aquela (s), Aquilo
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a
termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo: crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à distância de
100km daqui. (A palavra está determinada)
Refiro-me a + aquele atentado. Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A
Preposição Pronome palavra está especificada.)
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não
Refiro-me àquele atentado. pode ocorrer. Por exemplo:
Os militares ficaram a distância.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transi- Gostava de fotografar a distância.
tivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige Ensinou a distância.
Dizem que aquele médico cura a distância.
preposição, portanto, ocorre a crase. Observe este outro
Reconheci o menino a distância.
exemplo:
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguida-
Aluguei aquela casa.
de, pode-se usar a crase. Veja:
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não Gostava de fotografar à distância.
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja Ensinou à distância.
outros exemplos: Dizem que aquele médico cura à distância.
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram. Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito. - diante de nomes próprios femininos:
Assisti àquele filme três vezes. Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes
Espero aquele rapaz. próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Ob-
Fiz aquilo que você disse. serve:
Comprei aquela caneta. Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo fe-
minino diante de nomes próprios femininos, então podemos
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual escrever as frases abaixo das seguintes formas:
e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto.
pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possí- Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Roberto.
vel detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a - diante de pronome possessivo feminino:
substituição do termo regido feminino por um termo regi- Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro-
do masculino. Por exemplo: nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
artigo. Observe:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade. por você.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está espe-
crase. Veja outros exemplos: rando por você.
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pro-
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. nomes possessivos femininos, então podemos escrever as
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam frases abaixo das seguintes formas:
responder nenhuma das questões. Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
A sessão à qual assisti estava vazia. Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.

Crase com o Pronome Demonstrativo “a” - depois da preposição até:
Fui até a praia. ou Fui até à praia.
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à por-
“a” também pode ser detectada através da substituição do ta.
termo regente feminino por um termo regido masculino. A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra
Veja: vai até às cinco horas da tarde.
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país. Questões sobre Crase
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes. 01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as discus-
Suas perguntas são superiores às dele. sões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos jurídicos
Seus argumentos são superiores aos dele. ou policiais. É como se suas únicas consequências estivessem
Sua blusa é idêntica à de minha colega. em legalismos, tecnicalidades e estatísticas criminais. Raro
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. ler ____respeito envolvendo questões de saúde pública como

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LÍNGUA PORTUGUESA

programas de esclarecimento e prevenção, de tratamento O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP)


para dependentes e de reintegração desses____ vida. Quantos também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ res-
de nós sabemos o nome de um médico ou clínica ____quem socialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
tentar encaminhar um drogado da nossa própria família? -lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e
17.09.2012. Adaptado) uma vida digna.
(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Aces-
respectivamente, com: so em: 18.08.2012. Adaptado)
(A) aos … à … a … a
(B) aos … a … à … a Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti-
(C) a … a … à … à vamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-pa-
(D) à … à … à … à drão da língua portuguesa.
(E) a … a … a … a A) à … à … à
B) a … a … à
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia C) a … à … à
o texto a seguir. D) à … à ... a
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, cor- E) a … à … a
reu ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira
causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______ carto- 06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
mante restituiu--lhe ______ confiança, e que o rapaz repreen- LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
deu-a por ter feito o que fez. Assinale a alternativa que completa as lacunas do trecho a
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. seguir, empregando o sinal indicativo de crase de acordo
Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6) com a norma-padrão.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na Não nos sujeitamos ____ corrupção; tampouco cederemos
ordem dada: espaço ____ nenhuma ação que se proponha ____ prejudicar
A) à – a – a nossas instituições.
B) a – a – à (A) à … à … à
C) à – a – à (B) a … à … à
D) à – à – a (C) à … a … a
E) a – à – à (D) à … à … a
03 (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU- (E) a … a … à
NESP/2013) De acordo com a norma-padrão da língua 07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente NESP – 2013-adap) O acento indicativo de crase está cor-
empregado em: retamente empregado em:
(A) A população, de um modo geral, está à espera de A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen- desejos.
sarem a sua postura. B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à nos mecanismos biológicos de controle emocional.
punições muito mais severas. C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade
vida dos demais motoristas e de pedestres. alimentam a violência crescente nas cidades.
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
da nova lei para que ela possa funcionar. dade atinge os mais vulneráveis.

04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não 08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e O sinal indicativo de crase está correto em:
efervescente. A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase área de biotecnologia.
se o segmento grifado for substituído por: B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
à educação dos filhos.
A) leitura apressada e sem profundidade.
C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
B) cada um de nós neste formigueiro.
instalações do prédio.
C) exemplo de obras publicadas recentemente.
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
D) uma comunicação festiva e virtual.
detalhe que envolva a segurança das pessoas.
E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
E) É função da política é dedicar-se à todo problema
que comprometa o bem-estar do cidadão.
05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
NESP – 2013).

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LÍNGUA PORTUGUESA

09. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra
O detetive Gervase Fen, que apareceu em 1944, é um ho- masculina)
mem de face corada, muito afeito ...... frases inteligentes e a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefinido)
citações dos clássicos; sua esposa, Dolly, uma dama meiga e a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa-
sossegada, fica sentada tricotando tranquilamente, impassí- lavra masculina)
vel ...... propensão de seu marido ...... investigar assassinatos.
(Adaptado de P.D.James, op.cit.) 5-) O Instituto Nacional de Administração Prisional
(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio___à__
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepa-
ordem dada:
rá--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa forma, quando
(A) à - à - a
em liberdade, ele estará capacitado__a___ ter uma profissão
(B) a - à - a
(C) à - a - à e uma vida digna.
(D) a - à - à - Apoio a ? Regência nominal pede preposição;
(E) à - a – a - retorno a? regência nominal pede preposição;
- antes de verbo no infinitivo não há crase.
10. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Em qual das op- 6-) Vamos por partes!
ções abaixo o acento indicativo de crase foi corretamente - Quem se sujeita, sujeita-se A algo ou A alguém, por-
indicado? tanto: pede preposição;
A) O dia fora quente, mas à noite estava fria e escura. - quem cede, cede algo A alguém, então teremos obje-
B) Ninguém se referira à essa ideia antes. to direto e indireto;
C) Esta era à medida certa do quarto. - quem se propõe, propõe-se A alguma coisa.
D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. Vejamos:
E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. Não nos sujeitamos À corrupção; tampouco cederemos
GABARITO espaço A nenhuma ação que se proponha A prejudicar
nossas instituições.
01. B 02. A 03. A 04. A 05. D * Sujeitar A + A corrupção;
06.C 07. E 08. B 09.B 10. D * ceder espaço (objeto direto) A nenhuma ação (objeto
indireto. Não há acento indicativo de crase, pois “nenhu-
ma” é pronome indefinido);
RESOLUÇÃO * que se proponha A prejudicar (objeto indireto, no
caso, oração subordinada com função de objeto indireto.
1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais.
Não há acento indicativo de crase porque temos um verbo
Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina
no infinitivo – “prejudicar”).
não há crase)
de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a
7-)
vida = à)
A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar en-
caminhar um drogado da nossa própria família? (antes de com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
pronome indefinido/relativo) desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase)
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la so- nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se
bre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há
que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___ crase)
confiança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
ter feito o que fez. (artigo indefinido)
3-) D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
(A) A população, de um modo geral, está à espera (dá de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra
para substituir por “esperando”) de que masculina)
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen- E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
sarem (antes de verbo) dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi-
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à nal: desfavorável a?)
punições (generalizando, palavra no plural)
(D) À ninguém (pronome indefinido) 8-)
(E) Cabe à todos (pronome indefinido) A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
área de biotecnologia. (artigo indefinido)
4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa- B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à
da e sem profundidade. educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar a )
a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono- C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
me indefinido) instalações do prédio. (verbo no infinitivo)

59
LÍNGUA PORTUGUESA

D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer contexto (= o escrito em que figuram) e na situação (= o
detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome ambiente, as circunstâncias) em que o falante se encontra.
indefinido) Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o
E) É função da política é dedicar-se à todo problema verbo. Exemplo: Tudo parado e morto.
que comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome in-
definido) Quanto ao sentido, as frases podem ser:

9-) Afeito a frases (generalizando, já que o “a” está no Declarativas: aquela através da qual se enuncia algo,
singular e “frases”, no plural) de forma afirmativa ou negativa. Encerram a declaração ou
Impassível à propensão (regência nominal: pede pre- enunciação de um juízo acerca de alguém ou de alguma
posição) coisa:
A investigar (antes de verbo no infinitivo não há acen- Paulo parece inteligente. (afirmativa)
to indicativo de crase) A retificação da velha estrada é uma obra inadiável.
Sequência: a / à / a. (afirmativa)
Nunca te esquecerei. (negativa)
10-) Neli não quis montar o cavalo velho, de pêlo ruço. (ne-
A) O dia fora quente, mas à noite = mas a noite (artigo e gativa)
substantivo. Diferente de: Estudo à noite = período do dia) Interrogativas: aquela da qual se pergunta algo, direta
B) Ninguém se referira à essa ideia antes.= a essa (antes (com ponto de interrogação) ou indiretamente (sem ponto
de pronome demonstrativo) de interrogação). São uma pergunta, uma interrogação:
C) Esta era à medida certa do quarto. = a medida (artigo Por que chegaste tão tarde?
e substantivo, no caso. Diferente da conjunção proporcio- Gostaria de saber que horas são.
nal: À medida que lia, mais aprendia) “Por que faço eu sempre o que não queria” (Fernando
D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. = correta (advér- Pessoa)
bio de modo = apressadamente)
“Não sabe, ao menos, o nome do pequeno?” (Machado
E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. =
de Assis)
palavra masculina
Imperativas: aquela através da qual expressamos uma
ordem, pedido ou súplica, de forma afirmativa ou negativa.
CONSTRUÇÃO FRASAL. Contêm uma ordem, proibição, exortação ou pedido:
“Cale-se! Respeite este templo.” (afirmativa)
Não cometa imprudências. (negativa)
Frase: é todo enunciado capaz de transmitir, a quem “Vamos, meu filho, ande depressa!” (afirmativa)
nos ouve ou lê, tudo o que pensamos, queremos ou senti- “Segue teu rumo e canta em paz.” (afirmativa)
mos. Pode revestir as mais variadas formas, desde a simples “Não me leves para o mar.” (negativa)
palavra até o período mais complexo, elaborado segundo
os padrões sintáticos do idioma. São exemplos de frases: Exclamativas: aquela através da qual externamos uma
admiração. Traduzem admiração, surpresa, arrependimen-
Socorro! to, etc.:
Muito obrigado! Como eles são audaciosos!
Que horror! Não voltaram mais!
Sentinela, alerta! “Uma senhora instruída meter-se nestas bibocas!”
Cada um por si e Deus por todos. (Graciliano Ramos)
Grande nau, grande tormenta.
Por que agridem a natureza? Optativas: É aquela através da qual se exprime um de-
“Tudo seco em redor.” (Graciliano Ramos) sejo:
“Boa tarde, mãe Margarida!” (Graciliano Ramos) Bons ventos o levem!
“Fumaça nas chaminés, o céu tranquilo, limpo o terrei- Oxalá não sejam vãos tantos sacrifícios!
ro.” (Adonias Filho) “E queira Deus que te não enganes, menino!” (Carlos
“As luzes da cidade estavam amortecidas.” (Érico Ve- de Laet)
ríssimo) “Quem me dera ser como Casimiro Lopes!” (Graciliano
“Tropas do exército regular do Sul, ajustadas pelos seus Ramos)
aliados brancos de além mar, tinham sido levadas em heli-
cópteros para o lugar onde se presumia estivesse o inimigo, Imprecativas: Encerram uma imprecação (praga, mal-
mas este se havia sumido por completo.” (Érico Veríssimo) dição):
“Esta luz me falte, se eu minto, senhor!” (Camilo Cas-
As frases são proferidas com entoação e pausas espe- telo Branco)
ciais, indicadas na escrita pelos sinais de pontuação. Mui- “Não encontres amor nas mulheres!” (Gonçalves Dias)
tas frases, principalmente as que se desviam do esquema “Maldito seja quem arme ciladas no seu caminho!”
sujeito + predicado, só pode ser entendidas dentro do (Domingos Carvalho da Silva)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de d) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
frase podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No e) Tão preta como o túnel!
primeiro caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O f) Quem bom!
que caracteriza e distingue esses diferentes tipos de frase é g) As ovelhas são mansas e pacientes.
a entoação, ora ascendente ora descendente. h) Que espírito irônico e livre!
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só po-
dem ser integralmente captados se atentarmos para o con- 05. Escreva para cada frase o tipo a que pertence: decla-
texto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das rativa, interrogativa, imperativa e exclamativa:
situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, a) Que flores tão aromáticas!
na frase “Que educação!”, usada quando se vê alguém in- b) Por que é que não vais ao teatro mais vezes?
vadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, c) Devemos manter a nossa escola limpa.
ela expressa exatamente o contrário do que aparentemen- d) Respeitem os limites de velocidade.
te diz. e) Já alguma vez foste ao Museu da Ciência?
A entoação é um elemento muito importante da frase f) Atravessem a rua com cuidado.
falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. g) Como é bom sentir a alegria de um dever cumprido!
Dependendo de como é dita, uma frase simples como “É h) Antes de tomar banho no mar, deve-se olhar para a
ela.” pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indigna- cor da bandeira.
ção, decepção, etc. i) Não te quero ver mais aqui!
A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, con- j) Hoje saímos mais cedo.
forme o tom com que a proferimos. Observe:
Olavo esteve aqui. Respostas
Olavo esteve aqui? 1-“a” e “d”
Olavo esteve aqui?! 2- a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d) optati-
va; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h) declarativa
Olavo esteve aqui!
3- a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,
procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!
Exercícios
4- a/b/d/g
5- a) exclamativa; b) interrogativa; c) declarativa; d) impe-
01. Marque apenas as frases nominais: rativa; e) interrogativa; f) imperativa; g) exclamativa; h) decla-
a) Que voz estranha! rativa; i) imperativa; j) declarativa
b) A lanterna produzia boa claridade.
c) As risadas não eram normais.
d) Luisinho, não!
EMPREGO DE CONECTORES.
02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa,
exclamativa, optativa ou imperativa.
a) Você está bem? Conector é uma designação genérica para as palavras ou
b) Não olhe; não olhe, Luisinho! locuções que servem para ligar ideias ou orações, permitindo
c) Que alívio! construir frases complexas. Embora a conjunção seja a clas-
d) Tomara que Luisinho não fique impressionado! se de palavras mais representativa desta função, também os
e) Você se machucou? pronomes, as preposições, os advérbios e até os verbos,
f) A luz jorrou na caverna. para além da própria pontuação, servem para ligar orações.
g) Agora suma, seu monstro!
h) O túnel ficava cada vez mais escuro. Segue abaixo alguns exemplos de conectores:

03. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga Conjunções:


o modelo: Rómulo de Carvalho é, ainda hoje, um conhecido poeta,
Luisinho ficou pra trás. (declarativa) professor e historiador, mas é pouco divulgada a sua faceta
Lusinho, fique para trás. (imperativa) de pedagogo, embora sejam de grande interesse e enorme
  atualidade a maior parte dos seus diversos textos pedagó-
a) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos. gicos.
b) Luisinho procurou os fósforos no bolso.
Pronomes relativos:
c) Os meninos olharam à sua volta.
A facilidade das comunicações, que nos permite ter no-
tícia, até simultânea, dos acontecimentos que se estão a
04. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm
verbos. Assinale, pois, as frases verbais: passar em qualquer lugar do globo, tornam-nos comparsas
a) Deus te guarde! de um espetáculo enervante no qual as múltiplas crises nos
b) As risadas não eram normais. tocam, alarmam e deprimem. (adap. de Rómulo de Carva-
c) Que ideia absurda! lho, “O estado atual do ensino da Física”).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Preposições: OBSERVAÇÃO: A conjunção “pois”, pode ser explicati-


Era um homem preocupado e atento às dificuldades sen- va (pode ser substituída por “porque”) ou conclusiva.  
tidas pelos estagiários e professores, com perfeita consciência o Ex.:
de que o Estado não cumpria a sua parte na eficaz organiza-  Estamos estudando muito, pois queremos passar
ção e planificação do ensino, de acordo com as necessidades nas provas. (explicação)
que eram sentidas por alunos e professores.  Queremos passar nas provas. Precisamos, pois, es-
tudar muito. (conclusão).
Advérbios:
Não estava satisfeito com a situação no país, talvez até ti- ADITIVAS
vesse contemplado a ideia de sair de Portugal, possivelmente o Valores semânticos: adição, soma, acréscimo:
leccionar em Inglaterra, entretanto o palco, por excelência, da  E, nem (e não), não só... mas também, mas ainda,
aplicação de novos programas e novos métodos no ensino como também, ademais, outrossim, etc.
liceal.  Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

Verbos (no gerúndio, particípio e infinitivo): ADVERSATIVAS


O professor terá sido um excelente examinador oficial, o Valores semânticos: oposição, contraste, adversi-
a avaliar pelos seus rigorosos critérios e grau de exigência, dade, ressalva:
tendo sido o principal examinador estatal em Lisboa durante  Mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no en-
uma década, apreciados que eram os seus métodos de avalia- tanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...
ção do desempenho de estagiários no ensino liceal.  Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

Segue um pequeno resumo sobre os principais conec- ALTERNATIVAS


tores: o Valores semânticos: alternância, escolha ou exclu-
são:
Conjunções  Ou...ou; ora...ora, já...já, seja...seja, quer...quer, não...
nem etc.
Conjunções são palavras invariáveis que unem orações  Ex.: Ora estudava, ora trabalhava.
ou termos semelhantes (de mesma função sintática). Assim,
uma conjunção liga: EXPLICATIVAS
o duas orações; o Valores semânticos: explicação, justificativa, moti-
o duas palavras de mesma função em uma oração. vo, razão:
o João e Sérgio são grandes empreendedores. (ligando  Porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...
dois núcleos do sujeito, termos de mesma função sintática)  Ex.: Vamos indo, que já é tarde. 
o João é pernambucano e Sérgio é cearense. (ligando
orações coordenadas entre si) OBSERVAÇÃO
Não se deve apenas conhecer todas as conjunções, é pre- Há gramáticos que tratam as conjunções explicativas
ciso ficar atento ao contexto da frase., pois uma mesma con- associadas às causais, que são subordinativas. O valor se-
junção pode exercer valores semânticos diferentes. É preciso mântico de explicação e causa andam muito próximos.
saber a que grupo pertence uma determinada conjunção e “Porque” e “porquanto” indicam explicação, mas também
quais são os sinônimos dessa conjunção. podem indicar causa.

LOCUÇÕES CONJUNTIVAS: Duas ou mais palavras em- A conjunção “e” (aditiva) pode aparecer com valor ad-
pregadas com valor de conjunção. Ex.: versativo.
o se bem que, a fim de que, ainda que, à medida que... o Ex.: É ferida que dói e não se sente” (Camões). (=
mas)
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES A conjunção “mas” (adversativa) pode aparecer com
Para se ter um bom domínio sobre o estudo das con- valor aditivo.
junções é preciso também estar bastante atento às relações o Ex.: Era um homem trabalhador, mas principalmen-
lógico discursivas (relações lógicas dentro do discurso da fra- te honesto. (além de ser trabalhador ele também é honesto,
se: causa, consequência, explicação, finalidade etc.) por elas uma qualidade se soma à outra)
estabelecidas.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
TEMPORAIS
CONCLUSIVAS o Valores semânticos: tempo (ou temporalidade), re-
o Valores semânticos: conclusão, fechamento, fina- lação cronológica.
lização:  Logo que, quando, enquanto, até que, antes que,
 Logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre
(posposto ao verbo), então, destarte, dessarte... que etc.
 Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no con-  Ex.:
curso.  Enquanto todos dormiam, eu estudava. (temporal)

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LÍNGUA PORTUGUESA

 Desde que ele chegou não para de reclamar. (tem- OBSERVAÇÃO: As conjunções concessivas indicam
poral) oposição, contraste. Cuidado para não confundi-las com as
 Você pode sair desde que termine o trabalho. (con- coordenativas, as adversativas. A concessão está vinculada
dicional) a uma permissão mediante quebra de expectativa.
CONFORMATIVAS
CONDICIONAIS ◦Valores semânticos: conformidade, consonância,
o Valores semânticos: condição (condicionalidade), igualdade/semelhança, concordância...
pré-requisito, hipótese, algo supostamente esperado. ■Conforme, como, segundo, consoante, que (todas
 Se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo com o mesmo valor de “conforme”).
se, a menos que, a não ser que... ■Ex.: Todo saiu conforme combinamos.
 Ex.: Se você estudar muito, passará nas provas.
COMPARATIVAS
PROPORCIONAIS ◦Valores semânticos: comparação, analogia, paralelo...
o Valores semânticos: proporção, proporcionalida- ■Como, assim como, mais... (do) que, menos... (do)
de, simultaneidade, concomitância
que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto..., qual ou
 À medida que, à proporção que, ao passo que,
como (precedidos de tal)...
quanto mais (ou menos), mais/menos (quanto mais, quan-
■Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)
to menos), tanto mais (ou menos), mais/menos (tanto mais,
tanto menos) etc.
 Ex.: À medida que estudava, aprendia o assunto OBSERVAÇÃO: Sempre que houver uma conjunção
das provas. comparativa o período é composto porque depois dela há
outro verbo escondido: “Ele dorme como um urso dorme”.
FINAIS
◦Valores semânticos: finalidade, objetivo, intenção, in- CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS INTEGRANTES
tuito. ◦Que, se, quando, quanto(a)(s), onde, qual, quem...
■ A fim de que, para que, que e porque (= para que), ◦Quando iniciarem oração ‘equivalente’ aos pronomes
etc. “isso, esse(a)(s
■ Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas pro- Ex.:
vas. Necessito de que me ajudem. (=Necessito disso)
Pergunto se tudo estava bem. (=Perguntou isso)
CAUSAIS Perguntou quando ela irá chegar.
◦Valores semânticos: causa (ou causalidade), motivo, Perguntou quanto custa a casa.
razão. Perguntou onde você estava.
■ Porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já Perguntou qual era a sua idade.
que, posto que, por isso que etc. Perguntou quem iria sair com você.
■ Ex.: Já que você vem se dedicando bastante aos es-
tudos, suas chances de aprovação em concursos são enor- OBSERVAÇÃO: Conjunção integrante x pronome rela-
mes. tivo:
Pronome relativo: QUE – quando pode ser trocado por
CONSECUTIVAS “o (a) (s) qual (is)”.
◦Valores semânticos: consequência, resultado, produto. Ex.:
■ Que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), sem O livro que eu li é ótimo. (que = o qual)
que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira
As pessoas que conheço são maravilhosas. (que = as
que, que (equivalendo a sem que) etc.
quais)
■ Ex.: Falou tanto que ficou rouco.
◦Conjunção integrante: QUE – quando pode ser troca-
■ Observação: Relação de causa-consequência – é de
do por “isso/esse (a)”
natureza sintático-semântica (valor que a palavra adquire
em seu contexto de uso) e independe da classificação sin- Ex.: Estou certo de que você passará nas provas. (=Es-
tática do período. tou certo disso)
■ Ex.: Falou tanto (causa) que ficou muito rouco (con-
sequência). Exercícios
■ Vamos logo (consequência), pois já é tarde (causa). 1. No período “Os banqueiros já puderam comemorar
o investimento, pois o índice de risco e de instabilidade do
CONCESSIVAS Brasil caiu”, a conjunção pois estabelece uma relação de:
◦Valores semânticos: concessão, contraste, consenti- a) explicação
mento, licença, quebra de expectativa, oposição b) oposição
■(muito) embora, ainda que, se bem que, mesmo que, c) condição
mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, d) causa
malgrado, não obstante, inobstante, em que pese... e) comparação
■Ex.: Embora discordasse, aceitei suas condições.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2. Observe atentamente os segmentos ainda não con- Respostas:


tidos pelo estigma de improdutivos e ainda não constran- 1.A
gidos pela impaciência. No contexto, eles
a) expressam ideias que estão unicamente justapostas, 2.B
sem nenhuma outra relação entre elas.
b) expressam, respectivamente, uma causa e uma con- 3. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões sur-
sequência. giram.
c) estão em relação de alternância. Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.
d) expressam dois desejos, por isso estão associados Quero desculpar-me, mas não consigo encontrá-los.
como se estivessem unidos pela conjunção e.
e) expressam comparação entre dois fatos. 4.E

5.C A condição necessária para procurar emprego é


3. Relacione as orações coordenadas por meio de con-
entrar na faculdade.
junções indicadas nos parênteses:
a) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões sur-
6. B Por isso – conjunção conclusiva. Porque – con-
giram. (Aditiva)
junção explicativa. Mas – conjunção adversativa. Portanto
b) Não durma sem cobertor. A noite está fria. (Expli-
– conjunção conclusiva. Que – conjunção explicativa.
cativa)
c) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los. 7. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda
(Adversativa) estava fria, por isso as praias permaneciam desertas.
4. (PUC-SP) – Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes
como o marulhar das ondas...” a partícula como expressa
uma ideia de: COMPREENSÃO DE TEXTOS.
a) causa
b) explicação
c) conclusão É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi-
d) proporção co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso,
e) comparação vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento
de responder às questões relacionadas a textos.
5. (FUVEST – SP) – “Entrando na faculdade, procurarei
emprego”, oração sublinhada pode indicar uma ideia de: Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio-
a) concessão nadas entre si, formando um todo significativo capaz de
b) oposição produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e
c) condição decodificar ).
d) lugar
e) consequência Contexto – um texto é constituído por diversas frases.
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz li-
6. (Univ. Fed. Santa Maria – RS) – Assinale a sequência gar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condi-
de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada ções para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A
item, uma correta relação de sentido. essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que
1. Correu demais, ... caiu. o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma
2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz. frase for retirada de seu contexto original e analisada se-
3. A matéria perece, ... a alma é imortal. paradamente, poderá ter um significado diferente daquele
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens inicial.
com detalhes.
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde. Intertexto - comumente, os textos apresentam referên-
cias diretas ou indiretas a outros autores através de cita-
a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
b) por isso, porque, mas, portanto, que Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma in-
c) logo, porém, pois, porque, mas terpretação de um texto é a identificação de sua ideia prin-
d) porém, pois, logo, todavia, porque cipal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fun-
e) entretanto, que, porque, pois, portanto damentações, as argumentações, ou explicações, que levem
ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
7. Reúna as três orações em um período composto por
coordenação, usando conjunções adequadas. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
Os dias já eram quentes. - Identificar – é reconhecer os elementos fundamen-
A água do mar ainda estava fria. tais de uma argumentação, de um processo, de uma época
As praias permaneciam desertas. (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais
definem o tempo).

64
LÍNGUA PORTUGUESA

- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que


de diferenças entre as situações do texto. relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
com uma realidade, opinando a respeito. pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun- me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se
dárias em um só parágrafo. vai dizer e o que já foi dito.
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala- OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
vras. -a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
Condições básicas para interpretar
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer
Fazem-se necessários: também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
literários, estrutura do texto), leitura e prática; cedente.
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do Os pronomes relativos são muito importantes na in-
texto) e semântico; terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
Observação – na semântica (significado das palavras) coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono- existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua- a saber:
gem, entre outros. - que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente,
- Capacidade de observação e de síntese e mas depende das condições da frase.
- Capacidade de raciocínio. - qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa)
Interpretar X compreender
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído.
Interpretar significa
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. - como (modo)
- Através do texto, infere-se que... - onde (lugar)
- É possível deduzir que... quando (tempo)
- O autor permite concluir que... quanto (montante)
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Exemplo:
Compreender significa Falou tudo QUANTO queria (correto)
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
está escrito. aparecer o demonstrativo O ).
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que... Dicas para melhorar a interpretação de textos
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
ção...
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
- o narrador afirma...
assunto;
Erros de interpretação - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa
a leitura;
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto
de erros de interpretação. Os mais frequentes são: pelo menos duas vezes;
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con- - Inferir;
texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por - Voltar ao texto quantas vezes precisar;
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção autor;
apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con- - Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do compreensão;
entendimento do tema desenvolvido. - Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada
questão;
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias con-
trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo- - O autor defende ideias e você deve percebê-las.
cadas e, consequentemente, errando a questão.
Fonte:
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova gues/como-interpretar-textos
de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
que o autor diz e nada mais.

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LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÕES Casamento

1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 Há mulheres que dizem:


- ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, conside- Meu marido, se quiser pescar, pesque,
re o texto abaixo. mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
A marca da solidão ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de de vez em quando os cotovelos se esbarram,
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a ele fala coisas como “este foi difícil”
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de “prateou no ar dando rabanadas”
penumbra na tarde quente. e faz o gesto com a mão.
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com atravessa a cozinha como um rio profundo.
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- Por fim, os peixes na travessa,
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é vamos dormir.
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a Coisas prateadas espocam:
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. somos noivo e noiva.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja- (Adélia Prado, Poesia Reunida)
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que
(A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não
No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo gostam que os maridos frequentem pescarias, pois acham
reduzido no qual o menino detém sua atenção é difícil limpar os peixes.
(A) fresta. (B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres
(B) marca. que não gostam de limpar os peixes, embora valorizem os
(C) alma. esbarrões de cotovelos na cozinha.
(D) solidão. (C) há mulheres casadas que não gostam de ficar sozi-
(E) penumbra. nhas com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os
peixes.
Texto para a questão 2: (D) as mulheres que amam valorizam os momentos
mais simples do cotidiano vividos com a pessoa amada.
DA DISCRIÇÃO (E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite,
para limpar, abrir e salgar o peixe.
Mário Quintana
4-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
Não te abras com teu amigo PE/2012)
Que ele um outro amigo tem. O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a
E o amigo do teu amigo totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con-
Possui amigos também... cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo,
(http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade) que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É,
de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em
2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU- todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do
NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o mundo.
poema, é correto afirmar que Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o
(A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo:
é algo ruim. Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações).
(B) amigo que não guarda segredos não merece res- Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex-
peito. tual “O riso”.
(C) o melhor amigo é aquele que não possui outros (...) CERTO ( ) ERRADO
amigos.
(D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado. 5-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010)
(E) entre amigos, não devem existir segredos. Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin-
giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge
3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SE- uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e
CRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITEN- generalizado de energia no final de 2009.
CIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé-
questão. trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es-
tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de
900 km que separam Itaipu de São Paulo.

66
LÍNGUA PORTUGUESA

Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in- No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao
vestimentos e também erros operacionais conspiraram para homem para saber se ele
produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri- A) verificou o horário de chegada e está sob os cuida-
buição de energia do país desde o traumático racionamento dos do dr. Pedro.
de 2001. B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o paga-
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações). mento do aluguel.
C) tem relógio e sabe esperar.
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas D) marcou consulta e está calmo.
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens. E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cui-
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 dados do dr. Pedro.
estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.
(...) CERTO ( ) ERRADO (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA
FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Atenção: As
6-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINIS-
questões de números 09 a 12 referem-se ao texto abaixo.
TRAÇÃO – AOCP/2010) “A carga foi desviada e a viatura,
com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte Liderança é uma palavra frequentemente associada a
de São Paulo.” feitos e realizações de grandes personagens da história e da
Pela leitura do fragmento acima, é correto afirmar que, vida social ou, então, a uma dimensão mágica, em que al-
em sua estrutura sintática, houve supressão da expressão gumas poucas pessoas teriam habilidades inatas ou o dom
a) vigilantes. de transformar-se em grandes líderes, capazes de influenciar
b) carga. outras e, assim, obter e manter o poder.
c) viatura. Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a
d) foi. maioria das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos
e) desviada. desenvolver consideravelmente as suas capacidades de lide-
rança.
7-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns
Um carteiro chega ao portão do hospício e grita: que aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjun-
— Carta para o 9.326!!! to, formam uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias
Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está algumas habilidades, mas elas podem ser aprendidas tanto
em através das experiências da vida, quanto da formação volta-
branco, e um outro pergunta: da para essa finalidade.
— Quem te mandou essa carta?
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; en-
— Minha irmã.
volve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades
— Mas por que não está escrito nada?
para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados,
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com que requerem a interação cooperativa dos membros envol-
adaptações). vidos. Não pressupõe proximidade física ou temporal: pode-
se ter a mente e/ou o comportamento influenciado por um
O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto escritor ou por um líder religioso que nunca se viu ou que
acima decorre viveu noutra época. [...]
A) da identificação numérica atribuída ao louco. Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a do poder de influência do líder, implica dizer que parte desse
carta no hospício. poder encontra-se no próprio grupo. É nessa premissa que
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou se fundamenta a maioria das teorias contemporâneas sobre
a carta. liderança.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran- Daí definirem liderança como a arte de usar o poder
co. que existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele. fazerem o que se requer delas, da maneira mais efetiva e
humana possível. [...]
8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) (Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza
Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica:
Pinto. Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na
— Por favor, quero falar com o dr. Pedro.
Administração pública do Estado de São Paulo, org. Lais Ma-
— O senhor tem hora?
cedo de Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão, Secretaria de
O sujeito olha para o relógio e diz:
— Sim. São duas e meia. Gestão pública, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. 290 e 292,
— Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente. com adaptações)
— O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me
paga o aluguel do consultório... 09-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o
adaptações). texto, liderança

67
LÍNGUA PORTUGUESA

(A) é a habilidade de chefiar outras pessoas que não (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo,
pode ser desenvolvida por aqueles que somente executam mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre
tarefas em seu ambiente de trabalho. aquele que influencia e aquele que é influenciado.
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de (D) as influências recebidas devem ser bem analisadas
heróis da história da humanidade, que realizaram grandes e postas em prática em seu devido tempo e na ocasião
feitos e se tornaram poderosos através deles. mais propícia.
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até
mesmo adquirida, de conseguir resultados desejáveis da- 13-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR –
queles que constituem a equipe de trabalho. FGV PROJETOS/2010)
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os
grupos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá Painel do leitor (Carta do leitor)
mobilizar esses grupos em torno de seus objetivos pes-
soais. Resgate no Chile
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC-
NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de
claro que salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo
(A) a importância do líder baseia-se na valorização de de uma mina de cobre e ouro no Chile.
todo o grupo em torno da realização de um objetivo co- Um a um os mineiros soterrados foram içados com
mum. sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cum-
primentando seus companheiros de trabalho. Não se pode
(B) o líder é o elemento essencial dentro de uma orga-
esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos,
nização, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta
Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamen-
ou objetivo.
to, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E,
(C) pode não haver condições de liderança em algumas
também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demons-
equipes, caso não se estabeleçam atividades específicas
trando coragem e desprendimento, desceram na mina para
para cada um de seus membros.
ajudar no salvamento.
(D) a liderança é um dom que independe da participa-
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai-
ção dos componentes de uma equipe em um ambiente de
nel do leitor – 17/10/2010)
trabalho.
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex-
11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI- pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem
liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo) ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO:
No contexto, inter-relação significa A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...”
(A) o respeito que os membros de uma equipe devem B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma
demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por mina de cobre e ouro no Chile.”
resultarem em benefício de todo o grupo. C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...”
(B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”
grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propos- E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des-
tos pela organização a que prestam serviço. ceram na mina...”
(C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em
equipe, de modo que os mais capacitados colaborem com (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO –
os de menor capacidade. VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às
(D) a criação de interesses mútuos entre membros de questões de números 14 a 16.
uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcan-
çadas por todos. Férias na Ilha do Nanja

12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI- Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo
proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo) faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
A afirmativa acima quer dizer, com outras palavras, que fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre
(A) a presença física de um líder natural é fundamen- as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
tal para que seus ensinamentos possam ser divulgados e Meus amigos partem para as suas férias, cansados de
aceitos. tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra-
(B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sem- mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver
pre se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da
autores diversos. própria vida.
E eu vou para a Ilha do Nanja.

68
LÍNGUA PORTUGUESA

Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as (A) a oposição entre o modo de pensar e agir.
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio (B) a rapidez da comunicação na Era da Informática.
cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já es- (C) a comunicação e sua importância na vida das pes-
tou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a soas.
moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra (D) a massificação do pensamento na sociedade mo-
ilha. derna.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adap-
tado) RESOLUÇÃO

*fissuras: fendas, rachaduras 1-)


14-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABA- Com palavras do próprio texto responderemos: o mun-
LHO – VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descre- do cabe numa fresta.
ver a maneira como se preparam para suas férias, a autora
mostra que seus amigos estão RESPOSTA: “A”.
(A) serenos.
2-)
(B) descuidados.
Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informa-
(C) apreensivos.
ção contida na alternativa: revelar segredos para o amigo
(D) indiferentes. pode ser arriscado.
(E) relaxados.
RESPOSTA: “D”.
15-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
– VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar 3-)
que, assim como seus amigos, a autora viaja para Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a au-
(A) visitar um lugar totalmente desconhecido. tora narra um momento simples, mas que é prazeroso ao
(B) escapar do lugar em que está. casal.
(C) reencontrar familiares queridos.
(D) praticar esportes radicais. RESPOSTA: “D”.
(E) dedicar-se ao trabalho.
4-)
16-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie-
“à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos
um bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
para um lugar
(A) repulsivo e populoso. RESPOSTA: “CERTO”.
(B) sombrio e desabitado.
(C) comercial e movimentado. 5-)
(D) bucólico e sossegado. Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo
(E) opressivo e agitado. menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora-
17) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSUL- ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula,
PLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à questão. temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”);
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
delimita a informação – como no caso do exercício).

RESPOSTA: “CERTO’.

6-)
“A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes,
abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Tra-
ta-se da figura de linguagem (de construção ou sintaxe)
“zeugma”, que consiste na omissão de um termo já citado
(Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1. anteriormente (diferente da elipse, que o termo não é ci-
Porto Alegre: L&PM, 1976. p. 95.) tado, mas facilmente identificado). No enunciado temos a
narração de que a carga foi desviada e de que a viatura foi
A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunis- abandonada.
ta mineiro mais conhecido como Caulos. É correto afirmar
que o tema apresentado é RESPOSTA: “D”.

69
LÍNGUA PORTUGUESA

7-) 14-)
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah, fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en-
porque nós brigamos e não estamos nos falando”. tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
RESPOSTA: “D”.
8-) RESPOSTA: “C”.
“O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se
o senhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele
marcou horário e se é paciente do Dr. Pedro. 15-)
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
RESPOSTA: “E”. da própria autora!

9-) RESPOSTA: “B”.


Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar
à conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter 16-)
-relação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
necessidades para serem atendidas ou objetivos para se-
rem alcançados, que requerem a interação cooperativa dos RESPOSTA: “D”.
membros envolvidos = equipe
17-)
RESPOSTA: “C”. Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta
observar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”.
10-)
O texto deixa claro que a importância do líder baseia- RESPOSTA: “A”.
se na valorização de todo o grupo em torno da realização
de um objetivo comum.

RESPOSTA: “A”.

11-)
Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresenta-
das, a que está coerente com o sentido dado à palavra “in-
ter-relação” é: “a criação de interesses mútuos entre mem-
bros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser
alcançadas por todos”.

RESPOSTA: “D”.

12-)
Não pressupõe proximidade física ou temporal = o
aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se
houver distância no tempo e no espaço entre aquele que
influencia e aquele que é influenciado.

RESPOSTA: “C”.

13-)
Em todas as alternativas há expressões que represen-
tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.

RESPOSTA: “B”.

70
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
múltiplos e divisores de números naturais; problemas. Frações e operações com frações. ..................................................... 01
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais; regra de três; porcentagem
e problemas................................................................................................................................................................................................................ 20
Estatística descritiva; distribuição de probabilidade discreta. Juros simples e compostos: capitalização e descontos. .......... 40
Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, proporcionais, real e aparente................................................................................ 52
Planos ou Sistemas de Amortização de Empréstimos e Financiamentos. ........................................................................................ 55
Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento.............................................. 61
Taxas de Retorno.......................................................................................................................................................................................................................64
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Exemplos:
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS: a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO); c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
EXPRESSÕES NUMÉRICAS; MÚLTIPLOS antecessor (número que vem antes do número dado).
E DIVISORES DE NÚMEROS NATURAIS; Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
PROBLEMAS. FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM de zero.
FRAÇÕES. a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.
Números Naturais
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
números naturais pares. Embora uma sequência real seja
O conjunto dos números naturais é representado pela
outro objeto matemático denominado função, algumas
letra maiúscula N e estes números são construídos com os vezes utilizaremos a denominação sequência dos números
algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são co- naturais pares para representar o conjunto dos números
nhecidos como algarismos indo-arábicos. No século VII, os naturais pares: P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
árabes invadiram a Índia, difundindo o seu sistema numéri- O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
co. Embora o zero não seja um número natural no sentido números naturais ímpares, às vezes também chamados, a
que tenha sido proveniente de objetos de contagens na- sequência dos números ímpares. I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
turais, iremos considerá-lo como um número natural uma
vez que ele tem as mesmas propriedades algébricas que Operações com Números Naturais
os números naturais. Na verdade, o zero foi criado pelos
hindus na montagem do sistema posicional de numeração Na sequência, estudaremos as duas principais opera-
para suprir a deficiência de algo nulo. ções possíveis no conjunto dos números naturais. Pratica-
Na sequência consideraremos que os naturais têm mente, toda a Matemática é construída a partir dessas duas
início com o número zero e escreveremos este conjunto operações: adição e multiplicação.
como: N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Representaremos o conjunto dos números naturais A adição de números naturais
com a letra N. As reticências (três pontos) indicam que este A primeira operação fundamental da Aritmética tem
conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos nú- por finalidade reunir em um só número, todas as unidades
meros. de dois ou mais números. Antes de surgir os algarismos
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas por meio
conjunto será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou por meio
9, 10, ...} de ábacos.

A construção dos Números Naturais Propriedades da Adição


- Fechamento: A adição no conjunto dos números na-
turais é fechada, pois a soma de dois números naturais é
- Todo número natural dado tem um sucessor (número
ainda um número natural. O fato que a operação de adição
que vem depois do número dado), considerando também
é fechada em N é conhecido na literatura do assunto como:
o zero.
A adição é uma lei de composição interna no conjunto N.
Exemplos: Seja m um número natural. - Associativa: A adição no conjunto dos números na-
a) O sucessor de m é m+1. turais é associativa, pois na adição de três ou mais parce-
b) O sucessor de 0 é 1. las de números naturais quaisquer é possível associar as
c) O sucessor de 1 é 2. parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números
d) O sucessor de 19 é 20. naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resulta-
do obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado
- Se um número natural é sucessor de outro, então os que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e
dois números juntos são chamados números consecutivos. o terceiro. (A + B) + C = A + (B + C)
Exemplos: - Elemento neutro: No conjunto dos números naturais,
a) 1 e 2 são números consecutivos. existe o elemento neutro que é o zero, pois tomando um
b) 5 e 6 são números consecutivos. número natural qualquer e somando com o elemento neu-
c) 50 e 51 são números consecutivos. tro (zero), o resultado será o próprio número natural.
- Comutativa: No conjunto dos números naturais, a
- Vários números formam uma coleção de números na- adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera
turais consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro, a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segun-
o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do da parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a
terceiro e assim sucessivamente. segunda parcela com a primeira parcela.

1
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Multiplicação de Números Naturais Relações essenciais numa divisão de números naturais


- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
É a operação que tem por finalidade adicionar o pri- deve ser menor do que o dividendo. 35 : 7 = 5
meiro número denominado multiplicando ou parcela, tan- - Em uma divisão exata de números naturais, o dividen-
tas vezes quantas são as unidades do segundo número do é o produto do divisor pelo quociente. 35 = 5 x 7
denominadas multiplicador. - A divisão de um número natural n por zero não é pos-
Exemplo sível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então
poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0
4 vezes 9 é somar o número 9 quatro vezes: 4 x 9 = 9 x q = 0 o que não é correto! Assim, a divisão de n por 0 não
+ 9 + 9 + 9 = 36 tem sentido ou ainda é dita impossível.
O resultado da multiplicação é denominado produto
e os números dados que geraram o produto, são chama- Potenciação de Números Naturais
dos fatores. Usamos o sinal × ou · ou x, para representar a
multiplicação. Para dois números naturais m e n, a expressão mn é um
Propriedades da multiplicação produto de n fatores iguais ao número m, ou seja: mn = m
. m . m ... m . m → m aparece n vezes
- Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto O número que se repete como fator é denominado
N dos números naturais, pois realizando o produto de dois base que neste caso é m. O número de vezes que a base se
ou mais números naturais, o resultado estará em N. O fato repete é denominado expoente que neste caso é n. O re-
que a operação de multiplicação é fechada em N é conhe- sultado é denominado potência. Esta operação não passa
cido na literatura do assunto como: A multiplicação é uma de uma multiplicação com fatores iguais, como por exem-
lei de composição interna no conjunto N. plo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → 43 = 4 × 4 × 4 = 64
- Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou
mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o Propriedades da Potenciação
primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por
um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado - Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente na-
que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo tural é n, denotada por 1n, será sempre igual a 1.
segundo. (m . n) . p = m .(n . p) → (3 . 4) . 5 = 3 . (4 . 5) = 60 Exemplos:
- Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais a- 1n = 1×1×...×1 (n vezes) = 1
existe um elemento neutro para a multiplicação que é o 1. b- 13 = 1×1×1 = 1
Qualquer que seja o número natural n, tem-se que: 1 . n = c- 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1
n.1=n→1.7=7.1=7
- Comutativa: Quando multiplicamos dois números na- - Se n é um número natural não nulo, então temos que
turais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto, no=1. Por exemplo:
ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo
elemento teremos o mesmo resultado que multiplicando o - (a) nº = 1
segundo elemento pelo primeiro elemento. m . n = n . m - (b) 5º = 1
→ 3 . 4 = 4 . 3 = 12 - (c) 49º = 1

Propriedade Distributiva - A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é


carente de sentido no contexto do Ensino Fundamental.
Multiplicando um número natural pela soma de dois
números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por - Qualquer que seja a potência em que a base é o nú-
cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados mero natural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1, é
obtidos. m . (p + q) = m . p + m . q → 6 x (5 + 3) = 6 x 5 + igual ao próprio n. Por exemplo:
6 x 3 = 30 + 18 = 48
- (a) n¹ = n
Divisão de Números Naturais - (b) 5¹ = 5
- (c) 64¹ = 64
Dados dois números naturais, às vezes necessitamos
saber quantas vezes o segundo está contido no primeiro. - Toda potência 10n é o número formado pelo algaris-
O primeiro número que é o maior é denominado dividendo mo 1 seguido de n zeros.
e o outro número que é menor é o divisor. O resultado da Exemplos:
divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor a- 103 = 1000
pelo quociente obteremos o dividendo. b- 108 = 100.000.000
No conjunto dos números naturais, a divisão não é c- 10o = 1
fechada, pois nem sempre é possível dividir um número
natural por outro número natural e na ocorrência disto a
divisão não é exata.

2
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Questões 5 - PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA-


CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Ontem, eu tinha 345 bolinhas
1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) A partir de 1º de de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um
março, uma cantina escolar adotou um sistema de rece- campeonato com meus amigos e perdi 67 bolinhas, mas
bimento por cartão eletrônico. Esse cartão funciona como ganhei outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bo-
uma conta corrente: coloca-se crédito e vão sendo debi- linhas que tenho agora, depois de participar do campeo-
tados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma nato?
lanche diariamente na cantina e sua mãe credita valores no A) 368
cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o B) 270
seu consumo e os pagamentos na seguinte tabela: C) 365
D) 290
E) 376

6 – (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura


de uma determinada cidade que possui apenas duas zo-
nas eleitorais. Ao final da sua apuração o Tribunal Regional
Eleitoral divulgou a seguinte tabela com os resultados da
eleição. A quantidade de eleitores desta cidade é:

1ª Zona Eleitoral 2ª Zona Eleitoral


No final do mês, Enzo observou que tinha João 1750 2245
A) crédito de R$ 7,00. Maria 850 2320
B) débito de R$ 7,00. Nulos 150 217
C) crédito de R$ 5,00.
Brancos 18 25
D) débito de R$ 5,00.
E) empatado suas despesas e seus créditos. Abstenções 183 175

2 - (PREF. IMARUI/SC – AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS A) 3995


- PREF. IMARUI/2014) José, funcionário público, recebe sa- B) 7165
lário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem C) 7532
o desconto de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato. D) 7575
Qual o salário líquido de José? E) 7933
A) R$ 1800,00
B) R$ 1765,00 7 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
C) R$ 1675,00 RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Durante um mutirão para
D) R$ 1665,00 promover a limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários
foram igualmente divididos entre as cinco regiões de tal
3 – (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois cidade. Sendo assim, cada região contou com um número
números naturais é 10. Multiplicando-se o dividendo por de voluntários igual a:
cinco e reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da A) 2500
nova divisão será: B) 3200
A) 2 C) 1500
B) 5 D) 3000
C) 25 E) 2000
D) 50
E) 100 8 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA-
CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Em determinada loja, o paga-
4 - (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE MÁ- mento de um computador pode ser feito sem entrada, em
QUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, as 12 parcelas de R$ 250,00. Sendo assim, um cliente que opte
compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes por essa forma de pagamento deverá pagar pelo compu-
sem juros. Se João comprar uma geladeira no valor de R$ tador um total de:
2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de: A) R$ 2500,00
A) R$ 150,00. B) R$ 3000,00
B) R$ 175,00. C) R$1900,00
C) R$ 200,00. D) R$ 3300,00
D) R$ 225,00. E) R$ 2700,00

3
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

9 – (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) O su- 5 - RESPOSTA: “A”.


cessor do dobro de determinado número é 23. Esse mesmo 345-67=278
determinado número somado a 1 e, depois, dobrado será Depois ganhou 90
igual a 278+90=368
A) 24.
B) 22. 6 - RESPOSTA: “E”.
C) 20. Vamos somar a 1ª Zona: 1750+850+150+18+183 =
D) 18. 2951
E) 16. 2ª Zona : 2245+2320+217+25+175 = 4982
Somando os dois: 2951+4982 = 7933
10 - (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDA-
DE – FCC/2012) Uma montadora de automóveis possui cin- 7 - RESPOSTA: “D”.
co unidades produtivas num mesmo país. No último ano,
cada uma dessas unidades produziu 364.098 automóveis.
Toda a produção foi igualmente distribuída entre os merca-
dos consumidores de sete países. O número de automóveis
que cada país recebeu foi
A) 26.007 Cada região terá 3000 voluntários.
B) 26.070 8 - RESPOSTA: “B”.
C) 206.070 250∙12=3000
D) 260.007 O computador custa R$3000,00.
E) 260.070
Respostas 9 - RESPOSTA: “A”.
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto
1 - RESPOSTA: “B”. o número é 11.
crédito: 40+30+35+15=120 (11+1) → 2=24
débito: 27+33+42+25=127
120-127=-7 10 - RESPOSTA: “E”.
Ele tem um débito de R$ 7,00.
364098 → 5=1820490 automóveis
2 - RESPOSTA: “B”.
2000-200=1800-35=1765
O salário líquido de José é R$1765,00.
Conjunto dos Números Inteiros – Z
3 - RESPOSTA: “E”.
Definimos o conjunto dos números inteiros como a re-
D= dividendo
d= divisor união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3,
Q = quociente = 10 4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o
R= resto = 0 (divisão exata) zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen=núme-
Equacionando: ro em alemão). Este conjunto pode ser escrito por: Z = {...,
D= d.Q + R -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
D= d.10 + 0 → D= 10d O conjunto dos números inteiros possui alguns sub-
conjuntos notáveis:
Pela nova divisão temos:
- O conjunto dos números inteiros não nulos:
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...};
Z* = Z – {0}

- O conjunto dos números inteiros não negativos:


Isolando Q temos: Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N

- O conjunto dos números inteiros positivos:


Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}

4 - RESPOSTA: “B”. - O conjunto dos números inteiros não positivos:


Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}

- O conjunto dos números inteiros negativos:


Cada prestação será de R$175,00 Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1}

4
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a - Temos duas quantidades e queremos saber quanto
distância ou afastamento desse número até o zero, na reta uma delas tem a mais que a outra;
numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. - Temos duas quantidades e queremos saber quanto
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0 falta a uma delas para atingir a outra.
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 A subtração é a operação inversa da adição.
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9 Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de diferença
zero, é sempre positivo.
subtraendo
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos minuendo
opostos um do outro quando apresentam soma zero; as-
Considere as seguintes situações:
sim, os pontos que os representam distam igualmente da
origem. 1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião
Exemplo: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da
é 2, pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0 temperatura?
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6)
é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de zero é o – (+3) = +3
próprio zero.
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, duran-
Adição de Números Inteiros te o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de
3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-
Para melhor entendimento desta operação, associare- feira?
mos aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) +
números inteiros negativos a idéia de perder. (–3) = +3
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8) Se compararmos as duas igualdades, verificamos que
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7) (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3)
Temos:
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3)
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispen- (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
sado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode
ser dispensado. Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros
Propriedades da adição de números inteiros: O con- é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do se-
junto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois gundo.
números inteiros ainda é um número inteiro.
Multiplicação de Números Inteiros
Associativa: Para todos a,b,c em Z:
a + (b + c) = (a + b) + c A multiplicação funciona como uma forma simplificada
2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7 de uma adição quando os números são repetidos. Podería-
mos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhan-
Comutativa: Para todos a,b em Z: do repetidamente alguma quantidade, como por exemplo,
a+b=b+a ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar
3+7=7+3 30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x,
isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2
Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a
+ 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos:
z+0=z (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
7+0=7 Observamos que a multiplicação é um caso particular
da adição onde os valores são repetidos.
Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z, Na multiplicação o produto dos números a e b, pode
tal que ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal
z + (–z) = 0 entre as letras.
9 + (–9) = 0 Para realizar a multiplicação de números inteiros, deve-
mos obedecer à seguinte regra de sinais:
Subtração de Números Inteiros (+1) x (+1) = (+1)
A subtração é empregada quando: (+1) x (-1) = (-1)
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantida- (-1) x (+1) = (-1)
de; (-1) x (-1) = (+1)

5
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Com o uso das regras acima, podemos concluir que: - A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto
Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que
Sinais dos números Resultado do produto não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um
número inteiro.
Iguais Positivo - No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é as-
Diferentes Negativo sociativa e não tem a propriedade da existência do ele-
mento neutro.
Propriedades da multiplicação de números intei- 1- Não existe divisão por zero.
ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe
multiplicação de dois números inteiros ainda é um número um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15.
inteiro. 2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente
de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro
Associativa: Para todos a,b,c em Z: por zero é igual a zero.
a x (b x c) = (a x b) x c Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1)
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7 =0
Potenciação de Números Inteiros
Comutativa: Para todos a,b em Z:
A potência an do número inteiro a, é definida como um
axb=bxa
produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
3x7=7x3
base e o número n é o expoente.
an = a x a x a x a x ... x a
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por
a é multiplicado por a n vezes
todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
zx1=z Exemplos:33 = (3) x (3) x (3) = 27
7x1=7 (-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de (-7)² = (-7) x (-7) = 49
zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que (+9)² = (+9) x (+9) = 81
z x z–1 = z x (1/z) = 1 - Toda potência de base positiva é um número inteiro
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1 positivo.
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9
Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
a x (b + c) = (a x b) + (a x c) - Toda potência de base negativa e expoente par é
3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5) um número inteiro positivo.
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64
Divisão de Números Inteiros
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é
um número inteiro negativo.
Dividendo divisor dividendo: Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125
Divisor = quociente 0
Quociente . divisor = dividendo Propriedades da Potenciação:

Sabemos que na divisão exata dos números naturais: Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-
40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40 se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36 = (–7)9

Quocientes de Potências com bases iguais: Conser-


Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a di-
va-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 =
visão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
(+13)8 – 6 = (+13)2
(–20) : (+5) = q  (+5) . q = (–20)  q = (–4)
Logo: (–20) : (+5) = - 4
Potência de Potência: Conserva-se a base e multipli-
cam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10
Considerando os exemplos dados, concluímos que,
para efetuar a divisão exata de um número inteiro por ou- Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1
tro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo = +9 (–13)1 = –13
do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
- Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o Potência de expoente zero e base diferente de zero:
quociente é um número inteiro positivo. É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1
- Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes,
o quociente é um número inteiro negativo.

6
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Radiciação de Números Inteiros 2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)


Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
a operação que resulta em outro número inteiro não ne- Verificou o preço de alguns produtos:
gativo b que elevado à potência n fornece o número a. O TV: R$ 562,00
número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o DVD: R$ 399,00
radicando (que fica sob o sinal do radical). Micro-ondas: R$ 429,00
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a Geladeira: R$ 1.213,00
é a operação que resulta em outro número inteiro não ne-
gativo que elevado ao quadrado coincide com o número a. Na aquisição dos produtos, conforme as condições
mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco
Observação: Não existe a raiz quadrada de um núme- recebido será de:
ro inteiro negativo no conjunto dos números inteiros. A) R$ 84,00
B) R$ 74,00
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais di- C) R$ 36,00
dáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimen- D) R$ 26,00
E) R$ 16,00
to de:
√9 = ±3
3 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
mas isto está errado. O certo é:
MA/2013) Analise as operações a seguir:
√9 = +3
Observamos que não existe um número inteiro não
negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um I abac=ax
número negativo.
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
operação que resulta em outro número inteiro que elevado
ao cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os
nossos cálculos somente aos números não negativos.
II
Exemplos

(a)
3
8 = 2, pois 2³ = 8.
III
(b)
3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8. De acordo com as propriedades da potenciação, temos
3
que, respectivamente, nas operações I, II e III:
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27. A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27. C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o E) x=2b, y=2c e z=c+2.
produto de números inteiros, concluímos que:
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
inteiro negativo. 4 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz GRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior número inteiro
de qualquer número inteiro. menor do que 8 pelo menor número inteiro maior do que
- 8, o resultado encontrado será
A) - 72
Questões
B) - 63
C) - 56
1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma
D) - 49
operação λ é definida por: E) – 42
wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
Com base nessa definição, é correto afirmar que a
soma 2λ + (1λ) λ é igual a
A) −20.
B) −15.
C) −12.
D) 15.
E) 20.

7
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

5 - (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um jogo de tabuleiro, Carla


e Mateus obtiveram os seguintes resultados:

Ao término dessas quatro partidas,


A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
D) Carla e Mateus empataram.

6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG) Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais
é um número inteiro?

A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4

7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o número de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com duas
escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números indicam a quantidade de passageiros que subiram no avião
e os negativos, a quantidade dos que desceram em cada cidade.

Curtiba +240
-194
Rio de Janeiro
+158
-108
Brasília
+94

O número de passageiros que chegou a Belém foi:


A) 362
B) 280
C) 240
D) 190
E) 135
Respostas

1 - RESPOSTA:“E”.
Pela definição:
Fazendo w=2

8
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

2 - RESPOSTA: “D”. No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:


Geladeira + Microondas + DVD = 1213+429+399 = - Q* = conjunto dos racionais não nulos;
2041 - Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
Geladeira + Microondas + TV = 1213+429+562 = - Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
2204, extrapola o orçamento - Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
Geladeira +TV + DVD=1213+562+399=2174, é a maior - Q*_ = conjunto dos racionais negativos.
quantidade gasta possível dentro do orçamento.
Troco:2200-2174=26 reais Representação Decimal das Frações
p
3 - RESPOSTA: “B”. Tomemos um número racional q , tal que p não seja
múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta
I da propriedade das potências, temos: efetuar a divisão do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:

1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,


II um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2 = 0,4
III 5

4 - RESPOSTA: “D”. 1 = 0,25


Maior inteiro menor que 8 é o 7 4
Menor inteiro maior que -8 é o -7.
Portanto: 7⋅(-7)=-49 35 = 8,75
4
5 - RESPOSTA: “C”.
Carla: 520-220-485+635=450 pontos 153 = 3,06
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos 50
Diferença: 575-450=125 pontos
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
6 - RESPOSTA:“C”. infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
Fazendo substituição dos valores de x, dentro dos con- periodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
juntos do inteiros positivos temos:
1
= 0,333...
3
x=0 ; x=1
1 = 0,04545...
22

167 = 2,53030...
, logo os únicos números que sa- 66
tisfazem a condição é x= 0 e x=5 , dois números apenas. Representação Fracionária dos Números Decimais

7 - RESPOSTA:“D”. Trata-se do problema inverso: estando o número


240- 194 +158 -108 +94 = 190 racional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo
na forma de fração. Temos dois casos:
Números Racionais – Q
m Um número racional é o que pode ser escrito na forma 1º) Transformamos o número em uma fração cujo
, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve numerador é o número decimal sem a vírgula e o
n
ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para denominador é composto pelo numeral 1, seguido de
significar a divisão de m por n. tantos zeros quantas forem as casas decimais do número
Como podemos observar, números racionais podem decimal dado:
ser obtidos através da razão entre dois números inteiros,
razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais 0,9 = 9
é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na lite- 10
ratura a notação:
57
m 5,7 =
Q={ : m e n em Z, n diferente de zero} 10
n

9
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

0,76 = 76 Números Opostos: Dizemos que – 32 e 32 são números


100
racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto
do outro. As distâncias dos pontos – 3 e 3 ao ponto zero
3,48 = 348 da reta são iguais.
2 2
100
Soma (Adição) de Números Racionais
0,005 = 5 = 1
1000 200
Como todo número racional é uma fração ou pode ser
escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; os números racionais
a
e
c
, da mesma forma que a
para tanto, vamos apresentar o procedimento através de soma de frações, através de: d
b
alguns exemplos:

Exemplo 1 a
+ c =
ad + bc
b d bd
Seja a dízima 0, 333... .
Propriedades da Adição de Números Racionais
Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os
membros por 10: 10x = 0,333 O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto
Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade é, a soma de dois números racionais ainda é um número
da segunda: racional.
10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9 - Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = (
a+b)+c
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 . - Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
9
- Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a
Exemplo 2 todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q,
Seja a dízima 5, 1717... tal que q + (–q) = 0

Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... . Subtração de Números Racionais


Subtraindo membro a membro, temos:
99x = 512 ⇒ x = 512/99 A subtração de dois números racionais p e q é a própria
operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 . p – q = p + (–q)
99
Exemplo 3 Multiplicação (Produto) de Números Racionais

Seja a dízima 1, 23434... Como todo número racional é uma fração ou pode ser
escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x = dois números racionais a e c , da mesma forma que o
1234,34... . produto de frações, através
b de:d
Subtraindo membro a membro, temos:
990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x a
x
c
=
ac
= 1222/990 b d bd
O produto dos números racionais a e b também pode
Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum
dízima 1, 23434... 495
sinal entre as letras.
Para realizar a multiplicação de números racionais,
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
representa esse número ao ponto de abscissa zero. toda a Matemática:
(+1) × (+1) = (+1)
(+1) × (-1) = (-1)
Exemplo: Módulo de - 3 é 3 . Indica-se - 3 = 3 (-1) × (+1) = (-1)
2 2
2 2 (-1) × (-1) = (+1)

3 Podemos assim concluir que o produto de dois


Módulo de + 3 é 3 . Indica-se + 3 = números com o mesmo sinal é positivo, mas o produto de
2 2 2 2
dois números com sinais diferentes é negativo.

10
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Propriedades da Multiplicação de Números - Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
Racionais sinal da base.
3
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é,
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ =
o produto de dois números racionais ainda é um número 3 3 3 3 27
racional.
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( - Toda potência com expoente par é um número
a×b)×c positivo.
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a 2
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ 1
⎜⎝ − ⎟⎠ = ⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q 5 5 5 25
- Elemento inverso: Para todo q = a em Q, q diferente - Produto de potências de mesma base. Para reduzir um
de zero, existe q-1 = b em Q: q × q-1 b= 1 a x produto de potências de mesma base a uma só potência,
b =1 a b conservamos a base e somamos os expoentes.
a 2 3 2+3 5
- Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞
⎜⎝ ⎟⎠ .⎜ ⎟ = ⎜ . ⎟ .⎜ . . ⎟ = ⎜ ⎟ =⎜ ⎟
a×b)+(a×c) 5 ⎝ 5⎠ ⎝ 5 5⎠ ⎝ 5 5 5⎠ ⎝ 5⎠ ⎝ 5⎠

Divisão de Números Racionais - Quociente de potências de mesma base. Para reduzir


A divisão de dois números racionais p e um quociente de potências de mesma base a uma só
q é a própria operação de multiplicação do potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.
número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q =
p × q-1

Potenciação de Números Racionais


A potência qn do número racional q é um produto de
n fatores iguais. O número q é denominado a base e o
número n é o expoente. - Potência de Potência. Para reduzir uma potência de
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes) potência a uma potência de um só expoente, conservamos
a base e multiplicamos os expoentes
Exemplos:
3
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
a) ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ .⎜ ⎟ .⎜ ⎟ =
⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ 125

b)
Radiciação de Números Racionais

c) (–5)² = (–5) . ( –5) = 25 Se um número representa um produto de dois ou mais


fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do número.
d) (+5)² = (+5) . (+5) = 25 Vejamos alguns exemplos:

Propriedades da Potenciação: Toda potência com Exemplo 1


expoente 0 é igual a 1.
0 4 Representa o produto 2 . 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz
⎛ 2⎞ = 1 quadrada de 4. Indica-se √4= 2.
⎜⎝ + ⎟⎠
5
- Toda potência com expoente 1 é igual à própria base. Exemplo 2
1
⎛ 9⎞ 9
⎜⎝ − ⎟⎠ = - 4 Representa o produto 3 . 3 ou . Logo, é a raiz
2
1 1 1 ⎛ 1⎞ 1
9 ⎝⎜ 3 ⎠⎟ 3
4 quadrada de 19 .Indica-se 1 = 3
1
9

- Toda potência com expoente negativo de um número


racional diferente de zero é igual a outra potência que tem
a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual
ao oposto do expoente anterior.
−2 2
⎛ 3⎞ ⎛ 5 ⎞ 25
⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
5 3 9

11
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Exemplo 3 4 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-


0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. CIONAL – VUNESP/2013) Em um estado do Sudeste, um
Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 3 0,216 = 0,6. Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de:
salário­base R$ 617,16 e uma gratificação de R$ 185,15. No
Assim, podemos construir o diagrama: mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora,
mas precisou faltar um dia e foi descontado em R$ 28,40.
No mês passado, seu salário totalizou
N Z Q
A) R$ 810,81.
B) R$ 821,31.
C) R$ 838,51.
D) R$ 841,91.
E) R$ 870,31.
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá
o número zero ou um número racional positivo. Logo, os
números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q. 5 - (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo

O número -100 não tem raiz quadrada em Q, pois Obtém-se :


9
tanto -10 como +10 , quando elevados ao quadrado, dão A) ½
3
. B) 1
100 3

Um número racional positivo só tem raiz quadrada no C) 3/2


9

conjunto dos números racionais se ele for um quadrado D) 2


perfeito. E) 3
2
O número não tem raiz quadrada em Q, pois não
3
existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 . 6 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo
Questões 3 matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões marcados
com um número, sendo que todos os jogadores recebem
1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE- os mesmos números. Após todos os jogadores receberem
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na escola onde estudo, seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada
¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina fa- tarefa que também é sorteada. Vence o jogo quem cumprir
vorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os demais a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era
têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração repre- colocar os números marcados nos cartões em ordem cres-
senta os alunos que têm ciências como disciplina favorita? cente, venceu o jogador que apresentou a sequência
A) 1/4
B) 3/10
C) 2/9
D) 4/5
E) 3/2

2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)


Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada uma
delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um des-
conto de 10 centavos. Quantos reais ela recebeu de troco?
A) R$ 40,00
B) R$ 42,00
C) R$ 44,00
D) R$ 46,00 7 – (Prof./Prefeitura de Itaboraí) Se x = 0,181818...,
E) R$ 48,00 então o valor numérico da expressão:

3 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-


CIONAL – VUNESP/2013) De um total de 180 candidatos,
2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espa-
nhol e o restante estuda alemão. O número de candidatos
que estuda alemão é: A) 34/39
A) 6. B) 103/147
B) 7. C) 104/147
C) 8. D) 35/49
D) 9. E) 106/147
E) 10.

12
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

8 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Mariana abriu 3 - RESPOSTA: “C”.


seu cofrinho com 120 moedas e separou-as:
− 1 real: ¼ das moedas
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas Mmc(3,5,9)=45
− 10 centavos: as restantes
Mariana totalizou a quantia contida no cofre em
A) R$ 62,20.
B) R$ 52,20. O restante estuda alemão: 2/45
C) R$ 50,20.
D) R$ 56,20.
E) R$ 66,20.

9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)


Numa operação policial de rotina, que abordou 800 pes- 4 - RESPOSTA: “D”.
soas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e
1/5 deles foram detidos. Já entre as mulheres abordadas,
1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação poli-
cial?
A) 145 Salário foi R$ 841,91.
B) 185
C) 220
D) 260 5 - RESPOSTA: “B”.
E) 120 1,3333= 12/9 = 4/3
1,5 = 15/10 = 3/2
10 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS
OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Quando pergunta-
do sobre qual era a sua idade, o professor de matemática
respondeu:
“O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha
idade!”.
Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem: 6 - RESPOSTA: “D”.
A) 40 anos.
B) 35 anos.
C) 45 anos.
D) 30 anos.
E) 42 anos.

Respostas
A ordem crescente é :
1 - RESPOSTA: “B”.
Somando português e matemática:
7 - RESPOSTA: “B”.
x=0,181818... temos então pela transformação na fra-
ção geratriz: 18/99 = 2/11, substituindo:

O que resta gosta de ciências:

2 - RESPOSTA: “B”.

Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pa-


gou 58 reais
Troco:100-58=42 reais

13
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

8 - RESPOSTA: “A”. Exemplo

O número real abaixo é um número irracional, embora pa-


reça uma dízima periódica: x = 0,10100100010000100000...

Observe que o número de zeros após o algarismo 1


aumenta a cada passo. Existem infinitos números reais que
não são dízimas periódicas e dois números irracionais mui-
to importantes, são:

e = 2,718281828459045...,
Pi () = 3,141592653589793238462643...
Mariana totalizou R$ 62,20. Que são utilizados nas mais diversas aplicações práti-
cas como: cálculos de áreas, volumes, centros de gravida-
de, previsão populacional, etc.
9 - RESPOSTA: “A”.
Classificação dos Números Irracionais
Existem dois tipos de números irracionais:

- Números reais algébricos irracionais: são raí-


zes de polinômios com coeficientes inteiros. Todo número
real que pode ser representado através de uma quantidade
finita de somas, subtrações, multiplicações, divisões e raí-
Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres zes de grau inteiro a partir dos números inteiros é um nú-
mero algébrico, por exemplo,
ou 800-600=200 mulheres

  .
A recíproca não é verdadeira: existem números algé-
bricos que não podem ser expressos através de radicais,
Total de pessoas detidas: 120+25=145 conforme o teorema de Abel-Ruffini.

10 - RESPOSTA: “C”. - Números reais transcendentes: não são raízes de


polinômios com coeficientes inteiros. Várias constantes
matemáticas são transcendentes, como pi ( ) e o núme-
ro de Euler ( ). Pode-se dizer que existem mais números
transcendentes do que números algébricos (a comparação
entre conjuntos infinitos pode ser feita na teoria dos con-
Números Irracionais juntos).
Os números racionais, aqueles que podem ser escritos A definição mais genérica de números algébricos e
na forma de uma fração  a/b onde a e b são dois números transcendentes é feita usando-se números complexos.
inteiros, com a condição de que b seja diferente de zero, Identificação de números irracionais
uma vez que sabemos da impossibilidade matemática da
divisão por zero. Fundamentado nas explanações anteriores, podemos
Vimos também, que todo número racional pode ser es- afirmar que:
crito na forma de um número decimal periódico, também - Todas as dízimas periódicas são números racionais.
conhecido como dízima periódica. - Todos os números inteiros são racionais.
Vejam os exemplos de números racionais a seguir: - Todas as frações ordinárias são números racionais.
3 / 4 = 0,75 = 0, 750000... - Todas as dízimas não periódicas são números irra-
- 2 / 3 = - 0, 666666... cionais.
1 / 3 = 0, 333333... - Todas as raízes inexatas são números irracionais.
2 / 1 = 2 = 2, 0000... - A soma de um número racional com um número irra-
4 / 3 = 1, 333333... cional é sempre um número irracional.
- 3 / 2 = - 1,5 = - 1, 50000... - A diferença de dois números irracionais, pode ser um
0 = 0, 000...   número racional.

Existe, entretanto, outra classe de números que não Exemplo:  -  = 0 e 0 é um número racional.
podem ser escritos na forma de fração a/b, conhecidos - O quociente de dois números irracionais, pode ser
como números irracionais.  um número racional.

14
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Exemplo:  :  =  = 2  e 2 é um número racional.


- O produto de dois números irracionais, pode ser um
número racional. B) 2

Exemplo:  .  =  = 5 e 5 é um número racional.


- A união do conjunto dos números irracionais com o
conjunto dos números racionais, resulta num conjunto de-
nominado conjunto R  dos números reais.
- A interseção do conjunto dos números racionais com Respostas
o conjunto dos números irracionais, não possui elementos
comuns e, portanto,  é igual ao conjunto vazio (  ). 1 - RESPOSTA: “B”.
Simbolicamente, teremos:
Q I=R I
Q  I = 

Questões

1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012)


Considere as seguintes afirmações:
II
I. Para todo número inteiro x, tem-se

10x=4,4444...
-x=0,4444.....
9x=4
x=4/9
II.

III. Efetuando-se obtém- III


se um número maior que 5.
Portanto, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
Relativamente a essas afirmações, é certo que
2 - RESPOSTA: “D”.
A) I,II, e III são verdadeiras.
B) Apenas I e II são verdadeiras.
C) Apenas II e III são verdadeiras.
D) Apenas uma é verdadeira.
E) I,II e III são falsas.

2 – (DPE/RS – ANALISTA ADMINISTRAÇÃO –


FCC/2013) A soma S é dada por:

Dessa forma, S é igual a


3 - RESPOSTA: “D”.

Números Reais

O conjunto dos números reais R é uma expansão


3 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – do conjunto dos números racionais que engloba não só
INDEC/2013) O resultado do produto: os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas
é: também todos os números irracionais.

15
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Os números reais são números usados para representar


uma quantidade contínua (incluindo o zero e os negativos).
Pode-se pensar num número real como uma fração decimal
possivelmente infinita, como 3,141592(...). Os números
reais têm uma correspondência biunívoca com os pontos
de uma reta.
Denomina-se corpo dos números reais a coleção
dos elementos pertencentes à conclusão dos racionais, Ordenação dos números Reais
formado pelo corpo de frações associado aos inteiros A representação dos números Reais permite definir uma
(números racionais) e a norma associada ao infinito. relação de ordem entre eles. Os números Reais positivos são
Existem também outras conclusões dos racionais, uma maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos
para cada número primo p, chamadas números p-ádicos. O a relação de ordem da seguinte maneira: Dados dois
corpo dos números p-ádicos é formado pelos racionais e a números Reais a e b, 
norma associada a p! a≤b↔b–a≥0
Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0
Propriedade 5 + 15 ≥ 0
O conjunto dos números reais com as operações Propriedades da relação de ordem
binárias de soma e produto e com a relação natural de - Reflexiva: a ≤ a
ordem formam um corpo ordenado. Além das propriedades - Transitiva: a ≤ b e b ≤ c → a ≤ c
de um corpo ordenado, R tem a seguinte propriedade: - Anti-simétrica: a ≤ b e b ≤ a → a = b
Se R for dividido em dois conjuntos (uma partição) A e - Ordem total: a < b ou b < a ou a = b 
B, de modo que todo elemento de A é menor que todo
elemento de B, então existe um elemento x que separa os Expressão aproximada dos números Reais
dois conjuntos, ou seja, x é maior ou igual a todo elemento
de A e menor ou igual a todo elemento de B.

Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pelos


números Racionais chamamos de conjunto dos números
Reais. Ao unirmos o conjunto dos números Irracionais com
o conjunto dos números Racionais, formando o conjunto
dos números Reais, todas as distâncias representadas
por eles sobre uma reta preenchem-na por completo;
isto é, ocupam todos os seus pontos. Por isso, essa reta é Os números Irracionais possuem infinitos algarismos
denominada reta Real. decimais não-periódicos. As operações com esta classe
de números sempre produzem erros quando não se
utilizam todos os algarismos decimais. Por outro lado, é
impossível utilizar todos eles nos cálculos. Por isso, somos
obrigados a usar aproximações, isto é, cortamos o decimal
em algum lugar e desprezamos os algarismos restantes. Os
algarismos escolhidos serão uma aproximação do número
Real. Observe como tomamos a aproximação de e do
número nas tabelas.

Aproximação por
Falta Excesso
Erro menor que π π
1 unidade 1 3 2 4
1 décimo 1,4 3,1 1,5 3,2
1 centésimo 1,41 3,14 1,42 3,15
Podemos concluir que na representação dos números
Reais sobre uma reta, dados uma origem e uma unidade, a 1 milésimo 1,414 3,141 1,415 3,142
cada ponto da reta corresponde um número Real e a cada 1 décimo de
1,4142 3,1415 1,4134 3,1416
número Real corresponde um ponto na reta. milésimo

16
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Operações com números Reais


Operando com as aproximações, obtemos uma
sucessão de intervalos fixos que determinam um número
Real. É assim que vamos trabalhar as operações adição,
subtração, multiplicação e divisão. Relacionamos, em
seguida, uma série de recomendações úteis para operar
com números Reais:
- Vamos tomar a aproximação por falta.
- Se quisermos ter uma ideia do erro cometido,
escolhemos o mesmo número de casas decimais em ambos
os números.
- Se utilizamos uma calculadora, devemos usar a
aproximação máxima admitida pela máquina (o maior
número de casas decimais).
- Quando operamos com números Reais, devemos
fazer constar o erro de aproximação ou o número de casas
decimais.
- É importante adquirirmos a idéia de aproximação
em função da necessidade. Por exemplo, para desenhar o
projeto de uma casa, basta tomar medidas com um erro de
centésimo.
- Em geral, para obter uma aproximação de n casas
decimais, devemos trabalhar com números Reais
aproximados, isto é, com n + 1 casas decimais.
Para colocar em prática o que foi exposto, vamos
fazer as quatro operações indicadas: adição, subtração,
multiplicação e divisão com dois números Irracionais. 

Valor Absoluto Questões


Como vimos, o erro  pode ser:
- Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo. 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um comer-
- Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo. ciante tem 8 prateleiras em seu empório para organizar os
Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado produtos de limpeza. Adquiriu 100 caixas desses produtos
em valor absoluto. O valor absoluto de um número a é com 20 unidades cada uma, sendo que a quantidade total
designado por |a| e coincide com o número positivo, se for de unidades compradas será distribuída igualmente entre
positivo, e com seu oposto, se for negativo.  essas prateleiras. Desse modo, cada prateleira receberá um
Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com número de unidades, desses produtos, igual a
uma nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o A) 40
vendedor cometeu um erro de +10 centavos. Ao contrário, B) 50
se nos devolve 1,40 real, o erro cometido é de 10 centavos.  C) 100
D) 160
E) 250

2 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA –


INDEC/2013) Em uma banca de revistas existem um total
de 870 exemplares dos mais variados temas. Metade das
revistas é da editora A, dentre as demais, um terço são pu-
blicações antigas. Qual o número de exemplares que não
são da Editora A e nem são antigas?
A) 320
B) 290
C) 435
D) 145

17
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

3 - (TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRA- 7 - (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS –


TIVA – FCC/2012) Em uma praia chamava a atenção um UFOP/2013) Uma pessoa caminha 5 minutos em ritmo
catador de cocos (a água do coco já havia sido retirada). normal e, em seguida, 2 minutos em ritmo acelerado e,
Ele só pegava cocos inteiros e agia da seguinte maneira: assim, sucessivamente, sempre intercalando os ritmos da
o primeiro coco ele coloca inteiro de um lado; o segundo caminhada (5 minutos normais e 2 minutos acelerados). A
ele dividia ao meio e colocava as metades em outro lado; caminhada foi iniciada em ritmo normal, e foi interrompida
o terceiro coco ele dividia em três partes iguais e coloca- após 55 minutos do início.
va os terços de coco em um terceiro lugar, diferente dos O tempo que essa pessoa caminhou aceleradamente
outros lugares; o quarto coco ele dividia em quatro partes foi:
iguais e colocava os quartos de coco em um quarto lugar A) 6 minutos
diferente dos outros lugares. No quinto coco agia como B) 10 minutos
se fosse o primeiro coco e colocava inteiro de um lado, o C) 15 minutos
seguinte dividia ao meio, o seguinte em três partes iguais, D) 20 minutos
o seguinte em quatro partes iguais e seguia na sequência:
inteiro, meios, três partes iguais, quatro partes iguais. Fez 8 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
isso com exatamente 59 cocos quando alguém disse ao IMARUÍ/2014) Sobre o conjunto dos números reais é
catador: eu quero três quintos dos seus terços de coco e CORRETO dizer:
metade dos seus quartos de coco. O catador consentiu e A) O conjunto dos números reais reúne somente os nú-
deu para a pessoa meros racionais.
A) 52 pedaços de coco. B) R* é o conjunto dos números reais não negativos.
B) 55 pedaços de coco. C) Sendo A = {-1,0}, os elementos do conjunto A não
C) 59 pedaços de coco. são números reais.
D) 98 pedaços de coco. D) As dízimas não periódicas são números reais.
E) 101 pedaços de coco.
9 - (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AU-
4 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) XILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) Para numerar
A mãe do Vitor fez um bolo e repartiu em 24 pedaços, to- as páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL
dos de mesmo tamanho. A mãe e o pai comeram juntos, ¼ por cada algarismo impresso. Por exemplo, para numerar
do bolo. O Vitor e a sua irmã comeram, cada um deles, ¼
as páginas 7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL,
do bolo. Quantos pedaços de bolo sobraram?
0,002 mL e 0,003 mL de tinta. O total de tinta que será
A) 4
gasto para numerar da página 1 até a página 1 000 de um
B) 6
livro, em mL, será
C) 8
A) 1,111.
D) 10
B) 2,003.
E) 12
C) 2,893.
5 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) D) 1,003.
Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do sa- E) 2,561.
lário com aluguel da casa e 3/5 do salário com outras des-
pesas. Do salário que Paulo recebeu, quantos reais ainda 10 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
restam? GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas de
A) R$ 120,00 R$ 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilberto reti-
B) R$ 150,00 rou do bolso oito dessas moedas, dando quatro para cada
C) R$ 180,00 filho.
D) R$ 210,00 A diferença entre as quantias recebidas pelos dois fi-
E) R$ 240,00 lhos de Gilberto é de, no máximo,
A) R$ 0,45
6 - (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA IN- B) R$ 0,90
FORMAÇÃO – VUNESP/2013) Um jardineiro preencheu C) R$ 1,10
parcialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15 D) R$ 1,15
litros cada um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3 E) R$ 1,35
de sua capacidade, o segundo com 3/5 da capacidade, e
o terceiro, com um volume correspondente à média dos
volumes dos outros dois baldes. A soma dos volumes de Respostas
água nos três baldes, em litros, é
A) 27. 1 - RESPOSTA: “E”.
B) 27,5. Total de unidades: 100⋅20=2000 unidades
C) 28.
D) 28,5. unidades em cada prateleira.
E) 29.

18
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

2 - RESPOSTA: “B”. Terceiro balde:


editora A: 870/2=435 revistas
publicações antigas: 435/3=145 revistas

A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros

O número de exemplares que não são da Editora A e 7 - RESPOSTA: “C”.


nem são antigas são 290. A caminhada sempre vai ser 5 minutos e depois 2 mi-
nutos, então 7 minutos ao total.
3 - RESPOSTA: “B”. Dividindo o total da caminhada pelo tempo, temos:

14 vezes iguais Assim, sabemos que a pessoa caminhou 7. (5 minutos


Coco inteiro: 14 +2 minutos) +6 minutos (5 minutos+1 minuto)
Metades:14.2=28 Aceleradamente caminhou: (7.2)+1➜ 14+1=15 minu-
Terça parte:14.3=42 tos
Quarta parte:14.4=56 8 - RESPOSTA: “D”.
3 cocos: 1 coco inteiro, metade dos cocos, terça parte A) errada - O conjunto dos números reais tem os con-
Quantidade total juntos: naturais, inteiros, racionais e irracionais.
Coco inteiro: 14+1=15 B) errada – R* são os reais sem o zero.
Metades: 28+2=30 C) errada - -1 e 0 são números reais.
Terça parte:42+3=45
Quarta parte :56 9 - RESPOSTA: “C”.
1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem.
99-10+1=90.
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o pri-
meiro número.
4 - RESPOSTA “B”. 90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml

De 100 a 999
999-100+1=900 números
900⋅0,003=2,7ml
Sobrou 1/4 do bolo. 1000=0,004ml
Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893

10 - RESPOSTA: “E”.
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3
de R$ 0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
5 - RESPOSTA: “B”. Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de
Aluguel: R$ 0,10=R$ 0,40.
A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35
Outras despesas: Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o
maior valor possível – o menor valor.

Restam :1000-850=R$150,00

6 - RESPOSTA: “D”.
Primeiro balde:

Segundo balde:

19
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as


NÚMEROS E GRANDEZAS PROPORCIONAIS: sucessões sejam diretamente proporcionais:
RAZÕES E PROPORÇÕES; DIVISÃO EM
2 8 y
PARTES PROPORCIONAIS; REGRA DE TRÊS; 3 x 21
PORCENTAGEM E PROBLEMAS.
Como as sucessões são diretamente proporcionais, as
razões são iguais, isto é:
2 8 y
NÚMEROS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS = =
3 x 21
Considere a seguinte situação: 8 2 y
2
= =
Joana gosta de queijadinha e por isso resolveu aprender 3 x 3 21
a fazê-las. Adquiriu a receita de uma amiga. Nessa receita, 2x = 3 . 8 3y = 2 . 21
os ingredientes necessários são: 2x = 24 3y = 42
24 42
3 ovos x= y=
2
1 lata de leite condensado 3
1 xícara de leite x=12 y=14
2 colheres das de sopa de farinha de trigo
1 colher das de sobremesa de fermento em pó Logo, x = 12 e y = 14
1 pacote de coco ralado
1 xícara de queijo ralado Exemplo 2: Para montar uma pequena empresa, Júlio,
1 colher das de sopa de manteiga César e Toni formaram uma sociedade. Júlio entrou com R$
24.000,00, César com R$ 27.000,00 e Toni com R$ 30.000,00.
Veja que: Depois de 6 meses houve um lucro de R$ 32.400,00 que foi
repartido entre eles em partes diretamente proporcionais
- Para se fazerem 2 receitas seriam usados 6 ovos para à quantia investida. Calcular a parte que coube a cada um.
4 colheres de farinha;
- Para se fazerem 3 receitas seriam usados 9 ovos para Solução:
6 colheres de farinha; Representando a parte de Júlio por x, a de César por y,
- Para se fazerem 4 receitas seriam usados 12 ovos para e a de Toni por z, podemos escrever:
8 colheres de farinha;
 x + y + z = 32400 
- Observe agora as duas sucessões de números:  
 x y z 
= =
 24000 27000 30000 
Sucessão do número de ovos: 6 
32400

9 12 x y z x+ y+z
= = =
Sucessão do número de colheres de farinha: 4 6 24000 27000 30000 24000
 +
27000
+ 30000

8 81000

Resolvendo as proporções:
Nessas sucessões as razões entre os termos x 32400 4
correspondentes são iguais: =
24000 8100010
6 3 9 3 12 3
= = =
4 2 6 2 8 2
10x = 96 000
x = 9 600
6 9 12 3
Assim: = = =
y 4
4 6 8 2
=
27000 10
Dizemos, então, que:
10y = 108 000
- os números da sucessão 6, 9, 12 são diretamente y = 10 800
proporcionais aos
3 da sucessão 4, 6, 8; z 4
- o número 2 , que é a razão entre dois termos corres- =
pondentes, é chamado fator de proporcionalidade. 3000 10
Duas sucessões de números não-nulos são diretamen- 10z = 120 000
te proporcionais quando as razões entre cada termo da z = 12 000
primeira sucessão e o termo correspondente da segunda Logo, Júlio recebeu R$ 9.600,00, César recebeu R$
sucessão são iguais. 10.800,00 e Toni, R$ 12.000,00.

20
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Números Inversamente Proporcionais Para que as sucessões sejam inversamente


proporcionais, os produtos dos termos correspondentes
Considere os seguintes dados, referentes à produção deverão ser iguais. Então devemos ter:
de sorvete por uma máquina da marca x-5: 4 . 20 = 16 . x = 8 . y

1 máquina x-5 produz 32 litros de sorvete em 120 min.


2 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 60 16 . x = 4 . 20 8 . y = 4 . 20
min. 16x = 80 8y = 80
4 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 30 x = 80/16 y = 80/8
min. x=5 y = 10
6 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 20
min. Logo, x = 5 e y = 10.

Observe agora as duas sucessões de números: Exemplo 2: Vamos dividir o número 104 em partes
inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 4.
Sucessão do número de máquinas: 1 2 4 6
Sucessão do número de minutos: 120 60 30 20 Representamos os números procurados por x, y e z. E
como as sucessões (x, y, z) e (2, 3, 4) devem ser inversamente
Nessas sucessões as razões entre cada termo da proporcionais, escrevemos:
primeira sucessão e o inverso do termo correspondente da 
104

segunda são iguais: x y z x y z x+ y+z
1 2 4 6 = = = = =
= = = = 120 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 + +
120 60 30 20 2 3 4 2 3 4 2 3 4

Dizemos, então, que:


- os números da sucessão 1, 2, 4, 6 são inversamente
proporcionais aos da sucessão 120, 60, 30, 20; Como, vem
- o número 120, que é a razão entre cada termo da
primeira sucessão e o inverso do seu correspondente na
segunda, é chamado fator de proporcionalidade.

Observando que
1 4 é mesmo que
é o mesmo que 1.120=120
1 1 Logo, os números procurados são 48, 32 e 24.
20 30
4.30=120 Grandezas Diretamente Proporcionais

Considere uma usina de açúcar cuja produção, nos


2 é o mesmo que 2.60=120 6 é o mesmo que cinco primeiros dias da safra de 2005, foi a seguinte:
1 1
60 20 Dias Sacos de açúcar
6.20= 120 1 5 000
2 10 000
3 15 000
Podemos dizer que: Duas sucessões de números 4 20 000
não-nulos são inversamente proporcionais quando os 5 25 000
produtos de cada termo da primeira sucessão pelo termo
correspondente da segunda sucessão são iguais. Com base na tabela apresentada observamos que:

Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as - duplicando o número de dias, duplicou a produção
sucessões sejam inversamente proporcionais: de açúcar;
- triplicando o número de dias, triplicou a produção de
4 x 8 açúcar, e assim por diante.
20 16 y

21
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Nesse caso dizemos que as grandezas tempo e 30 4


inverso da razão 12
=
produção são diretamente proporcionais. 90 12 4
Observe também que, duas a duas, as razões entre o 30 3 inverso da razão
12
=
número de dias e o número de sacos de açúcar são iguais: 120 12 3

60 4
= inverso da razão 6
90 6 4

60 3
= inverso da razão 6
120 6 3
Isso nos leva a estabelecer que: Duas grandezas são
diretamente proporcionais quando a razão entre os valores 90
=
3 inverso da razão 4
da primeira é igual à razão entre os valores da segunda. 120 6 3

Tomemos agora outro exemplo. Podemos, então, estabelecer que: Duas grandezas
Com 1 tonelada de cana-de-açúcar, uma usina produz são inversamente proporcionais quando a razão entre os
70l de álcool. valores da primeira é igual ao inverso da razão entre os
De acordo com esses dados podemos supor que: valores da segunda.

- com o dobro do número de toneladas de cana, a usina Acompanhe o exemplo a seguir:


produza o dobro do número de litros de álcool, isto é, 140l; Cinco máquinas iguais realizam um trabalho em 36 dias.
- com o triplo do número de toneladas de cana, a usina De acordo com esses dados, podemos supor que:
produza o triplo do número de litros de álcool, isto é, 210l. - o dobro do número de máquinas realiza o mesmo
trabalho na metade do tempo, isto é, 18 dias;
Então concluímos que as grandezas quantidade de cana- - o triplo do número de máquinas realiza o mesmo
de-açúcar e número de litros de álcool são diretamente trabalho na terça parte do tempo, isto é, 12 dias.
proporcionais. Então concluímos que as grandezas quantidade de
máquinas e tempo são inversamente proporcionais.
Grandezas Inversamente Proporcionais
QUESTÕES
Considere uma moto cuja velocidade média e o tempo
gasto para percorrer determinada distância encontram-se 1 - (PGE/BA – ASSISTENTE DE PROCURADORIA –
na tabela: FCC/2013) Uma faculdade irá inaugurar um novo espaço
para sua biblioteca, composto por três salões. Estima-se
que, nesse espaço, poderão ser armazenados até 120.000
Velocidade Tempo livros, sendo 60.000 no salão maior, 15.000 no menor e os
30 km/h 12 h demais no intermediário. Como a faculdade conta atual-
60 km/h 6h mente com apenas 44.000 livros, a bibliotecária decidiu co-
locar, em cada salão, uma quantidade de livros diretamente
90 km/h 4h proporcional à respectiva capacidade máxima de armaze-
120 km/h 3h namento. Considerando a estimativa feita, a quantidade de
livros que a bibliotecária colocará no salão intermediário é
Com base na tabela apresentada observamos que: igual a
A) 17.000.
- duplicando a velocidade da moto, o número de horas B) 17.500.
fica reduzido à metade; C) 16.500.
- triplicando a velocidade, o número de horas fica D) 18.500.
reduzido à terça parte, e assim por diante. E) 18.000.

Nesse caso dizemos que as grandezas velocidade e 2 - (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE-
tempo são inversamente proporcionais. MÁTICA – IMA/2014) Uma herança de R$ 750.000,00 deve
ser repartida entre três herdeiros, em partes proporcionais
Observe que, duas a duas, as razões entre os números a suas idades que são de 5, 8 e 12 anos. O mais velho re-
que indicam a velocidade são iguais ao inverso das razões ceberá o valor de:
que indicam o tempo: A) R$ 420.000,00
B) R$ 250.000,00
30 6 C) R$ 360.000,00
= inverso da razão 12
60 12 6 D) R$ 400.000,00
E) R$ 350.000,00

22
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

3 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD- 7 - (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –


MINISTRATIVO – FCC/2014) Uma empresa foi consti- SPDM/2012) Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inver-
tuída por três sócios, que investiram, respectivamente, samente proporcional à idade de seus dois filhos: Marcos,
R$60.000,00, R$40.000,00 e R$20.000,00. No final do pri- de12 anos, e Fábio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio
meiro ano de funcionamento, a empresa obteve um lucro será de:
de R$18.600,00 para dividir entre os sócios em quantias di- A) R$ 3.600,00
retamente proporcionais ao que foi investido. O sócio que B) R$ 4.800,00
menos investiu deverá receber C) R$ 7.000,00
A) R$2.100,00. D) R$ 5.600,00
B) R$2.800,00.
C) R$3.400,00. 8 - (TRT – FCC) Três técnicos judiciários arquivaram
D) R$4.000,00. um total de 382 processos, em quantidades inversamente
E) R$3.100,00. proporcionais as suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos.
Nessas condições, é correto afirmar que o número de pro-
4 - (METRÔ/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METRO- cessos arquivados pelo mais velho foi:
VIÁRIA I - FCC/2013) Um mosaico foi construído com A) 112
triângulos, quadrados e hexágonos. A quantidade de po- B) 126
lígonos de cada tipo é proporcional ao número de lados C) 144
do próprio polígono. Sabe-se que a quantidade total de D) 152
polígonos do mosaico é 351. A quantidade de triângulos e E) 164
quadrados somada supera a quantidade de hexágonos em
A) 108. RESPOSTAS
B) 27.
C) 35. 1 - RESPOSTA: “C”.
D) 162. Como é diretamente proporcional, podemos analisar
E) 81. da seguinte forma:
No salão maior, percebe-se que é a metade dos livros,
5 - (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU- no salão menor é 1/8 dos livros.
NESP/2014) Foram construídos dois reservatórios de Então, como tem 44.000 livros, no salão maior ficará
água. A razão entre os volumes internos do primeiro e do com 22.000 e no salão menor é 5.500 livros.
segundo é de 2 para 5, e a soma desses volumes é 14m³. 22000+5500=27500
Assim, o valor absoluto da diferença entre as capacidades Salão intermediário:44.000-27.500=16.500 livros.
desses dois reservatórios, em litros, é igual a
A) 8000. 2 - RESPOSTA: “C”.
B) 6000. 5x+8x+12x=750.000
C) 4000. 25x=750.000
D) 6500. X=30.000
E) 9000. O mais velho receberá:12⋅30000=360.000,00

6 – (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI- 3 - RESPOSTA: “E”.


NISTRATIVO – FCC/2014) Na tabela abaixo, a sequência 20000 :40000 :60000
de números da coluna A é inversamente proporcional à se- 1: 2: 3
quência de números da coluna B. k+2k+3k=18600
6k=18600
k=3100
O sócio que investiu R$20.000,00 receberá R$3.100,00.

4 - RESPOSTA: “B”.

A letra X representa o número

A) 90.
B) 80.
C) 96.
D) 84.
E) 72.

23
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

189-162= 27

5 - RESPOSTA: “B”.
Primeiro:2k
Segundo:5k
2k+5k=14
7k=14
K=2
Primeiro=2.2=4
Segundo=5.2=10
Diferença=10-4=6m³

1m³------1000L
6--------x
X=6000 l

6 - RESPOSTA: “B”.

X=80

7 - RESPOSTA: “B”.
Marcos: a
Fábio: b
a+b=8400
b=4800

8 - RESPOSTA “A”.

24
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

382 ➜Somamos os inversos dos números, ou seja: Exemplo


. Dividindo-se os denominadores por 4, Uma sala tem 18 m2. Um tapete que ocupar o centro
ficamos com: = . Eliminando- dessa sala mede 384 dm2. Vamos calcular a razão entre a
área do tapete e a área da sala.
se os denominadores, temos  191 que corresponde a uma Primeiro, devemos transformar as duas grandezas em
uma mesma unidade:
soma. Dividindo-se a soma pela soma: Área da sala: 18 m2 = 1 800 dm2
Área do tapete: 384 dm2
Estando as duas áreas na mesma unidade, podemos
escrever a razão:
Razão 384dm 2
=
384 16
=
1800dm 2 1800 75
Sejam dois números reais a e b, com b ≠ 0. Chama-se
razão entre a e b (nessa ordem) o quociente a b, ou .
A razão é representada por um número racional, mas é Razão entre grandezas de espécies diferentes
lida de modo diferente.
Exemplo 1
Exemplos
Considere um carro que às 9 horas passa pelo quilô-
3 metro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilômetro
a) A fração lê-se: “três quintos”. 170.
5
Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
3 Tempo gasto: 11h – 9h = 2h
b) A razão lê-se: “3 para 5”.
5
Os termos da razão recebem nomes especiais. Calculamos a razão entre a distância percorrida e o
tempo gasto para isso:
O número 3 é numerador
140km
a) Na fração
3 = 70km / h
5 2h
O número 5 é denominador
A esse tipo de razão dá-se o nome de velocidade mé-
O número 3 é antecedente dia.
a) Na razão 3 Observe que:
5 O número 5 é consequente - as grandezas “quilômetro e hora” são de naturezas
Exemplo 1 diferentes;
- a notação km/h (lê-se: “quilômetros por hora”) deve
A razão entre 20 e 50 é 20 = 2 ; já a razão entre 50 e acompanhar a razão.
20 é 50 5 . 50 5 Exemplo 2
=
20 2
A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Exemplo 2 Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de 927 286
km2 e uma população de 66 288 000 habitantes, aproxi-
Numa classe de 42 alunos há 18 rapazes e 24 moças. A madamente, segundo estimativas projetadas pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de
razão entre o número de rapazes e o número de moças é 1995.
= , o que significa que para “cada 3 rapazes há 4 mo-
18 3

Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte-


24 4
ças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapazes e
remos o número de habitantes por km2 (hab./km2):
o total de alunos é dada por = , o que equivale a dizer
18 3
42 7
que “de cada 7 alunos na classe, 3 são rapazes”. 6628000
≅ 71,5hab. / km 2
927286
Razão entre grandezas de mesma espécie
A razão entre duas grandezas de mesma espécie é o A esse tipo de razão dá-se o nome de densidade de-
quociente dos números que expressam as medidas dessas mográfica.
grandezas numa mesma unidade. A notação hab./km2 (lê-se: ”habitantes por quilômetro
quadrado”) deve acompanhar a razão.

25
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Exemplo 3 Por outro lado, se soubermos que foram corretamente


Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L de ministradas 20 gotas a uma criança, podemos concluir que
gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros percor- seu “peso” é 8 kg, pois:
ridos pelo número de litros de combustível consumidos,
teremos o número de quilômetros que esse carro percorre 5gotas
= 20gotas / p → p = 8kg
com um litro de gasolina: 2kg
83, 76km (nota: o procedimento utilizado nesse exemplo é co-
≅ 10, 47km / l
8l mumente chamado de regra de três simples.)

A esse tipo de razão dá-se o nome de consumo mé- Propriedades da Proporção


dio.
A notação km/l (lê-se: “quilômetro por litro”) deve O produto dos extremos é igual ao produto dos meios:
acompanhar a razão. essa propriedade possibilita reconhecer quando duas ra-
zões formam ou não uma proporção.
Exemplo 4
4 12
e
Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse comprimento 3 9 formam uma proporção, pois
é representado num desenho por 20 cm. Qual é a escala
do desenho? Produtos dos extremos ← 4.9  → Produtos dos
 = 3.12
meios. 36 36

comprimento i no i desenho 20cm 20cm 1


Escala = = = = ou1 : 40 A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro
comprimento i real 8m 800cm 40
(ou para o segundo termo) assim como a soma dos dois
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
A razão entre um comprimento no desenho e o corres-
pondente comprimento real, chama-se Escala. 5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14
= ⇒⎨ = ⇒ =
2 4 ⎩ 5 10 5 10
Proporção
ou
A igualdade entre duas razões recebe o nome de pro-
porção. 5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14
= ⇒⎨ = ⇒ =
3 6 2 4 ⎩ 2 4 2 4
Na proporção 5 = 10 (lê-se: “3 está para 5 assim como
6 está para 10”), os números 3 e 10 são chamados extre- A diferença entre os dois primeiros termos está para
mos, e os números 5 e 6 são chamados meios. o primeiro (ou para o segundo termo) assim como a dife-
rença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o
Observemos que o produto 3 x 10 = 30 é igual ao pro- quarto termo).
duto 5 x 6 = 30, o que caracteriza a propriedade fundamen-
tal das proporções: 4 8 4 − 3 8 − 6 1 2
= ⇒ = ⇒ =
3 6  4 8 4 8
“Em toda proporção, o produto dos meios é igual
ao produto dos extremos”. ou
Exemplo 1
4 8 4 − 3 8 − 6 1 2
2 6
= ⇒ = ⇒ =
Na proporção = , temos 2 x 9 = 3 x 6 = 18; 3 6  3 6 3 6
3 9 A soma dos antecedentes está para a soma dos con-
e em 1 = 4 , temos 4 x 4 = 1 x 16 = 16. sequentes assim como cada antecedente está para o seu
4 16 consequente.

Exemplo 2 12 3 ⎧12 + 3 12 15 12
Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se a = ⇒⎨ = ⇒ =
seguinte dosagem: 5 gotas para cada 2 kg do “peso” da 8 2 ⎩ 8+2 8 10 8
criança.
Se uma criança tem 12 kg, a dosagem correta x é dada ou
por: 12 3 ⎧12 + 3 3 15 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
5gotas x 8 2 ⎩ 8 + 2 2 10 2
= → x = 30gotas
2kg 12kg

26
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

A diferença dos antecedentes está para a diferença dos


consequentes assim como cada antecedente está para o
seu consequente.

3 1 ⎧ 3−1 3 2 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
15 5 ⎩15 − 5 15 10 15

ou

3 1 ⎧ 3−1 1 2 1
= ⇒⎨ = ⇒ =
15 5 ⎩15 − 5 5 10 5 A razão entre a área do triângulo (CEF) e a área do
retângulo é:
a) 1/8
Questões b) 1/6
c) 1/2
1 - (VUNESP - AgSegPenClasseI-V1 - 2012) – Em um d) 2/3
concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas e) 3/4
1800. A razão do número de candidatos aprovados para o
total de candidatos participantes do concurso é: 5 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Na
A) 2/3 biblioteca de uma faculdade, a relação entre a quantidade
B) 3/5 de livros e de revistas era de 1 para 4. Com a compra de
C) 5/10 novos exemplares, essa relação passou a ser de 2 para 3.
D) 2/7 Assinale a única tabela que está associada corretamen-
E) 6/7 te a essa situação.

A)
2 – (VNSP1214/001-AssistenteAdministrativo-I – 2012) Nº de livros Nº de revistas
– Em uma padaria, a razão entre o número de pessoas que
tomam café puro e o número de pessoas que tomam café Antes da compra 50 200
com leite, de manhã, é 2/3. Se durante uma semana, 180 Após a compra 200 300
pessoas tomarem café de manhã nessa padaria, e supondo
que essa razão permaneça a mesma, pode-se concluir que B)
o número de pessoas que tomarão café puro será:
Nº de livros Nº de revistas
A) 72
B) 86 Antes da compra 50 200
C) 94 Após a compra 300 200
D) 105
E) 112 C)
Nº de livros Nº de revistas
3 - (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGU- Antes da compra 200 50
RANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Num zooló- Após a compra 200 300
gico, a razão entre o número de aves e mamíferos é igual à
razão entre o número de anfíbios e répteis. Considerando D)
que o número de aves, mamíferos e anfíbios são, respecti-
vamente, iguais a 39, 57 e 26, quantos répteis existem neste Nº de livros Nº de revistas
zoológico? Antes da compra 200 50
A) 31 Após a compra 300 200
B) 34
C) 36 E)
D) 38
E) 43 Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 200
Após a compra 50 300
4 - (TRT - Técnico Judiciário) Na figura abaixo, os pon-
tos E e F dividem o lado AB do retângulo ABCD em seg-
mentos de mesma medida.

27
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

6 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Uma rede varejista teve um faturamento anual de 4,2 bilhões de
reais com 240 lojas em um estado. Considerando que esse faturamento é proporcional ao número de lojas, em outro esta-
do em que há 180 lojas, o faturamento anual, em bilhões de reais, foi de
A) 2,75
B) 2,95
C) 3,15
D) 3,35
E) 3,55

7 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ/2014) De cada dez alunos de uma sala de aula, seis são do
sexo feminino. Sabendo que nesta sala de aula há dezoito alunos do sexo feminino, quantos são do sexo masculino?
A) Doze alunos.
B) Quatorze alunos.
C) Dezesseis alunos.
D) Vinte alunos.

8 - (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos
alunos de certa escola chegaram atrasados, sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo
que todos os demais alunos chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de
alunos que chegaram com mais de 30 minutos de atraso e número de alunos que chegaram no horário, nessa ordem, foi de
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5

9 - (PMPP1101/001-Escriturário-I-manhã – 2012) – A razão entre as idades de um pai e de seu filho é hoje de 5/2.
Quando o filho nasceu, o pai tinha 21 anos. A idade do filho hoje é de
A) 10 anos
B) 12 anos
C) 14 anos
D) 16 anos
E) 18 anos

10 - (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o nú-
mero de atendimentos a usuários internos e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um
determinado dia, nessa ordem, foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir
que, no total, o número de usuários atendidos foi
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350

Respostas

1 – Resposta “B”

2 – Resposta “A”
Sejam CP e CL o número de pessoas que consumiram café puro e café com leite respectivamente. Como na semana o
número total de pessoas que consumiram café foi de 180, temos que:
CP+CL = 180
A relação encontrada entre eles é de ; assim aplicando a propriedade da proporção teremos:

  180.2 = CP.5  CP =  CP = 72

28
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

3 - RESPOSTA: “D”

tiveram mais de 30 minutos de atraso

Aplicando-se o produto dos meios


pelos extremos temos:

9 – RESPOSTA: “C”
4 - Resposta “B” A razão entre a idade do pai e do filho é respectiva-
  mente , se quando o filho nasceu o pai tinha 21, sig-
nifica que hoje o pai tem x + 21 , onde x é a idade do filho.
Montando a proporção teremos:

LETRA B

5 - RESPOSTA: “A” 10 - RESPOSTA: “E”


Para cada 1 livro temos 4 revistas Usuários internos: I
Significa que o número de revistas é 4x o número de Usuários externos : E
livros.
50 livros: 200 revistas
 5I = 3I+420 2I = 420 I = 210
Depois da compra
2 livros :3 revistas
200 livros: 300 revistas I+E = 210+140 = 350

6 - RESPOSTA: “C”
DIVISÃO PROPORCIONAL

A divisão proporcional é muito usada em situações


relacionadas à matemática financeira, contabilidade, admi-
240.x = 4,2.180 → 240x = 756 → x = 3,15 bilhões nistração, na divisão de lucros e prejuízos proporcionais a
valores investidos.
7 - RESPOSTA: “A” Ex: 1. Manuela, Jose e Alberto resolveram formar uma
Como 6 são do sexo feminino, 4 são do sexo masculi- sociedade e abriram uma empresa que, ao fim de um ano
no(10-6 = 4) .Então temos a seguinte razão: deu lucro de R$ 660 000,00. Para abrir a empresa Manuela
investiu R$ 40 000,00, José R$ 50 000,00 e Alberto R$ 30
000,00. Como esse lucro deverá ser dividido entre os sócios
 6x = 72  x = 12 para que cada um receba uma quantia proporcional ao in-
vestimento inicial?
Resolução: M, J e A são as quantias que os sócios de-
8- RESPOSTA: “C” vem receber .

Se 2/5 chegaram atrasados M


=
J
=
A
=
M +J+A
=
660000
= 5,5
40000 50000 30000 40000 + 50000 + 30000 120000
chegaram no horário

29
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

M
= 5,5 , logo M=R$ 220 000,00
40000

J
= 5,5 logo J=R$ 275 000,00
50000

A
= 5,5 logo A=R$ 165 000,00
30000

Resposta: Manuela receberá R$ 220 000,00: Jose receberá R$ 275 000,00 e Alberto receberá R$ 165 000,00

Ex: 2. Um professor tem 171 figurinhas para distribuir aos quatro alunos que menos faltaram durante o semestre. Para
ser justo, a divisão deverá ser feita de forma inversamente proporcional ao número de faltas de cada um. João faltou 4
vezes, Ana faltou 3, Marcos faltou 2 e Cintia faltou 2. Quanto deve receber cada aluno?

Resolução: Sejam J, A, M e C as quantias que cada um deve receber.

4J=3A=2M=2C=108
4J=108
J=27
3A=108
A=36 Resposta: João recebeu 27 figurinhas, Ana recebeu 36, Marcos recebeu
2M=108 54 e Cintia 54.
M=54
2C=108
C=54

PROBLEMAS

1. Decidi dividir R$ 247,00 entre meus dois filhos de modo proporcional às suas idades. O mais velho tem onze anos e
o mais novo tem oito. Quantos reais devo dar a cada um?

2. Três profissionais com a mesma capacidade de trabalho, devem executar uma tarefa por R$ 1800,00. O primeiro
deles, porém, trabalhou apenas três dias, o segundo, quatro, e o terceiro trabalhou 5 dias. Para que o pagamento seja justo
quanto deverá receber cada um?

3. Três trabalhadores devem dividir 1200 reais referentes ao pagamento de um serviço realizado. Eles trabalharam 2, 3
e 5 dias respectivamente e devem receber uma quantia diretamente proporcional ao número de dias trabalhados. Quanto
deverá receber cada um?

4. Dois ambulantes obtiveram R$ 1560,00 pela venda de certas mercadorias. Esta quantia deve ser dividida entre eles
em partes diretamente proporcionais a 5 e 7 respectivamente. Quanto irá receber cada um?

5. Os três jogadores mais disciplinados de um campeonato de futebol amador irão receber um prêmio de R$ 3340,00
rateados em partes inversamente proporcionais ao número de faltas cometidas em todo o campeonato. Os jogadores co-
meteram 5, 7 e 11 faltas. Qual a premiação referente a cada um deles respectivamente?
6. Para estimular a frequência às aulas, um professor resolveu distribuir a título de premio aos alunos, 60 CD’s para suas
3 classes, repartidas em partes inversamente proporcionais ao número de faltas ocorridas durante o mês em cada uma das
classe. Após esse período, ele constatou que houve 8, 12 e 24 faltas totais respectivamente nas classes A, B e C. Quantos
CD’s devem ser entregues para cada classe?

30
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

RESPOSTAS

1. 143 reais para o mais velho e 104 reais para o mais novo.

2. O primeiro receberá 450 reais, o segundo 600 reais e o terceiro 750 reais

3. O que trabalhou 2 dias recebeu 240 reais, 3 dias recebeu 360 reais e por 5 dias 600 reais

4. 910 proporcional a 7 e 650 proporcional a 5

5A=7B=11C=7700

5A=7700

A= ⇒ A = 1540

7B=7700

B= ⇒ B = 1100

11C=7700

C= ⇒ C = 700

5 faltas recebeu 1540 reais, 7 faltas recebeu 1100 reais e 11 faltas 700 reais.

6. Classe A 30 CD’s, classe B 20 CD’s e classe C 10 CD’s

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através
de um processo prático, chamado regra de três simples.

Exemplo 1: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?

Solução:
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem em uma mesma linha:
Distância (km) Litros de álcool
180 15
210 x

Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), vamos colocar uma flecha:
Distância (km) Litros de álcool
180 15  
210 x

Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros
de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que estamos montando, indicamos esse fato colocando uma fle-
cha na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna “litros de álcool”:

31
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Vamos representar pela letra x o tempo procurado.


Distância (km) Litros de álcool Estamos relacionando dois valores da grandeza
180 15 velocidade (200 km/h e 240 km/h) com dois valores da
210 x grandeza tempo (18 s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos
os outros três.
mesmo sentido
Velocidade Tempo gasto para fazer o percurso
Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:
200 km/h 18 s
6x = 7 . 15 6x = 105 x = 105 x
6
180 15 240 km/h x
=
210 7 x = 17,5 6
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool. gasto para fazer o percurso cairá para a metade; logo,
as grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os
Exemplo 2: Viajando de automóvel, à velocidade números 200 e 240 são inversamente proporcionais aos
de 60 km/h, eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. números 18 e x.
Aumentando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo Daí temos:
farei esse percurso? 200 . 18 = 240 . x
Solução: Indicando por x o número de horas e colocando 3 600 = 240x
as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e 240x = 3 600
as grandezas de espécies diferentes que se correspondem x = 3600
em uma mesma linha, temos: 240
x = 15
Velocidade (km/h) Tempo (h)
60 4 Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andan-
80 x do em 200 km/h, teria gasto 18 segundos para realizar o
percurso.
Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”),
vamos colocar uma flecha: REGRA DE TRÊS COMPOSTA
O processo usado para resolver problemas que
Velocidade (km/h) Tempo (h) envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou
60 4 inversamente proporcionais, é chamado regra de três
80 x composta.

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo Exemplo 1: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160
fica reduzido à metade. Isso significa que as grandezas peças. Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras
velocidade e tempo são inversamente proporcionais. produziriam 300 dessas peças?
No nosso esquema, esse fato é indicado colocando-se na Solução: Indiquemos o número de dias por x.
coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
da flecha da coluna “tempo”: só coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que
Velocidade (km/h) Tempo (h) aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:
60 4 Máquinas Peças Dias
80 x 8 160 4  
6 300 x

sentidos contrários Comparemos cada grandeza com aquela em que está


Na montagem da proporção devemos seguir o sentido o x.
das flechas. Assim, temos: As grandezas peças e dias são diretamente
4 80 4 proporcionais. No nosso esquema isso será indicado
= 12
4x = 4 . 3 4x = 12 x= x=3 colocando-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo
x 60 3 4 sentido da flecha da coluna “dias”:
Resposta: Farei esse percurso em 3 h.
Máquinas Peças Dias
Exemplo 3: Ao participar de um treino de Fórmula 8 160 4
1, um competidor, imprimindo velocidade média de 200 6 300 x
km/h, faz o percurso em 18 segundos. Se sua velocidade
fosse de 240 km/h, qual o tempo que ele teria gasto no Mesmo sentido
percurso?

32
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

As grandezas máquinas e dias são inversamente


proporcionais (duplicando o número de máquinas, o
número de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema
isso será indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma
flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:
Máquinas Peças Dias
8 160 4
6 300 x

Sentidos contrários Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 –


210 = 105 pessoas.
Agora vamos montar 4 a proporção, igualando a razão
que contém o x, que é , com o produto das outras razões, Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
x
obtidas segundo a orientação das flechas  6 160  :
 . 
4 6 2 160 8
1
 8 300 
= . 5
Questões
x 81 30015
4 2 4 2.5 1 – (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPE-
= => 2x = 4 . 5 a x = => x = 10 RACIONAL – VUNESP/2013) Um atleta está treinando
x 5 21 para fazer 1 500 metros em 5 minutos. Como ele pretende
manter um ritmo sempre constante, deve fazer cada 100
Resposta: Em 10 dias. metros em
A) 15 segundos.
B) 20 segundos.
Exemplo 2: Uma empreiteira contratou 210 pessoas C) 22 segundos.
para pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após D) 25 segundos.
4 meses de serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. E) 30 segundos.
Quantos empregados ainda devem ser contratados para
que a obra seja concluída no tempo previsto? 2 – (SAP/SP – AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-
CIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Uma máquina de-
Solução: Em de ano foi pavimentada de estrada. mora 1 hora para fabricar 4 500 peças. Essa mesma máqui-
na, mantendo o mesmo funcionamento, para fabricar 3 375
Comparemos cada grandeza com aquela em que está dessas mesmas peças, irá levar
o x. A) 55 min.
B) 15 min.
C) 35 min.
D) 1h 15min.
E) 45 min.

Sentido contrário 3 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.


IMARUÍ/2014) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(-
vinte e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por
As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente cento) sobre o valor de custo do tal veículo, por quanto
proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tem- Manoel adquiriu o carro em questão?
po fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será A) R$24.300,00
indicado colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no B) R$29.700,00
sentido contrário ao da flecha da coluna “pessoas”: C) R$30.000,00
D)R$33.000,00
E) R$36.000,00

4 - (DNOCS -2010) Das 96 pessoas que participaram


de uma festa de Confraternização dos funcionários do De-
partamento Nacional de Obras Contra as Secas, sabe-se
que 75% eram do sexo masculino. Se, num dado momento
antes do término da festa, foi constatado que a porcen-
As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente tagem dos homens havia se reduzido a 60% do total das
proporcionais. No nosso esquema isso será indicado colo- pessoas presentes, enquanto que o número de mulheres
cando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo senti- permaneceu inalterado, até o final da festa, então a quanti-
do da flecha da coluna “pessoas”: dade de homens que haviam se retirado era?

33
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

A) 36. A) 15 minutos.
B) 38. B) 3 minutos e 45 segundos.
C) 40. C) 7 minutos e 30 segundos.
D) 42. D) 4 minutos e 50 segundos.
E) 44. E) 7 minutos.

5 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em uma ma- 10 – (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-


quete, uma janela de formato retangular mede 2,0 cm de MA/2013) Os 5 funcionários de uma padaria produzem,
largura por 3,5 cm de comprimento. No edifício, a largura utilizando três fornos, um total de 2500 pães ao longo das
real dessa janela será de 1,2 m. O comprimento real corres- 10 horas de sua jornada de trabalho. No entanto, o dono
pondente será de: de tal padaria pretende contratar mais um funcionário,
A) 1,8 m comprar mais um forno e reduzir a jornada de trabalho de
B) 1,35 m seus funcionários para 8 horas diárias. Considerando que
C) 1,5 m todos os fornos e funcionários produzem em igual quan-
D) 2,1 m tidade e ritmo, qual será, após as mudanças, o número de
E) 2,45 m pães produzidos por dia?
A) 2300 pães.
B) 3000 pães.
6 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD- C) 2600 pães.
MINISTRATIVO – FCC/2014) O trabalho de varrição de D) 3200 pães.
6.000 m² de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 E) 3600 pães.
varredores trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as
mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de Respostas
calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de
A) 8 horas e 15 minutos. 1- RESPOSTA: “B”
B) 9 horas. Como as alternativas estão em segundo, devemos tra-
C) 7 horas e 45 minutos. balhar com o tempo em segundo.
D) 7 horas e 30 minutos. 1 minuto = 60 segundos ; logo 5minutos = 60.5 = 300
E) 5 horas e 30 minutos. segundos

7 – (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL/2014) Metro Segundos


Uma equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 1500 ----- 300
horas por dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma 100 ----- x
área igual a 4800 m². Se essa equipe fosse constituída por
15 operários, trabalhando 10 horas por dia, durante 80 Como estamos trabalhando com duas grandezas dire-
dias, faria o calçamento de uma área igual a: tamente proporcionais temos:
A) 4500 m²
B) 5000 m²
C) 5200 m²
D) 6000 m²
E) 6200 m² 15.x = 300.1 ➜ 15x = 300 ➜ x = 20 segundos

8 – (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-


NESP/2014) Dez funcionários de uma repartição traba- 2- RESPOSTA: “E”.
lham 8 horas por dia, durante 27 dias, para atender certo Peças Tempo
número de pessoas. Se um funcionário doente foi afastado 4500 ----- 1 h
por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de 3375 ----- x
dias que os funcionários restantes levarão para atender o
mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora a mais Como estamos trabalhando com duas grandezas dire-
por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será: tamente proporcionais temos:
A) 29.
B) 30.
C) 33.
D) 28.
E) 31. 4500.x = 3375.1 ➜ x = 0,75 h
Como a resposta esta em minutos devemos achar o
9 - (TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Sa- correspondente em minutos
be-se que uma máquina copiadora imprime 80 cópias em Hora Minutos
1 minuto e 15 segundos. O tempo necessário para que 7 1 ------ 60
máquinas copiadoras, de mesma capacidade que a primei- 0,75 ----- x
ra citada, possam imprimir 3360 cópias é de 1.x = 0,75.60 ➜ x = 45 minutos.

34
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

3. RESPOSTA : “C” Como 0,5 h equivale a 30 minutos , logo o tempo será


Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é de 7 horas e 30 minutos.
90% do valor total.
Valor % 7 - RESPOSTA: “D”.
27000 ------ 90 Operários↑ horas↑ dias↑ área↑
X ------- 100 20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80-------- x
= 27000.10 ➜ 9x = 270000
Todas as grandezas são diretamente proporcionais,
➜ x = 30000. logo:

4. RESPOSTA : “A”

75% Homens = 72
25% Mulheres = 24 Antes

40% Mulheres = 24
60% Homens = x Depois

40% -------------- 24
60% -------------- x 8- RESPOSTA: “B”
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamen-
40x = 60 . 24 ➜ x = ➜ x = 36. to esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas
por dia , passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo
Portanto: 72 – 36 = 36 Homens se retiraram. um total de 9 horas, nesta condições temos:

Funcionários↑ horas↑ dias↓


5. RESPOTA: “D” 10---------------8--------------27
Transformando de cm para metro temos : 1 metro = 8----------------9-------------- x
100cm
➜ 2 cm = 0,02 m e 3,5 cm = 0,035 m Quanto menos funcionários, mais dias devem ser tra-
Largura comprimento balhados (inversamente proporcionais).
0,02m ------------ 0,035m Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser tra-
1,2m ------------- x balhados (inversamente proporcionais).

Funcionários↓ horas↓ dias↓


8---------------9-------------- 27
10----------------8----------------x

6. - RESPOSTA: “D”. ➜ x.8.9 = 27.10.8 ➜ 72x = 2160 ➜ x = 30


Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta dias.
o x.
M²↑ varredores↓ horas↑
6000--------------18-------------- 5 9 - RESPOSTA: “C”.
7500--------------15--------------- x Transformando o tempo para segundos: 1 min e 15 se-
gundos = 75 segundos
Quanto mais a área, mais horas(diretamente propor- Quanto mais máquinas menor o tempo (flecha con-
cionais) trária) e quanto mais cópias, mais tempo (flecha mesma
Quanto menos trabalhadores, mais horas(inversamen- posição)
te proporcionais)
Máquina↑ cópias↓ tempo↓
1----------------80-----------75 segundos
7--------------3360-----------x
Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, in-
vertendo os valores de” máquina”.

Máquina↓ cópias↓ tempo↓


7----------------80----------75 segundos
1--------------3360--------- x

35
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Resposta: 37 520 pessoas.


➜ x.7.80 = 75.1.3360 ➜ 560x = 252000
➜ x = 450 segundos Porcentagem que o lucro representa em relação ao
preço de custo e em relação ao preço de venda
Transformando Chamamos de lucro em uma transação comercial de
1minuto-----60segundos compra e venda a diferença entre o preço de venda e o
x-------------450 preço de custo.
x=7,5 minutos=7 minutos e 30segundos. Lucro = preço de venda – preço de custo
Caso essa diferença seja negativa, ela será chamada de
10 - RESPOSTA: “D”. prejuízo.
Funcionários↑ Fornos ↑ pães ↑ horas↑
5--------------------3-----------2500----------10 Assim, podemos escrever:
6--------------------4-------------x--------------8 Preço de custo + lucro = preço de venda
As flecham indicam se as grandezas são inversamente Preço de custo – prejuízos = preço de venda
ou diretamente proporcionais.
Quanto mais funcionários mais pães são feitos(direta- Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem
mente) de duas formas:
Lucro sobre o custo = lucro/preço de custo. 100%
Lucro sobre a venda = lucro/preço de venda. 100%

Observação: A mesma análise pode ser feita para o


caso de prejuízo.

Exemplo

Uma mercadoria foi comprada por R$ 500,00 e vendida


por R$ 800,00.
Pede-se:
PORCENTAGEM - o lucro obtido na transação;
- a porcentagem de lucro sobre o preço de custo;
É uma fração de denominador centesimal, ou seja, - a porcentagem de lucro sobre o preço de venda.
é uma fração de denominador 100. Representamos
porcentagem pelo símbolo % e lê-se: “por cento”. Resposta:
50
Deste modo, a fração é uma porcentagem que Lucro = 800 – 500 = R$ 300,00
podemos representar por 50%. Lc = 300 = 0,60 = 60%
100
500

Forma Decimal: É comum representarmos uma Lv = = 0,375 = 37,5%


300
800
porcentagem na forma decimal, por exemplo, 35% na
forma decimal seriam representados por 0,35. Aumento
75
75% = = 0,75 Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial
100
V que deve sofrer um aumento de p% de seu valor.
Cálculo de uma Porcentagem: Para calcularmos uma Chamemos de A o valor do aumento e VA o valor após o
porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração p aumento. Então, A = p% de V = p . V
por V. 100 100

p p
P% de V = .V VA = V + A = V + .V
100 100
p
Exemplo 1 VA = ( 1 + ).V
100
p
23% de 240 = . 240 = 55,2 Em que (1 + 100 ) é o fator de aumento.
23
100
Exemplo 2
Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que 67% Desconto
de uma amostra assistem a um certo programa de TV.
Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial
assistem ao tal programa? V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor.
Chamemos de D o valor do desconto e VD o valor após o
67
Resolução: 67% de 56 000 = .56000 = 37520 desconto. Então, D = p% de V = p . V
100 100

36
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

p
VD = V – D = V – .V
100
p
VD = (1 – ).V
100
p
Em que (1 – ) é o fator de desconto.
100
Exemplo

Uma empresa admite um funcionário no mês de janeiro sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento. Se a
empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir de março, seja R$ 3 500,00, com que salário deve admiti-lo?
Resolução: VA = 1,4 . V
3 500 = 1,4 . V
3500
V= = 2500
1,4

Resposta: R$ 2 500,00

Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer dois
aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor após o primeiro aumento, temos:
V1 = V . (1 + 1 )
p
100
Sendo V2 o valor após o segundo aumento, temos:
V2 = V1 . (1 + p2 )
100
V2 = V . (1 + 1 ) . (1 + 2 )
p p
100 100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%.

Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:


V1 = V. (1 – p1 )
100
Sendo V2 o valor após o segundo desconto, temos:

V2 = V1 . (1 – )
p2
100
V2 = V . (1 – p1 ) . (1 – p2 )
100 100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%.
Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
V1 = V . (1+ 1 )
p
100

Sendo V2 o valor após o desconto, temos:


V2 = V1 . (1 – p2 )
100
V2 = V . (1 + p1 ) . (1 – p2 )
100 100
Exemplo
(VUNESP-SP) Uma instituição bancária oferece um rendimento de 15% ao ano para depósitos feitos numa certa
modalidade de aplicação financeira. Um cliente deste banco deposita 1 000 reais nessa aplicação. Ao final de n anos, o
capital que esse cliente terá em reais, relativo a esse depósito, são:
n
 p 
Resolução: VA = 1 +  .v
 100 
n
VA = 1. 15  .1000
 100 
VA = 1 000 . (1,15)n
VA = 1 000 . 1,15n
VA = 1 150,00n

37
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

QUESTÕES

1 - (PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO/2014) Se em um tanque de um carro for misturado 45 litros
de etanol em 28 litros de gasolina, qual será o percentual aproximado de gasolina nesse tanque?
A) 38,357%
B) 38,356%
C) 38,358%
D) 38,359%

2 - (CEF / Escriturário) Uma pessoa x pode realizar uma certa tarefa em 12 horas. Outra pessoa, y, é 50% mais eficiente
que x. Nessas condições, o número de horas necessárias para que y realize essa tarefa é :
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8

3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Observe a tabela que indica o consumo mensal de uma mesma torneira da pia
de uma cozinha, aberta meia volta por um minuto, uma vez ao dia.

Em relação ao cosumo mensal da torneira alimentada pela água da rua, o da torneira alimentada pela água da caixa
representa, aproximadamente,
A) 20%
B) 26%
C) 30%
D) 35%
E) 40%

4 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de uma mercadoria, na loja J, é
de R$ 50,00. O dono da loja J resolve reajustar o preço dessa mercadoria em 20%. A mesma mercadoria, na loja K, é vendida
por R$ 40,00. O dono da loja K resolve reajustar o preço dessa mercadoria de maneira a igualar o preço praticado na loja J
após o reajuste de 20%. Dessa maneira o dono da loja K deve reajustar o preço em
A) 20%.
B) 50%.
C) 10%.
D) 15%.
E) 60%.

5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de venda de um produto, des-
contado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem
o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
A) 67%.
B) 61%.
C) 65%.
D) 63%.
E) 69%.

6 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Um comerciante comprou uma mercadoria por R$
350,00. Para estabelecer o preço de venda desse produto em sua loja, o comerciante decidiu que o valor deveria ser sufi-
ciente para dar 30% de desconto sobre o preço de venda e ainda assim garantir lucro de 20% sobre o preço de compra.
Nessas condições, o preço que o comerciante deve vender essa mercadoria é igual a

38
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

A) R$ 620,00. Quem arrematou algum dos lotes disponíveis no leilão


B) R$ 580,00. pagou 20% do lance mais 5% de comissão do leiloeiro no
C) R$ 600,00. ato da arrematação. Os 80% restantes foram pagos impre-
D) R$ 590,00. terivelmente até o dia 11 de dezembro.
E) R$ 610,00. Fonte: http://www.ssp.se.gov.br05/12/13 (modificada).

7 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – Vitor arrematou um lote, pagou o combinado no ato
FCC/2013) Uma bolsa contém apenas 5 bolas brancas e 7 da arrematação e os R$28.800,00 restantes no dia 10 de
bolas pretas. Sorteando ao acaso uma bola dessa bolsa, a dezembro. Com base nas informações contidas no texto,
probabilidade de que ela seja preta é calcule o valor total gasto por Vitor nesse leilão.
A) maior do que 55% e menor do que 60%.
B) menor do que 50%. A) R$34.600,00
C) maior do que 65%. B) R$36.000,00
D) maior do que 50% e menor do que 55%. C) R$35.400,00
E) maior do que 60% e menor do que 65%. D) R$32.000,00
E) R$37.800,00
8 - PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
MA/2013) Das 80 crianças que responderam a uma en- RESPOSTAS
quete referente a sua fruta favorita, 70% eram meninos.
Dentre as meninas, 25% responderam que sua fruta favori- 1 - RESPOSTA: “B”.
ta era a maçã. Sendo assim, qual porcentagem representa, Mistura:28+45=73
em relação a todas as crianças entrevistadas, as meninas 73------100%
que têm a maçã como fruta preferida? 28------x
A) 10% X=38,356%
B) 1,5%
C) 25% 2 - RESPOSTA “C”.
D) 7,5% 12 horas → 100 %
E) 5% 50 % de 12 horas = = 6 horas

9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) X = 12 horas → 100 % = total de horas trabalhado


Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez a seguinte Y = 50 % mais rápido que X.
promoção: Então, se 50% de 12 horas equivalem a 6 horas, logo Y
faz o mesmo trabalho em 6 horas.

3 - RESPOSTA: “B”.

4 - RESPOSTA: “B”.
Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção
e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro obtido por
ele com a revenda das latas de cerveja das duas embala-
gens completas foi:
A) R$33,60
B) R$28,60
C) R$26,40 O reajuste deve ser de 50%.
D) R$40,80
E) R$43,20 5 - RESPOSTA: “A”.
Preço de venda: PV
10 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) Preço de compra: PC
Leilão de veículos apreendidos do Detran aconteceu no dia
7 de dezembro. Note que: 1,4 = 100%+40% ou 1+0,4.Como ele supe-
O Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe – De- rou o preço de venda (100%) em 40% , isso significa soma
tran/SE – realizou, no dia 7 de dezembro, sábado, às 9 ho- aos 100% mais 40%, logo 140%= 1,4.
ras, no Espaço Emes, um leilão de veículos apreendidos em
fiscalizações de trânsito. Ao todo foram leiloados 195 veí- PV - 0,16PV = 1,4PC
culos, sendo que 183 foram comercializados como sucatas 0,84PV=1,4PC
e 12 foram vendidos como aptos para circulação.

39
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

ESTATÍSTICA DESCRITIVA; DISTRIBUIÇÃO DE


PROBABILIDADE DISCRETA.
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra. JUROS SIMPLES E COMPOSTOS:
CAPITALIZAÇÃO E DESCONTOS.
6 - RESPOSTA: “C”.
Preço de venda: PV
Preço de compra: 350 Estatística
30% de desconto, deixa o produto com 70% do seu
valor. A Estatística é um conjunto de técnicas e métodos de
Como ele queria ter um lucro de 20% sobre o preço pesquisa que entre outros tópicos envolve o planejamen-
de compra, devemos multiplicar por 1,2(350+0,2.350) ➜ to do experimento a ser realizado, a coleta qualificada dos
0,7PV = 1,2 . 350 dados, o processamento, a análise e a disseminação das
informações.
Na estatística trabalhamos com dados, os quais podem
ser obtidos por meio de uma amostra da população em
estudo. Conceitos básicos:
O preço de venda deve ser R$600,00.
População: conjunto de elementos que tem pelo me-
7 - RESPOSTA: “A”. nos uma característica em comum. Esta característica deve
Ao todo tem 12 bolas, portanto a probabilidade de se delimitar corretamente quais são os elementos da popu-
tirar uma preta é: lação.
Amostra: subconjunto de elementos de uma popula-
ção, que são representativos para estudar a característica
de interesse da população. A seleção dos elementos que
irão compor a amostra pode ser feita de várias maneiras e
8 - RESPOSTA: “D”. irá depender do conhecimento que se tem da população e
Tem que ser menina E gostar de maçã. da quantidade de recursos disponíveis. ´
Meninas:100-70=30% O estudo das possibilidades Matemáticas está ligado
à análise combinatória, que tem grande aplicabilidade no
, simplificando temos ➜ cotidiano, abordando diversos campos de estudo, como a
P = 0,075 . 100% = 7,5%. programação de computadores, realização de experiên-
cias, biologia molecular, economia, estatística, para o bom
9 - RESPOSTA: “A”. funcionamento de uma empresa.
Usamos as possibilidades (probabilidades) dentro da
estatística em diversos ramos do cotidiano

Distribuição de frequência
A distribuição de frequência nos mostra um agrupa-
mento de dados resumidos, dividida em classes e o núme-
ro de ocorrências de uma classe. É uma forma de mostrar,
por exemplo, os resultados de uma eleição, a renda de
pessoas para uma determinada região, as vendas de um
produto dentro de um determinado período, etc. Alguns
dos gráficos que podem ser usados ​​com as distribuições de
O lucro de Alexandre foi de R$33,60. frequência podem ser: histograma, gráfico de linha, gráfico
de barras e gráfico de setores.
10 - RESPOSTA: “E”.
R$28.800-------80% Média
x------------------100% A média aritmética simples é a mais utilizada no nos-
so dia a dia. A média aritmética simples de dois ou mais
termos é o quociente da soma dos números dados pela
quantidade de números somados.
Ex: Encontre a média em matemática de um aluno que
teve nota 6 na 1ª prova, nota 8 na 2ª prova e nota 10 no
trabalho.

Valor total: R$36.000,00+R$1.800,00=R$37.800,00

40
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

6 + 8 + 10 24 O desvio médio será:


Resolução: M = = =8
3 3 DM =
Resp: A média do aluno é 8.
A média aritmética é a mais conhecida e a mais uti- DM =
lizada, mas ela não é a única. Além dela, temos a média DM =
aritmética ponderada, a média geométrica e a média har-
mônica.
DM = 2,8
Moda
A moda (Mo) é o valor que mais se repete, ou seja, o O desvio médio é 2,8
valor mais provável a ser escolhido. É a única medida de
dispersão que pode ter mais de um valor, podendo ser o Variância: chama-se variância (V) de uma distribuição
conjunto amodal, monomodal, bimodal… a média aritmética dos quadrados dos desvios dessa dis-
Exemplos: tribuição.
O conjunto de dados 1, 2, 3, 4, 5 não possui moda por- Na situação em análise, os desvios são -5, 0, -2, 4 e 3,
que nenhum de seus valores se repete. Neste caso, dize- logo a variância será:
mos que ele é amodal.
O conjunto de dados 2, 3, 3, 3, 4, 5, 5, 6 tem moda 3,
pois esse valor repete-se três vezes. Ele é monomodal. V=
O conjunto de dados 1, 2, 2, 3, 4, 5, 5, 6 tem moda 2 e V=
5 pois ambos os valores se repetem duas vezes sendo ele,
portanto, bimodal V=
Mediana
V = 10,8
A mediana (Me) é o valor que separa o conjunto em
dois subconjuntos de mesmo tamanho. A variância é 10,8
Para se calcular corretamente o valor da mediana, os
elementos do conjunto devem estar em ordem do menor Desvio padrão: Chama-se desvio padrão (DP) de uma
para o maior. Além disso, cabe perceber que a mediana distribuição a raiz quadrada da variância
não precisa, necessariamente, fazer parte do conjunto de
dados. DP =
Exemplo:
O conjunto 1, 2, 5, 6, 7 possui um número ímpar de No exemplo em análise, temos a variância 10,8; portan-
elementos. A mediana é 5. to o desvio padrão será:
O conjunto 3, 3, 7, 7 tem um número de elementos DP =
par. A mediana é a média entre os elementos centrais 3 e DP = 3,28
7, que é 5.
Probabilidade
Desvio médio, variância, desvio padrão O estudo da probabilidade vem da necessidade de em
certas situações, prevermos a possibilidade de ocorrência
Considere a seguinte distribuição numérica: de determinados fatos.
1, 6, 4, 10, 9 A história da teoria das probabilidades, teve início com
os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da
A média aritmética dessa distribuição é : grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo
MA = = 6 da probabilidade. A teoria da probabilidade permite que
se calcule a chance de ocorrência de um número em um
Desvio médio é a média aritmética dos valores abso- experimento aleatório.
lutos da diferença entre cada valor e a média.
Encontra-se o desvio de cada valor calculando-se a Experimento Aleatório
diferença entre esses valores e a média aritmética desses É aquele experimento que quando repetido em iguais
valores. condições, podem fornecer resultados diferentes, ou seja,
Temos: são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tem-
Desvio de 1 é 1 – 6 = -5 po e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem en-
Desvio de 6 é 6 – 6 = 0 volve cálculo de experimento aleatório.
Desvio de 4 é 4 – 6 = -2 Se lançarmos uma moeda ao chão para observarmos
Desvio de 10 é 10 – 6 = 4 a face que ficou para cima, o resultado é imprevisível, pois
Desvio de 9 é 9 – 6 = 3 tanto pode dar cara, quanto pode dar coroa.

41
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Se ao invés de uma moeda, o objeto a ser lançado for O conjunto A = { 2, 3, 5, 6, 4, 1 } representa um evento
um dado, o resultado será mais imprevisível ainda, pois au- certo pois ele possui todos os elementos do espaço amos-
mentamos o número de possibilidades de resultado. tral S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }.
A experimentos como estes, ocorrendo nas mesmas
condições ou em condições semelhantes, que podem Evento Impossível
apresentar resultados diferentes a cada ocorrência, damos
o nome de experimentos aleatórios. No lançamento conjunto de dois dados qual é a pos-
sibilidade de a soma dos números contidos nas duas faces
Espaço Amostral para cima, ser igual a 15?
Este é um evento impossível, pois o valor máximo que
Ao lançarmos uma moeda não sabemos qual será a podemos obter é igual a doze. Podemos representá-lo por 
face que ficará para cima, no entanto podemos afirmar , ou ainda por A = {}.
com toda certeza que ou será cara, ou será coroa, pois
uma moeda só possui estas duas faces. Neste exemplo, ao Conceito de probabilidade
conjunto { cara, coroa } damos o nome de espaço amostral,
pois ele é o conjunto de todos os resultados possíveis de Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são
ocorrer neste experimento. igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer
Representamos um espaço amostral, ou espaço um evento A é:
amostral universal como também é chamado, pela
letra S. No caso da moeda representamos o seu espaço
amostral por:
S = { cara, coroa }
Se novamente ao invés de uma moeda, o objeto a ser
lançado for um dado, o espaço amostral será: Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número
S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igual-
mente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%
Evento
Probabilidade da União de dois Eventos
Quando lançamos um dado ou uma moeda, chama-
mos a ocorrência deste fato de evento. Qualquer subcon- Dados dois eventos A e B de um espaço amostral S a
junto de um espaço amostral é um evento. probabilidade de ocorrer A ou B é dada por: 
Em relação ao espaço amostral do lançamento de um P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) 
dado, veja o conjunto a seguir:
A = { 2, 3, 5 }

Note que   ( A está contido em S, A é um sub-


conjunto de S ). O conjunto A é a representação do even-
to do lançamento de um dado, quando temos a face para
cima igual a um número primo.

Classificação de Eventos
Podemos classificar os eventos por vários tipos. Veja-
mos alguns deles:
Verificação 
Evento Simples O Número de elementos de A U B é igual à soma do
Classificamos assim os eventos que são formados por número de elementos de A com o número de elementos
um único elemento do espaço amostral. de B, menos uma vez o número de elementos de A ∩ B que
A = { 5 } é a representação de um evento simples do foi contado duas vezes (uma em A e outra em B). Assim
lançamento de um dado cuja face para cima é divisível temos: 
por5. Nenhuma das outras possibilidades são divisíveis por
5. n(AUB) = n(A) + n(B) – n(A∩B) 

Evento Certo Dividindo por n(S) [S ≠  ] resulta 

Ao lançarmos um dado é certo que a face que ficará


para cima, terá um n° divisor de 720. Este é um evento cer-
to, pois 720 = 6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1, obviamente qualquer
um dos números da face de um dado é um divisor de 720,
pois 720 é o produto de todos eles. P(AUB) = P(A) + P(B) – P(A∩B) 

42
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Ex: Numa urna existem 10 bolas numeradas de 1 a Resolução: O que determina a utilização da fórmula
10. Retirando uma bola ao acaso, qual a probabilidade de da intersecção para resolução desse problema é a palavra
ocorrer múltiplos de 2 ou múltiplos de 3?  “e” na frase “a probabilidade de sair um número ímpar e o
número 4”. Lembre-se que na matemática “e” representa
intersecção, enquanto “ou” representa união.
Note que a ocorrência de um dos eventos não interfere
na ocorrência do outro. Temos, então, dois eventos inde-
pendentes.
Vamos identificar cada um dos eventos.
Evento A: sair um número ímpar = {1, 3, 5}
Evento B: sair o número 4 = {4}
Espaço Amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Temos que:

A é o evento “múltiplo de 2”. 

B é o evento “múltiplo de 3”. 

P(AUB) = P(A) + P(B) – P(A∩B) = + - = = 70% Assim, teremos:

Probabilidade da intersecção de dois eventos

A probabilidade da intersecção de dois eventos ou


probabilidade de eventos sucessivos determina a chance,
a possibilidade, de dois eventos ocorrerem simultânea ou Ex. 2. Numa urna há 20 bolinhas numeradas de 1 a 20.
sucessivamente. Para o cálculo desse tipo de probabilidade Retiram-se duas bolinhas dessa urna, uma após a outra,
devemos interpretar muito bem os problemas, lendo com sem reposição. Qual a probabilidade de ter saído um nú-
atenção e fazendo o uso da seguinte fórmula: mero par e um múltiplo de 5?
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral S. A Solução: Primeiro passo é identificar os eventos e o es-
probabilidade de paço amostral.
Evento A: sair um número par = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14,
A ∩ B é dada por: 16, 18, 20}
Evento B: sair um múltiplo de 5 = {5, 10, 15, 20}
Espaço amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20}
Onde
Como as duas bolinhas foram retiradas uma após a ou-
p(A∩B)  → é a probabilidade da ocorrência simultânea tra e não houve reposição, ou seja, não foram devolvidas à
de A e B urna, a ocorrência do evento A interfere na ocorrência do
p(A) → é a probabilidade de ocorrer o evento A B, pois haverá na urna somente 19 bolinhas após a retirada
p(B│A)   → é a probabilidade de ocorrer o evento B da primeira.
sabendo da ocorrência de A (probabilidade condicional) Assim, temos que:
Se os eventos A e B forem independentes (ou seja, se a
ocorrência de um não interferir na probabilidade de ocor-
rer outro), a fórmula para o cálculo da probabilidade da
intersecção será dada por:

Vejamos alguns exemplos de aplicação.

Ex. 1. Em dois lançamentos sucessivos de um mesmo


dado, qual a probabilidade de sair um número ímpar e o
número 4?

43
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Após a retirada da primeira bola, ficamos com 19 boli- A probabilidade de se obter um número divisor de 6
nhas na urna. Logo, teremos: é 2/3 ou 66,67%.

3. Neste exercício o espaço amostral possui 12 ele-


mentos, que é o número total de bolas, portanto a proba-
bilidade de ser retirada uma bola verde está na razão de 5
para 12.
Sendo S o espaço amostral e E o evento da retirada de
uma bola verde, matematicamente podemos representar a
resolução assim:

Problemas A probabilidade desta bola ser verde é 5/12

1. Três irmãos Pedro, João e Luís foram brincar na rua. 4. a) Probabilidade de todos se acidentarem


Supondo-se que as condições de retorno para casa são Como o risco é de 1 em 30 temos que:
as mesmas para cada um deles, qual é a probabilidade
de Luís voltar para casa primeiro?

2. Um dado é lançado. Qual é a probabilidade de ob-


termos um número divisor de 6?

3. Uma bola será retirada de uma sacola contendo 5


bolas verdes e 7 amarelas. Qual a probabilidade dessa bola
ser verde?

4. Em uma empresa, o risco de alguém se acidentar


é dado pela razão 1 em 30. Determine a probabilidade de b) Probabilidade de nenhum se acidentar
ocorrer nessa empresa as seguintes situações relacionadas Para os acidentados temos a probabilidade de 1 em 30.
a 3 funcionários: Nesse caso para os não acidentados temos a probabilidade
a) a probabilidade de todos se acidentarem de 29 em 30. Então:
b) a probabilidade de nenhum se acidentar

5. Um casal planeja ter 5 filhos. Qual a probabilidade


de nascerem 3 meninos e 2 meninas?

Respostas

1. Como 3 é o número total de irmãos, en-


tão Luís tem 1 chance em 3 de voltar para casa primeiro,
por isto a probabilidade de Luís voltar para casa antes dos
seus irmãos é igual a 1/3. 5. Primeiramente, devemos observar que não importa
a ordem de nascimento, assim, temos 6 opções:
2. Como vimos acima, o espaço amostral do lançamen- - 5 meninos
to de um dado é: S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } - 4 meninos e 1 menina
Como estamos interessados apenas nos resultados di- - 3 meninos e 2 meninas
visores de 6, o evento E é representado por: - 2 meninos e 3 meninas
E = { 1, 2, 3, 6 } - 1 menino e 4 meninas
- 5 meninas

Logo, a probabilidade de nascerem 3 meninos e 2


meninas é:
Então n(E) = 4 e n(S) = 6, portanto: P = 1/6 = 0,1666 = 16,66%
Obs: A distribuição discreta descreve quantidades alea-
tórias (dados de interesse) que podem assumir valores par-
ticulares e os valores são finitos. Por exemplo, a ocorrência
de tempestades de granizo.

44
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Juros Simples Problemas

Podemos definir juros como o rendimento de uma 1. Qual a taxa anual que R$ 13.000,00 esteve aplicado
aplicação financeira, valor referente ao atraso no paga- por 2 anos e rendeu R$5.980,00 de juros simples?
mento de uma prestação ou a quantia paga pelo emprésti- a) 17%.
mo de um capital. Atualmente, o sistema financeiro utiliza b) 12%.
o regime de juros compostos, por ser mais lucrativo. Mas c) 23%.
vamos entender como funciona a capitalização no sistema d) 32%.
de juros simples.
No sistema de capitalização simples, os juros são 2. Temos uma dívida de R$ 1 000,00 que deve ser paga
calculados baseados no valor da dívida ou da aplicação. com juros de 8% a.m. pelo regime de juros simples e de-
Dessa forma, o valor dos juros é igual no período de vemos pagá-la em 2 meses. Quanto pagaremos de juros, e
aplicação ou composição da dívida. quanto pagaremos no total (montante)?
A expressão matemática utilizada para o cálculo das
situações envolvendo juros simples é a seguinte: 3. Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00,
J = C . i . t, onde aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias.
J = juros
C = capital 4. Um capital aplicado a juros simples, triplicará em 5
i = taxa de juros ( na forma decimal) anos se a taxa anual for de :
t= tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, se- a) 30%
mestre, ano...) b) 40%
c) 50%
M=C+J d) 75%
M = montante final e) 100%
C = capital
J = juros 5. Qual o valor do juro simples sobre R$ 6000,00 que
foram aplicados por 4 meses a uma taxa de 3% ao mês?
Ex: 1. Qual o valor do montante produzido por um ca-
pital de R$ 1.200,00, aplicado no regime de juros simples 6. Uma TV que custava R$ 4000,00 foi vendida em três
a uma taxa mensal de 2%, durante 10 meses? prestações mensais e iguais, e o comprador pagou no total
R$ 4480,00. Qual foi a taxa mensal de juros simples apli-
Capital: 1200 cada?
i = 2% = 2/100 = 0,02 ao mês (a.m.)
t = 10 meses 7. (Concurso Detran/SP 2013-Oficial Est. De Trân-
J=C.i.t sito-VUNESP) Pedro vendeu seu carro por R$ 50.000,00 e
J = 1200 . 0,02 . 10 aplicou desse valor em um investimento de juros simples,
J = 240 à taxa de 2% ao mês. Para resgatar um montante de valor
M=C+j igual ao da venda do seu carro, o dinheiro deverá ficar apli-
M = 1200 + 240 cado, no mínimo, por
M = 1440 (A) 12 anos e 5 meses.
Resp: O montante produzido será de R$ 1.440,00. (B) 11 anos e 6 meses.
(C) 12 anos e 6 meses.
(D) 11 anos e 5 meses.
2. Determine o valor do capital que aplicado durante (E) 11 anos e 4 meses
14 meses, a uma taxa de 6%, rendeu juros de R$ 2.688,00.
J=C.i.t Respostas
J=C.i.t
2688 = C . 0,06 . 14 1. Alternativa C
2688 = C . 0,84
2. 160 reais de juros e 1160 reais no total
2688
C= 3. 5000 reais
0,84
4. Se o capital deve triplicar, então o montante deverá
C = 3200 ser igual a 3 vezes o capital aplicado.
Resp: O valor do capital é de R$ 3.200,00. M = 3. C
M = C (1 + i.t)
3C = C ( 1 + i . 5) cancelando C nos dois membros
3 = 1 + i.5

45
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

1 + i.5 = 3 t=5
i. 5 = 3 – 1 M = 4000 . (1 + 0,04)5
i = 2/5 M= 4000 . (1,04)5
i = 0,40 M= 4000 . 1,2165
i = 40% M= 4866
Resp. Para triplicar o capital a taxa deverá ser de 40% Subtraindo o capital inicial do montante temos:
a.a. J = 4866 – 4000 = 866
Alternativa B Portanto, Pedro terá que devolver o valor de R$ 4866
(quatro mil, oitocentos e sessenta e seis reais) para Fer-
5. 720 reais nando. Sendo R$ 866 de juros.

6. 4% ao mês Problemas

7. M = C ( 1 + it) 1. Determine o capital aplicado a juros compostos de


50000 = 12500 . ( 1 + 0,02.t) 3,5% a.m., sabendo que após 8 meses rendeu um mon-
tante de R$ 19752,00.
= 1 + 0,02 t
2. Calcule o valor do capital que, aplicado a uma taxa
1 + 0,02 t = 4 de 2% ao mês,no regime de juro composto, rendeu em 10
0,02 t = 4 – 1 meses a quantia de R$ 15.237,43?
T=
T = 150 meses 3. Qual o montante produzido pelo capital de R$ 6.800,
T = 12 anos e 6 meses em regime de juro composto, aplicado durante 4 meses, à
Resp: Alternativa C taxa de 3,8% ao mês?

Juros compostos 4. Calcule o valor atual, à taxa de 2,5% ao mês, do capi-


tal de R$ 6.000 disponível no fim de 4 meses.
O regime de juros compostos é o mais comum no
sistema financeiro .Os juros gerados a cada período são Respostas:
incorporados ao principal para o cálculo dos juros do pe-
ríodo seguinte. 1.M = 19752
Juros compostos são muito usados no comércio, como M=c(1+i)
t

por exemplo, nos bancos. Os juros compostos  são utili- 19752 = C . ( 1 + 0,035)
8

zados na remuneração das cadernetas de poupança, pois 19752 = C . ( 1,035)


8

oferecem uma melhor remuneração. Popularmente o juro 19752 = C . 1,3168088


composto  é conhecido como “juro sobre juro”.
19752
Para calcular juros compostos utilizamos as fórmulas C=
abaixo: 1,3168088
M = C . (1 + i)t
J=M-C C = aproximadamente 15000

Cláudio empresta o capital inicial de R$ 4000,00 (qua- 2. M = 15237,43


tro mil reais) para Pedro cobrando juros compostos de 4% M=c(1+i)
ao mês. Pedro prometeu pagar tudo após 5 meses. Qual
será o valor que ele terá que pagar?
Para resolvermos esse problema de juros compostos
usamos a seguinte fórmula:
M = C . (1 + i)t
M = Montante
C = Capital Inicial C=
i = Taxa de juros
t = Tempo
C = 12500
Usando a fórmula para o problema de juro compos-
to acima teremos: 3. M = 6800 . (1 + 0,038)
4

M = ? (é o valor que queremos saber) M = 6800 . ( 1,038)


4

C = R$ 4000,00 M = 6800 . 1,1608854


i = 4% /100 = 0,04 M = 7894

46
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Se o resgate for solicitado durante o período de carên-


4. M = 6000. ( 1 + 0,025)
4
cia ou se o título for cancelado, o contratante só poderá re-
M = 6000 . ( 1,025)
4
ceber o dinheiro após o encerramento do período previsto
M = 6000 . 1,1038128 e a Sociedade de Capitalização pode aplicar uma penalida-
M = 662 de de até 10% do capital constituído. Há casos, porém, de
títulos que preveem o resgate parcial.
Capitalização Todas essas informações constam dos títulos de capi-
Certamente, muitos de nós, alguma vez, nos envolve- talização no item Condições Gerais, assim como os percen-
mos em uma das seguintes situações: tuais a que o titular terá direito em função do número de
-Compra de bem de consumo a crédito; pagamentos realizados até a desistência.
-Investimento em poupança programada; Apesar das semelhanças entre título de capitalização e
-Compra de imóvel pelo Sistema Financeiro da Habi- poupança, é importante destacar que mesmo com a par-
tação. ticipação em sorteios e a obrigação de poupar para não
atrasar os pagamentos, uma vez que os títulos com pa-
A ação de investirmos periodicamente uma quantia gamento em atraso não concorrem aos sorteios, o capital
fixa, com taxa de juros fixos, com vistas a compor um de- formado é inferior se comparado ao que seria obtido com
terminado capital final, chamamos de capitalização. a caderneta de poupança.
Podemos também adquirir um título de capitalização Fonte: http://www.brasil.gov.br/economia-e-empre-
que é uma forma de economizar dinheiro de maneira pro- go/2012/04/titulo-de-capitalizacao
gramada, com prazos e taxa de juros previamente determi-
nados. Os depósitos, que podem ser frequentes ou únicos,
recebem rendimentos e, dependendo do tipo de capitali- Desconto Simples
zação, dão direito a prêmios. Geralmente, os sorteios são
baseados na extração da Loteria Federal. São muitas as situações em que podemos observar
O título de capitalização só pode ser comercializado aplicações de descontos. Nos bancos ou no comércio em
pelas Sociedades de Capitalização (casas lotéricas, bancos, geral esse conhecimento é útil e indispensável numa tran-
dentre outras) devidamente autorizadas a funcionar pela sação financeira.
Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que Ao comprarmos um produto e pagá-lo à vista, geral-
também é responsável pela fiscalização das operações do mente obteremos um desconto.
setor no País. No sistema financeiro, as operações de empréstimo
Ao final do plano (cuja vigência é igual ou superior a 12 são muito utilizadas pelas pessoas que assumem o com-
meses), o contratante tem o direito de resgatar parte dos promisso de quitar uma dívida em uma data de vencimen-
valores depositados (75%) ou o total corrigidos conforme to pré-determinada, mas o devedor tem o direito de ante-
porcentagem prevista contratualmente, que varia de 20% a cipar o pagamento mediante um abatimento chamado de
100% da taxa de juros da poupança. desconto.
Do montante pago, uma parte destina-se a custear os
sorteios e o restante é destinado às chamadas cotas de car- Tipos de desconto simples:
regamento, que visam cobrir as despesas administrativas e 1) Desconto comercial, por fora ou bancário
operacionais das empresas que comercializam o produto. Considera como capital o valor nominal. Assim a taxa
Há quatro modalidades de títulos de capitalização dis- de desconto simples incide sobre o valor nominal. Para cal-
poníveis no mercado. São elas: cular o desconto comercial usamos as fórmulas:
Tradicional – Restitui ao contratante o valor total dos D = N . i. n,
pagamentos efetuados ao final do prazo de vigência, des- A=N–D
de que tenham sido realizados nas datas programadas. A = N (1 – i.n)
Compra programada – Caracteriza-se pela opção do A – valor atual ( é o valor com desconto que será pago
contratante de, no momento do resgate, receber um pro- antecipadamente)
duto ou serviço, em vez de dinheiro. D – valor do desconto
Modalidade popular – Consiste no título de capitali- N – valor nominal do título ( valor a ser pago no dia do
zação que possibilita a participação em sorteios, sem que vencimento)
haja a devolução integral do valor pago. i – taxa do desconto
Modalidade incentivo – Muito utilizado em eventos n – tempo (antecipação do desconto)
promocionais, caracteriza-se pela cessão total ou parcial,
por parte da empresa que compra o título de capitalização, O valor atual pode ser chamado de valor presente ou
dá direito ao sorteio aos consumidores de um produto ou líquido
serviço.
A capitalização não permite resgate imediato. Em caso
de desistência, alguns títulos preveem prazo de carência,
isto é, um período inicial em que o capital fica indisponível
ao titular.

47
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

2) Desconto racional ou por dentro 3. D = N – A


Considera como capital o valor atual. Assim a taxa de D = 1000 – 880 = 120
desconto incide sobre o valor atual. Para calcular o descon- n = 120 dias = 4 meses
to racional usamos as fórmulas: N = 1000
D = N.i.n
120 = 1000.i.4
120 = 4000 . i
i = 120/4000
i = 0,03 = 3%
Resp: A taxa será de 3% ao mês

4. N = 1000
Problemas i= 3% a.m. = 0,03 a.m. = 0,001 ao dia
n=108 dias
1. Um título no valor nominal de 25000 reais é des- A = N (1-i.n)
contado 2 meses antes do seu vencimento, à taxa de juro A = 1000 ( 1 – 0,001.108)
simples de 2,5% ao mês. Qual o desconto racional? A = 1000 (1 – 0,108)
A = 1000 (0,892)
2. Um título no valor nominal de 25000 reais é des- A = 892
contado 2 meses antes do seu vencimento, à taxa de juro Resp: O valor atual será de 892 reais.
simples de 2,5% ao mês. Qual o desconto bancário?
5. N = 1600
3. Qual a taxa mensal simples de desconto utilizada nu- i = 1,5% a.m.
mas operação a 120 dias cujo valor nominal é de 1000 reais n= 75 dias = 2,5 meses
e o valor líquido de 880 reais?
D=
4. Calcular o valor atual de um título no valor nominal
de 1000 reais que sofreu um desconto comercial a uma
taxa de 3% a.m. em 108 dias antes do vencimento. D:
5. Um título de crédito de valor nominal de 1600 reais
sofre um desconto racional simples à taxa de 1,5% a.m.,
75 dias antes do seu vencimento. Calcule o desconto e o D=
valor atual.
A = 1600 – 57,83
Respostas: A = 1542,17
Resp: O desconto será de 57,83 reais e o valor atual de
1. N = 25000 1542,17 reais.
i = 2,5% = 0,025
n=2
Como se trata de desconto racional usaremos a fór- Descontos Compostos
mula:
O desconto (Dc) é calculado com taxa de juros
compostos, considerando n período(s) antecipado(s):

Dc = S - C

D= = 1190,48 onde, de S = C.(1 + i)n, tiramos que C = S/(1 + i)n

Resp: O desconto será de 1190,48 reais

2. Como se trata de desconto bancário, usamos a for-


mula:
D = N . i. n
D = 25000. 0,025.2
D = 1250
Resp: O desconto será de 1250 reais

48
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Questões Questão 5. Uma empresa descontou em um banco


uma duplicata de R$ 600.000,00, recebendo o líquido de
Questão 1. Um banco ao descontar notas promissórias, 516.000,00. Sabendo=se que o banco cobra uma comissão
utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de de 2% sobre o valor do título, que o regime é de juros
12% a.m.. O banco cobra, simultaneamente uma comissão simples comerciais. Sendo a taxa de juros de 96% a.a., o
de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente prazo de desconto da operação foi de:
do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao descontar uma Resposta:
promissória vencível em três meses. O valor da comissão N = 600000
é de: Ab = 516000
Resposta: h = 0.02
h = 0.04 i = 0.96 a.a.
iB = 0.12 * 3 Db = Db + N*h
Ab = N * [1 - (i*n+h)]
AB = N * [1-(iB * h)] 516000 = 600000 * [1-(0.96*n+0.02)]
300000 = N * [1-(0.12*3 * 0.04)] 0.8533 = 1 – 0.96*n – 0.02
300000 = N * [1-0.4] 0.8533 = 0.98 – 0.96*n
N = 500000 0.96 * n = 0.1267
Vc = 0.04 * N n = 0.1319 anos ≈ 45 dias
Vc = 0.04 * 500000
Vc = 20000 Questão 6. O desconto comercial simples de um título
quatro meses antes do seu vencimento é de R$ 600,00.
Questão 2. O valor atual de um título cujo valor de Considerando uma taxa de 5% a.m., obtenha o valor
vencimento é de R$ 256.000,00, daqui a 7 meses, sendo a correspondente no caso de um desconto racional simples:
taxa de juros simples, utilizada para o cálculo, de 4% a.m., é: Resposta:
Resposta: Dc = 600
N = 256000 i = 0.05 a.m.
n = 7 meses n=4
i = 0.04 a.m.
iB = n*i = 7*0.04 = 0.28 Dc = Dr * (1 + i*n)
A = N / (1+iB) = 256000 / 1.28 = 200000 600 = Dr * (1 + 0.05*4)
Dr = 600/1.2
Questão 3. O desconto simples comercial de um título Dr = 500
é de R$ 860,00, a uma taxa de juros de 60% a.a.. O valor
do desconto simples racional do mesmo título é de R$ Questão 7 – O desconto racional simples de uma
781,82, mantendo-se a taxa de juros e o tempo. Nesse as nota promissória, cinco meses antes do vencimento, é
condições, o valor nominal do rótulo é de: de R$ 800,00, a uma taxa de 4% a.m.. Calcule o desconto
Resposta: comercial simples correspondente, isto é, considerando o
Dc = 860 mesmo título, a mesma taxa e o mesmo prazo.
Dr = 781.82 Resposta:
Usando N = (Dc * Dr) / (Dc – Dr), Dr = 800
N = (860 * 781.82) / (860 – 781.82) = 672365.2 / 78.18 i = 0.04 a.m.
= 8600.22 n = 5 meses

Questão 4. O valor atual de uma duplicata é de 5 vezes Dc = Dr * (1 + i*n)


o valor de seu desconto comercial simples. Sabendo-se Dc = 800 * (1 + 0.04*5)
que a taxa de juros adotada é de 60% a.a., o vencimento do Dc = 800 * 1.2
título expresso em dias é: Dc = 960
Resposta:
i = 60% a.a. → i = 0.6 a.a. Questão 8. Um título sofre um desconto comercial de
A = N – D (valor atual é o nominal menos o desconto) R$ 9.810,00 três meses antes do seu vencimento a uma
5D = N – D → N = 6D taxa de deconto simples de 3% a.m.. Indique qual seria
A = N * ( 1 – i*n) o desconto à mesma taxa se o desconto fosse simples e
5D = 6D ( 1 – 0.6 * n) racional.
5 = 6 ( 1 – 0.6 * n) Resposta:
5 = 6 – 3.6 * n Dc = 9810
3.6 * n = 1 n = 3 meses
n = 0.277 (anos) i = 0.03 a.m.
n = 0.277 * 365 dias
n = 101.105 dias Dc = Dr * (1 + i*n)

49
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

9810 = Dr * (1 + 0.03*3) Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]


9810 = Dr * 1.09 (1+0.03)3 = 1.092727
Dr = 9810/1.09 Dcr = 10000 * 0.092727 / 1.092727
Dr = 9000 Dcr = 848.58
Dcr = N – A
Questão 9. Um título no valor nominal de R$ 848.58 = 10000 – A
10.900,00 deve sofrer um desconto comercial simples de A = 10000 – 848.58
R$ 981,00 três meses antes do seu vencimento. Todavia A = 10000 – 848.58
uma negociação levou a troca do desconto comercial por A = 9151.42
um desconto racional simples. Calcule o novo desconto,
considerando a mesma taxa de desconto mensal: Questão 12. Um título foi descontado por R$ 840,00,
Resposta: quatro meses antes de seu vencimento. Calcule o desconto
N = 10900 obtido considerando um desconto racional composto a
Dc = 981 uma taxa de 3% a.m.
n=3 Resposta:
n = 4 meses
Dc = N * i * n i = 0.03 a.m.
981 = 10900 * i * 3 A = 840
981 = 32700 * i
i = 0.03 (3% a.m.) Dcr = N – A
Dcr = N – 840
Dr = N * i * n / (1+i*n) Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
Dr = 10900 * 0.03 * 3 / (1+0.03*3) (1+0.03)4 = 1.12550881
Dr = 10900 * 0.09 / 1.09 (1+0.03)4 -1 = 0.12550881
Dr = 10900 * 0.09 / 1.09 Dcr = N * 0.12550881 / 1.12550881
Dr = 900 N * 0.12550881 / 1.12550881 = N – 840
outra forma de fazer a questão seria usando: N * 0.12550881 = 1.12550881 * N – 945.4274004
N = (Dc * Dr) / (Dc – Dr) N = 945.4274004
10900 = 981 * Dr / (981-Dr) Dcr = 945.4274004 – 840
10692900 – 10900 * Dr = 981 * Dr Dcr ≈ 105.43
11881 * Dr = 10692900
11881 * Dr = 10692900 Questão 13. Um título sofre um desconto composto
Dr = 900 racional de R$ 6.465,18 quatro meses antes do seu
vencimento. Indique o valor mais próximo do valor
Questão 10. Um título sofre desconto simples descontado do título, considerando que a taxa de desconto
comercial de R$ 1.856,00, quatro meses antes do seu é de 5% a.m.:
vencimento a uma taxa de desconto de 4% a.m.. Calcule Resposta:
o valor do desconto correspondente à mesma taxa, caso Dcr = 6465.18
fosse um desconto simples racional: n = 4 meses
Resposta: i = 0.05 a.m.
Dc = 1856
n = 4 meses Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
i = 0.04 a.m. (1+i)n = 1.21550625
(1+i)n – 1 = 0.21550625
Dc = N * i * n 6465.18 = N * 0.21550625 / 1.21550625
Dr = N * i * n / (1+i*n) N = 36465,14
Dr = 1856 / (1+0.04*4)
Dr = 1856 / 1.16 Questão 14. Um título sofre um desconto composto
Dr = 1600 racional de R$ 340,10 seis meses antes do seu vencimento.
Calcule o valor descontado do título considerando que a
Questão 11. Obtenha o valor hoje de um título de R$ taxa de desconto é de 5% a.m. (despreza os centavos):
10.000,00 de valor nominal, vencível ao fim de três meses, Resposta:
a uma taxa de juros de 3% a.m., considerando um desconto Dcr = 340.10
racional composto e desprezando os centavos. n = 6 meses
Resposta: i = 0.05 a.m.
N =10000 Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
n = 3 meses (1+0.05)6 = 1.340095640625
i = 0.03 a.m. (1+i)n – 1 = 0.340095640625
340.10 = N * 0.340095640625 / 1.340095640625

50
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

N ≈ 1340.10 A = N – Dc
Dcr = N – A A = 11245.54 – 562.277
340.10 = 1340.10 – A A = 10683.26
A = 1000
II) Dr = (N * i * n) / (1 + i * n)
Questão 15. O valor nominal de uma dívida é igual a Dr = (11245.54 * 0.03 * 2) / (1 + 0.03 * 2)
5 vezes o desconto racional composto, caso a antecipação Dr = 674.7324 / 1.06
seja de dez meses. Sabendo-se que o valor atual da dívida Dr = 636.54
(valor de resgate) é de R$ 200.000,00, então o valor nominal A = N – Dc
da dívida, sem considerar os centavos é igual a: A = 11245.54 – 636.54
Resposta: A = 10609.0
N = 5 * Drc
n = 10 meses III) Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
A = 200000 Dcr = 11245.54 * 0.05740409
Dcr = 645.54
Drc = N – A A = N – Dc
Drc = 5 * Drc – 200000 A = 11245.54 – 645.54
4 * Drc = 200000 A = 10600
Drc = 50000
Drc = N – A Nenhum item tem uma resposta certa. Mas a diferença
entre o valor atual da escolha II e a III é nove, então se houve
50000 = N – 200000 um erro na digitação da questão a resposta é a alternativa c.
N = 250000
Questão 18. Um título deveria sofrer um desconto
Questão 16. Um Commercial paper, com valor de face comercial simples de R$ 672,00, quatro meses antes do
de US$ 1.000.000,00 e vencimento daqui a três anos deve seu vencimento. Todavia, uma negociação levou à troca
ser resgatado hoje. A uma taxa de juros compostos de 10% do desconto comercial simples por um desconto racional
a.a. e considerando o desconto racional, obtenha o valor composto. Calculo o novo desconto, considerando a
do resgate. mesma taxa de 3% a.m..
Resposta: Resposta:
N = 1000000 Dc = 672
n = 3 anos n = 4 meses
i = 0.1 a.a. i = 0.03 a.m.

Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n] Dc = N * i * n


(1+i)n = 1.331 672 = N * 0.03 * 4
(1+i)n -1 = 0.331 N = 5600
Dcr = 1000000 * 0.331 / 1.331 Dcr = N * [1 - (1/(1+i)n)]
Dcr = 248,685.20 Dcr = 5600 * [1 - (1/(1+i)n)]
A = N – Drc (1+i)n = 1.12550881
A = 1000000 – 248,685.20 Dcr = 5600 * 0.12550881/1.12550881
A = 751,314.80 Dcr = 624.47

Questão 17. Uma pessoa quer descontar hoje um Questão 19. Um título é descontado por R$ 4.400,00,
título de valor nominal de R$ 11.245,54, com vencimento quatro meses antes do seu vencimento. Obtenha o valor de
para daqui a 60 dias, e tem as seguintes opções: face do título, considerando que foi aplicado um desconto
I – desconto simples racional, taxa de 3% a.m.; racional composto a uma taxa de 3% a.m. (despreze os
II – desconto simples comercial, taxa de 2,5% a.m.; centavos, se houver).
III – desconto composto racional, taxa de 3% a.m. Resposta:
A = 4400
Se ela escolher a opção I, a diferença entre o valor n = 4 meses
líquido que receberá e o que receberia se escolhesse a i = 0.03 a.m.
opção: A = N – Drc
Resposta: A + Drc = N
N = 11245.54 Drc = N * [1 - (1/(1+i)n)]
n = 60 dias = 2 meses (1+i)n = 1.12550881
I) Dc = N * i * n Drc = N * 0.12550881 / 1.12550881
Dc = 11245.54 * 0.025 *2 Drc = (A + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881
Dc = 562.277 Drc = (4400 + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881

51
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Drc = (4400 + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881 Taxa Nominal


Drc = 490.657 + Drc * 0.12550881 / 1.12550881 A taxa nominal de juros relativa a uma operação finan-
Drc – Drc * 0.12550881 / 1.12550881 = 490.657 ceira pode ser calculada pela expressão:
Drc * (1 – 0.12550881 / 1.12550881) = 490.657 Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do emprés-
Drc * 0.888487048 = 490.657 timo
Drc = 552.23 Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00,
N = A + Drc deve ser quitado ao final de um ano, pelo valor monetário
N = 4400 + 552.23 de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por:
N = 4952.23 Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00
Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 = 0,50 = 50%
Questão 20. Antônio emprestou R$ 100.000,00 a
Carlos, devendo o empréstimo ser pago após 4 meses, Sem dúvida, se tem um assunto que gera muita con-
acrescido de juros compostos calculados a uma taxa de fusão na Matemática Financeira são os conceitos de taxa
15% a.m., com capitalização diária. Três meses depois nominal, taxa efetiva e taxa equivalente. Até na esfera judi-
Carlos decide quitar a dívida, e combina com Antônio cial esses assuntos geram muitas dúvidas nos cálculos de
uma taxa de desconto racional composto de 30% a.b. (ao empréstimos, financiamentos, consórcios  e etc.
bimestre), com capitalização mensal. Qual a importância Vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na maio-
paga por Carlos a título de quitação do empréstimo. ria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no mercado,
Resposta: não são apresentados de uma maneira clara.
N = 100000 Temos a chamada taxa de juros nominal, quando esta
n = 4 meses = 120 dias não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos juros
i = 15% a.m. = 0.5% a.d. = 0.005 a.d. (é uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de for-
mação e incorporação de juros ao capital inicial) será dada
M =C * (1+i)n através de outra  taxa,  numa unidade de tempo diferente,
M =100000 * (1+0.005)120 taxa efetiva.
M = 181939.67 Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada;
A = M / (1+0.3/2)
isto é, a taxa efetiva?
A = 158208.4
Vamos acompanhar através do exemplo
Questão 21. Calcule o valor nominal de um título
Taxa Efetiva
que, resgatado 1 ano e meio antes do vencimento, sofreu
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil
desconto racional composto de R$ 25000,00, a uma taxa de
reais), aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados
30% a.a., com capitalização semestral.
mensalmente, a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é
Resposta:
n = 1.5 anos = 3 semestres taxa Nominal, efetiva mensal e equivalente mensal:
Drc = 25000 Respostas e soluções:
i = 0.3 a.a. = 0.15 a.s. 1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser
capitalizado com a taxa anual.
Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n] 2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de
(1+i)n = 1.520875 duas convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equi-
(1+i)n -1 = 0.520875 valente mensal.
25000 = N * 0.520875 / 1.520875 a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por
N = 25000 * 1.520875 / 0.520875 12): 12%/12 = 1% a.m.
N = 72996.16 b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos
R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual apli-
cada nesse mesmo capital).
TAXAS DE JUROS: NOMINAL, EFETIVA,  
EQUIVALENTES, PROPORCIONAIS, REAL E Cálculo da taxa equivalente mensal:
APARENTE.

 
Podemos definir a taxa nominal como aquela em que onde:
a unidade de referência do seu tempo não coincide com a iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero
unidade de tempo dos períodos de capitalização. É usada it : taxa para o prazo que eu tenho
no mercado financeiro, mas para cálculo deve-se encontrar q : prazo que eu quero
a taxa efetiva. Por exemplo, a taxa nominal de 12% ao ano, t : prazo que eu tenho
capitalizada mensalmente, resultará em uma taxa mensal
de 1% ao mês. Entretanto, quando esta taxa é capitalizada
pelo regime de juros compostos, teremos uma taxa efetiva  
de 12,68% ao ano. iq = 0,009489 a.m  ou  iq = 0,949 % a.m.

52
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efe- 1 + ia = 1,2682 


tiva mensal ia = 1,2682 – 1 
ia = 0,2682 
a) pela convenção da taxa proporcional: ia = 26,82% 
M = c (1 + i)n A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de
M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x  1,196147 26,82%. 
M = 1.196,15
  As pessoas desatentas poderiam pensar que a taxa
b) pela convenção da taxa equivalente: anual nesse caso seria calculada da seguinte forma: 2% x
12 = 24% ao ano. Como vimos, esse tipo de cálculo não
M = c (1 + i)n procede, pois a taxa anual foi calculada de forma correta e
M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x  1,185296 corresponde a 26,82% ao ano, essa variação ocorre porque
M = 1.185,29 temos que levar em conta o andamento dos juros compos-
  tos (juros sobre juros). 
NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante Taxa Real
utilizando a taxa anual, neste caso  teremos que transfor- A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto
mar 18 (dezoito) meses em anos para fazer o cálculo, ou interessante sobre as taxas reais de juros, é que elas podem
seja : 18: 12 = 1,5 ano. Assim: ser inclusive, negativas.
M = c (1 + i)n Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros
M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x  1,185297 nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado
M = 1.185,29 capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a
  certa taxa nominal in
Conclusões: O montante S1 ao final do período será dado por S1 =
- A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no P(1 + in).
cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem Consideremos agora que durante o mesmo período, a
sempre ao ano! taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O
- A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é capital corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2
aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode = P (1 + j).
ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada
equivalente mensal (0,949 % a.m.). ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos en-
- Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em tão escrever: S1 = S2 (1 + r)
se tratando de concursos públicos, a grande maioria das Substituindo S1 e S2 , vem:
bancas examinadoras utilizam a convenção da taxa propor- P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
cional. Em se tratando do mercado financeiro, utiliza-se a Daí então, vem que:
convenção de taxa equivalente. (1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
Taxa Equivalente j = taxa de inflação no período
Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao r = taxa real de juros
mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem Observe que se a taxa de inflação for nula no período,
montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coin-
muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo, cidentes.
somos apenas informados da taxa mensal de juros e não Exemplo
tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do pe- Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um
ríodo estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do
fornece a equivalência de duas taxas é:  empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal
1 + ia = (1 + ip)n, onde:  e real deste empréstimo.
ia = taxa anual  Teremos que a taxa nominal será igual a:
ip = taxa período in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 =
n: número de períodos  0,25 = 25%
Portanto in = 25%
Observe alguns cálculos:  Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% =
0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:
Exemplo 1 (1 + in) = (1+r). (1 + j)
Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês? (1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)
Temos que: 2% = 2/100 = 0,02  1,25 = (1 + r).1,10
1 + ia = (1 + 0,02)12  1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
1 + ia = 1,0212 Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%

53
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, te- Exemplo


ríamos para a taxa real de juros: Um banco oferece uma aplicação na qual a taxa de ju-
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30) ros efetiva corresponde a 12% ao ano. Considerando-se
1,25 = (1 + r).1,30 que no mesmo período fora registrada uma inflação de
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615 5%, podemos afirmar que a taxa de 12% oferecida pelo
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto banco não foi a taxa real de remuneração do capital, mas
teríamos uma taxa real de juros negativa. sim uma taxa aparente, pois os preços nesse período foram
reajustados.
Exemplo Para descobrirmos a taxa de juros real, devemos aplicar
$100.000,00 foi emprestado para ser quitado por o capital à taxa de 12% e corrigir monetariamente o mes-
$150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período mo capital usando o índice inflacionário do período. Feitos
foi de 20%, qual a taxa real do empréstimo? esses cálculos basta realizar a comparação entre os valores
Resposta: 25% obtendo a taxa real de rendimento.
Supondo um capital de R$ 150,00, determine a taxa
Taxas Proporcionais real de acordo com as condições demonstradas.
Para se compreender mais claramente o significado
destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envol- Montante da aplicação referente à taxa de juros de 12%
ve dois prazos: 150 * 1,12 = 168
- o prazo a que se refere à taxa de juros; e
- o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (AS- Montante da correção do índice inflacionário correspon-
SAF NETO, 2001). dente a 5%
150 * 1,05 = 157,5
Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro sim- Observe que o ganho real foi de R$ 10,50 em relação
ples são ditas proporcionais quando seus valores e seus ao valor corrigido de acordo com o índice inflacionário.
respectivos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma Portanto, a taxa real pode ser dada pela seguinte divisão:
unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). Exem- 10,5 / 157,5 = 0,066 = 6,6%
plos A taxa real foi de 6,6%.
Podemos determinar a taxa real, a taxa aparente e a
1) Calcular a taxa anual proporcional a: (a) 6% ao inflação de uma forma simples, utilizando a seguinte ex-
mês; (b) 10% ao bimestre. pressão matemática:
Solução: 1 + i a = ( 1 + ir ) * ( 1 + I )

a) i = 6% ∙ 12 = 72% ao ano Onde:


b) i = 10% ∙ 6 = 60% ao ano ia = taxa aparente
ir = taxa real
2) Encontrar as taxas de juro simples mensal, tri- I = inflação
mestral e anual, proporcionais a 2% ao dia.
Exemplo 1
Solução Um empréstimo foi realizado a uma taxa de 32% ao
ano. Considerando-se que a inflação do período foi de
1 mês = 30 dias : 2% a.d = ( 2 ∙ 30)% a.m = 60% a.m 21%, determine a taxa real anual.
1 trimestre = 90 dias : 2% a.d = ( 2 ∙ 90)% a.t = Taxa aparente = 32% = 0,32
180&% a.t Inflação = 21% = 0,21
1 ano = 360 dias : 2% a.d = (2 ∙ 360)% a.a = 720% 1 + 0,32 = (1 + ir) * (1 + 0,21)
a.a 1,32 = (1 + ir) * 1,21
Taxa Aparente 1,32/1,21 = 1 + ir
Os rendimentos financeiros são responsáveis pela cor- 1,09 = 1 + ir
reção de capitais investidos perante uma determinada taxa ir = 1,0909 – 1
de juros. As taxas de juros são corrigidas pelo governo de ir = 0,0909
acordo com os índices inflacionários referentes a um perío- ir = 9,09%
do. Isso ocorre, no intuito de corrigir a desvalorização dos A taxa real anual foi equivalente a 9,09%.
capitais aplicados durante uma crescente alta da inflação.
Entendemos por taxa aparente, o índice responsável Exemplo 2
pelas operações correntes. Dizemos que a taxa real e a Uma instituição financeira cobra uma taxa real aparen-
aparente são as mesmas quando não há a incidência de te de 20% ano, com a intenção de ter um retorno real de
índices inflacionários no período. Mas quando existe infla- 8% ao ano. Qual deve ser a taxa de inflação?
ção, a taxa aparente será formada por dois componentes: Taxa aparente = 20% = 0,2
um ligado à inflação e outro, ao juro real. Taxa real = 8% = 0,08
1 + 0,2 = (1 + 0,08) * (1 + I)

54
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

1,2 = 1,08 * (1 + I) 2)
1,2 / 1,08 = 1 + I Taxa real: ir = [(1+ ie ) / (1 + f)] - 1
1,11 = 1 + I ir = [(1+ 0,018 ) / (1 + 0,011)] - 1
1,11 – 1 = I ir = ( 1,018 / 1,011 ) – 1 = 1,0069 = 0,0069 ou 0,69%
I = 0,11
I = 11% Resposta: letra “a”.
A taxa de inflação deve ser igual a 11%.
3) Taxa real: ir = [(1+ ie ) / (1 + f)] - 1
Exemplo 3 ir = [(1+ 0,009 ) / (1 + 0,007)] - 1
Qual deve ser a taxa aparente que equivale a uma taxa ir = ( 1,009 / 1,007 ) – 1 = 1,001986 = 0,001986 ou
real de 1,2% ao mês e uma inflação de 15% no período? 0,1986%
Taxa real = 1,2% = 0,012
Inflação = 15% = 0,15 Resposta: letra “a”.
1 + ia = (1 + 0,012) * (1 + 0,15)
1 + ia = 1,012 * 1,15
1 + ia = 1,1638
ia = 1,1638 – 1 PLANOS OU SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
ia = 0,1638 DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS.
ia = 16,38%

Questões
É a maneira como uma dívida evolui, por meio de pa-
1)[TCU] Uma financeira pretende ganhar 12% a.a. de gamentos periódicos. A soma das prestações corresponde-
juros em cada financiamento. Supondo que a inflação rá ao reembolso dos juros e do capital.
anual seja de 2.300%, a financeira deverá cobrar, a título de
taxa de juros nominal anual: Prestação = amortização + juros

A. 2.358% Há diferentes formas de amortização, conforme des-


B. 2.588% critas a seguir.
C. 2.858%
D. 2.868% Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em
E. 2.888% todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos o
mesmo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil,
2)[Cespe-UNB, CEF Gerente Junior 2000] Um capital foi prazo de três meses e juros de 3% ao mês.
aplicado por 30 dias à taxa mensal de 1,8%. Se a inflação
no período foi de 1,1%, a taxa real de juros foi de, aproxi- Pagamento único
madamente: É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em
um único pagamento, ao final do período. Utilizamos a
A. 0,69% a.m. mesma fórmula do montante:
B. 0,75% a.m.
C. 1,64% a.m. Nos juros simples:
D. 1,87% a.m.
E. 2,90% a.m.
M = C (1 + i×n)
M = montante
3)[Vunesp, Banco Central ] Sabendo-se que a taxa efe-
tiva é de 0,9% e que a taxa de inflação é 0,7% no mês, o C = capital inicial
valor da taxa real nesse mês é de: i = taxa de juros
n = período
A. 0,1986%
B. 0,2136%
C. 0,1532% Nos juros compostos:
D. 0,4523%
E. 0,1642% M = C (1+i)n
Resolução M = montante
C = capital inicial
1)Busca-se a taxa aparente, dada por: iap = [(1+ ir ) x (1 i = taxa de juros
+ f)]-1 n = período
iap = [(1+ 23 ) x (1 + 0,12)]-1
iap = 26,88 – 1 = 25,88 ou 2.588% Nos juros simples:

Resposta: letra “b”.

55
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.000,00 - - 106.000,00
3 3.000,00 100.000,00 109.000,00 -

Nos juros compostos:


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.090,00 - - 106.090,00
3 3.182,70 100.000,00 109.272,70 -

Sistema Price (Sistema Francês)


Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:

PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1

PMT = valor da prestação


VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.353,04 35.353,04 67.646,96
2 2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
3 1.029,71 34.323,33 35.353,04 -

Sistema de Amortização Misto (SAM)


É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:

PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.843,19 35.843,19 67.156,81
2 2.014,70 33.328,49 35.343,19 33.828,32
3 1.014,87 33.828,32 34.843,19 -

Sistema de Amortização Crescente (SACRE)


Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações
dos financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.

56
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:

PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A1 = PMT . (1- i)n-1


A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros
n = período

An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
1 2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2 1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 - 34.353,64 34.353,64 (0,01)

OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.

Sistema de Amortização Constante – SAC


Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.

Exemplo:

Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:

57
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.

Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -

Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês


O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.
Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 33.333,33 36.333,33 66.666,67
2 2.000,00 33.333,33 35.333,33 33.333,34
3 1.000,00 33.333,34 34.333,34 -

Qual a melhor forma de amortização?


A tabela abaixo lista o fluxo de caixa nos diversos sistemas de amortização discutidos nos itens anteriores.
N Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)

58
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.

n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.912,62) (35.275,08) (34.323,34) (34.799,21) (33.353,04)
2 - (2.827,79) (33.305,05) (33.323,63) (33.314,35) (32.381,60)
3 (100.000,00) (94.259,59) (31.419,87) (32.353,04) (31.886,45) (31.438,44)
VPL - - - - - (173,09)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.

n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.

n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 4% ao mês.
Referências

Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1599335/exercicios_matematica_finaceiraexerci-


cios_matematica_finaceira

Questões
1)[Quadrix, CRM-GO 2004, Técnico em Contabilidade (nível médio)] Qual dos sistemas de amortização abaixo propõe
o valor constante (fixo) para a prestação de um empréstimo?
SAC – Sistema de Amortização Constante
SAM – Sistema de Amortização Misto.
SAD – Sistema de Amortização Decrescente.
SAF – Sistema de Amortização Francês “Price”
Qualquer das anteriores com os juros mensais constantes.

59
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

2)[Quadrix, CREF4-SP 2004 (nível superior)] Sobre os 2)


sistemas de amortização de empréstimo e financiamentos, A. ERRADO. SAF ou sistema price ou “tabela price”
pode-se afirmar que (considere SAC – Sistema de Amorti- tem prestações iguais.
zação Constante e SAF – Sistema de Amortização Francês B. CERTO. Tem prestações decrescentes.
“Price”): C. ERRADO. O sistema utilizado não define a taxa a
A. SAC e SAF sempre têm prestações iguais. ser praticada.
B. SAC tem prestações decrescentes. D. ERRADO. Vide resposta letra “a”.
C. Os juros sempre são maiores no SAC. E. ERRADO. A letra “b” está correta.
D. O SAF tem prestações crescentes.
E. Nenhuma das alternativas acima está correta. Resposta: letra “b”.

3)[Quadrix, CREF4-SP 2004 (nível superior)] Ainda con- 3)


siderando o item anterior, qual das alternativas abaixo é A. CERTO. SAF ou sistema price ou “tabela price” tem
falsa? prestações iguais.
A. O SAF caracteriza-se por prestações iguais. B. CERTO. As amortizações (vide fórmula) são cres-
B. No SAF as amortizações são crescentes. centes.
C. No SAC as amortizações são constantes. C. CERTO. No SAC, as amortizações são constantes e
D. O SAF sempre terá juros implícitos maiores que o as prestações decrescentes.
SAC. D. ERRADO. A taxa implícita é a mesma em cada um.
E. No SAC, o valor da amortização é obtido pela di- E. CERTO. Vide fórmula.
visão do capital emprestado pelo número de prestações.
Resposta: letra “d”.
4))[Cesp-UnB, CEF-Gerente Junior 2000] Um capital de
R$ 36.000,00 foi financiado através do Sistema SAC (Siste- 4)
ma de Amortização Constante) em 12 prestações mensais, A amortização é dada pela divisão : 36.000/12 =
vencendo a primeira 30 dias após a assinatura do contrato. 3.000,00
Considerando uma taxa de 5% a.m., o valor da sexta pres- Os juros por: saldo devedor x i = 36.000 x 0,05 =
tação foi igual a: 1.800,00
A prestação é a soma das anteriores.
a) R$ 4.500,00
b) R$ 4.350,00   juros amort PMT sd devedor
c) R$ 4.200,00 0 36.000,00
d) R$ 4.100,00
1 1.800,00 3.000,00 4.800,00 33.000,00
e) R$ 4.050,00
2 1.650,00 3.000,00 4.650,00 30.000,00
5) (BB-2010-FCC) Um empréstimo no valor de R$ 3 1.500,00 3.000,00 4.500,00 27.000,00
80.000,00 deverá ser pago por meio de 5 prestações men- 4 1.350,00 3.000,00 4.350,00 24.000,00
sais, iguais e consecutivas, vencendo a primeira um mês
após a data da concessão do empréstimo. Sabe-se que foi 5 1.200,00 3.000,00 4.200,00 21.000,00
utilizado o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price) 6 1.050,00 3.000,00 4.050,00 18.000,00
com uma taxa de juros compostos de 3% ao mês, encon-
trando-se R$ 17.468,00 para o valor de cada prestação. Resposta: letra “e”.
Imediatamente após o pagamento da primeira prestação,
se S representa o percentual do saldo devedor com relação 5)
ao valor do empréstimo, então Resolução:
(A) 77% ≤ S < 78% Valor da primeira amortização:
(B) 78% ≤ S < 79% Am = prestação – juros
(C) 79% ≤ S < 80% Am = 17468 – 3% de 80000
(D) 80% ≤ S < 81% Am = 17468 – 2400 = 15068
(E) 81% ≤ S < 82% o saldo devedor ficou:
80000 – 15068 = 64932
Resolução logo, o percentual do saldo devedor com
relação ao valor do empréstimo será:
1) S = 64932/80000 = 0,81165 = 81,165%
Das opções acima, a única que propõe prestação uni-
forme é o SAF ou “tabela price’. Alternativa E

Resposta: letra “d”.

60
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Imposto Sobre Operações de Seguro


CÁLCULO FINANCEIRO: CUSTO
Alíquota: 25%
REAL EFETIVO DE OPERAÇÕES DE
Alíquotas reduzidas vigentes:
FINANCIAMENTO, EMPRÉSTIMO E Nas operações de resseguro, de seguro obrigatório
INVESTIMENTO. vinculado a financiamento de imóvel habitacional, reali-
zado por agente do Sistema Financeiro de Habitação, de
seguro de crédito à exportação e de transporte internacio-
nal de mercadorias, de seguro aeronáutico e de seguro de
Alíquotas do Imposto sobre Operações de Crédito, responsabilidade civil pagos por transportador aéreo e nas
Câmbio e Seguros - IOF operações em que o valor dos prêmios seja destinado ao
custeio dos planos de seguro de vida com cobertura por
Imposto Sobre Operações de Crédito sobrevivência: zero;
Nas operações de seguro de vida e congêneres, de aci-
Alíquota: máxima de 1,5% ao dia sobre o valor das dentes pessoais e do trabalho, incluídos os seguros obriga-
operações de crédito. tórios de danos pessoais causados por veículos automoto-
Alíquota reduzida vigente: res de vias terrestres e por embarcações, ou por sua carga,
Incidente sobre operações contratadas por  Pessoas a pessoas transportadas ou não: 0,38%;
Jurídicas: Nas operações de seguros privados de assistência à
a) 0,00137% ao dia para Pessoas Jurídicas optantes saúde: 2,38%;
pelo Simples Nacional, em operações iguais ou inferiores Nas demais operações: 7,38%;
a R$ 30.000,00;
b) 0,0041% ao dia para os demais casos; Imposto Sobre Operações Relativas a Títulos ou Va-
Incidente sobre operações contratadas por  Pessoas Fí- lores Mobiliários
sicas: 0,0082%  ao dia;
Alíquota: máxima de 1,5% ao dia.
Nas aplicações feitas por investidores estrangeiros em
Alíquota adicional vigente: Incide 0,38% sobre as ope-
quotas de Fundo Mútuo de Investimento em Empresas
rações de crédito, independentemente do prazo das ope-
Emergentes e em quotas de Fundo de Investimento Imo-
rações contratadas por  pessoas físicas ou jurídicas;
biliário, alíquota de 1,5% ao dia, limitada a 5% para fundos
Há casos com incidência de alíquota zero. Vide art. 8º
regulares em até um ano da data do registro das quotas na
do Dec. Nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007.
CVM e limitada a 10% para os fundos sem funcionamento
regular.
Imposto Sobre Operações de Câmbio No resgate, cessão ou repactuação de operações com
títulos ou valores mobiliários: alíquota de 1% ao dia, limi-
Alíquota máxima: 25%. tado ao rendimento da operação, em função do prazo, de
A alíquota foi reduzida a 0,38%, excetuadas as hipó- acordo com Tabela anexa ao Decreto n. 6.306, de 2007. Nos
teses previstas nos incisos do Art. 15- A do Dec. nº 6.306, resgates realizados depois de 30 dias a alíquota fica redu-
de 2007. zida a zero.
No resgate de quotas de fundos de investimento antes
Exemplificando: de completado o prazo de carência para crédito de rendi-
mentos: alíquota de 0,5% ao dia.
1) - Nas liquidações de operações de câmbio contrata- Na cessão de ações que sejam admitidas à negociação
das a partir de 7 de abril de 2011, para ingresso de recursos em bolsa de valores localizada no Brasil, com o fim especí-
no País, inclusive por meio de operações simultâneas, re- fico de lastrear a emissão de depositary receipts negocia-
ferente a empréstimo externo, sujeito a registro no Banco dos no exterior, a alíquota é de 1,5%.
Central do Brasil, contratado de forma direta ou mediante Imposto Sobre Operações com Ouro Ativo Financeiro
emissão de títulos no mercado internacional com prazo ou Instrumento Cambial: alíquota de 1%.
médio mínimo de até setecentos e vinte dias: seis por cen- Todos os rendimentos, provenientes de aplicações fi-
to. (Redação dada pelo Decreto nº 7.457, de 6 de abril de nanceiras em Fundos de Investimentos sem prazo de ca-
2011). rência, são tributados pelo Imposto sobre Operações Fi-
2) - Nas operações de câmbio destinadas ao cumpri- nanceiras - IOF, conforme determinação legal da Portaria
mento de obrigações de administradoras de cartão de cré- 264, do Ministério da Fazenda. A alíquota é de 1% ao dia,
dito ou de bancos comerciais ou múltiplos na qualidade de limitado ao rendimento da operação, de acordo com a ta-
emissores de cartão de crédito decorrentes de aquisição bela abaixo, decrescente em função do prazo. Isto significa
de bens e serviços do exterior efetuada por seus usuários: que quanto mais tempo o investidor deixar o dinheiro apli-
6,38%; cado, menos IOF vai pagar, aumentando a sua rentabilida-
3) - Nas operações de câmbio relativas ao pagamento de. A partir de 30 dias de aplicação, o Imposto deixa de ser
de importação de serviços: 0,38%; cobrado. Confira abaixo a tabela do IOF cobrado de acordo
com os dias de investimento.

61
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Número de Dias % Limite do Rendimento No Brasil, o Plano Real, implantado em julho de 1994,
deu início à estabilidade econômica, reduzindo a inflação
01 96 anual para cerca de 4%. No entanto, ainda permanece al-
02 93 guma indexação na economia, embora não automática. Os
03 90 reajustes anuais de salários, por exemplo, ainda são nego-
ciados com base no índice inflacionário do ano anterior.
04 86 Dada a conjuntura atual de estabilidade monetária, a
05 83 correção automática de contratos, via indexação, foi de-
saparecendo do cenário econômico brasileiro. Os preços
06 80
não são mais reajustados com base na variação mensal dos
07 76 índices de preços do IBGE. A inflação, medida pelo IPCA
08 73 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), baixou em junho
de 2006 para 4,03%. Os preços administrados, ou seja, os
09 70 monitorados pelo Governo Federal – tais como gasolina,
10 66 energia elétrica, telefonia, planos de saúde, remédios, gás
11 63 de cozinha, passagens aéreas e transporte público – os
quais em 1999 aumentaram 20,9%, em 2006 aumentaram
12 60 somente 4,4%. Os preços administrados eram apontados
13 56 como os responsáveis pelo aumento contínuo da inflação.
Também, os índices de serviços não-comercializáveis (ca-
14 53
beleireiro, escola, aluguéis etc), os quais de 2001 a 2005,
15 50 que aumentaram entre 6 e 7%, tiveram aumento menor
16 46 (4,4%) entre julho de 2005 e junho de 2006.
A inflação em queda possibilitou a desindexação de
17 43 grande parte da economia brasileira. No entanto, é senso
18 40 comum entre os economistas que uma desindexação total
19 36 não é possível. Há alguns “vilões” que eventualmente pro-
vocam aumentos de preços.
20 33 Além dos preços administrados acima mencionados,
21 30 há também o setor da telefonia, cujos índices de serviços
aumentou, desde julho de 1994 (início do Plano Real), em
22 26
662,21%, contra o IPCA de 200,29% no mesmo período.
23 23 Ocorre que as tarifas telefônicas sofriam correções através
24 20 dos IGPs (Índices Gerais de Preços), da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), cujas taxas eram influenciadas pelo dólar, em
25 16 baixa em 2006. Por conseguinte, com as crises cambais em
26 13 1999 e em 2002, os serviços de telefonia tiveram um aumen-
27 10 to bem superior ao nível da inflação. Hoje, a telefonia segue
uma combinação dos índices IPCA e IGP, com o que são sua-
28 06 vizados os impactos de eventuais crises de câmbio. Ademais,
29 03 basta notar que em 2005 o IGP beirou 1%, e o IPCA, como
afirmado anteriormente, ficou em 4,03%. E com o surgimen-
30 00
to da tecnologia Voip, as taxas de telefonia tenderão a cair
ainda mais, segundo se comenta, em percentuais entre 50 a
Inflacionamento 80% em relação aos níveis atuais. Outro vilão são as escolas,
A indexação, em economia, é um sistema de reajus- as quais ainda são reajustadas em níveis acima da inflação.
te de preços, inclusive salários e aluguéis, de acordo com A consequência da estabilidade dos preços é boa, tan-
índices oficiais de variação dos preços. Em conjunturas in- to para os fornecedores de serviços, quanto para os clien-
flacionárias, a indexação permite corrigir o valor real dos tes: os primeiros aumentam sua clientela, enquanto que
salários, aluguéis e demais preços da economia, reajustan- os segundos não sofrem no bolso os efeitos corrosivos da
do-os com base na inflação passada. No entanto, a indexa- inflação. No Brasil, a tendência é continuar a vigorar a livre
ção automática pode realimentar a inflação futura. negociação dos contratos.

Experiência brasileira Atualização Monetária


Em 1994, a inflação anual no Brasil era de quase 5.000%, Atualização Monetária (AO 1945: Atualização Mone-
e os preços subiam quase diariamente. Os salários, a fim de tária) é o nome que se dá no Brasil para os ajustes contábeis
acompanhar os preços, também eram reajustados através e financeiros, realizados com o intuito de se demonstrar
do chamado “gatilho” inflacionário – que determinava uma os preços de aquisição em moeda em circulação no país
correção automática dos valores assim que a inflação atin- (atualmente o Real), em relação ao valor de outras moedas
gisse um determinado nível. (ajuste cambial) ou índices de inflação ou cotação do mer-
cado financeiro (atualização monetária propriamente dita).

62
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Em Economia é também chamado de “Correção Mo- classe contábil, mas continuou durante muitos anos como
netária”, ou seja, um ajuste feito periodicamente de certos um dos principais “incentivos tributários” às empresas bra-
valores na economia tendo em base o valor da inflação de sileiras com vultosos ativos imobilizados (indústrias, prin-
um período, objetivando compensar a perda de valor da cipalmente).
moeda.
Em termos de contabilidade tributária, a atualização Princípios Contábeis
monetária pode ser uma receita (denomina-se variação
monetária ativa), ou uma despesa (variação monetária pas- Em função das características da Economia brasileira, e
siva). da doutrina da essência econômica utilizada para o estudo
das Ciências Contábeis no Brasil, a Atualização Monetária é
Exemplo de cálculo de uma variação monetária passiva: considerada pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade,
- Empréstimo em dólar = US$ 100,00 um Princípio Fundamental de Contabilidade. Antes deno-
- Cotação Cambial na data do empréstimo: 2,00 minado de “Princípio da Correção Monetária”, ele atual-
- Cotação Cambial na data do vencimento da amorti- mente é denominado “Princípio da Atualização Monetária”.
zação: 4,00 Com o fim da hiperinflação, os ajustes dessa natureza nas
Demonstrações Financeiras brasileiras são efetuados em
Valor a ser contabilizado na data do recebimento do razão das altas taxas de juros praticadas pelas instituições
empréstimo: Obrigação a Pagar = US$ 100,00 x 2,00 = R$ financeiras; e em decorrência do regime de “Câmbio Flu-
200,00 tuante”, que periodicamente provoca grandes oscilações
Valor a ser contabilizado na data do vencimento da na cotação do Dólar americano em relação ao Real.
amortização: Ajuste da variação monetária passiva = R$
400,00 (US$ 100,00 x 4,00) (-) valor principal (R$ 200,00) = Processos Inflacionários
R$ 200,00
Existe uma controvérsia em relação aos juros: Se o ju- Os processos inflacionários podem ser classificados,
ros for de 10% ao mês, a ser pago junto com a amortização, segundo algumas características como:
alguns dizem que o valor deve ser integralmente conta- - Inflação prematura - processo inflacionário gerado
bilizado como despesas de juros (R$ 40,00 ou 10% de R$ pelo aumento dos preços sem que o pleno emprego seja
atendido.
400,00) enquanto outros afirmam que a despesa de juros
- Inflação reprimida - processo inflacionário gerado
é R$ 20,00 e os outros R$ 20,00 seriam variação monetária
pelo congelamento dos preços por parte do governo.
passiva.
- Inflação de custo - processo inflacionário gerado pelo
Embora atualmente a questão não tenha implicações
aumento dos custos de produção.
em termos de contabilidade tributária, uma vez que ambos
são “Despesas”, a questão se torna relevante tendo em vis-
Por causa de uma redução na oferta de fatores de pro-
ta uma conversão de um balanço em reais para um balanço dução, o seu preço aumenta. Com o custo dos fatores de
em dolar, por exemplo. Na primeira hipótese, o balanço em produção mais altos, a produção se reduz e ocorre uma
dólar apresentaria a despesa de juros de US$ 10,00 (40,00 / redução na oferta dos bens de consumo, aumentando seu
4,00), enquanto na segunda, a despesa a ser demonstrada preço. A inflação de custo ocorre ceteris paribus quando a
seria de US$ 5,00 (20,00 / 4,00), considerando-se o critério produção se reduz.
de eliminações dos ajustes cambiais contábeis para fins da - Inflação de demanda - processo inflacionário gerado
referida conversão. pelo aumento do consumo com a economia em pleno em-
prego. Ou seja, os preços sobem por que há aumento geral
Correção Monetária de Balanços da demanda sem um acompanhamento no crescimento da
oferta.
Até 1994, em função da hiperinflação, no Brasil os Ba-
lanços eram demonstrados com os ajustes denominados Esse tipo de inflação é causada também pela emissão
de “Correção Monetária de Balanços” (Lei 6.404/76). Para elevada de moeda e aumento nos níveis de investimento,
fins de contabilidade tributária, os itens permanentes do pois, ceteris paribus, passa a haver muito dinheiro à cata de
Balanço (basicamente Ativo Permanente e Patrimônio Lí- poucas mercadorias. Uma das formas utilizadas para o con-
quido) eram ajustados em função de um coeficiente forne- trole de uma crise de inflação de demanda é uma redução
cido pelo governo (com base em algum índice de inflação). na oferta de moeda, que gera uma redução no crédito, e
Nesse caso, havendo saldo credor da correção monetária, consequente desaceleração econômica. Outras alternativas
o valor era ainda ajustado pelas variações monetárias, que são os aumentos de tributos, elevação da taxa de juros e
poderiam aumentar ou reduzir o saldo a ser tributado pelo das restrições de crédito.
imposto de renda. Esse sistema foi criado pelo DL 1.598/77, Há ainda aqueles que discutem a chamada inflação
em função da preocupação com o acréscimo ao lucro de (por razão) estrutural, proposta pela CEPAL, que tem a ver
valores tido como não-financeiros (ajustes decorrentes da com alguma questão específica de um determinado mer-
inflação), o que poderia resultar em impostos a pagar sem cado, como pressão de sindicatos, tabelamento de preços
que as empresas tivessem de fato o numerário em caixa. Tal acima do valor de mercado (caso do salário mínimo), im-
entendimento não era majoritário entre os acadêmicos da perfeições técnicas no mecanismo de compra e venda.

63
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Outro tipo de inflação, também muito danosa, é a In- 3) (Banco do Brasil- 2006-FCC)Um empréstimo foi li-
flação Inercial, onde há um círculo vicioso de elevação de quidado através de pagamentos de prestações, a uma taxa
preços, taxas e contratos, com base em índices de inflação de juros positiva, corrigidas pela taxa de inflação desde a
passados. Quase na mesma linha, podemos citar ainda a data da realização do referido empréstimo. Verificou-se
Inflação de Expectativas, consequência de um aumento de que o custo efetivo da operação foi de 44% e a taxa de
preços provocados pelas projeções dos agentes sobre a inflação acumulada no período foi de 25%. O custo real
inflação. efetivo referente a este empréstimo foi de
A. 14,4%.1
B. 5,2%.
Questões C. 18,4%.
D. 19%.
1) (Cesgranrio-Analista Admnistrativo 2008) A DT E. 20%.
Indústria S.A. produz dois tipos de válvula de segurança: Resposta B
DT1 e DT2. Para motivar as vendas no varejo das duas vál- 4) (Banco do Brasil- 2006-FCC)Um financiamento foi
vulas, a empresa oferece 10% do preço de venda de comis- contratado, em uma determinada data, consistindo de pa-
são, para cada unidade vendida. Dados selecionados para gamentos a uma taxa de juros positiva e ainda corrigidos
pela taxa de inflação desde a data da realização do com-
os dois produtos, para o último mês, são apresentados a
promisso. O custo efetivo desta operação foi de 44% e o
seguir. 
custo real efetivo de 12,5%. Tem-se, então, que a taxa de
inflação acumulada no período foi de
A. 16%.
B. 20%.
C. 24%.
D. 28%.
E. 30%

TAXAS DE RETORNO.

A taxa interna de retorno (TIR) é a taxa de desconto


que, quando aplicada a uma série de fluxos de caixa, gera
um resultado igual ao valor presente da operação. A idéia
básica por trás da TIR é a de que se procura calcular um
único número que sintetize os méritos de um projeto.
As despesas de vendas fixas mensais de R$80.000,00
são rateadas, igualmente, aos dois produtos. Nesta situa- Vp = ___F1___+__Fn____
ção, as rentabilidades unitárias do produto DT1 e do pro- (1+TIR)1 (1+TIR)n
duto DT2, respectivamente, em reais, são:
A. - 2,00 e 1,00. Vp = valor presente (início)
B. 0 e 4,00. Fn = fluxo (entrada/saída) no período n
C. 6,00 e 6,00. TIR = taxa interna de retorno
D. - 0,15 e 0,15. n = período
E. 0,15 e - 0,15.
Resposta A Definição técnica ANDIMA: “a Taxa Interna de Retorno
é a taxa de juros recebida para um investimento que con-
siste em pagamentos (valores negativos) e receitas (valores
2) (Banco do Brsil-FCC-2006) Se uma empresa optar
positivos), que ocorrem em períodos regulares, ou seja, a
por um investimento, na data de hoje, receberá no final de
taxa que torna o VPL igual a zero em t0”.
2 anos o valor de R$ 14 520,00. Considerando a taxa míni-
A TIR nos dá a taxa de retorno de um projeto ou in-
ma de atratividade de 10% ao ano (capitalização anual), o vestimento. Isso, exclusivamente, pode não ser um instru-
valor atual correspondente a este investimento é mento para a tomada de decisão. Dizer que um projeto
A. R$ 13 200,00. ou investimento, que renderá 15% ou 18% ao ano é bom,
B. R$ 13 000,00. depende de qual será o retorno de outros investimentos e
C. R$ 12 500,00. projetos alternativos.
D. R$ 12 000,00. Outra limitação da TIR é o pressuposto de que as en-
E. R$ 11 500,00. tradas e saídas do fluxo de caixa são, respectivamente,
Resposta D reinvestidas e financiadas com rendimentos baseados na
taxa encontrada. Isso significa que, por exemplo, em um

64
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

projeto com investimento inicial de R$ 1 milhão, recebi- d) calcula-se o fluxo positivo por juros compostos e o
mento mensal, por doze meses, de R$ 100 mil, nos dá uma negativo por juros simples.
TIR de 2,92% ao mês. O cálculo pressupõe que a receita e) calcula-se separadamente o VPL do fluxo negativo
mensal de R$ 100 mil também será reinvestida à taxa de (com a taxa de empréstimo ou taxa mínima para o projeto)
2,92% ao mês. e o fluxo positivo (com a taxa de reinvestimento).
A TIR, até um fluxo de caixa de três períodos, pode ser
calculada com uma equação de segundo grau (exemplo: Resposta: letra “e.
x2 + 3x + 2 = 0). Para períodos maiores, entretanto, não é
um taxa facilmente calculada. A forma mais fácil continua
sendo a utilização de calculadora financeira ou o uso de 3.(BB-2010-FCC) Uma máquina com vida útil de 3
planilha eletrônica. Até mesmo estes instrumentos utilizam anos é adquirida hoje (data 0) produzindo os respectivos
o método de tentativa e erro em seus cálculos. retornos: R$ 0,00 no final do primeiro ano, R$ 51.480,00 no
A TIR pode ser utilizada para auferir, por exemplo, a final do segundo ano e R$ 62.208,00 no final do terceiro
taxa de juros de um título. Basta saber o seu valor de com- ano. O correspondente valor para a taxa interna de retorno
pra, o fluxo projetado para o pagamento de juros e o valor encontrado foi de 20% ao ano. Então, o preço de aquisição
do seu resgate. da máquina na data 0 é de
A TIR modificada ou MIRR (Modified Internal Rate of Re- (A) R$ 71.250,00.
turn) é uma técnica mais avançada e incorpora as taxas de (B) R$ 71.500,00.
reinvestimento e de empréstimo estipulada pelo usuário. (C) R$ 71.750,00.
Esse método busca uma apuração mais eficaz do retorno (D) R$ 78.950,00.
de um projeto, eliminando as limitações da TIR citadas no (E) R$ 86.100,00.
2º parágrafo do item 8.3. Resolução:
Neste caso, calcula-se separadamente o VPL do fluxo
negativo (com a taxa de empréstimo ou taxa mínima para
o projeto) e o fluxo positivo (com a taxa de reinvestimento).

Exercícios

1)[Quadrix, CREF4-SP 2004 (nível superior)] Sobre a


TIR – Taxa Interna de Retorno, pode-se afirmar:
a) é a taxa de juros (desconto) que iguala, em determi-
nado momento do tempo, o valor presente das entradas
(recebimentos) com o das saídas (pagamentos) previstas
4. (CESGRANRIO – 2012 – CEF) Um projeto de inves-
de caixa.
timento, cujo aporte de capital inicial é de R$ 20.000,00, irá
b) só pode ser obtida considerando-se juros simples.
gerar, após um período, retorno de R$ 35.000,00. A Taxa
c) é a taxa de juros (desconto) que diminui, em deter-
minado momento do tempo, o valor presente das entradas Interna de Retorno (TIR) desse investimento é:
(recebimentos) com o das saídas (pagamentos) previstas a)10%
de caixa. b)15%
d) é a taxa de juros (desconto) que aumenta, em deter- c)25%
minado momento do tempo, o valor presente das entradas d)45%
(recebimentos) com o das saídas (pagamentos) previstas e) 75%
de caixa. Resolução:

Resolução:
a) CERTO. Esta é a definição da TIR.
b) ERRADO. É comumente utilizada para juros compos-
tos.
c) ERRADO. Não “diminui”, mas iguala.
ERRADO. Não “aumenta”, mas iguala.
d) ERRADO. A resposta “a” está correta.

Resposta: letra “a”.


5) (CESPE – 2011 – BRB) Considerando que o investi-
2) Sobre a TIRM – Taxa Interna de Retorno Modificada, mento de R$ 4.000,00 tenha rendido o pagamento de R$
pode-se afirmar: 3.000,00 ao final do primeiro mês e R$ 3.000,00 ao final
a) é o mesmo que a TIR - Taxa Interna de Retorno. do segundo mês, e que 7,55 seja o valor aproximado para
b) é aplicada somente em juros simples. √57 então a taxa interna de retorno desse investimento foi
c) calcula-se o fluxo positivo por juros simples e o ne- superior a 35% ao mês. Julgue esta informação.
gativo por juros compostos.

65
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Resolução

6) (CESPE – 2013 – SEGER ) Um representante co-


mercial instala ordenhas mecânicas em fazendas da re-
gião, dando a seus proprietários 120 dias para pagarem
esse equipamento. Sabe-se que o equipamento pode ser
comprado à vista por R$ 7.500,00 ou em três parcelas fixas,
vencendo em 30, 60 e 90 dias, à taxa mensal de juros com-
postos de 5%.
Considere que o representante comercial tenha ad-
quirido o equipamento à vista e, no mesmo dia, fez a ins- Resposta 10
talação na fazenda de um cliente, cobrando R$ 3.000,00
pelo serviço. Se o valor pago pelo cliente, em 120 dias, ao
representante comercial confere a este uma taxa interna de
retorno (TIR) mensal de 7% e se 1,31 é o valor aproximado
de 1,074, é correto afirmar que o representante comercial
receberá
a) mais de R$ 13.500,00.
b) menos de R$ 12.000,00.
c) mais de R$ 12.000,00 e menos de R$ 12.500,00.
d) de R$ 12.500,00 e menos de R$ 13.000,00.
e) mais de R$ 13.000,00 e menos de R$ 13.500,00.

Resolução:

Alternativa A

7) (Casa da Moeda do Brasil 2012 - CESGRANRIO)


– Uma microempresa planeja efetuar um projeto de inves-
timento de R$ 50.000,00 e obter o retorno da aplicação em
apenas 1 ano. Considerando que, ao fim desse período, o
fluxo de caixa obtido seja de R$ 55.000,00, a taxa interna de
retorno do investimento é de:
(A) 0,9%
(B) 1,1%
(C) 5%
(D) 10%
(E) 15%

Resolução
O primeiro passo é anotar os dados da questão.
VP = 0 (é sempre zero)
capital = 50000 (não esquecer de colocar o sinal ne-
gativo)
n=1

66
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES _____


8.7.6.5.4=6720
1. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
MA/2013) Dentre os nove competidores de um cam- RESPOSTA: “D”.
peonato municipal de esportes radicais, somente os
quatro primeiros colocados participaram do campeo- 4. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Leia o
nato estadual. Sendo assim, quantas combinações são trecho abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que
possíveis de serem formadas com quatro desses nove preenche corretamente a lacuna.
competidores? Com a palavra PERMUTA é possível formar ____ ana-
A) 126 gramas começados por consoante e terminados por
vogal.
B) 120
A) 120
C) 224
B) 480
D) 212
C) 1.440
E) 156 D) 5.040

9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5! _______
!!,! = = = 126 P5.4.3.2.1 A=120
5! 4! 5! ∙ 24 120.2(letras E e U)=240
!
120+240=360 anagramas com a letra P
RESPOSTA: “A”.
360.4=1440 (serão 4 tipos por ter 4 consoantes)
2. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTA-
DOR SOCIAL – IDECAN/2013) Renato é mais velho que RESPOSTA: “C”.
Jorge de forma que a razão entre o número de anagra-
mas de seus nomes representa a diferença entre suas 5. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a al-
idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é ternativa que apresenta o número de anagramas da pa-
A) 24. lavra QUARTEL que começam com AR.
B) 25. A) 80.
C) 26. B) 120.
D) 27. C) 240.
E) 28. D) 720.

Anagramas de RENATO AR_ _ _ _ _


______ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1=120
6.5.4.3.2.1=720
RESPOSTA: “B”.
Anagramas de JORGE
6. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Uma lei de cer-
_____
to país determinou que as placas das viaturas de polícia
5.4.3.2.1=120 720 deveriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfa-
Razão dos anagramas: = 6! beto grego (24 letras).
120
Sendo assim, o número de placas diferentes será
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos igual a
A) 175.760.000.
RESPOSTA: “C”. B) 183.617.280.
C) 331.776.000.
3. (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO – CON- D) 358.800.000.
SULPLAN/2013) Uma dona de casa troca a toalha de
rosto do banheiro diariamente e só volta a repeti-la Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
depois que já tiver utilizado todas as toalhas. Sabe-se _ _ _ _ _ _ _
que a dona de casa dispõe de 8 toalhas diferentes. De 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 24 ⋅ 24 ⋅ 24 ⋅ 24=331.776.000
quantas maneiras ela pode ter utilizado as toalhas nos
primeiros 5 dias de um mês? RESPOSTA: “C”.
A) 4650.
B) 5180. 7. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD-
C) 5460. MINISTRATIVO – FCC/2014) São lançados dois dados e
D) 6720. multiplicados os números de pontos obtidos em cada
E) 7260. um deles. A quantidade de produtos distintos que se
pode obter nesse processo é

67
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

A) 36. De quantos modos distintos é possível escolher


B) 27. uma cor para o fundo e uma cor para o texto se, por
C) 30. uma questão de contraste, as cores do fundo e do texto
D) 21. não podem ser iguais?
E) 18. A) 13
B) 14
__ C) 16
6.6=36 D) 17
Mas, como pode haver o mesmo produto por ser dois E) 18
dados, 36/2=18
__
RESPOSTA: “E”. 6.3=18

8. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MA- Tirando as possibilidades de papel e texto iguais:


TEMÁTICA – IMA/2014) Quantos são os anagramas da P P e V V=2 possibilidades
palavra TESOURA? 18-2=16 possiblidades
A) 2300
B) 5040 RESPOSTA: “C”.
C) 4500
D) 1000 11. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SE-
E) 6500 GURANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Numa
sala há 3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com
_______ interruptores independentes. De quantas maneiras é
7.6.5.4.3.2.1=5040 possível ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo
Anagramas são quaisquer palavras que podem ser for- menos, 2 ventiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
madas com as letras, independente se formam palavras A) 12.
que existam ou não. B) 18.
C) 20.
RESPOSTA: “B”.
D) 24.
E) 36.
9. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Anali-
se as sentenças abaixo.
1ª possibilidade:2 ventiladores e 3 lâmpadas
I. 4! + 3! = 7!
II. 4! ⋅ 3! = 12! !!
!!,! = !!!! = 3
III. 5! + 5! = 2 ⋅ 5!
É correto o que se apresenta em
!!
A) I, apenas. !!!,! = =4
B) II, apenas. !!!!
C) III, apenas.
D) I, II e III. !!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 4 = 12
!
I falsa 2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas
!!
4!=24 !!,! = !!!! = 3
3!=6
7!=5040
II falsa !!,! =
!!
=1
4! ⋅ 3! ≠12! !!!!
III verdadeira
5!=120 !!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 1 = 3
5!+5!=240 !
2 ⋅ 5!=240
3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas
RESPOSTA: “C”. !!
!!,! = !!!! = 1
10. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
GRANRIO/2013) Uma empresa de propaganda preten- !!
de criar panfletos coloridos para divulgar certo produ-
!!,! = !!!! = 4
to. O papel pode ser laranja, azul, preto, amarelo, ver-
melho ou roxo, enquanto o texto é escrito no panfleto !!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 4 = 4
em preto, vermelho ou branco.
!

68
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas 14. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁ-


!! RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) O Tribunal de
!!,! = =1 Justiça está utilizando um código de leitura de barras
!!!!
composto por 5 barras para identificar os pertences de
!! uma determinada seção de trabalho. As barras podem
!!,! = !!!! = 1
ser pretas ou brancas. Se não pode haver código com
todas as barras da mesma cor, o número de códigos di-
!!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 1 = 1 ferentes que se pode obter é de
! A) 10.
Somando as possibilidades:12+3+4+1=20 B) 30.
C) 50.
RESPOSTA: “C”. D) 150.
E) 250.
12. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE-
_____
MÁTICA – IMA/2014) Se enfileirarmos três dados iguais,
2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2=32 possibilidades se pudesse ser
obteremos um agrupamento dentre quantos possíveis.
qualquer uma das cores
A) 150
B) 200 Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
C) 410 32-2=30
D) 216
E) 320 RESPOSTA: “B”.

!!,! ∙ !!,! ∙ !!,! 15. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR


– CESGRANRIO/2012) Certa empresa identifica as dife-
rentes peças que produz, utilizando códigos numéricos
6! 6.5! compostos de 5 dígitos, mantendo, sempre, o seguin-
!!,! = = =6
1! 5! 5! te padrão: os dois últimos dígitos de cada código são
iguais entre si, mas diferentes dos demais. Por exemplo,
6 ∙ 6 ∙ 6 = 216 o código “03344” é válido, já o código “34544”, não.
Quantos códigos diferentes podem ser criados?
!
A) 3.312
RESPOSTA: “D”. B) 4.608
C) 5.040
13. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁ- D) 7.000
RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Um técnico E) 7.290
judiciário deve agrupar 4 processos do juiz A, 3 do juiz _____
B e 2 do juiz C, de modo que os processos de um mes- 9.9.9.1.1=729
mo juiz fiquem sempre juntos e em qualquer ordem. A São 10 possibilidades para os últimos dois dígitos:
quantidade de maneiras diferentes de efetuar o agru- 729.10=7290
pamento é de
A) 32. RESPOSTA: “E”.
B) 38.
C) 288.
16. (DNIT – ANALISTA ADMINISTRATIVO –ADMI-
D) 864.
NISTRATIVA – ESAF/2012) Os pintores Antônio e Batis-
E) 1728.
ta farão uma exposição de seus quadros. Antônio vai
Juiz A:P4=4!=24 expor 3 quadros distintos e Batista 2 quadros distintos.
Juiz B: P3=3!=6 Os quadros serão expostos em uma mesma parede e
Juiz C: P2=2!=2 em linha reta, sendo que os quadros de um mesmo pin-
_ _ _ tor devem ficar juntos. Então, o número de possibilida-
24.6.2=288.P3=288.6=1728 des distintas de montar essa exposição é igual a:
A P3 deve ser feita, pois os processos tem que ficar jun- A) 5
tos, mas não falam em que ordem podendo ser de qual- B) 12
quer juiz antes. C) 24
Portanto pode haver permutação entre eles. D) 6
E) 15
RESPOSTA: “E”.
Para Antônio
_ _ _ P3=3!=6

69
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Para Batista 19. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCO-


_ _ P2=2!=2 LAR – VUNESP/2012) Um restaurante possui pratos
E pode haver permutação dos dois expositores: principais e individuais. Cinco dos pratos são com pei-
xe, 4 com carne vermelha, 3 com frango, e 4 apenas
6.2.2=24 com vegetais. Alberto, Bianca e Carolina pretendem fa-
zer um pedido com três pratos principais individuais,
RESPOSTA: “C”. um para cada. Alberto não come carne vermelha nem
frango, Bianca só come vegetais, e Carolina só não
come vegetais. O total de pedidos diferentes que po-
17. (CRMV/RJ – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – dem ser feitos atendendo as restrições alimentares dos
FUNDAÇÃO BIO-RIO/2014) Um anagrama de uma pa- três é igual a
lavra é um reordenamento de todas as suas letras. Por A) 384.
exemplo, ADEUS é um anagrama de SAUDE e OOV é um B) 392.
anagrama de OVO. A palavra MOTO possui a seguinte C) 396.
D) 416.
quantidade de anagramas:
E) 432.
A)8
B)10
Para Alberto:5+4=9
C)12 Para Bianca:4
D)16 Para Carolina: 12
E)20 ___
9.4.12=432
Como tem letra repetida:
!! !∙!∙!∙! RESPOSTA: “E”.
!!! = !! = = 12
!
20. (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
!
SPDM/2012) O total de números de 3 algarismos que
RESPOSTA: “C”. terminam por um número par e que podem ser forma-
dos pelos algarismos 3,4,5,7,8, com repetição, é de:
A) 50
18. (TJ/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS- B) 100
TRATIVA – FCC/2012) A palavra GOTEIRA é formada C) 75
por sete letras diferentes. Uma sequência dessas letras, D) 80
O último algarismo pode ser 4 ou 8
em outra ordem, é TEIGORA. Podem ser escritas 5040
___
sequências diferentes com essas sete letras. São 24 as
5.5.2=50
sequências que terminam com as letras GRT, nessa or-
dem, e começam com as quatro vogais. Dentre essas RESPOSTA: “A”.
24, a sequência AEIOGRT é a primeira delas, se forem
listadas alfabeticamente. A sequência IOAEGRT ocupa-
ria, nessa listagem alfabética, a posição de número
A) 11.
B) 13.
C) 17.
D) 22.
E) 23.

A_ _ _ GRT P3=3!=6
E_ _ _ GRT P3=3!=6
IA_ _GRT P2=2!=2
IE_ _GRT P2=2!=2
IOAEGRT-17ª da sequência

RESPOSTA: “C”.

70
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

Sistema Financeiro Nacional................................................................................................................................................................................ 01


Dinâmica do Mercado. .......................................................................................................................................................................................... 01
Mercado Bancário.................................................................................................................................................................................................... 01
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

de Crédito, Bancos comerciais e Cooperativos. As


SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. instituições Financeiras Não Bancárias são, por exemplo,
DINÂMICA DO MERCADO. MERCADO Sociedades de Crédito ao Microempreendedor,
BANCÁRIO. Companhias Hipotecárias, Agências de Desenvolvimento.
As autoridades do Sistema Financeiro Nacional
também podem ser divididas em dois grupos: Autoridades
Monetárias e Autoridades de Apoio. As autoridades
O Sistema Financeiro Nacional monetárias são as responsáveis por normatizar e executar
as operações de produção de moeda. O Banco Central
O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto de do Brasil (BACEN) e o Conselho Monetário Nacional
instituições, órgãos e afins que controlam, fiscalizam e (CMN). Já as autoridades de apoio são instituições que
fazem as medidas que dizem respeito à circulação da moeda auxiliam as autoridades monetárias na prática da política
e de crédito dentro do país. O Brasil, em sua Constituição monetária. Um exemplo desse tipo de instituição é o
Federal, cita qual o intuito do sistema financeiro nacional: Banco do Brasil. Outro tipo de autoridade de apoio são
“O Sistema Financeiro Nacional, estruturado de forma instituições que têm poderes de normatização limitada a
a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a um setor específico. O exemplo desse tipo de autoridade
servir aos interesses da coletividade, em todas as partes é a Comissão de Valores Mobiliários.
que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, As Instituições financeiras, termo muito usado para
será regulado por leis complementares que disporão, definir algumas empresas, são definidas como as pessoas
inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas jurídicas, públicas ou privadas e que tenham sua função
instituições que o integram”. principal ou secundária de guardar, intermediar ou aplicar
O Sistema Financeiro Nacional pode ser divido os recursos financeiros (tanto dos próprios recursos como
em duas partes distintas: Subsistema de supervisão e recursos de terceiros), que sejam em moeda de circulação
subsistema operativo. O de supervisão se responsabiliza nacional ou de fora do país e também a custódia de valor
por fazer regras para que se definam parâmetros para de propriedade de outras pessoas.
transferência de recursos entre uma parte e outra, além de Pessoas físicas que façam atividades paralelas às
supervisionar o funcionamento de instituições que façam características acima descritas também são consideradas
atividade de intermediação monetária. Já o subsistema instituições financeiras, sendo que essa atividade pode ser
operativo torna possível que as regras de transferência de maneira permanente ou não. No entanto, exercer essa
de recursos, definidas pelo subsistema supervisão sejam atividade sem a prévia autorização devida do estado pode
possíveis. acarretar em ações contra essa pessoa. Essa autorização
O subsistema de supervisão é formado por: Conselho deve ser dada pelo Banco Central e, no caso de serem
Monetário Nacional, Conselho de Recursos do Sistema estrangeiras, a partir de um decreto do presidente da
Financeiro Nacional, Banco Central do Brasil, Comissão república.
de Valores Mobiliários, Conselho Nacional de Seguros As decisões tomadas pelo conselho monetário
Privados, Superintendência de Seguros Privados, Brasil nacional, logo pelo sistema financeiro nacional tem total
Resseguros (IRB), Conselho de Gestão da Previdência ligação com o estado da economia do país. Suas mudanças
Complementar e Secretaria de Previdência Complementar. são determinantes, para o funcionamento do mercado
Dos que participam do subsistema de revisão, financeiro. A chamada bolsa de valores (mercado onde
podemos destacar as principais funções de alguns: O as mercadorias são ações ou outros títulos financeiros)
Banco Central (BACEN) é a autoridade que supervisiona tem empresas, produtos e ações que variam de acordo
todas as outras, além de banco emissor de dinheiro e com o que esse sistema faz. Considerando o alto valor
executor da política monetária. O Conselho Monetário de dinheiro investido nesse mercado, a bolsa de valores
Nacional (CMN) funciona para a criação da política é um espelho das grandes proporções que as decisões
de moeda e do crédito, de acordo com os interesses tomadas por esse sistema podem afetar a vida de todas
nacionais. A Comissão de Valores Mobiliários tem a função as esferas da sociedade.
de possibilitar a alta movimentação das bolsas de valores O Sistema Financeiro pode ser conceituado como
e do mercado acionário (isso inclui promover negócios um conjunto de instituições (instituições financeiras) com
relacionados à bolsa de valores, proteger investidores e o objetivo de propiciar condições satisfatórias para a
ainda outras medidas). manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores
O outro subsistema, o operativo, é composto por: e investidores.
Instituições Financeiras Bancárias, Sistema Brasileiro É exatamente o Sistema financeiro que permite
de Poupança e Empréstimo, Sistema de Pagamentos, que um agente econômico qualquer (seja ele indivíduo
Instituições Financeiras Não Bancárias, Agentes Especiais, ou empresa) sem perspectivas de aplicação, em algum
Sistema de Distribuição de TVM. As partes integrantes empreendimento próprio, da poupança que é capaz
do subsistema operativo, citados acima, são grupo que de gerar, seja colocado em contato com outro, cujas
compreendem instituições que são facilmente achadas em perspectivas de investimento superam as respectivas
nosso dia a dia. As Instituições Financeiras Bancárias, por disponibilidades de poupança.
exemplo, representam as Caixas Econômicas, Cooperativas Fonte: http://sistema-financeiro-nacional.info/

1
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

2
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

Estrutura do Sistema Financeiro Nacional Conselho Nacional de Previdência Complementar


- CNPC
O Sistema Financeiro Nacional – SFN - pode ser O CNPC tem a função de regular o regime de
subdivido em entidades normativas, supervisoras e previdência complementar operado pelas entidades
operacionais. fechadas de previdência complementar (Fundos de
As entidades normativas são responsáveis pela Pensão).
definição das políticas e diretrizes gerais do sistema
financeiro, sem função executiva. Em geral, são entidades Entidades Supervisoras
colegiadas, com atribuições específicas e utilizam-se de
estruturas técnicas de apoio para a tomada das decisões. Banco Central do Brasil - BCB
Atualmente, no Brasil funcionam como entidades O Banco Central do Brasil foi criado em 1964 com a
normativas o Conselho Monetário Nacional – CMN, promulgação da Lei da Reforma Bancária (Lei nº 4.595 de
o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e o 31.12.64).
Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC. Sua sede é em Brasília e possui representações
As entidades supervisoras, por outro lado, assumem regionais em Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza,
diversas funções executivas, como a fiscalização das Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
instituições sob sua responsabilidade, assim como funções É uma autarquia federal que tem como principal
normativas, com o intuito de regulamentar as decisões missão institucional assegurar a estabilidade do poder de
tomadas pelas entidades normativas ou atribuições compra da moeda nacional e um sistema financeiro sólido
outorgadas a elas diretamente pela Lei. O Banco Central e eficiente.
do Brasil – BCB, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, A partir da Constituição de 1988, a emissão de moeda
a Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e a ficou a cargo exclusivo do BCB.
Superintendência Nacional de Previdência Complementar O presidente do BCB e os seus diretores são nomeados
– PREVIC são as entidades supervisoras do nosso Sistema pelo Presidente da República após a aprovação prévia do
Financeiro.
Senado Federal, que é feita por uma arguição pública e
Além destas, há as entidades operadoras, que são
posterior votação secreta.
todas as demais instituições financeiras, monetárias ou
Entre as várias competências do BCB destacam-se:
não, oficiais ou não, como também demais instituições
- Assegurar a estabilidade do poder de compra
auxiliares, responsáveis, entre outras atribuições,
da moeda nacional e da solidez do Sistema Financeiro
pelas intermediações de recursos entre poupadores e
Nacional;
tomadores ou pela prestação de serviços.
Abaixo, breve relação dessas instituições, com - Executar a política monetária mediante utilização de
descrição das principais atribuições de algumas delas. títulos do Tesouro Nacional;
- Fixar a taxa de referência para as operações
Entidades Normativas compromissadas de um dia, conhecida como taxa SELIC;
- Controlar as operações de crédito das instituições
Conselho Monetário Nacional - CMN que compõem o Sistema Financeiro Nacional;
É o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro - Formular, executar e acompanhar a política cambial
Nacional. O CMN não desempenha função executiva, e de relações financeiras com o exterior;
apenas tem funções normativas. Atualmente, o CMN é - Fiscalizar as instituições financeiras e as clearings
composto por três membros: (câmaras de compensação);
- Ministro da Fazenda (Presidente); - Emitir papel-moeda;
- Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão; e - Executar os serviços do meio circulante para
- Presidente do Banco Central. atender à demanda de dinheiro necessária às atividades
Trabalhando em conjunto com o CMN funciona a econômicas;
Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), que - Manter o nível de preços (inflação) sob controle;
tem como atribuições o assessoramento técnico na - Manter sob controle a expansão da moeda e do
formulação da política da moeda e do crédito do País. crédito e a taxa de juros;
As matérias aprovadas são regulamentadas por meio - Operar no mercado aberto, de recolhimento
de Resoluções, normativos de caráter público, sempre compulsório e de redesconto;
divulgadas no Diário Oficial da União e na página de - Executar o sistema de metas para a inflação;
normativos do Banco Central do Brasil. - Divulgar as decisões do Conselho Monetário
Nacional;
Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP - Manter ativos de ouro e de moedas estrangeiras
O CNSP desempenha, entre outras, as atribuições de para atuação nos mercados de câmbio;
fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados, - Administrar as reservas internacionais brasileiras;
regular a constituição, organização, funcionamento e - Zelar pela liquidez e solvência das instituições
fiscalização das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, financeiras nacionais;
Entidades Abertas de Previdência Privada, Resseguradores - Conceder autorização para o funcionamento das
e Corretores de Seguros. instituições financeiras.

3
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

Comissão de Valores Mobiliários - CVM Apurar, mediante inquérito administrativo, atos


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada ilegais e práticas não-equitativas de administradores de
em 07 de dezembro de 1976 pela Lei 6.385 para fiscalizar companhias abertas e de quaisquer participantes do
e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. mercado de valores mobiliários, aplicando as penalidades
A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia previstas em lei;
federal vinculada ao Ministério da Fazenda, porém sem Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores
subordinação hierárquica. independentes, consultores e analistas de valores
Com o objetivo de reforçar sua autonomia e seu mobiliários.
poder fiscalizador, o governo federal editou, em 31.10.01,
a Medida Provisória nº 8 (convertida na Lei 10.411 de Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
26.02.02), pela qual a CVM passa a ser uma “entidade A Susep é o órgão responsável pelo controle e
autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da fiscalização dos mercados de seguro, previdência
Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, privada aberta, capitalização e resseguro. Criada em
dotada de autoridade administrativa independente, 1966 pelo Decreto-Lei 73/66, que também instituiu o
ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e Sistema Nacional de Seguros Privados, de que fazem
estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e parte o CNSP, o IRB, as sociedades autorizadas a operar
orçamentária” (art. 5º). em seguros privados e capitalização, as entidades de
É administrada por um Presidente e quatro Diretores previdência privada aberta e os corretores habilitados.
nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda,
Senado Federal. Eles formam o chamado «colegiado» administrada por um Conselho Diretor, composto pelo
da CVM. Seus integrantes têm mandato de 5 anos e Superintendente e por quatro Diretores. Essas são
só perdem seus mandatos “em virtude de renúncia, de algumas de suas atribuições:
condenação judicial transitada em julgado ou de processo Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento
administrativo disciplinar” (art. 6º § 2º). O Colegiado define e operação das Sociedades Seguradoras, de
as políticas e estabelece as práticas a serem implantadas Capitalização, Entidades Abertas de Previdência Privada
e desenvolvidas pelas Superintendências, as instâncias e Resseguradores, na qualidade de executora da política
executivas da CVM. traçada pelo CNSP; Atuar no sentido de proteger a
Sua sede é localizada na cidade do Rio de Janeiro com captação de poupança popular que se efetua através
Superintendências Regionais nas cidades de São Paulo e das operações de seguro, previdência privada aberta, de
Brasília. capitalização e resseguro.
Essas são algumas de suas atribuições:
Estimular a formação de poupança e a sua aplicação Superintendência Nacional de Previdência
em valores mobiliários; Complementar - PREVIC
Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das A Previc atua como entidade de fiscalização e de
bolsas de valores, do mercado de balcão e das bolsas de supervisão das atividades das entidades fechadas de
mercadorias e futuros; previdência complementar e de execução das políticas
Proteger os titulares de valores mobiliários e os para o regime de previdência complementar operado por
investidores do mercado contra emissões irregulares essas entidades. É uma autarquia vinculada ao Ministério
de valores mobiliários e contra atos ilegais de da Previdência Social.
administradores de companhias abertas ou de carteira de
valores mobiliários; Entidades Operadoras
Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de
manipulação que criem condições artificiais de demanda, Órgãos Oficiais
oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no
mercado; Banco do Brasil - BB
Assegurar o acesso do público a informações sobre O Banco do Brasil é o mais antigo banco comercial do
os valores mobiliários negociados e sobre as companhias Brasil e foi criado em 12 de outubro de 1808 pelo príncipe
que os tenham emitido; regente D. João. É uma sociedade de economia mista de
Assegurar o cumprimento de práticas comerciais capitais públicos e privados. É também uma empresa
equitativas no mercado de valores mobiliários; aberta que possui ações cotadas na Bolsa de Valores de
Assegurar o cumprimento, no mercado, das condições São Paulo (BM&FBOVESPA).
de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário O BB opera como agente financeiro do Governo
Nacional. Federal e é o principal executor das políticas de crédito
Realizar atividades de credenciamento e fiscalização rural e industrial e de banco comercial do governo. E
de auditores independentes, administradores de carteiras a cada dia mais tem se ajustado a um perfil de banco
de valores mobiliários, agentes autônomos, entre outros; múltiplo tradicional.
Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os
fundos de investimento;

4
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Demais Instituições Financeiras


Social - BNDES Incluem as instituições financeiras não autorizadas a
Criado em 1952 como autarquia federal, hoje receber depósitos à vista. Entre elas, podemos citar:
é uma empresa pública vinculada ao Ministério do - Agências de Fomento
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com - Associações de Poupança e Empréstimo
personalidade jurídica de direito privado e patrimônio - Bancos de Câmbio
próprio. É responsável pela política de investimentos - Bancos de Desenvolvimento
a longo prazo do Governo Federal, necessários ao - Bancos de Investimento
fortalecimento da empresa privada nacional. - Companhias Hipotecárias
Com o objetivo de fortalecer a estrutura de capital - Cooperativas Centrais de Crédito
das empresas privadas e desenvolvimento do mercado - Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento
de capitais, o BNDES conta com linhas de apoio para - Sociedades de Crédito Imobiliário
financiamentos de longo prazo a custos competitivos, - Sociedades de Crédito ao Microempreendedor
para o desenvolvimento de projetos de investimentos - Outros Intermediários Financeiros
e para a comercialização de máquinas e equipamentos
novos, fabricados no país, bem como para o incremento São também intermediários do Sistema Financeiro
das exportações brasileiras. Nacional:
Os financiamentos são feitos com recursos próprios, - Administradoras de Consórcio;
empréstimos e doações de entidades nacionais e - Sociedades de Arrendamento Mercantil;
estrangeiras e de organismos internacionais, como o BID. - Sociedades corretoras de câmbio;
Também recebe recursos do PIS e PASEP. - Sociedades corretoras de títulos e valores
Conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME mobiliários;
(Agência Especial de Financiamento Industrial) e a - Sociedades distribuidoras de títulos e valores
BNDESPAR (BNDES Participações), criadas com o objetivo, mobiliários.
respectivamente, de financiar a comercialização de
máquinas e equipamentos; e de possibilitar a subscrição Instituições Auxiliares:
de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. Também compõem o Sistema Financeiro Nacional,
As três empresas, juntas, compreendem o chamado como entidades operadoras auxiliares, as entidades
“Sistema BNDES”. administradores de mercados organizados de valores
mobiliários, como os de Bolsa, de Mercadorias e Futuros
Caixa Econômica Federal - CEF e de Balcão Organizado.
Criada em 12 de janeiro de 1861 por Dom Pedro II Além das entidades relacionadas acima, também
com o propósito de incentivar a poupança e de conceder integram o SFN as companhias seguradoras, as
empréstimos sob penhor. É a instituição financeira sociedades de capitalização, as entidades abertas de
responsável pela operacionalização das políticas do previdência complementar e os fundos de pensão.
Governo Federal para habitação popular e saneamento Fonte: portaldoinvestidor.gov.br
básico.
A Caixa é uma empresa 100% pública e não possui Sistema Financeiro
ações em bolsas.
Além das atividades comuns de um banco comercial,
Uma das engrenagens mais importantes, se não a
a CEF também atende aos trabalhadores formais - por
mais importante, para que o mundo seja do jeito que
meio do pagamento do FGTS, PIS e seguro-desemprego
é, é o dinheiro. Ele compra carros, casas, roupas, título
, e aos beneficiários de programas sociais e apostadores
e, segundo alguns, só não compra a felicidade. Sendo
das Loterias.
o dinheiro carregado com toda essa importância, cada
As ações da Caixa priorizam setores como habitação,
país, cada estado e cidade, se organiza de forma a ter
saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços.
seu próprio modo de ganhar dinheiro. Essa organização,
aliás, é formada de um jeito em que a maior quantidade
Demais Entidades Operadoras
possível de dinheiro possa ser adquirida. Há a muito
Instituições Financeiras Monetárias tempo que o mundo funciona dessa forma. Por isso todos
os países já conhecem muitos caminhos e atalhos para
São as instituições autorizadas a captar depósitos que sua organização seja elaborada para seu benefício.
à vista do público. Atualmente, apenas os Bancos Essa tal organização que busca o maior número
Comerciais, os Bancos Múltiplos com carteira comercial, possível de riquezas é definido por uma série de
a Caixa Econômica Federal e as Cooperativas de Crédito importantes órgãos do estado. No Brasil, esse órgão
possuem essa autorização. formador da estratégia econômicas do país, é chamado
de Sistema Financeiro Nacional. Tem, basicamente, a
função de controlar todas as instituições que são ligadas
às atividades econômicas dentro do país. Mas esse

5
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

sistema tem ainda muitas outras funções. Tem também Sistema Financeiro Nacional
muitos componentes que o formam. Existem grupos,
dentro do grupo do Sistema Financeiro Nacional. O mais Definição
importante dentro desse sistema é o Conselho Monetário O Sistema Financeiro Nacional pode ser definido como
Nacional. Esse conselho é essencial por tomar as decisões o conjunto de instituições e órgãos que regulamentam,
mais importantes, para a que o país funcione de forma fiscalizam e executam as operações relativas à circulação
sadia. O Conselho Monetário Nacional tem dentro de si da moeda e do crédito.
muitos integrantes que são importante, cada um na sua
função. No entanto, o mais importante desses membros Origens e Aspectos Históricos
é o Banco Central do Brasil. Em 1920, foi criada a Inspetoria Geral de Bancos,
O Banco Central do Brasil é o responsável pela que tinha como objetivo exercer a fiscalização sobre as
produção de papel-moeda e de moeda metálica, dinheiro instituições financeiras. Não se tratava, portanto, de um
que circula no país. Ele exerce, junto ao Conselho órgão destinado à normatização e ao controle amplo do
Monetário Nacional, um trabalho de fiscalização nas mercado financeiro.
instituições financeiras do país. Além disso, tem diversas Apenas com a criação da Superintendência da Moeda
utilidades, como realizar operações bancárias, como e do Crédito – SUMOC, em 1945, passou a existir um
empréstimos, cobrança de créditos e outros, de outras controle monetário mais amplo.
instituições financeiras. O Banco central é considerado Em 1952, foi fundado o atual Banco Nacional de
o banco mais importante do Brasil, acima de todos os Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
outros, uma espécie de “Banco dos Bancos”. Em 1964, ocorreu a “Reforma Bancária”, por intermédio
O Sistema Financeiro Nacional, então, é uma forma da Lei nº 4.595, que dispôs sobre:
de várias entidades se organizarem, de modo a manter - a criação do Conselho Monetário Nacional;
a máquina do governo funcionando. Sua utilidade é o - a transformação da SUMOC no Banco Central da
acompanhamento e também a coordenação de todas República do Brasil, que, posteriormente, passou a ser
as atividades financeiras que acontecem no Brasil. Esse denominado Banco Central do Brasil;
acompanhamento acontece na forma de fiscalização. Já - a composição original do Sistema Financeiro
a coordenação está na parte em que funcionários do Nacional: Conselho Monetário Nacional, Banco Central
Banco Central agem, segundo suas responsabilidades, no da República do Brasil (atual Banco Central do Brasil
cenário financeiro. – BACEN), Banco do Brasil S.A., Banco Nacional do
Esse sistema já sofreu várias mudanças ao longo Desenvolvimento Econômico (atual Banco Nacional de
dos anos. O próprio Banco Central era outra entidade Desenvolvimento Econômico Social – BNDES) e demais
como nome diferente: Superintendência da Moeda e do instituições financeiras públicas e privadas;
Crédito era o nome do órgão antes. A mudança ocorreu Entre 1964 e 1965, foi criado o Sistema Financeiro
por meio da lei nº 4.595/64, no art.8º. A moeda nacional, da Habilitação – SFH, tendo como principal operador o
que também já mudou várias vezes ao longo da história Banco Nacional da Habitação – BNH. As principais fontes
brasileira e leva o nome de “Real” foi uma das grandes de recursos so SFH são o Fundo de Garantia por Tempo
mudanças. A modificação de uma moeda nacional é, em de Serviço – FGTS e o Sistema Brasileiro de Poupança e
qualquer circunstancias, algo que causa muitas mudanças, Empréstimo – SBPE. Em 1986, o BNH foi extinto, e suas
mas no caso da mudança para a atual moeda (real), essa atribuições foram transferidas para a Caixa Econômica
transformação foi grandiosa. Numa época em que a Federal.
inflação era um grande terror para economia brasileira, A Lei do Mercado de Capitais, nº 4.728/65, estabeleceu
essa mudança, chamada de plano real, conseguiu frear a normas relativas ao mercado de investimentos.
inflação e normalizar os preços do comércio interno. Isso, Em 1976, pela Lei nº 6.385, foi criada a Comissão
seguido de uma valorização da moeda nacional, resultou de Valores Mobiliários, que também integra o Sistema
numa recuperação rápida da economia brasileira. Financeiro Nacional.
Quem pega no dinheiro todos os dias, paga as suas Em 1986, foi encerrada a conta movimento do Banco
contas, recebe seu salário, nem pensa no grande sistema do Brasil perante o Banco Central, dando-se início ao
que há por trás dessas operações. Na verdade, os salários processo de transferência de todas as atribuições de
são do valor que são, para que a atual quantidade de autoridade monetária responsável pela emissão de
dinheiro circule no país, para que a economia brasileira moeda ao BACEN.
seja como é, o Sistema Financeiro Nacional toma decisões Em 1988, foi autorizada a constituição dos “Bancos
todos os dias, que são refletidas na nossa realidade. Múltiplos”, permitindo-se que uma mesma pessoa
jurídica opere com mais de uma das seguintes carteiras:
comercial; de investimento; de desenvolvimento;
de crédito imobiliário; e de crédito, financiamento e
investimento. Posteriormente, pela Resolução nº 2.099/94,
foi autorizada a operação, por essas instituições, com a
carteira de arrendamento mercantil.

6
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

Em 1995, foi instituído o Programa de Estímulo à - Instituições do Sistema Nacional de Seguros Privados
Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional – PROER, e de Previdência Complementar;
tendo como principais objetivos assegurar a liquidez e - Instituições Prestadoras de Serviços Financeiros
solvência do Sistema Financeiro Nacional e resguardar os Não Regulamentados.
interesses de depositantes e investidores.
Instituições Financeiras
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional é dividido em dois Consideram-se instituições financeiras, para os
Subsistemas: efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas,
- Subsistema de Supervisão; públicas ou privadas, que tenham como atividade
- Subsistema Operativo. principal ou acessória a coleta, intermediação ou
aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros,
Subsistema de Supervisão em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor
de propriedade de terceiro. Equiparam-se às instituições
Função do Subsistema de Supervisão- O Subsistema financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer
de Supervisão tem como função editar normas que dessas atividades, de forma permanente ou eventual.
definam os parâmetros para transferência de recursos dos As instituições financeiras somente podem funcionar
poupadores aos tomadores e controlar o funcionamento no Brasil mediante prévia autorização do Banco Central
das instituições e entidades que efetuem atividades de do Brasil ou, quando estrangeiras, por intermédio de
intermediação financeira. decreto do presidente da República.
É ilegal o desempenho de atividades de coleta,
Composição do Subsistema de Supervisão- O intermediação ou aplicação de recursos sem prévia
Subsistema de Supervisão tem a seguinte composição: autorização.
- Conselho Monetário Nacional;
- Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Instituições Financeiras Bancárias
Nacional;
- Banco Central do Brasil S.A.;
São as instituições financeiras autorizadas a captar
- Comissão de Valores Mobiliários;
recursos junto ao público sob a forma de depósitos à
- Conselho Nacional de Seguros Privados;
vista, podendo, por isso, criar moeda escritural:
- Superintendência de Seguros Privados;
- Bancos Comerciais;
- IRB – Brasil Resseguros;
- Caixas Econômicas;
- Conselho de Gestão da Previdência Complementar;
- Cooperativas de Crédito;
- Secretaria de Previdência Complementar.
- Bancos Cooperativos;
- Bancos Múltiplos com Carteira Comercial.
Subsistema Operativo

Função do Subsistema Operativo- O Subsistema Instituições Financeiras Não Bancárias


Operativo tem como função operacionalizar a transferência
de recursos do poupador para o tomador, de acordo com Instituições financeiras não bancárias ou não
as regras estabelecidas pelas entidades integrantes do monetárias são aquelas que não autorizadas a captar
Subsistema de Supervisão. recursos sob a forma de depósitos à vista:
- Bancos de Investimento;
Composição do Subsistema Operativo- O - Bancos Estaduais de Desenvolvimento;
Subsistema Operativo tem a seguinte composição: - Sociedades de Arrendamento Mercantil;
- Instituições Financeiras Bancárias ou Monetárias; - Sociedades de Crédito, Financiamento e
- Instituições Financeiras Não Bancárias ou Não Investimento;
Monetárias; - Companhias Hipotecárias;
- Instituições do Sistema Brasileiro de Poupança e - Bancos Múltiplos sem Carteira Comercial.
Empréstimo;
- Agentes Especiais; Instituições do SBPE
- Instituições do Sistema de Distribuição de Títulos e
Valores Mobiliários; Instituições do Sistema Brasileiro de Poupança e
- Instituições do Sistema de Liquidação e Custódia de Empréstimo são aquelas autorizadas a captar recursos
Títulos e Valores Mobiliários; sob a forma de depósitos em caderneta de poupança,
- Instituições Administradoras de Recursos de cujos recursos são destinados principalmente ao
Terceiros; financiamento habitacional:
- Entidades Prestadoras de Serviços Financeiros - Sociedades de Crédito Imobiliário;
Regulamentados; - Associações de Poupança e Empréstimo;

7
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

- Caixas Econômicas (Estaduais); 1- Fundos Mútuos de Investimento Regulamentados


- Bancos Múltiplos com Carteira de Crédito pelo BACEN:
Imobiliário; a) Fundo de Investimento Financeiro;
- Sociedade de Crédito Imobiliário; b) Fundo de Investimento Financeiro – Dívida Estadual
- Associação de Poupança e Empréstimo. e/ou Municipal;
c) Fundo de Aplicação em Quotas de Fundos de
Agentes Especiais Investimento Financeiro;
d) Fundo de Renda Fixa – Capital Estrangeiro;
São instituições que executam funções atípicas, e) Fundo de Investimento no Exterior;
diferenciadas da espécie a que pertencem: f) Fundo de Investimento Extramercado.
- Banco do Brasil S.A.;
- Caixa Econômica Federal;
2- Fundos Mútuos de Investimentos Regulados
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
pela CVM:
Social;
a) Fundos Mútuos de Investimento em Ações;
- Banco do Nordeste do Brasil S.A.;
- Banco da Amazônia S.A. b) Fundos Mútuos de Investimento em Ações –
Carteira Livre;
Instituições do Sistema de Distribuição c) Fundo de Investimento em Quotas de Fundos
Mútuos de Investimentos em Ações;
Instituições do Sistema de Distribuição de Títulos d) Fundos Setoriais de Investimentos em Ações;
a Valores Mobiliários são as que prestam serviços a e) Fundos Mútuos de Investimento em Empresas
poupadores e tomadores, mediante compra e venda Emergentes;
como intermediários, de títulos e valores mobiliários e f) Fundo de Investimento Cultural a Artístico;
câmbio: g) Fundo de Privatização – Capital Estrangeiro;
- Sociedades Corretoras de Títulos e Valores h) Fundo de Conversão – Capital Estrangeiro;
Mobiliários; i) Fundo de Conversão – Capital Estrangeiro (Áreas
- Sociedades Corretoras de Câmbio; Incentivadas).
- Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores
Mobiliários; 3- Fundos Mútuos de Investimentos
- Corretores de Mercadorias e Corretores de Regulamentados pelo BACEN em Conjunto com a
Mercadorias Agrícolas; CVM:
- Operadores Especiais de Mercadorias Agrícolas e a) Fundos de Investimento – Capital Estrangeiro;
Corretores de Algodão; b) Fundos Mútuos de Investimento em Ações do
- Agentes Autônomos de Investimentos. Setor de Mineração;
c) Fundos Mútuos de Ações Incentivadas;
Instituições do Sistema de Liquidação e Custódia d) Fundos de Investimento Imobiliário;
e) Fundos Mútuos de Privatização – Dívida Securitizada.
Instituições do Sistema de Liquidação e Custódia de
Títulos e Valores Mobiliários são aquelas que prestam 4- Fundos Mútuos de Investimento Regulamentados
serviços aos intermediários financeiros, criando condições
pelo BACEN, CVM e SUSEP:
propícias de mercado para a emissão e circulação de
a) Fundo de Aposentadoria Programada Individual –
títulos e valores mobiliários, sem, entretanto, efetuar
FAPI.
operações de compra e venda:
- Bolsas de Valores;
- Entidades de Mercado de Balcão Organizado; 5- Outras:
- Sociedades de Compensação e Liquidação de a) Clubes de Investimento;
Operações; b) Carteira de Títulos e Valores Mobiliários;
- Bolsas de Mercadorias e Futuros; c) Sociedade de Investimento – Capital Estrangeiro;
- Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC; d) Administrador de Consórcio.
- Central de Custódia e Liquidação Financeira de
Títulos. Entidades Prestadoras de Serviços Financeiros
Regulamentados
Instituições Administradoras de Recursos de
Terceiros São entidades juridicamente definidas como não
pertencentes à categoria de instituição financeira, mas
São instituições que proporcionam a reunião de que prestam serviço financeiro regulamentado:
diversos poupadores que tenham objetos comuns quanto - Agências de Fomento ou de Desenvolvimento.
à aplicação de seus recursos:

8
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

Instituições do Sistema Nacional de Seguros Privados e Previdência Complementar

São instituições mantenedoras de seguros de coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos,
garantias, cosseguro, resseguro, retrocessão de seguros, planos de benefícios complementares ou assemelhados aos da
Previdência Social:
- Sociedades Seguradoras;
- Sociedades de Capitalização;
- Entidades Abertas de Previdência Privada com Fins Lucrativos;
- Entidades Abertas de Previdência Privada sem Fins Lucrativos;
- Entidades Fechadas de Previdência Privada;
- Sociedades Administradoras de Planos de Seguro-Saúde;
- Corretoras de Seguros.
Detentoras de volume significativo de poupança, as Entidades Fechadas de Previdência Privada são supervisionadas
pela Secretaria de Previdência Complementar. As Entidades Abertas de Previdência Privada, pela SUSEP.

Instituições prestadoras de Serviços Financeiros Não Regulamentados

Não são instituições financeiras, apesar de desenvolverem atividades tipicamente financeiras:


- Sociedades Administradoras de Cartões de Crédito;
- Sociedades de Fomento Mercantil.

9
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

Segundo o Banco Central do Brasil, o Sistema Financeiro Nacional é estruturado da seguinte forma:

Órgãos Normativos Entidades Supervisoras Operadores

Instituições Financeiras
Conselho Monetário Nacional Banco Central do Brasil – Captadoras de Depósitos à Vista
- CNM BACEN
Demais Instituições

Financeiras

Outros Intermediários
Financeiros e Administrativos de
Recursos de Terceiros

Bolsas de Mercadorias e
Comissão de Valores Futuros
Mobiliários - CVM
Bolsas de Valores

Sociedades Seguradoras
Sociedades de Capitalização
Superintendência de Seguros
Conselho Nacional de Seguros
Privados – SUSEP e IRB – Brasil
Privados - CNSP Entidades Abertas de
Resseguros
Previdência Complementar

Conselho de Gestão da Entidades Fechadas de


Secretaria De Previdência
Previdência Complementar - Previdência Complementar (fundos
Complementar - SPC
CGPC de pensão)

10
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

O quadro apresentado em seguida demonstra a estrutura do Sistema Financeiro Nacional de forma mais detalhada.

11
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

12
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

13
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

14
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

As classificações apresentadas em seguida foram O Conselho Monetário Nacional é o órgão máximo do


organizadas de acordo com a estrutura do Sistema Sistema Financeiro Nacional, com funções deliberativas,
Financeiro Nacional prevista pelo Banco Central do Brasil. cujas normas são de observância obrigatória por todas as
instituições do sistema financeiro.
Autoridades do Sistema Financeiro Nacional
Objetivos do CMN
As autoridades do Sistema Financeiro Nacional
podem ser: A política do Conselho Monetário Nacional tem como
- Autoridades Monetárias; objetivo:
- Autoridades de Apoio. - adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais
necessidades da economia nacional e seu processo de
As Autoridades Monetárias são responsáveis pela desenvolvimento;
normatização e execução das operações de emissão de - regular o valor interno da moeda, por meio
moeda: da prevenção e correção dos surtos inflacionários
- Conselho Monetário Nacional – CMN; ou deflacionários de origem interna ou externa, das
- Banco Central do Brasil – BACEN. depressões econômicas e de outros desequilíbrios
oriundos de fenômenos conjunturais;
As Autoridades de Apoio ou são instituições que, - regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no
além de atuar como instituições financeiras normais, balanço de pagamentos do País, tendo em vista a melhor
auxiliam as autoridades monetárias na execução da utilização dos recursos em moeda estrangeira;
política monetária, como é o caso do Banco do Brasil, ou - orientar a aplicação dos recursos das instituições
são instituições com poderes de normatização limitado financeiras, quer públicas, quer privadas, tendo em vista
a um setor específico, como é o caso da Comissão de propiciar, nas diferentes regiões do País, condições
Valores Mobiliários. favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia
As principais Autoridades de Apoio do Sistema nacional;
Financeiro Nacional são: - propiciar o aperfeiçoamento das instituições
- Comissão de Valores Mobiliários; financeiras e dos instrumentos financeiros, com vistas
- Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e à maior eficiência do sistema de pagamentos e de
Social; mobilização de recursos;
- Caixa Econômica Federal; - zelar pela liquidez e solvência das instituições
- Banco do Brasil S.A.. financeiras;
- coordenar as políticas monetária e creditícia,
Entidades e Órgãos Normativos e Supervisores do orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa.
SFN
Funções do CMN
De acordo com o Banco Central do Brasil, as entidades
e órgãos normativos e supervisores do Sistema Financeiro Entre outras, são funções privativas do Conselho
Nacional são os seguintes: Monetário Nacional:
- Conselho Monetário Nacional – CMN; - autorizar a emissão de papel-moeda;
- Banco Central do Brasil – BACEN; - aprovar os orçamentos monetários, que são
- Comissão de Valores Mobiliários – CVM; preparados pela Banco Central e por meio dos quais são
- Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; estimadas as necessidades globais de moeda e crédito;
- Superintendência de Seguros Privados – SUSEP; - fixar diretrizes e normas da política cambial e,
- IRB – Brasil Resseguros; inclusive, compra e venda de ouro e quaisquer operações
- Conselho de Gestão de Previdência Complementar em moeda estrangeira;
– CGPC; - disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e
- Secretaria de Previdência Complementar – SPC. as operações creditícias em todas as suas formas;
- estabelecer normas relativas à fiscalização,
Conselho Monetário Nacional constituição e funcionamento das instituições financeiras;
- estabelecer normas sobre a política de taxas de
O art. 2º da Lei nº 4.595/64 extinguiu o Conselho juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de
da Superintendência da Moeda e do Crédito e criou remuneração de operações e serviços bancários;
o Conselho Monetário Nacional, com a finalidade de - disciplinar as operações de câmbio;
formular a política da moeda e do crédito, objetivando o - deliberar sobre a estrutura técnica e administrativa
progresso econômico e social do País. do Banco Central;
Recebem o nome de RESOLUÇÕES as deliberações do - determinar as características gerais das cédulas e
CMN, cabendo ao BACEN a sua divulgação. das moedas;

15
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

- determinar a percentagem máxima dos recursos O CMN delibera mediante resoluções, por maioria
que as instituições financeiras poderão emprestar a um dos votos, cabendo ao seu presidente a prerrogativa de
mesmo cliente ou grupo de empresas; deliberar, nos casos de urgência e relevante interesse, “ad
- estipular índices e outras condições técnicas sobre referendum” dos demais membros, devendo, nesse caso,
encaixes, imobilizações ou outras relações patrimoniais, a submeter a decisão ao colegiado, na primeira reunião
serem observadas pelas instituições financeiras; posterior à prática do ato.
- delimitar o capital mínimo das instituições
financeiras; Comissão Técnica da Moeda e do Crédito
- expedir normas gerais de contabilidade e estatística Junto ao Conselho Monetário Nacional, funciona
a serem observadas pelas instituições financeiras; a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, com a
- determinar recolhimento de até 100% dos depósitos função básica de regulamentar algumas matérias de
à vista e de até 60% do total dos demais depósitos e/ competência do Conselho Monetário Nacional, composta
ou títulos contábeis das instituições financeiras, seja na pelos seguintes membros:
forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro - presidente e quatro diretores do Banco Central do
Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, Brasil;
seja por meio de recolhimento em espécie, em ambos os - presidente da Comissão de Valores Mobiliários;
casos entregues ao Banco Central; - secretário executivo do Ministério do Planejamento,
- determinar os encaixes obrigatórios; Orçamento e Gestão;
- regulamentar as operações de redesconto e de - secretário do Tesouro Nacional;
empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições - secretário de Política Econômica;
financeiras públicas ou privadas de natureza bancária; - secretário executivo do Ministério da Fazenda.
- aprovar o regimento interno e as contas do Banco
Central do Brasil, sem prejuízo da competência do Tribunal Comissões Consultivas do CMN
de Contas da União;
- aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem Junto ao CMN, funcionam, ainda, as seguintes
no País as mesmas vedações ou restrições equivalentes, comissões consultivas:
que vigores, nas praças de suas matrizes, em relação a - de Normas de Organização do Sistema Financeiro;
bancos brasileiros ali instalados ou que nelas desejam - do Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;
estabelecer-se; - de Crédito Rural;
- fixar a orientação geral a ser observada pela CVM no - de Crédito Industrial;
exercício de suas atribuições; - de Endividamento Público;
- regular a utilização do crédito no mercado de valores - de Politica Monetária e Cambial;
mobiliários; - de Processos Administrativos.
- definir a política a ser observada na organização do
mercado de valores mobiliários; Conselho de Recursos do Sistema Financeiro
- definir as atividades da CVM que devam ser exercidas Nacional
de forma coordenada com o Banco Central do Brasil;
- definir tipos de instituições financeiras que poderão Criado pelo Decreto nº 91.152/85, o CRSFN julga,
exercer atividades no mercado de valores mobiliários, em segunda e última instância administrativa, os
bem como as espécies de operações que poderão realizar recursos interpostos das decisões relativas a penalidades
e de serviços que poderão prestar nesse mercado; administrativas aplicadas pelo BACEN, pela CVM e pela
- fixar as diretrizes para a aplicação das reservas Secretaria de Comércio Exterior.
técnicas das sociedades seguradoras, entidades abertas O CRSFN tem ainda como atribuição julgar os
e fechadas de previdência privada, podendo, no caso das recursos de ofício, interpostos pelos órgãos de primeira
últimas, estabelecer diretrizes diferenciadas para uma instância administrativa, das decisões que concluírem
determinada entidade, ou grupo de entidades, levando em pela não aplicação das penalidades.
conta a existência de condições peculiares relativamente
a suas patrocinadoras. Estrutura do CRSFN

Estrutura do CMN O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro


Nacional é integrado por oito Conselheiros,
O Conselho Monetário Nacional tem a seguinte de reconhecida competência e possuidores de
composição: reconhecimentos especializados em assuntos relativos
- Ministro de Estado da Fazenda, na qualidade de aos mercados financeiros, de capitais, de câmbio, de
presidente; capitais estrangeiros e de crédito rural e industrial, e de
- Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão; consórcios, observada a seguinte composição;
- Presidente do Banco Central do Brasil.

16
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

- um representante do Ministério da Fazenda; Os resultados da política fiscal podem ser avaliados


- um representante do Banco Central do Brasil; sob diferentes ângulos, que podem focar na mensuração
- um representante da Secretaria de Comércio da qualidade do gasto público bem como identificar os
Exterior; impactos da política fiscal no bem-estar dos cidadãos.
- Um representante da Comissão de Valores Para tanto podem ser utilizados diversos indicadores
Mobiliários; para análise fiscal, em particular os de fluxos (resultados
- quatro representantes das entidades de classe dos primário e nominal) e estoques (dívidas líquida e bruta).
mercados afins, por estas indicados em lista tríplice. A saber, estes indicadores se relacionam entre si, pois os
estoques são formados por meio dos fluxos. Assim, por
As entidades de classe que integram o CRSFN exemplo, o resultado nominal apurado em certo período
são as seguintes: Abrasca (Associação Brasileira das afeta o estoque de dívida bruta.
Companhias Abertas), Anbid (Associação Nacional dos Resultado fiscal primário é a diferença entre as
Bancos de Investimento), CNBV (Comissão de Bolsas de receitas primárias e as despesas primárias durante um
Valores), Febraban (Federação Brasileira das Associações determinado período. O resultado fiscal nominal, por
de Bancos), Abel (Associação Brasileira das Empresas de sua vez, é o resultado primário acrescido do pagamento
Leasing), Adeval (Associação das Empresas Distribuidoras líquido de juros. Assim, fala-se que o Governo obtém
de Valores) e AEB (Associação de Comércio Exterior do superávit fiscal quando as receitas excedem as despesas
Brasil). Os representantes das quatro primeiras entidades em dado período; por outro lado, há déficit quando as
têm acesso no Conselho como membros-titulares e os receitas são menores do que as despesas.
demais, como suplentes. No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto grau
Os conselheiros titulares e seus respectivos suplentes de responsabilidade fiscal. O uso equilibrado dos recursos
são nomeados pelo ministro da Fazenda, com mandatos públicos visa a redução gradual da dívida líquida como
de dois anos, admitindo-se a recondução por uma única percentual do PIB, de forma a contribuir com a estabilidade,
vez. o crescimento e o desenvolvimento econômico do país.
Também fazem parte do Conselho de Recursos dois Mais especificamente, a política fiscal busca a criação de
Procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo empregos, o aumento dos investimentos públicos e a
procurador-geral da Fazenda Nacional, com a atribuição ampliação da rede de seguridade social, com ênfase na
de zelar pela fiel observância da legislação aplicável, e redução da pobreza e da desigualdade.
um secretário-executivo, nomeado pelo Ministério da
Fazenda, responsável pela execução e coordenação dos Política de rendas (Fonte: www.portaleducacao.
trabalhos administrativos. Para tanto, o Banco Central do com.br)
Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria
de Comércio Exterior proporcionam o respectivo apoio A política de rendas consiste na interferência do
técnico e administrativo. governo nos preços e salários praticados pelo mercado.
O representante do Ministério da Fazenda preside o
No intuito de atender a interesses sociais, o governo
Conselho, e o vice-presidente é o representante designado
tem a capacidade de interferir nas forças do mercado e
pelo Ministério da Fazenda entre os quatro representantes
impedir o seu livre funcionamento. É o que ocorre quando
das entidades de classe que integram o CRSFN.
o governo realiza um tabelamento de preços com o
Dinâmica do mercado. Mercado bancário.
objetivo de controlar a inflação.
Ressalta-se que nem sempre esse instrumento
Obs: os textos abaixo foram extraídos na íntegra das
funciona de forma adequada. Como exemplo, cita-se que
fontes indicadas tendo em vista a qualidade, síntese e
na segunda metade dos anos 80, o Brasil estava iniciando
referencial bibliográfico.
suas experiências econômicas de combate à inflação, o
Política Fiscal (Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov. tabelamento de preços foi largamente utilizado. Muitos
br) produtores que se julgaram lesados pelo fato do preço do
seu produto ter sido fixado em um patamar muito baixo,
Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais simplesmente deixaram de ofertar o produto.
o Governo arrecada receitas e realiza despesas de modo a Como consequência, observou-se um
cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a desabastecimento de várias mercadorias. Em
redistribuição da renda e a alocação de recursos. A função determinados setores, particularmente no automobilístico,
estabilizadora consiste na promoção do crescimento as mercadorias até poderiam ser adquiridas mediante o
econômico sustentado, com baixo desemprego e pagamento de um “ágio”, ou seja, uma diferença a mais
estabilidade de preços. A função redistributiva visa sobre o valor oficial do produto.
assegurar a distribuição equitativa da renda. Por fim, O governo também pode controlar o valor dos salários
a função alocativa consiste no fornecimento eficiente pagos em uma sociedade. No Brasil o melhor exemplo
de bens e serviços públicos, compensando as falhas de se dá pela fixação do salário mínimo. Porém, conforme
mercado. destaca Costa (2009), esta interferência já foi muito maior

17
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

no passado. Nos anos 80, por exemplo, durante o Plano Compra de títulos públicos: quando o Banco Central
Cruzado, foi criado um dispositivo legal que garantia um compra títulos públicos há uma expansão dos meios de
reajuste automático dos salários de todas as categorias pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos.
trabalhistas sempre que a inflação atingisse 20%. Com isso, ocorre uma redução na taxa de juros e um
O objetivo dessa política era a de garantir o poder aumento da liquidez.
de compra dos trabalhadores contra os efeitos da
inflação. Conforme destaca o autor, este se constituiu em Política Cambial (Fonte: www.bcb.gov.br –
um objetivo louvável, porém trouxe um efeito colateral explicação na modalidade de perguntas e respostas
negativo. Com o recrudescimento da inflação, o gatilho produzidos pelo Banco Central)
salarial passou a disparar mensalmente, iniciando um
processo de indexação da economia, gerando um 1. O que é câmbio?
fenômeno conhecido como inflação inercial. Câmbio é a operação de troca de moeda de um
Constata-se que a partir da implantação do Plano país pela moeda de outro país. Por exemplo, quando
Real, em 1994, o governo foi reduzindo gradativamente um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa
sua atuação por meio da política de rendas. Atualmente, a de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Banco
interferência, conforme se observa, do governo nos preços Central a operar no mercado de câmbio recebe do
e salários, tem sido muito reduzida, quando comparada a turista brasileiro a moeda nacional e lhe entrega (vende)
interferência realizada ao longo dos anos 80 e 90. a moeda estrangeira. Já quando um turista estrangeiro
Política monetária (Fonte: www.economiabr.net) quer converter moeda estrangeira em reais, o agente
autorizado a operar no mercado de câmbio compra a
A Política Monetária representa a atuação das moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe
autoridades monetárias, por meio de instrumentos de os reais correspondentes.
efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar 2. O que é mercado de câmbio?
a liquidez global do sistema econômico. No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde
A ) Política Monetária Restritiva: engloba um conjunto se realizam as operações de câmbio entre os agentes
de medidas que tendem a reduzir o crescimento da autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes,
diretamente ou por meio de seus correspondentes.
quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos.
O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado
Instrumentos:
pelo Banco Central e compreende as operações de compra
Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo
e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda
Banco Central, de parcela dos depósitos recebidos do
nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no
público pelos bancos comerciais. Esse instrumento é ativo,
País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e
pois atua diretamente sobre o nível de reservas bancárias,
as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas
reduzindo o efeito multiplicador e, consequentemente, a
por intermédio das instituições autorizadas a operar no
liquidez da economia.
mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente ou
Assistência Financeira de liquidez: o Banco por meio de seus correspondentes.
Central empresta dinheiro aos bancos comerciais, sob Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as
determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse operações relativas aos recebimentos, pagamentos
prazo é reduzido e a taxa de juros do empréstimo é e transferências do e para o exterior mediante a
aumentada, a taxa de juros da própria economia aumenta, utilização de cartões de uso internacional, bem como as
causando uma diminuição na liquidez. operações referentes às transferências financeiras postais
Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central internacionais, inclusive vales postais e reembolsos
vende títulos públicos ele retira moeda da economia, que postais internacionais.
é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos À margem da lei, funciona um segmento denominado
meios de pagamento e da liquidez da economia. mercado paralelo. São ilegais os negócios realizados
B) Política Monetária Expansiva: é formada por no mercado paralelo, bem como a posse de moeda
medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda estrangeira oriunda de atividades ilícitas.
e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros).
Incidirá positivamente sobre a demanda agregada. 3. Qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar e
Instrumentos: vender moeda estrangeira?
Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Sim, desde que a outra parte na operação de câmbio
Central diminui os valores que toma em custódia dos seja agente autorizado pelo Banco Central a operar no
bancos comerciais, possibilitando um aumento do efeito mercado de câmbio (ou seu correspondente para tais
multiplicador, e da liquidez da economia como um todo. operações) e que seja observada a regulamentação
Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, em vigor, incluindo a necessidade de identificação
ao emprestar dinheiro aos bancos comerciais, aumenta em todas as operações. É dispensado o respaldo
o prazo do pagamento e diminui a taxa de juros. Essas documental das operações de valor até o equivalente a
medidas ajudam a diminuir a taxa de juros da economia, US$ 3 mil, preservando-se, no entanto, a necessidade de
e a aumentar a liquidez. identificação do cliente.

18
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

4. Que instituições podem operar no mercado de A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) também é
câmbio e que operações elas podem realizar? autorizada pelo Banco Central a realizar operações com
Podem ser autorizados pelo Banco Central a operar vales postais internacionais, emissivos e receptivos, para
no mercado de câmbio: bancos múltiplos; bancos liquidação pronta, não sujeitos ou vinculados a registro
comerciais; caixas econômicas; bancos de investimento; no Banco Central do Brasil e de até o equivalente a
bancos de desenvolvimento; bancos de câmbio; agências US$50 mil, por operação.
de fomento; sociedades de crédito, financiamento e A relação dos agentes autorizados a operar no
investimento; sociedades corretoras de títulos e valores mercado de câmbio pode ser consultada em: Câmbio
mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores e Capitais Internacionais > Instituições que atuam no
mobiliários e sociedades corretoras de câmbio. mercado de câmbio.
Esses agentes podem realizar as seguintes operações: 5. Que operações podem ser realizadas no mercado
a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa
de câmbio?
Econômica Federal: todas as operações previstas para o
Quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda
mercado de câmbio;
estrangeira podem ser realizados no mercado de câmbio,
b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito,
inclusive as transferências para fins de constituição de
financiamento e investimento e agências de fomento:
operações específicas autorizadas pelo Banco Central; disponibilidades no exterior e seu retorno ao País e
c) sociedades corretoras de títulos e valores aplicações no mercado financeiro. As pessoas físicas e
mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda
mobiliários e sociedades corretoras de câmbio: estrangeira ou realizar transferências internacionais
c1.) operações de câmbio com clientes para liquidação em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor,
pronta de até US$100 mil ou o seu equivalente em outras observada a legalidade da transação, tendo como base
moedas; e a fundamentação econômica e as responsabilidades
c2.) operações no mercado interbancário, arbitragens definidas na respectiva documentação.
no País e, por meio de banco autorizado a operar no Embora do ponto de vista cambial não exista
mercado de câmbio, arbitragem com o exterior. restrição para a movimentação de recursos, os agentes
Além desses agentes, o Banco Central também do mercado e seus clientes devem observar eventuais
concedia autorização para agências de turismo e meios restrições legais ou regulamentares existentes para
de hospedagem de turismo para operarem no mercado determinados tipos de operação. Como exemplo,
de câmbio. Atualmente, não se concede mais autorização relativamente à colocação de seguros no exterior, devem
para esses agentes, permanecendo ainda apenas aquelas ser observadas as disposições dos órgãos e entidades
agências de turismo cujos proprietários pediram ao Banco responsáveis pela regulação do segmento segurador.
Central autorização para constituir instituição autorizada
a operar em câmbio. Enquanto o Banco Central está 6. Os bancos são obrigados a vender moeda em
analisando tais pedidos, as agências de turismo ainda espécie?
autorizadas podem continuar a realizar operações de Não. Normalmente, os agentes autorizados a operar
compra e venda de moeda estrangeira em espécie, em câmbio, por questão de administração de caixa e
cheques e cheques de viagem, relativamente a viagens estratégia operacional, procuram operar com o mínimo
internacionais. possível de moeda em espécie.
As instituições financeiras autorizadas a operar em
câmbio podem contratar correspondentes (pessoas
7. Posso fazer aplicações no exterior no mercado de
jurídicas em geral) para a realização das seguintes
capitais ou de derivativos?
operações de câmbio:
As aplicações no exterior no mercado de capitais
a) execução ativa ou passiva de ordem de pagamento
pelas pessoas físicas ou jurídicas são permitidas,
relativa a transferência unilateral (ex: manutenção de
residentes, transferência de patrimônio, prêmios em observada a legalidade da transação, inclusive de ordem
eventos culturais e esportivos ) do ou para o exterior, tributária. As transferências ao exterior são realizadas por
limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos meio de instituições autorizadas a operar no mercado de
Estados Unidos, por operação; câmbio. A regulamentação, no entanto, não prevê que
b) compra e venda de moeda estrangeira em espécie, essas aplicações sejam realizadas por meio de cartão de
cheque ou cheque de viagem, bem como carga de crédito.
moeda estrangeira em cartão pré-pago, limitada ao valor As transferências financeiras relativas às aplicações
equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, por no exterior por instituições financeiras e demais
operação; e instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
c) recepção e encaminhamento de propostas de do Brasil devem observar a regulamentação específica.
operações de câmbio. Os fundos de investimento podem efetuar transferências
As operações realizadas pelos correspondentes são do e para o exterior relacionadas às suas aplicações
de total responsabilidade da instituição contratante. fora do País, obedecida a regulamentação editada pela

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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

Comissão de Valores Mobiliários e as regras cambiais 14. O que é contrato de câmbio?


editadas pelo Banco Central do Brasil. As transferências Contrato de câmbio é o documento que formaliza a
financeiras relativas a aplicações no exterior por operação de compra ou de venda de moeda estrangeira.
entidades de previdência complementar devem observar Nele são estabelecidas as características e as condições
a regulamentação específica. sob as quais se realiza a operação de câmbio. Dele
As operações de hedge podem ser feitas na forma da constam informações relativas à moeda estrangeira
regulamentação em vigor, relativas a taxa de câmbio, taxa que um cliente está comprando ou vendendo, à taxa
de juros e preço de mercadoria. contratada, ao valor correspondente em moeda nacional
e aos nomes do comprador e do vendedor. Os contratos
8. O que é mercado primário e mercado secundário? de câmbio devem ser registrados no Sistema Câmbio pelo
A operação de mercado primário implica o agente autorizado a operar no mercado de câmbio.
recebimento ou a entrega de moeda estrangeira por Nas operações de compra ou de venda de moeda
parte de clientes no País, correspondendo a fluxo de estrangeira de até US$ 3 mil, ou seu equivalente em outras
entrada ou de saída da moeda estrangeira do País. Esse moedas estrangeiras, não é obrigatória a formalização do
é o caso das operações realizadas com exportadores, contrato de câmbio, mas o agente do mercado de câmbio
importadores, viajantes, etc. Já no mercado secundário, deve identificar seu cliente e registrar a operação no
Sistema Câmbio.
também denominado mercado interbancário quando
os negócios são realizados entre bancos, a moeda
15. O que é política cambial?
estrangeira é negociada entre as instituições integrantes
É o conjunto de ações governamentais diretamente
do sistema financeiro e simplesmente migra do ativo de
relacionadas ao comportamento do mercado de câmbio,
uma instituição autorizada a operar no mercado de câmbio inclusive no que se refere à estabilidade relativa das taxas
para o de outra, igualmente autorizada, não havendo fluxo de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos.
de entrada ou de saída da moeda estrangeira do País.
9. O que é posição de câmbio? 16. Qual é o papel do Banco Central no mercado de
A posição de câmbio é representada pelo saldo câmbio?
das operações de câmbio (compra e venda de moeda O Banco Central executa a política cambial definida pelo
estrangeira, de títulos e documentos que as representem e Conselho Monetário Nacional. Para tanto, regulamenta o
de ouro-instrumento cambial) prontas ou para liquidação mercado de câmbio e autoriza as instituições que nele
futura, realizadas pelas instituições autorizadas pelo operam. Também compete ao Banco Central fiscalizar o
Banco Central do Brasil a operar no mercado de câmbio. referido mercado, podendo punir dirigentes e instituições
mediante multas, suspensões e outras sanções previstas
10. O que é posição de câmbio comprada? em lei. Além disso, o Banco Central pode atuar diretamente
A posição de câmbio comprada é o saldo em moeda no mercado, comprando e vendendo moeda estrangeira
estrangeira registrado em nome de uma instituição de forma ocasional e limitada, com o objetivo de conter
autorizada que tenha efetuado compras, prontas ou para movimentos desordenados da taxa de câmbio.
liquidação futura, de moeda estrangeira, de títulos e
documentos que as representem e de ouro-instrumento
cambial, em valores superiores às vendas.

11. O que é posição de câmbio vendida?


A posição de câmbio vendida é o saldo em moeda
estrangeira registrado em nome de uma instituição
autorizada que tenha efetuado vendas, prontas ou para
liquidação futura, de moeda estrangeira, de títulos e
documentos que as representem e de ouro-instrumento
cambial, em valores superiores às compras.

12. O que é operação pronta?


A operação de câmbio (compra ou venda) pronta é a
operação a ser liquidada em até dois dias úteis da data de
contratação.

13. O que é operação para liquidação futura?


A operação de câmbio (compra ou venda) para
liquidação futura é a operação a ser liquidada em prazo
maior que dois dias.

20
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

QUESTÕES 04. (Banco da Amazônia - Técnico Bancário -


CESPE/2012) As reformas de 1964 introduzidas no SFN,
01. (Banco da Amazônia - Técnico Bancário - cujo modelo foi inspirado pelo sistema norte-americano,
CESPE/2012) As reformas de 1964 introduzidas no SFN, priorizavam a especialização das instituições. No entanto,
cujo modelo foi inspirado pelo sistema norte-americano, ao longo do tempo, surgiram os grandes conglomerados
priorizavam a especialização das instituições. No entanto, financeiros, incorporando atividades antes restritas aos
ao longo do tempo, surgiram os grandes conglomerados agentes especializados. A respeito desse assunto, julgue
financeiros, incorporando atividades antes restritas aos os itens que se seguem.
agentes especializados. A respeito desse assunto, julgue No Brasil, as instituições financeiras públicas são
os itens que se seguem. consideradas auxiliares da execução da política de crédito
O banco de desenvolvimento (cujo controle é de um do governo federal.
estado) e o banco comercial cooperativado (cujo controle ( )Certo ( )Errado
é de cooperativas de crédito) devem ser constituídos sob
a forma de sociedade anônima de capital fechado. Gabarito
( )Certo ( )Errado
01 E
02. (Banco da Amazônia - Técnico Bancário -
CESPE/2012) O SFN tem como objetivo a intermediação 02 E
de recursos entre os agentes econômicos (pessoas, 03 E
empresas e governo). Compõem esse sistema 04 C
instituições, órgãos e entidades em uma complexa rede
de relacionamentos que envolvem a normatização, a
supervisão e a operacionalização. Com referência a esse
assunto, julgue os itens seguintes.
Segundo a lei de regência desta matéria, compete ao
BACEN executar os serviços de compensação de cheques
e outros papéis, competência esta delegada por carta-
circular ao Banco do Brasil S.A. em 1986.
( )Certo ( )Errado

03. (Banco da Amazônia - Técnico Bancário -


CESPE/2012) Tanto no mercado de capitais, com a
negociação de títulos e valores mobiliários, em especial
ações, debêntures e commercial papers, quanto no
mercado de seguros e de previdência privada, há grande
especialização e, em geral, os agentes operadores
participantes têm perfil de atuação bastante específico.
Acerca desse assunto, julgue os itens de 79 a 85.
A operação de underwriting, ou lançamento de
ações novas, geralmente é realizada por um banco de
investimentos juntamente com um pool de instituições do
sistema distribuidor (sociedades corretoras e sociedades
distribuidoras de títulos e valores mobiliários). Nesse caso,
mesmo que não se concretizem as vendas das ações, a
operação deve ser posteriormente registrada na CVM.
( )Certo ( )Errado

21
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

ANOTAÇÕES

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CULTURA ORGANIZACIONAL

Conceito de Cultura Organizacional. Preceitos da Cultura Organizacional. Vantagens e desvantagens da Cultura Orga-
nizacional. Características da Cultura Organizacional. Cultura Empresarial...................................................................................... 01
Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A gestão da ética nas empre-
sas públicas e privadas........................................................................................................................................................................................... 05
Código de Ética do Banco do Brasil ( disponível no sítio do BB na internet)................................................................................... 14
Código de conduta da alta administração pública..................................................................................................................................... 16
Gestão da Sustentabilidade. ............................................................................................................................................................................... 19
Essência BB: Crença, Missão, Valores e Visão................................................................................................................................................ 23
Estatuto Social do Banco....................................................................................................................................................................................... 23
CULTURA ORGANIZACIONAL

- Orientação para as equipes: o grau em que as atividades


CONCEITO DE CULTURA de trabalho são mais organizadas em termos de equipes do
que de indivíduos.
ORGANIZACIONAL. PRECEITOS DA
- Agressividade: o grau em que as pessoas são competiti-
CULTURA ORGANIZACIONAL. vas e agressivas em vez de dóceis e acomodadas.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA - Estabilidade: o grau em que as atividades organizacio-
CULTURA ORGANIZACIONAL. nais enfatizam a manutenção do status quo em contraste
CARACTERÍSTICAS DA CULTURA com o crescimento.
ORGANIZACIONAL. CULTURA Com base nesse conjunto, pode-se dizer que a cultura or-
EMPRESARIAL. ganizacional onde você está inserido é representada pela forma
como os colaboradores em geral percebem as características
da cultura da empresa. Não importa se eles gostam ou não. Na
maioria das empresas, a maioria das pessoas não gosta.
CONCEITO DE CULTURA ORGANIZACIONAL. Por que é importante entender a cultura organizacional?
Aceitar melhor a sua existência, compreender os seus mean-
O que é cultura organizacional? dros, entender como ela é criada, sustentada e aprendida,
Cultura organizacional é um sistema de valores com- pode melhorar a sua capacidade de sobrevivência na empre-
partilhados pelos seus membros, em todos os níveis, que sa, além de ajudá-lo a explicar e prever o comportamento dos
diferencia uma organização das demais. Quanto mais você colegas no trabalho.
entender a cultura da sua empresa, maior a chance de so- Se a empresa onde você trabalha possui valores essen-
brevivência no mercado. ciais bem definidos e amplamente compartilhados, maior o
impacto positivo das lideranças sobre o comportamento dos
O que significa cultura organizacional? Talvez você não funcionários e, portanto, menor a rotatividade. Isso é o que se
conheça o real sentido do termo, mas, seguramente, é ca- pode chamar de cultura organizacional forte.
paz de reconhecê-lo quando está inserido dentro dele. Tal- Por outro lado, quando os valores essenciais estão equivo-
cados e se chocam com os valores adotados pela maioria, me-
vez você o reconheça pelo lado negativo, por meio das suas
nor o grau de comprometimento com eles e maior a probabili-
amargas experiências no ambiente de trabalho ou ainda
dade de a empresa sumir do mapa em uma ou duas gerações.
pelo lado positivo decorrente de uma carreira profissional
Isso é o que se pode chamar de cultura organizacional fraca.
de sucesso proporcionada pelo seu espírito empreendedor
A questão da escolha e da permanência em qualquer
na organização.
uma delas depende exclusivamente de você. De minha parte,
Todas as empresas, independentemente do tamanho,
penso que você nunca deve trabalhar para uma empresa do-
do segmento em que atuam e dos bens ou serviços que pro- tada de valores que não condizem com os seus nem para um
duzem, possuem cultura organizacional, formalmente insti- patrão espiritualmente fraco. Essa escolha será decisiva para
tuída ou não. Aliás, as empresas são bem mais do que isso. atingir ou reduzir o grau de satisfação que você tanto almeja
Elas possuem personalidade própria e podem ser rígidas ou no trabalho. Por Jerônimo Mendes
flexíveis, apoiadoras ou hostis, inovadoras ou conservadoras,
de cultura fraca ou cultura forte. PRECEITOS DA CULTURA ORGANIZACIONAL.
Assim, cultura organizacional é um sistema de valores A cultura organizacional é formada por seus valores éti-
compartilhados pelos seus membros, em todos os níveis, cos e morais, princípios, crenças, políticas internas e externas,
que diferencia uma organização das demais. Em última aná- sistemas, e clima organizacional. São “regras” que todos os
lise, trata-se de um conjunto de características-chave que a membros dessa organização devem seguir e adotar como di-
organização valoriza, compartilha e utiliza para atingir seus retrizes e premissas para guiar seu trabalho.
objetivos e adquirir a imortalidade. Cultura pode ser definida como um modelo de suposi-
ções básicas que os grupos inventam, descobrem ou desen-
Características volvem com a experiência para enfrentar seus problemas.
De acordo com pesquisadores do assunto, existem sete
características básicas que, em conjunto, capturam a essên- Preceitos
cia da cultura de uma organização: A cultura organizacional envolve artefatos (padrões de
- Inovação e assunção de riscos: o grau em que os fun- comportamento), valores compartilhados (crenças) e pres-
cionários são estimulados a inovar e assumir riscos. supostos (valores, verdades). Também pode conter compo-
- Atenção aos detalhes: o grau em que se espera que nentes visíveis, que são sempre orientados pelos aspectos
os funcionários demonstrem precisão, análise e atenção aos organizacionais, ou componentes ocultos, que são sempre
detalhes. orientados pela emoção e situações afetivas.
- Orientação para os resultados: o grau em que os di-
rigentes focam mais os resultados do que as técnicas e os - Preceitos (implícitos ou explícitos)
processos empregados para seu alcance. Normas, regulamentos, costumes, tradições, símbolos,
- Orientação para as pessoas: o grau em que as decisões estilos de gerência, tipos de liderança, políticas administrati-
dos dirigentes levam em consideração o efeito dos resulta- vas, estrutura hierárquica, padrões de desempenho.
dos sobre as pessoas dentro da organização. - Tecnologia (instrumentos e processos utilizados)

1
CULTURA ORGANIZACIONAL

Máquinas, equipamentos, layout, distribuição e métodos A seguir iremos extrair parte do artigo científico do pro-
de trabalhos. fessor Nelson Vieira da Silva e Rosivan Barbosa Gomes no qual
- Caráter (Manifestação dos indivíduos) como que o indi- abordam o tema pedido de forma simplificada e eficiente.
víduo se comporta diante da sociedade. Os motivos de se fazer uma mudança organizacional são
Participação, criatividade, grupos informais, medo tensão, vários, porém antes de discorrer sobre os mesmos, será trans-
apatia, agressividade, comodismo. crito alguns conceitos de cultura organizacional.
Essa mesma cultura pode aparecer nas organizações de De acordo com Chiavenato (2010, p.172) cultura organi-
duas formas distintas. Como um subsistema que se liga à es- zacional é “o conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos por
trutura, à estratégia, sistemas políticos e técnicos, ou ainda normas, valores, atitudes e expectativas, compartilhadas por
como uma superestrutura que determina todos os demais todos os membros da organização”.
componentes. Alguns dos componentes da cultura são de Mas segundo Araujo (Megginson; Mosley; Pietri Jr., 1998
origem histórica, do ambiente e território em que ela se situa, apud Araujo 2006, p.308) já define cultura organizacional como
de crenças e pressupostos (mitos, ideologias, etc.), de regras, sendo “o conjunto de valores, crenças e padrões de comporta-
nomes e regulamentos, do processo de comunicação (lingua- mento que formam o núcleo de identidade de uma organização”.
gem), de ritos, rituais e cerimônias, de heróis e tabus, ou ainda Moraes e Fadel (2007, p.03) no artigo cultura organiza-
de produtos e serviços com que está envolvida. cional em cenários de mudança trazem o conceito de Sér-
Existem diversas funções que a cultura pode exercer den- gio Buarque de Holanda como sendo: Conjunto de valores,
tro de uma organização: ela define os limites, a coerência nos hábitos, influências sociais e costumes reunidos ao longo do
atos dos empregados; dá aos funcionários uma sensação de tempo, de um processo histórico de uma sociedade. Cultura
identidade, de pertencer a algo grande, amplo e sério, tra- é tudo que com o passar do tempo se incorpora na vida dos
zendo motivação e ainda fazendo-os se comprometer com indivíduos, impregnando o seu cotidiano. (HOLANDA Apud
interesses coletivos; reduz a ambiguidade, determinando FADEL e MORAES 1975, p.74)
exatamente como os trabalhos devem ser executados. Algu- Marras (2009) define cultura organizacional citando outro
mas vezes ela funciona até mesmo como um vínculo entre os autor, por ser um dos mais ricos e conhecedor sobre o assunto
funcionários e a empresa, ajudando a permanecerem unidos como: Cultura organizacional é o modelo de pressupostos bá-
através de normas do que se deve fazer e dizer. Mas sua prin- sicos que um grupo assimilou na medida em que resolveu os
cipal função é distinguir uma organização de outra. seus problemas de adaptação externa e integração interna e
A cultura organizacional, assim como a gestão das or- que, por ter sido suficientemente eficaz, foi considerado válido
ganizações, modifica-se com o tempo, já que também sofre e repassado (ensinado) aos demais (novos) membros como a
influência do ambiente externo e de mudanças na socieda- maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àque-
de. Entretanto, a cultura de uma instituição também pode in- les problemas. (SCHEIN, 1997 apud MARRAS, 2009, p.290)
fluenciar essa mesma sociedade. De acordo com as definições acima, pode-se considerar
Em sua formação existem os princípios básicos da admi- que cultura organizacional, é formada pelos valores, crenças e
nistração, sua filosofia e valores que indicam a direção para atitudes que os administradores da organização acreditam e
são repassados para todos os membros da organização, des-
guiar procedimentos, para ditar como as coisas devem acon-
de o nível mais alto da cúpula até os níveis mais inferiores da
tecer. Outra forte influência na formação da cultura de uma
organização.
empresa é seu capital humano, seu pessoal. Cada indivíduo
Diante destes vários conceitos descritivos, é válido dizer
tem uma forma de pensar, princípios e crenças diferentes. A
que cultura organizacional é o aprendizado adquirido ao lon-
junção dessas pessoas dentro de uma mesma organização
go dos anos de vida da organização, na busca pela continui-
leva a uma condensação de todos esses pensamentos diferen-
dade no mercado.
tes, formando uma só cultura para todos se guiarem. A cultura
Segundo Wagner III e Hollenbeck (2006, p.367) “No cerne
dominante tem uma visão macro da organização e trata ape-
da cultura de toda organização existe um conjunto de normas
nas dos valores centrais. Além desta cultura principal, existem
e valores fundamentais que moldam os comportamentos dos
também as subculturas, que podem estar ou não relacionadas
membros e os ajudam a entender a organização”. E muitas
entre si, ou que podem até concorrer umas com as outras. Elas
vezes a resistência a mudança se dá quando afetam essas nor-
podem ser geográficas, departamentais ou situacionais. Os
mas e valores tidos pelos colaboradores como fundamentais.
valores centrais da cultura dominante estão presentes nessas
Porém as mudanças na maioria das vezes são necessárias, uma
subculturas, porém são incluídos valores adicionais e particula-
vez que, com o passar dos anos, e o surgimento de novas tec-
res de alguns grupos, equipes ou departamentos.
nologias e outras descobertas, as organizações tem que aderir
A contracultura também existe nas organizações, e nada às mudanças para sobreviver ao tempo.
mais é do que um movimento reacionário, por parte de um Na concepção de Salles e Vilas Boas (2007) fala que: A
grupo pequeno, ou até mesmo grande, que quer reagir con- implantação de novos modelos de gestão, faz-se mister no
tra os valores tradicionais, que está insatisfeito, e vive em bus- mundo globalizado, pois as organizações buscam através de
ca de mudanças e inovações na cultura atual. novas alternativas, melhorar seus índices de produtividade e
Na formação da cultura há também uma forte influência qualidade para manterem-se rentáveis aos seus acionistas.
dos fundadores da instituição, que estabeleceram diretrizes Dentro desta perspectiva, abrem-se novos caminhos para
culturais, e que são vistos com muito respeito, ou até ado- mudanças culturais, necessárias, para adaptação dos cola-
rados, por grande parte dos colaboradores. (http://www. boradores e da organização, a nova gestão. (SALLES e VIL-
aguiareoliveira.com.br/) LAS BOAS, 2007, p.1)

2
CULTURA ORGANIZACIONAL

A concepção das supracitadas autoras vem reforçar a Segundo Chiavenato (2010): O processo de mudança se
necessidade da mudança ao longo dos anos. desenvolve dentro de um campo dinâmico de forças que
A Cultura organizacional ultrapassada não tem valor ne- atuam individualmente em vários sentidos. Algumas dessas
nhum, por isso os administradores têm que fazer mudanças forças agem positivamente, enquanto outras agem negati-
organizacionais periodicamente nas organizações. vamente em relação à mudança. Assim, a mudança é o resul-
Um dos métodos de mudança organizacional é mudar a tado da competição entre forças impulsionadoras e forças
cultura da empresa. De acordo com Chiavenato (2010): Mu- restritivas. (CHIAVENATO, 2010, p.431)
dança representa a passagem de um estado para o outro. E para obter sucesso nas mudanças, causando um im-
A mudança está em todas as partes, nas organizações, nas pacto positivo, é necessário que as mudanças aconteçam
escolas, nas cidades, nos produtos e serviços, nas pessoas. primeiramente, nos colaboradores e, de maneira positiva,
Quando feita de maneira errada pode arruinar e até mesmo onde o clima organizacional não pode ser alterado.
causar a falência de uma determinada empresa. (CHIAVENA- Dias (2009, p.182), traz que “O clima organizacional re-
TO, 2010, p.425) trata o grau de satisfação das pessoas nos ambientes de
Outro fator chave quanto às mudanças organizacionais trabalho e pode apontar a sua predisposição para apoiar a
é que as pessoas são resistentes às mudanças, elas já estão implantação e manutenção de novas filosofias gerenciais”.
acostumadas ao modelo antigo e não querem o novo. Daí pode-se tirar uma conclusão de que, se a mudança afe-
Segundo Cohen (2003, p.350) “que as pessoas resistem tou de maneira positiva uma organização, os impactos serão
às mudanças quando percebem que as consequências das os melhores, e caso apareça pontos negativos, estes serão
mudanças são negativas”. superados.
Robbins (2005) descreve as barreiras à mudança da se- Porém quando estas mudanças atingem de maneira ne-
guinte maneira: Quando o ambiente passa por rápidas mu- gativa, provocando o turnover, que é a rotatividade de fun-
danças, uma cultura arraigada pode não ser mais adequada. cionários, a insatisfação dos trabalhadores com a mudança
Assim, a consistência do comportamento é um ativo quando do clima organizacional, e com as dificuldades de adapta-
a empresa lida com um ambiente estável, entretanto, isso ção, serão de difícil superação, podendo colocar toda a mu-
pode se tornar um fardo e dificultar a resposta às mudanças dança organizacional a perder.
Segundo Dias (2009): O clima organizacional está direta-
no ambiente. (ROBBINS, 2005, p.379)
mente relacionado com a cultura das organizações. As mo-
Mas porque realizar as mudanças e onde elas devem
dificações culturais geram expectativas, às vezes insatisfação
começar?
e insegurança. Essas situações criam climas organizacionais
Para responder perguntas como esta é necessário uma
que produzem uma redução da capacidade de trabalho. São
pesquisa bibliográfica intensa, e talvez não seja encontrada
indicadores de um clima organizacional negativo: o absen-
a resposta procurada.
teísmo, alta rotatividade, desperdícios, rumores, conflitos
Salles e Vilas Boas (2007) trazem que: Muito tem se fa- etc.. (DIAS, 2009, p.182)
lado da necessidade de mudança cultural nas organizações, Esta afirmação de Dias vem reforçar que, as mudanças
para que as mesmas se adaptem aos novos tempos, contu- não podem trazer mais impactos negativos do que positivos,
do, responder cientificamente, como ocorre essas mudan- porque caso isso ocorra, a mudança não será bem sucedida,
ças, quais ações, impactos e contribuições destas para con- podendo prejudicar a organização de tal modo que poderá
texto organizacional e para o trabalhador, somente através levar muito tempo para reerguer, perdendo assim seu prin-
de pesquisa de campo. (SALLES e VILAS BOAS, 2007, p.01) cipal objetivo, que é manter-se no mercado com competi-
Partindo do início, de acordo com alguns pesquisadores, tividade.
as mudanças organizacionais são necessárias, para as em- Esses impactos negativos se devem a maneira encarada
presas se manterem no mercado. pela maioria dos trabalhadores, diante das mudanças ofere-
Chiavenato (2010) em suas palavras nos explica alguns cidas. Veja o que fala Chiavenato (2010, p.433) a esse respei-
motivos da necessidade da mudança: Nas organizações, as to: “Dessa maneira, é a mudança, percebida pelas pessoas
mudanças estão ocorrendo a todo instante. Do lado de fora, – e não a mudança real e objetiva – que determina o tipo de
clientes mudam seus hábitos de compra e de preferência, reação que elas desenvolverão”.
fornecedores mudam características e preços das matérias Desta maneira é preciso saber o porquê de os trabalha-
-primas, prestadores de serviços impõem diferentes condi- dores terem recebido a mudança de tal maneira, a esse res-
ções e esquemas de trabalho, concorrentes mudam suas es- peito Chiavenato (2010, p.433), fala que: “Assim, o primeiro
tratégias, sindicatos iniciam novas reivindicações, o governo passo é conhecer os motivos do medo e da resistência das
impõe alterações em leis, e isso tudo nunca acaba. (CHIAVE- pessoas às mudanças que ocorrem ou precisam ocorrer na
NATO, 2010, p.426) organização”.
Ou seja, a vida muda em torno da organização que pas- Nodari et al., (2010, p. 5) traz que “A produtividade e a
sa por mudanças, e ela por sua vez, necessita continuar no satisfação de colaboradores no ambiente de trabalho têm
mercado. Sendo isto uma das principais causas de mudan- sido evidenciadas como grande fator diferenciador da com-
ças em qualquer organização. petitividade empresarial”, ou seja, quanto maior a satisfação
O fato de saber onde começar a mudança organizacio- dos colaboradores, maior é seu rendimento no trabalho.
nal faz com que o impacto na organização seja menor, po- Na empresa em analise nesse estudo não poderia ser di-
rém, isto é algo que depende de cada organização segundo ferente, ou seja, cada um teve uma reação com os impactos
alguns pesquisadores. das mudanças organizacional.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

“As consequências da insatisfação no trabalho podem Manipulação e cooptação, a manipulação aqui refere à ten-
representar altos custo para a organização. Esses podem tativa de influência em determinada atitude para que crie um
refletir-se, tanto em aspectos financeiros, quanto morais ou ambiente favorável à mudança. Coerção esta é a última tática,
até mesmo emocionais. As consequências mais comuns em pois o uso de ameaças diretas ou de forças sobre os resistentes
empresas que têm dificuldade com a satisfação de sua mão não é muito aconselhável. Esta coerção refere à redução salarial,
de obra são o turnover (a rotatividade), o absenteísmo, con- ou coisa do tipo, serve para que a resistência seja quebrada.
flitos no ambiente de trabalho, baixo comprometimento com Junior et al., (2008, p.10) fala que para se ter credibilidade
os objetivos organizacionais, baixa qualidade nos produtos e é necessário que as mudanças mexam com as empresas exter-
serviços e desperdício de materiais ou matéria-prima”. (DAVIS; na e internamente. Mexer no exterior significa alterar sistemas,
NEWSTROM, 1992 apud NODARI et al., 2010, p.5). estruturas e processos. Mexer no interior diz respeito à maneira
Segundo pesquisas a rotatividade representa hoje um como as pessoas pensam e se comportam. Se isso não muda,
dos pontos mais prejudicial às grandes organizações, isto dificilmente o resto mudará.
porque, o turnover provoca um desgaste muito grande à or- Portanto, para que as mudanças atendam as metas dese-
ganização, como dito anteriormente. jadas, primeiro é necessário se ter credibilidade nas mesmas, e
mais, é preciso que as mudanças sejam planejadas, trabalhadas
AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA MUDANÇA e necessárias, para que não torne apenas mais uma mudança.
NA CULTURAL ORGANIZACIONAL Para que seja mudança de verdade é preciso empenho de
Para Wagner III; Hollenbeck (2006, p.376) mudança é o todos, e principalmente comprometimento, para que tenha su-
ato de variar ou de alterar modos convencionais de pensa- cesso na mudança.
mento ou comportamento, e quando isto acontece, muitas Em conjunto, desde os proprietários, diretores, gerentes,
das vezes gera desconforto em uma organização. supervisores e colaboradores, trabalhando e comprometendo-
As mudanças culturais nas organizações causam grandes se com as mudanças, pois a resistência sempre existirá a tudo
impactos tanto negativos quantos positivos, para Cury (2007, que é novo.
p.286), isto acontece porque “a cultura compreende um con-
junto de propriedades do ambiente de trabalho, percebidas CULTURA EMPRESARIAL
A cultura empresarial é uma propriedade que emerge num
pelos empregados, constituindo-se numa das forças impor-
grupo que interage há muito tempo, não é algo que se possa
tantes que influenciam o comportamento”, desta forma cada
embutir num sistema. Ela surge com a cristalização dos proces-
colaborador ou empregado pode reagir de uma forma dife-
sos por meio dos quais a empresa tomou (boas) decisões no
rente.
passado, e reflete os valores que nortearam a tomada dessas
Wagner III; Hollenbeck (2006, p.376) traz que quanto mais
decisões. De tanto fazer o que deu certo, a empresa (qualquer
intensa a mudança, mais intensa tende a ser a resistência, por-
empresa) passa a pensar assim: “esses são os processos certos
que para os colaboradores a intensidade traz o que eles con- para planejar, lançar produtos, abordar os segmentos que esco-
sideram de radical, transformando por completo seu dia a dia. lhemos, organizar a venda, dar suporte ao cliente...”. Mas, quan-
Segundo ROBBINS (2005, p.425): Uma das descobertas do tem de fazer coisas diferentes daquelas para as quais seus
mais bem documentadas nos estudos sobre comportamen- processos se cristalizaram, não dá certo.
to individual e organizacional é que as organizações e seus Processos que determinam a competência para fazer uma coi-
membros resistem às mudanças. De certo modo, essa resis- sa ao mesmo tempo definem a incompetência para fazer outra.
tência é positiva. Proporciona certo grau de estabilidade e Conjunto dos valores, dos símbolos e sinais partilhados
previsibilidade no interior das organizações. Se não houvesse pelos membros de uma empresa e que marcam os seus com-
resistência, o comportamento organizacional assumiria carac- portamentos e as suas atitudes. Sobre ela agem tanto variáveis
terísticas de casualidade caótica... Mas existe uma séria des- culturais externas como particularidades de cada empresa. É um
vantagem à mudança, ela impede a adaptação ao progresso. conceito que se vulgarizou a partir de 1981, com a publicação
Diante das palavras de Robbins a resistência deve ser de várias obras americanas relativas à excelência da gestão de
encarada como positiva, quando ela serve para melhorar o certas empresas. Até 1985, coexistem duas orientações: a cultu-
ambiente, não agindo com indiferença diante das mudanças. ra como um dos elementos da empresa, ou seja, a empresa tem
Porém a resistência pode ser motivo de negativismo, isto uma cultura, meio de aceder aos valores e comportamentos da
geralmente acontece quando os colaboradores se fecham, mesma; a cultura como sinônimo da empresa, isto é, a empresa
não aceitando em hipótese alguma a mudança. é uma cultura, sistema de conhecimentos e de valores a inter-
Robbins (2005, p.425) traz os principais pontos a serem pretar por cada um dos seus membros. É esta segunda que se
trabalhados para superar a resistência. Dentre eles estão à tem imposto ultimamente.
educação e comunicação, que uma vez ajudará a minimizar a A cultura de empresa é aquele pequeno nada que faz com
resistência com ajuda aos funcionários, para que estes com- que toda a gente se reveja no todo ou na parte da sua atividade,
preendam melhor a razão das mudanças. Participação será nos membros, na publicidade e nos produtos.
impossível alguém resistir à mudança se dela tiver participa- Não se decreta, vive-se. Ela recolhe e divulga os prin-
do, contribuído. Facilitação e apoio é uma forma de oferecer cípios, os valores e os objetivos da empresa. Entre os seus
ajuda aos colaboradores com meios que facilite e apoiem objetivos conta-se a homogeneização do espírito comum
nos momentos de medo e ansiedade. Negociação é outra do grupo através da partilha de aspetos como a comunica-
maneira de lidar com a resistência, oferece uma recompensa ção, a integração, a motivação e a animação. Por Clemente
em troca da facilitação à resistência. Nóbrega e Porto: Porto Editora, 2003-2014

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CULTURA ORGANIZACIONAL

na origem e só se aproximam no significado, porque as con-


ÉTICA APLICADA: ÉTICA, MORAL, dutas morais acabam expressando um determinado tipo de
VALORES E VIRTUDES; NOÇÕES DE postura ética.
ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL. A O termo mos, do latim, dá origem à palavra “moral”, re-
lacionada aos costumes e hábitos, enquanto o termo ethos,
GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS
do grego, dá origem à palavra “ética”, relacionada ao modo
PÚBLICAS E PRIVADAS. de ser ou à maneira pela qual alguém se expressa. Portanto,
servem para nomear duas disciplinas distintas, embora a pri-
meira seja subordinada à segunda.
ÉTICA APLICADA: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES Os autores divergem, alguns afirmam que a Ética nada
Ética constitui, de acordo com o entendimento do pro- mais é do que a disciplina que estabelece regras de conduta
fessor João Maurício Aldeodato, além da doutrina do bom e para a sociedade por influência de fatores de ordem reli-
do correto, da “melhor” conduta, a teoria do conhecimento e giosa, política, econômica, enfim, ideológica. Dessa forma,
realização desse desiderato. o conceito tem sido usado em códigos de conduta profis-
O postulado inicial aqui, continua o professor, é que não sional ou partidária, compostos de alguns elementos éticos
apenas aquilo que tradicionalmente faz parte da moral, mas que, na verdade, são conjuntos de normas que determinado
também o que hoje se chamam o político e o jurídico per- grupo se dispõe a adotar.
tencem ao significado do termo ética. Isso não implica dizer Negam-lhe, assim, qualquer fundamento ontológico.
que normas morais, normas de trato social, normas religio- Ao se tratar a Ética como Moral, e essa como Religião, per-
sas, normas jurídicas e políticas não se distinguem, mas ape- de, aos olhos incrédulos dos homens da nossa época, o seu
nas vem confirmar sua origem comum, os limites imprecisos verdadeiro valor.
entre elas e, principalmente, sua função social semelhante. Políticos, governantes, líderes religiosos e mesmo pro-
Nos dias de hoje, muitos citam a palavra “ética”, mas, fessores empregam a palavra “ética”, nos seus discursos,
quando perguntados, não conseguem explicá-la nem defi- para impressionar os ouvintes, tal o peso que ela contém.
ni-la. Por isso, o objetivo deste tópico é colocar o conceito Usam-na indevidamente e deslocada do seu real significado.
de Ética em crise com a intenção de torná-lo mais radical e A raiz da Ética é de natureza antropológica e tem como
profundo. objeto o homem inserido concretamente na vida prática.
Num primeiro momento, ética lembra-nos norma e res- Mas é, também, ontológica porque tem como objeto o po-
ponsabilidade. Dessa forma, falar de ética significa falar de sicionamento do ser humano, que exige reflexão, escolha e
liberdade, pois não há sentido falar de norma ou de respon- apreciação de valores.
sabilidade se não partirmos da suposição de que o ser huma- A distinção entre Ética e Moral é mais nítida do que pos-
no é realmente livre, ou pode sê-lo. sa parecer à primeira vista, pois enquanto a Moral limita-se
A norma diz-nos como devemos agir. E, se devemos ao estudo dos costumes e da variante das relações huma-
agir de tal modo, é porque também podemos não agir deste nas, a Ética, como disciplina filosófica, dedica-se à revelação
modo. Isto é, se devemos obedecer, é porque podemos de- de valores, que norteiam o dever-ser dos humanos.
sobedecer ou somos capazes de desobedecer à norma. Esses conceitos geralmente andam próximos e, por isso,
Também não haveria sentido falar de responsabilidade, têm sido empregados com significados diferentes, nos mais
palavra que deriva de resposta, se o condicionamento ou o diversos contextos, mas interpretados pelo público no sen-
determinismo fosse tão completo a ponto de considerar a tido comum.
resposta como mecânica ou automática. Portanto, é fundamental insistir na distinção entre Éti-
Se afirmarmos que o determinismo é total, não há o que ca e Moral, para que possamos organizar os nossos pen-
falar de Ética; pois a Ética refere-se às ações humanas, e, se samentos.
elas são totalmente determinadas de fora para dentro, não Moral é o conjunto de regras que se impõem às pessoas
há espaço para a liberdade, como autodeterminação e, con- por um impulso que move o grupo, numa ação coletiva que
sequentemente, não há espaço para a Ética. tende a agir de determinada maneira. É a consolidação de
O extremo oposto ao determinismo, representado por práticas e costumes, observadas no geral pelo receio de uma
uma concepção que acredita na liberdade total e absoluta- reprovação social (a pressão é externa). Partindo desse pres-
mente incondicionada, nega igualmente a ética, porque se suposto, todo ser humano é moral ao cumprir ou deixar de
resumiria apenas à liberdade de pensamento, sem a possibi- cumprir as regras sociais, sem questionar.
lidade de se agir, na prática, de acordo com os pensamentos. Ética envolve reflexão, por isso não significa um con-
Seria, então, uma liberdade abstrata, deixando que a li- junto qualquer de normas, mas sim, um conjunto de juízos
berdade real se resumisse a algo meramente interior. valorativos, assumidos e manifestados na ação individual de
Desta forma, vamos abordar a questão da ética de acor- cada um (a pressão é interna).
do com a concepção original da reflexão grega, que não é Os gregos referiam-se ao “ethos” como uma força de
apenas teórica, mas que efetivamente se manifesta na con- raiz ontológica, manifestada no indivíduo determinando sua
duta do ser humano livre. conduta. Havia um significado profundo, relacionado a um
Para a maioria das pessoas, Ética e Moral têm o mesmo modo de ser remetido ao princípio universal, pressupondo
significado, mas, numa análise mais rigorosa, podemos cons- sempre que algo maior fala pelo humano, que é a expressão
tatar que são conceitos diferentes. São palavras que diferem de algo anterior a ele.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

Dessa forma, a Ética grega, que também significa uma Jesus convida à castidade como maneira de entender a
maneira de ser em sociedade, é um campo de reflexão que sexualidade e o corpo humano como instrumentos de santi-
envolve investigação e questionamento a respeito da conduta ficação e de oblação a Deus e ao cônjuge, enquanto muitos
humana que se determina a partir de princípios imutáveis. optam pela abstinência sexual como forma de liberdade in-
Essa incompreensão, predominante nos dias de hoje, terior para alcançar outros fins que consideram mais nobres.
é um fator de confusão e prejuízo para o próprio homem, Então, ser casto não é a mesma coisa que ser abstinente, e
porque este, desviado da visão nítida dos imperativos éticos, menos ainda ser assexuado.
passou a compreender o dever-ser, face a si mesmo, ao seu Enquanto a dieta e a abstinência sexual podem chegar a
semelhante e, também, à natureza, como apenas questões a ser considerados como valores para alguns, o jejum e a cas-
serem reguladas por normas morais ou, com mais rigor, por tidade são, em si, virtudes de caráter espiritual para todos. É
normas legais, ambas estabelecidas por outros seres huma- importante saber, além disso, que os valores não precisam
nos, geralmente, de forma arbitrária. da graça de Deus, já que, pelo fato de possuírem uma pon-
Todos esses, que assim entendem, deixam de reconhe- deração intelectual, são vividos a partir da racionalidade.
cer que a verdadeira essência do homem continua sendo Já as virtudes, por buscarem colaborar no plano de Deus
o dever-ser que se frustra diante da vontade. Assim, o que e na semelhança com Cristo, requerem a ajuda do Senhor,
caracteriza a Ética é a postura assumida pelo dever-ser au- um auxílio especial de sua magnificência, já que o ser huma-
todeterminado por convicção, estabelecendo seus próprios no, por suas próprias forças, não pode alcançá-las.
limites para a atuação no mundo. (www.sjt.com.br) É possível ser abstinente sem ser casto e fazer dieta sem
jejuar. O sentido de cada prática difere muito segundo sua
Valores e Virtudes finalidade. Os cristãos não estão chamados apenas a ter va-
As virtudes são hábitos bons que nos levam a fazer o lores (necessários em todo ser humano), mas a preencher
bem. Podemos tê-las desde que nascemos ou adquiri-las de- suas vidas de virtudes, tanto cardeais como teologais.
pois. São um meio muito eficaz para colaborar com Deus, Se aprofundarmos mais, poderemos encontrar muitos
pois implicam em decidir, livre e voluntariamente, fazer o outros valores que têm semelhança com as virtudes e, por
bem, ou seja, cumprir o plano de Deus. isso, tendem a ser confundidos com elas. Há pessoas que
O objetivo de uma vida virtuosa é chegar a ser seme- acham que fanatismo é sinônimo de fé, que estar apaixo-
lhantes a Cristo. Não se trata de perfeccionismo, no qual a nado é amar, que estar entusiasmado é ter esperança, que
pessoa elimina defeitos porque considera que não deve ter timidez é o mesmo que prudência etc.
tal ou qual falha; isso seria vaidade apenas. Tampouco é um Todos os seres humanos possuem valores. Todos nós
narcisismo de ver-se bem, ou que todos pensem que você é atribuímos valor a certas coisas. Há coisas pelas quais certas
o máximo. A virtude não é uma higiene moral, pela qual você pessoas chegam a dar a vida. Mas, para alcançar a perfeição
“limpa” sua pessoa. cristã, não bastam os valores: as virtudes são necessárias.
Os valores, por outro lado, estão orientados ao cresci-
mento pessoal por um convencimento intelectual: sabemos NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL.
que, se estivermos limpos, seremos mais aceitos pelos ou- Em um primeiro momento, necessário se faz explicar
tros; sabemos que, mantendo nossas coisas em ordem, po- o conceito de princípios em contraposição ao de valores.
deremos encontrá-las com mais facilidade ao procurá-las. Aqueles pertencem ao plano deontológico e estes ao axio-
Os valores são bens que a inteligência do homem conhe- lógico. Galuppo, citando o pensamento defendido por Ha-
ce, aceita e vive como algo bom para ele como pessoa. O valor bermas expõe as quatro diferenças existentes entre normas
é tudo aquilo que se “valoriza” como bom, desejável, neces- e valores. Vê-se: Normas e valores distinguem-se respec-
sário para a vida. Para uma pessoa, um valor pode ser ter um tivamente, em primeiro lugar, por suas referências ao
belo carro, enquanto, para outra, isso não significa nada. agir obrigatório ou teleológico; em segundo lugar, pela
Neste sentido, podemos dizer que os valores são mais codificação respectivamente binária ou gradual de suas
ambíguos, pois nem todas as pessoas consideram as mes- pretensões de validade; em terceiro lugar, por sua obri-
mas realidades como valores. As virtudes têm um caráter gatoriedade respectivamente absoluta ou relativa; e, em
mais universal, pois o que é uma virtude em uma pessoa quarto lugar, pelos critérios aos quais o conjunto de sis-
também o é em outra. tema de normas ou valores deve satisfazer (HABEMAS,
Estabelecidas as diferenças, é importante reconhecer citado por GALUPPO, 2.002, p. 181).
que, na vida de fé, sempre há propostas feitas por Jesus que, Os valores dizem respeito às preferências de grupos so-
quando comparadas com o que o mundo nos apresenta, ciais ou as experiências vivenciadas por estes, que, conse-
tendem a parecer semelhantes, mas não o são necessaria- quentemente, variam de um para outro indivíduo, haja vista,
mente. Vejamos alguns exemplos. se tratar de regras morais adotadas por indivíduos indistin-
A Bíblia nos ensina a necessidade do jejum como remé- tamente.
dio eficaz contra a concupiscência e como mecanismo de Neste sentido, Galuppo prevê que: Pois é apenas por-
domínio de si; o mundo nos propõe a dieta como método que são concebidos como valores que os seres podem
eficaz para manter o controle do peso corporal e de uma ser objetos de mensuração por meio de preferibilidade,
saúde adequada. Primeira conclusão: jejuar não é a mesma constitutiva do próprio conceito de valor, uma vez que
coisa que fazer dieta, e menos ainda passar fome. Ainda que o valor, conforme aponta Lalande, pode ser entendido
semelhantes na forma, não são iguais no fundo. como o “caráter das coisas consistindo em que elas são

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CULTURA ORGANIZACIONAL

mais ou menos estimadas ou desejadas por um sujeito algo seja realizado em seu maior nível possível, contendo as-
ou, mais ordinariamente, por um grupo de sujeitos de- sim uma ideia de gradação e que demonstra a grande dife-
terminados”.(…) Os valores indicam muito mais o regis- rença entre as regras e os princípios. Por Fernanda São José
tro de uma preferibilidade em um grupo social do que Ética aplicada é um estudo de ordem ética, que atua em
um dever para esse mesmo grupo, o que implica a possi- um meio social, o seu comportamento, e sua aplicação nesse
bilidade de concebê-los de forma hierarquizada. (GALU- meio. Nos anos de 1950 os meios de comunicação vigentes
PPO, 1.999, p. 196). e o público em geral já discutiam a ética da inseminação
Chamon Junior (2.004) relata que os valores são aplica- artificial e de transplantes de órgãos que começavam a ser
dos com o objetivo de se auferir finalidades específicas le- postos em prática.
vando-se em conta o interesse de determinados grupos de Além da ética médica incluem-se em seu campo de
indivíduos dentro da sociedade. Assim, o conceito de “bom” pesquisa a bioética, a ética da ciência, a ética econômica ou
sofre variações por possuir visão parcial e pessoal, haja vista, ética empresarial, a ética do trabalho, a ética ambiental, a
o que é bom para um indivíduo pode não ser para o outro. ética do futuro, a ética do direito, a ética política, a ética da
Ao expor sobre a diversidade dos valores, intrínseca na informação ou infoética, a ética dos meios de comunicação
sociedade Dworkin, faz o seguinte questionamento: “quan- social, a engenharia ética, a ética administrativa, a ética da
tas vezes nos dizem que culturas diferentes têm valo- técnica, a ética social, a ética sexual e a ética animal.
res diferentes e que, em nosso caso, não passa de uma A ética profissional é um conjunto de atitudes e valo-
forma de imperialismo insistir que só os nossos valores res positivos aplicados no ambiente de trabalho. A ética no
estão certos e que os valores diferentes estão errados?” ambiente de trabalho é de fundamental importância para o
(DWORKIN, 2.010, p. 151). bom funcionamento das atividades da empresa e das rela-
Na lição de Rodotá (2.010), o que se busca é reconstruir ções de trabalho entre os funcionários.
o sistema em sua integridade, reconhecendo a importância Vantagens da ética aplicada ao ambiente de trabalho:
dos diferentes componentes formais e informais e não subs- - Maior nível de produção na empresa;
tituir uma visão unilateral por outra visão que não seja me- - Favorecimento para a criação de um ambiente de tra-
nor. A realidade dos comportamentos jurídicos não pode ser balho harmonioso, respeitoso e agradável;
valorada, caso contrário, estar-se-á sempre fortemente con- - Aumento no índice de confiança entre os funcionários.
dicionada ao contexto em que estes valores se manifestam. Exemplos de atitudes éticas num ambiente de trabalho:
Dworkin, ao explicar o pluralismo moral e, por conse- - Educação e respeito entre os funcionários;
guinte, a colisão e a variação dos valores, cita o entendi- - Cooperação e atitudes que visam à ajuda aos colegas
mento de Berlin. Vale conferir: Nossos valores entram em de trabalho;
conflito, insiste Berlin, de uma maneira mais profunda - Divulgação de conhecimentos que possam melhorar o
que esta, motivo pelo qual ele afirma que o ideal de har- desempenho das atividades realizadas na empresa;
monia não é apenas inalcançável, mas incoerente, por- - Respeito à hierarquia dentro da empresa;
que o fato de garantir ou proteger um valor implica, ne- - Busca de crescimento profissional sem prejudicar ou-
cessariamente, abandonar, outros ou fazer concessões. tros colegas de trabalho;
Quer dizer, nossos valores colidem mesmo quando nos - Ações e comportamentos que visam criar um clima
empenhamos em fazer o melhor possível. (BERLIN, cita- agradável e positivo dentro da empresa como, por exemplo,
do por DWORKIN, 2.010, p. 153-154). manter o bom humor;
Já os princípios, para se ter entendimento a respeito é - Realização, em ambiente de trabalho, apenas de tare-
preciso que se entenda antes de tudo o conceito de regra. fas relacionadas ao trabalho;
A regra tem uma única dimensão: a da validade. Se for - Respeito às regras e normas da empresa.
válida, a regra deverá ser aplicada integralmente, em sua in-
teireza, ou não ser aplicada. Esse aspecto da regra é também Ética profissional é o conjunto de normas éticas que for-
chamado de “tudo ou nada”, ou a regra é totalmente aplica- mam a consciência do profissional e representam imperati-
da, ou não. Não existem diferentes graus de aplicação. vos de sua conduta.
Ou seja, são normas válidas condizentes às expectações Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que sig-
gerais da sociedade, havendo, portanto, a imposição de uma nifica propriedade do caráter. Ser ético é agir dentro dos
obrigação, de um dever ser: Neste sentido, Galuppo (1.999) padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o
expõe que os princípios jurídicos levando-se em conta o pla- próximo. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela
no da justificação, são fundamentos formais normativos dos sociedade em que se vive.
demais direitos, e, por conseguinte, o seu ponto inicial. Ter ética profissional é o indivíduo cumprir com todas as
Os princípios, por sua vez, são requisitos de otimização, atividades de sua profissão, seguindo os princípios determi-
deverão ser alcançados da melhor forma possível e possuem nados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
uma ideia de gradação. Cada profissão tem o seu próprio código de ética,
Em outras palavras, podemos dizer que regras são co- que pode variar ligeiramente, graças a diferentes áreas de
mandos definitivos (ou se aplicam ou não se aplicam) en- atuação. No entanto, há elementos da ética profissional
quanto princípios são requisitos de otimização. Se a regra é que são universais e por isso aplicáveis a qualquer ativi-
válida e aplicável, esta requer que seja feito o que se prevê dade profissional, como a honestidade, responsabilidade,
na sua íntegra. Já os princípios são normas que exigem que competência, etc.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

Código de Ética Profissional - Crescimento econômico global no final do segundo


Código de ética profissional é o conjunto de normas éti- milênio: diferentemente dos cenários negativos tão dissemi-
cas, que devem ser seguidas pelos profissionais no exercício nados, estamos destinados a um período de prosperidade
de seu trabalho. sem precedentes;
O código de ética profissional é elaborado pelos Conse- - Renascimento das artes: as artes permeiam a cultura de
lhos, que representam e fiscalizam o exercício da profissão. massa como nunca anteriormente, substituindo os esportes
O código de ética médica em seu texto descreve: O como nossa atividade de lazer;
presente código contém as normas éticas que devem ser - Emergência do Socialismo de Livre Mercado: das agita-
seguidas pelos médicos no exercício da profissão, indepen- ções políticas no Bloco Oriental está brotando uma nova ideo-
dentemente da função ou cargo que ocupem. A fiscalização logia política e econômica;
do cumprimento das normas estabelecidas neste código é - Surgimento de estilos de vida globais paralelos a naciona-
atribuição dos Conselhos de Medicina, das Comissões de lismos culturais: a crescente tentativa de impor estilos únicos de
ética, das autoridades de saúde e dos médicos em geral. Os vida ao redor do mundo tem gerado resistências que se apoiam
infratores do presente Código, sujeitar-se-ão às penas disci- no desejo de valorizar o caráter único de cada cultura local;
plinares previstas em lei. - A privatização do Welfare State (Estado de bem-estar
social): a questão fundamental que continua desafiadora para
Ética Empresarial os governos a partir da primeira década do terceiro milênio é
Há de se perguntar por que se tem falado tanto em éti- de como auxiliar os pobres sem levar à bancarrota os Tesouros
ca. Por que a ética tem aparecido como uma das estratégias Nacionais. Nota-se que tanto nos países periféricos como nos
não apenas de sobrevivência, mas, sobretudo, de expansão países centrais do capitalismo, a mudança do controle gover-
dos negócios? O presente capítulo pretende explicitar esta namental para a empresa privada tem sido o primeiro passo;
recente relação de parceria entre dois domínios aparente- - A consolidação econômica de alguns países do Pacífico:
mente incompatíveis: o do lucro e o da educação das von- o foco da economia mundial vem mudando do Atlântico para
tades, a ética. Nesta perspectiva, a ideia é demonstrar que o Pacífico, estando os estados da costa oeste americana tão
a ética nem sempre deve ser entendida como ameaça ou bem posicionados quanto Tóquio;
obstáculo, mas como alavanca para o sucesso das empresas. - As mulheres na liderança: adaptadas às exigências de
Não há empresa, no cenário contemporâneo, com preten- qualificação profissional relacionadas à liderança institucional,
sões de aumento de sua competitividade, que escolha tratar as mulheres vêm paulatinamente conquistando espaços, em
a ética não como aliada, mas como adversária. Certamente números expressivos, nas profissões antes reservadas aos pro-
não há uma causa única e explicativa deste movimento em fissionais de sexo masculino;
torno da ética, mas é provável que a concorrência entre em- - O sucesso da Biologia: com os avanços da Biotecnologia,
presas, aliada às crescentes exigências de clientes cada vez afloram os polêmicos debates envolvendo a ética, a ciência e
menos tolerantes com abusos, estejam forçando as empre- os interesses socioeconômicos;
sas a levar em conta este tema. Diante de clientes exigentes, - O renascimento religioso do terceiro milênio: embora
as empresas pensam bastante antes de oferecer bens ou os meios de procura se diversifiquem, do fundamentalismo à
serviços que maculem negativamente suas imagens. Ao per- New Age (Nova Era), a espiritualidade continua desempenhan-
ceberem que não podem ser abusivos em relação aos clien- do papel crescente com a aproximação da virada do milênio;
tes, as empresas estão introduzindo a ética em suas práticas. - Triunfo do indivíduo: uma nova consideração de inte-
O presente texto está estruturado em cinco tópicos. gridade e crescimento do indivíduo está subjacente a todas
O primeiro faz uma descrição do ambiente onde o novo as mudanças globais. As novas tecnologias estão liberando as
líder obriga-se a atuar. Sua atuação está cada vez mais con- pessoas criativas e auto empregadas para viverem e trabalha-
dicionada à necessidade de construir energias unificadoras rem em locais onde se tenha maior qualidade de vida.
interna e externamente às organizações. Após a inevitável Compreender esses novos paradigmas ou buscar a auto-
contextualização, são apresentadas, a seguir, algumas con- destruição são as duas mega-opções entre as quais a comuni-
ceituações contemporâneas e caracterizações da ética como dade empresarial se debate.
fator de produção. Nas considerações finais, ficam eviden- As questões éticas estão presentes nessas novas situa-
ciadas algumas posições afirmativas diante do encontro ções. A maioria dos líderes acredita que pode manter padrões
cada vez mais vigoroso da economia com a ética. éticos nas práticas de negócios.
Antes de maiores aprofundamentos sobre os dilemas Muitos administradores estão reexaminando a concep-
éticos no mundo dos negócios, é fundamental compreender ção de ética empresarial, e este reexame surge justamente na
o ambiente onde compartilhamos nossa existência e suas compreensão sobre a responsabilidade social do executivo.
influências sobre a ética. Hoje é quase ponto pacífico o reco-
nhecimento da importância do ambiente externo na condu- Novo líder
ção dos negócios de uma organização. Apesar da mudança Qualquer cooperação organizada entre pessoas deve
de paradigma ser uma realidade evidente, nem todos aque- vencer certo número de fatores entrópicos, os quais drenam
les que estão à frente das empresas conseguem percebê-la continuamente a energia para liderar. Dentre eles, desta-
de maneira adequada. Assim, as proposições sobre grandes cam-se: limitações físicas e biológicas; incerteza quanto aos
tendências são essenciais para compreender as principais resultados; problemas de compreensão na comunicação de
mudanças que ocorreram e vêm ocorrendo no ambiente. As propósitos; tendências dispersivas dos objetivos individuais;
principais proposições são as seguintes: e complexidade e instabilidade do comportamento humano.

8
CULTURA ORGANIZACIONAL

A existência de organizações mostra ser possível a coope- Em razão da natureza humana, há necessidade de o lí-
ração humana sistemática. No entanto, as tendências dispersi- der renovar constantemente o esforço cooperativo, que cons-
vas, encontradas nos interesses individuais, bem como a com- titui elemento fundamental para a existência de todas as orga-
plexidade e instabilidade das motivações pessoais, tornam nizações. Sem essa energia unificadora a organização morre, tal
necessário ao líder desenvolver um clima de fé, como prelúdio como uma fogueira não alimentada.
e condição para a tal cooperação. O caráter geral dessa energia unificadora é a tonalidade
O líder deve criar fé na superioridade do interesse comum, moral, expressa por meio de pontos de vista, atitudes funda-
o que significa fazer as pessoas acreditarem na existência de mentais, lealdades e outros elementos intangíveis incorporados
uma probabilidade de sucesso coletivo, dentro do qual as mo- à autoimagem da organização, os quais são moldados e expres-
tivações pessoais possam essencialmente ser satisfeitas des- sos pela liderança executiva.
de que o grupo confie na integridade da autoridade objetiva Todas as pessoas analisam o que está acontecendo e como
exercida na liderança. devem responder àquilo que percebem, mediante o uso de
Sem estabelecer julgamento a respeito da superioridade códigos múltiplos, aplicados seletivamente, de maneira situa-
de uns sobre outros, devemos observar que cada membro de cional. Caso o executivo tenha sucesso na criação de um alto
uma organização possui diversos códigos privados que afe- nível de moralidade organizacional, passará a existir um tipo de
tam suas decisões e seu comportamento. ambiente favorável à autocorreção de decisões, que só tardia-
Significa que a posição executiva implica, para quem as- mente seriam percebidas como equivocadas. Se a moralidade
sumi-la, trabalhar com um número ainda maior de códigos. é baixa, os erros acabam conduzindo à desintegração da orga-
Adicionalmente aos códigos morais próprios e indepen- nização.
dentemente da posição que ocupe, tal incumbência implica
a aceitação, pelo executivo, de diversos códigos adicionais da O que é ética empresarial
sua organização. Estes variam de organização para organiza- Com a clara intenção de evitar a desintegração da orga-
ção e constituem uma acumulação de práticas habituais, ex- nização, torna-se imperativo entender alguns significados mais
periências e tradições, incorporadas na cultura organizacional. profundos da ética e sua relação direta com o mundo dos ne-
São elementos intangíveis, relacionados com a visão que a or-
gócios. Em geral, as opiniões das pessoas sobre a ética tendem
ganização faz de si, bem como percepções de como ela é vista
a ser absolutas ou incondicionais. Sem muita reflexão tende-se
nas relações com a clientela.
a definir ética basicamente como fazer o bem. Qualquer ação
O comportamento e as decisões do executivo se estabe-
que se distancie de tal perspectiva é imediatamente caracteri-
lecem como um símbolo da tonalidade moral da organização,
zada como má e, em função disso, antiética. Assim, a relação
tanto internamente quanto para a clientela. O executivo res-
entre senso comum e ética é uma relação marcada pela unila-
ponsável está firmemente governado pelos próprios códigos
morais, bem como pelos códigos da organização. Quando teralidade, uma vez que ética é caracterizada de forma irrestrita
toma decisões apoiado em impulsos imediatos, desejos, in- e unidimensional.
teresses e/ou problemas que surgem tende a desconsiderar Hoje o debate sobre a ética é cada vez mais intenso e dis-
os códigos da instituição que representa, provocando tensões tante da unilateralidade do senso comum. Marxistas, cristãos,
muitas vezes abusivas. empresários e existencialistas debatem em conjunto questões
Se demonstra equilíbrio entre valores íntimos e valores da relativas ao que é bom e o que é mau na conduta humana.
instituição na tomada de decisão, o executivo é visto como um De David Hume, que viveu no século XVIII, aos dias atuais,
líder responsável, merecedor de posições mais altas no mundo muitos filósofos e estudiosos das mais diversas áreas do co-
organizacional. Se não há sinceridade por parte do executivo a nhecimento vêm se ocupando das questões e dos dilemas éti-
organização tende a acumular problemas, pois ela é o elemento cos que estão sempre rondando as experiências e os conflitos
indispensável na criação do desejo de adesão por parte daqueles humanos. O homem escrevia Sartre está condenado a decidir
cujos esforços, voluntariamente dados, constituem a organização. sobre seu próprio destino. Antes dele, Nietzsche também foi
categórico ao definir o homem como um animal que valora,
Energia unificadora logo um animal ético, pois é o próprio Nietzsche que faz a ge-
Uma alta moralidade organizacional cria um ambiente ca- nealogia do conceito de ética, resgatando sua origem do grego
paz de auto corrigir as decisões do executivo. Ações estas que, ethos, que significa uso, comportamento ou costume. Destes
embora empreendidas com sinceridade, acabam se transfor- pensadores é que deriva a clareza de que a ética está relaciona-
mando em erros táticos e estratégicos. da à ação prática dos homens, não a discursos bem intenciona-
O líder deve fazer as pessoas acreditarem na existência de dos, mas sem qualquer conexão sólida com o mundo da vida.
uma probabilidade de sucesso coletivo com impactos negati- Portanto, é deles também que herdamos a capacidade crítica de
vos na esfera econômica. Cada executivo, ainda que talentoso, perceber o abismo existente entre o que é dito e o que é efe-
comete enganos de tempos em tempos, que são percebidos tivamente feito em nome da ética no interior das organizações
como lapsos pelos colaboradores na organização. Uma mo- formais. Se no plano discursivo a ética aparece como imperativo
ralidade baixa não sustenta a liderança por muito tempo; sua categórico, ou como valor universal, no mundo concreto da vida
influência rapidamente esvanece, atrapalhando a própria su- nega-se tudo isto, invariavelmente, em nome do auto interesse.
cessão da liderança. Uma moralidade organizacional alta é o A tensão permanente entre valores universais e valores in-
fator capaz de superar as forças desintegradoras dos interes- dividuais é a tônica da investigação ética. Sendo assim, po-
ses e motivações individuais, educando a tendência constante de-se definir a ética a partir de uma reflexão, da busca de
dos indivíduos de procurar os próprios caminhos. uma teoria sobre a conduta humana. A investigação ética,

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CULTURA ORGANIZACIONAL

além de visar ao estabelecimento de conceitos sobre o com- Fica evidente que Weber admite que organizações que
portamento moral dos seres humanos, pode ser entendida a se antecipam no que se refere a tomadas de decisões am-
partir do seguinte princípio: toda decisão que implicar danos paradas na ética, diferentemente do que se poderia pensar,
ou prejuízos diversos aos outros não pode ser considerada tendem a aumentar seus níveis de competitividade.
ética. Nos termos expressos, a ética não pode apresentar-se Fazer referências à ética empresarial ou à ética dos ne-
como ameaça ou como aquilo que as pessoas, empresas ou gócios implica estudar e tornar inteligível a moral vigente
governos jamais fariam se não fossem obrigadas. Se aceitar- nas empresas capitalistas contemporâneas contrariando ou-
mos estas percepções negativas da ética como verdadeiras, tras análises que insistem em acentuar possíveis incompati-
estaremos negando sua dimensão civilizatória. bilidades entre ética e sucesso empresarial.
Estaremos negando que o sucesso tanto das nações Se para muitas pessoas associadas ao mundo dos negó-
quanto das organizações diversas tem como pano de fundo cios às supostas exigências da ética se apresentam invaria-
a ética; a ação responsável em termos não apenas econômi- velmente como verdadeiros obstáculos, para outras as difi-
cos, mas principalmente socioambientais, é o sustentáculo de culdades foram transformadas em oportunidades de êxito e
uma grande organização. de expansão.
Na perspectiva de Weber, a dimensão ética relacionada Neste particular, fazer referências à ética empresarial ou
às crenças íntimas é de pouco proveito e, em certos casos, até à ética dos negócios implica estudar e tornar inteligível a
prejudicial às tomadas de decisões. Para ele, (...) toda a ati- moral vigente nas empresas capitalistas contemporâneas e,
vidade orientada segundo a ética pode ser subordinada em especial, a moral predominante em empresas de uma
a duas máximas inteiramente diversas e irredutivelmente nacionalidade específica.
opostas. Pode orientar-se segundo a ética da responsa-
bilidade ou segundo a ética da convicção. Isso não quer Ética empresarial como fator de produção
dizer que a ética da convicção equivalha a ausência de res- A caracterização da ética como fator de produção é fei-
ponsabilidade, e a ética da responsabilidade a ausência de ta de forma pioneira por um economista, Giannetti (1993
convicção. Não se trata disso, evidentemente. Não obs- e 2000), em seus diálogos interdisciplinares envolvendo as
tante, há oposição profunda entre a atitude de quem se teorias clássicas da economia e as reflexões éticas herdadas
conforma às máximas da ética da convicção diríamos, em da filosofia. A ideia central de Giannetti é demonstrar que,
linguagem religiosa, O cristão cumpre seu dever e, quan- embora o mercado seja notadamente o melhor espaço para
to aos resultados da ação, confia em Deus e a atitude de as trocas de bens e serviços, não pode prescindir da ética.
quem se orienta pela ética da responsabilidade, que diz: Uma de suas conclusões é que a riqueza ou a pobreza de
Devemos responder pelas previsíveis consequências de uma nação deve ser buscada na qualidade ética de seus jo-
nossos atos. (WEBER, 1968, p.114). gadores, isto é, de todos os agentes econômicos, sociais e
Na formulação de Weber, a ética da convicção, por deri- políticos envolvidos. Com este raciocínio, Giannetti torna vi-
var de uma ética religiosa, busca inspiração, autoridade e legi- sível que a ética não pode ser apreendida como uma amea-
timidade no passado, ao passo que a ética da responsabilida- ça, e sim aliada para o sistema econômico.
de legitima-se e se orienta para o futuro. Em outras palavras, Considerando que a ética, na abordagem não apenas de
trata-se do confronto clássico entre tradição e modernidade. Giannetti, mas também de Lipovetski (1994), Srour (2000) e
Enquanto a ética da convicção tem seus fundamentos muito outros, é um excelente negócio, é fundamental delimitar as
mais fincados nas tradições passadas e internalizadas pelos noções de ética empresarial a partir de questões práticas;
indivíduos como se fossem suas, a ética da responsabilida- de atos e não simplesmente de discursos bem intenciona-
de busca sustentação no futuro prometido pelo humanismo dos dos líderes. As éticas empresariais constituem-se a partir
antropocêntrico do período renascentista. A diferença funda- de deliberações, em função de análises das circunstâncias,
mental é que a ética da responsabilidade induz o homem a se dos propósitos, da razão, dos resultados previsíveis, dos
reposicionar diante de suas próprias decisões, não cabendo prognósticos e dos fatores condicionantes. Elas têm como
remeter aos outros a responsabilidade futura pelos seus atos. fundamentos níveis elevados de incertezas, flexibilizações e
É perceptível que uma ética apoiada apenas em convic- análises de risco.
ções íntimas não é adequada para os tomadores de decisão, Assim, ao chamar para si a responsabilidade por seus
nem para governos, nem para grandes corporações. É mais atos, o líder transforma a ética em diferencial não apenas
apropriada para funcionários executores de ordens com re- para si, mas, sobretudo, para a empresa diante de juízes
duzidos espaços para questionamentos. A decisão de esta- cada vez mais exigentes, ou seja, as sociedades contempo-
distas, chefes políticos, empresários ou quaisquer homens râneas. Empresas que se antecipam, isto é, que tomam deci-
de ação, ao contrário, deve estar apoiada em uma ética que sões éticas, têm se destacado em todos os domínios da vida
vá além das convicções íntimas, a ética da responsabilidade, associativa por uma razão: conseguem fidelizar clientes.
que não concede espaço para delegação de poderes. Assim, Na busca pela fidelização de clientes, a organização,
justifica-se a defesa de que a ética empresarial predominan- para ser classificada como ética, precisa: sentir-se livre em
te é a da responsabilidade. Isto porque, cada vez mais se relação a subornos e chantagens de governos, de fornece-
configuram cenários que obrigam empresas, instituições e dores e de outros, para tomar decisões; assumir responsa-
pessoas a optarem por decisões éticas não por bom-mo- bilidades pelas tomadas de decisão; e, ainda, as decisões,
cismo, mas, primeiro, por estratégias de sobrevivência e, conscientemente, não deverão ser abusivas em relação ao
depois, pela necessidade imperativa de expansão dos ne- outro, se considerarmos que ninguém é ético em relação a
gócios. si mesmo, mas sempre em relação ao outro.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

No que diz respeito ao outro, é necessário qualificar de 32 milhões de embalagens de todo o território norte-ame-
quem se trata ou quem ele é. Em termos concretos, o outro ricano. Na operação, a empresa enfrentou redução em seu
pode ser o vizinho, o pai, a mãe, o irmão, o sócio, a empresa, o faturamento mensal na ordem de 88%; de US$ 33 milhões,
governo, a sociedade, o Planeta. Retomando a definição, sem- baixou para US$ 4 milhões. Além dessa primeira iniciativa, a
pre que se age livremente, movido por princípios íntimos ou va- Johnson&Johnson assumiu total responsabilidade pelas víti-
lores calculistas e úteis à organização à qual se faz parte, está-se mas, indenizando-as junto a seus parentes e familiares. Em
diante de possibilidades objetivas de ser mais ou menos abusi- seguida, desembolsou US$ 100 milhões com a parte fiscal
vo em face de quem quer que seja o outro. O raciocínio é válido da devolução dos remédios e, por último, ainda gastou mais
para toda e qualquer circunstância que envolva seres vivos. US$ 150 milhões em campanhas publicitárias para recuperar
Sendo assim, a ética implica decidir o destino de outros o mercado perdido, obtendo enorme sucesso dois anos de-
seres que estão em volta. Quando um líder decide o que, como pois do incidente.
e quanto produzir, e assim inicia o processo produtivo, não Numa primeira análise das experiências expostas, as
está decidindo apenas o seu destino, mas os destinos de todos iniciativas da Johnson&Johnson foram louváveis porque
aqueles que serão atingidos por tais escolhas. Estas últimas po- agiram de acordo com princípios éticos. Contudo, é funda-
dem ser emancipatórias ou abusivas, sobretudo para aqueles mental enfatizar que o grande motivador das ações éticas da
que estão envolvidos no jogo, como fatores de produção, e não empresa em questão foi à força de uma sociedade capaz de
como seres humanos. Note-se que no centro da problemática pressioná-la a agir da forma que agiu. Em outros termos, a
exposta reina a questão ética. É possível pensá-la, também, Johnson&Johnson agiu eticamente nos Estados Unidos por-
como fator de produção? É evidente que sim. Se a trajetória que dificilmente recuperaria sua imagem se negligenciasse
da ascensão e expansão do capitalismo engendrou e legitimou ou se passasse por cima dos fatos. O ocorrido ensina que o
percepções abusivas no que se refere aos fatores de produção, mundo dos negócios já não pode fazer o que bem entende,
tais percepções veem-se obrigadas a receber reparos. já não pode ser abusivo; enfim, já não pode agir de acordo
A ética vem conquistando o direito de se tornar fator de com suas paixões íntimas. As pessoas agem eticamente sem-
produção não por uma transformação espontânea, natural, pre que são obrigadas a fazê-lo, não por espontaneidade ou
positiva e humanística dos gestores do capital, mas porque as
voluntarismo um freio para estes possíveis abusos. Existe um
pressões oriundas da sociedade forçam essa nova tomada de
fator que o obriga a educar suas vontades: a ética.
consciência. Pelo mundo afora não são poucos os casos de op-
Em um mundo balizado pela lógica do lucro rápido, as
ção pela ética, não por bom-mocismo, mas por necessidade de
pessoas agem eticamente sempre que são obrigadas a fazê
sobrevivência e de expansão a médio e longo prazos. Alguns
-lo, não por espontaneidade ou voluntarismo. A prova disto
exemplos são ilustrativos.
é que a Johnson&Johnson só se preocupou em recolher em-
Pesquisas na Universidade de Harvard vêm demonstran-
do que empresas efetivamente preocupadas e direcionadas balagens dos Estados Unidos; outras regiões do mundo, sem
para os stakeholders (fornecedores, acionistas, consumidores, poder de pressão ou desinformadas, permaneceram entre-
empregados e comunidade) apresentam indicadores de cres- gues à própria sorte.
cimento muito superiores aos de outras companhias que ne- Infere-se da análise que a decisão ética de qualquer em-
gligenciam tais estratégias. Em termos de empregos, elas vêm presa é refém de sociedades minimamente preparadas para
gerando entre quatro e oito vezes mais do que as que se limi- reagir, para eliminar possíveis atalhos que as empresas quei-
tam a satisfazer acionistas. ram seguir, em nome de interesses particulares e abusivos
A título de ilustração, tome-se a experiência de determina- face à coletividade. Quanto mais tolerante for à coletividade
da empresa suíça, especializada em serviços financeiros éticos, em relação aos desmandos, corrupções e à impunidade, mais
que criou o Dow Jones Sustainability Index (Índice de Susten- aberto estará o cenário para ações abusivas por parte das
tabilidade). O índice é composto por 229 empresas, tais como organizações. É importante ressaltar que, do ponto de vista
Honeywell, Unilever e Fujitsu e, de acordo com os parâmetros das organizações, o sucesso está associado ao maior con-
estabelecidos pelo índice, às empresas citadas produzem, em trole, à maior redução dos níveis de incerteza, isto é, à maior
média, maior retorno para os acionistas do que outras empre- capacidade de tomar decisões éticas em relação à sociedade.
sas da mesma região, em prazos médios de cinco anos. Além Por carregar um enorme poder de irradiação pelos efei-
disso, cumpre destacar que as empresas éticas foram mais tos que provoca, nenhuma decisão empresarial é neutra. Em
bem-sucedidas que outras vinculadas ao mesmo setor. termos práticos, direta ou indiretamente, as decisões costu-
Há de se notar a preocupação de empresários em se an- mam afetar os stakeholders, os agentes que mantêm víncu-
tecipar a um movimento que parece decisivo ao processo de los internos e externos com a organização. O exemplo da
elevação dos níveis de competitividade das corporações. O re- Johnson&Johnson nos conduz à certeza de que ter atitude
ferido movimento já percebeu que a ética não pode mais ser heroica abraçando os erros não compensa. É mais inteligente
encarada como inútil. Figura de retórica, e sim como fator fun- ter a transparência como diferencial e como grande negócio.
damental ao êxito das organizações formais. Situações difíceis sempre existiram. O importante são os
Outro caso citado e analisado por Srour (2000) – digno pequenos esforços, cuidadosos e práticos, vindos de pessoas
de destaque é o da Johnson & Johnson, no início da década que ficam fora das luzes da ribalta. A atitude heroica de pe-
de 1980, nos Estados Unidos. Ao ser notificada de que sete dir demissão e denunciar o problema deveria ser o último e
pessoas, em Chicago (EUA), haviam morrido envenenadas desesperado recurso das pessoas em posição de liderança.
por um de seus produtos, o Tylenol (conhecido analgésico), Em primeiro, segundo e terceiro lugares deveria estar a li-
a empresa imediatamente recolheu o medicamento cerca de derança ética.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

Por que a ética voltou a ser um dos temas mais trabalha- - Legalidade: todo ato administrativo deve seguir fielmen-
dos no pensamento administrativo? Pode ser que as pessoas te os meandros da lei;
estejam começando a perceber que não é possível construir - Impessoalidade: aqui é aplicado como sinônimo de
patrimônios estando apoiadas em ações administrativas que igualdade, todos devem ser tratados de forma igualitária, res-
prescindam da ética. É como se a antiga ilusão de ganhar peitando-se o que a lei prevê;
dinheiro a qualquer custo tivesse se transformado em de- - Moralidade: respeito ao padrão moral para não compro-
sespero em face das vigorosas exigências éticas. No campo meter os bons costumes da sociedade;
da administração, as grandes expectativas de um sucesso - Publicidade: se refere à transparência de todo ato públi-
pretensamente neutro, alheio aos valores éticos e humanos, co, salvo os casos previstos em lei;
tiveram resultados desalentadores. Ao deixar de ser uma - Eficiência: ser o mais eficiente possível na utilização dos
ameaça, a ética conquista seu próprio espaço e se transfor- meios que são postos a sua disposição para a execução do
ma em possibilidade concreta de sucesso. seu mister.
A ética é uma ótica e isto significa que existem múltiplas É importante também observar que todo ato do servidor
morais, historicamente fundamentadas, e que há éticas no público deve observar o equilíbrio entre legalidade e finalida-
plural que se desdobram em várias abordagens. Uma dessas de para que o princípio da moralidade seja cumprido, ou seja,
abordagens considera a conciliação entre a ética da respon- o ato só terá a sua finalidade alcançada e válida se durante
sabilidade e a ética da convicção. O presente texto traz ao todo o processo, os meios utilizados forem legais e observa-
mundo empresarial uma modesta reflexão sobre a impor- rem o interesse público.
tância da ética no mundo dos negócios, tendo como base a A gestão ética nas empresas vai além do “bem proceder”
necessidade do executivo de integrar a ética da responsabi- com relação aos negócios que tal empresa ou entidade lucra-
lidade com a ética da convicção. Neste sentido, a responsa- tiva possam estar ligadas, o comportamento ético empresarial
bilidade do executivo aparece como o substrato moral. também se relaciona com a responsabilidade social das em-
Não podemos desconsiderar o fato de que ética implica presas perante seus clientes e comunidade em geral.
investimento de médio e longo prazos. As análises expostas As empresas que apresentam a postura ética mantêm
nos autorizam a concluir parcialmente que ao relacionar o ações que visam o bem estar da comunidade e a preocupação
conceito de ética à possibilidade de reduzir dimensões abu- com o meio ambiente e com outras questões que denotam
sivas das ações dos homens sobre sociedade pode ser fértil um comportamento social responsável.
para novos estudos preocupados em demonstrar que não Dentro desse contexto de responsabilidade social e preo-
existe incompatibilidade entre ética e êxito empresarial. cupação com os clientes, algumas empresas tem adotado me-
Finalmente, é preciso destacar que ética não se aprende didas para que a ética seja realmente um diferencial no rela-
ouvindo ou lendo belos discursos. Ética é, fundamentalmen- cionamento que mantém com seus clientes.
te, emoção, vivência, experiência singular (HEEMANN, 2001). Já os órgãos públicos, por lei, devem criar comissões de
É preciso educar a mente para sentir a ética penetrando e ética que, além de fiscalizar devem promover ações que des-
transformando nosso corpo por inteiro. A ética só se torna pertem no servidor a consciência ética no tratamento com o
eficaz à medida que os tomadores de decisões adquirem a público e com os equipamentos.
capacidade de se indignar diante de ações ou fatos que an- Um conflito de interesse acontece toda vez que um inte-
tes não lhes afetavam. Por Osmar Ponchirolli e José Edmilson resse particular possa se sobrepor a um interesse público.
de Souza Lima. Os conflitos de interesses são tratados pela resolução nº 8
da Presidência da República.
A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E Resolução nº 8
PRIVADAS Todas as vezes que o exercício do cargo público puder
Quando se fala em ética no serviço público logo asso- ser impropriamente afetado por interesse privado do agen-
ciamos a corrupção, roubo, desvio de dinheiro etc. Na ver- te público ou de pessoa a ele ligada por laços de compadrio,
dade, a ética no setor público se refere a muito mais que parentesco ou negócio configura-se uma situação que suscita
isso, ela deve estar presente em todo ato administrativo, a conflito de interesses.
fim de que os princípios constitucionais sejam cumpridos.
Um dos fundamentos que precisa ser compreendido é Situações de risco:
o de que o padrão ético dos servidores públicos advém de 1. Atividades profissionais paralelas ao exercício da função
sua natureza, ou seja, o caráter público e sua relação com o pública:
público. a) no próprio setor público:
O servidor deve estar atento a esses padrões não ape- a1. participação em conselhos de empresas;
nas no exercício de suas funções, mas 24 horas por dia du- a2. docência;
rante toda a sua vida. O caráter público do seu serviço deve b) no setor privado:
se incorporar em sua vida privada, com o fim de que os valo- b1. em empresas e sociedades com ou sem fins lucrativos;
res morais e a boa fé, amparados constitucionalmente como b2. em ONGs;
princípios básicos e essenciais a uma vida equilibrada, se in- b3. prestação de consultoria.
siram, e seja uma constante em seu relacionamento com os 2. Atividade político-partidária e em entidades associati-
colegas e com os usuários do serviço. vas diversas.
Os princípios que devem ser observados pelos servido- 3. Investimentos e outras relações de negócio, inclusive
res são: participação em empresas.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

4. Exercício de atividades profissionais no setor privado A literatura apresenta trabalhos sobre o chamado “cho-
após deixar o cargo: que cultural” em executivos expatriados (CHEW, 2004). Uma
a) Atuar para pessoa física ou jurídica com quem se rela- pesquisa baseada em relatório de multinacionais que aloca-
cionava institucionalmente em função do cargo público; ram executivos para projetos no exterior concluiu que: 40%
b) Atuar em processo ou negócio que tenha sido objeto deles deixaram o cargo por não se ajustarem às novas cul-
de sua participação em função do cargo público que ocupou; turas, e 50% dos remanescentes apresentaram desempenho
c) Representar interesse privado junto ao órgão público abaixo da média, causando somente no aspecto performan-
onde o exerceu cargo ou com o qual tenha mantido relacio- ce, perdas de US$2 bilhões por ano para o conjunto dessas
namento oficial direto e relevante. empresas.
5. Relações de compadrio e parentesco Medidas para Agora, essas empresas estão sendo obrigadas a ofere-
Prevenir Conflitos: cerem treinamento e acompanhamento psicológico para os
- Observar vedação para desenvolver certas atividades gerentes que vão substituir os que retornam que, por sua vez,
paralelas, em função do cargo público ocupado. são igualmente submetidos a esses treinamentos e acompa-
- Limitação para fazer investimentos em ativos cujo valor ou nhamentos.
cotação possa ser afetado por decisão ou política governamental a Alguns exemplos podem ilustrar comportamentos dife-
respeito da qual o agente público tenha informações privilegiadas. rentes associados à ética das diferentes culturas: na Tailândia
- Transferir a gestão do patrimônio próprio para adminis- e nos países árabes, não se pode cruzar as pernas e mostrar
tradores independentes a sola do sapato para quem quer que seja. Trata-se de um in-
- Declarar-se impedido para participar do processo deci- sulto, pois esta é considerada a parte mais suja da vestimenta
sório a respeito de matéria que envolva interesse pessoal ou das pessoas, logo, por uma questão de respeito ao outro, não
de pessoa ligada por laços de parentesco ou negócio; deve ser mostrada. Em algumas regiões do Oriente Médio, da
- Quarentena: África e da Ásia, é preciso ter cuidado com as mãos, particular-
a) Restrições para atividades profissionais em função da mente a esquerda, por ser utilizada na higiene pessoal.
matéria; Como as diferentes culturas produzem diferentes tipos
b) Restrições para atividades profissionais em função da
de ética, somente a responsabilidade social pode ser seu
área de atuação ou relacionamento mantido enquanto no
contraponto, já que, no dizer de Francisco Gomes de Mattos
cargo público. Por Luis Guilherme Winther Neves
(2005), consultor de Estratégia Empresarial, “a responsabilida-
Ética e Responsabilidade Social
de social é uma exigência básica à atitude e ao comportamen-
A ética, como já explicitado, tem a ver com a conduta
to ético, através de práticas que demonstrem que a empresa
humana, com a forma como o ser humano se relaciona en-
possui uma alma, cuja preservação implica solidariedade e
tre si. As relações humanas são pautadas por um conjunto
de princípios ou padrões, nem sempre consensuais, mas que compromisso social”.
permitem a interação entre as pessoas. Até agora, pouco se Toda e qualquer cultura com suas respectivas éticas e
conseguiu quanto a princípios universais, aceitos por todos procedimentos particulares, certamente será sensível a um
indistintamente. Catástrofes, por vezes, pelo impacto que sentido moral que vincule o indivíduo à vida e aos interesses
causam, levam à produção de legislações aceitas por maio- de seu grupo social. A solidariedade atinge a todos, é univer-
rias, pelo menos formalmente, como, por exemplo, a legis- sal e ética. Portanto, entendida por toda e qualquer cultura, já
lação pactuada na ONU sobre os Direitos Humanos, apesar que denota reciprocidade de interesses e obrigações.
de suas constantes violações. O que tende a permanecer não Os aspectos éticos na avaliação da responsabilidade so-
são os pactos universais, mas os pactos locais, estabelecidos cial da empresa referem-se, entre outros, às dimensões éticas
por forte consenso e estratificados pelo tempo. O tradicional na condução dos negócios, às questões morais que se origi-
é exatamente isso, mesmo quando se confronta com valores nam da relação trabalho/empresa e ao acordo explícito entre
limítrofes, próximos, e tecnologias que se desenvolvem ex- os objetivos e metas da empresa com o cumprimento dos
ponencialmente. O que é material muda muito rapidamente, códigos de ética dos profissionais que dela fazem parte.
através de tecnologias de produtos, processos e operações, Embora existam diferenças conceituais entre administra-
que são filtradas por valores culturais, que mudam também, dores públicos e privados, de acordo com os compromissos
mas de uma forma muito mais lenta. A tendência de conflitos de cada um, existe um princípio que norteia o comporta-
neste momento de globalização não parece ser uma quime- mento de todos na sociedade, o da probidade administrativa
ra. Ainda são necessários novos pactos para que se possa ter (MARTINS JR., 2001) e social. A probidade não pode ser uma
uma ética global, mais ampla, aceita por todos. Quando na falácia, uma contradição entre o que se faz e o que se diz. O
Academia as pesquisas são avaliadas pelo prisma da ética, caráter de integridade e honradez deve ser legitimado por
a tarefa recomendada pelos Comitês de Ética em Pesquisa avaliações de natureza legal, financeira e ética, como supõem
(SERRUYA & MOTTA, 2006) consiste em analisar de maneira as pontuações requeridas pela responsabilidade social, quan-
crítica e imparcial as ferramentas científicas (conceitos, teo- do avaliam empresas e países que se propõem a competir
rias, paradigmas); os materiais e métodos; os valores e as num mercado aberto, ou propenso a se abrir.
crenças sobre o correto e o incorreto; o justo e o errado, O consultor Matos lembra que em sociedade é impossí-
diretamente envolvidos pela pesquisa, seja ela pertencente vel a continuidade de um grupo que não tenha estrutura ética
ao âmbito das ciências naturais ou sociais (A Administração na forma de valores, princípios, limites, respeito à pessoa e
é uma ciência social aplicada e a Engenharia de Produção sentido de bem comum. Informa da necessidade de Predis-
acrescenta a dimensão social às engenharias). posição Ética, por parte de empresas e pessoas, que se via-

13
CULTURA ORGANIZACIONAL

biliza através da sensibilidade social, da percepção de valor catálogo de produtos e serviços, por mais atrativo que este
e da relevância do bem moral. Mas isso só é possível quando possa ser. O cenário mundial globalizado, marcado por forte
há Consciência Ética, que corresponde à capacidade de ava- concorrência e rapidez do fluxo de informações, traz exigên-
liar e julgar. Ao mesmo tempo, recomenda a necessidade de cias novas - justificadas preocupações, por exemplo, com a
substancial revisão na realidade organizacional que vige no sustentabilidade, que começamos a ver em concepção mais
país, tais como: ampla, de preservação e renovação de recursos naturais, de
- Autoritarismo: concentração do poder, dominação, posicionamento moral diante de comportamentos ou atitudes
tendência à fragmentação (ilhas de poder nas organizações). de pessoas ligadas à gestão de recursos financeiros, de parti-
- Paternalismo: corrupção do poder, privilégios, assis- cipação em decisões que possam afetar o desenvolvimento
tencialismo opressor. social.
- Individualismo: competição predatória, egoísmo, falta Consequentemente, o conjunto formado por Missão,
de visão social. Crenças e Visão de Futuro, que indica diretrizes de política em-
- Consumismo: possessividade, canibalismo social, ânsia presarial, também passa a ser considerado como tradução da
de possuir sempre mais. razão de ser de uma organização. Em todos os níveis funcio-
Segundo seus estudos, o foco deve ser sempre o ho- nais, influencia estratégias, práticas e relacionamentos e, com
mem, em dignidade e oportunidades. O homem em equipes isso, levanta implicações morais que é preciso antever e siste-
inteligentes, integrado e interagindo. Essa sinergia resulta da matizar sob a compreensão da Ética.
consciência ética, e a ética pressupõe 4 elementos: Como ciência da moral, a Ética é amplamente aceita como
- Liberdade; uma reflexão sobre a ação humana e suas consequências. Ela
- Dignidade/Responsabilidade; nos esclarece sobre o alcance das decisões que tomamos em
- Igualdade de Oportunidades; e sociedade, de modo a se tornar um guia para a escolha correta
- Direitos Humanos. dos meios empregados na busca de nossos objetivos. É nesse
Para este autor, ser competente pressupõe ser ético, já sentido que o Banco do Brasil vem assumindo a abordagem
que não vale a pena para nenhuma empresa ter profissio- da ética: na perspectiva de empresa socialmente responsável.
nais competentes e aéticos. Frequentemente esses profissio- De que maneira comunicar essa disposição, ou seja, como
nais ganham negócios, mas perdem a empresa. Geralmen- dizer claramente o nosso compromisso moral com todos os
te agem com uma visão imediatista, sem respeitar valores. parceiros? Como guiar nosso relacionamento, que queremos
Para esses profissionais vale tudo para obter resultados: o que seja íntegro, com colegas de trabalho, clientes, acionistas,
concorrente tem que ser eliminado, o cliente “encantado” a fornecedores, agentes governamentais e cidadãos das comu-
qualquer preço. nidades em que atuamos?
A educação ética, quando faz parte da cultura da em- Temos uma história prestigiosa de participação positiva
presa, é a contrapartida da organização aos profissionais na formação do País, não somente na esfera econômica, mas
aéticos, mesmo competentes. também no campo da cultura, da educação, da promoção so-
Quanto ao lucro, condição necessária à perpetuidade da cial e, mais recentemente, da preservação do planeta. Também
empresa, é importante que se acrescente a ele um conteúdo estamos empenhados em continuar construindo e comparti-
ético também. Por Orlando Nunes Cosenza e Ilan Chamovitz lhando valores morais, tradição em nossa imagem institucio-
nal tão prezada pelos brasileiros. Em todos os momentos, o
profissionalismo dos funcionários foi decisivo para que che-
gássemos ao bom êxito.
CÓDIGO DE ÉTICA DO BANCO DO É assim que, acreditando nesse engajamento e levando
BRASIL (DISPONÍVEL NO SÍTIO DO BB NA adiante o programa de Gestão da Ética Corporativa da nossa
INTERNET). Agenda 21 Empresarial, apresentamos o Código de Ética do
Banco do Brasil. Produto da participação representativa de
conselho diretor, executivos e funcionários, este documento
O Código de Ética do Banco do Brasil ratifica a contínua confirma e expressa os valores éticos seguidos pela Empresa.
valorização dos preceitos éticos existentes na cultura da Or- Portanto, próprios a cada um de nós, incumbidos de garantir
ganização, reconhecidos pela comunidade. a permanência dessa importante reflexão em nossa atividade
O Banco do Brasil reconhece a responsabilidade do fun- diária.
cionário pela imagem que detém na comunidade e pela dis-
seminação e manutenção dos princípios éticos envolvidos Código de Ética do Banco do Brasil
na sua atuação no mercado.
Dessa forma, convidamos a todos que têm compromis- Clientes
so com a marca BB para compartilhar a reflexão sobre esses 1. Oferecemos produtos, serviços e informações para o
valores, de forma a perpetuar a credibilidade e o sucesso da atendimento das necessidades de clientes de cada segmento
Empresa. de mercado, com inovação, qualidade e segurança. 
Conselho de Administração 2. Oferecemos tratamento digno e cortês, respeitando os
Introdução interesses e os direitos do consumidor. 
Na sociedade contemporânea, a identidade de uma 3. Oferecemos orientações e informações claras, confiáveis
empresa, ou a maneira como ela é conhecida e lembrada e oportunas, para permitir aos clientes a melhor decisão nos
pelas pessoas, não está mais fundamentada apenas no seu negócios. 

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CULTURA ORGANIZACIONAL

4. Estimulamos a comunicação dos clientes com a Empresa Acionistas, Investidores e Credores 


e consideramos suas manifestações no desenvolvimento e 21. Pautamos a gestão da Empresa pelos princípios
melhoria das soluções em produtos, serviços e relacionamento.  da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
5. Asseguramos o sigilo das informações bancárias, eficiência. 
ressalvados os casos previstos em lei. 22. Somos transparentes e ágeis no fornecimento de
informações aos acionistas, aos investidores e aos credores.
Funcionários e Colaboradores 23. Consideramos toda informação passível de
6. Zelamos pelo estabelecimento de um ambiente de divulgação, exceto a de caráter restrito que coloca em risco o
trabalho saudável, pautando as relações entre superiores desempenho e a imagem institucional, ou que está protegida
hierárquicos, subordinados e pares pelo respeito e pela por lei.
cordialidade. 
7. Repudiamos condutas que possam caracterizar assédio Parceiros
de qualquer natureza.  24. Consideramos os impactos socioambientais na
8. Respeitamos a liberdade de associação sindical e realização de parcerias, convênios, protocolos de intenções
buscamos conciliar os interesses da Empresa com os interesses e de cooperação técnico-financeira com entidades externas,
dos funcionários e suas entidades representativas de forma privadas ou públicas.
transparente, tendo a negociação como prática permanente.  25. Estabelecemos parcerias que asseguram os mesmos
9. Zelamos pela segurança no ambiente de trabalho e valores de integridade, idoneidade e respeito à comunidade
asseguramos aos funcionários condições previdenciárias, e ao meio ambiente. 
assistenciais e de saúde que propiciem melhoria da qualidade
de vida e do desempenho profissional.  Concorrentes
10. Asseguramos a cada funcionário o acesso às 26. Temos a ética e a civilidade como compromisso nas
informações pertinentes à sua privacidade, bem como o sigilo relações com a concorrência. 
destas informações, ressalvados os casos previstos em lei.  27. Conduzimos a troca de informações com a
11. Orientamos decisões relativas à retribuição, concorrência de maneira lícita, transparente e fidedigna,
reconhecimento e ascensão profissional por critérios preservando os princípios do sigilo bancário e os interesses
previamente estabelecidos de desempenho, mérito, da Empresa.
competência e contribuição ao Conglomerado.  28. Quando solicitados, disponibilizamos informações
12. Adotamos os princípios de aprendizado contínuo fidedignas, por meio de fontes autorizadas. 
e investimos em educação corporativa para permitir o
desenvolvimento pessoal e profissional.  Governo
13. Mantemos contratos e convênios com instituições 29. Somos parceiros do Governo Federal na implementação
que asseguram aos colaboradores condições previdenciárias, de políticas, projetos e programas socioeconômicos voltados
fiscais, de segurança do trabalho e de saúde. para o desenvolvimento sustentável do País. 
14. Reconhecemos, aceitamos e valorizamos a diversidade 30. Articulamos os interesses e as necessidades da
do conjunto de pessoas que compõem o Conglomerado.  Administração Pública com os vários segmentos econômicos
15. Zelamos pela melhoria dos processos de comunicação da sociedade. 
interna, no sentido de facilitar a disseminação de informações 31. Relacionamo-nos com o poder público
relevantes aos negócios e às decisões corporativas.  independentemente das convicções ideológicas dos seus
16. Apoiamos iniciativas que resultem em benefícios e titulares.
melhoria da qualidade de vida e da saúde do funcionário e
de seus familiares. Comunidade
17. Repudiamos práticas ilícitas, como suborno, extorsão, 32. Valorizamos os vínculos estabelecidos com as
corrupção, propina, em todas as suas formas. comunidades em que atuamos e respeitamos seus valores
18. Orientamos os profissionais contratados a pautarem culturais. 
seus comportamentos pelos princípios éticos do BB. 33. Reconhecemos a importância das comunidades para
o sucesso da Empresa, bem como a necessidade de retribuir
Fornecedores à comunidade parcela do valor agregado aos negócios.
19. Adotamos, de forma imparcial e transparente, 34. Apoiamos, nas comunidades, iniciativas de
critérios de seleção, contratação e avaliação, que permitam desenvolvimento sustentável e participamos de
pluralidade e concorrência entre fornecedores, que confirmem empreendimentos voltados à melhoria das condições sociais
a idoneidade das empresas e que zelem pela qualidade e da população. 
melhor preço dos produtos e serviços contratados.  35. Zelamos pela transparência no financiamento da
20. Requeremos, no relacionamento com fornecedores, o ação social. 
cumprimento  da legislação trabalhista, previdenciária e fiscal, 36. Afirmamos nosso compromisso com a erradicação
bem como a não-utilização de trabalho infantil ou escravo e a de todas as formas de trabalho infantil forçado ou escravo. 
adoção de relações de  trabalho adequadas e de boas práticas 37. Afirmamos estrita conformidade à Lei na proibição
de preservação ambiental, resguardadas as limitações legais. ao financiamento e apoio a partidos políticos ou candidatos
a cargos públicos.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

Órgãos Reguladores Nesse novo cenário, é natural que a expectativa da socie-


38. Trabalhamos em conformidade com as leis e demais dade a respeito da conduta do administrador público se tenha
normas do ordenamento jurídico.  tornado mais exigente. E está claro que mais importante do
39. Atendemos nos prazos estabelecidos as solicitações que investigar as causas da insatisfação social é reconhecer que
originadas de órgãos externos de regulamentação e ela existe e se trata de uma questão política intimamente asso-
fiscalização e de auditorias externa e interna. ciada ao processo de mudança cultural, econômica e adminis-
trativa que o País e o mundo atravessam.
A resposta ao anseio por uma administração pública orien-
CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA tada por valores éticos não se esgota na aprovação de leis mais
rigorosas, até porque leis e decretos em vigor já dispõem abun-
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA dantemente sobre a conduta do servidor público, porém, em
termos genéricos ou então a partir de uma ótica apenas penal.
Na realidade, grande parte das atuais questões éticas sur-
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Nº 37, DE 18.8.2000 ge na zona cinzenta – cada vez mais ampla – que separa o inte-
APROVADO EM 21.8.2000 resse público do interesse privado. Tais questões, em geral, não
configuram violação de norma legal mas, sim, desvio de con-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, duta ética. Como esses desvios não são passíveis de punição
Submeto à elevada consideração de Vossa Excelência específica, a sociedade passa a ter a sensação de impunidade,
a anexa proposta de Código de Conduta da Alta Adminis- que alimenta o ceticismo a respeito da licitude do processo de-
tração Federal, elaborado tendo em conta os trabalhos e a cisório governamental.
importante contribuição da Comissão de Ética Pública - CEP, Por essa razão, o aperfeiçoamento da conduta ética do ser-
criada pelo Decreto de 26 de maio de 1999, que, por seus vidor público não é uma questão a ser enfrentada mediante
ilustres membros, os Drs. João Geraldo Piquet Carneiro, que proposição de mais um texto legislativo, que crie novas hipóte-
a preside, Célio Borja, Celina Vargas do Amaral Peixoto, Lour- ses de delito administrativo. Ao contrário, esse aperfeiçoamen-
des Sola, Miguel Reale Júnior e Roberto Teixeira da Costa, to decorrerá da explicitação de regras claras de comportamen-
prestou os mais relevantes e inestimáveis serviços no desen- to e do desenvolvimento de uma estratégia específica para sua
volvimento do tema. implementação.
Este Código, antes de tudo, valerá como compromisso Na formulação dessa estratégia, partiu-se do pressuposto
moral das autoridades integrantes da Alta Administração de que a base ética do funcionalismo de carreira é estrutural-
Federal com o Chefe de Governo, proporcionando elevado mente sólida, pois deriva de valores tradicionais da classe mé-
padrão de comportamento ético capaz de assegurar, em to- dia, onde ele é recrutado. Rejeita-se, portanto, o diagnóstico de
dos os casos, a lisura e a transparência dos atos praticados que se está diante de um problema “endêmico” de corrupção,
na condução da coisa pública. eis que essa visão, além de equivocada, é injusta e contrapro-
A conduta dessas autoridades, ocupantes dos mais ele- ducente, sendo capaz de causar a alienação do funcionalismo
vados postos da estrutura do Estado, servirá como exemplo do esforço de aperfeiçoamento que a sociedade está a exigir.
a ser seguido pelos demais servidores públicos, que, não Dessa forma, o ponto de partida foi a tentativa de prevenir
obstante sujeitos às diversas normas fixadoras de condutas condutas incompatíveis com o padrão ético almejado para o
exigíveis, tais como o Estatuto do Servidor Público Civil, a Lei serviço público, tendo em vista que, na prática, a repressão nem
de Improbidade e o próprio Código Penal Brasileiro, além sempre é muito eficaz. Assim, reputa-se fundamental identi-
de outras de menor hierarquia, ainda assim, sempre se sen- ficar as áreas da administração pública em que tais condutas
tirão estimulados por demonstrações e exemplos de seus podem ocorrer com maior freqüência e dar-lhes tratamento
superiores. específico.
Além disso, é de notar que a insatisfação social com a Essa tarefa de envergadura deve ter início pelo nível mais
conduta ética do governo – Executivo, Legislativo e Judiciá- alto da Administração – ministros de estado, secretários-execu-
rio – não é um fenômeno exclusivamente brasileiro e cir- tivos, diretores de empresas estatais e de órgãos reguladores
cunstancial. De modo geral, todos os países democráticos – que detem poder decisório. Uma vez assegurado o cumpri-
desenvolvidos, conforme demonstrado em recente estudo mento do Código de Conduta pelo primeiro escalão do gover-
da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Eco- no, o trabalho de difusão das novas regras nas demais esferas
nômico - OCDE, enfrentam o crescente ceticismo da opinião da administração por certo ficará facilitado.
pública a respeito do comportamento dos administradores Outro objetivo é que o Código de Conduta constitua fator
públicos e da classe política. Essa tendência parece estar de segurança do administrador público, norteando o seu com-
ligada principalmente a mudanças estruturais do papel do portamento enquanto no cargo e protegendo-o de acusações
Estado como regulador da atividade econômica e como po- infundadas. Na ausência de regras claras e práticas de conduta,
der concedente da exploração, por particulares, de serviços corre-se o risco de inibir o cidadão honesto de aceitar cargo
públicos antes sob regime de monopólio estatal. público de relevo.
Em conseqüência, o setor público passou a depender Além disso, buscou-se criar mecanismo ágil de formu-
cada vez mais do recrutamento de profissionais oriundos do lação dessas regras e de sua difusão e fiscalização, além de
setor privado, o que exacerbou a possibilidade de conflito uma instância à qual os administradores possam recorrer em
de interesses e a necessidade de maior controle sobre as caso de dúvida e de apuração de transgressões – no caso, a
atividades privadas do administrador público. Comissão de Ética Pública.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

Na verdade, o Código trata de um conjunto de normas Art. 2o  As normas deste Código aplicam-se às seguintes
às quais se sujeitam as pessoas nomeadas pelo Presiden- autoridades públicas:
te da República para ocupar qualquer dos cargos nele pre- I - Ministros e Secretários de Estado;
vistos, sendo certo que a transgressão dessas normas não II - titulares de cargos de natureza especial, secretários
implicará, necessariamente, violação de lei, mas, principal- -executivos, secretários ou autoridades equivalentes ocupan-
mente, descumprimento de um compromisso moral e dos tes de cargo do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores
padrões qualitativos estabelecidos para a conduta da Alta - DAS, nível seis;
Administração. Em conseqüência, a punição prevista é de III - presidentes e diretores de agências nacionais, autar-
caráter político: advertência e “censura ética”. Além disso, é quias, inclusive as especiais, fundações mantidas pelo Poder
prevista a sugestão de exoneração, dependendo da gravida- Público, empresas públicas e sociedades de economia mista.
de da transgressão.
A linguagem do Código é simples e acessível, evitan- Art. 3o  No exercício de suas funções, as autoridades pú-
do-se termos jurídicos excessivamente técnicos. O objetivo é blicas deverão pautar-se pelos padrões da ética, sobretudo no
assegurar a clareza das regras de conduta do administrador, que diz respeito à integridade, à moralidade, à clareza de posi-
de modo que a sociedade possa sobre elas exercer o contro- ções e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiança
le inerente ao regime democrático. do público em geral.
Além de comportar-se de acordo com as normas estipu- Parágrafo único.  Os padrões éticos de que trata este ar-
ladas, o Código exige que o administrador observe o decoro tigo são exigidos da autoridade pública na relação entre suas
inerente ao cargo. Ou seja, não basta ser ético; é necessário atividades públicas e privadas, de modo a prevenir eventuais
também parecer ético, em sinal de respeito à sociedade. conflitos de interesses.
A medida proposta visa a melhoria qualitativa dos pa-
drões de conduta da Alta Administração, de modo que esta Art. 4o  Além da declaração de bens e rendas de que trata
Exposição de Motivos, uma vez aprovada, juntamente com a Lei no 8.730, de 10 de novembro de 1993, a autoridade pú-
o anexo Código de Conduta da Alta Administração Federal, blica, no prazo de dez dias contados de sua posse, enviará à
poderá informar a atuação das altas autoridades federais, Comissão de Ética Pública - CEP, criada pelo Decreto de 26 de
maio de 1999, publicado no Diário Oficial da União do dia 27
permitindo-me sugerir a publicação de ambos os textos,
subseqüente, na forma por ela estabelecida, informações sobre
para imediato conhecimento e aplicação.
sua situação patrimonial que, real ou potencialmente, possa
Estas, Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
suscitar conflito com o interesse público, indicando o modo
as razões que fundamentam a proposta que ora submeto à
pelo qual irá evitá-lo.
elevada consideração de Vossa Excelência.
Art. 5o  As alterações relevantes no patrimônio da autori-
Respeitosamente,
dade pública deverão ser imediatamente comunicadas à CEP,
PEDRO PARENTE especialmente quando se tratar de:
Chefe da Casa Civil da Presidência da República I - atos de gestão patrimonial que envolvam:
a) transferência de bens a cônjuge, ascendente, descen-
CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO dente ou parente na linha colateral;
FEDERAL b) aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa; ou
c) outras alterações significativas ou relevantes no valor ou
Art. 1o  Fica instituído o Código de Conduta da Alta Ad- na natureza do patrimônio;
ministração Federal, com as seguintes finalidades: II - atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substan-
I - tornar claras as regras éticas de conduta das auto- cialmente alterado por decisão ou política governamental. (Re-
ridades da alta Administração Pública Federal, para que a dação dada pela Exm nº 360, de 17.9.2001)
sociedade possa aferir a integridade e a lisura do processo § 1o  É vedado o investimento em bens cujo valor ou cota-
decisório governamental; ção possa ser afetado por decisão ou política governamental a
II - contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éti- respeito da qual a autoridade pública tenha informações privi-
cos da Administração Pública Federal, a partir do exemplo legiadas, em razão do cargo ou função, inclusive investimentos
dado pelas autoridades de nível hierárquico superior; de renda variável ou em commodities, contratos futuros e moe-
III - preservar a imagem e a reputação do administrador das para fim especulativo, excetuadas aplicações em modali-
público, cuja conduta esteja de acordo com as normas éticas dades de investimento que a CEP venha a especificar. (Redação
estabelecidas neste Código; dada pela Exm nº 360, de 17.9.2001)
IV - estabelecer regras básicas sobre conflitos de inte- § 2o  Em caso de dúvida, a CEP poderá solicitar informações
resses públicos e privados e limitações às atividades profis- adicionais e esclarecimentos sobre alterações patrimoniais a ela
sionais posteriores ao exercício de cargo público; comunicadas pela autoridade pública ou que, por qualquer ou-
V - minimizar a possibilidade de conflito entre o interes- tro meio, cheguem ao seu conhecimento. (Redação dada pela
se privado e o dever funcional das autoridades públicas da Exm nº 360, de 17.9.2001)
Administração Pública Federal; § 3o    A autoridade pública poderá consultar previamen-
VI - criar mecanismo de consulta, destinado a possibi- te a CEP a respeito de ato específico de gestão de bens que
litar o prévio e pronto esclarecimento de dúvidas quanto à pretenda realizar. (Parágrafo incluído pela Exm nº 360, de
conduta ética do administrador. 17.9.2001)

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CULTURA ORGANIZACIONAL

§ 4o   A fim de preservar o caráter sigiloso das informa- Art. 13.  As propostas de trabalho ou de negócio futu-
ções pertinentes à situação patrimonial da autoridade pú- ro no setor privado, bem como qualquer negociação que
blica, as comunicações e consultas, após serem conferidas envolva conflito de interesses, deverão ser imediatamente
e respondidas, serão acondicionadas em envelope lacrado, informadas pela autoridade pública à CEP, independente-
que somente poderá ser aberto por determinação da Co- mente da sua aceitação ou rejeição.
missão. (Parágrafo incluído pela Exm nº 360, de 17.9.2001)
Art. 14.  Após deixar o cargo, a autoridade pública não
Art. 6o  A autoridade pública que mantiver participação poderá:
superior a cinco por cento do capital de sociedade de eco- I - atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou
nomia mista, de instituição financeira, ou de empresa que jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, em pro-
negocie com o Poder Público, tornará público este fato. cesso ou negócio do qual tenha participado, em razão do
cargo;
Art. 7o  A autoridade pública não poderá receber salário II - prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusi-
ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desa- ve sindicato ou associação de classe, valendo-se de informa-
cordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou ções não divulgadas publicamente a respeito de programas
quaisquer favores de particulares de forma a permitir situa- ou políticas do órgão ou da entidade da Administração Pú-
ção que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou ho- blica Federal a que esteve vinculado ou com que tenha tido
norabilidade. relacionamento direto e relevante nos seis meses anteriores
Parágrafo único.  É permitida a participação em seminá- ao término do exercício de função pública.
rios, congressos e eventos semelhantes, desde que tornada
pública eventual remuneração, bem como o pagamento das Art. 15.  Na ausência de lei dispondo sobre prazo diver-
despesas de viagem pelo promotor do evento, o qual não so, será de quatro meses, contados da exoneração, o perío-
poderá ter interesse em decisão a ser tomada pela autori- do de interdição para atividade incompatível com o cargo
dade. anteriormente exercido, obrigando-se a autoridade pública
a observar, neste prazo, as seguintes regras:
Art. 8o  É permitido à autoridade pública o exercício não I  -  não aceitar cargo de administrador ou conselheiro,
remunerado de encargo de mandatário, desde que não im- ou estabelecer vínculo profissional com pessoa física ou jurí-
plique a prática de atos de comércio ou quaisquer outros dica com a qual tenha mantido relacionamento oficial direto
incompatíveis com o exercício do seu cargo ou função, nos e relevante nos seis meses anteriores à exoneração;
termos da lei. II - não intervir, em benefício ou em nome de pessoa fí-
sica ou jurídica, junto a órgão ou entidade da Administração
Art.  9o   É vedada à autoridade pública a aceitação de Pública Federal com que tenha tido relacionamento oficial
presentes, salvo de autoridades estrangeiras nos casos pro- direto e relevante nos seis meses anteriores à exoneração.
tocolares em que houver reciprocidade.
Parágrafo único.  Não se consideram presentes para os Art. 16.  Para facilitar o cumprimento das normas previs-
fins deste artigo os brindes que: tas neste Código, a CEP informará à autoridade pública as
I - não tenham valor comercial; ou obrigações decorrentes da aceitação de trabalho no setor
II - distribuídos por entidades de qualquer natureza a privado após o seu desligamento do cargo ou função.
título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por
ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas, não Art. 17.  A violação das normas estipuladas neste Código
ultrapassem o valor de R$ 100,00 (cem reais). acarretará, conforme sua gravidade, as seguintes providên-
cias:
Art. 10.  No relacionamento com outros órgãos e fun- I - advertência, aplicável às autoridades no exercício do
cionários da Administração, a autoridade pública deverá es- cargo;
clarecer a existência de eventual conflito de interesses, bem II - censura ética, aplicável às autoridades que já tiverem
como comunicar qualquer circunstância ou fato impeditivo deixado o cargo.
de sua participação em decisão coletiva ou em órgão cole- Parágrafo único.  As sanções previstas neste artigo serão
giado. aplicadas pela CEP, que, conforme o caso, poderá encami-
nhar sugestão de demissão à autoridade hierarquicamente
Art.  11.   As divergências entre autoridades públicas superior.
serão resolvidas internamente, mediante coordenação ad-
ministrativa, não lhes cabendo manifestar-se publicamente Art. 18.  O processo de apuração de prática de ato em
sobre matéria que não seja afeta a sua área de competência. desrespeito ao preceituado neste Código será instaurado
pela CEP, de ofício ou em razão de denúncia fundamentada,
Art. 12.  É vedado à autoridade pública opinar publica- desde que haja indícios suficientes.
mente a respeito: § 1o  A autoridade pública será oficiada para manifestar-
I - da honorabilidade e do desempenho funcional de se no prazo de cinco dias.
outra autoridade pública federal; e § 2o  O eventual denunciante, a própria autoridade pú-
II - do mérito de questão que lhe será submetida, para blica, bem assim a CEP, de ofício, poderão produzir prova
decisão individual ou em órgão colegiado. documental.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

§ 3o   A CEP poderá promover as diligências que consi- lidade Socioambiental - RSA e do Desenvolvimento Susten-
derar necessárias, bem assim solicitar parecer de especialista tável - DS do Banco do Brasil. E o lançamento de documen-
quando julgar imprescindível. tos sobre o tema, entre eles a Agenda 21 do BB e a Carta de
§ 4o  Concluídas as diligências mencionadas no parágrafo Princípios de Responsabilidade Socioambiental, ratificada pelo
anterior, a CEP oficiará a autoridade pública para nova mani- Presidente e Vice-Presidentes em setembro de 2009, durante
festação, no prazo de três dias. o evento de lançamento do Fórum de Sustentabilidade BB.
§ 5o  Se a CEP concluir pela procedência da denúncia, ado- Carta de Princípios
tará uma das penalidades previstas no artigo anterior, com A postura de responsabilidade socioambiental do Ban-
comunicação ao denunciado e ao seu superior hierárquico. co do Brasil tem como premissa a crença na viabilidade de
se conciliar o atendimento aos interesses dos seus acionistas
Art. 19.  A CEP, se entender necessário, poderá fazer re- com o desenvolvimento de negócios social e ecologicamente
comendações ou sugerir ao Presidente da República normas sustentáveis, mediante o estabelecimento de relações etica-
complementares, interpretativas e orientadoras das disposi- mente responsáveis com seus diversos públicos de interesse,
ções deste Código, bem assim responderá às consultas for- interna e externamente.
muladas por autoridades públicas sobre situações específicas. Além disso, o interesse em contribuir para o desenvolvi-
mento de um novo sistema de valores para a sociedade, que
Este texto não substitui o publicado no D.O. de 22.8.2000 tem como referencial maior o respeito à vida humana e ao
meio ambiente, condição indispensável à sustentabilidade da
própria humanidade.
Esses compromissos estão expressos na Carta de Princí-
GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE. pios de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil,
aprovada pelo Conselho Diretor do Banco em julho de 2003.
Por essa Carta de Princípios, o Banco do Brasil se compro-
mete a:
Gestão da Sustentabilidade - Atuar em consonância com Valores Universais, tais como:
Responsabilidade Socioambiental do BB Direitos Humanos, Princípios e Direitos Fundamentais do Tra-
A responsabilidade socioambiental do BB é uma política balho, Princípios sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
empresarial que propõe incorporar os princípios do desenvol- - Reconhecer que todos os seres são interligados e toda
vimento sustentável no planejamento de suas atividades, ne- forma de vida é importante.
gócios e práticas administrativas, envolvendo os seus públicos - Repelir preconceitos e discriminações de gênero, orien-
de relacionamento. Ou seja, para o Banco do Brasil, responsa- tação sexual, etnia, raça, credo ou de qualquer espécie.
bilidade socioambiental é “ter a ética como compromisso e o - Fortalecer a visão da Responsabilidade Socioambiental
respeito como atitude nas relações com funcionários, colabo- como investimento permanente e necessário para o futuro da
radores, fornecedores, parceiros, clientes, credores, acionistas, humanidade.
concorrentes, comunidade, governo e meio ambiente”. - Perceber e valer-se da posição estratégica da corporação
Com essa premissa, a avaliação do desempenho orga- BB, nas relações com o Governo, o Mercado e a Sociedade
nizacional vai além dos indicadores de natureza econômica, Civil, para adotar modelo próprio de gestão da Responsabili-
que é complementado com outros que avaliam a geração de dade Socioambiental à altura da corporação e dos desafios do
valores sociais – como a defesa dos direitos humanos e do Brasil contemporâneo.
trabalho, o bem-estar dos funcionários, a promoção da diver- - Ter a transparência, a ética e o respeito ao meio ambien-
sidade, o respeito às diferenças, a inclusão social e os investi- te como balizadores das práticas administrativas e negociais
mentos diretos na comunidade –, e a preservação ambiental da Empresa.
– como os que consideram os impactos diretos e indiretos de - Pautar relacionamentos com terceiros a partir de critérios
nossas atividades no ar, na água, na terra e na biodiversidade. que observem os princípios de responsabilidade socioambien-
tal e promovam o desenvolvimento econômico e social.
Ontem e hoje: - Estimular, difundir e implementar práticas de desenvol-
A partir de 2003 os temas ligados a responsabilidade so- vimento sustentável.
cioambiental passaram a ser definitivamente pauta das deci- - Enxergar clientes e potenciais clientes, antes de tudo,
sões estratégicas e operacionais do Banco, quando o Conse- como cidadãos.
lho Diretor aprovou a criação de estrutura organizacional es- - Estabelecer e difundir boas práticas de governança cor-
pecífica para tratar da matéria transversalmente na Empresa. porativa, preservando os compromissos com acionistas e in-
Ainda em 2003 foi criada a Unidade Relações com Fun- vestidores.
cionários e Responsabilidade Socioambiental – RSA e insti- - Contribuir para que o potencial intelectual, profissional,
tuída equipe interdisciplinar, denominada Grupo RSA, com artístico, ético e espiritual dos funcionários e colaboradores
representantes de todas as áreas do BB, além da Fundação possam ser aproveitados, em sua plenitude, pela sociedade.
Banco do Brasil, a fim de que as definições sobre o tema pu- - Fundamentar o relacionamento com os funcionários e
dessem ser debatidas e disseminadas por toda a organização. colaboradores na ética e no respeito.
Como resultado, foram desenvolvidos diversas ações, in- - Contribuir para a universalização dos direitos sociais e
clusive a criação da Unidade de Desenvolvimento Sustentá- da cidadania.
vel – UDS - que unificou a gestão estratégica da Responsabi- - Contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência.

19
CULTURA ORGANIZACIONAL

Políticas Banco do Brasil - Disseminar os princípios e criar cultura de responsabili-


Em 17 de maio de 2010, o Conselho de Administração dade socioambiental na comunidade BB - O Banco do Brasil
aprovou a revisão das Políticas Gerais, que orientam o com- deseja ser foco irradiador de uma postura empresarial social
portamento do Banco do Brasil. As empresas Controladas, e ambientalmente responsável. Para tanto, empregará esfor-
Coligadas e Participações podem definir seus direcionamen- ços para que os públicos da Comunidade BB envolvidos em
tos a partir dessas orientações, considerando as necessida- sua esfera de atuação também sejam estimulados a engaja-
des específicas e os aspectos legais e regulamentares a que rem-se no movimento. Por Comunidade BB entende-se: fun-
estão sujeitas. cionários da ativa e aposentados, colaboradores, entidades
Na Política de Escopo Institucional, o tópico Ética Em- representativas de funcionários, associações de funcionários
presarial e Responsabilidade Socioambiental foi atualizado e empresas coligadas, controladas e patrocinadas.
com a contribuição do Grupo de Trabalho Ecoeficiência, vi- - Ouvir e considerar a diversidade dos interesses dos pú-
sando a inclusão de aspectos relacionados aos requisitos da blicos de relacionamento - Para se considerar uma empresa
norma ISO 14001 e às mudanças climáticas. social e ambientalmente responsável, o Banco do Brasil de-
verá ter suas ações e resultados legitimados por seus públi-
Investimentos BB x RSA cos de relacionamento.
Nas Políticas vigentes, existem diversos enunciados que - Influenciar a incorporação dos princípios de responsa-
tratam de aspectos socioambientais a serem considerados bilidade socioambiental no País - O Banco do Brasil deseja
na realização de investimentos pelo Banco do Brasil, tais utilizar-se de sua relevância nacional para se tornar referên-
como: cia em responsabilidade socioambiental, inovando conti-
- Temos a transparência, a ética e a responsabilidade nuamente em suas ações.
socioambiental como orientadores das práticas administra-
tivas e negociais da Empresa. Diretrizes de Sustentabilidade BB para o Crédito Negócios
- Realizamos parcerias, convênios, protocolos de in- Verdes
tenções e de cooperação técnico-financeira com entidades Visam à divulgação das práticas negociais e administra-
externas, privadas ou públicas, com exame prévio, entre ou- tivas adotadas pelo Banco do Brasil, reforçando os compro-
missos públicos assumidos, alinhados aos princípios de res-
tros, dos impactos socioambientais.
ponsabilidade socioambiental presentes em suas políticas
- Consideramos os interesses de clientes, acionistas, fun-
gerais e específicas.
cionários e da sociedade na realização de operações socie-
Com essas práticas, o Banco do Brasil busca contribuir
tárias e parcerias estratégicas.
para mitigar o risco socioambiental e reduzir os impactos de
- Incentivamos as empresas nas quais temos participa-
seus financiamentos e investimentos, bem como identificar
ção a adotar princípios de responsabilidade socioambiental
oportunidades de atuação na cadeia de valor dos negócios
e boas práticas de governança corporativa.
sustentáveis, a partir de questões socioambientais relevantes
- Não adquirimos participação em empresas que não
e de temas estratégicos para o desenvolvimento sustentável.
observam princípios relativos aos direitos humanos, ao tra-
balho e à preservação ambiental. Diretrizes Socioambientais para Assuntos Polêmicos
- Não associamos nossas marcas às atividades que evi- As Diretrizes Socioambientais para Assuntos Polêmi-
denciem preconceito ou discriminação de qualquer espécie, cos do Banco do Brasil têm a finalidade de tornar público o
às atividades que causem impacto negativo à saúde e ao posicionamento do Banco em temas controversos que, em
meio ambiente, entre outras. razão dessa particularidade, ganharam notoriedade junto à
sociedade.
Diretrizes O documento está pautado em três segmentos de
Diretrizes de Atuação atuação:
A postura de responsabilidade socioambiental do Banco - Atividades Não Atendidas;
do Brasil apresenta os seguintes direcionadores: - Atividades Restritas;
- Incorporar os princípios de responsabilidade socioam- - Lista de alerta.
biental na prática administrativa e negocial e no discurso As “Diretrizes Socioambientais para Assuntos Polêmi-
institucional do Banco do Brasil - O Banco do Brasil preten- cos” têm aderência com as boas práticas internacionais e
de, em primeiro lugar, permear sua cultura organizacional reforçam o atendimento aos compromissos públicos assu-
com princípios de responsabilidade socioambiental, tornan- midos pelo BB em alinhamento com os princípios de res-
do-os efetivos no cotidiano da Empresa. Postura que, para ponsabilidade socioambiental constantes de suas políticas
ser coerente e ter credibilidade, deve ocorrer de dentro para gerais e específicas.
fora da Organização, conciliando práticas administrativas e
negociais com o discurso institucional. Pactos e Acordos
- Implementar visão articulada e integradora de res- As ações de responsabilidade socioambiental do Ban-
ponsabilidade socioambiental no Banco - A busca de uma co do Brasil são inspiradas e estimuladas pelos seguintes
postura de responsabilidade socioambiental é um processo compromissos assumidos junto a entidades setoriais e a or-
contínuo, compromisso presente em todas as áreas do Ban- ganismos de fomento ao movimento de responsabilidade
co do Brasil. socioambiental em nível nacional e internacional.

20
CULTURA ORGANIZACIONAL

Conheça os pactos e acordos Fórum de Sustentabilidade BB


- Agenda 21 Empresarial Por entender que a responsabilidade socioambiental deve
- Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente permear todos os negócios e práticas administrativas da em-
- Protocolo Verde presa é que o BB instituiu, em 2009, um Fórum de Sustentabi-
- Pacto Global das Nações Unidas lidade que reúne executivos de diversas unidades estratégicas
- Caring for Climate do Banco do Brasil e Fundação Banco do Brasil.
- Princípios do Equador Participam do Fórum de Sustentabilidade representantes
- Pacto pelo Combate ao Trabalho Escravo em nível executivo das áreas de varejo, atacado, crédito, gover-
- Carbon Disclosure Project no, agronegócios, logística, tecnologia, alta renda, baixa renda,
- Programa Brasileiro GHG Protocol empréstimos e financiamentos, estratégia e organização, micro
- ODM - Objetivos do Milênio e pequenas empresas, seguridade, gestão de pessoas e mar-
- Empresas pelo Clima (EPC) keting.
- Índice Carbono Eficiente – ICO2 O Fórum tem por objetivo apoiar o processo de dissemina-
- Pró-Equidade de Gênero ção dos preceitos e práticas de responsabilidade socioambien-
- Princípios de Empoderamento das Mulheres tal, avaliar a performance do BB no tocante à implementação
- Fórum Amazônia Sustentável das ações da Agenda 21, identificar oportunidades e riscos ine-
- Código de Governança Corporativa rentes à atuação do Conglomerado com relação ao tema, entre
- Adesão ao “The CEO Water Mandate” outras finalidades.
- Adesão ao “Grupo de Trabalho da Moratória da Soja” As reuniões do Fórum são realizadas, ordinariamente, nos
- PRI – Principles for Responsible Investment – Adesão meses de fevereiro, abril, agosto e novembro com a seguinte
- Selo “Empresa Amiga da Criança” finalidade:
- Carta Empresarial pelos Direitos Humanos e pela Pro- - acompanhar a evolução do tema sustentabilidade, bus-
moção cando identificar oportunidades e riscos para a atuação do
- Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção conglomerado Banco do Brasil;
- promover o alinhamento e a interação do Banco do Brasil
Uma história de compromisso
e da Fundação Banco do Brasil no que se refere às ações de
A Agenda 21, compromisso mundial em prol da justiça
desenvolvimento social das comunidades onde atuam;
social, equilíbrio ambiental e eficiência econômica.
- avaliar e acompanhar o processo de implementação e
Em 2003, inicia trabalho para definir os princípios e es-
a efetividade das ações previstas na Agenda 21 do Banco do
tratégias de responsabilidade socioambiental. Percebendo a
Brasil, sugerindo eventuais aprimoramentos;
aderência de suas intenções estratégicas com os princípios da
Agenda 21, o Banco do Brasil estabelece sua Agenda 21 Em- - avaliar políticas, normas e critérios para a atuação so-
presarial. cioambientalmente responsável do Banco do Brasil;
Em junho de 2004, o Banco divulgou a intenção de de- - patrocinar e apoiar, por intermédio de seus membros, o
senvolver uma Agenda 21 Empresarial que traria o compro- processo de participação do BB em seleções (indicadores de
metimento do Banco com ações voltadas ao desenvolvimento sustentabilidade), pesquisas e consultas sobre responsabilida-
sustentável de seus negócios. Na ocasião, o Banco também de socioambiental, bem como adesão à acordos e protocolos
assinou protocolo com o Ministério do Meio Ambiente no relacionadas ao tema;
sentido de disseminar a Agenda 21 nos projetos de Desenvol- - auxiliar a proposição de assuntos e informações a serem
vimento Regional Sustentável. contempladas no balanço social e nos relatórios de práticas e
O Banco assume, com esta iniciativa, um papel relevan- ações de sustentabilidade, bem como em comunicações insti-
te no processo de criação das agendas 21 empresariais em tucionais sobre o tema.
nível nacional, estimulando outras empresas a se engajarem As proposições saídas do Fórum são encaminhadas para
na questão. Assina, ainda, protocolo com o MMA no sentido deliberação nos comitês, subcomitês e no Conselho Diretor.
de disseminar a Agenda 21 na estratégia de Desenvolvimento Busca-se, dessa forma, um maior alinhamento e reforço das
Regional Sustentável. ações que colaboram para o avanço da atuação do BB em prol
Em setembro de 2008 foi aprovada a nova Agenda 21 do da sustentabilidade.
Banco do Brasil, para o período 2008-2012, revista a partir das
contribuições de todo o funcionalismo, por meio Fórum BB Grupo RSA
200 anos pela Sustentabilidade, das percepções de consumi- Em 2003, foi instituída equipe interdisciplinar, denomina-
dores. da Grupo RSA, que atualmente conta com representantes de
Em dezembro de 2010 aconteceu em Brasília o Workshop todas as áreas do BB, além da Fundação Banco do Brasil, a fim
Desenvolvimento Sustentável em Brasília. O Workshop foi de que as definições sobre o tema pudessem ser debatidas e
conduzido pela Fundação Dom Cabral tendo como públi- disseminadas por toda a organização.
co-alvo o Conselho Diretor e a Diretoria Executiva, além de O Grupo RSA tem por finalidades:
demais representantes de todas as áreas do Banco. O objetivo - Analisar e propor medidas à UDS sobre iniciativas relacio-
do Workshop foi atualizar a Agenda 21 do Banco do Brasil, por nadas à responsabilidade socioambiental do Banco do Brasil;
meio de um Plano de Ação para o período 2011-2013, além - Apoiar a UDS no desenvolvimento de ações relativas à
de fortalecer o comprometimento da cúpula do Banco com os responsabilidade socioambiental do BB, de forma interdis-
princípios de RSA. ciplinar;

21
CULTURA ORGANIZACIONAL

- Servir como canal de relacionamento da UDS com cada de boas práticas no meio empresarial brasileiro. É calculado
uma das unidades estratégicas do Banco e demais empresas pela Bovespa em tempo real ao longo do pregão, conside-
do conglomerado; rando os preços dos últimos negócios efetuados no mer-
- Contribuir para a disseminação da cultura de responsa- cado à vista. As ações integrantes do ISE são selecionadas
bilidade socioambiental por todo conglomerado; entre as mais negociadas na Bovespa em termos de liquidez
- Acompanhar a execução das ações da Agenda 21 do BB, e ponderadas na carteira pelo valor de mercado dos ativos
no âmbito de sua diretoria, unidade ou gerência autônoma. disponíveis à negociação. O índice é revisado anualmente.

Conselho Diretor Desempenho BB no ISE


A responsabilidade socioambiental faz parte da tradição A lista de integrantes do Índice de Sustentabilidade Em-
bicentenária do Banco do Brasil como um dos principais agen- presarial (ISE) para o período 2011, que foi divulgada em no-
tes de indução do desenvolvimento econômico e social do vembro de 2010, indicou que o Banco do Brasil permaneceu
País. na carteira pelo sexto ano consecutivo. A manutenção na
É desafio contínuo do Banco do Brasil fazer com que a res- carteira representa reconhecimento do mercado de capitais
ponsabilidade socioambiental permeie todos os processos da brasileiro quanto ao alto grau de comprometimento do BB
empresa. Inúmeros compromissos e políticas têm sido imple- com práticas de sustentabilidade e governança corporativa.
mentados pelo Conselho Diretor do BB, entre eles: a Estratégia Permanecer no ISE desde o lançamento da carteira, em 2005,
2011-2015, a Agenda 21, a Carta de Princípios de Responsabi- confirma os esforços que o Banco tem empreendido na oti-
lidade Socioambiental e o Código de Ética. Esses documentos mização de uma gestão responsável de modo a agregar va-
trazem as diretrizes corporativas que norteiam os processos lor ao acionista e à sociedade.
internos e demonstram a transparência das ações de Investi-
mento Social Privado do banco. DJSI
A Agenda 21, criada em 2005, consolida os compromissos Dow ‘Jones Sustainability Index, criado em 1989, é um
do BB com a sustentabilidade econômica, social e ambiental índice mundial de benchmark da Dow Jones & Company
do Banco do Brasil. Revista periodicamente pelo Conselho Di-
constituído por empresas que atuam a partir de uma pers-
retor, também envolve o plano de ação para colocar aqueles
pectiva de desenvolvimento sustentável. O índice é revisa-
compromissos na prática do quotidiano organizacional de
do anualmente como resultado de processo de consulta as
nossa empresa.
2.500 empresas com maior valor de capitalização free-float,
ranqueadas no Dow Jones Global Index – DJGI de 31 de
ISE
dezembro do ano anterior. As empresas consultadas res-
ISE na BM&F BOVESPA
O ISE, criado em dezembro de 2005, foi formulado com pondem a um questionário onde terão que evidenciar que
base no conceito internacional Triple Botton Line (TBL) que sua busca pelo resultado econômico leva em consideração
avalia, de forma integrada, elementos ambientais, sociais e preocupações a respeito da sociedade e do ambiente. As
econômico-financeiros. Aos princípios do TBL, foram adicio- respostas ao questionário com questões relacionadas às
nados outros três indicadores: governança corporativa, carac- dimensões econômica, social e ambiental são avaliadas e
terísticas gerais e natureza do produto. auditadas por organização suíça denominada SAM – Sustai-
As dimensões econômico-financeiras, sociais e ambien- nable Asset Management Research.
tais das empresas foram abordadas no questionário a par-
tir de quatro conjuntos de critérios: Políticas (indicadores de Relatório Anual
comprometimento); Gestão (planos, programas, metas e mo- O Banco do Brasil tem compromisso com a transparên-
nitoramento); Desempenho (indicadores de performance); e cia de suas práticas administrativas e negociais, o que se
Cumprimento Legal (cumprimento de normas nas áreas am- reflete na disposição em prestar contas aos seus diversos
biental, trabalhista, de concorrência, junto ao consumidor en- públicos de relacionamento sobre a sustentabilidade.
tre outras). Adota, desde 2006, as diretrizes da Global Reporting Ini-
O Conselho do ISE é composto pelas entidades Associa- tiative (GRI), modelo de prestação de contas reconhecido in-
ção Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Comple- ternacionalmente. A partir do Relatório Anual 2013, passou
mentar (Abrapp), Associação dos Analistas e Profissionais de a utilizar a versão G4 da metodologia GRI, com inclusão dos
Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Associação indicadores do suplemento específico para o setor financei-
Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), Instituto Bra- ro e seguindo a “opção abrangente”.
sileiro de Governança Corporativa (IBGC), Instituto Ethos de O Banco também segue os critérios propostos pelo Ins-
Empresas e Responsabilidade Social, International Finance tituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e
Corporation (IFC), Programa das Nações Unidas para o Meio pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abras-
Ambiente (PNUMA), além da BM&FBOVESPA e do Ministério ca).
do Meio Ambiente. Com isso, a Empresa pretende adequar sua publicação
O ISE reflete o retorno de uma carteira composta por às práticas de mercado mais recorrentes e proporcionar ao
ações de empresas com os melhores desempenhos em todas leitor o melhor entendimento possível de seu resultado.
as dimensões que medem sustentabilidade empresarial. Foi (http://www.bb.com.br/portalbb)
criado para se tornar benchmark (marca de referência) para
o investimento socialmente responsável e também indutor

22
CULTURA ORGANIZACIONAL

(53.1.2908 de 03.06.82), 27.04.1983 (53.1.3670


ESSÊNCIA BB: CRENÇA, MISSÃO, de 25.07.83), 29.03.1984 (53.1.4194 de 21.05.84),
31.07.1984 (53.1.4440 de 21.09.84), 05.03.1985 (53.1.4723
VALORES E VISÃO.
de 08.04.85), 23.12.1985 (15361 de 16.04.86) 07.04.1986
(15420 de 15.05.86), 27.04.1987 (16075 de 04.06.87),
05.08.1987 (16267 de 10.09.87), 20.04.1988 (16681 de
• Missão: 26.05.88), 15.02.1989 (531711.0 de 10.03.89), 19.04.1989
Pessoas protegendo pessoas, com excelência e inova- (531719.1 de 22.05.89), 08.03.1990 (531712.4 de
ção, em seguros, produtos financeiros e serviços que aten- 24.04.90), 14.05.1990 (531727.8 de 02.07.90), 29.06.1990
dam às necessidades de indivíduos, famílias e empresas, e (531735.6 de 01.08.90), 24.04.1991 (531780.2 de 31.05.91),
agreguem valor aos parceiros, corretores, colaboradores, 12.11.1991 (539724.2 de 06.12.91), 29.04.1992 (5310645.4
acionistas e à sociedade. de 22.05.92), 10.12.1992 (5312340,0 de 01.02.93),
30.12.1992 (5312485,0 de 01.03.93), 30.04.1993
• Valores: (5313236,6 de 24.06.93), 05.10.1993 (5314578,8 de
Atuação ética, respeito por pessoas e suas diversidades, 07.12.93), 27.12.1993 (5314948,6 de 28.01.94), 27.01.1994
iniciativa, espírito de equipe, busca por excelência, responsa- (5312357,1 de 10.03.94), 28.04.1994 (5315254.1
bilidade socioambiental, orientação para resultado sustentá- de 20.07.94), 25.04.1995 (5317742,5 de 14.09.95),
vel, estimulo à qualidade de vida, abordagem humanitária, 14.11.1995 (5318223,1 de 13.12.95), 29.03.1996 (5318902,9
independência de atuação de 09.05.96), 23.04.1996 (5319068,7 de 12.06.96),
17.06.1996 (5319241,0 de 05.07.96), 25.09.1996
• Visão de futuro: (960476369 de 13.11.96), 23.04.1997 (970343256 de
Somos um Grupo Segurador com uma proposta dife- 20.06.97), 13.10.1997 (970662831 de 13.11.97), 24.04.1998
rente de trabalho: acreditar nas pessoas, gostar das pessoas (980316812 de 02.07.98), 29.09.1998 (980531535
e trabalhar pelas pessoas. de 09.11.98), 30.04.1999 (990269655 de 15.06.99),
Acreditamos que nossos esforços e nossos produtos 25.04.2000 (000288004 de 26.05.2000), 30.04.2001
realmente ajudam as pessoas a protegerem e a defenderem (20010388893 de 13.07.2001), 27.08.2001 (20010578382
vidas, famílias e empresas: garantem as conquistas, as pes- de 8.10.2001), 29.11.2001 (20020253346 de 10.5.2002),
soas e os bens importantes. Fazendo isso para milhôes de 07.06.2002 (20020425961, de 30.07.2002), 22.04.2003
brasileiros. (20030387515, de 18.07.2003), 12.11.2003 (20030709806
Mas queremos fazer mais do que isso: queremos ser o me- de 11.12.2003), 22.12.2004 (20050003739 de 04.01.2005),
lhor, o mais querido e mais admirado Grupo Segurador no País. 26.04.2005 (20050420810 de 11.07.2005), 28.04.2006
(20060339098 de 07.08.2006), 22.05.2006 (20060339101
de 07.08.2006), 24.08.2006 (20060482842 de 05.10.2006),
ESTATUTO SOCIAL DO BANCO 28.12.2006 (20070117900 de 05.04.2007), 25.04.2007
DO BRASIL. (2007034397, de 14.06.2007), 12.07.2007 (20070517410
de 16.08.2007), 23.10.2007 (20070819807 de 19.12.2007),
24.01.2008 (20080389414, de 19.05.2008), 17.04.2008
(20080635695, de 14.08.2008), 23.04.2009 (20091057000,
Aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária rea- de 10.12.2009), 18.08.2009 (20091057477, de 10.12.2009),
lizada em 10.3.1942, arquivada no Registro do Comércio, 30.11.2009 (20100284574, de 22.04.2010), 13.04.2010
sob o número 17.298, em 7.4.1942; e modificado pelas (20100628060, de 12.08.2010), 05.08.2010 (20100696040,
seguintes Assembleias Gerais com seus respectivos de 02.09.2010), 06.09.2011 (20110895207, de 31.01.2012),
registros: 24.6.1952 (23.896 de 15.07.52), 19.4.1956 26.04.2012 (20120445450, de 28.06.2012), 19.09.2012
(43.281 de 29.05.56), 03.08.1959 (68.010 de 09.10.1959), (20120907496, de 20.11.2012), 18.12.2012 (20130248410,
15.05.1961 (122 de 14.07.61), 06.11.1961 (205 de de 12.03.2013), 19.12.2013 (20140228632, de 01.04.2014),
15.12.61), 25.4.1962 (291 de 27.06.62), 26.4.1963 (439 de 29.04.2014 (20140529101, de 07.07.2014) e 28.04.2015 (a
29.05.63), 03.08.1964 (675 de 10.09.64), 01.02.1965, (836 registrar), e 28.04.2016 (a registrar).
de 18.03.65) 04.02.1966 (1.162 de 29.03.66), 08 .07.1966
(1.305 de 18.08.66), 20.04.1967 (1.513 de 06.09.67), CAPÍTULO I – DENOMINAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E
15.08.1967 (1544 de 11.10.67) 25 .02.1969 (2.028 de NATUREZA DO BANCO
22.05.69) 18.12.1969 (2.360 de 19.02.70), 31.07.1970
(2.638 de 06.10.70), 24.11.1971 (3.241 de 28.12.71), Art. 1º O Banco do Brasil S.A., pessoa jurídica de direito
17.04.1972, (3.466 de 11.07.72) 01.09.1972 (3.648 de privado, sociedade anônima aberta, de economia mista, or-
21.11.72), 18.09.1973 (4.320 de 18.10.73) 09.10.1974 ganizado sob a forma de banco múltiplo, rege-se por este
(5.121 de 12.11.74), 15.04.1975 (5.429 de 22.04.75), Estatuto e pelas disposições legais que Ihe sejam aplicáveis.
23.10.1975 (5.853 de 25.11.75), 02.04.1976,(6.279 de § 1º O prazo de duração da Sociedade é indeterminado.
15.06.76) 08.11.1976 (6.689 de 02.12.76), 18.04.1977 § 2º O Banco tem domicílio e sede em Brasília, poden-
(7.078 de 19.05.77), 10.11.1977 (7.535 de 09.12.77), do criar e suprimir sucursais, filiais ou agências, escritórios,
12.03.1979 (8.591 de 08.05.79), 23.04.1980 (53.925.4 de dependências e outros pontos de atendimento nas demais
09.05.80), 28.04.1981 (53.1002.9 de 01.06.81), 31.03.1982 praças do País e no exterior.

23
CULTURA ORGANIZACIONAL

§ 3º Com a admissão do Banco do Brasil no segmen- toras de vendas, sociedades de processamento de serviços de
to especial de listagem denominado Novo Mercado, da suporte operacional, e de processamento de cartões, desde
BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futu- que conexas às atividades bancárias.
ro, o Banco, seus acionistas, administradores e membros do IV – câmaras de compensação e liquidação e demais socie-
conselho Fiscal sujeitam-se às disposições do Regulamento dades ou associações que integram o sistema de pagamentos;
de Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA. V – sociedades ou associações de prestação de serviços de
§ 4º As disposições do Regulamento do Novo Mer- cobrança e reestruturação de ativos, ou de apoio administrati-
cado prevalecerão sobre as disposições estatutárias, nas vo ou operacional ao próprio Banco;
hipóteses de prejuízo aos direitos dos destinatários das ofer- VI – associações ou sociedades sem fins lucrativos;
tas públicas previstas nos artigos 55, 56 e 57 deste estatuto. VII – sociedades em que a participação decorra de dis-
positivo legal ou de operações de renegociação de créditos,
CAPÍTULO II – OBJETO SOCIAL Seção I – Objeto social tais como dação em pagamento, arrematação ou adjudicação
e vedações judicial e conversão de debêntures em ações; e
VIII – outras sociedades, mediante aprovação do Conselho
Objeto social de Administração.
Art. 2º O Banco tem por objeto a prática de todas as § 2º Na limitação da alínea “a” do inciso III deste artigo
operações bancárias ativas, passivas e acessórias, a presta- não se incluem os investimentos relativos à aplicação de in-
ção de serviços bancários, de intermediação e suprimento centivos fiscais.
financeiro sob suas múltiplas formas e o exercício de § 3º As participações de que trata o inciso VII do § 1º deste
quaisquer atividades facultadas às instituições integrantes artigo, decorrentes de operações de renegociação de créditos,
do Sistema Financeiro Nacional. deverão ser alienadas no prazo fixado pelo Conselho de Admi-
§ 1º O Banco poderá, também, atuar na comercialização nistração.
de produtos agropecuários e promover a circulação de bens.
§ 2º Compete-lhe, ainda, como instrumento de exe- Seção II – Relações com a União
cução da política creditícia e financeira do Governo Fede- Art. 5º O Banco contratará, na forma da lei, diretamente
ral, exercer as funções que Ihe são atribuídas em lei, espe- com a União ou com a sua interveniência:
I – a execução dos encargos e serviços pertinentes à fun-
cialmente aquelas previstas no art. 19 da Lei nº 4.595, de 31
ção de agente financeiro do
de dezembro de 1964, observado o disposto nos arts. 5º e
Tesouro Nacional e às demais funções que lhe forem atri-
6º deste Estatuto.
buídas por lei;
II – a realização de financiamentos de interesse governa-
Art. 3º A administração de recursos de terceiros será
mental e a execução de programas oficiais mediante aplicação
realizada mediante a contratação de sociedade subsidiária
de recursos da União ou de fundos de qualquer natureza; e
ou controlada do Banco. III – a concessão de garantia em favor da União.
Parágrafo único. A contratação de que trata este artigo fica
Vedações condicionada, conforme o caso:
Art. 4º Ao Banco é vedado, além das proibições fixadas I – à colocação dos recursos correspondentes à disposi-
em lei: ção do Banco e ao estabelecimento da devida remuneração;
I – realizar operações com garantia exclusiva de ações II – à prévia e formal definição da adequada remunera-
de outras instituições financeiras; II – conceder empréstimos ção dos recursos a serem aplicados em caso de equalização
ou adiantamentos, comprar ou vender bens de qualquer na- de encargos financeiros; e
tureza a membros do Conselho de Administração, do Comi- III – à prévia e formal definição da assunção dos riscos e da
tê de Auditoria, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal; remuneração, nunca inferior aos custos dos serviços a serem
III – participar do capital de outras sociedades, salvo se prestados.
em percentuais iguais ou inferiores:
a) a 15% (quinze por cento) do patrimônio líquido do Seção III – Relações com o Banco Central do Brasil
próprio Banco, para tanto considerada a soma dos investi- Art. 6º O Banco poderá contratar a execução de encargos,
mentos da espécie; e serviços e operações de competência do Banco Central do Bra-
b) a 10% (dez por cento) do capital da sociedade parti- sil, desde que observado o disposto no parágrafo único do art.
cipada; 5º deste Estatuto.
IV – emitir ações preferenciais ou de fruição, debêntures
e partes beneficiárias. CAPÍTULO III
§ 1º As limitações do inciso III deste artigo não alcançam CAPITAL E AÇÕES
as participações societárias, no Brasil ou no exterior, em:
I – sociedades das quais o Banco participe na data da Capital social e ações ordinárias
aprovação do presente Estatuto; Art. 7º O Capital Social é de R$ 67.000.000.000,00 (ses-
II – instituições financeiras e demais entidades autoriza- senta e sete bilhões de reais), dividido em 2.865.417.020
das a funcionar pelo Banco Central do Brasil; (dois bilhões, oitocentos e sessenta e cinco milhões, quatro-
III – entidades de previdência privada, sociedades de ca- centos e dezessete mil e vinte) ações ordinárias representa-
pitalização, de seguros ou de corretagem, financeiras, promo- das na forma escritural e sem valor nominal.

24
CULTURA ORGANIZACIONAL

§ 1º Cada ação ordinária confere ao seu titular o direito conversíveis em ações de empresas controladas; venda de
de um voto nas deliberações da Assembleia Geral, salvo na debêntures conversíveis em ações de titularidade do Banco
hipótese de adoção do voto múltiplo para a eleição de Conse- de emissão de empresas controladas; ou, ainda, emissão de
lheiros de Administração. quaisquer outros títulos ou valores mobiliários, no País ou no
§ 2º As ações escriturais permanecerão em depósito neste exterior;
Banco, em nome dos seus titulares, sem emissão de certifica- II – cisão, fusão ou incorporação;
dos, podendo ser cobrada dos acionistas a remuneração pre- III – permuta de ações ou outros valores mobiliários;
vista em lei. IV – práticas diferenciadas de governança corporativa e ce-
§ 3º O Banco poderá adquirir as próprias ações, mediante lebração de contrato para essa finalidade com bolsa de valores.
autorização do Conselho de Administração, a fim de cancelá Parágrafo único. A escolha da instituição ou empresa
-las ou mantê-las em tesouraria para posterior alienação. especializada para determinação do valor econômico da
companhia, nas hipóteses previstas nos artigos 55, 56 e 57
Capital autorizado deste Estatuto, é de competência privativa da Assembleia
Art. 8º O Banco poderá, independentemente de refor- Geral, mediante apresentação de lista tríplice pelo Conselho
ma estatutária, por deliberação da Assembleia Geral e nas de Administração, e deverá ser deliberada pela maioria dos
condições determinadas por aquele órgão, aumentar o capi- votos dos acionistas representantes das ações em circulação,
tal social até o limite de R$ 120.000.000.000,00 (cento e vinte presentes na respectiva Assembleia Geral, não computados
bilhões de reais), mediante a emissão de ações ordinárias, os votos em branco. Se instalada em primeira convocação,
concedendo-se aos acionistas preferência para a subscrição deverá contar com a presença de acionistas que represen-
do aumento de capital, na proporção do número de ações que tem, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total das ações em
possuírem, ressalvado o direito de titulares de bônus de subs- circulação ou, se instalada em segunda convocação, poderá
crição emitidos pela Companhia. contar com a presença de qualquer número de acionistas re-
Parágrafo único. A emissão de ações, até o limite do capi- presentantes dessas ações.
tal autorizado, para venda em Bolsas de Valores ou subscrição
pública, ou permuta por ações em oferta pública de aquisição CAPÍTULO V
de controle, poderá ser efetuada sem a observância do direito ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO BANCO
de preferência aos antigos acionistas, ou com redução do Seção I
prazo para o exercício desse direito, observado o disposto
no inciso I do art. 10 deste Estatuto. Normas Comuns aos Órgãos de Administração

CAPÍTULO IV Requisitos
ASSEMBLEIA GERAL Art. 11. São órgãos de administração do Banco, inte-
grados por brasileiros, dotados de notórios conhecimentos,
Convocação e funcionamento inclusive sobre as melhores práticas de governança corpora-
Art. 9º A Assembleia Geral de Acionistas será convocada tiva, experiência, idoneidade moral, reputação ilibada e capa-
por deliberação do Conselho de Administração ou, nas hipó- cidade técnica compatível com o cargo:
teses admitidas em lei, pelo Conselho Diretor, pelo Conselho I – o Conselho de Administração; e
Fiscal, por grupo de acionistas ou por acionista isoladamente. II – a Diretoria Executiva, composta pelo Conselho Di-
§ 1º Os trabalhos da Assembleia Geral serão dirigidos pelo retor e pelos demais Diretores, todos residentes no País, na
Presidente do Banco, por seu substituto ou, na ausência ou forma estabelecida no art. 24 deste Estatuto.
impedimento de ambos, por um dos acionistas ou administra- § 1º O Conselho de Administração tem, na forma prevista
dores do Banco presentes, escolhido pelos acionistas. O pre- em lei e neste Estatuto, atribuições estratégicas, orientadoras,
sidente da mesa convidará dois acionistas ou administradores eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo funções operacio-
do Banco para atuarem como secretários da Assembleia Geral. nais ou executivas.
§ 2º Nas Assembleias Gerais Extraordinárias, tratar-se-á, § 2º Os cargos de Presidente e de Vice-Presidente do
exclusivamente, do objeto declarado nos editais de convoca- Conselho de Administração não poderão ser acumulados
ção, não se admitindo a inclusão, na pauta da Assembleia, de com o de Presidente ou principal executivo da Companhia,
assuntos gerais. ainda que interinamente.
§ 3º As atas da Assembleia Geral serão lavradas de forma
sumária no que se refere aos fatos ocorridos, inclusive dissi- Investidura
dências e protestos, e conterão a transcrição apenas das deli- Art. 12. Os membros dos órgãos de Administração serão
berações tomadas, observadas as disposições legais. investidos em seus cargos mediante assinatura de termos de
posse no livro de atas do Conselho de Administração ou da
Competência Diretoria Executiva, conforme o caso.
Art. 10. Além dos poderes definidos em lei, competirá es- § 1º Os eleitos para os órgãos de Administração tomarão
pecialmente à Assembleia Geral deliberar sobre: posse independentemente da prestação de caução.
I – alienação, no todo ou em parte, de ações do capital § 2º No ato da posse, os administradores eleitos deverão,
social do Banco ou de suas controladas; abertura do capital; ainda, assinar o Termo de Anuência dos Administradores ao
aumento do capital social por subscrição de novas ações; Regulamento de Listagem do Novo Mercado da BM&FBO-
renúncia a direitos de subscrição de ações ou debêntures VESPA – Bolsa de Valores de São Paulo.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

Impedimentos e vedações Perda do cargo


Art. 13. Não podem participar dos órgãos de Adminis- Art. 15. Perderá o cargo:
tração, além dos impedidos por lei: I – salvo motivo de força maior ou caso fortuito,
I – os que estiverem inadimplentes com o Banco ou que o membro do Conselho de Administração que deixar de
lhe tenham causado prejuízo ainda não ressarcido; comparecer, com ou sem justificativa, a três reuniões ordiná-
II – os que detenham controle ou participação relevante rias consecutivas ou a quatro reuniões ordinárias alternadas
no capital social de pessoa jurídica inadimplente com o Ban- durante o prazo do mandato; e
co ou que lhe tenha causado prejuízo ainda não ressarcido, II – o membro da Diretoria Executiva que se afastar, sem
estendendo-se esse impedimento aos que tenham ocupado autorização, por mais de trinta dias.
cargo de administração em pessoa jurídica nessa situação,
no exercício social imediatamente anterior à data da eleição Remuneração
ou nomeação; Art. 16. A remuneração dos integrantes dos órgãos de
III – os que houverem sido condenados por crime de Administração será fixada anualmente pela Assembleia Geral,
sonegação fiscal ou contra o Sistema Financeiro Nacional; observadas as prescrições legais.
IV – os declarados inabilitados para cargos de adminis- Parágrafo único. A Assembleia Geral, nos exercícios em
tração em instituições autorizadas a funcionar pelo Banco que forem pagos o dividendo obrigatório e a participação
Central do Brasil ou em outras instituições sujeitas a autori- de lucros aos empregados, poderá atribuir participação nos
zação, controle e fiscalização de órgãos e entidades da Ad- lucros do Banco aos membros da Diretoria Executiva, desde
ministração Pública direta e indireta, incluídas as entidades que o total não ultrapasse a 50% (cinquenta por cento) da re-
de previdência privada, as sociedades seguradoras, as muneração anual dos membros da Diretoria Executiva e nem
sociedades de capitalização e as companhias abertas; cinco milésimos dos lucros (art. 190 da Lei nº 6404/76), preva-
V – os que estiverem respondendo pessoalmente, ou lecendo o limite que for menor.
como controlador ou administrador de pessoa jurídica, por
pendências relativas a protesto de títulos, cobranças judi- Dever de informar e outras obrigações
ciais, emissão de cheques sem fundos, inadimplemento de Art. 17. Sem prejuízo dos procedimentos de autorregula-
obrigações e outras ocorrências ou circunstâncias análogas; ção atualmente adotados, os membros do Conselho de Ad-
VI – os declarados falidos ou insolventes; ministração e da Diretoria Executiva do Banco deverão:
VII – os que detiveram o controle ou participaram da I – comunicar ao Banco, à CVM – Comissão de Valores
administração de pessoa jurídica concordatária, falida ou in- Mobiliários e à bolsa de valores:
solvente, no período de cinco anos anteriores à data da elei- a) imediatamente após a investidura no cargo, a quanti-
ção ou nomeação, salvo na condição de síndico, comissário dade e as características dos valores mobiliários ou derivativos
ou administrador judicial; de que sejam titulares, direta ou indiretamente, de emissão
VIII – sócio, ascendente, descendente ou parente colate- do Banco, de suas controladas ou das sociedades coligadas
ral ou afim, até o terceiro grau, de membro do Conselho de relacionadas à sua área de atuação, além daqueles de titula-
Administração ou da Diretoria; ridade de seus respectivos cônjuges, companheiros e depen-
IX – os que ocuparem cargos em sociedades que dentes incluídos na declaração anual do imposto de renda;
possam ser consideradas concorrentes no mercado, em es- b) no momento da posse, ou de eventuais alterações pos-
pecial, em conselhos consultivos, de administração ou fiscal, teriores, os seus planos de negociação periódica dos valores
ou em Comitê de Auditoria, e os que tiverem interesse mobiliários e derivativos referidos na alínea “a” deste inciso,
conflitante com a sociedade, salvo dispensa da Assembleia. inclusive suas subsequentes alterações; e
Parágrafo único. É incompatível com a participação nos c) as negociações com os valores mobiliários e derivativos
órgãos de administração do Banco a candidatura a mandato de que trata a alínea “a” deste inciso, inclusive o preço, até
público eletivo, devendo o interessado requerer seu afasta- o décimo dia do mês seguinte àquele em que se verificar a
mento, sob pena de perda do cargo, a partir do momento negociação;
em que tornar pública sua pretensão à candidatura. Duran- II – abster-se de negociar com os valores mobiliários ou
te o período de afastamento não será devida qualquer re- derivativos de que trata a alínea “a” do inciso I deste artigo:
muneração ao membro do órgão de administração, o qual a) no período de 15 (quinze) dias anteriores à divulga-
perderá o cargo a partir da data do registro da candidatura. ção das informações trimestrais (ITR) e anuais (DFP e IAN); e
b) nas demais hipóteses previstas na legislação aplicável.
Art. 14. Aos integrantes dos órgãos de administração é
vedado intervir no estudo, deferimento, controle ou liquida- Seção II
ção de qualquer operação em que: Conselho de Administração
I – sejam interessadas, direta ou indiretamente, socieda-
des de que detenham o controle ou participação superior a Composição e prazo de gestão
10% (dez por cento) do capital social; Art. 18. O Conselho de Administração será composto
II – tenham interesse conflitante com o do Banco. por pessoas naturais, eleitas pela Assembleia Geral, e terá
Parágrafo único. O impedimento de que trata o inciso I oito membros, com mandato unificado de dois anos, dentre
se aplica, ainda, quando se tratar de empresa em que ocu- os quais um Presidente e um Vice-Presidente, permitida a
pem, ou tenham ocupado em período imediatamente ante- reeleição. O prazo de gestão estender-se-á até a investidura
rior à investidura no Banco, cargo de administração. dos novos membros.

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CULTURA ORGANIZACIONAL

§ 1º É assegurado aos acionistas minoritários o di- § 1º Caberá à mesa que dirigir os trabalhos da Assem-
reito de eleger ao menos dois conselheiros de adminis- bleia informar previamente aos acionistas, à vista do “Livro de
tração, se maior número não lhes couber pelo processo de Presença”, o número de votos necessários para a eleição de
voto múltiplo. cada membro do Conselho.
§ 2º A União indicará, à deliberação da Assembleia Geral, § 2º Adotado o voto múltiplo, em substituição às prer-
para o preenchimento de seis vagas no Conselho de Admi- rogativas previstas no § 1º do art. 18 deste Estatuto, os acio-
nistração: nistas que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento)
I – o Presidente do Banco; do total das ações com direito a voto, terão direito de eleger
II – três representantes indicados pelo Ministro de Esta- e destituir um membro e seu suplente do Conselho de Ad-
do da Fazenda; ministração, em votação em separado na Assembleia Geral,
III – um representante indicado pelos empregados do excluído o acionista controlador.
Banco do Brasil S.A., na forma do § 4º deste artigo; § 3º Somente poderão exercer o direito previsto no § 2º
IV – um representante indicado pelo Ministro de Estado acima os acionistas que comprovarem a titularidade ininter-
do Planejamento, Orçamento e Gestão. rupta da participação acionária ali exigida durante o período
§ 3º O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho serão de três meses, no mínimo, imediatamente anterior à realiza-
escolhidos dentre os membros indicados pelo Ministro de Es- ção da Assembleia Geral.
tado da Fazenda, observado o previsto no § 2º do Artigo 11. § 4º Será mantido registro com a identificação dos
§ 4º O representante dos empregados será escolhido acionistas que exercerem a prerrogativa a que se refere o §
pelo voto direto de seus pares, dentre os empregados ativos 2º deste artigo.
da empresa, em eleição organizada e regulamentada pelo
Banco, em conjunto com as entidades sindicais que os repre- Vacância e substituições
sentam, observadas as exigências e procedimentos previstos Art. 20. Excetuada a hipótese de destituição de membro
na legislação e o disposto nos parágrafos 5º e 6º deste artigo. do Conselho eleito pelo processo de voto múltiplo, no caso
§ 5º Para o exercício do cargo, o conselheiro represen- de vacância do cargo de conselheiro, os membros remanes-
tante dos empregados está sujeito a todos os critérios, exi- centes no Colegiado nomearão acionista para completar o
gências, requisitos, impedimentos e vedações previstas em mandato do substituído. Se houver a vacância da maioria dos
lei e neste Estatuto. cargos, estejam ou não ocupados por substitutos nomeados,
§ 6º Sem prejuízo dos impedimentos e vedações previs- a Assembleia Geral será convocada para proceder a uma
tos nos artigos 13 e 14 deste Estatuto, o conselheiro repre- nova eleição.
sentante dos empregados não participará das discussões e Parágrafo único. O Presidente do Conselho será substi-
deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, tuído pelo Vice-Presidente e, nas ausências deste, por outro
remuneração, benefícios e vantagens, inclusive matérias de conselheiro indicado pelo Presidente. No caso de vacância, a
previdência complementar e assistenciais, bem como nas substituição dar-se-á até a escolha do novo titular do Con-
demais hipóteses em que ficar configurado o conflito de in- selho, o que deverá ocorrer na primeira reunião do Conselho
teresse. de Administração subsequente.
§ 7º Na composição do Conselho de Administração, ob-
servar-se-ão, ainda, as seguintes regras: Atribuições
I – no mínimo 20% (vinte por cento) dos membros do Art. 21. Além das competências definidas em lei, são atri-
Conselho de Administração deverão ser Conselheiros Inde- buições do Conselho de Administração:
pendentes, assim definidos no Regulamento de Listagem do I – aprovar as políticas, a estratégia corporativa, o plano de
Novo Mercado da BM&FBOVESPA, estando nessa condição, investimentos, o plano diretor e o orçamento geral do Banco;
os conselheiros eleitos nos termos do § 1º deste artigo; II – deliberar sobre:
II – a condição de Conselheiro Independente será expres- a) distribuição de dividendos intermediários, inclusive à
samente declarada na Ata da Assembleia Geral que o eleger. conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existen-
III - quando, em decorrência da observância do percen- tes no último balanço anual ou semestral;
tual referido no parágrafo acima, resultar número fracionário b) pagamento de juros sobre o capital próprio;
de conselheiros, proceder-se-á ao arredondamento nos ter- c) aquisição das próprias ações, em caráter não perma-
mos do Regulamento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA. nente;
§ 8º Na hipótese de adoção do processo de voto múlti- d) participações do Banco em sociedades, no País e no
plo previsto no § 1º deste artigo, não será considerada a vaga exterior;
destinada ao representante dos empregados. III – definir as atribuições da Auditoria Interna, regula-
mentar o seu funcionamento, bem como nomear e dispensar
Voto múltiplo o seu titular;
Art. 19. É facultado aos acionistas, observado o percen- IV – escolher e destituir os auditores independentes,
tual mínimo estabelecido pela Comissão de Valores Mobi- cujos nomes poderão ser objeto de veto, devidamente fun-
liários – CVM, requerer, até 48 horas antes da Assembleia damentado, pelo Conselheiro eleito na forma do § 2º do art.
Geral, mediante requerimento escrito dirigido ao Presiden- 19 deste Estatuto, se houver;
te do Banco, a adoção do processo de voto múltiplo, para V – fixar o número e eleger os membros da Diretoria Exe-
a eleição dos membros do Conselho de Administração, de cutiva, observado o art. 24 deste Estatuto e o disposto no art.
acordo com o disposto neste artigo. 21 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964;

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CULTURA ORGANIZACIONAL

VI – aprovar o seu regimento interno e decidir sobre § 1º As reuniões do Conselho de Administração serão
a criação, a extinção e o funcionamento de comitês no convocadas pelo seu Presidente.
âmbito do próprio Conselho de Administração; § 2º A reunião extraordinária solicitada pelos conselhei-
VII – aprovar o regimento interno da Diretoria Executiva ros, na forma do inciso II deste artigo, deverá ser convocada
e dos comitês constituídos no âmbito do próprio Conselho; pelo Presidente nos sete dias que se seguirem ao pedido; es-
VIII – decidir sobre a participação dos empregados nos gotado esse prazo sem que o Presidente a tenha convocado,
lucros ou resultados do Banco; qualquer conselheiro poderá fazê-lo.
IX – apresentar à Assembleia Geral lista tríplice de em- § 3º O Conselho de Administração delibera por maioria
presas especializadas para determinação do valor econômico de votos, sendo necessário:
da companhia, para as finalidades previstas no parágrafo úni- I – o voto favorável de cinco conselheiros para a aprova-
co do art. 10; ção das matérias de que tratam os incisos I, III, IV e VI do art.
X – estabelecer meta de rentabilidade que assegure a 21; ou
adequada remuneração do capital próprio; II – o voto favorável da maioria dos conselheiros pre-
XI – eleger e destituir os membros dos comitês consti- sentes, para a aprovação das demais matérias, prevalecendo,
tuídos no âmbito do próprio Conselho; em caso de empate, o voto do Presidente do Conselho, ou do
XII – avaliar formalmente, ao término de cada ano, o de- seu substituto no exercício das funções.
sempenho da Diretoria Executiva e dos comitês constituídos § 4º Fica facultada, mediante justificativa, eventual parti-
no âmbito do próprio Conselho; e cipação dos conselheiros na reunião, por telefone, videocon-
XIII – manifestar-se formalmente quando da realização de ferência, ou outro meio de comunicação que possa assegurar
ofertas públicas de aquisição de ações de emissão do Banco. a participação efetiva e a autenticidade do seu voto, que será
§ 1º A estratégia corporativa do Banco será fixada para considerado válido para todos os efeitos legais e incorporado
um período de cinco anos, devendo ser revista, anualmente, à ata da referida reunião.
até o mês de setembro de cada ano.
§ 2º Para assessorar a deliberação do Conselho de Admi- Avaliação
nistração, as propostas de fixação das atribuições e de regu-
Art. 23. O Conselho de Administração realizará anual-
lamentação do funcionamento da Auditoria Interna, referidas
mente uma avaliação formal do seu desempenho.
no inciso III, deverão conter parecer prévio das áreas técnicas
§ 1º O processo de avaliação citado no caput será realiza-
envolvidas e do Comitê de Auditoria.
do conforme procedimentos previamente definidos pelo pró-
§ 3º A fiscalização da gestão dos membros da Diretoria
prio Conselho de Administração e que deverão estar descritos
Executiva, de que trata a Lei n°
em seu regimento interno.
6.404/76 poderá ser exercida isoladamente por qualquer
§ 2º Caberá ao Presidente do Conselho conduzir o pro-
conselheiro, o qual terá acesso aos livros e papéis do Banco
cesso de avaliação.
e às informações sobre os contratos celebrados ou em via de
celebração e quaisquer outros atos que considere necessários
ao desempenho de suas funções, podendo requisitá-los, dire- Seção III
tamente, a qualquer membro da Diretoria Executiva. As provi- Diretoria Executiva
dências daí decorrentes, inclusive propostas para contratação
de profissionais externos, serão submetidas à deliberação do Composição e prazo de gestão
Conselho de Administração. Art. 24. A administração do Banco competirá à Diretoria
§ 4º A manifestação formal, favorável ou contrária, de Executiva, que terá entre dez e trinta e sete membros, sendo:
que trata a alínea XIII será por meio de parecer prévio funda- I – o Presidente, nomeado e demissível “ad nutum” pelo
mentado, divulgado em até 15 (quinze) dias da publicação do Presidente da República;
edital da oferta pública de ações, abordando, pelo menos: (i) II – até nove Vice-Presidentes eleitos na forma da lei;
a conveniência e a oportunidade da oferta pública de ações III – até vinte e sete Diretores eleitos na forma da lei.
quanto ao interesse do conjunto dos acionistas e em relação § 1º No âmbito da Diretoria Executiva, o Presidente e os
à liquidez dos valores mobiliários de sua titularidade; (ii) as Vice-Presidentes formarão o Conselho Diretor.
repercussões da oferta pública de aquisição de ações sobre § 2º O cargo de Diretor é privativo de empregados da
os interesses do Banco; (iii) os planos estratégicos divulgados ativa do Banco.
pelo ofertante em relação ao Banco; (iv) outros pontos que § 3º Os eleitos para a Diretoria Executiva terão mandato
o Conselho de Administração considerar pertinentes, bem de três anos, permitida a reeleição. O prazo de gestão esten-
como as informações exigidas pelas regras aplicáveis estabe- der-se-á até a investidura dos novos membros.
lecidas pela CVM. § 4º Além dos requisitos previstos no art. 11 deste Esta-
tuto, devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes
Funcionamento condições para o exercício de cargos na Diretoria Executiva
Art. 22. O Conselho de Administração reunir-se-á com a do Banco:
presença de, no mínimo, a maioria dos seus membros: I – ser graduado em curso superior; e
I – ordinariamente, pelo menos uma vez por mês; e II – ter exercido, nos últimos cinco anos:
II – extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu a) por pelo menos dois anos, cargos gerenciais em insti-
Presidente, ou a pedido de, no mínimo, dois conselheiros. tuições integrantes do Sistema Financeiro Nacional; ou

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CULTURA ORGANIZACIONAL

b) por pelo menos quatro anos, cargos gerenciais na área Vedações


financeira de outras entidades detentoras de patrimônio líqui- Art. 25. A investidura em cargo da Diretoria Executiva re-
do não inferior a um quarto dos limites mínimos de capital rea- quer dedicação integral, sendo vedado a qualquer de seus
lizado e patrimônio líquido exigidos pela regulamentação para membros, sob pena de perda do cargo, o exercício de ativida-
o Banco; ou des em outras sociedades com fim lucrativo, salvo:
c) por pelo menos dois anos, cargos relevantes em ór- I – em sociedades subsidiárias ou controladas do Banco,
gãos ou entidades da administração pública. ou em sociedades das quais este participe, direta ou indireta-
§ 5º Ressalvam-se, em relação às condições previstas nos mente, observado o § 1º deste artigo; ou
incisos I e II do § 4º deste artigo, ex-administradores que te- II – em outras sociedades, por designação do Presi-
nham exercido cargos de diretor ou de sócio-gerente em ou- dente da República, ou por autorização prévia e expressa do
tras instituições do Sistema Financeiro Nacional por mais de Conselho de Administração.
cinco anos, exceto em cooperativa de crédito. § 1º É vedado, ainda, a qualquer membro da Diretoria
§ 6º Após o término da gestão, os ex-membros da Dire- Executiva o exercício de atividade em instituição ou empresa
toria Executiva ficam impedidos, por um período de quatro ligada ao Banco que tenha por objeto a administração de re-
meses, contados do término da gestão, se maior prazo não cursos de terceiros, exceto na qualidade de membro de con-
for fixado nas normas regulamentares, de: selho de administração ou de conselho fiscal.
I – exercer atividades ou prestar qualquer serviço a so- § 2º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, consi-
ciedades ou entidades concorrentes das sociedades integran- deram-se ligadas ao Banco as instituições ou empresas assim
tes do Conglomerado Banco do Brasil; definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
II – aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou
estabelecer vínculo profissional com pessoa física ou jurídica Vacância e substituições
com a qual tenham mantido relacionamento oficial direto e Art. 26. Serão concedidos (as):
relevante nos seis meses anteriores ao término da gestão, se I – afastamentos de até 30 dias, exceto licenças, aos Vi-
maior prazo não for fixado nas normas regulamentares; e ce-Presidentes e Diretores, pelo Presidente, e ao Presidente,
III – patrocinar, direta ou indiretamente, interesse de pes- pelo Conselho de Administração; e
soa física ou jurídica, perante órgão ou entidade da Admi- II – licenças ao Presidente do Banco, pelo Ministro de Es-
nistração Pública Federal com que tenha tido relacionamento tado da Fazenda; aos demais membros da Diretoria Executiva,
oficial direto e relevante nos seis meses anteriores ao término pelo Conselho de Administração.
da gestão, se maior prazo não for fixado nas normas regula- § 1º As atribuições individuais do Presidente do Banco
mentares. serão exercidas, durante seus afastamentos e demais licenças:
§ 7º Durante o período de impedimento, os ex-membros I – de até trinta dias consecutivos, por um dos Vice-Pre-
da Diretoria Executiva fazem jus a remuneração compensató- sidentes que designar; e
ria equivalente à da função que ocupavam neste órgão, ob- II – superiores a trinta dias consecutivos, por quem, na
servado o disposto no § 8º deste artigo. forma da lei, for nomeado interinamente pelo Presidente da
§ 8º Não terão direito à remuneração compensatória de República.
que trata o § 7º deste artigo os ex-membros do Conselho Di- § 2º No caso de vacância, o cargo de Presidente será ocu-
retor não oriundos do quadro de empregados do Banco que, pado, até a posse do seu sucessor, pelo Vice-Presidente mais
respeitado o § 6º, deste artigo, optarem pelo retorno, antes antigo; se de igual antiguidade, pelo mais idoso.
do término do período de impedimento, ao desempenho da § 3º As atribuições individuais dos Vice-Presidentes e dos
função ou cargo, efetivo ou superior, que, anteriormente à sua Diretores serão exercidas por outro Vice-Presidente ou Dire-
investidura, ocupavam na administração pública ou privada. tor, respectivamente, nos casos de afastamentos e demais li-
§ 9º Finda a gestão, os ex-Diretores e os ex-membros cenças, bem como no caso de vacância, sendo:
do Conselho Diretor oriundos do quadro de funcionários do I – até trinta dias consecutivos, mediante designação do
Banco sujeitam-se às normas internas aplicáveis a todos os Presidente;
empregados, observado o disposto no § 7º deste artigo. II – superior a trinta dias consecutivos, ou em caso de
§ 10. Salvo dispensa do Conselho de Administração, na vacância, até a posse do substituto eleito, mediante designa-
forma do § 11, o descumprimento da obrigação de que ção do Presidente e homologação, dentro do período em que
trata o § 6º implica, além da perda da remuneração com- exercer as funções do cargo, pelo Conselho de Administração.
pensatória prevista no § 7º, a devolução do valor já recebido a § 4º Nas hipóteses previstas nos §§ 1º a 3º deste artigo,
esse título e o pagamento de multa de 20% (vinte por cento) o Vice-Presidente ou Diretor acumulará suas funções com as
sobre o total da remuneração compensatória que seria devida do Presidente, do Vice-Presidente ou do Diretor, conforme for
no período, sem prejuízo do ressarcimento das perdas e da- designado, sem acréscimo de remuneração.
nos a que eventualmente der causa.
§ 11. O Conselho de Administração pode, a requerimento Representação e constituição de mandatários
do ex-membro da Diretoria Executiva, dispensá-lo do cumpri- Art. 27. A representação judicial e extrajudicial e a
mento da obrigação prevista no § 6º, sem prejuízo das demais constituição de mandatários do Banco competem, isola-
obrigações legais a que esteja sujeito. Nessa hipótese, damente, ao Presidente ou a qualquer dos Vice-Presidentes
não é devido o pagamento da remuneração compensatória e, nos limites de suas atribuições e poderes, aos Diretores.
a que alude o § 7º, a partir da data em que o requerimento A outorga de mandato judicial compete ao Presidente, aos
for recebido. Vice-Presidentes e ao Diretor Jurídico.

29
CULTURA ORGANIZACIONAL

§ 1º Os instrumentos de mandato devem especificar os XII – decidir sobre a concessão, a fundações criadas
atos ou as operações que poderão ser praticados e a dura- pelo Banco, de contribuições para a consecução de seus ob-
ção do mandato, podendo ser outorgados, isoladamente, por jetivos sociais, limitadas, em cada exercício, a 5% (cinco por
qualquer membro da Diretoria Executiva, observada a hipóte- cento) do resultado operacional;
se do § 2º do art. 29 deste Estatuto. O mandato judicial pode- XIII – aprovar os critérios de seleção e a indicação de
rá ser por prazo indeterminado. conselheiros para integrarem os conselhos de empresas e
§ 2º Os instrumentos de mandato serão válidos ainda instituições das quais o Banco, suas subsidiárias, controladas
que o seu signatário deixe de integrar a Diretoria Executiva ou coligadas participem ou tenham direito de indicar repre-
do Banco, salvo se o mandato for expressamente revogado. sentante; e
XIV – decidir sobre situações não compreendidas nas
Atribuições da Diretoria Executiva atribuições de outro órgão de administração e sobre casos
Art. 28. Cabe à Diretoria Executiva cumprir e fazer cumprir extraordinários.
este Estatuto, as deliberações da Assembleia Geral de Acionis- § 1º As decisões do Conselho Diretor obrigam toda a
tas e do Conselho de Administração e exercer as atribuições Diretoria Executiva.
que lhe forem definidas por esse Conselho, sempre observan- § 2º As outorgas de poderes previstas nos incisos V, VIII,
do os princípios de boa técnica bancária e as boas práticas de X e XI deste artigo, quando destinadas a produzir efeitos
governança corporativa. perante terceiros, serão formalizadas por meio de instru-
mento de mandato assinado pelo Presidente e um Vice-Pre-
Atribuições do Conselho Diretor sidente ou por dois Vice- Presidentes.
Art. 29. São atribuições do Conselho Diretor:
I – submeter ao Conselho de Administração, por inter- Atribuições individuais dos membros da Diretoria
médio do Presidente do Banco, ou pelo Coordenador por Executiva
este designado, propostas à sua deliberação, em especial so-
bre as matérias relacionadas nos incisos I, II, VII e VIII do art. Art. 30. Cabe a cada um dos membros da Diretoria Exe-
21 deste Estatuto; cutiva cumprir e fazer cumprir este Estatuto, as deliberações
II – fazer executar as políticas, a estratégia corporativa, o plano da Assembleia Geral de Acionistas e do Conselho de Admi-
de investimentos, o plano diretor e o orçamento geral do Banco; nistração e as decisões colegiadas do Conselho Diretor e da
III – aprovar e fazer executar o plano de mercado e o Diretoria Executiva. Além disso, são atribuições:
acordo de trabalho; I – do Presidente:
IV – aprovar e fazer executar a alocação de recursos para a) presidir a Assembleia Geral de Acionistas, convocar e
atividades operacionais e para investimentos; presidir as reuniões do Conselho Diretor e da Diretoria Exe-
V – autorizar a alienação de bens do ativo permanen- cutiva e supervisionar a sua atuação;
te, a constituição de ônus reais, a prestação de garantias a b) propor, ao Conselho de Administração, o número de
obrigações de terceiros, a renúncia de direitos, a transação e membros da Diretoria Executiva, indicando-lhe, para eleição,
o abatimento negocial, facultada a outorga desses poderes os nomes dos Vice-Presidentes e dos Diretores;
com limitação expressa; c) propor ao Conselho de Administração as atribuições
VI – decidir sobre os planos de cargos, salários, vantagens dos Vice-Presidentes e dos Diretores, bem como eventual
e benefícios, e aprovar o Regulamento de Pessoal do Banco, remanejamento;
observada a legislação vigente; d) supervisionar e coordenar a atuação dos Vice-Presi-
VII – distribuir e aplicar os lucros apurados, na forma da dentes, dos Diretores e titulares de unidades que estiverem
deliberação da Assembleia Geral de Acionistas ou do Conse- sob sua supervisão direta;
lho de Administração, observada a legislação vigente; e) nomear, remover, ceder, promover, comissionar,
VIII – decidir sobre a criação, instalação e supressão de punir e demitir empregados, podendo outorgar esses po-
sucursais, filiais ou agências, escritórios, dependências e ou- deres com limitação expressa;
tros pontos de atendimento no País e no exterior, faculta- f) indicar, dentre os Vice-Presidentes, coordenador
da a outorga desses poderes com limitação expressa; com a finalidade de convocar e presidir, em suas ausências
IX – decidir sobre a organização interna do Banco, a es- ou impedimentos, as reuniões do Conselho Diretor e da Di-
trutura administrativa das diretorias e a criação, extinção e retoria Executiva.
funcionamento de comitês no âmbito da Diretoria Executiva e II – de cada Vice-Presidente:
de unidades administrativas; a) administrar, supervisionar e coordenar as áreas que
X – fixar as alçadas da Diretoria Executiva e dos seus lhe forem atribuídas e a atuação dos Diretores e dos titulares
membros e as atribuições e alçadas dos comitês e das uni- das unidades que estiverem sob sua supervisão direta;
dades administrativas, dos órgãos regionais, das redes de b) coordenar as reuniões do Conselho Diretor e da Dire-
distribuição e dos demais órgãos da estrutura interna, bem toria Executiva, quando designado pelo Presidente.
como dos empregados do Banco, facultada a outorga desses III – de cada Diretor:
poderes com limitação expressa; a) administrar, supervisionar e coordenar as atividades
XI – autorizar, verificada previamente a segurança e a da diretoria e unidades sob sua responsabilidade;
adequada remuneração em cada caso, a concessão de crédi- b) prestar assessoria aos trabalhos do Conselho Dire-
tos a entidades assistenciais e a empresas de comunicação, tor, no âmbito das respectivas atribuições; e
bem como o financiamento de obras de utilidade pública, c) executar outras tarefas que lhe forem atribuídas pelo
facultada a outorga desses poderes com limitação expressa; membro do Conselho Diretor ao qual estiver vinculado.

30
CULTURA ORGANIZACIONAL

§ 1º O Coordenador designado pelo Presidente para Seção V


convocar e presidir as reuniões do Conselho Diretor e da Comitês vinculados ao Conselho de Administração
Diretoria Executiva não proferirá voto de qualidade no exer-
cício dessa função. Comitê de Auditoria
§ 2º As atribuições individuais do Presidente, dos Vice Art. 33. O Comitê de Auditoria, com as atribuições e
-Presidentes e dos Diretores serão exercidas, nas suas au- encargos previstos na legislação, será formado por quatro
sências ou impedimentos, na forma do art. 26, observado o membros efetivos, com mandatos anuais, renováveis até o
que dispuserem os Regimentos Internos da Diretoria Execu- máximo de cinco anos, nos termos das normas aplicáveis,
tiva e do Conselho Diretor, as normas sobre competências, observado, preferencialmente, que a substituição de todos
as alçadas decisórias e demais procedimentos fixados pelo os membros não ocorra simultaneamente.
Conselho Diretor. § 1º Os membros do Comitê de Auditoria serão eleitos
pelo Conselho de Administração, obedecendo ao disposto
Funcionamento neste Estatuto e aos seguintes critérios:
Art. 31. O funcionamento da Diretoria Executiva e do I – um membro titular será escolhido dentre os in-
Conselho Diretor será disciplinado por meio do seu regi- dicados pelos Conselheiros de Administração eleitos pelos
mento interno, observado o disposto neste artigo. acionistas minoritários;
§ 1º A Diretoria Executiva reunir-se-á, ordinariamente, II – três membros titulares serão escolhidos dentre os
uma vez a cada três meses, e, extraordinariamente, sempre indicados pelos Conselheiros de Administração represen-
que convocada pelo Presidente do Banco ou pelo Coorde- tantes da União; e
nador por este designado. III - pelo menos um dos integrantes do Comitê de Audi-
§ 2º O Conselho Diretor: toria deverá possuir comprovados conhecimentos nas áreas
I – é órgão de deliberação colegiada, devendo reunir- de contabilidade e auditoria.
se, ordinariamente, pelo menos uma vez por semana e, ex- § 2º Perderá o cargo o membro do Comitê de Audito-
traordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente ria que deixar de comparecer, com ou sem justificativa, a
ou pelo Coordenador por este designado, sendo necessária, três reuniões ordinárias consecutivas ou a quatro reuniões
em qualquer caso, a presença de, no mínimo, a maioria de alternadas durante o período de doze meses, salvo motivo
seus membros; de força maior ou caso fortuito, e, a qualquer tempo, por
II – as deliberações exigem, no mínimo, aprovação da decisão do Conselho de Administração.
§ 3º São atribuições do Comitê de Auditoria, além de
maioria dos membros presentes; em caso de empate, preva-
outras previstas na legislação própria:
lecerá o voto do Presidente; e
I – assessorar o Conselho de Administração no que con-
III – uma vez tomada a decisão, cabe aos membros do
cerne ao exercício de suas funções de auditoria e fiscalização;
Conselho Diretor a adoção das providências para sua imple-
II – supervisionar as atividades e avaliar os trabalhos da
mentação.
auditoria independente;
§ 3º O Conselho Diretor será assessorado por uma Se-
III – exercer suas atribuições e responsabilidades junto
cretaria Executiva, cabendo ao Presidente designar o seu ti- às sociedades controladas pelo Banco do Brasil que adota-
tular. rem o regime de Comitê de Auditoria único.
§ 4º O funcionamento do Comitê de Auditoria será
Seção IV regulado por meio do seu regimento interno, observado
Segregação de funções que:
I – reunir-se-á, no mínimo trimestralmente, com o Con-
Art. 32. Os órgãos de Administração devem, no âmbito selho de Administração, com o Conselho Diretor, com os
das respectivas atribuições, observar as seguintes regras de auditores independentes e com a Auditoria Interna, em con-
segregação de funções: junto ou separadamente, a seu critério;
I – as diretorias ou unidades responsáveis por funções II – o Comitê de Auditoria poderá convidar para partici-
relativas à gestão de riscos não podem ficar sob a supervisão par, sem direito a voto, das suas reuniões:
direta de Vice-Presidente a que estiverem vinculadas direto- a) membros do Conselho Fiscal;
rias ou unidades responsáveis por qualquer outra atividade b) o titular e outros representantes da Auditoria Interna; e
administrativa ou negocial, exceto nos casos de recuperação c) quaisquer membros da Diretoria Executiva ou empre-
de créditos e conformidade; gados do Banco.
II – as diretorias ou unidades responsáveis pelas ativi- § 5º A remuneração dos membros do Comitê de Audi-
dades de análise de risco de crédito não podem ficar sob a toria, a ser definida pelo Conselho de Administração, será
supervisão direta de Vice-Presidente a que estiverem vincu- compatível com o plano de trabalho aprovado por este Co-
ladas diretorias ou unidades responsáveis por atividades de legiado, observado que:
concessão de créditos ou de garantias, exceto nos casos de I – a remuneração dos membros do Comitê não será
recuperação de créditos; e superior ao honorário médio percebido pelos Diretores;
III – os Vice-Presidentes, Diretores ou quaisquer respon- II – no caso de servidores públicos, a sua remuneração
sáveis pela administração de recursos próprios do Banco pela participação no Comitê de Auditoria ficará sujeita às
não podem administrar recursos de terceiros. disposições estabelecidas na legislação e regulamento per-
tinentes;

31
CULTURA ORGANIZACIONAL

III – o integrante do Comitê de Auditoria que for, tam- Seção VII


bém, membro do Conselho de Administração deverá optar Ouvidoria
pela remuneração relativa a apenas um dos cargos.
§ 6º Ao término do mandato, os ex-membros do Comitê Art. 36. O Banco disporá de uma Ouvidoria que terá a
de Auditoria, sujeitam-se ao impedimento previsto no § 6º finalidade de atuar como canal de comunicação entre a Ins-
do art. 24 deste Estatuto, observados os §§ 7º a 11 do mes- tituição, clientes e usuários, permitindo-lhes buscar a solução
mo artigo. de problemas no seu relacionamento com o Banco do Brasil,
mediante o registro de reclamações, denúncias e sugestões.
Comitê de Remuneração § 1º Além de outras previstas na legislação, constituem
Art. 34. O Comitê de Remuneração, com as atribuições atribuições da Ouvidoria:
e encargos previstos na legislação, será formado por quatro I – receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento
membros efetivos, com mandato anual, renovável até o má- formal e adequado às reclamações dos clientes e usuários;
ximo de dez anos, nos termos das normas aplicáveis. II – prestar os esclarecimentos necessários e dar ciência
§ 1º Os membros do Comitê de Remuneração serão acerca do andamento de suas demandas e das providências
eleitos pelo Conselho de Administração, obedecendo ao adotadas;
disposto neste Estatuto e no seu Regimento Interno. III – informar o prazo previsto para resposta final;
§ 2º Pelo menos um dos integrantes do Comitê de Re- IV – propor ao Conselho de Administração medidas cor-
muneração não deverá ser membro do Conselho de Admi- retivas ou de aprimoramento dos procedimentos e rotinas
nistração ou da Diretoria Executiva. da instituição;
§ 3º Os integrantes do Comitê de Remuneração deve- V – elaborar e encaminhar à Auditoria Interna, ao Comitê
rão possuir a qualificação e a experiência necessárias para de Auditoria e ao Conselho de Administração relatórios se-
avaliar de forma independente a política de remuneração de mestrais sobre sua atuação, contendo as proposições men-
administradores. cionadas no item anterior.
§ 4º Perderá o cargo o membro do Comitê de Remune- § 2º A atuação da Ouvidoria será pautada pela transpa-
ração que deixar de comparecer, com ou sem justificativa, a rência, independência, imparcialidade e isenção, sendo do-
três reuniões consecutivas, salvo motivo de força maior ou tada de condições adequadas para o seu efetivo funciona-
caso fortuito, e, a qualquer tempo, por decisão do Conselho mento.
de Administração. § 3º A Ouvidoria terá assegurado o acesso às in-
§ 5º São atribuições do Comitê de Remuneração, além formações necessárias para sua atuação, podendo, para
de outras previstas na legislação própria: tanto, requisitar informações e documentos para o exercício
I – assessorar o Conselho de Administração no estabele- de suas atividades, observada a legislação relativa ao sigilo
cimento da política de remuneração de administradores do bancário.
Banco do Brasil; § 4º A função de Ouvidor será desempenhada por em-
II – exercer suas atribuições e responsabilidades junto às pregado da ativa, detentor de comissão compatível com as
sociedades controladas pelo Banco do Brasil que adotarem atribuições da Ouvidoria, o qual terá mandato de 1 (um) ano,
o regime de Comitê de Remuneração único. renovável por iguais períodos, sendo designado e destituído,
§ 6º O funcionamento do Comitê de Remuneração será a qualquer tempo, pelo Presidente do Banco.
regulado por meio de regimento interno aprovado pelo § 5º O empregado designado para o exercício das atri-
Conselho de Administração, observado que o Comitê reu- buições de ouvidor não perceberá outra remuneração além
nir-se-á: daquela prevista para a comissão que originalmente ocupa.
I – no mínimo semestralmente para avaliar e propor a
remuneração fixa e variável dos administradores do Banco CAPÍTULO VI
e de suas controladas que adotarem o regime de comitê CONSELHO FISCAL
único;
II – nos três primeiros meses do ano para avaliar e pro- Composição
por o montante global anual de remuneração a ser fixado Art. 37. O Conselho Fiscal funcionará de modo perma-
para os membros dos órgãos de administração, a ser nente e será constituído por cinco membros efetivos e res-
submetido às Assembleias Gerais do Banco e das sociedades pectivos suplentes, eleitos anualmente pela Assembleia Geral
que adotarem o regime de comitê de Remuneração único. Ordinária, assegurada aos acionistas minoritários a eleição de
§ 7º A função de membro do Comitê de que trata o dois membros.
caput não é remunerada. § 1º Os representantes da União no Conselho Fiscal se-
Seção VI rão indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, dentre os
Auditoria Interna quais um representante do Tesouro Nacional.
§ 2º A remuneração dos conselheiros fiscais será fixada
Art. 35. O Banco disporá de uma Auditoria Interna, su- pela Assembleia Geral que os eleger.
bordinada ao Conselho de Administração. § 3º Além das pessoas a que se refere o art. 13 deste
Parágrafo único. O titular da Auditoria Interna será es- Estatuto, não podem ser eleitos para o Conselho Fiscal mem-
colhido dentre empregados da ativa do Banco e nomeado e bros dos órgãos de Administração e empregados do Banco,
dispensado pelo Conselho de Administração, observadas as ou de sociedade por este controlada, e o cônjuge ou paren-
disposições do art. 22, § 3º, I, deste Estatuto. te, até o terceiro grau, de administrador do Banco.

32
CULTURA ORGANIZACIONAL

§ 4º Os membros do Conselho Fiscal serão investidos IV – posição acionária de todo aquele que detiver, direta
em seus cargos, independentemente da assinatura de ter- ou indiretamente, mais de 5% (cinco por cento) do capital
mo de posse, desde a respectiva eleição. social do Banco;
§ 5º Os Conselheiros Fiscais devem, na data da eleição, V – quantidade e características dos valores mobiliários
assinar o Termo de Anuência dos membros do Conselho de emissão do Banco de que o acionista controlador, os ad-
Fiscal ao Regulamento de Listagem do Novo Mercado da ministradores e os membros do Conselho Fiscal sejam titu-
BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo. lares, direta ou indiretamente;
VI – evolução da participação das pessoas referidas no
Funcionamento inciso anterior, em relação aos respectivos valores mobiliá-
Art. 38. Observadas as disposições deste Estatuto, o rios, nos doze meses imediatamente anteriores; e
Conselho Fiscal, por voto favorável de, no mínimo, quatro VII – quantidade de ações em circulação e o seu percen-
de seus membros, elegerá o seu Presidente e aprovará o seu tual em relação ao total emitido.
regimento interno. § 2º Nas demonstrações financeiras do exercício,
§ 1º O Conselho Fiscal reunir-se-á em sessão ordiná- serão apresentados, também, indicadores e informações
ria, uma vez por mês, e, extraordinariamente, sempre que sobre o desempenho socioambiental do Banco.
julgado necessário por qualquer de seus membros ou pela
Administração do Banco. Art. 43. As demonstrações financeiras trimestrais, se-
§ 2º Perderá o cargo, salvo motivo de força maior ou mestrais e anuais serão também elaboradas em inglês, sen-
caso fortuito, o membro do Conselho Fiscal que deixar de do que pelo menos as demonstrações financeiras anuais
comparecer, sem justificativa, a três reuniões ordinárias con- serão também elaboradas de acordo com os padrões inter-
secutivas ou a quatro reuniões ordinárias alternadas durante nacionais de contabilidade.
o prazo do mandato.
§ 3º Exceto nas hipóteses previstas no caput deste arti- Destinação do lucro
go, a aprovação das matérias submetidas à deliberação do Art. 44. Após a absorção de eventuais prejuízos acumu-
Conselho Fiscal exige voto favorável de, no mínimo, três de lados e deduzida a provisão para pagamento do imposto
seus membros. de renda, do resultado de cada semestre serão apartadas
verbas que, observados os limites e condições exigidos por
Art. 39. Os Conselheiros Fiscais assistirão às reuniões do lei, terão, pela ordem, a seguinte destinação:
Conselho de Administração em que se deliberar sobre os I – constituição de Reserva Legal;
assuntos em que devam opinar. II – constituição, se for o caso, de Reserva de Contingên-
Parágrafo único. O Conselho Fiscal far-se-á represen- cia e de Reservas de Lucros a Realizar;
tar por, pelo menos, um de seus membros às reuniões da III – pagamento de dividendos, observado o disposto
Assembleia Geral e responderá aos pedidos de informação nos artigos 44 e 45 deste Estatuto; IV – do saldo apurado
formulados pelos acionistas. após as destinações anteriores:
a) constituição das seguintes Reservas Estatutárias:
Dever de informar e outras obrigações 1- Reserva para Margem Operacional, com a finalidade
Art. 40. Os membros do Conselho Fiscal acionistas do de garantir margem operacional compatível com o desen-
Banco devem observar, também, os deveres previstos no art. volvimento das operações da sociedade, constituída pela
17 deste Estatuto. parcela de até 100% (cem por cento) do saldo do lucro líqui-
do, até o limite de 80% (oitenta por cento) do capital social;
CAPÍTULO VII 2- Reserva para Equalização de Dividendos, com a fi-
EXERCÍCIO SOCIAL, LUCRO, RESERVAS nalidade de assegurar recursos para o pagamento de divi-
E DIVIDENDOS dendos, constituída pela parcela de até 50% (cinquenta por
cento) do saldo do lucro líquido, até o limite de 20% (vinte
Exercício social por cento) do capital social;
Art. 41. O exercício social coincidirá com o ano civil, com
término no dia 31 de dezembro de cada ano. b) demais reservas e retenção de lucros previstas na le-
gislação.
Demonstrações financeiras Parágrafo único. Na constituição de reservas serão ob-
Art. 42. Serão levantadas demonstrações financeiras ao servadas, ainda, as seguintes normas:
final de cada semestre e, facultativamente, balanços inter- I – as reservas e retenção de lucros de que trata o inciso
mediários em qualquer data, inclusive para pagamento de IV não poderão ser aprovadas em prejuízo da distribuição
dividendos, observadas as prescrições legais. do dividendo mínimo obrigatório;
§ 1º As demonstrações financeiras trimestrais, semes- II – o saldo das reservas de lucros, exceto as para con-
trais e anuais, além dos requisitos legais e regulamentares, tingências e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o
devem conter: capital social;
I – balanço patrimonial consolidado, demonstrações do III – as destinações do resultado, no curso do exercício,
resultado consolidado e dos fluxos de caixa; serão realizadas por proposta do Conselho Diretor, aprova-
II – demonstração do valor adicionado; da pelo Conselho de Administração e deliberada pela As-
III – comentários acerca do desempenho consolidado; sembleia Geral Ordinária de que trata o § 1º do artigo 9º

33
CULTURA ORGANIZACIONAL

deste Estatuto, ocasião em que serão apresentadas as jus- III – divulgará, em sua página na Internet, além de ou-
tificativas dos percentuais aplicados na constituição das re- tras, as informações:
servas estatutárias de que trata a alínea “a” do inciso IV do a) referidas nos arts. 41 e 42 deste Estatuto;
caput deste artigo. b) divulgadas na reunião pública referida no inciso I des-
te artigo; e c) prestadas à bolsa de valores na forma do inciso
Dividendo obrigatório II deste artigo;
Art. 45. Aos acionistas é assegurado o recebimento IV – adotará medidas com vistas à dispersão acionária
semestral de dividendo mínimo e obrigatório equivalente na distribuição de novas ações, tais como:
a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado, a) garantia de acesso a todos os investidores interessa-
como definido em lei e neste Estatuto. dos; ou
§ 1º O dividendo correspondente aos semestres de cada b) distribuição, a pessoas físicas ou a investidores não
exercício social será declarado por ato do Conselho Diretor, institucionais, de, no mínimo, 10% (dez por cento) das ações
aprovado pelo Conselho de Administração. emitidas.
§ 2º Os valores dos dividendos devidos aos acionistas
sofrerão incidência de encargos financeiros na forma da le- CAPÍTULO IX
gislação, a partir do encerramento do semestre ou do exer- DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
cício social em que forem apurados até o dia do efetivo re-
colhimento ou pagamento, sem prejuízo da incidência de Ingresso nos quadros do Banco
juros moratórios quando esse recolhimento não se verificar Art. 48. Só a brasileiros será permitido ingressar no qua-
na data fixada em lei, pela Assembleia Geral ou por delibera- dro de empregados do Banco no País.
ção do Conselho Diretor. Parágrafo único. Os portugueses residentes no País po-
§ 3º É admitida a distribuição de dividendos intermediá- derão também ingressar nos serviços e quadros do Banco,
rios em períodos inferiores ao previsto no caput deste artigo, desde que amparados por igualdade de direitos e obriga-
observado o disposto nos artigos 21, II, “a”, 29, I e VII, e 44, ções civis e estejam no gozo de direitos políticos legalmente
§ 1º, deste Estatuto. reconhecidos.

Juros sobre o capital próprio Art. 49. O ingresso no quadro de empregados do


Art. 46. Observada a legislação vigente e na forma Banco dar-se-á mediante aprovação em concurso público.
da deliberação do Conselho de Administração, o Conselho § 1º Os empregados do Banco estão sujeitos à legisla-
Diretor poderá autorizar o pagamento ou crédito aos acio- ção do trabalho e aos regulamentos internos da Companhia.
nistas de juros, a título de remuneração do capital próprio, § 2º Poderão ser contratados, a termo e demissíveis “ad
bem como a imputação do seu valor ao dividendo mínimo nutum”, profissionais para exercerem as funções de assesso-
obrigatório. ramento especial ao Presidente, observada a dotação máxi-
§ 1º Caberá ao Conselho Diretor fixar o valor e a data do ma de três Assessores Especiais do Presidente e um Secretá-
pagamento ou crédito de cada parcela dos juros, autorizado rio Particular do Presidente.
na forma do caput deste artigo.
§ 2º Os valores dos juros devidos aos acionistas, a título Publicações oficiais
de remuneração sobre o capital próprio, sofrerão incidência Art. 50. O Conselho Diretor fará publicar, no Diário Oficial
de encargos financeiros, na forma do § 2º do artigo prece- da União, o Regulamento de Licitações do Banco do Brasil.
dente.
Avaliação dos processos de análise de riscos
CAPÍTULO VIII Art. 51. O Banco contratará, periodicamente, empresa
RELAÇÕES COM O MERCADO de auditoria externa para avaliar o processo de análise de
riscos de crédito, de mercado, de liquidez e operacional, e
Art. 47. O Banco: o processo de deferimento de operações da Instituição,
I – realizará, pelo menos uma vez por ano, reunião pú- submetendo os resultados do trabalho à apreciação dos
blica com analistas de mercado, investidores e outros inte- Conselhos Diretor, Fiscal e de Administração.
ressados, para divulgar informações quanto à sua situação
econômico-financeira, bem como no tocante a projetos e Arbitragem
perspectivas; Art. 52. O Banco, seus acionistas, administradores e
II – enviará à bolsa de valores em que suas ações forem membros do Conselho Fiscal obrigam-se a resolver, por
mais negociadas, além de outros documentos a que esteja meio de arbitragem, perante a Câmara de Arbitragem do
obrigado por força de lei: Mercado, toda e qualquer disputa ou controvérsia que pos-
a) o calendário anual de eventos corporativos; sa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da
b) programas de opções de aquisição de ações ou de aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus
outros títulos de emissão do Banco, destinados aos seus em- efeitos, das disposições contidas na Lei de Sociedades Anô-
pregados e administradores, se houver; e nimas, no Estatuto Social da Companhia, nas normas edita-
c) os documentos colocados à disposição dos acionistas das pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central
para deliberação na Assembleia Geral; do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como

34
CULTURA ORGANIZACIONAL

nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do merca- § 2º Aquele que adquirir o poder de controle, em razão
do de capitais em geral, além daquelas constantes do Regu- de contrato particular de compra de ações celebrado com o
lamento de Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, acionista controlador, envolvendo qualquer quantidade de
do Regulamento de Arbitragem, do Contrato de Participa- ações, estará obrigado a: (i) efetivar a oferta pública referida
ção e do Regulamento de Sanções do Novo Mercado. no caput deste artigo, e (ii) pagar, nos termos a seguir indica-
§ 1º O disposto no caput não se aplica às disputas ou dos, quantia equivalente à diferença entre o preço da oferta
controvérsias que se refiram às atividades próprias do Ban- pública e o valor pago por ação eventualmente adquirida em
co, como instituição integrante do Sistema Financeiro bolsa nos 6 (seis) meses anteriores à data da aquisição do
Nacional, e às atividades previstas no art. 19 da Lei nº 4.595, poder de controle, devidamente atualizado até a data do pa-
de 31 de dezembro de 1964, e demais leis que lhe atribuam gamento. Referida quantia deverá ser distribuída entre todas
funções de agente financeiro, administrador ou gestor de as pessoas que venderam ações do Banco nos pregões em
recursos públicos. que o adquirente realizou as aquisições, proporcionalmente
§ 2º Excluem-se, ainda, do disposto no caput, as disputas ao saldo líquido vendedor diário de cada uma, cabendo à
ou controvérsias que envolvam direitos indisponíveis. BM&FBOVESPA operacionalizar a distribuição, nos termos de
seus regulamentos.
Art. 53. O Banco, na forma definida pelo Conselho de § 3º O acionista controlador alienante somente transfe-
Administração, assegurará aos integrantes e ex-integran- rirá a propriedade de suas ações se o comprador subscrever
tes do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da o Termo de Anuência dos Controladores. O Banco somente
Diretoria Executiva, bem como do Comitê de Auditoria e registrará a transferência de ações para o comprador, ou para
de outros órgãos técnicos ou consultivos criados por este aquele(s) que vier(em) a deter o Poder de Controle, se este(s)
Estatuto, a defesa em processos judiciais e administrativos subscrever(em) o Termo de Anuência dos Controladores a
contra eles instaurados pela prática de atos no exercício de que alude o Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
cargo ou função, desde que não tenha sido constatado fato BM&FBOVESPA.
que dê causa a ação de responsabilidade e que não haja § 4º O Banco somente registrará acordo de acionistas que
incompatibilidade com os interesses da Companhia, ou disponha sobre o exercício do Poder de Controle se os seus
de suas subsidiárias e sociedades controladas e coligadas. signatários subscreverem o Termo de Anuência dos Contro-
Parágrafo único. O Conselho de Administração poderá, ladores.
ainda, na forma por ele definida e observado, no que couber,
o disposto no caput deste artigo, autorizar a contratação de Fechamento de capital
seguro em favor dos integrantes e ex-integrantes dos ór- Art. 55. Na hipótese de fechamento de capital do Banco e
gãos estatutários relacionados no caput para resguardá-los consequente cancelamento do registro de companhia aberta,
de responsabilidade por atos ou fatos pelos quais eventual- deverá ser ofertado um preço mínimo às ações, correspon-
mente possam vir a ser demandados judicial ou adminis- dente ao valor econômico apurado por empresa especializa-
trativamente, cobrindo todo o prazo de exercício dos seus da escolhida pela Assembleia Geral, na forma da Lei nº 6.404,
respectivos mandatos. de 15 de dezembro de 1976, e conforme previsto no Parágra-
fo Único do Artigo 10.
CAPÍTULO X § 1º No caso da saída do Banco do Novo Mercado da
OBRIGAÇÕES DO ACIONISTA CONTROLADOR BM&FBOVESPA, para que os valores mobiliários por ele emiti-
dos passem a ter registro para negociação fora do Novo Mer-
Alienação de controle cado, ou em virtude de operação de reorganização societária
Art. 54. A alienação do controle acionário do Banco, na qual a sociedade resultante dessa reorganização não
direta ou indireta, tanto por meio de uma única operação, tenha seus valores mobiliários admitidos à negociação no
quanto por meio de operações sucessivas, somente poderá Novo Mercado, no prazo de 120 (cento e vinte) dias conta-
ser contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de dos da data da assembleia geral que aprovou a referida
que o adquirente se obrigue a, observando as condições e operação, o Acionista Controlador deverá efetivar oferta
prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento de pública de aquisição das ações pertencentes aos demais acio-
Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, fazer oferta nistas do Banco, no mínimo, pelo respectivo valor econômico,
pública de aquisição das ações dos demais acionistas, asse- a ser apurado em laudo de avaliação elaborado nos termos
gurando-se a estes tratamento igualitário àquele dado ao do Parágrafo 3º deste Artigo e do Parágrafo Único do Artigo
acionista controlador alienante. 10, respeitadas as normas legais e regulamentares aplicáveis.
§ 1º A oferta pública, prevista no caput deste artigo, será § 2º Os custos com a contratação de empresa especiali-
também realizada quando houver (i) cessão onerosa de di- zada de que trata este Artigo serão suportados pelo acionista
reitos de subscrição de ações e de outros títulos ou direitos controlador.
relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, de que § 3º Os laudos de avaliação referidos neste Artigo deve-
venha resultar a alienação do controle do Banco; ou (ii) em rão ser elaborados por instituição ou empresa especializada,
caso de alienação do controle de sociedade que detenha com experiência comprovada e independência quanto ao po-
o poder de controle do Banco, sendo que, nesse caso, o der de decisão do Banco, de seus administradores e/ou do(s)
acionista controlador alienante ficará obrigado a declarar à acionista(s) controlador(es), além de satisfazer os requisitos
BM&FBOVESPA o valor atribuído ao Banco nessa alienação e do § 1º do Artigo 8º da Lei nº 6.404/76, e conter a responsa-
anexar documentação que comprove esse valor. bilidade prevista no Parágrafo 6º desse mesmo Artigo.

35
CULTURA ORGANIZACIONAL

Art. 56. Na hipótese de não haver Acionista Controla- CAPÍTULO XI


dor, caso seja deliberada a saída do Banco do Novo Mercado DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIA
da BM&FBOVESPA, para que os valores mobiliários por ele
emitidos passem a ter registro para negociação fora do Novo Art. 59. As medidas previstas no art. 43 deste Estatuto
Mercado, ou em virtude de operação de reorganização so- serão implementadas após definição de cronograma pelo
cietária, na qual a sociedade resultante dessa reorganização Conselho.
não tenha seus valores mobiliários admitidos à negociação
no Novo Mercado, no prazo de 120 (cento e vinte) dias Brasília (DF), 28 de abril de 2016.
contados da data da Assembleia geral que aprovou a
referida operação, a saída estará condicionada à realização de QUESTÕES
oferta pública de aquisição de ações nas mesmas condições
previstas no Artigo 55 deste Estatuto. 01. (Banco do Brasil - Escriturário - 2013 - FCC/2013).
§ 1º A referida Assembleia geral deverá definir o(s) res- O Banco do Brasil adota a responsabilidade socioambiental
ponsável(is) pela realização da oferta pública de aquisição de como política, ou seja, a gestão empresarial sustentável é o
ações, o(s) qual(is), presente(s) na Assembleia, deverá(ão) as- pano de fundo para os processos decisórios. Isto significa
sumir expressamente a obrigação de realizar a oferta. A) desconsiderar se há gestão socioambiental por parte
§ 2º Na ausência de definição dos responsáveis pela rea- dos seus fornecedores e parceiros.
lização da oferta pública de aquisição de ações, no caso de B) adotar, na análise de todas as modalidades operacio-
operação de reorganização societária, na qual a compa- nais, os padrões de desempenho socioambientais dos Prin-
nhia resultante dessa reorganização não tenha seus valores cípios do Equador.
mobiliários admitidos à negociação no Novo Mercado, cabe- C) desenhar processos, produtos e serviços à luz de seus
rá aos acionistas que votaram favoravelmente à reorganiza- impactos sociais e ambientais.
ção societária realizar a referida oferta. D) deixar de considerar critérios socioambientais na ava-
liação do estudo de limite de crédito de empresas.
Art. 57. A saída do Banco do Novo Mercado da BM&FBO- E) atribuir, prioritariamente, a critérios econômico-finan-
VESPA em razão de descumprimento de obrigações constan-
ceiros o foco de análise das empresas clientes e projetos de
tes do Regulamento do Novo Mercado está condicionada à
investimento.
efetivação de oferta pública de aquisição de ações, no míni-
mo, pelo valor econômico das ações, a ser apurado em laudo
02. (Banco do Brasil - Escriturário - 2013 - FCC/2013).
de avaliação de que tratam o Parágrafo Único do Artigo 10
Autores dedicados ao tema da cultura organizacional cos-
e o Parágrafo 3º do Artigo 55 deste Estatuto, respeitadas as
tumam convergir no que diz respeito às dimensões compo-
normas legais e regulamentares aplicáveis.
§ 1º O Acionista Controlador deverá efetivar a oferta pú- nentes desse conceito, que são,
blica de aquisição de ações prevista no caput desse artigo. A) religiosa, familiar e sociológica.
§ 2º Na hipótese de não haver Acionista Controlador e a B) material, individual e conceitual.
saída do Novo Mercado referida no caput decorrer de delibe- C) coletiva, profissional e hierárquica.
ração da Assembleia geral, os acionistas que tenham votado D) motivacional, tecnológica e ideológica.
a favor da deliberação que implicou o respectivo descumpri- E) material, psicossocial e ideológica.
mento deverão efetivar a oferta pública de aquisição de ações
prevista no caput. 03. (Banco do Brasil - Escriturário - 2013 - FCC/2013).
§ 3º Na hipótese de não haver Acionista Controlador e a Está presente no Código de Ética do Banco do Brasil que
saída do Novo Mercado referida no caput ocorrer em razão A) os profissionais contratados são orientados a pauta-
de ato ou fato da administração, os administradores do Banco rem seus comportamentos pelos seus princípios éticos fami-
deverão convocar Assembleia geral de acionistas cuja ordem liares.
do dia será a deliberação sobre como sanar o descumprimen- B) a transparência e a agilidade no fornecimento de in-
to das obrigações constantes do Regulamento do Novo Mer- formações prioriza o acionista controlador em relação aos
cado ou, se for o caso, deliberar pela saída do Banco do Novo investidores e credores.
Mercado. C) a concorrência entre fornecedores se dá dentre aque-
§ 4º Caso a Assembleia geral mencionada no Parágrafo 3º les que também sejam clientes e tenham sido indicados pelas
acima delibere pela saída do Banco do Novo Mercado, a refe- áreas de relacionamento comercial.
rida Assembleia geral deverá definir o(s) responsável(is) pela D) os clientes têm assegurado o sigilo das informações
realização da oferta pública de aquisição de ações prevista bancárias, ressalvados os casos previstos em lei.
no caput, o(s) qual(is), presente(s) na Assembleia, deverá(ão) E) as parcerias e os convênios são estabelecidos sem
assumir expressamente a obrigação de realizar a oferta. condicionamento à prévia análise de valores de integridade,
idoneidade e respeito à comunidade e ao meio ambiente.
Ações em circulação

Art. 58. O acionista controlador promoverá medidas ten-


dentes a manter em circulação, no mínimo, 25% (vinte e cin-
co por cento) das ações de emissão do Banco.

36
CULTURA ORGANIZACIONAL

04. (Banco do Brasil - Escriturário - 2013 - FCC/2013). 07. (ANVISA - Técnico Administrativo - Prova Anu-
O Código de Ética do Banco do Brasil prevê lada - CETRO/2013). Pode-se conceituar a cultura organi-
A) estrita conformidade à Lei na proibição ao financia- zacional como o conjunto de valores, crenças e tecnologias
mento a partidos políticos. que mantém unidos os mais diferentes membros, de todos
B) troca, sem limites, de informações com a concorrên- os escalões hierárquicos, perante as dificuldades, operações
cia, na busca de negócios rentáveis. do cotidiano, metas e objetivos. Sobre o assunto, marque V
C) relacionamento com o poder público, dependente para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a al-
das convicções ideológicas dos seus titulares. ternativa que apresenta a sequência correta.
D) responsabilidade aos parceiros pela avaliação de ( ) Pode-se afirmar que é a cultura organizacional que
eventual impacto socioambiental nas realizações conjuntas. produz junto aos mais diferentes públicos, diante da socie-
E) contratação de fornecedores a partir de um grupo se- dade e mercados o conjunto de percepções, ícones, índices e
lecionado com parcialidade. símbolos que chamamos de imagem corporativa.
( ) A cultura organizacional não é algo pronto e acabado,
05. (Banco do Brasil - Escriturário - 2013 - FCC/2013). mas está em constante transformação de acordo com sua
O Banco do Brasil espera de seus colaboradores o atendi- história os seus atores e com a conjuntura.
mento a elevados padrões de ética, moral, valores e virtudes, ( ) A cultura organizacional consiste em padrões explíci-
tais como: tos e implícitos de comportamentos adquiridos e transmiti-
A) aceitação de presentes oferecidos por clientes satis- dos ao longo do tempo que constituem uma característica
feitos, sem restrição de valor. própria de cada empresa.
B) associação a entidades representativas alinhadas ao ( ) Uma cultura organizacional holística é um conjunto de
pensamento da diretoria. valores, conhecimentos e costumes ligados a uma visão não-
C) repúdio a condutas que possam caracterizar assédio fragmentada do mundo em que a organização é considerada
de qualquer natureza. um organismo vivo em constante movimento, constituindo
D) imposição dos princípios pessoais dos chefes aos um sistema de eventos com uma constante interação e inter-
membros da sua equipe. dependência de sistemas maiores ou menores.
E) intolerância com a diversidade do conjunto das pes- ( ) A cultura organizacional pode ser dividida no nível in-
visível (onde estão os padrões e estilos de comportamento
soas que trabalham no conglomerado.
dos empregados) e no nível visível (onde estão os valores
compartilhados e crenças que permanecem durante um lon-
06. (MTur - Analista Técnico - Administrativo -
go período de tempo).
ESAF/2014). “Muitos aspectos da cultura organizacional
A) V/ V/ F/ F/ V
são percebidos mais facilmente, enquanto outros são me-
B) V/ F/ F/ F/ V
nos visíveis e de difícil percepção. É como se estivéssemos
C) F/ V/ F/ V/ F
observando um Iceberg. Sua parte superior é perfeitamente D) F/ F/ V/ V/ F
visível, pois se encontra acima das águas. Contudo, sua parte E) V/ V/ V/ V/ F
inferior fica oculta sob as águas e totalmente fora da visão
das pessoas.”(Chiavenato, Administração nos Novos Tem- 08. (SUSAM - Administrador - FGV/2014). A cultura
pos, 2003, p.173). Com este argumento foi construído o Ice- organizacional possui a aspectos formais que são visíveis e
berg da cultura organizacional no qual os aspectos formais e concretos, sendo facilmente identificados e observados.
abertos são representados na parte superior do Iceberg e os Por outro lado, há aspectos da cultura organizacional mais
aspectos informais e ocultos são representados pela parte profundos (ou informais) e que não são claramente per-
submersa. Analise as alternativas que se seguem marcando ceptíveis. Por isso, alguns autores consideram a cultura
C para Certo e E para Errado. A seguir selecione a opção organizacional como um iceberg metafórico, ou seja, as
correta. partes visíveis são a ponta do iceberg, enquanto que a
( ) A estrutura organizacional, os objetivos e as estraté- parte invisível corresponde aos elementos abaixo do nível
gias são aspectos formais da cultura organizacional. da água. Levando em consideração essa a analogia da cultura
( ) Os títulos e descrição de cargos são aspectos formais organizacional com um iceberg, assinale a opção que diz
da cultura organizacional e os valores são aspectos infor- respeito a um aspecto formal de uma cultura organizacional.
mais. A) Atitudes das pessoas
( ) As percepções e atitudes das pessoas e as normas B) Normas grupais
grupais são aspectos formais da cultura organizacional. C) Objetivos organizacionais
( ) Medidas de produtividade físico-financeiras são as- D) Relações afetivas
pectos ocultos da cultura organizacional. E) Valores
( ) Padrões de poder, métodos e procedimentos são as-
pectos formais da cultura organizacional. 09. (Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos -
A) C, C, E, E, E CESPE/2014). No que concerne a ética nas organizações, julgue
B) E, C, C, E, C os itens que se seguem. Ética empresarial corresponde ao con-
C) C, E, C, E, E junto de valores que guiam o comportamento das organizações.
D) E, C, E, C, E A) Certo
E) C, E, C, C, C B) Errado

37
CULTURA ORGANIZACIONAL

10. (Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos C) violando a lei que permite o acesso de familiares às
- CESPE/2014). No que concerne a ética nas organizações, contas de todos os membros da família
julgue os itens que se seguem. Os valores de uma organiza- D) perdendo uma oportunidade de negócios, deixando
ção representam suas características intrínsecas e, por isso, de agradar à cliente.
são inalteráveis. E) assegurando o sigilo da operação bancária, que deve
A) Certo ser protegido no caso.
B) Errado
11. (Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - 15. (Banco do Brasil - Nível Superior - Conhecimen-
CESPE/2014). Julgue os itens a seguir, relativos a códigos de tos Básicos - Todos os Cargos - CESGRANRIO/2014). Uma
ética e conduta. As orientações do código de ética de uma assistente administrativa de um banco que atua na área de
organização restringem-se às ações de seus funcionários e câmbio, em épocas de muita procura, por vezes, tem neces-
colaboradores internos. sidade de postular autorização do seu gerente para procurar
A) Certo numerário em outras Instituições financeiras, prometendo
B) Errado
reciprocidade no caso de situações similares ocorreram nas
outras empresas. Em determinado dia, diante de procura
12. (Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos
excepcional, um dos funcionários de uma das Instituições
- CESPE/2014). Com relação a ética, ética empresarial e éti-
ca profissional, julgue os itens a seguir. A ética profissional que auxiliara a funcionária postulou reforço do seu nume-
diz respeito às regras morais que os indivíduos devem ob- rário em moeda estrangeira. Sabedora da existência de re-
servar em suas atividades laborais com o fim de valorizar servas polpudas no seu banco, a assistente solicitou o apoio
sua profissão e atender adequadamente àqueles que deles do gerente que, em altos brados, chamou-a de mendaz e
dependam oportunista, acrescentando que não autorizaria a remessa
A) Certo B) Errado postulada.
Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, o
13. (Banco do Brasil - Nível Superior - Conhecimen- gerente estaria
tos Básicos - Todos os Cargos - CESGRANRIO/2014). Um A) exercendo naturalmente o seu poder de decisão ge-
gerente de pesquisa vinculado ao superintendente de pro- rencial com autonomia
paganda, ambos subordinados à Diretoria de Marketing do B) impedindo que a Instituição financeira tivesse prejuí-
Banco I, verifica, através de um dos projetos que gerencia, zos diante da possibilidade de falta de espécie para outros
a necessidade da divulgação dos serviços bancários presta- atos
dos pela internet aos clientes dessa Instituição. Para vencer C) estabelecendo um ambiente não saudável de relacio-
eventual resistência dos usuários em aderir à inclusão digi- namento, contrariando a normativa preconizada.
tal, em conjunto com a área de Informática, o gerente apre- D) atuando de acordo com o estresse provocado pelo
senta-lhes um mecanismo de acesso à rede com proteção trabalho desempenhado.
avançada. E) defendendo a Instituição de um mau negócio em
Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, em época de crises, o que lhe permitiria o uso de um palavrea-
relação aos clientes, do modo como foi elaborado, tal proje- do mais rude.
to de inclusão realiza o primado da
A) cortesia Respostas
B) segurança
C) competitividade 01. C
D) precaução
02. E
E) promoção
03. D
04. A
14. (Banco do Brasil - Nível Superior - Conhecimen-
tos Básicos - Todos os Cargos - CESGRANRIO/2014). 05. C
Um casal possui contas separadas em uma mesma agência 06. A
bancária. A mulher, curiosa quanto aos gastos do marido, 07. E
segundo ela, excessivos, procura o gerente do Banco para 08. C
pedir informações sobre a movimentação financeira do côn- 09. A
juge. O gerente, no entanto, aduz que somente pode per- 10. B
mitir-lhe o acesso aos dados bancários mediante autoriza- 11. B
ção do correntista titular. Nos termos do Código de Ética do 12. A
Banco do Brasil, o gerente estaria. 13. B
Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, o 14. E
gerente estaria 15. C
A) protegendo o direito de imagem do correntista dian-
te da curiosidade da esposa.
B) burlando o dever de cortesia que permite o acesso
preconizado pela cliente.

38
TÉCNICAS DE VENDAS

Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, objetivos; análise do mercado, metas. .......................... 01
Técnicas de vendas de Produtos e Serviços financeiros no setor bancário: planejamento, técnicas; motivação para
vendas; ......................................................................................................................................................................................................................... 03
Produto, Preço, Praça, Promoção; ................................................................................................................................................................... 04
Vantagem competitiva; ........................................................................................................................................................................................ 05
Como lidar com a concorrência; .................................................................................................................................................................... 06
Noções de Imaterialidade ou intangibilidade, Inseparabilidade e Variabilidade dos produtos bancários. ................ 08
Manejo de carteira de Pessoa Física e de Pessoa Jurídica........................................................................................................................ 08
Noções de Marketing de Relacionamento. .................................................................................................................................................. 09
Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada)............................................................... 10
TÉCNICAS DE VENDAS

Compete a esse profissional:


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE
CAPACITAR-SE
VENDAS: PLANEJAMENTO,
ESTRATÉGIAS, OBJETIVOS, ANÁLISE
DE MERCADO, METAS.
Estudar os Estudar o Estudar o Exercitar
clientes produto mercado argumentos

Durante toda a história da humanidade podemos per-


PROSPECTAR
ceber que no íntimo, na essência dos relacionamentos está MERCADO
sempre um desejo de negociar.

O que é a venda? Pesquisar


“Fechamento da venda é o processo de ajudar as pes- Visitar Telefonar Buscar
fontes
soas a tomarem decisões que serão boas para elas mes-
mas”.
É o ato de ceder algo tendo em contrapartida um ABRIR
OPORTUNIDADES
preço a receber.

É necessário, porém, que abandonemos um concei- Apresentar o Envolver o


Abordar Demonstrar
to antigo relacionado à venda, que é o conhecido “cus- produto cliente
to-benefício” e adotemos o conceito “valor-benefício”.
DESENVOLVER
O que significa saber vender? RELAÇÃO
Estar preparado para superar as objeções levantadas
pelo cliente de forma eloquente, conduzindo-o para o ca-
minho que você deseja, ou seja, o fechamento da venda. Organizar-se
Acompanhar o Auxiliar o Apoiar o
cliente cliente cliente
Os métodos na Administração de Vendas tem como
objetivo definir as táticas de como fazer um bom negó-
cio. MANTER VÍNCULOS

Uma empresa não contrata um vendedor apenas para


que esse venda um produto. É necessário que esse trans-
Compreender Oferecer
mita a imagem da empresa. Atualiza-se
Administrar
problemas do relações novas
O principal objetivo da administração de vendas é fa- cliente soluções
zer com que todo processo de venda seja desenvolvido
com base na condução da empresa na direção dos cami-
FIDELIZAR CLIENTES
nhos desejados.
Podemos classificar esses objetivos como:
Resolver Pensar com o
• Quantitativos (alcançar determinada fatia do Surpreende problemas do Antecipar-se
cliente
mercado) cliente

• Qualitativo (projeção da imagem – fidelização)


Outra relação que devemos considerar é a de vendas e
Para tanto, é necessário compreendermos alguns con- desempenho, ou seja, em todo ciclo de venda há um estu-
ceitos que fazem parte desse processo, dentre eles: do sobre processos de compra, papéis de compra, tipos de
comportamento de compra e mercado, a partir desse es-
tudo o administrador de vendas deverá fazer uma previsão
Qual o fato gerador de uma venda?
do que poderá ocorrer no período a ser planejado.
• NECESSIDADE
• DESEJO
Os métodos utilizados podem ser:
 Científicos: que são aqueles que utilizam de siste-
Quais os tipos de profissionais da venda, qual o pa- mas, programas e ferramentas mais complexas de análise
pel que eles representam? e os.
• ATENDENTE  Não científicos: que se baseiam em informações
• TIRADOR DE PEDIDO como: Intenção de compra; opinião da força de vendas;-
• CONSULTOR DE NEGÓCIO Vendas passadas;Julgamento dos executivos.

1
TÉCNICAS DE VENDAS

Princípios da venda A capacidade de vendas da empresa parte da análise


• O desejo de aprender da demanda total do mercado.
• A necessidade de estagiar Ex.: um produto que estima-se uma demanda total de
• O dever de se especializar 10.000 unidades, sabemos que o RJ representa 50% desse
• Tempo de confraternizar mercado, ou seja, o potencial de vendas nessa cidade será
• A vontade de ajudar de 5.000 unidades.
Resumidamente temos que, potencial de mercado tra-
Os sete passos para a venda duz a capacidade máxima de absorção de mercado em de-
• Conhecimento do produto/serviço terminado momento, enquanto que o potencial de vendas
• Pesquisa (levantamento de dados) consiste na expectativa de uma empresa participar de um
• Abordagem (gerando MV) determinado potencial desse mercado.
• Estabelecer necessidades (ouvir e identificar)
• Apresentação (técnicas e comunicação) Metas
• Fechamento (gere encantamento) Empresa sem meta é um barco sem rumo e sujeito às
• Pós Venda (crie MKT de relacionamento) tempestades e riscos do mar. E no final do dia a meta será
estabelecida naturalmente, que será pagar as contas.
A primeira etapa do processo de venda deve ser o pla- Vejamos algumas dicas para a elaboração de metas:
nejamento, através dele decidi-se com antecipação o que
deve ser feito, aonde se quer chegar, quais resultados se 1. Avalie o mercado que você está inserido
pretende atingir. Neste momento, se junta análises e infor- No papel é fácil descrever que quer faturar 1 Bilhão ou
mações onde, através dessas, é possível precaver eventua- aumentar em 350% o faturamento. Antes disso veja a taxa
lidades futuras, analisando situações internas e externas. de crescimento do segmento que você está inserido, está
estável ou em queda? Cresceu 11% no ano passado e tem
Planejamento de Vendas previsão de 15% para este ano. Onde encontrar essa infor-
• Determinar o potencial de faturamento da empre-
mação? Associações de Classe, Jornais, revistas, internet. É
sa dentro de um período estipulado.
o seu primeiro parâmetro.
• Indicar quais os produtos serão ofertados aos
compradores.
2. Qual seu índice de crescimento nos últimos anos
• Indicar a lucratividade esperada.
/ meses?
• Fornecer informações adequadas à área de supri-
Em nosso país de plena expansão a maioria dos mer-
mentos.
cados estão em crescimento, devido ao consumo interno e
• Avaliar o desempenho da equipe de vendas.
• Identificar regiões ou produtos com baixo retorno. as novas classes no consumo de produtos que antes não
• Estabelecer sistemas de remuneração, premiação consumiam. Verifique qual o índice de crescimento de sua
e incentivo para a equipe de vendas. empresa nos últimos anos e meses de faturamento. Está
acima do crescimento do mercado? Quanto mais veloz
Após essa etapa, desenvolve-se o plano de vendas. você está sendo do que o crescimento de mercado? Ou
O plano de vendas consiste em um documento opera- está menor? – É o segundo parâmetro.
cional da empresa, que serve de base e orientação para a
conduta de todos os envolvidos nas atividades que foram 3. Prata da casa
planejadas. Identifique em sua base de clientes se há algum produ-
Esse plano observa alguns itens que são relevantes nas to ou serviço que você possa oferecer  para complementar
atividades planejadas. o portfólio, muitas empresas esquecem de fazer um pla-
• Clientes foco. no efetivo de venda de portfólio completo nos clientes, a
• Produtos e Serviços a serem ofertados. famosa Vendas Cruzadas ou Cross-Selling, podendo haver
• Volumes por foco. diversas oportunidades escondidas.
• Preço e financiamento.
• Datas de negociação. 4. Capacidade de geração de clientes potenciais
• Forma de Atendimento e Força de Vendas. Qual é a capacidade de geração de clientes potenciais
• Forma de entrega, canais. de sua empresa? Quantas empresas você precisa atingir
para fechar um negócio. Você tem um plano de comunica-
Ao analisarmos o potencial de mercado, tratamos de ção com o mercado alvo efetivo? Quanto gera de clientes
uma estimativa sobre o valor total da capacidade do mer- interessados em suas ofertas?
cado brasileiro no segmento que atua a empresa.
Ressaltamos que o território nacional representa 100% 5. Capacidade produtiva do time de vendas
dessa capacidade. Olhe para sua equipe de vendas e analise com since-
Normalmente divide-se esse território em regiões para ridade o quanto você consegue gerar de vendas com essa
facilitar as estimativas. formação? Da quantidade de clientes potenciais gerados,
Ex.: Rio de Janeiro representa 50% desse total, o que quantos que se transformam em vendas efetiva para a em-
significa que seu potencial de mercado é 50%. presa, por exemplo, se você tem 4 clientes potenciais que

2
TÉCNICAS DE VENDAS

se disseram interessados e desses você consegue fechar acima citadas e coloque cada uma delas para sugerir em
um, você tem uma relação de 4 para 1. Sendo necessário, como ajudar a atingir a meta. É provável que você tenha a
por estatística, ter quatro clientes potenciais interessados resposta dentro da empresa.
para fechar uma venda.
Fonte: http://www.l3crm.com.br/blog/index.php/9-
6. Capacidade produtiva da área de entrega dicas-de-como-elaborar-uma-meta-de-vendas-para-sua
Sua empresa pode ser uma fábrica, uma revenda de -empresa-2/
produtos ou mesmo uma empresa de serviços, a pergunta
é : Até quanto você pode faturar com a operação atual?
Qual sua capacidade produtiva máxima? Existe algum limi-
te máximo? Qual é ?
TÉCNICAS DE VENDAS DE PRODUTOS
7. Quanto você quer ganhar no próximo ano E SERVIÇOS FINANCEIROS NO SETOR
Você pode ser o dono da empresa, um executivo de BANCÁRIO: PLANEJAMENTO,
área de negócios, diretor de vendas ou até mesmo um ven- TÉCNICAS, MOTIVAÇÃO PARA VENDAS
dedor. Essa pergunta tem que fazer parte de seu plano, por
que isso é que irá lhe mover para o atingimento da meta,
sem isso, qualquer direção servirá. Faça a conta inversa
com esse parâmetro. O quanto eu preciso vender para ga- TÉCNICAS DE VENDAS
nhar o que eu quero. Dada sua retirada de cotas, comissão
ou bônus para o volume de vendas necessário. São fórmulas adotadas para desenvolver o processo
de negociação, de maneira que esse atenda o interesse,
8. Trabalhe com cenários
necessidade ou desejo do cliente e corresponda aos resul-
Agora você tem a maioria dos parâmetros para tomar
tados almejados no planejamento das vendas.
a decisão de como vai ser o seu próximo ano. Identifique
qual será o seu comportamento perante as informações. As
empresas muitas vezes não conseguem obter estes dados Alguns pressupostos dessas técnicas:
acima e acabam não conseguindo atribuir metas que sejam • Conhecimento do produto (características/funcio-
exequíveis (possíveis de serem realizadas dentro do prazo namento/garantia...)
estabelecido), faça três cenários contando com expecta- • Clientela (identificar perfil/nicho)
tivas conversadora, moderada, arrojada e acompanhe-as. • Abordagem
Terei que investir mais em Marketing, Contratações, Capa- • Descobrir o fato gerador da venda
cidade produtiva, Pós vendas… • Comunicação
• Fechamento da venda
9. Atribua gatilhos de investimentos • Acompanhamento
Se você quiser crescer mais do que já está crescendo
deverá realizar investimentos em um primeiro momento. O setor bancário tem como característica a prestação
Faça o seu plano de investimentos e atribua gatilhos para
de serviço. É um setor de vital importância, tendo em vis-
sua execução, Não saia investindo tudo o que tem (ou mes-
ta o seu desempenho na economia nacional. Mas somen-
mo o que não tem) de forma suicida sem conhecer os riscos
e o retorno esperado – Campanhas de marketing, contrata- te pouco tempo atrás os bancos brasileiros colocaram os
ção de vendedores, aumento da capacidade produtiva, no- clientes como centro das atenções na demarcação do foco
vos equipamentos, nova infraestrutura, são investimentos de seus produtos e serviços.
geralmente realizados. Trace um plano no papel e coloque
o atingimento de metas parciais para a realização de novos Tipos de produtos e serviços
investimentos, se não obteve retorno, questione o motivo e • Cartões
identifique a causa. Isso criará um hábito que é fundamen- • Seguros
tal para o atingimento de meta: DISCIPLINA. • Previdência
Outro hábito que deverá ser internalizado pelos gesto- • Investimentos
res é a revisão do modelo e as ações que foram tomadas na • Consórcios
direção da meta. Temos visto muitas empresas elaborarem
um plano muito bacana e deixarem na gaveta pelo resto do Diferenciais no atendimento e venda
ano e voltam a trabalhar de forma oportunista no merca-
• Taxas diferenciadas
do. Revise e avalie as conquistas periodicamente, ajuste o
• Agências especiais
rumo e comunique as ações.
• Consultoria Financeira
Tenha em mente que a elaboração da meta de vendas • Brindes
é parte de um aprendizado da empresa como um todo, • Descontos em eventos
envolva as pessoas que possam ajudar com as informações • Aconselhamentos segmentados

3
TÉCNICAS DE VENDAS

Algumas técnicas que podem ser utilizadas: O que move a empresa e seus colaboradores, não é
apenas o retorno financeiro. É preciso levar em conside-
• SOLICITAR ração outros motivadores, tais como:
Uma venda só é fechada quando o cliente diz SIM.  Objetivos
• OU...OU...  Metas
Basta tu colocar duas opções para o cliente, seja qual  Desejos de progredir na carreira
for a que ele escolher, estará dizendo SIM.  Ser empresa referência no mercado
• CHAVE DE BRAÇO  E também, os clientes, esses últimos precisam ser
Consiste em responder a pergunta do cliente com ou- motivação, razão pela qual tudo na empresa gira.
tra pergunta, fazendo com que ele se comprometa com a
resposta que conduzirá ao SIM.
• ESTÓRIA INTIMIDANTE PRODUTO, PREÇO, PRAÇA
Mostre o que pode acontecer de ruim em caso de não
E PROMOÇÃO
aquisição do produto.
• PROCESSO DE ELIMINAÇÃO
Consiste em induzir o cliente a dizer NÃO, quando o
não dele quer dizer SIM. Quando falamos em vendas, em mercado, precisamos
• PERGUNTANDO CERTO E VENDENDO MAIS nos ater ao mix de marketing que gira esse processo. Esta-
mos falando do tão conhecido 4 P´s.
Descobrir as reais necessidades dos clientes é funda-
mental para conseguir vender mais e melhor.
PRODUTO PREÇO
Independente da técnica utilizada, é necessário estar •Variedade •Preço de venda
atento à maneira como se faz a apresentação do produto •Embalagem •Forma de pagamento
e/ou serviço, para isso temos algumas sugestões que po- •Qualidade •Prazo de financiamento
•Funcionalidade •Concessão de Crédito
dem ser úteis: •Designer
• Planejamento/preparo/conhecimento •Garantia
• Tenha um script memorizado para diminuir a ten- •Característica
são e a ansiedade
• Vendas é uma ciência: pode ser estudada e absor-
vida PRAÇA PROMOÇÃO
•Abrangência territorial •Descontos
• Organização: monte um script com anotações de- •Canais de MKT •Esforço de venda
talhadas sobre o cliente antes de visitá-lo •Localização •Comercialização
• Pesquise •Layout •Publicidade e propaganda
•MKT direto
• Elabore e estude antecipadamente objeções e so- •RP
luções
• Crie quadros mentais de sucesso e visualize um
bom negócio
• Treine com colegas através de dinâmicas PRODUTO
• Encontre sua própria estratégia de apresentação, Tudo aquilo que possa ser oferecido e que atenda a
mas pode seguir alguns modelos até identificar o próprio. necessidade ou interesse de um mercado. Aqui entra não
Ex.: CVBA só bens ou serviços, mas a marca, embalagens, ideias, lo-
C – Característica: algo que esteja presente no cais, enfim, tudo aquilo que possa gerar desejo ou ser ne-
produto. Ex.: Tamanho. cessário para alguém, ou seja, é a somatória e atributos,
V – Vantagem: a diferença que faz o produto ter funções e benefícios que os clientes compram.
ou não a característica citada. Ex.: é portátil Níveis observados na criação do produto:
B – Benefício: o que representa para o comprador - Produto básico – aquele que o consumidor com-
aquela vantagem, em que o afeta. Ex.: praticidade. pra, definindo os benefícios básicos.
A – Atração: crie uma atração para o produto. Faça - Produto real ou esperado – apresenta algumas
uma pergunta ao cliente fazendo-o concordar com o be- particularidades como: nível de qualidade, características,
nefício. Ex.: O senhor concorda que é bem mais pratico na design, marca e embalagem.
nossa rotina maluca um produto mais fácil de se carregar e - Produto ampliado – serviços e benefícios adicio-
mais seguro, por chamar menos atenção? nais.
- Produto potencial – ampliações e modificações
Motivadores para a venda que esses produtos possam sofrer no futuro.
Um vendedor sem motivação perde o poder de per-
suasão e não consegue mostrar para o cliente, com entu- PREÇO
siasmo, as vantagens e os benefícios que o seu produto É o volume de dinheiro cobrado para a aquisição ou
oferece. direito de uso de um produto e/ou serviço. Esse preço

4
TÉCNICAS DE VENDAS

deve ser elevado o suficiente para proporcionar lucro a Nesse sentido, surgiu o conceito CINCO FORÇAS, que
quem o oferece, mas não tão elevado a ponto de não regem a competição em um setor.
despertar o interesse em alguém de pagá-lo. As cinco forças que regem a competição são:
O preço exerce algumas funções: • Clientes – o poder de barganha do cliente inter-
1. Em a negociação ocorrendo, quanto os consumi- fere no equilíbrio entre esses e o mercado.
dores comprarão?
• Fornecedores – seu poder de barganha pode alte-
2. Essa negociação gerará lucro?
3. Existe flexibilidade nesse preço, a ponto de gerar rar o mercado ao aumentarem os preços ou diminuírem a
mudança no comportamento dos negócios? qualidade do produto ou serviço.
4. O preço é quem gera a demanda, e não o contrá- • Novos participantes em potencial – são aqueles
rio. (preço baixo/demanda alta) que trazem novas capacidades e chegam com desejo de
ganhar participação no mercado.
PRAÇA • Produtos substitutos - não somente limitam os lu-
Aqui abordamos a questão da distribuição desse
cros, mas também reduzem a prosperidade pretendida de
produto ou serviço, ou seja, a estratégia de MKT deverá
atentar aos cuidados no momento de disponibilizar esse um setor.
produto. • Rivalidade entre os concorrentes – trata-se do uso
É necessário que esse produto esteja disponibili- de táticas de competição de preços, lançamento de produ-
zado de maneira que o cliente o encontre facilmente, tos e propaganda.
que esse acesso seja facilitado, podendo efetivar a ne-
gociação com agilidade e no momento em que desejar Uma vez analisadas as forças que afetam a competi-
ou precisar. ção em um setor e suas causas básicas, a empresa tem a
Essa distribuição pode ser direta ou indireta, de acor-
do com o produto ou serviço. oportunidade de identificar as condições dentro de uma
estratégia.
PROMOÇÃO Para isso, podemos utilizar a técnica FOFA.
Primeiramente devemos distinguir Propaganda de
Marketing.
A Propaganda é uma das ferramentas que o MKT uti-
liza para projetar o produto/serviço.
O MKT utiliza de ferramentas diversas nessa projeção,
conforme características peculiares ao momento, ao in-
teresse, ao produto e/ou serviço, enfim, conforme o ob-
jetivo.
Ferramentas da Promoção:
1. Propaganda – através dela os clientes são informa-
dos sobre os produtos e/ou serviços, além de passar in-
formações sobre a empresa, instigando a necessidade ou
desejo de comprá-los.
2. Promoção de Vendas – é uma ferramenta que co-
munica, atrai, incentiva, convida à negociação.
3. Relações Públicas – são apelos que mostram o his-
tórico da empresa, além dos produtos que desenvolvem,
além de ações sociais. Essa análise proporciona uma eficácia operacional, que
permite a contribuição de melhores práticas, redução de
custos, determinando-se o que fazer e, principalmente, o
que não fazer.
VANTAGEM COMPETITIVA
Na cadeia de valor empresarial, o custo e a qualidade
dos produtos são responsáveis pelas vantagens competiti-
vas que a organização dispõe, sendo estas para os setores
Vamos analisar o conceito vantagem competitiva a do mercado, a razão pela qual os clientes escolhem a sua
partir da visão de Michael Porter, visto que foi ele quem marca, seu produto ou serviço, sua oferta, e não a de seu
desenvolveu esse conceito.
concorrente, sendo essa vantagem única ou melhor do que
A vantagem competitiva surge do valor que uma de-
terminada empresa consegue criar para os Seus clientes e a ofertado por eles.
que ultrapassa os custos de produção. Vale ressaltar que a vantagem competitiva é sempre
A busca dessa vantagem está essencialmente na for- relativa.
ma de como lidar com a competição. Na luta por partici- Seja qual for a vantagem apresentada por sua empre-
pação no mercado, a competição é percebida em toda a sa, a partir do momento que um concorrente apresentá-la
cadeia de relações da empresa e não apenas em relação na mesma proporção, essa deixará de ser vantagem e pas-
aos concorrentes. sará a ser obrigação.

5
TÉCNICAS DE VENDAS

Características das vantagens competitivas É interessante perceber que algumas pessoas da empre-
• 1. Precisa ter valor para os clientes, precisa ser al- sa não conseguem conhecer nem mesmo o que sua empre-
mejada por eles. sa produz, sejam produtos ou serviços, há somente o conhe-
• 2. Não pode haver outras vantagens competitivas cimento de uma parte do que é ofertado ao consumidor,
substitutas disponibilizadas pelos concorrentes (não co- mas hoje não há mais espaço para este tipo de empresa no
piam mas substituem) mercado, deve-se ter em mente quais são os pontos em que
• 3. Possuir recursos e capacidade para ofertá-la de pode-se melhorar e quais podem não ser tão bons.
forma constante e consistente. Os concorrentes podem ser classificados de acordo com
• 4. Precisa ser sustentável a percepção da empresa, do mercado ou da combinação
de ambos, tornando assim mais fácil o reconhecimento dos
Quatro passos devem ser praticados de forma contínua pontos em que se deve atacar para superar a concorrência.
para quem trabalha com essas vantagens: Para algumas empresas um concorrente é apenas quem
• 1. Fique de olho na concorrência faz um produto similar, praticamente igual e que tem os
• 2. Faça a diferença (copiar X inovar e revolucionar) mesmos propósitos, outras enxergam seus concorrentes de
• 3. Quem não é visto não é lembrado. acordo com o ramo (setor) em que atuam, por outro lado
ainda existem aquelas organizações que classificam os con-
• 4. Cumpra o prometido
correntes por produtos ou serviços de mesma categoria, e
existem aquelas que defendem o argumento de que qual-
Posturas contrárias à Porter: quer empresa no mercado é concorrente, pois está dispu-
• A empresa deve basear-se nos recursos físicos, fi- tando o mesmo dinheiro do consumidor, mesmo que sejam
nanceiros, intangíveis, organizacionais e humanos, onde a segmentos diferentes.
definição das estratégias competitivas deve partir de uma A concorrência sempre busca Informações dos demais,
compreensão de possibilidades serem operacionalizadas e quer conhecer profundamente os acertos dos adversários e
sustentadas por tais recursos (Teoria defendida por Praha- mudar a percepção do consumidor quanto aos produtos ou
lad & Hamel / Krog & Ross) serviços ofertados.
• As vantagens competitivas partem da hipótese de Um profissional de Marketing sempre deve estar cole-
que os recursos empresariais que as gerarão devem ser he- tando Informações de mercado, procurando saber quem
terogêneos e imóveis, além de apresentar atributos como são as fontes que podem ameaçar ou até mesmo retirar
serem valiosos, raros, de difícil imitação e insubstituíveis. consumidores da sua base.
(Teoria defendida por Dosi & Coriat) Qualquer que seja o tamanho da empresa, deve-se sa-
• O sucesso competitivo requer a união de múlti- ber que sempre existirão concorrentes no mercado, inde-
plas capacidades como: inovação, produtividade, qualida- pendente do seu tamanho, localização e poder, mas sempre
de, resposta a cliente, sendo que os centros estratégicos há brechas que podem pegar a todos desprevenidos, como
combinam capacidade especializada e integração em larga a evolução tecnológica muito elevada, um novo concorrente
escala. (Teoria defendida por Lorenzoni G. / Baden Fuller) que entra no mercado após algum tempo e que fixou suas
• Em países emergentes, um impulsionador dinâmi- bases estratégicas no conhecimento dos pontos fracos co-
co da Vantagem Competitiva é a estratégia entre os setores nhecidos e estudados com muita cautela e dedicação
público e privado. (Faria e Imasato) Aprender com os acertos e erros dos concorrentes, é
• E ainda, por Mintzbert, valores gerenciais da or- saber utilizar de forma correta a disponibilidade de Infor-
ganização e sua responsabilidade social, além das forças mações de mercado, é aceitar e tomar para si a certeza de
políticas internas e o impacto das ações do governo no que não irá cometer estes erros e de que a concorrência
ambiente de atuação da empresa. não poderá corrigir os erros tão rapidamente.

Segundo Kotler a concorrência é dividida em:


- Concorrência de Marcas: uma empresa vê suas con-
COMO LIDAR COM A correntes como outras empresas que oferecem produtos
e serviços semelhantes aos mesmos clientes por preços
CONCORRÊNCIA.
similares, como exemplo pode-se citar uma empresa que
produz carros para a população em geral, mas esta empre-
sa não pode concorrer com empresas de carros de luxo;
- Concorrência setorial: uma empresa vê todas as em-
Cada empresa que disponibiliza seus produtos no mer- presas que fabricam o mesmo tipo de produto ou classe
cado sabe da existência de concorrentes, também deve co- de produto como suas concorrentes, um exemplo é uma
nhecer os pontos em que seus adversários não podem su- empresa de automóveis que não distingue o nível de qua-
perá-la e o que o mercado deseja. lificação dos produtos concorrentes;
Muitas vezes algumas empresas não conhecem os de- - Concorrência de forma: uma empresa vê todas as
mais players do mercado, deixam de conhecer o que pode empresas fabricantes de produtos que oferecem o mesmo
haver de melhor e de não tão bom no produto concorrente, serviço como suas concorrentes, como exemplo a empresa
dando margem a possíveis ataques inesperados e chances de automóveis passa a considerar concorrentes os fabri-
de perder o que já conquistou. cantes de motocicletas, bicicletas e caminhões;

6
TÉCNICAS DE VENDAS

- Concorrência genérica: uma empresa vê como suas Notemos que em um primeiro momento a concor-
concorrentes todas as empresas que competem pelo di- rência pode nos parecer algo muito produtivo, isso quan-
nheiro dos mesmos consumidores, assim a empresa de do estamos no polo de clientes, ao passo que quando
automóveis enxerga a concorrência como empresas que estamos no polo de fornecedores a concorrência não é
possam vender viagens ao exterior e residências. tão bem vista assim. Por isso o maior desafio como for-
(Fonte: Portal do Marketing e KOTLER, Philip. Adminis- necedores não é simplesmente ser escolhido pelo cliente,
tração de Marketing, São Paulo, 10ª Edição, 2004). pois você tem que aproveitar a chance de usar essa con-
corrência para crescer e contribuir para o mercado.
Para lidar com a concorrência, primeiro, é preciso que Precisa-se, antes de tudo, entender seus concorren-
se entendam os motivos pelos quais um cliente prefere um tes, precisa saber em quais mercados eles trabalham ou
produto ou serviço de uma empresa ao da outra. atuam, necessita buscar e descobrir várias características
Se as ofertas são imensas, o que leva a escolha? essenciais que lhe permitirão caminhar ou criar o negó-
Estamos na era da qualidade. As empresas se preparam cio. Alguns dos fatores que se precisa analisar sobre os
sempre para oferecer melhor para os seus clientes. E ain- concorrentes, são: Quem são? Onde eles estão? Quantos
da, fazem questão de demonstrar isso. Tudo porque elas são? Quais são os produtos principais deles? E esses pro-
perceberam que os clientes estão cada vez mais exigentes, dutos são melhores que os que você produz? Que preços
espertos e atentos. eles praticam, e são maiores ou menores que os seus?
Então, se a qualidade deve ser algo comum a todos, o Qual o tipo de investimento está sendo feito por ele em
que motiva a aquisição e determina a escolha de um pro- relação a suporte, vendas, pós-vendas, entregas e paga-
duto ou serviço de uma empresa, é o que elas fazem de mentos, quais são as pessoas-chave nessa concorrência?
diferente. Essas são informações essenciais pra que se possa deter-
Esse diferencial está ligado à percepção da empresa. minar como funciona seu mercado, pelo ponto de vista
Ou seja, é ela conseguir enxergar o que a concorrência faz da concorrência.
e precisa ser melhorado. Ou, o que ela não faz e poderia Vejamos alguns passos que deve-se executar para
ser feito. conseguir driblar a concorrência:
E isso pode estar embutido em atendimentos persona- • Deve-se perceber que o melhor não existe, o que
lizados; não se limitar, aprender a correr riscos; não agredir existe é o mais apropriado para cada cliente, afinal de
a concorrência; criar uma nova necessidade; trazer bene- contas, querer ser o melhor em tudo faz com que se per-
fícios; ampliar o mercado; contribuir para a sociedade; ser
ca o foco estratégico, leva a grandes contradições, como
transparente.
querer vender um produto mais luxuoso e com preço
As empresas não podem esquecer que se continuarem
mais baixo ao mesmo tempo, e isso faz com que se perca
fazendo o de sempre, mesmo que façam bem, essa estra-
a identidade dos produtos ou serviços, enquanto que o
tégia, por ser algo óbvio, podem ser afetadas pelas ações
diferente já traz consigo a vantagem da surpresa.
da concorrência.
• Devem-se aproveitar os próprios pontos fortes para
Portanto, os concorrentes podem ser entendidos como
forças externas que motivam as empresas a procurarem conquistar o cliente, do que tentar conseguir conquis-
novas estratégias de mercado. E isso é algo positivo. tá-lo usando os pontos fracos dos outros concorrentes.
Nenhuma empresa e nenhum país têm condições de • Não se deve agredir os concorrentes, pelo contrá-
ignorar a necessidade de competir. Todas as empresas e rio, ao se criar um novo leque dentro de um mercado já
todos os países devem procurar compreender e exercer existente, acaba-se por dar uma nova guinada no mer-
com maestria a competição. cado.
Toda empresa sofre ou sofrerá um dia o efeito da con- • Com certeza correrá riscos, mas qual é o maior risco
corrência, afinal, ideias inovadoras e rentáveis tornam os do que o de ser abandonado pelo cliente? Porém isso
mercados atrativos, salvo algumas exceções, e faz com não quer dizer que o risco não possa ser administrado.
que uma organização não consiga manter o monopólio • Deve-se deixar o cliente totalmente satisfeito, po-
todo o tempo em seu mercado de atuação. Por isso é rém sempre com vontade de voltar, de quero mais, pois
fundamental para qualquer tipo de organização saber assim se terá sempre um cliente satisfeito e fiel.
lidar da melhor forma possível com seus concorrentes, • Não deve se limitar as pesquisas, afinal novos pro-
sejam estes diretos ou indiretos. dutos exigem experimentação e degustação.
Para tanto, falaremos como ter um melhor gerencia- • Um produto pode dar certo, mas isso não significa
mento dos concorrentes. O primeiro passo que deve- se que está finalizado, pois sempre há melhorias que podem
preocupar é a identificação dos concorrentes, pode até ser acrescidas. E mesmo que um produto tenha sido de-
parecer que esta seja uma tarefa fácil, porém a faixa de senvolvido para um determinado cliente, sempre podem
concorrentes reais e potenciais será na verdade muito ampliar os rendimentos, sem que o cliente original seja
mais ampla do que se pensa. lesado.
Toda concorrência gera inovações, invenções e a cada
invento percebemos que nossa sociedade se aprimora. E Mas um fator que deve ser analisado é que, cada con-
esse aprimoramento faz com que fiquemos mais abertos corrente tem sua forma de gestão, sua cultura interna, con-
ao novo, mais criativos, logo, muito mais exigentes, isso vicções, dente outros fatores, que os guiará a determinado
nada mais é do que evolução. padrão de reação.

7
TÉCNICAS DE VENDAS

Algumas categorias de concorrentes: va de minimizar percepções diferenciadas aos clientes, de


• Concorrente cauteloso ou omisso é aquele que maneira que todos tenham o mesmo tratamento, vários
não reage com rapidez ou firmeza a um movimento do ri- fatores interferem aqui, temos como já citamos o com-
val. portamento do prestador de serviço, mas temos também
• Concorrente seletivo é aquele que reage a alguns a colocação que cada cliente faz em relação às suas ne-
tipos de ataque, tipo, reação à disputa por preços, mas não cessidades, sendo que cada um tem uma forma de expor
a gastos com publicidade. essas necessidades, outro fator são diferenças que podem
• Concorrente arrojado é o concorrente que reage existir entre estruturas, cidades, culturas, enfim, compete
com rapidez e firmeza a qualquer ataque. à instituição implantar estratégias e cultura organizacio-
• Concorrente imprevisível, que seria aquele que, nal que incentive os colaboradores a prestarem serviços
como não poderia deixar de ser, não exibe um padrão de de qualidade que atenda aquela tida como meta, além de
reação previsível. acompanhar aquele que melhor lhe dirá se o que tem sido
Logo, chega-se a conclusão que para se preparar uma oferecido é o melhor, ou seja, o cliente. Necessário se faz
estratégia de marketing eficaz, é necessário que a organi- um acompanhamento das percepções e avaliações que o
zação estude seus concorrentes. cliente consumidor desse serviço tem apontado.

NOÇÕES DE IMATERIALIDADE OU MANEJO DE CARTEIRA DE PESSOA


INTANGIBILIDADE, INSEPARABILIDADE E FÍSICA E PESSOA JURÍDICA
VARIABILIDADE DOS PRODUTOS
BANCÁRIOS

É de extrema importância que as instituições man-


tenham o foco nos clientes levando em consideração
Intangibilidade: Quando falamos em algo intangível, aqueles que geram mais rentabilidade e ao mesmo
nos referimos a algo que não conseguimos perceber fisi- tempo, tenham um controle dos riscos aos quais os
camente, ou seja, não vemos, não pegamos, não sentimos. negócios financeiros estão sujeitos, por isso, o contro-
Essa característica deixa o indivíduo fora de sua zona de le da carteira de clientes é fundamental para o monito-
conforto, isto porque ele adquire algo que não pode de ramento desses clientes, da evolução dessas negocia-
pronto perceber, a subjetividade desses serviços gera uma ções, de forma que as instituições possam identificar
insegurança ao cliente quanto à qualidade daquele servi- tanto as oportunidades de gerar mais negócios com
ço. Diante disso, as instituições devem estar atentas àquilo maior lucratividade e também se prevenir dos riscos,
que o cliente no momento da prestação do serviço pode ajustando linhas de crédito, oferecendo produtos que
usar de referência em suas avaliações, como por exemplo, melhor se encaixem na necessidade e situação finan-
a estrutura do lugar, a agilidade do serviço, a qualidade ceira daquele cliente, e também administrar melhor seu
no atendimento, a presteza nas informações prestadas, os departamento de cobrança.
canais de comunicação, custo dos serviços, enfim, todos os
meios que na avaliação do cliente o deixe mais tranquilo e PESSOA FÍSICA
positivo quanto a aquisição do serviço. • Crédito Pessoa Física – como reflexo de ações
com foco nos clientes, novo reposicionamento estratégi-
Inseparabilidade: Quando falamos em serviços, fala- co, na sustentabilidade dos negócios, o BB consolidou a
mos de algo que seu consumo ocorre ao mesmo tempo em liderança, dando continuidade ao Programa de Transfor-
que é produzido, ou seja, não é possível separar o serviço mação do Varejo, que contempla ações estratégicas como
de quem o presta ou realiza, um é inerente ao outro. Essa a rentabilização da base de clientes, com base no atendi-
é razão pela qual falamos em interação entre vendedor e mento de excelência, conhecimento do cliente e aumento
cliente, porque ambos afetam diretamente o resultado do da oferta de conveniência adequada aos canais de aten-
processo. Diante disso, vale destacar a importância da pre- dimento.
paração tanto técnica quanto comportamental dos pro- • Crédito consignado – o foco em linhas de menor
fissionais que desenvolverão esse tipo de serviço, afinal, risco e a estratégia de qualificação da base de clientes
seu desempenho está intimamente ligado à qualidade e fortaleceu o crescimento dessa modalidade, permitindo a
eficácia final do processo de venda de serviços. liderança do BB no segmento.
• Veículos – mais uma modalidade que obtém cres-
Variabilidade: Aqui nos referimos à dificuldade exis- cimento no BB, que investe em medidas que visem pre-
tente nas instituições de padronizar suas prestações de servação do meio ambiente e sustentabilidade do plane-
serviço, até porque estamos aqui falando em situações ta. Nessa linha são oferecidas condições diferenciadas aos
que são desenvolvidas por pessoas, sendo que, por mais clientes no financiamento de veículos que se enquadrem
que haja um modelo ou padrão a ser seguido na tentati- no ranking “Nota Verde”.

8
TÉCNICAS DE VENDAS

• Crédito Imobiliário – essa linha manteve o cres- Processo de Crédito – constitui 4 etapas:
cimento, com previsão de continuidade nos próximos 1. Concessão – abrange a análise do cliente e da ope-
anos, e nesse contexto, o BB, investindo em sustentabi- ração;
lidade, vem priorizando financiamentos à produção que 2. Condução – acompanhamento da aplicação dos re-
atenda conceitos de preservação. cursos liberados, prevenindo a inadimplência.
3. Cobrança - utilização de mecanismos que assegurem o
PESSOA JURÍDICA retorno de recursos emprestados;
4. Recuperação – busca reduzir perdas de crédito, mini-
• Microcrédito – diante da positividade do cenário mizar custos de recuperação e aumentar taxa de recuperação
econômico brasileiro (queda no desemprego/integração
no mercado de consumo/mobilidade social/ampliação de Gestão do Risco de Crédito – Modelos de Concessão
crédito...) o BB passou atuar no Microcrédito Produtivo • O BB utiliza modelos de credit scoring (analisa con-
Orientado (MPO) – dentre os objetivos citamos a promo- ceitos de inadimplência, pontualidade, definição de bom ou
mau pagador) e credit rating e probabilidade de default (clas-
ção de inclusão bancária e a geração de trabalho e renda
sifica as empresas em categoria de risco de crédito)
para empreendedores de pequeno porte.
• O BB desenvolveu algumas metodologias próprias
• Crédito Pessoa Jurídica – o BB busca estimular a
para a apuração dos componentes de risco.
inovação e a produção nacional para aumentar a com-
• Entre elas citamos:
petitividade das indústrias e estimular o crescimento do  FEI – Frequência Esperada de Inadimplência
país. Isso explica o crescimento dessa carteira, onde linhas  PDI – Perda Dada a Inadimplência
de capital de giro e investimentos representam mais de  Exposição a risco de crédito, mensurando Capital
70%. Econômico (CE) e Perda Esperada (PE)
• Crédito para Empresas Médias, Grandes e Corpo-
rate – nessa linha (clientes Atacado), o BB atende empresas
com faturamento anual bruto superior a 25 milhões, e as
ações estarão centradas no aprimoramento de processos
e estruturas de atendimento, estratégias de rentabilização NOÇÕES DE MARKETING DE
e desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. RELACIONAMENTO
• Micro e Pequenas Empresas – aqui destacamos
a linha de crédito BB Giro Empresa Flex, além do Cartão
BNDES.
• Operações de Investimento e Repasses – nessa Quando falamos em marketing de relacionamento, ou
modalidade podemos citar o Fundo da Marinha Mercante, CRM (Customer Relationship Management), estamos falando
Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, em uma ferramenta que propõe ações de comunicação e re-
além de recursos do FINAME, que movimentaram bilhões lacionamento de forma individualizada entre a organização e
em investimentos na geração de emprego e no desenvol- o consumidor, visando gerar entre ambos um relacionamento
vimento do país. de longo prazo. Essa comunicação individualizada é de ex-
• Agronegócios – nessa modalidade podemos citar trema eficácia visto que, ao estreitar essas relações as orga-
nizações identificam o perfil de cada cliente e detectam mais
medidas adotadas que destacam o BB no segmento:
facilmente suas necessidades, interesses, particularidades, de
 Mitigação do risco;
tal forma que, as ações adotadas junto a esses clientes geram
 Programa Agricultura de Baixo Carbono
uma maior valorização a eles e, por consequência o nível de
 Letra de Crédito do Agronegócio fidelização é potencializado, onde vários fatores, além de cus-
 Novo modelo de atendimento ao produtor rural to, passam a ser levados em consideração por esse cliente,
 PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento mantendo-o na instituição não apenas por conveniência, mas
da Agricultura Familiar) também por convicção.
 PRONAMP (Programa Nacional de Apoio ao Mé- Marketing de Relacionamento está relacionado ao pro-
dio Produtor Rural) cesso de construção e sustentação da infraestrutura dos rela-
 Negócios com cooperativas e atendimento espe- cionamentos com os clientes, gerando assim uma integração
cializado. dos clientes no desenvolvimento dos processos.
Essa ferramenta consiste em uma estratégia de negócios
Políticas de Crédito e Risco de Crédito – essas políti- que visa construir de forma pró ativa relacionamentos dura-
cas visam: douros e sólidos, que contribuem para o aumento do desem-
• Assegurar uniformidade de decisões penho das empresas, atingindo resultados sustentáveis, faci-
• Aperfeiçoar a administração do risco de crédito litando inclusive mensurar o nível de satisfação dos clientes,
• Garantir a integridade dos ativos de crédito antecipando-se às futuras mudanças e adequações que se
• Elevar os padrões de qualidade façam necessárias,
• Tratam do retorno ajustado ao risco, dos limites Investir e administrar essa ferramenta traz para a empresa
máximos de concentração e percentuais de comprometi- uma vantagem competitiva, pois isso a destaca frente à con-
mento do patrimônio. corrência.

9
TÉCNICAS DE VENDAS

Outra vantagem obtida através do MKT de relacionamen- necedor). Já, fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
to é que, por meio das informações colhidas, é possível me- pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os
lhor analisar e desenvolver estratégias de marketing, pois, co- entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
nhecendo o gosto e avaliação que os clientes têm, é possível produção, montagem, criação, construção, transformação,
mantê-los ativos e fazer com eles se tornem divulgadores de importação, exportação, distribuição ou comercialização
produtos e/ou serviços das instituições. de produtos ou prestação de serviços, conforme o art. 4º
Método para implementação de MKT relacional = IDIC da lei 8078/90.
• I – Identificar
• D – Diferenciar LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.
• I – Interagir
• C - Customizar Vigência
Mensagem de veto
É de conhecimento geral que o custo para conquis- Regulamento
tar novos clientes é muito superior àquele para manter Regulamento
os que já o são, visto que, a confiança dos antigos clien- Regulamento
tes permite que eles não troquem a organização sem (Vide Decreto nº 2.181, de 1997)
que haja uma razão muito forte, e também o volume de (Vide pela Lei nº 13.425, de 2017) (Vigência)
negócios por eles gerado é superior ao de novos clien- Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
tes, que ainda terão que passar por todo esse processo providências.
de construção de valores e relação. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
O CRM demonstra que todo relacionamento é um
aprendizado. Quando a organização usa dessa ferramenta TÍTULO I
ela está se propondo a aprender com seu cliente, ou seja, Dos Direitos do Consumidor
ela se propõe a ouvir, a atender as observações e sugestões CAPÍTULO I
por eles colocadas, unindo esforços e interesses, direciona Disposições Gerais
suas ações para um bem comum, onde um se torna supor-
te do outro, gerando assim um relacionamento além de Art. 1° O presente código estabelece normas de prote-
lucrativo, sólido e sustentável. ção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse
social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V,
da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Tran-
CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO sitórias.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
CONSUMIDOR – LEI 8.078/1990
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário fi-
nal.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletivi-
As denominadas relações de consumo estão estrita- dade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja in-
mente relacionadas às relações de cunho comercial. Com tervindo nas relações de consumo.
o passar do tempo, essas práticas foram acompanhando Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
o crescimento do comércio, o avanço das tecnologias, até pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os
que se o Estado, regulamentou essas práticas e garantiu entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
mecanismos de defesa dos direitos dos envolvidos, através produção, montagem, criação, construção, transformação,
da Lei 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor), que importação, exportação, distribuição ou comercialização
passou a tutelar essa relação, revestindo-a de caráter públi- de produtos ou prestação de serviços.
co, afim de resguardar os interesses da coletividade. § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, mate-
Tendo em vista que essas relações envolvem duas ou rial ou imaterial.
mais pessoas, faz-se necessário a presença de dois elemen- § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mer-
tos para caracterizar tal relação, sejam eles Consumidor e cado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de
Fornecedor. De acordo com o artigo 2º da lei 8078/90, natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo
Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
ou utiliza produtos ou serviços como destinatário final, en-
tenda-se aqui destinatário final como aquela pessoa, física CAPÍTULO II
ou jurídica que adquire ou se utiliza de produtos ou ser- Da Política Nacional de Relações de Consumo
viços em benefício próprio, ou seja, é aquele que busca
a satisfação de suas necessidades através de um produ- Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo
to ou serviço, sem ter o interesse de repassar este serviço tem por objetivo o atendimento das necessidades dos con-
ou esse produto a terceiros (Caso este produto ou serviço sumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança,
seja repassado a terceiros, mediante remuneração, inexiste a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da
a figura do consumidor e surge imediatamente a do for- sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmo-

10
TÉCNICAS DE VENDAS

nia das relações de consumo, atendidos os seguintes prin- II - a educação e divulgação sobre o consumo ade-
cípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) quado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor escolha e a igualdade nas contratações;
no mercado de consumo; III - a informação adequada e clara sobre os dife-
II - ação governamental no sentido de proteger efeti- rentes produtos e serviços, com especificação correta de
vamente o consumidor: quantidade, características, composição, qualidade, tri-
a) por iniciativa direta; butos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de asso- apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012)
ciações representativas; Vigência
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusi-
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões va, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como
adequados de qualidade, segurança, durabilidade e de- contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no forne-
sempenho. cimento de produtos e serviços;
III - harmonização dos interesses dos participantes das V - a modificação das cláusulas contratuais que esta-
relações de consumo e compatibilização da proteção do beleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em
consumidor com a necessidade de desenvolvimento eco- razão de fatos supervenientes que as tornem excessiva-
nômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios mente onerosas;
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Cons- VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patri-
tituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio moniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
nas relações entre consumidores e fornecedores; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos
IV - educação e informação de fornecedores e consu- com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimo-
midores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à niais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada
melhoria do mercado de consumo; a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessita-
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios dos;
eficientes de controle de qualidade e segurança de produ- VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
tos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
solução de conflitos de consumo;
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordiná-
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos
rias de experiências;
praticados no mercado de consumo, inclusive a concor-
IX - (Vetado);
rência desleal e utilização indevida de inventos e criações
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públi-
industriais das marcas e nomes comerciais e signos distinti-
cos em geral.
vos, que possam causar prejuízos aos consumidores;
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;
III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com
VIII - estudo constante das modificações do mercado deficiência, observado o disposto em regulamento. (In-
de consumo. cluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Rela- Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem
ções de Consumo, contará o poder público com os seguin- outros decorrentes de tratados ou convenções internacio-
tes instrumentos, entre outros: nais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna
I - manutenção de assistência jurídica, integral e gra- ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades
tuita para o consumidor carente; administrativas competentes, bem como dos que derivem
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüi-
Consumidor, no âmbito do Ministério Público; dade.
III - criação de delegacias de polícia especializadas no Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, to-
atendimento de consumidores vítimas de infrações penais dos responderão solidariamente pela reparação dos danos
de consumo; previstos nas normas de consumo.
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas
e Varas Especializadas para a solução de litígios de consu- CAPÍTULO IV
mo; Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e
V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimen- da Reparação dos Danos
to das Associações de Defesa do Consumidor. SEÇÃO I
§ 1° (Vetado). Da Proteção à Saúde e Segurança
§ 2º (Vetado).
CAPÍTULO III Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado
Dos Direitos Básicos do Consumidor de consumo não acarretarão riscos à saúde ou seguran-
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: ça dos consumidores, exceto os considerados normais e
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os ris- previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obri-
cos provocados por práticas no fornecimento de produtos gando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as
e serviços considerados perigosos ou nocivos; informações necessárias e adequadas a seu respeito.

11
TÉCNICAS DE VENDAS

Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, II - o produto for fornecido sem identificação clara do
ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere seu fabricante, produtor, construtor ou importador;
este artigo, através de impressos apropriados que devam III - não conservar adequadamente os produtos pe-
acompanhar o produto. recíveis.
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencial- Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao
mente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os
informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da demais responsáveis, segundo sua participação na causa-
sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção ção do evento danoso.
de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado Art. 14. O fornecedor de serviços responde, indepen-
de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria sa- dentemente da existência de culpa, pela reparação dos
ber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
saúde ou segurança. prestação dos serviços, bem como por informações insufi-
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, poste- cientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
riormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a se-
conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá gurança que o consumidor dele pode esperar, levando-
comunicar o fato imediatamente às autoridades compe- se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
tentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitá- quais:
rios. I - o modo de seu fornecimento;
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o pará- II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se
grafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e tele- esperam;
visão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. III - a época em que foi fornecido.
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculo- § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela ado-
sidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos ção de novas técnicas.
consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabi-
Municípios deverão informá-los a respeito. lizado quando provar:
Art. 11. (Vetado). I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
SEÇÃO II § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais libe-
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e rais será apurada mediante a verificação de culpa.
do Serviço Art. 15. (Vetado).
Art. 16. (Vetado).
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos
ou estrangeiro, e o importador respondem, independen- consumidores todas as vítimas do evento.
temente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de SEÇÃO III
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, ma- Da Responsabilidade por Vício do Produto e
nipulação, apresentação ou acondicionamento de seus do Serviço
produtos, bem como por informações insuficientes ou ina-
dequadas sobre sua utilização e riscos. Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo du-
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a se- ráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos ví-
gurança que dele legitimamente se espera, levando-se em cios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes
I - sua apresentação; diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se espe- disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da
ram; embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respei-
III - a época em que foi colocado em circulação. tadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mer- § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de
cado. trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importa- sua escolha:
dor só não será responsabilizado quando provar: I - a substituição do produto por outro da mesma es-
I - que não colocou o produto no mercado; pécie, em perfeitas condições de uso;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, II - a restituição imediata da quantia paga, moneta-
o defeito inexiste; riamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. danos;
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos III - o abatimento proporcional do preço.
termos do artigo anterior, quando: § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou am-
- o fabricante, o construtor, o produtor ou o importa- pliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não po-
dor não puderem ser identificados; dendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta

12
TÉCNICAS DE VENDAS

dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inade-
ser convencionada em separado, por meio de manifesta- quados para os fins que razoavelmente deles se esperam,
ção expressa do consumidor. bem como aqueles que não atendam as normas regula-
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das al- mentares de prestabilidade.
ternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por
extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á
comprometer a qualidade ou características do produto, implícita a obrigação do fornecedor de empregar compo-
diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. nentes de reposição originais adequados e novos, ou que
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo,
inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a subs- quanto a estes últimos, autorização em contrário do con-
tituição do bem, poderá haver substituição por outro de sumidor.
espécie, marca ou modelo diversos, mediante complemen- Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
tação ou restituição de eventual diferença de preço, sem concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra
prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
forma de empreendimento, são obrigados a fornecer ser-
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura,
viços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essen-
será responsável perante o consumidor o fornecedor ime-
ciais, contínuos.
diato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total
I - os produtos cujos prazos de validade estejam ven- ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as
cidos; pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, danos causados, na forma prevista neste código.
avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de
vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacor- qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o
do com as normas regulamentares de fabricação, distribui- exime de responsabilidade.
ção ou apresentação; Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem serviço independe de termo expresso, vedada a exonera-
inadequados ao fim a que se destinam. ção contratual do fornecedor.
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula
pelos vícios de quantidade do produto sempre que, res- que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de inde-
peitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu nizar prevista nesta e nas seções anteriores.
conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do § 1° Havendo mais de um responsável pela causação
recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem do dano, todos responderão solidariamente pela repara-
publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamen- ção prevista nesta e nas seções anteriores.
te e à sua escolha: § 2° Sendo o dano causado por componente ou peça
I - o abatimento proporcional do preço; incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis so-
II - complementação do peso ou medida; lidários seu fabricante, construtor ou importador e o que
III - a substituição do produto por outro da mesma realizou a incorporação.
espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
IV - a restituição imediata da quantia paga, moneta- SEÇÃO IV
riamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e Da Decadência e da Prescrição
danos.
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou
anterior.
de fácil constatação caduca em:
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando
fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço
não estiver aferido segundo os padrões oficiais. e de produtos não duráveis;
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de ser-
de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou viço e de produtos duráveis.
lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorren- § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir
tes da disparidade com as indicações constantes da oferta da entrega efetiva do produto ou do término da execução
ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, dos serviços.
alternativamente e à sua escolha: § 2° Obstam a decadência:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e I - a reclamação comprovadamente formulada pelo
quando cabível; consumidor perante o fornecedor de produtos e servi-
II - a restituição imediata da quantia paga, moneta- ços até a resposta negativa correspondente, que deve ser
riamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e transmitida de forma inequívoca;
danos; II - (Vetado).
III - o abatimento proporcional do preço. III - a instauração de inquérito civil, até seu encerra-
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada mento.
a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial
fornecedor. inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.

13
TÉCNICAS DE VENDAS

Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à repa- Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão asse-
ração pelos danos causados por fato do produto ou do gurar a oferta de componentes e peças de reposição en-
serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a quanto não cessar a fabricação ou importação do produto.
contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação,
de sua autoria. a oferta deverá ser mantida por período razoável de tem-
Parágrafo único. (Vetado). po, na forma da lei.
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou
SEÇÃO V reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e en-
Da Desconsideração da Personalidade Jurídica dereço na embalagem, publicidade e em todos os impres-
sos utilizados na transação comercial.
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e
jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumi- serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao
dor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da consumidor que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800,
lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato de 2008).
social. A desconsideração também será efetivada quando Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é soli-
houver falência, estado de insolvência, encerramento ou dariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou
inatividade da pessoa jurídica provocados por má admi- representantes autônomos.
nistração. Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recu-
§ 1° (Vetado). sar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
e as sociedades controladas, são subsidiariamente respon- I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos
sáveis pelas obrigações decorrentes deste código. termos da oferta, apresentação ou publicidade;
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equi-
responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. valente;
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por cul- III - rescindir o contrato, com direito à restituição de
pa. quantia eventualmente antecipada, monetariamente atua-
lizada, e a perdas e danos.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa ju-
rídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma,
SEÇÃO III
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos con-
Da Publicidade
sumidores.
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal for-
CAPÍTULO V ma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique
Das Práticas Comerciais como tal.
SEÇÃO I Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus
Das Disposições Gerais produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para infor-
mação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técni-
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equi- cos e científicos que dão sustentação à mensagem.
param-se aos consumidores todas as pessoas determiná- Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abu-
veis ou não, expostas às práticas nele previstas. siva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação
SEÇÃO II ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcial-
Da Oferta mente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por
omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficiente- da natureza, características, qualidade, quantidade, pro-
mente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de priedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre
comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos produtos e serviços.
ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discrimina-
ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser cele- tória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore
brado. o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou servi- julgamento e experiência da criança, desrespeita valores
ços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a
ostensivas e em língua portuguesa sobre suas caracterís- se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
ticas, qualidades, quantidade, composição, preço, garan- ou segurança.
tia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é en-
como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança ganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado
dos consumidores. essencial do produto ou serviço.
Parágrafo único. As informações de que trata este ar- § 4° (Vetado).
tigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da
serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº informação ou comunicação publicitária cabe a quem as
11.989, de 2009) patrocina.

14
TÉCNICAS DE VENDAS

SEÇÃO IV § 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado


Das Práticas Abusivas terá validade pelo prazo de dez dias, contado de seu rece-
bimento pelo consumidor.
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou servi- § 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento
ços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela obriga os contraentes e somente pode ser alterado me-
Lei nº 8.884, de 11.6.1994) diante livre negociação das partes.
§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus
I - condicionar o fornecimento de produto ou de ser- ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços de
terceiros não previstos no orçamento prévio.
viço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de
como, sem justa causa, a limites quantitativos; serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabelamen-
II - recusar atendimento às demandas dos consumido- to de preços, os fornecedores deverão respeitar os limites
res, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, oficiais sob pena de não o fazendo, responderem pela res-
e, ainda, de conformidade com os usos e costumes; tituição da quantia recebida em excesso, monetariamente
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação atualizada, podendo o consumidor exigir à sua escolha, o
prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras sanções
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do con- cabíveis.
sumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento
ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou SEÇÃO V
serviços; Da Cobrança de Dívidas
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadim-
excessiva;
plente não será exposto a ridículo, nem será submetido a
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orça- qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
mento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia
as decorrentes de práticas anteriores entre as partes; indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de
praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos; correção monetária e juros legais, salvo hipótese de enga-
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer pro- no justificável.
duto ou serviço em desacordo com as normas expedidas Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de
pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas especí- débitos apresentados ao consumidor, deverão constar o
ficas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de
Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Na- Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa
cional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto ou serviço cor-
(Conmetro); respondente. (Incluído pela Lei nº 12.039, de 2009)
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de servi-
SEÇÃO VI
ços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los median- Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores
te pronto pagamento, ressalvados os casos de intermedia-
ção regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no
nº 8.884, de 11.6.1994) art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros,
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou ser- fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados
viços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem
22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da con- ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil
versão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999 compreensão, não podendo conter informações negativas
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento referentes a período superior a cinco anos.
de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados
a seu exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, de pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito
ao consumidor, quando não solicitada por ele.
21.3.1995)
§ 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata cor-
legal ou contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei reção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis,
nº 9.870, de 23.11.1999) comunicar a alteração aos eventuais destinatários das in-
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos formações incorretas.
remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese pre- § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consu-
vista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexis- midores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres
tindo obrigação de pagamento. são considerados entidades de caráter público.
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a en- § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de
tregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos res-
valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a se- pectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer infor-
rem empregados, as condições de pagamento, bem como mações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao
as datas de início e término dos serviços. crédito junto aos fornecedores.

15
TÉCNICAS DE VENDAS

§ 6o Todas as informações de que trata o caput deste I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsa-
artigo devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis, bilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos
inclusive para a pessoa com deficiência, mediante solicita- produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição
ção do consumidor. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor
(Vigência) e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor limitada, em situações justificáveis;
manterão cadastros atualizados de reclamações funda-
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da
mentadas contra fornecedores de produtos e serviços, de-
vendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indi- quantia já paga, nos casos previstos neste código;
cará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor. III - transfiram responsabilidades a terceiros;
§ 1° É facultado o acesso às informações lá constantes IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas,
para orientação e consulta por qualquer interessado. abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem
§ 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mes- exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a
mas regras enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo eqüidade;
único do art. 22 deste código. V - (Vetado);
Art. 45. (Vetado). VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em pre-
juízo do consumidor;
CAPÍTULO VI
VII - determinem a utilização compulsória de arbitra-
Da Proteção Contratual
SEÇÃO I gem;
Disposições Gerais VIII - imponham representante para concluir ou reali-
zar outro negócio jurídico pelo consumidor;
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de con- IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não
sumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada o contrato, embora obrigando o consumidor;
a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu con- X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente,
teúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos variação do preço de maneira unilateral;
de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e al- XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato uni-
cance. lateralmente, sem que igual direito seja conferido ao con-
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de
sumidor;
maneira mais favorável ao consumidor.
Art. 48. As declarações de vontade constantes de XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de
escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos às cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja
relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando conferido contra o fornecedor;
inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e pa- XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateral-
rágrafos. mente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no celebração;
prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas
recebimento do produto ou serviço, sempre que a contra- ambientais;
tação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora XV - estejam em desacordo com o sistema de prote-
do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ção ao consumidor;
ou a domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização
de arrependimento previsto neste artigo, os valores even- por benfeitorias necessárias.
tualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a van-
reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente tagem que:
atualizados. I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurí-
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e dico a que pertence;
será conferida mediante termo escrito. II - restringe direitos ou obrigações fundamentais ine-
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente rentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu
deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada objeto ou equilíbrio contratual;
em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o III - se mostra excessivamente onerosa para o consu-
prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a car-
midor, considerando-se a natureza e conteúdo do contra-
go do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamen-
te preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, to, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares
acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso ao caso.
do produto em linguagem didática, com ilustrações. § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva
não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência,
SEÇÃO II apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo
Das Cláusulas Abusivas a qualquer das partes.
§ 3° (Vetado).
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as § 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produ- que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze
tos e serviços que: a competente ação para ser declarada a nulidade de cláu-

16
TÉCNICAS DE VENDAS

sula contratual que contrarie o disposto neste código ou CAPÍTULO VII


de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre Das Sanções Administrativas
direitos e obrigações das partes. (Vide Lei nº 8.656, de 1993)
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que
envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal, em
ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisi- caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de atua-
tos, informá-lo prévia e adequadamente sobre: ção administrativa, baixarão normas relativas à produção,
I - preço do produto ou serviço em moeda corrente industrialização, distribuição e consumo de produtos e ser-
nacional; viços.
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual § 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
de juros; nicípios fiscalizarão e controlarão a produção, industrializa-
III - acréscimos legalmente previstos; ção, distribuição, a publicidade de produtos e serviços e o
IV - número e periodicidade das prestações; mercado de consumo, no interesse da preservação da vida,
V - soma total a pagar, com e sem financiamento. da saúde, da segurança, da informação e do bem-estar do
§ 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemen-
consumidor, baixando as normas que se fizerem necessárias.
to de obrigações no seu termo não poderão ser superiores
§ 2° (Vetado).
a dois por cento do valor da prestação. (Redação dada
§ 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal
pela Lei nº 9.298, de 1º.8.1996)
§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação anteci- e municipais com atribuições para fiscalizar e controlar o
pada do débito, total ou parcialmente, mediante redução mercado de consumo manterão comissões permanentes
proporcional dos juros e demais acréscimos. para elaboração, revisão e atualização das normas referidas
§ 3º (Vetado). no § 1°, sendo obrigatória a participação dos consumidores
Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis e fornecedores.
ou imóveis mediante pagamento em prestações, bem § 4° Os órgãos oficiais poderão expedir notificações
como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram- aos fornecedores para que, sob pena de desobediência,
se nulas de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a prestem informações sobre questões de interesse do con-
perda total das prestações pagas em benefício do credor sumidor, resguardado o segredo industrial.
que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do Art. 56. As infrações das normas de defesa do consu-
contrato e a retomada do produto alienado. midor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes san-
§ 1° (Vetado). ções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil,
§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produ- penal e das definidas em normas específicas:
tos duráveis, a compensação ou a restituição das parcelas I - multa;
quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da II - apreensão do produto;
vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos III - inutilização do produto;
que o desistente ou inadimplente causar ao grupo. IV - cassação do registro do produto junto ao órgão
§ 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo competente;
serão expressos em moeda corrente nacional. V - proibição de fabricação do produto;
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou ser-
SEÇÃO III viço;
Dos Contratos de Adesão VII - suspensão temporária de atividade;
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas IX - cassação de licença do estabelecimento ou de ati-
tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou
vidade;
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produ-
X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de
tos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou
modificar substancialmente seu conteúdo. obra ou de atividade;
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura XI - intervenção administrativa;
a natureza de adesão do contrato. XII - imposição de contrapropaganda.
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula re- Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo se-
solutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao rão aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito de
consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente,
anterior. inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos procedimento administrativo.
em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a
cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição
modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. (Re- econômica do fornecedor, será aplicada mediante proce-
dação dada pela nº 11.785, de 2008) dimento administrativo, revertendo para o Fundo de que
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores cabí-
do consumidor deverão ser redigidas com destaque, per- veis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais de
mitindo sua imediata e fácil compreensão. proteção ao consumidor nos demais casos. (Redação dada
§ 5° (Vetado) pela Lei nº 8.656, de 21.5.1993)

17
TÉCNICAS DE VENDAS

Parágrafo único. A multa será em montante não in- Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
ferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes o Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competen-
valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equi- te e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de
valente que venha a substituí-lo. (Parágrafo acrescentado produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação
pela Lei nº 8.703, de 6.9.1993) no mercado:
Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
produtos, de proibição de fabricação de produtos, de sus- Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem
pensão do fornecimento de produto ou serviço, de cas- deixar de retirar do mercado, imediatamente quando de-
sação do registro do produto e revogação da concessão terminado pela autoridade competente, os produtos noci-
ou permissão de uso serão aplicadas pela administração, vos ou perigosos, na forma deste artigo.
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosida-
defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou de, contrariando determinação de autoridade competente:
de qualidade por inadequação ou insegurança do produto Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa.
ou serviço. Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis
Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de sem prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à
interdição e de suspensão temporária da atividade, bem morte
como a de intervenção administrativa, serão aplicadas me- Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir
diante procedimento administrativo, assegurada ampla de- informação relevante sobre a natureza, característica, qua-
fesa, quando o fornecedor reincidir na prática das infrações lidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade,
de maior gravidade previstas neste código e na legislação preço ou garantia de produtos ou serviços:
de consumo. Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a
concessionária de serviço público, quando violar obrigação oferta.
legal ou contratual. § 2º Se o crime é culposo;
§ 2° A pena de intervenção administrativa será aplica- Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
da sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou
deveria saber ser enganosa ou abusiva:
a cassação de licença, a interdição ou suspensão da ativi-
Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
dade.
Parágrafo único. (Vetado).
§ 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a impo-
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou
sição de penalidade administrativa, não haverá reincidên-
deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se com-
cia até o trânsito em julgado da sentença.
portar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou se-
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será comi-
gurança:
nada quando o fornecedor incorrer na prática de publici- Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa:
dade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus Parágrafo único. (Vetado).
parágrafos, sempre às expensas do infrator. Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e
§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo respon- científicos que dão base à publicidade:
sável da mesma forma, freqüência e dimensão e, preferen- Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
cialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário, de Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou
forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enga- componentes de reposição usados, sem autorização do
nosa ou abusiva. consumidor:
§ 2° (Vetado) Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 3° (Vetado). Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça,
coação, constrangimento físico ou moral, afirmações fal-
TÍTULO II sas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro proce-
Das Infrações Penais dimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a
ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de con- Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
sumo previstas neste código, sem prejuízo do disposto no Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor
Código Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos às informações que sobre ele constem em cadastros, banco
artigos seguintes. de dados, fichas e registros:
Art. 62. (Vetado). Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a no- Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação
cividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens, sobre consumidor constante de cadastro, banco de dados,
nos invólucros, recipientes ou publicidade: fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de aler- Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de
tar, mediante recomendações escritas ostensivas, sobre a garantia adequadamente preenchido e com especificação
periculosidade do serviço a ser prestado. clara de seu conteúdo;
§ 2° Se o crime é culposo: Pena Detenção de um a seis meses ou multa.

18
TÉCNICAS DE VENDAS

Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quan-
os crimes referidos neste código, incide as penas a esses do se tratar de:
cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos,
diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza
promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o for- indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas
necimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em e ligadas por circunstâncias de fato;
depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços
nas condições por ele proibidas. II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos,
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipi- para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza
ficados neste código: indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de
I - serem cometidos em época de grave crise econômi- pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
ca ou por ocasião de calamidade; relação jurídica base;
II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, as-
III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento; sim entendidos os decorrentes de origem comum.
IV - quando cometidos: Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição legitimados concorrentemente: (Redação dada pela Lei
econômico-social seja manifestamente superior à da víti- nº 9.008, de 21.3.1995)
ma;
I - o Ministério Público,
b) em detrimento de opeário ou rurícola; de menor de
dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas portado- II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Fe-
ras de deficiência mental interditadas ou não; deral;
V - serem praticados em operações que envolvam ali- III - as entidades e órgãos da Administração Pública,
mentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos ou direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
serviços essenciais . especificamente destinados à defesa dos interesses e direi-
Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção será tos protegidos por este código;
fixada em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao má- IV - as associações legalmente constituídas há pelo
ximo de dias de duração da pena privativa da liberdade menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais
cominada ao crime. Na individualização desta multa, o juiz a defesa dos interesses e direitos protegidos por este códi-
observará o disposto no art. 60, §1° do Código Penal.
go, dispensada a autorização assemblear.
Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de
multa, podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, § 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispen-
observado odisposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal: sado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes,
I - a interdição temporária de direitos; quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
II - a publicação em órgãos de comunicação de gran- dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do
de circulação ou audiência, às expensas do condenado, de bem jurídico a ser protegido.
notícia sobre os fatos e a condenação; § 2° (Vetado).
III - a prestação de serviços à comunidade. § 3° (Vetado).
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses prote-
este código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que gidos por este código são admissíveis todas as espécies de
presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela.
do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente
Parágrafo único. (Vetado).
que venha a substituí-lo.
Parágrafo único. Se assim recomendar a situação eco- Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimen-
nômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser: to da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá
a) reduzida até a metade do seu valor mínimo; a tutela específica da obrigação ou determinará providên-
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes. cias que assegurem o resultado prático equivalente ao do
Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previs- adimplemento.
tos neste código, bem como a outros crimes e contraven- § 1° A conversão da obrigação em perdas e danos
ções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, somente será admissível se por elas optar o autor ou se
como assistentes do Ministério Público, os legitimados in- impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado
dicados no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é facul- prático correspondente.
tado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem
oferecida no prazo legal.
prejuízo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).
TÍTULO III § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e ha-
Da Defesa do Consumidor em Juízo vendo justificado receio de ineficácia do provimento final,
CAPÍTULO I é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após jus-
Disposições Gerais tificação prévia, citado o réu.
§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença,
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consu- impor multa diária ao réu, independentemente de pedido
midores e das vítimas poderá ser exercida em juízo indivi- do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
dualmente, ou a título coletivo. fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

19
TÉCNICAS DE VENDAS

§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promo-
resultado prático equivalente, poderá o juiz determinar as vida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as
medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sen-
de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de tença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras
atividade nociva, além de requisição de força policial. execuções. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
Art. 85. (Vetado). § 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão
Art. 86. (Vetado). das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocor-
Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código rência ou não do trânsito em julgado.
não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorá- § 2° É competente para a execução o juízo:
rios periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória,
da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorá-
no caso de execução individual;
rios de advogados, custas e despesas processuais.
II - da ação condenatória, quando coletiva a execução.
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a as-
sociação autora e os diretores responsáveis pela propositura Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes
da ação serão solidariamente condenados em honorários de condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da res- 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultan-
ponsabilidade por perdas e danos. tes do mesmo evento danoso, estas terão preferência no
Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste pagamento.
código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo,
autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos a destinação da importância recolhida ao fundo criado pela
mesmos autos, vedada a denunciação da lide. Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada enquan-
Art. 89. (Vetado) to pendentes de decisão de segundo grau as ações de in-
Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as denização pelos danos individuais, salvo na hipótese de o
normas do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de 24 patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente para
de julho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, responder pela integralidade das dívidas.
naquilo que não contrariar suas disposições. Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação
de interessados em número compatível com a gravidade do
CAPÍTULO II dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquida-
Das Ações Coletivas Para a Defesa de I ção e execução da indenização devida.
nteresses Individuais Homogêneos
Parágrafo único. O produto da indenização devida re-
verterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de julho
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão
propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus de 1985.
sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos da-
nos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos CAPÍTULO III
artigos seguintes. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Pro-
21.3.1995) dutos e Serviços
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atua-
rá sempre como fiscal da lei. Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornece-
Parágrafo único. (Vetado). dor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes
competente para a causa a justiça local: normas:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
dano, quando de âmbito local; II - o réu que houver contratado seguro de responsa-
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Fe- bilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada
deral, para os danos de âmbito nacional ou regional, apli- a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros
cando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente
competência concorrente. o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão
de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o
oficial, a fim de que os interessados possam intervir no pro-
síndico será intimado a informar a existência de seguro de
cesso como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação
pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o ajui-
defesa do consumidor. zamento de ação de indenização diretamente contra o se-
Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condena- gurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Res-
ção será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos seguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório
danos causados. com este.
Art. 96. (Vetado). Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste códi-
Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão go poderão propor ação visando compelir o Poder Público
ser promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como competente a proibir, em todo o território nacional, a pro-
pelos legitimados de que trata o art. 82. dução, divulgação distribuição ou venda, ou a determinar
Parágrafo único. (Vetado). a alteração na composição, estrutura, fórmula ou acondi-

20
TÉCNICAS DE VENDAS

cionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a
revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à incolumidade política nacional de proteção ao consumidor;
pessoal. II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, de-
§ 1° (Vetado). núncias ou sugestões apresentadas por entidades represen-
§ 2° (Vetado) tativas ou pessoas jurídicas de direito público ou privado;
III - prestar aos consumidores orientação permanente
CAPÍTULO IV sobre seus direitos e garantias;
Da Coisa Julgada IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor
através dos diferentes meios de comunicação;
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquéri-
sentença fará coisa julgada: to policial para a apreciação de delito contra os consumido-
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improce- res, nos termos da legislação vigente;
dente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer VI - representar ao Ministério Público competente para
legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico funda- fins de adoção de medidas processuais no âmbito de suas
mento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do atribuições;
parágrafo único do art. 81; VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria infrações de ordem administrativa que violarem os interes-
ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, ses difusos, coletivos, ou individuais dos consumidores;
nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da
prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81; União, Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como
III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pe- auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade
dido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na e segurança de bens e serviços;
hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81. IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e ou-
§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos tros programas especiais, a formação de entidades de defe-
I e II não prejudicarão interesses e direitos individuais dos sa do consumidor pela população e pelos órgãos públicos
integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.
estaduais e municipais;
§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de im-
X - (Vetado).
procedência do pedido, os interessados que não tiverem
XI - (Vetado).
intervindo no processo como litisconsortes poderão propor
XII - (Vetado)
ação de indenização a título individual.
XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com
§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16,
combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de suas finalidades.
1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos,
pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na o Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá
forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória espe-
beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão pro- cialização técnico-científica.
ceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a
99. TÍTULO V
§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sen- Da Convenção Coletiva de Consumo
tença penal condenatória.
Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II Art. 107. As entidades civis de consumidores e as as-
e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência sociações de fornecedores ou sindicatos de categoria eco-
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada nômica podem regular, por convenção escrita, relações de
erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III consumo que tenham por objeto estabelecer condições re-
do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações in- lativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e ca-
dividuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de racterísticas de produtos e serviços, bem como à reclamação
trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da e composição do conflito de consumo.
ação coletiva. § 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do re-
gistro do instrumento no cartório de títulos e documentos.
TÍTULO IV § 2° A convenção somente obrigará os filiados às enti-
Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor dades signatárias.
§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor
Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do que se desligar da entidade em data posterior ao registro do
Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do Dis- instrumento.
trito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa Art. 108. (Vetado).
do consumidor. TÍTULO VI
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Con- Disposições Finais
sumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico (MJ),
ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo de Art. 109. (Vetado).
coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art. 1° da
Consumidor, cabendo-lhe: Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985:

21
TÉCNICAS DE VENDAS

“IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo”. EXERCÍCIOS


Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de
julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: 01. (FCC - 2013 - Banco do Brasil – Escriturário) Ao nível
“II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a prote- de planejamento estratégico, as ações de vendas estão vol-
ção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artís- tadas, para fins de execução, ao consumidor final. Com vistas
tico, estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer ao planejamento de vendas em si,
A. As vendas estão relacionadas ao planejamento es-
outro interesse difuso ou coletivo”.
tratégico de longo prazo.
Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho
B. As vendas estão relacionadas com os níveis estraté-
de 1985, passa a ter a seguinte redação: gico, tático e operacional.
“§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono C. Cabe ao planejamento estratégico contratar uma
da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou assessoria para implantar programas de metas de retenção
outro legitimado assumirá a titularidade ativa”. de clientes.
Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e 6° ao art. D. Cabe aos subsistemas de planejamento a integra-
5º. da Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985: ção das diversas partes.
“§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispen- E. Cabe aos sistemas de informação a definição do ní-
sado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evi- vel a ser aplicado aos recursos humanos.
denciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela
relevância do bem jurídico a ser protegido. 2. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Escriturá-
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os rio) O processo de vendas tem-se transformado, ao longo
Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Esta- do tempo, em função da crescente competição existente no
dos na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. mercado entre empresas de mesmo setor. Em função disso,
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos o foco da administração de vendas também mudou. Hoje,
interessados compromisso de ajustamento de sua conduta em função do mercado, o foco dessa área é no(a)
A. Produção, estabelecendo metas de vendas que ul-
às exigências legais, mediante combinações, que terá eficá-
trapassem sua capacidade produtiva.
cia de título executivo extrajudicial”.
B. Orçamento, proporcionando a expectativa de ga-
Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de nhos futuros em função das vendas a serem realizadas.
1985, passa a ter a seguinte redação: C. Cliente, avaliando suas necessidades e expectativas
“Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado em relação aos produtos ofertados.
da sentença condenatória, sem que a associação autora lhe D. Território de vendas, delimitando assim a atuação
promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, fa- de cada vendedor, que concentrará seus esforços na área
cultada igual iniciativa aos demais legitimados”. para ele determinada.
Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n° 7.347, E. Vendedor, visando a aumentar os ganhos do pro-
de 24 de julho de 1985, passando o parágrafo único a cons- fissional, já que seu salário é a comissão sobre as vendas
tituir o caput, com a seguinte redação: realizadas.
“Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a asso-
ciação autora e os diretores responsáveis pela propositura 03. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Escriturá-
da ação serão solidariamente condenados em honorários rio) Um funcionário de um banco, preocupado em atingir as
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da res- metas estabelecidas pela sua gerência, precisava vender al-
ponsabilidade por perdas e danos”. guns produtos bancários em pouco tempo. Tentando atingir
Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da Lei n° a meta estabelecida, ele procurou algumas informações so-
7.347, de 24 de julho de 1985: bre como melhorar seu desempenho no processo de vendas.
A informação de como proceder no processo de vendas, que
“Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá
contribuirá positivamente para a melhoria de seu desempenho, é:
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais
A. Minimizar as informações passadas aos clientes so-
e quaisquer outras despesas, nem condenação da associa- bre os riscos envolvidos em cada um dos produtos ofereci-
ção autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de ad- dos.
vogado, custas e despesas processuais”. B. Oferecer os produtos aos clientes, independente-
Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de julho de mente de seus perfis já que, ao categorizar os clientes, esta-
1985, o seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes: ria discriminando-os.
“Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses C. Falar mais do que ouvir, durante a abordagem ini-
difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dispo- cial, exaltando os benefícios de cada um dos produtos.
sitivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do D. Mostrar conhecimento em relação aos produtos,
Consumidor”. porém não mencionar a política do banco e as formas de
Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de cento cobrança referentes aos produtos, já que esses detalhes to-
e oitenta dias a contar de sua publicação. mam o tempo do cliente.
Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário. E. Buscar informações essenciais sobre os clientes
Brasília, 11 de setembro de 1990; 169° da Independência com perspectiva de negócios, antes e durante a interação
e 102° da República. no processo de compra e venda.

22
TÉCNICAS DE VENDAS

04. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Escriturário) D. Prever as vendas para o próximo período. 
O setor bancário, de maneira geral, tem investido na criação E. Avaliar o desempenho dos vendedores e da equipe
de novos produtos para atender a um mercado emergente de vendas. 
nos últimos anos, em função do aumento da renda per capita
no país – as camadas mais populares da população brasileira.  07. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário - 2013)
Com base nesse pressuposto, os bancos, para avaliar se va- As técnicas de vendas podem ampliar a penetração de mer-
leria a pena ou não investir na criação desses novos produ- cado de determinados produtos financeiros. Sabe-se que
tos, em seu planejamento de vendas, iniciaram seu processo caminham, em paralelo com o processo de marketing de
de planejamento de vendas, analisando o(a). relacionamento, o planejamento e a fidelização. Sobre esse
A. Potencial de mercado, que é um processo em que assunto, é correto afirmar que:
é estimada a capacidade do mercado brasileiro no ramo da A. O especialista em vendas tem a função de apresen-
atuação da empresa – estimativa que vai refletir a situação tar o produto, preocupando-se com a imagem e a credibili-
econômica do momento. dade da instituição perante os clientes finais.
B. Potencial de vendas, que é um processo em que é B. O especialista em vendas se preocupa com a buro-
calculado, a partir da análise da empresa e de seu ambiente, cracia dos serviços para fidelização dos clientes.
da concorrência e de outros fatores pertinentes ao processo, C. As vendas visam prioritariamente ao crescimento
o mercado existente. da instituição, sem preocupação com os clientes.
C. Mix de marketing, que pode ser utilizado pela em- D. As instituições não focam apenas os aspectos hu-
presa para influenciar a resposta dos consumidores. manos e nem sempre se preocupam com sua imagem.
D. Campanha de marketing, procurando entender o E. As instituições focam a impessoalidade através do
comportamento do consumidor visando a estabelecer os sistema hierarquizado.
objetivos e as metas de cada produto para que a campanha
8. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Escriturá-
atinja o público-alvo.
rio) A motivação da força de vendas é um fator fundamental
E. Previsão de vendas, que é um processo em que a
para o sucesso na área comercial, sendo então necessário
capacidade de vendas da empresa e do mercado parte da
respeitar a seguinte premissa:
análise da demanda total do mercado para definir o público
A. A motivação financeira sempre será o aspecto mo-
-alvo em que vai atuar.
tivacional mais importante em um time comercial.
B. Uma equipe motivada sempre conseguirá alcançar
05. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil - Escriturário)
e superar as metas da área comercial.
A operação bancária de vendor finance é a prática de finan- C. O gasto financeiro da empresa em motivação é um
ciamento de vendas com base no princípio da fator essencial para manter a equipe de vendas constante-
A. Obtenção de receitas, que viabiliza vantagens para mente motivada. 
o cliente em uma transação comercial. D. A motivação está diretamente ligada à valorização
B. Troca ou negociação de títulos de curto prazo por do funcionário. 
recebíveis de longo prazo, sem custos para ambas as partes. E. A questão motivacional não tem relação com um
C. Concentração do risco de crédito, que fica por con- ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e profissio-
ta da empresa compradora em troca de uma redução da nal de seu colaborador
taxa de juros na operação do financiamento das vendas.
D. Cessão de crédito, que permite a uma empresa 9. (FUMARC - 2011 - PRODEMGE - Analista de Gestão
vender seu produto a prazo e receber à vista o pagamento Administrativa) O preço é considerado uma variável que,
do banco, mediante o pagamento de juros. junto aos demais elementos do composto de marketing,
E. Retenção de crédito lastreado por títulos públicos e determina a percepção que os consumidores criam sobre
vinculado a transações comerciais, garantindo ao vendedor a oferta de produtos ou serviços. Analise as frases a seguir. 
o recebimento total de sua duplicata. I.   O preço pode variar de acordo com o amadurecimen-
to do produto no mercado. 
06. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário) Até que o II.  Necessidades de geração de caixa podem interferir
cliente receba e aceite a mercadoria constante em seu pedi- na política de preço dos produtos. 
do, a venda é um compromisso de compra e venda. Por isso, III. A redução de preço pode ser associada à redução da
as empresas têm investido em Administração de Vendas, qualidade percebida pelo cliente. 
tratando, principalmente, de três temas centrais: o planeja- Marque a alternativa CORRETA:
mento do que deverá ser feito; a coordenação daquilo que A. Apenas as frases I e II são verdadeiras.
está sendo feito; e o controle daquilo que já foi feito. Deve B. Apenas as frases I e III são verdadeiras.
fazer parte do planejamento:  C. Apenas as frases II e III são falsas.
A. Conferir se o pedido de venda foi preenchido de D. As frases I, II e III são verdadeiras.
forma correta.
B. Verificar se as informações constantes no relatório 10. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobrás - Técnico de Ad-
de visita a um cliente são satisfatórias.  ministração e Controle Júnior) As técnicas de treinamento
C. Apresentar o relatório de despesas oriundas de vi- da sensitividade, análise transacional, desenvolvimento de
sitas a clientes.  equipes, consultoria de procedimentos e reunião de con-

23
TÉCNICAS DE VENDAS

frontação estão associada ao desenvolvimento organizacio- mente, solicitar, dentro do prazo de 7 (sete) dias, a substitui-
nal em diferentes níveis de intervenção e etapas. ção do produto durável ou não durável por outro de mesma
PORQUE  espécie, em perfeitas condições de uso, ou a restituição ime-
O desenvolvimento organizacional é a aplicação dos co- diata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas e
nhecimentos das ciências comportamentais no esforço de danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do preço.
longo prazo, visando a melhorar a capacidade de resolução D. É direito de o consumidor exigir apenas a substituição
de problemas e de adaptação, além de promove renovação do produto durável por outro de mesma espécie, em perfei-
organizacional.  tas condições de uso, ou, sendo não durável, a restituição
A esse respeito, conclui-se que:
imediata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas
A. As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda
e danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do preço.
justifica a primeira.
E. É direito de o consumidor exigir a substituição do pro-
B. As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda
não justifica a primeira. duto durável ou não durável, dentro do prazo de 180 (cento
C. A primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é e oitenta) dias, por outro de mesma espécie, em perfeitas
falsa. condições de uso, ou, a seu critério exclusivo, a restituição
D. A primeira afirmação é falsa, e a segunda é verda- imediata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas
deira. e danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do preço.
E. As duas afirmações são falsas.
13. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário) Dadas as
11. (FCC - 2010 - MPE-RN - Analista de Tecnologia da afirmações abaixo:
Informação) Sobre CRM, considere:  1ª - A “satisfação” é definida como a avaliação objetiva,
I. As empresas utilizam o CRM para trocar informações com respeito a um bem ou serviço, contemplando ou não as
com seus fornecedores sobre disponibilidade de materiais e necessidades e expectativas do cliente,  PORQUE
componentes, datas de entrega para remessa de suprimen- 2ª - a satisfação é influenciada pelas contrapartidas
tos e requisitos de produção.  emocionais dos clientes, pelas causas percebidas para o re-
II. CRM é uma rede de organizações e processos de ne- sultado alcançado com o bem ou serviço e por suas percep-
gócios para selecionar matérias-primas, transformá-las em ções de ganho ou preço justo.
produtos intermediários e acabados e distribuir os produtos
É correto afirmar que 
acabados aos clientes. 
A. As duas afirmações são verdadeiras e a segunda
III. Sistemas de CRM capturam e integram dados do
justifica a primeira.
cliente provenientes de toda a organização, consolidam e
analisam esses dados e depois distribuem os resultados para B. As duas afirmações são verdadeiras e a segunda
vários sistemas e pontos de contato com o cliente espalha- não justifica a primeira.
dos por toda a empresa.  C. A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é
IV. Pacotes de software CRM mais abrangentes contêm falsa.
módulos para gerenciamento com o relacionamento com o D. A primeira afirmação é falsa e a segunda é verda-
parceiro (PRM) e gerenciamento de relacionamento com o deira.
funcionário (ERM).  E. As duas afirmações são falsas.
Está correto o que se afirma APENAS em:
A. I e II. GABARITO
B. II e III.
C. III e IV. 01 B
D. II, III e IV.
E. IV. 02 C
03 E
12. (MPE/SP 2010 - VUNESP - ANALISTA DE PROMOTO-
RIA I) Consideram-se produtos essenciais os indispensáveis 04 A
para satisfazer as necessidades imediatas do consumidor. 05 D
Logo, na hipótese de falta de qualidade ou quantidade, não 06 D
sendo o vício sanado pelo fornecedor:
A. É direito de o consumidor exigir a substituição do 07 A
produto por outro de mesma espécie, em perfeitas condi- 08 D
ções de uso, ou, a seu critério exclusivo, a restituição ime- 09 D
diata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas e
danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do preço. 10 A
B. O consumidor tem apenas o direito de exigir a subs- 11 C
tituição do produto por outro de mesma espécie, em perfei- 12 A
tas condições de uso.
13 D
C. Abre-se, para o consumidor, o direito de, alternativa-

24
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

LÍNGUA PORTUGUESA (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes


americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
sa fonte.
1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/SP (D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes
– ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a alternativa americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
correta quanto à concordância, de acordo com a norma diárias dessa fonte.
-padrão da língua portuguesa. (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
cial está no centro dos debates atuais. diárias, (X) dessa fonte.
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge em relação
aos efeitos da desigualdade social. RESPOSTA: “C”.
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
mais pobres é um fenômeno crescente. 3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2011)
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- Estão plenamente observadas as normas de concordância
cado por alguns teóricos. verbal na frase:
(E) Os debates relacionado à distribuição de riquezas
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas
não são de exclusividade dos economistas.
ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibili-
dade social.
Realizei a correção nos itens:
b) As duas tábuas em que se comprimem o famigera-
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so-
cial está = estão do homem-placa carregam ditos que soam irônicos, como
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver- “compro ouro”.
gem c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos exposição pública a que se submetem os guardadores de
mais pobres é um fenômeno crescente. carros.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
cado = criticada propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma demons-
(E) Os debates relacionado = relacionados tração de mau gosto.
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados em
RESPOSTA: “C”. apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos
carros-placa.
2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Seguin-
do a norma-padrão da língua portuguesa, a frase – Um le- Fiz as correções entre parênteses:
vantamento mostrou que os adolescentes americanos con- a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu-
somem em média 357 calorias diárias dessa fonte. – recebe gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri-
o acréscimo correto das vírgulas em: mida a visibilidade social.
(A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime)
americanos consomem em média 357 calorias, diárias des- o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô-
sa fonte. nicos, como “compro ouro”.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
americanos consomem, em média 357 calorias diárias des- exposição pública a que se submetem os guardadores de
sa fonte. carros.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma
sa fonte.
demonstração de mau gosto.
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in-
americanos, consomem em média 357 calorias diárias des-
teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da-
sa fonte.
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes queles velhos carros-placa.
americanos, consomem em média 357 calorias diárias, des-
sa fonte. RESPOSTA: “C”.

Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada 4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
ou faltante: Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes mesma regra que distribuídos.
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X) (A) sócio
diárias dessa fonte. (B) sofrê-lo
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes (C) lúcidos
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias (D) constituí
dessa fonte. (E) órfãos

25
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

Distribuímos = regra do hiato (abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa
(A) sócio = paroxítona terminada em ditongo Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o
(B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome seu presidente, de acordo com o Manual de Redação da
oblíquo. Nunca!) Presidência da República (1991).
(C) lúcidos = proparoxítona (Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-
(D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui” detail.php?id=393)
– oxítona: cons-ti-tui)
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão” RESPOSTA: “E”.

RESPOSTA: “D”. 7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)


... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) A dade como tais.
concordância verbal está plenamente observada na frase: Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo pas-
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e ma- sará a ser, corretamente,
terialistas, o posicionamento de alguns religiosos e par- (A) perceba.
lamentares acerca da educação religiosa nas escolas pú- (B) foi percebido.
blicas. (C) tenham percebido.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àque- (D) devam perceber.
les que são contra a obrigatoriedade do ensino religioso, (E) estava percebendo.
para se reservar essa prática a setores da iniciativa priva-
da. ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te-
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e
pública, consistem nos altos custos econômicos que acar- princípios...
retarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade de
RESPOSTA: “A”
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
ção maior do que ocorrem com o número de escolas pú-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
blicas.
concordância verbal e nominal está inteiramente correta
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
na frase:
a regulação natural do mercado sinalizam para as incon-
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
veniências que adviriam da adoção do ensino religioso
lores que determinam as escolhas dos governantes, para
nas escolas públicas.
conferir legitimidade a suas decisões.
(A) Provocam = provoca (o posicionamento) (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
(B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá ha- vem ser embasados na percepção dos valores e princípios
ver que regem a prática política.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadei-
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola ro regime democrático, em que se respeita tanto as liber-
pública, consistem = consiste. dades individuais quanto as coletivas.
(D) O número de templos em atividade na cidade de (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor- crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimi-
ção maior do que ocorrem = ocorre nadas de um único poder central.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados
a regulação natural do mercado sinalizam para as incon- para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi-
veniências que adviriam da adoção do ensino religioso niões existentes na sociedade.
nas escolas públicas. Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
RESPOSTA: “E”. lores que determinam as escolhas dos governantes, para
6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Se- conferir legitimidade a suas decisões.
gundo o Manual de Redação da Presidência da República, (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
NÃO se deve usar Vossa Excelência para vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
(A) embaixadores. valores e princípios que regem a prática política.
(B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais. (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
(C) prefeitos municipais. dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
(D) presidentes das Câmaras de Vereadores. tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
(E) vereadores. (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.

26
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que as
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que as
RESPOSTA: “A”. crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com
as de ontem.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as
frase que admite transposição para a voz passiva é: crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver com
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- as de ontem.
do.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
grande diversidade de fenômenos.
ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. nas demais.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...). RESPOSTA: “E”.
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
e da falsa consciência. 12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No tre-
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- cho: “O crescimento econômico, se associado à ampliação
do. do emprego, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma descrito.”, se passarmos o verbo destacado para o futuro
grande diversidade de fenômenos. do pretérito do indicativo, teremos a forma:
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e A) puder.
explicada pelo conceito... B) poderia.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- C) pôde.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. D) poderá.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da E) pudesse.
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
e da falsa consciência.
Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
RESPOSTA: “B”. ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração
é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO soa do singular (ele) = poderia.
- FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias, vê deze-
nas de caminhões parados”, revelou o analista ambiental RESPOSTA: “B”.
Geraldo Motta. 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) En-
Substituindo-se Quando por Se, os verbos sublinha- tre as frases que seguem, a única correta é:
dos devem sofrer as seguintes alterações: a) Ele se esqueceu de que?
(A) entrar − vira b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri-
(B) entrava − tinha visto bui-lo entre os presentes.
(C) entrasse − veria c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí-
(D) entraria − veria ticas.
(E) entrava − teria visto d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações
dos funcionários.
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve- e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
ria = entrasse / veria.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
RESPOSTA: “C”.
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
pontuação está inteiramente adequada na frase: (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as cessivos nas críticas.
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a ver (D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
com as de ontem. cações dos funcionários.
b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, com
as de ontem. RESPOSTA: “E”.

27
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRA- (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o pla-
TIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do neta não resistiu.
texto: (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega- poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
tiva... (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classifi- o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
cação do continente americano (2,0)... torções patológicas, não haverá vícios.
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão baratas.
exemplos, em: (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia.
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da
maioria? Fiz as correções necessárias:
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o plane-
Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha. ta não resistiu = resistirá
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
também existem umas que não merecem nossa atenção. o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. torções patológicas, não haverá = haveria
(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos tão eficientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam (ou
aos itens: teriam ficado)
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
tem (singular) cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia =
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) crescerá
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
ram (plural) RESPOSTA: “B”.
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
umas (plural) 17-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas – VUNESP/2010) Assinale a alternativa que preenche ade-
as formas estão no plural) quadamente e de acordo com a norma culta a lacuna da
frase: Quando um candidato trêmulo ______ eu lhe faria a
RESPOSTA: “A”. pergunta mais deliciosa de todas.
15-) (CETESB/SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO - RE- (A) entrasse
CURSOS HUMANOS - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Consi- (B) entraria
dere as orações: … sabíamos respeitar os mais velhos! / E (C) entrava
quando eles falavam nós calávamos a boca! (D) entrar
Alterando apenas o tempo dos verbos destacados para (E) entrou
o tempo presente, sem qualquer outro ajuste, tem-se, de
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa: O verbo “faria” está no futuro do pretérito, ou seja, in-
(A) … soubemos respeitar os mais velhos! / E quando dica que é uma ação que, para acontecer, depende de ou-
eles falaram nós calamos a boca! tra. Exemplo: Quando um candidato entrasse, eu faria / Se
(B) … saberíamos respeitar os mais velhos! / E quando ele entrar, eu farei / Caso ele entre, eu faço...
eles falassem nós calaríamos a boca!
(C) … soubéssemos respeitar os mais velhos! / E quan- RESPOSTA: “A”.
do eles falassem nós calaríamos a boca!
(D) … saberemos respeitar os mais velhos! / E quando 18-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA –
eles falarem nós calaremos a boca! VUNESP/2010 - adaptada)
(E) … sabemos respeitar os mais velhos! / E quando eles Assinale a alternativa de concordância que pode ser
falam nós calamos a boca! considerada correta como variante da frase do texto – A
maioria considera aceitável que um convidado chegue
No presente: nós sabemos / eles falam. mais de duas horas ...
(A) A maioria dos cariocas consideram aceitável que
RESPOSTA: “E”. um convidado chegue mais de duas horas...
(B) A maioria dos cariocas considera aceitáveis que um
16-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA- convidado chegue mais de duas horas...
TIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas verbais (C) As maiorias dos cariocas considera aceitáveis que
está correta em: um convidado chegue mais de duas horas...

28
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

(D) As maiorias dos cariocas consideram aceitáveis que (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re-
um convidado chegue mais de duas horas... pensarem a sua postura.
(E) As maiorias dos cariocas consideram aceitável que (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
um convidado cheguem mais de duas horas... punições muito mais severas.
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a
Fiz as indicações: vida dos demais motoristas e de pedestres.
(A) A maioria dos cariocas consideram (ou considera, (E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento
tanto faz) aceitável que um convidado chegue mais de da nova lei para que ela possa funcionar.
duas horas...
(B) A maioria dos cariocas considera (ok) aceitáveis (A) A população, de um modo geral, está à espera (dá
(aceitável) que um convidado chegue mais de duas horas... para substituir por “esperando”) de que
(C) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas considera (ok) (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re-
aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais de pensarem (antes de verbo)
duas horas... (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
(D) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram punições (generalizando, palavra no plural)
(ok) aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais (D) À ninguém (pronome indefinido)
de duas horas... (E) Cabe à todos (pronome indefinido)
(E) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram
(ok) aceitável que um convidado cheguem (chegue) mais RESPOSTA: “A”.
de duas horas...
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
RESPOSTA: “A”. LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013
- adaptado) Leia o texto, para responder às questões de
19-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – números 21 e 22.
Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux”
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras
(*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista
são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que
acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo;
justificam, respectivamente, as acentuações de: década, re-
encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom ca-
lógios, suíços.
rioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estre-
(A) flexíveis, cartório, tênis.
bucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom boceja,
(B) inferência, provável, saída.
tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
(C) óbvio, após, países.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o
(D) islâmico, cenário, propôs.
paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já
(E) república, empresária, graúda. estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais
terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou
Década = proparoxítona / relógios = paroxítona termi- crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de es-
nada em ditongo / suíços = regra do hiato tar pagando não garantirá a atenção do garçom carioca?
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua ba-
ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida talha entre burgueses e proletários, compreender o discre-
de “s”) to charme da aristocracia?
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de
provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde,
hiato por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e caipiri-
terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em nhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson,
“o” + “s” recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de
(E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto- Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com Roberto Carlos
na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre
quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
RESPOSTA: “E”. Até que chega esse paulista, esse homem bidimensio-
nal e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatê-
20-) (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU- nis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá
NESP/2013) De acordo com a norma- padrão da língua universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta
portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que car-
empregado em: regas no peito - pensa o garçom, antes de conduzi-lo à
(A) A população, de um modo geral, está à espera de última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali
que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. esquecê-lo para todo o sempre.

29
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

Veja, veja como ele se debate, como se debaterá ama-


nhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, mal-
dizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê, onde
a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô,
faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”.
Acalme-se, conterrâneo.
Acostume-se com sua existência plebeia. O garçom ca-
rioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao restaurante
para homenageá-lo.
(Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha
de S.Paulo, 06.02.2013)

(*) Um tipo de coreografia, de dança.

21-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-


LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
Assinale a alternativa contendo passagem em que o autor
simula dialogar com o leitor.
(A) Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua
existência plebeia.
(B) Ô, companheiro, faz meia hora que eu cheguei...
(C) Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de
deux”.
(D) Sim, meu caro paulista...
(E) Ah, paulishhhhta otááário...

Em “meu caro paulista”, o autor está dirigindo-se a nós,


leitores.

RESPOSTA: “D”.

22-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-


LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
O contexto em que se encontra a passagem – Se deixou
de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a
servir reis e rainhas do 20 (2.º parágrafo) – leva a concluir,
corretamente, que a menção a
(A) príncipes e princesas constitui uma referência em
sentido não literal.
(B) reis e rainhas constitui uma referência em sentido
não literal.
(C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma re-
ferência em sentido não literal.
(D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma re-
ferência em sentido literal.
(E) reis e rainhas constitui uma referência em sentido
literal.

Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas”


do século 20 são as personalidades da mídia, os “famosos”
e “famosas”. Quanto a príncipes e princesas do século 19,
esses eram da corte, literalmente.

RESPOSTA: “B”.

30
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

Marketing em empresas de serviços;............................................................................................................................................................... 01


Satisfação e retenção de clientes;...................................................................................................................................................................... 03
Valor percebido pelo cliente; .............................................................................................................................................................................. 04
Telemarketing;............................................................................................................................................................................................................ 05
Etiqueta empresarial: comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal e telefônico;...................................... 06
Interação entre vendedor e cliente;.................................................................................................................................................................. 07
Qualidade no atendimento a clientes;............................................................................................................................................................. 08
Resolução CMN nº 4.433, de 23/07/15 - Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente organizacio-
nal de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banc o Central do
Brasil.....................................................................................................................................................................................................................17
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

Panorama dos Serviços


MARKETING EM EMPRESAS Vivemos em uma economia de serviços. As estatísticas
DE SERVIÇOS. variam um pouco, mas de modo geral é possível atribuir
70% de toda a riqueza mundial ao setor de serviços.
No Brasil, segundo o IBGE, 58% do PIB nacional é ser-
viço e esse número tende a aumentar, acompanhando as
Marketing é a ciência que estuda o mercado. E merca- maiores economias e a própria revolução do conhecimento,
do é composto por indivíduos ou grupos, com intenção, que multiplica os serviços que agregam valor à experiência
necessidade e renda para comprar algum produto ou ad- humana. Do ponto de vista do emprego, o panorama dos
quirir serviços. serviços é bastante favorável: setor empregador, de mão
É necessário estudar esse mercado, devido à diferen- de obra intensiva, há trabalho em serviços para pratica-
ciação de características que há nesses grupos e pessoas. mente todas as faixas de escolaridade e renda. Custa signi-
São pessoas com culturas, gostos, rendas, necessidades e ficativamente menos a criação de um emprego em serviços
desejos diferentes. do que a criação de um emprego na indústria. Enquanto
Por isso, esse estudo de mercado, objetiva a segmen- a indústria tende à automação, à especialização do traba-
tação, para poder entender e verificar qual é seu públi- lho, reduzindo a participação humana, o setor de serviços
co-alvo e como atingi-lo. Quais serão as ferramentas que não consegue facilmente prescindir do elemento humano.
serão utilizadas para chegar até o cliente. Na verdade, para grande parte das empresas de serviços o
Marketing é o conjunto de atividades desenvolvidas único ativo disponível são as pessoas que compõem a em-
para colocação do produto ou serviço no mercado. De presa, seus quadros, sua inteligência e conhecimento. Uma
forma, que ele seja atraente e tenha demanda. Ele identi- agência de propaganda, uma escola, uma consultoria, uma
fica as vontades, necessidades e desejos do cliente. Apri- clínica médica e outros serviços são fortemente dependen-
mora, cria e mantêm relacionamentos. tes das pessoas que ali trabalham.
Importante lembrar que Marketing não cria necessi- Assim é que súbitas mudanças no quadro de pessoal
dades, ele trabalha sobre elas, gerando desejos. podem afetar profundamente uma empresa de prestação
A necessidade é composta por elementos básicos da de serviço. É comum, por exemplo, um gerente de banco
condição humana. Então, o que o marketing faz é trans- levar clientes de um banco para outro. O vínculo estabele-
formar essas necessidades em desejos. Por exemplo, se- cido é com a pessoa, com o gerente, e não com a empresa.
gurança é uma condição básica para a vida humana. O Ou ainda, para o cliente, o prestador de serviço representa
que os bancos fazem é agir sobre essa necessidade para a empresa e é o depositário de sua confiança.
Outra questão que aponta para o crescimento da
vender seguros, planos de previdência privada, etc..
economia de serviços é a própria comoditização dos pro-
A Gestão de Marketing procura conhecer os desejos
dutos. Por comoditização entende-se a dificuldade cada
e demandas de seus clientes, ou, criá-los. Para isso, conta
vez maior que um produto tem para se diferenciar de ou-
com as ferramentas: Publicidade e Propaganda, Promo-
tro, tanto do ponto de vista técnico quanto do ponto de
ção, Eventos, Merchandising, Relações Públicas etc.
vista de utilidade. Os produtos estão cada vez mais pare-
cidos, similares, e a profusão de marcas e fabricantes aca-
Podemos pensar no Marketing da seguinte forma,
bam comprimindo as margens de lucro. De fato, há pouca
ele:
ou nenhuma diferença entre, por exemplo, uma dezena de
Utiliza: pesquisa, análise de dados. marcas de massa de tomate, creme dental e mesmo carros
Define: Perfis. de um mesmo segmento.
Busca: Entender a forma de pensar e os fatores que O comprador de um carro popular compara as várias
influenciam a compra. opções disponíveis no mercado e encontra pouca diferença
Portanto, o Marketing investiga a oportunidade de entre elas, inclusive no preço. Tecnicamente falando, como
mercado para planejar, organizar e oferecer produtos e diferenciar realmente uma série de aparelhos de televiso-
serviços de qualidade, a preços razoáveis que possibili- res? Muitas vezes só mesmo a marca é que consegue gerar
tem satisfação dos clientes e remuneração adequada aos uma percepção de diferenciação, que, de todo modo, não
profissionais. é fácil (nem barato) para sustentar. Mesmo uma empresa
A Gestão de Marketing estuda as estratégias de colo- líder, de marca reputadíssima, como a Coca-Cola, tem di-
cação de produtos e serviços no mercado. De forma, que ficuldade de competir com os refrigerantes populares, as
eles sejam interessantes e agradem aos consumidores. chamadas tubaínas.
Englobando processos estratégicos de venda, estudo de Tudo isso fez com que os fabricantes percebessem que
mercado, comunicação, desenvolvimento dos negócios e a única, ou, a melhor forma de realmente diferenciar seu
pós-venda. O marketing tem como finalidade criar valores produto é mediante um conjunto de serviços que agregam
e relacionamentos para os clientes. Fazendo com que esse valor a ele: entrega, assistência técnica, garantias, seguros,
processo seja produtivo para ambas as partes. crédito, distribuição, informação, pós-venda, etc.. Mesmo
empresas tipicamente de produtos, ou conhecidas como
líderes de produtos, já pensam, hoje, em serviços como es-
tratégia de lucro.

1
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

Serviços permitem diferenciação, personalização e consumo e identificaram pelo  menos  quatro característi-
customização. Assim, permitem margem e lucro. Serviços cas que fazem da venda de serviços uma situação clara-
vão de telecomunicações a bancos. São escolas, hospitais, mente diferente  da venda de produtos, quais são elas:
profissionais liberais, até serviços domésticos e pessoais. 1. Intangibilidade: Esta pode ser a característica mais mar-
Passam pela internet e pelo varejo (o serviço da venda e cante e talvez a que apresente  maior dificuldade na sua
atendimento ao público), pelas consultorias especializa- gestão. Devido à intangibilidade, há uma subjetividade
das, serviços técnicos, logística e serviços de distribuição. muito grande na avaliação do serviço por parte do cliente,
Este é o mundo dos serviços, que cresce a cada dia e além da dificuldade de comunicar ao público em geral as
que exige uma nova abordagem, que passaremos a discu- qualidades daquele serviço oferecido. Outro, porém, ad-
tir brevemente aqui. vindo dessa característica, é o fato de que o risco percebi-
do pelo comprador de serviços é muito maior do que pelo
Afinal, o que é um serviço? Como defini-lo? Como comprador de produtos, justamente por não se tratar de
diferenciar serviço e produto? algo palpável. Para amenizar os impactos negativos desse
Bom, já pudemos entender um pouco do universo no item, os gestores devem preocupar-se com as caracterís-
qual as organizações prestadoras de serviços estão inse- ticas físicas do lugar de prestação dos serviços bem como
ridas. Agora, vamos compreender sua definição e signifi- com possíveis produtos agregados, como, por exemplo,
cado. o relatório final de um serviço de consultoria. São aspec-
Uma boa definição pode ser a seguinte: Serviço é um tos que se apresentam mais diretamente no momento
desempenho, essencialmente intangível, que não resulta da entrega (ou prestação) do serviço, o que faz com que
na propriedade de algo. O serviço pode ou não estar liga- o comprador consiga atribuir algo tangível à qualidade e
do a um produto físico. ao resultado final daquele serviço.
Mas, o que significam tangíveis e intangíveis? 2. Inseparabilidade: É impossível separar o prestador
Tangíveis são tudo aquilo que podemos tocar, que do serviço por ele oferecido. A bem da verdade, existem
tem forma, que se pode medir. 3 níveis básicos de interação entre o prestador e o to-
Intangíveis então são tudo o que não tem forma, que mador do serviço: Presença física do cliente (Ex.: corte
não podemos tocar. São coisas que são representadas por de cabelo); presença do cliente somente no começo e no
algo. final do serviço (Ex.: Oficina de automóveis); e presença
Exemplo: Uma loja de sapatos possui atividade tangí- mental do cliente (Ex.: Serviços educacionais). Vale ressal-
vel, pois: vendem calçados nos quais podemos tocá-los,
tar que, independente do nível de integração do clien-
senti-los. Ou seja, eles possuem forma. Assim, essa em-
te, este influencia os resultados alcançados na prestação
presa trabalha com a venda de produtos. Tendo como ati-
do serviço, assim como a presença de outros clientes no
vidade e benefícios, produtos tangíveis.
local do serviço e a interação entre estes podem afetar
Já um banco, possui atividade essencialmente intan-
a percepção dos mesmos em relação à qualidade final.
gível. Isso porque ele oferece: seguros, créditos, financia-
Diante de tal peculiaridade, faz-se mandatório o investi-
mentos, etc.. Todos esses produtos são representados por
mento no pessoal da linha de frente capacitando-os, tanto
algo, que pode ser, por exemplo, o dinheiro, tranquilidade
tecnicamente para a prestação do serviço vendido, como
e conforto. Porém, essas coisas em si, sem suas represen-
nas relações com os clientes, fazendo com que o contato
tações, não possuem forma. Muito menos podemos tocá
-las. Então, caracterizamos um banco como prestador de em todas as fases do serviço possa ser o melhor possível.
serviços. Igualmente, no que diz respeito à interação entre os clien-
Mas, porque dizemos que os bancos possuem ativida- tes, pode-se pensar em alguma maneira de segmenta-los
des essencialmente intangíveis, e não dizemos que uma dentro do estabelecimento, como, por exemplo, a defini-
loja de sapatos possui atividade essencialmente tangível? ção de área de fumantes e não fumantes que existia nos
A explicação é simples, todas as empresas, de alguma restaurantes.
maneira, prestam serviços, porque de qualquer forma elas 3. Heterogeneidade:  Representa a  incapacidade das
trabalham com produtos intangíveis. Pois, sempre exis- empresas de fornecer um mesmo serviço exatamente
tem os momentos nos quais elas farão atendimento ao igual  todas as vezes que for solicitado. Esse problema
cliente. E esse atendimento é uma atividade intangível. pode ser originado por diversos fatores, desde a capa-
Porém, faz parte da venda do produto. citação de quem presta o serviço até a maneira como o
Assim, serviços são desempenhos no tempo e espaço cliente explicou o que desejava. A terceirização dentro da
que geram valor para o cliente por meio de uma transfor- empresa de serviços pode ser apontada como uma das
mação, uma experiência de serviço. grandes causas da heterogeneidade. Por outro lado, em
Diante de tal importância adquirida através dos anos, alguns casos, esse fator pode tornar-se uma vantagem
os gestores se viram com o desafio de  administrar um competitiva, quando o serviço demanda um grau de custo-
elevado volume de negócios nessa área, porém, a princí- mização e os clientes que o procuram assim o desejam. Po-
pio, sem elementos teóricos dedicados a discorrer sobre o rém, essa vantagem possui impacto tanto no custo quanto
assunto. Em face dessa situação, diversos estudiosos de- no prazo de realização do serviço.
dicaram-se a analisar as peculiaridades dessa relação de

2
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

O treinamento intensivo dos funcionários e a per- • Satisfação


seguição de uma padronização podem ser solu- Consiste na sensação de prazer ou desapontamento
ções  viáveis para minimizar esse aspecto. É impor- resultante da comparação do desempenho (ou resultado)
tante também monitorar a satisfação dos clientes e percebido de um produto em relação às expectativas do
identificar possíveis pontos de melhoria  através desse comprador.
monitoramento. Com os funcionários capacitados e de - Cliente insatisfeito: desempenho do produto não al-
posse dos dados fornecidos pelas pesquisas com clien- cança expectativas.
tes, o planejamento torna-se essencial à organização que - Cliente satisfeito: desempenho do produto alcança
aspira oferecer serviços sempre nos mesmos padrões. expectativas.
4. Perecibilidade:  Serviços não podem ser estocados.  O - Cliente altamente satisfeito (encantado): supera ex-
hotel que não vendeu a diária de um quarto para hoje pectativas.
não poderá vendê-la amanhã. A empresa aérea que não Satisfazer o cliente é ter conhecimento profundo de
vendeu todos os assentos de um voo que partirá às 18hs seus desejos. É conseguir entender o que ele quer e aten-
de hoje, não poderá vendê-los para as 18hs de amanhã, der suas expectativas.
o voo do dia seguinte já é outro serviço. Porém os cus- A satisfação dos clientes não é uma opção, é uma
tos fixos,  tanto do hotel quanto da empresa aérea, per- questão de sobrevivência para as empresas.
manecerão os mesmos em qualquer  circunstância. A pe- O atendimento é fundamental para o alcance dessa
recibilidade então representa os conflitos entre oferta e satisfação. Os clientes não procuram apenas preços e qua-
demanda com que os gestores de serviços se deparam lidade. Eles esperam mais. Clientes desejam atendimentos
diariamente, principalmente aqueles que geram serviços personalizados, atenção, serviços de pós-venda e transpa-
sazonais. Nesse caso, a mão também pode se inverter, fa- rência. E atender bem o cliente, significa antecipar-se às
zendo com que, em determinados momentos, a demanda suas necessidades.
seja superior à oferta, incapacitando a empresa de atender De acordo com o U.S. Office of Consumer Affairs, por
a todos que a procuram. cada cliente insatisfeito que reclama, há 16 que não o fa-
Resta então aos gerentes adotar estratégias para li- zem. Cada cliente insatisfeito transmite a sua insatisfação,
dar com esse tipo de problema. A solução mais utilizada e em média, a um grupo de 8 a 16 pessoas.
Dos clientes insatisfeitos, 91% não voltam à empresa.
conhecida para atrair demanda em períodos de baixa pro-
95% dos clientes insatisfeitos têm a sensação de que não
cura é o oferecimento de descontos e/ou serviços, acessó-
vale a pena reclamar porque não são atendidos.
rios, que façam com que os clientes utilizem aquele serviço
É mais provável que o cliente que apresenta reclama-
quando, normalmente, não se interessariam por eles (Ex.:
ção continue como cliente do que o que não se queixa. Por
voos que partem de madrugada). Na época em que a de-
isso, um cliente que apresenta queixa deve ser considerado
manda se eleva podem ser contratados funcionários tem-
como um elemento favorável.
porários e recursos extra para dar conta do atendimento a
Satisfazer um cliente é ouvi-lo, entendê-lo, estreitar o
todos os clientes.
relacionamento para que sempre os produtos e serviços
Enfim, todos os serviços possuem ao menos uma des- sejam ofertados à eles de maneira adequada, consciente
sas características de forma mais marcante, cabe então ao e efetiva.
gestor identificar esse ponto crítico e atuar de forma a mi- Portanto, para satisfazer o cliente, o atendimento da
nimizar os seus impactos nos resultados da companhia. empresa deve destacar-se das demais. Coisas extras devem
ser feitas. Também, mostrar preocupação com o problema
e interesse à sua necessidade são fundamentais para que o
cliente queira construir um relacionamento.
SATISFAÇÃO E RETENÇÃO
DE CLIENTES Ferramentas para acompanhar e medir a satisfação
de clientes
- Sistemas de reclamações e sugestões: podem ser
Hoje além de elaborar estratégias para atrair novos feitos em forma de caixa de sugestões, SAC e centrais de
clientes e criar transações com eles, as empresas empe- atendimento. Esses sistemas visam melhorar, aperfeiçoar e
nham-se em reter os clientes existentes e construir com mudar gestões e serviços que não estejam de acordo com
eles relacionamentos lucrativos e duradouros. E para cons- as necessidades dos clientes.
truir esses relacionamentos duradouros é necessário criar - Pesquisas de satisfação de clientes: São pesquisas
valor e satisfazer o cliente de forma superior. realizadas através de empresas contratadas, ou, pela pró-
Clientes satisfeitos tem maior probabilidade de se tor- pria empresa interessada. Essas pesquisas têm como intui-
narem clientes fiéis. E clientes fiéis tem maior probabilida- to ouvir, saber e entender a opinião do público.
de de dar às instituições uma participação maior em sua - Compras simuladas: É uma técnica de pesquisa de
preferência. compreensão da satisfação dos clientes. É a simulação de
uma compra, ou, contratação de um serviço, solicitada pela
própria empresa. E serve para testar a qualidade de atendi-
mento de seus funcionários.

3
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

- Análise de clientes perdidos: Consiste em analisar os Essa percepção se dá desde o primeiro contato dele
reais motivos que fizeram os clientes perdidos deixarem de com a empresa e o atendimento.
fazer uso de seus produtos ou serviços. E então ocorre o que chamamos de:

• Valor MOMENTO DA VERDADE (MVs)


Valor para o cliente é a diferença entre o valor total  Encantado
para o cliente e o custo total para o cliente.  Desencantado
O valor total é o conjunto de benefícios que os clientes  Apático
esperam de um determinado produto ou serviço. O custo
total é o conjunto de custos em que os consumidores es- Características de MVs
peram incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um • MVs não são apenas os primeiros contatos
produto ou serviço. • MVs acontecem por meio de múltiplos canais
Ou seja, valor total é tudo o que o produto ou servi-
ço representa. Os benefícios e qualidades agregam valor Ter MVs com os clientes não é exclusividade de nin-
ao produto ou serviço. E é isso o que os clientes esperam. guém na empresa, portanto, deve ser meta de toda a or-
Cliente quer valor. ganização:
Custo total é o preço que o cliente desembolsa para
garantir o produto ou serviço. É a quantia em espécie paga. Os mandamentos do Encantamento do Cliente são
O valor para o cliente é a diferença entre esses dois. É classificados em três níveis:
quando o cliente tem a percepção que o valor do produto  1º - não desencantar
ou serviço é maior do que o preço.  2º - satisfazer
Exemplo: Um cliente que compra um carro. Se ele  3º - surpreender
chegar a conclusão que o custo do carro compensou e foi O principal objetivo da organização deve ser tirar do
menor do que todos os benefícios garantidos, como: se- cliente a expressão:
gurança, conforto e beleza; pronto! O valor do carro para
ele foi maior. E, portanto, esse cliente saiu satisfeito, e a Os mandamentos do Encantamento do Cliente são
probabilidade de construir um relacionamento duradouro classificados em três níveis:
será muito maior.
1º - Não desencante: Não adianta se fazer um fantásti-
• Retenção co atendimento, se a empresa insiste em cometer erros pri-
Atrair um cliente não é uma tarefa fácil. E reter, se torna mários. Um bom atendimento, nesse caso, funciona como
ainda mais difícil.
uma tentativa de “tapar-se o sol com a peneira”.
Hoje muitas empresas se preocupam em apenas atrair
os clientes. E para isso, traçam várias estratégias para cha-
2º Satisfaça: Primeiro satisfaça o Cliente nas necessida-
mar atenção do público. Porém, esquecem-se da impor-
des básicas, no trivial.
tância de retê-los.
No que foi prometido...
Atrair significa chamar a atenção, seduzir, aproximar. E
isso tem que ser feito através de um diferencial. Algo que
3º Extrapole, encante: ...só depois extrapole, encante.
sobressaia.
Faça o que ninguém faz, ou da maneira que outros não
Reter significa manter. Ou seja, mantê-los fiéis. É fazer
fazem, ainda.
com que, para esses clientes, a empresa, seus produtos e
serviços virem referenciais de qualidade.
Portanto, atraí-los, significa promover isso à eles. Re-
tê-los, é além de atender essas expectativas, superá-las. E
isso, não se faz, apenas através de produtos de qualidade VALOR PERCEBIDO PELO CLIENTE
e bons preços. Reter clientes e fidelizá-los é um trabalho
de relacionamento, que é feito através do atendimento. E
também, através de suprimento de dúvidas, atendimento Já falamos aqui sobre várias ferramentas que levam
de sugestões e críticas. uma empresa a aumentar suas vendas e lucratividade.
O desafio não é deixar os clientes satisfeitos; vários Por exemplo: vantagens competitivas.
concorrentes podem fazer isso. O desafio é conquistar Passamos agora a falar de um conceito vital nesse pro-
clientes fiéis. Ou seja, fidelizá-los através de atendimentos cesso de compra e venda.
que superem as expectativas. O que o cliente leva em consideração ao efetivamente
adquirir um produto ou serviço?
Tornando-o um aliado. - Qualidade?
Sabemos, portanto que, atualmente os clientes fazem - Preço?
sua escolha com base em suas percepções de qualidade, Foi realizado uma pesquisa para encontrar a resposta à
serviço e valor. esse questionamento.

4
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

Essa pesquisa apontou quesitos para encontrar o IPMC


(Índice de Prestígio da Marca Corporativa), como vemos TELEMARKETING
agora:
1. Qualidade dos produtos e serviços
2. Admiração e Confiança
3. Responsabilidade Social e Ambiental Telemarketing, termo inglês criado por Nadji Tehrani
4. Inovação e em 1982, designa a promoção de vendas e serviços via te-
5. Histórico e Evolução lefone, ou seja, marketing pelo mesmo. Atualmente, o ter-
mo foge deste escopo, ao abranger também a tele cobran-
A pesquisa aponta além do grau de identificação e im- ça (cobrança via telefone), atendimento ao consumidor e o
portância dada a cada um dos quesitos, mostrando que: suporte técnico. Pode-se dizer que o telemarketing é um
“Tornou-se fundamental agregar Valor ao Cliente, po- atendimento telefônico comercial ou não padronizado que
dendo este estar presente em qualquer ação que ocorra no segue certos roteiros (scripts) de atendimento.
processo de atendimento e venda. Na atualidade o telemarketing é feito por empresas
Muitos desses valores são considerados intangíveis, especializadas. Elas fazem trabalhos de divulgação e de
como, boa prestação de serviço, atenção dispensada, ou orientação aos clientes de vários segmentos do mercado,
seja, ações que permaneçam na memória do cliente.
sendo praticado em grandes ambientes denominados call
Conhecer quais são esses valores percebidos pelos
centers centrais de atendimento ou SAC (Serviço de Aten-
clientes, conhecer os valores desenvolvidos pela concor-
dimento ao Cliente).
rência, além de adotar estratégias que potencializem esses
É a transmissão de ideais, informações, emoções e ha-
valores, levam a empresa a alcançar a vantagem competiti-
va necessária para que os clientes se tornem leais. bilidades. É o ato de emitir, receber e transmitir mensagens
Alguns fatores podem melhorar a percepção dos clien- através da linguagem escrita, falada e de sinais, signos ou
tes em relação ao produto ou serviço, entre eles citamos: símbolos quer de aparelhamento técnico especializado, so-
1. Acessibilidade – facilidade para obter o serviço (no noro e/ou visual.
caso de bancos: muitos caixas eletrônicos, horários amplos, O operador de telemarketing é o profissional que entra
diretores presentes...) em contato com as pessoas, via telefone, para oferecer al-
2. Comunicação – as vantagens devem ser comunica- gum serviço, produto ou promoção, ou recebe ligações de
das para que possam ser avaliadas clientes com objetivo de fornecer informações, solucionar
3. Participação do cliente – através de manifestação de problemas ou sanar dúvidas. O telemarketing pode ser ati-
opinião, alternativas... vo (faz a ligação), sistema que visa divulgar a marca e ven-
4. Incorporar serviços adicionais – acrescentar ao servi- der o produto ou serviço, ou receptivo (recebe a ligação),
ço básico padrão com serviços adicionais ou complemen- sistema que visa informar e solucionar problemas, garan-
tares tindo assim a satisfação do cliente. A área de telemarketing
5. Programar ações para melhorar a percepção dos é muito pessoal, e estabelece uma relação entre a empresa
atributos (ex. limpeza do quarto de hotel) e o cliente, portanto o operador tem a responsabilidade de
6. Colaboradores com orientação ao consumidor - in- representar a marca. Atualmente, essa área tem sido mui-
teração dos clientes com os colaboradores. to motivada e incentivada, na tentativa de tornar o serviço
cada vez mais pessoal e individualizar a forma de tratar os
Estratégia de Precificação clientes.
Matéria divulgada na revista HSM Management, apon-
ta que a precificação de produtos e serviços é feita da se- As 10 vantagens do Telemarketing
guinte forma: 1. Interatividade: é a mídia mais pessoal e interativa que
• 44% - estratégias orientadas pela concorrência existe;
• 37% - estratégias baseadas em custos 2. Flexibilidade: muitas operações são montadas du-
• 17% - estratégias orientadas pelo valor percebido
rante um curto período para atender as exigências da em-
pelo cliente e
presa;
• 03% outras estratégias
3. Replanejamento: a qualquer momento uma estra-
tégia poder ser modificada, já que as informações de seu
sucesso chegam rapidamente;
4. Otimização: num mesmo contato muitas informa-
ções podem ser repassadas ou cadastradas de um mesmo
cliente;
5. Controle: é razoavelmente fácil controlar uma ope-
ração de telemarketing, já que todas as informações trafe-
gam em sistema;
6. Foco: condições especiais de preço e conteúdo po-
dem ser ofertadas para clientes da mesma empresa;

5
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

7. Cobertura: pode atingir distâncias continentais em fumar”. Detalhe: é formado em Administração, Economia,
segundos; fala três línguas e tem MBA. Apesar do currículo, seu ne-
8. Comodidade: tanto para o comprador quanto para gócio foi por água abaixo após a reunião. Comportamen-
o vendedor; tos como esses, em compromissos de trabalho, que, para
9. Custo: é mais barato vender pelo telemarketing, pois alguns, podem significar um mero jeito de ser, seja por
os custos de comissões, estrutura e logística são muito me- displicência ou desvalorização de delicadezas, impossibi-
nores do que em uma loja; litam uma carreira promissora. Antes restritas ao mundo
10. Velocidade: um operador de telemarketing pode social, as boas maneiras, hoje, são ferramentas essenciais
efetuar 70 contatos com empresas no mesmo dia, já um à vida profissional.
vendedor de campo pode, em média, visitar 12 clientes.
Porém, causa restrições por ter natureza intrusiva. Comportamento
Etiqueta é bom senso. E por isso, instrui e indica com-
Estilo de Operações de Telemarketing portamentos adequados em determinadas situações.
Receptivo (In Bound) No âmbito empresarial, o comportamento correto é
• Trata-se do estilo no qual os operadores recebem as imprescindível, porque o cliente involuntariamente asso-
chamadas efetuadas pelos clientes ou os possíveis clientes cia o comportamento do funcionário à imagem da em-
da empresa. presa.
• Antigamente era conhecido como “Passivo”, mas Portanto, os funcionários devem ter em mente que
como o termo era impróprio para designar atitudes ade- o local de trabalho não é uma extensão de sua causa. E
quadas ao atendimento telefônico o nome foi abolido. que ali, eles estão representando a organização para a
• É chamado In Bound, pois significa salto para dentro, qual eles trabalham. E por isso, comportar-se de manei-
ou seja, a iniciativa se dá de fora da empresa para dentro. ra formal, educada e assumir uma postura profissional, é
• O cliente liga para a empresa para receber uma infor- fundamental.
mação ou efetuar uma compra. Deve-se também, obedecer às regras internas da em-
• Em casos de venda, as ligações externas são sempre presa como: uso de internet, celulares, telefones e atendi-
consequências de um estímulo provocado pela ação da mentos de pessoas com fins particulares.
propaganda de resposta direta.
Essas atitudes comportamentais ideais fazem toda di-
ferença para o sucesso e avanço. Pois, elas também fazem
Ativo (Out Bound)
parte da estratégia de marketing de relacionamento.
Trata-se do estilo no qual os operadores ligam para os
clientes ou os possíveis clientes da empresa.
Aparência
Podemos dizer que se chama Out Bound, porque a ini-
A higiene pessoal é o primeiro passo para uma boa
ciativa da ação se dá de dentro da empresa para fora. A
aparência. E a aparência complementa o comportamento.
empresa vai até o cliente para obter informação ou efetuar
Se não se pode fazer do local de trabalho uma extensão
uma venda.
de sua casa, e deve-se comportar de maneira profissional.
Então, a aparência também deve estar relacionada com a
ETIQUETA EMPRESARIAL: postura assumida.
COMPORTAMENTO, APARÊNCIA, Portanto, o traje deve ser sóbrio, formal e passar uma
CUIDADOS NO ATENDIMENTO boa imagem. Os exageros e modismos devem ser deixa-
PESSOAL E TELEFÔNICO. dos de lado. O mesmo serve para os acessórios.
A aparência ideal é aquela que transmite confiança,
seriedade e que não desvia a atenção do objetivo princi-
Etiqueta é uma ferramenta fundamental para boa con- pal, que é a consolidação dos negócios.
vivência, tanto social, quanto empresarial. Pois, torna os re-
lacionamentos mais fáceis e saudáveis. Então, é tudo aquilo Cuidados no atendimento pessoal
que indica comportamentos, atitudes, vestimentas, gestos No atendimento pessoal, o cliente precisa perceber
e vocabulários em cada circunstância, com o fim, de padro- que está sendo acolhido de uma maneira personalizada.
nizar as ações. E que o funcionário está ali para atendê-lo de forma a
Tendo como objetivo, o bem-estar de todos os envol- satisfazê-lo.
vidos. Ou seja, etiqueta, é um agente facilitador de convi- Outro ponto importante do atendimento é mostrar ao
vência e relacionamentos. cliente que a opinião dele é importante e que os funcio-
O saber se comportar e a aparência são questões cada nários daquela empresa assumem uma atitude responsi-
vez mais exigidas para os profissionais contemporâneos va. Demonstrando assim, que a instituição possui respeito
que pretendem se manter no mercado. pelas pessoas.
Exemplo: Ele chegou com uma hora de atraso ao almo-
ço de negócios, na pressa deixou de fazer a barba, foi de-
selegante com uma funcionária, subiu pelo elevador falan-
do ao celular e deu boas tragadas onde se lia “é proibido

6
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

O que se deve evitar no atendimento ao cliente: • Seja simpático e cortês;


Não identificar o cliente e nem a sua necessidade; • Evite deixar esperando quem ligou;
Falar rápido demais; • Fale com voz expressiva;
Apresentar erros de português e vícios de lingua- • Seja claro;
gem; • Saiba ouvir e demonstre interesse;
Falta de interesse e transmitir o produto de forma • Encerre educadamente as ligações.
negativa;
Falar mal da própria empresa em que trabalha; Ser bem-educado é:
Postura inadequada perante o cliente; • Adotar práticas corretas de conduta e caráter.
Expor o cliente. • Cuidar da linguagem corporal, dos gestos, da expres-
são facial, da postura quando em pé ou sentado.
O atendimento ideal deve: • Saber sentar, levantar-se, comer, apresentar corre-
tamente as pessoas, usar cartões de visita, cumprimentar,
Identificar o cliente e auxiliá-lo;
presentear e ser presenteado, pedir licença, agradecer, di-
Atender de forma clara e objetiva;
zer não, criticar sem ofender, ser pontual, conversar de for-
Falar corretamente;
ma agradável, ser um bom ouvinte e, principalmente, ter
Desenvolver diariamente boa vontade, empatia, pró
autocrítica e perceber quando deve desculpar-se.
-atividade, entusiasmo, assertividade, flexibilidade e pra-
zer em contribuir positivamente com as pessoas;
Ser a solução e não um obstáculo para o cliente;
Não criar empecilhos e nem justificativas; INTERAÇÃO ENTRE
Ajudar, facilitar e solucionar; VENDEDOR E CLIENTE
Utilizar tom de voz adequado para que apenas o
cliente o ouça.
Quando falamos em interação, falamos em relacionar-
Cuidados no atendimento telefônico se. Como vimos no tópico anterior, a busca por uma rela-
O telefone é um grande aliado das empresas. E é uma ção contínua e mais estável entre organização e cliente se
poderosa ferramenta de marketing. Porém, a maioria uti- tornou indispensável. No entanto, dentro da organização
liza de maneira inadequada. Podendo ser o causador de o papel do vendedor é extremamente relevante para o su-
fracassos irreparáveis. Mas, temos que entender que o vi- cesso dessa relação.
lão, neste caso, não é o telefone. E sim, o atendimento Essa interação se dá das mais diversas formas, seja pre-
feito através dele. sencialmente, por telefone, através de outros canais de co-
No atendimento telefônico, não se deve esquecer, municação, e não necessariamente apenas no decorrer de
que as explicações devem ser mais enfatizadas e muito um processo de compra e venda, mas em todo momento
mais claras e objetivas que no atendimento pessoal. Isso, da verdade junto ao ciente, ao encaminhar uma promoção,
devido à restrição do auxílio da linguagem corporal, que um cartão de aniversário, em um pós venda, não importa,
ajuda na comunicação. mas, uma coisa é fato, não se fala em relacionamento sem
interação.
O que se deve evitar no telefone A interação pode ser dar em razão de dois focos dife-
Não deixe o cliente esperando na linha por mais que rentes: no relacionamento ou na oportunidade. Geralmen-
30 segundos. Passe a chamada para outra pessoa que te as focadas em relacionamento ocorrem fora do ciclo de
vendas, e as focadas nas oportunidades, ocorrem com mais
possa ajudar ou anote o nome e o número do telefone
frequência dentro do ciclo.
para retornar em seguida. É fundamental que ligue o
Quando pensamos no ciclo de venda, é importante
quanto antes, no mesmo dia.
lembrarmos que a venda em si marca o início dessa rela-
Não coma, beba ou converse outros assuntos com
ção, e não o fim. Começa ali uma troca que, se alimentada
outra pessoa durante a ligação. Os sons produzidos inco- corretamente, gerará várias outras negociações, pois, lá no
modam o cliente e dão a impressão de desinteresse. início, a preocupação em satisfação mútua foi respeitada,
Não prometa o que não poderá cumprir. criando assim uma relação baseada não apenas no desem-
Evite usar termos técnicos durante a conversa. Se for penho, mas também na confiança.
necessário utilizá-los, explique imediatamente do que se Portanto, o sucesso do MKT de Relacionamento depen-
trata para que o cliente não fique inseguro. de no grau de interação existente entre vendedor e cliente.
Jamais utilize gírias.
Vamos analisar alguns pontos relevantes nessa intera-
O atendimento telefônico ideal: ção:
• Atenda no máximo até o terceiro toque; • Depende das características individuais do vende-
• Identifique-se, e não diga Alô!; dor e do cliente
• Tenha lápis e papel sempre a mão; • Trocas relacionais entre as partes (comunicação,
valores partilhados, compromisso).

7
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

• Trata-se de um relacionamento interativo e bidi- rios “porque eles não sabem nem atender o cliente”. Parece
recional. até que o atendimento é a tarefa mais simples da empresa
• Somatória de competências. e que menos merece preocupação. Ao contrário, é a mais
• Observação de linguagem corporal, identificando complexa e recheada de nuances que perpassam pela con-
sentimentos e sensações da outra parte. dição individual e por condições sistêmicas.
• Desenvolvimento de confiança, fortalecendo laços
fortes e duradouros e gerando lealdade. Estas condições sistêmicas estão relacionadas a:
• Desenvolvimento de Inteligência Emocional 1. Falta de uma política clara de serviços;
2. Indefinição do conceito de serviços;
Mapeamento da I.E (Inteligência Emocional) 3. Falta de um perfil adequado para o profissional de
A I.E pode ser dividida entre habilidades, entre elas: atendimento;
- Aspectos de inteligência intrapessoal 4. Falta de um padrão de atendimento;
1. Autoconhecimento (reconhece o sentimento quan- 5. Inexistência do follow up;
do ele se manifesta) 6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal.
2. Controle Emocional (saber lidar com seus sentimen-
tos) Nas condições individuais, podemos encontrar a con-
3. Automotivação (objetivar emoções) tratação de pessoas com características opostas ao neces-
sário para atender ao público, como: timidez, avareza, re-
- Aspectos de inteligência interpessoal beldia...
4. Reconhecimento de emoções alheias
5. Habilidades de relações interpessoais. Serviço e postura de atendimento

É fundamental que essas inteligências sejam estimu- Observando estas duas condições principais que cau-
ladas em ambas as partes, para que haja um equilíbrio de sam a vinculação ou o afastamento do cliente da empresa,
comportamento. podemos separar a estrutura de uma empresa de serviços
em dois itens: os serviços e a postura de atendimento.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organi-
zações e, como tal, está diretamente relacionado ao próprio
QUALIDADE NO ATENDIMENTO negócio.
A CLIENTES Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de
serviços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também
são tratados os aspectos gerais da organização que dão
peso ao negócio, como: o ambiente físico, as cores (pin-
As pesquisas revelam que 68% dos clientes das em- tura), os jardins. Este item, portanto, depende mais direta-
presas fogem delas por problemas relacionados à pos- mente da empresa e está mais relacionado com as condi-
tura de atendimento. ções sistêmicas.
Numa escala decrescente de importância, podemos Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento
observar os seguintes percentuais: dispensado às pessoas, está mais relacionado com o funcio-
 68% dos clientes fogem das empresas por proble- nário em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir com
mas de postura no atendimento; os clientes. Portanto, está ligado às condições individuais.
 14% fogem por não terem suas reclamações aten- É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas
didas; políticas das empresas, o treinamento, a definição de um
 9% fogem pelo preço; padrão de atendimento e de um perfil básico para o profis-
 9% fogem por competição, mudança de endereço, sional de atendimento, como forma de avançar no próprio
morte. negócio. Dessa maneira, estes dois itens se tornam comple-
mentares e inter-relacionados, com dependência recíproca
A origem dos problemas está nos sistemas implanta- para terem peso.
dos nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes siste-
mas não definem uma política clara de serviços, não defi- O profissional do atendimento
nem o que é o próprio serviço e qual é o seu produto. Sem Para conhecermos melhor a postura de atendimento,
isso, existe muita dificuldade em satisfazer plenamente o faz-se necessário falar do verdadeiro profissional do aten-
cliente. dimento.
Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes,
não contratam profissionais com características básicas Os três passos do verdadeiro profissional de aten-
para atender o público, não treinam estes profissionais na dimento:
postura adequada, não criam um padrão de atendimento e
este passa a ser realizado de acordo com as características 01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de com-
individuais e o bom senso de cada um. preender e atender as necessidades dos clientes, fazer com
A falta de noção clara da causa primária da perda de que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir importante
clientes faz com que as empresas demitam os funcioná- e proporcioná-lo um ambiente agradável. Este profissional

8
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

é voltado completamente para a interação com o cliente, a) postura do atendente de manter os ombros aber-
estando sempre com as suas antenas ligadas neste, para tos e o peito aberto, passa ao cliente um sentimento de
perceber constantemente as suas necessidades. Para este receptividade e acolhimento;
profissional, não basta apenas conhecer o produto ou ser- b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente
viço, mas o mais importante é demonstrar interesse em re- inclinado transmite ao cliente a humildade do atendente;
lação às necessidades dos clientes e atendê-las. c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem
respeito e segurança;
02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as neces- d) a fisionomia amistosa alenta um sentimento de afe-
sidades dos clientes, aguçando a capacidade de perce- tividade e calorosidade.
ber o cliente. Para entender o lado humano, é necessário 02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO CORPO-
que este profissional tenha uma formação voltada para as RAL: que se caracteriza pela existência de uma unidade en-
pessoas e goste de lidar com gente. Se espera que ele fi- tre o que dizemos e o que expressamos no nosso corpo.
que feliz em fazer o outro feliz, pois para este profissional, Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos
a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante e confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir
em que ela cessa a busca de sua própria felicidade para os nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa for-
buscar a felicidade do outro. ma, nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos
medos.
03. Entender a necessidade de manter um ESTADO DE
ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e sentimen- 03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos extrair
tos positivos, para ter atitudes adequadas no momento dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados emocionais
do atendimento. Ele sabe que é fundamental separar os que elas traduzem e a identificação destes estados pelas
problemas particulares do dia a dia do trabalho e, para pessoas; e a sua função social que diz em que condições
isso, cultiva o estado de espírito antes da chegada do ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o observador e
cliente. O primeiro passo de cada dia, é iniciar o traba- quem a expressa.
lho com a consciência de que o seu principal papel é o Podemos concluir, entendendo que, qualquer compor-
de ajudar os clientes a solucionarem suas necessidades. A tamento inclui posturas e é sempre fruto da interação com-
postura é de realizar serviços para o cliente. plexa entre o organismo e o seu meio ambiente.

OS REQUISITOS PARA CONTRATAÇÃO DESTE PRO- O OLHAR


FISSIONAL Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através
do olhar, podemos passar para as pessoas os nossos sen-
Para trabalhar com atendimento ao público, alguns
timentos mais profundos, pois ele reflete o nosso estado
requisitos são essenciais ao atendente. São eles:
de espírito.
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos pren-
 Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz.
der somente a ele, mas a fisionomia como um todo para
 Gostar de lidar com gente.
entendermos o real sentido dos olhos.
 Ser extrovertido.
Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de
 Ter humildade.
acolhimento, de interesse no atendimento das suas ne-
 Cultivar um estado de espírito positivo.
cessidades, de vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar
 Satisfazer as necessidades do cliente. apático, traduz fraqueza e desinteresse, dando ao cliente, a
 Cuidar da aparência. impressão de desgosto e dissabor pelo atendimento.
Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este
Com estes requisitos, o sinal fica verde para o aten- brilho nos nossos olhos? A resposta é simples:
dimento. Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro,
gostar de ajudar o próximo.
POSTURA Para atender ao público, é preciso que haja interesse e
A POSTURA pode ser entendida como a junção de gosto, pois só assim conseguimos repassar uma sensação
todos os aspectos relacionados com a nossa expressão agradável para o cliente. Gostar de atender o público signi-
corporal na sua totalidade e nossa condição emocional. fica gostar de atender as necessidades dos clientes, querer
Podemos destacar 03 pontos necessários para falar- ver o cliente feliz e satisfeito.
mos de POSTURA. São eles:
Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode
01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se caracte- transmitir:
riza por um posicionamento de humildade, mostrando-se
sempre disponível para atender e interagir prontamente 01. Interesse quando:
com o cliente. Esta POSTURA DE ABERTURA do atendente  brilha;
suscita alguns sentimentos positivos nos clientes, como  tem atenção;
por exemplo:  vem acompanhado de aceno de cabeça.

9
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

02. Desinteresse quando:  Insistência para o cliente levar um item ou adquirir


 é apático; um bem;
 é imóvel, rígido;  Seguir o cliente por toda a loja;
 não tem expressão.  O motorista de táxi que não para de falar com o
cliente passageiro;
O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o  O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerin-
gelo. O olhar nos olhos dá credibilidade e não há como do pratos sem ser solicitado;
dissimular com o olhar.  O funcionário que cumprimenta o cliente com dois
beijinhos e tapinhas nas costas;
A aproximação - raio de ação.  O funcionário que transfere a ligação ou desliga o
A aproximação do cliente está relacionada ao conceito telefone sem avisar.
de raio de ação, que significa interagir com o público, inde-
pendente deste ser cliente ou não. Estas situações não cabem na postura do verdadeiro
Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3 profissional do atendimento.
metros de distância do público e de um tempo imediato,
ou seja, prontamente. O sorriso
Além do mais, deve ocorrer independentemente do O SORRISO abre portas e é considerado uma lingua-
funcionário estar ou não na sua área de trabalho. Estes re- gem universal.
quisitos para a interação, a tornam mais eficaz. Imagine que você tem um exame de saúde muito im-
Esta interação pode se caracterizar por um cumprimen- portante para receber e está apreensivo com o resultado.
to verbal, uma saudação, um aceno de cabeça ou apenas Você chega à clínica e é recebido por uma recepcionista que
por um aceno de mão. O objetivo com isso é fazer o cliente apresenta um sorriso caloroso. Com certeza você se sentirá
sentir-se acolhido e estar certo de estar recebendo toda a mais seguro e mais confiante, diminuindo um pouco a ten-
atenção necessária para satisfazer os seus anseios. são inicial. Neste caso, o sorriso foi interpretado como um
ato de apaziguamento.
Alguns exemplos são:
O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de es-
01. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o
pírito das pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas
carrinho de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento.
sorridentes são avaliadas mais favoravelmente do que as
Ela prontamente olha para ele e diz com um sorriso: “bom
não sorridentes.
dia !“
O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de
02. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no
comunicação não verbal. Como tal, expressa as emoções
momento do pagamento;
e geralmente informa mais do que a linguagem falada e a
03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima
escrita. Dessa forma, podemos passar vários tipos de senti-
ao ver o carro entrando no posto e faz uma sudação... mentos e acarretar as mais diversas emoções no outro.
A invasão Ir ao encontro do cliente
Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver IR AO ENCONTRO DO CLIENTE é um forte sinal de com-
com INVASÃO DE TERRITÓRIO. promisso no atendimento, por parte do atendente. Este
Vamos entender melhor isso. item traduz a importância dada ao cliente no momento de
Todo ser humano sente necessidade de definir um ter- atendimento, na qual o atendente faz tudo o que é possí-
ritório, que é um certo espaço entre si e os estranhos. Este vel para atender as suas necessidades, pois ele compreende
território não se configura apenas em um espaço físico de- que satisfazê-las é fundamental. Indo ao encontro do clien-
marcado, mas principalmente num espaço pessoal e social, te, o atendente demonstra o seu interesse para com ele.
o que podemos traduzir como a necessidade de privacida-
de, de respeito, de manter uma distância ideal entre si e os A primeira impressão
outros de acordo com cada situação. Você já deve ter ouvido milhares de vezes esta frase: a
Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes primeira impressão é a que fica.
na privacidade, o que normalmente traz consequências ne- Você concorda com ela?
gativas. Podemos exemplificar estas invasões com algumas No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil
situações corriqueiras: uma piada muito picante contada a empresa ter uma segunda chance para tentar mudar a
na presença de pessoas estranhas a um grupo social; ficar impressão inicial, se esta foi negativa, pois dificilmente o
muito próximo do outro, quase se encostando nele; dar um cliente irá voltar.
tapinha nas costas... É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta
Nas situações de atendimento, são bastante comuns as o cliente perdido, aquele que foi mal atendido ou que não
invasões de território pelos atendentes. Estas, na sua maio- teve os seus desejos satisfeitos.
ria, causam mal-estar aos clientes, pois são traduzidas por Estes clientes perdem a confiança na empresa e normal-
eles como atitudes grosseiras e poucos sensíveis. Alguns mente os custos para resgatá-la, são altos. Alguns mecanis-
são os exemplos destas atitudes e situações mais comuns: mos que as empresas adotam são os contatos via telemar-
keting, mala-direta, visitas, mas nem sempre são eficazes.

10
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

A maioria das empresas não tem noção da quantidade mento firme, que prenda toda a mão, mas que a deixe
de clientes perdidos durante a sua existência, pois elas não livre, sem sufocá-la. Este aperto de mão demonstra inte-
adotam mecanismos de identificação de reclamações e/ou resse pelo outro, firmeza, bom nível de energia, atividade e
insatisfações destes clientes. Assim, elas deixam escapar as compromisso com o contato.
armas que teriam para reforçar os seus processos internos É importante lembrar que o cumprimento deve estar
e o seu sistema de trabalho. associado ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros
Quando as organizações atentam para essa importân- e o peito abertos, totalizando uma sintonia entre fala e ex-
cia, elas passam a aplicar instrumentos de medição. pressão corporal.
Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem a NÃO SE ESQUEÇA: APESAR DE HAVER UMA FORMA
realidade, pois muitas vezes trazem perguntas vagas, sub- ADEQUADA DE CUMPRIMENTAR, ESTA JAMAIS DEVERÁ
jetivas ou pedem a opinião aberta sobre o assunto. SER MECÂNICA E AUTOMÁTICA.
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não
colher as informações reais. Tom de voz
A saída seria criar medidores que traduzissem com A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz uma
fatos e dados, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o onda de intensa vibração. O tom de voz e a maneira como
serviço e o produto adquiridos da empresa. dizemos as palavras, são mais importantes do que as pró-
prias palavras.
Apresentação pessoal Podemos dizer ao cliente: “a sua televisão deveria sair
Que imagem você acha que transmitimos ao cliente hoje do conserto, mas por falta de uma peça, ela só estará
quando o atendemos com as unhas sujas, os cabelos des- pronta na próxima semana”. De acordo com a maneira que
penteados, as roupas mal cuidadas... ? dizemos e de acordo com o tom de voz que usamos, va-
O atendente está na linha de frente e é responsável mos perceber reações diferentes do cliente.
pelo contato, além de representar a empresa neste mo- Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos des-
mento. Para transmitir confiabilidade, segurança, bons ser- culpando pela falha e assumindo uma postura de humilda-
viços e cuidado, se faz necessário, também, ter uma boa de, falando com calma e num tom amistoso e agradável,
apresentação pessoal. percebemos que a reação do cliente será de compreensão.
Alguns cuidados são essenciais para tornar este item Por outro lado, se a mesma frase é dita de forma me-
mais completo. São eles: cânica, estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância,
01. Tomar um banho antes do trabalho diário: além da poderemos ter um cliente reagindo com raiva, procurando
função higiênica, também é revigorante e espanta a pre- o gerente, gritando...
guiça; As palavras são símbolos com significados próprios. A
02. Cuidar sempre da higiene pessoal: unhas limpas,
forma como elas são utilizadas também traz o seu signifi-
cabelos cortados e penteados, dentes cuidados, hálito
cado e com isso, cada palavra tem a sua vibração especial.
agradável, axilas asseadas, barba feita;
03. Roupas limpas e conservadas;
SABER ESCUTAR
04. Sapatos limpos;
Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCU-
05. Usar o crachá de identificação, em local visível
TAR? Se você respondeu que não, você errou.
pelo cliente.
Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o ver-
Quando estes cuidados básicos não são tomados, o
dadeiro sentido, compreendendo e interpretando a essên-
cliente se questiona: “puxa, se ele não cuida nem dele, da
sua aparência pessoal, como é que vai cuidar de me prestar cia, o conteúdo da comunicação.
um bom serviço?”. O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com
A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto im- a nossa capacidade de perceber o outro. E, para perceber-
portante para criar uma relação de proximidade e confian- mos o outro, o cliente que está diante de nós, precisamos
ça entre o cliente e o atendente. nos despojar das barreiras que atrapalham e empobrecem
o processo de comunicação. São elas:
Cumprimento caloroso  Os nossos PRECONCEITOS;
O que você sente quando alguém aperta a sua mão  As DISTRAÇÕES;
sem firmeza?  Os JULGAMENTOS PRÉVIOS;
Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se co-  As ANTIPATIAS.
nhece alguém, a sua integridade moral, pela qualidade do
seu aperto de mão. Para interagirmos e nos comunicarmos a contento,
O aperto de mão “frouxo” transmite apatia, passivida- precisamos compreender o TODO, captando os estímulos
de, baixa energia, desinteresse, pouca interação, falta de que vêm do outro, fazendo uma leitura completa da situa-
compromisso com o contato. ção.
Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo que Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de
machuca a mão, ao invés de trazer uma mensagem posi- receptividade e simpatia, afinal, nós temos DOIS OUVIDOS
tiva, causa um mal estar, traduzindo hiperatividade, agres- E UMA BOCA, O QUE NOS SUGERE QUE É PRECISO ESCU-
sividade, invasão e desrespeito. O ideal é ter um cumpri- TAR MAIS DO QUE FALAR.

11
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

Quando não sabemos escutar o cliente - interrompen- AS GAFES NO ATENDIMENTO


do-o, falando mais que ele, dividindo a atenção com outras Depois de conhecermos a postura correta de atendi-
situações - tiramos dele, a oportunidade de expressar os mento, também é importante sabermos quais são as for-
seus verdadeiros anseios e necessidades e corremos o ris- mas erradas, para jamais praticá-las. Quem as pratica, com
co de aborrecê-lo, pois não iremos conseguir atendê-las. certeza não é um verdadeiro profissional de atendimento.
A mais poderosa forma de escutar é a empatia (que Podemos dividi-las em duas partes, que são:
vamos conhecer mais na frente). Ela nos permite escutar
de fato, os sentimentos por trás do que está sendo dito, POSTURA INADEQUADA
mas, para isso, é preciso que o atendente esteja sintoni- A postura inadequada é abrangente, indo desde a pos-
zado emocionalmente com o cliente. Esta sintonia se dá tura física ao mais sutil comentário negativo sobre a em-
através do despojamento das barreiras que já falamos an- presa na presença do cliente.
tes. Em relação à postura física, podemos destacar como
inadequado, o atendente:
AGILIDADE * se escorar nas paredes da loja ou debruçar a cabeça
Atender com agilidade significa ter rapidez sem per- no seu birô por não estar com o cliente (esta atitude impe-
der a qualidade do serviço prestado. de que ele interaja no raio de ação);
A agilidade no atendimento transmite ao cliente a * mascar chicletes ou fumar no momento do atendi-
ideia de respeito. Sendo ágil, o atendente reconhece a ne- mento;
cessidade do cliente em relação à utilização adequada do * cuspir ou tirar meleca na frente do cliente (estas coi-
seu tempo. sas só devem ser feitas no banheiro);
Quando há agilidade, podemos destacar: * comer na frente do cliente (comum nas empresas que
 O atendimento personalizado; oferecem lanches ou têm cantina);
 A atenção ao assunto; * gritar para pedir alguma coisa;
 O saber escutar o cliente; * se coçar na frente do cliente;
 Cuidar das solicitações e acompanhar o cliente * bocejar (revela falta de interesse no atendimento).
durante todo o seu percurso na empresa. Em relação aos itens mais sutis, podemos destacar:
* se achar íntimo do cliente a ponto de lhe pedir caro-
na, por exemplo;
O CALOR NO ATENDIMENTO
* receber presentes do cliente em troca de um bom
O atendimento caloroso evita dissabores e situações
serviço;
constrangedoras, além de ser a comunhão de todos os
* fazer críticas a outros setores, pessoas, produtos ou
pontos estudados sobre postura.
serviços na frente do cliente;
O atendente escolhe a condição de atender o cliente e
* desmerecer ou criticar o fabricante do produto que
para isto, é preciso sempre lembrar que o cliente deseja se
vende, o parceiro da empresa, denegrindo a sua imagem
sentir importante e respeitado. Na situação de atendimen-
para o cliente;
to, o cliente busca ser reconhecido e, transmitindo caloro- * falar mau das pessoas na sua ausência e na presença
sidade nas atitudes, o atendente satisfaz as necessidades do cliente;
do cliente de estima e consideração. * usar o cliente como desabafo dos problemas pes-
Ao contrário, o atendimento áspero, transmite ao soais;
cliente a sensação de desagrado, descaso e desrespeito, * reclamar na frente do cliente;
além de retornar ao atendente como um bumerangue. O * lamentar;
EFEITO BUMERANGUE é bastante comum em situações de * colocar problemas salariais;
atendimento, pois ele reflete o nível de satisfação, ou não, * “lavar a roupa suja” na frente do cliente.
do cliente em relação ao atendente. Com este efeito, as LEMBRE-SE: A ÉTICA DO TRABALHO É SERVIR AOS OU-
atitudes batem e voltam, ou seja, se você atende bem, o TROS E NÃO SE SERVIR DOS OUTROS.
cliente se sente bem e trata o atendente com respeito. Se
este atende mal, o cliente reage de forma negativa e hostil. USAR CHAVÕES
O cliente não está na esteira da linha de produção, mere- O mau profissional utiliza-se de alguns chavões como
cendo ser tratado com diferenciação e apreço. forma de fugir à sua responsabilidade no atendimento ao
Precisamos ter em atendimento, pessoas descontraí- cliente. Citamos aqui, os mais comuns:
das, que façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido
de vida, que é SERVIR AO PRÓXIMO. PARE E REFLITA: VOCÊ GOSTARIA DE SER COMPARADO
Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilida- A ESTE ATENDENTE?
de, retratam bem a falta de calor do atendente. Com estas  O senhor como cliente TEM QUE ENTENDER...
atitudes, o atendente parece estar pedindo ao cliente que  O senhor DEVERIA AGRADECER O QUE A EMPRESA
este se afaste, vá embora, desapareça da sua frente, pois FAZ PELO SENHOR...
ele não é bem vindo. Assim, o atendente esquece que a  O CLIENTE É UM CHATO QUE SEMPRE QUER MAIS...
sua MISSÃO é SERVIR e fazer o cliente FELIZ.  AÍ VEM ELE DE NOVO...

12
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

Estas frases geram um bloqueio mental, dificultando C) A TAREFA


a liberação do lado bom da pessoa que atende o cliente. Para finalizar, falamos da tarefa. A nossa tarefa mais
Aqui, podemos ter o efeito bumerangue, que torna importante diante desta pessoa mais importante para nós,
um círculo vicioso na postura inadequada, pois, o aten- na hora mais importante que é o aqui e o agora, é FAZER
dente usa os chavões (pensa dessa forma em relação ao O CLIENTE FELIZ, atendendo as suas necessidades.
cliente e a situação de atendimento), o cliente se aborrece Esta tríade se configura no fundamento dos Momen-
e descarrega no atendente, ou simplesmente não volta tos da Verdade e, para que estes sejam plenos, é neces-
mais. sário que os funcionários de linha de frente, ou seja, que
Para quebrar este ciclo, é preciso haver uma mudança atendem os clientes, tenham poder de decisão. É neces-
radical no pensamento e postura do atendente. sário que os chefes concedam autonomia aos seus subor-
dinados para atuarem com precisão nos Momentos da
IMPRESSÕES FINAIS DO CLIENTE Verdade.
Toda a postura e comportamento do atendente vai
levar o cliente a criar uma impressão sobre o atendimento TELEIMAGEM
e, consequentemente, sobre a empresa. Através do telefone, o atendente transmite a TELEIMA-
Duas são as formas de impressões finais mais comuns GEM da empresa e dele mesmo. TELEIMAGEM, então, é a
do cliente: imagem que o cliente forma na sua mente (imagem
1) MOMENTO DA VERDADE: através do contato direto mental) sobre quem o está atendendo e, consequen-
(pessoal) e/ou telefônico com o atendente; temente, sobre a empresa (que é representada por este
2) TELEIMAGEM: através do contato telefônico. Vamos atendente).
conhecê-las com mais detalhes. Quando a TELEIMAGEM é positiva, a facilidade do
cliente encaminhar os seus negócios é maior, pois ele su-
MOMENTOS DA VERDADE põe que a empresa é comprometida com o cliente. No
Segundo Karl Albrecht, Momento da Verdade é qual- entanto, se a imagem é negativa, vemos normalmente o
quer episódio no qual o cliente entra em contato com cliente fugindo da empresa. Como no atendimento telefô-
qualquer aspecto da organização e obtém uma impressão nico, o único meio de interação com o cliente, é através da
da qualidade do seu serviço. palavra e sendo a palavra o instrumento, faz-se necessário
O funcionário tem poucos minutos para fixar na men- usá-la de forma adequada para satisfazer as exigências do
te do cliente a imagem da empresa e do próprio serviço cliente.
prestado. Este é o momento que separa o grande profis- Dessa forma, classificamos 03 itens básicos ligados a
sional dos demais. palavra e as atitudes, como fundamentais na formação da
Este verdadeiro profissional trabalha em cada mo- TELEIMAGEM.
mento da verdade, considerando-o único e fundamental
para definir a satisfação do cliente. Ele se fundamenta na São eles:
chamada TRÍADE DO ATENDIMENTO OU TRIÂNGULO DO  O TOM DE VOZ: é através dele que transmitimos
ATENDIMENTO, que é composto de elementos básicos do interesse e atenção ao cliente. Ao usarmos um tom frio
processo de interação, que são: e distante, passamos ao cliente, a ideia de desatenção e
desinteresse. Ao contrário, se falamos com entusiasmo, de
A) A PESSOA forma decidida e atenciosamente, satisfazemos as necessi-
A pessoa mais importante é aquela que está na sua dades do cliente de sentir-se assistido, valorizado, respei-
frente. Então, podemos entender que a pessoa mais im- tado, importante.
portante é o cliente que está na frente e precisa de  O uso de PALAVRAS ADEQUADAS: pois com elas
atenção. o atendente passa a ideia de respeito pelo cliente. Aqui
No Momento da Verdade, o atendente se relaciona fica expressamente PROIBIDO o uso de termos como: amor,
diretamente com o cliente, tentando atender a todas as bem, benzinho, chuchu, mulherzinha, queridinha, colega...
suas necessidades. Não existe outra forma de atender, a  As ATITUDES CORRETAS: dando ao cliente, a im-
não ser pelo contato direto e, portanto, a pessoa funda- pressão de educação e respeito. São INCORRETAS as atitu-
mental neste momento é o cliente. des de transferir a ligação antes do cliente concluir o que
B) A HORA iniciou a falar; passar a ligação para a pessoa ou ramal er-
A hora mais importante das nossas vidas é o agora, o rado (mostrando com isso que não ouviu o que ele disse);
presente, pois somente nele podemos atuar. desligar sem cumprimento ou saudação; dividir a atenção
O passado ficou para atrás, não podendo ser mudado com outras conversas; deixar o telefone tocar muitas vezes
e o futuro não nos cabe conhecer. Então, só nos resta o sem atender; dar risadas no telefone.
presente como fonte de atuação. Nele, podemos agir e
transformar. O aqui e agora são os únicos momentos nos ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO ATENDENTE
quais podemos interagir e precisamos fazer isto da melhor Nós falamos sobre a importância da postura de aten-
forma. dimento. Porém, a base dela está nos aspectos psicológi-
cos do atendimento. Vamos a eles:

13
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

EMPATIA PERCEPÇÃO
O termo empatia deriva da palavra grega EMPATHÉIA, PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de compreender
que significa entrar no sentimento. Portanto, EMPATIA é a e captar as situações, o que exige sintonia e é fundamental
capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, procuran- no processo de atendimento ao público. Para perceber-
do sempre entender as suas necessidades, os seus anseios, os mos melhor, precisamos passar pelo “esvaziamento” de
seus sentimentos. Dessa forma, é uma aptidão pessoal fun- nós mesmos, ficando assim, mais próximos do outro. Mas,
damental na relação atendente - cliente. Para conseguir- como é isso? Vamos ficar vazios? É isso mesmo. Vamos ficar
mos ser empáticos, precisamos nos despojar dos nossos vazios dos nossos preconceitos, das nossas antipatias, dos
preconceitos e preferências, evitando julgar o outro a partir nossos medos, dos nossos bloqueios, vamos observar as si-
de nossas referências e valores. tuações na sua totalidade, para entendermos melhor o que
A empatia alimenta-se da autoconsciência, que signifi- o cliente deseja. Vamos ilustrar com um exemplo real: certa
ca estarmos abertos para conhecermos as nossas emoções. vez, em uma loja de carros, entra um senhor de aproxima-
Quanto mais isto acontece, mais hábeis seremos na leitura damente 65 anos, usando um chapéu de palha, camiseta
dos sentimentos dos outros. Quando não temos certeza rasgada e calça amarrada na cintura por um barbante. Ele
dos nossos próprios sentimentos, dificilmente consegui- entrou na sala do gerente, que imediatamente se levantou
mos ver os dos outros. pedindo para ele se retirar, pois não era permitido “pedir
E, a chave para perceber os sentimentos dos outros, esmolas ali”. O senhor com muita paciência retirou de um
está na capacidade de interpretar os canais não verbais de saco plástico que carregava, um “bolo“ de dinheiro e disse:
comunicação do outro, que são: os gestos, o tom de voz, “eu quero comprar aquele carro ali”.
as expressões faciais... Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata cla-
Esta capacidade de se empatizar com o outro, está li- ramente o que podemos fazer com o outro quando prejul-
gada ao envolvimento: sentir com o outro é envolver-se. gamos as situações.
Isto requer uma atitude muito sublime que se chama HU- Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo
MILDADE. Sem ela é impossível ser empático. é muito mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que
Quando não somos humildes, vemos as pessoas de é e não é harmônico e com ele percebemos a essência dos
maneira deturpada, pois olhamos através dos óculos do fatos e situações.
orgulho e do egoísmo, com os quais enxergamos apenas Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado
com a PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de
o nosso pequenino mundo.
percepção, na qual vemos, escutamos e sentimos apenas
O orgulho e o egoísmo são dois males que atacam a
aquilo que nos interessa. Esta seleção age como um filtro,
humanidade, impedindo-a de ser feliz.
que deixa passar apenas o que convém. Esta filtragem está
Com eles, não conseguimos sair do nosso mundinho,
diretamente relacionada com a nossa condição física, psí-
criando uma couraça ao nosso redor para nos proteger.
quica e emocional. Como é isso? Vamos entender:
Com eles, nós achamos que somos tudo o que importa e
a) Se estou com medo de passar em rua deserta e es-
esquecemos de olhar para o outro e perguntar como ele
cura, a sombra do galho de uma árvore pode me assustar,
está, do que ele precisa, em que podemos ajudar.
pois eu posso percebê-lo como um braço com uma faca
Esquecemos de perceber principalmente os seus sen- para me apunhalar;
timentos e necessidades. Com o orgulho e o egoísmo, nos b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de
tornamos vaidosos e passamos a ver os outros de acordo um cheiro agradável de comida;
com o que estes óculos registram: os nossos preconceitos, c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a
nossos valores, nossos sentimentos... parte mais amena da repreensão e reprimir a mais severa.
Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR, não Em alguns casos, a percepção seletiva age como me-
sabemos repartir, não sabemos doar. canismo de defesa.
Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós mes-
mos, só lembramos de nós. É aqui que a empatia se de- O ESTADO INTERIOR
teriora, quando os nossos próprios sentimentos são tão O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a
fortes que não permitem harmonização com o outro e condição interna, o estado de espírito diante das situações.
passam por cima de tudo. A atitude de quem atende o público está diretamente
OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM TRABA- relacionada ao seu estado interior. Ou seja, se o atendente
LHAR COM O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM CAPACIDADE mantém um equilíbrio interno, sem tensões ou preocupa-
DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO E ENTENDER OS ções excessivas, as suas atitudes serão mais positivas frente
SEUS SENTIMENTOS E NECESSIDADES. ao cliente.
Dessa forma, o estado interior está ligado aos pensa-
Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas, mentos e sentimentos cultivados pelo atendente. E estes,
pois as raízes da moralidade estão na empatia. Para con- dão suporte as atitudes frente ao cliente.
cluir, podemos lembrar a frase de Saint-Exupéry no livro O Se o estado de espírito supõe sentimentos e pensa-
Pequeno Príncipe: “Só se vê bem com o coração; o essen- mentos negativos, relacionados ao orgulho, egoísmo e vai-
cial é invisível aos olhos“. Isto é empatia. dade, as atitudes advindas deste estado, sofrerão as suas
influências e serão:

14
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

 Atitudes preconceituosas; ENCANTANDO O CLIENTE


 Atitudes de exclusão e repulsa; Fazer apenas o que está definido pela empresa como
 Atitudes de fechamento; sendo o seu padrão de atendimento, pode até satisfazer
 Atitudes de rejeição. as necessidades do cliente, mas talvez não ultrapasse o
É necessário haver um equilíbrio interno, uma estabi- normal.
lidade, para que o atendente consiga manter uma atitude Encantar o cliente é exatamente aquele algo mais que
positiva com os clientes e as situações. faz a grande diferença no atendimento.

O ENVOLVIMENTO ATUAÇÃO EXTRA


A demonstração de interesse, prestando atenção ao A ATUAÇÃO EXTRA é uma forma de encantar o clien-
cliente e voltando-se inteiramente ao seu atendimento, é o te que se caracteriza por atitudes ou ações do atendente,
caminho para o verdadeiro sentido de atender. não estabelecidas nos procedimentos de trabalho. É pro-
Na área de serviços, o produto é o próprio serviço duzir um serviço acima da expectativa do cliente.
prestado, que se traduz na INTERAÇÃO do funcionário com
o cliente. Um serviço é, então, um resultado psicológico e AUTONOMIA
pessoal que depende de fatores relacionados com a intera- Na verdade, a autonomia não deveria estar no encan-
ção com o outro. Quando o atendente tem um envolvimen- tamento do cliente; ela deveria fazer parte da estrutura da
to baixo com o cliente, este percebe com clareza a sua falta empresa. Mas, nem sempre a realidade é esta. Colocamos
de compromisso. As preocupações excessivas, o trabalho aqui porque o consumidor brasileiro ainda se encanta ao
estafante, as pressões exacerbadas, a falta de liderança, o encontrar numa loja, um balconista que pode resolver as
nível de burocracia, são fatores que contribuem para uma suas queixas sem se dirigir ao gerente.
interação fraca com o cliente. Esta fraqueza de envolvimen- A AUTONOMIA está diretamente relacionada ao pro-
to não permite captar a essência dos desejos do cliente, o cesso de tomada de decisão. Onde existir uma situação na
que se traduz em insatisfação. Um exemplo simples disso é qual o funcionário precise decidir, deve haver autonomia.
No atendimento ao público, é fundamental haver au-
a divisão de atenção por parte do atendente. Quando este
tonomia do pessoal de linha de frente e é uma das condi-
divide a atenção no atendimento entre o cliente e os cole-
ções básicas para o sucesso deste tipo de trabalho.
gas ou outras situações, o cliente sente-se desrespeitado,
Mas, para ter autonomia se faz necessário um mínimo
diminuído e ressentido. A sua impressão sobre a empresa é
de poder para atuar de acordo com a situação e esse po-
de fraqueza e o Momento da Verdade é pobre.
der deve ser conquistado. O poder aos funcionários serve
Esta ação traz consequências negativas como: impos-
para agilizar o negócio. Às vezes, a falta de autonomia se
sibilidade de escutar o cliente, falta de empatia, desrespei-
relaciona com fraca liderança do chefe.
to com o seu tempo, pouca agilidade, baixo compromisso Para o cliente, a autonomia traduz a ideia de agilidade,
com o atendimento. desburocratização, respeito, compromisso, organização.
Às vezes, a própria empresa não oferece uma estrutu- Com ela, o cliente não é jogado de um lado para o ou-
ra adequada para o atendimento ao público, obrigando o tro, não precisa passear pela empresa, ouvindo dos aten-
atendente a dividir o seu trabalho entre atendimento pes- dentes: “Esse assunto eu não resolvo; é só com o fulano;
soal e telefônico, quando normalmente há um fluxo grande procure outro setor...”.
de ambos no setor. Neste caso, o ideal seria separar os dois A autonomia na ponta, na linha de frente, demonstra
tipos de atendimento, evitando problemas desta espécie. que a empresa está totalmente voltada para o cliente, pois
todo o sistema funciona para atendê-lo integralmente.
Alguns exemplos comuns de divisão de atenção são:
 atender pessoalmente e interromper com o tele- DIMENSÃO SOBRE O TRABALHO DE ATENDIMENTO
fone AO CLIENTE
 atender ao telefone e interromper com o contato
direto ATENDIMENTO E QUALIDADE
 sair para tomar café ou lanchar A globalização, os desafios do desenvolvimento tec-
 conversar com o colega do lado sobre o final de nológico e cultural e a competição entre as organizações
semana, férias, namorado, tudo isso no momento de aten- trazem como consequência o interesse pela qualidade de
dimento ao cliente seus produtos e serviços.
Estes exemplos, muitas vezes, soam ao cliente como Esse interesse não se restringe às empresas privadas e
um exibicionismo funcional, o que não agrega valor ao tra- se estende, também, ao setor público.
balho. O cliente deve ser poupado dele. Assim, vemos que:
- Os empresários buscam aperfeiçoar o desempenho
OS DESAFIOS DO PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO em suas áreas de atuação (produtos ou serviços) e o rela-
Mas, nem tudo é tão fácil no trabalho de atender. Al- cionamento com os seus clientes.
gumas situações exigem um alto grau de maturidade do - O setor público enfrenta os desafios de melhorar (1)
atendente e é nestes momentos que este profissional tem a qualidade de seus serviços, (3) aumentar a satisfação dos
a grande oportunidade de mostrar o seu real valor. Aqui usuários e (2) instituir um atendimento de excelência ao
estão duas destas situações. público.

15
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

Os clientes e usuários das organizações públicas e pri- Para identificar esses tipos de usuários, as pessoas da
vadas também se mostram mais exigentes na escolha de organização devem responder o seguinte:
serviços e produtos de melhor qualidade. Assim, a relação  Com que pessoas mantenho contato enquanto
com estes clientes e usuários passa ser um novo foco de trabalho?
preocupação e demanda esforços para sua melhoria.  Quem recebe o resultado do meu trabalho?
 Qual o nível de satisfação das pessoas que depen-
Qualidade dem do resultado dos serviços executados por mim?
O conceito de qualidade é amplo e suscita várias inter-
pretações. As mais expressivas se referem, por um lado, à Princípios para o bom atendimento na gestão da
definição de qualidade como busca da satisfação do clien- qualidade
te, e, por outro, à busca da excelência para todas as ativi- 1. Foco no Cliente. Nas empresas privadas, a importân-
dades de um processo. cia dada a esse princípio se deve principalmente ao fato de
Na mesma vertente, a qualidade é também considera- que o sucesso da venda (lucro financeiro) depende da sa-
da como fator de transformação no modo como a organi- tisfação do cliente com a qualidade do produto e também
zação se relaciona com seus clientes, agregando valor aos com o tratamento recebido e com o resultado da própria
serviços a ele destinados. negociação.
Em face dessa diversidade de significados, cabe às or- No setor público, este princípio se relaciona sobretudo,
ganizações identificar os atributos ou indicadores de qua- aos conceitos de cidadania, participação, transparência e
lidade dos seus produtos e serviços do ponto de vista dos controle social.
seus usuários. Entre estes, podem ser destacados a eficiên- Para cumprir este princípio é necessário ter atenção
cia, a eficácia, a ética profissional, a agilidade no atendi- com dois aspectos:
mento, entre outros.  verificar se o que é estabelecido como qualidade
No Brasil, a questão da qualidade na área pública vem atende a todos os usuários, inclusive aos mais exigentes;
sendo abordada pelo Programa de Qualidade no Serviço  fazer bem feito o serviço e, depois, checar os pas-
Público que tem por objetivos elevar o padrão dos serviços sos necessários para a sua execução.
prestados e tornar o cidadão mais exigente em relação a Deve se lembrar que tais atitudes levam em conta tan-
esses serviços. Para tanto, o Programa visa a transforma- to o atendimento do usuário quanto as atividades e rotinas
ção das organizações e entidades públicas no sentido de que envolvem o serviço.
valorizar a qualidade na prestação de serviços ao público,
retirando o foco dos processos burocráticos. 2. O serviço ou produto deve atender a uma real neces-
O programa estabelece que o cidadão como principal sidade do usuário. Este princípio se relaciona à dimensão
foco de atenção de qualquer órgão público federal. Define da validade, isto é, o serviço ou produto deve ser exata-
padrões de qualidade do atendimento e prevê a avaliação mente como o usuário espera, deseja ou necessita que ele
de satisfação do usuário por todos os órgãos e entidades seja.
da Administração Pública Federal direta, indireta e funda-
cional que atendem diretamente ao cidadão. 3. Manutenção da qualidade. O padrão de qualidade
Nesse sentido considera-se que o serviço público deve mantido ao longo do tempo é que leva à conquista da con-
ter as seguintes características: fiabilidade.
₋ Adequado: realizado na forma prevista em lei deven- A atuação com base nesses princípios deve ser orien-
do atender ao interesse público; tada por algumas ações que imprimem qualidade ao aten-
₋ Eficiente: alcança o melhor resultado com menor con- dimento, tais como:
sumo de recursos;  Identificar as necessidades dos usuários;
₋ Seguro: não coloca em risco a vida, a saúde, a segu-  Cuidar da comunicação (verbal e escrita);
rança, o patrimônio ou os direitos materiais e imateriais do  Evitar informações conflitantes;
cidadão-usuário;  Atenuar a burocracia;
₋ Contínuo: oferecido sem risco de interrupção, sendo  Cumprir prazos e horários;
obrigatório o planejamento e a adoção de medidas de pre-  Desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;
venção para evitar a descontinuidade.  Divulgar os diferenciais da organização;
 Imprimir qualidade à relação atendente/usuário;
Usuários/ Clientes  Fazer uso da empatia;
Existem dois tipos de usuários ou clientes de uma or-  Analisar as reclamações;
ganização:  Acatar as boas sugestões.
• externos - recebem serviços ou produtos na sua ver-
são final. Essas ações estão relacionadas a indicadores que po-
• internos – fazem parte da organização, de seus seto- dem ser percebidos e avaliados de forma positiva pelos
res, grupos e atividades. usuários, entre eles: competência, presteza, cortesia, pa-
ciência, respeito.

16
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, III - disponibilizar acesso telefônico gratuito, cujo nú-
desrespeito, imposição de normas ou exibição de poder mero deve ser:
tornam o atendente intolerável, na percepção dos usuários. a) divulgado e mantido atualizado em local e formato
No conjunto dessas ações deve ainda ser ressaltada a visível ao público no recinto das suas dependências e nas
empatia como um fator crucial para a excelência no atendi- dependências dos correspondentes no País, bem como nos
mento ao público. A utilização adequada dessa ferramenta respectivos sítios eletrônicos na internet e nos demais ca-
no momento em que as pessoas estão interagindo é fun- nais de comunicação utilizados para difundir os produtos e
damental. No bom atendimento é importante a utilização serviços da instituição;
de frases como “Bom-dia”, “Boa-tarde”, “Sente-se, por fa- b) registrado nos extratos, nos comprovantes, inclusi-
vor,”, ou “Aguarde um instante, por favor”, que, ditas com ve eletrônicos, nos contratos formalizados com os clientes,
suavidade e cordialidade, podem levar o usuário a perce- nos materiais de propaganda e de publicidade e nos de-
ber o tratamento diferenciado que algumas organizações mais documentos que se destinem aos clientes e usuários
já conseguem oferecer ao seu público-alvo. dos produtos e serviços da instituição; e
c) registrado e mantido permanentemente atualizado
em sistema de informações, na forma estabelecida pelo
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.433, DE 23/07/15 Banco Central do Brasil.
- DISPÕE SOBRE A CONSTITUIÇÃO E O § 3º A divulgação de que trata o § 2º, inciso I, deve ser
FUNCIONAMENTO DE COMPONENTE providenciada inclusive por meio dos canais de comuni-
ORGANIZACIONAL DE OUVIDORIA PELAS cação utilizados para difundir os produtos e serviços a
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E DEMAIS instituição.
INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A FUNCIONAR § 4º O componente organizacional deve ser segregado
da unidade executora da atividade de auditoria interna, de
PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL.
que trata o art. 2º da Resolução nº 2.554, de 24 de setem-
bro de 1998, com a redação dada pela Resolução nº 3.056,
de 19 de dezembro de 2002.
RESOLUÇÃO Nº 4.433, DE 27/7/2015. § 5º Os bancos comerciais, os bancos múltiplos, as cai-
xas econômicas, as sociedades de crédito, financiamento e
Dispõe sobre a instituição de componente organiza- investimento, as associações de poupança e empréstimo
cional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais e as sociedades de arrendamento mercantil que realizem
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do operações de arrendamento mercantil financeiro devem
Brasil. instituir o componente organizacional de ouvidoria na pró-
pria instituição.
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei § 6º As cooperativas singulares de crédito filiadas a
nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o cooperativa central podem firmar convênio com a respecti-
Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 25 va central, confederação ou banco cooperativo do sistema,
de março de 2010, com fundamento no art. 4º, inciso VIII, para compartilhamento e utilização de componente orga-
da referida lei, nizacional de ouvidoria único, mantido em uma dessas ins-
tituições.
RESOLVEU § 7º As cooperativas singulares de crédito não filiadas
a cooperativa central podem firmar convênio com coope-
Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições rativa central, ou com federação ou confederação de coo-
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil que perativas de crédito, ou com associação representativa da
tenham clientes pessoas físicas ou pessoas jurídicas classi- classe, para compartilhamento e utilização de ouvidoria
ficadas como microempresas na forma da legislação pró- mantida em uma dessas instituições.
pria devem instituir componente organizacional de ouvi- § 8º As instituições não referidas nos §§ 5º, 6º e 7º
doria, com a atribuição de atuar como canal de comunica- podem firmar convênio com a associação de classe a que
ção entre essas instituições e os clientes e usuários de seus sejam afiliadas ou com as bolsas de valores ou as bolsas
produtos e serviços, inclusive na mediação de conflitos. de mercadorias e de futuros nas quais realizam operações,
§ 1º A estrutura do componente organizacional deve para compartilhamento e utilização da ouvidoria mantida
ser compatível com a natureza e a complexidade dos pro- em uma dessa entidades.
dutos, serviços, atividades, processos e sistemas de cada § 9º As instituições que fazem parte de conglomerado
instituição. financeiro podem instituir componente organizacional úni-
§ 2º As instituições a que se refere o caput devem: co que atuará em nome de todos os integrantes do grupo.
I - dar ampla divulgação sobre a existência da ouvi- § 10. As instituições referidas no caput que não façam
doria, bem como de informações completas acerca da sua parte de conglomerado financeiro podem firmar convênio
finalidade e forma de utilização; com empresa não financeira ligada, conforme definição
II - garantir o acesso gratuito dos clientes e usuários de constante do art. 1º, § 1º, incisos I e III, da Resolução nº
produtos e serviços ao atendimento da ouvidoria, por meio 2.107, de 31 de agosto de 1994, que possuir ouvidoria, para
de canais ágeis e eficazes; e compartilhamento e utilização da respectiva ouvidoria.

17
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

§ 11. Os bancos comerciais sob controle direto de b) assegurar o acesso da ouvidoria às informações ne-
bolsas de mercadorias e de futuros que operem exclu- cessárias para a elaboração de resposta adequada às re-
sivamente no desempenho de funções de liquidante e clamações recebidas, com total apoio administrativo, po-
custodiante central das operações cursadas, constituídos dendo requisitar informações e documentos para o exer-
na forma da Resolução nº 3.165, de 29 de janeiro de 2004, cício de suas atividades.
ficam excluídos da exigência estabelecida no caput. § 1º O disposto neste artigo, conforme a natureza ju-
§ 12. Nas hipóteses previstas nos §§ 7º e 8º, o convê- rídica da sociedade, deve ser incluído no estatuto ou con-
nio somente pode ser realizado com associação de classe, trato social da instituição, na primeira alteração que ocor-
ou bolsa de valores, ou bolsa de mercadorias e de futuros, rer após a criação da ouvidoria.
ou cooperativa central, ou federação ou confederação de § 2º As alterações estatutárias ou contratuais exigi-
cooperativas de crédito que possua código de ética e/ou das por esta resolução relativas às instituições que opta-
de autorregulação efetivamente implantados aos quais a rem pela faculdade prevista no art. 1º, §§ 6º e 9º, podem
instituição tenha aderido. ser promovidas somente pela instituição que constituir o
componente organizacional único de ouvidoria.
Art. 2º Constituem atribuições da ouvidoria: § 3º As instituições que não instituírem componente
I - receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento de ouvidoria próprio em decorrência da faculdade prevista
formal e adequado às reclamações dos clientes e usuários no art. 1º, §§ 6º a 10, devem ratificar tal decisão por oca-
de produtos e serviços das instituições referidas no caput sião da primeira assembleia geral ou da primeira reunião
do art. 1º que não forem solucionadas pelo atendimento de diretoria, após a formalização da adoção da faculdade.
habitual realizado por suas agências e quaisquer outros
pontos de atendimento; Art. 4º As instituições referidas no caput do art. 1º de-
II - prestar os esclarecimentos necessários e dar ciên- vem designar perante o Banco Central do Brasil os nomes
cia aos reclamantes acerca do andamento de suas deman- do ouvidor e do diretor responsável pela ouvidoria.dispo-
das e das providências adotadas; sições:
III - informar aos reclamantes o prazo previsto para
resposta final, o qual não pode ultrapassar quinze dias,
§ 1º Para efeito da designação de que trata o caput,
contados da data da protocolização da ocorrência;
são estabelecidas as seguintes
IV - encaminhar resposta conclusiva para a demanda
I - não há vedação a que o diretor responsável pela
dos reclamantes até o prazo informado no inciso III;
ouvidoria desempenhe outras funções na instituição, exce-
V - propor ao conselho de administração ou, na sua
to a de diretor de administração de recursos de terceiros;
ausência, à diretoria da instituição medidas corretivas ou
II - nos casos dos bancos comerciais, bancos múltiplos,
de aprimoramento de procedimentos e rotinas, em decor-
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
rência da análise das reclamações recebidas; e
VI - elaborar e encaminhar à auditoria interna, ao co- investimento e associações de poupança e empréstimo, o
mitê de auditoria, quando existente, e ao conselho de ad- ouvidor não poderá desempenhar outra atividade na ins-
ministração ou, na sua ausência, à diretoria da instituição, tituição, exceto a de diretor responsável pela ouvidoria; e
ao final de cada semestre, relatório quantitativo e qualita- III - na hipótese de recair a designação do diretor
tivo acerca da atuação da ouvidoria, contendo as proposi- responsável pela ouvidoria e do ouvidor sobre a mesma
ções de que trata o inciso V. pessoa, esta não poderá desempenhar outra atividade na
§ 1º O serviço prestado pela ouvidoria aos clientes e instituição.
usuários dos produtos e serviços das instituições referidas § 2º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 6º e 9º, o
no caput do art. 1º deve ser identificado por meio de nú- ouvidor e o diretor responsável pela ouvidoria respon-
mero de protocolo de atendimento. derão por todas as instituições que utilizarem o compo-
§ 2º Os relatórios de que trata o inciso VI devem per- nente organizacional único de ouvidoria e devem integrar
manecer à disposição do Banco Central do Brasil pelo pra- os quadros da instituição que constituir o componente de
zo mínimo de cinco anos na sede da instituição. ouvidoria.
§ 3º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10,
Art. 3º O estatuto ou o contrato social das instituições as instituições devem:
referidas no caput do art. I - designar perante o Banco Central do Brasil apenas o
1º deve conter, de forma expressa, entre outros, os nome do diretor responsável pela ouvidoria; e
seguintes dados: I - as atribuições da ouvidoria; II - informar o nome do ouvidor, que deverá ser o do
II - os critérios de designação e de destituição do ou- ouvidor da associação de classe, bolsa de valores ou bol-
vidor e o tempo de duração de seu mandato; e sa de mercadorias e de futuros, entidade ou empresa que
III - o compromisso expresso da instituição no sentido constituir a ouvidoria.
de: § 4º Os dados relativos ao diretor responsável pela
a) criar condições adequadas para o funcionamento ouvidoria e ao ouvidor devem ser inseridos e mantidos
da ouvidoria, bem como para que sua atuação seja pau- atualizados em sistema de informações, na forma estabe-
tada pela transparência, independência, imparcialidade e lecida pelo Banco Central do Brasil.
isenção; e

18
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

§ 5º O diretor responsável pela ouvidoria deve ela- Art. 7º A ouvidoria deve manter sistema de controle
borar relatório semestral, na forma definida pelo Banco atualizado das reclamações recebidas, de forma que pos-
Central do Brasil, relativo às atividades da ouvidoria nas da- sam ser evidenciados o histórico de atendimentos e os da-
tas-base de 30 de junho e 31 de dezembro e sempre que dos de identificação dos clientes e usuários de produtos
identificada ocorrência relevante. e serviços, com toda a documentação e as providências
§ 6º O relatório de que trata o § 5º deve ser: adotadas.
I - revisado pela auditoria externa, a qual deve mani- Parágrafo único. As informações e a documentação
festar-se acerca da qualidade e adequação da estrutura, referidas no caput devem permanecer à disposição do
dos sistemas e dos procedimentos da ouvidoria, bem como Banco Central do Brasil na sede da instituição, pelo prazo
sobre o cumprimento dos demais requisitos estabelecidos mínimo de cinco anos, contados da data da protocolização
nesta resolução, inclusive nos casos previstos no art. 1º, §§ da ocorrência.
7º, 8º e 10;
II - apreciado pela auditoria interna ou pelo comitê de Art. 8º O Banco Central do Brasil poderá adotar medi-
auditoria, quando existente; das complementares necessárias à execução do disposto
III - encaminhado ao Banco Central do Brasil, na forma e nesta resolução.
periodicidade estabelecida por aquela Autarquia:
a) pelas instituições que possuem comitê de auditoria, Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
bem como pelas cooperativas centrais de crédito, confe- publicação.
derações e bancos cooperativos que tenham instituído
componente organizacional único para atuar em nome das Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções nº 3.477, de
respectivas cooperativas de crédito singulares conveniadas 26 de julho de 2007, e nº3.489, de 29 de agosto de 2007.
nos termos do art. 1º, § 6º; e relevante;
b) pelas instituições referidas no caput do art. 1º, no Brasília, 25 de março de 2010.
caso de ocorrência de fato
IV - arquivado na sede da respectiva instituição, à dis- Henrique de Campos Meirelles
posição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de Presidente
cinco anos, acompanhado da revisão e da apreciação de
que tratam os incisos I e II. Este texto não substitui o publicado no DOU de
26/3/2010, Seção 1, p. 38/39, e no Sisbacen.
Art. 5º As instituições não obrigadas, no termos des-
ta resolução, à remessa do relatório do diretor responsável
QUESTÕES
pela ouvidoria ao Banco Central do Brasil, devem manter os
relatórios ainda não enviados na forma exigida pela Resolu-
1) (TRT/RN - Técnico Judiciário – CESPE/2010) Com
ção nº 3.477, de 26 de julho de 2007, na sede da instituição,
relação a serviço público e qualidade do atendimento, jul-
conforme previsto no art. 4º, § 6º, inciso IV.
gue os itens a seguir. 
Art. 6º As instituições referidas no caput do art. 1º de- A aproximação entre o Estado e o cidadão ocorre me-
vem adotar providências para que todos os integrantes da diante a prestação do atendimento e se materializa na res-
ouvidoria sejam considerados aptos em exame de certifi- posta proativa e eficiente do atendente.
cação organizado por entidade de reconhecida capacidade Certo
técnica. Errado
§ 1º O exame de certificação de que trata o caput deve
abranger, no mínimo, temas relacionados à ética, aos direi- 2) (Banco do Brasil - Escriturário – FCC/2013) As
tos e defesa do consumidor e à mediação de conflitos, bem atividades do Telemarketing permitem conduzir campa-
como ter sido realizado após 30 de julho de 2007. nhas de marketing direto e têm se tornado popular nos
§ 2º A designação dos membros da ouvidoria fica con- últimos anos. Seu uso em pesquisa de mercado, em pro-
dicionada à comprovação de aptidão no exame de certifica- moção de vendas e em vendas é crescente, devido a um
ção de que trata o caput, além do atendimento às demais número considerado de vantagens. São vantagens do Te-
exigências desta resolução. lemarketing: 
§ 3º As instituições referidas no caput do art. 1º são a) flexibilidade e rapidez.
responsáveis pela atualização periódica dos conhecimen- b)  flexibilidade e custo elevado.
tos dos integrantes da ouvidoria. c) rapidez e visibilidade do produto.
§ 4º O diretor responsável pela ouvidoria deve atender d) custo elevado e eficácia.
à formalidade prevista no caput somente na hipótese pre- e) inflexibilidade e custo baixo.
vista no art. 4º, § 1º, inciso III.
§ 5º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10, os 3) (Banco do Brasil - Escriturário – FCC/2013) Da-
respectivos convênios devem conter cláusula exigindo exa- das as afirmações abaixo: 1a - A “satisfação” é definida
me de certificação de todos os integrantes das ouvidorias como a avaliação objetiva, com respeito a um bem ou ser-
das associações de classe, entidades e empresas convenia- viço, contemplando ou não as necessidades e expectativas
das, nos termos desta resolução. do cliente,  PORQUE

19
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

2a - a satisfação é influenciada pelas contrapar- 6) (Banco do Brasil - Escriturário  - FCC /2011) No


tidas emocionais dos clientes, pelas causas percebi- âmbito empresarial, o conjunto de regras cerimoniosas de
das para o resultado alcançado com o bem ou servi- trato entre as pessoas, por meio do qual se informa aos
ço e por suas percepções de ganho ou preço justo. outros que se está preparado para o convívio harmonioso
É correto afirmar que: no grupo, e que trata também do comportamento social,
a) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda jus- é denominado:
tifica a primeira. a) Diretrizes e políticas.
b) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não b) Marketing pessoal.
justifica a primeira. c) Dinâmica de grupo.
c) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é fal- d) Regimento interno.
sa. e) Etiqueta empresarial.
d) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verda-
deira. GABARITO COMENTADO
e) as duas afirmações são falsas.
1) Vejamos: O contato inicial do cidadão com qualquer
4) (Banco do Brasil - Escriturário – FCC/2013) Os órgão público dar-se-á perante o atendimento. A resposta
profissionais que desempenham funções de atendimento proativa e eficiente do atendente caracterizar-se-á em uma
ao cliente, que ultrapassam os limites entre o “interno e o imagem de atendimento de qualidade por parte do estado.
externo à organização», são chamados de «linha de frente»
e constituem um insumo fundamental para a excelência do RESPOSTA: “CERTO”
serviço e a vantagem competitiva de uma organização. O
Banco FGH, desejando constituir uma “linha de frente” ca- 2) Vejamos: O Telemarketing proporciona:
paz de proporcionar melhorias no atendimento aos clien- 1. Interatividade: é a mídia mais pessoal e interativa
tes,  que existe; 
a) deverá reduzir custos com treinamento de pessoal, 2. Flexibilidade: muitas operações são montadas du-
uma vez que o estabelecimento de um compromisso emo- rante um curto período para atender as exigências da em-
cional com a empresa e o desenvolvimento de habilidades presa; 
interpessoais se dá, naturalmente, no desempenho da fun- 3. Replanejamento: a qualquer momento uma estra-
ção.  tégia poder ser modificada, já que as informações de seu
b) não deverá se preocupar com qualidades, tais como sucesso chegam rapidamente; 
a disposição para o trabalho, a atenção a detalhes, a corte- 4. Otimização: num mesmo contato muitas informa-
sia e a boa apresentação, na contratação do pessoal para ções podem ser repassadas ou cadastradas de um mesmo
compor sua “linha de frente”.  cliente;
c) deverá adotar um manual de regras que possibilitem 5. Controle: é razoavelmente fácil controlar uma ope-
a definição de um padrão rígido de atendimento, indepen- ração de telemarketing, já que todas as informações trafe-
dentemente das especificidades das situações e da variabi- gam em sistema; 
lidade dos clientes.  6. Foco: condições especiais de preço e conteúdo po-
d) deverá criar equipes de alto desempenho a partir do dem ser ofertadas para clientes da mesma empresa; 
agrupamento de pessoas com habilidades complementa- 7. Cobertura: pode atingir distâncias continentais em
res, que sejam treinadas e estejam focadas em um propó- segundos; 
sito comum.  8. Comodidade: tanto para o comprador quanto para
e) deverá centralizar as decisões, extinguindo a auto- o vendedor; 
nomia dos profissionais para que se evitem discordâncias 9. Custo: é mais barato vender pelo telemarketing, pois
no padrão de atendimento.  os custos de comissões, estrutura e logística são muito me-
nores do que em uma loja; 
5)  (Caixa - Técnico Bancário – CESGRANRIO/2012) 10.Velocidade: um operador de telemarketing pode
O nível de satisfação dos correntistas de uma agência ban- efetuar 70 contatos com empresas no mesmo dia, já um
cária será alto quando o serviço oferecido estiver de acor- vendedor de campo pode, em média, visitar 12 clientes.
do com a(s):
a) atuação da concorrência RESPOSTA: “A”
b) localização da agência
c) motivação dos bancários 3) Vejamos: A primeira afirmação é falsa, pois satisfa-
d) exigências da legislação ção é uma avaliação subjetiva. Logo a segunda é verdadei-
e) expectativas dos clientes ra, por afirmar que a satisfação é influenciada pelas contra-
partidas emocionais.

RESPOSTA: “D”

20
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

4) Vejamos: Reduzir custos com treinamento, não se


preocupar com qualidades, adoção de padrão rígido para ANOTAÇÕES
atendimento e centralizar decisões, não se enquadram em
melhorias no atendimento ao cliente.
___________________________________________________
RESPOSTA: “D”
___________________________________________________
5) Vejamos: Os clientes só estarão satisfeitos quando
___________________________________________________
suas expectativas forem alcançadas. E serão encantados
quando forem superadas. ___________________________________________________

RESPOSTA: “E” ___________________________________________________

6) Vejamos: Conviver em sociedade e no trabalho re- ___________________________________________________


quer uma série de regras que harmonizam o convívio. Res- ___________________________________________________
peitar o espaço e os limites dos outros é fator fundamental
para um bom relacionamento. Saber respeitar e entender ___________________________________________________
essas regras passam a informação de que se está prepara-
do para conviver com outras pessoas. Isso é o que chama- ___________________________________________________
mos de Etiqueta.
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RESPOSTA: “E” ___________________________________________________

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS)

ANOTAÇÕES

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Microsoft Windows 7 em português: Conhecimentos básicos. Criação de pastas (diretórios), arquivos e atalhos, área de
trabalho, área de transferência, manipulação de arquivos e pastas.................................................................................................... 01
Processador de texto (MS Word e BrOffice.org Writer). Edição e formatação de textos (operações do menu: Formatar,
Inserir tabelas, Exibir-cabeçalho e rodapé, Arquivo-configurar página e impressão, Ferramentas-ortografia e gramáti-
ca. ................................................................................................................................................................................................................................... 09
Planilhas eletrônicas (MS Excel e BrOffice.org Calc). Edição e formatação de células, manipulação de fórmulas matemá-
ticas elementares, filtros, seleções e ordenação. ........................................................................................................................................ 53
Editor de Apresentações (MS PowerPoint e BrOffice.org Impress). Uso de slide mestre, formatação e transição de slides,
inserção de objetos (som, imagem, links).....................................................................................................................................................104
Conceitos básicos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, World Wide Web, Navegador Internet (Internet
Explorer e Mozilla Firefox), busca e pesquisa na Web. ...........................................................................................................................132
Conceitos básicos de tecnologias e ferramentas de colaboração, correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns e
wikis...................................................................................................................................................................................................................166
Conceitos básicos de proteção e segurança, realização de cópias de segurança (backup), vírus e ataques a compu-
tadores.................................................................................................................................................................................................... 169
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ........................................176
Conhecimentos gerais sobre redes sociais (twitter, facebook, linkedin)..........................................................................................182
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Win-


MICROSOFT WINDOWS 7 EM PORTUGUÊS: dows Mail e Windows
CONHECIMENTOS BÁSICOS. CRIAÇÃO Calendar foram substituídos pelas suas respectivas
DE PASTAS (DIRETÓRIOS), ARQUIVOS E contrapartes do Windows Live, com a perda de algumas
ATALHOS, ÁREA DE TRABALHO, ÁREA funcionalidades. O Windows 7, assim como o Windows Vis-
ta, estará disponível em cinco diferentes edições, porém
DE TRANSFERÊNCIA, MANIPULAÇÃO DE apenas o Home Premium, Professional e Ultimate serão
ARQUIVOS E PASTAS. vendidos na maioria dos países, restando outras duas edi-
ções que se concentram em outros mercados, como mer-
cados de empresas ou só para países em desenvolvimento.
Windows 7 Cada edição inclui recursos e limitações, sendo que só o
O Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de Ultimate não tem limitações de uso. Segundo a Microsoft,
julho de 2009, e começou a ser vendido livremente para os recursos para todas as edições do Windows 7 são arma-
usuários comuns dia 22 de outubro de 2009. zenadas no computador.
Diferente do Windows Vista, que introduziu muitas no- Um dos principais objetivos da Microsoft com este
vidades, o Windows 7 é uma atualização mais modesta e novo Windows é proporcionar uma melhor interação e in-
direcionada para a linha Windows, tem a intenção de tor- tegração do sistema com o usuário, tendo uma maior oti-
ná-lo totalmente compatível com aplicações e hardwares mização dos recursos do Windows 7, como maior autono-
com os quais o Windows Vista já era compatível. mia e menor consumo de energia, voltado a profissionais
Apresentações dadas pela companhia no começo de ou usuários de internet que precisam interagir com clientes
2008 mostraram que o Windows 7 apresenta algumas varia- e familiares com facilidade, sincronizando e compartilhan-
ções como uma barra de tarefas diferente, um sistema de “net- do facilmente arquivos e diretórios.
work” chamada de “HomeGroup”, e aumento na performance.
· Interface gráfica aprimorada, com nova barra de tarefas Recursos
e suporte para telas touch screen e multi-táctil (multi-touch) Segundo o site da própria Microsoft, os recursos en-
· Internet Explorer 8; contrados no Windows 7 são fruto das novas necessidades
· Novo menu Iniciar; encontradas pelos usuários. Muitos vêm de seu antecessor,
· Nova barra de ferramentas totalmente reformulada; Windows Vista, mas existem novas funcionalidades exclusi-
· Comando de voz (inglês); vas, feitas para facilitar a utilização e melhorar o desempe-
· Gadgets sobre o desktop; nho do SO (Sistema Operacional) no computador.
· Novos papéis de parede, ícones, temas etc.; Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras
· Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows
versões do Windows, não terá que jogar todo o conheci-
Media Player, integrado ao Windows Explorer;
mento fora. Apenas vai se adaptar aos novos caminhos e
· Arquitetura modular, como no Windows Server 2008;
aprender “novos truques” enquanto isso.
· Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Win-
dows (Paint e WordPad, por exemplo), como no Office 2007;
Tarefas Cotidianas
· Aceleradores no Internet Explorer 8;
· Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia
RAM; se tornou comum. Não precisamos mais estar em alguma
· Home Groups; empresa enorme para precisar sempre de um computador
· Melhor desempenho; perto de nós. O Windows 7 vem com ferramentas e fun-
· Windows Media Player 12; ções para te ajudar em tarefas comuns do cotidiano.
· Nova versão do Windows Media Center; Grupo Doméstico
· Gerenciador de Credenciais; Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais
· Instalação do sistema em VHDs; computadores em sua casa. Permitir a comunicação entre
· Nova Calculadora, com interface aprimorada e com várias estações vai te poupar de ter que ir fisicamente aon-
mais funções; de a outra máquina está para recuperar uma foto digital
· Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, armazenada apenas nele.
Gamão Internet e Internet Damas; Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos fica sim-
· Windows XP Mode; plificada e segura. Você decide o que compartilhar e qual
· Aero Shake; os privilégios que os outros terão ao acessar a informação,
se é apenas de visualização, de edição e etc.
Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos o
número de capacidades e certos programas que faziam par- Tela sensível ao toque
te do Windows Vista não estão mais presentes ou mudaram, O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensí-
resultando na remoção de certas funcionalidades. Mesmo vel ao toque com opção a multitoque, recurso difundido
assim, devido ao fato de ainda ser um sistema operacional pelo iPhone.
em desenvolvimento, nem todos os recursos podem ser de- O recurso multitoque percebe o toque em diversos
finitivamente considerados excluídos. Fixar navegador de in- pontos da tela ao mesmo tempo, assim tornando possí-
ternet e cliente de e-mail padrão no menu Iniciar e na área vel dimensionar uma imagem arrastando simultaneamente
de trabalho (programas podem ser fixados manualmente). duas pontas da imagem na tela.

1
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de apli- Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere impor-
cativos e jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Col- tante. Se a edição de um determinado documento é constan-
lage é um aplicativo para organizar e redimensionar fotos. te, vale a pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto que a lista
Nele é possível montar slide show de fotos e criar papeis de de recentes se modifica conforme você abre e fecha novos
parede personalizados. Essas funções não são novidades, documentos.
mas por serem feitas para usar uma tela sensível a múlti-
plos toques as tornam novidades.
Snap

Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum


ver várias janelas abertas pelo seu monitor. Com o recur-
so de Snap, você pode posicioná-las de um jeito prático e
divertido. Basta apenas clicar e arrastá-las pelas bordas da
tela para obter diferentes posicionamentos.
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a
comparação de janelas. Por exemplo, jogue uma para a es-
querda e a outra na direita. Ambas ficaram abertas e divi-
dindo igualmente o espaço pela tela, permitindo que você
as veja ao mesmo tempo.

Windows Search

Microsoft Surface Collage, desenvolvido para usar tela O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e es-
sensível ao toque. tendido. Podemos fazer buscas mais simples e específicas
diretamente do menu iniciar, mas foi mantida e melhorada
Lista de Atalhos a busca enquanto você navega pelas pastas.
Novidade desta nova versão, agora você pode abrir di-
retamente um arquivo recente, sem nem ao menos abrir
o programa que você utilizou. Digamos que você estava Menu iniciar
editando um relatório em seu editor de texto e precisou fe-
chá-lo por algum motivo. Quando quiser voltar a trabalhar As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do
nele, basta clicar com o botão direito sob o ícone do editor menu iniciar. É útil quando você necessita procurar, por
e o arquivo estará entre os recentes. exemplo, pelo atalho de inicialização de algum programa
Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se ou arquivo de modo rápido.
preocupar em procurar o arquivo, você pula uma etapa e “Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do
vai diretamente para a informação, ganhando tempo. Windows Search, a pesquisa do menu início não olha ape-
nas aos nomes de pastas e arquivos.
Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e proprieda-
des também” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770).
Os resultados são mostrados enquanto você digita e
são divididos em categorias, para facilitar sua visualização.

Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua bus-


ca pode ser dividido.
· Programas
· Painel de Controle
· Documentos
· Música
· Arquivos

Exemplo de arquivos recentes no Paint.

2
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Fonte: http://ead.go.gov.br/ficead/mod/book/tool/
print/index.php?id=53&chapterid=56

Controle dos pais

Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que


Ao digitar “pai” temos os itens que contêm essas letras visualizam por meio do computador. O Windows 7 ajuda
em seu nome. a limitar o que pode ser visualizado ou não. Para que essa
funcionalidade fique disponível, é importante que o com-
Windows Explorer putador tenha uma conta de administrador, protegida por
O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena senha, registrada. Além disso, o usuário que se deseja res-
parte do total disponível. tringir deve ter sua própria conta.
Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é acio- As restrições básicas que o 7 disponibiliza:
nado automaticamente quando você navega pelas pastas · Limite de Tempo: Permite especificar quais horas do
do seu computador – você encontrará uma busca mais dia que o PC pode ser utilizado.
abrangente. · Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo
Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de horário e também pela classificação do jogo. Vale notar
se fazer uma busca é necessário abrir a ferramenta de bus- que a classificação já vem com o próprio game.
ca. No 7, precisamos apenas digitar os termos na caixa de · Bloquear programas: É possível selecionar quais apli-
busca, que fica no canto superior direito. cativos estão autorizados a serem executados.
Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a
quantidade de restrições, como controlar as páginas que
são acessadas, e até mesmo manter um histórico das ativi-
dades online do usuário.

Central de ações

A central de ações consolida todas as mensagens de


segurança e manutenção do Windows. Elas são classifica-
das em vermelho (importante – deve ser resolvido rapida-
mente) e amarelas (tarefas recomendadas).
Windows Explorer com a caixa de busca (Jim Boyce; O painel também é útil caso você sinta algo de estra-
Windows 7 Bible, pg 774). nho no computador. Basta checar o painel e ver se o Win-
A busca não se limita a digitação de palavras. Você dows detectou algo de errado.
pode aplicar filtros, por exemplo, buscar, na pasta músicas,
todas as canções do gênero Rock. Existem outros, como
data, tamanho e tipo. Dependendo do arquivo que você
procura, podem existir outras classificações disponíveis.
Imagine que todo arquivo de texto sem seu computa-
dor possui um autor. Se você está buscando por arquivos
de texto, pode ter a opção de filtrar por autores.
Você observará que o Windows Explorer traz a janela
dividida em duas partes.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

A central de ações e suas opções. Gadgets de calendário e relógio.


- Do seu jeito
O ambiente que nos cerca faz diferença, tanto para Temas
nossa qualidade de vida quanto para o desempenho no Como nem sempre há tempo de modificar e deixar to-
trabalho. O computador é uma extensão desse ambiente. das as configurações exatamente do seu gosto, o Windows
O Windows 7 permite uma alta personalização de ícones, 7 disponibiliza temas, que mudam consideravelmente os
cores e muitas outras opções, deixando um ambiente mais aspectos gráficos, como em papéis de parede e cores.
confortável, não importa se utilizado no ambiente profis-
sional ou no doméstico. ClearType
Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão “Clear Type é uma tecnologia que faz as fontes pare-
na página de Personalização1, que pode ser acessada por cerem mais claras e suaves no monitor. É particularmente
um clique com o botão direito na área de trabalho e em efetivo para monitores LCD, mas também tem algum efeito
seguida um clique em Personalizar. nos antigos modelos CRT(monitores de tubo). O Windows
É importante notar que algumas configurações podem 7 dá suporte a esta tecnologia” (Jim Boyce; Windows 7 Bib-
deixar seu computador mais lento, especialmente efeitos le, pg 163, tradução nossa).
de transparência. Abaixo estão algumas das opções de per-
sonalização mais interessantes. Novas possibilidades
Os novos recursos do Windows 7 abrem, por si só, no-
Papéis de Parede vas possibilidades de configuração, maior facilidade na na-
Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou vega, dentre outros pontos. Por enquanto, essas novidades
praticamente uma rotina entre as pessoas colocarem fotos foram diretamente aplicadas no computador em uso, mas
de ídolos, paisagens ou qualquer outra figura que as agra- no 7 podemos também interagir com outros dispositivos.
de. Uma das novidades fica por conta das fotos que você
encontra no próprio SO. Variam de uma foto focando uma Reproduzir em
única folha numa floresta até uma montanha. Permitindo acessando de outros equipamentos a um
A outra é a possibilidade de criar um slide show com computador com o Windows 7, é possível que eles se comu-
várias fotos. Elas ficaram mudando em sequência, dando a niquem e seja possível tocar, por exemplo, num aparelho de
impressão que sua área de trabalho está mais viva. som as músicas que você tem no HD de seu computador.
É apenas necessário que o aparelho seja compatível
Gadgets com o Windows 7 – geralmente indicado com um logotipo
As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista, “Compatível com o Windows 7”.
mas eram travadas no canto direito. Agora elas podem ficar
em qualquer local do desktop. Streaming de mídia remoto
Servem para deixar sua área de trabalho com ele- Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do
mentos sortidos, desde coisas úteis – como uma pequena computador para outros lugares da casa. Se quiser levar
agenda – até as de gosto mais duvidosas – como uma que para fora dela, uma opção é o Streaming de mídia remoto.
mostra o símbolo do Corinthians. Fica a critério do usuário Com este novo recurso, dois computadores rodando
o que e como utilizar. Windows 7 podem compartilhar músicas através do Win-
O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir dows Media Player 12. É necessário que ambos estejam as-
necessidade, pode baixar ainda mais opções da internet. sociados com um ID online, como a do Windows Live.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Personalização O print screen agora tem um aplicativo que permite


Você pode adicionar recursos ao seu computador alte- capturar de formas diferentes a tela, como por exemplo,
rando o tema, a cor, os sons, o plano de fundo da área de a tela inteira, partes ou áreas desenhadas da tela com o
trabalho, a proteção de tela, o tamanho da fonte e a ima- mouse.
gem da conta de usuário. Você pode também selecionar
“gadgets” específicos para sua área de trabalho.
Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na
área de trabalho, uma proteção de tela, a cor da borda da
janela sons e, às vezes, ícones e ponteiros de mouse.
Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é
um visual premium dessa versão do Windows, apresentan-
do um design como o vidro transparente com animações
de janela, um novo menu Iniciar, uma nova barra de tarefas
e novas cores de borda de janela. Use o tema inteiro ou
crie seu próprio tema personalizado alterando as imagens,
cores e sons individualmente. Você também pode locali-
zar mais temas online no site do Windows. Você também
pode alterar os sons emitidos pelo computador quando,
por exemplo, você recebe um e-mail, inicia o Windows ou
desliga o computador.
O plano de fundo da área de trabalho, chamado de
papel de parede, é uma imagem, cor ou design na área de
trabalho que cria um fundo para as janelas abertas. Você
pode escolher uma imagem para ser seu plano de fundo Aplicativo de copiar tela (botão print screen).
de área de trabalho ou pode exibir uma apresentação de
slides de imagens. Também pode ser usada uma proteção O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferra-
de tela onde uma imagem ou animação aparece em sua mentas e design melhorado, ganhou menus e ferramentas
tela quando você não utiliza o mouse ou o teclado por que parecem do Office 2007.
determinado período de tempo. Você pode escolher uma
variedade de proteções de tela do Windows. Aumentando Paint com novos recursos.
o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os ícones e
outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível O WordPad também foi reformulado, recebeu novo vi-
reduzir a escala DPI, escala de pontos por polegada, para sual mais próximo ao Word 2007, também ganhou novas
diminuir o tamanho do texto e outros itens na tela para que ferramentas, assim se tornando um bom editor para quem
caibam mais informações na tela. não tem o Word 2007.
Outro recurso de personalização é colocar imagem de A calculadora também sofreu mudanças, agora conta
conta de usuário que ajuda a identificar a sua conta em um com 2 novos modos, programador e estatístico. No modo
computador. A imagem é exibida na tela de boas vindas e programador ela faz cálculos binários e tem opção de álge-
no menu Iniciar. Você pode alterar a imagem da sua conta bra booleana. A estatística tem funções de cálculos básicos.
de usuário para uma das imagens incluídas no Windows Também foi adicionado recurso de conversão de uni-
ou usar sua própria imagem. E para finalizar você pode dades como de pés para metros.
adicionar “gadgets” de área de trabalho, que são minipro-
gramas personalizáveis que podem exibir continuamente
informações atualizadas como a apresentação de slides de
imagens ou contatos, sem a necessidade de abrir uma nova
janela.

Aplicativos novos
Uma das principais características do mundo Linux é
suas versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário
não precisa ficar baixando arquivos após instalar o sistema,
o que não ocorre com as versões Windows.
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora
existe uma serie de aplicativos juntos com o Windows 7,
para que o usuário não precisa baixar programas para ati-
vidades básicas.
Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desk-
top e também suportar entrada por caneta e toque.
No Math Input Center, utilizando recursos multitoque,
equações matemáticas escritas na tela são convertidas em
texto, para poder adicioná-la em um processador de texto. Calculadora: 2 novos modos.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Atualização
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Win-
dows 7 em seu computador, pois mantém os arquivos, as
configurações e os programas do Windows Vista no lugar”
(Site da Microsoft, http://windows.microsoft.com/pt-
BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-
to-windows-7).
É o método mais adequado, se o usuário não possui
conhecimento ou tempo para fazer uma instalação do mé-
todo tradicional. Optando por essa opção, ainda devesse
tomar cuidado com a compatibilidade dos programas, o
que funciona no Vista nem sempre funcionará no 7.

Instalação
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser
efetuada, a instalação completa se torna a opção mais viá-
WordPad remodelado vel.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que
Requisitos se deseja utilizar, como drivers e documentos de texto,
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve pois todas as informações no computador serão perdidas.
em relação ao Vista, ainda é exigido uma configuração de Quando iniciar o Windows 7, ele vai estar sem os progra-
hardware (peças) relativamente boa, para que seja utilizado mas que você havia instalado e com as configurações pa-
sem problemas de desempenho. drão.
Esta é a configuração mínima:
· Processador de 1 GHz (32-bit) Desempenho
· Memória (RAM) de 1 GB De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7
se ele mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de
por seu antecessor. Testes indicam que a nova versão tem
memória (sem Windows Aero)
ganhou alguns pontos na velocidade.
· Espaço requerido de 16GB
O 7 te ajuda automaticamente com o desempenho:
· DVD-ROM
“Seu sistema operacional toma conta do gerenciamento do
· Saída de Áudio
processador e memória para você” (Jim Boyce; Windows 7
Bible, pg 1041, tradução nossa).
Se for desejado rodar o sistema sem problemas de len- Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar
tidão e ainda usufruir de recursos como o Aero, o reco- de não ajudar efetivamente no desempenho, o Windows
mendado é a seguinte configuração. 7 prioriza o que o usuário está interagindo (tarefas “fore-
Configuração Recomendada: ground”).
· Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits) Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade
· Memória (RAM) de 2 GB pois são naturalmente lentas e podem ser executadas “lon-
· Espaço requerido de disco rígido: 16 GB ge da visão” do usuário, dando a impressão que o compu-
· Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos Di- tador não está lento.
rectX 9 com 256 MB de memória (para habilitar o tema do Essa característica permite que o usuário não sinta uma
Windows Aero) lentidão desnecessária no computador.
· Unidade de DVD-R/W Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada
· Conexão com a Internet (para obter atualizações) vez mais recursos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o
sistema operacional se torne um forte consumidor de me-
Atualizar de um SO antigo mória e processamento. O 7 disponibiliza vários recursos
de ponta e mantêm uma performance satisfatória.
O melhor cenário possível para a instalação do Win-
dows 7 é com uma máquina nova, com os requisitos apro- Monitor de desempenho
priados. Entretanto, é possível utilizá-lo num computador Apesar de não ser uma exclusividade do 7, é uma fer-
antigo, desde que atenda as especificações mínimas. ramenta poderosa para verificar como o sistema está se
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista portando. Podem-se adicionar contadores (além do que já
instalado, você terá a opção de atualizar o sistema opera- existe) para colher ainda mais informações e gerar relató-
cional. Caso sua máquina utilize Windows XP, você deverá rios.
fazer a re-instalação do sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito prova- Monitor de recursos
velmente seu computador não atende aos requisitos míni- Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra
mos. Entretanto, nada impede que você tente fazer a re- informações sobre o uso do processador, da memória, dis-
instalação. co e conexão à rede.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o
Domain Join, que ajuda os computadores de uma rede a
Windows 7 Starter “se enxergarem” e conseguirem se comunicar. O Location
Como o próprio título acima sugere, esta versão do Aware Printing, por sua vez, tem como objetivo tornar mui-
Windows é a mais simples e básica de todas. A Barra de to mais fácil o compartilhamento de impressoras.
Tarefas foi completamente redesenhada e não possui su- Como empresas sempre estão procurando maneiras
porte ao famoso Aero Glass. Uma limitação da versão é para se proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz
que o usuário não pode abrir mais do que três aplicativos o Encrypting File System, que dificulta a violação de dados.
ao mesmo tempo. Esta versão também será encontrada em lojas de varejo ou
Esta versão será instalada em computadores novo ape- computadores novos.
nas nos países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e Windows 7 Enterprise, apenas para vários
Brasil. Disponível apenas na versão de 32 bits. Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma
versão mais voltada para empresas de médio e grande por-
Windows 7 Home Basic te, só poderá ser adquirida com licenciamento para diver-
Esta é uma versão intermediária entre as edições Star- sas máquinas. Acumula todas as funcionalidades citadas na
ter e Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá edição Professional e possui recursos mais sofisticados de
também a versão de 64 bits e permitirá a execução de mais segurança.
de três aplicativos ao mesmo tempo. Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável
Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero pela criptografia de dados e o AppLocker, que impede a
Glass nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, execução de programas não-autorizados. Além disso, há
fugindo um pouco da principal novidade do Windows 7. ainda o BrachCache, para turbinar transferência de arqui-
Computadores novos poderão contar também com a ins- vos grandes e também o DirectAccess, que dá uma super
talação desta edição, mas sua venda será proibida nos Es- ajuda com a configuração de redes corporativas.
tados Unidos.
Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro
Windows 7 Home Premium Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas,
Edição que os usuários domésticos podem chamar de pois contém todas as funcionalidades já citadas neste ar-
“completa”, a Home Premium acumula todas as funciona- tigo e mais algumas. Apesar de sua venda não ser restrita
lidades das edições citadas anteriormente e soma mais al- às empresas, o Microsoft disponibilizará uma quantidade
gumas ao pacote. limitada desta versão do sistema.
Dentre as funções adicionadas, as principais são o su- Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos
porte à interface Aero Glass e também aos recursos Touch presentes na Ultimate são dedicados às corporações, não
Windows (tela sensível ao toque) e Aero Background, que interessando muito aos usuários comuns.
troca seu papel de parede automaticamente no intervalo
de tempo determinado. Haverá ainda um aplicativo nativo
para auxiliar no gerenciamento de redes wireless, conheci-
do como Mobility Center.

Usando a Ajuda e Suporte do Windows


A Ajuda e Suporte do Windows é um sistema de ajuda
interno do Windows, no qual você obtém respostas rápidas
Esta edição será colocada à venda em lojas de varejo e a dúvidas comuns, sugestões para solução de problemas e
também poderá ser encontrada em computadores novos. instruções sobre diversos itens e tarefas. Caso precise de
ajuda com relação a um programa que não faz parte do
Windows 7 Professional, voltado às pequenas empresas Windows, consulte a Ajuda desse programa (consulte “Ob-
Mais voltada para as pequenas empresas, a versão tendo ajuda sobre um programa”, a seguir).
Professional do Windows 7 possuirá diversos recursos que Para abrir a Ajuda e Suporte do Windows, clique no
visam facilitar a comunicação entre computadores e até botão Iniciar e, em seguida, clique em Ajuda e Suporte.
mesmo impressoras de uma rede corporativa. Obter o conteúdo mais recente da Ajuda

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Se você estiver conectado à Internet, verifique se o Centro de Ajuda e Suporte do Windows está configurado como Aju-
da Online. A Ajuda Online inclui novos tópicos da Ajuda e as versões mais recentes dos tópicos existentes.
Clique no botão Iniciar  e em Ajuda e Suporte.
Na barra de ferramentas Ajuda e Suporte do Windows, clique em Opções e em Configurações.

Em  Resultados da pesquisa, marque a caixa de seleção  Melhorar os resultados de pesquisa usando a Ajuda online
(recomendado) e clique em OK. Quando você estiver conectado, as palavras Ajuda Online serão exibidas no canto inferior
direito da janela Ajuda e Suporte.
Pesquisar na Ajuda
A maneira mais rápida de obter ajuda é digitar uma ou duas palavras na caixa de pesquisa. Por exemplo, para obter
informações sobre rede sem fio, digite rede sem fio e pressione Enter. Será exibida uma lista de resultados, com os mais
úteis na parte superior. Clique em um dos resultados para ler o tópico.

A caixa de pesquisa na Ajuda e Suporte do Windows

Pesquisar Ajuda
Você pode pesquisar tópicos da Ajuda por assunto. Clique no botão Pesquisar Ajuda e, em seguida, clique em um
item na lista de títulos de assuntos que será exibida. Esses títulos podem conter tópicos da Ajuda ou outros títulos de as-
suntos. Clique em um tópico da Ajuda para abri-lo ou clique em outro título para investigar mais a fundo a lista de assuntos.

Navegando em tópicos da Ajuda por assunto

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

PROCESSADOR DE TEXTO (MS WORD


E BROFFICE.ORG WRITER). EDIÇÃO E
FORMATAÇÃO DE TEXTOS (OPERAÇÕES
DO MENU: FORMATAR, INSERIR TABELAS,
EXIBIR-CABEÇALHO E RODAPÉ, ARQUIVO-
CONFIGURAR PÁGINA E IMPRESSÃO,
FERRAMENTAS-ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA.

MS WORD

O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é considerado um dos principais produtos da Microsoft sendo a suíte
que domina o mercado de suítes de escritório, mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como Google Docs e
Open Office.

Interface
No cabeçalho de nosso programa temos a barra de títulos do documento
, que como é um novo documento apresenta como título “Documen-
to1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápido, que permite acessar alguns comandos mais rapidamen-
te como salvar, desfazer. Você pode personalizar essa barra, clicando no menu de contexto (flecha para baixo) à direita dela.
Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.
Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar
o documento (permite adicionar propriedades ao documento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.). Vamos uti-
lizar alguns destes recursos no andamento de nosso curso.

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos
os grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Inicio, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para os
usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior.

O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Trabalhando com documentos


Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto. Vamos digitar um pequeno
texto conforme abaixo:

Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar se documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou
outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma
tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Abrindo um arquivo do Word

Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arqui-


vo.

Observe na janela de salvar que o Word procura salvar


seus arquivos na pasta Documents do usuário, você pode
mudar o local do arquivo a ser salvo, pela parte esquerda da Na esquerda da janela, o botão abrir é o segundo abaixo
janela. No campo nome do arquivo, o Word normalmente de novo, observe também que ele mostra uma relação de
preenche com o título do documento, como o documento documentos recentes, nessa área serão mostrados os últi-
não possui um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e mos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura.
atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor Ao clicar em abrir, será necessário localizar o arquivo no lo-
e que se aproxime do conteúdo de seu texto. “Em Tipo a cal onde o mesmo foi salvo.
maior mudança, até versão 2003, os documentos eram sal-
vos no formato”. DOC”, a partir da versão 2010, os documen-
tos são salvos na versão”. DOCX”, que não são compatíveis
com as versões anteriores. Para poder salvar seu documento
e manter ele compatível com versões anteriores do Word,
clique na direita dessa opção e mude para Documento do
Word 97-2003.

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato,


outro local ou outro nome, clique no botão Office e esco-
lha Salvar Como.

Visualização do Documento

Podemos alterar a forma de visualização de nosso do-


Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na cumento. No rodapé a direta da tela temos o controle de
barra de títulos. Zoom.·. Anterior a este controle de zoom temos os botões
de forma de visualização de seu documento,
que podem também ser acessados pela Aba Exibição.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Configuração de Documentos

Um dos principais cuidados que se deve ter com seus


documentos é em relação à configuração da página. A
Os cinco primeiros botões são os mesmos que temos ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui um
em miniaturas no rodapé. manual de regras para documentações, então é comum es-
• Layout de Impressão: Formato atual de seu docu- cutar “o documento tem que estar dentro das normas”, não
mento é o formato de como seu documento ficará na folha vou me atentar a nenhuma das normas especificas, porém
vou ensinar como e onde estão as opções de configuração
impressa.
de um documento.
• Leitura em Tela Inteira: Ele oculta as barras de
No Word 2010 a ABA que permite configurar sua pági-
seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que
na é a ABA Layout da Página.
no rodapé do documento à direita, ele possui uma flecha
apontado para a próxima página. Para sair desse modo de
visualização, clique no botão fechar no topo à direita da
tela.
• Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visua-
lização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuá-
rios postam textos produzidos no Word em sites e blogs
na Internet.
• Estrutura de Tópicos: Permite visualizar seu docu-
mento em tópicos, o formato terá melhor compreensão
quando trabalharmos com marcadores.
• Rascunho: É o formato bruto, permite aplicar di-
versos recursos de produção de texto, porém não visualiza
como impressão nem outro tipo de meio.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição per-
mite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão
Zoom o Word apresenta a seguinte janela:
O grupo “Configurar Página”, permite definir as mar-
gens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré-
-definidos, como também personalizá-las.
Ao personalizar as margens, é possível alterar as mar-
gens superior, esquerda, inferior e direita, definir a orien-
tação da página, se retrato ou paisagem, configurar a fora
de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa
mesma janela temos a guia Papel.

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido,


ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visuali-
zar o documento em várias páginas. E finalizando essa aba
temos as formas de exibir os documentos aberto em uma
mesma seção do Word.

Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de


alimentação do papel.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as


suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-
-definidas, mas você pode colocar em um número maior
de colunas, adicionar linha entre as colunas, definir a largu-
ra e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você
pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso
desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente
também que se preciso adicionar colunas a somente uma
parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.

A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primeira


opção dessa guia chama-se seção. Aqui se define como será
uma nova seção do documento, vamos aprender mais frente
como trabalhar com seções.
Em cabeçalhos e rodapés podemos definir se vamos Números de Linha
utilizar cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares
e ímpares, e se quero ocultar as informações de cabeçalho É bastante comum em documentos acrescentar
e rodapé da primeira página. Em Página, pode-se definir o numeração nas páginas dos documentos, o Word permite
alinhamento do conteúdo do texto na página. O padrão é que você possa fazer facilmente, clicando no botão
o alinhamento superior, mesmo que fique um bom espa- “Números de Linhas”.
ço em branco abaixo do que está editado. Ao escolher a
opção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical. A
opção números de linha permite adicionar numeração as
linhas do documento.

Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”,


abre-se a janela que vimos em Layout.

Plano de Fundo da Página

Colunas

Podemos adicionar as páginas do documento, marcas


d’água, cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página
possui três botões para modificar o documento.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Clique no botão Marca d’água.

O botão Bordas da Página, já estudamos seu funciona-


mento ao clicar nas opções de Margens.

Selecionando Textos

Embora seja um processo simples, a seleção de tex-


tos é indispensável para ganho de tempo na edição de seu
texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor,
tamanho e tipo de fonte, etc.

Selecionando pelo Mouse

Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o


cursor aponta para a direita.
• Ao dar um clique ele seleciona toda a linha
• Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o pa-
rágrafo.
• Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
Com o cursor no meio de uma palavra:
• Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi
clicado
• Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a pa-
O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos
lavra.
o item Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção.
• Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o pa-
rágrafo
Podemos também clicar, manter o mouse pressionado
e arrastar até onde se deseja selecionar. O problema é que
se o mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar
o processo, ou pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar
ao final da seleção desejada. Podemos também clicar onde
começa a seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde
termina a seleção. É possível selecionar palavras alternadas.
Selecione a primeira palavra, pressione CTRL e vá selecio-
nando as partes do texto que deseja modificar.

Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que
qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de ata-
lho CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar),
ou o primeiro grupo na ABA Inicio.

Nesta janela podemos definir uma imagem como marca


d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a ima-
gem e depois definir a dimensão e se a imagem ficará mais
fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é possível
definir um texto como marca d’água. O segundo botão per-
mite colocar uma cor de fundo em seu texto, um recurso
interessante é que o Word verifica a cor aplicada e automa- Este é um processo comum, porém um cuidado impor-
ticamente ele muda a cor do texto. tante é quando se copia texto de outro tipo de meio como,
por exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem for-

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

matações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao • Usar caracteres curinga: Procura somente as pa-
copiar um texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao lavras que você especificou com o caractere coringa. Ex.
seu documento, não basta apenas clicar em colar, é ne- Se você digitou *ão o Word vai localizar todas as palavras
cessário clicar na setinha apontando para baixo no botão terminadas em ão.
Colar, escolher Colar Especial. • Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma
sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para
palavras em inglês.
• Todas as formas de palavra: Localiza todas as for-
mas da palavra, não será permitida se as opções usar carac-
tere coringa e semelhantes estiverem marcadas.
• Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o es-
pecificado como formatação.
• Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa lo-
calizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de texto
Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a
possibilidade de se formatar o texto. No Office 2010 a ABA
responsável pela formatação é a Inicio e os grupo Fonte,
Parágrafo e Estilo.

Observe na imagem que ele traz o texto no formato


HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa ma-
nipulá-lo, marque a opção Texto não formatado e clique Formatação de Fonte
em OK. A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra,
tamanho de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc.,
Localizar e Substituir para formatar uma palavra, basta apenas clicar sobre ela,
Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser
dela temos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na formatar somente uma letra também é necessário selecio-
opção Substituir. nar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra,
tamanho, botões de aumentar fonte e diminuir fonte, lim-
par formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao
lado de sublinhado temos uma seta apontando para baixo,
ao clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.

A janela que se abre possui três guias, localizar, Substi-


tuir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permi-
te substituir em seu documento uma palavra por outra. A
substituição pode ser feita uma a uma, clicando em subs-
tituir, ou pode ser todas de uma única vez clicando-se no
botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra
por ela mesma, porém com outra cor, ou então somente
quando escrita em maiúscula, etc., nestes casos clique no
botão Mais. As opções são: Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Ta-
• Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção chado – que coloca um risco no meio da palavra, botão
da pesquisa; subscrito e sobrescrito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.
• Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será locali-
zada exatamente a palavra como foi digitada na caixa lo-
calizar.
• Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e
não parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Este botão permite alterar a colocação de letras maiús-


culas e minúsculas em seu texto. Após esse botão temos
o de realce – que permite colocar uma cor de fundo para
realçar o texto e o botão de cor do texto.

Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento en-


tre os caracteres que pode ser condensado ou comprimido,
a posição é referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo
que se faça algo como: .

Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras,


pois algumas vezes acontece de as letras ficaram com es-
paçamento entre elas de forma diferente. Uma ferramenta
interessante do Word é a ferramenta pincel, pois com ela
você pode copiar toda a formatação de um texto e aplicar
em outro.

Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte. Formatação de parágrafos


A principal regra da formatação de parágrafos é que
independente de onde estiver o cursor a formatação será
aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha ou mais.
Quando se trata de dois ou mais parágrafos será necessá-
rioselecionar os parágrafos a serem formatados. A forma-
tação de parágrafos pode ser localizada na ABA Inicio, e os
recuos também na ABA Layout da Página.

A janela fonte contém os principais comandos de for- No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcado-
matação e permite que você possa observar as alterações res (bullets e numeração e listas de vários níveis), diminuir
antes de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avan- e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na
çado. segunda linha temos os botões de alinhamentos: esquer-
da, centralizado, direita e justificado, espaçamento entre li-
nhas, observe que o espaçamento entre linhas possui uma
seta para baixo, permitindo que se possa definir qual o es-
paçamento a ser utilizado.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Cor do Preenchimento do Parágrafo.

Bordas no parágrafo.

As opções disponíveis são praticamente as mesmas


disponíveis pelo grupo.

Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas


réguas superiores.

Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos Marcadores e Numeração


apenas os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao
clicar na Faixa do grupo Parágrafos, será aberta a janela de Os marcadores e numeração fazem parte do grupo
Formatação de Parágrafos. parágrafos, mas devido a sua importância, merecem um
destaque. Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e
Numeração.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Onde você poderá escolher a Fonte (No caso acon-


selha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings,
A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto
Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você
tenha níveis de marcação como, por exemplo, contratos e
poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão
petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já importar, poderá utilizar uma imagem externa.
diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos.
Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar Bordas e Sombreamento
antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressio-
nar a tecla TAB no teclado. Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso
texto. Podem ser bordas simples aplicadas a textos e pará-
grafos. Bordas na página como vimos quando estudamos a
ABA Layout da Página e sombreamentos. Selecione o texto
ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão
de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma
borda pré-definida ou então clicar na última opção Bordas
e Sombreamento.
Você pode observar que o Word automaticamente
adicionou outros símbolos ao marcador, você pode alte-
rar os símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado
do botão Marcadores e escolhendo a opção Definir Novo
Marcador.

Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Podemos começar escolhendo uma definição de borda (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada uma
das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da borda. A Guia
Sombreamento permite atribuir um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você pode escolher uma cor base, e
depois aplicar uma textura junto dessa cor.

Cabeçalho e Rodapé
O Word sempre reserva uma parte das margens para o cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e
rodapé, clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e Número de Página.

Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao clicar
em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra superior passa a ter comandos para alteração do cabeçalho.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo o
que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas páginas.

Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome
o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos
também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes
do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.

Data e Hora
O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo
Texto, temos o botão Data e Hora.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque a
opção Atualizar automaticamente.

Inserindo Elementos Gráficos


O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções
de inserção estão disponíveis na ABA Inserir.

Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemento Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com o mesmo
nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu computador.

A imagem será inserida no local onde estava seu cursor.


O que será ensinado agora é praticamente igual para todo os elementos gráficos, que é a manipulação dos elementos
gráficos. Ao inserir a imagem é possível observar que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pontilhadas em
sua volta, para mover a imagem de local, basta clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar redimensionar a
imagem, basta clicar em um dos pequenos quadrados em suas extremidades, que são chamados por Alças de redimensio-
namento. Para sair da seleção da imagem, basta apenas clicar em qualquer outra parte do texto. Ao clicar sobre a imagem,
a barra superior mostra as configurações de manipulação da imagem.

O primeiro grupo é o Ajustar, dentre as opções temos Brilho e Contraste, que permite clarear ou escurecer a imagem e
adicionar ou remover o contraste. Podemos recolorir a imagem.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Entre as opções de recolorir podemos colocar nossa


imagem em tons de cinza, preto e branco, desbotar a ima-
gem e remover uma cor da imagem. Este recurso permi-
te definir uma imagem com fundo transparente. A opção
Compactar Imagens permite deixar sua imagem mais ade-
quada ao editor de textos. Ao clicar nesta opção o Word
mostra a seguinte janela:

Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a


janela Layout Avançado que permite trabalhar a disposição
da imagem em relação ao bloco de texto no qual ela esta
inserida. Essas mesmas opções estão disponíveis na opção
Quebra Automática de Texto nesse mesmo grupo. Ao colo-
car a sua imagem em uma disposição com o texto, é habi-
litado alguns recursos da barra de imagens. Como bordas

Pode-se aplicar a compactação a imagem seleciona-


da, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a re-
solução da imagem. A opção Redefinir Imagem retorna a
imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alte-
rações feitas. O próximo grupo chama-se Sombra, como o
próprio nome diz, permite adicionar uma sombra a ima- Através deste grupo é possível acrescentar bordas a
gem que foi inserida. sua imagem E no grupo Organizar ele habilita as opções de
Trazer para Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no
botão Trazer para Frente, ele abre três opções: Trazer para
Frente e Avançar, são utilizadas quando houver duas ou
mais imagens e você precisa mudar o empilhamento delas.
A opção Trazer para Frente do Texto faz com que a ima-
gem flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma imagem e ao
selecionar as imagens (Utilize a tecla SHIFT), você poderá
No botão Efeitos de Sombra, você poderá escolher al- alinhar as suas imagens.
gumas posições de sombra (Projetada, Perspectiva) e cor
da sombra. Ao lado deste botão é possível definir a posi-
ção da sombra e no meio a opção de ativar e desativar a
sombra. No grupo Organizar é possível definir a posição da
imagem em relação ao texto.

O primeiro dos botões é a Posição, ela permite defi-


nir em qual posição a imagem deverá ficar em relação ao
texto.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Clip Art

Clip-Art são imagens, porém são imagens que fazem


Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redi- parte do pacote Office. Para inserir um clipart, basta pela
mensionar a imagem definindo Largura e Altura. ABA Inserir, clicar na opção Clip-Art. Na direita da tela
abre-se a opção de consulta aos clip-Art.
Os comandos vistos até o momento estavam dispo-
níveis da seguinte forma, pois nosso documento esta sal-
vo em.DOC – versão compatível com Office XP e 2003. Ao
salvar o documento em .DOCX compatível somente com
a versão 2010, acontecem algumas alterações na barra de
imagens.

No grupo Ajustar já temos algumas alterações, ao cli-


car no item Cor. Em estilos de imagem podemos definir
bordas e sombreamentos para a imagem.

Clique sobre a imagem a ser adicionada ao seu texto


com o botão direito e escolha Copiar (CTRL+C). Clique em
seu texto onde o Clip-Art deve ser adicionado e clique em
Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem Colar (CTRL+V) As configurações de manipulação do clip-
-art são as mesmas das imagens.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Formas

Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo


do texto

Ainda nesse grupo temos a opção de trabalharmos as


cores, contorno e alterar a forma.

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta


clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para
definir as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra
passa a ter as propriedade para modificar a forma.

O primeiro grupo chama-se Inserir Forma, ele possui


a ferramenta de Inserir uma forma. Ao lado temos a fer-
ramenta Editar Forma essa ferramenta permite trabalhar
os nós da forma – Algumas formas bloqueiam a utilização
dessa ferramenta. Abaixo dela temos a ferramenta de caixa
de texto, que permite adicionar uma caixa de texto ao seu
documento. Estando com uma forma fechada, podemos
transformar essa forma em uma caixa de texto. Ao lado
temos o Grupo Estilos de Forma.

A opção Imagem preenche sua forma com alguma


imagem. A opção Gradação permite aplicar tons de gra-
Os primeiros botões permitem aplicar um estilo a sua diente em sua forma.
forma.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Na guia gradiente, temos as opções de Uma cor, Duas


cores e Pré-definidas.
Ao escolher uma cor você pode escolher a cor a ser
aplicada, se quer ela mais para o claro ou escuro, pode de-
finir a transparência do gradiente e como será o sombrea-
mento.

Ao clicar na opção Duas Cores, você pode definir a cor


1 e cor 2, o nível de transparência e o sombreamento.

Ao clicar em Mais Gradações, será possível personalizar


a forma como será o preenchimento do gradiente.

Ao clicar em Pré-definidas, o Office possui algumas co-


res de preenchimento prontas.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

A Guia Textura permite aplicar imagens como texturas


ao preenchimento, a guia Padrão permite aplicar padrões
de preenchimento e imagem permite aplicar uma imagem
Após o grupo Estilos de Forma temos o grupo sombra e
após ele o grupo Efeitos 3D.

Em hierarquia, escolha o primeiro da segunda linha e


clique em OK.

Podemos aplicar efeitos tridimensionais em nossas


formas. Além de aplicar o efeitos podemos mudar a cor
do 3D, alterar a profundidade, a direção, luminosidade e
superfície. As demais opções da Forma são idênticas as das
imagens.

SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas
ao seu documento. Se você estiver usando o Office 2003
ou seu documento estiver salvo em DOC, ao clicar nesse
botão, ele habilita a seguinte janela:

Altere os textos conforme a sua necessidade. Ao clicar


no topo em Ferramentas SmartArt, serão mostradas as op-
ções de alteração do objeto.

O primeiro botão é o de Adicionar uma forma. Basta


clicar em um botão do mesmo nível do que será criado
e clicar neste botão. Outra forma de se criar novas caixas
dentro de um mesmo nível é ao terminar de digitar o texto
pressionar ENTER. Ainda no grupo Criar Gráfico temos os
botões de Elevar / Rebaixar que permite mudar o nível hie-
rárquico de nosso organograma.

Basta selecionar o tipo de organograma a ser trabalha- No grupo Layout podemos mudar a disposição de nos-
do e clique em OK. Porém se o formato de seu documento so organograma.
for DOCX, a janela a ser mostrada será:

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

O próximo grupo é o Estilos de SmartArt que permite


mudar as cores e o estilo do organograma.

O primeiro grupo é o Texto, nesse grupo podemos edi-


tar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinha-
mentos. No grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a
forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra,
Efeitos 3D, Organizar e Tamanho.
Tabelas
As tabelas são com certeza um dos elementos mais im-
portantes para colocar dados em seu documento.
Use tabelas para organizar informações e criar formas
de páginas interessantes e disponibilizar seus dados.

Para inserir uma tabela, na ABA Inserir clique no botão


Tabela.

WordArt

Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos


temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Offi-
ce, ele ainda mantém a mesma interface desde a versão do
Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de
WorArt Selecione um formato de WordArt e clique sobre
ele.

Ao clicar no botão de Tabela, você pode definir a quan-


tidade de linhas e colunas, pode clicar no item Inserir Ta-
bela ou Desenhar a Tabela, Inserir uma planilha do Excel ou
usar uma Tabela Rápida que nada mais são do que tabelas
prontas onde será somente necessário alterar o conteúdo.

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite


seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do Wor-
dArt

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Você pode criar facilmente uma tabela mais complexa, por exemplo, que contenha células de diferentes alturas ou um
número variável de colunas por linha semelhante à maneira como você usa uma caneta para desenhar uma tabela.

Ao desenhar a caixa que fará parte da tabela, você pode utilizar o topo

Ferramentas de Tabela.

Através do grupo Opções de Estilo de Tabela é possível definir células de cabeçalho. O grupo Estilos de Tabela permite
aplicar uma formatação a sua tabela e o grupo Desenhar Bordas permite definir o estilo, espessura e cor da linha. O botão
Desenhar Tabela transforma seu cursor em um lápis para desenhar as células de sua tabela, e o botão Borracha apaga as
linhas da tabela.

Você pode observar também que ao estar com alguma célula da tabela com o cursor o Word acrescenta mais uma ABA
ao final, chamada Layout, clique sobre essa ABA.

O primeiro grupo Tabela permite selecionar em sua tabela, apenas uma célula, uma linha, uma coluna ou toda a tabela.

Ao clicar na opção Propriedades será aberto uma janela com as propriedades da janela.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Nesta janela existem quatro Guias. A opção dividir células permite dividir uma célula. Ao
A primeira é relativa à tabela, pode-se definir a largura clicar nessa opção será mostrada uma janela onde você deve
da tabela, o alinhamento e a quebra do texto na tabela. Ao definir em quantas linhas e colunas a célula será dividida.
clicar no botão Bordas e Sombreamento abre-se a janela
de bordas e sombreamento estudada anteriormente. Ao
clicar em Opções é possível definir as margens das células
e o espaçamento entre as células.

A opção dividir tabela insere um parágrafo acima da


célula que o cursor está, dividindo a tabela. O grupo Tama-
nho da Célula permite definir a largura e altura da célula.
A opção AutoAjuste tem a função de ajustar sua célula de
acordo com o conteúdo dentro dela.

O segundo grupo é o Linhas e Colunas permite adicio-


nar e remover linhas e colunas de sua tabela. O grupo Alinhamento permite definir o alinhamento do
conteúdo da tabela. O botão Direção do Texto permite mudar
a direção de seu texto. A opção Margens da Célula, permite
alterar as margens das células como vimos anteriormente.

Ao clicar na Faixa deste grupo ele abre uma janela onde O grupo Dados permite classificar, criar cálculos, etc.,
é possível deslocar células, inserir linhas e colunas. O ter- em sua tabela.
ceiro grupo é referente à divisão e mesclagem de células.

A opção classificar como o próprio nome diz permite


classificar os dados de sua tabela.

A opção Mesclar Células, somente estará disponível se


você selecionar duas ou mais células. Esse comando permi-
te fazer com que as células selecionadas tornem-se uma só.

29
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ele abre a seguinte janela e coloca sua primeira linha como a linha de cabeçalho, você pode colocar até três colunas
como critérios de classificação.

O botão Converter em Texto permite transformar sua tabela em textos normal. A opção fórmula permite fazer cálculos
na tabela.

ABA Revisão

A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.

O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros.

Os de ortografia ele marca em vermelho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com
cores para verificação na impressão sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como
errada você pode:

• Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.



• Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.

• Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto
ela não será grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam
parte do Word.

• Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se
você a corrigiu no quadro superior.

• Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.

30
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Impressão Podemos também se necessário criarmos nossos pró-


Para imprimir seu documento o processo é muito sim- prios estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo.
ples. Clique no botão
Office e ao posicionar o mouse em Imprimir ele abre
algumas opções.

Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações prontas
a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word disponibili-
za uma grande quantidade de estilos através do grupo estilos.

Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você


clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um esti-
lo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém
se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado Será mostrado todos os estilos presentes no documen-
somente ao que foi selecionado. to em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela exis-
tem três botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo,
clique sobre ele.

Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Tí-


tulo2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado
somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na
linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do
estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no
botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas defini-
ções de estilos através da opção Conjunto de Estilos.

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, de-


fini que ele será aplicado a parágrafos, que a base de cria-
ção dele foi o estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar um
novo parágrafo o próximo será também corpo.

31
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Abaixo definir a formatação a ser aplicada no mesmo. Será mostrada uma janela de configuração de seu índi-
Na parte de baixo mantive a opção dele aparecer nos esti- ce. Clique no botão Opções.
los rápidos e que o mesmo está disponível somente a este
documento. Ao finalizar clique em OK. Veja um exemplo do
estilo aplicado:

Índices

Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele
normalmente aparece no inicio de documentos. A princi-
pal regra é que todo parágrafo que faça parte de seu índi-
ce precisa estar atrelado a um estilo. Clique no local onde
você precisa que fique seu índice e clique no botão Sumá-
rio. Serão mostrados alguns modelos de sumário, clique
em Inserir Sumário.
Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos
os estilos presentes no documento, então é nela que você
define quais estilos farão parte de seu índice.

No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título


1, o nível 2 ao Título 2 e o nível 3 ao Título 3. Após definir
quais serão suas entradas de índice clique em OK.

Retorna-se a janela anterior, onde você pode definir


qual será o preenchimento entre as chamadas de índice e
seu respectivo número de página e na parte mais abaixo,
você pode definir o Formato de seu índice e quantos níveis
farão parte do índice.

Ao clicar em Ok, seu índice será criado.

Quando houver necessidade de atualizar o índice, bas-


ta clicar com o botão direito do mouse em qualquer parte
do índice e escolher Atualizar Campo.

Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro.

32
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

LIBREOFFICE WRITER

O Writer é um aplicativo de processamento de texto que lhe permite criar documentos, como cartas, currículos, li-
vros ou formulários online. Alternativa gratuita e open source ao tradicional pacote Microsoft Office. Surgido a partir de
um fork do OpenOffice, o LibreOffice traz soluções completas para edição de texto, criação de planilhas, apresentações de
slides, desenhos, base de dados e ainda fórmulas matemáticas.
O Writer do LibreOffice suporta os seguintes formatos: ODT, OTT, SXW, STW, DOC (Word), DOCX (Word 2007), RTF,
SDW, VOR, TXT, HTML, PDB, XML, PSW e UOT.

Formato Open Document


No Writer o formato padrão dos arquivos passou de sdw (formato do antigo StarWriter) para odt (Open document
text), que dota os arquivos de uma estrutura XML, permitindo uma maior interoperabilidade entre as várias aplicações.
Aliás, este foi um dos principais motivos pelos quais a Microsoft tem mantido o monopólio nas aplicações de escritório:
a compatibilidade ou a falta dela.
É importante notar que versões mais antigas do OpenOffice já abriam e gravavam arquivos com a terminação doc.
Entretanto, não havia compatibilidade de 100% e os documentos perdiam algumas formatações.
A proposta da Sun, da IBM e de outras empresas foi normalizar os tipos de documento, num formato conhecido por
todos, o odt.

Layout

O Writer aparece sob a forma de uma janela genérica de documento em branco, a tela de edição, que é composta por
vários elementos:
Barra de Título: Apresenta o nome do arquivo e o nome do programa que está sendo usado nesse momento. Usando-
se os 3 botões no canto superior direito pode-se minimizar, maximizar / restaurar ou fechar a janela do programa.
Barra de Menus: Apresenta os menus suspensos onde estão as listas de todos os comandos e funções disponíveis do
programa.
Barra de Formatação: Apresenta os atalhos que dão forma e cor aos textos e objetos.
Área para trabalho: Local para digitação de texto e inserção de imagens e sons.
Barra de Status: Apresenta o número de páginas / total de páginas, o valor percentual do Zoom
e a função inserir / sobrescrever está na parte inferior e central da tela.
Réguas: Permite efetuar medições e configurar tabulações e recuos.

33
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Barra de menus - Abrir


Abre ou importa um arquivo.
Arquivo Escolha Arquivo - Abrir
Esses comandos se aplicam ao documento atual, abre Ctrl+O
um novo documento ou fecha o aplicativo. Na Barra de ferramentas, clique em

-Novo:
Cria um novo documento do LibreOffice.
Abrir arquivo
Escolha Arquivo - Novo
Ícone Novo na Barra de ferramentas (o ícone mostra o Locais: Mostra os locais favoritos. Por exemplo, os ata-
tipo do novo documento) lhos das pastas locais ou remotas.
Área de exibição: Mostra os arquivos e pastas existen-
tes em que você está. Para abrir um arquivo, selecione-o e
Novo clique em Abrir.
Para abrir mais de um documento ao mesmo tempo,
Tecla Ctrl+N cada um em sua própria janela, pressione a tecla Ctrl ao
Para criar um documento a partir de um modelo, esco- clicar nos arquivos e, em seguida, clique em Abrir.
lha Novo - Modelos. Para classificar os arquivos, clique em um cabeçalho de
Um modelo é um arquivo que contém os elementos de coluna. Para inverter a ordem de classificação, clique no-
design para um documento, incluindo estilos de formata- vamente.
ção, planos de fundo, quadros, figuras, campos, layout de Para excluir um arquivo, clique com o botão direito do
página e texto. mouse sobre ele e, em seguida, escolha Excluir.
Para renomear um arquivo, dê um clique com o botão
Ícone Nome Função direito do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Reno-
Documento de Cria um novo documento de texto mear.
texto (LibreOffice Writer).
Cria um novo documento de Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um
Planilha caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL
planilha (LibreOffice Calc).
Cria um novo documento de que começa com o nome de protocolo ftp, http, ou https.
apresentação (LibreOffice Caso deseje, utilize caracteres curinga na caixa Nome
Apresentação Impress). Se ativado, será exibida do arquivo para filtrar a lista de arquivos exibida.
a caixa de diálogo Assistente de Por exemplo, para listar todos os arquivos de texto em
apresentações. uma pasta, insira o caractere asterisco (*) com a extensão
Cria um novo documento de de arquivo de texto (*.txt) e, em seguida, clique em Abrir.
Desenho Utilize o caractere curinga ponto de interrogação (?) para
desenho (LibreOffice Draw).
Abre o Assistente de Bancos de representar qualquer caractere, como em (??3*.txt), o que
Banco de dados dados para criar um arquivo de só exibe arquivos de texto com um ‘3’ como terceiro carac-
banco de dados. tere no nome do arquivo.
O LibreOffice possui uma função autocompletar que
Documento HTML Cria um novo documento HTML. se ativa sozinha em alguns textos e caixas de listagem. Por
Documento de Cria um novo exemplo, entre ~/a no campo da URL e a função autocom-
formulário XML documento XForms. pletar exibe o primeiro arquivo ou o primeiro diretório en-
Documento mestre Cria um novo documento mestre. contrado no seu diretório de usuário que começa com a
letra “a”.
Cria um novo documento de
Fórmula Utilize a seta para baixo para rolar para outros arquivos
fórmula (LibreOffice Math).
e diretórios. Utilize a seta para a direita para exibir tam-
Abre a caixa de diálogo Etiquetas,
bém um subdiretório existente no campo da URL. A função
para definir as opções para suas
autocompletar rápida está disponível se você pressionar a
Etiquetas etiquetas e, em seguida, cria um
tecla End após inserir parte da URL. Uma vez encontrado o
novo documento de texto para as
documento ou diretório desejado, pressione Enter.
etiquetas (LibreOffice Writer).
Versão: Se houver várias versões do arquivo seleciona-
Abre a caixa de diálogo Cartões do, selecione a versão que deseja abrir. Você pode salvar
de visita para definir as opções e organizar várias versões de um documento, escolhendo
Cartões de visita para os cartões de visita e, em Arquivo - Versões. As versões de um documento são aber-
seguida, criar um novo documento tas em modo somente leitura.
de texto (LibreOffice Writer). Tipo de arquivo: Selecione o tipo de arquivo que deseja
Criar um novo documento a partir abrir ou selecione Todos os arquivos(*) para exibir uma lista
Modelos
de um modelo. de todos os arquivos na pasta.
Abrir: Abre o(s) documento(s) selecionado(s).

34
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Inserir: Se você tiver aberto a caixa de diálogo esco- Ao fechar a última janela de documento aberta, apare-
lhendo Inserir - Arquivo, o botão Abrir será rotulado Inserir. cerá a Tela inicial.
Insere no documento atual, na posição do cursor, o arquivo
selecionado. - Salvar
Somente leitura: Abre o arquivo no modo somente lei- Salva o documento atual.
tura. Escolha Arquivo - Salvar
Abrir documentos com modelos: O LibreOffice reco- Ctrl+S
nhece modelos localizados em qualquer uma das seguintes Na Barra de ferramentas ou de tabela de dados, clique em
pastas:
• Pasta de modelos compartilhados
• Pasta de modelos do usuário em Documents and
Salvar
Settingsno diretório inicial do usuário
• Todas as pastas de modelos definidas em Ferra- Salvar como: Salva o documento atual em outro local
mentas - Opções - LibreOffice - Caminhos ou com um nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente.
Ao utilizar Arquivo - Modelo - Salvar como mode- Escolha Arquivo - Salvar como
lo para salvar um modelo, o modelo será armazenado na
sua pasta de modelos do usuário. Ao abrir um documento
baseado neste modelo, o documento será verificado para
detectar uma mudança do modelo, como descrito abaixo.
O modelo é associado com o documento e pode ser cha-
mado de “modelo vinculado”.
Ao utilizar Arquivo - Salvar como e selecionar um filtro
de modelo para salvar um modelo em qualquer outra pas-
ta que não esteja na lista, então os documentos baseados
nesse modelo não serão verificados.
Ao abrir um documento criado a partir de um “modelo
vinculado” (definido acima), O LibreOffice verifica se o mo-
delo foi modificado desde a última vez que foi aberto. Se o
modelo tiver sido alterado, uma caixa de diálogo aparecerá
para você poder selecionar os estilos que devem ser apli-
cados ao documento.
Para aplicar os novos estilos do modelo ao documento,
clique em Sim.
Para manter os estilos que estão sendo usados no do-
cumento, clique em Não.
Se um documento tiver sido criado por meio de um
modelo que não possa ser encontrado, será mostrada uma Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um
caixa de diálogo perguntando como proceder na próxima caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL
vez em que o documento for aberto. • Tipo de arquivo: Selecione o formato de arquivo
Para quebrar o vínculo entre o documento e o modelo para o documento que você está salvando. Na área de exi-
que está faltando, clique em Não; caso contrário, o LibreOf- bição, serão exibidos somente os documentos com esse
fice procurará o modelo na próxima vez que você abrir o tipo de arquivo.
documento. • Salvar com senha: Protege o arquivo com uma se-
nha que deve ser digitada para que o usuário possa abrir
- Documentos recentes o arquivo.
Lista os arquivos abertos mais recentemente. Para abrir
um arquivo da lista, clique no nome dele. Salvar tudo: Salva todos os documentos do LibreOffice
que foram modificados.
- Assistentes
Guia você na criação de cartas comerciais e pessoais, - Recarregar
fax, agendas, apresentações, etc. Substitui o documento atual pela última versão salva.
Todos as alterações efetuadas após o último salvamen-
- Fechar to serão perdidas.
Fecha o documento atual sem sair do programa. Escolha Arquivo - Recarregar
Escolha Arquivo - Fechar
O comando Fechar fecha todas as janelas abertas do - Versões
documento atual. Salva e organiza várias versões do documento atual no
Se foram efetuadas alterações no documento atual, mesmo arquivo. Você também pode abrir, excluir e compa-
você será perguntado se deseja salvar as lterações. rar versões anteriores.

35
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Escolha Arquivo - Versões - Configuração da impressora


Novas versões - Define as opções para salvar uma nova
versão do documento. Selecione a impressora padrão para o documento
Salvar nova versão - Salva o estado atual do documen- atual.
to como nova versão. Caso deseje, antes de salvar a nova Escolha Arquivo - Imprimir - Configurações da impres-
versão, insira também comentários na caixa de diálogo In- sora
serir comentário da versão. Fecha todos os programas do LibreOffice e pede para
Inserir comentário da versão - Insira um comentário salvar as modificações.
aqui quando estiver salvando uma nova versão. Se você
tiver clicado em Mostrar para abrir esta caixa de diálogo,
não poderá editar o comentário. - Sair
Salvar sempre uma versão ao fechar - Se você tiver fei-
to alterações no documento, o LibreOffice salvará automa- Escolha Arquivo - Sair
ticamente uma nova versão quando você o fechar. Ctrl+Q
Se salvar o documento manualmente, e não alterar o
documento após salvar, não será criada uma nova versão.
Editar
Versões existentes - Lista as versões existentes do do-
cumento atual, a data e a hora em que elas foram criadas,
o autor e os comentários associados.
- Exportar
Salva o documento atual com outro nome e formato
em um local a especificar.
Escolha Arquivo – Exportar
- Exportar como PDF
Salva o arquivo atual no formato Portable Document
Format (PDF) versão 1.4. Um arquivo PDF pode ser visto e
impresso em qualquer plataforma com a formatação ori-
ginal intacta, desde que haja um software compatível ins-
talado.
Escolha Arquivo - Exportar como PDF

- Visualizar impressão

Exibe uma visualização da página impressa ou fecha a


visualização.
Menu Arquivo - Visualizar impressão
Utilize os ícones na barra Visualização de impressão
para folhear as páginas do documento ou para imprimir o
documento.
Você também pode pressionar as teclas Page Up e
Page Down para folhear as páginas.
Obs: Não é possível editar seu documento enquanto
estiver na visualização de impressão.
Este menu contém comandos para editar o conteúdo
do documento atual.
- Imprimir
- Desfazer
Imprime o documento atual, a seleção ou as páginas
que você especificar. Você também pode definir as opções Desfaz o último comando ou a última entrada digitada.
de impressão para o documento atual. Tais opções variam Para selecionar o comando que deseja desfazer, clique na
de acordo com a impressora e com o sistema operacional seta ao lado do ícone Desfazer na barra de ferramentas
utilizado. Padrão.

Escolha Arquivo - Imprimir - Refazer


Ctrl+P Reverte a ação do último comando Desfazer. Para sele-
Na Barra de ferramentas, clique em cionar a etapa Desfazer que deseja reverter, clique na seta
ao lado do ícone Refazer na barra de ferramentas Padrão.

36
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Repetir - Autotexto
Repete o último comando. Esse comando está disponí- Cria, edita ou insere Autotexto. Você pode armazenar
vel no Writer e no Calc. texto formatado, texto com figuras, tabelas e campos como
Autotexto. Para inserir Autotexto rapidamente, digite o ata-
- Recortar lho do Autotexto no documento e pressione F3.
Remove e copia a seleção para a área de transferência. Escolha Editar – Autotexto
Ctrl+F3
- Copiar
Copia a seleção para a área de transferência. - Trocar banco de dados
Escolha Editar - Copiar Altera a fonte de dados do documento atual. Para
Ctrl+C exibir corretamente o conteúdo dos campos inseridos, o
banco de dados que foi substituído deve conter nomes de
- Colar campos idênticos.
Insere o conteúdo da área de transferência no local do
cursor, e substitui qualquer texto ou objeto selecionado. - Campos
Escolha Editar - Colar Abre um caixa de diálogo na qual você pode editar as
Ctrl+V propriedades de um campo. Clique antes de um campo e
selecione este comando. Na caixa de diálogo, você pode
- Colar especial usar as setas para ir para o próximo campo ou voltar para
Insere o conteúdo da área de transferência no arquivo o anterior.
atual em um formato que você pode especificar.
Escolha Editar - Colar especial - Notas de rodapé
Edita a âncora de nota de rodapé ou de nota de fim
- Selecionar texto selecionada. Clique na frente da nota de rodapé ou da nota
Você pode ativar um cursor de seleção em um texto de fim e, em seguida, escolha este comando.
somente leitura ou na Ajuda. Escolha Editar - Selecionar - Entrada de índice
texto ou abra o menu de contexto de um documento so- Edita a entrada de índice selecionada. Clique antes da
mente leitura e escolha Selecionar texto. O cursor de sele- entrada de índice ou na própria entrada e, em seguida, es-
ção não fica intermitente. colha este comando.
Use o ícone Editar arquivo para ativar ou desativar o
modo de edição. - Entrada bibliográfica
Edita a entrada bibliográfica selecionada.
- Modo de seleção
Escolha o modo de seleção do submenu: modo de se- - Hiperlink
leção normal, ou modo de seleção por bloco. Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
e edite hiperlinks.
- Selecionar tudo
Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou ob- - Vínculos
jeto de texto atual. Permite a edição das propriedades de cada vínculo no
Escolha Editar - Selecionar tudo documento atual, incluindo o caminho para o arquivo de
Ctrl+A origem. Este comando não estará disponível se o docu-
mento atual não contiver vínculos para outros arquivos.
- Alterações
Lista os comandos que estão disponíveis para rastrear - Plug-in
as alterações em seu arquivo. Permite a edição de plug-ins no seu arquivo. Escolha
este comando para ativar ou desativar este recurso. Quan-
- Comparar documento do ativado, aparecerá uma marca de seleção ao lado do
Compara o documento atual com um documento que comando, e você verá comandos para editar o plug-in em
você seleciona. seu menu de contexto. Quando desativado, você verá co-
mandos para controlar o plug-in no menu de contexto.
- Localizar e substituir
Procura ou substitui textos ou formatos no documento - Mapa de imagem
atual. Permite que você anexe URLs a áreas específicas, deno-
Escolha Editar - Localizar e substituir minadas pontos de acesso, em uma figura ou em um grupo
Ctrl+H de figuras. Um Mapa de imagem é um grupo com um ou
Na Barra de ferramentas, clique em mais pontos de acesso.

37
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Objeto - Limites do texto


Permite editar um objeto selecionado no arquivo, inse- Mostra ou oculta os limites da área imprimível da pági-
rido com o comando Inserir - Objeto. na. As linhas de limite não são impressas.

Exibir - Sombreamentos de campos


Este menu contém comandos para controlar a exibição Mostra ou oculta os sombreamentos de campos no
do documento na tela. documento, incluindo espaços incondicionais, hifens per-
sonalizados, índices e notas de rodapé.

- Nomes de campos
Alterna a exibição entre o nome e o conteúdo do cam-
po. A presença de uma marca de seleção indica que os no-
mes dos campos são exibidos e a ausência dessa marca
indica que o conteúdo é exibido. O conteúdo de alguns
campos não pode ser exibido.

- Caracteres não-imprimíveis
Mostra os caracteres não imprimíveis no texto, como
marcas de parágrafo, quebras de linha, paradas de tabula-
ção e espaços.

- Parágrafos ocultos
Mostra ou oculta parágrafos ocultos. Esta opção afeta
somente a exibição de parágrafos ocultos. Ela não afeta a
impressão desses parágrafos.

- Fontes de dados
Lista os bancos de dados registrados para o LibreOffice
e permite que você gerencie o conteúdo deles.
- Layout de impressão
Exibe a forma que terá o documento quando este for - Navegador
impresso. Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para
acessar rapidamente diferentes partes do documento e
- Layout da Web para inserir elementos do documento atual ou de outros
Exibe o documento como seria visualizado em um na- documentos abertos, bem como para organizar documen-
vegador da Web. Esse recurso é útil ao criar documentos tos mestre. Para editar um item do Navegador, clique com
HTML. o botão direito do mouse no item e, em seguida, escolha
um comando do menu de contexto. Se preferir, você pode
- Código-fonte HTML encaixar o Navegador na borda do espaço de trabalho.
Exibe o código fonte do documento HTML atual. Para - Tela inteira
exibir o código fonte HTML de um novo documento, é ne- Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas
cessário primeiro salvar o novo documento como um do- no Writer ou no Calc. Para sair do modo de tela inteira,
cumento HTML. clique no botão Ativar/Desativar tela inteira.

- Barra de status - Zoom


Mostra ou oculta a barra de status na borda inferior Reduz ou amplia a exibição de tela do LibreOffice.
da janela.

- Status do método de entrada


Mostra ou oculta a janela de status do IME (Input Me-
thod Engine).

- Régua
Mostra ou oculta a régua horizontal, que é utilizada
para ajustar as margens da página, paradas de tabulação,
recuos, bordas, células de tabela e para dispor objetos na
página. Para mostrar a régua vertical, escolha Ferramentas
- Opções - LibreOffice Writer - Exibir, e selecione a caixa
Régua vertical na área Réguas.

38
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Inserir - Seção
O menu Inserir contém os comandos necessários para Insere uma seção de texto no mesmo local em que o
inserir novos elementos no seu documento. Isso inclui se- cursor está posicionado no documento. Também é possível
ções, notas de rodapé, anotações, caracteres especiais, fi- selecionar um bloco de texto e, em seguida, escolher esse
guras e objetos de outros aplicativos. comando para criar uma seção. Use as seções para inserir
blocos de texto de outros documentos, para aplicar layouts
de colunas personalizados ou para proteger ou ocultar os
blocos de texto quando uma condição for atendida.

- Hiperlink
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
e edite hiperlinks.

- Cabeçalho
Adiciona ou remove um cabeçalho do estilo de página
que você selecionar no submenu. O cabeçalho é adiciona-
do a todas as páginas que usam o mesmo estilo de página.
Em um novo documento, é listado apenas o estilo de pági-
na “Padrão”. Outros estilos de páginas serão adicionados à
lista depois que você aplicá-los ao documento.
- Rodapé
Adiciona ou remove um rodapé do estilo de página se-
lecionado no submenu. O rodapé é adicionado a todas as
páginas que usam o mesmo estilo. Em um novo documen-
to, somente o estilo de página “Padrão” é listado. Outros
estilos serão adicionados à lista depois que forem aplica-
dos ao documento.

- Nota de rodapé / Nota de fim


Insere uma nota de rodapé ou uma nota de fim no do-
cumento. A âncora para a nota será inserida na posição
atual do cursor. Você pode escolher entre numeração au-
tomática ou um símbolo personalizado.

- Legenda
Adiciona uma legenda numerada à figura, tabela, qua-
dro, quadro de texto ou objeto de desenho selecionado.
Você também pode acessar este comando clicando com o
botão direito do mouse no item ao qual deseja adicionar
a legenda.
- Quebra manual
Insere uma quebra manual de linha, de coluna ou de - Marcador
página na posição atual em que se encontra o cursor. Insere um indicador na posição do cursor. Use o Na-
vegador para saltar rapidamente para a posição indicada
- Campos em outra hora. em um documento HTML, os indicadores
Insere um campo na posição atual do cursor. O sub- são convertidos em âncoras para você navegar através de
menu lista os tipos de campos mais comuns. Para exibir hyperlinks.
todos os campos disponíveis, escolha Outro.
- Referência
- Caractere especial Esta é a posição em que você insere as referências ou
Insere caracteres especiais a partir das fontes instala- os campos referidos no documento atual. As referências
das. são os campos referidos no mesmo documento ou em
subdocumentos de um documento mestre.

- Marca de formatação - Anotação


Abe um submenu para inserir marcas especiais de for- Insere uma anotação.
matação. Ative o CTL para mais comandos.

39
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Script Formatar
Insere um script na posição atual do cursor em um do- Contém comandos para formatar o layout e o conteú-
cumento HTML ou de texto. do de seu documento.

- Índices e índices gerais


Abre um menu para inserir entradas de índice e inserir
índices e tabelas.

- Envelope
Cria um envelope. Nas três guias, você pode especificar
o destinatário e o remetente, a posição e o formato de am-
bos os endereços, o tamanho e a orientação do envelope.

- Quadro
Insere um quadro que você pode usar para criar um
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos.

- Tabela
Insere uma tabela no documento. Você também pode
clicar na seta, arrastar o mouse para selecionar o número
de linhas e colunas a serem incluídas na tabela e, em segui-
da, clicar na última célula.

- Figura
Selecione a origem da figura que deseja inserir.

- Objeto de desenho
Insere um objeto no documento. Para vídeo e áudio
utilize Inserir - Multimídia - Áudio ou vídeo. - Limpar formatação direta
Remove a formatação direta e a formatação por estilos
- Quadro flutuante de caracteres da seleção.
Insere um quadro flutuante no documento atual. Qua-
dros flutuantes são utilizados em documentos HTML para - Caractere
exibir conteúdo de outro arquivo. Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
selecionados.
- Áudio ou vídeo
Insere um arquivo de vídeo ou áudio no documento. - Parágrafo
Modifica o formato do parágrafo atual, por exemplo,
- Arquivo alinhamento e recuo.
Insere um arquivo de texto na posição atual do cursor.
- Marcadores e numeração
Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual
e permite que você edite o formato da numeração ou dos
marcadores.

- Página
Especifique os estilos de formatação e o layout do es-
tilo de página atual, incluindo margens da página, cabeça-
lhos, rodapés e o plano de fundo da página.

- Alterar caixa
Altera a caixa dos caracteres selecionados. Se o cursor
estiver no meio de uma palavra e não houver texto selecio-
nado, então a palavra será a seleção.

- Guia fonético asiático


Permite que você adicione comentários sobre carac-
teres asiáticos para serem usados como manual de pro-
núncia.

40
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Colunas Tabela
Especifica o número de colunas e o layout de coluna
para um estilo de página, quadro ou seção.

- Seções
Altera as propriedades das seções definidas no docu-
mento. Para inserir uma seção, selecione o texto ou clique
no documento e, em seguida, escolha Inserir - Seção.

- Estilos e formatação
Use a janela Estilos e formatação para aplicar, criar, edi-
tar, adicionar e remover estilos de formatação. Clique duas
vezes para aplicar o estilo.

- Autocorreção
Formata automaticamente o arquivo de acordo com as
opções definidas em Ferramentas - Opções da autocorre-
ção.

- Ancorar
Define as opções de ancoramento para o objeto sele-
cionado.

- Quebra Automática
Define as opções de quebra automática de texto para
figuras, objetos e quadros.

- Alinhar (objetos) - Inserir


Alinha os objetos selecionados em relação a outro. Tabela
Insere uma nova tabela.
- Alinhamento (objetos de texto)
Define as opções de alinhamento para a seleção atual. Colunas
Insere colunas.
- Dispor
Altera a ordem de empilhamento do(s) objeto(s) sele- Linhas
cionado(s). Insere linhas.

- Inverter - Excluir
Inverte o objeto selecionado, horizontalmente ou ver- Tabela
ticalmente. Exclui a tabela atual.

- Agrupar Colunas
Agrupa os objetos selecionados de forma que possam Exclui as colunas selecionadas.
ser movidos ou formatados como um único objeto.
Linhas
- Objeto Exclui as linhas selecionadas.
Abre um submenu para editar propriedades do objeto
selecionado. Selecionar
Tabela
- Quadro Seleciona a tabela atual.
Insere um quadro que você pode usar para criar um
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos. Coluna
Seleciona a coluna atual.
- Imagem
Formata o tamanho, a posição e outras propriedades Linha
da figura selecionada. Seleciona a linha atual.

Célula
Seleciona a célula atual.

41
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Mesclar células Converter


Combina o conteúdo das células selecionadas da tabe- Texto em tabela
la em uma única célula. Abre uma caixa de diálogo para poder converter em
tabela o texto selecionado.
- Dividir células
Divide a célula ou grupo de células horizontalmente ou Tabela para texto
verticalmente em um número especificado de células. Abre uma caixa de diálogo para converter a tabela
atual em texto.
- Mesclar tabela
Combina duas tabelas consecutivas em uma única ta- Classificar
bela. As tabelas devem estar lado a lado, e não separadas Classifica alfabeticamente ou numericamente os pará-
por um parágrafo vazio. grafos ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir
até três chaves de classificação bem como combinar chaves
- Dividir tabela alfabéticas com numéricas.
Divide a tabela atual em duas tabelas separadas na po-
sição do cursor. Você também pode clicar com o botão di- Fórmula
reito do mouse em uma célula da tabela para acessar este Abre a Barra de fórmulas para inserir ou editar uma
comando. fórmula.
- Autoformatação de tabela Formato numérico
Aplica automaticamente formatos à tabela atual, in- Abre uma caixa de diálogo para especificar o formato
cluindo fontes, sombreamento e bordas. de números na tabela.
Autoajustar Limites da tabela
Largura da coluna Mostra ou oculta os limites em torno das células da ta-
Abre a caixa de diálogo Largura da coluna para alterar bela. Os limites só são visíveis na tela e não são impressos.
a largura de uma coluna.
Propriedades da tabela
- Largura de coluna ideal
Especifica as propriedades da tabela selecionada,
Ajusta automaticamente a largura das colunas para
como, por exemplo, nome, alinhamento, espaçamento, lar-
coincidir com o conteúdo das células. A alteração da lar-
gura da coluna, bordas e plano de fundo.
gura de uma coluna não afeta a largura das outras colunas
na tabela. A largura da tabela não pode exceder a largura
Ferramentas
da página.
Contém ferramentas de verificação ortográfica, uma
- Distribuir colunas uniformemente galeria de objetos artísticos que podem ser adicionados ao
Ajusta a largura das colunas selecionadas para a largu- documento, bem como ferramentas para configurar menus
ra da coluna mais larga da seleção. A largura total da tabela e definir preferências do programa.
não pode exceder a largura da página.

Altura da linha
Abre a caixa de diálogo Altura da linha para alterar a
altura de uma linha.

- Altura de linha ideal


Ajusta automaticamente a altura das linhas para que
corresponda ao conteúdo das células. Esta é a definição
padrão para novas tabelas.

- Distribuir linhas uniformemente


Ajusta a altura das linhas selecionadas para a altura da
linha mais alta na seleção.

Permitir quebra de linha em páginas e colunas


Permite uma quebra de página na linha atual.

Repetir linhas de cabeçalho


Repete os cabeçalhos das tabelas nas páginas subse-
quentes quando a tabela se estende por uma ou mais pá-
ginas.

42
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Verificação ortográfica - Macros


Verifica a ortografia manualmente. Permite gravar, organizar e editar macros.
- Gerenciador de extensão
- Idioma O Gerenciador de extensão adiciona, remove, desativa,
Abre um submenu para escolher comandos específicos ativa e atualiza extensões do LibreOffice.
do idioma.
- Filtros XML
- Contagem de palavras Abre a caixa de diálogo Configurações do filtro XML,
Conta as palavras e caracteres, com ou sem espaços, onde você pode criar, editar, excluir e testar filtros para im-
na seleção atual, e em todo o documento. A contagem é portar e exportar arquivos XML.
mantida atualizada enquanto digita, ou altera a seleção.
- Opções da Autocorreção
- Numeração da estrutura de tópicos Configura as opções para substituir texto automatica-
Especifica o formato de número e a hierarquia para a mente ao digitar.
numeração de capítulos no documento atual.
- Personalizar
- Numeração de linhas Personaliza menus, teclas de atalho, barras de ferra-
Adiciona ou remove e formata números de linha no mentas e atribuições de macros do LibreOffice para even-
documento atual. Para desativar a numeração de linhas em tos.
um parágrafo, clique no parágrafo, escolha Formatar - Pa-
rágrafo, clique na guia Numeração e, em seguida, desmar- - Opções
que a caixa de seleção Incluir este parágrafo na numeração Este comando abre uma caixa de diálogo para configu-
de linhas ração personalizada do programa.

- Notas de rodapé Janela


Especifica as configurações de exibição de notas de ro-
dapé e notas de fim.

- Galeria
Abre a Galeria, onde você poderá selecionar figuras e
sons para inserir em seu documento.

- Banco de dados bibliográfico


Insira, exclua, edite e organize arquivos no banco de
Contém comandos para manipulação e exibição de ja-
dados bibliográfico. nelas de documentos.
- Assistente de Mala Direta - Nova janela
Inicia o Assistente de Mala Direta para criar cartas-mo-
delo ou enviar mensagens de e-mail a vários destinatários. Abre uma nova janela que exibe os conteúdos da jane-
la atual. Você pode agora ver diferentes partes do mesmo
- Classificar documento ao mesmo tempo.
Classifica alfabeticamente ou numericamente os pará-
grafos ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir - Fechar a janela
até três chaves de classificação bem como combinar chaves
alfabéticas com numéricas. Fecha a janela atual. Escolha Janela - Fechar janela,
ou pressione Ctrl+F4. Na visualização de impressão do Li-
- Calcular breOffice Writer e Calc, você pode fechar a janela ao clicar
Calcula a fórmula selecionada e copia o resultado para no botão Fechar visualização.
a área de transferência.
- Lista de documentos
- Atualizar
Atualiza os itens do documento atual com conteúdo Lista os documentos abertos no momento atual. Sele-
dinâmico, como campos e índices. cione o nome de um documento na lista para alternar para
esse documento.
- Player de mídia
Abre a janela do Player de mídia, para poder visualizar
arquivos de vídeo e áudio e inseri-los no documento atual.

43
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ajuda - Sobrescrito
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e le-
O menu da Ajuda permite iniciar e controlar o sistema vanta o texto acima da linha de base.
de Ajuda do LibreOffice.
Sobrescrito
- Subscrito
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e po-
siciona o texto abaixo da linha de base.
Subscrito
- Esquerda
Alinha o parágrafo selecionado em relação à margem
esquerda da página.
Alinhar à esquerda

Barras de ferramentas - Centralizar


Barra de objetos de texto Centraliza na página os parágrafos selecionados.
Contém comandos de formatação para o texto de um
objeto de desenho. A barra Objetos de texto aparece quan- - Direita
do você faz um duplo clique dentro de um objeto de de- Alinha os parágrafos selecionados em relação à mar-
senho. gem direita da página.
- Nome da fonte
Permite que você selecione um nome de fonte na lista Alinhar à direita
ou digite um nome de fonte diretamente.
Você pode inserir várias fontes, separadas por ponto - Justificar
-e-vírgulas. O LibreOffice usará cada fonte nomeada em Alinha os parágrafos selecionados às margens esquer-
sucessão se as fontes anteriores não estiverem disponíveis. da e direita da página. Se preferir, você pode especificar as
opções de alinhamento para a última linha de um parágra-
fo, escolhendo Formatar - Parágrafo - Alinhamento.

Nome da fonte Justificado


- Suporte a idiomas asiáticos
- Tamanho da fonte Esses comandos só podem ser acessados após ativar o
Permite que você escolha entre diferentes tamanhos suporte para idiomas asiáticos em Ferramentas - Opções -
de fonte na lista ou que digite um tamanho manualmente. Configurações de idioma - Idiomas.
- Negrito
Aplica o formato negrito ao texto selecionado. Se o - Texto escrito da esquerda para a direita
cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em negri- Especifica a direção horizontal do texto.
to. Se a seleção ou a palavra já estiver em negrito, a forma- Direção do texto da esquerda para a direita
tação será removida.
Negrito - Texto escrito de cima para baixo
Especifica a direção vertical do texto.
- Itálico Texto escrito de cima para baixo
Aplica o formato itálico ao texto selecionado. Se o cur-
sor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em itálico. Se - Selecionar tudo
a seleção ou palavra já estiver em itálico, a formatação será Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou ob-
removida. jeto de texto atual.
Itálico Selecionar tudo
- Sublinhado - Caractere
Sublinha o texto selecionado ou remove o sublinhado Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
do texto selecionado. selecionados.
Sublinhado Caractere

44
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Parágrafo Selecionando texto com o mouse


Aqui você pode definir recuos, espaçamento, alinha- • Para selecionar um trecho de texto, clique no início
mento e espaçamento de linha para o parágrafo selecio- do trecho, mantenha pressionado o botão esquerdo do
nado. mouse e arraste o mouse até o fim do texto.
Pode também clicar na frente do trecho, mover o mou-
Parágrafo se até o fim do texto, manter pressionada a tecla Shift e
clicar novamente.
Adicionando e editando texto • Para selecionar uma frase inteira, clique três vezes em
qualquer lugar na frase.
Você pode adicionar texto ao documento das seguin- • Para selecionar uma única palavra, clique duas vezes
tes maneiras: em qualquer lugar na palavra.
• Digitando texto com o teclado • Para acrescentar mais de um trecho a uma seleção,
• Copiando e colando texto de outro documento selecione o trecho, mantenha pressionada a tecla Ctrl e se-
• Importando texto de outro arquivo lecione outro trecho de texto.
Digitando texto Selecionando texto com o teclado
• Para selecionar o documento inteiro, pressione Ctr-
A maneira mais fácil de inserir texto no documento é l+A.
digitar o texto. Ao digitá-lo, a ferramenta AutoCorreção • Para selecionar uma única palavra em um dos lados
corrige automaticamente possíveis erros de ortografia co- do cursor, mantenha pressionadas as teclas Ctrl+Shift e
muns, como “catra” em vez de “carta”. pressione a seta para a esquerda <- ou a seta para a direita
Por padrão, a ferramenta Completar palavras coleta ->.
palavras longas enquanto você digita. Ao começar a digitar • Para selecionar um único caractere em um dos lados
novamente a mesma palavra, o do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione
LibreOffice.org completa automaticamente a palavra. a seta para a esquerda <- ou a seta para a direita ->. Para
Para aceitar a palavra, pressione Enter ou continue digitan- selecionar mais de um caractere, mantenha pressionada a
do. tecla Shift enquanto pressiona a tecla de direção.
• Para selecionar o texto restante na linha à esquerda
do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione
a tecla Home.
• Para selecionar o texto restante na linha à direita do
cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a
tecla End.

Copiando, colando e excluindo texto


Você pode copiar texto de um lugar para outro no
mesmo documento ou de um documento para outro.

Dica – Para desativar as ferramentas de completar e


substituir automaticamente procure na ajuda on-line os - Para copiar e colar texto
seguintes termos: Etapas
• Função de AutoCorreção 1. Selecione o texto que deseja copiar e siga um destes
• Função de AutoEntrada procedimentos:
• Completar palavras • Escolha Editar – Copiar.
• Reconhecimento de números • Pressione Ctrl+C.
• Função de AutoFormatação • Clique no ícone Copiar na barra Padrão.
• Clique com o botão direito do mouse no texto sele-
Selecionando texto cionado e escolha Copiar.
O texto continua na área de transferência até você co-
Você pode selecionar texto com o mouse ou com o piar outra seleção de texto ou item.
teclado. 2. Clique ou mova o cursor para onde deseja colar o
texto. Siga um destes procedimentos:
• Escolha Editar – Colar.
• Pressione Ctrl+V.
• Clique no ícone Colar na barra Padrão.
• Clique com o botão direito do mouse onde deseja
colar o texto e escolha Colar.

45
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Para excluir texto 3. Na caixa Substituir por, insira a palavra ou a frase de


Etapas substituição.
1. Selecione o texto que deseja excluir. 4. Clique em Localizar para iniciar a procura.
2. Siga um destes procedimentos: 5. Quando o Writer localizar a primeira ocorrência da
• Escolha Editar - Recortar ou pressione Ctrl+X. palavra ou frase, siga um destes procedimentos:
O texto é excluído do documento e adicionado à área • Para substituir a ocorrência do texto encontrada pela
de transferência, para você colar o texto onde pretender. que você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substi-
• Pressione a tecla Delete ou Backspace. tuir.
Observação – Você pode usar essas teclas para tam- • Para substituir todas as ocorrências do texto encon-
bém excluir caracteres individuais. tradas pela que você inseriu na caixa Substituir por, clique
Se desejar desfazer uma exclusão, escolha Editar - Des- em Substituir tudo.
fazer ou pressione Ctrl+Z. • Para ignorar o texto encontrado e continuar a procu-
ra, clique em Localizar próxima.
-Para inserir um documento de texto 6. Clique em Fechar quando concluir a procura.
Você pode inserir o conteúdo de qualquer documento
de texto no documento do Writer, desde que o formato do Verificando ortografia
arquivo seja conhecido pelo LibreOffice.org.
Etapas O Writer pode verificar possíveis erros ortográficos en-
1. Clique no documento do Writer onde deseja inserir quanto você digita ou em um documento inteiro.
o texto.
2. Escolha Inserir – Arquivo. - Para verificar ortografia enquanto digita
3. Localize o arquivo que deseja inserir e clique em In- O Writer pode avisar sobre possíveis erros de ortogra-
serir. fia enquanto você digita.
Localizando e substituindo texto Para ativar e desativar esse recurso, clique no ícone Au-
Você pode usar o recurso Localizar e substituir no Li- toOrtografia e gramatica na barra de Ferramentas. Quando
breOffice.org Writer para procurar e substituir palavras em esse recurso está ativado, uma linha vermelha ondulada
um documento de texto. marca possíveis erros ortográficos.

- Para localizar e substituir texto

1. Clique com o botão direito do mouse em uma pala-


vra com um sublinhado ondulado em vermelho.

2. Siga um destes procedimentos:


• Escolha uma das palavras de substituição sugeridas
no alto do menu de contexto.
A palavra incorreta é substituída pela palavra que você
escolher.
Etapas
1. Escolha Editar – Localizar e substituir. • Escolha uma das palavras de substituição no sub-
Abre-se a caixa de diálogo Localizar e substituir. menu AutoCorreção.
2. Na caixa Pesquisar por, digite o texto que você dese- A palavra incorreta é substituída pela palavra que você
ja localizar no documento. escolher.
Pode selecionar também a palavra ou a frase que dese- As duas palavras são acrescentadas automaticamen-
ja procurar no documento de texto e escolher Editar - Lo- te à lista de substituição da ferramenta AutoCorreção. Na
calizar e substituir. O texto selecionado é inserido automa- próxima vez que cometer o mesmo erro ortográfico, o Wri-
ticamente na caixa Procurar. ter fará a correção ortográfica automaticamente.

46
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• Escolha Ortografia e gramatica para abrir a caixa de diálogo Ortografia e gramatica.

• Para adicionar a palavra a um dos dicionários, escolha Adicionar e clique no nome do dicionário.
Observação – O número de entradas em um dicionário definido pelo usuário é limitado, mas você pode criar quantos
dicionários definidos pelo usuário forem necessários.

- Para verificar a ortografia em um documento inteiro


Se não deseja verificar a ortografia enquanto digita, você pode usar a ferramenta Ortografia e gramatica para corrigir
erros manualmente. A ferramenta Ortografia e gramatica começa a partir da posição atual do cursor ou a partir do início
do texto selecionado.

Etapas

1. Clique no documento ou selecione o texto que deseja corrigir.

2. Escolha Ferramentas - Ortografia e gramatica.

3. Quando um possível erro de ortografia é localizado, a caixa de diálogo Ortografia e gramatica sugere uma correção.

4. Siga um destes procedimentos:


• Para aceitar uma correção, clique em Corrigir.
• Substitua a palavra incorreta na caixa no alto pela palavra correta e clique em Alterar.
• Para ignorar a palavra atual uma vez e continuar a Ortografia e gramatica, clique em Ignorar uma vez.
• Para ignorar a palavra atual no documento inteiro e continuar a Ortografia e gramatica, clique em Ignorar sempre.

Formatando texto
O Writer permite-lhe formatar o texto manualmente ou ao usar estilos. Com os dois métodos, você controla tamanho,
tipo de fonte, cor, alinhamento e espaçamento do texto. A principal diferença é que a formatação manual aplica-se apenas
ao texto selecionado, enquanto a formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento.

Formatando texto manualmente

Para uma formatação simples, como alterar o tamanho e a cor do texto, use os ícones na barra Formatação. Se desejar,
pode também usar os comandos de menu no menu Formato, assim como teclas de atalho.

47
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Selecione o texto que deseja alterar e siga um destes


procedimentos:
• Para alterar o tipo de fonte usado, selecione uma fon-
te diferente na caixa Nome da fonte.
• Para alterar o tamanho do texto, selecione um tama-
nho na caixa Tamanho da fonte.
• Para alterar o tipo de letra do texto, clique no ícone
Negrito, Itálico ou Sublinhado.
Pode também usar as seguintes teclas de atalho: Ctrl+B
para negrito, Ctrl+I para itálico ou Ctrl+U para sublinhado.
Para restaurar o tipo de letra padrão, selecione o texto no-
vamente e clique no mesmo ícone, ou pressione as mes-
mas teclas de atalho.
• Para alterar o alinhamento do texto, clique no ícone
Alinhar à esquerda, Centralizar, Alinhar à direita ou Justifi-
cado.
• Para adicionar ou remover marcadores ou números
de uma lista, clique no ícone Ativar/desativar numeração
ou Ativar/desativar marcadores.
• Para alterar um recuo do texto, use os ícones de re-
cuo.
• Para alterar a cor do texto, clique no ícone Cor da
fonte. Usando o navegador
• Para alterar a cor do plano de fundo do texto, clique
no ícone Cor do plano de fundo ou no ícone Realce. O Navegador exibe as seguintes categorias de objetos
Dica – Consulte a ajuda on-line para obter informação no documento:
sobre a diferença desses dois ícones. • Títulos
• Folhas
Formatando texto com estilos • Tabelas
No Writer, a formatação padrão de caracteres, pará- • Quadros de texto
grafos, páginas, quadros e listas é feita com estilos. Um • Gráficos
estilo é um conjunto de opções de formatação, como tipo • Objetos OLE
e tamanho da fonte. Um estilo define o aspecto geral do • Seções
texto, assim como o layout de um documento. • Hyperlinks
Você pode selecionar alguns estilos comuns, e todos os • Referências
estilos aplicados, a partir da lista drop-down Aplicar estilo • Índices
na barra Formatar. • Notas

Uma maneira fácil de aplicar um estilo de formatação é


com a janela Estilos e formatação. Para abrir a janela Estilos
e formatação, escolha Formatar – Estilos e formatação.

48
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• Para visualizar o conteúdo de uma categoria, clique


no sinal de mais na frente do nome da categoria.
• Para exibir o conteúdo de uma única categoria no Na-
vegador, selecione a categoria e clique no ícone Exibição
do conteúdo.

Observação – Para exibir todo o conteúdo, clique nova-


mente no ícone Exibição do conteúdo.
• Para saltar rapidamente para o local no documento,
clique duas vezes em qualquer entrada na lista do Nave-
gador.
• Para editar propriedades de um objeto, clique no ob-
jeto com o botão direito do mouse.
Você pode encaixar o Navegador na borda de qualquer
janela do documento. 4. Na caixa de diálogo Inserir tabela, especifique op-
Para desanexar o Navegador da borda de uma janela, ções adicionais, como o nome da tabela, e clique em OK.
clique duas vezes na área cinza do Navegador encaixado.
Para redimensionar o Navegador, arraste as bordas do Na- - Para adicionar uma linha ou coluna a uma tabela
vegador. Etapas
Dica – Em um documento de texto, você pode usar 1. Clique em qualquer linha ou coluna da tabela.
o modo Exibição do conteúdo para títulos para arrastar 2. Clique no ícone Inserir coluna ou Inserir linha na bar-
e soltar capítulos inteiros em outras posições dentro do ra Tabela.
documento. Para obter mais informações, consulte a ajuda
on-line sobre o Navegador.

Usando tabelas em documentos do Writer


Você pode usar tabelas para apresentar e organizar - Para excluir uma linha ou coluna de uma tabela
informações importantes em linhas e colunas, para as in- Etapas
formações serem lidas com facilidade. A interseção de uma 1. Clique na linha ou coluna que deseja excluir.
linha e uma coluna é chamada de célula. 2. Clique no ícone Excluir coluna ou Excluir linha na
- Para adicionar uma tabela a um documento do Writer barra Tabela.
Etapas
1. Escolha Tabela - Inserir – Tabela. Cabeçalho e rodapé
2. Na área Tamanho, digite o número de linhas e colu- Cabeçalhos e rodapés são áreas nas margens superior
nas para a tabela. e inferior das páginas para adiciona textos ou figuras. Os
cabeçalhos e rodapés são adicionados ao estilo de página
atual. Todas as páginas que usarem o mesmo estilo recebe-
rão automaticamente o cabeçalho ou rodapé adicionado. É
possível inserir Campos, tais como números de páginas e
títulos de capítulos, nos cabeçalhos e rodapés de um do-
cumento de texto.
Obs.: O estilo de página para a página atual será exibi-
do na Barra de status.
Para adicionar um cabeçalho a uma página, escolha In-
serir - Cabeçalho e, em seguida, no submenu, selecione o
estilo de página para a página atual.
Para adicionar um rodapé a uma página, escolha Inserir
- Rodapé e, em seguida, selecione o estilo de página para a
página atual no submenu.
Você também pode escolher Formatar - Página, clicar
na guia Cabeçalho ou Rodapé, e selecionar Ativar cabeça-
lho ou Ativar rodapé. Desmarque a caixa de seleção Mesmo
conteúdo esquerda/direita se desejar definir cabeçalhos e
rodapés diferentes para páginas pares e ímpares.
Para utilizar diferentes cabeçalhos e rodapés docu-
3. (Opcional) Para usar um layout de tabela predefini- mento, adicione-os a diferentes estilos de páginas e, em
do, clique em AutoFormatar, selecione o formato desejado seguida, aplique os estilos às páginas nas deseja exibir os
e clique em OK. cabeçalhos ou rodapés.

49
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Marcadores e numeração Para iniciar com um número de página definido


Para adicionar marcadores Agora você que ter um pouco mais de controle sobre o
Selecione o(s) parágrafo(s) ao(s) qual(is) deseja adicio- número da página. Você está editando um documento de
nar marcadores. texto que deve começar com o número de página 12.
Na barra de Formatação, clique no ícone Ativar/desa-
tivar marcadores. Clique no primeiro parágrafo do documento.
Escolha Formatar - Parágrafo - Fluxo de texto.
Em Quebras, ative Inserir. Ative Com estilo de página
para poder definir o novo Número da página. Clique em
OK.
Para remover marcadores, selecione os parágrafos com
marcadores e, em seguida, clique no ícone Ativar/Desativar
marcadores na barra Formatação.
Para formatar marcadores
Para alterar a formatação da lista com marcadores, es-
colha Formatar - Marcadores e numeração.

O novo número da página é um atributo do primeiro


parágrafo da página.

Para formatar o estilo dos números de página


Você deseja que os números da página sejam em nu-
Por exemplo, para mudar o símbolo do marcador, cli- merais romanos: i, ii, iii, iv e assim por diante.
que na guia Opções , clique no botão de seleção (...) perto Clique duas vezes imediatamente na frente do campo
de Caractere, e selecione um caractere especial. Pode-se de número da página. A caixa de diálogo Editar campos se
também clicar na guia Figura, e clicar num estilo de símbo- abrirá.
lo na área Seleção.
Selecione um formato de número e clique em OK.
Números de página
Utilizar diferentes estilos de número de página
No Writer, o número da página é um campo que pode
Você precisa que algumas páginas apresentem o es-
ser inserido no texto.
tilo em numerais romanos e o restante das páginas, outro
estilo.
Para inserir números de página
Escolha Inserir - Campos - Número da página para in- No Writer, serão necessários vários estilos de página.
serir um número de página na posição atual do cursor. O primeiro estilo de página apresenta um rodapé com um
Obs.: Se, em vez do número, aparecer o texto “Número campo de número de página formatado em numerais ro-
da página”, escolha Exibir - Nome de campos. manos. O estilo de página seguinte apresenta um rodapé
No entanto, esses campos mudarão de posição quan- com um campo de número de página formatado em outro
do um texto for adicionado ou removido. Assim, é melhor estilo.
inserir o campo de número da página em um cabeçalho ou Ambos estilos de página devem estar separados por
rodapé que se encontram na mesma posição e se repetem uma quebra de página. No Writer, é possível inserir que-
em todas as páginas. bras de página automática ou manualmente.
Escolha Inserir - Cabeçalho - (nome do estilo de pági- Uma quebra de página automática aparece no final de
na) ou Inserir - Rodapé - (nome do estilo de rodapé) para uma página quando o estilo de página possui um “próximo
adicionar um cabeçalho ou um rodapé em todas as páginas estilo” diferente.
com o estilo de página atual.

50
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Por exemplo, o estilo de página da “Primeira página”


apresenta “Padrão” como próximo estilo. Para comprovar
essa possibilidade, pressione F11 para abrir a janela Estilos
e formatação, clique no ícone Estilos de página e clique
com o botão direito do mouse na entrada Primeira página.
Escolha Modificar no menu de contexto. Na guia Organiza-
dor, pode ser visto o “próximo estilo”.
A quebra de página manual pode ser aplicada com ou
sem alterações dos estilos de página.
Se pressionar Ctrl+Enter, será aplicada a quebra de pá-
gina sem alterações nos estilos de página.
Se escolher Inserir - Quebra manual, a quebra de pá-
gina pode ser inserida com ou sem alterações no estilo ou
com alterações no número da página.
Dependendo do documento, é melhor: utilizar a que-
bra de página inserida manualmente entre os estilos de
página, ou utilizar uma mudança automática. Se for neces-
sária apenas uma página de título com estilo diferente, o
método automático pode ser utilizado: Você verá uma visualização do gráfico e o Assistente
de gráfico.
Para aplicar um estilo de página diferente na primeira Siga as instruções no Assistente de gráfico para criar
página um gráfico.
Clique na primeira página do documento.
Escolha Formatar - Estilos e formatação. Teclas de atalho do LibreOffice Writer
Na janela Estilos e formatação, clique no ícone Estilos Você pode utilizar teclas de atalho para executar rapi-
de página. damente tarefas comuns no LibreOffice. Esta seção relacio-
Clique duas vezes no estilo “Primeira página”. na as teclas de atalho padrão do LibreOffice Writer.
A página de título apresentará o estilo “Primeira pági-
na” e as páginas seguintes apresentarão automaticamente Teclas de função para o LibreOffice Writer
o estilo “Padrão”. Teclas de atalho - Efeito
Você pode agora por exemplo, inserir um rodapé so- F2 - Barra de fórmulas
mente para o estilo de página “Padrão”, ou inserir rodapés Ctrl+F2 - Insere campos
em ambos estilos de página, mas com os campos de nú- F3 - Completa o autotexto
mero de página formatados de modo diferente. Ctrl+F3 - Edita o autotexto
F4 - Abre a exibição da fonte de dados
Para aplicar uma alteração de estilo de página inserida Shift+F4 - Seleciona o próximo quadro
manualmente F5 - Ativar/Desativar o Navegador
Clique no início do primeiro parágrafo da página onde Ctrl+Shift+F5 - Ativar Navegador, vai para número da
será aplicado um estilo de página diferente. página
Escolha Inserir - Quebra manual. A caixa de diálogo F7 - Verificação ortográfica
Editar quebra se abrirá. Ctrl+F7 - Dicionário de sinônimos
Na caixa de listagem Estilo, selecione um estilo de pá- F8 - Modo de extensão
gina. Você pode definir um novo número de página tam- Ctrl+F8 - Ativar/Desativar sombreamentos de campos
bém. Clique em OK. Shift+F8 - Modo de seleção adicional
O estilo de página selecionado será usado a partir do Ctrl+Shift+F8 - Modo de seleção por bloco
parágrafo atual até a próxima quebra de página com estilo. F9 - Atualiza os campos
Você pode precisar criar primeiro um novo estilo de página. Ctrl+F9 - Mostra os campos
Shift+F9 - Calcula a tabela
Gráfico em um documento de texto do Writer Ctrl+Shift+F9 - Atualiza os campos e as listas de en-
Em um documento do Writer, você pode inserir um trada
gráfico com valores provenientes de uma tabela do Wri- Ctrl+F10 - Ativar/Desativar caracteres não imprimíveis
ter.#Clique dentro da tabela do Writer. F11 - Ativar/Desativar janela Estilos e formatação
Selecione Inserir – Objeto – Gráfico. Shift+F11 - Cria um estilo
Ctrl+F11 - Define o foco para a caixa Aplicar estilos
Ctrl+Shift+F11 - Atualiza o estilo
F12 - Ativar numeração
Ctrl+F12 - Insere ou edita a tabela
Shift+F12 - Ativa marcadores
Ctrl+Shift+F12 - Desativa Numeração / Marcadores

51
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Teclas de atalho para o LibreOffice Writer Seta para baixo - Move o cursor uma linha para baixo
Teclas de atalho - Efeito Shift+Seta para baixo - Seleciona linhas de cima para
Ctrl+A - Selecionar tudo baixo
Ctrl+J - Justificar Ctrl+Seta para baixo - Move o cursor para o final do
Ctrl+D - Sublinhado duplo parágrafo.
Ctrl+E - Centralizado CtrlShift+Seta para baixo - Seleciona até o fim do pa-
Ctrl+H - Localizar e substituir rágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o fim do próximo
Ctrl+Shift+P - Sobrescrito parágrafo
Ctrl+L - Alinhar à esquerda Home - Vai até o início da linha
Ctrl+R - Alinhar à direita Home+Shift - Vai e seleciona até o início de uma linha
Ctrl+Shift+B - Subscrito End - Vai até o fim da linha
Ctrl+Y - Refaz a última ação End+Shift - Vai e seleciona até o fim da linha
Ctrl+0 (zero) - Aplica o estilo de parágrafo Padrão Ctrl+Home - Vai para o início do documento
Ctrl+1 - Aplica o estilo de parágrafo Título 1 Ctrl+Home+Shift - Vai e seleciona o texto até o início
Ctrl+2 - Aplica o estilo de parágrafo Título 2 do documento
Ctrl+3 - Aplica o estilo de parágrafo Título 3 Ctrl+End - Vai para o fim do documento
Ctrl+4 - Aplica o estilo de parágrafo Título 4 Ctrl+End+Shift - Vai e seleciona o texto até o fim do
Ctrl+5 - Aplica o estilo de parágrafo Título 5 documento
Ctrl + tecla mais - Calcula o texto selecionado e copia Ctrl+PageUp - Alterna o cursor entre o texto e o ca-
o resultado para a área de transferência. beçalho
Ctrl+Hífen(-) - Hifens personalizados; hifenização defi- Ctrl+PageDown - Alterna o cursor entre o texto e o
nida pelo usuário. rodapé
Ctrl+Shift+sinal de menos (-) - Traço incondicional Insert - Ativa / Desativa modo de inserção
(não utilizado na hifenização) PageUp - Move uma página da tela para cima
Ctrl+sinal de multiplicação * (somente no teclado nu- Shift+PageUp - Move uma página da tela para cima
mérico) - Executar campo de macro com seleção
Ctrl+Shift+Espaço - Espaços incondicionais. Esses PageDown - Move uma página da tela para baixo
espaços não serão usados para hifenização nem serão ex- Shift+PageDown - Move uma página da tela para bai-
pandidos se o texto estiver justificado. xo com seleção
Shift+Enter - Quebra de linha sem mudança de pará- Ctrl+Del - Exclui o texto até o fim da palavra
grafo Ctrl+Backspace - Exclui o texto até o início da palavra
Ctrl+Enter - Quebra manual de página Em uma lista: exclui um parágrafo vazio na frente do
Ctrl+Shift+Enter - Quebra de coluna em textos com parágrafo atual
várias colunas Ctrl+Del+Shift - Exclui o texto até o fim da frase
Alt+Enter - Insere um novo parágrafo sem numeração Ctrl+Shift+Backspace - Exclui o texto até o início da
numa lista. Não funciona se o cursor estiver no fim da lista. frase
Alt+Enter - Insere um novo parágrafo antes ou depois Ctrl+Tab - Próxima sugestão com Completar palavra
de uma seção ou antes de uma tabela. automaticamente
Seta para a esquerda - Move o cursor para a esquerda Ctrl+Shift+Tab - Utiliza a sugestão anterior com Com-
Shift+Seta para a esquerda - Move o cursor para a es- pletar palavra automaticamente
querda com seleção Ctrl+Alt+Shift+V - Cola o conteúdo da área de transfe-
Ctrl+Seta para a esquerda - Vai para o início da palavra rência como texto sem formatação.
Ctrl+Shift+Seta para a esquerda - Seleciona à Ctrl + clique duplo ou Ctrl + Shift + F10 - Utilize esta
esquerda, uma palavra de cada vez combinação para encaixar ou desencaixar rapidamente a
Seta para a direita - Move o cursor para a direita janela do Navegador, a janela Estilos e Formatação ou ou-
Shift+Seta para a direita - Move o cursor para a direita tras janelas
com seleção
Ctrl+Seta para a direita - Vá para o início da próxima
palavra
Ctrl+Shift+Seta para a direita - Seleciona à direita, uma
palavra de cada vez
Seta para cima - Move o cursor uma linha acima
Shift+Seta para cima - Seleciona linhas de baixo para
cima
Ctrl+Seta para cima - Move o cursor para o começo do
parágrafo anterior
CtrlShift+Seta para cima - Seleciona até o começo do
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do pa-
rágrafo anterior

52
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

PLANILHAS ELETRÔNICAS (MS EXCEL


E BROFFICE.ORG CALC). EDIÇÃO E
FORMATAÇÃO DE CÉLULAS, MANIPULAÇÃO
DE FÓRMULAS MATEMÁTICAS
ELEMENTARES, FILTROS, SELEÇÕES E
ORDENAÇÃO.

MS EXCEL
O Excel é uma das melhores planilhas existentes no
mercado. As planilhas eletrônicas são programas que se
assemelham a uma folha de trabalho, na qual podemos
colocar dados ou valores em forma de tabela e aproveitar Na janela que é mostrada é possível inserir uma nova
a grande capacidade de cálculo e armazenamento do planilha, excluir uma planilha existente, renomear uma pla-
computador para conseguir efetuar trabalhos que, nilha, mover ou copiar essa planilha, etc...
normalmente, seriam resolvidos com uma calculadora, lápis
e papel. A tela do computador se transforma numa folha Movimentação na planilha
onde podemos observar uma série de linhas (números) e Para selecionar uma célula ou torná-la ativa, basta mo-
colunas (letras). A cada encontro de uma linha com uma vimentar o retângulo (cursor) de seleção para a posição de-
coluna temos uma célula onde podemos armazenar um sejada. A movimentação poderá ser feita através do mouse
texto, um valor, funções ou fórmula para os cálculos. O ou teclado.
Excel oferece, inicialmente, em uma única pasta de trabalho Com o mouse para selecionar uma célula basta dar um
três planilhas, mas é claro que você poderá inserir mais clique em cima dela e observe que a célula na qual você
planilhas conforma sua necessidade. clicou é mostrada como referência na barra de fórmulas.

Interface
A interface do Excel segue o padrão dos aplicativos
Office, com ABAS, Botão Office, controle de Zoom na direi-
ta. O que muda são alguns grupos e botões exclusivos do
Excel e as guias de planilha no rodapé à esquerda:

Se você precisar selecionar mais de uma célula, basta


manter pressionado o mouse e arrastar selecionando as
células em sequência.

Guias de Planilha

Um arquivo do Excel ao iniciar com três guias de plani-


lha, estas guias permite que se possa em um único arqui-
vo armazenar mais de uma planilha, inicialmente o Excel
possui três planilhas, e ao final da Plan3 temos o ícone de Se precisar selecionar células alternadamente, clique
inserir planilha que cria uma nova planilha. Você pode clicar sobre a primeira célula a ser selecionada, pressione CTRL e
com o botão direito do mouse em uma planilha existente vá clicando nas que você quer selecionar.
para manipular as planilhas.

53
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Dê um nome ao seu arquivo, defina o local onde ele


deverá ser salvo e clique em Salvar, o formato padrão das
planilhas do Excel 2010 é o xlsx, se precisar salvar em xls
para manter compatibilidade com as versões anteriores é
preciso em tipo definir como Pasta de Trabalho do Excel
97 – 2003.
Para abrir um arquivo existente, clique no botão Office
e depois no botão Abrir, localize seu arquivo e clique sobre
ele e depois em abrir.

Podemos também nos movimentar com o teclado,


neste caso usamos a combinação das setas do teclado com
a tecla SHIFT.

Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil
e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos
Entrada de textos e números mais complexos e vários valores.
Na área de trabalho do Excel podem ser digitados ca- Existem funções para os cálculos matemáticos, fi-
racteres, números e fórmulas. Ao finalizar a digitação de nanceiros e estatísticos. Por exemplo, na função: =SOMA
seus dados, você pode pressionar a tecla ENTER, ou com (A1:A10) seria o mesmo que (A1+A2+A3+A4+A5+A6+A7
as setas mudar de célula, esse recurso somente não será +A8+A9+A10), só que com a função o processo passa a
válido quando estiver efetuando um cálculo. Caso preci- ser mais fácil. Ainda conforme o exemplo pode-se observar
se alterar o conteúdo de uma célula sem precisar redigitar que é necessário sempre iniciar um cálculo com sinal de
tudo novamente, clique sobre ela e pressione F2, faça sua igual (=) e usa-se nos cálculos a referência de células (A1) e
alteração e pressione ENTER em seu teclado. não somente valores.

Salvando e Abrindo Arquivos A quantidade de argumentos empregados em uma


Para salvar uma planilha o processo é igual ao feito no função depende do tipo de função a ser utilizada. Os ar-
Word, clique no botão Office e clique me Salvar. gumentos podem ser números, textos, valores lógicos, re-
ferências, etc...

Operadores
Operadores são símbolos matemáticos que permitem
fazer cálculos e comparações entre as células. Os operado-
res são:

54
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Vamos montar uma planilha simples. Poderíamos fazer o seguinte cálculo =1*20 que me
traria o resultado, porém bastaria alterar o valor da quan-
tidade ou o V. unitário que eu precisaria fazer novamente
o cálculo. O correto é então é fazer =A4*C4 com isso eu
multiplico referenciando as células, independente do con-
teúdo dela, ele fará a multiplicação, desde que ali se tenha
um número.

Observe que o conteúdo de algumas células é maior


que a sua largura, podemos acertar isso da seguinte forma.
Se precisar trabalhar a largura de uma coluna, posicio-
no o mouse entre as colunas, o mouse fica com o formato
de uma flecha de duas pontas, posso arrastar para definir a
nova largura, ou posso dar um duplo clique que fará com Observe que ao fazer o cálculo é colocado também na
que a largura da coluna acerte-se com o conteúdo. Posso barra de fórmulas, e mesmo após pressionar ENTER, ao cli-
também clicar com o botão direito do mouse e escolher car sobre a célula onde está o resultado, você poderá ver
Largura da Coluna. como se chegou ao resultado pela barra de fórmulas.

Para o cálculo do teclado é necessário então fazer o


cálculo da segunda linha A5*C5 e assim sucessivamente.
Observamos então que a coluna representada pela letra
não muda, muda-se somente o número que representa a
linha, e se nossa planilha tivesse uma grande quantidade
de produtos, repetir o cálculo seria cansativo e com certe-
za sujeita a erros. Quando temos uma sequência de cálcu-
O objetivo desta planilha é calcularmos o valor total de los como a nossa planilha o Excel permite que se faça um
cada produto (quantidade multiplicado por valor unitário) único cálculo e ao posicionar o cursor do mouse no canto
e depois o total de todos os produtos. inferior direito da célula o cursor se transforma em uma
Para o total de cada produto precisamos utilizar o ope- cruz (não confundir com a seta branca que permite mover
rador de multiplicação (*), no caso do Mouse temos que o conteúdo da célula e ao pressionar o mouse e arrastar ele
a quantidade está na célula A4 e o valor unitário está na copia a fórmula poupando tempo).
célula C4, o nosso caçulo será feito na célula D4.

55
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Para calcular o total você poderia utilizar o seguinte cálculo D4+D5+D6+D7+D8, porém isso não seria nada pratico em
planilhas maiores. Quando tenho sequências de cálculos o Excel permite a utilização de funções.
No caso a função a ser utilizada é a função SOMA, a sua estrutura é =SOMA(CelIni:Celfim), ou seja, inicia-se com o sinal
de igual (=), escreve-se o nome da função, abrem-se parênteses, clica-se na célula inicial da soma e arrasta-se até a
última célula a ser somada, este intervalo é representado pelo sinal de dois pontos (:), e fecham-se os parênteses.

Embora você possa fazer manualmente na célula o Excel possui um assistente de função que facilita e muito a utilização
das mesmas em sua planilha. Na ABA Inicio do Excel dentro do grupo Edição existe o botão de função.

A primeira função é justamente Soma, então clique na célula e clique no botão de função.

Observe conforme a imagem que o Excel acrescenta a soma e o intervalo de células pressione ENTER e você terá seu
cálculo.

Formatação de células
A formatação de células é muito semelhante a que vimos para formatação de fonte no Word, basta apenas que a célula
onde será aplicada a formatação esteja selecionada, se precisar selecionar mais de uma célula, basta selecioná-las.
As opções de formatação de célula estão na ABA Inicio.

Temos o grupo Fonte que permite alterar a fonte a ser utilizada, o tamanho, aplicar negrito, itálico e sublinhado, linhas
de grade, cor de preenchimento e cor de fonte. Ao clicar na faixa do grupo será mostrada a janela de fonte.

56
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

A guia Alinhamento permite definir o alinhamento do


conteúdo da célula na horizontal e vertical, além do con-
trole do texto.

A guia Bordas permite adicionar bordas a sua planilha,


embora a planilha já possua as linhas de grade que faci-
litam a identificação de suas células, você pode adicionar
bordas para dar mais destaque.

A guia mostrada nesta janela é a Fonte nela temos o


tipo da letra, estilo, tamanho, sublinhado e cor, observe que
existem menos recursos de formatação do que no Word.
A guia Número permite que se formatem os números
de suas células. Ele dividido em categorias e dentro de
cada categoria ele possui exemplos de utilização e algumas
personalizações como, por exemplo, na categoria Moeda
em que é possível definir o símbolo a ser usado e o número
de casas decimais.

A guia Preenchimento permite adicionar cores de pre-


enchimento às suas células.

57
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Vamos então formatar nossa planilha, inicialmente sele- O botão estilo de Célula permite que se utilize um esti-
cione todas as células de valores em moeda. Você pode uti- lo de cor para sua planilha.
lizar a janela de formatação como vimos antes, como pode
também no grupo Número clicar sobre o botão moeda.

Vamos colocar também a linha onde estão Quant, Pro-


duto etc... em negrito e centralizado.
A segunda opção Formatar como Tabela permite tam-
O título Relação de Produtos ficará melhor visualmente
se estiver centralizado entra a largura da planilha, então bém aplicar uma formatação a sua planilha, porém ele já
selecione desde a célula A1 até a célula D1 depois clique começa a trabalhar com Dados.
no botão Mesclar e Centralizar centralize e aumente um
pouco o tamanho da fonte.

Para finalizar selecione toda a sua planilha e no botão


de bordas, selecione uma borda externa.

Ele acrescenta uma coluna superior com indicações de


colunas e abre uma nova ABA chamada Design
Estilos
Esta opção é utilizada par aplicar, automaticamente um
formato pré-definido a uma planilha selecionada.

No grupo Opções de Estilo de Tabela desmarque a op-


ção Linhas de Cabeçalho.
Para poder manipular também os dados de sua pla-
nilha é necessário selecionar as células que pretende ma-
nipular como planilha e no grupo Ferramentas clique no
botão Converter em Intervalo.

58
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Auto Preenchimento das Células


Vimos no exemplo anterior que é possível copiar uma
fórmula que o Excel entende que ali temos uma fórmula e
faz a cópia. Podemos usar este recurso em outras situações,
se eu tiver um texto comum ou um número único, e aplicar
este recurso, ele copia sem alterar o que será copiado, mas
posso utilizar este recurso para ganhar tempo.
Se eu criar uma sequência numérica, por exemplo, na
célula A1 o número 1 e na célula A2 o número 2, ao se-
lecionar ambos, o Excel entende que preciso copiar uma
sequência.
Se eu colocar na célula A1 o número 1 e na célula A2
o número 3, ele entende que agora a sequência é de dois
em dois.

Congelar Painéis

Algumas planilhas quando muito longas necessitam


que sejam mantidos seus cabeçalho e primeiras linhas,
evitando-se assim a digitação de valores em locais errados.
Esse recurso chama-se congelar painéis e está disponível
na ABA exibição.

Esta mesma sequência pode ser aplicada a dias da se-


mana, horas, etc...
Inserção de linhas e colunas
Para adicionar ou remover linhas e colunas no Excel No grupo Janela temos o botão Congelar Painéis, cli-
é simples. Para adicionar, basta clicar com o botão direito que na opção congelar primeira linha e mesmo que você
do mouse em uma linha e depois clicar em Inserir, a linha role a tela a primeira linha ficará estática.
será adicionada acima da selecionada, no caso a coluna
será adicionada à esquerda. Para excluir uma linha ou uma
coluna, basta clicar com o botão direito na linha ou coluna
a ser excluída.

Este processo pode ser feito também pelo grupo Célu-


las que está na ABA inicio.

Através da opção Formatar podemos também definir a


largura das linhas e colunas.

59
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ainda dentro desta ABA podemos criar uma nova ja-


nela da planilha Ativa clicando no botão Nova Janela, po-
demos organizar as janelas abertas clicando no botão Or-
ganizar Tudo,

O cálculo ficaria para o primeiro produto =D4/D9 e de-


pois bastaria aplicar a formatação de porcentagem e acres-
centar duas casas decimais.

Pelo grupo Mostrar / Ocultar podemos retirar as linhas


de grade, as linhas de cabeçalho de coluna e linha e a barra
de formulas.

Trabalhando com Referências


Percebemos que ao copiar uma fórmula, automatica-
mente são alteradas as referências, isso ocorre, pois traba-
lhamos até o momento com valores relativos.
Porém, vamos adicionar em nossa planilha mais Porém se utilizarmos o conceito aprendido de copiar
uma coluna onde pretendo calcular qual a porcentagem
a célula E4 para resolver os demais cálculos na célula E5 à
cada produto representa no valor total
fórmula ficará =D5/D10, porém se observarmos o correto
seria ficar =D5/D9, pois a célula D9 é a célula com o valor
total, ou seja, esta é a célula comum a todos os cálculos a
serem feitos, com isso não posso copiar a fórmula, pelo
menos não como está.

60
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Uma solução seria fazer uma a uma, mas a ideia de As combinações então ficariam (tomando como base a
uma planilha é ganhar-se tempo. célula D9)
A célula D9 então é um valor absoluto, ele não muda é D9 - Relativa, não fixa linha nem coluna
também chamado de valor constante. $D9 - Mista, fixa apenas a coluna, permitindo a varia-
A solução é então travar a célula dentro da formula, ção da linha.
para isso usamos o símbolo do cifrão ($), na célula que fize- D$9 - Mista, fixa apenas a linha, permitindo a variação
mos o cálculo E4 de clique sobre ela, depois clique na barra da coluna.
de fórmulas sobre a referência da célula D9. $D$9 - Absoluta, fixa a linha e a coluna.

Algumas outras funções


Vamos inicialmente montar a seguinte planilha

Pressione em seu teclado a tecla F4. Será então adi-


cionado o símbolo de cifrão antes da letra D e antes do
número 9. $D$9.
Em nosso controle de atletas vamos através de algu-
mas outras funções saber algumas outras informações de
nossa planilha.
O Excel possui muitas funções, você pode conhecer
mais sobre elas através do assistente de função.

Pressione ENTER e agora você poderá copiar a sua cé-


lula.

No exemplo acima foi possível travar toda a células,


existem casos em que será necessário travar somente a li-
nha e casos onde será necessário travar somente a coluna.

61
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ao clicar na opção Mais Funções abre-se a tela de In- MIN


serir Função, você pode digitar uma descrição do que gos- Mostra o valor mínimo de uma seleção de células.
taria de saber calcular, pode buscar por categoria, como Vamos utilizar essa função em nossa planilha para sa-
Financeira,m Data Hora etc..., ao escolher uma categoria, ber os valores mínimos nas características de nossos atle-
na caixa central serão mostradas todas as funções relativas tas.
a essa categoria. Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de
Ao selecionar, por exemplo, a categoria Estatística e idade na linha de valores máximos E16 e monte a seguinte
dentro do conjunto de funções desta categoria a função função =MIN(E4:E13). Com essa função está buscando no
Máximo abaixo é apresentado uma breve explicação da uti- intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encon-
lização desta função. Se precisar de mais detalhes da utili- trado.
zação da função clique sobre o link Ajuda sobre esta função.

Para calcular os valores mínimos para o peso e a altura


o processo é o mesmo.

Média

Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.


Máximo Vamos utilizar essa função em nossa planilha para sa-
Mostra o valor MAIOR de uma seleção de células. ber os valores médios nas características de nossos atletas.
Em nossa planilha vamos utilizar essa função para sa- Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna
ber é a maior idade, maior peso e a maior altura. de idade na linha de valores máximos E17 e monte a se-
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de guinte função =MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos
idade na linha de valores máximos E15 e monte a seguin- buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor
te função =MAXIMO(E4:E13). Com essa função estamos máximo encontrado.
buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor
máximo encontrado.

Para o peso e a altura basta apenas repetir o processo


Vamos utilizar essa função em nossa planilha de con-
trole de atletas. Vamos utilizar a função nos valores médios
Vamos repetir o processo para os valores máximos do da planilha, deixaremos com duas casas decimais.
peso e da altura.

62
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Vamos aproveitar também o exemplo para utilizarmos


um recurso muito interessante do Excel que é o aninha-
mento de funções, ou seja, uma função fazendo parte de
outra.
A função para o cálculo da média da Idade é
=MÉDIA(E4:E13) clique na célula onde está o cálculo e de-
pois clique na barra de fórmulas.
Altere a função para =ARRED(MÉDIA(E4:E13);1) com
isso fizemos com que caso exista números após a vírgu-
la o mesmo será arredonda a somente uma casa decimal.
Caso você não queira casas decimais coloque após o ponto
e vírgula o número zero.

Nesta situação deve-se ter uma atenção grande em re-


lação aos parênteses, observe que foi aberto uma após a Vamos atribuir inicialmente que atletas com idade me-
função ARRED e um a pós a função MÉDIA então se deve nor que 18 anos serão da categoria Juvenil e acima disso
ter o cuidado de fechá-los corretamente. O que auxilia no categoria Profissional. Então a lógica da função será que
fechamento correto dos parênteses é que o Excel vai colo- quando a Idade do atleta for menor que 18 ele será Juvenil
rindo os mesmos enquanto você faz o cálculo. e quando ela for igual ou maior que 18 ele será Profissional.
Convertendo isso para a função e baseando-se que a
idade do primeiro atleta está na célula E4 à função ficará:
=SE(E4<18;”Juvenil”;”Profissional”.)

Função SE

Esta é com certeza uma das funções mais importantes


do Excel e provavelmente uma das mais complexas para
quem está iniciando.

Esta função retorna um valor de teste_lógico que per-


mite avaliar uma célula ou um cálculo e retornar um valor
verdadeiro ou um valor falso. Explicando a função.
=SE(E4<18: inicio da função e teste lógico, aqui é veri-
Sua sintaxe é =SE (TESTELÓGICO;VALOR ficado se o conteúdo da célula E4 é menor que 18.
VERDADEIRO;VALOR FALSO). “Juvenil”: Valor a ser apresentado como verdadeiro.
=SE - Atribuição de inicio da função; “Profissional”: Valor a ser apresentado como falso.
Vamos incrementar um pouco mais nossa planilha, va-
TESTELÓGICO - Teste a ser feito par validar a célula; mos criar uma tabela em separado com a seguinte defini-
VALOR VERDADEIRO - Valor a ser apresentado na cé- ção. Até 18 anos será juvenil, de 18 anos até 30 anos será
lula quando o teste lógico for verdadeiro, pode ser outra considerado profissional e acima dos 30 anos será consi-
célula, um caçulo, um número ou um texto, apenas lem- derado Master.
brando que se for um texto deverá estar entre aspas.
Nossa planilha ficará da seguinte forma.
VALOR FALSO - Valor a ser apresentado na célula quan-
do o teste lógico for falso, pode ser outra célula, um caçulo,
um número ou um texto, apenas lembrando que se for um
texto deverá estar entre aspas.
Para exemplificar o funcionamento da função vamos
acrescentar em nossa planilha de controle de atletas uma
coluna chamada categoria.

Temos então agora na coluna J a referência de idade, e


na coluna K a categoria.

63
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Então agora preciso verificar a idade de acordo com A função ficou da seguinte forma =CONT.SE(H4:H13;K4)
o valor na coluna J e retornar com valores verdadeiros e onde se faz a contagem em um intervalo de H3:H13 que é
falsos o conteúdo da coluna K. A função então ficará da o resultado calculado pela função
seguinte forma: SE e retorna a célula K4 onde está a categoria juvenil de
atletas. Para as demais categorias basta repetir o cálculo
mudando-se somente a categoria que está sendo buscada.

Funções de Data e Hora


Podemos trabalhar com diversas funções que se ba-
seiam na data e hora de seu computador. As principais fun-
ções de data e hora são:
=HOJE( ) Retorna a data atual.
=SE(E4<J4;K4;SE(E4<J5;K5;K6)) =MÊS(HOJE()) Retorna o mês atual
Temos então: =ANO(HOJE()) Retorna o ano atual
=SE(E4<J4: Aqui temos nosso primeiro teste lógico, =HORA(AGORA()) Retorna à hora atual
onde verificamos se a idade que consta na célula E4 é =MINUTO(AGORA()) Retorna o minuto atual
menor que o valor que consta na célula J4. =SEGUNDO(AGORA()) Retorna o segundo atual
K4: Célula definida a ser retornada como verdadeiro =AGORA( ) Retorna a data e à hora
deste teste lógico, no caso o texto “Juvenil”. =DIA.DA.SEMANA(HOJE()) Retorna o dia da semana
SE(E4<J5: segundo teste lógico, onde verificamos se em número
valor da célula E4 é menor que 30, se for real retorna o =DIAS360( ) Calcula o número de dias que há entre
segundo valor verdadeiro, é importante ressaltar que este uma data inicial e uma data final.
teste lógico somente será utilizado se o primeiro teste der Para exemplificar monte a seguinte planilha.
como falso.
K5: Segundo valor verdadeiro, será retornado se o se-
gundo teste lógico estiver correto.
K6: Valor falso, será retornado se todos os testes lógi-
cos derem como falso.
Permite contar em um intervalo de valores quantas ve-
zes se repete determinado item. Vamos aplicar a função
em nossa planilha de controle de atletas

Adicione as seguintes linhas abaixo de sua planilha

Em V.Diário, vamos calcular quantas horas foram tra-


balhadas durante cada dia.
=B3-B2+B5-B4, pegamos a data de saída e subtraímos
pela data de entrada de manhã, com isso sabemos quan-
tas horas foram trabalhadas pela manhã na mesma função
faço a subtração da saída no período da tarde pela entrada
do período da tarde e somo os dois períodos.

Então vamos utilizar a função CONT.SE para buscar em


nossa planilha quantos atletas temos em cada categoria.

Repita o processo para todos os demais dias da sema-


na, somente no sábado é preciso apenas calcular a parte da
manhã, ou seja, não precisa ser feito o cálculo do período
da tarde.

64
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

chegar em 23:59:59, então preciso fazer com que o Excel


entenda que ele precisa continuar a contagem. Clique na
faixa do grupo número na ABA Inicio, na janela que se abre
clique na categoria Hora e escolha o formato 37:30:55 esse
formato faz com que a contagem continue.

Para calcular o V. da hora que o funcionário recebe co-


loque um valor, no caso adicione 15 e coloquei no formato
Moeda. Vamos agora então calcular quanto ele ganhou por
dia, pois temos quantas horas ele trabalhou durante o dia
e sabemos o valor da hora. Como temos dois formatos de
números precisamos durante o cálculo fazer a conversão.
Para a segunda-feira o cálculo fica da seguinte forma:
=HORA(B6)*B7+MINUTO(B6)*B7/60.
Inicialmente utilizamos a função HORA e pegamos Crie um novo campo abaixo da Tabela e coloque V. a
como referência de hora o valor da célula B6, multiplica- receber e faça a soma dos valores totais.
mos pelo valor que está em B7, essa parte calcula somente
à hora cheia então precisamos somar os minutos que pega
a função MINUTO e multiplica a quantidade de horas pelo
valor da hora, como o valor é para a hora o dividimos então
por 60
Após isso coloque o valor em formato Moeda.

Planilhas 3D

O conceito de planilha 3D foi implantado no Excel na


versão 5 do programa, ele é chamado dessa forma pois
Para os demais cálculos o V.Hora será igual há todos permite que se façam referências de uma planilha em ou-
os dias então ele precisa ser fixo para que o cálculo possa tra.
ser copiado, o número 60 por ser um número não é muda.
Posso por exemplo fazer uma soma de valores que es-
=HORA(B6)*$B$7+MINUTO(B6)*$B$7/60 tejam em outra planilha, ou seja quando na planilha matriz
Para sabermos quantas horas o funcionário trabalhou algum valor seja alterado na planilha que possui referência
na semana, faça a soma de todos os dias trabalhados. com ela também muda.

Vamos a um exemplo

Ao observar atentamente o valor calculado ele mostra


20:40, porém nessa semana o funcionário trabalhou mais
de 40 horas, isso ocorre pois o cálculo de horas zera ao

65
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Faremos uma planilha para conversão de valores, en-


tão na planilha 1 vamos ter um campo para que se coloque
o valore em real e automaticamente ele fará a conversão
para outras moedas, monte a seguinte planilha.

Vamos renomear a planilha para resultado.

Para isso dê um duplo clique no nome de sua planilha


Plan1 e digite o novo nome.
Com isso toda vez que eu alterar na planilha valores o
valor do dólar, ele atualiza na planilha resultado.
Salve seu arquivo e clique na guia Plan2 e digite a se-
Faça o cálculo para o valor do dólar para venda, a fun-
guinte planilha
ção ficará da seguinte forma: =B2/valores!C2.

Para poder copiar a fórmula para as demais células,


bloqueie a célula B2 que é referente ao valor em real.
O ideal nesta planilha é que a única célula onde o usu-
ário possa manipular seja a célula onde será digitado valor
em real para a conversão, então vamos bloquear a planilha
deixando essa célula desprotegia.
Clique na célula onde será digitado o valor em real
depois na ABA Inicio no grupo Fonte clique na faixa e na
janela que se abre clique na guia Proteção.
Desmarque a opção Bloqueadas, isso é necessário, pois
esta célula é a única que poderá receber dados.

Renomeie essa planilha para valores

Retorne a planilha resultado e coloque um valor qual-


quer no campo onde será digitado valor.

Clique agora na ABA Revisão e no grupo Alterações


clique no botão Proteger Planilha.
Clique agora no campo onde será colocado o valor de
compra do dólar na célula B4 e clique na célula onde está
o valor que acabou de digitar célula B2, adicione o sinal de
divisão (/) e depois clique na planilha valores ele vai colocar
o nome da planilha seguido de um ponto de exclamação
(!) e clique onde está o valor de compra do dólar. A função
ficará da seguinte forma =B2/valores!B2. Será mostrada mais uma janela coloque uma senha
(recomendável)

66
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ao tentar alterar uma célula protegida será mostrado o seguinte aviso

Se precisar alterar alguma célula protegida basta clicar no botão Desproteger Planilha no grupo Alterações.

Inserção de Objetos
A inserção de objetos no Excel é muito semelhante ao que aprendemos no Word, as opções de inserção de objetos
estão na ABA Inserir.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Podemos inserir Imagens, clip-arts, formas, SmartArt, caixas de texto, WordArt, objetos, símbolos, etc.

Como a maioria dos elementos já sabemos como implementar vamos focar em Gráficos.

Gráficos
A utilização de um gráfico em uma planilha além de deixá-la com uma aparência melhor também facilita na hora de
mostrar resultados. As opções de gráficos, esta no grupo Gráficos na ABA Inserir do Excel

Para criar um gráfico é importante decidir quais dados serão avaliados para o gráfico. Vamos utilizar a planilha Atletas
para criarmos nosso gráfico, vamos criar um gráfico que mostre os atletas x peso.
Selecione a coluna com o nome dos atletas, pressione CTRL e selecione os valores do peso.

Ao clicar em um dos modelos de gráfico no grupo Gráficos você poderá selecionar um tipo de gráfico disponível, no
exemplo cliquei no estilo de gráfico de colunas.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Escolha no subgrupo coluna 2D a primeira opção e seu gráfico será criado.

Para mover o gráfico para qualquer parte de sua planilha basta clicar em uma área em branco de o gráfico manter o
mouse pressionado e arrastar para outra parte.
Na parte superior do Excel é mostrada a ABA Design (Acima dela Ferramentas de Gráfico).

Se você quiser mudar o estilo de seu gráfico, você pode clicar no botão Alterar Tipo de Gráfico.

Para alterar a exibição entre linhas e colunas, basta clicar no botão Alterar Linha/Coluna.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ainda em Layout do Gráfico podemos modificar a dis-


tribuição dos elementos do Gráfico.

Podemos também modificar o estilo de nosso gráfico Dados


através do grupo Estilos de Gráfico O Excel possui uma ABA chamada Dados que permite
importar dados de outras fontes, ou trabalhar os dados de
uma planilha do Excel

Classificação

Vamos agora trabalhar com o gerenciamento de dados


criados no Excel.
Vamos utilizar para isso a planilha de Atletas.
Classificar uma lista de dados é muito fácil, e este re-
curso pode ser obtido pelo botão Classificar e Filtrar na
ABA Inicio, ou pelo grupo Classificar e Filtrar na ABA Dados.

Vamos então selecionar os dados de nossa planilha


que serão classificados.

Podemos também deixar nosso gráfico isolado em


uma nova planilha, basta clicar no botão Mover Gráfico.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Clique no botão Classificar.

Você precisa definir quais serão os critérios de sua classificação, onde diz
Classificar por clique e escolha nome, depois clique no botão Adicionar Nível e coloque Modalidade.

Antes de clicar em OK, verifique se está marcada a opção Meus dados contêm cabeçalhos, pois selecionamos a linha
de títulos em nossa planilha e clique em OK.

Você pode mudar a ordem de classificação sempre que for necessário, basta clicar no botão de Classificar.

Auto Filtro
Este é um recurso que permite listar somente os dados que você precisa visualizar no momento em sua planilha. Com
seus dados selecionados clique no botão Filtro e observe que será adicionado junto a cada célula do cabeçalho da planilha
uma seta.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Estas setas permite visualizar somente os dados que te interessam na planilha, por exemplo caso eu precise da relação
de atletas do sexo feminino, basta eu clicar na seta do cabeçalho sexo e marcar somente Feminino, que os demais dados
da planilha ficarão ocultos.

Posso ainda refinar mais a minha filtragem, caso precise saber dentro do sexo feminino quantos atletas estão na cate-
goria Profissional, eu faço um novo filtro na coluna Categoria.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Observe que as colunas que estão com filtro possuem Depois clique no botão Subtotal.
um ícone em forma de funil no lugar da seta. Em A cada alteração em: coloque sexo e em Adicionar
subtotal a deixe marcado apenas Peso, depois clique em OK.
Para remover os filtros, basta clicar nos cabeçalhos
com filtro e escolher a opção selecionar tudo.
Você também pode personalizar seus filtros através da
opção Filtros de Texto e Filtro de número (quando conteú-
do da célula for um número).

Observe na esquerda que são mostrados os níveis de


visualização dos subtotais e que ele faz um total a cada
sequência do sexo dos atletas.
Para remover os subtotais, basta clicar no botão Subto-
tal e na janela que aparece clique em Remover Todos.

Impressão
O processo de impressão no Excel é muito parecido
com o que fizemos no Word.
Subtotais Clique no botão Office e depois em Imprimir e escolha
Podemos agrupar nossos dados através de seus valo- Visualizar Impressão.
res, vamos inicialmente classificar nossa planilha pelo sexo
dos atletas relacionado com a idade.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

No caso escolhi a planilha atletas, podemos observar Para reexibir aquilo que você ocultou, selecione uma
que a mesma não cabe em uma única página. Clique no célula da linha anterior e uma da próxima, depois utilize
botão Configurar Página. as teclas CTRL + SHIFT + (. Por exemplo: se você ocultou a
linha 14 e precisa reexibi-la, selecione uma célula da linha
13, uma da linha 15 e pressione as teclas de atalho.

CTRL + ): esse atalho funciona exatamente como o


anterior, porém, ele não oculta linhas, mas sim COLUNAS.
Para reexibir as colunas que você ocultou, utilize as teclas
CTRL + SHIFT + ). Por exemplo: você ocultou a coluna C e
quer reexibi-la. Selecione uma célula da coluna B e uma da
célula D, depois pressione as teclas mencionadas.

CTRL + SHIFT + $: quando estiver trabalhando com va-


lores monetários, você pode aplicar o formato de moeda
utilizando esse atalho. Ele coloca o símbolo R$ no número
e duas casas decimais. Valores negativos são colocados en-
tre parênteses.

CTRL + SHIFT + Asterisco (*): esse comando é extre-


mamente útil quando você precisa selecionar os dados
que estão envolta da célula atualmente ativa. Caso existam
Marque a opção Paisagem e clique em OK. células vazias no meio dos dados, elas também serão se-
lecionadas. Veja na imagem abaixo um exemplo. A célula
selecionada era a D6.
CTRL + Sinal de adição (+): quando você precisar inse-
rir células, linhas ou colunas no meio dos dados, ao invés
de clicar com o mouse no número da linha ou na letra da
coluna, basta pressionar esse comando.
*Utilize o sinal de adição do teclado numérico ou a
combinação CTRL + SHIFT + Sinal de adição que fica à es-
querda da tecla backspace, pois ela tem o mesmo efeito.

CTRL + Sinal de subtração (-): para excluir células, li-


nhas ou colunas inteiras, pressione essas teclas. Esse co-
mando funciona tanto no teclado normal quanto no tecla-
Teclas de atalho do Excel do numérico.
CTRL + !: quando se está trabalhando com planilhas
grandes, quando os dados precisam ser apresentados a um CTRL + D: você pode precisar que todas as células de
gerente, ou mesmo só para facilitar sua vida, a melhor ma- determinada coluna tenham o mesmo valor. Apertando
neira de destacar certas informações é formatar a célula, de CTRL + D, você fará com que a célula ativa seja preenchi-
modo que a fonte, a cor do texto, as bordas e várias outras da com o mesmo valor da célula que está acima dela. Por
configurações de formatação. Mas ter que usar o mouse exemplo: você digitou o número 5432 na célula A1 e quer
para encontrar as opções de formatação faz você perder que ele se repita até a linha 30. Selecione da célula A1 até
muito tempo. Portanto, pressionando CTRL + !, você fará a A30 e pressione o comando. Veja que todas as células
com que a janela de opções de formatação da célula seja serão preenchidas com o valor 5432.
exibida. Lembre-se que você pode selecionar várias células
para aplicar a formatação de uma só vez. CTRL + R: funciona da mesma forma que o comando
acima, mas para preenchimento de colunas. Exemplo: sele-
CTRL + (: muitas vezes você precisa visualizar dados cione da célula A1 até a E1 e pressione CTRL + R. Todas as
que não estão próximos uns dos outros. Para isso o Excel células selecionadas terão o mesmo valor da A1.
fornece a opção de ocultar células e colunas. Pressionan-
do CTRL + (, você fará com que as linhas correspondentes CTRL + ALT + V: você já deve ter cometido o erro de co-
à seleção sejam ocultadas. Se houver somente uma célula piar uma célula e colar em outro local, acabando com a for-
ativa, só será ocultada a linha correspondente. Por exem- matação que tinha definido anteriormente, pois as células
plo: se você selecionar células que estão nas linhas 1, 2, 3 de origem eram azuis e as de destino eram verdes. Ou seja,
e 4 e pressionar as teclas mencionadas, essas quatro linhas você agora tem células azuis onde tudo deveria ser verde.
serão ocultadas. Para que isso não aconteça, você pode utilizar o comando

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

“colar valores”, que fará com que somente os valores das LIBREOFFICE CALC
células copiadas apareçam, sem qualquer formatação. Para O LibreOffice Calc é um programa de planilha que você
não precisar usar o mouse, copie as células desejadas e na pode usar para organizar e manipular dados que contêm
hora de colar utilize as teclas CTRL + ALT + V. texto, números, valores de data e tempo, e mais, por exem-
plo para o orçamento doméstico.
CTRL + PAGE DOWN: não há como ser rápido utilizan- O Calc nos permite:
do o mouse para alternar entre as planilhas de um mesmo • Aplicar fórmulas e funções a dados numéricos e
arquivo. Utilize esse comando para mudar para a próxima efetuar cálculos
planilha da sua pasta de trabalho. • Aplicação de uma muitas formatações, como tipo,
tamanho e coloração das fontes, impressão em colunas,
CTRL + PAGE UP: similar ao comando anterior. Porém, alinhamento automático etc ...,
executando-o você muda para a planilha anterior. • Utilização de figuras, gráficos e símbolos,
*É possível selecionar as planilhas que estão antes ou • Movimentação e duplicação dos dados e fórmulas
depois da atual, pressionando também o SHIFT nos dois dentro das planilhas ou para outras planilhas,
comando acima. • Armazenamento de textos em arquivos, o que
Teclas de função permite usá-los ou modificá-los no futuro.
Poucas pessoas conhecem todo o potencial das teclas
que ficam na mesma linha do “Esc”. Assim como o CTRL, Fundamentos da planilha
as teclas de função podem ser utilizadas em combinação Uma planilha (“sheet”) é uma grande tabela, já prepa-
com outras, para produzir comandos diferentes do padrão rada para efetuar cálculos, operações matemáticas, proje-
atribuído a elas. Veja alguns deles abaixo. ções, análise de tendências, gráficos ou qualquer tipo de
operação que envolva números.
F2: se você cometer algum erro enquanto está inse- Cada planilha se compõe de colunas e linhas, cuja in-
rindo fórmulas em uma célula, pressione o F2 para poder tersecção delimita as células:
mover o cursor do teclado dentro da célula, usando as se-
Colunas: Estão dispostas na posição vertical e são iden-
tas para a direita e esquerda. Caso você pressione uma da
tificadas da esquerda para a direita, começando com A até
setas sem usar o F2, o cursor será movido para outra célula.
Z. Depois de Z, são utilizadas 2 letras: AA até AZ, que são
seguidas por BA até BZ, e assim por diante, até a última (IV),
ALT + SHIFT + F1: inserir novas planilhas dentro de um
num total de 256 colunas.
arquivo do Excel também exige vários cliques com o mou-
Linhas: Estão dispostas na posição horizontal e são
se, mas você pode usar o comando ALT + SHIFT + F1 para
numeradas. Portanto, a intersecção entre linhas e colunas
ganhar algum tempo. As teclas SHIFT + F11 produzem o
gera milhões de células disponíveis.
mesmo efeito.
Cada planilha possui 1.048.576 linhas e as colunas vão
F8: use essa tecla para ligar ou desligar o modo de se-
até AMJ.
leção estendida. Esse pode ser usado da mesma forma que
Valores: Um valor pode representar um dado numérico
o SHIFT. Porém, ele só será desativado quando for pres-
ou textual entrado pelo usuário ou pode ser resultado de
sionado novamente, diferente do SHIFT, que precisa ser
uma fórmula ou função.
mantido pressionado para que você possa selecionar várias
Fórmulas: A fórmula é uma expressão matemática
células da planilha.
dada ao computador (o usuário tem que montar a fórmula)
para calcular um resultado, é a parte inteligente da pla-
Veja abaixo outros comandos úteis:
nilha; sem as fórmulas a planilha seria um amontoado de
textos e números.
CTRL + Setas de direção: move o cursor para a última
Funções: São fórmulas pré-definidas para pouparem
célula preenchida. Se houve alguma célula vazia no meio,
tempo e trabalho na criação de uma equação.
o cursor será movido para a última célula preenchida que
Uma célula é identificada por uma referência que con-
estiver antes da vazia.
siste na letra da coluna a célula seguida do número da li-
END: pressione essa tecla uma vez para ativar ou de-
nha da célula. Por exemplo, a referência de uma célula na
sativar o “Modo de Término”. Sua função é parecida com o
interseção da coluna A e da linha 2 é A2. Além disso, a
comando anterior. Pressiona uma vez para ativar e depois
referência do intervalo de células nas colunas de A a C e
pressione uma tecla de direção para mover o cursor para a
linhas 1 a 5 é A1:C5.
última célula preenchida.
Endereço ou Referência: Cada planilha é formada
*Se a tecla Scroll Lock estiver ativada, pressionar END
por linhas numeradas e por colunas ordenadas alfabetica-
fará com que o cursor seja movido para a célula que estiver
mente, que se cruzam delimitando as células. Quando se
visível no canto inferior direito da janela.
clica sobre uma delas, seleciona-se a célula.
CTRL + BARRA DE ESPAÇO: utilize essa atalho se você
Célula: corresponde à unidade básica da planilha, ou
quiser selecionar a coluna inteira onde está o cursor.
seja, cada retângulo da área de edição.
SHIFT + BARRA DE ESPAÇOS: semelhante ao comando
Célula Ativa: É a célula onde os dados serão digitados,
acima, porém, seleciona a linha inteira onde está o cursor.
ou seja, onde está o cursor no instante da entrada de da-
dos.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Dá-se o nome Endereço ou Referência ao conjunto das coordenadas que uma célula ocupa em uma planilha. Por exem-
plo, a intersecção entre a coluna B e a linha 3 é exclusiva da casela B3, portanto é a sua referência ou endereço.
A figura abaixo mostra a célula B3 ativa (ou atual, ou selecionada), ou seja, o cursor está na intersecção da linha 3 com
a coluna B. (Notar que tanto a linha 3 como a coluna B destacam-se em alto relevo).

A célula ativa ou célula atual é a que está clicada, ou seja, é aquela na qual serão digitadas os dados nesse mo-
mento.
Apenas uma célula pode ficar ativa de cada vez e a seleção é representada pelas bordas da célula que ficam negritadas.
Para mudar a posição da célula ativa pode-se usar o mouse ou as teclas de seta do teclado.
Observação - Você pode também incluir o nome do arquivo e o nome da folha em uma referência a uma célula ou
a um intervalo de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo de células, para usar o nome em vez de uma
referência à coluna/número. Para obter detalhes, pesquise o termo eferências na ajuda on-line.

Layout

Barra de título
A barra de título, localizada no alto da tela, mostra o nome da planilha atual. Quando a planilha for recém criada, seu
nome é Sem título X, onde X é um número. Quando a planilha é salva pela primeira vez, você é solicitado a dar um nome
a sua escolha.

Barra de Menus
A Barra de Menus é composta por 9 menus, que são: Arquivo, Editar, Exibir, Inserir, Formatar, Tabela, Ferramentas, Ja-
nela e Ajuda. Onde encontra-se todos os comandos do Calc.
Menu Arquivo: Este menu contém os comandos para Criar uma planilha, salva-la, abrir os documentos já salvos e os
mais recentes e por fim fechar a planilha.
Menu Editar: Responsável pelos comando de copiar, mover e excluir os dados, desfazer e refazer uma ação além de
localizar e substituir dados.
Menu Exibir: Esse menu é utilizado para estruturar a área de trabalho. A partir de suas opções, podem ser exibidas ou
ocultadas as barras do LibreOffice.Calc. Ainda podem ser trabalhadas a aparência e o tamanho da tela de trabalho.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Menu Inserir: É responsável pela inserção de elementos como linhas, colunas, comentários nas células, figuras, gráficos,
fórmulas músicas, vídeos entre outros.
Menu Formatar: É responsável pela formatação de fontes e números, alinhamento dados nas células inserção de bordas
nas células e alteração de cores tanto de fonte quanto de plano de fundo.
Menu Ferramentas: Possui comandos para proteger o documento impedindo que alterações sejam feitas, personaliza
menus e as teclas de atalho, além de possuir recurso Galeria, onde podemos selecionar figuras e sons do próprio LibreOf-
fice para inserir no documento.
Menu Dados: Seleciona um intervalo e Classifica as linhas selecionadas de acordo com as condições especificas além
de outras funções.
Menu Janela: É utilizado para Abrir uma nova janela, Fecha a janela atual, Dividir a janela atual e listar todas as janelas
do documento.
Menu Ajuda: Abre a página principal da Ajuda de OpenOffice.org.br para o aplicativo atual. Você pode percorrer as
páginas da Ajuda e procurar pelos termos do índice ou outro texto.
Você pode personalizar a Barra de menu conforme as suas necessidades, para isso, vá em Ferramentas → Personalizar...
e vá na guia Menu.

Barra de ferramentas
Três barras de ferramentas estão localizadas abaixo da Barra de menus, por padrão: A Barra de ferramentas padrão, a
Barra de ferramentas de formatação, e a Barra de fórmulas.
Na Barra de ferramentas padrão estão várias opções tais como, gráficos, impressão, ajuda, salvar, outros.
Na Barra de ferramentas de formatação existem opções para alinhamento, numeração, recuo, cor da fonte e o outros.

Barra de fórmulas

Apresentando a barra de fórmulas.


À direita da Caixa de nome estão os botões do Assistente de Funções, de Soma, e de Função.
Clicando no botão do Assistente de Funções abre-se uma caixa de diálogo onde pode-se pesquisar em uma lista de
funções disponíveis em várias categorias como data e hora, matemática, financeira, dados, texto e outras. Isso pode ser
muito útil porque também mostra como as funções são formatadas.
Clicando no botão Soma insere-se uma fórmula na célula selecionada que soma os valores numéricos das células acima
dela. Se não houver números acima da célula selecionada, a soma será feita pelos valores das células à esquerda.
Clicando no botão Função insere-se um sinal de igual (=) na célula selecionada e na Linha de Entrada de dados, ati-
vando a célula para aceitar fórmulas.
Quando você digita novos dados numa célula, os botões de Soma e de Função mudam para os botões Cancelar e
Aceitar.
O conteúdo da célula selecionada (dados, fórmula, ou função) são exibidos na Linha de Entrada de Dados, que é um
lembrete da Barra de Fórmulas. Você pode editar o seu conteúdo na própria Linha de Entrada de Dados. Para editá-la, cli-
que na Linha de Entrada de Dados e digite suas alterações. Para editar dentro da célula selecionada, clique duas vezes nela.

Células individuais
A seção principal da tela exibe as células na forma de uma tabela, onde cada célula fica na interseção de uma coluna
com uma linha. É nela que colocaremos valores, referências e formatos.
No alto de cada coluna, e à esquerda de cada linha, há uma célula cinza, contendo letras (colunas) e números (linhas).
Esses são os cabeçalhos das colunas e linhas. As colunas começam em A e seguem para a direita, e as linhas começam em
1 e seguem para baixo.
Os cabeçalhos das colunas e linhas formam a referência da célula que aparece na Caixa de Nome na Barra de Fórmulas.
Você pode desligar esses cabeçalhos em Exibir → Cabeçalhos de Linhas e Colunas.
Abas de folhas
Abaixo da tabela com as células estão as abas das folhas. Essas abas permitem que você acesse cada folha da planilha
individualmente, com a folha visível (ativa) estando na cor branca. Você pode escolher cores diferentes para cada folha.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Clicando em outra aba de folha exibe-se outra folha e sua aba fica branca. Você também pode selecionar várias folhas
de uma só vez, pressionando a tecla Ctrl ao mesmo tempo que clica nas abas.

Barra de estado
Na parte inferior da janela do Calc está a barra de estado, que mostra informações sobre a planilha e maneiras con-
venientes de alterar algumas das suas funcionalidades. A maioria dos campos é semelhante aos outros componentes do
LibreOffice.
Partes esquerda e direita da barra de estado, respectivamente:

Criando uma planilha

Para criar uma nova planilha a partir de qualquer programa do Libreoffice, escolha Arquivo - Novo – Planilha.
Movendo-se em uma folha
Você pode usar o mouse ou o teclado para mover-se em uma folha do Calc ou para selecionar itens na folha. Se sele-
cionou um intervalo de células, o cursor permanece no intervalo ao mover o cursor.

- Para mover-se em uma folha com o mouse


Etapa
Use a barra de rolagem horizontal ou vertical para mover para os lados ou para cima e para baixo em uma folha.
• Clique na seta na barra de rolagem horizontal ou vertical.
• Clique no espaço vazio na barra de rolagem.
• Arraste a barra na barra de rolagem.
Dica – Para mover o cursor para uma célula específica, clique na célula.

- Para mover-se em uma folha com o teclado


Etapa
Use as seguintes teclas e combinações de teclas para mover-se em uma folha:
• Para mover uma célula para baixo em uma coluna, pressione a tecla de seta para baixo ou Enter.
• Para mover uma célula para cima em uma coluna, pressione a tecla de seta para cima.
• Para mover uma célula para a direita, pressione a tecla de seta para a direita ou Tab.
• Para mover uma célula para a esquerda, pressione a tecla de seta para a esquerda.

Dica – Para mover para a última célula que contém dados em uma coluna ou linha, mantenha pressionada a tecla Ctrl
enquanto pressiona uma tecla de direção.

Selecionando células em uma folha


Você pode usar o mouse ou o teclado para selecionar células em uma folha do Calc.
• Para selecionar um intervalo de células com o mouse, clique em uma célula e arraste o mouse para outra célula.
• Para selecionar um intervalo de células com o teclado, certifique-se de que o cursor esteja em uma célula, mantenha
pressionada a tecla Shift e pressione uma tecla de direção.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Dica – Para copiar sem alterar os valores em uma série,


pressione a tecla Ctrl enquanto arrasta.

Editando e excluindo o conteúdo de células


Digitando ou colando dados Você pode editar o conteúdo de uma célula ou interva-
A maneira mais simples de adicionar dados a uma fo- lo de células em uma folha.
lha é digitar, ou copiar e colar dados de outra folha do Calc - Para editar o conteúdo de células em uma folha
ou de outro programa. Etapas
- Para digitar ou colar dados em uma planilha 1. Clique em uma célula ou selecione um intervalo de
Etapas células.
1. Clique na célula à qual deseja adicionar dados. Dica – Para selecionar um intervalo de células, clique
2. Digite os dados. em uma célula. Em seguida arraste o mouse até cobrir o
Se desejar colar dados da área de transferência na cé- intervalo que deseja selecionar.
lula, escolha Editar - Colar. Para selecionar uma linha ou coluna inteira, clique no
3. Pressione Enter. rótulo da linha ou coluna.
Você pode também pressionar uma tecla de direção 2. Para editar o conteúdo de uma única célula, clique
para inserir os dados e mover a próxima célula na direção duas vezes na célula, faça as alterações necessárias e pres-
da seta. sione Return.
Dica – Para digitar texto em mais de uma linha em uma Observação – Pode também clicar na célula, digitar as
célula, pressione Ctrl+Return no fim de cada linha e, quan- alterações na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula e
do concluir, pressione Return. clicar no ícone verde da marca de seleção.
- Para inserir rapidamente datas e números consecu- No entanto, não pode inserir quebras de linha na caixa
tivos de Linha de entrada.
O Calc oferece um recurso de preenchimento para 3. Para excluir o conteúdo da célula ou do intervalo de
você inserir rapidamente uma série sucessiva de dados, células, pressione a tecla Backspace ou Delete.
como datas, dias, meses e números. O conteúdo de cada a. Na caixa de diálogo Excluir conteúdo, selecione as
célula sucessiva na série é incrementado por um. 1 é incre- opções que deseja.
mentado para 2, segunda-feira é incrementada para tercei- b. Clique em OK.
ra-feira, e assim por diante.
Etapas Formatando planilhas
1. Clique em uma célula e digite o primeiro item da O Calc permite-lhe formatar a folha manualmente ou
série, por exemplo, segunda-feira. Pressione Return. ao usar estilos. A diferença principal é que a formatação
2. Clique na célula novamente para ver a alça de preen- manual aplica-se apenas às células selecionadas. A forma-
chimento — a caixa preta pequena no canto direito inferior tação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no
da célula. documento de planilha.
3. Arraste a alça de preenchimento até realçar o inter-
valo de células no qual deseja inserir a série. Usando AutoFormatação
4. Solte o botão do mouse. A maneira mais fácil de formatar um intervalo de célu-
las é usar o recurso AutoFormatação do Calc.
Os itens consecutivos na série são adicionados auto-
maticamente às células realçadas.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Para aplicar formatação automática a um intervalo de células


Etapas
1. Selecione o intervalo de células que deseja formatar.
Selecione ao menos um intervalo de células 3 x 3.
2. Escolha Formatar - AutoFormatar.
Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação.
3. Na lista de formatos, clique no formato que deseja usar e clique em OK.

Formatando células manualmente


Para aplicar formatação simples ao conteúdo de uma célula, como alterar o tamanho do texto, use os ícones na barra
Formatar objeto.
- Para formatar células com a barra Formatar objeto
A barra Formatar objetos permite-lhe aplicar formatos rapidamente a células individuais ou intervalos de células.
Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja formatar.
2. Na barra Formatar objeto, clique no ícone que corresponde à formatação que deseja aplicar.
Observação – Pode também selecionar uma opção das caixas Nome da fonte ou Tamanho da fonte.

- Para aplicar formatação manual com a caixa de diálogo Formatar células


Se precisar de mais opções de formatação do que a barra Objeto fornece, use a caixa de diálogo Formatar células.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Etapas - Para aplicar formatação com a janela Estilos e forma-


1. Selecione a célula ou o intervalo de células que de- tação
seja formatar e escolha Formatar - Células. Etapas
Abre-se a caixa de diálogo Formatar células. 1. Escolha Formatar - Estilos e formatação.
2. Clique em uma das guias e escolha as opções de 2. Para alterar a formatação de células, clique em uma
formatação. célula ou selecione um intervalo de células.
a. Clique no ícone Estilos de célula na parte superior da
Guia Números janela Estilos e formatação.
Altera a formatação de números nas células, como a b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
alteração do número de casas decimais exibidas 3. Para alterar o layout de uma folha, clique em qual-
quer lugar na folha.
Guia Fonte a. Clique no ícone Estilos de página na parte superior
Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra da janela Estilos e formatação.
usado na célula
b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
Guia Efeitos de fonte
Usando fórmulas e funções
Altera a cor da fonte e os efeitos de sublinhado, tacha-
do ou alto-relevo do texto Você pode inserir fórmulas em uma planilha para efe-
tuar cálculos.
Guia Alinhamento Se a fórmula contiver referências a células, o resultado
Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto será atualizado automaticamente toda vez que você alterar
no interior das células o conteúdo das células. Você pode também usar uma das
várias fórmulas ou funções pré-definidas que o Calc ofere-
Guia Bordas ce para efetuar cálculos.
Altera as opções de bordas das células
Criando fórmulas
Guia Plano de fundo Uma fórmula começa com um sinal de igual (=) e pode
Altera o preenchimento do plano de fundo das células conter valores, referências a células, operadores, funções e
constantes.
Guia Proteção de célula - Para criar uma fórmula
Protege o conteúdo das células no interior de folhas Etapas
protegidas. 1. Clique na célula à qual deseja exibir o resultado da
fórmula.
3. Clique em OK. 2. Digite = e, a seguir, digite a fórmula.
Por exemplo, se desejar adicionar o conteúdo da célu-
Formatando células e folhas com estilos la A1 ao conteúdo da célula A2, digite =A1+A2 em outra
No Calc, a formatação padrão de células e folhas fa- célula.
z-se com estilos. Um estilo é um conjunto de opções de 3. Pressione Return.
formatação que define o aspecto do conteúdo da célula,
assim como o layout de uma folha. Quando você altera a
formatação de um estilo, as alterações são aplicadas toda
vez que o estilo é usado na planilha.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Usando operadores
Você pode usar os seguintes operadores nas fórmulas:

Exemplo de Fórmulas do Calc


=A1+15
Exibe o resultado de adicionar 15 ao conteúdo da células A1
=A1*20%
Exibe 20 por cento do conteúdo da célula A1
=A1*A2
Exibe o resultado da multiplicação do conteúdo das células A1 e A2

Usando parênteses

O Calc segue a ordem de operações ao calcular uma fórmula. Multiplicação e divisão são feitas antes de adição e sub-
tração, independentemente de onde esses operadores aparecem na fórmula. Por exemplo, para a fórmula =2+5+5*2, o
Calc retorna o valor de 17 e não de 24.

Editando uma fórmula


Uma célula que contém uma fórmula exibe apenas o resultado da fórmula. A fórmula é exibida na caixa de Linha de
entrada.

- Para editar uma fórmula


Etapas
1. Clique em uma célula que contém uma fórmula.
A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

* Você também pode editar uma célula pressionado F2 ou dando um clique duplo na célula
2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alterações.
Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete ou Backspace.
3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula para confirmar as alterações.
Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc ou clique no ícone na barra Fórmula.

Usando funções
O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções predefinidas. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5, você
pode digitar =SUM(A2:A5) .

- Para usar uma função


Etapas
1. Clique na célula à qual deseja adicionar uma função.
2. Escolha Inserir – Função.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de função.
3. Na caixa Categoria, selecione a categoria que contém o tipo de função que você deseja usar.
4. Na lista Funções, clique na função que deseja usar.
5. Clique em Próximo.
6. Insira os valores necessários ou clique nas células que contêm os valores que você deseja.
7. Clique em OK.

Usando gráficos
Gráficos podem ajudar a visualizar padrões e tendências nos dados numéricos.
O LibreOffice fornece vários estilos de gráfico que você pode usar para representar os números.
Observação – Gráficos não se restringem a planilhas. Você pode também inserir um gráfico ao escolher Inserir - Objeto
- Gráfico nos outros programas do LibreOffice.

83
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

- Para criar um gráfico


Etapas
1. Selecione as células, inclusive os títulos, que contêm dados para o gráfico.
2. Escolha Inserir – Gráfico.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de Graficos. O intervalo de célula selecionado é exibido na caixa Intervalo.
Observação – Se desejar especificar um intervalo de célula diferente para os dados, clique no botão Encolher ao lado
da caixa de texto Intervalo e selecione as células. Clique no botão Encolher novamente quando concluir.
3. Clique em Próximo.
4. Na caixa Escolher tipo de gráfico, clique no tipo de gráfico que deseja criar.
5. Clique em Próximo.
6. Na caixa Escolher variante, clique na variante que deseja usar.
7. Clique em Próximo.
8. Na caixa Título do gráfico, digite o nome do gráfico.
9. Clique em Concluir.

Editando gráficos
Depois de criar um gráfico, poderá voltar e alterar, mover, redimensionar ou excluir o gráfico.
- Para redimensionar, mover ou excluir um gráfico
Etapa
Clique no gráfico e siga um destes procedimentos:
• Para redimensionar o gráfico, mova o ponteiro do mouse sobre uma das alças, pressione o botão do mouse e arraste
o mouse.

84
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho do gráfico enquanto você arrasta.
• Para mover o gráfico, mova o ponteiro do mouse para dentro do gráfico, pressione o botão do mouse e arraste o
mouse para um novo lugar.
• Para excluir o gráfico, pressione a tecla Delete.

- Para alterar a aparência de um gráfico


Você pode usar os ícones na barra de ferramentas Padrão do gráfico para alterar a aparência do gráfico.
Etapas
1. Clique duas vezes em um gráfico para exibir a barra de ferramentas Padrão do gráfico.
A barra de ferramentas aparece ao lado da barra padrão do Calc ou Writer.

2. Use os ícones na barra de ferramentas para alterar as propriedades do gráfico.


3. Para modificar outras opções do gráfico você pode dar um clique duplo sobre o respectivo elemento ou acessar as
opções através do menu Inserir e Formatar.

Navegando dentro das planilhas


O Calc oferece várias maneiras para navegar dentro de uma planilha de uma célula para outra, e de uma folha para
outra. Você pode utilizar a maneira que preferir.
Indo para uma célula específica
Utilizando o mouse: posicione o ponteiro do mouse sobre a célula e clique.
Utilizando uma referência de célula: clique no pequeno triângulo preto invertido na Caixa de nome. A referência da
célula selecionada ficará destacada. Digite a referência da célula que desejar e pressione a tecla Enter. Ou, clique na Caixa de
nome, pressione a tecla backspace para apagar a referência da célula selecionada. Digite a referência de célula que desejar
e pressione Enter.
Utilizando o Navegador: para abrir o Navegador, clique nesse ícone na Barra de ferramentas padrão, ou pressione
a tecla F5, ou clique em Exibir → Navegador na Barra de menu, ou clique duas vezes no Número Sequencial das Folhas
na Barra de estado. Digite a referência da célula nos dois campos na parte superior, identificados como Coluna e Linha, e
pressione Enter.
Você pode embutir o Navegador em qualquer lado da janela principal do Calc, ou deixá-lo flutuando. (Para embutir ou
fazer flutuar o navegador, pressione e segure a tecla Ctrl e clique duas vezes em uma área vazia perto dos ícones dentro
da caixa de diálogo do Navegador.)

Figura 5: Apresentando o navegador.

85
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

O Navegador exibe listas de todos os objetos em um


documento, agrupados em categorias. Se um indicador (si-
nal de mais (+) ou seta) aparece próximo a uma categoria,
pelo menos um objeto daquele tipo existe. Para abrir uma
categoria e visualizar a lista de itens, clique no indicador.
Para esconder a lista de categorias e exibir apenas os
ícones, clique no ícone de Conteúdo. Clique neste íco-
ne de novo para exibir a lista.

Movendo-se de uma célula para outra


Em uma planilha, normalmente, uma célula possui uma
borda preta. Essa borda preta indica onde o foco está. Se
um grupo de células estiver selecionado, elas são desta-
cadas com a cor azul, enquanto a célula que possui o foco
terá uma borda preta.
Utilizando o mouse: para mover o foco utilizando o
mouse, simplesmente coloque o ponteiro dele sobre a cé-
lula que deseja e clique com o botão esquerdo. Isso muda
o foco para a nova célula. Esse método é mais útil quando
duas células estão distantes uma da outra.

Utilizando as teclas de Tabulação e Enter Trabalhando com colunas e linhas


Pressionando Enter ou Shift+Enter move-se o foco Inserindo colunas e linhas
para baixo ou para cima, respectivamente. Você pode inserir colunas e linhas individualmente ou
Pressionando Tab ou Shift+Tab move-se o foco para a em grupos.
esquerda ou para a direita, respectivamente. Coluna ou linha única
Utilizando as teclas de seta Utilizando o menu Inserir:
Pressionando as teclas de seta do teclado move-se o Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer in-
foco na direção das teclas. serir a nova coluna ou linha.
Utilizando as teclas Home, End, Page Up e Page Down Clique em Inserir → Colunas ou Inserir → Linhas.
A tecla Home move o foco para o início de uma linha. Utilizando o mouse:
A tecla End move o foco para a ultima célula à direita Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer in-
que contenha dados. serir a nova coluna ou linha.
Clique com o botão direito do mouse no cabeçalho da
A tecla Page Down move uma tela completa para baixo coluna ou da linha.
e a tecla Page Up move uma tela completa para cima.
Clique em Inserir Linhas ou Inserir Colunas.
Combinações da tecla Ctrl e da tecla Alt com as teclas Múltiplas colunas ou linhas
Home, End, Page Down, Page Up, e as teclas de seta mo- Você pode inserir várias colunas ou linhas de uma só
vem o foco da célula selecionada de outras maneiras. vez, ao invés de inseri-las uma por uma.
Selecione o número de colunas ou de linhas pressio-
nando e segurando o botão esquerdo do mouse na primei-
Localização e substituição de dados ra e arraste o número necessário de identificadores.
Proceda da mesma forma, como fosse inserir uma úni-
Este recurso é muito útil quando há a necessidade de ca linha ou coluna, descrito acima.
serem localizados e substituídos dados em planilhas.
Para localizar e substituir escolha o menu Editar→Loca-
lizar e substituir ou pressione Ctrl + H; Você pode somente
localizar, ou localizar e substituir;

86
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Inserindo 3 linhas abaixo da linha 1.


Apagando colunas e linhas
Colunas e linhas podem ser apagadas individualmente
ou em grupos.
Coluna ou linha única
Uma única coluna ou linha pode ser apagada utilizan-
do-se o mouse:
Selecione a coluna ou linha a ser apagada.
Clique com o botão direito do mouse no identificador Criando uma nova planilha.
da coluna ou linha. Veja na imagem a seguir, a caixa de diálogo Inserir
Selecione Excluir Colunas ou Excluir Linhas no menu Planilha. Nela você pode escolher se as novas folhas serão
de contexto. inseridas antes ou depois da folha selecionada, e quantas
folhas quer inserir. Se você for inserir apenas uma folha,
Múltiplas colunas e linhas existe a opção de dar-lhe um nome.
Você pode apagar várias colunas ou linhas de uma vez
ao invés de apagá-las uma por uma.
Selecione as colunas que deseja apagar, pressionando
o botão esquerdo do mouse na primeira e arraste o núme-
ro necessário de identificadores.
Proceda como fosse apagar uma única coluna ou linha
acima.

Apagando folhas
As folhas podem ser apagadas individualmente ou em
grupos.
Folha única: clique com o botão direito na aba da folha
Excluir 3 linhas abaixo da linha 1. que quer apagar e clique em Excluir Planilha no menu de
contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra
Trabalhando com folhas de menu.
Como qualquer outro elemento do Calc, as folhas po- Múltiplas folhas: selecione-as como descrito anterior-
dem ser inseridas, apagadas ou renomeadas. mente, e clique com o botão direito do mouse sobre uma
das abas e escolha a opção Excluir Planilha no menu de
Inserindo novas folhas contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra
Há várias maneiras de inserir uma folha. A mais rápida, de menu.
é clicar com o botão Adicionar folha. Isso insere uma nova
folha naquele ponto, sem abrir a caixa de diálogo de Inserir Renomeando folhas
planilha. Utilize um dos outros métodos para inserir mais O nome padrão para uma folha nova é PlanilhaX, onde
de uma planilha, para renomeá-las de uma só vez, ou para X é um número. Apesar disso funcionar para pequenas
inserir a folha em outro lugar da sequência. O primeiro planilhas com poucas folhas, pode tornar-se complicado
passo para esses métodos é selecionar a folha, próxima da quando temos muitas folhas.
qual, a nova folha será inserida. Depois, utilize as seguintes Para colocar um nome mais conveniente a uma folha,
opções. você pode:
Clique em Inserir → Planilha na Barra de menu. • Digitar o nome na caixa Nome, quando você criar a
Clique com o botão direito do mouse e escolha a op- folha, ou
ção Inserir Planilha no menu de contexto. • Clicar com o botão direito do mouse e escolher a
Clique em um espaço vazio no final da fila de abas de opção Renomear Planilha no menu de contexto e trocar o
folhas. nome atual por um de sua escolha.

87
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• Clicar duas vezes na aba da folha para abrir a caixa de Inserir uma anotação (comentário)
diálogo Renomear Planilha. As células podem conter observações de outros usuá-
rios ou lembretes que ficam ocultos, isto é, não são im-
Mesclando várias células pressos. Uma célula contendo uma anotação apresenta um
Um recurso útil do Calc é a possibilidade de mesclar pequeno triângulo vermelho no canto superior direito.
várias células contíguas para formar um título de uma fo- Para inserir uma anotação clique com o botão direito
lha de planilha, por exemplo. Para isso selecione as células do mouse na célula que conterá a anotação e selecione a
contíguas a serem mescladas e vá em Formatar → Mesclar opção Inserir anotação ou pressione Ctrl + Alt + C. Em se-
células → Mesclar ou Formatar → Mesclar células → Mes- guida digite o texto e clique fora da caixa de texto quando
clar e centralizar células, para centralizar e mesclar ou ainda tiver terminado.
botão diretito do mouse/mesclar células. Para visualizar a anotação, basta posicionar o ponteiro
do mouse em cima do triângulo vermelho. Você pode ain-
da clicar com o botão direito sobre a célula que possui a
anotação e clicar em Mostrar anotação para deixá-la sem-
pre a amostra ou clicar em Excluir anotação para excluí-la.

Formatando várias linhas de texto


Múltiplas linhas de texto podem ser inseridas em uma
única célula utilizando a quebra automática de texto, ou
quebras manuais de linha. Cada um desses métodos é útil
em diferentes situações.

Utilizando a quebra automática de texto


Para configurar a quebra automática no final da célula,
clique com o botão direito nela e selecione a opção Forma-
tar Células (ou clique em Formatar → Células na barra de
menu, ou pressione Ctrl+1). Na aba Alinhamento embaixo
de Propriedades, selecione Quebra automática de texto e
clique em OK. O resultado é mostrado na figura abaixo.

Ferramenta pincel de estilo


Serve para copiar a formatação para outras células da
mesma planilha ou para outras planilhas.
Para copiar o estilo de uma célula clique uma ou duas
vezes no ícone . E clique na célula a ser formatada em
seguida.

Dividir células
Posicione o cursor na célula a ser dividida.
Escolha Formatar - Mesclar células - Dividir células.
Botão direito do mouse/dividir células.

88
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Utilizando quebras manuais de linha


Para inserir uma quebra manual de linha enquanto digita dentro de uma célula, pressione Ctrl+Enter. Quando for editar
o texto, primeiro clique duas vezes na célula, depois um clique na posição onde você quer quebrar a linha. Quando uma
quebra manual de linha é inserida, a largura da célula não é alterada.
Encolhendo o texto para caber na célula
O tamanho da fonte pode ser ajustado automaticamente para caber na célula. Para isso, clique com o botão direito na
célula a ser formatada e clique em Formatar Células → na aba Alinhamento marque o campo Reduzir para caber na célula.
Formatando a largura ideal da coluna para exibir todo o conteúdo da célula
A largura da coluna pode ser ajustada automaticamente para que consigamos visualizar todo o conteúdo da célula.
Para isso, clique com o botão direito na coluna a ser formatada e clique em Largura ideal da coluna e aceite clicando em OK.

Largura ideal de coluna.

Resultado da figura anterior.


Congelando linhas e colunas
O congelamento trava um certo número de linhas no alto, ou de colunas à esquerda de uma planilha, ou ambos. Assim,
quando se mover pela planilha, qualquer linha ou coluna congelada permanecerá à vista.
A Figura abaixo mostra algumas linhas e colunas congeladas. A linha horizontal mais forte entre as linhas 1 e 3 e entre
as colunas A e E, denotam áreas congeladas. As linhas de 4 a 6 foram roladas para fora da página. As três primeiras linhas
e colunas permaneceram porque estão congeladas.

Congelando células.
Congelando uma única coluna ou linha
Clique no cabeçalho da linha abaixo, ou da coluna à esquerda da qual quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Uma linha escura aparece, indicando onde o ponto de congelamento foi colocado.
Congelando uma coluna ou linha
Clique em uma célula que esteja imediatamente abaixo da linha, ou na coluna imediatamente à direita da coluna que
quer congelar.

89
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Clique em Janela → Congelar.


Duas linhas aparecem na tela, uma horizontal sobre essa célula e outra vertical à esquerda dela. Agora, quando você
rolar a tela, tudo o que estiver acima, ou à esquerda dessas linhas, permanecerá à vista.
Descongelando
Para descongelar as linhas ou colunas, clique em Janela → Congelar. A marca de verificação da opção Congelar desa-
parecerá.

Dividindo a tela
Outra maneira de alterar a visualização é dividir a janela, ou dividir a tela. A tela pode ser dividida, tanto na horizontal,
quanto na vertical, ou nas duas direções. É possível, além disso, ter até quatro porções da tela da planilha à vista, ao mesmo
tempo.
Por que fazer isso? Imagine que você tenha uma planilha grande, e uma das células tem um número que é utilizado em
outras células. Utilizando a técnica de divisão da tela, você pode alterar o valor da célula que contém o número e verificar
nas outras células as alterações sem perder tempo rolando a barra.

Dividindo células.

Dividindo a tela horizontalmente


Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem vertical, na lateral direita da tela, e posicione-o sobre o
pequeno botão no alto com um triângulo preto. Imediatamente acima deste botão aparecerá uma linha grossa preta.

Barra de divisão de tela na barra de rolagem vertical.


Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará em uma linha com duas.
Pressione e segure o botão esquerdo do mouse. Uma linha cinza aparece cruzando a página na horizontal. Arraste o
mouse para baixo, e essa linha seguirá o movimento.
Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes, cada uma com sua própria barra de rolagem vertical. Você
pode rolar as partes inferior e superior independentemente.

Dividindo a tela verticalmente


Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem horizontal, na parte de baixo da tela, e posicione-o sobre
o pequeno botão à direita, com um triângulo preto. Imediatamente, à direita desse botão aparece uma linha preta grossa.

Barra de divisão de tela na barra de rolagem horizontal.


Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará em uma linha com duas setas.
Pressione e segure o botão esquerdo do mouse, e uma linha cinza aparece cruzando a página na vertical. Arraste o
mouse para a esquerda, e essa linha seguirá o movimento.
Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes, cada uma com sua barra de rolagem horizontal. Você
pode rolar as partes direita e esquerda independentemente.

90
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Removendo as divisões
Para remover as divisões, siga uma das seguintes instruções:
Clique duas vezes na linha divisória.
Clique na linha divisória e arraste-a de volta ao seu lugar no final das barras de rolagem.
Clique em Janela → Dividir para remover todas as linhas divisórias de uma só vez.

Sintaxe Universal de uma Planilha


Observe a seguinte fórmula para efeito de exemplos de sintaxe:
=B2*(SE(SOMA(C2:C6)>=3;$H$1;SOMA(A3^A5)*5));
repare que há parenteses, sinais de Operadores de Comparação (>, = <, etc.), além de ponto e vírgula e dois pontos.
Mesmo sendo possível o uso de fórmulas sofisticadas em planilhas, virtualmente qualquer tipo de planilha pode ser imple-
mentada utilizando-se das quatro operações básicas, por exemplo, seu orçamento mensal (receitas x despesas). As quatro
operações básicas são:
Somar ( + ), Subtrair ( - ); Multiplicar ( * ), Dividir ( / ).
Índice de Referenciação Absoluto ( $ )
Para exponenciação utiliza-se o circunflexo (^).
As tabelas abaixo representam de forma sucinta, a função de cada letra / símbolo / instrução para uma compreensão
básica do significado destes.

Operadores Aritméticos

Operadores de Comparação

Comandos / Instruções

91
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Comportamento das teclas Convencionais / Especiais


As teclas TAB, Enter e Setas de Cursor, quando utilizadas em edição de dados, apresentam comportamento um pouco
diferente do convencional. TAB, por exemplo, confirma a edição atual e avança lateralmente para a próxima célula. Neste
caso, pode-se pensar na próxima célula como o próximo campo, que e o comportamento natural de TAB, além da possibi-
lidade de utilizá-la como tabuladora, claro.
Vemos abaixo uma pequena compilação do comportamento destas teclas:

Imprimindo
Imprimir no Calc é bem parecido com imprimir nos outros componentes do LibreOffice, mas alguns detalhes são dife-
rentes, especialmente quanto a preparação do documento para a impressão.
Utilizando intervalos de impressão
Intervalos de impressão possuem várias utilidades, incluindo imprimir apenas uma parte específica dos dados, ou im-
primir linhas ou colunas selecionadas de cada página.

Definindo um intervalo de impressão


Para definir um intervalo de impressão, ou alterar um intervalo de impressão existente:
Selecione o conjunto de células que correspondam ao intervalo de impressão.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Definir.
As linhas de quebra de página são exibidas na tela.
Você pode verificar o intervalo de impressão utilizando Arquivo → Visualizar página. O LibreOffice exibirá apenas as
células no intervalo de impressão.

Aumentando o intervalo de impressão


Depois de definir um intervalo de impressão, é possível incluir mais células a ele. Isso permite a impressão de múltiplas
áreas separadas na mesma folha da planilha. Depois de definir um intervalo de impressão:
Selecione um conjunto de células a ser incluído ao intervalo de impressão.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Adicionar. Isso adicionará as células extras ao intervalo de impressão.
As linhas de quebra de página não serão mais exibidas na tela.
O intervalo de impressão será impresso em uma página separada, mesmo que ambos os intervalos estejam na mesma
folha.

Removendo um intervalo de impressão


Pode ser necessário remover um intervalo de impressão definido anteriormente, por exemplo, se for necessário impri-
mir a página inteira mais tarde.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Remover. Isso removera todos os intervalos de impressão definidos na
folha. Feito isso, as quebras de página padrão aparecerão na tela.

92
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Editando um intervalo de impressão Cabeçalhos das linhas e colunas


A qualquer tempo, é possível editar diretamente um Grade da folha—imprime as bordas das células como
intervalo de impressão, por exemplo, removê-lo ou redi- uma grade
mensionar parte dele. Clique em Formatar → Intervalo de Comentários—imprime os comentários definidos na
impressão → Editar. sua planilha, em uma página separada, junto com a refe-
Selecionando a ordem das páginas, detalhes e a escala rência de célula correspondente
Para selecionar a ordem das páginas, detalhes e a es- Objetos e imagens
cala da impressão: Gráficos
Clique em Formatar → Pagina no menu principal Objetos de desenho
Selecione a aba Planilha Fórmulas—imprime as fórmulas contidas nas células,
Faça as seleções necessárias e clique em OK. ao invés dos resultados
Valores zero—imprime as células com valor zero
Lembre-se que, uma vez que as opções de impressão
dos detalhes são partes das propriedades da página, elas
também serão parte das propriedades do estilo da página.
Portanto, diferentes estilos de páginas podem ser configu-
rados para alterar as propriedades das folhas na planilha.

Escala
Utilize as opções de escala para controlar o número
de páginas que serão impressas. Isso pode ser útil se uma
grande quantidade de dados precisa ser impressa de ma-
neira compacta, ou se você desejar que o texto seja au-
mentado para facilitar a leitura.
Reduzir/Aumentar a impressão—redimensiona os da-
dos na impressão tanto para mais, quanto para menos. Por
exemplo, se uma folha for impressa, normalmente em qua-
tro páginas (duas de altura e duas de largura), um redimen-
sionamento de 50% imprime-a em uma só página (tanto a
altura, quanto a largura, são divididas na metade).
Ajustar intervalo(s) de impressão ao número de pá-
Selecionando a ordem das páginas ginas—define, exatamente, quantas páginas, a impressão
terá. Essa opção apenas reduzirá o tamanho da impressão,
Ordem das páginas mas não o aumentará. Para aumentar uma impressão, a
Quando uma folha será impressa em mais de uma pá- opção Reduzir/Aumentar deve ser utilizada.
gina, é possível ajustar a ordem na qual as páginas serão Ajustar intervalo(s) de impressão para a largura/altu-
impressas. Isso é especialmente útil em documentos gran- ra—define o tamanho da altura e da largura da impres-
des; por exemplo, controlar a ordem de impressão pode são, em páginas.
economizar tempo de organizar o documento de uma ma-
neira determinada. As duas opções disponíveis são mos- Imprimindo linhas ou colunas em todas as páginas
tradas abaixo. Se uma folha for impressa em várias páginas é possível
configurá-la para que certas linhas ou colunas sejam repe-
tidas em cada página impressa. Por exemplo, se as duas li-
nhas superiores de uma folha, assim como a coluna A, pre-
cisam ser impressas em todas as páginas, faça o seguinte:
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Editar.
Na caixa de diálogo Editar Intervalo de Impressão, digite as
linhas na caixa de texto abaixo de Linhas a serem repetidas.
Por exemplo, para repetir as linhas de 1 a 4, digite $1:$4.
Isso altera automaticamente as Linhas a serem repetidas
de, - nenhum - para – definido pelo usuário-.

Ordem das páginas 2

Detalhes
Você pode especificar os detalhes que serão impressos.
Os detalhes incluem:

93
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Imprimindo linhas ou colunas


Para repetir, digite as colunas na caixa de texto abaixo de Colunas a serem repetidas. Por exemplo, para repetir a coluna
A, digite $A. Na lista de Colunas a serem repetidas, a palavra - nenhum - muda para - definido pelo usuário-.
Clique em OK.
Não é necessário selecionar todo o intervalo de linhas a serem repetidas; selecionar uma célula de cada linha também
funciona.

Assistente de Funções
Na criação de fórmulas podemos contar com o recurso de assistente de funções, situado na barra de fórmulas do Calc,
onde encontramos todas as funções disponíveis do programa e selecionamos as células que pertencerá determinada fun-
ção selecionada. Para acionar o assistente de funções execute os seguintes procedimentos:
Primeiramente deve-se selecione a célula a qual deverá conter a fórmula matemática e que posteriormente exibirá o
seu resultado, por exemplo, neste caso selecionaremos a célula F5.
Clique sobre o assistente de funções situado na barra de fórmulas. Veja a figura abaixo.

Em seguida surgira a guia Assistente de funções nesta guia encontra-se todas a fórmulas matemáticas disponíveis do
LibreOffice.org Calc. Para nosso exemplo criaremos uma função de multiplicação, para isso clique na aba Funções e sele-
cione MULT para a multiplicação e clique em Próximo. Veja na figura a seguir.

94
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Assistente de Funções 2
Selecione as células farão parte da multiplicação, neste caso as células D5 e E5. Para selecionar a célula volte para a
planilha, se preferir clique em cima da opção Encolher figura 34, para diminuir o tamanho da caixa e em seguida selecione
a célula de D5 e depois clique no campo abaixo, ou então apenas digite o endereço da célula correspondente e clique em
OK e coloque o valor em formato Moeda.

Opção Encolher.
Repita esse procedimento com as células D6 e E6, D7 e E7, D8 e E8. Ao final a tabela estará conforme a figura abaixo.

Figura 35: Exemplo de tabela Controle de Estoque 3

Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas:

Nome da fórmula Operação Aritmética

SOMA Adição e Subtração

MULT Multiplicação

QUOCIENTE Divisão

POTÊNCIA Potenciação

RAIZ Raiz Quadrada

Retorna a Média de uma


MÉDIA
sequência de valores

Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas


Obs: a fórmula Quociente retorna apenas a parte inteira de uma divisão, ou seja o resultado de 9 dividido por 2 segundo essa
função é 4 e não 4,5. Neste caso é recomendado fazer a função usando os operadores aritméticos conforme o exemplo abaixo.

Nome da fórmula Operação Aritmética

Adição = D5+E 5

Subtração = D5-E 5

Multiplicação = D5*E 5

95
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Agora vá para a célula D3. Digite =B3*C3. Pressione


Divisão = D5/E 5
a tecla Enter, que no caso você já sabe que irá calcular as
Potenciação = D5^E 5 células.
Selecione novamente a célula e observe que no can-
Não há simbolo que represente essa to inferior esquerdo da célula há um pequeno quadrado
Raiz Quadrada operação aritmética usamos =RAIZ( o preto. Este é a Alça de Preenchimento. Coloque o cursor
endereço da célula desejada) sobre o mesmo, o cursor irá mudar para uma pequena cruz.
Pressione e arraste para baixo até a célula D7. Veja a figura
mais adiante.
Fórmulas mais utilizadas da forma livre Para checar se as fórmulas calcularam corretamente,
basta selecionar uma célula que contenha o resultado e
Funções pressionar a tecla F2. Isto é bastante útil quando se quer
As funções agregam muitos recursos ao software de conhecer as células que originaram o resultado.
planilhas. Um software como o LibreOffice – Calc contém Funções II
muitas funções nativas e o usuário é livre para implementar Vamos ver agora mais funções, bastando usar o molde
as suas próprias funções, há de se imaginar como sendo abaixo e não esquecendo de colocar os acentos nos nomes
quase ilimitado o poder do usuário em estender a funcio- das funções.
nalidade da planilha eletrônica. Exemplo de função nativa é = Nome da Função (primeira célula a ser calculada: úl-
a função SE, que contém a seguinte sintaxe: =SE(“Condição tima célula a ser calculada ) Média
a Ser Testada”;Valor_Então;Valor_Senão). Decodificando, se Máxima
a “Condição a Ser Testada” for verdadeira, aloque na célula Mínima
atual o primeiro valor (Valor_Então); caso contrario, aloque
o segundo valor da função (Valor_Senão).
Funções I
Funções são na verdade uma maneira mais rápida de
obter resultados em células. Imagine você ter que somar
todos os valores das peças de um veículo dispostos um
abaixo do outro...
A1+B1+C1+D1+E1+F1...
Existem vários tipos de funções, que vão desde as mais
simples até mais complexas. Iremos mostrar as mais co-
muns. Basicamente, todas elas oferecem o mesmo “molde”:
= Nome da Função (primeira célula a ser calculada: úl-
tima célula a ser calculada ) Veja a figura a seguir e depois Tabela de Preços 2
explicaremos o que está sendo feito:
Funções III
Usaremos agora a função SE. Como o nome já diz, a
função SE será usada quando se deseja checar algo em
uma célula. Acompanhe o molde desta função: =SE (Testar;
Valor_então; De outraforma_valor; ou se outra forma: = se
(eu for de carro; então vou; se não... não vou )
Na célula E3 é para descontar R$ 2,00 para produtos
com a Quantidade maior que 20. Vamos juntar as informa-
ções para resolver esta função:
Nome da função: SE
Condição: Quantidade > 20
Valor Verdadeiro: Se a condição for verdadeira, o que
deverá ser descontado R$ 2, 00 Valor Falso: Se a condição
for falsa, não deverá receber desconto.
Tabela de Preços 1 Então a nossa função deverá ficar assim:
Primeiro foi digitado =soma(), depois foi pressionado e = se (b3>20;d3-2;d 3)
arrastado sobre as células que farão parte da soma (B3:B7). Ou seja: Se a Quantidade for maior que 20, então des-
Não há a necessidade de fechar o parêntese, pois o Calc conte R$ 2,00, senão mostre o valor sem desconto.
fará automaticamente este procedimento, mas é aconse-
lhável que você sempre faça isto, pois haverá funções que
se não fechar dará erro.

Após selecionar as células, basta pressionar a tecla En-


ter.

96
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Figura 59: Tabela Demonstrativa

Classificação e filtragem de dados


Por mais que a nossa planilha seja bem organizada, geralmente nos deparamos com algum problema em relação a
ordem e a busca dos dados na tabela. Pensando nisso veremos agora algumas funções que o LibreOffice.org Calc oferece
afim de resolver esses e outros problemas de classificação e filtragem de dados.

Classificação de dados
Classificar dados numa planilha nada mais é do que ordená-los de acordo com os nossos critérios. Para que os dados
possam ser classificados, é necessário que estejam dispostos em uma tabela e que tenha sido desenvolvida na forma de
banco de dados, ou seja que cada coluna tenha informações referentes há uma classe ou tipo, que deverá estar descrita no
rotulo de cada coluna.

Exemplo de tabela desenvolvida na forma de banco de dados

Classificando
A classificação pode ser feita através dos critérios de ordem crescente ou decrescente , lembro que isto vale tanto para
os numero quanto para letras deixando-as em ordem alfabética. Agora a partir da figura 64 que esta logo acima, iremos
realiza o procedimento de classificação de dados na ordem alfabética na coluna “Produto”.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Caixa classificar
No menu desdobrável Classificar por, selecionamos o rotulo da coluna que queremos efetuar a classificação, neste caso
selecione o rotulo “Produto”.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classificação na ordem crescente das letras, mais conhecida como
ordem alfabética. 5- Por fim clique em OK.

Tabela classificada em ordem alfabética

Classificação por até três Critérios


Podemos também classificar os dados de uma tabela utilizando-se até de três campos, onde cada campo representa
uma informação diferente, um exemplo bem básico dessa função é quando queremos classificar os produtos em ordem
alfabética, esta que realizamos anteriormente e se caso apareça produtos com o mesmo nome o critério de classificação é
valor total ou qualquer outro campo. Para exemplificar esta função vamos utilizar a tabela abaixo.

Tabela exemplo para classificação por três critérios


Agora iremos classificar a tabela nos seguintes critérios: Marca, Modelo e Valor. Para realizar esta classificação devemos
seguir os procedimentos abaixo.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Classificação por três critérios. O intervalo contém rótulos de coluna/linh a: Omite da


classificação a primeira linha ou a primeira coluna da sele-
No menu desdobrável Classificar por, selecione o ro- ção. A opção Direção na parte inferior da caixa de diálogo
tulo “Marca”. define o nome e a função dessa caixa de seleção.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o Incluir formatos: Preserva a formatação da célula atual.
classificação na ordem crescente. Copiar resultados de classificação em: Copia a lista
Logo abaixo temos o campo Em seguida por, selecione classificada no intervalo de células que você especificar. Ao
o rotulo “Modelo”. ativar esta opção
Em seguida clique na opção Crescente. Ordem de classificação personalizada: Clique aqui e,
Logo abaixo temos outro campo Em seguida por, sele- em seguida, selecione a ordem de classificação persona-
cione o rotulo “Valor total”. lizada que deseja.
Em seguida clique na opção Crescente. 9- Por fim cli- Idioma: Selecione o idioma para as regras de classifi-
que em OK. cação.
O resultado final deverá estar semelhante ao da figura Opções: Selecione uma opção de classificação para o
abaixo. idioma. Por exemplo, selecione a opção de “lista telefônica”
para o alemão a fim de incluir um caractere especial “tre-
ma” na classificação.
Direção: De cima para baixo (Classificação de linhas),
Classifica as linhas por valores nas colunas ativas do inter-
valo selecionado. Esquerda à direita (Classificar colunas),
Classifica as colunas por valores nas linhas ativas do inter-
valo selecionado.

Filtragem de dados
A filtragem de dados nada mais é do que visualizar
apenas os dados desejados de uma tabela. Existem três
métodos de filtragem: o Autofiltro, Fitro padrão e o Filtro
avançado. Suas principais diferenças são:
Tabela após classificação por três critérios. Autofiltro: Uma das utilizações para a função Auto-fil-
Opções de Classificação tro é a de rapidamente restringir a exibição de registros
A partir da caixa classificar figura abaixo, podemos de- com entradas idênticas em um campo de dados.
finir algumas opções de classificação dos dados. Filtro padrão: Na caixa de diálogo Filtro, você também
pode definir intervalos que contenham os valores em de-
terminados campos de dados. É possível utilizar o filtro pa-
drão para conectar até três condições com um operador
lógico E ou OU.
Filtro avançado: excede a restrição de três condições
e permite um total de até oito condições de filtro. Com os
filtros avançados, você insere as condições diretamente na
planilha.

Aplicando o Autofiltro
O Autofiltro é o tipo de filtragem mais simples e rápida
de ser aplicada. Para uma maior compreensão desta função
aplicar o autofiltro na tabela da figura 67 página 44 deste
modulo. Nesta tabela execute os seguintes procedimentos:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja
abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Autofiltro.
Note que foram inseridos botões de seta, que ao cli-
ca-los abra-se uma lista dos dados pertencentes a coluna,
cuja a filtragem pode ser aplicada.

Opções de classificação
Distinção entre maiúsculas e minúsculas: esta opção
considera diferentes as palavras que contenha as mesmas
letras porém com a forma maiúsculas e minúsculas dife-
rentes.

99
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Para filtrar os dados, basta clicar sobre a seta da coluna que contenha os dados que servirá base para a filtragem. Por
exemplo agora faremos a seguinte filtragem, para que só os carros Volkswagen sejam exibidos. Então clique sobre a seta
do cabeçalho “Marca” e na lista de dados que aparece, selecione a marca Volkswagen.

Lista de dados

Tabela após filtragem de dados


Note que ao final desse procedimento a tabela ocultará a linhas que não pertence a filtragem e destacará a seta do
cabeçalho utilizada como base da filtragem. Caso queira realizar outra filtragem basta desfazer a filtragem anterior e repetir
este procedimento em outro cabeçalho.

Filtro padrão
O filtro padrão é uma especialização do autofiltro, ele possui algumas funcionalidades a mais, é muito utilizado quando
é necessário obedecer um critério de filtragem muito especifico.
Para melhor exemplificar este procedimento iremos realizar a seguinte filtragem na tabela da figura 67, onde só deve-
rão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor inferior a 29.000 mil reais.
Para criar um filtro padrão basta executar os procedimentos a seguir:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Filtro padrão.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Na caixa Nome do campo é onde define qual critério deverá ser comparado. Em nosso exemplo estamos comparando
a “Marca”, portanto devemo seleciona-la.
Na caixa seguinte definimos a condição ( maior, menor, igual e etc), neste caso selecione o operador “ = ” (igual).
A caixa Valor serve como valor de comparação, ou seja todas as células do campo
“Marca” por exemplo vão ser comparados segundo a condição estabelecida com esse “Valor” que precisa ser necessa-
riamente numérico e conforme for o resultado este campo será ou não exibido.

A caixa Operador serve para adicionar mais condições na filtragem, através dos operadores ( “E” e “OU”), podendo
conter no máximo três condicionais.
Preencha a Caixa Filtro padrão conforme a figura 74 logo abaixo para ver este exemplo na pratica.

Se a tabela e a filtragem estiver conforme citadas acima o resultado será igual ao da figura 75 logo abaixo.

Resultado da filtragem
Para Desfazer a filtragem, selecione a tabela, clique em Dados, vá em filtros e clique sobre Remover filtro.
Filtro Avançado
A filtragem avançada nada mais é do que definir os critérios em um determinado campo da planilha. Para uma boa
compreensão dessa função Iremos repetir a filtragem utilizada no filtro padrão que era a seguinte: de acordo com a tabela
da figura 67, realizar uma filtragem onde só deverão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor
inferior a 29.000 mil reais, para realizaremos os seguintes passos:
Copie os cabeçalhos de coluna dos intervalos de planilha a serem filtrados para uma área vazia da planilha e, em segui-
da, insira os critérios para o filtro em uma linha abaixo dos cabeçalhos. Os dados dispostos horizontalmente em uma linha
serão sempre conectados logicamente com E e dados dispostos verticalmente em uma coluna serão sempre conectados
logicamente com OU.

101
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Cópia dos cabeçalhos da planilha


Uma vez que você criou uma matriz de filtro, selecione os intervalos de planilha a serem filtrados. Abra a caixa de diá-
logo Filtro avançado escolhendo Dados - Filtro - Filtro avançado e defina as condições do filtro.

Intervalo de critérios de filtragem


Em seguida, clique em OK e você verá que somente as linhas da planilha original nas quais o conteúdo satisfez os crité-
rios da pesquisa estarão visíveis. Todas as outras linhas estarão temporariamente ocultas e poderão reaparecer através do
comando Formatar - Linha – Mostrar ou então desfaça a filtragem.

Resultado da filtragem avançada

Teclas de atalho para planilhas


Navegar em planilhas
Teclas de atalho/Efeito
Ctrl+Home / Move o cursor para a primeira célula na planilha (A1).
Ctrl+End / Move o cursor para a última célula que contém dados na planilha.
Home / Move o cursor para a primeira célula da linha atual.
End / Move o cursor para a última célula da linha atual.
Shift+Home / Seleciona todas as células desde a atual até a primeira célula da linha.
Shift+End / Seleciona todas as células desde a atual até a última célula da linha.
Shift+Page Up / Seleciona as células desde a atual até uma página acima na coluna ou extende a seleção existente uma
página para cima.
Shift+Page Down / Seleciona as células desde a atual até uma página abaixo na coluna ou estende a seleção existente
uma página para baixo.
Ctrl+Seta para a esquerda / Move o cursor para o canto esquerdo do intervalo de dados atual. Se a coluna à esquerda
da célula que contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para a esquerda da próxima coluna que contenha dados.
Ctrl+Seta para a direita / Move o cursor para o canto direito do intervalo de dados atual. Se a coluna à direita da célula
que contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para a direita da próxima coluna que contenha dados.
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto superior do intervalo de dados atual. Se a linha acima da célula que
contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para cima da próxima linha que contenha dados.
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto inferior do intervalo de dados atual. Se a linha abaixo da célula que
contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para baixo da próxima linha que contenha dados.
Ctrl+Shift+Seta / Seleciona todas as células contendo dados da célula atual até o fim do intervalo contínuo das células
de dados, na direção da seta pressionada. Um intervalo de células retangular será selecionado se esse grupo de teclas for
usado para selecionar linhas e colunas ao mesmo tempo.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ctrl+Page Up / Move uma planilha para a esquerda. Ctrl+F3 / Abre a caixa de diálogo Definir nomes.
Na visualização de impressão: Move para a página de F4 / Mostra ou oculta o Explorador de Banco de dados.
impressão anterior. Shift+F4 / Reorganiza as referências relativas ou ab-
Ctrl+Page Down / Move uma planilha para a direita. solutas (por exemplo, A1, $A$1, $A1, A$1) no campo de
Na visualização de impressão: Move para a página de entrada.
impressão seguinte. F5 / Mostra ou oculta o Navegador.
Alt+Page Up / Move uma tela para a esquerda. Shift+F5 / Rastreia dependentes.
Alt+Page Down / Move uma página de tela para a di- Shift+F7 / Rastreia precedentes.
reita. Shift+Ctrl+F5 / Move o cursor da Linha de entrada para
Shift+Ctrl+Page Up / Adiciona a planilha anterior à se- a caixa Área da planilha.
leção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- F7 / Verifica a ortografia na planilha atual.
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação Ctrl+F7 / Abre o Dicionário de sinônimos se a célula
de teclas de atalho somente selecionará a planilha anterior. atual contiver texto.
Torna atual a planilha anterior. F8 / Ativa ou desativa o modo de seleção adicional.
Shift+Ctrl+Page Down / Adiciona a próxima planilha à Nesse modo, você pode usar as teclas de seta para esten-
seleção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- der a seleção. Você também pode clicar em outra célula
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação para estender a seleção.
de teclas de atalho somente selecionará a próxima planilha. Ctrl+F8 / Realça células que contém valores.
Torna atual a próxima planilha. F9 / Recalcula as fórmulas modificadas na planilha
Ctrl+ * onde (*) é o sinal de multiplicação no teclado atual.
numérico Ctrl+Shift+F9 / Recalcula todas as fórmulas em todas
Seleciona o intervalo de dados que contém o cursor. as planilhas.
Um intervalo é um intervalo de células contíguas que con- Ctrl+F9 / Atualiza o gráfico selecionado.
tém dados e é delimitado por linhas e colunas vazias. F11 Abre a janela Estilos e formatação para você apli-
Ctrl+ / onde (/) é o sinal de divisão no teclado numé-
car um estilo de formatação ao conteúdo da célula ou à
rico
planilha atual.
Seleciona o intervalo de fórmulas de matriz que con-
Shift+F11 / Cria um modelo de documento.
tém o cursor.
Shift+Ctrl+F11 / Atualiza os modelos.
Ctrl+tecla de adição / Insere células (como no menu
F12 / Agrupa o intervalo de dados selecionado.
Inserir - Células)
Ctrl+F12 / Desagrupa o intervalo de dados seleciona-
Ctrl+tecla de subtração / Exclui células (tal como no
do.
menu Editar - Excluir células)
Alt+Seta para baixo / Aumenta a altura da linha atual
Enter ( num intervalo selecionado) / Move o cursor uma
célula para baixo no intervalo selecionado. Para especificar (somente no Modo de compatibilidade legada do OpenOf-
a direção do movimento do cursor, selecione Ferramentas fice.org).
- Opções - LibreOffice Calc - Geral. Alt+Seta para cima / Diminui a altura da linha atual (so-
Ctrl+ ` / Exibe ou oculta as fórmulas em vez dos valores mente no Modo de compatibilidade legada do OpenOffice.
em todas as células. org).
A tecla ` está ao lado da tecla “1” na maioria dos tecla- Alt+Seta para a direita / Aumenta a largura da coluna
dos em Inglês. Se seu teclado não possui essa tecla, você atual.
pode atribuir uma outra tecla: Selecione Ferramentas - Per- Alt+Seta para a esquerda / Diminui a largura da coluna
sonalizar, clique na guia Teclado. Selecione a categoria “Exi- atual.
bir” e a função “Exibir fórmula”. Alt+Shift+Tecla de seta / Otimiza a largura da coluna
ou o tamanho da linha com base na célula atual.
Teclas de função utilizadas em planilhas
Teclas de atalho / Efeito Formatar células com as teclas de atalho
Ctrl+F1 / Exibe a anotação anexada na célula atual Os formatos de célula a seguir podem ser aplicados
F2 / Troca para o modo de edição e coloca o cursor com o teclado:
no final do conteúdo da célula atual. Pressione novamente Teclas de atalho / Efeito
para sair do modo de edição. Ctrl+1 (não use o teclado numérico) / Abre a caixa de
Se o cursor estiver em uma caixa de entrada de uma diálogo Formatar células
caixa de diálogo que possui o botão Encolher, a caixa de Ctrl+Shift+1 (não use o teclado numérico) / Duas casas
diálogo ficará oculta e a caixa de entrada permanecerá vi- decimais, separador de milhar
sível. Pressione F2 novamente para mostrar a caixa de diá- Ctrl+Shift+2 (não use o teclado numérico) / Formato
logo inteira. exponencial padrão
Ctrl+Shift+3 (não use o teclado numérico) / Formato
Ctrl+F2 / Abre o Assistente de funções. de data padrão
Shift+Ctrl+F2 / Move o cursor para a Linha de entrada Ctrl+Shift+4 (não use o teclado numérico) / Formato
onde você pode inserir uma fórmula para a célula atual. monetário padrão

103
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ctrl+Shift+5 (não use o teclado numérico) / Formato 3  A guia Slides mostra uma versão em miniatura de
de porcentagem padrão (duas casas decimais) cada slide inteiro mostrado no painel Slide. Depois de adi-
Ctrl+Shift+6 (não use o teclado numérico) / Formato cionar outros slides, você poderá clicar em uma miniatu-
padrão ra na guia Slides para fazer com que o slide apareça no
painel Slide ou poderá arrastar miniaturas para reorganizar
os slides na apresentação. Também é possível adicionar ou
EDITOR DE APRESENTAÇÕES (MS excluir slides na guia Slides.
POWERPOINT E BROFFICE.ORG IMPRESS). 4 No painel Anotações, você pode digitar observações
USO DE SLIDE MESTRE, FORMATAÇÃO sobre o slide atual. Também pode distribuir suas anotações
E TRANSIÇÃO DE SLIDES, INSERÇÃO DE para a audiência ou consultá-las no Modo de Exibição do
OBJETOS (SOM, IMAGEM, LINKS). Apresentador durante a apresentação.

Etapa 2: Começar com uma apresentação em branco


Por padrão, o PowerPoint 2010 aplica o modelo Apre-
POWERPOINT sentação em Branco, mostrado na ilustração anterior, às
novas apresentações. Apresentação em Branco é o mais
O PowerPoint é um aplicativo visual e gráfico, usado simples e o mais genérico dos modelos no PowerPoint
principalmente para criar apresentações. Com ele, você 2010 e será um bom modelo a ser usado quando você co-
pode criar, visualizar e mostrar apresentações de slides que meçar a trabalhar com o PowerPoint.
combinam texto, formas, imagens, gráficos, animações, ta-
Para criar uma nova apresentação baseada no modelo
belas, vídeos e muito mais.
Apresentação em Branco, faça o seguinte:
Familiarizar-se com o espaço de trabalho do Power- 1. Clique na guia Arquivo.
Point 2. Aponte para Novo e, em Modelos e Temas Dispo-
O espaço de trabalho, ou modo de exibição Normal, foi níveis, selecione Apresentação em Branco.
desenvolvido para ajudá-lo a encontrar e usar facilmente 3. Clique em Criar.
os recursos do Microsoft PowerPoint 2010.
Este artigo contém instruções passo a passo para aju- Etapa 3: Ajustar o tamanho do painel de anotações
dá-lo a se preparar para criar apresentações com o Power- Depois que você abre o modelo Apresentação em
Point 2010 Branco, somente uma pequena parte do painel Anotações
fica visível. Para ver uma parte maior desse painel e ter mais
Etapa 1: Abrir o PowerPoint espaço para digitar, faça o seguinte:
Quando você inicia o PowerPoint, ele é aberto no modo 1. Aponte para a borda superior do painel Anota-
de exibição chamado Normal, onde você cria e trabalha em ções.
slides. 2. Quando o ponteiro se transformar em uma , ar-
raste a borda para cima a fim de criar mais espaço para as
anotações do apresentador, como mostrado na ilustração
a seguir.

Observe que o slide no painel Slide se redimensiona


automaticamente para se ajustar ao espaço disponível.
Uma imagem do PowerPoint 2010 no modo Normal
que possui vários elementos rotulados. Etapa 4: Criar a apresentação
1 No painel Slide, você pode trabalhar em slides indi- Agora que preparou o espaço de trabalho para ser usa-
viduais. do, você está pronto para começar a adicionar texto, for-
2 As bordas pontilhadas identificam os espaços reser- mas, imagens, animações (e outros slides também) à apre-
vados, onde você pode digitar texto ou inserir imagens,
sentação. Próximo à parte superior da tela, há três botões
gráficos e outros objetos.
que podem ser úteis quando você iniciar o trabalho:

104
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• Desfazer , que desfaz sua última alteração Outros recursos da Faixa de Opções
(para ver uma dica de tela sobre qual ação será desfeita,
coloque o ponteiro sobre o botão. Para ver um menu de
outras alterações recentes que também podem ser desfei-
tas, clique na seta à direita de Desfazer ).
• Você também pode desfazer uma alteração pres-
sionando CTRL+Z.
• Refazer ou Repetir , que repete ou refaz
sua última alteração, dependendo da ação feita anterior-
mente (para ver uma dica de tela sobre qual ação será re-
petida ou refeita, coloque o ponteiro sobre o botão). Você Outros elementos que podem ser exibidos na Faixa de
também pode repetir ou refazer uma alteração pressionan- Opções são as guias contextuais, as galerias e os iniciado-
do CTRL+Y. res de caixa de diálogo.
• A Ajuda do Microsoft Office PowerPoint , que
abre o painel Ajuda do PowerPoint. Você também pode  Uma galeria, neste caso a galeria de formas no gru-
abrir a Ajuda pressionando F1. po Desenho. As galerias são janelas ou menus retangulares
que apresentam uma gama de opções visuais relacionadas.
Familiarizar-se com a Faixa de Opções do Power-  Uma guia contextual, neste caso a guia Ferramentas
Point 2010 de Imagem. Para diminuir a poluição visual, algumas guias
Ao iniciar o Microsoft PowerPoint 2010 pela primeira vez, são mostradas somente quando necessárias. Por exemplo,
você perceberá que os menus e as barras de ferramentas do a guia Ferramentas de Imagem será mostrada somente se
PowerPoint 2003 e das versões anteriores foram substituídos você inserir uma imagem a um slide e a selecionar.
pela Faixa de Opções.   Um Iniciador da Caixa de Diálogo, neste caso, um
que inicia a caixa de diálogo Formatar Forma.
O que é a Faixa de Opções?
A Faixa de Opções contém os comandos e os outros Localização dos comandos conhecidos na Faixa de Op-
itens de menu presentes nos menus e barras de ferramen- ções
tas do PowerPoint 2003 e de versões anteriores. A Faixa de Para encontrar a localização de comandos específicos
Opções foi projetada para ajudá-lo a localizar rapidamente em guias e grupos, consulte os diagramas a seguir.
os comandos necessários para concluir uma tarefa.
A guia Arquivo
Principais recursos da Faixa de Opções

A Faixa de Opções exibida no lado esquerdo da guia


Página Inicial do PowerPoint 2010.
1 Uma guia da Faixa de Opções, neste caso a guia Pá-
gina Inicial. Cada guia está relacionada a um tipo de ativi-
dade, como inserir mídia ou aplicar animações a objetos.
2 Um grupo na guia Página Inicial, neste caso o grupo
Fonte. Os comandos são organizados em grupos lógicos e
reunidos nas guias.
3  Um botão ou comando individual no grupo Slides,
neste caso o botão Novo Slide.

A guia Arquivo é o local onde é possível criar um novo


arquivo, abrir ou salvar um existente e imprimir sua apre-
sentação.

105
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

1 Salvar como
2 Abrir
3 Novo
4 Imprimir

A guia Página Inicial

A guia Página Inicial é o local onde é possível inserir novos slides, agrupar objetos e formatar texto no slide.

1 Se você clicar na seta ao lado de Novo Slide, poderá escolher entre vários layouts de slide.
2 O grupo Fonte inclui os botões Fonte, Negrito, Itálico e Tamanho da Fonte.
3 O grupo Parágrafo inclui Alinhar Texto à Direita, Alinhar Texto à Esquerda, Justificar e Centralizar.
4 Para localizar o comando Agrupar, clique em Organizar e, em Agrupar Objetos, selecione Agrupar.

Guia Inserir

A guia Inserir é o local onde é possível inserir tabelas, formas, gráficos, cabeçalhos ou rodapés em sua apresentação.

1 Tabela
2 Formas
3 Gráfico
4 Cabeçalho e Rodapé
Guia Design

A guia Design é o local onde é possível personalizar o plano de fundo, o design e as cores do tema ou a configuração
de página na apresentação.
1 Clique em Configurar Página para iniciar a caixa de diálogo Configurar Página.
2 No grupo Temas, clique em um tema para aplicá-lo à sua apresentação.
3 Clique em Estilos de Plano de Fundo para selecionar uma cor e design de plano de fundo para sua apresentação.

Guia Transições

A guia Transições é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover transições no slide atual.

106
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

1 No grupo Transições para este Slide, clique em uma transição para aplicá-la ao slide atual.
2 Na lista Som, você pode selecionar entre vários sons que serão executados durante a transição.
3 Em Avançar Slide, você pode selecionar Ao Clicar com o Mouse para fazer com que a transição ocorra ao clicar.

Guia Animações

A guia Animações é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover animações em objetos do slide.
1 Clique em Adicionar Animação e selecione uma animação que será aplicada ao objeto selecionado.
2 Clique em Painel de Animação para iniciar o painel de tarefas Painel de Animação.
3 O grupo Intervalo inclui áreas para definir o Página Inicial e a Duração.

Guia Apresentação de Slides

A guia Apresentação de Slides é o local onde é possível iniciar uma apresentação de slides, personalizar as configura-
ções da apresentação de slides e ocultar slides individuais.
1 O grupo Iniciar Apresentação de Slides, que inclui Do Começo e Do Slide Atual.
2 Clique em Configurar Apresentação de Slides para iniciar a caixa de diálogo Configurar Apresentação.
3 Ocultar Slide

Guia Revisão

A guia Revisão é o local onde é possível verificar a ortografia, alterar o idioma da apresentação ou comparar alterações
na apresentação atual com outra.
1 Ortografia, para iniciar o verificador ortográfico.
2 O grupo Idioma, que inclui Editando Idiomas, onde é possível selecionar o idioma.
3 Comparar, onde é possível comparar as alterações na apresentação atual com outra.

Guia Exibir

A guia Exibir é o local onde é possível exibir o slide mestre, as anotações mestras, a classificação de slides. Você também
pode ativar ou desativar a régua, as linhas de grade e as guias de desenho.
1 Classificação de Slides
2 Slide Mestre
3 O grupo Mostrar, que inclui Régua e Linhas de Grade.

107
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Eu não vejo o comando de que preciso!     Abrir uma apresentação


Alguns comandos, como Recortar ou Compactar, são 1. Clique na guia Arquivo e em Abrir.
guias contextuais. 2. No painel esquerdo da caixa de diálogo Abrir, cli-
Para exibir uma guia contextual, primeiramente sele- que na unidade ou pasta que contém a apresentação de-
cione o objeto que será trabalhado e verifique se uma guia sejada.
contextual é exibida na Faixa de Opções.
3. No painel direito da caixa de diálogo Abrir, abra a
Localizar e aplicar um modelo pasta que contém a apresentação.
O PowerPoint 2010 permite aplicar modelos internos 4. Clique na apresentação e clique em Abrir.
ou os seus próprios modelos personalizados e pesquisar  Observação   Por padrão, o PowerPoint 2010 mostra
vários modelos disponíveis no Office.com. O Office.com somente apresentações do PowerPoint na caixa de diálogo
fornece uma ampla seleção de modelos do PowerPoint po- Abrir. Para exibir outros tipos de arquivos, clique em Todas
pulares, incluindo apresentações e slides de design. as Apresentações do PowerPoint e selecione o tipo de ar-
Para localizar um modelo no PowerPoint 2010, siga quivo que deseja exibir.
este procedimento:
Na guia Arquivo, clique em Novo.
Em Modelos e Temas Disponíveis, siga um destes pro-
cedimentos:
• Para reutilizar um modelo usado recentemente,
clique em Modelos Recentes, clique no modelo desejado
e depois em Criar.
• Para utilizar um modelo já instalado, clique em
Meus Modelos, selecione o modelo desejado e clique em
OK.
• Para utilizar um dos modelos internos instalados
com o PowerPoint, clique em Modelos de Exemplo, clique
no modelo desejado e depois em Criar.
• Para localizar um modelo no Office.com, em Mo-
delos do Office.com, clique em uma categoria de modelo,
selecione o modelo desejado e clique em Baixar para baixar
Salvar uma apresentação
o modelo do Office.com para o computador.

Como com qualquer programa de software, é uma boa


ideia nomear e salvar a apresentação imediatamente e sal-
Observação- Você também pode pesquisar modelos
var suas alterações com frequência enquanto você traba-
no Office.com de dentro do PowerPoint. Na caixa Pesquisar
lha:
modelos no Office.com, digite um ou mais termos de pes-
1. Clique na guia Arquivo.
quisa e clique no botão de seta para pesquisar. 2. Clique em Salvar como e siga um destes procedi-
mentos:
Criar uma apresentação • Para que uma apresentação só possa ser aberta
1. Clique na guia Arquivo e clique em Novo. no PowerPoint 2010 ou no PowerPoint 2007, na lista Salvar
2. Siga um destes procedimentos: como tipo, selecione Apresentação do PowerPoint (*.pptx).
• Clique em Apresentação em Branco e em Criar. • Para uma apresentação que possa ser aberta no
• Aplique um modelo ou tema, seja interno forneci- PowerPoint 2010 ou em versões anteriores do PowerPoint,
do com o PowerPoint 2010 ou baixado do Office.com. selecione Apresentação do PowerPoint 97-2003 (*.ppt).

108
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

3. No painel esquerdo da caixa de diálogo Salvar


como, clique na pasta ou em outro local onde você queira
salvar sua apresentação.
4. Na caixa Nome de arquivo, digite um nome para a
apresentação ou aceite o nome padrão e clique em Salvar.
De agora em diante, você pode pressionar CTRL+S ou
pode clicar em Salvar, próximo à parte superior da tela, para
salvar rapidamente a apresentação, a qualquer momento.
Observação: Para salvar a apresentação em um forma-
to diferente de .pptx, clique na lista Salvar como tipo e se-
lecione o formato de arquivo desejado.
O Microsoft PowerPoint 2010 oferece uma série de ti-
pos de arquivo que você pode usar para salvar; por exem-
plo, JPEGs (.jpg), arquivos Portable Document Format (.pdf),
páginas da Web (.html), Apresentação OpenDocument
(.odp), inclusive como vídeo ou filme etc.
Também é possível abrir vários formatos de arquivo
diferentes com o PowerPoint 2010, como Apresentações
OpenDocument, páginas da Web e outros tipos de arqui-
vos.

Adicionar, reorganizar e excluir slides


O único slide que é exibido automaticamente ao abrir
o PowerPoint tem dois espaços reservados, sendo um for-
matado para um título e o outro formatado para um sub- O novo slide agora aparece na guia Slides, onde está
título. A organização dos espaços reservados em um slide realçado como o slide atual, e também como o grande sli-
é chamada layout. O Microsoft PowerPoint 2010 também de à direita no painel Slide. Repita esse procedimento para
oferece outros tipos de espaços reservados, como aqueles cada novo slide que você deseja adicionar.
de imagens e elementos gráficos de SmartArt.
Ao adicionar um slide à sua apresentação, siga este Determinar quantos slides são necessários
procedimento para escolher um layout para o novo slide
ao mesmo tempo: Para calcular o número de slides necessários, faça um
1. No modo de exibição Normal, no painel que con- rascunho do material que você planeja abordar e, em se-
tém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides e clique guida, divida o material em slides individuais. Você prova-
abaixo do único slide exibido automaticamente ao abrir o velmente deseja pelo menos:
PowerPoint. • Um slide de título principal
2. Na guia Página Inicial, no grupo Slides, clique na • Um slide introdutório que lista os pontos princi-
seta ao lado de Novo Slide. Ou então, para que o novo sli- pais ou áreas da sua apresentação
de tenha o mesmo layout do slide anterior, basta clicar em • Um slide para cada ponto ou área que esteja lista-
Novo Slide em vez de clicar na seta ao lado dele. da no slide introdutório
• Um slide de resumo que repete a lista de pontos
ou áreas principais da sua apresentação

Usando essa estrutura básica, se você possui três pon-


tos ou áreas principais para apresentar, planeje ter um mí-
nimo de seis: um slide de título, um slide introdutório, um
slide para cada um dos três pontos ou áreas principais e
um slide de resumo.
Será exibida uma galeria que mostra as miniaturas dos
vários layouts de slide disponíveis.
• O nome identifica o conteúdo para o qual cada
slide foi criado.
• Os espaços reservados que exibem ícones colo-
ridos podem conter texto, mas você também pode clicar
nos ícones para inserir objetos automaticamente, incluindo
elementos gráficos SmartArt e clip-art.
3. Clique no layout desejado para o novo slide.

109
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Se houver uma grande quantidade de material para apresentar sobre qualquer um dos pontos ou áreas principais,
talvez você queira criar um subagrupamento de slides para esse material, usando a mesma estrutura de tópicos básica.
Dica: Pense em quanto tempo cada slide deve ficar visível na tela durante a sua apresentação. Uma boa estimativa
padrão é de dois a cinco minutos por slide.
Aplicar um novo layout a um slide
Para alterar o layout de um slide existente, faça o seguinte:
• No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides e clique no
slide ao qual deseja aplicar um novo layout.
• Na guia Página Inicial, no grupo Slides, clique em Layout e, em seguida, clique no novo layout desejado.
 Observação   Se você aplicar um layout que não possua tipos de espaços reservados suficientes para o conteúdo que
já existe no slide, serão criados espaços reservados adicionais automaticamente para armazenar esse conteúdo.

Copiar um slide
Se você deseja criar dois ou mais slides que tenham conteúdo e layout semelhantes, salve o seu trabalho criando um
slide que tenha toda a formatação e o conteúdo que será compartilhado por ambos os slides, fazendo uma cópia desse
slide antes dos retoques finais em cada um deles.
1. No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o
botão direito do mouse no slide que deseja copiar e clique em Copiar.
2. Na guia Slides, clique com o botão direito do mouse onde você deseja adicionar a nova cópia do slide e clique em
Colar.
Você também pode usar esse procedimento para inserir uma cópia de um slide de uma apresentação para outra.

Reorganizar a ordem dos slides


No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique no slide que
deseja mover e arraste-o para o local desejado.
Para selecionar vários slides, clique em um slide que deseja mover, pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL
enquanto clica em cada um dos outros slides que deseja mover.

Excluir um slide
No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o botão
direito do mouse no slide que deseja excluir e clique em Excluir Slide.

Adicionar formas ao slide


1. Na guia Início, no grupo Desenho, clique em Formas.

110
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

2. Clique na forma desejada, clique em qualquer parte do slide e arraste para colocar a forma.
Para criar um quadrado ou círculo perfeito (ou restringir as dimensões de outras formas), pressione e mantenha a tecla
SHIFT pressionada ao arrastar.

Exibir uma apresentação de slides

Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do primeiro slide, siga este procedi-
mento:

Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo (ou pressione F5).

Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do slide atual, siga este procedimento(ou
pressione Shift+F5):
Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Slide Atual.

Imprimir uma apresentação


1. Clique na guia Arquivo e clique em Imprimir.
2. Em Imprimir, siga um destes procedimentos:
• Para imprimir todos os slides, clique em Tudo.
• Para imprimir somente o slide exibido no momento, clique em Slide Atual.
• Para imprimir slides específicos por número, clique em Intervalo Personalizado de Slides e digite uma lista de slides
individuais, um intervalo, ou ambos.
Observação   Use vírgulas para separar os números, sem espaços. Por exemplo: 1,3,5-12.
3. Em Outras Configurações, clique na lista Cor e selecione a configuração desejada.
4. Ao concluir as seleções, clique em Imprimir.

111
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• Criar e imprimir folhetos


Você pode imprimir as apresentações na forma de fo-
lhetos, com até nove slides em uma página, que podem ser
utilizados pelo público para acompanhar a apresentação
ou para referência futura.
O folheto com três slides por página possui espaços
entre as linhas para anotações.
Você pode selecionar um layout para os folhetos em vi-
sualização de impressão (um modo de exibição de um do-
cumento da maneira como ele aparecerá ao ser impresso).
Organizar conteúdo em um folheto:
Na visualização de impressão é possível organizar o
conteúdo no folheto e visualizá-lo para saber como ele
será impresso. Você pode especificar a orientação da pá-
gina como paisagem ou retrato e o número de slides que
deseja exibir por página.
Você pode adicionar visualizar e editar cabeçalhos e
rodapés, como os números das páginas. No layout com
um slide por página, você só poderá aplicar cabeçalhos e
rodapés ao folheto e não aos slides, se não desejar exibir
texto, data ou numeração no cabeçalho ou no rodapé dos
slides.
O formato Folhetos (3 Slides por Página) possui linhas
Aplicar conteúdo e formatação em todos os folhetos: para anotações do público.
Se desejar alterar a aparência, a posição e o tamanho
da numeração, da data ou do texto do cabeçalho e do ro- Para especificar a orientação da página, clicar na seta
dapé em todos os folhetos, faça as alterações no folhe- em Orientação e, em seguida, clicar em Paisagem ou Re-
to mestre. Para incluir um nome ou logotipo em todas as trato.
páginas do folheto, basta adicioná-lo ao mestre. As alte- Clicar em Imprimir.
rações feitas no folheto mestre também são exibidas na
impressão da estrutura de tópicos.
Imprimir folhetos: Inserir texto
1. Abrir a apresentação em que deseja imprimir os fo-
lhetos. Para inserir um texto no slide clicar com o botão es-
2. Clicar na aba Arquivo, clicar na seleção de layout de querdo do mouse no retângulo (Clique para adicionar um
slides para impressão na seção ‘Configurações’ e escolher o título), após clicar o ponto de inserção (cursor será exibido).
modo de impressão(aqui também podemos selecionar os
modos ‘Anotações’ e ‘Estrutura de tópicos’) Então basta começar a digitar.

112
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.
11 – Alinhar Texto à Esquerda
Alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado
através do comando Ctrl+Q.
12 – Centralizar
Centraliza o texto. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+E.
13 – Alinhar Texto à Direita
Alinha o texto à direita. Também pode ser acionado
através do comando Ctrl+G.
14 – Justificar
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicio-
nando espaço extra entre as palavras conforme o neces-
sário, promovendo uma aparência organizada nas laterais
Formatar texto esquerda e direita da página.
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná- 15 – Colunas
-lo. Para selecionar um texto ou palavra, basta clicar com Divide o texto em duas ou mais colunas.
o boto esquerdo sobre o ponto em que se deseja iniciar
a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse Limpar formatação
até o ponto desejado e soltar o botão esquerdo. Para limpar toda a formatação de um texto basta se-
lecioná-lo e clicar no botão , localizado na guia Início.

Inserir símbolos especiais


Além dos caracteres que aparecem no teclado, é pos-
sível inserir no slide vários caracteres e símbolos especiais.
1. Posicionar o cursor no local que se deseja inserir o
símbolo.
2. Acionar a guia Inserir.

1 – Fonte
Altera o tipo de fonte 3. Clicar no botão Símbolo.
2 – Tamanho da fonte 4. Selecionar o símbolo.
Altera o tamanho da fonte
3 – Negrito
Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser
acionado através do comando Ctrl+N.
4 – Itálico
Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser
acionado através do comando Ctrl+I.
5 – Sublinhado
Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acio-
nado através do comando Ctrl+S.
6 – Tachado
Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
7 – Sombra de Texto
Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para
destacá-lo no slide.
5. Clicar em Inserir e em seguida Fechar.
8 – Espaçamento entre Caracteres
Ajusta o espaçamento entre caracteres. Marcadores e numeração
9 – Maiúsculas e Minúsculas Com a guia Início acionada, clicar no botão , para
Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, criar parágrafos com marcadores. Para escolher o tipo de
minúsculas, ou outros usos comuns de maiúsculas/minús- marcador clicar na seta.
culas.

113
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para


comunicar informações visualmente. Esses elementos grá-
ficos variam desde listas gráficas e diagramas de processos
até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e
organogramas.
• Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar
dados.
• WordArt: insere um texto com efeitos especiais.

Alterar plano de fundo


Para alterar o plano de fundo de um slide, basta clicar
com o botão direito do mouse sobre ele, e em seguida
clicar em Formatar Plano de Fundo.

Com a guia Início acionada, clicar no botão , para ini-


ciar uma lista numerada. Para escolher diferentes formatos
de numeração clicar na seta.

Depois escolher entre as opções clicar Aplicar a tudo


para aplicar a mudança a todos os slides, se for alterar ape-
nas o slide atual clicar em fechar.

Inserir figuras

Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e Animar textos e objetos
clicar em um desses botões: Para animar um texto ou objeto, selecionar o texto ou
• Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um ar- objeto, clicar na guia Animações, e depois em Animações
quivo. Personalizadas, abrirá um painel à direita, clicar em Adicio-
• Clip-art: é possível escolher entre várias figuras que nar efeito. Nele se encontram várias opções de animação
acompanham o Microsoft Office. de entrada, ênfase, saída e trajetórias de animação.
• Formas: insere formas prontas, como retângulos e
círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos ex-
plicativos.

114
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Inserir botão de ação • Para tocar um som, marcar a caixa de seleção Tocar
Um botão de ação consiste em um botão já existen- som e selecionar o som desejado.
te que pode ser inserido na apresentação e para o qual
pode definir hiperlinks. Os botões de ação contêm formas, Criar apresentação personalizada
como setas para direita e para esquerda e símbolos de fá- Existem dois tipos de apresentações personalizadas:
cil compreensão referentes às ações de ir para o próximo, básica e com hiperlinks.
anterior, primeiro e último slide, além de executarem filmes Uma apresentação personalizada básica é uma apre-
ou sons. Eles são mais comumente usados para apresen- sentação separada ou uma apresentação que inclui alguns
tações autoexecutáveis — por exemplo, apresentações que slides originais.
são exibidas várias vezes em uma cabine ou quiosque (um Uma apresentação personalizada com hiperlinks é uma
computador e monitor, geralmente localizados em uma forma rápida de navegar para uma ou mais apresentações
área frequentada por muitas pessoas, que pode incluir tela separadas.
sensível ao toque, som ou vídeo. 1 – Apresentação Personalizada Básica
Os quiosques podem ser configurados para executar
Utilizar uma apresentação personalizada básica para
apresentações do PowerPoint de forma automática, contí-
fornecer apresentações separadas para diferentes grupos
nua ou ambas).
da sua organização. Por exemplo, se sua apresentação
1. Na guia Inserir, no grupo Ilustrações, clicar na seta contém um total de cinco slides, é possível criar uma apre-
sentação personalizada chamada “Site 1” que inclui apenas
os slides 1, 3 e 5. É possível criar uma segunda apresenta-
abaixo de Formas e, em seguida, clique no botão Mais .
ção personalizada chamada “Site 2” que inclui os slides 1, 2,
2. Em Botões de Ação, clicar no botão que se deseja
4 e 5. Quando você criar uma apresentação personalizada
adicionar.
a partir de outra apresentação, é possível executá-la, na ín-
3. Clicar sobre um local do slide e arrastar para dese-
nhar a forma para o botão. tegra, em sua sequência original.
4. Na caixa Configurar Ação, seguir um destes proce-
dimentos:
• Para escolher o comportamento do botão de ação
quando você clicar nele, clicar na guia Selecionar com o
Mouse.
• Para escolher o comportamento do botão de ação
quando você mover o ponteiro sobre ele, clicar na guia Se-
lecionar sem o Mouse.
5. Para escolher o que acontece quando você clica ou
move o ponteiro sobre o botão de ação, siga um destes
procedimentos:
• Se você não quiser que nada aconteça, clicar em Ne-
nhuma.
• Para criar um hiperlink, clicar em Hiperlink para e se-
lecionar o destino para o hiperlink.
• Para executar um programa, clicar em Executar pro-
grama e, em seguida, clicar em Procurar e localizar o pro- 1. Na guia Apresentações de Slides, no grupo Iniciar
grama que você deseja executar. Apresentação de Slides, clicar na seta ao lado de Apresenta-
• Para executar um macro (uma ação ou um conjunto ção de Slides Personalizada e, em seguida, clicar em Apresen-
de ações que você pode usar para automatizar tarefas. Os tações Personalizadas.
macros são gravados na linguagem de programação Visual 2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas,
Basic for Applications), clicar em Executar macro e selecio- clicar em Novo.
nar a macro que você deseja executar. 3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que
As configurações de Executar macro estarão disponí-
você deseja incluir na apresentação personalizada e, em
veis somente se a sua apresentação contiver um macro.
seguida, clicar em Adicionar.
• Se você deseja que a forma escolhida como um botão
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no
de ação execute uma ação, clicar em Ação do objeto e sele-
cionar a ação que você deseja que ele execute. primeiro slide e, em seguida, manter pressionada a tecla
As configurações de Ação do objeto estarão disponí- SHIFT enquanto clica no último slide que deseja selecio-
veis somente se a sua apresentação contiver um objeto OLE nar. Para selecionar diversos slides não sequenciais, manter
(uma tecnologia de integração de programa que pode ser pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide que
usada para compartilhamento de informações entre pro- queira selecionar.
gramas. Todos os programas do Office oferecem suporte 4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos,
para OLE; por isso, você pode compartilhar informações em Slides na apresentação personalizada, clicar em um sli-
por meio de objetos vinculados e incorporados). de e, em seguida, clicar em uma das setas para mover o
slide para cima ou para baixo na lista.

115
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação • Para se vincular a um local na apresentação atual, na
de slides e clicar em OK. Para criar apresentações personali- lista Selecione um local neste documento, selecionar o sli-
zadas adicionais com quaisquer slides da sua apresentação, de para o qual você deseja ir.
repetir as etapas de 1 a 5. Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar
Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no nome da apresentação na caixa de diálogo Apresenta-
no nome da apresentação na caixa de diálogo Apresenta- ções Personalizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.
ções Personalizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.
2 – Apresentação Personalizada com Hiperlink Transição de slides
Utilizar uma apresentação personalizada com hiper- As transições de slide são os efeitos semelhantes à ani-
links para organizar o conteúdo de uma apresentação. Por mação que ocorrem no modo de exibição Apresentação
exemplo, se você cria uma apresentação personalizada de Slides quando você move de um slide para o próximo.
principal sobre a nova organização geral da sua empresa, É possível controlar a velocidade de cada efeito de
é possível criar uma apresentação personalizada para cada transição de slides e também adicionar som.
departamento da sua organização e vinculá-los a essas exi- O Microsoft Office PowerPoint 2010 inclui vários tipos
bições da apresentação principal. diferentes de transições de slides, incluindo (mas não se
limitando) as seguintes:

1. Sem transição
2. Persiana Horizontal
1. Na guia Apresentações, no grupo Iniciar Apresen- 3. Persiana Vertical
tação de Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de 4. Quadro Fechar
Slides Personalizada e, em seguida, clicar em Apresenta-
5. Quadro Abrir
ções Personalizadas.
6. Quadriculado na Horizontal
2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas,
7. Quadriculado na Vertical
clicar em Novo.
8. Pente Horizontal
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que
você deseja incluir na apresentação personalizada principal 9. Pente Vertical
e, em seguida, clicar em Adicionar.
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos
primeiro slide e, em seguida, manter pressionada a tecla Rápidos, clicar no botão Mais, conforme mostrado no dia-
SHIFT enquanto clica no último slide que deseja selecio- grama acima.
nar. Para selecionar diversos slides não sequenciais, manter • Adicionar a mesma transição de slides a todos os sli-
pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide que des em sua apresentação:
queira selecionar. 1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides,
4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, clicar na guia Slides.
em Slides na apresentação personalizada, clicar em um sli- 2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
de e, em seguida, clicar em uma das setas para mover o 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este
slide para cima ou para baixo na lista. Slide, clicar em um efeito de transição de slides.
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de 4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Es-
slides e clicar em OK. Para criar apresentações personaliza- tilos Rápidos, clicar no botão Mais.
das adicionais com quaisquer slides da sua apresentação, 5. Para definir a velocidade de transição de slides, no
repetir as etapas de 1 a 5. grupo Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de
6. Para criar um hiperlink da apresentação principal Velocidade da Transição e, em seguida, selecionar a veloci-
para uma apresentação de suporte, selecionar o texto ou dade desejada.
objeto que você deseja para representar o hiperlink. 6. No grupo Transição para Este Slide, clicar em Aplicar
7. Na guia Inserir, no grupo Vínculos, clicar na seta a Tudo.
abaixo de Hiperlink. • Adicionar diferentes transições de slides aos slides
8. Em Vincular para, clicar em Colocar Neste Docu- em sua apresentação
mento. 1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides,
9. Seguir um destes procedimentos: clicar na guia Slides.
• Para se vincular a uma apresentação personalizada, 2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
na lista Selecionar um local neste documento, selecionar a 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este
apresentação personalizada para a qual deseja ir e marcar Slide, clicar no efeito de transição de slides que você deseja
a caixa de seleção Mostrar e retornar. para esse slide.

116
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Es- o Para iniciar uma apresentação de slides personaliza-
tilos Rápidos, clicar no botão Mais. da que seja derivada de outra apresentação do PowerPoint,
5. Para definir a velocidade de transição de slides, no clicar em Apresentação personalizada e, em seguida, clicar
grupo Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de na apresentação que você deseja exibir como uma apre-
Velocidade da Transição e, em seguida, selecionar a veloci- sentação personalizada (uma apresentação dentro de uma
dade desejada. apresentação na qual você agrupa slides em uma apresen-
6. Para adicionar uma transição de slides diferente a tação existente para poder mostrar essa seção da apresen-
outro slide em sua apresentação, repetir as etapas 2 a 4. tação para um público em particular).
• Adicionar som a transições de slides • Opções da apresentação
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, Usar as opções na seção Opções da apresentação para
clicar na guia Slides. especificar como você deseja que arquivos de som, narra-
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. ções ou animações sejam executados em sua apresentação.
o Para executar um arquivo de som ou animação con-
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este
tinuamente, marcar a caixa de opções Repetir até ‘Esc’ ser
Slide, clicar na seta ao lado de Som de Transição e, em se-
pressionada.
guida, seguir um destes procedimentos: o Para mostrar uma apresentação sem executar uma
• Para adicionar um som a partir da lista, selecionar o narração incorporada, marcar a caixa de seleção Apresen-
som desejado. tação sem narração.
• Para adicionar um som não encontrado na lista, se- o Para mostrar uma apresentação sem executar uma
lecionar Outro Som, localizar o arquivo de som que você animação incorporada, marcar a caixa de seleção Apresen-
deseja adicionar e, em seguida, clicar em OK. tação sem animação.
4. Para adicionar som a uma transição de slides dife- o Ao fazer sua apresentação diante de uma audiência
rente, repetir as etapas 2 e 3. ao vivo, é possível escrever nos slides. Para especificar uma
cor de tinta, na lista Cor da caneta, selecionar uma cor de
Configurar apresentação de slides tinta.
• Tipo de apresentação
Usar as opções na seção Tipo de apresentação para A lista Cor da caneta estará disponível apenas se Exibi-
especificar como você deseja mostrar a apresentação para da por um orador (tela inteira) (na seção Tipo de apresen-
sua audiência. tação) estiver selecionada.
o Para fazer sua apresentação diante de uma audiência • Avançar slides
Usar as opções na seção Avançar slides para especificar
ao vivo, clicar em Exibida por um orador (tela inteira).
como mover de um slide para outro.
o Para permitir que a audiência exiba sua apresentação o Para avançar para cada slide manualmente durante a
a partir de um disco rígido ou CD em um computador ou apresentação, clicar em Manualmente.
na Internet, clicar em Apresentada por uma pessoa (janela). o Para usar intervalos de slide para avançar para cada
o Para permitir que a audiência role por sua apresen- slide automaticamente durante a apresentação, clicar em
tação de auto execução a partir de um computador autô- Usar intervalos, se houver.
nomo, marcar a caixa de seleção Mostrar barra de rolagem. • Vários Monitores
o Para entregar uma apresentação de auto execução
executada em um quiosque (um computador e monitor, É possível executar sua apresentação do Microsoft Offi-
geralmente localizados em uma área frequentada por mui- ce PowerPoint 2010 de um monitor (por exemplo, em um
tas pessoas, que pode incluir tela sensível ao toque, som ou pódio) enquanto o público a vê em um segundo monitor.
vídeo. Os quiosques podem ser configurados para executar Usando dois monitores, é possível executar outros pro-
apresentações do PowerPoint de forma automática, con- gramas que não são vistos pelo público e acessar o modo
de exibição Apresentador. Este modo de exibição oferece
tínua ou ambas), clicar em Apresentada em um quiosque
as seguintes ferramentas para facilitar a apresentação de
(tela inteira). informação:
• Mostrar slides o É possível utilizar miniaturas para selecionar os slides
Usar as opções na seção Mostrar slides para especifi- de uma sequência e criar uma apresentação personalizada
car quais slides estão disponíveis em uma apresentação ou para o seu público.
para criar uma apresentação personalizada (uma apresen- o A visualização de texto mostra aquilo que o seu pró-
tação dentro de uma apresentação na qual você agrupa ximo clique adicionará à tela, como um slide novo ou o
slides em uma apresentação existente para poder mostrar próximo marcador de uma lista.
essa seção da apresentação para um público em particular). o As anotações do orador são mostradas em letras
o Para mostrar todos os slides em sua apresentação, grandes e claras, para que você possa utilizá-las como um
clicar em Tudo. script para a sua apresentação.
o Para mostrar um grupo específico de slides de sua o É possível escurecer a tela durante sua apresentação e,
apresentação, digitar o número do primeiro slide que você depois, prosseguir do ponto em que você parou. Por exem-
deseja mostrar na caixa De e digitar o número do último plo, talvez você não queira exibir o conteúdo do slide du-
slide que você deseja mostrar na caixa Até. rante um intervalo ou uma seção de perguntas e respostas.

117
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Requisitos para o uso do modo de exibição Apresen-


tador:
Para utilizar o modo de exibição Apresentador, faça o
seguinte:
o Certifique-se que o computador usado para a apre-
sentação tem capacidade para vários monitores.
o Ativar o suporte a vários monitores
o Ativar o modo de exibição Apresentador.

Ativar o suporte a vários monitores:


Embora os computadores possam oferecer suporte a
mais de dois monitores, o PowerPoint oferece suporte para
o uso de até dois monitores para uma apresentação. Para
desativar o suporte a vários monitores, selecionar o segun-
No modo de exibição do Apresentador, os ícones e do monitor e desmarcar a caixa de seleção Estender a área
botões são grandes o suficiente para uma fácil navegação, de trabalho do Windows a este monitor.
mesmo quando você está usando um teclado ou mouse
desconhecido. A seguinte ilustração mostra as várias fer- 1. Na guia Apresentação de Slides, no grupo Monito-
ramentas disponibilizadas pelo modo de exibição Apresen- res, clicar em Mostrar Modo de Exibição do Apresentador.
tador. 2. Na caixa de diálogo Propriedades de Vídeo, na guia
Configurações, clicar no ícone do monitor para o monitor
do apresentador e desmarcar a caixa de seleção Usar este
dispositivo como monitor primário.
Se a caixa de seleção Usar este dispositivo como moni-
tor primário estiver marcada e não disponível, o monitor foi
designado como o monitor primário. Somente é possível
selecionar um monitor primário por vez. Se você clicar em
um ícone de monitor diferente, a caixa de seleção Usar este
dispositivo como monitor primário é desmarcada e torna-
-se disponível novamente.
É possível mostrar o modo de exibição Apresentador e
executar a apresentação de apenas um monitor — geral-
mente, o monitor 1.
3. Clicar no ícone do monitor para o monitor do públi-
co e marcar a caixa de seleção Estender a área de trabalho
do Windows a este monitor.
Executar uma apresentação em dois monitores usando
o modo de exibição do Apresentador:
Após configurar seus monitores, abrir a apresentação
1. Miniaturas dos slides que você pode clicar para que deseja executar e fazer o seguinte:
pular um slide ou retornar para um slide já apresentado. 1. Na guia Apresentação de Slides, no grupo Configu-
2. O slide que você está exibindo no momento para ração, clicar em Configurar a Apresentação de Slides.
o público. 2. Na caixa de diálogo Configurar Apresentação, esco-
3. O botão Finalizar Apresentação, que você pode lher as opções desejadas e clicar em OK.
clicar a qualquer momento para finalizar a sua apresenta- 3. Para começar a entrega da apresentação, na guia
ção. Exibir, no grupo Modos de Exibição de Apresentação, clicar
4. O botão Escurecer, que você pode clicar para es- em Apresentação de Slides.
curecer a tela do público temporariamente e, em seguida, • Desempenho
clicar de novo para exibir o slide atual. Usar as opções na seção Desempenho para especificar
5. Avançar para cima, que indica o slide que o seu
o nível de clareza visual da apresentação.
público verá em seguida.
o Para acelerar o desenho de elementos gráficos na
6. Botões que você pode selecionar para mover para
apresentação, selecionar Usar aceleração de elementos
frente ou para trás na sua apresentação.
gráficos do hardware.
7. O Número do slide (por exemplo, Slide 7 de 12)
o Na lista Resolução da apresentação de slides, clicar
8. O tempo decorrido, em horas e minutos, desde o
na resolução, ou número de pixels por polegada, que você
início da sua apresentação.
deseja. Quanto mais pixels, mais nítida será a imagem, con-
9. As anotações do orador, que você pode usar como
tudo mais lento será o desempenho do computador. Por
um script para a sua apresentação.
exemplo, uma tela de 640 x 480 pixels é capaz de exibir 640

118
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

pontos distintos em cada uma das 480 linhas, ou aproximadamente 300.000 pixels. Essa é a resolução com desempenho
mais rápido, contudo fornece a menor qualidade. Em contraste, uma tela com 1280 x 1024 pixels fornece as imagens mais
nítidas, mas com desempenho mais lento.

LIBREOFFICE IMPRESS

O LibreOffice Impress é o editor de apresentações da família LibreOffice.org e apresenta soluções atuais para esta
finalidade.
O Impress permite criar apresentações de slides profissionais que podem conter gráficos, objetos de desenho, texto,
multimídia e vários outros itens. Se desejar, você poderá importar e modificar apresentações do Microsoft PowerPoint.
O usuário poderá criar slides com complexidades variadas, indo de uma simples apresentação escolar até as mais
complexas apresentações profissionais. De uma forma geral, poderá ser criado e editado com o LibreOffice.org Impress:
a) Apresentações: Conjunto de slides, folhetos, anotações do apresentador e estruturas de tópicos, agrupados em um
arquivo;
b) Slides: É a página individual da apresentação. Pode conter títulos, textos, elementos gráficos, desenhos (clipart), etc;
c) Folhetos: É uma pequena versão impressa dos slides, para distribuir entre os ouvintes.
d) Anotações do Apresentador: Anotações que o apresentador queira adicionar ao slide sem que sejam visualizadas na
apresentação.
e) Estrutura de Tópicos: É o sumário da apresentação. Aparecem apenas os títulos e os textos principais de cada slide.

Layout

Antes de iniciar a utilização do Impress, é interessante ter alguns conceitos básicos de informática bem fixados, como
por exemplo:
– Cursor de Ponto de Inserção: barra que indica posição dentro do documento;
– Menu: conjunto de opções (comandos) utilizados durante a tarefa, que podem dividir-se em sub-menus. As opções
podem ser acessadas pela barra de menu, barra de ferramentas e teclas de atalho; – Janela: espaço onde fica um conjunto
de configurações de um comando.
– Barra de Menu: dá acesso a menus suspensos, onde estão todas as opções (comandos) do programa;
– Barra de Ferramentas: dá acesso a um conjunto de botões com as mesmas funcionalidades da barra de menu;
– Barra de Rolagem Horizontal e Vertical: facilita a navegação na página quando o zoom de visualização excede o
tamanho da tela;
– Barra de Status: exibe na parte inferior da janela do documento alguns status de comportamento e edição do texto
no programa.

119
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Painel de slides
O Painel de Slides contém imagens em miniaturas dos slides de sua apresentação, na ordem em que serão mostrados
(a menos que se mude a ordem de apresentação dos slides). Clicando em um slide deste painel, isto o selecione e o coloca
na Área de Trabalho. Quando um slide está na Área de Trabalho, pode-se aplicar nele as alterações desejadas.

Várias operações adicionais podem ser aplicadas em um ou mais slides simultaneamente no Painel de slides:
• Adicionar novos slides para a apresentação.
• Marcar um slide como oculto para que ele não seja mostrado como parte da apresentação.
• Excluir um slide da apresentação, se ele não é mais necessário.
• Renomear um slide.
• Duplicar um slide (copiar e colar) ou movê-lo para uma posição diferente na apresentação (cortar e colar).

Também é possível realizar as seguintes operações, apesar de existirem métodos mais eficientes do que usando o Pai-
nel de Slides:
• Alterar a transição de slides para o slide seguinte ou após cada slide em um grupo de slides.
• Alterar a sequência de slides na apresentação.
• Alterar o modelo do slide.
• Alterar a disposição do slide ou para um grupo de slides simultaneamente.

Painel de tarefas
O Painel de Tarefas tem cinco seções. Para expandir a seção que se deseja, clique no triângulo apontando para
a esquerda da legenda. Somente uma seção por vez pode ser expandida.

Páginas mestre
Aqui é definido o estilo de página para sua apresentação. O Impress contém Páginas Mestre pré-preparadas (slides
mestres). Um deles, o padrão, é branco, e os restantes possuem um plano fundo.

Layout
Os layouts pré-preparados são mostrados aqui. Você pode escolher aquele que se deseja, usálo como está ou modifi-
cá-lo conforme suas próprias necessidades. Atualmente não é possível criar layouts personalizados.

Modelos de tabela
Os estilos de tabela padrão são fornecidos neste painel. Pode-se ainda modificar a aparência de uma tabela com as
seleções para mostrar ou ocultar linhas e colunas específicas, ou aplicar uma aparência única às linhas ou colunas.

Animação personalizada
Uma variedade de animações/efeitos para elementos selecionados de um slide são listadas. A animação pode ser adi-
cionada a um slide, e também pode ser alterada ou removida posteriormente.

Transição de slide
Muitas transições estão disponíveis, incluindo Sem transição. Pode-se selecionar a velocidade de transição (lenta, mé-
dia, rápida), escolher entre uma transição automática ou manual, e escolher por quanto tempo o slide selecionado será
mostrado.

Área de trabalho
A Área de Trabalho tem cinco guias: Normal, Estrutura de tópicos, Notas, Folheto e Classificador de slide. Estas cinco
guias são chamadas botões de Visualização. A Área de Trabalho abaixo dos botões muda dependendo da visualização
escolhida.

120
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Barra de status
A Barra de status, localizada na parte inferior da janela do Impress, contém informações que podem ser úteis quando
trabalhamos com uma apresentação. Ela mostra algumas informações sobre o documento e maneiras convenientes de al-
terar algumas funcionalidades. Ela é parecida, tanto no Writer, como no Calc, Impress e Draw, mas cada componente inclui
alguns itens específicos.

Canto esquerdo da barra de status no Impress

Canto direito da barra de status do Impress


Os itens da barra de status estão descritos abaixo.
Número do slide
Mostra o número do slide e o número total deles no documento. Clique duas vezes nesse campo para abrir o Nave-
gador.
Estilo do slide
Mostra o estilo atual do slide. Para editá-lo, clique duas vezes nesse campo.
Alterações não salvas
Um ícone aparece aqui se alterações feitas no documento não foram salvas.

Assinatura digital
Se o documento foi assinado digitalmente, um ícone é mostrado aqui. Você pode clicar duas vezes sobre ele para
ver o certificado.
Informação do objeto
Mostra informações importantes relativas à posição do cursor ou do elemento selecionado no documento. Clicar duas
vezes nessa área normalmente abre uma caixa de diálogo.
Zoom e proporção
Para alterar a visualização para mais perto ou mais longe, arraste o botão de Zoom, ou clique nos botões + e –, ou cli-
que com o botão direito do mouse no marcador de nível de zoom para mostrar uma lista de valores que se podem escolher
para a exibição.

121
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Clicando duas vezes sobre o Zoom e proporção, apare-


ce a caixa de diálogo Zoom & Visualização do Layout.

Navegador
O Navegador exibe todos os objetos contidos em
um documento. Ele fornece outra forma conveniente de
se mover em um documento e encontrar itens neste. Para
exibir o Navegador, clique no ícone na barra de ferra- Use a exibição Estrutura de tópicos para as seguintes
mentas Padrão, ou escolha Exibir → Navegador na barra de finalidades:
menu, ou pressione Ctrl+Shift+F5. Fazer alterações no texto de um slide :
O Navegador é mais útil se se der aos slides e objetos Adicione e exclua o texto em um slide assim como no
(figuras, planilhas, e assim por diante) nomes significativos, modo de exibição Normal.
ao invés de deixá- los como o padrão “Slide 1” e “Slide 2” Mova os parágrafos do texto no slide selecionado para
mostrado na Figura abaixo. cima ou para baixo usando as teclas de seta para cima e
para baixo (Mover para cima ou Mover para baixo) na barra
de ferramenta Formatação de Texto.

Altere o nível da Estrutura de tópicos para qualquer um


dos parágrafos em um slide usando as teclas seta esquerda
e direita (Promover ou Rebaixar).
Move um parágrafo e altera o seu nível de estrutura de
tópicos usando a combinação destas quatro teclas de seta.
Comparar os slides com sua estrutura (se tiver prepa-
rado uma antecipadamente). Observe a partir do seu es-
quema que outros slides são necessários, pode-se criá-los
diretamente na exibição Estrutura de tópicos ou pode-se
voltar ao modo de exibição normal para criá-lo.

Exibição Notas
Use a exibição Notas para adicionar notas para um slide.
Clique na guia Notas na Área de trabalho.
Selecione o slide ao qual se deseja adicionar notas.
Exibições da área de trabalho Clique o slide no painel Slides, ou Duplo clique no
Cada uma das exibições da área de trabalho é projeta- nome do slide no Navegador.
da para facilitar a realização de determinadas tarefas; por- Na caixa de texto abaixo do slide, clique sobre as pala-
tanto, é útil se familiarizar com elas, a fim de se realizar vras Clique para adicionar notas e comece a digitar.
rapidamente estas tarefas.
Pode-se redimensionar a caixa de texto de Notas uti-
A exibição Normal é a principal exibição para traba- lizando as alças de redimensionamento verdes que apare-
lharmos com slides individuais. Use esta exibição para cem quando se clica na borda da caixa. Pode-se também
projetar e formatar e adicionar texto, gráficos, e efeitos de mover a caixa colocando o cursor na borda, então clicando
animação. e arrastando. Para fazer alterações no estilo de texto, pres-
sione a tecla F11 para abrir a janela Estilos e formatação.
Para colocar um slide na área de projeto (Exibição nor-
mal), clique na miniatura do slide no Painel de slides ou
clique duas vezes no Navegador.

Exibição estrutura de tópicos


A visualização Estrutura de tópicos contém todos os
slides da apresentação em sua sequência numerada. Mos-
tra tópico dos títulos, lista de marcadores e lista de nu-
meração para cada slide no formato estrutura de tópicos.
Apenas o texto contido na caixa de texto padrão em cada
slide é mostrado, portanto se o seu slide inclui outras cai-
xas de texto ou objetos de desenho, o texto nesses objetos
não é exibido. Nome de slides também não são incluídos.

122
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Exibição Folheto Para alterar o número de slides por linha:


A exibição Folheto é para configurar o layout de seu Escolha Exibir → Barra de ferramentas → Exibição de
slide para uma impressão em folheto. Clique na guia Fo- slides para fazer a barra de ferramenta Exibição de slide
lheto na Área de trabalho, então escolha Layouts no painel visível.
de Tarefas. Pode-se então optar por imprimir 1,2,3,4,6 ou 9
slides por página

Ajuste o número de slides (até um máximo de 15).

Movendo um slide usando o Classificador de slide


Para mover um slide em um apresentação no Classifi-
cador de slides:
1) Clique no slide. Uma borda grossa e preta é dese-
nhada em torno dele. 2) Arraste-o e solte-o no local de-
sejado.
Conforme o slide se move, uma linha vertical preta
Use esta exibição também para personalizar as infor- aparece para um lado do slide.
mações impressas no folheto. Arraste o slide até que esta linha vertical preta esteja
Selecione a partir do menu Inserir → Número da pagi- localizada onde deseja-se que o slide seja movido.
na ou Inserir → Data e hora e na caixa de diálogo que abre,
e clique na guia Notas e Folheto. Use esta caixa de diálogo Selecionando e movendo grupos de slides
para selecionar os elementos que se deseja para aparecer Para selecionar um grupo de slides, use um destes mé-
em cada página do folheto e seus conteúdos. todos:
Use a tecla Ctrl: Clique no primeiro slide e, mantendo a
tecla Ctrl pressionada, selecione os outros slides desejados.
Use a tecla Shift: Clique no primeiro slide e, enquanto
pressiona a tecla Shift, clique no slide final do grupo. Isto
seleciona todos os slides entre o primeiro e o último.
Use o mouse: Clique ligeiramente à esquerda do pri-
meiro slide a ser selecionado.
Mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e
arraste o ponteiro do mouse para o ponto um pouco à di-
reita do último slide a ser incluído. (Pode-se também fazer
isto da direita para a esquerda) Um contorno tracejado re-
tangular se forma enquanto arrasta-se o cursor através das
miniaturas dos slides e uma borda é desenhada em torno
de cada slide selecionado. Certifique-se de que o retângulo
incluiu todos os slides desejados para a seleção.

Para mover um grupo de slides:


Selecione o grupo.
Arraste e solte o grupo para sua nova localização. Um
linha vertical preta aparece para mostrar para onde o gru-
po de slides será movido.

Exibição classificador de slides


A exibição Classificador de slides contém todas as mi- Trabalhando na exibição Classificador de slides
niaturas dos slides. Use esta exibição para trabalhar com
um grupo de slides ou com apenas um slide. Pode-se trabalhar com slides na exibição Classificador
de slides assim como se trabalha no Painel de slides.
Para fazer alterações, clique com o botão direito do
mouse em um slide e escolha qualquer uma das seguintes
opções do menu suspenso:
Adicionar um novo slide após o slide selecionado.
Renomear ou excluir o slide selecionado.
Alterar o layout do slide.
Personalizando a exibição classificador de slides Alterar a transição do slide.

123
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

– Para um slide, clique no slide para selecioná-lo e en-


tão adicione a transição desejada.
– Para mais de um slide, selecione o grupo de slides e
adicione a transição desejada.
Marcar um slide como oculto. Slides ocultos não serão
mostrados na exibição de slides.
Copiar ou cortar e colar um slide.

Renomeando slides

Clique com o botão direito do mouse em uma miniatu-


ra no Painel de slides ou o Classificador de slides e escolha
Renomear slide no menu suspenso. No campo Nome, apa-
gue o nome antigo do slide e digite o novo nome. Clique
OK.
Escolha um modelo em Selecione um modelo de slide.
A seção modelo de slide oferece duas escolhas principais:
Criando uma nova apresentação através do assis- Planos de fundo para apresentação e Apresentações.
tente
Cada uma tem uma lista de escolhas para modelos de
Para acessar o assistente devemos ir até o menu Arqui- slide. Se quiser usar um desses que não seja < Original>,
vo / Assistentes / Apresentação, que ira exibir a seguinte clique nele para selecioná-lo.
tela: • Os tipos de Planos de fundo para apresentação
são mostrados na Figura acima. Clicando em um item, te-
remos uma visualização do modelo de slide na janela Vi-
sualização.
• < Original> é para um projeto em branco na apre-
sentação de slides.
Selecione como a apresentação será usada em Selecio-
ne uma mídia de saída. Na maioria das vezes, as apresen-
tações são criadas para exibição na tela do computador.
Selecione Tela. Pode-se alterar o formato da página a qual-
quer momento.
Obs.: A página de Tela é otimizada para uma exibição
de 4:3 (28 cm x 21 cm) por isso não é apropriado para os
modernos monitores widescreen. Pode-se alterar o tama-
nho do slide a qualquer momento, mudando para visão
Normal e selecionando Formatar → Página.

Clique em Próximo e o passo 3 do Assistente de apre-


Deixe a opção Visualizar selecionada para que mode- sentação é aberto.
los, apresentação de slides e transições de slides apareçam
na caixa de visualização ao selecioná-los.
• Selecione Apresentação vazia em Tipo. Ele cria
uma apresentação a partir do zero.
• A partir do modelo usa um modelo já criado como
base para uma nova apresentação. O Assistente muda para
mostrar uma lista de modelos disponíveis. Escolha o mo-
delo que se deseja.
• Abrir uma apresentação existente continua tra-
balhando em uma apresentação criada anteriormente. O
Assistente muda para mostrar uma lista de apresentações
existentes. Escolha a apresentação que se deseja.
Clique em Próximo. A Figura seguinte mostra o passo
2 do Assistente de Apresentação como aparece ao selecio-
nar Apresentação vazia no passo 1. Se selecionar A partir
do modelo, um slide de exemplo é mostrado na caixa de
visualização.

124
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• Escolha a transição de slides no menu suspenso Pode-se escolher o tipo de conteúdo clicando no ícone
Efeito. correspondente que é exibido no meio da caixa de con-
• Selecione a velocidade desejada para a transição teúdo, como mostrado na Figura abaixo. Para texto, basta
entre os diferentes slides na apresentação no menu sus- clicar no local indicado na caixa para se obter o cursor.
penso. Velocidade. Média e uma boa escolha no momento.
Clique Criar. Uma nova apresentação é criada.

Formatando uma apresentação


A nova apresentação contém somente um slide em
branco. Nesta seção vamos iniciar a adição de novos slides
e prepará-los para o conteúdo pretendido.

Inserindo slides
Isto pode ser feito de várias maneiras, faça a sua es-
colha:
• Inserir → Slide.
• Botão direito do mouse no slide atual e selecione
Slide → Novo slide no menu suspenso.
• Clique no ícone Slide na barra de ferramenta
Apresentação.
Às vezes, ao invés de partir de um novo slide se deseja
duplicar um slide que já está inserido. Para fazer isso, sele-
cione o slide que se deseja duplicar no painel de Slides e Para selecionar ou alterar o layout, coloque o slide na
escolha Inserir → Duplicar slide. Área de trabalho e selecione o layout desejado da gaveta
de layout no Painel de tarefas.
Selecionando um layout Se tivermos selecionado um layout com uma ou mais
No painel de Tarefas, selecione a aba Layouts para exi- caixas de conteúdo, este é um bom momento para decidir
bir os layouts disponíveis. O Layout difere no número de qual tipo de conteúdo se deseja inserir.
elementos que um slide irá conter, que vai desde o slide
vazio (slide branco) ao slide com 6 caixas de conteúdo e um Modificando os elementos de slide
título (Título, 6 conteúdos). Atualmente cada slide irá conter os elementos que es-
tão presentes no slide mestre que se está usando, como
imagens de fundo, logos, cabeçalho, rodapé, e assim por
diante. No entanto, é improvável que o layout pré-definido
irá atender todas as suas necessidades. Embora o Impress
não tenha a funcionalidade para criar novos layouts, ele
nos permite redimensionar e mover os elementos do la-
yout. Também é possível adicionar elementos de slides sem
ser limitado ao tamanho e posição das caixas de layout.
Para redimensionar uma caixa de conteúdo, clique so-
bre o quadro externo para que as 8 alças de redimensiona-
mento sejam mostradas. Para movê-la coloque o cursor do
mouse no quadro para que o cursor mude de forma. Pode-
se agora clicar com o botão esquerdo do mouse e arrastar
a caixa de conteúdos para uma nova posição no slide.
Nesta etapa pode-se também querer remover quadros
indesejados. Para fazer isto:
Clique no elemento para realçá-lo. (As alças de redi-
mensionamento verdes mostram o que é realçado).
Pressione a tecla Delete para removê-lo.

O Slide de título (que também contém uma seção para Adicionando texto a um slide
um subtítulo) ou Somente título são layouts adequados Se o slide contém texto, clique em Clique aqui para
para o primeiro slide, enquanto que para a maioria dos sli- adicionar um texto no quadro de texto e então digite o
des se usará provavelmente o layout Título, conteúdo. texto. O estilo Estrutura de esboço 1:10 é automaticamente
Vários layouts contém uma ou mais caixas de conteú- aplicado ao texto conforme o que insere. Pode-se alterar o
do. Cada uma dessas caixas pode ser configurada para nível da Estrutura de cada parágrafo assim como sua posi-
conter um dos seguintes elementos: Texto, Filme, Imagem, ção dentro do texto usando os botões de seta na barra de
Gráfico ou Tabela. ferramenta Formatação de texto.

125
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Modificando a aparência de todos os slides Clique e arraste para desenhar uma caixa para o texto
Para alterar o fundo e outras características de todos no slide. Não se preocupe com o tamanho e posição ver-
os slides em uma apresentação, é melhor modificar o slide tical; a caixa de texto irá expandir se necessário enquanto
mestre ou escolher um slide mestre diferente como expli- se digita.
cado na seção Trabalhando com slide mestre e estilos na Solte o botão do mouse quando terminar. O cursor
página 28. aparece na caixa de texto, que agora está no modo de edi-
Se tudo que se necessita fazer é alterar o fundo, pode- ção.
se tomar um atalho: Digite ou cole seu texto na caixa de texto.
1. Selecione Formatar → Página e vá para a aba Plano Clique fora da caixa de texto para desmarcá-la.
de fundo. Pode-se mover, redimensionar e excluir caixas de texto.
2. Selecione o plano de fundo desejado entre cor só-
lida, gradiente, hachura e bitmap. Adicionando imagens, tabelas, gráficos e filme
3. Clique OK para aplicá-lo. Como foi visto, além de texto uma caixa pode conter
Uma caixa de diálogo se abrirá perguntando se o fun- também imagens, tabelas, gráficos ou filme. Esta seção for-
do deve ser aplicado para todos os slides. Se clicar em sim, nece uma visão rápida de como trabalhar estes objetos.
o Impress irá modificar automaticamente o slide mestre.

Modificando a apresentação de slides


Por padrão a apresentação de slides irá mostrar todos
os slides na mesma ordem em que aparecem na apresenta-
ção, sem qualquer transição entre os slides, e precisa-se do
teclado ou da interação com o mouse para mover de um
slide para o próximo. Adicionando imagens
Pode-se usar o menu apresentação de slides para al- Para adicionar uma imagem a uma caixa de conteúdo:
terar a ordem dos slides, escolher quais serão mostrados, Clique no ícone Inserir imagem.
automaticamente mover de um slide para outro e outras Use o navegador de arquivos para selecionar o arquivo
configurações. Para alterar a transição, animação de slides, de imagem que se quer incluir. Para ver uma pré-visuali-
adicionar uma trilha sonora na apresentação e fazer outras zação da imagem, selecione Visualizar na parte inferior da
melhorias, necessita-se o uso de funções do Painel de ta- caixa de diálogo Inserir imagem.
refas. Clique Abrir.
A imagem será redimensionada para preencher a área
Adicionando e formatando texto da caixa de conteúdo. Siga as instruções da nota abaixo e
Muitos dos slides podem conter algum texto. Esta se- cuidado quando redimensioná-la a mão.
ção lhe dá algumas orientações de como adicionar texto e
alterar sua aparência. O texto em um slide está contido em Adicionando tabelas
caixas de texto. Para a exibição de dados tabulares, pode-se inserir
Há dois tipos de caixas de texto que pode-se adicionar tabelas básicas diretamente nos slides escolhendo o tipo
a um slide: de conteúdos na Tabela. Também é possível adicionar uma
Escolha de um layout pré-definido na seção Layouts tabela fora da caixa de conteúdo de uma série de formas:
no Painel de tarefas e não selecionar qualquer tipo de con- Escolha Inserir → Tabela na barra de menu.
teúdo especial. Estas caixas de texto são chamadas texto Com o botão Tabela na barra de ferramenta Principal
Layout automático .
Criar uma caixa de texto usando a ferramenta texto na Com o botão Modelos de tabela na barra de ferramen-
barra de ferramenta Desenho. ta tabela.

Usando caixas de texto criadas a partir do painel Layouts Selecione uma opção de estilo na seção Modelos de
Na exibição Normal: tabela do painel de Tarefas.
Clique na caixa de texto que se lê Clique para adicio- Cada método abre a caixa de diálogo Inserir tabela. Al-
nar texto, Clique para adicionar o título, ou uma notação ternativamente, clicando na seta preta ao lado do botão
similar. Tabela mostra um gráfico que pode-se arrastar e selecionar
Digite ou cole seu texto na caixa de texto. o número de linhas e colunas para a tabela.
Com a tabela selecionada, a barra de ferramentas Ta-
Usando caixa de texto criadas a partir da ferramen- bela deve aparecer. Se não, pode-se acessá-la selecionan-
ta caixa de texto Na exibição Normal: do Exibir → Barra de ferramentas → Tabela. A barra de fer-
ramentas Tabela oferece muito dos mesmos botões como
Clique no ícone na barra de ferramenta Desenho. a barra de ferramentas Tabela no Writer, com a exceção de
Se a barra de ferramenta com o ícone texto não é visível, funções como Classificar e Soma para realização de cálcu-
escolha Exibir → Barra de ferramentas → Desenho. los. Para estas funções, é preciso usar uma planilha do Calc
inserida (discutido abaixo).

126
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Depois que a tabela é criada, pode-se modificá-la de O Impress oferece a capacidade de inserir em um slide
forma semelhante ao que se faria em uma tabela no Writer: vários outros tipos de objetos como documentos Writer,
adicionando e excluindo linhas e colunas, ajustando largura Fórmulas matemáticas, ou mesmo uma outra apresenta-
e espaçamento, adicionando bordas, cores de fundo, etc... ção.
Modificando o estilo da tabela a partir da seção Mode-
los de tabela no painel de Tarefas, pode-se alterar rapida- Trabalhando com slide mestre e estilos
mente a aparência da tabela ou quaisquer tabelas recém- Um slide mestre é um slide que é usado como ponto
criadas com base nas opções de estilo que se selecionou. de partida para outros slides. É semelhante a página de
Pode-se escolher optar por dar enfase ao cabeçalho e as estilos no Writer: controla a formatação básica de todos os
linhas de totais, bem como a primeira e a ultima colunas da slides baseados nele. Uma apresentação de slides pode ter
tabela, e aplicar uma faixa aparecendo nas linhas e colunas. mais de um slide mestre. O slide mestre também pode ser
Tendo concluído o modelo da tabela, inserir dados chamado de slide principal ou página mestre.
dentro das células é semelhante a trabalhar com objetos Um slide mestre tem um conjunto definido de caracte-
caixa de texto. Clique na célula que se deseja adicionar da- rísticas, incluindo a cor de fundo, gráfico, ou gradiente; ob-
dos, e comece a digitar. Para se deslocar rapidamente nas jetos (como logotipos, linhas decorativas e outros gráficos)
células, use as seguintes opções de teclas: no fundo; cabeçalhos e rodapés; localização e tamanho dos
As teclas Seta move o cursor para a próxima célula da quadros de texto; e a formatação do texto.
tabela se a célula está vazia, caso contrário, elas movem o
cursor para o próximo caractere na célula. Estilos
A tecla Tab move para a próxima célula, pulando sobre Todas as características de slide mestre são controladas
o conteúdo da célula; Shift+Tab move para trás pulando por estilos. Os estilos de qualquer novo slide que se crie
para o início do conteúdo se houver. são herdados do slide mestre do qual ele foi criado. Em
Adicionando gráficos outras palavras, o estilo do slide mestre estão disponíveis
Para inserir um gráfico em um slide pode-se usar o
e aplicados a todos os slides criados a partir desse slide
recurso Inserir gráfico ou selecionar gráfico como tipo de
mestre. Alterando um estilo em um slide mestre resulta em
uma caixa de conteúdo. Em ambos os casos o Impress irá
mudança para todos os slides com base nesse slide mestre,
inserir um gráfico padrão.
mas pode-se modificar slides individualmente sem afetar o
Adicionando clips de mídia
slide mestre.
Pode-se inserir vários tipos de músicas e clips de filme
O slide mestre tem dois tipos de estilos associados a
em seu slide selecionando o botão Inserir filme em uma cai-
ele: estilos de apresentação e estilos gráficos. Os estilos de
xa de conteúdo vazia. Um reprodutor de mídia será aberto
apresentação pré-configurados não podem ser modifica-
na parte inferior da tela, o filme será aberto no fundo da
dos mas novos estilos de apresentação podem ser criados.
tela e pode-se ter uma visualização da mídia. No caso de
um arquivo de áudio, a caixa de conteúdo será preenchida No caso de estilos gráficos, pode-se modificar os préconfi-
com uma imagem de alto falante. gurados e também criar novos.
Estilos de apresentação afetam três elementos de um
Adicionando gráficos, planilhas, e outros objetos slide mestre: o plano de fundo, fundo dos objetos (como
Gráficos tais como formas, textos explicativos, setas, ícones, linhas decorativas e quadro de texto) e o texto co-
etc... são muitas vezes úteis para complementar o texto em locado no slide. Estilos de texto são subdivididos em No-
um slide. Estes objetos são tratados da mesma forma como tas, Alinhamento 1 ate Alinhamento 9, Subtítulo, e Título.
um gráfico no Draw. Os estilos de alinhamento são usados para os diferentes
Planilhas embutidas no Impress incluem a maioria das níveis de alinhamento a que pertencem. Por exemplo, Ali-
funcionalidades de planilhas no Calc e, portanto, capaz de nhamento 2 é usado para os subpontos do Alinhamento
realizar cálculos extremamente complexos e análise de da- 1, e Alinhamento 3 e usado para os subpontos do Alinha-
dos. Se houver necessidade de analisar seus próprios da- mento 2.
dos ou aplicar fórmulas, essas operações podem ser me- Estilos gráficos afetam muitos dos elementos de um
lhor executadas em uma planilha Calc e os resultados mos- slide. Repare que estilos de texto existem tanto na seleção
trados em uma planilha incorporada no Impress ou ainda do estilo de apresentação como no estilo gráfico.
melhor em uma tabela Impress nativa.
Slides mestres
Alternativamente, escolha Inserir → Objeto → Objeto O Impress vem com vários slides mestres pré-configu-
OLE na barra de menu. Isso abre uma planilha no meio do rados. Eles são mostrados na seção
slide e o menu e as barras de ferramentas mudam para os Páginas mestre no painel de Tarefas. Esta seção tem
utilizados no Calc para que se possa começar a adicionar três subseções: Utilizadas nesta apresentação, Recém utili-
os dados, embora talvez seja necessário redimensionar a zadas e Disponível para utilização. Clique no sinal + ao lado
área visível no slide. Pode-se também inserir uma planilha do nome de uma subseção para expandi-la para mostrar
já existente e usar o visor para selecionar os dados que se miniaturas dos slides, ou clique o sinal – para esconder as
deseja exibir no slide. miniaturas.

127
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Cada um dos slides mestres mostrados na lista Dispo- Quando terminar, feche a barra de ferramenta Exibi-
nível para utilização é de um modelo de mesmo nome. Se ção mestre para retornar para o modo de edição de slide
tivermos criado nossos próprios modelos, ou adicionado normal.
modelos de outras fontes, os slides mestres a partir destes
modelos também aparecem nesta lista. Aplicando um slide mestre
No Painel de tarefas, certifique-se de que a seção Pági-
nas mestre é mostrada.
Para aplicar um dos slides mestre para todos os slides
de sua apresentação, clique sobre ele na lista.
Para aplicar um slide mestre diferente para um ou mais
slides selecionados:
No Painel de slides, selecione o slide que se deseja al-
terar.
No Painel de tarefas, com o botão direito do mouse no
slide mestre que se deseja
aplicar aos slides selecionados, e clique Aplicar aos sli-
des selecionados no menu suspenso.
Adicionando comentários a uma apresentação
O Impress suporta comentários semelhantes ao do
Writer e Calc.
No modo de exibição Normal, escolha Inserir → Anota-
ção da barra de menu. Uma pequena caixa contendo suas
iniciais aparece no canto superior esquerdo do slide, com
uma caixa de texto maior ao lado. O Impress adiciona auto-
maticamente seu nome (se preenchido em Dados do usuá-
rio conforme dica acima) e a data atual na parte inferior da
caixa de texto.

Criando um slide mestre


Criar um novo slide mestre é semelhante ao modificar
o slide mestre padrão. Para começar, permita a edição de
slides mestres em Exibir → Mestre → Slide mestre.

Digite ou cole o seu comentário na caixa de texto.


Opcionalmente, pode-se aplicar alguma formatação bási-
ca para partes do texto selecionando-o, botão direito do
mouse, e escolhendo no menu suspenso. (A partir deste
menu, pode-se também excluir a anotação atual, todas as
Na barra de ferramenta Exibição mestre, clique no íco- anotações do mesmo autor, ou todas as anotações no do-
ne Novo mestre. cumento).
Um segundo slide mestre aparece no Painel de slides. Pode-se mover os marcadores pequenos dos comen-
Modifique este slide mestre para atender suas necessida- tários para qualquer lugar que se deseje na página. Nor-
des. Também é recomendável renomear este novo slide malmente, pode-se colocá-lo em ou perto de um objeto a
mestre: clique com o botão direito do mouse no slide no que se refere no comentário.
Painel de slides e selecione Renomear mestre no menu sus- Para mostrar ou ocultar os marcadores de anotação,
penso. escolha Exibir → Anotações.

128
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Selecione Ferramentas → Opções → LibreOffice → Da- Executando a apresentação de slides


dos do usuário para configurar o nome que se deseja para Para executar a apresentação de slides, execute um dos
aparecer no campo Autor da anotação, ou mudá-lo. seguintes comandos:
Se mais de uma pessoa edita o documento, a cada autor Clique Apresentação de slides → Apresentação de sli-
é automaticamente atribuída uma cor de fundo diferente. des.
Clique no botão Apresentação de slides na barra de
Configurando a apresentação de slide ferramenta Apresentação.
Impress aloca configurações padrão para apresentação
de slide, enquanto ao mesmo tempo permite a personali-
zação de vários aspectos da experiência para apresentação
de slide.
A maioria das tarefas são melhor realizadas tendo em
exibição classificador de slide onde pode-se ver a maioria
dos slides simultaneamente. Escolha Exibir → Classificador
Pressione F5 ou F9 no teclado.
de slide na barra de menu ou clique na guia Classificador
Se a transição de slides é Automaticamente após x se-
de slide na parte superior da área de trabalho.
gundos. Deixe a apresentação de slides executar por si só.
Um conjunto de slides – várias apresentações Se a transição de slides é Ao clique do mouse, escolha
Em muitas situações, pode-se achar que se tenha sli- uma das seguintes opções para se mover de um slide para
des mais do que o tempo disponível para apresentá-los o outro:
ou pode-se querer dar uma visão rápida sem se deter em Use as teclas setas do teclado para ir para o próximo
detalhes. Ao invés de ter que criar uma nova apresentação; slide ou voltar ao anterior.
pode-se usar duas ferramentas que o Impress oferece: sli- Clique com o mouse para mover para o próximo slide.
des escondidos e apresentação de slide personalizada. Pressione a barra de espaço para avançar para o pró-
Para ocultar um slide, clique com o botão direito do ximo slide.
mouse sobre a miniatura do slide senão na área de traba- Use o botão direito do mouse em qualquer lugar na
lho se se estiver usando a exibição classificador de slide e tela para abrir um menu a partir do qual se pode navegar
escolha Ocultar slide no menu suspenso. Slides ocultos são os slides e definir outras opções.
marcados por hachuras no slide. Para sair da apresentação de slide a qualquer momen-
Se deseja reordenar a apresentação, escolha Apresen- to, inclusive no final, pressione a tecla Esc.
tação de slides → Apresentação de slides personalizada.
Clique no botão Nova para criar uma nova sequência de Mostrar uma apresentação de slides automática (modo
slides e salvá-lo. quiosque)
Pode-se ter muitas apresentações de slides como se Para uma mudança automática para o próximo slide,
quer a partir de um conjunto de slides. você deve atribuir uma transição de slides para cada slide.
Transições de slide No painel de Tarefas, clique em Transição de slides para
Transição de slide é a animação que é reproduzida abri-la.
quando um slide for alterado. Pode-se configurar a tran- Na área Avançar slide, clique em Automaticamente
sição de slide a partir da aba Transição de slides no painel após, e selecione o tempo de duração.
de Tarefas. Selecione a transição desejada, a velocidade da Clique em Aplicar para todos os slides.
animação, e se a transição deve acontecer quando se clica
Você pode aplicar um tempo diferente para cada slide
com o mouse (de preferência) ou automaticamente depois
para avançar para o próximo. A função de ensaio cronome-
de um determinado número de segundos. Clique Aplicar a
trado poderá auxiliá-lo no sincronismo correto.
todos os slides, a menos que prefira ter diferentes transi-
ções na apresentação. Para avançar para o primeiro slide, após todos os slides
terem sido exibidos, você deverá configurar a apresentação
Avançar slides automaticamente de slides com repetição automática.
Pode-se configurar a apresentação para avançar auto-
maticamente para o próximo slide após um determinado Escolha Apresentação de slides - Configurações da
período de tempo (por exemplo na forma de quiosque ou apresentação de slides.
carrocel) a partir do menu Apresentação de slide → Confi- Na área Tipo, clique em Automático e selecione o tem-
gurações da apresentação de slides ou para avançar auto- po de espera entre as apresentações.
maticamente após um período preestabelecido de tempo Quando criar uma nova apresentação de slides utili-
diferente para cada slide. Para configurar este último, esco- zando o Assistente de apresentação, você poderá selecio-
lha Apresentação de slide → Cronometrar. Quando usamos nar a duração e o tempo de espera de cada slide, na tercei-
esta ferramenta, um temporizador de pequeno porte é ra página do assistente.
exibido no canto inferior esquerdo. Quando estiver pronto
para avançar para o próximo slide, clique no temporizador. Para aplicar um efeito de transição a um slide
O Impress vai memorizar os intervalos e na próxima apre- Na exibição Normal, selecione o slide ao qual você de-
sentação dos slides, estes irão avançar automaticamente seja adicionar efeito de transição.
após o tempo expirar. No painel de Tarefas, clique em Transição de slides.

129
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Selecione uma transição de slides na lista. Teclas de atalho no LibreOffice Impress


Você pode visualizar o efeito de transição na janela do
documento. Teclas de função para o LibreOffice Impress
Teclas de atalho/Efeito
F2 / Editar o texto.
F3 / Entrar no grupo
Ctrl+F3 / Sair do grupo
Shift+F3 / Duplicar
F4 / Posição e tamanho
F5 / Exibir apresentação de slides.
Ctrl+Shift+F5 / Navegador
F7 / Verificação ortográfica
Ctrl+F7 / Dicionário de sinônimos
F8 / Editar pontos.
Ctrl+Shift+F8 / Ajustar o texto ao quadro.
F11 / Estilos e formatação

Teclas de atalho em apresentações de slides


Teclas de atalho / Efeito
Esc / Finalizar a apresentação.
Barra de espaço ou seta para direita ou seta para baixo
ou Page Down ou Enter ou Return ou N / Reproduzir o
próximo efeito (se houver, caso contrário ir para o próximo
slide).
Alt+Page Down / Ir para o próximo slide sem reprodu-
zir os efeitos.
[número] + Enter / Digite o número de um slide e pres-
sione Enter para ir para o slide.
Seta para a esquerda ou seta para cima ou Page Up ou
Backspace ou P / Reproduz o efeito anterior novamente. Se
não houver efeito anterior nesse slide, exibir slide anterior.
Alt+Page Up / Ir para o slide anterior sem reproduzir
os efeitos.
No painel de slides, um Fade effect indicator.png ícone Home / Saltar para o último slide da apresentação.
aparece perto da visualização dos slides, indicando que há End / Saltar para o último slide da apresentação.
uma transição de slide. Ao passar a apresentação com a Ctrl+ Page Up / Ir para o slide anterior.
console do apresentador, um Presenterscreen-Transition. Ctrl+ Page Down / Ir para o próximo slide.
png ícone indicará que o próximo slide possui uma tran- B ou . / Exibir tela em preto até o próximo evento de
sição. tecla ou da roda do mouse.
Para aplicar o mesmo efeito de transição a mais de um W ou , / Exibir tela em branco até o próximo evento de
slide tecla ou da roda do mouse.
Na exibição Classificador de slides, selecione os slides
os quais você deseja adicionar efeitos. Teclas de atalho na exibição normal
Teclas de atalho / Efeito
Se desejar, você pode utilizar a barra de ferramentas Tecla de adição (+) / Mais zoom.
Zoom Ícone para alterar a ampliação da exibição dos slides. Tecla de subtração (-) / Menos zoom.
No painel Tarefas, clique em Transição de slides. Tecla de multiplicação (×) (teclado numérico) / Ajustar
Selecione uma transição de slides na lista. a página à janela.
Para visualizar o efeito de transição de um slide, clique Tecla de divisão(÷) (teclado numérico) / Aplicar mais
no ícone pequeno abaixo do slide no Painel de slides. zoom na seleção atual.
Shift+Ctrl+G / Agrupar os objetos selecionados.
Para remover um efeito de transição Shift+Ctrl+Alt+A / Desagrupar o grupo selecionado.
Na exibição Classificador de slides, selecione os slides Ctrl+ clique / Entre em um grupo para que você possa
os quais você deseja remover os efeitos de transição. editar os objetos individuais do grupo. Clique fora do gru-
Escolha Sem transição na caixa de listagem no painel po para retornar à exibição normal.
Tarefas. Shift+Ctrl+ K / Combinar os objetos selecionados.
Shift+Ctrl+ K / Dividir o objeto selecionado. Essa com-
binação funcionará apenas em um objeto que tenha sido
criado pela combinação de dois ou mais objetos.

130
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Ctrl+ tecla de adição /Trazer para a frente. Teclas de atalho no LibreOffice Impress
Shift+Ctrl + tecla mais /Trazer para frente. Teclas de atalho / Efeito
Ctrl + tecla menos Enviar para trás. Tecla de seta / Move o objeto selecionado ou a exibi-
Shift+Ctrl + tecla menos / Enviar para o fundo. ção da página na direção da seta.
Ctrl+ tecla Seta / Mover pela exibição da página.
Teclas de atalho ao editar texto Shift + arrastar / Limita o movimento do objeto sele-
Teclas de atalho / Efeito cionado no sentido horizontal ou vertical.
Ctrl+Hífen(-) / Hifens personalizados; hifenização defi- Ctrl+ arrastar (com a opção Copiar ao mover ativa) /
nida pelo usuário. Mantenha pressionada a tecla Ctrl e arraste um objeto para
Ctrl+Shift+Sinal de menos (-) / Traço incondicional (não criar um cópia desse objeto.
utilizado na hifenização) Tecla Alt / Mantenha pressionada a tecla Alt para de-
Ctrl+Shift+Barra de espaços / Espaços incondicionais. senhar ou redimensionar objetos arrastando do centro do
Os espaços incondicionais não são utilizados na hifenização objeto para fora.
e não se expandem se o texto estiver justificado. Tecla Alt+clique / Selecionar o objeto que está atrás do
Shift+Enter / Quebra de linha sem mudança de pará- objeto atualmente selecionado.
grafo
Alt+Shift+clique / Selecionar o objeto que está na
Seta para a esquerda / Move o cursor para a esquerda
frente do objeto atualmente selecionado.
Shift+Seta para esquerda / Mover cursor com seleção
Shift+clique / Seleciona os itens adjacentes ou um tre-
para a esquerda
Ctrl+Seta para a esquerda / Ir para o início da palavra cho de texto. Clique no início de uma seleção, vá para o fim
Ctrl+Shift+Seta para a esquerda / Selecionar palavra a da seleção e mantenha pressionada a tecla Shift enquanto
palavra para a esquerda clica.
Seta para a direita / Move o cursor para a direita Shift+arrastar (ao redimensionar) / Mantenha pressio-
Shift+Seta para a direita / Move o cursor com seleção nada a tecla Shift enquanto arrasta um objeto para redi-
para a direita mensioná-lo mantendo suas proporções.
Ctrl+Seta para a direita / Ir para o início da palavra se- Tecla Tab / Selecionar os objetos na ordem em que fo-
guinte ram criados.
Ctrl+Shift+Seta para a direita / Seleciona palavra a pa- Shift+Tab / Selecionar objetos na ordem inversa em
lavra para a direita que foram criados.
Seta para cima / Move o cursor para cima uma linha Escape / Sair do modo atual.
Shift+Seta para cima / Seleciona linhas para cima Enter / Ativa um objeto de espaço reservado em uma
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o início do nova apresentação (somente se o quadro estiver selecio-
parágrafo anterior nado).
Ctrl+Shift+Seta para cima / Seleciona até ao inicio do Ctrl+Enter / Move para o próximo objeto de texto no
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do pa- slide.
rágrafo anterior Se não houver objetos de texto no slide, ou se você
Seta para baixo / Move o cursor para baixo uma linha chegou ao último objeto de texto, um novo slide será inse-
Shift+Seta para baixo / Seleciona linhas para baixo rido após o slide atual. O novo slide usará o mesmo layout
Ctrl+Seta para baixo / Move o cursor para o final do do atual.
parágrafo. Ao repetir, move o cursor até ao final do pará- PageUp / Alternar para o slide anterior. Sem função no
grafo seguinte. primeiro slide.
CtrlShift+Seta para baixo / Seleciona até ao final do pa- PageDown / Alternar para o próximo slide. Sem função
rágrafo. Ao repetir, estende a seleção até ao final do pará- no último slide.
grafo seguinte
Home / Ir para o início da linha
Navegar com o teclado no classificador de slides
Shift+Home / Ir e selecionar até o início de uma linha
End / Ir para o fim da linha Teclas de atalho / Efeito
Shift+End / Ir e selecionar até ao final da linha Home/End / Define o foco para o primeiro/último sli-
Ctrl+Home / Ir para o inicio do bloco de texto do slide de.
Ctrl+Shift+Home / Ir e selecionar até ao inicio do bloco Seta para a direita/esquerda ou Page Up/Page Down /
de texto do slide Define o foco para o slide anterior/seguinte.
Ctrl+End / Ir para o final do bloco de texto do slide Enter / Mudar para o modo normal com o slide ativo.
Ctrl+Shift+End / Ir e selecionar até ao final do bloco de
texto do slide
Ctrl+Del / Exclui o texto até ao final da palavra
Ctrl+Backspace / Exclui o texto até o início da palavra
Numa lista: exclui um parágrafo vazio na frente do pa-
rágrafo atual
Ctrl+Shift+Del / Exclui o texto até ao final da frase
Ctrl+Shift+Backspace / Exclui o texto até o início da
frase

131
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• Provedores de Backbone: São instituições que cons-


CONCEITOS BÁSICOS DE TECNOLOGIAS troem e administram backbones de longo alcance, ou seja,
estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer
RELACIONADAS À INTERNET E INTRANET,
acesso à Internet para redes locais;
WORLD WIDE WEB, NAVEGADOR INTERNET
• Provedores de Acesso: São instituições que se conec-
(INTERNET EXPLORER E MOZILLA FIREFOX),
tam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponi-
BUSCA E PESQUISA NA WEB. bilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações;
• Provedores de Informação: São instituições que dis-
ponibilizam informação através da Internet.
INTERNET
Endereço Eletrônico ou URL
“Imagine que fosse descoberto um continente tão Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se
vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine conhecer o seu endereço.
um mundo novo, com tantos recursos que a ganância Este endereço, que é único, também é considerado sua
do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas oportuni- URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recur-
dades que os empreendedores seriam poucos para apro- sos Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim:
veitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se www.xxxx.com.br
expandiria com o desenvolvimento.” Onde:
John P. Barlow www = protocolo da World Wide Web
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear xxx = domínio
ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentá- com = comercial
gono. br = brasil
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da dé-
cada de 60, ficou em poder exclusivo do governo conec- WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
tando bases militares, em quatro localidades.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições É um serviço disponível na Internet que possui um con-
norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar junto de documentos espalhados por toda rede e disponi-
a tecnologia, logo vinte e três computadores foram conec- bilizados a qualquer um.
tados, porém o padrão de conversação entre as máquinas Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti-
se tornou impróprio pela quantidade de equipamentos. liza uma linguagem especial, chamada HTML.
Era necessário criar um modelo padrão e univer-
sal para que as máquinas continuassem trocando da- Domínio
dos, surgiu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permi- Designa o dono do endereço eletrônico em ques-
tiria portanto que mais outras máquinas fossem inseridas tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão
àquela rede. localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrô- .com = Instituição comercial ou provedor de serviço
nico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as .edu = Instituição acadêmica
máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, assim .gov = Instituição governamental
no ano seguinte a rede se torna internacional. .mil = Instituição militar norte-americana
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do .net = Provedor de serviços em redes
Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aqui- .org = Organização sem fins lucrativos
lo que conhecemos hoje como internet, auxiliando portan-
to o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de
nível mundial, além de alimentar as forças armadas brasi- Trasferência em Hipertexto
leiras de informação de todos os tipos, até que em 1990 É um protocolo ou língua específica da internet, res-
caísse no domínio público. ponsável pela comunicação entre computadores.
Com esta popularidade e o surgimento de softwares
Um hipertexto é um texto em formato digital, e
de navegação de interface amigável, no fim da década de
pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe-
90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de
ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa
informática começaram a utilizar a rede internacional.
Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na
forma de blocos de textos, imagens ou sons.
Acesso à Internet
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço
mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou
de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In-
outro documento.
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de
sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam
à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela Home Page
relacionados, e em função do serviço classificam-se em: Sendo assim, home page designa a página inicial, prin-
cipal do site ou web page.

132
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

É muito comum os usuários confundirem um Blog ou


Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas dis-
tintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é
um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações
de um usuário dentro de uma comunidade virtual.

HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de


Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a
web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML de-
vem ter aparência semelhante nas diversas plataformas de
trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “cus-
tomizar” diversos elementos do documento, como o tama-
nho padrão da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter
Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-
um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na
ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
transmissão através da Internet, evitando longos perío-
dos de espera e congestionamento na rede). a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede
Browser ou Navegador e o que cada camada deve fazer, uma das considerações
É o programa específico para visualizar as páginas da mais importantes é definir interfaces limpas entre as cama-
web. das. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempe-
O Browser lê e interpreta os documentos escritos em nhe um conjunto específico de funções bem compreendi-
HTML, apresentando as páginas formatadas para os das. Além de minimizar a quantidade de informações que
usuários. deve ser passada de camada em camada, interfaces bem
definidas também tornam fácil a troca da implementação
ARQUITETURAS DE REDES de uma camada por outra implementação completamente
As modernas redes de computadores são projetadas diferente (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas
de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exa- por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova
minaremos com algum detalhe a técnica de estruturação. implementação é que ela ofereça à camada superior exa-
tamente os mesmos serviços que a implementação antiga
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS oferecia.
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das O conjunto de camadas e protocolos é chamado de
redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons- arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve
truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o conter informações suficientes para que um implementa-
nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de dor possa escrever o programa ou construir o hardware de
uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro- cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao
pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama- protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação
das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura,
como os serviços oferecidos são de fato implementados. pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e
A camada n em uma máquina estabelece uma con- não são visíveis externamente. Não é nem mesmo neces-
versão com a camada n em outra máquina. As regras e
sário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede
convenções utilizadas nesta conversação são chamadas
sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor-
coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilus-
retamente todos os protocolos.
trado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas.
As entidades que compõem as camadas correspondentes
em máquinas diferentes são chamadas de processos par- O endereço IP
ceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que Quando você quer enviar uma carta a alguém, você...
se comunicam utilizando o protocolo. Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:
da camada n em uma máquina para a camada n em outra quando você quer enviar um presente a alguém, você ob-
máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor- tém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma
mações de controle para a camada imediatamente abaixo, transportadora para entregar. É graças ao endereço que é
até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada.
1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co- Também é graças ao seu endereço - único para cada resi-
municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual dência ou estabelecimento - que você recebe suas contas
é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação de água, aquele produto que você comprou em uma loja
física através de linhas sólidas. on-line, enfim.

133
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni- Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor, 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza- Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
recurso que também é utilizado para redes locais, como a servado.
existente na empresa que você trabalha, por exemplo. As três primeiras classes são assim divididas para aten-
O endereço IP é uma sequência de números composta der às seguintes necessidades:
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um - Os endereços IP da classe A são usados em locais
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quan-
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 tidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utili-
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú- zado como identificador da rede e os demais servem como
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso. identificador dos dispositivos conectados (PCs, impresso-
ras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos
onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante
à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois
primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os
restantes para identificar os dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi- requerem grande quantidade de redes, mas com poucos
zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en- dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes
dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível são usados para identificar a rede e o último é utilizado
a organização das casas da região onde você mora. Neste para identificar as máquinas.
sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po- Quanto às classes D e E, elas existem por motivos es-
peciais: a primeira é usada para a propagação de pacotes
dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em
especiais para a comunicação entre os computadores, en-
uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos
quanto que a segunda está reservada para aplicações futu-
e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
ras ou experimentais.
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos
Vale frisar que há vários blocos de endereços reserva-
octetos são usados na identificação de computadores.
dos para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço
começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto
Classes de endereços IP é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço
Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem 127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja,
ser utilizados tanto para identificar o seu computador den- ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de
tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet. localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para
Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com- propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de
putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má- maneira simultânea.
quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal,
ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer Endereços IP privados
sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são
rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados
endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nesta, na internet, sendo reservados para aplicações locais. São,
cada dispositivo conectado deve receber um endereço úni- essencialmente, estes:
co. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se -Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta -Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapa- -Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
lhar toda a rede. Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em re- com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para es-
des locais quanto para utilização na internet, contamos com tas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50,
um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O
IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In- que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não.
ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que, Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipa-
basicamente, divide os endereços em três classes principais mento de rede - como um roteador - que receba a cone-
e mais duas complementares. São elas: xão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos
Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 conectados a ele. Com isso, somente este equipamento
redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conecta- precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial
dos; de computadores.

134
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Máscara de sub-rede 11111111.11111111.11111111.11100000


As classes IP ajudam na organização deste tipo de en- Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de
dereçamento, mas podem também representar desperdí- bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-re-
cio. Uma solução bastante interessante para isso atende des. Em nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possi-
pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte bilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para
dos números que um octeto destinado a identificar dis- o endereçamento dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5
positivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a = 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (esta-
capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos en- mos fazendo estes cálculos sem considerar limitações que
xergar as classes A, B e C da seguinte forma: possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
- A: N.H.H.H; 11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultan-
- B: N.N.H.H; te é 255.255.255.224.
- C: N.N.N.H.
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o
empregado também em endereços classes A e B, conforme
uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se
“transformar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras a necessidade. Vale ressaltar também que não é possível
de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
são destinados para a identificação da rede e quantos são IP estático e IP dinâmico
utilizados para identificar os dispositivos. IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanen-
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: temente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda,
se um octeto é usado para identificação da rede, este re- exceto se tal ação for executada manualmente. Como
ceberá a máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via
aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub ADSL onde o provedor atribui um IP estático aos seus as-
-rede será 0 (zero). A tabela a seguir mostra um exemplo sinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará
desta relação: o mesmo IP.
O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado
a um computador quando este se conecta à rede, mas que
Identifica-
Identifica- Máscara de muda toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que
Classe Endereço IP dor do com-
dor da rede sub-rede você conectou seu computador à internet hoje. Quando
putador
você conectá-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para en-
A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0 tender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa
B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0 tem 80 computadores ligados em rede. Usando IPs dinâ-
micos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para tais
C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0
máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador rece-
berá, quando se conectar, um endereço IP destes 90 que
Você percebe então que podemos ter redes com más-
não estiver sendo utilizado. É mais ou menos assim que os
cara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indi-
cando uma classe. Mas, como já informado, ainda pode ha- provedores de internet trabalham.
ver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâ-
que uma faculdade tenha que criar uma rede para cada um micos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration
de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores. Protocol).
A solução seria então criar cinco redes classe C? Pode ser
melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desper- IP nos sites
dício. Uma forma de contornar este problema é criar uma Você já sabe que os sites na Web também necessitam
rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as de um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www.in-
máscaras novamente entram em ação. fowester.com, por exemplo, como é que o seu computador
Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir encontrá
estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária). -lo?
255 em binário é 11111111. O número zero, por sua vez, Quando você digitar um endereço qualquer de um site,
é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C, um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado.
255.255.255.0, é: Ele é quem informa qual IP está associado a cada site. O sis-
11111111.11111111.11111111.00000000 tema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante
Perceba então que, aqui, temos uma máscara forma- a uma árvore (termo conhecido por programadores). Se,
da por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para
por exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o
criarmos as nossas sub-redes, temos que ter um esquema
sistema envia a solicitação a um servidor responsável por
com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as pos-
sibilidades. Em outras palavras, precisamos trocar alguns terminações “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do
zeros do último octeto por 1. endereço e responderá à solicitação. Se o site solicitado
Suponha que trocamos os três primeiros bits do últi- termina com “.br”, um servidor responsável por esta termi-
mo octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita), nação é consultado e assim por diante.
resultando em:

135
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um
passado não muito distante, você conectava apenas o PC
da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu
notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e
assim por diante. Somando este aspecto ao fato de cada
vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro,
nos deparamos com um grande problema: o número de
IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras)
aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo,
afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo
nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a
até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607. partir de uma rede local - tal como uma rede wireless -
431.768.211.456 de endereços, um número absurdamente visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para
alto! saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede,
você pode visitar sites como whatsmyip.org.

Provedor
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au- backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra-
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave-
pode ser, por exemplo: nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
Finalizando de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante. que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
Durante essa fase, que podemos considerar de transição, e um endereço eletrônico na Internet.
o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões.
Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio- URL - Uniform Resource Locator
nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden-
a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você tificação de onde está localizado o computador e quais re-
é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL:
ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se http://www.novaconcursos.com.br
aprofundar nas duas especificações. Será mais bem explicado adiante.
A esta altura, você também deve estar querendo des-
cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma Como descobrir um endereço na Internet?
forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por Para que possamos entender melhor, vamos exemplificar.
exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu-
Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor-
e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig. mações que preciso?
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de
procura, que são sites que possuem um enorme banco de
dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa-
ges), que permitem a procura por um determinado assun-
to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação
de páginas encontradas.

136
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, refe- PLUG-INS


rente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesqui- Os plug-ins são programas que expandem a capacida-
sar sobre amortecedores, caso não encontre nada como de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
amortecedores, procure como autopeças, e assim suces- exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes
sivamente. em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft-
ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im-
Barra de endereços pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu-
g-ins são encontradas na página:
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft-
ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi-
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar ces/
em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende- Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
reço da página. temos uma relação de alguns deles:
Alguns sites interessantes: - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular) etc.).
• www.ufpel.tche.br (Ufpel) - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
• www.cefetrs.tche.br (Cefet) - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor pú- PCX, etc.).
blico) - Negócios e Utilitários
• www.siapenet.gog.br (contracheque) - Apresentações
• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas)
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação) FTP - Transferência de Arquivos
Permite copiar arquivos de um computador da Internet
Identificação de endereços de um site para o seu computador.
Exemplo: http://www.pelotas.com.br Os programas disponíveis na Internet podem ser:
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de • Freeware: Programa livre que pode ser distribuí-
comunicação do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site programa.
.com -> tipo de organização • Shareware: Programa demonstração que pode ser
......br -> identifica o país utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns
limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra-
Tipos de Organizações: ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam. mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas
edu exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft. que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm
com tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil
.net -> computadores com funções de administrar re- Navegar nas páginas
des. Exemplo: embratel.net Consiste percorrer as páginas na internet a partir de
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: um documento normal e de links das próprias páginas.
care.org
Como salvar documentos, arquivos e sites
Home Page Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
Pela definição técnica temos que uma Home Page é
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu- Como copiar e colar para um editor de textos
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí- o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar.
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
dentro das Home Pages.
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Por exemplo, a página principal da Pronag:
http://www.pronag.com.br/index.html

Abra o editor de texto clique em colar

137
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
para o usuário de Internet. É com ele que se podem vi-
sitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
participar de novelas interativas. As informações na Web
são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
no campo chamado Endereço no navegador. O software
estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
pondente.
O navegador não precisa de nenhuma configuração
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes-
e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces- quisa.
sar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi-
cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na
possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala-
científicas. vras com ou sem acento.
O WWW não dispunha de gráficos em seus primór-
dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto Opções de pesquisa
WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
dor (também conhecido como browser) de páginas capaz
não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá-
ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi
desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por Web: pesquisa em todos os sites
Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular. Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
Depois disto, várias outras companhias passaram a Exemplo do resultado se uma pesquisa.
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
outros browsers.

Busca e pesquisa na web

Os sites de busca servem para procurar por um deter-


minado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
• www.google.com.br Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet.
• http://br.altavista.com Exemplo:
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pes-


quisa. Por exemplo:
www.google.com.br

Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza-


dos por assunto em categorias. Exemplo:

138
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos


interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
ram o acesso à informação através de redes de computa-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
Como escolher palavra-chave informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
• Busca com uma palavra: retorna páginas que in- queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
cluam a palavra digitada. sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a nante explosão na informação disponível na Internet, que
sequência de termos que foram digitadas. segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
páginas que incluam todas que tem interessado um número cada vez maior de em-
• as palavras aleatoriamente na página. presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi- sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
cam antes do sinal de advento e disseminação promete operar uma revolução
• menos são excluídas da pesquisa. tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um cimento das primeiras redes locais de computadores, no
cálculo em um site de pesquisa. final da década de 80.

O que é Intranet?
Por exemplo: 3+4 O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
projetadas para a comunicação por computador entre em-
Irá retornar:
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
O resultado da pesquisa
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte for-
tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
ma:
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet


Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-
funcionários com conhecimentos das operações e produ-
INTRANET tos da empresa.

A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de Aplicações da Intranet


uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In- trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala.
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa. vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor- áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
mações particulares dentro da estrutura de comunicações • Marketing e Vendas - Informações sobre produ-
da empresa. tos, listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
O grande sucesso da Internet, é particularmente da • Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades
evolução da informática nos últimos anos. de membros das equipes, situações de projetos;

139
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis- Identificação do Servidor e das Estações - Depois de
temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma- definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as
nuais de qualidade; informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos- nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem
tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP
de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be- (Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às
nefícios. estações clientes.
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo- Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio-
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. nários acessam as informações colocadas à sua disposição
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume no servidor. Para isso usam o Web browser, software que
quase somente em clicar nos links que remetem às novas permite folhear os documentos.
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi-
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa Comparando Intranet com Internet
complexa e exige a presença de profissionais especializa- Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In-
ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos
sua diversidade de funções e a quantidade de informações
protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O
nela armazenadas.
conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es-
A intranet é baseada em quatro conceitos:
cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al-
• Conectividade - A base de conexão dos computa- guém com seis anos de idade até as previsões do tempo.
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir A maior parte dos dados de uma empresa não se destina
qualquer tipo de informação digital entre si; ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa- as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de-
dores e sistemas operacionais podem ser conectados de vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da
forma transparente; escala, a Internet é global, uma intranet está contida den-
• Navegação - É possível passar de um documento a tro de um pequeno grupo, departamento ou organização
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela
facilitam o acesso não linear aos documentos; ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão,
acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra- por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir-
ças à execução de programas aplicativos, que podem es- relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites
tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma
rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expres- medida da necessidade de uma abordagem organizada.
são que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servi- Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
dor). A vantagem da intranet é que esses programas são num ambiente controlado e seguro.
ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade.
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande Vantagens e Desvantagens da Intranet
importância no desenvolvimento de softwares aplicativos Alguns dos benefícios são:
que obedeçam aos três conceitos anteriores. • Redução de custos de impressão, papel, distribuição
de software, e-mail e processamento de pedidos;
Como montar uma Intranet • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em suporte telefônico;
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das • Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
técnicas e de marketing;
empresas, e em instalar um servidor Web.
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo-
remotas;
sitório das informações contidas na intranet. É lá que os
• Incrementando o acesso a informações da concor-
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail
rência;
ou qualquer outro tipo de arquivo. • Uma base de pesquisa mais compreensiva;
• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunica- ceiros (revendas);
ção utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. • Aumento da precisão e redução de tempo no acesso
O primeiro é o HTTP, responsável pela comunicação do à informação;
browser com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao • Uma única interface amigável e consistente para
envio de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transfe- aprender e usar;
rência de arquivos. Independentemente das aplicações uti- • Informação e treinamento imediato (Just in Time);
lizadas na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem • As informações disponíveis são visualizadas com cla-
falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet. reza;
• Redução de tempo na pesquisa a informações;

140
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e usuários autenticados têm o acesso autorizado ou negado


informação; a recursos específicos de uma intranet, com base em uma
• Redução no tempo de configuração e atualização dos ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
sistemas;
• Simplificação e/ou redução das licenças de software Criptografia - É a conversão dos dados para um for-
e outros; mato que pode ser lido por alguém que tenha uma chave
• Redução de custos de documentação; secreta de descriptografia. Um método de criptografia am-
• Redução de custos de suporte; plamente utilizado para a segurança de transações Web é a
• Redução de redundância na criação e manutenção tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS
de páginas; - um protocolo Web seguro;
• Redução de custos de arquivamento;
• Compartilhamento de recursos e habilidade. Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação
segura entre uma intranet e a Internet através de servi-
dores proxy, que são programas que residem no firewall
Alguns dos empecilhos são: e permitem (ou não) a transmissão de pacotes com base
• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola-
no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por
boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pe-
exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos
los programas para grupos de trabalho tradicionais. É ne-
da empresa acessem servidores Web externos, mas não o
cessário configurar e manter aplicativos separados, como
contrário.
e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema unifi-
cado, como faria com um pacote de software para grupo Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
de trabalho; Os dispositivos para a realização de cópias de seguran-
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número ça do(s) servidor(es) constituem uma das peças de especial
limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis
bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra- com grande capacidade de armazenamento, tapes...
nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu- Queremos ainda referir que para o funcionamento de
ções de software para grupo de trabalho que funcionam uma rede existem outros conceitos como topologias/con-
com os protocolos de transmissão de redes local existentes; figurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede
• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não em árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos
apresentam nenhuma replicação embutida para usuários de cabos, protocolos de comunicação, velocidade de trans-
remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen- missão …
volver aplicativos cliente/servidor.
Como a Intranet é ligada à Internet EXTRANET
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o concei-
to confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode
ser vista como uma parte da empresa que é estendida a
usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como repre-
sentantes e clientes. Outro uso comum do termo Extranet
ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde
somente “usuários registrados” podem navegar, previa-
mente autenticados por sua senha (login).

Empresa estendida
Segurança da Intranet O acesso à intranet de uma empresa através de um
Três tecnologias fornecem segurança ao armazena- Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas
mento e à troca de dados em uma rede: autenticação, con- e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in-
trole de acesso e criptografia. tranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
Autenticação - É o processo que consiste em verificar Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen- Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in-
tos e dados podem ser protegidos através da solicitação tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas
de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da ve- tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages,
rificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os servidor FTP etc.

141
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en- Multitarefas com guias e janelas
tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em
de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar uma só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir,
novas soluções. fechar e alternar os sites. A barra de guias mostra todas
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea- as guias ou janelas que estão abertas no Internet Explorer.
da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em- Para ver a barra de guias, passe o dedo de baixo para cima
presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento, (ou clique) na tela.
trocando informações sobre compras, vendas, fabricação,
distribuição, contabilidade entre outros.

Internet Explorer1
O Internet Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver
com o máximo de qualidade todo o conteúdo incrível que
você pode encontrar. Depois de aprender alguns gestos
e truques comuns, você poderá usar seu novo navegador
com todo o conforto e aproveitar ao máximo seus sites
favoritos.

Noções básicas sobre navegação


Mãos à obra. Para abrir o Internet Explorer, toque ou
clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial.
Uma barra de endereços, três formas de usar Abrindo e alternando as guias
A barra de endereços é o seu ponto de partida para Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão
navegar pela Internet. Ela combina barra de endereços e Nova guia . Em seguida, insira uma URL ou um termo de
caixa de pesquisa para que você possa navegar, pesquisar pesquisa ou selecione um de seus sites favoritos ou mais
ou receber sugestões em um só local. Ela permanece fora visitados.
do caminho quando não está em uso para dar mais espaço Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas
para os sites. Para que a barra de endereços apareça, passe na barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em
o dedo de baixo para cima na tela ou clique na barra na uma só janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fe-
parte inferior da tela se estiver usando um mouse. Há três char no canto de cada guia.
maneiras de utilizá-la:

Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços


para ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na
barra de endereços para ver os sites que mais visita (os
sites mais frequentes).
Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços
e toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o
mecanismo de pesquisa padrão.
Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir?
Digite uma palavra na barra de endereços para ver suges-
tões de sites, aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta
tocar ou clicar em uma das sugestões acima da barra de
endereços. Usando várias janelas de navegação
Também é possível abrir várias janelas no Internet Ex-
plorer 11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma
nova janela, pressione e segure o bloco Internet  Explorer
(ou clique nele com o botão direito do mouse) na tela Ini-
cial e, em seguida, toque ou clique em Abrir nova janela.
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela.
Abra uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado
direito ou esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra
janela a partir do lado esquerdo da tela.
Dica
Você pode manter a barra de endereços e as guias en-
caixadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer
pesquisas rapidamente. Abra o botão Configurações, to-
que ou clique em Opções e, em Aparência, altere Sempre
1 Fonte: Ajuda do Internet Explorer mostrar a barra de endereços e as guias para Ativado.

142
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Personalizando sua navegação Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em se-


Depois de ter aprendido as noções básicas sobre o uso guida, toque ou clique em Adicionar.
do navegador, você poderá alterar suas home pages, adi-
cionar sites favoritos e fixar sites à tela Inicial.
Para escolher suas home pages

Para fixar um site na tela Inicial


A fixação de um site cria um bloco na tela Inicial, o
que fornece acesso com touch ao site em questão. Alguns
sites fixados mostrarão notificações quando houver novo
conteúdo disponível. Você pode fixar quantos sites quiser e
organizá-los em grupos na tela Inicial.

As home pages são os sites que se abrem sempre que


você inicia uma nova sessão de navegação no Internet Ex-
plorer. Você pode escolher vários sites, como seus sites de
notícias ou blogs favoritos, a serem carregados na abertura
do navegador. Dessa maneira, os sites que você visita com
mais frequência estarão prontos e esperando por você.
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con-
figurações.
Para exibir os comandos de aplicativos, passe o dedo
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can- de baixo para cima (ou clique).
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para Toque ou clique no botão Favoritos , toque ou clique
cima e clique em Configurações.) no botão Fixar site  e, em seguida, toque ou clique em
Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque Fixar na Tela Inicial.
ou clique em Gerenciar.
Insira a URL de um site que gostaria de definir como Dica
home page ou toque ou clique em Adicionar site atual se Você pode alternar rapidamente os favoritos e as guias
estiver em um site que gostaria de transformar em home tocando ou clicando no botão Favoritos ou no botão
page. Guias nos comandos de aplicativos.

Para salvar seus sites favoritos Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In-
Salvar um site como favorito é uma forma simples de ternet
memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure
sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo- pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en-
ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im- itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
portados automaticamente.) sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a
Vá até um site que deseja adicionar. página no modo de exibição de leitura. Quando quiser re-
Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir tornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone nova-
os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique mente.
no botão Favoritos  para mostrar a barra de favoritos.

143
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei-


tura desativado

Para salvar páginas na Lista de Leitura


Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que
deseje ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista
de Leitura em vez de enviá-lo por email para você mesmo
ou de deixar mais guias de navegação abertas. A Lista de
Leitura é a sua biblioteca pessoal de conteúdo. Você pode
adicionar artigos, vídeos ou outros tipos de conteúdo a ela
diretamente do Internet  Explorer, sem sair da página em
que você está.
Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei- Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em
tura ativado Compartilhar.
(Se usar um mouse, aponte para o canto superior direi-
Para personalizar as configurações do modo de exibi- to da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo e clique
ção de leitura em Compartilhar.)
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con- Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em
figurações. Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista
de Leitura.
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can-
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para Ajudando a proteger sua privacidade
cima e clique em Configurações.)
Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar,
leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto. compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso
Estas são algumas opções de estilo que você pode se- diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas in-
lecionar. formações pessoais para outras pessoas. O Internet Explo-
rer ajuda você a se proteger melhor com uma segurança
reforçada e mais controle sobre sua privacidade. Estas são
algumas das maneiras pela quais você pode proteger me-
lhor a sua privacidade durante a navegação:
Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armaze-
nam informações como o seu histórico de pesquisa para
ajudar a melhorar sua experiência. Quando você usa uma
guia InPrivate, pode navegar normalmente, mas os dados
como senhas, o histórico de pesquisa e o histórico de pá-
ginas da Internet são excluídos quando o navegador é fe-
chado. Para abrir uma nova guia InPrivate, passe o dedo
de baixo para cima na tela (ou clique nela) para mostrar
os comandos de aplicativos, ou toque ou clique no botão
Ferramentas de guia e em Nova guia InPrivate.

144
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do · Pesquisa inteligente;


Not Track para ajudar a proteger sua privacidade. O ras- · O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na
treamento refere-se à maneira como os sites, os provedo- barra de ferramentas e abre direto a página com os resul-
res de conteúdo terceiros, os anunciantes, etc. aprendem tados, poupando o tempo de acesso à página de pesquisa
a forma como você interage com eles. Isso pode incluir o antes de ter que digitar as palavras chaves. O novo localiza-
rastreamento das páginas que você visita, os links em que dor de palavras na página busca pelo texto na medida em
você clica e os produtos que você adquire ou analisa. No que você as digita, agilizando a busca;
Internet Explorer, você pode usar a Proteção contra Ras- · Favoritos RSS;
treamento e o recurso Do Not Track para ajudar a limitar · A integração do RSS nos favoritos permite que você
as informações que podem ser coletadas por terceiros so- fique sabendo das atualizações e últimas notícias dos seus
bre a sua navegação e para expressar suas preferências de sites preferidos cadastrados. Essa função é disponibilizada
privacidade para os sites que visita. a partir do Firefox 2;
· Downloads sem perturbação;
FIREFOX2 · Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na
Firefox é um navegador web de código aberto e mul- área de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrup-
tiplataforma com versões para Windows, OS X (Mac), Linux ções significam downloads mais rápidos. Claro, essa função
e Android, em variantes de 32 e 64 bits, dependendo da pode ser personalizada sem problemas;
plataforma. O Firefox possui suporte para extensões, nave- · Você decide como deve ser seu navegador;
gação por abas, alerta contra sites maliciosos, suporte para · O Firefox é o navegador mais personalizável que exis-
sincronização de informações, gerenciador de senhas, blo- te. Coloque novos botões nas barras de ferramentas, ins-
queador de janelas pop-up, pesquisa integrada, corretor tale extensões que adiciona novas funções, adicione temas
ortográfico, gerenciador de download, leitor de feeds RSS que modificam o visual do Firefox e coloque mais mecanis-
e outros recursos. mos nos campos de pesquisa.
Além de ser multiplataforma, o Firefox também supor-
ta diferentes linguagens, incluindo o português do Brasil O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado
(Pt Br). para a sua necessidade:
Surgido de um projeto criado por Dave Hyatt e Blake · Fácil utilização;
Ross em 2002, somente dois anos depois a plataforma de · Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox
navegação pela internet se desmembrou de outras ferra- tem todas as funções que você está acostumado - favori-
mentas e se tornou um browser independente. No começo, tos, histórico, tela inteira, zoom de texto para tornar as pá-
o Firefox se popularizou apenas entre o nicho de adeptos ginas mais fáceis de ler, e diversas outras funcionalidades
do “software livre”, e mesmo assim já alcançou dezenas de intuitivas;
milhões de downloads. · Compacto;
Não demorou muito para que o navegador começasse · A maioria das distribuições está em torno dos 5MB.
a receber melhorias relevantes e o seu potencial fosse ob- Você leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para
servado por outros perfis de internautas. E foi basicamente o seu computador em uma conexão discada e segunda em
assim que o produto da Fundação Mozilla ganhou seu es- uma conexão banda larga. A configuração é simples e in-
paço e quase desbancou a hegemonia do Internet Explorer. tuitiva. Logo você estará navegando com essa ferramenta.
Seu sistema de abas permite que o usuário navegue
em diversos sites sem a necessidade de abrir várias instân- Principais novidades
cias do programa. A função de navegação privativa é muito Tudo começa pelo novo e intuitivo menu
útil, pois com ela, o Mozilla Firefox não memoriza histórico, - As opções que você mais acessa, todas no mesmo
dados fornecidos a páginas e ao campo de pesquisa, lista lugar
de downloads, cookies e arquivos temporários. Serão pre- - Pensado para facilitar o acesso
servados apenas arquivos salvos por downloads e novos - Converse por vídeo com qualquer pessoa diretamen-
favoritos. Além dessas opções, o navegador continua com te do Firefox
as funções básicas de qualquer outro aplicativo semelhan-
te: gerenciador de favoritos, suporte a complementos e
sincronização de dados na nuvem.

Principais características
· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrin-
do os links em segundo plano
Eles já estarão carregados quando você for ler;
· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de
popups;
2 Fonte: Ajuda do Firefox

145
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Conheça o Firefox Hello Como funcionam as sugestões de sites?


- Converse por vídeo com qualquer pessoa, em qual- O Firefox exibe links de sites como miniaturas ou lo-
quer lugar gotipos na página Nova Aba. Quando usar o Firefox pela
- É grátis! Não é preciso ter conta ou baixar comple- primeira vez, verá links para sites da Mozilla. Esses sites
mentos. serão eventualmente substituídos por sites visitados com
- Escolha como você quer pesquisar mais frequência.

Uma nova maneira de pesquisar, ainda mais inteligente


- Sugestões de pesquisa aparecerão conforme você Ocultar ou exibir Sugestões na Nova Aba
digita
- Escolha o site certo para cada pesquisa Você pode determinar sua página Nova Aba para exibir
- Use a estrela para adicionar Favoritos seus sites mais visitados ou até mesmo nada. Para acessar
estes controles clique no ícone da engrenagem no canto
superior direito da nova aba.

Exibir seus sites principais


Clique no ícone de engrenagem na página Nova Aba e
marque Exibir os sites mais visitados.

Mostrar uma Nova Aba em branco


Para remover todos os sites da página Nova Aba, sele-
cione Exibir página em branco.

Seus sites favoritos estão mais perto do que nunca


- Adicione e visualize seus Favoritos rapidamente
- Salve qualquer site com apenas um clique

Desativar os controles da Nova Aba


Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os
controles da Nova Aba (ou para escolher a página que abre
em uma nova aba) você pode instalar o complemento New
Tab Override (browser.newtab.url replacement).

146
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Personalizar a página Nova aba Arraste um favorito para dentro da posição que você
O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites quiser.
em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.

Fixar

Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges- Como faço para configurar o Sync no meu compu-
tão para fixá-la naquela posição na página. tador?
Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su- O Sync permite compartilhar seus dados e preferên-
gestões fixadas entre os seus outros computadores. cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
Remover dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Importante: O Sync requer a versão mais recente do
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em
quaisquer computadores ou dispositivos Android.
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de-
talhes:
- Crie uma conta do Sync
Clique no “X” no canto superior direito do site para ex- Clique no botão de menu    e depois em  Entrar no
cluí-lo da página. Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba.
Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu-
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.

Reorganizar

Nota:  Se não visualizar uma seção do Sync no menu,


você ainda está usando uma versão antiga do Sync. 
Clique no botão Começar.
Preencha o formulário para criar uma conta e clique
em Sign Up. Anote o endereço de e-mail e a senha usada,
você precisará disso mais tarde para entrar.
Verifique nas suas mensagens se recebeu o link de
verificação e clique nele para confirmar seu endereço de
e-mail. Você já está pronto para começar a usar!
Clique e arraste uma Sugestão para dentro da posição
que desejar. Ela será “fixada” nesse novo local. Conecte dispositivos adicionais ao Sync
Adicionar um dos seus favoritos Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o
Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e ar- resto. Para entrar você precisa do endereço de e-mail e a
rastá-los para a página Nova Aba. senha que usou no começo da configuração do sync.
Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o his- Clique no botão de menu   , e, em seguida, clique
tórico. em Entrar no Sync.
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. conta Firefox.

147
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Clique no link Already have an account? Sign in na par-


te inferior da página.

Insira o e-mail e a senha que você usou para criar sua


nova conta do Sync. Na janela Propriedades do favorito você pode modifi-
Depois que você tiver entrado, o Firefox Sync começará car qualquer um dos seguintes detalhes:
a sincronização de suas informações através dos seus dis- Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos
positivos conectados. em menus.
Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito sele-
Remover um dispositivo do Sync cionando uma do menu deslizante (por exemplo, o Menu
Clique no botão   para expandir o Menu. Favoritos ou a Barra dos favoritos). Nesse menu, você tam-
Clique no nome da sua conta no Sync (geralmente seu bém pode clicar em Selecionar... para exibir uma lista de
endereço de e-mail) para abrir as preferências do Sync. todas as pastas de favoritos.
Clique em Desconectar. Seu dispositivo não será mais Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e
sincronizado. organizar seus favoritos. Quando você terminar suas modi-
ficações, clique em Concluir para fechar a caixa.

Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas Onde posso encontrar meus favoritos?
Os favoritos são atalhos para as páginas da web que A forma mais fácil de encontrar um site para o qual
você mais gosta. você criou um favorito é digitar seu nome na Barra de En-
Como eu crio um favorito? dereços. Enquanto você digita, uma lista de sites que já
Fácil — é só clicar na estrela! você visitou, adicionou aos favoritos ou colocou tags apa-
Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na recerá. Sites com favoritos terão uma estrela amarela ao
Barra de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito seu lado. Apenas clique em um deles e você será levado até
será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto! lá instantaneamente.

Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez?


Clique com o botão direito do mouse em qualquer aba e
selecione Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta Como eu organizo os meus favoritos?
e escolha onde quer guardá-la. Clique adicionar favoritos Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus
para finalizar. favoritos.

Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
favorito? os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
recerá.

148
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Removendo mais de uma página ou pasta dos Favo-


ritos
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo da janela do gerenciador, clique na
pasta que deseja visualizar. Seu conteúdo será mostrado
no painel direito.
No painel direito, selecione os itens que deseja remo-
Por padrão, os favoritos que você cria estarão localiza- ver.
dos na pasta “Não organizados”. Selecione-a na barra late- Com os itens a serem removidos selecionado, clique no
ral da janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você botão Organizar e selecione Excluir.
adicionou. Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você tam-
bém pode arrastar favoritos para outras pastas como a
“Menu Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto
pelo botão Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta
“Barra de favoritos”, eles aparecerão nela (embaixo da Bar-
ra de navegação).

Criando novas pastas

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos


os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique com o botão direito do mouse na pasta que irá
conter a nova pasta, então selecione Nova pasta....

Como eu ativo a Barra de favoritos?


Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o
seginte:
Clique no botão e escolhe Personalizar.
Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione
Barra dos favoritos.
Clique no botão verde Sair da personalização.

Removendo apenas uma página dos Favoritos


Acesse a página que deseja remover nos Favoritos.
Clique no ícone da estrela à direita da sua barra de pes-
quisa.
Na janela Editar este favorito, clique Remover Favorito.

Na janela de nova pasta, digite o nome e (opcional-


mente) uma descrição para a pasta que você deseja criar.

149
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Adicionando favoritos em pastas Para mover um favorito para uma pasta diferente, ar-
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos raste-o para cima da pasta.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão re-
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que fletidas na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
você deseja mover.
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para Ordenar visualizações na janela Biblioteca
mover o favorito para a pasta. Para ver os seus favoritos em várias ordens de classifi-
cação, use a janela Biblioteca:
Ordenando por nome Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visuali-
Clique com o botão direito do mouse na pasta que de- zar. O conteúdo será exibido no painel da direita.
seja ordenar e selecione Ordenar pelo nome. Os Favoritos Clique no botão Exibir, selecione Ordenar e depois
serão colocados em ordem alfabética. escolha uma ordem de classificação.
A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas
para visualização, e não vai ser refletido na barra lateral, no
menu ou no botão de favoritos.
Definindo a Página Inicial
Veja como abrir automaticamente qualquer página
web na inicialização do Firefox ou clicando no botão Pági-
na inicial .
Abra a página web que deseja definir como sua página
inicial.
Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial
.

Clique em Sim para definir esta página como sua pá-


As alterações efetuadas na janela Biblioteca será refle- gina inicial.
tido na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.

Reorganizando manualmente
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém o favorito que você deseja
mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o
para a posição desejada.
Dica: Mais opções de configuração da página inicial es-
tão disponíveis na janela Opções .

Clique no botão menu e depois em Opções, na ja-


nela que foi aberta vá para o painel Geral.
A partir do menu drop-down, selecione Abrir página
em branco na inicialização ou Restaurar janelas e abas an-
teriores.
Clicando em Usar as páginas abertas, as páginas que
estiverem abertas serão configuradas como páginas ini-
ciais, abrindo cada página em uma aba separada.

Para restaurar as configurações da página inicial, siga


os seguintes passos:
Clique no botão , depois em Opções
Selecione o painel Geral.

150
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas
abaixo do campo Página Inicial. informações de acordo com os termos da política de pri-
vacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas in-
formações sendo coletadas podem desejar não ativar as
sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão de-
sativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você
deve ativá-las explicitamente em uma janela de navegação
privativa para ativá-las nesse modo.

Ativando ou desativando as sugestões de pesquisa


As sugestões de pesquisa podem ser ativadas ou de-
sativadas a qualquer momento marcando ou desmarcando
a caixa Fornecer sugestões de pesquisa na seção Pesquisar
das opções do Firefox:

Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações


feitas serão salvas automaticamente.

Sugestões de pesquisa no Firefox


Muitos mecanismos de pesquisa (incluindo Yahoo,
Google, Bing e outros) fornecem sugestões de pesquisa,
as quais são baseadas em pesquisas populares que outras
pessoas fazem e que estão relacionadas com uma pala-
vra ou palavras que você inserir. Quando as Sugestões de
Pesquisa estão ativadas, o texto que você digita em um
campo de pesquisa é enviado para o mecanismo de busca,
o qual analisa as palavras e exibe uma lista de pesquisas
relacionadas. Para ver sugestões de pesquisa na barra de endereços,
marque a opção Mostrar sugestões de pesquisa na barra
de localização.

Usando a Barra de Pesquisa


Basta digitar na barra de Pesquisa na sua barra de fer-
ramentas ou na página de Nova Aba.

Como as sugestões de pesquisa funcionam


Se você ver uma sugestão de pesquisa que correspon-
de ao que você está procurando, clique nela para ver re-
sultados para aquele termo de pesquisa. Isso pode poupar
tempo e ajudar você a encontrar o que está procurando Enquanto você digita na busca da barra de ferramen-
com menos digitação. tas, o seu mecanismo de pesquisa padrão mostra suges-
Ativar as sugestões de pesquisa enviará as palavras- tões para ajudá-lo a procurar mais rápido. Essas sugestões
chave que você digita num campo de busca para o me- são baseadas em pesquisas populares ou em suas pesqui-
canismo de pesquisa padrão - a menos que pareça que sas anteriores (se estiver ativado).
você está digitando uma URL ou hostname. Os campos de
pesquisa incluem:
- a barra de pesquisa
- páginas iniciais (como mostrado na imagem acima)
- a barra de endereço (onde as Sugestões de Pesquisa
podem ser desativadas separadamente)

151
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Clique no icone download para abrir o painel de down-


loads. O painel Downloads exibe os últimos três arquivos
baixados, juntamente com o tempo, tamanho e fonte do
download:

Pressione Enter para pesquisar usando o seu mecanis-


mo de pesquisa padrão, ou selecione outro mecanismo de
pesquisa clicando no logotipo. Para ver todos os seus downloads, acesse a Biblioteca
Mecanismos de pesquisa disponíveis clicando em Exibir todos os downloads na parte inferior do
O Firefox vem com os seguintes mecanismos de pes- painel de Downloads.
quisa por padrão:
- Google para pesquisar na web através do Google
Nota: O padrão de busca do Google é criptografado
para evitar espionagem.
- Yahoo para pesquisar na web através do Yahoo
- Bing para pesquisar na web através do Microsoft Bing
- BuscaPé para procurar comparações de preços, pro-
dutos e serviços no site BuscaPé.
- DuckDuckGo como mecanismo de pesquisa para
para usuários que não querem ser rastreados.
- Mercado Livre para procurar por itens à venda ou em
leilão no Mercado Livre
- Twitter para procurar pessoas no Twitter
- Wikipédia (pt) para pesquisar na enciclopédia online
gratuita Wikipédia Portuguesa.

Gerenciador de Downloads
A Biblioteca e o painel de downloads controlam os ar- A Biblioteca mostra essas informações para todos os
quivos baixado pelo Firefox. Aprenda a gerenciar seus ar- seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido
quivos e configurar as definições de download. eles do seu histórico.
Como faço para acessar meus downloads?
Você pode acessar seus downloads facilmente clicando
no icone download (a seta para baixo na barra de ferra-
mentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba
que existem arquivos baixados.

Durante um download, o icone de download muda para


um timer que mostra o progresso do seu download. O timer
volta a ser uma seta quando o download for concluído.

Como posso gerenciar meus arquivos baixados?


No painel Downloads e na sua Biblioteca, existe um
botão icone a direita de cada arquivo que muda de acordo
com o progresso atual do download.

152
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Pausar: Você pode pausar qualquer download em


progresso clicando com o botão direito no arquivo e se-
lecionando Pausar. Isto pode ser útil, por exemplo, se você
precisa abrir um pequeno download que começou depois
de um download grande. A Pausa de downloads lhe dá a
opção de decidir qual dos seus downloads são mais impor-
tantes.Quando você quiser continuar o download desses
arquivos, clique com o botão direito no arquivo e selecione
Continue.

Cancelar : Se depois de iniciar o download você de-


cidir que não precisa mais do arquivo, cancelar o download
é simples: apenas clique no botão X ao lado do arquivo.
Este botão se transformará em um símbolo de atualização, Desative o modo Tela inteira
clique novamente para reiniciar o download. Traga o meu computador de volta! Encolha o Firefox
Abrir o arquivo: Quando o download acabar, você pode para seu tamanho normal.
dar um clique no arquivo para abrir-lo. Mova o mouse para o topo da tela para fazer a barra de
ferramentas reaparecer
Abrir pasta : Uma vez que o arquivo tenha concluído
o download, o ícone à direita da entrada do arquivo torna- Clique no botão menu no lado direito da barra de
se uma pasta. Clique no ícone da pasta para abrir a pasta ferramentas e selecione Tela inteira.
que contém esse arquivo.
Remover arquivo da lista: Se você não quiser manter o Atalhos de teclado
registro de um determinado download, simplesmente cli- Para aqueles de boa memória. Use a tela inteira através
que com o botão direito no arquivo, então selecione Excluir do teclado.
da lista. Isto irá remover a arquivo da lista, mas não vai
apagar o arquivo em si. Atalho para alternar o modo Tela inteira: Pressione a
tecla F11.
Repetir um download : Se por qualquer razão um Nota: Em computadores com teclado compacto (como
download não completar, clique no botão a direita do ar- netbooks e laptops), pode ser necessário usar a combina-
quivo - um simbolo de atualizar - para reiniciar. ção de teclas fn + F11.
Limpar downloads: Clique no botão Limpar Downloads
no topo da janela da Biblioteca para limpar todo o histórico Histórico
de itens baixados.
Toda vez que você navega na internet o Firefox guarda
Como deixar o Firefox em tela inteira várias informações suas, como por exemplo: sites que você
Tela inteira é um recurso do Firefox que permite que visitou, arquivos que você baixou, logins ativos, dados de
ele ocupe a tela toda, ótimo para aquelas telinhas aperta- formulários, entre outros. Toda essa informação é chamada
das de netbooks, aproveitando o máximo da sua HDTV ou de histórico. No entanto, se estiver usando um computador
só porque quer! público ou compartilha um computador com alguém, você
pode não querer que outras pessoas vejam esses dados.
Ative o modo Tela inteira
Maior é melhor! Preencha sua tela com o Firefox. Que coisas estão incluídas no meu histórico?
Clique no botão menu no lado direito da barra de
ferramentas e selecione Tela inteira.

153
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Como limpo meu histórico?


Clique no botão de menu , selecione Histórico e, em
seguida, Limpar dados de navegação….
Selecione o quanto do histórico você deseja limpar:
Clique no menu suspenso ao lado de Intervalo de tem-
po a limpar para escolher quanto de seu histórico o Firefox
limpará.

Em seguida, clique na seta ao lado de Detalhes para


Histórico de navegação e downloads: Histórico de na- selecionar exatamente quais informações você quer que
vegação é a lista de sites que você visitou que são exibidos sejam limpas.
no menu Histórico, a lista do Histórico na janela Biblioteca
e a lista de endereços da função de completar automati-
camente da Barra de endereços. Histórico dos downloads
é a lista de arquivos que foram baixados por você e são
exibidos na janela Downloads.
Dados memorizados de formulários e Barra de Pesqui-
sa: O histórico de dados memorizados de formulários inclui
os itens que você preencheu em formulários de páginas
web para a funcionalidade de Preenchimento Automático
de Formulários. O histórico da Barra de Pesquisa inclui os
itens que você pesquisou na Barra de Pesquisa do Firefox.
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os
websites que você visita, tais como o estado da sua auten-
ticação e preferências do site. Também incluem informa-
ções e preferências do site armazenadas por plugins como
o Adobe Flash. Cookies podem também ser usados por
terceiros para rastreá-lo entre páginas.
Nota: Para poder limpar cookies criados pelo Flash Finalmente, clique no botão Limpar agora. A janela
você precisa estar usando a versão mais recente do plugin. será fechada e os itens selecionados serão limpos.
Cache: O cache armazena arquivos temporariamente, Como faço para o Firefox limpar meu histórico auto-
tais como páginas web e outras mídias online, que o Firefox maticamente?
baixou da Internet para tornar o carregamento das páginas Se você precisa limpar seu histórico sempre que usar
e sites que você já visitou mais rápido. o Firefox, você pode configurá-lo para que isso seja feito
Logins ativos: Caso você tenha se logado em um web- automaticamente assim que você sair, assim você não es-
site que usa autenticação HTTP desde a vez mais recente quece.
que você abriu o Firefox, este site é considerado “ativo”. Ao Clique no botão , depois em Opções
limpar estes registros você sai destes sites. Selecione o painel Privacidade.
Dados offline de sites: Se você permitir, um website Defina O Firefox irá: para Usar minhas configurações.
pode guardar informações em seu computador para que
você possa continuar a utilizá-lo mesmo sem estar conec-
tado à Internet.
Preferências de sites: Preferências de sites, incluindo
o nível de zoom salvo para cada página específica, codi-
ficação de caracteres e as permissões de páginas (como
excessões para bloqueadores de anúncios) estão descritas
em janela de Propriedades da Página.

154
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Nos resultados da busca, clique com o botão direito no


site que você deseja remover, e selecione Limpar tudo so-
bre este site. Ou simplesmente selecione o site que deseja
excluir e pressione a tecla ‘Delete’.
Todos os dados de histórico (histórico de navegação e
downloads, cookies, cache, logins ativos, senhas, dados de
formulários, exceções para cookies, imagens, pop-ups) do
site serão removidos.

Marque a opção Limpar histórico quando o Firefox fe-


char.

Para especificar que tipos de histórico devem ser lim-


pos, clique no botão Configurar..., ao lado de Limpar histó-
rico quando o Firefox fechar.
Na janela Configurações para a limpeza do histórico, Finalmente, feche a janela Biblioteca.
marque os itens que você quer que sejam limpos automa-
ticamente sempre que você sair do Firefox. O leitor de PDF
O visualizador de PDF integrado de maneira nativa ao
navegador. Isto significa que agora não é mais necessário
ter que instalar um plugin externo no Mozilla Firefox para
fazê-lo visualizar um documento neste formato. Este visua-
lizador, inclusive, funciona da mesma forma como ocorre
no Google Chrome, que também suporta a visualização de
arquivos PDF nativamente.
Agora, sempre que você clicar em um documento PDF
no navegador, ele será aberto diretamente na tela. Os con-
troles são exibidos na parte superior, com os quais você
pode salvar ou imprimir o documento, bem como usar re-
cursos como zoom, ou ir diretamente para uma página es-
pecífica. Também é possível alternar para o modo de apre-
sentação e exibir o PDF em tela cheia.
Durante os testes realizados, conseguimos abrir vários
PDFs em diversas abas sem nenhum problema, já que não
houve travamentos. O segredo por trás do leitor é que ele
Após selecionar os itens a serem limpos, clique em OK converte os PDFs para o HTML 5.
para fechar a janela Configurações para a limpeza do his-
tórico.
Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
feitas serão salvas automaticamente.
Como faço para remover um único site do meu histó-
rico?
Clique no botão , depois em Histórico, em seguida,
clique no link no final da lista Exibir todo o histórico, para
abrir a janela da Biblioteca.
Use o campo Localizar no histórico no canto superior
direito e pressione a tecla Enter para procurar pelo site que
você deseja remover do histórico.

155
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Imprimindo uma página web Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági-
nas da página web atual será impressa:
Clique no menu e depois em Imprimir. Selecione Tudo para imprimir tudo.
Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
1” imprimirá somente a primeira página.
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
página que você selecionou.
Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.
Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,
você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá-
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.
SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá-
gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas
serão impressas:

Na janela de impressão que foi aberta, ajuste as con-


figurações do que você está prestes a imprimir, se for ne-
cessário.
Clique em OK para iniciar a impressão.
Janela de configurações de impressão

Como apresentado na tela irá imprimir da mesma for-


ma que você vê a página web no Firefox.
O campo selecionado irá imprimir somente o conteúdo
dentro da última borda que você clicou.
Cada campo separadamente irá imprimir o conteúdo
de todas as bordas, mas em páginas separadas.
Mudando a configuração da página
Para alterar a orientação da página, alterar se as cores
e imagens de fundo são impressas, as margens da página,
o que incluir no cabeçalho e rodapé das páginas impressas,
na parte superior da janela do Firefox, clique no botão Fi-
refox, veja mais em Imprimir... (menu Arquivo no Windows
XP) e selecione Configurar página.... A janela de configura-
Seção Impressoras: ção de página irá aparecer.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
Clique no menu drop-down ao lado de Name para mu- ferências do Firefox em uma base por impressora.
dar qual a impressora imprimirá a página que você está
vendo.
Nota: A impressora padrão é a do Windows. Quando
uma página da web é impressa com a impressora selecio-
nada, ela se torna a impressora padrão do Firefox.
Cique em Propiedades... para mudar o tamanho do pa-
pel, qualidade de impressão e outras configurações espe-
cíficas da impressora.

156
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Formato e Opções Na aba Margens e Cabeçalhos/Rodapé você pode al-


terar:
Margens: Você pode colocar a largura da margem se-
paradamente para cima, baixo, esquerda e direita.
Cabeçalho e Rodapé: Use os menus dropdown para
selecionar o que irá aparecer na página impressa. O valor
do dropdown superior esquerdo aparece no canto superior
esquerdo da página; o valor do dropdown superior central
aparece na parte superior central da página, e assim por
diante. Você pode escolher entre:
--em branco--: Nada será impresso.
Título: Imprime o título das páginas web.
Endereço: Imprime o endereço das páginas web.
Data/Hora: Imprime a data e hora em que a página foi
impressa.
Página #: Imprime o número da página.
Página # de #: Imprime o número da página e o total
de páginas.
Personalizar...: Coloque seu próprio texto de cabeçalho
ou rodapé. Isso pode ser usado pra mostrar o nome da
empresa ou organização no alto ou na parte de baixo de
Na aba Formato e Opções você pode alterar: toda página impressa.
Formato: Clique em OK para concluir as alterações e fechar a
Selecione Retrato para a maioria dos documentos e janela de configuração de páginas.
páginas web.
Selecione Paisagem para páginas e imagens largas. Visualizar impressão
Escala: Para tentar uma página web em menos folhas Para ver como a página web que você quer imprimir
impressas, você pode ajustar a escala. Reduzir para caber ficará quando impressa, na parte superior da janela do Fire-
ajusta automaticamente a escala. fox, clique no botão Firefox, veja mais em Imprimir...(menu
Opções: Selecione Imprimir cores e imagens de fundo Arquivo no Windows XP), e selecione Visualizar impressão.
para que o Firefox imprima as páginas com cor e imagens A janela de pré-visualização permite mudar algumas
de fundo como elas são mostradas na tela, caso contrário, das opções descritas acima. Acesse a janela de impressão
Firefox imprimirá com o fundo branco. clicando em Imprimir..., ou a janela de configuração de pá-
Margens e Cabeçalho/ Rodapé gina clicando em Configurar página.... Clique nas setas ao
lado do campo Página: para trocar as páginas do docu-
mento. As setas duplas mudam para a primeira ou última
página, as setas únicas vão para a próxima página ou a
anterior. Você também pode ajustar a escala e o formato
(veja acima).

Clique em Fechar para sair da visualização da impres-


são.
Firefox Hello - conversas por vídeo e voz online
O Firefox Hello lhe deixa navergar e discutir páginas
web com seus amigos diretamente no navegador. Tudo
que você precisa é uma webcam (opcional), um microfone,
e a versão mais recente do Firefox para ligar para os ami-
gos que estão em navegadores suportados pelo WebRTC
como Firefox, Chrome, ou Opera.
Nota: O Firefox Hello não está disponível na Navega-
ção Privada.
Iniciar uma conversa
Clique no botão Hello .
Clique em Navegar nessa página com um amigo.

157
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Navegação Privativa
Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in-
formação para você - como os sites visitados. No entan-
to, pode haver momentos em que não deseja que outros
usuários tenham acesso a tais informações, como quando
estiver comprando um presente de aniversário. A navega-
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar
informações sobre os sites e páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra
rastreamento na navegação privada, a qual impede que
seja rastreado enquanto navega.
Mostraremos a você como funciona.
Importante: A navegação privativa não o torna anôni-
mo na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os
próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas.
Use as seguintes opções para convidar seus amigos: Além disso, a navegação privativa não o protege de key-
loggers ou spywares que podem estar alojados em seu
computador

Como abrir uma nova janela privativa?


Existem duas maneiras de se abrir uma nova Janela Pri-
vativa.
Abrir uma nova Janela Privativa vazia
Clique no botão de menu e depois em Nova janela
privativa.

Copie e cole o link para a sua ferramenta de mensa-


gens preferida clicando em Copiar Link.
Envie o link por e-mail para o seu amigo clicando no
botão Enviar link por E-mail. Isso abrirá sua aplicação de
e-mail padrão.

Compartilhar no Facebook.
Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um
alerta.
Para encerrar a chamada, clique em .
Se juntar a uma conversa

Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil! Abrir um link em nova janela privativa
Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir
página para entrar na conversa. link em uma nova janela privativa no menu contextual.

Controlar suas notificações


Você pode desligar as notificações no Firefox se você
preferir não ser notificado quando um amigo se juntar:

Clique no botão do Hello .


Clique na engrenagem na parte de baixo do painel e
escolha Desligar notificações.

158
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Dica: Janelas de navegação privativas tem uma másca- Como saber se a minha conexão com um site é se-
ra roxa no topo. gura?
O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
na sua barra de endereço quando você visita um site segu-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter
sua informação pessoal.

O que a navegação privativa não salva?


Páginas visitadas: Nenhuma página será adicionada à
lista de sites no histórico, lista de história da janela da Bi- O botão de Identidade do Site estar na barra de ende-
blioteca, ou na lista de endereços da Awesome Bar. reço à esquerda do endereço web. Mais comumente, quan-
Entradas em formulário e na barra de pesquisa: Nada do visualizando um site seguro, o botão de Identidade do
digitado em caixas de texto em páginas web ou na barra de Site será um cadeado verde.
busca será salvo para o autocomplete.
Senhas: Nenhuma senha será salva.
Lista de arquivos baixados: os arquivos que você baixar
não serão listados na Janela de Downloads depois de de- No entanto, em algumas circunstâncias raras, ele tam-
sativar a Navegação Privativa. bém pode ser um cadeado verde com um triângulo de
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os si- alerta cinza, um cadeado cinza com um triângulo de alerta
tes que você visita como preferências, status de login, e os amarelo, ou um cadeado cinza com uma linha vermelha.
dados utilizados por plugins, como o Adobe Flash. Cookies
também podem ser utilizados por terceiros para rastreá-lo
através dos sites.
Conteúdo web em Cache e Conteúdo Web off-line e Nota: Clicando no botão à esquerda da barra de en-
de dados do usuário ‘: Nenhum arquivo temporário da In- dereço nos traz o Centro de Controle, o qual lhe permite
ternet (cache) ou arquivos armazenados para o uso off-line visualizar mais informações detalhadas sobre o estado de
serão salvo. segurança da conexão e alterar algumas configurações de
Nota: segurança e privacidade. Aviso: Você nunca deve enviar
Favoritos criados ao usar a Navegação Privativa serão qualquer tipo de informação sensível (informação bancá-
salvos. ria, dados de cartão de crédito, Números de Seguridade
Todos os arquivos que você baixar para o seu compu- Social, etc.) para um site sem o ícone de cadeado na barra
tador durante o uso de navegação privada serão salvos. de endereço - neste caso não é verificado que você está se
O Firefox Hello não está disponível na navegação pri- comunicando com o site pretendido nem que seus dados
vativa. estão seguros contra espionagem!
Posso definir o Firefox para sempre usar a navegação
privativa? Cadeado verde
O Firefox está definido para lembrar o histórico por Um cadeado verde (com ou sem um nome de organi-
padrão, mas você pode alterar essa configuração de pri- zação) indica que:
vacidade no Firefox Opções (clique no menu Firefox , Você está realmente conectado ao website cujjo en-
escolha Opções e selecione o painel Privacidade). Quando dereço é exibido na barra de endereço; a conexão não foi
alterar a configuração do histórico para nunca lembrar o interceptada.
histórico, isto equivale a estar sempre no modo de nave- A conexão entre o Firefox e o website é criptografada
gação privativa. para evitar espionagem.
Importante: Quando o firefox está definido para nunca
lembrar o histórico você não verá uma máscara roxa na
parte superior de cada janela, mesmo que esteja efetiva-
mente no modo de navegação privativa. Para restaurar a
navegação normal, vá para o painel privacidade Opções e
defina o Firefox para lembrar o histórico. Um cadeado verde mais o nome da empresa ou or-
Outras formas de controlar as informações que o Fire- ganização, também em verde, significa que o website está
fox salva usando um Certificado de Validação Avançada. Um certi-
Você sempre pode remover a navegação recente, as ficado de Validação Avançada é um tipo especial de cer-
pesquisas e histórico de download depois de visitar um tificado do site que requer um processo de verificação de
site. identidade significativamente mais rigoroso do que outros
tipos de certificados.

159
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Configurações de Segurança
Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a ins-
talação de complementos. Para evitar que tentativas de
Para sites usando certificados VE, o botão de identida- instalação não requisitadas resultem em instalações aci-
de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal dentais, o Firefox exibe um aviso quando um site tentar ins-
da companhia ou organização do website, então você sabe talar um complemento e bloqueia a tentativa de instalação.
quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o Para permitir que sites específicos instalem complementos,
mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla. você deve clicar em Exceções…, digitar o endereço do site
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta e clicar em Permitir. Desmarque essa opção para desativar
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta esse aviso para todos os sites.
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox bloqueou Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Mar-
o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não necessaria- que isso se você quer que o Firefox verifique se o site que
mente exibir ou funcionar inteiramente correto. você está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas
funções normais do computador ou mandar dados pes-
Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta soais sobre você sem autorização através da Internet.
Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta A ausência deste aviso não garante que o site seja con-
indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas fiável.
parcialmente criptografada e não impede espionagem. Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se
você quer que o Firefox verifique ativamente se o site que
você está visitando pode ser uma tentativa de enganar
você fazendo com que passe suas informações pessoais
(isto é frequentemente chamado de “phishing”).
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
(informação bancária, dados de cartão de crédito, Números Logins
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden- Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo. segurança senhas que você digita em formulários web para
Cadeado cinza com um traço vermelho facilitar seu acesso aos websites. Desmarque essa opção
Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que para impedir o Firefox de memorizar suas senhas. No en-
a conexão entre o Firefox e o website é apenas parcial- tanto, mesmo com isso marcado, você ainda será questio-
mente criptografada e não previne contra espionagem ou nado se deseja salvar ou não as senhas para um site quan-
ataque man-in-the-middle. do você visitá-lo pela primeira vez. Se você selecionar Nun-
ca para este site, aquele site será adicionado à uma lista de
exceções. Para acessar essa lista ou para remover sites dela,
clique no botão Exceções….
Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger infor-
Esse ícone não aparecerá a menos que você manual- mações sensíveis, como senhas salvas e certificados, crip-
mente desativou o bloqueio de conteúdo misto. tografando eles usando uma senha mestra. Se você criar
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível uma senha mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será
(informação bancária, dados de cartão de crédito, números solicitado que você digite a senha na primeira vez que for
de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden- necessário acessar um certificado ou uma senha salva. Você
tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma pode definir, alterar, ou remover a senha mestra marcando
listra vermelha. ou desmarcando essa opção ou clicando no botão Modifi-
car senha mestra…. Se uma senha mestra já estiver defini-
Configurações de segurança e senhas da, você precisará digitá-la para alterar ou remover a senha
Este artigo explica as configurações disponíveis no pai- mestra.
nel Segurança da janela Opções do Firefox. Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua dividuais clicando no botão Logins salvos….
segurança ao navegar na internet.
Encontrar e instalar complementos para adicionar
funcionalidades ao Firefox
Complementos são como os aplicativos que você ins-
tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.

160
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Existem três tipos de complementos:

- Extensões
Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
mesmo adicionar recursos de outros navegadores.

- Aparência
Existem dois tipos de complementos de aparência:
temas completos, que mudam a aparência de botões e
menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
faixa de abas com uma imagem de fundo O Firefox irá fazer o download do complemento e pode
pedir que você confirme a sua instalação.
- Plugins Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
Plugins permitem adicionar suporte para todos os tipos serão salvas e restauradas após a reinicialização.
de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem forma- Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
tos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight que ramentas após a instalação..
são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresentações
e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por outras Como desativar extensões e temas
empresas. Ao desativar um complemento ele deixará de funcio-
nar sem ser removido:
Para visualizar quais complementos estão instalados: Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
Clique no botão escolha complementos. A aba com- tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
plementos irá abrir. No gerenciador de complementos, selecione o pai-
Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins. nel Extensões ou Aparência.
Como faço para encontrar e instalar complementos? Selecione o complemento que deseja desativar.
Aqui está um resumo para você começar: Clique no botão Desativar.
Clique no botão de menu e selecione Complemen- Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em  Rei-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
No gerenciador de complementos, selecione o painel reiniciar.
Get Add-ons. Para reativar um complemento, encontre-o na lista de
complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar
Para ver mais informações sobre um complemento ou o Firefox.
tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão
verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo. Como desativar plugins
Você também pode pesquisar por complementos es- Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem
pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Po- ser removido:
dendo então instalar qualquer complemento que encon- Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
trar, com o botão Instalar. tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Plugins.
Selecione o plugin que deseja desativar.
Selecione Nunca Ativar no menu de seleção.
Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu-
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção.

Como remover extensões e temas


Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Extensões ou Aparência.
Selecione o complemento que você deseja remover.
Clique no botão Excluir.
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em  Rei-
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
reiniciar.
Como desinstalar plugins

161
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Geralmente os plugins vem com seus próprios desins- Diálogo de fontes


taladores. Se precisar de ajuda para desinstalar alguns dos Na lista  Fontes padrão para, escolha um grupo de
plugins mais populares, vá para lista de artigos de plugins e caracteres/idioma. Por exemplo, para configurar o grupo
selecione o artigo do respectivo plugin que você quer de- de fontes padrão dos idiomas ocidentais (latinos), clique
sinstalar. em Latin.. Para um grupo de caracteres/idioma que não es-
teja na lista, clique em Outros Sistemas de Escrita.
Configurações de Conteúdo Escolha se a fonte proporcional deverá ser com serifa
(como “Times New Roman”) ou sem serifa (como “Arial”),
e então especifique o tamanho padrão da fonte propor-
cional.
Especifique as fontes utilizadas para fontes com seri-
fa, sem serifa e monoespaçada (largura fixa). Você também
pode especificar o tamanho para as fontes monoespaça-
das.
Você também pode especificar o tamanho mínimo de
fonte que pode ser exibido na tela. Isso pode ser útil em
sites que utilizam tamanhos de fonte muito pequenos e
pouco legíveis.
Páginas podem usar outras fontes: Por padrão, o Fi-
refox exibe as fontes especificadas pelo autor da página.
Desative essa opção para forçar todos os sites a usar as
fontes padrão.
Codificação de texto para conteudo legado: A codifica-
ção de caracteres selecionada nessa caixa será a codifica-
ção padrão utilizada para exibir páginas que não especifi-
quem uma codificação.
Diálogo de cores
DRM Content Cores padrão: Aqui você pode modificar as cores pa-
Reproduzir conteúdo DRM: Por padrão, o Firefox per- drão de texto e fundo que serão utilizadas nas páginas em
mite a reprodução de conteúdo de áudio e vídeo protegi- que essas cores não foram especificadas por seu autor. Cli-
do por Gerencimento de Direitos Digitais (DRM). Ao des- que nas amostras de cores para modificá-las.
marcar esta opção essa funcionalidade será desligada. Usar cores do sistema: Marque essa opção para usar as
cores de fonte e fundo definidas pelo seu Sistema Opera-
Notificações cional em vez das cores definidas acima.
O Firefox lhe permite escolher quais websites tem Aparência padrão dos links: Aqui você pode modificar
permissão para lhe enviar notificações. Clique em  Esco- as cores padrão dos links das páginas. Clique nas amostras
lher para fazer alterações na lista de sites permitidos. de cores para modificá-las.
Não me perturbe: Selecione esta opção para suspen- Sublinhar: Por padrão, o Firefox sublinha os links das
der temporariamente todas as notificações até você fechar páginas. Desmarque essa opção para modificar esse com-
e reiniciar o Firefox. portamento. Note que vários sites especificam seus pró-
prios estilos de links e nesses sites essa opção não tem
Pop-ups efeito.
Bloquear janelas popup: Por padrão, o Firefox bloqueia Páginas podem usar outras cores: Por padrão, o Firefox
janelas popup inconvenientes em sites da web. Desmarque exibe as cores especificadas pelo autor da página. Desa-
essa opção para desativar o Bloqueador de Popups. Alguns tive essa opção para forçar todos os sites a usar as cores
sites utilizam popups com funções importantes. Para per- padrão.
mitir que sites específicos utilizem popups, clique em Exce- Idiomas
ções…, digite o domínio do site e clique em Permitir. Para Algumas páginas oferecem mais de um idioma para
excluir um site da lista de sites permitidos, selecione-o e exibição. Clique no botão  Selecionar…para especificar o
clique em Excluir o site. Para limpar a lista completamente, idioma ou idiomas de sua preferência.
clique em Excluir tudo. Idiomas: Para adicionar um idioma à lista de idiomas
clique emSelecione um idioma para adicionar…, clique so-
Fontes e cores bre o idioma escolhido e clique no botãoAdicionar. Exclua
Fonte padrão e Tamanho: Normalmente as páginas da um idioma da lista selecionando-o e clicando no botão Ex-
web são exibidas na fonte e tamanho especificados aqui. cluir. Você também pode reordenar os idiomas usando os
Entretanto, páginas da web podem definir fontes diferen- botões Para cima e Para baixo para determinar a ordem de
tes, que serão exibidos a não ser que você especifique o preferência no caso de haver mais de um idioma disponí-
contrário na janela Fontes. Clique no botãoAvançado… para vel.
acessar mais opções de fontes.

162
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Use atalhos do mouse para executar tarefas comuns Página atual


no Firefox
Esta é uma lista dos atalhos do mouse mais comuns no Comando Atalho
Mozilla Firefox.
Ir uma tela para baixo Page Down
Comando Atalho Ir uma tela para cima Page Up
Voltar Shift + Rolar para baixo Ir para o final da página End
Avançar Shift + Rolar para cima Ir para o início da página Home
Aumentar Zoom Ctrl + Rolar para cima Ir para o próximo frame F6
Diminuir Zoom Ctrl + Rolar para baixo Ir para o frame anterior Shift + F6
Clicar com botão do Imprimir Ctrl + P
Fechar Aba
meio na Aba Salvar página como Ctrl + S
Clicar com botão do Mais zoom Ctrl + +
Abrir link em uma nova Aba
meio no link
Menos zoom Ctrl + -
clicar com o botão do
Nova aba tamanho normal Ctrl + 0
meio na barra de abas
Ctrl + Clicar com botão Editando
Abrir em nova Aba em segun- esquerdo no link
do plano* Clicar com botão do
meio no link Comando Atalho
Ctrl + Shift + Botão es- Copiar Ctrl + C
Abrir em nova Aba em pri-
querdo Recortar Ctrl + X
meiro plano*
Shift + Botão do meio
Apagar Del
Shift  + Clicar com bo-
Abrir em uma Nova Janela Colar Ctrl + V
tão esquerdo no link
Colar (como texto simples) Ctrl + Shift + V
Duplicar Aba ou Favoritos Ctrl + Arrastar Aba
Recarregar (ignorar cache) Shift + Botão recarregar Refazer Ctrl + Y
Salvar como... Alt + Botão esquerdo Selecionar tudo Ctrl + A
Desfazer Ctrl + Z
* Os atalhos para abrir Abas em primeiro e segun-
do plano serão trocadas se a opção  Ao abrir um link em GOOGLE CHROME
uma nova Aba, carregá-la em primeiro plano estiver ativa O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e
no Painel de configurações geral.. já conquistou legiões de adeptos no mundo todo. O pro-
grama apresenta excelente qualidade em seu desenvolvi-
Atalhos de teclado mento, como quase tudo o que leva a marca Google. O
Navegação browser não deve nada para os gigantes Firefox e Internet
Explorer e mostra que não está de brincadeira no mundo
dos softwares.
Comando Atalho Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo
Alt + ← Google Chrome.
Voltar
Backspace
Funções visíveis
Alt + → Antes de detalhar melhor os aspectos mais complica-
Avançar
Shift + Backspace dos do navegador, vamos conferir todas as funções dis-
Página inicial Alt + Home poníveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração
na imagem abaixo e acompanhe sua explicação logo em
Abrir arquivo Ctrl + O seguida:
F5
Atualizar a página
Ctrl + R
Ctrl + F5
Atualizar a página (ignorar o cache)
Ctrl + Shift + R
Parar o carregamento Esc

163
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

1.    As setas são ferramentas bem conhecidas por to- Abas


dos que já utilizaram um navegador. Elas permitem avançar
ou voltar nas páginas em exibição, sem maiores detalhes. A segunda tarefa importante para quem quer usar o
Ao manter o botão pressionado sobre elas, você fará com Chrome é lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito
que o histórico inteiro apareça na janela. úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente,
2.    Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página. basta clicar no botão com um “+” para abrir uma nova guia.
Todos são sinônimos desta função, ideal para conferir no- Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao
vamente o link em que você se encontra, o que serve para pressionar a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda
situações bem específicas – links de download perdidos, mais rápido. Também é possível utilizar o botão direito so-
imagens que não abriram, erros na diagramação da página. bre o novo endereço e escolher a opção “Abrir link em uma
3.   O ícone remete à palavra home (casa) e leva o na- nova guia”.
vegador à página inicial do programa. Mais tarde ensinare-
mos você a modificar esta página para qualquer endereço Liberdade
de sua preferência.
4.   A estrela adiciona a página em exibição aos favo- É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É
ritos, que nada mais são do que sites que você quer ter a possível arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar
disposição de um modo mais rápido e fácil de encontrar. a aba da janela e desta forma abrir outra independente.
5.   Abre uma nova aba de navegação, o que permite Basta segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para
visitar outros sites sem precisar de duas janelas diferentes. testar suas funções. Clicar nelas com a rodinha do mouse
6.   A barra de endereços é o local em que se encontra faz com que fechem automaticamente.
o link da página visitada. A função adicional dessa parte no
Chrome é que ao digitar palavras-chave na lacuna, o me-
canismo de busca do Google é automaticamente ativado e
exibe os resultados em questão de poucos segundos.
7. Simplesmente ativa o link que você digitar na la-
cuna à esquerda.
8. Abre as opções especiais para a página aberta no
navegador. Falaremos um pouco mais sobre elas em se-
guida.
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão me-
lhor detalhadas nos próximos parágrafos.

Para Iniciantes
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dú- O botão direito abre o menu de contexto da aba, em
vidas básicas sobre essa categoria de programas, continue que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar
lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode
poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simples-
conceitos e ações mais básicas do programa. mente apertando o F1.
Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma
forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao exe- Fechei sem querer!
cutar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar
o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal Quem nunca fechou uma aba importante acidental-
Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é mente em um momento de distração? Pensando nisso,
possível dispensar o famoso “www”, inserido automatica- o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no
mente pelo programa.) menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecio-
No entanto nem sempre sabemos exatamente o link ná-la para que a última página retorne ao navegador.
que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as pa-
lavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta
forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe
os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas
a palavra “Baixaki”.

164
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Configuração Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do


Antes de continuar com as outras funções do Google navegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique
Chrome é legal deixar o programa com a sua cara. Para um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione
isso, vamos às configurações. Vá até o canto direito da tela “Redefinir para o tema padrão”.
e procure o ícone com uma chave de boca. Clique nele e
selecione “Opções”.

Configurações avançadas

Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado


para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade,
que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com
suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em
“Local de download” é possível escolher a pasta em que os
arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir
que o navegador pergunte o local para cada novo down-
load.

Básicas Downloads
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do
navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e Todos os navegadores mais famosos da atualidade
configurar as páginas que deseja abrir. contam com pequenos gerenciadores de download, o que
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tem-
anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Tam- po. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em
bém é possível escolher se o atalho para a home (aquele um link de download, muitas vezes o programa pergunta-
em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador. rá se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, abaixo:
aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar
na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista
de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sem-
pre que algum software ou link for executado, o Chrome
será automaticamente utilizado pelo sistema.

Coisas pessoais
Senhas: define basicamente se o programa salvará ou
não as senhas que você digitar durante a navegação. A op-
ção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o
que já foi inserido por você.
Preenchimento automático de formulário: define se os
formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) se- Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embai-
rão sugeridos automaticamente após a primeira digitação. xo da janela, mostrando o progresso do download. Você
Dados de navegação: durante o uso do computador, o pode clicar no canto dela e conferir algumas funções es-
Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar peciais para a situação. Além disso, ao selecionar a função
sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Lim- “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é
par dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que
a função “Importar dados” coleta informações de outros você está baixando
navegadores.

165
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela.


Ela controla todas as abas e funções executadas pelo nave-
gador. Caso uma das guias apresente problemas você pode
fechá-la individualmente, sem comprometer todo o progra-
ma. A função é muito útil e evita diversas dores de cabeça.

Pesquise dentro dos sites

Outra ferramenta muito prática do navegador é a pos-


sibilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de al-
guns sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a CONCEITOS BÁSICOS DE TECNOLOGIAS E
busca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o FERRAMENTAS DE COLABORAÇÃO, CORREIO
que você precisa fazer é digitar baixaki e teclar o TAB para ELETRÔNICO, GRUPOS DE DISCUSSÃO,
que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do FÓRUNS E WIKIS.
Chrome.

CORREIO ELETRÔNICO
O correio eletrônico3 se parece muito com o correio
tradicional. Todo usuário tem um endereço próprio e uma
caixa postal, o carteiro é a Internet. Você escreve sua men-
Navegação anônima
sagem, diz pra quem quer mandar e a Internet cuida do
resto. Mas por que o e-mail se popularizou tão depressa?
Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros
A primeira coisa é pelo custo. Você não paga nada por uma
ou históricos de navegação no computador, utilize a nave-
comunicação via e-mail, apenas os custos de conexão com
gação anônima. Basta clicar no menu com o desenho da
a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o correio tra-
chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”,
dicional levaria dias para entregar uma mensagem, o ele-
que também pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift
trônico faz isso quase que instantaneamente e não utiliza
+ N. papel. Por último, a mensagem vai direto ao destinatário,
não precisa passa de mão-em-mão (funcionário do correio,
carteiro, etc.), fica na sua caixa postal onde somente o dono
tem acesso e, apesar de cada pessoa ter seu endereço pró-
prio, você pode acessar seu e-mail de qualquer computa-
dor conectado à Internet. Bem, o e-mail mesclou a faci-
lidade de uso do correio convencional com a velocidade
do telefone, se tornando um dos melhores e mais utilizado
meio de comunicação.
Gerenciador de tarefas Estrutura e Funcionalidade do e-mail

Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos
gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão,
botão direito no topo da página (como indicado na figura) nome do usuário + @ + host, onde:
e selecione a função “Gerenciador de tarefas”. » Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo
usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecas-
tro.
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa
o nome do usuário do seu provedor.
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o ende-
reço eletrônico. Exemplo: click21.com.br .
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao
serviço 24 horas por dia.
3 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronico-
ewebmail001.asp

166
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21. quase que uma guerra por usuários. Os provedores, tam-
com.br bém, disputam quem oferece maior espaço em suas caixas
postais. Há pouco tempo encontrar um e-mail com mais
A caixa postal é composta pelos seguintes itens: de 10 Mb, grátis, não era fácil. Lembro que, quando a Em-
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as men- bratel ofereceu o Click21 com 30 Mb, achei que era muito
sagens recebidas. espaço, mas logo o iBest ofereceu 120 Mb e não parou por
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não ai, a “guerra” continuo culminando com o anúncio de que
enviadas. o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A última campanha
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails do GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal
que foram enviados. constantemente, a última vez que acessei estava em 2663
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda Mb.
não terminou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas. WebMail

Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão pre- O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação
sentes: acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos
destinatário. os e-mails possuem aplicações para acesso direto na In-
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da ternet. É grande o número de provedores que oferecem
mesma mensagem, ao usar este campo os endereços apa- correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo segue uma
recerão para todos os destinatários. lista dos mais populares.
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, » Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com
no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos » GMail – http://www.gmail.com
donos. » Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensa- » iG Mail – http://www.ig.com.br
gem. » Yahoo – http://www.yahoo.com.br
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem
Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e
(imagens, programas, música, arquivos de texto, etc.).
seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a
observado é o tamanho máximo permitido por anexo, este
mensagem.
foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há pouco
tempo a maioria dos provedores permitiam em torno de 2
Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor,
Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em média 25
porém representando as mesmas funções. Além dos destes
Mb. Além de caixa postal os provedores costumam ofere-
campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e cer serviços de agenda e contatos.
EXCLUIR as mensagens, este botões bem como suas fun- Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a crité-
cionalidades veremos em detalhes, mais à frente. rio de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu,
Para receber seus e-mails você não precisa estar co- por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma interface
nectado à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. com o menor propaganda possível.
Mesmo você não estado com seu computador ligado, seus » Criando seu e-mail
e-mail são recebidos e armazenados na sua caixa postal, Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente
localizada no seu provedor. Quando você acessa sua caixa simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste
postal, pode ler seus e-mail on-line (diretamente na Inter- WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os en-
net, pelo WebMail) ou baixar todos para seu computador tendimentos, no entanto você pode acessar qualquer dos
através de programas de correio eletrônico. Um programa endereços informados acima ou ainda qualquer outro que
muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais você conheça. O processo de cadastro é muito simples,
à frente. basta preencher um formulário e depois você terá sua con-
A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de ta de e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos:
e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode 1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com.
enviar mensagens para você. Também é possível enviar br) ou qualquer outro de sua preferência.
mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para isto 2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será
basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima. aberto um formulário, preencha-o observando todos os
Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maio- campos. Os campos do formulário têm suas particularida-
ria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet des de provedor para provedor, no entanto todos trazem
através do navegador. Este tipo de correio é chamado de a mesma ideia, colher informações do usuário. Este será a
WebMail. O WebMail é responsável pela grande populari- primeira parte do seu e-mail e é igual a este em qualquer
zação do e-mail, pois mesmo as pessoas que não tem com- cadastro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção do
putador, podem acessar sua caixa postal de qualquer lugar nome de usuário com o nome do provedor é que será seu
(um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um endereço endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte: seuno-
eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe me@outlook.com.

167
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

3. Após preencher todo o formulário clique no botão sagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão
“Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado. “Contas externas” abre uma seção para configurar outras
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é co- contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa
mum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por postal. Para o correto funcionamento desta opção é preci-
outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem so que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.
lhe informando do problema. Isso acontece porque den- 11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista
tro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes de de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails
usuários iguais. A solução é procurar outro nome que ainda na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique
esteja livre, alguns provedores mostram sugestões como: no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão dispo-
seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você níveis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de
(o que é bem provável que acontecerá) escolha uma das sua caixa postal.
sugestões ou informe outro nome (não desista, você vai 12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um
conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail vai está correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas;
pronto para ser usado. Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do
nome, quando está normal significa que todas as mensa-
gens foram abertas, porém quando estão em negrito, acu-
» Entendendo a Interface do WebMail
sam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas,
A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que
o número entre parêntese indica a quantidade. Este deta-
nos liga do mundo externo aos comandos do programa.
lhe funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail 13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir
que você tiver e também para o Outlook, que é um progra- as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exi-
ma de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa bido o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe
mais adiante. também as mensagens das diversas pastas existentes na
1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua sua caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre
caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no ser- negrito, também é válida para esta seção. Observe as caixas
vidor. de seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensa-
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição gem, é através delas que as mensagens são selecionadas. A
de e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no seleção de todos os itens ao mesmo tempo, também pode
qual você vai redigir, responder e encaminhar mensagens. ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título
Semelhante à função novo e-mail do Outlook. da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de no-
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus meá-las, também serve para classificar as mensagens que
endereços de e-mail são previamente guardados para uti- por padrão estão classificadas através da coluna “Data”,
lização futura, nesta seção também é possível criar grupos para usar outra coluna na classificação basta clicar sobre
para facilitar o gerenciamento dos seus contatos. nome dela.
4. Configurações – Este botão abre (como o próprio 14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adi-
nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem cionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são
ser feitas diversas configurações, tais como: mudar senha, um modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas
definir número de e-mail por página, assinatura, resposta mensagens por temas. Quando seu e-mail é criado não
automática, etc. existem pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário
5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma de acordo com suas necessidades.
seção com vários tópicos de ajuda. 15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a
6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através seção onde pode ser feita uma configuração que permitirá
dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomen- você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O
próximo link, como o nome já diz, abre a janela de confi-
dado quando o uso de seu e-mail ocorrer em computado-
guração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para
res de terceiros.
baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração
7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu
automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links
endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta;
são os mesmos apresentados no item 10.
parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico.
8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
está, no exemplo a Caixa de Entrada.
9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men-
sagens que estão na tela e também o total da seção sele-
cionada.
10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão
todos os comandos relacionados com as mensagens exi-
bidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais
mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O
botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da men-

168
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Instalação e Atualização
CONCEITOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO E
A maioria dos sistemas operacionais, principalmente
SEGURANÇA, REALIZAÇÃO DE CÓPIAS DE
as distribuições Linux, vem acompanhada de muitos apli-
SEGURANÇA (BACKUP), VÍRUS E ATAQUES A
cativos que são instalados opcionalmente no processo de
COMPUTADORES. instalação do sistema.
Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos
sejam observados para garantir a segurança desde a insta-
CONCEITOS DE SEGURANÇA lação do sistema, dos quais podemos destacar:
• Seja minimalista: Instale somente os aplicativos ne-
A Segurança da Informação refere-se à proteção exis- cessários, aplicativos com problemas podem facilitar o
tente sobre as informações de uma determinada empresa, acesso de um atacante;
instituição governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto • Devem ser desativados todos os serviços de sistema
as informações corporativas quanto as pessoais. que não serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia au-
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo tomaticamente diversos aplicativos que não são necessá-
ou dado que tenha valor para alguma organização ou pes- rios, esses aplicativos também podem facilitar a vida de um
soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta atacante;
ao público para consulta ou aquisição. • Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o
de ferramentas) para a definição do nível de segurança sistema vulnerável a ataques remotos que podem ser reali-
existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para zados através da rede ou Internet;
análise da melhoria ou piora da situação de segurança exis- • Use partições diferentes para os diferentes tipos de
tente. dados: a divisão física dos dados facilita a manutenção da
A segurança de uma determinada informação pode ser segurança;
afetada por fatores comportamentais e de uso de quem • Remova todas as contas de usuários não utilizadas:
se utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca Contas de usuários sem senha, ou com a senha original de
ou por pessoas mal intencionadas que tem o objetivo de instalação, podem ser facilmente exploradas para obter-se
furtar, destruir ou modificar a informação. acesso ao sistema.
Antes de proteger, devemos saber: Grande parte das invasões na Internet acontece devi-
• O que proteger. do a falhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os
• De quem proteger. administradores de sistemas não foram capazes de corrigir
• Pontos vulneráveis. a tempo. Essa afirmação pode ser confirmada facilmente
• Processos a serem seguidos. pelo simples fato de que quando uma nova vulnerabilidade
é descoberta, um grande número de ataques é realizado
MECANISMOS DE SEGURANÇA com sucesso. Por isso é extremamente importante que os
administradores de sistemas se mantenham atualizados
O suporte para as recomendações de segurança pode sobre os principais problemas encontrados nos aplicati-
ser encontrado em: vos utilizados, através dos sites dos desenvolvedores ou
específicos sobre segurança da Informação. As principais
• CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o empresas comerciais desenvolvedoras de software e as
contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura principais distribuições Linux possuem boletins periódicos
(que garante a existência da informação) que a suporta. informando sobre as últimas vulnerabilidades encontradas
Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até a
nem sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâm- possuir o recurso de atualização automática, facilitando
pagos, alagamentos, problemas na rede elétrica, acesso ainda mais o processo.
indevido de pessoas aos servidores ou equipamentos de
rede, treinamento inadequado de funcionários, etc. Firewalls
Medidas de proteção física, tais como serviços de guar-
da, uso de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno
Definimos o firewall como sendo uma barreira inteli-
de televisão e sistemas de escuta são realmente uma parte
gente entre duas redes, geralmente a rede local e a Inter-
da segurança da informação. As medidas de proteção física
net, através da qual só passa tráfego autorizado. Este trá-
são frequentemente citadas como “segurança computacio-
fego é examinado pelo firewall em tempo real e a seleção
nal”, visto que têm um importante papel também na pre-
é feita de acordo com um conjunto de regras de acesso
venção dos itens citados no parágrafo acima.
Ele é tipicamente um roteador (equipamento que liga as
O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados
redes com a Internet), um computador rodando filtragens
por mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhu-
de pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um
ma se a segurança física não for garantida.
hardware proprietário específico para função de firewall),
ou um conjunto desses sistemas.

169
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de
um produto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a performance, já que ele analisa toda a comunicação uti-
rede. Geralmente, essas regras são elaboradas consideran- lizando proxies, ele permite uma maior auditoria sobre o
do as políticas de acesso da organização. controle no tráfego, já que as aplicações específicas podem
Podemos observar que o firewall é único ponto de detalhar melhor os eventos associados a um dado serviço.
entrada da rede, quando isso acontece o firewall também A maior dificuldade na sua implementação é a necessi-
pode ser designado como check point. dade de instalação e configuração de um proxy para cada
De acordo com os mecanismos de funcionamentos aplicação, sendo que algumas aplicações não trabalham
dos firewalls podemos destacar três tipos principais: corretamente com esses mecanismos.
• Filtros de pacotes
• Stateful Firewalls Considerações sobre o uso de Firewalls
• Firewalls em Nível de Aplicação Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e
são inestimáveis para segurança da informação, existem al-
- Filtros de Pacotes guns ataques que os firewalls não podem proteger, como a
Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele interceptação de tráfego não criptografado, ex: Intercepta-
controla a origem e o destino dos pacotes de mensagens ção de e-mail. Além disso, embora os firewalls possam pro-
da Internet. Quando uma informação é recebida, o firewall ver um único ponto de segurança e auditoria, eles também
verifica as informações sobre o endereço IP de origem e podem se tornar um único ponto de falha – o que quer
destino do pacote e compara com uma lista de regras de dizer que os firewalls são a última linha de defesa. Significa
acesso para determinar se pacote está autorizado ou não a que se um atacante conseguir quebrar a segurança de um
ser repassado através dele. firewall, ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportu-
Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na nidade de roubar ou destruir informações. Além disso, os
maioria dos roteadores e é transparente aos usuários, po- firewalls protegem a rede contra os ataques externos, mas
rém pode ser facilmente contornada com IP Spoofers. Por não contra os ataques internos. No caso de funcionários
isto, o uso de roteadores como única defesa para uma rede mal intencionados, os firewalls não garantem muita pro-
corporativa não é aconselhável. teção. Finalmente, como mencionado os firewalls de filtros
de pacotes são falhos em alguns pontos. - As técnicas de
Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita dire-
Spoofing podem ser um meio efetivo de anular a sua pro-
tamente no roteador, para uma maior performance e con-
teção.
trole, é necessária a utilização de um sistema específico de
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de se-
firewall. Quando um grande número de regras é aplicado
gurança existentes, os firewalls devem ser usados em con-
diretamente no roteador, ele acaba perdendo performan-
junto com diversas outras medidas de segurança.
ce. Além disso, Firewall mais avançados podem defender a Existem, claro, outros mecanismos de segurança que
rede contra spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS. apoiam os controles físicos: Portas / trancas / paredes /
blindagem / guardas / etc.
- Stateful Firewalls
• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem
Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Fire- ou limitam o acesso à informação, que está em ambiente
wall. Ele utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Ins- controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo,
pection, que é um tipo avançado de filtragem de pacotes. ficaria exposta a alteração não autorizada por elemento
Esse tipo de firewall examina todo o conteúdo de um pa- mal intencionado.
cote, não apenas seu cabeçalho, que contém apenas os en- Existem mecanismos de segurança que apoiam os con-
dereços de origem e destino da informação. Ele é chamado troles lógicos:
de ‘stateful’ porque examina os conteúdos dos pacotes
para determinar qual é o estado da conexão, Ex: Ele ga- Mecanismos de encriptação
rante que o computador destino de uma informação tenha
realmente solicitado anteriormente a informação através A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas
da conexão atual. palavras gregas:
Além de serem mais rigorosos na inspeção dos paco- • CRIPTO = ocultar, esconder.
tes, os stateful firewalls podem ainda manter as portas fe- • GRAFIA = escrever
chadas até que uma conexão para a porta específica seja Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou
requisitada. Isso permite uma maior proteção contra a em códigos. É então um conjunto de técnicas que tornam
ameaça de port scanning. uma mensagem incompreensível permitindo apenas que
o destinatário que conheça a chave de encriptação possa
- Firewalls em Nível de Aplicação decriptar e ler a mensagem com clareza.
Nesse tipo de firewall o controle é executado por apli- Permitem a transformação reversível da informação de
cações específicas, denominadas proxies, para cada tipo de forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal,
serviço a ser controlado. Essas aplicações interceptam todo algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir
o tráfego de um conjunto de dados não encriptados, produzir uma
recebido e o envia para as aplicações correspondentes; sequência de dados encriptados. A operação inversa é a
assim, cada aplicação pode controlar o uso de um serviço. desencriptação.

170
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Assinatura digital Caso qualquer um dos dois apresente um Certificado


de Identidade Digital adulterado, ele será avisado do fato, e
Um conjunto de dados encriptados, associados a um a comunicação com segurança não será estabelecida.
documento do qual são função, garantindo a integridade O Certificado de Identidade Digital é emitido e assi-
do documento associado, mas não a sua confidencialidade. nado por uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate
A assinatura digital, portanto, busca resolver dois pro- Authority). Para tanto, esta autoridade usa as mais avança-
blemas não garantidos apenas com uso da criptografia das técnicas de criptografia disponíveis e de padrões inter-
para codificar as informações: a Integridade e a Procedên- nacionais (norma ISO X.509 para Certificados Digitais), para
cia. a emissão e chancela digital dos Certificados de Identidade
Ela utiliza uma função chamada one-way hash function, Digital.
também conhecida como: compression function, crypto- Podemos destacar três elementos principais:
graphic checksum, message digest ou fingerprint. Essa fun- - Informação de atributo: É a informação sobre o obje-
ção gera uma string única sobre uma informação, se esse
to que é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode in-
valor for o mesmo tanto no remetente quanto destinatário,
cluir seu nome, nacionalidade e endereço e-mail, sua orga-
significa que essa informação não foi alterada.
nização e o departamento da organização onde trabalha.
Mesmo assim isso ainda não garante total integridade,
pois a informação pode ter sido alterada no seu envio e um - Chave de informação pública: É a chave pública da
novo hash pode ter sido calculado. entidade certificada. O certificado atua para associar a cha-
Para solucionar esse problema, é utilizada a criptogra- ve pública à informação de atributo, descrita acima. A cha-
fia assimétrica com a função das chaves num sentido inver- ve pública pode ser qualquer chave assimétrica, mas usual-
so, onde o hash é criptografado usando a chave privada do mente é uma chave RSA.
remetente, sendo assim o destinatário de posse da chave - Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA
pública do remetente poderá decriptar o hash. Dessa ma- assina os dois primeiros elementos e, então, adiciona cre-
neira garantimos a procedência, pois somente o remeten- dibilidade ao certificado. Quem recebe o certificado verifica
te possui a chave privada para codificar o hash que será a assinatura e acreditará na informação de atributo e chave
aberto pela sua chave pública. Já o hash, gerado a partir da pública associadas se acreditar na Autoridade em Certifi-
informação original, protegido pela criptografia, garantirá cação.
a integridade da informação. Existem diversos protocolos que usam os certificados
digitais para comunicações seguras na Internet:
Mecanismos de garantia da integridade da informação • Secure Socket Layer ou SSL;
• Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME;
Usando funções de “Hashing” ou de checagem, con- • Form Signing;
sistindo na adição. • Authenticode / Objectsigning.
O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os cer-
Mecanismos de controle de acesso tificados digitais e é usado em praticamente todos os sites
que fazem comércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de
Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões CD, bancos etc.). O SSL teve uma primeira fase de ado-
inteligentes. ção onde apenas os servidores estavam identificados com
certificados digitais, e assim tínhamos garantido, além da
Mecanismos de certificação identidade do servidor, o sigilo na sessão. Entretanto, ape-
nas com a chegada dos certificados para os browsers é que
Atesta a validade de um documento. O Certificado Di-
pudemos contar também com a identificação na ponta
gital, também conhecido como Certificado de Identidade
Digital associa a identidade de um titular a um par de cha- cliente, eliminando assim a necessidade do uso de senhas
ves eletrônicas (uma pública e outra privada) que, usadas e logins.
em conjunto, fornecem a comprovação da identidade. É O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois
uma versão eletrônica (digital) de algo parecido a uma Cé- permite que as mensagens de correio eletrônico trafeguem
dula de Identidade - serve como prova de identidade, reco- encriptadas e/ou assinadas digitalmente. Desta forma os
nhecida diante de qualquer situação onde seja necessária a e-mails não podem ser lidos ou adulterados por terceiros
comprovação de identidade. durante o seu trânsito entre a máquina do remetente e a
O Certificado Digital pode ser usado em uma grande do destinatário. Além disso, o destinatário tem a garantia
variedade de aplicações, como comércio eletrônico, grou- da identidade de quem enviou o e-mail.
pware (Intranets e Internet) e transferência eletrônica de O Form Signing é uma tecnologia que permite que os
fundos. usuários emitam recibos online com seus certificados di-
Dessa forma, um cliente que compre em um shopping gitais. Por exemplo: o usuário acessa o seu Internet Ban-
virtual, utilizando um Servidor Seguro, solicitará o Certifi- king e solicita uma transferência de fundos. O sistema do
cado de Identidade Digital deste Servidor para verificar: a banco, antes de fazer a operação, pede que o usuário as-
identidade do vendedor e o conteúdo do Certificado por sine com seu certificado digital um recibo confirmando a
ele apresentado. Da mesma forma, o servidor poderá so- operação. Esse recibo pode ser guardado pelo banco para
licitar ao comprador seu Certificado de Identidade Digital, servir como prova, caso o cliente posteriormente negue ter
para identificá-lo com segurança e precisão. efetuado a transação.

171
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que Divulgação


permitem que um desenvolvedor de programas de com-
putador assine digitalmente seu software. Assim, ao baixar A Divulgação das Informações pode ser tão grave e/
um software pela Internet, o usuário tem certeza da identi- ou custar tão caro quanto um ataque de “Negação de Ser-
dade do fabricante do programa e que o software se man- viço”, pois informações que não podiam ser acessadas por
teve íntegro durante o processo de download. Os certifica- terceiros, agora estão sendo divulgadas ou usadas para
dos digitais se dividem em basicamente dois formatos: os obter vantagem em negócios.
certificados de uso geral (que seriam equivalentes a uma Dependendo da informação ela pode ser usada como
carteira de identidade) e os de uso restrito (equivalentes objeto de chantagem. Abaixo exemplos de Divulgação:
a cartões de banco, carteiras de clube etc.). Os certificados • Expor informações em mensagens de erro;
de uso geral são emitidos diretamente para o usuário final,
• Expor código em sites.
enquanto que os de uso restrito são voltados basicamente
para empresas ou governo.
Negação de Serviço (DoS) (Denial of Service, DoS)
Integridade: Medida em que um serviço/informação é
genuino, isto é, esta protegido contra a personificação por A forma mais conhecida de ataque que consiste na
intrusos. perturbação de um serviço, devido a danos físicos ou ló-
gicos causados no sistema que o suportam. Para provocar
Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é um DoS, os atacantes disseminam vírus, geram grandes
detectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spam- volumes de tráfego de forma artificial, ou muitos pedidos
mer, ou de qualquer agente externo estranho ao sistema, aos servidores que causam subcarga e estes últimos ficam
enganando-o, fazendo-o pensar que esteja de fato explo- impedidos de processar os pedidos normais.
rando uma vulnerabilidade daquele sistema. O objetivo deste ataque é parar algum serviço. Exem-
plo:
AMEAÇAS À SEGURANÇA • “Inundar” uma rede com pacotes SYN (Syn-Flood);
• “Inundar” uma rede com pacotes ICPM forçados.
Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco O alvo deste tipo de ataque pode ser um Web Ser-
algum ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de ver contendo o site da empresa, ou até mesmo “inundar”
alguma vulnerabilidade do ambiente. o DHCP Server Local com solicitações de IP, fazendo com
Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos
que nenhuma estação com IP dinâmico obtenha endereço
de Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que
existem as prioridades; essas prioridades são os pontos que IP.
podem comprometer o “Negócio da Empresa”, ou seja, o
que é crucial para a sobrevivência da Empresa é crucial no Elevação de Privilégios
seu projeto de Segurança.
Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de Acontece quando o usuário mal-intencionado quer
FVRDNE: executar uma ação da qual não possui privilégios adminis-
Falsificação trativos suficientes:
• Explorar saturações do buffer para obter privilégios
Falsificação de Identidade é quando se usa nome de do sistema;
usuário e senha de outra pessoa para acessar recursos ou • Obter privilégios de administrador de forma ilegítima.
executar tarefas. Seguem dois exemplos: Este usuário pode aproveitar-se que o Administrador
• Falsificar mensagem de e-mail; da Rede efetuou logon numa máquina e a deixou desblo-
• Executar pacotes de autenticação. queada, e com isso adicionar a sua própria conta aos gru-
Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt pos Domain Admins, e Remote Desktop Users. Com isso
com sua senha, grudado no seu monitor. ele faz o que quiser com a rede da empresa, mesmo que
esteja em casa.
Violação
Quem pode ser uma ameaça?
A Violação ocorre quando os dados são alterados:
• Alterar dados durante a transmissão;
• Alterar dados em arquivos. Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos,
muitas vezes conhecidos como crackers, (hackers não são
Repudiação agentes maliciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis
A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de falhas). Estas pessoas são motivadas para fazer esta ilega-
um ataque bem sucedido, pois é o ato de negar algo que lidade por vários motivos. Os principais motivos são: noto-
foi feito. Isso pode ser feito apagando as entradas do Log riedade, autoestima, vingança e o dinheiro. É sabido que
após um acesso indevido. Exemplos: mais de 70% dos ataques partem de usuários legítimos de
• Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu; sistemas de informação (Insiders) -- o que motiva corpora-
• Comprar um produto e mais tarde negar que com- ções a investir largamente em controles de segurança para
prou. seus ambientes corporativos (intranet).

172
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

É necessário identificar quem pode atacar a minha POLÍTICAS DE SEGURANÇA


rede, e qual a capacidade e/ou objetivo desta pessoa.
• Principiante – não tem nenhuma experiência em pro- De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Han-
gramação e usa ferramentas de terceiros. Geralmente não dbook), uma política de segurança consiste num conjunto
tem noção do que está fazendo ou das consequências da- formal de regras que devem ser seguidas pelos usuários
quele ato. dos recursos de uma organização.
• Intermediário – tem algum conhecimento de pro- As políticas de segurança devem ter implementação
gramação e utiliza ferramentas usadas por terceiros. Esta realista, e definir claramente as áreas de responsabilidade
pessoa pode querer algo além de testar um “Programinha dos usuários, do pessoal de gestão de sistemas e redes e
Hacker”. da direção. Deve também adaptar-se a alterações na orga-
• Avançado – Programadores experientes, possuem co- nização. As políticas de segurança fornecem um enquadra-
nhecimento de Infraestrutura e Protocolos. Podem realizar mento para a implementação de mecanismos de seguran-
ataques estruturados. Certamente não estão só testando ça, definem procedimentos de segurança adequados, pro-
os seus programas. cessos de auditoria à segurança e estabelecem uma base
Estas duas primeiras pessoas podem ser funcionários para procedimentos legais na sequência de ataques.
da empresa, e provavelmente estão se aproveitando de al- O documento que define a política de segurança deve
guma vulnerabilidade do seu ambiente. deixar de fora todos os aspetos técnicos de implementação
dos mecanismos de segurança, pois essa implementação
VULNERABILIDADES pode variar ao longo do tempo. Deve ser também um do-
Os ataques com mais chances de dar certo são aqueles cumento de fácil leitura e compreensão, além de resumido.
que exploram vulnerabilidades, seja ela uma vulnerabilida- Algumas normas definem aspectos que devem ser le-
de do sistema operacional, aplicativos ou políticas internas. vados em consideração ao elaborar políticas de segurança.
Veja algumas vulnerabilidades: Entre essas normas estão a BS 7799 (elaborada pela British
• Roubo de senhas – Uso de senhas em branco, senhas Standards Institution) e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão bra-
previsíveis ou que não usam requisitos mínimos de com- sileira desta primeira).
plexidade. Deixar um Postit com a sua senha grudada no
Existem duas filosofias por trás de qualquer política
monitor é uma vulnerabilidade.
de segurança: a proibitiva (tudo que não é expressamente
• Software sem Patches – Um gerenciamento de Service
permitido é proibido) e a permissiva (tudo que não é proi-
Packs e HotFixes mal feito é uma vulnerabilidade comum.
bido é permitido).
Veja casos como os ataques do Slammer e do Blaster, sen-
Enfim, implantar Segurança em um ambiente não de-
do que suas respectivas correções já estavam disponíveis
pende só da Tecnologia usada, mas também dos Proces-
bem antes dos ataques serem realizados.
• Configuração Incorreta – Aplicativos executados com sos utilizados na sua implementação e da responsabilidade
contas de Sistema Local, e usuários que possuem permis- que as Pessoas têm neste conjunto. Estar atento ao surgi-
sões acima do necessário. mento de novas tecnologias não basta, é necessário en-
• Engenharia Social – O Administrador pode alterar tender as necessidades do ambiente, e implantar políticas
uma senha sem verificar a identidade da chamada. que conscientizem as pessoas a trabalhar de modo seguro.
• Segurança fraca no Perímetro – Serviços desneces- Seu ambiente nunca estará seguro, não imagine que
sários, portas não seguras. Firewall e Roteadores usados instalando um bom Antivírus você elimina as suas vulnera-
incorretamente. bilidades ou diminui a quantidade de ameaças. É extrema-
• Transporte de Dados sem Criptografia – Pacotes de mente necessário conhecer o ambiente e fazer um estudo,
autenticação usando protocolos de texto simples, dados para depois poder implementar ferramentas e soluções de
importantes enviados em texto simples pela Internet. segurança.
Identifique, entenda como explorá-las e mesmo que
não seja possível eliminá-las, monitore e gerencie o risco CÓPIAS DE SEGURANÇA (BACKUP)
de suas vulnerabilidades.
Nem todos os problemas de segurança possuem uma Existem muitas maneiras de perder informações em
solução definitiva, a partir disso inicia-se o Gerenciamento um computador involuntariamente. Uma criança usando o
de Risco, analisando e balanceando todas as informações teclado como se fosse um piano, uma queda de energia,
sobre Ativos, Ameaças, Vulnerabilidades, probabilidade e um relâmpago, inundações. E algumas vezes o equipamen-
impacto. to simplesmente falha. Em modos gerais o backup é uma
tarefa essencial para todos os que usam computadores e
NÍVEL DE SEGURANÇA / ou outros dispositivos, tais como máquinas digitais de
Depois de identificado o potencial de ataque, as orga- fotografia, leitores de MP3, etc.
nizações têm que decidir o nível de segurança a estabele- O termo backup também pode ser utilizado para hard-
cer para um rede ou sistema os recursos físicos e lógicos a ware significando um equipamento para socorro (funciona
necessitar de proteção. No nível de segurança devem ser como um pneu socorro do veículo) pode ser uma impres-
quantificados os custos associados aos ataques e os asso- sora, cpu ou monitor etc.. que servirá para substituir tem-
ciados à implementação de mecanismos de proteção para porariamente um desses equipamentos que estejam com
minimizar a probabilidade de ocorrência de um ataque . problemas.

173
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Atualmente os mais conhecidos meios de backups • Depois de visualizar os arquivos ou pastas que se
são: CD-ROM, DVD e Disco Rígido Externo, pendrives e deseja copiar no lado direito do “Windows Explorer”, se-
fitas magnéticas. Na prática existem inúmeros softwares lecione-os (clicando sobre o arquivo ou pasta, este ficará
para criação de backups e a posterior reposição. Como por destacado);
exemplo o Norton Ghost da Symantec. • Clique com o botão direito do mouse sobre o arquivo
Se você costuma fazer cópias de backup dos seus ar- “Copiar”;
quivos regularmente e os mantêm em um local separado, • Clique na unidade correspondente ao dispositivo no
você pode obter uma parte ou até todas as informações lado esquerdo do “Windows Explorer”;
de volta caso algo aconteça aos originais no computador. • Clique com o botão direito do mouse no espaço em
A decisão sobre quais arquivos incluir no backup é branco do lado direito, e escolha “Colar”;
muito pessoal. Tudo aquilo que não pode ser substituído
facilmente deve estar no topo da sua lista. Antes de come- Selecionando Vários Arquivos
çar, faça uma lista de verificação de todos os arquivos a
serem incluídos no backup. Isso o ajudará a determinar o • Para selecionar vários arquivos ou pastas, após sele-
que precisa de backup, além de servir de lista de referência cionar o primeiro segure a tecla “Ctrl” e clique nos outros
para recuperar um arquivo de backup.
arquivos ou pastas desejadas. Todos os arquivos (ou pas-
Eis algumas sugestões para ajudá-lo a começar:
tas) selecionados ficarão destacados.
• Dados bancários e outras informações financeiras
• Fotografias digitais
• Software comprado e baixado através da Internet Fazendo Backup do seu Outlook
• Projetos pessoais
• Seu catálogo de endereços de e-mail Todos sabem do risco que é não termos backup dos
• Seu calendário do Microsoft Outlook nossos dados, e dentre eles se inclui as informações que
• Seus favoritos do Internet Explorer guardamos no OUTLOOK.
O detalhe mais importante antes de fazer um backup Já imaginou ter que entrar com todos os contatos no-
é formatar o dispositivo. Isso pode ser feito clicando com vamente? E seus compromissos no calendário? Pior, como
o botão direito do mouse sobre o ícone do dispositivo, é que vai recuperar as mensagens de e-mail que você tinha
dentro do ícone “Meu Computador” e selecionar a opção guardado?
formatar. Como fazer o backup das informações do Outlook, não
Para ter certeza que o dispositivo não está danificado, é uma atividade muito simples (pelo menos não há nele
escolha a formatação completa, que verificará cada setor nada automatizado), listamos aqui algumas maneiras de
do disquete e mostrará para você se o disquete tem algum executar este backup e se garantir contra qualquer proble-
dano. Sempre que um disquete tiver problemas, não copie ma! Exemplo para Outlook.
arquivos de backups para ele. 1 - Copie todas as mensagens para uma pasta separa-
Bem, agora que você já sabe fazer cópias de segurança, da (com isso você terá feito o backup das mensagens)
conheça os dois erros mais banais que você pode cometer 2 - Vá em Ferramentas -> Contas lá selecione todas as
e tornar o seu backup inútil: contas que deseja salvar e selecione Exportar. Cada conta
1- Fazer uma cópia do arquivo no mesmo disco. Isso será salva com a extensão (IAF) na pasta que você quiser.
não é backup, pois se acontecer algum problema no disco 3 - Para exportar todos os seus contatos, abra o seu
você vai perder os dois arquivos. catálogo de endereços do seu Outlook, então clique em
2- Fazer uma cópia e apagar o original. Isso também Arquivo -> Exportar -> Catálogo de endereços (WAB). Com
não é backup, por motivos óbvios. esse procedimento todos os seus contatos serão armaze-
Procure utilizar arquivos compactados apenas como nados num arquivo de extensão (WAB) com o nome que
backups secundários, como imagens que geralmente ocu-
você quiser e na pasta que você quiser.
pam um espaço muito grande.
4 - Para as assinaturas é simples, basta copiar o con-
Copiando Arquivos de um Disco Rígido (H.D.) para teúdo de cada assinatura que você utiliza em arquivos de
um Dispositivo (Fazendo Backup) texto (TXT) separados. Depois você poderá utilizar as suas
assinaturas a partir dos arquivos que criou.
• Clique no botão “Iniciar” (canto inferior esquerdo); 5 - Para as regras (ou filtros), você deverá ir em Ferra-
• Escolha “Programas”; e no menu que abre escolha mentas -> Assistente de Regras -> Clicar em OPÇÕES ->
“Windows Explorer”. Clicar em Exportar Regras. Será salvo um arquivo com a
• O Windows Explorer é dividido em duas partes. Do extensão RWZ. Fazer todos esses procedimentos é mais
lado esquerdo são exibidas as pastas (diretórios) e do lado trabalhoso, porém muito mais seguro.
direito o conteúdo das pastas; Outra solução, é utilizar programas específicos para
• Para ver o conteúdo de uma pasta clique uma vez so- backup do Outlook.
bre a pasta desejada (no lado esquerdo), e ele será exibido
do lado direito.
• Para ver o conteúdo de uma subpasta (uma pasta
dentro de outra pasta) clique duas vezes sobre a pasta de-
sejada do lado direito do “Windows Explorer”;

174
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

MEIOS DISPONÍVEIS PARA BACKUPS EM ARMA- Isso é tudo. Não se esqueça de verificar o backup para
ZENAMENTO EXTERNO se certificar que ele coube na unidade de backup e o man-
tenha protegido.
Entende-se por armazenamento externo qualquer me-
canismo que não se encontre dentro do seu PC. Existem Utilizando a ferramenta inclusa no Windows XP
várias opções, e apresentamos uma tabela com os mais co- Professional.
muns, vantagens e desvantagens: Se você trabalha com o Windows XP Professional, você
CD-RW dispõe de uma ferramenta muito útil que se encarrega de
fazer os backups que você marcar. Siga estes passos para
É um CD em que pode guardar/gravar suas informa- utilizá-la:
ções. Arquivos realmente preciosos que precisam ser guar- 1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra-
dados com 100% de certeza de que não sofrerão danos mas”. 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas
com o passar do tempo devem ser becapeados em CDs. A de Sistema”. 3. Escolha a opção “Backup”.
maioria dos computadores atuais inclui uma unidade para Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
gravar em CD-RW. O CD-ROM é a forma mais segura de aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique
fazer grandes backups. Cada CD armazena até 700 Mb e, em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um
por ser uma mídia ótica, onde os dados são gravados de guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode
maneira física, é muito mais confiável que mídias magnéti- obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
cas sujeitas a interferências elétricas. Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so-
DVD-RW bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”.
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu
sistema operacional.
A capacidade de armazenamento é muito maior, nor-
malmente entre 4 e 5 gibabytes.
Para utilizar a ferramenta de backups no Windows
XP Home Edition
Pen Drive
Se seu PC tem o Windows XP Home Edition, você pre-
São dispositivos bastante pequenos que se conectam a cisa adicionar a ferramenta de backups que vem no seu CD
uma porta USB do seu equipamento. original seguindo estes passos:
São muito portáteis, frequentemente são do tipo “cha- 1. Insira o CD do Windows XP (ou o que veio com seu
veiro”, ideais para backups rápidos e para mover arquivos equipamento se ele foi pré-carregado) na unidade de CD.
entre máquinas. Se a tela de apresentação não aparecer, dê um clique duplo
Você deve escolher um modelo que não seja muito frá- sobre o ícone da unidade de CD dentro de “Meu Compu-
gil. tador”.
2. Na tela de apresentação, escolha a opção “Executar
HD Externo tarefas adicionais”.
3. Clique em “Explorar este CD”.
O HD externo funciona como um periférico, como se 4. O Windows Explorer se abrirá. Localize a pasta
fosse um Pen Drive, só que com uma capacidade infinita- “ValueAdd” e dê um clique duplo sobre ela, depois em Msft
mente maior. e depois em NtBackup.
5. Agora, dê um clique duplo sobre o arquivo NtBackup.
Backups utilizando o Windows msi para instalar a ferramenta de backup.
Nota: Ao terminar a instalação, é provável que seja so-
Fazer backups de sua informação não tem que ser um licitado que você reinicie seu equipamento.
trabalho complicado. Você pode simplesmente recorrer ao Para utilizar a ferramenta, siga estes passos:
método Copiar e Colar, ou seja, aproveitar as ferramentas 1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra-
dependendo da versão do Sistema Operacional (Windows, mas”.
Linux, etc.) que você utiliza. 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas
de Sistema”.
Cópias Manuais 3. Escolha a opção “backup”.
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
Você pode fazer backups da sua informação com estes aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique
passos simples: em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um
1. Clique com o botão direito sobre o arquivo ou pasta guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode
de que seja fazer backup e depois clique na opção “Copiar” obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
no menu exibido. 2. Agora marque a unidade de backup, Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema
clique com o botão direito sobre ela e escolha “Colar” no operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so-
menu exibido. Você pode marcar a unidade de backup ao bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”.
localizá-la no ícone “Meu Computador”, ou seja, como uma Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu
das unidades do Windows Explorer. sistema operacional.

175
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Recomendações para proteger seus backups Por meio destas definições podemos observar uma
Fazer backups é uma excelente prática de segurança unanimidade no que diz respeito à importância da infor-
básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você mação contida no documento, independente do seu su-
esteja a salvo no dia em que precisar deles: porte, para as atividades humanas; isso devido à sua na-
1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório, tureza comprobatória de fatos ocorridos ao longo de uma
e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên- atividade.
dios, como os cofres onde você guarda seus documentos e No tocante ao termo Arquivo, Schellenberg (2004, p.
valores importantes. 41) define-o como “Os documentos de qualquer institui-
2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man- ção pública ou privada que hajam sido considerados de
tenha em lugares separados. valor, merecendo preservação permanente para fins de re-
3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é ferência e de pesquisa e que hajam sido depositados ou
melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos selecionados para depósito, num arquivo de custódia per-
(quase todos os programas de backup contam com essa manente”.
opção), assim você não desperdiça espaço útil. Quando falamos de arquivos, devemos ter em mente
4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira que existem dois tipos: o de caráter privado e o público.
que sua informação fique criptografada o suficiente para Ao se tratar de Arquivos Públicos, podemos encontrar
que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é sua definição no artigo 7º da Lei nº 8159 de 1991, que dis-
importante para seus entes queridos, implemente alguma põe que “Os arquivos públicos são os conjuntos de docu-
forma para que eles possam saber a senha se você não mentos produzidos e recebidos, no exercício de suas ati-
estiver presente. vidades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual,
do Distrito Federal e municipal, em decorrência de suas
*texto adaptado do material disponivel em: funções administrativas, legislativas e judiciárias”.
https://www.vivaolinux.com.br/linux/ Ao analisarmos o verdadeiro objeto de um arquivo
www.petropolis.rj.gov.br/intranet/images/intro_linux concluímos que é o conteúdo dos seus documentos ou o
http://www.paulobarbosa.com.br/downloads/grupos.pdf próprio documento, e sua importância está na forma com
que foi empregado dentro de um processo de tomada de
decisão.
CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE A organização e gestão de acervos arquivísticos tor-
GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, nou-se bastante problemática para as instituições nas últi-
ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS. mas três décadas, devido à rápida e ininterrupta evolução
tecnológica que a humanidade sofreu. Evolução essa que
afetou todos os meios de produção existentes.
Segundo SANTOS (2002), as tecnologias desenvolvidas
Sobre o que é Documento, encontramos na literatu-
ra diversos entendimentos. Primeiramente temos Houaiss, para permitir essa evolução também afetaram diretamente
Villar e Franco (2001) que, em seu Dicionário, definem o a produção informacional e documental.
verbete “documento” como “qualquer escrito usado para Para se ter uma ideia do volume de informação dis-
esclarecer determinada coisa [...] qualquer objeto de valor ponível nos dias de hoje, ao fazer uma pesquisa sobre um
documental (fotografia, peças, papéis, filmes, construções, assunto de seu interesse na Internet, o pesquisador irá en-
etc.) que elucide, instrua, prove ou comprove cientifica- contrar tanta informação que será praticamente impossí-
mente algum fato, acontecimento, dito etc.” vel ler todos os documentos encontrados sobre o assunto.
No campo da Arquivologia, temos Schellenberg (2004, Também iremos encontrar documentos que, apesar de te-
p. 41) que define “documento (records)” da seguinte forma: rem sido indexados para um determinado assunto, ele não
Todos os livros, papéis, mapas, fotografias ou outras contém nada sobre o termo indexado.
espécies documentárias, independentemente de sua apre- Uma das tecnologias que mais se destacaram nesse
sentação física ou características, expedidos ou recebidos desenvolvimento, foi a da área da informática essa tecnolo-
por qualquer entidade pública ou privada no exercício de gia, onde acabou criando uma nova forma de documento:
seus encargos legais ou em funções das suas atividades e o Arquivo Digital.
preservados ou depositados para preservação por aquela Para o Arquivo Nacional, em sua obra Subsídios para
entidade ou por seus legítimos sucessores como prova de um Dicionário Brasileiro de Termos Arquivísticos, Arquivo
suas funções, sua política, decisões, métodos, operações Digital é um conjunto de Bits que formam uma unidade
ou outras atividades, ou em virtude do valor informativo lógica interpretável por computador e armazenada em su-
dos dados neles contidos. porte apropriado.
Já Rondinelli (2004) cita a definição do Comitê de Do- A Wikipédia trata o termo Arquivo Digital como Arqui-
cumentos Eletrônicos do Conselho Internacional de Arqui- vo de Computador e o traduz da seguinte forma:
vos (CIA) onde a “informação registrada, independente da No disco rígido de um computador, os dados são guar-
forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer dados na forma de arquivos (ou ficheiros, em Portugal). O
da atividade de uma instituição ou pessoa e que possui arquivo é um agrupamento de registros que seguem uma
conteúdo, contexto e estrutura suficientes para servir de regra estrutural, e que contém informações (dados) sobre
evidência dessa atividade”. uma área específica.

176
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Estes arquivos podem conter informações de qualquer Não podemos nos bastar somente na forma de man-
tipo de dados que se possa encontrar em um computador: ter o documento digital através da sua preservação, tam-
textos, imagens, vídeos, programas, etc. Geralmente o tipo bém temos que organizá-lo para ter acesso às informações
de informação encontrada dentro de um arquivo pode ser que ele contém.
previsto observando-se os últimos caracteres do seu nome, Schellenberg (2004, p. 68) dá uma ideia do que vem a
após o último ponto (por exemplo, txt para arquivos de ser um modo de gestão de documentos quando nos diz
texto sem formatação). Esse conjunto de caracteres é cha- que documentos são eficientemente administrados quan-
mado de extensão do arquivo. do, uma vez necessários, podem ser localizados com rapi-
Como os arquivos em um computador são muitos (só dez e sem transtorno ou confusão
o sistema operacional costuma ter milhares deles), esses Segundo o autor, a maneira com que os documentos
arquivos são armazenados em diretórios (também conhe- são mantidos para uso corrente determina a exatidão com
cidos como pastas). que podem ser fixados os valores da documentação reco-
No Brasil, o responsável pela regulamentação e práti- lhida. Também nos diz que o uso dos documentos para fins
cas de gestão arquivística no âmbito do poder público é o de pesquisa depende, igualmente, da maneira pela qual
Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ. Sua atribuição foram originalmente ordenados (2004, p. 53).
é definir a política nacional de arquivos públicos e privados, Paes (1991, p. 17) diz que devemos ter por base a aná-
como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos, lise das atividades da instituição e de como os documentos
bem como exercer orientação normativa visando a gestão são solicitados ao arquivo, para podermos definir o melhor
documental e a proteção especial aos documentos de ar- método arquivístico a ser adotado pela instituição.
quivo. Para o CONARQ (Resolução nº 25. art. 1), gestão ar-
Para o CONARQ, o termo Documento Digital é o mes- quivística de documentos é o conjunto de procedimentos
mo que Documento em Meio Eletrônico, ou seja, aquele e operações técnicas referentes à produção, tramitação,
que só é legível por computador. uso, avaliação e arquivamento de documentos em fases
O parágrafo 2º, do artigo 1º, da Resolução do CONARQ corrente e intermediária, visando à sua eliminação ou reco-
nº 20, de 16 de julho de 2004, define Documento Arqui- lhimento para guarda permanente.
vístico Digital como: o documento arquivístico codificado A característica que o documento digital apresenta
em dígitos binários, produzido, tramitado e armazenado pode comprometer a sua autenticidade pois está sujeito à
por sistema computacional. São exemplos de documen-
degradação física dos seus suportes, à rápida obsolescên-
tos arquivísticos digitais: planilhas eletrônicas, mensagens
cia tecnológica e às intervenções que podem causar adul-
de correio eletrônico, sítios na internet, bases de dados e
terações e destruição.
também textos, imagens fixas, imagens em movimento e
Na tentativa de se coibir estes tipos problemas, o CO-
gravações sonoras, dentre outras possibilidades, em for-
NARQ, através da sua Câmara Técnica de Documentos Ele-
mato digital.
trônicos, editou a Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007,
Atualmente existe uma variedade muito grande de do-
onde recomenda aos órgãos e instituições que adotem o
cumentos digitais e os tipos mais comuns que podemos
encontrar são: “Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de
1) Textos: arquivos com a extensão “.txt”, “.doc”, Gestão Arquivística de Documentos e-ARQ Brasil”, para de-
“.pdf” etc.; finir, documentar, instituir e manter políticas, procedimen-
2) Vídeos: arquivos com a extensão “.avi”, “.mov”, tos e práticas para a gestão arquivística de documentos,
“.wmv” etc.; com base nas diretrizes estabelecidas por ele.
3) Áudio: arquivos com a extensão “.wma”, “.mp3”, Para o CONARQ, somente com procedimentos de ges-
“.midi” etc.; tão arquivística é possível assegurar a autenticidade dos
4) Fotografia: arquivos com a extensão “.jpg”, “.bmp”, documentos arquivísticos digitais.
“.tiff”, “.gif” etc.; Para se ter sucesso na implantação deste Sistema nos
5) Arquivos de planilhas: arquivos com a extensão órgãos públicos e empresas privadas é necessário que to-
“.pps” etc.; dos os funcionários estejam envolvidos na política arquivís-
6) Arquivos da Internet: arquivos com a extensão tica de documentos e as responsabilidades devem ser dis-
“.htm”, “.html” etc. tribuídas de acordo com a função e hierarquia de cada um.
Porém, ao mesmo tempo em que este tipo de tecnolo- A Constituição Federal de 1988 e, particularmente, a
gia vem nos ajudar a executar nossas tarefas diárias, a sua Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a
veloz e constante evolução também está nos criando um política nacional de arquivos públicos e privados, delega-
problema muito sério no tocante à sua preservação. ram ao Poder Público algumas responsabilidades, consubs-
À medida que a tecnologia avança, seus meios (hard- tanciadas pelo Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002,
ware e software) sofrem mutações consideráveis em suas que consolidou os decretos anteriores - nsº 1.173, de 29 de
estruturas a ponto de criarem sérios problemas de preser- junho de 1994; 1.461, de 25 de abril de 1995, 2.182, de 20
vação, principalmente quando se pretende abrir arquivos de março de 1997 e 2.942, de 18 de janeiro de 1999.
de programas mais antigos ou de versões ultrapassadas. O artigo 3º, da Lei nº 8.159 de 08 de janeiro de 1991,
No tocante à preservação de acervos digitais, pode- que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos
mos contar atualmente com a existência de uma vasta e e privados, diz que gestão de documentos é o conjunto de
rica literatura sobre o assunto. procedimentos e operações técnicas à sua produção, tra-

177
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

mitação, uso, avaliação e arquivamento em fases corrente preservar exige compromissos de longo prazo entre os vá-
e intermediária, visando à sua eliminação ou recolhimento rios segmentos da sociedade: poderes públicos, indústria
para guarda permanente., e o seu artigo 17, do Capítulo de tecnologia da informação, instituições de ensino e pes-
IV, afirma que a administração da documentação pública quisa, arquivos e bibliotecas nacionais e demais organiza-
ou de caráter público compete às instituições arquivísticas ções públicas e privadas.
federais, estaduais do Distrito Federal e municipais. O CONARQ reconhece a instabilidade da informação
Tal dispositivo torna claro a importância e a respon- arquivística digital e sobre a necessidade de estabeleci-
sabilidade que devemos ter com o trato da documentação mento de políticas públicas, diretrizes, programas e proje-
pública. tos específicos, legislação, metodologias, normas, padrões
Dentre estas responsabilidades, a mais discutida pelos e protocolos que possam minimizar os efeitos da fragilida-
autores de hoje é a da preservação dos documentos. de e da obsolescência de hardwares, softwares e formatos
Hoje, encontramos uma vasta bibliografia que trata es- e que assegurem, ao longo do tempo, a autenticidade, a in-
pecificamente sobre o tema da preservação de documen- tegridade, o acesso contínuo e o uso pleno da informação.
tos, tanto em suporte de papel quanto em meios eletrôni-
cos. Metadados
A guarda e a conservação dos documentos, visando à A definição mais simples de metadados é que eles são
sua utilização, são as funções básicas de um arquivo (PAES, dados sobre dados – mais especificamente, informações
1991, p. 5). (dados) sobre um determinado conteúdo (os dados).
Para Arellano (2004): Os metadados são utilizados para facilitar o entendi-
A natureza dos documentos digitais está permitindo mento, o uso e o gerenciamento de dados. Os metadados
ampla produção e disseminação de informação no mun- necessários para este fim variam conforme o tipo de dados
do atual. É fato que na era da informação digital se está e o contexto de uso. Assim, no contexto de uma biblioteca,
dando muita ênfase à geração e/ou aquisição de material onde os dados são o conteúdo dos títulos em estoque, os
digital, em vez de manter a preservação e o acesso a longo metadados a respeito de um título normalmente incluem
prazo aos acervos eletrônicos existentes. O suporte físico uma descrição do conteúdo, o autor, a data de publicação
da informação, o papel e a superfície metálica magneti- e sua localização física. No contexto de uma câmera, onde
zada se desintegram ou podem se tornar irrecuperáveis. os dados são a imagem fotográfica, os metadados normal-
Existem, ademais, os efeitos da temperatura, umidade, ní- mente incluem a data na qual a foto foi tirada e detalhes
vel de poluição do ar e das ameaças biológicas; os danos da configuração da câmera. No contexto de um sistema de
provocados pelo uso indevido e o uso regular, as catástro- informações, onde os dados são o conteúdo de arquivos
fes naturais e a obsolescência tecnológica. A aplicação de de computador, os metadados a respeito de um item de
estratégias de preservação para documentos digitais é uma dados individual normalmente incluem o nome do arquivo,
prioridade, pois sem elas não existiria nenhuma garantia o tipo do arquivo e o nome do administrador dos dados.
de acesso, confiabilidade e integridade dos documentos a Um registro de metadados consiste de alguns elemen-
longo prazo. tos pré-definidos que representam determinados atributos
Na Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico de um recurso, sendo que cada elemento pode ter um ou
Digital (2004), o CONARQ diz que: mais valores. Segue abaixo um exemplo de um registro de
As facilidades proporcionadas pelos meios e tecnolo- metadados simples:
gias digitais de processamento, transmissão e armazena-
mento de informações reduziram custos e aumentaram a Nome do
eficácia dos processos de criação, troca e difusão da infor- Valor
Elemento
mação arquivística. O início do século XXI apresenta um Título Catálogo da Web
mundo fortemente dependente do documento arquivístico
Criador Dagnija McAuliffe
digital como um meio para registrar as funções e ativida-
des de indivíduos, organizações e governos. Editora University of Queensland Library
Porém, o CONARQ alerta sobre a importância de vol- http://www.library.uq.edu.au/iad/
Identificador
tarmos nossas atenções para os meios de preservar este mainmenu.html
tipo de acervo, pois essas tecnologias digitais sofrem uma Formato Texto / html
obsolescência muito rápida pois a tecnologia digital é Relação Website da Biblioteca
comprovadamente um meio mais frágil e mais instável de
armazenamento, comparado com os meios convencionais Os esquemas de metadados normalmente apresenta-
de registrar informações. rão as seguintes características:
A Carta também nos alerta: • Um número limitado de elementos
A preservação da informação em formato digital não • O nome de cada elemento
se limita ao domínio tecnológico, envolve também ques- • O significado de cada elemento
tões administrativas, legais, políticas, econômico-financei- Normalmente, a semântica é descritiva do conteúdo,
ras e, sobretudo, de descrição dessa informação através de localização, atributos físicos, tipo (texto ou imagem, mapa
estruturas de metadados que viabilizem o gerenciamento ou modelo, por exemplo) e forma (folha impressa ou ar-
da preservação digital e o acesso no futuro. Desta forma, quivo eletrônico, por exemplo). Os principais elementos

178
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

de metadados que fornecem suporte para acesso a docu- ODS (Open document spreadsheets) - Extensão padrão
mentos publicados são o criador de uma obra, seu título, da planilha eletrônica Calc, contida no pacote LibreOffice.
quando e onde ele foi publicado e as áreas que ela abor-
da. Quando a informação é publicada sob forma analógica, - Apresentações
como material impresso, são fornecidos metadados adicio- PPT – Esta extensão é exclusiva para o Microsoft Po-
nais para auxiliar na localização das informações, como os werpoint, aplicativo que permite criar apresentações de sli-
números de identificação utilizados nas bibliotecas. des para palestrantes e situações semelhantes.
ODP (Open document presentation) - Extensão padrão
Extensões de Arquivos do criador/editor de apresentações Impress, contida no
As extensões de arquivos são sufixos que distinguem pacote LibreOffice.
seu formato e principalmente a função que cumprem no
computador. Cada extensão de arquivo possui funções e PDF
aspectos próprios, por isso a maioria necessita de progra- Formato criado pela Adobe, atualmente é um dos pa-
mas específicos para serem executadas. drões utilizados na informática para documentos impor-
Como tudo que há em um computador é formado por tantes, impressões de qualidade e outros aspectos. Pode
arquivos, existem diversos formatos, como de textos, sons, ser visualizado no Adobe Reader, aplicativo mais conheci-
imagens, planilhas, vídeos, slides entre diversos outros. do entre os usuários do formato.
A principal
Sem dúvida alguma, a principal extensão é o EXE. A Áudio
extensão significa basicamente que o arquivo é um exe- MP3 – Esta é atualmente a extensão para arquivos de
cutável, ou seja, pode ser executado e produzir efeitos em áudio mais conhecida entre os usuários, devido à ampla
computadores com sistema operacional Windows. Isso dá utilização dela para codificar músicas e álbuns de artistas.
a ele inúmeras possibilidades, desde realizar a instalação O grande sucesso do formato deve-se ao fato dele reduzir
de um programa no seu computador até mesmo execu- o tamanho natural de uma música em até 90%, ao elimi-
tar um vírus dentro dele, pois ao se executar um arquivo nar freqüências que o ouvido humano não percebe em sua
com a extensão EXE, o usuário está dando autorização ao grande maioria.
sistema para executar todas as instruções contidas dentro
WMA – Esta extensão, muito semelhante ao MP3, foi
dele. Quando tal ficheiro é de origem desconhecida ou
criada pela Microsoft e ganhou espaço dentro do mundo
não confiável, como por exemplo o que vem anexado a
da informática por ser o formato especial para o Windows
um e-mail de remetente desconhecido, é possível que este
Media Player. Ao passar músicas de um CD de áudio para
ficheiro instrua o computador a realizar tarefas indesejadas
o seu computador usando o programa, todos os arquivos
pelo usuário, tais como a instalação de vírus ou spywares.
formados são criados em WMA. Hoje, praticamente todos
Deve-se estar bastante atento ao clicar em arquivos com
esta extensão. os players de música reproduzem o formato sem compli-
cações.
DLL AAC – Sigla que significa codificação avançada de
Também conhecida como biblioteca de vínculo dinâ- áudio, o AAC foi criado pela Apple a fim de concorrer di-
mico, é um arquivo que é usada geralmente junto como retamente com o MP3 e o WMA, visando superá-los em
EXE como parte complementar de um software. qualidade sem aumentar demasiadamente o tamanho dos
arquivos. Menos conhecido, o formato pode ser reprodu-
Documentos zido em iPods e similares, além de players de mídia para
- Editores de texto computador.
TXT – É um arquivo texto ou texto puro como é mais OGG – Um dos formatos menos conhecidos entre os
conhecido. Arquivos dos Word também são textos, mas ele usuários, é orientado para o uso em streaming, que é a
gera um texto com formatação. O TXT é um formato que transmissão de dados diretamente da Internet para o com-
indica um texto sem formatação, podendo ser aberto ou putador, com execução em tempo real. Isso se deve ao fato
criado no Bloco de Notas do Windows, por exemplo. do OGG não precisar ser previamente carregado pelo com-
DOC – O formato de arquivos DOC é de propriedade putador para executar as faixas.
da Microsoft e usado no Microsoft Word como padrão na AC3 – Extensão que designa o formato Dolby Digi-
gravação de arquivos textos. As versões mais recentes do tal, amplamente utilizado em cinemas e filmes em DVD.
Word incorporaram a extensão DOCX como evolução do A grande diferença deste formato é que as trilhas criadas
DOC, isto aconteceu a partir da versão 2007 do Microsoft nele envolvem diversas saídas de áudio com freqüências
Word. bem divididas, criando a sensação de imersão que perce-
ODT (Open document text) – Extensão padrão do edi- bemos ao fazer uso de home theaters ou quando vamos
tor de texto Writer contido no pacote LibreOffice. ao cinema.
WAV – Abreviação de WAVE, ou ainda WAVEForm au-
- Planilhas Eletrônicas dio format, é o formato de armazenamento mais comum 
XLS – Este tipo de arquivo é usado pelo Excel para criar adotado pelo Windows. Ele serve somente para esta fun-
e editar planilhas. O XLS foi usado até a versão 2003, a par- ção, não podendo ser tocado em players de áudio ou apa-
tir da versão 2007 passou a usar o formato XLSX relhos de som, por exemplo.

179
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Vídeo JPG - É basicamente o principal formato de arquivos


AVI – Abreviação de audio vídeo interleave, mencio- de imagens digitais atualmente. Além do computador, este
na o formato criado pela Microsoft que combina trilhas de tipo de arquivo é usado também nas câmeras digitais ou
áudio e vídeo, podendo ser reproduzido na maioria dos telefones com recurso de câmera. Ao tirar uma foto, o JPG
players de mídia e aparelhos de DVD, desde que sejam geralmente é o formato que eles usam para gravar o ar-
compatíveis com o codec DivX. quivo.

MPEG – Um dos padrões de compressão de áudio e PNG – Este formato surgiu em sua época pelo fato dos
vídeo de hoje, criado pelo Moving Picture Experts Group, algoritmos utilizados pelo GIF serem patenteados, encare-
origem do nome da extensão. Atualmente, é possível en- cendo a utilização dele. O PNG suporta canais alga e apre-
contrar diversas taxas de qualidade neste formato, que va- senta maior gama de cores.
ria de filmes para HDTV a transmissões simples. Além destes formatos, há outros menos conhecidos
referentes à gráficos e ilustrações vetoriais, que são basea-
das em formas geométricas aplicadas de forma repetida na
MOV – Formato de mídia especialmente desenhado
tela, evitando o desenho pixelado feito no padrão Bitmap.
para ser reproduzido no player QuickTime. Por esse mo- Algumas delas são o CRD, do Corel, e o AI, do Adobe Ilus-
tivo, ficou conhecido através dos computadores da Apple, trator.
que utilizam o QuickTime da mesma forma que o Windows
faz uso do seu Media Player. Compactadores
ZIP – A extensão do compactador Winzip se tornou tão
RMVB - RealMedia Variable Bitrate, define o formato famosa que já foi criado até o verbo “zipar” para mencionar
de arquivos de vídeo desenvolvido para o Real Player, que a compactação de arquivos. O programa é um dos pionei-
já foi um dos aplicativos mais famosos entre os players de ros em sua área, sendo amplamente usado para a tarefa
mídia para computador. Embora não seja tão utilizado, ele desde sua criação.
apresenta boa qualidade se comparado ao tamanho de
seus arquivos. RAR – Este é o segundo formato mais utilizado de
compactação, tido por muitos como superior ao ZIP. O
Winrar, programa que faz uso dele, é um dos aplicativos
MKV – Esta sigla denomina o padrão de vídeo criado
mais completos para o formato, além de oferecer suporte
pela Matroska, empresa de software livre que busca am- ao ZIP e a muitos outros.
pliar o uso do formato. Ele apresenta ótima qualidade de
áudio e vídeo e já está sendo adotado por diversos softwa- 7z – Criado pelos desenvolvedores do 7-Zip, esta ex-
res, em especial os de licença livre. tensão faz menção aos arquivos compactados criados por
ele, que são de alta qualidade e taxa de diminuição de ta-
Imagem manho se comparado às pastas e arquivos originais inseri-
BMP – O Bitmap é um dos formatos de imagem mais dos no compactado.
conhecidos pelo usuário. Pode-se dizer que este formato é
o que apresenta a ilustração em sua forma mais crua, sem Onde ficam os documentos?
perdas e compressões. No entanto, o tamanho das ima- Qualquer coisa que exista no seu computador está ar-
gens geralmente é maior que em outros formatos. Nele, mazenada em algum lugar e de maneira hierárquica. Em
cada pixel da imagem é detalhado especificamente, o que cima de tudo, estão os dispositivos que são, basicamente,
qualquer peça física passível de armazenar alguma coisa.
a torna ainda mais fiel.
Os principais dispositivos são o disco rígido; CD; DVD; car-
tões de memória e pendrives.
GIF – Sigla que significa Graphics Interchange Format, Tais dispositivos têm uma quantidade de espaço dispo-
é um formato de imagem semelhante ao BMP, mas ampla- nível limitada, que pode ser dividida em pedaços chama-
mente utilizado pela Internet, em imagens de sites, progra- dos  partições. Assim, cada uma destas divisões é exibida
mas de conversação e muitos outros. O maior diferencial como umaunidade diferente no sistema. Para que a ideia
do GIF é ele permitir a criação de pequenas animações com fique clara, o HD é um armário e aspartições são as gave-
imagens seguidas, o que é muito utilizado em emoticons, tas: não aumentam o tamanho do armário, mas permitem
blogs, fóruns e outros locais semelhantes. guardar coisas de forma independente e/ou organizada.
Em cada unidade estão as pastas que, por sua vez, con-
JPEG - Joint Photographic Experts Group é a origem tém arquivos ou outras pastas que, por sua vez, podem ter
da sigla, que é um formato de compressão de imagens, mais arquivos... e assim, sucessivamente. A organização de
sacrificando dados para realizar a tarefa. Enganando o olho tudo isso é assim:
humano, a compactação agrega blocos de 8X8 bits, tor-
nando o arquivo final muito mais leve que em um Bitmap.

180
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Cartões de Memória:  como o próprio nome diz, são


pequenos cartões em que você grava dados e são prati-
camente iguais aos Pendrives. São muito usados em note-
books, câmeras digitais, celulares, MP3 players e ebooks.
Para acessar o seu conteúdo é preciso ter um leitor insta-
lado na máquina. Os principais são os cartões SD, Memory
Stick, CF ou XD.
HD Externo ou Portátil:  são discos rígidos portáteis,
que se conectam ao PC por meio de entrada USB (geral-
mente) e têm uma grande capacidade de armazenamento.
Disquete:  se você ainda tem um deles, parabéns! O
disquete faz parte da “pré-história” no que diz respeito a
armazenamento de dados. Eram São pouco potentes e de
curta durabilidade.

2. Unidades e Partições
Para acessar tudo o que armazenado nos dispositivos
acima, o Windows usa unidades que, no computador, são
identificadas por letras. Assim, o HD corresponde ao C:; o
leitor de CD ou DVD é D: e assim por diante. Tais letras po-
dem variar de um computador para outro.
Você acessa cada uma destas unidades em “Meu Com-
putador”, como na figura abaixo:

1. Dispositivos

A conta não fecha? Aparecem mais unidades do que


você realmente tem? Então, provavelmente, o seu HD está
particionado: o armário e as gavetas, lembra? Uma parti-
ção são unidades criadas a partir de pedaços de espaço de
São todos os meios físicos possíveis de gravar ou salvar um disco. Para que você tenha uma ideia, o gráfico abaixo
dados. Existem dezenas deles e os principais são: mostra a divisão de espaço entre três partições diferentes:
HD ou Disco Rígido: é o cérebro da máquina. Nele está
tudo: o sistema operacional, seus documentos, programas
e etc.
DVD: Um DVD permite que você leia o conteúdo que
está gravado nele. Há programas gravadores de DVD que
permitem criar DVDs de dados ou conteúdo multimídia.
CD: Como um DVD, mas sem a possibilidade de gravar
vídeos e com um espaço disponível menor.
Pendrive: São portáteis e conectados ao PC por meio
de entradas USB. Têm como vantagem principal o tamanho
reduzido e, em alguns casos, a enorme capacidade de ar-
mazenamento.

181
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

3. Pastas
As pastas - que, há “séculos” eram conhecidas por di-
retórios - não contém informação propriamente dita e sim
arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organi-
zar tudo o que está dentro de cada unidade.

CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE REDES


SOCIAIS (TWITTER, FACEBOOK, LINKEDIN).
4. Arquivos
Os arquivos são o computador. Sem mais, nem menos.
Qualquer dado é salvo em seu arquivo correspondente.
Existem arquivos que são fotos, vídeos, imagens, progra- REDES SOCIAIS
mas, músicas e etc. Quando as pessoas ouvem o termo “rede social”, pen-
Também há arquivos que não nos dizem muito como, sam automaticamente em redes sociais online. Também
por exemplo, as bibliotecas DLL ou outros arquivos, mas conhecidas como sites de rede social, elas foram uma ex-
que são muito importantes porque fazem com que o Win- plosão em termos de popularidade. Sites como MySpace,
dows funcione. Neste caso, são como as peças do motor de Facebook e Linkedln estão entre os sete dos 20 Websites
um carro: elas estão lá para que o carango funcione bem. mais visitados no mundo, e o site de relacionamentos cria-
do pelo Google, o Orkut, acabou virando o predileto dos
brasileiros. Para muitos usuários, principalmente aqueles
que ficam muito conectados e que fazem parte da chama-
da Geração Internet, as redes sociais online não são apenas
uma maneira de manter contato, mas um modo de vida.
Muitos dos recursos das redes sociais online são co-
muns para cada um dos mais de 300 sites de rede social
existentes atualmente. A capacidade de criar e comparti-
lhar um perfil pessoal é o recurso mais básico. Essa página
de perfil normalmente possui uma foto, algumas informa-
ções pessoais básicas (nome, idade, sexo, local) e um es-
paço extra para que a pessoa informe suas bandas, livros,
programas de TV, filmes, hobbies e Websites preferidos.
A maioria das redes sociais na Internet permite pos-
5. Atalhos tar fotos, vídeos e blogs pessoais na sua página de perfil.
Mas o recurso mais importante das redes sociais online é
O conceito é fácil de entender: uma maneira rápida de encontrar e fazer amigos com membros de outro site. Na
abrir um arquivo, pasta ou programa. Mas, como assim? sua página de perfil, esses amigos aparecem como links,
Um atalho não tem conteúdo algum e sua única função é assim os visitantes podem navegar facilmente na sua rede
“chamar o arquivo” que realmente queremos e que está de amigos online.
armazenado em outro lugar. Cada rede social online possui regras e métodos dife-
Podemos distinguir um atalho porque, além de estar na rentes de busca e contato com amigos potenciais. A rede
área de trabalho, seu ícone tem uma flecha que indicativa do MySpace é a mais aberta. No MySpace, você pode bus-
se tratar de um “caminho mais curto”. Para que você tenha car e entrar em contato com pessoas em toda a rede, sejam
uma ideia, o menu “Iniciar” nada mais é do que um aglo- elas membros afastados da sua rede social ou estranhos.
merado de atalhos. Mas você só vai ter acesso às informações completas de
Se você apagar um atalho, não se preocupe: o arquivo seus perfis se elas concordarem em aceitar você como ami-
original fica intacto. go e fazer parte da sua rede.
A rede do Facebook, que começou como um aplicativo
6. Bibliotecas do Windows 7 de rede social de uma faculdade, é muito mais restrita e
O Windows 7 trouxe um novo elemento para a lista bá- orientada a grupos. No Facebook, só é possível encontrar
sica de arquivos e pastas: as bibliotecas. Elas servem ape- pessoas que estão em uma das suas “redes” existentes. Elas
nas para colocar no mesmo lugar arquivos de várias pastas. podem incluir a empresa onde você trabalha, a faculdade
Por exemplo, se você tiver arquivos de músicas em “C:\ onde você estudou e até o seu colégio; mas você também
Minha Música” e “D:\MP3”, poderá exibir todos eles na bi- pode participar de várias das centenas de redes menores
blioteca de música. “groups” criadas por usuários da Facebook, algumas ba-
seadas em organizações reais, outras que só existem na
mente de seus fundadores.

182
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

A Linkedln, que é a rede social online mais popular Ou, ainda, você pode procurar pessoas que estudaram
para profissionais de negócios, permite que você busque no mesmo colégio ou faculdade que você, pessoas que
cada um dos membros do site, e você também tem acesso têm a mesma marca de carro ou que gostam do mesmo
aos perfis completos e informações de contato dos seus tipo de música. Você pode convidar essas pessoas para
contatos já existentes, ou seja, as pessoas que aceitaram também participarem da sua rede, aumentando, assim, a
o convite para participar da sua rede (ou que convidaram sua rede social.
você para participar da rede delas). No entanto, seus con- Mesmo que tenha a impressão de que conhece as pes-
tatos podem apresentá-lo a pessoas que estão distantes soas que encontra no ciberespaço, você deve ter cuidado
de você duas ou três posições na rede maior da Linkedln. porque a ação de hackers é bastante comum.
Ou você pode pagar um adicional para entrar em contato
direto com qualquer usuário por meio de um serviço cha- A ação de hackers e as redes sociais
mado InMail. Quando as pessoas falam sobre a ação de hackers em
redes sociais, elas não estão usando a definição comum de
O Orkut, rede social do Google, foi a mais popular entre
hackers, que são aqueles que usam códigos ou brechas em
os brasileiros por um bom tempo. Seu uso era tão fácil que
redes de computadores de forma mal-intencionada, para
os brasileiros acabaram dominando a rede e chegaram a
causar danos aos sistemas ou roubar informações confi-
80% de seus usuários. Uma vez cadastrado na rede, o usuá- denciais. A ação dos hackers em redes sociais requer muito
rio tinha uma página pessoal onde podia adicionar, além pouca habilidade técnica. Trata-se mais de um jogo psico-
de seus dados pessoais e profissionais, amigos, amigos dos lógico: usar informações dos perfis pessoais para ganhar a
amigos, amigos dos amigos dos amigos, criar comunidades confiança de um estranho.
online e participar das já existentes, enviar recados para sua Este segundo tipo de hacker é chamado de engenheiro
rede de contatos e para quem ainda não faz parte dela, social. A engenharia social usa técnicas psicológicas per-
criar álbuns de fotos e paquerar, flertar, namorar. E, o mais suasivas para explorar o elo mais fraco do sistema de segu-
importante para grande parte dos participantes, xeretar a rança da informação: as pessoas. Veja alguns exemplos de
vida das pessoas através das páginas de recados. engenharia social:
• chamar um administrador de sistemas fingindo ser
Fazendo contatos em uma rede social online um executivo irritado que esqueceu sua senha e precisa
Você precisa criar um perfil em uma rede social antes acessar seu computador imediatamente;
de fazer contatos online. Você vai precisar escolher um • fingir ser um funcionário de banco e ligar para um
nome para login e uma senha. Depois de fazer isso, você cliente pedindo o número do seu cartão de crédito;
vai fornecer algumas informações pessoais básicas, como • fingir ter perdido seu crachá e pedir gentilmente a
um funcionário para deixar você entrar no escritório.
nome, sexo, idade, local e alguns hobbies ou interesses es-
Muitas pessoas não levam os possíveis riscos de segu-
pecíficos.
rança em consideração quando criam uma página de perfil
Você pode personalizar seu perfil adicionando fotos,
em uma rede social. Quanto mais informações pessoais e
música ou vídeos. Mas lembre-se de que o seu perfil é a profissionais você incluir no seu perfil público, mais fácil
imagem que você está apresentando ao mundo online. Na será para um hacker explorar essas informações para ga-
maioria dos sites você pode ter um controle sobre quem nhar sua confiança.
pode visualizar seu perfil completo. Vamos supor que você seja um engenheiro e faz um
blog sobre um dos seus projetos atuais na sua página do
Em alguns sites, só amigos ou aqueles que você con- Facebook. Um hacker pode usar essas informações para
vidou podem visualizar seu perfil. Quando tiver terminado fingir ser um funcionário da empresa. Ele sabe seu nome
de criar seu perfil, você pode começar a procurar amigos e e seu cargo na empresa, então você está sujeito a confiar
fazer contatos. Isso acontece quando você convida amigos nele. Assim; ele pode tentar conseguir de você uma senha
que estão offline no momento para participar ou procurar ou informação confidencial para vender aos concorrentes.
amigos que já são membros. A segurança da maioria das redes sociais online é que
Na maioria dos sites de rede social você pode enviar somente seus “amigos” ou membros da sua rede podem
um e-mail convidando amigos para participar do Website ver seu perfil completo. Mas isso só é eficaz se você for ex-
e fazer parte da sua rede social online. Em alguns casos, tremamente seletivo sobre quem você inclui em sua rede.
como no Facebook ou Linkedln, você pode importar sua Se você aceita convites de qualquer pessoa, uma delas
lista de endereços das suas contas de e-mail, como o Goo- pode ser um hacker.
O problema com as redes sociais online é que elas não
gle ou Yahoo.
possuem um sistema integrado de autenticação para veri-
ficar se alguém é realmente quem diz ser [fonte: SearchSe-
Depois de convidar seus amigos atuais, você pode co- curity.com]. Um hacker pode criar um perfil qualquer em
meçar a procurar pessoas que têm interesses parecidos um site como o Linkedln para se encaixar perfeitamente
com os seus. Por exemplo, se você gosta de ler os livros nos interesses comerciais de seu alvo. Se o alvo aceita o
da Jane Austen, você pode procurar outras pessoas que hacker como contato, ele pode ter acesso às informações
gostam de Jane Austen e convidá-las para participar da sua de todos os outros contatos de seu alvo. Com essas infor-
rede. mações, é possível criar uma elaborada identidade falsa.

183
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Para lutar contra a engenharia social, a chave é a aten- empresa a revelar os dados dos usuários envolvidos. Em
ção. Se você sabe que hackers de engenharia social exis- maio de 2006, a rede social foi obrigada a retirar do ar co-
tem, deve ter mais cuidado com aquilo que vai postar em munidades consideradas pelas autoridades como crimino-
seus perfis online. Se você está familiarizado com as trapa- sas e racistas.
ças mais comuns da engenharia social, vai reconhecer uma
enquanto ela está acontecendo, e não quando for tarde Conceitos de tecnologias e ferramentas multimídia,
demais. de reprodução de áudio e vídeo
O termo multimídia, relacionado à Informática, determi-
Redes sociais para adultos na equipamentos e programas que detém a possibilidade
Além de participarem de redes sociais online que antes de ler, gravar e criar arquivos que são perceptíveis por vários
eram dominadas por adolescentes, como o MySpace e o sentidos do ser humano, ou seja, podemos ver, ouvir ou gra-
Facebook, os usuários adultos também estão participando var nossa voz, por exemplo.
de redes sociais online destinadas a eles. As redes sociais
para adultos não têm um conteúdo “adulto” especializado Tecnologias e ferramentas multimídia são aquelas que
(embora também exista). Elas são redes sociais para profis- permitem manipulação de arquivos de áudio e vídeo, seja
sionais, e não somente para amigos. em CDs, DVDs, Blu-ray, pendrives ou outras mídias de arma-
Com mais de 15 milhões de membros, o LinkedIn é a zenamento.
maior rede social online para profissionais. No LInkedln, as Permitem armazenar, ouvir ou ver os conteúdos de
páginas de perfil são mais parecidas com currículos, com scanners, câmeras digitais, Internet, vídeos, webcams e ou-
informações sobre experiência profissional e formação tros dispositivos.
acadêmica, deixando de fora informações como livros e Existem softwares que fazem a conversão dos formatos
bandas favoritos. Até pouco tempo atrás, o Linkedln não dos arquivos, possibilitando, por exemplo, que músicas sal-
permitia que os usuários postassem uma foto em seu perfil, vas em um determinado formato, que tocam apenas em um
temendo que o site estritamente profissional se tornasse programa específico, possam ser convertidas em formatos
uma desculpa para namoros online. que são de possível execução em diversos outros equipa-
Os usuários do Linkedln podem fortalecer os contatos mentos e softwares.
e relacionamentos existentes para encontrar novos empre- A reprodução de áudio e vídeo consiste na possibilidade
gos e parcerias. No Linkedln, por exemplo, você pode fazer de copiar arquivos de áudio e vídeo e também usá-los em
uma busca por emprego na sua rede. Se acontecer de o seu aparelhos e programas diferentes.
melhor amigo ter estudado com a pessoa que está contra- Há pouco tempo ouvíamos falar nos “kits multimídia”
tando, isso pode dar a você uma vantagem significativa em para computadores. Esses kits eram compostos pelo hard-
relação a outros candidatos. ware que possibilitava o tratamento de arquivos de som, ví-
Os recrutadores de profissionais também estão garim- deo, imagens e voz. Eram compostos por placas de som, que
pando os enormes bancos de dados profissionais em sites possibilitam a entrada de som (com a instalação do micro-
como o Linkedln. Eles podem pagar um adicional pelo Lin- fone), a saída de som (com a instalação das caixas de som)
kedln Corporate Services, um serviço que permite realizar e o drive de DVD ou CD, que era a principal fonte de exibi-
buscas direcionadas por membros que atendem aos seus ção de arquivos multimídia. A placa de vídeo, apesar de ser
requisitos de experiência e localização. A vantagem de um essencial para a exibição de imagens e vídeos, como é um
serviço como o LInkedln é que os recrutadores podem item primordial do computador, não era considerada parte
atingir “candidatos passivos,” isto é, profissionais altamen- desse kit. Com o advento da Internet, o drive de CD ou DVD,
te qualificados que não estão necessariamente procurando não passou a ser o único meio de entrada de arquivos mul-
um novo emprego. Eles são mais atraentes para os empre- timídia, e os componentes de hardware passaram a ser pra-
gadores, pois têm sua capacidade provada, já que perma- ticamente parte integrante do computador e não mais um
necem em seus cargos. kit opcional. Estes hardwares são considerados ferramentas
Várias redes sociais para adultos são dedicadas a pro- multimídia, mas também existem softwares que trabalham
fissões específicas. De acordo com um artigo do Wall Street como ferramentas.
Journal, médicos estão se encontrando em um site de rede Existem vários programas que dão suporte aos arqui-
social para médicos chamado Sermo e executivos de publi- vos multimídia com recursos para criar screensavers, visua-
cidade, marketing e mídia estão trocando dicas e truques lizar imagens, criar álbuns de fotos digitais, cartões virtuais,
em um outro site de rede social chamado AdGabber [fonte: editores de vídeos e músicas, calendários e outros tipos de
Wall Street Journal]. arquivos, com as extensões avi, mpeg, mpg, wmv, mov, asf,
mp3, wav e outras específicas dos arquivos multimídia.
Redes do mal Exemplos de softwares que são ferramentas multimídia
As redes sociais tem o lado bom de aproximar pes- são o Windows Media Player, que reproduz vídeos e músi-
soas de diferentes lugares, mas a facilidade de criar perfis cas; Windows Movie Maker, que permite a edição de vídeos;
e comunidades também tem um lado negro. Em março de Play All, que localiza todos os links de música e vídeo de
2008, o Orkut foi obrigado a revelar à polícia os dados de um site e permite que sejam executados no seu programa
usuários pedófilos. A Polícia brasileira descobriu uma rede favorito.
de pedofilia infiltrada nas páginas do Orkut e obrigou a

184
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Conhecimentos gerais sobre redes sociais (twitter,  A Equipe de gestão da empresa é composto de executi-
facebook, linkedin) vos experientes de empresas como Yahoo!, Google, Microsoft,
Uma rede social é uma estrutura social composta por TiVo, PayPal e Electronic Arts. O CEO do LinkedIn é Jeff Wei-
pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos ner.
de relações, que partilham valores e objetivos comuns. LinkedIn está disponível em 19 idiomas: Inglês, checo,
Em informática, essa conexão ocorre através de sites dinamarquês, holandês, francês, alemão, indonésio, italiano,
disponíveis na Internet, como os que vamos mencionar: japonês, coreano, malaio, norueguês, polaco, Português, ro-
meno, russo, espanhol, sueco e turco.
O Twitter é uma rede social e servidor para micro- Em 30 de junho de 2012, o LinkedIn tem 2.861 funcioná-
blogging, que permite aos usuários enviar e receber atua- rios em tempo integral localizados ao redor do mundo. Linke-
lizações pessoais de outros contatos (em textos de até 140 dIn começou 2012 com cerca de 2.100 funcionários em tempo
caracteres, conhecidos como “tweets”), por meio do website integral em todo o mundo, acima dos cerca de 1.000 no início
do serviço, por SMS e por softwares específicos de geren- de 2011 e cerca de 500 no início de
ciamento.
QUESTÕES GERAIS
Facebook é uma rede social que reúne pessoas a seus
amigos e àqueles com quem trabalham, estudam e convi- 1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi-
vem. nale a opção correta.
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve
Para participar dessa rede social, é necessário acessar o ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con-
site www.facebook.com.br, realizar um cadastro rápido e de- trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos
pois acessar com o login e senha, o espaço reservado para relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema opera-
cada usuário. Nele, é possível postar fotos, vídeos, imagens cional.
e mensagens. Os contatos são adicionados através do bo- (B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e
tão “Localizar Amigos”, que possibilita a busca na Internet DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos
das pessoas conhecidas. Após a localização é enviado uma diretórios de programas instalados na máquina em uso.
solicitação para que a outra pessoa faça parte do seu grupo (C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de
de contatos. um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha
da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá-
O Orkut é uma rede social filiada ao Google, antecesso- rios possivelmente cadastrados nessa máquina.
ra do Facebook, com o objetivo de ajudar seus membros a (D) O Windows oferece um conjunto de acessórios
conhecer pessoas e manter relacionamentos. disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre
Seu funcionamento é semelhante ao Facebook, onde é eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
necessário um cadastro para obter login e senha, antes do (E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo-
acesso para postar fotos, vídeos, imagens e mensagens. tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o
Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na
O LinkedIn é uma rede social que teve início em 2002. máquina e, em seguida, desligar o computador.
    O site lançado oficialmente em 5 de maio de
2003. No final do primeiro mês de operação, Lin- Comentários: Para desinstalar um programa de forma
kedIn tinha um total de 4.500 membros da rede. segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
    Em 30 de junho de 2012 (final do segundo trimestre), os remover programas
profissionais estão se inscrevendo para participar LinkedIn a Resposta – Letra A
uma taxa de cerca de dois novos membros por segundo.
 A empresa é de capital aberto e tem um modelo de ne-
gócios diversificado com receitas provenientes de soluções de 2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in-
contratação, soluções de marketing e assinaturas premium. formações estão contidas em arquivos de vários formatos,
Em 2 de agosto de 2012, o LinkedIn opera a maior rede que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de
profissional do mundo na internet com mais de 175 milhões mídias removíveis do computador, organizados em:
de membros em mais de 200 países e territórios. (A) telas.
Sessenta e dois por cento dos usuários do LinkedIn estão (B) pastas.
localizados fora dos Estados Unidos, em 2 de agosto de 2012. (C) janelas.
 LinkedIn fez cerca de 4,2 bilhões de buscas, orientados (D) imagens.
profissionalmente na plataforma em 2011 e está a caminho (E) programas.
de superar 5,3 bilhões em 2012.
 Com sede em Mountain View, na Califórnia, o LinkedIn Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma
também tem escritórios nos Estados Unidos, em Chicago, Los bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
Angeles, Nova York, Omaha e São Francisco. Escritórios inter- mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
nacionais do LinkedIn estão localizados em Amsterdã, Ban- os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
galore, Delhi, Dubai, Dublin, Hong Kong, Londres, Madrid, sistema de armário e gavetas.
Melbourne, Milão, Mumbai, Munique, Paris, Perth, São Paulo, Resposta: Letra B
Cingapura, Estocolmo, Sydney, Tóquio e Toronto.

185
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

3- Um item selecionado do Windows XP pode ser ex-


cluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pres-
sionando-se simultaneamente as teclas
(A) Ctrl + Delete.
(B) Shift + End.
(C) Shift + Delete.
(D) Ctrl + End.
(E) Ctrl + X.

Comentário: Quando desejamos excluir permanente-


mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para so-
para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun- mar todas as células de A3 até C3(dois pontos significam
to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem ‘até’), sendo assim teremos que somar A3,  , B3, C3 obten-
do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente- do-se o resultado 448.
mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que Resposta: C.
deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
Resposta: C
6- “O correio eletrônico é um método que permite
4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de compor, enviar e receber mensagens através de sistemas
arquivos, sem que haja perda de informação? eletrônicos de comunicação”. São softwares gerenciadores
(A) Compactação de email, EXCETO:
(B) Deleção A) Mozilla Thunderbird.
(C) Criptografia B) Yahoo Messenger.
(D) Minimização C) Outlook Express.
(E) Encolhimento adaptativo D) IncrediMail.
E) Microsoft Office Outlook 2003.
Comentários: A compactação de arquivos é uma téc-
nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de
podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem- e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos
plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar, memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrô-
SolusZip, etc. nico podem funcionar por meio de um software instalado
Resposta: A em nosso computador local ou por meio de um progra-
ma que funciona dentro de um navegador, via acesso por
Internet. Este programa da Internet, que não precisa ser
5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel: instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando
está desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local);
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo
tempo;
  Maiores Desvantagens:
Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e co- • Ocupam espaço em disco;
lado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será: • Compatibilidade com os servidores de e-mail
(A) 7 (nem sempre são compatíveis).
(B) 56 A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em ne-
(C) 448 grito os mais conhecidos e utilizados atualmente):
(D) 511 Microsoft Office Outlook
(E) uma mensagem de erro Microsoft Outlook Express;
  Mozilla Thunderbird;
Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando IcrediMail
copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos Eudora
em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova po- Pegasus Mail
sição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser Apple Mail (Apple)
copiada de D1 para D3: Kmail (Linux)
  Windows Mail
 

186
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, (C) A opção Salvar Como, disponível no menu das apli-
ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o cações do MS Office, permite que o usuário salve o docu-
gabarito da questão. mento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso,
Resposta: B. a versão antiga do documento é apagada e só a nova ver-
7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e cor- são permanece armazenada no computador.
reio eletrônico, analise: (D) O menu Exibir permite a visualização do documen-
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos to aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS
navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Goo- Word para ser aberto no MS PowerPoint.
gle Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet (E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a ela-
(Exemplo: http://www.google.com.br). boração de apresentações de slides que utilizem conteúdo
II. Download significa descarregar ou baixar; é a trans- e imagens de maneira estruturada e organizada.
ferência de dados de um servidor ou computador remoto
para um computador local. Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
III. Upload é a transferência de dados de um computa- mandos universais dos programas da Microsoft como é o
dor local para um servidor ou computador remoto. caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail signifi- localizar.
ca movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a Em relação às outras letras:
um destinatário, com endereço eletrônico. Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
Estão corretas apenas as afirmativas: Excel e não o Access
A) I, II, III, IV Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma
B) I, II cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga.
C) I, II, III Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de
D) I, II, IV exibição do documento dentro do contexto de cada pro-
E) I, III, IV grama e não de um programa para o outro como é o caso
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur- da afirmativa.
so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação
página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais de slides e sim o Ms Power Point.
conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro. Resposta: B
É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e 9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assi-
III são verdadeiros. nale a opção correta.
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla
a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre
na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem na
barra de endereços do navegador: http://intranet.com.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma
rede local, pois sua função é conectar um computador à
rede de telefonia fixa.
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina
denominada cliente requisita serviços a outra, denominada
servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet.
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que ar-
No item IV encontramos o item falso da questão, o que mazena os nomes dos usuários que possuem permissão de
nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men- acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet.
sagem de e-mail significa copiar e não mover! Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado
Resposta: C. em termos de internet pois não é tão robusto quanto re-
des P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda do
servidor central impede o acesso aos usuários clientes, no
8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do segundo mesmo que um servidor “caia” outros servidores
ambiente MS Office, assinale a opção correta. ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo que
(A) Ao se clicar no nome de um documento gravado o download continue. Ex: programas torrent, Emule, Lime-
com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Win- ware, etc.
dows ativa o MS Access para a abertura do documento em Em relação às outras letras:
tela. letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve
(B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas para localizar e identificar conjuntos de computadores na
ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na-
+ V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de vegador.
todos os aplicativos da suíte MS Office.

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma (D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e
forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com
é restrito a uma rede local e não a internet como um todo. o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu- arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma (E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutu-
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim ra de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de bus-
acessar redes locais. ca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com- máquinas ligadas à Internet.
putação que fornece serviços a uma rede de computado-
res. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/ Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui-
ou restringe acessos. vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
Resposta: D ras e Detalhes.
10- Com relação à Internet, assinale a opção correta. Resposta: B
(A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Inter-
net, pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde Atenção: Para responder às questões de números
está localizada tal máquina. 12 e 13, considere integralmente o texto abaixo:
(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários Todos os textos produzidos no editor de textos padrão
se conectarem a uma mesma máquina simultaneamente, deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do
como no caso de salas de bate-papo. órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial
(C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebi- de computadores.
mento de arquivos na Internet. Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve-
(D) Quando se digita o endereço de uma página web, rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns
o termo http significa o protocolo de acesso a páginas em artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados
formato HTML, por exemplo. obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va-
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de lores e totais.
Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de-
correio eletrônico envia uma mensagem com anexo para
vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
outro destinatário de correio eletrônico.
também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às
Comentários: Os itens apresentados nessa questão es-
informações guardadas.
tão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os
Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas
protocolos mais comuns:
na internet visando o atendimento do nível de qualidade da
- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car- informação prestada à sociedade, pelo órgão.
regamento de páginas de Hipertexto –  HTML O ambiente operacional de computação disponível para
- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do
máquina na rede MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimen- eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
to de emails direto no PC via gerenciador de emails utilizadas atualmente.
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa- Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
drão de envio de emails CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla-
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhan- da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme-
te ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário lhantes.
a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa-
gens de email direto no servidor. 12- As células que contêm cálculos feitos na planilha
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe- eletrônica,
rência de arquivos (A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão
Resposta: D resultados diferentes do original.
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
(C) somente podem ser copiadas para o editor de tex-
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor- tos dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco co-
reta. lunas.
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas- (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma
tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o a uma.
Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e
Iniciar do Windows. “coladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal- tabela.
vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de  
modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de Comentários: Sempre que se copia células de uma pla-
Modos de Exibição. nilha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede como uma tabela simples, onde as fórmulas são esqueci-
oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para das e só os números são colados.
acesso direto a elas. Resposta: E

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DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio Comentários:


do correio eletrônico, deve considerar as operações de Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
(A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos en- alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. formatações foi o item c.
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”. 16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos en- Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en-
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere- tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. cliente, respectivamente, um
  (A) download e um upload
Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo (B) downgrade e um upgrade
correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou
(C) downfile e um upfile
seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos
(D) upgrade e um downgrade
os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no
(E) upload e um download
campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sa-
bendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que aten-
de a segurança solicitada no enunciado. Resposta: “E”.
Resposta: A
14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Comentários:
Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio  Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
de arquivos em lotes, também denominados scripts, o Upload – Carregar para cima (enviar).
shell de comando é um programa que fornece comuni- Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)
cação entre o usuário e o sistema operacional de forma 17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)
direta e independente. Nos sistemas operacionais Win- Assinale a alternativa que contém os nomes dos menus
dows XP, esse programa pode ser acessado por meio de do programa Microsoft Word XP, em sua configuração
um comando da pasta Acessórios denominado padrão, que, respectivamente, permitem aos usuários:
(A) Prompt de Comando (I) numerar as páginas do documento, (II) contar as pa-
(B) Comandos de Sistema lavras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho
(C) Agendador de Tarefas ao texto em edição.
(D) Acesso Independente a) Janela, Ferramentas e Inserir.
(E) Acesso Direto b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
c) Formatar, Editar e Janela.
Resposta: “A” d) Arquivo, Exibir e Formatar.
e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.
Comentários Resposta: “B”
Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe- Comentário:
rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do • Ação numerar - “INSERIR”
MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros comandos • Ação contar paginas - “FERRAMENTAS”
do computador. O mais importante é o fato de que, ao digitar • Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”
comandos, você pode executar tarefas no computador sem
usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de Comando
18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)
é normalmente usado apenas por usuários avançados.

15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário


Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
chado, o resultado obtido será

Resposta: “C”

189
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

a) 3, 0 e 7. Passo 2
b) 5, 0 e 7. que foi propagada pela alça de preenchimento para A2
c) 5, 1 e 2. e A3
d) 7, 5 e 2.
e) 8, 3 e 4.

Resposta: “C”

Comentário:
Expressão =MÉDIA(A1:A3)
São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é
dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
Expressão =MENOR(B1:B3;2)
Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número,
que seria o número 1. Para facilitar coloque esses números
em ordem crescente. Click na imagem para melhor visualizar
Expressão =MAIOR(C1:C3;3)
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número, Passo 3
que seria o número 2. Para facilitar coloque esses números Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a
em ordem decrescente. propagação, o resultado

19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II)

20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No Po-


a) 1 werPoint 2007, a inserção de um novo comentário pode
b) 2 ser feita na guia
c) 3 a) Geral.
d) 4 b) Inserir.
e) 5 c) Animações.
d) Apresentação de slides.
Resposta: “D” e) Revisão.
Resposta: “E”
Comentário: Comentário:
Passo 1
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1

21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbi-


to das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy.
zzz.br. O domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em
inglês) utilizado para classificar o tipo de instituição, no
exemplo dado acima, é o

190
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

a) protocolo. 23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012)


b) xxx. Uma planilha do Microsoft Excel, na sua configuração
c) zzz. padrão, possui os seguintes valores nas células: B1=4,
d) yyy. B2=1 e B3=3. A fórmula =ARRED(MÍNIMO(SOMA
e) br. (B1:B3)/3;2,7);2) inserida na célula B5 apresentará o se-
guinte resultado:
Resposta: “C” (A) 2
Comentários: (B) 1,66
a) protocolo. protocolo HTTP (C) 2,667
b) xxx. o nome do domínio (D) 2,7
c) zzz. o tipo de domínio (E) 2,67
d) yyy. subdomínios Resposta: E
e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio Comentário:
22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012)
Analise a régua horizontal do Microsoft Word, na sua
configuração padrão, exibida na figura.

Assinale a alternativa que contém apenas os indica-


dores de tabulação.
(A) II, III, IV e V.
(B) III e VI.
(C) I, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II e VI.
Resposta: D
Comentário:

Você pode usar a régua para definir tabulações manuais


no lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.
Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do do-
cumento não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir
Régua no topo da barra de rolagem vertical.
É possível definir tabulações rapidamente clicando no
seletor de tabulação na extremidade esquerda da régua
até que ela exiba o tipo de tabulação que você deseja. Em
seguida, clique na régua no local desejado.
Uma tabulação Direita define a extremidade do texto
à direita. Conforme você digita, o texto é movido para a es-
querda. Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrin-
Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de chadas no exemplo acima (arredondamento, mínimo e so-
um ponto decimal. Independentemente do numero de dígi- matório) em uma única questão. A função ARRED é para
tos, o ponto decimal ficará na mesma posição. arredondamento e pertence a mesma família de INT(parte
Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere inteira) e TRUNCAR (parte do valor sem arredondamento).
uma barra vertical na posição de tabulação. A resposta está no item 2 que indica a quantidade de casas

191
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

decimais. Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra 25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao
A, C ou D. A função SOMA efetua a soma das três células
se clicar em , localizado abaixo do menu Favori-
(B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre o menor
entre os dois valores informados (2,66666 - dízima periódi- tos, será fechado
ca - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas (A) o Meu computador.
casas decimais. (B) o Disco Local (C:).
Considere a figura que mostra o Windows Explorer (C) o painel Pastas.
do Microsoft Windows XP, em sua configuração origi- (D) Meus documentos.
nal, e responda às questões de números 24 e 25. (E) o painel de arquivos.

Resposta: C

Comentário:

24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O


arquivo zaSetup_en se encontra
(A) no disquete.
(B) no DVD.
(C) em Meus documentos.
(D) no Desktop.
(E) na raiz do disco rígido.

Resposta: E

Comentário:
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/
pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca- oculta o painel PASTAS.
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil
para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza-
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)

192
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES ao tocar na tela de seu tablet, dispensando totalmente o


uso das inconvenientes canelas stykus. Possui saída mini
01. (POLÍCIA FEDERAL - PAPILOSCOPIS- HDMI, para curtir seus vídeos favoritos da internet ou de
TA DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE/2012) - Acer- seu computador, na sua televisão ou projetor, com entrada
ca de conceitos de hardware, julgue o item seguinte. HDMI. Além de acompanhar um lindo case com teclado
Diferentemente dos computadores pessoais ou PCs para utilização de tablet comparada com a de um note-
tradicionais, que são operados por meio de teclado e book com grande performance.
mouse, os tablets, computadores pessoais portáteis, - Modelo: PHASER KINNO.
dispõem de recurso touch-screen. Outra diferença entre - Capacidade: 4GB. Expansível para 32GB via Micro SD.
esses dois tipos de computadores diz respeito ao fato - Memória: 512MB.
de o tablet possuir firmwares, em vez de processadores, - Tela:7 Polegadas capacitiva, sensível ao toque.
como o PC. - Câmera:frontal 2 megapixels.
( ) Certo - Conectividade: Wi-Fi - LAN 802.11b/g/n.
( ) Errado - Processador:Allwinner A10 de 1.0~1.2 Ghz.
- Sistema Operacional:Android 2.3.4.
Firmwares não são hardwares, e sim códigos de pro-
gramação existentes no próprio hardware, inclusos em
chips de memória (ROM, PROM, EPROM, EEPROM, flash)
durante sua fabricação. Sua natureza, na maioria das vezes,
é não volátil, ou seja, não perde seus dados durante a au-
sência de energia elétrica, mas quando presentes em tipos
de memória como PROM ou EPROM, podem ser atualiza-
dos.
Por esse motivo, os firmwares não substituem proces-
sadores inteiros.
A seguir, veja alguns modelos de tablets e observe a
presença do processador em sua configuração:

Tablet Multilaser Diamond NB005 8GB Android 2.3


Tela 7 Polegadas
Wi-Fi HDMI
Informações técnicas
Marca: Multilaser
Capacidade :8 Gb. Memória expansível até 32 GB por
cartão micro SD.
Processador: Boxchip 1.5 GHz.
Sistema Operacional: Android. 2.3.
TV e vídeo: Somente vídeo: Vídeos suportados - MKV
(H.264HP), AVI, RM/BMVB, FLV eMPEG-1/2.
Tamanho da tela: 7 “. LCD Multi toque.
Resolução: 800 x 480.
Tablet Softronic PHASER KINNO 4GB Android 2.3.4 Wi-Fi:Sim.
Tela 7 Polegadas Resolução: 1.3 megapixels e filmadora digital.
Características do Produto Localização
Tablet 4GB - Softronic Sensores: Sensor de gravidade: gira a tela conforme a
APRESENTAÇÃO DO PRODUTO: Com o novo Phaserkin- posição do tablet.
no Plus, você possui muito mais interatividade e rapidez na
palma de suas mãos, graças ao seu poderoso processador Áudio Formatos suportados:
A10 de 1.2 Ghz, ele consegue ser totalmente multi-tarefas MP3, WMA, WAV, APE, AC3, FLAC e AAC.
para você que se desdobra em dez durante o seu dia a Duração aproximada da bateria:
dia, podendo ler um livro, escutar suas músicas e continuar - 06 horas reproduzindo vídeo ou wi-fi ligado;
acompanhando sua vida em redes sociais e sincronizando - 48 horas em standby.
e-mails. Tudo isso sem se preocupar com a lentidão do sis- Alimentação do Tablet:
tema. Para você que precisa estar conectado a todo o mo- Bateria recarregável.
mento, o PhaserKinno Plus ainda oferece suporte a modem
externo. Ele conta com uma tela touchscreen capacitiva de RESPOSTA: “ERRADO”.
7 polegadas que permite uma maior sensibilidade e leveza

193
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

02. (UFFS - TÉCNICO DE LABORATÓRIO ÁREA por esses conectores é a Plugand Play, onde basta conectar
INFORMÁTICA – FEPESE/2012)- São componentes de o dispositivo para que o sistema o reconheça precisando
hardware de um micro-computador: de poucos ou quase nenhum caminho de configuração
a. ( ) Disco rígido, patch-panel, BIOS, firmware, para poder utilizá-lo.
mouse. O tipo de memória que o pendrive utiliza - me-
b. ( ) RJ-11, processador, memória RAM, placa de mória flash - é do tipo EEPROM (Electrically-
rede, pen-drive. ErasableProgrammableRead-OnlyMemory), uma
c. ( ) Memória ROM, placa de vídeo, BIOS, proces- memória não volátil, ou seja, não depende da
sador, placa mãe. permanência de energia elétrica para manter os dados,de
d. ( ) Memória RAM, Memória ROM, Disco rígido, leitura e gravação. Os chips de memória flash ocupam pou-
processador, placa e rede. co espaço físico, mas grande poder de armazenamento.
e. ( ) Memória RAM, BIOS, Disco rígido, processa- Veja imagens de pendrives:
dor, placa de rede.

Já vimos a respeito de Memória RAM, Memória ROM,


Disco Rígido e Processador.
Placa de rede é um hardware especificamente proje-
tado para possibilitar a comunicação entre computadores.

Tipos de pendrive

Placa de rede RESPOSTA: “D”.

RESPOSTA: “D”. 04. (ANE - ANALISTA EDUCACIONAL – NÍVEL I –


GRAU A – INSPETOR ESCOLAR – FCC/2012) - Marco Au-
03. (TRE - ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) - rélio estava digitando um documento na sala dos pro-
Em relação a hardware e software, é correto afirmar: fessores da escola ABCD quando uma queda de energia
a) Para que um software aplicativo esteja pronto fez com que o computador que usava desligasse.
para execução no computador, ele deve estar carregado Após o retorno da energia elétrica, Marco Aurélio
na memória flash. ligou o computador e percebeu que havia perdido o
b) O fator determinante de diferenciação entre um documento digitado, pois não o havia gravado. Como
processador sem memória cache e outro com esse re- tinha conhecimentos gerais sobre informática, concluiu
curso reside na velocidade de acesso à memória RAM. que perdera o documento porque, enquanto estava di-
c) Processar e controlar as instruções executadas no gitando, ele estava armazenado em um dispositivo de
computador é tarefa típica da unidade de aritmética e hardware que perde seu conteúdo quando o computa-
lógica. dor desliga. O nome desse dispositivo é
d) O pendrive é um dispositivo de armazenamento a) memória RAM.
removível, dotado de memória flash e conector USB, b) HD.
que pode ser conectado em vários equipamentos ele- c) memória ROM.
trônicos. d) pen drive.
e) Dispositivos de alta velocidade, tais como discos
rígidos e placas de vídeo, conectam-se diretamente ao RAM – Randon AcessMemory, ou Memória de Acesso
processador. Randômico, é um hardware considerado como memória
O pendrive, por ser um dispositivo portátil, de grande primária, volátil. Ela mantém os dados armazenados en-
poder de armazenamento e conector USB (Universal Serial quanto estes estão à disposição das solicitações do proces-
Bus) que permite sua rápida aceitação em vários disposi- sador, mantendo-os através de pulsos elétricos. As infor-
tivos de hardware, popularizou-se rapidamente. Hoje, en- mações mantidas nesse tipo de memória são informações
contramos pendrives de vários GBs, como 2, 4, 8, 16 e até que estão em uso em um programa em execução, como
512GB. no caso de textos que estão sendo digitados e não foram
A tecnologia USB está sendo largamente utilizada para salvos no disco rígido ainda. Como as informações são
padronizar entradas e conectores, possibilitando um mes- mantidas por pulsos elétricos, caso haja falta de energia,
mo tipo de conector para diversos tipos de equipamentos seja pelo desligamento do computador, seja por uma
como mouses, teclados, impressoras e outros. Por esse mo- queda brusca que cause o desligamento inesperado do
tivo, os equipamentos atuais possuem uma grande quan- equipamento, os dados presentes nesse tipo de memória
tidade de conectores USB. Além disso, a tecnologia usada serão perdidos.

194
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Veja a seguir imagens ilustrativas da memória RAM. (D)O estabilizador é um equipamento eletrônico exter-
no ao gabinete do computador, onde os demais cabos de
energia da máquina são ligados. Geralmente, o estabiliza-
dor é ligado diretamente na rede elétrica e tem a função de
estabilizar a tensão desta para evitar danos ao equipamen-
to devido às variações e picos de tensão.
(E)BIT é a sigla para BinaryDigit, ou Dígito Binário, que
pode ser representado apenas pelo 0 ou pelo 1 (verdadeiro
ou falso) que representam a menor unidade de informação
transmitida na computação ou informática.

RESPOSTA: “C”.

06. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN-


CEIRA – FCC/2012) - O processador do computador (ou
CPU) é uma das partes principais do hardware do com-
Tipos de memória RAM putador e é responsável pelos cálculos, execução de ta-
refas e processamento de dados. Sobre processadores,
RESPOSTA: “A”. considere:
I. Contém um conjunto restrito de células de me-
05. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN- mória chamados registradores que podem ser lidos e
CEIRA – FCC/2012) - Sobre os computadores é correto escritos muito mais rapidamente que em outros dispo-
afirmar: sitivos de memória.
a) O BIOS é um software armazenado em um chip II. Em relação a sua arquitetura, se destacam os mo-
de memória RAM fixado na placa mãe. Tem a função de delos RISC (ReducedInstruction Set Computer) e CISC
armazenar o Sistema Operacional. (ComplexInstruction Set Computer).
b) A fonte de alimentação transforma a tensão elé- III. Possuem um clock interno de sincronização que
trica que entra no computador, de 240 V para 110 V, define a velocidade com que o processamento ocorre.
pois os componentes internos suportam apenas a ten- Essa velocidade é medida em Hertz.
são de 110 V. Está correto o que se afirma em
b) Barramentos são circuitos integrados que fazem
a transmissão física de dados de um dispositivo a outro. a) III, apenas.
d) Quando o sistema de fornecimento de energia b) I e II, apenas.
falha, um estabilizador comum tem como principal ob- c) II e III, apenas.
jetivo manter o abastecimento por meio de sua bateria d) II, apenas.
até que a energia volte ou o computador seja desligado. e) I, II e III.
e) Um bit representa um sinal elétrico de exatos 5
V que é interpretado pelos componentes de hardware O processador é um chip que executa instruções inter-
do computador. nas do computador (em geral, operações matemáticas e
lógicas, leitura e gravação de informações). Todas as ações
(A)BIOS é a sigla do termo Basic Input/Output System, estão presentes na memória do computador e requisitadas
ou Sistema Básico de Entrada/Saída. É um software grava- pelo sistema. A velocidade do processador é medida em
do na memória não volátil ou memória ROM, que é a sigla ciclos denominados clocks e sua unidade é expressa atra-
para ReadOnlyMemory, ou Memória de Somente Leitura, vés de Hz.
que não altera ou perde os dados com o desligamento ou Os registradores são unidades de memória que repre-
ausência de energia do computador. Esse software não ar- sentam o meio mais caro e rápido de armazenamento de
mazena o Sistema Operacional. É o primeiro software que dados. Por isso são usados em pequenas quantidades nos
é executado quando ligamos o computador. processadores.
(B)A fonte de alimentação do computador é um equi- Quanto às arquiteturas RISC e CISC, podemos nos valer
pamento eletrônico, fixada ao gabinete e ligada aos conec- das palavras de Nicholas Carter, em seu livro Arquitetura
tores da placa mãe e alguns drives. Fornece energia aos de Computadores, editora Bookman:
demais componentes da máquina. Ela transforma a cor- ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento, en-
rente elétrica alternada (que tem o sentido variável com quanto que a maior parte das arquiteturas CISC permite que
o tempo) em uma corrente constante ao longo do tempo. outras operações também façam referência à memória.
(C)Os barramentos são como vias de tráfego presentes Podemos citar também o autor Rogério Amigo De Oli-
na placa mãe, por onde sinais elétricos (representando da- veira, que em seu livro Informática – Teoria e Questões de
dos) podem percorrer toda sua extensão se comunicando Concursos com Gabarito, editora Campus, fala a respeito do
com todos os dispositivos. clock, da seguinte maneira:

195
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Em um computador, a velocidade do clock se refere ao Dizemos que um computador está travado quando sua
número de pulsos por segundo gerados por um oscilador tela fica estática, impossibilitando abertura, fechamento ou
(dispositivo eletrônico que gera sinais), que determina o execução de qualquer tarefa no computador. Um trava-
tempo necessário para o processador executar uma instru- mento aleatório é aquele que não ocorre sempre em um
ção. Assim para avaliar a performance de um processador, mesmo programa ou em determinado momento do traba-
medimos a quantidade de pulsos gerados em 1 segundo e, lho do computador.
para tanto, utilizamos uma unidade de medida de frequên- I – O processador é a peça do computador responsável
cia, o Hertz. pela execução lógica e aritmética das tarefas e operações
de busca, leitura e gravação de dados do computador. A
RESPOSTA: “E”. entrada e saída contínua de informações transformadas
em linguagem de máquina e os registradores presentes no
07. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN-
processador são todos mantidos por pulsos elétricos e o
CEIRA – FCC/2012) - O armazenamento de informações
aquecimento é resultado da aceleração dos processadores.
em computadores é feito pela utilização de dispositivos
chamados de memória, que as mantêm de forma volátil Processadores mais velozes tendem a ser mais aquecidos.
ou permanente. Entre esses dispositivos, está a memó- Por esse motivo os processadores são utilizados sob pastas
ria RAM ou memória térmicas e coolers, que são apropriados para cada tipo de
a) magnética. processador. O aquecimento do processador pode causar
b) secundária. travamentos e inclusive o desligamento inesperado da
c) cache. máquina.
d) principal. II- A memória RAM é o hardware responsável pelo
e) de armazenamento em massa. armazenamento temporário das informações que serão
usadas pelo computador. Essas informações também são
A memória RAM, sigla de Random Access Memory, mantidas por pulsos elétricos, o que faz com que se per-
ou memória de acesso randômico, é um dispositivo cam caso haja a interrupção no fornecimento de energia.
eletrônico de armazenamento temporário de dados Vários erros no sistema são causados por defeitos na me-
que permite a leitura e escrita, ou seja, as informações mória RAM como a “tela azul”, a reinicialização inesperada
ocupam lugar nessa memória enquanto aguardam serem do sistema e travamentos aleatórios. Um dos motivos des-
usadas pelo processador. Os dados da memória RAM são ses travamentos ocorre quando o computador tenta gravar
representados por pulsos elétricos e são descartados assim momentaneamente uma informação na RAM e não recebe
que o fornecimento de energia elétrica é interrompido,
permissão para essa tarefa devido a um defeito no local de
seja pelo desligamento do computador, ou por uma queda
de energia. Por esse motivo, essas memórias também são locação da memória, ou quando a informação não conse-
chamadas de memórias voláteis. Devido a sua importância gue ser lida pelo processador.
para o funcionamento do computador, a memória RAM é III – Todo o funcionamento do computador é impulsio-
considerada um tipo de memória principal. Existem ainda nado pela eletricidade. Picos ou ausências dela causam de-
outros tipos de memórias que são consideradas desse feitos em hardware, problemas no funcionamento correto
grupo, como a memória ROM, sigla de ReadOnlyMemory, dos procedimentos computacionais e podem ocasionar os
ou memória de somente leitura, onde os dados são travamentos aleatórios.
geralmente gravados na fábrica e não são perdidos em
caso de ausência de energia. Por esse motivo, a memória RESPOSTA: “C”.
ROM é considerada memória não volátil. 09. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
RESPOSTA: “D”. São vários os fatores que causam a não detecção do HD
pelo Setup. Assim sendo, todas as alternativas abaixo
08. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM são responsáveis por esse defeito, EXCETO:
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- a) HD com defeito físico
Com relação aos fatores que podem levar ao travamen- b) Defeito na placamãe
to aleatório em um computador:
c) Defeito no cabo de alimentação do HD
I. Aquecimento excessivo do processador;
d) Defeito no cabo de dados do HD
II. Defeito na memória RAM;
III. Inconstância na rede elétrica; e) HD sem formatação
IV. Bateria da placamãe descarregada.
HD é a sigla para Hard Disk e representa o hardwa-
Dentre os fatores listados anteriormente, estão cor- re responsável pelo armazenamento das informações de
retos dados salvos pelo usuário, de programas instalados e até
a) apenas I, III e IV. informações presentes em memória virtual para posterior
b) apenas II, III e IV. uso em processamentos de informação.
c) apenas I, II e III. O HD é ligado por um cabo flat ao conector IDE da
d) apenas I e II. placa mãe. Além dessa conexão, há também a conexão do
e) apenas III e IV. cabo da fonte de alimentação de energia.

196
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

Se conectarmos um HD não formatado e ligarmos o CD é a sigla para CompactDisc, que pode ser um CD-
computador, a mensagem de detecção ocorrerá normal- -RCompactDiscRecordable) e CD-RW (CompactDiscRecor
mente, mas aparecerá outra mensagem que indica que não dableRewritable),respectivamente gravado uma única vez
há sistema operacional instalado. e depois apenas lido e gravado e regravado.
A informação de quantos minutos a reprodução terá
RESPOSTA: “E”. em um CD de 650 MB pode ser conseguida através dos
seguintes dados:
10. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- X = 150 KB por segundo
Quando o computador começa a exibir a mensagem de 1Byte= 8 bits
erro “CMOS CHECKSUM FAILURE” após ser ligado, sig- 1kiloByte ( kb ) = 1 024 Bytes
nifica que o usuário deve realizar 1megaByte(Mb) = 1 024 kb = 1 048 576 Bytes
a) a substituição da RAM. 1 gigaByte (Gb) = 1 024 Mb = 1 073 741 824 Bytes
b) a troca da bateria da placamãe. 1 teraByte (Tb) = 1 024 Gb = 1 099 511 627 776 Bytes
c) a formatação do HD. 1 petaByte (Pb) = 1 024 Tb = 1 125 899 906 842 624
d) a inicialização do computador. Bytes
e) a operação de Boot pelo CD. 650 MB = 665600 kb
665600/150=4437,33 (dados gravados por segundo).
CMOS é a sigla para Complementary Metal Oxide Se-
miconductor, uma tecnologia usada em semicondutores Um minuto tem 60 segundos, então,4437,33/60=
que requerem pouquíssima energia. O termo se popula- 73,9555 que, aproximando e devido à dízima periódica,
rizou com o significado de uma pequena área de arma- será equivalente a 74 minutos.
zenamento em que o sistema controla determinados pa-
râmetros de hardware como, por exemplo, o tamanho do RESPOSTA: “D”.
disco rígido, o número de portas seriais que o computador
possui e assim por diante. 12. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
Checksum é um controlador de erro que funciona rea- MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)-
lizando soma e conferência de bits. Todas as alternativas abaixo representam as partes de
Failure significa falha. um disco rígido, EXCETO:
Então, com a mensagem CMOS CHECKSUM FAILURE, a) placa controladora lógica;
nós temos a informação de que houve uma falha na checa- b) conectores internos padrão IDE;
gem dos dados que o CMOS é responsável por armazenar. c) cabeças de leitura e gravação;
Esses dados são preservados pela bateria da placa mãe e d) platter;
por esse motivo sua troca pode resolver o problema. e) componentes internos de controle do atuador.

As imagens a seguir, retiradas do site www.infowester.


com, permitem a comprovação das opções corretas.

Bateria de placa mãe

RESPOSTA: “B”.

11. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM HD indicando a placa lógica e o motor


MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
Assinale a alternativa correta, que especifica o tempo
de reprodução de um CD, cuja capacidade de armaze-
namento é de 650 MB:
a) 70 min
b) 76 min
c) 80 min
d) 74 min
e) 84 min

197
DOMÍNIO PRODUTIVO DA INFORMÁTICA

5. Link Power Management: interfere na gestão


da energia elétrica, fazendo com que o HD receba energia
conforme um dos seus estados: ativo, parcialmente ativo ou
inativo.
6. NativeCommandQueuing:é uma tecnologia que
permite ao HD organizar as solicitações de gravação ou lei-
tura de dados numa ordem que faz com que as cabeças se
movimentem o mínimo possível, aumentando (pelo menos
teoricamente) o desempenho do dispositivo e sua vida útil.

EnhancedIDE é a sigla para EnhancedIntegrated Drive


Electronics, que se trata de uma outra tecnologia para dis-
cos rígidos, que não faz parte das tecnologias SATA.

RESPOSTA: “B”.
HD indicando os discos, motor, atuador, cabeça de leitura
e gravação e braço 14. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
IDE é a sigla para Intergrated Drive Electronics e trata- Qual das alternativas abaixo especifica a menor quan-
-se dos conectores presentes na placa mãe para o encaixe tidade de informação que um sistema operacional con-
do cabo flat que terá uma de suas extremidades ligadas ao segue gerenciar em um disco rígido?
HD ou a um drive de gravação de CD/DVD. a) cilindro.
b) cluster.
c) trilha.
d) segmento.
e) setor.
Um cluster é a menor parte do disco rígido reconheci-
da pelo sistema operacional, e pode ser formada por vários
setores. Um cluster não armazena mais de um arquivo, mas
se o tamanho do arquivo exceder o tamanho do cluster, ele
será gravado em mais de um cluster.

Conectores IDE em uma placa mãe

RESPOSTA: “B”.

13. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM


MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
Qual das alternativas abaixo NÃO representa uma tec-
nologia relacionada ao padrão SATA?
a) Staggered Spin-UP.
b) Enhanced IDE.
c) Hot Plug.
d) Link Power Management.
e) Native Command Queuing. Esquema para demonstração de cluster

1. SATA é a sigla para Serial Advanced Techno- RESPOSTA: “B”.


logy Attachment.É o nome dado para uma tecnologia
empregada em HDs, unidades óticas e outros dispositivos
de armazenamento. Com essa tecnologia, a transmissão
dos bits é em série.
2. As tecnologias relacionadas ao SATA são:
3. Staggered Spin-Up: entre outras funções, permite
o trabalho com um dos discos do HD, independente de in-
terferência com outros, e melhora a distribuição de energia
entre os discos.
4. Hot Plug: recurso usado principalmente para HDs
externos ou removíveis, que permite a conexão desse hard-
ware com o computador ligado.

198
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Estrutura do Sistema Financeiro Nacional: Conselho Monetário Nacional;...................................................................................... 01


COPOM – Comitê de Política Monetária......................................................................................................................................................... 18
Banco Central do Brasil;’........................................................................................................................................................................................ 21
Comissão de Valores Mobiliários....................................................................................................................................................................... 22
Produtos Bancários: Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao consumidor, crédito rural, caderneta de
poupança, capitalização, previdência, investimentos e seguros............................................................................................................ 24
Noções do Mercado de capitais e de Câmbio.............................................................................................................................................. 32
Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancá-
rias; Fundo Garantidor de Crédito (FGC)......................................................................................................................................................... 36
Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas.’.................................................................................................................................... 54
Prevenção e combate ao crime d e lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações, Circular Bacen 3.461/2009 e
suas alterações e Carta-Circular Bacen 3.542/12......................................................................................................................................... 57
Autorregulação Bancária....................................................................................................................................................................................... 73
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Além destas, há as entidades operadoras, que são todas


ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO as demais instituições financeiras, monetárias ou não, ofi-
NACIONAL: CONSELHO MONETÁRIO ciais ou não, como também demais instituições auxiliares,
NACIONAL; responsáveis, entre outras atribuições, pelas intermedia-
ções de recursos entre poupadores e tomadores ou pela
prestação de serviços.
Abaixo, breve relação dessas instituições, com descri-
O Sistema Financeiro Nacional é formado por um con- ção das principais atribuições de algumas delas.
junto de instituições (financeiras) onde o principal objetivo
é propiciar condições satisfatórias para a manutenção dos Entidades Normativas
fluxos dos recursos financeiros entre poupadores e inves- a) Conselho Monetário Nacional - CMN
tidores do país. O Sistema Financeiro Nacional visa criar É o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro
condições para que haja intermediários financeiros, com o Nacional. O CMN não desempenha função executiva, ape-
objetivo de realizar a ponte entre dois segmentos. nas tem funções normativas. Atualmente, o CMN é com-
É exatamente o Sistema financeiro que permite que um posto por três membros:
agente econômico qualquer (seja ele indivíduo ou empresa) - Ministro da Fazenda (Presidente);
sem perspectivas de aplicação, em algum empreendimento - Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão; e
próprio, da poupança que é capaz de gerar, seja colocado - Presidente do Banco Central.
em contato com outro, cujas perspectivas de investimento Trabalhando em conjunto com o CMN funciona a Co-
superam as respectivas disponibilidades de poupança. missão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), que tem
O atual Sistema Financeiro Nacional nasceu através da como atribuições o assessoramento técnico na formula-
Lei 4.595/64, que também ficou conhecida como Lei da Re- ção da política da moeda e do crédito do País. As matérias
forma Bancária. aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções,
Caracterização legal do Sistema Financeiro Nacional, normativos de caráter público, sempre divulgadas no Diá-
prevista na Lei de Reforma Bancária, em seu art. 17: rio Oficial da União e na página de normativos do Banco
Central do Brasil.
“Consideram‑se Instituições Financeiras, para efeitos da
legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas e privadas, b) Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP
que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, O CNSP desempenha, entre outras, as atribuições de
a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros pró‑ fixar as diretrizes e normas da política de seguros priva-
prios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a dos, regular a constituição, organização, funcionamento e
custódia de valor de propriedade de terceiros.” fiscalização das Sociedades Seguradoras, de Capitalização,
Parágrafo único ‑ “Para os efeitos desta lei e da legis‑ Entidades Abertas de Previdência Privada, Resseguradores
lação em vigor, equiparam‑se às instituições financeiras as e Corretores de Seguros.
pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referi‑
das neste artigo, de forma permanente ou eventual”. c) Conselho Nacional de Previdência Complementar -
CNPC
O Sistema Financeiro Nacional – SFN - pode ser sub- O CNPC tem a função de regular o regime de previ-
divido em entidades normativas, supervisoras e opera- dência complementar operado pelas entidades fechadas
cionais. de previdência complementar (Fundos de Pensão).
As entidades normativas são responsáveis pela defini-
ção das políticas e diretrizes gerais do sistema financeiro, Entidades Supervisoras
sem função executiva. Em geral, são entidades colegiadas, a) Banco Central do Brasil - BCB
com atribuições específicas e utiliza-se de estruturas técni- O Banco Central do Brasil foi criado em 1964 com a
cas de apoio para a tomada das decisões. Atualmente, no promulgação da Lei da Reforma Bancária (Lei nº 4.595 de
Brasil funcionam como entidades normativas o Conselho 31.12.64).
Monetário Nacional – CMN, o Conselho Nacional de Segu- Sua sede é em Brasília e possui representações regio-
ros Privados - CNSP e o Conselho Nacional de Previdência nais em Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto
Complementar – CNPC. Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
As entidades supervisoras, por outro lado, assumem É uma autarquia federal que tem como principal mis-
diversas funções executivas, como a fiscalização das ins- são institucional assegurar a estabilidade do poder de
tituições sob sua responsabilidade, assim como funções compra da moeda nacional e um sistema financeiro sólido
normativas, com o intuito de regulamentar as decisões to- e eficiente.
madas pelas entidades normativas ou atribuições outorga- A partir da Constituição de 1988, a emissão de moeda
das a elas diretamente pela Lei. O Banco Central do Brasil ficou a cargo exclusivo do BCB.
– BCB, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, a Superin- O presidente do BCB e os seus diretores são nomea-
tendência de Seguros Privados – SUSEP e a Superintendên- dos pelo Presidente da República após a aprovação prévia
cia Nacional de Previdência Complementar – PREVIC são as do Senado Federal, que é feita por uma arguição pública e
entidades supervisoras do nosso Sistema Financeiro. posterior votação secreta.

1
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Entre as várias competências do BCB destacam-se: Essas são algumas de suas atribuições:
- Assegurar a estabilidade do poder de compra da moe- - Estimular a formação de poupança e a sua aplicação
da nacional e da solidez do Sistema Financeiro Nacional; em valores mobiliários;
- Executar a política monetária mediante utilização de - Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das
títulos do Tesouro Nacional; bolsas de valores, do mercado de balcão e das bolsas de
- Fixar a taxa de referência para as operações compro- mercadorias e futuros;
missadas de um dia, conhecida como taxa SELIC; - Proteger os titulares de valores mobiliários e os inves-
- Controlar as operações de crédito das instituições que tidores do mercado contra emissões irregulares de valores
compõem o Sistema Financeiro Nacional; mobiliários e contra atos ilegais de administradores de com-
- Formular, executar e acompanhar a política cambial e panhias abertas ou de carteira de valores mobiliários;
de relações financeiras com o exterior; - Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipu-
- Fiscalizar as instituições financeiras e as clearings (câ- lação que criem condições artificiais de demanda, oferta ou
maras de compensação); preço dos valores mobiliários negociados no mercado;
- Emitir papel-moeda; - Assegurar o acesso do público a informações sobre os
- Executar os serviços do meio circulante para atender à valores mobiliários negociados e sobre as companhias que
demanda de dinheiro necessária às atividades econômicas; os tenham emitido;
- Manter o nível de preços (inflação) sob controle; - Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equi-
- Manter sob controle a expansão da moeda e do cré- tativas no mercado de valores mobiliários;
dito e a taxa de juros; - Assegurar o cumprimento, no mercado, das condições
- Operar no mercado aberto, de recolhimento compul- de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Na-
sório e de redesconto; cional;
- Executar o sistema de metas para a inflação; - Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de
- Divulgar as decisões do Conselho Monetário Nacional; auditores independentes, administradores de carteiras de va-
- Manter ativos de ouro e de moedas estrangeiras para lores mobiliários, agentes autônomos, entre outros;
atuação nos mercados de câmbio; - Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fun-
- Administrar as reservas internacionais brasileiras; dos de investimento;
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições finan- - Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais
ceiras nacionais; e práticas não-equitativas de administradores de companhias
- Conceder autorização para o funcionamento das ins- abertas e de quaisquer participantes do mercado de valores
tituições financeiras. mobiliários, aplicando as penalidades previstas em lei;
- Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores in-
b) Comissão de Valores Mobiliários - CVM dependentes, consultores e analistas de valores mobiliários.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em
07 de dezembro de 1976 pela Lei 6.385 para fiscalizar e de- c) Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
senvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. A Susep é o órgão responsável pelo controle e fiscalização
A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia fe- dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capita-
deral vinculada ao Ministério da Fazenda, porém sem su- lização e resseguro. Criada em 1966 pelo Decreto-Lei 73/66,
bordinação hierárquica. que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados,
Com o objetivo de reforçar sua autonomia e seu poder de que fazem parte o CNSP, o IRB, as sociedades autorizadas
fiscalizador, o governo federal editou, em 31.10.01, a Me- a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de
dida Provisória nº 8 (convertida na Lei 10.411 de 26.02.02), previdência privada aberta e os corretores habilitados.
pela qual a CVM passa a ser uma “entidade autárquica em É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda,
regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com administrada por um Conselho Diretor, composto pelo Su-
personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de au- perintendente e por quatro Diretores. Essas são algumas de
toridade administrativa independente, ausência de subor- suas atribuições:
dinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e
dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária” (art. 5º). operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, En-
É administrada por um Presidente e quatro Diretores tidades Abertas de Previdência Privada e Resseguradores, na
nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; Atuar
Senado Federal. Eles formam o chamado “colegiado” da no sentido de proteger a captação de poupança popular que
CVM. Seus integrantes têm mandato de 5 anos e só perdem se efetua através das operações de seguro, previdência pri-
seus mandatos “em virtude de renúncia, de condenação ju- vada aberta, de capitalização e resseguro.
dicial transitada em julgado ou de processo administrativo
disciplinar” (art. 6º § 2º). O Colegiado define as políticas e d) Superintendência Nacional de Previdência Comple-
estabelece as práticas a serem implantadas e desenvolvidas mentar - PREVIC
pelas Superintendências, as instâncias executivas da CVM. A Previc atua como entidade de fiscalização e de super-
Sua sede é localizada na cidade do Rio de Janeiro com visão das atividades das entidades fechadas de previdência
Superintendências Regionais nas cidades de São Paulo e complementar e de execução das políticas para o regime de
Brasília. previdência complementar operado por essas entidades. É
uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Entidades Operadoras Demais Entidades Operadoras


- Instituições Financeiras Monetárias
Órgãos Oficiais São as instituições autorizadas a captar depósitos à vis-
ta do público. Atualmente, apenas os Bancos Comerciais,
a) Banco do Brasil - BB os Bancos Múltiplos com carteira comercial, a Caixa Eco-
O Banco do Brasil é o mais antigo banco comercial do nômica Federal e as Cooperativas de Crédito possuem essa
Brasil e foi criado em 12 de outubro de 1808 pelo príncipe autorização.
regente D. João. É uma sociedade de economia mista de
capitais públicos e privados. É também uma empresa aber- Demais Instituições Financeiras
ta que possui ações cotadas na Bolsa de Valores de São Incluem as instituições financeiras não autorizadas a
Paulo (BM&FBOVESPA). receber depósitos à vista. Entre elas, podemos citar:
O BB opera como agente financeiro do Governo Fede- Agências de Fomento
ral e é o principal executor das políticas de crédito rural e in- Associações de Poupança e Empréstimo
dustrial e de banco comercial do governo. E a cada dia mais Bancos de Câmbio
tem se ajustado a um perfil de banco múltiplo tradicional. Bancos de Desenvolvimento
Bancos de Investimento
b) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Companhias Hipotecárias
Social - BNDES Cooperativas Centrais de Crédito
Criado em 1952 como autarquia federal, hoje é uma Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento
empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvi- Sociedades de Crédito Imobiliário
mento, Indústria e Comércio Exterior, com personalidade Sociedades de Crédito ao Microempreendedor
jurídica de direito privado e patrimônio próprio. É respon- Outros Intermediários Financeiros
sável pela política de investimentos a longo prazo do Go- São também intermediários do Sistema Financeiro Na-
verno Federal, necessários ao fortalecimento da empresa cional:
privada nacional. Administradoras de Consórcio;
Com o objetivo de fortalecer a estrutura de capital Sociedades de Arrendamento Mercantil;
das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de Sociedades corretoras de câmbio;
capitais, o BNDES conta com linhas de apoio para finan- Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários;
ciamentos de longo prazo a custos competitivos, para o Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliá-
desenvolvimento de projetos de investimentos e para a co- rios.
mercialização de máquinas e equipamentos novos, fabrica-
dos no país, bem como para o incremento das exportações Instituições Auxiliares
brasileiras. Também compõem o Sistema Financeiro Nacional,
Os financiamentos são feitos com recursos próprios, como entidades operadoras auxiliares, as entidades ad-
empréstimos e doações de entidades nacionais e estran- ministradores de mercados organizados de valores mobi-
geiras e de organismos internacionais, como o BID. Tam- liários, como os de Bolsa, de Mercadorias e Futuros e de
bém recebe recursos do PIS e PASEP. Balcão Organizado.
Conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME Além das entidades relacionadas acima, também inte-
(Agência Especial de Financiamento Industrial) e a BNDES- gram o SFN as companhias seguradoras, as sociedades de
PAR (BNDES Participações), criadas com o objetivo, res- capitalização, as entidades abertas de previdência comple-
pectivamente, de financiar a comercialização de máquinas mentar e os fundos de pensão.
e equipamentos; e de possibilitar a subscrição de valores
mobiliários no mercado de capitais brasileiro. As três em-
presas, juntas, compreendem o chamado “Sistema BNDES”.

c) Caixa Econômica Federal - CEF


Criada em 12 de janeiro de 1861 por Dom Pedro II com
o propósito de incentivar a poupança e de conceder em-
préstimos sob penhor. É a instituição financeira responsá-
vel pela operacionalização das políticas do Governo Fede-
ral para habitação popular e saneamento básico.
A Caixa é uma empresa 100% pública e não possui
ações em bolsas.
Além das atividades comuns de um banco comercial, a
CEF também atende aos trabalhadores formais - por meio do
pagamento do FGTS, PIS e seguro-desemprego, e aos be-
neficiários de programas sociais e apostadores das Loterias.
As ações da Caixa priorizam setores como habitação,
saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Organograma do SFN

CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL

O Conselho Monetário Nacional é o órgão máximo do sistema financeiro brasileiro, cabendo-lhe traçar as normas a se-
rem empreendidas na política monetária. Nesse sentido tem como atividade primordial a formulação da política de moeda
e crédito do país, além de exercer o controle da organização bancária e seus intermediários financeiros. O CMN é o órgão
central da política financeira nacional, tendo suas deliberações baixadas pelo Banco Central, sob a forma de resoluções.
Composição: é composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho); Ministro do Planejamento Orçamento e
Gestão; e Presidente do Banco Central.
O CMN tem a responsabilidade primordial formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da
moeda e o desenvolvimento econômico e social do País.
Os seus membros reúnem-se uma vez por mês para deliberarem sobre assuntos relacionados com as competências do
CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma reunião por mês. As matérias aprovadas são regulamentadas
por meio de Resoluções, normativo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União e na página de norma-
tivos do Banco Central do Brasil. De todas as reuniões são lavradas atas, cujo extrato é publicado no DOU.
Posto isso, resta-nos enumerar algumas das principais atribuições do Conselho Monetário Nacional.
A política do Conselho Monetário Nacional objetiva:
- Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desen-
volvimento;
- Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de
origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;
- Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização
dos recursos em moeda estrangeira;
- Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar,
nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;
- Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema
de pagamentos e de mobilização de recursos;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

- Zelar pela liquidez e solvência das instituições finan- - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco
ceiras; Central do Brasil em suas transações com títulos públicos e
- Coordenar as políticas monetárias, de crédito, orça- de entidades de que participe o Estado;
mentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. Com- - Autorizar o Banco Central do Brasil e as instituições
pete ao Conselho Monetário Nacional; financeiras públicas federais a efetuar a subscrição compra
e venda de ações e outros papéis emitidos ou de respon-
Compete ao Conselho Monetário Nacional: sabilidade das sociedades de economia mista e empresas
- Autorizar a emissão de papel moeda; do Estado;
- Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos
Banco Central do Brasil, por meio dos quais se estimarão as corretores de fundos públicos;
necessidades globais de moeda e crédito; - Estatuir normas para as operações das instituições
- Fixar as diretrizes e normas da política cambial, in- financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar
clusive quanto à compra e venda de ouro e quaisquer ope- seu funcionamento aos objetivos desta Lei;
rações em direitos especiais de saque e em moeda estran- - Baixar normas que regulem as operações de câm-
geira; bio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras
- Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e
condições.
as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive
aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte
Dica: Procurar gravar as palavras chaves como: autori‑
das instituições financeiras;
zar, fixar, disciplinar, limitar, regular. Lembre-se que o CMN
- Regular a constituição, funcionamento e fiscalização
dos que exercerem atividades subordinadas a esta Lei, bem é um órgão NORMATIVO assim não executa tarefas.
como a aplicação das penalidades previstas;
- Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, Maiores detalhes sobre a “Estrutura do Sistema Fi-
descontos, comissões e qualquer outra forma de remu- nanceiro Nacional” e sobre o “Conselho Monetário Na-
neração de operações e serviços bancários ou financeiros, cional”, estão presentes nas Leis que serão apresentadas
inclusive os prestados pelo Banco Central do Brasil, asse- a seguir:
gurando taxas favorecidas aos financiamentos que se des-
tinem a promover: LEI Nº 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964.
- recuperação e fertilização do solo;
- reflorestamento; Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias,
- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais; Bancárias e Creditícias, Cria o Conselho Monetário Nacional
- eletrificação rural;- mecanização;- irrigação; e dá outras providências.
- investimentos indispensáveis às atividades agrope-
cuárias; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Con-
- Determinar a percentagem máxima dos recursos que gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo
cliente ou grupo de empresas; Capítulo I
- Estipular índices e outras condições técnicas sobre Do Sistema Financeiro Nacional
encaixes, imobilizações e outras relações patrimoniais, a
serem observadas pelas instituições financeiras; Art. 1º O sistema Financeiro Nacional, estruturado e
- Expedir normas gerais de contabilidade e estatística regulado pela presente Lei, será constituído:
a serem observadas pelas instituições financeiras; I - do Conselho Monetário Nacional;
- Delimitar, com periodicidade não inferior a dois II - do Banco Central do Brasil; (Redação dada pelo Del
anos, o capital mínimo das instituições financeiras privadas, nº 278, de 28/02/67)
levando em conta sua natureza, bem como a localização de
III - do Banco do Brasil S. A.;
suas sedes e agências ou filiais;
IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econô-
- Estabelecer para as instituições financeiras públicas a
mico;
dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de direito pú-
V - das demais instituições financeiras públicas e pri-
blico que lhes detenham o controle acionário, bem como
das respectivas autarquias e sociedades de economia mis- vadas.
ta, no cálculo a que se refere o artigo 10 inciso III, desta Lei.
- Regulamentar, fixando limites, prazos e outras con- Capítulo II
dições, as operações de redesconto e de empréstimo, efe- Do Conselho Monetário Nacional
tuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e
privadas de natureza bancária; Art. 2º Fica extinto o Conselho da atual Superinten-
- Outorgar ao Banco Central do Brasil o monopólio dência da Moeda e do Crédito, e criado em substituição, o
das operações de câmbio quando ocorrer grave desequi- Conselho Monetário Nacional, com a finalidade de formu-
líbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões lar a política da moeda e do crédito como previsto nesta
para prever a iminência de tal situação; lei, objetivando o progresso econômico e social do País.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional ob- IV - Determinar as características gerais (Vetado) das
jetivará: cédulas e das moedas;
I - Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, in-
necessidades da economia nacional e seu processo de de- clusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer ope-
senvolvimento; rações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estran-
II - Regular o valor interno da moeda, para tanto pre- geira; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)
venindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacio- VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades
nários de origem interna ou  externa, as depressões eco- e as operações creditícias em todas as suas formas, inclu-
nômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos sive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por
conjunturais; parte das instituições financeiras;
III - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no VII - Coordenar a política de que trata o art. 3º desta
balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor Lei com a de investimentos do Governo Federal;
utilização dos recursos em moeda estrangeira; VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscaliza-
IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições ção dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei,
financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista bem como a aplicação das penalidades previstas;
propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favorá- IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros,
veis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional; descontos comissões e qualquer outra forma de remune-
V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos ração de operações e serviços bancários ou financeiros, in-
instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do clusive os prestados pelo Banco Central da República do
sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos
VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições fi- que se destinem a promover:
nanceiras; - recuperação e fertilização do solo;
VII - Coordenar as políticas monetárias, creditícia, orça- - reflorestamento;
mentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. - combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;
- eletrificação rural;
Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, se- - mecanização;
gundo diretrizes estabelecidas pelo Presidente da Repúbli- - irrigação;
ca: (Redação dada pela Lei nº 6.045, de 15/05/74) - investimento indispensáveis às atividades agropecuá-
I - Autorizar as emissões de papel-moeda (Vetado) as rias;
quais ficarão na prévia dependência de autorização legis- X - Determinar a percentagem máxima dos recursos
lativa quando se destinarem ao financiamento direto pelo que  as instituições financeiras poderão emprestar a um
Banco Central da República do Brasil, das operações de mesmo cliente ou grupo de empresas;
crédito com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49 XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre
desta Lei. (Vide Lei nº 8.392, de 30.12.91). encaixes, mobilizações e outras relações patrimoniais a se-
rem observadas pelas instituições financeiras;
O Conselho Monetário Nacional pode, ainda, autorizar XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatísti-
o Banco Central da República do Brasil a emitir, anualmente, ca a serem observadas pelas instituições financeiras;
até o limite de 10% (dez por cento) dos meios de pagamen‑ XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois
tos existentes a 31 de dezembro do ano anterior, para aten‑ anos o capital mínimo das instituições financeiras privadas,
der as exigências das atividades produtivas e da circulação levando em conta sua natureza, bem como a localização de
da riqueza do País, devendo, porém, solicitar autorização do suas sedes e agências ou filiais;
Poder Legislativo, mediante Mensagem do Presidente da Re‑ XIV - Determinar recolhimento de até 60% (sessen-
pública, para as emissões que, justificadamente, se tornarem ta por cento) do total dos depósitos e/ou outros títulos
necessárias além daquele limite. contábeis das instituições financeiras, seja na  forma de
Quando necessidades urgentes e imprevistas para o subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou
financiamento  dessas atividades o determinarem, pode o compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de
Conselho Monetário Nacional autorizar as emissões que se recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues
fizerem indispensáveis, solicitando imediatamente, através ao Banco Central do Brasil, na forma e condições que o
de Mensagem do Presidente da República, homologação do Conselho Monetário Nacional determinar, podendo este:
Poder Legislativo para as emissões assim realizadas. a) adotar percentagens diferentes em função;
- das regiões geoeconômicas;
II - Estabelecer condições para que o Banco Central da - das prioridades que atribuir às aplicações;
República do Brasil emita moeda-papel (Vetado) de curso - da natureza das instituições financeiras;
forçado, nos termos e limites decorrentes desta Lei, bem b) determinar percentuais que não serão recolhidos,
como as normas reguladoras do meio circulante; desde  que tenham sido reaplicados em financiamentos
III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições
pelo Banco Central  da República do Brasil, por meio dos fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. (Vide art 10,
quais se estimarão as necessidades globais de moeda e inciso III)
crédito;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

XV - Estabelecer para as instituições financeiras públi- XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução
cas, a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de di- dos processos de  empréstimos externos dos Estados, do
reito público que lhes detenham o controle acionário, bem Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do
como das respectivas autarquias e sociedades de econo- disposto no art. 63, nº II, da Constituição Federal;
mia mista, no cálculo a que se refere o inciso anterior; XXX - Expedir normas e regulamentação para  as de-
XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, signações e demais efeitos do art. 7º, desta lei. (Vide Lei nº
até o último dia do mês subsequente, relatório e mapas 9.069, de 29.6.1995) (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)
demonstrativos da aplicação dos recolhimentos compulsó- XXXI - Baixar normas que regulem as operações de
rios, (Vetado). câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e ou-
XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e ou- tras condições.
tras condições, as operações de redesconto e de emprésti- XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições
mo, efetuado com quaisquer instituições financeiras públi- financeiras e demais sociedades autorizadas a funcionar
cas e privado de natureza bancária; pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas su-
XVIII - Outorgar ao Banco Central da República do Bra- jeitas ao mesmo controle acionário ou coligadas. (Redação
sil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer dada pelo Del nº 2.290, de 21/11/86)
grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver § 1º O Conselho Monetário Nacional, no exercício das
sérias razões para prever a iminência de tal situação; atribuições previstas no inciso VIII deste artigo, poderá de-
XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Ban- terminar que o Banco Central da República do Brasil recuse
co Central da República do Brasil em suas transações com autorização para o funcionamento de novas instituições
títulos públicos e de entidades de que participe o Estado; financeiras, em função de conveniências de ordem geral.
XX - Autoriza o Banco Central da República do Brasil § 2º Competirá ao Banco Central da República do Brasil
e as instituições financeiras públicas federais a efetuar a acompanhar a execução dos orçamentos monetários e re-
subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emi- latar a matéria ao Conselho Monetário Nacional, apresen-
tidos ou de responsabilidade das sociedades de economia tando as sugestões que considerar convenientes.
mista e empresas do Estado; § 3º As emissões de moeda metálica serão feitas sem-
XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e pre contra recolhimento (Vetado) de igual montante em
cédulas.
dos corretores de fundos públicos;
§ 4º O Conselho Monetário nacional poderá convidar
XXII - Estatuir normas para as operações das  institui-
autoridades, pessoas ou entidades para prestar esclareci-
ções financeiras públicas, para preservar sua solidez e ade-
mentos considerados necessários.
quar seu funcionamento aos objetivos desta lei;
§ 5º Nas hipóteses do art. 4º, inciso I, e do § 6º, do art.
XXIII - Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital
49, desta lei, se o Congresso Nacional negar homologação
realizado e reservas livres, o limite além do qual os exce-
à emissão extraordinária efetuada, as autoridades respon-
dentes dos depósitos das instituições financeiras serão re-
sáveis serão responsabilizadas nos termos da Lei nº 1059,
colhidos ao Banco Central da República do Brasil ou aplica-
de 10/04/1950.
dos de acordo com as normas que o Conselho estabelecer; § 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará ao
XXIV - Decidir de sua própria organização; elaborando Congresso Nacional, até 31 de março de cada ano, relató-
seu regimento interno no prazo máximo de trinta (30) dias; rio da evolução da situação monetária e creditícia do País
XXV - Decidir da estrutura técnica e administrativa do no ano anterior, no qual descreverá, minuciosamente as
Banco Central da República do Brasil e fixar seu quadro de providências adotadas para cumprimento dos objetivos
pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vanta- estabelecidos nesta lei, justificando destacadamente os
gens de seus funcionários, servidores e diretores, caben- montantes das emissões de papel-moeda que tenham sido
do ao Presidente deste apresentar as respectivas propos- feitas para atendimento das atividades produtivas.
tas; (Vide Lei nº 9.650, 27.5.1998)  § 7º O Banco Nacional da Habitação é o principal ins-
XXVI - Conhecer dos recursos de decisões do Ban- trumento de execução da política habitacional do Governo
co Central da República do Brasil;  (Vide Lei nº9.069, de Federal e integra o sistema financeiro nacional, juntamen-
29.6.1995) te com as sociedades de crédito imobiliário, sob orienta-
XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do ção, autorização, coordenação e fiscalização do Conselho
Banco Central do Brasil e decidir sobre seu orçamento e Monetário Nacional e do Banco Central da República do
sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a Brasil, quanto à execução, nos termos desta lei, revogadas
forma e prazo de transferência de seus resultados para o as disposições especiais em contrário. (Vide Lei nº 9.069,
Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do Tribu- de29.6.1995)
nal de Contas da União. (Redação dada pelo Decreto Lei nº
2.376, de 25.11.1987) (Vide art 10, inciso III) Art. 5º As deliberações do Conselho Monetário Nacio-
XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcio- nal entendem-se de responsabilidade de seu Presidente
nem no País as mesmas vedações ou restrições equivalen- para os efeitos do art. 104, nº I, letra “b”, da Constituição
tes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação Federal e obrigarão também os órgãos oficiais, inclusive
a bancos brasileiros ali instalados ou que nelas desejem autarquias e sociedades de economia mista, nas atividades
estabelecer - se; que afetem o mercado financeiro e o de capitais.

7
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 6º O Conselho Monetário Nacional será integrado 13 - do Comércio;


pelos seguintes membros: (Redação dada pela Lei nº 5.362, 14 - da Indústria;
de 30.11.1967) (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)  15 - da Agropecuária;
I - Ministro da Fazenda que será o Presidente; (Redação 16 - das Cooperativas que operam em crédito.
dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967) 
II - Presidente do Banco do Brasil S. A.; (Redação dada II - de Mercado de Capitais, constituída de  represen-
pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)  tantes:
III - Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento 1 - do Ministério da Indústria e do Comércio;
Econômico; (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967) 2 - do Conselho Nacional da Economia.
IV - Sete (7) membros nomeados pelo Presidente da 3 - do Banco Central da República do Brasil;
República, após aprovação do Senado Federal, escolhidos 4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico;
entre brasileiros de ilibada reputação e notória capacidade 5 - dos Bancos Privados;
6 - das Sociedades de Crédito, Financiamento e Inves-
em assuntos econômico-financeiros, com mandato de sete
timentos;
(7) anos, podendo ser reconduzidos. (Redação dada pela Lei
7 - das Bolsas de Valores;
nº 5.362, de 30.11.1967)
8 - das Companhias de Seguros Privados e Capitaliza-
§ 1º O Conselho Monetário Nacional deliberará por
ção;
maioria de votos, com a presença, no mínimo, de 6 (seis) 9 - da Caixa de Amortização;
membros, cabendo ao Presidente também o voto de qua-
lidade. III - de Crédito Rural, constituída de representantes:
§ 2º Poderão participar das reuniões do Conselho Mo- 1 - do Ministério da Agricultura;
netário Nacional (VETADO) o Ministro da Indústria e do Co- 2 - da Superintendência da Reforma Agrária;
mércio e o Ministro para Assuntos de Planejamento e Eco- 3 - da Superintendência Nacional de Abastecimento;
nomia, cujos pronunciamentos constarão obrigatoriamente 4 - do Banco Central da República do Brasil;
da ata das reuniões. 5 - da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco
§ 3º Em suas faltas ou impedimentos, o Ministro da Fa- do Brasil S. A.;
zenda será substituído, na Presidência do Conselho Mone- 6 - da Carteira de Colonização de Banco do Brasil S.A.;
tário Nacional, pelo Ministro da  Indústria e do Comércio, 7 - do Banco Nacional de Crédito Cooperativo;
ou, na falta deste, pelo Ministro para Assuntos de Planeja- 8 - do Banco do Nordeste do Brasil S.A.;
mento e Economia. 9 - do Banco de Crédito da Amazônia S.A.;
§ 4º Exclusivamente motivos relevantes, expostos em 10 - do Instituto Brasileiro do Café;
representação fundamentada do Conselho Monetário Na- 11 - do Instituto do Açúcar e do Álcool;
cional, poderão determinar a exoneração de seus membros 12 - dos Banco privados;
referidos no inciso IV, deste artigo. 13 - da Confederação Rural Brasileira;
§ 5º Vagando-se cargo com mandato o substituto será 14 - das Instituições Financeiras Públicas Estaduais ou
nomeado com observância do disposto no inciso IV deste Municipais, que operem em crédito rural;
artigo, para completar o tempo do substituído. 15 - das Cooperativas de Crédito Agrícola;
§ 6º Os membros do Conselho Monetário Nacional, a
que se refere o inciso IV deste artigo, devem ser escolhidos IV - (Vetado).
levando-se em atenção, o quanto possível, as diferentes re- 1 - (Vetado).
2 - (Vetado).
giões geoeconômicas do País.
3 - (Vetado).
4 - (Vetado).
Art. 7º Junto ao Conselho Monetário Nacional funciona-
5 - (Vetado).
rão as seguintes Comissões Consultivas: (Vide Lei nº 9.069,
6 - (Vetado).
de 29.6.1995)I - Bancária, constituída de representantes: 7 - (Vetado).
1 - do Conselho Nacional de Economia; 8 - (Vetado).
2 - do Banco Central da República do Brasil; 9 - (Vetado)
3 - do Banco do Brasil S.A. 10 - (Vetado).
4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; 11 - (Vetado).
5 - do Conselho Superior das Caixas Econômicas Fe- 12 - (Vetado).
derais; 13 - (Vetado).
6 - do Banco Nacional de Crédito Cooperativo; 14 - (Vetado).
7 - do Banco do Nordeste do Brasil S. A.; 15 - (Vetado).
8 - do Banco de Crédito da Amazônia S. A.;
9 - dos Bancos e Caixas Econômicas Estaduais; V - de Crédito Industrial, constituída de representantes:
10 - dos Bancos Privados; 1 - do Ministério da Indústria e do Comércio;
11 - das Sociedades de Crédito, Financiamento e Inves- 2 - do Ministério Extraordinário para os Assuntos de
timentos; Planejamento e Economia;
12 - das Bolsas de Valores; 3 - do Banco Central da República do Brasil;

8
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; III - determinar o recolhimento de até cem por cento
5 - da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Ban- do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento
co do Brasil S.A.; de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja
6 - dos Banco privados; na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesou-
7 - das Sociedades de Crédito, Financiamento e Inves- ro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal,
timentos; seja através de recolhimento em espécie, em ambos os ca-
8 - da Indústria. sos entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e con-
dições por ele determinadas, podendo: (incluído pela Lei
§ 1º A organização e o funcionamento das Comissões nº 7.730, de 31.1.1989, renumerando-se os demais incisos)
Consultivas serão regulados pelo Conselho Monetário Na- a) adotar percentagens diferentes em função:
cional, inclusive prescrevendo normas que: 1. das regiões geoeconômicas;
a) lhes concedam iniciativa própria junto ao MESMO 2. das prioridades que atribuir às aplicações;
CONSELHO; 3. da natureza das instituições financeiras;
b) estabeleçam prazos para o obrigatório preenchi-
b) determinar percentuais que não serão recolhidos,
mento dos cargos nas referidas Comissões;
desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à
c) tornem obrigatória a audiência das Comissões Con-
agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por
sultivas, pelo Conselho Monetário Nacional, no trato das
matérias atinentes às finalidades específicas das referidas ele fixadas.
Comissões, ressalvado os casos em que se impuser sigilo. IV - Receber os recolhimentos compulsórios de  que
§ 2º Os representantes a que se refere este artigo serão trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos voluntários à
indicados pelas entidades nele referida se designados pelo vista das instituições financeiras, nos termos do inciso III e
Conselho Monetário Nacional. § 2º  do art. 19.  (Renumerado com redação dada pela Lei
§ 3º O Conselho Monetário Nacional, pelo voto de nº 7.730, de 31/01/89)
2/3 (dois terços) de seus membros, poderá ampliar a com- V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a
petência das Comissões Consultivas, bem como admitir a instituições financeiras bancárias e as referidas no Art. 4º,
participação de representantes de entidades não mencio- inciso XIV, letra “b”, e no § 4º do Art. 49 desta lei; (Renume-
nadas neste artigo, desde que tenham funções diretamen- rado pela Lei nº7.730, de 31/01/89) 
te relacionadas com suas atribuições. VI - Exercer o controle do  crédito sob todas as suas
formas; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de31/01/89) 
CAPÍTULO III VII - Efetuar o controle dos  capitais estrangeiros, nos
Do Banco Central da República do Brasil termos da lei; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)
VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e
Art. 8º A atual Superintendência da Moeda e do Crédito é moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer
transformada em autarquia federal, tendo sede e foro na Ca- com estas últimas todas e quaisquer operações previstas
pital da República, sob a denominação de Banco Central da no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário Internacio-
República do Brasil, com personalidade jurídica e patrimônios nal; (Redação dada pelo Del nº 581, de14/05/69) (Renume-
próprios este constituído dos bens, direitos e valores que lhe rado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) 
são transferidos na forma desta Lei e ainda da apropriação dos IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e
juros e rendas resultantes, na data da vigência desta lei, do dis- aplicar as penalidades previstas; (Renumerado pela Lei nº
posto no art. 9º do Decreto-Lei número 8495, de28/12/1945, 7.730, de 31/01/89)
dispositivo que ora é expressamente revogado. X - Conceder autorização às instituições financeiras,
Parágrafo único: Os resultados obtidos pelo Banco
a fim de que possam: (Renumerado pela Lei nº 7.730, de
Central do Brasil, consideradas as receitas e despesas de
31/01/89) 
todas as suas operações, serão, a partir de 1º de janeiro
a) funcionar no País;
de 1988, apurados pelo regime de competência e transfe-
ridos para o Tesouro Nacional, após compensados even- b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências,
tuais prejuízos de exercícios anteriores. (Redação dada pelo inclusive no exterior;
Del nº 2.376, de 25/11/87) c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou en-
campadas;
Art. 9º Compete ao Banco Central da República do d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda
Brasil cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são habitual de títulos da dívida pública federal, estadual ou
atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros
pelo Conselho Monetário Nacional. títulos de crédito ou mobiliários;

Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcio-
República do Brasil: namento;
I - Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condi- f) alterar seus estatutos.
ções e limites autorizados pelo Conselho Monetário Na- g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu
cional (Vetado). controle acionário. (Incluído pelo Del nº 2.321, de 25/02/87) 
II - Executar os serviços do meio-circulante;

9
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

XI - Estabelecer condições para a posse e para o exer- ção financeira, ficando essas pessoas sujeitas ao disposto
cício de quaisquer cargos de administração de institui- no artigo 44, § 8º, desta lei. (Incluído pelo Del nº 2.321, de
ções financeiras privadas, assim como para o exercício de 25/02/87) 
quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e seme- § 2º O Banco Central da República do Brasil instala-
lhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Con- rá delegacias, com autorização do Conselho Monetário
selho Monetário Nacional; (Renumerado pela Lei nº 7.730, Nacional, nas diferentes regiões geoeconômicas do País,
de 31/01/89) tendo em vista a descentralização administrativa para dis-
XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, tribuição e recolhimento da moeda e o cumprimento das
operações de compra e venda de títulos públicos fede- decisões adotadas pelo mesmo Conselho ou prescritas em
rais; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) lei. (Renumerado pelo Del nº 2.321,de 25/02/87)
XIII - Determinar que as matrizes das instituições finan-
ceiras registrem os cadastros das firmas que operam com Art. 12. O Banco Central da República do Brasil operará
suas agências há mais de um ano. (Renumerado pela Lei nº exclusivamente com instituições financeiras públicas e pri-
7.730, de31/01/89)  vadas, vedadas operações bancárias de qualquer natureza
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inci- com outras pessoas de direito público ou privado, salvo as
so IX deste artigo, com base nas normas estabelecidas pelo expressamente autorizadas por lei.
Conselho Monetário Nacional, o Banco Central da Repúbli-
ca do Brasil, estudará os pedidos que lhe sejam formulados Art. 13. Os encargos e serviços de competência do Ban-
e resolverá conceder ou recusar a autorização pleiteada, co Central, quando por ele não executados diretamente,
podendo (Vetado) incluir as cláusulas que reputar conve- serão contratados de preferência com o Banco do Brasil S.
nientes ao interesse público. A., exceto nos casos especialmente autorizados pelo Con-
§ 2º Observado o disposto no  parágrafo anterior, as selho Monetário Nacional. (Redação dada pelo Del nº 278,
instituições financeiras estrangeiras dependem de autori- de 28/02/67)
zação do Poder Executivo, mediante decreto, para que pos-
sam funcionar no País (Vetado). Art. 14. O Banco Central do Brasil será administrado
por uma Diretoria de cinco (5) membros, um dos quais será
o Presidente, escolhidos pelo Conselho Monetário Nacio-
Art. 11.Compete ainda ao Banco Central da República
nal dentre seus membros mencionados no inciso IV do art.
do Brasil;
6º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)
I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com
(Vide Decreto nº 91.961, de 19.11.1985)
as instituições financeiras estrangeiras e internacionais;
§ 1º O Presidente do Banco Central da República do
II - Promover, como agente do Governo Federal, a co-
Brasil será substituído pelo Diretor que o Conselho Mone-
locação de empréstimos internos ou externos, podendo,
tário Nacional designar.
também, encarregar-se dos respectivos serviços;
§ 2º O término do mandato, a renúncia ou a perda da
III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mer- qualidade Membro do Conselho Monetário Nacional deter-
cado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio minam, igualmente, a perda da função de Diretor do Banco
e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para Central da República do Brasil.
esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem
como realizar  operações de crédito no exterior, inclusive Art. 15. O regimento interno do Banco Central da Repú-
as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os blica do Brasil, a que se refere o inciso XXVII, do art. 4º, des-
mercados de câmbio financeiro e comercial; (Redação dada ta lei, prescreverá as atribuições do Presidente e dos Direto-
pelo Del nº 581, de 14/05/69) res e especificará os casos que dependerão de deliberação
IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades da Diretoria, a qual será tomada por maioria de votos, pre-
de economia mista e empresas do Estado; sentes no mínimo o Presidente ou seu substituto eventual
V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acor- e dois outros Diretores, cabendo ao Presidente também o
do com as condições estabelecidas pelo Conselho Mone- voto de qualidade.
tário Nacional; Parágrafo único. A Diretoria se reunirá, ordinariamente,
VI - Regular a execução dos serviços de compensação uma vez por semana, e, extraordinariamente, sempre que
de cheques e outros papéis; necessário, por convocação do Presidente ou a requerimen-
VII - Exercer permanente vigilância nos mercados  fi- to de, pelo menos, dois de seus membros.
nanceiros e de capitais sobre empresas que, direta ou in- Art. 16. Constituem receita do Banco Central do Brasil as
diretamente, interfiram nesses mercados e em relação  às rendas: (Redação dada pelo Del nº2.376, de 25/11/87)
modalidades ou processos operacionais que utilizem; I - de operações financeiras e de outras aplicações de
VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Na- seus recursos; (Redação dada pelo Del nº2.376, de 25/11/87)
cional, os serviços de sua Secretaria. II- das operações de câmbio, de  compra e venda de
ouro e de quaisquer outras operações em moeda estrangei-
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inci- ra;(Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87) 
so VIII do artigo 10 desta lei, o Banco Central do Brasil po- III - eventuais, inclusive as derivadas de multas e de ju-
derá examinar os livros e documentos das pessoas naturais ros de mora aplicados por força do disposto na legislação
ou jurídicas que detenham o controle acionário de institui- em vigor.(Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)

10
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 1º Do resultado das operações de cambio de que trata § 2º O Banco Central da Republica do Brasil, no exercí-
o inciso II deste artigo ocorrido a partir da data de entrada cio da fiscalização que lhe compete, regulará as condições
em vigor desta lei, 75% (setenta e cinco por cento) da parte de concorrência entre instituições financeiras, coibindo-lhes
referente ao lucro realizado, na compra e venda de moeda os abusos com a aplicação da pena (Vetado) nos termos
estrangeira destinar-se-á à formação de reserva monetária do desta lei.
Banco Central do Brasil, que registrará esses recursos em conta § 3º Dependerão de prévia autorização do Banco Cen-
específica, na forma que for estabelecida pelo Conselho Mo- tral da República do Brasil as campanhas destinadas à coleta
netário Nacional. (Renumerado pelo Del nº 2.076, de 20/12/83)  de recursos do público, praticadas por pessoas físicas ou ju-
§ 2º A critério do Conselho Monetário Nacional, pode- rídicas abrangidas neste artigo, salvo para subscrição pública
rão também ser destinados à reserva monetária de que tra- de ações, nos termos da lei das sociedades por ações.
ta o § 1º os recursos provenientes de rendimentos gerados
por: (Parágrafo incluído pelo Del nº 2.076, de 20/12/83) SEÇÃO II
a) suprimentos específicos do Banco Central do Brasil DO BANCO DO BRASIL S. A.
ao Banco do Brasil S.A. concedidos nos termos do § 1º do
artigo 19 desta lei;
Art. 19. Ao Banco do Brasil S. A. competirá precipua-
b) suprimentos especiais do Banco Central do Brasil aos
mente, sob a supervisão do Conselho Monetário Nacional e
Fundos e Programas que administra.
como instrumento de execução da política creditícia e finan-
§ 3º O Conselho Monetário Nacional estabelecerá, ob-
servado o disposto no § 1º do artigo 19desta lei, a cada exer- ceira do Governo Federal:
cício, as bases da remuneração das operações referidas no I - na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Na-
§ 2º e as condições para incorporação desses rendimentos cional, sem prejuízo de outras funções que lhe venham a ser
à referida reserva monetária. (Parágrafo incluído pelo Del nº atribuídas e, ressalvado o disposto no art. 8º, da Lei nº 1628,
2.076, de 20/12/83) de 20 de junho de1952:
a) receber, a crédito do Tesouro Nacional, as importân-
CAPÍTULO IV cias provenientes da arrecadação de tributos ou rendas fe-
DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS derais e ainda o produto das operações de que trata o art.
49, desta lei;
SEÇÃO I b) realizar os pagamentos e suprimentos necessários
Da caracterização e subordinação à execução do Orçamento Geral da União e leis complemen-
tares, de acordo com as autorizações que lhe forem trans-
Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os mitidas pelo Ministério da Fazenda, as quais não poderão
efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas exceder o montante global dos recursos a que se refere a
ou privadas, que tenham como atividade principal ou aces- letra anterior, vedada a concessão, pelo Banco, de créditos
sória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos finan- de qualquer natureza ao Tesouro Nacional;
ceiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou es- c) conceder aval, fiança e outras garantias,  consoante
trangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. expressa autorização legal;
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação d) adquirir e financiar estoques de produção exportável;
em vigor, equiparam-se às instituições  financeiras as pes- e) executar a política de preços mínimos dos produtos
soas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas agropastoris;
neste artigo, de forma permanente ou eventual. f) ser agente pagador e recebedor fora do País;
g) executar o serviço da dívida pública consolidada;
Art. 18. As instituições financeiras somente poderão fun- II - como principal executor dos serviços bancários de
cionar no País mediante prévia autorização do Banco Central
interesse do Governo Federal, inclusive suas autarquias, re-
da República do Brasil ou decreto do Poder Executivo, quan-
ceber em depósito, com exclusividade, as  disponibilidades
do forem estrangeiras.
de quaisquer entidades federais, compreendendo as repar-
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou
privados, das sociedades de crédito, financiamento e inves- tições de todos os ministérios civis e militares, instituições de
timentos, das caixas econômicas e das cooperativas de cré- previdência e outras autarquias, comissões, departamentos,
dito ou a seção de crédito das cooperativas que a tenham, entidades em regime especial de administração e quaisquer
também se subordinam às disposições e disciplina desta lei pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por adiantamentos,
no que for aplicável, as bolsas de valores, companhias de ressalvados o disposto no § 5º deste artigo, as exceções pre-
seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam dis- vistas em lei ou casos especiais, expressamente autorizados
tribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, pelo Conselho Monetário Nacional, por proposta do Banco
mediante sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer Central da República do Brasil;
forma, e as pessoas  físicas ou  jurídicas que exerçam, por III - arrecadar os depósitos voluntários, à vista, das ins-
conta própria ou de terceiros, atividade relacionada com tituições de que trata o inciso III, do art.10, desta lei, escri-
a compra e venda de ações e outros quaisquer títulos, rea- turando as respectivas contas;  (Redação dada pelo Del nº
lizando nos mercados financeiros e de capitais operações 2.284, de 10/03/86)
ou serviços de natureza dos executados pelas instituições IV - executar os serviços de compensação de cheques e
financeiras. outros papéis;

11
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

V - receber, com exclusividade, os  depósitos de que § 1º A nomeação do Presidente do Banco do Brasil S.
tratam os artigos 38, item 3º, do Decreto-lei nº 2.627, de A. será feita pelo Presidente da República, após aprovação
26 de setembro de 1940, e 1º do Decreto-lei nº 5.956, de do Senado Federal.
01/11/43, ressalvado o disposto no art. 27, desta lei; § 2º As substituições eventuais do Presidente do Banco
VI - realizar, por conta própria, operações de compra e do Brasil S. A. não poderão exceder o prazo de 30 (trinta)
venda de moeda estrangeira e, por contado Banco Central dias consecutivos, sem que o Presidente da República sub-
da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo meta ao Senado Federal o nome do substituto.
Conselho Monetário Nacional; § 3º (Vetado).
VII - realizar recebimentos ou pagamentos e  outros § 4º (Vetado).
serviços de interesse do Banco Central  da República do
Brasil, mediante contratação na forma do art. 13, desta lei; SEÇÃO III
VIII - dar execução à política de comércio exterior (Ve- DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PÚBLICAS
tado).
IX - financiar a aquisição e instalação da pequena e mé- Art. 22. As instituições financeiras públicas são órgãos
dia propriedade rural, nos termos da legislação que regular auxiliares da execução da política de crédito do Governo
a matéria; Federal.
X - financiar as atividades industriais e rurais, estas com § 1º O Conselho Monetário Nacional regulará as ativi-
o favorecimento referido no art. 4º, inciso IX, e art. 53, desta dades, capacidade e modalidade operacionais das institui-
lei; ções financeiras públicas federais, que deverão submeter à
XI - difundir e orientar o crédito, inclusive às atividades aprovação daquele órgão, com a prioridade por ele prescri-
comerciais suplementando a ação dar e de bancária; ta, seus programas de recursos e aplicações, deforma que
a) no financiamento das atividades econômicas, aten- se ajustem à política de crédito do Governo Federal.
dendo às necessidades creditícias das diferentes regiões § 2º A escolha dos Diretores ou Administradores das
do País; instituições financeiras públicas federais e a nomeação dos
b) no financiamento das exportações e  importações. respectivos Presidentes e designação dos substitutos ob-
(Vide Lei nº 8.490 de 19.11.1992) servarão o disposto no art. 21, parágrafos 1º e 2º, desta lei.
§ 1º - O Conselho Monetário Nacional assegurará re- § 3º A atuação das instituições financeiras públicas será
cursos específicos que possibilitem ao Banco do Brasil S. A., coordenada nos termos do art. 4º desta lei.
sob adequada remuneração, o atendimento dos encargos
previstos nesta lei. Art. 23. O Banco Nacional do Desenvolvimento Eco-
§ 2º - Do montante global dos depósitos arrecadados, nômico é o principal instrumento de execução de política
na forma do inciso III deste artigo o Banco do Brasil S. A. de investimentos do Governo Federal, nos termos das Leis
Colocará à disposição do Banco Central da República números 1628, de 20/06/1952 e 2973, de 26/11/1956.Art.
do Brasil, observadas as normas que forem estabelecidas 24. As instituições financeiras públicas não federais ficam
pelo Conselho Monetário Nacional, a parcela que exceder sujeitas às disposições relativas às instituições financeiras
as necessidades normais de movimentação das contas res- privadas, assegurada a forma de constituição das existentes
pectivas, em função dos serviços aludidos no inciso IV des- na datada publicação desta lei.
te artigo. Parágrafo único. As Caixas Econômicas Estaduais equi-
§ 3º - Os encargos referidos no inciso I, deste artigo, param-se, no que couber, às Caixas  Econômicas Federais,
serão objeto de contratação entre o Banco do Brasil S. A. para os efeitos da legislação em vigor, estando isentas do
e a União Federal, esta representada pelo Ministro da Fa- recolhimento a que se refere o art. 4º, inciso XIV, e à taxa de
zenda. fiscalização, mencionada no art. 16, desta lei.
§ 4º - O Banco do Brasil S. A. prestará ao Banco Central
da República do Brasil todas as informações por este, julga- SEÇÃO IV
das necessárias para a exata execução desta lei. DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRIVADAS
§ 5º - Os depósitos de que trata o inciso II deste artigo,
também  poderão ser feitos nas Caixas econômicas Fede- Art. 25. As instituições financeiras privadas, exceto
rais, nos limites e condições fixadas pelo Conselho Mone- as cooperativas de crédito, constituir-se-ão unicamente sob
tário Nacional. a forma de sociedade anônima, devendo a totalidade de
seu capital com direito a voto ser representada por ações
Art. 20. O Banco do Brasil S. A. e o Banco Central da nominativas. (Redação dada pela Lei nº 5.710, de 07/10/71) 
República do Brasil elaborarão, em conjunto, o programa § 1º Observadas as normas fixadas pelo Conselho Mo-
global de aplicações e recursos do primeiro, para fins de netário Nacional as instituições a que se refere este artigo
inclusão nos orçamentos monetários de que trata o inciso poderão emitir até o limite de 50% de seu capital social em
III, do artigo 4º desta lei. ações preferenciais, nas formas nominativas, e ao porta-
dor, sem direito a voto, às quais não se aplicará o dispos-
Art. 21. O Presidente e os Diretores do Banco do Brasil to no parágrafo único do art. 81 do Decreto-lei nº 2.627,
S. A. deverão ser pessoas de reputação ilibada e notória de 26 de setembro de 1940. (Incluído pela Lei nº 5.710, de
capacidade. 07/10/71)

12
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 2º A emissão de ações preferenciais ao portador, que concedida expressamente, ressalvados os casos de garan-
poderá ser feita em virtude de aumento de capital, conver- tia de subscrição, nas condições que forem estabelecidas,
são de ações ordinárias ou de ações preferenciais nomina- em caráter geral, pelo Conselho Monetário Nacional.
tivas, ficará sujeita a alterações prévias dos estatutos das Parágrafo único (Vetado).
sociedades, a fim de que sejam neles incluídas as declara-
ções sobre:  (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71) Art. 31. As instituições financeiras levantarão balanços
I - as vantagens, preferenciais e restrições atribuídas a gerais a 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano, obri-
cada classe de ações preferenciais, de acordo com o Decre- gatoriamente, com observância das regras contábeis esta-
to-lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940; (Incluído pela belecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Lei nº 5.710, de07/10/71)
II - as formas e prazos em que poderá ser autorizada a Art. 32. As instituições financeiras públicas deverão
conversão das ações, vedada a conversão das ações prefe- comunicar ao Banco Central da República do Brasil a no-
renciais em outro tipo de ações com direito a voto. (Incluí- meação ou a eleição de diretores e membros de órgãos
consultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias da
do pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)
data de sua ocorrência.
§ 3º Os títulos e cautelas representativas das ações pre-
Art. 33. As instituições financeiras privadas deverão co-
ferenciais, emitidos nos termos dos parágrafos anteriores,
municar ao Banco Central da República do Brasil os atos
deverão conter expressamente as restrições ali especifica-
relativos à eleição de diretores e membros de órgão con-
das. (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)  sultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias de sua
ocorrência, de acordo com o estabelecido no art. 10,inciso
Art. 26. O capital inicial das instituições financeiras pú- X, desta lei.
blicas e privadas será sempre realizado em moeda corrente. § 1º O Banco Central da República do Brasil, no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias, decidirá aceitar ou recusar
Art. 27.Na subscrição do capital inicial e na de seus au- o nome do eleito, que não atender às condições a que se
mentos em moeda corrente, será exigida no ato a realiza- refere o artigo 10, inciso X, desta lei.
ção de, pelo menos 50% (cinquenta por cento) do montan- § 2º A posse do eleito dependerá da aceitação a que se
te subscrito. refere o parágrafo anterior.
§ 1º As quantias recebidas dos subscritores de ações § 3º Oferecida integralmente a documentação prevista
serão recolhidas no prazo de 5 (cinco)dias, contados do nas normas referidas no art. 10, inciso X, desta lei, e decor-
recebimento, ao Banco Central da República do Brasil, per- rido, sem manifestação do Banco Central da República do
manecendo indisponíveis até a solução do respectivo pro- Brasil, o prazo mencionado no § 1º deste artigo, entender-
cesso. se-á não ter havido recusa a posse.
§ 2º O remanescente do capital  subscrito, inicial ou
aumentado, em moeda corrente, deverá ser integralizado Art. 34. É vedado às instituições financeiras conce-
dentro de um ano da data da solução do respectivo pro- der empréstimos ou adiantamentos:
cesso. I - A seus diretores e membros dos conselhos consulti-
vos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos
Art. 28. Os aumentos de capital que não forem realiza- respectivos cônjuges;
dos em moeda corrente, poderão decorrer da incorpora- II - Aos parentes, até o 2º  grau, das pessoas a que
ção de reservas, segundo normas expedidas pelo Conselho se refere o inciso anterior;
Monetário Nacional, e da reavaliação da parcela dos bens III - As pessoas físicas ou  jurídicas que participem de
seu capital, com mais de 10% (dez por cento), salvo auto-
do ativo imobilizado, representado por imóveis de uso e
rização específica do Banco Central da República do Brasil,
instalações, aplicados no caso, como limite máximo, os ín-
em cada caso, quando se tratar de operações lastreadas por
dices fixados pelo Conselho Nacional de Economia.
efeitos comerciais resultantes de transações de compra e
venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fi-
Art. 29. As instituições financeiras privadas deverão xados pelo Conselho Monetário Nacional, em caráter geral;
aplicar, de preferência, não menos de 50% (cinquenta por IV - As pessoas jurídicas de  cujo capital participem,
cento) dos depósitos do público que recolherem, na res- com mais de 10% (dez por cento);
pectiva Unidade Federada ou Território. V - Às pessoas jurídicas de cujo capital participem com
§ 1º O Conselho Monetário Nacional poderá, em casos mais de 10% (dez por cento), quaisquer dos diretores ou
especiais, admitir que o percentual referido neste artigo administradores da própria instituição  financeira, bem
seja aplicado em cada Estado e Território isoladamente ou como seus cônjuges e respectivos parentes, até o 2º grau.
por grupos de Estados e Territórios componentes da mes- § 1º A infração ao disposto no inciso I, deste artigo,
ma região geoeconômica. constitui crime e sujeitará os responsáveis pela transgres-
são à pena de reclusão de um a quatro anos, aplicando-se,
Art. 30. As instituições financeiras de direito  privado, no que couber, o Código Penal e o Código de Processo
exceto as de investimento, só poderão participar de capital Penal. (Vide Lei 7.492, de 16.7.1986)
de quaisquer sociedades com prévia autorização do Banco § 2º O disposto no inciso IV deste artigo não se aplica
Central da República do Brasil, solicitada justificadamente e às instituições financeiras públicas.

13
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 35. É vedado ainda às instituições financeiras: à multa igual ao dobro do valor do empréstimo ou adianta-
I - Emitir debêntures e partes beneficiárias; mento concedido, cujo processamento obedecerá, no que
II - Adquirir bens imóveis não destinados ao próprio couber, ao disposto no art. 44,desta lei.
uso, salvo os recebidos em liquidação de empréstimos de
difícil ou duvidosa solução, caso em que deverão vendê-los Art. 44. As infrações aos dispositivos desta lei sujeitam
dentro do prazo de um (1) ano, a contar do recebimento, as instituições financeiras, seus diretores, membros de con-
prorrogável até duas vezes, a critério do Banco Central da selhos administrativos, fiscais e semelhantes, e gerentes,
República do Brasil. às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras estabele-
Parágrafo único. As instituições financeiras que não re- cidas na legislação vigente:
cebem depósitos do público poderão emitir debêntures, I - Advertência.
desde que previamente autorizadas pelo Banco Central do II - Multa pecuniária variável.
Brasil, em cada  caso.  (Redação dada pelo Decreto-lei nº III - Suspensão do exercício de cargos.
2.290, de 21/11/86)  IV - Inabilitação temporária ou permanente para
o exercício de cargos de direção na administração ou ge-
Art. 36. As instituições financeiras não poderão manter rência em instituições financeiras.
aplicações em imóveis de uso próprio, que, somadas ao V - Cassação da autorização de funcionamento das
seu ativo em instalações, excedam o valor de seu capital instituições financeiras públicas, exceto as federais, ou pri-
realizado e reservas livres. vadas.
Art. 37. As instituições financeiras, entidades e pessoas VI - Detenção, nos termos do § 7º, deste artigo.
referidas nos artigos 17 e 18 desta lei, bem como os cor- VII - Reclusão, nos termos dos artigos 34 e 38, desta lei.
retores de fundos públicos, ficam, obrigados a fornecer ao § 1º A pena de advertência será aplicada pela inobser-
Banco Central da República do Brasil, na forma por ele de- vância das disposições constantes da legislação em vigor,
terminada, os dados ou informes julgados necessários para ressalvadas as sanções nela previstas, sendo cabível tam-
o fiel desempenho de suas atribuições. bém nos casos de fornecimento de informações inexatas,
de escrituração mantida em atraso ou processada em de-
Art. 38. Revogado. sacordo com as normas expedidas de conformidade com o
art. 4º, inciso XII, desta lei.
Art. 39. Aplicam-se às instituições financeiras estran- § 2º As multas serão aplicadas até 200 (duzentas) vezes
geiras, em funcionamento ou que venham a se instalar o maior salário-mínimo vigente no País, sempre que as ins-
no País, as disposições da presente lei, sem prejuízo das tituições financeiras, por negligência ou dolo:
que se contém na legislação vigente. a) advertidas por irregularidades que tenham sido pra-
ticadas, deixarem de saná-las no prazo que lhes for assina-
Art. 40. As cooperativas de crédito não poderão con- lado pelo Banco Central da República do Brasil;
ceder empréstimos se não a seus cooperados com mais de b) infringirem as disposições desta lei relativas ao ca-
30 dias de inscrição. pital, fundos de reserva, encaixe, recolhimentos compulsó-
Parágrafo único  . Aplica-se às seções de crédito das rios, taxa de fiscalização, serviços e operações, não atendi-
cooperativas de qualquer tipo o disposto neste artigo. mento ao disposto nos arts. 27 e 33, inclusive as vedadas
nos arts. 34 (incisos II a V), 35 a 40 desta lei, e abusos de
Art. 41. Não se consideram como sendo operações de concorrência (art. 18, § 2º);
seções de crédito as vendas a prazo realizadas pelas coo- c) opuserem embaraço à fiscalização do Banco Central
perativas agropastoris a seus associados de bens e produ- da República do Brasil.
tos destinados às suas atividades econômicas. § 3º As multas cominadas neste  artigo serão pagas
mediante recolhimento ao Banco Central da República do
CAPÍTULO V Brasil, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados do re-
DAS PENALIDADES cebimento da respectiva notificação, ressalvado o disposto
no § 5º deste artigo e serão cobradas judicialmente, com o
Art. 42. O art. 2º, da Lei nº 1808, de 07 de janeiro de acréscimo da mora de 1% (um por cento) ao mês, contada
1953, terá a seguinte redação: “Art. 2º Os diretores e ge- da data da aplicação da multa, quando não forem liquida-
rentes das  instituições financeiras respondem solidaria- das naquele prazo;
mente pelas obrigações assumidas pelas mesmas durante § 4º As penas referidas nos incisos III e IV, deste artigo,
sua gestão, até que elas se cumpram. serão aplicadas quando forem verificadas infrações graves
Parágrafo único. Havendo prejuízos, a responsabilidade na condução dos interesses da instituição financeira ou
solidária se circunscreverá ao respectivo montante.” (Vide quando dá reincidência específica, devidamente caracteri-
Lei nº 6.024, de 1974)  zada em transgressões anteriormente punidas com multa.
§ 5º As penas referidas nos incisos II, III e IV deste ar-
Art. 43. O responsável ela instituição financeira que au- tigo serão aplicadas pelo Banco Central da República do
torizar a concessão de empréstimo ou adiantamento ve- Brasil admitido recurso, com efeito suspensivo, ao Conse-
dado nesta lei, se o fato não constituir crime, ficará sujeito, lho Monetário Nacional, interposto dentro de 15 dias, con-
sem prejuízo das sanções administrativas ou civis cabíveis, tados do recebimento da notificação.

14
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 6º É vedada qualquer participação em multas, as quais Art. 48. Concluídos os acertos financeiros previstos no
serão recolhidas integralmente ao Banco Central da Repú- artigo anterior, a responsabilidade da moeda em circula-
blica do Brasil. ção passará a ser do Banco Central da República do Brasil.
§ 7º Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem
como instituição financeira, sem estar devidamente auto- Art. 49. As operações de crédito da União, por anteci-
rizadas pelo Banco Central da Republica do Brasil, ficam pação de receita orçamentária ou a qualquer outro título,
sujeitas à multa referida neste artigo e detenção de 1 a 2 dentro dos limites legalmente autorizados, somente serão
anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica, seus realizadas mediante colocação de obrigações, apólices ou
diretores e administradores. letras do Tesouro Nacional.
§ 8º No exercício da fiscalização prevista no art. 10, in- § 1º A lei de orçamento, nos termos do artigo 73, § 1º
ciso VIII, desta lei, o Banco Central da República do Brasil inciso II, da Constituição Federal, determinará quando for
poderá exigir das instituições financeiras ou das pessoas o caso, a parcela do déficit que poderá ser coberta pela
físicas ou jurídicas, inclusive as referidas no parágrafo ante- venda de títulos do Tesouro Nacional diretamente ao Ban-
rior, a exibição a funcionários seus, expressamente creden- co Central da República do Brasil.
ciados, de documentos, papéis e livros de escrituração, con- § 2º O Banco Central da República do Brasil mediante
siderando-se a negativa de atendimento como embaraço á autorização do Conselho Monetário Nacional baseada na
fiscalização sujeito á pena de multa, prevista no § 2º deste lei orçamentária do exercício, poderá adquirir diretamente
artigo, sem prejuízo de outras medidas e sanções cabíveis. letras do Tesouro Nacional, com emissão de papel-moeda.
§ 9º A pena de cassação, referida no inciso V, deste ar- § 3º O Conselho Monetário Nacional decidirá, a seu
tigo, será aplicada pelo Conselho Monetário Nacional, por exclusivo critério, a política de sustentação em bolsa da
proposta do Banco Central da República do Brasil, nos casos cotação dos títulos de emissão do Tesouro Nacional.
de reincidência específica de infrações anteriormente puni- § 4º No caso de despesas urgentes e inadiáveis do Go-
das com as penas previstas nos incisos III e IV deste artigo. verno Federal, a serem atendidas mediante créditos suple-
Art. 45. As instituições financeiras públicas não federais mentares ou especiais, autorizados após a lei do orçamen-
e as privadas estão sujeitas, nos termos da legislação vigen-
to, o Congresso Nacional determinará, especificamente, os
te, à intervenção efetuada pelo Banco Central da República
recursos a serem utilizados na cobertura de tais despesas,
do Brasil ou à liquidação extrajudicial.
estabelecendo, quando a situação do Tesouro Nacional for
Parágrafo único. A partir da vigência desta lei, as insti-
deficitária, a discriminação prevista neste artigo.
tuições de que trata este artigo não poderão impetrar con-
§ 5º Na ocorrência das hipóteses citadas no parágrafo
cordata.
único, do artigo 75, da Constituição Federal, o Presidente
da República poderá determinar que o Conselho Mone-
CAPÍTULO VI
tário Nacional, através do Banco Central da República do
DISPOSIÇÕES GERAIS
Brasil, faça a aquisição de letras do Tesouro Nacional com
Art. 46. Ficam transferidas as atribuições legais e regu- a emissão de papel-moeda até o montante do crédito ex-
lamentares do Ministério da Fazenda relativamente ao meio traordinário que tiver sido decretado.
circulante inclusive as exercidas pela Caixa de Amortização § 6º O Presidente da República fará acompanhar a de-
para o Conselho Monetário Nacional, e (VETADO) para o terminação ao Conselho Monetário Nacional, mencionada
Banco Central da República do Brasil. no parágrafo anterior, de cópia da mensagem que deverá
dirigir ao Congresso Nacional, indicando os motivos que
Art. 47. Será transferida à responsabilidade do Tesou- tornaram indispensável a emissão e solicitando a sua ho-
ro Nacional, mediante encampação, sendo definitivamente mologação.
incorporado ao meio circulante o montante das emissões § 7º As letras do Tesouro Nacional, colocadas por an-
feitas por solicitação da Carteira de Redescontos do Banco tecipação de receita, não poderão ter vencimentos poste-
do Brasil S.A. e da Caixa de Mobilização Bancária. riores a 120 (cento e vinte) dias do encerramento do exer-
§ 1º O valor correspondente à encampação será des- cício respectivo.
tinado à liquidação das responsabilidades financeiras do § 8º Até 15 de março do ano seguinte, o Poder Execu-
Tesouro Nacional no Banco do Brasil S. A., inclusive as de- tivo enviará mensagem ao Poder Legislativo, propondo a
correntes de operações de câmbio concluídas até a data da forma de liquidação das letras do Tesouro Nacional emiti-
vigência desta lei, mediante aprovação especificado Poder das no exercício anterior e não resgatadas.
Legislativo, ao qual será submetida a lista completa dos dé- § 9º É vedada a aquisição dos títulos mencionados
bitos assim amortizados. neste artigo pelo Banco do Brasil S.A. e pelas instituições
§ 2º Para a liquidação do saldo remanescente das res- bancárias de que a União detenha a maioria das ações.
ponsabilidades do Tesouro Nacional, após a encampação
das emissões atuais por solicitação da Carteira de Redes- Art. 50. O Conselho Monetário Nacional, o Banco Cen-
contos do Banco do Brasil S.A. e da Caixa de Mobilização tral da República do Brasil, o Banco Nacional do Desen-
Bancária, o Poder Executivo submeterá ao Poder Legislativo volvimento Econômico, o Banco do Brasil S.A., O Banco do
proposta específica, indicando os recursos e os meios ne- Nordeste do Brasil S.A. e o Banco de Crédito da Amazônia
cessários a esse fim. S. A. gozarão dos favores, isenções e privilégios, inclusive

15
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

fiscais, que são próprios da Fazenda Nacional, ressalvado a) tenham sido admitidos nas respectivas institui-
quanto aos três, últimos, o regime especial de tributação ções de origem, consoante determina o inciso I, deste artigo;
do Imposto de Renda a que estão sujeitos, na forma da b) estejam em exercício (Vetado) há mais de dois anos;
legislação em vigor. c) seja a opção aceita pela Diretoria do Banco Central
Parágrafo único. São mantidos os favores, isenções e da República do Brasil, que sobre ela deverá pronunciar-se
privilégios de que atualmente gozam as instituições finan- conclusivamente no prazo máximo de três meses, contados
ceiras. da entrega do respectivo requerimento.

Art. 51. Ficam abolidas, após 3 (três) meses da data Art. 53. (Revogado pela Lei nº 4.829, de 05/11/65)
da vigência desta Lei, as exigências de “visto” em “pedi-  
dos de licença” para efeitos de exportação, excetuadas as CAPÍTULO VII
referentes a armas, munições, entorpecentes, materiais Disposições Transitórias
estratégicos, objetos e obras de valor artístico, cultural ou
histórico. (Vide Lei nº 5.025, de 1966)  Art. 54. O Poder Executivo, com base em proposta do Con-
Parágrafo único. Quando o interesse nacional exigir, o selho Monetário Nacional, que deverá ser apresentada dentro
Conselho Monetário Nacional criará o “visto” ou exigência de 90 (noventa) dias de sua instalação, submeterá ao Poder
equivalente. Legislativo projeto de lei que institucionalize o crédito rural,
regule seu campo específico e caracterize as modalidades de
Art. 52. O quadro de pessoal do Banco Central da Re- aplicação, indicando as respectivas fontes de recurso.
pública do Brasil será constituído de: (Vide Lei nº 9.650, de Parágrafo único. A Comissão Consultiva do Crédito Ru-
1998) ral dará assessoramento ao Conselho Monetário Nacional,
I - Pessoal próprio, admitido mediante concurso  pú- na elaboração da proposta que estabelecerá a coordenação
blico de provas ou de títulos e provas, sujeita á pena de das instituições existentes ou que venham a ser cridas, com
nulidade a admissão que se processar com inobservância o objetivo de garantir sua melhor utilização e da rede bancá-
destas exigências; ria privada na difusão do crédito rural, inclusive com redução
II - Pessoal requisitado ao Banco do Brasil S. A. e a de seu custo.
outras instituições financeiras federais, de comum acordo
Art. 55. Ficam transferidas ao Banco Central da Repúbli-
com as respectivas administrações;
ca do Brasil as atribuições cometidas por lei ao Ministério
III - Pessoal requisitado a outras instituições e que ve-
da Agricultura, no que concerne à autorização de funciona-
nham prestando serviços à Superintendência da Moeda e
mento e fiscalização de cooperativas de crédito de qualquer
do Crédito há mais de 1 (um) ano, contado da data da pu-
tipo, bem assim da seção de crédito das cooperativas que a
blicação desta lei.
tenham.
§ 1º O Banco Central da República do Brasil baixará
dentro de 90 (noventa) dias da vigência desta lei, o Estatuto
Art. 56. Ficam extintas a Carteira de Redescontos do
de seus funcionários e servidores, no qual serão garantidos Banco do Brasil S. A. e a Caixa de Mobilização Bancária, in-
os direitos legalmente atribuídos a seus atuais servidores corporando-se seus bens direitos e obrigações ao Banco
e mantidos deveres e obrigações que lhes são inerentes. Central da República do Brasil.
§ 2º Aos funcionários e servidores requisitados, na for- Parágrafo único. As atribuições e prerrogativas legais da
ma deste artigo as instituições de origem lhes assegurarão Caixa de Mobilização Bancária passam a ser exercidas pelo
os direitos e vantagens que lhes cabem ou lhes venham a Banco Central da República do Brasil, sem solução de con-
ser atribuídos, como se em efetivo exercício nelas estives- tinuidade.
sem. Art. 57. Passam à competência do Conselho Monetá-
§ 3º Correrão por conta do Banco Central da República rio Nacional as atribuições de caráter normativo da legis-
do Brasil todas as despesas decorrentes do cumprimento lação cambial vigente e as executivas ao Banco Central da
do disposto no parágrafo anterior, inclusive as de aposen- República do Brasil e ao Banco do Brasil S. A., nos termos
tadoria e pensão que sejam de responsabilidade das insti- desta lei.
tuições de origem ali mencionadas, estas últimas rateadas Parágrafo único. Fica extinta a Fiscalização Bancária do
proporcionalmente em função dos prazos de vigência da Banco do Brasil S. A., passando suas atribuições e prerroga-
requisição. tivas legais ao Banco Central da República do Brasil.
§ 4º Os funcionários do quadro  de pessoal próprio
permanecerão com seus direitos e garantias regidos pela Art. 58. Os prejuízos decorrentes das operações de
legislação de proteção ao trabalho e de previdência social, câmbio concluídas e eventualmente não regularizadas nos
incluídos na categoria profissional de bancários. termos desta lei bem como os das operações de câmbio
§ 5º Durante o prazo de 10 (dez) anos, cotados da data contratadas e não concluídas até a data de vigência desta
da vigência desta lei, é facultado aos funcionários de que lei, pelo Banco do Brasil S.A., como mandatário do Governo
tratam os inciso  II e III deste artigo, manifestarem opção Federal, serão na medida em que se efetivarem, transferidos
para transferência para o Quadro do pessoal próprio do ao Banco Central da República do Brasil, sendo neste regis-
Banco Central da República do Brasil, desde que: trados como responsabilidade do Tesouro Nacional.

16
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 1º Os débitos do Tesouro Nacional perante o Banco LEI Nº 6.045, DE 15 DE MAIO DE 1974


Central da República do Brasil, provenientes das transfe-
rências de que trata este artigo serão regularizados com re- Altera a constituição e a competência do Conselho
cursos orçamentários da União. Monetário Nacional e dá outras providências.
§ 2º O disposto neste artigo se aplica também aos prejuí-
zos decorrentes de operações de câmbio que outras institui- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CON-
ções financeiras federais, de natureza bancária, tenham realiza- GRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
do como mandatárias do Governo Federal.
Art 1º O caput do artigo 4º, da Lei nº 4.595, de 31 de
Art. 59. É mantida, no Banco do Brasil S.A., a Carteira de dezembro de 1964, passa a vigorar com a seguinte redação:
Comércio Exterior, criada nos termos da Lei nº 2.145, de 29 de “Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, se-
dezembro de 1953, e regulamentada pelo Decreto nº 42.820, gundo diretrizes estabelecidas pelo Presidente da Repúbli-
de 16 de dezembro de 1957, como órgão executor da políti- ca:”
ca de comércio exterior, (VETADO).
Art 2º  As atribuições relativas à política nacional do
Art. 60. O valor equivalente aos recursos financeiros que, abastecimento, enunciadas nos artigos 2º e 3º, da Lei Dele-
nos termos desta lei, passarem a responsabilidade do Banco gada nº 5, de 26 de dezembro de 1962, e transferidas para
Central da República do Brasil, e estejam, na data de sua vigên- a competência do Conselho Monetário Nacional pelo arti-
cia em poder do Baco do Brasil S. A., será neste escriturado em go 2º, do Decreto nº 65.769, de 2 de dezembro de 1969, se-
conta em nome do primeiro, considerando-se como suprimen- rão exercidas conjuntamente pelo Ministro de Estado Chefe
to de recursos, nos termos do § 1º, do artigo 19, desta lei. da Secretaria de Planejamento da Presidência da República,
e pelos Ministros de Estado da Fazenda, dos Transportes e
Art. 61. Para cumprir as disposições desta lei o Banco do da Agricultura, sob a coordenação deste último e de acordo
Brasil S.A. tomará providências no sentido de que seja remo- com as diretrizes que forem estabelecidas pelo Presidente
delada sua estrutura administrativa, a fim de que possa eficaz- da República.
mente exercer os encargos e executar os serviços que lhe estão
reservados, como principal instrumento de execução da políti-
Art 3º O Conselho Monetário Nacional será integrado
ca de crédito do Governo Federal.
pelos seguintes membros:
I - Ministro de Estado da Fazenda, como Presidente;
Art. 62. O Conselho Monetário Nacional determinará pro-
II - Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Planeja-
vidências no sentido de que a transferência de atribuições dos
mento da Presidência da República, que será o Vice-Pre-
órgãos existentes para o Banco Central da República do Brasil
sidente e substituirá o Presidente em seus impedimentos
se processe sem solução de continuidade dos serviços atingi-
eventuais;
dos por esta lei.
III - Ministro de Estado da Indústria e do Comércio, que
Art. 63. Os mandatos dos primeiros membros do Conselho substituirá o Vice-Presidente em seus impedimentos even-
Monetário Nacional, a que alude o inciso IV, do artigo 6º des- tuais;
ta lei serão respectivamente de 6 (seis), 5 (cinco), 4 (quatro), 3 IV - Presidente do Banco Central do Brasil;
(três), 2(dois) e 1 (um) anos. V - Presidente do Banco do Brasil S.A.;
VI - Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento
Art. 64. O Conselho Monetário Nacional fixará prazo de até Econômico;
1 (um) ano da vigência desta lei para a adaptação das institui- VII - Presidente do Banco Nacional de Habitação;
ções financeiras às disposições desta lei. VIII - Três membros nomeados pelo Presidente da Re-
§ 1º Em casos excepcionais, o Conselho Monetário Nacio- pública entre brasileiros de ilibada reputação e notória ca-
nal poderá prorrogar até mais 1 (um)ano o prazo para que seja pacidade em assuntos econômico-financeiros, com manda-
complementada a adaptação a que se refere este artigo. to de cinco anos.
§ 2º Será de um ano, prorrogável, nos termos do parágrafo § 1º O Conselho deliberará por maioria de votos com a
anterior, o prazo para cumprimento do estabelecido por força presença, no mínimo, de seis membros, cabendo ao Presi-
do art. 30 desta lei. dente o voto de qualidade.
§ 2º Os demais Diretores do Banco Central do Brasil
Art. 65. Esta lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após participarão das reuniões do Conselho Monetário Nacional
data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. sem direito a voto.
§ 3º O Presidente do Conselho Monetário Nacional
Brasília, 31 de dezembro de 1964; 143º da Independência poderá convidar para participar das reuniões, sem direito
e 76º da República. a voto, outros Ministros de Estado, assim como represen-
H. CASTELO BRANCO  tantes de entidades públicas ou privadas.
Otávio Gouveia de Bulhões 
Daniel Farraco Roberto de Oliveira Campos  Art 4º O Conselho Monetário Nacional reunir-se-á ordi-
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de nariamente uma vez por mês e, extraordinariamente, sem-
31.1.1965 pre que necessário, por convocação do seu Presidente.

17
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 5º - O Banco Central do Brasil será administrado “Art. 16. Participam das reuniões do CMN:
por um Presidente e seis Diretores, nomeados pelo Presi-
dente da República, escolhidos entre brasileiros de ilibada III - os Diretores do Banco Central do Brasil, não inte-
reputação e notória capacidade em assuntos econômico- grantes da COMOC;
financeiros, sendo demissíveis ad nutum. (Redação dada
pelo Decreto-lei nº 1.795, de 1980) “Art 23. Os recursos de decisões do Banco Central do
Art 6º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publica- Brasil, cujo julgamento seja da competência do CMN, se-
ção, revogadas as disposições em contrário. rão encaminhados ao Colegiado após manifestação da CO-
MOC.”
Brasília, 15 de maio de 1974; 153º da Independência e
86º da República. Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua pu-
blicação.
ERNESTO GEISEL
Mario Henrique Simonsen Brasília, 27 de setembro de 1995; 174º da Independên-
Dyrceu Araújo Nogueira cia e 107º da República.
Alysson Paulinelli
Severo Fagundes Gomes FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Maurício Rangel Reis Pedro Malan
João Paulo dos Reis Velloso
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 28.9.1995
16.5.1974

DECRETO Nº 1.649, DE 27 DE SETEMBRO DE 1995 COPOM - COMITÊ DE POLÍTICA


MONETÁRIA.
Altera dispositivos do Regimento Interno do Conse-
lho Monetário Nacional - CMN, aprovado pelo Decreto
nº 1.307, de 9 de novembro de 1994.
O Comitê de Política Monetária, ou Copom, é o órgão
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso das atribuições decisório da política monetária do Banco Central do Brasil
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e (BCB), responsável por estabelecer a meta para a taxa básica
tendo em vista o disposto no § 6º do art. 8º da Lei nº 9.069, de juros, que no Brasil é a Taxa Over-Selic, ou Taxa Selic. O
de 29 de junho de 1995, DECRETA: Comitê foi criado em junho de 1996 com o objetivo de es-
tabelecer ritual adequado ao processo decisório de política
Art. 1º Os arts. 2º, 5º, 10, 16 e 23 do Regimento Interno monetária e aprimorar sua transparência.
do Conselho Monetário Nacional, aprovado pelo Decreto No regime de metas para a inflação, implementado no
nº 1.307, de 9 de novembro de 1994, passam a vigorar com Brasil em 1999, o principal objetivo do Copom é o de esta-
as seguintes alterações: belecer as diretrizes da política monetária e definir a meta
“Art. 2º O CMN é integrado pelos seguintes membros: para a taxa básica de juros no Brasil. A partir dessa defini-
I - Ministro de Estado da Fazenda, na qualidade de Pre- ção, cabe ao BCB, por meio de operações de mercado aber-
sidente; to, buscar manter a Taxa Selic diária próxima a essa meta. A
II - Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento; meta de inflação de cada ano, por sua vez, é estabelecida
III - Presidente do Banco Central do Brasil.” pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) com dois anos
de antecedência, sempre no mês de junho. Se, em determi-
“Art 5º Funcionarão também junto ao CMN as seguin- nado ano, a inflação ultrapassar a meta estabelecida pelo
tes Comissões Consultivas: CMN, o Presidente do BCB deve encaminhar carta aberta
I - de Normas e Organização do Sistema Financeiro; ao Ministro da Fazenda explicando as razões do não cum-
II - de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; primento da meta, bem como as medidas necessárias para
III - de Crédito Rural; trazer a inflação de volta à trajetória predefinida e o tempo
IV - de Crédito Industrial; esperado para que essas medidas surtam efeito.
V - de Crédito Habitacional, e para Saneamento e In- Neste ponto do estudo você pode estar se perguntan-
fraestrutura Urbana do, mas o que é Taxa Selic?
VI - de Endividamento Público; A Taxa Selic, instrumento primário de política monetá-
VII - de Política Monetária e Cambial.” ria do Copom, é a taxa de juros média que incide sobre os
financiamentos diários com prazo de um dia útil (overnight),
“Art. 10. Compete á COMOC: lastreados por títulos públicos registrados no Sistema Espe-
cial de Liquidação e Custódia (Selic). O Copom estabelece
I - propor as instruções necessárias à execução do dis- a meta para a Taxa Selic, e cabe à mesa de operações do
posto da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, relativas às mercado aberto do BCB manter a Taxa Selic diária próxima
matérias de competência do Conselho Monetário Nacional; à meta.

18
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

E o que é o viés da taxa de juros? No segundo dia da reunião, do qual participam apenas os
Viés de taxa de juros (de elevação ou de redução) trata-se membros do Comitê e o chefe do Depep, sem direito a voto,
de uma prerrogativa que autoriza o Presidente do BCB a alterar os diretores de Política Monetária e de Política Econômica,
a meta para a Taxa Selic na direção do viés a qualquer momento após análise das projeções atualizadas para a inflação, apre-
entre as reuniões regulares do Copom. O viés é utilizado, nor- sentam alternativas para a taxa de juros de curto prazo e fa-
malmente, quando alguma mudança significativa na conjuntura zem recomendações acerca da política monetária. Em segui-
econômica for esperada. A última vez em que esse expediente foi da, os demais membros do Copom fazem suas ponderações
utilizado ocorreu na 82ª reunião do Comitê, em 19-20/3/2003. e apresentam eventuais propostas alternativas. Ao final, pro-
Importante ressaltar que o Copom é composto pelos cede-se à votação das propostas, buscando-se, sempre que
membros da Diretoria Colegiada do BCB: o Presidente e os possível, o consenso. A decisão final - a meta para a Taxa Selic
Diretores de Política Monetária, Política Econômica, Assuntos e o viés, se houver - é imediatamente divulgada à imprensa
Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, Organização ao mesmo tempo em que é expedido Comunicado através do
do Sistema Financeiro e Controle de Operações de Crédito Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen).
Rural, Fiscalização, Regulação do Sistema Financeiro, e Admi- As atas em português das reuniões do Copom são divul-
nistração. O Presidente tem direito ao voto decisório em caso gadas às 8h30 da quinta-feira da semana posterior a cada re-
de empate na decisão da política monetária. união, dentro do prazo regulamentar de seis dias úteis, sendo
Formalmente, os objetivos do Copom são: “implemen- publicadas na página do Banco Central na internet (“Atas do
tar a política monetária, definir a meta da Taxa Selic e seu Copom”) e para a imprensa.
eventual viés, e analisar o Relatório de Inflação”. A taxa de Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e
juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic dezembro), o Copom publica o documento “Relatório de In-
(taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títu- flação”, que analisa detalhadamente a conjuntura econômi-
los federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e ca e financeira do País, bem como apresenta suas projeções
Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões para a taxa de inflação.
ordinárias do Comitê. Se for o caso, o Copom também pode
definir o viés, que é a prerrogativa dada ao presidente do
Em seguida para complementação dos ensinamentos aci‑
Banco Central para alterar, na direção do viés, a meta para a
ma apresentados, se faz necessária à leitura atenta da Circu-
Taxa Selic a qualquer momento entre as reuniões ordinárias.
lar nº 3.593, de 16 de maio de 2012, que anuncia o novo
As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em dois
Regulamento do Comitê de Política Monetária (Copom):
dias: a primeira sessão às terças-feiras e a segunda às quar-
tas-feiras. Mensais desde 2000, o número de reuniões ordi-
CIRCULAR Nº 3.593, DE 16 DE MAIO DE 2012
nárias foi reduzido para oito ao ano a partir de 2006, sendo
o calendário anual divulgado até o fim de junho do ano
anterior. O Copom é composto pelos membros da Direto- Divulga novo Regulamento do Comitê de Política Mone-
ria Colegiada do Banco Central do Brasil: o presidente, que tária (Copom).
tem o voto de qualidade; e os diretores de Administração,
Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em ses-
Fiscalização, Organização do Sistema Financeiro e Controle são realizada em 16 de maio de 2012, com fundamento nos
de Operações do Crédito Rural, Política Econômica, Políti- arts. 9º e 10, inciso XII, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro
ca Monetária, Regulação do Sistema Financeiro, e Relacio- de 1964, e no art. 2º do Decreto nº 3.088, de 21 de junho de
namento Institucional e Cidadania. Também participam do 1999,
primeiro dia da reunião os chefes dos seguintes departa-
mentos do Banco Central: Departamento de Operações RESOLVE :
Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departa-
mento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Depar- Art. 1º O Regulamento do Comitê de Política Monetá-
tamento Econômico (Depec), Departamento de Estudos e ria (Copom) passa a vigorar com a redação do documento
Pesquisas (Depep), Departamento das Reservas Internacio- anexo.
nais (Depin), Departamento de Assuntos Internacionais (De-
rin), e Departamento de Relacionamento com Investidores Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua pu-
e Estudos Especiais (Gerin). A primeira sessão dos trabalhos blicação.
conta ainda com a presença do chefe de gabinete do pre-
sidente, do assessor de imprensa e de outros servidores do Art. 3º Fica revogada a Circular nº 3.297, de 31 de outu-
Banco Central, quando autorizados pelo presidente. bro de 2005.
No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamen-
to apresentam uma análise da conjuntura doméstica abran- Aldo Luiz Mendes Carlos Hamilton Vasconcelos
gendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados Araújo
monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, eco- Diretor de Política Monetária Diretor de Política Eco-
nomia internacional, mercado de câmbio, reservas interna- nômica
cionais, mercado monetário, operações de mercado aberto,
avaliação prospectiva das tendências da inflação e expectati- Este texto não substitui o publicado no DOU de
vas gerais para variáveis macroeconômicas. 17/5/2012, Seção 1, p. 39, e no Sisbacen.

19
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

REGULAMENTO ANEXO À CIRCULAR Nº 3.593, DE Capítulo III


16 DE MAIO DE 2012 ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS

Regulamenta o funcionamento do Comitê de Política Art. 4º Cabe aos membros do Copom o exercício das
Monetária (Copom). seguintes atribuições:
I - Presidente e Diretores:
Capítulo I a) avaliar informações, apresentações e documentos
OBJETIVO expostos como subsídios para deliberação do colegiado;
b) definir, por meio de voto, a meta para a Taxa Selic
Art. 1º O Comitê de Política Monetária (Copom), cons- e seu eventual viés, observado o disposto no § 2º deste
tituído no âmbito do Banco Central do Brasil, tem como artigo;
objetivos implementar a política monetária, definir a meta II - Presidente:
da Taxa Selic e seu eventual viés e analisar o Relatório de
a) autorizar a participação de outros servidores do
Inflação a que se refere o Decreto nº 3.088, de 21 de junho
Banco Central do Brasil na primeira sessão das reuniões
de 1999.
ordinárias ou nas reuniões extraordinárias;
Capítulo II b) presidir as reuniões e, ao final, encaminhar a vota-
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO ção;
c) alterar a meta para a Taxa Selic, no mesmo sentido
Art. 2º São membros do Copom o Presidente e os Dire- do viés, sem necessidade de convocação de reunião ex-
tores do Banco Central do Brasil. traordinária do Copom;
III - Diretor de Política Monetária: exercer o papel de
Art. 3º O Copom reúne-se ordinariamente oito vezes moderador durante a primeira sessão das reuniões ordi-
por ano e, extraordinariamente, por convocação de seu Pre- nárias;
sidente, presentes, no mínimo, o Presidente, ou seu substi- IV - Diretor de Política Econômica: elaborar as atas das
tuto, e metade do número de Diretores. reuniões do Copom.
§ 1º As reuniões ordinárias são realizadas em duas ses- § 1º Os Chefes de Unidade deverão levar ao conheci-
sões, discriminadas a seguir: mento do Copom os fatos mais relevantes relacionados ao
I - a primeira sessão ocorrerá às terças-feiras, sendo re- diagnóstico e prognóstico dos seguintes assuntos:
servada às apresentações técnicas de conjuntura econômica; I - Chefe do Deban: condições de liquidez e de funcio-
II - a segunda sessão ocorrerá às quartas-feiras, desti- namento do sistema bancário;
nando-se à decisão acerca das diretrizes de política mone- II - Chefe do Demab: mercado monetário e operações
tária. de mercado aberto;
§ 2º Além dos membros do Copom, participam da pri- III - Chefe do Depec: conjuntura econômica doméstica;
meira sessão das reuniões ordinárias os Chefes das seguin- IV - Chefe do Depep: avaliação prospectiva das ten-
tes Unidades: dências da inflação;
I - Departamento de Operações Bancárias e de Sistema V - Chefe do Depin: mercados financeiros internacio-
de Pagamentos (Deban); nais e de câmbio;
II - Departamento de Operações do Mercado Aberto VI - Chefe do Derin: conjuntura econômica internacio-
(Demab); nal;
III - Departamento Econômico (Depec);
VII - Chefe do Gerin: expectativas de mercado para va-
IV - Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep);
riáveis macroeconômicas.
V - Departamento das Reservas Internacionais (Depin);
§ 2º O Copom deliberará por maioria simples de votos,
VI - Departamento de Assuntos Internacionais (Derin);
a serem proferidos oralmente, cabendo ao Presidente voto
VII - Departamento de Relacionamento com Investido-
res e Estudos Especiais (Gerin). de qualidade.
§ 3º Nas ausências dos Chefes das Unidades, os substitu- § 3º Compete ao Copom avaliar o cenário macroeco-
tos nas reuniões do Copom serão indicados pelos Diretores nômico e os principais riscos a ele associados, com base
das respectivas áreas e terão as mesmas responsabilidades. nos quais são tomadas as decisões de política monetária.
§ 4º A primeira sessão das reuniões ordinárias conta ain- § 4º As atas das reuniões conterão as informações in-
da com a presença do Chefe de Gabinete do Presidente, do dicadas no § 3º deste artigo, além do registro nominal dos
Assessor de Imprensa e de outros servidores do Banco Cen- votos proferidos pelos membros do Copom.
tral do Brasil, quando autorizados pelo Presidente. § 5º As atas das reuniões do Copom serão divulgadas
§ 5º A participação nas reuniões extraordinárias é restri- no prazo de até seis dias úteis após a data de sua realiza-
ta aos membros do Copom, podendo delas participar outros ção.
servidores do Banco Central do Brasil, quando autorizados
pelo Presidente. Art. 5º As decisões emanadas do Copom devem ser
§ 6º Na segunda sessão das reuniões ordinárias, além publicadas por meio de Comunicado do Diretor de Política
dos membros do Copom, participa, sem direito a voto, o Monetária, divulgado na data da segunda sessão da reu-
Chefe do Depep. nião ordinária, após o fechamento dos mercados.

20
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 1º O Comunicado de que trata este artigo identifica- A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositi-
rá o voto de cada membro do Copom. vos importantes para a atuação do Banco Central, dentre
§ 2º No caso de reunião extraordinária, o horário de os quais destacam-se o exercício exclusivo da competência
divulgação do Comunicado será determinado pelo Diretor da União para emitir moeda e a exigência de aprovação
de Política Monetária. prévia pelo Senado Federal, em votação secreta, após ar-
guição pública, dos nomes indicados pelo Presidente da
Art. 6º O calendário anual das reuniões ordinárias deve República para os cargos de presidente e diretores da ins-
ser divulgado até o fim do mês de junho do ano anterior. tituição. Além disso, vedou ao Banco Central a concessão
direta ou indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional.
A Constituição de 1988 prevê ainda, em seu artigo 192,
a elaboração de Lei Complementar do Sistema Financeiro
BANCO CENTRAL DO BRASIL; Nacional, que deverá substituir a Lei 4.595/64 e redefinir as
atribuições e estrutura do Banco Central do Brasil.

Missão Institucional
O Banco Central do Brasil, autarquia federal integran-
te do Sistema Financeiro Nacional, foi criado em 31.12.64, Assegurar a estabilidade do poder de compra da moe-
da e a solidez do sistema financeiro nacional.
com a promulgação da Lei nº 4.595.
Antes da criação do Banco Central, o papel de autori-
Macroprocessos
dade monetária era desempenhado pela Superintendência
 
da Moeda e do Crédito - SUMOC, pelo Banco do Brasil - BB
- Formulação e gestão das políticas monetária e cam-
e pelo Tesouro Nacional. bial, compatíveis com as diretrizes do Governo Federal.
A SUMOC, criada em 1945 com a finalidade de exercer - Regulação e supervisão do sistema financeiro nacio-
o controle monetário e preparar a organização de um ban- nal.
co central, tinha a responsabilidade de fixar os percentuais - Administração do sistema de pagamentos e do meio
de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas circulante. Macro objetivos (para o biênio 2002-2003)
do redesconto e da assistência financeira de liquidez, bem - Consolidar as políticas monetária e cambial no sen-
como os juros sobre depósitos bancários. tido de assegurar a estabilidade do poder de compra da
Além disso, supervisionava a atuação dos bancos co- moeda.
merciais, orientava a política cambial e representava o País - Assegurar que a regulação e a fiscalização do Sistema
junto a organismos internacionais. Financeiro observem padrões e práticas internacionais.
O Banco do Brasil desempenhava as funções de banco - Consolidar a implantação do novo Sistema de Paga-
do governo, mediante o controle das operações de comér- mentos Brasileiro.
cio exterior, o recebimento dos depósitos compulsórios e - Concluir o processo de saneamento e reestruturação
voluntários dos bancos comerciais e a execução de opera- dos bancos oficiais.
ções de câmbio em nome de empresas públicas e do Te- - Implantar modelo de administração gerencial para
souro Nacional, de acordo com as normas estabelecidas atuação do Banco Central.
pela SUMOC e pelo Banco de Crédito Agrícola, Comercial
e Industrial. Como banco do governo, o BC administra a dívida
O Tesouro Nacional era o órgão emissor de papel- pública mobiliária federal interna,  ao financiar o Tesouro
moeda. Nacional, adquirindo títulos por ele emitidos, quando seus
Após a criação do Banco Central buscou-se dotar a ins- gastos superam suas receitas (da mesma forma que nós
tituição de mecanismos voltados para o desempenho do recorremos aos bancos quando o nosso salário acaba antes
papel de “bancos dos bancos”. Em 1985 foi promovido o do final do mês).
reordenamento financeiro governamental com a separa- Administra, também, tanto as reservas como a dívida
ção das contas e das funções do Banco Central, Banco do pública externas, além de fiscalizar e supervisionar a dívida
Brasil e Tesouro Nacional. Em 1986 foi extinta a conta mo- pública de estados e municípios, para evitar que seu even-
vimento e o fornecimento de recursos do Banco Central ao tual descontrole prejudique apolítica fiscal do governo.
Banco do Brasil passou a ser claramente identificado nos Como banco das instituições financeiras monetárias
orçamentos das duas instituições, eliminando-se os supri- (bancos comerciais), administra suas reservas bancárias,
mentos automáticos que prejudicavam a atuação do Banco que nada mais são do que os depósitos que essas institui-
Central. ções mantêm junto ao BC (da mesma forma que cada um
de nós tem uma conta corrente em um banco comercial).
O processo de reordenamento financeiro governamen-
Uma parte desses depósitos fica compulsoriamente re-
tal se estendeu até 1988, quando as funções de autoridade
tida no BC com o objetivo, neste caso, de controlar o esto-
monetária foram transferidas progressivamente do Banco
que de recursos que os bancos podem disponibilizar como
do Brasil para o Banco Central, enquanto as atividades atí-
crédito aos seus clientes e, dessa forma, tentar estabelecer
picas exercidas por esse último, como as relacionadas ao o nível ideal de aumento de consumo sem aumento de in-
fomento e à administração da dívida pública federal, foram flação para cada momento da economia.
transferidas para o Tesouro Nacional.

21
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

 Se o objetivo for aumentar ou mesmo diminuir o vo-


lume de reservas bancárias disponíveis para o crédito e, COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS;
consequentemente, tentar diminuir ou aumentar o preço (NOÇÕES GERAIS).
deste crédito, o BC diminui ou aumenta o depósito com-
pulsório sobram as reservas dos bancos, originadas pelos
nossos depósitos à vista.
Resultado: aumento ou diminuição da taxa de juros. A CVM é órgão oficial, governamental, ou seja, uma
Como fiscal do sistema financeiro, o BC procura garan- autarquia administrativa jungida ao Ministério da Fazenda,
tir o correto funcionamento de todas as suas instituições, nos termos do art. 5º da Lei nº 6.385/76.
antecipando-se aos problemas de liquidez que algumas Sua função primordial concentra-se na fiscalização das
delas possam vir a ter e, assim, preservando a integridade atividades do mercado de valores mobiliários.
do sistema financeiro como um todo e das economias de Nenhuma emissão pública de valores mobiliários po-
cada um de nós em particular. derá ser distribuída, no mercado, sem prévio registro na
Como gestor da política cambial, estabelece as regras CVM, entendendo-se por atos de distribuição a venda, pro-
de gestão e operação dos banco sem relação à moeda es- messa de venda, oferta à venda ou  subscrição, aceitação
trangeira, mais especificamente ao dólar, de forma a per- de pedido de venda ou subscrição de valores mobiliários.
mitir que, dependendo das condições internas de nossa
economia e de sua relações com o exterior, o preço do OBJETIVOS: De acordo com a lei que a criou, a Comis-
nosso real em relação ao dólar (a taxa de câmbio) garanta são de Valores Mobiliários exercerá suas funções, a fim de:
um fluxo de moeda positivo do País com o exterior (rece- - assegurar o funcionamento eficiente e regular dos
bemos mais dólares do exterior do que somos obrigados a mercados de bolsa e de balcão;
enviar) sem aumento de inflação. - proteger os titulares de valores mobiliários contra
Como gestor da política monetária, sua principal e emissões irregulares e atos ilegais de administradores e
mais crítica função, o BC procura determinar o estoque e acionistas controladores de companhias ou de administra-
o fluxo de moeda na economia que permitam, para cada dores de carteira de valores mobiliários;
momento econômico, seu crescimento sustentado, ou seja, - evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipu-
sem inflação. lação destinadas a criar condições artificiais de demanda,
Para atingir esse objetivo, o BC age diretamente so- oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mer-
bre o sistema financeiro, utilizando mecanismos diretos de cado;
controle das reservas bancárias, quais sejam: - assegurar o acesso do público a informações sobre
O depósito compulsório sobre os depósitos à vista, o valores mobiliários negociados e as companhias que os te-
qual, pelo seu poder de multiplicação de crédito, tem um nham emitido;
tratamento todo especial; - assegurar a observância de práticas comerciais equi-
O empréstimo de liquidez, mais conhecido como re- tativas no mercado de valores mobiliários;
desconto, como uma ajuda temporária aos bancos para - estimular a formação de poupança e sua aplicação
recompor sua capacidade futura de crédito; em valores mobiliários; 
O contingenciamento de crédito, através do estabe- - promover a expansão e o funcionamento eficiente
lecimento de regras restritivas para concessão de crédito, e regular do mercado de ações e estimular as aplicações
a partir das reservas disponíveis para isso nos bancos; O permanentes em ações do capital social das companhias
mercado aberto de títulos públicos-open market, ou seja, abertas.
a compra e a venda consistentes e programadas de títulos
públicos pelo BC, de forma a retirar recursos do mercado LOCALIZAÇÃO: a sede da CVM está localizada no Rio
pela venda dos títulos, ou colocar pela compra (resgate) de Janeiro possuindo duas superintendências regionais:
desses mesmos títulos. São Paulo e Brasília.
Podemos concluir que não é fácil a vida do BC e, tam-
bém, como são fundamentais a sua ação e a participação ORGANIZAÇÃO: A Comissão de Valores Mobiliários,
do sistema financeiro em todo  o processo econômico. É com sede na cidade do Rio de Janeiro, é administrada por
bom lembrar que, sem desenvolvimento econômico e so- um Presidente e quatro Diretores nomeados pelo Presi-
cial, a estabilidade monetária não se justifica, mas sem es- dente da República. O Presidente e a Diretoria constituem
tabilidade monetária o desenvolvimento econômico não se o Colegiado, que define políticas e estabelece práticas a
sustenta e muito menos o social. Esse é o grande dilema. serem implantadas e desenvolvidas pelo corpo de Superin-
Sua solução é responsabilidade do governo, do BC, do sis- tendentes, a instância executiva da CVM.
tema financeiro, das empresas e, também, de todos nós. O Superintendente Geral acompanha e coordena as
atividades executivas da comissão auxiliado pelos demais
  Superintendentes, pelos Gerentes a eles subordinados e
pelo Corpo Funcional.
Esses trabalhos são orientados, especificamente, para
atividades relacionadas à empresas, aos intermediários fi-
nanceiros, aos investidores, à fiscalização externa, à nor-

22
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

matização contábil e de auditoria, aos assuntos jurídicos, A Lei atribui à CVM competência para apurar, julgar e
ao desenvolvimento de mercado, à internacionalização, à punir irregularidades eventualmente cometidas no merca-
informática e à administração. do.
O colegiado conta ainda com o suporte direto da Che- Diante de qualquer suspeita a CVM pode iniciar um
fia de Gabinete, da Assessoria de comunicação social, da inquérito administrativo, através do qual, recolhe informa-
Assessoria Econômica e da Auditoria Interna. ções, toma depoimentos e reúne provas com vistas a iden-
A estrutura executiva da CVM é completada pelas Su- tificar claramente o responsável por práticas ilegais, ofere-
perintendências Regionais de São Paulo e Brasília. cendo-lhe, a partir da acusação, amplo direito de defesa.
O Colegiado tem poderes para julgar e punir o falto-
ATRIBUIÇÕES: A Lei que criou a CVM (6385/76) e a so. As penalidades que a CVM pode atribuir vão desde a
Lei das Sociedades por Ações (6404/76) disciplinaram simples advertência até  a inabilitação para o exercício de
o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atividades no mercado, passando pelas multas pecuniárias.
atuação de seus protagonistas, assim classificados, as com- A CVM mantém, ainda, uma estrutura especificamente
panhias abertas, os intermediários financeiros e os investi- destinada a prestar orientação aos investidores ou acolher
dores, além de outros cuja atividade gira em torno desse denúncias e sugestões por eles formuladas.
universo principal. Quando solicitada, a CVM pode atuar em qualquer
A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fis- processo judicial que envolva o mercado de valores mobi-
calizar a atuação dos diversos integrantes do mercado. Seu liários, oferecendo provas ou juntando pareceres.
poder normatizador abrange todas as matérias referentes Nesses casos, a CVM atua como “amicus curiae” asses-
sorando a decisão da Justiça.
ao mercado de valores mobiliários.
Em termos de política de atuação, a Comissão perse-
gue seus objetivos através da indução de comportamento,
Cabe à CVM, entre outras, disciplinar as seguintes ma-
da autorregulação e da autodisciplina, intervindo efetiva-
térias:
mente, nas atividades de mercado, quando este tipo de
- registro de companhias abertas;
procedimento não se mostrar eficaz.
- registro de distribuições de valores mobiliários;
No que diz respeito à definição de políticas ou nor-
- credenciamento de auditores independentes e admi-
mas voltadas para o desenvolvimento dos negócios com
nistradores de carteiras de valores mobiliários;
valores mobiliários, a CVM procura junto a instituições de
- organização, funcionamento e operações das bolsas mercado, do governo ou entidades de classe, suscitar a dis-
de valores; cussão de problemas, promover o estudo de alternativas
- negociação e intermediação no mercado de valores e adotar iniciativas, de forma que qualquer alteração das
mobiliários; práticas vigentes seja feita com suficiente embasamento
- administração de carteiras e a custódia de valores técnico e, institucionalmente, possa ser assimilada com fa-
mobiliários; cilidade, como expressão de um desejo comum.
- suspensão ou cancelamento de registros, credencia- A atividade de fiscalização da CVM realiza-se pelo
mentos ou autorizações; acompanhamento da veiculação de informações relativas
- suspensão de emissão, distribuição ou negociação de ao mercado, às pessoas que dele participam e aos valores
determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa mobiliários negociados.
de valores. Dessa forma, podem ser efetuadas inspeções destina-
das à apuração de fatos específicos sobre o desempenho
O sistema de registro gera, na verdade, um fluxo per- das empresas e dos negócios com valores mobiliários.
manente de informações ao investidor.
Essas informações, fornecidas periodicamente por to- ANÁLISE DA SUA FUNÇÃO: A CVM é órgão regulador
das as companhias abertas, podem ser financeiras e, por- e controlador máximo do mercado de valores mobiliários.
tanto, condicionadas a normas de natureza contábil, ou Ela tem amplos poderes para disciplinar, normatizar e
apenas referirem-se a fatos relevantes da vida das empre- fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado.
sas. Entende-se como fato relevante, aquele evento que O que são valores mobiliários? Valor mobiliário é títu-
possa influir na decisão do  investidor, quanto a negociar lo de investimento que a sociedade anônima emite para a
com valores emitidos pela companhia. obtenção de recursos. É investimento social oferecido ao
A CVM não exerce julgamento de valor em relação à público, pela companhia.
qualquer informação divulgada pelas companhias. Zela, Além das ações, a Lei das Sociedades por Ações (LSA)
entretanto, pela sua regularidade e confiabilidade e, para contempla como suas modalidades as partes beneficiárias
tanto, normatiza e persegue a sua padronização. e as debêntures. Também trata dos valores considerados
A atividade de credenciamento da CVM é realizada pela doutrina como subprodutos de valores mobiliários;
com base em padrões pré-estabelecidos pela Autarquia os bônus de subscrição e os certificados de emissão de ga-
que permitem avaliar a capacidade de projetos a serem rantia. Na verdade, são valores mobiliários derivados.
implantados. A negociação em mercado:
- Primária
- Secundária

23
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

A negociação primária opera-se por meio do lança-


mento público de ações, devidamente registrado na CVM e PRODUTOS BANCÁRIOS: NOÇÕES
com a intermediação obrigatória das instituições integran- DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO,
tes do sistema de distribuição de valores mobiliários. CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR,
No caso, o investidor subscreve as ações, revertendo o CRÉDITO RURAL, CADERNETA DE
produto dessa subscrição para a companhia. POUPANÇA, CAPITALIZAÇÃO,
Incumbe à CVM a análise de pedido de registro de dis-
PREVIDÊNCIA, INVESTIMENTOS
tribuição pública de valores mobiliários.
No caso de valores emitidos por sociedades contro-
E SEGUROS.
ladas direta ou indiretamente por estados, municípios
e pelo Distrito Federal, ouvirá, previamente, o Banco Cen-
tral quanto ao atendimento às disposições da Resoluções
do Senado federal sobre o endividamento público. A expressão Produto Bancário, conforme conceito
Quanto à colocação no mercado secundário, as ações dado pelo professor Paulo Nunes, designa um agregado
são negociadas pelas Bolsas de Valores ou no mercado financeiro do setor bancário e que corresponde aos ga-
de balcão. nhos conseguidos diretamente com a atividade bancária e
Nos demais casos, essas operações, a juízo do inves- inclui a margem financeira, as comissões relativas a servi-
tidor, poder ser realizadas a vista, a termo, a futuro ou no ços bancários, os resultados de operações financeiras, os
mercado de opções. rendimentos de instrumentos de capital e outros proveitos
O prazo para liquidação física e financeira das opera- de exploração líquidos.
ções realizadas em Bolsas de Valores, por meio de seus sis-
temas de pregões, em todos os mercados que operarem, NOÇÕES DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO
é até o segundo dia subsequente ao do fechamento da
operação. Cartão de Crédito
É um serviço de intermediação que permite ao con-
Penalidades: A CVM deve promover processo admi- sumidor adquirir bens e serviços em estabelecimentos
nistrativo para investigar a ocorrência de irregularidades comerciais previamente credenciados, mediante a com-
no mercado, ensejando aos acusados amplo direito de de- provação de sua condição de usuário. Tal comprovação é
fesa, vigente o princípio do devido processo legal na esfe- feita com a apresentação do cartão no ato da aquisição da
ra administrativa. mercadoria.
As sanções para quem descumpre as regras legais Juridicamente, o  cartão de  crédito é  um contrato de
do mercado de valores mobiliários, sobretudo as normas adesão entre consumidor e administradora de cartões de
editadas pela CVM, são: advertência, multa, suspensão ou crédito, que tem por objeto a prestação dos seguintes ser-
inabilitação para o exercício do cargo, ou cassação da au- viços:
torização ou do registro, bem como a proibição por prazo I – serviços de intermediação de pagamentos à vista
determinado para o exercício de atividades e operações do entre consumidor e fornecedor pertencente a uma rede
sistema de distribuição. credenciada;
Também o investidor pode ser proibido temporaria- II – serviço de intermediação financeira (crédito) para
mente de atuar, direta ou indiretamente, no mercado. cobertura de obrigações assumidas através do cartão de
É importante frisar que a CVM tem a obrigação de co- crédito junto a fornecedor pertencente a uma rede cre-
municar ao Ministério Público quaisquer indícios de ilícito denciada;
penal verificados nos processos sobre  irregularidades no III - serviço de intermediação financeira (crédito) para
mercado. cobertura de inadimplemento por parte do consumidor
Da mesma forma, tratando-se de ilegalidade fiscal, de obrigações assumidas junto a fornecedor pertencente
deve encaminhar o processo à Secretaria da Receita Fe- a uma rede credenciada;
deral. IV - serviço de intermediação financeira (crédito) para
Em matéria criminal, a Lei nº 10.303/2001 acrescentou empréstimos em dinheiro direto ao consumidor, disponi-
à lei nº  6.385/76 três delitos dolosos contra o mercado bilizado através de operação de saque.
de valores mobiliários: O contrato de intermediação de pagamentos à vista
- manipulação de mercado; é o contrato realizado entre o consumidor e uma admi-
- uso indevido de informação privilegiada; e nistradora de cartões de crédito, que tem por objeto a
- exercício irregular de cargo, profissão, atividade ou prestação do serviço de intermediação de pagamentos à
função.  vista das obrigações assumidas por meio de cartão, até um
limite estabelecido entre o consumidor e um fornecedor
O bem jurídico tutelado é o desenvolvimento regular de bens ou serviços pertencente a uma rede credenciada,
das atividades do mercado de valores mobiliários. desde que o consumidor pague suas obrigações integral-
mente até o dia do vencimento da fatura e não opte pelo
parcelamento do valor das compras.

24
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

As empresas detentoras de uma determinada marca O CDC é uma alternativa de financiamento de veícu-
(popularmente chamadas de bandeiras) autorizam outras los leves e pesados, máquinas e equipamentos médicos e
empresas (chamadas emissoras) gerar cartões ostentando odontológicos, equipamentos de informática, serviços di-
a respectiva marca. versos, entre outros.
Os portadores desses cartões têm à sua disposição Os prazos variam entre 1 e 48 meses, de acordo com o
uma rede de lojas credenciadas para a aquisição de bens bem financiado. O CDC Interveniência é uma modalidade
e serviços. de CDC na qual a empresa vendedora da mercadoria atua
O estabelecimento comercial registra a transação com como garantidora do crédito concedido pela financeira ou
o uso de máquinas mecânicas ou informatizadas, forneci- pelo banco.
das pela administradora do cartão de crédito, gerando um
débito do usuário-consumidor a favor da administradora e CRÉDITO RURAL
um crédito do fornecedor do bem ou serviço contra a ad-
O Crédito Rural abrange recursos destinados a custeio,
ministradora, de acordo com os contratos firmados entre
investimento ou comercialização. As suas regras, finalida-
essas partes.
des e condições estão estabelecidas no Manual de Crédito
Periodicamente, a administradora do cartão de crédito
Rural (MCR), elaborado pelo Banco Central do Brasil. Essas
emite e apresenta a fatura ao usuário-consumidor, com a
normas são seguidas por todos os agentes que compõem
relação e o valor das compras efetuadas. o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), como ban-
Assim, o cartão de crédito pode ser considerado como cos e cooperativas de crédito. Representa importante ope-
um indutor ao crescimento das vendas. Possibilita ao clien- ração ativa realizada pelo Banco do Brasil, sendo que tal
te um financiamento e a adequação de suas despesas a seu instituição é o principal agente do Governo Federal neste
fluxo de caixa. Funciona como um crédito automático e é a segmento.
moeda do futuro.
As fontes de recursos do Crédito Rural
Tipos de cartões:
- quanto ao usuário; O crédito rural pode ser concedido com recursos de 2
- pessoa física; categorias:
- empresarial; a) controlados: assim considerados da exigibilidade de
- quanto à utilização; recursos obrigatórios, das Operações Oficiais de Crédito
- exclusivo no mercado brasileiro; sob supervisão do Ministério da Fazenda; da poupança ru-
- de uso internacional. ral, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo
de Investimento Extramercado (outro fundo administrado
Cartão de Débito pelo Governo Federal), quando aplicados em operações
É dinheiro vivo, à medida que o valor é debitado da subvencionadas pela União sob a forma de equalização de
conta corrente. O estabelecimento deve dispor de um ter- encargos financeiros, além de outros que vierem a ser es-
minal eletrônico, que fará a leitura do cartão de débito, pecificados pelo Conselho Monetário Nacional;
com a respectiva senha do cliente. b) não controlados: assim considerados os da exigibi-
Será cobrada uma taxa do estabelecimento e os recur- lidade e livres da poupança rural, de fundos, programas e
sos não serão entregues imediatamente, não sendo, por- linhas específicas, de recursos livres.
tanto, dinheiro vivo para o estabelecimento.
As aplicações em crédito rural
CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR
A instituição financeira deve consignar no instrumento
de crédito a fonte dos recursos utilizados no financiamen-
É o financiamento concedido por uma Financeira para
to, observada a classificação do parágrafo anterior, regis-
aquisição de bens e serviços por seus clientes - sua maior trando a denominação do fundo, programa ou linha espe-
utilização é na aquisição de veículos e eletrodomésticos. cífica, se for o caso.
O CDC é concedido diretamente ao consumidor, pes- Os financiamentos ao amparo de recursos controlados
soas jurídicas ou pessoas físicas por bancos e sociedades do crédito rural podem ser concedidos diretamente a pro-
de crédito, financiamento e investimento (financeiras). dutores rurais ou repassados por suas cooperativas.
Além dos juros é cobrado o IOF (Imposto sobre ope- A legislação específica do segmento determina a apli-
rações de crédito, câmbio e seguro ou relativos a títulos cação obrigatória em crédito rural de uma parcela de re-
e valores imobiliários), que incide de forma diferente nas cursos captados pelas instituições financeiras.
pessoas físicas e jurídicas. Neste caso específico, o IOF ar- As normas existentes detalham como é calculada esta
cado pelas pessoas jurídicas é maior do que aquele pago parcela e quais instituições estão sujeitas ao cumprimento
pelas pessoas físicas. de tal obrigatoriedade.
Em geral, as operações obedecem a um sistema de Geralmente, nesta modalidade, as operações de crédi-
pagamento Price, ou seja, a quitação do financiamento é to rural realizadas pelas instituições financeiras têm taxas
efetuada em prestações iguais, mensais e sucessivas. subsidiadas.

25
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

De igual modo, uma parcela dos recursos livres de uma LEI Nº 12.703, DE 7 DE AGOSTO DE 2012.
instituição financeira (e recebem este nome pois a insti-
tuição financeira pode aplicar livremente) pode ser aplica- Conversão da Medida provisória nº 567, de 2012
da no crédito rural, desde que as taxas destas operações
observem as taxas das operações bancárias comuns. Isto Altera o art. 12 da Lei no 8.177, de 1o de março de 1991,
quer dizer que operações de crédito rural contratadas com que estabelece regras para a desindexação da economia e
recursos livres não são subsidiadas. dá outras providências, o art. 25 da Lei no 9.514, de 20 de
novembro de 1997, que dispõe sobre o Sistema de Finan-
As linhas de Crédito Rural ciamento Imobiliário, institui a alienação fiduciária de coisa
imóvel e dá outras providências, e o inciso II do art. 167 da
As principais linhas de crédito rural podem ser resumi- Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre
das em 3 grandes grupos: os registros públicos e dá outras providências.
Os Créditos de Custeio: destinam-se ao custeio das
despesas normais da atividade, como por exemplo, do A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
ciclo produtivo de lavouras periódicas, da entressafra de gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
lavouras permanentes, de exploração pecuária e do bene-
ficiamento ou industrialização de produtos agropecuários. Art. 1o O art. 12 da Lei no 8.177, de 1o de março de
1991, passa a vigorar com a seguinte redação:
Os Créditos de Investimentos
“Art. 12.........................................................................
São utilizados para o financiamento de investimentos .............................................................................................
fixos, semifixos. São exemplos de investimento fixos a cons-
trução, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações II - como remuneração adicional, por juros de:
permanentes e a aquisição de máquinas e equipamentos
de provável vida útil superior a 5 anos. a) 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês, enquanto a
São exemplos de investimentos semifixos a aquisição meta da taxa Selic ao ano, definida pelo Banco Central do
de animais de pequeno, médio e grande porte para cria- Brasil, for superior a 8,5% (oito inteiros e cinco décimos por
ção, recriação, engorda ou serviço e a aquisição de veícu- cento); ou
los, tratores colheitadeiras, implementos, embarcações e
aeronaves que necessariamente devem ser utilizas na ativi- b) 70% (setenta por cento) da meta da taxa Selic ao
dade agropecuária. ano, definida pelo Banco Central do Brasil, mensalizada,
vigente na data de início do período de rendimento, nos
Os Créditos de Comercialização demais casos.

Têm o objetivo de assegurar ao produtor rural ou às § 5o O Banco Central do Brasil divulgará as taxas resul-
suas cooperativas os recursos necessários à comercializa- tantes da aplicação do contido nas alíneas a e b do inciso II
ção de seus produtos no mercado, compreendendo a pré- do caput deste artigo.” (NR)
comercialização, o desconto, os adiantamentos a coopera-
dos por parte de cooperativas na fase imediata à colheita Art. 2o O saldo dos depósitos de poupança efetuados
da produção própria ou de cooperados. até a data de entrada em vigor da Medida Provisória no
567, de 3 de maio de 2012, será remunerado, em cada pe-
CADERNETA DE POUPANÇA ríodo de rendimento, pela Taxa Referencial - TR, relativa à
data de seu aniversário, acrescida de juros de 0,5% (cinco
A conta poupança é um tipo de conta bancária, de bai- décimos por cento) ao mês, observado o disposto nos §§
xo risco e de rendimento pré-fixado de 0,5% ao mês mais 1º, 2º, 3º e 4º do art. 12 da Lei nº 8.177, de 1o de março
a correção da TR - Taxa Referencial, garantida pelo FGC - de 1991.
Fundo Garantidor de Crédito até o valor de R$ 250.000,00 § 1o O saldo remanescente dos depósitos de que trata
por cliente, independente de qual banco é a sua deposi- o caput somente será acrescido da remuneração que lhe
tária. for aplicável.
O BC estabeleceu, ainda, que os depósitos até R$ 5 § 2o Para os efeitos do caput, consideram-se efetua-
mil, efetuados por intermédio de cheques em contas de dos os depósitos de poupança quando efetivamente credi-
poupança, continuarão a ter o mesmo tratamento atual, de tados em conta, conforme as normas legais e regulamenta-
serem remunerados a partir da data em que realizados. res de regência do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
Desde 4 de maio de 2012 a poupança no Brasil passou
a seguir a taxa Selic, sempre quando esta estiver igual ou Art. 3o Ficam as instituições financeiras obrigadas a
inferior a 8,5%. Assim a remuneração será de 70% da Selic segregar, do saldo dos depósitos de poupança efetuados
mais a taxa referencial. a partir de 4 de maio de 2012, o saldo dos depósitos de
poupança de que trata o art. 2o.

26
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 1o Caso não haja manifestação formal em contrário CAPITALIZAÇÃO


pelo titular da conta, os saques em conta de poupança se-
rão debitados: A Capitalização é um instrumento financeiro diferente
I - inicialmente, do saldo dos depósitos efetuados a de qualquer outro. É uma forma alternativa de acumular
partir de 4 de maio de 2012, até seu esgotamento; e reservas com prazo e taxas de juros previamente determi-
II - em seguida, do saldo de depósitos de que trata o nados. É o instrumento ideal para quem deseja realizar um
art. 2o. projeto de vida bem especial.
Diferente da Caderneta de Poupança, um Título de Ca-
§ 2o Os demonstrativos de movimentação da conta de pitalização tem prazo de carência para resgates, em geral,
poupança evidenciarão ao titular da conta, de modo claro, de 12 meses. Por esta razão, a aplicação em Títulos de Ca-
preciso e de fácil entendimento, os saldos segregados na pitalização tornou-se uma das formas mais atraentes para
forma do caput. planejar o futuro: o estudo dos filhos, a viagem de férias, a
§ 3o A instituição financeira deverá tornar disponível o montagem de um negócio, a formação profissional, a com-
primeiro demonstrativo de que trata o § 2o no prazo de até pra de um carro e tantos outros projetos que exigem inves-
30 (trinta) dias contados da data de entrada em vigor da timento e disciplina para que se tornem realidade.
Medida Provisória no 567, de 3 de maio de 2012. Depois de conviver tantos anos com inflação, o surgi-
§ 4o As instituições financeiras deverão adotar pro- mento de instrumentos como o Título de Capitalização vem
cedimento interno que assegure remuneração e evolução transformando a vida de muitos brasileiros, estimulando a
corretas dos saldos dos depósitos de poupança sob sua cultura da poupança e abrindo a perspectiva de multiplicar
responsabilidade, podendo o Banco Central do Brasil re- o patrimônio por meio de sorteios. Os valores aplicados
querer, a qualquer momento, informações sobre o proce- podem ser capitalizados mensalmente ou de uma só vez.
dimento adotado e sobre a remuneração e evolução dos A premiação é efetuada por meio de sorteios perió-
referidos saldos. dicos realizados pelas empresas de capitalização ou não,
sendo a forma mais frequente a utilização de combinação
de dezenas, em série de números previamente estabeleci-
Art. 4o O inciso II do art. 167 da Lei no 6.015, de 31 de
dos, tendo como base os sorteios da Loteria Federal.
dezembro de 1973, passa a vigorar acrescido do seguinte
item 30:
Títulos de capitalização
“Art. 167. ....................................................................
É uma aplicação pela qual o subscritor (comprador
do título) constitui um capital, segundo cláusulas e regras
.............................................................................................
aprovadas e mencionadas no próprio título (Condições Ge-
rais do Título) e que será pago em moeda corrente num
II - ................................................................................. prazo máximo estabelecido.
Eles são considerados, para todos os fins legais, títulos
............................................................................................. de crédito.
O título de capitalização só pode ser comercializado
30. da substituição de contrato de financiamento imo- pelas sociedades de capitalização devidamente autoriza-
biliário e da respectiva transferência da garantia fiduciária das a funcionar.
ou hipotecária, em ato único, à instituição financeira que A contratação de um título é realizada através do
venha a assumir a condição de credora em decorrência da preenchimento e da assinatura do contrato.
portabilidade do financiamento para o qual fora constituí- O envio (a entrega) da proposta devidamente assinada
da a garantia.” (NR) representa a concretização da subscrição do Título, sendo
proibida a cobrança de qualquer taxa a título de inscrição.
Art. 5o O art. 25 da Lei no 9.514, de 20 de novembro de Importante destacar que as Condições Gerais do títu-
1997, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3o: lo devem estar disponíveis ao subscritor no ato da con-
tratação.
“Art. 25. ...................................................................... A disponibilização das Condições Gerais em momento
posterior ao da contratação constitui violação às normas,
............................................................................................ sendo a Sociedade, portanto, passível de multa; O título
pode ser adquirido para outra pessoa, aliás, o subscritor,
§ 3º Nas hipóteses em que a quitação da dívida de- que é a pessoa que adquire o título e assume o dever de
correr da portabilidade do financiamento para outra insti- efetuar os pagamentos, pode, desde que comunique por
tuição financeira, não será emitido o termo de quitação de escrito à Sociedade, a qualquer momento, e não somente
que trata este artigo, cabendo, quanto à alienação fiduciá- no ato da contratação, definir quem será o titular, isto é,
ria, a mera averbação da sua transferência.” (NR) quem assumirá os direitos relativos ao título, tais como o
resgate e o sorteio; Os títulos mais comuns no mercado
Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua publi- são: o PM (pagamento mensal) e o PU(pagamento único).
cação. O PM é um plano em que os seus pagamentos, geral-
mente, são mensais e sucessivos.

27
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

É possível que após o último pagamento, o plano ain- • Pecúlio por morte - importância em dinheiro, pa-
da continue em vigor, pois seu prazo de vigência pode ser gável de uma só vez ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na
maior do que o prazo de pagamento estipulado na pro- proposta de inscrição, em decorrência da morte do par-
posta. Por sua vez, o PU é um plano em que o pagamento ticipante ocorrida durante o período de cobertura e após
é único (realizado uma única vez), tendo sua vigência es- cumprido o período de carência estabelecido no Plano.
tipulada na proposta. • Pecúlio por invalidez - importância em dinheiro, pa-
Enquanto que o prazo de pagamento é o período du- gável de uma só vez ao próprio participante, em decorrên-
rante o qual o Subscritor compromete-se a efetuar os pa- cia de sua invalidez total e permanente ocorrida durante
gamentos que, em geral, são mensais e sucessivos. o período de cobertura e após cumprido o período de ca-
Outra possibilidade, como colocada acima, é a de o rência estabelecido no Plano.
título ser de Pagamento Único (P.U.). Prazo de Vigência, A SUSEP e as entidades que atuam no sistema criaram
por sua vez, é o período durante o qual o Título de Ca- os seguintes planos padrões que atualmente são comer-
pitalização está sendo administrado pela Sociedade de cializados pelo mercado de previdência aberta comple-
Capitalização, sendo o capital relativo ao título atualizado mentar:
monetariamente pela TR e capitalizado pela taxa de juros
informada nas Condições Gerais. Tal período deverá ser PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre
igual ou superior ao período de pagamento. A legislação não exige depósitos periódicos no caso
dos PGBLs, tipo contribuições mensais.
PREVIDÊNCIA Os depósitos podem ser feitos à medida que haja re-
cursos disponíveis, dentro do que for contratado com o
Previdência privada, também chamada de Previdência administrador. O participante deve verificar se tem renda
complementar, é uma forma de seguro contratado para para garantir o fluxo de pagamentos acertado no contrato.
garantir uma renda ao comprador ou seu beneficiário. O O período de contribuição para os planos depende do
valor do prêmio é aplicado pela entidade gestora, que prazo existente entre a decisão de poupar e a idade que o
com base em cálculos atuariais, determina o valor do be- contribuinte deseja receber o benefício.
nefício. Quanto antes começa um plano de previdência priva-
Em resumo, pode-se dizer que é um sistema que acu- da, mais fácil é formar a poupança, porque o volume de
mula recursos que garantam uma renda mensal no futu- dinheiro que será poupado será distribuído por um núme-
ro, especialmente no período em que se deseja parar de ro maior de meses.
trabalhar. Num primeiro momento, era vista como uma Segundo, porque o efeito da parte dos juros no capital
forma uma poupança extra, além da previdência oficial, final é maior quanto maior o tempo de contribuição. A
mas como o benefício do governo tende a ficar cada vez poupança que vai garantir o pagamento dos benefícios é
menor, muitos adquirem um plano como forma de garan- formada por dois valores básicos. Um é a soma das con-
tir uma renda razoável ao fim de sua carreira profissional. tribuições feitas, retirando daí todos os custos. O outro é
Há dois tipos de plano de previdência no Brasil. A o rendimento obtido ao longo dos anos. Quanto maior o
aberta e a fechada. número de anos, maior a contribuição do rendimento na
A aberta pode ser contratada por qualquer pessoa, formação do capital.
enquanto a fechada é destinada a grupos, como por VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre
exemplo, funcionários de uma empresa.
O VGBL – Vida Gerador de Benefícios Livres dá ao
Benefícios dos Planos Previdenciários cliente o direito de resgatarem vida, após o período de
Os planos de aposentadoria e pensão privados po- carência, uma parte ou a totalidade do montante aplicado,
dem ser contratados deforma individual ou coletiva (aver- acrescido do rendimento durante esse período.
bados ou instituídos); e podem oferecer juntos ou separa- O VGBL é bastante parecido com o PGBL. Isso porque
damente, alguns tipos básicos de benefícios, quais sejam: o investidor também tem seus recursos aplicados em um
• Renda por sobrevivência - renda a ser paga ao parti- FIF exclusivo, sendo cobrada taxa de carregamento, e ain-
cipante do plano que sobreviver ao prazo de diferimento da pode optar pelo perfil do fundo em que aportará suas
contratado, geralmente denominada de aposentadoria. reservas.
• Renda por invalidez - renda a ser paga ao partici- O VGBL não tem garantia de remuneração mínima,
pante, em decorrência de sua invalidez total e permanen- sendo o benefício baseado na rentabilidade da carteira de
te ocorrida durante o período de cobertura e após cum- investimento do FIF. A transferência (portabilidade) dos
prido o período de carência estabelecido no Plano; Planos recursos de uma seguradora para outra é permitida, de-
de Aposentadoria. vendo apenas ser respeitado o período de carência, que
• Pensão por morte - renda a ser paga ao(s) beneficiá- ainda não foi regulamentado pela Susep (Superintendên-
rio(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrên- cia de Seguros Privados).
cia da morte do Participante ocorrida durante o período Conforme exposto, o PGBL e o VGBL são produtos com
de cobertura e após cumprido o período de carência es- características bastante semelhantes. A grande diferença
tabelecido no Plano. está no tratamento fiscal. No PGBL, o investidor conta com

28
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

o incentivo fiscal concedido aos planos de previdência, • da possibilidade de realização de aplicações que co-
que permite ao poupador deduzir de sua base de cálculo loquem em risco o patrimônio do fundo; O valor de cada
do Imposto de Renda contribuições feitas a estes planos, cota é recalculado diariamente e a remuneração recebida
até o limite de 12% de sua renda bruta anual. varia de acordo com o prazo de aplicação e com os rendi-
Já o VGBL não conta com esse incentivo, mas, em mentos dos ativos financeiros que compõe o fundo.
compensação, o investidor não é tributado com base na Não há, geralmente, garantia de que o valor resgatado
tabela progressiva no momento do resgate ou do recebi- seja superior ao valor aplicado.
mento do benefício, como ocorre no PGBL. Sua tributação Aplicação caracterizada pela aquisição de cotas de
acontece apenas em relação ao ganho de capital – ou seja, aplicações com características abertas e solidárias, e que
o lucro. Sendo assim, o VGBL torna-se um produto ideal representam parte do Patrimônio do Fundo, sendo que
para pessoas que atuam na economia informal ou que es- apresenta ainda uma valorização diária.
tão isentas do Imposto de Renda e, por isso, não podem Neste modelo de aplicação, os investidores podem sa-
contar com a vantagem fiscal do PGBL e dos planos de car suas cotas a curto prazo, no entanto, como nem todos
previdência em geral. agem dessa forma, a soma restante, que sempre represen-
ta uma importância volumosa, poderá ser aplicada em mo-
INVESTIMENTOS E SEGUROS dalidades mais rentáveis.
Os recursos obtidos pela administradora do Fundo
Fundo de Investimentos serão aplicados no mercado financeiro interno ou externo
Os fundos de investimento representam significativa onde houver uma melhor rentabilidade.
parcela de recursos aplicados por investidores no SFN, tais Os Fundos de Investimentos atuam conforme deter-
investimentos são constituídos sob a forma de condomí- minação Comissão de Valores Mobiliários (CVM), onde são
nios, estando, dessa forma, segregados do patrimônio da determinados os limites de composição da carteira, que re-
instituição financeira que os administra. flete na liquidez da aplicação.

CONCEITO TIPOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

O Fundo de Investimento Financeiro, constituído sob Os fundos de investimento podem ser classificados
a forma de condomínio aberto, é uma comunhão de re- pelo índice de volatilidade, que determina o grau de risco
cursos destinados à aplicação em carteira diversificada de para o investidor. Segundo a CVM, autarquia responsável
ativos financeiros e demais modalidades operacionais dis- pela supervisão deste mercado, os Fundos podem ser:
poníveis no âmbito do mercado financeiro e de capitais. a) Fundo de Curto Prazo - Devem aplicar seus recursos
Ao administrador do Fundo compete a realização de exclusivamente em títulos públicos federais ou privados
uma série de atividades gerenciais e operacionais rela- pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de
cionadas com os cotistas e seus investimentos, dentre as juros, ou títulos indexados a índices de preços, com pra-
quais a gestão da carteira de títulos e valores mobiliários. zo máximo a decorrer de 375 (trezentos e setenta e cinco)
Esta gestão da carteira do Fundo pode ser realizada dias. O prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 (ses-
pelo próprio administrador ou pode ser terceirizada, isto senta) dias.
é, realizada por uma pessoa física ou jurídica, credenciada b) Fundo Referenciado - Esses Fundos devem identifi-
pela CVM e contratada especialmente para esta finalidade. car em sua denominação o seu indicador de desempenho,
Este é o gestor da carteira. em função da estrutura dos ativos financeiros integrantes
As informações relevantes de um Fundo de Investi- das respectivas carteiras, desde que atendidas, cumulativa-
mento constam de seu prospecto e de seu Regulamento, mente, as seguintes condições:
que devem, obrigatoriamente, ser entregues ao cotista por I - tenham 80% (oitenta por cento), no mínimo, de seu
ocasião de seu ingresso no Fundo. patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativa-
O Fundo tem prazo indeterminado de duração e em mente, por:
sua denominação, que não pode conter termos incompa- a) títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Ban-
tíveis com o seu objetivo, deve constar a expressão “inves- co Central do Brasil;
timento financeiro”, facultado o acréscimo de vocábulos b) títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emis-
que identifiquem o perfil de suas aplicações. sor esteja classificado na categoria baixo risco de crédito
As taxas, despesas e prazos adotados devem ser os ou equivalente.
mesmos para todos os condôminos do fundo. Na defi- II - estipulem que 95% (noventa e cinco por cento), no
nição da política de investimento (onde serão aplicados mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de
os recursos do fundo), devem ser prestadas informações forma a acompanhar a variação do indicador de desempe-
acerca: nho escolhido;
• das características gerais da atuação do fundo, entre III - restrinjam a respectiva atuação nos mercados de
as quais os critérios de composição e de diversificação da derivativos a realização de operações com o objetivo de
carteira e os riscos operacionais envolvidos; proteger posições detidas à vista, até o limite dessas.

29
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

c) Fundo de Renda Fixa - Devem possuir, no mínimo, O objetivo maior do Seguro Rural é oferecer cobertu-
80% (oitenta por cento) da carteira em ativos relacionados ras, que ao mesmo tempo atendam ao produtor e a sua
diretamente aos principais fatores de risco da carteira, que produção, à sua família, à geração de garantias a seus fi-
são a variação da taxa de juros doméstica ou de índice de nanciadores, investidores, parceiros de negócios, todos in-
inflação, ou ambos. teressados na maior diluição possível dos riscos, pela com-
d) Fundo de Ações - Devem possuir, no mínimo, 67% binação dos diversos ramos de seguro.
(sessenta e sete por cento) da carteira em ações admitidas
à negociação no mercado à vista de bolsa de valores ou Seguro contra incêndio
entidade do mercado de balcão organizado. Para fins de seguro, o incêndio pode ser definido como
e) Fundo Cambial - Devem possuir, no mínimo, 80% (oi- fogo que se propaga, ou se desenvolve com intensidade,
tenta por cento) da carteira em ativos relacionados direta- destruindo e causando prejuízos (danos). Para que fique
mente, ao fator de risco do fundo que é a variação de preços caracterizado a ocorrência de incêndio, para fins de seguro,
de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial.
não basta que exista fogo é preciso:
f) Fundo de Dívida Externa - Devem aplicar, no mínimo,
• que o fogo se alastre, se desenvolva, se propague;
80% (oitenta por cento) de seu patrimônio líquido em títu-
• que a capacidade de alastrar-se não esteja limitada
los representativos da dívida externa de responsabilidade
da União, sendo permitida a aplicação de até 20% (vinte a um recipiente ou qualquer outro local em que habitual-
por cento) do patrimônio líquido em outros títulos de cré- mente haja fogo, ou seja, que ocorra em local indesejado
dito transacionados no mercado internacional. ou não habitual; e
g) Fundo Multimercado - Estes Fundos possuem polí- • que o fogo cause dano.
ticas de investimento que envolvem vários fatores de risco,
sem o compromisso de concentração em nenhum fator Seguro de Garantia
em especial ou em fatores diferentes das demais classes É um seguro que tem a finalidade de garantir o fiel
de fundos. cumprimento das obrigações contraídas pelo tomador jun-
Os fundos classificados como “Referenciado”, “Renda to ao segurado em contratos privados ou públicos, bem
Fixa”, “Cambial”, “Dívida Externa” e “Multimercado” pode- como em licitações.
rão ser adicionalmente classificados como “Longo Prazo” As partes se relacionam da seguinte forma: o segurado
quando o prazo médio de sua carteira supere 365 (trezen- recebe uma apólice de seguro emitida pela seguradora, ga-
tos e sessenta e cinco) dias e seja composta por títulos pri- rantindo as obrigações do tomador contraídas no contrato
vados ou públicos federais, pré-fixados ou indexados à taxa principal. Para que se conclua a operação, a seguradora e o
SELIC (taxa média de juros dos títulos públicos federais) ou tomador assinam o contrato de contra garantia, garantindo
a outra taxa de juros, a índices de preço ou à variação cam- o direito de regresso da seguradora contra o tomador em
bial, ou, ainda, por operações compromissadas lastreadas um eventual sinistro.
nos títulos públicos federais acima referidos. O tomador é a pessoa jurídica ou pessoa física que as-
sume a tarefa de construir, fornecer bens ou prestar ser-
PLANOS DE SEGUROS viços, por meio de um contrato contendo as obrigações
As sociedades seguradoras são as únicas entidades a estabelecidas.
negociar pla Ao mesmo tempo, torna-se cliente e parceiro da segu-
nos de seguros. radora, que passa a garantir seus serviços.
Para tanto, tais entidades seguem um conjunto de re- O Tomador é o risco; o interessado em cumprir o con-
gras definidas em legislação especifica relativa ao assunto.
trato. É ele quem paga o prêmio do seguro;
Os planos de seguros existentes no mercado brasileiro
O segurado é a pessoa física ou jurídica contratante
são:
da obrigação junto ao tomador e o segurador é quem ga-
1. Seguro rural;
rante a realização do contrato. Geralmente este seguro é
2. Seguro contra incêndio;
3. Seguro garantia; utilizado na construção civil, porém pode ser aplicado em
4. Seguro de pessoas; contratos de prestação de serviços, fornecimento e obriga-
5. Seguro de transporte; ções aduaneiras.
6. Seguro de crédito interno; As relações entre o tomador e a seguradora regem-se
7. Seguro de automóveis. pelo estabelecido na proposta de seguro e no contrato de
contra garantia.
Seguro Rural Tal contrato é o instrumento legal que permite obter
O Seguro Rural é um dos mais importantes instrumen- ressarcimento junto ao tomador e seus fiadores dos valo-
tos de política agrícola, por permitir ao produtor proteger- res pagos pela seguradora ao segurado. Este contrato não
se contra perdas decorrentes principalmente de fenôme- interfere no direito do segurado.
nos climáticos adversos. Contudo é mais abrangente, co-
brindo não só atividade agrícola, mas também a atividade Seguro de Pessoas
pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos, São feitas pelas seguradoras visando a proteção de ris-
o crédito para comercialização desses produtos, além do cos suportados por pessoas físicas. Podem ser subdivididos
seguro de vida dos produtores. nas seguintes modalidades:

30
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

• Seguro de vida em grupo: garantem um pagamento O sinistro é caracterizado quando ocorre a insolvência
de uma indenização ao segurado e aos seus beneficiários. do devedor reconhecida por meio de medidas judiciais ou
observadas as garantias contratadas que podem ser bási- extrajudiciais realizadas para o pagamento da dívida.
cas (geralmente morte ou invalidez permanente) ou adicio- Este seguro é geralmente contratado por empresas
nais. São feitos para garantir duas ou mais pessoas, sendo que realizam operações de crédito em suas vendas, tanto
obrigatoriamente contratados por uma estipulante, que para pessoa física como para pessoa jurídica, ou interme-
representa os segurados; diários de operações de crédito, financiamento e investi-
• Seguro de acidentes pessoais: garante o pagamento mento; consórcios, empresas de factoring, etc.
de uma indenização ao segurado ou a seus beneficiários, Caracterizados desta forma como segurados das ope-
caso aquele venha a sofre um acidente pessoal; rações de crédito.
• Seguro de vida individual: é o seguro que garante um Os segurados também são os responsáveis pelo paga-
único segurado, contratado pelo próprio interessado; mento do prêmio de seguro. Os contratantes da operação
• Seguro educacional: auxilia o custeio das despesas de crédito, ou seja, os devedores são denominados garanti-
com educação dos beneficiários do segurado, à luz da dos, e é sobre eles que incide o risco de inadimplência.
ocorrência dos riscos segurados definidos no contrato;
• Seguro prestamista: são seguros em grupo, onde os Seguro de Automóveis
segurados convencionam pagar prestações ao estipulante O Seguro de Automóveis poderá ser contratado pelas
pelo valor do saldo da dívida ou do compromisso feito pelo modalidades de Valor Determinado ou Valor de Mercado
segurado. Referenciado. As Seguradoras podem oferecer apenas a
contratação na modalidade Valor Determinado, apenas na
Seguro de Transporte modalidade Valor de Mercado Referenciado, ou ambas; As
Para que possamos compreender como funciona o se- principais garantias oferecidas são Compreensiva (colisão,
guro de transporte, temos que entender como está estru- incêndio e roubo), Incêndio e Roubo, Colisão e Incêndio,
turada a operação de transporte. Acidentes Pessoais de Passageiros e Responsabilidade Civil
O conhecimento de embarque é o contrato feito para o Facultativa de Veículos: Outras garantias podem ser contra-
transporte da mercadoria entre comprador (ou vendedor) tadas. São elas:
e o transportador (ou operador de transporte multimodal). • A assistência 24 Horas: tem como objetivo prestar as-
A relação existente entre as partes deverá ser definida no sistência ao veículo segurado e a seus ocupantes, em caso
contrato de compra e venda, uma vez que a definição de de acidente ou pane mecânica e/ou elétrica;
quem tem a obrigação de contratar o frete constará deste. • Acessórios: garante a indenização dos prejuízos cau-
Os principais contratos de transporte são: sados aos acessórios do veículo pelos mesmos riscos pre-
• FOB: O vendedor é o responsável pela contratação do vistos na apólice contratada.
transporte e do seguro da mercadoria até a colocação da Entende-se como acessório, original de fábrica ou não,
mesma a bordo da embarcação. Cabe ao comprador con- rádio e toca-fitas, Cd players, televisores, etc, desde que fi-
tratar o transporte e o seguro a partir deste ponto; xados em caráter permanente no veículo segurado;
• CIF: este contrato prevê a obrigatoriedade do ven- • Equipamentos: garante a indenização dos prejuízos
dedor providenciar o transporte e o seguro até o porto de causados aos equipamentos do veículo pelos mesmos ris-
destino final. Costuma ser utilizado nas exportações brasi- cos previstos na apólice contratada. Entende-se como equi-
leiras; Quem pode contratar o seguro transporte é a pessoa pamento, qualquer peça ou aparelho fixado em caráter per-
que tem o interesse em preservar o patrimônio contra os manente no veículo segurado, exceto áudio e vídeo;
riscos inerentes à viagem. • Carroceria: garante indenização, no caso de danos
Ou seja, por qualquer pessoa que tenha o interesse se- causados à carroceria do veículo segurado, desde que o si-
gurável na carga a ser transportada. Este interesse segurá- nistro seja decorrente de um dos riscos cobertos na apólice;
vel será esclarecido no contrato de compra e venda. • Blindagem: está coberta por esta garantia, a blinda-
Neste contrato, estará definido a partir de que mo- gem do veículo segurado, contra eventos cobertos pela
mento o interesse segurável passará do vendedor ao com- apólice;
prador da mercadoria; • Despesas Extraordinárias: garante ao segurado, em
caso de indenização integral, uma quantia estipulada no
Seguro de Crédito Interno contrato de seguro, para o pagamento de despesas extras
Entende-se por operação de crédito todo ato de von- relativas a documentação do veículo, etc;
tade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, tem- • Danos Morais: garante ao Segurado o reembolso da
porariamente, parte de seu patrimônio a um terceiro, com indenização por danos morais causados a terceiros, pela
a expectativa de que essa parcela volte a sua posse inte- qual vier a ser responsável civilmente em sentença judicial
gralmente, após decorrer o tempo estipulado. transitada em julgado, ou em acordo judicial ou extrajudi-
O seguro de crédito interno é uma modalidade de se- cial autorizado de modo expresso pela seguradora;
guro que tem por objetivo ressarcir o segurado (credor), • Extensão de Perímetro para os Países da América do
nas operações de crédito realizadas dentro do território Sul: por meio desta garantia, o Segurado poderá ampliar a
nacional, das Perdas Líquidas Definitivas – PLD4 – causadas área de abrangência do seguro do seu veículo para os paí-
por devedor insolvente. ses da América do Sul;

31
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

• Valor de Novo: Garante ao Segurado, no caso de in- Como acionista, ele é sócio da empresa e se beneficia
denização integral, a indenização referente à Cobertura da distribuição de dividendos sempre que a empresa ob-
de Casco pelo Valor de Novo, nos casos em que o sinistro tiver lucros.
ocorra em até 6 ou 12 meses da saída do veículo da con- Essa é a mecânica da democratização do capital de
cessionária; uma empresa e da participação em seus lucros.
Para operar no mercado secundário de ações, é neces-
sário que o investidor se dirija a uma sociedade corretora
NOÇÕES DO MERCADO DE membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários es-
pecializados poderão fornecer os mais diversos esclareci-
CAPITAIS E DE CÂMBIO.
mentos e orientação na seleção do investimento, de acor-
do com os objetivos definidos pelo aplicador.
Se pretender adquirir ações de emissão nova, ou seja,
MERCADO DE CAPITAIS no mercado primário, o investidor deverá procurar um ban-
co, uma corretora ou uma distribuidora de valores mobiliá-
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de rios, que participem do lançamento das ações pretendidas.
valores mobiliários, que tem o propósito de proporcionar Os países capitalistas mais desenvolvidos possuem
liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu mercados de capitais fortes e dinâmicos.
processo de capitalização. A fraqueza desse mercado nos países subdesenvolvi-
É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corre- dos dificulta a formação de poupança, constitui um sério
toras e outras instituições financeiras autorizadas. obstáculo ao desenvolvimento e obriga esses países a re-
No mercado de capitais, os principais títulos nego- correr aos mercados de capitais internacionais, sediados
ciados são os representativos do capital de empresas - as nas potências centrais.
ações - ou de empréstimos tomados, via mercado, por em-
presas – debêntures conversíveis em ações, bônus de subs- MERCADO DE CÂMBIO
crição e “commercial papers” - , que permitem a circulação
O mercado de câmbio envolve as forças de ofer-
de capital para custear o desenvolvimento econômico.
ta e procura de divisas estrangeiras e a condição de equi-
O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações
líbrio,  servindo para explicar a determinação da  taxa de
com direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários,
câmbio  e o volume das transações internacionais. Inclui
certificados de depósitos de ações e demais derivativos au-
todas  transações de compra e venda de moeda estrangei-
torizados à negociação.
ra realizadas por exportadores, importadores, investidores,
À medida que cresce o nível de poupança individual
turistas, devedores e especuladores por intermédio  do sis-
e a poupança das empresas (lucros) constituem a fonte
tema financeiro.
principal do financiamento dos investimentos de um país.  
Tais investimentos são o motor do crescimento econômi- Instituições Autorizadas a Operar
co e este, por sua vez, gera aumento de renda, com con-  
sequente aumento da poupança e do investimento, assim Podem operar no mercado de câmbio apenas as insti-
por diante. tuições autorizadas pelo Banco Central. O segmento livre é
Esse é o esquema da circulação de capital, presente no restrito aos bancos e ao Banco Central.
processo de desenvolvimento econômico. As empresas, à No segmento flutuante, além desses dois, podem ter
medida que se expandem, carecem de mais e mais recur- permissão para operar as agências de turismo, os meios de
sos, que podem ser obtidos por meio de: hospedagem de turismo e as corretoras e distribuidoras de
● empréstimos; títulos e valores mobiliários.
● reinvestimentos de lucros; A transação PCAM 830, do SISBACEN, disponível ao
● participação de acionistas. público em geral, lista todas as instituições autorizadas nos
dois segmentos do mercado de câmbio.
As duas primeiras fontes de recursos são limitadas. Ge- Em dúvida, o cliente deve solicitar documentação com-
ralmente, as empresas utilizam-nas para manter sua ativi- probatória da aprovação do Banco Central e/ou contatar a
dade operacional. representação do Departamento de Câmbio na praça ou
Mas é pelas participações de novos sócios - os acio- região ou ainda ligar para as Centrais de Atendimento do
nistas - que uma empresa ganha condição de obter novos Banco Central.
recursos não exigíveis, como contrapartida à participação
no seu capital. OPERAÇÕES BÁSICAS
Com os recursos necessários, as empresas têm condi-
ções de investir em novos equipamentos ou no desenvol- CÂMBIO. Operação financeira que consiste em vender,
vimento de pesquisas melhorando seu processo produtivo, trocar ou comprar valores em moedas de outros países ou
tornando-o mais eficiente e beneficiando toda a comuni- papéis que representem moedas de outros países. Para
dade. essas operações são utilizados cheques, moedas propria-
O investidor em ações contribui assim para a produção mente ditas ou notas bancárias, letras de câmbio, ordens
de bens, dos quais ele também é consumidor. de pagamento etc.

32
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Até o século passado, a maioria das moedas tinha seu As flutuações da taxa cambial apresentam uma série de
valor determinado por certa quantia de ouro e prata que riscos, pois o mercado de divisas passa a sofrer variações
representavam. determinadas também por fatores políticos, sociais e até
Atualmente não há mais o lastro metálico para servir psicológicos.
de relação no câmbio entre as moedas, e as taxas cambiais Quando um país sofre uma crise de liquidez, por
são determinadas por uma conjunção de fatores intrínse- exemplo, o regime de câmbio livre estimula a especulação
cos ao país, principalmente a política econômica vigente.O com moeda estrangeira, o que eleva excessivamente sua
câmbio não possui apenas o valor teórico de determinar cotação e agrava sua escassez. Da mesma forma, os im-
preços comparativos entre moedas, mas a função básica de portadores passam a utilizar maior quantidade de divisas
exprimir a relação efetiva de troca entre diferentes países. (moeda estrangeira) para suas compras, querendo evitar
A troca de moedas é consequência das transações co- pagá-las mais caras com o avanço da crise, o que agrava a
merciais entre países. crise de liquidez.
No Brasil, a rede bancária, liderada pelo Banco do Bra-
sil, é a intermediária nas transações cambiais. CÂMBIO MANUAL
Os exportadores, ao receberem moeda estrangeira,
vendem-na aos bancos e os bancos revendem essa moeda A simples troca física da moeda de um país pela de
aos importadores para que paguem as mercadorias com- outro. As operações manuais de câmbio só se fazem em
pradas. dinheiro efetivo e restringem-se aos viajantes e turistas.
Essas transações são sempre reguladas pelo governo, Nas transações de comércio exterior ou de pais a pais,
que fixa os preços de compra e venda das moedas estran- utilizam-se divisas sob a forma de letras de câmbio, che-
geiras. ques, ordens de pagamento ou títulos de crédito.
CÂMBIO MÚLTIPLO
Estrutura do Mercado Cambial Brasileiro
Sistema de câmbio em que as taxas variam conforme
- Banco Central do Brasil: órgão executor da política a destinação do uso da moeda estrangeira. Acaba funcio-
cambial brasileira; nando como um tipo de subsídio para a compra de alguns
- Banco Autorizado: instituição bancária com quem o produtos ou como taxação na compra de outros. E adota-
cliente fecha o câmbio; do tanto para a importação quanto para a exportação, e
- Cliente: qualquer pessoa física ou jurídica habilitada a alguns países o adotam oficialmente.
comprar ou vender moeda estrangeira; O Brasil não possui câmbio múltiplo, mas certas re-
- Corretor de Câmbio: intermediário de quem, facul- gulamentações de natureza cambial criam efeito seme-
tativamente, o cliente pode se utilizar para realizar as suas lhante. O dólar para a compra de petróleo, por exemplo,
operações de câmbio. possui valor inferior ao do cambio oficial, contrapartida,
durante algum tempo a taxação de 25% de IOF (imposto
Segmentos de Mercado  sobre Operações Financeiras) na compra. de dólares por
turistas brasileiros que viajavam ao exterior criou um dólar
O Mercado Cambial Brasileiro está dividido em dois mais caro. Estão no mesmo caso a taxação variável dos
segmentos distintos: produtos de importação (com alíquotas maiores para os
chamados supérfluos e o confisco cambial incidente sobre
a) Mercado de Taxas Livres (ou Câmbio Comercial), produtos de  exportação (como o café). Consideraremos
que abrange as operações de câmbio relativas ao comércio que essas operações se realizem em um mercado cambial
exterior e de capitais estrangeiros, entre outras; totalmente livre, isto é, onde inexistam quaisquer tipos de
controles de câmbio.
b) Mercado de Taxas Flutuantes (ou Câmbio Turis-
mo), que engloba as operações não enquadradas no Câm- Nota: Algumas das operações aqui tratadas pode-
bio Comercial. rão não ser permitidas no Brasil, em virtude de dispositivos
cambiais vigentes.
MODALIDADES  Os negócios cambiais realizados pelos bancos podem
ser efetuados com seus clientes não bancários (empresas,
CAMBIO LIVRE particulares etc.) como também com outros bancos (ope-
rações interbancárias).
Regime de operações do mercado de divisas sem in- Tais operações poderão referir-se a operações “pron-
terferência das autoridades monetárias. A liberação da taxa tas”, operações “futuras”, operações de swaps, hedging etc.
cambial faz com que o valor das moedas estrangeiras flu- As transações “interbancárias” normalmente são efe-
tue de acordo com o interesse que despertam no mercado tuadas por telex ou telefone, diretamente entre os bancos
segundo a interação da oferta e da procura. ou, conforme a legislação cambial do país, com a interven-
O câmbio livre é também chamado de flutuante ou er- ção de corretores.
rático.

33
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

A rapidez é fator primordial na condução dessas ope- 4. Que instituições podem operar no mercado de câm-
rações os negócios são consumados dizendo-se simples- bio e que operações elas podem realizar?
mente “feito” a uma proposta. Podem ser autorizados pelo Banco Central a operar no
Uma proposta de operação devera ser imediatamente mercado de câmbio: bancos múltiplos; bancos comerciais;
respondida ela outra parte, aceitando-a ou recusando-a. caixas econômicas; bancos de investimento; bancos de de-
Uma demora na resposta poderá fazer que a outra parte senvolvimento; bancos de câmbio; agências de fomento;
se recuse a fechar o negocio nas condições estabelecidas sociedades de crédito, financiamento e investimento; so-
inicialmente. Este aspecto é de particular importância no ciedades corretoras de títulos e valores mobiliários; socie-
caso de cotações cambiais, as quais, em um mercado livre dades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e so-
de câmbio, poderão modificar-se rapidamente, de acordo ciedades corretoras de câmbio.
com as condições de mercado. Esses agentes podem realizar as seguintes operações:
a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Eco-
Segue algumas questões acerca de câmbio. nômica Federal: todas as operações previstas para o mer-
1. O que é câmbio? cado de câmbio;
Câmbio é a operação de troca de moeda de um país b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito,
pela moeda de outro país. Por exemplo, quando um turista financiamento e investimento e agências de fomento: ope-
brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda es- rações específicas autorizadas pelo Banco Central;
trangeira, o agente autorizado pelo Banco Central a operar c) sociedades corretoras de títulos e valores mobiliá-
no mercado de câmbio recebe do turista brasileiro a moe- rios; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliá-
da nacional e lhe entrega (vende) a moeda estrangeira. Já rios e sociedades corretoras de câmbio:
quando um turista estrangeiro quer converter moeda es- c 1.) operações de câmbio com clientes para liquidação
trangeira em reais, o agente autorizado a operar no mer- pronta de até US$100 mil ou o seu equivalente em outras
cado de câmbio compra a moeda estrangeira do turista moedas; e
estrangeiro, entregando-lhe os reais correspondentes. c 2.) operações no mercado interbancário, arbitragens
no País e, por meio de banco autorizado a operar no mer-
2. O que é mercado de câmbio? cado de câmbio, arbitragem com o exterior.
No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde Além desses agentes, o Banco Central também conce-
se realizam as operações de câmbio entre os agentes au- dia autorização para agências de turismo e meios de hos-
torizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes, pedagem de turismo para operarem no mercado de câm-
diretamente ou por meio de seus correspondentes. bio. Atualmente, não se concede mais autorização para es-
O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado ses agentes, permanecendo ainda apenas aquelas agências
pelo Banco Central e compreende as operações de compra de turismo cujos proprietários pediram ao Banco Central
e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda autorização para constituir instituição autorizada a operar
nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no em câmbio. Enquanto o Banco Central está analisando tais
País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior pedidos, as agências de turismo ainda autorizadas podem
e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas continuar a realizar operações de compra e venda de moe-
por intermédio das instituições autorizadas a operar no da estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem,
mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente ou relativamente a viagens internacionais.
por meio de seus correspondentes. As instituições financeiras autorizadas a operar em
Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as opera- câmbio podem contratar correspondentes (pessoas jurídi-
ções relativas aos recebimentos, pagamentos e transferên- cas em geral) para a realização das seguintes operações de
cias do e para o exterior mediante a utilização de cartões câmbio:
de uso internacional, bem como as operações referentes a) execução ativa ou passiva de ordem de pagamento
às transferências financeiras postais internacionais, inclusi- relativa a transferência unilateral (ex: manutenção de resi-
ve vales postais e reembolsos postais internacionais. dentes, transferência de patrimônio, prêmios em eventos
À margem da lei, funciona um segmento denominado culturais e esportivos ) do ou para o exterior, limitada ao
mercado paralelo. São ilegais os negócios realizados no valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos,
mercado paralelo, bem como a posse de moeda estran- por operação;
geira oriunda de atividades ilícitas. b) compra e venda de moeda estrangeira em espécie,
cheque ou cheque de viagem, bem como carga de moeda
3. Qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar e estrangeira em cartão pré-pago, limitada ao valor equiva-
vender moeda estrangeira? lente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, por opera-
Sim, desde que a outra parte na operação de câm- ção; e
bio seja agente autorizado pelo Banco Central a operar no c) recepção e encaminhamento de propostas de ope-
mercado de câmbio (ou seu correspondente para tais ope- rações de câmbio.
rações) e que seja observada a regulamentação em vigor, As operações realizadas pelos correspondentes são
incluindo a necessidade de identificação em todas as ope- de total responsabilidade da instituição contratante (para
rações. É dispensado o respaldo documental das opera- mais informações sobre correspondentes, consulte: Perfis
ções de valor até o equivalente a US$ 3 mil, preservando- > Cidadão > Perguntas frequentes, cartilhas e notícias >
se, no entanto, a necessidade de identificação do cliente. Perguntas frequentes > Correspondentes no país).

34
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

A ECT também é autorizada pelo Banco Central a rea- 8. O que é posição de câmbio?
lizar operações com vales postais internacionais, emissivos A posição de câmbio é representada pelo saldo das
e receptivos, destinadas a atender compromissos diversos, operações de câmbio (compra e venda de moeda estran-
tais como: manutenção de pessoas físicas, contribuições geira, de títulos e documentos que as representem e de
previdenciárias, aposentadorias e pensões, aquisição de ouro-instrumento cambial) prontas ou para liquidação fu-
medicamentos para uso particular, pagamento de aluguel tura, realizadas pelas instituições autorizadas pelo Banco
de veículos, multas, doações. Por meio dos vales postais in- Central do Brasil a operar no mercado de câmbio.
ternacionais, a ECT também pode dar curso a recebimentos
ou pagamentos conduzidos sob a sistemática de câmbio 9. O que é posição de câmbio comprada?
simplificado de exportação ou de importação, observado o A posição de câmbio comprada é o saldo em moeda
limite de US$50 mil, ou seu equivalente em outras moedas, estrangeira registrado em nome de uma instituição autori-
por operação. zada que tenha efetuado compras, prontas ou para liquida-
A relação dos agentes autorizados a operar no merca- ção futura, de moeda estrangeira, de títulos e documentos
do de câmbio pode ser consultada em: Câmbio e Capitais que as representem e de ouro-instrumento cambial, em
Internacionais > Instituições que atuam no mercado de valores superiores às vendas.
câmbio.
10. O que é posição de câmbio vendida?
5. Que operações podem ser realizadas no mercado A posição de câmbio vendida é o saldo em moeda es-
de câmbio? trangeira registrado em nome de uma instituição autoriza-
Quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda da que tenha efetuado vendas, prontas ou para liquidação
estrangeira podem ser realizados no mercado de câmbio, futura, de moeda estrangeira, de títulos e documentos que
inclusive as transferências para fins de constituição de dis- as representem e de ouro-instrumento cambial, em valores
ponibilidades no exterior e seu retorno ao País e aplica- superiores às compras.
ções no mercado financeiro. As pessoas físicas e as pessoas
jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou 11. O que é operação pronta?
realizar transferências internacionais em reais, de qualquer A operação de câmbio (compra ou venda) pronta é a
natureza, sem limitação de valor, observada a legalidade da operação a ser liquidada em até dois dias úteis da data de
transação, tendo como base a fundamentação econômica contratação.
e as responsabilidades definidas na respectiva documen-
tação. 12. O que é operação para liquidação futura?
Embora do ponto de vista cambial não exista restrição A operação de câmbio (compra ou venda) para liqui-
para a movimentação de recursos, os agentes do mercado dação futura é a operação a ser liquidada em prazo maior
e seus clientes devem observar eventuais restrições legais que dois dias.
ou regulamentares existentes para determinados tipos de
operação. Como exemplo, relativamente à colocação de 13. O que é contrato de câmbio?
seguros no exterior, devem ser observadas as disposições Contrato de câmbio é o documento que formaliza a
dos órgãos e entidades responsáveis pela regulação do operação de compra ou de venda de moeda estrangeira.
segmento segurador. Nele são estabelecidas as características e as condições sob
6. Os bancos são obrigados a vender moeda em es- as quais se realiza a operação de câmbio. Dele constam
pécie? informações relativas à moeda estrangeira que um cliente
Não. Normalmente, os agentes autorizados a operar está comprando ou vendendo, à taxa contratada, ao valor
em câmbio, por questão de administração de caixa e estra- correspondente em moeda nacional e aos nomes do com-
tégia operacional, procuram operar com o mínimo possível prador e do vendedor. Os contratos de câmbio devem ser
de moeda em espécie. registrados no Sistema Integrado de Registro de Opera-
ções de Câmbio (Sistema Câmbio) pelo agente autorizado
7. O que é mercado primário e mercado secundário? a operar no mercado de câmbio.
A operação de mercado primário implica o recebimen- Nas operações de compra ou de venda de moeda es-
to ou a entrega de moeda estrangeira por parte de clientes trangeira de até US$ 3 mil, ou seu equivalente em outras
no País, correspondendo a fluxo de entrada ou de saída da moedas estrangeiras, não é obrigatória a formalização do
moeda estrangeira do País. Esse é o caso das operações contrato de câmbio, mas o agente do mercado de câmbio
realizadas com exportadores, importadores, viajantes, etc. deve identificar seu cliente e registrar a operação no Siste-
Já no mercado secundário, também denominado merca- ma Câmbio.
do interbancário quando os negócios são realizados entre
bancos, a moeda estrangeira é negociada entre as insti- 14. O que é política cambial?
tuições integrantes do sistema financeiro e simplesmente É o conjunto de ações governamentais diretamente
migra do ativo de uma instituição autorizada a operar no relacionadas ao comportamento do mercado de câmbio,
mercado de câmbio para o de outra, igualmente autoriza- inclusive no que se refere à estabilidade relativa das taxas
da, não havendo fluxo de entrada ou de saída da moeda de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos.
estrangeira do País.

35
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

15. Qual é o papel do Banco Central no mercado de Fiança


câmbio?
O Banco Central executa a política cambial definida Dá-se a fiança quando uma pessoa se obriga a satisfa-
pelo Conselho Monetário Nacional. Para tanto, regulamen- zer determinada obrigação, caso o respectivo devedor não
ta o mercado de câmbio e autoriza as instituições que nele a cumpra.
operam. Também compete ao Banco Central fiscalizar o A fiança é um contrato acessório; pode ser gratuito ou
referido mercado, podendo punir dirigentes e instituições oneroso. Os intervenientes são: o devedor (afiançado), o
mediante multas, suspensões e outras sanções previstas fiador (pessoa física ou pessoa jurídica) e o credor.
em lei. Além disso, o Banco Central pode atuar diretamente Caso o devedor principal não cumpra a obrigação e
no mercado, comprando e vendendo moeda estrangeira o fiador venha a ser acionado para responder pela dívida,
de forma ocasional e limitada, com o objetivo de conter sem que antes tenha sido acionado aquele, poderá alegar
movimentos desordenados da taxa de câmbio. o benefício de ordem para que os bens do devedor sejam
excutidos em primeiro lugar, salvo se foi estipulada solida-
riedade no contrato de fiança.
O fiador tem a prerrogativa de renunciar a este direito.
GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO A fiança só pode ser concedida pelo cônjuge quando o
NACIONAL: AVAL; FIANÇA; PENHOR outro der seu consentimento. A este requisito se dá o nome
MERCANTIL; ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA; de outorga uxória. A falta da autorização torna o ato anulável.
HIPOTECA; FIANÇAS BANCÁRIAS;
Fiança bancária
FUNDO GARANTIDOR DE
CRÉDITO (FGC). É um compromisso contratual pelo qual uma institui-
ção financeira garante o cumprimento de obrigações de
seus clientes. O público alvo são as pessoas físicas e jurí-
dicas. A fiança bancária é uma obrigação por escrito (carta
de fiança) assumida pelo banco, responsabilizando-se por
GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
dívida total ou parcial de cliente que queira assumir uma
obrigação perante terceiros.
São divididas em 2 modalidades:
Regulamentação do CMN estipula o limite máximo de
exposição por cliente a ser observado pelas instituições fi-
1. GARANTIAS PESSOAIS que baseiam-se na confian-
nanceiras na prestação de garantia de fiança bancária.
ça, isto é, se o devedor não pagar, uma terceira pessoa (que
A vantagem se trabalhar com fiança bancária é que a
prestou a garantia pessoal) será obrigada a pagar no lugar garantia oferecida pelos bancos goza de grande respeita-
dele, onde temos o aval e a fiança. bilidade no mundo dos negócios. A fiança bancária está
sujeita a cobrança de tarifas, mas não se sujeita a cobrança
2. GARANTIAS REAIS que vinculam patrimônio ao de IOF, por tratar-se de um contrato.
cumprimento da obrigação assumida pelo devedor. Re-
caem sobre bens móveis ou imóveis do patrimônio do de- Penhor
vedor ou de terceiro; se ele não pagar, haverá um proces-
so de execução em que será requerida a venda judicial do É um direito real que consiste na tradição de coisa mó-
bem, pagando-se preferencialmente o credor, onde temos vel, suscetível de alienação, realizada pelo devedor ou por
o penhor, a hipoteca e a alienação fiduciária. terceiro ao credor, a fim de garantir o pagamento do dé-
A seguir disporemos a conceituação de cada espécie, bito. Tem como sujeitos o devedor pignoratício (pode ser
vejamos: tanto o sujeito passivo da obrigação principal como tercei-
ro que ofereça o ônus real) e o credor pignoratício (o que
Aval empresta o dinheiro).

O aval é a garantia de pagamento formal e solidária Penhor mercantil


firmada por terceiro em um título de crédito, onde os in-
tervenientes são: o avalista (aquele que presta o aval), o É caracterizando-se pela dispensa da tradição da coisa
avalizado (aquele que recebe o aval) e o credor. Para tanto, onerada, ou seja, o devedor continua na sua posse, equipa-
basta que se lance o aval no próprio título ou na folha de rando-se ao depositário para todos os efeitos. Visa garantir
alongamento. A simples assinatura no anverso do título é obrigação comercial.
suficiente para configurar o aval. Considera-se não escrito Penhor mercantil é a garantia na qual o bem empe-
o aval cancelado. Tratando-se de garantia solidária, implica nhado faz parte integrante do negócio comercial. Pode
que o avalista é coobrigado, isto é, é codevedor principal. abranger tanto estoques de matérias-primas quanto esto-
ques de produtos acabados. Os estoques objeto de penhor
mercantil são confiados a fiel depositário, que se torna res-
ponsável pela guarda, existência e conservação dos bens
dados em garantia.

36
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Hipoteca Também foram absorvidos a massa de depósitos do


RECHEQUE - Reserva para a Promoção da Estabilidade da
A hipoteca é um direito real sobre um bem imóvel ou Moeda e do Uso do Cheque - que consistia num fundo cria-
aos que forem a ele equiparados, que tem por objetivo as- do para a absorção das multas cobradas dos emitentes de
segurar o pagamento de uma dívida. cheques sem provisão de fundos.
A posse do bem gravado não se transfere ao credor. O FGC garante, atualmente, perdas de até R$ 250 mil,
A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos para cada pessoa contra a instituição bancária alvo de algu-
ou construções no imóvel e deve ser registrada no Cartório ma operação financeira.
de Registro de Imóveis. No início de 2009, com o objetivo de criar melhores
Podem ser objeto de hipoteca os imóveis, seus aces- condições para que as instituições financeiras médias e pe-
sórios, as estradas de ferro (linhas, estações, locomotivas e quenas voltassem a realizar operações de crédito, o Con-
vagões), as minas e pedreiras, os navios e os aviões. selho Monetário Nacional – CMN aprovou a Resolução n°
3.692, de 26 de março de 2009, alterada pelas Resoluções
Alienação fiduciária n°s 3.717, de 23 de abril de 2009 e 3.793, de 28 de setem-
bro de 2009, que autorizou os bancos comerciais, os ban-
Pelo contrato de alienação fiduciária, o devedor trans- cos múltiplos, os bancos de desenvolvimento, os bancos de
fere ao credor a propriedade de uma coisa móvel ou imó- investimentos, as sociedades de crédito, financiamento e
vel, até que a dívida daquele seja inteiramente paga. O de- investimento e as caixas econômicas a captar, a partir de 1
vedor é chamado fiduciante e o credor denomina-se fidu- de abril de 2009, depósitos a prazo, sem emissão de certifi-
ciário. Uma vez completado o pagamento, a propriedade cado, com garantia especial (Depósito a prazo com Garantia
do bem alienado volta ao fiduciante. Especial – DPGE) a ser proporcionada pelo FGC no valor de
A alienação fiduciária de coisas móveis rege-se pelo até R$ 20 milhões por depositante.
Decreto-Lei 911/1969. Até a entrada em vigor do novo Có- Assim, é uma espécie de “seguro” para determinados
digo Civil os contratos de empréstimos com garantia de investimentos em renda fixa. Na verdade, esse fundo não é
alienação fiduciária de coisa móvel só podiam ser pactua- um “produto”, seria uma entidade privada, sem fins lucra-
dos entre instituições financeiras e o financiado, pessoa tivos, que assim, administra o mecanismo de proteção aos
física ou jurídica. A partir de da entrada em vigor da Lei correntistas, poupadores e investidores, contra instituições
9.514/97, passou a existir também a alienação fiduciária da financeiras em caso de intervenção, liquidação ou falência.
coisa imóvel. Praticamente todas as instituições financeiras que ope-
A mora ou o inadimplemento do fiduciante possibili- ram no Brasil, tais como bancos comerciais, sociedades de
ta ao fiduciário requerer em juízo a busca e apreensão do crédito, bancos múltiplos etc., são associadas ao FGC.
bem móvel objeto do contrato, para vendê-lo a terceiros São instituições associadas ao FGC a Caixa Econômi-
e tornar efetiva a sua garantia. Se o bem móvel não for ca Federal, os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os
encontrado na posse do fiduciante, a busca e apreensão bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, as
podem transformar-se em ação de depósito; se ele não en- sociedades de crédito, financiamento e investimento, as so-
tregar a coisa, poderá ser considerado depositário infiel. ciedades de crédito imobiliário, as companhias hipotecárias
A lei faculta a venda da coisa independentemente de e as associações de poupança e empréstimo, em funciona-
leilão, avaliação prévia ou interpelação do devedor. O cre- mento no País, que:
dor deve aplicar o preço da venda no pagamento de seu - recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou
crédito e das despesas decorrentes, entregando ao deve- depósitos a prazo;
dor o saldo apurado, se houver. - realizem aceite em letras de câmbio;
- captem recursos mediante a emissão e a colocação de
Fundo Garantidor de Crédito (FGC). letras imobiliárias, de letras hipotecárias, de letras de cré-
dito imobiliário ou de letras de crédito do agronegócio; e
O Fundo Garantidor de Crédito - FGC constitui-se em - captem recursos por meio de operações compromis-
uma associação civil sem fins lucrativos, com personalida- sadas tendo como objeto títulos emitidos, após 08.03.2012,
de jurídica de direito privado do Brasil, que administra um por empresa ligada.
mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e in- As instituições associadas contribuem mensalmente
vestidores, permitindo recuperar os depósitos ou créditos para a manutenção do FGC, com uma porcentagem sobre
mantidos em instituição financeira, em caso de falência ou os saldos das contas correspondentes às obrigações objeto
de sua liquidação. de garantia.
Para a manutenção do FGC, as instituições financeiras
contribuem com uma porcentagem do valor dos depósitos, Principais investimentos protegidos pelo FGC: pou-
o FGC recolhe 0,0125% do valor dos depósitos totais das pança, CDBs e LCIs
empresas filiadas. A Resolução 3.400, de 6 de setembro de 2006 determi-
O Fundo foi criado em 1995 com a Resolução nº na que são objeto da garantia proporcionada pelo FGC os
2.211/95, do CMN, sob orientação do governo federal. seguintes créditos:
Foi originado do extinto FGDLI - Fundo de Garantia - depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;
de Depósitos e Letras Imobiliárias - a partir da reversão de - depósitos em contas correntes de depósito para in-
seus valores para o FGC. vestimento;

37
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

- depósitos de poupança; b) devem ser somados os créditos de cada credor


- depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; identificado pelo respectivo Cadastro de Pessoas Físicas
- depósitos mantidos em contas não movimentáveis (CPF) / Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) contra
por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de todas as instituições associadas do mesmo conglomerado
recursos referentes a prestação de serviços de pagamento financeiro;
de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e simi-
lares; 3. Na hipótese de aplicação em título de crédito garanti-
- letras de câmbio; dos pelo FGC cuja negociação seja intermediada por instituição
- letras imobiliárias; integrante do Sistema Financeiro Nacional (SFN), a titularidade
- letras hipotecárias; dos créditos contra as instituições associadas ao FGC deve ser
- letras de crédito imobiliário. comprovada, pelo cliente da instituição intermediária na opera-
ção, mediante a apresentação da nota de negociação do título
De outra face, não são cobertos pela garantia:
na forma da Circular n.º 915, de 13 de fevereiro de 1985.
- os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros re-
A instituição intermediária da operação deve apresentar
cursos captados ou levantados no exterior;
ao interventor ou ao liquidante a relação de seus clientes
- as operações relacionadas a programas de interesse contendo os valores aplicados, devidamente registrados na
governamental instituídos por lei; CETIP com identificação de Comitentes na conta cliente 1, a
- os depósitos judiciais; data e as demais características da aplicação em títulos de
- os depósitos a prazo autorizados a compor o nível responsabilidade de emissor sob intervenção ou sob liqui-
II do Patrimônio de Referência, de que trata a Resolução dação extrajudicial.
2.837, de 30 de maio de 2001. 4. Os créditos titulados por associações, condomínios,
De todos os créditos acima listados, os mais desta- cooperativas, grupos ou administradoras de consórcios, en-
cados são a poupança, os CDBs (depósitos a prazo), e as tidades de previdência complementar, sociedades segura-
letras de crédito. doras, sociedades de capitalização e demais sociedades e
Insta ressaltar, dentro desse contexto, que os fundos associações sem personalidade jurídica e entidades asseme-
de investimento não contam com a proteção do FGC, por lhadas serão garantidos até o valor de R$ 250.000,00 (du-
serem entidades constituídas sob a forma de condomínios zentos e cinquenta mil reais) na totalidade de seus haveres
abertos, assim é uma comunhão de recursos arrecadados em uma mesma instituição associada.
de clientes para aplicação em carteira diversificada de ati-
vos financeiros, cujos regulamentos são registrados em 5. Nas contas conjuntas, o valor da garantia é limitado
a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), ou ao saldo
cartórios de títulos e documentos. Geralmente são admi-
da conta quando inferior a esse limite, dividido pelo número
nistrados por uma instituição financeira e estão sujeitos a
de titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de for-
supervisão e acompanhamento do Banco Central do Brasil
ma individual.
ou da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, dependen-
do de sua natureza. Exemplos:
Não se pode confundir a pessoa jurídica de um Banco a) Conta conjunta de 2 (dois) titulares:
com a dos Fundos de Investimentos, pois, na hipótese de
intervenção ou liquidação extrajudicial em um banco, a ga- A B = saldo de R$ 280.000,00
rantia para os cotistas desses Fundos consiste na própria Valor Garantido = R$ 250.000,00/2 = R$
carteira de ativos financeiros, que seguem normas especí- 125.000,00 para cada titular.
ficas de administração que objetivam garantir segurança
e transparência, de forma que o cliente pondere fatores, b) Conta conjunta de 3 (três) titulares:
tais como: rentabilidade e risco quando da sua decisão de
aplicar em um fundo de investimento financeiro. A B C = saldo de R$ 280.000,00
Valor Garantido = R$ 250.000,00/3 = R$ 83.333,33
Limite de Cobertura Ordinária para cada titular.
1. O total de créditos de cada pessoa contra a mes-
ma instituição associada, ou contra todas as instituições c) Conta conjunta de 4 (quatro) titulares:

associadas do mesmo conglomerado financeiro, será ga-
A B C D = saldo de R$ 280.000,00
rantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta
Valor Garantido = R$ 250.000,00/4 = R$ 62.500,00
mil reais), limitado ao saldo existente.
para cada titular.

2. Para efeito da determinação do valor garantido Um cliente (A) com 4 (quatro) contas conjuntas (com B,
dos créditos de cada pessoa, devem ser observados os se- C, D e E) cada uma com saldo de R$ 280.000,00:
guintes critérios: Conta AB = R$ 280.000,00
a) titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito Conta AC = R$ 280.000,00
estiver registrado na escrituração da instituição associada Conta AD = R$ 280.000,00
ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito; Conta AE = R$ 280.000,00

38
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Cálculo do valor da garantia por conta: Saldo remanescente do Credor X na Instituição Finan-
ceira = R$ 183.333,33
AB = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00 Saldo remanescente do Credor Y na Instituição Finan-
AC = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00 ceira = R$ 125.000,00
AD = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00 Saldo remanescente do Credor Z na Instituição Finan-
AE = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00 ceira = R$ 50.000,00
A cada um deles caberá: Saldo remanescente do Credor B na Instituição Finan-
ceira = R$ 50.000,00
A = R$ 250.000,00
B = R$ 125.000,00 Obs.:- Deverá ser aplicado o mesmo raciocínio do item
C = R$ 125.000,00 e), devido ao fato de a garantia ser limitada primeiramente
D = R$ 125.000,00 a R$ 250.000,00 por conta, e em caso de mais de uma conta
E = R$ 125.000,00
limitar o máximo de R$ 250.000,00 por CPF no somatório
das partes de cada uma das contas.
Conta 1 = Saldo R$ 300.000,00 – Credores Fulano e

Beltrano
Legislação sobre as garantias do Sistema Financei-
Pagamento de garantia de R$ 250.000,00 = R$ 125 mil
para cada (CPF) ro Nacional

Conta 2 = Saldo R$ 100.000,00 – Credores Beltrano AVAL – CÓDIGO CIVIL


e Fulano
Pagamento de garantia de R$ 100.000,00 = R$ 50 mil Art. 897 O pagamento de título de crédito, que conte-
para cada (CPF) nha obrigação de pagar soma determinada, pode ser ga-
rantido por aval.
Total a ser garantido pelo FGC para Fulano e Beltrano = Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
R$ 175.000,00 cada (CPF)
Saldo remanescente na Instituição Financeira = R$ 50 Art. 898 O aval deve ser dado no verso ou no anverso
mil da conta 1 ( R$ 25 mil para cada CPF ) do próprio título.
§ 1° Para a validade do aval, dado no anverso do título,
Obs.:- Embora Fulano e Beltrano tenham um total de é suficiente a simples assinatura do avalista.
R$ 400.000,00 na Instituição Financeira, ambos não rece- § 2° Considera-se não escrito o aval cancelado.
berão a metade desse valor (R$ 200 mil) que estaria abaixo Art. 899 O avalista equipara-se àquele cujo nome in-
do valor máximo garantido por CPF, devido ao fato de a dicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final.
garantia ser limitada primeiramente a R$ 250.000,00 por § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso
conta, e em caso de mais de uma conta limitar o máximo contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores.
de R$ 250.000,00 por CPF no somatório das partes de cada § 2° Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que
uma das contas. nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que
a nulidade decorra de vício de forma.
f)
Conta 1 = Saldo R$ 500.000,00 – Credores X e Y Art. 900 O aval posterior ao vencimento produz os
Pagamento de garantia de R$ 250.000,00 = R$ 125 mil
mesmos efeitos do anteriormente dado.
para cada (CPF)
Art. 1.647..., nenhum dos cônjuges pode, sem autori-
Conta 2 = Saldo R$ 150.000,00 - Credores X, Y e Z
zação do outro, exceto no regime da separação absoluta:
Pagamento de garantia de R$ 150.000,00 = R$ 50 mil
para cada (CPF) ...
III - prestar fiança ou aval.
Conta 3 = Saldo R$ 400.000,00 – Credores X, Z e B
Pagamento garantia de R$ 250.000,00 = R$ 83.333,33 FIANÇA – CÓDIGO CIVIL
mil para cada (CPF)
Art. 818 Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante
Total a ser garantido pelo FGC para o Credor X = R$ satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo deve-
250.000,00 (CPF) - Soma-se (125.000,00 + 50.000,00 + dor, caso este não a cumpra.
75.000,00)
Total a ser garantido pelo FGC para o Credor Y = R$ Art. 819 A fiança dar-se-á por escrito, e não admite in-
175.000,00 (CPF) - Soma-se ( 125.000,00 + 50.000,00) terpretação extensiva.
Total a ser garantido pelo FGC para o Credor Z = R$
133.333,33 (CPF) - Soma-se ( 50.000,00 + 83.333,33) Art. 820 Pode-se estipular a fiança, ainda que sem con-
Total a ser garantido pelo FGC para o credor B = R$ sentimento do devedor ou contra a sua vontade.
83.333,00 (CPF)

39
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 821 As dívidas futuras podem ser objeto de fian- Art. 832 O devedor responde também perante o fiador
ça; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que
depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal sofrer em razão da fiança.
devedor.
Art. 833 O fiador tem direito aos juros do desembolso
Art. 822 Não sendo limitada, a fiança compreenderá pela taxa estipulada na obrigação principal, e, não havendo
todos os acessórios da dívida principal, inclusive as despe- taxa convencionada, aos juros legais da mora.
sas judiciais, desde a citação do fiador.
Art. 834 Quando o credor, sem justa causa, demorar a
Art. 823 A fiança pode ser de valor inferior ao da obri- execução iniciada contra o devedor, poderá o fiador pro-
gação principal e contraída em condições menos onerosas, mover-lhe o andamento.
e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa
que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afian- Art. 835 O fiador poderá exonerar-se da fiança que
çada. tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe
convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança,
Art. 824 As obrigações nulas não são suscetíveis de durante sessenta dias após a notificação do credor.
fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacida-
de pessoal do devedor. Art. 836 A obrigação do fiador passa aos herdeiros;
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo de-
não abrange o caso de mútuo feito a menor. corrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as
forças da herança.
Art. 825 Quando alguém houver de oferecer fiador, o
credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa Art. 837 O fiador pode opor ao credor as exceções
idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que
fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obri-
competem ao devedor principal, se não provierem sim-
gação.
plesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo
Art. 826 Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz,
feito a pessoa menor.
poderá o credor exigir que seja substituído.
Art. 838 O fiador, ainda que solidário, ficará desobri-
gado:
Art. 827 O fiador demandado pelo pagamento da dívi-
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder mo-
da tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam
primeiro executados os bens do devedor. ratória ao devedor;
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação
ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do nos seus direitos e preferências;
devedor, sitos no mesmo município, livres e desembarga- III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar ami-
dos, quantos bastem para solver o débito. gavelmente do devedor objeto diverso do que este era
obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por
Art. 828 Não aproveita este benefício ao fiador: evicção*.
I - se ele o renunciou expressamente; Evicção: perda, parcial ou total, que sofre o adquirente
II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor duma coisa em consequência da reivindicação judicial pro-
solidário; movida pelo verdadeiro dono ou possuidor.
III - se o devedor for insolvente, ou falido.
Art. 839 Se for invocado o benefício da excussão e
Art. 829 A fiança conjuntamente prestada a um só dé- o devedor, retardando-se a execução, cair em insolvência,
bito por mais de uma pessoa importa o compromisso de ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os
solidariedade entre elas, se declaradamente não se reser- bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, sufi-
varem o benefício de divisão. cientes para a solução da dívida afiançada.
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador Art. 1.647... , nenhum dos cônjuges pode, sem autori-
responde unicamente pela parte que, em proporção, lhe zação do outro, exceto no regime da separação absoluta:
couber no pagamento. III - prestar fiança ou aval.

Art. 830 Cada fiador pode fixar no contrato a parte da PENHOR – CÓDIGO CIVIL
dívida que toma sob sua responsabilidade, caso em que
não será por mais obrigado. Art. 1.431 Constitui-se o penhor pela transferência efe-
tiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a
Art. 831 O fiador que pagar integralmente a dívida fica quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de
sub-rogado nos direitos do credor; mas só poderá deman- uma coisa móvel, suscetível de alienação.
dar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota. Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distri- e de veículos, as coisas empenhadas continuam em poder
buir-se-á pelos outros. do devedor, que as deve guardar e conservar.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 1.432 O instrumento do penhor deverá ser levado § 2º Operando-se a confusão tão-somente quanto
a registro, por qualquer dos contratantes; o do penhor co- a parte da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor
mum será registrado no Cartório de Títulos e Documentos. quanto ao resto.

Art. 1.433 O credor pignoratício tem direito: Art. 1.437 Produz efeitos a extinção do penhor depois
I - à posse da coisa empenhada; de averbado o cancelamento do registro, à vista da respec-
II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas tiva prova.
devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasio-
nadas por culpa sua; Art. 1.438 Constitui-se o penhor rural mediante ins-
III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido trumento público ou particular, registrado no Cartório de
por vício da coisa empenhada; Registro de Imóveis da circunscrição em que estiverem si-
IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigá- tuadas as coisas empenhadas.
vel, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe auto- Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dí-
rizar o devedor mediante procuração; vida, que garante com penhor rural, o devedor poderá emi-
V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que tir, em favor do credor, cédula rural pignoratícia, na forma
se encontra em seu poder; determinada em lei especial.
VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia
autorização judicial, sempre que haja receio fundado de Art. 1.439 O penhor agrícola e o penhor pecuário não
que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o podem ser convencionados por prazos superiores aos das
preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode obrigações garantidas.
impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo § 1º Embora vencidos os prazos, permanece a garan-
outra garantia real idônea. tia, enquanto subsistirem os bens que a constituem.
§ 2º A prorrogação deve ser averbada à margem do
Art. 1.434 O credor não pode ser constrangido a de- registro respectivo, mediante requerimento do credor e do
volver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de
devedor.
ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento
do proprietário, determinar que seja vendida apenas uma
Art. 1.440 Se o prédio estiver hipotecado, o penhor
das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o
rural poderá constituir-se independentemente da anuência
pagamento do credor.
do credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de
Art. 1.435 O credor pignoratício é obrigado:
preferência, nem restringe a extensão da hipoteca, ao ser
I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir
executada.
ao dono a perda ou deterioração de que for culpado, po-
dendo ser compensada na dívida, até a concorrente quan-
tia, a importância da responsabilidade; Art. 1.441 Tem o credor direito a verificar o estado das
II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem,
ciência, ao dono dela, das circunstâncias que tornarem ne- por si ou por pessoa que credenciar.
cessário o exercício de ação possessória; Art. 1.442 Podem ser objeto de penhor:
III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar I - máquinas e instrumentos de agricultura;
(art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação, II - colheitas pendentes, ou em via de formação;
nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessiva- III - frutos acondicionados ou armazenados;
mente; IV - lenha cortada e carvão vegetal;
IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, V - animais do serviço ordinário de estabelecimento
uma vez paga a dívida; agrícola.
V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida Art. 1.443 O penhor agrícola que recai sobre colheita
for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433. pendente, ou em via de formação, abrange a imediatamen-
te seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que
Art. 1.436 Extingue-se o penhor: se deu em garantia.
I - extinguindo-se a obrigação; Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova sa-
II - perecendo a coisa; fra, poderá o devedor constituir com outrem novo penhor,
III - renunciando o credor; em quantia máxima equivalente à do primeiro; o segundo
IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades penhor terá preferência sobre o primeiro, abrangendo este
de credor e de dono da coisa; apenas o excesso apurado na colheita seguinte.
V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a
venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele Art. 1.444 Podem ser objeto de penhor os animais que
autorizada. integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios.
§ 1º Presume-se a renúncia do credor quando con-
sentir na venda particular do penhor sem reserva de preço, Art. 1.445 O devedor não poderá alienar os animais
quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir empenhados sem prévio consentimento, por escrito, do
à sua substituição por outra garantia. credor.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Parágrafo único. Quando o devedor pretende alienar o VII - as aeronaves.


gado empenhado ou, por negligência, ameace prejudicar o VIII - o direito de uso especial para fins de moradia;
credor, poderá este requerer se depositem os animais sob IX - o direito real de uso;
a guarda de terceiro, ou exigir que se lhe pague a dívida X - a propriedade superficiária (o domínio da constru-
de imediato. ção ou da plantação separado do solo).

Art. 1.446 Os animais da mesma espécie, comprados Art. 1.474 A hipoteca abrange todas as acessões, me-
para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor. lhoramentos ou construções do imóvel. Subsistem os ônus
Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista reais constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca,
neste artigo, mas não terá eficácia contra terceiros, se não sobre o mesmo imóvel.
constar de menção adicional ao respectivo contrato, a qual
deverá ser averbada. Art. 1.475 É nula a cláusula que proíbe ao proprietário
alienar imóvel hipotecado.
Art. 1.447 Podem ser objeto de penhor máquinas, apa-
relhos, materiais, instrumentos, instalados e em funciona- Art. 1.476 O dono do imóvel hipotecado pode cons-
mento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados tituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em
na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; favor do mesmo ou de outro credor.
produtos de suinocultura, animais destinados à industria-
lização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos Art. 1.477 Salvo o caso de insolvência do devedor, o
industrializados. credor da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá
Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas executar o imóvel antes de vencida a primeira.
aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles de- Parágrafo único. Não se considera insolvente o deve-
positadas. dor por faltar ao pagamento das obrigações garantidas por
hipotecas posteriores à primeira.
Art. 1.448 Constitui-se o penhor industrial, ou o mer-
cantil, mediante instrumento público ou particular, regis- Art. 1.479 O adquirente do imóvel hipotecado, desde
trado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição que não se tenha obrigado pessoalmente a pagar as dívi-
onde estiverem situadas as coisas empenhadas. das aos credores hipotecários, poderá exonerar-se da hi-
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a poteca, abandonando-lhes o imóvel.
dívida, que garante com penhor industrial ou mercantil, o
devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula do res- Art. 1.485 Mediante simples averbação, requerida por
pectivo crédito, na forma e para os fins que a lei especial ambas as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até 30
determinar. (trinta) anos da data do contrato. Desde que perfaça esse
prazo, só poderá subsistir o contrato de hipoteca reconsti-
Art. 1.449 O devedor não pode, sem o consentimento tuindo-se por novo título e novo registro; e, nesse caso, lhe
por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou mu- será mantida a precedência, que então lhe competir.
dar-lhes a situação, nem delas dispor. O devedor que, anu-
indo o credor, alienar as coisas empenhadas, deverá repor Art. 1.486 Podem o credor e o devedor, no ato consti-
outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados tutivo da hipoteca, autorizar a emissão da correspondente
no penhor. cédula hipotecária, na forma e para os fins previstos em lei
especial.
Art. 1.450 Tem o credor direito a verificar o estado das
coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, Art. 1.487 A hipoteca pode ser constituída para garan-
por si ou por pessoa que credenciar. tia de dívida futura ou condicionada, desde que determina-
do o valor máximo do crédito a ser garantido.
HIPOTECA – CÓDIGO CIVIL § 1º Nos casos deste artigo, a execução da hipoteca
dependerá de prévia e expressa concordância do deve-
Art. 1.473 Podem ser objeto de hipoteca: dor quanto à verificação da condição, ou ao montante
I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjunta- da dívida.
mente com eles; § 2º Havendo divergência entre o credor e o deve-
II - o domínio direto (diz respeito ao direito de dispor dor, caberá àquele fazer prova de seu crédito. Reconhecido
do imóvel); este, o devedor responderá, inclusive, por perdas e danos,
III - o domínio útil (diz respeito ao direito de utilizar ou em razão da superveniente desvalorização do imóvel.
usufruir do imóvel);
IV - as estradas de ferro; Art. 1.492 As hipotecas serão registradas no cartório
V - os recursos naturais (as jazidas, minas e demais do lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título se
recursos minerais) independentemente do solo onde se referir a mais de um.
acham; Parágrafo único. Compete aos interessados, exibido o
VI - os navios; título, requerer o registro da hipoteca.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 1.493 Os registros e averbações seguirão a ordem § 2º Se, na data do instrumento de alienação fiduciária,
em que forem requeridas, verificando-se ela pela da sua o devedor ainda não for proprietário da coisa objeto do
numeração sucessiva no protocolo. contrato, o domínio fiduciário desta se transferirá ao credor
Parágrafo único. O número de ordem determina a no momento da aquisição da propriedade pelo devedor,
prioridade, e esta a preferência entre as hipotecas. independentemente de qualquer formalidade posterior.
§ 3º Se a coisa alienada em garantia não se identifica
Art. 1.494 Não se registrarão no mesmo dia duas hipo- por números, marcas e sinais indicados no instrumento de
tecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o mesmo alienação fiduciária, cabe ao proprietário fiduciário o ônus
imóvel, em favor de pessoas diversas, salvo se as escrituras, da prova, contra terceiros, da identidade dos bens do seu
do mesmo dia, indicarem a hora em que foram lavradas. domínio que se encontram em poder do devedor.
§ 4º No caso de inadimplemento da obrigação garanti-
Art. 1.495 Quando se apresentar ao oficial do registro da, o proprietário fiduciário pode vender a coisa a terceiros
título de hipoteca que mencione a constituição de anterior, e aplicar preço da venda no pagamento do seu crédito e
não registrada, sobrestará ele na inscrição da nova, depois das despesas decorrentes da cobrança, entregando ao de-
de a prenotar, até trinta dias, aguardando que o interessa- vedor o saldo porventura apurado, se houver.
do inscreva a precedente; esgotado o prazo, sem que se re- § 5º Se o preço da venda da coisa não bastar para pa-
queira a inscrição desta, a hipoteca ulterior será registrada gar o crédito do proprietário fiduciário e despesas, na forma
e obterá preferência. do parágrafo anterior, o devedor continuará pessoalmente
obrigado a pagar o saldo devedor apurado.
Art. 1.497 As hipotecas legais, de qualquer natureza, § 6º É nula a cláusula que autoriza o proprietário fidu-
deverão ser registradas e especializadas. ciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida
não for paga no seu vencimento.
Art. 1.498 Vale o registro da hipoteca, enquanto a obri- § 8º O devedor que alienar, ou der em garantia a tercei-
gação perdurar; mas a especialização, em completando ros, coisa que já alienara fiduciariamente em garantia, ficará
vinte anos, deve ser renovada. sujeito à pena prevista no art. 171, § 2º, inciso I, do Código
Penal.
Art. 1.499 A hipoteca extingue-se: § 10. A alienação fiduciária em garantia do veículo
I - pela extinção da obrigação principal; automotor deverá, para fins probatórios, constar do certi-
II - pelo perecimento da coisa; ficado de Registro, a que se refere o artigo 52 do Código
III - pela resolução da propriedade; Nacional de Trânsito.
IV - pela renúncia do credor;
V - pela remição; Art. 2º No caso de inadimplemento ou mora nas obri-
VI - pela arrematação ou adjudicação. gações contratuais garantidas mediante alienação fiduciá-
ria, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coi-
Art. 1.500 Extingue-se ainda a hipoteca com a averba- sa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública,
ção, no Registro de Imóveis, do cancelamento do registro, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extra-
à vista da respectiva prova. judicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no
contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS - DECRE- de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao
TO-LEI 911/69 devedor o saldo apurado, se houver, com a devida presta-
ção de contas
Art 1º A alienação fiduciária em garantia transfere ao § 1º O crédito a que se refere o presente artigo abrange
credor o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa mó- o principal, juros e comissões, além das taxas, cláusula penal
vel alienada, independentemente da tradição efetiva do e correção monetária, quando expressamente convencio-
bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor nados pelas partes.
direto e depositário com todas as responsabilidades e en- § 2º A mora decorrerá do simples vencimento do pra-
cargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal. zo para pagamento e poderá ser comprovada por carta re-
§ 1º A alienação fiduciária somente se prova por escri- gistrada com aviso de recebimento, não se exigindo que
to e seu instrumento, público ou particular, qualquer que a assinatura constante do referido aviso seja a do próprio
seja o seu valor, será obrigatoriamente arquivado, por có- destinatário.
pia ou microfilme, no Registro de Títulos e Documentos do § 3º A mora e o inadimplemento de obrigações con-
domicílio do credor, sob pena de não valer contra terceiros, tratuais garantidas por alienação fiduciária, ou a ocorrência
e conterá, além de outros dados, os seguintes: legal ou convencional de algum dos casos de antecipação
a) o total da divida ou sua estimativa; de vencimento da dívida facultarão ao credor considerar,
b) o local e a data do pagamento; de pleno direito, vencidas todas as obrigações contratuais,
c) a taxa de juros, as comissões cuja cobrança for per- independentemente de aviso ou notificação judicial ou ex-
mitida e, eventualmente, a cláusula penal e a estipulação de trajudicial.
correção monetária, com indicação dos índices aplicáveis; § 4o Os procedimentos previstos no caput e no seu § 2o
d) a descrição do bem objeto da alienação fiduciária e aplicam-se às operações de arrendamento mercantil previs-
os elementos indispensáveis à sua identificação. tas na forma da Lei no 6.099, de 12 de setembro de 1974.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 3º O proprietário fiduciário ou credor poderá, des- § 14. O devedor, por ocasião do cumprimento do man-
de que comprovada a mora, na forma estabelecida pelo dado de busca e apreensão, deverá entregar o bem e seus
§ 2o do art. 2o, ou o inadimplemento, requerer contra o respectivos documentos.
devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado § 15. As disposições deste artigo aplicam-se no caso
fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, po- de reintegração de posse de veículos referente às opera-
dendo ser apreciada em plantão judiciário. ções de arrendamento mercantil previstas na Lei no 6.099,
§ 1º Cinco dias após executada a liminar mencionada de 12 de setembro de 1974.
no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse ple-
na e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, Art. 4º Se o bem alienado fiduciariamente não
cabendo às repartições competentes, quando for o caso, for encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica
expedir novo certificado de registro de propriedade em facultado ao credor requerer, nos mesmos autos, a conver-
nome do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do são do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na
ônus da propriedade fiduciária. forma prevista no Capítulo II do Livro II da Lei no 5.869, de
§ 2º No prazo do § 1º o devedor fiduciante poderá pa- 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil
gar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores
apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na Art. 5º Se o credor preferir recorrer à ação executiva
qual o bem lhe será restituído livre do ônus. ou, se for o caso ao executivo fiscal, serão penhorados, a
§ 3º O devedor fiduciante apresentará resposta no critério do autor da ação, bens do devedor quantos bastem
prazo de quinze dias da execução da liminar. para assegurar a execução.
§ 4º A resposta poderá ser apresentada ainda que o
devedor tenha se utilizado da faculdade do § 2º, caso en- ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS - LEI
tenda ter havido pagamento a maior e desejar restituição. 9.514/97
§ 5º Da sentença cabe apelação apenas no efeito de-
volutivo. Art. 23º Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa
§ 6º Na sentença que decretar a improcedência da imóvel mediante registro, no competente Registro de Imó-
ação de busca e apreensão, o juiz condenará o credor fidu-
veis, do contrato que lhe serve de título.
ciário ao pagamento de multa, em favor do devedor fidu-
Parágrafo único. Com a constituição da propriedade
ciante, equivalente a cinquenta por cento do valor original-
fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o
mente financiado, devidamente atualizado, caso o bem já
fiduciante possuidor direto e o fiduciário possuidor indire-
tenha sido alienado.
to da coisa imóvel.
§ 7º A multa mencionada no § 6º não exclui a respon-
sabilidade do credor fiduciário por perdas e danos.
Art. 24º O contrato que serve de título ao negócio fi-
§ 8º A busca e apreensão prevista no presente artigo
constitui processo autônomo e independente de qualquer duciário conterá:
procedimento posterior. I - o valor do principal da dívida;
§ 9o Ao decretar a busca e apreensão de veículo, o juiz, II - o prazo e as condições de reposição do emprésti-
caso tenha acesso à base de dados do Registro Nacional de mo ou do crédito do fiduciário;
Veículos Automotores - RENAVAM, inserirá diretamente a III - a taxa de juros e os encargos incidentes;
restrição judicial na base de dados do Renavam, bem como IV - a cláusula de constituição da propriedade fiduciá-
retirará tal restrição após a apreensão. ria, com a descrição do imóvel objeto da alienação fiduciá-
§ 10. Caso o juiz não tenha acesso à base de dados ria e a indicação do título e modo de aquisição;
prevista no V - a cláusula assegurando ao fiduciante, enquanto
§ 9o, deverá oficiar ao departamento de trânsito com- adimplente, a livre utilização, por sua conta e risco, do imó-
petente para que: vel objeto da alienação fiduciária;
I - registre o gravame referente à decretação da busca VI - a indicação, para efeito de venda em público leilão,
e apreensão do veículo; e do valor do imóvel e dos critérios para a respectiva revisão;
II - retire o gravame após a apreensão do veículo. )
§ 11. O juiz também determinará a inserção do manda- Art. 25º Com o pagamento da dívida e seus encargos
do a que se refere o § 9o em banco próprio de mandados. resolve-se, nos termos deste artigo, a propriedade fiduciá-
§ 12. A parte interessada poderá requerer diretamente ria do imóvel.
ao juízo da comarca onde foi localizado o veículo com vis-
tas à sua apreensão, sempre que o bem estiver em comarca Art. 26º Vencida e não paga, no todo ou em parte,
distinta daquela da tramitação da ação, bastando que em a dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-
tal requerimento conste a cópia da petição inicial da ação se-á, nos termos deste artigo, a propriedade do imóvel em
e, quando for o caso, a cópia do despacho que concedeu a nome do fiduciário.
busca e apreensão do veículo.
§ 13. A apreensão do veículo será imediatamente co- Art. 27º Uma vez consolidada a propriedade em seu
municada ao juízo, que intimará a instituição financeira nome, o fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da
para retirar o veículo do local depositado no prazo máximo data do registro de que trata o § 7º do artigo anterior, pro-
de 48 (quarenta e oito) horas. moverá público leilão para a alienação do imóvel.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 1º Se, no primeiro público leilão, o maior lance ofe- I - para os DPGE em que o FGC aceitar em cessão fidu-
recido for inferior ao valor do imóvel, estipulado na forma ciária recebíveis de operações de crédito e de arrendamen-
do inciso VI do art. 24, será realizado o segundo leilão, nos to mercantil originadas pela instituição emitente;
quinze dias seguintes. II - para o estoque de DPGE de que tratam os incisos
§ 2º No segundo leilão será aceito o maior lance ofe- I e II do caput deste artigo para os quais o FGC aceitar em
recido desde que igual ou superior ao valor da dívida, das cessão fiduciária recebíveis de operações de crédito e de ar-
despesas, dos prêmios de seguro, dos encargos legais, in- rendamento mercantil originadas pela instituição emitente
clusive tributos, e das contribuições condominiais. § 2º Os recebíveis de que trata o § 1º devem ser objeto de
Art. 31º O fiador ou terceiro interessado que pagar a registro em sistemas de registro e de liquidação financeira de
dívida ficará sub-rogado, de pleno direito, no crédito e na ativos, na forma da Resolução nº 3.998, de 28 de julho de 2011.
propriedade fiduciária. § 3º Os contratos relativos aos depósitos de que trata a
contribuição prevista nos incisos I e II do caput devem pre-
FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC). ver prazo mínimo de doze meses e prazo máximo de vinte
e quatro meses.
RESOLUÇÃO Nº 4.222, DE 23 DE MAIO DE 2013 § 4º Os depósitos de que trata o § 1º terão prazo mí-
nimo de seis meses e prazo máximo de trinta e seis meses.
Altera e consolida as normas que dispõem sobre o es- § 5º O prazo máximo da captação de que trata o § 4º
tatuto e o regulamento do Fundo Garantidor de Créditos poderá ser limitado pelo FGC para ajustá-lo à estrutura de
(FGC). vencimentos dos recebíveis de operações de crédito e de
arrendamento mercantil dados em cessão fiduciária. (Reda-
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei ção dada pela Resolução nº 4.312, de 20/2/2014.)
nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que § 6º Devem ser objeto de registro específico em sistema
o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em de ativos administrado por entidades de registro e de liqui-
23 de maio de 2013, com base nos arts. 3º, inciso VI, e 4º, dação financeira, autorizado pelo Banco Central do Brasil,
inciso VIII, da Lei nº 4.595, de 1964, no art. 69 da Lei nº os contratos de depósitos de que trata a contribuição pre-
7.357, de 2 de setembro de 1985, e no art. 7º do Decreto-lei vista neste artigo.
nº 2.291, de 21 de novembro de 1986, e tendo em conta § 7º Os recursos captados na forma prevista neste artigo
devem ser registrados de forma segregada por modalidade
o disposto no § 1º do art. 28 da Lei Complementar nº 101,
em sistema de controle interno das instituições emitentes.
de 4 de maio de 2000, e no § 1º, inciso XIII, do art. 1º da Lei
§ 8º Ficam vedados:
Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001,
I - o resgate total ou parcial dos depósitos a prazo de
que trata este artigo antes dos respectivos vencimentos, ex-
RESOLVEU :
cetuados os casos em que, mediante concordância expressa
do depositante e da instituição depositária, o resgate seja
Art. 1º Ficam alteradas e consolidadas, nos termos dos necessário para cumprimento de limites operacionais, cisão,
Anexos I e II a esta Resolução, as normas que dispõem so- fusão, incorporação, mudança de objeto social, transferên-
bre o estatuto e o regulamento do Fundo Garantidor de cia de controle ou para cancelamento de autorização para
Créditos (FGC). funcionamento da instituição depositária; e
II - a captação de novos DPGE sem cessão fiduciária em
Art. 2º A contribuição mensal ordinária das instituições favor do FGC:
associadas ao FGC é de 0,0125% (cento e vinte e cinco dé- a) a partir da primeira captação de DPGE de que trata o
cimos de milésimos por cento) do montante dos saldos das inciso I do § 1º;
contas correspondentes às obrigações objeto de garantia b) a partir da adoção da prerrogativa de que trata o
ordinária. inciso II do § 1º.
Art. 3º Como condição para dispor da garantia especial § 9º A documentação comprobatória das razões que
de que trata o Capítulo II do Regulamento, as instituições fundamentaram o resgate antecipado de que trata o § 8º,
associadas devem recolher ao FGC contribuição especial inciso I, deste artigo, deve ser mantida na instituição finan-
equivalente ao somatório dos seguintes valores: ceira depositária, à disposição do Banco Central do Brasil,
I - 0,0833% a.m. (oitocentos e trinta e três décimos de pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos.
milésimo por cento ao mês) do montante dos saldos dos § 10. Podem captar recursos por meio de depósito a
Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) do FGC prazo com garantia do FGC os bancos comerciais, os ban-
que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho Mone- cos múltiplos, os bancos de desenvolvimento, os bancos de
tário Nacional; e investimento, as sociedades de crédito, financiamento e in-
II - 0,8333% a.m. (oito mil trezentos e trinta e três dé- vestimento e as caixas econômicas.
cimos de milésimo por cento ao mês) do montante dos § 11. Os DPGE para os quais seja adotada a prerrogativa
saldos dos DPGE que exceder o limite fixado pelo Conselho de que trata o inciso II do § 1º continuarão a ser computa-
Monetário Nacional. dos para fins de apuração dos saldos excedentes a que se
§ 1º A contribuição de que trata o caput deste artigo é refere o inciso II deste artigo. (Incluído pela Resolução nº
de 0,02497% a.m. (dois mil quatrocentos e noventa e sete 4.312, de 20/2/2014.) Resolução nº 4.222, de 23 de maio de
centésimos de milésimo por cento ao mês): 2013 Página 3 de 22

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 12. O FGC pode aceitar, em cessão fiduciária, títulos I - início de operações por parte de uma instituição;
públicos federais de titularidade de instituição associada, II - início de operações por parte de uma instituição, de
até que sejam oferecidos recebíveis representados por forma independente em relação a conglomerado financei-
operações de crédito e de arrendamento mercantil origi- ro que anteriormente integrava; e
nadas pela referida instituição em montante suficiente para III - modificação, em função de transformação societá-
realizar a cessão fiduciária de que trata o § 1º deste artigo. ria, do conjunto de instituições que integram um conglo-
merado financeiro.
Art. 4º Nas captações por meio de DPGE deverão ser § 3º Os limites referidos nos incisos I e II deste artigo
observados os seguintes limites: devem ser apurados de forma consolidada pelas institui-
I - para o saldo dos depósitos originalmente captados ções associadas ao FGC que sejam integrantes de um mes-
sem cessão fiduciária, incluídos aqueles objeto da prerro- mo conglomerado financeiro.
gativa de que trata o inciso II do § 1º do art. 3º, por insti- § 4º No caso de instituição autorizada a funcionar pelo
tuição depositária associada ao FGC, o maior dos seguintes Banco Central do Brasil que não tenha iniciado suas opera-
valores: ções até a última data-base, deve ser considerado, para fins
a) o correspondente ao dobro do Patrimônio de Refe- do cálculo do limite de que trata o caput, o PR, nível I, da
rência (PR), nível I, apurado a cada ano na data-base de 30 primeira informação fornecida ao Banco Central do Brasil
de junho, atualizado mensalmente pela Taxa Selic a partir sobre esse elemento patrimonial.
de 1º de julho; Art. 5º º O limite para captação dos depósitos a prazo
b) o correspondente ao dobro do PR, nível I, calculado com garantia especial do FGC sem cessão fiduciária deve
em 31 de dezembro de 2008, atualizado mensalmente pela ser reduzido de acordo com o seguinte cronograma:
Taxa Selic a partir de 1º de maio de 2009; e I - em 40% (quarenta por cento), a partir de 1º de ja-
c) o correspondente à soma dos saldos dos depósitos neiro de 2013;
a prazo com os saldos de obrigações por letras de câmbio II - em 60% (sessenta por cento), a partir de 1º de ja-
mantidos na instituição em 30 de junho de 2008, atualiza- neiro de 2014;
da mensalmente pela Taxa Selic a partir de 1º de maio de III - em 80% (oitenta por cento), a partir de 1º de janei-
2009; ro de 2015; e
II - para o saldo dos depósitos captados com alienação IV - em 100% (cem por cento), a partir de 1º de janeiro
fiduciária, os seguintes múltiplos do valor correspondente de 2016.
ao PR, nível I, apurados na data-base de 31 de dezembro Parágrafo único. O cronograma para redução do limite
do ano anterior, atualizado mensalmente pela Taxa Selic: de captação de depósitos a prazo com a garantia especial
a) 1,6 (um inteiro e seis décimos) a partir de 1º de ju- do FGC refere-se às operações contratadas a partir de cada
nho de 2013; e uma das datas-base em que será aplicada essa redução,
b) 2 (dois) a partir de 1º de janeiro de 2014. respeitados os saldos residuais dos contratos em curso.
§ 1º O valor referido no inciso I, acrescido daquele
mencionado no inciso II, não pode ultrapassar: Art. 6º O recolhimento das contribuições estabelecidas
I - R$5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais), até 31 nos arts. 2º e 3º observará as seguintes regras:
de dezembro de 2014; e I - o cálculo do valor das contribuições levará em con-
II - para o saldo dos depósitos captados com cessão ta os saldos no último dia de cada mês das contas e dos
fiduciária, os seguintes múltiplos do valor correspondente instrumentos correspondentes às obrigações objeto de ga-
ao PR, nível I, apurados na data-base de 31 de dezembro rantia;
do ano anterior, atualizado mensalmente pela Taxa Selic: II - o valor das contribuições devidas deve ser apura-
a) 1,6 (um inteiro e seis décimos) a partir de 1º de ju- do e recolhido conforme normas estabelecidas pelo Banco
nho de 2013; e Central do Brasil;
b) 2 (dois) a partir de 1º de janeiro de 2014. III - o atraso no recolhimento das contribuições devi-
§ 1º O valor referido no inciso I, acrescido daquele das sujeita a instituição associada à multa de 2% (dois por
mencionado no inciso II, não cento) sobre o valor da contribuição, acrescido de atualiza-
pode ultrapassar: ção com base na taxa Selic; e
I - R$5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais), até 31 IV - o recolhimento das contribuições e das multas
de dezembro de 2014; e deve ser processado no âmbito do Sistema de Pagamentos
II - R$3.000.000.000,00 (três bilhões de reais), a partir Brasileiro (SPB), por meio do Sistema de Transferência de
de 1º de janeiro de 2015. Reservas (STR).
§ 1º Fica o Banco Central do Brasil autorizado a esta-
§ 2º O cálculo dos limites referidos nos incisos I e II belecer
deste artigo deve considerar o valor do PR, nível I, apurado § 2º Para efeito de apuração da base cálculo da con-
com base na primeira informação fornecida ao Banco Cen- tribuição devida, não será considerado o valor das obriga-
tral do Brasil sobre esse elemento patrimonial, no caso de ções relativas a letras de crédito do agronegócio emitidas
ocorrer alguma das seguintes situações após a data-base anteriormente à vigência desta Resolução.
nele mencionada:

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 7º O art. 1º da Resolução nº 2.197, de 31 de agos- ANEXO I À RESOLUÇÃO Nº 4.222, DE 23 DE MAIO


to de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação: DE 2013
“Art. 1º Fica autorizada a constituição de entidade
privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar me- ESTATUTO DO FGC
canismo de proteção a titulares de créditos contra insti-
tuições financeiras e a realizar com tais instituições ope- CAPÍTULO I
rações de assistência e suporte financeiro. DA DENOMINAÇÃO, DO OBJETO, DA FINALIDADE,
§ 1º .............................................................................................. DA SEDE E DO PRAZO
.....................
§ 2º .............................................................................................. Art. 1º O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma
..................... associação civil sem fins lucrativos, com personalidade ju-
§ 3º A entidade referida neste artigo: rídica de direito privado, regida pelo presente estatuto e
I - é considerada instituição financeira, para os efeitos pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis.
da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001; Parágrafo único. O FGC não exerce qualquer função
II - poderá ter acesso às informações de que trata pública, inclusive por delegação.
a Resolução nº 3.658, de 17 de dezembro de 2008, não
sendo aplicável a ela o disposto no art. 8º, inciso I, dessa Art. 2º O FGC tem por finalidades:
Resolução.” (NR) I - proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regu-
Art. 8º São instituições associadas ao FGC a Cai- lamentação;
xa Econômica Federal e as instituições constituídas sob II - contribuir para a manutenção da estabilidade do
a forma de banco múltiplo, banco comercial, banco de Sistema Financeiro Nacional; e
investimento, banco de desenvolvimento, sociedade de III - contribuir para prevenção de crise bancária sistê-
crédito, financiamento e investimento, sociedade de cré- mica.
dito imobiliário, companhia hipotecária e associação de
poupança e empréstimo em funcionamento no País que:
Art. 3º O FGC tem por objeto prestar garantia de cré-
I - recebam depósitos à vista, em contas de poupança
ditos contra as instituições associadas, referidas no art. 11
ou depósitos a prazo;
deste estatuto, nas situações de:
II - realizem aceite em letras de câmbio;
I - decretação da intervenção ou da liquidação extraju-
III - captem recursos mediante a emissão e a coloca-
dicial de instituição associada; e
ção de letras imobiliárias, de letras hipotecárias, de letras
II - reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do
de crédito imobiliário ou de letras de crédito do agrone-
estado de insolvência de instituição associada que, nos
gócio; e
termos da legislação em vigor, não estiver sujeita aos regi-
IV - captem recursos por meio de operações com-
promissadas tendo como objeto títulos de emissão de mes referidos no inciso I.
empresa ligada. Parágrafo único. O FGC, por efetuar o pagamento de
Parágrafo único. A afiliação ao FGC pelas instituições dívidas de instituições associadas, tem o direito de reem-
que vierem a ser constituídas sob as formas organiza- bolsar-se do que pagou nos termos do art. 346, inciso III,
cionais mencionadas no caput deve ser comprovada ao do Código Civil.
Banco Central do Brasil previamente ao início de suas Art. 4º Integra também o objeto do FGC, consideradas
operações. as finalidades previstas nos incisos II e III do art. 2º, a con-
tratação de operações de assistência ou de suporte finan-
Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua ceiro, incluindo operações de liquidez com as instituições
publicação. associadas, diretamente ou por intermédio de empresas
por estas indicadas, inclusive com seus acionistas contro-
Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções ns. 4.087, de ladores.
24 de maio de 2012, e 4.115, de 26 de julho de 2012. § 1º As operações referidas no caput poderão ser con-
tratadas, inclusive, com o objetivo de promover a transfe-
Alexandre Antonio Tombini rência de controle acionário, a transformação, a incorpo-
Presidente do Banco Central do Brasil ração, a fusão, a cisão ou outras formas de reorganização
Este texto não substitui o publicado no DOU de societária legalmente admitidas de interesse das institui-
24/5/2013, Seção 1, p. 21-13, e no Sisbacen. ções associadas.
§ 2º As operações de que trata este artigo ficarão su-
jeitas às seguintes disposições:
I - não poderão exceder ao valor projetado para os
créditos garantidos de responsabilidade de cada associa-
da ou associadas de um mesmo conglomerado, na hipó-
tese de ocorrência dos eventos previstos nos incisos I e II
do art. 3º;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

II - observarão os seguintes limites em relação ao Art. 8º O FGC tem foro na cidade de São Paulo (SP),
patrimônio líquido do FGC, nele computado o valor das encontrando-se sua sede no referido Município, no ende-
antecipações de contribuições devidas pelas associadas, reço Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 201, 12º andar, CEP
constantes do balancete mensal ou do balanço do exer- 05426-100.
cício do FGC:
a) até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto Art. 9º O prazo de duração do FGC é indeterminado.
das operações realizadas com cada instituição associada
ou com todas as instituições associadas de um mesmo CAPÍTULO II
conglomerado financeiro; e DAS RECEITAS E DO PATRIMÔMIO
b) até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das
operações de que trata este artigo. Art. 10. Constituem receitas do FGC:
§ 3º Diante de situação conjuntural adversa, reconhe- I - contribuições ordinárias e especiais das instituições
cida pelo Banco Central do Brasil, e no resguardo da esta- associadas;
bilidade do Sistema Financeiro Nacional, o limite de risco II - taxas de serviços decorrentes da emissão de che-
previsto no inciso I do § 2º poderá ser excepcionalmente ques sem provisão de fundos;
ultrapassado e os encargos de que trata o art. 32, inciso III - recuperações de direitos creditórios nas quais o
XIII, poderão ser fixados em bases inferiores aos de mer- FGC houver se sub-rogado, em virtude de pagamento de
cado. dívidas de instituições associadas relativas a créditos ga-
rantidos;
Art. 5º Observados os critérios, os limites, os requisi- IV - resultado líquido dos serviços prestados pelo FGC
tos de diversificação, o formato operacional e as cláusu- e rendimentos de aplicação de seus recursos;
las contratuais estabelecidos pelo Conselho de Adminis- V - remuneração e encargos correspondentes ao rece-
tração, o FGC poderá aplicar recursos até o limite global bimento dos valores devidos em função da realização das
de 50% (cinquenta por cento) de seu patrimônio líquido, operações de que tratam os arts. 4º e 5º; e
acrescido das obrigações passivas decorrentes da anteci- VI - receitas de outras origens.
pação de contribuições ordinárias pelas instituições asso- § 1º A responsabilidade das instituições associadas é
ciadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do limitada às contribuições que estão obrigadas a fazer, ob-
exercício do FGC: servadas as condições fixadas no regulamento do FGC, não
I - na aquisição de direitos creditórios de instituições respondendo subsidiariamente pelas obrigações sociais do
financeiras e de sociedades de arrendamento mercantil; Fundo.
II - em títulos de renda fixa de emissão de instituições § 2º Se as circunstâncias indicarem, em qualquer mo-
associadas desde que lastreados em direitos creditórios mento, que o patrimônio do FGC necessita de receitas adi-
constituídos ou a constituir com os recursos das respecti- cionais para fazer face a suas obrigações, serão utilizados,
vas aplicações; e na seguinte ordem, recursos provenientes de:
III - em operações vinculadas na forma da Resolução I - contribuições extraordinárias das instituições asso-
nº 2.921, de 17 de janeiro de 2002. ciadas, estabelecidas na forma do art. 32, inciso II, deste
§ 1º O FGC poderá alienar os ativos adquiridos em estatuto;
decorrência das operações referidas nos incisos I, II e III II - adiantamento, pelas instituições associadas, de até
do caput. 12 (doze) contribuições mensais ordinárias;
§ 2º Ressalvadas as hipóteses previstas neste estatuto, III - operações de crédito com instituições privadas, ofi-
é vedado ao FGC aplicar recursos na aquisição de bens ciais ou multilaterais; e
imóveis, ou em títulos de renda variável, exceto quando IV - outras fontes de recursos, por proposta da admi-
recebidos em liquidação de créditos de sua titularidade, nistração do FGC e mediante prévia autorização do Banco
após o que devem ser alienados. Central do Brasil.

Art. 6º O montante dos recursos utilizados no conjun- CAPÍTULO III


to das operações de que tratam os arts. 4º e 5º observará DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
o limite de 75% (setenta e cinco por cento) do patrimônio
líquido do FGC, acrescido das obrigações passivas decor- Art. 11. São instituições associadas ao FGC a Caixa Eco-
rentes da antecipação de contribuições ordinárias pelas nômica Federal, os bancos múltiplos, os bancos comerciais,
instituições associadas, constantes do balancete mensal os bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento,
ou do balanço do exercício do Fundo. as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as
sociedades de crédito imobiliário, as companhias hipotecá-
Art. 7º O FGC não poderá recusar o pagamento das rias e as associações de poupança e empréstimo, em fun-
garantias prestadas sob o fundamento de inadimplemen- cionamento no País, que:
to das contribuições por parte da instituição associada. I - recebam depósitos à vista, em contas de poupança
ou depósitos a prazo;
II - realizem aceite em letras de câmbio;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

III - captem recursos mediante a emissão e a colocação § 1º Cada real desembolsado na última contribuição
de letras imobiliárias, de letras hipotecárias, de letras de cré- ordinária antes da respectiva Assembleia Geral, despreza-
dito imobiliário ou de letras de crédito do agronegócio; e dos os centavos, conferirá à instituição associada uma uni-
IV - captem recursos por meio de operações compro- dade de voto.
missadas tendo como objeto títulos emitidos, após 8 de § 2º O direito de voto de instituições associadas in-
março de 2012, por empresa ligada. tegrantes do mesmo conglomerado financeiro levará em
consideração o montante da contribuição ordinária efetiva-
Art. 12. O FGC contará com número ilimitado de insti- mente desembolsada em favor do FGC pelo conjunto das
tuições associadas. instituições, admitindo-se, contudo, o exercício do direito
§ 1º Considera-se justa causa, para fins de exclusão do de voto relativo às unidades de voto de todo o conglome-
quadro de associados do FGC, a decretação de intervenção rado pela instituição associada para este fim designada por
ou de liquidação extrajudicial da instituição associada, bem escrito pela instituição líder do conglomerado.
como a mudança de objeto social em virtude da qual a ins-
tituição associada deixe de atender ao disposto no art. 11. Art. 17. Até 30 de abril de cada ano, as instituições as-
§ 2º Fica facultado à associada o oferecimento de defe- sociadas devem reunir-se em Assembleia Geral ordinária
sa ao Conselho de Administração, no prazo de 15 (quinze) para:
dias, contados a partir da notificação da exclusão da insti- I - tomar as contas dos administradores, examinar, dis-
tuição do quadro de associados do FGC. cutir e votar as demonstrações financeiras, à vista dos pa-
§ 3º Da decisão do Conselho de Administração caberá receres dos auditores independentes e do Conselho Fiscal;
recurso, sem efeito suspensivo, à Assembleia Geral. II - eleger os membros do Conselho de Administração,
§ 4º É direito da instituição associada desligar-se do qua- do Conselho Fiscal, da Diretoria Executiva e do Conselho
dro de associadas ao FGC quando entender necessário, des- Consultivo;
de que comprove não mais exercer as atividades previstas no III - designar o Presidente e o Vice Presidente do Con-
art. 11 deste Estatuto nem deter saldo de operações objeto selho de Administração; e
de garantia ordinária ou especial proporcionada pelo FGC. IV - fixar o limite global de remuneração do Conselho
de Administração, da Diretoria Executiva e do Conselho Fis-
Art. 13. São deveres das associadas:
cal, a ser distribuída entre seus membros conforme delibe-
I - cumprir e fazer cumprir o estatuto e regimento in-
ração do Conselho de Administração.
terno;
II - comparecer, votar, respeitar e cumprir as decisões
Art. 18. A Assembleia Geral Extraordinária poderá ser
da Assembleia Geral; e
convocada para deliberar sobre outros assuntos de inte-
III - honrar pontualmente com as contribuições, con-
resse do FGC.
forme critérios estabelecidos.
Art. 19. A Assembleia Geral será convocada no mínimo
Art. 14. Todos os associados poderão exercer livremen-
te os direitos previstos no presente estatuto. com 10 (dez) dias de antecedência, mediante 3 (três) publi-
cações seguidas no Diário Oficial da União, sempre com a
CAPÍTULO IV indicação da ordem do dia:
DOS ÓRGÃOS DO FGC E DAS ASSEMBLEIAS GERAIS I - pelo presidente do Conselho de Administração, por
sua iniciativa ou a pedido de 2 (dois) ou mais de seus mem-
Art. 15. São órgãos do FGC: bros;
I - a Assembleia Geral; II - por 2 (dois) ou mais membros do conselho de ad-
II - o Conselho de Administração; ministração signatários do pedido ao presidente do Conse-
III - o Conselho Consultivo; lho de Administração, caso este não promova a publicação
IV - a Diretoria Executiva; e do aviso de convocação dentro de 10 (dez) dias, contados
V - o Conselho Fiscal. do recebimento do pedido;
Parágrafo único. Os integrantes dos órgãos do FGC, III - por iniciativa de instituições associadas que repre-
não respondem subsidiaria ou solidariamente pelas obri- sentem em conjunto, no mínimo, 1/5 (um quinto) do total
gações sociais do FGC, nos termos do inciso V do art. 46 do das unidades de votos, observados os critérios do art. 16
Código Civil Brasileiro. deste estatuto.

Art. 16. A Assembleia Geral, órgão deliberativo máxi- Art. 20. A Assembleia Geral será instalada e presidida
mo do FGC, é integrada por todas as instituições associa- pelo presidente do Conselho de Administração, que convi-
das, cabendo-lhes a prerrogativa do exercício do direito de dará um dos presentes para secretariar os trabalhos.
voto, observadas as seguintes regras: Parágrafo único. Na ausência do presidente do con-
I - somente poderão votar as associadas que estiverem selho, a Assembleia Geral será instalada por qualquer dos
adimplentes com as contribuições devidas ao FGC; e conselheiros, cabendo às instituições associadas presentes
II - o direito de voto de cada associada corresponderá eleger o presidente da assembleia.
ao somatório das unidades de voto de que sejam titulares.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 21. A Assembleia Geral será instalada com qual- I - não é permitida a participação de controladores,
quer número de instituições associadas presentes e suas administradores ou funcionários de instituições financei-
deliberações serão tomadas por maioria simples das uni- ras, de administradores de recursos de terceiros, de outras
dades de votos presentes à assembleia, observados os cri- instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
térios do art. 16 deste estatuto. Brasil ou de empresas integrantes dos respectivos conglo-
merados, bem como de profissionais dessas instituições ou
Art. 22. Aplicam-se às deliberações que tiverem por empresas que estejam formalmente licenciados ou tempo-
objeto a reforma do estatuto ou do regulamento do FGC, rariamente afastados;
ou a eleição e a destituição de membros do Conselho de II - não é permitida a participação de administradores
Administração ou da Diretoria Executiva, os seguintes ou funcionários de entidades de classe representativas de
quóruns: instituições financeiras ou de outras instituições autorizadas
I - instalação em primeira convocação com a presen- a funcionar pelo Banco Central do Brasil, bem como de pro-
ça de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) mais uma fissionais dessas entidades que estejam formalmente licen-
das unidades de voto das instituições associadas e, nas ciados ou temporariamente afastados; e
convocações seguintes, com a presença de, no mínimo, III - no caso de renúncia ou de impedimento de membro
1/3 (um terço) das unidades de voto das instituições as- do conselho, o Conselho de Administração indicará um dos
sociadas; suplentes para assumir a vaga até o término do mandato.
II - deliberação mediante, no mínimo, 2/3 (dois terços)
das unidades de voto das instituições associadas presen- Art. 26. O mandato dos membros do Conselho de Ad-
tes à assembleia. ministração será de até 3 (três) anos, permitida a reeleição
Parágrafo único. Aprovada a reforma do estatuto ou por um mandato.
do regulamento pela Assembleia Geral, a respectiva pro- § 1º O prazo de gestão estender-se-á até a investidura
posta deverá ser encaminhada ao Banco Central do Brasil, dos novos conselheiros eleitos.
para exame e submissão ao Conselho Monetário Nacio- § 2º Os membros do Conselho de Administração serão
nal. dispensados de prestação de garantia de gestão.
Art. 27. O Conselho de Administração deve declarar
Art. 23. Uma instituição associada pode fazer-se re- vago o cargo de membro que, sem causa justificada, deixar
de participar de 3 (três) reuniões consecutivas.
presentar por outra, mediante procuração com poderes
específicos para cada Assembleia Geral.
Art. 28. O Conselho de Administração reunir-se-á por
convocação do presidente, por sua iniciativa ou a pedido de
CAPÍTULO V
2 (dois) ou mais de seus membros.
DA ADMINISTRAÇÃO DO FGC
§ 1º Caso o presidente, dentro de 7 (sete) dias do rece-
bimento do pedido de convocação, não expeça o respectivo
Art. 24. O FGC será administrado pelo Conselho de aviso, 2 (dois) ou mais membros do Conselho de Administra-
Administração e pela Diretoria Executiva, eleitos pela As- ção que tiverem pedido a reunião poderão remetê-lo.
sembleia Geral, observados os critérios do art. 16 e os se- § 2º O aviso de convocação deve indicar a ordem do dia
guintes procedimentos: e ser entregue, mediante recibo, aos membros do Conselho
I - a eleição dos membros do Conselho de Administra- de Administração, com 10 (dez) dias, no mínimo, de ante-
ção será feita por votação em chapas, contendo o nome cedência.
dos candidatos a titulares ou a suplentes para todos os § 3º A antecedência referida no § 2º é dispensada quan-
cargos em disputa, as quais deverão ser registradas junto do a reunião contar com a presença ou representação da
à mesa tão logo divulgada pela Assembleia Geral a quan- totalidade dos membros do Conselho de Administração, ou
tidade dos cargos em disputa; ainda, alternativamente, com atestado por escrito daqueles
II - o nome de cada candidato a titular ou a suplente membros concordando com a realização da reunião.
do Conselho de Administração deverá compor somente § 4º A reunião do Conselho de Administração somente
uma chapa; pode ocorrer com a presença ou a representação da maioria
III - cada instituição associada poderá registrar ape- absoluta de seus membros e as deliberações devem ser to-
nas uma chapa; madas por maioria de votos, cabendo ao presidente voto de
IV - será considerada vencedora a chapa que obtiver qualidade, em caso de empate na votação.
o maior número de votos das associadas, de acordo com § 5º Das reuniões do Conselho de Administração devem
os quóruns estabelecidos no art. 22; e ser lavradas atas no livro próprio, assinadas pelos presentes.
V - ocorrendo empate na votação, nova Assembleia
Geral será convocada, reabrindo-se o prazo para apresen- Art. 29. O FGC terá um Conselho Consultivo, sem funções
tação das chapas. executivas, integrado por até 5 (cinco) membros titulares e
5 (cinco) suplentes, eleitos pela Assembleia Geral, mediante
Art. 25. O Conselho de Administração será constituído indicação de nomes feita pelo conselho de administração,
por 5 (cinco) a 9 (nove) membros efetivos e igual número com mandato de 3 (três) anos, permitida a reeleição, e que
de suplentes, pessoas naturais residentes no País, obser- se reunirá por convocação do Conselho de Administração,
vadas as seguintes disposições: quando decidir ouvi-lo sobre:

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

I - ideias, sugestões e propostas na formulação de polí- § 1º Aprovados os respectivos nomes, os membros do


ticas, diretrizes e estratégias de atuação do FGC no desem- Conselho de Administração, do Conselho Consultivo e da
penho de suas finalidades; Diretoria Executiva devem tomar posse após a assinatura
II - operações e negócios nos quais o FGC seja instado de carta de compromisso de confidencialidade dirigida ao
a participar, e que necessitarem de adequada avaliação em Banco Central do Brasil.
termos de repercussão sobre o mercado financeiro; e § 2º Os membros Conselho de Administração, do
III - outras matérias, dentro do objeto de atuação do Conselho Consultivo e da Diretoria Executiva, durante o
FGC, que possam repercutir sobre a solidez e a estabilidade exercício do mandato e por 4 (quatro) meses contados do
do Sistema Financeiro Nacional. seu encerramento, ficam impedidos de exercer qualquer
§ 1º Os membros do Conselho Consultivo devem ser atividade remunerada para instituições financeiras, para
pessoas naturais, com reconhecidos conhecimentos e ex- administradores de recursos de terceiros, para outras ins-
periência em negócios, operações e atividades desenvolvi- tituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
das no sistema financeiro, não se lhes aplicando os impedi- Brasil, para empresas integrantes dos respectivos conglo-
mentos previstos nos incisos I e II do art. 25. merados ou para entidades de classe representativas de
§ 2º As reuniões do Conselho Consultivo serão: instituições financeiras ou de outras instituições autoriza-
I - realizadas mediante livre convocação do Conselho das a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
de Administração, admitida sua efetivação por telefone ou § 3º Os membros do Conselho de Administração e da
por meio eletrônico, mantendo-se em arquivo específico Diretoria Executiva continuarão percebendo a remunera-
resumo das reuniões; e ção atribuída ao cargo durante o período de 4 (quatro)
II - instaladas com a presença da maioria de seus mem- meses após o encerramento de seus mandatos.
bros.
§ 3º Os membros do Conselho Consultivo assinarão Art. 32. Compete ao Conselho de Administração:
carta de compromisso de confidencialidade dirigida ao I - fixar o percentual da contribuição ordinária das ins-
Banco Central do Brasil, compromisso que se estenderá às tituições associadas ao FGC, mediante solicitação especí-
pessoas que o conselheiro tiver necessidade de ouvir para fica, devidamente fundamentada, apresentada ao Banco
a formação de sua opinião. Central do Brasil, para exame e submissão à prévia au-
torização do Conselho Monetário Nacional, observado o
percentual máximo estabelecido pelo Conselho Monetário
Art. 30. A Diretoria Executiva, composta por 2 (dois) a
Nacional;
5 (cinco) diretores, sendo um deles o diretor executivo e os
II - fixar as condições das contribuições extraordinárias
demais sem designação específica, será eleita pela Assem-
que as instituições associadas devem efetuar para custeio
bleia Geral para um mandato de 3 (três) anos, permitida a
da garantia a ser prestada pelo FGC na hipótese de que
reeleição mediante indicação de nomes feita pelo Conse-
trata o art. 10, § 2º, inciso I, deste estatuto, observado que
lho de Administração, observadas as seguintes disposições:
tais contribuições estão limitadas a 50% (cinquenta por
I - não é permitida a participação de controladores,
cento) da alíquota em vigor para as contribuições ordi-
administradores ou funcionários de instituições financei- nárias;
ras, de administradores de recursos de terceiros, de outras III - fixar a orientação geral dos serviços do FGC, es-
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do pecialmente as políticas e normas a serem observadas no
Brasil ou de empresas integrantes dos respectivos conglo- cumprimento de suas finalidades sociais e na aplicação de
merados, bem como de profissionais dessas instituições ou seus recursos, estabelecendo os requisitos de composição
empresas que estejam formalmente licenciados ou tempo- e de diversificação de riscos da carteira, podendo, inclusi-
rariamente afastados; e ve, contratar sua administração com terceiros, observado
II - não é permitida a participação de administradores o disposto no art. 5º deste estatuto;
ou de funcionários de entidades de classe representativas IV - aprovar o regimento interno e definir competên-
de instituições financeiras ou de outras instituições autori- cias para deliberação e prática de atos compreendidos no
zadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, bem como objeto do FGC;
de profissionais dessas entidades que estejam formalmen- V - indicar à Assembleia Geral os nomes dos candida-
te licenciados ou temporariamente afastados. tos a membros da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal
Parágrafo único. O prazo de gestão estender-se-á até a e do Conselho Consultivo;
investidura dos novos diretores eleitos. VI - aprovar o orçamento de custeio e de investimen-
tos do FGC;
Art. 31. Os membros eleitos para o Conselho de Admi- VII - apresentar ao Banco Central do Brasil, para exame
nistração, o Conselho Consultivo e a Diretoria Executiva de- e submissão à prévia autorização do Conselho Monetário
vem ter seus nomes submetidos ao Banco Central do Brasil, Nacional, proposta, devidamente fundamentada, de alte-
que os aprovará se atenderem aos requisitos previstos na ração do percentual da contribuição mensal ordinária;
regulamentação em vigor para o exercício de cargos em VIII - aprovar os níveis de remuneração dos membros
órgãos estatutários de instituições financeiras e demais ins- do Conselho de Administração, da Diretoria Executiva e
tituições autorizadas a funcionar pela referida Autarquia. do Conselho Fiscal, observado o limite global fixado pela
Assembleia Geral;

51
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

IX - deliberar sobre os atos e operações que, de acor- CAPÍTULO VI


do com este estatuto ou o regimento interno, sejam de DO EXERCÍCIO SOCIAL E DAS DEMONSTRAÇÕES
sua competência, inclusive alienação de bens do ativo per- FINANCEIRAS
manente;
X - deliberar sobre a contratação dos auditores inde- Art. 35. O exercício social do FGC coincide com o ano-
pendentes; calendário.
XI - designar o presidente do conselho consultivo; § 1º Ao fim de cada semestre, a Diretoria Executiva
XII - examinar o balancete mensal e manifestar-se so- deve fazer elaborar demonstrações financeiras semestrais.
bre o relatório e as demonstrações financeiras do FGC; § 2º Ao fim de cada exercício social, a diretoria executi-
XIII - estabelecer a forma e fixar as condições das ope- va deve fazer elaborar balanço patrimonial e demonstração
rações previstas no art. 4º deste estatuto, em caráter geral do resultado do exercício, bem como relatório sobre as ati-
ou específico, em termos de prazos, encargos, garantias e vidades e o resultado do período e a situação das reservas
demais condições; ao fim do exercício, com vistas à respectiva apreciação pelo
XIV - estabelecer os critérios, os limites, os requisitos conselho de administração.
de diversificação, o formato operacional e as cláusulas con- § 3º As demonstrações financeiras semestrais e anuais
tratuais das operações previstas no art. 5º deste estatuto; do FGC devem ser examinadas pelos auditores indepen-
XV - deliberar sobre a contratação de seguro ou outro dentes, publicadas no Diário Oficial da União e divulgadas
tipo de proteção existente no mercado para proporcionar no sítio do FGC na internet.
garantia aos membros de órgãos do FGC de que tratam os
incisos II, III, IV e V do art. 15, contra eventuais reclamações Art. 36. O resultado anualmente apurado pelo FGC
formuladas por terceiros em decorrência de atos pratica- deve ser registrado nas reservas previstas no regimento
dos no exercício do mandato, ainda que já encerrado; e interno.
XVI - deliberar sobre os casos omissos.
CAPÍTULO VII
Art. 33. Compete à Diretoria Executiva, além da prática DO CONSELHO FISCAL
dos atos ordinários de gestão:
I - a representação ativa e passiva do FGC, em juízo ou Art. 37. O FGC terá um Conselho Fiscal composto de 3
fora dele; (três) membros efetivos e igual número de suplentes, elei-
II - a administração do FGC, de acordo com o estatuto tos pela Assembleia Geral.
e o regimento interno;
III - a aprovação das operações previstas no art. 4º des- Art. 38. Compete ao Conselho Fiscal examinar os balan-
te estatuto, respeitadas a forma e as condições estabeleci- cetes e as demonstrações financeiras do FGC, os relatórios
das pelo Conselho de Administração; e da administração e dos auditores independentes, emitindo
IV - a aprovação das operações previstas no art. 5º des- sobre essas peças parecer para apreciação da Assembleia
te estatuto, respeitados os critérios estabelecidos no Re- Geral Ordinária.
gimento Interno, quando caracterizadas como operações
direcionadas a instituições financeiras específicas. Art. 39. O mandato dos membros do Conselho Fiscal
Parágrafo único. A representação em juízo, para re- será de até 3 (três) anos, permitida a reeleição.
ceber citação ou notificação, prestar depoimento pessoal Parágrafo único. Aplicam-se aos membros do Conse-
ou atos análogos, caberá ao diretor executivo, que poderá lho Fiscal o disposto nos incisos I e II do art. 25 e no art. 31
indicar, para fazê-lo em seu lugar, outro diretor ou procu- deste estatuto.
rador com poderes especiais.
CAPÍTULO VIII
Art. 34. O FGC somente pode assumir obrigações me- DA LIQUIDAÇÃO
diante assinatura conjunta:
I - de 2 (dois) diretores; e Art. 40. O FGC entrará em liquidação nos casos pre-
II - de 1 (um) diretor em conjunto com procurador com vistos em lei ou por determinação do Conselho Monetário
mandato específico. Nacional, mediante deliberação da Assembleia Geral, com-
Parágrafo único. As procurações do FGC serão outor- petindo ao Conselho de Administração nomear o liquidan-
gadas por 2 (dois) diretores e deverão conter a especifica- te, ouvido o Banco Central do Brasil.
ção dos poderes conferidos e o prazo de validade, salvo na Art. 41. Na hipótese de dissolução do FGC seu patri-
outorga de procurações para fins judiciais, que poderão ser mônio será destinado para entidade assemelhada que vier
emitidas com validade por prazo indeterminado. a sucedê-lo em seus direitos e obrigações.

52
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

ANEXO II À RESOLUÇÃO Nº 4.222, II - devem ser somados os créditos de cada credor


DE 23 DE MAIO DE 2013 identificado pelo respectivo número de registro no Ca-
dastro de Pessoas Físicas (CPF)/Cadastro Nacional de Pes-
REGULAMENTO DO FGC soa Jurídica (CNPJ) contra todas as instituições associadas
do mesmo conglomerado financeiro;
CAPÍTULO I III - na hipótese de aplicação em título de crédito re-
DA GARANTIA ORDINÁRIA lacionado nos incisos do caput cuja negociação seja inter-
mediada por instituição integrante do Sistema Financeiro
Art. 1º São beneficiários da garantia ordinária prestada Nacional (SFN), a titularidade dos créditos contra as ins-
pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) às instituições as- tituições associadas ao FGC deve ser comprovada, pelo
sociadas, referidas no art. 11 do Estatuto do FGC, os inves- cliente da instituição intermediária na operação, mediante
tidores e depositantes de tais instituições. a apresentação da nota de negociação do título na forma
da Circular n.º 915, de 13 de fevereiro de 1985;
Art. 2º São objeto da garantia ordinária proporcionada IV - os créditos titulados por associações, condomí-
pelo FGC os seguintes créditos: nios, cooperativas, grupos ou administradoras de consór-
I - depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; cio, entidades de previdência complementar, sociedades
II - depósitos de poupança; seguradoras, sociedades de capitalização e demais socie-
III - depósitos a prazo, com ou sem emissão de certi- dades e associações sem personalidade jurídica e enti-
ficado; dades assemelhadas serão garantidos até o valor de R$
IV - depósitos mantidos em contas não movimentáveis 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) na totalidade
por cheques, destinadas ao registro e controle do fluxo de de seus haveres em um mesmo conglomerado financeiro;
recursos referentes à prestação de serviços de pagamento V - nas contas conjuntas, o valor da garantia é limita-
de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e simi- do a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), ou ao
lares; saldo da conta, quando inferior a esse limite, dividido pelo
V - letras de câmbio; número de titulares, sendo o crédito do valor garantido
VI - letras imobiliárias; feito de forma individual.
VII - letras hipotecárias; § 5º No caso previsto no § 4.º, inciso III, a instituição
VIII- letras de crédito imobiliário; intermediária da operação deve apresentar ao interventor
IX - letras de crédito do agronegócio; ou ao liquidante a relação de seus clientes contendo os
X - operações compromissadas que têm como objeto valores aplicados, a data e as demais características da
títulos emitidos após 8 de março de 2012 por empresa li- aplicação em títulos de responsabilidade de emissor sob
gada. intervenção ou sob liquidação extrajudicial.
§ 1º Não são cobertos pela garantia ordinária os de-
mais créditos, incluindo: Art. 3º Quando as disponibilidades do FGC atingirem
I - os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros re- 2% (dois por cento) do total dos saldos das contas cober-
cursos captados ou levantados no exterior; tas pela garantia, no conjunto das instituições associadas,
II - as operações relacionadas a programas de interesse o Conselho de Administração, por proposta fundamenta-
governamental instituídos por lei; da da Diretoria Executiva, apresentada ao Banco Central
III - os depósitos judiciais; do Brasil, para exame e submissão à prévia autorização
IV - qualquer instrumento financeiro que contenha do Conselho Monetário Nacional, pode deliberar a sus-
cláusula de subordinação, autorizado ou não pelo Banco pensão temporária das contribuições das instituições as-
Central do Brasil a integrar o patrimônio de referência das sociadas para o fundo.
instituições financeiras e das demais instituições autoriza- § 1º Caso, após a deliberação referida no caput, as
das a funcionar pela referida Autarquia. disponibilidades do FGC venham a representar menos
§ 2º Não são cobertos pela garantia ordinária os crédi- que 2% (dois por cento) do total dos saldos das contas
tos por cotas de fundos de investimento administrados por cobertas pela garantia, as instituições associadas deverão
instituições associadas. voltar a recolher as contribuições, até que as disponibili-
§ 3º O total de créditos de cada pessoa contra a mesma dades voltem a atingir o patamar de 2% (dois por cento)
instituição associada, ou contra todas as instituições asso- do total dos saldos das contas cobertas pela garantia.
ciadas do mesmo conglomerado financeiro, será garanti- § 2º Para efeito da quantificação das disponibilidades
do até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil do FGC, devem ser considerados os saldos disponíveis em
reais). caixa e em aplicações financeiras líquidas.
§ 4º Para efeito da determinação do valor garantido § 3º Consideram-se aplicações financeiras líquidas,
dos créditos de cada pessoa, devem ser observados os se- para efeito do § 2.º, aquelas registradas no ativo circulan-
guintes critérios: te do balanço do exercício e dos balancetes mensais.
I - titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito
estiver registrado na escrituração da instituição associada
ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito;

53
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 4º Ocorridas as situações previstas nos incisos do doras, sociedades de capitalização e demais sociedades e
art. 3.º do estatuto, a informação sobre os valores corres- associações sem personalidade jurídica e entidades asse-
pondentes ao pagamento da garantia será fornecida di- melhadas serão garantidos até o valor de R$ 20.000.000,00
retamente ao FGC pelo representante legal da instituição (vinte milhões de reais) na totalidade de seus haveres em
associada, cabendo ao FGC a designação da instituição fi- um mesmo conglomerado financeiro.
nanceira encarregada dos pagamentos.
Art. 7º O limite de captação dos depósitos, para efeito
CAPÍTULO II do art. 5.º deste regulamento, é aquele estabelecido pelo
DA GARANTIA ESPECIAL Conselho Monetário Nacional.

Art. 5º São objeto da garantia especial proporcionada Art. 8º As instituições financeiras que captarem DPGE
pelo FGC os depósitos a prazo, sem emissão de certificado, devem fornecer aos titulares desses depósitos comprovan-
nas condições e nos limites estabelecidos pelo Conselho te do registro específico do depósito, emitido pela entida-
Monetário Nacional, captados pelas instituições autoriza- de registradora.
das. Parágrafo único. O comprovante de registro específico
§ 1º Os depósitos de que trata o caput serão conhe- de que trata o caput deve ser remetido ao depositante em
cidos como “Depósitos a Prazo com Garantia Especial do até 5 (cinco) dias úteis após a contratação da operação.
FGC (DPGE)” e assim devem ser especificados nos contra- CAPÍTULO III
tos. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º A cobertura do FGC ao DPGE somente será exigida
nas situações de que trata o art. 3.º do estatuto do FGC, de- Art. 9º O recebimento dos créditos contra instituições
vendo ser paga em até 3 (três) dias úteis após a decretação associadas por meio de procurações deverá ser previamen-
de intervenção ou de liquidação extrajudicial, cabendo ao te justificado e aprovado pelo FGC.
FGC a designação de instituição financeira para executar o
pagamento dos investimentos garantidos. Art. 10. Detectada a ocorrência de procedimentos que
§ 3º O prazo de até 3 (três) dias para a liquidação será possam propiciar, mediante a utilização de artifícios, o pa-
estendido, na hipótese de divergência ou atraso na entrega gamento de valor superior ao limite estabelecido, com o
de informações e documentos, até que os procedimentos intuito de beneficiar uma mesma pessoa, ou de operações
publicados pelo FGC em seu sítio na internet sejam aten- cujas condições pactuadas revelem indícios de fraude, o
didos. FGC, mediante decisão fundamentada referente ao especí-
§ 4º Os depósitos de que trata o caput devem ser ce- fico depositante ou investidor, poderá suspender o paga-
lebrados com um único titular, a ser identificado pelo res- mento até o esclarecimento do fato.
pectivo número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Parágrafo único. Compete ao interessado demonstrar
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), vedada a ma- a lisura dos procedimentos adotados, ficando a critério do
nutenção de depósitos na modalidade de conta conjunta. FGC acatar ou não os argumentos e as provas que forem
§ 5º A cobertura do FGC ao DPGE será corrigida pelos apresentados.
índices contratuais dos respectivos instrumentos até a data
da decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial
de instituição associada. CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO:
CONCEITO E ETAPAS.
Art. 6º O total de créditos de cada pessoa contra a
mesma instituição associada ao FGC, ou contra todas as
instituições associadas do mesmo conglomerado financei-
ro, relativo aos DPGE, será garantido até o valor máximo de CONCEITO
R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
Parágrafo único. Para efeito da determinação do valor Crimes de lavagem de dinheiro: Constitui um conjun-
garantido dos créditos de cada depositante, serão observa- to de operações comerciais ou financeiras que buscam a
dos os seguintes critérios: incorporação na economia de cada país dos recursos, bens
I - titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito e serviços que se originam ou estão ligados a atos ilícitos.
estiver registrado na escrituração da instituição associada Em outras palavras é a intenção de ocultar a origem
ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito; ilegal de recursos para que, num momento posterior, eles
II - devem ser somados os créditos de cada credor possam ser reintroduzidos na economia revestidos de le-
identificado pelo respectivo Cadastro de Pessoas Físicas gitimidade.
(CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) con- Assim sendo é o delito de ocultação ou dissimulação
tra todas as instituições associadas do mesmo conglome- da natureza, origem, localização, disposição, movimenta-
rado financeiro; ção ou propriedade de bens, direitos ou valores provenien-
III - os créditos titulados por associações, condomínios, tes, direta ou indiretamente, de infração penal.
cooperativas, grupos ou administradoras de consórcio, en- Nova lei de lavagem do dinheiro foi baixada em 10 de
tidades de previdência complementar, sociedades segura- julho de 2012.

54
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Entre as principais especificações da nova lei, está a 1) a lavagem é um processo em que somente a partida
possibilidade de punição para lavagem de dinheiro prove- é perfeitamente identificável, não o ponto final;
niente de qualquer origem ilícita.  2) a finalidade desse processo não é somente ocultar
Nos termos da lei, o crime de lavagem de dinheiro sig- ou dissimular a origem delitiva dos bens, direitos e valores,
nifica “ocultar ou dissimular a natureza, origem, localiza- mas igualmente conseguir que eles, já lavados, possam ser
ção, disposição, movimentação ou propriedade de bens, utilizados na economia legal.”
direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente,
de infração penal”. Importante destacar, finalmente, as características da
A pena para o infrator à lei é de reclusão com prazo lavagem de dinheiro na atualidade, apontadas por Blanco
de 3 a 10 anos, e multa. Incorre nesta mesma pena quem Cordero, quais sejam:
utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos 1) A complexidade, como decorrência dos altos lucros
ou valores provenientes de infração penal. da criminalidade organizada e da implantação de medidas
A Lei altera dispositivos que criam o Conselho de Con- de controle, os quais levam à superação das formas mais
trole de Atividades Financeiras (COAF), ampliando os ti- rudimentares de lavagem por outras mais sofisticadas;
pos de profissionais obrigados a enviar informações sobre 2) A profissionalização da atividade de lavagem, seja
operações suspeitas, alcançando doleiros, empresários que pela separação entre as atividades criminosas em sentido
negociam direitos de atletas, comerciantes de artigos de estrito e aquelas de lavagem dentro da organização crimi-
luxo, pessoas físicas que trabalham com compra e troca de nosa, seja pela oferta de profissionais especializados em
moeda estrangeira, etc. lavagem de dinheiro, que prestam serviço a mais de uma
Também será possível apreender bens em nomes de organização;
laranjas e vender bens apreendidos antes do final do pro- 3) O caráter internacional, de modo a aproveitar-se das
cesso, cujos recursos ficarão depositados em juízo até o notórias dificuldades da cooperação judiciária internacio-
final do julgamento. nal e dirigir a lavagem a países com sistemas menos rígidos
O patrimônio apreendido poderá ser repassado a es- de controle.
tados e municípios, e não apenas à União. No tocante à Fases da lavagem de dinheiro
“delação premiada”, já prevista na Lei anterior, poderá ser
feita “a qualquer tempo”, ou seja, mesmo depois da con- O dinheiro obtido de maneira ilícita - “dinheiro sujo”
denação.  - passa por um processo composto por diversas fases ten-
Os crimes desta categoria são inafiançáveis. cionadas a disfarçar sua origem ilícita sem comprometer os
Saliente-se que não há na doutrina um conceito uní- envolvidos, de forma que seja considerado “limpo”.
voco do crime de lavagem, contudo não existem acepções Dos vários modelos de fases existentes, o de aceitação
distintas, as mesmas convergem no sentido de que a lava- mais ampla e adotado pela maioria da doutrina especia-
gem é um procedimento de caracterização lícita ao capital lizada é o elaborado pelo GAFI, composto por três fases:
de origem ilícita. colocação, ocultação e integração.
Tradicionalmente, define-se a lavagem de dinheiro
como um conjunto de operações por meio das quais os a) Colocação ou Placement
bens, direitos e valores obtidos com a prática de crimes são Esta fase consiste na introdução do dinheiro ilícito no
integrados ao sistema econômico financeiro, com a apa- sistema financeiro, dificultando a identificação da proce-
rência de terem sido obtidos de maneira lícita. É uma forma dência dos valores. É a fase mais arriscada para o “lavador”
de mascaramento da obtenção ilícita de capitais. em razão da sua proximidade com a origem ilícita. Walter
Segundo o GAFI, lavagem de dinheiro é o processo Fanganiello Maiorovitch diz que é o momento “de apagar
que tem por objetivo disfarçar a origem criminosa dos a mancha caracterizadora da origem ilícita”.
proveitos do crime. Como bem aponta Carla Veríssimo de Normalmente esses valores são introduzidos no siste-
Carli, a importância da lavagem é capital, porque permite ma financeiro em pequenas quantias, que, individualmen-
ao delinquente usufruir desses lucros sem pôr em perigo a te, acabam não gerando maiores suspeitas. A essa técni-
sua fonte (o delito antecedente), além de protegê-lo contra ca é dado o nome de smurfing. Daí por que existe uma
o bloqueio e o confisco. preocupação muito grande com os registros das institui-
Ademais, é certo que o dinheiro em espécie é difícil de ções financeiras. O Federal Reserve – FED, Banco Central
ser guardado e manuseado, pois apresenta grande risco americano, se preocupa, há algum tempo, em identificar
de furto e roubo, além de chamar a atenção em negócios o cliente de forma tal que ele não perceba que está sendo
de alto valor, de forma que o criminoso, por tais motivos, investigado.
tenta desvincular o proveito obtido com o crime de sua Outra técnica de lavagem utilizada nesta fase é a utili-
origem criminosa e dar-lhe aparência de ganho lícito, ou zação de estabelecimentos comerciais que trabalham com
seja, “lavando” o dinheiro. dinheiro em espécie, a princípio insuspeitos, como cine-
Conforme prelecionam Marcia Monassi Mougenot mas, restaurantes, hotéis, casas de bingo, entre outros.
Bonfim e Edilson Mougenot Bonfim: Ainda podem ser referidas as práticas de “cabodólar”
Independentemente da definição adotada, a doutrina e a utilização de “laranjas” ou testas-de-ferro” nesta fase
aponta as seguintes características comuns no processo de da lavagem de dinheiro. O “cabodólar” consiste em uma
lavagem de dinheiro: rede de transferência de valores à margem do sistema

55
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

financeiro oficial, isto é, doleiros e casas de câmbio, que uma determinada operação em conluio com a instituição
atuam como intermediários, realizam a transferência de va- financeira. Aliás, Fausto Martin de Sanctis destaca que a
lores de um país para outro sem tributação, declaração ou realidade de hoje é ainda mais complexa tendo em vista
autorização legal, o que, como destaca o juiz federal José que a criminalidade já está adquirindo bancos internacio-
Paulo Baltazar Júnior, presta-se também para a evasão nais, porque todos os registros dessas instituições são ma-
de divisas e para a sonegação fiscal. Já os “laranjas” são nipulados, viabilizando ainda mais o que já era facilitado
pessoas, reais ou fictas, cujos nomes são utilizados, com pelos paraísos fiscais.
seu conhecimento ou não, para titularizarem dinheiro ou Segundo Marcia Monassi Mougenot Bonfim e Edilson
bens do lavador. Mougenot Bonfim, um dos métodos de ocultação mais
Nota-se, assim, que a lavagem de dinheiro tanto pode avançados é a venda fictícia de ações na bolsa de valores (o
se dar mediante a utilização do sistema financeiro, quan- vendedor e o comprador, previamente ajustados, fixam um
to mediante a utilização de outros meios, como mercado preço artificial para as ações de compra). É comum nesta
imobiliário, estabelecimentos comerciais, jogos legais e fase também a transformação das quantias em bens imó-
ilegais e etc. Daí, destaca-se a classificação doutrinária de veis ou móveis; quanto a estes, costuma-se adquirir bens
lavagem financeira e lavagem não financeira. que possam ser postos em circulação rápida em diferentes
No Brasil, o “vídeobingo” era a técnica predileta do países como ouro, joias e pedras preciosas (commodities).
narcotráfico. Em depoimento mencionado por Juarez Ciri-
no dos Santos, Lillo Lauricela, preso pela Divisão Antimáfia c) Integração ou Integration
da Itália, afirmou que a abertura de bingos eletrônicos no É a fase final do processo, muitas vezes interligada ou
Brasil, despertou o interesse de empresários europeus e da até mesmo sobreposta à etapa anterior. Nessa fase, já com
máfia italiana para a venda de máquinas e para a lavagem
a aparência lícita, o capital é formalmente incorporado ao
do dinheiro advindo da comercialização da cocaína.
sistema econômico, geralmente por meio de investimentos
Rogério Pacheco Jordão, ao comentar a gama de op-
no mercado mobiliário e imobiliário, e é assimilado com
ções de que o “lavador” pode se utilizar para a colocação
todos os outros ativos existentes no sistema. A integração
do capital ilícito, destaca:
do “dinheiro limpo” através das outras etapas faz com que
“Dificilmente alguém poderá andar em linha reta por
este dinheiro pareça ter sido ganho de maneira lícita.
mais de dois quilômetros dentro de importantes cidades
Entre as práticas realizadas nesta fase, estão o emprés-
brasileiras como São Paulo ou Rio de Janeiro sem se de-
timo de regresso, a falsa especulação imobiliária, a falsa
parar, no caminho, com estabelecimentos que estejam,
especulação com obras de arte ou pedras preciosas e a es-
direta ou indiretamente, na rede de lavagem. São hotéis,
bares, restaurantes, bingos, casas de câmbio, videolocado- peculação financeira cruzada, por exemplo.
ras. Mas também imobiliárias, construtoras, bancos. “ O empréstimo de regresso nada mais é que a simu-
Fausto Martin de Sanctis conclui que é nessa oportuni- lação de empréstimos com dinheiro já pertencente ao la-
dade, no momento da colocação, que se exige maior inter- vador de empresas, localizadas no território nacional, para
venção do Estado, porque o limite temporal entre a prática empresas de fachada, localizadas em paraísos fiscais, com
do crime original e o início da lavagem é muito estreito. os mesmos proprietários daquelas. A falsa especulação,
tanto de imóveis quanto de obras de arte ou pedras pre-
b) Ocultação, Dissimulação, Transformação ou Laye- ciosas, se dá através da simulação de valores superiores
ring aos reais. E, por fim, a especulação financeira cruzada é
Nessa fase ocorre a camuflagem das evidências, com a simulação de lucros e prejuízos em operações casadas
a utilização de uma série de negócios ou movimentações e de sinal contrário em bolsas de valores ou mercado de
financeiras, a fim de que seja dificultado o rastreamento futuros, com os mesmos titulares ou com a utilização de
contábil dos lucros ilícitos. É a fase da lavagem propria- laranjas. Esses compram e vendem os mesmos títulos, no
mente dita, pois se dissimula a origem dos valores para mesmo dia, gerando prejuízos para um, que pode diminuir
que sua procedência não seja identificada. o imposto de renda devido, e lucros falsos para outro, pos-
Cria-se um emaranhado de complexas transações fi- sibilitando a lavagem de dinheiro.
nanceiras, em sua maioria internacionais, sendo que é nes- Alguns autores, como Carlos Márcio Rissi Macedo, in-
ta fase que os países e as jurisdições que não cooperam clusive, destacam que não se pode dizer que tecnicamente
com as investigações referentes à lavagem de dinheiro há “lavagem de dinheiro” nesta fase, já que o dinheiro já
têm papel fundamental. É a fase mais complexa do pro- possui uma máscara de licitude.
cesso e a que envolve maiores riscos de vulnerabilidade Contudo, cabe esclarecer que a lavagem de dinheiro
aos sistemas financeiros nacionais. nem sempre ocorre de acordo com as fases supracitadas,
As transações realizadas anteriormente são multiplica- bem como, não é necessária a ocorrência dessas três fases
das, muitas vezes com várias transferências por cabo (wire para que o delito esteja consumado, bastando a fase da co-
transfer) através de muitas empresas e contas, de modo a locação, conforme posicionamento firmado pelo Supremo
que se perca a trilha do dinheiro (paper trail). Há o saque Tribunal Federal. Entretanto, o estudo das fases da lavagem
do dinheiro em espécie e o depósito do mesmo em uma de dinheiro é importante, pois ajuda a compreender como
nova instituição ou mesmo destruição dos registros de a mesma procede.

56
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Além disso, salienta-se que todos os dias surgem no- COAF - CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES
vas técnicas de lavagem de dinheiro, diferenciando-se das FINANCEIRAS
já expostas, a par de que são muito mais complexas, tor-
nando-se inabarcável a listagem de todas as formas de re- A Lei 9.613 introduziu na Legislação Brasileira uma sé-
ferida prática delitiva. Aliás, nesse sentido, como lembrou rie de iniciativas internacionais previstas na Convenção de
o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Gilson Dipp, as Viena, na Convenção de Palermo, na Convenção das Na-
técnicas de lavagem de dinheiro mais eficazes são aquelas ções Unidas contra o Financiamento ao Terrorismo e, prin-
ainda não conhecidas. cipalmente, nas Recomendações do GAFI/FATF.
O avanço mais significativo no sistema legal brasileiro
de prevenção e combate à lavagem de dinheiro desde a Lei
9.613/98 foi a aprovação da Lei Complementar 105, de 20
PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE de janeiro de 2001, que ampliou o acesso do Conselho de
LAVAGEM DE DINHEIRO: LEI Nº 9.613/98 E Controle de Atividades Financeiras (COAF) a informações
SUAS ALTERAÇÕES, CIRCULAR bancárias. Ademais, a Lei 10.701, de 09 de julho de 2003,
incluiu o financiamento ao terrorismo como crime antece-
BACEN 3.461/2009 E SUAS ALTERAÇÕES E
dente à lavagem de dinheiro, proporcionou mais autori-
CARTA-CIRCULAR BACEN 3.542/12.
dade ao COAF para obter informações de comunicantes, e
cria um registro nacional de contas bancárias.
O COAF, a unidade de inteligência financeira brasilei-
ra, órgão integrante do Ministério da Fazenda, possui um
O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por papel central no sistema brasileiro de combate à lavagem
um conjunto de operações comerciais ou financeiras que de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo, tendo a in-
buscam a incorporação na economia de cada país, de cumbência legal de coordenar mecanismos de cooperação
modo transitório ou permanente, de recursos, bens e valo- e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e
res de origem ilícita e que se desenvolvem por meio de um eficientes no combate à lavagem de dinheiro, disciplinar e
processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases aplicar penas administrativas e receber, examinar e identifi-
independentes que, com frequência, ocorrem simultanea- car ocorrências suspeitas. O COAF também coordena a par-
mente. ticipação do Brasil em várias organizações internacionais,
Em 03.03.98, o Brasil, dando continuidade a compro- tais como GAFI, GAFISUD e Grupo de Egmont.
missos internacionais assumidos a partir da assinatura Com relação às medidas preventivas, a legislação bra-
da Convenção de Viena de 1988, aprovou, com base na sileira, ao designar autoridades competentes apropriadas
respectiva Exposição de Motivos, a Lei de Lavagem de Di- para supervisionar as instituições financeiras, cumpre os re-
nheiro ou Lei nº 9.613, posteriormente alterada pela Lei nº quisitos para uma maior vigilância de atividades financeiras
10.467, de 11.06.02. suspeitas ou incomuns, ou ainda transações envolvendo
A lei supracitada atribuiu às pessoas físicas e jurídicas jurisdições com regimes deficientes de combate à lavagem
de diversos setores econômico-financeiros maior respon- de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo. A conser-
sabilidade na identificação de clientes e manutenção de vação de documentos, os dispositivos legais, a execução
registros de todas as operações e na comunicação de ope- da lei e a autoridade dos supervisores para aplicar sanções
rações suspeitas, sujeitando-as ainda às penalidades admi- são bastante abrangentes, além de estar mostrando ótimos
nistrativas pelo descumprimento das obrigações. resultados.
Para efeitos de regulamentação e aplicação das penas, Além do COAF, outras autoridades, tais como a Polícia
o legislador preservou a competência dos órgãos regula- Federal, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União e
dores já existentes, cabendo ao COAF a regulamentação e o Ministério Público, têm se engajado de forma sistemática
supervisão dos demais setores. e progressiva no combate à lavagem de dinheiro, o que
Em 2012, a Lei nº 9.613 foi alterada pela Lei nº 12.683 pode ser visto no aumento do número de investigações e
que trouxe importantes avanços para a prevenção e com- condenações. Essas autoridades têm ampliado suas capaci-
bate à lavagem de dinheiro, tais como (i) a extinção do dades de atuação, quer seja ampliando recursos, quer seja
rol taxativo de crimes antecedentes, admitindo-se agora cooperando com outros órgãos para intercâmbio de infor-
como crime antecedente da lavagem de dinheiro qualquer mações e experiências. Além disso, os tribunais especiali-
infração penal; (ii) a inclusão das hipóteses de alienação zados recém-criados para julgar estes processos também
antecipada e outras medidas assecuratórias que garantam aumentaram os esforços na luta contra o crime de lavagem
que os bens não sofram desvalorização ou deterioração; de dinheiro.
(iii) inclusão de novos sujeitos obrigados tais como cartó- Como mencionado acima, o COAF tem participado ati-
rios, profissionais que exerçam atividades de assessoria ou vamente de eventos internacionais relacionados à lavagem
consultoria financeira, representantes de atletas e artistas, de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo. Graças ao
feiras, dentre outros; (iv) aumento do valor máximo da mul- COAF, o Brasil se tornou membro do GAFI, do GAFISUD e do
ta para R$ 20 milhões. Grupo de Egmont, sendo reconhecido internacionalmente
como um país que luta de forma eficaz contra atividades

57
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

financeiras ilícitas. A atuação do COAF inclui participações • Situações relacionadas com operações de crédito
nos principais grupos de trabalho destas organizações, o contratadas no exterior e operações de investimento ex-
que implica em resultados, tendências e recomendações a terno;
serem discutidos internamente no Brasil a fim de lidar de • Situações relacionadas com empregados de institui-
forma apropriada com esta questão no país. O COAF coor- ções financeiras e seus representantes;
dena, por exemplo, o processo de avaliação mútua ao qual • Abertura e movimentação de contas ou realização de
Brasil é submetido no âmbito do GAFI. operações por detentor de procuração ou qualquer tipo de
Esta participação também inclui o compromisso de ter um mandato;
importante papel na região da América do Sul, liderando as • Ausência repentina de movimentação financeira em
operações realizadas pelo GAFISUD, tendo exercido inclusive a conta;
presidência do Grupo em 2006. O COAF também exerceu, de • Utilização de cofres de aluguel de forma atípica ou do
julho de 2008 a junho de 2009, a presidência do GAFI. Além cartão de forma incompatível com o perfil do cliente.
disso, o COAF vem indicando representantes para participar do
Grupo de Egmont, não apenas nos que diz respeito a questões Vamos acompanhar, em seguida na íntegra a men-
políticas e institucionais, mas também na esfera operacional,
cionada lei, bem como os outros dispositivos criados
especialmente em relação à melhoria da troca de processos
para prevenção e combate ao crime de lavagem de di-
e normas de informações entre as UIFs membros do Grupo.
nheiro.
Autarquia criada no âmbito do Ministério da Fazenda
para: LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998.
a) coordenar e propor mecanismos de cooperação e
troca de informações que viabilizem ações rápidas e efi- Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de
cientes no combate à ocultação ou à dissimulação de bens, bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sis-
direitos e valores; tema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o
b) receber, examinar e identificar as ocorrências suspei- Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e
tas de atividades ilícitas previstas em lei; dá outras providências.
c) disciplinar e aplicar penas administrativas, sem pre-
juízo da competência de outros órgãos e entidades; O  PRESIDENTE  DA REPÚBLICA Faço saber que o
d) comunicar à autoridade competente para a instaura- Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
ção dos procedimentos legais, em casos de indícios funda-
dos da prática do crime de lavagem de dinheiro. CAPÍTULO I
Dos Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens,
Desde março de 2012 (com vigência contar de maio do Direitos e Valores
mesmo ano) o COAF passa a atuar também nas seguintes    
operações e situações: Art. 1o  Ocultar ou dissimular a natureza, origem, locali-
• Operações com moeda nacional, estrangeira e che- zação, disposição, movimentação ou propriedade de bens,
ques de viagem ou com dados cadastrais de clientes, movi- direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente,
mentação de contas e operações de investimento interno; de infração penal.
• Investimentos significativos não proporcionais à capa- Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.  
cidade econômica e financeira do cliente, cuja origem não § 1o  Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou
seja claramente definida; dissimular a utilização de bens, direitos ou valores prove-
• Movimentações atípicas de recursos por agentes pú- nientes de infração penal: 
blicos, ou por pessoa física ou jurídica relacionados a pa-
I - os converte em ativos lícitos;
trocínio, propaganda, marketing, consultoria, assessoria e
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em
capacitação; ou de recursos por organizações sem fins lu-
garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou trans-
crativos ou por pessoa física ou jurídica relacionados a lici-
tações públicas; fere;
• Situações relacionadas a consórcios; III - importa ou exporta bens com valores não corres-
• Aumento expressivo do número de quotas pertencen- pondentes aos verdadeiros.
tes a um mesmo consorciado; § 2o  Incorre, ainda, na mesma pena quem: 
• Situações relacionadas a pessoas suspeitas de envolvi- I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens,
mento com atos terroristas, ou relacionadas com atividades direitos ou valores provenientes de infração penal;
internacionais; II - participa de grupo, associação ou escritório tendo
• Realização ou proposta de operação com pessoas, conhecimento de que sua atividade principal ou secundária
inclusive sociedades e instituições situadas em países que é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.
não apliquem (ou apliquem insuficientemente) as recomen- § 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo úni-
dações do Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e co do art. 14 do Código Penal.
o Financiamento do Terrorismo, ou que tenham sede em § 4o  A pena será aumentada de um a dois terços, se os
países com tributação favorecida ou regimes fiscais privi- crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reite-
legiados; rada ou por intermédio de organização criminosa. 

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 5o  A pena poderá ser reduzida de um a dois terços § 2o  O juiz determinará a liberação total ou parcial dos
e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultan- bens, direitos e valores quando comprovada a licitude de
do-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e
tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor valores necessários e suficientes à reparação dos danos e
ou partícipe colaborar espontaneamente com as autorida- ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas
des, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração decorrentes da infração penal. (Redação dada pela Lei nº
das infrações penais, à identificação dos autores, coautores 12.683, de 2012)
e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores § 3o  Nenhum pedido de liberação será conhecido sem
objeto do crime. o comparecimento pessoal do acusado ou de interposta
pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o
CAPÍTULO II juiz determinar a prática de atos necessários à conservação
Disposições Processuais Especiais de bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no §
1o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos § 4o  Poderão ser decretadas medidas assecuratórias
nesta Lei: sobre bens, direitos ou valores para reparação do dano de-
I – obedecem às disposições relativas ao procedimento corrente da infração penal antecedente ou da prevista nes-
comum dos crimes punidos com reclusão, da competência ta Lei ou para pagamento de prestação pecuniária, multa e
do juiz singular; custas. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - independem do processo e julgamento das infra-
ções penais antecedentes, ainda que praticados em outro Art. 4o-A.  A alienação antecipada para preservação de
país, cabendo ao juiz competente para os crimes previstos valor de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de
nesta Lei a decisão sobre a unidade de processo e julga- ofício, a requerimento do Ministério Público ou por soli-
mento; citação da parte interessada, mediante petição autônoma,
III - são da competência da Justiça Federal: que será autuada em apartado e cujos autos terão tramita-
a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ção em separado em relação ao processo principal.  (Incluí-
ordem econômico-financeira, ou em detrimento de bens, do pela Lei nº 12.683, de 2012)
serviços ou interesses da União, ou de suas entidades au- § 1o  O requerimento de alienação deverá conter a re-
tárquicas ou empresas públicas; lação de todos os demais bens, com a descrição e a es-
b) quando a infração penal antecedente for de compe- pecificação de cada um deles, e informações sobre quem
tência da Justiça Federal.   os detém e local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº
 § 1o  A denúncia será instruída com indícios suficientes 12.683, de 2012)
da existência da infração penal antecedente, sendo puní- § 2o  O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos
veis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido apartados, e intimará o Ministério Público.  (Incluído pela
ou isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da Lei nº 12.683, de 2012)
infração penal antecedente.  § 3o  Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergên-
§ 2o  No processo por crime previsto nesta Lei, não se cias sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homo-
aplica o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 logará o valor atribuído aos bens e determinará sejam alie-
de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o nados em leilão ou pregão, preferencialmente eletrônico,
acusado que não comparecer nem constituir advogado ser por valor não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da
citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
com a nomeação de defensor dativo.  (Redação dada pela § 4o  Realizado o leilão, a quantia apurada será deposi-
Lei nº 12.683, de 2012) tada em conta judicial remunerada, adotando-se a seguin-
Art. 3º  (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012) te disciplina:  (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - nos processos de competência da Justiça Federal e
Art. 4o  O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério da Justiça do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683,
Público ou mediante representação do delegado de po- de 2012)
lícia, ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica
horas, havendo indícios suficientes de infração penal, po- Federal ou em instituição financeira pública, mediante do-
derá decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou cumento adequado para essa finalidade; (Incluída pela Lei
valores do investigado ou acusado, ou existentes em nome nº 12.683, de 2012)
de interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômi-
proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações ca Federal ou por outra instituição financeira pública para
penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de a Conta Única do Tesouro Nacional, independentemente
2012) de qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro)
§ 1o  Proceder-se-á à alienação antecipada para preser- horas; e  (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
vação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Fede-
qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando ral ou por instituição financeira pública serão debitados à
houver dificuldade para sua manutenção.  (Redação dada Conta Única do Tesouro Nacional, em subconta de restitui-
pela Lei nº 12.683, de 2012) ção; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

II - nos processos de competência da Justiça dos Esta- § 13.  Os recursos decorrentes da alienação antecipada
dos: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) de bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilí-
a) os depósitos serão efetuados em instituição finan- cito de drogas e que tenham sido objeto de dissimulação
ceira designada em lei, preferencialmente pública, de cada e ocultação nos termos desta Lei permanecem submetidos
Estado ou, na sua ausência, em instituição financeira públi- à disciplina definida em lei específica. (Incluído pela Lei nº
ca da União;  (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 12.683, de 2012)
b) os depósitos serão repassados para a conta única
de cada Estado, na forma da respectiva legislação. (Incluída Art. 4o-B.  A ordem de prisão de pessoas ou as medi-
pela Lei nº 12.683, de 2012) das assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão ser
§ 5o  Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a
depósito, após o trânsito em julgado da sentença proferida sua execução imediata puder comprometer as investiga-
na ação penal, será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) ções.  (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - em caso de sentença condenatória, nos processos Art. 5o  Quando as circunstâncias o aconselharem, o
de competência da Justiça Federal e da Justiça do Distri- juiz, ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou
to Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio da jurídica qualificada para a administração dos bens, direitos
União, e, nos processos de competência da Justiça Esta- ou valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante ter-
dual, incorporado ao patrimônio do Estado respectivo; (In- mo de compromisso.  (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 2012)
II - em caso de sentença absolutória extintiva de pu-
nibilidade, colocado à disposição do réu pela instituição Art. 6o  A pessoa responsável pela administração dos
financeira, acrescido da remuneração da conta judicial. (In- bens:  (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será
§ 6o  A instituição financeira depositária manterá con- satisfeita com o produto dos bens objeto da administração;
trole dos valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela II - prestará, por determinação judicial, informações pe-
Lei nº 12.683, de 2012) riódicas da situação dos bens sob sua administração, bem
§ 7o  Serão deduzidos da quantia apurada no leilão to- como explicações e detalhamentos sobre investimentos e
dos os tributos e multas incidentes sobre o bem alienado, reinvestimentos realizados.
sem prejuízo de iniciativas que, no âmbito da competên- Parágrafo único.  Os atos relativos à administração dos
cia de cada ente da Federação, venham a desonerar bens
bens sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao co-
sob constrição judicial daqueles ônus. (Incluído pela Lei nº
nhecimento do Ministério Público, que requererá o que en-
12.683, de 2012)
tender cabível.  (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 8o  Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo,
os autos da alienação serão apensados aos do processo
CAPÍTULO III
principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Dos Efeitos da Condenação
§ 9o  Terão apenas efeito devolutivo os recursos inter-
       
postos contra as decisões proferidas no curso do procedi-
mento previsto neste artigo.  (Incluído pela Lei nº 12.683, Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos
de 2012) no Código Penal:
§ 10.  Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos ca-
penal condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o sos de competência da Justiça Estadual -, de todos os bens,
caso, da União ou do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à
de 2012) prática dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles uti-
I - a perda dos valores depositados na conta remunera- lizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado
da e da fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) ou de terceiro de boa-fé;  (Redação dada pela Lei nº 12.683,
II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e de 2012)
daqueles aos quais não foi dada destinação prévia; e  (In- II - a interdição do exercício de cargo ou função pública
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho
III - a perda dos bens não reclamados no prazo de de administração ou de gerência das pessoas jurídicas refe-
90 (noventa) dias após o trânsito em julgado da sentença ridas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de
condenatória, ressalvado o direito de lesado ou terceiro de liberdade aplicada.
boa-fé.  (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) § 1o  A União e os Estados, no âmbito de suas compe-
§ 11.  Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 tências, regulamentarão a forma de destinação dos bens,
deste artigo serão adjudicados ou levados a leilão, deposi- direitos e valores cuja perda houver sido declarada, asse-
tando-se o saldo na conta única do respectivo ente. (Incluí- gurada, quanto aos processos de competência da Justiça
do pela Lei nº 12.683, de 2012) Federal, a sua utilização pelos órgãos federais encarregados
§ 12.  O juiz determinará ao registro público compe- da prevenção, do combate, da ação penal e do julgamento
tente que emita documento de habilitação à circulação e dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de
utilização dos bens colocados sob o uso e custódia das en- competência da Justiça Estadual, a preferência dos órgãos
tidades a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela locais com idêntica função. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
Lei nº 12.683, de 2012) 2012)

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 2o  Os instrumentos do crime sem valor econômico V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e
cuja perda em favor da União ou do Estado for decretada as de fomento comercial (factoring);
serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entida- VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro
de pública, se houver interesse na sua conservação.(Incluí- ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços,
do pela Lei nº 12.683, de 2012) ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante
sorteio ou método assemelhado;
CAPÍTULO IV VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros
Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas nes-
Praticados no Estrangeiro te artigo, ainda que de forma eventual;
VIII - as demais entidades cujo funcionamento depen-
Art. 8o  O juiz determinará, na hipótese de existência da de autorização de órgão regulador dos mercados finan-
de tratado ou convenção internacional e por solicitação de ceiro, de câmbio, de capitais e de seguros;
autoridade estrangeira competente, medidas assecurató- IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estran-
rias sobre bens, direitos ou valores oriundos de crimes des- geiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes,
critos no art. 1o praticados no estrangeiro.  (Redação dada procuradoras, comissionarias ou por qualquer forma repre-
pela Lei nº 12.683, de 2012) sentem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independente- das atividades referidas neste artigo;
mente de tratado ou convenção internacional, quando o  X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam ativida-
governo do país da autoridade solicitante prometer reci- des de promoção imobiliária ou compra e venda de imó-
procidade ao Brasil. veis; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 2o  Na falta de tratado ou convenção, os bens, direi- XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem
tos ou valores privados sujeitos a medidas assecuratórias joias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigui-
por solicitação de autoridade estrangeira competente ou dades.
os recursos provenientes da sua alienação serão repartidos XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem
entre o Estado requerente e o Brasil, na proporção de me- bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comer-
tade, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa- cialização ou exerçam atividades que envolvam grande vo-
fé. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) lume de recursos em espécie;  (Redação dada pela Lei nº
12.683, de 2012)
CAPÍTULO V XIII - as juntas comerciais e os registros públicos;  (In-
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CON- XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mes-
TROLE mo que eventualmente, serviços de assessoria, consulto-
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) ria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência,
de qualquer natureza, em operações: (Incluído pela Lei nº
Art. 9o  Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 12.683, de 2012)
e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos
permanente ou eventual, como atividade principal ou aces- comerciais ou industriais ou participações societárias de
sória, cumulativamente ou não: (Redação dada pela Lei nº qualquer natureza; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
12.683, de 2012) b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos fi- ativos; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
nanceiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira; c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de pou-
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro pança, investimento ou de valores mobiliários;  (Incluída
como ativo financeiro ou instrumento cambial; pela Lei nº 12.683, de 2012)
III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação, nego- d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de
ciação, intermediação ou administração de títulos ou valo- qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estru-
res mobiliários. turas análogas; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações: e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e  (Incluída
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou pela Lei nº 12.683, de 2012)
futuros e os sistemas de negociação do mercado de balcão f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos
organizado; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) relacionados a atividades desportivas ou artísticas profis-
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as enti- sionais; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
dades de previdência complementar ou de capitalização; XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promo-
III - as administradoras de cartões de credenciamento ção, intermediação, comercialização, agenciamento ou ne-
ou cartões de crédito, bem como as administradoras de gociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou
consórcios para aquisição de bens ou serviços; feiras, exposições ou eventos similares; (Incluído pela Lei nº
IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de 12.683, de 2012)
cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou XVI - as empresas de transporte e guarda de valo-
equivalente, que permita a transferência de fundos; res; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)

61
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem CAPÍTULO VII


bens de alto valor de origem rural ou animal ou interme- Da Comunicação de Operações Financeiras
deiem a sua comercialização; e (Incluído pela Lei nº 12.683,
de 2012) Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:
XVIII - as dependências no exterior das entidades men- I - dispensarão especial atenção às operações que, nos
cionadas neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil, termos de instruções emanadas das autoridades compe-
relativamente a residentes no País.  (Incluído pela Lei nº tentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes
12.683, de 2012) previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar
CAPÍTULO VI ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual
Da Identificação dos Clientes e Manutenção de se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) ho-
Registros ras, a proposta ou realização:  (Redação dada pela Lei nº
12.683, de 2012)
Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º: a) de todas as transações referidas no inciso II do art.
I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atua- 10, acompanhadas da identificação de que trata o inciso I
lizado, nos termos de instruções emanadas das autorida- do mencionado artigo; e  (Redação dada pela Lei nº 12.683,
des competentes; de 2012)
II - manterão registro de toda transação em moeda na- b) das operações referidas no inciso I;  (Redação dada
cional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos pela Lei nº 12.683, de 2012)
de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser con- III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscali-
vertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela au- zador da sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na perio-
toridade competente e nos termos de instruções por esta dicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não
expedidas; ocorrência de propostas, transações ou operações passí-
III - deverão adotar políticas, procedimentos e contro- veis de serem comunicadas nos termos do inciso II.  (Incluí-
do pela Lei nº 12.683, de 2012)
les internos, compatíveis com seu porte e volume de ope-
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções refe-
rações, que lhes permitam atender ao disposto neste artigo
ridas no inciso I deste artigo, elaborarão relação de ope-
e no art. 11, na forma disciplinada pelos órgãos competen-
rações que, por suas características, no que se refere às
tes;  (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumen-
IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atua-
tos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou
lizado no órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste,
legal, possam configurar a hipótese nele prevista.
no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf),
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma pre-
na forma e condições por eles estabelecidas; (Incluído pela
vista neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou
Lei nº 12.683, de 2012) administrativa.
V - deverão atender às requisições formuladas pelo § 3o  O Coaf disponibilizará as comunicações recebi-
Coaf na periodicidade, forma e condições por ele estabe- das com base no inciso II do caput aos respectivos órgãos
lecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo responsáveis pela regulação ou fiscalização das pessoas a
das informações prestadas. (Incluído pela Lei nº 12.683, de que se refere o art. 9o. (Redação dada pela Lei nº 12.683,
2012) de 2012)
§ 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa
jurídica, a identificação referida no inciso I deste artigo de- Art. 11-A.  As transferências internacionais e os saques
verá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá em espécie deverão ser previamente comunicados à insti-
-la, bem como seus proprietários. tuição financeira, nos termos, limites, prazos e condições
§ 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e fixados pelo Banco Central do Brasil. (Incluído pela Lei nº
II deste artigo deverão ser conservados durante o período 12.683, de 2012)
mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta
ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser CAPÍTULO VIII
ampliado pela autoridade competente. Da Responsabilidade Administrativa
§ 3º O registro referido no inciso II deste artigo será         
efetuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos
entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calen- administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cum-
dário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado prir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplica-
ou grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado das, cumulativamente ou não, pelas autoridades compe-
pela autoridade competente. tentes, as seguintes sanções:
         I - advertência;
Art. 10A. O Banco Central manterá registro centraliza- II - multa pecuniária variável não superior:   (Redação
do formando o cadastro geral de correntistas e clientes de dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
instituições financeiras, bem como de seus procuradores.  a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei nº
12.683, de 2012)

62
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivel- § 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Adminis-
mente seria obtido pela realização da operação; ou  (Incluí- tração Pública as informações cadastrais bancárias e finan-
da pela Lei nº 12.683, de 2012) ceiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas. 
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de        
reais); (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competen-
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, tes para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando
para o exercício do cargo de administrador das pessoas ju- concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de
rídicas referidas no art. 9º; fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilí-
IV - cassação ou suspensão da autorização para o exer- cito.
cício de atividade, operação ou funcionamento.  (Redação                 
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 16.  O Coaf será composto por servidores públicos
§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregulari- de reputação ilibada e reconhecida competência, designa-
dade no cumprimento das instruções referidas nos incisos dos em ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os
I e II do art. 10. integrantes do quadro de pessoal efetivo do Banco Central
§ 2o  A multa será aplicada sempre que as pessoas refe- do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Supe-
ridas no art. 9o, por culpa ou dolo:  (Redação dada pela Lei rintendência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral
nº 12.683, de 2012) da Fazenda Nacional, da Secretaria da Receita Federal do
I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de ad- Brasil, da Agência Brasileira de Inteligência, do Ministério
vertência, no prazo assinalado pela autoridade competen- das Relações Exteriores, do Ministério da Justiça, do Depar-
te;         tamento de Polícia Federal, do Ministério da Previdência
II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. Social e da Controladoria-Geral da União, atendendo à in-
10;  (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) dicação dos respectivos Ministros de Estado.(Redação dada
III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a re- pela Lei nº 12.683, de 2012)
quisição formulada nos termos do inciso V do art. 10;  (Re- § 1º O Presidente do Conselho será nomeado pelo Pre-
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
sidente da República, por indicação do Ministro de Estado
IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a
da Fazenda.
comunicação a que se refere o art. 11.
§ 2º Das decisões do COAF relativas às aplicações de
§ 3º A inabilitação temporária será aplicada quando fo-
penas administrativas caberá recurso ao Ministro de Estado
rem verificadas infrações graves quanto ao cumprimento
da Fazenda.
das obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer re-
       
incidência específica, devidamente caracterizada em trans-
Art. 17. O COAF terá organização e funcionamento de-
gressões anteriormente punidas com multa.
finidos em estatuto aprovado por decreto do Poder Exe-
§ 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos
de reincidência específica de infrações anteriormente puni- cutivo.
das com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.
        CAPÍTULO X
Art. 13. O procedimento para a aplicação das sanções DISPOSIÇÕES GERAIS 
previstas neste Capítulo será regulado por decreto, assegu- (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
rados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 17-A.  Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições
CAPÍTULO IX do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código
Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras de Processo Penal), no que não forem incompatíveis com
         esta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, Art. 17-B.  A autoridade policial e o Ministério Públi-
o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, co terão acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do
com a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrati- investigado que informam qualificação pessoal, filiação
vas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas e endereço, independentemente de autorização judicial,
de atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas,
competência de outros órgãos e entidades. pelas instituições financeiras, pelos provedores de internet
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às e pelas administradoras de cartão de crédito. (Incluído pela
pessoas mencionadas no art. 9º, para as quais não exista Lei nº 12.683, de 2012)
órgão próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas Art. 17-C.  Os encaminhamentos das instituições fi-
pelo COAF, competindo-lhe, para esses casos, a definição nanceiras e tributárias em resposta às ordens judiciais de
das pessoas abrangidas e a aplicação das sanções enume- quebra ou transferência de sigilo deverão ser, sempre que
radas no art. 12. determinado, em meio informático, e apresentados em ar-
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor meca- quivos que possibilitem a migração de informações para
nismos de cooperação e de troca de informações que via- os autos do processo sem redigitação. (Incluído pela Lei nº
bilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação 12.683, de 2012)
ou dissimulação de bens, direitos e valores.

63
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 17-D.  Em caso de indiciamento de servidor pú- III - definir os critérios e procedimentos para seleção,
blico, este será afastado, sem prejuízo de remuneração e treinamento e acompanhamento da situação econômico-
demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente financeira dos empregados da instituição;
autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno. (Incluí- IV - incluir a análise prévia de novos produtos e ser-
do pela Lei nº 12.683, de 2012) viços, sob a ótica da prevenção dos mencionados crimes;
V - ser aprovadas pelo conselho de administração ou,
Art. 17-E.  A Secretaria da Receita Federal do Brasil na sua ausência, pela diretoria da instituição;
conservará os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo VI - receber ampla divulgação interna.
mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do início do § 2º Os procedimentos de que trata o caput devem
exercício seguinte ao da declaração de renda respectiva ou incluir medidas prévia e expressamente estabelecidas, que
ao do pagamento do tributo. (Incluído pela Lei nº 12.683, permitam:
de 2012) I - confirmar as informações cadastrais dos clientes e
       identificar os beneficiários finais das operações;
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi- II - possibilitar a caracterização ou não de clientes
cação. como pessoas politicamente expostas.
        § 3º Para os fins desta circular, considera-se cliente
Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e eventual ou permanente qualquer pessoa natural ou jurí-
110º da República. dica com a qual seja mantido, respectivamente em caráter
eventual ou permanente, relacionamento destinado à pres-
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO tação de serviço financeiro ou à realização de operação fi-
Iris Rezende nanceira.
Luiz Felipe Lampreia § 4º Os procedimentos de que trata o caput devem ser
Pedro Malan reforçados para início de relacionamento com:
I - instituições financeiras, representantes ou corres-
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de pondentes localizados no exterior, especialmente em paí-
4.3.1998 ses, territórios e dependências que não adotam procedi-
mentos de registro e controle similares aos definidos nesta
CIRCULAR BACEN 3.461/2009 circular;
E SUAS ALTERAÇÕES II - clientes cujo contato seja efetuado por meio ele-
trônico, mediante correspondentes no País ou por outros
Consolida as regras sobre os procedimentos a serem meios indiretos.
adotados na prevenção e combate às atividades relaciona‑ § 5º As políticas e procedimentos internos de controle
das com os crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de que trata o caput devem ser implementados também
de 1998. pelas dependências e subsidiárias situadas no exterior das
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em funcionar pelo Banco Central do Brasil.
sessão realizada em 23 de julho de 2009, com base no dis- § 6º O diretor responsável pela implementação e cum-
posto nos arts. 10, inciso IX, e 11, inciso VII, da Lei nº 4.595, primento das medidas estabelecidas nesta Circular, nos ter-
de 31 de dezembro de 1964, 10 e 11 da Lei nº 9.613, de 3 mos do art. 18, deve informar por escrito ao Banco Central
de março de 1998, e tendo em vista o disposto na Con- do Brasil sobre a existência de legislação ou regulamenta-
venção Internacional para Supressão do Financiamento ção que impeça ou limite a aplicação do disposto no § 5º a
do Terrorismo, adotada pela Assembleia Geral das Nações suas dependências e subsidiárias situadas no exterior.
Unidas em 9 de dezembro de 1999, promulgada por meio
do Decreto nº 5.640, de 26 de dezembro de 2005, Manutenção de Informações
DECIDIU: Cadastrais Atualizadas

Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil de- coletar e manter atualizadas as informações cadastrais de
vem implementar políticas e procedimentos internos de seus clientes permanentes, incluindo, no mínimo:
controle destinados a prevenir sua utilização na prática dos I - as mesmas informações cadastrais solicitadas de de-
crimes de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998. positantes previstas no art. 1º da Resolução no 2.025, de 24
§ 1º As políticas de que trata o caput devem: de novembro de 1993, com a redação dada pela Resolução
I - especificar, em documento interno, as responsabi- no 2.747, de 28 de junho de 2000;
lidades dos integrantes de cada nível hierárquico da insti- II - os valores de renda mensal e patrimônio, no caso
tuição; de pessoas naturais, e de faturamento médio mensal dos
II - contemplar a coleta e registro de informações tem- doze meses anteriores, no caso de pessoas jurídicas;
pestivas sobre clientes, que permitam a identificação dos III - declaração firmada sobre os propósitos e a nature-
riscos de ocorrência da prática dos mencionados crimes; za da relação de negócio com a instituição.

64
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 1º As informações relativas a cliente pessoa natural II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da


devem abranger as pessoas naturais autorizadas a repre- União:
sentá-la. a) de ministro de estado ou equiparado;
§ 2º As informações cadastrais relativas a cliente pessoa b) de natureza especial ou equivalente;
jurídica devem abranger as pessoas naturais autorizadas a c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou equi-
representá-la, bem como a cadeia de participação societá- valentes, de autarquias, fundações públicas, empresas
ria, até alcançar a pessoa natural caracterizada como bene- públicas ou sociedades de economia mista;
ficiário final. d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores
§ 3º Excetuam-se do disposto no § 2º as pessoas ju- (DAS), nível 6, ou equivalentes;
rídicas constituídas sob a forma de companhia aberta ou III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do
entidade sem fins lucrativos, para as quais as informações Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores;
cadastrais devem abranger as pessoas naturais autorizadas IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério
a representá-las, bem como seus controladores, administra-
Público, o Procurador-Geral da República, o Vice Procu-
dores e diretores, se houver.
rador Geral da República, o Procurador-Geral do Traba-
§ 4º As informações cadastrais relativas a cliente fundo
lho, o Procurador Geral da Justiça Militar, os Subprocu-
de investimento devem incluir a respectiva denominação,
número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurí- radores-Gerais da República e os Procuradores-Gerais de
dica (CNPJ), bem como as informações de que trata o inciso Justiça dos Estados e do Distrito Federal;
I relativas às pessoas responsáveis por sua administração. V - os membros do Tribunal de Contas da União e o
§ 5º As instituições mencionadas no art. 1º devem reali- Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal
zar testes de verificação, com periodicidade máxima de um de Contas da União;
ano, que assegurem a adequação dos dados cadastrais de VI - os governadores de estado e do Distrito Federal,
seus clientes. os presidentes de tribunal de justiça, de Assembleia e Câ-
mara Legislativa, os presidentes de tribunal e de conselho
Art. 3º As instituições mencionadas no art. 1º devem de contas de Estado, de Municípios e do Distrito Federal;
obter as seguintes informações cadastrais de seus clientes VII - os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal
eventuais, do proprietário e do destinatário dos recursos de capitais de Estados.
envolvidos na operação ou serviço financeiro: § 3º No caso de clientes estrangeiros, para fins do
I - quando pessoa natural, o nome completo e o núme- disposto no caput, as instituições mencionadas no art.
ro de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); e 1º devem adotar pelo menos uma das seguintes provi-
II - quando pessoa jurídica, a razão social e número de dências:
inscrição no CNPJ. I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito
Parágrafo único. Admite-se o desenvolvimento de da sua classificação;
procedimento interno destinado à identificação de ope- II - recorrer a informações publicamente disponíveis;
rações ou serviços financeiros eventuais que apresentem III - consultar bases de dados comerciais sobre pes-
baixo risco de utilização para lavagem de dinheiro ou de soas politicamente expostas;
financiamento ao terrorismo, para os quais é dispensada a IV - considerar a definição constante do glossário dos
exigência de obtenção das informações cadastrais de clien- termos utilizados no documento “As Quarenta Recomen-
tes, ressalvado o cumprimento do disposto nos demais ar- dações”, do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem
tigos desta circular. (Redação dada pela Circular nº 3.517, de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), não
de 7/12/2010)
aplicável a indivíduos em posições ou categorias inter-
mediárias ou inferiores, segundo a qual uma pessoa po-
Pessoas Politicamente Expostas
liticamente exposta é aquela que exerce ou exerceu im-
portantes funções públicas em um país estrangeiro, tais
Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º devem co-
letar de seus clientes permanentes informações que per- como, chefes de estado e de governo, políticos de alto
mitam caracterizá-los ou não como pessoas politicamente nível, altos servidores dos poderes públicos, magistrados
expostas e identificar a origem dos fundos envolvidos nas ou militares de alto nível, dirigentes de empresas públi-
transações dos clientes assim caracterizados. cas ou dirigentes de partidos políticos.
§ 1º Consideram-se pessoas politicamente expostas os § 4º O prazo de cinco anos referido no § 1º deve ser
agentes públicos que desempenham ou tenham desem- contado, retroativamente, a partir da data de início da
penhado, nos últimos cinco anos, no Brasil ou em países, relação de negócio ou da data em que o cliente passou a
territórios e dependências estrangeiros, cargos, empregos se enquadrar como pessoa politicamente exposta.
ou funções públicas relevantes, assim como seus represen- § 5º Para efeito do § 1º são considerados familiares
tantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento os parentes, na linha reta, até o primeiro grau, o cônjuge,
próximo. o companheiro, a companheira, o enteado e a enteada.
§ 2º No caso de clientes brasileiros, devem ser abran- § 6º No caso de relação de negócio com cliente estran-
gidos: geiro que também seja cliente de instituição estrangeira
I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Exe- fiscalizada por entidade governamental assemelhada ao
cutivo e Legislativo da União; Banco Central do Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009.

65
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Brasil, admite-se que as providências em relação às § 3º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetua-
pessoas politicamente expostas sejam adotadas pela insti- dos por instituição sacada devem conter, no mínimo, os
tuição estrangeira, desde que assegurado ao Banco Central dados relativos ao valor e ao número do cheque, o código
do Brasil o acesso aos respectivos dados e procedimentos de compensação da instituição depositária, os números
adotados. da agência e da conta de depósitos depositárias, caben-
do à instituição depositária fornecer à instituição sacada
Início ou Prosseguimento de Relação de Negócio os dados relativos ao seu código de compensação e aos
números da agência e da conta de depósitos depositárias.
Art. 5º As instituições de que trata o art. 1º somente § 4º No caso de cheque utilizado em operação simul-
devem iniciar qualquer relação de negócio ou dar prosse- tânea de saque e depósito na própria instituição sacada,
guimento a relação já existente com o cliente se observadas com vistas à transferência de recursos da conta de depó-
as providências estabelecidas nos arts. 2º, 3º e 4º, conforme sitos do emitente para conta de depósitos de terceiros, os
o caso. registros de que trata o inciso I do § 1º devem conter, no
mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do che-
Registros de Serviços Financeiros
que sacado, bem como aos números das agências sacada
e Operações Financeiras
e depositária e das respectivas contas de depósitos.
§ 5º Os registros de que trata o inciso II do § 1º devem
Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem
manter registros de todos os serviços financeiros prestados conter, no mínimo, as seguintes informações:
e de todas as operações financeiras realizadas com os clien- I - o tipo e o número do documento emitido, a data
tes ou em seu nome. da operação, o nome e o número de inscrição do adqui-
§ 1º No caso de movimentação de recursos por clientes rente ou remetente no CPF ou no CNPJ;
permanentes, os registros devem conter informações con- II - quando pagos em cheque, o código de compen-
solidadas que permitam verificar: sação da instituição, o número da agência e da conta de
I - a compatibilidade entre a movimentação de recursos depósitos sacadas referentes ao cheque utilizado para o
e a atividade econômica e capacidade financeira do cliente; respectivo pagamento, inclusive no caso de cheque saca-
II - a origem dos recursos movimentados; do contra a própria instituição emissora dos instrumentos
III - os beneficiários finais das movimentações. referidos neste artigo;
§ 2º O sistema de registro deve permitir a identificação: III - no caso de DOC, o código de identificação da
I - das operações que, realizadas com uma mesma pes- instituição destinatária no sistema de liquidação de trans-
soa, conglomerado financeiro ou grupo, em um mesmo ferência de fundos e os números da agência, da conta de
mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em depósitos depositária e o número de inscrição no CPF ou
seu conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais); no CNPJ do respectivo titular;
II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou IV - no caso de ordem de pagamento:
forma, configurem artifício que objetive burlar os mecanis- a) destinada a crédito em conta: os números da agên-
mos de identificação, controle e registro. cia destinatária e da conta de depósitos depositária;
Registros de Depósitos em Cheque, Liquidação de Che- b) destinada a pagamento em espécie: os números da
ques Depositados em Outra Instituição Financeira e da Uti- agência destinatária e de inscrição do beneficiário no CPF
lização de Instrumentos de Transferência de Recursos ou no CNPJ.
§ 6º Em se tratando de operações de transferência de
Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem recursos envolvendo pessoa física residente no exterior
manter registros específicos das operações de transferência desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela
de recursos.
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a identifi-
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação:
cação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea “b”, pode ser
I - das operações referentes ao acolhimento em depó-
efetuada pelo número do respectivo passaporte, com-
sitos de Transferência Eletrônica Disponível (TED), de che-
que, cheque administrativo, cheque ordem de pagamento plementada com a nacionalidade da referida pessoa e,
e outros documentos compensáveis de mesma natureza, e quando for o caso, o organismo internacional de que seja
à liquidação de cheques depositados em outra instituição representante para o exercício de funções específicas no
financeira; País.
II - das emissões de cheque administrativo, de cheque § 7º A identificação prevista no § 5º, incisos I e IV,
ordem de pagamento, de ordem de pagamento, de Docu- alínea “b”, não se aplica às operações de transferência de
mento de Crédito (DOC), de TED e de outros instrumentos recursos envolvendo pessoa jurídica com domicílio sede
de transferência de recursos, quando de valor superior a no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma
R$1.000,00 (mil reais). definida pela RFB.
§ 2º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetua- § 8º A instituição sacada deve informar à instituição
dos por instituição depositária devem conter, no mínimo, depositária e a instituição depositária deve informar à
os dados relativos ao valor e ao número do cheque depo- instituição sacada, quando requeridas, no prazo máximo
sitado, o código de compensação da instituição sacada, os de 5 (cinco) dias úteis contados a partir da data de soli-
números da agência e da conta de depósitos sacadas. citação, os números de inscrição no CPF ou CNPJ dos ti-

66
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

tulares da conta sacada e da conta depositária referentes VIII - o nome e o respectivo número de inscrição no
às operações de transferência de valores efetuadas me- CPF das pessoas naturais que representem as pessoas jurí-
diante cheque, cheque administrativo, cheque ordem de dicas responsáveis pela emissão ou recarga de valores em
pagamento e outros documentos compensáveis de mesma cartão pré-pago.
natureza, e à liquidação de cheques depositados em outra
instituição financeira. Registros de Movimentação Superior
a R$100.000,00 em Espécie
Registros de Cartões Pré-Pagos
Art. 9º Os bancos comerciais, a Caixa Econômica Fe-
Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem deral, os bancos múltiplos com carteira comercial ou de
manter registros específicos da emissão ou recarga de va- crédito imobiliário, as sociedades de crédito imobiliário, as
lores em um ou mais cartões pré-pagos. sociedades de poupança e empréstimo e as cooperativas
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação de crédito devem manter registros específicos das ope-
da: rações de depósito em espécie, saque em espécie, saque
I - emissão ou recarga de valores em um ou mais car- em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de
tões pré-pagos, em montante acumulado igual ou superior provisionamento para saque.
a R$100.000,00 (cem mil reais) ou o equivalente em moeda § 1º O sistema de registro deve permitir a identificação
estrangeira, no mês calendário; de:
II - emissão ou recarga de valores em cartão pré-pa- I - depósito em espécie, saque em espécie, saque
go que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de
natureza, da origem, da localização, da disposição, da mo- provisionamento para saque, de valor igual ou superior a
vimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores. R$100.000,00 (cem mil reais);
§ 2º Para fins do disposto no caput, define-se cartão II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em
pré-pago como o cartão apto a receber carga ou recarga espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de provi-
de valores em moeda nacional ou estrangeira oriundos sionamento para saque, que apresente indícios de oculta-
de pagamento em espécie, de operação cambial ou de ção ou dissimulação da natureza, da origem, da localiza-
transferência a débito de contas de depósito. ção, da disposição, da movimentação ou da propriedade
§ 3º Os registros das ocorrências de que tratam os in- de bens, direitos e valores;
cisos I e II do § 1º devem conter as seguintes informações: III - emissão de cheque administrativo, TED ou de
I - o nome ou razão social e o respectivo número de qualquer outro instrumento de transferência de fundos
inscrição no CPF ou no CNPJ da pessoa natural ou jurídica contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior
responsável pela emissão ou recarga de valores em cartão a R$100.000,00 (cem mil reais).
pré-pago, no caso de emissão ou recarga efetuada por re- § 2º Os registros de que trata o caput devem conter as
sidente ou domiciliado no País; informações abaixo indicadas:
II - o nome, o número do passaporte e o respectivo I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF
país emissor, no caso de emissão ou recarga de valores em ou no CNPJ, conforme o caso, do proprietário ou benefi-
cartão pré-pago efetuada por pessoa natural não residente ciário dos recursos e da pessoa que efetuar o depósito, o
no País ou domiciliada no exterior; saque em espécie ou o pedido de provisionamento para
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF saque;
da pessoa natural a quem se destina o cartão pré-pago; II - o tipo e o número do documento, o número da
IV - a identificação das instituições, das agências e das instituição, da agência e da conta corrente de depósitos
contas de depósito ou de poupança debitadas, os nomes à vista ou da conta de poupança a que se destinam os
dos titulares das contas e respectivos números de inscrição valores ou de onde o valor será sacado, conforme o caso;
no CPF, no caso de emissão ou recarga de valores em car- III - o nome e o respectivo número de inscrição no
tão pré-pago oriundos de transferências a débito de contas CPF ou no CNPJ, conforme o caso, dos titulares das contas
de depósito ou de poupança tituladas por pessoas naturais; referidas no inciso II, se na mesma instituição;
V - a identificação das instituições, das agências e das IV - o nome e o respectivo número de inscrição no
contas de depósito ou de poupança debitadas, os nomes CPF, no caso de saque em espécie por meio de cartão pré
dos titulares das contas e respectivos números de inscrição -pago cujo portador seja residente ou domiciliado no País;
no CNPJ, bem como os nomes das pessoas naturais au- V - o nome e o número do passaporte e o respectivo
torizadas a movimentá-las e respectivos números de ins- país emissor, no caso de saque em espécie por meio de
crição no CPF, no caso de emissão ou recarga de valores cartão pré-pago cujo portador seja não residente no País
em cartão pré-pago oriundos de transferências a débito de ou domiciliado no exterior;
contas de depósito ou de poupança tituladas por pessoas VI - a data e o valor do depósito, do saque em espécie,
jurídicas; do saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou do
VI - a data e o valor de cada emissão ou recarga de provisionamento para saque.
valores em cartão pré-pago;
VII - o propósito da emissão do cartão pré-pago;

67
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Especial Atenção Comunicações ao Coaf

Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º devem Art. 12. As instituições de que trata o art. 1º devem
dispensar especial atenção a: comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Finan-
I - operações ou propostas cujas características, no que ceiras (Coaf), na forma determinada pelo Banco Central do
se refere às partes envolvidas, valores, formas de realização Brasil:
e instrumentos utilizados, ou que, pela falta de fundamen- I - as ocorrências de que trata o art. 8º, § 1º, inciso I, no
to econômico ou legal, indiquem risco de ocorrência dos prazo de até 5 (cinco) dias úteis após o encerramento do
crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998, ou com eles re- mês calendário;
lacionados; II - as ocorrências de que trata o art. 9º, § 1º, incisos I e
II - propostas de início de relacionamento e operações III, na data da operação.
com pessoas politicamente expostas de nacionalidade bra- Parágrafo único. Devem também ser comunicadas ao
sileira e as oriundas de países com os quais o Brasil possua Coaf as propostas de realização das operações de que trata
elevado número de transações financeiras e comerciais, o caput.
fronteiras comuns ou proximidade étnica, linguística ou
política; Art. 13. As instituições de que trata o art. 1º devem
III - indícios de burla aos procedimentos de identifica- comunicar ao Coaf, na forma determinada pelo Banco Cen-
ção e registro estabelecidos nesta circular; tral do Brasil:
IV - clientes e operações em que não seja possível I - as operações realizadas ou serviços prestados cujo
identificar o beneficiário final; valor seja igual ou superior a R$10.000,00 (dez mil reais)
V - operações oriundas ou destinadas a países ou ter- e que, considerando as partes envolvidas, os valores, as
ritórios que aplicam insuficientemente as recomendações formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta
do Gafi, conforme informações divulgadas pelo Banco de fundamento econômico ou legal, possam configurar a
Central do Brasil; e existência de indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613,
VI - situações em que não seja possível manter atuali- de 1998;
zadas as informações cadastrais de seus clientes. II - as operações realizadas ou serviços prestados que,
§ 1º A expressão “especial atenção” inclui os seguintes
por sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício
procedimentos:
que objetive burlar os mecanismos de identificação, con-
I - monitoramento reforçado, mediante a adoção de
trole e registro;
procedimentos mais rigorosos para a apuração de situa-
III - as operações realizadas ou os serviços prestados,
ções suspeitas;
qualquer que seja o valor, a pessoas que reconhecidamen-
II - análise com vistas à verificação da necessidade das
te tenham perpetrado ou intentado perpetrar atos terroris-
comunicações de que tratam os arts. 12 e 13;
tas ou neles participado ou facilitado o seu cometimento,
III - avaliação da alta gerência quanto ao interesse no
bem como a existência de recursos pertencentes ou por
início ou manutenção do relacionamento com o cliente.
§ 2º Considera-se alta gerência qualquer detentor de eles controlados direta ou indiretamente;
cargo ou função de nível hierárquico superior ao daquele IV - os atos suspeitos de financiamento do terrorismo.
ordinariamente responsável pela autorização do relaciona- § 1º O disposto no inciso III aplica-se também às enti-
mento com o cliente. dades pertencentes ou controladas, direta ou indiretamen-
te, pelas pessoas ali mencionadas, bem como por pessoas
Manutenção de Informações e Registros e entidades atuando em seu nome ou sob seu comando.
§ 2º As comunicações das ocorrências de que tratam os
Art. 11. As informações e registros de que trata esta incisos III e IV devem ser realizadas até o dia útil seguinte
circular devem ser mantidos e conservados durante os se- àquele em que verificadas.
guintes períodos mínimos, contados a partir do primeiro § 3º Devem também ser comunicadas ao Coaf as pro-
dia do ano seguinte ao do término do relacionamento com postas de realização das operações e atos descritos nos
o cliente permanente ou da conclusão das operações: incisos I a IV.
I - 10 (dez) anos, para as informações e registros de
que trata o art. 7º; Art. 14. As comunicações de que tratam os arts. 12
II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros de e 13 deverão ser efetuadas sem que seja dada ciência aos
que tratam os arts. 6º, 8º e 9º. envolvidos.
III - 5 (cinco) anos, para as informações cadastrais defi- § 1º As comunicações relativas a cliente identificado
nidas nos arts. 2º e 3º. como pessoa politicamente exposta devem incluir especifi-
Parágrafo único. As informações de que trata o art. camente essa informação.
2º devem ser mantidas e conservadas juntamente com § 2º A alteração ou o cancelamento de comunica-
o nome da pessoa incumbida da atualização cadastral, o ção efetuados após o quinto dia útil seguinte ao da sua
nome do gerente responsável pela conferência e confirma- inclusão devem ser acompanhados de justificativa da
ção das informações prestadas e a data de início do rela- ocorrência.
cionamento com o cliente permanente.

68
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 15. As comunicações de que tratam os arts. 12 Art. 22. Ficam revogadas as Circulares ns. 2.852, de 3
e 13 relativas a instituições integrantes de conglomerado de dezembro de 1998, 3.339, de 22 de dezembro de 2006,
financeiro e a instituições associadas a sistemas cooperati- e 3.422, de 27 de novembro de 2008, e os arts. 1º e 2º da
vos de crédito podem ser efetuadas, respectivamente, pela Circular nº 3.290, de 5 de setembro de 2005.
instituição líder do conglomerado econômico e pela coo- Brasília, 24 de julho de 2009.
perativa central de crédito. Alexandre Antonio Tombini
Diretor
Art. 16. As instituições de que trata o art. 1º devem Alvir Alberto Hoffmann
manter, pelo prazo de 5 (cinco) anos, os documentos re- Diretor
lativos às análises de operações ou propostas que funda-
mentaram a decisão de efetuar ou não as comunicações CARTA CIRCULAR Nº 3.542,
de que tratam os arts. 12 e 13. DE 12 DE MARÇO DE 2012

Procedimentos Internos de Controle Divulga relação de operações e situações que podem


configurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei
Art. 17. O Banco Central do Brasil aplicará, cumulati- nº 9.613, de 3 de março de 1998, passíveis de comunicação
vamente ou não, as sanções previstas no art. 12 da Lei nº ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
9.613, de 1998, na forma estabelecida no Decreto nº 2.799,
de 8 de outubro de 1998, às instituições mencionadas no Os Chefes dos Departamentos de Prevenção a Ilícitos
art. 1º, bem como aos seus administradores, que deixarem Financeiros e de Atendimento de Demandas de Informa-
de cumprir as obrigações estabelecidas nesta circular. ções do Sistema Financeiro (Decic), substituto, de Normas
do Sistema Financeiro (Denor) e da Gerência-Executiva de
Art. 18. As instituições de que trata o art. 1º devem Normatização de Câmbio e Capitais Estrangeiros (Gence),
indicar ao Banco Central do Brasil diretor responsável pela no uso da atribuição que confere o art. 22, inciso I, alínea
implementação e cumprimento das medidas estabelecidas “a”, do Regimento Interno do Banco Central do Brasil, ane-
nesta circular, bem como pelas comunicações de que tra- xo à Portaria nº 29.971, de 4 de março de 2005, e tendo
tam os arts. 12 e 13. em vista esclarecer o disposto no arts. 13 e 19, inciso II, da
§ 1º Para fins da responsabilidade de que trata o caput, Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009,
admite-se que o diretor indicado desempenhe outras fun-
ções na instituição, exceto a relativa à administração de RESOLVEM:
recursos de terceiros.
§ 2º No caso de conglomerados financeiros, admite-se Art. 1º As operações ou as situações descritas a seguir,
a indicação de um diretor responsável pela implementação considerando as partes envolvidas, os valores, a frequên-
e cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, cia, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou
bem como pelas comunicações referentes às respectivas a falta de fundamento econômico ou legal, podem confi-
instituições integrantes. gurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº
9.613, de 3 de março de 1998, passíveis de comunicação
Art. 19. O Banco Central do Brasil divulgará: ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf):
I - os procedimentos para efetuar as comunicações de I - situações relacionadas com operações em espécie
que tratam os arts. 12 e 13; em moeda nacional:
II - operações e situações que podem configurar in- a) realização de depósitos, saques, pedidos de pro-
dício de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, visionamento para saque ou qualquer outro instrumento
de 1998; de transferência de recursos em espécie, que apresentem
III - situações exemplificativas de relacionamento pró- atipicidade em relação à atividade econômica do cliente
ximo, para fins do disposto no art. 4º. ou incompatibilidade com a sua capacidade econômico-
financeira;
Art. 20. A atualização das informações cadastrais re- b) movimentações em espécie realizadas por clientes
lativas a clientes permanentes cujos relacionamentos te- cujas atividades possuam como característica a utilização
nham sido iniciados antes da entrada em vigor desta cir- de outros instrumentos de transferência de recursos, tais
cular deve ser efetuada em conformidade com os testes de como cheques, cartões de débito ou crédito;
verificação de que trata o § 5º do art. 2º. c) aumentos substanciais no volume de depósitos em
espécie de qualquer pessoa natural ou jurídica, sem causa
Art. 21. Esta circular entra em vigor na data de sua aparente, nos casos em que tais depósitos forem poste-
publicação, surtindo efeitos 30 (trinta) dias após a data de riormente transferidos, dentro de curto período de tempo,
publicação para os relacionamentos com clientes perma- a destino não relacionado com o cliente;
nentes ou eventuais estabelecidos a partir dessa data. d) fragmentação de depósitos, em espécie, de forma a
dissimular o valor total da movimentação;

69
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

e) realização de depósitos de grandes valores em es- b) abertura, movimentação de contas ou realização de


pécie, de forma parcelada, especialmente em regiões geo- operações por detentor de procuração ou de qualquer ou-
gráficas de maior risco, principalmente nos mesmos caixas tro tipo de mandato;
ou terminais de autoatendimento próximos, destinados c) apresentação de irregularidades relacionadas aos
a uma única conta ou a várias contas em municípios ou procedimentos de identificação e registro das operações
agências distintas; exigidos pela regulamentação vigente, seguidas ou não do
f) movimentação de recursos em espécie em municí- encerramento do relacionamento comercial;
pios localizados em regiões de fronteira, que apresentem d) cadastramento de várias contas em uma mesma
indícios de atipicidade ou de incompatibilidade com a ca- data, ou em curto período, com depósitos de valores idên-
pacidade econômico-financeira do cliente; ticos ou aproximados, ou com outros elementos em co-
g) realização de depósitos em espécie em contas de mum, tais como origem dos recursos, titulares, procurado-
clientes que exerçam atividade comercial relacionada com res, sócios, endereço, número de telefone, etc;
negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais como e) realização de operações em que não seja possível
obras de arte, imóveis, barcos, joias, automóveis ou aero- identificar o beneficiário final, observados os procedimen-
naves executivas; tos definidos na regulamentação vigente;
h) realização de saques em espécie de conta que re- f) informação de mesmo endereço comercial por dife-
ceba diversos depósitos por transferência eletrônica de rentes pessoas jurídicas ou organizações, sem justificativa
várias origens em curto período de tempo; razoável para tal ocorrência;
i) realização de depósito em espécie com cédulas g) representação de diferentes pessoas jurídicas ou or-
úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com aspecto de que ganizações pelos mesmos procuradores ou representantes
foram armazenadas em local impróprio ou ainda que legais, sem justificativa razoável para tal ocorrência;
apresentem marcas, símbolos ou selos desconhecidos, h) informação de mesmo endereço residencial ou co-
empacotadas em maços desorganizados e não uniformes; mercial por pessoas naturais, sem demonstração da exis-
e tência de relação familiar ou comercial; e
j) realização de depósitos ou troca de grandes quanti- i) incompatibilidade da atividade econômica ou fatura-
dades de cédulas de pequeno valor, realizados por pessoa mento informados com o padrão apresentado por clientes
natural ou jurídica, cuja atividade ou negócio não tenha com o mesmo perfil;
como característica recebimentos de grandes quantias de
IV - situações relacionadas com a movimentação de
recursos em espécie;
contas:
II - situações relacionadas com operações em espécie
a) movimentação de recursos incompatível com o pa-
em moeda estrangeira e cheques de viagem:
trimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissio-
a) movimentação de recursos em espécie em moeda
nal e a capacidade financeira do cliente;
estrangeira ou cheques de viagem, que apresente atipi-
b) transferências de valores arredondados na unidade
cidade em relação à atividade econômica do cliente ou
incompatibilidade com a sua capacidade econômico-fi- de milhar ou que estejam um pouco abaixo do limite para
nanceira; notificação de operações;
b) negociações de moeda estrangeira em espécie, em c) movimentação de recursos de alto valor, de forma
municípios localizados em regiões de fronteira, que não contumaz, em benefício de terceiros; d) manutenção de
apresentem compatibilidade com a natureza declarada da numerosas contas destinadas ao acolhimento de depósitos
operação; em nome de um mesmo cliente, cujos valores, somados,
c) negociações de moeda estrangeira em espécie ou resultem em quantia significativa;
cheques de viagem denominados em moeda estrangeira, e) movimentação de quantia significativa por meio de
que não apresentem compatibilidade com a natureza de- conta até então pouco movimentada ou de conta que aco-
clarada da operação; lha depósito inusitado;
d) negociações de moeda estrangeira em espécie ou f) ausência repentina de movimentação financeira em
cheques de viagem denominados em moeda estrangeira, conta que anteriormente apresentava grande movimenta-
realizadas por diferentes pessoas naturais, não relaciona- ção;
das entre si, que informem o mesmo endereço residen- g) utilização de cofres de aluguel de forma atípica em
cial; e relação ao perfil do cliente;
e) recebimentos de moeda estrangeira em espécie, h) dispensa da faculdade de utilização de prerrogati-
por pessoas naturais residentes no exterior, transitoria- vas como recebimento de crédito, de juros remuneratórios
mente no País, decorrentes de ordens de pagamento a para grandes saldos ou, ainda, de outros serviços bancários
seu favor ou da utilização de cartão de uso internacional, especiais que, em circunstâncias normais, sejam valiosas
sem a evidência de propósito claro; para qualquer cliente;
III - situações relacionadas com dados cadastrais de i) mudança repentina e injustificada na forma de movi-
clientes: mentação de recursos ou nos tipos de transação utilizados;
a) resistência ao fornecimento de informações neces- j) solicitação de não observância ou atuação no sentido
sárias para o início de relacionamento ou para a atualiza- de induzir funcionários da instituição a não seguirem os
ção cadastral, oferecimento de informação falsa ou presta- procedimentos regulamentares ou formais para a realiza-
ção de informação de difícil ou onerosa verificação; ção de uma operação;

70
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

k) recebimento de recursos com imediata compra VI - situações relacionadas com cartões de pagamento:
de instrumentos para a realização de pagamentos ou de a) utilização, carga ou recarga de cartão em valor não
transferências a terceiros, sem justificativa; compatível com a capacidade econômico-financeira, ativi-
l) realização de operações que, por sua habitualidade, dade ou perfil do usuário;
valor e forma, configurem artifício para burla da identifica- b) realização de múltiplos saques com cartão em ter-
ção da origem, do destino, dos responsáveis ou dos bene- minais eletrônicos em localidades diversas e distantes do
ficiários finais; local de contratação ou recarga;
m) existência de contas que apresentem créditos e dé- c) utilização do cartão de forma incompatível com o
bitos com a utilização de instrumentos de transferência de perfil do cliente, incluindo operações atípicas em outros
recursos não característicos para a ocupação ou o ramo de países;
atividade desenvolvida pelo cliente; d) utilização de diversas fontes de recursos para carga
n) recebimento de depósitos provenientes de diver- e recarga de cartões; e
sas origens, sem fundamentação econômico-financeira, e) realização de operações de carga e recarga de car-
especialmente provenientes de regiões distantes do local tões, seguidas imediatamente por saques em caixas ele-
de atuação da pessoa jurídica ou distantes do domicílio da trônicos.
pessoa natural; VII - situações relacionadas com operações de crédito
o) pagamentos habituais a fornecedores ou beneficiá- no País:
rios que não apresentem ligação com a atividade ou ramo a) realização de operações de crédito no País liquida-
de negócio da pessoa jurídica; das com recursos aparentemente incompatíveis com a si-
p) pagamentos ou transferências por pessoa jurídica tuação econômico-financeira do cliente;
para fornecedor distante e seu local de atuação, sem fun- b) solicitação de concessão de crédito no País incom-
damentação econômico-financeira; patível com a atividade econômica ou com a capacidade
q) realização de depósitos de cheques endossados to- financeira do cliente;
talizando valores significativos; c) realização de operação de crédito no País seguida
r) existência de conta de depósitos à vista de organi- de remessa de recursos ao exterior, sem fundamento eco-
zações sem fins lucrativos cujos saldos ou movimentações nômico ou legal, e sem relacionamento com a operação
financeiras não apresentem fundamentação econômica ou de crédito;
legal ou nas quais pareça não haver vinculação entre a ati- d) realização de operações de crédito no País, simultâ-
vidade declarada da organização e as outras partes envol- neas ou consecutivas, liquidadas antecipadamente ou em
vidas nas transações; prazo muito curto;
s) movimentação habitual de recursos financeiros de e) liquidação de operações de crédito no País por ter-
ou para pessoas politicamente expostas ou pessoas de re- ceiros, sem justificativa aparente;
lacionamento próximo, não justificada por eventos econô- f) concessão de garantias de operações de crédito no
micos; País por terceiros não relacionados ao tomador;
t) existência de contas em nome de menores ou in- g) realização de operação de crédito no País com ofe-
capazes, cujos representantes realizem grande número de recimento de garantia no exterior por cliente sem tradição
operações atípicas; e de realização de operações no exterior; e
u) transações significativas e incomuns por meio de h) aquisição de bens ou serviços incompatíveis com o
contas de depósitos de investidores não residentes consti- objeto da pessoa jurídica, especialmente quando os recur-
tuídos sob a forma de trust; sos forem originados de crédito no País;
V - situações relacionadas com operações de investi- VIII - situações relacionadas com a movimentação de
mento interno: recursos oriundos de contratos com o setor público:
a) operações ou conjunto de operações de compra ou a) movimentações atípicas de recursos por agentes pú-
de venda de títulos e valores mobiliários a preços incompa- blicos, conforme definidos no art. 2º da Lei nº 8.429, de 2
tíveis com os praticados no mercado ou quando realizadas de junho de 1992;
por pessoa cuja atividade declarada e perfil não se coadu- b) movimentações atípicas de recursos por pessoa na-
nem ao tipo de negociação realizada; tural ou jurídica relacionados a patrocínio, propaganda,
b) realização de operações atípicas que resultem em marketing, consultorias, assessorias e capacitação;
elevados ganhos para os agentes intermediários, em des- c) movimentações atípicas de recursos por organiza-
proporção com a natureza dos serviços efetivamente pres- ções sem fins lucrativos; e
tados; d) movimentações atípicas de recursos por pessoa na-
c) investimentos significativos em produtos de baixa tural ou jurídica relacionados a licitações;
rentabilidade e liquidez; IX - situações relacionadas a consórcios:
d) investimentos significativos não proporcionais à ca- a) existência de consorciados detentores de elevado
pacidade econômico-financeira do cliente, ou cuja origem número de cotas, incompatível com sua capacidade eco-
não seja claramente conhecida; e nômico-financeira ou com o objeto da pessoa jurídica;
e) resgates de investimentos no curtíssimo prazo, inde- b) aumento expressivo do número de cotas pertencen-
pendentemente do resultado auferido; tes a um mesmo consorciado;

71
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

c) oferecimento de lances incompatíveis com a capaci- h) realização de exportações ou importações aparen-


dade econômico-financeira do consorciado; temente fictícias ou com indícios de superfaturamento ou
d) oferecimento de lances muito próximos ao valor do subfaturamento;
bem; i) existência de informações na carta de crédito com
e) pagamento antecipado de quantidade expressiva de discrepâncias em relação a outros documentos da opera-
prestações vincendas, não condizente com a capacidade ção de comércio internacional;
econômico-financeira do consorciado; j) realização de pagamentos ao exterior após créditos
f) aquisição de cotas previamente contempladas, se- em reais efetuados nas contas de depósitos dos titulares
guida de quitação das prestações vincendas; das operações de câmbio por pessoas que não demons-
g) utilização de documentos falsificados na adesão ou trem a existência de vínculo comercial ou econômico;
tentativa de adesão a grupo de consórcio; k) movimentações decorrentes de programa de repa-
X - situações relacionadas a pessoas suspeitas de en- triação de recursos que apresentem inconsistências rela-
volvimento com atos terroristas: cionadas à identificação do titular ou do beneficiário final,
a) movimentações financeiras envolvendo pessoas re- bem como ausência de informações confiáveis sobre a ori-
lacionadas a atividades terroristas listadas pelo Conselho gem e a fundamentação econômica ou legal; e
de Segurança das Nações Unidas; l) realização de frequentes pagamentos antecipados
b) realização de operações ou prestação de serviços, ou à vista de importação em que não seja possível obter
qualquer que seja o valor, a pessoas que reconhecidamen- informações sobre o desembaraço aduaneiro das merca-
te tenham cometido ou intentado cometer atos terroristas, dorias;
ou deles participado ou facilitado o seu cometimento; XII - situações relacionadas com operações de crédito
c) existência de recursos pertencentes ou controlados, contratadas no exterior:
direta ou indiretamente, por pessoas que reconhecidamen- a) contratação de operações de crédito no exterior
te tenham cometido ou intentado cometer atos terroristas, com cláusulas que estabeleçam condições incompatíveis
ou deles participado ou facilitado o seu cometimento; e com as praticadas no mercado, como juros destoantes da
d) movimentações com indícios de financiamento do prática ou prazo muito longo;
terrorismo; b) contratação, no exterior, de várias operações de cré-
XI - situações relacionadas com atividades internacio- dito consecutivas, sem que a instituição tome conhecimen-
nais:
to da quitação das anteriores;
a) realização ou proposta de operação com pessoas
c) contratação, no exterior, de operações de crédito
naturais ou jurídicas, inclusive sociedades e instituições fi-
que não sejam quitadas por intermédio de operações na
nanceiras, situadas em países que não apliquem ou apli-
mesma instituição;
quem insuficientemente as recomendações do Grupo de
d) contratação, no exterior, de operações de crédito,
Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do
quitadas sem explicação aparente para a origem dos re-
Terrorismo (Gafi), ou que tenham sede em países ou de-
cursos; e
pendências com tributação favorecida ou regimes fiscais
e) contratação de empréstimos ou financiamentos no
privilegiados ou em locais onde seja observada a prática
contumaz dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de exterior, oferecendo garantias em valores ou formas in-
março de 1998, não claramente caracterizadas em sua le- compatíveis com a atividade ou capacidade econômico-
galidade e fundamentação econômica; financeira do cliente ou em valores muito superiores ao
b) utilização de operações complexas e com custos valor das operações contratadas ou cuja origem não seja
mais elevados que visem a dificultar o rastreamento dos claramente conhecida;
recursos ou a identificação da natureza da operação; XIII - situações relacionadas com operações de inves-
c) realização de pagamentos de importação e recebi- timento externo:
mentos de exportação, antecipados ou não, por empresa a) recebimento de investimento externo direto, cujos
sem tradição ou cuja avaliação econômico-financeira seja recursos retornem imediatamente a título de disponibili-
incompatível com o montante negociado; dade no exterior;
d) realização de pagamentos a terceiros não relaciona- b) recebimento de investimento externo direto, com
dos a operações de importação ou de exportação; realização quase imediata de remessas de recursos para o
e) realização de transferências unilaterais que, pela ha- exterior a título de lucros e dividendos;
bitualidade, valor ou forma, não se justifiquem ou apresen- c) realização de remessas de lucros e dividendos ao ex-
tem atipicidade; terior em valores incompatíveis com o valor investido;
f) realização de transferências internacionais nas quais d) realização de remessas ao exterior a título de inves-
não se justifique a origem dos fundos envolvidos ou que timento em montantes incompatíveis com a capacidade
se mostrem incompatíveis com a capacidade econômico- financeira do cliente;
financeira ou com o perfil do cliente; e) realização de remessas de recursos de um mesmo
g) realização de transferência de valores a título de dis- investidor situado no exterior para várias empresas no País;
ponibilidade no exterior, incompatível com a capacidade f) realização de remessas de recursos de vários inves-
econômico-financeira do cliente ou sem fundamentação tidores situados no exterior para uma mesma empresa no
econômica ou legal; País; e

72
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

g) recebimento de aporte de capital desproporcional


ao porte ou à natureza empresarial do cliente, ou em valo- AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA.
res incompatíveis com a capacidade econômico-financeira
dos sócios; e
XIV - situações relacionadas com empregados das ins-
tituições financeiras e seus representantes: A Federação Brasileira de Bancos - FEBRABAN cumprin-
a) alteração inusitada nos padrões de vida e de com- do sua vocação de representar o setor bancário e de forta-
portamento do empregado ou do representante, sem cau- lecer a sua relação com a sociedade liderou, em conjunto
sa aparente; com os maiores bancos do País, a criação do Sistema Brasi-
b) modificação inusitada do resultado operacional da leiro de Autorregulação Bancária.
pessoa jurídica do representante ou do correspondente no A autorregulação possibilitará aos bancos, em con-
País, sem causa aparente; junto com a sociedade, harmonizar o sistema bancário, su-
c) realização de qualquer negócio de modo diverso ao plementando as normas e os mecanismos de controle já
procedimento formal da instituição por empregado, repre- existentes.
sentante ou correspondente no País; e A plena concorrência é essencial para a manutenção
d) fornecimento de auxílio ou informações, remunera- dos direitos do consumidor. Assim, a FEBRABAN desenvol-
dos ou não, a cliente em prejuízo do programa de preven- veu a autorregulação como um sistema voluntário, focado
ção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento na sadia concorrência do mercado, na elevação de padrões
do terrorismo da instituição, ou de auxílio para estruturar e no aumento da transparência em benefício dos consumi-
ou fracionar operações, burlar limites regulamentares ou dores. Ao se tornar voluntário na integração do sistema de
operacionais. autorregulação, aderindo aos mais elevados padrões ético e
de conduta, cada banco atesta o comprometimento com os
Art. 2º As situações descritas nesta Carta Circular, seus consumidores e com a sociedade brasileira.
quando aplicáveis, podem indicar parâmetros para a estru- Os bancos fazem parte do dia-a-dia das pessoas, pos-
sibilitando desde o pagamento e o recebimento de salá-
turação de sistemas de controles internos, inclusive infor-
rios, aposentadorias, impostos, taxas, contas e compras, até
matizados, para prevenção de lavagem de dinheiro e com-
a tomada de empréstimos e aplicação em investimentos.
bate ao financiamento do terrorismo implantados pelas
Apenas em 2007, foram realizadas algo em torno de 41 bi-
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
lhões de transações, muitas das quais nas mais de 18.000
funcionar pelo Banco Central do Brasil.
agências distribuídas no País. Números dessa magnitude
Art. 3º A comunicação das situações relacionadas nes-
mostram o quanto um sistema bancário saudável, ético e
ta Carta Circular, bem como de outras que, embora não
eficiente é essencial para o desenvolvimento econômico e
mencionadas, possam configurar indícios de ocorrência
social do Brasil.
das práticas de que trata o art. 13 da Circular nº 3.461, de As atividades bancárias, por sua importância, comple-
24 de julho de 2009, deve ser efetuada por meio do Siste- xidade e dinamismo, são reguladas por um número con-
ma de Controle de Atividades Financeiras (Siscoaf). siderável de normas voltadas à estruturação do Sistema
Financeiro e ao relacionamento entre os bancos e seu pú-
Art. 4º Esta Carta Circular entra em vigor em 14 de blico. Diversas entidades asseguram que tais normas sejam
maio de 2012, quando fica revogada a Carta Circular nº devidamente respeitadas. Dentre elas, o Banco Central, os
2.826, de 4 de dezembro de 1998. órgãos de defesa do consumidor, os tribunais, as organi-
Nelson Rodrigues de Oliveira zações não governamentais e os veículos de comunicação.
Chefe do Departamento de Prevenção a Ilícitos Finan- Esse sistema de normas e mecanismos de controle é reco-
ceiros e de Atendimento de Demandas de Informações do nhecidamente sólido e eficaz. Não obstante, sempre haverá
Sistema Financeiro, substituto Sergio Odilon Dos Anjos o que ser aperfeiçoado.
Chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro
Geraldo Magela Siqueira Conceito: Sistema voluntário, focado na sadia concor-
Chefe da Gerência-Executiva de Normatização de rência do mercado, na elevação de padrões e no aumento
Câmbio e Capitais Estrangeiros da transparência em benefício dos consumidores.
Características:
Este texto não substitui o publicado no DOU de - É composto (NORMAS DE AUTORREGULAÇÃO) pelo
14/3/2012, Seção 1, p. 14 a 16, e no Sisbacen. Código de Autorregulação Bancária, pelos Normativos do
Conselho de Autorregulação, pelas Decisões da Diretoria de
Autorregulação e pelos Julgados dos Comitês Disciplinares;
- As normas da Autorregulação não se sobrepõem, mas
se harmonizam à legislação vigente, destacadamente ao
Código de Defesa do Consumidor, às leis e normas espe-
cificamente direcionadas ao sistema bancário e à execução
de atividades delegadas pelo setor público a instituições
financeiras;

73
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

- As normas da Autorregulação abrangem todos os midade), que é o documento de registro do cumprimento


produtos e serviços ofertados ou disponibilizados pelas das metas de aderência da Signatária às normas da Au-
Signatárias a qualquer pessoa física, cliente ou não cliente; torregulação e dos planos de ação para adequação da
- São participantes do Sistema de Autorregulação Ban- Signatária às normas da Autorregulação;
cária as signatárias do Termo de Adesão ao Sistema de Au- - Enviar à Diretoria de Autorregulação os mesmos
torregulação Bancária (bancos múltiplos, bancos comer- relatórios produzidos por suas Ouvidorias e remetidos
ciais, bancos de investimento, caixas econômicas, coope- semestralmente ao Banco Central do Brasil, contendo in-
rativas de crédito ou sociedades de crédito, financiamento formações descritivas e estatísticas sobre reclamações de
e investimento, desde que associados à Febraban); clientes.

Princípios do Sistema de Autorregulação Entidades do Sistema de Autorregulação


- Ética e Legalidade - adotar condutas benéficas à so-
ciedade, ao funcionamento do mercado e ao meio-am- Conselho das Signatárias
biente. Respeitar a livre concorrência e a liberdade de ini- É composto pelos membros do Conselho Diretor da
ciativa. Atuar em conformidade com a legislação vigente e Febraban que sejam representantes de Signatárias, bem
com as normas da autoregulação. como por representantes das demais Signatárias, desde
- Respeito ao Consumidor – tratar o consumidor de que elegíveis para a posição de Conselheiro Diretor da
forma justa e transparente, com atendimento cortês e Febraban.
digno. Assistir o consumidor na avaliação dos produtos Principais competências:
e serviços adequados às suas necessidades e garantir a - Deliberar sobre a admissão de novas Signatárias;
segurança e a confidencialidade de seus dados pessoais. - Sortear as Signatárias que serão representadas no
Conceder crédito de forma responsável e incentivar o uso
Conselho de Autorregulação e nomear Conselheiros Na-
consciente de crédito.
tos.
- Comunicação Eficiente – fornecer informações de
forma precisa, adequada, clara e oportuna, proporcionan-
Conselho de Autorregulação
do condições para o consumidor tomar decisões cons-
É o órgão normativo e de administração do Sistema
cientes e bem informadas. A comunicação com o consu-
de Autorregulação Bancária, composto por Conselheiros
midor, por qualquer veículo, pessoalmente ou mediante
do Sistema, Conselheiros Independentes e por Conse-
ofertas ou anúncios publicitários, deve ser feita de modo a
lheiros Setoriais.
informá-lo sobre os aspectos relevantes do relacionamen-
Principais competências:
to com a Signatária.
- Melhoria Contínua - aperfeiçoar padrões de conduta, - Admitir Signatárias, ad referendum do Conselho
elevar a qualidade dos produtos, níveis de segurança e a das Signatárias;
eficiência dos serviços. - Suspender Signatárias;
- Publicar as Regras e deliberar alterações ao Código
Regras de Autorregulação e às Regras;
É responsabilidade do Conselho de Autorregulação - Editar Normativos versando sobre assuntos de inte-
estabelecer normativo com regras sobre práticas bancá- resse coletivo, incluindo aqueles concernentes às práticas
rias, sendo que ele deve revisar periodicamente a cada 2 das Signatárias;
anos. - Estabelecer, por meio de resoluções, as diretrizes,
Os trabalhos de revisão são desenvolvidos por um políticas e procedimentos do Sistema de Autorregulação
comitê revisional composto por no mínimo 7 (sete) re- Bancária, incluindo:
presentantes das signatárias não suspensas, sendo 1 (um) a) a política de comunicação,
representante por conglomerado financeiro. Estes traba- b) o modelo de Relatório de Conformidade, bem
lhos podem ser facilitados ou liberados por um empresa como o procedimento para seu preenchimento pelas
de consultoria. Signatárias e critérios de análise para a Diretoria de Au-
Responsabilidades das Signatárias torregulação,
Cada signatária deve: c) o Selo da Autorregulação, e
- Respeitar e fazer com que suas controladas e coliga- d) o relatório anual contendo informações sobre as
das sujeitas à fiscalização do Banco Central do Brasil res- atividades desempenhadas e resultados alcançados pelo
peitem as normas da Autorregulação; Conselho de Autorregulação e pela Diretoria de Autorre-
- Apontar um profissional com cargo estatutário, pre- gulação;
ferencialmente com a atribuição de ouvidor ou de diretor - Efetuar a revisão periódica das Regras;
responsável pela ouvidoria, para ser o interlocutor da Di- - Nomear e destituir o responsável pela Diretoria de
retoria de Autorregulação; Autorregulação, bem como supervisionar a Diretoria de
- Enviar à Diretoria de Autorregulação semestralmen- Autorregulação;
te, e sempre que necessário, um relatório sobre a sua ade- - Deliberar sobre assuntos que entenda relevantes ao
rência às normas da Autorregulação (relatório de confor- Sistema de Autorregulação.

74
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Comitês Setoriais QUESTÕES COMENTADAS


Comitês com competência temática, integrados ao Sis-
tema de Autorregulação Bancária através de convênios ce- 1. O Conselho Monetário Nacional (CMN) é integra-
lebrados pelo Conselho de Autorregulação com entidades do pelo Ministro da Fazenda,
representativas do setor financeiro. (A) Presidente do Banco Central do Brasil e Presi-
Principais competências: dente da Comissão de Valores Mobiliários.
- Propor e interpretar normativos no âmbito de sua (B) Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
competência temática; e Presidente do Banco Central do Brasil.
- Em procedimento disciplinar, emitir parecer sobre ca- (C) Presidente do Banco Central do Brasil e mem-
sos diretamente relacionados à sua competência temática; bros do Comitê de Política Monetária.
- Criar seu regimento interno, que disporá, no mínimo, (D) Presidente do Banco Nacional de Desenvol-
sobre sua estrutura, funcionamento e rito para emitir pare- vimento Econômico e Social (BNDES) e Presidente do
cer em procedimento disciplinar. Banco Central do Brasil.
(E) Presidente do Banco do Brasil e Presidente da
Diretoria de Autorregulação Caixa Econômica Federal.
É o órgão executivo do Sistema de Autorregulação, su- Resposta Correta: “B”
bordinado ao Conselho de Autorregulação. Segundo o que consta no artigo 8º da Lei nº 9.069/95,
Principais competências: senão vejamos: “Art. 8º- O Conselho Monetário Nacional,
- Implementar as orientações do Conselho de Autor- criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, pas‑
regulação; sa a ser integrado pelos seguintes membros: I - Ministro de
- Orientar as Signatárias quanto ao correto preenchi- Estado da Fazenda, na qualidade de Presidente; II - Ministro
mento dos Relatórios de Conformidade. Aprovar o teor dos de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Redação
Relatórios de Conformidade, monitorando o cumprimento dada pela Medida Provisória nº 2216-37, de 2001); e III -
das obrigações ali consignadas, de acordo com a política Presidente do Banco Central do Brasil”.
definida pelo Conselho de Autorregulação; 2. O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro
- Desenvolver e gerenciar processos e sistemas para Nacional (CRSFN) é um órgão colegiado, integrante da
monitorar a aderência das Signatárias às normas da Autor- estrutura do Ministério da Fazenda, que julga recursos
regulação; I. em segunda e última instância administrativa.
- Registrar denúncias por parte das Signatárias. Notifi- II. em primeira instância, de decisões do Banco Cen-
car, ao Presidente do Conselho de Autorregulação, indícios tral do Brasil relativas a penalidades por infrações à le-
de violação às normas da Autorregulação e inadequação gislação cambial.
nos Relatórios de Conformidade. III. de decisões da Comissão de Valores Mobiliários
relativas a penalidades por infrações à legislação de ca-
Sanções ao Descumprimento das Normas pitais estrangeiros.
- Recomendação do Comitê Disciplinar para o ajuste
de sua conduta, encaminhada através de carta reservada; Está correto o que consta em
- Recomendação do Comitê Disciplinar para o ajuste (A) I, apenas.
de sua conduta, encaminhada através de carta com o co- (B) II, apenas.
nhecimento de todas as Signatárias, cumulada com a obri- (C) I e III, apenas.
gação de pagar uma contribuição entre 1 (uma) e 10 (dez) (D) II e III, apenas.
vezes o valor da menor anuidade paga por uma Associada (E) I, II e III.
da Febraban;
- Suspensão de sua participação no Sistema de Autor- Resposta Correta: “A”
regulação Bancária, com a interrupção do direito de uso do O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacio‑
Selo da Autorregulação e a perda do mandato de seu Con- nal - CRSFN foi criado pelo Decreto nº 91.152, de 15.03.85,
selheiro no Conselho de Autorregulação, cumulada com a que transferiu do Conselho Monetário Nacional - CMN para
obrigação de pagar uma contribuição entre 5 (cinco) e 15 o CRSFN a competência para julgar, em segunda e última
(quinze) vezes o valor da menor anuidade paga por uma instância administrativa, os recursos interpostos das decisões
Associada da Febraban. relativas à aplicação das penalidades administrativas referi‑
das nos itens I a IV do art. 1º do referido Decreto.

75
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

3. As cooperativas de crédito se caracterizam por O Conselho Monetário Nacional é o órgão de cúpula


(A) atuação exclusiva no setor rural. do Sistema Financeiro Nacional, onde, não desempenha
(B) retenção obrigatória dos eventuais lucros aufe- função executiva, apenas tem funções normativas. É
ridos com suas operações. composto por três membros:
(C) concessão de crédito a associados e ao público • Ministro da Fazenda (Presidente);
em geral, por meio de desconto de títulos, emprésti- • Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão; e
mos e financiamentos. • Presidente do Banco Central.
(D) captação, por meio de depósitos à vista e a pra- As matérias aprovadas são regulamentadas por meio
zo, somente de associados, de empréstimos, repasses e de Resoluções, normativo de caráter público, sempre divul-
refinanciamentos de outras entidades financeiras e de gado no Diário Oficial da União e na página de normativos
doações. do Banco Central do Brasil.
(E) captação, por meio de depósitos à vista e a pra- E, por fim, é de incumbência do CMN:
zo, de associados, de entidades de previdência comple- • Tem a responsabilidade por formular a política da
mentar e de sociedades seguradoras. moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda
e o desenvolvimento econômico e social do País;
Resposta Correta: “D” • Tem a responsabilidade por zelar pela liquidez e
As cooperativas de crédito se dividem em: singulares, pela solvência de todas as instituições financeiras brasi-
que prestam serviços financeiros de captação e de crédito leiras
apenas aos respectivos associados, podendo receber repas‑ • Tem a responsabilidade em estabelecer a meta
ses de outras instituições financeiras e realizar aplicações no para a inflação;
mercado financeiro; centrais, que prestam serviços às sin‑ • Tem a responsabilidade na aprovação dos orça-
gulares filiadas, e são também responsáveis auxiliares por mentos monetários preparados pelo Banco Central do
sua supervisão; e confederações de cooperativas centrais, Brasil;
que prestam serviços a centrais e suas filiadas. Nestes ter‑ • Tem a responsabilidade na autorização de emis-
mos, extrai-se a alternativa correta do disposto na Lei Com‑ sões de papel-moeda;
plementar nº 130/09, art. 2º, §1º: “A captação de recursos e Pelo exposto acima temos que apenas a assertiva “C” é
a concessão de créditos e garantias devem ser restritas aos a resposta correta, vez que corresponde em sua integrali-
associados, ressalvadas as operações realizadas com outras dade com as competências impostas ao CMN.
instituições financeiras e os recursos obtidos de pessoas ju‑ Insta ainda, ressaltar que o CMN não detém a compe-
rídicas, em caráter eventual, a taxas favorecidas ou isentos tência para executar, apenas normatizar.
de remuneração”. 
5. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário –
4. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário – 2012) Cada Instituição do Sistema Financeiro Nacional
2012) O Sistema Financeiro Nacional é formado por um desempenha funções de fundamental importância para
conjunto de instituições voltadas para a gestão da polí- o equilíbrio e o bom funcionamento do sistema como
tica monetária do Governo Federal, cujo órgão delibe- um todo.
rativo máximo é o Conselho Monetário Nacional. A função de assegurar o funcionamento eficiente e
As funções do Conselho Monetário Nacional são regular dos mercados de Bolsa e de Balcão é da
(A) assessorar o Ministério da Fazenda na criação (A) Casa da Moeda
de políticas orçamentárias de longo prazo e verificar os (B) Caixa Econômica Federal
níveis de moedas estrangeiras em circulação no país. (C) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
(B) definir a estratégia da Casa da Moeda, estabe- (D) Secretaria da Receita Federal
lecer o equilíbrio das contas públicas e fiscalizar as en- (E) Superintendência de Seguros Privados (Susep)
tidades políticas.
(C) estabelecer as diretrizes gerais das políticas mo- Resposta correta: C
netária, cambial e creditícia; regular as condições de
constituição, funcionamento e fiscalização das institui- A Comissão de Valores Mobiliários – CVM - é uma au-
ções financeiras e disciplinar os instrumentos das polí- tarquia especial vinculada ao Ministério da Fazenda sob
ticas monetária e cambial. orientação do CMN.
(D) fornecer crédito a pequenas, médias e grandes Sendo que o objetivo do CVM é proteger o mercado
empresas do país, e fomentar o crescimento da econo- de valores mobiliários, oferecendo segurança aos investi-
mia interna a fim de gerar um equilíbrio nas contas pú- dores e, incentivando a capitalização das empresas com a
blicas, na balança comercial e, consequentemente, na participação do público por meio do lançamento de ações.
política cambial. Assim, detém poderes para disciplinar, normatizar e
(E) secretariar e assessorar o Sistema Financeiro Na- fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado.
cional, organizando as sessões deliberativas de crédito Tendo por objetivo assegurar o funcionamento das
e mantendo seu arquivo histórico. bolsas de valores, fiscalizar a emissão, registro, a distribui-
ção e a negociação de títulos.
Resposta correta: C

76
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

6. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário – 7. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário


2012) De acordo com a Lei nº 4.595/1964, as Coopera- – 2012) O mercado de seguros surgiu da necessidade
tivas de Crédito são equiparadas às demais instituições que as pessoas e as empresas têm de se associar para
financeiras, e seu funcionamento deve ser autorizado e suportar coletivamente suas perdas individuais. Foram
regulado pelo Banco Central do Brasil. criadas, então, as seguradoras, as corretoras de seguro,
O principal objetivo de uma Cooperativa de Crédito além de algumas instituições encarregadas não só de
éa fixar normas e políticas, mas também de regular e fis-
(A) concessão de cartas de crédito, que estejam calizar esse mercado. Com o surgimento de tal necessi-
vinculadas a títulos do Governo Federal, às demais ins- dade, qual instituição foi criada para, além de fiscalizar
tituições financeiras. as seguradoras e corretoras, também regulamentar as
(B) fiscalização das operações de crédito realizadas operações de seguro, fixando as condições da apólice e
pelas demais instituições financeiras. dos planos de operação e valores de tarifas?
(C) prestação de assistência creditícia e de serviços (A) Seguradora Líder
de natureza bancária a seus associados, em condições (B) Câmara Especial de Seguros
mais favoráveis que as praticadas pelo mercado. (C) Superintendência dos Seguros Privados
(D) prestação do serviço de proteção ao crédito ao (D) Conselho Nacional de Seguros Privados
mercado financeiro, atuando principalmente como um (E) Instituto de Resseguros do Brasil
Fundo Garantidor de Crédito.
(E) regulamentação da prestação do serviço de con- Resposta correta: C
cessão de crédito, realizado por pessoas físicas associa-
das a uma determinada instituição financeira. A Susep - Superintendência de Seguros Privados - é a
autarquia federal responsável pela regulação e fiscalização
Resposta correta: C dos mercados de seguros (exceto seguro saúde), previdên-
A cooperativa de crédito uma instituição financei- cia privada e capitalização.
ra, formada por uma sociedade de pessoas, com forma e A Susep deve:
natureza jurídica própria, sem fins lucrativos e fiscalizada ● implementar as políticas estabelecidas pelo CNSP;
pelo Banco Central do Brasil. Ou seja, quando um grupo de ●supervisionar a indústria de seguros;
●analisar pedidos de autorização para operação, reor-
pessoas constitui uma cooperativa de crédito, o objetivo
ganização, funcionamento, fusão, transferência de titulari-
é propiciar crédito e prestar serviços financeiros de modo
dade e alterações ao estatuto social de seguradoras;
mais simples e vantajoso para seus associados. 
●opinar sobre tais pedidos de autorização;
Exigências para constituição de uma cooperativa de
●criar regulamentos relativos a operações envolvendo
crédito:
seguros, nos termos das políticas do CNSP;
- Atuam tanto no setor rural quanto no urbano;
●determinar os termos das apólices, coberturas espe-
- Podem se originar da associação de funcionários de
ciais e métodos de operação que devem ser utilizados pe-
uma mesma empresa ou grupo de empresas, ou mesmo las seguradoras;
adotar a livre admissão de associados; ●aprovar os limites operacionais das seguradoras;
- Os eventuais lucros auferidos com suas operações ●zelar pela defesa dos interesses dos consumidores;
são repartidos entre os associados; ●esclarecer as dúvidas dos mesmos; e
- Devem adotar, obrigatoriamente, a expressão “Coo- ●receber e encaminhar as suas reclamações.
perativa”, sendo vedada a utilização da palavra “Banco” em
sua denominação social; 8. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário
- Mínimo de 20 cooperados; – 2012) As instituições financeiras, controladas pelos
- Devem participar do FGC (Fundo Garantidor de Cré- Governos Estaduais, que fornecem crédito de médio e
dito); longo prazos para as empresas de seus respectivos Es-
tados são as(os)
Atribuições das cooperativas de crédito: ( ) (A) Caixas Econômicas
- Autorizadas a realizar operações de captação por ( ) (B) Cooperativas de Crédito
meio de depósitos à vista e a prazo somente de associados; ( ) (C) Sociedades Distribuidoras
- Podem conceder crédito somente a associados e rea- ( ) (D) Bancos Comerciais
lizar aplicações no mercado financeiro; ( ) (E) Bancos de Desenvolvimento

Pelo supra exposto temos que a opção “C” é a corre- Resposta correta: E
ta vez que, se amolda às atribuições das cooperativas de Os bancos de desenvolvimento são instituições finan-
créditos. ceiras controladas pelos governos estaduais, e têm como
objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e
adequado dos recursos necessários ao financiamento, a
médio e a longo prazos, de programas e projetos que vi-
sem a promover o desenvolvimento econômico e social do
respectivo Estado.

77
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

As operações passivas são depósitos a prazo, emprésti- No mercado financeiro, essa operação é denomi-
mos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, nada
emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títu- ( ) (A) Aval bancário
los de Desenvolvimento Econômico. ( ) (B) Hot Money
As operações ativas são empréstimos e financiamen- ( ) (C) Leasing
tos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. ( ) (D) Factoring
E, conforme o artigo 1º da Resolução CMN  394, de ( ) (E) Finança bancária
1976 os Bancos de Desenvolvimento devem:
Resposta correta: D
“Art. 1º Os Bancos de Desenvolvimento são instituições
financeiras públicas não federais, constituídas sob a forma Sociedade de Fomento Mercantil – Factoring - é o ato
de sociedade anônima, com sede na Capital do Estado da de um comerciante ceder títulos que vencerão em uma
Federação que detiver seu controle acionário. Parágrafo data futura para que sejam adquiridos pela casa de fac‑
único. As instituições financeiras de que trata este artigo toring.
adotam, obrigatória e privativamente, em sua denomina‑ Tem por finalidade fomentar a atividade comercial,
ção, a expressão “Banco de Desenvolvimento”, seguida do uma vez que o lojista poderá receber por um crédito futuro
nome do Estado em que tenham sede.” em uma data presente.
Assim temos que:
9. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário – ● Não são instituições financeiras, são prestadoras de
2012) As seguradoras também se preocupam com os serviço;
riscos que as cercam por conta da possibilidade de um ●É cobrado IOF e ISS;
colapso no mercado ou, até mesmo, pela ocorrência ●É fiscalizada pela Receita Federal, e não pelo Bacen;
simultânea de muitos sinistros. Nesse sentido, para se ●O factor se responsabiliza integralmente pelo título
aliviar parcialmente do risco de um seguro já feito, a por sua conta e risco.
companhia poderá contrair um novo seguro em outra Por exemplo, se o título não for pago, o factor arcará
instituição, através de uma operação denominada com o prejuízo do crédito, e não o dono da loja que cedeu
(A) corretagem de seguro o título a ele.
(B) resseguro
11. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário
(C) seguro de incêndio
– 2012) Os bancos comerciais são o tipo de instituição
(D) seguro de veículos
financeira que mais realizam movimentação monetária
(E) seguro de vida
em número de transações, devido ao grande número
de instituições e clientes. Dentre os tipos de captação
Resposta correta: B
de recursos dos clientes, os bancos possuem um tipo
de captação conhecida como “captação a custo zero”,
Resseguro é a operação pela qual o segurador, trans-
realizada por meio das contas correntes dos clientes. O
fere a outrem, total ou parcialmente, um risco assumido
tipo de operação em que são realizadas entradas de di-
através da emissão de uma apólice ou um conjunto de- nheiro em contas correntes é denominado captação de
las. Nessa operação, o segurador objetiva diminuir suas ( ) (A) clientes
responsabilidades na aceitação de um risco considerado ( ) (B) dinheiro
excessivo ou perigoso, e cede a outro uma parte da res- ( ) (C) depósitos à vista
ponsabilidade e do prêmio recebido. Simplistamente o ( ) (D) recursos a prazo
resseguro é visto como um seguro do seguro. ( ) (E) investimentos a curto prazo
Em síntese, resseguro é um contrato que visa equilibrar
e dar solvência aos seguradores e evitar, através da dilui- Resposta correta: C
ção dos riscos, quebradeiras generalizadas de seguradores
no caso de excesso de sinistralidade, como a ocorrência A opção correta é a C – depósito à vista -, pois, a cap-
de grandes tragédias, garantindo assim o pagamento das tação de depósitos a vista, nada mais é do que o depósito
indenizações aos segurados. bancário em conta-corrente de movimento, exigível à vista,
ou seja, o correntista deposita seus recursos, que podem
10. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário ser sacados de imediato.
– 2012) No mercado financeiro, além dos bancos, exis- Possui liquidez imediata, o que significa que o depósi-
tem outras instituições que podem realizar transações to à vista (conta corrente) não pode ser remunerado pelos
financeiras. Entre elas, estão as Sociedades de Fomento bancos, assim seu custo é zero para o banco.
Mercantil, que prestam o serviço de compra de direitos
de um contrato de venda mercantil, como, por exem-
plo, a compra de duplicatas de uma empresa mediante
um deságio.

78
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

12. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) con- RESPOSTA: “C”


trola e fiscaliza o seguinte produto do mercado de va-
lores mobiliários: São Entidades supervisoras do Sistema Financeiro Na‑
(A) Certificado de Depósito a Prazo. cional:
(B) Título de Capitalização. - Banco Central do Brasil - BACEN
(C) Letra de Câmbio. - Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
(D) Título de Emissão do Tesouro Nacional. - Superintendência de Seguro Complementar - PREVIC
(E) Fundo de Investimento. - Comissão de Valores Mobiliários – CVM

RESPOSTA: “E” 14. Para depósitos a partir de 04 de maio de 2012,


caso a taxa básica de juros (Selic) seja de 8,5% ao ano ou
A CVM tem poderes para disciplinar, normalizar e fis‑ inferior, o rendimento passa a ser de 70% dela acrescido
calizar a atuação dos diversos integrantes do mercado. Seu da taxa referencial (TR). Trata-se de investimento em:
poder de normalizar abrange todas as matérias referentes (A) Caderneta de Poupança.
ao mercado de valores mobiliários, tais como: (B) Recibo de Depósito Bancário.
- VALORES MOBILIÁRIOS (C) Fundo de Renda Fixa.
- MERCADO DE CAPITAIS (D) Título de Capitalização.
- AÇÕES (E) Letra do Tesouro Nacional.
- FUNDOS DE INVESTIMENTO
- SOCIEDADE ANÔNIMA ABERTA RESPOSTA: “A”
- BOLSA DE VALORES Desde 04 de maio de 2012 temos novas regras para a
- DEBÊNTURES poupança:
- NOTA PROMISSÓRIA
- DERIVATIVOS Pelas novas regras da poupança, sempre que a Selic for
igual ou inferior a 8,5% ao ano, o poupador será remunerado
Cabe a CVM, entre outras, disciplinar as seguintes ma‑ pela TR acrescida de 70% da Selic (e não mais pela renta‑
térias: bilidade fixa mínima de 0,5% ao mês). Assim, se a Selic cair
para 8% ao ano, por exemplo, o rendimento será igual a TR
- Registro de companhias abertas;
mais 5,6% ao ano. Caso a Selic permaneça acima de 8,5%,
- Registro de distribuições de valores mobiliários;
a rentabilidade será definida pelas regras antigas, ou seja,
- Credenciamento de auditores independentes e admi‑
nada muda.
nistradores de carteiras de valores mobiliários;
- Organização, funcionamento e operações das bolsas
15. A operação por meio da qual a instituição finan-
de valores;
ceira garante em contrato, perante terceiros, o cumpri-
- Negociação e intermediação no mercado de valores
mento de obrigações decorrentes de riscos assumidos
mobiliários;
por parte do seu cliente é denominada:
- Administração de carteiras e a custódia de valores (A) fiança bancária.
mobiliários; (B) penhor mercantil.
- Suspensão ou cancelamento de registros, credencia‑ (C) alienação fiduciária.
mentos ou autorizações; (D) adiantamento de contrato de câmbio.
- Suspensão de emissão, distribuição ou negociação de (E) aval.
determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa
de valores RESPOSTA: “A”
13. O Sistema Financeiro Nacional tem como enti- É um contrato por meio do qual o banco, que é o fiador,
dades supervisoras: garante o cumprimento da obrigação de seus clientes (afian‑
(A) Receita Federal do Brasil e Resseguradores. çado) e poderá ser concedido em diversas modalidades de
(B) Comissão de Valores Mobiliários e Bolsas de operações e em operações ligadas ao comércio internacional.
Mercadorias e futuros. A fiança nada mais é do que uma obrigação escrita, acessó‑
(C) Banco Central do Brasil e Superintendência de ria, assumida pelo banco, e que, por se tratar de uma garan‑
Seguros Privados. tia e não de uma operação de crédito, está isenta do IOF.
(D) Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvol- Baixa-se uma fiança:
vimento Econômico e Social. a) quando do término do prazo de validade da Carta de
(E) FEBRABAN e Superintendência Nacional de Pre- Fiança, desde que esteja assegurado ao cumprimento das
vidência Complementar. obrigações assumidas pelas partes contratantes;
b) mediante a devolução da Carta de Fiança;
c) mediante a entrega ao banco da declaração do credor,
liberando a garantia prestada.

79
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

16. O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se RESPOSTA: “E”


por um conjunto de operações comerciais ou financei-
ras que buscam a incorporação na economia de cada PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre: É um plano
país, de modo transitório ou permanente, de recursos, de Previdência Privada, que visa a acumulação de recursos
bens e valores de origem ilícita e que se desenvolvem para aposentadoria em vida ao Participante.
por meio de um processo dinâmico que envolve, teori-
camente, três fases independentes: 18. (CESGRANRIO – Banco do Brasil – Escriturário –
(A) cobrança, conversão e destinação. 2012) O mercado cambial é o segmento financeiro em
(B) colocação, ocultação e integração. que ocorrem operações de negociação com moedas in-
(C) contratação, registro e utilização. ternacionais. A operação que envolve compra e venda
(D) exportação, tributação e distribuição. de moedas estrangeiras em espécie é denominada
(E) aplicação, valorização e resgate. ( ) (A) câmbio manual
RESPOSTA: “B” ( ) (B) câmbio sacado
( ) (C) exportação
Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem ( ) (D) importação
de dinheiro envolvem teoricamente essas três etapas inde‑ ( ) (E) transferência
pendentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente. Resposta correta: A

1. Colocação – a primeira etapa do processo é a coloca‑ O Câmbio Manual é a simples troca física da moeda de
ção do dinheiro no sistema econômico. Objetivando ocultar um país pela de outro. As operações manuais de câmbio
sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em só se fazem em dinheiro efetivo e restringem-se aos via-
países com regras mais permissivas e naqueles que possuem jantes e turistas.
um sistema financeiro liberal. A colocação se efetua por Nas transações de comércio exterior ou de pais a pais,
meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou utilizam-se divisas sob a forma de letras de câmbio, che-
compra de bens. Para dificultar a identificação da procedên‑ ques, ordens de pagamento ou títulos de crédito.
cia do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas
e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO
valores que transitam pelo sistema financeiro e a utilização
01. (FCC - 2011 - Banco do Brasil – Escriturário) De-
de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham
pósitos bancários, em espécie ou em cheques de via-
com dinheiro em espécie.
gem, de valores individuais não significativos, realiza-
dos de maneira que o total de cada depósito não seja
2. Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em
elevado, mas que no conjunto se torne significativo,
dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O ob‑
podem configurar indício de ocorrência de
jetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade
a) crime contra a administração privada.
da realização de investigações sobre a origem do dinheiro.
b) fraude cambial.
Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica,
c) fraude contábil.
transferindo os ativos para contas anônimas – preferencial‑ d) crime de lavagem de dinheiro.
mente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou e) fraude fiscal.
realizando depósitos em contas “fantasmas”.
02. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil – Escri-
3. Integração – nesta última etapa, os ativos são incor‑ turário) O mercado de câmbio envolve a negociação
porados formalmente ao sistema econômico. As organiza‑ de moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em
ções criminosas buscam investir em empreendimentos que movimentar essas moedas. O câmbio manual é a forma
facilitem suas atividades – podendo tais sociedades presta‑ de câmbio que
rem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se a) envolve a compra e a venda de moedas estrangei-
cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal. ras em espécie.
b) envolve a troca de títulos ou documentos represen-
17. Produto que, após um período de acumulação tativos da moeda estrangeira.
de recursos, proporciona aos investidores uma renda c) pratica a importação e a exportação por meio de
mensal − que poderá ser vitalícia ou por período deter- contratos.
minado – ou um pagamento único, é o: d) pratica a troca de moeda estrangeira por uma mer-
(A) CDB − Certificado de Depósito Bancário. cadoria.
(B) FIDC − Fundo de Investimento em Direitos Cre- e) exerce a função de equilíbrio na balança comercial
ditórios. externa.
(C) Ourocap − Banco do Brasil.
(D) BB Consórcio de Serviços.
(E) PGBL − Plano Gerador de Benefício Livre.

80
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

03. (CESPE - 2010 - Caixa - Técnico Bancário) Em 06. (CESPE - 2008 - Banco do Brasil - Escriturário
relação ao mercado de câmbio brasileiro, assinale a op- – 002) O Comitê de Política Monetária (COPOM) do
ção correta. BACEN foi instituído em 20/6/1996, com o objetivo
a) Tendo em vista que as operações no mercado de de estabelecer as diretrizes da política monetária e de
câmbio estão sujeitas à comprovação documental, não se definir a taxa de juros. A criação desse comitê buscou
admite, nesse mercado, contrato de câmbio assinado digi- proporcionar maior transparência e ritual adequado ao
talmente. processo decisório da instituição. Com relação ao CO-
b) Como não pressupõem a realização, pelo titular, de POM, julgue os itens seguintes.
contrato de câmbio específico, as operações de pagamento A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a
para o exterior mediante utilização de cartão de crédito de meta para a taxa SELIC (taxa média dos financiamen-
uso internacional não se incluem no mercado de câmbio. tos diários, com lastro em títulos federais, apurados no
c) A autorização para operar no mercado de câmbio Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vi-
será concedida pelo BACEN e estará condicionada, entre gora por todo o período entre reuniões ordinárias do
outros requisitos, à indicação pela instituição financeira de Comitê.
diretor responsável pelas operações relacionadas ao mer-
cado de câmbio. ( ) Certo ( ) Errado
d) As sociedades corretoras de câmbio poderão rea-
lizar todas as operações do mercado de câmbio, entre as 07. (FCC - 2011 - Banco do Brasil - Escriturário - Ed.
quais dar curso a transferências financeiras para o exterior, 02) O Comitê de Política Monetária (COPOM)
sem limites de valor. a) divulga semanalmente a taxa de juros de curto prazo
e) De acordo com a atual regulação, conforme a fun- verificada no mercado financeiro.
damentação econômica, as operações de câmbio serão b) tem como objetivo cumprir as metas para a inflação
cursadas no mercado de câmbio de taxas flutuantes ou no definidas pela Presidência da República.
mercado de câmbio de taxas livres. c) é composto pelos membros da Diretoria Colegiada
04. (CESPE - 2010 - Caixa - Técnico Bancário – Ad- do Banco Central do Brasil.
ministrativo) Assinale a opção correta a respeito das d) tem suas decisões homologadas pelo ministro da
operações realizadas no mercado de câmbio brasileiro. Fazenda.
a) As operações de câmbio não podem ser canceladas, e) discute e determina a atuação do Banco Central do
mesmo que exista consenso entre as partes, com exceção Brasil no mercado de câmbio.
das operações de câmbio simplificado e interbancárias. 08. (FCC - 2010 - Banco do Brasil – Escriturário) O
b) Os agentes autorizados a operar no mercado de Comitê de Política Monetária ? COPOM tem como ob-
câmbio devem observar as regras para a perfeita identifi- jetivo:
cação dos seus clientes, bem como verificar as responsabi- a) Promover debates acerca da política monetária até
lidades das partes e a legalidade das operações. que se alcance consenso sobre a taxa de juros de curto
c) Os agentes autorizados a operar no mercado de prazo a ser divulgada em ata.
câmbio não podem realizar operações de compra e de b) Implementar a política monetária e definir a meta
venda de moeda estrangeira com instituição bancária do da Taxa SELIC e seu eventual viés.
exterior, em contrapartida aos reais em espécie recebidos c) Reunir periodicamente os ministros da Fazenda e
do exterior ou para lá enviados. do Planejamento, Orçamento e Gestão e o presidente do
d) Nas operações de compra e venda de moeda es- Banco Central do Brasil.
trangeira, em qualquer valor, não há necessidade de identi- d) Coletar as projeções das instituições financeiras
ficação do comprador ou do vendedor, podendo o contra- para a taxa de inflação.
valor ser pago ou recebido diretamente em espécie. e) Divulgar mensalmente as taxas de juros de curto e
e) No contrato de câmbio, podem ser alterados os da- longo prazos praticadas no mercado financeiro.
dos referentes às identidades do comprador ou do ven-
dedor, ao valor em moeda nacional, ao código da moeda 09. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário –
estrangeira e à taxa de câmbio. 2013) O COAF - Conselho de Controle de Atividades Fi-
nanceiras compõe a estrutura legal brasileira para lidar
05. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário – com o problema da lavagem de dinheiro e tem como
2013) Comitê de Política Monetária (COPOM), instituí- missão
do pelo Banco Central do Brasil em 1996 e composto a) autorizar, em conjunto com os bancos, o ingresso
por membros daquela instituição, toma decisões de recursos internacionais por meio de contratos de câm-
a) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). bio.
b) a respeito dos depósitos compulsórios dos bancos b) julgar se é de origem lícita a incorporação na eco-
comerciais. nomia, de modo transitório ou permanente, de recursos,
c) de acordo com a maioria dos participantes nas reu- bens e valores.
niões periódicas de dois dias. c) identificar e apontar para a Secretaria da Receita Fe-
d) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda. deral do Brasil os casos de ilícito fiscal envolvendo lavagem
e) conforme os votos da Diretoria Colegiada. de dinheiro.

81
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

d) prevenir a utilização dos setores econômicos para ( ) c) verificar se os seus clientes são pessoas politi-
lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. camente expostas, impedindo qualquer tipo de transação
e) discriminar as atividades principal ou acessória de financeira, caso haja a positivação dessa consulta.
pessoas físicas e jurídicas sujeitas às obrigações previstas ( ) d) comunicar previamente aos clientes suspeitos de
em lei. lavagem de dinheiro as possíveis sanções que estes sofre-
rão, caso continuem com a prática criminosa.
10. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico ( ) e) registrar as operações suspeitas em um sistema
Científico - Conhecimentos Básicos para os Cargos de apropriado e enviar para a polícia civil a lista dos possíveis
1 a 15) Com a evolução do mercado, produtos finan- criminosos, com a descrição das operações realizadas.
ceiros são modificados para atenderem a novas con-
junturas econômicas. Entre eles, a poupança, a letra 14. (CESPE - 2007 - Banco do Brasil - Escriturário
de câmbio, os commercial papers e as garantias tam- – 002) Garantia é a segurança dada ao titular de um
bém evoluíram. Entretanto, apesar das modificações, direito para que possa exercê-lo. É uma verdadeira
o equilíbrio entre a rentabilidade, a garantia e o risco proteção concedida ao credor, aumentando a possibi-
permanece no cerne da atividade bancária. Com rela- lidade de receber aquilo que lhe é devido. Acerca das
ção aos produtos financeiros, às garantias e aos crimes garantias do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo
de lavagem de dinheiro, julgue os itens que se seguem. Garantidor de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir.
O prazo de vencimento da letra de câmbio é li- A alienação fiduciária em garantia não tem por fi-
vremente pactuado, enquanto os commercial papers nalidade precípua a transmissão da propriedade, em-
(nota promissória comercial) têm prazo de vencimento bora esta seja sua natureza.
de, no mínimo, cento e oitenta dias. ( ) Certo ( ) Errado

( ) Certo ( ) Errado 15. (CESPE - 2007 - Banco do Brasil - Escriturário


– 002)
11. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil – Escri- Garantia é a segurança dada ao titular de um direi-
turário) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é cons- to para que possa exercê-lo. É uma verdadeira prote-
tituído por todas as instituições financeiras públicas ção concedida ao credor, aumentando a possibilidade
ou privadas existentes no país e seu órgão normativo de receber aquilo que lhe é devido. Acerca das garan-
máximo é o(a) tias do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo Garan-
a) Ministério da Fazenda. tidor de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir.
b) Conselho Monetário Nacional.
c) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e A fiança é uma garantia pessoal, na qual o credor
Social. não poderá exigir que seja substituído o fiador, quan-
d) Banco Central do Brasil. do o mesmo se tornar insolvente ou incapaz.
e) Caixa Econômica Federal. ( ) Certo ( ) Errado

12. (CESPE - 2010 - BRB – Escriturário) Em relação 16. (CESPE - 2007 - Banco do Brasil - Escriturário
ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e aos seus diver- – 002) Garantia é a segurança dada ao titular de um
sos órgãos, entidades e instituições, julgue os itens a direito para que possa exercê-lo. É uma verdadeira
seguir. proteção concedida ao credor, aumentando a possibi-
Ao Conselho Monetário Nacional (CMN) incumbe lidade de receber aquilo que lhe é devido. Acerca das
expedir normas gerais de contabilidade e estatística a garantias do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo
serem observadas pelas instituições financeiras. Garantidor de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir.
O aval, uma vez dado, não poderá ser cancelado
( ) Certo ( ) Errado pelo avalista.
( ) Certo ( ) Errado
13. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil - Escri-
turário) A Lei nº 9.613, de 1998, que dispõe sobre os 17. (CESPE - 2007 - Banco do Brasil - Escriturário
crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, de- – 002) Garantia é a segurança dada ao titular de um
termina que as instituições financeiras adotem alguns direito para que possa exercê-lo. É uma verdadeira
mecanismos de prevenção. Dentre esses mecanismos, proteção concedida ao credor, aumentando a possibi-
as instituições financeiras deverão lidade de receber aquilo que lhe é devido. Acerca das
( ) a) instalar equipamentos de detecção de metais na garantias do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo
entrada dos estabelecimentos onde acontecem as transa- Garantidor de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir.
ções financeiras. No penhor rural, a regra é que a coisa empenhada
( ) b) identificar seus clientes e manter seus cadastros continua em poder do devedor, que deve guardá-la e
atualizados nos termos de instruções emanadas pelas au- conservá-la.
toridades competentes. ( ) Certo ( ) Errado

82
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

18. (CESPE - 2007 - Banco do Brasil - Escriturário – d) comunicar previamente aos clientes suspeitos de la-
002) Garantia é a segurança dada ao titular de um direi- vagem de dinheiro as possíveis sanções que estes sofrerão,
to para que possa exercê-lo. É uma verdadeira proteção caso continuem com a prática criminosa.
concedida ao credor, aumentando a possibilidade de e) registrar as operações suspeitas em um sistema
receber aquilo que lhe é devido. Acerca das garantias apropriado e enviar para a polícia civil a lista dos possíveis
do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo Garantidor criminosos, com a descrição das operações realizadas.
de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir.
A hipoteca deverá sempre vir registrada em contra- 22. (FCC - 2011 - Banco do Brasil - Escriturário - Ed.
to, sob pena de nulidade. 03) Os profissionais e as instituições financeiras têm de
( )Certo ( ) Errado estar cientes que operações que possam constituir-se
em sérios indícios dos crimes previstos na lei de lava-
19. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico gem de dinheiro
Científico - Conhecimentos Básicos para os Cargos de 1 a) dependem de verificação prévia pelo Conselho de
a 15) Com a evolução do mercado, produtos financeiros Controle de Atividades Financeiras (COAF).
são modificados para atenderem a novas conjunturas b) precisam ser caracterizadas como ilícito tributário
econômicas. Entre eles, a poupança, a letra de câmbio, pela Receita Federal do Brasil.
os commercial papers e as garantias também evoluí- c) não incluem as transações no mercado à vista de
ram. Entretanto, apesar das modificações, o equilíbrio ações.
entre a rentabilidade, a garantia e o risco permanece no d) devem ser comunicadas no prazo de 24 horas às
cerne da atividade bancária. Com relação aos produtos autoridades competentes.
financeiros, às garantias e aos crimes de lavagem de di- e) devem ser comunicadas antecipadamente ao
nheiro, julgue os itens que se seguem. cliente.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(COAF), relacionado à prevenção e ao combate aos 23. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil – Escri-
crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, turário) A letra de câmbio é o instrumento de capta-
direitos e valores, é composto por servidores públicos, ção específico das sociedades de crédito, financiamen-
integrantes do quadro de pessoal efetivo do BACEN, da
to e investimento, sempre emitida com base em uma
CVM e da Superintendência de Seguros Privados (SU-
transação comercial e que, posteriormente ao aceite, é
SEP), entre outros órgãos.
ofertada no mercado financeiro. A letra de câmbio é
( ) Certo ( ) Errado
caracterizada por ser um título
a) ao portador, flexível quanto ao prazo de venci-
20. (FCC - 2013 - Banco do Brasil – Escriturário) O
mento.
crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um
conjunto de operações comerciais ou financeiras que b) atrelado à variação cambial.
buscam a incorporação na economia de cada país, de c) nominativo, com renda fixa e prazo determinado de
modo transitório ou permanente, de recursos, bens vencimento.
e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por d) negociável na Bolsa de Valores, com seu rendimen-
meio de um processo dinâmico que envolve, teorica- to atrelado ao dólar.
mente, três fases independentes: e) pertencente ao mercado futuro de capitais, com
a) cobrança, conversão e destinação. renda variável e nominativo.
b) colocação, ocultação e integração.
c) contratação, registro e utilização. 24. (CESPE - 2010 - Caixa - Técnico Bancário) Em re-
d) exportação, tributação e distribuição. lação aos mercados de ações, assinale a opção correta.
e) aplicação, valorização e resgate. a) Para configurar uma operação à vista, as liquidações
física e financeira das ações adquiridas devem ser necessa-
21. (CESGRANRIO - 2010 - Banco do Brasil – Escri- riamente efetivadas no mesmo dia da realização do negó-
turário) A Lei nº 9.613, de 1998, que dispõe sobre os cio em bolsa.
crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, de- b) Uma emissão de ações julgada fraudulenta após a
termina que as instituições financeiras adotem alguns efetuação do registro de emissão não poderá ser suspensa
mecanismos de prevenção. Dentre esses mecanismos, pela CVM.
as instituições financeiras deverão c) As ações negociadas nos mercados de balcão não
a) instalar equipamentos de detecção de metais na en- se submetem à regulação da CVM.
trada dos estabelecimentos onde acontecem as transações d) Considerando-se que a subscrição de ações pela
financeiras. própria companhia emissora equipara-se, de acordo com
b) identificar seus clientes e manter seus cadastros a lei aplicável, a um ato de distribuição de valores mobi-
atualizados nos termos de instruções emanadas pelas au- liários, a emissão de ações para esse fim condiciona-se a
toridades competentes. registro prévio na CVM.
c) verificar se os seus clientes são pessoas politicamen- e) As bolsas de valores e os mercados de balcão or-
te expostas, impedindo qualquer tipo de transação finan- ganizados compõem os ambientes onde são cursadas as
ceira, caso haja a positivação dessa consulta. operações do mercado primário de ações.

83
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

25. (CESPE - 2010 - Caixa - Técnico Bancário) Com


relação à atual configuração do mercado de capitais no ANOTAÇÕES
Brasil, assinale a opção correta.
a) A ação ordinária caracteriza-se pela atribuição
cumulativa de direito a voto em assembleias gerais e de ___________________________________________________
vantagem consistente em prioridade na distribuição de di-
videndo, fixo ou mínimo. ___________________________________________________
b) A subscrição de ações emitidas por companhia
aberta se dá, segundo a doutrina corrente, no chamado ___________________________________________________
mercado primário. ___________________________________________________
c) As ações podem ser nominativas, endossáveis ou
ao portador. ___________________________________________________
d) Ao alienar debêntures a outro investidor, aquele
que as subscreveu atua no mercado primário de valores ___________________________________________________
mobiliários, visto que, nesse mercado, negociam-se todas
___________________________________________________
as espécies de títulos de emissão de sociedades anônimas,
à exceção das ações. ___________________________________________________
e) A emissão pública e a negociação, em bolsa de va-
lores ou em mercado de balcão, de quaisquer valores mo- ___________________________________________________
biliários independem de registro na CVM.
___________________________________________________
GABARITO: ___________________________________________________

01 D ___________________________________________________
02 A
___________________________________________________
03 C
04 B ___________________________________________________
05 E
06 Certo ___________________________________________________
07 C
08 B ___________________________________________________
09 D ___________________________________________________
10 Errado
11 B ___________________________________________________
12 Certo
13 B ___________________________________________________
14 Certo ___________________________________________________
15 Errado
16 Errado ___________________________________________________
17 Certo
18 Errado ___________________________________________________
19 Certo ___________________________________________________
20 B
21 B ___________________________________________________
22 D
23 C ___________________________________________________
24 D ___________________________________________________
25 B
___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

84
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES (C) Frederico muito assustado, na porta da sala ob-


(LÍNGUA PORTUGUESA) servava, aquelas pessoas, silenciosas.
(D) Frederico, muito assustado, na porta da sala,
01-) (FUNDAÇÃO PROCON/SP – ANALISTA DE SU- observava aquelas pessoas silenciosas.
PORTE ADMINISTRATIVO I – VUNESP/2013) A pesqui- (E) Frederico muito, assustado, na porta da sala ob-
sa foi feita em abril em 15 drogarias nas cinco regiões do servava, aquelas pessoas silenciosas.
município de São Paulo. Foram pesquisados 58 medica-
mentos, sendo 29 de referência e 29 genéricos. Como as alternativas apresentam o mesmo assunto,
Assinale a alternativa em que a substituição da for- não identifiquei as inadequações nas demais alternativas,
ma verbal destacada não altera a concordância e o tem- já que a correta indica qual a pontuação adequada.
po verbal, e em que a colocação pronominal está correta.
(A) Se pesquisou RESPOSTA: “D”.
(B) Pesquisar-se-ão
(C) Pesquisam-se 04-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES –
(D) Pesquisaram-se FCC/2014 - ADAPTADA) No trecho Refiro-me aos li-
(E) Se pesquisariam vros que foram escritos e publicados, mas estão – talvez
para sempre – à espera de serem lidos, o uso do acento
(A) Se pesquisou = pesquisou-se de crase obedece à mesma regra seguida em:
(B) Pesquisar-se-ão = alteração do tempo verbal (futuro (A) Acostumou-se àquela situação, já que não sabia
do presente) como evitá-la.
(C) Pesquisam-se = presente do Indicativo (B) Informou à paciente que os remédios haviam
(D) Pesquisaram-se = pretérito perfeito do Indicativo surtido efeito.
(E) Se pesquisariam = pesquisaram-se (C) Vou ficar irritada se você não me deixar assistir
à novela.
RESPOSTA: “D”. (D) Acabou se confundindo, após usar à exaustão a
velha fórmula.
02-) (COREN/SP – ASSISTENTE DE COMUNICA- (E) Comunique às minhas alunas que as provas es-
ÇÃO – Vunesp/2013) Considerando o uso do acento tão corrigidas.
indicativo de crase, assinale a alternativa que completa,
correta e respectivamente, as lacunas. *Dica: Dá para substituirmos “à espera” por “esperando”.
• Todos os deputados mostraram-se favoráveis ____ Se tem sentido, então o “a” tem acento grave. Diferente de: A
redução da jornada de trabalho dos profissionais da saú- espera deixou-me irritada! “Esperando deixou-me irritada...
de. Nesse caso, não “deu”! Então o “a” não tem acento grave.
• A última redação do projeto passou ____ incluir As alternativas A, B, C e D apresentam “à” devido à re-
algumas reivindicações dos servidores que não faziam gência dos verbos (acostumou-se à, informou algo a al-
parte de sua primeira versão. guém, assistir à (sentido de ver) e comunicou algo a al-
• Agora o projeto de lei será submetido ______ uma guém). A única que não obedece à regência, mas que nos
análise criteriosa do governador e de seus assessores. dá uma noção de advérbio de modo (exaustivamente) é a
(A) à … à … à alternativa D.
(B) à … a … a
(C) a … à … à RESPOSTA: “D”.
(D) à … a … à
(E) a … à … a (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 –
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder às ques-
Favoráveis a quê? = à redução tões de números 05 a 07, considere o texto abaixo.
Passou a incluir – verbo no infinitivo (sem acento indi-
cativo de crase) A marca da solidão
Submetido a quê? = a uma (artigo indefinido)
à/a/a= Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão
de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços do-
RESPOSTA: “B”. brados e a testa pousada sobre eles, seu rosto forman-
do uma tenda de penumbra na tarde quente.
03-) (UNESP/SP – CAMPUS DE TUPÃ – ASSISTENTE Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den-
OPERACIONAL II – ÁREA DE ATUAÇÃO: REPARAÇÃO tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com
GERAL – VUNESP/2013) Assinale a alternativa em que o pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque-
emprego das vírgulas está correto. nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é
(A) Frederico muito assustado, na porta da sala, ob- capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a
servava, aquelas pessoas silenciosas. marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
(B) Frederico, muito assustado, na porta da sala ob- (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de
servava, aquelas pessoas, silenciosas. Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

85
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

05-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – 09-) (IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM – CCI] –


FCC/2014) No texto, o substantivo usado para ressaltar o VUNESP/2011 - ADAPTADA) Assinale a alternativa em que
universo reduzido no qual o menino detém sua atenção é o trecho – O teste decisivo e derradeiro para ele, cidadão
(A) fresta. ansioso e sofredor...– está escrito corretamente no plural.
(B) marca. (A) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadãos
(C) alma. ansioso e sofredores...
(D) solidão. (B) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadãos
(E) penumbra. ansioso e sofredores...
(C) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadãos
Com palavras do próprio texto responderemos: o mun- ansiosos e sofredores...
do cabe numa fresta. (D) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadões
ansioso e sofredores...
RESPOSTA: “A”. (E) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadãos
ansiosos e sofredores...
06-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 –
FCC/2014) No primeiro parágrafo, a palavra utilizada Como os itens apresentam o mesmo texto, a alternativa
em sentido figurado é correta já indica onde estão as inadequações nos demais itens.
(A) menino.
(B) chão. RESPOSTA: “C”.
(C) testa.
(D) penumbra. 10-) (IAMSPE/SP – ATENDENTE [PAJEM – CCI] – VU-
(E) tenda. NESP/2011) Assinale a alternativa que apresenta o uso cor-
reto das vírgulas.
Novamente, responderemos com frase do texto: seu (A) Marta antes do almoço, arrumou o berço do bebê,
rosto formando uma tenda. as camas, e a sala de visitas.
(B) Marta, antes do almoço arrumou, o berço do bebê
RESPOSTA: “E”. as camas, e a sala de visitas.
(C) Marta, antes do almoço, arrumou, o berço do bebê,
07-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – as camas, e a sala de visitas.
FCC/2014) No primeiro parágrafo, o pronome “eles” (D) Marta, antes do almoço, arrumou o berço do bebê,
substitui a palavra as camas e a sala de visitas.
(A) bruços.
(E) Marta antes do almoço, arrumou, o berço do bebê,
(B) quentes.
as camas, e a sala de visitas.
(C) paralelepípedos.
(D) braços.
Como os itens apresentam o mesmo texto, a alternativa
(E) tufos.
correta já indica as inadequações nos demais itens.
*Lembre-se: durante a realização de sua prova, use o
RESPOSTA: “D”.
caderno de questões! Grife-o, faça flechas, sublinhe, enfim,
destaque o que for necessário para facilitar a compreensão!
Retomando o texto: Tem os braços dobrados e a testa 11-) (IAMSPE/SP – ATENDENTE [PAJEM – CCI] – VU-
pousada sobre eles. NESP/2011). Assinale a alternativa em que o emprego do
acento indicativo de crase está correto.
RESPOSTA: “D”. (A) O bebê chorava à cada duas horas.
(B) Às mulheres da rua, Marta entregou convite para a festa.
158-) (IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) (C) Joel mostrou-se tranquilo à partir do seu aniversário.
– VUNESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho (D) O casal veio à pé até a cidade.
– Mas ela cresceu ... – está corretamente reescrito no (E) Marta falou de sua situação primeiro à uma vizinha.
plural, com o verbo no tempo futuro.
(A) Mas elas cresceram... (A) O bebê chorava à cada = a cada duas horas .
(B) Mas elas cresciam... (B) Às mulheres da rua, Marta entregou convite para a festa.
(C) Mas elas cresçam... ( Marta entregou o convite às mulheres da rua)
(D) Mas elas crescem... (C) Joel mostrou-se tranquilo à partir = a partir (verbo no
(E) Mas elas crescerão... infinitivo)
(D) O casal veio à pé até a cidade. = a pé
Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas elas (E) Marta falou de sua situação primeiro à uma vizinha.
crescerão... = a uma (artigo indefinido)

RESPOSTA: “E”. RESPOSTA: “B”.

86
LÍNGUA INGLESA

Conhecimento de um vocabulário fundamental e dos aspectos gramaticais básicos para a interpretação de textos
técnicos........................................................................................................................................................................................................................ 01
LÍNGUA INGLESA

A compreensão do texto lido depende: da capacida-


CONHECIMENTO DE UM VOCABULÁRIO de do leitor em relacionar ideias, estabelecer referências,
FUNDAMENTAL E DOS ASPECTOS fazer inferências ou deduções lógicas, identificar palavras
GRAMATICAIS BÁSICOS PARA A que sinalizam ideias, além da percepção de elementos que
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS colaborem na compreensão de palavras, como os prefixos
TÉCNICOS. e sufixos e não simplesmente, como muitos acreditam, o
conhecimento de vocabulário, ou seja, só o conhecimento
de vocabulário é insuficiente para compreender um texto.
Como a leitura é um processo, para ler de forma mais ativa,
rápida e, desse modo, mais efetiva, procure:
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS EM INGLÊS » quebrar o hábito de ler palavra por palavra;
» usar seu prévio conhecimento sobre o assunto;
Língua é fundamentalmente um fenômeno oral. É, por- » dominar as estratégias que fortalecerão este proces-
tanto indispensável desenvolver certa familiaridade com o so;
idioma falado, e mais especificamente, com a sua pronún- » prestar atenção ao contexto em que o texto está co-
cia, antes de se procurar dominar o idioma escrito. locado
A inversão desta sequência pode causar vícios de pro- » fortalecer as estruturas gramaticais que sustentam a
núncia resultantes da incorreta interpretação fonética das formulação das ideias apresentadas.
letras. Principalmente no caso do aprendizado de inglês,
onde a correlação entre pronúncia e ortografia é extrema- Prevendo o conteúdo de um texto
mente irregular e a interpretação oral da ortografia mui- É a primeira coisa a fazer antes de começar a leitura
to diferente do português, e cuja ortografia se caracteriza do texto.
também pela ausência total de indicadores de sílaba tôni- É possível, muitas vezes, antecipar ou prever o conteú-
ca, torna-se necessário priorizar e antecipar o aprendizado do de um texto, através do título, de um subtítulo, gráfico
oral. ou figura incluídos. O título, quando bem escolhido, identi-
Satisfeita esta condição ou não, o exercício de leitura fica o assunto do texto.
em inglês deve iniciar a partir de textos com vocabulário
reduzido, de preferência com uso moderado de expres-
Técnica de leitura – Scanning (habilidade de leitura
sões idiomáticas, regionalismos, e palavras “difíceis” (de
em alta velocidade)
rara ocorrência). Proximidade ao nível de conhecimento
do aluno é pois uma condição importante. Outro aspecto, É uma habilidade que ajuda o leitor a obter informação
também importante, é o grau de atratividade do texto. O de um texto sem ler cada palavra. É uma rápida visualiza-
assunto, se possível, deve ser de alto interesse para o lei- ção do texto como um scanner faz quando, rapidamente,
tor. Não é recomendável o uso constante do dicionário, e lê a informação contida naquele espaço. Scanning envolve
este, quando usado, deve de preferência ser inglês - inglês. mover os olhos de cima para baixo na página, procurando
A atenção deve concentrar-se na ideia central, mesmo que palavras chaves, frases especificas ou ideias. Ao realizar o
detalhes se percam, e o aluno deve evitar a prática da tra- scanning procure verificar se o autor fez uso de organiza-
dução. O leitor deve habituar-se a buscar identificar sem- dores no texto, como: números, letras, passos ou as pala-
pre em primeiro lugar os elementos essenciais da oração, vras primeiro, segundo, próximas. Procure por palavras em
ou seja, sujeito, verbo e complemento. A maior dificuldade negrito, itálico, tamanhos de fontes ou cores diferentes. O
nem sempre é entender o significado das palavras, mas sua processo de scanning é muito útil para encontrar informa-
função gramatical e consequentemente a estrutura da frase. ções específicas de, por exemplo, um número de telefone
O grau de dificuldade dos textos deve avançar gradati- numa lista, uma palavra num dicionário, uma data de nasci-
vamente, e o aluno deve procurar fazer da leitura um hábi- mento, ou de falecimento numa biografia, um endereço ou
to frequente e permanente. a fonte para a resposta de uma determinada pergunta sua.
Após “escanear” o documento, você deve usar a técnica de
Técnicas de Leitura: Skimming e Scanning”
skimming.
Existem diferentes estilos de leituras para diferentes
situações. Páginas na internet, romances, livros textos, ma-
nuais, revistas, jornais e correspondência são alguns dos Técnica de leitura – Skimming
itens lidos por pessoas todos os dias. Leitores eficientes O processo de skimming permite ao leitor identificar
e efetivos aprendem a usar muitos estilos de leitura para rapidamente a ideia principal ou o sentido geral do texto. O
diferentes propósitos. Por exemplo, você pode ler por pra- uso do skimming é frequente quando a pessoa tem muito
zer, para obter informações ou para completar uma tare- material para ler em pouco tempo. Geralmente a leitura no
fa. A técnica escolhida irá depender do objetivo da leitura. skimming é realizada com a velocidade de três a quatro
Scanning, skimming, e leituras críticas são diferentes estilos vezes maior que a leitura normal. Diferentemente do scan-
de leituras. Se você está procurando por informação, de- ning, skimming é mais abrangente; exige conhecimento de
ve-se usar scanning para uma palavra específica. Se você organização de texto, a percepção de dicas de vocabulário,
está explorando ou revendo um documento deve-se usar habilidade para inferir ideias e outras habilidades de leitura
a skimming. mais avançadas.

1
LÍNGUA INGLESA

Existem muitas estratégias que podem ser usadas ao realizar o skimming. Algumas pessoas leem o primeiro e o último
parágrafo usando títulos, sumários e outros organizadores na medida que leem a página ou a tela do monitor. Você pode
ler o titulo, subtítulo, cabeçalhos, e ilustrações. Considere ler somente a primeira sentença de cada parágrafo. Esta técnica
é útil quando você está procurando uma informação especifica em vez de ler para compreender. Skimming funciona bem
para achar datas, nomes, lugares e para revisar figuras e tabelas. Use skimming para encontrar a ideia principal do texto e
ver se um artigo pode ser de interesse em sua pesquisa.

Muitas pessoas consideram scanning e skimming como técnicas de pesquisa do que estratégias de leitura. Entretanto,
quando é necessário ler um grande volume de informação, elas são muito práticas, como exemplo durante a procura de
uma informação específica, de dicas, ou ao revisar informações. Assim, scanning e skimming auxiliam-no na definição de
material que será lido ou descartado.

1) Procure identificar os elementos essenciais da oração - o sujeito e o verbo.


O português se caracteriza por uma certa flexibilidade com relação ao sujeito. Existem as figuras gramaticais do sujeito
oculto, indeterminado e inexistente, para justificar a ausência do sujeito. Mesmo quando não ausente, o sujeito frequente-
mente aparece depois do verbo, e às vezes até no fim da frase (ex: Ontem apareceu um vendedor lá no escritório).
O inglês é mais rígido: praticamente não existem frases sem sujeito e ele aparece sempre antes do verbo em frases
afirmativas e negativas. O sujeito é sempre um nome próprio (ex: Paul is my friend), um pronome (ex: He’s my friend) ou
um substantivo (ex: The house is big).
Pode-se dizer que o pensamento em inglês se estrutura a partir do sujeito; em seguida vêm o verbo, o complemento,
e os adjuntos adverbiais. Para uma boa interpretação de textos em inglês, não adianta reconhecer o vocabulário apenas; é
preciso compreender a estrutura, e para isso é de fundamental importância a identificação do verbo e do sujeito.

2) Não se atrapalhe com os substantivos em cadeia. Leia-os de trás para frente.


A ordem normal em português é substantivo – adjetivo (ex: casa grande), enquanto que em inglês é o inverso (ex: big
house). Além disto, qualquer substantivo em inglês é potencialmente também um adjetivo, podendo ser usado como tal.
Exemplos:
brick house = casa de tijolos
vocabulary comprehension test = teste de compreensão de vocabulário health quality improvement measures = medi-
das de melhoramento da qualidade da saúde

English vocabulary comprehension test = teste de compreensão de vocabulário de inglês


Sempre que o aluno se defrontar com um aparente conjunto de substantivos enfileirados, deve lê-los de trás para
diante intercalando a preposição “de”.

3) Cuidado com o sufixo ...ing.


O aluno principiante tende a interpretar o sufixo ...ing unicamente como gerúndio, quando na maioria das vezes ele
aparece como forma substantivada de verbo ou ainda como adjetivo. Se a palavra terminada em ...ing for um substantivo,
poderá figurar na frase como sujeito, enquanto que se for um verbo no gerúndio, jamais poderá ser interpretado como
sujeito nem como complemento. Este é um detalhe que frequentemente compromete seriamente o entendimento.

gerund – Ex: We are planning to ...


(gerúndio)        What are you doing?
noun – Ex: He likes fishing and camping, and hates accounting.
...ing
(substantivo)        This apartment building is new.
adjective – Ex: This is interesting and exciting to me.
(adjetivo)        That was a frightening explosion.

4) Familiarize-se com os principais sufixos.


A utilidade de se conhecer os principais sufixos e suas respectivas regras de formação de palavras, do ponto de vista
daquele que está desenvolvendo familiaridade com inglês, está no fato de que este conhecimento permite a identificação
da provável categoria gramatical mesmo quando não se conhece a palavra no seu significado, o que é de grande utilidade
na interpretação de textos.

Vejam as regras de formação de palavras abaixo e seus respectivos sufixos, com alguns exemplos:

SUBSTANTIVO + ...ful = ADJETIVO (significando full of …, having …) SUBSTANTIVO + ...less = ADJETIVO (signifi-
cando without …)

2
LÍNGUA INGLESA

SUBSTANTIVO ...ful ADJETIVO ...less ADJETIVO


care (cuidado) careful (cuidadoso) careless (descuidado)
harm (dano, prejuízo) harmful (prejudicial) harmless (inócuo, inofensivo)
hope (esperança) hopeful (esperançoso) hopeless (que não tem esperança)
meaning (significado) meaningful (significativo) meaningless (sem sentido)
pain (dor) painful (doloroso) painless (indolor)
power (potência) powerful (potente) powerless (impotente)
use (uso) useful (útil) useless (inútil)
beauty (beleza) beautiful (belo, bonito) -
skill (habilidade) skillful (habilidoso) -
wonder (maravilha) wonderful (maravilhoso) -

end (fim) - endless (interminável)


home (casa) - homeless (sem-teto)
speech (fala) - speechless (sem fala)
stain (mancha) - stainless (sem mancha, inoxidável)
top (topo) - topless (sem a parte de cima)
wire (arame, fio) - wireless (sem fio)
worth (valor) - worthless (que não vale nada)

SUBSTANTIVO + …hood = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser).
Há cerca de mil anos atrás, no período conhecido como Old English, hood era uma palavra independente, com um significa-
do amplo, relacionado à pessoa, sua personalidade, sexo, nível social, condição. A palavra ocorria em conjunto com outros
substantivos para posteriormente, com o passar dos séculos, se transformar num sufixo.

SUBSTANTIVO CONTÁVEL …hood SUBSTANTIVO ABSTRATO

adult (adulto) adulthood (maturidade)


brother (irmão) brotherhood (fraternidade)
child (criança) childhood (infância)
father (pai) fatherhood (paternidade)
mother (mãe) motherhood (maternidade)
neighbor (vizinho) neighborhood (vizinhança)

SUBSTANTIVO + …ship = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser).
A origem do sufixo _ship é uma história semelhante à do sufixo _hood. Tratava-se de uma palavra independente na época
do Old English, relacionada a shape e que tinha o significado de criar, nomear. Ao longo dos séculos aglutinou-se com o
substantivo a que se referia adquirindo o sentido de estado ou condição de ser tal coisa.

SUBSTANTIVO CONTÁVEL …ship SUBSTANTIVO ABSTRATO

citizen (cidadão) citizenship (cidadania)


dealer (negociante, revendedor) dealership (revenda)
dictator (ditador) dictatorship (ditadura)
friend (amigo) friendship (amizade)
leader (líder) leadership (liderança)
member (sócio, membro de um clube) membership (qualidade de quem é sócio)
owner (proprietário) ownership (posse, propriedade)
partner (sócio, companheiro) partnership (sociedade comercial)
relation (relação) relationship (relacionamento)

3
LÍNGUA INGLESA

ADJETIVO + …ness = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o estado, a qualidade de).

ADJETIVO …ness SUBSTANTIVO ABSTRATO

dark (escuro) darkness (escuridão)


happy (feliz) happiness (felicidade)
kind (gentil) kindness (gentileza)
polite (bem-educado) politeness (boa educação)
selfish (egoísta) selfishness (egoísmo)
soft (macio, suave) softness (maciez, suavidade)
thick (grosso, espesso) thickness (espessura)
useful (útil) usefulness (utilidade)
weak (fraco) weakness (fraqueza)
youthful (com aspecto de jovem) youthfulness (característica de quem é jovem)

ADJETIVO + …ity = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o mesmo que o anterior: o estado, a qualidade de;
equivalente ao sufixo ...idade do português). Uma vez que a origem deste sufixo é o latim, as palavras a que se aplica são
na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança com o português.

ADJETIVO …ity SUBSTANTIVO ABSTRATO

able (apto, que tem condições de) ability (habilidade, capacidade)


active (ativo) activity (atividade)
available (disponível) availability (disponibilidade)
complex (complexo) complexity (complexidade)
flexible (flexível) flexibility (flexibilidade)
generous (generoso) generosity (generosidade)
humid (úmido) humidity (umidade)
personal (pessoal) personality (personalidade)
possible (possível) possibility (possibilidade)
probable (provável) probability (probabilidade)
productive (produtivo) productivity (produtividade)
responsible (responsável) responsibility (responsabilidade)
sincere (sincero) sincerity (sinceridade)

VERBO + …tion (…sion) = SUBSTANTIVO (sufixo de alta produtividade significando o estado, a ação ou a instituição;
equivalente ao sufixo ...ção do português). A origem deste sufixo é o latim. Portanto, as palavras a que se aplica são na
grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança e equivalência com o português.

VERBO ...tion SUBSTANTIVO

accommodate (acomodar) accommodation (acomodação)


acquire (adquirir) acquisition (aquisição, assimilação)
act (atuar, agir) action (ação)
administer (administrar) administration (administração)
attend (participar de) attention (atenção)

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LÍNGUA INGLESA

cancel (cancelar) cancellation (cancelamento)


collect (coletar, colecionar) collection (coleta, coleção)
communicate (comunicar) communication (comunicação)
compose (compor) composition (composição)
comprehend (compreender) comprehension (compreensão)
confirm (confirmar) confirmation (confirmação)
connect (conectar) connection (conexão)
consider (considerar) consideration (consideração)
construct (construir) construction (construção)
contribute (contribuir) contribution (contribuição)
converse (conversar) conversation (conversação)
cooperate (cooperar) cooperation (cooperação)
correct (corrigir) correction (correção)
corrupt (corromper) corruption (corrupção)
create (criar) creation (criação)

define (definir) definition (definição)


demonstrate (demonstrar) demonstration (demonstração)
deport (deportar) deportation (deportação)
describe (descrever) description (descrição)
direct (direcionar) direction (direção)
discuss (discutir) discussion (discussão)
distribute (distribuir) distribution (distribuição)

educate (educar, instruir) education (educação, instrução)


elect (eleger) election (eleição)
evaluate (avaliar) evaluation (avaliação)
exaggerate (exagerar) exaggeration (exagero)
examine (examinar) examination (exame)
except (excluir, fazer exceção) exception (exceção)
explain (explicar) explanation (explicação)
explode (explodir) explosion (explosão)
express (expressar) expression (expressão)
extend (extender, prorrogar) extension (prorrogação)
form (formar) formation (formação)
found (fundar, estabelecer) foundation (fundação)
generalize (generalizar) generalization (generalização)
graduate (graduar-se, formar-se) graduation (formatura)
humiliate (humilhar) humiliation (humilhado)
identify (identificar) identification (identificação)
imagine (imaginar) imagination (imaginação)
immerse (imergir) immersion (imersão)
incorporate (incorporar) incorporation (incorporação)
infect (infeccionar) infection (infecção)
inform (informar) information (informação)
inject (injetar) injection (injeção)
inspect (inspecionar) inspection (inspeção)
instruct (instruir) instruction (instrução)
intend (ter intenção, pretender) intention (intenção)
interpret (interpretar) interpretation (interpretação)
introduce (introduzir, apresentar) introduction (introdução, apresentação)
justify ( justificar, alinhar texto) justification ( justificação, alinhamento de texto)
legislate (legislar) legislation (legislação)
locate (localizar) location (localização)
lubricate (lubrificar) lubrication (lubrificação)

5
LÍNGUA INGLESA

menstruate (menstruar) menstruation (menstruação)


modify (modificar) modification (modificação)
motivate (motivar) motivation (motivação)
nominate (escolher, eleger) nomination (escolha de um candidato)
normalize (normalizar) normalization (normalização)
obligate (obrigar) obligation (obrigação)
operate (operar) operation (operação)
opt (optar) option (opção)
organize (organizar) organization (organização)
orient (orientar) orientation (orientação)
permit (permitir) permission (permissão)
pollute (poluir) pollution (poluição)
present (apresentar) presentation (apresentação)
privatize (privatizar) privatization (privatização)
produce (produzir) production (produção)
promote (promover) promotion (promoção)
pronounce (pronunciar) pronunciation (pronúncia)
protect (proteger) protection (proteção)
qualify (qualificar) qualification (qualificação)
quest (buscar, procurar) question (pergunta)
receive (receber) reception (recepção)
reduce (reduzir) reduction (redução)
register (registrar) registration (registro)
regulate (regular) regulation (regulamento)
relate (relacionar) relation (relação)
repete (repetir) repetition (repetição)
revolt (revoltar-se) revolution (revolução)
salve (salvar) salvation (salvação)
select (selecionar) selection (seleção)
situate (situar) situation (situação)
solve (resolver, solucionar) solution (solução)
transform (transformar) transformation (transformação)
translate (traduzir) translation (tradução)
transmit (transmitir) transmission (transmissão)
transport (transportar) transportation (transporte)

6
LÍNGUA INGLESA

VERBO + …er = SUBSTANTIVO (significando o agente da ação; sufixo de alta produtividade).

VERBO ...er SUBSTANTIVO

bank (banco) banker (banqueiro)


blend (misturar) blender (liquidificador)
boil (ferver) boiler (tanque de aquecimento, caldeira)
call (chamar, ligar) caller (aquele que faz uma ligação telefônica)
compute (computar) computer (computador)
drum (tamborear, tocar bateria) drummer (baterista)
dry (secar) drier (secador)
drive (dirigir) driver (motorista)
erase (apagar) eraser (apagador, borracha)
fight (lutar) fighter (lutador, caça)
freeze (congelar) freezer (congelador)
interpret (interpretar) interpreter (intérprete)
kill (matar) killer (matador, assassino)
lead (liderar) leader (líder)
light (iluminar, acender) lighter (isqueiro)
lock (chavear) locker (armário de chavear)
love (amar) lover (amante)
manage (gerenciar) manager (gerente)
paint (pintar) painter (pintor)
photograph (fotografar) photographer (fotógrafo)
print (imprimir) printer (impressora)
prosecute (acusar) prosecuter (promotor)
publish (publicar) publisher (editor)
read (ler) reader (leitor)
record (gravar, registrar) recorder (gravador)
report (reportar) reporter (repórter)
rob (assaltar) robber (assaltante)
sing (cantar) singer (cantor)
smoke (fumar) smoker (fumante)
speak (falar) speaker (porta-voz, aquele que fala)
supply (fornecer) supplier (fornecedor)
teach (ensinar) teacher (professor)
train (treinar) trainer (treinador)
travel (viajar) traveler (viajante)
use (usar) user (usuário)
wait (esperar) waiter (garçom)
wash (lavar) washer (lavador, máquina de lavar)
work (trabalhar) worker (trabalhador, funcionário)
write (escrever) writer (escritor)

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LÍNGUA INGLESA

VERBO + …able (...ible) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …ável ou …ível do português; sufixo de alta produtivida-
de). Sua origem é o sufixo _abilis do latim, que significa capaz de, merecedor de.

VERBO …able (...ible) ADJETIVO

accept (aceitar) acceptable (aceitável)


access (acessar) accesible (acessível)
achieve (realizar, alcançar um resultado) achievable (realizável)
advise (aconselhar) advisable (aconselhável)
afford (proporcionar, ter meios para custear) affordable (que dá para comprar)
apply (aplicar, candidatar-se a) applicable (aplicável)
avail (proporcionar, ser útil) available (disponível)
believe (acreditar, crer) believable (acreditável)
compare (comparar) comparable (comparável)
comprehend (abranger, compreender) comprehensible (abrangente, compreensível)
predict (predizer, prever) predictable (previsível)
question (questionar) questionable (questionável)
rely (confiar) reliable (confiável)
respond (responder) responsible (responsável)
sense (sentir) sensible (sensível)
trust (confiar) trustable (confiável)
understand (entender) understandable (inteligível)
value (valorizar) valuable (valioso)

VERBO + …ive (…ative) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …tivo ou …ível do português; sufixo de alta produtivida-
de). Sua origem é o sufixo _ivus do latim, que significa ter a capacidade de.

VERBO …ive (…ative) ADJETIVO

act (atuar) active (ativo)


administrate (administrar) administrative (administrativo)
affirm (afirmar) affirmative (affirmativo)
attract (atrair) attractive (atrativo)
communicate (comunicar) communicative (comunicativo)
conserve (conservar) conservative (conservador)
construct (construir) constructive (construtivo)
expend (gastar) expensive (caro)
explode (explodir) explosive (explosivo)
inform (informar) informative (informativo)
instruct (instruir) instructive (instrutivo)
interrogate (interrogar) interrogative (interrogativo)
offend (ofender) offensive (ofensivo)
prevent (prevenir) preventive (preventivo)
produce (produzir) productive (produtivo)

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LÍNGUA INGLESA

ADJETIVO + …ly = ADVÉRBIO (o mesmo que o sufixo …mente do português; sufixo de alta produtividade).

ADJETIVO …ly ADVÉRBIO

actual (real) actually (de fato, na realidade)


approximate (aproximado) approximately (aproximadamente)
basic (básico) basically (basicamente)
careful (cuidadoso) carefully (cuidadosamente)
careless (descuidado) carelessly (de forma descuidada)
certain (certo) certainly (certamente)
dangerous (perigoso) dangerously (perigosamente)
efficient (eficiente) efficiently (eficientemente)
eventual (final) eventually (finalmente)
exact (exato) exactly (exatamente)
final (final) finally (finalmente)
fortunate (afortunado, feliz) fortunately (felizmente)
frequent (frequente) frequently (frequentemente)
hard (duro, difícil) hardly (dificilmente)
hopeful (esperançoso) hopefully (esperemos que)
important (importante) importantly (de forma importante)
late (tarde, último) lately (ultimamente)
natural (natural) naturally (naturalmente)
necessary (necessário) necessarily (necessariamente)
normal (normal) normally (normalmente)
obvious (óbvio) obviously (obviamente)
occasional (ocasional, eventual) occasionally (ocasionalmente, eventualmente)
original (original) originally (originalmente)
perfect (perfeito) perfectly (perfeitamente)
permanent (permanente) permanently (permanentemente)
quick (ligeiro) quickly (ligeiramente)
real (real) really (realmente)
recent (recente) recently (recentemente)
regular (regular) regularly (regularmente)
sincere (sincero) sincerely (sinceramente)
slow (lento) slowly (lentamente)
successful (bem-sucedido) successfully (de forma bem-sucedida)
sudden (repentino) suddenly (repentinamente)
unfortunate (infeliz) unfortunately (infelizmente)
urgent (urgente) urgently (urgentemente)
usual (usual) usually (usualmente, normalmente)

Veja uma lista mais completa de sufixos e prefixos em Word Formation (Morfologia - Formação de Palavras)

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LÍNGUA INGLESA

5) Não se deixe enganar pelos verbos preposicionais.


Os verbos preposicionais, também chamados de phrasal verbs ou two-word verbs, confundem porque a adição da pre-
posição normalmente altera substancialmente o sentido original do verbo. Ex:

go off - disparar (alarme)


go - ir
go over - rever, verificar novamente
turn on - ligar
turn off - desligar
turn - virar, girar
turn down - desprezar
turn into - transformar em
put off - cancelar, postergar
put on - vestir, botar
put - colocar, botar put out - apagar (fogo)
put away - guardar
put up with - tolerar

6) Procure conhecer bem as principais palavras de conexão.


Words of connection ou words of transition são conjunções, preposições, advérbios, etc, que servem para estabelecer
uma relação lógica entre frases e ideias. Familiaridade com estas palavras é chave para o entendimento e a correta inter-
pretação de textos.

7) Cuidado com os falsos conhecidos.


Falsos conhecidos, também chamados de falsos amigos, são palavras normalmente derivadas do latim, que têm por-
tanto a mesma origem e que aparecem em diferentes idiomas com ortografia semelhante, mas que ao longo dos tempos
acabaram adquirindo significados diferentes.

8)  Use sua intuição, não tenha medo de adivinhar significados, e não dependa muito do dicionário.
Para nós, brasileiros, a interpretação de textos é facilitada pela semelhança no plano do vocabulário, uma vez que o
português é uma língua latina e o inglês possui cerca de 50% de seu vocabulário proveniente do latim. É principalmente no
vocabulário técnico e científico que aparecem as maiores semelhanças entre as duas línguas, mas também no vocabulário
cotidiano encontramos palavras que nos são familiares. É certo que devemos cuidar com os falsos cognatos (veja item
anterior). Estes, entretanto, não chegam a representar 0,1% do vocabulário de origem latina. Podemos portanto confiar na
semelhança. Por exemplo: bicycle, calendar, computer, dictionary, exam, important, intelligent, interesting, manual, modern,
necessary, pronunciation, student, supermarket, test, vocabulary, etc., são palavras que brasileiros entendem sem saber nada
de inglês. Assim sendo, o aluno deve sempre estar atento para quaisquer semelhanças. Se a palavra em inglês lembrar algo
que conhecemos do português, provavelmente tem o mesmo significado.
Leitura de textos mais extensos como jornais, revistas e principalmente livros é altamente recomendável para alunos
de nível intermediário e avançado, pois desenvolve vocabulário e familiaridade com as características estruturais da gra-
mática do idioma. A leitura, entretanto, torna-se inviável se o leitor prender-se ao hábito de consultar o dicionário para
todas palavras cujo entendimento não é totalmente claro. O hábito salutar a ser desenvolvido é exatamente o oposto. Ou
seja, concentrar-se na ideia central, ser imaginativo e perseverante, e adivinhar se necessário. Não deve o leitor desistir na
primeira página por achar que nada entendeu. Deve, isto sim, prosseguir com insistência e curiosidade. A probabilidade é
de que o entendimento aumente de forma surpreendente, à medida que o leitor mergulha no conteúdo do texto.

BIBLIOGRAFIA

Lado, Robert. Language teaching: A scientific approach. New York: McGraw Hill, 1964.

Tempos Verbais
Verbo é a classe de palavras que nomeia, descreve um estado ou uma ação. A maioria dos verbos em Inglês é dividida
em verbos regulares (regular verbs) e verbos irregulares (irregular verbs). Os verbos irregulares são os que não são
conjugados da mesma maneira que os regulares e para os quais não existe uma regra geral; para cada verbo irregular há
uma regra. Em Inglês, toda a sentença precisa ter um verbo, pelo menos.
Os tempos verbais na Língua Inglesa podem ser divididos basicamente em quatro grupos:
1. Simple Tenses;
2. Continuous Tenses / Progressive Tenses;
3. Perfect Tenses / Perfect Simple Tenses;
4. Perfect Continuous Tenses / Perfect Progressive Tenses.

10
LÍNGUA INGLESA

Começaremos a estudar os verbos a partir do Ver- - FORMAS:


bo “to be”, que é um dos verbos mais básicos em língua Apresentamos a seguir as formas do Simple Present
inglesa. (Presente Simples) do verbo to be. Na 1ª coluna encon-
  tra-se a forma sem contração e, na 2ª, mostramos a forma
Verbo to be - Verb to be contraída. A forma interrogativa não possui contração:
O verbo to be significa ser e estar em português e,
além desses dois significados, este verbo é muito usado no 1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA:
sentido de ficar (tornar-se). Observe os usos e as formas
deste verbo:
Forma sem Contração Forma Contraída
- USOS: I am I’m
You are You’re
Usa-se o verbo to be:
He is He’s
1. Para identificar e descrever pessoas e objetos: She is She’s
Richard is my friend. (Ricardo é meu amigo.)
It is It’s
We are We’re
I am Italian. (Eu sou Italiano.)
I’m from Spain. (Eu sou da Espa- You are You’re
nha.) They are They’re
It is a computer. (Isto é um com-
putador.)

They will be at the club waiting for me. (Eles estarão


no clube esperando por mim.) Examples:
They are French actors. (Eles são atores franceses.) I’m a waiter. (Eu sou garçom.)
Your mother will be very happy if you tell the truth.
(Sua mãe ficará muito feliz se você falar a verdade.)
I will be very grateful to you. (Eu ficarei muito grato
a você.) They are friends of mine. (Eles são meus amigos.)
Is she your sister? (Ela é sua irmã?) She is in the kitchen. (Ela está na cozinha.)
 
2. Nas expressões de tempo, idade* e lugar:
2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA:

It was raining this morning. Forma sem Contração Forma Contraída


(Hoje de manhã estava cho-
vendo.)
I am not ---x---
It is sunny today. (Hoje o dia
está ensolarado.)
I am twenty years old. (Tenho You are not You aren’t
vinte anos.)
He is not He isn’t

We are spending our vacation She is not She isn’t


in San Francisco.
(Estamos passando nossas It is not It isn’t
férias em São Francisco.)
Rachel is four years older than We are not We aren’t
me.
(Raquel é quatro anos mais You are not You aren’t
velha do que eu.)
They are not They aren’t
*OBSERVAÇÃO: Nas expressões que se referem a ida-
des o verbo to be equivale ao verbo ter, em Português. Examples:
Verbo To Be - Presente do Indicativo / Verb To Be - Mary is not happy. (Mary não está feliz.)
Simple Present/Present Simple It is not correct. [(Isto) Não está certo.]
O Simple Present é o equivalente, na língua inglesa, ao  
Presente do Indicativo, na língua portuguesa.

11
LÍNGUA INGLESA

3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGA- 2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA:


TIVA:

Forma Sem Contração Forma Contraída


Forma sem Contração Forma Contraída
I was not I wasn’t
am I? ---x---
You were not You weren’t
are you? ---x---
He was not He wasn’t
is he? ---x---
She was not She wasn’t
is she? ---x---
It was not It wasn’t
is it? ---x---
We were not We weren’t
are we? ---x---
You were not You weren’t
are you? ---x---
They were not They weren’t
are they? ---x---
Examples:
They were not good students. (Eles não eram bons
Example: alunos.)
 
Is she a journalist? (Ela é jornalista?) Mary wasn’t the main actress. (Mary não era a atriz
principal.)
Verbo To Be - Passado / Verb To Be - Past Simple/
Simple Past 3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGA-
TIVA:
- FORMAS:
Apresentamos a seguir as formas do Simple Past
(Passado Simples) do verbo to be. As formas afirmativas Forma Sem Contração Forma Contraída
e interrogativas do Simple Past não possuem contração; a
forma negativa é organizada da seguinte maneira: na 1ª was I? ---x---
coluna encontra-se a forma sem contração e na 2ª, mostra- were you? ---x---
mos a forma contraída:
was he? ---x---
1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA: was she? ---x---
was it? ---x---
Forma Sem Contração Forma Contraída were we? ---x---
were you? ---x---
I was ---x--- were they? ---x---
You were ---x---
He was ---x---
Example:
She was ---x---
Were you occupied when I called to
It was ---x---  
you? (Você estava ocupado quando
We were ---x--- lhe liguei?)
You were ---x---
They were ---x--- Verbo To Be - Futuro / Verb To Be - Simple Future
Apresentamos a seguir as formas do Simple Future
Examples: (Futuro Simples) do verbo to be. Na 1ª coluna encontra-
We were in a hurry last night and didn’t stop to talk to se a forma sem contração e na 2ª, mostramos a forma con-
him. (Estávamos com pressa ontem à noite e não paramos traída. A forma interrogativa não possui contração:
para falar com ele.)
It was too cold yesterday. (Estava muito frio ontem.)

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LÍNGUA INGLESA

1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA: He will not be a spoiled child. (Ele não será uma crian-
ça mimada.)
Forma Sem Contra-
Forma Contraída We will not be ready to play the game tomorrow. (Não
ção
estaremos preparados para jogar o jogo amanhã.)
I will be I’ll be
You will be You’ll be 3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGA-
TIVA:
He will be He’ll be
She will be She’ll be
Forma Sem Contração Forma Contraída
It will be It’ll be
will I be? ---x---
We will be We’ll be
will you be? ---x---
You will be You’ll be
will he be? ---x---
They will be They’ll be
will she be? ---x---
will it be? ---x---
Examples: will we be? ---x---
We will be on vacation next month. will you be? ---x---
(Estaremos de férias no mês que
vem.) will they be? ---x---
I think it will be raining tomorrow.
(Acho que estará chovendo ama-
nhã.) Examples:
She will be the most beautiful bride
in the whole world! (Ela será a noiva Will you be at home tomorrow evening? (Você vai es-
mais linda do mundo inteiro!) tar em casa amanhã à noite?)
Will I be late if I get there at nine o’clock? (Vou estar
atrasado se chegar lá às nove horas?)
Will he be waiting for me in the station? (Ela estará
esperando por mim na estação?)

I’ll be there at eight o’clock. Seguem abaixo as principais formas que a língua ingle-
(Estarei lá às oito horas.) sa emprega para indicar o tempo de uma ação ou de um
estado relativo no momento da fala ou da escrita:

PRESENT SIMPLE
O PRESENT SIMPLE é usado para indicar um estado
2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA: que é considerado permanente ou uma ação que ocorre
sempre:
The sun rises in the east and sets in the west.
Forma Sem Contra- (O sol nasce no leste e se põe no oeste.)
Forma Contraída
ção
I will not be I’ll not be / I won’t be Every day he leaves the office at 5.30.
(Todo dia ele sai do escritório às 17h30.)
You will not be You’ll not be / You won’t be
He will not be He’ll not be / He won’t be My brother works at BBC.
She will not be She’ll not be / She won’t be (Meu irmão trabalha na BBC.)

It will not be It’ll not be / It won’t be Um outro uso, menos frequente, é a indicação de uma
We will not be We’ll not be / We won’t be ação que ocorre no momento em que se fala (uma demons-
tração ou um comentário sobre futebol, por exemplo.)
You will not be You’ll not be / You won’t be
They’ll not be / They won’t Hooddle passes to Waddle, eho scores...
They will not be
be (Hoodle passa a bola para Waddle, que marca um gol...)

Examples: First I pour in the milk, then I add some flour...


I won’t be here next week. (Não estarei aqui na sema- (Primeiro coloco o leite, depois acrescento um pouco
na que vem.) de farinha...)

13
LÍNGUA INGLESA

No present simple , forma-se a 3ª pessoa do singular acrescentando-se ao infinitivo os sufixos –s ou –es, de


acordo com as Regras ortográficas.

he                                he                                                     he
she    walks                           she     watches                                   she     cries
it                                      it                                                        it

PRESENT CONTINUOUS
O present continuous é usado para indicar um estado atual ou um evento que está ocorrendo no momento da fala ou
próximo ao momento da fala, mas que não é considerado permanente:

He’s working for the BBC now.


(Ele está trabalhando na BBC agora.)

We’re living in a rented flat.


(Estamos morando em um apartamento alugado.)
He’s studing English.
(Ele está estudando inglês.)

It’s raining.
(Está chovendo.)

IMPORTANTE

Existem verbos que normalmente não se empregam na forma contínua em inglês, mesmo quando se referem a um
estado temporário. São eles:

to adore to imagine to need to remember to sound


to believe to know to owe to require to taste
to cost to like to please to resemble to think
to detest to love to prefer to see to understand
to hate to mean to recall to seem to want
to hear to mind to recognize to smell to wish

Alguns deles, no entanto, podem ser usados tanto no present continuous quanto no present simple, mas o seu signifi-
cado será diferente, dependendo da forma utilizada.

Veja as diferenças nos exemplos abaixo:

I think he is a good teacher. I’m thinking about going on holiday soon.


to think
(Eu acho que ele é um bom profes-
(Estou pensando em sair de férias em breve.)
sor.)
The weather appears to be better. He’s appearing at the Royal Theatre now.
to appear
(Ele está se apresentando no Royal Theatre ago-
(Parece que o tempo está melhor.)
ra.)

PAST

PAST SIMPLE
O past simple é usado para indicar um evento concluído no passado:

Exemplo: talked

14
LÍNGUA INGLESA

Para formar o past simple de verbos regulares, I have finished my homework so now I can play tennis.
acrescenta-se ao radical o sufixo –ed, como nesta frase: (Eu terminei o meu dever de casa, agora posso jogar
tênis.)
He talked about his vacation.
(Ele falou sobre suas férias.) I can’t write ai the moment because I’ve hurt my arm.
(Eu não posso escrever agora porque machuquei meu
The macht ended in a draw. braço.)
(O jogo terminou empatado.)
Talks have begun between América and Japan.
(As discussões entre os Estados Unidos e o Japão co-
The train left five minutes ago. meçaram.)
(O trem partiu há cinco minutos.)
The timetable has been changed.
Também é usado para indicar um estado que começou (O horário foi mudado.)
e terminou no passado:
Have you washed your hands?
I was a student at that time. (Você lavou as mãos?)
(Eu era um estudante naquela época.)
She’s changed a lot.
USED TO (Ela mudou muito.)
A forma USED TO é utilizada para indicar ações habi-
tuais no passado e que não ocorrem mais no presente: The cat has fought again.
(O gato brigou de novo.)
I used to cycle to school when I was a boy. They haven’t decided on the wedding date yet.
(Eu ia para a escola de bicicleta quando era menino.) (Eles não decidiram a data do casamento ainda.)
It has never been so hot in June.
PAST CONTINUOUS (Nunca fez tanto calor em junho.)
O past continuous é aplicado para indicar uma ação
que estava em andamento quando sobreveio outra. Nesse c)  Um evento que aconteceu no passado, em que o
caso a ação interrompida está no past continuous e a ação tempo não é mencionado. Essa forma é empregada princi-
que causou a interrupção está no past simple: palmente para indicar uma experiência em que o evento é
I was shaving when he arrived. mais importante que o tempo.
(Eu estava fazendo a barba quando ele chegou.) I have lived in London.
(Eu morei em Londres.)
It was raining when I woke up.
I’ve never been here before.
(Estava chovendo quando eu acordei.)
(Nunca estive aqui antes.)
O past continuous também é usado para indicar situa- It’s the best book I’ve ever read.
ções que estavam ocorrendo em um determinado momen- (É o melhor livro que já li.)
to no passado. Essa forma é encontrada, geralmente, na
descrição literária de um acontecimento: PAST PERFECT SIMPLE e PAST PERFECT CONTI-
NUOUS
The sun was shining and the birds were singing.
(O sol estava brilhando e os pássaros estavam cantan- Esses tempos indicam um estado, ação repetida ou
do.) contínua que durou até um ponto determinado no pas-
sado:
PRESENT PERFECT SIMPLE e PRESENT PERFECT They had been waiting for the bus for an hour qhen it
CONTINUOUS finally came.
(Eles estavam esperando pelo ônibus havia uma hora
quando ele finalmente apareceu.)
Essas duas formas são empregadas em três situações
básicas. Todas elas dão ênfase a algum tipo de conexão O past perfect é usado quando duas ações acontece-
entre o presente e o passado. ram no passado. A ação que ocorreu antes fica no past per-
fect e a que aconteceu depois no simple past.
a) Para um estado ou ação repetida ou contínua que
começou no passado e ainda persiste: We had just sat down when the doorbell rang.
(Nós acabáramos de sentar quando a campainha to-
b) Um evento no passado que causou um efeito que cou.)
ainda persiste ou que, de alguma forma, ainda é relevante
ao presente; no caso da forma negativa, refere-se a “não-o- Someone had told them before we arrived.
corrência” de um evento até o presente: (Alguém os tinha avisado antes de chegarmos.)

15
LÍNGUA INGLESA

FUTURE FUTURE PERFECT

FUTURE COM WILL O future perfect é formado com SHALL/WILL + HAVE


O future com WILL é usado para fazer referência a + particípio passado. Essa forma é empregada para indi-
eventos que não podem ser controlados pelo sujeito, car ações  ou estados  que terão terminado em um certo
como, por exemplo, previsões. ponto no futuro.
In 100 years the world will be a different place. On October 25th we will have been married for tem
(Daqui cem anos o mundo vai ser diferente.)
years.
(No dia 25 de outubro vamos fazer dez anos de ca-
The journey will take over three hours.
(A viagem levará mais de três horas.) sados.)

WILL também é usado para ações tomadas pelo sujeito He will have arrived by then.
no momento da fala: (A essa hora ele já está chegando.)

I’ll answer the phone. I shall have been here a month tomorrow.
(Vou atender o telefone.) (Amanhã vai fazer um mês que estou aqui.)

I will make a complain. OUTRAS EXPRESSÕES DE TEMPO


(Vou fazer uma reclamação.)
a) BE TO indica um evento programado:
FUTURE COM GOING TO
Elections are to be held next September.
Essa forma de futuro indica a intenção das pessoas ao (As eleições serão realizadas em setembro próximo.)
que já foi decidido e vai acontecer num futuro muito pró- The match was to have been played last Friday.
ximo. (O jogo era para ter ocorrido na Sexta-feira passada.)
My brother is going to sell his house.
(Meu irmão vai vender a casa dele.)
They were to leave today, but the flight eas cancelled.
She is going to visit her friends in the countryside next (Eles iam viajar hoje, mas o voo foi cancelado.)
week.
(Ela vai visitar seus amigos no interior na próxima se- Observações:
mana.) - É também usado para dar instruções ou ordens:

A forma GOING TO é usada quando podemos fazer You are to come back as soon as it finishes.
uma previsão de que um fato vai acontecer no futuro devi- (Você tem de voltar assim que terminar.)
do a um indício presente.
You are not to talk to me like that.
It’s cloudy. It’s going to rain. (Você não deve falar assim comigo.)
(Está nublado. Vai chover.)
- Com NEVER, tem-se a ideia de “destino”:
FUTURE COM PRESENT SIMPLE
He was never to see her again.
O present simple é empregado para fazer referência (Ele nunca mais a veria novamente.)
a eventos futuros que são parte de uma programação ou
tabela de horários:
She was never to recover.
The sun rises at 5.31 tomorrow. (Nunca mais ela iria se recuperar.)
(O Sol nasce às 5h31 amanhã.)
b) BE ABOUT TO indica uma ação iminente:
The plane takes off in twenty minutes.
(O avião decola daqui a vinte minutos.) We were about to go out when he rang.
(Estávamos para sair quando ele telefonou.)
FUTURE COM PRESENT CONTINUOUS
I think it’s about to rain.
O present continuous pode ser usado para fazer refe- (Acho que já vai chover.)
rência a eventos que foram planejados para acontecer no
futuro. Seu uso é similar ao de GOING TO. c)  JUST emprega-se com o present continuous e os
tempos perfeitos para indicar ações que ocorrem no mo-
England are playing against Scotland tonight. mento em que se fala ou escreve ou em um momento pró-
(A Inglaterra joga contra a Escócia hoje à noite.) ximo daquele em que se fala ou escreve:

16
LÍNGUA INGLESA

It’s just starting to rain.


(Está começando a chover neste momento.)

They have just gone out.


(Acabaram de sair.)

He had just gone out when I got there.


(Ele tinha acabado de sair quando cheguei lá.)

REGRAS ORTOGRÁFICAS
Todos os verbos, inclusive os regulares, estão sujeitos às seguintes regras ortográficas:

a) Se a última sílaba do radical terminar em uma consoante que não seja x, y ou w, for precedida de uma vogal (e não
de um ditongo) e for Tônica, dobra-se a consoante final antes de –ing e –ed:

clap                         clapping                     clapped


regret                      regretting                   regretted
admit                      admitting                   admitted
drop                        dropping                    dropped
occur                      occurring                   occurred
star                         starring                      starred
fulfill                       fulfilling                     fulfilled

Se a última sílaba não for a sílaba tônica da palavra, normalmente não se dobra a consoante final, como neste exemplo:

travel                          traveling                                 traveled

Alguns verbos terminados com outras letras dobram a consoante final mesmo que a última sílaba não seja a sílaba
tônica:
workship                    workshipping              workshipped

b) Os verbos terminados em consoante + -y têm esse y alterado para –i + -es na formação da 3ª pessoa do singular do
presente, e para –i + -ed na formação do past simple e  do particípio passado:

try                               tries                             tried


carry                           carries                         carried

IMPORTANTE
Os verbos terminados em vogal + y mantêm o y e recebem o sufixo –ed. Por exemplo: play – played.

Verbos terminados em –ie, ao contrário, trocam a terminação –ie por –y na formação do gerúndio:

Die                  dying
Lie                  lying

c)      Os verbos terminados em –e átono perdem o e antes de se acrescentar –ing:

give                 giving
hope                hoping
precede           preceding
 
d)     Os verbos terminados em –s, -z, -ch, -sh e –x formam a 3ª pessoa do singular do presente acrescentando-se –es
a suas terminação:
miss                            misses
fizz                             fizzes
scratch                        scratches
wish                            wishes
fix                               fixes

e)      Os verbos TO DO e TO GO (e seus compostos) também formam a 3ª pessoa do singular do presente acrescen-
tando-se –es:
do                               does
go                               goes

17
LÍNGUA INGLESA

IMPORTANTE
Há um grande número de verbos em inglês que têm formas irregulares para o past simple e para o particípio passado.

2. MODELO DE CONJUGAÇÃO – TEMPOS SIMPLES E COMPOSTOS


Mostraremos a seguir os tempos simples e compostos dos verbos em inglês, apresentando como exemplos o verbo TO
WORK (trabalhar) para a voz ativa e o verbo TO WRITE (escrever) para a voz passiva:

FORMA AFIRMATIVA
Present simple: I work. (Eu trabalho.)
Past simple: I worked. (Eu trabalhei.)
Present continuous: I am working. (Eu estou trabalhando.)
Past continuous: I was working. (Eu estava trabalhando.)
Present perfect: I have work. (Eu trabalhei.)
Past perfect: I had worked. (Eu tinha trabalhado.)
Present perfect continuous: I have been worked. (Eu tenho trabalhado.)
Past perfect continuous: I had been working. (Eu tinha trabalhado.)
Present simple passive: The book is written. (O livro está escrito.)
Past simple passive: The book was written. (O livro foi escrito.)
Present continuous passive: The book was being written. (O livro estava sendo escrito.)
Present perfect passive: The book has been written. (O livro tem sido escrito.)
Past perfect passive: The book had been written. (O livro tinha sido escrito.)

FORMA NEGATIVA
Present simple: I do not work. (Eu não trabalho.)
Past simple: I did not work. (Eu não trabalhei.)
Present continuous: I am not working. (Eu não estou trabalhando.)
Past continuous: I was not working. (Eu não estava trabalhando.)
Present perfect: I have not work. (Eu não trabalhei.)
Past perfect: I had not worked. (Eu não tinha trabalhado.)
Present perfect continuous: I have not been worked. (Eu não tenho trabalhado.)
Past perfect continuous: I had not been working. (Eu não tinha trabalhado.)
Present simple passive: The book is not written. (O livro não está escrito.)
Past simple passive: The book was not written. (O livro não foi escrito.)
Present continuous passive: The book was not being written. (O livro não estava sendo escrito.)
Present perfect passive: The book has not been written. (O livro não tem sido escrito.)
Past perfect passive: The book had not been written. (O livro não tinha sido escrito.)

FORMA INTERROGATIVA AFIRMATIVA E INTERROGATIVA NEGATIVA


Does he work? (Ele trabalha?)
Doesn’t he work? (Ele não trabalha?)
Did he work? (Ele trabalhou?)
Didn’t he work? (Ele não trabalhou?)
Is he working? (Ele está trabalhando?)
Isn’t he working? (Ele não está trabalhando?)
Was he working? (Ele estava trabalhando?)
Wasn’t he working? (Ele não estava trabalhando?)
Has he worked? (Ele trabalhou?)
Hasn’t he worked? (Ele não trabalhou?)
Had he worked? (Ele tinha trabalhado?)
Hadn’t he worked? (Ele não tinha trabalhado?)
Has he been working? (Ele tem trabalhado?)
Hasn’t he been working? (Ele não tem trabalhado?)
Had he been working? (Ele tinha trabalhado?)
Hadn’t he been working? (Ele não tinha trabalhado?)
Is the book written? (O livro está escrito?)

18
LÍNGUA INGLESA

Isn’t the book written? (O livro não está escrito?)


Was the book being written? (O livro estava sendo escrito?)
Wasn’t the book being written? (O livro não estava sendo escrito?)
Is the book being written? (O livro está sendo escrito?)
Isn’t the book being written? (O livro não está sendo escrito?
Was the book being written? (O livro estava sendo escrito?)
Wasn’t the book being written? (O livro não estava sendo escrito?)
Has the book been written? (O livro foi escrito?)
Hasn’t the book been written? (O livro não foi escrito?)
Had the book been written? (O livro tinha sido escrito?)
Hadn’t the book been written? (O livro não tinha sido escrito?)

3.   VERBOS MODAIS


Modelo de conjugação dos modais
Os verbos modais em inglês são: CAN, MAY, SHALL, WILL, MUST, OUGHT TO,  USED TO, DARE, NEED. Principais formas:

AFIRMATIVA NEGATIVA
Forma Plena Forma contraída Forma Plena Forma contraída
Present can can not can’t
Past culd could not couldn’t
Present may may not -
Past might might not mightn’t
Present shall shall not shan’t
Past should should not shouldn’t
Present will ‘ll will not won’t
Past would ‘d would not wouldn’t
Present must must not mustn’t
Present ought to ought not to oughtn’t to
usedn’t to
Past used to used not to
didn’t use to
Present dare* dare not daren’t
Present need* need not needn’t

*No inglês britânico TO DARE e TO NEED podem funcionar tanto como modais quanto como principais, sem nehuma
diferença de significado.

Observação:
Os verbos modais também são chamados de “auxiliares secundários”, pois podem ser antepostos aos “auxiliares pri-
mários” TO HAVE, TO BE, e TO DO – esse último, quando está substituindo um verbo principal. Tais verbos apresentam no
máximo duas formas (present simple e past simple), não têm infinitivo, gerúndio, imperativo nem particípio passado e não
recebem o sufixo –s na 3ª pessoa do singular do present simple. Os modais são usados com a forma básica do verbo.

Usando-se WILL como exemplo, mostramos o paradigma completo do modal:

FORMA AFIRMATIVA FORMA NEGATIVA


He will work. He will not work.
(He’ll work.) (He won’t work.)
He would work. He would not work.
(He’d work.) (He wouldn’t work.)
He will be working. He will not be working.
(He’ll be working.) (He won’t be working.)
He would be working. He would not be working.
(He’d be working.) (He wouldn’t be working.)
He will have worked. He will not have worked.
(He’ll have worked.) (He won’t have worked.)
He would have worked. He would not have worked.
(He’d have worked.) (He wouldn’t have worked.)

19
LÍNGUA INGLESA

He will have been working. He will not have been working.


(He’ll have been working.) (He won’t have been working.)
He would have been working. He would not have been working.
He’d have been working. (He wouldn’t have been working.)
The book will be written. The book would not be written.
(It’ll be written.) (It won’t be written.)
The book would be written. The book would not be written.
(It’d be written.) (The book wouldn’t be written.)
The book will have been written. The book will not have been written.
(It’ll have been written.) (The book won’t have been written.)
The book would have been written. The book would not have been written.
It’d have been written. The book wouldn’t have been written.
INTERROGATIVA AFIRMATIVA INTERROGATIVA NEGATIVA
Will he not work?
Will he work?
(Won’t he work?)
Would not he work?
Would he work?
(Wouldn’t he work?)
Will he not be working?
Will he be working?
(Won’t he be working?)
Would he not be working?
Would he be working?
(Wouldn’t he be working?)
Will the book not be written?
Will the book be written?
(Won’t the book be written?)
Would the book not be written?
Would the book be written?
(Wouldn’t the book be written?)
Will the book have not been written?
Will the book have been written?
(Won’t the book have been written?)
Would the book have not been written?
Would the book have been written?
(Wouldn’t the book have been written?)

EMPREGO DOS MODAIS


Alguns modais equivalem a certos verbos em português. CAN e MAY, por exemplo, traduzem por “poder”, e MUST por
“dever”. WILL e SHALL, no entanto, não têm um correspondente exato em português. Em razão de no inglês haver mais
verbos desse tipo do que no português, este capítulo será estruturado de acordo com os significados expressos dos verbos,
e não pelo verbo em si, uma vez que cada modal tem diversas possibilidades de uso.
Vejamos agora os vários empregos dos verbos modais:

COULD, CAN, MAY e MIGHT – permissão


Existe uma gradação de formalidade (da informalidade gentil à formalidade fria, dependendo da circunstância.) CAN é
o menos formal e o mais direto. COULD, MAY e MIGHT, os mais formais.

You can use um umbrella if you like.


(Você pode usar meu guarda-chuva se quiser.)

Could I ask a question?


(Eu poderia fazer uma pergunta?)

May I go now?
(Posso ir agora?)

You may begin now.


(Você pode começar agora.)

Might I enquire what the reason for this is?


(Eu posso perguntar qual a razão disto?)

CAN, COULD – capacidade


This car can run 200 kph.
(Este carro pode chegar a 200 km/h.)

20
LÍNGUA INGLESA

When I was younger I could run 100 meters in 12 se- Will you show me that letter?
conds. (Você me mostra aquela carta?)
(Quando eu era mais novo, podia correr 100 metros em
12 segundos.) Would you move over a bit?
Can you speak German? – No, but I could when I was (Você poderia se afastar um pouco?)
at school.
(Você sabe falar alemão? – Não, mas eu sabia quando Can you help me lift this, please?
estava na escola.) (Pode me ajudar a levantar isto, por favor?)
Could you tell me how to get to the airport?
TO BE ABLE (Poderia me dizer como chegar ao aeroporto?)
Como os modais não têm infinitivo, emprega-se o ver-
bo TO BE ABLE para substituir CAN quando esta mão pode WILL, SHALL – futuro
ser usado por razões sintáticas. WILL e SHALL são os únicos modais que indicam es-
pecificamente o tempo, no caso, futuro. SHALL só é con-
No infinitivo: jugado na 1ª pessoa do singular o do plural (I e WE); WILL
It is important to be able to drive these days. é conjugado nas demais pessoas. Contudo, atualmente se
(É importante saber dirigir hoje em dia.) nota o uso de WILL para todas as pessoas.

Precedido de outro modal: I shan’t be long.


You must be able to speak English to be a diplomat. (Não vou demorar.)
(Você tem de saber falar inglês para ser diplomata.)
We shall be expecting you.
No futuro: (Vamos esperá-lo.)
I don’t know if I’ll be able to go.
(Não sei se vou poder ir.) It will soon be summer.
(Logo mais será verão.)
MAY, MIGHT, CAN e COULD – possibilidade
A mais clara ou a mais forte possibilidade indica-se I’ll go if you like.
com MAY. (Eu vou se você quiser.)
COULD (que não deve ser confundido com o passado
de CAN) sugere um grau de possibilidade um pouco me- How will we recognize him?
nor. MIGHT indica uma possibilidade mais remota. CAN, (Como vamos reconhecê-lo?)
por sua vez, somente é usado na negativa para indicar im-
possibilidade: Ao fazer um pedido em um restaurante, em geral
usa-se WILL:
You may find that a week is not enough.
(Você pode achar que uma semana não é suficiente.) I’ll have shrimps, with French fries and salad.
(Eu vou querer camarões com batatas fritas e salada.)
I don’t know if I’ll go. I might.
(Não sei se vou. É possível.) SHALL – sugestão, convite

That could explain his strange behaviour. Shall I get you a glass of water?
(Isso poderia explicar seu comportamento estranho.) (Posso lhe trazer um copo de água?)

He can’t have been going to work at that time. Shall I open the window a little?
(Não é possível que ele tenha ido trabalhar àquela (Você quer que eu abra um pouco a janela?)
hora.)
Shall we go to the cinema this evening?
It couldn’t have been na accident. (Vamos ao cinema hoje à noite?)
(Não podia ter sido um acidente.)
Shall we stop now?
WILL, WOULD CAN e COULD - pedido (Vamos parar agora?)
Para fazer um pedido de forma mais direta com um
verbo modal usa-se WILL. WOULD é um pouco menos di- SHALL – ameaça, promessa
reto, porém mais elegante. CAN denota mais delicadeza O uso de SHALL, nesse caso, é bastante formal
ainda. COULD indica menos objetividade. Mas, como sem-
pre, o uso desses verbos depende do contexto, do tom de He shall suffer for this.
voz, etc. (Ele sofrerá por isso.)

21
LÍNGUA INGLESA

Blessed are the merciful, for they shall obtain mercy. A única forma de exprimir obrigação no passado é
(Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcança- com HAVE TO:
rão misericórdia.) We had to open all our cases at the customs.
(Tivemos de abrir todas nossas malas na alfândega.)
SHOULD, MUST e OUGHT TO – obrigação.
MUST e HAVE TO indicam dever enquanto OUGHT TO
Os modais  SHOULD, MUST e OUGHT TO são de uso e SHOULD indicam apenas um conselho, uma recomenda-
corrente na linguagem diária. MUST possui um significado ção e não uma obrigação:
mais forte. SHOULD é utilizado normalmente como forma You should go, but you don’t have to.
de dar um conselho: (Você devia ir, mas não é obrigado.)
You should read this. It’s very good.
(Você deveria ler isto. É muito bom.) MUSTN’T, OUGHTN’T TO - proibição
A Negativa de MUST indica sempre proibição.
Anyone wishing to speak to the director should make You mustn’t tell them.
an appoitment. (Você não deve contar para eles.)
(Quem quiser falar com o diretor, deve marcar uma
hora.) You oughtn’t to have lent my bool toyour brother.
(Você não deveria ter emprestado meu livro para o seu
All students must register by August 15th. irmão.)
(Todos os estudantes deverão se matricular até o dia
15 de agosto.) SHOULD, MUST e OUGHT TO – conclusão lógica
Os verbos que denotam obrigação também são usados
You ought to have worked harder. quando se quer dar a ideia de “conclusão lógica”. Nessa
(Você deveria ter trabalhado mais.) situação, esses verbos são utilizados para fazer deduções:
The water should be good in Italy now.
HAD BETTER é uma alternativa “não modal” para (O clima deve estar bom na Itália agora.)
SHOULD e OUGHT TO quando estes indicam “obrigação”:
They ought to have finished by now.
You had better go now if you don’t want to be latter. (A essa altura eles já deviam ter terminado.)
(É melhor você ir agora se não quiser chegar atrasado.)
It must be ready to eat now.
Hadn’t we better stop now? (Deve estar pronto para comer agora.)
(Não seria melhor pararmos agora?)
He must be nearly 80.
They’d better train a bit more, hadn’t they? (Ele deve ter quase 80 anos.)
(Seria melhor eles treinarem um pouco mais, não é?)
HAVE TO está sendo cada vez mais empregado para
Observações expressar “conclusão lógica”, principalmente nos EUA
HAVE TO é usado para indicar obrigação e substitui a e entre pessoas mais jovens na Inglaterra, embora nes-
foram MUST quando não é possível  empregá-la na por te país ainda não seja aceito como “inglês correto” pela
razões sintáticas, ou seja, no infinitivo ou no gerúndio: maioria das pessoas:

You may have to wait rather a long time. He has to be the worst singer in the world.
(Você terá de esperar bastante tempo.) (Ele deve ser o pior cantor do mundo.)

It would be a nuisance to have to do all that again. SHOULD, WOULD – condição


(Seria chato ter de fazer tudo isso de novo.) This would never have happened if your father had
been alive.
NOT HAVE TO é a forma negativa de MUST, ou seja, é (Isso nunca teria acontecido se seu pai estivesse vivo.)
ausência de obrigação.
I should be most grateful if you would send me an
You don’t have to wear a tuxedo to go to this party. aplicattion form.
(Você não precisa ir de smoking a essa festa.) (Ficaria muito agradecido se você me enviasse o for-
mulário de inscrição.)
HAVE GOT TO  é  muito comum na fala informal do
inglês britânico: WILL, WOULD – pronunciado com ênfase - insis-
Have you got to go already? tência
(Vocês já tem de ir?) They will take their baby with them everywhere they
go.
We’ve got to catch a plane. (Eles insistem em levar o bebê a todos os lugares aon-
(Nós temos de pegar um avião.) de vão.)

22
LÍNGUA INGLESA

You will leave everything to the last minute. He daren’t call the police.
(Você faz questão de deixar tudo para a última hora.) (Ele não se atreve a chamar a polícia.)

You wouldn’t listen my advice. You wouldn’t dare do that.


(Você não quis ouvir meus conselhos.) (Você não ousaria fazer isso.)

MUST também é usado neste sentido: You needn’t have come.


If you must know, I was at my mother’s. (Você não precisava ter vindo.)
(Se você insiste em saber, eu estava na casa de minha No entanto, podem também funcionar como verbos
mãe.) principais, com o mesmo sentido:

WOULD (pronunciado com ênfase) exprime a ideia de Do I need to remind you that you are not allowed to
que uma coisa “era de esperar”: ask questions?
He would say that, of course. (Preciso lembrar-lhe de que não é permitido fazer per-
(Claro que ele ia dizer isso.) guntas?)

I would go and say something stupid like that, woudn’t You don’t need to shout.
I? (Você não precisa gritar.)
(Eu tinha que dizer uma coisa idiota como essa, não
tinha?) He doesn’t dare (to) call the police.
(Ele não ousaria chamar a polícia.)
WILL, WOULD – ações habitualmente repetidas
When I was younger, I would go for a run every mor- You didn’t need to come.
ning. (Você não precisava ter vindo.)
(Quando eu era mais novo, eu corria toda manhã.)
2. WOULD RATHER quer dizer “preferir”:
Would you rather have tea?
If you let him, he’ll talk for hours about his boat.
(Você prefere tomar chá?)
(Se você deixar, ele passa horas falando sobre seu
barco.)
I’d rather you didn’t do that.
(Eu preferia que você não fizesse isso.)
SHOULD, WOULD
I’d rather not, if you don’t mind.
SHOULD e WOULD são empregados no subjuntivo: (Prefiro não sair, se você não se incomoda.)
If you should change your mind,... Os verbos modais combinam-se com THERE BE (haver)
(Se você mudar de ideia...) como com qualquer outra locução verbal:
Should you find that ... There may be (pode haver)
(Se você achar que...) There will be (haverá)
There ought to be (devia haver)
It asked that overdue books should ne returnes by Fri- There cannot be (nãopode haver)
day. Might there be? (poderia haver?)
(Pede-se que os livros com prazos de entrega vencidos There needn’t be (não precisava haver), etc.
sejam devolvidos até sexta-feira.)
4. NEGATIVO
I was hoping he would come earlier. NOT (ou a contração N’T) integrada ao verbo) vem de-
(Eu estava esperando que ele viesse mais cedo.) pois do primeiro verbo auxiliar ou modal:

Observações: I was working.


1. No inglês britânico, TO NEED e TO DARE constam na (Eu estava trabalhando.)
lista dos verbos modais apenas porque funcionam grama-
ticalmente como eles, isto é, precedem o sujeito na interro- I was not
gativa e o advérbio NOT sem precisar de auxiliar, etc.:                     working
I wasn’t
Need I remind you ...? (Eu não estava trabalhando.)
(Preciso lembrar-lhe de que...?)
We can not go tomorrow.
You needn’t shout. We can’t go tomorrow.
(Você não precisa gritar.) (Não podemos ir amanhã.)

23
LÍNGUA INGLESA

Na negativa, a forma básica de qualquer verbo que Não pode haver mais de uma palavra negativa em uma
está no verbo auxiliar no tempo presente (do, does). Se mesma oração. Nesse caso, usa-se ANY no lugar da segun-
houver verbo modal ou outro verbo auxiliar (ex.: to be, to da negativa:
have), não se pode usar don’t nem doesn’t para o negativo: I don’t have anything to say.  (Não tenho nada a dizer.)
No one said anything. (Ninguém disse nada.)
Auxiliar to be
I am working. (Eu estou trabalhando.) Adjetivos (Adjectives)
I am not working. (Eu não estou trabalhando.)
Os adjetivos, assim como no português, servem para
Modal “can” definir ou caracterizar um substantivo ou pronome, nor-
I can work. (Eu posso trabalhar.) malmente aparecem antes do substantivo. Por exemplo, a
I can not work. (Eu não posso trabalhar.) frase “Ela tem uma pele macia”, em inglês ficaria “She has
I like you. (Gosto de você.) a soft skin” (soft = macio, skin = pele). Note que o adjetivo
vem antes do substantivo.
I do not Outros exemplos:
                      like you.  (Não gosto de você.) - He has a big house (ele tem uma casa grande)
I don’t - She lives in a beautiful paradise (ela vive em um lin-
do paraíso)
We go to the beach in the summer. (Nós vamos à praia Quando houver o verbo to be em uma frase, o adjetivo
no verão.) virá logo depois, como:
- He is nice (ele é legal)
We do not - They are smart (eles são espertos)
go to the beach in the summer.   (Nós não vamos à Os advetivos do inglês não tem diferenciação quanto
praia no verão.) ao gênero:
We don’t - She is married (ela é casada)
Para formar a negativa no passado dos verbos regula-
- He is married (ele é casado)
res e irregulares, usa-se o auxiliar DID:
Preposições (Prepositions)
John went to the cinema yesterday.
As preposições de tempo no inglês são: at, in, on, un-
(John foi ao cinema ontem.)
til, after, around, before, between, entre muitas outras.
Elas têm um grau de especificidade, enquanto o IN su-
John did not go to the cinema yesterday.   (John não foi
gere uma informação mais vaga, genérica, o AT é mais
ao cinema ontem.) John didn’t go.
preciso. O ON fica em meio termo.
Try that beer. (Experimente aquela cerveja.) O IN é usado quando queremos dizer que uma coisa
está contida em outra (dentro de, em):
Don’t drink that beer. (Não tome aquela cerveja.) - She is studying in England, at Cambridge High
School (Ela está estudando na Inglaterra, na Universidade
OBSERVAÇÃO: de Cambridge).
NOT é partícula de formação do negativo e não pode - The car is in the garage (o carro está [dentro] da
ser empregado sem auxiliar, a não ser quando TO BE e TO garagem)
HAVE funcionarem como verbos principais: - The book is on the table (o livro está na [em cima]
da mesa)
I’m hungry.   (estou com fome.) Note no primeiro exemplo, que o IN dá uma infor-
I’m not hungry.  (Não estou com fome.) mação mais genérica (um país), enquanto o AT especifica
mais o local (uma universidade).
I have time ro rest a little.  (Tenho tempo para descan- O At também pode significar que se está EM, não ne-
sar um pouco.) cessariamente dentro:
- I’m at home (estou em casa)
I don’t have time - The dog jumped at my face (o cachorro pulou em
                                   to rest. (Não tempo para descansar.) meu rosto)
I do not have time O ON significa “em cima de”, “sobre”:
- He left the wallet on the table (ele deixou a carteira
Quando há mais de um auxiliar, coloca-se NOT depois na [em cima da] mesa)
do primeiro: Until significa “até que”, “até”:
- I’ll not go home until she arrive (Eu não vou pra casa
He may not have been reading.  (Pode ser que ele não até ela chegar)
esteja lendo.) After: depois, após:
- I’ll go home after the party (eu vou pra casa depois
    auxiliar    auxiliar da festa)

24
LÍNGUA INGLESA

Conjunções (Conjunctions) - That is the teacher (Aquele (a) é o(a) professor(a))


As linking words são as conjunções do Inglês, servem - Those are the students. (Aqueles são os alunos. )
para fazer relação entre as idéias e informações expressa- Note que, diferentemente da língua portuguesa, no in-
das em uma frase. Linking words: glês não há pronomes demonstrativos femininos e prono-
Either ... or (ou ... ou, nem ... nem) mes demonstrativos masculinos. Observe o quadro abaixo:
Neither ... nor (nem ... nem (sem o not))
Both ... and (tanto ... quanto) English Portuguese
Not only ... but also (não somente ... mas também)
This (singular) Este, esta, isto.
Aplicando These (plural) Estes, estas.
-Either you go or stay here (Ou você vai, ou fica aqui)
That (singular) Aquele, aquela, aquilo.
-She doesn’t speak either english or portuguese (ela
não fala português nem inglês) Those (plural) Aqueles, aquelas.
-He could go neither right or left (ele nao poderia ir
nem para a direita nem para a esquerda) Pronomes Pessoais (Personal Pronouns)
-Both he and she are special (tanto ele quanto ela são
especiais) CASO RETO (sujeito) CASO OBLÍQUO (objeto)
-Teachers are not only teachers, but also friends (os
SUBJECT PRONOUN OBJECT PRONOUN
professores não são somente professores, mas amigos
também.) I Eu ME Me, mim
YOU Você, tu YOU Lhe, o, a, te, ti, a você
Conjunções adversativas
São aquelas que dão ideias opostas. HE Ele HIM Lhe, a, a ele
But – mas However – entretanto nevertheless - não SHE Ela HER Lhe, a, a ela
obstante, mesmo assim Ele, ela
IT IT Lhe, o, a
(neutro)
Consecutivas ou conclusivas
São usadas para terminar frases, fazer conclusões. WE Nós US Nos
so - então, por isso therefore – portanto thus - por isso YOU Vocês, vós YOU Vos, lhes, a vocês
consequently – consequentemente then – então hence - daí, Eles, elas
logo (ex: ele fuma, daí as tosses) THEY THEM Lhes, os, as
(neutro)
Concessivas Observem nos exemplos as diferenças ente o sujeito
Concessões, permissões. Although – embora Even e objeto:
though - muito embora in spite of - apesar de She saw her at the supermarket. Ela a viu no supermer-
cado.
Conjunções de Acréscimos She saw us at the restaurant. Ela nos viu no restaurante.
Continuidade. besides - além disso moreover - além do You gave me a present. Você me deu um presente.
mais furthermore - além disso, ademais

Explicativas
Para dar explicação à algo, dar razão à. because – porque
as – como since – desde for - pois, visto que

Pronomes (Pronouns)
Os pronomes demonstrativos, assim como no portu-
guês, servem para apontar, mostrar algum animal, objeto ou
pessoa.
Usa-se “this” para referir-se a algo que está perto de
quem fala.
O plural de this é “these”.
Exemplos:
- This car is comfortable. (Este carro é confortável.)
- These clothes are beautiful. (Estas roupas são bonitas.)

Usa-se “that” para referir-se a algo que está longe de


quem fala.
O plural de that é “those”.
Exemplos:

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LÍNGUA INGLESA

Pronomes Reflexivos (Reflexive Pronouns)


mesmas, -se

PRONOME PESSOAL PRONOME REFLEXIVO

PERSONAL PRONOUN REFLEXIVE PRONOUN


I MYSELF a mim mesmo, -me
YOU YOURSELF a ti, a você mesmo (a), -te, -se
HE HIMSELF a si, a ele mesmo, -se
SHE HERSELF a si mesmo (a), -se
IT ITSELF a si mesmo (a), -se
WE OURSELVES a nós mesmos (as), -nos
YOU YOURSELVES a vós, vocês mesmos (as), -vos, -se
THEY THEMSELVES a si, a eles mesmos, a elas

Janet hurt herself.


Janete se machucou.

Virginia Woolf killed herself.


Virginia Woolf se matou.

Tom was sitting there by herself.


Tom estava sentado lá sozinho.

I did this myself!


Eu mesmo fiz isto!

They paint the shoes themselves.


Eles próprios pintaram o sapato.

Os pronomes possessivos são utilizados quando não queremos repetir um substantivo já citado anteriormente, ou que
está “subentendido” em uma frase.
Possessive Pronouns:
I - Mine
You - Yours
He - His
She - Hers
It - Its
We - Ours
You - Yours
They - Theirs

Exemplos:
- That dog is mine (aquele cão é meu)
- This book is hers (este livro é dela)

Uso do SOME e ANY


O uso de some e any.
• Some – use somente em –> Frases Afirmativas + Perguntas Polidas
• Any – use somente em –> Frases Negativas + Perguntas

1- SOME:
‘Some’ significa algum, alguns, alguma, algumas e deve ser usado em afirmações.
Exemplos:
Some people never give up their dreams.

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LÍNGUA INGLESA

(Algumas pessoas nunca desistem dos seus sonhos.) Tag Question


There are some over there.
(Há algumas logo ali.) Tag question é utilizada no final das sentenças para obter
Em alguns casos, quando estiver junto com um substan- confirmação do que foi dito anteriormente, e por isso ela é
tivo incontável, uma boa tradução para ’some’ pode ser ‘um curta e rápida. Observe os exemplos:
pouco de’.
I drank some wine at the party yesterday. She is a doctor, isn’t she? (Ela é uma médica, não é?)
(Eu bebi um pouco de vinho na festa ontem.) => Observe que quando a 1ª parte é afirmativa, a 2ª par-
Use ’some’ em Perguntas Polidas, isto é, aquelas em que te será negativa.
você deseja ou precisa ser mais formal. Você deve fazer isso
quando oferecer algo a alguém, já que ‘any’ tem uma certa It isn’t raining, is it? (Não está chovendo, está?)
carga negativa.
Então, usar ‘any’ em uma pergunta para oferecer algo a => Observe que quando a 1ª parte está negativa, a 2ª
alguém não é muito educado. É como em português. Tem parte será positiva.
aquela ideia de que não se deve oferecer um cafezinho a al-
guém usando a palavra não na pergunta, assim: VERBOS AUXILIARES
Você não aceita um cafezinho?
- pois ao usar o ‘não’ na pergunta, você está induzindo a Quando temos o verbo auxiliar na sentença, como o
pessoa a não aceitar. Da mesma forma, não use ‘any’ na per- verbo to be, to have, can, could, should, nós utilizamos es-
gunta para oferecer algo a alguém. Use ’some’: ses verbos para formar a tag question. Observe os exem-
Would you like some coffee? plos:
(Você gostaria de ‘algum‘ café? -> a tradução literal ‘al-
gum’ não fica boa aqui, certo? Também não me agrada mui- It is cold today, isn’t it? (Está frio hoje, não está?)
to a tradução ‘Você gostaria de ‘um pouco de’ café?, porque
parece que você está ofereceno *apenas* um pouco de café Fernanda is a good girl, isn’t she? (Fernanda é uma
(sendo sovina!) - e não costumamos falar assim no Brasil. En- boa garota, não é?)
tão, podemos entender melhor se simplesmente não usar-
mos o ‘algum’, pois não é essa a idéia em português, e sim: David was there, wasn’t he? (David estava lá, não es-
Você aceita um cafezinho? ) tava?)

2- ANY: They were friends, weren’t they? (Eles eram amigos,


Nas negativas, pode significar nenhum ou nenhuma: não eram?)
I don’t have any friends in Australia.
(Eu não tenho nenhum amigo na Austrália.) She has a car, hasn’t she? (Ela tem um carro, não tem?)

There aren’t any pens here. My parents can’t run, can they? (Meus pais não po-
(Não há nenhuma caneta aqui.) dem correr, podem?)

Any pode significar qualquer. Nesse caso, geralmente, é My sister could travel, couldn’t she? (Minha irmã po-
enfatizado na fala. deria viajar, não poderia?)

She is so elegant that any jeans will surely look good on The teacher should do this, shouldn’t he? (O professor
her. deveria fazer isso, não deveria?)
(Ela é tão elegante que qualquer calça jeans certamente
ficará bonita nela.) VERBOS NÃO AUXILIARES

Nas perguntas, significa algum, alguma, alguns, algumas. Quando não temos o verbo auxiliar na sentença, como
Muitas vezes, em português, simplesmente não usaríamos o verbo to be, to have, can, could, should, nós utilizamos
nenhum pronome nesses casos, ou, outras vezes, usaríamos outras formas verbais para formar a tag question, como:
o singular. Portanto, procure acostumar-se a usar ‘any’ em in- do, does, don’t, doesn’t – para o presente – e did ou didn’t
terrogações em inglês e a adaptar a tradução, caso seja ne- – para o passado. Devemos relembrar que se a primeira
cessária parte está na forma positiva, a segunda deve estar na ne-
gativa e vice-versa. Observe os exemplos:
Do you have any brothers and sisters?
(Você tem (alguns) irmãos e irmãs?) You understand English, don’t you? (Você entende in-
glês, não entende?)
Are there any good restaurants near here?
(Há algum bom restaurante aqui perto? ou ainda: Há (al- You don’t live here, do you? (Você não mora aqui,
guns) bons restaurantes aqui perto?) mora?)

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LÍNGUA INGLESA

She doesn’t cook very well, does she? (Ela não cozinha 1. Substantivos mencionados anteriormente, já
muito bem, cozinha?) definidos pelo locutor:
He wrote some letters and postcards. The letters were
You went to Salvador last week, didn’t you? (Você foi to his girlfriend.
a Salvador semana passada, não foi?) Ele escreveu algumas cartas e cartões-postais. As car-
tas eram para sua namorada.
Raquel didn’t go to school, did she? (Raquel não foi
à escola, foi?) Mary bought a funny dress. The dress is full of small
FUTURE AND CONDITIONAL animals and big flowers.
Mary comprou um vestido engraçado. O vestido é
Para o futuro se usa o auxiliar will, na forma afirmativa, cheio de animaizinhos e flores enormes.
e won’t na forma negativa; ou would para expressar con-  
dição, na forma afirmativa, e wouldn’t, na forma negativa. 2. Substantivos únicos em sua espécie:
Observe os exemplos: The Sun (o sol), the Moon (a lua), the sky (o céu), the
You will travel to Buenos Aires, won’t you? (Você irá planet Earth (o planeta Terra), the universe (o universo),
viajar para Buenos Aires, não vai?) etc.

He won’t arrive on time, will he? (Ele não chegará a


tempo, chegará?)
Marcela would arrive, wouldn’t she? (Marcela iria che-
gar, não iria?)

The players wouldn’t go, would they? (Os jogadores


não iriam, iriam?)

Observação:

Para a 1º pessoa do singular I, a tag question tem uma


forma irregular. 3. Nomes Geográficos de rios, mares, canais, ocea-
Ex.: I am your friend, aren’t I? nos, pólos, desertos, golfos, grupos de ilhas e cadeias
de montanhas:
Artigos (Articles) The Amazonas River, The Pacif Ocean, The English
Channel (O Canal da Mancha), The North Pole, The Sahara,
Artigo é a classe de palavras que se antepõe ao Subs- The Gulf of Mexico, The Bahamas, The Alps, etc.
tantivo para definir, limitar ou modificar seu uso. Os arti-  
gos dividem-se em Definido e Indefinido. 4. Adjetivos usados como substantivos no plural:
The poor (os pobres), The powerful (os poderosos),
O Artigo Definido (The) -  The Definite Article - The good (os bons), The bad (os maus)
(The)
Observação: Como podemos proceder, então, para os
O Artigo Definido The é usado antes de um substan- substantivos no singular? Como dizer, por exemplo, “o
tivo já conhecido pelo ouvinte ou leitor. Significa O, A, OS, poderoso” ou “a pobre”? Veja:
AS, mas, em Inglês, é invariável em gênero e número, ao The powerful man helped the poor woman.
contrário do que acontece no Português. Exemplos: O poderoso ajudou a pobre.
Note que especificamos a quem o adjetivo está se re-
The boy - O menino ferindo (adjetivo + substantivo)

The boys - Os meninos 5. Nomes compostos de países:


The United Kingdom (o Reino Unido)
The girl - A menina The United States (os Estados Unidos)
The United Arab Emirates (os Emirados Árabes Unidos)
The girls - As meninas The Dominican Republic (a República Dominicana)
 
Quando usar o Artigo Definido - When to use the 6. Com nomes próprios para indicar a família toda
Definite Article ou especificar a pessoa sobre a qual se fala (mas nunca
se usa artigo antes de nomes próprios e de possessi-
Utiliza-se o The diante de: vos):

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LÍNGUA INGLESA

The Martins went to the restaurant they like. They plan to go dancing at the Apollo.
Os Martin foram ao restaurante que gostam. Eles planejam ir dançar no Apollo.

The Kennedys are a famous family. You must visit the British Museum.
Os Kennedy são uma família famosa. Você precisa visitar o Museu Britânico.

The John I’m talking about is Jane’s brother. The lecture at the Boston Library will start at seven
O John de quem estou falando é o irmão da Jane. o’clock.
A palestra na Boston Library começará às sete horas.
Peter is my Friend. (e não “The Peter is my friend”)
O Peter é meu amigo. 11. Com os superlativos:

We are selling our house. (e não “We are selling the


our house”)
Estamos vendendo (a) nossa casa.
Tony is the tallest guy in our group.
Tony é o cara mais alto do nosso
 7. Antes de nomes de instrumentos musicais e rit-
grupo.
mos/danças:
John plays the piano very well.
John toca piano muito bem.

That girl who is playing the clarinet is Martha’s sister. Hellen is the best teacher I’ve ever had.
Aquela garota que está tocando clarinete é irmã da A Hellen é a melhor professora que eu já tive.
Martha.
12. Com o grau comparativo, para indicar que
Mary likes the saxophone. duas coisas aumentam ou diminuem na mesma pro-
Mary gosta de saxofone. porção:
The more she gets, the more she wants.
Valéria dances the samba graciously. Quanto mais ela consegue, mais ela quer.
Valéria dança samba graciosamente.
The more I study philosophy, the less I understand
Juan dances the tango like a professional. it.
Juan dança tango como um profissional. Quanto mais eu estudo filosofia, menos eu entendo.
 
8. Com nomes de jornais: 13. Com numerais ordinais indicando ênfase nu-
The Economist, The New York Times, The Washington mérica:
Post This is the first time she comes to Brazil.
Esta é a primeira vez que ela vem ao Brasil.
9. Com a maioria dos nomes de edifícios:
The Capitol, The Empire States, The Louvre, The Quando NÃO usar o Artigo Definido - When NOT
Kremlin, The Taj Mahal, The Vatican to use the Definite Article
Exceções: Buckingham Palace e todos os edifícios com Omite-se o The quando temos:
a palavra hall (Carnegie Hall, Lilly Hall).
1. Nomes de cidades, estados, ilhas, países, con-
10. Diante de nomes de cinemas, teatros, hotéis, tinentes:
restaurantes, clubes, museus, bibliotecas e galerias de
arte:
There’s a foreign film festival at the Paramount. Brazil is a very large coun-
Há um festival de filmes estrangeiros no Paramount. try.
O Brasil é um país muito
I saw Barbra Streisand at the Palladium in 1975. extenso.
Eu vi Barbra Streisand no Palladium em 1975. Roraima is the Brazil’s
Northernmost state.
They have a reservation at the Plaza for next week. Roraima é o estado mais
Eles têm uma reserva no Plaza para a semana que ao norte do Brasil.
vem. Hawaii is in Oceania.
O Havaí situa-se na Ocea-
We are going to have dinner at the Chinese Palace. nia.
Nós vamos jantar no Chinese Palace.

29
LÍNGUA INGLESA

Asia is bigger than Europe. 4. Substantivos abstratos ou os que indicam mate-


A Ásia é maior que a Europa. rial:

Rio is a beautiful city. We all need some little happi-


O Rio é uma cidade linda. ness.
Todos nós precisamos de um
They will stay in Las Vegas for a while. pouquinho de felicidade.
Eles passarão um tempo em Las Vegas. Most people fear death.
  A maioria das pessoas tem
2. Nomes próprios e pronomes possessivos: medo da morte.

Mary’s best friend is Bob. Diamond is a girl’s best friend.


O melhor amigo da Mary é o O diamante é o melhor amigo da mulher.
Bob.
I think our gold was stolen. (E Silk is much used in summer.
não “I think the our gold was A seda é bastante usada no verão.
stolen”)
Acredito que o nosso ouro foi
Importante: Quando esses substantivos são especifica-
roubado.
dos, o artigo é sempre usado:
The happiness she feels seems to be artificial.
3. Substantivos no plural utilizados em sentido A felicidade que ela sente parece ser artificial.
genérico: The death of the milkman is still a mystery.
People all over the world want to be happy. A morte do leiteiro ainda é um mistério.
As pessoas em todos os cantos do mundo querem The diamond Paul gave her is beautiful.
ser felizes. O diamante que Paul lhe deu é lindo.
The silk my aunt brought from China is expensive.
Children like toys. A seda que minha tia trouxe da China é cara.
As crianças gostam de
brinquedos. 5. Substantivos que denotam esportes, ciências,
Man is mortal. disciplinas acadêmicas, cores, refeições, estações do
O homem é mortal. ano, meses e dias da semana:

Brazilians love soccer. Tennis is very popular in Australia.


Os brasileiros adoram futebol. O tênis é muito popular na Austrália.
Importante:
Os substantivos contáveis (countable nouns) são Biology is an important science.
aqueles que admitem plural, ou seja, a maioria. Ex: A Biologia é uma ciência importante.
cat (gato), computer (computador), hot dog (ca-
chorro-quente). Chemistry and Physics are required for that course.
Os substantivos incontáveis (uncountable nouns) Química e física são exigidas para aquele curso.
são os que, em inglês (às vezes, também, em portu-
guês), não admitem plural. Exemplos: gold (ouro), in- Yellow is Steve’s favorite color.
formation (informação), money (dinheiro), advice (con- O amarelo é a cor favorita de
selho). Quando o substantivo é contável e está sendo Steve.
usado em sentido genérico no singular, emprega-se I’m going to the bank after
o artigo: lunch.
The cat is a domestic animal. Vou ao banco depois do almo-
O gato é um animal doméstico. ço.
Mas: Cats are domestic animals. Dinner will be served at eight.
Os gatos são animais domésticos. O jantar será servido às oito.
The computer is a wonder of technology.
O computador é uma maravilha da tecnologia. Could you please send me the books on Monday?
Mas: Computers are wonders of technology. Você poderia, por gentileza, me enviar os livros na se-
Os computadores são maravilhas da tecnologia. gunda-feira?
Note que o artigo é omitido somente no plural, mas
Mas: The blue of her eyes is stunning.
no singular, não!
O azul dos olhos dela é estonteante.

30
LÍNGUA INGLESA

The lunch my grandma offered us was delicious. They don’t go to market on Saturdays because it’s the
O almoço que minha vó nos ofereceu estava delicioso. crowdest day.
Eles não vão ao mercado aos sábados porque é o dia
The winter we spent in London was unforgettable. mais lotado.
O inverno que passamos em Londres foi inesquecível.
Observe que os substantivos destacados nesse último The students went home earlier.
grupo estão empregados em sentido específico. Os estudantes foram para casa mais cedo.
 
6. Títulos ou designações de cargos, apesar de le-
My wife goes to work on foot.
varem o artigo, como em Português, devem ser usados
Minha esposa vai para o trabalho a pé.
sem artigo quando acompanhados de nome próprio:
 
8. Antes das palavras next e last, em expressões tem-
porais:

We all plan to fly to Europe


next semester.
The president came to our city. O presidente veio à Nós todos planejamos viajar
nossa cidade. para a Europa no semestre que
Mas: President Kennedy was murdered. O presidente vem.
Kennedy foi assassinado.
Last week, Melanie didn’t come
The Queen of England lives in London. A rainha da
Inglaterra mora em Londres. to school because she was sick.
Mas: Queen Elizabeth II was crowned in 1953. A Ra- Na semana passada, Melanie
inha Elizabeth II foi coroada em 1953. não veio à escola porque esta-
va doente.
The doctor is visiting his patients. O médico está visi-
tando seus pacientes.
Mas: Doctor Varella is visiting his patients. O doutor 9. Diante de palavras que se referem a idiomas:
Varella está visitando seus pacientes.
They want to speak English fluently.
The captain spoke to the soldiers. O capitão falou aos Eles querem falar Inglês fluentemente.
soldados.
Mas: Captain Smith spoke to the soldiers. O capitão
Smith falou ao soldados. French and Rumanian are also romance languages.
  O francês e o romeno também são línguas neolati-
7. Certos substantivos como bed, church, court, nas.
hospital, prison, college, school, market, home, so- Chinese is a very difficult language.
ciety e work, quando usados para a finalidade à qual O Chinês é uma língua muito difícil.
se destinam normalmente:

Our children go to bed at nine. Os Artigos Indefinidos (A/An) - The Indefinite Arti-
Nossos filhos vão para a cama às nove. cles (A/An)
Os artigos indefinidos A e An acompanham o substanti-
We go to church every Sunday to attend the Mass. vo do qual o falante/leitor ainda não tem conhecimento. Sig-
Nós vamos à igreja todos os domingos para participar nificam, em Português, UM ou UMA, e não variam em gênero
da Missa.
nem em número, ao contrário do português. São utilizados
da seguinte forma:
He’ll send them all to court.
Ele vai levá-los todos para os tribunais.
1) A (um, uma) é utilizado antes de palavras que iniciem
Tony is very sick. He is still in hospital. por som de consoante, ou seja, antes de consoantes, da se-
Tony está muito doente. Ele ainda está no hospital. mivogal Y e do H sonoro/audível:
A book (um livro)
The thieves were sent to prison. A house (uma casa)
Os ladrões foram mandados para A year (um ano)
a prisão. A university (uma universidade)
Frank attends college in Florida.
Frank frequenta uma faculdade na
Flórida.

31
LÍNGUA INGLESA

Juntamente com seus derivados, que devem ser prece-


Atenção: didas por AN. Veja os exemplos:
Note que também se deve empregar o artigo A antes de In Machado de Assis’ Quincas Borba, Rubião is an heir
palavras que iniciem por “EU”, “EW” e “U”, já que essas of the philosofer Quincas Borba.
letras têm o som de consoante quando aparecem no iní- Em Quincas Borba, de Machado de Assis, Rubião é um
cio de palavras. Exemplos: herdeiro do Filósofo Quincas Borba.
There are simple things for saving the Earth that take
A Euphemism is the act of substituting a mild, indirect, or less than an hour to be done.
vague term for one considered harsh, blunt, or offensive. Há coisas simples para salvar o planeta que levam me-
Um Eufemismo é o ato de substituir por um termo mode- nos de uma hora para serem feitas.
rado, indireto ou vago aquele considerado rude, brusco If there were an honest intention that moment, the
ou ofensivo. mayor wouldn’t promise so many things.
Se houvesse uma intenção honesta naquele momento,
My uncle has a ewe in his farm.
o prefeito não prometeria tantas coisas.
Meu tio tem uma ovelha em sua fazenda.
Ladies and Gentleman: it’s an honor sharing this fan-
Nowadays, English is a universal language. tastic night with you!
Hoje em dia, o Inglês é uma língua universal. Senhoras e Senhores: é uma honra dividir essa noite
fantástica com vocês!
2) AN (um, uma) é utilizado antes de palavras que ini-
Quando usar o Artigo Indefinido - When to use the
ciem por som de vogal, ou seja, antes de vogais e do H
Indefinite Article
mudo/não audível:
An egg (um ovo)
Empregamos o artigo indefinido A ou An diante de:
An evening (uma noite)
    
1. Substantivos que denotam profissão:
An opera (uma ópera)
Michael wants to be a doctor.
An arm (um braço)
Michael quer ser um médico.
Marcos Pontes is an astronaut.
Atenção: No Inglês existem apenas quatro palavras
Marcos Pontes é um astronauta.
que iniciam por H mudo/ não-audível:
 
2. Substantivos que indicam nacionalidade:
- Who won the race? (Quem ganhou a corrida?)
- It was a German. (Foi um alemão.)
 
Certas nacionalidades têm duas palavras diferentes:
uma para o adjetivo e outra para o substantivo. Apresenta-
mos as principais:

Substanti-
  Adjetivo
vo

English-
inglês English / British
man
heir (herdeiro) honest (honesto)
  francês French Frenchman

escocês Scottish Scotsman

irlandês Irish Irishman

sueco Swedish Swede

d i n a m a r-
Danish Dane
quês

holandês Dutch Dutchman

espanhol Spanish Spaniard

hour (hora) honor (honra)

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LÍNGUA INGLESA

3. Substantivos que denotam religião:


Mary is a devout Catholic.
Mary é uma católica devota.
 
4. Antes de um substantivo singular e contável, usado como exemplo de uma classe ou grupo:

A lion has a mane.


Leão tem juba.

A dog is a good companion.


O cachorro é um bom companheiro.

A politician is usually corrupt.


Político é normalmente corrupto.
 
5. Diante das palavras few e little com sentido positivo (algum, alguns = o suficiente):
I can see a few buildings in the distance. (a few = um pequeno número, antes de substantivos contáveis)
Posso avistar alguns prédios ao longe.
I’d like a little milk in my coffee, please. (a little = uma pequena quantidade, antes de substantivos incontáveis)
Gostaria de um pouco de leite em meu café, por favor.

6. Antes de numerais ou substantivos que implicam quantidade:

Grace Kelly has a hundred pairs of high-heeled shoes.


Grace Kelly tem uma centena de pares de sapato de saltos altos.
The President told us a thousand lies.
O Presidente nos contou mil mentiras.
She bought a dozen eggs to cook a dessert.
Ela comprou uma dúzia de ovos para fazer uma sobremesa.
Saiba mais sobre os números em inglês na seção Matemática no Inglês.

7. Depois da palavra what (“que” com sentido enfático), such (tal, tais) e half (meio / meia), precedendo subs-
tantivos contáveis:
What a terrible movie we watched!
Que filme horrível assistimos!
Mas: What complete research you presented! Congratulations! (research = substantivo incontável)
Que pesquisa completa você apresentou! Parabéns!
I’ve never seen such a wild storm.
Nunca vi uma tempestade tão violenta.
 
8. Também utiliza-se o artigo indefinido com sentido de por em expressões como “preço por quilo”, “km por
hora”, “vezes por dia” etc.:
one real a kilo (um real por quilo)
ninety kilometers an hour (noventa quilômetros por hora)
three times a day (três vezes ao dia)
two times a week (duas vezes por semana)
four times a year (quatro vezes por ano)

33
LÍNGUA INGLESA

Quando NÃO usar o Artigo Indefinido - When NOT to use the Indefinite Article

Não são empregados «A» ou o «An» quando temos:


1) Substantivos no Plural - “A” e “An” NÃO equivalem a UNS nem a
UMAS. São utilizados somente com substantivos no singular!
2) Antes de substantivos incontáveis (embora façamos isso no Portu-
guês). Nesses casos, usamos SOME. (Confira na seção dos uncoutable
nouns quais são os substantivos incontáveis no Inglês):
I’ll give you some advice: don’t call him today.
Vou te dar um conselho: não ligue pra ele hoje.

Can you lend me some money?


Você pode me emprestar um (algum) dinheiro?

Numerais Um/Uma ou Artigos Indefinidos A/AN? - “One” or Indefinite Articles?

Como saber quando utilizar A/An ou ONE, se, no Inglês, os três podem ser traduzidos por Um ou Uma? Apresentamos
algumas dicas que lhe ajudarão:

1. Para  nos referirmos a UMA unidade de algo podemos utilizar, antes de um Substantivo Contável no Singular,
tanto o numeral ONE como os artigos indefinidos A/AN:
We’ll be in New Zealand for one year. (or ...a year.)
Ficaremos na Nova Zelândia por um ano.
Wait here for one minute, and I’ll be with you. (or ...a minute...)
Espere aqui por um minuto, que eu estarei com você.
 
2. Utilizamos ONE para enfatizar extensão de tempo, quantidade, valor, etc.
He weights one hundred and twenty kilos! Would you believe it?
Ele pesa cento e vinte quilos! Dá para acreditar?
Observe que na oração acima, ao se utilizar ONE, dá-se maior ênfase ao peso do que se utilizássemos o artigo A.
Saiba mais sobre os números em inglês na seção Matemática no Inglês.
 
3. Utilizamos necessariamente o ONE, em vez de A/AN, quando queremos enfatizar que estamos nos referindo
a somente UMA coisa ou pessoa, em vez de duas ou mais:
Do you want one sandwich or two?
Você quer um sanduíche ou dois?
Are you staying only one day?
Você ficará somente um dia?
I just took one look at her and she started laughing. Crazy girl!
Foi só eu dar uma olhada pra ela que ela começou a rir. Garota doida!

4. Utilizamos ONE na expressão-padrão one...other/another


The choreography works just like this: give me one hand, and then the other...
A coreografia funciona bem assim: você me dá uma mão, e depois a outra...
Bees carry pollen from one plant to another.
As abelhas carregam pólen de uma planta para outra.
 
5. Também utilizamos ONE em expressões como one day, one evening, one spring, etc. para indicar dia, noite,
primavera, etc. sem os especificar:
Hope to see you again one day.
Espero te ver novamente um (qualquer) dia.

34
LÍNGUA INGLESA

One evening, when he was working late at the office, he received a call:
the mysterious call...
Uma (certa) noite, em que ele trabalhava até tarde no escritório, ele
recebeu um telefonema: o misterioso telefonema...

Contáveis ou Incontáveis? (Countable or Uncountable?)


Os substantivos podem ser classificados em contáveis (countable) e incontáveis (uncountable). Nos dicionários pode-
mos encontrar a indicação n[C (countable noun)] para os contáveis e n[U (uncountable nouns)] para os incontáveis.
 
Substantivos Contáveis - Countable Nouns
Os Countable Nouns são os nomes de objetos, pessoas, ideias, lugares, animais, etc. que em inglês podem ser con-
tados, enumerados, representando a maioria dos substantivos. Esses substantivos são utilizados tanto na forma singular
como no plural.

A bee Many bees

No singular, podem vir precedidos de números, de artigo definido the, de artigos indefinidos a/an e de pronomes no
singular (this, that, my, your etc.).
No plural, podem vir precedidos de diversos pronomes como some, many, a lot of, few, these, those, my, their etc.

Por exemplo:

a newspaper (um jornal)  two newspapers (dois jornais)


a key (uma chave)    
those keys (aquelas chaves)

 
an idea (uma ideia)    your ideas (suas ideias)
one bottle (uma garrafa) two bottles (duas garrafas)  
a man (um homem)  these men (estes homens)
one house (uma casa) a lot of houses (muitas casas)

a cat (um gato)  some cats (alguns gatos)   

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LÍNGUA INGLESA

Substantivos Incontáveis - Uncountable Nouns

Os Uncountable Nouns (ou Mass Nouns) representam um grupo menor de substantivos. Eles denotam uma substân-
cia homogênea, isto é, coisas que percebemos mais como uma massa do que como um ou vários objetos isolados, ou uma
ideia abstrata que, em inglês, não permite subdivisões.
Esses substantivos, portanto, não podem ser contados, enumerados, tendo a mesma forma para o singular e para o
plural. Ainda que o sentido seja plural, o verbo com o qual concordam também vai ficar sempre no singular. Exemplos:

water (água) air (ar)

salt (sal) snow (neve)

money (dinheiro) evidence (evidência)

music (música) proof (prova)

ink (tinta para escrever ou para impri-


housework (serviço doméstico)
mir)

weather (tempo meteorológico) permission (permissão)

jewerly (joias) eletricity (eletricidade)

a glass of water ( e não one water)


- Não podemos dizer one water, three salts, two moneys, five musics.
- Os substantivos incontáveis nunca são precedidos pelos artigos indefinidos a/an: a water   a money    a salt      an ink
 
- Os substantivos incontáveis frequentemente indicam: substância - food (comida), iron (ferro), water (água) ativida-
des - help (ajuda), travel (viagem), work (trabalho) qualidades humanas - courage (coragem), cruelty (crueldade), honesty
(honestidade) ideias abstratas - beauty (beleza), freedom (liberdade), life (vida), luck (sorte), time (tempo)

Importante: Certos substantivos que são contáveis em português, são incontáveis em inglês. Exemplos:

O correto é:
“Music” - Don’t say it: I wanna show you a song.
I wanna show you a music -> (Quero te mostrar uma música.)

 There are fifteen musics in that al- There are fifteen songs in that album.
bum -> (Há quinze músicas naquele álbum.)

Nesse caso, devemos saber a diferença no Inglês entre Music, que se refere à arte da Música como um todo (substan-
tivo incontável), e Song, que é a obra, uma canção, composição, canto ou melodia (substantivo contável). Devemos cuidar
para não nos confundirmos, já que, em português, podemos usar a mesma palavra, Música, para os dois significados.

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LÍNGUA INGLESA

A: Can’t you help me with my homeworks homework first? I need some


informations information about Michael Curtiz.
(Você não me ajudaria em meus temas de casa antes? Preciso de
algumas informações sobre Michael Curtiz.)
B: Why don’t you look on the internet? (Por que você não procura na
internet?)
A: That’s what I want to do, but can you give me an advice some advice
where to look?
(Isso é o que quero fazer, mas você pode me dar um conselho de onde
posso procurar?)
A: Do you want another toast piece of toast? (Você quer outra torrada?)

Note que, apesar de em português utilizarmos a palavra no plural, em inglês o substantivo homework é incontável,
isto é, não apresenta forma diferenciada para o plural. O mesmo ocorre com information e toast, que também devem vir
precedidos de certos pronomes ou de algumas expressões. Veja que:
- Podem ocorrer antes de um substantivo incontável o artigo the, os pronomes some, any, a lot of e much, mas não
many, que ocorre somente com os contáveis.

I need some water. (Preciso de água.)


Would you like some cheese? ou Would you like a piece of cheese?
(Gostaria de queijo/um pedaço de queijo?)
 
- Compare  a/an e some:
Nicole bought a hat (contável), some shoes (incontável) and some perfume (incontável).
(Nicole comprou um chapéu, sapatos e perfumes.)
This morning, I read a newspaper (contável), made some phone calls (contável) and listened to some music (incontável).
(Hoje pela manhã, li um jornal, dei alguns telefonemas e escutei música.)
 
- Para especificar a quantidade diante de substantivos incontáveis podemos utilizar algumas expressões, como a pie-
ce of, a cup of, a bottle of, a loaf of, etc. Desse modo, estaremos transformando-os em substantivos contáveis. Eis alguns
exemplos de pares substância homogênea x item em particular:
(como vimos, algumas palavras incontáveis em Inglês são contáveis em Português. Be careful with them!)

Foods and drinks:


water, beer (cerveja), wine (vinho), tea (chá), coffee (café), etc. - a glass, a bottle, a jug, a cup of. milk (leite) - a carton/
bottle of milk (uma embalagem/garrafa bread (pão) - a loaf/piece/slice of bread; a loaf; a roll cheese - a slice, a chunk, a
piece of cheese (uma fatia/pedaço de queijo)

A carton of milk and a chunk of cheese.

meat (carne) - a piece, a slice, a pound of meat butter (manteiga)- a bar of butter (um tablete de manteiga) ketchup,
mayonnaise, mustard - a bottle of, a tube of. chocolate - a bar of chocolate (um chocolate, uma barra de chocolate) sugar
- a loaf/ loaf sugar (açúcar em cubinhos) rice (arroz) - a bowl of rice (uma tigela/um prato de arroz) pasta (macarrão, mas-
sa) - a plate of pasta, a serving of pasta chewing gum (goma de mascar) - a piece of chewing gum (e não a chewing gum)
 
- Muitos substantivos incontáveis podem ser usados como contáveis quando se estiver falando de diferentes tipos
desses produtos; Exemplos:
cheese/cheeses - queijos/tipos de queijo
wine/wines - vinho/tipos de vinhos. Ex.:
We have a selection of fine wines at very good prices.
(Temos uma seleção de vinhos finos a preços muito bons.)

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LÍNGUA INGLESA

butter/butters - manteiga/tipos de manteigas. Ex.:


There were several French butters at the supermarket today.
(Havia diversas manteigas francesas no supermercado hoje.)
- Um mesmo substantivo às vezes pode ser contável e incontável, mas com significados diferentes:

a paper - um jornal some paper - papel


an iron - um ferro elétrico some iron - ferro
a glass - um copo some glass - vidro
a rubber - uma borracha some rubber - borracha (material)
one hair - um pêlo some hair - cabelo
 
É possível relatar o que foi dito por alguém de duas formas: utilizando o discurso direto (nesse caso apenas transcreve-
se o que foi dito) e através do discurso indireto (quando optamos por contar com nossas próprias palavras o que foi dito).
Ex.:
Discurso direto: Bob said: “I love Mary”. (Bob disse: “Eu amo a Mary”).
Discurso indireto: Bob said that he loved Mary. (Bob disse que ele amava a Mary).
Discurso direto: Bob told Mary: “I love you”. (Bob disse à Mary: “Eu te amo”).
Discurso indireto: Bob told Mary that he loved her. (Bob disse à Mary que a amava).
Diferença de “said” e “told”
Apesar de ambos significarem “disse”, devemos usar “said” toda vez em que na frase não for mencionado com quem
se está falando. O uso do “told”, no entanto, deve ser usado sempre que for mencionado com quem se está falando, como
no exemplo acima: Bob disse à Mary, logo, Bob told Mary, e nunca, Bob said Mary.
Ao passar a frase do discurso direto para o indireto, e vice-versa, é necessário ficar atento aos tempos verbais, assim
como aos pronomes e advérbios de tempo que acabam sofrendo alterações. Segue abaixo uma tabela para consulta:

Mudanças nos tempos verbais

Direct Speech (Discurso Direto) Indirect Speech (Discurso Indireto)


Simple Present (presente simples) Simple Past (passado simples)
Bob said: “I love Mary”. (Bob disse: “Eu amo a Mary”). Bob said that he loved Mary. (Bob disse que ele amava a Mary).
Present Continuous (presente contínuo) Past Continuous (passado contínuo)
Bob said: “I am writing a letter”. (Bob disse: “Eu estou escre- Bob said that he was writing a letter. (Bob disse que ele estava
vendo uma carta”). escrevendo uma carta).
Simple Past (passado simples)  Past Perfect (passado perfeito)
Bob said: “I wrote a letter”. (Bob disse: “Eu escrevi uma Bob said that he had written a letter. (Bob disse que ele tinha escri-
carta”). to uma carta).
That (aquele)
This (este) Bob said that (that) was his car. (Bob disse que aquele era o carro
Bob said: “This is my car”. (Bob disse: “Este é o meu carro”). dele)
Obs.: Nesse caso, pode-se omitir o “that” que está entre parênteses.
These (estes) Those (aqueles)
Bob said: “These tickets are too expensive”. (Bob disse “Es- Bob said that those tickets were too expensive. (Bob disse que
tes ingressos são muito caros”). aqueles ingressos eram muito caros).
Today (hoje) That day (aquele dia)
Bob said: “There is a great movie on TV today”. (Bob disse: Bob said that there was a great movie on TV that day. (Bob disse
“Tem um filme muito bom na TV hoje”). que havia um bom filme na TV naquele dia).
Tomorrow (amanhã) The next day / The following day (o dia seguinte)
Bob said: “It will rain tomorrow”. (Bob disse: “Vai chover Bob said that it was going to rain on the following day. (Bob disse
amanhã”). que iria chover no dia seguinte).
I (eu) He/she (ele/ela)
Bob said: “I am hungry”. (Bob disse: “Eu estou com fome”). Bob said that he was hungry. (Bob disse que ele estava com fome).
We (nós) They (eles/elas)
Bob said: “We have to work”. (Bob disse: “Nós temos que Bob said that they had to work. (Bob disse que eles tinham que
trabalhar”). trabalhar).

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LÍNGUA INGLESA

Exercícios Questão 05 Todos nós gostamos de lazer aos feriados.


Nos feriados eles costumam ir:
Leia o diálogo abaixo e responda as questões de 1 a 10: a) à praia.
b) a museus.
Interview c) às montanhas.
MARK: Hello! Can I ask you some questions for a in- d) ao teatro.
terview?
JENNIFER: Yes, I can answer some questions. Questão 06. Como Jennifer trabalha em uma livraria, ela
MARK: Thank you for taking the time. Now first ques- adora ler livros. Marque a alternativa que corresponde a pre-
tion: What do you do? ferência de livros de Jennifer:
JENNIFER: I work in a library. I am librarian. a) aventura
MARK: Are you married? b) romances
JENNIFER: Yes, I am. c) ficção científica
MARK: What does your husband do? d) terror
JENNIFER: He works as a policeman.
MARK: Do you usually have dinner together? Questão 07. A frase: Você estudou as formas verbais.
JENNIFER: Yes, We do. Marque a alternativa que corresponde a forma negativa “I
MARK: How often does your husband exercise? read horror stories”. Na forma negativa ficará:
JENNIFER: He sometimes exercises four times a week. a) I read not horror stories.
But he usually exercises only twice a week. b) I not read horror stories.
MARK: Where do you like going on holiday? c) I don’t read horror stories.
JENNIFER: We rarely go on holiday. However, we like d) n.d.a
going to the mountains if we can.
MARK: What type of books do you read? Questão 08. – Na frase: “He Works as a policeman”, se
JENNIFER: I often read horror stories. passarmos a frase destacada para a 2ª pessoa do plural e para
MARK: Thank you very much for answering my ques- a forma interrogativa, teremos:
a) Does he works as a policeman?
tions.
b) Works he as a policeman:
JENNIFER: You’re welcome!
c) Do you work as a policeman?
DE ACORDO COM A LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO
d) Does you work as a policeman?
TEXTO ACIMA:
Questão 09- No simple present os verbos “DO” “GO” e
“READ”, nas terceiras pessoas do singular, obterão a seguin-
Questão 01-. De acordo com o texto Jennifer é uma:
te forma:
a) professora
a) DOES, GOES e READS
b) artista plástica
b) DOS, GOS, READES
c) bibliotecária c) DOIS, GOIS, READIS
d) secretária. d) n.d.a
Questão 02- Todos têm um estado civil, indique a alter- Questão 10- “I work in a library”, na 3ª pessoa do singu-
nativa que lar, a frase obterá a seguinte forma:
corresponde ao estado civil dela: a) I works in a library.
a) casada b) I don’t work in a library.
b) divorciada c) She work in a library.
c) solteira d) She works in a library.
d) viúva
Respostas: 1.C; 2. A; 3.A; 4.A; 5.C; 6.D; 7.C; 8.C; 9.A; 10.D
Questão 03- O marido de Jennifer também trabalha, a
profissão dele é: Leia o texto a seguir.
a) policial
b) dentista What is the 17th letter of the alphabet? Are you singing
c) engenheiro the alphabet song to find the answer? It’s “Q”. Have you ever
d) advogado wondered why you can recite all the lyrics to an Adele or
Cold Play song but can’t remember the equation for the cir-
Questão 04 Além da profissão, ele pratica exercícios de cumference of a circle or the Spanish word for printer? When
quanto em quanto tempo? listening to music, following the lyrics and melody/rhythm
a) duas vezes por semana. requires both sides of our brains to be active, making it ea-
b) três vezes por dia. sier to remember information that’s simply read. That’s why
c) uma vez ao mês. you often have lines from songs stuck in your head, but you
d) quatro vezes por semana. don’t find the same thing with passages from books.

39
LÍNGUA INGLESA

Learning a new language? You should start by listening b) forgot an important part of the doctor’s tst.
to a song; you will get a better sense of words and pronun- c) didn’t realize that his wife was hungry.
ciation. In addition to all these fabulous benefits, music is d) came to the conclusion that his wife was sick
excellent to help you remember and recall information. Add e) decided to take his wife to a restaurant.
to that increased motivation and improved mood, and you
have a winning language learning tactic. When using music 3) The result of the test shows that:
to learn, you can use your listening, speaking and (if you fol- a) the wife doesn’t like to be disturbed while cooking.
low along with the lyrics) your reading skills. b) the wife’s hearing is not good at all
c) the wife prepared chicken four times that week.
(Adaptado de: T-SKEET, J. Why Learning a Langua- d) the man has a hearing impairment instead of his
ge from Music is Easier. Voxy. 12 jul. 2012. Disponível em: wife
<http://voxy.com/blog/index.php/2012/07/learn-music e) the wife doesn’t like to cook chicken for the man.
-language/>. Acesso em: 14 ago. 2012.)
4) O trecho do texto- “ I don’t think my wife1s hea-
a) Segundo a autora, é mais fácil memorizar músicas que ring is good as it used to be” - tem o sentido de que:
outros tipos de informações. Explique, de acordo com o tex- a) no passado, a esposa prestava mais atenção ao que
to, por que isso acontece. o marido dizia.
b) a audição da esposa piorou com o passar do tem-
b) Cite três benefícios da música para o aprendizado de po, na opinião do marido.
línguas estrangeiras mencionados no texto. c) a esposa costumava pensar melhor antes de dar
ouvidos ao marido.
Respostas: d) o marido acha que sua esposa sempre teve um
problema de audição.
a) Segundo o texto, quando ouvimos uma música, am- e) o marido atribuiu o silêncio da esposa ao passar
bos os hemisférios do cérebro são ativados através do exer- dos anos.
cício de seguir a letra e a melodia/o ritmo, o que torna o pro-
cesso de memorização mais fácil do que na simples leitura. 5) The wife’s answer - “For the fourth time, I SAID
CHICKEN”! - indicates that she:
b) Os benefícios são: melhor compreensão das palavras, a) is very shy.
contato com pronúncia, melhor memorização, maior moti- b) is really hungry.
vação, bom humor; oportunidade para exercitar as habili- c) is shouting and irritated.
dades de ler, falar e ouvir. d) is deaf.
Medical Jokes e) has already called him four times to have dinner.

A man goes to his doctor and says: “I don’t think my Respostas:


wife´s hearing is good as it used to be. What should i do?
The doctor replies: “Try this test to find out for sure. 1) e) is worried because his wife’s hearing. - O mari-
When your wife is in the kitchen doing dishes, stand fif- do está preocupado com a audição da esposa, pois ele
teen feet behind her and ask her a question, if she doesn’t foi até o médico achando que a esposa não está ouvindo
respond keep moving closer asking the question until she corretamente.
hears you.”
The man goes home and sees his wife preparing din- 2) a) followed exactly what the doctor recommended.
ner. He stands fifteen feet behind her and says : “ What’s - Depois de ir até o médico, o homem seguir corretamente
for dinner, honey?” He gets no response, so he moves to o que o médico recomendou.
ten feet behind her, and ask again. Still no answer. Finally
he stands directly behind her and says, “Honey, what’s for 3) d) the man has a hearing impairment instead of
dinner?” She replies: “For the fourth time, i SAID CHICKEN” his wife - O resultado do teste foi que ao invés da esposa,
quem tinha a deficiência auditiva era o marido.
1) According to the text, the man:
a) is a friend of the doctor and his wife 4) b) a audição da esposa piorou com o passar do
b) remembers the good old days with the doctor’s tempo, na opinião do marido. - De acordo com o mari-
wife. do, quando ele foi reclamar com o médico sobre a audição
c) wants the doctor to convince his wife to take a hea- da esposa, ele se queixou que a audição da mulher piorou
ring test. com o passar do tempo.
d) complains because his wife is in poor health.
e) is worried because his wife’s hearing. 5) c) is shouting and irritated. - A mulher estava gritan-
do e irritada pois tinha respondido quatro vezes a pergunta
2) After going to the doctor, the man: do marido e ele não tinha escutado.
a) followed exactly what the doctor recommended.

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LÍNGUA INGLESA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES To see this in action on a large scale, think about Goo-
gle. Google made the culture of sharing and collaboration
in the workplace legend. It deployed “grouplets” for initia-
01. (BNDES – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2013)   tives that cover broader changes through the organization.
One remarkable story of a successful Google grouplet
Coworking: Sharing How We Work involved getting engineers to write their own testing code
to reduce the incidence of bugs in software code. Thinking
In the past, when trying to find places to work, inde- creatively, the grouplet came up with a campaign based
pendent workers, small businesses, and organizations of- on posting episodes discussing new and interesting testing
ten had to choose between several scenarios, all with their techniques on the bathroom stalls. “Testing on the Toilet”
attendant advantages and disadvantages: working from spread fast and garnered both rants and raves. Soon, peo-
home; working from a coffee shop, library, or other public ple were hungry for more, and the campaign ultimately de-
veloped enough inertia to become a de facto part of the
venue; or leasing an executive suite or other commercial
coding culture. They moved out of the restrooms and into
space.
the mainstream.
Is there a better way to work? Yes. Enter coworking.
Keith Sawyer, a professor of psychology and education
Coworking takes freelancers, indie workers, and entre-
at Washington University in St. Louis, MO, has written wi-
preneurs who feel that they have been dormant or isolated dely on collaboration and innovation. In his study of jazz
working alone at home or who have been migrating from a performances, Keith Sawyer made this observation, “The
coffee shop to a friend’s garage or languishing in a sterile group has the ideas, not the individual musicians.” Some of
business center – to a space where they can truly roost. the most famous products were born out of this mosh pit
“We can come out of hiding,” a coworker tells us, “and of interaction – in contrast to the romantic idea of a lone
be in a space that’s comfortable, friendly, and has an aes- working genius driving change. According to Sawyer, more
thetic appeal that’s a far cry from the typical cookie-cutter often than not, true innovation emerges from an improvi-
office environment.” sed process and draws from trial-by-error and many inputs.
For many, it might be puzzling to pay for a well-e- Unexpected insights emerge from the group dyna-
quipped space teeming with other people, even with the mic. If increasing interaction among different peer groups
chance of free coffee and inspiration. You might ask your- within a single company could lead to promising results
self, “Well, why pay for a place to work when I’m perfectly imagine the possibilities for solopreneurs, small businesses,
comfortable at home and paying nothing?” Or, “Isn’t the and indie workers – if only they could reach similar levels
whole point of telecommuting or starting my own business of peer access as those experienced by their bigger coun-
a chance to avoid ‘going to the office’?” terparts. It is this potential that coworking tries to capture
Coworking may sound like an unnecessary expense, for its members.
but let’s consider what you get from being a part of the
space. Available: http://workawesome.com (adapted)
At its most basic level, coworking is the phenomenon
of workers coming together in a shared or collaborative The expression indie workers, found in lines 10 and 90,
workspace or one or more of these reasons: to reduce refers to
costs by having shared facilities and equipment, to access (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
a community of fellow entrepreneurs, and to seek out col- por conta da diagramação do material.)
laboration within and across fields. Coworking spaces of- A) Retired civil servants.
B) Lazy businessmen aiming for profit.
fer an exciting alternative for people longing to escape the
C) Self-employed independent professionals.
confines of their cubicle walls, the isolation of working solo
D) Expert employees at international organizations.
at home, or the inconveniences of public venues.
E) Workaholic employers in large companies.
The benefits and cost-savings in productivity and ove-
A questão pede que o candidato determine. A expres-
rall happiness and well-being reaped from coworking are são “indie workers” se refere a. Indie é uma abreviação para
also potentially huge. Enthusiasm and creativity become independent, neste caso, trabalhadores independentes.
contagious and multiply when you diversity your work en-
vironment with people from different fields or backgrou- RESPOSTA: “C”.
nds. At coworking spaces, members pass each other during 02. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE-
the day, conversations get going, and miraculously idea- TRO/2013)  
fusion happens with everyone benefitting from the shared
thinking and brainstorming. Alzheimer’s disease
Differences matter. Coworking hinges on the belief
that innovation and inspiration come from the cross-pol- Alzheimer’s disease (AD) is a form of dementia, whi-
lination of different people in different fields or speciali- ch is a brain disorder. It damages nerve cells in the brain.
zations. Random opportunities and discoveries that arise This affects your ability to remember things, think clearly,
from interactions with others play a large role In coworking. and care for yourself. AD begins slowly, and symptoms get

41
LÍNGUA INGLESA

worse with time. Eventually, a person with AD might need of painting – the sincerity of which is, in any case, ques-
help in many areas, including eating and getting dressed. tionable, since it was elicited from him when he was under
For some people in the early or middle stages of the disea- interrogation for the capital crime of libel.
se, medicine might help symptoms, such as memory loss, When Caravaggio emerges from the obscurity of the
from getting worse for a limited time. Other drugs may past he does so, like the characters in his own paintings,
help people feel less worried or depressed. Dealing with as a man in extremis. He lived much of his life as a fugiti-
Alzheimer’s disease can be extremely difficult, but planning ve, and that is how he is preserved in history – a man on
ahead and getting support can lighten the lead. AD usually the run, heading for the hills, keeping to the shadows. But
begins after age 60, and risk goes up with age. The risk he is caught, now and again, but the sweeping beam of a
is also higher if a family member has had AD. Scientists searchlight. Each glimpse is different. He appears in many
are working to better understand AD. Ongoing studies are guises and moods. Caravaggio throws stones at the house
looking at whether some things can help prevent or delay of his landlady and sings ribald songs outside her window.
the disease. Areas that are being explored include exercise, He has a fight with a waiter about the dressing on a plate
eating omega-3 fatty acids, and keeping your brain active. of artichokes. His life is a series of intriguing and vivid ta-
bleaux – scenes that abruptly switch from low farce to high
Available: www.womenshealth.gov drama.

Read the sentence below and choose the alternative New York - London. W. W. Norton & Company, 2010
that presents a synonym to the underlined word. (adapted)

“Ongoing studies are looking at whether some things In line 5, “at point-blank range” means
can help prevent or delay the disease.” A) In a cold-blooded manner.
B) Summarily.
A) Cut down. C) Without intention.
B) Suspended. D) Fatally.
C) Ended. E) Within a short distance.
D) Continuous.
A questão pede que o candidato determine. Na linha
cinco “at point-blank range” (à queima-roupa) significa. In
A palavra “ongoing” quer dizer algo contínuo, em an-
a cold-blooded manner – de forma a sangue-frio. Summa-
damento. Cut down – cortar, diminuir. Suspended – sus-
rily – sumariamente. Without intention – sem intenção. Fa-
penso. Ended – terminado. Continuous – contínuo.
tally – fatalmente. Within a short distance – a uma curta
distância.
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “E”.
03. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES-
PE/2012) 04. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES-
PE/2012)  
Darkness and light
Godzilla’s grandchildren
Caravaggio’s art is made from darkness and light. His
pictures present spotlight moments of extreme and often In Japan there is no kudos in going to jail for your art.
agonized human experience. A man is decapitated in his Bending the rules, let alone breaking them, is largely taboo.
bedchamber, blood spurting from a deep gash in his neck. That was one reason Toshinori Mizuno was terrified as he
A woman is shot in the stomach with a bow and arrow at worked undercover at the Fukushima
point-blank range. Dai-ichi nuclear-power plant, trying to get the shot that
Caravaggio’s images freeze time but also seem to shows him in front of the mangled third reactor holding
hover on the brink of their own disappearance. Faces are up a referee’s red card. He was also terrified of the radia-
brightly illuminated. Details emerge from darkness with tion, which registered its highest reading where he took the
such uncanny clarity that they might be hallucinations. Yet photograph. The only reason he did not arouse suspicion,
always the shadows encroach, the pools of blackness that he says, is because he was in regulation radiation kit. And in
threaten to obliterate all. Looking at this picture is like loo- Japan people rarely challenge a man in uniform.
king at the world of flashes of lightning. Mr. Mizuno is part of ChimPom, a six-person collective
Caravaggio’s life is like his art, a series of lightning fla- of largely unschooled artists who have spent a lot of time
shes in the darkness of nights. He is a man who can never getting into tight spots since the disaster, and are engagin-
be known in full because almost all that he did, said and gly thoughtful about the results.
thought is lost in the irrecoverable past. He was one of the It is easy to dismiss ChimPom’s work as a publicity
most electrifying original artists ever to have lived, yet we stunt. But the artists’ actions speak at least as loudly as their
have only one solitary sentence from him on the subject images. There is a logic to their seven years of guerrilla art

42
LÍNGUA INGLESA

that has become clearer since the nuclear disaster of March Only few studies in auditing have adopted the service
11th 2011. In fact, Noi Sawaragi, a prominent art critic, says quality approach, where clients are asked to assess their
they may be hinting at a new direction in Japanese con- current (and/or former) auditor (i.e., audit firm and/or audit
temporary art. team). However, the latter approach has several advanta-
Radiation and nuclear annihilation have suffused Ja- ges because it allows overall client satisfaction to be de-
pan’s subculture since the film Gojira (the Japanese God- termined and also identification of the attributes that drive
zilla) in 1954. The two themes crop up repeatedly in manga client satisfaction.
and anime cartoons.
Other young artists are ploughing similar ground. Kota Internet: http://onlinelibrarywhiley.com (adapted)
Takeuchi, for instance, secretly took a job at Fukushima Dai
-ichi and is recorded pointing an angry finger at the camera The word “unlike” (L.4) is the same as
that streams live images of the site. Later he used public (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
news conferences to pressure Tepco, operator of the plant, por conta da diagramação do material.)
about the conditions of its workers inside. His work, like A) Aside from.
ChimPom’s blurs the distinction between art and activism. B) Similar to.
Japanese political art is unusual and the new subversi- C) Contrasted with.
veness could be a breath of fresh air; if only anyone noti- D) Resembling.
ced. The ChimPom artists have received scant coverage in E) Despite.
the stuffy arts pages of the national newspapers. The group
held just one show of Mr. Mizuno’s reactor photographs in A questão pede que o candidato determine. A palavra
Japan. He says: “The timing has not been right. The media “unlike” (o contrário) é o mesmo que. Aside from – além de.
will just want to make the work look like a crime.” Similar to – similar à. Contrasted with – contrastadas com.
Resembling – semelhante. Despite – apesar de.
Internet: www.economist.com (adapted)
RESPOSTA: “C”.
The words “mangled” (L.6) and “suffused” (L.23) mean
respectively 06. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)  
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.)
The difficulty for health policy makers the world over is
A) “Ruined” and “permeated”.
this: it is simply not possible to promote healthier lifestyles
B) “Mutilated” and “obscured”.
through presidential decree or through being overprotec-
C) “Subdued” and “covered”.
tive towards people and the way they choose to live. Re-
D) “Humongous” and “imbued”.
cent history has proved that one-size-fits-all solutions are
E) “Torn” and “Zeroed in on”.
no good when public health challenges vary from one area
A questão pede que o candidato determine. As pala- of the country to the next. But we cannot sit back while, in
vras “mangled” (destroçado) e “suffused” (impregnado, spite of all this, so many people are suffering such severe
inundado) significam respectivamente. Ruined – arruinado, lifestyle-driven ill health and such acute health inequalities.
destruído. Permeated – permeado, penetrado. Mutilated – Internet: www.gov.uk (adapted)
mutilado. Obscured – obscurecido. Subdued – subjugado, The expression “the world over” (L.1) is synonymous
dominado. with “in some parts of the world”.
Covered – coberto. Humongous – gigante. Imbued – (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
embutido. Torn – rasgado. Zeroed in on – mirado em. por conta da diagramação do material.)
A) Certo.
RESPOSTA: “A”. B) Errado.

05. (SEFAZ/ES – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTA- A questão pede que o candidato determine. A expres-
DUAL – CESPE/2013)   são “the world over” (no mundo todo) é sinônimo com “in
some parts of the world” (em algumas partes do mundo).
It is well accepted and acknowledged that service
quality is essential for firm success. The problem with the RESPOSTA: “B”.
measurement of service quality is that it is not easily iden-
tifiable and measurable. Unlike the quality of goods, which 07. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)  
can be measured objectively, service quality is an abstract
and elusive construct because of three features unique to The difficulty for health policy makers the world over is
services: intangibility, heterogeneity, and inseparability of this: it is simply not possible to promote healthier lifestyles
production and consumption. Despite the complexity of through presidential decree or through being overprotec-
the issue, a consensus has emerged in the literature to tive towards people and the way they choose to live. Re-
measure service quality using clients’ perceptions of the cent history has proved that one-size-fits-all solutions are
service delivered. no good when public health challenges vary from one area

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LÍNGUA INGLESA

of the country to the next. But we cannot sit back while, in 09. (TCE/ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO –
spite of all this, so many people are suffering such severe CESPE/2012)  
lifestyle-driven ill health and such acute health inequalities.
Welcome to Oxford
Internet: www.gov.uk (adapted)
Many periods of English history are impressively do-
The adjective “one-size-fits-all” (L.5) means “long-term cumented in Oxford’s streets, houses, colleges and cha-
and drastic” pels. Within one square mile alone, the city has more than
A) Certo. 900 buildings of architectural or historical interest. For the
B) Errado. visitor this presents a challenge – there is no single buil-
ding that dominates Oxford, no famous fortress or huge
A questão pede que o candidato determine. O adjetivo cathedral that will give you a short-cut view of the city.
“one-size-fits-all” (um tamanho serve para todos) significa Even Oxford’s famous University is spread amidst a tangle
of 35 different colleges and halls in various parts of the
“long-term and drastic” (longo período e drástico).
city centre, flaunt its treasures; behind department stores
lurk grand Palladian doorways or half-hidden crannies or
RESPOSTA: “B”.
medieval architecture. The entrance to a college may me
tucked down a narrow alleyway, and even then it is unlikely
08. (STF – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA to be signposted.
– CESPE/2013)  
Oxford University Press, 1999, p. 135 (adapted)
The head of the National Security Agency defended his The word “tangle” (L.8) can be correctly replaced by
beleaguered organization, saying it acts within the law to “line”
stop militant attacks and calling reports that the NSA col- (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
lected data on millions of phone calls in Europe false. por conta da diagramação do material.)
The intelligence chiefs appeared against a backdrop of A) Certo.
angry accusations by European allies that the United States B) Errado.
spies on their leaders and citizens, accusations prompted A questão pede que o candidato determine. A palavra
by highly classified documents that Snowden leaked to “tangle” (emaranhar, entrelaçar, complicar) pode ser corre-
media organizations. tamente substituida por “line” (linha, fila, alinhamento)
Army General Keith Alexander, testifying with other
U.S. spy chiefs before the House of Representatives Intelli- RESPOSTA: “B”.
gence committee, sought to defuse a growing controversy 10. (DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO
over reports of NSA snooping on citizens and leaders of CÓDIGO – CESGRANRIO/2012)  
major U.S. allies.
The hearing took place as Congress in weighing new Air traffic controllers asleep on the job...still
legislative proporsals that could limit some of the NSA’s Michael J. Breus, Ph. D., in Sleepnewzzz
more expansive electronic intelligence collection programs.
More than any previous disclosures from the Snowden Here’s some news of workers sleeping on the job that’s
documents, the reports of spying on close U.S. allies have downright scary. A news investigation produced a story
forced the White House to promise reforms and even ack- and footage of air traffic controllers at Westchester County
Airport sleeping during their shifts. The video, provided to
nowledge that America’s electronic surveillance may have
the news outlet by an employee in the air traffic control to-
gone too far.
wer at Westchester Airport, also shows controllers reading
and using laptops and cell phones while on duty. The Fede-
Internet: www.reuters.com (adapted) ral Aviation Administration (FAA) bans its controllers from
use of cell phones, personal reading material and electric
The word “beleaguered” (L.2) is synonymous with “be- devices while on duty. Sleeping is prohibited anywhere in
sieged” air traffic control towers.
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar All of these violations are alarming and dangerous, and
por conta da diagramação do material.) pose a serious public safety problem. It is important, I be-
A) Certo. lieve, to separate the issue of air traffic controllers sleeping
B) Errado. on the job from their choice to play with laptops and cell
phones when they are supposed to be working. The video
images showing air traffic controllers slumped over and
A questão pede que o candidato determine. A palavra sleeping at their stations is truly frightening. But the issue
“beleaguered” (cercada) é sinônimo com “besieged” (cer- of sleep deprivation among air traffic controllers is a very
cada, sob ataque). real one, and means that some instances of falling asleep
– however dangerous and wrong – is not entirely the con-
RESPOSTA: “A”. trollers’ fault, or even within their control.

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LÍNGUA INGLESA

Unfortunately this is not a new problem. We’ve seen • Keep a strong and consistent sleep routine both
several instances of air traffic controllers falling asleep on during your workdays and your days off. It’s not always
duty in recent months. easy, but shift workers in particular need to build their off
In response to these cases, the FAA in 2011 revised its – duty schedules around making sure they get the sleep
regulations for air traffic controllers to include additional they need.
time for rest between shifts. The FAA: Similarly to the recent changes in health care, the FAA
• Raised the minimum amount of time off between is moving in the right direction to help its employees get
work shifts to 9 hours from 8 hours. the sleep they need to do their jobs safely. As this latest
• Prohibited air traffic controllers from swapping incident at Westchester Airport confirms, there is a great
shifts without having a minimum of 9 hours off in between deal of work still to be done.
shifts.
• Increased supervisor coverage in air traffic control
And it’s in everyone’s best – and safest – interest that
towers during late night an early morning shifts.
• Prohibited air traffic controllers from picking up progress continues to be made.
and overnight shift after a day off. Sweet Dreams,
These adjustments are a step in the right direction, but Michael J. Breus, PhD
they don’t go far enough. Managing schedules for shift The Sleep Doctor TM
workers in these high-pressure jobs where public safety is www.thesleepdoctor.com
at stake is too important to settle for improvements that Available at http://www.theinsomniablog.com
don’t actually solve the problem.
Shift workers of all types face challenges to getting In text I, the expression “downright scary” in “Here’s
enough sleep while managing long hours, overnight shifts, some news of workers sleeping on the job that’s “down-
and changing schedules that fluctuate between day and right scary.”” (lines 1-2) can be replaced, without change in
night. Research shows that: meaning by
• People who engage in shift work get less sleep
overall than those of us who work more regular hours. A) Faintly alarming.
• Shift workers are at higher risk for illness and chro- B) Really encouraging.
nic disease. C) Not at all terrifying.
• The sleep deprivation associated with shift work
D) A little intimidating.
increase the risk of accidents, injuries and mistakes in high
E) Absolutely frightening.
-profile, public-safety related industries like medicine and
law enforcement, as well as air traffic control.
In addition to making people more prone to accidents A questão pede que o candidato determine. A expres-
and injury, sleep deprivation causes a number of negative são “downright scary” no trecho pode ser substituída sem
effects – both physical and psychological – that can impair perder o sentido por. “Downright scary” quer dizer franca-
the on-the-job performance of air traffic controllers and mente assustador.
other shift workers. Sleep deprivation:
• Slows reaction time. RESPOSTA: “E”.
• Interferes with memory.
• Causes fatigue. 11. (CETESB – ADVOGADO – VUNESP/2013)  
• Compromises judgment.
• Impairs the ability to retain new information. Diet Drinks “Link to depression” questioned
I think we can all agree that we don’t want the peo-
ple responsible for guiding our planes to be sluggish, slo- Experts are questioning whether diet drinks could raise
w-reacting, forgetful, fatigued and of questionable judg- depression risk, after a large study has found a link.
ment. But that’s exactly what being sleep deprived can
make them! The US research in more than 250.000 people found
It’s the FAAs responsibility to create workplace regula-
depression was more common among frequent consumers
tions that enable air traffic controllers to get the rest they
of artificially sweetened beverages. The work, which will be
need. This can include not just mandating reasonable time
off between shifts, but also giving controllers breaks during presented all the American Academy of Neurology’s annual
shifts and allowing them to nap on their breaks. There are meeting, did not look at the cause for this link.
also some basic things that controllers themselves – or any Drinking coffee was linked with a lower risk of depres-
shift workers – can do to help avoid sleep deprivation: sion.
• Make sure to get adequate rest before a shift People who drank four cups a day were 10% less likely
beings. Take a nap before work, if needed be. to be diagnosed with depression during the 10-year stu-
• Limit your reliance on caffeine. While it’s okay as dy period than those who drank no coffee. But those who
an occasional pick–me–up, caffeinated beverages are not drank four cans or glasses of diet fizzy drinks or artificially
substitutes for adequate sleep. And caffeine can interfere sweetened juice a day increased their risk of depression
with your sleep when you actually want and need to be by about a third. Lead researcher Dr Honglei Chen, of the
sleepy. National Institutes of Health in North Carolina, said: “Our

45
LÍNGUA INGLESA

research suggests that cutting out or down on sweetened But he said more studies were needed to explore this.
diet drink or replacing them with unsweetened coffee may There are many other factors that may be involved. And the
naturally help lower your depression risk.” findings – in people in their 50s, 60s, 70s and 80s and living
But he said more studies were needed to explore this. in the US – might not apply to other populations. The safety
There are many other factors that may be involved. And the of sweeteners, like aspartame, has been extensively tested
findings – in people in their 50s, 60s, 70s and 80s and living by scientists and is assured by regulators.
in the US – might not apply to other populations. The safety Gaynor Bussell, of the British Dietetic Association, said:
of sweeteners, like aspartame, has been extensively tested “Sweeteners used to be called ‘artificial’ sweeteners and
by scientists and is assured by regulators. unfortunately the term ‘artificial’ has evoked suspicion. As
Gaynor Bussell, of the British Dietetic Association, said: a result, sweeteners have been very widely tested and re-
“Sweeteners used to be called ‘artificial’ sweeteners and viewed for safety and the ones on the market have an ex-
unfortunately the term ‘artificial’ has evoked suspicion. As cellent safety track record. However, the studies on them
a result, sweeteners have been very widely tested and re- continue and this one has thrown up a possible link – not a
viewed for safety and the ones on the market have an ex- cause and effect – with depression.”
cellent safety track record. However, the studies on them (www.bbc.co.uk)
continue and this one has thrown up a possible link – not a
cause and effect – with depression.” The term “whether” in – Experts are questioning whe-
ther diet drinks could raise depression risk, after a large
(www.bbc.co.uk) study has found a link. – introduces:
A) A supposition.
O termo likely em – People who drank four cups a day B) A certainty.
were 10% less likely to be diagnosed with depression du- C) A denial.
ring the 10-year study period than those who drank no cof- D) A dismissal.
fee. – transmite a ideia de: E) An acceptance.
A) Preferência.
B) Propensão. O termo “whether” é usado para fazer o contraste
C) Impossibilidade. quando pode ou não acontecer. Nesta frase, experts estão
D) Exclusividade. perguntando se os refrigerantes diet podem ou não au-
E) Diminuição. mentar o risco de depressão (...)
O trecho em questão. Pessoas que beberam quatro
copos por dia eram 10% menos prováveis de serem diag- RESPOSTA: “A”.
nosticadas (...)

RESPOSTA: “B”.

12. (CETESB – ADVOGADO – VUNESP/2013)  

Diet Drinks “Link to depression” questioned

Experts are questioning whether diet drinks could raise


depression risk, after a large study has found a link.

The US research in more than 250.000 people found


depression was more common among frequent consumers
of artificially sweetened beverages. The work, which will be
presented all the American Academy of Neurology’s annual
meeting, did not look at the cause for this link.
Drinking coffee was linked with a lower risk of depres-
sion.
People who drank four cups a day were 10% less likely
to be diagnosed with depression during the 10-year stu-
dy period than those who drank no coffee. But those who
drank four cans or glasses of diet fizzy drinks or artificially
sweetened juice a day increased their risk of depression
by about a third. Lead researcher Dr Honglei Chen, of the
National Institutes of Health in North Carolina, said: “Our
research suggests that cutting out or down on sweetened
diet drink or replacing them with unsweetened coffee may
naturally help lower your depression risk.”

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