O professor democrático fortalece a criatividade dos alunos e encoraja questionamento, ao debate e a crítica dos alunos ao conteúdo da matéria. Nesse sentido também, o ato de ensinar só é realizado quando se cria as condições para a aprendizagem crítica e, essas condições exigem a presença de profissionais e alunos curiosos, inquietos, investigadores, humildes e persistentes. Uma das condições para o aprendizado crítico é a consciência por parte dos alunos. Os próprios alunos devem vivenciar por essa experiência de construir e reconstruir o saber ao lado do professor. Outra característica é que o aluno não deve ser submisso ao saber. Também o educador não deve apenas ensinar o conteúdo, mas deve ensinar a pensar certo. Vale ressaltar também que o método mecânico de ensino não torna o professor crítico, ou seja, o método mecânico se torna meramente a memorizar, que se restringe a repetir frases, então o professor se torna um ser mecânico diante do conhecimento. O estímulo a dúvida se faz necessário e, se relacionar informações, pois o raciocínio se deve ir em busca de conclusões próprias e autônomas. Para Paulo Freire se faz necessário a crítica ao intelectual memorizador mecânico, que não arrisca, aquele que não estabelece nenhuma relação com aquilo, que como foi exemplificado no livro, que ele lê tantos livros, mas não consegue aplicar em nenhuma relação na sua realidade. Portanto esse intelectual pensa de forma unilateral e maniqueísta, então esse intelectual pensa errado, pois ele dá as costas ao mundo e idealiza aquilo que ele não vê. Ainda, é de extrema importância se ter um trabalho tão bem-organizado ao ponto de os alunos desenvolverem sua capacidade crítica. O rigor do trabalho organização do trabalho do professor também é fundamental, para promover um trabalho crítico e reflexivo. Então o educador deve ser comprometido com sua proposta de educação e, deve afirmar a rigorosidade do método ao qual trabalha, tendo clareza em seus objetivos e com um discurso que não pode ser diferente da prática. Como dito acima, o método transferidor é descartado e, não deve limitar o ensino a transferência de conteúdos verificados na definição de educação bancária. O ensino a pensar certo não quer dizer que o ensinado vai ser o que o professor tem como certo, como a sua verdade, mas sim, estabelece diálogo sobre essas possíveis verdades. Também tenta o educador quanto o aluno a serem sujeitos na construção do conhecimento. Assim finalizando com sua frase: ´´ Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender ´´
1.1 Ensinar exige pesquisa
O questionamento, a busca e a aprendizagem fazem parte da natureza da prática docente. Pesquisar faz parte da própria definição de ensinar. O saber não pode ser entendido como uma questão meramente acumulativos. Questão da pesquisa na sala de aula é entendido na forma que, professor e aluno buscam juntos e aprendem juntos. Os alunos aprendem ao afirmar a sua condição de sujeito - os alunos ao produzirem um conhecimento novo. Então é necessário pesquisar para se conhecer, o que ainda não se conhece e comunicar ou anunciar novidades. É preciso também respeitar os saberes dos educandos e os saberes das classes populares. O professor deve discutir com os alunos a realidade concreta a que possam associar ou estabelecer pontes as disciplinas cujo conteúdo se ensina, a realidade, a violência, a convivência com outras pessoas e há de estabelecer um paralelo de implicações políticas e ideológicas. Nesse tópico ainda, Freire diz que não há distância entre a ingenuidade e criticidade, pois ao ser curioso, há crítica. então não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientemente diante do mundo, acrescentando a ele algo que fazemos. Ainda na obra o autor implica o pensar certo, do ponto de vista do professor, ao respeito ao senso comum, durante o processo da sua necessária superação. O respeito e os estímulos, a capacidade criadora do educando contribuirá, para que ele possa sair da consciência ingênua e possa a ter uma consciência crítica ou epistemológica.
1.2 Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos
Discutir com os estudantes a relação desses saberes com os conteúdos da sua disciplina. As matérias estudadas em sala de aula não podem tá desconectados com a vida. O professor precisa conhecer a realidade dos estudantes, para que as experiências que os alunos vivenciam no dia a dia possam ser refletidas na escola. Os saberes dos estudantes então devem se conectar com os saberes da disciplina. Outra coisa necessária para um bom aproveitamento é, planejar uma aula em uma turma de alunos de classes populares, se é necessário trazer questões que fazem parte da vida deles. Para Paulo Freire então, a pedagogia deve criar mais pontes entre os saberes curriculares fundamentados aos alunos e a experiência social que eles têm como individuais. No ambiente escolar foi historicamente construído no Brasil como um espaço autoritário, em que os alunos não têm o direito de participação do processo de transformação dos conhecimentos escolares. Então é necessário refletir criticamente sobre as disciplinas e sua realidade social, assim sendo, a escola possa ser usada para pensar e transformar a vida dos alunos. A opção de desligar a escola do mundo, neutralizar a crítica e impedir que os alunos e professores transformem os conhecimentos escolares, para refletir sobre as suas vidas, é uma opção política e ideológica autoritária e de quem quer produzir alunos, trabalhadores e cidadãos passivos, resignados e submissos. Resumindo: é preciso estabelecer uma intimidade entre os saberes curriculares fundamentados aos alunos e a experiência social que eles têm como individuas. Respeitar e utilizar esses saberes.
1.3 Ensinar exige criticidade
A curiosidade ingênua se torna mais e mais crítica através da educação, até se tornar uma curiosidade epistemológica, que é a capacidade de refletir sobre a natureza. Essa curiosidade se torna rigorosa em termos metodológicos e conquista uma visão mais ampla da realidade. A promoção da ingenuidade para a criticidade, não é um processo automotivo. Uma das tarefas fundamentadas para a prática educativa é o desenvolvimento da curiosidade crítica. A curiosidade crítica não aceita discursos autoritários, que faz o aluno a dispor a pesquisar, a relacionar e refletir sobre o que aprendeu. A curiosidade crítica nos imuniza contra os irracionalismos, dos preconceitos, de dogmatismos e de fundamentalismos. Aprendizado se pode ser crítico quando o ponto de partida é a curiosidade. Então a criticidade é fazer com que o aluno consiga ir além daquilo que ele aprendeu no seu conhecimento empírico também faz o aluno desenvolver a capacidade de se questionar de que forma os conhecimentos aprendidos na escola se relacionam com as vivências que eles têm em uma casa, e de que se forma essa relação pode contribuir para a transformação do seu meio e para sua melhoria enquanto pessoa. Fazem os alunos fazerem conexões mais aprimoradas entre a realidade, aquilo que se sabe na teoria, saber popular empírico. Então sendo assim para o autor, entre o saber feito de pura existência e o resultante dos procedimentos metodicamente rigorosos, não há ruptura, uma superação que se dá na medida em que a curiosidade ingênua, associada ao saber de senso comum, vai sendo substituído pela curiosidade crítica ou epistemológico, que se rigorosa metodicamente.
1.4 ensinar exige estética e ética.
A educação não pode deixar de lado a estética da aprendizagem. A educação deve ser um testemunho rigoroso de decência e pureza. Na educação se deve cultivar os valores da sinceridade, da integridade e da honestidade. Também mulheres e homens, sendo seres históricos, sociais e culturais, para Freire só podemos de nos tornar éticos quando temos liberdade de aprender, de comparar, de escolher, de decidir, de aceitar e de recusar. Petrificar o saber é impedir a liberdade de pensamentos e é desumano. Isso interrompe o movimento de compreensão sobre as transformações permanentes da humanidade. A liberdade não pode estar dissociada da ética. O ensino dos conteúdos não pode estar dissociado a formação humana, que a formação inclui a moral e ética dos alunos. Privilegiar determinados saberes em relação a outros, é uma forma de pensar errado, representando assim o maniqueísmo, dando a entender que professor e escola guardiões da verdade. Já pensar certo, exige profundidade e de compreender que a realidade é complexa. Pensar certo exige de estudantes e alunos estejam cientes para revisar seus próprios conceitos. E em termos estéticos se deve levar conta os aspectos subjetivos da relação professor e aluno. O professor precisa conhecer os recursos expressivos para conquistar atenção crítica dos alunos e criar um ambiente para a expressão da curiosidade. A variedade das expressões vocais do professor como, as afirmações, as pausas retóricas, humores e expressões faciais e corporais são recursos estéticos para a aprendizagem. Então é estético pois iremos construir algo bonito ou bem-feito, e ético pois o ensino será pautado em princípios que norteiam nossa vida social. O ato educativo é um ato político. Estamos impregnados de social, de socialização e somos seres históricos. Se faz necessário também ter bagagem de ética para construir a prática pedagógica postulado em princípios que balizem uma convivência harmoniosa, pois as experiências e vivências que nos tornam melhores como seres humanos. Então a educação deve ser pautada em construir sob algo bonito e agradável e se faz ter ética para reconhecer nossa humanidade, sendo assim, deve ter coerência entre pensar certo e agir certo.
1.5 ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo
Quando a prática contradiz o discurso, não se cria o vínculo de confiança e credibilidade, por isso o professor precisa dar o exemplo para que a turma se sinta à vontade para discordar, para expor seus valores e para expor seus argumentos
1.6 Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma
de discriminação
É necessário manter o espírito de abertura e disponibilidade para o
novo. Ao trabalhar com a novidade é preciso estar ciente com o risco com mais naturalidade. Há coisas novas interessantes e problemáticas, assim como há tradições interessantes e criativas, e outras violentas, autoritárias e preconceituosas. A escola deve trabalhar na desconstrução das violências incorporadas de forma sutil nas relações sociais. O preconceito inviabiliza o conhecimento, pois o preconceito se recusa a aprender com a diferença. Por conseguinte, há um segmento dentro da sociedade que é chamada de ´´ pragmatismo neoliberal ´´, costumam desdenhar, ridicularizar e até atacar uma educação ancorada por valores humanos. Esse programa ou mesmo ideologia, impôs as crianças um treinamento técnico, restrito para que se tornem funcionários eficientes. Já os conteúdos escolares não têm fim em si mesmo. A escola não é isolada do mundo, mas deve interagir com o mundo, na reflexão e prática. Para Paulo Freire, pensar certo implica a existência de sujeitos que pensam mediados por objetos, ou seja, é sobre o objeto que deve incidir a reflexão dos sujeitos. A reflexão não é separada da realidade, então pensar certo é um ato comunicante, onde não há pensar sem entendimento. O entendimento não é uma reação passiva a uma informação ´´ depositada ´´ na nossa cabeça, todo entendimento implica comunicabilidade, do contrário, é apenas uma informação alienada e burocratizada. Sendo então a educação como um processo que exige interlocutores que assumam a condição de sujeitos, então a tarefa do educador é vencer preconceitos. O papel do professor então é assumir o risco de desafiar o estudante com quem se comunica a produzir a sua compreensão sobre o que vem sendo comunicado. Na perspectiva do Paulo Freire, pensar certo não é uma disputa de pessoas que sejam convictas de suas verdades, e que querem derrotar uns aos outros, mas Paulo Freire propõe um diálogo entre pessoas igualmente curiosas que querem examinar e compreender o mundo juntos
1.7 Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática
A reflexão sem prática é mero idealismo e prática sem reflexão transformam os alunos repetidores mecânicos. O professor democrático sabe da importância que a reflexão crítica é a ponte de partida para a prática docente. Ensino-aprendizagem exigem movimentos dinâmicos e dialéticos entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Saberes que os professores vão aprendendo na sua prática docente são saberes importantes e demonstram a sua experiência, no entanto na perspectiva Freiriana, esses saberes são considerados ingênuo, pois ainda não se superaram e não alcançaram a rigorosidade metódica que se refere o ensino crítico. Assim para superar a ingenuidade e conquistar a criticidade, é necessário fazer e buscar a autocrítica. Arrogância não produz sujeitos Críticos. A formação permanente sobre os profissionais é fundamental a reflexão crítica sobre a prática. Pensando criticamente a prática de hoje e de ontem, que pode melhorar a próxima prática. A reflexão sobre a prática só é verdadeiramente consumada quando há decisão objetiva da ruptura e de novos compromissos na prática que a reflexão crítica se concretiza. O ´´ pensar certo´´ tem que ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. Em outras palavras é quando fazemos algo que precisamos avaliar aquilo que fazemos, é uma reflexão que se deu certo ou não, e que pode melhorar, o que precisaria ser mantido e aprimorado. A reflexão crítica busca uma análise real. Pensar certo não é algo fechado, é algo que está em constante modificação. 1.8 ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural A tarefa da prática educativa é criar as condições para que os estudantes possam se assumir como sujeitos históricos e que possam exercitar suas habilidades como a comunicação, a de criadores, transformadores, realizadores de sonhos e etc... capazes de se indignarem porque são capazes de amar. As necessidades dos alunos a se assumirem como sujeitos é importante, quando se vive em uma atmosfera autoritária, em que as pessoas acabam aprendendo a tratar o outro como objeto. É na relação entre as pessoas e no respeito a si mesmo e aos outros assim para que todos possam se assumir sua condição de sujeitos. O respeito as individualidades, e as vivências socioculturais dos estudantes nos alerta para a necessidade pedagógica de criar um ambiente onde todos possam exercitar sua autonomia. Como estudado anteriormente, o treinamento técnico e pragmático não proporciona esses valores. As experiências históricas, sociais, culturais e dialéticos dos alunos não ocorre de forma pura, isolada, distante dos conflitos entre as forças que se cruzam em todas as dimensões da sociedade e que muitas vezes buscam impor obstáculos a esse exercício. Ignorar a existência desses conflitos, fingir que eles não existem no ambiente escolar ou proibir a reflexão sobre esses temas na sala de aula, é um desrespeito a experiência histórica do estudante, pois os impede a sua reflexão sobre a si mesmos. A aprendizagem que leva o estudante a se assumir como sujeito histórico é incompatível com a ideologia de treinamento pragmático, ou qualquer antipedagógica autoritária que impõe ao aluno como mero recife recipiente passivo de conteúdo. Existe também uma importância significativa do caráter socializante da escola. Existe uma grande importância para as vivências informais nas escolas, sendo tanto relações entre alunos e professores, como nos vínculos de amizade e nas disputas entre os próprios alunos. Há processos importantes de formação e de deformação, e aprender vem antes de ensinar. Os alunos não aprendem somente na escola, mas também aprendem na família, com os primos, com os amigos, aprendem nas ruas.... Dentro da escola os alunos aprendem com os colegas, com os funcionários das escolas, com os pais dos amigos, aprendem nas brincadeira dentro e fora da sala de aula, ou seja, toda a comunidade escolar ensina e tudo isso é altamente formador, sendo formações deformações que a gente aprende a incorporar na nossa vida. Todos os espaços da escola e todas as relações que se travam no ambiente escolar tem necessariamente uma função pedagógica ou antipedagógica. Alunos se formam ou se deformam muito essas coisas. Há um currículo oculto tanto no espaço como nas relações instituídas no ambiente escola. Finalizando. Os alunos te, suas potencialidades, devem ter noção que também é um sujeito carregado de ideais, pensamentos e tem seu perfil, sua identidade e suas características. O Docente deve torná-lo ativo e autônomo dentro da sua concepção cultural