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1.1.

Aprender por Refração

Enquanto a Pedagogia Inaciana traz à luz as inspirações de Santo Inácio de


Loyola e apresenta o Paradigma Pedagógico Inaciano, e o PEC apresenta os
subsídios, as concepções e o modo de proceder dos colégios da Rede Jesuíta
de Educação, o documento Aprender por Refração: um guia de Pedagogia
Inaciana do século XXI para docentes, aborda como as perspectivas podem
ser colocadas em práticas e adaptadas ao século XXI.
Aprender por Refração é a junção de dois elementos que definem a Pedagogia
Inaciana: refletir e ação. A partir disso, o documento aborda temas do cotidiano
de sala de aula, divididos em três partes: definição de aprendizagem;
planejamento da aprendizagem; aperfeiçoamento da aprendizagem.
Com isso, Aprender por Refração, surge como um método de discussão sobre
a Pedagogia Inaciana aplicada no século XXI e, também, podendo ser utilizado
como guia no planejamento da prática docente, refletindo sobre as
experiências significativas e o crescimento humano. Nessa perspectiva, o aluno
se desenvolve em suas relações com o mundo e com seus semelhantes.
Para o professor doutor Fernando Guidini, diretor da Rede Jesuíta de
Educação, Aprender por Refração traz um olhar atento e amplo à diversidade
de formas de se fazer educação, tematizando a Pedagogia Inaciana em
relação às novas formas de ensinar e aprender. Para ele, o documento
possibilita o questionamento sobre as atuais definições de aprendizagem e
como essa mesma aprendizagem pode ser mais significativa e buscar o Magis.
Refração também pode ser entendido como o fenômeno físico que significa
desvio ou mudança de direção de um raio de luz ou outra radiação que se
produz ao passar de um meio para outro de densidade diferente. Essa
definição física, pode ser refletida sobre a ótica do Paradigma Pedagógico
Inaciano no que se refere à reflexão e a experiência de algo que se aprendeu.
Como a refração física, o aluno, ao aprender algo novo, deve ter alguma
mudança, como o raio de luz que muda sua direção, o aluno passa pela
aprendizagem levando novas experiências e conhecimentos consigo, e não
apenas passa pela aprendizagem sem carregar nada.

I
1.1.1. Parte 1 - Definição de aprendizagem

A Aprendizagem refrativa se baseia em três relações diferentes: aluno e


professor; professor e mundo; mundo e aluno.
A relação mais comum e convencional é a relação do professor e aluno, porém,
para Atienza e Go (2023) as outras relações são tão cruciais quanto esta. Ao
discutir sobre a aprendizagem refrativa, os autores propõem os 6 Es, que são:
envolvimento; excelência; expertise; entusiasmo; empatia; e o empoderamento.

Figura2. Os 6 Es da Aprendizagem refrativa

Nota: Essa figura mostra o 6 Es da Aprendizagem refrativa.


Adaptada de Atienza, R. J., & Go, J. C. (2023). Aprender por refração: um guia de pedagogia
inaciana do século XXI para docentes. Edições Loyola.

Portanto, para cada tipo de relação há dois elementos que influenciam a


aprendizagem refrativa. Na relação aluno e professor, a empatia refere-se à
capacidade que o professor tem de entrar no mundo dos alunos e de imaginar
o que seria estar no lugar deles. Essa empatia do professor com os alunos
brota de uma preocupação genuína para com eles, de uma apreciação dos
seus contextos e de um desejo de os ajudar.

II
Como na Pedagogia Inaciana, o Empoderamento surge nesta relação,
totalmente, ligado ao protagonismo e a autonomia. Neste caso, o professor
deve ser capaz de estimular o empoderamento por meio da criação de
experiências de aprendizagem que encorajam os alunos a dirigirem-se a si
mesmos e a tornarem-se mais independentes.
Já na relação professor e mundo a ser estudado, é evidente que o professor
precisa ter profundo conhecimento na disciplina a ser ministrada, mas há
necessidade, também, de estar conectado às mudanças, às novidades e às
mais diversas e melhores práticas em sua disciplina. Com isso, a Expertise
significa que o professor não só sabe fatos e conceitos, mas é capaz de
estabelecer relações entre eles. Somente um professor expert pode ajudar os
alunos a processar informação tão facilmente acessível, mas também tão
insuficientemente avaliada que se encontra na internet, por exemplo.
Dentro desta relação professor e o mundo, há o elemento Entusiasmo que
revela a paixão do professor pela matéria de estudo que o torna capaz de
“infectar” seus alunos com tamanha curiosidade e entusiasmo em seus
estudos, fazendo assim, os alunos se motivarem a investigar e explorar
caminhos para aprenderem mais sobre o tema em questão.
A relação do aluno com o mundo, talvez seja a mais importante, porque não há
aprendizagem sem o Envolvimento do aluno com a matéria. Sem isso, os
alunos não estarão focados na tarefa, muito menos entrarão em luta com as
ideias na sua cabeça, buscando pela investigação e se colocando aberto para
novos desafios. Já a Excelência reflete sobre como e o que é compreender um
determinado aspecto do mundo que seja suficientemente completo e profundo
de forma a que esse conhecimento seja bem aplicado na vida do aluno.
Portanto, a excelência refere-se ao que os alunos fazem com o que aprendem,
seguindo a proposta da Pedagogia Inaciana.
Além das relações, há um elemento que precisa ser descontruído que vai do
ensinar ao aprender, que é a abordagem educativa centrada no aluno e em
suas características.
Por conta da conectividade, os alunos possuem mais acesso às informações e,
ao mesmo tempo, são mais ativos em seus contextos de aprendizagem. Na
Aprendizagem refrativa o aluno assume a posição de protagonista por suas

III
características de conectividade, perspectiva de ser mais ativo e de como é seu
relacionamento com o mundo.
Para Altienza e Go (2023), a aprendizagem refrativa deve ser centrada no
aluno, guiada por reflexão e orientada à ação, colocando, assim, em prática
toda a proposta educativa da Pedagogia Inaciana. Porém, como exposto
anteriormente, para que essa aprendizagem seja realmente efetiva, as relações
que a permeiam devem ser transformadas e o professor deve desenvolver
características que promovam a Aprendizagem refrativa.
Nessa linha, os autores propõem uma mudança de postura e citam três
características fundamentais, seguindo a premissa do Paradigma Pedagógico
Inaciano, promovendo a Experiência, Reflexão e a Ação, são elas:

 Professor como designer que seleciona o ambiente educativo e que tipo


de experiências de aprendizagem vão mais facilmente levar os alunos a
envolverem-se com o mundo a ser investigado, e que resultarão na
compreensão desse mundo numa resposta para ele. Ao assumir essa
postura, o professor promove a indagação dos alunos, que questionam
tanto o meio em que vivem quanto suas experiências.
 Professor como facilitador que promove a reflexão e a compreensão dos
alunos por meio de questões cuidadosamente selecionadas de modo a
incentivar seus alunos a refletirem e a construírem seu próprio
conhecimento. Neste caso, os professores fornecem suportes para que
os alunos possam ser guiados a realizar suas reflexões.
 Professor como treinador que guia seus alunos na arte de aplicarem o
que aprenderam a contextos da vida real para além dos testes. Por meio
de suas orientações, os alunos desenvolvendo a competência do criar e,
a partir disso, podem desenvolver características de lideranças que
tomam decisões coesas e significativas frente às mazelas da social em
busca do bem maior.
Com essas mudanças de postura dos professores, Altienza e Go (2023),
afirmam que o aluno assume os seguintes papéis:
 Indagadores que são observadores perspicazes, fazem perguntas e
experimentam constantemente, explorando por si mesmos em busca de
respostas a essas questões.
IV
 Construtores de sentido que refletem sobre suas experiências e da
informação que encontram. Por meio de procura de padrões, ligações,
bem como de diferentes perspectivas, eles chegam a descobertas
pessoais, mas também testam em diferentes contextos.
 Criadores que por meio de suas experiências e reflexões, são capazes
de aplicarem o que aprenderam em diferentes contextos educacionais e
da vida real.

Essa proposta de transformação, implica no desenvolvimento das relações da


aprendizagem refrativa e, também, promove a médio e longo prazo pessoas
capazes de refletirem sobre diferentes contextos e preparados para resolverem
problemas, indo de encontro aos objetivos da Unesco, expostos por Rieckmann
(2017) para o desenvolvimento sustentável que afirma que além da aquisição
de conhecimentos básicos e habilidades cognitivas, o conteúdo da educação
deve promover:

 Resolução de problemas e pensamento criativo;


 Compreensão e respeito pelos direitos humanos;
 Inclusão e equidade;
 Diversidade cultural;
 Desejo e capacidade para uma aprendizagem contínua e para aprender
a conviver juntos.

Assumindo os desafios propostos pela Unesco, fica claro que quando se aplica
a aprendizagem refrativa não se pode esperar pouco aprofundamento, muito
menos reflexões rasas. Para isso, o professor deve guiar os alunos pela
reflexão, podendo ser uma reflexão conceitual, onde refletem sobre os
conceitos e fatos, como se podem relacionar e como podem ser organizados,
ser uma reflexão metacognitiva sobre o processo de aprendizagem e sobre o
tipo de pensamento que uma área de estudo requer, levando à questão de
como se pode aprender com o processo experenciado, ou ser uma reflexão
pessoal, refletindo sobre o valor, o significado e as implicações daquilo que é
aprendido para vida deles.

V
Além da reflexão, a ação deve ser incentivada de maneira a ser aplicada em
contextos reais, podendo ser ações simples ou complexas.
A ideia central da ação é garantir que os alunos não fiquem apenas no campo
da reflexão e possam saborear novas experiências, agindo de fato para um
bem maior. Diante dos expostos e dos desafios do mundo contemporâneo, a
aprendizagem refrativa propõe a ação imediata para que os alunos possam
desenvolver as competências propostas pela UNESCO e cuidem da casa
comum, sendo pessoas para os demais, conforme o direcionamento do PEC e
da Pedagogia Inaciana.
Para isso, o planejamento da aprendizagem é fundamental para que tanto o
professor quanto o aluno consigam obter sucesso no que é proposto e realizar
uma aprendizagem refrativa de excelência.

1.1.2. Parte 2 - Planejamento da aprendizagem

O planejamento da aprendizagem refrativa tem como base no Paradigma


Pedagógico Inaciano, discutindo como a aprendizagem perpassa pelo
paradigma e garante sucesso e excelência em seu desenvolvimento e em suas
relações. Altienza e Go (2023) propõem um direcionamento para o
planejamento da aprendizagem conforme a tabela abaixo.

Tabela1. Planejamento da aprendizagem

Perguntas de planejamento Elementos da aprendizagem refrativa e


Paradigma Pedagógico Inaciano

Que conhecimentos prévios são CONTEXTO do O que o professor e os


necessários para que os alunos aluno e do alunos trazem de seus
atinjam os objetivos da aula? professor mundos (acadêmico, social e
Qual o estado de ânimo pessoal) para a aula?
dominante e quais são alguns
dos seus interesses comuns
que podem ser usados como
impulsionadores para que os

VI
alunos resolvam as questões
propostas?

Como os alunos são


orientados a construir
Que insights queremos que os significados e a cultivar
REFLEXÃO do
alunos ganhem através desta conhecimentos por meio de
aluno
unidade temática? questões de reflexão
formuladas de maneira
estratégica?

O que os alunos têm de fazer


Como podemos guiar os alunos durante e depois da unidade
a aplicar o que aprenderam em AÇÃO do aluno temática para demonstrar
contextos do mundo real? sua compreensão e aplicar o
que aprenderam?

O que os alunos devem


Que tipo de ambiente e experenciar em sala de aula,
EXPERÊNCIA e
experiências educativas pode o e em que tipos de espaço de
ambiente de
professor planejar para facilitar aprendizagem, para que isso
aprendizagem
a aprendizagem? resulte em engajamento e
aprendizado?

Como o professor e os
Como podemos melhorar o AVALIAÇÃO do
alunos monitoram o processo
planejamento de aprendizagem aluno e do
de aprendizagem a fim de
desta unidade temática? professor
que este seja melhorado?

Nota: Essa tabela demonstra a proposta de planejamento de aprendizagem refrativa unindo o


Paradigma Pedagógico Inaciano.
Adaptada de Atienza, R. J., & Go, J. C. (2023). Aprender por refração: um guia de pedagogia
inaciana do século XXI para docentes. Edições Loyola.

1.1.2.1. Contexto

A partir da relação entre professor e aluno a empatia é um elemento dos 6 Es


apresentado no documento Aprender por refração.
VII
Ao planejar o contexto, ou seja, o que ambos, professor e aluno, trazem de
seus mundos, é necessário considerar seus conhecimentos prévios e, então,
realizar um processo de empatia para que, dentro de suas experiências
prévias, ambos possam compreender o contexto apresentado. Por exemplo, de
nada adianta o professor de História, durante a explicação sobre o dia D na
Segunda Guerra Mundial, solicitar aos alunos fecharem os olhos e se
imaginarem na orla da praia de Normandia, França, se o aluno não teve essa
experiência e nunca viajou para lá ou se quer foi à uma praia.
É fundamental que ao realizar o processo de empatia, o processo entenda
também o contexto socioemocional dos alunos. Por exemplo, um aluno que
está passando por alguma questão em familiar, possui algum transtorno de
aprendizagem ou sofre bullying, certamente apresentará um ânimo diferente
dos demais. Neste caso, pode ser que o aluno não esteja engajado ou
interessado por conta da aula, mas sim por conta de seu contexto. É
fundamental que o professor busque entender e ajudar o aluno para engajá-lo.
Portanto, assim como o planejamento dos conceitos, fatos e conteúdos, há
necessidade de planejar ações que possam gerar empatia e, a partir disso,
facilitar o engajamento dos alunos e professor.

1.1.2.2. Reflexão

Na relação entre o aluno e o mundo o envolvimento com o objeto de estudo é


crucial para que as reflexões sobre a matéria sejam realizadas de maneira a
gerar conhecimento.
Colocando o contexto à luz da reflexão sobre como aumentar o envolvimento
dos alunos, Altienza e Go (2023) discutem sobre as estratégias de
engajamento e envolvimento dos videogames e quais elementos podem ser
incorporados ao planejamento do professor. São eles: objetivo claro e valioso;
autonomia e controle; feedback frequente; e nível de desafio adequado.
Ao planejar a reflexão é importante que o professor considere esses elementos
apontados pelos autores e, também, prepare guias para reflexão, com
questões iniciais que conduzam um aprofundamento reflexivo pelo aluno. Esse

VIII
direcionamento precisa resultar em insights realizados pelos alunos, como
exemplificado na tabela abaixo.

Tabela2. Exemplo da correlação das reflexões e insights

Tópico: A Teoria da Evolução das Espécies de Darwin

Conceitual Metacognitivo Pessoal

De que forma a
O que essa teoria
teoria da evolução De que forma a
nos diz sobre
das espécies nos teoria da evolução
teorias científicas –
Questões de ajuda a de Darwin afeta
sobre como são
reflexão compreender o nossa crença na
desenvolvidas,
modo como a criação e num
formuladas e
natureza está Criador?
testadas?
desenhada?

Em evolução As teorias A teoria de


biológica, a forma científicas são evolução das
segue a função: a formas espécies de
seleção natural comprovadas de Darwin não elimina
permite que as compreender os a possibilidade de
Insights possíveis
características mais dados disponíveis, um Criador. Para
vantajosas de uma mas estão abertas os crentes, ela
espécie sejam a revisão, sugere um
passadas às aperfeiçoamento e possível processo
gerações futuras. correção. natural de criação.

Nota: Essa tabela demonstra a correlação entre a reflexão e os insights gerados pelos alunos.
Adaptada de Atienza, R. J., & Go, J. C. (2023). Aprender por refração: um guia de pedagogia
inaciana do século XXI para docentes. Edições Loyola.

Ao comparar as reflexões com os insights, é possível entender a correlação em


ambos, sendo a reflexão o caminho para os alunos gerarem insights.

IX
1.1.2.3. Ação

Ainda na relação entre o aluno e o mundo, a excelência se dá a partir do que e


como o aluno coloca em prática tudo o que foi aprendido, ou seja, nada adianta
refletir sobre as questões do mundo, se suas ações não condizem com o que
foi desenvolvido.
Para que isso aconteça, o professor precisa definir e planejar os objetivos da
ação, possibilitando a resolução de problemas reais por exemplo.
Um exemplo comum entre escolas jesuítas é a comunicação entre os alunos.
Alunos das Filipinas podem aplicar seus conhecimentos em inglês e escrever
e-mails a alunos brasileiros contando como são suas experiências escolares e
quais seus sonhos. Esse exemplo mostra a aplicação do conhecimento da
língua inglesa sendo utilizado para se comunicar de maneira eficaz frente a
uma proposta realizada no mundo real. Dentro do planejamento das ações
deve-se avaliar se as aplicações são: alinhadas, ou seja, se são válidas e se há
indícios específicos de aprendizagem definido pelos resultados
correspondentes; autênticas, sendo úteis ou relevantes, considerando os
contextos e desafios do mundo real; alcançáveis, devem ser factíveis e viáveis
em termos técnicos, financeiros, se for o caso, e sociais.

1.1.2.4. Experiência

Para Altienza e Go (2023), os professores empoderam os alunos encorajando-


os a serem responsáveis pela sua aprendizagem e construindo sua capacidade
de se desenvolverem. Portanto, empoderar os alunos significa subsidiá-los com
uma mentalidade e habilidades que podem fazer com que se tornem alunos
autodirigidos e autossuficientes.
Desta maneira, a experiência é um elemento fundamental para garantir o
empoderamento dos alunos em sala de aula. Ao aplicar, por exemplo, o
método de Aprendizagem baseada em projeto, que, segundo de Souza Dias e
Rizo (2019), procura utilizar como objeto de aprendizado problemas que os
alunos tenham familiaridade, ou seja, questões do seu entorno que precisem
de resoluções. Esse método estimula os alunos envolvidos a serem mais

X
criativos, críticos e arrojados na busca por novas soluções para esses
problemas.
Já na aprendizagem refrativa, o empoderamento conta com os cinco AR, que
são elementos que podem guiar o planejamento da experiência:

 Investigar, dado o fácil acesso à informação, é primordial que os alunos


sejam desafiados a pesquisar e tomar postura investigativa em relação
ao conhecimento.
 Contemplar que está relacionado à reflexão após o contato com o
conhecimento, tentar entender, por si só, o “que”, “por que” e o “como”.
 Criar, como já apresentado anteriormente, é a aplicação que move toda
a ação pedagógica.
 Comunicar, habilidade cada vez mais exigida tanto no mercado de
trabalho quanto das lideranças sociais e políticas. O professor deve
buscar espaços de comunicação, não apenas em sala de aula, mas os
alunos necessitam expor suas experiências, conhecimentos e opiniões.
 Colaborar que se relaciona com a missão educativa da Rede Jesuíta de
Educação em “formar pessoas para os demais”. Além disso, ao
promover a colaboração, os alunos aprendem uns com os outros e
trocam experiências.

Utilizando os cinco AR proposto pelos autores, há meios significativos de


promover o empoderamento dos alunos através da experiência.

1.1.3. Parte 3 - Aperfeiçoar a aprendizagem

Ao planejar suas aulas, o professor estabelece seus objetivos e tem em vista


como será, porém, nem sempre a aula ocorre da maneira planejada. Portanto,
a última parte de Aprender por Refração é a avaliação, tanto dos alunos quanto
do professor, respaldada nas experiências de Santo Inácio de Loyola e sua
busca pelo Magis. Os autores trazem os dados, provenientes de avaliações
formais e, igualmente importante, de feedbacks, experiências e
compartilhamentos dos alunos.

XI
É importante que a avaliação permeie a relação do professor com o mundo, no
sentido de trazer elementos para aperfeiçoar sua expertise, que não lida
apenas com o conhecimento da matéria, mas também da pedagogia que
aplica. Além disso, outro elemento dessa relação a ser avaliado, é o
entusiasmo. A busca pelo Magis é incessante, mas o professor necessita se
entregar à profissão durante a aula para que os alunos sejam “infectados” por
esse entusiasmo e assumam seus papéis de protagonistas.
Para Altienza e Go (2023), o professor precisa analisar os dados obtidos pela
avaliação e refletir sobre como o planejamento pode ser melhorado e quais
elementos devem ser acrescentados ou retirados.
Seguindo os objetivos de formação jesuítica, onde deve-se desenvolver
pessoas conscientes, comprometidas, criativas, compassivas e competentes, a
avalição transcende o campo acadêmico e, também, avalia o aluno como
pessoa, um ser integral. Para isso, no planejamento das avaliações, o
professor deve considerar esses pontos e dar feedback aos alunos.

XII

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