Você está na página 1de 497

Câmara Municipal de Nilópolis do Estado do Rio de Janeiro

NILÓPOLIS-RJ
Técnico Legislativo Parlamentar
Edital 001/2016 (Retificado)
JL014-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Câmara Municipal de Nilópolis do Estado do Rio de Janeiro

Cargo: Técnico Legislativo Parlamentar

( Baseado no Edital 001/2016 (Retificado) )

• Língua Portuguesa
• Raciocínio Matemático
• Noções de Informática
• Atualidades
• Ética do Servidor na Administração Pública
• Conhecimentos Específicos

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira

Capa
Natália Maio

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

PARABÉNS! ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO.

A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas.


Vamos ajudar você a alcançar o tão desejado cargo público.
Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. Assim a
matéria é organizada de forma que otimize o tempo do candidato. Afinal corremos contra o tempo,
por isso a preparação é muito importante.
Aproveitando, convidamos você para conhecer nossa linha de produtos “Cursos online”, conteúdos
preparatórios e por edital, ministrados pelos melhores professores do mercado.
Estar à frente é nosso objetivo, sempre.
Contamos com índice de aprovação de 87%*.
O que nos motiva é a busca da excelência. Aumentar este índice é nossa meta.
Acesse www.novaconcursos.com.br e conheça todos os nossos produtos.
Oferecemos uma solução completa com foco na sua aprovação, como: apostilas, livros, cursos on-
line, questões comentadas e treinamentos com simulados online.
Desejamos-lhe muito sucesso nesta nova etapa da sua vida!
Obrigado e bons estudos!

*Índice de aprovação baseado em ferramentas internas de medição.

CURSO ONLINE

PASSO 1
Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaporte

PASSO 2
Digite o código do produto no campo indicado no
site.
O código encontra-se no verso da capa da apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-17

PASSO 3
Pronto!
Você já pode acessar os conteúdos online.
SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Leitura e interpretação de textos. ...............................................................................................................................................................................01


Alfabeto. Vogal, semivogal e consoantes, letras maiúsculas e minúsculas. .............................................................................................05
Encontro vocálico. Encontro consonantal. Dígrafos. Sílaba: número de sílabas, sílaba tônica e sua classificação. ................05
Frases afirmativas e negativas. .....................................................................................................................................................................................08
Sinais de pontuação: ponto final, dois pontos, ponto de interrogação e ponto de exclamação....................................................10
Gênero: masculino e feminino. ....................................................................................................................................................................................13
Antônimos/sinônimos. Diminutivo/aumentativo. ...............................................................................................................................................19
Noções básicas de acentuação gráfica. ....................................................................................................................................................................25
Classes de palavras: substantivos e adjetivos – flexões de gênero, número e grau. ...........................................................................28
Verbos – regulares e auxiliares (ser, ter, haver e estar) – conjugação em todos os modos e tempos simples e formas nomi-
nais. ..........................................................................................................................................................................................................................................30
Artigos (artigos definidos: o, a, os, as; artigos indefinidos: um, uma, uns, umas). ................................................................................44
Termos essenciais da oração: sujeito e predicado. ..............................................................................................................................................47
Ortografia...............................................................................................................................................................................................................................56

Raciocínio Matemático

Conjuntos: vazio e unitário.............................................................................................................................................................................................01


Números naturais: operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. Números pares e números ímpares. ............07
Unidades de medidas: medida de comprimento, medidas de superfície, medida de volume e medida de massa. .............25
Sistema de numeração decimal....................................................................................................................................................................................30
Múltiplos e divisores. ........................................................................................................................................................................................................32
Problemas e cálculos das operações fundamentais (adição, subtração, multiplicação e divisão). ................................................33
Sucessor e antecessor (até 1000). ...............................................................................................................................................................................35
Porcentagem.........................................................................................................................................................................................................................35

Noções de Informática

Microinformática. Modalidades de processamento. Hardware: conceitos, características, componentes e funções. Dispo-


sitivos de armazenamento, de impressão, de entrada e de saída de dados. Barramentos. Interfaces. Conexões. Discos
rígidos, pendrives, CD-R, DVD e BluRay, impressoras. ......................................................................................................................................01
Software: conceitos, características, básico e aplicativo, sistemas operacionais Ambientes Microsoft Windows XP/7/8 BR e
Ubuntu Linux: conceitos, características, comandos, atalhos de teclado e emprego dos recursos. Conhecimentos e utiliza-
ção dos recursos de gerenciamento de arquivos (Windows Explorer/Computador, KDE e Nautilus). ........................................23
Conhecimentos sobre editores de texto, planilhas eletrônicas e editor de apresentações (MS Office 2010/2013 BR e Li-
breOffice v4.3.5.2): conceitos, características, atalhos de teclado e emprego dos recursos..............................................................46
Redes de computadores: conceitos, características, topologias, protocolos, padrões, meios de transmissão, co-
nectores...............................................................................................................................................................................................173
Web, internet, intranet, extranet, e-mail, webmail: conceitos, características, atalhos de teclado e emprego de recursos de nave-
gadores (browsers Internet Explorer 11 BR X Mozilla Firefox v36.0.1 X Google Chrome v40 X Safari 5.1.7 ou superior).............. 185
Outlook do pacote MSOffice 2010/2013BR e Mozilla Thunderbird 31.4.0. Segurança de equipamentos, de sistemas, em
redes e na internet: conceitos, equipamentos, backup, firewall, vírus, medidas de proteção....................................................... 222

Atualidades

Política. Economia. Cidadania e direitos humanos. Educação e saúde. Tecnologias da informação e comunicação. Cultura,
esporte e lazer. Meio ambiente. Infraestrutura e urbanismo...........................................................................................................................01
SUMÁRIO

Ética do Servidor na Administração Pública

Ética e moral. ........................................................................................................................................................................................................................01


Princípios constitucionais de natureza ética: moralidade, impessoalidade, probidade, motivação e publicidade. ...............02
Crimes contra a fé pública...............................................................................................................................................................................................05
Crimes contra a Administração Pública: crimes praticados por funcionário público contra a Administração Pública em
geral; crimes praticados por particular contra a Administração em geral; crimes contra a Administração da Justiça e crimes
contra as finanças públicas. ...........................................................................................................................................................................................08
Lei Complementar 101/00 .............................................................................................................................................................................................14
Lei 4320/64. ..........................................................................................................................................................................................................................29
Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92)................................................................................................................................................39
Lei 8.666/93: Capítulo IV – Das Sanções Administrativas e da Tutela Judicial: Seção I – Das Disposições Gerais (arts. 81 a
85); Seção II – Das Sanções Administrativas (arts. 86 a 88); Seção III – Dos Crimes e Das Penas (arts. 89 a 99); Seção IV - Do
Processo e do Procedimento Judicial (arts.100 a 108)........................................................................................................................................43
Lei 10.028/2000. ..................................................................................................................................................................................................................45

Conhecimentos Específicos

Processo organizacional e as funções básicas de planejamento, direção, organização e controle; administradores, habili-
dades, papéis, função, motivação, liderança, comunicação e desempenho;........................................................................................... 01
princípios e sistemas de administração municipal; estrutura e funcionamento do serviço público no Brasil. .........................05
Redação. .................................................................................................................................................................................................................................06
Noções de arquivologia: informação, documentação, classificação, arquivamento, registros, tramitação de documentos,
cadastro, tipos de arquivos, organização e administração de arquivos, técnicas modernas............................................................27
LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura e interpretação de textos. ...............................................................................................................................................................................01


Alfabeto. Vogal, semivogal e consoantes, letras maiúsculas e minúsculas. .............................................................................................05
Encontro vocálico. Encontro consonantal. Dígrafos. Sílaba: número de sílabas, sílaba tônica e sua classificação. ................05
Frases afirmativas e negativas. .....................................................................................................................................................................................08
Sinais de pontuação: ponto final, dois pontos, ponto de interrogação e ponto de exclamação....................................................10
Gênero: masculino e feminino. ....................................................................................................................................................................................13
Antônimos/sinônimos. Diminutivo/aumentativo. ...............................................................................................................................................19
Noções básicas de acentuação gráfica. ....................................................................................................................................................................25
Classes de palavras: substantivos e adjetivos – flexões de gênero, número e grau. ...........................................................................28
Verbos – regulares e auxiliares (ser, ter, haver e estar) – conjugação em todos os modos e tempos simples e formas nomi-
nais. ..........................................................................................................................................................................................................................................30
Artigos (artigos definidos: o, a, os, as; artigos indefinidos: um, uma, uns, umas). ................................................................................44
Termos essenciais da oração: sujeito e predicado. ..............................................................................................................................................47
Ortografia...............................................................................................................................................................................................................................56
LÍNGUA PORTUGUESA

Observação – na semântica (significado das palavras)


LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
gem, entre outros.
- Capacidade de observação e de síntese e
É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi- - Capacidade de raciocínio.
co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso,
vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento Interpretar X compreender
de responder às questões relacionadas a textos.
Interpretar significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - Através do texto, infere-se que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - É possível deduzir que...
e decodificar ). - O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Contexto – um texto é constituído por diversas frases.
Compreender significa
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con-
está escrito.
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido.
- o texto diz que...
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que - é sugerido pelo autor que...
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
frase for retirada de seu contexto original e analisada se- ção...
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele - o narrador afirma...
inicial.
Erros de interpretação
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci- É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con-
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, - Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-
na prova. junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do
entendimento do tema desenvolvido.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias con-
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamen- trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
tais de uma argumentação, de um processo, de uma época cadas e, consequentemente, errando a questão.
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais Observação - Muitos pensam que há a ótica do es-
definem o tempo). critor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança
é o que o autor diz e nada mais.
ou de diferenças entre as situações do texto.
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
com uma realidade, opinando a respeito.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun- Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
dárias em um só parágrafo. pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala- me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se
vras. vai dizer e o que já foi dito.

Condições básicas para interpretar OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e
Fazem-se necessários: do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer
literários, estrutura do texto), leitura e prática; também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
texto) e semântico; cedente.

1
LÍNGUA PORTUGUESA

Os pronomes relativos são muito importantes na in- nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
a saber: neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- reduzido no qual o menino detém sua atenção é
te, mas depende das condições da frase. (A) fresta.
- qual (neutro) idem ao anterior. (B) marca.
- quem (pessoa) (C) alma.
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois (D) solidão.
o objeto possuído. (E) penumbra.
- como (modo)
2-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
- onde (lugar)
PE/2012)
quando (tempo)
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a
quanto (montante)
totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con-
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo,
Exemplo: que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É,
Falou tudo QUANTO queria (correto) de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do
aparecer o demonstrativo O ). mundo.
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o
Dicas para melhorar a interpretação de textos Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo:
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações).
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto; Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex-
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa tual “O riso”.
a leitura; ( ) CERTO ( ) ERRADO
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto
pelo menos duas vezes; 3-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010)
- Inferir; Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin-
- Voltar ao texto quantas vezes precisar; giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e
autor; generalizado de energia no final de 2009.
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé-
compreensão; trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es-
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de
cada questão; 900 km que separam Itaipu de São Paulo.
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in-
vestimentos e também erros operacionais conspiraram para
produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri-
Fonte:
buição de energia do país desde o traumático racionamento
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
de 2001.
gues/como-interpretar-textos
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta-
QUESTÕES ções).
1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques- do texto acima apresentado, julgue os próximos itens.
tão, considere o texto abaixo. A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18
A marca da solidão estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de ( ) CERTO ( ) ERRADO
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de 4-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
penumbra na tarde quente. Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- — Carta para o 9.326!!!
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- em

2
LÍNGUA PORTUGUESA

branco, e um outro pergunta: Férias na Ilha do Nanja


— Quem te mandou essa carta?
— Minha irmã. Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as
— Mas por que não está escrito nada? malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando! faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
adaptações). Meus amigos partem para as suas férias, cansados de
tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra-
O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver
acima decorre numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da
A) da identificação numérica atribuída ao louco. própria vida.
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a E eu vou para a Ilha do Nanja.
carta no hospício. Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio
a carta. cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já es-
D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran- tou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a
moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra
co.
ilha.
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele. (Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende.
Adaptado)
5-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV
PROJETOS/2010) *fissuras: fendas, rachaduras

Painel do leitor (Carta do leitor) 6-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO


– VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a
Resgate no Chile maneira como se preparam para suas férias, a autora mos-
tra que seus amigos estão
(A) serenos.
Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de
(B) descuidados.
salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo
(C) apreensivos.
de uma mina de cobre e ouro no Chile. (D) indiferentes.
Um a um os mineiros soterrados foram içados com (E) relaxados.
sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cum-
primentando seus companheiros de trabalho. Não se pode 7-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar
Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamen- que, assim como seus amigos, a autora viaja para
to, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, (A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demons- (B) escapar do lugar em que está.
trando coragem e desprendimento, desceram na mina para (C) reencontrar familiares queridos.
(D) praticar esportes radicais.
ajudar no salvamento.
(E) dedicar-se ao trabalho.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai- 8-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
nel do leitor – 17/10/2010) – VUNESP/2013) Ao descrever a Ilha do Nanja como um
lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex- cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora su-
pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor gere que viajará para um lugar
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem (A) repulsivo e populoso.
ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: (B) sombrio e desabitado.
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” (C) comercial e movimentado.
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma (D) bucólico e sossegado.
(E) opressivo e agitado.
mina de cobre e ouro no Chile.”
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” 9-) (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” Grandes metrópoles em diversos países já aderiram. E
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des- o Brasil já está falando sobre isso. O pedágio urbano divide
ceram na mina...” opiniões e gera debates acalorados. Mas, afinal, o que é mais
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – justo? O que fazer para desafogar a cidade de tantos carros?
VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às Prepare-se para o debate que está apenas começando.
questões de números 6 a 8. (Adaptado de Superinteressante, dezembro2012, p.34)

3
LÍNGUA PORTUGUESA

Marque N(não) para os argumentos contra o pedágio 4-)


urbano; marque S(sim) para os argumentos a favor do pe- Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais
dágio urbano. aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah,
( ) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans- porque nós brigamos e não estamos nos falando”.
porte público e estender as ciclovias.
( ) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas cida- RESPOSTA: “D”.
des, que não resolveu os problemas do trânsito.
( ) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun- 5-)
do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro. Em todas as alternativas há expressões que represen-
( ) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio- tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
namento, revisão....e agora mais o pedágio? Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
( ) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
investido no transporte público.
( ) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa- RESPOSTA: “B”.
gue pelo privilégio!
( ) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio 6-)
urbano melhorou. “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en-
A ordem obtida é: tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
a) (S) (N) (N) (S) (S) (S) (N) nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
b) (S) (N) (S) (N) (N) (S) (S)
c) (N) (S) (S) (N) (S) (N) (S) RESPOSTA: “C”.
d) (S) (S) (N) (S) (N) (S) (N)
e) (N) (N) (S) (S) (N) (S) (N) 7-)
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ – da própria autora!
ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que
apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo ex- RESPOSTA: “B”.
presso no excerto: “Se você está em casa, não pode sair. Se
você está na rua, não pode entrar”. 8-)
a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”. Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”.
c) “Um dia da caça, o outro do caçador”. RESPOSTA: “D”.
d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”.
9-)
Resolução (S) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-
porte público e estender as ciclovias.
1-) (N) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas ci-
Com palavras do próprio texto responderemos: o mun- dades, que não resolveu os problemas do trânsito.
do cabe numa fresta. (S) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
RESPOSTA: “A”. do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.
(N) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-
2-) namento, revisão....e agora mais o pedágio?
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie- (N) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é
dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos investido no transporte público.
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. (S) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa-
RESPOSTA: “CERTO”. gue pelo privilégio!
(S) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio
3-) urbano melhorou.
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo S - N - S - N - N - S - S
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora- RESPOSTA: “B”.
ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula,
temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação 10-)
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é:
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe, “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua,
delimita a informação – como no caso do exercício). não pode entrar”.
RESPOSTA: “CERTO’. RESPOSTA: “A”.

4
LÍNGUA PORTUGUESA

Em certas palavras, algumas letras não representam


ALFABETO. VOGAL, SEMIVOGAL E nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em pala-
CONSOANTES, LETRAS MAIÚSCULAS E vras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando
são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal,
MINÚSCULAS.
como em canto, tinta, etc.

Classificação dos Fonemas


Alfabeto
Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e
O alfabeto passou a ser formado por 26 letras. As le- consoantes.
tras “k”, “w” e “y” não eram consideradas integrantes do
alfabeto (agora são). Essas letras são usadas em unidades Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das
de medida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras cordas vocais e em cuja produção a corrente de ar passa
palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, Wil- livremente na cavidade bucal. As vogais podem ser orais
liam, Kafka, kafkiano. e nasais.
Vogais: a, e, i, o, u. Orais: quando a corrente de ar passa apenas pela cavi-
Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,y,z. dade bucal. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: já, pé, vê,
Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z. ali, pó, dor, uva.
Nasais: quando a corrente de ar passa pela cavidade
Alfabeto:
bucal e nasal. A nasalidade pode ser indicada pelo til (~)
ou pelas letras n e m. Exemplos: mãe, venda, lindo, pomba,
A–B–C–D–E–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O
nunca.
–P–Q–R–S–T–U–V–W–X–Y–Z
Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou áto-
nas, dependendo da intensidade com que são pronuncia-
ENCONTRO VOCÁLICO. ENCONTRO das. A vogal tônica é pronunciada com maior intensidade:
CONSONANTAL. DÍGRAFOS. SÍLABA: café, bola, vidro. A vogal átona é pronunciada com menor
intensidade: café, bola, vidro.
NÚMERO DE SÍLABAS, SÍLABA TÔNICA E SUA
CLASSIFICAÇÃO. Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos
de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Obser-
ve, por exemplo, a palavra papai. Ela é formada de duas
LETRA E FONEMA sílabas: pa-pai. Na sílaba pai, o fonema vocálico /i/ não é
tão forte quanto o fonema vocálico /a/; nesse caso, o /i/ é
Letra é o sinal gráfico da escrita. Exemplos: pipoca semivogal.
(tem 6 letras); hoje (tem 4 letras).
Consoantes: são os fonemas em que a corrente de ar,
Fonema é o menor elemento sonoro capaz de esta- emitida para sua produção, teve de forçar passagem na
belecer uma distinção de significado entre palavras. Veja, boca, onde determinado movimento articulatório lhe criou
nos exemplos, os fonemas que marcam a distinção entre embaraço. Exemplos: gato, pena, lado.
os pares de palavras:
Encontro Vocálicos
bar – mar tela – vela sela – sala
- Ditongos: é o encontro de uma vogal e uma semi-
Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um
elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que repre- vogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Exemplos: pai
senta o fonema. Nem sempre o número de fonemas de (vogal + semivogal = ditongo decrescente); ginásio (semi-
uma palavra corresponde ao número de letras que usamos vogal + vogal = ditongo crescente).
para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos - Tritongos: é o encontro de uma semivogal com uma
quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Exemplo: Pa-
cinco letras. raguai.
Certos fonemas podem ser representados por diferen- - Hiatos: é a sequência de duas vogais numa mesma
tes letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representa- palavra mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca
do por: s (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc há mais de uma vogal numa sílaba. Exemplos: saída (sa-í-
(nascer) – xc (excelente) – c (cinto) – sç (desço) da), juiz (ju-iz)

Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fone- Encontro Consonantais


ma, como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois
sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal
letras e cinco fonemas. intermediária. Exemplos: flor, grade, digno.

5
LÍNGUA PORTUGUESA

Dígrafos 03. Qual palavra possui dois dígrafos?


a) fechar
Grupo de duas letras que representa apenas um fone- b) sombra
ma. Exemplos: passo (ss = fonema /s/), nascimento (sc = c) ninharia
fonema /s/), queijo (qu = fonema /k/) d) correndo
e) pêssego
Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos.

- Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç 04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos
(desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato,
(ferro), gu (guerra) hiato, ditongo.
- Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, ven- a) jamais / Deus / luar / daí
to), im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
(tumba, mundo) c) ódio / saguão / leal / poeira
d) quais / fugiu / caiu / história
Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um
05. Os vocabulários passarinho e querida possuem:
só fonema; nos encontros consonantais, cada letra repre-
senta um fonema.
a) 6 e 8 fonemas respectivamente;
Observe de acordo com os exemplos que o número b)10 e 7 fonemas respectivamente;
de letras e fonemas não precisam ter a mesma quantidade. c) 9 e 6 fonemas respectivamente;
- Chuva: tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem d) 8 e 6 fonemas respectivamente;
um único som. e) 7 e 6 fonemas respectivamente.
- Hipopótamo: tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h”
não tem som. 06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípe-
- Galinha: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem
do:
um único som.
- Pássaro: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem
um único som. a) 7
- Nascimento: 10 letras e 8 fonemas, já que não se pro- b) 12
nuncia o “s” e o “en” tem um único som. c) 11
- Exceção: 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o d) 14
“x”. e) 15
- Táxi: 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de
“ks”. 07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, res-
- Guitarra: 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um
pectivamente:
único som e o “rr” também tem um único som.
- Queijo: 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um
único som. a) 4 e 2 fonemas
b) 9 e 5 fonemas
Repare que através do exemplo a mudança de apenas c) 8 e 5 fonemas
uma letra ou fonema gera novas palavras: C a v a l o / C a v d) 7 e 7 fonemas
a d o / C a l a d o / C o l a d o / S o l a d o. e) 8 e 4 fonemas
EXERCÍCIOS
08. O “I” não é semivogal em:
01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas
são as letras que a compõem é: a) Papai
a) importância b) Azuis
b) milhares c) Médio
c) sequer d) Rainha
d) técnica e) Herói
e) adolescente
09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos:
02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não
um, mas dois fonemas?
a) exemplo a) muito, faísca, balaústre.
b) complexo b) guerreiro, gratuito, intuito.
c) próximos c) fluido, fortuito, Piauí.
d) executivo d) tua, lua, nua.
e) luxo e) n.d.a.

6
LÍNGUA PORTUGUESA

10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresen- - Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-
tam ditongo crescente: ga, fi-el, sa-ú-de;
- Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.
a) Lei, Foice, Roubo Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-
b) Muito, Alemão, Viu te;
c) Linguiça, História, Área - Separam-se os encontros consonantais das sílabas
d) Herói, Jeito, Quilo internas, excetuando-se aqueles em que a segunda con-
e) Equestre, Tênue, Ribeirão soante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção,
a-brir, a-pli-car.
Respostas:
Acento Tônico
01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas
demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7 Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas,
fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora
11 letras). do que as demais.
02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/). calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”). faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
04-B (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu). sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
05-D / 06-D / 07-C / 08-D / 09-D / 10-C
Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas
palavras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um
SÍLABA dos elementos que dão melodia à frase.

A palavra amor está dividida em grupos de fonemas Classificação da sílaba quanto a intensidade
pronunciados separadamente: a - mor. A cada um des-
ses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se -Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.
o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é - Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensida-
sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca de.
há mais do que uma vogal em  cada sílaba. Dessa forma, - Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária.
para sabermos o número de sílabas de uma palavra, deve- Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspon-
mos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: dendo à tônica da palavra primitiva. 
as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem
representar semivogais. Classificação das palavras quanto à posição da sí-
laba tônica
Classificação das palavras quanto ao número de sí-
labas De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábu-
los da língua portuguesa que contêm  duas ou mais sílabas
- Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: são classificados em:
mãe, flor, lá, meu; - Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última.
- Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, Exemplos: avó, urubu, parabéns
i-ra, a-í, trans-por; - Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúl-
- Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, tima. Exemplos: dócil, suavemente, banana
pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir; - Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a an-
- Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exem- tepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo
plos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor
-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta. Saiba que:
- São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister,
Divisão Silábica Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter.
- São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago,
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano,
seguintes normas: filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impu-
dico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo,
- Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia),
foi-ce, a-ve-ri-guou; Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubri-
- Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exem- ca, subido(a).
plos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa; - São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito,
- Não se separam os encontros consonantais que ini- bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ôme-
ciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co; ga, pântano, trânsfuga.

7
LÍNGUA PORTUGUESA

- As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla 7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica
tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceâ- é:
nia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil,
zângão/zangão. a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to;
b) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ;
Exercícios c) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al;
d) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa;
e) coe-são / si-len-cio-so.
1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta:
a) gra-tui-to;
8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”,
b) ad-vo-ga-do; ”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em
c) tran-si-tó-rio; sílabas:
d) psi-co-lo-gi-a;
e) in-ter-stí-cio. a) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo;
b) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
2-Assinale o item em que a separação silábica é incor- c) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
reta: d) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo;
a) psi-có-ti-co; e) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo.
b) per-mis-si-vi-da-de;
c) as-sem-ble-ia; 9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com he-
d) ob-ten-ção; modiálise ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam-
e) fa-mí-lia. se corretamente divididas em sílabas na alternativa:
3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as
a) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
sílabas corretamente separadas:
b) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria;
c) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
a) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção; d) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a;
b) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal; e) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria.
c) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia;
d) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car; 10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo
e) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel. cuja separação silábica não esta feita de acordo com a nor-
ma ortográfica vigente:
4-Assinale o item em que todas as sílabas estão corre- a) es-cor-re-gou / in-crí-veis;
tamente separadas: b) in-fân-cia / cres-ci-a;
c) i-dei-a / lé-guas;
a) a-p-ti-dão; d) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da;
b) so-li-tá-ri-o; e) vo-ou / sor-ri-em.
c) col-me-ia;
Respostas: 1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A /
d) ar-mis-tí-cio;
8-E / 9-E / 10-D
e) trans-a-tlân-ti-co.

5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada:


FRASES AFIRMATIVAS E NEGATIVAS.
a) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar;
b) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no;
c) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar;
d) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo; Frase: é todo enunciado capaz de transmitir, a quem
e) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo. nos ouve ou lê, tudo o que pensamos, queremos ou senti-
mos. Pode revestir as mais variadas formas, desde a simples
6- Existe erro de divisão silábica no item: palavra até o período mais complexo, elaborado segundo
os padrões sintáticos do idioma. São exemplos de frases:
a) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o;
Socorro!
b) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co;
Muito obrigado!
c) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to; Que horror!
d) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to; Sentinela, alerta!
e) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni- Cada um por si e Deus por todos.
co. Grande nau, grande tormenta.

8
LÍNGUA PORTUGUESA

Por que agridem a natureza? Optativas: É aquela através da qual se exprime um de-
“Tudo seco em redor.” (Graciliano Ramos) sejo:
“Boa tarde, mãe Margarida!” (Graciliano Ramos) Bons ventos o levem!
“Fumaça nas chaminés, o céu tranquilo, limpo o terrei- Oxalá não sejam vãos tantos sacrifícios!
ro.” (Adonias Filho) “E queira Deus que te não enganes, menino!” (Carlos
“As luzes da cidade estavam amortecidas.” (Érico Ve- de Laet)
ríssimo) “Quem me dera ser como Casimiro Lopes!” (Graciliano
“Tropas do exército regular do Sul, ajustadas pelos seus Ramos)
aliados brancos de além mar, tinham sido levadas em heli-
cópteros para o lugar onde se presumia estivesse o inimigo, Imprecativas: Encerram uma imprecação (praga, mal-
mas este se havia sumido por completo.” (Érico Veríssimo) dição):
“Esta luz me falte, se eu minto, senhor!” (Camilo Cas-
As frases são proferidas com entoação e pausas espe- telo Branco)
ciais, indicadas na escrita pelos sinais de pontuação. Mui- “Não encontres amor nas mulheres!” (Gonçalves Dias)
tas frases, principalmente as que se desviam do esquema “Maldito seja quem arme ciladas no seu caminho!”
sujeito + predicado, só pode ser entendidas dentro do (Domingos Carvalho da Silva)
contexto (= o escrito em que figuram) e na situação (= o
ambiente, as circunstâncias) em que o falante se encontra. Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de
Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o frase podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No
verbo. Exemplo: Tudo parado e morto. primeiro caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O
que caracteriza e distingue esses diferentes tipos de frase é
Quanto ao sentido, as frases podem ser: a entoação, ora ascendente ora descendente.
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem
Declarativas: aquela através da qual se enuncia algo, ser integralmente captados se atentarmos para o contexto
de forma afirmativa ou negativa. Encerram a declaração ou em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situa-
enunciação de um juízo acerca de alguém ou de alguma ções em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na fra-
coisa: se “Que educação!”, usada quando se vê alguém invadindo,
Paulo parece inteligente. (afirmativa) com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela expressa
A retificação da velha estrada é uma obra inadiável. exatamente o contrário do que aparentemente diz.
(afirmativa) A entoação é um elemento muito importante da frase
Nunca te esquecerei. (negativa) falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão.
Neli não quis montar o cavalo velho, de pêlo ruço. (ne- Dependendo de como é dita, uma frase simples como “É
gativa) ela.” pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indigna-
Interrogativas: aquela da qual se pergunta algo, direta ção, decepção, etc.
(com ponto de interrogação) ou indiretamente (sem ponto A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, con-
de interrogação). São uma pergunta, uma interrogação: forme o tom com que a proferimos. Observe:
Por que chegaste tão tarde? Olavo esteve aqui.
Gostaria de saber que horas são. Olavo esteve aqui?
“Por que faço eu sempre o que não queria” (Fernando Olavo esteve aqui?!
Pessoa) Olavo esteve aqui!
“Não sabe, ao menos, o nome do pequeno?” (Machado
de Assis) Exercícios

Imperativas: aquela através da qual expressamos uma 01. Marque apenas as frases nominais:
ordem, pedido ou súplica, de forma afirmativa ou negativa. a) Que voz estranha!
Contêm uma ordem, proibição, exortação ou pedido: b) A lanterna produzia boa claridade.
“Cale-se! Respeite este templo.” (afirmativa) c) As risadas não eram normais.
Não cometa imprudências. (negativa) d) Luisinho, não!
“Vamos, meu filho, ande depressa!” (afirmativa)
“Segue teu rumo e canta em paz.” (afirmativa) 02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa,
“Não me leves para o mar.” (negativa) exclamativa, optativa ou imperativa.
a) Você está bem?
Exclamativas: aquela através da qual externamos uma b) Não olhe; não olhe, Luisinho!
admiração. Traduzem admiração, surpresa, arrependimen- c) Que alívio!
to, etc.: d) Tomara que Luisinho não fique impressionado!
Como eles são audaciosos! e) Você se machucou?
Não voltaram mais! f) A luz jorrou na caverna.
“Uma senhora instruída meter-se nestas bibocas!” g) Agora suma, seu monstro!
(Graciliano Ramos) h) O túnel ficava cada vez mais escuro.

9
LÍNGUA PORTUGUESA

03. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga Ponto


o modelo: 1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
Luisinho ficou pra trás. (declarativa) - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em
Lusinho, fique para trás. (imperativa) que se encontra.
  - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
a) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos. - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
b) Luisinho procurou os fósforos no bolso.
c) Os meninos olharam à sua volta. 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.

04. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm Ponto e Vírgula ( ; )
verbos. Assinale, pois, as frases verbais: 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
a) Deus te guarde! importância.
b) As risadas não eram normais. - “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo
c) Que ideia absurda! pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida;
d) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos. os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
e) Tão preta como o túnel!
f) Quem bom! 2- Separa partes de frases que já estão separadas por
g) As ovelhas são mansas e pacientes. vírgulas.
h) Que espírito irônico e livre! - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta-
nhas, frio e cobertor.
05. Escreva para cada frase o tipo a que pertence: de-
clarativa, interrogativa, imperativa e exclamativa: 3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
a) Que flores tão aromáticas! tivos, decreto de lei, etc.
b) Por que é que não vais ao teatro mais vezes? - Ir ao supermercado;
c) Devemos manter a nossa escola limpa. - Pegar as crianças na escola;
d) Respeitem os limites de velocidade. - Caminhada na praia;
e) Já alguma vez foste ao Museu da Ciência? - Reunião com amigos.
f) Atravessem a rua com cuidado.
g) Como é bom sentir a alegria de um dever cumprido! Dois pontos
h) Antes de tomar banho no mar, deve-se olhar para a 1- Antes de uma citação
cor da bandeira. - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
i) Não te quero ver mais aqui!
j) Hoje saímos mais cedo. 2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
Respostas tarde e calor à noite.
1-“a” e “d”
2- a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d) op- 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
tativa; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h) de- - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven-
clarativa do a rotina de sempre.
3- a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisi-
nho, procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à 4- Em frases de estilo direto
sua volta! Maria perguntou:
4- a/b/d/g - Por que você não toma uma decisão?
5- a) exclamativa; b) interrogativa; c) declarativa; d) im-
perativa; e) interrogativa; f) imperativa; g) exclamativa; h) Ponto de Exclamação
declarativa; i) imperativa; j) declarativa 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,
susto, súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos
SINAIS DE PONTUAÇÃO: PONTO FINAL, - Ai! Que susto!
DOIS PONTOS, PONTO DE INTERROGAÇÃO E - João! Há quanto tempo!
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Ponto de Interrogação
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que vedo)
servem para compor a coesão e a coerência textual, além
de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Ve- Reticências
jamos as principais funções dos sinais de pontuação co- 1- Indica que palavras foram suprimidas.
nhecidos pelo uso da língua portuguesa. - Comprei lápis, canetas, cadernos...

10
LÍNGUA PORTUGUESA

2- Indica interrupção violenta da frase. Questões sobre Pontuação


“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alter-
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida nativa em que a pontuação está corretamente empregada,
- Este mal... pega doutor? de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimi-
- Deixa, depois, o coração falar... dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en-
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
Vírgula dona.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e,
Não se usa vírgula embora experimentasse a sensação, de violar uma intimi-
*separando termos que, do ponto de vista sintático, li- dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en-
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
gam-se diretamente entre si:
dona.
- entre sujeito e predicado.
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
Todos os alunos da sala foram advertidos.
embora experimentasse a sensação de violar uma intimida-
Sujeito predicado de, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
- entre o verbo e seus objetos. (D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e,
O trabalho custou sacrifício aos realiza- embora experimentasse a sensação de violar uma intimi-
dores. dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en-
V.T.D.I. O.D. O.I. contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
dona.
Usa-se a vírgula: (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
- Para marcar intercalação: embora, experimentasse a sensação de violar uma intimi-
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun- dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en-
dância, vem caindo de preço. contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão dona.
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. 02. Assinale a opção em que está corretamente indica-
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús- da a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não as lacunas da frase abaixo:
querem abrir mão dos lucros altos. “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas
devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica
- Para marcar inversão: que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): ter.
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe- A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
chadas. B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
maio de 1982.
03. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os
sinais de pontuação estão empregados corretamente em:
- Para separar entre si elementos coordenados (dispos-
A) Duas explicações, do treinamento para consultores
tos em enumeração): iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a cons-
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. trução de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. metas de vendas associadas aos dois temas.
B) Duas explicações do treinamento para consultores
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a cons-
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. trução de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das
- Para isolar: metas de vendas associadas aos dois temas.
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasilei- C) Duas explicações do treinamento para consultores
ra, possui um trânsito caótico. iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a cons-
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. trução de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das
metas de vendas associadas aos dois temas.
Fontes: D) Duas explicações do treinamento para consulto-
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ res iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu- a construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou
la.htm falar das metas de vendas associadas aos dois temas.

11
LÍNGUA PORTUGUESA

E) Duas explicações, do treinamento para consulto- D) dois pontos, interrogação, vírgula, ponto final, tra-
res iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a vessão, vírgula, vírgula, vírgula, interrogação
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar E) dois pontos, ponto final, vírgula, vírgula, interroga-
das metas, de vendas associadas aos dois temas. ção, vírgula, vírgula, travessão, interrogação

04.(Escrevente TJ SP – Vunesp 2012). Assinale a alter- 07. (SRF) Das redações abaixo, assinale a que não está
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa pontuada corretamente:
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência A) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o re-
nominal e à pontuação. sultado do concurso.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida- B) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o re-
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço sultado do concurso.
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, C) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o re-
do que em outros. sultado do concurso.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra- D) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do
pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o concurso, em fila.
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um E) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o resul-
exemplo!, do que em outros. tado do concurso.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o 08. A frase em que deveria haver uma vírgula é:
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um A) Comi uma fruta pela manhã e outra à tarde.
exemplo, do que em outros. B) Eu usei um vestido vermelho na festa e minha irmã
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- usou um vestido azul.
mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço C) Ela tem lábios e nariz vermelhos.
seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo D) Não limparam a sala nem a cozinha.
– do que em outros.
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida- GABARITO
mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan-
ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem- 01. C 02. C 03. B 04. D 05. E
plo) do que em outros. 06. B 07. B 08. B
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.).
Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta RESOLUÇÃO
após o acréscimo das vírgulas.
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na 1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô- (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
nica ao grupo ou acione o código na internet. embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
onde o código foi acionado. encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra- sua dona.
dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo (B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa
que a criança foi encontrada. e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
primeiro às, areias do Guarujá. encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te- sua dona.
lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re- (D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa
ferência e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti-
midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X)
06. Assinale a série de sinais cujo emprego correspon- encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
de, na mesma ordem, aos parênteses indicados no texto: sua dona.
“Pergunta-se ( ) qual é a ideia principal desse pará- (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
grafo ( ) A chegada de reforços ( ) a condecoração ( ) o embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in-
escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente ( timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando ,
) Se é a chegada de reforços ( ) que relação há ( ) ou mos- (X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era
trou seu autor haver ( ) entre esse fato e os restantes ( )”. a sua dona.
A) vírgula, vírgula, interrogação, interrogação, interro-
gação, vírgula, vírgula, vírgula, ponto final 2-) Quando se trata de trabalho científico , duas coisas
B) dois pontos, interrogação, vírgula, vírgula, interroga- devem ser consideradas : uma é a contribuição teórica
ção, vírgula, travessão, travessão, interrogação que o trabalho oferece ; a outra é o valor prático que pos-
C) travessão, interrogação, vírgula, vírgula, ponto final, sa ter, vírgula, dois pontos, ponto e vírgula
travessão, travessão, ponto final, ponto final

12
LÍNGUA PORTUGUESA

3-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade- 7-) Em fila, os candidatos , (X) aguardavam, ansiosos, o
quadas resultado do concurso.
A) Duas explicações , (X) do treinamento para consul-
tores iniciantes receberam destaque , (X) o conceito de 8-) Eu usei um vestido vermelho na festa , e minha
PPD e a construção de tabelas Price; mas por outro lado, irmã usou um vestido azul.
faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas. Há situações em que é possível usar a vírgula antes do
C) Duas explicações do treinamento para consultores “e”. Isso ocorre quando a conjunção aditiva coordena ora-
iniciantes receberam destaque ; (X) o conceito de PPD e a ções de sujeitos diferentes nas quais a leitura fluente pode
construção de tabelas Price , (X) mas por outro lado, faltou ser prejudicada pela ausência da pontuação.
falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
D) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes , (X) receberam destaque: o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price , (X) mas, por outro lado, faltou
falar das metas de vendas associadas aos dois temas. GÊNERO: MASCULINO E FEMININO.
E) Duas explicações , (X) do treinamento para consul-
tores iniciantes , (X) receberam destaque ; (X) o conceito
de PPD e a construção de tabelas Price , (X) mas por outro
lado, faltou falar das metas , (X) de vendas associadas aos SUBSTANTIVO
dois temas.
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
4-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade- tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
quadas denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme-
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam , (X) nos, os substantivos também nomeiam:
rapidamente , (X) seu espaço na carreira científica (, ) ainda -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é -sentimentos: raiva, amor...
um exemplo, do que em outros. -estados: alegria, tristeza...
(B) Não há dúvida de que , (X) as mulheres , (X) am- -qualidades: honestidade, sinceridade...
pliam rapidamente seu espaço na carreira científica ; (X) -ações: corrida, pescaria...
ainda que o avanço seja mais notável , (X) em alguns paí-
ses, o Brasil é um exemplo ! (X) , do que em outros. Morfossintaxe do substantivo
(C) Não há dúvida de que as mulheres , (X) ampliam
rapidamente seu espaço , (X) na carreira científica , (X) ain- Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em
da que o avanço seja mais notável, em alguns países : (X) o geral exerce funções diretamente relacionadas com o ver-
Brasil é um exemplo, do que em outros. bo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos ver-
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- bais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.
mente , (X) seu espaço na carreira científica, ainda que , (X) Pode ainda funcionar como núcleo do complemento no-
o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um minal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito,
exemplo) do que em outros. do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontra-
mos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e
5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade- de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desem-
quadas penhadas por grupos de palavras.
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá
na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem
Classificação dos Substantivos
eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.
(B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os
1- Substantivos Comuns e Próprios
pais de onde o código foi acionado.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
dos , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila,
dizendo que a criança foi encontrada. com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) che- (no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de
ga primeiro às , (X) areias do Guarujá. uma cidade (em oposição aos bairros).

6-) Pergunta-se ( : ) qual é a ideia principal desse pa- Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
rágrafo e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
( ? ) A chegada de reforços ( , ) a condecoração ( , ) o cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo
escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente comum.
(? ) Se é a chegada de reforços ( , ) que relação há ( - ) Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
ou mostrou seu autor haver ( - ) entre esse fato e os res- uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
tantes ( ? ) homem, mulher, país, cachorro.

13
LÍNGUA PORTUGUESA

Estamos voando para Barcelona.


O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.

2 - Substantivos Concretos e Abstratos



LÂMPADA MALA

Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são independentes de outros seres. São
substantivos concretos.

Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres.

Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário.


Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.

Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

O substantivo beleza designa uma qualidade.

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou
coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraí-
dos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).

3 - Substantivos Coletivos

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.

Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais
outra abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma
espécie (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mes-
ma espécie.

Substantivo coletivo Conjunto de:


assembleia pessoas reunidas
alcateia lobos
acervo livros
antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas
banda músicos
bando desordeiros ou malfeitores
banca examinadores
batalhão soldados
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cáfila camelos
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
chusma gente, pessoas

14
LÍNGUA PORTUGUESA

concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas.
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
enxoval roupas
falange soldados, anjos
fauna animais de uma região
feixe lenha, capim
flora vegetais de uma região
frota navios mercantes, ônibus
girândola fogos de artifício
horda bandidos, invasores
junta médicos, bois, credores, examinadores
júri jurados
legião soldados, anjos, demônios
leva presos, recrutas
malta malfeitores ou desordeiros
manada búfalos, bois, elefantes,
matilha cães de raça
molho chaves, verduras
multidão pessoas em geral
ninhada pintos
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
penca bananas, chaves
pinacoteca pinturas, quadros
quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores
rebanho ovelhas
récua bestas de carga, cavalgadura
repertório peças teatrais, obras musicais
réstia alhos ou cebolas
romanceiro poesias narrativas
revoada pássaros
sínodo párocos
talha lenha
tropa muares, soldados
turma estudantes, trabalhadores
vara porcos

Formação dos Substantivos

Substantivos Simples e Compostos

Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.


O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples.

Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento.


Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois elemen-
tos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.

Substantivos Primitivos e Derivados

Meu limão meu limoeiro,


meu pé de jacarandá...

O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O substan-
tivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.

15
LÍNGUA PORTUGUESA

Flexão dos substantivos - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino


de três formas:
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
exemplo, pode sofrer variações para indicar: -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Plural: meninos Feminino: menina
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão
Flexão de Gênero - sultana
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar - Substantivos terminados em -or:
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
O velho e o mar
sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque
Um Natal inesquecível
- duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
Os reis da praia

Pertencem ao gênero feminino os substantivos que - Substantivos que formam o feminino trocando o -e
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: final por -a: elefante - elefanta
A história sem fim
Uma cidade sem passado - Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
As tartarugas ninjas no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca

Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no- czar – czarina réu - ré
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for- Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito Epicenos:
- prefeita Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.

Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
para o feminino. Classificam-se em: para indicar o masculino e o feminino.
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
fêmea. mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes- a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
macho e fêmea.
o ídolo, o indivíduo.
A cobra macho picou o marinheiro.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
doente, o artista e a artista.
Sobrecomuns:
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados Entregue as crianças à natureza.
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
sistema, o sintoma, o teorema. A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas-
- Existem certos substantivos que, variando de gêne- culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
ro, variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
(cidade) A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria.
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
Outros substantivos sobrecomuns:
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
- aluna. criatura.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
masculino: freguês - freguesa Marcela faleceu

16
LÍNGUA PORTUGUESA

Comuns de Dois Gêneros: dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei-
ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma
A distinção de gênero pode ser feita através da análise (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de
cês - repórter francesa peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa
- A palavra personagem é usada indistintamente nos (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha. a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o
aceitam a personagem. voga (remador), a voga (moda, popularidade).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o
do plural é o “s” final.
soprano, o proclama, o pernoite, o púbis.
Plural dos Substantivos Simples
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo- - cânones.
grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o - Os substantivos terminados em “m” fazem o plural
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o em “ns”: homem - homens.
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
ma, o hematoma. - Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu-
ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
Gênero dos Nomes de Cidades
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos. se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
A histórica Ouro Preto. col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul
A dinâmica São Paulo. e cônsules.
A acolhedora Porto Alegre.
Uma Londres imensa e triste. - Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. duas maneiras:
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
Gênero e Significação - Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.

Muitos substantivos têm uma significação no masculi- Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
no e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar
em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco, - Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que duas maneiras:
marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe), - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi- acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses

17
LÍNGUA PORTUGUESA

- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva- - Casos Especiais


riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural o bem-me-quer e os bem-me-queres
de três maneiras. o joão-ninguém e os joões-ninguém.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães Plural das Palavras Substantivadas
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
o látex - os látex. no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
Plural dos Substantivos Compostos O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
-A formação do plural dos substantivos compostos de- Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou
pende da forma como são grafados, do tipo de palavras “z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
que formam o composto e da relação que estabelecem en- tos seis e alguns dez.
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes,
Plural dos Diminutivos
girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malme-
queres.
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final
O plural dos substantivos compostos cujos elementos
e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
animai(s) + zinhos = animaizinhos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores farói(s) + zinhos = faroizinhos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- tren(s) + zinhos = trenzinhos
feitos colhere(s) + zinhas = colherezinhas
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho- flore(s) + zinhas = florezinhas
mens mão(s) + zinhas = mãozinhas
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando funi(s) + zinhos = funizinhos
formados de: túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas pai(s) + zinhos = paizinhos
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e pé(s) + zinhos = pezinhos
alto- -falantes pé(s) + zitos = pezitos
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re-
cos Plural dos Nomes Próprios Personativos

- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
formados de: sempre que a terminação preste-se à flexão.
substantivo + preposição clara + substantivo = água- Os Napoleões também são derrotados.
de-colônia e águas-de-colônia As Raquéis e Esteres.
substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
lo-vapor e cavalos-vapor Plural dos Substantivos Estrangeiros
substantivo + substantivo que funciona como deter-
minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exce-
-relógio - bombas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba, to quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os
homem-rã - homens-rã, peixe-espada - peixes-espada. jazz.

- Permanecem invariáveis, quando formados de: Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor-


verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa- jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os ré-
ca-rolhas quiens.

18
LÍNGUA PORTUGUESA

Observe o exemplo: - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho


Este jogador faz gols toda vez que joga. do ser. Pode ser:
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Plural com Mudança de Timbre Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
cador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Certos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
fonético chamado metafonia (plural metafônico).
ANTÔNIMOS/SINÔNIMOS. DIMINUTIVO/
Singular Plural AUMENTATIVO.
corpo (ô) corpos (ó)
esforço esforços
fogo fogos
forno fornos SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
fosso fossos
imposto impostos Consideremos as seguintes frases:
olho olhos Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja!
osso (ô) ossos (ó) Vamos! Coloque logo a mão na massa!
ovo ovos As crianças estão com as mãos sujas.
poço poços Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.
porto portos
posto postos Chegamos à conclusão de que se trata de palavras
tijolo tijolos idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuem
o mesmo significado?
Existe uma parte da gramática normativa denominada
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol-
Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes significa-
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
dos que uma mesma palavra apresenta de acordo com o
contexto em que se insere.
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne),
Tomando como exemplo as frases já mencionadas,
de molho (ó) = feixe (molho de lenha).
analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordo
com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
dicionário.
Na primeira, a palavra “mão” significa habilidade, efi-
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o ciência diante do ato praticado. Nas outras que seguem o
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. significado é de: participação, interação mediante a uma
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. último simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa.
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
bom nome) e honras (homenagem, títulos). algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas consideração as situações de aplicabilidade.
com sentido de plural: Há uma infinidade de outros exemplos em que pode-
Aqui morreu muito negro. mos verificar a ocorrência da polissemia, como por exemplo:
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
improvisadas. O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta.
Flexão de Grau do Substantivo Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir sobrevivência
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: O passarinho foi atingido no bico.
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera- Polissemia e homonímia
do normal. Por exemplo: casa
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
do ser. Classifica-se em: comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi-
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje- cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. quando duas ou mais palavras com origens e significados
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi- distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho-
cador de aumento. Por exemplo: casarão. monímia.

19
LÍNGUA PORTUGUESA

A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode Denotação e Conotação


significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
polissemia porque os diferentes significados para a palavra - Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra
manga têm origens diferentes, e por isso alguns estudiosos com o seu significado primitivo e original, com o sentido
mencionam que a palavra manga deveria ter mais do que do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem
uma entrada no dicionário. comum. Veja este exemplo: Cortaram as asas da ave para
“Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode significar que não voasse mais.
o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido
a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os próprio, comum, usual, literal.
diferentes significados estão interligados porque remetem
para o mesmo conceito, o da escrita. MINHA DICA - Procure associar Denotação com Di-
cionário: trata-se de definição literal, quando o termo é uti-
Polissemia e ambiguidade
lizado em seu sentido dicionarístico.
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
com o seu significado secundário, com o sentido amplo (ou
ser ambíguo, ou seja, apresenta mais de uma interpreta-
ção. Essa ambiguidade pode ocorrer devido à colocação simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa lingua-
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em gem rica e expressiva. Veja este exemplo:
uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes
alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste que seja tarde demais.
caso podem existir duas interpretações diferentes. As pes- Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma
soas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são figurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle
felizes porque têm uma alimentação equilibrada. de ações; disciplina, limitação de conduta e comportamen-
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela to.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma inter-
pretação. Para fazer a interpretação correta é muito impor- Fonte:
tante saber qual o contexto em que a frase é proferida. http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-
justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figu-
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabo- rado-das-palavras.html
la, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser de-
finida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma Questões sobre Denotação e Conotação
língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto.
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
Sentido Próprio e Figurado das Palavras LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O
sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão
Pela própria definição acima destacada podemos per- de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões
ceber que a palavra é composta por duas partes, uma delas com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das pala-
relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada vras ígneo e pétreo.
significante) e a outra relacionada ao que ela (palavra) ex- (A) De corda; de plástico.
pressa, ao conceito que ela traz (denominada significado). (B) De fogo; de madeira.
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdivi-
(C) De madeira; de pedra.
dem-se assim:
(D) De fogo; de pedra.
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o senti-
(E) De plástico; de cinza.
do comum que costumamos dar a uma palavra.
- Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figura-
do”, que podemos dar a uma palavra. 2-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013
contextos: - ADAPTADO) Para responder à questão, considere a se-
1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento) guinte passagem: Sem querer estereotipar, mas já estereoti-
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagra- pando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam,
dável, que adota condutas pouco apreciáveis) 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que co- Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
nhece muito sobre alguma coisa, “expert”) (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido co- (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido
mum (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado dela.
em sentido figurado. (C) adotar como referência de qualidade.
Podemos então concluir que um mesmo significante (D) julgar de acordo com normas legais.
(parte concreta) pode ter vários significados (conceitos). (E) classificar segundo ideias preconcebidas.

20
LÍNGUA PORTUGUESA

3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 - tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com
ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque-
palavras destacadas nas seguintes passagens do texto: nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a
Desde o surgimento da ideia de hipertexto... marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
... informações ligadas especialmente à pesquisa aca-
dêmica, (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
analogia e associação...
No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido
Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a
ideia de hipertexto... figurado é
... 20 anos depois de seu artigo fundador... (A) menino.
(B) chão.
As palavras destacadas que expressam ideia de tempo (C) testa.
são: (D) penumbra.
(A) algo, especialmente e Quando. (E) tenda.
(B) Desde, especialmente e algo.
(C) especialmente, Quando e depois. 7-) (UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VU-
(D) Desde, Quando e depois. NESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder à
(E) Desde, algo e depois. questão.

4-) (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a
A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o mo- Operação Lixo Zero, que vai multar quem emporcalhar a ci-
vimento cordelista pode ser comparada à de outros dois dade. Em primeira instância, a campanha é educativa. Equi-
grandes nomes... pes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana estão per-
Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem correndo as ruas para flagrar maus cidadãos jogando coisas
prejuízo da correção, o elemento grifado pode ser subs-
onde não devem e alertá-los para o que os espera. Em breve,
tituído por:
com guardas municipais, policiais militares e 600 fiscais em
(A) contrastada.
(B) confrontada. ação, as multas começarão a chegar para quem tratar a via
(C) ombreada. pública como a casa da sogra.
(D) rivalizada. Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os
(E) equiparada. recordistas de multas serão os cerca de 300 jovens golpistas
que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas,
5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU- pichar monumentos, vandalizar prédios públicos, quebrar
NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não te orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar ban-
abras com teu amigo – o verbo em destaque foi emprega- cos, saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir
do em sentido figurado. lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas de fogo
Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir” com ele.
continua sendo empregado em sentido figurado. É verdade que, no seu “bullying” político, eles não estão
(A) Ao abrir a porta, não havia ninguém. nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por algum
(B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abri- motivo, parecem querer levar ao colapso.
dor. Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalis-
(C) Para aprender, é preciso abrir a mente. mo, saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade,
(D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos
casa.
públicos, talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua.
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico.
(Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013.
6-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 –
Adaptado)
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques-
tão, considere o texto abaixo.
Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º
A marca da solidão parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de
(A) progresso.
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de (B) descaso.
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a (C) vitória.
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de (D) tédio.
penumbra na tarde quente. (E) ruína.

21
LÍNGUA PORTUGUESA

8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN- 8-)


DES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho: No enunciado, o verbo “levar” está empregado com o
“Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva sentido de “duração/tempo”
anos”. A frase em que esse verbo está usado com o mesmo (A) O menino leva o material adequado para a escola.
sentido é: = carrega
(A) O menino leva o material adequado para a escola. (B) João levou uma surra da mãe. = apanhou
(B) João levou uma surra da mãe.
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo.
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. =
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar direciona
a prova. (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a
prova = duração/tempo
RESOLUÇÃO
RESPOSTA: “E”.
1-)
Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as- - Sinônimos
sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto
fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos-
- abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir.
ta?
Observação: A contribuição greco-latina é responsável
RESPOSTA: “D”. pela existência de numerosos pares de sinônimos: adver-
sário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e he-
2-) miciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e
Classificar conforme regras conhecidas, mas não con- diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese.
firmadas se verdadeiras.
- Antônimos
RESPOSTA: “E”. São palavras de significação oposta: ordem - anarquia;
soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem.
3-) Observação: A antonímia pode originar-se de um pre-
As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são:
fixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer;
desde, quando e depois.
simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e dis-
RESPOSTA: “D”. córdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e an-
ticomunista; simétrico e assimétrico.
4-)
Ao participar de um concurso, não temos acesso a di- O que são Homônimos e Parônimos:
cionários para que verifiquemos o significado das palavras,
por isso, caso não saibamos o que significam, devemos - Homônimos
analisá-las dentro do contexto em que se encontram. No a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferen-
exercício acima, a que se “encaixa” é “equiparada”. tes na pronúncia:
rego (subst.) e rego (verbo);
RESPOSTA: “E”.
colher (verbo) e colher (subst.);
5-)
Em todas as alternativas o verbo “abrir” está empre- jogo (subst.) e jogo (verbo);
gado em seu sentido denotativo. No item C, conotativo denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
(“abrir a mente” = aberto a mudanças, novas ideias). providência (subst.) e providencia (verbo).

RESPOSTA: “C”. b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e di-


ferentes na escrita:
6-) acender (atear) e ascender (subir);
Novamente, responderemos com frase do texto: seu concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
rosto formando uma tenda. cela (compartimento) e sela (arreio);
censo (recenseamento) e senso ( juízo);
RESPOSTA: “E”.
paço (palácio) e passo (andar).
7-)
Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São
do autor ao utilizar a expressão” levar ao colapso” refere-se palavras iguais na escrita e na pronúncia:
à queda, ao fim, à ruína da cidade. caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.);
RESPOSTA: “E”. livre (adj.) e livre (verbo).

22
LÍNGUA PORTUGUESA

- Parônimos 02. A palavra em destaque no trecho –“Tirando alguns


São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: coro sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”... –
e couro; cesta e sesta; eminente e iminente; osso e ouço; sede pode ser substituída, sem alteração do sentido da mensa-
e cede; comprimento e cumprimento; tetânico e titânico; au- gem, pela seguinte expressão:
tuar e atuar; degradar e degredar; infligir e infringir; deferir A) Pelo menos
e diferir; suar e soar. B) A contar de
C) Em substituição a
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an- D) Com exceção de
tonimos,-homonimos-e-paronimos E) No que se refere a

03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo


para o termo destacado em – …“No início das aulas, eu
Questões sobre Significação das Palavras
achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse.
A) Estimulante.
01. Assinale a alternativa que preenche corretamente
B) Cansativo.
as lacunas da frase abaixo:
C) Irritante.
Da mesma forma que os italianos e japoneses _________ D) Confuso.
para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros ________ E) Improdutivo.
para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor;
internamente, __________ para o Sul, pelo mesmo motivo. 04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
a) imigraram - emigram - migram NESP – 2013). Analise as afirmações a seguir.
b) migraram - imigram - emigram I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
c) emigraram - migram - imigram. por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
d) emigraram - imigram - migram. do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”.
e) imigraram - migram – emigram II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta-
Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP – 2013 ção.
- Leia o texto para responder às questões de números 02 III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife-
e 03. rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. –
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
Alunos de colégio fazem robôs com sucata eletrônica do”, sem alterar o sentido do texto.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
Você comprou um smartphone e acha que aquele seu está correto o que se afirma em
celular antigo é imprestável? Não se engane: o que é lixo A) I, II e III.
para alguns pode ser matéria-prima para outros. O CMID B) III, apenas.
– Centro Marista de Inclusão Digital –, que funciona junto C) I e III, apenas.
ao Colégio Marista de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, D) I, apenas.
ensina os alunos do colégio a fazer robôs a partir de lixo E) I e II, apenas.
eletrônico.
Os alunos da turma avançada de robótica, por exemplo, 05. Leia as frases abaixo:
1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
constroem carros com sensores de movimento que respon-
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em
dem à aproximação das pessoas. A fonte de energia vem de
Marte.
baterias de celular. “Tirando alguns sensores, que precisa-
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas
mos comprar, é tudo reciclagem”, comentou o instrutor de
de humor.
robótica do CMID, Leandro Schneider. Esses alunos também 4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.
aprendem a consertar computadores antigos. “O nosso pro-
jeto só funciona por causa do lixo eletrônico. Se tivéssemos Escolha a alternativa que oferece a sequência correta
que comprar tudo, não seria viável”, completou. de vocábulos para as lacunas existentes:
Em uma época em que celebridades do mundo digital a) concerto – há – a – cessões – há;
fazem campanha a favor do ensino de programação nas es- b) conserto – a – há – sessões – há;
colas, é inspirador o relato de Dionatan Gabriel, aluno da c) concerto – a – há – seções – a;
turma avançada de robótica do CMID que, aos 16 anos, já d) concerto – a – há – sessões – há;
sabe qual será sua profissão. “Quero ser programador. No e) conserto – há – a – sessões – a .
início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me
interessando”, disse. 06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
(Giordano Tronco, www.techtudo.com.br, 07.07.2013. NESP – 2013-adap.). Considere o seguinte trecho para res-
Adaptado) ponder à questão.

23
LÍNGUA PORTUGUESA

Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans- II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser
mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta-
lhes impuseram limites de disciplina. ção. = correta
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse
trecho, é: III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife-
A) de desprendimento. rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. –
B) de responsabilidade. pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
C) de abnegação. do”, sem alterar o sentido do texto. = correta
D) de amor.
E) de egoísmo. 5-)
1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi;
07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser 2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe)
preenchida com a primeira alternativa da série dada nos vida em Marte.
parênteses: 3 – As sessões da câmara são verdadeiros pro-
A) Estou aqui _______ de ajudar os flagelados das en- gramas de humor.
chentes. (afim- a fim). 4- Há dias que não falo com Alfredo. (=
B) A bandeira está ________. (arreada - arriada). tempo passado)
C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (in-
flingirem - infringirem). 6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos. transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e
(concelhos - conselhos). não lhes impuseram limites de disciplina.
E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cer- O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse
ca de - acerca de). trecho, é de egoísmo

08. Assinale a alternativa correta, considerando que à Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado
direita de cada palavra há um sinônimo. nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filan-
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) tropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes per-
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar cebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as incli-
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação nações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou
coletivas).
GABARITO
7-)
01. A 02. D 03. A 04. A A) Estou aqui a fim de de ajudar os flagelados das
05. D 06. E 07. E 08. A enchentes. (afim = O adjetivo “afim” é empregado para in-
dicar que uma coisa tem afinidade com a outra. Há pessoas
RESOLUÇÃO que têm temperamentos afins, ou seja, parecidos)
B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar
1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses arreio no cavalo)
imigraram para o Brasil no século passado, hoje os bra- C) Serão punidos os que infringirem o regulamen-
sileiros emigram para a Europa e para o Japão, à busca to. (inflingirem = aplicarem a pena)
de uma vida melhor; internamente, migram para o D) São sempre valiosos os conselhos dos mais ve-
Sul, pelo mesmo motivo. lhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa
de um distrito).
2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos E) Moro a cerca de cem metros da praça principal.
comprar, é tudo reciclagem”... (acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.).

3-) antônimo para o termo destacado : “No início das 8-)


aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interes- b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) =
sando” significados invertidos
“No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signifi-
depois fui me interessando” cados invertidos
4-) d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signifi-
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso cados invertidos
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí- e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação =
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta significados invertidos

24
LÍNGUA PORTUGUESA

acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,


NOÇÕES BÁSICAS DE ACENTUAÇÃO “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.:
GRÁFICA. tâmara – Atlântico – pêssego – supôs

acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com


artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as re-
gras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se com- trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi total-
põe de algumas particularidades, às quais devemos estar mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado
atentos, procurando estabelecer uma relação de familia- em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.:
ridade e, consequentemente, colocando-as em prática na mülleriano (de Müller)
linguagem escrita.
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas gais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã
competências, e logo nos adequamos à forma padrão.
Regras fundamentais:
Regras básicas – Acentuação tônica
Palavras oxítonas:
A acentuação tônica implica na intensidade com que Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá
“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-
de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica.
pó(s) – armazém(s)
As demais, como são pronunciadas com menos intensida-
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
de, são denominadas de átonas.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi-
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
cadas como:
guidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se-
guidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – com-
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai
na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato pô-lo
– passível
Paroxítonas:
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tím- - i, is : táxi – lápis – júri
pano – médico – ônibus - us, um, uns : vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax –
Como podemos observar, os vocábulos possuem mais fórceps
de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com - ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos
uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que,
quando pronunciados, apresentam certa diferenciação -- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para
quanto à intensidade. quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações
Tal diferenciação só é percebida quando os pronun- das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua
ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memo-
podemos observar no exemplo a seguir: rização!
“Sei que não vai dar em nada,
Seus segredos sei de cor”. -ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei
Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de-
mais, como átonos (que, em, de). Regras especiais:

Os acentos Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos


abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em
«u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras palavras paroxítonas.
representam as vogais tônicas de palavras como Amapá,
caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além * Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di- palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
tongos abertos) acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu.

25
LÍNGUA PORTUGUESA

Antes Agora Antes Depois


assembléia assembleia apazigúe (apaziguar) apazigue
idéia ideia averigúe (averiguar) averigue
geléia geleia argúi (arguir) argui
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa
paranóico paranoico do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo
vir)
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom-
panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca A regra prevalece também para os verbos conter, ob-
– baú – país – Luís ter, reter, deter, abster.
ele contém – eles contêm
Observação importante: ele obtém – eles obtêm
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando ele retém – eles retêm
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.: ele convém – eles convêm
Antes Agora
bocaiúva bocaiuva Não se acentuam mais as palavras homógrafas que
feiúra feiura antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
Sauípe Sauipe lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
exceções, como:
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
abolido. Ex.: pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
Antes Agora do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa
crêem creem do singular do presente do indicativo). Ex:
lêem leem Ela pode fazer isso agora.
vôo voo Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
enjôo enjoo
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos preposição por.
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co-
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Repare: Faço isso por você.
1-) O menino crê em você Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem! Questões sobre Acentuação Gráfica
Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala. 01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
Esperamos que os garotos deem o recado! A) Tem a última sílaba como tônica.
4-) Rubens vê tudo! B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
Eles veem tudo! C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
D) Não tem sílaba tônica.
* Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde! 02. Assinale a alternativa correta.
Eles vêm à tarde! A palavra faliu contém um:
A) hiato
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan- B) dígrafo
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru C) ditongo decrescente
-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz D) ditongo crescente

Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti- 03. Em “O resultado da experiência foi, literalmen-
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha. te, aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada
pelo mesmo motivo que:
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem A) túnel
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba B) voluntário
As formas verbais que possuíam o acento tônico na C) até
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de D) insólito
“e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.: E) rótulos

26
LÍNGUA PORTUGUESA

04. Assinale a alternativa correta. GABARITO


A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem
paroxítonas terminadas em ditongo. 01. B 02. C 03. B 04. A 05. E
B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamen- 06. A 07. A 08. B 09. D
te, encontro consonantal e hiato.
C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as RESOLUÇÃO
palavras grifadas são paroxítonas.
1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima
D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as par- sílaba é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúl-
tes destacadas são dígrafos. tima sílaba tônica = paroxítona
E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-
si-có-lo-ga” e “a-ci-o-na”. 2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sí-
laba, portanto: ditongo. É decrescente porque apresenta
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: uma vogal e uma semivogal. Na classificação, ambas são
A) saúde semivogais, mas quando juntas, a que “aparecer” mais na
B) cooperar pronúncia será considerada “vogal”.
C) ruim
D) creem 3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em
ditongo crescente (semivogal + vogal)
E) pouco
a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L
b-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em diton-
06. “O episódio aconteceu em plena via pública de go
Assis. Dez mulheres começaram a cantar músicas pela paz c-) A - té – oxítona
mundial. A partir daquele momento outras pessoas que d-) in – só – li – to : proparoxítona
passavam por ali decidiram integrar ao grupo. Rapidamen- e-) ró – tu los – proparoxítona
te, uma multidão aderiu à ideia. Assim começou a forma-
ção do maior coral popular de Assis”. O vocábulo subli- 4-)
nhado tem sua acentuação gráfica justificada pelo mesmo a-) correta
motivo das palavras: b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim
DÍGRAFO
A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sério
c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona
B) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvio d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som
C) chinês, varíola, rubéola, período, prêmio do U, portanto não é caso de dígrafo
D) sábio, sábia, sabiá, curió, sério e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga

07. Assinale a opção CORRETA em que todas as pala- 5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im /


vras estão acentuadas na mesma posição silábica. cre - em / pou - co (ditongo)
A) Nazaré - além - até - está - também.
B) Água - início - além - oásis - religião. 6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em di-
C) Município - início - água - século - oásis tongo
D) Século - símbolo - água - histórias - missionário a-) ok
b-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse item
E) Missionário - símbolo - histórias - século – município
c-) chi – nês : oxítona, idem
d-) sa – bi – á : idem
08. Considerando as palavras: também / revólver / lâm-
pada / lápis. Assinale a única alternativa cuja justificativa de 7-)
acentuação gráfica não se refere a uma delas: a-) oxítona – TODAS
A) palavra paroxítona terminada em - is b-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona –
B) palavra proparoxítona terminada em - em não acentuada
C) palavra paroxítona terminada em - r c-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paro-
D) palavra proparoxítona - todas devem ser acentua- xítona
das d-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – idem
e-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – proparo-
xítona – paroxítona
09. Assinale a alternativa incorreta:
A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxíto- 8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm
nos terminadas em ditongos crescentes. – pa – da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona
B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxíto- a-) é a regra do LÁPIS
no terminado em em. b-) todas as proparoxítonas são acentuadas, indepen-
C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos. dente de sua terminação
D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono c-) regra para REVÓLVER
terminado em u. d-) relativa à palavra lâmpada

27
LÍNGUA PORTUGUESA

9-) As alternativas A, B e C contêm afirmativas corretas. África afro- / Cultura afro-americana


Na D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por ter- Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
minar em ditongo aberto. América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVOS E
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
ADJETIVOS – FLEXÕES DE GÊNERO, NÚMERO Grécia greco- / Filmes greco-romanos
E GRAU. Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
“caro candidato, o conteúdo de substantivos Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros
foi abordado no decorrer da matéria”
Flexão dos adjetivos

O adjetivo varia em gênero, número e grau.


ADJETIVOS
Gênero dos Adjetivos
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo. Os adjetivos concordam com o substantivo a que se
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, per- referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
cebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode substantivos, classificam-se em:
ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso,
moça bondosa, pessoa bondosa. Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas-
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qua- culino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa,
lidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: ho- mau e má, judeu e judia.
mem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no
portanto, não é adjetivo, mas substantivo. feminino somente o último elemento. Por exemplo: o moço
norte-americano, a moça norte-americana.
Morfossintaxe do Adjetivo Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito feliz.
ou do objeto). Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
Adjetivo Pátrio (ou gentílico) político-social.

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Número dos Adjetivos


Observe alguns deles:
Plural dos adjetivos simples
Estados e cidades brasileiros:
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acor-
do com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
Alagoas alagoano
substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli-
Amapá amapaense
zes, ruim e ruins boa e boas
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
Amazonas amazonense ou baré função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
Belo Horizonte belo-horizontino que estiver qualificando um elemento for, originalmente,
Brasília brasiliense um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo:
Cabo Frio cabo-friense a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se
Campinas campineiro ou campinense estiver qualificando um elemento, funcionará como adje-
tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos
Adjetivo Pátrio Composto cinza.
Veja outros exemplos:
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro Motos vinho (mas: motos verdes)
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru- Paredes musgo (mas: paredes brancas).
dita. Observe alguns exemplos: Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

28
LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivo Composto a) As formas menor e pior são comparativos de supe-


rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res-
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- pectivamente.
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
o último elemento concorda com o substantivo a que se (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-
um dos elementos que formam o adjetivo composto seja se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais gran-
um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica- de e mais pequeno. Por exemplo:
rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen- Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala- mentos.
vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará duas qualidades de um mesmo elemento.
invariável. Por exemplo:
Camisas rosa-claro. Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In-
Ternos rosa-claro. ferioridade
Olhos verde-claros. Sou menos passivo (do) que tolerante.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. Superlativo

Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual- O superlativo expressa qualidades num grau muito
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
invariáveis. absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
têm os dois elementos flexionados. um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
senta-se nas formas:
Grau do Adjetivo Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala-
vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten- O secretário é muito inteligente.
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: Sintética: a intensificação se faz por meio do acrésci-
o comparativo e o superlativo. mo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.

Comparativo Observe alguns superlativos sintéticos:


benéfico beneficentíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri- bom boníssimo ou ótimo
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi- comum comuníssimo
cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de cruel crudelíssimo
igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe difícil dificílimo
os exemplos abaixo: doce dulcíssimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade fácil facílimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da fiel fidelíssimo
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão. Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe- Essa relação pode ser:
rioridade Analítico De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
No comparativo de superioridade analítico, entre os De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do Note bem:
que” ou “mais...que”. 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe- etc., antepostos ao adjetivo.
rioridade Sintético 2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular,
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su- de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
grande/maior, baixo/inferior. forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
Observe que: guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.

29
LÍNGUA PORTUGUESA

3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca- Formas Rizotônicas e Arrizotônicas


riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual,
as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o de- Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
sagradável hiato i-í. dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende-
VERBOS – REGULARES E AUXILIARES (SER, rão, nutriríamos.
TER, HAVER E ESTAR) – CONJUGAÇÃO EM
TODOS OS MODOS E TEMPOS SIMPLES E Classificação dos Verbos
FORMAS NOMINAIS.
Classificam-se em:
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alte-
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, rações no radical: canto cantei cantarei cantava
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros cantasse.
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); - Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
ocorrência (nascer); desejo (querer). ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi-
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não zesse.
os seus possíveis significados. Observe que palavras como - Defectivos: são aqueles que não apresentam conju-
corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais
ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, e pessoais:
porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos * Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor-
possuem. malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
principais verbos impessoais são:
Estrutura das Formas Verbais ** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali-
zar-se ou fazer (em orações temporais).
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
apresentar os seguintes elementos:
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. ** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
(radical fal-) Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que in- Era primavera quando a conheci.
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: Estava frio naquele dia.
fala-r ** Todos os verbos que indicam fenômenos da natu-
São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (fa- reza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar,
lar), 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói,
- I - (partir). “Amanheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “ama-
nhecer” em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal,
- Desinência modo-temporal: é o elemento que de- empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: para ser pessoal.
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
- Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
** São impessoais, ainda:
signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin-
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando
gular ou plural):
tempo: Já passa das seis.
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blas-
fêmias.
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem re-
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, ferência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. se, tais verbos, então, pessoais.

30
LÍNGUA PORTUGUESA

4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.

Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu
bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, caca-
rejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo

Os principais verbos unipessoais são:


1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.):
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
* Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de
sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de
formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento
e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.

- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar as moscas.
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

31
LÍNGUA PORTUGUESA

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem
SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

32
LÍNGUA PORTUGUESA

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

33
LÍNGUA PORTUGUESA

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu
com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, sempre estudo.
na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade:
(pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já Talvez eu estude amanhã.
implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essen- Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda
ciais). Veja: agora, menino.
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam
com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São Formas Nominais
poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-
se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for-
a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. Por mas que podem exercer funções de nomes (substantivo,
exemplo: Arrependi-me de ter estado lá. adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito nominais. Observe:
(eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre - Infinitivo Impessoal: exprime a significação do ver-
ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda bo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função
do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partí- de substantivo. Por exemplo:
cula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conju- Viver é lutar. (= vida é luta)
gada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio
verbo. O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen-
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por
respectivos pronomes): exemplo:
Eu me arrependo É preciso ler este livro.
Tu te arrependes Era preciso ter lido este livro.
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
Vós vos arrependeis
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
Eles se arrependem
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im-
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o obje-
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
to representado por pronome oblíquo da mesma pessoa
do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou tran- Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma
sitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os boa colocação.
pronomes mencionados, formando o que se chama voz
reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. - Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ou advérbio. Por exemplo:
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad-
Maria penteou-me. vérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de
Observações: adjetivo)
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
função sintática. curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
- Há verbos que também são acompanhados de pro- plo:
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos refle- Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
xivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exem- - Particípio: quando não é empregado na formação
plo: dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular nero, número e grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Modos Verbais
Quando o particípio exprime somente estado, sem
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis- função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a
tem três modos: aluna escolhida para representar a escola.

34
LÍNGUA PORTUGUESA

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja:

1. Tempos do Indicativo

- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.


- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.

- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha estudado as
lições quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples).

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.

- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se eu ti-
vesse dinheiro, viajaria nas férias.
2. Tempos do Subjuntivo

- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o
jogo.

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.

Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

35
LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito mais-que-perfeito

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM
Futuro do Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

36
LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

37
LÍNGUA PORTUGUESA

Observações:

- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

Questões sobre Verbo

01. (AGENTE POLÍCIA - VUNESP 2013) Considere o trecho a seguir.


É comum que objetos ___________ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pes-
soas _____________ a atenção voltada para seus pertences, conservando-os junto ao corpo.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
(A) sejam … mantesse
(B) sejam … mantivessem
(C) sejam … mantém
(D) seja … mantivessem
(E) seja … mantêm

02. (MGS - TÉCNICO CONTÁBIL – IBFC/2017-adaptada)


Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos”, nota--se que o acento do verbo em destaque deve-se a uma
exigência de concordância. Assinale a alternativa correta em relação ao emprego desse mesmo verbo.
a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.
b) O jovem têm um grande desafio pela frente.
c) As pessoas tem muitos planos.
d) A mentira tem perna curta.

03. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP 2013-adap.) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas
interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
(D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.

04. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP 2013) Assinale a alternativa contendo a frase do texto na qual a expressão verbal
destacada exprime possibilidade.
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema capaz de disponibilizar um grande número de obras lite-
rárias...
(B) Funcionando como um imenso sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo
virtual.
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por associação, e não mais por sequências fixas previamente estabe-
lecidas.
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito está ligado a uma nova concepção de textualidade...
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar toda a literatura do mundo...

05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O cresci-
mento econômico, se associado à ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”, se passar-
mos o verbo destacado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos a forma:

38
LÍNGUA PORTUGUESA

A) puder. II. Existiam muitos ferimentos no boi.


B) poderia. III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
C) pôde. movimentada.
D) poderá. Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este
E) pudesse. pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente:
A) Existia – Haviam – Existiam
06. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP 2013) Assinale a al- B) Existiam – Havia – Existiam
ternativa em que todos os verbos estão empregados de C) Existiam – Haviam – Existiam
acordo com a norma- -padrão. D) Existiam – Havia – Existia
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da E) Existia – Havia – Existia
impressão definitiva.
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em GABARITO
silêncio.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a tra- 01. B 02. D 03. E 04. B 05. B
balhar no feriado. 06. A 07. C 08. B 09. B 10. D
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque- RESOLUÇÃO
ra a seu superior.
1-)
07. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL VUNESP 2013-adap.) É comum que objetos sejam esquecidos em locais
Assinale a alternativa que substitui, corretamente e sem al- públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se
terar o sentido da frase, a expressão destacada em – Se a as pessoas mantivessem a atenção voltada para seus
criança se perder, quem encontrá-la verá na pulseira ins- pertences, conservando-os junto ao corpo.
truções para que envie uma mensagem eletrônica ao gru-
2-)
po ou acione o código na internet.
Analisemos:
(A) Caso a criança se havia perdido…
a) No Brasil, a sociedade têm várias questões. = a so-
(B) Caso a criança perdeu…
ciedade tem (verbo no singular)
(C) Caso a criança se perca…
b) O jovem têm um grande desafio pela frente. = o
(D) Caso a criança estivera perdida…
jovem tem (verbo no singular)
(E) Caso a criança se perda…
c) As pessoas tem muitos planos. = as pessoas têm
(verbo no plural)
08. (AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP –
d) A mentira tem perna curta. = correta
2013-adap.). Assinale a alternativa em que o verbo desta- RESPOSTA: D
cado está no tempo futuro.
A) Os consumidores são assediados pelo marketing … 3-)
B) … somente eles podem decidir se irão ou não com- Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-
prar. se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de neces- vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
sidades”… Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
D) … de onde vem o produto…? classificar segundo ideias preconcebidas.
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas…
4-)
09. (AGERBA - TÉCNICO EM REGULAÇÃO – IBFC/ (B) Funcionando como um imenso sistema de informa-
2017-adaptada) ção e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme
A flexão de alguns verbos, sobretudo os irregulares, arquivo virtual. = verbo no futuro do pretérito
pode causar confusão. O verbo “quis”, presente em “Minha
mãe sempre quis viajar” é um exemplo típico. Nesse sen- 5-)
tido, assinale a alternativa em que se indica INCORRETA- Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
MENTE a sua flexão. Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
a) queres – Presente do Indicativo. ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração
b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo. é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo. soa do singular (ele) = poderia.
d) queira – Presente do Subjuntivo.
e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. 6-)
10. (AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITEN- (B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em
CIÁRIA – VUNESP – 2013-adap.). Leia as frases a seguir. silêncio.
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de ma- (C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a
deira no animal. trabalhar no feriado.

39
LÍNGUA PORTUGUESA

(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga... - Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agen-
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a re- te e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:
queira a seu superior. O menino feriu-se.

7-) Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com


Caso a criança se perca…(perda = substantivo: Houve a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao
uma grande perda salarial...) outro)
Formação da Voz Passiva
8-)
A) Os consumidores são assediados pelo marketing = A voz passiva pode ser formada por dois processos:
presente analítico e sintético.
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessi- 1- Voz Passiva Analítica
dades”… = pretérito do Subjuntivo Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particí-
D) … de onde vem o produto…? = presente pio do verbo principal. Por exemplo:
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = A escola será pintada.
pretérito perfeito O trabalho é feito por ele.

9-) Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado


Vamos aos itens: da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a
a) queres – Presente do Indicativo = eu quero, tu que- preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de solda-
res - correta. dos.
b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo = eu que- - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não
reria, tu quererias, ele quereria - incorreta. esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo = - A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
eu quisera, ele quisera – correta. (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
d) queira – Presente do Subjuntivo = que eu queira, ção das frases seguintes:
que tu queiras, que ele queira - correta a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = se eu O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indi-
quisesse, se tu quisesses, se ele quisesse – correta. cativo)
RESPOSTA: B
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
10-) O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de
madeira no animal.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
II. Existiam muitos ferimentos no boi.
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
movimentada.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume
Haver – sentido de existir= invariável, impessoal;
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
existir = variável. Portanto, temos:
Observe a transformação da frase seguinte:
I – Existiam onze pessoas...
II – Havia muitos ferimentos... O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
III – Existia muita gente... As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

Vozes do Verbo Obs.: é menos frequente a construção da voz passi-


va analítica com outros verbos que podem eventualmente
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou mar-
para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente cada pela doença.
da ação. São três as vozes verbais:
2- Voz Passiva Sintética
- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a
ação expressa pelo verbo. Por exemplo: A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com
Ele fez o trabalho. o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
sujeito agente ação objeto (pacien- Por exemplo:
te) Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva
ação expressa pelo verbo. Por exemplo: sintética.
O trabalho foi feito por ele. Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la-
sujeito paciente ação agente da pas- tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
siva nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem

40
LÍNGUA PORTUGUESA

o significado de voz passiva como sendo a voz que expres- Questões sobre Vozes dos Verbos
sa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois
elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE 01. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMI-
e AGENTE DA PASSIVA. NISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em “Os dados foram divulgados
ontem pelo Instituto Sou da Paz.”, a expressão destacada é
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva (A) adjunto adnominal.
(B) sujeito paciente.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs- (C) objeto indireto.
tancialmente o sentido da frase. (D) complemento nominal.
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa) (E) agente da passiva.
Sujeito da Ativa objeto Direto
02. (FCC-COPERGÁS – AUXILIAR TÉCNICO ADMINIS-
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Pas- TRATIVO - 2011) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela
siva)
raiz. Transpondo- -se a frase acima para a voz passiva,
Sujeito da Passiva Agente da Passiva
a forma verbal resultante será:
(A) era abatido.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
(B) fora abatido.
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. (C) abatera-se.
Observe mais exemplos: (D) foi abatido.
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu- (E) tinha abatido
nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos 03. (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
mestres. ... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
dade como tais.
- Eu o acompanharei. Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo pas-
Ele será acompanhado por mim. sará a ser, corretamente,
(A) perceba.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, (B) foi percebido.
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: (C) tenham percebido.
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. (D) devam perceber.
(E) estava percebendo.
Saiba que:
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle- 04. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM
xivos, são chamados neutros. ESPECIALIDADE – FCC/2012) As ruas estavam ocupadas
O vinho é bom. pela multidão...
Aqui chove muito. A forma verbal resultante da transposição da frase aci-
ma para a voz ativa é:
- Há formas passivas com sentido ativo: (A) ocupava-se.
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) (B) ocupavam.
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nas- (C) ocupou.
cido.)
(D) ocupa.
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
(E) ocupava.
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido
05. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
passivo:
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) está em:
(A) Quando Rodolfo surgiu...
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido (B) ... adquiriu as impressoras...
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o (C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa.
sujeito é paciente. (D) ... acolheu-o como patrono.
Chamo-me Luís. (E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do
Batizei-me na Igreja do Carmo. Recife ...
Operou-se de hérnia.
Vacinaram-se contra a gripe. 06. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
FCC/2010) O engajamento moral e político não chegou a
Fonte: constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ...
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for-
php ma verbal resultante é:

41
LÍNGUA PORTUGUESA

a) se constituiu. RESOLUÇÃO
b) chegou a ser constituído.
c) teria chegado a constituir. 1-)
d) chega a se constituir. No enunciado temos uma oração com a voz passiva
e) chegaria a ser constituído. do verbo. Transformando-a em ativa, teremos: “O Instituto
Sou da Paz divulgou dados”. Nessa, “Instituto Sou da Paz”
07. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS funciona como sujeito da oração, ou seja, na passiva sua
CIVIL – FCC/2014 - ADAPTADA) ...’sertanejo’ indicava indis- função é a de agente da passiva. O sujeito paciente é “os
tintamente as músicas produzidas no interior do país... dados”.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- 2-)
ma verbal resultante será: Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. = Ele
(A) vinham indicadas. foi abatido...
(B) era indicado.
(C) eram indicadas. 3-)
(D) tinha indicado. ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
(E) foi indicada. ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e
08. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – princípios...
PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012 -
adaptada) Um exemplo de construção na voz passiva está 4-)
em: As ruas estavam ocupadas pela multidão = dois verbos
(A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” na passiva, um verbo na ativa:
(B) “o consumidor pode solicitar a devolução do di- A multidão ocupava as ruas.
nheiro”
(C) “enviar o brinquedo por sedex” 5-)
(D) “A empresa também é obrigada pelo Código de B = as impressoras foram adquiridas...
Defesa do Consumidor” C = família numerosa é sustentada...
D – foi acolhido como patrono...
(E) “A empresa fez campanha para recolher”
E – a primeira grande folhetaria do Recife foi montada...
09. (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010)
6-)
Transpondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde
O engajamento moral e político não chegou a consti-
vim a entender a tradução completa, a forma verbal resul-
tuir um deslocamento da atenção intelectual de Said = dois
tante será:
verbos na voz ativa, mas com presença de preposição e,
(A) veio a ser entendida.
um deles, no infinitivo, então o verbo auxiliar “ser” ficará no
(B) teria entendido.
infinitivo (na voz passiva) e o verbo principal (constituir) fi-
(C) fora entendida.
cará no particípio: Um deslocamento da atenção intelectual
(D) terá sido entendida.
de Said não chegou a ser constituído pelo engajamento...
(E) tê-la-ia entendido.
7-)
10. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL ’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produ-
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011 - ADAP- zidas no interior do país.
TADA) As músicas produzidas no país eram indicadas pelo
... ele empreende, de maneira quase clandestina, a série sertanejo, indistintamente.
Mulheres.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- 8-)
ma verbal resultante será: (A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” = voz ativa
(A) foi empreendida. (B) “o consumidor pode solicitar a devolução do di-
(B) são empreendidos. nheiro” = voz ativa
(C) foi empreendido. (C) “enviar o brinquedo por sedex” = voz ativa
(D) é empreendida. (D) “A empresa também é obrigada pelo Código de
(E) são empreendidas. Defesa do Consumidor” = voz passiva
(E) “A empresa fez campanha para recolher” = voz ativa
GABARITO
9-)
01. E 02. D 03. A 04. E 05. A Mais tarde vim a entender a tradução completa...
06. B 07. C 08. D 09. A 10. D A tradução completa veio a ser entendida por mim.

42
LÍNGUA PORTUGUESA

10-) Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo


ele empreende, de maneira quase clandestina, a série eu valera
Mulheres. tu valeras
A série de mulheres é empreendida por ele, de maneira ele valera
quase clandestina. nós valêramos
vós valêreis
Verbos irregulares são verbos que sofrem alterações eles valeram
em seu radical ou em suas desinências, afastando-se do
Futuro do Presente do Indicativo
modelo a que pertencem.
eu valerei
No português, para verificar se um verbo sofre altera-
tu valerás
ções, basta conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito
ele valerá
do indicativo. Ex: faço – fiz, trago – trouxe, posso - pude. nós valeremos
Não é considerada irregularidade a alteração gráfica vós valereis
do radical de certos verbos para conservação da regulari- eles valerão
dade fônica. Ex: embarcar – embarco, fingir – finjo.
Futuro do Pretérito do Indicativo
Exemplo de conjugação do verbo “dar” no presente do eu valeria
indicativo: tu valerias
Eu dou ele valeria
Tu dás nós valeríamos
Ele dá vós valeríeis
Nós damos eles valeriam
Vós dais
Eles dão Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha valido
Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se tu tinhas valido
do original “dar” durante a conjugação, sendo considerado ele tinha valido
nós tínhamos valido
verbo irregular.
vós tínheis valido
eles tinham valido
Exemplo: Conjugação do verbo valer:
Gerúndio do verbo valer = valendo
Modo Indicativo
Modo Subjuntivo
Presente
eu valho Presente
tu vales que eu valha
ele vale que tu valhas
nós valemos que ele valha
vós valeis que nós valhamos
eles valem que vós valhais
que eles valham
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu vali Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
tu valeste se eu valesse
ele valeu se tu valesses
se ele valesse
nós valemos
se nós valêssemos
vós valestes
se vós valêsseis
eles valeram
se eles valessem
Pretérito Imperfeito do Indicativo Futuro do Subjuntivo
eu valia quando eu valer
tu valias quando tu valeres
ele valia quando ele valer
nós valíamos quando nós valermos
vós valíeis quando vós valerdes
eles valiam quando eles valerem

43
LÍNGUA PORTUGUESA

Imperativo Futuro do presente do indicativo: Irei, irás, irá, ire-


mos, ireis, irão.
Imperativo Afirmativo
-- Futuro do subjuntivo: For, fores, for, formos, fordes,
vale tu forem.
valha ele
valhamos nós Querer
Presente do indicativo: Quero, queres, quer, queremos,
valei vós
quereis, querem.
valham eles
Imperativo Negativo Pretérito perfeito do indicativo: Quis, quiseste, quis,
-- quisemos, quisestes, quiseram.
não valhas tu
não valha ele Presente do subjuntivo: Queira, queiras, queira, quei-
não valhamos nós ramos, queirais, queiram.
não valhais vós
não valham eles Ver
Presente do indicativo: Vejo, vês, vê, vemos, vedes,
Infinitivo veem.

Infinitivo Pessoal Pretérito perfeito do indicativo: Vi, viste, viu, vimos,


vistes, viram.
por valer eu
por valeres tu Futuro do presente do indicativo:Verei, verás, verá,
por valer ele veremos, vereis, verão.
por valermos nós
por valerdes vós Futuro do subjuntivo: Vir, vires, vir, virmos, virdes, vi-
por valerem eles rem.

Infinitivo Impessoal = valer Vir


Particípio = Valido Presente do indicativo: Venho, vens, vem, vimos, vin-
des, vêm.
Acompanhe abaixo uma lista com os principais verbos
irregulares: Pretérito perfeito do indicativo: Vim, vieste, veio, vie-
mos, viestes, vieram.
Dizer
Futuro do presente do indicativo: Virei, virás, virá, vi-
Presente do indicativo: Digo, dizes, diz, dizemos, di- remos, vireis, virão.
zeis, dizem.
Futuro do subjuntivo: Vier, vieres, vier, viermos, vier-
Pretérito perfeito do indicativo: Disse, disseste, disse, des, vierem.
dissemos, dissestes, disseram.

Futuro do presente do indicativo: Direi, dirás, dirá,


diremos, direis, dirão. ARTIGOS (ARTIGOS DEFINIDOS: O, A, OS,
AS; ARTIGOS INDEFINIDOS: UM, UMA, UNS,
Fazer UMAS).
Presente do indicativo: Faço, fazes, faz, fazemos, fa-
zeis, fazem.
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo,
Pretérito perfeito do indicativo: Fiz, fizeste, fez, fize- indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou
mos, fizestes, fizeram. indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o
gênero e o número dos substantivos.
Futuro do presente do indicativo: Farei, farás, fará,
faremos, fareis, farão. Classificação dos Artigos

Ir Artigos Definidos: determinam os substantivos de


Presente do indicativo: Vou, vais, vai, vamos, ides, vão. maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de
Pretérito perfeito do indicativo: Fui, foste, foi, fomos, maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei
fostes, foram. um animal.

44
LÍNGUA PORTUGUESA

Combinação dos Artigos - O artigo também é usado para substantivar palavras


oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de
É muito presente a combinação dos artigos definidos tudo isso.
e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por
essas combinações: - Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re-
lativo cujo (e flexões).
Preposições Artigos Este é o homem cujo amigo desapareceu.
o, os Este é o autor cuja obra conheço.
a ao, aos
de do, dos - Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no
em no, nos sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme),
por (per) pelo, pelos a menos que venham especificadas.
a, as um, uns uma, umas Eles estavam em casa.
à, às - - Eles estavam na casa dos amigos.
da, das dum, duns duma, dumas Os marinheiros permaneceram em terra.
na, nas num, nuns numa, numas Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
pela, pelas - -
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata-
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa
com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
conhecida por crase.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do
Constatemos as circunstâncias nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O
em que os artigos se manifestam Estado de S. Paulo.
Morfossintaxe
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do
numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas
das olimpíadas. relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua
portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do substantivo a que se refere. Tal função independe da
do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, função exercida pelo substantivo:
A Bahia... A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. Conjunção

- No caso de nomes próprios personativos, denotando Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por
do artigo: O Pedro é o xodó da família. exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as
- No caso de os nomes próprios personativos estarem amiguinhas.
no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
os Incas, Os Astecas... Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido to- as amiguinhas
do(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele
(o artigo), o pronome assume a noção de qualquer. Cada informação está estruturada em torno de um ver-
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) bo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três ora-
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa- ções:
dos. (qualquer classe) 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e
mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas.
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e
facultativo: a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”.
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
Observe: Gosto de natação e de futebol.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma Nessa frase as expressões de natação, de futebol são
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra
é uns vinte anos. “e” está ligando termos de uma mesma oração.

45
LÍNGUA PORTUGUESA

Morfossintaxe da Conjunção Cada um colhe conforme semeia.


Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor-
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer- midade.
cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Classificação - CONSECUTIVAS
- Conjunções Coordenativas Expressam uma ideia de consequência.
- Conjunções Subordinativas Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”,
“tanto”, “tão”, “tamanho”).
Conjunções coordenativas
Falou tanto que ficou rouco.
Dividem-se em:
- FINAIS
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex.
Gosto de cantar e de dançar. Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas Todos trabalham para que possam sobreviver.
também, não só...como também. Principais conjunções finais: para que, a fim de que,
porque (=para que),
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo-
sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada. - PROPORCIONAIS
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu- Principais conjunções proporcionais: à medida que,
do, todavia, no entanto, entretanto. quanto mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. - TEMPORAIS
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, Principais conjunções temporais: quando, enquanto,
quer...quer, já...já. logo que.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora- Quando eu sair, vou passar na locadora.
ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois
Diferença entre orações causais e explicativas
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex.
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de-
fora. paramos com a dúvida de como distinguir uma oração
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois causal de uma explicativa. Veja os exemplos:
(antes do verbo), porquanto. 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
atropelado”:
Conjunções subordinativas a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
- CAUSAIS b) As orações são coordenadas e, por isso, indepen-
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, dentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as
uma vez que, como (= porque). orações que vêm marcadas por vírgula.
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
Outra dica é, quando a oração que antecede a OC
- COMPARATIVAS (Oração Coordenada) vier com verbo no modo imperativo,
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão... ela será explicativa.
como, mais...do que, menos...do que. Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im-
Ela fala mais que um papagaio. perativo)
- CONCESSIVAS
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que,
mesmo que, apesar de, se bem que. cidade porque não havia cemitério no local.”
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é
estar cansada) colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção
Apesar de ter chovido fui ao cinema. como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar
- CONFORMATIVAS os mortos em outra cidade.
Principais conjunções conformativas: como, segundo, b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
conforme, consoante dependentes uma da outra.

46
LÍNGUA PORTUGUESA

“O amigo retardatário do presidente prepara-se para


TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: SUJEITO desembarcar.” (Aníbal Machado)
E PREDICADO. A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plu-
mas.
Os termos da oração da língua portuguesa são classifi-
cados em três grandes níveis:
Oração: é todo enunciado linguístico dotado de sen- - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.
tido, porém há, necessariamente, a presença do verbo. A - Termos Integrantes da Oração: Complemento No-
oração encerra uma frase (ou segmento de frase), várias minal e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto in-
frases ou um período, completando um pensamento e direto e Agente da Passiva).
concluindo o enunciado através de ponto final, interroga- - Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal,
ção, exclamação e, em alguns casos, através de reticências. Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às ve-
zes elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são - Termos Essenciais da Oração: São dois os termos
orações, não podem ser analisadas sintaticamente frases essenciais (ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado.
como: Exemplos:
Socorro!
Com licença! Sujeito Predicado
Que rapaz impertinente!
Muito riso, pouco siso. Pobreza não é vileza.
“A bênção, mãe Nácia!” (Raquel de Queirós)
Os sertanistas capturavam os índios.
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, Um vento áspero sacudia as árvores.
como partes de um conjunto harmônico: elas formam os
termos ou as unidades sintáticas da oração. Cada termo Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que
da oração desempenha uma função sintática. Geralmen- pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz
te apresentam dois grupos de palavras: um grupo sobre o alguma coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando
qual se declara alguma coisa (o sujeito), e um grupo que o aspecto semântico do sujeito (agente de uma ação) ou
apresenta uma declaração (o predicado), e, excepcional- o seu aspecto estilístico (o tópico da sentença). Já que o
mente, só o predicado. Exemplo: sujeito é depreendido de uma análise sintática, vamos res-
tringir a definição apenas ao seu papel sintático na senten-
A menina banhou-se na cachoeira. ça: aquele que estabelece concordância com o núcleo do
A menina – sujeito predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo
banhou-se na cachoeira – predicado é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo
é sempre um nome. Então têm por características básicas:
Choveu durante a noite. (a oração toda predicado) - estabelecer concordância com o núcleo do predica-
do;
O sujeito é o termo da frase que concorda com o ver- - apresentar-se como elemento determinante em rela-
bo em número e pessoa. É normalmente o “ser de quem se ção ao predicado;
declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”. - constituir-se de um substantivo, ou pronome subs-
O predicado é a parte da oração que contém “a infor- tantivo ou, ainda, qualquer palavra substantivada.
mação nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere
ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao Exemplos:
sujeito.
A padaria está fechada hoje.
Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se está fechada hoje: predicado nominal
declara algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado
a “o amor”, ou seja, o predicado, é “é eterno”. a padaria: sujeito
padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular
Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é “Os
rapazes”, que identificamos por ser o termo que concorda Nós mentimos sobre nossa idade para você.
em número e pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é mentimos sobre nossa idade para você: predicado
“jogam futebol”. verbal
mentimos: verbo = núcleo do predicado
Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente nós: sujeito
um substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essên-
cia de sua significação. Nos exemplos seguintes, as pala- No interior de uma sentença, o sujeito é o termo de-
vras amigo e revestiu são o núcleo do sujeito e do predica- terminante, ao passo que o predicado é o termo determi-
do, respectivamente: nado. Essa posição de determinante do sujeito em relação

47
LÍNGUA PORTUGUESA

ao predicado adquire sentido com o fato de ser possível, na O sujeito pode ser:
língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas nunca
uma sentença sem predicado. Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm es-
Exemplos: pinhos; “Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua
em fila indiana.”
As formigas invadiram minha casa. Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro
as formigas: sujeito = termo determinante e o cavalo nadavam ao lado da canoa.”
invadiram minha casa: predicado = termo determinado Expresso: quando está explícito, enunciado: Eu viajarei
amanhã.
Há formigas na minha casa. Oculto (ou elíptico): quando está implícito, isto é,
há formigas na minha casa: predicado = termo deter- quando não está expresso, mas se deduz do contexto: Via-
minado sujeito: inexistente jarei amanhã. (sujeito: eu, que se deduz da desinência do
verbo); “Um soldado saltou para a calçada e aproximou-
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma se.” (o sujeito, soldado, está expresso na primeira oração e
nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando elíptico na segunda: e (ele) aproximou-se.); Crianças, guar-
esse nome se refere a objetos das primeira e segunda pes- dem os brinquedos. (sujeito: vocês)
soas, o sujeito é representado por um pronome pessoal Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa:
do caso reto (eu, tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um O Nilo fertiliza o Egito.
objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser feita Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação
através de um substantivo, de um pronome substantivo ou expressa pelo verbo passivo: O criminoso é atormenta-
de qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na do pelo remorso; Muitos sertanistas foram mortos pelos
sentença, como um substantivo. índios; Construíram-se açudes. (= Açudes foram construí-
Exemplos: dos.)
Agente e Paciente: quando o sujeito faz a ação ex-
Eu acompanho você até o guichê. pressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe
eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa
os efeitos dessa ação: O operário feriu-se durante o traba-
Vocês disseram alguma coisa?
lho; Regina trancou-se no quarto.
vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa
Indeterminado: quando não se indica o agente da
Marcos tem um fã-clube no seu bairro.
ação verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem
Marcos: sujeito = substantivo próprio
atropelou a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atro-
Ninguém entra na sala agora.
pelou.); Come-se bem naquele restaurante.
ninguém: sujeito = pronome substantivo
Observações:
O andar deve ser uma atividade diária.
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa - Não confundir sujeito indeterminado com sujeito
oração oculto.
- Sujeito formado por pronome indefinido não é inde-
Além dessas formas, o sujeito também pode se cons- terminado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho.
tituir de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o Ninguém lhe telefonou.
nome de oração substantiva subjetiva: - Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o
verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer
É difícil optar por esse ou aquele doce... agente já expresso nas orações anteriores: Na rua olha-
É difícil: oração principal vam-no com admiração; “Bateram palmas no portãozinho
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva da frente.”; “De qualquer modo, foi uma judiação matarem
subjetiva a moça.”
- Assinala-se a indeterminação do sujeito com um ver-
O sujeito é constituído por um substantivo ou pro- bo ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pro-
nome, ou por uma palavra ou expressão substantivada. nome se. O pronome se, neste caso, é índice de indetermi-
Exemplos: nação do sujeito. Pode ser omitido junto de infinitivos.
Aqui vive-se bem.
O sino era grande. Devagar se vai ao longe.
Ela tem uma educação fina. Quando se é jovem, a memória é mais vivaz.
Vossa Excelência agiu como imparcialidade. Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe expli-
Isto não me agrada. car.

O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um - Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se
substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem apa- o verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aque-
recer palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções ad- les fardos enormes; É triste assistir a estas cenas repulsivas.
jetivas, etc.) Exemplo: Normalmente, o sujeito antecede o predicado; toda-
“Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz via, a posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em
para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar) nossa língua. Exemplos:

48
LÍNGUA PORTUGUESA

É fácil este problema! um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou termos


Vão-se os anéis, fiquem os dedos. acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o
“Breve desapareceram os dois guerreiros entre as ár- verbo são de igual importância, ambos constituem o nú-
vores.” (José de Alencar) cleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo-
“Foi ouvida por Deus a súplica do condenado.” (Ra- nominal (tem dois núcleos significativos: um verbo e um
malho Ortigão) nome). Exemplos:
“Mas terás tu paciência por duas horas?” (Camilo Cas-
telo Branco) Minha empregada é desastrada.
predicado: é desastrada
Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito
de um fato, através do predicado; o conteúdo verbal não tipo de predicado: nominal
é atribuído a nenhum ser. São construídas com os verbos
impessoais, na 3ª pessoa do singular: Havia ratos no porão; O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo
Choveu durante o jogo. do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou ca-
Observação: São verbos impessoais: Haver (nos senti- racterística. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.)
dos de existir, acontecer, realizar-se, decorrer), Fazer, pas- funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.
sar, ser e estar, com referência ao tempo e Chover, ventar,
nevar, gear, relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que A empreiteira demoliu nosso antigo prédio.
exprimem fenômenos meteorológicos. predicado: demoliu nosso antigo prédio
núcleo do predicado: demoliu = nova informação
Predicado: assim como o sujeito, o predicado é um sobre o sujeito
segmento extraído da estrutura interna das orações ou das tipo de predicado: verbal
frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse
sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguís- Os manifestantes desciam a rua desesperados.
tico que estabelece concordância com outro termo essen- predicado: desciam a rua desesperados
cial da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante núcleos do predicado: desciam = nova informação
(ou subordinado) e o predicado o termo determinado (ou sobre o sujeito; desesperados = atributo do sujeito
principal). Não se trata, portanto, de definir o predicado tipo de predicado: verbo-nominal
como “aquilo que se diz do sujeito” como fazem certas gra-
máticas da língua portuguesa, mas sim estabelecer a im- Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é
portância do fenômeno da concordância entre esses dois responsável também por definir os tipos de elementos que
termos essenciais da oração. Então têm por características aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho
básicas: apresentar-se como elemento determinado em re- basta para compor o predicado (verbo intransitivo). Em ou-
lação ao sujeito; apontar um atributo ou acrescentar nova tros casos é necessário um complemento que, juntamente
informação ao sujeito. Exemplos: com o verbo, constituem a nova informação sobre o sujei-
to. De qualquer forma, esses complementos do verbo não
Carolina conhece os índios da Amazônia. interferem na tipologia do predicado.
sujeito: Carolina = termo determinante Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do
predicado: conhece os índios da Amazônia = termo verbo, quando este puder ser facilmente subentendido, em
determinado geral por estar expresso ou implícito na oração anterior.
Exemplos:
Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João. “A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos al-
sujeito: todos nós = termo determinante gozes inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido
predicado: fazemos parte da quadrilha de São João = o verbo é depois de algozes)
termo determinado “Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Morei-
ra da Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe)
Nesses exemplos podemos observar que a concordân- “A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.”
cia é estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois (Povina Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente)
termos essenciais. No primeiro exemplo, entre “Carolina” e Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o ver-
“conhece”; no segundo exemplo, entre “nós” e “fazemos”. bo forma o predicado.
Isso se dá porque a concordância é centrada nas palavras Há verbos que, por natureza, tem sentido completo,
que são núcleos, isto é, que são responsáveis pela princi- podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os
pal informação naquele segmento. No predicado o núcleo verbos de predicação completa denominados intransiti-
pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atri- vos. Exemplo:
buto que se refere ao sujeito da oração, ou um verbo (ou As flores murcharam.
locução verbal). No primeiro caso, temos um predicado Os animais correm.
nominal (seu núcleo significativo é um nome, substanti- As folhas caem.
vo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo de “Os inimigos de Moreiras rejubilaram.” (Graciliano Ra-
ligação) e no segundo um predicado verbal (seu núcleo é mos)

49
LÍNGUA PORTUGUESA

Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem Comprei um terreno e construí a casa.
o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de “Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês
predicação incompleta, denominados transitivos. Exem- de Maricá)
plos: “Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sá-
bado.” (Guedes de Amorim)
João puxou a rede.
“Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque
Resende) os que formam o predicado verbo nominal e se constrói
“Não simpatizava com as pessoas investidas no po- com o complemento acompanhado de predicativo. Exem-
der.” (Camilo Castelo Branco) plos:
Consideramos o caso extraordinário.
Observe que, sem os seus complementos, os verbos Inês trazia as mãos sempre limpas.
puxou, invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações O povo chamava-os de anarquistas.
completas: puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro Julgo Marcelo incapaz disso.
a que?
Os verbos de predicação completa denominam-se in- Observações: Os verbos transitivos diretos, em geral,
transitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os podem ser usados também na voz passiva; Outra caracte-
verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos, rísticas desses verbos é a de poderem receber como objeto
transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos (bi- direto, os pronomes o, a, os, as: convido-o, encontro-os,
transitivos). incomodo-a, conheço-as; Os verbos transitivos diretos po-
Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem en- dem ser construídos acidentalmente, com preposição, a
cerram uma noção definida, um conteúdo significativo, qual lhes acrescenta novo matiz semântico: arrancar da es-
existem os de ligação, verbos que entram na formação do pada; puxar da faca; pegar de uma ferramenta; tomar do lá-
predicado nominal, relacionando o predicativo com o su- pis; cumprir com o dever; Alguns verbos transitivos diretos:
jeito. abençoar, achar, colher, avisar, abraçar, comprar, castigar,
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em: contrariar, convidar, desculpar, dizer, estimar, elogiar, en-
tristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, perseguir, prejudicar,
Intransitivos: são os que não precisam de comple-
receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc.
mento, pois têm sentido completo.
“Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de As-
Transitivos Indiretos: são os que reclamam um com-
sis)
plemento regido de preposição, chamado objeto indireto.
“Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar)
Exemplos:
“A pobreza e a preguiça andam sempre em compa-
“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por
nhia.” (Marquês de Maricá)
uma adolescente.” (Ciro dos Anjos)
Observações: Os verbos intransitivos podem vir acom- “Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e
panhados de um adjunto adverbial e mesmo de um pre- neutros.” (Érico Veríssimo)
dicativo (qualidade, características): Fui cedo; Passeamos “Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.”
pela cidade; Cheguei atrasado; Entrei em casa aborre- (José Américo)
cido. As orações formadas com verbos intransitivos não “Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espi-
podem “transitar” (= passar) para a voz passiva. Verbos ritual.” (José Geraldo Vieira)
intransitivos passam, ocasionalmente, a transitivos quando
construídos com o objeto direto ou indireto. Observações: Entre os verbos transitivos indiretos im-
- “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nas- porta distinguir os que se constroem com os pronomes
cimento) objetivos lhe, lhes. Em geral são verbos que exigem a pre-
- “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís posição a: agradar-lhe, agradeço-lhe, apraz lhe, bate-lhe,
Jardim) desagrada-lhe, desobedecem-lhe, etc. Entre os verbos
- “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves transitivos indiretos importa distinguir os que não admitem
Dias) para objeto indireto as formas oblíquas lhe, lhes, construin-
- “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no do-se com os pronomes retos precedidos de preposição:
mundo que já morreu...” (Ciro dos Anjos) aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele, depender
dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc.
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer, Em princípio, verbos transitivos indiretos não compor-
crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar, tam a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obede-
chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc. cer, e pouco mais, usados também como transitivos dire-
tos: João paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é
Transitivos Diretos: são os que pedem um objeto di- pago (perdoado, obedecido) por João. Há verbos transiti-
reto, isto é, um complemento sem preposição. Pertencem a vos indiretos, como atirar, investir, contentar-se, etc., que
esse grupo: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, de- admitem mais de uma preposição, sem mudança de senti-
signar, considerar, declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos: do. Outros mudam de sentido com a troca da preposição,

50
LÍNGUA PORTUGUESA

como nestes exemplos: Trate de sua vida. (tratar=cuidar). A bandeira é o símbolo da Pátria.
É desagradável tratar com gente grosseira. (tratar=lidar). A mesa era de mármore.
Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., variam de O mar estava agitado.
significação conforme sejam usados como transitivos dire- A ilha parecia um monstro.
tos ou indiretos.
Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra
Transitivos Diretos e Indiretos: são os que se usam na constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos:
com dois objetos: um direto, outro indireto, concomitan- O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava
temente. Exemplos: atrasado.)
No inverso, Dona Cléia dava roupas aos pobres. O menino abriu a porta ansioso.
A empresa fornece comida aos trabalhadores. Todos partiram alegres.
Oferecemos flores à noiva. Marta entrou séria.
Ceda o lugar aos mais velhos.
Observações: O predicativo subjetivo às vezes está pre-
De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou posicionado; Pode o predicativo preceder o sujeito e até
expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda es-
formação do predicado nominal. Exemplos: tava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são
A Terra é móvel. os verdadeiros líderes.; Quem são esses homens?; Lentos
A água está fria. e tristes, os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não
O moço anda (=está) triste. entendia certas coisas.; Onde está a criança que fui?
Mário encontra-se doente.
A Lua parecia um disco. Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao ob-
jeto de um verbo transitivo. Exemplos:
Observações: Os verbos de ligação não servem ape- O juiz declarou o réu inocente.
O povo elegeu-o deputado.
nas de anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos
As paixões tornam os homens cegos.
sob os quais se considera a qualidade atribuída ao sujeito.
Nós julgamos o fato milagroso.
O verbo ser, por exemplo, traduz aspecto permanente e o
verbo estar, aspecto transitório: Ele é doente. (aspecto per-
Observações: O predicativo objetivo, como vemos dos
manente); Ele está doente. (aspecto transitório). Muito des-
exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta,
ses verbos passam à categoria dos intransitivos em frases
em certos casos, é facultativa; O predicativo objetivo geral-
como: Era =existia) uma vez uma princesa.; Eu não estava
mente se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode
em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com dificuldades.; Parece
referir-se ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-
que vai chover. lhe poeta; Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O
advogado considerava indiscutíveis os direitos da herdei-
Os verbos, relativamente à predicação, não têm classi- ra.; Julgo inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o
ficação fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que vi muitas vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta
apresentam na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora rústica da cidade.”; “Sentia ainda muito abertos os feri-
a outro. Exemplo: mentos que aquele choque com o mundo me causara.”
O homem anda. (intransitivo)
O homem anda triste. (de ligação) Termos Integrantes da Oração
Chamam-se termos integrantes da oração os que com-
O cego não vê. (intransitivo) pletam a significação transitiva dos verbos e nomes. Inte-
O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto) gram (inteiram, completam) o sentido da oração, sendo
por isso indispensável à compreensão do enunciado. São
Deram 12 horas. (intransitivo) os seguintes:
A terra dá bons frutos. (transitivo direto) - Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto In-
direto);
Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto) - Complemento Nominal;
Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e - Agente da Passiva.
indireto)
Objeto Direto: é o complemento dos verbos de pre-
Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicati- dicação incompleta, não regido, normalmente, de prepo-
vo do objeto. sição. Exemplos:
As plantas purificaram o ar.
Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um “Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Cas-
atributo, um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se tro)
prende por um verbo de ligação, no predicado nominal. Procurei o livro, mas não o encontrei.
Exemplos: Ninguém me visitou.

51
LÍNGUA PORTUGUESA

O objeto direto tem as seguintes características: - Em expressões de reciprocidade, para garantir a cla-
- Completa a significação dos verbos transitivos dire- reza e a eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns
tos; aos outros.”; “As companheiras convidavam-se umas às
- Normalmente, não vem regido de preposição; outras.”; “Era o abraço de duas criaturas que só tinham uma
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por à outra”.
um verbo ativo: Caim matou Abel. - Com nomes próprios ou comuns, referentes a pes-
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi soas, principalmente na expressão dos sentimentos ou por
morto por Caim. amor da eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a
Deus sobre todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é
O objeto direto pode ser constituído: a Pedro.”; “O estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”.
- Por um substantivo ou expressão substantivada: O la- - Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o
vrador cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável. objeto direto para dar-lhe realce: A você é que não enga-
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, nam!; A médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A
vos: Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se este confrade conheço desde os seus mais tenros anos”.
ao espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo - Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O agua-
-lo a tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu ceiro caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os ma-
vos amo.; “Marchei resolutamente para a maluca e intimei tava a ambos...”.
-a a ficar quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de - Com certos pronomes indefinidos, sobretudo refe-
vista.” rentes a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém uns e odeias a outros?; Aumente a sua felicidade, tornan-
na loja.; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto do felizes também aos outros.; A quantos a vida ilude!.
de plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as - Em certas construções enfáticas, como puxar (ou ar-
folhas do livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem rancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever,
percebido nos meus escritos?” atirar com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espa-
das de aço fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano,
Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha
dando-se lhes por objeto direto uma palavra cognata ou e entrou a coser.”; “Imagina-se a consternação de Itaguaí,
da mesma esfera semântica: quando soube do caso.”
“Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.”
(Vivaldo Coaraci) Observações: Nos quatro primeiros casos estudados
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal a preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa; A
Machado) substituição do objeto direto preposicionado pelo prono-
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Ma- me oblíquo átono, quando possível, se faz com as formas
chado de Assis) o(s), a(s) e não lhe, lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer
Em tais construções é de rigor que o objeto venha ao amigo (convencê-lo); O objeto direto preposicionado, é
acompanhado de um adjunto. obvio, só ocorre com verbo transitivo direto; Podem resu-
mir-se em três as razões ou finalidades do emprego do ob-
Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o jeto direto preposicionado: a clareza da frase; a harmonia
objeto direto, isto é, o complemento de verbos transitivos da frase; a ênfase ou a força da expressão.
diretos, vem precedido de preposição, geralmente a pre-
posição a. Isto ocorre principalmente: Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar
- Quando o objeto direto é um pronome pessoal tôni- destaque ou ênfase à idéia contida no objeto direto, colo-
co: Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina camo-lo no início da frase e depois o repetimos ou reforça-
amava mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me mos por meio do pronome oblíquo. A esse objeto repetido
que Roberto hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ri- sob forma pronominal chama-se pleonástico, enfático ou
cardina lastimava o seu amigo como a si própria.”; “Amava redundante. Exemplos:
-a tanto como a nós”. O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da
- Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro camisa.
Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.
todos; deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo “Seus cavalos, ela os montava em pêlo.” (Jorge Ama-
desenvolvimento das suas graças.”; “Agora sabia que podia do)
manobrar com ele, com aquele homem a quem na realida-
de também temia, como todos ali”. Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evi- preposição necessária e sem valor circunstancial. Repre-
tando que o objeto direto seja tomado como sujeito, im- senta, ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere a
pedindo construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o ação verbal: “Nunca desobedeci a meu pai”. O objeto indi-
filho amado.; “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem reto completa a significação dos verbos:
cerimônia, como a um irmão.”; A qual delas iria homena- - Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo; Assistimos à
gear o cavaleiro? missa e à festa; Aludiu ao fato; Aspiro a uma vida calma.

52
LÍNGUA PORTUGUESA

- Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou sitor de músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições
passiva): Dou graças a Deus; Ceda o lugar aos mais ve- usadas no objeto indireto. Difere deste apenas porque, em
lhos; Dedicou sua vida aos doentes e aos pobres; Disse- vez de complementar verbos, complementa nomes (subs-
lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.) tantivos, adjetivos) e alguns advérbios em –mente. A no-
mes que requerem complemento nominal correspondem,
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de geralmente, verbos de mesmo radical: amor ao próximo,
outras categorias, os quais, no caso, são considerados aci- amar o próximo; perdão das injúrias, perdoar as injúrias;
dentalmente transitivos indiretos: A bom entendedor meia obediente aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria,
palavra basta; Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a regressar à pátria; etc.
ele); Isto não lhe convém; A proposta pareceu-lhe aceitá-
vel. Agente da Passiva: é o complemento de um verbo na
voz passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa
Observações: Há verbos que podem construir-se com pelo verbo passivo. Vem regido comumente pela preposi-
dois objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: ção por, e menos frequentemente pela preposição de: Al-
Rogue a Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; fredo é estimado pelos colegas; A cidade estava cercada
Pedirei para ti a meu senhor um rico presente; Não con- pelo exército romano; “Era conhecida de todo mundo a
fundir o objeto direto com o complemento nominal nem fama de suas riquezas.”
com o adjunto adverbial; Em frases como “Para mim tudo
eram alegrias”, “Para ele nada é impossível”, os pronomes O agente da passiva pode ser expresso pelos substan-
em destaque podem ser considerados adjuntos adverbiais. tivos ou pelos pronomes:
As flores são umedecidas pelo orvalho.
O objeto indireto é sempre regido de preposição, ex- A carta foi cuidadosamente corrigida por mim.
pressa ou implícita. A preposição está implícita nos prono- Muitos já estavam dominados por ele.
mes objetivos indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos,
lhes. Exemplos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração
pertence. (=Isto pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo na voz ativa:
a você...); Peço-vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais ca- A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva)
sos a preposição é expressa, como característica do objeto A multidão aclamava a rainha. (voz ativa)
indireto: Recorro a Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Conten- Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
ta-se com pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou Tu o acompanharás. (voz ativa)
contra nós.; Conto com você.; Não preciso disto.; O filme
a que assisti agradou ao público.; Assisti ao desenrolar da Observações: Frase de forma passiva analítica sem
luta.; A coisa de que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem complemento agente expresso, ao passar para a ativa, terá
me refiro você a conhece.; Os obstáculos contra os quais sujeito indeterminado e o verbo na 3ª pessoa do plural:
luto são muitos.; As pessoas com quem conto são poucas. Ele foi expulso da cidade. (Expulsaram-no da cidade.); As
florestas são devastadas. (Devastam as florestas.); Na pas-
Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é siva pronominal não se declara o agente: Nas ruas assobia-
representado pelos substantivos (ou expressões substan- vam-se as canções dele pelos pedestres. (errado); Nas ruas
tivas) ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao eram assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo);
verbo são: a, com, contra, de, em, para e por. Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo)

Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto Termos Acessórios da Oração


direto, o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado,
por ênfase. Exemplos: “A mim o que me deu foi pena.”; Termos acessórios são os que desempenham na ora-
“Que me importa a mim o destino de uma mulher tísica...? ção uma função secundária, qual seja a de caracterizar um
“E, aos brigões, incapazes de se moverem, basta-lhes xin- ser, determinar os substantivos, exprimir alguma circuns-
garem-se a distância.” tância. São três os termos acessórios da oração: adjunto
adnominal, adjunto adverbial e aposto.
Complemento Nominal: é o termo complementar re-
clamado pela significação transitiva, incompleta, de certos Adjunto adnominal: É o termo que caracteriza ou de-
substantivos, adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de termina os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas
preposição. Exemplos: A defesa da pátria; Assistência às vistosas. (Meu determina o substantivo irmão: é um adjun-
aulas; “O ódio ao mal é amor do bem, e a ira contra o mal, to adnominal – vistosas caracteriza o substantivo roupas: é
entusiasmo divino.”; “Ah, não fosse ele surdo à minha voz!” também adjunto adnominal).
O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjeti-
Observações: O complemento nominal representa o re- vos: água fresca, terras férteis, animal feroz; Pelos artigos:
cebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um o mundo, as ruas, um rapaz; Pelos pronomes adjetivos:
nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo nosso tio, este lugar, pouco sal, muitas rãs, país cuja his-
de assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compo- tória conheço, que rua?; Pelos numerais: dois pés, quinto

53
LÍNGUA PORTUGUESA

ano, capítulo sexto; Pelas locuções ou expressões adjetivas “No Brasil, região do ouro e dos escravos, encontra-
que exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra es- mos a felicidade.” (Camilo Castelo Branco)
pecificação: “No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói
- presente de rei (=régio): qualidade de nossa gente.” (Mário de Andrade)
- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome
- fio de aço, casa de madeira: matéria substantivo:
- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade Foram os dois, ele e ela.
- homem sem escrúpulos (=inescrupuloso): qualidade Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
- criança com febre (=febril): característica O dia amanheceu chuvoso, o que me obrigou a ficar
- aviso do diretor: agente em casa.

Observações: Não confundir o adjunto adnominal O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas fra-
formado por locução adjetiva com complemento nomi- ses seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo
nal. Este representa o alvo da ação expressa por um nome do sujeito:
transitivo: a eleição do presidente, aviso de perigo, decla- Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
ração de guerra, empréstimo de dinheiro, plantio de ár- As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num
vores, colheita de trigo, destruidor de matas, descoberta balé de cores.
de petróleo, amor ao próximo, etc. O adjunto adnomi-
nal formado por locução adjetiva representa o agente da Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indica-
ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém ou de das, na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não
alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo, havendo pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos:
declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o roman-
fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das ce Tóia; o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio
matas, cheiro de petróleo, amor de mãe. Tiradentes, etc.
“Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
Adjunto adverbial: É o termo que exprime uma cir- (Graciliano Ramos)
cunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras pa-
lavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou O aposto pode preceder o termo a que se refere, o
advérbio. Exemplo: “Meninas numa tarde brincavam de qual, às vezes, está elíptico. Exemplos:
roda na praça”. O adjunto adverbial é expresso: Pelos ad- Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
vérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.; Maria é mais alta.; Mensageira da idéia, a palavra é a mais bela expres-
Não durma ao volante.; Moramos aqui.; Ele fala bem, fala são da alma humana.
corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez esteja enga- “Irmão do mar, do espaço, amei as solidões sobre os
nado.; Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às vezes rochedos ásperos.” (Cabral do Nascimento)(refere-se ao
viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu sujeito oculto eu).
pai.; Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escure-
ceu de repente. O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exem-
plos:
Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição an- Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal
tes de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noi- de tempestade iminente.
te, não dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.
sairei. (=No domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me Simão era muito espirituoso, o que me levava a preferir
da porta. (=De ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais sua companhia.
classificam-se de acordo com as circunstâncias que ex-
primem: adjunto adverbial de lugar, modo, tempo, inten- Um aposto pode referir-se a outro aposto:
sidade, causa, companhia, meio, assunto, negação, etc; É “Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha
importante saber distinguir adjunto adverbial de adjunto do velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo
adnominal, de objeto indireto e de complemento nominal: Ivo)
sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj.adn.); gosta do mar
(obj.indir.); ter medo do mar (compl.nom.). O aposto pode vir precedido das expressões explicati-
vas isto é, a saber, ou da preposição acidental como:
Aposto: É uma palavra ou expressão que explica ou Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Para-
esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração. guai, não são banhados pelo mar.
Exemplos: Este escritor, como romancista, nunca foi superado.
D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sá-
bio. O aposto que se refere a objeto indireto, complemento
“Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de cons- nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposi-
ciência.” (Carlos Drummond de Andrade) ção:

54
LÍNGUA PORTUGUESA

O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. 04. Em: “Dulce considerou calada, por um momento,
“Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade aquele horrível delírio”, os termos grifados são respecti-
das coisas.” (Raquel Jardim) vamente:
De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo. a) objeto direto – objeto direto;
b) predicativo do sujeito – adjunto adnominal;
Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, c) adjunto adverbial – objeto direto;
título, apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, d) adjunto adverbial – adjunto adnominal;
o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos: e) objeto indireto – objeto direto.
“Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!”
05. Assinale a alternativa correta: “para todos os males,
(Maria de Lourdes Teixeira)
há dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifa-
“A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Ma-
dos são respectivamente:
chado de Assis) a) sujeito – objeto direto;
“Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (fagundes Varela) b) sujeito – aposto;
“Ei-lo, o teu defensor, ó Liberdade!” (Mendes Leal) c) objeto direto – aposto;
d) objeto direto – objeto direto;
Observação: Profere-se o vocativo com entoação ex- e) objeto direto – complemento nominal.
clamativa. Na escrita é separado por vírgula(s). No exem-
plo inicial, os pontos interrogativo e exclamativo indicam 06. “Usando do direito que lhe confere a Constituição”,
um chamado alto e prolongado. O vocativo se refere sem- as palavras grifadas exercem a função respectivamente de:
pre à 2ª pessoa do discurso, que pode ser uma pessoa, a) objeto direto – objeto direto;
um animal, uma coisa real ou entidade abstrata personi- b) sujeito – objeto direto;
ficada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó, c) objeto direto – sujeito;
olá, eh!): d) sujeito – sujeito;
“Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Hercu- e) objeto direto – objeto indireto.
lano)
“Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!” 07. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa
(Graciliano Ramos) frase o sujeito de “fez”?
a) o prêmio;
“Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Ca-
b) o jogador;
milo Castelo Branco) c) que;
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estru- d) o gol;
tura da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao e) recebeu.
predicado.
08. Assinale a alternativa correspondente ao período
Exercícios onde há predicativo do sujeito:
a) como o povo anda tristonho!
01. Considere a frase “Ele andava triste porque não b) agradou ao chefe o novo funcionário;
encontrava a companheira” – os verbos grifados são res- c) ele nos garantiu que viria;
pectivamente: d) no Rio não faltam diversões;
a) transitivo direto – de ligação; e) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação.
b) de ligação – intransitivo;
c) de ligação – transitivo indireto; 09. Em: “Cravei-lhe os dentes na carne, com toda a for-
d) transitivo direto – transitivo indireto; ça que eu tinha”, a palavra “que” tem função morfossintá-
e) de ligação – transitivo direto. tica de:
a) pronome relativo – sujeito;
b) conjunção subordinada – conectivo;
02. Indique a única alternativa que não apresenta
c) conjunção subordinada – complemento verbal;
agente da passiva:
d) pronome relativo – objeto direto;
a) A casa foi construída por nós. e) conjunção subordinada – objeto direto.
b) O presidente será eleito pelo povo.
c) Ela será coroada por ti. 10. Assinale a alternativa em que a expressão grifada
d) O avô era querido por todos. tem a função de complemento nominal:
e) Ele foi eleito por acaso. a) a curiosidade do homem incentiva-o a pesquisa;
b) a cidade de Londres merece ser conhecida por todos;
03. Em: “A terra era povoada de selvagens”, o termo c) o respeito ao próximo é dever de todos;
grifado é: d) o coitado do velho mendigava pela cidade;
a) objeto direto; e) o receio de errar dificultava o aprendizado das lín-
b) objeto indireto; guas.
c) agente da passiva;
d) complemento nominal; Respostas: 01-E / 02-E / 03-C / 04-C / 05-C / 06-E /
e) adjunto adverbial. 07-C / 08-A / 09-D / 10-C /

55
LÍNGUA PORTUGUESA

O fonema z:
ORTOGRAFIA.
Escreve-se com S e não com Z:
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A ortografia é a parte da língua responsável pela gra- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão *os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
culto da língua. tamorfose.
As palavras podem apresentar igualdade total ou par- *as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten- quiseste.
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas *nomes derivados de verbos com radicais terminados
de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir - difusão
do latim, significa música vocal). As palavras homônimas
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo *após ditongos: coisa, pausa, pouso
gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa- *em verbos derivados de nomes cujo radical termina
lácio ou passo, movimento durante o andar). com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-
se observar as seguintes regras: Escreve-se com Z e não com S:
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje-
O fonema s: tivo: macio - maciez / rico - riqueza
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan- origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con-
tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, cretizar
corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / *como consoante de ligação se o radical não terminar
com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis +
ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão
inho - lapisinho
/ submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im-
pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer O fonema j:
- recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir
- consensual Escreve-se com G e não com J:
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri- gesso.
vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão /
regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - Observação: Exceção: pajem
compromisso / submeter - submissão *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com litígio, relógio, refúgio.
*os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
*depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
trico / re + surgir - ressurgir gir.
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem- *depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
plos: ficasse, falasse nado com j: ágil, agente.

Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos Escreve-se com J e não com G:


de origem árabe: cetim, açucena, açúcar *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
Juçara, caçula, cachaça, cacique boia, manjerona.
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
esperança, carapuça, dentuço O fonema ch:
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
Escreve-se com X e não com CH:
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
*as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
*após ditongos: foice, coice, traição
caxi, muxoxo, xucro.
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J):
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção xampu, lagartixa.

56
LÍNGUA PORTUGUESA

*depois de ditongo: frouxo, feixe. Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
*depois de “en”: enxurrada, enxoval. tarão e divirta-se!
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se
Observação: Exceção: quando a palavra de origem preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as
não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) expressões
A) A fim ...a partir ... as
Escreve-se com CH e não com X: B) A fim ...à partir ... às
*as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, C) A fim ...a partir ... às
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. D) Afim ...a partir ... às
E) Afim ...à partir ... as
As letras e e i:
04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de
*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. ortografia:
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. A) Ela interrompeu a reunião derrepente.
*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são B) O governador poderá ter seu mandato caçado.
escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os C) Os espectadores aplaudiram o ministro.
verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. D) Saiu com descrição da sala.
- atenção para as palavras que mudam de sentido
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su- 05.Em qual das alternativas a frase está corretamente
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expan- escrita?
dir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
estância, que anda a pé), pião (brinquedo). pansa.
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupan-
Fonte: ça.
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
sa.
tografia
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
pansa.
Questões sobre Ortografia
06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013) Assinale a alter-
LO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Analise a propaganda
nativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
do programa 5inco Minutos.
do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão.
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenôme-
no da corrupção e das fraudes.
(A) a … concenso … acerca
(B) há … consenso … acerca
(C) a … concenso … a cerca
(D) a … consenso … há cerca
(E) há … consenço … a cerca

02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter-


nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo
com a norma- -padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo-
cal. Em norma-padrão da língua portuguesa, a frase da
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. propaganda, adaptada, assume a seguinte redação:
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! (A) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não ma-
tem-na porisso.
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – (B) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não ma-
2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para tem-na por isso.
informar os usuários sobre o festival Sounderground. (C) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a
Prezado Usuário matem por isso.
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do (D) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não lhe
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, matem por isso.
começa o Sounderground, festival internacional que presti- (E) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a
gia os músicos que tocam em estações do metrô. matem porisso.

57
LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO Porque quem mata, mata algo ou alguém, objeto direto.


O “lhe” é usado para objeto indireto. Se não tivéssemos a
01. B 02. D 03. C 04. C 05. B 06. C conjunção “mas” nem o advérbio “não”, a forma “matem-
na” estaria correta, já que, após vírgula, o ideal é que utili-
RESOLUÇÃO zemos ênclise – pronome oblíquo após o verbo).

1-) O exercício quer a alternativa que apresenta cor- HÍFEN


reção ortográfica. Na primeira lacuna utilizaremos “há”, já
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
que está empregado no sentido de “existir”; na segunda,
para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor,
“consenso” com “s”; na terceira, “acerca” significa “a res- ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe-
peito de”, o que se encaixa perfeitamente no contexto. “Há receram-me; vê-lo-ei).
cerca” = tem cerca (de arame, cerca viva, enfim...); “a cerca” Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
= a cerca está destruída (arame, madeira...) vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em
duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
2-)
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = ta- Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
beliães tográfica:
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
= cidadãos 1. Em palavras compostas por justaposição que formam
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem
cal. = certidões para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense,
luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas,
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de-
guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
graus
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
3-) Prezado Usuário zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do menina, erva-doce, feijão-verde.
metrô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, co-
meça o Sounderground, festival internacional que prestigia 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém
os músicos que tocam em estações do metrô. e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa-
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- do, aquém- -fiar, etc.
tarão e divirta-se!
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
antes de horas: há crase mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
4-) de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.
A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de repente
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-
B) O governador poderá ter seu mandato caçado. = Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
cassado históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al-
D) Saiu com descrição da sala. = discrição sácia-Lorena, etc.

5-) 6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-


A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou- per- quando associados com outro termo que é iniciado
pansa. = mendigo/caderneta/poupança por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
sa. = mendigo/caderneta/poupança 7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor,
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou- ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito.
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
6-) A questão envolve colocação pronominal e orto-
grafia. Comecemos pela mais fácil: ortografia! A palavra
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-
“por isso” é escrita separadamente. Assim, já descartamos ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
duas alternativas (“A” e “E”). Quanto à colocação pronomi-
nal, temos a presença do advérbio “não”, que sabemos ser 10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
um “ímã” para o pronome oblíquo, fazendo-nos aplicar a do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele-
regra da próclise (pronome antes do verbo). Então, a for- tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
ma correta é “mas não A matem” (por que A e não LHE? semi-hospitalar, super- -homem.

58
LÍNGUA PORTUGUESA

11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on- do hífen, respeitando-se o novo Acordo.
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. do campeonato.
C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu- D) O recém-chegado veio de além-mar.
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre-
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na 04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
as linhas). hífen é obrigatório:
A) em nenhuma delas.
Não se emprega o hífen: B) na segunda palavra.
C) na terceira palavra.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo D) em todas as palavras.
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou E) na primeira e na segunda palavra.
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, 05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __.
microrradiografia, etc. Qual alternativa completa corretamente as lacunas?
A) sobreumano/interregional
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- B) sobrehumano-interregional
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com C) sobre-humano / inter-regional
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes- D) sobrehumano/ inter-regional
trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes- E) sobre-humano /interegional
cola, infraestrutura, etc.
GABARITO
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu- 01. B 02. B 03. A 04. E 05. C
mano, inábil, desabilitar, etc.
RESOLUÇÃO
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando
o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo-
1-)
brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir,
A) autocrítica
etc.
C) pontapé
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção D) supermercado
de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis- E) infravermelhos
ta, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei- 2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom-
to, benquerer, benquerido, etc. brada.

Questões sobre Hífen 3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo.

01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o 4-)


novo Acordo, está sendo usado corretamente: a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo-
A) Ele fez sua auto-crítica ontem. leque (doce)
B) Ela é muito mal-educada. a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não
C) Ele tomou um belo ponta-pé. apresentam elementos de ligação.
D) Fui ao super-mercado, mas não entrei. b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé-
E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões. cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos,
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação.
02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam
hífen: elementos de ligação.
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que
faria uma superalimentação. 5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam-
B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada. peonato inter-regional.
C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido. - Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje- - Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma
tos. letra com que se inicia a outra palavra
E) O autodidata fez uma autoanálise.

59
LÍNGUA PORTUGUESA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes


americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
sa fonte.
1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/SP (D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes
– ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a alternativa americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
correta quanto à concordância, de acordo com a norma diárias dessa fonte.
-padrão da língua portuguesa. (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
cial está no centro dos debates atuais. diárias, (X) dessa fonte.
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge em relação
aos efeitos da desigualdade social. RESPOSTA: “C”.
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
mais pobres é um fenômeno crescente. 3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2011)
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- Estão plenamente observadas as normas de concordância
cado por alguns teóricos.
verbal na frase:
(E) Os debates relacionado à distribuição de riquezas
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas
não são de exclusividade dos economistas.
ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibili-
dade social.
Realizei a correção nos itens:
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- b) As duas tábuas em que se comprimem o famigera-
cial está = estão do homem-placa carregam ditos que soam irônicos, como
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver- “compro ouro”.
gem c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos exposição pública a que se submetem os guardadores de
mais pobres é um fenômeno crescente. carros.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
cado = criticada propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma demons-
(E) Os debates relacionado = relacionados tração de mau gosto.
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados em
RESPOSTA: “C”. apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos
carros-placa.
2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Seguin-
do a norma-padrão da língua portuguesa, a frase – Um le- Fiz as correções entre parênteses:
vantamento mostrou que os adolescentes americanos con- a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu-
somem em média 357 calorias diárias dessa fonte. – recebe gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri-
o acréscimo correto das vírgulas em: mida a visibilidade social.
(A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime)
americanos consomem em média 357 calorias, diárias des- o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô-
sa fonte. nicos, como “compro ouro”.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
americanos consomem, em média 357 calorias diárias des- exposição pública a que se submetem os guardadores de
sa fonte. carros.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma
sa fonte.
demonstração de mau gosto.
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in-
americanos, consomem em média 357 calorias diárias des-
sa fonte. teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da-
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes queles velhos carros-placa.
americanos, consomem em média 357 calorias diárias, des-
sa fonte. RESPOSTA: “C”.

Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada 4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
ou faltante: Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes mesma regra que distribuídos.
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X) (A) sócio
diárias dessa fonte. (B) sofrê-lo
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes (C) lúcidos
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias (D) constituí
dessa fonte. (E) órfãos

60
LÍNGUA PORTUGUESA

Distribuímos = regra do hiato (...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria


(A) sócio = paroxítona terminada em ditongo (abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa
(B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o
oblíquo. Nunca!) seu presidente, de acordo com o Manual de Redação da
(C) lúcidos = proparoxítona Presidência da República (1991).
(D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui” (Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-
– oxítona: cons-ti-tui) detail.php?id=393)
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
RESPOSTA: “E”.
RESPOSTA: “D”.
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) A ... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
concordância verbal está plenamente observada na frase: dade como tais.
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo pas-
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e ma-
sará a ser, corretamente,
terialistas, o posicionamento de alguns religiosos e par-
(A) perceba.
lamentares acerca da educação religiosa nas escolas pú-
(B) foi percebido.
blicas.
(C) tenham percebido.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àque- (D) devam perceber.
les que são contra a obrigatoriedade do ensino religioso, (E) estava percebendo.
para se reservar essa prática a setores da iniciativa priva-
da. ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te-
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e
pública, consistem nos altos custos econômicos que acar- princípios...
retarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade de RESPOSTA: “A”
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
ção maior do que ocorrem com o número de escolas pú- 8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
blicas. concordância verbal e nominal está inteiramente correta
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como na frase:
a regulação natural do mercado sinalizam para as incon- (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
veniências que adviriam da adoção do ensino religioso lores que determinam as escolhas dos governantes, para
nas escolas públicas. conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
(A) Provocam = provoca (o posicionamento) vem ser embasados na percepção dos valores e princípios
(B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá ha- que regem a prática política.
ver (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadei-
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, ro regime democrático, em que se respeita tanto as liber-
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola dades individuais quanto as coletivas.
pública, consistem = consiste. (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(D) O número de templos em atividade na cidade de crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimi-
nadas de um único poder central.
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados
ção maior do que ocorrem = ocorre
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi-
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
niões existentes na sociedade.
a regulação natural do mercado sinalizam para as incon-
Fiz os acertos entre parênteses:
veniências que adviriam da adoção do ensino religioso (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
nas escolas públicas. lores que determinam as escolhas dos governantes, para
conferir legitimidade a suas decisões.
RESPOSTA: “E”. (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Se- vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
gundo o Manual de Redação da Presidência da República, valores e princípios que regem a prática política.
NÃO se deve usar Vossa Excelência para (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
(A) embaixadores. dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
(B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais. tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
(C) prefeitos municipais. (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(D) presidentes das Câmaras de Vereadores. crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
(E) vereadores. das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.

61
LÍNGUA PORTUGUESA

(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que as
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que as
RESPOSTA: “A”. crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com
as de ontem.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as
frase que admite transposição para a voz passiva é: crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver com
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- as de ontem.
do.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
grande diversidade de fenômenos. ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- nas demais.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da RESPOSTA: “E”.
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido 12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
e da falsa consciência. NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No tre-
cho: “O crescimento econômico, se associado à ampliação
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- do emprego, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente
do. descrito.”, se passarmos o verbo destacado para o futuro
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma do pretérito do indicativo, teremos a forma:
grande diversidade de fenômenos. A) puder.
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e B) poderia.
explicada pelo conceito... C) pôde.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- D) poderá.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. E) pudesse.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...). Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
e da falsa consciência. ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração
é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
RESPOSTA: “B”. soa do singular (ele) = poderia.

10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO RESPOSTA: “B”.


- FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias, vê deze- 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) En-
nas de caminhões parados”, revelou o analista ambiental tre as frases que seguem, a única correta é:
Geraldo Motta. a) Ele se esqueceu de que?
Substituindo-se Quando por Se, os verbos sublinha- b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri-
dos devem sofrer as seguintes alterações: bui-lo entre os presentes.
(A) entrar − vira c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí-
(B) entrava − tinha visto ticas.
(C) entrasse − veria d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações
(D) entraria − veria dos funcionários.
(E) entrava − teria visto e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.

Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve- (A) Ele se esqueceu de que? = quê?
ria = entrasse / veria. (B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
RESPOSTA: “C”. (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
cessivos nas críticas.
11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A (D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
pontuação está inteiramente adequada na frase: cações dos funcionários.
a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a ver
com as de ontem. RESPOSTA: “E”.
b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as
crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, com
as de ontem.

62
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Conjuntos: vazio e unitário.............................................................................................................................................................................................01


Números naturais: operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. Números pares e números ímpares. ............07
Unidades de medidas: medida de comprimento, medidas de superfície, medida de volume e medida de massa. .............25
Sistema de numeração decimal....................................................................................................................................................................................30
Múltiplos e divisores. ........................................................................................................................................................................................................32
Problemas e cálculos das operações fundamentais (adição, subtração, multiplicação e divisão). ................................................33
Sucessor e antecessor (até 1000). ...............................................................................................................................................................................35
Porcentagem.........................................................................................................................................................................................................................35
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Pela propriedade de seus elementos: Conhecida


CONJUNTOS: VAZIO E UNITÁRIO. uma propriedade P que caracteriza os elementos de um
conjunto A, este fica bem determinado.
P termo “propriedade P que caracteriza os elementos
de um conjunto A” significa que, dado um elemento x
Conjuntos qualquer temos:
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem
É uma reunião, agrupamento de pessoas, seres ou ob- a propriedade P é indicado por:
jetos. Dá a ideia de coleção. {x, tal que x tem a propriedade P}

Conjuntos Primitivos Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou |
ou ainda :, podemos indicar o mesmo conjunto por:
Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são {x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda,
primitivos, ou seja, não são definidos. {x : x tem a propriedade P}
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma
Exemplos
porção de livros são todos exemplos de conjuntos.
- { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u}
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm
- {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo
elementos. Um elemento de um conjunto pode ser uma que {0, 1, 2, 3}
banana, um peixe ou um livro. Convém frisar que um - {x : x em um número inteiro e x2 = x } é o mesmo que
conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro {0, 1}
conjunto.
Por exemplo, uma reta é um conjunto de pontos; um Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-
feixe de retas é um conjunto onde cada elemento (reta) é Euler consiste em representar o conjunto através de um
também conjunto (de pontos). “círculo” de tal forma que seus elementos e somente eles
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras estejam no “círculo”.
maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras
Exemplos
minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa
- Se A = {a, e, i, o, u} então
obrigatoriedade.
Em Geometria, por exemplo, os pontos são indicados
por letras maiúsculas e as retas (que são conjuntos de
pontos) por letras minúsculas.
Outro conceito fundamental é o de relação de
pertinência que nos dá um relacionamento entre um
elemento e um conjunto.

Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos


x∈ A - Se B = {0, 1, 2, 3 }, então
Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.

Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos


x∉ A
Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.

Como representar um conjunto


Conjunto Vazio
Pela designação de seus elementos: Escrevemos os
elementos entre chaves, separando os por vírgula. Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.
Representa-se pela letra do alfabeto norueguês 0/ ou,
Exemplos simplesmente { }.
Simbolicamente: ∀ x, x ∉ 0/
- {3, 6, 7, 8} indica o conjunto formado pelos elementos
3, 6, 7 e 8. Exemplos
{a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos
a, b e m. - 0/ = {x : x é um número inteiro e 3x = 1}
{1; {2; 3}; {3}} indica o conjunto cujos elementos são 1, - 0/ = {x | x é um número natural e 3 – x = 4}
{2; 3} e {3}. - 0/ = {x | x ≠ x}

1
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Subconjunto - {2,2,2,4} = {2,4}, pois {2,2,2,4} ⊂ {2,4} e {2,4} ⊂


Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A é {2,2,2,4}. Isto nos mostra que a repetição de elementos é
também elemento de B, dizemos que A é um subconjunto desnecessária.
de B ou A é a parte de B ou, ainda, A está contido em B e - {a,a} = {a}
indicamos por A ⊂ B. - {a,b = {a} ⇔ a= b
Simbolicamente: A ⊂ B ⇔ ( ∀ x)(x ∈ ∀ ⇒ x ∈ B) - {1,2} = {x,y} ⇔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1)
Conjunto das partes
Portanto, A ⊄ B significa que A não é um subconjunto
de B ou A não é parte de B ou, ainda, A não está contido Dado um conjunto A podemos construir um novo
em B. conjunto formado por todos os subconjuntos (partes) de A.
Por outro lado, A ⊄ B se, e somente se, existe, pelo Esse novo conjunto chama-se conjunto dos subconjuntos
menos, um elemento de A que não é elemento de B. (ou das partes) de A e é indicado por P(A).
Simbolicamente: A ⊄ B ⇔ ( ∃ x)(x ∈ A e x ∉ B) Simbolicamente: P(A)={X | X ⊂ A} ou X ⊂ P(A) ⇔ X ⊂
A
Exemplos
Exemplos
- {2 . 4} ⊂ {2, 3, 4}, pois 2 ∈ {2, 3, 4} e 4 ∈ {2, 3, 4}
- {2, 3, 4} ⊄ {2, 4}, pois 3 ∉ {2, 4} a) = {2, 4, 6}
P(A) = { 0/ , {2}, {4}, {6}, {2,4}, {2,6}, {4,6}, A}
- {5, 6} ⊂ {5, 6}, pois 5 ∈ {5, 6} e 6 ∈ {5, 6}
b) = {3,5}
Inclusão e pertinência P(B) = { 0/ , {3}, {5}, B}
A definição de subconjunto estabelece um
relacionamento entre dois conjuntos e recebe o nome de c) = {8}
relação de inclusão ( ⊂ ). P(C) = { 0/ , C}
A relação de pertinência ( ∈ ) estabelece um
relacionamento entre um elemento e um conjunto e, d) = 0/
portanto, é diferente da relação de inclusão. P(D) = { 0/ }
Simbolicamente
x ∈ A ⇔ {x} ⊂ A Propriedades
x ∉ A ⇔ {x} ⊄ A
Seja A um conjunto qualquer e 0/ o conjunto vazio.
Valem as seguintes propriedades
Igualdade
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B
e indicamos por A = B se, e somente se, A é subconjunto de 0/ ≠( 0/ ) 0/ ∉ 0/ 0/ ⊂ 0/ 0/ ∈ { 0/ }
B e B é também subconjunto de A. 0/ ⊂ A ⇔ 0/ ∈ P(A) A ⊂ A ⇔ A ∈ P(A)
Simbolicamente: A = B ⇔ A ⊂ B e B ⊂ A
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais
equivale, segundo a definição, a demonstrar que A ⊂ B Se A tem n elementos então A possui 2n subconjuntos
e B ⊂ A. e, portanto, P(A) possui 2n elementos.
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e
União de conjuntos
somente se, possuem os mesmos elementos.
Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B. Portanto A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto
A ≠ B se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não formado por todos os elementos que pertencem a A ou a
é subconjunto de A. Simbolicamente: A ≠ B ⇔ A ⊄ B ou B. Representa-se por A ∪ B.
B⊄A Simbolicamente: A 4 ∉BN = {X | X ∈ A ou X ∈ B}

Exemplos
- {2,4} = {4,2}, pois {2,4} ⊂ {4,2} e {4,2} ⊂ {2,4}. Isto nos
mostra que a ordem dos elementos de um conjunto não
deve ser levada em consideração. Em outras palavras, um
conjunto fica determinado pelos elementos que o mesmo
possui e não pela ordem em que esses elementos são
descritos.

2
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Exemplos Observações:

- {2,3} ∪ {4,5,6}={2,3,4,5,6} a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo


- {2,3,4} ∪ {3,4,5}={2,3,4,5} um deles estiver contido no outro, ainda assim a relação
- {2,3} ∪ {1,2,3,4}={1,2,3,4} dada será verdadeira.
- {a,b} ∪ φ {a,b} b) Podemos ampliar a relação do número de elementos
Intersecção de conjuntos para três ou mais conjuntos com a mesma eficiência.
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado
Observe o diagrama e comprove.
por todos os elementos que pertencem, simultaneamente,
a A e a B. Representa-se por A ∩ B. Simbolicamente: A ∩ B
= {X | X ∈ A ou X ∈ B}

Exemplos

- {2,3,4} ∩ {3,5}={3}
- {1,2,3} ∩ {2,3,4}={2,3}
- {2,3} ∩ {1,2,3,5}={2,3}
- {2,4} ∩ {3,5,7}= φ

Observação: Se A ∩ B= φ , dizemos que A e B são


conjuntos disjuntos.
Subtração

A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto


formado por todos os elementos que pertencem a A e não
pertencem a B. Representa-se por A – B. Simbolicamente:
A – B = {X | X ∈ A e X ∉ B}

Número de Elementos da União e da Intersecção de


Conjuntos

Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura


abaixo, podemos estabelecer uma relação entre os
respectivos números de elementos.
O conjunto A – B é também chamado de conjunto
complementar de B em relação a A, representado por CAB.
Simbolicamente: CAB = A - B{X | X ∈ A e X ∉ B}

Exemplos

- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}
CAB = A – B = {1,3} e CBA = B – A = φ

- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}
CAB = A – B = {1} e CBA = B – A = {14}

Note que ao subtrairmos os elementos comuns - A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}


evitamos que eles sejam contados duas vezes. CAB = A – B = {0,2,4} e CBA = B – A = {1,3,5}

3
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Observações: Alguns autores preferem utilizar o Sejam:


conceito de completar de B em relação a A somente nos A o conjunto dos meninos ruivos e n(A) = x
casos em que B ⊂ A. B o conjunto das meninas ruivas e n(B) = 9
- Se B ⊂ A representa-se por B o conjunto C o conjunto dos meninos não ruivos e n(C) = 13
complementar de B em relação a A. Simbolicamente: B ⊂ A D o conjunto das meninas não ruivas e n(D) = y
⇔ B = A – B = CAB` De acordo com o enunciado temos:

n( B ∪ D) = n( B ) + n( D) = 9 + y = 42 ⇔ y = 33

n( A ∪ D) = n( A) + n( B) = x + 9 = 24 ⇔ x = 15

Assim sendo
a) O número total de crianças da escola é:
n( A ∪ B ∪ C ∪ D ) = n( A) + n( B ) + n(C ) + n( D ) = 15 + 9 + 13 + 33 = 70
b) O número de crianças que são meninas ou são
Exemplos ruivas é:

Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:


n[( A ∪ B ) ∪ ( B ∪ D )] = n( A) + n( B ) + n( D ) = 15 + 9 + 33 = 57

a) A = {2, 3, 4} ⇒ A = {0, 1, 5, 6}
b) B = {3, 4, 5, 6 } ⇒ B = {0, 1, 2}
Questões
c) C = φ ⇒ C = S
1 – (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD-
Número de elementos de um conjunto MINISTRATIVO – FCC/2014) Dos 43 vereadores de uma
Sendo X um conjunto com um número finito de cidade, 13 dele não se inscreveram nas comissões de Edu-
elementos, representa-se por n(X) o número de elementos cação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos vereadores
de X. Sendo, ainda, A e B dois conjuntos quaisquer, com se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se
número finito de elementos temos: inscreveram apenas nas comissões de Educação e Saúde e
n(A ∪ B)=n(A)+n(B)-n(A ∩ B) oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
A ∩ B= φ ⇒ n(A ∪ B)=n(A)+n(B) Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu
n(A -B)=n(A)-n(A ∩ B) em apenas uma dessas comissões. O número de vereado-
B ⊂ A ⇒ n(A-B)=n(A)-n(B) res inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
A) 15.
Resolução de Problemas B) 21.
C) 18.
D) 27.
Exemplo:
E) 16.
Numa escola mista existem 42 meninas, 24 crianças
ruivas, 13 meninos não ruivos e 9 meninas ruivas. Pergunta-
2 – (TJ-SC) Num grupo de motoristas, há 28 que diri-
-se
gem automóvel, 12 que dirigem motocicleta e 8 que diri-
a) quantas crianças existem na escola?
gem automóveis e motocicleta. Quantos motoristas há no
b) quantas crianças são meninas ou são ruivas grupo?
A) 16 motoristas
B) 32 motoristas
C) 48 motoristas
D) 36 motoristas

3 – (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014)


Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos
15 deles também estão aptos para classificar processos e
os demais estão aptos para atender ao público. Há outros
11 técnicos que estão aptos para atender ao público, mas
não são capazes de arquivar documentos. Dentre esses
últimos técnicos mencionados, 4 deles também são capa-

4
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

zes de classificar processos. Sabe-se que aqueles que clas- 7 – (Agente Administrativo) Em uma cidade existem
sificam processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando duas empresas de transporte coletivo, A e B. Exatamente
que todos os técnicos que executam essas três tarefas fo- 70% dos estudantes desta cidade utilizam a Empresa A e
ram citados anteriormente, eles somam um total de 50% a Empresa B. Sabendo que todo estudante da cidade
A) 58. é usuário de pelo menos uma das empresas, qual o % deles
B) 65. que utilizam as duas empresas?
C) 76. A) 20%
D) 53. B) 25%
E) 95. C) 27%
D) 33%
4 – (METRÔ/SP – OFICIAL LOGISTICA –ALMOXARI- E) 35%
FADO I – FCC/2014) O diagrama indica a distribuição de
atletas da delegação de um país nos jogos universitários 8 – (METRÔ/SP – ENGENHEIRO SEGURANÇA DO
por medalha conquistada. Sabe-se que esse país conquis- TRABALHO – FCC/2014) Uma pesquisa, com 200 pessoas,
tou medalhas apenas em modalidades individuais. Sabe-se investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do
ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou Metrô de uma cidade. Verificou-se que 92 pessoas utili-
uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma meda- zam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas
lha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo com o utilizam a linha C. Utilizam as linhas A e B um total de 38
diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as linhas B
ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro. e C um total de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam
dessas linhas. Desta maneira, conclui-se corretamente que
o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e
C é igual a
A) 50.
B) 26.
C) 56.
D) 10.
E) 18.

9 – TJ/RS – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁ-


RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Observando-
-se, durante certo período, o trabalho de 24 desenhistas
A análise adequada do diagrama permite concluir cor- do Tribunal de Justiça, verificou-se que 16 executaram
retamente que o número de medalhas conquistadas por desenhos arquitetônicos, 15 prepararam croquis e 3 rea-
esse país nessa edição dos jogos universitários foi de lizaram outras atividades. O número de desenhistas que
A) 15. executaram desenho arquitetônico e prepararam croquis,
B) 29. nesse período, é de
C) 52. A) 10.
D) 46. B) 11.
E) 40. C) 12.
D) 13.
5 – (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM E) 14.
SAÚDE NM – AOCP/2014) Qual é o número de elementos
que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positi- 10 - (TJ/RS – OFICIAL DE TRANSPORTE – CE-
TRO/2013) Dados os conjuntos A = {x | x é vogal da pa-
vos do número 3, menores que 31?
lavra CARRO} e B = {x | x é letra da palavra CAMINHO}, é
A) 9 correto afirmar que A∩ B tem
B) 10 A) 1 elemento.
C) 11 B) 2 elementos.
D) 12 C) 3 elementos.
E) 13 D) 4 elementos.
E) 5 elementos.

6 - (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM Respostas


SAÚDE NM – AOCP/2014) Considere dois conjuntos A e
B, sabendo que A ∩ B = {3}, A ∪ B = {0; 1; 2; 3; 5} e A – B 1 - RESPOSTA: “C”
= {1 ; 2}, assinale a alternativa que apresenta o conjunto B. De acordo com os dados temos:
A) {1; 2; 3} 7 vereadores se inscreveram nas 3.
B) {0; 3} APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o
C) {0; 1; 2; 3; 5} 12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer nos con-
D) {3; 5} juntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos
três)
E) {0; 3; 5}

5
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento bá- 4 - RESPOSTA: “D”.


sico. O diagrama mostra o número de atletas que ganharam
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comis- medalhas.
sões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
No caso das intersecções, devemos multiplicar por
Portanto, 30-7-12-8=3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 verea- 2 por ser 2 medalhas e na intersecção das três medalhas
dores. multiplica-se por 3.

Intersecções:

Somando as outras:
Só em saneamento se inscreveram: 3+7+8=18
2+5+8+12+2+8+9=46
2 – RESPOSTA: “B”
5 -RESPOSTA: “B”.
Se nos basearmos na tabuada do 3 , teremos o seguin-
te conjunto
A={3,6,9,12,15,18,21,24,27,30}
10 elementos.

6 - RESPOSTA: “E”.
Os que dirigem automóveis e motocicleta: 8 A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é ele-
mento de B.
Os que dirigem apenas automóvel: 28-8 = 20
A-B são os elementos que tem em A e não em B.
Os que dirigem apenas motocicleta: 12-8= 4
Então de A∪B, tiramos que B={0;3;5}.
A quantidade de motoristas é o somatório: 20+8+4 =
32 motoristas. 7 - Resposta “A”.
3 - RESPOSTA: “B”.
Técnicos arquivam e classificam: 15
Arquivam e atendem: 46-15=31
classificam e atendem: 4
Classificam: 15+4=19 como são 27 faltam 8
Dos 11 técnicos aptos a atender ao público 4 são capa-
zes de classificar processos, logo apenas 11-4 = 7 técnicos
são aptos a atender ao público. 70 – 50 = 20.
Somando todos os valores obtidos no diagrama tere- 20% utilizam as duas empresas.
mos: 31+15+7+4+8 = 65 técnicos.
8 - RESPOSTA: “E”.

6
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

92-[38-x+x+42-x]+94-[38-x+x+60-x]+110-[42- A construção dos Números Naturais


x+x+60-x]+(38-x)+x+(42-x)+(60-x)+26=200
92-[80-x]+94-[98-x]+110-[102-x]+38+42-x+60- - Todo número natural dado tem um sucessor (número
x+26=200 que vem depois do número dado), considerando também
92-80+x+94-98+x+110-102+x+166-2x=200 o zero.
x+462-180=200 ➜ x+182 = 200 ➜ x = 200-182 ➜ Exemplos: Seja m um número natural.
x = 18 a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
9 - RESPOSTA: “A”. c) O sucessor de 1 é 2.
d) O sucessor de 19 é 20.

- Se um número natural é sucessor de outro, então os


dois números juntos são chamados números consecutivos.
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos.
b) 5 e 6 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.

- Vários números formam uma coleção de números na-


16-x+x+15-x+3=24 ➜ x+34 = 24 ➜ -x = 24-34 turais consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro,
➜ -x = -10, como não existe variável negativa neste caso o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do
multiplica-se por (-1) ambos os lados , logo x = 10. terceiro e assim sucessivamente.
Exemplos:
10 - RESPOSTA: “B”. a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
Como o conjunto A é dado pelas vogais: A={A,O}, e b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
B é dado pelas letras : B={ C,A,M,I,N,H,O}, portanto A∩
B={A,O}
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
antecessor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
NÚMEROS NATURAIS: OPERAÇÕES DE de zero.
ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E a) O antecessor do número m é m-1.
DIVISÃO. NÚMEROS PARES E NÚMEROS b) O antecessor de 2 é 1.
ÍMPARES. c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
números naturais pares. Embora uma sequência real seja
NÚMEROS NATURAIS outro objeto matemático denominado função, algumas
O conjunto dos números naturais é representado pela vezes utilizaremos a denominação sequência dos números
letra maiúscula N e estes números são construídos com os naturais pares para representar o conjunto dos números
algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são co- naturais pares: P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
nhecidos como algarismos indo-arábicos. No século VII, os O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
árabes invadiram a Índia, difundindo o seu sistema numéri- números naturais ímpares, às vezes também chamados, a
co. Embora o zero não seja um número natural no sentido sequência dos números ímpares. I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
que tenha sido proveniente de objetos de contagens na- Operações com Números Naturais
turais, iremos considerá-lo como um número natural uma
vez que ele tem as mesmas propriedades algébricas que Na sequência, estudaremos as duas principais opera-
os números naturais. Na verdade, o zero foi criado pelos ções possíveis no conjunto dos números naturais. Pratica-
hindus na montagem do sistema posicional de numeração mente, toda a Matemática é construída a partir dessas duas
para suprir a deficiência de algo nulo. operações: adição e multiplicação.
Na sequência consideraremos que os naturais têm
início com o número zero e escreveremos este conjunto A adição de números naturais
como: N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Representaremos o conjunto dos números naturais A primeira operação fundamental da Aritmética tem
com a letra N. As reticências (três pontos) indicam que este por finalidade reunir em um só número, todas as unidades
conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos nú- de dois ou mais números. Antes de surgir os algarismos
meros. indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas por meio
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou por meio
conjunto será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, de ábacos.
9, 10, ...}

7
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Propriedades da Adição - Comutativa: Quando multiplicamos dois números na-


- Fechamento: A adição no conjunto dos números na- turais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto,
turais é fechada, pois a soma de dois números naturais é ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo
ainda um número natural. O fato que a operação de adição elemento teremos o mesmo resultado que multiplicando o
é fechada em N é conhecido na literatura do assunto como: segundo elemento pelo primeiro elemento. m . n = n . m
A adição é uma lei de composição interna no conjunto N. → 3 . 4 = 4 . 3 = 12
- Associativa: A adição no conjunto dos números na-
turais é associativa, pois na adição de três ou mais parce- Propriedade Distributiva
las de números naturais quaisquer é possível associar as
parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números Multiplicando um número natural pela soma de dois
naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resulta- números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por
do obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados
obtidos. m . (p + q) = m . p + m . q → 6 x (5 + 3) = 6 x 5 +
que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e
6 x 3 = 30 + 18 = 48
o terceiro. (A + B) + C = A + (B + C)
- Elemento neutro: No conjunto dos números naturais, Divisão de Números Naturais
existe o elemento neutro que é o zero, pois tomando um
número natural qualquer e somando com o elemento neu- Dados dois números naturais, às vezes necessitamos
tro (zero), o resultado será o próprio número natural. saber quantas vezes o segundo está contido no primeiro.
- Comutativa: No conjunto dos números naturais, a O primeiro número que é o maior é denominado dividendo
adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera e o outro número que é menor é o divisor. O resultado da
a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segun- divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor
da parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a pelo quociente obteremos o dividendo.
segunda parcela com a primeira parcela. No conjunto dos números naturais, a divisão não é
fechada, pois nem sempre é possível dividir um número
Multiplicação de Números Naturais natural por outro número natural e na ocorrência disto a
divisão não é exata.
É a operação que tem por finalidade adicionar o pri-
meiro número denominado multiplicando ou parcela, tan- Relações essenciais numa divisão de números naturais
tas vezes quantas são as unidades do segundo número - Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
deve ser menor do que o dividendo. 35 : 7 = 5
denominadas multiplicador.
- Em uma divisão exata de números naturais, o dividen-
do é o produto do divisor pelo quociente. 35 = 5 x 7
Exemplo
- A divisão de um número natural n por zero não é pos-
sível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então
4 vezes 9 é somar o número 9 quatro vezes: 4 x 9 = 9 poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0
+ 9 + 9 + 9 = 36 x q = 0 o que não é correto! Assim, a divisão de n por 0 não
O resultado da multiplicação é denominado produto tem sentido ou ainda é dita impossível.
e os números dados que geraram o produto, são chama- Potenciação de Números Naturais
dos fatores. Usamos o sinal × ou · ou x, para representar a
multiplicação. Para dois números naturais m e n, a expressão mn é um
produto de n fatores iguais ao número m, ou seja: mn = m
Propriedades da multiplicação . m . m ... m . m → m aparece n vezes
O número que se repete como fator é denominado
- Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto base que neste caso é m. O número de vezes que a base se
N dos números naturais, pois realizando o produto de dois repete é denominado expoente que neste caso é n. O re-
ou mais números naturais, o resultado estará em N. O fato sultado é denominado potência. Esta operação não passa
que a operação de multiplicação é fechada em N é conhe- de uma multiplicação com fatores iguais, como por exem-
cido na literatura do assunto como: A multiplicação é uma
plo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → 43 = 4 × 4 × 4 = 64
lei de composição interna no conjunto N.
- Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou
Propriedades da Potenciação
mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o
primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por
um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado - Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente na-
que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo tural é n, denotada por 1n, será sempre igual a 1.
segundo. (m . n) . p = m .(n . p) → (3 . 4) . 5 = 3 . (4 . 5) = 60 Exemplos:
- Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais a- 1n = 1×1×...×1 (n vezes) = 1
existe um elemento neutro para a multiplicação que é o 1. b- 13 = 1×1×1 = 1
Qualquer que seja o número natural n, tem-se que: 1 . n = c- 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1
n.1=n→1.7=7.1=7

8
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

- Se n é um número natural não nulo, então temos que A) R$ 1800,00


no=1. Por exemplo: B) R$ 1765,00
- (a) nº = 1 C) R$ 1675,00
- (b) 5º = 1 D) R$ 1665,00
- (c) 49º = 1
3 – (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois
- A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é números naturais é 10. Multiplicando-se o dividendo por
carente de sentido no contexto do Ensino Fundamental. cinco e reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da
nova divisão será:
- Qualquer que seja a potência em que a base é o nú- A) 2
mero natural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1, é B) 5
igual ao próprio n. Por exemplo: C) 25
D) 50
- (a) n¹ = n E) 100
- (b) 5¹ = 5
- (c) 64¹ = 64 4 - (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE MÁ-
QUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, as
- Toda potência 10n é o número formado pelo algaris- compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes
mo 1 seguido de n zeros. sem juros. Se João comprar uma geladeira no valor de R$
Exemplos: 2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de:
a- 103 = 1000 A) R$ 150,00.
b- 108 = 100.000.000 B) R$ 175,00.
c- 10o = 1 C) R$ 200,00.
D) R$ 225,00.

QUESTÕES 5 - PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA-


CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Ontem, eu tinha 345 bolinhas
1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) A partir de 1º de de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um
março, uma cantina escolar adotou um sistema de rece- campeonato com meus amigos e perdi 67 bolinhas, mas
bimento por cartão eletrônico. Esse cartão funciona como ganhei outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bo-
uma conta corrente: coloca-se crédito e vão sendo debi- linhas que tenho agora, depois de participar do campeo-
tados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma nato?
lanche diariamente na cantina e sua mãe credita valores no A) 368
cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o B) 270
seu consumo e os pagamentos na seguinte tabela: C) 365
D) 290
E) 376
6 – (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura
de uma determinada cidade que possui apenas duas zonas
eleitorais. Ao final da sua apuração o Tribunal Regional Eleito-
ral divulgou a seguinte tabela com os resultados da eleição. A
quantidade de eleitores desta cidade é:
1ª Zona Eleitoral 2ª Zona Eleitoral
João 1750 2245
Maria 850 2320
No final do mês, Enzo observou que tinha
A) crédito de R$ 7,00. Nulos 150 217
B) débito de R$ 7,00. Brancos 18 25
C) crédito de R$ 5,00.
D) débito de R$ 5,00. Abstenções 183 175
E) empatado suas despesas e seus créditos.
A) 3995
2 - (PREF. IMARUI/SC – AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS B) 7165
- PREF. IMARUI/2014) José, funcionário público, recebe sa- C) 7532
lário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem D) 7575
o desconto de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato. E) 7933
Qual o salário líquido de José?

9
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

7 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIO- Q = quociente = 10


NAIS – MAKIYAMA/2013) Durante um mutirão para promover a R= resto = 0 (divisão exata)
limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários foram igualmente Equacionando:
divididos entre as cinco regiões de tal cidade. Sendo assim, cada D= d.Q + R
região contou com um número de voluntários igual a: D= d.10 + 0 → D= 10d
A) 2500
B) 3200 Pela nova divisão temos:
C) 1500
D) 3000
E) 2000

8 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA- Isolando Q temos:


CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Em determinada loja, o paga-
mento de um computador pode ser feito sem entrada, em
12 parcelas de R$ 250,00. Sendo assim, um cliente que opte
por essa forma de pagamento deverá pagar pelo computa-
dor um total de:
A) R$ 2500,00
4 - RESPOSTA: “B”.
B) R$ 3000,00
C) R$1900,00
D) R$ 3300,00
E) R$ 2700,00

9 – (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) O su- Cada prestação será de R$175,00


cessor do dobro de determinado número é 23. Esse mesmo
determinado número somado a 1 e, depois, dobrado será 5 - RESPOSTA: “A”.
igual a 345-67=278
A) 24. Depois ganhou 90
B) 22. 278+90=368
C) 20.
D) 18. 6 - RESPOSTA: “E”.
E) 16. Vamos somar a 1ª Zona: 1750+850+150+18+183 =
2951
10 - (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDA- 2ª Zona : 2245+2320+217+25+175 = 4982
DE – FCC/2012) Uma montadora de automóveis possui cinco Somando os dois: 2951+4982 = 7933
unidades produtivas num mesmo país. No último ano, cada
uma dessas unidades produziu 364.098 automóveis. Toda 7 - RESPOSTA: “D”.
a produção foi igualmente distribuída entre os mercados
consumidores de sete países. O número de automóveis
que cada país recebeu foi
A) 26.007 Cada região terá 3000 voluntários.
B) 26.070
C) 206.070 8 - RESPOSTA: “B”.
D) 260.007 250∙12=3000
E) 260.070 O computador custa R$3000,00.
Respostas
9 - RESPOSTA: “A”.
1 - RESPOSTA: “B”. Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto
crédito: 40+30+35+15=120 o número é 11.
débito: 27+33+42+25=127 (11+1) → 2=24
120-127=-7
Ele tem um débito de R$ 7,00.
10 - RESPOSTA: “E”.
2 - RESPOSTA: “B”. 364098 → 5=1820490 automóveis
2000-200=1800-35=1765
O salário líquido de José é R$1765,00.

3 - RESPOSTA: “E”.
D= dividendo
d= divisor

10
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

NÚMEROS INTEIROS – Z Propriedades da adição de números inteiros: O con-


junto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois
Definimos o conjunto dos números inteiros como a re- números inteiros ainda é um número inteiro.
união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3,
4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o Associativa: Para todos a,b,c em Z:
zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen=núme- a + (b + c) = (a + b) + c
ro em alemão). Este conjunto pode ser escrito por: Z = {..., 2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7
-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
O conjunto dos números inteiros possui alguns sub- Comutativa: Para todos a,b em Z:
conjuntos notáveis: a+b=b+a
3+7=7+3
- O conjunto dos números inteiros não nulos:
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}; Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a
Z* = Z – {0} cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
z+0=z
- O conjunto dos números inteiros não negativos: 7+0=7
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z,
tal que
- O conjunto dos números inteiros positivos: z + (–z) = 0
Z*+ = {1, 2, 3, 4,...} 9 + (–9) = 0

- O conjunto dos números inteiros não positivos: Subtração de Números Inteiros


Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
A subtração é empregada quando:
- O conjunto dos números inteiros negativos: - Precisamos tirar uma quantidade de outra quantida-
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1} de;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a uma delas tem a mais que a outra;
distância ou afastamento desse número até o zero, na reta - Temos duas quantidades e queremos saber quanto
numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. falta a uma delas para atingir a outra.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 A subtração é a operação inversa da adição.
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9
zero, é sempre positivo. diferença
subtraendo
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos minuendo
opostos um do outro quando apresentam soma zero; as-
sim, os pontos que os representam distam igualmente da Considere as seguintes situações:
origem.
Exemplo: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião
é 2, pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0 passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a temperatura?
é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de zero é o Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6)
próprio zero. – (+3) = +3

Adição de Números Inteiros 2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, duran-


te o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de
Para melhor entendimento desta operação, associare- 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-
mos aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos feira?
números inteiros negativos a idéia de perder. Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) +
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8) (–3) = +3
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7) Se compararmos as duas igualdades, verificamos que
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3) (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3)
Temos:
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispen- (+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
sado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode (+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
ser dispensado. (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3

11
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do se- a x (b + c) = (a x b) + (a x c)
gundo. 3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5)

Multiplicação de Números Inteiros Divisão de Números Inteiros

A multiplicação funciona como uma forma simplificada Dividendo divisor dividendo:


de uma adição quando os números são repetidos. Podería- Divisor = quociente 0
mos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhan- Quociente . divisor = dividendo
do repetidamente alguma quantidade, como por exemplo,
ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar
30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x, Sabemos que na divisão exata dos números naturais:
isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30 40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36
+ 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a di-
(–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60 visão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
Observamos que a multiplicação é um caso particular (–20) : (+5) = q  (+5) . q = (–20)  q = (–4)
da adição onde os valores são repetidos. Logo: (–20) : (+5) = - 4
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode
ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal Considerando os exemplos dados, concluímos que,
entre as letras. para efetuar a divisão exata de um número inteiro por ou-
Para realizar a multiplicação de números inteiros, deve- tro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo
mos obedecer à seguinte regra de sinais: do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
(+1) x (+1) = (+1) - Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o
(+1) x (-1) = (-1) quociente é um número inteiro positivo.
(-1) x (+1) = (-1) - Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes,
(-1) x (-1) = (+1) o quociente é um número inteiro negativo.
- A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto
Com o uso das regras acima, podemos concluir que: Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que
não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um
número inteiro.
Sinais dos números Resultado do produto
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é as-
Iguais Positivo sociativa e não tem a propriedade da existência do ele-
mento neutro.
Diferentes Negativo 1- Não existe divisão por zero.
Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe
Propriedades da multiplicação de números intei- um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15.
ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a 2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente
multiplicação de dois números inteiros ainda é um número de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro
inteiro. por zero é igual a zero.
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1)
Associativa: Para todos a,b,c em Z: =0
a x (b x c) = (a x b) x c
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7 Potenciação de Números Inteiros

Comutativa: Para todos a,b em Z: A potência an do número inteiro a, é definida como um


axb=bxa produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
3x7=7x3 base e o número n é o expoente.
an = a x a x a x a x ... x a
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por a é multiplicado por a n vezes
todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
zx1=z Exemplos:33 = (3) x (3) x (3) = 27
7x1=7 (-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de (+9)² = (+9) x (+9) = 81
zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que
z x z–1 = z x (1/z) = 1 - Toda potência de base positiva é um número inteiro
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1 positivo.

12
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9 Exemplos


3
- Toda potência de base negativa e expoente par é (a) 8 = 2, pois 2³ = 8.
um número inteiro positivo.
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64 (b)
3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8.

(c) 27 = 3, pois 3³ = 27.


3
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é
um número inteiro negativo.
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125 (d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27.

Propriedades da Potenciação: Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o


produto de números inteiros, concluímos que:
Produtos de Potências com bases iguais: Conserva- (a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
inteiro negativo.
se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz
= (–7)9
de qualquer número inteiro.
Quocientes de Potências com bases iguais: Conser- QUESTÕES
va-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 =
(+13)8 – 6 = (+13)2 1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma
operação λ é definida por:
Potência de Potência: Conserva-se a base e multipli- wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
cam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10 Com base nessa definição, é correto afirmar que a
soma 2λ + (1λ) λ é igual a
Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1 A) −20.
= +9 (–13)1 = –13 B) −15.
C) −12.
Potência de expoente zero e base diferente de zero: D) 15.
É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1 E) 20.

Radiciação de Números Inteiros 2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)


Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
a operação que resulta em outro número inteiro não ne- Verificou o preço de alguns produtos:
gativo b que elevado à potência n fornece o número a. O TV: R$ 562,00
número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o DVD: R$ 399,00
radicando (que fica sob o sinal do radical). Micro-ondas: R$ 429,00
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a Geladeira: R$ 1.213,00
é a operação que resulta em outro número inteiro não ne- Na aquisição dos produtos, conforme as condições
gativo que elevado ao quadrado coincide com o número a. mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco
recebido será de:
Observação: Não existe a raiz quadrada de um núme- A) R$ 84,00
ro inteiro negativo no conjunto dos números inteiros. B) R$ 74,00
C) R$ 36,00
D) R$ 26,00
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais di-
E) R$ 16,00
dáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimen-
to de: 3 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
√9 = ±3 MA/2013) Analise as operações a seguir:
mas isto está errado. O certo é:
√9 = +3 I abac=ax
Observamos que não existe um número inteiro não
negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um
número negativo. II
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
operação que resulta em outro número inteiro que elevado
ao cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os
nossos cálculos somente aos números não negativos. III

13
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

De acordo com as propriedades da potenciação, temos que, respectivamente, nas operações I, II e III:
A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
E) x=2b, y=2c e z=c+2.

4 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior número inteiro menor do


que 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
A) - 72
B) - 63
C) - 56
D) - 49
E) – 42

5 - (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um jogo de tabuleiro, Carla


e Mateus obtiveram os seguintes resultados:

Ao término dessas quatro partidas,


A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
D) Carla e Mateus empataram.

6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG) Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais
é um número inteiro?

A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4
7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o número de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com duas
escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números indicam a quantidade de passageiros que subiram no avião
e os negativos, a quantidade dos que desceram em cada cidade.

Curtiba +240
-194
Rio de Janeiro
+158
-108
Brasília
+94

O número de passageiros que chegou a Belém foi:


A) 362
B) 280
C) 240
D) 190
E) 135

14
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

RESPOSTAS NÚMEROS RACIONAIS – Q


1 - RESPOSTA:“E”.
Pela definição: m Um número racional é o que pode ser escrito na forma
Fazendo w=2 , onde m e n são números inteiros, sendo que n deve
n
ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para
significar a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem
ser obtidos através da razão entre dois números inteiros,
razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais
é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na lite-
ratura a notação:
m
Q={ : m e n em Z, n diferente de zero}
n
2 - RESPOSTA: “D”.
Geladeira + Microondas + DVD = 1213+429+399 = 2041
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:
Geladeira + Microondas + TV = 1213+429+562 =
2204, extrapola o orçamento - Q* = conjunto dos racionais não nulos;
Geladeira +TV + DVD=1213+562+399=2174, é a maior - Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
quantidade gasta possível dentro do orçamento. - Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
Troco:2200-2174=26 reais - Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.
3 - RESPOSTA: “B”. Representação Decimal das Frações
I da propriedade das potências, temos:
Tomemos um número racional q , tal que p não seja
p

múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta


efetuar a divisão do numerador pelo denominador.
II Nessa divisão podem ocorrer dois casos:

1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,


III um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2 = 0,4
4 - RESPOSTA: “D”.
5
Maior inteiro menor que 8 é o 7
1 = 0,25
Menor inteiro maior que -8 é o -7.
Portanto: 7⋅(-7)=-49
4

35 = 8,75
5 - RESPOSTA: “C”.
Carla: 520-220-485+635=450 pontos
4
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos
153 = 3,06
Diferença: 575-450=125 pontos
50
6 - RESPOSTA:“C”.
Fazendo substituição dos valores de x, dentro dos con- 2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
juntos do inteiros positivos temos: infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
periodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
x=0 ; x=1 = 0,333...
1
3

1 = 0,04545...
22
, logo os únicos números que sa-
167 = 2,53030...
tisfazem a condição é x= 0 e x=5 , dois números apenas.
66
7 - RESPOSTA:“D”.
240- 194 +158 -108 +94 = 190

15
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Representação Fracionária dos Números Decimais 990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x
= 1222/990
Trata-se do problema inverso: estando o número
racional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da
na forma de fração. Temos dois casos: dízima 1, 23434... 495

1º) Transformamos o número em uma fração cujo Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que
numerador é o número decimal sem a vírgula e o representa esse número ao ponto de abscissa zero.
denominador é composto pelo numeral 1, seguido de
tantos zeros quantas forem as casas decimais do número
decimal dado: Exemplo: Módulo de - 3 é 3 . Indica-se - 3 = 3
2 2 2 2
0,9 = 9
10
Módulo de + 3 é 3 . Indica-se + 3 =
3
5,7 =
57 2 2 2 2
10
Números Opostos: Dizemos que – 32 e 32 são números
0,76 = 76 racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto
100 do outro. As distâncias dos pontos – 3 e 3 ao ponto zero
da reta são iguais.
2 2

3,48 = 348
100 Soma (Adição) de Números Racionais

0,005 = 5 = 1 Como todo número racional é uma fração ou pode ser


1000 200 escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre
os números racionais e , da mesma forma que a
a c
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; soma de frações, através de: d
b
para tanto, vamos apresentar o procedimento através de
alguns exemplos: + c =
a ad + bc
b d bd
Exemplo 1 Propriedades da Adição de Números Racionais
Seja a dízima 0, 333... .
O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto
Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os é, a soma de dois números racionais ainda é um número
membros por 10: 10x = 0,333 racional.
Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade - Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = (
da segunda: a+b)+c
10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9 - Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
- Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 . todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q
9 - Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q,
Exemplo 2 tal que q + (–q) = 0

Seja a dízima 5, 1717... Subtração de Números Racionais

Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... . A subtração de dois números racionais p e q é a própria


Subtraindo membro a membro, temos: operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
99x = 512 ⇒ x = 512/99 p – q = p + (–q)

Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 . Multiplicação (Produto) de Números Racionais


99
Exemplo 3 Como todo número racional é uma fração ou pode ser
Seja a dízima 1, 23434... escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
dois números racionais e c , da mesma forma que o
a
Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x =
b d
produto de frações, através de:
1234,34... .
Subtraindo membro a membro, temos:

16
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Propriedades da Potenciação: Toda potência com


x =
a c ac
b d bd expoente 0 é igual a 1.
O produto dos números racionais a e b também pode
0
⎛ 2⎞ = 1
ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum ⎜⎝ + ⎟⎠
5
sinal entre as letras.
Para realizar a multiplicação de números racionais,
- Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.
devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
toda a Matemática:
1
⎛ 9⎞
⎜⎝ − ⎟⎠ = - 4
9
(+1) × (+1) = (+1) 4
(+1) × (-1) = (-1)
(-1) × (+1) = (-1)
- Toda potência com expoente negativo de um número
(-1) × (-1) = (+1)
racional diferente de zero é igual a outra potência que tem
Podemos assim concluir que o produto de dois
a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual
números com o mesmo sinal é positivo, mas o produto de
ao oposto do expoente anterior.
dois números com sinais diferentes é negativo.
−2 2
⎛ 3⎞ ⎛ 5 ⎞ 25
Propriedades da Multiplicação de Números ⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
5 3 9
Racionais
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é,
- Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
o produto de dois números racionais ainda é um número
sinal da base.
racional.
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( 3
a×b)×c ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a ⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ =
3 3 3 3 27
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q
a em Q, q diferente - Toda potência com expoente par é um número
- Elemento inverso: Para todo q =
positivo.
de zero, existe q =
-1 b em Q: q × q = 1
-1 b a x
b =1 a 2
b ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ 1
a - Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( ⎜⎝ − ⎟⎠ = ⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
5 5 5 25
a×b)+(a×c)
Divisão de Números Racionais
‘- Produto de potências de mesma base. Para reduzir
um produto de potências de mesma base a uma só
A divisão de dois números racionais p e q é a própria
potência, conservamos a base e somamos os expoentes.
operação de multiplicação do número p pelo inverso de q,
isto é: p ÷ q =
2 3 2+3 5
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞
Potenciação de Números Racionais ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ . ⎟⎠ .⎜⎝ . . ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ =⎜ ⎟
⎝ 5⎠
5 5 5 5 5 5 5 5
A potência qn do número racional q é um produto de
n fatores iguais. O número q é denominado a base e o - Quociente de potências de mesma base. Para reduzir
número n é o expoente. um quociente de potências de mesma base a uma só
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes) potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.

Exemplos:
3
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
a) ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ .⎜ ⎟ .⎜ ⎟ =
⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ 125

- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de


b) potência a uma potência de um só expoente, conservamos
a base e multiplicamos os expoentes

c) (–5)² = (–5) . ( –5) = 25

d) (+5)² = (+5) . (+5) = 25

17
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Radiciação de Números Racionais A) R$ 40,00


Se um número representa um produto de dois ou mais B) R$ 42,00
fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do número. C) R$ 44,00
Vejamos alguns exemplos: D) R$ 46,00
E) R$ 48,00
Exemplo 1
4 Representa o produto 2 . 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz 3 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-
quadrada de 4. Indica-se √4= 2. CIONAL – VUNESP/2013) De um total de 180 candidatos,
2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espa-
Exemplo 2 nhol e o restante estuda alemão. O número de candidatos
Representa o produto 3 . 3 ou . Logo, é a raiz
2
1 1 1 ⎛ 1⎞ 1
⎜⎝ ⎟⎠ 3 que estuda alemão é:
quadrada de 9 .Indica-se = 3
9 1 1 3
A) 6.
1
9
B) 7.
Exemplo 3 C) 8.
0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. D) 9.
Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 3 0,216 = 0,6. E) 10.
Assim, podemos construir o diagrama:
4 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-
CIONAL – VUNESP/2013) Em um estado do Sudeste, um
Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de:
N Z Q salário­base R$ 617,16 e uma gratificação de R$ 185,15. No
mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora,
mas precisou faltar um dia e foi descontado em R$ 28,40.
No mês passado, seu salário totalizou
A) R$ 810,81.
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá
B) R$ 821,31.
o número zero ou um número racional positivo. Logo, os
números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q. C) R$ 838,51.
D) R$ 841,91.
O número 9
-100
não tem raiz quadrada em Q, pois E) R$ 870,31.
tanto -10 como +10 , quando elevados ao quadrado, dão 5 - (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo
.
100 3 3
9
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no Obtém-se :
conjunto dos números racionais se ele for um quadrado A) ½
perfeito. B) 1
C) 3/2
2
O número 3 não tem raiz quadrada em Q, pois não D) 2
existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 . E) 3
3
6 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo
Questões
matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões marcados
com um número, sendo que todos os jogadores recebem
1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
os mesmos números. Após todos os jogadores receberem
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na escola onde estudo, seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada
¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina fa- tarefa que também é sorteada. Vence o jogo quem cumprir
vorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os demais a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era
têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração repre- colocar os números marcados nos cartões em ordem cres-
senta os alunos que têm ciências como disciplina favorita? cente, venceu o jogador que apresentou a sequência
A) 1/4
B) 3/10
C) 2/9
D) 4/5
E) 3/2

2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)


Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada uma
delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um des-
conto de 10 centavos. Quantos reais ela recebeu de troco?

18
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

7 – (Prof./Prefeitura de Itaboraí) Se x = 0,181818..., Respostas


então o valor numérico da expressão:
1 - RESPOSTA: “B”.
Somando português e matemática:

A) 34/39
B) 103/147
C) 104/147 O que resta gosta de ciências:
D) 35/49
E) 106/147

8 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Mariana abriu


seu cofrinho com 120 moedas e separou-as: 2 - RESPOSTA: “B”.
− 1 real: ¼ das moedas
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pa-
− 10 centavos: as restantes gou 58 reais
Mariana totalizou a quantia contida no cofre em Troco:100-58=42 reais
A) R$ 62,20.
B) R$ 52,20.
C) R$ 50,20. 3 - RESPOSTA: “C”.
D) R$ 56,20.
E) R$ 66,20.

Mmc(3,5,9)=45
9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
Numa operação policial de rotina, que abordou 800 pes-
soas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e
1/5 deles foram detidos. Já entre as mulheres abordadas, O restante estuda alemão: 2/45
1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação poli-
cial?
A) 145
B) 185
C) 220 4 - RESPOSTA: “D”.
D) 260
E) 120

10 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS Salário foi R$ 841,91.


OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Quando pergunta-
do sobre qual era a sua idade, o professor de matemática
respondeu: 5 - RESPOSTA: “B”.
“O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha
idade!”. 1,3333= 12/9 = 4/3
Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem: 1,5 = 15/10 = 3/2
A) 40 anos.
B) 35 anos.
C) 45 anos.
D) 30 anos.
E) 42 anos.

19
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

6 - RESPOSTA: “D”. NÚMEROS REAIS

O conjunto dos números reais R é uma expansão


do conjunto dos números racionais que engloba não só
os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas
também todos os números irracionais.

Os números reais são números usados para representar


A ordem crescente é : uma quantidade contínua (incluindo o zero e os negativos).
Pode-se pensar num número real como uma fração decimal
possivelmente infinita, como 3,141592(...). Os números
7 - RESPOSTA: “B”. reais têm uma correspondência biunívoca com os pontos
x=0,181818... temos então pela transformação na fra- de uma reta.
ção geratriz: 18/99 = 2/11, substituindo:
Denomina-se corpo dos números reais a coleção
dos elementos pertencentes à conclusão dos racionais,
formado pelo corpo de frações associado aos inteiros
(números racionais) e a norma associada ao infinito.

Existem também outras conclusões dos racionais, uma


para cada número primo p, chamadas números p-ádicos. O
corpo dos números p-ádicos é formado pelos racionais e a
8 - RESPOSTA: “A”.
norma associada a p!

Propriedade

O conjunto dos números reais com as operações


binárias de soma e produto e com a relação natural de
ordem formam um corpo ordenado. Além das propriedades
de um corpo ordenado, R tem a seguinte propriedade:
Se R for dividido em dois conjuntos (uma partição) A e
B, de modo que todo elemento de A é menor que todo
elemento de B, então existe um elemento x que separa os
Mariana totalizou R$ 62,20.
dois conjuntos, ou seja, x é maior ou igual a todo elemento
de A e menor ou igual a todo elemento de B.
9 - RESPOSTA: “A”.

Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pelos


números Racionais chamamos de conjunto dos números
Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres
Reais. Ao unirmos o conjunto dos números Irracionais com
o conjunto dos números Racionais, formando o conjunto
dos números Reais, todas as distâncias representadas
ou 800-600=200 mulheres
por eles sobre uma reta preenchem-na por completo;
isto é, ocupam todos os seus pontos. Por isso, essa reta é
denominada reta Real.

Total de pessoas detidas: 120+25=145

10 - RESPOSTA: “C”.

20
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Expressão aproximada dos números Reais

Os números Irracionais possuem infinitos algarismos


decimais não-periódicos. As operações com esta classe
de números sempre produzem erros quando não se
utilizam todos os algarismos decimais. Por outro lado, é
impossível utilizar todos eles nos cálculos. Por isso, somos
obrigados a usar aproximações, isto é, cortamos o decimal
em algum lugar e desprezamos os algarismos restantes. Os
algarismos escolhidos serão uma aproximação do número
Real. Observe como tomamos a aproximação de e do
número nas tabelas.

Podemos concluir que na representação dos números Aproximação por


Reais sobre uma reta, dados uma origem e uma unidade, a
cada ponto da reta corresponde um número Real e a cada Falta Excesso
número Real corresponde um ponto na reta. Erro menor que π π
1 unidade 1 3 2 4
1 décimo 1,4 3,1 1,5 3,2
1 centésimo 1,41 3,14 1,42 3,15
1 milésimo 1,414 3,141 1,415 3,142
1 décimo de
1,4142 3,1415 1,4134 3,1416
milésimo
Ordenação dos números Reais
Operações com números Reais
Operando com as aproximações, obtemos uma
A representação dos números Reais permite definir uma
sucessão de intervalos fixos que determinam um número
relação de ordem entre eles. Os números Reais positivos são
Real. É assim que vamos trabalhar as operações adição,
maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos
subtração, multiplicação e divisão. Relacionamos, em
a relação de ordem da seguinte maneira: Dados dois
seguida, uma série de recomendações úteis para operar
números Reais a e b, 
com números Reais:
a≤b↔b–a≥0
- Vamos tomar a aproximação por falta.
- Se quisermos ter uma ideia do erro cometido,
Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0
escolhemos o mesmo número de casas decimais em ambos
5 + 15 ≥ 0
os números.
- Se utilizamos uma calculadora, devemos usar a
Propriedades da relação de ordem
aproximação máxima admitida pela máquina (o maior
número de casas decimais).
- Reflexiva: a ≤ a
- Quando operamos com números Reais, devemos
- Transitiva: a ≤ b e b ≤ c → a ≤ c
fazer constar o erro de aproximação ou o número de casas
- Anti-simétrica: a ≤ b e b ≤ a → a = b
decimais.
- Ordem total: a < b ou b < a ou a = b 
- É importante adquirirmos a idéia de aproximação
em função da necessidade. Por exemplo, para desenhar o
projeto de uma casa, basta tomar medidas com um erro de
centésimo.

21
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

- Em geral, para obter uma aproximação de n casas Questões


decimais, devemos trabalhar com números Reais
aproximados, isto é, com n + 1 casas decimais. 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um comer-
Para colocar em prática o que foi exposto, vamos ciante tem 8 prateleiras em seu empório para organizar os
fazer as quatro operações indicadas: adição, subtração, produtos de limpeza. Adquiriu 100 caixas desses produtos
multiplicação e divisão com dois números Irracionais.  com 20 unidades cada uma, sendo que a quantidade total
de unidades compradas será distribuída igualmente entre
essas prateleiras. Desse modo, cada prateleira receberá um
número de unidades, desses produtos, igual a
A) 40
B) 50
Valor Absoluto C) 100
D) 160
E) 250
Como vimos, o erro  pode ser:
- Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo.
2 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA –
- Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo. INDEC/2013) Em uma banca de revistas existem um total
Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado de 870 exemplares dos mais variados temas. Metade das
em valor absoluto. O valor absoluto de um número a é revistas é da editora A, dentre as demais, um terço são pu-
designado por |a| e coincide com o número positivo, se for blicações antigas. Qual o número de exemplares que não
positivo, e com seu oposto, se for negativo.  são da Editora A e nem são antigas?
Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com A) 320
uma nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o B) 290
vendedor cometeu um erro de +10 centavos. Ao contrário, C) 435
se nos devolve 1,40 real, o erro cometido é de 10 centavos.  D) 145

3 - (TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRA-


TIVA – FCC/2012) Em uma praia chamava a atenção um
catador de cocos (a água do coco já havia sido retirada).
Ele só pegava cocos inteiros e agia da seguinte maneira:
o primeiro coco ele coloca inteiro de um lado; o segundo
ele dividia ao meio e colocava as metades em outro lado;
o terceiro coco ele dividia em três partes iguais e coloca-
va os terços de coco em um terceiro lugar, diferente dos
outros lugares; o quarto coco ele dividia em quatro partes
iguais e colocava os quartos de coco em um quarto lugar
diferente dos outros lugares. No quinto coco agia como
se fosse o primeiro coco e colocava inteiro de um lado, o
seguinte dividia ao meio, o seguinte em três partes iguais,
o seguinte em quatro partes iguais e seguia na sequência:
inteiro, meios, três partes iguais, quatro partes iguais. Fez
isso com exatamente 59 cocos quando alguém disse ao
catador: eu quero três quintos dos seus terços de coco e
metade dos seus quartos de coco. O catador consentiu e
deu para a pessoa
A) 52 pedaços de coco.
B) 55 pedaços de coco.
C) 59 pedaços de coco.
D) 98 pedaços de coco.
E) 101 pedaços de coco.

4 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)


A mãe do Vitor fez um bolo e repartiu em 24 pedaços, to-
dos de mesmo tamanho. A mãe e o pai comeram juntos, ¼
do bolo. O Vitor e a sua irmã comeram, cada um deles, ¼
do bolo. Quantos pedaços de bolo sobraram?
A) 4
B) 6
C) 8
D) 10
E) 12

22
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

5 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) 10 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-


Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do sa- GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas de
lário com aluguel da casa e 3/5 do salário com outras des- R$ 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilberto reti-
pesas. Do salário que Paulo recebeu, quantos reais ainda rou do bolso oito dessas moedas, dando quatro para cada
restam? filho.
A) R$ 120,00 A diferença entre as quantias recebidas pelos dois fi-
B) R$ 150,00 lhos de Gilberto é de, no máximo,
C) R$ 180,00 A) R$ 0,45
D) R$ 210,00 B) R$ 0,90
E) R$ 240,00 C) R$ 1,10
D) R$ 1,15
6 - (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA IN- E) R$ 1,35
FORMAÇÃO – VUNESP/2013) Um jardineiro preencheu
parcialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15
Respostas
litros cada um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3
de sua capacidade, o segundo com 3/5 da capacidade, e
o terceiro, com um volume correspondente à média dos 1 - RESPOSTA: “E”.
volumes dos outros dois baldes. A soma dos volumes de Total de unidades: 100⋅20=2000 unidades
água nos três baldes, em litros, é
A) 27. unidades em cada prateleira.
B) 27,5.
C) 28.
D) 28,5. 2 - RESPOSTA: “B”.
E) 29. editora A: 870/2=435 revistas
publicações antigas: 435/3=145 revistas
7 - (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS –
UFOP/2013) Uma pessoa caminha 5 minutos em ritmo
normal e, em seguida, 2 minutos em ritmo acelerado e,
assim, sucessivamente, sempre intercalando os ritmos da O número de exemplares que não são da Editora A e
caminhada (5 minutos normais e 2 minutos acelerados). A nem são antigas são 290.
caminhada foi iniciada em ritmo normal, e foi interrompida
após 55 minutos do início. 3 - RESPOSTA: “B”.
O tempo que essa pessoa caminhou aceleradamente
foi:
A) 6 minutos
B) 10 minutos 14 vezes iguais
C) 15 minutos Coco inteiro: 14
D) 20 minutos Metades:14.2=28
Terça parte:14.3=42
8 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. Quarta parte:14.4=56
IMARUÍ/2014) Sobre o conjunto dos números reais é
3 cocos: 1 coco inteiro, metade dos cocos, terça parte
CORRETO dizer:
Quantidade total
A) O conjunto dos números reais reúne somente os nú-
Coco inteiro: 14+1=15
meros racionais.
B) R* é o conjunto dos números reais não negativos. Metades: 28+2=30
C) Sendo A = {-1,0}, os elementos do conjunto A não Terça parte:42+3=45
são números reais. Quarta parte :56
D) As dízimas não periódicas são números reais.

9 - (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AUXI-


LIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) Para numerar as
páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL por cada 4 - RESPOSTA “B”.
algarismo impresso. Por exemplo, para numerar as páginas
7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL, 0,002 mL e
0,003 mL de tinta. O total de tinta que será gasto para nume-
rar da página 1 até a página 1 000 de um livro, em mL, será
A) 1,111. Sobrou 1/4 do bolo.
B) 2,003.
C) 2,893.
D) 1,003.
E) 2,561.

23
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

5 - RESPOSTA: “B”.

Aluguel:

Outras despesas:

Restam :1000-850=R$150,00

6 - RESPOSTA: “D”.
Primeiro balde:

Segundo balde:

Terceiro balde:

A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros

7 - RESPOSTA: “C”.
A caminhada sempre vai ser 5 minutos e depois 2 minutos, então 7 minutos ao total.
Dividindo o total da caminhada pelo tempo, temos:

Assim, sabemos que a pessoa caminhou 7. (5 minutos +2 minutos) +6 minutos (5 minutos+1 minuto)
Aceleradamente caminhou: (7.2)+1➜ 14+1=15 minutos

8 - RESPOSTA: “D”.
A) errada - O conjunto dos números reais tem os conjuntos: naturais, inteiros, racionais e irracionais.
B) errada – R* são os reais sem o zero.
C) errada - -1 e 0 são números reais.

9 - RESPOSTA: “C”.
1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem.
99-10+1=90.
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o primeiro número.
90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml
De 100 a 999
999-100+1=900 números
900⋅0,003=2,7ml
1000=0,004ml
Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893
10 - RESPOSTA: “E”.
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3 de R$ 0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de R$ 0,10=R$ 0,40.

24
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35


Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o maior valor possível – o menor valor.

UNIDADES DE MEDIDAS: MEDIDA DE


COMPRIMENTO, MEDIDAS DE SUPERFÍCIE,
MEDIDA DE VOLUME E MEDIDA DE MASSA.

Sistema de Medidas Decimais

Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida que mantém algumas relações entre si. O sistema
métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de
comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o metro, porque dele derivam as demais.

Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão:
cada unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
Por isso, o sistema é chamado decimal.

E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome
popular de litro.
As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro
quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hec-
tare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos
comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102.

Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc.
Na prática, são muitos usados o metro cúbico e o centímetro cúbico.
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 =
103, o sistema continua sendo decimal.

Unidades de Volume
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o volume da água que enche um tanque é de 7 000 litros,
dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.

25
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centímetro mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama.

Unidades de Massa
kg hg dag g dg cg mg
quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g

Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t):
1t = 1000 kg.

Não Decimais

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.

2h = 2 . 60min = 120 min = 120 . 60s = 7 200s

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.

0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h =
18min.

Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia, na
cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo. Há uma
coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto – segundo são similares a cálculos no sistema grau – minuto –
segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.

Há ainda um sistema não-decimal, criado há algumas décadas, que vem se tornando conhecido. Ele é usado para me-
dir a informação armazenada em memória de computadores, disquetes, discos compacto, etc. As unidades de medida são
bytes (b), kilobytes (kb), megabytes (Mb), etc. Apesar de se usarem os prefixos “kilo” e “mega”, essas unidades não formam
um sistema decimal.

Um kilobyte equivale a 210 bytes e 1 megabyte equivale a 210 kilobytes.

Exercícios

1. Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa, e chegou
na hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. A que horas terminará a aula de inglês?
a) 14h
b) 14h 30min
c) 15h 15min
d) 15h 30min
e) 15h 45min

26
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

2. 348 mm3 equivalem a quantos decilitros?

3. Quantos decalitros equivalem a 1 m3?

4. Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados.

5. Quantos quilômetros cúbicos equivalem a 14 mm3?

6. Quantos centilitros equivalem a 15 hl?

7. Passe 5.200 gramas para quilogramas.

8. Converta 2,5 metros em centímetros.

9. Quantos minutos equivalem a 5h05min?

10. Quantos minutos se passaram das 9h50min até as 10h35min?

Respostas

1) Resposta “D”.
Solução: Basta somarmos todos os valores mencionados no enunciado do teste, ou seja:
13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min

Logo, a questão correta é a letra D.

2) Resposta “0, 00348 dl”.


Solução: Como 1 cm3 equivale a 1 ml, é melhor dividirmos 348 mm3 por mil, para obtermos o seu equivalente em centí-
metros cúbicos: 0,348 cm3.
Logo 348 mm3 equivalem a 0, 348 ml, já que cm3 e ml se equivalem.

Neste ponto já convertemos de uma unidade de medida de volume, para uma unidade de medida de capacidade.
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quando então passaremos dois níveis à esquerda. Dividiremos então
por 10 duas vezes:

Logo, 348 mm³ equivalem a 0, 00348 dl.

3) Resposta “100 dal”.


Solução: Sabemos que 1 m3 equivale a 1.000 l, portanto para convertermos de litros a decalitros, passaremos um nível
à esquerda.
Dividiremos então 1.000 por 10 apenas uma vez:

Isto equivale a passar a vírgula uma casa para a esquerda.


Poderíamos também raciocinar da seguinte forma:

Como 1 m3 equivale a 1 kl, basta fazermos a conversão de 1 kl para decalitros, quando então passaremos dois níveis à
direita. Multiplicaremos então 1 por 10 duas vezes:

Logo, 100 dal equivalem a 1 m³.

4) Resposta “0, 00005 hm²”.


Solução: Para passarmos de decímetros quadrados para hectômetros quadrados, passaremos três níveis à esquerda.
Dividiremos então por 100 três vezes:

27
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a esquerda.

Portanto, 50 dm² é igual a 0, 00005 hm².

5) Resposta “0,000000000000000014 km3, ou a 1,4 x 10-17 km3”.  


Solução: Para passarmos de milímetros cúbicos para quilômetros cúbicos, passaremos seis níveis à esquerda. Dividire-
mos então 14 por 1000 seis vezes:

Portanto, 0, 000000000000000014 km3, ou a 1,4 x 10-17 km3 se expresso em notação científica equivalem a 14 mm3.

6) Resposta “150.000 cl”.


Solução: Para irmos de hectolitros a centilitros, passaremos quatro níveis à direita.
Multiplicaremos então 15 por 10 quatro vezes:

Isto equivale a passar a vírgula quatro casas para a direita.

Logo, 150.000 cl equivalem a 15 hl.

7) Resposta “5,2 kg”.


Solução: Para passarmos 5.200 gramas para quilogramas, devemos dividir (porque na tabela grama está à direita de
quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passarmos de gramas para quilogramas saltamos três níveis à esquerda.
Primeiro passamos de grama para decagrama, depois de decagrama para hectograma e finalmente de hectograma
para quilograma:

Isto equivale a passar a vírgula três casas para a esquerda.

Portanto, 5.200 g são iguais a 5,2 kg.

8) Resposta “250 cm”.


Solução: Para convertermos 2,5 metros em centímetros, devemos multiplicar (porque na tabela metro está à esquerda
de centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para passarmos de metros para centímetros saltamos dois níveis à direita.
Primeiro passamos de metros para decímetros e depois de decímetros para centímetros:

Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a direita.

Logo, 2,5 m é igual a 250 cm.

9) Resposta “305min”.
Solução:
(5 . 60) + 5 = 305 min.

10) Resposta “45 min”.


Solução: 45 min

Unidade de tempo

A unidade padrão de medida de tempo é o segundo, abreviado por s.


Os múltiplos do segundo são:

28
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Hora Minuto Segundo Hora minuto segundo


7 52 96
h min s 4 41 44
3600 s 60 s 1s ------------------------------------------------
3 11 52
Usamos o sistema sexagesimal, que emprega a base Para multiplicarmos uma unidade de medida de tempo
sessenta. Os múltiplos do segundo enquadram-se nesse por um número natural, devemos multiplicar as horas, mi-
sistema. Repare que cada unidade é sessenta vezes maior nutos e segundos Por esse número natural.
que a unidade que a antecede. Ex: multiplicar 4 h 52 min 8 s por 6
1 h = 60 min 4 h52 min 8 s
1 min = 60 s X6
--------------------------------------
Para transformar uma unidade em outra imediatamen-
24h 312 min48 s
te superior, basta dividi-la por 60 e inferior basta multipli-
ca-la por 60.
Ex:3h = 3 . 60 = 180 min Como 312 min é maior que 1 hora, devemos descobrir
52 min = 52 . 60 = 3120 s quantas horas cabem em 312 minutos. Para isso basta divi-
1020 s = 1020 : 60 = 17 min dir 312 por 60 onde o resultado é 5 e o resto é 12.
420 min = 420 : 60 = 7 h Então 312 min = 5 h 12 min
Devemos então acrescentar 5 h a 24 h = 29 h e o re-
Ao usarmos o sistema sexagesimal, cada grupo de 60 sultado fica
forma outra classe; então, 60 segundos formam 1 minuto e 29 h 12 min 48 s
60 minutos formam 1 hora. Para adicionarmos unidades de
tempo vamos tomar cuidado para posicionar hora embaixo Problemas
de hora, minuto embaixo de minuto e segundo embaixo de
segundo. 1.Dois amigos partiram às 10h 32 min de Aparecida do
Por exemplo: 1)Para adicionarmos 5h 12 min 37 s a Norte e chegaram a Ribeirão Preto às 16 h 8 min. Quanto
8 h 20 min 11 s, vamos colocar as unidades iguais uma tempo durou a viagem?
embaixo da outra e depois adicionar os valores da mesma
classe. 2. João nasceu numa terça feira às 13 h 45 min 12 s e
Maria nasceu no mesmo dia, às 8 h 13 min 47 s. Determine
Horaminuto segundo
a diferença entre os horários de nascimento de João e Ma-
5 1237
8 2011 ria, nessa ordem.
--------------------------------------------
13 3248 3.Um passageiro embarcou em um ônibus na cidade
2)vamos adicionar 8h 19 min 58 s com 2 h 24 min 39 s A às 14h 32 min 18s, esse ônibus saiu da rodoviária desta
Horaminuto segundo cidade às 14h 55min 40s e chegou à rodoviária da cidade
8 19 58 B às 19h 27min 15s,do mesmo dia. Quanto tempo o passa-
224 39 geiro permaneceu no interior do ônibus?
------------------------------------------- a) 05h 54min 09s
10 43 97 b) 04h 05min 57s
Note que , na casa dos segundos, obtivemos 97 s e c) 05h 05min 09s
vamos decompor esse valor em: d) 04h 54min 57s
97 s = 60 s + 37 s = 1 min + 37 s
Então, devemos retirar 60 s da classe dos segundos e Respostas
acrescentar 1 min na classe dos minutos.
Logo a resposta fica: 10 h 44 min 37 s 1.5 h 36 min
Para subtrair unidades de medida de tempo, o proces-
2.5 h 31 min 25 s
so é semelhante ao usado na adição.
Ex; vamos subtrair 4 h 41 min 44 s de 7 h 53 min 36 s
Horaminutosegundo 3.Vamos considerar o horário de chegada à cidade B e
7 5336 o horário que o passageiro entrou no ônibus
4 4144
-------------------------------------------------- 19 h27 min15 seg
14 h32 min18 seg
Perceba que a subtração 36 s – 44 s não é possível nos
números naturais, então, vamos retirar 1 min de 53 min, Para subtrair 18 de 15 não é possível então empresta-
transformar esse 1 min em 60 s e acrescenta-los aos 36 s. mos 1 minuto dos 27
Assim:

29
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Que passa a ser 26 e no lugar de 15 seg usamos 15 À esquerda deste zero devemos colocar o próximo
+60(que é 1 min). Então símbolo. Como ainda não utilizamos nenhum símbolo nes-
ta posição, ele seria o 0, mas como o zero não é um dígito
75 – 18 = 57 seg. significativo, pois ele representa a ausência, então o pri-
meiro símbolo a utilizar será o 1.
O mesmo acontece com os minutos. Vamos emprestar O próximo número será então:
1 hora das 19 que passa a ser 18 e no lugar de 26 minutos
usamos 26 + 60 ( que é uma hora). Então 86 – 32 = 54 10 - dez:   |
minutos Note que a bolinha à esquerda do símbolo | represen-
ta as dez bolinhas, ou uma dezena e à direita do | não te-
Por fim 18 h – 14 h = 4 horas mos nenhuma bolinha, pois estamos representando o zero.
Resp. 4 horas 54 min e 57 seg. Se tivermos uma bolinha a mais, ou seja, onze, a repre-
sentação será:

11 - onze:   | 


SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL. Repare que agora temos uma bolinha de cada lado do
símbolo |, a bolinha à esquerda vale dez vezes mais que a
da direita. A da esquerda vale dez e a da direita vale um.
Para expressarmos quantidades ou para enumerarmos
objetos, por exemplo, utilizamos um sistema de numera- De doze a dezenove temos as seguintes representa-
ção. Existem vários sistemas de numeração, mas o mais ções:
comum e que é frequentemente utilizado por nós, é o sis- 12 - doze:   |   
tema de numeração decimal. 13 - treze:   |     
Neste sistema os números são representados por um 14 - quatorze:   |       
agrupamento de símbolos que chamamos de algarismos 15 - quinze:   |         
ou dígitos. 16 - dezesseis:   |           
O sistema de numeração decimal possui ao todo dez 17 - dezessete:   |             
símbolos distintos, através dos quais se utilizarmos ape- 18 - dezoito:   |               
nas um dígito, podemos representar quantidades de zero 19 - dezenove:   |                 
a nove.
O critério é sempre o mesmo, a bolinha à esquerda
Dígitos ou algarismos são símbolos numéricos utiliza-
do símbolo | vale dez vezes mais que qualquer uma das
dos na representação de um número, por exemplo, o nú-
bolinhas da direita.
mero 756 é composto de três dígitos: 7, 5 e 6.
E se tivermos outra bolinha a mais, qual será a repre-
No sistema decimal contamos com dez símbolos dis-
sentação?
tintos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Como no novo ciclo já utilizamos todos os dígitos
de 0 a 9, faremos tal qual no caso do dez. À direita utiliza-
Números no Sistema Decimal remos o 0, e a esquerda utilizaremos o próximo símbolo.
0 - zero: Como estávamos utilizando o 1, o próximo será o 2. Temos
1 - um:  então:
2 - dois:    20 - vinte:     |
3 - três:     
4 - quatro:        Seguindo o raciocínio vinte e um será:
5 - cinco:          21 - vinte e um:     | 
6 - seis:           
7 - sete:              Para setenta e dois temos:
8 - oito:                72 - setenta e dois:               |   
9 - nove:                 
Para noventa e nove temos:
Acima vemos dez números no sistema decimal com 99 - noventa e nove:                   |       
apenas um Dígito.          
Observe que o 0 ( zero ) é utilizado neste caso para re-
presentarmos a ausência de bolinhas. O 1 representa uma Com mais uma bolinha chegaremos a cem. Como já
bolinha, o 2representa duas bolinhas e assim por diante, utilizamos os noves símbolos à direita do |, devemos nova-
sempre considerando uma bolinha a mais, até chegarmos mente reiniciar em 0 e na esquerda devemos utilizar o pró-
ao número 9 que representa um total de nove bolinhas. ximo símbolo da sequência, mas acontece que na esquerda
Se tivermos mais uma bolinha, como será a representa- do | também já utilizamos os nove símbolos, então deve-
ção simbólica deste numeral? mos voltar a 0 nesta posição e à sua esquerda utilizarmos
Como já utilizamos todos os dez símbolos e não dispo- o próximo símbolo. Como ainda não utilizamos nenhum e
mos de outros, vamos recomeçar a sequência pegando no- como não podemos utilizar o zero, pois ele não é significa-
vamente o 0, mas agora iremos trabalhar com dois dígitos. tivo, utilizaremos o 1.

30
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

A representação para o número cem será então:

100 - cem:   | |


Qualquer bolinha nesta posição valerá cem vezes mais que qualquer bolinha na posição da direita.

Vejamos a representação para o número cento e onze:


111 - cento e onze:   |   | 

Temos uma bolinha na esquerda, outra no centro e uma outra na direita. Embora todas sejam representadas pelo sím-
bolo 1, a da esquerda vale 100, a do meio vale 10 e a da direita vale 1 mesmo.
A bolinha da direita ocupa a casa das unidades e por isto vale exatamente o que o seu símbolo representa, ou seja,
vale 1unidade.
A bolinha à sua esquerda, isto é, a bolinha do centro, ocupa a casa das dezenas e por isto vale dez vezes mais do que
o seu símbolo representa, ou seja, vale 10 unidades.
Finalmente a bolinha à sua esquerda, isto é, a bolinha da esquerda, ocupa a casa das centenas e por isto vale cem vezes
mais do que o seu símbolo representa, ou seja, vale 100 unidades.

Ordens e Classes
As casas das unidades, das dezenas e das centenas são chamadas de ordens.
No sistema de numeração decimal a cada três ordens posicionadas da direita para a esquerda temos uma classe.
A primeira classe, também da direita para a esquerda, é a das unidades, na sequência temos a classe dos milhares, dos
milhões, bilhões e assim por diante conforme a figura abaixo:

O número 111 visto acima está todo contido na classe das unidades simples.


O dígito da esquerda é da ordem das centenas, por isto ao invés de 1 unidade, ele equivale a 100 unidades.
O central é da ordem das dezenas, equivalendo então a 10 unidades ao invés de 1 unidade apenas.
O dígito da direita é da ordem das unidades equivalendo ao próprio valor do símbolo 1 que é de 1 unidade.
Para facilitar a leitura dos números com muitas classes, podemos separá-las utilizando o caractere “.”, assim o núme-
ro dois milhões, quinhentos e seis mil, oitocentos e trinta e nove pode ser escrito como 2.506.839.
Este número é formado por três classes.
A classe dos milhões é composta por uma única ordem, o dígito das unidades de milhões. Neste caso o símbolo 2 na
verdade representa dois milhões unidades ( 2.000.000 ).
Na segunda classe, a dos milhares, temos três ordens, cada uma com os seguintes valores:
O símbolo 5 na ordem das centenas de milhar representa quinhentas mil unidades ( 500.000 ).
O símbolo 0 na ordem das dezenas de milhar, como sabemos não representa qualquer unidade.
O símbolo 6 na ordem das unidades de milhar representa seis mil unidades ( 6.000 ).
Finalmente na primeira classe, a classe das unidades, temos:
O símbolo 8 na ordem das centenas de unidades representa oitocentas unidades ( 800 ).
O símbolo 3 na ordem das dezenas de unidades representa trintas unidades ( 30 ).
O símbolo 9 na ordem das unidades de milhar representa nove unidades ( 9 ).

Parte Fracionária
Até agora só tratamos de números inteiros, mas no universo do sistema de numeração decimal temos também os
números fracionários.
Para separarmos a parte inteira da parte fracionária, utilizamos a vírgula.
Como já vimos, na parte inteira o valor de cada símbolo depende da sua posição relativa no número. Partindo-se da po-
sição mais à direita, quando nos deslocamos à esquerda, a cada ordem o valor do símbolo aumenta em 10 vezes. De forma
semelhante, quando nos deslocamos à direita na parte fracionária, a cada posição o valor do símbolo diminui em 10 vezes.
A primeira casa após a vírgula refere-se aos décimos, a segunda aos centésimos, a terceira aos milésimos, a quarta
aosdécimos de milésimos, e assim por diante, centésimos de milésimos, milionésimos, ...
Assim no número 0,1 o símbolo 1 não tem o valor de um, mas sim o valor relativo de apenas um décimo.
No número 0,02 o símbolo 2 equivale a dois centésimos.
No número 0,003 o símbolo 3 equivale a três milésimos e em 0,0003 equivale a três décimos de milésimos.
O número 0,25 pode ser lido como vinte e cinco centésimos ou ainda como dois décimos e cinco centésimos.

31
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Lê-se 7,123 como sete inteiros e cento e vinte e três Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120


milésimos, ou ainda como sete inteiros, um décimo, dois OBS:
centésimos e três milésimos. 1. Dados dois ou mais números, se um deles é múlti-
1,5 é lido como um inteiro e cinco décimos. plo de todos os outros, então ele é o m.m.c. dos números
dados.
Fonte: http://www.matematicadidatica.com.br/Siste- 2. Dados dois números primos entre si, o mmc deles é
maNumeracaoDecimal.aspx o produto desses números.

MÚLTIPLOS E DIVISORES.
MDC

Máximo divisor comum (mdc)


MMC
É o maior divisor comum entre dois ou mais núme-
O mmc de dois ou mais números naturais é o menor ros naturais. Usamos a abreviação MDC
número, excluindo o zero, que é múltiplo desses números. Cálculo do m.d.c

Cálculo do m.m.c. Vamos estudar dois métodos para encontrar o mdc de


dois ou mais números
Vamos estudar dois métodos para encontrar o mmc de 1) Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais nú-
dois ou mais números: meros é utilizar a decomposição desses números em fato-
res primos:
1)  Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números - Decompomos os números em fatores primos;
utilizando a fatoração. Acompanhe o cálculo do m.m.c. de - O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns.
12 e 30: Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90:
1º) decompomos os números em fatores primos 36 = 2 x 2 x 3 x 3
2º) o m.m.c. é o produto dos fatores primos comuns e 90 = 2 x 3 x 3 x 5
não comuns: O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns =>
                   12   =  2  x  2  x  3 m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3
                   30   =          2  x  3   x  5 Portanto m.d.c.(36,90) = 18.
m.m.c (12,30)  = 2  x  2  x  3   x  5 Escrevendo a fatoração do número na forma de potên-
cia temos:
Escrevendo a fatoração dos números na forma de 36 = 22 x 32
potência, temos: 90 = 2  x 32 x 5
12 = 22  x  3 Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18.
30 = 2   x  3  x  5  2) Processo das divisões sucessivas : Nesse processo
m.m.c (12,30)  = 22  x  3  x  5 efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata.
O divisor desta divisão é o m.d.c. Acompanhe o cálculo do
O mmc de dois ou mais números, quando fatorados, m.d.c.(48,30).
é o produto dos fatores comuns e não comuns , cada um
com seu maior expoente Regra prática:
1º) dividimos o número maior pelo número menor;
2) Método da decomposição simultânea
    48 / 30 = 1 (com resto 18)
Vamos encontrar o mmc (15, 24, 60)
2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão an-
terior, por 18, que é o resto da divisão anterior, e assim
sucessivamente;
    30 / 18 = 1 (com resto 12)
18 / 12 = 1 (com resto 6)
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata)

3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30)


= 6.
OBS:
Neste processo decompomos todos os números ao 1.Dois ou mais números são primos entre si quando o
mesmo tempo, num dispositivo como mostra a figura aci- máximo divisor comum entre eles é o número.
ma. O produto dos fatores primos que obtemos nessa de- 2.Dados dois ou mais números, se um deles é divisor
composição é o m.m.c. desses números. de todos os outros, então ele é o mdc dos números dados.

32
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Problemas
PROBLEMAS E CÁLCULOS DAS OPERAÇÕES
1. Uma indústria de tecidos fabrica retalhos de mes- FUNDAMENTAIS (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO,
mo comprimento. Após realizarem os cortes necessários, MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO).
verificou-se que duas peças restantes tinham as seguintes
medidas: 156 centímetros e 234 centímetros. O gerente
de produção ao ser informado das medidas, deu a ordem
para que o funcionário cortasse o pano em partes iguais e 1. (CRC/PR – ASSISTENTE DE REGISTRO PRO-
de maior comprimento possível. Como ele poderá resolver FISSIONAL I – IESES/2012) Considerando a equação
essa situação?  y²+(2+6k)y+(1+8k²)=0, a soma dos valores reais de k para
2. Uma empresa de logística é composta de três áreas: que a equação tenha duas raízes reais e iguais, é:
administrativa, operacional e vendedores. A área adminis- A) -6
trativa é composta de 30 funcionários, a operacional de 48 B) 0
e a de vendedores com 36 pessoas. Ao final do ano, a em- C) 6
presa realiza uma integração entre as três áreas, de modo D) -4
que todos os funcionários participem ativamente. As equi-
pes devem conter o mesmo número de funcionários com Para ter duas raízes reais e iguais ∆=0
o maior número possível. Determine quantos funcionários b=2+6k
devem participar de cada equipe e o número possível de c=1+8k²
equipes.  b²-4ac=0
3. (PUC–SP) Numa linha de produção, certo tipo de (2+6k)²-4(1+8k²)=0
manutenção é feita na máquina A a cada 3 dias, na máqui- 4+24k+36k²-4-32k²=0
na B, a cada 4 dias, e na máquina C, a cada 6 dias. Se no dia 4k²+24k=0
2 de dezembro foi feita a manutenção nas três máquinas, k(4k+24)=0
após quantos dias as máquinas receberão manutenção no k=0 ou k=-6
mesmo dia. 
Soma: 0-6=-6
4. Um médico, ao prescrever uma receita, determina
que três medicamentos sejam ingeridos pelo paciente de RESPOSTA: “A”.
acordo com a seguinte escala de horários: remédio A, de 2
em 2 horas, remédio B, de 3 em 3 horas e remédio C, de 6 2. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-
em 6 horas. Caso o paciente utilize os três remédios às 8 CIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Em uma papelaria
horas da manhã, qual será o próximo horário de ingestão há duas máquinas de xerox. Uma é mais nova e mais rápida
dos mesmos? do que a outra. A produção da máquina antiga é igual a1/3
da produção da máquina mais nova. Em uma semana, as
5. João tinha 20 bolinhas de gude e queria distribuí-las duas máquinas produziram juntas 3 924 folhas xerocadas.
entre ele e 3 amigos de modo que cada um ficasse com Dessa quantidade, o número de folhas que a máquina mais
um número par de bolinhas e nenhum deles ficasse com o rápida xerocou é
mesmo número que o outro. Com quantas bolinhas ficou A) 1 762.
cada menino?  B) 2 943.
Resposta C) 1 397.
D) 2 125.
1. Calculamos o MDC entre 156 e 234 e o resultado é E) 981.
:  os retalhos devem ter 78 cm de comprimento.  Máquina nova: x
Máquina velha: 1/3x
2. Calculamos o MDC entre 30, 48 e 36. O número de
equipes será igual a 19, com 6 participantes cada uma. 

3. Calculamos o MMC entre 3, 4 e 6. Concluímos que


após 12 dias, a manutenção será feita nas três máquinas.
Portanto, dia 14 de dezembro. 

4. Calculamos o MMC entre 2, 3 e 6. De 6


em 6 horas os três remédios serão ingeridos jun- RESPOSTA: “B”.
tos. Portanto, o próximo horário será às 14 horas. 
5. Se o primeiro menino ficar com 2 bolinhas, sobrarão 18 3. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012)
bolinhas para os outros 3 meninos. Se o segundo receber Uma empresa cobra 9 reais para efetuar serviço de acaba-
4, sobrarão 14 bolinhas para os outros dois meninos. O ter- mento e pintura de parede, a cada metro quadrado. Outra
ceiro menino receberá 6 bolinhas e o quarto receberá 8 empresa cobra, pelo mesmo serviço, 12 reais.
bolinhas.

33
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

A seguinte superfície (composta por duas paredes) de- 5. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-
verá ser pintada CIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Uma loja tinha 150
televisões de um modelo que estava para sair de linha.
Dessas, foram vendidas 3/5 e para acabar com essa merca-
doria foi feita uma promoção de 10% de desconto do valor
inicial para as televisões restantes. Foram vendidas todas as
televisões e o valor total arrecadado foi de R$ 172.800,00.
O preço de cada televisão com o desconto era de
A) R$ 1.205,00.
Considerando essa superfície, a diferença cobrada pelo B) R$ 1.080,00.
serviço das duas empresas será de C) R$ 1.250,00.
A) R$ 211,20. D) R$ 1.190,00.
B) R$ 311,20. E) R$ 1.100,00.
C) R$ 411,20. Valor da televisão: x
D) R$ 511,20. Televisão na promoção: 0,90x
E) R$ 611,20.
10⋅3,2=32m²
12⋅3,2=38,4 m²
60 televisões foram vendidas na promoção
Total parede: 32+38,4=70,4m²

Primeira empresa: R$9,00


9---1m²
x----70,4
x= R$ 633,60
RESPOSTA: “B”.
Segunda empresa: R$ 12,00
12----1m² 6. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE
x------70,4 ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Um homem paga por um
x=R$ 844,80 plano de saúde, para ele e sua esposa, uma mensalidade de
Diferença: R$844,80 – R$633,60=R$ 211,20 R$ 365,00 cada; para cada um dos seus 3 filhos, o valor é
R$ 232,00. Como, no próximo mês, ele completará 59 anos,
RESPOSTA: “A”. sua mensalidade sofrerá um acréscimo de 12%.
Então, a partir do próximo mês, a despesa desse ho-
4. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE mem com plano de saúde para ele e toda família será de
ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Um hectare (ha) é uma A) R$ 1.426,00.
unidade agrária de área. Equivale à área de uma região B) R$ 1.469,80.
quadrada cujo lado mede 100 m. Determine a área, em
C) R$ 1.597,12.
hectares, da chácara ilustrada abaixo.
D) R$ 1.643,06.

Ele e sua mulher: 365 ⋅ 2=730


Para os três filhos: 232⋅3=696
Família: R$730,00+ R$ 696,00=R$ 1426,00
Acréscimo de 12%, o fator de multiplicação é 1,12.
365⋅1,12=408,80
Irá pagar: R$ 365,00+R$ 408,80+R$ 696,00=R$ 1.469,80

A) 4 ha. RESPOSTA: “B”.


B) 40 ha.
C) 400 ha. 7. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB - ASSISTENTE
D) 4000 ha.
LEGISLATIVO – FCC/2013) A fórmula, J=Cit/100, possibili-
ta o cálculo de juros simples J que é gerado a partir de um
1ha-----10000m² capital C, a taxa de juros i % e durante um determinado
x--------400000 período de tempo t. Os juros gerados a partir de um capital
x=40ha de R$ 12.000,00, empresta do à taxa de 2% ao mês, durante
RESPOSTA: “B”.
3 meses é, em reais, igual a

34
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

A) 1.200.
B) 2.400. PORCENTAGEM.
C) 240.
D) 7.200.
E) 720.
PORCENTAGEM

É uma fração de denominador centesimal, ou seja,


é uma fração de denominador 100. Representamos
porcentagem pelo símbolo % e lê-se: “por cento”.

RESPOSTA: “E”. Deste modo, a fração


50
é uma porcentagem que
100

podemos representar por 50%.


SUCESSOR E ANTECESSOR (ATÉ 1000).
Forma Decimal: É comum representarmos uma
porcentagem na forma decimal, por exemplo, 35% na
forma decimal seriam representados por 0,35.
O número natural nasceu da necessidade dos homens
75% = = 0,75
75
contarem quantidade de coisas ou objetos. Esse conceito 100
foi estabelecida a partir da sucessão dos números naturais,
que se constitui num conjunto infinito de números, deno- Cálculo de uma Porcentagem: Para calcularmos uma
minado conjunto dos números naturais. porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração p
por V. 100
IN = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …} p
P% de V = .V
100
Esse conjunto tem as seguintes características:
é representado pela letra IN (maiúscula) Exemplo 1
é um conjunto infinito
23% de 240 = . 240 = 55,2
23
todo número natural tem um sucessor 100
todo número natural, exceto o zero, tem um antecessor
Exemplo 2
zero é o menor dos números naturais
Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que 67%
Todo número natural dado tem um sucessor (número de uma amostra assistem a um certo programa de TV.
que vem depois do número dado), considerando também Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas
o zero. assistem ao tal programa?
Por exemplo:
o sucessor de 0 é 0 + 1 = 1 Resolução: 67% de 56 000 =
67
.56000 = 37520
o sucessor de 5 é 5 + 1 = 6
100
o sucessor de 57 é 57 + 1 = 58 Resposta: 37 520 pessoas.
o sucessor de 113 é 113 + 1 = 114 Porcentagem que o lucro representa em relação ao
preço de custo e em relação ao preço de venda
Todo número natural dado, exceto o zero, tem um an-
tecessor (número que vem antes do número dado). Chamamos de lucro em uma transação comercial de
Por exemplo: compra e venda a diferença entre o preço de venda e o
o antecessor de 1 é 1 – 1 = 0 preço de custo.
o antecessor de 7 é 7 – 1 = 6 Lucro = preço de venda – preço de custo
o antecessor de 14 é 14 – 1 = 13 Caso essa diferença seja negativa, ela será chamada de
o antecessor de 73 é 73 – 1 = 72 prejuízo.

Fonte: http://www.colegioweb.com.br/4-ano/o-suces- Assim, podemos escrever:


sor-e-o-antecessor-de-um-numero-natural.html#ixzz4Bl- Preço de custo + lucro = preço de venda
Preço de custo – prejuízos = preço de venda
dH5eec
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem
de duas formas:
Lucro sobre o custo = lucro/preço de custo. 100%
Lucro sobre a venda = lucro/preço de venda. 100%

35
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Observação: A mesma análise pode ser feita para o Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos
caso de prejuízo. um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer
dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor
Exemplo
após o primeiro aumento, temos:
Uma mercadoria foi comprada por R$ 500,00 e vendida V1 = V . (1 + 1 )
p
por R$ 800,00. 100
Pede-se: Sendo V2 o valor após o segundo aumento, temos:
- o lucro obtido na transação;
- a porcentagem de lucro sobre o preço de custo; V2 = V1 . (1 + p2 )
100
- a porcentagem de lucro sobre o preço de venda.
V2 = V . (1 + ) . (1 + 2 )
p1 p
Resposta:
100 100
Lucro = 800 – 500 = R$ 300,00 Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá
Lc = 300 = 0,60 = 60%
500 sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%.
Lv = = 0,375 = 37,5%
300

Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:


800

Aumento V1 = V. (1 – p1 )
100
Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial
Sendo V2 o valor após o segundo desconto, temos:
V que deve sofrer um aumento de p% de seu valor.
Chamemos de A o valor do aumento e VA o valor após o
V2 = V1 . (1 – )
p2
aumento. Então, A = p% de V = p . V 100
100
V2 = V . (1 – p1 ) . (1 – p2 )
p 100 100
VA = V + A = V + .V
100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá
p
VA = ( 1 + ).V sofrer um aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto
100
p de p2%.
Em que (1 + 100 ) é o fator de aumento. Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
V1 = V . (1+ 1 )
p
100
Desconto
Sendo V2 o valor após o desconto, temos:
Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial
V2 = V1 . (1 – p2 )
V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor.
Chamemos de D o valor do desconto e VD o valor após o
100
V2 = V . (1 + p1 ) . (1 – p2 )
desconto. Então, D = p% de V = p . V 100 100
100
Exemplo
VD = V – D = V – .V
p
100 (VUNESP-SP) Uma instituição bancária oferece um
rendimento de 15% ao ano para depósitos feitos numa
VD = (1 – ).V
p
100 certa modalidade de aplicação financeira. Um cliente deste
banco deposita 1 000 reais nessa aplicação. Ao final de n
Em que (1 – ) é o fator de desconto.
p
anos, o capital que esse cliente terá em reais, relativo a esse
depósito, são:
100

Exemplo n
 p 
Uma empresa admite um funcionário no mês de janeiro Resolução: VA = 1 +  .v
 100 
sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento. Se a n

empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir de VA = 1. 15  .1000


 100 
março, seja R$ 3 500,00, com que salário deve admiti-lo?
Resolução: VA = 1,4 . V V = 1 000 . (1,15)n
A

3 500 = 1,4 . V VA = 1 000 . 1,15n


VA = 1 150,00n
V=
3500
= 2500
1,4

Resposta: R$ 2 500,00

36
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

QUESTÕES

1 - (PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO/2014) Se em um tanque de um carro for misturado 45 litros
de etanol em 28 litros de gasolina, qual será o percentual aproximado de gasolina nesse tanque?
A) 38,357%
B) 38,356%
C) 38,358%
D) 38,359%

2 - (CEF / Escriturário) Uma pessoa x pode realizar uma certa tarefa em 12 horas. Outra pessoa, y, é 50% mais efi-
ciente que x. Nessas condições, o número de horas necessárias para que y realize essa tarefa é :
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8

3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Observe a tabela que indica o consumo mensal de uma mesma torneira da
pia de uma cozinha, aberta meia volta por um minuto, uma vez ao dia.

Em relação ao cosumo mensal da torneira alimentada pela água da rua, o da torneira alimentada pela água da caixa
representa, aproximadamente,
A) 20%
B) 26%
C) 30%
D) 35%
E) 40%

4 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de uma mercadoria, na loja
J, é de R$ 50,00. O dono da loja J resolve reajustar o preço dessa mercadoria em 20%. A mesma mercadoria, na loja K, é
vendida por R$ 40,00. O dono da loja K resolve reajustar o preço dessa mercadoria de maneira a igualar o preço praticado
na loja J após o reajuste de 20%. Dessa maneira o dono da loja K deve reajustar o preço em
A) 20%.
B) 50%.
C) 10%.
D) 15%.
E) 60%.
5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de venda de um produto, des-
contado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem
o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
A) 67%.
B) 61%.
C) 65%.
D) 63%.
E) 69%.

6 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Um comerciante comprou uma mercadoria por R$ 350,00.
Para estabelecer o preço de venda desse produto em sua loja, o comerciante decidiu que o valor deveria ser suficiente para dar 30%
de desconto sobre o preço de venda e ainda assim garantir lucro de 20% sobre o preço de compra. Nessas condições, o preço que o
comerciante deve vender essa mercadoria é igual a
A) R$ 620,00.
B) R$ 580,00.
C) R$ 600,00.
D) R$ 590,00.
E) R$ 610,00.

37
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

7 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – Note que: 1,4 = 100%+40% ou 1+0,4.Como ele supe-
FCC/2013) Uma bolsa contém apenas 5 bolas brancas e 7 rou o preço de venda (100%) em 40% , isso significa soma
bolas pretas. Sorteando ao acaso uma bola dessa bolsa, a aos 100% mais 40%, logo 140%= 1,4.
probabilidade de que ela seja preta é
A) maior do que 55% e menor do que 60%. PV - 0,16PV = 1,4PC
B) menor do que 50%.
0,84PV=1,4PC
C) maior do que 65%.
D) maior do que 50% e menor do que 55%.
E) maior do que 60% e menor do que 65%.

8 - PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA/2013)


Das 80 crianças que responderam a uma enquete referente a
sua fruta favorita, 70% eram meninos. Dentre as meninas, 25% O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.
responderam que sua fruta favorita era a maçã. Sendo assim,
qual porcentagem representa, em relação a todas as crianças 6 - RESPOSTA: “C”.
entrevistadas, as meninas que têm a maçã como fruta preferida? Preço de venda: PV
A) 10% Preço de compra: 350
B) 1,5%
30% de desconto, deixa o produto com 70% do seu
C) 25%
valor.
D) 7,5%
E) 5% Como ele queria ter um lucro de 20% sobre o preço de
compra, devemos multiplicar por 1,2(350+0,2.350) ➜ 0,7PV
RESPOSTAS = 1,2 . 350

1 - RESPOSTA: “B”.
Mistura:28+45=73
73------100%
28------x O preço de venda deve ser R$600,00.
X=38,356%
7 - RESPOSTA: “A”.
2 - RESPOSTA “C”.
12 horas → 100 % Ao todo tem 12 bolas, portanto a probabilidade de se
50 % de 12 horas = = 6 horas tirar uma preta é:

X = 12 horas → 100 % = total de horas trabalhado


Y = 50 % mais rápido que X.
Então, se 50% de 12 horas equivalem a 6 horas, logo Y
faz o mesmo trabalho em 6 horas. 8 - RESPOSTA: “D”.
Tem que ser menina E gostar de maçã.
3 - RESPOSTA: “B”.
Meninas:100-70=30%

, simplificando temos ➜
P = 0,075 . 100% = 7,5%.
4 - RESPOSTA: “B”.

O reajuste deve ser de 50%.

5 - RESPOSTA: “A”.
Preço de venda: PV
Preço de compra: PC

38
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Microinformática. Modalidades de processamento. Hardware: conceitos, características, componentes e funções. Dispo-


sitivos de armazenamento, de impressão, de entrada e de saída de dados. Barramentos. Interfaces. Conexões. Discos
rígidos, pendrives, CD-R, DVD e BluRay, impressoras. ......................................................................................................................................01
Software: conceitos, características, básico e aplicativo, sistemas operacionais Ambientes Microsoft Windows XP/7/8 BR e
Ubuntu Linux: conceitos, características, comandos, atalhos de teclado e emprego dos recursos. Conhecimentos e utiliza-
ção dos recursos de gerenciamento de arquivos (Windows Explorer/Computador, KDE e Nautilus). ........................................23
Conhecimentos sobre editores de texto, planilhas eletrônicas e editor de apresentações (MS Office 2010/2013 BR e Li-
breOffice v4.3.5.2): conceitos, características, atalhos de teclado e emprego dos recursos..............................................................46
Redes de computadores: conceitos, características, topologias, protocolos, padrões, meios de transmissão, co-
nectores...............................................................................................................................................................................................173
Web, internet, intranet, extranet, e-mail, webmail: conceitos, características, atalhos de teclado e emprego de recursos de nave-
gadores (browsers Internet Explorer 11 BR X Mozilla Firefox v36.0.1 X Google Chrome v40 X Safari 5.1.7 ou superior).............. 185
Outlook do pacote MSOffice 2010/2013BR e Mozilla Thunderbird 31.4.0. Segurança de equipamentos, de sistemas, em
redes e na internet: conceitos, equipamentos, backup, firewall, vírus, medidas de proteção....................................................... 222
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MAINFRAMES
MICROINFORMÁTICA. MODALIDADES
DE PROCESSAMENTO. HARDWARE:
CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS,
COMPONENTES E FUNÇÕES. DISPOSITIVOS
DE ARMAZENAMENTO, DE IMPRESSÃO,
DE ENTRADA E DE SAÍDA DE DADOS.
BARRAMENTOS. INTERFACES. CONEXÕES.
DISCOS RÍGIDOS, PENDRIVES, CD-R, DVD E
BLURAY, IMPRESSORAS.

HISTÓRICO

Os primeiros computadores construídos pelo homem


foram idealizados como máquinas para processar números
(o que conhecemos hoje como calculadoras), porém, tudo
era feito fisicamente.
Existia ainda um problema, porque as máquinas pro-
cessavam os números, faziam operações aritméticas, mas
depois não sabiam o que fazer com o resultado, ou seja,
eram simplesmente máquinas de calcular, não recebiam Os computadores podem ser classificados pelo porte.
instruções diferentes e nem possuíam uma memória. Até Basicamente, existem os de grande porte ― mainframes
então, os computadores eram utilizados para pouquíssi- ― e os de pequeno porte ― microcomputadores ― sen-
mas funções, como calcular impostos e outras operações. do estes últimos divididos em duas categorias: desktops ou
Os computadores de uso mais abrangente apareceram torres e portáteis (notebooks, laptops, handhelds e smar-
logo depois da Segunda Guerra Mundial. Os EUA desen- tphones).
volveram ― secretamente, durante o período ― o primei- Conceitualmente, todos eles realizam funções internas
ro grande computador que calculava trajetórias balísticas. idênticas, mas em escalas diferentes.
A partir daí, o computador começou a evoluir num ritmo Os mainframes se destacam por ter alto poder de pro-
cada vez mais acelerado, até chegar aos dias de hoje. cessamento, muita capacidade de memória e por controlar
atividades com grande volume de dados. Seu custo é bas-
Código Binário, Bit e Byte tante elevado. São encontrados, geralmente, em bancos,
grandes empresas e centros de pesquisa.
O sistema binário (ou código binário) é uma repre-
sentação numérica na qual qualquer unidade pode ser CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES
demonstrada usando-se apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é
a única linguagem que os computadores entendem. Cada A classificação de um computador pode ser feita de
um dos dígitos utilizados no sistema binário é chamado de diversas maneiras. Podem ser avaliados:
Binary Digit (Bit), em português, dígito binário e representa • Capacidade de processamento;
a menor unidade de informação do computador. • Velocidade de processamento;
Os computadores geralmente operam com grupos de • Capacidade de armazenamento das informações;
bits. Um grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode • Sofisticação do software disponível e compatibi-
ser usado na representação de caracteres, como uma letra lidade;
(A-Z), um número (0-9) ou outro símbolo qualquer (#, %, • Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Pro-
*,?, @), entre outros. cessing Uni), Unidade Central de Processamento.
Assim como podemos medir distâncias, quilos, tama-
nhos etc., também podemos medir o tamanho das infor- TIPOS DE MICROCOMPUTADORES
mações e a velocidade de processamento dos computa-
dores. A medida padrão utilizada é o byte e seus múltiplos, Os microcomputadores atendem a uma infinidade de
conforme demonstramos na tabela abaixo: aplicações. São divididos em duas plataformas: PC (compu-
tadores pessoais) e Macintosh (Apple).
Os dois padrões têm diversos modelos, configurações
e opcionais. Além disso, podemos dividir os microcompu-
tadores em desktops, que são os computadores de mesa,
com uma torre, teclado, mouse e monitor e portáteis, que
podem ser levados a qualquer lugar.

1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

DESKTOPS E que estes dados foram sujeitos a certas transforma-


ções, com as quais foram obtidas as informações.
São os computadores mais comuns. Geralmente dis- O processamento de dados sempre envolve três fases
põem de teclado, mouse, monitor e gabinete separados essenciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da
fisicamente e não são movidos de lugar frequentemente, Informação.
uma vez que têm todos os componentes ligados por cabos. Para que um sistema de processamento de dados fun-
São compostos por: cione ao contento, faz-se necessário que três elementos
• Monitor (vídeo) funcionem em perfeita harmonia, são eles:
• Teclado
• Mouse Hardware
• Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memó- Hardware é toda a parte física que compõe o sistema
rias, drives, disco rígido (HD), modem, portas USB etc. de processamento de dados: equipamentos e suprimentos
tais como: CPU, disquetes, formulários, impressoras.
PORTÁTEIS
Os computadores portáteis possuem todas as partes
integradas num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e Software
gabinete em uma única peça. Os computadores portáteis É toda a parte lógica do sistema de processamento de
começaram a aparecer no início dos anos 80, nos Estados dados. Desde os dados que armazenamos no hardware,
Unidos e hoje podem ser encontrados nos mais diferen- até os programas que os processam.
tes formatos e tamanhos, destinados a diferentes tipos de
operações. Peopleware
Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles
LAPTOPS que usam a informática como um meio para a sua ativi-
Também chamados de notebooks, são computadores dade fim), programadores e analistas de sistemas (aqueles
portáteis, leves e produzidos para serem transportados fa- que usam a informática como uma atividade fim).
cilmente. Os laptops possuem tela, geralmente de Liquid Embora não pareça, a parte mais complexa de um sis-
Crystal Display (LCD), teclado, mouse (touchpad), disco rí- tema de processamento de dados é, sem dúvida o People-
gido, drive de CD/DVD e portas de conexão. Seu nome vem ware, pois por mais moderna que sejam os equipamentos,
da junção das palavras em inglês lap (colo) e top (em cima), por mais fartos que sejam os suprimentos, e por mais inte-
significando “computador que cabe no colo de qualquer ligente que se apresente o software, de nada adiantará se
pessoa”. as pessoas (peopleware) não estiverem devidamente trei-
nadas a fazer e usar a informática.
NETBOOKS O alto e acelerado crescimento tecnológico vem apri-
São computadores portáteis muito parecidos com o morando o hardware, seguido de perto pelo software.
notebook, porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais Equipamentos que cabem na palma da mão, softwares que
baratos e não possuem drives de CD/ DVD. transformam fantasia em realidade virtual não são mais
novidades. Entretanto ainda temos em nossas empresas
PDA pessoas que sequer tocaram algum dia em um teclado de
É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e computador.
também são conhecidos como palmtops. São computado-
Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relaciona-
res pequenos e, geralmente, não possuem teclado. Para a
mento entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente
entrada de dados, sua tela é sensível ao toque. É um assis-
processamento da informação, sucateando e subutilizando
tente pessoal com boa quantidade de memória e diversos
programas para uso específico. equipamentos e softwares. Isto pode ser vislumbrado, so-
bretudo nas instituições públicas.
SMARTPHONES
São telefones celulares de última geração. Possuem POR DENTRO DO GABINETE
alta capacidade de processamento, grande potencial de
armazenamento, acesso à Internet, reproduzem músicas,
vídeos e têm outras funcionalidades.

Sistema de Processamento de Dados


Quando falamos em “Processamento de Dados” trata-
mos de uma grande variedade de atividades que ocorre
tanto nas organizações industriais e comerciais, quanto na
vida diária de cada um de nós.
Para tentarmos definir o que seja processamento de
dados temos de ver o que existe em comum em todas es-
tas atividades. Ao analisarmos, podemos perceber que em
todas elas são dadas certas informações iniciais, as quais
chamamos de dados.

2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Identificaremos as partes internas do computador, lo- • BIOS


calizadas no gabinete ou torre:
O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico
• Motherboard (placa-mãe) de entrada e saída, é a primeira camada de software do
• Processador micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar”
• Memórias o microcomputador. Durante o processo de inicialização, o
• Fonte de Energia BIOS é o responsável pelo reconhecimento dos componen-
• Cabos tes de hardware instalados, dar o boot, e prover informa-
• Drivers ções básicas para o funcionamento do sistema.
• Portas de Entrada/Saída O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a
utilização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix,
Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS
MOTHERBOARD (PLACA-MÃE) que estão descritos os elementos necessários para ope-
racionalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O.
acesso aos recursos independe de suas características es-
pecíficas.

É uma das partes mais importantes do computador. A


motherboard é uma placa de circuitos integrados que ser-
ve de suporte para todas as partes do computador. O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo
Praticamente, tudo fica conectado à placa-mãe de al- EPROM (Erased Programmable Read Only Memory). É um
guma maneira, seja por cabos ou por meio de barramentos. tipo de memória “não volátil”, isto é, desligando o com-
A placa mãe é desenvolvida para atender às caracte- putador não há a perda das informações (programas) nela
rísticas especificas de famílias de processadores, incluindo contida. O BIOS é contem 2 programas: POST (Power On
até a possibilidade de uso de processadores ainda não Self Test) e SETUP para teste do sistema e configuração dos
lançados, mas que apresentem as mesmas características parâmetros de inicialização, respectivamente, e de funções
previstas na placa. básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sis-
A placa mãe é determinante quanto aos componentes tema Operacional.
que podem ser utilizados no micro e sobre as possibilida- Quando inicializamos o sistema, um programa chama-
des de upgrade, influenciando diretamente na performan- do POST conta a memória disponível, identifica dispositi-
ce do micro. vos plug-and-play e realiza uma checagem geral dos com-
ponentes instalados, verificando se existe algo de errado
Diversos componentes integram a placa-mãe, como: com algum componente. Após o término desses testes, é
emitido um relatório com várias informações sobre o hard-
• Chipset ware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil
Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao micro- e rápida de verificar a configuração de um computador.
computador que gerenciam praticamente todo o funciona- Para paralisar a imagem tempo suficiente para conseguir
mento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break”
controle do buffer de dados, interface com a CPU, etc.). do teclado.
O chipset é composto internamente de vários outros Caso seja constatado algum problema durante o POST,
pequenos chips, um para cada função que ele executa. Há serão emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro en-
um chip controlador das interfaces IDE, outro controlador contrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-
das memórias, etc. Existem diversos modelos de chipsets, falante conectado à placa mãe.
cada um com recursos bem diferentes. Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de
Devido à complexidade das motherboards, da sofisti- memória com tecnologia flash. Memórias que podem ser
cação dos sistemas operacionais e do crescente aumento atualizadas por software e também não perdem seus da-
do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integra- dos quando o computador é desligado, sem necessidade
dos) mais importante do microcomputador. Fazendo uma de alimentação permanente.
analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix.
maestro, o chipset seria o resto! 50% dos micros utilizam BIOS AMI.

3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Memória CMOS O microprocessador, também conhecido como pro-


cessador, consiste num circuito integrado construído para
CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) realizar cálculos e operações. Ele é a parte principal do
é uma memória formada por circuitos integrados de bai- computador, mas está longe de ser uma máquina completa
xíssimo consumo de energia, onde ficam armazenadas as por si só: para interagir com o usuário é necessário memó-
informações do sistema (setup), acessados no momento ria, dispositivos de entrada e saída, conversores de sinais,
do BOOT. Estes dados são atribuídos na montagem do mi- entre outros.
crocomputador refletindo sua configuração (tipo de win- É o processador quem determina a velocidade de pro-
chester, números e tipo de drives, data e hora, configura- cessamento dos dados na máquina. Os primeiros modelos
ções gerais, velocidade de memória, etc.) permanecendo comerciais começaram a surgir no início dos anos 80.
armazenados na CMOS enquanto houver alimentação da • Clock Speed ou Clock Rate
bateria interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ É a velocidade pela qual um microprocessador execu-
ou inclusão de novos componentes) podem implicar na al- ta instruções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções
teração de alguns desses parâmetros. uma CPU pode executar por segundo.
Muitos desses itens estão diretamente relacionados Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do
com o processador e seu chipset e portanto é recomen- processador. Porém, alguns computadores têm uma “cha-
dável usar os valores default sugerido pelo fabricante da ve” que permite 2 ou mais diferentes velocidades de clock.
BIOS. Mudanças nesses parâmetros pode ocasionar o tra- Isto é útil porque programas desenvolvidos para trabalhar
vamento da máquina, intermitência na operação, mau fun- em uma máquina com alta velocidade de clock podem não
cionamento dos drives e até perda de dados do HD. trabalhar corretamente em uma máquina com velocidade
• Slots para módulos de memória de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, alguns com-
Na época dos micros XT e 286, os chips de memória ponentes de expansão podem não ser capazes de trabalhar
eram encaixados (ou até soldados) diretamente na placa a alta velocidade de clock.
mãe, um a um. O agrupamento dos chips de memória em Assim como a velocidade de clock, a arquitetura inter-
módulos (pentes), inicialmente de 30 vias, e depois com 72 na de um microprocessador tem influência na sua perfor-
mance. Dessa forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de
e 168 vias, permitiu maior versatilidade na composição dos
clock não necessariamente trabalham igualmente. Enquan-
bancos de memória de acordo com as necessidades das
to um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para multi-
aplicações e dos recursos financeiros disponíveis.
plicar 2 números, um Intel 80486 (ou superior) pode fazer
Durante o período de transição para uma nova tecno-
o mesmo cálculo em um simples ciclo. Por essa razão, estes
logia é comum encontrar placas mãe com slots para mais
novos processadores poderiam ser 20 vezes mais rápido
de um modelo. Atualmente as placas estão sendo pro-
que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a
duzidas apenas com módulos de 168 vias, mas algumas
mesma. Além disso, alguns microprocessadores são supe-
comportam memórias de mais de um tipo (não simulta- rescalar, o que significa que eles podem executar mais de
neamente): SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM. uma instrução por ciclo.
• Clock Como as CPUs, os barramentos de expansão também
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocida-
gera um pulso elétrico. A função do clock é sincronizar to- des de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma
dos os circuitos da placa mãe e também os circuitos inter- para que um componente não deixe o outro mais lento. Na
nos do processador para que o sistema trabalhe harmoni- prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta
camente. que a velocidade da CPU.
Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são me- • Overclock
didos pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz Overclock é o aumento da frequência do processador
(Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Nor- para que ele trabalhe mais rapidamente.
malmente os processadores são referenciados pelo clock A frequência de operação dos computadores domésti-
ou frequência de operação: Pentium IV 2.8 MHz. cos é determinada por dois fatores:
• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida
PROCESSADOR também como velocidade de barramento, que nos compu-
tadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz.
• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486
que permite ao processador trabalhar internamente a uma
velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que
os outros periféricos do computador (memória RAM, cache
L2, placa de vídeo, etc.) continuam trabalhando na veloci-
dade de barramento.
Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha
com velocidade de barramento de 66 MHz e multiplica-
dor de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o
processador trabalha a 166 MHz, mas se comunica com os
demais componentes do micro a 66 MHz.

4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tendo um processador Pentium 166 (como o do exem- MEMÓRIAS


plo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simples-
mente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para
3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar um barramen-
to de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais mo-
dernas suportam essa velocidade de barramento). Neste
caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium
166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz
(2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador
podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de
configuração da placa-mãe, o que torna indispensável o
manual da mesma. O aumento da velocidade de barramen-
to da placa-mãe pode criar problemas caso algum perifé-
rico (como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa
velocidade.
Vamos chamar de memória o que muitos autores de-
Quando se faz um overclock, o processador passa a nominam memória primária, que é a memória interna do
trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projetado, computador, sem a qual ele não funciona.
fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. A memória é formada, geralmente, por chips e é uti-
Com isto, reduz-se a vida útil do processador de cerca de lizada para guardar a informação para o processador num
20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já determinado momento, por exemplo, quando um progra-
que os processadores rapidamente se tornam obsoletos). ma está sendo executado.
Esse aquecimento excessivo pode causar também frequen- As memórias ROM (Read Only Memory - Memória So-
tes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante mente de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Me-
o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina. mória de Acesso Randômico) ficam localizadas junto à pla-
ca-mãe. A ROM são chips soldados à placa-mãe, enquanto
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um a RAM são “pentes” de memória.
cooler (ventilador que fica sobre o processador para redu-
zir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma FONTE DE ENERGIA
pasta térmica especial que é passada diretamente sobre a
superfície do processador.

Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou


quad, essa denominação refere-se na verdade ao núcleo
do processador, onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Ló-
gica). Nos modelos DUAL ou DUO, esse núcleo é duplica-
do, o que proporciona uma execução de duas instruções
efetivamente ao mesmo tempo, embora isto não aconteça
o tempo todo. Basta uma instrução precisar de um dado
gerado por sua “concorrente” que a execução paralela tor-
É um aparelho que transforma a corrente de eletricida-
na-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo tér-
de alternada (que vem da rua), em corrente contínua, para
mino da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo
ser usada nos computadores. Sua função é alimentar todas
quadruplicado.
as partes do computador com energia elétrica apropriada
para seu funcionamento.
Esses são os processadores fabricados pela INTEL, em- Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por
presa que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos tam- meio de cabos coloridos com conectores nas pontas.
bém alguns concorrentes famosos dessa marca, tais como
NEC, Cyrix e AMD; sendo que atualmente apenas essa últi- CABOS
ma marca mantém-se fazendo frente aos lançamentos da
INTEL no mercado. Por exemplo, um modelo muito popular
de 386 foi o de 40 MHz, que nunca foi feito pela INTEL, cujo
386 mais veloz era de 33 MHz, esse processador foi obra
da AMD. Desde o lançamento da linha Pentium, a AMD foi
obrigada a criar também novas denominações para seus
processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2,
K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron)
e os mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom.

5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante
do gabinete: podem ser de energia ou de dados e co- usadas, como as portas paralelas (impressoras e scan-
nectam dispositivos, como discos rígidos, drives de CDs e ners) e as portas PS/2(mouses e teclados).
DVDs, LEDs (luzes), botão liga/desliga, entre outros, à pla-
ca-mãe. MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS
Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE, DE ARMAZENAMENTO
SATA, SATA2, energia e som.
Memórias
DRIVERS
Memória ROM

No microcomputador também se encontram as me-


mórias definidas como dispositivos eletrônicos respon-
sáveis pelo armazenamento de informações e instruções
São dispositivos de suporte para mídias - fixas ou re- utilizadas pelo computador.
movíveis - de armazenamento de dados, nos quais a in- Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em
formação é gravada por meio digital, ótico, magnético ou que os dados não se perdem quando o computador é des-
mecânico. ligado. Este tipo de memória é ideal para guardar dados
Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD, da BIOS (Basic Input/Output System - Sistema Básico de
os drives de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais Entrada/Saída) da placa-mãe e outros dispositivos.
antigos ainda apresentam drives de disquetes, que são
bem pouco usados devido à baixa capacidade de armaze- Os tipos de ROM usados atualmente são:
namento. Todos os drives são ligados ao computador por
meio de cabos. • Electrically-Erasable Programmable Read-Only
Memory (Eeprom)
PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA É um tipo de PROM que pode ser apagada simples-
mente com uma carga elétrica, podendo ser, posterior-
mente, gravada com novos dados. Depois da NVRAM é o
tipo de memória ROM mais utilizado atualmente.

• Non-Volatile Random Access Memory (Nvram)

Também conhecida como flash RAM ou memória flash,


a NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os
dados quando desligada. Este tipo de memória é o mais
usado atualmente para armazenar os dados da BIOS, não
só da placa-mãe, mas de vários outros dispositivos, como
modems, gravadores de CD-ROM etc.
É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado
em memória flash que permite realizarmos upgrades de
BIOS. Na verdade essa não é exatamente uma memória
São as portas do computador nas quais se conectam ROM, já que pode ser reescrita, mas a substitui com van-
todos os periféricos. São utilizadas para entrada e saída de tagens.
dados. Os computadores de hoje apresentam normalmen-
te as portas USB, VGA, FireWire, HDMI, Ethernet e Modem. • Programmable Read-Only Memory (Prom)
É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sen-
Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao com- do programada posteriormente. Uma vez gravados os da-
putador por meio dessas Portas: modem, monitor, pen dri- dos, eles não podem ser alterados. Este tipo de memória é
ve, HD externo, scanner, impressora, microfone, Caixas de usado em vários dispositivos, assim como em placas-mãe
som, mouse, teclado etc. antigas.

6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Memoria RAM Atualmente, a memória cache já é estendida a outros


dispositivos, a fim de acelerar o processo de acesso aos
dados. Os processadores e os HDs, por exemplo, já utilizam
este tipo de armazenamento.

DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

Disco Rígido (HD)

Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso


aleatório onde são armazenados dados em tempo de pro-
cessamento, isto é, enquanto o computador está ligado e,
também, todas as informações que estiverem sendo exe-
cutadas, pois essa memória é mantida por pulsos elétricos.
Todo conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina,
por isso é chamada também de volátil.
O módulo de memória é um componente adicionado à
placa-mãe. É composto de uma série de pequenos circui-
tos integrados, chamados chip de RAM. A memória pode
ser aumentada, de acordo com o tipo de equipamento ou
das necessidades do usuário. O local onde os chips de me- O disco rígido é popularmente conhecido como HD
mória são instalados chama-se SLOT de memória. (Hard Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também,
A memória ganhou melhor desempenho com versões de memória, mas ao contrário da memória RAM, quando o
mais poderosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâ- computador é desligado, não perde as informações.
mica), EDO (Extended Data Out - Saída Estendida Dados), O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para
entre outras, que proporcionam um aumento no desempe- armazenamento de informações indispensável ao funcio-
nho de 10% a 30% em comparação à RAM tradicional. Hoje, namento do computador. É nele que ficam guardados to-
as memórias mais utilizadas são do tipo DDR2 e DDR3. dos os dados e arquivos, incluindo o sistema operacional.
Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo,
Memória Cache que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2.

HD Externo

Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta


A memória cache é um tipo de memória de acesso capacidade de armazenamento, chegando facilmente à
rápido utilizada, exclusivamente, para armazenamento de casa dos Terabytes. Eles, normalmente, funcionam a partir
dados que provavelmente serão usados novamente. de qualquer entrada USB do computador.
Quando executamos algum programa, por exemplo,
parte das instruções fica guardada nesta memória para As grandes vantagens destes dispositivos são:
que, caso posteriormente seja necessário abrir o programa • Alta capacidade de armazenamento;
novamente, sua execução seja mais rápida. • Facilidade de instalação;

7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qual- O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do lei-
quer lugar sem necessidade de abrir o computador. tor ótico que, na verdade, para o olho humano, apresenta
CD, CD-R e CD-RW uma cor violeta azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi
retirado do nome por fins jurídicos, já que muitos países
O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década não permitem que se registre comercialmente uma palavra
de 80 e é hoje um dos meios mais populares de armazenar comum. O Blu-Ray foi introduzido no mercado no ano de
dados digitalmente. 2006.
Sua composição é geralmente formada por quatro ca- Pen Drive
madas:
• Uma camada de policarbonato (espécie de plásti-
co), onde ficam armazenados os dados
• Uma camada refletiva metálica, com a finalidade
de refletir o laser
• Uma camada de acrílico, para proteger os dados
• Uma camada superficial, onde são impressos os
rótulos
Na camada de gravação existe uma grande espiral que
tem um relevo de partes planas e partes baixas que repre- É um dispositivo de armazenamento de dados em me-
sentam os bits. Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a mória flash e conecta-se ao computador por uma porta
informação. Temos hoje, no mercado, três tipos principais USB. Ele combina diversas tecnologias antigas com baixo
de CDs: custo, baixo consumo de energia e tamanho reduzido, gra-
ças aos avanços nos microprocessadores. Funciona, ba-
1. CD comercial sicamente, como um HD externo e quando conectado ao
(que já vem gravado com música ou dados) computador pode ser visualizado como um drive. O pen
drive também é conhecido como thumbdrive (por ter o ta-
2. CD-R manho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdri-
(que vem vazio e pode ser gravado uma única vez) ve (por usar uma memória flash) ou, ainda, disco removível.
Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos
3. CD-RW CDs, ou seja, armazenar dados para serem transportados,
(que pode ter seus dados apagados e regravados) porém, com uma capacidade maior, chegando a 256 GB.
Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca
de 700 MB ou 80 minutos de música. Cartão de Memória

DVD, DVD-R e DVD-RW

O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é


hoje o formato mais comum para armazenamento de vídeo
digital. Foi inventado no final dos anos 90, mas só se popu-
larizou depois do ano 2000. Assim como o CD, é composto
por quatro camadas, com a diferença de que o feixe de
laser que lê e grava as informações é menor, possibilitando
uma espiral maior no disco, o que proporciona maior capa-
cidade de armazenamento.
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo
R de gravação única e RW que possibilita a regravação de Assim como o pen drive, o cartão de memória é um
dados. A capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo tipo de dispositivo de armazenamento de dados com me-
ou 4,7 GB de dados, existindo ainda um tipo de DVD cha- mória flash, muito encontrado em máquinas fotográficas
mado Dual Layer, que contém duas camadas de gravação, digitais e aparelhos celulares smartphones.
cuja capacidade de armazenamento chega a 8,5 GB. Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas
e nos telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos,
Blu-Ray ringtones, endereços, números de telefone etc.
O cartão de memória funciona, basicamente, como o
O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia pen drive, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparen-
entre 25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas te no dispositivo e é bem mais compacto.
camadas de gravação. Os formatos mais conhecidos são:
Seu processo de fabricação segue os padrões do CD • Memory Stick Duo
e DVD comuns, com a diferença de que o feixe de laser • SD (Secure Digital Card)
usado para leitura é ainda menor que o do DVD, o que • Mini SD
possibilita armazenagem maior de dados no disco. • Micro SD

8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

OS PERIFÉRICOS É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada


Os periféricos são partes extremamente importantes de dados no computador.
dos computadores. São eles que, muitas vezes, definem Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi
sua aplicação. pouco alterado. Possui teclas representando letras, núme-
ros e símbolos, bem como teclas com funções específicas
Entrada (F1... F12, ESC etc.).
São dispositivos que possuem a função de inserir da-
dos ao computador, por exemplo: teclado, scanner, cane- Câmera Digital
ta óptica, leitor de código de barras, mesa digitalizadora,
mouse, microfone, joystick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera
fotográfica digital, câmera de vídeo, webcam etc.
Mouse

É utilizado para selecionar operações dentro de uma Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes
tela apresentada. Seu movimento controla a posição do fotográficos. As imagens são capturadas e gravadas numa
cursor na tela e apenas clicando (pressionando) um dos memória interna ou, ainda, mais comumente, em cartões
botões sobre o que você precisa, rapidamente a operação de memória.
estará definida. O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos
O mouse surgiu com o ambiente gráfico das famílias é o JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao compu-
Macintosh e Windows, tornando-se indispensável para a tador por meio de um cabo ou, nos computadores mais
utilização do microcomputador. modernos, colocando-se o cartão de memória diretamente
no leitor.
Touchpad
Câmeras de Vídeo

As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são


também aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras
Existem alguns modelos diferentes de mouse para no- de vídeo digitais ligam-se ao microcomputador por meio
tebooks, como o touchpad, que é um item de fábrica na de cabos de conexão e permitem levar a ele as imagens em
maioria deles. movimento e alterá-las utilizando um programa de edição
É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a de imagens. Existe, ainda, a possibilidade de transmitir as
mesma funcionalidade do mouse. Para movimentar o cur- imagens por meio de placas de captura de vídeo, que po-
sor na tela, passa-se o dedo levemente sobre a área do dem funcionar interna ou externamente no computador.
touchpad.

Teclado

9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Webcam

Scanner

É uma câmera de vídeo que capta imagens e as trans-


fere instantaneamente para o computador. A maioria delas
não tem alta resolução, já que as imagens têm a finalidade
de serem transmitidas a outro computador via Internet, ou
seja, não podem gerar um arquivo muito grande, para que
possam ser transmitidas mais rapidamente.
Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate
-papo) com suporte para webcam. Os participantes podem
conversar e visualizar a imagem um do outro enquanto
conversam. Nos laptops e notebooks mais modernos, a câ-
mera já vem integrada ao computador.

É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à Saída


memória do computador uma imagem desenhada, pintada
São dispositivos utilizados para saída de dados do
ou fotografada. Ele é formado por minúsculos sensores fo-
computador, por exemplo: monitor, impressora, projetor,
toelétricos, geralmente distribuídos de forma linear. Cada
caixa de som etc.
linha da imagem é percorrida por um feixe de luz. Ao mes-
mo tempo, os sensores varrem (percorrem) esse espaço e
Monitor
armazenam a quantidade de luz refletida por cada um dos
pontos da linha.
É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão)
que tem a função de exibir a saída de dados.
A princípio, essas informações são convertidas em car- A qualidade do que é mostrado na tela depende da
gas elétricas que, depois, ainda no scanner, são transforma- resolução do monitor, designada pelos pontos (pixels - Pic-
das em valores numéricos. O computador decodifica esses ture Elements), que podem ser representados na sua su-
números, armazena-os e pode transformá-los novamente perfície.
em imagem. Após a imagem ser convertida para a tela, Todas as imagens que você vê na tela são compostas
pode ser gravada e impressa como qualquer outro arquivo. de centenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels).
Quanto mais pixels, maior a resolução e mais detalhada
Existem scanners que funcionam apenas em preto e será a imagem na tela. Uma resolução de 640 x 480 signi-
branco e outros, que reproduzem cores. No primeiro caso, fica 640 pixels por linha e 480 linhas na tela, resultando em
os sensores passam apenas uma vez por cada ponto da 307.200 pixels.
imagem. Os aparelhos de fax possuem um scanner desse A placa gráfica permite que as informações saiam do
tipo para captar o documento. Para capturar as cores é pre- computador e sejam apresentadas no monitor. A placa
ciso varrer a imagem três vezes: uma registra o verde, outra determina quantas cores você verá e qual a qualidade dos
o vermelho e outra o azul. gráficos e imagens apresentadas.
Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou
Há aparelhos que produzem imagens com maior ou seja, apresentavam apenas uma cor e suas tonalidades,
menor definição. Isso é determinado pelo número de pon- mostrando os textos em branco ou verde sobre um fun-
tos por polegada (ppp) que os sensores fotoelétricos po- do preto. Depois, surgiram os policromáticos, trabalhando
dem ler. As capacidades variam de 300 a 4800 ppp. Alguns com várias cores e suas tonalidades.
modelos contam, ainda, com softwares de reconhecimento A tecnologia utilizada nos monitores também tem
de escrita, denominados OCR. acompanhado o mercado de informática. Procurou-se re-
Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para duzir o consumo de energia e a emissão de radiação ele-
os scanners, que podem ser encontrados até nos caixas de tromagnética. Outras inovações, como controles digitais,
supermercados, para ler os códigos de barras dos produtos tela plana e recursos multimídia contribuíram nas mudan-
vendidos. ças.

10
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet
Tube (CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo (como também são chamadas), são as mais populares do
princípio da TV), em que um canhão dispara por trás o fei- mercado. Silenciosas, elas oferecem qualidade de impres-
xe de luz e a imagem é mostrada no vídeo. Uma grande são e eficiência.
evolução foi o surgimento de uma tela especial, a Liquid A impressora jato de tinta forma imagens lançando a
Crystal Display (LCD) - Tela de Cristal Líquido. tinta diretamente sobre o papel, produzindo os caracteres
A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por mi- como se fossem contínuos. Imprime sobre papéis espe-
núsculos cristais líquidos na formação dos feixes de luz até ciais e transparências e são bastante versáteis. Possuem
a montagem dos pixels. Com este recurso, pode-se aumen- fontes (tipos de letras) internas e aceitam fontes via soft-
tar a área útil da tela. ware. Também preparam documentos em preto e branco
Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade e possuem cartuchos de tinta independentes, um preto e
da imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser: outro colorido.
• Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo cam-
po de visão Impressora Laser
• Matriz passiva: menor tempo de resposta nos mo-
vimentos de vídeo

Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ga-


nhando força no mercado, o LED. A principal diferença en-
tre LED x LCD está diretamente ligado à tela. Em vez de
células de cristal líquido, os LED possuem diodos emissores
de luz (Light Emitting Diode) que fornecem o conjunto de
luzes básicas (verde, vermelho e azul). Eles não aquecem
para emitir luz e não precisam de uma luz branca por trás,
o que permite iluminar apenas os pontos necessários na
tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia. As impressoras a laser apresentam elevada qualidade
A definição de cores também é superior, principalmen- de impressão, aliada a uma velocidade muito superior. Uti-
te do preto, que possui fidelidade não encontrada em ne- lizam folhas avulsas e são bastante silenciosas.
nhuma das demais tecnologias disponíveis no mercado. Possuem fontes internas e também aceitam fontes via
Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED software (dependendo da quantidade de memória). Algu-
também pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma mas possuem um recurso que ajusta automaticamente as
polegada de espessura. Isso resultado num monitor de de- configurações de cor, eliminando a falta de precisão na im-
sign mais agradável e bem mais leve. pressão colorida, podendo atingir uma resolução de 1.200
Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam dpi (dots per inch - pontos por polegada).
o tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não
deram continuidade à produção dos equipamentos com Impressora a Cera
tubo de imagem.
Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geral- Categoria de impressora criada para ter cor no impres-
mente, 13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando so com qualidade de laser, porém o custo elevado de ma-
com imagens, cores, movimentos e animações multimídia, nutenção aliado ao surgimento da laser colorida fizeram
sentiu-se a necessidade de produzir telas maiores. essa tecnologia ser esquecida. A ideia aqui é usar uma su-
Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes blimação de cera (aquela do lápis de cera) para fazer im-
formatos e tamanhos. As televisões mais modernas apre- pressão.
sentam uma entrada VGA ou HDMI, para que computado-
res sejam conectados a elas. Plotters

Impressora Jato de Tinta

11
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter, O clock trafega nos barramentos conhecidos como sín-
que é uma impressora destinada a imprimir desenhos em cronos, pois os dispositivos são obrigados a seguir uma
grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como sincronia de tempo para se comunicarem.
plantas arquitetônicas, mapas cartográficos, projetos de O controle existe para informar aos dispositivos en-
engenharia e grafismo, ou seja, a impressora plotter é des- volvidos na transmissão do barramento se a operação em
tinada às artes gráficas, editoração eletrônica e áreas de curso é de escrita, leitura, reset ou outra qualquer. Alguns
CAD/CAM. sinais de controle são bastante comuns:
Vários modelos de impressora plotter têm resolução
de 300 dpi, mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por • Memory Write - Causa a escrita de dados do barra-
polegada, permitindo imprimir, aproximadamente, 20 pá- mento de dados no endereço especificado no barramento
ginas por minuto (no padrão de papel utilizado em impres- de endereços.
soras a laser).
Existe a plotter que imprime materiais coloridos com • Memory Read - Causa dados de um dado endereço
largura de até três metros (são usadas em empresas que especificado pelo barramento de endereço a ser posto no
imprimem grandes volumes e utilizam vários formatos de barramento de dados.
papel).
• I/O Write - Causa dados no barramento de dados se-
Projetor rem enviados para uma porta de saída (dispositivo de I/O).
É um equipamento muito utilizado em apresentações
multimídia. • I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo
Antigamente, as informações de uma apresentação de I/O, os quais serão colocados no barramento de dados.
eram impressas em transparências e ampliadas num retro-
projetor, mas, com o avanço tecnológico, os projetores têm • Bus request - Indica que um módulo pede controle
auxiliado muito nesta área. do barramento do sistema.
Quando conectados ao computador, esses equipa-
mentos reproduzem o que está na tela do computador em • Reset - Inicializa todos os módulos
dimensões ampliadas, para que várias pessoas vejam ao
mesmo tempo. Todo barramento é implementado seguindo um con-
junto de regras de comunicação entre dispositivos conhe-
Entrada/Saída cido como BUS STANDARD, ou simplesmente PROTOCOLO
São dispositivos que possuem tanto a função de inse- DE BARRAMENTO, que vem a ser um padrão que qualquer
rir dados, quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen dispositivo que queira ser compatível com este barramento
drive, modem, CD-RW, DVD-RW, tela sensível ao toque, deva compreender e respeitar. Mas um ponto sempre é
impressora multifuncional, etc. certeza: todo dispositivo deve ser único no acesso ao bar-
ramento, porque os dados trafegam por toda a extensão
IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser da placa-mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura de
classificada como periférico de Entrada/Saída, pois sua dados seria o caos para o funcionamento do computador.
principal característica é a de realizar os papeis de impres-
sora (Saída) e scanner (Entrada) no mesmo dispositivo. Os barramentos têm como principais vantagens o fato
de ser o mesmo conjunto de fios que é usado para todos os
BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS periféricos, o que barateia o projeto do computador. Outro
Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são ponto positivo é a versatilidade, tendo em vista que toda
conjuntos de fios que normalmente estão presentes em to- placa sempre tem alguns slots livres para a conexão de no-
das as placas do computador. vas placas que expandem as possibilidades do sistema.
Na verdade existe barramento em todas as placas de A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de
produtos eletrônicos, porém em outros aparelhos os téc- engarrafamentos pelo uso da mesma via por muitos perifé-
nicos referem-se aos barramentos simplesmente como o ricos, o que vem a prejudicar a vazão de dados (troughput).
“impresso da placa”. Dispositivos conectados ao barramento
Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem
a comunicação entre todos os dispositivos do computador: • Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o
UCP, memória, dispositivos de entrada e saída e outros. Os acesso ao barramento para leitura ou escrita de dados
sinais típicos encontrados no barramento são: dados, clock, • Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente
endereços e controle. obedecem à requisição do mestre.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade Exemplo:
de serem levados às mais diversas porções do computador. - CPU ordena que o controlador de disco leia ou escre-
Os endereços estão presentes para indicar a localiza- va um bloco de dados.
ção para onde os dados vão ou vêm. A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo.

12
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Barramentos Comerciais AGP – Advanced Graphics Port

Serão listados aqui alguns barramentos que foram e


alguns que ainda são bastante usados comercialmente.

ISA – Industry Standard Architeture

Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo


PC-AT. Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC- Esse barramento permite que uma placa controladora
compatíveis. Era um barramento único para todos os com- gráfica AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI.
ponentes do computador, operando com largura de 16 bits O Chip controlador AGP substitui o controlador de E/S do
e com clock de 8 MHz. barramento PCI. O novo conjunto AGP continua com fun-
ções herdadas do PCI. O conjunto faz a transferência de
PCI – Peripheral Components Interconnect dados entre memória, o processador e o controlador ISA,
tudo, simultaneamente.
Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela por-
ta gráfica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM,
eliminando a necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na
própria placa para armazenar grandes arquivos de bits
como mapas e textura.
O uso desse barramento iniciou-se através de placas-
mãe que usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse
chipset foi o primeiro a ter suporte ao AGP. A principal van-
tagem desse barramento é o uso de uma maior quantidade
de memória para armazenamento de texturas para objetos
tridimensionais, além da alta velocidade no acesso a essas
texturas para aplicação na tela.
O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que pro-
porciona uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além
PCI é um barramento síncrono de alta performance, disso, sua taxa de transferência chegava a 266 MB por se-
indicado como mecanismo entre controladores altamen- gundo quando operando no esquema de velocidade X1, e
te integrados, plug-in placas, sistemas de processadores/
a 532 MB quando no esquema de velocidade 2X. Existem
memória.
também as versões 4X, 8X e 16X. Geralmente, só se en-
Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plu-
contra um único slot nas placas-mãe, visto que o AGP só
g-and-play.
Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o pro- interessa às placas de vídeo.
cessador PENTIUM da Intel. Assim o novo processador
realmente foi revolucionário, pois chegou com uma série PCI Express
de inovações e um novo barramento. O PCI foi definido
com o objetivo primário de estabelecer um padrão da in-
dústria e uma arquitetura de barramento que ofereça baixo
custo e permita diferenciações na implementação.

Componente PCI ou PCI master


Funciona como uma ponte entre processador e barra-
mento PCI, no qual dispositivos add-in com interface PCI
estão conectados.
- Add-in cards interface
Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São
gerenciados pelo PCI master e são totalmente programá-
veis.

13
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na busca de uma solução para algumas limitações dos Interfaces – Barramentos Externos
barramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha
no barramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Tra- Os barramentos circulam dentro do computador, co-
ta-se de um padrão que proporciona altas taxas de transfe- brem toda a extensão da placa-mãe e servem para co-
rência de dados entre o computador em si e um dispositivo, nectar as placas menores especializadas em determinadas
por exemplo, entre a placa-mãe e uma placa de vídeo 3D. tarefas do computador. Mas os dispositivos periféricos
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que precisam comunicarem-se com a UCP, para isso, historica-
permite o uso de uma ou mais conexões seriais, também mente foram desenvolvidas algumas soluções de conexão
chamados de lanes para transferência de dados. Se um tais como: serial, paralela, USB e Firewire. Passando ainda
determinado dispositivo usa um caminho, então diz-se que por algumas soluções proprietárias, ou seja, que somente
esse utiliza o barramento PCI Express 1X; se utiliza 4 lanes , funcionavam com determinado periférico e de determina-
sua denominação é PCI Express 4X e assim por diante. Cada do fabricante.
lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados.
Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits Interface Serial
por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é
de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta in-
Express 1X consegue trabalhar com taxas de 250 MB por terface no passado já conectou até impressoras. Sua carac-
segundo, um valor bem maior que os 132 MB do padrão terística fundamental é que os bits trafegam em fila, um
PCI. Esse barramento trabalha com até 16X, o equivalente por vez, isso torna a comunicação mais lenta, porém o cabo
a 4000 MB por segundo. A tabela abaixo mostra os valores do dispositivo pode ser mais longo, alguns chegam até a
das taxas do PCI Express comparadas às taxas do padrão 10 metros de comprimento. Isso é útil para usar uma baru-
AGP: lhenta impressora matricial em uma sala separada daquela
onde o trabalho acontece.
As velocidades de comunicação dessa interface variam
AGP PCI Express de 25 bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na par-
te externa do gabinete, essas interfaces são representadas
AGP 1X: 266 MB por PCI Express 1X: 250 MB por por conectores DB-9 ou DB-25 machos.
segundo segundo

AGP 4X: 1064 MB por PCI Express 2X: 500 MB por


segundo segundo

AGP 8X: 2128 MB por PCI Express 8X: 2000 MB por


segundo segundo

PCI Express 16X: 4000 MB


 
por segundo

É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado


e, devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express
2X de PCI Express 1X.
Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode representar tam-
bém taxas de transferência de dados de 500 MB por segundo.
A Intel é uma das grandes precursoras de inovações Interface Paralela
tecnológicas.
No início de 2001, em um evento próprio, a empresa Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa
mostrou a necessidade de criação de uma tecnologia capaz interface transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits
de substituir o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Ge- em paralelo existe um RISCo de interferência na corrente
neration I/O – 3ª geração de Entrada e Saída). Em agosto elétrica dos condutores que formam o cabo. Por esse moti-
desse mesmo ano, um grupo de empresas chamado de vo os cabos de comunicação desta interface são mais cur-
PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD tos, normalmente funcionam muito bem até a distância de
e Microsoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO. 1,5 metro, embora exista no mercado cabos paralelos de
Entre os quesitos levantados nessas especificações, até 3 metros de comprimento. A velocidade de transmissão
estão os que se seguem: suporte ao barramento PCI, pos- desta porta chega até a 1,2 MB por segundo.
sibilidade de uso de mais de uma lane, suporte a outros
tipos de conexão de plataformas, melhor gerenciamento Nos gabinetes dos computadores essa porta é encon-
de energia, melhor proteção contra erros, entre outros. trada na forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impres-
Esse barramento é fortemente voltado para uso em soras, normalmente, os conectores paralelos são conheci-
subsistemas de vídeo. dos como interface centronics.

14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Mas o USB 3.0 também se destaca pelo fator “alimen-


tação elétrica”: o USB 2.0 fornece até 500 miliampéres, en-
quanto que o novo padrão pode suportar 900 miliampéres.
Isso significa que as portas USB 3.0 podem alimentar dis-
positivos que consomem mais energia (como determina-
dos HDs externos, por exemplo, cenário quase impossível
com o USB 2.0).
É claro que o USB 3.0 também possui as caracterís-
ticas que fizeram as versões anteriores tão bem aceitas,
como Plug and Play (plugar e usar), possibilidade de co-
nexão de mais de um dispositivo na mesma porta, hot-s-
wappable (capacidade de conectar e desconectar disposi-
tivos sem a necessidade de desligá-los) e compatibilidade
USB – Universal Serial Bus com dispositivos nos padrões anteriores.

A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde en- Conectores USB 3.0
tão, foi passando por várias revisões. As mais populares são
as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utili- Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0
zada. A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de diz respeito ao conector. Os conectores de ambos são bas-
transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo), enquanto tante parecidos, mas não são iguais.
que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s.
Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido, Conector USB 3.0 A
afinal, 480 Mb/s correspondem a cerca de 60 megabytes
por segundo. No entanto, acredite, a evolução da tecno- Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia
logia acaba fazendo com que velocidades muito maiores USB 3.0 são compostos por nove fios, enquanto que os
sejam necessárias. cabos USB 2.0 utilizam apenas 4. Isso acontece para que
Não é difícil entender o porquê: o número de conexões o padrão novo possa suportar maiores taxas de transmis-
à internet de alta velocidade cresce rapidamente, o que faz são de dados. Assim, os conectores do USB 3.0 possuem
com que as pessoas queiram consumir, por exemplo, ví- contatos para estes fios adicionais na parte do fundo. Caso
deos, músicas, fotos e jogos em alta definição. Some a isso um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este usará apenas os
ao fato de ser cada vez mais comum o surgimento de dis- contatos da parte frontal do conector. As imagens a seguir
positivos como smartphones e câmeras digitais que aten- mostram um conector USB 3.0 do tipo A:
dem a essas necessidades. A consequência não poderia ser
outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número
cada vez maior de pessoas.
Com suas especificações finais anunciadas em novem-
bro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta desta e da
demanda que está por vir. É isso ou é perder espaço para
tecnologias como o  FireWire ou  Thunderbolt, por exem-
plo. Para isso, o USB 3.0 tem como principal característica
a capacidade de oferecer taxas de transferência de dados
de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não é só isso...

O que é USB 3.0?


Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu por-
que o padrão precisou evoluir para atender novas neces-
sidades. Mas, no que consiste exatamente esta evolução?
O que o USB 3.0 tem de diferente do USB 2.0? A principal Estrutura interna de um conector USB 3.0 A
característica você já sabe: a velocidade de até 4,8 Gb/s (5
Gb/s, arredondando), que corresponde a cerca de 600 me-
gabytes por segundo, dez vezes mais que a velocidade do
USB 2.0. Nada mal, não?

Símbolo para dispositivos USB 3.0 Conector USB 3.0 A

15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você deve ter percebido que é possível conectar dis- Sobre o funcionamento do USB 3.0
positivos USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é
compatível com as versões anteriores. Fabricantes também Como você já sabe, cabos USB 3.0 trabalham com 9
podem fazer dispositivos USB 3.0 compatíveis com o pa- fios, enquanto que o padrão anterior utiliza 4: VBus (VCC),
drão 2.0, mas neste caso a velocidade será a deste último. D+, D- e GND. O primeiro é o responsável pela alimentação
E é claro: se você quer interconectar dois dispositivos por elétrica, o segundo e o terceiro são utilizados na transmis-
USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o cabo precisa são de dados, enquanto que o quarto atua como “fio terra”.
ser deste padrão. No padrão USB 3.0, a necessidade de transmissão de
dados em alta velocidade fez com que, no início, fosse
Conector USB 3.0 B considerado o uso de fibra óptica para este fim, mas tal
característica tornaria a tecnologia cara e de fabricação
Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 tam- mais complexa. A solução encontrada para dar viabilidade
bém conta com conectores diferenciados para se adequar ao padrão foi a adoção de mais fios. Além daqueles uti-
a determinados dispositivos. Um deles é o conector do tipo lizados no USB 2.0, há também os seguintes: StdA_SSRX-
B, utilizado em aparelhos de porte maior, como impresso- e StdA_SSRX+ para recebimento de dados, StdA_SSTX- e
ras ou scanners, por exemplo. StdA_SSTX+ para envio, e GND_DRAIN como “fio terra”
Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB para o sinal.
3.0 possui uma área de contatos adicional na parte supe-
rior. Isso significa que nela podem ser conectados tantos O conector USB 3.0 B pode contar ainda com uma va-
dispositivos USB 2.0 (que aproveitam só a parte inferior) riação (USB 3.0 B Powered) que utiliza um contato a mais
quanto USB 3.0. No entanto, dispositivos 3.0 não poderão para alimentação elétrica e outro associado a este que ser-
ser conectados em portas B 2.0: ve como “fio terra”, permitindo o fornecimento de até 1000
miliampéres a um dispositivo.
Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite defi-
nido, no entanto, testes efetuados por algumas entidades
especialistas (como a empresa Cable Wholesale) recomen-
dam, no máximo, até 3 metros para total aproveitamento
da tecnologia, mas esta medida pode variar de acordo com
as técnicas empregadas na fabricação.
No que se refere à transmissão de dados em si, o USB
3.0 faz esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre
dispositivos conectados, é possível o envio e o recebimen-
Conector USB 3.0 B - imagem por USB.org to simultâneo de dados. No USB 2.0, é possível apenas um
Micro-USB 3.0 tipo de atividade por vez.

O conector micro-USB, utilizado em smartphones, por O USB 3.0 também consegue ser mais eficiente no con-
exemplo, também sofreu modificações: no padrão USB 3.0 trole do consumo de energia. Para isso, o host, isto é, a
- com nome de micro-USB B -, passou a contar com uma máquina na qual os dispositivos são conectados, se comu-
área de contatos adicional na lateral, o que de certa forma nica com os aparelhos de maneira assíncrona, aguardando
diminui a sua praticidade, mas foi a solução encontrada estes indicarem a necessidade de transmissão de dados.
para dar conta dos contatos adicionais: No USB 2.0, há uma espécie de “pesquisa contínua”, onde
o host necessita enviar sinais constantemente para saber
qual deles necessita trafegar informações.

Ainda no que se refere ao consumo de energia, tan-


to o host quanto os dispositivos conectados podem entrar
em um estado de economia em momentos de ociosidade.
Além disso, no USB 2.0, os dados transmitidos acabam indo
do host para todos os dispositivos conectados. No USB 3.0,
essa comunicação ocorre somente com o dispositivo de
destino.
Conector micro-USB 3.0 B - imagem por USB.org
Como saber rapidamente se uma porta é USB 3.0
Para facilitar a diferenciação, fabricantes estão adotan-
do a cor azul na parte interna dos conectores USB 3.0 e, Em determinados equipamentos, especialmente lap-
algumas vezes, nos cabos destes. Note, no entanto, que é tops, é comum encontrar, por exemplo, duas portas USB
essa não é uma regra obrigatória, portanto, é sempre con- 2.0 e uma USB 3.0. Quando não houver nenhuma descrição
veniente prestar atenção nas especificações do produto identificando-as, como saber qual é qual? Pela cor existen-
antes de adquiri-lo. te no conector.

16
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pode haver exceções, é claro, mas pelo menos boa par- Firewire
te dos fabricantes segue a recomendação de identificar os
conectores USB 3.0 com a sua parte plástica em azul, tal O barramento firewire, também conhecido como IEEE
como informado anteriormente. Nas portas USB 2.0, por 1394 ou como i.Link, é um barramento de grande volu-
sua vez, os conectores são pretos ou, menos frequente- me de transferência de dados entre computadores, peri-
mente, brancos. féricos e alguns produtos eletrônicos de consumo. Foi de-
senvolvido inicialmente pela Apple como um barramento
USB 3.1: até 10 Gb/s serial de alta velocidade, mas eles estavam muito à frente
da realidade, ainda mais com, na época, a alternativa do
Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especifica- barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato
ções finais do  USB 3.1  (também chamado deSuperSpeed e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple,
USB 10 Gbps), uma variação do USB 3.0 que se propõe a mesmo incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por
oferecer taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s (ou algum tempo, a realidade “de fato”, era a não existência de
seja, o dobro). utilidade para elas devido à falta de periféricos para seu
Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcan- uso. Porém o desenvolvimento continuou, sendo focado
çar taxas de até 1,2 gigabyte por segundo! E não é exagero, principalmente pela área de vídeo, que poderia tirar gran-
afinal, há aplicações que podem usufruir desta velocidade. des proveitos da maior velocidade que ele oferecia.
É o caso de monitores de vídeo que são conectados ao Suas principais vantagens:
computador via porta USB, por exemplo. • São similares ao padrão USB;
Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz • Conexões sem necessidade de desligamento/boot do
uso de nenhum artefato físico mais elaborado. O “segre- micro (hot-plugable);
do”, essencialmente, está no uso de um método de codi- • Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63
ficação de dados mais eficiente e que, ao mesmo tempo, por porta);
não torna a tecnologia significantemente mais cara. • Permite até 1023 barramentos conectados entre si;
Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conecto- • Transmite diferentes tipos de sinais digitais:
res e cabos das especificações anteriores, assim como com vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de disposi-
dispositivos baseados nestas versões. tivo, etc;
Merece destaque ainda o aspecto da alimentação • Totalmente Digital (sem a necessidade de converso-
elétrica: o USB 3.1 poderá suportar até de 100 watts na res analógico-digital, e portanto mais seguro e rápido);
transferência de energia, indicando que dispositivos mais • Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexí-
exigentes poderão ser alimentados por portas do tipo. Mo- vel, barato e simples;
nitores de vídeo e HDs externos são exemplos: não seria • Como é um barramento serial, permite conexão bem
ótimo ter um único cabo saindo destes dispositivos? facilitada, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessi-
A indústria trabalha com a possiblidade de os primei- dade de conexão ao micro (somente uma ponta é conec-
ros equipamentos baseados em USB 3.1 começarem a tada no micro).
chegar ao mercado no final de 2014. Até lá, mais detalhes A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de
serão revelados. haver distorções no sinal, porém, restringindo a velocida-
Novo conector “tipo C”: uso dos dois lados de do barramento podem-se alcançar maiores distâncias
Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra no- de cabo (até 14 metros). Lembrando que esses valores são
vidade para a versão 3.1 da tecnologia: um conector cha- para distâncias “ENTRE PERIFÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO
mado (até agora, pelos menos) de tipo C que permitirá que DE TRANSCEIVERS (com transceivers a previsão é chegar a
você conecte um cabo à entrada a partir de qualquer lado. até 70 metros usando fibra ótica).
Sabe aquelas situações onde você encaixa um cabo ou O barramento firewire permite a utilização de dispo-
pendrive de um jeito, nota que o dispositivo não funcionou sitivos de diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200
e somente então percebe que o conectou incorretamente? Mb/s) no mesmo barramento.
Com o novo conector, este problema será coisa do passa- O suporte a esse barramento está nativamente em
do: qualquer lado fará o dispositivo funcionar. Macs, e em PCs através de placas de expansão específicas
Trata-se de um plugue reversível, portanto, semelhan- ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som.
te aos conectores Lightning existentes nos produtos da Os principais usos que estão sendo direcionados a essa
Apple. Tal como estes, o conector tipo C deverá ter tam- interface, devido às características listadas, são na área de
bém dimensões reduzidas, o que facilitará a sua adoção em multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de
smartphones, tablets e outros dispositivos móveis. vídeo (placas de captura, câmeras, TVs digitais, setup bo-
Tamanha evolução tem um preço: o conector tipo C xes, home theather, etc).
não será compatível com as portas dos padrões anteriores,
exceto pelo uso de adaptadores. É importante relembrar,
no entanto, que será possível utilizar os conectores já exis-
tentes com o USB 3.1.
A USB.org promete liberar mais informações sobre esta
novidade em meados de 2014.

17
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

INTERFACE DE VIDEO Quando, por exemplo, um monitor LCD trabalha com


conectores VGA, precisa converter o sinal que recebe para
Conector VGA (Video Graphics Array) digital. Esse processo faz com que a qualidade da imagem
Os conectores VGA são bastante conhecidos, pois estão diminua. Como o DVI trabalha diretamente com sinais di-
presentes na maioria absoluta dos “grandalhões” monito- gitais, não é necessário fazer a conversão, portanto, a qua-
res CRT (Cathode Ray Tube) e também em alguns modelos lidade da imagem é mantida. Por essa razão, a saída DVI
que usam a tecnologia LCD, além de não ser raro encontrá é ótima para ser usada em monitores LCD, DVDs, TVs de
-los em placas de vídeos (como não poderia deixar de ser). plasma, entre outros.
O conector desse padrão, cujo nome é D-Sub, é composto É necessário frisar que existe mais de um tipo de co-
por três “fileiras” de cinco pinos. Esses pinos são conecta- nector DVI:
dos a um cabo cujos fios transmitem, de maneira indepen- DVI-A: é um tipo que utiliza sinal analógico, porém ofe-
dente, informações sobre as cores vermelha (red), verde rece qualidade de imagem superior ao padrão VGA;
(green) e azul (blue) - isto é, o conhecido esquema RGB - e DVI-D: é um tipo similar ao DVI-A, mas utiliza sinal digi-
sobre as frequências verticais e horizontais. Em relação a
tal. É também mais comum que seu similar, justamente por
estes últimos aspectos: frequência horizontal consiste no
ser usado em placas de vídeo;
número de linhas da tela que o monitor consegue “preen-
DVI-I: esse padrão consegue trabalhar tanto com DVI
cher” por segundo. Assim, se um monitor consegue varrer
60 mil linhas, dizemos que sua frequência horizontal é de -A como com DVI-D. É o tipo mais encontrado atualmente.
60 KHz. Frequência vertical, por sua vez, consiste no tempo Há ainda conectores DVI que trabalham com as espe-
em que o monitor leva para ir do canto superior esquerdo cificações Single Link e Dual Link. O primeiro suporta reso-
da tela para o canto inferior direito. Assim, se a frequên- luções de até 1920x1080 e, o segundo, resoluções de até
cia horizontal indica a quantidade de vezes que o canhão 2048x1536, em ambos os casos usando uma frequência de
consegue varrer linhas por segundo, a frequência vertical 60 Hz.
indica a quantidade de vezes que a tela toda é percorrida O cabo dos dispositivos que utilizam a tecnologia DVI
por segundo. Se é percorrida, por exemplo, 56 vezes por é composto, basicamente, por quatro pares de fios trança-
segundo, dizemos que a frequência vertical do monitor é dos, sendo um par para cada cor primária (vermelho, verde
de 56 Hz. e azul) e um para o sincronismo. Os conectores, por sua
É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui vez, variam conforme o tipo do DVI, mas são parecidos en-
pinos faltantes. Não se trata de um defeito: embora os co- tre si, como mostra a imagem a seguir:
nectores VGA utilizem um encaixe com 15 pinos, nem to-
dos são usados.

Atualmente, praticamente todas as placas de vídeo e


monitores são compatíveis com DVI. A tendência é a de
que o padrão VGA caia, cada vez mais, em desuso.
Conector e placa de vídeo com conexão VGA
Conector S-Video (Separated Video)
Conector DVI (Digital Video Interface)

Os conectores DVI  são bem mais recentes e propor-


cionam qualidade de imagem superior, portanto, são con-
siderados substitutos do padrão VGA. Isso ocorre porque,
conforme indica seu nome, as informações das imagens
podem ser tratadas de maneira totalmente digital, o que
não ocorre com o padrão VGA.

Padrão S-Video

Para entender o S-Video, é melhor compreender, pri-


meiramente, outro padrão: o Compost Video, mais conhe-
cido como Vídeo Composto. Esse tipo utiliza conectores do
tipo RCA e é comumente encontrado em TVs, aparelhos de
Conector DVI-D DVD, filmadoras, entre outros.

18
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Geralmente, equipamentos com Vídeo Composto fa- como Y-Pb-Pr (ou Y-Cb-Cr). O primeiro (de cor verde), é
zem uso de três cabos, sendo dois para áudio (canal es- responsável pela transmissão do vídeo em preto e branco,
querdo e canal direito) e o terceiro para o vídeo, sendo este isto é, pela “estrutura” da imagem. Os demais conectores
o que realmente faz parte do padrão. Esse cabo é constituí- trabalham com os dados das cores e com o sincronismo.
do de dois fios, um para a transmissão da imagem e outro Como dito anteriormente, o padrão S-Video é cada vez
que atua como “terra”. mais comum em placas de vídeo. No entanto, alguns mo-
O S-Video, por sua vez, tem seu cabo formado com delos são também compatíveis com Vídeo Componente.
três fios: um transmite imagem em preto e branco; outro Nestes casos, o encaixe que fica na placa pode ser do tipo
transmite imagens em cores; o terceiro atua como terra. É que aceita sete pinos (pode haver mais). Mas, para ter cer-
essa distinção que faz com que o S-Video receba essa de- teza dessa compatibilidade, é necessário consultar o ma-
nominação, assim como é essa uma das características que nual do dispositivo.
faz esse padrão ser melhor que o Vídeo Composto. Para fazer a conexão de um dispositivo ao computador
O conector do padrão S-Video usado atualmente é co- usando o Component Video, é necessário utilizar um cabo
nhecido como Mini-Din de quatro pinos (é semelhante ao especial (geralmente disponível em lojas especializadas):
usado em mouses do tipo PS/2). Também é possível en- uma de suas extremidades contém os conectores Y-Pb-Pr,
contrar conexões S-Video de sete pinos, o que indica que o enquanto a outra possui um encaixe único, que deve ser
dispositivo também pode contar com Vídeo Componente inserido na placa de vídeo.
(visto adiante).
Muitas placas de vídeo oferecem conexão VGA ou DVI MONITOR DE VÍDEO
com S-Video. Dependendo do caso, é possível encontrar os O monitor é um dispositivo de saída do computador,
três tipos na mesma placa. Assim, se você quiser assistir na cuja função é transmitir informação ao utilizador através
TV um vídeo armazenado em seu computador, basta usar da imagem.
a conexão S-Video, desde que a televisão seja compatível Os monitores são classificados de acordo com a
com esse conector, é claro. tecnologia de amostragem de vídeo utilizada na for-
mação da imagem. Atualmente, essas tecnologias são
três: CRT , LCD e plasma. À superfície do monitor sobre a
qual se projecta a imagem chamamos tela, ecrã ou écran.

Tecnologias
CRT

Placa de vídeo com conectores S-Video, DVI e VGA


Component Video (Vídeo Componente)
O padrão Component Video é, na maioria das vezes,
usado em computadores para trabalhos profissionais - por Monitor CRT da marca LG.
exemplo, para atividades de edição de vídeo. Seu uso mais
comum é em aparelhos de DVD e em televisores de alta CRT (Cathodic Ray Tube), em inglês, sigla de (Tubo de
definição (HDTV - High-Definition Television), sendo um raios catódicos) é o monitor “tradicional”, em que a tela
dos preferidos para sistemas de home theater. Isso ocorre é repetidamente atingida por um feixe de elétrons, que
justamente pelo fato de o Vídeo Componente oferecer ex- atuam no material fosforescente que a reveste, assim for-
celente qualidade de imagem. mando as imagens.

Este tipo de monitor tem como principais vantagens:


• longa vida útil;
• baixo custo de fabricação;
• grande banda dinâmica de cores e contrastes; e
• grande versatilidade (uma vez que pode funcionar
Component Video em diversas resoluções, sem que ocorram grandes distor-
ções na imagem).
A conexão do Component Video é feita através de um As maiores desvantagens deste tipo de monitor são:
cabo com três fios, sendo que, geralmente, um é indicado • suas dimensões (um monitor CRT de 20  polega-
pela cor verde, outro é indicado pela cor azul e o terceiro das pode ter até 50 cm de profundidade e pesar mais de
é indicado pela cor vermelha, em um esquema conhecido 20 kg);

19
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• o consumo elevado de energia; finição, este aspecto vem sendo atenuado com os novos
• seu efeito de cintilação (flicker); e paineis com iluminação por  leds  e a fidelidade de cores
• a possibilidade de emitir radiação que está fora nos monitores que usam paineis do tipo TN (monitores co-
do espectro luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de muns) são bem ruins, os monitores com paineis IPS, mais
longos períodos de exposição. Este último problema é mais raros e bem mais caros, tem melhor fidelidade de cores,
frequentemente constatado em monitores e televisores chegando mais proximo da qualidade de imagem dos CRTs;
antigos e desregulados, já que atualmente a composição
do vidro que reveste a tela dos monitores detém a emissão • um fato não-divulgado pelos fabricantes: se o cris-
dessas radiações. tal líquido da tela do monitor for danificado e ficar exposto
• Distorção geométrica. ao ar, pode emitir alguns compostos tóxicos, tais como o
óxido de zinco e o sulfeto de zinco; este será um problema
LCD quando alguns dos monitores fabricados hoje em dia che-
garem ao fim de sua vida útil (estimada em 20 anos).

• ângulo de visão inferiores: Um monitor LCD, dife-


rente de um monitor CRT, apresenta limitação com relação
ao ângulo em que a imagem pode ser vista sem distorção.
Isto era mais sensível tempos atrás quando os monitores
LCDs eram de tecnologia passiva, mas atualmente apresen-
tam valores melhores em torno de 160º.
Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda
de monitores e televisores LCD vem crescendo bastante.
Principais características técnicas
Para a especificação de um monitor de vídeo, as carac-
terísticas técnicas mais relevantes são:
Um monitor de cristal líquido. • Luminância;
• Tamanho da tela;
LCD (Liquid Cristal Display, em inglês, sigla de tela de • Tamanho do ponto;
cristal líquido) é um tipo mais moderno de monitor. Nele, a • Temperatura da cor;
tela é composta por cristais que são polarizados para gerar • Relação de contraste;
as cores. • Interface (DVI ou VGA, usualmente);
Tem como vantagens: • Frequência de sincronismo horizontal;
• O baixo consumo de energia; • Frequência de sincronismo vertical;
• As dimensões e peso reduzidas; • Tempo de resposta; e
• A não-emissão de radiações nocivas; • Frequência de atualização da imagem
• A capacidade de formar uma imagem praticamen-
te perfeita, estável, sem cintilação, que cansa menos a vi- LED
são - desde que esteja operando na resolução nativa; Painéis LCD com retro iluminação LED, ou LED TVs, o
mesmo mecanismo básico de um LCD, mas com ilumina-
As maiores desvantagens são: ção LED. Ao invés de uma única luz branca que incide sobre
toda a superfície da tela, encontra-se um painel com milha-
• o maior custo de fabricação (o que, porém, tende- res de pequenas luzes coloridas que acendem de forma in-
rá a impactar cada vez menos no custo final do produto, à dependente. Em outras palavras, aplica-se uma tecnologia
medida que o mesmo se for popularizando); similar ao plasma a uma tela de LCD.

• o fato de que, ao trabalhar em uma resolução di- KIT MULTIMÍDIA


ferente daquela para a qual foi projetado, o monitor LCD Multimídia nada mais é do que a combinação de textos,
utiliza vários artifícios de composição de imagem que aca- sons e vídeos utilizados para apresentar informações de
bam degradando a qualidade final da mesma; e maneira que, antes somente imaginávamos, praticamente
dando vida às suas apresentação comerciais e pessoais. A
multimídia mudou completamente a maneira como as pes-
• o “preto” que ele cria emite um pouco de luz, o soas utilizam seus computadores.
que confere ao preto um aspecto acinzentado ou azulado, Kit multimídia nada mais é do que o conjunto que
não apresentando desta forma um preto real similar aos compõem a parte física (hardwares) do computador rela-
oferecidos nos monitores CRTs; cionados a áudio e som do sistema operacional.
Podemos citar como exemplo de Kit Multimídia, uma
• o contraste não é muito bom como nos monitores placa de som, um drive de CD-ROM, microfone e um par
CRT ou de Plasma, assim a imagem fica com menos de- de caixas acústicas.

20
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

cos. As portas cujas fichas têm 9 ou 25 pinos são também


designadas de COM1 e COM2. As motherboards possuem
uma ou duas portas deste tipo.

Porta Paralela
A porta paralela obedece à norma Centronics. Nas por-
As portas são, por definição, locais onde se entra e sai. tas paralelas o sinal eléctrico é enviado em simultâneo e,
Em termos de tecnologia informática não é excepção. As como tal, tem um desempenho superior em relação às por-
portas são tomadas existentes na face posterior da caixa tas série. No caso desta norma, são enviados 8 bits de cada
do computador, às quais se ligam dispositivos de entrada e vez, o que faz com que a sua capacidade de transmisssão
de saída, e que são directamente ligados à motherboard . atinja os 100 Kbps. Esta porta é utilizada para ligar impres-
Estas portas ou canais de comunicação podem ser: soras e scanners e possui 25 pinos em duas filas.
* Porta Dim
* Porta PS/2 Porta USB (Universal Serial Bus)
* Porta série Desenvolvida por 7 empresas (Compaq, DEC, IBM, In-
* Porta Paralela tel, Microsoft, NEC e Northern Telecom), vai permitir co-
* Porta USB nectar periféricos por fora da caixa do computador, sem
* Porta FireWire a necessidade de instalar placas e reconfigurar o sistema.
Computadores equipados com USB vão permitir que os
Porta DIM periféricos sejam automaticamente configurados assim
É uma porta em desuso, com 5 pinos, e a ela eram li- que estejam conectados fisicamente, sem a necessidade de
gados os teclados dos computadores da geração da Intel reboot ou programas de setup. O número de acessórios
80486, por exemplo. Como se tratava apenas de ligação ligados à porta USB pode chegar a 127, usando para isso
para teclados, existia só uma porta destas nas mother- um periférico de expansão.
boards. Nos equipamentos mais recentes, os teclados são A conexão é Plug & Play e pode ser feita com o com-
ligados às portas PS/2. putador ligado. O barramento USB promete acabar com os
problemas de IRQs e DMAs.
O padrão suportará acessórios como controles de mo-
nitor, acessórios de áudio, telefones, modems, teclados,
mouses, drives de CD ROM, joysticks, drives de fitas e dis-
quetes, acessórios de imagem como scanners e impresso-
ras. A taxa de dados de 12 megabits/s da USB vai acomo-
dar uma série de periféricos avançados, incluindo produtos
baseados em Vídeo MPEG-2, digitalizadores e interfaces
de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital Net-
Porta PS/2 work) e PBXs digital.
Surgiram com os IBM PS/2 e nos respectivos teclados.
Também são designadas por mini-DIM de 6 pinos. Os te-
clados e ratos dos computadores actuais são, na maior par-
te dos casos, ligados através destes conectores. Nas mo-
therboards actuais existem duas portas deste tipo.

Porta Série
A saída série de um computador geralmente está lo-
calizada na placa MULTI-IDE e é utilizada para diversos fins
como, por exemplo, ligar um fax modem externo, ligar um
rato série, uma plotter, uma impressora e outros periféri- Porta FireWire

21
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A porta FireWire assenta no barramento com o mesmo nome lógico chamado “nomedoarquivo” (filename). Toda
nome, que representa um padrão de comunicações recen- informação que o computador armazena está na forma de
te e que tem várias características em comum como o USB, arquivos.
mas traz a vantagem de ser muito mais rápido, permitindo Há muitos tipos de arquivos, incluindo arquivos de
transferências a 400 Mbps e, pela norma IEEE 1394b, irá programas, dados, texto, imagens e assim por diante. A
permitir a transferência de dados a velocidades a partir de maneira que um sistema operacional organiza as informa-
800 Mbps. ções em arquivos é chamada sistema de arquivos.
As ligações FireWire são utilizadas para ligar discos A maioria dos sistemas operacionais usa um sistema de
amovíveis, Flash drives (Pen-Disks), Câmaras digitais, tele- arquivo hierárquico em que os arquivos são organizados
visões, impressoras, scanners, dispositivos de som, etc. . em diretórios sob a estrutura de uma árvore. O início do
Assim como na ligação USB, os dispositivos FireWire sistema de diretório é chamado diretório raiz.
podem ser conectados e desconectados com o computa-
dor ligado. Funções do Sistema Operacional
Não importa o tamanho ou a complexidade do com-
FAX/MODEM putador: todos os sistemas operacionais executam as mes-
mas funções básicas.
- Gerenciador de arquivos e diretórios (pastas): um sis-
tema operacional cria uma estrutura de arquivos no disco
rígido (hard disk), de forma que os dados dos usuários pos-
sam ser armazenados e recuperados. Quando um arquivo
é armazenado, o sistema operacional o salva, atribuindo a
ele um nome e local, para usá-lo no futuro.
- Gerenciador de aplicações: quando um usuário re-
Placa utilizada para conecção internet pela linha disca- quisita um programa (aplicação), o sistema operacional lo-
caliza-o e o carrega na memória RAM.
da (DIAL UP) geralmente opera com 56 Kbps(velocidade de
Quando muitos programas são carregados, é trabalho
transmissão dos dados 56.000 bits por segundo( 1 byte = 8
do sistema operacional alocar recursos do computador e
bits).Usa interface PCI.
gerenciar a memória.
O SISTEMA OPERACIONAL E OS OUTROS SOFT-
Programas Utilitários do Sistema Operacional
WARES
Suporte para programas internos (vulto-in): os progra-
mas utilitários são os programas que o sistema operacional
Um sistema operacional (SO) é um programa (softwa-
usa para se manter e se reparar. Estes programas ajudam
re) que controla milhares de operações, faz a interface en- a identificar problemas, encontram arquivos perdidos, re-
tre o usuário e o computador e executa aplicações. param arquivos danificados e criam cópias de segurança
Basicamente, o sistema operacional é executado quan- (backup).
do ligamos o computador. Atualmente, os computadores Controle do hardware: o sistema operacional está
já são vendidos com o SO pré-instalado. situado entre os programas e o BIOS (Basic Input/Output
Os computadores destinados aos usuários individuais, System - Sistema Básico de Entrada/Saída).
chamados de PCs (Personal Computer), vêm com o sistema O BIOS faz o controle real do hardware. Todos os pro-
operacional projetado para pequenos trabalhos. Um SO gramas que necessitam de recursos do hardware devem,
é projetado para controlar as operações dos programas, primeiramente, passar pelo sistema operacional que, por
como navegadores, processadores de texto e programas sua vez, pode alcançar o hardware por meio do BIOS ou
de e-mail. dos drivers de dispositivos.
Com o desenvolvimento dos processadores, os com- Todos os programas são escritos para um sistema
putadores tornaram-se capazes de executar mais e mais operacional específico, o que os torna únicos para cada
instruções por segundo. Estes avanços possibilitaram aos um. Explicando: um programa feito para funcionar no
sistemas operacionais executar várias tarefas ao mesmo Windows não funcionará no Linux e vice-versa.
tempo. Quando um computador necessita permitir usuá-
rios simultâneos e trabalhos múltiplos, os profissionais da Termos Básicos
tecnologia de informação (TI) procuram utilizar computa-
dores mais rápidos e que tenham sistemas operacionais Para compreender do que um sistema operacional é
robustos, um pouco diferente daqueles que os usuários capaz, é importante conhecer alguns termos básicos. Os
comuns usam. termos abaixo são usados frequentemente ao comparar ou
descrever sistemas operacionais:
Os Arquivos
O gerenciador do sistema de arquivos é utilizado pelo • Multiusuário: dois ou mais usuários executando
sistema operacional para organizar e controlar os arquivos. programas e compartilhando, ao mesmo tempo, dispositi-
Um arquivo é uma coleção de dados gravados com um vos, como a impressora.

22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Multitarefa: capacidade do sistema operacional


em executar mais de um programa ao mesmo tempo. SOFTWARE: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS,
BÁSICO E APLICATIVO, SISTEMAS
• Multiprocessamento: permite que um computa- OPERACIONAIS AMBIENTES MICROSOFT
dor tenha duas ou mais unidades centrais de processa- WINDOWS XP/7/8 BR E UBUNTU
mento (CPU) que compartilhem programas. LINUX: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS,
COMANDOS, ATALHOS DE TECLADO
• Multithreading: capacidade de um programa E EMPREGO DOS RECURSOS.
ser quebrado em pequenas partes podendo ser car- CONHECIMENTOS E UTILIZAÇÃO DOS
regadas conforme necessidade do sistema operacional. RECURSOS DE GERENCIAMENTO DE
Multithreading permite que os programas individuais ARQUIVOS (WINDOWS EXPLORER/
sejam multitarefa.
COMPUTADOR, KDE E NAUTILUS).
Tipos de Sistemas Operacionais

Atualmente, quase todos os sistemas operacionais SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS XP


são multiusuário, multitarefa e suportam multithreading.
Os mais utilizados são o Microsoft Windows, Mac OSX e
O Windows XP (o XP utilizado no nome vêm da palavra
o Linux.
eXPerience), que inicialmente foi chamado de Windows
Whistler, e que sucede o Windows Me e também o
O Windows é hoje o sistema operacional mais popu-
Windows 2000.
lar que existe e é projetado para funcionar em PCs e para
ser usado em CPUs compatíveis com processadores Intel e O WinXP possui duas versões: o Windows XP Home
AMD. Quase todos os sistemas operacionais voltados Edition (que substitui o Windows Me) e o Windows XP
ao consumidor doméstico utilizam interfaces gráficas para Professional Edition (que substitui o Windows 2000
realizar a ponte máquina-homem. Professional).

As primeiras versões dos sistemas operacionais fo- Iniciando o Windows


ram construídas para serem utilizadas por somente uma
pessoa em um único computador. Com o decorrer Ao iniciar o Windows XP a primeira tela que temos é
do tempo, os fabricantes atenderam às necessidades dos tela de logon, nela, selecionamos o usuário que irá utilizar
usuários e permitiram que seus softwares operassem múl- o computador.
tiplas funções com (e para) múltiplos usuários. Ao entrarmos com o nome do usuário, o Windows
efetuará o Logon (entrada no sistema) e nos apresentará
Sistemas Proprietários e Sistemas Livres a área de trabalho:
O Windows, o UNIX e o Macintosh são sistemas
operacionais proprietários. Isto significa que é necessá-
rio comprá-los ou pagar uma taxa por seu uso às com-
panhias que registraram o produto em seu nome e cobram
pelo seu uso.

O Linux, por exemplo, pode ser distribuído livremen-


te e tem grande aceitação por parte dos profissionais
da área, uma vez que, por possuir o código aberto,
qualquer pessoa que entenda de programação pode
contribuir com o processo de melhoria dele.
Sistemas operacionais estão em constante evolução
e hoje não são mais restritos aos computadores. Eles são
usados em PDAs, celulares, laptops etc.

Na Área de trabalho encontramos os seguintes itens:


• Ícones;
• Barra de tarefas;
• O Botão iniciar.

23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ícones

Figuras que representam recursos do computador, um


ícone pode representar um texto, música, programa, fotos
e etc. você pode adicionar ícones na área de trabalho, assim
como pode excluir. Alguns ícones são padrão do Windows:

• Meu Computador;
• Meus Documentos;
• Meus locais de Rede;
• Internet Explorer.

Barra de tarefas

A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas


neste momento, mesmo que algumas estejam minimizadas
ou ocultas sob outra janela, permitindo assim, alternar entre
estas janelas ou entre programas com rapidez e facilidade.

A barra de tarefas é muito útil no dia a dia. Imagine


que você esteja criando um texto em um editor de texto
e um de seus colegas lhe pede para você imprimir uma
determinada planilha que está em seu micro. Menu Iniciar
O botão iniciar pode ser configurado. No Windows XP,
Você não precisa fechar o editor de textos. Apenas salve você pode optar por trabalhar com o novo menu Iniciar
o arquivo que está trabalhando, abra a planilha e mande ou, se preferir, configurar o menu Iniciar para que tenha a
imprimir, enquanto imprime você não precisa esperar que aparência das versões anteriores do Windows (95/98/Me).
a planilha seja totalmente impressa, deixe a impressora Clique na barra de tarefas com o botão direito do mouse e
trabalhando e volte para o editor de textos, dando um selecione propriedades e então clique na guia menu Iniciar.
clique no botão correspondente na Barra de tarefas e volte Esta guia tem duas opções:
a trabalhar. - Menu iniciar: Oferece a você acesso mais rápido a
e-mail e Internet, seus documentos, imagens e música e
A barra de Tarefas, na visão da Microsoft, é uma das aos programas usados recentemente, pois estas opções
são exibidas ao se clicar no botão Iniciar. Esta configuração
maiores ferramentas de produtividade do Windows. Vamos
é uma novidade do Windows XP.
abrir alguns aplicativos e ver como ela se comporta.
- Menu Iniciar Clássico: Deixa o menu Iniciar com
a aparência das versões antigas do Windows, como o
Windows ME, 98 e 95.

Propriedades do menu Iniciar


Todos os programas
O Botão Iniciar O menu Todos os Programas, ativa automaticamente
outro submenu, no qual aparecem todas as opções de
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de programas. Para entrar neste submenu, arraste o mouse
Tarefas. Ele dá acesso ao Menu Iniciar, de onde se pode em linha reta para a direção em que o submenu foi aberto.
acessar outros menus que, por sua vez, acionam programas Assim, você poderá selecionar o aplicativo desejado. Para
do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar mostra um executar, por exemplo, o Paint, basta posicionar o ponteiro
menu vertical com várias opções. Alguns comandos do do mouse sobre a opção Acessórios. O submenu Acessórios
menu Iniciar têm uma seta para a direita, significando que será aberto. Então aponte para Paint e dê um clique com o
há opções adicionais disponíveis em um menu secundário. botão esquerdo do mouse.
Se você posicionar o ponteiro sobre um item com uma
seta, será exibido outro menu. Logon e Logoff
Abre uma janela onde você poderá optar por fazer
O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um logoff ou mudar de usuário. Veja a função de cada um:
programa que estiver instalado no computador, ou fazer • Trocar usuário: Clicando nesta opção, os progra-
alterações nas configurações do computador, localizar um mas que o usuário atual está usando não serão fechados,
arquivo, abrir um documento. e uma janela com os nomes dos usuários do computador
será exibida para que a troca de usuário seja feita. Use esta

24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

opção na seguinte situação: Outro usuário vai usar o com- Se fôssemos analisar cada acessório que temos,
putador, mas depois você irá continuar a usá-lo. Então o encontraríamos várias aplicações, mas vamos citar as mais
Windows não fechará seus arquivos e programas, e quan- usadas e importantes. Imagine que você está montando
do você voltar ao seu usuário, a área de trabalho estará um manual para ajudar as pessoas a trabalharem com um
exatamente como você deixou. determinado programa do computador. Neste manual,
• Fazer logoff: este caso é também para a troca de com certeza você acrescentaria a imagem das janelas
usuário. A grande diferença é que, ao efetuar o logoff, to- do programa. Para copiar as janelas e retirar só a parte
dos os programas do usuário atual serão fechados, e só desejada, utilizaremos o Paint, que é um programa para
depois aparece a janela para escolha do usuário. trabalharmos com imagens. As pessoas que trabalham com
criação de páginas para a Internet utilizam o acessório Bloco
de Notas, que é um editor de texto muito simples. Assim,
vimos duas aplicações para dois acessórios diferentes.
A pasta acessória é acessível dando-se um clique no
botão Iniciar na Barra de tarefas, escolhendo a opção
Todos os Programas e, no submenu que aparece, escolha
Acessórios.

Desligando o Windows XP

Clicando-se em Iniciar, desligar, teremos uma janela


onde é possível escolher entre três opções:
• Hibernar: Clicando neste botão, o Windows salvará
o estado da área de trabalho no disco rígido e depois des-
ligará o computador. Desta forma, quando ele for ligado
novamente, a área de trabalho se apresentará exatamente
como você deixou, com os programas e arquivos que você
estava usando, abertos. Meu Computador
• Desativar: Desliga o Windows, fechando todos os
programas abertos para que você possa desligar o compu- No Windows XP, tudo o que você tem dentro do
tador com segurança. computador - programas, documentos, arquivos de dados
• Reiniciar: Encerra o Windows e o reinicia. e unidades de disco, por exemplo - torna-se acessível em
um só local chamado Meu Computador.
Quando você inicia o Windows XP, o Meu computador
aparece como um ícone na parte esquerda da tela, ou Área
de Trabalho (opcional).
O Meu computador é a porta de entrada para o
usuário navegar pelas unidades de disco (rígido, flexíveis
e CD-ROM). Normalmente, nas empresas existem vários
departamentos como administração, compras, estoque e
outros. Para que os arquivos de cada departamento não se
misturem, utilizamos o Meu computador para dividirmos
o Disco em pastas que organizam os arquivos de cada um
dos departamentos. Em casa, se mais de uma pessoa utiliza
o computador, também criaremos pastas para organizar os
arquivos que cada um cria.
Acessórios do Windows Exibir o conteúdo de uma pasta
Para você ter uma ideia prática de como exibir o
O Windows XP inclui muitos programas e acessórios conteúdo de uma pasta (estas são utilizadas para organizar
úteis. São ferramentas para edição de texto, criação de o disco rígido, como se fossem gavetas de um armário),
imagens, jogos, ferramentas para melhorar a performance vamos, por exemplo, visualizar o conteúdo de pasta
do computador, calculadora e etc. Windows. Siga os seguintes passos:

25
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1. Dê um clique sobre a pasta correspondente ao disco e mudança no local dos arquivos. Enquanto o Meu
rígido (C:) Computador traz como padrão a janela sem divisão, você
2. será aberta uma janela com título correspondente ao observará que o Windows Explorer traz a janela dividida
rótulo da unidade de disco rígido C:. Nesta janela aparecem em duas partes. Mas tanto no primeiro como no segundo,
as pastas correspondentes às “gavetas” existentes no disco esta configuração pode ser mudada.
rígido C:, bem como os ícones referentes aos arquivos
gravados no “raiz” (pasta principal) da unidade C. Podemos criar pastas para organizar o disco de uma
empresa ou casa, copiar arquivos para disquete, apagar
arquivos indesejáveis e muito mais.

Janela do Windows Explorer

No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das


pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas
localizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente
útil para copiar e mover arquivos.

Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:


O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquizada
que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área de
trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta); O
painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
3. Dê um clique sobre a pasta Windows. Ela será aberta janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
como uma janela cujo título é Windows, mostrando todas no ícone Pastas na Barra de Ferramentas) Para abrir o
as pastas (“gavetas”) e ícones de arquivos existentes na Windows Explorer, clique no botão Iniciar, vá a opção
pasta Windows. Todos os Programas / acessórios e clique sobre Windows
Explorer ou clique sob o botão iniciar com o botão direito
Criando pastas do mouse e selecione a opção Explorar.
Como já mencionado anteriormente, as pastas servem
para organizar o disco rígido. Para conseguirmos esta Preste atenção na Figura da página anterior que o
organização, é necessário criarmos mais pastas e até painel da esquerda na figura acima, todas as pastas com
mesmo subpastas destas. um sinal de + (mais) indicam que contêm outras pastas.
Para criar uma pasta siga estes passos: As pastas que contêm um sinal de - (menos) indicam
1. Abra a pasta ou unidade de disco que deverá conter que já foram expandidas (ou já estamos visualizando as
a nova pasta que será criada. subpastas).
2. clique no menu Arquivo / Novo / Pasta.
3. Aparecerá na tela uma Nova Pasta selecionada para
que você digite um nome.
4. Digite o nome e tecle ENTER
5. Pronto! A Pasta está criada.
Quando você aprendeu a usar o Meu Computador,
você viu que, apesar da janela não aparecer dividida,
você pode dividi-la clicando no ícone que fica na barra de
ferramentas.

Outra formatação que serve tanto para o Meu


Computador, quanto para o Windows Explorer é que você
pode escolher se deseja ou não exibir, do lado esquerdo da
janela, um painel que mostra as tarefas mais comuns para as
pastas e links que mostram outras partes do computador.
Clicando no menu Ferramentas e depois clicando em
Windows Explorer Opções de pasta, a janela seguinte é apresentada:
O Windows Explorer tem a mesma função do Meu
Computador: Organizar o disco e possibilitar trabalhar
com os arquivos fazendo, por exemplo, cópia, exclusão

26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique em SIM e então o arquivo será enviado para


Lixeira.

Esvaziando a Lixeira

Ao Esvaziar a Lixeira, você está excluindo definitivamente


os arquivos do seu Disco Rígido. Estes não poderão mais
ser mais recuperados pelo Windows. Então, esvazie a Lixeira
somente quando tiver certeza de que não precisa mais dos
arquivos ali encontrados.

1. Abra a Lixeira
Lixeira do Windows
2. No menu ARQUIVO, clique em Esvaziar Lixeira.
A Lixeira é uma pasta especial do Windows e ela se Você pode também esvaziar a Lixeira sem precisar abri-
encontra na Área de trabalho, como já mencionado, la, para tanto, basta clicar com o botão DIREITO do mouse
mas pode ser acessada através do Windows Explorer. Se sobre o ícone da Lixeira e selecionar no menu de contexto
você estiver trabalhando com janelas maximizadas, não Esvaziar Lixeira.
conseguirá ver a lixeira. Use o botão direito do mouse para
clicar em uma área vazia da Barra de Tarefas. Em seguida,
clique em Minimizar todas as Janelas. Para verificar o
conteúdo da lixeira, dê um clique sobre o ícone e surgirá a
seguinte figura:

WordPad

O Windows traz junto dele um programa para edição


de textos. O WordPad. Com o WordPad é possível digitar
textos, deixando-os com uma boa aparência.
Como mencionado no parágrafo anterior, o WordPad
é um editor de textos que nos auxiliará na criação de
vários tipos de documentos. Mas poderíamos dizer que o
Wordpad é uma versão muito simplificada do Word.
Vamos apagar um arquivo para poder comprovar que Os usuários do Word vão se sentir familiarizados,
o mesmo será colocado na lixeira. Para isso, vamos criar pois ele possui menus e barras de ferramentas similares.
um arquivo de texto vazio com o bloco de notas e salvá-lo Porém o Word tem um número muito maior de recursos. A
em Meus documentos, após isto, abra a pasta, e selecione vantagem do WordPad é que ele já vem com o Windows.
o arquivo recém-criado, e então pressione a tecla DELETE. Então, se você não tem em seu computador o Microsoft
Surgirá uma caixa de dialogo como a figura a seguir: Word, poderá usar o WordPad na criação de seus textos.

27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para Abrir o WordPad, localize o item Acessórios no 9. Texto Centralizado


Menu Iniciar. Ao abrir o programa a seguinte janela será 10. Texto alinhado a direita
exibida: 11. Marcadores

Formatando o texto

Para que possamos formatar (alterar a forma) de um


texto todo, palavras ou apenas letras, devemos antes de
tudo selecionar o item em que iremos aplicar a formatação.
Para selecionar, mantenha pressionado o botão esquerdo
do mouse e arraste sobre a(s) palavra(s) ou letra(s) que
deseja alterar:
Feito isto, basta apenas alterar as propriedades na
barra de formatação.
Você pode ainda formatar o texto ainda pela caixa
de diálogo para formatação, para isso clique em: Menu
Formatar / Fonte, a seguinte tela será apresentada:
Aqui, você também poderá fazer formatações do texto,
bom como colocar efeitos como Riscado e sublinhado.
Com o Neste menu (Formatar), temos também a opção
Barra Padrão de formatar o parágrafo, definindo os recuos das margens
e alinhamento do texto.
Na barra Padrão, é aonde encontramos os botões para
as tarefas que executamos com mais frequência, tais como: Paint
Abrir, salvar, Novo documento, imprimir e etc.
O Paint é um acessório do Windows que permite
o tratamento de imagens e a criação de vários tipos de
desenhos para nossos trabalhos.
Através deste acessório, podemos criar logomarcas,
Funções dos botões: papel de parede, copiar imagens, capturar telas do
1. Novo documento Windows e usa-las em documentos de textos.
2. Abrir documento Uma grande vantagem do Paint, é que para as pessoas
3. Salvar que estão iniciando no Windows, podem aperfeiçoar-se
4. Visualizar nas funções básicas de outros programas, tais como: Abrir,
5. Localizar (esmaecido) salvar, novo, desfazer. Além de desenvolver a coordenação
6. Recortar (esmaecido) motora no uso do mouse.
7. Copiar (esmaecido)
8. Colar Calculadora
9. Desfazer
10. Inserir Data/Hora A calculadora do Windows contém muito mais recursos
do que uma calculadora comum, pois além de efetuar
Barra de formatação
as operações básicas, pode ainda trabalhar como uma
calculadora científica. Para abri-la, vá até acessórios.
Logo abaixo da barra padrão, temos a barra de
A Calculadora padrão contém as funções básicas,
Formatação, ela é usada para alterar o tipo de letra (fonte),
enquanto a calculadora cientifica é indicada para cálculos
tamanho, cor, estilo, disposição de texto e etc.
mais avançados. Para alternar entre elas clique no menu
Exibir

Funções dos botões: Ferramentas do sistema


1. Alterar fonte
2. Alterar tamanho da fonte O Windows XP trás consigo uma serie de programas que
3. Lista de conjunto de caracteres do idioma nos ajudam a manter o sistema em bom funcionamento.
4. Negrito Esses programas são chamados de Ferramentas do
5. Itálico Sistema. Podemos acessa-los através do Menu Acessórios,
6. Sublinhado ou abrindo Meu Computador e clicando com o botão
7. Cor da fonte direito do mouse sobre a unidade de disco a ser verificada,
8. Texto alinhado á esquerda no menu de contexto, selecione a opção propriedades:

28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

computador a uma etapa anterior (ponto de restauração)


sem que você perca trabalhos recentes, como documentos
salvos, e-mail ou listas de histórico e de favoritos da
internet.
As alterações feitas pela restauração do sistema são
totalmente reversíveis. O Computador cria automaticamente
pontos de restauração, mas você também pode usar a
restauração do sistema para criar seus próprios pontos de
restauração. Isso é útil se você estiver prestes a fazer uma
alteração importante no sistema, como a instalação de um
novo programa ou alterações no registro.

OS SEGUINTES ATALHOS PODEM SER USADOS


COM O WINDOWS

Teclas Gerais do Windows

Para
Na janela de Propriedades do Disco, clique na guia •Consultar a Ajuda sobre o item selecionado na caixa
Ferramentas: de diálogo
Nesta janela, temos as seguintes opções: Pressione......F1
•Fechar um programa.
Pressione......ALT+F4
•Exibir o menu de atalhos para o item selecionado
Pressione......ESHIFT+F10
•Exibir o menu Iniciar
Pressione......CTRL+ESC
•Alternar para a janela anterior. Ou alternar para a
próxima janela mantendo pressionada a
tecla ALT enquanto pressiona TAB repetidamente
Pressione......ALT+TAB
•Recortar.
Pressione......CTRL+X
•Copiar
Pressione......CTRL+C
•Colar
Pressione......CTRL+V
•Excluir
Pressione......DEL
•Desfazer
Verificação de erros: Ferramenta que procura no disco Pressione......CTRL+Z
erros, defeitos ou arquivos danificados. •Ignorar a auto - execução ao inserir um CD
Desfragmentação: Quando o Windows grava um Pressione......SHIFT enquanto insere o CD-ROM
arquivo no Disco, ele o grava em partes separadas, quando
precisar abrir esse mesmo arquivo, o próprio Windows Para a área de trabalho, Meu Computador e
levará mais tempo, pois precisa procurar por todo o disco. Windows Explorer
Usando esta ferramenta, ele ajusta o disco e torna o
computador até 20% mais rápido. Quando um item está selecionado, você pode usar as
Backup: Ferramenta que cria uma cópia dos seus seguintes teclas de atalho.
arquivos ou de todo o sistema, para o case de algum
problema, nada seja perdido. Para
Restauração do sistema: Além da ferramenta Backup, •Renomear um item.
o Windows XP apresenta uma ferramenta mais avançada e Pressione......F2
simples de protegem o sistema contra erros e falhas, esta •Localizar uma pasta ou arquivo
ferramenta encontra-se em Acessórios / ferramentas do Pressione......F3
sistema. •Excluir imediatamente sem colocar o item na Lixeira
Você pode usar a restauração do sistema para desfazer Pressione......SHIFT+DEL
alterações feitas no computador e restaurar configurações •Exibir as propriedades do item
e o desempenho. A restauração do sistema retorna o Pressione......ALT+ENTER OU ALT+clique duplo

29
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

•Copiar um arquivo Para


Pressione......CTRL enquanto arrasta o arquivo •Ativar e desativar as Teclas de Aderência
•Criar atalho Pressione......SHIFT 5 vezes
Pressione......CTRL+SHIFT enquanto arrasta um arquivo •Ativar e desativar as Teclas de Filtragem
Meu Computador Pressione......SHIFT DIREITA Durante 8 segundos
Para •Ativar e desativar as Teclas de Alternação
•Selecionar tudo Pressione......NUMLOCK Durante 5 segundos
Pressione......CTRL+A •Ativar e desativar as Teclas do Mouse
•Atualizar uma janela. Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA
Pressione......F5 +NUMLOCK
•Exibir a pasta um nível •Ativar e desativar o Alto Contraste
Pressione......BACKSPACE Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA +
•Fechar a pasta selecionada e todas as pastas pai PRINTSCREEN
Pressione......SHIFT enquanto clica no botão “Fechar”
Somente para o Windows Explorer Propriedades
•Ir Para Se clicarmos o botão direito do mouse sobre qualquer
Pressione......CTRL+G parte da Área de Trabalho (ou pelo Painel de Controle/
•Alternar entre os painéis esquerdo e direito Aparência e temas/Vídeo), aparecerá uma janela e, com ela,
Pressione......F6 poderemos personalizar a área de trabalho.
•Expandir todas as subpastas sob a pasta selecionada
Pressione......NUMLOCK+ ASTERISCO (* no teclado
numérico)
•Expandir a pasta selecionada
Pressione......NUMLOCK+SINAL DE ADIÇÃO (+ no
teclado numérico)
•Ocultar a pasta selecionada.
Pressione......NUMLOCK+SINAL DE SUBTRAÇÃO no
teclado numérico)
•Expandir a seleção atual se estiver oculta; caso
contrário, selecionar a primeira subpasta
Pressione......SETA À DIREITA
•Expandir a seleção atual se estiver expandida; caso
contrário, selecionar a pasta pai
Pressione......SETA À ESQUERDA
Opção Propriedade:
Para caixas de diálogo de propriedades Quando você escolhe a opção PROPRIEDADES, você
Para pode alterar o visual da área de trabalho mudando as cores,
•Mover-se entre as opções, para frente os tipos de letras e outras coisas. A tela abaixo irá aparecer:
Pressione......TAB
•Mover-se entre as opções, para traz
Pressione......SHIFT+TAB
•Mover-se entre as guias, para frente
Pressione......CTRL+TAB
•Mover-se entre as guias, para traz
Pressione......CTRL+SHIFT+TAB
Para caixas de diálogo Abrir e Salvar Como
Para
•Abrir a lista “Salvar em” ou “Procurar em”
Pressione......F4
•Atualizar
Pressione......F5
•Abrir a pasta um nível acima, se houver uma pasta
selecionada
Pressione......BACKSPACE

Teclas de Atalho para Opções de Acessibilidade


Para usar teclas de atalho para Opções Acessibilidade,
as teclas de atalho devem estar ativadas. Para maiores
informações consulte “Acessibilidade, teclas de atalho” no
Índice da Ajuda.

30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Plano de Fundo:

É onde você pode mudar o Papel de Parede, aquela


imagem que enfeita a nossa área de trabalho.

AS PASTAS

O Windows usa pastas para agrupar aplicações,


documentos (arquivos) e, também, para unir recursos. Os
ícones de pastas são usados para representar esses grupos
e, portanto, serão comentados em diferentes áreas desse
texto.
Criar, apagar, mover e copiar pastas serão tarefas que
você fará constantemente em Windows.
Assim, para que você realmente saiba quem são essas
pastas relacionaram-se vários exemplos delas.
Proteção de tela: O primeiro exemplo é a pasta “Acessórios”, que
contém todos os ícones de aplicativos de acessórios que
Também pode ser chamada pelo termo em inglês são instalados com Windows, a saber:
“Screen Saver”. A proteção de tela é um tipo de animação • WordPad,
que aparece na tela do computador, quando você o deixa • Paint,
ligado, sem mexer nele por alguns minutos. Existem vários • Calculadora,
tipos de protetores de telas, alguns já vêm com o Windows • Bloco de Notas, entre outros.
e outros são programas adicionais que você instala no seu
computador. Nesse caso, a pasta agrupa aplicações.
Quando o Protetor de tela estiver funcionando, e você Ao clicar no botão “Iniciar”, o menu “Iniciar” será
quiser voltar a usar o computador, asta mexer no mouse ou apresentado. Nesse menu, você encontrará alguns
apertar uma tecla, para que ele desapareça da tela. submenus que, na realidade, representam pastas. Se você
apontar com o mouse para o submenu “Programas”, será
apresentada uma lista de pastas que podem conter outras
pastas ou conter ícones de aplicações. Apontar para o
submenu “Acessórios” exibirá todos os ícones de aplicação
que estão nessa pasta, e outras pastas, a saber:
• Fax,
• Ferramentas do Sistema,
• Jogos,
• Entretenimento.

Apontar para o submenu “Entretenimento” exibirá os


ícones de aplicações desse grupo.
E as pastas em Windows continuam. Se você der um
duplo-clique no ícone “Meu Computador”, você abrirá
uma janela com pelo menos mais duas pastas que são
respectivamente “Painel de Controle” e “Impressoras”.
A pasta “Painel de Controle” possui os ícones referentes
a todos os programas necessários para configuração do
Aparência: ambiente, do hardware e da rede, caso você esteja usando
Modifica a aparência da tela, mudando as cores, fontes, uma. A pasta “Impressoras” possui a lista de drivers de
tamanhos das janelas, dos ícones, área de trabalho, etc... impressoras instalados em seu computador. Mas, ainda na

31
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

janela “Meu Computador”, você encontrará outras pastas.


Se você der um duplo-clique no ícone que representa o
drive C (disco rígido) você verá uma lista muito maior de
pastas que dependerá inteiramente da forma como os
documentos foram organizados no disco.

Como você pode perceber, a sua área de trabalho


será organizada através das pastas que você criar, e essas
pastas poderão ter tanto os seus documentos como as
suas ferramentas de trabalho (aplicativos).

O CONCEITO DE CAMINHO

A estrutura de pastas dentro de um computador é


como uma árvore, com pastas principais ramificando-se
em pastas menores.
As pastas podem estar dentro de outras pastas para
criar um nível mais profundo na organização de seu disco,
como um armário que pode ter gavetas e, dentro destas,
divisórias para separar as peças de roupa. Portanto, as
pastas ficam organizadas em uma forma hierárquica, como
já foi mencionado. Em termos lógicos, cada item em um Muitas vezes, você precisará dizer para o Windows
nível hierárquico inferior pertence ao item que o contém. onde um arquivo está localizado, e para fazer isso
Essa forma hierárquica mostra que para se chegar a necessitará saber o caminho do arquivo. Por exemplo, veja
um determinado item, deve-se percorrer um determinado a pasta “Microsoft Shared”. Para que Windows encontre um
caminho, que corresponde à posição desse item dentro da arquivo armazenado lá, ele começa pela unidade de disco
estrutura de pastas. (C:), percorre a pasta “Arquivos de Programas”, percorre a
Por exemplo, a figura exibe a barra de título da janela pasta “Arquivos Comuns”, e só depois, pesquisa a pasta
“Microsoft Shared”. O (C:) significa a unidade de disco, e
“Explorando” quando você consulta a pasta “Acessórios”
todas as outras pastas estão dentro da grande pasta C:,
que foi criada na instalação de Windows.
portanto, elas são listadas após a pasta C:.

OPERAÇÕES SOBRE ARQUIVOS

Através de “Windows Explorer” e de “Meu Computador”


Se a barra de título de “Windows Explorer” estiver é possível a realização de diversas operações sobre arquivos,
mostrando apenas a pasta atualmente selecionada, clique tais como cópia, exclusão, renomeação, movimentação, etc.
no menu “Exibir”, escolha o comando “Opções de pasta”, As tarefas descritas a seguir poderão ser efetuadas tanto
clique na guia “Modos de exibição” e, ative a opção “Exibir em “Windows Explorer” como em “Meu Computador”.
caminho completo na barra de títulos”.
A \ (barra invertida) é usada para separar as subpastas Seleção de Arquivos
e compor o caminho.
A maior parte das operações sobre arquivos podem
Veja a seguir um exemplo de caminho: ser realizadas com apenas um arquivo ou com grupos
de arquivos e/ou pastas. Para trabalhar com grupos de
C:\EXCEL\EXCEL1\JANEIRO\LANÇAMENTO DE arquivos ou pastas é preciso efetuar antes a seleção
ENTRADAS deles com o mouse. Existem duas formas de seleção, uma
contínua e outra alternada.
Uma vez efetuada a seleção, operações podem ser
Esse caminho mostra que o arquivo “LANÇAMENTO
feitas sobre esses arquivos ou pastas, tais como cópia,
DE ENTRADAS”, se encontra na pasta “JANEIRO” que
movimentação ou exclusão.
hierarquicamente está subordinada à pasta “EXCEL1” e este
à pasta “EXCEL” na unidade de disco C. - Fazendo uma seleção contínua:
• Selecione o primeiro arquivo, clicando nele.
Se você clicar duas vezes na unidade de disco C da • Mantenha pressionada a tecla SHIFT.
janela “Windows Explorer”, você verá as pastas de seu • Clique no último arquivo da seleção.
computador exibidas através de ramificações, onde uma
pasta principal ramifica-se em outras pastas menores.

32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

COPIA OU MOVIMENTAÇÃO DE PASTAS


- Fazendo uma seleção descontínua: •Estruturando hierarquicamente no mesmo disco:
• Selecione um arquivo. 1. Abra a janela de “Windows Explorer” ou de “Meu
• Mantenha pressionada a tecla CTRL. Computador”.
• Dê cliques em arquivos alternados dentro da jane- 2. Selecione a pasta de diretório que deseja copiar
la de conteúdo da pasta. ou movimentar.
3. Efetue um arraste dessa pasta sobre a pasta de
destino.
4. Solte o botão do mouse caso seja uma movimen-
tação, ou segure CTRL antes de soltar o botão do mouse
caso seja uma cópia.

•Copiando ou movimentando uma pasta em outra


unidade de disco:
1. Abra em tela as duas janelas de “Meu Computa-
dor” ou “Windows Explorer”, a de origem e a de destino.
2. Selecione a pasta a ser copiada ou movimentada.
OPERAÇÕES SOBRE ARQUIVOS COM USO DO 3. Efetue o arraste da pasta da janela da pasta de
MOUSE origem sobre a pasta da janela de destino.
4. Para cópia, solte o botão do mouse. Para movi-
Cópia ou movimentação de pastas ou arquivos podem mentação, utilize a tecla SHIFT antes de soltar o botão do
ser feitas de um local de origem para outro de destino no mouse.
“Windows Explorer” ou em “Meu Computador” usando o 5. Perceba, que se a pasta não desaparecer da antiga
mouse com operações de arraste. estrutura hierárquica, isto indicará que essa operação será
Sequência de Passos para Cópia e Movimentação uma cópia. Se a tecla SHIFT for pressionada, a pasta irá
desaparecer, e nesse caso a operação será uma movimen-
Para efetuar as tarefas de cópia ou movimentação, tação.
procure observar a sequência de passos a seguir: •Copiando ou movimentando para uma unidade de
• Selecione a(s) pasta(s) ou arquivo(s) a ser (em) co- disco diretamente:
piado(s) ou movimentado(s). 1. Selecione a pasta a ser copiada ou movimentada.
• Decida se deseja realizar uma cópia ou movimen- 2. Efetue o arraste da pasta da janela de origem para
tação. sobre o ícone da unidade de disco para a qual deseja que a
• Efetue o arraste da(s) pasta(s) ou arquivo(s) sele- operação seja efetuada.
cionado(s) com o mouse da origem para o destino, e man- 3. Para cópia, solte o botão do mouse. Para movi-
tenha pressionado o botão do mouse. Observe atentamen- mentação, utilize a tecla SHIFT antes de soltar o botão do
te se o desenho que acompanha a pasta ou o ícone da pas- mouse.
ta tem um sinal + (mais). Se ele tiver esse sinal, a operação O ponto mais importante a observar aqui se resume
será de cópia, caso contrário será de movimentação. no seguinte: “A pasta será copiada ou movimentada para
• Solte o mouse caso a operação é a que deseja. a unidade de disco de destino como uma pasta nessa
Caso contrário, verifique entre as teclas CTRL ou SHIFT unidade de disco”.
aquela que define a operação desejada.
• Observe atentamente se o desenho da pasta ou •Cópia ou Movimentação de Arquivos
ícones dos arquivos que estão sendo arrastados permane- A cópia ou movimentação de arquivos é, em linhas
ceram ou não na origem. Se permanecerem, a operação gerais, semelhante ao que descrevemos em relação às
efetuada terá sido de cópia, caso contrário terá sido de pastas. Só que no caso da cópia ou movimentação de uma
movimentação. pasta, todo o seu conteúdo irá com ela.

33
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

•Estruturando hierarquicamente no mesmo disco:


Abra a janela de “Windows Explorer” ou de “Meu
Computador”.
Selecione a pasta de diretório que deseja copiar ou
movimentar.
Efetue um arraste dessa pasta sobre a pasta de destino.
Solte o botão do mouse caso seja uma movimentação,
ou segure CTRL antes de soltar o botão do mouse caso seja
uma cópia. Se a configuração da “Lixeira” estiver selecionada para
armazenar temporariamente os arquivos apagados, uma
•Copiando ou movimentando para uma pasta em outra caixa de mensagem é exibida solicitando a confirmação
unidade de disco: da exclusão do arquivo enviando-o para a “Lixeira”, caso
1. Abra em tela as duas janelas de “Meu Computa- contrário, o arquivo é automaticamente eliminado do disco.
dor” ou “Windows Explorer”, a de origem e a de destino. Se a configuração da “Lixeira” estiver selecionada para
2. Selecione a pasta a ser copiada ou movimentada. armazenar temporariamente os arquivos apagados, uma
3. Efetue o arraste da pasta da janela da pasta de caixa de mensagem é exibida solicitando a confirmação
origem sobre a pasta da janela de destino. da exclusão do arquivo enviando-o para a “Lixeira”, caso
4. Para cópia, solte o botão do mouse. Para movi- contrário, o arquivo é automaticamente eliminado do disco.
mentação, utilize a tecla SHIFT antes de soltar o botão do
mouse. WINDOWS 7
O procedimento para efetuar a cópia de pastas de uma
janela de pastas para outra janela em forma de ícone, é o O Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de
mesmo que acabamos de utilizar. julho de 2009, e começou a ser vendido livremente para
usuários comuns dia 22 de outubro de 2009.
•Copiando ou movimentando para uma unidade de Diferente do Windows Vista, que introduziu muitas no-
disco diretamente: vidades, o Windows 7 é uma atualização mais modesta e
1. Selecione a pasta a ser copiada ou movimentada. direcionada para a linha Windows, tem a intenção de tor-
2. Efetue o arraste da pasta da janela de origem para ná-lo totalmente compatível com aplicações e hardwares
sobre o ícone da unidade de disco para a qual deseja que a com os quais o Windows Vista já era compatível.
operação seja efetuada. Apresentações dadas pela companhia no começo de
Para cópia, solte o botão do mouse. Para movimentação, 2008 mostraram que o Windows 7 apresenta algumas va-
utilize a tecla SHIFT antes de soltar o botão do mouse. riações como uma barra de tarefas diferente, um sistema
Novamente, o ponto mais importante a observar de “network” chamada de “HomeGroup”, e aumento na
aqui se resume no seguinte: “A pasta será copiada ou performance.
movimentada para a unidade de disco de destino como · Interface gráfica aprimorada, com nova barra de tarefas
uma pasta nessa unidade de disco”. e suporte para telas touch screen e multi-táctil (multi-touch)
Obs.: para copiar uma pasta de um local a outro, tanto · Internet Explorer 8;
na mesma unidade de disco quanto em outra, podemos · Novo menu Iniciar;
utilizar o seguinte procedimento: · Nova barra de ferramentas totalmente reformulada;
Clique com o botão direito sobre a pasta, no menu que · Comando de voz (inglês);
surge escolher a opção “copiar” e no local desejado, repetir · Gadgets sobre o desktop;
o processo, selecionando desta vez a opção “colar”. · Novos papéis de parede, ícones, temas etc.;
· Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows
RENOMEAÇÃO DE ARQUIVOS Media Player, integrado ao Windows Explorer;
• O comando “Renomear” permite modificar o · Arquitetura modular, como no Windows Server 2008;
nome de um arquivo, sem alterar o seu conteúdo. · Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Win-
• Renomeando um arquivo: dows (Paint e WordPad, por exemplo), como no Office
• Clique com o botão direito do mouse sobre o 2007;
nome do arquivo que deseja renomear. · Aceleradores no Internet Explorer 8;
• No menu de atalho, selecione “Renomear”. O · Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória
nome do arquivo é selecionado permitindo que você al- RAM;
tere-o. · Home Groups;
• Digite o novo nome e, em seguida, clique em um · Melhor desempenho;
lugar qualquer. · Windows Media Player 12;
· Nova versão do Windows Media Center;
EXCLUSÃO DE ARQUIVOS · Gerenciador de Credenciais;
Excluindo um arquivo: · Instalação do sistema em VHDs;
• Selecione o nome do arquivo que deseja excluir. · Nova Calculadora, com interface aprimorada e com
• Pressione a tecla DEL. mais funções;

34
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

· Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, Grupo Doméstico


Gamão Internet e Internet Damas;
· Windows XP Mode; Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais
· Aero Shake; computadores em sua casa. Permitir a comunicação entre
várias estações vai te poupar de ter que ir fisicamente aon-
Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos de a outra máquina está para recuperar uma foto digital
o número de capacidades e certos programas que faziam armazenada apenas nele.
parte do Windows Vista não estão mais presentes ou mu- Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos fica sim-
daram, resultando na remoção de certas funcionalidades. plificada e segura. Você decide o que compartilhar e qual
Mesmo assim, devido ao fato de ainda ser um sistema os privilégios que os outros terão ao acessar a informação,
operacional em desenvolvimento, nem todos os recursos se é apenas de visualização, de edição e etc.
podem ser definitivamente considerados excluídos. Fixar
navegador de internet e cliente de e-mail padrão no menu Tela sensível ao toque
Iniciar e na área de trabalho (programas podem ser fixados
manualmente). O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensí-
vel ao toque com opção a multitoque, recurso difundido
Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Win- pelo iPhone.
dows Mail e Windows O recurso multitoque percebe o toque em diversos
Calendar foram substituídos pelas suas respectivas pontos da tela ao mesmo tempo, assim tornando possí-
contrapartes do Windows Live, com a perda de algumas vel dimensionar uma imagem arrastando simultaneamente
funcionalidades. O Windows 7, assim como o Windows Vis- duas pontas da imagem na tela.
ta, estará disponível em cinco diferentes edições, porém O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de apli-
apenas o Home Premium, Professional e Ultimate serão cativos e jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Col-
lage é um aplicativo para organizar e redimensionar fotos.
vendidos na maioria dos países, restando outras duas edi-
Nele é possível montar slide show de fotos e criar papeis de
ções que se concentram em outros mercados, como mer-
parede personalizados. Essas funções não são novidades,
cados de empresas ou só para países em desenvolvimento.
mas por serem feitas para usar uma tela sensível a múlti-
Cada edição inclui recursos e limitações, sendo que só o
plos toques as tornam novidades.
Ultimate não tem limitações de uso. Segundo a Microsoft,
os recursos para todas as edições do Windows 7 são arma-
zenadas no computador.
Um dos principais objetivos da Microsoft com este
novo Windows é proporcionar uma melhor interação e in-
tegração do sistema com o usuário, tendo uma maior oti-
mização dos recursos do Windows 7, como maior autono-
mia e menor consumo de energia, voltado a profissionais
ou usuários de internet que precisam interagir com clientes
e familiares com facilidade, sincronizando e compartilhan-
do facilmente arquivos e diretórios.

Recursos
Segundo o site da própria Microsoft, os recursos en-
contrados no Windows 7 são fruto das novas necessidades
encontradas pelos usuários. Muitos vêm de seu antecessor,
Windows Vista, mas existem novas funcionalidades exclusi- Microsoft Surface Collage, desenvolvido para usar tela
vas, feitas para facilitar a utilização e melhorar o desempe- sensível ao toque.
nho do SO (Sistema Operacional) no computador.
Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras Lista de Atalhos
versões do Windows, não terá que jogar todo o conheci- Novidade desta nova versão, agora você pode abrir di-
mento fora. Apenas vai se adaptar aos novos caminhos e retamente um arquivo recente, sem nem ao menos abrir
aprender “novos truques” enquanto isso. o programa que você utilizou. Digamos que você estava
editando um relatório em seu editor de texto e precisou fe-
Tarefas Cotidianas chá-lo por algum motivo. Quando quiser voltar a trabalhar
Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia nele, basta clicar com o botão direito sob o ícone do editor
se tornou comum. Não precisamos mais estar em alguma e o arquivo estará entre os recentes.
empresa enorme para precisar sempre de um computador Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se
perto de nós. O Windows 7 vem com ferramentas e fun- preocupar em procurar o arquivo, você pula uma etapa e
ções para te ajudar em tarefas comuns do cotidiano. vai diretamente para a informação, ganhando tempo.

35
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua bus-


ca pode ser dividido.
· Programas
· Painel de Controle
· Documentos
· Música
· Arquivos

Exemplo de arquivos recentes no Paint.

Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere im-


portante. Se a edição de um determinado documento é
constante, vale a pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto
que a lista de recentes se modifica conforme você abre e
fecha novos documentos.

Snap
Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum
ver várias janelas abertas pelo seu monitor. Com o recur- Ao digitar “pai” temos os itens que contêm essas letras
so de Snap, você pode posicioná-las de um jeito prático e em seu nome.
divertido. Basta apenas clicar e arrastá-las pelas bordas da
tela para obter diferentes posicionamentos. Windows Explorer
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena
comparação de janelas. Por exemplo, jogue uma para a es- parte do total disponível.
querda e a outra na direita. Ambas ficaram abertas e divi- Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é acio-
dindo igualmente o espaço pela tela, permitindo que você nado automaticamente quando você navega pelas pastas
as veja ao mesmo tempo. do seu computador – você encontrará uma busca mais
abrangente.
Windows Search Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de
O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e es- se fazer uma busca é necessário abrir a ferramenta de bus-
tendido. Podemos fazer buscas mais simples e específicas ca. No 7, precisamos apenas digitar os termos na caixa de
diretamente do menu iniciar, mas foi mantida e melhorada busca, que fica no canto superior direito.
a busca enquanto você navega pelas pastas.

Menu iniciar
As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do
menu iniciar. É útil quando você necessita procurar, por
exemplo, pelo atalho de inicialização de algum programa
ou arquivo de modo rápido.
“Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do
Windows Search, a pesquisa do menu início não olha ape-
nas aos nomes de pastas e arquivos.
Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e proprieda-
des também” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770).
Os resultados são mostrados enquanto você digita e Windows Explorer com a caixa de busca (Jim Boyce;
são divididos em categorias, para facilitar sua visualização. Windows 7 Bible, pg 774).

36
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A busca não se limita a digitação de palavras. Você


pode aplicar filtros, por exemplo, buscar, na pasta músicas,
todas as canções do gênero Rock. Existem outros, como
data, tamanho e tipo. Dependendo do arquivo que você
procura, podem existir outras classificações disponíveis.
Imagine que todo arquivo de texto sem seu computa-
dor possui um autor. Se você está buscando por arquivos
de texto, pode ter a opção de filtrar por autores.

Você observará que o Windows Explorer traz a janela


dividida em duas partes.

A central de ações e suas opções.

- Do seu jeito
O ambiente que nos cerca faz diferença, tanto para
nossa qualidade de vida quanto para o desempenho no
trabalho. O computador é uma extensão desse ambiente.
Fonte: http://ead.go.gov.br/ficead/mod/book/tool/ O Windows 7 permite uma alta personalização de ícones,
print/index.php?id=53&chapterid=56 cores e muitas outras opções, deixando um ambiente mais
confortável, não importa se utilizado no ambiente profis-
Controle dos pais sional ou no doméstico.
Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão
Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que na página de Personalização1, que pode ser acessada por
visualizam por meio do computador. O Windows 7 ajuda um clique com o botão direito na área de trabalho e em
seguida um clique em Personalizar.
a limitar o que pode ser visualizado ou não. Para que essa
É importante notar que algumas configurações podem
funcionalidade fique disponível, é importante que o com-
deixar seu computador mais lento, especialmente efeitos
putador tenha uma conta de administrador, protegida por
de transparência. Abaixo estão algumas das opções de per-
senha, registrada. Além disso, o usuário que se deseja res- sonalização mais interessantes.
tringir deve ter sua própria conta.
As restrições básicas que o 7 disponibiliza: Papéis de Parede
· Limite de Tempo: Permite especificar quais horas do Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou
dia que o PC pode ser utilizado. praticamente uma rotina entre as pessoas colocarem fotos
· Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo de ídolos, paisagens ou qualquer outra figura que as agra-
horário e também pela classificação do jogo. Vale notar de. Uma das novidades fica por conta das fotos que você
que a classificação já vem com o próprio game. encontra no próprio SO. Variam de uma foto focando uma
· Bloquear programas: É possível selecionar quais apli- única folha numa floresta até uma montanha.
cativos estão autorizados a serem executados. A outra é a possibilidade de criar um slide show com
Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a várias fotos. Elas ficaram mudando em sequência, dando a
quantidade de restrições, como controlar as páginas que impressão que sua área de trabalho está mais viva.
são acessadas, e até mesmo manter um histórico das ativi-
dades online do usuário. Gadgets
As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista,
Central de ações mas eram travadas no canto direito. Agora elas podem ficar
em qualquer local do desktop.
A central de ações consolida todas as mensagens de Servem para deixar sua área de trabalho com ele-
segurança e manutenção do Windows. Elas são classifica- mentos sortidos, desde coisas úteis – como uma pequena
das em vermelho (importante – deve ser resolvido rapida- agenda – até as de gosto mais duvidosas – como uma que
mente) e amarelas (tarefas recomendadas). mostra o símbolo do Corinthians. Fica a critério do usuário
O painel também é útil caso você sinta algo de estra- o que e como utilizar.
nho no computador. Basta checar o painel e ver se o Win- O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir
dows detectou algo de errado. necessidade, pode baixar ainda mais opções da internet.

37
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Com este novo recurso, dois computadores rodando


Windows 7 podem compartilhar músicas através do Win-
dows Media Player 12. É necessário que ambos estejam as-
sociados com um ID online, como a do Windows Live.
Personalização
Você pode adicionar recursos ao seu computador alte-
rando o tema, a cor, os sons, o plano de fundo da área de
trabalho, a proteção de tela, o tamanho da fonte e a ima-
gem da conta de usuário. Você pode também selecionar
“gadgets” específicos para sua área de trabalho.
Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na
área de trabalho, uma proteção de tela, a cor da borda da
janela sons e, às vezes, ícones e ponteiros de mouse.
Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é
um visual premium dessa versão do Windows, apresentan-
do um design como o vidro transparente com animações
de janela, um novo menu Iniciar, uma nova barra de tarefas
e novas cores de borda de janela. Use o tema inteiro ou
crie seu próprio tema personalizado alterando as imagens,
Gadgets de calendário e relógio. cores e sons individualmente. Você também pode locali-
zar mais temas online no site do Windows. Você também
Temas pode alterar os sons emitidos pelo computador quando,
por exemplo, você recebe um e-mail, inicia o Windows ou
Como nem sempre há tempo de modificar e deixar to-
desliga o computador.
das as configurações exatamente do seu gosto, o Windows
O plano de fundo da área de trabalho, chamado de
7 disponibiliza temas, que mudam consideravelmente os papel de parede, é uma imagem, cor ou design na área de
aspectos gráficos, como em papéis de parede e cores. trabalho que cria um fundo para as janelas abertas. Você
pode escolher uma imagem para ser seu plano de fundo
ClearType de área de trabalho ou pode exibir uma apresentação de
slides de imagens. Também pode ser usada uma proteção
“Clear Type é uma tecnologia que faz as fontes pare- de tela onde uma imagem ou animação aparece em sua
cerem mais claras e suaves no monitor. É particularmente tela quando você não utiliza o mouse ou o teclado por
efetivo para monitores LCD, mas também tem algum efeito determinado período de tempo. Você pode escolher uma
nos antigos modelos CRT(monitores de tubo). O Windows variedade de proteções de tela do Windows. Aumentando
7 dá suporte a esta tecnologia” (Jim Boyce; Windows 7 Bib- o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os ícones e
le, pg 163, tradução nossa). outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível
reduzir a escala DPI, escala de pontos por polegada, para
Novas possibilidades diminuir o tamanho do texto e outros itens na tela para que
Os novos recursos do Windows 7 abrem, por si só, no- caibam mais informações na tela.
vas possibilidades de configuração, maior facilidade na na- Outro recurso de personalização é colocar imagem de
vega, dentre outros pontos. Por enquanto, essas novidades conta de usuário que ajuda a identificar a sua conta em um
computador. A imagem é exibida na tela de boas vindas e
foram diretamente aplicadas no computador em uso, mas
no menu Iniciar. Você pode alterar a imagem da sua conta
no 7 podemos também interagir com outros dispositivos.
de usuário para uma das imagens incluídas no Windows
ou usar sua própria imagem. E para finalizar você pode
Reproduzir em
adicionar “gadgets” de área de trabalho, que são minipro-
Permitindo acessando de outros equipamentos a um gramas personalizáveis que podem exibir continuamente
computador com o Windows 7, é possível que eles se co- informações atualizadas como a apresentação de slides de
muniquem e seja possível tocar, por exemplo, num apare- imagens ou contatos, sem a necessidade de abrir uma nova
lho de som as músicas que você tem no HD de seu com- janela.
putador. Aplicativos novos
É apenas necessário que o aparelho seja compatível Uma das principais características do mundo Linux é
com o Windows 7 – geralmente indicado com um logotipo suas versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário
“Compatível com o Windows 7”. não precisa ficar baixando arquivos após instalar o sistema,
o que não ocorre com as versões Windows.
Streaming de mídia remoto O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora
Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do existe uma serie de aplicativos juntos com o Windows 7,
computador para outros lugares da casa. Se quiser levar para que o usuário não precisa baixar programas para ati-
para fora dela, uma opção é o Streaming de mídia remoto. vidades básicas.

38
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desk-


top e também suportar entrada por caneta e toque.
No Math Input Center, utilizando recursos multitoque,
equações matemáticas escritas na tela são convertidas em
texto, para poder adicioná-la em um processador de texto.
O print screen agora tem um aplicativo que permite
capturar de formas diferentes a tela, como por exemplo,
a tela inteira, partes ou áreas desenhadas da tela com o
mouse.

WordPad remodelado

Requisitos
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve
em relação ao Vista, ainda é exigido uma configuração de
hardware (peças) relativamente boa, para que seja utilizado
sem problemas de desempenho.
Esta é a configuração mínima:
· Processador de 1 GHz (32-bit)
Aplicativo de copiar tela (botão print screen). · Memória (RAM) de 1 GB
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de
O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferra- memória (sem Windows Aero)
mentas e design melhorado, ganhou menus e ferramentas · Espaço requerido de 16GB
que parecem do Office 2007. · DVD-ROM
· Saída de Áudio
Paint com novos recursos.
O WordPad também foi reformulado, recebeu novo vi- Se for desejado rodar o sistema sem problemas de len-
sual mais próximo ao Word 2007, também ganhou novas tidão e ainda usufruir de recursos como o Aero, o reco-
ferramentas, assim se tornando um bom editor para quem mendado é a seguinte configuração.
não tem o Word 2007. Configuração Recomendada:
A calculadora também sofreu mudanças, agora conta · Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits)
com 2 novos modos, programador e estatístico. No modo · Memória (RAM) de 2 GB
programador ela faz cálculos binários e tem opção de álge- · Espaço requerido de disco rígido: 16 GB
bra booleana. A estatística tem funções de cálculos básicos. · Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos Di-
Também foi adicionado recurso de conversão de uni- rectX 9 com 256 MB de memória (para habilitar o tema do
dades como de pés para metros. Windows Aero)
· Unidade de DVD-R/W
· Conexão com a Internet (para obter atualizações)

Atualizar de um SO antigo

O melhor cenário possível para a instalação do Win-


dows 7 é com uma máquina nova, com os requisitos apro-
priados. Entretanto, é possível utilizá-lo num computador
antigo, desde que atenda as especificações mínimas.
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista
instalado, você terá a opção de atualizar o sistema opera-
cional. Caso sua máquina utilize Windows XP, você deverá
fazer a re-instalação do sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito prova-
velmente seu computador não atende aos requisitos míni-
mos. Entretanto, nada impede que você tente fazer a re-
Calculadora: 2 novos modos. instalação.

39
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Atualização PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES


“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Win-
dows 7 em seu computador, pois mantém os arquivos, as Windows 7 Starter
configurações e os programas do Windows Vista no lugar” Como o próprio título acima sugere, esta versão do
(Site da Microsoft, http://windows.microsoft.com/pt- Windows é a mais simples e básica de todas. A Barra de
BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista- Tarefas foi completamente redesenhada e não possui su-
to-windows-7). porte ao famoso Aero Glass. Uma limitação da versão é
É o método mais adequado, se o usuário não possui que o usuário não pode abrir mais do que três aplicativos
conhecimento ou tempo para fazer uma instalação do mé- ao mesmo tempo.
todo tradicional. Optando por essa opção, ainda devesse Esta versão será instalada em computadores novo ape-
tomar cuidado com a compatibilidade dos programas, o nas nos países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e
que funciona no Vista nem sempre funcionará no 7. Brasil. Disponível apenas na versão de 32 bits.
Windows 7 Home Basic
Instalação Esta é uma versão intermediária entre as edições Star-
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser ter e Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá
efetuada, a instalação completa se torna a opção mais viá- também a versão de 64 bits e permitirá a execução de mais
vel. de três aplicativos ao mesmo tempo.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero
se deseja utilizar, como drivers e documentos de texto, Glass nem para as funcionalidades sensíveis ao toque,
pois todas as informações no computador serão perdidas. fugindo um pouco da principal novidade do Windows 7.
Quando iniciar o Windows 7, ele vai estar sem os progra- Computadores novos poderão contar também com a ins-
mas que você havia instalado e com as configurações pa- talação desta edição, mas sua venda será proibida nos Es-
drão. tados Unidos.
Windows 7 Home Premium
Desempenho Edição que os usuários domésticos podem chamar de
De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7
“completa”, a Home Premium acumula todas as funciona-
se ele mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida
lidades das edições citadas anteriormente e soma mais al-
por seu antecessor. Testes indicam que a nova versão tem
gumas ao pacote.
ganhou alguns pontos na velocidade.
Dentre as funções adicionadas, as principais são o su-
O 7 te ajuda automaticamente com o desempenho:
porte à interface Aero Glass e também aos recursos Touch
“Seu sistema operacional toma conta do gerenciamento do
Windows (tela sensível ao toque) e Aero Background, que
processador e memória para você” (Jim Boyce; Windows 7
Bible, pg 1041, tradução nossa). troca seu papel de parede automaticamente no intervalo
Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de tempo determinado. Haverá ainda um aplicativo nativo
de não ajudar efetivamente no desempenho, o Windows para auxiliar no gerenciamento de redes wireless, conheci-
7 prioriza o que o usuário está interagindo (tarefas “fore- do como Mobility Center.
ground”).
Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade
pois são naturalmente lentas e podem ser executadas “lon-
ge da visão” do usuário, dando a impressão que o compu-
tador não está lento.
Essa característica permite que o usuário não sinta uma
lentidão desnecessária no computador.
Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada
vez mais recursos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o
sistema operacional se torne um forte consumidor de me-
mória e processamento. O 7 disponibiliza vários recursos
de ponta e mantêm uma performance satisfatória.

Monitor de desempenho
Apesar de não ser uma exclusividade do 7, é uma fer-
ramenta poderosa para verificar como o sistema está se
portando. Podem-se adicionar contadores (além do que já Esta edição será colocada à venda em lojas de varejo e
existe) para colher ainda mais informações e gerar relató- também poderá ser encontrada em computadores novos.
rios.
Windows 7 Professional, voltado às pequenas empresas
Monitor de recursos Mais voltada para as pequenas empresas, a versão
Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra Professional do Windows 7 possuirá diversos recursos que
informações sobre o uso do processador, da memória, dis- visam facilitar a comunicação entre computadores e até
co e conexão à rede. mesmo impressoras de uma rede corporativa.

40
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o Obter o conteúdo mais recente da Ajuda
Domain Join, que ajuda os computadores de uma rede a Se você estiver conectado à Internet, verifique se o
“se enxergarem” e conseguirem se comunicar. O Location Centro de Ajuda e Suporte do Windows está configurado
Aware Printing, por sua vez, tem como objetivo tornar mui- como Ajuda Online. A Ajuda Online inclui novos tópicos da
to mais fácil o compartilhamento de impressoras. Ajuda e as versões mais recentes dos tópicos existentes.
Como empresas sempre estão procurando maneiras Clique no botão Iniciar  e em Ajuda e Suporte.
para se proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz Na barra de ferramentas Ajuda e Suporte do Windows,
o Encrypting File System, que dificulta a violação de dados. clique em Opções e em Configurações.
Esta versão também será encontrada em lojas de varejo ou Em Resultados da pesquisa, marque a caixa de sele-
computadores novos. ção Melhorar os resultados de pesquisa usando a Ajuda
Windows 7 Enterprise, apenas para vários online (recomendado) e clique em OK. Quando você estiver
Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma conectado, as palavras Ajuda Online serão exibidas no can-
versão mais voltada para empresas de médio e grande por- to inferior direito da janela Ajuda e Suporte.
te, só poderá ser adquirida com licenciamento para diver- Pesquisar na Ajuda
sas máquinas. Acumula todas as funcionalidades citadas na A maneira mais rápida de obter ajuda é digitar uma
edição Professional e possui recursos mais sofisticados de ou duas palavras na caixa de pesquisa. Por exemplo, para
segurança. obter informações sobre rede sem fio, digite rede sem fio e
Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável pressione Enter. Será exibida uma lista de resultados, com
pela criptografia de dados e o AppLocker, que impede a os mais úteis na parte superior. Clique em um dos resulta-
execução de programas não-autorizados. Além disso, há dos para ler o tópico.
ainda o BrachCache, para turbinar transferência de arqui-
vos grandes e também o DirectAccess, que dá uma super
ajuda com a configuração de redes corporativas.

Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro


Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas,
pois contém todas as funcionalidades já citadas neste ar- A caixa de pesquisa na Ajuda e Suporte do Windows
tigo e mais algumas. Apesar de sua venda não ser restrita
às empresas, o Microsoft disponibilizará uma quantidade Pesquisar Ajuda
limitada desta versão do sistema. Você pode pesquisar tópicos da Ajuda por assunto. Cli-
Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos que no botão Pesquisar Ajuda e, em seguida, clique em
presentes na Ultimate são dedicados às corporações, não um item na lista de títulos de assuntos que será exibida. Es-
interessando muito aos usuários comuns. ses títulos podem conter tópicos da Ajuda ou outros títulos
de assuntos. Clique em um tópico da Ajuda para abri-lo ou
clique em outro título para investigar mais a fundo a lista
de assuntos.

Usando a Ajuda e Suporte do Windows


A Ajuda e Suporte do Windows é um sistema de ajuda
interno do Windows, no qual você obtém respostas rápidas
a dúvidas comuns, sugestões para solução de problemas e
instruções sobre diversos itens e tarefas. Caso precise de
ajuda com relação a um programa que não faz parte do
Windows, consulte a Ajuda desse programa (consulte “Ob-
tendo ajuda sobre um programa”, a seguir).
Para abrir a Ajuda e Suporte do Windows, clique no
botão Iniciar e, em seguida, clique em Ajuda e Suporte. Navegando em tópicos da Ajuda por assunto

41
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

WINDOWS 8 Muitos que já tiveram contato com o Windows 8 acha-


ram estranho, porque se não tem o botão iniciar, como
O Windows 8 veio com uma nova característica para desligar o computador? Bom, aí está mais uma mudança,
Desktops e Tablets, o Windows Style, que já é conhecido pensando no uso comum para todos os dispositivos foi
por muitos com o nome de Windows Metro, presente no criada uma Barra Lateral (lado direito), onde temos as op-
Windows Phone 7. O que significa que uma aplicação feita ções de Pesquisa, Compartilhar, Iniciar, Dispositivos, Confi-
com Windows Style vai poder ser executada no seu Desk- gurações (Figura 3).
top, Tablet ou smarthphone que utiliza o Windows 8 que
traz um visual diferenciado possibilitando maior interação
do usuário com os aplicativos.
Apesar de trazer esta grande novidade, o Windows 8
não perdeu a compatibilidade e nem a forma de trabalhar
com aplicativos na versão x86, feitos em versões mais an-
tigas deste Sistema Operacional. Isso porque o Windows 8
para Desktop usa duas interfaces, a interface Style também
chamada de Windows RT e a Interface Win32. Isso significa
que os aplicativos desenvolvidos para Windows Win32 não
serão executados em tablets ou smarthphones.
Além das características citadas acima, outra novidade
interessante do Windows 8 é a interface Win32 que foi mo-
dificada, além de trazer novas funções até então (até então
porque até o lançamento oficial pode acontecer alguma
mudança), ele não trás o botão iniciar (Figura 1).
Figura 3: Barra Lateral

É nessa barra lateral, na opção configurações onde va-


mos encontrar a configuração das conexões com redes a
cabo ou sem fio (wireless), configuração de volume, con-
figuração de brilho, configuração do idioma teclado, con-
figuração das notificações, a opção de desligar que inclui,
desligar, reiniciar, hibernar ou suspender a máquina, além
das outras configurações que são: Área de trabalho, Painel
de controle, Personalização Informações do PC e ajuda (Fi-
gura 4).

Figura 1: Interface do Windows Win32


Ao invés disso temos um painel onde todos os progra-
mas são listados com seus ícones no modo paisagem e que
pode ser movido com a barra de rolagem horizontal que se
encontra no rodapé da página. Então qualquer programa
instalado tanto para a interface Style quanto para a interfa-
ce Win32 pode ser acessado (Figura 2).

Figura 4: Barra Lateral Configuração

A interface Style está muito voltada para o conteúdo,


onde temos ícones dinâmicos também conhecidos como
tiles que podem mostrar informações em tempo real, de
acordo com a característica de cada aplicativo e obviamen-
te quando houver uma conexão com a internet.(Figura 5)
Figura 2: Painel contendo todos os aplicativos do Win-
dows 8

42
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

te para testar e desenvolver alguns aplicativos. Para baixar


a versão de avaliação acesse o endereço http://windows.
microsoft.com/pt-BR/windows-8/download. Após acessar
este endereço escolha o idioma e a versão para máquinas
32 ou 64 bits, não se esqueça de anotar a chave do pro-
duto, depois baixe a imagem no formato ISO, grave em
um DVD e pronto, agora é só instalar. Se você já tiver uma
outra versão do Windows instalada na máquina, pode criar
uma partição e instalar o Windows 8, assim será criado um
Dual Boot, ou seja você poderá escolher qual sistema ope-
racional vai utilizar.

8.1
Figura 5: Interface Windows Style O Windows 8.1 é a primeira grande atualização do
Windows 8 e traz diversas mudanças que, em alguns as-
O uso da memória na interface Style foi otimizado para pectos – principalmente nas opções de personalização –,
obter o máximo de desempenho para o aplicativo construí- se aproximam da versão desktop do Windows Phone. Com
do para a essa interface, que está sendo executado naquele a possível unificação das lojas de ambos os sistemas, esta
momento. E como o Windows faz isso? O Windows 8 au- tendência aumentará. Mas isso é só o começo, não perca
tomaticamente suspende o aplicativo anterior para então tempo para baixar o Windows 8.1 e conhecer as novidades
executar o aplicativo atual, liberando mais memória para desta atualização.
ele. Isso significa que o usuário pode iniciar a quantidade
de aplicativos que quiser, porque isso não vai comprome- Iniciando o sistema pela interface desktop
ter a memória ou a bateria do dispositivo. O Windows pode Boa parte das mudanças estão relacionadas à questão
eventualmente encerrar um aplicativo que está em segun- da personalização e dão ao usuário mais controle sobre
do plano para liberar memória para outro aplicativo que o sistema. Uma das principais é a possibilidade de iniciá
está sendo executado. -lo diretamente na interface tradicional do Windows. Essa,
com certeza, é a alteração que muitos usuários estavam
Essa característica requer que os desenvolvedores esperando.
de aplicativos Windows Style sejam muito cuidadosos ao
construírem suas aplicações, para que o usuário não perce- A volta do botão Iniciar ou quase isso
ba o que está acontecendo “por trás” no sistema operacio- Outra modificação bastante aguardada é a volta do
nal. Então o desenvolvedor deve gravar o estado em que botão “Iniciar”. No entanto, ele não retornou como todos
a aplicação foi suspensa ou encerrada, para que o usuário esperavam. A função do botão é a mesma da tecla “Windo-
não perceba a alteração ao alternar entre um aplicativo e ws”. Ele é apenas um atalho para levar o usuário da interfa-
outro. ce tradicional para a nova, chamada Modern e voltada para
É bom frisar que esta característica é apenas para o dispositivos com tela touch.
Windows 8 RT ou Style e estão direcionados para melhorar
o desempenho de aplicativos móveis. Uma busca mais completa e um acesso mais fácil às
O Windows Win32 não tem essa característica e con- configurações
sequentemente os aplicativos já existentes e construídos A ferramenta de busca foi redesenhada, mas continua
para Windows Win32 vão trabalhar da mesma forma, es- simples. Agora esta função está mais eficiente e abrangen-
tarão sendo executados em segundo plano, consumindo te, pois pesquisa na web, em arquivos locais e contas do
memória e processamento, deixando a cargo do usuário SkyDrive. Houve, também, uma mudança em seu compor-
encerrar o aplicativo que mais estiver consumindo recursos tamento. Ao ser chamada no desktop, a busca não redire-
do computador. ciona mais o usuário para a tela inicial e sim, para uma tela
Espero que com estas breves explanações, estejam que se sobrepõe ao desktop com novos resultados.
prontos para instalar o Windows 8 e as ferramentas de de- Com a busca se tornando mais abrangente e integra-
senvolvimento para esta plataforma, pois a intenção neste da ao sistema, a Microsoft trabalha para que seus usuá-
deste tópico é apenas dar uma ideia básica das novidades rio usem o seu buscador, o Bing. Assim, a empresa de Bill
do Windows 8. Gates tenta afastá-los do serviço do Google. Para facilitar
Então para desenvolver alguma aplicação para dispo- ainda mais a customização do dispositivo, a busca também
sitivos móveis que utilizam Windows 8, devemos ter ins- localiza as configurações do sistema.
talados o Windows 8 e também o Visual Studio 2012, que Falando em configuração, o sistema de edição de con-
conta também com a versão Express que é gratuita. Apesar figurações foi melhorado. No Windows 8, era preciso abrir
de não ter sido lançado oficialmente já podemos iniciar o a tela inicial e, em seguida, o Painel de Controle para fazer
desenvolvimento de aplicativos para Windows 8 baixando modificações. Porém, no Windows 8.1 elas estão disponí-
a versão de avaliação do Windows 8 Release Preview, que veis já na tela inicial, sem a necessidade de um passo inter-
será válida até 15 de fevereiro de 2013, o que é suficien- mediário.

43
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Uma tela inicial mais personalizável Ribbon: uma revolução no Explorer


A tela inicial recebeu algumas novas opções que permitem A mudança mais sentida nesta nova versão do Windo-
personalizá-la. Agora, é possível customizar a tela inicial com ws Explorer é a alteração da aparência do menu superior
mais cores e imagens de fundo. Há a possibilidade, inclusive, da tela, nas quais todas as funcionalidades e opções de
de usar imagens animadas. Além disso, o fundo do desktop e interação podem ser acessadas. Esta seção do gerenciador
da tela inicial podem ficar com os seus blocos dinâmicos iguais. é mais comumente chamada de Ribbon.
Para evitar que os usuários reorganizem a tela por acidente
ao passar o mouse ou os dedos sobre os blocos dinâmicos, a
tela inicial possui novos tamanhos de ícones. Eles podem ser or-
denados facilmente ao clicar com o botão direito ou, então, ao
tocá-lo e segurá-lo. É possível, também, agrupar muitos ícones
ao mesmo tempo para redimensionar, desinstalar ou arranjá-los.
Para completar, a edição de grupos de apps está mais simples.
Para não encher a tela inicial ao instalar um aplicativo da Win-
dows Store, ele não é adicionado automaticamente à tela inicial.

Tela de bloqueio estilo Windows Phone


Muito da convergência entre o Windows 8 e Windows
Phone está na tela de bloqueio. Isso fica perceptível na confi-
guração, que permite colocar papéis de parede, slidshows, es-
colher quais aplicativos serão executados em segundo plano,
além de exibir informações na tela de bloqueio. Com a atua-
lização, é possível transformar um computador ou tablet em
uma moldura que mostra fotos do HD, ou direto do SkyDrive.
A reformulação da estrutura do menu do Windows Ex-
Aplicativos redimensionáveis plorer tem a pretensão de centralizar as principais funcio-
No Windows 8, quando o usuário ocupava a tela com nalidades do gerenciador de pastas em um lugar de fácil
duas aplicações, os apps ficavam com proporções desiguais. acesso, sendo que você pode personalizar a localização e o
Ou seja, a divisão da tela não era feita em partes iguais, fican- tamanho dos botões. A aparência do novo Ribbon lembra
do assim: um dos aplicativos ocupava um tamanho maior e o bastante as telas do Office, principalmente porque todas
outro ocupa uma pequena parte. Contudo, a Microsoft elimi- as funções estão categorizadas de acordo com a sua fi-
nou esta restrição e, agora, permite que usuário possa dividir nalidade. Ou seja, se você quer copiar, colar ou excluir um
a tela em qualquer proporção. Com isso, o espaço é usado de arquivo, você encontra todas essas funções – de gerencia-
acordo com cada necessidade. mento de itens – reunidas na mesma aba, o que facilita a
realização de tarefas semelhantes de forma repetida.
Integração com o SkyDrive
O SkyDrive foi completamente integrado ao novo siste-
ma operacional. Dessa maneira, o 8.1 permite salvar arquivos
direto no serviço, acessar arquivos offline e enviar as edições
ao ficar online.

Internet Explorer 11
Esta nova versão do Windows disponibiliza o Internet Ex-
plorer 11 com diversas melhorias. Entre elas, estão: a capacidade
de abrir até 100 abas simultaneamente por janela, um processo
de troca de abas mais fácil, melhoria do uso de memória, melhor
reconhecimento de toque, uma barra de endereços melhorada,
uma tela de leitura para mostrar o texto da web de uma forma
mais elegante e em tela cheia para facilitar a leitura dentro do
navegador, e muitas outras funcionalidades.

Windows Explorer
O Windows Explorer também foi englobado nas mudan- Além disso, o novo Ribbon possibilitou a apresentação
ças e a sua interface ganhou uma nova roupagem. Tanto as de uma gama maior de funcionalidades. Algumas dessas
telas do gerenciador de pastas e de arquivos quanto as ja- funções já estavam presentes nas versões anteriores, mas,
nelas abertas quando alguma operação está sendo realiza- por elas não estarem tão acessíveis quanto agora, a maior
da – como a cópia ou exclusão de itens – receberam uma parte das pessoas nem sequer faz ideia da existência delas.
aparência renovada. Os detalhes sobre essas novidades você
confere neste artigo.

44
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Melhorias no espaço útil das telas O novo Windows Explorer também traz uma barra de
ferramentas de acesso rápido, que permite adicionar os
Algumas abas ficam escondidas e só aparecem quando botões mais utilizados em uma espécie de lista de favoritos
é selecionado ou aberto algum arquivo que tenha a ver com e que está presente nos programas do Office. A nova ver-
a funcionalidade que ela representa. Um exemplo disso é são do gerenciador de pastas possibilita que você escolha
a opção de busca conceitual, que fica oculta e apenas se onde essa seção será mostrada.
torna ativa quando você inicia a pesquisa por algum item.
Dessa forma, a tela do Windows Explorer não fica tomada Ajuda e Suporte
por botões e categorias que são pouco utilizadas por você. Voce pode acessar a ajuda e suporte do Windows atra-
Para dar mais espaço para a tela do Windows Explorer, vés do menu Arquivo/Ajuda ou clicar no botão Windows e
mesmo com a adição do Ribbon, os desenvolvedores res- digitar “ajuda”
ponsáveis pelo projeto reavaliaram a localização de outras
funções e seções que diminuem o espaço útil da janela.

As duas telas mostram 35 arquivos, mas o novo Explo-


rer aproveita melhor o espaço útil da interface. (Fonte da
imagem: MSDN/Microsoft)
Exemplos disso são a eliminação do cabeçalho e a re-
moção das propriedades dos arquivos, que antes apare-
ciam na parte inferior da tela e agora são mostradas do
lado direito. Entretanto, a barra de status que fica locali-
zada na parte inferior da janela foi mantida, para que o
sistema possa mostrar informações importantes sobre as
atividades realizadas.
Com essa mudança a barra que exibe as propriedades
dos arquivos ficou muito mais fácil de ser visualizada, já
que as informações não ficam espremidas em um espa-
ço muito pequeno e podem ocupar um tamanho maior da
tela para mostrar outros dados sobre os itens.

Acesso facilitado aos botões mais utilizados


Todas as funcionalidades presentes no Ribbon possuem
atalhos que podem ser acessados por meio do teclado. As
letras, os números ou as combinações que permitem utilizar
cada função são mostrados juntamente com os botões, para
tornar mais fácil a aprendizagem dos “corta-caminhos”.

*Fonte: http://equipe.nce.ufrj.br/antonio/windows
(Fonte da imagem: MSDN/Microsoft) http://www.devmedia.com.br/windows-8-visao-geral
-e-preparacao-do-ambiente-de-desenvolvimento/26170

45
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No cabeçalho de nosso programa temos a barra de


CONHECIMENTOS SOBRE EDITORES DE títulos do documento ,
TEXTO, PLANILHAS ELETRÔNICAS E EDITOR
que como é um novo documento apresenta como título
DE APRESENTAÇÕES (MS OFFICE 2010/2013
BR E LIBREOFFICE V4.3.5.2): CONCEITOS, “Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápi-
CARACTERÍSTICAS, ATALHOS DE TECLADO E do, que permite acessar alguns comandos
EMPREGO DOS RECURSOS. mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode per-
sonalizar essa barra, clicando no menu de contexto (flecha
para baixo) à direita dela.
MS OFFICE

O Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para es-


critório que contém programas como processador de tex-
to, planilha de cálculo, banco de dados (Também conheci-
do como DB “Data Base”), apresentação gráfica e gerencia-
dor de tarefas, de e-mails e contatos.
O Word é o processador de texto do Microsoft Office,
sendo o paradigma atual de WYSIWYG. Facilita a criação, o
compartilhamento e a leitura de documentos. Desde a ver-
são 2.0 (1992) já se apresentava como um poderoso editor
de textos que permitia tarefas avançadas de automação de
escritório. Com o passar do tempo, se desenvolveu rapida-
mente e, atualmente, é o editor mais utilizado pelas gran-
des empresas e por outros usuários.
O Microsoft Excel faz parte do pacote Microsoft Of-
fice da Microsoft e atualmente é o programa de folha de
cálculo mais popular do mercado. As planilhas eletrônicas
agilizam muito todas as tarefas que envolvem cálculos e
segundo estudos efetuados, são os aplicativos mais utiliza-
dos nos escritórios do mundo inteiro.
O Microsoft PowerPoint é uma aplicação que permite Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.
o design de apresentações para empresas, apresentações
escolares..., sejam estas texto ou gráficas. Tem um vasto
conjunto de ferramentas, nomeadamente a inserção de
som, imagens, efeitos automáticos e formatação de vários
elementos.

MS WORD

O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é


considerado um dos principais produtos da Microsoft sen-
do a suíte que domina o mercado de suítes de escritório,
mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como
Google Docs e LibreOffice.

Interface

Através dessa ABA, podemos criar novos documentos,


abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, pre-
parar o documento (permite adicionar propriedades ao do-
cumento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.).

46
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os
grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Página Inicial, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para
os usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior .
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.

Trabalhando com documentos


Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto.

Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar seu documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou
outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma
tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.

Você pode mudar o local do arquivo a ser salvo, bastando clicar no botão “Procurar” e selecionar o local desejado pela
parte esquerda da janela.

47
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do documento, como o documento não
possui um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor e
que se aproxime do conteúdo de seu texto. Até a versão 2003, os documentos eram salvos no formato .DOC, a partir da
versão 2007, os documentos são salvos na versão .DOCX, que não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder
salvar seu documento e manter ele compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa opção e mude para
Documento do Word 97-2003.

Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra de títulos.

Abrindo um arquivo do Word


Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.

Na esquerda da janela, localizamos o botão abrir, observe também que ele mostra uma relação de documentos recen-
tes, nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será
necessário localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.

48
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro local ou outro nome, clique na aba arquivo e escolha Salvar
Como.

Visualização do Documento

Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. An-
terior a este controle de zoom temos os botões de forma de visualização de seu documento,
que podem também ser acessados pela Aba Exibição.

Os primeiros botões são os mesmos que temos em miniaturas no rodapé.


Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é o formato de como seu documento ficará na folha impressa.
Leitura: Ele oculta as barras de seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do documento à
direita, ele possui uma flecha apontado para a próxima página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão fechar
no topo à direita da tela.
Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários postam
textos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom
o Word apresenta a seguinte janela:

49
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar
o documento em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de exibir os documentos aberto em uma mesma
seção do Word.

Configuração de Documentos
Um dos principais cuidados que se deve ter com seus documentos é em relação à configuração da página.
No Word 2013 a ABA que permite configurar sua página é a ABA Layout da Página.

O grupo “Configurar Página”, permite definir as margens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré-definidos,
como também personalizá-las.

Ao personalizar as margens, é possível alterar as margens superior, esquerda, inferior e direita, definir a orientação da
página, se retrato ou paisagem, configurar a fora de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa mesma janela
temos a guia Papel.

50
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de ço em branco abaixo do que está editado. Ao escolher a
alimentação do papel. opção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical. A
opção números de linha permite adicionar numeração as
linhas do documento.

Colunas

Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as


suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-
definidas, mas você pode colocar em um número maior de
A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primei- colunas, adicionar linha entre as colunas, definir a largura
ra opção dessa guia chama-se seção. Aqui se define como e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você
será uma nova seção do documento, vamos aprender mais pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso
frente como trabalhar com seções. desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente
também que se preciso adicionar colunas a somente uma
parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.

Em cabeçalhos e rodapés podemos definir se vamos


utilizar cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares
e ímpares, e se quero ocultar as informações de cabeçalho
e rodapé da primeira página. Em Página, pode-se definir o
alinhamento do conteúdo do texto na página. O padrão é
o alinhamento superior, mesmo que fique um bom espa-

51
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Números de Linha O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos


É bastante comum em documentos acrescentar nume- o item Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção.
ração nas páginas dos documentos, o Word permite que
você possa fazer facilmente, clicando no botão “Números
de Linhas”.

Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”,


abre-se a janela que vimos em Layout.

Plano de Fundo da Página

Nesta janela podemos definir uma imagem como mar-


ca d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a
imagem e depois definir a dimensão e se a imagem fica-
rá mais fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é
possível definir um texto como marca d’água. O segundo
Podemos adicionar as páginas do documento, marcas botão permite colocar uma cor de fundo em seu texto, um
d’água, cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página, recurso interessante é que o Word verifica a cor aplicada e
localizado na Aba Design possui três botões para modificar automaticamente ele muda a cor do texto.
o documento.
Clique no botão Marca d’água.

O botão Bordas da Página, já estudamos seu funciona-


mento ao clicar nas opções de Margens.

Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de tex-
tos é indispensável para ganho de tempo na edição de seu
texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor,
tamanho e tipo de fonte, etc.

Selecionando pelo Mouse


Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o
cursor aponta para a direita.
Ao dar um clique ele seleciona toda a linha
Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o parágrafo.
Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
Com o cursor no meio de uma palavra:
Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado
Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.
Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafo
Podemos também clicar, manter o mouse pressionado
e arrastar até onde se deseja selecionar. O problema é que
se o mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar
o processo, ou pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar
ao final da seleção desejada. Podemos também clicar onde

52
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

começa a seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde termina a seleção. É possível selecionar palavras alternadas. Sele-
cione a primeira palavra, pressione CTRL e vá selecionando as partes do texto que deseja modificar.

Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de atalho
CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar), ou o primeiro grupo na ABA Página Inicial.

Este é um processo comum, porém um cuidado importante é quando se copia texto de outro tipo de meio como, por
exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem formatações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao copiar um
texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao seu documento, não basta apenas clicar em colar, é necessário clicar na
setinha apontando para baixo no botão Colar, escolher Colar Especial.

Observe na imagem que ele traz o texto no formato HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa manipulá-lo,
marque a opção Texto não formatado e clique em OK.

Localizar e Substituir
Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro dela temos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na opção
Substituir.

A janela que se abre possui três guias, localizar, Substituir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permite subs-
tituir em seu documento uma palavra por outra. A substituição pode ser feita uma a uma, clicando em substituir, ou pode
ser todas de uma única vez clicando-se no botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra por ela mesma, porém com outra cor, ou então somente quando
escrita em maiúscula, etc., nestes casos clique no botão Mais. As opções são:
Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da pesquisa;
Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.

53
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou
*ão o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.
Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras
em inglês.
Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa
e semelhantes estiverem marcadas.
Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especificado como formatação.
Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de texto
Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibilidade de se formatar o texto. No Office 2013 a ABA res-
ponsável pela formatação é a Página Inicial e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.

Formatação de Fonte
A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para
formatar uma palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser formatar
somente uma letra também é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra, tamanho, botões
de aumentar fonte e diminuir fonte, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao lado de sublinhado
temos uma seta apontando para baixo, ao clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.

Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e
sobrescrito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.

54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Este botão permite alterar a colocação de letras maiús- Formatação de parágrafos


culas e minúsculas em seu texto. Após esse botão temos A principal regra da formatação de parágrafos é que
o de realce – que permite colocar uma cor de fundo para independentemente de onde estiver o cursor a formatação
realçar o texto e o botão de cor do texto. será aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha
ou mais. Quando se trata de dois ou mais parágrafos será
necessárioselecionar os parágrafos a serem formatados. A
formatação de parágrafos pode ser localizada na ABA Ini-
cio, e os recuos também na ABA Layout da Página.

No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcado-


res (bullets e numeração e listas de vários níveis), diminuir
e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na
segunda linha temos os botões de alinhamentos: esquer-
da, centralizado, direita e justificado, espaçamento entre li-
nhas, observe que o espaçamento entre linhas possui uma
Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte. seta para baixo, permitindo que se possa definir qual o es-
paçamento a ser utilizado.

Cor do Preenchimento do Parágrafo.

A janela fonte contém os principais comandos de for-


matação e permite que você possa observar as alterações
antes de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avançado.
Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento en-
tre os caracteres que pode ser condensado ou comprimido,
a posição é referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo
que se faça algo como: .

Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras,


pois algumas vezes acontece de as letras ficaram com espaça- Bordas no parágrafo.
mento entre elas de forma diferente. Uma ferramenta interes-
sante do Word é a ferramenta pincel, pois com ela você pode
copiar toda a formatação de um texto e aplicar em outro.

55
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Marcadores e Numeração
Os marcadores e numeração fazem parte do grupo
parágrafos, mas devido a sua importância, merecem um
destaque. Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e
Numeração.

Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos


apenas os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao
clicar na Faixa do grupo Parágrafos, será aberta a janela de
Formatação de Parágrafos.
A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto
tenha níveis de marcação como, por exemplo, contratos e
petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já
diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos.
Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar
antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressio-
nar a tecla TAB no teclado.

Você pode observar que o Word automaticamente


adicionou outros símbolos ao marcador, você pode alte-
rar os símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado
do botão Marcadores e escolhendo a opção Definir Novo
Marcador.

As opções disponíveis são praticamente as mesmas


disponíveis pelo grupo.
Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas
réguas superiores.

56
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

Onde você poderá escolher a Fonte (No caso acon-


selha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings,
Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você Podemos começar escolhendo uma definição de borda
poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada
importar, poderá utilizar uma imagem externa. uma das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se
pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da
Bordas e Sombreamento borda. A Guia Sombreamento permite atribuir um preen-
chimento de fundo ao texto selecionado. Você pode es-
Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso colher uma cor base, e depois aplicar uma textura junto
texto. Podem ser bordas simples aplicadas a textos e pará- dessa cor.
grafos. Bordas na página como vimos quando estudamos a
ABA Layout da Página e sombreamentos. Selecione o texto Cabeçalho e Rodapé
ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão
de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma O Word sempre reserva uma parte das margens para o
borda pré-definida ou então clicar na última opção Bordas cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e
e Sombreamento. rodapé, clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e


Número de Página.

Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas


opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao
clicar em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeça-
lho e a barra superior passa a ter comandos para alteração
do cabeçalho.

57
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo
o que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas
páginas.

Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome
o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos
também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes
do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.

Data e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo
Texto, temos o botão Data e Hora.

58
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. No sentido horário da parte superior esquerda: a ima-
Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque gem original, a imagem com aumento de suavização, con-
a opção Atualizar automaticamente. traste e brilho.

Inserindo Elementos Gráficos Aplicar correções a uma imagem


O Word permite que se insira em seus documentos Clique na imagem cujo brilho deseja alterar.
arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as Em Ferramentas de Imagem, na guia Formatar, no gru-
opções de inserção estão disponíveis na ABA Inserir. po Ajustar, clique em Correções.

Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemen-
to Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com
o mesmo nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na
janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu
computador.
A imagem será inserida no local onde estava seu cur- Dependendo do tamanho da sua tela, o botão de cor-
sor. reções pode aparecer diferente.
O que será ensinado agora é praticamente igual para
todos os elementos gráficos, que é a manipulação dos ele-
mentos gráficos. Ao inserir a imagem é possível observar
que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pon- Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas
tilhadas em sua volta, para mover a imagem de local, basta de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez
clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
redimensionar a imagem, basta clicar em um dos peque- -la e abrir a guia Formatar.
nos quadrados em suas extremidades, que são chamados Siga um ou mais destes procedimentos:
por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da Em Nitidez/Suavização, clique na miniatura desejada.
imagem, basta apenas clicar em qualquer outra parte do As miniaturas à esquerda mostram mais nitidez e à direita,
texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as mais suavização.
configurações de manipulação da imagem. Em Brilho/Contraste, clique na miniatura desejada. Mi-
niaturas à esquerda mostram menos brilho e à direita, mais
brilho. Miniaturas na parte superior mostram menos con-
traste e na parte inferior, mais contraste.
Mova o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das
miniaturas para ver a aparência de sua foto antes de clicar
Alterar o brilho, contraste ou nitidez de uma imagem na opção desejada.
Você pode ajustar o brilho relativo de uma imagem, Para ajustar qualquer correção, clique em Opções de
seu contraste (a diferença entre suas áreas mais escuras correção de imagem e, em seguida, mova o controle desli-
e mais claras) e como nitidez ou desfocado aparece. Estes zante para nitidez, brilho ou contraste ou insira um número
são também denominados correções de imagem. na caixa ao lado do controle deslizante.

59
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique no efeito artístico desejado. Você pode mover


o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das imagens
em miniatura efeito e usar visualização dinâmica para ver
como sua imagem ficará com esse efeito aplicado, antes de
clicar no efeito desejado.
Para ajustar o efeito artístico, clique em Opções de
efeitos artísticos na parte inferior da lista de imagens em
miniatura. No painel Formatar imagem, você pode aplicar
uma variedade de efeitos adicionais, incluindo a sombra,
reflexo, brilho, bordas suaves e efeitos 3D.

Recolorir
Clique duas vezes na imagem que deseja recolorir.
Em Ferramentas de Imagem, clique em Formatar e, no
grupo Ajustar, clique em Cor.

Compactar Imagem
A opção Compactar Imagens permite deixar sua ima-
gem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta
Clique na miniatura desejada. Você pode mover o pon- opção o Word mostra a seguinte janela:
teiro do mouse sobre qualquer efeito para ver como ficará
sua imagem com esse efeito aplicado antes de clicar no
efeito desejado.
Para usar cores adicionais, incluindo as cores de tema,
cores da guia Padrão ou cores personalizadas, clique em
Mais Variações e, em seguida, clique em Mais Cores. O efei-
to de Recoloração será aplicado usando a cor selecionada.

Aplicar um efeito artístico


Clique na imagem à qual deseja aplicar um efeito ar-
tístico.
Clique em Ferramentas de imagem > Formatar e clique
em Efeitos artísticos no grupo Ajustar.

Pode-se aplicar a compactação a imagem seleciona-


da, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a re-
Grupo Ajustar na guia Formatar em Ferramentas de solução da imagem. A opção Redefinir Imagem retorna a
Imagem imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alte-
Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas rações feitas.
de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez No grupo Organizar é possível definir a posição da
seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná imagem em relação ao texto.
-la e abrir a guia Formatar.

60
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O primeiro dos botões é a Posição, ela permite defi-


nir em qual posição a imagem deverá ficar em relação ao
texto.

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redi-


mensionar a imagem definindo Largura e Altura.
Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem

Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a


janela Layout Avançado que permite trabalhar a disposição
da imagem em relação ao bloco de texto no qual ela esta
inserida. Essas mesmas opções estão disponíveis na opção
Quebra Automática de Texto nesse mesmo grupo. Ao colo-
car a sua imagem em uma disposição com o texto, é habi-
litado alguns recursos da barra de imagens. Como bordas

Através deste grupo é possível acrescentar bordas a


sua imagem E no grupo Organizar ele habilita as opções de
Trazer para Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no Inserindo Elementos Gráficos
botão Trazer para Frente, ele abre três opções: Trazer para
Frente e Avançar, são utilizadas quando houver duas ou O Word permite que se insira em seus documentos
mais imagens e você precisa mudar o empilhamento delas. arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as
A opção Trazer para Frente do Texto faz com que a ima- opções de inserção estão disponíveis na ABA Inserir, grupo
gem flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma imagem e ao ilustrações.
selecionar as imagens (Utilize a tecla SHIFT), você poderá
alinhar as suas imagens.

61
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir
as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as propriedades para modificar a forma.
SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu documento. Basta selecionar o tipo de organograma a ser
trabalhado e clique em OK.

WordArt
Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele
ainda mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt
Selecione um formato de WordArt e clique sobre ele.

62
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

Um dos grupos é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No
grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar
e Tamanho.

Controlar alterações no Word


Quando quiser verificar quem está fazendo alterações em seu documento, ative o recurso Controlar Alterações.
Clique em Revisar > Controlar Alterações.

Agora, o Word está no modo de exibição Marcação Simples. Ele marca todas as alterações feitas por qualquer pessoa
no documento e mostra para você onde elas estão, exibindo uma linha ao lado da margem.

O Word mostra um pequeno balão no local em que alguém fez um comentário. Para ver o comentário, clique no res-
pectivo balão.

Para ver as alterações, clique na linha próxima à margem. Isso alterna para o modo de exibição Toda a Marcação do
Word.

Manter o recurso Controlar Alterações ativado


É possível bloquear o recurso Controlar Alterações com uma senha para impedir que outra pessoa o desative. (Lembre-
se da senha para poder desativar esse recurso quando estiver pronto para aceitar ou rejeitar as alterações.)

63
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique em Revisar. DICA:  Antes de compartilhar a versão final do seu docu-


Clique na seta ao lado de Controlar Alterações e clique mento, é uma boa ideia executar o Inspetor de Documento.
em Bloqueio de Controle. Essa ferramenta verifica comentários e alterações controla-
das, além de texto oculto, nomes pessoais em propriedades
e outras informações que talvez você não queria comparti-
lhar amplamente. Para executar o Inspetor de Documento,

Imprimir um documento no Word


Antes de imprimir, você pode visualizar o documento e
especificar as páginas que você deseja imprimir.
Visualizar o documento
No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para visualizar cada página, clique nas setas para frente
e para trás, na parte inferior da página.

Digite uma senha e depois digite-a mais uma vez na


caixa Redigite para confirmar.
Clique em OK.

Enquanto as alterações controladas estiverem blo-


queadas, você não poderá desativar o controle de altera-
ções, nem poderá aceitar ou rejeitar essas alterações. Quando o texto é pequeno demais e difícil de ler, use
Para liberar o bloqueio, clique na seta ao lado de Con- o controle deslizante de zoom na parte inferior da página
trolar Alterações e clique novamente em Bloqueio de Con- para ampliá-lo.
trole. O Word solicitará que você digite sua senha. Depois
que você digitá-la e clicar em OK, o recurso Controlar Alte-
rações continuará ativado, mas agora você poderá aceitar
e rejeitar alterações.
Escolha o número de cópias e qualquer outra opção
Desativar o controle de alterações desejada e clique no botão Imprimir.
Para desativar esse recurso, clique no botão Controlar
Alterações. O Word deixará de marcar novas alterações,
mas todas as alterações já realizadas continuarão marcadas
no documento até que você as remova.
Remover alterações controladas

IMPORTANTE:  A única maneira de remover alterações


controladas de um documento é aceitá-las ou rejeitá-las.
Ao escolherSem Marcação na caixa Exibir para Revisão aju-
da a ver qual será a aparência do documento final, mas isso
apenas oculta temporariamente as alterações controladas.
As alterações não são excluídas e aparecerão novamente
da próxima vez em que o documento for aberto. Para ex-
cluir permanentemente as alterações controladas, aceite
-as ou rejeite-as.
Clique em Revisar > Próxima > Aceitar ou Rejeitar.

O Word aceita a alteração ou a remove e depois passa


para a próxima alteração.
Para excluir um comentário, selecione-o e clique em Re-
visão > Excluir. Para excluir todos os comentários, clique
em Excluir >Excluir Todos os Comentários do Documento.

64
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Imprimir páginas específicas


No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para imprimir apenas determinadas páginas, algumas
das propriedades do documento ou alterações controladas
e comentários, clique na seta em  Configurações, ao lado
de Imprimir Todas as Páginas (o padrão), para ver todas as
opções. Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você
clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um esti-
lo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém
se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado
somente ao que foi selecionado.

Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Tí-


tulo2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado
somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na
linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do
estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no
botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas defini-
ções de estilos através da opção Conjunto de Estilos.

Podemos também se necessário criarmos nossos pró-


prios estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo.
Para imprimir somente determinadas páginas, siga um
destes procedimentos:

Para imprimir a página mostrada na visualização, sele-


cione a opção Imprimir Página Atual.

Para imprimir páginas consecutivas, como 1 a 3, esco-


lha Impressão Personalizada e insira o primeiro e o último
número das páginas na caixa Páginas.

Para imprimir páginas individuais e intervalo de pági-


nas (como a página 3 e páginas 4 a 6) ao mesmo tempo,
escolhaImpressão Personalizada e digite os números das
páginas e intervalos separados por vírgulas (por exemplo,
3, 4-6).

Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações pron-
tas a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word dis-
ponibiliza uma grande quantidade de estilos através do
grupo estilos.

65
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Será mostrado todos os estilos presentes no documento em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela existem
três botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo, clique sobre ele.

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, defini que ele será aplicado a parágrafos, que a base de criação
dele foi o estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar um novo parágrafo o próximo será também corpo. Abaixo definir a
formatação a ser aplicada no mesmo. Na parte de baixo mantive a opção dele aparecer nos estilos rápidos e que o mesmo
está disponível somente a este documento. Ao finalizar clique em OK. Veja um exemplo do estilo aplicado:

Inserir uma tabela


Para inserir rapidamente uma tabela, clique em Inserir > Tabela e mova o cursor sobre a grade até realçar o número
correto de colunas e linhas desejado.

Clique na tabela exibida no documento. Caso seja necessário fazer ajustes, você poderá adicionar colunas e linhas em
uma tabela, excluir linhas ou colunas ou mesclar células.
Quando você clica na tabela, as Ferramentas de Tabela são exibidas.

66
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Use as  Ferramentas de Tabela  para escolher diferen- Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso cria co-
tes cores, estilos de tabela, adicionar uma borda a uma lunas muito estreitas que são expandidas conforme você
página ou remover bordas de uma tabela. Você pode até adiciona conteúdo.
mesmo inserir uma fórmula para fornecer a soma de uma Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará au-
coluna ou linha de números em uma tabela. tomaticamente a largura de toda a tabela para ajustar-se
Se você tem um texto que ficará melhor em uma tabe- ao tamanho de seu documento. Se quiser que as tabelas
la, o Word pode convertê-lo em uma tabela. criadas tenham uma aparência semelhante à da tabela que
Inserir tabelas maiores ou tabelas com comportamen- você está criando, marque a caixa Lembrar dimensões para
tos de largura personalizada novas tabelas.
Para obter tabelas maiores e mais controle sobre as
colunas, use o comando Inserir Tabela. Projetar sua própria tabela
Se quiser ter mais controle sobre a forma das colunas e
linhas de sua tabela ou algo diferente de uma grade básica,
a ferramenta Desenhar Tabela ajuda a desenhar exatamen-
te a tabela que você deseja.

Assim, você pode criar uma tabela com mais de dez Você mesmo pode desenhar linhas diagonais e células
colunas e oito linhas, além de definir o comportamento de dentro das células.
largura das colunas. Clique em Inserir > Tabela > Desenhar Tabela. O pon-
Clique em Inserir > Tabela > Inserir Tabela. teiro é alterado para um lápis.
Defina o número de colunas e linhas. Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela.
Depois, desenhe linhas para as colunas e linhas dentro do
retângulo.

Na seção Comportamento de Ajuste Automático, há


três opções para configurar a largura das colunas: Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferra-
Largura fixa da coluna: você pode deixar o Word definir mentas de Tabela, clique em Borracha e clique na linha que
automaticamente a largura das colunas com Automático ou você quer apagar.
pode definir uma largura específica para todas as colunas.

67
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ABA Revisão

A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.

O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros. Os de ortografia ele marca em ver-
melho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para verificação na impressão
sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.
Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela não
será grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte do Word.
Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a
corrigiu no quadro superior.
Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.

Índices

Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normalmente aparece no início de documentos. A principal regra
é que todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a um estilo. Clique no local onde você precisa que
fique seu índice e clique no botão Sumário, localizado na guia referência. Serão mostrados alguns modelos de sumário,
clique em Inserir Sumário.

68
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Clique no botão Opções.

Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos presentes no documento, então é nela que você define
quais estilos farão parte de seu índice. No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o nível 2 ao Título 2 e o
nível 3 ao Título 3. Após definir quais serão suas entradas de índice clique em OK. Retorna-se a janela anterior, onde você
pode definir qual será o preenchimento entre as chamadas de índice e seu respectivo número de página e na parte mais
abaixo, você pode definir o Formato de seu índice e quantos níveis farão parte do índice. Ao clicar em Ok, seu índice será
criado.

69
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer parte do
índice e escolher Atualizar Campo.

Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro.

Verificar Ortografia e gramatica

Na guia Revisão, no grupo Revisão de Texto, clique em Ortografia e Gramática.

Você pode acessar esse comando rapidamente, adicionando-o à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Para isso,
clique com o botão direito do mouse em Ortografia e Gramática e, em seguida, clique em Adicionar à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido, no menu de atalho.
Quando o programa encontra erros de ortografia, uma caixa de diálogo ou painel de tarefas é exibido mostrando a
primeira palavra incorreta encontrada pelo verificador ortográfico.
Depois que solucionar cada palavra incorreta, o programa sinalizará a próxima palavra incorreta para que você possa
decidir o que fazer.
Apenas no Outlook ou no Word, quando o programa conclui a sinalização de erros ortográficos, ele mostra os erros
gramaticais. Para cada erro, clique em uma opção na caixa de diálogo Ortografia e Gramática.

Como funciona a verificação ortográfica automática


Quando você verifica a ortografia automaticamente enquanto digita, por certo não vai precisar corrigir muitos erros or-
tográficos. O programa do Microsoft Office pode sinalizar as palavras com ortografia incorreta à medida que você trabalha,
para que você possa localizá-las facilmente, como no exemplo a seguir.

Clique com o botão direito do mouse em uma palavra escrita incorretamente para ver as sugestões de correção.

70
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dependendo do programa do Microsoft Office que


você está usando, clique com o botão direito do mouse em
uma palavra para obter outras opções, como adicionar a Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
palavra ao dicionário personalizado. clique em OK.
Como funciona a verificação gramatical automática Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e
(aplica-se somente ao Outlook e ao Word) clique em OK.
Após ativar a verificação gramatical automática, o Observações : 
Word e o Outlook sinalizam os possíveis erros gramaticais Você sempre pode alterar ou remover sua senha.
e estilísticos à medida que você trabalha nos documentos As senhas diferenciam maiúsculas de minúsculas. Veri-
do Word e em itens abertos do Outlook (exceto Anota- fique se a tecla CAPS LOCK está desativada quando digitar
ções), conforme mostrado no exemplo a seguir. uma senha pela primeira vez.
Se você perder ou esquecer uma senha, o Word não
conseguirá recuperar suas informações. Portanto, guarde
uma cópia da senha em um local seguro ou crie uma senha
Clique com botão direito do mouse no erro para ver forte da qual se lembrará.
mais opções.
MS EXCEL1

O Excel é uma ferramenta incrivelmente poderosa para


tornar significativa uma vasta quantidade de dados. Mas
ele também funciona muito bem para cálculos simples e
para rastrear de quase todos os tipos de informações. A
chave para desbloquear todo esse potencial é a grade de
células. As células podem conter números, texto ou fórmu-
las. Você insere dados nas células e as agrupa em linhas e
colunas. Isso permite que você adicione seus dados, classi-
fique-os e filtre-os, insira-os em tabelas e crie gráficos in-
críveis. Vejamos as etapas básicas para você começar.

Criar uma nova pasta de trabalho


Uma sugestão de correção pode ser exibida no menu Os documentos do Excel são chamados de pastas de
de atalho. Você pode também optar por ignorar o erro ou trabalho. Cada pasta de trabalho contém folhas que, nor-
clicar em Sobre esta sentença para ver por que o programa malmente, são chamadas de planilhas. Você pode adicionar
considera o texto um erro. quantas planilhas desejar a uma pasta de trabalho ou pode
criar novas pastas de trabalho para guardar seus dados se-
Proteger um documento com senha paradamente.
Ajude a proteger um documento confidencial contra Clique em Arquivo e em Novo.
edições indesejadas atribuindo uma senha. Também é pos- Em Novo, que em Pasta de trabalho em branco
sível evitar que um documento seja aberto.

Clique em Arquivo > Informações > Proteger Docu-


mento > Criptografar com Senha.
1 Fonte: https://support.office.com/pt-br/excel

71
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aplicar um formato de número


Para distinguir entre os diferentes tipos de números,
adicione um formato, como moeda, porcentagens ou da-
tas.
Selecione as células que contêm números que você de-
seja formatar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique na
seta na caixa Geral.

Insira os dados
Clique em uma célula vazia.
Por exemplo, a célula A1 em uma nova planilha. As cé-
lulas são referenciadas por sua localização na linha e na Selecione um formato de número
coluna da planilha, portanto, a célula A1 fica na primeira
linha da coluna A.
Inserir texto ou números na célula.
Pressione Enter ou Tab para se mover para a célula se-
guinte.

Usar a AutoSoma para adicionar seus dados


Ao inserir números em sua planilha, talvez deseje so-
má-los. Um modo rápido de fazer isso é usar o AutoSoma.
Selecione a célula à direita ou abaixo dos números que
você deseja adicionar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique
em AutoSoma no grupo Edição.

A AutoSoma soma os números e mostra o resultado na


célula selecionada.

Criar uma fórmula simples


Somar números é uma das coisas que você poderá fa-
zer, mas o Excel também pode executar outras operações
matemáticas. Experimente algumas fórmulas simples para Caso você não veja o formato de número que está pro-
adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir seus valores. curando, clique em Mais Formatos de Número.
Escolha uma célula e digite um sinal de igual (=).
Isso informa ao Excel que essa célula conterá uma fór- Inserir dados em uma tabela
mula. Um modo simples de acessar grande parte dos recur-
Digite uma combinação de números e operadores de sos do Excel é colocar os dados em uma tabela. Isso per-
cálculos, como o sinal de mais (+) para adição, o sinal de mite que você filtre ou classifique rapidamente os dados.
menos (-) para subtração, o asterisco (*) para multiplicação Selecione os dados clicando na primeira célula e arras-
ou a barra (/) para divisão. tar a última célula em seus dados.
Por exemplo, insira =2+4, =4-2, =2*4 ou =4/2. Para usar o teclado, mantenha a tecla Shift pressionada
Pressione Enter. ao mesmo tempo em que pressiona as teclas de direção
Isso executa o cálculo. para selecionar os dados.
Você também pode pressionar Ctrl+Enter (se você de- Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
seja que o cursor permaneça na célula ativa). direito da seleção.

72
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para classificar os dados, clique em  Classificar de A a


Z ou Classificar de Z a A.

Clique em Tabelas, mova o cursor para o botão Tabe-


la para visualizar seus dados e, em seguida, clique no bo-
tão Tabela.

Clique na seta   no cabeçalho da tabela de uma co-


luna. Clique em OK.
Para filtrar os dados, desmarque a caixa de seleção Se-
lecionar tudo e, em seguida, selecione os dados que você Mostrar totais para os números
deseja mostrar na tabela. As ferramentas de Análise Rápida permitem que você
totalize os números rapidamente. Se for uma soma, média
ou contagem que você deseja, o Excel mostra os resultados
do cálculo logo abaixo ou ao lado dos números.
Selecione as células que contêm os números que você
somar ou contar.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.
Clique em Totais, mova o cursos entre os botões para
ver os resultados dos cálculos dos dados e clique no botão
para aplicar os totais.

Adicionar significado aos seus dados


A formatação condicional ou minigráficos podem des-
tacar os dados mais importantes ou mostrar tendências de
dados. Use a ferramenta Análise Rápida para um Visualiza-
ção Dinâmica para experimentar.

73
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Selecione os dados que você deseja examinar mais de-


talhadamente.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.
Explore as opções nas guias  Formatação  e  Minigráfi- Se você salvou seu trabalho antes, está pronto.
cos para ver como elas afetam os dados. Se esta for a primeira vez que você salva este arquivo:
Em Salvar Como, escolha onde salvar sua pasta de tra-
balho e navegue até uma pasta.
Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a pas-
ta de trabalho.
Clique em Salvar.

Imprimir o seu trabalho


Clique em Arquivo e, em seguida, clique em Impri-
mir ou pressione Ctrl+P.
Visualize as páginas clicando nas setas Próxima Pági-
na e Página Anterior.
Por exemplo, selecione uma escala de cores na gale-
ria Formatação para diferenciar as temperaturas alta, média
e baixa.

A janela de visualização exibe as páginas em preto e


branco ou colorida, dependendo das configurações de sua
impressora.
Se você não gostar de como suas páginas serão im-
pressas, você poderá mudar as margens da página ou adi-
cionar quebras de página.
Clique em Imprimir.
Quando gostar da opção, clique nela.
Localizar ou substituir texto e números em uma
Mostrar os dados em um gráfico planilha do Excel para Windows
A ferramenta Análise Rápida recomenda o gráfico cor- Localize e substitua textos e números usando curingas
reto para seus dados e fornece uma apresentação visual ou outros caracteres. Você pode pesquisar planilhas, linhas,
com apenas alguns cliques. colunas ou pastas de trabalho.
Selecione as células contendo os dados que você quer Em uma planilha, clique em qualquer célula.
mostrar em um gráfico. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Lo-
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior calizar e Selecionar.
direito da seleção.
Clique na guia Gráficos, mova entre os gráficos reco-
mendados para ver qual tem a melhor aparência para seus
dados e clique no que desejar.

Siga um destes procedimentos:


Para localizar texto ou números, clique em Localizar.
Para localizar e substituir texto ou números, clique
em Substituir.
Na caixa Localizar, digite o texto ou os números que
você deseja procurar ou clique na seta da caixa Localizar e,
OBSERVAÇÃO: O Excel mostra diferentes gráficos nesta em seguida, clique em uma pesquisa recente na lista.
galeria, dependendo do que for recomendado para seus Você pode usar caracteres curinga, como um asterisco
dados. (*) ou ponto de interrogação (?), nos critérios da pesquisa:
Use o asterisco para localizar qualquer cadeia de carac-
Salvar seu trabalho teres. Por exemplo, s*r localizará “ser” e “senhor”.
Clique no botão Salvar na Barra de Ferramentas de Use o ponto de interrogação para localizar um único
Acesso Rápido ou pressione Ctrl+S. caractere. Por exemplo, s?m localizará “sim” e “som”.

74
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

DICA: Você pode localizar asteriscos, pontos de inter- Alterar a largura da coluna e a altura da linha
rogação e caracteres de til (~) nos dados da planilha prece- Em uma planilha, você pode especificar uma largura
dendo-os com um til na caixa Localizar. Por exemplo, para de coluna de 0 (zero) a 255. Esse valor representa o núme-
localizar dados que contenham “?”, use  ~?  como critério ro de caracteres que podem ser exibidos em uma célula
de pesquisa. formatada com a fonte padrãoTE000127106. A largura de
Clique em Opções para definir ainda mais a pesquisa e coluna padrão é 8,43 caracteres. Se a largura da coluna for
siga um destes procedimentos: definida como 0 (zero), a coluna ficará oculta.
Para procurar dados em uma planilha ou em uma pasta Você pode especificar uma altura de linha de 0 (zero) a
de trabalho inteira, na caixa Em, clique em Planilha ou Pas- 409. Esse valor representa a medida da altura em pontos (1
ta de Trabalho. ponto é igual a aproximadamente 1/72 pol. ou 0,035 cm).
Para pesquisar dados em linhas ou colunas, na cai- A altura de linha padrão é 12,75 pontos (aproximadamente
xa Pesquisar, clique em Por Linhas ou Por Colunas. 1/6 pol. ou 0,4 cm). Se a altura da linha for definida como 0
Para procurar dados com detalhes específicos, na cai- (zero), a linha ficará oculta.
xa Examinar, clique em Fórmulas, Valores ou Comentários. Se estiver trabalhando no modo de exibição de Layout
OBSERVAÇÃO: As opções Fórmulas, Valores e Comen- da Página (guia Exibir, grupo Modos de Exibição da Pasta
tários só estão disponíveis na guia Localizar, e somente Fór- de Trabalho, botão Layout da Página), você poderá especi-
mulas está disponível na guia Substituir. ficar uma largura de coluna ou altura de linha em polega-
Para procurar dados que diferenciam maiúsculas de das. Nesse modo de exibição, a unidade de medida padrão
minúsculas, marque a caixa de seleção Diferenciar maiús- é polegada, mas você poderá alterá-la para centímetros ou
culas de minúsculas. milímetros (Na guia Arquivo, clique em Opções, clique na
Para procurar células que contenham apenas os carac- categoria Avançado e, em Exibir, selecione uma opção na
teres que você digitou na caixa Localizar, marque a caixa de lista Unidades da Régua).
seleção Coincidir conteúdo da célula inteira.
Se você deseja procurar texto ou números que também Definir uma coluna com uma largura específica
tenham uma formatação específica, clique em  Formato  e
faça as suas seleções na caixa de diálogo Localizar Formato. Selecione as colunas a serem alteradas.
DICA: Se você deseja localizar células que correspon-
dam a uma formato específico, exclua qualquer critério da Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
caixa Localizar e selecione a célula que contenha a forma- matar.
tação que você deseja localizar. Clique na seta ao lado de
Formato, clique em Escolher formato da célula e, em se-
guida, clique na célula que possui a formatação a ser pes-
quisada.
Siga um destes procedimentos:
Para localizar texto ou números, clique em Localizar Em Tamanho da Célula, clique em Largura da Coluna.
Tudo ou Localizar Próxima. Na caixa Largura da coluna, digite o valor desejado.
DICA: Quando você clicar em Localizar Tudo, todas as Clique em OK.
ocorrências do critério que você estiver pesquisando serão DICA: Para definir rapidamente a largura de uma única
listadas, e você poderá ir para uma célula clicando nela na coluna, clique com o botão direito do mouse na coluna
lista. Você pode classificar os resultados de uma pesqui- selecionada, clique em Largura da Coluna, digite o valor
sa Localizar Tudo clicando em um título de coluna. desejado e clique em OK.
Para substituir texto ou números, digite os caracteres Alterar a largura da coluna para ajustá-la automatica-
de substituição na caixa Substituir por (ou deixe essa caixa mente ao conteúdo (AutoAjuste)
em branco para substituir os caracteres por nada) e clique Selecione as colunas a serem alteradas.
em Localizar ou Localizar Tudo. Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
OBSERVAÇÃO: Se a caixa Substituir por não estiver dis- matar.
ponível, clique na guia Substituir.
Se necessário, você poderá cancelar uma pesquisa em
andamento pressionando ESC.
Para substituir a ocorrência realçada ou todas as ocor-
rências dos caracteres encontrados, clique em Substi-
tuir ou Substituir tudo.
DICA: O Microsoft Excel salva as opções de formatação
que você define. Se você pesquisar dados na planilha nova-
mente e não conseguir encontrar caracteres que você sabe Em  Tamanho da Célula, clique em  Ajustar Largura da
que estão lá, poderá ser necessário limpar as opções de Coluna Automaticamente.
formatação da pesquisa anterior. Na caixa de diálogo Loca- OBSERVAÇÃO: Para ajustar automaticamente de forma
lizar e Substituir, clique na guia Localizar e depois em Op- rápida todas as colunas da planilha, clique no botão Sele-
ções para exibir as opções de formatação. Clique na seta cionar Tudo e, em seguida, clique duas vezes em qualquer
ao lado de Formato e clique em Limpar ‘Localizar formato’. limite entre dois títulos de coluna.

75
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Em Tamanho da Célula, clique em Largura Padrão.


Na caixa Largura padrão da coluna, digite uma nova
medida e clique em OK.
DICA: Para definir a largura de coluna padrão de todas
as novas pastas de trabalho ou planilhas, você poderá criar
Fazer com que a largura da coluna corresponda à de um modelo de pasta de trabalho ou de planilha e utilizá-lo
outra coluna como base para as novas pastas de trabalho ou planilhas.
Selecione uma célula da coluna com a largura deseja-
da. Alterar a largura das colunas com o mouse
Pressione Ctrl+C ou, na guia Página Inicial, no gru- Siga um destes procedimentos:
po Área de Transferência, clique em Copiar. Para alterar a largura de uma coluna, arraste o limite
do lado direito do título da coluna até que ela fique do
tamanho desejado.

Para alterar a largura de várias colunas, selecione as


colunas desejadas e arraste um limite à direita do título de
Clique com o botão direito do mouse na coluna de coluna selecionado.
destino, aponte paraColar Especial e clique no botão Man- Para alterar a largura das colunas a fim de ajustá-la ao
ter Largura da Coluna Original  conteúdo, selecione as colunas desejadas e clique duas ve-
zes no limite à direita do título de coluna selecionado.
Alterar a largura padrão de todas as colunas em uma Para alterar a largura de todas as colunas da planilha,
planilha ou pasta de trabalho clique no botãoSelecionar Tudo e arraste o limite de qual-
O valor da largura de coluna padrão indica o número quer título de coluna.
médio de caracteres da fonte padrão que cabe em uma cé-
lula. É possível especificar outro valor de largura de coluna
padrão para uma planilha ou pasta de trabalho.

Siga um destes procedimentos:


Para alterar a largura de coluna padrão de uma plani-
lha, clique na guia da planilha.
Para alterar a largura de coluna padrão da pasta de tra-
balho inteira, clique com o botão direito do mouse em uma
guia de planilha e, em seguida, clique em Selecionar Todas
as Planilhas no menu de atalhoTE000127572.

Definir uma linha com uma altura específica


Selecione as linhas a serem alteradas.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar. Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar.

76
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Em Tamanho da Célula, clique em Altura da Linha.


Na caixa Altura da linha, digite o valor que você deseja
e, em seguida, clique em OK.
Alterar a altura da linha para ajustá-la ao conteúdo
Selecione as linhas a serem alteradas.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar.

Para alterar a altura da linha a fim de ajustá-la ao con-


teúdo, clique duas vezes no limite abaixo do título da linha.

Em Tamanho da Célula, clique em AutoAjuste da Altura Formatar números como moeda no Excel
da Linha. Para exibir números como valores monetários, forma-
DICA: Para ajustar automaticamente de forma rápi- te-os como moeda. Para fazer isso, aplique o formato de
da todas as linhas da planilha, clique no botão Selecionar número Moeda ou Contábil às células que deseja formatar.
Tudo e, em seguida, clique duas vezes no limite abaixo de As opções de formatação de número estão disponíveis na
um dos títulos de linha. guia Página Inicial, no grupo Número.

Formatar números como moeda


Você pode exibir um número com o símbolo de moe-
da padrão selecionando a célula ou o intervalo de célu-
las e clicando em Formato de Número de Contabilização 
 no grupo Número da guia Página Inicial. (Se desejar
aplicar o formato Moeda, selecione as células e pressione
Ctrl+Shift+$.)
Alterar a altura das linhas com o mouse Alterar outros aspectos de formatação
Siga um destes procedimentos: Selecione as células que você deseja formatar.
Para alterar a altura de uma linha, arraste o limite abai- Na guia Página Inicial, clique no Iniciador de Caixa de
xo do título da linha até que ela fique com a altura dese- Diálogo ao lado deNúmero.
jada.

DICA: Você também pode pressionar Ctrl+1 para abrir


a caixa de diálogoFormatar Células.
Na caixa de diálogo Formatar Células, na lista Catego-
ria, clique em Moedaou Contábil.
Para alterar a altura de várias linhas, selecione as linhas
desejadas e arraste o limite abaixo de um dos títulos de
linha selecionados.
Para alterar a altura de todas as linhas da planilha, cli-
que no botão Selecionar Tudo e arraste o limite abaixo de
qualquer título de linha.

77
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na caixa Símbolo, clique no símbolo de moeda desejado.


OBSERVAÇÃO: Se desejar exibir um valor monetário sem um símbolo de moeda, clique em Nenhum.
Na caixa Casas decimais, insira o número de casas decimais desejadas para o número.
Por exemplo, para exibir R$138.691 em vez de colocar R$ 138.690,63 na célula, insira 0 na caixa Casas decimais. Con-
forme você faz alterações, preste atenção ao número na caixa Amostra. Ela mostra como a alteração das casas decimais
afetará a exibição de um número.
Na caixa Números negativos selecione o estilo de exibição que você deseja usar para números negativos.
Se não quiser usar as opções existentes para exibir números negativos, você pode criar seu próprio formato de número.
OBSERVAÇÃO: A caixa Números negativos não está disponível para o formato de número Contábil. O motivo disso é
que constitui prática contábil padrão mostrar números negativos entre parênteses.
Para fechar a caixa de diálogo Formatar Células, clique em OK.
Se o Excel exibir ##### em uma célula depois que você aplicar formatação de moeda em seus dados, isso significará
que talvez a célula não seja suficientemente larga para exibir os dados. Para expandir a largura da coluna, clique duas vezes
no limite direito da coluna que contém as células com o erro #####. Esse procedimento redimensiona automaticamente a
coluna para se ajustar ao número. Você também pode arrastar o limite direito até que as colunas fiquem com o tamanho
desejado.

Remover formatação de moeda


Selecione as células que têm formatação de moeda.
Na guia Página Inicial, no grupo Número, clique na caixa de listagem Geral.
As células formatadas com o formato Geral não têm um formato de número específico.

Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos mais
complexos e vários valores. Existem funções para os cálculos matemáticos, financeiros e estatísticos. Por exemplo, na fun-
ção: =SOMA (A1:A10) seria o mesmo que (A1+A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que com a função o processo
passa a ser mais fácil. Ainda conforme o exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar um cálculo com sinal
de igual (=) e usa-se nos cálculos a referência de células (A1) e não somente valores.
A quantidade de argumentos empregados em uma função depende do tipo de função a ser utilizada. Os argumentos
podem ser números, textos, valores lógicos, referências, etc...

78
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Operadores
Operadores são símbolos matemáticos que permitem fazer cálculos e comparações entre as células. Os operadores são:

Criar uma fórmula simples


Você pode criar uma fórmula simples para adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir valores na planilha. As fórmulas
simples sempre começam com um sinal de igual (=), seguido de constantes que são valores numéricos e operadores de
cálculo como os sinais de mais (+), menos (-), asterisco (*) ou barra (/).
Por exemplo, quando você inserir a fórmula =5+2*3, o Excel multiplicará os últimos dois números e adicionará o pri-
meiro número ao resultado. Seguindo a ordem padrão das operações matemáticas, a multiplicação e executada antes da
adição.
Na planilha, clique na célula em que você deseja inserir a fórmula.
Digite o = (sinal de igual) seguido das constantes e dos operadores que você deseja usar no cálculo.
Você pode inserir quantas constantes e operadores forem necessários em uma fórmula, até 8.192 caracteres.
DICA : Em vez de digitar as constantes em sua fórmula, você pode selecionar as células que contêm os valores que
deseja usar e inserir os operadores entre as células da seleção.
Pressione Enter.
Para adicionar valores rapidamente, você pode usar a AutoSoma em vez de inserir a fórmula manualmente (guia Página
Inicial, grupo Edição ).
Você também pode usar funções (como a função SOMA) para calcular os valores em sua planilha.
Para avançar mais uma etapa, você pode usar as referências de célula e nomes em vez dos valores reais em uma fórmula
simples.
Exemplos
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
2
5
Fórmula Descrição Resultado
‘=A2+A3 Adiciona os valores nas células A1 e A2 =A2+A3
‘=A2-A3 Subtrai o valor na célula A2 do valor em A1 =A2-A3
‘=A2/A3 Divide o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2/A3
‘=A2*A3 Multiplica o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2*A3
Eleva o valor na célula A1 ao valor exponencial especificado em
‘=A2^A3 =A2^A3
A2
Fórmula Descrição Resultado
‘=5+2 Adiciona 5 e 2 =5+2
‘=5-2 Subtrai 2 de 5 =5-2
‘=5/2 Divide 5 por 2 =5/2
‘=5*2 Multiplica 5 vezes 2 =5*2
‘=5^2 Eleva 5 à segunda potência =5^2

79
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Usar referências de célula em uma fórmula


Ao criar uma fórmula simples ou uma fórmula que usa uma função, você pode fazer referência aos dados das células
de uma planilha incluindo referências de célula nos argumentos da fórmula. Por exemplo, quando você insere ou seleciona
a referência de célula A2, a fórmula usa o valor dessa célula para calcular o resultado. Você também pode fazer referência
a um intervalo de células.
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Na barra de fórmulas  , digite = (sinal de igual).
Faça o seguinte: selecione a célula que contém o valor desejado ou digite sua referência de célula.
Você pode fazer referência a uma única célula, a um intervalo de células, a um local em outra planilha ou a um local em
outra pasta de trabalho.
Ao selecionar um intervalo de células, você pode arrastar a borda da seleção da célula para mover a seleção ou arrastar
o canto da borda para expandir a seleção.

1. A primeira referência de célula é B3, a cor é azul e o intervalo de células tem uma borda azul com cantos quadrados.
2. A segunda referência de célula é C3, a cor é verde e o intervalo de célula tem uma borda verde com cantos quadra-
dos.
OBSERVAÇÃO : Se não houver um canto quadrado em uma borda codificada por cor, significa que a referência está
relacionada a um intervalo nomeado.
Pressione Enter.
DICA :  Você também pode inserir uma referência a um intervalo ou célula nomeada.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colu-
nas para ver todos os dados. Use o comando Definir Nome (guia Formulas, grupo Nomes Definidos) para definir “Ativos”
(B2:B4) e “Passivos” (C2:C4).

Departamento Ativos Passivos


TI 274000 71000
Administrador 67000 18000
RH 44000 3000
Fórmula Descrição Resultado
Retorna o total de ativos dos três departamentos
‘=SOMA(Ativos) no nome definido “Ativos”, que é definido como =SOMA(Ativos)
o intervalo de células B2:B4. (385000)
‘=SOMA(Ativos)- Subtrai a soma do nome definido “Passivos” da =SOMA(Ativos)-
SOMA(Passivos) soma do nome definido “Ativos”. (293000) SOMA(Passivos)

Criar uma fórmula usando uma função


Você pode criar uma fórmula para calcular valores na planilha usando uma função. Por exemplo, as fórmulas =SO-
MA(A1:A2) e SOMA(A1,A2) usam ambas a função SOMA para adicionar os valores nas células A1 e A2. As fórmulas sempre
começam com um sinal de igual (=)
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Para iniciar a fórmula com a função, clique em Inserir Função  .
O Excel insere o sinal de igual (=) para você.
Na caixa Ou selecione uma categoria, selecione Tudo.

80
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se você estiver familiarizado com as categorias de função, também poderá selecionar uma categoria.
Se você não tiver certeza de qual função usar, poderá digitar uma pergunta que descreva o que deseja fazer, na cai-
xa Procure por uma função (por exemplo, “adicionar números” retorna a função SOMA).
Na caixa Selecione uma função, selecione a função que deseja utilizar e clique em OK.
Nas caixas de argumento que forem exibidas para a função selecionada, insira os valores, as cadeias de caracteres de
texto ou referências de célula desejadas.
Em vez de digitar as referências de célula, você também pode selecionar as células que deseja referenciar. Clique em 
 para expandir novamente a caixa de diálogo.
Depois de concluir os argumentos para a fórmula, clique em OK.
DICA :  Se você usar funções frequentemente, poderá inserir suas fórmulas diretamente na planilha. Depois de digitar
o sinal de igual (=) e o nome da função, poderá obter informações sobre a sintaxe da fórmula e os argumentos da função
pressionando F1.

Exemplos
Copie a tabela para a célula A1 em uma planilha em branco no Excel para trabalhar com esses exemplos de fórmulas
que usam funções.

Dados
5 4
2 6
3 8
7 1
Fórmula Descrição Resultado
‘=SOMA(A:A) Adiciona todos os números na coluna A =SOMA(A:A)
‘=MÉDIA(A1:B4) Calcula a média de todos os números no intervalo A1:B4 =MÉDIA(A1:B4)

Função Soma
A função soma , uma das funções matemáticas e trigonométricas, adiciona os valores. Você pode adicionar valores
individuais, referências de células ou intervalos ou uma mistura de todos os três.
Sintaxe: SOMA(número1,[número2],...)
Por exemplo:
=SOMA(A2:A10)

81
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

= SOMA(A2:A10, C2:C10)

Nome do argumento Descrição


número1    (Obrigatório) O primeiro número que você deseja somar. O número pode ser como “4”, uma referência de
célula, como B6, ou um intervalo de células, como B2:B8.
número2-255    (Opcional) Este é o segundo número que você deseja adicionar. Você pode especificar até 255 números
dessa forma.

Soma rápida com a barra de Status


Se você quiser obter rapidamente a soma de um intervalo de células, tudo o que você precisa fazer é selecionar o in-
tervalo e procure no lado inferior direito da janela do Excel.

Barra de Status
Esta é a barra de Status e exibe as informações sobre tudo o que você selecionou, se você tiver uma única célula ou
várias células. Se você com o botão direito na barra de Status de uma caixa de diálogo do recurso será pop-out exibindo
todas as opções que você pode selecionar. Observe que ele também exibe valores para o intervalo selecionado se você
tiver esses atributos marcados. 

Usando o Assistente de AutoSoma


A maneira mais fácil de adicionar uma fórmula de soma à sua planilha é usar o Assistente de AutoSoma. Selecione uma
célula vazia diretamente acima ou abaixo do intervalo que você quer somar e nas guias página inicial ou fórmula na faixa de
opções, pressione AutoSoma > soma. O Assistente de AutoSoma automaticamente detecta o intervalo para ser somados e
criar a fórmula para você. Ele também pode trabalhar horizontalmente se você selecionar uma célula para a esquerda ou à
direita do intervalo a serem somados.

Use o Assistente de AutoSoma para rapidamente os intervalos contíguos de soma

82
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A caixa de diálogo de AutoSoma também permite que


você selecione outras funções comuns, como:
Média
Contar números
Máx
Min
Mais funções
Exemplo 2 – AutoSoma verticalmente

Somar células não-contíguas


O Assistente de AutoSoma geralmente só funcionará para
intervalos contíguos, portanto se você tiver linhas ou colunas va-
zias no seu intervalo de soma, Excel vai parada o primeiro espaço.
Nesse caso você precisaria soma por seleção, onde você pode
adicionar os intervalos individuais, um por vez. Neste exemplo
se você tivesse dados na célula B4, o Excel seria gerar =SOMA(-
C2:C6) desde que ele reconheça um intervalo contíguo.
Você pode selecionar rapidamente vários intervalos
não-contíguas com Ctrl + LeftClick. Primeiro, insira “= soma
AutoSoma verticalmente (“, selecione seu diferentes intervalos e Excel adicionará au-
O Assistente de AutoSoma detectou automaticamente tomaticamente o separador de vírgula entre intervalos para
células B2: B5 como o intervalo a serem somados. Tudo o você. Pressione enter quando terminar.
que você precisa fazer é pressione Enter para confirmá-la. Dica:  você pode usar ALT + = para adicionar rapida-
Se você precisar adicionar/excluir mais células, você pode mente a função soma para uma célula. Tudo o que você
manter a tecla Shift > tecla de direção da sua escolha até precisa fazer é selecionar o intervalo (s).
que corresponde à sua seleção desejado e pressione Enter Observação: você pode perceber como o Excel tem
quando terminar. Guia de função Intellisense: a soma (Nú- realçado os intervalos de função diferente por cor, e eles
mero1, [núm2]) flutuantes marca abaixo a função é o guia correspondem dentro da própria fórmula, portanto C2: C3
de Intellisense. Se você clicar no nome de função ou soma, é azul e C5: C6 é vermelho. Excel fará isso para todas as
ele se transformará em um hiperlink azul, que o levará para funções, a menos que o intervalo referenciado esteja em
o tópico de ajuda para essa função. Se você clicar nos ele- uma planilha diferente ou em outra pasta de trabalho. Para
mentos de função individual, as peças representantes na acessibilidade aprimorada com tecnologia assistencial, você
fórmula serão realçadas. Nesse caso somente B2: B5 seria pode usar intervalos nomeados, como “Semana1”, “Sema-
realçadas como há apenas uma referência numérica nesta na2”, etc. e, em seguida, fazer referência a eles, sua fórmula:
fórmula. A marca de Intellisense será exibido para qualquer =SOMA(Week1,Week2)
função.
Exemplo 3 – AutoSoma horizontalmente Práticas Recomendadas
Esta seção aborda algumas práticas recomendadas
para trabalhar com as funções soma. Grande parte desse
pode ser aplicada a trabalhar com outras funções também.
♣ a = 1 + 2 ou = A + B Method – enquanto você pode
inserir = 1 + 2 + 3 ou = A1 + B1 + C2 e obter resultados
totalmente precisos, esses métodos estão sujeitos a erros
por vários motivos:
Erros de digitação – Imagine tentando inserir valores
mais e/ou muito maiores assim:
= 14598.93 + 65437.90 + 78496.23
Em seguida, tente validar se suas entradas estão corretas.
É muito mais fácil colocar esses valores em células individuais
e usar uma fórmula de soma. Além disso, você pode formatar
AutoSoma horizontalmente os valores quando eles estão nas células, tornando-as muito
Exemplo 4 – somar células não-contíguas mais legível e quando ela estiverem em uma fórmula.

83
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Fórmulas não atualizar referências ao inserir linhas ou


colunas

#VALUE! erros de referência de texto em vez de nú-


meros.
Se você usar um fórmula como:
= A1 + B1 + C1 ou = A1 + A2 + A3

= Style A + B fórmulas não os atualizará ao adicionar


linhas ou colunas

Se você inserir uma linha ou coluna, a fórmula não será


atualizada para incluir a linha adicionada, onde uma função
soma atualizará automaticamente (contanto que você não
estiver fora do intervalo referenciado na fórmula). Isso é es-
pecialmente importante se você esperar sua fórmula para
Evite usar o = 1 + 2 ou = métodos A + B atualizar e não, como ele deixará incompletos resultados
Sua fórmula pode quebrar se houver quaisquer valores que você não pode capturar.
não numéricos (texto) nas células referenciadas, que retor-
narão um #VALUE! erro. SOMA ignorará valores de texto e
lhe dar a soma dos valores numéricos.

SOMA com referências de célula individuais versus in-


tervalos
Usando uma fórmula como:

SOMA ignora valores de texto =SOMA(A1,A2,A3,B1,B2,B3)


#REF! Erro de excluir linhas ou colunas É igualmente erro sujeitos ao inserir ou excluir linhas
dentro do intervalo referenciada pelas mesmas razões. É
muito melhor usar intervalos individuais, como:

=SOMA(A1:A3,B1:B3)
Qual será atualizada ao adicionar ou excluir linhas.
Usando operadores matemáticos com soma
Digamos que você deseja aplicar uma porcentagem de
desconto para um intervalo de células que você já soma-
dos.

Se você excluir uma linha ou coluna, a fórmula não serão


atualizados para excluir a linha excluída e retornará um #REF!
erro, onde uma função soma atualizará automaticamente.

84
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

= SOMA(Sheet1:Sheet3! A1)
Qual somará a célula A1 em todas as planilhas da pla-
nilha 1 para a planilha 3.
Isso é especialmente útil em situações em que você
tem uma única folha para cada mês (janeiro a dezembro) e
você precisa total-las em uma planilha de reSOMAo.

= SOMA(January:December! A2)
Qual somará célula A2 em cada planilha de janeiro a
dezembro.
Observação: se suas planilhas tem espaços em seus
nomes, como “Janeiro vendas”, então você precisa usar um
apóstrofo ao fazer referência os nomes de planilha em uma
= SOMA(A2:A14) *-25% fórmula:
Resultará em 25% do intervalo somado, entretanto, = SOMA(‘January Sales:December Sales’! A2)
que rígido códigos a 25% da fórmula, e pode ser difícil SOMA com outras funções
encontrar mais tarde se precisar alterá-lo. É muito melhor Absolutamente, você pode usar soma com outras fun-
colocar os 25% em uma célula e referenciando que em vez ções. Aqui está um exemplo que cria um cálculo da média
disso, onde ele está check-out em Abrir e facilmente alte- mensal:
rados, assim:
= SOMA(A2:A14) * E2
Dividir em vez de multiplicar você simplesmente subs-
titua a “*” com “/”: = SOMA(A2:A14)/E2
Adicionando ou retirando de uma soma
i. você pode facilmente adicionar ou subtrair de uma
soma usando + ou - assim:
= SOMA(A1:A10) + E2
= SOMA(A1:A10)-E2
=SOMA(A2:L2)/COUNTA(A2:L2)
Que usa a soma de A2:L2 dividido pela contagem de
SOMA 3D células não vazias em A2:L2 (maio a dezembro estão em
Às vezes você precisa somar uma determinada célula branco).
em várias planilhas. Pode ser tentador clique em cada pla-
nilha e a célula desejada e use apenas «+» para adicionar a Função SE
célula valores, mas que é entediante e pode ser propensa, A função SE é uma das funções mais populares do Ex-
muito mais assim que apenas tentando construir uma fór- cel e permite que você faça comparações lógicas entre um
mula que faz referência apenas uma única folha. valor e aquilo que você espera. Em sua forma mais simples,
i = Planilha1! A1 + Plan2! A1 + Planilha3! A1 a função SE diz:
Você pode fazer isso muito mais fácil com um 3D ou
soma 3 dimensionais: SE(Algo for Verdadeiro, faça tal coisa, caso contrário,
faça outra coisa)
Portanto, uma instrução SE pode ter dois resultados.
O primeiro resultado é se a comparação for Verdadeira, o
segundo se a comparação for Falsa.

85
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exemplos de SE simples Mais exemplos de SE

=SE(C2>B2;”Acima do orçamento”;”Dentro do orça-


mento”)
=SE(C2=”Sim”;1,2) No exemplo acima, a função SE em D2 está dizen-
No exemplo acima, a célula D2 diz: SE(C2 = Sim, a fór- do SE(C2 é maior que B2, retorne “Acima do orçamento”,
mula retorna um 1 ou um 2) caso contrário, retorne “Dentro do orçamento”)

= SE(C2>B2,C2-B2,0)
Na ilustração acima, em vez de retornar um resultado
de texto, vamos retornar um cálculo matemático. A fórmula
=SE(C2=1;”Sim”;”Não”) em E2 está dizendo SE(Valor real for maior que o Valor or-
Neste exemplo, a fórmula na célula D2 diz: SE(C2 = 1, a çado, subtraia o Valor orçado do Valor real, caso contrário,
fórmula retorna Sim e, caso contrário, retorna Não) não retorne nada).
Como você pode ver, a função SE pode ser usada
para avaliar texto e valores. Ela também pode ser usada
para  avaliar erros. Você não está limitado a verificar ape-
nas se um valor é igual a outro e retornar um único resul-
tado; você também pode usar operadores matemáticos e
executar cálculos adicionais dependendo de seus critérios.
Também é possível aninhar várias funções SE juntas para
realizar várias comparações.

OBSERVAÇÃO : Se você for usar texto em fórmulas, será


preciso quebrar o texto entre aspas (por exemplo, “Texto”).
A única exceção é usar VERDADEIRO ou FALSO que o Excel
reconhece automaticamente.

Introdução
A melhor maneira de começar a escrever uma instru-
ção SE é pensar sobre o que você está tentando realizar.
Que comparação você está tentando fazer? Muitas vezes,
escrever uma instrução SE pode ser tão simples quanto =SE(E7=”Sim”;F5*0,0825;0)
pensar na lógica em sua cabeça: “o que aconteceria se Neste exemplo, a fórmula em F7 está dizendo SE(E7 =
essa condição fosse atendida vs. o que aconteceria se não “Sim”, calcule o Valor Total em F5 * 8,25%, caso contrário,
fosse?” Você sempre deve se certificar de que suas etapas nenhum Imposto sobre Vendas é cobrado, retorne 0)
sigam uma progressão lógica; caso contrário, sua fórmula
não executará aquilo que você acha que ela deveria exe- Práticas Recomendadas - Constantes
cutar. Isso é especialmente importante quando você cria No último exemplo, você vê dois “Sim” e a Taxa de
instruções SE complexas (aninhadas). Imposto sobre Vendas (0,0825) inseridos diretamente na
fórmula. Geralmente, não é recomendável colocar constan-

86
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

tes literais (valores que talvez precisem ser alterados oca- Exemplo de SE aninhada
sionalmente) diretamente nas fórmulas, pois elas podem
ser difíceis de localizar e alterar no futuro. É muito melhor
colocar constantes em suas próprias células, onde elas fi-
cam fora das constantes abertas e podem ser facilmente
encontradas e alteradas. Nesse caso, tudo bem, pois há
apenas uma função SE e a Taxa de Imposto sobre Vendas
raramente será alterada. Mesmo se isso acontecer, será fá-
cil alterá-la na fórmula.
Usar SE para verificar se uma célula está em branco
Às vezes, é preciso verificar se uma célula está em bran-
co, geralmente porque você pode não querer uma fórmula
exiba um resultado sem entrada. Em casos onde uma simples função SE tem apenas dois
resultados (Verdadeiro ou Falso), as funções se aninhadas
SE podem ter de 3 a 64 resultados.
=SE(D2=1;”SIM”;SE(D2=2;”Não”;”Talvez”))
Na ilustração acima, a fórmula em E2 diz: SE(D2 é igual
a 1, retorne “Sim”, caso contrário, SE(D2 é igual a 2, retorne
“Não”, caso contrário, retorne “Talvez”).

CONT.SE
Use CONT.SE, uma das funções estatísticas, para con-
tar o número de células que atendem a um critério; por
exemplo, para contar o número de vezes que uma cidade
específica aparece em uma lista de clientes.

Sintaxe
Nesse caso, usamos SE com a função ÉCÉL.VAZIA: CONT.SE(intervalo, critério)
=SE(ÉCÉL.VAZIA(D2),”Em branco”,”Não está em bran- Por exemplo:
co”) =CONT.SE(A2:A5;”maçãs”)
Que diz  SE(D2 está em branco, retorne “Em branco”, =CONT.SE(A2:A5,A4)
caso contrário, retorne “Não está em branco”). Você tam-
bém poderia facilmente usar sua própria fórmula para a Nome do argumento Descrição
condição “Não está em branco”. No próximo exemplo O grupo de células que você
usamos “” em vez de ÉCÉL.VAZIA. “” basicamente significa deseja contar.  Intervalo  pode
“nada”. conter números, matrizes,
intervalo    (obrigatório) um intervalo nomeado ou
referências que contenham
números. Valores em branco e
texto são ignorados.
Um número, expressão,
referência de célula ou cadeia
de texto que determina quais
células serão contadas.
Por exemplo, você pode usar
um número como 32, uma
critérios    (obrigatório) comparação, como “> 32”, uma
célula como B4 ou uma palavra
como “maçãs”.
CONT.SE usa apenas um
=SE(D3=””,”Em branco”,”Não está em branco”)
único critério. Use CONT.
Essa fórmula diz  SE(D3 é nada, retorne “Em branco”,
SES se você quiser usar vários
caso contrário, retorne “Não está em branco”). Veja um
critérios.
exemplo de um método muito comum de usar “” para im-
pedir que uma fórmula calcule se uma célula dependente
está em branco:
=SE(D3=””;””;SuaFórmula())
SE(D3 é nada, retorne nada, caso contrário, calcule sua
fórmula).

87
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Função SOMASE
Você pode usar a função SOMASE para somar os valores em uma intervalo que atendem aos critérios que você especi-
ficar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém números, você quer somar apenas os valores que são maiores
do que 5. Você pode usar a seguinte fórmula: = SOMASE (B2:B25,”> 5”).

Sintaxe
SOMASE(intervalo, critérios, [intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo    Necessário. O intervalo de células a ser avaliada por critérios. Células em cada intervalo devem ser números
ou nomes, matrizes ou referências que contenham números. Valores em branco e texto são ignorados. O intervalo selecio-
nado pode conter datas no formato padrão do Excel (exemplos abaixo).
critérios   Obrigatório. Os critérios na forma de um número, expressão, referência de célula, texto ou função que define
quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios podem ser expressos como 32, “>32”, B5, “32”, “maçãs” ou HOJE().
IMPORTANTE : Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos deve estar
entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéricos, as aspas duplas não serão necessárias.
intervalo_soma   Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células diferentes das especi-
ficadas no argumento intervalo. Se o argumento intervalo_soma for omitido, o Excel adicionará as células especificadas no
argumento intervalo (as mesmas células às quais os critérios são aplicados).
Você pode usar os caracteres curinga – o ponto de interrogação (?) e o asterisco (*) – como o argumento critérios. O
ponto de interrogação corresponde a qualquer caractere único; o asterisco corresponde a qualquer sequência de caracte-
res. Para localizar um ponto de interrogação ou asterisco real, digite um til (~) antes do caractere.

Comentários
A função SOMASE retorna valores incorretos quando você a utiliza para corresponder cadeias de caracteres com mais
de 255 caracteres ou para a cadeia de caracteres #VALOR!.
O argumento intervalo_soma não precisa ter o mesmo tamanho e forma que o argumento intervalo. As células reais
adicionadas são determinadas pelo uso da célula na extremidade superior esquerda do argumentointervalo_soma como a
célula inicial e, em seguida, pela inclusão das células correspondentes em termos de tamanho e forma no argumento in-
tervalo. Por exemplo:

Se o intervalo for e intervalo_soma for Então, as células reais serão


A1:A5 B1:B5 B1:B5
A1:A5 B1:B3 B1:B5
A1:B4 C1:D4 C1:D4
A1:B4 C1:C2 C1:D4

Porém, quando os argumentos intervalo e intervalo_soma na função SOMASE não contêm o mesmo número de células,
o recálculo da planilha pode levar mais tempo do que o esperado.

MÁXIMO (Função MÁXIMO)


Descrição
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
MÁXIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÁXIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor máximo
você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números nesta matriz ou referência serão usados. Células
vazias, valores lógicos ou texto na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÁXIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÁXIMOA.

88
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÁXIMO(A2:A6) Maior valor no intervalo A2:A6. 27
=MÁXIMO(A2:A6; 30) Maior valor no intervalo A2:A6 e o valor 30. 30

MÍNIMO (Função MÍNIMO)


Descrição
Retorna o menor número na lista de argumentos.
Sintaxe
MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor MÍNIMO
você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números daquela matriz ou referência poderão ser usados.
Células vazias, valores lógicos ou valores de erro na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÍNIMOA.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÍNIMO(A2:A6) O menor dos números no intervalo A2:A6. 2
=MIN(A2:A6;0) O menor dos números no intervalo A2:A6 e 0. 0

Média
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte
função =MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encon-
trado.

89
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Mesclar células Clique em Inserir > Gráficos Recomendados.


A mesclagem combina duas ou mais células para criar
uma nova célula maior. Essa é uma excelente maneira de
criar um rótulo que se estende por várias colunas. Por
exemplo, aqui, as células A1, B1 e C1 foram mescladas para
criar o rótulo “Vendas Mensais” e descrever as informações
nas linhas de 2 a 7.

Na guia Gráficos Recomendados, percorra a lista de ti-


pos de gráficos recomendados pelo Excel para seus dados.
Clique em qualquer tipo de gráfico para ver como os
seus dados aparecem naquele formato.

Selecione duas ou mais células adjacentes que você


deseja mesclar.

IMPORTANTE : Verifique se os dados que você deseja


agrupar na célula mesclada estão contidos na célula supe-
rior esquerda. Os dados nas outras células mescladas serão
excluídos. Para preservar os dados das outras células, copie
-os em outra parte da planilha antes de fazer a mesclagem.

Clique em Início > Mesclar e Centralizar.

DICA : Se não vir um tipo de gráfico que agrade você,


clique na guia Todos os Gráficos para ver todos os tipos de
gráfico disponíveis.
Quando você encontrar o tipo de gráfico desejado, cli-
que nele e clique emOK.
Use os botões Elementos do Gráfico, Estilos de Gráfi-
co e Filtros de Gráficopróximos ao canto superior direito do
Se o botão Mesclar e Centralizar estiver esmaecido, ve- gráfico para adicionar elementos de gráfico como  títulos
rifique se você não está editando uma célula e se as células de eixo ou rótulos de dados, para personalizar a aparência
que você quer mesclar não estão dentro de uma tabela. do seu gráfico ou alterar os dados exibidos no gráfico.

DICA :  Para mesclar células sem centralizar, clique na


seta ao lado de Mesclar e Centralizar e clique em Mesclar
Através ou Mesclar Células.
Se você mudar de ideia, é possível dividir as células que
foram mescladas.

Criar um gráfico no Excel para Windows


Use o comando Gráficos Recomendados na guia Inse-
rir para criar rapidamente um gráfico ideal para seus dados.
Selecione os dados que você deseja incluir no seu grá-
fico.

90
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

DICAS :  Se você tiver experiência limitada com Tabelas Dinâ-


Use as opções nas guias Design e Formatar para perso- micas ou não souber como começar, uma Tabela Dinâmica
nalizar a aparência do gráfico. Recomendada é uma boa opção. Quando você usa este
recurso, o Excel determina um layout significativo, combi-
nando os dados com as áreas mais adequadas da Tabela
Dinâmica. Isso oferece um ponto inicial para experimentos
adicionais. Depois que uma Tabela Dinâmica básica é cria-
da, você pode explorar orientações diferentes e reorgani-
zar os campos para obter os resultados desejados.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Ta-
Se você não vir essas guias, adicione as Ferramentas bela Dinâmica.
de gráfico  à faixa de opções clicando em qualquer lugar Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os
no gráfico. dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Criar uma Tabela Dinâmica no Excel para analisar Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica Recomen-
dados da planilha dada.
A capacidade de analisar todos os dados da planilha
pode ajudar você a tomar decisões de negócios melhores.
Porém, às vezes é difícil saber por onde começar, espe-
cialmente quando há muitos dados. O Excel pode ajudar,
recomendando e, em seguida, criando automaticamente
Tabelas Dinâmicas que são um excelente recurso para re-
SOMAir, analisar, explorar e apresentar dados. Por exem-
plo, veja uma lista simples de despesas:

O Excel cria uma Tabela Dinâmica em uma nova plani-


lha e exibe a Lista de Campos da Tabela Dinâmica.

Siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque
a caixa de seleção para o campo. Por
padrão, campos não numéricos são
Adicionar um campo adicionados à áreaLinha, as hierarquias
de data e hora são adicionadas à
área  Coluna  e os campos numéricos
são adicionados à área Valores.
Na área  NOME DO CAMPO,
Remover um campo desmarque a caixa de seleção para o
campo.
Arraste o campo de uma área
da  Lista de Campos da Tabela
Mover um campo
Dinâmica  para outra, por exemplo,
de Colunas para Linhas.
Atualizar a Tabela Na guia  Analisar Tabela Dinâmica,
Aqui estão os mesmos dados reSOMAidos em uma Ta- Dinâmica clique em Atualizar.
bela Dinâmica:
Criar uma Tabela Dinâmica manualmente
Se você sabe como organizar seus dados, pode criar
uma Tabela Dinâmica manualmente.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Ta-
bela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os
dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Criar uma Tabela Dinâmica Recomendada Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica.

91
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na planilha, os seus dados devem estar envolvidos por uma linha tracejada. Se não estiverem, clique e arraste para
selecionar os dados. Quando você fizer isso, a caixa Tabela/Intervalo será preenchida automaticamente com o intervalo de
células selecionado.
Em Escolher onde deseja que o relatório de tabela dinâmica seja colocado, escolha Nova planilha para colocar a Tabela
Dinâmica em uma nova guia de planilha. Se preferir, clique em Planilha existente e clique na planilha para especificar o local.
DICA : Para analisar várias tabelas em uma Tabela Dinâmica, marque a caixaAdicionar estes dados ao Modelo de Dados.
Clique em OK.
Na Lista de Campos da Tabela Dinâmica, siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por padrão,
Adicionar um campo campos não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias de data e hora são
adicionadas à área Colunae os campos numéricos são adicionados à área Valores.
Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para outra, por
Mover um campo
exemplo, de Colunas para Linhas.
Clique na seta ao lado do campo em Valores > Definições do Campo de Valor e, na
caixa Definições do Campo de Valor, altere o cálculo.

Alterar o cálculo usado em um


campo de valor

Atualizar a Tabela Dinâmica Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.

Proteger com senha uma pasta de trabalho


O Excel oferece várias maneiras de proteger uma pasta de trabalho. Você pode solicitar uma senha para abri-la, uma
senha para alterar dados e uma senha para alterar a estrutura do arquivo (adicionar, excluir ou ocultar planilhas). Você pode
também definir uma senha no modo de exibição Backstage para criptografar a pasta de trabalho.
Lembre-se, no entanto, de que esse tipo de proteção nem sempre criptografa os seus dados. Isso só é possível com a
senha criptografada criada no modo de exibição Backstage. Os usuários podem ainda usar ferramentas de terceiros para
ler dados não criptografados.
Vamos começar solicitando senhas para abrir um arquivo e alterar dados.
Clique em Arquivo > Salvar como.

92
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique em um local, como Computador ou a página da Você pode ignorar a opção Windows. Ela está desabili-
Web Meu Site. tada nessa versão do Excel.
Clique em uma pasta, como Documentos ou uma das Sempre é possível saber quando a estrutura da pasta
pastas no seu OneDrive, ou clique em Procurar. de trabalho está protegida. O botão Proteger Pasta de Tra-
Na caixa de diálogo Salvar como, vá até a pasta que balho acende.
você quer usar, abra a lista Ferramentas e clique em Op-
ções Gerais.
Insira a sua senha e clique em OK. Insira a mesma se-
nha para confirmar e clique novamente em OK.
OBSERVAÇÃO:  Para remover uma senha, siga as etapas
acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a senha
em branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo de se-
nha usado no Excel.
Criptografar a pasta de trabalho com uma senha
No modo de exibição Backstage, você pode definir uma
senha para a pasta de trabalho que fornece criptografia.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Pasta de
Trabalho >Criptografar com Senha.
Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
clique em OK.
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e
clique em OK.
OBSERVAÇÃO :  Para remover uma senha, siga as eta-
Você pode digitar uma das duas senhas aqui, uma para pas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a
abrir o arquivo, outra para mudar o arquivo. senha em branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo
de senha usado no Excel.
Por que minha senha desaparece quando salvo no for-
mato do Excel 97-2003?
Você deseja enviar a sua pasta de trabalho protegida
por senha para outras pessoas, mas eles ainda estão usan-
do o Excel 2003, que salva no formato de arquivo Excel 97-
2003 (*.xls). Você escolhe “Salvar como” usando o formato
97-2003, mas então você descobre que a senha definida na
pasta de trabalho desapareceu.
Isso acontece porque a sua versão do Excel usa um
novo esquema para salvar senhas, e o formato de arquivo
anterior não o reconhece. Como resultado, a senha é des-
cartada ao salvar seu arquivo para o formato do Excel 97-
2003. Defina a senha no arquivo *.xls para proteger a pasta
Consulte as anotações abaixo para mais informações. de trabalho novamente.
Para proteger a estrutura da sua pasta de trabalho, faça
isto: Proteger uma planilha com ou sem uma senha no
Clique em Revisar > Proteger Pasta de Trabalho. Excel
Clique em Estrutura. Para ajudar a proteger seus dados de alterações não
Consulte as anotações abaixo para saber mais sobre intencionais ou intencionais, proteja sua planilha, com ou
essa opção e a opçãoWindows. sem senha. Ela impede que outras pessoas removam a pro-
Digite uma senha na caixa Senha. teção da planilha: a senha deve ser inserida para desprote-
Clique em OK e redigite a senha para confirmá-la. ger a planilha.
OBSERVAÇÕES :  Por padrão, quando você protege uma planilha, o excel
Se você digitar a mesma senha para abrir e alterar a bloqueia todas as células nessa planilha. Antes de proteger
pasta de trabalho, os usuários somente precisarão digitar a planilha, desbloqueie quaisquer células que desejar alte-
a senha uma vez. rar antes de seguir essas etapas.
Se você solicitar somente uma senha para alterar a Clique na guia Revisão e clique em Proteger Planilha.
pasta de trabalho, os usuários podem abrir uma cópia so- Verifique se a caixa de seleção Proteger a planilha e o
mente leitura do arquivo, salvá-la com outro nome e alterar conteúdo de células bloqueadas está marcada.
seus dados. Para usar uma senha, digite-a na caixa Senha para des-
Selecionar a opção Estrutura previne outros usuários proteger a planilha. 
de visualizar planilhas ocultas, adicionar, mover, excluir ou Outros usuários podem remover a proteção se você
ocultar planilhas e renomear planilhas. não usar uma senha.

93
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

IMPORTANTE :  Anote sua senha e armazene-a em lo-


cal seguro. Nós sinceramente não podemos ajudar você a
recuperar senhas perdidas.
Se você digitou uma senha na etapa 3, redigite-a para
confirmá-la.

Em  Cores do Tema  ou  Cores Padrão, selecione a cor


desejada.

Marque ou desmarque as caixas de seleção em Permi-


tir que todos os usuários desta planilha possam e clique
em OK.

OBSERVAÇÕES : 
Para remover a proteção da planilha, clique em Revi-
são, clique emDesproteger Planilha e digite a senha, se ne-
cessário.
Se uma macro não pode executar na planilha protegi- Para utilizar uma cor personalizada, clique em Mais Co-
da, você verá uma mensagem e a macro será interrompida res, e em seguida, na caixa de diálogo Cores, selecione a
cor desejada.
Adicionar ou alterar a cor do plano de fundo das DICA : Para aplicar a cor selecionada mais recentemen-
células te, clique em Cor de Preenchimento  . Você também
É possível realçar dados em células utilizando Cor de encontrará até 10 cores personalizadas selecionadas mais
preenchimento para adicionar ou alterar a cor do plano de recentemente em Cores recentes.
fundo ou padrão das células. Veja como: Aplicar um padrão ou efeitos de preenchimento.
Selecione as células que deseja realçar. Quando você deseja algo mais do que apenas um
DICAS : Para utilizar uma cor de fundo diferente para preenchimento de cor sólida, experimente aplicar um pa-
a planilha inteira, clique no botão Selecionar Tudo. Isso irá drão ou efeitos de preenchimento.
ocultar as linhas de grade, mas é possível melhorar a legi- Selecione a célula ou intervalo de células que deseja
bilidade da planilha exibindo bordas ao redor de todas as formatar.
células. Clique em Página Inicial > iniciador da caixa de diálo-
go Formatar Células ou pressione Ctrl + Shift + F.

Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de


Preenchimento  .

94
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na guia Preenchimento, em Cor de Fundo, selecione a


cor desejada.

Na guia Folha, em Imprimir, desmarque as caixas de


seleção Preto e branco e Qualidade de rascunho.
OBSERVAÇÃO :  Se você não visualizar cores em sua
planilha, talvez esteja trabalho no modo de alto contraste.
Se não visualizar cores ao visualizar antes de imprimir, tal-
vez nenhuma impressora colorida esteja selecionada.

Principais atalhos
CTRL+Menos (-)  — Exibe a caixa de diálogo Excluir
para excluir as células selecionadas.
CTRL+; — Insere a data atual.
CTRL+` — Alterna entre a exibição dos valores da célu-
la e a exibição de fórmulas na planilha.
CTRL+’ — Copia uma fórmula da célula que está acima
da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
CTRL+1 — Exibe a caixa de diálogo Formatar Células.
Para utilizar um padrão com duas cores, selecione uma CTRL+2 — Aplica ou remove formatação em negrito.
cor na caixa Cor do Padrão e, em seguida, selecione um CTRL+3 — Aplica ou remove formatação em itálico.
padrão na caixa Estilo do Padrão. CTRL+4 — Aplica ou remove sublinhado.
Para utilizar um padrão com efeitos especiais, clique CTRL+5 — Aplica ou remove tachado.
em Efeitos de Preenchimento, e, em seguida, selecione as CTRL+6 — Alterna entre ocultar objetos, exibir objetos
opções desejadas. e exibir espaços reservados para objetos.
DICA : Na caixa Amostra, é possível visualizar o plano CTRL+8  —  Exibe ou oculta os símbolos de estrutura
de fundo, o padrão e os efeitos de preenchimento selecio- de tópicos.
nados. CTRL+9 — Oculta as linhas selecionadas.
Remover cores de célula, padrões, ou efeitos de preen- CTRL+0 — Oculta as colunas selecionadas.
chimento CTRL+A  — Seleciona a planilha inteira. Se a planilha
Para remover quaisquer cores de fundo, padrões ou contiver dados, este comando seleciona a região atual.
efeitos de preenchimento das células, basta selecioná-las. Pressionar CTRL+A novamente seleciona a região atual e
Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de Preenchi- suas linhas de reSOMAo. Pressionar CTRL+A novamente
mento, e então selecione Sem Preenchimento. seleciona a planilha inteira.
CTRL+SHIFT+A — Insere os nomes e os parênteses do
argumento quando o ponto de inserção está à direita de
um nome de função em uma fórmula.
CTRL+N — Aplica ou remove formatação em negrito.
CTRL+C — Copia as células selecionadas.
CTRL+C (seguido por outro CTRL+C)  — exibe a Área
de Transferência.
CTRL+D — Usa o comando Preencher Abaixo para co-
piar o conteúdo e o formato da célula mais acima de um
Imprimir cores de célula, padrões ou efeitos de preen- intervalo selecionado nas células abaixo.
chimento em cores CTRL+F — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
Se as opções de impressão estiverem definidas tuir com a guia Localizar selecionada.
como Preto e branco ouQualidade de rascunho — seja SHIFT+F5 — Também exibe essa guia, enquanto SHIF-
propositalmente ou porque a pasta de trabalho contém T+F4 repete a última ação de Localizar.
planilhas e gráficos grandes ou complexos que resultaram CTRL+SHIFT+F  — Abre a caixa de diálogo Formatar
na ativação automática do modo de rascunho — não será Células com a guia Fonte selecionada.
possível imprimir as células em cores. Veja aqui como re- CTRL+G  —  Exibe a caixa de diálogo Ir para. (F5 tam-
solver isso: bém exibe essa caixa de diálogo.)
Clique em Layout da Página > iniciador da caixa de diá- CTRL+H — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
logo Configurar Página. tuir com a guia Substituir selecionada.
CTRL+I — Aplica ou remove formatação em itálico.

95
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

CTRL+K — Exibe a caixa de diálogo Inserir Hiperlink para novos hiperlinks ou a caixa de diálogo Editar Hiperlink para
os hiperlinks existentes que estão selecionados.
CTRL+N — Cria uma nova pasta de trabalho em branco
CTRL+O — Exibe a caixa de diálogo Abrir para abrir ou localizar um arquivo.
CTRL+SHIFT+O — Seleciona todas as células que contêm comentários.
CTRL+P — Exibe a caixa de diálogo Imprimir.
CTRL+SHIFT+P — Abre a caixa de diálogo Formatar Células com a guia Fonte selecionada.
CTRL+R — Usa o comando Preencher à Direita para copiar o conteúdo e o formato da célula mais à esquerda de um
intervalo selecionado nas células à direita.
CTRL+B — Salva o arquivo ativo com seu nome de arquivo, local e formato atual.
CTRL+T — Exibe a caixa de diálogo Criar Tabela.
CTRL+S — Aplica ou remove sublinhado.
CTRL+SHIFT+S — Alterna entre a expansão e a redução da barra de fórmulas.
CTRL+V — Insere o conteúdo da Área de Transferência no ponto de inserção e substitui qualquer seleção. Disponível
somente depois de ter recortado ou copiado um objeto, texto ou conteúdo de célula.
CTRL+ALT+V — Exibe a caixa de diálogo Colar Especial, disponível somente depois que você recortar ou copiar um
objeto, textos ou conteúdo de célula em uma planilha ou em outro programa.
CTRL+W — Fecha a janela da pasta de trabalho selecionada.
CTRL+X — Recorta as células selecionadas.
CTRL+Y — Repete o último comando ou ação, se possível.
CTRL+Z — Usa o comando Desfazer para reverter o último comando ou excluir a última entrada digitada.
CTRL+SHIFT+Z — Usa o comando Desfazer ou Refazer para reverter ou restaurar a correção automática quando Mar-
cas Inteligentes de AutoCorreção são exibidas.
CTRL+SHIFT+( — Exibe novamente as linhas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+) — Exibe novamente as colunas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+& — Aplica o contorno às células selecionadas.
CTRL+SHIFT+_ — Remove o contorno das células selecionadas.
CTRL+SHIFT+~ — Aplica o formato de número Geral.
CTRL+SHIFT+$ — Aplica o formato Moeda com duas casas decimais (números negativos entre parênteses)
CTRL+SHIFT+% — Aplica o formato Porcentagem sem casas decimais.
CTRL+SHIFT+^ — Aplica o formato de número Exponencial com duas casas decimais.
CTRL+SHIFT+# — Aplica o formato Data com dia, mês e ano.
CTRL+SHIFT+@ — Aplica o formato Hora com a hora e os minutos, AM ou PM.
CTRL+SHIFT+! — Aplica o formato Número com duas casas decimais, separador de milhar e sinal de menos (-) para
valores negativos.
CTRL+SHIFT+* — Seleciona a região atual em torno da célula ativa (a área de dados circunscrita por linhas e colunas
vazias).
CTRL+SHIFT+: — Insere a hora atual.
CTRL+SHIFT+” –Copia o valor da célula que está acima da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
CTRL+SHIFT+Mais (+) — Exibe a caixa de diálogo Inserir para inserir células em branco.

Fórmulas básicas
As primeiras fórmulas aprendidas na escola são as de adição, subtração, multiplicação e divisão. No Excel não é dife-
rente.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


=SOMA(A1;A2).
Para aplicar a fórmula de soma você
Dica: Sempre separe a indicação
precisa, apenas, selecionar as células
das células com ponto e vírgula
que estarão envolvidas na adição,
Adição =SOMA(célulaX;célula Y) (;). Dessa forma, mesmo as
incluindo a sequência no campo
que estiverem em localizações
superior do programa junto com o
distantes serão consideradas na
símbolo de igual (=)
adição
Segue a mesma lógica da adição,
mas dessa vez você usa o sinal
Subtração =(célulaX-célulaY) correspondente a conta que será feita (-) =(A1-A2)
no lugar do ponto e vírgula (;), e retira a
palavra “soma” da função

96
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Use o asterisco (*) para indicar o


Multiplicação = (célulaX*célulaY) = (A1*A2)
símbolo de multiplicação
A divisão se dá com a barra de divisão
Divisão =(célulaX/célulaY) (/) entre as células e sem palavra antes =(A1/A2)
da função

Fórmulas bastante requisitadas


Outros algoritmos que são bastante importantes nas planilhas são aqueles que mostram valores de média, máxima e
mínimo. Mas para usar essas funções, você precisa estabelecer um grupo de células.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Você deve usar a palavra “media”
antes das células indicadas, que
Média =MEDIA(célula X:célulaY) são sempre separadas por dois =MEDIA(A1:A10)
pontos (:) e representam o grupo
total que você precisa calcular
Segue a mesma lógica, mas usa a
Máxima =MAX(célula X:célulaY) =MAX(A1:A10)
palavra “max”
Mínima =MIN(célula X:célulaY) Dessa vez, use a expressão “min” =MIN(A1:A10)

Função Se
Essa função trata das condições de valores solicitados. Para que entenda, se você trabalhar em uma loja que precisa
saber se os produtos ainda estão no estoque ou precisam de mais unidades, essa é uma excelente ferramenta. Veja por que:

Cálculo Fórmula Exemplo


=se(B1<=0 ; “a ser enviado” ; “no estoque”)
Essa linguagem diz ao Excel que se o conteúdo da célula B1
=se(célulaX<=0 ; “O que precisa saber
Função Se é menor ou igual a zero ele deve exibir a mensagem “a ser
1” ; “o que precisa saber 2”)
enviado” na célula que contem a fórmula. Caso o conteúdo
seja maior que zero, a mensagem que aparecerá é “no estoque”

*Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/informatica/artigos/71948/23-formulas-e-atalhos-que-vao-facilitar-sua-
vida-no-excel#ixzz48neY9XBW

MS POWERPOINT2

As apresentações do PowerPoint funcionam como apresentações de slide. Para transmitir uma mensagem ou uma
história, você a divide em slides. Considere cada slide com uma tela em branco para as imagens, palavras e formas que
ajudarão a criar sua história.
Escolha um tema
Ao abrir o PowerPoint, você verá alguns modelos e temas internos. Um tema é um design de slide que contém corres-
pondências de cores, fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre outros recursos.
Escolher um tema.
Clique em Criar ou selecione uma variação de cor e clique em Criar.

2 Fonte: https://support.office.com/pt-br/powerpoint

97
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Adicionar cor e design aos meus slides com temas


Você não é um designer profissional, mas você quiser
sua apresentação pareça que você está. “Temas” tudo o
que fazer para você — você apenas escolha um e crie!
Quando você abre o PowerPoint, vê os designs de slide
coloridos internos (ou ‘temas’) que pode aplicar às apre-
sentações.
Escolher um tema quando você abre o PowerPoint
Escolha um tema.

OBSERVAÇÃO :  Se você não vir quaisquer variantes,


pode ser porque você está usando um tema personaliza-
do, um tema mais antigo projetado para versões anteriores
do PowerPoint, ou porque você importou alguns slides de
outra apresentação com um tema personalizado ou mais
antigo.

Criar e salvar um tema personalizado


Você pode criar um tema personalizado modificando
um tema existente ou começar do zero com uma apresen-
tação em branco.

Clique primeiro slide e, em seguida, na guia Design, cli-


DICA : Esses temas internos são ótimos para wides- que na seta para baixo no grupo variantes.
creen (16:9) e apresentações de tela padrão (4:3).
Escolha uma variação de cor e clique em Criar. Clique em cores, fontes, efeitos ou Estilos de plano de
fundo e escolha uma das opções internas ou personalizar
o seu próprio.

Quando terminar de personalizar estilos, clique na seta


para baixo no grupo temas e clique em Salvar tema atual.

Dê um nome para seu tema e clique em Salvar. Por


padrão, ele é salvar com seus outros temas do PowerPoint
e estará disponível no grupo temas em um cabeçalho per-
sonalizado

Adicionar um novo slide


Na guia Exibir, clique em Normal.

Alterar o tema ou variação da sua apresentação


Se você mudar de ideia, poderá sempre alterar o tema
ou variação na guia Design.
Na guia Design, escolha um tema com as cores, as fon-
tes e os efeitos desejados.
DICA : Para visualizar a aparência que o slide terá com
um tema aplicado, coloque o ponteiro do mouse sobre a
miniatura de cada tema.
Para aplicar uma variação de cor diferente a um tema No painel de miniaturas de slides à esquerda, clique no
específico, no grupo Variantes, selecione uma variante. slide depois do qual deseja adicionar o novo slide.
O grupo de variantes aparece à direita do grupo te-
mas e as opções variam dependendo do tema que você
selecionou.

98
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na guia Início, clique em Novo Slide. DICA : Para selecionar vários slides, pressione e mantenha
pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide que
deseja mover e arraste-os como um grupo para o novo local.

Excluir um slide
No painel à esquerda, clique com o botão direito do
mouse na miniatura de slide que você deseja excluir (man-
tenha pressionada a tecla CTRL para selecionar vários sli-
des) e então clique em Excluir Slide.

Na galeria de layouts, clique no layout desejado para o


seu novo slide. Cada opção na galeria é um layout de slide
diferente que pode conter espaços reservados para texto,
vídeos, fotos, gráficos, formas, clip-art, uma tela de fundo e
formatação de temas, como cores, fontes e efeitos. 
Seu novo slide é inserido, e você pode clicar dentro de
um espaço reservado para começar a adicionar conteúdo.

Reorganizar a ordem dos slides


No painel à esquerda, clique na miniatura do slide que
deseja mover e então arraste-o para o novo local.

Salvar a sua apresentação


Na guia Arquivo, escolha Salvar.
Selecionar ou navegar até uma pasta.
Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a
apresentação e escolha Salvar.
OBSERVAÇÃO : Se você salvar arquivos com frequência
em uma determinada pasta, você pode ‘fixar’ o caminho para
que ele fique sempre disponível (conforme mostrado abaixo).

99
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

DICA :  Salve o trabalho à medida que o fizer. Pressione CTRL + S com frequência.

Adicionar texto
Selecione um espaço reservado para texto e comece a digitar.

Formatar seu texto


Selecione o texto.
Em Ferramentas de desenho, escolha Formatar.

Siga um destes procedimentos:


Para alterar a cor de seu texto, escolha Preenchimento de Texto e escolha uma cor.
Para alterar a cor do contorno de seu texto, escolha Contorno do Texto e, em seguida, escolha uma cor.
Para aplicar uma sombra, reflexo, brilho, bisel, rotação 3D, uma transformação, escolha Efeitos de Texto e, em seguida,
escolha o efeito desejado.

Adicionar imagens
Na guia Inserir, siga um destes procedimentos:
Para inserir uma imagem que está salva em sua unidade local ou em um servidor interno, escolha Imagens, procure a
imagem e escolha Inserir.
Para inserir uma imagem da Web, escolha Imagens Online e use a caixa de pesquisa para localizar uma imagem.

100
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Escolha uma imagem e clique em Inserir.


Adicionar anotações do orador
Os slides ficam melhores quando você não insere informações em excesso. Você pode colocar fatos úteis e anotações
nas anotações do orador e consultá-los durante a apresentação.
Para abrir o painel de anotações, na parte inferior da janela, clique em Anotações  .
Clique no painel de Anotações abaixo do slide e comece a digitar suas anotações.

Fazer sua apresentação

Na guia Apresentação de Slides, siga um destes procedimentos:


Para iniciar a apresentação no primeiro slide, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo.

Se você não estiver no primeiro slide e desejar começar do ponto onde está, clique em Do Slide Atual.
Se você precisar fazer uma apresentação para pessoas que não estão no local onde você está, clique em Apresentar
Online para configurar uma apresentação pela Web e escolher uma das seguintes opções:
Apresentar-se online usando o Office Presentation Service
Iniciar uma apresentação online no PowerPoint usando o Skype for Business

Sair da exibição Apresentação de Slides


Para sair da exibição de Apresentação de Slides a qualquer momento, pressione a tecla Esc do teclado.

O que é um layout de slide?


Cada layout de slide contém espaços reservados para texto, vídeos, fotos, gráficos, formas, clip-art, um plano de fundo
e muito mais, contendo também a formatação, como cores de tema, fontes e efeitos para esses objetos.
Cada tema (paleta de cores, fontes e efeitos especiais) que você usa em sua apresentação inclui um slide mestre e um
conjunto de layouts relacionados. Se usar mais de um tema na apresentação, você terá mais de um slide mestre e vários
conjuntos de layouts.
Você alterar os layouts de slide que são criados para o PowerPoint no modo de exibição de Slide mestre. A imagem
abaixo mostra o slide mestre e dois dos dez layouts do tema base no modo de exibição de Slide mestre.

101
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Em seguida, ao incluir conteúdo nos slides, você pode escolher os layouts de slide mais adequados ao conteúdo, como
mostrado aqui no Modo de Exibição Normal.

O diagrama a seguir mostra as várias partes de um layout que você pode incluir em um slide do PowerPoint.

102
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O que é um slide mestre?


Slides mestres foram projetados para ajudá-lo a criar apresentações com ótima aparência em menos tempo, sem muito
esforço. Quando desejar que todos os slides para conter as mesmas fontes e imagens (como logotipos), você poderá fazer
essas alterações no Slide mestre e elas vai ser aplicadas a todos os slides.

Para acessar o modo de exibição de Slide mestre, na guia Exibição, localizamos o bloco Modos de Exibição Mestre.

Os layouts de slide relacionados aparecem logo abaixo do slide mestre.

Quando você edita o slide mestre, todos os slides que seguem aquele mestre conterá essas alterações. No entanto, a
maioria das alterações feitas serão provavelmente ser os layouts de slide relacionada ao mestre.
Quando fizer alterações em layouts e o slide mestre no modo de exibição de Slide mestre, outras pessoas que traba-
lham na sua apresentação (no modo de exibição Normal) não podem excluir acidentalmente ou editar que você já fez.
Dica final: é recomendável editar o slide mestre e os layouts antes de começar a criar os slides individuais. Dessa ma-
neira, todos os slides adicionados à sua apresentação se basearão em suas edições personalizadas. Se você editar o slide
mestre ou os layouts após criar cada slide, precisará aplicar novamente os layouts alterados aos slides da apresentação no
modo de exibição Normal. Caso contrário, as alterações não aparecerão nos slides.

103
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Temas
Um tema é uma paleta de cores, fontes e efeitos especiais (como sombras, reflexos, efeitos 3D e muito mais) que com-
plementar uns com os outros. Um designer competente criado cada tema no PowerPoint. Podemos disponibilizar esses
temas predefinidos na guia Design na exibição Normal.
Todos os temas usados em sua apresentação incluem um slide mestre e um conjunto de layouts relacionados. Se você
usar mais de um tema na apresentação, terá mais de um slide mestre e vários conjuntos de layouts.

Layouts de Slide

Altere e gerenciar layouts de slide no modo de exibição de Slide mestre. Para acessar o modo de exibição de Slide mes-
tre, na guia Exibir, selecione Mestre de lado. Os layouts estão localizados embaixo do slide mestre no painel de miniatura
no lado esquerdo da tela.

Cada tema tem um número diferente de layouts. Você provavelmente não usar todos os layouts fornecidos com um
tema específico, mas escolher os layouts que melhor correspondem conteúdo do slide.
No modo de exibição Normal, você aplicará os layouts aos slides (mostrado abaixo).

104
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você pode alterar nada sobre um layout para atender


às suas necessidades. Quando você altera um layout e vá
para Normal visualização, todos os slides que você adi-
ciona depois que será baseado neste layout e refletirão a
aparência alterada de layout. No entanto, se houver slides
existentes na sua apresentação que se baseiam a versão
antiga do layout, você precisará reaplicar o layout para es-
ses slides.

Aplicar ou alterar um layout de slide


Todos os temas no PowerPoint incluem um slide mes-
tre e um conjunto de layouts de slide. O layout de slide que
você escolher dependerá da cor, tipos de letra e como você
quer que o texto e outro conteúdo sejam organizados nos
slides. Se os layouts predefinidos não funcionarem, você
poderá alterá-los.
Aplicar um layout de slide no Modo de Exibição Normal
Escolha um layout predefinido que coincida com o ar-
ranjo do texto e outros espaços reservados de objeto que
você planeja incluir no slide.
Cada layout de slide é configurada de forma diferente Na guia Exibição, clique em Normal.
— com tipos diferentes de espaços reservados em locais No Modo de Exibição Normal, no painel de miniaturas
diferentes em cada layout. à esquerda, clique no slide ao qual você deseja aplicar um
Cada slide mestre tem um layout de slide relacionados layout.
chamado Layout de Slide de título, e cada tema organiza Na guia Página Inicial, clique em Layout e selecione o
o texto e outros espaços reservados de objeto para que o layout desejado.
layout diferente, com efeitos, fontes e cores diferentes. A
imagem abaixo mostra primeiro, a versão do tema base do
layout chamado Layout do Slide de título. E para compa-
rá-lo, o layout de slide abaixo dele é o Layout de Slide de
título do tema Integral.

Alterar um layout de slide no Modo de Exibição de Sli-


de Mestre
Se você não encontrar um layout de slide que funcio-
ne com o texto e outros objetos que você planeja incluir
nos slides, altere um layout no Modo de Exibição de Slide
Mestre.
Na guia Exibição, clique em Normal.
No Modo de Exibição de Slide Mestre, no painel de
miniaturas à esquerda, clique em um layout de slide que
você deseja alterar.

105
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na guia Design, clique em Tamanho do Slide e selecio-


ne uma opção.

Alterar a orientação, clique em Tamanho do Slide per-


sonalizado e, em seguida, selecione na orientação desejada
em orientação.

Na guia Slide Mestre, para alterar o layout, execute um


ou mais dos seguintes procedimentos:
Para adicionar um espaço reservado, clique em Inserir
Espaço Reservado e, em seguida, escolha um tipo de espa- Para criar um tamanho de slide personalizado, clique
ço reservado na lista. em  Tamanho do Slide personalizado  e selecione tela, lar-
Para reorganizar um espaço reservado, clique na borda gura e altura opções no lado esquerdo da caixa de diálo-
do espaço reservado até ver uma seta de quatro pontas e go Tamanho do Slide.
arraste o espaço reservado para o novo local no slide.
Para excluir um espaço reservado, selecione-o e, em Adicione espaços reservados para slide layouts para
seguida, pressione Delete no teclado. conter texto, imagens, vídeos, etc.
Para adicionar um novo layout, clique em Inserir Layout. Espaços reservados são caixas com bordas pontilhadas
Para renomear um layout, no painel de miniaturas à que armazenam conteúdo em seu lugar em um layout de
esquerda, clique com o botão direito do mouse layout que slide. Você pode adicionar um espaço reservado para um
você deseja renomear, clique em Renomear Layout, digite layout de slide para conter conteúdo, como texto, imagens,
o novo nome do layout e clique em Renomear. tabelas, gráficos, SmartArt gráficos, clip-art, vídeos e muito
IMPORTANTE: Se você alterar um layout que você usou mais.
em sua apresentação, ir para o modo de exibição Normal IMPORTANTE :  Só podem ser adicionados a espaços
e reaplicar o novo layout para esses slides se desejar obter reservados em layouts, slides não individuais em uma apre-
suas alterações. Por exemplo, se você alterar o layout de sentação de slides.
slide de demonstração, os slides da sua apresentação usan- Na guia Exibir, clique em Slide Mestre.
do o layout de demonstração mantêm a aparência original, No painel de miniaturas esquerdo, clique no layout de
se você não aplicar o layout revisado para cada uma delas. slide ao qual você deseja adicionar um ou mais espaços
Alterar a orientação dos slides reservados.
Você pode alterar a orientação de todos os slides padrão, A seguir é mostrado o layout de slide Título e Conteú-
widescreen ou um tamanho personalizado, e você pode espe- do, que contém um espaço reservado para o título e outro
cificar a orientação retrato ou paisagem de slides e anotações. para qualquer tipo de conteúdo:

106
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você pode alterar um espaço reservado para redimen-


sioná-lo, reposicione, ou alterando a fonte, o tamanho, o
caso, a cor ou o espaçamento do texto dentro dele. Você
também pode excluir um espaço reservado de um layout
de slide ou um slide individual selecionando-a e pressio-
nando Delete.

Atalhos usados com frequência


A tabela a seguir relaciona os atalhos mais usados no
PowerPoint.

Para Pressione
Aplicar negrito ao texto
Ctrl+B
selecionado.
Altere o tamanho da fonte ALT + C, F e, em
Na guia Slide Mestre, clique em Inserir Espaço Reserva-
do texto selecionado. seguida, S
do e, em seguida, clique no tipo de espaço reservado que
você deseja adicionar. Altere o zoom do slide. ALT + W, P
Recorte o texto
selecionado, objeto ou Ctrl+X
slide.
Copie o texto selecionado,
Ctrl+C
objeto ou slide.
Colar recortado ou copiado
Ctrl+V
texto, objetos ou slide.
Desfazer a última ação. Ctrl+Z
Salve a apresentação. Ctrl+B
Inserir uma imagem. ALT + N, P
Inserir uma forma. ALT + H, S e H
Selecione um tema. ALT + G, H
Selecione um layout de
ALT + H, L
slide.
Ir para o próximo slide. Page Down
Vá para o slide anterior. Page Up
Vá para a guia página
Alt+C
inicial.
Mover para a guia Inserir. ALT+T
Inicie a apresentação de
ALT + S, B
slides.
Painel com scorecard
Encerre a apresentação de
e mapa estratégico;
slides.
perguntas
Feche o PowerPoint. ALT + F, X
Clique em um local no layout de slide e arraste para
desenhar o espaço reservado. Você pode adicionar quan- LIBREOFFICE
tos espaços reservados como desejar.
Quando terminar, na guia Slide mestre, clique em Fe- O LibreOffice é uma uma suíte de aplicativos livre para
char modo de exibição mestre. escritório disponível para Windows, Unix, Solaris, Linux e
Siga um destes procedimentos: Mac OS X; sua interface limpa e suas poderosas ferramen-
Para reaplicar o layout alterado recentemente a um tas libertam sua criatividade e melhoram sua produtivida-
slide existente, na lista de miniaturas de slide, selecione o de. LibreOffice incorpora várias aplicações que a tornam
slide e, em seguida, na guia página inicial, clique em La- a mais avançada suite office livre e de código aberto do
yout e, em seguida, selecione o layout revisado. mercado. O processador de textos Writer, a planilha Calc,
Para adicionar um novo slide que contém o layout (com o editor de apresentações Impress, a aplicação de desenho
os recém-adicionado espaços reservados), na guia página e fluxogramas Draw, o banco de dados Base e o editor de
inicial, clique em Novo Slide e, em seguida, selecione o la- equações Math são os componentes do LibreOffice.
yout revisado do slide.

107
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Libre de liberdade, agora e para sempre. absorve o trabalho da suíte, em 1999. Em 2000, a Sun li-
O LibreOffice é um software livre e de código fonte berou o código-fonte da suíte sob as licenças LGPL/SISSL,
aberto. É desenvolvido de forma colaborativa por todo de- com o nome comercial StarOffice 5.0. A comunidade Open
senvolvedor interessado em desenvolver seus talentos e Source lança, ainda em 2000, a primeira versão livre do pa-
novas ideias. O software é testado e usado diariamente por cote (suíte) OpenOffice.org.
uma ampla e dedicada comunidade de usuários. Você tam- No Brasil, houveram problemas com a marca OpenOf-
bém pode participar e influenciar seu desenvolvimento. fice.org. Em 1998, uma empresa do Rio de Janeiro (BWS
Informática) registrou a marca “Open Office” junto ao INPI.
Janela Inicial Dado o sucesso da marca / suíte OpenOffice.org, a compa-
A Janela inicial aparece quando não houver documen- nhia carioca que havia registrado o nome Open Office per-
tos abertos no LibreOffice. Ela é dividida em dois painéis. petrou uma campanha de ameaças de processos por uso
Clique num dos ícones para abrir um novo documento ou indevido da sua marca, obrigando a comunidade brasileira
para abrir uma caixa de diálogo de arquivo. a adotar um novo nome: BrOffice.org.

Surgimento da TDF (The Document Foundation)


Após algum tempo, nova reviravolta: a Sun é comprada
pela Oracle, a conhecida gigante do mundo dos Bancos de
Dados Corporativos. Com a aquisição da Sun, no que tan-
ge a SL e suas especificidades, a comunidade internacio-
nal se viu compelida a adotar uma nova marca para a sua
suíte, ao mesmo tempo aproveitando todo o código-fonte
existente do OpenOffice.org. Foi criada assim a OpenDocu-
ment Foundation, já contando com o aporte de importan-
tes programadores de companhias como a IBM, Canonical,
BrOffice.org, Collabora, FSF (Free Software Foundation),
dentre muitas outras, além, é claro, de toda ajuda desta e
de outras companhias em questões extradesenvolvimento,
como, por exemplo, questões jurídicas. Veja a relação com-
pleta de entidades endossantes do TDF em http://www.do-
cumentfoundation.org/supporters/.
Espere-se que o LibreOffice.org difira bastante, no de-
Cada ícone de documento abre um novo documento correr do seu longo e necessário processo de desmembra-
do tipo especificado. mento e bifurcação (fork), pelas razões aqui elencadas. A
• Documento de texto abre o LibreOffice Writer interface do LibreOffice.org já recebe, por ora, inúmeras
• Planilha abre o LibreOffice Calc sugestões de redesenho; o Projeto Renaissance, por exem-
• Apresentação abre o LibreOffice Impress plo, que provê para o LibreOffice.org uma interface similar
• Desenho abre o LibreOffice Draw ao Ribbon, da suíte da Microsoft (Office 2007 em diante).
• Banco de dados abre o LibreOffice Base Dizer que a fundação BrOffice.org apoia a TDF é pou-
• Fórmula abre o LibreOffice Math co preciso: o BrOffice.org, junto com a fundação respon-
• O ícone Modelos abre a caixa de diálogo Modelos sável pela suíte OxigenOfice se fundem ao projeto TDF e
e documentos. passam a ser o mesmo software. Se você executar o ícone
• O ícone Abrir um documento apresenta uma caixa do BrOffice.org e vir, ao invés do logo do próprio, o logo
de diálogo para abrir arquivos. com a palavra “LibreOffice.org”, não se assuste, pois é uma
questão meramente cosmética. Na verdade, são ambos o
mesmo software.
O painel da direita contém miniaturas dos documentos
Ao visitar o sítio http://www.documentfoundation.org/
recém-abertos. Passe o mouse por cima da miniatura para
ver-se-á o manifesto da fundação, que diz:
destacar o documento, exibir uma dica sobre o local onde [TDF] É uma organização autônoma, independente e
o documento reside e exibir um ícone em cima à direita meritocrática, criada pelos líderes da Comunidade Ope-
para excluir a miniatura do painel e da lista dos documen- nOffice.org (a fundação, não a Oracle).
tos recentes. Clique na miniatura para abrir o documento Continuamos o trabalho de dez (10) anos da Comuni-
subjacente. dade OpenOffice.org;
Obs,.: Nem todos os arquivos mostrarão uma miniatura Fomos criados com a crença de que a cultura gerada
do seu conteúdo. No lugar, pode ser mostrado um ícone em uma organização independente agrega que há de me-
grande que representa o tipo de arquivo. lhor nos desenvolvedores e provê aos clientes o que há de
melhor em software;
Histórico Somos abertos a quem quiser colaborar com as nossas
Uma empresa pequena e produtiva, chamada StarDi- atividades, dentro de nossos valores básicos;
vision, da Alemanha, desenvolvia uma suíte de aplicativos Aceitamos colaboração corporativa, por exemplo, para
para escritório. A Sun, uma grande companhia de software, nos ajudar no custeio de colaboradores dentro da comu-
antevendo a briga pelas suítes de escritório, compra-a e nidade.

108
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pelos motivos aqui elencados, doravante adotaremos Paralelamente, o padrão ODF possibilita a concorrên-
LibreOffice.org para nos referimos ao pacote, salvo men- cia, pois permite adquirir software de mais de um fornece-
ção em contrário. dor, já que o formato não é propriedade de uma empresa.
Também possibilita que as pessoas tenham comuni-
Formato Open Document cabilidade e interoperabilidade na troca de documentos.
O openDocument 1.0 foi publicado pelo grupo OASIS Obviamente, quando se usa um padrão aberto a sociedade
(“Organization for the Advancement of Structured Informa- é o maior beneficiário já que o texto digitado poderá ser
tion Standards”), como um padrão aberto e padronizado. lido por vários programas.
ODF significa Open Document Format (Formato de do- Vários governos estão aprovando a preferência pelo
cumento aberto) e é um conjunto de regras para a criação uso de formatos abertos para trocar informações e textos.
de diversos tipos de arquivos. O ODF é o formato escolhido para documentos pela Co-
O ODF surgiu quando a Sun Microsystemas comprou munidade Europeia.
a Star Division, que fabricava a suíte Star Office, e iniciou o Portanto, várias outras empresas e instituições estão
projeto do OpenOffice. Na época, foi criado um subcomitê adotando ou estudando adotar o formato ODF para escre-
na OASIS, que incluiu profissionais de software livre e de ver documentos. Ou, pelo menos, suportar em seus pro-
empresas privadas, para trabalhar com armazenamento de gramas, evitando o favorecimento de qualquer fornecedor.
É importante lembrar que os formatos de empresas
documentos, baseado na linguagem aberta XML (eXten-
como a Microsoft ( .doc, docx, .xls, xlsx, .ppt, pptx) são fe-
sible Markup Language) e tem suporte em pacotes como
chados, proprietários, e seguem unicamente os desejos e
OpenOffice / Br-Office.org, StarOffice, KOffice e IBM Wor- prioridades daquela empresa. E que, evidentemente, o mo-
kPlace. nopólio mundial de software é contrário ao padrão aberto.
Assim, qualquer empresa pode desenvolver produtos Assim, essas empresas tentam impedir que os governos,
com base nesse padrão e atualmente há mais de 40 aplica- instituições e quaisquer pessoas ou empresas adotem o
tivos que podem manipular o ODF. padrão ODF.
Como o ODF é um conjunto de especificações, para
cada situação é utilizada uma parte delas. Assim, se aplica Abrir um arquivo do Microsoft Office
a documentos de texto, gerando o formato odt, de cálculo Escolha Arquivo - Abrir. Selecione um arquivo do Mi-
(extensão ods) e de apresentações ( terminação odp). crosoft Office na caixa de diálogo do LibreOffice.
É norma ISO 26300 e ABNT NBR-26300. O arquivo do MS Office... ...será aberto no módulo
do LibreOffice
Extensões ODF MS Word, *.doc, *.docx = LibreOffice Writer
Um documento ODF pode ter as seguintes extensões: MS Excel, *.xls, *.xlsx = LibreOffice Calc
• odt: documentos de texto (text) MS PowerPoint, *.ppt, *.pps, *.pptx = LibreOffice Im-
• ott: documentos de texto modelo (template text) press
• ods: planilhas eletrônicas (spreadsheets)
• ots: planilhas eletrônicas - modelo (template Salvar como arquivo do Microsoft Office
spreadsheets) Escolha Arquivo - Salvar como.
• odp: apresentações (presentations) Na caixa Tipo de arquivo, selecione um formato de ar-
• otp: apresentações - modelo (template presenta- quivo do Microsoft Office.
tions) Sempre salvar documentos em formatos do Microsoft
• odg: desenhos vetoriais (draw) Office
• otg: desenhos vetoriais - modelo (template draw) Selecione Ferramentas - Opções - Carregar / Salvar -
• odf: equações (formulae) Geral.
Na área Formato de arquivo padrão e configurações
• odb: banco de dados (database)
ODF, selecione primeiro o tipo de documento e depois se-
• odm: documentos mestre (document master)
lecione o tipo de arquivo para salvar.
De agora em diante, ao salvar um documento, o Tipo
Vantagens do ODF de arquivo será definido de acordo com sua escolha. Você
A adoção do padrão ODF é uma garantia de preserva- ainda poderá selecionar outro tipo de arquivo na caixa de
ção de documentos eletrônicos sem restrição no tempo, diálogo usada para salvar arquivos.
um item muito precioso na administração pública e priva-
da de longo prazo. É só imaginar o que pode acontecer Converter vários arquivos do Microsoft Office em ar-
se documentos não puderem ser lidos após algum tempo, quivos com o formato do OpenDocument
simplesmente porque a empresa proprietária do tipo de O Assistente de conversão de documentos copiará e
arquivo resolveu mudar algo na criação ou na leitura de converterá todos os arquivos do Microsoft Office existen-
seus formatos. tes em uma pasta em documentos do LibreOffice no for-
Assim, daqui a 100 anos ou mais, certamente será pos- mato de arquivo do OpenDocument. Você pode especificar
sível abrir documentos armazenados em ODF, o que pode a pasta a ser lida e a pasta em que os arquivos convertidos
não ocorrer com arquivos binários e proprietários, que po- serão salvos.
dem se transformar em verdadeiros hieróglifos, cujo códi- Escolha Arquivo - Assistentes - Conversor de docu-
go pode não ser acessível em alguns anos. mentos para iniciar o assistente.

109
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

LIBREOFFICE WRITER

O Writer é um aplicativo de processamento de texto que lhe permite criar documentos, como cartas, currículos, li-
vros ou formulários online. Alternativa gratuita e open source ao tradicional pacote Microsoft Office. Surgido a partir de
um fork do OpenOffice, o LibreOffice traz soluções completas para edição de texto, criação de planilhas, apresentações de
slides, desenhos, base de dados e ainda fórmulas matemáticas.
O Writer do LibreOffice suporta os seguintes formatos: ODT, OTT, SXW, STW, DOC (Word), DOCX (Word 2007), RTF,
SDW, VOR, TXT, HTML, PDB, XML, PSW e UOT.

Formato Open Document


No Writer o formato padrão dos arquivos passou de sdw (formato do antigo StarWriter) para odt (Open document
text), que dota os arquivos de uma estrutura XML, permitindo uma maior interoperabilidade entre as várias aplicações.
Aliás, este foi um dos principais motivos pelos quais a Microsoft tem mantido o monopólio nas aplicações de escritório:
a compatibilidade ou a falta dela.
É importante notar que versões mais antigas do OpenOffice já abriam e gravavam arquivos com a terminação doc.
Entretanto, não havia compatibilidade de 100% e os documentos perdiam algumas formatações.
A proposta da Sun, da IBM e de outras empresas foi normalizar os tipos de documento, num formato conhecido por
todos, o odt.
Layout

O Writer aparece sob a forma de uma janela genérica de documento em branco, a tela de edição, que é composta por
vários elementos:
Barra de Título: Apresenta o nome do arquivo e o nome do programa que está sendo usado nesse momento. Usando-
se os 3 botões no canto superior direito pode-se minimizar, maximizar / restaurar ou fechar a janela do programa.
Barra de Menus: Apresenta os menus suspensos onde estão as listas de todos os comandos e funções disponíveis do
programa.
Barra de Formatação: Apresenta os atalhos que dão forma e cor aos textos e objetos.
Área para trabalho: Local para digitação de texto e inserção de imagens e sons.
Barra de Status: Apresenta o número de páginas / total de páginas, o valor percentual do Zoom
e a função inserir / sobrescrever está na parte inferior e central da tela.
Réguas: Permite efetuar medições e configurar tabulações e recuos.

Barra de menus

Arquivo
Esses comandos se aplicam ao documento atual, abre um novo documento ou fecha o aplicativo.

110
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

-Novo:
Cria um novo documento do LibreOffice.
Abrir arquivo
Escolha Arquivo - Novo
Locais: Mostra os locais favoritos. Por exemplo, os ata-
Ícone Novo na Barra de ferramentas (o ícone mostra o
lhos das pastas locais ou remotas.
tipo do novo documento)
Área de exibição: Mostra os arquivos e pastas existen-
tes em que você está. Para abrir um arquivo, selecione-o e
Novo clique em Abrir.
Para abrir mais de um documento ao mesmo tempo,
Tecla Ctrl+N cada um em sua própria janela, pressione a tecla Ctrl ao
Para criar um documento a partir de um modelo, esco- clicar nos arquivos e, em seguida, clique em Abrir.
lha Novo - Modelos. Para classificar os arquivos, clique em um cabeçalho de
Um modelo é um arquivo que contém os elementos de coluna. Para inverter a ordem de classificação, clique no-
design para um documento, incluindo estilos de formata- vamente.
ção, planos de fundo, quadros, figuras, campos, layout de Para excluir um arquivo, clique com o botão direito do
página e texto. mouse sobre ele e, em seguida, escolha Excluir.
Para renomear um arquivo, dê um clique com o botão
direito do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Reno-
Ícone Nome Função mear.
Documento de Cria um novo documento de texto
texto (LibreOffice Writer). Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um
Cria um novo documento de caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL
Planilha
planilha (LibreOffice Calc). que começa com o nome de protocolo ftp, http, ou https.
Cria um novo documento de Caso deseje, utilize caracteres curinga na caixa Nome
apresentação (LibreOffice do arquivo para filtrar a lista de arquivos exibida.
Apresentação Impress). Se ativado, será exibida Por exemplo, para listar todos os arquivos de texto em
a caixa de diálogo Assistente de uma pasta, insira o caractere asterisco (*) com a extensão
apresentações. de arquivo de texto (*.txt) e, em seguida, clique em Abrir.
Desenho
Cria um novo documento de Utilize o caractere curinga ponto de interrogação (?) para
desenho (LibreOffice Draw). representar qualquer caractere, como em (??3*.txt), o que
Abre o Assistente de Bancos de só exibe arquivos de texto com um ‘3’ como terceiro carac-
Banco de dados dados para criar um arquivo de tere no nome do arquivo.
banco de dados. O LibreOffice possui uma função autocompletar que
Documento HTML Cria um novo documento HTML. se ativa sozinha em alguns textos e caixas de listagem. Por
Documento de Cria um novo exemplo, entre ~/a no campo da URL e a função autocom-
formulário XML documento XForms. pletar exibe o primeiro arquivo ou o primeiro diretório en-
contrado no seu diretório de usuário que começa com a
Documento mestre Cria um novo documento mestre. letra “a”.
Cria um novo documento de Utilize a seta para baixo para rolar para outros arquivos
Fórmula
fórmula (LibreOffice Math). e diretórios. Utilize a seta para a direita para exibir tam-
Abre a caixa de diálogo Etiquetas, bém um subdiretório existente no campo da URL. A função
para definir as opções para suas autocompletar rápida está disponível se você pressionar a
Etiquetas etiquetas e, em seguida, cria um tecla End após inserir parte da URL. Uma vez encontrado o
novo documento de texto para as documento ou diretório desejado, pressione Enter.
etiquetas (LibreOffice Writer). Versão: Se houver várias versões do arquivo seleciona-
Abre a caixa de diálogo Cartões do, selecione a versão que deseja abrir. Você pode salvar
de visita para definir as opções e organizar várias versões de um documento, escolhendo
Cartões de visita para os cartões de visita e, em Arquivo - Versões. As versões de um documento são aber-
seguida, criar um novo documento tas em modo somente leitura.
de texto (LibreOffice Writer). Tipo de arquivo: Selecione o tipo de arquivo que deseja
Criar um novo documento a partir abrir ou selecione Todos os arquivos(*) para exibir uma lista
Modelos de todos os arquivos na pasta.
de um modelo.
Abrir: Abre o(s) documento(s) selecionado(s).
- Abrir Inserir: Se você tiver aberto a caixa de diálogo esco-
Abre ou importa um arquivo. lhendo Inserir - Arquivo, o botão Abrir será rotulado Inserir.
Escolha Arquivo - Abrir Insere no documento atual, na posição do cursor, o arquivo
Ctrl+O selecionado.
Na Barra de ferramentas, clique em Somente leitura: Abre o arquivo no modo somente lei-
tura.

111
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Abrir documentos com modelos: O LibreOffice reco- Ctrl+S


nhece modelos localizados em qualquer uma das seguintes Na Barra de ferramentas ou de tabela de dados, clique em
pastas:
• Pasta de modelos compartilhados
• Pasta de modelos do usuário em Documents and
Salvar
Settingsno diretório inicial do usuário
Salvar como: Salva o documento atual em outro local
• Todas as pastas de modelos definidas em Ferra-
ou com um nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente.
mentas - Opções - LibreOffice - Caminhos
Escolha Arquivo - Salvar como
Ao utilizar Arquivo - Modelo - Salvar como mode-
lo para salvar um modelo, o modelo será armazenado na
sua pasta de modelos do usuário. Ao abrir um documento
baseado neste modelo, o documento será verificado para
detectar uma mudança do modelo, como descrito abaixo.
O modelo é associado com o documento e pode ser cha-
mado de “modelo vinculado”.
Ao utilizar Arquivo - Salvar como e selecionar um filtro
de modelo para salvar um modelo em qualquer outra pas-
ta que não esteja na lista, então os documentos baseados
nesse modelo não serão verificados.
Ao abrir um documento criado a partir de um “modelo
vinculado” (definido acima), O LibreOffice verifica se o mo-
delo foi modificado desde a última vez que foi aberto. Se o
modelo tiver sido alterado, uma caixa de diálogo aparecerá
para você poder selecionar os estilos que devem ser apli-
cados ao documento.
Para aplicar os novos estilos do modelo ao documento,
clique em Sim.
Para manter os estilos que estão sendo usados no do-
cumento, clique em Não.
Se um documento tiver sido criado por meio de um Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um
modelo que não possa ser encontrado, será mostrada uma caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL
caixa de diálogo perguntando como proceder na próxima • Tipo de arquivo: Selecione o formato de arquivo
vez em que o documento for aberto. para o documento que você está salvando. Na área de exi-
Para quebrar o vínculo entre o documento e o modelo bição, serão exibidos somente os documentos com esse
que está faltando, clique em Não; caso contrário, o LibreOf- tipo de arquivo.
fice procurará o modelo na próxima vez que você abrir o • Salvar com senha: Protege o arquivo com uma se-
documento. nha que deve ser digitada para que o usuário possa abrir
o arquivo.
- Documentos recentes
Lista os arquivos abertos mais recentemente. Para abrir Salvar tudo: Salva todos os documentos do LibreOffice
um arquivo da lista, clique no nome dele. que foram modificados.

- Assistentes - Recarregar
Guia você na criação de cartas comerciais e pessoais, Substitui o documento atual pela última versão salva.
fax, agendas, apresentações, etc. Todos as alterações efetuadas após o último salvamen-
to serão perdidas.
- Fechar Escolha Arquivo - Recarregar
Fecha o documento atual sem sair do programa.
Escolha Arquivo - Fechar - Versões
O comando Fechar fecha todas as janelas abertas do Salva e organiza várias versões do documento atual no
documento atual. mesmo arquivo. Você também pode abrir, excluir e compa-
Se foram efetuadas alterações no documento atual, rar versões anteriores.
você será perguntado se deseja salvar as lterações. Escolha Arquivo - Versões
Ao fechar a última janela de documento aberta, apare- Novas versões - Define as opções para salvar uma nova
cerá a Tela inicial. versão do documento.
Salvar nova versão - Salva o estado atual do documen-
- Salvar to como nova versão. Caso deseje, antes de salvar a nova
Salva o documento atual. versão, insira também comentários na caixa de diálogo In-
Escolha Arquivo - Salvar serir comentário da versão.

112
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserir comentário da versão - Insira um comentário - Sair


aqui quando estiver salvando uma nova versão. Se você
tiver clicado em Mostrar para abrir esta caixa de diálogo, Escolha Arquivo - Sair
não poderá editar o comentário. Ctrl+Q
Salvar sempre uma versão ao fechar - Se você tiver fei-
to alterações no documento, o LibreOffice salvará automa- Editar
ticamente uma nova versão quando você o fechar.
Se salvar o documento manualmente, e não alterar o
documento após salvar, não será criada uma nova versão.
Versões existentes - Lista as versões existentes do do-
cumento atual, a data e a hora em que elas foram criadas,
o autor e os comentários associados.
- Exportar
Salva o documento atual com outro nome e formato
em um local a especificar.
Escolha Arquivo – Exportar
- Exportar como PDF
Salva o arquivo atual no formato Portable Document
Format (PDF) versão 1.4. Um arquivo PDF pode ser visto e
impresso em qualquer plataforma com a formatação ori-
ginal intacta, desde que haja um software compatível ins-
talado.
Escolha Arquivo - Exportar como PDF

- Visualizar impressão

Exibe uma visualização da página impressa ou fecha a


visualização.
Menu Arquivo - Visualizar impressão
Utilize os ícones na barra Visualização de impressão
para folhear as páginas do documento ou para imprimir o
documento.
Você também pode pressionar as teclas Page Up e Este menu contém comandos para editar o conteúdo
Page Down para folhear as páginas. do documento atual.
Obs: Não é possível editar seu documento enquanto
estiver na visualização de impressão. - Desfazer
Desfaz o último comando ou a última entrada digitada.
- Imprimir Para selecionar o comando que deseja desfazer, clique na
seta ao lado do ícone Desfazer na barra de ferramentas
Imprime o documento atual, a seleção ou as páginas Padrão.
que você especificar. Você também pode definir as opções
de impressão para o documento atual. Tais opções variam - Refazer
de acordo com a impressora e com o sistema operacional Reverte a ação do último comando Desfazer. Para sele-
utilizado. cionar a etapa Desfazer que deseja reverter, clique na seta
ao lado do ícone Refazer na barra de ferramentas Padrão.
Escolha Arquivo - Imprimir
Ctrl+P - Repetir
Na Barra de ferramentas, clique em Repete o último comando. Esse comando está disponí-
vel no Writer e no Calc.

- Configuração da impressora - Recortar


Remove e copia a seleção para a área de transferência.
Selecione a impressora padrão para o documento
atual. - Copiar
Escolha Arquivo - Imprimir - Configurações da impres- Copia a seleção para a área de transferência.
sora Escolha Editar - Copiar
Fecha todos os programas do LibreOffice e pede para Ctrl+C
salvar as modificações.

113
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Colar - Campos
Insere o conteúdo da área de transferência no local do Abre um caixa de diálogo na qual você pode editar as
cursor, e substitui qualquer texto ou objeto selecionado. propriedades de um campo. Clique antes de um campo e
Escolha Editar - Colar selecione este comando. Na caixa de diálogo, você pode
Ctrl+V usar as setas para ir para o próximo campo ou voltar para
o anterior.
- Colar especial
Insere o conteúdo da área de transferência no arquivo - Notas de rodapé
atual em um formato que você pode especificar. Edita a âncora de nota de rodapé ou de nota de fim
Escolha Editar - Colar especial selecionada. Clique na frente da nota de rodapé ou da nota
de fim e, em seguida, escolha este comando.
- Selecionar texto - Entrada de índice
Você pode ativar um cursor de seleção em um texto Edita a entrada de índice selecionada. Clique antes da
somente leitura ou na Ajuda. Escolha Editar - Selecionar entrada de índice ou na própria entrada e, em seguida, es-
texto ou abra o menu de contexto de um documento so- colha este comando.
mente leitura e escolha Selecionar texto. O cursor de sele-
ção não fica intermitente. - Entrada bibliográfica
Use o ícone Editar arquivo para ativar ou desativar o Edita a entrada bibliográfica selecionada.
modo de edição.
- Hiperlink
- Modo de seleção Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
Escolha o modo de seleção do submenu: modo de se- e edite hiperlinks.
leção normal, ou modo de seleção por bloco.
- Vínculos
- Selecionar tudo Permite a edição das propriedades de cada vínculo no
Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou ob- documento atual, incluindo o caminho para o arquivo de
jeto de texto atual. origem. Este comando não estará disponível se o docu-
Escolha Editar - Selecionar tudo mento atual não contiver vínculos para outros arquivos.
Ctrl+A
- Plug-in
- Alterações Permite a edição de plug-ins no seu arquivo. Escolha
Lista os comandos que estão disponíveis para rastrear este comando para ativar ou desativar este recurso. Quan-
as alterações em seu arquivo. do ativado, aparecerá uma marca de seleção ao lado do
comando, e você verá comandos para editar o plug-in em
- Comparar documento seu menu de contexto. Quando desativado, você verá co-
Compara o documento atual com um documento que mandos para controlar o plug-in no menu de contexto.
você seleciona.
- Mapa de imagem
- Localizar e substituir Permite que você anexe URLs a áreas específicas, deno-
Procura ou substitui textos ou formatos no documento minadas pontos de acesso, em uma figura ou em um grupo
atual. de figuras. Um Mapa de imagem é um grupo com um ou
Escolha Editar - Localizar e substituir mais pontos de acesso.
Ctrl+H
Na Barra de ferramentas, clique em - Objeto
Permite editar um objeto selecionado no arquivo, inse-
- Autotexto rido com o comando Inserir - Objeto.
Cria, edita ou insere Autotexto. Você pode armazenar
texto formatado, texto com figuras, tabelas e campos como
Autotexto. Para inserir Autotexto rapidamente, digite o ata-
lho do Autotexto no documento e pressione F3.
Escolha Editar – Autotexto
Ctrl+F3

- Trocar banco de dados


Altera a fonte de dados do documento atual. Para
exibir corretamente o conteúdo dos campos inseridos, o
banco de dados que foi substituído deve conter nomes de
campos idênticos.

114
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exibir - Sombreamentos de campos


Este menu contém comandos para controlar a exibição Mostra ou oculta os sombreamentos de campos no
do documento na tela. documento, incluindo espaços incondicionais, hifens per-
sonalizados, índices e notas de rodapé.

- Nomes de campos
Alterna a exibição entre o nome e o conteúdo do cam-
po. A presença de uma marca de seleção indica que os no-
mes dos campos são exibidos e a ausência dessa marca
indica que o conteúdo é exibido. O conteúdo de alguns
campos não pode ser exibido.

- Caracteres não-imprimíveis
Mostra os caracteres não imprimíveis no texto, como
marcas de parágrafo, quebras de linha, paradas de tabula-
ção e espaços.

- Parágrafos ocultos
Mostra ou oculta parágrafos ocultos. Esta opção afeta
somente a exibição de parágrafos ocultos. Ela não afeta a
impressão desses parágrafos.

- Fontes de dados
Lista os bancos de dados registrados para o LibreOffice
e permite que você gerencie o conteúdo deles.
- Layout de impressão
Exibe a forma que terá o documento quando este for - Navegador
impresso. Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para
acessar rapidamente diferentes partes do documento e
- Layout da Web para inserir elementos do documento atual ou de outros
Exibe o documento como seria visualizado em um na- documentos abertos, bem como para organizar documen-
vegador da Web. Esse recurso é útil ao criar documentos tos mestre. Para editar um item do Navegador, clique com
HTML. o botão direito do mouse no item e, em seguida, escolha
um comando do menu de contexto. Se preferir, você pode
- Código-fonte HTML encaixar o Navegador na borda do espaço de trabalho.
Exibe o código fonte do documento HTML atual. Para - Tela inteira
exibir o código fonte HTML de um novo documento, é ne- Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas
cessário primeiro salvar o novo documento como um do- no Writer ou no Calc. Para sair do modo de tela inteira,
cumento HTML. clique no botão Ativar/Desativar tela inteira.

- Barra de status - Zoom


Mostra ou oculta a barra de status na borda inferior Reduz ou amplia a exibição de tela do LibreOffice.
da janela.

- Status do método de entrada


Mostra ou oculta a janela de status do IME (Input Me-
thod Engine).

- Régua
Mostra ou oculta a régua horizontal, que é utilizada
para ajustar as margens da página, paradas de tabulação,
recuos, bordas, células de tabela e para dispor objetos na
página. Para mostrar a régua vertical, escolha Ferramentas
- Opções - LibreOffice Writer - Exibir, e selecione a caixa
Régua vertical na área Réguas.

- Limites do texto
Mostra ou oculta os limites da área imprimível da pági-
na. As linhas de limite não são impressas.

115
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserir blocos de texto de outros documentos, para aplicar layouts


O menu Inserir contém os comandos necessários para de colunas personalizados ou para proteger ou ocultar os
inserir novos elementos no seu documento. Isso inclui se- blocos de texto quando uma condição for atendida.
ções, notas de rodapé, anotações, caracteres especiais, fi-
guras e objetos de outros aplicativos. - Hiperlink
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
e edite hiperlinks.

- Cabeçalho
Adiciona ou remove um cabeçalho do estilo de página
que você selecionar no submenu. O cabeçalho é adiciona-
do a todas as páginas que usam o mesmo estilo de página.
Em um novo documento, é listado apenas o estilo de pági-
na “Padrão”. Outros estilos de páginas serão adicionados à
lista depois que você aplicá-los ao documento.
- Rodapé
Adiciona ou remove um rodapé do estilo de página se-
lecionado no submenu. O rodapé é adicionado a todas as
páginas que usam o mesmo estilo. Em um novo documen-
to, somente o estilo de página “Padrão” é listado. Outros
estilos serão adicionados à lista depois que forem aplica-
dos ao documento.

- Nota de rodapé / Nota de fim


Insere uma nota de rodapé ou uma nota de fim no do-
cumento. A âncora para a nota será inserida na posição
atual do cursor. Você pode escolher entre numeração au-
tomática ou um símbolo personalizado.

- Legenda
Adiciona uma legenda numerada à figura, tabela, qua-
dro, quadro de texto ou objeto de desenho selecionado.
Você também pode acessar este comando clicando com o
botão direito do mouse no item ao qual deseja adicionar
a legenda.

- Marcador
Insere um indicador na posição do cursor. Use o Na-
vegador para saltar rapidamente para a posição indicada
- Quebra manual em outra hora. em um documento HTML, os indicadores
Insere uma quebra manual de linha, de coluna ou de são convertidos em âncoras para você navegar através de
página na posição atual em que se encontra o cursor. hyperlinks.
- Campos - Referência
Insere um campo na posição atual do cursor. O sub- Esta é a posição em que você insere as referências ou
menu lista os tipos de campos mais comuns. Para exibir os campos referidos no documento atual. As referências
todos os campos disponíveis, escolha Outro. são os campos referidos no mesmo documento ou em
subdocumentos de um documento mestre.
- Caractere especial
Insere caracteres especiais a partir das fontes instaladas. - Anotação
Insere uma anotação.
- Marca de formatação
Abe um submenu para inserir marcas especiais de for-
matação. Ative o CTL para mais comandos. - Script
Insere um script na posição atual do cursor em um do-
- Seção cumento HTML ou de texto.
Insere uma seção de texto no mesmo local em que o
cursor está posicionado no documento. Também é possível - Índices e índices gerais
selecionar um bloco de texto e, em seguida, escolher esse Abre um menu para inserir entradas de índice e inserir
comando para criar uma seção. Use as seções para inserir índices e tabelas.

116
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Envelope - Limpar formatação direta


Cria um envelope. Nas três guias, você pode especificar Remove a formatação direta e a formatação por estilos
o destinatário e o remetente, a posição e o formato de am- de caracteres da seleção.
bos os endereços, o tamanho e a orientação do envelope.
- Caractere
- Quadro Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
Insere um quadro que você pode usar para criar um selecionados.
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos.
- Parágrafo
- Tabela Modifica o formato do parágrafo atual, por exemplo,
Insere uma tabela no documento. Você também pode alinhamento e recuo.
clicar na seta, arrastar o mouse para selecionar o número
de linhas e colunas a serem incluídas na tabela e, em segui- - Marcadores e numeração
da, clicar na última célula. Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual
e permite que você edite o formato da numeração ou dos
- Figura
marcadores.
Selecione a origem da figura que deseja inserir.

- Objeto de desenho - Página


Insere um objeto no documento. Para vídeo e áudio Especifique os estilos de formatação e o layout do es-
utilize Inserir - Multimídia - Áudio ou vídeo. tilo de página atual, incluindo margens da página, cabeça-
lhos, rodapés e o plano de fundo da página.
- Quadro flutuante
Insere um quadro flutuante no documento atual. Qua- - Alterar caixa
dros flutuantes são utilizados em documentos HTML para Altera a caixa dos caracteres selecionados. Se o cursor
exibir conteúdo de outro arquivo. estiver no meio de uma palavra e não houver texto selecio-
nado, então a palavra será a seleção.
- Áudio ou vídeo
Insere um arquivo de vídeo ou áudio no documento. - Guia fonético asiático
Permite que você adicione comentários sobre carac-
- Arquivo teres asiáticos para serem usados como manual de pro-
Insere um arquivo de texto na posição atual do cursor. núncia.

Formatar
Contém comandos para formatar o layout e o conteú- - Colunas
do de seu documento. Especifica o número de colunas e o layout de coluna
para um estilo de página, quadro ou seção.

- Seções
Altera as propriedades das seções definidas no docu-
mento. Para inserir uma seção, selecione o texto ou clique
no documento e, em seguida, escolha Inserir - Seção.

- Estilos e formatação
Use a janela Estilos e formatação para aplicar, criar, edi-
tar, adicionar e remover estilos de formatação. Clique duas
vezes para aplicar o estilo.

- Autocorreção
Formata automaticamente o arquivo de acordo com as
opções definidas em Ferramentas - Opções da autocorre-
ção.

- Ancorar
Define as opções de ancoramento para o objeto sele-
cionado.

- Quebra Automática
Define as opções de quebra automática de texto para
figuras, objetos e quadros.

117
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Alinhar (objetos) - Inserir


Alinha os objetos selecionados em relação a outro. Tabela
Insere uma nova tabela.
- Alinhamento (objetos de texto)
Define as opções de alinhamento para a seleção atual. Colunas
Insere colunas.
- Dispor
Altera a ordem de empilhamento do(s) objeto(s) sele- Linhas
cionado(s). Insere linhas.

- Inverter - Excluir
Inverte o objeto selecionado, horizontalmente ou ver- Tabela
ticalmente. Exclui a tabela atual.

- Agrupar Colunas
Agrupa os objetos selecionados de forma que possam Exclui as colunas selecionadas.
ser movidos ou formatados como um único objeto.
Linhas
- Objeto Exclui as linhas selecionadas.
Abre um submenu para editar propriedades do objeto
selecionado. Selecionar
Tabela
- Quadro Seleciona a tabela atual.
Insere um quadro que você pode usar para criar um
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos. Coluna
Seleciona a coluna atual.
- Imagem
Formata o tamanho, a posição e outras propriedades Linha
da figura selecionada. Seleciona a linha atual.

Célula
Tabela
Seleciona a célula atual.
- Mesclar células
Combina o conteúdo das células selecionadas da tabe-
la em uma única célula.

- Dividir células
Divide a célula ou grupo de células horizontalmente ou
verticalmente em um número especificado de células.

- Mesclar tabela
Combina duas tabelas consecutivas em uma única ta-
bela. As tabelas devem estar lado a lado, e não separadas
por um parágrafo vazio.

- Dividir tabela
Divide a tabela atual em duas tabelas separadas na po-
sição do cursor. Você também pode clicar com o botão di-
reito do mouse em uma célula da tabela para acessar este
comando.

- Autoformatação de tabela
Aplica automaticamente formatos à tabela atual, in-
cluindo fontes, sombreamento e bordas.

Autoajustar
Largura da coluna
Abre a caixa de diálogo Largura da coluna para alterar
a largura de uma coluna.

118
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Largura de coluna ideal Propriedades da tabela


Ajusta automaticamente a largura das colunas para Especifica as propriedades da tabela selecionada,
coincidir com o conteúdo das células. A alteração da lar- como, por exemplo, nome, alinhamento, espaçamento, lar-
gura de uma coluna não afeta a largura das outras colunas gura da coluna, bordas e plano de fundo.
na tabela. A largura da tabela não pode exceder a largura
da página. Ferramentas
Contém ferramentas de verificação ortográfica, uma
- Distribuir colunas uniformemente galeria de objetos artísticos que podem ser adicionados ao
Ajusta a largura das colunas selecionadas para a largu- documento, bem como ferramentas para configurar menus
ra da coluna mais larga da seleção. A largura total da tabela e definir preferências do programa.
não pode exceder a largura da página.

Altura da linha
Abre a caixa de diálogo Altura da linha para alterar a
altura de uma linha.

- Altura de linha ideal


Ajusta automaticamente a altura das linhas para que
corresponda ao conteúdo das células. Esta é a definição
padrão para novas tabelas.

- Distribuir linhas uniformemente


Ajusta a altura das linhas selecionadas para a altura da
linha mais alta na seleção.

Permitir quebra de linha em páginas e colunas


Permite uma quebra de página na linha atual.

Repetir linhas de cabeçalho


Repete os cabeçalhos das tabelas nas páginas subse-
quentes quando a tabela se estende por uma ou mais pá-
ginas.

Converter
Texto em tabela
Abre uma caixa de diálogo para poder converter em
tabela o texto selecionado. - Verificação ortográfica
Verifica a ortografia manualmente.
Tabela para texto
Abre uma caixa de diálogo para converter a tabela - Idioma
atual em texto. Abre um submenu para escolher comandos específicos
do idioma.
Classificar
Classifica alfabeticamente ou numericamente os pará- - Contagem de palavras
grafos ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir Conta as palavras e caracteres, com ou sem espaços,
até três chaves de classificação bem como combinar chaves na seleção atual, e em todo o documento. A contagem é
alfabéticas com numéricas. mantida atualizada enquanto digita, ou altera a seleção.

Fórmula - Numeração da estrutura de tópicos


Abre a Barra de fórmulas para inserir ou editar uma Especifica o formato de número e a hierarquia para a
fórmula. numeração de capítulos no documento atual.

Formato numérico - Numeração de linhas


Abre uma caixa de diálogo para especificar o formato Adiciona ou remove e formata números de linha no
de números na tabela. documento atual. Para desativar a numeração de linhas em
um parágrafo, clique no parágrafo, escolha Formatar - Pa-
Limites da tabela rágrafo, clique na guia Numeração e, em seguida, desmar-
Mostra ou oculta os limites em torno das células da ta- que a caixa de seleção Incluir este parágrafo na numeração
bela. Os limites só são visíveis na tela e não são impressos. de linhas

119
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Notas de rodapé Janela


Especifica as configurações de exibição de notas de ro-
dapé e notas de fim.

- Galeria
Abre a Galeria, onde você poderá selecionar figuras e
sons para inserir em seu documento.

- Banco de dados bibliográfico


Insira, exclua, edite e organize arquivos no banco de
dados bibliográfico. Contém comandos para manipulação e exibição de ja-
nelas de documentos.
- Assistente de Mala Direta
Inicia o Assistente de Mala Direta para criar cartas-mo- - Nova janela
delo ou enviar mensagens de e-mail a vários destinatários.
Abre uma nova janela que exibe os conteúdos da jane-
- Classificar la atual. Você pode agora ver diferentes partes do mesmo
Classifica alfabeticamente ou numericamente os pará- documento ao mesmo tempo.
grafos ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir
até três chaves de classificação bem como combinar chaves - Fechar a janela
alfabéticas com numéricas.
Fecha a janela atual. Escolha Janela - Fechar janela,
- Calcular ou pressione Ctrl+F4. Na visualização de impressão do Li-
Calcula a fórmula selecionada e copia o resultado para breOffice Writer e Calc, você pode fechar a janela ao clicar
a área de transferência. no botão Fechar visualização.

- Atualizar - Lista de documentos


Atualiza os itens do documento atual com conteúdo
dinâmico, como campos e índices. Lista os documentos abertos no momento atual. Sele-
cione o nome de um documento na lista para alternar para
- Player de mídia esse documento.
Abre a janela do Player de mídia, para poder visualizar
arquivos de vídeo e áudio e inseri-los no documento atual. Ajuda

- Macros O menu da Ajuda permite iniciar e controlar o sistema


Permite gravar, organizar e editar macros. de Ajuda do LibreOffice.
- Gerenciador de extensão
O Gerenciador de extensão adiciona, remove, desativa,
ativa e atualiza extensões do LibreOffice.

- Filtros XML
Abre a caixa de diálogo Configurações do filtro XML,
onde você pode criar, editar, excluir e testar filtros para im-
portar e exportar arquivos XML.

- Opções da Autocorreção
Configura as opções para substituir texto automatica-
mente ao digitar. Barras de ferramentas
Barra de objetos de texto
- Personalizar Contém comandos de formatação para o texto de um
Personaliza menus, teclas de atalho, barras de ferra- objeto de desenho. A barra Objetos de texto aparece quan-
mentas e atribuições de macros do LibreOffice para even- do você faz um duplo clique dentro de um objeto de de-
tos. senho.
- Nome da fonte
- Opções Permite que você selecione um nome de fonte na lista
Este comando abre uma caixa de diálogo para configu- ou digite um nome de fonte diretamente.
ração personalizada do programa. Você pode inserir várias fontes, separadas por ponto
-e-vírgulas. O LibreOffice usará cada fonte nomeada em
sucessão se as fontes anteriores não estiverem disponíveis.

120
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nome da fonte Justificado


- Suporte a idiomas asiáticos
- Tamanho da fonte Esses comandos só podem ser acessados após ativar o
Permite que você escolha entre diferentes tamanhos suporte para idiomas asiáticos em Ferramentas - Opções -
de fonte na lista ou que digite um tamanho manualmente. Configurações de idioma - Idiomas.
- Negrito
Aplica o formato negrito ao texto selecionado. Se o - Texto escrito da esquerda para a direita
cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em negri- Especifica a direção horizontal do texto.
to. Se a seleção ou a palavra já estiver em negrito, a forma- Direção do texto da esquerda para a direita
tação será removida.
Negrito - Texto escrito de cima para baixo
Especifica a direção vertical do texto.
- Itálico Texto escrito de cima para baixo
Aplica o formato itálico ao texto selecionado. Se o cur-
sor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em itálico. Se - Selecionar tudo
a seleção ou palavra já estiver em itálico, a formatação será Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou ob-
removida. jeto de texto atual.
Itálico Selecionar tudo
- Sublinhado - Caractere
Sublinha o texto selecionado ou remove o sublinhado Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
do texto selecionado. selecionados.
Sublinhado Caractere
- Sobrescrito - Parágrafo
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e le- Aqui você pode definir recuos, espaçamento, alinha-
vanta o texto acima da linha de base. mento e espaçamento de linha para o parágrafo selecio-
Sobrescrito nado.
Parágrafo
- Subscrito
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e po- Adicionando e editando texto
siciona o texto abaixo da linha de base.
Subscrito Você pode adicionar texto ao documento das seguin-
tes maneiras:
- Esquerda • Digitando texto com o teclado
Alinha o parágrafo selecionado em relação à margem • Copiando e colando texto de outro documento
esquerda da página. • Importando texto de outro arquivo

Alinhar à esquerda Digitando texto

- Centralizar A maneira mais fácil de inserir texto no documento é


Centraliza na página os parágrafos selecionados. digitar o texto. Ao digitá-lo, a ferramenta AutoCorreção
corrige automaticamente possíveis erros de ortografia co-
muns, como “catra” em vez de “carta”.
- Direita
Por padrão, a ferramenta Completar palavras coleta
Alinha os parágrafos selecionados em relação à mar-
palavras longas enquanto você digita. Ao começar a digitar
gem direita da página.
novamente a mesma palavra, o
Alinhar à direita LibreOffice.org completa automaticamente a palavra.
Para aceitar a palavra, pressione Enter ou continue digitan-
- Justificar do.
Alinha os parágrafos selecionados às margens esquer-
da e direita da página. Se preferir, você pode especificar as
opções de alinhamento para a última linha de um parágra-
fo, escolhendo Formatar - Parágrafo - Alinhamento.

121
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Para selecionar o texto restante na linha à esquerda


do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione
a tecla Home.
• Para selecionar o texto restante na linha à direita do
cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a
tecla End.

Copiando, colando e excluindo texto


Você pode copiar texto de um lugar para outro no
mesmo documento ou de um documento para outro.

Dica – Para desativar as ferramentas de completar e


substituir automaticamente procure na ajuda on-line os - Para copiar e colar texto
seguintes termos: Etapas
• Função de AutoCorreção 1. Selecione o texto que deseja copiar e siga um destes
• Função de AutoEntrada procedimentos:
• Completar palavras • Escolha Editar – Copiar.
• Reconhecimento de números • Pressione Ctrl+C.
• Função de AutoFormatação • Clique no ícone Copiar na barra Padrão.
• Clique com o botão direito do mouse no texto sele-
Selecionando texto cionado e escolha Copiar.
O texto continua na área de transferência até você co-
Você pode selecionar texto com o mouse ou com o piar outra seleção de texto ou item.
teclado. 2. Clique ou mova o cursor para onde deseja colar o
texto. Siga um destes procedimentos:
• Escolha Editar – Colar.
• Pressione Ctrl+V.
• Clique no ícone Colar na barra Padrão.
• Clique com o botão direito do mouse onde deseja
colar o texto e escolha Colar.
Selecionando texto com o mouse
- Para excluir texto
• Para selecionar um trecho de texto, clique no início Etapas
do trecho, mantenha pressionado o botão esquerdo do 1. Selecione o texto que deseja excluir.
mouse e arraste o mouse até o fim do texto. 2. Siga um destes procedimentos:
Pode também clicar na frente do trecho, mover o mou- • Escolha Editar - Recortar ou pressione Ctrl+X.
se até o fim do texto, manter pressionada a tecla Shift e O texto é excluído do documento e adicionado à área
clicar novamente. de transferência, para você colar o texto onde pretender.
• Para selecionar uma frase inteira, clique três vezes em • Pressione a tecla Delete ou Backspace.
qualquer lugar na frase. Observação – Você pode usar essas teclas para tam-
• Para selecionar uma única palavra, clique duas vezes bém excluir caracteres individuais.
em qualquer lugar na palavra. Se desejar desfazer uma exclusão, escolha Editar - Des-
• Para acrescentar mais de um trecho a uma seleção, fazer ou pressione Ctrl+Z.
selecione o trecho, mantenha pressionada a tecla Ctrl e se-
lecione outro trecho de texto. -Para inserir um documento de texto
Você pode inserir o conteúdo de qualquer documento
Selecionando texto com o teclado de texto no documento do Writer, desde que o formato do
• Para selecionar o documento inteiro, pressione Ctr- arquivo seja conhecido pelo LibreOffice.org.
l+A. Etapas
• Para selecionar uma única palavra em um dos lados 1. Clique no documento do Writer onde deseja inserir
do cursor, mantenha pressionadas as teclas Ctrl+Shift e o texto.
pressione a seta para a esquerda <- ou a seta para a direita 2. Escolha Inserir – Arquivo.
->. 3. Localize o arquivo que deseja inserir e clique em In-
• Para selecionar um único caractere em um dos lados serir.
do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione Localizando e substituindo texto
a seta para a esquerda <- ou a seta para a direita ->. Para Você pode usar o recurso Localizar e substituir no Li-
selecionar mais de um caractere, mantenha pressionada a breOffice.org Writer para procurar e substituir palavras em
tecla Shift enquanto pressiona a tecla de direção. um documento de texto.

122
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Para localizar e substituir texto

1. Clique com o botão direito do mouse em uma pala-


vra com um sublinhado ondulado em vermelho.

2. Siga um destes procedimentos:


• Escolha uma das palavras de substituição sugeridas
no alto do menu de contexto.
A palavra incorreta é substituída pela palavra que você
escolher.
Etapas
1. Escolha Editar – Localizar e substituir. • Escolha uma das palavras de substituição no sub-
Abre-se a caixa de diálogo Localizar e substituir. menu AutoCorreção.
2. Na caixa Pesquisar por, digite o texto que você dese- A palavra incorreta é substituída pela palavra que você
ja localizar no documento. escolher.
Pode selecionar também a palavra ou a frase que dese- As duas palavras são acrescentadas automaticamen-
ja procurar no documento de texto e escolher Editar - Lo- te à lista de substituição da ferramenta AutoCorreção. Na
calizar e substituir. O texto selecionado é inserido automa- próxima vez que cometer o mesmo erro ortográfico, o Wri-
ticamente na caixa Procurar. ter fará a correção ortográfica automaticamente.
3. Na caixa Substituir por, insira a palavra ou a frase de
substituição. • Escolha Ortografia e gramatica para abrir a caixa de
4. Clique em Localizar para iniciar a procura. diálogo Ortografia e gramatica.
5. Quando o Writer localizar a primeira ocorrência da
palavra ou frase, siga um destes procedimentos: • Para adicionar a palavra a um dos dicionários, escolha
• Para substituir a ocorrência do texto encontrada pela Adicionar e clique no nome do dicionário.
que você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substi- Observação – O número de entradas em um dicionário
tuir. definido pelo usuário é limitado, mas você pode criar quan-
• Para substituir todas as ocorrências do texto encon- tos dicionários definidos pelo usuário forem necessários.
tradas pela que você inseriu na caixa Substituir por, clique
em Substituir tudo. - Para verificar a ortografia em um documento inteiro
• Para ignorar o texto encontrado e continuar a procu- Se não deseja verificar a ortografia enquanto digita,
ra, clique em Localizar próxima. você pode usar a ferramenta Ortografia e gramatica para
6. Clique em Fechar quando concluir a procura. corrigir erros manualmente. A ferramenta Ortografia e gra-
matica começa a partir da posição atual do cursor ou a
Verificando ortografia partir do início do texto selecionado.

O Writer pode verificar possíveis erros ortográficos en- Etapas


quanto você digita ou em um documento inteiro.
1. Clique no documento ou selecione o texto que de-
- Para verificar ortografia enquanto digita seja corrigir.
O Writer pode avisar sobre possíveis erros de ortogra-
fia enquanto você digita. 2. Escolha Ferramentas - Ortografia e gramatica.
Para ativar e desativar esse recurso, clique no ícone Au-
toOrtografia e gramatica na barra de Ferramentas. Quando 3. Quando um possível erro de ortografia é localizado,
esse recurso está ativado, uma linha vermelha ondulada a caixa de diálogo Ortografia e gramatica sugere uma cor-
marca possíveis erros ortográficos. reção.

123
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

4. Siga um destes procedimentos:


• Para aceitar uma correção, clique em Corrigir.
• Substitua a palavra incorreta na caixa no alto pela palavra correta e clique em Alterar.
• Para ignorar a palavra atual uma vez e continuar a Ortografia e gramatica, clique em Ignorar uma vez.
• Para ignorar a palavra atual no documento inteiro e continuar a Ortografia e gramatica, clique em Ignorar sempre.

Formatando texto
O Writer permite-lhe formatar o texto manualmente ou ao usar estilos. Com os dois métodos, você controla tamanho,
tipo de fonte, cor, alinhamento e espaçamento do texto. A principal diferença é que a formatação manual aplica-se apenas
ao texto selecionado, enquanto a formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento.

Formatando texto manualmente

Para uma formatação simples, como alterar o tamanho e a cor do texto, use os ícones na barra Formatação. Se desejar,
pode também usar os comandos de menu no menu Formato, assim como teclas de atalho.

Selecione o texto que deseja alterar e siga um destes procedimentos:


• Para alterar o tipo de fonte usado, selecione uma fonte diferente na caixa Nome da fonte.
• Para alterar o tamanho do texto, selecione um tamanho na caixa Tamanho da fonte.
• Para alterar o tipo de letra do texto, clique no ícone Negrito, Itálico ou Sublinhado.
Pode também usar as seguintes teclas de atalho: Ctrl+B para negrito, Ctrl+I para itálico ou Ctrl+U para sublinhado. Para
restaurar o tipo de letra padrão, selecione o texto novamente e clique no mesmo ícone, ou pressione as mesmas teclas de
atalho.
• Para alterar o alinhamento do texto, clique no ícone Alinhar à esquerda, Centralizar, Alinhar à direita ou Justificado.
• Para adicionar ou remover marcadores ou números de uma lista, clique no ícone Ativar/desativar numeração ou Ati-
var/desativar marcadores.
• Para alterar um recuo do texto, use os ícones de recuo.
• Para alterar a cor do texto, clique no ícone Cor da fonte.
• Para alterar a cor do plano de fundo do texto, clique no ícone Cor do plano de fundo ou no ícone Realce.
Dica – Consulte a ajuda on-line para obter informação sobre a diferença desses dois ícones.

Formatando texto com estilos


No Writer, a formatação padrão de caracteres, parágrafos, páginas, quadros e listas é feita com estilos. Um estilo é um
conjunto de opções de formatação, como tipo e tamanho da fonte. Um estilo define o aspecto geral do texto, assim como
o layout de um documento.

124
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você pode selecionar alguns estilos comuns, e todos os


estilos aplicados, a partir da lista drop-down Aplicar estilo
na barra Formatar.

Uma maneira fácil de aplicar um estilo de formatação é


com a janela Estilos e formatação. Para abrir a janela Estilos
e formatação, escolha Formatar – Estilos e formatação.

• Para visualizar o conteúdo de uma categoria, clique


no sinal de mais na frente do nome da categoria.
• Para exibir o conteúdo de uma única categoria no Na-
vegador, selecione a categoria e clique no ícone Exibição
do conteúdo.

Observação – Para exibir todo o conteúdo, clique nova-


mente no ícone Exibição do conteúdo.
• Para saltar rapidamente para o local no documento,
clique duas vezes em qualquer entrada na lista do Nave-
gador.
• Para editar propriedades de um objeto, clique no ob-
jeto com o botão direito do mouse.
Você pode encaixar o Navegador na borda de qualquer
janela do documento.
Para desanexar o Navegador da borda de uma janela,
clique duas vezes na área cinza do Navegador encaixado.
Para redimensionar o Navegador, arraste as bordas do Na-
vegador.
Usando o navegador Dica – Em um documento de texto, você pode usar
O Navegador exibe as seguintes categorias de objetos o modo Exibição do conteúdo para títulos para arrastar
no documento: e soltar capítulos inteiros em outras posições dentro do
• Títulos documento. Para obter mais informações, consulte a ajuda
• Folhas on-line sobre o Navegador.
• Tabelas
• Quadros de texto Usando tabelas em documentos do Writer
• Gráficos Você pode usar tabelas para apresentar e organizar
• Objetos OLE informações importantes em linhas e colunas, para as in-
• Seções formações serem lidas com facilidade. A interseção de uma
• Hyperlinks linha e uma coluna é chamada de célula.
• Referências - Para adicionar uma tabela a um documento do Writer
• Índices Etapas
• Notas 1. Escolha Tabela - Inserir – Tabela.

125
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

2. Na área Tamanho, digite o número de linhas e colunas para a tabela.

3. (Opcional) Para usar um layout de tabela predefinido, clique em AutoFormatar, selecione o formato desejado e clique
em OK.

4. Na caixa de diálogo Inserir tabela, especifique opções adicionais, como o nome da tabela, e clique em OK.

- Para adicionar uma linha ou coluna a uma tabela


Etapas
1. Clique em qualquer linha ou coluna da tabela.
2. Clique no ícone Inserir coluna ou Inserir linha na barra Tabela.

- Para excluir uma linha ou coluna de uma tabela


Etapas
1. Clique na linha ou coluna que deseja excluir.

126
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

2. Clique no ícone Excluir coluna ou Excluir linha na


barra Tabela.

Cabeçalho e rodapé

Cabeçalhos e rodapés são áreas nas margens superior


e inferior das páginas para adiciona textos ou figuras. Os
cabeçalhos e rodapés são adicionados ao estilo de página
atual. Todas as páginas que usarem o mesmo estilo recebe-
rão automaticamente o cabeçalho ou rodapé adicionado. É
possível inserir Campos, tais como números de páginas e
títulos de capítulos, nos cabeçalhos e rodapés de um do-
cumento de texto.
Obs.: O estilo de página para a página atual será exibi-
do na Barra de status.
Para adicionar um cabeçalho a uma página, escolha In-
serir - Cabeçalho e, em seguida, no submenu, selecione o
estilo de página para a página atual. Por exemplo, para mudar o símbolo do marcador, cli-
Para adicionar um rodapé a uma página, escolha Inserir que na guia Opções , clique no botão de seleção (...) perto
- Rodapé e, em seguida, selecione o estilo de página para a de Caractere, e selecione um caractere especial. Pode-se
página atual no submenu. também clicar na guia Figura, e clicar num estilo de símbo-
Você também pode escolher Formatar - Página, clicar lo na área Seleção.
na guia Cabeçalho ou Rodapé, e selecionar Ativar cabeça-
lho ou Ativar rodapé. Desmarque a caixa de seleção Mesmo Números de página
conteúdo esquerda/direita se desejar definir cabeçalhos e
rodapés diferentes para páginas pares e ímpares. No Writer, o número da página é um campo que pode
Para utilizar diferentes cabeçalhos e rodapés docu- ser inserido no texto.
mento, adicione-os a diferentes estilos de páginas e, em
seguida, aplique os estilos às páginas nas deseja exibir os Para inserir números de página
cabeçalhos ou rodapés. Escolha Inserir - Campos - Número da página para in-
serir um número de página na posição atual do cursor.
Marcadores e numeração Obs.: Se, em vez do número, aparecer o texto “Número
da página”, escolha Exibir - Nome de campos.
Para adicionar marcadores No entanto, esses campos mudarão de posição quan-
Selecione o(s) parágrafo(s) ao(s) qual(is) deseja adicio- do um texto for adicionado ou removido. Assim, é melhor
nar marcadores. inserir o campo de número da página em um cabeçalho ou
rodapé que se encontram na mesma posição e se repetem
Na barra de Formatação, clique no ícone Ativar/desa- em todas as páginas.
tivar marcadores. Escolha Inserir - Cabeçalho - (nome do estilo de pági-
na) ou Inserir - Rodapé - (nome do estilo de rodapé) para
adicionar um cabeçalho ou um rodapé em todas as páginas
com o estilo de página atual.

Para iniciar com um número de página definido


Para remover marcadores, selecione os parágrafos com Agora você que ter um pouco mais de controle sobre o
marcadores e, em seguida, clique no ícone Ativar/Desativar número da página. Você está editando um documento de
marcadores na barra Formatação. texto que deve começar com o número de página 12.
Para formatar marcadores
Para alterar a formatação da lista com marcadores, es- Clique no primeiro parágrafo do documento.
colha Formatar - Marcadores e numeração. Escolha Formatar - Parágrafo - Fluxo de texto.
Em Quebras, ative Inserir. Ative Com estilo de página
para poder definir o novo Número da página. Clique em
OK.

127
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dependendo do documento, é melhor: utilizar a que-


bra de página inserida manualmente entre os estilos de
página, ou utilizar uma mudança automática. Se for neces-
sária apenas uma página de título com estilo diferente, o
método automático pode ser utilizado:

Para aplicar um estilo de página diferente na primeira


página
Clique na primeira página do documento.
Escolha Formatar - Estilos e formatação.
Na janela Estilos e formatação, clique no ícone Estilos
de página.
Clique duas vezes no estilo “Primeira página”.
A página de título apresentará o estilo “Primeira pági-
na” e as páginas seguintes apresentarão automaticamente
o estilo “Padrão”.
Você pode agora por exemplo, inserir um rodapé so-
mente para o estilo de página “Padrão”, ou inserir rodapés
em ambos estilos de página, mas com os campos de nú-
O novo número da página é um atributo do primeiro mero de página formatados de modo diferente.
parágrafo da página.
Para aplicar uma alteração de estilo de página inserida
Para formatar o estilo dos números de página manualmente
Você deseja que os números da página sejam em nu- Clique no início do primeiro parágrafo da página onde
merais romanos: i, ii, iii, iv e assim por diante. será aplicado um estilo de página diferente.
Clique duas vezes imediatamente na frente do campo Escolha Inserir - Quebra manual. A caixa de diálogo
de número da página. A caixa de diálogo Editar campos se Editar quebra se abrirá.
abrirá. Na caixa de listagem Estilo, selecione um estilo de pá-
Selecione um formato de número e clique em OK. gina. Você pode definir um novo número de página tam-
Utilizar diferentes estilos de número de página bém. Clique em OK.
Você precisa que algumas páginas apresentem o es- O estilo de página selecionado será usado a partir do
tilo em numerais romanos e o restante das páginas, outro parágrafo atual até a próxima quebra de página com estilo.
estilo. Você pode precisar criar primeiro um novo estilo de página.
No Writer, serão necessários vários estilos de página.
O primeiro estilo de página apresenta um rodapé com um Gráfico em um documento de texto do Writer
campo de número de página formatado em numerais ro- Em um documento do Writer, você pode inserir um
manos. O estilo de página seguinte apresenta um rodapé gráfico com valores provenientes de uma tabela do Wri-
com um campo de número de página formatado em outro ter.#Clique dentro da tabela do Writer.
estilo. Selecione Inserir – Objeto – Gráfico.
Ambos estilos de página devem estar separados por
uma quebra de página. No Writer, é possível inserir que-
bras de página automática ou manualmente.
Uma quebra de página automática aparece no final de
uma página quando o estilo de página possui um “próximo
estilo” diferente.
Por exemplo, o estilo de página da “Primeira página”
apresenta “Padrão” como próximo estilo. Para comprovar
essa possibilidade, pressione F11 para abrir a janela Estilos
e formatação, clique no ícone Estilos de página e clique
com o botão direito do mouse na entrada Primeira página.
Escolha Modificar no menu de contexto. Na guia Organiza-
dor, pode ser visto o “próximo estilo”.
A quebra de página manual pode ser aplicada com ou
sem alterações dos estilos de página.
Se pressionar Ctrl+Enter, será aplicada a quebra de pá-
gina sem alterações nos estilos de página.
Se escolher Inserir - Quebra manual, a quebra de pá-
gina pode ser inserida com ou sem alterações no estilo ou
com alterações no número da página.

128
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você verá uma visualização do gráfico e o Assistente Ctrl+5 - Aplica o estilo de parágrafo Título 5
de gráfico. Ctrl + tecla mais - Calcula o texto selecionado e copia
Siga as instruções no Assistente de gráfico para criar o resultado para a área de transferência.
um gráfico. Ctrl+Hífen(-) - Hifens personalizados; hifenização defi-
nida pelo usuário.
Teclas de atalho do LibreOffice Writer Ctrl+Shift+sinal de menos (-) - Traço incondicional
Você pode utilizar teclas de atalho para executar rapi- (não utilizado na hifenização)
damente tarefas comuns no LibreOffice. Esta seção relacio- Ctrl+sinal de multiplicação * (somente no teclado nu-
na as teclas de atalho padrão do LibreOffice Writer. mérico) - Executar campo de macro
Ctrl+Shift+Espaço - Espaços incondicionais. Esses
Teclas de função para o LibreOffice Writer espaços não serão usados para hifenização nem serão ex-
Teclas de atalho - Efeito pandidos se o texto estiver justificado.
F2 - Barra de fórmulas Shift+Enter - Quebra de linha sem mudança de pará-
Ctrl+F2 - Insere campos grafo
F3 - Completa o autotexto Ctrl+Enter - Quebra manual de página
Ctrl+F3 - Edita o autotexto Ctrl+Shift+Enter - Quebra de coluna em textos com
F4 - Abre a exibição da fonte de dados várias colunas
Shift+F4 - Seleciona o próximo quadro Alt+Enter - Insere um novo parágrafo sem numeração
F5 - Ativar/Desativar o Navegador numa lista. Não funciona se o cursor estiver no fim da lista.
Ctrl+Shift+F5 - Ativar Navegador, vai para número da Alt+Enter - Insere um novo parágrafo antes ou depois
página de uma seção ou antes de uma tabela.
F7 - Verificação ortográfica Seta para a esquerda - Move o cursor para a esquerda
Ctrl+F7 - Dicionário de sinônimos Shift+Seta para a esquerda - Move o cursor para a es-
F8 - Modo de extensão querda com seleção
Ctrl+F8 - Ativar/Desativar sombreamentos de campos Ctrl+Seta para a esquerda - Vai para o início da palavra
Shift+F8 - Modo de seleção adicional Ctrl+Shift+Seta para a esquerda - Seleciona à
Ctrl+Shift+F8 - Modo de seleção por bloco esquerda, uma palavra de cada vez
F9 - Atualiza os campos Seta para a direita - Move o cursor para a direita
Ctrl+F9 - Mostra os campos Shift+Seta para a direita - Move o cursor para a direita
com seleção
Shift+F9 - Calcula a tabela
Ctrl+Seta para a direita - Vá para o início da próxima
Ctrl+Shift+F9 - Atualiza os campos e as listas de en-
palavra
trada
Ctrl+Shift+Seta para a direita - Seleciona à direita, uma
Ctrl+F10 - Ativar/Desativar caracteres não imprimíveis
palavra de cada vez
F11 - Ativar/Desativar janela Estilos e formatação
Seta para cima - Move o cursor uma linha acima
Shift+F11 - Cria um estilo
Shift+Seta para cima - Seleciona linhas de baixo para
Ctrl+F11 - Define o foco para a caixa Aplicar estilos
cima
Ctrl+Shift+F11 - Atualiza o estilo Ctrl+Seta para cima - Move o cursor para o começo do
F12 - Ativar numeração parágrafo anterior
Ctrl+F12 - Insere ou edita a tabela CtrlShift+Seta para cima - Seleciona até o começo do
Shift+F12 - Ativa marcadores parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do pa-
Ctrl+Shift+F12 - Desativa Numeração / Marcadores rágrafo anterior
Seta para baixo - Move o cursor uma linha para baixo
Teclas de atalho para o LibreOffice Writer Shift+Seta para baixo - Seleciona linhas de cima para
Teclas de atalho - Efeito baixo
Ctrl+A - Selecionar tudo Ctrl+Seta para baixo - Move o cursor para o final do
Ctrl+J - Justificar parágrafo.
Ctrl+D - Sublinhado duplo CtrlShift+Seta para baixo - Seleciona até o fim do pa-
Ctrl+E - Centralizado rágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o fim do próximo
Ctrl+H - Localizar e substituir parágrafo
Ctrl+Shift+P - Sobrescrito Home - Vai até o início da linha
Ctrl+L - Alinhar à esquerda Home+Shift - Vai e seleciona até o início de uma linha
Ctrl+R - Alinhar à direita End - Vai até o fim da linha
Ctrl+Shift+B - Subscrito End+Shift - Vai e seleciona até o fim da linha
Ctrl+Y - Refaz a última ação Ctrl+Home - Vai para o início do documento
Ctrl+0 (zero) - Aplica o estilo de parágrafo Padrão Ctrl+Home+Shift - Vai e seleciona o texto até o início
Ctrl+1 - Aplica o estilo de parágrafo Título 1 do documento
Ctrl+2 - Aplica o estilo de parágrafo Título 2 Ctrl+End - Vai para o fim do documento
Ctrl+3 - Aplica o estilo de parágrafo Título 3 Ctrl+End+Shift - Vai e seleciona o texto até o fim do
Ctrl+4 - Aplica o estilo de parágrafo Título 4 documento

129
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ctrl+PageUp - Alterna o cursor entre o texto e o ca- Linhas: Estão dispostas na posição horizontal e são
beçalho numeradas. Portanto, a intersecção entre linhas e colunas
Ctrl+PageDown - Alterna o cursor entre o texto e o gera milhões de células disponíveis.
rodapé Cada planilha possui 1.048.576 linhas e as colunas vão
Insert - Ativa / Desativa modo de inserção até AMJ.
PageUp - Move uma página da tela para cima Valores: Um valor pode representar um dado numérico
Shift+PageUp - Move uma página da tela para cima ou textual entrado pelo usuário ou pode ser resultado de
com seleção uma fórmula ou função.
PageDown - Move uma página da tela para baixo Fórmulas: A fórmula é uma expressão matemática
Shift+PageDown - Move uma página da tela para bai- dada ao computador (o usuário tem que montar a fórmula)
xo com seleção para calcular um resultado, é a parte inteligente da pla-
Ctrl+Del - Exclui o texto até o fim da palavra nilha; sem as fórmulas a planilha seria um amontoado de
Ctrl+Backspace - Exclui o texto até o início da palavra textos e números.
Em uma lista: exclui um parágrafo vazio na frente do Funções: São fórmulas pré-definidas para pouparem
parágrafo atual tempo e trabalho na criação de uma equação.
Ctrl+Del+Shift - Exclui o texto até o fim da frase Uma célula é identificada por uma referência que con-
Ctrl+Shift+Backspace - Exclui o texto até o início da siste na letra da coluna a célula seguida do número da li-
frase nha da célula. Por exemplo, a referência de uma célula na
Ctrl+Tab - Próxima sugestão com Completar palavra interseção da coluna A e da linha 2 é A2. Além disso, a
automaticamente referência do intervalo de células nas colunas de A a C e
Ctrl+Shift+Tab - Utiliza a sugestão anterior com Com- linhas 1 a 5 é A1:C5.
pletar palavra automaticamente Endereço ou Referência: Cada planilha é formada
Ctrl+Alt+Shift+V - Cola o conteúdo da área de transfe- por linhas numeradas e por colunas ordenadas alfabetica-
rência como texto sem formatação. mente, que se cruzam delimitando as células. Quando se
Ctrl + clique duplo ou Ctrl + Shift + F10 - Utilize esta clica sobre uma delas, seleciona-se a célula.
combinação para encaixar ou desencaixar rapidamente a Célula: corresponde à unidade básica da planilha, ou
janela do Navegador, a janela Estilos e Formatação ou ou- seja, cada retângulo da área de edição.
tras janelas Célula Ativa: É a célula onde os dados serão digitados,
ou seja, onde está o cursor no instante da entrada de da-
LIBREOFFICE CALC
dos.
Dá-se o nome Endereço ou Referência ao conjunto das
O LibreOffice Calc é um programa de planilha que você
coordenadas que uma célula ocupa em uma planilha. Por
pode usar para organizar e manipular dados que contêm
exemplo, a intersecção entre a coluna B e a linha 3 é exclu-
texto, números, valores de data e tempo, e mais, por exem-
siva da casela B3, portanto é a sua referência ou endereço.
plo para o orçamento doméstico.
A figura abaixo mostra a célula B3 ativa (ou atual, ou
O Calc nos permite:
selecionada), ou seja, o cursor está na intersecção da linha
• Aplicar fórmulas e funções a dados numéricos e
3 com a coluna B. (Notar que tanto a linha 3 como a coluna
efetuar cálculos
• Aplicação de uma muitas formatações, como tipo, B destacam-se em alto relevo).
tamanho e coloração das fontes, impressão em colunas,
alinhamento automático etc ...,
• Utilização de figuras, gráficos e símbolos,
• Movimentação e duplicação dos dados e fórmulas
dentro das planilhas ou para outras planilhas,
• Armazenamento de textos em arquivos, o que
permite usá-los ou modificá-los no futuro.

Fundamentos da planilha
Uma planilha (“sheet”) é uma grande tabela, já prepa-
rada para efetuar cálculos, operações matemáticas, proje-
ções, análise de tendências, gráficos ou qualquer tipo de
operação que envolva números. A célula ativa ou célula atual é a que está clicada, ou
Cada planilha se compõe de colunas e linhas, cuja in- seja, é aquela na qual serão digitadas os dados nesse
tersecção delimita as células: momento.
Colunas: Estão dispostas na posição vertical e são iden- Apenas uma célula pode ficar ativa de cada vez e a se-
tificadas da esquerda para a direita, começando com A até leção é representada pelas bordas da célula que ficam ne-
Z. Depois de Z, são utilizadas 2 letras: AA até AZ, que são gritadas.
seguidas por BA até BZ, e assim por diante, até a última (IV), Para mudar a posição da célula ativa pode-se usar o
num total de 256 colunas. mouse ou as teclas de seta do teclado.

130
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Observação - Você pode também incluir o nome do arquivo e o nome da folha em uma referência a uma célula ou
a um intervalo de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo de células, para usar o nome em vez de uma
referência à coluna/número. Para obter detalhes, pesquise o termo eferências na ajuda on-line.

Layout

Barra de título
A barra de título, localizada no alto da tela, mostra o nome da planilha atual. Quando a planilha for recém criada, seu
nome é Sem título X, onde X é um número. Quando a planilha é salva pela primeira vez, você é solicitado a dar um nome
a sua escolha.

Barra de Menus
A Barra de Menus é composta por 9 menus, que são: Arquivo, Editar, Exibir, Inserir, Formatar, Tabela, Ferramentas, Ja-
nela e Ajuda. Onde encontra-se todos os comandos do Calc.
Menu Arquivo: Este menu contém os comandos para Criar uma planilha, salva-la, abrir os documentos já salvos e os
mais recentes e por fim fechar a planilha.
Menu Editar: Responsável pelos comando de copiar, mover e excluir os dados, desfazer e refazer uma ação além de
localizar e substituir dados.
Menu Exibir: Esse menu é utilizado para estruturar a área de trabalho. A partir de suas opções, podem ser exibidas ou
ocultadas as barras do LibreOffice.Calc. Ainda podem ser trabalhadas a aparência e o tamanho da tela de trabalho.
Menu Inserir: É responsável pela inserção de elementos como linhas, colunas, comentários nas células, figuras, gráficos,
fórmulas músicas, vídeos entre outros.
Menu Formatar: É responsável pela formatação de fontes e números, alinhamento dados nas células inserção de bordas
nas células e alteração de cores tanto de fonte quanto de plano de fundo.
Menu Ferramentas: Possui comandos para proteger o documento impedindo que alterações sejam feitas, personaliza
menus e as teclas de atalho, além de possuir recurso Galeria, onde podemos selecionar figuras e sons do próprio LibreOf-
fice para inserir no documento.
Menu Dados: Seleciona um intervalo e Classifica as linhas selecionadas de acordo com as condições especificas além
de outras funções.
Menu Janela: É utilizado para Abrir uma nova janela, Fecha a janela atual, Dividir a janela atual e listar todas as janelas
do documento.
Menu Ajuda: Abre a página principal da Ajuda de OpenOffice.org.br para o aplicativo atual. Você pode percorrer as
páginas da Ajuda e procurar pelos termos do índice ou outro texto.
Você pode personalizar a Barra de menu conforme as suas necessidades, para isso, vá em Ferramentas → Personalizar...
e vá na guia Menu.

Barra de ferramentas
Três barras de ferramentas estão localizadas abaixo da Barra de menus, por padrão: A Barra de ferramentas padrão, a
Barra de ferramentas de formatação, e a Barra de fórmulas.
Na Barra de ferramentas padrão estão várias opções tais como, gráficos, impressão, ajuda, salvar, outros.

131
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na Barra de ferramentas de formatação existem opções para alinhamento, numeração, recuo, cor da fonte e o outros.

Barra de fórmulas

Apresentando a barra de fórmulas.


À direita da Caixa de nome estão os botões do Assistente de Funções, de Soma, e de Função.
Clicando no botão do Assistente de Funções abre-se uma caixa de diálogo onde pode-se pesquisar em uma lista de
funções disponíveis em várias categorias como data e hora, matemática, financeira, dados, texto e outras. Isso pode ser
muito útil porque também mostra como as funções são formatadas.
Clicando no botão Soma insere-se uma fórmula na célula selecionada que soma os valores numéricos das células acima
dela. Se não houver números acima da célula selecionada, a soma será feita pelos valores das células à esquerda.
Clicando no botão Função insere-se um sinal de igual (=) na célula selecionada e na Linha de Entrada de dados, ati-
vando a célula para aceitar fórmulas.
Quando você digita novos dados numa célula, os botões de Soma e de Função mudam para os botões Cancelar e Aceitar.
O conteúdo da célula selecionada (dados, fórmula, ou função) são exibidos na Linha de Entrada de Dados, que é um
lembrete da Barra de Fórmulas. Você pode editar o seu conteúdo na própria Linha de Entrada de Dados. Para editá-la, cli-
que na Linha de Entrada de Dados e digite suas alterações. Para editar dentro da célula selecionada, clique duas vezes nela.

Células individuais
A seção principal da tela exibe as células na forma de uma tabela, onde cada célula fica na interseção de uma coluna
com uma linha. É nela que colocaremos valores, referências e formatos.
No alto de cada coluna, e à esquerda de cada linha, há uma célula cinza, contendo letras (colunas) e números (linhas). Esses são os
cabeçalhos das colunas e linhas. As colunas começam em A e seguem para a direita, e as linhas começam em 1 e seguem para baixo.
Os cabeçalhos das colunas e linhas formam a referência da célula que aparece na Caixa de Nome na Barra de Fórmulas.
Você pode desligar esses cabeçalhos em Exibir → Cabeçalhos de Linhas e Colunas.
Abas de folhas
Abaixo da tabela com as células estão as abas das folhas. Essas abas permitem que você acesse cada folha da planilha
individualmente, com a folha visível (ativa) estando na cor branca. Você pode escolher cores diferentes para cada folha.
Clicando em outra aba de folha exibe-se outra folha e sua aba fica branca. Você também pode selecionar várias folhas
de uma só vez, pressionando a tecla Ctrl ao mesmo tempo que clica nas abas.

Barra de estado
Na parte inferior da janela do Calc está a barra de estado, que mostra informações sobre a planilha e maneiras con-
venientes de alterar algumas das suas funcionalidades. A maioria dos campos é semelhante aos outros componentes do
LibreOffice.
Partes esquerda e direita da barra de estado, respectivamente:

132
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criando uma planilha Digitando ou colando dados


Para criar uma nova planilha a partir de qualquer pro- A maneira mais simples de adicionar dados a uma fo-
grama do Libreoffice, escolha Arquivo - Novo – Planilha. lha é digitar, ou copiar e colar dados de outra folha do Calc
Movendo-se em uma folha ou de outro programa.
Você pode usar o mouse ou o teclado para mover-se em uma - Para digitar ou colar dados em uma planilha
folha do Calc ou para selecionar itens na folha. Se selecionou um in- Etapas
tervalo de células, o cursor permanece no intervalo ao mover o cursor. 1. Clique na célula à qual deseja adicionar dados.
- Para mover-se em uma folha com o mouse 2. Digite os dados.
Etapa Se desejar colar dados da área de transferência na cé-
Use a barra de rolagem horizontal ou vertical para mo- lula, escolha Editar - Colar.
ver para os lados ou para cima e para baixo em uma folha. 3. Pressione Enter.
• Clique na seta na barra de rolagem horizontal ou vertical. Você pode também pressionar uma tecla de direção
• Clique no espaço vazio na barra de rolagem. para inserir os dados e mover a próxima célula na direção
• Arraste a barra na barra de rolagem. da seta.
Dica – Para mover o cursor para uma célula específica, Dica – Para digitar texto em mais de uma linha em uma
clique na célula. célula, pressione Ctrl+Return no fim de cada linha e, quan-
do concluir, pressione Return.
- Para mover-se em uma folha com o teclado - Para inserir rapidamente datas e números consecu-
Etapa tivos
Use as seguintes teclas e combinações de teclas para O Calc oferece um recurso de preenchimento para
mover-se em uma folha: você inserir rapidamente uma série sucessiva de dados,
• Para mover uma célula para baixo em uma coluna, como datas, dias, meses e números. O conteúdo de cada
pressione a tecla de seta para baixo ou Enter. célula sucessiva na série é incrementado por um. 1 é incre-
• Para mover uma célula para cima em uma coluna, mentado para 2, segunda-feira é incrementada para tercei-
pressione a tecla de seta para cima. ra-feira, e assim por diante.
• Para mover uma célula para a direita, pressione a te- Etapas
cla de seta para a direita ou Tab. 1. Clique em uma célula e digite o primeiro item da
• Para mover uma célula para a esquerda, pressione a série, por exemplo, segunda-feira. Pressione Return.
tecla de seta para a esquerda. 2. Clique na célula novamente para ver a alça de preen-
Dica – Para mover para a última célula que contém da- chimento — a caixa preta pequena no canto direito inferior
dos em uma coluna ou linha, mantenha pressionada a tecla da célula.
Ctrl enquanto pressiona uma tecla de direção. 3. Arraste a alça de preenchimento até realçar o inter-
valo de células no qual deseja inserir a série.
Selecionando células em uma folha 4. Solte o botão do mouse.
Você pode usar o mouse ou o teclado para selecionar
células em uma folha do Calc. Os itens consecutivos na série são adicionados auto-
• Para selecionar um intervalo de células com o mouse, maticamente às células realçadas.
clique em uma célula e arraste o mouse para outra célula.
• Para selecionar um intervalo de células com o teclado,
certifique-se de que o cursor esteja em uma célula, mantenha
pressionada a tecla Shift e pressione uma tecla de direção.

Dica – Para copiar sem alterar os valores em uma série,


pressione a tecla Ctrl enquanto arrasta.

Editando e excluindo o conteúdo de células


Você pode editar o conteúdo de uma célula ou interva-
lo de células em uma folha.
- Para editar o conteúdo de células em uma folha

133
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Etapas
1. Clique em uma célula ou selecione um intervalo de células.
Dica – Para selecionar um intervalo de células, clique em uma célula. Em seguida arraste o mouse até cobrir o intervalo
que deseja selecionar.
Para selecionar uma linha ou coluna inteira, clique no rótulo da linha ou coluna.
2. Para editar o conteúdo de uma única célula, clique duas vezes na célula, faça as alterações necessárias e pressione
Return.
Observação – Pode também clicar na célula, digitar as alterações na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula e clicar
no ícone verde da marca de seleção.
No entanto, não pode inserir quebras de linha na caixa de Linha de entrada.
3. Para excluir o conteúdo da célula ou do intervalo de células, pressione a tecla Backspace ou Delete.
a. Na caixa de diálogo Excluir conteúdo, selecione as opções que deseja.
b. Clique em OK.

Formatando planilhas
O Calc permite-lhe formatar a folha manualmente ou ao usar estilos. A diferença principal é que a formatação manual
aplica-se apenas às células selecionadas. A formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento de
planilha.

Usando AutoFormatação
A maneira mais fácil de formatar um intervalo de células é usar o recurso AutoFormatação do Calc.

- Para aplicar formatação automática a um intervalo de células


Etapas
1. Selecione o intervalo de células que deseja formatar.
Selecione ao menos um intervalo de células 3 x 3.
2. Escolha Formatar - AutoFormatar.
Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação.
3. Na lista de formatos, clique no formato que deseja usar e clique em OK.

Formatando células manualmente


Para aplicar formatação simples ao conteúdo de uma célula, como alterar o tamanho do texto, use os ícones na barra
Formatar objeto.
- Para formatar células com a barra Formatar objeto
A barra Formatar objetos permite-lhe aplicar formatos rapidamente a células individuais ou intervalos de células.

134
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja formatar.
2. Na barra Formatar objeto, clique no ícone que corresponde à formatação que deseja aplicar.
Observação – Pode também selecionar uma opção das caixas Nome da fonte ou Tamanho da fonte.

- Para aplicar formatação manual com a caixa de diálogo Formatar células


Se precisar de mais opções de formatação do que a barra Objeto fornece, use a caixa de diálogo Formatar células.

Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja formatar e escolha Formatar - Células.
Abre-se a caixa de diálogo Formatar células.
2. Clique em uma das guias e escolha as opções de formatação.

Guia Números
Altera a formatação de números nas células, como a alteração do número de casas decimais exibidas

Guia Fonte
Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra usado na célula

Guia Efeitos de fonte


Altera a cor da fonte e os efeitos de sublinhado, tachado ou alto-relevo do texto

Guia Alinhamento
Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto no interior das células

Guia Bordas
Altera as opções de bordas das células

Guia Plano de fundo


Altera o preenchimento do plano de fundo das células

135
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Guia Proteção de célula


Protege o conteúdo das células no interior de folhas protegidas.

3. Clique em OK.

Formatando células e folhas com estilos


No Calc, a formatação padrão de células e folhas faz-se com estilos. Um estilo é um conjunto de opções de formatação
que define o aspecto do conteúdo da célula, assim como o layout de uma folha. Quando você altera a formatação de um
estilo, as alterações são aplicadas toda vez que o estilo é usado na planilha.

- Para aplicar formatação com a janela Estilos e formatação


Etapas
1. Escolha Formatar - Estilos e formatação.
2. Para alterar a formatação de células, clique em uma célula ou selecione um intervalo de células.
a. Clique no ícone Estilos de célula na parte superior da janela Estilos e formatação.
b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
3. Para alterar o layout de uma folha, clique em qualquer lugar na folha.
a. Clique no ícone Estilos de página na parte superior da janela Estilos e formatação.
b. Clique duas vezes em um estilo na lista.

Usando fórmulas e funções


Você pode inserir fórmulas em uma planilha para efetuar cálculos.
Se a fórmula contiver referências a células, o resultado será atualizado automaticamente toda vez que você alterar o
conteúdo das células. Você pode também usar uma das várias fórmulas ou funções pré-definidas que o Calc oferece para
efetuar cálculos.
Criando fórmulas
Uma fórmula começa com um sinal de igual (=) e pode conter valores, referências a células, operadores, funções e
constantes.
- Para criar uma fórmula
Etapas
1. Clique na célula à qual deseja exibir o resultado da fórmula.
2. Digite = e, a seguir, digite a fórmula.
Por exemplo, se desejar adicionar o conteúdo da célula A1 ao conteúdo da célula A2, digite =A1+A2 em outra célula.
3. Pressione Return.

136
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Usando operadores
Você pode usar os seguintes operadores nas fórmulas:

Exemplo de Fórmulas do Calc

=A1+15
Exibe o resultado de adicionar 15 ao conteúdo da células A1
=A1*20%
Exibe 20 por cento do conteúdo da célula A1
=A1*A2
Exibe o resultado da multiplicação do conteúdo das células A1 e A2

Usando parênteses

O Calc segue a ordem de operações ao calcular uma fórmula. Multiplicação e divisão são feitas antes de adição e sub-
tração, independentemente de onde esses operadores aparecem na fórmula. Por exemplo, para a fórmula =2+5+5*2, o
Calc retorna o valor de 17 e não de 24.

137
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Editando uma fórmula


Uma célula que contém uma fórmula exibe apenas o resultado da fórmula. A fórmula é exibida na caixa de Linha de
entrada.

- Para editar uma fórmula


Etapas
1. Clique em uma célula que contém uma fórmula.
A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula.

* Você também pode editar uma célula pressionado F2 ou dando um clique duplo na célula
2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alterações.
Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete ou Backspace.
3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula para confirmar as alterações.
Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc ou clique no ícone na barra Fórmula.

Usando funções
O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções predefinidas. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5, você
pode digitar =SUM(A2:A5) .

- Para usar uma função


Etapas
1. Clique na célula à qual deseja adicionar uma função.
2. Escolha Inserir – Função.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de função.
3. Na caixa Categoria, selecione a categoria que contém o tipo de função que você deseja usar.
4. Na lista Funções, clique na função que deseja usar.
5. Clique em Próximo.
6. Insira os valores necessários ou clique nas células que contêm os valores que você deseja.
7. Clique em OK.

138
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Usando gráficos
Gráficos podem ajudar a visualizar padrões e tendências nos dados numéricos.
O LibreOffice fornece vários estilos de gráfico que você pode usar para representar os números.
Observação – Gráficos não se restringem a planilhas. Você pode também inserir um gráfico ao escolher Inserir - Objeto
- Gráfico nos outros programas do LibreOffice.

- Para criar um gráfico


Etapas
1. Selecione as células, inclusive os títulos, que contêm dados para o gráfico.
2. Escolha Inserir – Gráfico.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de Graficos. O intervalo de célula selecionado é exibido na caixa Intervalo.
Observação – Se desejar especificar um intervalo de célula diferente para os dados, clique no botão Encolher ao lado
da caixa de texto Intervalo e selecione as células. Clique no botão Encolher novamente quando concluir.
3. Clique em Próximo.
4. Na caixa Escolher tipo de gráfico, clique no tipo de gráfico que deseja criar.
5. Clique em Próximo.
6. Na caixa Escolher variante, clique na variante que deseja usar.
7. Clique em Próximo.
8. Na caixa Título do gráfico, digite o nome do gráfico.
9. Clique em Concluir.

139
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Editando gráficos
Depois de criar um gráfico, poderá voltar e alterar, mover, redimensionar ou excluir o gráfico.
- Para redimensionar, mover ou excluir um gráfico
Etapa
Clique no gráfico e siga um destes procedimentos:
• Para redimensionar o gráfico, mova o ponteiro do mouse sobre uma das alças, pressione o botão do mouse e arraste
o mouse.
O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho do gráfico enquanto você arrasta.
• Para mover o gráfico, mova o ponteiro do mouse para dentro do gráfico, pressione o botão do mouse e arraste o
mouse para um novo lugar.
• Para excluir o gráfico, pressione a tecla Delete.

- Para alterar a aparência de um gráfico


Você pode usar os ícones na barra de ferramentas Padrão do gráfico para alterar a aparência do gráfico.
Etapas
1. Clique duas vezes em um gráfico para exibir a barra de ferramentas Padrão do gráfico.
A barra de ferramentas aparece ao lado da barra padrão do Calc ou Writer.

2. Use os ícones na barra de ferramentas para alterar as propriedades do gráfico.


3. Para modificar outras opções do gráfico você pode dar um clique duplo sobre o respectivo elemento ou acessar as
opções através do menu Inserir e Formatar.

Navegando dentro das planilhas

O Calc oferece várias maneiras para navegar dentro de uma planilha de uma célula para outra, e de uma folha para
outra. Você pode utilizar a maneira que preferir.

Indo para uma célula específica


Utilizando o mouse: posicione o ponteiro do mouse sobre a célula e clique.
Utilizando uma referência de célula: clique no pequeno triângulo preto invertido na Caixa de nome. A referência da
célula selecionada ficará destacada. Digite a referência da célula que desejar e pressione a tecla Enter. Ou, clique na Caixa de
nome, pressione a tecla backspace para apagar a referência da célula selecionada. Digite a referência de célula que desejar
e pressione Enter.

Utilizando o Navegador: para abrir o Navegador, clique nesse ícone na Barra de ferramentas padrão, ou pressione
a tecla F5, ou clique em Exibir → Navegador na Barra de menu, ou clique duas vezes no Número Sequencial das Folhas
na Barra de estado. Digite a referência da célula nos dois campos na parte superior, identificados como Coluna e Linha, e
pressione Enter.

Você pode embutir o Navegador em qualquer lado da janela principal do Calc, ou deixá-lo flutuando. (Para embutir ou
fazer flutuar o navegador, pressione e segure a tecla Ctrl e clique duas vezes em uma área vazia perto dos ícones dentro
da caixa de diálogo do Navegador.)

140
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A tecla Page Down move uma tela completa para baixo


e a tecla Page Up move uma tela completa para cima.

Combinações da tecla Ctrl e da tecla Alt com as teclas


Home, End, Page Down, Page Up, e as teclas de seta mo-
vem o foco da célula selecionada de outras maneiras.

Localização e substituição de dados

Este recurso é muito útil quando há a necessidade de


serem localizados e substituídos dados em planilhas.
Para localizar e substituir escolha o menu Editar→Loca-
lizar e substituir ou pressione Ctrl + H; Você pode somente
localizar, ou localizar e substituir;

Figura 5: Apresentando o navegador.

O Navegador exibe listas de todos os objetos em um


documento, agrupados em categorias. Se um indicador (si-
nal de mais (+) ou seta) aparece próximo a uma categoria,
pelo menos um objeto daquele tipo existe. Para abrir uma
categoria e visualizar a lista de itens, clique no indicador.
Para esconder a lista de categorias e exibir apenas os
ícones, clique no ícone de Conteúdo. Clique neste íco-
ne de novo para exibir a lista.

Movendo-se de uma célula para outra


Em uma planilha, normalmente, uma célula possui uma
borda preta. Essa borda preta indica onde o foco está. Se
um grupo de células estiver selecionado, elas são desta-
cadas com a cor azul, enquanto a célula que possui o foco Trabalhando com colunas e linhas
terá uma borda preta.
Utilizando o mouse: para mover o foco utilizando o Inserindo colunas e linhas
mouse, simplesmente coloque o ponteiro dele sobre a cé- Você pode inserir colunas e linhas individualmente ou
lula que deseja e clique com o botão esquerdo. Isso muda em grupos.
o foco para a nova célula. Esse método é mais útil quando Coluna ou linha única
duas células estão distantes uma da outra. Utilizando o menu Inserir:
Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer in-
Utilizando as teclas de Tabulação e Enter serir a nova coluna ou linha.
Pressionando Enter ou Shift+Enter move-se o foco Clique em Inserir → Colunas ou Inserir → Linhas.
para baixo ou para cima, respectivamente. Utilizando o mouse:
Pressionando Tab ou Shift+Tab move-se o foco para a Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer in-
esquerda ou para a direita, respectivamente. serir a nova coluna ou linha.
Utilizando as teclas de seta Clique com o botão direito do mouse no cabeçalho da
Pressionando as teclas de seta do teclado move-se o coluna ou da linha.
foco na direção das teclas.
Utilizando as teclas Home, End, Page Up e Page Down Clique em Inserir Linhas ou Inserir Colunas.
A tecla Home move o foco para o início de uma linha.
A tecla End move o foco para a ultima célula à direita Múltiplas colunas ou linhas
que contenha dados. Você pode inserir várias colunas ou linhas de uma só
vez, ao invés de inseri-las uma por uma.

141
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Selecione o número de colunas ou de linhas pressio- Trabalhando com folhas


nando e segurando o botão esquerdo do mouse na primei- Como qualquer outro elemento do Calc, as folhas po-
ra e arraste o número necessário de identificadores. dem ser inseridas, apagadas ou renomeadas.
Proceda da mesma forma, como fosse inserir uma úni-
ca linha ou coluna, descrito acima. Inserindo novas folhas
Há várias maneiras de inserir uma folha. A mais rápida,
é clicar com o botão Adicionar folha. Isso insere uma nova
folha naquele ponto, sem abrir a caixa de diálogo de Inserir
planilha. Utilize um dos outros métodos para inserir mais
de uma planilha, para renomeá-las de uma só vez, ou para
inserir a folha em outro lugar da sequência. O primeiro
passo para esses métodos é selecionar a folha, próxima da
qual, a nova folha será inserida. Depois, utilize as seguintes
opções.
Clique em Inserir → Planilha na Barra de menu.
Clique com o botão direito do mouse e escolha a op-
ção Inserir Planilha no menu de contexto.
Clique em um espaço vazio no final da fila de abas de
folhas.

Inserindo 3 linhas abaixo da linha 1.


Apagando colunas e linhas
Colunas e linhas podem ser apagadas individualmente
ou em grupos.
Coluna ou linha única
Uma única coluna ou linha pode ser apagada utilizan-
do-se o mouse:
Selecione a coluna ou linha a ser apagada. Criando uma nova planilha.
Clique com o botão direito do mouse no identificador Veja na imagem a seguir, a caixa de diálogo Inserir
da coluna ou linha. Planilha. Nela você pode escolher se as novas folhas serão
Selecione Excluir Colunas ou Excluir Linhas no menu inseridas antes ou depois da folha selecionada, e quantas
de contexto. folhas quer inserir. Se você for inserir apenas uma folha,
existe a opção de dar-lhe um nome.
Múltiplas colunas e linhas
Você pode apagar várias colunas ou linhas de uma vez
ao invés de apagá-las uma por uma.
Selecione as colunas que deseja apagar, pressionando
o botão esquerdo do mouse na primeira e arraste o núme-
ro necessário de identificadores.
Proceda como fosse apagar uma única coluna ou linha
acima.

Apagando folhas
As folhas podem ser apagadas individualmente ou em
grupos.
Folha única: clique com o botão direito na aba da folha
que quer apagar e clique em Excluir Planilha no menu de
contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra
Excluir 3 linhas abaixo da linha 1. de menu.

142
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Múltiplas folhas: selecione-as como descrito anterior- Dividir células


mente, e clique com o botão direito do mouse sobre uma
das abas e escolha a opção Excluir Planilha no menu de Posicione o cursor na célula a ser dividida.
contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra Escolha Formatar - Mesclar células - Dividir células.
de menu. Botão direito do mouse/dividir células.

Renomeando folhas
O nome padrão para uma folha nova é PlanilhaX, onde
X é um número. Apesar disso funcionar para pequenas
planilhas com poucas folhas, pode tornar-se complicado
quando temos muitas folhas.
Para colocar um nome mais conveniente a uma folha,
você pode:
• Digitar o nome na caixa Nome, quando você criar a
folha, ou
• Clicar com o botão direito do mouse e escolher a
opção Renomear Planilha no menu de contexto e trocar o
nome atual por um de sua escolha.
• Clicar duas vezes na aba da folha para abrir a caixa de
diálogo Renomear Planilha.

Mesclando várias células


Um recurso útil do Calc é a possibilidade de mesclar
várias células contíguas para formar um título de uma fo-
lha de planilha, por exemplo. Para isso selecione as células
contíguas a serem mescladas e vá em Formatar → Mesclar Inserir uma anotação (comentário)
células → Mesclar ou Formatar → Mesclar células → Mes- As células podem conter observações de outros usuá-
clar e centralizar células, para centralizar e mesclar ou ainda rios ou lembretes que ficam ocultos, isto é, não são im-
botão diretito do mouse/mesclar células. pressos. Uma célula contendo uma anotação apresenta um
pequeno triângulo vermelho no canto superior direito.
Para inserir uma anotação clique com o botão direito
do mouse na célula que conterá a anotação e selecione a
opção Inserir anotação ou pressione Ctrl + Alt + C. Em se-
guida digite o texto e clique fora da caixa de texto quando
tiver terminado.
Para visualizar a anotação, basta posicionar o ponteiro
do mouse em cima do triângulo vermelho. Você pode ain-
da clicar com o botão direito sobre a célula que possui a
anotação e clicar em Mostrar anotação para deixá-la sem-
pre a amostra ou clicar em Excluir anotação para excluí-la.

Formatando várias linhas de texto


Múltiplas linhas de texto podem ser inseridas em uma
única célula utilizando a quebra automática de texto, ou
quebras manuais de linha. Cada um desses métodos é útil
em diferentes situações.

Utilizando a quebra automática de texto


Para configurar a quebra automática no final da célula,
clique com o botão direito nela e selecione a opção Forma-
Ferramenta pincel de estilo tar Células (ou clique em Formatar → Células na barra de
menu, ou pressione Ctrl+1). Na aba Alinhamento embaixo
Serve para copiar a formatação para outras células da de Propriedades, selecione Quebra automática de texto e
mesma planilha ou para outras planilhas. clique em OK. O resultado é mostrado na figura abaixo.

Para copiar o estilo de uma célula clique uma ou duas


vezes no ícone . E clique na célula a ser formatada em
seguida.

143
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Utilizando quebras manuais de linha


Para inserir uma quebra manual de linha enquanto digita dentro de uma célula, pressione Ctrl+Enter. Quando for editar
o texto, primeiro clique duas vezes na célula, depois um clique na posição onde você quer quebrar a linha. Quando uma
quebra manual de linha é inserida, a largura da célula não é alterada.
Encolhendo o texto para caber na célula
O tamanho da fonte pode ser ajustado automaticamente para caber na célula. Para isso, clique com o botão direito na
célula a ser formatada e clique em Formatar Células → na aba Alinhamento marque o campo Reduzir para caber na célula.
Formatando a largura ideal da coluna para exibir todo o conteúdo da célula
A largura da coluna pode ser ajustada automaticamente para que consigamos visualizar todo o conteúdo da célula.
Para isso, clique com o botão direito na coluna a ser formatada e clique em Largura ideal da coluna e aceite clicando em OK.

Largura ideal de coluna.

Resultado da figura anterior.

144
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Congelando linhas e colunas


O congelamento trava um certo número de linhas no alto, ou de colunas à esquerda de uma planilha, ou ambos. Assim,
quando se mover pela planilha, qualquer linha ou coluna congelada permanecerá à vista.
A Figura abaixo mostra algumas linhas e colunas congeladas. A linha horizontal mais forte entre as linhas 1 e 3 e entre
as colunas A e E, denotam áreas congeladas. As linhas de 4 a 6 foram roladas para fora da página. As três primeiras linhas
e colunas permaneceram porque estão congeladas.

Congelando células.
Congelando uma única coluna ou linha
Clique no cabeçalho da linha abaixo, ou da coluna à esquerda da qual quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Uma linha escura aparece, indicando onde o ponto de congelamento foi colocado.
Congelando uma coluna ou linha
Clique em uma célula que esteja imediatamente abaixo da linha, ou na coluna imediatamente à direita da coluna que
quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Duas linhas aparecem na tela, uma horizontal sobre essa célula e outra vertical à esquerda dela. Agora, quando você
rolar a tela, tudo o que estiver acima, ou à esquerda dessas linhas, permanecerá à vista.
Descongelando
Para descongelar as linhas ou colunas, clique em Janela → Congelar. A marca de verificação da opção Congelar desa-
parecerá.

Dividindo a tela
Outra maneira de alterar a visualização é dividir a janela, ou dividir a tela. A tela pode ser dividida, tanto na horizontal,
quanto na vertical, ou nas duas direções. É possível, além disso, ter até quatro porções da tela da planilha à vista, ao mesmo
tempo.
Por que fazer isso? Imagine que você tenha uma planilha grande, e uma das células tem um número que é utilizado em
outras células. Utilizando a técnica de divisão da tela, você pode alterar o valor da célula que contém o número e verificar
nas outras células as alterações sem perder tempo rolando a barra.

Dividindo células.

Dividindo a tela horizontalmente


Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem vertical, na lateral direita da tela, e posicione-o sobre o
pequeno botão no alto com um triângulo preto. Imediatamente acima deste botão aparecerá uma linha grossa preta.

145
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Barra de divisão de tela na barra de rolagem vertical.


Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará em uma linha com duas.
Pressione e segure o botão esquerdo do mouse. Uma linha cinza aparece cruzando a página na horizontal. Arraste o
mouse para baixo, e essa linha seguirá o movimento.
Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes, cada uma com sua própria barra de rolagem vertical. Você
pode rolar as partes inferior e superior independentemente.

Dividindo a tela verticalmente


Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem horizontal, na parte de baixo da tela, e posicione-o sobre
o pequeno botão à direita, com um triângulo preto. Imediatamente, à direita desse botão aparece uma linha preta grossa.

Barra de divisão de tela na barra de rolagem horizontal.


Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará em uma linha com duas setas.
Pressione e segure o botão esquerdo do mouse, e uma linha cinza aparece cruzando a página na vertical. Arraste o
mouse para a esquerda, e essa linha seguirá o movimento.
Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes, cada uma com sua barra de rolagem horizontal. Você
pode rolar as partes direita e esquerda independentemente.

Removendo as divisões
Para remover as divisões, siga uma das seguintes instruções:
Clique duas vezes na linha divisória.
Clique na linha divisória e arraste-a de volta ao seu lugar no final das barras de rolagem.
Clique em Janela → Dividir para remover todas as linhas divisórias de uma só vez.

Sintaxe Universal de uma Planilha


Observe a seguinte fórmula para efeito de exemplos de sintaxe:
=B2*(SE(SOMA(C2:C6)>=3;$H$1;SOMA(A3^A5)*5));
repare que há parenteses, sinais de Operadores de Comparação (>, = <, etc.), além de ponto e vírgula e dois pontos.
Mesmo sendo possível o uso de fórmulas sofisticadas em planilhas, virtualmente qualquer tipo de planilha pode ser imple-
mentada utilizando-se das quatro operações básicas, por exemplo, seu orçamento mensal (receitas x despesas). As quatro
operações básicas são:
Somar ( + ), Subtrair ( - ); Multiplicar ( * ), Dividir ( / ).
Índice de Referenciação Absoluto ( $ )
Para exponenciação utiliza-se o circunflexo (^).
As tabelas abaixo representam de forma sucinta, a função de cada letra / símbolo / instrução para uma compreensão
básica do significado destes.

Operadores Aritméticos

146
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Operadores de Comparação

Comandos / Instruções

Comportamento das teclas Convencionais / Especiais


As teclas TAB, Enter e Setas de Cursor, quando utilizadas em edição de dados, apresentam comportamento um pouco
diferente do convencional. TAB, por exemplo, confirma a edição atual e avança lateralmente para a próxima célula. Neste
caso, pode-se pensar na próxima célula como o próximo campo, que e o comportamento natural de TAB, além da possibi-
lidade de utilizá-la como tabuladora, claro.
Vemos abaixo uma pequena compilação do comportamento destas teclas:

147
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Imprimindo
Imprimir no Calc é bem parecido com imprimir nos ou-
tros componentes do LibreOffice, mas alguns detalhes são
diferentes, especialmente quanto a preparação do docu-
mento para a impressão.
Utilizando intervalos de impressão
Intervalos de impressão possuem várias utilidades, in-
cluindo imprimir apenas uma parte específica dos dados,
ou imprimir linhas ou colunas selecionadas de cada página.

Definindo um intervalo de impressão


Para definir um intervalo de impressão, ou alterar um
intervalo de impressão existente:
Selecione o conjunto de células que correspondam ao
intervalo de impressão.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → De-
finir.
As linhas de quebra de página são exibidas na tela.
Você pode verificar o intervalo de impressão utilizando
Arquivo → Visualizar página. O LibreOffice exibirá apenas Selecionando a ordem das páginas
as células no intervalo de impressão.
Ordem das páginas
Aumentando o intervalo de impressão Quando uma folha será impressa em mais de uma pá-
Depois de definir um intervalo de impressão, é possível gina, é possível ajustar a ordem na qual as páginas serão
incluir mais células a ele. Isso permite a impressão de múl- impressas. Isso é especialmente útil em documentos gran-
tiplas áreas separadas na mesma folha da planilha. Depois des; por exemplo, controlar a ordem de impressão pode
de definir um intervalo de impressão: economizar tempo de organizar o documento de uma ma-
Selecione um conjunto de células a ser incluído ao in- neira determinada. As duas opções disponíveis são mos-
tervalo de impressão. tradas abaixo.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Adi-
cionar. Isso adicionará as células extras ao intervalo de im-
pressão.
As linhas de quebra de página não serão mais exibidas
na tela.
O intervalo de impressão será impresso em uma pági-
na separada, mesmo que ambos os intervalos estejam na
mesma folha.

Removendo um intervalo de impressão


Pode ser necessário remover um intervalo de impres-
são definido anteriormente, por exemplo, se for necessário
imprimir a página inteira mais tarde.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Re- Ordem das páginas 2
mover. Isso removera todos os intervalos de impressão de-
finidos na folha. Feito isso, as quebras de página padrão Detalhes
aparecerão na tela. Você pode especificar os detalhes que serão impressos.
Os detalhes incluem:
Editando um intervalo de impressão Cabeçalhos das linhas e colunas
A qualquer tempo, é possível editar diretamente um Grade da folha—imprime as bordas das células como
intervalo de impressão, por exemplo, removê-lo ou redi- uma grade
mensionar parte dele. Clique em Formatar → Intervalo de Comentários—imprime os comentários definidos na
impressão → Editar. sua planilha, em uma página separada, junto com a refe-
Selecionando a ordem das páginas, detalhes e a escala rência de célula correspondente
Para selecionar a ordem das páginas, detalhes e a es- Objetos e imagens
cala da impressão: Gráficos
Clique em Formatar → Pagina no menu principal Objetos de desenho
Selecione a aba Planilha Fórmulas—imprime as fórmulas contidas nas células,
Faça as seleções necessárias e clique em OK. ao invés dos resultados
Valores zero—imprime as células com valor zero

148
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Lembre-se que, uma vez que as opções de impressão dos detalhes são partes das propriedades da página, elas tam-
bém serão parte das propriedades do estilo da página. Portanto, diferentes estilos de páginas podem ser configurados para
alterar as propriedades das folhas na planilha.

Escala
Utilize as opções de escala para controlar o número de páginas que serão impressas. Isso pode ser útil se uma grande
quantidade de dados precisa ser impressa de maneira compacta, ou se você desejar que o texto seja aumentado para fa-
cilitar a leitura.
Reduzir/Aumentar a impressão—redimensiona os dados na impressão tanto para mais, quanto para menos. Por exem-
plo, se uma folha for impressa, normalmente em quatro páginas (duas de altura e duas de largura), um redimensionamento
de 50% imprime-a em uma só página (tanto a altura, quanto a largura, são divididas na metade).
Ajustar intervalo(s) de impressão ao número de páginas—define, exatamente, quantas páginas, a impressão terá. Essa
opção apenas reduzirá o tamanho da impressão, mas não o aumentará. Para aumentar uma impressão, a opção Reduzir/
Aumentar deve ser utilizada.
Ajustar intervalo(s) de impressão para a largura/altura—define o tamanho da altura e da largura da impressão, em
páginas.

Imprimindo linhas ou colunas em todas as páginas


Se uma folha for impressa em várias páginas é possível configurá-la para que certas linhas ou colunas sejam repetidas
em cada página impressa. Por exemplo, se as duas linhas superiores de uma folha, assim como a coluna A, precisam ser
impressas em todas as páginas, faça o seguinte:
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Editar. Na caixa de diálogo Editar Intervalo de Impressão, digite as
linhas na caixa de texto abaixo de Linhas a serem repetidas. Por exemplo, para repetir as linhas de 1 a 4, digite $1:$4. Isso
altera automaticamente as Linhas a serem repetidas de, - nenhum - para – definido pelo usuário-.

Imprimindo linhas ou colunas

Para repetir, digite as colunas na caixa de texto abaixo de Colunas a serem repetidas. Por exemplo, para repetir a coluna
A, digite $A. Na lista de Colunas a serem repetidas, a palavra - nenhum - muda para - definido pelo usuário-.

Clique em OK.
Não é necessário selecionar todo o intervalo de linhas a serem repetidas; selecionar uma célula de cada linha também
funciona.

Assistente de Funções

Na criação de fórmulas podemos contar com o recurso de assistente de funções, situado na barra de fórmulas do Calc,
onde encontramos todas as funções disponíveis do programa e selecionamos as células que pertencerá determinada fun-
ção selecionada. Para acionar o assistente de funções execute os seguintes procedimentos:
Primeiramente deve-se selecione a célula a qual deverá conter a fórmula matemática e que posteriormente exibirá o
seu resultado, por exemplo, neste caso selecionaremos a célula F5.
Clique sobre o assistente de funções situado na barra de fórmulas. Veja a figura abaixo.

149
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Em seguida surgira a guia Assistente de funções nesta guia encontra-se todas a fórmulas matemáticas disponíveis do
LibreOffice.org Calc. Para nosso exemplo criaremos uma função de multiplicação, para isso clique na aba Funções e sele-
cione MULT para a multiplicação e clique em Próximo. Veja na figura a seguir.

Assistente de Funções 2
Selecione as células farão parte da multiplicação, neste caso as células D5 e E5. Para selecionar a célula volte para a
planilha, se preferir clique em cima da opção Encolher figura 34, para diminuir o tamanho da caixa e em seguida selecione
a célula de D5 e depois clique no campo abaixo, ou então apenas digite o endereço da célula correspondente e clique em
OK e coloque o valor em formato Moeda.

Opção Encolher.
Repita esse procedimento com as células D6 e E6, D7 e E7, D8 e E8. Ao final a tabela estará conforme a figura abaixo.

Figura 35: Exemplo de tabela Controle de Estoque 3

150
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas: A1+B1+C1+D1+E1+F1...


Existem vários tipos de funções, que vão desde as mais
simples até mais complexas. Iremos mostrar as mais co-
Nome da fórmula Operação Aritmética
muns. Basicamente, todas elas oferecem o mesmo “molde”:
SOMA Adição e Subtração = Nome da Função (primeira célula a ser calculada: úl-
tima célula a ser calculada ) Veja a figura a seguir e depois
MULT Multiplicação explicaremos o que está sendo feito:

QUOCIENTE Divisão

POTÊNCIA Potenciação

RAIZ Raiz Quadrada

Retorna a Média de uma


MÉDIA
sequência de valores

Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas


Obs: a fórmula Quociente retorna apenas a parte in-
teira de uma divisão, ou seja o resultado de 9 dividido por
2 segundo essa função é 4 e não 4,5. Neste caso é reco-
mendado fazer a função usando os operadores aritméticos
Tabela de Preços 1
conforme o exemplo abaixo.
Primeiro foi digitado =soma(), depois foi pressionado e
Nome da fórmula Operação Aritmética arrastado sobre as células que farão parte da soma (B3:B7).
Não há a necessidade de fechar o parêntese, pois o Calc
Adição = D5+E 5 fará automaticamente este procedimento, mas é aconse-
lhável que você sempre faça isto, pois haverá funções que
Subtração = D5-E 5
se não fechar dará erro.
Multiplicação = D5*E 5 Após selecionar as células, basta pressionar a tecla En-
ter.
Divisão = D5/E 5 Agora vá para a célula D3. Digite =B3*C3. Pressione
a tecla Enter, que no caso você já sabe que irá calcular as
Potenciação = D5^E 5 células.
Selecione novamente a célula e observe que no can-
Não há simbolo que represente essa to inferior esquerdo da célula há um pequeno quadrado
Raiz Quadrada operação aritmética usamos =RAIZ( o preto. Este é a Alça de Preenchimento. Coloque o cursor
endereço da célula desejada) sobre o mesmo, o cursor irá mudar para uma pequena cruz.
Pressione e arraste para baixo até a célula D7. Veja a figura
mais adiante.
Fórmulas mais utilizadas da forma livre Para checar se as fórmulas calcularam corretamente,
basta selecionar uma célula que contenha o resultado e
Funções pressionar a tecla F2. Isto é bastante útil quando se quer
As funções agregam muitos recursos ao software de conhecer as células que originaram o resultado.
planilhas. Um software como o LibreOffice – Calc contém
muitas funções nativas e o usuário é livre para implementar Funções II
as suas próprias funções, há de se imaginar como sendo
quase ilimitado o poder do usuário em estender a funcio- Vamos ver agora mais funções, bastando usar o molde
nalidade da planilha eletrônica. Exemplo de função nativa é abaixo e não esquecendo de colocar os acentos nos nomes
a função SE, que contém a seguinte sintaxe: =SE(“Condição das funções.
a Ser Testada”;Valor_Então;Valor_Senão). Decodificando, se
a “Condição a Ser Testada” for verdadeira, aloque na célula = Nome da Função (primeira célula a ser calculada: úl-
atual o primeiro valor (Valor_Então); caso contrario, aloque tima célula a ser calculada ) Média
o segundo valor da função (Valor_Senão). Máxima
Funções I Mínima
Funções são na verdade uma maneira mais rápida de
obter resultados em células. Imagine você ter que somar
todos os valores das peças de um veículo dispostos um
abaixo do outro...

151
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tabela de Preços 2
Funções III
Usaremos agora a função SE. Como o nome já diz, a função SE será usada quando se deseja checar algo em uma célula.
Acompanhe o molde desta função: =SE (Testar; Valor_então; De outraforma_valor; ou se outra forma: = se (eu for de carro;
então vou; se não... não vou )
Na célula E3 é para descontar R$ 2,00 para produtos com a Quantidade maior que 20. Vamos juntar as informações
para resolver esta função:
Nome da função: SE
Condição: Quantidade > 20
Valor Verdadeiro: Se a condição for verdadeira, o que deverá ser descontado R$ 2, 00 Valor Falso: Se a condição for
falsa, não deverá receber desconto.
Então a nossa função deverá ficar assim:
= se (b3>20;d3-2;d 3)
Ou seja: Se a Quantidade for maior que 20, então desconte R$ 2,00, senão mostre o valor sem desconto.

Figura 59: Tabela Demonstrativa

Classificação e filtragem de dados


Por mais que a nossa planilha seja bem organizada, geralmente nos deparamos com algum problema em relação a
ordem e a busca dos dados na tabela. Pensando nisso veremos agora algumas funções que o LibreOffice.org Calc oferece
afim de resolver esses e outros problemas de classificação e filtragem de dados.

Classificação de dados
Classificar dados numa planilha nada mais é do que ordená-los de acordo com os nossos critérios. Para que os dados
possam ser classificados, é necessário que estejam dispostos em uma tabela e que tenha sido desenvolvida na forma de
banco de dados, ou seja que cada coluna tenha informações referentes há uma classe ou tipo, que deverá estar descrita no
rotulo de cada coluna.

152
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exemplo de tabela desenvolvida na forma de banco de dados

Classificando
A classificação pode ser feita através dos critérios de ordem crescente ou decrescente , lembro que isto vale tanto para
os numero quanto para letras deixando-as em ordem alfabética. Agora a partir da figura 64 que esta logo acima, iremos
realiza o procedimento de classificação de dados na ordem alfabética na coluna “Produto”.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classifi-
cada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.

Caixa classificar
No menu desdobrável Classificar por, selecionamos o rotulo da coluna que queremos efetuar a classificação, neste caso
selecione o rotulo “Produto”.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classificação na ordem crescente das letras, mais conhecida como
ordem alfabética. 5- Por fim clique em OK.

Tabela classificada em ordem alfabética

Classificação por até três Critérios


Podemos também classificar os dados de uma tabela utilizando-se até de três campos, onde cada campo representa
uma informação diferente, um exemplo bem básico dessa função é quando queremos classificar os produtos em ordem
alfabética, esta que realizamos anteriormente e se caso apareça produtos com o mesmo nome o critério de classificação é
valor total ou qualquer outro campo. Para exemplificar esta função vamos utilizar a tabela abaixo.

153
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tabela exemplo para classificação por três critérios


Agora iremos classificar a tabela nos seguintes critérios: Marca, Modelo e Valor. Para realizar esta classificação devemos
seguir os procedimentos abaixo.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classifi-
cada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.

Classificação por três critérios.

No menu desdobrável Classificar por, selecione o rotulo “Marca”.


Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classificação na ordem crescente.
Logo abaixo temos o campo Em seguida por, selecione o rotulo “Modelo”.
Em seguida clique na opção Crescente.
Logo abaixo temos outro campo Em seguida por, selecione o rotulo “Valor total”.
Em seguida clique na opção Crescente. 9- Por fim clique em OK.
O resultado final deverá estar semelhante ao da figura abaixo.

154
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tabela após classificação por três critérios.


Opções de Classificação
A partir da caixa classificar figura abaixo, podemos definir algumas opções de classificação dos dados.

Opções de classificação
Distinção entre maiúsculas e minúsculas: esta opção considera diferentes as palavras que contenha as mesmas letras
porém com a forma maiúsculas e minúsculas diferentes.
O intervalo contém rótulos de coluna/linh a: Omite da classificação a primeira linha ou a primeira coluna da seleção.
A opção Direção na parte inferior da caixa de diálogo define o nome e a função dessa caixa de seleção.
Incluir formatos: Preserva a formatação da célula atual.
Copiar resultados de classificação em: Copia a lista classificada no intervalo de células que você especificar. Ao ativar
esta opção
Ordem de classificação personalizada: Clique aqui e, em seguida, selecione a ordem de classificação personalizada que
deseja.
Idioma: Selecione o idioma para as regras de classificação.
Opções: Selecione uma opção de classificação para o idioma. Por exemplo, selecione a opção de “lista telefônica” para
o alemão a fim de incluir um caractere especial “trema” na classificação.
Direção: De cima para baixo (Classificação de linhas), Classifica as linhas por valores nas colunas ativas do intervalo sele-
cionado. Esquerda à direita (Classificar colunas), Classifica as colunas por valores nas linhas ativas do intervalo selecionado.

155
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Filtragem de dados
A filtragem de dados nada mais é do que visualizar apenas os dados desejados de uma tabela. Existem três métodos
de filtragem: o Autofiltro, Fitro padrão e o Filtro avançado. Suas principais diferenças são:
Autofiltro: Uma das utilizações para a função Auto-filtro é a de rapidamente restringir a exibição de registros com en-
tradas idênticas em um campo de dados.
Filtro padrão: Na caixa de diálogo Filtro, você também pode definir intervalos que contenham os valores em determina-
dos campos de dados. É possível utilizar o filtro padrão para conectar até três condições com um operador lógico E ou OU.
Filtro avançado: excede a restrição de três condições e permite um total de até oito condições de filtro. Com os filtros
avançados, você insere as condições diretamente na planilha.

Aplicando o Autofiltro
O Autofiltro é o tipo de filtragem mais simples e rápida de ser aplicada. Para uma maior compreensão desta função
aplicar o autofiltro na tabela da figura 67 página 44 deste modulo. Nesta tabela execute os seguintes procedimentos:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Autofiltro.
Note que foram inseridos botões de seta, que ao clica-los abra-se uma lista dos dados pertencentes a coluna, cuja a
filtragem pode ser aplicada.

Para filtrar os dados, basta clicar sobre a seta da coluna que contenha os dados que servirá base para a filtragem. Por
exemplo agora faremos a seguinte filtragem, para que só os carros Volkswagen sejam exibidos. Então clique sobre a seta
do cabeçalho “Marca” e na lista de dados que aparece, selecione a marca Volkswagen.

Lista de dados

156
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tabela após filtragem de dados


Note que ao final desse procedimento a tabela ocultará a linhas que não pertence a filtragem e destacará a seta do
cabeçalho utilizada como base da filtragem. Caso queira realizar outra filtragem basta desfazer a filtragem anterior e repetir
este procedimento em outro cabeçalho.

Filtro padrão
O filtro padrão é uma especialização do autofiltro, ele possui algumas funcionalidades a mais, é muito utilizado quando
é necessário obedecer um critério de filtragem muito especifico.
Para melhor exemplificar este procedimento iremos realizar a seguinte filtragem na tabela da figura 67, onde só deve-
rão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor inferior a 29.000 mil reais.
Para criar um filtro padrão basta executar os procedimentos a seguir:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Filtro padrão.
Na caixa Nome do campo é onde define qual critério deverá ser comparado. Em nosso exemplo estamos comparando
a “Marca”, portanto devemo seleciona-la.
Na caixa seguinte definimos a condição ( maior, menor, igual e etc), neste caso selecione o operador “ = ” (igual).
A caixa Valor serve como valor de comparação, ou seja todas as células do campo
“Marca” por exemplo vão ser comparados segundo a condição estabelecida com esse “Valor” que precisa ser necessa-
riamente numérico e conforme for o resultado este campo será ou não exibido.

A caixa Operador serve para adicionar mais condições na filtragem, através dos operadores ( “E” e “OU”), podendo
conter no máximo três condicionais.
Preencha a Caixa Filtro padrão conforme a figura 74 logo abaixo para ver este exemplo na pratica.

Se a tabela e a filtragem estiver conforme citadas acima o resultado será igual ao da figura 75 logo abaixo.

Resultado da filtragem
Para Desfazer a filtragem, selecione a tabela, clique em Dados, vá em filtros e clique sobre Remover filtro.
Filtro Avançado
A filtragem avançada nada mais é do que definir os critérios em um determinado campo da planilha. Para uma boa
compreensão dessa função Iremos repetir a filtragem utilizada no filtro padrão que era a seguinte: de acordo com a tabela
da figura 67, realizar uma filtragem onde só deverão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor
inferior a 29.000 mil reais, para realizaremos os seguintes passos:
Copie os cabeçalhos de coluna dos intervalos de planilha a serem filtrados para uma área vazia da planilha e, em segui-
da, insira os critérios para o filtro em uma linha abaixo dos cabeçalhos. Os dados dispostos horizontalmente em uma linha
serão sempre conectados logicamente com E e dados dispostos verticalmente em uma coluna serão sempre conectados
logicamente com OU.

157
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Cópia dos cabeçalhos da planilha


Uma vez que você criou uma matriz de filtro, selecione os intervalos de planilha a serem filtrados. Abra a caixa de diá-
logo Filtro avançado escolhendo Dados - Filtro - Filtro avançado e defina as condições do filtro.

Intervalo de critérios de filtragem


Em seguida, clique em OK e você verá que somente as linhas da planilha original nas quais o conteúdo satisfez os crité-
rios da pesquisa estarão visíveis. Todas as outras linhas estarão temporariamente ocultas e poderão reaparecer através do
comando Formatar - Linha – Mostrar ou então desfaça a filtragem.

Resultado da filtragem avançada

Teclas de atalho para planilhas


Navegar em planilhas
Teclas de atalho/Efeito
Ctrl+Home / Move o cursor para a primeira célula na planilha (A1).
Ctrl+End / Move o cursor para a última célula que contém dados na planilha.
Home / Move o cursor para a primeira célula da linha atual.
End / Move o cursor para a última célula da linha atual.
Shift+Home / Seleciona todas as células desde a atual até a primeira célula da linha.
Shift+End / Seleciona todas as células desde a atual até a última célula da linha.
Shift+Page Up / Seleciona as células desde a atual até uma página acima na coluna ou extende a seleção existente uma
página para cima.

158
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Shift+Page Down / Seleciona as células desde a atual Enter ( num intervalo selecionado) / Move o cursor uma
até uma página abaixo na coluna ou estende a seleção célula para baixo no intervalo selecionado. Para especificar
existente uma página para baixo. a direção do movimento do cursor, selecione Ferramentas
Ctrl+Seta para a esquerda / Move o cursor para o - Opções - LibreOffice Calc - Geral.
canto esquerdo do intervalo de dados atual. Se a coluna Ctrl+ ` / Exibe ou oculta as fórmulas em vez dos valores
à esquerda da célula que contém o cursor estiver vazia, o em todas as células.
cursor se moverá para a esquerda da próxima coluna que A tecla ` está ao lado da tecla “1” na maioria dos tecla-
contenha dados. dos em Inglês. Se seu teclado não possui essa tecla, você
Ctrl+Seta para a direita / Move o cursor para o canto pode atribuir uma outra tecla: Selecione Ferramentas - Per-
direito do intervalo de dados atual. Se a coluna à direita da sonalizar, clique na guia Teclado. Selecione a categoria “Exi-
célula que contém o cursor estiver vazia, o cursor se mo- bir” e a função “Exibir fórmula”.
verá para a direita da próxima coluna que contenha dados.
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto su- Teclas de função utilizadas em planilhas
perior do intervalo de dados atual. Se a linha acima da cé- Teclas de atalho / Efeito
lula que contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá Ctrl+F1 / Exibe a anotação anexada na célula atual
para cima da próxima linha que contenha dados. F2 / Troca para o modo de edição e coloca o cursor
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto infe- no final do conteúdo da célula atual. Pressione novamente
rior do intervalo de dados atual. Se a linha abaixo da célula para sair do modo de edição.
que contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para Se o cursor estiver em uma caixa de entrada de uma
baixo da próxima linha que contenha dados. caixa de diálogo que possui o botão Encolher, a caixa de
Ctrl+Shift+Seta / Seleciona todas as células contendo diálogo ficará oculta e a caixa de entrada permanecerá vi-
dados da célula atual até o fim do intervalo contínuo das sível. Pressione F2 novamente para mostrar a caixa de diá-
células de dados, na direção da seta pressionada. Um in- logo inteira.
tervalo de células retangular será selecionado se esse gru-
po de teclas for usado para selecionar linhas e colunas ao Ctrl+F2 / Abre o Assistente de funções.
mesmo tempo. Shift+Ctrl+F2 / Move o cursor para a Linha de entrada
Ctrl+Page Up / Move uma planilha para a esquerda. onde você pode inserir uma fórmula para a célula atual.
Na visualização de impressão: Move para a página de Ctrl+F3 / Abre a caixa de diálogo Definir nomes.
impressão anterior. F4 / Mostra ou oculta o Explorador de Banco de dados.
Ctrl+Page Down / Move uma planilha para a direita. Shift+F4 / Reorganiza as referências relativas ou ab-
Na visualização de impressão: Move para a página de solutas (por exemplo, A1, $A$1, $A1, A$1) no campo de
impressão seguinte. entrada.
Alt+Page Up / Move uma tela para a esquerda. F5 / Mostra ou oculta o Navegador.
Alt+Page Down / Move uma página de tela para a di- Shift+F5 / Rastreia dependentes.
reita. Shift+F7 / Rastreia precedentes.
Shift+Ctrl+Page Up / Adiciona a planilha anterior à se- Shift+Ctrl+F5 / Move o cursor da Linha de entrada para
leção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- a caixa Área da planilha.
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação F7 / Verifica a ortografia na planilha atual.
de teclas de atalho somente selecionará a planilha anterior. Ctrl+F7 / Abre o Dicionário de sinônimos se a célula
Torna atual a planilha anterior. atual contiver texto.
Shift+Ctrl+Page Down / Adiciona a próxima planilha à F8 / Ativa ou desativa o modo de seleção adicional.
seleção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- Nesse modo, você pode usar as teclas de seta para esten-
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação der a seleção. Você também pode clicar em outra célula
de teclas de atalho somente selecionará a próxima planilha. para estender a seleção.
Torna atual a próxima planilha. Ctrl+F8 / Realça células que contém valores.
Ctrl+ * onde (*) é o sinal de multiplicação no teclado F9 / Recalcula as fórmulas modificadas na planilha
numérico atual.
Seleciona o intervalo de dados que contém o cursor. Ctrl+Shift+F9 / Recalcula todas as fórmulas em todas
Um intervalo é um intervalo de células contíguas que con- as planilhas.
tém dados e é delimitado por linhas e colunas vazias. Ctrl+F9 / Atualiza o gráfico selecionado.
Ctrl+ / onde (/) é o sinal de divisão no teclado numé- F11 Abre a janela Estilos e formatação para você apli-
rico car um estilo de formatação ao conteúdo da célula ou à
Seleciona o intervalo de fórmulas de matriz que con- planilha atual.
tém o cursor. Shift+F11 / Cria um modelo de documento.
Ctrl+tecla de adição / Insere células (como no menu Shift+Ctrl+F11 / Atualiza os modelos.
Inserir - Células) F12 / Agrupa o intervalo de dados selecionado.
Ctrl+tecla de subtração / Exclui células (tal como no Ctrl+F12 / Desagrupa o intervalo de dados seleciona-
menu Editar - Excluir células) do.

159
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Alt+Seta para baixo / Aumenta a altura da linha atual (somente no Modo de compatibilidade legada do OpenOffice.
org).
Alt+Seta para cima / Diminui a altura da linha atual (somente no Modo de compatibilidade legada do OpenOffice.org).
Alt+Seta para a direita / Aumenta a largura da coluna atual.
Alt+Seta para a esquerda / Diminui a largura da coluna atual.
Alt+Shift+Tecla de seta / Otimiza a largura da coluna ou o tamanho da linha com base na célula atual.

Formatar células com as teclas de atalho


Os formatos de célula a seguir podem ser aplicados com o teclado:
Teclas de atalho / Efeito
Ctrl+1 (não use o teclado numérico) / Abre a caixa de diálogo Formatar células
Ctrl+Shift+1 (não use o teclado numérico) / Duas casas decimais, separador de milhar
Ctrl+Shift+2 (não use o teclado numérico) / Formato exponencial padrão
Ctrl+Shift+3 (não use o teclado numérico) / Formato de data padrão
Ctrl+Shift+4 (não use o teclado numérico) / Formato monetário padrão
Ctrl+Shift+5 (não use o teclado numérico) / Formato de porcentagem padrão (duas casas decimais)
Ctrl+Shift+6 (não use o teclado numérico) / Formato padrão

LIBREOFFICE IMPRESS

O LibreOffice Impress é o editor de apresentações da família LibreOffice.org e apresenta soluções atuais para esta
finalidade.
O Impress permite criar apresentações de slides profissionais que podem conter gráficos, objetos de desenho, texto,
multimídia e vários outros itens. Se desejar, você poderá importar e modificar apresentações do Microsoft PowerPoint.
O usuário poderá criar slides com complexidades variadas, indo de uma simples apresentação escolar até as mais
complexas apresentações profissionais. De uma forma geral, poderá ser criado e editado com o LibreOffice.org Impress:
a) Apresentações: Conjunto de slides, folhetos, anotações do apresentador e estruturas de tópicos, agrupados em um
arquivo;
b) Slides: É a página individual da apresentação. Pode conter títulos, textos, elementos gráficos, desenhos (clipart), etc;
c) Folhetos: É uma pequena versão impressa dos slides, para distribuir entre os ouvintes.
d) Anotações do Apresentador: Anotações que o apresentador queira adicionar ao slide sem que sejam visualizadas na
apresentação.
e) Estrutura de Tópicos: É o sumário da apresentação. Aparecem apenas os títulos e os textos principais de cada slide.

Layout

Antes de iniciar a utilização do Impress, é interessante ter alguns conceitos básicos de informática bem fixados, como
por exemplo:

160
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Cursor de Ponto de Inserção: barra que indica posi- Páginas mestre


ção dentro do documento; Aqui é definido o estilo de página para sua apresenta-
– Menu: conjunto de opções (comandos) utilizados ção. O Impress contém Páginas Mestre pré-preparadas (sli-
durante a tarefa, que podem dividir-se em sub-menus. As des mestres). Um deles, o padrão, é branco, e os restantes
opções podem ser acessadas pela barra de menu, barra de possuem um plano fundo.
ferramentas e teclas de atalho; – Janela: espaço onde fica Layout
um conjunto de configurações de um comando. Os layouts pré-preparados são mostrados aqui. Você
– Barra de Menu: dá acesso a menus suspensos, onde pode escolher aquele que se deseja, usálo como está ou
estão todas as opções (comandos) do programa; modificá-lo conforme suas próprias necessidades. Atual-
– Barra de Ferramentas: dá acesso a um conjunto de mente não é possível criar layouts personalizados.
botões com as mesmas funcionalidades da barra de menu;
– Barra de Rolagem Horizontal e Vertical: facilita a na- Modelos de tabela
vegação na página quando o zoom de visualização excede Os estilos de tabela padrão são fornecidos neste painel.
o tamanho da tela; Pode-se ainda modificar a aparência de uma tabela com as
– Barra de Status: exibe na parte inferior da janela do seleções para mostrar ou ocultar linhas e colunas especí-
documento alguns status de comportamento e edição do ficas, ou aplicar uma aparência única às linhas ou colunas.
texto no programa.
Animação personalizada
Painel de slides Uma variedade de animações/efeitos para elementos
selecionados de um slide são listadas. A animação pode
O Painel de Slides contém imagens em miniaturas dos
ser adicionada a um slide, e também pode ser alterada ou
slides de sua apresentação, na ordem em que serão mos-
removida posteriormente.
trados (a menos que se mude a ordem de apresentação
dos slides). Clicando em um slide deste painel, isto o se-
Transição de slide
lecione e o coloca na Área de Trabalho. Quando um slide Muitas transições estão disponíveis, incluindo Sem
está na Área de Trabalho, pode-se aplicar nele as alterações transição. Pode-se selecionar a velocidade de transição
desejadas. (lenta, média, rápida), escolher entre uma transição auto-
Várias operações adicionais podem ser aplicadas em mática ou manual, e escolher por quanto tempo o slide
um ou mais slides simultaneamente no Painel de slides: selecionado será mostrado.
• Adicionar novos slides para a apresentação.
• Marcar um slide como oculto para que ele não Área de trabalho
seja mostrado como parte da apresentação. A Área de Trabalho tem cinco guias: Normal, Estrutu-
• Excluir um slide da apresentação, se ele não é mais ra de tópicos, Notas, Folheto e Classificador de slide. Estas
necessário. cinco guias são chamadas botões de Visualização. A Área
• Renomear um slide. de Trabalho abaixo dos botões muda dependendo da vi-
• Duplicar um slide (copiar e colar) ou movê-lo para sualização escolhida.
uma posição diferente na apresentação (cortar e colar).
Também é possível realizar as seguintes operações,
apesar de existirem métodos mais eficientes do que usan-
do o Painel de Slides:
• Alterar a transição de slides para o slide seguinte
ou após cada slide em um grupo de slides.
• Alterar a sequência de slides na apresentação.
• Alterar o modelo do slide.
• Alterar a disposição do slide ou para um grupo de
slides simultaneamente.

Painel de tarefas

O Painel de Tarefas tem cinco seções. Para expandir a

seção que se deseja, clique no triângulo apontando

para a esquerda da legenda. Somente uma seção por vez


pode ser expandida. Barra de status
A Barra de status, localizada na parte inferior da jane-
la do Impress, contém informações que podem ser úteis
quando trabalhamos com uma apresentação. Ela mostra

161
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

algumas informações sobre o documento e maneiras convenientes de alterar algumas funcionalidades. Ela é parecida,
tanto no Writer, como no Calc, Impress e Draw, mas cada componente inclui alguns itens específicos.

Canto esquerdo da barra de status no Impress

Canto direito da barra de status do Impress


Os itens da barra de status estão descritos abaixo.
Número do slide
Mostra o número do slide e o número total deles no documento. Clique duas vezes nesse campo para abrir o Nave-
gador.
Estilo do slide
Mostra o estilo atual do slide. Para editá-lo, clique duas vezes nesse campo.
Alterações não salvas
Um ícone aparece aqui se alterações feitas no documento não foram salvas.
Assinatura digital

Se o documento foi assinado digitalmente, um ícone é mostrado aqui. Você pode clicar duas vezes sobre ele para
ver o certificado.
Informação do objeto
Mostra informações importantes relativas à posição do cursor ou do elemento selecionado no documento. Clicar duas
vezes nessa área normalmente abre uma caixa de diálogo.
Zoom e proporção
Para alterar a visualização para mais perto ou mais longe, arraste o botão de Zoom, ou clique nos botões + e –, ou cli-
que com o botão direito do mouse no marcador de nível de zoom para mostrar uma lista de valores que se podem escolher
para a exibição.
Clicando duas vezes sobre o Zoom e proporção, aparece a caixa de diálogo Zoom & Visualização do Layout.

Navegador
O Navegador exibe todos os objetos contidos em um documento. Ele fornece outra forma conveniente de se mover
em um documento e encontrar itens neste. Para exibir o Navegador, clique no ícone na barra de ferramentas Padrão,
ou escolha Exibir → Navegador na barra de menu, ou pressione Ctrl+Shift+F5.
O Navegador é mais útil se se der aos slides e objetos (figuras, planilhas, e assim por diante) nomes significativos, ao
invés de deixá- los como o padrão “Slide 1” e “Slide 2” mostrado na Figura abaixo.

162
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exibições da área de trabalho Clique o slide no painel Slides, ou Duplo clique no


Cada uma das exibições da área de trabalho é projeta- nome do slide no Navegador.
da para facilitar a realização de determinadas tarefas; por- Na caixa de texto abaixo do slide, clique sobre as pala-
tanto, é útil se familiarizar com elas, a fim de se realizar vras Clique para adicionar notas e comece a digitar.
rapidamente estas tarefas.
A exibição Normal é a principal exibição para traba- Pode-se redimensionar a caixa de texto de Notas uti-
lharmos com slides individuais. Use esta exibição para lizando as alças de redimensionamento verdes que apare-
projetar e formatar e adicionar texto, gráficos, e efeitos de cem quando se clica na borda da caixa. Pode-se também
animação. mover a caixa colocando o cursor na borda, então clicando
Para colocar um slide na área de projeto (Exibição nor- e arrastando. Para fazer alterações no estilo de texto, pres-
mal), clique na miniatura do slide no Painel de slides ou sione a tecla F11 para abrir a janela Estilos e formatação.
clique duas vezes no Navegador.

Exibição estrutura de tópicos


A visualização Estrutura de tópicos contém todos os
slides da apresentação em sua sequência numerada. Mos-
tra tópico dos títulos, lista de marcadores e lista de nu-
meração para cada slide no formato estrutura de tópicos.
Apenas o texto contido na caixa de texto padrão em cada
slide é mostrado, portanto se o seu slide inclui outras cai-
xas de texto ou objetos de desenho, o texto nesses objetos
não é exibido. Nome de slides também não são incluídos.

Use a exibição Estrutura de tópicos para as seguintes


Exibição Folheto
finalidades:
A exibição Folheto é para configurar o layout de seu
Fazer alterações no texto de um slide :
slide para uma impressão em folheto. Clique na guia Fo-
Adicione e exclua o texto em um slide assim como no
lheto na Área de trabalho, então escolha Layouts no painel
modo de exibição Normal. de Tarefas. Pode-se então optar por imprimir 1,2,3,4,6 ou 9
Mova os parágrafos do texto no slide selecionado para slides por página
cima ou para baixo usando as teclas de seta para cima e
para baixo (Mover para cima ou Mover para baixo) na barra
de ferramenta Formatação de Texto.

Altere o nível da Estrutura de tópicos para qualquer um


dos parágrafos em um slide usando as teclas seta esquerda
e direita (Promover ou Rebaixar).
Move um parágrafo e altera o seu nível de estrutura de
tópicos usando a combinação destas quatro teclas de seta.
Comparar os slides com sua estrutura (se tiver prepa-
rado uma antecipadamente). Observe a partir do seu es-
quema que outros slides são necessários, pode-se criá-los
diretamente na exibição Estrutura de tópicos ou pode-se
voltar ao modo de exibição normal para criá-lo. Use esta exibição também para personalizar as infor-
mações impressas no folheto.
Exibição Notas Selecione a partir do menu Inserir → Número da pagi-
Use a exibição Notas para adicionar notas para um sli- na ou Inserir → Data e hora e na caixa de diálogo que abre,
de. e clique na guia Notas e Folheto. Use esta caixa de diálogo
Clique na guia Notas na Área de trabalho. para selecionar os elementos que se deseja para aparecer
Selecione o slide ao qual se deseja adicionar notas. em cada página do folheto e seus conteúdos.

163
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Selecionando e movendo grupos de slides


Para selecionar um grupo de slides, use um destes mé-
todos:
Use a tecla Ctrl: Clique no primeiro slide e, mantendo a
tecla Ctrl pressionada, selecione os outros slides desejados.
Use a tecla Shift: Clique no primeiro slide e, enquanto
pressiona a tecla Shift, clique no slide final do grupo. Isto
seleciona todos os slides entre o primeiro e o último.
Use o mouse: Clique ligeiramente à esquerda do pri-
meiro slide a ser selecionado.
Mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e
arraste o ponteiro do mouse para o ponto um pouco à di-
reita do último slide a ser incluído. (Pode-se também fazer
isto da direita para a esquerda) Um contorno tracejado re-
tangular se forma enquanto arrasta-se o cursor através das
miniaturas dos slides e uma borda é desenhada em torno
de cada slide selecionado. Certifique-se de que o retângulo
incluiu todos os slides desejados para a seleção.

Para mover um grupo de slides:


Selecione o grupo.
Arraste e solte o grupo para sua nova localização. Um
Exibição classificador de slides linha vertical preta aparece para mostrar para onde o gru-
A exibição Classificador de slides contém todas as mi- po de slides será movido.
niaturas dos slides. Use esta exibição para trabalhar com
um grupo de slides ou com apenas um slide.
Trabalhando na exibição Classificador de slides

Pode-se trabalhar com slides na exibição Classificador


de slides assim como se trabalha no Painel de slides.
Para fazer alterações, clique com o botão direito do
mouse em um slide e escolha qualquer uma das seguintes
opções do menu suspenso:
Adicionar um novo slide após o slide selecionado.
Renomear ou excluir o slide selecionado.
Personalizando a exibição classificador de slides Alterar o layout do slide.
Alterar a transição do slide.
Para alterar o número de slides por linha: – Para um slide, clique no slide para selecioná-lo e en-
Escolha Exibir → Barra de ferramentas → Exibição de tão adicione a transição desejada.
slides para fazer a barra de ferramenta Exibição de slide – Para mais de um slide, selecione o grupo de slides e
visível. adicione a transição desejada.
Marcar um slide como oculto. Slides ocultos não serão
mostrados na exibição de slides.
Copiar ou cortar e colar um slide.

Renomeando slides
Ajuste o número de slides (até um máximo de 15).
Clique com o botão direito do mouse em uma miniatu-
Movendo um slide usando o Classificador de slide ra no Painel de slides ou o Classificador de slides e escolha
Para mover um slide em um apresentação no Classifi- Renomear slide no menu suspenso. No campo Nome, apa-
cador de slides: gue o nome antigo do slide e digite o novo nome. Clique
1) Clique no slide. Uma borda grossa e preta é dese- OK.
nhada em torno dele. 2) Arraste-o e solte-o no local de-
sejado. Criando uma nova apresentação através do assis-
Conforme o slide se move, uma linha vertical preta tente
aparece para um lado do slide.
Arraste o slide até que esta linha vertical preta esteja Para acessar o assistente devemos ir até o menu Arqui-
localizada onde deseja-se que o slide seja movido. vo / Assistentes / Apresentação, que ira exibir a seguinte
tela:

164
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• < Original> é para um projeto em branco na apre-


sentação de slides.
Selecione como a apresentação será usada em Selecio-
ne uma mídia de saída. Na maioria das vezes, as apresen-
tações são criadas para exibição na tela do computador.
Selecione Tela. Pode-se alterar o formato da página a qual-
quer momento.
Obs.: A página de Tela é otimizada para uma exibição
de 4:3 (28 cm x 21 cm) por isso não é apropriado para os
modernos monitores widescreen. Pode-se alterar o tama-
nho do slide a qualquer momento, mudando para visão
Normal e selecionando Formatar → Página.
Clique em Próximo e o passo 3 do Assistente de apre-
sentação é aberto.

Deixe a opção Visualizar selecionada para que mode-


los, apresentação de slides e transições de slides apareçam
na caixa de visualização ao selecioná-los.
• Selecione Apresentação vazia em Tipo. Ele cria
uma apresentação a partir do zero.
• A partir do modelo usa um modelo já criado como
base para uma nova apresentação. O Assistente muda para
mostrar uma lista de modelos disponíveis. Escolha o mo-
delo que se deseja.
• Abrir uma apresentação existente continua tra-
balhando em uma apresentação criada anteriormente. O
Assistente muda para mostrar uma lista de apresentações
existentes. Escolha a apresentação que se deseja.
Clique em Próximo. A Figura seguinte mostra o passo 2
do Assistente de Apresentação como aparece ao selecionar
Apresentação vazia no passo 1. Se selecionar A partir do mo-
delo, um slide de exemplo é mostrado na caixa de visualização. • Escolha a transição de slides no menu suspenso
Efeito.
• Selecione a velocidade desejada para a transição
entre os diferentes slides na apresentação no menu sus-
penso. Velocidade. Média e uma boa escolha no momento.
Clique Criar. Uma nova apresentação é criada.

Formatando uma apresentação


A nova apresentação contém somente um slide em
branco. Nesta seção vamos iniciar a adição de novos slides
e prepará-los para o conteúdo pretendido.

Inserindo slides
Isto pode ser feito de várias maneiras, faça a sua es-
colha:
• Inserir → Slide.
• Botão direito do mouse no slide atual e selecione
Slide → Novo slide no menu suspenso.
Escolha um modelo em Selecione um modelo de slide. • Clique no ícone Slide na barra de ferramenta
A seção modelo de slide oferece duas escolhas principais: Apresentação.
Planos de fundo para apresentação e Apresentações. Às vezes, ao invés de partir de um novo slide se deseja
duplicar um slide que já está inserido. Para fazer isso, sele-
Cada uma tem uma lista de escolhas para modelos de cione o slide que se deseja duplicar no painel de Slides e
slide. Se quiser usar um desses que não seja < Original>, escolha Inserir → Duplicar slide.
clique nele para selecioná-lo.
• Os tipos de Planos de fundo para apresentação são
mostrados na Figura acima. Clicando em um item, teremos
uma visualização do modelo de slide na janela Visualização.

165
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Selecionando um layout Se tivermos selecionado um layout com uma ou mais


No painel de Tarefas, selecione a aba Layouts para exi- caixas de conteúdo, este é um bom momento para decidir
bir os layouts disponíveis. O Layout difere no número de qual tipo de conteúdo se deseja inserir.
elementos que um slide irá conter, que vai desde o slide
vazio (slide branco) ao slide com 6 caixas de conteúdo e um Modificando os elementos de slide
título (Título, 6 conteúdos). Atualmente cada slide irá conter os elementos que es-
tão presentes no slide mestre que se está usando, como
imagens de fundo, logos, cabeçalho, rodapé, e assim por
diante. No entanto, é improvável que o layout pré-definido
irá atender todas as suas necessidades. Embora o Impress
não tenha a funcionalidade para criar novos layouts, ele
nos permite redimensionar e mover os elementos do la-
yout. Também é possível adicionar elementos de slides sem
ser limitado ao tamanho e posição das caixas de layout.
Para redimensionar uma caixa de conteúdo, clique so-
bre o quadro externo para que as 8 alças de redimensiona-
mento sejam mostradas. Para movê-la coloque o cursor do
mouse no quadro para que o cursor mude de forma. Pode-
se agora clicar com o botão esquerdo do mouse e arrastar
a caixa de conteúdos para uma nova posição no slide.
Nesta etapa pode-se também querer remover quadros
indesejados. Para fazer isto:
Clique no elemento para realçá-lo. (As alças de redi-
mensionamento verdes mostram o que é realçado).
Pressione a tecla Delete para removê-lo.

Adicionando texto a um slide


O Slide de título (que também contém uma seção para
Se o slide contém texto, clique em Clique aqui para
um subtítulo) ou Somente título são layouts adequados
adicionar um texto no quadro de texto e então digite o
para o primeiro slide, enquanto que para a maioria dos sli-
texto. O estilo Estrutura de esboço 1:10 é automaticamente
des se usará provavelmente o layout Título, conteúdo.
aplicado ao texto conforme o que insere. Pode-se alterar o
Vários layouts contém uma ou mais caixas de conteú-
nível da Estrutura de cada parágrafo assim como sua posi-
do. Cada uma dessas caixas pode ser configurada para
ção dentro do texto usando os botões de seta na barra de
conter um dos seguintes elementos: Texto, Filme, Imagem,
ferramenta Formatação de texto.
Gráfico ou Tabela.
Pode-se escolher o tipo de conteúdo clicando no ícone
correspondente que é exibido no meio da caixa de con- Modificando a aparência de todos os slides
teúdo, como mostrado na Figura abaixo. Para texto, basta Para alterar o fundo e outras características de todos
clicar no local indicado na caixa para se obter o cursor. os slides em uma apresentação, é melhor modificar o slide
mestre ou escolher um slide mestre diferente como expli-
cado na seção Trabalhando com slide mestre e estilos na
página 28.
Se tudo que se necessita fazer é alterar o fundo, pode-
se tomar um atalho:
1. Selecione Formatar → Página e vá para a aba Plano
de fundo.
2. Selecione o plano de fundo desejado entre cor só-
lida, gradiente, hachura e bitmap.
3. Clique OK para aplicá-lo.
Uma caixa de diálogo se abrirá perguntando se o fun-
do deve ser aplicado para todos os slides. Se clicar em sim,
o Impress irá modificar automaticamente o slide mestre.

Modificando a apresentação de slides


Por padrão a apresentação de slides irá mostrar todos
os slides na mesma ordem em que aparecem na apresenta-
Para selecionar ou alterar o layout, coloque o slide na ção, sem qualquer transição entre os slides, e precisa-se do
Área de trabalho e selecione o layout desejado da gaveta teclado ou da interação com o mouse para mover de um
de layout no Painel de tarefas. slide para o próximo.

166
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pode-se usar o menu apresentação de slides para al- Adicionando imagens


terar a ordem dos slides, escolher quais serão mostrados, Para adicionar uma imagem a uma caixa de conteúdo:
automaticamente mover de um slide para outro e outras Clique no ícone Inserir imagem.
configurações. Para alterar a transição, animação de slides, Use o navegador de arquivos para selecionar o arquivo
adicionar uma trilha sonora na apresentação e fazer outras de imagem que se quer incluir. Para ver uma pré-visuali-
melhorias, necessita-se o uso de funções do Painel de ta- zação da imagem, selecione Visualizar na parte inferior da
refas. caixa de diálogo Inserir imagem.
Clique Abrir.
Adicionando e formatando texto A imagem será redimensionada para preencher a área
Muitos dos slides podem conter algum texto. Esta se- da caixa de conteúdo. Siga as instruções da nota abaixo e
ção lhe dá algumas orientações de como adicionar texto e cuidado quando redimensioná-la a mão.
alterar sua aparência. O texto em um slide está contido em
caixas de texto. Adicionando tabelas
Há dois tipos de caixas de texto que pode-se adicionar Para a exibição de dados tabulares, pode-se inserir
a um slide: tabelas básicas diretamente nos slides escolhendo o tipo
Escolha de um layout pré-definido na seção Layouts de conteúdos na Tabela. Também é possível adicionar uma
tabela fora da caixa de conteúdo de uma série de formas:
no Painel de tarefas e não selecionar qualquer tipo de con-
Escolha Inserir → Tabela na barra de menu.
teúdo especial. Estas caixas de texto são chamadas texto
Com o botão Tabela na barra de ferramenta Principal
Layout automático .
Criar uma caixa de texto usando a ferramenta texto na
Com o botão Modelos de tabela na barra de ferramen-
barra de ferramenta Desenho. ta tabela.
Usando caixas de texto criadas a partir do painel Layouts Selecione uma opção de estilo na seção Modelos de
Na exibição Normal: tabela do painel de Tarefas.
Clique na caixa de texto que se lê Clique para adicio- Cada método abre a caixa de diálogo Inserir tabela. Al-
nar texto, Clique para adicionar o título, ou uma notação ternativamente, clicando na seta preta ao lado do botão
similar. Tabela mostra um gráfico que pode-se arrastar e selecionar
Digite ou cole seu texto na caixa de texto. o número de linhas e colunas para a tabela.
Usando caixa de texto criadas a partir da ferramen- Com a tabela selecionada, a barra de ferramentas Ta-
ta caixa de texto Na exibição Normal: bela deve aparecer. Se não, pode-se acessá-la selecionan-
Clique no ícone na barra de ferramenta Desenho. do Exibir → Barra de ferramentas → Tabela. A barra de fer-
Se a barra de ferramenta com o ícone texto não é visível, ramentas Tabela oferece muito dos mesmos botões como
escolha Exibir → Barra de ferramentas → Desenho. a barra de ferramentas Tabela no Writer, com a exceção de
Clique e arraste para desenhar uma caixa para o texto funções como Classificar e Soma para realização de cálcu-
no slide. Não se preocupe com o tamanho e posição ver- los. Para estas funções, é preciso usar uma planilha do Calc
tical; a caixa de texto irá expandir se necessário enquanto inserida (discutido abaixo).
se digita. Depois que a tabela é criada, pode-se modificá-la de
Solte o botão do mouse quando terminar. O cursor forma semelhante ao que se faria em uma tabela no Writer:
aparece na caixa de texto, que agora está no modo de edi- adicionando e excluindo linhas e colunas, ajustando largura
ção. e espaçamento, adicionando bordas, cores de fundo, etc...
Digite ou cole seu texto na caixa de texto. Modificando o estilo da tabela a partir da seção Mode-
Clique fora da caixa de texto para desmarcá-la. los de tabela no painel de Tarefas, pode-se alterar rapida-
Pode-se mover, redimensionar e excluir caixas de texto. mente a aparência da tabela ou quaisquer tabelas recém-
criadas com base nas opções de estilo que se selecionou.
Pode-se escolher optar por dar enfase ao cabeçalho e as
linhas de totais, bem como a primeira e a ultima colunas da
Adicionando imagens, tabelas, gráficos e filme
tabela, e aplicar uma faixa aparecendo nas linhas e colunas.
Como foi visto, além de texto uma caixa pode conter
Tendo concluído o modelo da tabela, inserir dados
também imagens, tabelas, gráficos ou filme. Esta seção for-
dentro das células é semelhante a trabalhar com objetos
nece uma visão rápida de como trabalhar estes objetos. caixa de texto. Clique na célula que se deseja adicionar da-
dos, e comece a digitar. Para se deslocar rapidamente nas
células, use as seguintes opções de teclas:
As teclas Seta move o cursor para a próxima célula da
tabela se a célula está vazia, caso contrário, elas movem o
cursor para o próximo caractere na célula.
A tecla Tab move para a próxima célula, pulando sobre
o conteúdo da célula; Shift+Tab move para trás pulando
para o início do conteúdo se houver.

167
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Adicionando gráficos Estilos


Para inserir um gráfico em um slide pode-se usar o Todas as características de slide mestre são controladas
recurso Inserir gráfico ou selecionar gráfico como tipo de por estilos. Os estilos de qualquer novo slide que se crie
uma caixa de conteúdo. Em ambos os casos o Impress irá são herdados do slide mestre do qual ele foi criado. Em
inserir um gráfico padrão. outras palavras, o estilo do slide mestre estão disponíveis
Adicionando clips de mídia e aplicados a todos os slides criados a partir desse slide
Pode-se inserir vários tipos de músicas e clips de filme mestre. Alterando um estilo em um slide mestre resulta em
em seu slide selecionando o botão Inserir filme em uma cai- mudança para todos os slides com base nesse slide mestre,
xa de conteúdo vazia. Um reprodutor de mídia será aberto mas pode-se modificar slides individualmente sem afetar o
slide mestre.
na parte inferior da tela, o filme será aberto no fundo da
O slide mestre tem dois tipos de estilos associados a
tela e pode-se ter uma visualização da mídia. No caso de
ele: estilos de apresentação e estilos gráficos. Os estilos de
um arquivo de áudio, a caixa de conteúdo será preenchida apresentação pré-configurados não podem ser modifica-
com uma imagem de alto falante. dos mas novos estilos de apresentação podem ser criados.
No caso de estilos gráficos, pode-se modificar os préconfi-
Adicionando gráficos, planilhas, e outros objetos gurados e também criar novos.
Gráficos tais como formas, textos explicativos, setas, Estilos de apresentação afetam três elementos de um
etc... são muitas vezes úteis para complementar o texto em slide mestre: o plano de fundo, fundo dos objetos (como
um slide. Estes objetos são tratados da mesma forma como ícones, linhas decorativas e quadro de texto) e o texto co-
um gráfico no Draw. locado no slide. Estilos de texto são subdivididos em No-
Planilhas embutidas no Impress incluem a maioria das tas, Alinhamento 1 ate Alinhamento 9, Subtítulo, e Título.
Os estilos de alinhamento são usados para os diferentes
funcionalidades de planilhas no Calc e, portanto, capaz de
níveis de alinhamento a que pertencem. Por exemplo, Ali-
realizar cálculos extremamente complexos e análise de da-
nhamento 2 é usado para os subpontos do Alinhamento
dos. Se houver necessidade de analisar seus próprios da- 1, e Alinhamento 3 e usado para os subpontos do Alinha-
dos ou aplicar fórmulas, essas operações podem ser me- mento 2.
lhor executadas em uma planilha Calc e os resultados mos- Estilos gráficos afetam muitos dos elementos de um
trados em uma planilha incorporada no Impress ou ainda slide. Repare que estilos de texto existem tanto na seleção
melhor em uma tabela Impress nativa. do estilo de apresentação como no estilo gráfico.

Alternativamente, escolha Inserir → Objeto → Objeto Slides mestres


OLE na barra de menu. Isso abre uma planilha no meio do O Impress vem com vários slides mestres pré-configu-
slide e o menu e as barras de ferramentas mudam para os rados. Eles são mostrados na seção
Páginas mestre no painel de Tarefas. Esta seção tem
utilizados no Calc para que se possa começar a adicionar
três subseções: Utilizadas nesta apresentação, Recém utili-
os dados, embora talvez seja necessário redimensionar a
zadas e Disponível para utilização. Clique no sinal + ao lado
área visível no slide. Pode-se também inserir uma planilha do nome de uma subseção para expandi-la para mostrar
já existente e usar o visor para selecionar os dados que se miniaturas dos slides, ou clique o sinal – para esconder as
deseja exibir no slide. miniaturas.
O Impress oferece a capacidade de inserir em um slide Cada um dos slides mestres mostrados na lista Dispo-
vários outros tipos de objetos como documentos Writer, nível para utilização é de um modelo de mesmo nome. Se
Fórmulas matemáticas, ou mesmo uma outra apresenta- tivermos criado nossos próprios modelos, ou adicionado
ção. modelos de outras fontes, os slides mestres a partir destes
modelos também aparecem nesta lista.
Trabalhando com slide mestre e estilos
Um slide mestre é um slide que é usado como ponto
de partida para outros slides. É semelhante a página de
estilos no Writer: controla a formatação básica de todos os
slides baseados nele. Uma apresentação de slides pode ter
mais de um slide mestre. O slide mestre também pode ser
chamado de slide principal ou página mestre.
Um slide mestre tem um conjunto definido de caracte-
rísticas, incluindo a cor de fundo, gráfico, ou gradiente; ob-
jetos (como logotipos, linhas decorativas e outros gráficos)
no fundo; cabeçalhos e rodapés; localização e tamanho dos
quadros de texto; e a formatação do texto.

168
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aplicando um slide mestre


No Painel de tarefas, certifique-se de que a seção Pági-
nas mestre é mostrada.
Para aplicar um dos slides mestre para todos os slides
de sua apresentação, clique sobre ele na lista.
Para aplicar um slide mestre diferente para um ou mais
slides selecionados:
No Painel de slides, selecione o slide que se deseja al-
terar.
No Painel de tarefas, com o botão direito do mouse no
slide mestre que se deseja
aplicar aos slides selecionados, e clique Aplicar aos sli-
des selecionados no menu suspenso.
Adicionando comentários a uma apresentação
O Impress suporta comentários semelhantes ao do
Writer e Calc.
No modo de exibição Normal, escolha Inserir → Anota-
ção da barra de menu. Uma pequena caixa contendo suas
iniciais aparece no canto superior esquerdo do slide, com
uma caixa de texto maior ao lado. O Impress adiciona auto-
maticamente seu nome (se preenchido em Dados do usuá-
rio conforme dica acima) e a data atual na parte inferior da
caixa de texto.

Criando um slide mestre


Criar um novo slide mestre é semelhante ao modificar
o slide mestre padrão. Para começar, permita a edição de
slides mestres em Exibir → Mestre → Slide mestre.
Digite ou cole o seu comentário na caixa de texto.
Opcionalmente, pode-se aplicar alguma formatação bási-
ca para partes do texto selecionando-o, botão direito do
mouse, e escolhendo no menu suspenso. (A partir deste
menu, pode-se também excluir a anotação atual, todas as
anotações do mesmo autor, ou todas as anotações no do-
cumento).
Pode-se mover os marcadores pequenos dos comen-
Na barra de ferramenta Exibição mestre, clique no íco- tários para qualquer lugar que se deseje na página. Nor-
ne Novo mestre. malmente, pode-se colocá-lo em ou perto de um objeto a
Um segundo slide mestre aparece no Painel de slides. que se refere no comentário.
Modifique este slide mestre para atender suas necessida- Para mostrar ou ocultar os marcadores de anotação,
des. Também é recomendável renomear este novo slide escolha Exibir → Anotações.
mestre: clique com o botão direito do mouse no slide no Selecione Ferramentas → Opções → LibreOffice → Da-
Painel de slides e selecione Renomear mestre no menu sus- dos do usuário para configurar o nome que se deseja para
penso. aparecer no campo Autor da anotação, ou mudá-lo.
Quando terminar, feche a barra de ferramenta Exibi- Se mais de uma pessoa edita o documento, a cada au-
ção mestre para retornar para o modo de edição de slide tor é automaticamente atribuída uma cor de fundo dife-
normal. rente.

169
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Configurando a apresentação de slide Clique Apresentação de slides → Apresentação de sli-


Impress aloca configurações padrão para apresentação des.
de slide, enquanto ao mesmo tempo permite a personali- Clique no botão Apresentação de slides na barra de
zação de vários aspectos da experiência para apresentação ferramenta Apresentação.
de slide.
A maioria das tarefas são melhor realizadas tendo em
exibição classificador de slide onde pode-se ver a maioria
dos slides simultaneamente. Escolha Exibir → Classificador
de slide na barra de menu ou clique na guia Classificador
de slide na parte superior da área de trabalho.
Pressione F5 ou F9 no teclado.
Um conjunto de slides – várias apresentações Se a transição de slides é Automaticamente após x se-
Em muitas situações, pode-se achar que se tenha sli- gundos. Deixe a apresentação de slides executar por si só.
des mais do que o tempo disponível para apresentá-los Se a transição de slides é Ao clique do mouse, escolha
ou pode-se querer dar uma visão rápida sem se deter em uma das seguintes opções para se mover de um slide para
detalhes. Ao invés de ter que criar uma nova apresentação; o outro:
pode-se usar duas ferramentas que o Impress oferece: sli- Use as teclas setas do teclado para ir para o próximo
des escondidos e apresentação de slide personalizada. slide ou voltar ao anterior.
Para ocultar um slide, clique com o botão direito do Clique com o mouse para mover para o próximo slide.
mouse sobre a miniatura do slide senão na área de traba- Pressione a barra de espaço para avançar para o pró-
lho se se estiver usando a exibição classificador de slide e ximo slide.
escolha Ocultar slide no menu suspenso. Slides ocultos são Use o botão direito do mouse em qualquer lugar na
marcados por hachuras no slide. tela para abrir um menu a partir do qual se pode navegar
Se deseja reordenar a apresentação, escolha Apresen- os slides e definir outras opções.
tação de slides → Apresentação de slides personalizada. Para sair da apresentação de slide a qualquer momen-
Clique no botão Nova para criar uma nova sequência de to, inclusive no final, pressione a tecla Esc.
slides e salvá-lo.
Pode-se ter muitas apresentações de slides como se Mostrar uma apresentação de slides automática (modo
quer a partir de um conjunto de slides. quiosque)
Transições de slide Para uma mudança automática para o próximo slide,
Transição de slide é a animação que é reproduzida você deve atribuir uma transição de slides para cada slide.
quando um slide for alterado. Pode-se configurar a tran- No painel de Tarefas, clique em Transição de slides para
sição de slide a partir da aba Transição de slides no painel abri-la.
de Tarefas. Selecione a transição desejada, a velocidade da Na área Avançar slide, clique em Automaticamente
animação, e se a transição deve acontecer quando se clica após, e selecione o tempo de duração.
com o mouse (de preferência) ou automaticamente depois Clique em Aplicar para todos os slides.
de um determinado número de segundos. Clique Aplicar a Você pode aplicar um tempo diferente para cada slide
todos os slides, a menos que prefira ter diferentes transi- para avançar para o próximo. A função de ensaio cronome-
ções na apresentação. trado poderá auxiliá-lo no sincronismo correto.
Para avançar para o primeiro slide, após todos os slides
Avançar slides automaticamente terem sido exibidos, você deverá configurar a apresentação
Pode-se configurar a apresentação para avançar auto- de slides com repetição automática.
maticamente para o próximo slide após um determinado
período de tempo (por exemplo na forma de quiosque ou Escolha Apresentação de slides - Configurações da
carrocel) a partir do menu Apresentação de slide → Confi- apresentação de slides.
gurações da apresentação de slides ou para avançar auto- Na área Tipo, clique em Automático e selecione o tem-
maticamente após um período preestabelecido de tempo po de espera entre as apresentações.
diferente para cada slide. Para configurar este último, esco- Quando criar uma nova apresentação de slides utili-
lha Apresentação de slide → Cronometrar. Quando usamos zando o Assistente de apresentação, você poderá selecio-
esta ferramenta, um temporizador de pequeno porte é nar a duração e o tempo de espera de cada slide, na tercei-
exibido no canto inferior esquerdo. Quando estiver pronto ra página do assistente.
para avançar para o próximo slide, clique no temporizador.
O Impress vai memorizar os intervalos e na próxima apre- Para aplicar um efeito de transição a um slide
sentação dos slides, estes irão avançar automaticamente Na exibição Normal, selecione o slide ao qual você de-
após o tempo expirar. seja adicionar efeito de transição.
No painel de Tarefas, clique em Transição de slides.
Executando a apresentação de slides Selecione uma transição de slides na lista.
Para executar a apresentação de slides, execute um dos Você pode visualizar o efeito de transição na janela do
seguintes comandos: documento.

170
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ctrl+F3 / Sair do grupo


Shift+F3 / Duplicar
F4 / Posição e tamanho
F5 / Exibir apresentação de slides.
Ctrl+Shift+F5 / Navegador
F7 / Verificação ortográfica
Ctrl+F7 / Dicionário de sinônimos
F8 / Editar pontos.
Ctrl+Shift+F8 / Ajustar o texto ao quadro.
F11 / Estilos e formatação

Teclas de atalho em apresentações de slides


Teclas de atalho / Efeito
Esc / Finalizar a apresentação.
Barra de espaço ou seta para direita ou seta para baixo
ou Page Down ou Enter ou Return ou N / Reproduzir o
próximo efeito (se houver, caso contrário ir para o próximo
slide).
Alt+Page Down / Ir para o próximo slide sem reprodu-
zir os efeitos.
[número] + Enter / Digite o número de um slide e pres-
sione Enter para ir para o slide.
Seta para a esquerda ou seta para cima ou Page Up ou
Backspace ou P / Reproduz o efeito anterior novamente. Se
não houver efeito anterior nesse slide, exibir slide anterior.
Alt+Page Up / Ir para o slide anterior sem reproduzir
os efeitos.
Home / Saltar para o último slide da apresentação.
End / Saltar para o último slide da apresentação.
No painel de slides, um Fade effect indicator.png ícone
Ctrl+ Page Up / Ir para o slide anterior.
aparece perto da visualização dos slides, indicando que há
Ctrl+ Page Down / Ir para o próximo slide.
uma transição de slide. Ao passar a apresentação com a
B ou . / Exibir tela em preto até o próximo evento de
console do apresentador, um Presenterscreen-Transition.
tecla ou da roda do mouse.
png ícone indicará que o próximo slide possui uma tran-
W ou , / Exibir tela em branco até o próximo evento de
sição.
Para aplicar o mesmo efeito de transição a mais de um tecla ou da roda do mouse.
slide
Na exibição Classificador de slides, selecione os slides Teclas de atalho na exibição normal
os quais você deseja adicionar efeitos. Teclas de atalho / Efeito
Tecla de adição (+) / Mais zoom.
Se desejar, você pode utilizar a barra de ferramentas Tecla de subtração (-) / Menos zoom.
Zoom Ícone para alterar a ampliação da exibição dos slides. Tecla de multiplicação (×) (teclado numérico) / Ajustar
No painel Tarefas, clique em Transição de slides. a página à janela.
Selecione uma transição de slides na lista. Tecla de divisão(÷) (teclado numérico) / Aplicar mais
Para visualizar o efeito de transição de um slide, clique zoom na seleção atual.
no ícone pequeno abaixo do slide no Painel de slides. Shift+Ctrl+G / Agrupar os objetos selecionados.
Shift+Ctrl+Alt+A / Desagrupar o grupo selecionado.
Para remover um efeito de transição Ctrl+ clique / Entre em um grupo para que você possa
Na exibição Classificador de slides, selecione os slides editar os objetos individuais do grupo. Clique fora do gru-
os quais você deseja remover os efeitos de transição. po para retornar à exibição normal.
Escolha Sem transição na caixa de listagem no painel Shift+Ctrl+ K / Combinar os objetos selecionados.
Tarefas. Shift+Ctrl+ K / Dividir o objeto selecionado. Essa com-
binação funcionará apenas em um objeto que tenha sido
Teclas de atalho no LibreOffice Impress criado pela combinação de dois ou mais objetos.
Ctrl+ tecla de adição /Trazer para a frente.
Teclas de função para o LibreOffice Impress Shift+Ctrl + tecla mais /Trazer para frente.
Teclas de atalho/Efeito Ctrl + tecla menos Enviar para trás.
F2 / Editar o texto. Shift+Ctrl + tecla menos / Enviar para o fundo.
F3 / Entrar no grupo

171
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Teclas de atalho ao editar texto Teclas de atalho no LibreOffice Impress


Teclas de atalho / Efeito Teclas de atalho / Efeito
Ctrl+Hífen(-) / Hifens personalizados; hifenização defi- Tecla de seta / Move o objeto selecionado ou a exibi-
nida pelo usuário. ção da página na direção da seta.
Ctrl+Shift+Sinal de menos (-) / Traço incondicional Ctrl+ tecla Seta / Mover pela exibição da página.
(não utilizado na hifenização) Shift + arrastar / Limita o movimento do objeto sele-
Ctrl+Shift+Barra de espaços / Espaços incondicionais. cionado no sentido horizontal ou vertical.
Os espaços incondicionais não são utilizados na hifeniza- Ctrl+ arrastar (com a opção Copiar ao mover ativa) /
ção e não se expandem se o texto estiver justificado. Mantenha pressionada a tecla Ctrl e arraste um objeto para
Shift+Enter / Quebra de linha sem mudança de pará- criar um cópia desse objeto.
grafo Tecla Alt / Mantenha pressionada a tecla Alt para de-
Seta para a esquerda / Move o cursor para a esquerda senhar ou redimensionar objetos arrastando do centro do
Shift+Seta para esquerda / Mover cursor com seleção objeto para fora.
para a esquerda Tecla Alt+clique / Selecionar o objeto que está atrás do
Ctrl+Seta para a esquerda / Ir para o início da palavra objeto atualmente selecionado.
Ctrl+Shift+Seta para a esquerda / Selecionar palavra a Alt+Shift+clique / Selecionar o objeto que está na
palavra para a esquerda frente do objeto atualmente selecionado.
Seta para a direita / Move o cursor para a direita Shift+clique / Seleciona os itens adjacentes ou um tre-
Shift+Seta para a direita / Move o cursor com seleção cho de texto. Clique no início de uma seleção, vá para o fim
para a direita da seleção e mantenha pressionada a tecla Shift enquanto
Ctrl+Seta para a direita / Ir para o início da palavra se- clica.
guinte Shift+arrastar (ao redimensionar) / Mantenha pressio-
Ctrl+Shift+Seta para a direita / Seleciona palavra a pa- nada a tecla Shift enquanto arrasta um objeto para redi-
lavra para a direita mensioná-lo mantendo suas proporções.
Tecla Tab / Selecionar os objetos na ordem em que fo-
Seta para cima / Move o cursor para cima uma linha
ram criados.
Shift+Seta para cima / Seleciona linhas para cima
Shift+Tab / Selecionar objetos na ordem inversa em
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o início do
que foram criados.
parágrafo anterior
Escape / Sair do modo atual.
Ctrl+Shift+Seta para cima / Seleciona até ao inicio do
Enter / Ativa um objeto de espaço reservado em uma
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do pa-
nova apresentação (somente se o quadro estiver selecio-
rágrafo anterior
nado).
Seta para baixo / Move o cursor para baixo uma linha
Ctrl+Enter / Move para o próximo objeto de texto no
Shift+Seta para baixo / Seleciona linhas para baixo slide.
Ctrl+Seta para baixo / Move o cursor para o final do Se não houver objetos de texto no slide, ou se você
parágrafo. Ao repetir, move o cursor até ao final do pará- chegou ao último objeto de texto, um novo slide será inse-
grafo seguinte. rido após o slide atual. O novo slide usará o mesmo layout
CtrlShift+Seta para baixo / Seleciona até ao final do do atual.
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até ao final do pa- PageUp / Alternar para o slide anterior. Sem função no
rágrafo seguinte primeiro slide.
Home / Ir para o início da linha PageDown / Alternar para o próximo slide. Sem função
Shift+Home / Ir e selecionar até o início de uma linha no último slide.
End / Ir para o fim da linha
Shift+End / Ir e selecionar até ao final da linha Navegar com o teclado no classificador de slides
Ctrl+Home / Ir para o inicio do bloco de texto do sli- Teclas de atalho / Efeito
de Home/End / Define o foco para o primeiro/último sli-
Ctrl+Shift+Home / Ir e selecionar até ao inicio do bloco de.
de texto do slide Seta para a direita/esquerda ou Page Up/Page Down /
Ctrl+End / Ir para o final do bloco de texto do slide Define o foco para o slide anterior/seguinte.
Ctrl+Shift+End / Ir e selecionar até ao final do bloco de Enter / Mudar para o modo normal com o slide ativo.
texto do slide
Ctrl+Del / Exclui o texto até ao final da palavra
Ctrl+Backspace / Exclui o texto até o início da palavra
Numa lista: exclui um parágrafo vazio na frente do pa-
rágrafo atual
Ctrl+Shift+Del / Exclui o texto até ao final da frase
Ctrl+Shift+Backspace / Exclui o texto até o início da
frase

172
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

WLAN (Wireless Local Area Network – Rede sem Fio de


REDES DE COMPUTADORES: CONCEITOS, Área Local),
CARACTERÍSTICAS, TOPOLOGIAS, WMAN (Wireless Metropolitan Area Network – Rede
sem Fio de Área Metropolitana) e
PROTOCOLOS, PADRÕES, MEIOS DE
WWAN (Wireless Wide Area Network – Rede sem Fio
TRANSMISSÃO, CONECTORES. de Área Extensa).
Elas possuem características, como: distâncias médias
(áreas que atingem), taxas de transferência, taxas de erro,
atrasos (delay), protocolos e equipamentos utilizados. Ve-
REDES DE COMPUTADORES jamos cada uma delas:
A fusão dos computadores e das comunicações e tele- a) LAN – rede local. Este tipo de rede alcança distância
comunicações influenciaram diretamente na forma como de algumas centenas de metros, abrangendo instalações
os computadores são atualmente organizados. O modelo em escritórios, residências, prédios comerciais e industriais.
de um único computador realizando todas as tarefas re- Sua principal característica são as altas taxas de transmis-
queridas não existe mais e está sendo substituído pelas são, que atualmente chegam a 10 Gbps (porém, devido ao
redes de computadores, nas quais os trabalhos são realiza- custo, ainda prevalecem as redes com taxas de transmissão
dos por vários computadores separados, interconectados de 100 Mbps a 1 Gpbs).
por alguma via de comunicação. A Figura abaixo mostra uma rede LAN com interliga-
Pinheiro (2003, p. 2) assim descreve o objetivo de uma ção a uma rede wireless para os portáteis (notebooks). A
rede: rede tem dois servidores. O seu roteador (router) interliga a
Independente do tamanho e do grau de complexida- rede LAN propriamente dita (representada pelo microcom-
de, o objetivo básico de uma rede é garantir que todos os putador e multifuncional – impressora, scanner e fax) com
recursos disponíveis sejam compartilhados rapidamente, a internet e com o ponto de acesso (que permite o acesso
com segurança e de forma confiável. Para tanto, uma rede sem fio). A Figura exemplifica também uma rede WLAN,
de computadores deve possuir regras básicas e mecanis- já que o acesso sem fio pode ser caracterizado como uma
mos capazes de garantir o transporte seguro das informa- rede WLAN. Neste tipo de rede as taxas de transmissão e
ções entre os elementos constituintes. as distâncias são menores e as taxas de erro, maiores.
Protocolos: São regras de padronização de procedi-
mentos de modo que haja uma comunicação eficaz entre
emissor e receptor. Por exemplo, ao conversar com uma
pessoa usando a língua inglesa, é necessário que a outra
pessoa compreenda a mesma língua. Assim, você estabe-
lece que seu protocolo de comunicação verbal seja a lín-
gua inglesa. Todos os computadores se comunicam entre
si através de protocolos.
Uma rede de computadores vai muito além de uma
simples conexão de cabos e placas. Há necessidade de uma
série de protocolos para regular a comunicação entre to-
dos os níveis, desde o programa que está sendo utilizado
até o tipo de cabo instalado.
a) as redes surgiram para que os computadores trocas-
sem informações entre si. Liste alguns benefícios diretos
que os usuários tiveram com esta tecnologia.
b) No uso comercial, informe quais as vantagens que
as empresas tiram do uso de redes em seus ambientes de
trabalho. No caso de redes domésticas, os exemplos mais típicos
são as redes ADSL, que normalmente possuem denomina-
Classificação das redes ções comerciais como VELOX e SPEED.
As redes de computadores são classificadas de acordo b) MAN – rede metropolitana. Abrange uma região
com a dimensão geográfica que ocupam e todas elas são com dimensões bem maiores do que a das redes LAN, nor-
concebidas de forma que possam se comunicar com outras malmente um campus de uma universidade, a instalação
redes. Assim, as redes podem ser classificadas em: de uma fábrica e seus escritórios, ou até uma cidade intei-
LAN (Local Area Network – Rede de Área Local), ra. Suas taxas de transmissão são inferiores e apresentam
MAN (Metropolitan Area Network – Rede de Área Me- taxas de erros mais elevadas quando comparadas às redes
tropolitana) e LAN.
WAN (Wide Area Network – Rede de Área Extensa). Na Figura abaixo podemos observar a interligação de
Com o advento das novas tecnologias de redes wire- vários subsistemas locais por meio de uma rede MAN. TV
less (sem fio), novas classificações foram adotadas: a cabo, redes locais (LAN) e sistemas públicos de telefonia
WPAN (Wireless Personal Area Network – Rede sem Fio são todos ligados por um enlace que pertence a uma rede
de Área Pessoal), metropolitana.

173
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A oferta de redes MAN é justificada pela necessidade pode abranger várias MAN. Apesar de não aparecer escrito
que as empresas têm de se comunicar com localidades dis- no diagrama, estão subentendidas as tecnologias de rede
tantes. São as operadoras de telefonia que normalmente sem fio de cada classificação, WLAN, WMAN e WWAN.
oferecem infraestrutura para este tipo de rede, cujo exem- Onde você colocaria as WPAN?
plo pode ser a comunicação entre matriz e filiais.
Algumas cidades do interior do Brasil apresentam este
tipo de ligação. Você também deve ter visto na TV que a
praia de Copacabana oferece acesso para conexão wireless
à internet. Esses exemplos tanto podem apresentar redes
com ligação via cabo de fibra óptica combinada com vários
pontos de acesso wireless (que é o que ocorre também
em várias redes LAN – aeroportos, por exemplo), quanto
acesso WiMAX. A Figura apresenta um exemplo de uma
rede metropolitana.
A Tabela destaca as características de cada tipo dentro
da classificação adotada.

De acordo com a Tabela 1.1, as taxas de transmissão são


medidas em unidades como Mbps (1 Mbps = 1.000.000 de
bits por segundo) e Gbps (1 Gbps = 1.000.000.000 de bits
por segundo, ou 1.000 Mbps).
Não existe um número preciso que quantifique a taxa
de transmissão de uma rede nem suas dimensões, prin-
c) WAN – é o conceito de rede extensa. Este tipo de cipalmente as MANs e WANs. São apenas valores aproxi-
rede tem dimensões geográficas imensuráveis. Isto quer mados. Além disso, a todo instante surge uma tecnologia
dizer que ela pode interligar todos os continentes, países nova tomando o lugar de outra obsoleta, melhorando as
e regiões extensas utilizando enlaces mais extensos, como taxas e aumentando as distâncias.
satélites ou cabos (submarinos ou terrestres). Tem baixas a) Defina com suas próprias palavras o conceito de “úl-
taxas de transmissão e altas taxas de erros. É normalmente tima milha”.
utilizada para interligar redes MAN ou WMAN. O principal Você tem, ou conhece, alguém que tenha um celular
exemplo desta rede é a internet, que interliga computado- ou câmera fotográfica que se conecte com computador ou
res do mundo inteiro. O conceito de WWAN surgiu devido TV, via cabo ou wireless? Discuta com um colega a tec-
à necessidade de interligar redes com enlaces sem fio a nologia envolvida nisto. Use necessariamente as palavras
grandes distâncias. As redes de celulares podem ser consi- protocolo e padronização.
deradas exemplos de WWAN. No Fórum, inicie uma discussão e pesquise na internet
as cidades que oferecem acesso gratuito wireless aos seus
d) WPAN – um novo conceito em redes sem fio são as habitantes. Procure indicar que tipos de rede elas são.
WPAN. Como indica o P da sigla, essas são as redes pes- Topologias de rede
soais. A tecnologia de comunicação das pessoas com os Quando falamos das classificações de redes, destaca-
equipamentos evoluiu de modo a exigir uma padroniza- mos principalmente sua extensão geográfica, não levando
ção e a criação de uma nova tecnologia. Essa padroniza- em conta a forma como elas se interconectam.
ção possibilita ao usuário adquirir dispositivos de marcas Os equipamentos ligados em rede, para trocar infor-
diferentes, que se comunicam entre si. A tecnologia mais mações entre si, necessitam que algum meio físico os co-
comum para WPAN é o Bluetooth, muito utilizada para tro- necte, um cabo de algum material ou o próprio ar, no caso
ca de arquivos entre dispositivos móveis, como celulares e de redes sem fio. Daí surge o conceito de topologia de
notebooks. Outro exemplo é o IR (InfraRed – Infraverme- rede, cuja classificação abrange, basicamente: barramento,
lho), que também pode ser considerado uma WPAN. em estrela e em anel.
A Figura abaixo apresenta de forma gráfica as dimen- a) Topologia em barramento – nesta topologia existe
sões geográficas abrangidas pela classificação adotada. um cabo coaxia atravessando toda a extensão da rede e in-
As elipses estão uma dentro da outra, pois, normalmente, terligando todos os computadores (ver exemplo na Figura
uma rede MAN abrange várias LAN, assim como uma WAN abaixo). Foi largamente utilizada nas redes LAN. Permitia

174
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

atingir taxas de 10 Mbps. Os modelos de rede LAN que te-


mos hoje evoluíram a partir dessa tecnologia, na qual pre-
domina uma arquitetura de rede chamada Ethernet. Essa
topologia caiu em desuso e o motivo para que isso tenha
ocorrido veremos no decorrer do curso.

Figura 1.5: Topologia física em barramento

O exemplo da Figura acima é bastante simples, servin-


do apenas para demonstrar o conceito. Entretanto, pode-
mos observar todas as estações interconectadas por um Observe, na Figura acima, que há no centro um apare-
barramento. Tecnicamente falando, existe uma série de lho concentrador (hub ou switch) que interconecta todos
conectores específicos para interligar cada computador ao os cabos que vêm dos computadores (nós). Ainda há uma
barramento. saída de um cabo cujo destino ou origem não estão defini-
Do ponto de vista do desempenho, as redes com essa dos na Figura; ele pode estar ligado a algum outro tipo de
topologia eram muito instáveis, pois qualquer defeito em concentrador, como, por exemplo, um roteador que ofere-
algum conector ou em alguma parte do cabo fazia com ce conexão com a internet ou outro switch, criando outra
que toda a rede parasse. rede com mais computadores interligados.

b) Topologia em estrela – é a evolução da topologia em c) Topologia em anel – esse modelo apresenta a liga-
barramento e a mais utilizada atualmente para as redes lo- ção de vários nós da rede em círculo, formando, como o
cais. O nome estrela se deve ao fato de existir um concen- próprio nome diz, um anel (ver Figura abaixo). Essas re-
trador na rede (ver Figura 1.6), onde se conectam todos os des possuíam caminhos duplos para a comunicação entre
cabos provenientes dos “nós” da rede. Esses equipamentos as estações. Isso era um tanto complicado, tendo em vista
concentradores são atualmente denominados hubs e swit- que as instalações requeriam várias conexões físicas que
ches. O cabeamento também evoluiu, passando do coaxial poderiam facilmente apresentar problema. Da mesma for-
ao par trançado. Quase todas as redes locais instaladas ma que a topologia em barramento deu lugar à em estrela,
atualmente utilizam esta topologia devido às facilidades a topologia em anel também cedeu seu lugar a novas ten-
e taxas de transmissão que ela oferece. Atualmente, com dências topológicas.
o cabeamento par trançado, esta topologia pode atingir
taxas de até 10 Gbps; entretanto, para projetos de redes
maiores, é desejável o uso de fibras ópticas devido a sua
confiabilidade.

Cabo coaxial
Um tipo de cabo grosso e rígido (o mesmo que usamos
na maioria de nossas TVs a cabo). São formados por um
núcleo de cobre e por uma malha de metal que o envolve
para absorver as interferências externas. Foram usados nas
primeiras redes locais. Pela sua natureza (grosso, pesado e
pouco maleável) não são mais usados em redes locais.

Nós
É um termo que designa qualquer equipamento que
esteja ligado diretamente a uma rede, seja ela LAN, MAN Esta rede possui uma característica interessante, que é
ou WAN. Um computador ou uma impressora podem ser a recuperação de falhas, pois a comunicação entre os nós
um “nó” de uma rede LAN; um celular pode ser um “nó” de da rede pode ser feita no sentido horário ou anti-horário.
uma rede WAN. Isso se deve a uma configuração automática realizada na

175
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

instalação. Essas redes se tornaram, entretanto, inviáveis


devido à dificuldade de inserção de novos nós na rede, à
quantidade de falhas e ao seu custo. Atualmente, as topo-
logias estão fundidas, formando o que chamamos de to-
pologias mistas, com grande predominância da em estrela.
Observe como exemplo a Figura abaixo.

Na Figura acima há uma mistura de topologia em anel


(ligação central) com em estrela (nas extremidades). Como há Esses dois protocolos são apenas exemplos de vários
uma ligação dupla entre os dois concentradores, a tendência outros que são utilizados nas redes, cuja comunicação foi
é utilizar apenas uma via para transmissão entre as redes, dei- dividida em camadas. Em cada camada existem vários pro-
xando a outra como reserva. Isso é possível graças à evolução tocolos, cada qual com sua função. Por exemplo, os dois
dos equipamentos, que permitem que as redes funcionem protocolos citados, SMTP e HTTP, fazem parte da cama-
mesmo em condições de falhas, tornando mais eficiente a or- da de aplicação. O nome é bem sugestivo, já que se trata
ganização, que não precisa parar para que seja feita a manu- de uma aplicação (programa) que o usuário está usando,
tenção. Tais equipamentos são utilizados mais por empresas como Internet Explorer, Outlook Express, Gmail, Hotmail,
do que por usuários domésticos, pois os custos de aquisição Opera. Vamos ver a seguir esse modelo em camadas.
e manutenção desses aparelhos são mais elevados.
Camadas do modelo OSI
Modelo de referência OSI ISO é uma organização para definição de padrões de
Para que a interconexão de sistemas de computadores arquiteturas abertas. O modelo de referência OSI foi criado
chegasse a acontecer com fabricantes diferentes, foi neces- pela ISO, sendo um modelo teórico que os fabricantes de-
sário estabelecer uma padronização para as redes. Surgiu vem seguir para que sistemas diferentes possam trocar in-
então o modelo RM-OSI (Reference Model – Open System formações. Foram adotadas sete camadas (Figura abaixo):
Interconnection – Modelo de Referência – Interconexão de Aplicação, Apresentação, Sessão, Transporte, Rede, Enlace
Sistemas Abertos). Esse modelo baseia-se em uma proposta de Dados e Física.
desenvolvida pela ISO (International Organization for Stan-
dardization – Organização Internacional para Padronização). Os dados passam pelas camadas
Um exemplo simples de como as tecnologias funcionam
agora pode ser visto na navegação na internet. Você, como
usuário pode utilizar navegadores (browsers) de fabricantes
diferentes, como o Internet Explorer, Mozilla Firefox, Opera,
Chrome ou outro de sua preferência. Ou ainda pode utilizá-los
em sistemas operacionais diferentes, como Windows ou Linux.
Ainda assim, você consegue navegar sem problemas. Isso se
deve a uma padronização do protocolo HTTP (Hypertex Trans-
fer Protocol – Protocolo de Transferência de Hipertexto).
Outro exemplo são os e-mails. Você pode utilizar um
serviço de e-mail disponibilizado pelo Hotmail e enviar para
um endereço de um amigo que usa o Gmail. São servidores
diferentes que estão rodando programas diferentes. Entre-
tanto, as mensagens vão e vêm de uma forma completa-
mente transparente para o usuário. Neste caso dos e-mails,
o protocolo utilizado é o SMTP (Simple Mail Transfer Proto-
col – Protocolo de Transferência de Correio Simples).
A Figura abaixo demonstra o uso desses protocolos por
dois usuários navegando na internet (usando HTTP) e por
outro remetendo um e-mail: nesse caso o e-mail fica arma-
zenado em um servidor até que o destinatário o leia e jogue
no lixo. A internet está representada pelo globo terrestre.

176
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

As sete camadas do modelo OSI Camada 6 – Apresentação


Como o próprio nome sugere, trata-se de se apre-
As camadas são numeradas de 1 a 7 (de baixo para sentar os dados de forma inteligível ao protocolo que vai
cima). Assim, muitas vezes nas aulas e nos livros, citamos recebê-los. Podemos citar como exemplo a conversão do
apenas o número da camada: “A camada 3 fornece suporte padrão de caracteres (afinal, existem diversos alfabetos) de
ao protocolo IP”. Fica subentendido que estamos falando da páginas de código. Um exemplo prático seria a conversão
camada de rede. de dados ASCII (American Standard Code for Information
ISO- International Organization for Standardization (Or- Interchange – Código Padrão Americano para o Intercâm-
ganização Internacional para Padronização): fundada em 23 bio de Informação) em EBCDIC (Extended Binary Coded
de fevereiro de 1947, aprova todas as normas internacionais Decimal Interchange Code – Codificação Binária Estendida
nos campos técnicos, exceto eletricidade e eletrônica, que com Intercâmbio em Código Decimal), em que uma esta-
ficam a cargo da IEC (International Eletrotechnical Commis- ção gera dados no formato ASCII e a estação interlocutora
sion).  entende apenas EBCDIC. Nesse caso, a conversão é feita
O exame de cada camada e seus protocolos é bastante aqui. Nesta camada 6 também há a compressão dos da-
extenso. Assim, vamos examinar a seguir cada camada, mas
dos, como se fosse utilizado um compactador de arquivos,
de forma introdutória. Se você precisar se aprofundar desde
como ZIP ou RAR. Para mais informações sobre codifica-
agora, pode obter mais informações em Tanembaum (2003),
ções ASCII e EBCDIC, consulte as referências bibliográficas.
conforme referências ao final deste caderno.
IP (Internet Protocol)– é quase impossível falar de inter-
net sem falar de IP. Cada site na internet é encontrado por Camada 5 – Sessão
endereçamento IP, que funciona como se fosse o número Permite que dois programas em computadores dife-
do telefone do seu computador. Você não consegue decorar rentes estabeleçam uma sessão de comunicação. O even-
os números IP de cada site; é mais fácil decorar o nome. to da sessão tem algumas regras. As aplicações definem
Por exemplo: o site citado do como será feita a transmissão dos dados e colocam uma
Google, http://www.google.com, corresponde ao ende- espécie de marca no momento da transmissão. Quando
reço IP 64.233.161.99. acontecer uma falha, apenas os dados depois da marcação
Você pode entender o conceito de sessão como a du- serão transmitidos. Isso impede que grandes volumes de
ração de uma ligação telefônica: a ligação tem um proces- dados sejam retransmitidos sem necessidade.
so para ser iniciada, há uma troca de mensagens durante o
tempo da ligação e depois há um processo de término (em Camada 4 –Transporte
alguns casos um dos interlocutores simplesmente desliga). Também é um nome bem sugestivo para a função. Esta
Assim, no momento em que você entra em um site, uma camada é a responsável por transportar os dados prove-
sessão é aberta para você naquele servidor; depois de na- nientes da camada de sessão. Como qualquer transporte
vegar pelo site, você poderá encerrar essa sessão civilizada- por caminhão, sua carga precisa estar devidamente empa-
mente clicando em algum botão Sair, ou pode simplesmen- cotada e endereçada com remetente e destinatário. A ca-
te sair para outro site; neste caso o servidor encerrará sua mada de transporte inicialmente faz isso. Da mesma forma
seção depois de ficar algum tempo sem uma resposta sua. que os caminhões chegam ao seu destino e entregam suas
Como explica Morimoto (2008), o modelo OSI é funda- caixas corretamente, a camada de transporte precisa ga-
mental para o entendimento das teorias de funcionamento rantir a entrega dos pacotes. Ela o faz controlando o fluxo
da rede, mesmo que seja apenas um modelo teórico que (colocando os pacotes em ordem de recebimento) e cor-
não precisa ser seguido à risca. rigindo os erros pelo envio de uma mensagem chamada
ACK (Acknowledge – Reconhecimento). Um protocolo mui-
Camada 7 – Aplicação
to conhecido desta camada é o TCP (Transmission Control
Na camada Aplicação o programa solicita os arquivos
Protocol – Protocolo de Controle de Transmissão).
para o sistema operacional e não se preocupa como será
feita a entrega desses arquivos, pois isso fica a cargo das
camadas mais baixas. Por exemplo, quando você digita o Camada 3 – Rede
endereço http://www.google.com, você apenas recebe o Esta camada é uma das mais conhecidas, pois nela são
conteúdo da página (que é um arquivo), caso ela exista e tratados os endereços de rede, conhecidos resumidamente
esteja disponível. Embora você tenha digitado o endereço como IP (Internet Protocol). Os endereços IP são números
daquela forma, na verdade foi feita uma tradução para o IP predefinidos atribuídos aos computadores que compõem
da página que você está acessando. Isso fica a cargo de um uma rede. Afinal, não adianta nada você querer enviar uma
serviço desta camada chamado DNS (Domain Name System encomenda para um amigo se você não sabe qual o ende-
– Sistema de Resolução de Nomes). reço dele correto. A camada de rede é responsável pelo en-
Outros exemplos de serviços e protocolos desta cama- dereçamento dos pacotes, adicionando endereços IP para
da: o download de arquivos via FTP (File Transfer Protocol – que eles sigam sua rota até o destino.
Protocolo de Transferência de Arquivos); o uso dos e-mails
através dos protocolos SMTP, POP3 (Post Office Protocol Camada 2 – Enlace
3 – Protocolo de Correio versão 3) e IMAP (Internet Mes- Nesta camada, os pacotes que vêm da camada de rede
sage Access Protocol – Protocolo de acesso a mensagens com endereços IP já definidos são transformados em “qua-
da internet). dros” ou “frames”. Os quadros acrescentam outra forma de

177
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

endereçamento chamada endereço MAC (Media Access Cabeamento estruturado


Control – Controle de Acesso ao Meio). Mas você poderia É um conceito que redefine a forma como os cabos de
se perguntar: mas os endereços já não estavam definidos dados são utilizados nas empresas e nas residências. Tem
na camada de rede, pelo IP? Acontece que o endereço IP como objetivo manter a rede física organizada e padroni-
não é suficiente para identificar um computador específico zada, com o uso de conectores e cabos com desempenho
dentro da internet hoje em dia. Em virtude do significado satisfatório para o fim a que se aplica. Seu leiaute permite a
de cada bloco do IP, um pacote pode ser destinado a qual- instalação de equipamentos como servidores, computado-
quer lugar do mundo. Cada computador tem, na sua placa res e demais acessórios de rede com alto grau de organi-
de rede, um endereço MAC exclusivo, gravado de fábrica. zação e confiabilidade. Um exemplo de uso de cabeamento
estruturado é apresentado na Figura abaixo.
Camada 1 – Física
Os dados provenientes da camada de enlace, com os
endereços já preestabelecidos, são transformados em si-
nais que serão transmitidos pelos meios físicos. Assim, a
camada física converte os quadros de bits 0 e 1:

ACK
É um pacote enviado ao transmissor para informá-lo
de que os pacotes foram recebidos com sucesso. Em caso
negativo, é enviado um NACK que, como o nome sugere, é
uma negação do ACK, dizendo que o pacote não foi entre-
gue corretamente ou não chegou.
IP É um número de 32 bits que define o endereço de
uma rede ou de um computador, escrito em quatro blo-
cos separados por ponto. Exemplos: 192.168.10.33 ou Cabos
200.176.155.147. Cada bloco corresponde a um número de A integração de voz, imagem e dados é uma conse-
8 bits, que pode variar, portanto, de 0 a 255 (256 números quência da frequente necessidade de comunicação e inte-
ou 28). A versão do protocolo IP mais usado atualmente é ração. Para Pinheiro (2003, p. 2):
a IPv4. Entretanto, como a escassez é iminente, uma nova É cada vez maior a tendência de interligação entre as
versão (IPv6) de 128 bits já está padronizada para uso. redes de computadores e os diversos sistemas de comuni-
cação e automação existentes, como as redes de telefonia,
MAC os sistemas de segurança, os sistemas de administração
É um endereço exclusivo da placa de rede. Os fabrican- predial, etc. Essa fusão de tecnologias vai mudar a maneira
tes adotam um processo de numeração para garantir que como os ambientes de trabalho são concebidos nas em-
não ocorram números MAC iguais em suas placas. Assim, presas e mesmo em nossas casas. A infraestrutura básica
é garantido que numa rede não existam dois endereços para essas novas tecnologias são os Sistemas de Cabea-
físicos iguais. O número contém 48 bits, normalmente es- mento Estruturado (SCS – Structured Cabling Systems).
crito em notação hexadecimal, por exemplo: 00-C0-95-E- Um dado interessante obtido em Pinheiro (2003) diz
C-B7-93. Falaremos mais sobre MAC nas próximas aulas. que cerca de 70% dos problemas da rede estão associados
- em sinais elétricos, caso o meio físico seja o cabo de ao cabeamento que ela utiliza. Entretanto, na maioria das
cobre; pequenas redes, ainda é predominante o uso do cabea-
- em sinais luminosos, caso o meio físico seja a fibra mento não estruturado.
óptica; ou Um dos fatores que faz com que pequenas e médias
- em frequência de rádio, caso seja uma rede sem fio. empresas não utilizem o cabeamento estruturado é o cus-
to. A reestruturação do cabeamento torna o orçamento
Componentes de redes mais caro. Entretanto, ao analisar a composição dos custos
Muitos equipamentos precisam estar interligados para totais do projeto, percebemos que o custo do cabeamento
que os usuários das redes usufruam todos os seus serviços representa apenas cerca de 10% do total do orçamento da
fornecidos. Você pode estar se perguntando: que serviços rede (incluindo equipamentos e mão de obra). Esse per-
são estes? Pode passar despercebido para você, mas todas centual não leva em conta ainda o custo do tempo que
as redes de computadores fornecem algum tipo de serviço a rede ficará inoperante devido aos problemas causados
ao usuário, como por exemplo uma impressão utilizando a pelo cabeamento não estruturado.
impressora do outro computador, um acesso a um arqui- Na Figura observamos uma área de trabalho conectada
vo no disco de um PC vizinho ao seu, o acesso à internet, por cabos estruturados de rede, em que existem elementos
etc; tudo isso são serviços oferecidos pelas redes. Vejamos como: tomadas de rede, rack (que agrupa os equipamen-
agora os componentes principais que fornecem a interação tos), cabos de par trançado e cabos de backbone (que têm
entre os computadores. função de transportar grandes volumes de informações da
rede).

178
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O cabeamento muitas vezes é chamado de “mídia físi- 3.2 Hardware de rede


ca” ou “meio físico”. Os componentes que são utilizados no Assim como os computadores possuem hardware
cabeamento variam de acordo com a mídia utilizada. Por específico para funcionar (placas, processadores, memó-
exemplo, um cabo de fibra óptica utiliza conectores dife- rias...), as redes também necessitam de componentes es-
rentes dos cabos do tipo par trançado. pecíficos. Esses componentes, denominados hardware de
De acordo com as características da rede, uma mídia rede, são responsáveis por conectar equipamentos em sua
(cabo) diferente deve ser escolhida. Os fatores que mais in- rede local ou de longa distância. Os exemplos mais simples
fluenciam na escolha do cabo são: o comprimento da rede são: a placa de rede do seu computador ou o chip blue-
(em metros ou quilômetros), a quantidade de equipamen- tooth do seu celular.
tos, a facilidade e o local de instalação e as taxas de trans- A quantidade de equipamentos ofertados no mercado
missão que se pretende atingir. Para cada tipo de escolha é muito grande. Vamos nos ater aos principais tipos e ao
você pode utilizar um cabo diferente. E não se preocupe: seu funcionamento.
você pode fazer os trechos da rede com cabos diferentes
se comunicarem. Afinal, para isso servem os padrões, não Servidores e estações de trabalho
é mesmo? Na verdade, esses itens são apenas os computadores
que formam a rede. Entretanto, como eles fornecem servi-
Para cada tipo de cabeamento de rede existe um co-
ços de comunicação, poderão ser catalogados aqui como
nector específico. Os conectores são o elo mais fraco de
hardware de rede.
um sistema de cabeamento. Quando mal instalados, po-
a) Servidores – são computadores destinados a pres-
dem gerar ruídos elétricos, provocar interrupções inter-
tar serviços aos outros (às estações de trabalho). Em tese
mitentes (funciona/não funciona) ou mesmo interromper qualquer PC pode ser um servidor de rede, mas normal-
completamente a comunicação entre os computadores. mente são computadores mais potentes, com muita capa-
A principal função dos cabos de fibra óptica ou de cidade de memória e de armazenamento (discos rígidos
cobre é transmitir dados entre os computadores com o maiores). Além disso, os servidores costumam ter algum
mínimo de degradação possível. Entretanto, ambos os ti- nível de redundância. Por exemplo, um servidor pode ter
pos podem sofrer degradações naturais ou degradações duas fontes de energia funcionando, de modo que, se uma
derivadas de forças externas. As degradações naturais são delas queimar, a outra entra em funcionamento imedia-
aquelas impostas pelas próprias características do cabo, tamente. Outro exemplo de redundância ocorre com os
conhecidas por atenuação. Por exemplo, um cabo de par discos rígidos: é comum encontrar servidores com vários
trançado, que é composto de cobre, tem uma característi- discos instalados funcionando paralelamente. Como o ser-
ca natural chamada resistência, que é a oposição ofereci- vidor tem como função primordial fornecer serviços para
da pelo metal ao fluxo de elétrons. As forças externas que vários usuários, é necessário haver uma comunicação veloz
podem interferir na transmissão em cabos metálicos são entre ele e as estações de trabalho, que é onde normalmen-
motores elétricos ou campos eletromagnéticos próximos, te os usuários trabalham. Assim, os servidores geralmente
ou até mesmo transmissões de rádio, já que os cabos me- são também dotados de placas de rede de altas taxas de
tálicos podem funcionar como uma antena. transmissão e desempenho, com o objetivo de evitar os
Esses aspectos físicos são levados em consideração na chamados gargalos de rede.
produção do cabo e interferem diretamente no projeto da b) Estações de trabalho: são os computadores clientes
rede. Assim, a utilização dos cabos deve ser feita observan- da rede. Neles os usuários rodam seus programas e aces-
do rigidamente as normas do fabricante. sam os serviços fornecidos pelo servidor. São computado-
res mais simples, com pouca ou nenhuma redundância.
Atenuação Possuem também menos memória e menos capacidade de
É um efeito que ocorre em qualquer transmissão de armazenamento.
dados, seja analógica ou digital. Quando um sinal passa Em virtude dessa especialização dos computadores da
rede como clientes ou como servidores, é comum denomi-
por um cabo, a tendência é que ele perca força (potência)
nar essas redes de cliente-servidor. Aprofundaremos isso
à medida que vai trafegando. Assim, quanto maior o tama-
adiante.
nho do cabo, maior a atenuação. Se as medidas dos cabos
utilizados na rede não obedecerem ao padrão, os compu-
Placas de rede
tadores podem não conseguir trocar dados entre si. As placas de rede podem ser chamadas de várias for-
a) Examine o tipo de cabeamento da sala do curso. Co- mas: interface de rede, cartão de rede, NIC (Network Inter-
mente com um colega qual a mídia física utilizada; quais face Card – cartão de interface de rede). Os livros trazem
os tipos de conectores; se o cabeamento é estruturado ou nomes diversos para esse componente; utilizaremos nor-
não; se o cabeamento passa próximo de campos geradores malmente o termo “interface de rede”.
de ruídos eletromagnéticos. As interfaces de rede são na verdade uma ponte de
b) Se você trabalha, faça as mesmas observações em conexão das redes com os computadores. Vamos entender
relação a alguma rede da sua empresa. Se não trabalha, melhor essa colocação: quando você transfere um arqui-
observe esses aspectos dentro de uma lan house. Aliás, por vo de imagem ou música do seu celular para o celular do
que este nome lan house? colega, o chip bluetooth é utilizado para estabelecer uma

179
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

conexão; dizemos então que esse chip faz uma ponte de Com os servidores, as necessidades mudam bastante.
comunicação entre os celulares. Assim são os computa- Como esses computadores são responsáveis por fornecer
dores. Para eles estabelecerem comunicação, é necessário serviços aos usuários da rede e atendem vários ao mesmo
haver uma interface de rede e um meio de comunicação. tempo, é necessário que suas interfaces de rede sejam de
Os meios de comunicação podem ser os cabos ou o ar (no qualidade superior, para atender à demanda das estações
caso de redes sem fio). de trabalho. Assim, detalhes como altas taxas de comuni-
As interfaces de rede atualmente costumam ser inte- cação, barramento e buffer de armazenamento são imple-
gradas à placa-mãe. Isso quer dizer que você não chega a mentados com mais eficiência.
ver a placa dentro do seu computador. Ela está integrada As taxas de comunicação de interfaces de rede para
com os milhares de componentes da placa-mãe, dentro do servidores são normalmente na ordem de Gbps (gigabits
chipset. por segundo). É comum encontrar servidores com interfa-
ces de rede com taxas de 10/100/1000 Mbps (diz-se: “10
barra 100 barra 1000 megabits por segundo”). Dizemos
que suas interfaces trabalham a 1000 Mbps (= 1 Gbps).
O barramento das interfaces de rede para os servidores
é atualmente do tipo PCI-e (PCI express). Como esse bar-
ramento é conectado diretamente ao chipset ponte norte,
seu acesso é mais rápido do que as interfaces conectadas
ao barramento PCI comum, conectado ao chipset ponte
sul.
a) Deseja-se montar uma rede que alcance taxas maio-
res do que 100 Mbps. Quais os elementos de rede envolvi-
dos para que se atinja tal taxa?
b) Os servidores são computadores com mais recur-
A Figura acima mostra um modelo de interface de rede sos do que as estações de trabalho. A internet que você
que deve ser conectada num slot PCI. Esse tipo de instala- usa depende dos serviços que esse servidor fornece. Se sua
ção é menos comum, já que a maioria das placas-mãe já internet cai devido a um problema no servidor, você tem
possui uma interface de rede embutida. Entretanto, exis- um prejuízo de R$ 150,00/hora. Considerando 15 quedas
tem casos em que há necessidade de se instalar uma nova mensais de 20 minutos cada:
interface de rede, como, por exemplo, se ocorrer um defei- 1. Faça um cálculo e verifique seu prejuízo no fim de
to na interface embutida ou se houver necessidade de mais um ano.
de uma interface no computador. 2. Imagine que aquele servidor precise operar 160 ho-
Os serviços fornecidos pelo servidor são na verdade ras/mês. Faça um cálculo demonstrando a disponibilidade
oferecidos pelo software do servidor. Esse software nor- desse servidor para o usuário, em porcentagem, conside-
malmente é um sistema operacional do tipo cliente servi- rando os tempos de falha do item anterior.
dor, como o Windows 2003 Server, por exemplo. O servidor
é apenas uma máquina robusta dotada de equipamentos Hubs
especiais para garantir que os serviços fornecidos pelo sis- Os hubs são equipamentos concentradores que têm
tema sejam rápidos e confiáveis. Veremos mais detalhes por função centralizar e distribuir os dados (quadros) que
sobre o assunto na seção 3.3, desta aula. são provenientes dos outros computadores interligados a
ele.
Buffer
É uma memória de armazenamento temporário para
compensar as taxas de transmissão dos circuitos que pre- Os hubs são equipamentos “repetidores”. Eles não dis-
cisam enviar e receber dados. As interfaces de rede giga- tribuem o que recebem; apenas reenviam os quadros que
bit para servidores tendem a ter mais buffer para garantir recebem para todas as suas portas. A ligação física dessa
que os dados que chegam sejam guardados enquanto a espécie de equipamento é do tipo em estrela (Figura abai-
interface estiver ocupada processando outras informações. xo). Ele trabalha na camada 1 do modelo OSI, já que tem
Atualmente, os buffers de armazenamento estão na ordem função apenas de receber um quadro e repeti-lo para to-
de 3 MB (3 Megabytes). dos os computadores a ele ligados.
Como vimos anteriormente, as interfaces de rede pos-
suem endereço único e exclusivo, denominado endereço
MAC, e conexões específicas. Por exemplo: os computado-
res do tipo estação de trabalho utilizam conectores RJ-45
(onde se conecta o cabo de rede).
As interfaces utilizadas normalmente nas estações de
trabalho funcionam a uma taxa de 10/100 Mbps (diz-se:
“10 barra 100 megabits por segundo”). Quando há com-
putadores interligados por essa placa, elas trabalham na
maior taxa disponível, 100 Mbps.

180
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

lançamento (por volta de 1995) era “Ponte” ou “Bridge”.


A ponte era um equipamento caro e dotado de poucas
portas. Enquanto um hub repetidor custava em torno de
600 reais, as pontes chegavam a custar entre 2.500 e 4.000
reais.

Na Figura acima existem duas redes interconectadas


por uma ponte; cada rede tem o seu sinal distribuído por
um hub. Como o próprio nome sugere, a ponte interliga
Quadro duas regiões. Pode, também, ligar mais de duas redes, de-
É a menor unidade de transmissão numa rede local. Os pendendo da quantidade de portas que possuir.
dados provenientes da camada de aplicação são enviados Com o passar dos anos e acompanhando a evolução
para baixo na camada de transporte, onde são transfor- tecnológica dos computadores, os equipamentos de rede
mados em pacotes. A camada de rede envia esses pacotes foram dotados de algum tipo de processamento que exige
para a camada de enlace, que os transforma em quadros memória (buffer) e processador. Seguindo a mesma ten-
para, finalmente, transmiti-los pela interface de rede do dência, os preços também foram derrubados, pois houve
computador. uma explosão do consumo desses equipamentos por parte
Os hubs repetidores funcionam retransmitindo qua- das empresas e das pessoas. Assim, as pontes passaram a
dros para todas as suas portas, menos para a estação que ser fabricadas com muitas portas, as quais fazem a cone-
gerou o quadro. Assim, dizemos que esta é uma rede de xão entre os computadores em vez de conectar redes. O
difusão. Nesse tipo de rede, os quadros são repetidos para nome comercial do equipamento passou a ser Switch,com
todas as portas de forma difusa, de modo que todos rece- as mesmas funcionalidades das pontes, porém, com mais
bam a mesma informação, porém, só o destinatário abre o portas, novas características como funcionamento em ful-
quadro. l-duplex e mantendo compatibilidade com as funções do
Observe na Figura abaixo que a estação A gerou um hub.
quadro e o hub repetidor o está reenviando para todas as O switch, dada sua capacidade de processamento, en-
outras estações conectadas em suas portas (de B até H). A via os quadros somente para a porta de destino, ao con-
estação A não recebe o quadro, pois foi ela quem o gerou. trário do hub, que envia os quadros para todas as portas.
Dessa forma, o canal fica desocupado para o restante das
estações, que podem fazer suas transmissões sem mais
problemas.

Fonte: Torres (2001, p. 338)

Com relação à taxa de transmissão, os hubs repetido- Fonte: Torres (2001, p. 349)
res mais antigos podiam trabalhar a 10 Mbps; os mais re-
centes funcionam a 10/100 Mbps. Do ponto de vista técni- Na Figura acima a “estação A” está enviando um qua-
co, os hubs já são obsoletos devido às suas funcionalidades dro (representado pela linha mais grossa); o switch o enca-
limitadas; por isso estão sendo substituídos pelos switches. minha diretamente para a estação E. Assim, todas as outras
estações (B, C, D, E, G, H) podem transmitir sem se preocu-
Switches par se o canal está ocupado ou não. Isto se chama conexão
Os switches são equipamentos que surgiram para per- multiponto.
mitir a ligação de redes de forma mais rápida e eficien-
te (ver Figura abaixo). O nome adotado na época do seu

181
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Mas você pode se perguntar: como o switch consegue No modo cut-through há menos latência nas transmis-
enviar para a porta correta onde está o computador que sões, já que os quadros são imediatamente transmitidos
precisa receber aquele quadro? Os quadros são formados assim que são recebidos. Entretanto, isso pode exigir que
por pequenas estruturas chamadas “campos”. Dois desses alguns quadros sejam retransmitidos, caso cheguem de-
campos estão relacionados aos endereços MAC das inter- feituosos. Já no modo de store-and-forward a latência é
faces de rede: MAC Destino e MAC Origem (Figura abai- maior, pois todos os quadros são verificados antes de se-
xo). O switch consegue ler o MAC destino e encaminhar o rem transmitidos e isso leva certo tempo. Entretanto, há
quadro corretamente. O campo “dados” é proveniente da maior garantia da entrega do quadro sem erros.
camada imediatamente superior e o PAD é uma espécie Os switches são encontrados no mercado com várias
de complemento, quando os dados recebidos não atingem quantidades de portas e várias taxas de operação.
um tamanho mínimo especificado pelo padrão. O CRC é Os switches podem funcionar a taxas de transmissão
um cálculo que confere o recebimento correto dos dados. equiparadas com a dos hubs, como, por exemplo, 10/100
Não aprofundaremos o estudo dos campos aqui, mas você Mbps, obviamente com a grande vantagem de reduzir o
pode obter mais informações sobre este assunto em Spur- tráfego da rede, como já vimos. Com a evolução da tec-
geon (2000). nologia, é comum encontrarmos switches trabalhando a
10/100/1000 Mbps; são chamados switches gigabit. Um
padrão novo, denominado multigigabit (10 Gbps ou 10
GbE) está no mercado há algum tempo, evoluindo para
novas taxas, como 40 Gbps e 100 Gbps. É uma tecnologia
nova e está baseada em cabos de fibras ópticas.
Outro conceito importante é que os switches funcio- Outro aspecto importante a decidir sobre esses equi-
nam na camada 2 (de enlace), pois têm inteligência sufi- pamentos é sua adequação ao tipo de rede. Existem vários
ciente para receber o quadro, recalcular o CRC, abri-lo, che- fabricantes de switches no mercado e cada fabricante tem
car seu endereço de destino e encaminhá-lo para a porta seu produto destinado a um tipo de negócio. Por exemplo,
correta. Obviamente, pelo fato de transmitir o quadro pelo existem modelos destinados ao mercado SOHO (Small Of-
cabo, o switch também funciona na camada 1. Os hubs, por fice Home Office – Pequenos escritórios e escritórios do-
não possuírem essa inteligência, dizemos que funcionam mésticos) com preços na faixa de R$ 50,00 a R$ 600,00. En-
apenas na camada 1 (física), já que encaminham os qua- tretanto, empresas que possuem redes com muitos com-
dros que recebem para todas as portas. putadores e outros equipamentos não devem usar esses
Os switches mantêm uma tabela interna com todos os switches, pois apresentam muitos travamentos e defeitos.
endereços MAC das interfaces de rede dos computadores a) Pelo que você leu, existe algum momento em que
da rede. Essa tabela é consultada assim que o switch rece- o switch trabalha de forma “burra”, como o hub?
be um quadro. O que ele faz então é simples: b) Entre os métodos de trabalho cut-through e sto-
a) abre o quadro; re-and-forward, em qual deles o switch trabalha mais? Em
b) lê o campo “MAC Destino”; qual deles o switch é mais eficiente (entrega um maior nú-
c) verifica na sua tabela a qual de suas portas está mero de pacotes corretos em menos tempo)? Justifique a
associado aquele endereço; resposta.
d) faz o devido encaminhamento. c) Ainda com relação aos métodos cut-through e
Uma situação em que o switch encaminha o quadro store-and-forward, qual deles gera um maior tráfego na
para todas as portas é quando ele não encontra na sua ta- rede? Justifique a resposta.
bela o endereço que recebeu para fazer a entrega. O swit-
ch faz atualizações frequentes na sua tabela de endereços Roteadores
(geralmente a cada 2 segundos) e pode ser que alguma Seguindo a ordem de funcionamento nas camadas, vi-
estação tenha sido desligada ou mudada de porta. Assim, mos que os hubs funcionam na camada 1 e os switches
temporariamente o switch não vai reconhecer esse novo funcionam nas camadas 1 e 2. Vamos ver agora os rotea-
endereço. Portanto, durante esse tempo de atualização, dores, que funcionam na camada 3.
enviar o quadro para todas as portas garante que seu des-
tinatário vá recebê-lo. Essa técnica é denominada flooding
(inundação).
Basicamente, os switches podem funcionar de duas
formas:
a) Cut-through (sem interrupção) – nessa forma, o
switch encaminha os quadros imediatamente após receber
os campos MAC destino e origem, sem fazer verificações.
b) Store-and-forward (armazena e encaminha) – nes-
se método, o switch espera chegar todos os campos, faz
verificações de erros e encaminha para a porta correta.

182
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na Figura acima você pode observar um roteador liga- Endereço IP


do a uma “nuvem”. Esta simbologia vem sendo muito uti- É definido em classes, como A, B, C, D e E. Cada classe
lizada e, na maioria das vezes, significa a internet, na qual possui uma faixa de endereçamento e é destinada a algum
existem milhares de roteadores (uma “nuvem” de equipa- tipo de rede, como uma rede local particular, redes mili-
mentos). tares, redes governamentais ou a internet. Obtenha mais
A grande diferença entre uma ponte (switch) e um ro- informações sobre este assunto em TORRES, Gabriel. Redes
teador é que o endereçamento que o switch utiliza é da de computadores: curso completo. Axcel Books, 2001. Na
camada de enlace: o endereço MAC das interfaces de rede. internet, busque mais informações em http://www. hard-
ware.com.br/livros/ redes/hubs-switches-bridgesroteado-
O roteador, por funcionar na camada de rede, utiliza ou-
res.html
tro sistema de endereçamento, que é o endereço IP. Você Vamos a um exemplo básico do funcionamento do
já deve ter visto a sigla TCP/IP: ela indica o uso de dois roteador, voltando à Figura anterior. Imagine que um dos
protocolos operando em camadas diferentes. TCP opera na computadores da REDE 1 tenha o endereço IP 192.168.31.5
camada de transporte e IP, na camada de rede. e um dos computadores da REDE 2 tenha o endereço IP
Nas redes locais também é utilizado o endereço IP 172.15.20.8. Será necessário fazer o roteamento, pois as
para identificar os computadores que pertencem a essa duas redes em questão possuem endereços de rede dife-
rede (ver Figura abaixo). Por exemplo, podemos dizer que rentes e obviamente estão separadas por um roteador.
um computador possui o endereço IP 192.168.1.150; isso é Para que a comunicação do exemplo possa ser estabe-
apenas um exemplo, pois os endereços IP costumam variar lecida, o roteador A é capaz de seguir duas rotas:
1. transmitir diretamente para o roteador D ou;
dentro de uma determinada faixa para aquela rede.
2. passar pelos roteadores B e C para chegar ao ro-
Entretanto, para se conectar com redes WAN (e a inter-
teador D.
net é seu melhor exemplo), é necessário que o seu compu- A decisão por qual caminho o pacote deve trafegar é
tador receba outro endereço IP. Este endereço precisa ser baseada em dois protocolos:
conhecido pelo roteador da sua rede e é fornecido pelo a) Protocolo RIP (Routing Information Protocol –
provedor do serviço de comunicação com a internet (a Protocolo de Informação de Roteamento): usa mecanismo
empresa de telefonia – VELOX, SPEED –, a fornecedora da baseado na distância entre os roteadores. Essa distância é
TV a cabo ou da internet a rádio). Enfim, alguém precisa medida em hops (saltos). Assim, no exemplo da Figura 3.9,
fornecer esse endereço IP internet válido e o seu roteador os pacotes de A para chegar a D, passando por B e C, ti-
precisa estar pronto para aceitá-lo e interconectar com sua veram dois saltos. E para chegar a D sem passar por B e C,
rede para que as pessoas tenham acesso à internet através o salto é zero. Na transmissão de pacotes, o protocolo RIP
usa a rota cuja quantidade de saltos é menor.
daquele número.
b) Protocolo OSPF (Open Shortest Path First – Pro-
tocolo Aberto Baseado no Estado do Link). Sua tradução é
confusa (a tradução literal é: primeiro caminho mais curto
aberto), pois pode indicar que ele usa o mesmo mecanismo
do RIP. Na verdade este protocolo se preocupa com a qua-
lidade da comunicação entre os roteadores. Por exemplo,
na Figura anterior, para os pacotes da REDE 1 chegarem à
REDE 3 há dois caminhos (pelo roteador B ou pelo roteador
D). Neste protocolo, a escolha do caminho é baseada no
congestionamento ou funcionamento dos roteadores B e
D. A rota que estiver com tráfego mais rápido será usada
como intermediária para a passagem dos pacotes.
a) Faça um quadro-resumo do hardware de rede es-
tudado com pelo menos as seguintes informações: nome,
finalidade, taxa de transmissão, local onde você encontrou
o equipamento.
b) Peça ao seu tutor para mostrar como você pode
ver o IP de sua máquina.
c) Pelo que você entendeu, dois computadores po-
dem ter o mesmo endereço MAC? E o mesmo endereço IP?
Aborde as duas questões, considerando:
Ainda na Figura acima, você pode observar a existência • os dois computadores na mesma rede;
• os dois computadores em redes diferentes.
de quatro redes locais interconectadas por roteadores. Na
Software de rede
camada de enlace, cada computador de cada rede possui Os softwares de rede podem existir em diferentes ní-
seu endereço MAC, válido dentro de sua própria rede. Na veis de aplicação. Por exemplo, o próprio comunicador
camada de rede, cada estação tem um endereço IP, defini- instantâneo (como MSN ou MIRC) é um tipo de software
do para que ela possa se comunicar com outras redes. para funcionar em rede. Entre esses softwares, basicamente
podemos destacar:

183
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

a) Sistemas Operacionais de Rede (SOR).


b) Aplicativos para redes, como antivírus, MSN, etc.
c) Software de segurança e acesso de redes.
Obviamente essa classificação é um tanto simplista se
considerarmos a gama de produtos de software para redes
que existem. Vamos abordar apenas os Sistemas Operacio-
nais de Redes.
Os SORs são produtos de software que têm duas fun-
ções. A primeira é funcionar como um sistema operacional
comum, fazendo o controle dos recursos do computador
servidor, como o acesso a disco rígido ou memória. A se-
gunda função é fazer o controle do uso das redes que es- Transferência de Arquivos
tão instaladas; por exemplo, o SOR pode controlar se você, FTP - Protocolo de Transferência de Arquivos FTP (abre-
como usuário da rede, pode ou não ter acesso a um arqui- viação para File Transfer Protocol - Protocolo de Transfe-
vo no disco rígido do servidor. rência de Arquivos) é uma das mais antigas formas de in-
Os SORs são classificados como ponto a ponto e clien- teração na Internet. Com ele, você pode enviar e receber
te-servidor. arquivos para, ou de computadores que se caracterizam
1. Redes ponto a ponto – nessas redes, os sistemas como servidores remotos.
operacionais instalados em todos os computadores são Voltaremos aqui ao conceito de arquivo texto (ASCII
do tipo cliente. Não é definido um computador específico - código 7 bits) e arquivos não texto (Binários - código 8
para controle dos recursos da rede, como uma impressora, bits). Há uma diferença interessante entre enviar uma men-
por exemplo. Os SORs mais comuns para essas redes são sagem de correio eletrônico e realizar transferência de um
atualmente o Windows XP Professional Edition, Windows arquivo. A mensagem é sempre transferida como uma in-
Vista Ultimate Edition, Windows Seven e distribuições do formação textual, enquanto a transferência de um arquivo
Linux como Kurumim, SUSE, Mandriva e Ubuntu. Esses SOs, pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou não-textual
configurados corretamente, permitem aos computadores (binário).
trocar dados através de redes cabeadas ou sem fio. São O que é um servidor remoto? Servidores remotos são
indicados para redes locais onde existam no máximo 20 computadores que dedicam parcial ou integralmente a
computadores. Esse número não é um fator limitante, tec- sua memória aos programas que chamamos de servidores.
nologicamente falando; podem existir redes ponto a ponto Pelo fato destes computadores não serem o seu compu-
com centenas de computadores. Os seus problemas são tador local - aquele que está em seu trabalho, seu quarto
a organização e segurança, pois fica tudo mais difícil de ou em um laboratório de sua universidade, é que os cha-
controlar, já que não existe a figura de um servidor que mamos de remoto, indicando que estão em algum outro
controle o acesso aos recursos da rede. Um ponto positivo ponto remoto da Rede.
é sua facilidade de instalação e de configuração, que não Quem até hoje em sua vida só viu micros PCs Windows
exigem suporte técnico muito especializado. ou Macs, não deve esqueçer que a Rede Mãe é uma gran-
2. Redes cliente-servidor – os sistemas operacionais de coleção de computadores de todos os tipos. Cada qual
nessas redes são SOR Cliente ou SOR Servidor. Os com- com suas particularidades e, portanto, com características
putadores clientes possuem sistemas operacionais do tipo diferentes. Logo, um servidor remoto pode ser qualquer
cliente, os mesmos usados nas redes ponto a ponto; eles tipo de computador, basta que nele exista um progra-
requisitam os serviços ou recursos da rede, como arqui- ma que o caracterize como servidor de alguma coisa, por
vos, impressoras e internet, aos servidores. Os servidores exemplo, FTP.
rodam um SOR Servidor, como, por exemplo, o Windows O que é um servidor de FTP? É um computador que
2003 Server, Windows 2008 Server ou distribuições Linux roda um programa que chamamos de servidor de FTP e,
para servidores. Esses servidores permanecem todo o tem- portanto, é capaz de se comunicar com outro computador
po rodando serviços e atendendo às solicitações dos clien- na Rede que o esteja acessando através de um cliente FTP.
tes. Um exemplo de serviço é a autenticação dos usuários
que querem entrar na rede: toda vez que o usuário sentar Mas afinal de contas: o que é um servidor? E um clien-
na frente do seu terminal para usar a rede, é necessário que te?
ele se identifique com um nome de usuário e senha; assim, Como tudo na Internet gira em torna do que chama-
a rede se torna mais segura, pois podem ser rastreados os mos de arquitetura cliente-servidor, quando você instala
momentos e a estação na qual o usuário se autenticou. Es- um programa que seja alguma aplicação para Internet,
sas redes são mais complexas e mais caras, pois necessitam você obrigatoriamente estará instalando uma aplicação
de um software servidor e pessoal técnico qualificado para cliente ou uma aplicação servidor.
instalar e manter os serviços oferecidos pelo servidor. Chamamos de cliente porque a aplicação se comunica
através de solicitações de serviço. Por outro lado, pode-
mos entender uma aplicação servidora como quem aten-
derá a estas solicitações e prestará o serviço adequado. Por
exemplo: quando você instala o browser Mozilla Firefox em

184
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

seu computador, você está instalando o lado cliente da ar- diretório criado para a conta do usuário - diretório home,
quitetura. Completando esta arquitetura, existe, em algum e dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas
outro ponto da Rede, um computador que tem instalada e só escrever e ler arquivos nos quais ele possua permissão.
executando a parte servidora. Alguns sites interessantes para FTP anônimo
Deste modo, ao se conectar à Internet, você pode es- ftp://ftp.sausage.com: arquivos sobre o editor HTML
perar que a parte servidora esteja sempre disponível e se HotDog
encontre em um endereço bem conhecido. Caso contrário, ftp://ftp.microsoft.com: arquivos sobre software, docu-
a parte cliente não saberá encontrar o servidor. mentação e outros
Mirrors, por que eles existem? A cada dia a Internet ga- ftp://ftp.shareware.com: arquivos variados sobre soft-
nha uma dimensão tão grande, que muitas vezes é interes- ware shareware
sante replicar as informações em diversos computadores ftp://ftp.qualcomm.com: arquivos sobre Eudora, e ou-
ao redor do mundo de modo que a performance do acesso tros software produzidos pela Qualcomm
a estas informações seja melhorada pela proximidade de ftp://ftp.uwp.edu: arquivos sobre games
um mirror (espelho), que é um computador que espelha o ftp://ftp.cica.indiana.edu: arquivos diversos sobre siste-
conteúdo de um outro. mas operacionais e software em geral
Um bom exemplo é o site http://www.tucows.com a
quantidade de acessos a esse site é tão grande que eles
espalharam “espelhos” por todo mundo. Mas o que se ga- WEB, INTERNET, INTRANET, EXTRANET,
nha com isto? Velocidade ao realizar uma transferência de
E-MAIL, WEBMAIL: CONCEITOS,
arquivos, pois você tem a oportunidade de sempre optar
por um site mais próximo de você.
CARACTERÍSTICAS, ATALHOS DE TECLADO E
EMPREGO DE RECURSOS DE NAVEGADORES
Intranet, um mirror em potencial (BROWSERS INTERNET EXPLORER 11 BR
Uma palavra muito comum hoje em dia é Intranet. X MOZILLA FIREFOX V36.0.1 X GOOGLE
Você inclusive já teve a oportunidade de conhecer um CHROME V40 X SAFARI 5.1.7 OU SUPERIOR).
pouco mais sobre isso em nossa edição número 2. Resu-
midamente, podemos entendê-la como a migração da tec-
nologia Internet para dentro de uma empresa. Neste caso,
podemos imaginar que os funcionários desta empresa se-
INTERNET
rão, certamente, usuários freqüentes de FTP.
Nesta nova filosofia de trabalho, o conceito de mirror
“Imagine que fosse descoberto um continente tão
pode ser muito bem aplicado. Imagine que cada computa-
vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine
dor da empresa precise dos clientes instalados, por exem-
um mundo novo, com tantos recursos que a ganância
plo, browsers, e-mail, etc. Seria interessante que ao invés
de cada funcionário acessar a Internet para buscá-los, fosse do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas oportuni-
criado um local no servidor da rede local, no qual todos os dades que os empreendedores seriam poucos para apro-
softwares mais utilizados fossem espelhados. Com certeza veitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se
a economia de tempo seria significativa. expandiria com o desenvolvimento.”
John P. Barlow
FTP anônimo versus FTP com autenticação Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear
Existem dois tipos de conexão FTP. A primeira, e mais ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentá-
utilizada, é a conexão anônima, na qual não é preciso pos- gono.
suir um user name ou password (senha) no servidor de FTP, Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da dé-
bastando apenas identificar-se como anonymous (anôni- cada de 60, ficou em poder exclusivo do governo conec-
mo). tando bases militares, em quatro localidades.
Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições
de diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar
sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível a tecnologia, logo vinte e três computadores foram conec-
de segurança adequado, evitando que estranhos tenham tados, porém o padrão de conversação entre as máquinas
acesso a todas as informações da empresa. Quando se es- se tornou impróprio pela quantidade de equipamentos.
tabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acontece Era necessário criar um modelo padrão e univer-
em geral é que a conexão é posicionada no diretório raiz sal para que as máquinas continuassem trocando da-
da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: pub, dos, surgiu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permi-
etc, outgoing e incoming. tiria portanto que mais outras máquinas fossem inseridas
O segundo tipo de conexão envolve uma autentica- àquela rede.
ção, e portanto, é indispensável que o usuário possua um Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrô-
user name e uma password que sejam reconhecidas pelo nico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as
sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, assim
caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no no ano seguinte a rede se torna internacional.

185
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de
Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aqui- Trasferência em Hipertexto
lo que conhecemos hoje como internet, auxiliando portan- É um protocolo ou língua específica da internet, res-
to o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a ponsável pela comunicação entre computadores.
nível mundial, além de alimentar as forças armadas brasi- Um hipertexto é um texto em formato digital, e
leiras de informação de todos os tipos, até que em 1990 pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe-
caísse no domínio público. ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa
Com esta popularidade e o surgimento de softwares Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na
de navegação de interface amigável, no fim da década de forma de blocos de textos, imagens ou sons.
90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o
informática começaram a utilizar a rede internacional. mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou
outro documento.
Acesso à Internet
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço Home Page
de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In- Sendo assim, home page designa a página inicial, prin-
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de cipal do site ou web page.
sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam É muito comum os usuários confundirem um Blog ou
à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas dis-
relacionados, e em função do serviço classificam-se em: tintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é
• Provedores de Backbone: São instituições que cons- um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações
troem e administram backbones de longo alcance, ou seja, de um usuário dentro de uma comunidade virtual.
estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer
acesso à Internet para redes locais; HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de
• Provedores de Acesso: São instituições que se conec- Marcação de Hipertexto
tam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponi- É a linguagem com a qual se cria as páginas para a
bilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações; web.
• Provedores de Informação: São instituições que dis- Suas principais características são:
ponibilizam informação através da Internet. • Portabilidade (Os documentos escritos em HTML de-
vem ter aparência semelhante nas diversas plataformas de
Endereço Eletrônico ou URL
trabalho);
Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “cus-
conhecer o seu endereço.
tomizar” diversos elementos do documento, como o tama-
Este endereço, que é único, também é considerado sua
nho padrão da letra, as cores, etc);
URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recur-
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter
sos Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim:
www.xxxx.com.br um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na
Onde: transmissão através da Internet, evitando longos perío-
www = protocolo da World Wide Web dos de espera e congestionamento na rede).
xxx = domínio
com = comercial Browser ou Navegador
br = brasil É o programa específico para visualizar as páginas da
web.
WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial O Browser lê e interpreta os documentos escritos em
HTML, apresentando as páginas formatadas para os
É um serviço disponível na Internet que possui um con- usuários.
junto de documentos espalhados por toda rede e disponi-
bilizados a qualquer um. ARQUITETURAS DE REDES
Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti- As modernas redes de computadores são projetadas
liza uma linguagem especial, chamada HTML. de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exa-
minaremos com algum detalhe a técnica de estruturação.
Domínio
Designa o dono do endereço eletrônico em ques- HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS
tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das
localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem: redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons-
.com = Instituição comercial ou provedor de serviço truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o
.edu = Instituição acadêmica nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de
.gov = Instituição governamental uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro-
.mil = Instituição militar norte-americana pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama-
.net = Provedor de serviços em redes das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de
.org = Organização sem fins lucrativos como os serviços oferecidos são de fato implementados.

186
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A camada n em uma máquina estabelece uma con- pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e
versão com a camada n em outra máquina. As regras e não são visíveis externamente. Não é nem mesmo neces-
convenções utilizadas nesta conversação são chamadas sário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede
coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilus- sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor-
trado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas. retamente todos os protocolos.
As entidades que compõem as camadas correspondentes
em máquinas diferentes são chamadas de processos par- O endereço IP
ceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que Quando você quer enviar uma carta a alguém, você...
se comunicam utilizando o protocolo. Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:
da camada n em uma máquina para a camada n em outra quando você quer enviar um presente a alguém, você ob-
máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor- tém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma
mações de controle para a camada imediatamente abaixo, transportadora para entregar. É graças ao endereço que é
até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada.
1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co-
Também é graças ao seu endereço - único para cada resi-
municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual
dência ou estabelecimento - que você recebe suas contas
é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação
de água, aquele produto que você comprou em uma loja
física através de linhas sólidas.
on-line, enfim.
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni-
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor,
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza-
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address),
recurso que também é utilizado para redes locais, como a
existente na empresa que você trabalha, por exemplo.
O endereço IP é uma sequência de números composta
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú-
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso.

Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-


ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede
e o que cada camada deve fazer, uma das considerações
mais importantes é definir interfaces limpas entre as cama-
das. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempe-
nhe um conjunto específico de funções bem compreendi-
das. Além de minimizar a quantidade de informações que
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi-
deve ser passada de camada em camada, interfaces bem
zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en-
definidas também tornam fácil a troca da implementação
dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível
de uma camada por outra implementação completamente
a organização das casas da região onde você mora. Neste
diferente (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas
por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po-
implementação é que ela ofereça à camada superior exa- dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em
tamente os mesmos serviços que a implementação antiga uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos
oferecia. e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
O conjunto de camadas e protocolos é chamado de rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos
arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve octetos são usados na identificação de computadores.
conter informações suficientes para que um implementa-
dor possa escrever o programa ou construir o hardware de Classes de endereços IP
cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem
protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação ser utilizados tanto para identificar o seu computador den-
nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura, tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet.

187
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com- Endereços IP privados


putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma máquina Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são
em outra rede pode ter este mesmo número, afinal, ambas privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados
as redes são distintas e não se comunicam, sequer sabem da na internet, sendo reservados para aplicações locais. São,
existência da outra. Mas, como a internet é uma rede global, essencialmente, estes:
cada dispositivo conectado nela precisa ter um endereço úni- -Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
co. O mesmo vale para uma rede local: nesta, cada dispositi- -Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
vo conectado deve receber um endereço único. Se duas ou -Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um pro- Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede
blema chamado “conflito de IP”, que dificulta a comunicação com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para es-
destes dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede. tas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50,
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em re- por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O
des locais quanto para utilização na internet, contamos com que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não.
um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipa-
IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In- mento de rede - como um roteador - que receba a cone-
ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que, xão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos
basicamente, divide os endereços em três classes principais e conectados a ele. Com isso, somente este equipamento
mais duas complementares. São elas: precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial
Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 de computadores.
redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados;
Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até Máscara de sub-rede
16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos; As classes IP ajudam na organização deste tipo de en-
Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até dereçamento, mas podem também representar desperdí-
2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos; cio. Uma solução bastante interessante para isso atende
Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast; pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte
Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reser- dos números que um octeto destinado a identificar dis-
vado. positivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a
As três primeiras classes são assim divididas para atender capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos en-
às seguintes necessidades: xergar as classes A, B e C da seguinte forma:
- A: N.H.H.H;
- Os endereços IP da classe A são usados em locais onde - B: N.N.H.H;
são necessárias poucas redes, mas uma grande quantida- - C: N.N.N.H.
de de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado N significa Network (rede) e H indica Host. Com o
como identificador da rede e os demais servem como iden- uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se
tificador dos dispositivos conectados (PCs, impressoras, etc); “transformar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits
a quantidade de redes é equivalente ou semelhante à quan- são destinados para a identificação da rede e quantos são
tidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros utilizados para identificar os dispositivos.
bytes do endereço IP para identificar a rede e os restantes Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema:
para identificar os dispositivos; se um octeto é usado para identificação da rede, este re-
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que ceberá a máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é
requerem grande quantidade de redes, mas com poucos dis- aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub
positivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes são -rede será 0 (zero). A tabela a seguir mostra um exemplo
usados para identificar a rede e o último é utilizado para desta relação:
identificar as máquinas.
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos espe-
ciais: a primeira é usada para a propagação de pacotes espe- Identificador
Identificador Máscara
ciais para a comunicação entre os computadores, enquanto Classe Endereço IP do
da rede de sub-rede
que a segunda está reservada para aplicações futuras ou ex- computador
perimentais. A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados
para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço começa B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0
com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto é, inexis- C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0
tente, utilizada para testes. No caso do endereço 127.0.0.1,
este sempre se refere à própria máquina, ou seja, ao pró- Você percebe então que podemos ter redes com más-
prio host, razão esta que o leva a ser chamado de localhost. cara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indi-
Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para propagar cando uma classe. Mas, como já informado, ainda pode ha-
mensagens para todos os hosts de uma rede de maneira ver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha
simultânea. que uma faculdade tenha que criar uma rede para cada um

188
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores. IP nos sites


A solução seria então criar cinco redes classe C? Pode ser Você já sabe que os sites na Web também necessitam
melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desper- de um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www.in-
dício. Uma forma de contornar este problema é criar uma fowester.com, por exemplo, como é que o seu computador
rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir encontrá
máscaras novamente entram em ação. -lo?
Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas Quando você digitar um endereço qualquer de um site,
estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária). um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado.
255 em binário é 11111111. O número zero, por sua vez, Ele é quem informa qual IP está associado a cada site. O sis-
é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C, tema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante
255.255.255.0, é: a uma árvore (termo conhecido por programadores). Se,
11111111.11111111.11111111.00000000 por exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o
Perceba então que, aqui, temos uma máscara forma- sistema envia a solicitação a um servidor responsável por
da por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para terminações “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do
criarmos as nossas sub-redes, temos que ter um esquema endereço e responderá à solicitação. Se o site solicitado
com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as pos- termina com “.br”, um servidor responsável por esta termi-
sibilidades. Em outras palavras, precisamos trocar alguns nação é consultado e assim por diante.
zeros do último octeto por 1.
Suponha que trocamos os três primeiros bits do últi- IPv6
mo octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita), O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um
resultando em: passado não muito distante, você conectava apenas o PC
11111111.11111111.11111111.11100000 da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu
Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e
bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-re- assim por diante. Somando este aspecto ao fato de cada
des. Em nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possi- vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro,
bilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para nos deparamos com um grande problema: o número de
o endereçamento dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5 IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras)
= 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (esta- aplicações.
mos fazendo estes cálculos sem considerar limitações que A solução para este grande problema (grande mesmo,
possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes). afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultan- nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar
te é 255.255.255.224. até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607.
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser 431.768.211.456 de endereços, um número absurdamente
empregado também em endereços classes A e B, conforme alto!
a necessidade. Vale ressaltar também que não é possível
utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
IP estático e IP dinâmico
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanen-
temente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda,
exceto se tal ação for executada manualmente. Como
exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via
ADSL onde o provedor atribui um IP estático aos seus as-
sinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará
o mesmo IP.
O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado
a um computador quando este se conecta à rede, mas que
muda toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que
você conectou seu computador à internet hoje. Quando O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au-
você conectá-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para en- mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo
tender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa pode ser, por exemplo:
tem 80 computadores ligados em rede. Usando IPs dinâ- FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF
micos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para tais
máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador rece- Finalizando
berá, quando se conectar, um endereço IP destes 90 que Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que
não estiver sendo utilizado. É mais ou menos assim que os a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do
provedores de internet trabalham. mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante.
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâ- Durante essa fase, que podemos considerar de transição,
micos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões.
Protocol). Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio-

189
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos Como descobrir um endereço na Internet?
a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você
é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes Para que possamos entender melhor, vamos exempli-
ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se ficar.
aprofundar nas duas especificações. Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu-
A esta altura, você também deve estar querendo des- mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor-
cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma mações que preciso?
forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de
exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do procura, que são sites que possuem um enorme banco de
Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa-
e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig. ges), que permitem a procura por um determinado assun-
to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação
de páginas encontradas.
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, refe-
rente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesqui-
sar sobre amortecedores, caso não encontre nada como
amortecedores, procure como autopeças, e assim suces-
sivamente.

Barra de endereços

Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a


partir de uma rede local - tal como uma rede wireless - A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar
visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende-
saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede, reço da página.
você pode visitar sites como whatsmyip.org. Alguns sites interessantes:
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular)
Provedor • www.ufpel.tche.br (Ufpel)
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que • www.cefetrs.tche.br (Cefet)
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces- • www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor pú-
sário conectar-se com um computador que já esteja na In- blico)
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per- • www.siapenet.gog.br (contracheque)
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet. • www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas)
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada • www.mec.gov.br (Ministério da Educação)
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, Identificação de endereços de um site
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso Exemplo: http://www.pelotas.com.br
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra- comunicação
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave- WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site
estão interligadas nesta avenida.
.com -> tipo de organização
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
......br -> identifica o país
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
Tipos de Organizações:
os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso, .edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.
que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso edu
e um endereço eletrônico na Internet. .com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.
com
URL - Uniform Resource Locator .gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden- .mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil
tificação de onde está localizado o computador e quais re- .net -> computadores com funções de administrar re-
cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL: des. Exemplo: embratel.net
http://www.novaconcursos.com.br .org -> organizações não governamentais. Exemplo:
Será mais bem explicado adiante. care.org

190
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Home Page Como copiar e colar para um editor de textos


Pela definição técnica temos que uma Home Page é Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu- o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar.
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
dentro das Home Pages.
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Por exemplo, a página principal da Pronag:
http://www.pronag.com.br/index.html

PLUG-INS
Os plug-ins são programas que expandem a capacida- Abra o editor de texto clique em colar
de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes Navegadores
em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft- O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im- para o usuário de Internet. É com ele que se podem vi-
pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu- sitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
g-ins são encontradas na página: participar de novelas interativas. As informações na Web
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft- são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi- um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
ces/ começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo no campo chamado Endereço no navegador. O software
temos uma relação de alguns deles: estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, pondente.
etc.). O navegador não precisa de nenhuma configuração
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces-
PCX, etc.).
sar grupos de discussão (news).
- Negócios e Utilitários
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
- Apresentações
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
FTP - Transferência de Arquivos
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
Permite copiar arquivos de um computador da Internet
suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi-
para o seu computador. cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW
Os programas disponíveis na Internet podem ser: possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não
• Freeware: Programa livre que pode ser distribuí- científicas.
do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para O WWW não dispunha de gráficos em seus primór-
sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto
programa. WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
• Shareware: Programa demonstração que pode ser dor (também conhecido como browser) de páginas capaz
utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá-
limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra- ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi
ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando Depois disto, várias outras companhias passaram a
que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
teste, é necessário que seja feito a compra deste programa. Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
Navegar nas páginas o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
Consiste percorrer as páginas na internet a partir de outros browsers.
um documento normal e de links das próprias páginas.

Como salvar documentos, arquivos e sites


Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.

191
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Busca e pesquisa na web

Os sites de busca servem para procurar por um deter-


minado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
• www.google.com.br
• http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pes- Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet.
quisa. Por exemplo: Exemplo:
www.google.com.br

Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza-


dos por assunto em categorias. Exemplo:

Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes-


quisa.

Como escolher palavra-chave

• Busca com uma palavra: retorna páginas que in-


cluam a palavra digitada.
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas
Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a
pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala- sequência de termos que foram digitadas.
vras com ou sem acento. • Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna
páginas que incluam todas
Opções de pesquisa • as palavras aleatoriamente na página.
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi-
cam antes do sinal de
• menos são excluídas da pesquisa.
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um
Web: pesquisa em todos os sites cálculo em um site de pesquisa.
Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
Exemplo do resultado se uma pesquisa.
Por exemplo: 3+4

Irá retornar:

O resultado da pesquisa

192
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte for- etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
ma: as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet


Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-
funcionários com conhecimentos das operações e produ-
tos da empresa.

INTRANET Aplicações da Intranet


A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala.
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In- De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa. diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor- • Marketing e Vendas - Informações sobre produ-
mações particulares dentro da estrutura de comunicações tos, listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
da empresa. • Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação
O grande sucesso da Internet, é particularmente da de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na de membros das equipes, situações de projetos;
evolução da informática nos últimos anos. • Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis-
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma-
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa- nuais de qualidade;
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos • Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos-
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza- tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades
ram o acesso à informação através de redes de computa- de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de nefícios.
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de Para acessar as informações disponíveis na Web corpo-
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi- rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado.
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe- Afinal, o esforço de operação desses programas se resume
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa, quase somente em clicar nos links que remetem às novas
sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi-
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio- na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa
nante explosão na informação disponível na Internet, que complexa e exige a presença de profissionais especializa-
segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês. dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, sua diversidade de funções e a quantidade de informações
que tem interessado um número cada vez maior de em- nela armazenadas.
presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes- A intranet é baseada em quatro conceitos:
sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu • Conectividade - A base de conexão dos computa-
advento e disseminação promete operar uma revolução dores ligados através de uma rede, e que podem transferir
tão profunda para a vida organizacional quanto o apare- qualquer tipo de informação digital entre si;
cimento das primeiras redes locais de computadores, no • Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa-
final da década de 80. dores e sistemas operacionais podem ser conectados de
forma transparente;
O que é Intranet? • Navegação - É possível passar de um documento a
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe- facilitam o acesso não linear aos documentos;
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias • Execução Distribuída - Determinadas tarefas de
projetadas para a comunicação por computador entre em- acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra-
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma ças à execução de programas aplicativos, que podem es-
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expres-
tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP, são que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servi-

193
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

dor). A vantagem da intranet é que esses programas são Vantagens e Desvantagens da Intranet
ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade. Alguns dos benefícios são:
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande • Redução de custos de impressão, papel, distribuição
importância no desenvolvimento de softwares aplicativos de software, e-mail e processamento de pedidos;
que obedeçam aos três conceitos anteriores. • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
suporte telefônico;
Como montar uma Intranet • Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em técnicas e de marketing;
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das • Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
empresas, e em instalar um servidor Web. remotas;
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo- • Incrementando o acesso a informações da concor-
sitório das informações contidas na intranet. É lá que os rência;
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail • Uma base de pesquisa mais compreensiva;
ou qualquer outro tipo de arquivo. • Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
ceiros (revendas);
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunica- • Aumento da precisão e redução de tempo no acesso
ção utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. à informação;
O primeiro é o HTTP, responsável pela comunicação do • Uma única interface amigável e consistente para
browser com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao aprender e usar;
envio de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transfe- • Informação e treinamento imediato (Just in Time);
rência de arquivos. Independentemente das aplicações uti- • As informações disponíveis são visualizadas com cla-
lizadas na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem reza;
falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet. • Redução de tempo na pesquisa a informações;
• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e
Identificação do Servidor e das Estações - Depois de informação;
definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as • Redução no tempo de configuração e atualização dos
informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o sistemas;
nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem • Simplificação e/ou redução das licenças de software
dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP e outros;
(Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às • Redução de custos de documentação;
estações clientes. • Redução de custos de suporte;
Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio- • Redução de redundância na criação e manutenção
nários acessam as informações colocadas à sua disposição de páginas;
no servidor. Para isso usam o Web browser, software que • Redução de custos de arquivamento;
permite folhear os documentos. • Compartilhamento de recursos e habilidade.

Comparando Intranet com Internet


Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In- Alguns dos empecilhos são:
ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas • Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola-
utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pe-
protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O los programas para grupos de trabalho tradicionais. É ne-
conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es- cessário configurar e manter aplicativos separados, como
cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al- e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema unifi-
guém com seis anos de idade até as previsões do tempo. cado, como faria com um pacote de software para grupo
A maior parte dos dados de uma empresa não se destina de trabalho;
ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como • Número Limitado de Ferramentas - Há um número
as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de- limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a
vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra-
escala, a Internet é global, uma intranet está contida den- nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu-
tro de um pequeno grupo, departamento ou organização ções de software para grupo de trabalho que funcionam
corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela com os protocolos de transmissão de redes local existentes;
ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor. • Ausência de Replicação Embutida – As intranets não
A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, apresentam nenhuma replicação embutida para usuários
por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir- remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen-
relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites volver aplicativos cliente/servidor.
da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma
medida da necessidade de uma abordagem organizada.
Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
num ambiente controlado e seguro.

194
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Como a Intranet é ligada à Internet EXTRANET


A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o concei-
to confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode
ser vista como uma parte da empresa que é estendida a
usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como repre-
sentantes e clientes. Outro uso comum do termo Extranet
ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde
somente “usuários registrados” podem navegar, previa-
mente autenticados por sua senha (login).

Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um
Segurança da Intranet Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas
Três tecnologias fornecem segurança ao armazena- e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in-
mento e à troca de dados em uma rede: autenticação, con- tranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
trole de acesso e criptografia. Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
Autenticação - É o processo que consiste em verificar Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in-
se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen- tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas
tos e dados podem ser protegidos através da solicitação tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages,
de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da ve- servidor FTP etc.
rificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en-
usuários autenticados têm o acesso autorizado ou negado tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base
a recursos específicos de uma intranet, com base em uma de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar
ACL (Access Control List) mantida no servidor Web; novas soluções.
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea-
Criptografia - É a conversão dos dados para um for- da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em-
mato que pode ser lido por alguém que tenha uma chave presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento,
secreta de descriptografia. Um método de criptografia am- trocando informações sobre compras, vendas, fabricação,
plamente utilizado para a segurança de transações Web é a distribuição, contabilidade entre outros.
tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS
- um protocolo Web seguro; CORREIO ELETRÔNICO

Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação O correio eletrônico3 se parece muito com o correio
segura entre uma intranet e a Internet através de servi- tradicional. Todo usuário tem um endereço próprio e uma
dores proxy, que são programas que residem no firewall caixa postal, o carteiro é a Internet. Você escreve sua men-
e permitem (ou não) a transmissão de pacotes com base sagem, diz pra quem quer mandar e a Internet cuida do
no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por resto. Mas por que o e-mail se popularizou tão depressa?
exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos A primeira coisa é pelo custo. Você não paga nada por uma
da empresa acessem servidores Web externos, mas não o comunicação via e-mail, apenas os custos de conexão com
contrário. a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o correio tra-
Dispositivos para realização de Cópias de Segurança dicional levaria dias para entregar uma mensagem, o ele-
Os dispositivos para a realização de cópias de seguran- trônico faz isso quase que instantaneamente e não utiliza
ça do(s) servidor(es) constituem uma das peças de especial papel. Por último, a mensagem vai direto ao destinatário,
importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis não precisa passa de mão-em-mão (funcionário do correio,
com grande capacidade de armazenamento, tapes... carteiro, etc.), fica na sua caixa postal onde somente o dono
Queremos ainda referir que para o funcionamento de tem acesso e, apesar de cada pessoa ter seu endereço pró-
uma rede existem outros conceitos como topologias/con- prio, você pode acessar seu e-mail de qualquer computa-
figurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede dor conectado à Internet. Bem, o e-mail mesclou a faci-
em árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos lidade de uso do correio convencional com a velocidade
de cabos, protocolos de comunicação, velocidade de trans- do telefone, se tornando um dos melhores e mais utilizado
missão … meio de comunicação.
3 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronico-
ewebmail001.asp

195
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Estrutura e Funcionalidade do e-mail A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de
e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode
Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos enviar mensagens para você. Também é possível enviar
os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão, mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para isto
nome do usuário + @ + host, onde: basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima.
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maio-
usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecas- ria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet
tro. através do navegador. Este tipo de correio é chamado de
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa WebMail. O WebMail é responsável pela grande populari-
o nome do usuário do seu provedor. zação do e-mail, pois mesmo as pessoas que não tem com-
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o ende- putador, podem acessar sua caixa postal de qualquer lugar
reço eletrônico. Exemplo: click21.com.br . (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um endereço
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe
serviço 24 horas por dia. quase que uma guerra por usuários. Os provedores, tam-
bém, disputam quem oferece maior espaço em suas caixas
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21. postais. Há pouco tempo encontrar um e-mail com mais
com.br de 10 Mb, grátis, não era fácil. Lembro que, quando a Em-
bratel ofereceu o Click21 com 30 Mb, achei que era muito
A caixa postal é composta pelos seguintes itens: espaço, mas logo o iBest ofereceu 120 Mb e não parou por
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as men- ai, a “guerra” continuo culminando com o anúncio de que
sagens recebidas. o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A última campanha
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não do GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal
enviadas. constantemente, a última vez que acessei estava em 2663
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails Mb.
que foram enviados.
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda WebMail
não terminou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas. O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação
acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de
Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão pre- usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos
sentes: os e-mails possuem aplicações para acesso direto na In-
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do ternet. É grande o número de provedores que oferecem
destinatário. correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo segue uma
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da lista dos mais populares.
mesma mensagem, ao usar este campo os endereços apa- » Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com
recerão para todos os destinatários. » GMail – http://www.gmail.com
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, » Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br
no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos » iG Mail – http://www.ig.com.br
donos. » Yahoo – http://www.yahoo.com.br
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensa-
gem. Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser
(imagens, programas, música, arquivos de texto, etc.). observado é o tamanho máximo permitido por anexo, este
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há pouco
mensagem. tempo a maioria dos provedores permitiam em torno de 2
Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em média 25
Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor, Mb. Além de caixa postal os provedores costumam ofere-
porém representando as mesmas funções. Além dos destes cer serviços de agenda e contatos.
campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a crité-
EXCLUIR as mensagens, este botões bem como suas fun- rio de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu,
cionalidades veremos em detalhes, mais à frente. por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma interface
Para receber seus e-mails você não precisa estar co- com o menor propaganda possível.
nectado à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. » Criando seu e-mail
Mesmo você não estado com seu computador ligado, seus Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente
e-mail são recebidos e armazenados na sua caixa postal, simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste
localizada no seu provedor. Quando você acessa sua caixa WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os en-
postal, pode ler seus e-mail on-line (diretamente na Inter- tendimentos, no entanto você pode acessar qualquer dos
net, pelo WebMail) ou baixar todos para seu computador endereços informados acima ou ainda qualquer outro que
através de programas de correio eletrônico. Um programa você conheça. O processo de cadastro é muito simples,
muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais basta preencher um formulário e depois você terá sua con-
à frente. ta de e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos:

196
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com. 8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
br) ou qualquer outro de sua preferência. está, no exemplo a Caixa de Entrada.
2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será 9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men-
aberto um formulário, preencha-o observando todos os sagens que estão na tela e também o total da seção sele-
campos. Os campos do formulário têm suas particularida- cionada.
des de provedor para provedor, no entanto todos trazem 10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão
a mesma ideia, colher informações do usuário. Este será a todos os comandos relacionados com as mensagens exi-
primeira parte do seu e-mail e é igual a este em qualquer bidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais
cadastro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção do mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O
nome de usuário com o nome do provedor é que será seu botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da men-
endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte: seuno- sagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão
me@outlook.com. “Contas externas” abre uma seção para configurar outras
3. Após preencher todo o formulário clique no botão contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa
“Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado. postal. Para o correto funcionamento desta opção é preci-
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é co- so que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.
mum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por 11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista
outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails
lhe informando do problema. Isso acontece porque den- na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique
tro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes de no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão dispo-
usuários iguais. A solução é procurar outro nome que ainda níveis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de
esteja livre, alguns provedores mostram sugestões como: sua caixa postal.
seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você 12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um
(o que é bem provável que acontecerá) escolha uma das correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas;
sugestões ou informe outro nome (não desista, você vai Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do
conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail vai está nome, quando está normal significa que todas as mensa-
pronto para ser usado. gens foram abertas, porém quando estão em negrito, acu-
sam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas,
» Entendendo a Interface do WebMail o número entre parêntese indica a quantidade. Este deta-
A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que lhe funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
nos liga do mundo externo aos comandos do programa. 13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir
Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exi-
que você tiver e também para o Outlook, que é um progra- bido o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe
ma de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa também as mensagens das diversas pastas existentes na
mais adiante. sua caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre
1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua negrito, também é válida para esta seção. Observe as caixas
caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no ser- de seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensa-
vidor. gem, é através delas que as mensagens são selecionadas. A
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição seleção de todos os itens ao mesmo tempo, também pode
de e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título
qual você vai redigir, responder e encaminhar mensagens. da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de no-
Semelhante à função novo e-mail do Outlook. meá-las, também serve para classificar as mensagens que
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus por padrão estão classificadas através da coluna “Data”,
endereços de e-mail são previamente guardados para uti- para usar outra coluna na classificação basta clicar sobre
lização futura, nesta seção também é possível criar grupos nome dela.
para facilitar o gerenciamento dos seus contatos. 14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adi-
4. Configurações – Este botão abre (como o próprio cionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são
nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem um modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas
ser feitas diversas configurações, tais como: mudar senha, mensagens por temas. Quando seu e-mail é criado não
definir número de e-mail por página, assinatura, resposta existem pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário
automática, etc. de acordo com suas necessidades.
5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma 15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a
seção com vários tópicos de ajuda. seção onde pode ser feita uma configuração que permitirá
6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O
dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomen- próximo link, como o nome já diz, abre a janela de confi-
dado quando o uso de seu e-mail ocorrer em computado- guração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para
res de terceiros. baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração
7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links
endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta; são os mesmos apresentados no item 10.
parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico.

197
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Internet Explorer4
O Internet Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver
com o máximo de qualidade todo o conteúdo incrível que
você pode encontrar. Depois de aprender alguns gestos
e truques comuns, você poderá usar seu novo navegador
com todo o conforto e aproveitar ao máximo seus sites
favoritos.

Noções básicas sobre navegação


Mãos à obra. Para abrir o Internet Explorer, toque ou
clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial.
Uma barra de endereços, três formas de usar
A barra de endereços é o seu ponto de partida para
navegar pela Internet. Ela combina barra de endereços e
caixa de pesquisa para que você possa navegar, pesquisar Abrindo e alternando as guias
ou receber sugestões em um só local. Ela permanece fora Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão
do caminho quando não está em uso para dar mais espaço Nova guia . Em seguida, insira uma URL ou um termo de
para os sites. Para que a barra de endereços apareça, passe pesquisa ou selecione um de seus sites favoritos ou mais
o dedo de baixo para cima na tela ou clique na barra na visitados.
parte inferior da tela se estiver usando um mouse. Há três Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas
maneiras de utilizá-la: na barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em
uma só janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fe-
Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços char no canto de cada guia.
para ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na
barra de endereços para ver os sites que mais visita (os
sites mais frequentes).
Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços
e toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o
mecanismo de pesquisa padrão.
Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir?
Digite uma palavra na barra de endereços para ver suges-
tões de sites, aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta
tocar ou clicar em uma das sugestões acima da barra de
endereços.

Usando várias janelas de navegação


Também é possível abrir várias janelas no Internet Ex-
plorer 11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma
nova janela, pressione e segure o bloco Internet Explorer
(ou clique nele com o botão direito do mouse) na tela Ini-
cial e, em seguida, toque ou clique em Abrir nova janela.
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela.
Abra uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado
direito ou esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra
janela a partir do lado esquerdo da tela.
Dica
Você pode manter a barra de endereços e as guias en-
caixadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer
Multitarefas com guias e janelas pesquisas rapidamente. Abra o botão Configurações, to-
Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em que ou clique em Opções e, em Aparência, altere Sempre
uma só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir, mostrar a barra de endereços e as guias para Ativado.
fechar e alternar os sites. A barra de guias mostra todas Personalizando sua navegação
as guias ou janelas que estão abertas no Internet Explorer. Depois de ter aprendido as noções básicas sobre o uso
Para ver a barra de guias, passe o dedo de baixo para cima do navegador, você poderá alterar suas home pages, adi-
(ou clique) na tela. cionar sites favoritos e fixar sites à tela Inicial.
Para escolher suas home pages
4 Fonte: Ajuda do Internet Explorer

198
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para fixar um site na tela Inicial


A fixação de um site cria um bloco na tela Inicial, o
que fornece acesso com touch ao site em questão. Alguns
sites fixados mostrarão notificações quando houver novo
conteúdo disponível. Você pode fixar quantos sites quiser e
organizá-los em grupos na tela Inicial.

As home pages são os sites que se abrem sempre que


você inicia uma nova sessão de navegação no Internet Ex-
plorer. Você pode escolher vários sites, como seus sites de
notícias ou blogs favoritos, a serem carregados na abertura
do navegador. Dessa maneira, os sites que você visita com
mais frequência estarão prontos e esperando por você.
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con-
figurações.

(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can-


to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para Para exibir os comandos de aplicativos, passe o dedo
cima e clique em Configurações.) de baixo para cima (ou clique).
Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque Toque ou clique no botão Favoritos , toque ou clique
ou clique em Gerenciar. no botão Fixar site  e, em seguida, toque ou clique em
Insira a URL de um site que gostaria de definir como Fixar na Tela Inicial.
home page ou toque ou clique em Adicionar site atual se
estiver em um site que gostaria de transformar em home Dica
page. Você pode alternar rapidamente os favoritos e as guias
tocando ou clicando no botão Favoritos ou no botão
Para salvar seus sites favoritos Guias nos comandos de aplicativos.
Salvar um site como favorito é uma forma simples de
memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In-
sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo- ternet
ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure
da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im- pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en-
portados automaticamente.) dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
Vá até um site que deseja adicionar. itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a
os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique página no modo de exibição de leitura. Quando quiser re-
no botão Favoritos  para mostrar a barra de favoritos. tornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone nova-
Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em se- mente.
guida, toque ou clique em Adicionar.

199
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei-


tura desativado

Para salvar páginas na Lista de Leitura


Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que
deseje ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista
de Leitura em vez de enviá-lo por email para você mesmo
ou de deixar mais guias de navegação abertas. A Lista de
Leitura é a sua biblioteca pessoal de conteúdo. Você pode
adicionar artigos, vídeos ou outros tipos de conteúdo a ela
diretamente do Internet Explorer, sem sair da página em
que você está.
Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei- Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em
tura ativado Compartilhar.
(Se usar um mouse, aponte para o canto superior direi-
Para personalizar as configurações do modo de exibi- to da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo e clique
ção de leitura em Compartilhar.)
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con- Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em
figurações. Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista
de Leitura.
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can-
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para Ajudando a proteger sua privacidade
cima e clique em Configurações.) Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar,
Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso
leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto. diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas in-
Estas são algumas opções de estilo que você pode se- formações pessoais para outras pessoas. O Internet Explo-
lecionar. rer ajuda você a se proteger melhor com uma segurança
reforçada e mais controle sobre sua privacidade. Estas são
algumas das maneiras pela quais você pode proteger me-
lhor a sua privacidade durante a navegação:
Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armaze-
nam informações como o seu histórico de pesquisa para
ajudar a melhorar sua experiência. Quando você usa uma
guia InPrivate, pode navegar normalmente, mas os dados
como senhas, o histórico de pesquisa e o histórico de pá-
ginas da Internet são excluídos quando o navegador é fe-
chado. Para abrir uma nova guia InPrivate, passe o dedo
de baixo para cima na tela (ou clique nela) para mostrar
os comandos de aplicativos, ou toque ou clique no botão
Ferramentas de guia e em Nova guia InPrivate.

200
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do · Pesquisa inteligente;


Not Track para ajudar a proteger sua privacidade. O ras- · O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na
treamento refere-se à maneira como os sites, os provedo- barra de ferramentas e abre direto a página com os resul-
res de conteúdo terceiros, os anunciantes, etc. aprendem tados, poupando o tempo de acesso à página de pesquisa
a forma como você interage com eles. Isso pode incluir o antes de ter que digitar as palavras chaves. O novo localiza-
rastreamento das páginas que você visita, os links em que dor de palavras na página busca pelo texto na medida em
você clica e os produtos que você adquire ou analisa. No que você as digita, agilizando a busca;
Internet Explorer, você pode usar a Proteção contra Ras- · Favoritos RSS;
treamento e o recurso Do Not Track para ajudar a limitar · A integração do RSS nos favoritos permite que você
as informações que podem ser coletadas por terceiros so- fique sabendo das atualizações e últimas notícias dos seus
bre a sua navegação e para expressar suas preferências de sites preferidos cadastrados. Essa função é disponibilizada
privacidade para os sites que visita. a partir do Firefox 2;
· Downloads sem perturbação;
FIREFOX5 · Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na
Firefox é um navegador web de código aberto e mul- área de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrup-
tiplataforma com versões para Windows, OS X (Mac), Linux ções significam downloads mais rápidos. Claro, essa função
e Android, em variantes de 32 e 64 bits, dependendo da pode ser personalizada sem problemas;
plataforma. O Firefox possui suporte para extensões, nave- · Você decide como deve ser seu navegador;
gação por abas, alerta contra sites maliciosos, suporte para · O Firefox é o navegador mais personalizável que exis-
sincronização de informações, gerenciador de senhas, blo- te. Coloque novos botões nas barras de ferramentas, ins-
queador de janelas pop-up, pesquisa integrada, corretor tale extensões que adiciona novas funções, adicione temas
ortográfico, gerenciador de download, leitor de feeds RSS que modificam o visual do Firefox e coloque mais mecanis-
e outros recursos. mos nos campos de pesquisa.
Além de ser multiplataforma, o Firefox também supor-
ta diferentes linguagens, incluindo o português do Brasil O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado
(Pt Br). para a sua necessidade:
Surgido de um projeto criado por Dave Hyatt e Blake · Fácil utilização;
Ross em 2002, somente dois anos depois a plataforma de · Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox
navegação pela internet se desmembrou de outras ferra- tem todas as funções que você está acostumado - favori-
mentas e se tornou um browser independente. No começo, tos, histórico, tela inteira, zoom de texto para tornar as pá-
o Firefox se popularizou apenas entre o nicho de adeptos ginas mais fáceis de ler, e diversas outras funcionalidades
do “software livre”, e mesmo assim já alcançou dezenas de intuitivas;
milhões de downloads. · Compacto;
Não demorou muito para que o navegador começasse · A maioria das distribuições está em torno dos 5MB.
a receber melhorias relevantes e o seu potencial fosse ob- Você leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para
servado por outros perfis de internautas. E foi basicamente o seu computador em uma conexão discada e segunda em
assim que o produto da Fundação Mozilla ganhou seu es- uma conexão banda larga. A configuração é simples e in-
paço e quase desbancou a hegemonia do Internet Explorer. tuitiva. Logo você estará navegando com essa ferramenta.
Seu sistema de abas permite que o usuário navegue
em diversos sites sem a necessidade de abrir várias instân- Principais novidades
cias do programa. A função de navegação privativa é muito Tudo começa pelo novo e intuitivo menu
útil, pois com ela, o Mozilla Firefox não memoriza histórico, - As opções que você mais acessa, todas no mesmo
dados fornecidos a páginas e ao campo de pesquisa, lista lugar
de downloads, cookies e arquivos temporários. Serão pre- - Pensado para facilitar o acesso
servados apenas arquivos salvos por downloads e novos - Converse por vídeo com qualquer pessoa diretamen-
favoritos. Além dessas opções, o navegador continua com te do Firefox
as funções básicas de qualquer outro aplicativo semelhan-
te: gerenciador de favoritos, suporte a complementos e
sincronização de dados na nuvem.

Principais características
· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrin-
do os links em segundo plano
Eles já estarão carregados quando você for ler;
· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de
popups;
5 Fonte: Ajuda do Firefox

201
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Conheça o Firefox Hello Como funcionam as sugestões de sites?


- Converse por vídeo com qualquer pessoa, em qual- O Firefox exibe links de sites como miniaturas ou lo-
quer lugar gotipos na página Nova Aba. Quando usar o Firefox pela
- É grátis! Não é preciso ter conta ou baixar comple- primeira vez, verá links para sites da Mozilla. Esses sites
mentos. serão eventualmente substituídos por sites visitados com
- Escolha como você quer pesquisar mais frequência.

Uma nova maneira de pesquisar, ainda mais inteligente


- Sugestões de pesquisa aparecerão conforme você Ocultar ou exibir Sugestões na Nova Aba
digita
- Escolha o site certo para cada pesquisa Você pode determinar sua página Nova Aba para exibir
- Use a estrela para adicionar Favoritos seus sites mais visitados ou até mesmo nada. Para acessar
estes controles clique no ícone da engrenagem no canto
superior direito da nova aba.

Exibir seus sites principais


Clique no ícone de engrenagem na página Nova Aba e
marque Exibir os sites mais visitados.

Mostrar uma Nova Aba em branco


Para remover todos os sites da página Nova Aba, sele-
cione Exibir página em branco.

Seus sites favoritos estão mais perto do que nunca


- Adicione e visualize seus Favoritos rapidamente
- Salve qualquer site com apenas um clique

202
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Desativar os controles da Nova Aba Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e ar-
Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os rastá-los para a página Nova Aba.
controles da Nova Aba (ou para escolher a página que abre Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o his-
em uma nova aba) você pode instalar o complemento New tórico.
Tab Override (browser.newtab.url replacement). Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Personalizar a página Nova aba Arraste um favorito para dentro da posição que você
O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites quiser.
em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.

Fixar

Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges- Como faço para configurar o Sync no meu compu-
tão para fixá-la naquela posição na página. tador?
Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su- O Sync permite compartilhar seus dados e preferên-
gestões fixadas entre os seus outros computadores. cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
Remover dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Importante: O Sync requer a versão mais recente do
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em
quaisquer computadores ou dispositivos Android.
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de-
talhes:
- Crie uma conta do Sync
Clique no “X” no canto superior direito do site para ex- Clique no botão de menu   e depois em Entrar no
cluí-lo da página. Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba.
Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu-
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.

Reorganizar

Nota: Se não visualizar uma seção do Sync no menu,


você ainda está usando uma versão antiga do Sync. 
Clique no botão Começar.
Preencha o formulário para criar uma conta e clique
em Sign Up. Anote o endereço de e-mail e a senha usada,
você precisará disso mais tarde para entrar.
Verifique nas suas mensagens se recebeu o link de
verificação e clique nele para confirmar seu endereço de
e-mail. Você já está pronto para começar a usar!
Clique e arraste uma Sugestão para dentro da posição
que desejar. Ela será “fixada” nesse novo local.
Adicionar um dos seus favoritos

203
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Conecte dispositivos adicionais ao Sync Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um
Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o favorito?
resto. Para entrar você precisa do endereço de e-mail e a Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
senha que usou no começo da configuração do sync. mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
Clique no botão de menu   , e, em seguida, clique recerá.
em Entrar no Sync.
Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma
conta Firefox.
Clique no link Already have an account? Sign in na par-
te inferior da página.

Na janela Propriedades do favorito você pode modifi-


car qualquer um dos seguintes detalhes:
Insira o e-mail e a senha que você usou para criar sua Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos
nova conta do Sync. em menus.
Depois que você tiver entrado, o Firefox Sync começará Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito sele-
a sincronização de suas informações através dos seus dis- cionando uma do menu deslizante (por exemplo, o Menu
positivos conectados. Favoritos ou a Barra dos favoritos). Nesse menu, você tam-
bém pode clicar em Selecionar... para exibir uma lista de
Remover um dispositivo do Sync todas as pastas de favoritos.
Clique no botão   para expandir o Menu. Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e
Clique no nome da sua conta no Sync (geralmente seu organizar seus favoritos. Quando você terminar suas modi-
endereço de e-mail) para abrir as preferências do Sync. ficações, clique em Concluir para fechar a caixa.
Clique em Desconectar. Seu dispositivo não será mais
sincronizado. Onde posso encontrar meus favoritos?
A forma mais fácil de encontrar um site para o qual
você criou um favorito é digitar seu nome na Barra de En-
Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas dereços. Enquanto você digita, uma lista de sites que já
Os favoritos são atalhos para as páginas da web que você visitou, adicionou aos favoritos ou colocou tags apa-
você mais gosta. recerá. Sites com favoritos terão uma estrela amarela ao
Como eu crio um favorito? seu lado. Apenas clique em um deles e você será levado até
Fácil — é só clicar na estrela! lá instantaneamente.
Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na
Barra de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito
será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto!

Como eu organizo os meus favoritos?


Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus
Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez? favoritos.
Clique com o botão direito do mouse em qualquer aba e Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
selecione Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
e escolha onde quer guardá-la. Clique adicionar favoritos
para finalizar.

204
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Removendo mais de uma página ou pasta dos Favo-


ritos
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo da janela do gerenciador, clique na
pasta que deseja visualizar. Seu conteúdo será mostrado
no painel direito.
No painel direito, selecione os itens que deseja remo-
Por padrão, os favoritos que você cria estarão localiza- ver.
dos na pasta “Não organizados”. Selecione-a na barra late- Com os itens a serem removidos selecionado, clique no
ral da janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você botão Organizar e selecione Excluir.
adicionou. Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você tam-
bém pode arrastar favoritos para outras pastas como a
“Menu Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto
pelo botão Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta
“Barra de favoritos”, eles aparecerão nela (embaixo da Bar-
ra de navegação).

Criando novas pastas

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos


os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique com o botão direito do mouse na pasta que irá
conter a nova pasta, então selecione Nova pasta....

Como eu ativo a Barra de favoritos?


Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o
seginte:
Clique no botão e escolhe Personalizar.
Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione
Barra dos favoritos.
Clique no botão verde Sair da personalização.

Removendo apenas uma página dos Favoritos


Acesse a página que deseja remover nos Favoritos.
Clique no ícone da estrela à direita da sua barra de pes-
quisa.
Na janela Editar este favorito, clique Remover Favorito.
Na janela de nova pasta, digite o nome e (opcional-
mente) uma descrição para a pasta que você deseja criar.

205
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Adicionando favoritos em pastas As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão re-


Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos fletidas na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que Ordenar visualizações na janela Biblioteca
você deseja mover. Para ver os seus favoritos em várias ordens de classifi-
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para cação, use a janela Biblioteca:
mover o favorito para a pasta. Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Ordenando por nome No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visuali-
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos zar. O conteúdo será exibido no painel da direita.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. Clique no botão Exibir, selecione Ordenar e depois
Clique com o botão direito do mouse na pasta que de- escolha uma ordem de classificação.
seja ordenar e selecione Ordenar pelo nome. Os Favoritos A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas
serão colocados em ordem alfabética. para visualização, e não vai ser refletido na barra lateral, no
menu ou no botão de favoritos.
Definindo a Página Inicial
Veja como abrir automaticamente qualquer página
web na inicialização do Firefox ou clicando no botão Pági-
na inicial .
Abra a página web que deseja definir como sua página
inicial.
Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial
.

Clique em Sim para definir esta página como sua pá-


As alterações efetuadas na janela Biblioteca será refle- gina inicial.
tido na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
Reorganizando manualmente
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém o favorito que você deseja
mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o
para a posição desejada.

Dica: Mais opções de configuração da página inicial es-


tão disponíveis na janela Opções .

Clique no botão menu e depois em Opções, na ja-


nela que foi aberta vá para o painel Geral.
A partir do menu drop-down, selecione Abrir página
em branco na inicialização ou Restaurar janelas e abas an-
teriores.
Clicando em Usar as páginas abertas, as páginas que
estiverem abertas serão configuradas como páginas ini-
ciais, abrindo cada página em uma aba separada.

Para restaurar as configurações da página inicial, siga


os seguintes passos:
Clique no botão , depois em Opções
Para mover um favorito para uma pasta diferente, ar- Selecione o painel Geral.
raste-o para cima da pasta.

206
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas
abaixo do campo Página Inicial. informações de acordo com os termos da política de pri-
vacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas in-
formações sendo coletadas podem desejar não ativar as
sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão de-
sativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você
deve ativá-las explicitamente em uma janela de navegação
privativa para ativá-las nesse modo.

Ativando ou desativando as sugestões de pesquisa


As sugestões de pesquisa podem ser ativadas ou de-
sativadas a qualquer momento marcando ou desmarcando
a caixa Fornecer sugestões de pesquisa na seção Pesquisar
das opções do Firefox:

Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações


feitas serão salvas automaticamente.

Sugestões de pesquisa no Firefox


Muitos mecanismos de pesquisa (incluindo Yahoo,
Google, Bing e outros) fornecem sugestões de pesquisa,
as quais são baseadas em pesquisas populares que outras
pessoas fazem e que estão relacionadas com uma pala-
vra ou palavras que você inserir. Quando as Sugestões de
Pesquisa estão ativadas, o texto que você digita em um
campo de pesquisa é enviado para o mecanismo de busca,
o qual analisa as palavras e exibe uma lista de pesquisas
relacionadas. Para ver sugestões de pesquisa na barra de endereços,
marque a opção Mostrar sugestões de pesquisa na barra
de localização.

Usando a Barra de Pesquisa


Basta digitar na barra de Pesquisa na sua barra de fer-
ramentas ou na página de Nova Aba.

Como as sugestões de pesquisa funcionam


Se você ver uma sugestão de pesquisa que correspon-
de ao que você está procurando, clique nela para ver re-
sultados para aquele termo de pesquisa. Isso pode poupar Enquanto você digita na busca da barra de ferramen-
tempo e ajudar você a encontrar o que está procurando tas, o seu mecanismo de pesquisa padrão mostra suges-
com menos digitação. tões para ajudá-lo a procurar mais rápido. Essas sugestões
Ativar as sugestões de pesquisa enviará as palavras- são baseadas em pesquisas populares ou em suas pesqui-
chave que você digita num campo de busca para o me- sas anteriores (se estiver ativado).
canismo de pesquisa padrão - a menos que pareça que
você está digitando uma URL ou hostname. Os campos de
pesquisa incluem:
- a barra de pesquisa
- páginas iniciais (como mostrado na imagem acima)
- a barra de endereço (onde as Sugestões de Pesquisa
podem ser desativadas separadamente)

207
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique no icone download para abrir o painel de down-


loads. O painel Downloads exibe os últimos três arquivos
baixados, juntamente com o tempo, tamanho e fonte do
download:

Pressione Enter para pesquisar usando o seu mecanis-


mo de pesquisa padrão, ou selecione outro mecanismo de
pesquisa clicando no logotipo.
Mecanismos de pesquisa disponíveis
O Firefox vem com os seguintes mecanismos de pes-
quisa por padrão:
- Google para pesquisar na web através do Google
Nota: O padrão de busca do Google é criptografado Para ver todos os seus downloads, acesse a Biblioteca
para evitar espionagem. clicando em Exibir todos os downloads na parte inferior do
- Yahoo para pesquisar na web através do Yahoo painel de Downloads.
- Bing para pesquisar na web através do Microsoft Bing
- BuscaPé para procurar comparações de preços, pro-
dutos e serviços no site BuscaPé.
- DuckDuckGo como mecanismo de pesquisa para
para usuários que não querem ser rastreados.
- Mercado Livre para procurar por itens à venda ou em
leilão no Mercado Livre
- Twitter para procurar pessoas no Twitter
- Wikipédia (pt) para pesquisar na enciclopédia online
gratuita Wikipédia Portuguesa.

Gerenciador de Downloads

A Biblioteca e o painel de downloads controlam os ar-


quivos baixado pelo Firefox. Aprenda a gerenciar seus ar-
quivos e configurar as definições de download.

Como faço para acessar meus downloads? A Biblioteca mostra essas informações para todos os
Você pode acessar seus downloads facilmente clicando seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido
no icone download (a seta para baixo na barra de ferra- eles do seu histórico.
mentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba
que existem arquivos baixados.

Durante um download, o icone de download muda


para um timer que mostra o progresso do seu download.
O timer volta a ser uma seta quando o download for con-
cluído.

Como posso gerenciar meus arquivos baixados?

208
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No painel Downloads e na sua Biblioteca, existe um


botão icone a direita de cada arquivo que muda de acordo
com o progresso atual do download.

Pausar: Você pode pausar qualquer download em


progresso clicando com o botão direito no arquivo e se-
lecionando Pausar. Isto pode ser útil, por exemplo, se você
precisa abrir um pequeno download que começou depois
de um download grande. A Pausa de downloads lhe dá a Desative o modo Tela inteira
opção de decidir qual dos seus downloads são mais impor- Traga o meu computador de volta! Encolha o Firefox
tantes.Quando você quiser continuar o download desses para seu tamanho normal.
arquivos, clique com o botão direito no arquivo e selecione Mova o mouse para o topo da tela para fazer a barra de
Continue. ferramentas reaparecer
Cancelar : Se depois de iniciar o download você de- Clique no botão menu no lado direito da barra de
cidir que não precisa mais do arquivo, cancelar o download ferramentas e selecione Tela inteira.
é simples: apenas clique no botão X ao lado do arquivo. Atalhos de teclado
Este botão se transformará em um símbolo de atualização, Para aqueles de boa memória. Use a tela inteira através
clique novamente para reiniciar o download. do teclado.
Abrir o arquivo: Quando o download acabar, você pode
dar um clique no arquivo para abrir-lo. Atalho para alternar o modo Tela inteira: Pressione a
Abrir pasta : Uma vez que o arquivo tenha concluído tecla F11.
o download, o ícone à direita da entrada do arquivo torna- Nota: Em computadores com teclado compacto (como
se uma pasta. Clique no ícone da pasta para abrir a pasta netbooks e laptops), pode ser necessário usar a combina-
que contém esse arquivo. ção de teclas fn + F11.
Remover arquivo da lista: Se você não quiser manter o
registro de um determinado download, simplesmente cli- Histórico
que com o botão direito no arquivo, então selecione Excluir Toda vez que você navega na internet o Firefox guarda
da lista. Isto irá remover a arquivo da lista, mas não vai várias informações suas, como por exemplo: sites que você
apagar o arquivo em si. visitou, arquivos que você baixou, logins ativos, dados de
Repetir um download : Se por qualquer razão um formulários, entre outros. Toda essa informação é chamada
download não completar, clique no botão a direita do ar- de histórico. No entanto, se estiver usando um computador
quivo - um simbolo de atualizar - para reiniciar. público ou compartilha um computador com alguém, você
Limpar downloads: Clique no botão Limpar Downloads pode não querer que outras pessoas vejam esses dados.
no topo da janela da Biblioteca para limpar todo o histórico
de itens baixados. Que coisas estão incluídas no meu histórico?

Como deixar o Firefox em tela inteira


Tela inteira é um recurso do Firefox que permite que
ele ocupe a tela toda, ótimo para aquelas telinhas aperta-
das de netbooks, aproveitando o máximo da sua HDTV ou
só porque quer!
Ative o modo Tela inteira
Maior é melhor! Preencha sua tela com o Firefox.
Clique no botão menu no lado direito da barra de
ferramentas e selecione Tela inteira.

209
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Como limpo meu histórico?


Clique no botão de menu , selecione Histórico e, em
seguida, Limpar dados de navegação….
Selecione o quanto do histórico você deseja limpar:
Clique no menu suspenso ao lado de Intervalo de tem-
po a limpar para escolher quanto de seu histórico o Firefox
limpará.

Em seguida, clique na seta ao lado de Detalhes para


Histórico de navegação e downloads: Histórico de na- selecionar exatamente quais informações você quer que
vegação é a lista de sites que você visitou que são exibidos sejam limpas.
no menu Histórico, a lista do Histórico na janela Biblioteca
e a lista de endereços da função de completar automati-
camente da Barra de endereços. Histórico dos downloads
é a lista de arquivos que foram baixados por você e são
exibidos na janela Downloads.
Dados memorizados de formulários e Barra de Pesqui-
sa: O histórico de dados memorizados de formulários inclui
os itens que você preencheu em formulários de páginas
web para a funcionalidade de Preenchimento Automático
de Formulários. O histórico da Barra de Pesquisa inclui os
itens que você pesquisou na Barra de Pesquisa do Firefox.
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os
websites que você visita, tais como o estado da sua auten-
ticação e preferências do site. Também incluem informa-
ções e preferências do site armazenadas por plugins como
o Adobe Flash. Cookies podem também ser usados por
terceiros para rastreá-lo entre páginas.
Nota: Para poder limpar cookies criados pelo Flash Finalmente, clique no botão Limpar agora. A janela
você precisa estar usando a versão mais recente do plugin. será fechada e os itens selecionados serão limpos.
Cache: O cache armazena arquivos temporariamente, Como faço para o Firefox limpar meu histórico auto-
tais como páginas web e outras mídias online, que o Firefox maticamente?
baixou da Internet para tornar o carregamento das páginas Se você precisa limpar seu histórico sempre que usar o
e sites que você já visitou mais rápido. Firefox, você pode configurá-lo para que isso seja feito au-
Logins ativos: Caso você tenha se logado em um web- tomaticamente assim que você sair, assim você não esquece.
site que usa autenticação HTTP desde a vez mais recente Clique no botão , depois em Opções
que você abriu o Firefox, este site é considerado “ativo”. Ao Selecione o painel Privacidade.
limpar estes registros você sai destes sites. Defina O Firefox irá: para Usar minhas configurações.
Dados offline de sites: Se você permitir, um website
pode guardar informações em seu computador para que
você possa continuar a utilizá-lo mesmo sem estar conec-
tado à Internet.
Preferências de sites: Preferências de sites, incluindo
o nível de zoom salvo para cada página específica, codi-
ficação de caracteres e as permissões de páginas (como
excessões para bloqueadores de anúncios) estão descritas
em janela de Propriedades da Página.

210
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Marque a opção Limpar histórico quando o Firefox fechar. Finalmente, feche a janela Biblioteca.

O leitor de PDF
O visualizador de PDF integrado de maneira nativa ao
navegador. Isto significa que agora não é mais necessário
ter que instalar um plugin externo no Mozilla Firefox para
fazê-lo visualizar um documento neste formato. Este visua-
lizador, inclusive, funciona da mesma forma como ocorre
Para especificar que tipos de histórico devem ser lim- no Google Chrome, que também suporta a visualização de
pos, clique no botão Configurar..., ao lado de Limpar histó- arquivos PDF nativamente.
rico quando o Firefox fechar. Agora, sempre que você clicar em um documento PDF
Na janela Configurações para a limpeza do histórico, no navegador, ele será aberto diretamente na tela. Os con-
marque os itens que você quer que sejam limpos automa- troles são exibidos na parte superior, com os quais você
ticamente sempre que você sair do Firefox. pode salvar ou imprimir o documento, bem como usar re-
cursos como zoom, ou ir diretamente para uma página es-
pecífica. Também é possível alternar para o modo de apre-
sentação e exibir o PDF em tela cheia.
Durante os testes realizados, conseguimos abrir vários
PDFs em diversas abas sem nenhum problema, já que não
houve travamentos. O segredo por trás do leitor é que ele
converte os PDFs para o HTML 5.

Imprimindo uma página web

Clique no menu e depois em Imprimir.

Após selecionar os itens a serem limpos, clique em OK


para fechar a janela Configurações para a limpeza do histórico.
Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
feitas serão salvas automaticamente.
Como faço para remover um único site do meu histórico?
Clique no botão , depois em Histórico, em seguida,
clique no link no final da lista Exibir todo o histórico, para
abrir a janela da Biblioteca.
Use o campo Localizar no histórico no canto superior
direito e pressione a tecla Enter para procurar pelo site que
você deseja remover do histórico.
Nos resultados da busca, clique com o botão direito
no site que você deseja remover, e selecione Limpar tudo
sobre este site. Ou simplesmente selecione o site que de-
seja excluir e pressione a tecla ‘Delete’. Todos os dados de
histórico (histórico de navegação e downloads, cookies, ca-
che, logins ativos, senhas, dados de formulários, exceções
para cookies, imagens, pop-ups) do site serão removidos. Na janela de impressão que foi aberta, ajuste as con-
figurações do que você está prestes a imprimir, se for ne-
cessário.
Clique em OK para iniciar a impressão.
Janela de configurações de impressão

211
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Como apresentado na tela irá imprimir da mesma for-


ma que você vê a página web no Firefox.
O campo selecionado irá imprimir somente o conteúdo
dentro da última borda que você clicou.
Cada campo separadamente irá imprimir o conteúdo
Seção Impressoras: de todas as bordas, mas em páginas separadas.
Mudando a configuração da página
Clique no menu drop-down ao lado de Name para mu- Para alterar a orientação da página, alterar se as cores
dar qual a impressora imprimirá a página que você está e imagens de fundo são impressas, as margens da página,
vendo. o que incluir no cabeçalho e rodapé das páginas impressas,
Nota: A impressora padrão é a do Windows. Quando na parte superior da janela do Firefox, clique no botão Fi-
uma página da web é impressa com a impressora selecio- refox, veja mais em Imprimir... (menu Arquivo no Windows
nada, ela se torna a impressora padrão do Firefox. XP) e selecione Configurar página.... A janela de configura-
Cique em Propiedades... para mudar o tamanho do pa- ção de página irá aparecer.
pel, qualidade de impressão e outras configurações espe- Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
cíficas da impressora. ferências do Firefox em uma base por impressora.
Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági-
nas da página web atual será impressa: Formato e Opções
Selecione Tudo para imprimir tudo.
Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
1” imprimirá somente a primeira página.
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
página que você selecionou.
Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.
Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,
você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá-
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.
SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá-
gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas
serão impressas:

Na aba Formato e Opções você pode alterar:


Formato:
Selecione Retrato para a maioria dos documentos e
páginas web.
Selecione Paisagem para páginas e imagens largas.

212
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Escala: Para tentar uma página web em menos folhas A janela de pré-visualização permite mudar algumas
impressas, você pode ajustar a escala. Reduzir para caber das opções descritas acima. Acesse a janela de impressão
ajusta automaticamente a escala. clicando em Imprimir..., ou a janela de configuração de pá-
Opções: Selecione Imprimir cores e imagens de fundo gina clicando em Configurar página.... Clique nas setas ao
para que o Firefox imprima as páginas com cor e imagens lado do campo Página: para trocar as páginas do docu-
de fundo como elas são mostradas na tela, caso contrário, mento. As setas duplas mudam para a primeira ou última
Firefox imprimirá com o fundo branco. página, as setas únicas vão para a próxima página ou a
Margens e Cabeçalho/ Rodapé anterior. Você também pode ajustar a escala e o formato
(veja acima).

Clique em Fechar para sair da visualização da impres-


são.
Firefox Hello - conversas por vídeo e voz online
O Firefox Hello lhe deixa navergar e discutir páginas
web com seus amigos diretamente no navegador. Tudo
que você precisa é uma webcam (opcional), um microfone,
e a versão mais recente do Firefox para ligar para os ami-
gos que estão em navegadores suportados pelo WebRTC
como Firefox, Chrome, ou Opera.
Nota: O Firefox Hello não está disponível na Navega-
ção Privada.
Iniciar uma conversa
Clique no botão Hello .
Clique em Navegar nessa página com um amigo.

Na aba Margens e Cabeçalhos/Rodapé você pode al-


terar:
Margens: Você pode colocar a largura da margem se-
paradamente para cima, baixo, esquerda e direita.
Cabeçalho e Rodapé: Use os menus dropdown para
selecionar o que irá aparecer na página impressa. O valor
do dropdown superior esquerdo aparece no canto superior
esquerdo da página; o valor do dropdown superior central
aparece na parte superior central da página, e assim por
diante. Você pode escolher entre:
--em branco--: Nada será impresso.
Título: Imprime o título das páginas web.
Endereço: Imprime o endereço das páginas web.
Data/Hora: Imprime a data e hora em que a página foi Use as seguintes opções para convidar seus amigos:
impressa.
Página #: Imprime o número da página.
Página # de #: Imprime o número da página e o total
de páginas.
Personalizar...: Coloque seu próprio texto de cabeçalho
ou rodapé. Isso pode ser usado pra mostrar o nome da
empresa ou organização no alto ou na parte de baixo de
toda página impressa.
Clique em OK para concluir as alterações e fechar a
janela de configuração de páginas.

Visualizar impressão
Para ver como a página web que você quer imprimir
ficará quando impressa, na parte superior da janela do Fire-
fox, clique no botão Firefox, veja mais em Imprimir...(menu
Arquivo no Windows XP), e selecione Visualizar impressão.

213
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Copie e cole o link para a sua ferramenta de mensa- Abrir um link em nova janela privativa
gens preferida clicando em Copiar Link. Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir
Envie o link por e-mail para o seu amigo clicando no link em uma nova janela privativa no menu contextual.
botão Enviar link por E-mail. Isso abrirá sua aplicação de
e-mail padrão.

Compartilhar no Facebook.
Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um alerta.
Para encerrar a chamada, clique em .
Se juntar a uma conversa
Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil!
Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na
página para entrar na conversa.
Dica: Janelas de navegação privativas tem uma másca-
Controlar suas notificações ra roxa no topo.
Você pode desligar as notificações no Firefox se você
preferir não ser notificado quando um amigo se juntar:
Clique no botão do Hello .
Clique na engrenagem na parte de baixo do painel e
escolha Desligar notificações.

Navegação Privativa
Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in-
formação para você - como os sites visitados. No entan- O que a navegação privativa não salva?
to, pode haver momentos em que não deseja que outros Páginas visitadas: Nenhuma página será adicionada à
usuários tenham acesso a tais informações, como quando lista de sites no histórico, lista de história da janela da Bi-
estiver comprando um presente de aniversário. A navega- blioteca, ou na lista de endereços da Awesome Bar.
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar Entradas em formulário e na barra de pesquisa: Nada
informações sobre os sites e páginas visitadas. digitado em caixas de texto em páginas web ou na barra de
A navegação privativa também inclui Proteção contra busca será salvo para o autocomplete.
rastreamento na navegação privada, a qual impede que Senhas: Nenhuma senha será salva.
seja rastreado enquanto navega. Lista de arquivos baixados: os arquivos que você baixar
Mostraremos a você como funciona. não serão listados na Janela de Downloads depois de de-
Importante: A navegação privativa não o torna anônimo sativar a Navegação Privativa.
na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os pró- Cookies: Cookies armazenam informações sobre os si-
prios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas. Além tes que você visita como preferências, status de login, e os
disso, a navegação privativa não o protege de keyloggers dados utilizados por plugins, como o Adobe Flash. Cookies
ou spywares que podem estar alojados em seu computador também podem ser utilizados por terceiros para rastreá-lo
através dos sites.
Como abrir uma nova janela privativa? Conteúdo web em Cache e Conteúdo Web off-line e
Existem duas maneiras de se abrir uma nova Janela Pri- de dados do usuário ‘: Nenhum arquivo temporário da In-
vativa. ternet (cache) ou arquivos armazenados para o uso off-line
Abrir uma nova Janela Privativa vazia serão salvo.
Clique no botão de menu e depois em Nova janela Nota:
privativa. Favoritos criados ao usar a Navegação Privativa serão
salvos.
Todos os arquivos que você baixar para o seu compu-
tador durante o uso de navegação privada serão salvos.
O Firefox Hello não está disponível na navegação pri-
vativa.
Posso definir o Firefox para sempre usar a navegação
privativa?
O Firefox está definido para lembrar o histórico por
padrão, mas você pode alterar essa configuração de pri-
vacidade no Firefox Opções (clique no menu Firefox ,
escolha Opções e selecione o painel Privacidade). Quando
alterar a configuração do histórico para nunca lembrar o
histórico, isto equivale a estar sempre no modo de nave-
gação privativa.

214
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Importante: Quando o firefox está definido para nunca


lembrar o histórico você não verá uma máscara roxa na
parte superior de cada janela, mesmo que esteja efetiva-
mente no modo de navegação privativa. Para restaurar a
navegação normal, vá para o painel privacidade Opções e Um cadeado verde mais o nome da empresa ou or-
defina o Firefox para lembrar o histórico. ganização, também em verde, significa que o website está
Outras formas de controlar as informações que o Fire- usando um Certificado de Validação Avançada. Um certi-
fox salva ficado de Validação Avançada é um tipo especial de cer-
Você sempre pode remover a navegação recente, as tificado do site que requer um processo de verificação de
pesquisas e histórico de download depois de visitar um identidade significativamente mais rigoroso do que outros
site. tipos de certificados.

Como saber se a minha conexão com um site é se-


gura?
O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
na sua barra de endereço quando você visita um site segu- Para sites usando certificados VE, o botão de identida-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe da companhia ou organização do website, então você sabe
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o
sua informação pessoal. mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla.
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox bloqueou
o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não necessaria-
mente exibir ou funcionar inteiramente correto.
O botão de Identidade do Site estar na barra de ende-
reço à esquerda do endereço web. Mais comumente, quan- Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
do visualizando um site seguro, o botão de Identidade do Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
Site será um cadeado verde. indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas
parcialmente criptografada e não impede espionagem.

No entanto, em algumas circunstâncias raras, ele tam-


bém pode ser um cadeado verde com um triângulo de
alerta cinza, um cadeado cinza com um triângulo de alerta Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
amarelo, ou um cadeado cinza com uma linha vermelha. (informação bancária, dados de cartão de crédito, Números
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden-
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo.
Cadeado cinza com um traço vermelho
Nota: Clicando no botão à esquerda da barra de en- Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que
dereço nos traz o Centro de Controle, o qual lhe permite a conexão entre o Firefox e o website é apenas parcial-
visualizar mais informações detalhadas sobre o estado de mente criptografada e não previne contra espionagem ou
segurança da conexão e alterar algumas configurações de ataque man-in-the-middle.
segurança e privacidade. Aviso: Você nunca deve enviar
qualquer tipo de informação sensível (informação bancá-
ria, dados de cartão de crédito, Números de Seguridade
Social, etc.) para um site sem o ícone de cadeado na barra
de endereço - neste caso não é verificado que você está se
comunicando com o site pretendido nem que seus dados Esse ícone não aparecerá a menos que você manual-
estão seguros contra espionagem! mente desativou o bloqueio de conteúdo misto.
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
Cadeado verde (informação bancária, dados de cartão de crédito, números
Um cadeado verde (com ou sem um nome de organi- de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden-
zação) indica que: tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma
Você está realmente conectado ao website cujjo en- listra vermelha.
dereço é exibido na barra de endereço; a conexão não foi
interceptada. Configurações de segurança e senhas
A conexão entre o Firefox e o website é criptografada Este artigo explica as configurações disponíveis no pai-
para evitar espionagem. nel Segurança da janela Opções do Firefox.

215
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
segurança ao navegar na internet. dividuais clicando no botão Logins salvos….

Encontrar e instalar complementos para adicionar


funcionalidades ao Firefox
Complementos são como os aplicativos que você ins-
tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.

Configurações de Segurança Existem três tipos de complementos:


Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a ins- - Extensões
talação de complementos. Para evitar que tentativas de Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
instalação não requisitadas resultem em instalações aci- ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
dentais, o Firefox exibe um aviso quando um site tentar ins- mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
talar um complemento e bloqueia a tentativa de instalação. o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
Para permitir que sites específicos instalem complementos, mesmo adicionar recursos de outros navegadores.
você deve clicar em Exceções…, digitar o endereço do site
e clicar em Permitir. Desmarque essa opção para desativar - Aparência
esse aviso para todos os sites. Existem dois tipos de complementos de aparência:
Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Mar- temas completos, que mudam a aparência de botões e
que isso se você quer que o Firefox verifique se o site que menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
você está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas faixa de abas com uma imagem de fundo
funções normais do computador ou mandar dados pes-
soais sobre você sem autorização através da Internet. - Plugins
A ausência deste aviso não garante que o site seja con- Plugins permitem adicionar suporte para todos os tipos
fiável. de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem forma-
Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se tos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight que
você quer que o Firefox verifique ativamente se o site que são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresentações
você está visitando pode ser uma tentativa de enganar e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por outras
você fazendo com que passe suas informações pessoais empresas.
(isto é frequentemente chamado de “phishing”).
Para visualizar quais complementos estão instalados:
Logins Clique no botão escolha complementos. A aba com-
Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com plementos irá abrir.
segurança senhas que você digita em formulários web para Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins.
facilitar seu acesso aos websites. Desmarque essa opção Como faço para encontrar e instalar complementos?
para impedir o Firefox de memorizar suas senhas. No en- Aqui está um resumo para você começar:
tanto, mesmo com isso marcado, você ainda será questio- Clique no botão de menu e selecione Complemen-
nado se deseja salvar ou não as senhas para um site quan- tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
do você visitá-lo pela primeira vez. Se você selecionar Nun- No gerenciador de complementos, selecione o painel
ca para este site, aquele site será adicionado à uma lista de Get Add-ons.
exceções. Para acessar essa lista ou para remover sites dela,
clique no botão Exceções…. Para ver mais informações sobre um complemento ou
Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger infor- tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão
mações sensíveis, como senhas salvas e certificados, crip- verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo.
tografando eles usando uma senha mestra. Se você criar Você também pode pesquisar por complementos es-
uma senha mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Po-
solicitado que você digite a senha na primeira vez que for dendo então instalar qualquer complemento que encon-
necessário acessar um certificado ou uma senha salva. Você trar, com o botão Instalar.
pode definir, alterar, ou remover a senha mestra marcando
ou desmarcando essa opção ou clicando no botão Modifi-
car senha mestra…. Se uma senha mestra já estiver defini-
da, você precisará digitá-la para alterar ou remover a senha
mestra.

216
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Selecione o plugin que deseja desativar.


Selecione Nunca Ativar no menu de seleção.
Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu-
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção.

Como remover extensões e temas


Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Extensões ou Aparência.
Selecione o complemento que você deseja remover.
Clique no botão Excluir.
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei-
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
reiniciar.
Como desinstalar plugins
Geralmente os plugins vem com seus próprios desins-
taladores. Se precisar de ajuda para desinstalar alguns dos
plugins mais populares, vá para lista de artigos de plugins e
selecione o artigo do respectivo plugin que você quer de-
sinstalar.

Configurações de Conteúdo

O Firefox irá fazer o download do complemento e pode


pedir que você confirme a sua instalação.
Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
serão salvas e restauradas após a reinicialização.
Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
ramentas após a instalação..

Como desativar extensões e temas


Ao desativar um complemento ele deixará de funcio-
nar sem ser removido:
Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Extensões ou Aparência.
Selecione o complemento que deseja desativar. DRM Content
Clique no botão Desativar. Reproduzir conteúdo DRM: Por padrão, o Firefox per-
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei- mite a reprodução de conteúdo de áudio e vídeo protegi-
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao do por Gerencimento de Direitos Digitais (DRM). Ao des-
reiniciar. marcar esta opção essa funcionalidade será desligada.
Para reativar um complemento, encontre-o na lista de
complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar Notificações
o Firefox. O Firefox lhe permite escolher quais websites tem
permissão para lhe enviar notificações. Clique em  Esco-
Como desativar plugins lher para fazer alterações na lista de sites permitidos.
Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem Não me perturbe: Selecione esta opção para suspen-
ser removido: der temporariamente todas as notificações até você fechar
Clique no botão de menu   e selecione Complemen- e reiniciar o Firefox.
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Plugins.

217
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pop-ups Páginas podem usar outras cores: Por padrão, o Firefox


Bloquear janelas popup: Por padrão, o Firefox bloqueia exibe as cores especificadas pelo autor da página. Desa-
janelas popup inconvenientes em sites da web. Desmarque tive essa opção para forçar todos os sites a usar as cores
essa opção para desativar o Bloqueador de Popups. Alguns padrão.
sites utilizam popups com funções importantes. Para per- Idiomas
mitir que sites específicos utilizem popups, clique em Exce- Algumas páginas oferecem mais de um idioma para
ções…, digite o domínio do site e clique em Permitir. Para exibição. Clique no botão  Selecionar…para especificar o
excluir um site da lista de sites permitidos, selecione-o e idioma ou idiomas de sua preferência.
clique em Excluir o site. Para limpar a lista completamente, Idiomas: Para adicionar um idioma à lista de idiomas
clique em Excluir tudo. clique emSelecione um idioma para adicionar…, clique so-
bre o idioma escolhido e clique no botãoAdicionar. Exclua
Fontes e cores um idioma da lista selecionando-o e clicando no botão Ex-
Fonte padrão e Tamanho: Normalmente as páginas da cluir. Você também pode reordenar os idiomas usando os
web são exibidas na fonte e tamanho especificados aqui. botões Para cima e Para baixo para determinar a ordem de
Entretanto, páginas da web podem definir fontes diferen- preferência no caso de haver mais de um idioma disponí-
tes, que serão exibidos a não ser que você especifique o vel.
contrário na janela Fontes. Clique no botãoAvançado… para
acessar mais opções de fontes. Use atalhos do mouse para executar tarefas comuns
Diálogo de fontes no Firefox
Na lista Fontes padrão para, escolha um grupo de Esta é uma lista dos atalhos do mouse mais comuns no
caracteres/idioma. Por exemplo, para configurar o grupo Mozilla Firefox.
de fontes padrão dos idiomas ocidentais (latinos), clique
em Latin.. Para um grupo de caracteres/idioma que não es-
teja na lista, clique em Outros Sistemas de Escrita. Comando Atalho
Escolha se a fonte proporcional deverá ser com serifa Voltar Shift + Rolar para baixo
(como “Times New Roman”) ou sem serifa (como “Arial”), Avançar Shift + Rolar para cima
e então especifique o tamanho padrão da fonte propor-
cional. Aumentar Zoom Ctrl + Rolar para cima
Especifique as fontes utilizadas para fontes com seri- Diminuir Zoom Ctrl + Rolar para baixo
fa, sem serifa e monoespaçada (largura fixa). Você também Clicar com botão do
pode especificar o tamanho para as fontes monoespaça- Fechar Aba
meio na Aba
das.
Clicar com botão do
Você também pode especificar o tamanho mínimo de Abrir link em uma nova Aba
fonte que pode ser exibido na tela. Isso pode ser útil em meio no link
sites que utilizam tamanhos de fonte muito pequenos e Nova aba
clicar com o botão do
pouco legíveis. meio na barra de abas
Páginas podem usar outras fontes: Por padrão, o Fi- Ctrl + Clicar com botão
refox exibe as fontes especificadas pelo autor da página. Abrir em nova Aba em segun- esquerdo no link
Desative essa opção para forçar todos os sites a usar as do plano* Clicar com botão do
fontes padrão. meio no link
Codificação de texto para conteudo legado: A codifica-
Ctrl + Shift + Botão es-
ção de caracteres selecionada nessa caixa será a codifica- Abrir em nova Aba em pri-
ção padrão utilizada para exibir páginas que não especifi- querdo
meiro plano*
quem uma codificação. Shift + Botão do meio
Diálogo de cores Abrir em uma Nova Janela
Shift  + Clicar com bo-
Cores padrão: Aqui você pode modificar as cores pa- tão esquerdo no link
drão de texto e fundo que serão utilizadas nas páginas em Duplicar Aba ou Favoritos Ctrl + Arrastar Aba
que essas cores não foram especificadas por seu autor. Cli-
Recarregar (ignorar cache) Shift + Botão recarregar
que nas amostras de cores para modificá-las.
Usar cores do sistema: Marque essa opção para usar as Salvar como... Alt + Botão esquerdo
cores de fonte e fundo definidas pelo seu Sistema Opera-
cional em vez das cores definidas acima. * Os atalhos para abrir Abas em primeiro e segun-
Aparência padrão dos links: Aqui você pode modificar do plano serão trocadas se a opção Ao abrir um link em
as cores padrão dos links das páginas. Clique nas amostras uma nova Aba, carregá-la em primeiro plano estiver ativa
de cores para modificá-las. no Painel de configurações geral..
Sublinhar: Por padrão, o Firefox sublinha os links das
páginas. Desmarque essa opção para modificar esse com-
portamento. Note que vários sites especificam seus pró-
prios estilos de links e nesses sites essa opção não tem
efeito.

218
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Atalhos de teclado Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo
Navegação Google Chrome.
Comando Atalho Funções visíveis
Alt + ← Antes de detalhar melhor os aspectos mais complica-
Voltar dos do navegador, vamos conferir todas as funções dis-
Backspace
poníveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração
Alt + → na imagem abaixo e acompanhe sua explicação logo em
Avançar
Shift + Backspace seguida:
Página inicial Alt + Home

Abrir arquivo Ctrl + O


F5
Atualizar a página
Ctrl + R
Ctrl + F5 1.    As setas são ferramentas bem conhecidas por to-
Atualizar a página (ignorar o cache)
Ctrl + Shift + R dos que já utilizaram um navegador. Elas permitem avançar
ou voltar nas páginas em exibição, sem maiores detalhes.
Parar o carregamento Esc Ao manter o botão pressionado sobre elas, você fará com
que o histórico inteiro apareça na janela.
Página atual 2.   Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página.
Comando Atalho Todos são sinônimos desta função, ideal para conferir no-
vamente o link em que você se encontra, o que serve para
Ir uma tela para baixo Page Down situações bem específicas – links de download perdidos,
Ir uma tela para cima Page Up imagens que não abriram, erros na diagramação da página.
3.   O ícone remete à palavra home (casa) e leva o na-
Ir para o final da página End
vegador à página inicial do programa. Mais tarde ensinare-
Ir para o início da página Home mos você a modificar esta página para qualquer endereço
Ir para o próximo frame F6 de sua preferência.
4.   A estrela adiciona a página em exibição aos favo-
Ir para o frame anterior Shift + F6
ritos, que nada mais são do que sites que você quer ter a
Imprimir Ctrl + P disposição de um modo mais rápido e fácil de encontrar.
Salvar página como Ctrl + S 5.   Abre uma nova aba de navegação, o que permite
visitar outros sites sem precisar de duas janelas diferentes.
Mais zoom Ctrl + +
6.   A barra de endereços é o local em que se encontra
Menos zoom Ctrl + - o link da página visitada. A função adicional dessa parte no
tamanho normal Ctrl + 0 Chrome é que ao digitar palavras-chave na lacuna, o me-
canismo de busca do Google é automaticamente ativado e
Editando exibe os resultados em questão de poucos segundos.
7. Simplesmente ativa o link que você digitar na la-
Comando Atalho cuna à esquerda.
Copiar Ctrl + C 8. Abre as opções especiais para a página aberta no na-
vegador. Falaremos um pouco mais sobre elas em seguida.
Recortar Ctrl + X
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão me-
Apagar Del lhor detalhadas nos próximos parágrafos.
Colar Ctrl + V
Para Iniciantes
Colar (como texto simples) Ctrl + Shift + V
Refazer Ctrl + Y Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dú-
Selecionar tudo Ctrl + A vidas básicas sobre essa categoria de programas, continue
lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e
Desfazer Ctrl + Z poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os
conceitos e ações mais básicas do programa.
GOOGLE CHROME Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma
O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e já forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao exe-
conquistou legiões de adeptos no mundo todo. O progra- cutar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar
ma apresenta excelente qualidade em seu desenvolvimen- o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal
to, como quase tudo o que leva a marca Google. O browser Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é
não deve nada para os gigantes Firefox e Internet Explorer e possível dispensar o famoso “www”, inserido automatica-
mostra que não está de brincadeira no mundo dos softwares. mente pelo programa.)

219
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No entanto nem sempre sabemos exatamente o link


que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as pa-
lavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta
forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe
os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas
a palavra “Baixaki”.

Configuração

Antes de continuar com as outras funções do Google


Chrome é legal deixar o programa com a sua cara. Para
isso, vamos às configurações. Vá até o canto direito da tela
e procure o ícone com uma chave de boca. Clique nele e
Abas selecione “Opções”.
A segunda tarefa importante para quem quer usar o
Chrome é lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito
úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente,
basta clicar no botão com um “+” para abrir uma nova guia.
Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao
pressionar a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda
mais rápido. Também é possível utilizar o botão direito so-
bre o novo endereço e escolher a opção “Abrir link em uma
nova guia”.

Liberdade
É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É
possível arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar
a aba da janela e desta forma abrir outra independente.
Basta segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para
testar suas funções. Clicar nelas com a rodinha do mouse
faz com que fechem automaticamente.

Básicas
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do
navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e
configurar as páginas que deseja abrir.
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba
O botão direito abre o menu de contexto da aba, em anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Tam-
que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar bém é possível escolher se o atalho para a home (aquele
a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador.
abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simples- Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro,
mente apertando o F1. aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar
na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista
Fechei sem querer! de mecanismos.
Quem nunca fechou uma aba importante acidental- Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
mente em um momento de distração? Pensando nisso, como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sem-
o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no pre que algum software ou link for executado, o Chrome
menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecio- será automaticamente utilizado pelo sistema.
ná-la para que a última página retorne ao navegador.

220
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Coisas pessoais Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embai-


Senhas: define basicamente se o programa salvará ou xo da janela, mostrando o progresso do download. Você
não as senhas que você digitar durante a navegação. A op- pode clicar no canto dela e conferir algumas funções es-
ção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o peciais para a situação. Além disso, ao selecionar a função
que já foi inserido por você. “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é
Preenchimento automático de formulário: define se os exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que
formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) se- você está baixando
rão sugeridos automaticamente após a primeira digitação.
Dados de navegação: durante o uso do computador, o
Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar
sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Lim-
par dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto
a função “Importar dados” coleta informações de outros
navegadores.
Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do
navegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique
um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione
“Redefinir para o tema padrão”.

Pesquise dentro dos sites

Outra ferramenta muito prática do navegador é a pos-


sibilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de al-
guns sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a
busca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o
que você precisa fazer é digitar baixaki e teclar o TAB para
que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do
Chrome.

Configurações avançadas
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado
para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade,
que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com Navegação anônima
suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros
“Local de download” é possível escolher a pasta em que os ou históricos de navegação no computador, utilize a nave-
arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir gação anônima. Basta clicar no menu com o desenho da
que o navegador pergunte o local para cada novo download. chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”,
que também pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift
Downloads + N.
Todos os navegadores mais famosos da atualidade con-
tam com pequenos gerenciadores de download, o que fa-
cilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tempo.
Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em um link
de download, muitas vezes o programa perguntará se você
deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado abaixo:

Gerenciador de tarefas

Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno


gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o
botão direito no topo da página (como indicado na figura)
e selecione a função “Gerenciador de tarefas”.

221
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela.


Ela controla todas as abas e funções executadas pelo na-
vegador. Caso uma das guias apresente problemas você
pode fechá-la individualmente, sem comprometer todo o Na página Contas de Email, escolha Avançar > Adicio-
programa. A função é muito útil e evita diversas dores de nar Conta.
cabeça.

OUTLOOK DO PACOTE MSOFFICE


2010/2013BR E MOZILLA THUNDERBIRD
31.4.0. SEGURANÇA DE EQUIPAMENTOS,
DE SISTEMAS, EM REDES E NA INTERNET:
CONCEITOS, EQUIPAMENTOS, BACKUP,
FIREWALL, VÍRUS, MEDIDAS DE PROTEÇÃO. Na página Configuração Automática de Conta, insira o
seu nome, endereço de email e senha e escolha Avançar.
Observação : Se você receber uma mensagem de erro
OUTLOOK após escolher Avançar, verifique novamente seu endere-
O Microsoft Outlook é um software de automação de ço de email e senha. Se ambos estiverem corretos, escolha
escritório e cliente de correio electrónico que faz parte do Configuração manual ou tipos de servidor adicionais..
pack Microsoft Office. Mas não é apenas um gerenciador Escolha Concluir.
de e-mails, o Outlook possui funcionalidades de grupos
de discussão com base em padrões avançados de inter- A configuração automática não funcionou
net, além de possuir calendário integral e gerenciamento Se a instalação não tiver sido concluída, o Outlook pode
de tarefas e de contatos. Além disso, possui capacidades solicitar que você tente novamente usando uma conexão não
de colaboração em tempo de execução e em tempo de criptografada com o servidor de email. Se isso não funcionar,
criação robustos e integrados. escolha Configuração manual ou tipos de servidor adicionais.
Observações: Se estiver usando o Outlook 2016, você
Configurando uma conta6 não poderá usar o tipo de configuração manual para as
Em muitos casos, o Outlook pode configurar a sua contas do Exchange. Contate o seu administrador se hou-
conta para você apenas com um endereço de email e uma ver falha na configuração automática de conta. Ele infor-
senha. Ao iniciar o Outlook pela primeira vez, o Assistente mará a você o nome do Exchange Server para seu email e
Automático de Conta é iniciado. o ajudará a configurar o Outlook.
Se você atualizar para o Outlook 2016 a partir de uma
Para configurar uma conta automaticamente versão anterior e receber mensagens de erro informando
Abra o Outlook e, quando o Assistente Automático de que não é possível fazer logon ou iniciar o Outlook, é por-
Conta for aberto, escolha Avançar. que o serviço Descoberta Automática do Exchange não foi
Observação : Se o Assistente não abrir ou se você qui- configurado ou não está funcionando corretamente.
ser adicionar uma outra conta de email, na barra de ferra- Para configurar uma conta manualmente
mentas, escolha a guia Arquivo. Escolha Configuração manual ou tipos de servidor adi-
6 Fonte: Ajuda do MSOutlook cionais > Avançar.

222
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Selecione o tipo de conta desejado e escolha Avançar.


Preencha as seguintes informações:
Seu Nome, Endereço de Email, Tipo de Conta, Servidor Obs.: Microsoft Exchange Server é uma aplicação ser-
de Entrada de Emails, Servidor de Saída de Emails, Nome vidora de e-mails de propriedade da Microsoft Corp e que
de Usuário e Senha. pode ser instalado somente em plataformas da família
Escolha Testar Configurações da Conta para verificar as Windows Server.
informações inseridas.
Observação : Se o teste falhar, escolha Mais Configu- Criar uma mensagem de email
rações. O administrador poderá solicitar que você faça ou- Clique em Novo Email, ou pressione Ctrl + N.
tras alterações, incluindo inserir portas específicas para o
servidor de entrada (POP3 ou IMAP) ou o servidor de saída
(SMTP).
Escolha Avançar > Concluir.

Excluir uma conta de email


Para excluir uma conta de email
No painel direito da guia Arquivo, selecione Configura-
ções de Conta > Configurações de Conta.
Se várias contas de email configuradas no Microsoft
Outlook, o botão de aparece e a conta que enviará a men-
sagem é mostrada. Para alterar a conta, clique em de.
Na caixa Assunto, digite o assunto da mensagem.
Insira os endereços de email dos destinatários ou os
nomes na caixa Para, Cc ou Cco. Separe vários destinatários
com um ponto e vírgula.
Para selecionar os nomes dos destinatários em uma lis-
ta no Catálogo de Endereços, clique em Para, Cc ou Cco e
clique nos nomes desejados.
Não vejo a caixa Cco. Como posso ativá-lo?
Para exibir a caixa Cco para esta e todas as mensagens
futuras, clique em Opções e, no grupo Mostrar Campos,
clique em Cco.
Clique em Anexar arquivo para adicionar um anexo.
Ou clique em Anexar Item para anexar itens do Outlook,
como mensagens de email, tarefas, contatos ou itens de
calendário.

Na lista de contas de email, selecione a conta que de-


seja excluir e escolha Remover.

223
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dica : Se você não gostar a fonte ou o estilo do seu ma, não deve ocupar muito tempo de seu trabalho. O ideal
email, você pode alterar sua aparência. Também é uma boa é que se tenha oportunidades determinadas para se de-
ideia Verificar a ortografia em sua mensagem antes de en- dicar ao envio e resposta para e-mails. E é neste caso que
viar. o Thunderbird entra. Você reúne suas contas de e-mail e
Após terminar de redigir sua mensagem, clique em En- um único programa, e sempre que você precisar enviar ou
viar. receber uma mensagem, pode tê-las numa mesma interfa-
Observação : Se você não consegue encontrar o botão ce, ordenadas. Além do mais, você recebe notificações de
Enviar, talvez você precise configurar uma conta de email. recebimento de e-mail assim que o programa – de forma
automática – faz este check-in.
Pesquisar email O Thunderbird é um software livre, grátis, e que está
Da Caixa de Entrada, ou de qualquer outra pasta de batendo de frente com os grandes. Possui os melhores re-
email, localize a caixa Pesquisar na parte superior de suas cursos ou até mais ferramentas que o software que você
mensagens. precisa comprar para usá-lo legalmente. Além do software
Para encontrar uma palavra que você sabe que está ser livre de cobranças, o código fonte do produto também
em uma mensagem ou uma mensagem de uma pessoa em é disponibilizado pelo Mozilla, permitindo assim que você
particular, digite a palavra ou o nome da pessoa na cai- faça alterações que achar necessário (neste caso você pre-
xa Pesquisar. Mensagens que contenham a palavra ou o cisa ser um programador ou manjar de programação).
nome que você especificou serão exibidas com o texto de
pesquisa destacado nos resultados. Assistente de configuração de conta de e-mail
Antes deste recurso, você precisava saber suas con-
Restrinja os resultados de pesquisa figurações de IMAP, SMTP e SSL/TLS. Agora tudo o que
No grupo Escopo na faixa de opções, escolha onde precisa fornecer é o seu nome, endereço de e-mail e senha
você deseja pesquisar: Todas as Caixas de Correio, Caixa de para que o assistente verifique o nosso banco de dados e
Correio Atual, Pasta Atual, Subpasta ou Todos os Itens do encontre as configurações de e-mail para você.
Outlook.
No grupo Refinar na faixa de opções, escolha se você Catálogo de endereços em um clique
está procurando pela pessoa que enviou a mensagem ou Livro de endereços de um clique é uma maneira rá-
pelo assunto. pida e fácil de adicionar pessoas à sua lista de endereços.
Você pode filtrar ainda mais os resultados da pesquisa Adicione pessoas, basta clicar sobre o ícone de estrela da
ao selecionar: mensagem que receber. Dois cliques e você pode adicionar
Com Anexos – para localizar somente emails com ane- mais detalhes como uma foto, aniversário e outras infor-
xos mações de contato.
Categorizado – para localizar emails que tenham sido
atribuídos a uma categoria específica
Esta Semana – para pesquisar quando o email foi re-
cebido. Há vários períodos de tempo para escolher (Hoje,
Ontem, Mês Passado, etc.)
Enviado para – para localizar emails enviados a você,
não enviados diretamente a você ou enviados por outro
destinatário
Sinalizado – para localizar emails sinalizados por você
apenas
Importante – para localizar somente emails rotulados
como importantes Lembrete de anexos
O lembrete de anexos procura pela palavra fixada (e
MOZILLA THUNDERBIRD outras palavras como tipos de arquivo ) no corpo da sua
mensagem e lembra-lhe para adicionar um anexo antes de
O Thunderbird é o cliente de e-mails produzido pela clicar enviar.
Mozilla Foundation (também criadora do Mozilla Firefox),
está entre os mais famosos e mais utilizados no mundo.
Lançado em 2003, com interface simples e objetiva que
facilita a organização de suas caixas de e-mail. Com ele,
podemos: Acessar arquivos XML; Feeds (Atom e RSS); Blo-
queia imagens; Filtro anti-spam; Alterar o tema de fundo.
Este cliente de e-mails vem pré-instalado em versões de
sistemas operacionais Linux e Ubuntu, mas pode ser bai-
xado gratuitamente para Windows e Mac OS X também.
Quais são as vantagens? Segundo pesquisas de produtivi-
dade, visualizar os e-mails, apesar de tarefa importantíssi- Abas e pesquisa

224
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Abas

Se você gosta de navegar no Firefox com abas, você


vai amar um e-mail com abas. Um e-mail com abas per- Arquivamento de mensagens
mite a você carregar e-mails em abas separadas para que Se você acha que irá precisar de um e-mail no futuro
você possa pular entre elas rapidamente. Talvez você esteja mas quer ele fora da sua caixa de entrada sem excluí-lo, ar-
respondendo a um e-mail e precisa fazer referência a um quive-o! Arquivar te ajuda a gerenciar sua caixa de entrada
e-mail anterior. Um e-mail com abas permite-lhe abrir múl- e pôr seus e-mails em um sistema de pasta de arquivos.
tiplos e-mails para uma fácil referência. Clicar no botão Arquivo ou pressionar a tecla ‘A’ irá
Dar um clique duplo ou apertar enter em uma mensa- arquivar seu e-mail.
gem de e-mail agora irá abrir aquela mensagem em uma
nova aba. Clicar com o botão direito em uma mensagem
ou pastas irá abri-las em uma aba no plano de fundo.

Barra de ferramentas de filtro rápido


A Quick Filter Toolbar permite a você filtrar seu e-mail
mais rapidamente. Comece digitando na caixa de pesqui-
sas do Quick Filter e os resultados serão mostrados ins-
tantaneamente. Ou você pode filtrar seu e-mail por Novas
Mensagens, Marcadores, e pessoas em sua Agenda. Você
pode também “Alfinetar” ou salvar um Filtro e usá-lo atra-
vés de múltiplas pastas.

Gerenciador de atividade
O Gerenciador de Atividades memoriza todas as inte-
rações entre o Thunderbird e seu provedor de e-mails em
um só lugar. Não tem mais trabalho de procurar. Você ape-
nas tem que procurar em um lugar pra ver tudo que está
acontecendo em seu e-mail.

Pesquisa

A interface de busca no Thunderbird contém ferramen-


tas de filtro e linha do tempo para identificar o e-mail exato
que você está procurando. O Thunderbird também indexa
todos os seus e-mails para te ajudar a procurar ainda mais
rápido. Seus resultados de busca são mostrados em uma
aba para que você possa ficar alternando entre os resulta-
dos e outro e-mail.

225
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Personalize sua experiência de e-mail Proteção contra phishing


O Thunderbird protege-o de scams de correio que ten-
Aparência do Thunderbird tam enganar os utilizadores, para que estes forneçam infor-
O Personas permite alterar a aparência do Thunderbird mação pessoal e confidencial, indicando quando uma men-
com “temas” leves num instante. Estão disponíveis cente- sagem é uma tentativa potencial de phishing. Como uma
nas de temas do últimos filmes, ponto de interesse famo- segunda linha de defesa, o Thunderbird avisa-o quando
sos e tatuagens japonesas. Pode também escolher a partir clica em um link que parece estar a encaminhá-lo para um
de vários Temas que personalizam todos os diferentes íco- site web diferente do que o indicado na URL na mensagem.
nes do Thunderbird.
Pastas inteligentes
Pastas inteligentes ajudam a gerenciar várias contas de
e-mail, combinando pastas especiais como a pasta caixa de
entrada, enviadas ou arquivadas. Em vez de ir para a caixa
de entrada para cada uma das suas contas de correio, você
pode ver todos seus e-mails recebidos em uma pasta de
caixa de entrada.

Gerenciador de complementos
Encontre e instale complementos diretamente do Atualização automática
Thunderbird. Você já não precisa visitar o site de comple- O sistema de atualização do Thunderbird confirma se está a
mentos - em vez disso, simplesmente vá até o Gerenciador executar a versão mais recente e notifica-o quando uma atuali-
de complementos. Não tem certeza qual complemento é zação de segurança está disponível. Estas atualizações de segu-
certo para você? Avaliações, recomendações, descrições e rança são pequenas (usualmente 200KB - 700KB), fornecendo
fotos dos complementos em ação podem ajudá-lo a fazer apenas o que precisa e fazendo com que a atualização de se-
sua seleção. gurança seja rápida de baixar e instalar. O sistema de atualiza-
ções automáticas fornece atualizações para o Thunderbird no
Windows, Mac OS X, e Linux em mais de 40 idiomas diferentes.

Cortando fora o lixo


As ferramentas populares do Thunderbird para men-
sagens indesejadas foram atualizadas para se manterem
mais avançadas do que o spam. Cada e-mail que você re-
Segurança e proteção para o seu e-mail cebe passa através dos filtros de correio mais avançados do
Privacidade robusta Thunderbird. Cada vez que marca mensagens como Spam,
O Thunderbird oferece suporte a privacidade do usuá- o Thunderbird “aprende” e melhora o seu sistema de fil-
rio e proteção de imagem remota. Para garantir a privaci- tragem para que possa passar mais tempo lendo o correio
dade do usuário, o Thunderbird bloqueia automaticamente que interessa. O Thunderbird pode também utilizar os fil-
imagens remotas em mensagens de e-mail. tros do seu fornecedor de correio para manter as mensa-
gens indesejadas fora da sua caixa de entrada.

Código-fonte aberto
No coração do Thunderbird está um processo de de-
senvolvimento de código aberto dirigido por milhares de
desenvolvedores apaixonados e experientes, bem como
especialistas de segurança dispersos um pouco por todo o
mundo. A nossa abertura e comunidade dinâmica de espe-
cialistas ajudam a garantir que os nossos produtos são mais
seguros e rapidamente atualizados, permitindo ainda, tirar
partido das melhores ferramentas de análise e de avaliação
de terceiros para melhorar ainda mais a segurança geral.

226
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Mecanismos de Busca7 O grande número de usuários dos mecanismos de


Mecanismos (ou sistema) de busca são conjuntos or- busca, se comparados aos diretórios, pode ser explicado
ganizados de robôs (Subseção abaixo) que rastreiam a principalmente pelo fato destas ferramentas serem fáceis
Internet em busca de páginas; índices e bases de dados de usar (consulta por palavra-chave), e serem geralmente
que organizam e armazenam as páginas encontradas; e al- rápidas no tempo de resposta, apesar de consultar milhões
goritmos para tratamento e recuperação das páginas. Eles de páginas em seu banco de dados para selecionar um re-
permitem que seus usuários realizem buscas na Internet, sultado.
principalmente através de palavras-chave. Pelo fato dos mecanismos de busca realizarem rastrea-
Quando um usuário realiza uma busca, o mecanismo mento e indexação de forma automática, estes conseguem
de busca procura o termo em sua base de dados e fornece armazenar grande quantidade de páginas. Isto, na maioria
os resultados desta pesquisa ao usuário. Todas essas fun- das vezes, significa mais informações sobre as quais seus
ções realizam-se em um site da Web (Figura 1). usuários realizam pesquisas. A atualização das informações
no seu banco de dados também é considerada mais efi-
ciente.
O rastreamento é realizado por robôs que varrem a
rede, indexando e armazenando automaticamente os sites
que encontram. Neste caso, a pesquisa é feita por palavra-
chave.
Se comparado aos diretórios, os mecanismos de busca
são mais eficientes porque possuem um sistema de motor
de buscas. Este sistema é o que faz a pesquisa mais ampla e
detalhada na Internet. Entretanto, os mecanismos de busca
ainda apresentam uma série de problemas:
- Mesmo realizando busca e rastreamento automático,
os mecanismos de busca têm dificuldade para acompanhar
o ritmo de expansão da rede, no que diz respeito ao cres-
cimento do número de páginas (algo em torno de 30% ao
ano).
- Problemas relacionados a conjuntos de informações
apresentadas a seus usuários através de páginas dinâmicas,
que acessam bancos de dados, e que não são visualizados
pelos mecanismos de recuperação de informações atuais.
Este problema é conhecido como Web Oculta.
- Dificuldade em manter os sites atualizados em seus
Figura 1: Visão geral dos mecanismos de busca bancos de dados. Quando um site é indexado, seu con-
teúdo é armazenado no banco de dados do mecanismo.
Atualmente, os mecanismos de busca mais conhecidos Com frequência o conteúdo destes sites deve ser atualiza-
e utilizados em todo o mundo são: do para que as buscas sejam eficazes e não ocorram links
Google (https://www.google.com.br/); Yahoo (http:// “quebrados”, ou seja, links para páginas que não existem
br.cade.yahoo.com); Bing (http://search.msn. com); AOL mais.
(http://search.aol.com); Ask (http://www.ask.com). A Tabela - Problemas na hierarquização dos resultados pesqui-
1 mostra o total de pesquisas realizadas nestes mecanis- sados por seus usuários, ou seja, em que ordem os sites
mos [10] (dados de março/2006, em milhões de cliques, encontrados numa pesquisa devem ser ordenados. O Goo-
somente nos Estados Unidos). gle, por exemplo, utiliza como critério (subjetivo) a maior
relevância dos sites.
Tabela 1: Quantidade de Pesquisas em Mecanismos de Busca - Problemas na busca por arquivos de vídeo. Atual-
Ferramentas Por Dia Por Mês mente, já é possível transformar falas de vídeos em texto,
mas ainda não se sabe como descrever uma cena de ma-
Google 91 2773 neira que possa ser buscada.
Yahoo 60 1792 - Problemas em lidar com palavras-chave com duplo
MSN 28 845 sentido nas pesquisas. Uma busca pelo termo “jaguar” por
exemplo, retorna informações sobre o animal felino jaguar
AOL 16 486 e a marca de automóveis jaguar. Neste caso a pesquisa
Ask 13 378 deve ser refinada para que seu usuário encontre o que real-
mente procura.
Outros 6 166
- Problemas com o volume de páginas retornadas
Total 213 6400 numa pesquisa. Determinadas palavraschave podem retor-
7 Fonte: MORAIS, E. A.; AMBRÓSIO, Ana Paula L. Ferramentas nar milhões de links numa pesquisa. Muitas vezes, a maior
de busca na Internet. 2007. parte destes links não levam a uma página que o usuário

227
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

realmente busca. Isso faz com que o usuário perca muito Segundo Bastos [2], a proposta para resolver este pro-
tempo para localizar o que realmente deseja. Além disso, blema é a construção de um robô que percorre a Web es-
existe um grande risco deste usuário encontrar resultados condida e a Web dinâmica, através da abordagem “human
repetidos ou dados desatualizados. -assisted” ou assistida pelo usuário. Nesse caso, o robô deve
Para evitar o problema da grande quantidade de resul- possuir o conhecimento necessário para o preenchimento
tados retornados pelos mecanismos de busca, é possível dos formulários disponíveis na Web para que esses conteú-
aprimorar uma busca através da utilização de palavras-cha- dos dinâmicos sejam obtidos. Esse conhecimento é baseado
ve combinadas com símbolos lógicos (AND ou OR, basica- em solicitações de uma aplicação particular, em informações
mente). de domínio ou de perfil do usuário.
Entretanto, o principal problema da utilização de co- • Robôs escaláveis e extensíveis
nectores lógicos para restringir as pesquisas está no fato Robôs escaláveis são projetados para visitar dezenas de
de que nem todos os usuários têm noção de lógica. Por milhões de documentos da Web. Esta escalabilidade está re-
isso, como adicional, os principais mecanismos de busca lacionada ao fato do robô implementar estruturas de dados
normalmente trazem um recurso chamado “Pesquisa Avan- que armazenam muitas informações, que são armazenadas
çada”. Este tipo de recurso permite que seu usuário preen- em disco, enquanto que uma pequena parte da informação é
cha uma série de campos que auxiliam no refinamento de armazenada em memória.
uma pesquisa. Extensibilidade está relacionada ao fato de que o robô
Finalmente, para compreender o funcionamento dos projetado de forma modular, onde novas funcionalidades po-
mecanismos de busca, é necessário entender os seus qua- dem ser agregadas ao código sem afetar as funcionalidades
tro mecanismos básicos: Rastreamento, Indexação, Arma- já existentes.
zenamento e Busca. Estes tópicos são implementados por Este tipo de robô é mais adequado para coleta de dados
agentes de busca conhecidos como robôs. na Web.
3.1 Robôs • Search engines
Robôs são softwares que buscam informações na In- Este é o tipo de robô mais comum. Sua principal função é
ternet, organizando, interpretando, filtrando e categori- “percorrer” a estrutura de links da Web indexando e armaze-
zando estas informações. Estes softwares atuam de forma nando as páginas que encontra.
automática ou semi-automática, observando a estrutura de O restante desta seção descreve em detalhes o funciona-
mento deste tipo de robô. Deste ponto em diante do texto,
links entre as páginas e seus conteúdos para criar hierar-
todas as referências feitas ao termo robô correspondem aos
quia de documentos.
robôs desta categoria.
Inicialmente, os robôs foram criados para realizar uma
3.2 Search Engines
série de tarefas, tais como, análise estatística de servidores,
O algoritmo implementado pelos robôs possui três com-
auxiliando na localização e contagem de servidores Web,
ponentes básicos [2]: Crawler e Parser; Tabelas de Dados; Base
além da calcular a média de páginas por servidor. Além de Dados.
disso auxiliam também na tarefa de manutenação, ou seja, • Crawler e Parser
localização de links “quebrados” em páginas Web. Alguns O Crawler “navega” pela página referenciada pelo URL
robôs também realizam espelhamento (mirroring), armaze- origem, efetuando o download de seus termos, enquanto o
nando na sua memória estruturas inteiras de sites ou arqui- Parser avalia cada termo obtido, identificando sua relevância.
vos para download. Cada novo URL referenciado na página em questão é arma-
Os robôs também são conhecidos como crawlers, bots, zenada em uma fila to-do, para posterior crawling e parsing.
robots ou spiders. Atualmente, os mais conhecidos são o A fila to-do deve ser do tipo FIFO (First-in First-out) para de-
GoogleBot, o Yahoo!Slurp, e o msnBot. terminar o próximo URL a ser “visitada”.
Existem três tipos básicos de robôs [2]: robôs para da- • Tabelas de Dados
dos ocultos; robôs escaláveis e extensíveis; search engines. São necessárias duas tabelas, uma para guardar os ter-
• Robôs para dados ocultos mos coletados durante o crawling e outra para armazenar os
Algumas páginas Web podem ter seu conteúdo “ocul- URL’s a serem visitadas e que fazem parte do mesmo domínio
to” em páginas dinâmicas. Estas páginas, conhecidas como do URL origem. A tabela de termos deve identificar os termos
forms ou simplesmente formulários, apresentam este con- de cada página.
teúdo gerado em tempo real, retornando conteúdo dife- • Base de Dados
renciado, mediante o preenchimento online do usuário Os termos coletados nas páginas rastreadas devem ser
ou através da execução de códigos ASP, JSP ou PHP, por armazenadas em um banco de dados, onde esses termos são
exemplo. usados como chave primária da tabela de termos, seguida da
Buscas nesse tipo de página é uma tarefa difícil, por lista de URL´s onde o termo aparece. Outras informações adicio-
duas razões básicas. Algumas estimativas indicam que o nais, tais como: as freqüência, posição do termo no documento,
conteúdo disponibilizado por este tipo de página, e pá- dentre outras, podem estar presentes também nessa tabela.
ginas que realizam consultas a bancos de dados on-line Para diminuir o tempo de processamento do robôs e
(Web dinâmica) é da ordem de 500 vezes maior do que o tornar seu funcionamento mais eficiente, algumas estraté-
conteúdo disponíbilizado pela Web estática. Além disso, o gias são adotadas [2]. Por exemplo, são implementadas três
acesso a esses bancos de dados está disponível para inter- threads, uma para o crawler, outra para o parser e outra a
faces de busca restrita, que requerem acesso através de cri- atualização dos dados das tabelas, permitindo sua execu-
térios de segurança que não são conhecidos pelos robôs. ção em paralelo.

228
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O crawling é realizado primeiro nas páginas mais im- A extração das informações de entrada nas páginas
portantes do site (nos casos em que é possível determinar Web é feita através da leitura de suas tags. Tags são estru-
essa importância), evitando que a análise de alguns links turas de linguagem de marcação, que podem ser interpre-
sejam perdidas caso o espaço em disco ou memória seja tadas por navegadores Web, que consistem em breves ins-
limitado. Além disso, estas páginas consideradas mais im- truções com uma marca de início e outra de fim. O Código
portantes são visitadas com mais freqüência, para que es- 1 mostra um exmplo de tags HTML.
tejam sempre atualizadas nos bancos de dados dos meca-
nismos de busca. Código 1 – Tags HTML
Estes três componentes implementados pelos robôs,
são responsáveis pelos mecanismos de rastreamento, in- <html>
dexação e armazenamento, que em conjunto com as bus- <head>
cas formam os elementos que compõem estes mecanis- <title> Minha Página </title>
mos. As próximas seções descrevem o funcionamento de </head>
cada uma deles. <body> Meu Conteúdo </body>
3.3 Rastreamento </html>
É a forma pela qual outros sites são localizados e adi-
cionados à base de dados dos mecanismos de busca. Isto No exemplo do Código 1, as tags <html> e <\html>
ocorre devido à necessidade que os usuários da Internet indicam que esta é uma página escrita na linguagem HTML.
têm de adicionar seus sites às pesquisas nos mecanismos As tags <head> e <\head> delimitam o cabeçalho da pági-
de busca. Estes, por sua vez, necessitam rastrear o maior na. As tags <title> e <\title> definem o título da página. As
número de links possível. tags <body> e <\body> delimitam o conteúdo da página.
Se um site estiver “linkado” em algum outro site que Para ativar ou desativar o bloqueio da navegação de
já esteja armazenado no banco de dados do mecanismo robôs em uma página Web, pode ser utilizada a tag robot.
de busca, este link vai ser automaticamente “seguido” pelo O Código 2 mostra um exemplo de utilização desta tag.
robô e adicionado ao banco de dados.
Caso um site esteja “ilhado”, ou seja, não esteja “linka- Código 2 – Tag robot
do” por nenhum outro site, seu link deve ser adicionado
manualmente ao banco de dados. No Google, por exem- <html>
plo, basta acessar o endereço http://www.google.com.br/ <head>
intl/pt-BR/add-url.html e adicionar o URL8. A partir deste <meta name=”robots” content=”noindex, nofollow”>
momento todos os links contidos no site adicionado tam- <title> Minha Página </title>
bém serão rastreados automaticamente (crawling). </head>
<body> Meu Conteúdo </body>
A atividade de rastreamento de páginas Web envolve </html>
duas etapas: a identificação do URL e a leitura dos dados
de entrada da URL. O parâmetro Noindex determina aos robôs que a pá-
• Identificação da URL gina não seja indexada. O parâmetro Nofollow determina
É a de identificação do endereço de um site. Normal- que os links eventualmente existentes na página não sejam
mente, os URL’s seguem padrões sintáticos e semânticos seguidos.
de construção, que pode ser como domínio próprio (“www. O bloqueio do acesso dos robôs a um site ou uma pá-
meusite.com.br”) ou sublocado (“www.servidor.com.br/ gina é necessário em alguns casos. Por exemplo, sites em
meusite”). A esta indetificação dá-se o nome de identifi- construção, ou de acesso restritos a um grupo de pessoas.
cador do URL. Em [7] pode ser encontrado um guia para construção
Normalmente, o identificador de um URL define expli- de robôs, onde são detalhados quais são as características
citamente o tipo de linguagem que foi utilizada na cons- que devem ser consideradas na construção destes agentes:
trução de uma página, por exemplo, HMTL, PHP ou ASP, Um robô deve ser “responsável”
e indica também se o URL faz referência a algum tipo de Deve se identificar enquanto navega pela Web;
arquivo texto, documentos ou arquivos PDF, por exemplo. Deve se “anunciar” antes de entrar em um servidor;;
• Leitura do Dados de Entrada do URL Deve “anunciar” qual sua intenção entes de entrar em
Para os casos em que um URL aponta para uma página um servidor;
no formato HTML, nesta estapa são extraídas informações Deve ser informativo, isto é, conter informações ao seu
sobre a página (dados de entrada): título, cabeçalhos, pará- respeito para facilitar sua identificação pelos servidores;
grafos, listas, links para outras páginas, permitindo a conti- Deve visitar os servidores com uma certa periodicida-
nuidade da navegação. de, para que seja sempre “lembrado”;
8 URL (Uniform Resource Locator ou Localizador Uniforme (ou Uma vez dentro do servidor, deve tomar ciência so-
Universal) de Recursos): Designa a localização de uma página na Internet, bre suas autorizações, ou seja, devem fazer somente aquilo
segundo determinado padrão de atribuição de endereços em redes, isto é,
URL é o link ou endereço de uma página Web, por exemplo, “http://www.inf.
que é permitido.
ufg.br”. Na Internet não existem dois URL’s iguais. Um robô deve ser testado localmente.

229
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Desenvolvedores de robôs devem ter o cuidado de Entretanto, nesse formato de armazenamento, torna-
testar seus agentes localmente, antes de colocá-lo em fun- se difícil a pesquisa por palavraschave, uma vez que para
cionamento nos servidores da Internet. análise do conteúdo de uma página, seria necessário recu-
Um robô não deve monopolizar os recursos dos ser- perá-la, ler seu conteúdo e armazená-la novamente.
vidores. Neste caso, para tornar possível o trabalho de pesqui-
Os robôs devem “andar”, não “correr”, ou seja, quando sa, o próximo passo é criar um índice, chamado índice in-
um robô monopoliza centenas de documentos por minuto vertido (inverted index).
num servidor, significa que está consumindo muitos recur- Basicamente o mecanismo de indexação funciona da
sos daquela máquina; seguinte forma:
Um robô não deve entrar em loop, ou seja, é impor- Atribuição de um identificador para o documento a ser
tante que sejam criados métodos de forma que não haja indexado (docId).
excesso de visitas a uma página ou site; O texto do documento é ajustado: todas as palavras
Um robô deve procurar somente por aquilo que pre- têm seus acentos removidos; a caixa é convertida para mi-
cisa, e sempre deve “perguntar” antes se pode acessar um
núsculo; os sinais de pontuação são eliminados do texto.
determinado arquivo;
Cada palavra remanescente no texto do documento
Um robô deve respeitar uma “hora apropriada” para
recebe um identificador único (wordId).
rastreamento, ou seja, deve dar preferência para um horá-
rio com menos visitas de usuários ao site; – O rastreamento Criação do índice invertido (Inverted Index), isto é, de
não deve ser realizado com freqüência exagerada. um banco de dados que armazena, para cada palavra (wor-
Um robô deve ser controlado por seu desenvolvedor. dId), os documentos (docId) em que elas ocorreram, bem
O robô deve possuir um log com as tarefas que reali- como detalhes da apresentação do termo.
zou; Além dos índices invertidos, os mecanismos de bus-
Um robô deve conter instruções para que seu rastrea- ca mantêm em sua memória um dicionário formado por
mento seja suspenso ou cancelado. milhões de palavras em diferentes línguas (Lexicon). Os
Um robô deve compartilhar resultados. vocabulários que são encontradas em novas páginas são
Um robô deve ser capaz de produzir informações a pesquisados neste dicionário. Caso ainda não possuam re-
partir de dados, além de prover o compartilhamento des- ferência (wordId), estas são adicionadas.
tes dados. 3.5 Armazenamento
Ao requisitar uma página os robôs incluem no seu O armazenamento ocorre por meio de um banco de
cabeçalho informações sobre si, como, por exemplo, seu dados que o mecanismo de busca utiliza para guardar os
nome. Desta forma, a maioria dos log analysers dos ser- sites rastreados e indexados.
vidores de Internet conseguem identificar os robôs, e por As estruturas de armazenamento mais comuns e efi-
isso é possível acompanhar a freqüência com que um site cazes para armazenamento de informações textuais utili-
é visitado. zam as chamadas técnicas lexicográficas. Estas técnicas são
Caso o administrador do servidor Web não tenha aces- baseadas nos caracteres existentes e na sua ordenação. A
so aos log analysers, uma forma de conhecer a última visita estrutura chamada arquivo invertido, que pertence a este
de determinado robô a um site é por meio do cache da grupo, representa a estrutura de armazenamento mais uti-
página no mecanismo de busca. O cache é uma cópia do lizada pelos mecanismos de busca.
conteúdo desta página na última visita do robô. O cache Os arquivos invertidos são estruturados da seguinte
traz no seu topo a data em que a página foi recuperada. forma: contêm uma lista ordenada de palavras onde cada
Além do rastreamento de páginas Web, os robôs tam- um possui apontadores (links ou ponteiros) para os docu-
bém são responsáveis pela recuperação dos dados conti-
mentos onde ela ocorre.
dos nelas, e o pré-processamento dos termos que com-
Normalmente, essa estrutura é composta por três ar-
põem cada página [2]. Estas duas últimas tarefas fazem
quivos (Figura 2): o dicionário ou lista de palavras, a lista
parte do processo de indexação dos mecanismos de busca.
3.4 Indexação de inversão e os documentos. A entrada para o índice é
Os mesmos robôs que fazem o processo de rastrea- o dicionário - uma lista que contém todas as palavras da
mento também fazem a indexação. Indexação é o trata- coleção de documentos indexada. Assim que a palavra no
mento dado a uma página rastreada, antes que esta seja dicionário é localizada, identifica-se sua lista invertida de
armazenada. Este tratamento irá auxiliar na futura localiza- documentos correspondentes. Essa estrutura é muito efi-
ção desta página pelo mecanismo de busca. ciente em termos de acesso, porém, consome muito es-
À medida em que os robôs vão rastreando a Internet, paço (variando entre 10% e 100% ou mais do tamanho do
as páginas encontradas vão sendo armazenadas em seus documento indexado) [11].
discos rígidos. Antes do armazenamento, estas páginas Devido à sua rapidez de acesso e facilidade de identifi-
passam primeiramente por um processo de compressão, cação de documentos relevantes a um termo, essa estrutu-
mas todo seu texto é armazenado. ra é uma das mais utilizadas em Sistemas de Recuperação
Cada página rastreada recebe um identificador. O de Informações.
Google, por exemplo, denomina esse identificador como
docID (identificador de documento). Qualquer referência à
página rastreada a partir deste momento passa a ser feita
por meio deste identificador.

230
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 2: Arquivo Invertido

A ocorrência de um WordId num documento é chamado Hit. Utilizando um exemplo bem simplificado, é possível ar-
mazenar apenas os hits e a posição da palavra no texto (Figura 3).

Figura 3: Hits

Este processo é repetido para todas as palavras encontradas. Se no documento seguinte uma palavra nova é localizada,
ela recebe um novo WordId, é adicionada ao banco de dados, e os hits correspondentes passam a ser registrados.
3.6 Busca
Representa a maneira pela qual usuários realizam suas pesquisas nas ferramentas. Em seu atual formato de armaze-
namento (tabela invertida e hits) é possível saber, para cada palavra pesquisada, em quantos documentos ela ocorre e em
qual posição do texto elas se encontram.
É dessa forma que o Google, por exemplo, informa “Resultados 1 - 10 de aproximadamente 61.000.000 para [brasil]”.
Em casos que são necessárias pesquisas com duas ou mais palavras, são realizadas duas ou mais pesquisas no índice
invertido. Os documentos comuns a todas as pesquisas conterão todas as palavras (mas não necessariamente na ordem
pesquisada).
É possível melhorar as buscas através do aprimoramento do índice invertido. Para aumentar as potencialidades do
índice invertido, normalmente, os mecanismos de busca armazenam muito mais informações nos hits.
Pode-se criar, por exemplo, um campo para indicar que determinada palavra foi escrita em negrito ou itálico e, portan-
to, teria mais destaque do que o restante do texto (Figura 4):

Figura 4: Arquivo Invertido Aprimorado


Neste caso o campo (destacado em negrito) armazenaria o valor “1” para palavras que estão negrito ou itálico na pá-
gina Web, e “0” para as demais.
3.7 Hierarquização de Resultados
Um dos principais problemas relacionados aos mecanismos de busca é a ordem pela qual estes retornam seus resulta-
dos. Esta ordem (hierarquia) é um critério subjetivo e nem sempre atende aos requisitos dos usuários.
Normalmente, são os robôs que estabelecem regras gerais para classificar a relevância dos sites pesquisados e assim
estabelecer a ordem em que aparecem na página de resposta. Um endereço estará, em geral, em maior relevância quando
a palavra-chave utilizada na pesquisa fizer parte do nome do documento, estiver no título e nos primeiros parágrafos ou se
repetir com grande freqüência ao longo do texto.

231
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Apesar de possuírem mecanismos de rastreamento, documento chamado “carta de utilização” que precisa as
indexação, armazenamento e busca semelhantes, os re- condições nas quais uma mensagem pode ser acrescenta-
sultados das pesquisas diferem entre cada mecanismo de da ao fórum e os critérios que podem conduzir à modera-
busca. Isso ocorre porque alguns indexam mais páginas ção de uma mensagem.
que outros. Antes de postar uma mensagem num fórum de discus-
são, é sempre aconselhável ver o seu funcionamento e, se
Além disso, a maneira pela qual cada robô aplica as re- for caso disso, ler a sua carta de utilização.
gras de pesquisa de palavras-chave nas páginas é diferente
entre cada mecanismo. Isso é um segredo que os mecanis- Moderação
mos de busca preservam. O conjunto das discussões presentes num fórum de
Existem várias técnicas que os mecanismos de busca discussão compromete a responsabilidade dos seus auto-
utilizam para “medir” a importância de uma página numa res, bem como a do responsável de publicação, ou seja, o
busca. Cálculo de métricas, como similaridade a uma con- editor do site que aloja o fórum.
sulta direcionada, contagem de links de páginas visitadas, Assim, para garantir o bom funcionamento do fórum
PageRank e métrica de localização, dentre outras, podem de acordo com os termos da carta de utilização e para se
ser utilizadas para investigar a importância da página en- proteger juridicamente, os sites que propõem um fórum
contrada. Estas técnicas estão descritas em [2]. Os nomes
de discussão instalam geralmente um sistema de modera-
utilizados para referenciá-las não são padronizados na li-
ção, ou seja, um dispositivo humano e técnico que permite
teratura.
supervisionar e suprimir as mensagens não conformes à
Entretanto, existem algumas técnicas que permitem
carta ou podendo provocar processos jurídicas. As pessoas
melhorar hierarquização de uma página, isto é, melhorar o
ranking de página no resultado de uma pesquisa. O Goo- encarregadas desta tarefa são chamadas moderadores.
gle, por exemplo, considera vários fatores na hierarquiza-
ção dos resultados de suas buscas. Existe dois tipos de moderação:
A moderação a priori: as mensagens devem ser valida-
Fórum de discussão9 das por um regulador para serem publicadas e por conse-
Um fórum de discussão (em inglês “bulletin board”) é guinte aparecer em linha;
um espaço web dinâmico que permite a diferentes pessoas A moderação a posteriori: as mensagens acrescentadas
comunicar. O fórum de discussão é composto geralmente são publicadas automaticamente (aparecem em linha). O
por diferentes fios de discussão (o termo “fio de discus- site reserva-se a possibilidade de suprimir as mensagens
são” é às vezes substituído por assunto de discussão, post, a posteriori.
thread, enfilade ou topic) que correspondem cada um a um
intercâmbio sobre um assunto específico. A primeira men- O fórum enquanto ferramenta de aprendizagem
sagem de um thread define a discussão, e as mensagens O fórum enquanto ferramenta de aprendizagem per-
seguintes (situadas geralmente abaixo) tentam responder. mite o registro e a comunicação de significados por todo o
coletivo através da tecnologia. Emissão e recepção se im-
Pseudônimo bricam e se confundem permitindo que a mensagem cir-
Não é aconselhável mostrar num fórum o seu nome culada seja comentada por todos os sujeitos do processo
real porque as discussões de um fórum são assíncronas, o de comunicação. A Inteligência coletiva é alimentada pela
que significa que uma mensagem deixada um dia num fó- conexão da própria comunidade na colaboração todos-to-
rum tem vocação para aí permanecer eternamente. Assim, dos. Essa é uma das características fundamentais do cibe-
se postar com o seu nome verdadeiro, é possível encontrar respaço.
os vestígios de todas as discussões sobre o conjunto dos Obviamente devemos considerar que o coletivo forma
fóruns que frequentou. A lei informática e de liberdades uma comunidade virtual. Logo, essa comunidade compõe
prevê um direito de acessos e retificação a todos os dados um mesmo espaço (não lugar) junto com a infraestrutura
pessoais que se relacionam consigo. Contudo, pode ser
técnica que denominamos ciberespaço. De acordo com
difícil contatar o conjunto dos responsáveis dos sites nos
Lévy, “por intermédio de mundos virtuais, podemos não
quais postou um dia e extremamente vinculativo para estes
só trocar informações, mas verdadeiramente pensar juntos,
últimos suprimir os vestígios das suas discussões.
pôr em comum nossas memórias e projetos para produzir
Por conseguinte, é aconselhável escolher um pseudó-
nimo (pseudo ou nickname), permitindo aos seus interlo- um cérebro cooperativo” (LÉVY, 1998, p. 96).
cutores reconhecê-lo de uma discussão para outra, mas Embora seja uma ferramenta de comunicação assín-
protegendo de certa maneira o seu anonimato. crona, permite a acessibilidade dos participantes a qual-
quer momento para contribuições livres, mas respeitan-
Noção de carta do-se os temas da discussão e os prazos estabelecidos. A
Cada fórum de discussão tem um funcionamento que possibilidade de diálogos a distância entre indivíduos geo-
lhe é próprio e possui às vezes os seus “Usos e costumes”. graficamente dispersos favorece a criação coletiva, fazendo
Estes são frequentemente tácitos e às vezes inscritas num com que o ciberespaço seja muito mais que um meio de
9 Fonte: http://br.ccm.net/ informação TV, rádio etc.

232
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Teorias modernas da aprendizagem têm mostrado que Instalação e Atualização


a interação é fundamental para o desenvolvimento cog-
nitivo do aluno. Em particular, há uma forte indicação de A maioria dos sistemas operacionais, principalmente
que o sujeito aprendente e aquele que ensina mantêm uma as distribuições Linux, vem acompanhada de muitos apli-
relação que se reflete nas ações realizadas na sala de aula cativos que são instalados opcionalmente no processo de
interativa (Sawer, 2006). instalação do sistema.
A comunicação assíncrona proporciona não só a cria- Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos
ção de temas de discussões entre estudantes e professores, sejam observados para garantir a segurança desde a insta-
mas, sobretudo, a troca de sentidos construídos por cada lação do sistema, dos quais podemos destacar:
singularidade. Cada sujeito na sua diferença pode expres- • Seja minimalista: Instale somente os aplicativos ne-
sar e produzir saberes, desenvolver suas competências co- cessários, aplicativos com problemas podem facilitar o
municativas, contribuindo e construindo a comunicação e acesso de um atacante;
o conhecimento coletivamente.
• Devem ser desativados todos os serviços de sistema
CONCEITOS DE SEGURANÇA que não serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia au-
tomaticamente diversos aplicativos que não são necessá-
A Segurança da Informação refere-se à proteção exis- rios, esses aplicativos também podem facilitar a vida de um
tente sobre as informações de uma determinada empresa, atacante;
instituição governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto • Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações
as informações corporativas quanto as pessoais. de rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo sistema vulnerável a ataques remotos que podem ser reali-
ou dado que tenha valor para alguma organização ou pes- zados através da rede ou Internet;
soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta • Use partições diferentes para os diferentes tipos de
ao público para consulta ou aquisição. dados: a divisão física dos dados facilita a manutenção da
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não segurança;
de ferramentas) para a definição do nível de segurança • Remova todas as contas de usuários não utilizadas:
existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para Contas de usuários sem senha, ou com a senha original de
análise da melhoria ou piora da situação de segurança exis- instalação, podem ser facilmente exploradas para obter-se
tente. acesso ao sistema.
A segurança de uma determinada informação pode ser Grande parte das invasões na Internet acontece devi-
afetada por fatores comportamentais e de uso de quem
do a falhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os
se utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca
administradores de sistemas não foram capazes de corrigir
ou por pessoas mal intencionadas que tem o objetivo de
furtar, destruir ou modificar a informação. a tempo. Essa afirmação pode ser confirmada facilmente
Antes de proteger, devemos saber: pelo simples fato de que quando uma nova vulnerabilidade
• O que proteger. é descoberta, um grande número de ataques é realizado
• De quem proteger. com sucesso. Por isso é extremamente importante que os
• Pontos vulneráveis. administradores de sistemas se mantenham atualizados
• Processos a serem seguidos. sobre os principais problemas encontrados nos aplicati-
vos utilizados, através dos sites dos desenvolvedores ou
MECANISMOS DE SEGURANÇA específicos sobre segurança da Informação. As principais
O suporte para as recomendações de segurança pode empresas comerciais desenvolvedoras de software e as
ser encontrado em: principais distribuições Linux possuem boletins periódicos
• CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o informando sobre as últimas vulnerabilidades encontradas
contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até a
(que garante a existência da informação) que a suporta. possuir o recurso de atualização automática, facilitando
Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas ainda mais o processo.
nem sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâm-
pagos, alagamentos, problemas na rede elétrica, acesso Firewalls
indevido de pessoas aos servidores ou equipamentos de
rede, treinamento inadequado de funcionários, etc.
Definimos o firewall como sendo uma barreira inteli-
Medidas de proteção física, tais como serviços de guar-
da, uso de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno gente entre duas redes, geralmente a rede local e a Inter-
de televisão e sistemas de escuta são realmente uma parte net, através da qual só passa tráfego autorizado. Este trá-
da segurança da informação. As medidas de proteção física fego é examinado pelo firewall em tempo real e a seleção
são frequentemente citadas como “segurança computacio- é feita de acordo com um conjunto de regras de acesso
nal”, visto que têm um importante papel também na pre- Ele é tipicamente um roteador (equipamento que liga as
venção dos itens citados no parágrafo acima. redes com a Internet), um computador rodando filtragens
O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados de pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um
por mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhu- hardware proprietário específico para função de firewall),
ma se a segurança física não for garantida. ou um conjunto desses sistemas.

233
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de
um produto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a performance, já que ele analisa toda a comunicação uti-
rede. Geralmente, essas regras são elaboradas consideran- lizando proxies, ele permite uma maior auditoria sobre o
do as políticas de acesso da organização. controle no tráfego, já que as aplicações específicas podem
Podemos observar que o firewall é único ponto de detalhar melhor os eventos associados a um dado serviço.
entrada da rede, quando isso acontece o firewall também A maior dificuldade na sua implementação é a necessi-
pode ser designado como check point. dade de instalação e configuração de um proxy para cada
De acordo com os mecanismos de funcionamentos aplicação, sendo que algumas aplicações não trabalham
dos firewalls podemos destacar três tipos principais: corretamente com esses mecanismos.
• Filtros de pacotes
• Stateful Firewalls Considerações sobre o uso de Firewalls
• Firewalls em Nível de Aplicação
Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e
- Filtros de Pacotes são inestimáveis para segurança da informação, existem al-
Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele guns ataques que os firewalls não podem proteger, como
controla a origem e o destino dos pacotes de mensagens a interceptação de tráfego não criptografado, ex: Intercep-
da Internet. Quando uma informação é recebida, o firewall tação de e-mail. Além disso, embora os firewalls possam
verifica as informações sobre o endereço IP de origem e prover um único ponto de segurança e auditoria, eles tam-
destino do pacote e compara com uma lista de regras de bém podem se tornar um único ponto de falha – o que quer
acesso para determinar se pacote está autorizado ou não a dizer que os firewalls são a última linha de defesa. Significa
ser repassado através dele. que se um atacante conseguir quebrar a segurança de um
Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na firewall, ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportuni-
maioria dos roteadores e é transparente aos usuários, po- dade de roubar ou destruir informações. Além disso, os fire-
rém pode ser facilmente contornada com IP Spoofers. Por walls protegem a rede contra os ataques externos, mas não
contra os ataques internos. No caso de funcionários mal
isto, o uso de roteadores como única defesa para uma rede
intencionados, os firewalls não garantem muita proteção.
corporativa não é aconselhável.
Finalmente, como mencionado os firewalls de filtros de pa-
Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita dire-
cotes são falhos em alguns pontos. - As técnicas de Spoo-
tamente no roteador, para uma maior performance e con-
fing podem ser um meio efetivo de anular a sua proteção.
trole, é necessária a utilização de um sistema específico de
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de se-
firewall. Quando um grande número de regras é aplicado gurança existentes, os firewalls devem ser usados em con-
diretamente no roteador, ele acaba perdendo performan- junto com diversas outras medidas de segurança.
ce. Além disso, Firewall mais avançados podem defender a Existem, claro, outros mecanismos de segurança que
rede contra spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS. apoiam os controles físicos: Portas / trancas / paredes / blin-
dagem / guardas / etc.
- Stateful Firewalls
• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem
Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Fire- ou limitam o acesso à informação, que está em ambiente
wall. Ele utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Ins- controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo,
pection, que é um tipo avançado de filtragem de pacotes. ficaria exposta a alteração não autorizada por elemento mal
Esse tipo de firewall examina todo o conteúdo de um pa- intencionado.
cote, não apenas seu cabeçalho, que contém apenas os en- Existem mecanismos de segurança que apoiam os con-
dereços de origem e destino da informação. Ele é chamado troles lógicos:
de ‘stateful’ porque examina os conteúdos dos pacotes
para determinar qual é o estado da conexão, Ex: Ele ga- Mecanismos de encriptação
rante que o computador destino de uma informação tenha
realmente solicitado anteriormente a informação através A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas
da conexão atual. palavras gregas:
Além de serem mais rigorosos na inspeção dos paco- • CRIPTO = ocultar, esconder.
tes, os stateful firewalls podem ainda manter as portas fe- • GRAFIA = escrever
chadas até que uma conexão para a porta específica seja Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou
requisitada. Isso permite uma maior proteção contra a em códigos. É então um conjunto de técnicas que tornam
ameaça de port scanning. uma mensagem incompreensível permitindo apenas que o
destinatário que conheça a chave de encriptação possa de-
- Firewalls em Nível de Aplicação criptar e ler a mensagem com clareza.
Nesse tipo de firewall o controle é executado por apli- Permitem a transformação reversível da informação de
cações específicas, denominadas proxies, para cada tipo de forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal,
serviço a ser controlado. Essas aplicações interceptam todo algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir
o tráfego de um conjunto de dados não encriptados, produzir uma
recebido e o envia para as aplicações correspondentes; sequência de dados encriptados. A operação inversa é a
assim, cada aplicação pode controlar o uso de um serviço. desencriptação.

234
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Assinatura digital Caso qualquer um dos dois apresente um Certificado


de Identidade Digital adulterado, ele será avisado do fato, e
Um conjunto de dados encriptados, associados a um a comunicação com segurança não será estabelecida.
documento do qual são função, garantindo a integridade O Certificado de Identidade Digital é emitido e assi-
do documento associado, mas não a sua confidencialidade. nado por uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate
A assinatura digital, portanto, busca resolver dois pro- Authority). Para tanto, esta autoridade usa as mais avança-
blemas não garantidos apenas com uso da criptografia das técnicas de criptografia disponíveis e de padrões inter-
para codificar as informações: a Integridade e a Procedên- nacionais (norma ISO X.509 para Certificados Digitais), para
cia. a emissão e chancela digital dos Certificados de Identidade
Ela utiliza uma função chamada one-way hash function, Digital.
também conhecida como: compression function, crypto- Podemos destacar três elementos principais:
graphic checksum, message digest ou fingerprint. Essa fun- - Informação de atributo: É a informação sobre o obje-
ção gera uma string única sobre uma informação, se esse
to que é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode in-
valor for o mesmo tanto no remetente quanto destinatário,
cluir seu nome, nacionalidade e endereço e-mail, sua orga-
significa que essa informação não foi alterada.
nização e o departamento da organização onde trabalha.
Mesmo assim isso ainda não garante total integridade,
pois a informação pode ter sido alterada no seu envio e um - Chave de informação pública: É a chave pública da
novo hash pode ter sido calculado. entidade certificada. O certificado atua para associar a cha-
Para solucionar esse problema, é utilizada a criptogra- ve pública à informação de atributo, descrita acima. A cha-
fia assimétrica com a função das chaves num sentido inver- ve pública pode ser qualquer chave assimétrica, mas usual-
so, onde o hash é criptografado usando a chave privada do mente é uma chave RSA.
remetente, sendo assim o destinatário de posse da chave - Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA
pública do remetente poderá decriptar o hash. Dessa ma- assina os dois primeiros elementos e, então, adiciona cre-
neira garantimos a procedência, pois somente o remeten- dibilidade ao certificado. Quem recebe o certificado verifica
te possui a chave privada para codificar o hash que será a assinatura e acreditará na informação de atributo e chave
aberto pela sua chave pública. Já o hash, gerado a partir da pública associadas se acreditar na Autoridade em Certifi-
informação original, protegido pela criptografia, garantirá cação.
a integridade da informação. Existem diversos protocolos que usam os certificados
digitais para comunicações seguras na Internet:
Mecanismos de garantia da integridade da informação • Secure Socket Layer ou SSL;
• Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME;
Usando funções de “Hashing” ou de checagem, con- • Form Signing;
sistindo na adição. • Authenticode / Objectsigning.
O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os cer-
Mecanismos de controle de acesso tificados digitais e é usado em praticamente todos os sites
que fazem comércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de
Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões CD, bancos etc.). O SSL teve uma primeira fase de ado-
inteligentes. ção onde apenas os servidores estavam identificados com
certificados digitais, e assim tínhamos garantido, além da
Mecanismos de certificação identidade do servidor, o sigilo na sessão. Entretanto, ape-
nas com a chegada dos certificados para os browsers é que
Atesta a validade de um documento. O Certificado Di-
pudemos contar também com a identificação na ponta
gital, também conhecido como Certificado de Identidade
Digital associa a identidade de um titular a um par de cha- cliente, eliminando assim a necessidade do uso de senhas
ves eletrônicas (uma pública e outra privada) que, usadas e logins.
em conjunto, fornecem a comprovação da identidade. É O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois
uma versão eletrônica (digital) de algo parecido a uma Cé- permite que as mensagens de correio eletrônico trafeguem
dula de Identidade - serve como prova de identidade, reco- encriptadas e/ou assinadas digitalmente. Desta forma os
nhecida diante de qualquer situação onde seja necessária a e-mails não podem ser lidos ou adulterados por terceiros
comprovação de identidade. durante o seu trânsito entre a máquina do remetente e a
O Certificado Digital pode ser usado em uma grande do destinatário. Além disso, o destinatário tem a garantia
variedade de aplicações, como comércio eletrônico, grou- da identidade de quem enviou o e-mail.
pware (Intranets e Internet) e transferência eletrônica de O Form Signing é uma tecnologia que permite que os
fundos. usuários emitam recibos online com seus certificados di-
Dessa forma, um cliente que compre em um shopping gitais. Por exemplo: o usuário acessa o seu Internet Ban-
virtual, utilizando um Servidor Seguro, solicitará o Certifi- king e solicita uma transferência de fundos. O sistema do
cado de Identidade Digital deste Servidor para verificar: a banco, antes de fazer a operação, pede que o usuário as-
identidade do vendedor e o conteúdo do Certificado por sine com seu certificado digital um recibo confirmando a
ele apresentado. Da mesma forma, o servidor poderá so- operação. Esse recibo pode ser guardado pelo banco para
licitar ao comprador seu Certificado de Identidade Digital, servir como prova, caso o cliente posteriormente negue ter
para identificá-lo com segurança e precisão. efetuado a transação.

235
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que Divulgação


permitem que um desenvolvedor de programas de com-
putador assine digitalmente seu software. Assim, ao baixar A Divulgação das Informações pode ser tão grave e/
um software pela Internet, o usuário tem certeza da identi- ou custar tão caro quanto um ataque de “Negação de Ser-
dade do fabricante do programa e que o software se man- viço”, pois informações que não podiam ser acessadas por
teve íntegro durante o processo de download. Os certifica- terceiros, agora estão sendo divulgadas ou usadas para
dos digitais se dividem em basicamente dois formatos: os obter vantagem em negócios.
certificados de uso geral (que seriam equivalentes a uma Dependendo da informação ela pode ser usada como
carteira de identidade) e os de uso restrito (equivalentes objeto de chantagem. Abaixo exemplos de Divulgação:
a cartões de banco, carteiras de clube etc.). Os certificados • Expor informações em mensagens de erro;
de uso geral são emitidos diretamente para o usuário final,
• Expor código em sites.
enquanto que os de uso restrito são voltados basicamente
para empresas ou governo.
Negação de Serviço (DoS) (Denial of Service, DoS)
Integridade: Medida em que um serviço/informação é
genuino, isto é, esta protegido contra a personificação por A forma mais conhecida de ataque que consiste na
intrusos. perturbação de um serviço, devido a danos físicos ou ló-
gicos causados no sistema que o suportam. Para provocar
Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é um DoS, os atacantes disseminam vírus, geram grandes
detectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spam- volumes de tráfego de forma artificial, ou muitos pedidos
mer, ou de qualquer agente externo estranho ao sistema, aos servidores que causam subcarga e estes últimos ficam
enganando-o, fazendo-o pensar que esteja de fato explo- impedidos de processar os pedidos normais.
rando uma vulnerabilidade daquele sistema. O objetivo deste ataque é parar algum serviço. Exem-
plo:
AMEAÇAS À SEGURANÇA • “Inundar” uma rede com pacotes SYN (Syn-Flood);
• “Inundar” uma rede com pacotes ICPM forçados.
Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco O alvo deste tipo de ataque pode ser um Web Ser-
algum ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de ver contendo o site da empresa, ou até mesmo “inundar”
alguma vulnerabilidade do ambiente. o DHCP Server Local com solicitações de IP, fazendo com
Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos
que nenhuma estação com IP dinâmico obtenha endereço
de Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que
existem as prioridades; essas prioridades são os pontos que IP.
podem comprometer o “Negócio da Empresa”, ou seja, o
que é crucial para a sobrevivência da Empresa é crucial no Elevação de Privilégios
seu projeto de Segurança.
Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de Acontece quando o usuário mal-intencionado quer
FVRDNE: executar uma ação da qual não possui privilégios adminis-
Falsificação trativos suficientes:
• Explorar saturações do buffer para obter privilégios
Falsificação de Identidade é quando se usa nome de do sistema;
usuário e senha de outra pessoa para acessar recursos ou • Obter privilégios de administrador de forma ilegítima.
executar tarefas. Seguem dois exemplos: Este usuário pode aproveitar-se que o Administrador
• Falsificar mensagem de e-mail; da Rede efetuou logon numa máquina e a deixou desblo-
• Executar pacotes de autenticação. queada, e com isso adicionar a sua própria conta aos gru-
Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt pos Domain Admins, e Remote Desktop Users. Com isso
com sua senha, grudado no seu monitor. ele faz o que quiser com a rede da empresa, mesmo que
esteja em casa.
Violação
Quem pode ser uma ameaça?
A Violação ocorre quando os dados são alterados:
• Alterar dados durante a transmissão;
• Alterar dados em arquivos. Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos,
muitas vezes conhecidos como crackers, (hackers não são
Repudiação agentes maliciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis
A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de falhas). Estas pessoas são motivadas para fazer esta ilega-
um ataque bem sucedido, pois é o ato de negar algo que lidade por vários motivos. Os principais motivos são: noto-
foi feito. Isso pode ser feito apagando as entradas do Log riedade, autoestima, vingança e o dinheiro. É sabido que
após um acesso indevido. Exemplos: mais de 70% dos ataques partem de usuários legítimos de
• Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu; sistemas de informação (Insiders) -- o que motiva corpora-
• Comprar um produto e mais tarde negar que com- ções a investir largamente em controles de segurança para
prou. seus ambientes corporativos (intranet).

236
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

É necessário identificar quem pode atacar a minha POLÍTICAS DE SEGURANÇA


rede, e qual a capacidade e/ou objetivo desta pessoa.
• Principiante – não tem nenhuma experiência em pro- De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Han-
gramação e usa ferramentas de terceiros. Geralmente não dbook), uma política de segurança consiste num conjunto
tem noção do que está fazendo ou das consequências da- formal de regras que devem ser seguidas pelos usuários
quele ato. dos recursos de uma organização.
• Intermediário – tem algum conhecimento de pro- As políticas de segurança devem ter implementação
gramação e utiliza ferramentas usadas por terceiros. Esta realista, e definir claramente as áreas de responsabilidade
pessoa pode querer algo além de testar um “Programinha dos usuários, do pessoal de gestão de sistemas e redes e
Hacker”. da direção. Deve também adaptar-se a alterações na orga-
• Avançado – Programadores experientes, possuem co- nização. As políticas de segurança fornecem um enquadra-
nhecimento de Infraestrutura e Protocolos. Podem realizar mento para a implementação de mecanismos de seguran-
ataques estruturados. Certamente não estão só testando ça, definem procedimentos de segurança adequados, pro-
os seus programas. cessos de auditoria à segurança e estabelecem uma base
Estas duas primeiras pessoas podem ser funcionários para procedimentos legais na sequência de ataques.
da empresa, e provavelmente estão se aproveitando de al- O documento que define a política de segurança deve
guma vulnerabilidade do seu ambiente. deixar de fora todos os aspetos técnicos de implementação
dos mecanismos de segurança, pois essa implementação
VULNERABILIDADES pode variar ao longo do tempo. Deve ser também um do-
Os ataques com mais chances de dar certo são aqueles cumento de fácil leitura e compreensão, além de resumido.
que exploram vulnerabilidades, seja ela uma vulnerabilida- Algumas normas definem aspectos que devem ser le-
de do sistema operacional, aplicativos ou políticas internas. vados em consideração ao elaborar políticas de segurança.
Veja algumas vulnerabilidades: Entre essas normas estão a BS 7799 (elaborada pela British
• Roubo de senhas – Uso de senhas em branco, senhas Standards Institution) e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão bra-
previsíveis ou que não usam requisitos mínimos de com- sileira desta primeira).
plexidade. Deixar um Postit com a sua senha grudada no Existem duas filosofias por trás de qualquer política
monitor é uma vulnerabilidade. de segurança: a proibitiva (tudo que não é expressamente
• Software sem Patches – Um gerenciamento de Service permitido é proibido) e a permissiva (tudo que não é proi-
Packs e HotFixes mal feito é uma vulnerabilidade comum. bido é permitido).
Veja casos como os ataques do Slammer e do Blaster, sen-
Enfim, implantar Segurança em um ambiente não de-
do que suas respectivas correções já estavam disponíveis
pende só da Tecnologia usada, mas também dos Proces-
bem antes dos ataques serem realizados.
sos utilizados na sua implementação e da responsabilidade
• Configuração Incorreta – Aplicativos executados com
que as Pessoas têm neste conjunto. Estar atento ao surgi-
contas de Sistema Local, e usuários que possuem permis-
mento de novas tecnologias não basta, é necessário en-
sões acima do necessário.
tender as necessidades do ambiente, e implantar políticas
• Engenharia Social – O Administrador pode alterar
uma senha sem verificar a identidade da chamada. que conscientizem as pessoas a trabalhar de modo seguro.
• Segurança fraca no Perímetro – Serviços desneces- Seu ambiente nunca estará seguro, não imagine que
sários, portas não seguras. Firewall e Roteadores usados instalando um bom Antivírus você elimina as suas vulnera-
incorretamente. bilidades ou diminui a quantidade de ameaças. É extrema-
• Transporte de Dados sem Criptografia – Pacotes de mente necessário conhecer o ambiente e fazer um estudo,
autenticação usando protocolos de texto simples, dados para depois poder implementar ferramentas e soluções de
importantes enviados em texto simples pela Internet. segurança.
Identifique, entenda como explorá-las e mesmo que
não seja possível eliminá-las, monitore e gerencie o risco
de suas vulnerabilidades. NOÇÕES BÁSICAS A RESPEITO DE VÍRUS DE COM-
Nem todos os problemas de segurança possuem uma PUTADOR
solução definitiva, a partir disso inicia-se o Gerenciamento
de Risco, analisando e balanceando todas as informações DEFINIÇÃO E PROGRAMAS ANTIVÍRUS
sobre Ativos, Ameaças, Vulnerabilidades, probabilidade e
impacto. O que são vírus de computador?
Os vírus representam um dos maiores problemas para
NÍVEL DE SEGURANÇA usuários de computador.
Depois de identificado o potencial de ataque, as orga- Consistem em pequenos programas criados para cau-
nizações têm que decidir o nível de segurança a estabele- sar algum dano ao computador infectado, seja apagando
cer para um rede ou sistema os recursos físicos e lógicos a dados, seja capturando informações, seja alterando o fun-
necessitar de proteção. No nível de segurança devem ser cionamento normal da máquina. Os usuários dos sistemas
quantificados os custos associados aos ataques e os asso- operacionais Windows são vítimas quase que exclusivas
ciados à implementação de mecanismos de proteção para de vírus, já que os sistemas da Microsoft são largamente
minimizar a probabilidade de ocorrência de um ataque . usados no mundo todo. Existem vírus para sistemas ope-

237
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

racionais Mac e os baseados em Unix, mas estes são ex- Os vírus que se anexam a arquivos infectam também
tremamente raros e costumam ser bastante limitados. Esses todos os arquivos que estão sendo ou e serão executados.
“programas maliciosos” receberam o nome vírus porque Alguns às vezes re-contaminam o mesmo arquivo tantas
possuem a característica de se multiplicar facilmente, assim vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço
como ocorre com os vírus reais, ou seja, os vírus biológicos. considerável (que é sempre muito precioso) em seu disco.
Eles se disseminam ou agem por meio de falhas ou limita- Outros, mais inteligentes, se escondem entre os espaços
ções de determinados programas, se espalhando como em do programa original, para não dar a menor pista de sua
uma infecção. existência.
Para contaminarem os computadores, os vírus antiga- Cada vírus possui um critério para começar o ataque
mente usavam disquetes ou arquivos infectados. Hoje, os propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apa-
vírus podem atingir em poucos minutos milhares de com- gados, o micro começa a travar, documentos que não são
putadores em todo mundo. Isso tudo graças à Internet. O salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram
método de propagação mais comum é o uso de e-mails,
mensagens chatas, outros mais elaborados fazem estragos
onde o vírus usa um texto que tenta convencer o internauta
muitos grandes.
a clicar no arquivo em anexo. É nesse anexo que se encontra
o vírus. Os meios de convencimento são muitos e costumam
ser bastante criativos. O e-mail (e até o campo assunto da TIPOS
mensagem) costuma ter textos que despertam a curiosidade
do internauta. Muitos exploram assuntos eróticos ou abor- Cavalo-de-Tróia
dam questões atuais. Alguns vírus podem até usar um reme-
tente falso, fazendo o destinatário do e-mail acreditar que A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi
se trata de uma mensagem verdadeira. Muitos internautas atribuída aos programas que permitem a invasão de um
costumam identificar e-mails de vírus, mas os criadores des- computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso,
tas “pragas digitais” podem usar artifícios inéditos que não o termo é análogo ao famoso artefato militar fabricado
poupam nem o usuário mais experiente. pelos gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o
O computador (ou, melhor dizendo, o sistema opera- outro com um “presente de grego”, que seria um aplicativo
cional), por si só, não tem como detectar a existência des- qualquer. Quando o leigo o executa, o programa atua de
te programinha. Ele não é referenciado em nenhuma parte forma diferente do que era esperado.
dos seus arquivos, ninguém sabe dele, e ele não costuma se Ao contrário do que é erroneamente informado na mí-
mostrar antes do ataque fatal. dia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não
Em linhas gerais, um vírus completo (entenda-se por se reproduz e não tem nenhuma comparação com vírus de
completo o vírus que usa todas as formas possíveis de con- computador, sendo que seu objetivo é totalmente diver-
taminar e se ocultar) chega até a memória do computador so. Deve-se levar em consideração, também, que a maioria
de duas formas. dos antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal.
A primeira e a mais simples é a seguinte: em qualquer A expressão “Trojan” deve ser usada, exclusivamente, como
disco (tanto disquete quanto HD) existe um setor que é lido definição para programas que capturam dados sem o co-
primeiro pelo sistema operacional quando o computador o nhecimento do usuário.
acessa. Este setor identifica o disco e informa como o siste- O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como
ma operacional (SO) deve agir. O vírus se aloja exatamente um arquivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de
neste setor, e espera que o computador o acesse. roubar informações como passwords, logins e quaisquer
A partir daí ele passa para a memória do computador e
dados, sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima.
entra na segunda fase da infecção. Mas antes de falarmos
Quando a máquina contaminada por um Trojan conectar-
da segunda fase, vamos analisar o segundo método de in-
fecção: o se à Internet, poderá ter todas as informações contidas no
vírus se agrega a um arquivo executável (fica pendurado HD visualizadas e capturadas por um intruso qualquer. Es-
mesmo nesse arquivo). Acessar o disco onde este arquivo tas visitas são feitas imperceptivelmente. Só quem já esteve
está não é o suficiente para se contaminar. dentro de um computador alheio sabe as possibilidades
É preciso executar o arquivo contaminado. O vírus se oferecidas.
anexa, geralmente, em uma parte do arquivo onde não
interfira no seu funcionamento (do arquivo), pois assim o Worm
usuário não vai perceber nenhuma alteração e vai continuar
usando o programa infectado. Os worms (vermes) podem ser interpretados como um
O vírus, após ter sido executado, fica escondido agora tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal
na memória do computador, e imediatamente infecta todos diferença entre eles está na forma de propagação: os wor-
os discos que estão ligados ao computador, colocando uma ms podem se propagar rapidamente para outros computa-
cópia de si mesmo no tal setor que é lido primeiro (chamado dores, seja pela Internet, seja por meio de uma rede local.
setor de boot), e quando o disco for transferido para outro Geralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e
computador, este ao acessar o disco contaminado (lendo o o usuário só nota o problema quando o computador apre-
setor de boot), executará o vírus e o alocará na sua memó- senta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteli-
ria, o que por sua vez irá infectar todos os discos utilizados gentes é a gama de possibilidades de propagação. O worm
neste computador, e assim o vírus vai se alastrando. pode capturar endereços de e-mail em arquivos do usuá-

238
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

rio, usar serviços de SMTP (sistema de envio de e-mails) A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de
próprios ou qualquer outro meio que permita a contami- atualização automática. Abaixo há uma lista com os antiví-
nação de computadores (normalmente milhares) em pou- rus mais conhecidos:
co tempo. Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br -
Spywares, keyloggers e hijackers Possui versão de teste.
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui
Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três versão de teste.
nomes também representam perigo. Spywares são progra- AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga
mas que ficam “espionando” as atividades dos internautas e outra gratuita para uso não comercial (com menos fun-
ou capturam informações sobre eles. Para contaminar um cionalidades).
computador, os spywares podem vir embutidos em soft- Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftwa-
wares desconhecidos ou serem baixados automaticamente re.com.br - Possui versão de teste.
quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso. É importante frisar que a maioria destes desenvolve-
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem
dores possuem ferramentas gratuitas destinadas a remo-
vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos,
ver vírus específicos. Geralmente, tais softwares são criados
destinados a capturar tudo o que é digitado no teclado. O
para combater vírus perigosos ou com alto grau de pro-
objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
Hijackers são programas ou scripts que “sequestram” pagação.
navegadores de Internet, principalmente o Internet Explo-
rer. Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do PROTEÇÃO
browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagan-
das em pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferra- A melhor política com relação à proteção do seu com-
mentas no navegador e podem impedir acesso a determi- putador contra vírus é possuir um bom software antivírus
nados sites (como sites de software antivírus, por exemplo). original instalado e atualizá-lo com frequência, pois surgem
Os spywares e os keyloggers podem ser identificados vírus novos a cada dia. Portanto, a regra básica com relação
por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pra- a vírus (e outras infecções) é: Jamais execute programas
gas são tão perigosas que alguns antivírus podem ser pre- que não tenham sido obtidos de fontes absolutamente
parados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso confiáveis. O tema dos vírus é muito extenso e não se pode
de hijackers, muitas vezes é necessário usar uma ferramen- pretender abordá-lo aqui senão superficialmente, para dar
ta desenvolvida especialmente para combater aquela pra- orientações essenciais. Vamos a algumas recomendações.
ga. Isso porque os hijackers podem se infiltrar no sistema Os processos mais comuns de se receber arquivos são
operacional de uma forma que nem antivírus nem anti-s- como anexos de mensagens de e-mail, através de progra-
pywares conseguem “pegar”. mas de FTP, ou por meio de programas de comunicação,
como o ICQ, o NetMeeting, etc.
Hoaxes, o que são? Note que:
Não existem vírus de e-mail. O que existem são vírus
São boatos espalhados por mensagens de correio ele- escondidos em programas anexados ao e-mail. Você não
trônico, que servem para assustar o usuário de computa- infecta seu computador só de ler uma mensagem de cor-
dor. Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus reio eletrônico escrita em formato texto (.txt). Mas evite ler
totalmente destrutivo que está circulando na rede e que in- o conteúdo de arquivos anexados sem antes certificar-se
fectará o micro do destinatário enquanto a mensagem esti- de que eles estão livres de vírus. Salve-os em um diretório
ver sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada
e passe um programa antivírus atualizado. Só depois abra
tecla ou link. Quem cria a mensagem hoax normalmente
o arquivo.
costuma dizer que a informação partiu de uma empresa
confiável, como IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá da- Cuidados que se deve tomar com mensagens de cor-
nificar a máquina do usuário. Desconsidere a mensagem. reio eletrônico – Como já foi falado, simplesmente ler a
mensagem não causa qualquer problema. No entanto, se a
FIREWALL mensagem contém anexos (ou attachments, em Inglês), é
preciso cuidado. O anexo pode ser um arquivo executável
Firewall é um programa que monitora as conexões fei- (programa) e, portanto, pode estar contaminado. A não ser
tas pelo seu computador para garantir que nenhum recur- que você tenha certeza absoluta da integridade do arquivo,
so do seu computador esteja sendo usado indevidamente. é melhor ser precavido e suspeitar. Não abra o arquivo sem
São úteis para a prevenção de worms e trojans. antes passá-lo por uma análise do antivírus atualizado
Mas se o anexo não for um programa, for um arquivo
ANTIVÍRUS apenas de texto, é possível relaxar os cuidados?
Não. Infelizmente, os criadores de vírus são muito ati-
Existe uma variedade enorme de softwares antivírus vos, e existem hoje, disseminando-se rapidamente, vírus
no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o que contaminam arquivos do MS Word ou do MS Excel.
sempre atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos São os chamados vírus de macro, que infectam os macros
os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles (executáveis) destes arquivos. Assim, não abra anexos des-
para proteger seu sistema operacional. te tipo sem prévia verificação.

239
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

É possível clicar no indicador de anexo para ver do que O termo backup também pode ser utilizado para hard-
se trata? E como fazer em seguida? ware significando um equipamento para socorro (funciona
Apenas clicar no indicador (que no MS Outlook Express como um pneu socorro do veículo) pode ser uma impres-
é uma imagem de um clip), sim. Mas cuidado para não dar sora, cpu ou monitor etc.. que servirá para substituir tem-
um clique duplo, ou clicar no nome do arquivo, pois se o porariamente um desses equipamentos que estejam com
anexo for um programa, será executado. Faça assim: problemas.
1- Abra a janela da mensagem (em que o anexo apare- Atualmente os mais conhecidos meios de backups
ce como um ícone no rodapé); são: CD-ROM, DVD e Disco Rígido Externo, pendrives e
2- Salve o anexo em um diretório à sua escolha, o que fitas magnéticas. Na prática existem inúmeros softwares
pode ser feito de dois modos: para criação de backups e a posterior reposição. Como por
a) clicar o anexo com o botão direito do mouse e em exemplo o Norton Ghost da Symantec.
seguida clicar em “Salvar como...”; Se você costuma fazer cópias de backup dos seus ar-
b) sequência de comandos: Arquivo / Salvar anexos... quivos regularmente e os mantêm em um local separado,
3- Passe um antivírus atualizado no anexo salvo para se você pode obter uma parte ou até todas as informações
certificar de que este não está infectado. de volta caso algo aconteça aos originais no computador.
Riscos dos “downloads”- Simplesmente baixar o pro- A decisão sobre quais arquivos incluir no backup é
grama para o seu computador não causa infecção, seja por muito pessoal. Tudo aquilo que não pode ser substituído
FTP, ICQ, ou o que for. Mas de modo algum execute o pro- facilmente deve estar no topo da sua lista. Antes de come-
grama (de qualquer tipo, joguinhos, utilitários, protetores çar, faça uma lista de verificação de todos os arquivos a
de tela, etc.) sem antes submetê-lo a um bom antivírus. serem incluídos no backup. Isso o ajudará a determinar o
que precisa de backup, além de servir de lista de referência
O que acontece se ocorrer uma infecção? para recuperar um arquivo de backup.
Você ficará à mercê de pessoas inescrupulosas quan- Eis algumas sugestões para ajudá-lo a começar:
do estiver conectado à Internet. Elas poderão invadir seu • Dados bancários e outras informações financeiras
computador e realizar atividades nocivas desde apenas ler • Fotografias digitais
seus arquivos, até causar danos como apagar arquivos, e • Software comprado e baixado através da Internet
até mesmo roubar suas senhas, causando todo o tipo de • Projetos pessoais
• Seu catálogo de endereços de e-mail
prejuízos.
• Seu calendário do Microsoft Outlook
• Seus favoritos do Internet Explorer
Como me proteger?
O detalhe mais importante antes de fazer um backup
Em primeiro lugar, voltemos a enfatizar a atitude bá-
é formatar o dispositivo. Isso pode ser feito clicando com
sica de evitar executar programas desconhecidos ou de
o botão direito do mouse sobre o ícone do dispositivo,
origem duvidosa. Portanto, mais uma vez, Jamais execute dentro do ícone “Meu Computador” e selecionar a opção
programas que não tenham sido obtidos de fontes absolu- formatar.
tamente confiáveis. Para ter certeza que o dispositivo não está danificado,
Além disto, há a questão das senhas. Se o seu micro escolha a formatação completa, que verificará cada setor
estiver infectado outras pessoas poderiam acessar as suas do disquete e mostrará para você se o disquete tem algum
senhas. E troca-las não seria uma solução definitiva, pois dano. Sempre que um disquete tiver problemas, não copie
os invasores poderiam entrar no seu micro outra vez e arquivos de backups para ele.
rouba-la novamente. Portanto, como medida extrema de Bem, agora que você já sabe fazer cópias de segurança,
prevenção, o melhor mesmo é NÃO DEIXAR AS SENHAS conheça os dois erros mais banais que você pode cometer
NO COMPUTADOR. Isto quer dizer que você não deve usar, e tornar o seu backup inútil:
ou deve desabilitar, se já usa, os recursos do tipo “lembrar 1- Fazer uma cópia do arquivo no mesmo disco. Isso
senha”. Eles gravam sua senha para evitar a necessidade não é backup, pois se acontecer algum problema no disco
de digitá-la novamente. Só que, se a sua senha está grava- você vai perder os dois arquivos.
da no seu computador, ela pode ser lida por um invasor. 2- Fazer uma cópia e apagar o original. Isso também
Atualmente, é altamente recomendável que você prefira não é backup, por motivos óbvios.
digitar a senha a cada vez que faz uma conexão. Abra mão Procure utilizar arquivos compactados apenas como
do conforto em favor da sua segurança. backups secundários, como imagens que geralmente ocu-
pam um espaço muito grande.
CÓPIAS DE SEGURANÇA (BACKUP)
Copiando Arquivos de um Disco Rígido (H.D.) para
Existem muitas maneiras de perder informações em um Dispositivo (Fazendo Backup)
um computador involuntariamente. Uma criança usando o
teclado como se fosse um piano, uma queda de energia, • Clique no botão “Iniciar” (canto inferior esquerdo);
um relâmpago, inundações. E algumas vezes o equipamen- • Escolha “Programas”; e no menu que abre escolha
to simplesmente falha. Em modos gerais o backup é uma “Windows Explorer”.
tarefa essencial para todos os que usam computadores e • O Windows Explorer é dividido em duas partes. Do
/ ou outros dispositivos, tais como máquinas digitais de lado esquerdo são exibidas as pastas (diretórios) e do lado
fotografia, leitores de MP3, etc. direito o conteúdo das pastas;

240
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Para ver o conteúdo de uma pasta clique uma vez so- MEIOS DISPONÍVEIS PARA BACKUPS EM ARMA-
bre a pasta desejada (no lado esquerdo), e ele será exibido ZENAMENTO EXTERNO
do lado direito.
• Para ver o conteúdo de uma subpasta (uma pasta Entende-se por armazenamento externo qualquer me-
dentro de outra pasta) clique duas vezes sobre a pasta de- canismo que não se encontre dentro do seu PC. Existem
sejada do lado direito do “Windows Explorer”; várias opções, e apresentamos uma tabela com os mais co-
• Depois de visualizar os arquivos ou pastas que se muns, vantagens e desvantagens:
deseja copiar no lado direito do “Windows Explorer”, se- CD-RW
lecione-os (clicando sobre o arquivo ou pasta, este ficará
destacado); É um CD em que pode guardar/gravar suas informa-
• Clique com o botão direito do mouse sobre o arquivo ções. Arquivos realmente preciosos que precisam ser guar-
“Copiar”; dados com 100% de certeza de que não sofrerão danos
• Clique na unidade correspondente ao dispositivo no com o passar do tempo devem ser becapeados em CDs. A
lado esquerdo do “Windows Explorer”; maioria dos computadores atuais inclui uma unidade para
• Clique com o botão direito do mouse no espaço em gravar em CD-RW. O CD-ROM é a forma mais segura de
branco do lado direito, e escolha “Colar”; fazer grandes backups. Cada CD armazena até 700 Mb e,
por ser uma mídia ótica, onde os dados são gravados de
Selecionando Vários Arquivos maneira física, é muito mais confiável que mídias magnéti-
cas sujeitas a interferências elétricas.
• Para selecionar vários arquivos ou pastas, após sele-
cionar o primeiro segure a tecla “Ctrl” e clique nos outros DVD-RW
arquivos ou pastas desejadas. Todos os arquivos (ou pas-
tas) selecionados ficarão destacados. A capacidade de armazenamento é muito maior, nor-
malmente entre 4 e 5 gibabytes.
Fazendo Backup do seu Outlook
Pen Drive
Todos sabem do risco que é não termos backup dos
nossos dados, e dentre eles se inclui as informações que São dispositivos bastante pequenos que se conectam a
guardamos no OUTLOOK. uma porta USB do seu equipamento.
Já imaginou ter que entrar com todos os contatos no- São muito portáteis, frequentemente são do tipo “cha-
vamente? E seus compromissos no calendário? Pior, como veiro”, ideais para backups rápidos e para mover arquivos
é que vai recuperar as mensagens de e-mail que você tinha entre máquinas.
guardado? Você deve escolher um modelo que não seja muito frá-
Como fazer o backup das informações do Outlook, não gil.
é uma atividade muito simples (pelo menos não há nele
nada automatizado), listamos aqui algumas maneiras de HD Externo
executar este backup e se garantir contra qualquer proble-
ma! Exemplo para Outlook. O HD externo funciona como um periférico, como se
1 - Copie todas as mensagens para uma pasta separa- fosse um Pen Drive, só que com uma capacidade infinita-
da (com isso você terá feito o backup das mensagens) mente maior.
2 - Vá em Ferramentas -> Contas lá selecione todas as
contas que deseja salvar e selecione Exportar. Cada conta Backups utilizando o Windows
será salva com a extensão (IAF) na pasta que você quiser.
3 - Para exportar todos os seus contatos, abra o seu Fazer backups de sua informação não tem que ser um
catálogo de endereços do seu Outlook, então clique em trabalho complicado. Você pode simplesmente recorrer ao
Arquivo -> Exportar -> Catálogo de endereços (WAB). Com método Copiar e Colar, ou seja, aproveitar as ferramentas
esse procedimento todos os seus contatos serão armaze- dependendo da versão do Sistema Operacional (Windows,
nados num arquivo de extensão (WAB) com o nome que Linux, etc.) que você utiliza.
você quiser e na pasta que você quiser.
4 - Para as assinaturas é simples, basta copiar o con- Cópias Manuais
teúdo de cada assinatura que você utiliza em arquivos de
texto (TXT) separados. Depois você poderá utilizar as suas Você pode fazer backups da sua informação com estes
assinaturas a partir dos arquivos que criou. passos simples:
5 - Para as regras (ou filtros), você deverá ir em Ferra- 1. Clique com o botão direito sobre o arquivo ou pasta
mentas -> Assistente de Regras -> Clicar em OPÇÕES -> de que seja fazer backup e depois clique na opção “Copiar”
Clicar em Exportar Regras. Será salvo um arquivo com a no menu exibido. 2. Agora marque a unidade de backup,
extensão RWZ. Fazer todos esses procedimentos é mais clique com o botão direito sobre ela e escolha “Colar” no
trabalhoso, porém muito mais seguro. menu exibido. Você pode marcar a unidade de backup ao
Outra solução, é utilizar programas específicos para localizá-la no ícone “Meu Computador”, ou seja, como uma
backup do Outlook. das unidades do Windows Explorer.

241
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Isso é tudo. Não se esqueça de verificar o backup para Recomendações para proteger seus backups
se certificar que ele coube na unidade de backup e o man-
tenha protegido. Fazer backups é uma excelente prática de segurança
básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você
Utilizando a ferramenta inclusa no Windows XP esteja a salvo no dia em que precisar deles:
Professional. 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório,
Se você trabalha com o Windows XP Professional, você e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên-
dispõe de uma ferramenta muito útil que se encarrega de dios, como os cofres onde você guarda seus documentos e
fazer os backups que você marcar. Siga estes passos para valores importantes.
utilizá-la: 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man-
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra- tenha em lugares separados.
mas”. 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas
3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é
de Sistema”. 3. Escolha a opção “Backup”.
melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique (quase todos os programas de backup contam com essa
em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um opção), assim você não desperdiça espaço útil.
guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode 4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira
obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês). que sua informação fique criptografada o suficiente para
Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so- importante para seus entes queridos, implemente alguma
bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”. forma para que eles possam saber a senha se você não
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu estiver presente.
sistema operacional.
*texto adaptado do material disponivel em:
Para utilizar a ferramenta de backups no Windows https://www.vivaolinux.com.br/linux/
XP Home Edition www.petropolis.rj.gov.br/intranet/images/intro_linux
http://www.paulobarbosa.com.br/downloads/grupos.
Se seu PC tem o Windows XP Home Edition, você pre- pdf
cisa adicionar a ferramenta de backups que vem no seu CD
original seguindo estes passos: QUESTÕES GERAIS
1. Insira o CD do Windows XP (ou o que veio com seu
equipamento se ele foi pré-carregado) na unidade de CD.
1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi-
Se a tela de apresentação não aparecer, dê um clique duplo
sobre o ícone da unidade de CD dentro de “Meu Compu- nale a opção correta.
tador”. (A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve
2. Na tela de apresentação, escolha a opção “Executar ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con-
tarefas adicionais”. trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos
3. Clique em “Explorar este CD”. relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema opera-
4. O Windows Explorer se abrirá. Localize a pasta cional.
“ValueAdd” e dê um clique duplo sobre ela, depois em Msft (B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e
e depois em NtBackup. DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos
5. Agora, dê um clique duplo sobre o arquivo NtBackup. diretórios de programas instalados na máquina em uso.
msi para instalar a ferramenta de backup. (C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de
Nota: Ao terminar a instalação, é provável que seja so- um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha
licitado que você reinicie seu equipamento. da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá-
Para utilizar a ferramenta, siga estes passos: rios possivelmente cadastrados nessa máquina.
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra- (D) O Windows oferece um conjunto de acessórios
mas”. disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre
2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
de Sistema”.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo-
3. Escolha a opção “backup”.
tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na
em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um máquina e, em seguida, desligar o computador.
guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode
obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês). Comentários: Para desinstalar um programa de forma
Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so- remover programas
bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”. Resposta – Letra A
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu
sistema operacional.

242
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in- Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e co-
formações estão contidas em arquivos de vários formatos, lado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será:
que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de (A) 7
mídias removíveis do computador, organizados em: (B) 56
(A) telas. (C) 448
(B) pastas. (D) 511
(C) janelas. (E) uma mensagem de erro
(D) imagens.  
(E) programas. Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando
copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos
Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova po-
bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada sição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser
mais são do que compartimentos que ajudam a organizar copiada de D1 para D3:
os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
sistema de armário e gavetas.
Resposta: Letra B

3- Um item selecionado do Windows XP pode ser ex-


cluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pres-
sionando-se simultaneamente as teclas
(A) Ctrl + Delete.
(B) Shift + End.
(C) Shift + Delete.
(D) Ctrl + End.
(E) Ctrl + X. Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para so-
mar todas as células de A3 até C3(dois pontos significam
Comentário: Quando desejamos excluir permanente- ‘até’), sendo assim teremos que somar A3,  , B3, C3 obten-
mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes do-se o resultado 448.
para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun- Resposta: C.
to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem
do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente-
mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que 6- “O correio eletrônico é um método que permite
deseja enviar este arquivo para a lixeira?”. compor, enviar e receber mensagens através de sistemas
Resposta: C eletrônicos de comunicação”. São softwares gerenciadores
de email, EXCETO:
4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de A) Mozilla Thunderbird.
arquivos, sem que haja perda de informação? B) Yahoo Messenger.
(A) Compactação C) Outlook Express.
(B) Deleção D) IncrediMail.
(C) Criptografia E) Microsoft Office Outlook 2003.
(D) Minimização
(E) Encolhimento adaptativo Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de
e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos
Comentários: A compactação de arquivos é uma téc- memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrô-
nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados nico podem funcionar por meio de um software instalado
podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem- em nosso computador local ou por meio de um progra-
plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar, ma que funciona dentro de um navegador, via acesso por
SolusZip, etc. Internet. Este programa da Internet, que não precisa ser
Resposta: A instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel: Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando
está desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local);
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo
tempo;
Maiores Desvantagens:
• Ocupam espaço em disco;

243
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Compatibilidade com os servidores de e-mail 8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do


(nem sempre são compatíveis). ambiente MS Office, assinale a opção correta.
A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em ne- (A) Ao se clicar no nome de um documento gravado
grito os mais conhecidos e utilizados atualmente): com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Win-
Microsoft Office Outlook dows ativa o MS Access para a abertura do documento em
Microsoft Outlook Express; tela.
Mozilla Thunderbird; (B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas
IcrediMail ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL
Eudora + V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de
Pegasus Mail todos os aplicativos da suíte MS Office.
Apple Mail (Apple) (C) A opção Salvar Como, disponível no menu das apli-
Kmail (Linux) cações do MS Office, permite que o usuário salve o docu-
Windows Mail mento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso,
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, a versão antiga do documento é apagada e só a nova ver-
ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o são permanece armazenada no computador.
gabarito da questão. (D) O menu Exibir permite a visualização do documen-
Resposta: B. to aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS
7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e cor- Word para ser aberto no MS PowerPoint.
reio eletrônico, analise: (E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a ela-
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos boração de apresentações de slides que utilizem conteúdo
navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Goo- e imagens de maneira estruturada e organizada.
gle Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet
(Exemplo: http://www.google.com.br). Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
II. Download significa descarregar ou baixar; é a trans- mandos universais dos programas da Microsoft como é o
ferência de dados de um servidor ou computador remoto caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do
para um computador local. localizar.
III. Upload é a transferência de dados de um computa-
Em relação às outras letras:
dor local para um servidor ou computador remoto.
Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail signifi-
Excel e não o Access
ca movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a
Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma
um destinatário, com endereço eletrônico.
cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de
A) I, II, III, IV
exibição do documento dentro do contexto de cada pro-
B) I, II
C) I, II, III grama e não de um programa para o outro como é o caso
D) I, II, IV da afirmativa.
E) I, III, IV Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur- de slides e sim o Ms Power Point.
so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de Resposta: B
página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais
conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro. 9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assi-
É comum confundir os itens II e III, por isso memorize: nale a opção correta.
down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e (A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla
III são verdadeiros. a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre
na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem na
barra de endereços do navegador: http://intranet.com.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma
rede local, pois sua função é conectar um computador à
rede de telefonia fixa.
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina
denominada cliente requisita serviços a outra, denominada
servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet.
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que ar-
mazena os nomes dos usuários que possuem permissão de
No item IV encontramos o item falso da questão, o que acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet.
nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men- Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado
sagem de e-mail significa copiar e não mover! em termos de internet pois não é tão robusto quanto re-
Resposta: C. des P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda do

244
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

servidor central impede o acesso aos usuários clientes, no 11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor-
segundo mesmo que um servidor “caia” outros servidores reta.
ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo que (A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas-
o download continue. Ex: programas torrent, Emule, Lime- tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o
ware, etc. Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão
Em relação às outras letras: Iniciar do Windows.
letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve (B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal-
para localizar e identificar conjuntos de computadores na vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de
Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na- modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de
vegador. Modos de Exibição.
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma
oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para
forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede
acesso direto a elas.
é restrito a uma rede local e não a internet como um todo. (D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu- a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
acessar redes locais. (E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutu-
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com- ra de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de bus-
putação que fornece serviços a uma rede de computado- ca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de
res. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/ máquinas ligadas à Internet.
ou restringe acessos.
Resposta: D Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui-
10- Com relação à Internet, assinale a opção correta. vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
(A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Inter- ras e Detalhes.
net, pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde Resposta: B
está localizada tal máquina.
(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários Atenção: Para responder às questões de números
se conectarem a uma mesma máquina simultaneamente, 12 e 13, considere integralmente o texto abaixo:
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão
como no caso de salas de bate-papo.
deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do
(C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebi-
órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial
mento de arquivos na Internet. de computadores.
(D) Quando se digita o endereço de uma página web, Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve-
o termo http significa o protocolo de acesso a páginas em rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns
formato HTML, por exemplo. artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va-
correio eletrônico envia uma mensagem com anexo para lores e totais.
outro destinatário de correio eletrônico. Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de-
Comentários: Os itens apresentados nessa questão es- vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
tão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às
protocolos mais comuns: informações guardadas.
- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car- Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas
regamento de páginas de Hipertexto –  HTML na internet visando o atendimento do nível de qualidade da
- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma informação prestada à sociedade, pelo órgão.
máquina na rede O ambiente operacional de computação disponível para
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimen- realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do
to de emails direto no PC via gerenciador de emails MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio
eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa-
utilizadas atualmente.
drão de envio de emails
Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhan- CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla-
te ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme-
a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa- lhantes.
gens de email direto no servidor.
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe- 12- As células que contêm cálculos feitos na planilha
rência de arquivos eletrônica,
Resposta: D (A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão
resultados diferentes do original.
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos.

245
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

(C) somente podem ser copiadas para o editor de tex- 15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
tos dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco co- Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
lunas. gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
(D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
a uma. chado, o resultado obtido será
(E) quando integralmente selecionadas, copiadas e
“coladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de
tabela.
 
Comentários: Sempre que se copia células de uma pla-
nilha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam
como uma tabela simples, onde as fórmulas são esqueci-
das e só os números são colados.
Resposta: E
Resposta: “C”
13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio
do correio eletrônico, deve considerar as operações de
(A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços Comentários:
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos en- e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere- alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”. formatações foi o item c.
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos en-
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. 16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere- Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en-
  tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao
Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo cliente, respectivamente, um
correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou (A) download e um upload
seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos (B) downgrade e um upgrade
os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no (C) downfile e um upfile
campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sa- (D) upgrade e um downgrade
bendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que aten- (E) upload e um download
de a segurança solicitada no enunciado.
Resposta: A Resposta: “E”.
14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio Comentários:
de arquivos em lotes, também denominados scripts, o  Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
shell de comando é um programa que fornece comuni- Upload – Carregar para cima (enviar).
cação entre o usuário e o sistema operacional de forma
Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)
direta e independente. Nos sistemas operacionais Win-
17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)
dows XP, esse programa pode ser acessado por meio de
Assinale a alternativa que contém os nomes dos menus
um comando da pasta Acessórios denominado
(A) Prompt de Comando do programa Microsoft Word XP, em sua configuração
(B) Comandos de Sistema padrão, que, respectivamente, permitem aos usuários:
(C) Agendador de Tarefas (I) numerar as páginas do documento, (II) contar as pa-
(D) Acesso Independente lavras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho
(E) Acesso Direto ao texto em edição.
a) Janela, Ferramentas e Inserir.
Resposta: “A” b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
c) Formatar, Editar e Janela.
Comentários d) Arquivo, Exibir e Formatar.
Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe- e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.
rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do Resposta: “B”
MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros coman- Comentário:
dos do computador. O mais importante é o fato de que, ao • Ação numerar - “INSERIR”
digitar comandos, você pode executar tarefas no computa- • Ação contar paginas - “FERRAMENTAS”
dor sem usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de • Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”
Comando é normalmente usado apenas por usuários avan-
çados.

246
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011) Comentário:


Passo 1
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1

Passo 2
que foi propagada pela alça de preenchimento para A2 e A3
a) 3, 0 e 7.
b) 5, 0 e 7.
c) 5, 1 e 2.
d) 7, 5 e 2.
e) 8, 3 e 4.

Resposta: “C”

Comentário:
Expressão =MÉDIA(A1:A3)
São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é
dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
Expressão =MENOR(B1:B3;2)
Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número, Click na imagem para melhor visualizar
que seria o número 1. Para facilitar coloque esses números
em ordem crescente. Passo 3
Expressão =MAIOR(C1:C3;3) Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número, propagação, o resultado
que seria o número 2. Para facilitar coloque esses números
em ordem decrescente.

19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II)

20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No Po-


werPoint 2007, a inserção de um novo comentário pode
a) 1 ser feita na guia
b) 2 a) Geral.
c) 3 b) Inserir.
d) 4 c) Animações.
e) 5 d) Apresentação de slides.
e) Revisão.
Resposta: “D” Resposta: “E”

247
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Comentário: Você pode usar a régua para definir tabulações manuais


no lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.
Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do do-
cumento não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir
Régua no topo da barra de rolagem vertical.
É possível definir tabulações rapidamente clicando no
seletor de tabulação na extremidade esquerda da régua
até que ela exiba o tipo de tabulação que você deseja. Em
seguida, clique na régua no local desejado.
Uma tabulação Direita define a extremidade do texto
à direita. Conforme você digita, o texto é movido para a es-
21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbi- querda.
to das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy. Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de
zzz.br. O domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em um ponto decimal. Independentemente do numero de dígi-
inglês) utilizado para classificar o tipo de instituição, no tos, o ponto decimal ficará na mesma posição.
exemplo dado acima, é o Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere
a) protocolo. uma barra vertical na posição de tabulação.
b) xxx.
c) zzz.
d) yyy. 23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012)
e) br. Uma planilha do Microsoft Excel, na sua configuração
padrão, possui os seguintes valores nas células: B1=4,
Resposta: “C” B2=1 e B3=3. A fórmula =ARRED(MÍNIMO(SOMA
Comentários: (B1:B3)/3;2,7);2) inserida na célula B5 apresentará o se-
a) protocolo. protocolo HTTP guinte resultado:
b) xxx. o nome do domínio (A) 2
c) zzz. o tipo de domínio (B) 1,66
d) yyy. subdomínios (C) 2,667
e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio (D) 2,7
(E) 2,67
22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Resposta: E
Analise a régua horizontal do Microsoft Word, na sua
configuração padrão, exibida na figura. Comentário:

Assinale a alternativa que contém apenas os indica-


dores de tabulação.
(A) II, III, IV e V.
(B) III e VI.
(C) I, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II e VI.
Resposta: D
Comentário:

248
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Comentário:
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das
pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca-
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil
para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza-
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)

25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao

se clicar em , localizado abaixo do menu Favori-

tos, será fechado


Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrin-
(A) o Meu computador.
chadas no exemplo acima (arredondamento, mínimo e soma-
(B) o Disco Local (C:).
tório) em uma única questão. A função ARRED é para arre-
(C) o painel Pastas.
dondamento e pertence a mesma família de INT(parte inteira)
(D) Meus documentos.
e TRUNCAR (parte do valor sem arredondamento). A resposta
(E) o painel de arquivos.
está no item 2 que indica a quantidade de casas decimais.
Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra A, C ou D. A
Resposta: C
função SOMA efetua a soma das três células (B1:B3->B1 até
B3). A função MÍNIMO descobre o menor entre os dois valores
Comentário:
informados (2,66666 - dízima periódica - e 2,7). A função AR-
RED arredonda o número com duas casas decimais.
Considere a figura que mostra o Windows Explorer
do Microsoft Windows XP, em sua configuração origi-
nal, e responda às questões de números 24 e 25.

24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O


arquivo zaSetup_en se encontra
(A) no disquete.
Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/
(B) no DVD.
oculta o painel PASTAS.
(C) em Meus documentos.
(D) no Desktop.
(E) na raiz do disco rígido.
Resposta: E

249
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES ao tocar na tela de seu tablet, dispensando totalmente o


uso das inconvenientes canelas stykus. Possui saída mini
01. (POLÍCIA FEDERAL - PAPILOSCOPIS- HDMI, para curtir seus vídeos favoritos da internet ou de
TA DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE/2012) - Acer- seu computador, na sua televisão ou projetor, com entrada
ca de conceitos de hardware, julgue o item seguinte. HDMI. Além de acompanhar um lindo case com teclado
Diferentemente dos computadores pessoais ou PCs para utilização de tablet comparada com a de um note-
tradicionais, que são operados por meio de teclado e book com grande performance.
mouse, os tablets, computadores pessoais portáteis, - Modelo: PHASER KINNO.
dispõem de recurso touch-screen. Outra diferença entre - Capacidade: 4GB. Expansível para 32GB via Micro SD.
esses dois tipos de computadores diz respeito ao fato - Memória: 512MB.
de o tablet possuir firmwares, em vez de processadores, - Tela:7 Polegadas capacitiva, sensível ao toque.
como o PC. - Câmera:frontal 2 megapixels.
( ) Certo - Conectividade: Wi-Fi - LAN 802.11b/g/n.
( ) Errado - Processador:Allwinner A10 de 1.0~1.2 Ghz.
- Sistema Operacional:Android 2.3.4.
Firmwares não são hardwares, e sim códigos de pro-
gramação existentes no próprio hardware, inclusos em
chips de memória (ROM, PROM, EPROM, EEPROM, flash)
durante sua fabricação. Sua natureza, na maioria das vezes,
é não volátil, ou seja, não perde seus dados durante a au-
sência de energia elétrica, mas quando presentes em tipos
de memória como PROM ou EPROM, podem ser atualiza-
dos.
Por esse motivo, os firmwares não substituem proces-
sadores inteiros.
A seguir, veja alguns modelos de tablets e observe a
presença do processador em sua configuração:

Tablet Multilaser Diamond NB005 8GB Android 2.3


Tela 7 Polegadas
Wi-Fi HDMI
Informações técnicas
Marca: Multilaser
Capacidade :8 Gb. Memória expansível até 32 GB por
cartão micro SD.
Processador: Boxchip 1.5 GHz.
Sistema Operacional: Android. 2.3.
TV e vídeo: Somente vídeo: Vídeos suportados - MKV
(H.264HP), AVI, RM/BMVB, FLV eMPEG-1/2.
Tamanho da tela: 7 “. LCD Multi toque.
Resolução: 800 x 480.
Tablet Softronic PHASER KINNO 4GB Android 2.3.4 Wi-Fi:Sim.
Tela 7 Polegadas Resolução: 1.3 megapixels e filmadora digital.
Características do Produto Localização
Tablet 4GB - Softronic Sensores: Sensor de gravidade: gira a tela conforme a
APRESENTAÇÃO DO PRODUTO: Com o novo Phaserkin- posição do tablet.
no Plus, você possui muito mais interatividade e rapidez na
palma de suas mãos, graças ao seu poderoso processador Áudio Formatos suportados:
A10 de 1.2 Ghz, ele consegue ser totalmente multi-tarefas MP3, WMA, WAV, APE, AC3, FLAC e AAC.
para você que se desdobra em dez durante o seu dia a Duração aproximada da bateria:
dia, podendo ler um livro, escutar suas músicas e continuar - 06 horas reproduzindo vídeo ou wi-fi ligado;
acompanhando sua vida em redes sociais e sincronizando - 48 horas em standby.
e-mails. Tudo isso sem se preocupar com a lentidão do sis- Alimentação do Tablet:
tema. Para você que precisa estar conectado a todo o mo- Bateria recarregável.
mento, o PhaserKinno Plus ainda oferece suporte a modem
externo. Ele conta com uma tela touchscreen capacitiva de RESPOSTA: “ERRADO”.
7 polegadas que permite uma maior sensibilidade e leveza

250
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

02. (UFFS - TÉCNICO DE LABORATÓRIO ÁREA por esses conectores é a Plugand Play, onde basta conectar
INFORMÁTICA – FEPESE/2012)- São componentes de o dispositivo para que o sistema o reconheça precisando
hardware de um micro-computador: de poucos ou quase nenhum caminho de configuração
a. ( ) Disco rígido, patch-panel, BIOS, firmware, para poder utilizá-lo.
mouse. O tipo de memória que o pendrive utiliza - me-
b. ( ) RJ-11, processador, memória RAM, placa de mória flash - é do tipo EEPROM (Electrically-
rede, pen-drive. ErasableProgrammableRead-OnlyMemory), uma
c. ( ) Memória ROM, placa de vídeo, BIOS, proces- memória não volátil, ou seja, não depende da
sador, placa mãe. permanência de energia elétrica para manter os dados,de
d. ( ) Memória RAM, Memória ROM, Disco rígido, leitura e gravação. Os chips de memória flash ocupam pou-
processador, placa e rede. co espaço físico, mas grande poder de armazenamento.
e. ( ) Memória RAM, BIOS, Disco rígido, processa- Veja imagens de pendrives:
dor, placa de rede.

Já vimos a respeito de Memória RAM, Memória ROM,


Disco Rígido e Processador.
Placa de rede é um hardware especificamente proje-
tado para possibilitar a comunicação entre computadores.

Tipos de pendrive

Placa de rede RESPOSTA: “D”.

RESPOSTA: “D”. 04. (ANE - ANALISTA EDUCACIONAL – NÍVEL I –


GRAU A – INSPETOR ESCOLAR – FCC/2012) - Marco Au-
03. (TRE - ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) - rélio estava digitando um documento na sala dos pro-
Em relação a hardware e software, é correto afirmar: fessores da escola ABCD quando uma queda de energia
a) Para que um software aplicativo esteja pronto fez com que o computador que usava desligasse.
para execução no computador, ele deve estar carregado Após o retorno da energia elétrica, Marco Aurélio
na memória flash. ligou o computador e percebeu que havia perdido o
b) O fator determinante de diferenciação entre um documento digitado, pois não o havia gravado. Como
processador sem memória cache e outro com esse re- tinha conhecimentos gerais sobre informática, concluiu
curso reside na velocidade de acesso à memória RAM. que perdera o documento porque, enquanto estava di-
c) Processar e controlar as instruções executadas no gitando, ele estava armazenado em um dispositivo de
computador é tarefa típica da unidade de aritmética e hardware que perde seu conteúdo quando o computa-
lógica. dor desliga. O nome desse dispositivo é
d) O pendrive é um dispositivo de armazenamento a) memória RAM.
removível, dotado de memória flash e conector USB, b) HD.
que pode ser conectado em vários equipamentos ele- c) memória ROM.
trônicos. d) pen drive.
e) Dispositivos de alta velocidade, tais como discos
rígidos e placas de vídeo, conectam-se diretamente ao RAM – Randon AcessMemory, ou Memória de Acesso
processador. Randômico, é um hardware considerado como memória
O pendrive, por ser um dispositivo portátil, de grande primária, volátil. Ela mantém os dados armazenados en-
poder de armazenamento e conector USB (Universal Serial quanto estes estão à disposição das solicitações do proces-
Bus) que permite sua rápida aceitação em vários disposi- sador, mantendo-os através de pulsos elétricos. As infor-
tivos de hardware, popularizou-se rapidamente. Hoje, en- mações mantidas nesse tipo de memória são informações
contramos pendrives de vários GBs, como 2, 4, 8, 16 e até que estão em uso em um programa em execução, como
512GB. no caso de textos que estão sendo digitados e não foram
A tecnologia USB está sendo largamente utilizada para salvos no disco rígido ainda. Como as informações são
padronizar entradas e conectores, possibilitando um mes- mantidas por pulsos elétricos, caso haja falta de energia,
mo tipo de conector para diversos tipos de equipamentos seja pelo desligamento do computador, seja por uma
como mouses, teclados, impressoras e outros. Por esse mo- queda brusca que cause o desligamento inesperado do
tivo, os equipamentos atuais possuem uma grande quan- equipamento, os dados presentes nesse tipo de memória
tidade de conectores USB. Além disso, a tecnologia usada serão perdidos.

251
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Veja a seguir imagens ilustrativas da memória RAM. (D)O estabilizador é um equipamento eletrônico exter-
no ao gabinete do computador, onde os demais cabos de
energia da máquina são ligados. Geralmente, o estabiliza-
dor é ligado diretamente na rede elétrica e tem a função de
estabilizar a tensão desta para evitar danos ao equipamen-
to devido às variações e picos de tensão.
(E)BIT é a sigla para BinaryDigit, ou Dígito Binário, que
pode ser representado apenas pelo 0 ou pelo 1 (verdadeiro
ou falso) que representam a menor unidade de informação
transmitida na computação ou informática.

RESPOSTA: “C”.

06. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN-


CEIRA – FCC/2012) - O processador do computador (ou
CPU) é uma das partes principais do hardware do com-
Tipos de memória RAM putador e é responsável pelos cálculos, execução de ta-
refas e processamento de dados. Sobre processadores,
RESPOSTA: “A”. considere:
I. Contém um conjunto restrito de células de me-
05. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN- mória chamados registradores que podem ser lidos e
CEIRA – FCC/2012) - Sobre os computadores é correto escritos muito mais rapidamente que em outros dispo-
afirmar: sitivos de memória.
a) O BIOS é um software armazenado em um chip II. Em relação a sua arquitetura, se destacam os mo-
de memória RAM fixado na placa mãe. Tem a função de delos RISC (ReducedInstruction Set Computer) e CISC
armazenar o Sistema Operacional. (ComplexInstruction Set Computer).
b) A fonte de alimentação transforma a tensão elé- III. Possuem um clock interno de sincronização que
trica que entra no computador, de 240 V para 110 V, define a velocidade com que o processamento ocorre.
pois os componentes internos suportam apenas a ten- Essa velocidade é medida em Hertz.
são de 110 V. Está correto o que se afirma em
b) Barramentos são circuitos integrados que fazem
a transmissão física de dados de um dispositivo a outro. a) III, apenas.
d) Quando o sistema de fornecimento de energia b) I e II, apenas.
falha, um estabilizador comum tem como principal ob- c) II e III, apenas.
jetivo manter o abastecimento por meio de sua bateria d) II, apenas.
até que a energia volte ou o computador seja desligado. e) I, II e III.
e) Um bit representa um sinal elétrico de exatos 5
V que é interpretado pelos componentes de hardware O processador é um chip que executa instruções inter-
do computador. nas do computador (em geral, operações matemáticas e
lógicas, leitura e gravação de informações). Todas as ações
(A)BIOS é a sigla do termo Basic Input/Output System, estão presentes na memória do computador e requisitadas
ou Sistema Básico de Entrada/Saída. É um software grava- pelo sistema. A velocidade do processador é medida em
do na memória não volátil ou memória ROM, que é a sigla ciclos denominados clocks e sua unidade é expressa atra-
para ReadOnlyMemory, ou Memória de Somente Leitura, vés de Hz.
que não altera ou perde os dados com o desligamento ou Os registradores são unidades de memória que repre-
ausência de energia do computador. Esse software não ar- sentam o meio mais caro e rápido de armazenamento de
mazena o Sistema Operacional. É o primeiro software que dados. Por isso são usados em pequenas quantidades nos
é executado quando ligamos o computador. processadores.
(B)A fonte de alimentação do computador é um equi- Quanto às arquiteturas RISC e CISC, podemos nos valer
pamento eletrônico, fixada ao gabinete e ligada aos conec- das palavras de Nicholas Carter, em seu livro Arquitetura
tores da placa mãe e alguns drives. Fornece energia aos de Computadores, editora Bookman:
demais componentes da máquina. Ela transforma a cor- ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento, en-
rente elétrica alternada (que tem o sentido variável com quanto que a maior parte das arquiteturas CISC permite que
o tempo) em uma corrente constante ao longo do tempo. outras operações também façam referência à memória.
(C)Os barramentos são como vias de tráfego presentes Podemos citar também o autor Rogério Amigo De Oli-
na placa mãe, por onde sinais elétricos (representando da- veira, que em seu livro Informática – Teoria e Questões de
dos) podem percorrer toda sua extensão se comunicando Concursos com Gabarito, editora Campus, fala a respeito do
com todos os dispositivos. clock, da seguinte maneira:

252
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Em um computador, a velocidade do clock se refere ao Dizemos que um computador está travado quando sua
número de pulsos por segundo gerados por um oscilador tela fica estática, impossibilitando abertura, fechamento ou
(dispositivo eletrônico que gera sinais), que determina o execução de qualquer tarefa no computador. Um trava-
tempo necessário para o processador executar uma instru- mento aleatório é aquele que não ocorre sempre em um
ção. Assim para avaliar a performance de um processador, mesmo programa ou em determinado momento do traba-
medimos a quantidade de pulsos gerados em 1 segundo e, lho do computador.
para tanto, utilizamos uma unidade de medida de frequên- I – O processador é a peça do computador responsável
cia, o Hertz. pela execução lógica e aritmética das tarefas e operações
de busca, leitura e gravação de dados do computador. A
RESPOSTA: “E”. entrada e saída contínua de informações transformadas
em linguagem de máquina e os registradores presentes no
07. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN-
CEIRA – FCC/2012) - O armazenamento de informações processador são todos mantidos por pulsos elétricos e o
em computadores é feito pela utilização de dispositivos aquecimento é resultado da aceleração dos processadores.
chamados de memória, que as mantêm de forma volátil Processadores mais velozes tendem a ser mais aquecidos.
ou permanente. Entre esses dispositivos, está a memó- Por esse motivo os processadores são utilizados sob pastas
ria RAM ou memória térmicas e coolers, que são apropriados para cada tipo de
a) magnética. processador. O aquecimento do processador pode causar
b) secundária. travamentos e inclusive o desligamento inesperado da
c) cache. máquina.
d) principal. II- A memória RAM é o hardware responsável pelo
e) de armazenamento em massa. armazenamento temporário das informações que serão
usadas pelo computador. Essas informações também são
A memória RAM, sigla de Random Access Memory, mantidas por pulsos elétricos, o que faz com que se per-
ou memória de acesso randômico, é um dispositivo cam caso haja a interrupção no fornecimento de energia.
eletrônico de armazenamento temporário de dados Vários erros no sistema são causados por defeitos na me-
que permite a leitura e escrita, ou seja, as informações mória RAM como a “tela azul”, a reinicialização inesperada
ocupam lugar nessa memória enquanto aguardam serem do sistema e travamentos aleatórios. Um dos motivos des-
usadas pelo processador. Os dados da memória RAM são
ses travamentos ocorre quando o computador tenta gravar
representados por pulsos elétricos e são descartados assim
momentaneamente uma informação na RAM e não recebe
que o fornecimento de energia elétrica é interrompido,
seja pelo desligamento do computador, ou por uma queda permissão para essa tarefa devido a um defeito no local de
de energia. Por esse motivo, essas memórias também são locação da memória, ou quando a informação não conse-
chamadas de memórias voláteis. Devido a sua importância gue ser lida pelo processador.
para o funcionamento do computador, a memória RAM é III – Todo o funcionamento do computador é impulsio-
considerada um tipo de memória principal. Existem ainda nado pela eletricidade. Picos ou ausências dela causam de-
outros tipos de memórias que são consideradas desse feitos em hardware, problemas no funcionamento correto
grupo, como a memória ROM, sigla de ReadOnlyMemory, dos procedimentos computacionais e podem ocasionar os
ou memória de somente leitura, onde os dados são travamentos aleatórios.
geralmente gravados na fábrica e não são perdidos em
caso de ausência de energia. Por esse motivo, a memória RESPOSTA: “C”.
ROM é considerada memória não volátil. 09. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
RESPOSTA: “D”. São vários os fatores que causam a não detecção do HD
pelo Setup. Assim sendo, todas as alternativas abaixo
08. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM são responsáveis por esse defeito, EXCETO:
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- a) HD com defeito físico
Com relação aos fatores que podem levar ao travamen-
b) Defeito na placamãe
to aleatório em um computador:
c) Defeito no cabo de alimentação do HD
I. Aquecimento excessivo do processador;
II. Defeito na memória RAM; d) Defeito no cabo de dados do HD
III. Inconstância na rede elétrica; e) HD sem formatação
IV. Bateria da placamãe descarregada.
HD é a sigla para Hard Disk e representa o hardwa-
Dentre os fatores listados anteriormente, estão cor- re responsável pelo armazenamento das informações de
retos dados salvos pelo usuário, de programas instalados e até
a) apenas I, III e IV. informações presentes em memória virtual para posterior
b) apenas II, III e IV. uso em processamentos de informação.
c) apenas I, II e III. O HD é ligado por um cabo flat ao conector IDE da
d) apenas I e II. placa mãe. Além dessa conexão, há também a conexão do
e) apenas III e IV. cabo da fonte de alimentação de energia.

253
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se conectarmos um HD não formatado e ligarmos o CD é a sigla para CompactDisc, que pode ser um CD-
computador, a mensagem de detecção ocorrerá normal- -RCompactDiscRecordable) e CD-RW (CompactDiscRecor
mente, mas aparecerá outra mensagem que indica que não dableRewritable),respectivamente gravado uma única vez
há sistema operacional instalado. e depois apenas lido e gravado e regravado.
A informação de quantos minutos a reprodução terá
RESPOSTA: “E”. em um CD de 650 MB pode ser conseguida através dos
seguintes dados:
10. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- X = 150 KB por segundo
Quando o computador começa a exibir a mensagem de 1Byte= 8 bits
erro “CMOS CHECKSUM FAILURE” após ser ligado, sig- 1kiloByte ( kb ) = 1 024 Bytes
nifica que o usuário deve realizar 1megaByte(Mb) = 1 024 kb = 1 048 576 Bytes
a) a substituição da RAM. 1 gigaByte (Gb) = 1 024 Mb = 1 073 741 824 Bytes
b) a troca da bateria da placamãe. 1 teraByte (Tb) = 1 024 Gb = 1 099 511 627 776 Bytes
c) a formatação do HD. 1 petaByte (Pb) = 1 024 Tb = 1 125 899 906 842 624
d) a inicialização do computador. Bytes
e) a operação de Boot pelo CD. 650 MB = 665600 kb
665600/150=4437,33 (dados gravados por segundo).
CMOS é a sigla para Complementary Metal Oxide Se-
miconductor, uma tecnologia usada em semicondutores Um minuto tem 60 segundos, então,4437,33/60=
que requerem pouquíssima energia. O termo se popula- 73,9555 que, aproximando e devido à dízima periódica,
rizou com o significado de uma pequena área de arma- será equivalente a 74 minutos.
zenamento em que o sistema controla determinados pa-
râmetros de hardware como, por exemplo, o tamanho do RESPOSTA: “D”.
disco rígido, o número de portas seriais que o computador
possui e assim por diante. 12. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO
Checksum é um controlador de erro que funciona rea- MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)
lizando soma e conferência de bits. - Qual das alternativas abaixo representa um compo-
Failure significa falha. nente básico do computador que a todo instante tem
Então, com a mensagem CMOS CHECKSUM FAILURE, seu conteúdo alterado e descartado quando não está
nós temos a informação de que houve uma falha na checa- mais energizado?
gem dos dados que o CMOS é responsável por armazenar. a) Memória USB Flash Drive.
Esses dados são preservados pela bateria da placa mãe e b) Memória ROM.
por esse motivo sua troca pode resolver o problema. c) HD.
d) Memória RAM.
e) Processador.

Memória RAM, que é uma das memórias principais do


computador, conhecida pela sua capacidade de armazena-
mento temporário das informações que serão usadas pelo
processador; mantém seu conteúdo por pulsos elétricos e
por isso os perde quando há a interrupção de energia. Pelo
mesmo motivo é conhecida como memória volátil.

RESPOSTA: “D”.
Bateria de placa mãe

RESPOSTA: “B”.

11. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM


MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
Assinale a alternativa correta, que especifica o tempo
de reprodução de um CD, cuja capacidade de armaze-
namento é de 650 MB:
a) 70 min
b) 76 min
c) 80 min
d) 74 min
e) 84 min

254
ATUALIDADES

Política. Economia. Cidadania e direitos humanos. Educação e saúde. Tecnologias da informação e comunicação. Cultura,
esporte e lazer. Meio ambiente. Infraestrutura e urbanismo...........................................................................................................................01
ATUALIDADES

O esquema de corrupção no setor de Energia e Gás da


Diretoria de Engenharia da Petrobras foi detalhado por repre-
POLÍTICA. ECONOMIA. sentantes do MPF, da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal,
CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS. em entrevista coletiva, nesta manhã (4), em Curitiba.
EDUCAÇÃO E SAÚDE. TECNOLOGIAS DA Segundo as investigações, o ex-gerente da Petrobras Mar-
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. CULTURA, cio de Almeida Ferreira, preso nesta manhã no Rio de Janeiro,
ESPORTE E LAZER. MEIO usou a repatriação para “esquentar” cerca de R$ 48 milhões
AMBIENTE. INFRAESTRUTURA E proveniente de propinas que estavam depositados em contas
URBANISMO. nas Bahamas.
O procurador Diogo Castor de Mattos, integrante da for-
ça-tarefa da Lava Jato no MPF, disse que Ferreira fez a re-
gularização dos recursos ilícitos no final do ano passado. “Ele
POLÍTICA declarou que esses valores, em tese, teriam sido angariados da
venda de um imóvel, pagou tributo de cerca de R$ 14 milhões
Comissão da OAB-RJ aprova pedido de impeach- e, dessa forma, ‘esquentou’ o dinheiro que, certamente, tem
ment de Pezão origem em propina proveniente da Petrobras”, contou Mattos.
O MPF não descarta que a prática tenha sido replicada por
A Comissão de Direito Constitucional da Ordem dos Ad- outros agentes criminosos.
vogados do Brasil seção Rio de Janeiro (OAB-RJ) aprovou hoje “Eles usaram a legislação para lavar dinheiro. Isso é usar a
(4) o pedido de impeachment do governador Luiz Fernando lei para legalizar corrupção. Precisamos combater essa prática
Pezão e encaminhou a matéria ao conselho da instituição para e abrir a caixa-preta da Lei de Repatriação”, afirmou o pro-
decisão final. curador da República Carlos Fernando dos Santos Lima. Ele
O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, disse que a também destacou a “ousadia” dos criminosos, que receberam
questão foi encaminhada ao conselho porque existem alterna- pagamentos de propina até meados de 2016, em pleno anda-
tivas ao impeachment, que devem ser consideradas. Segundo mento da Operação Lava Jato.
Santa Cruz, alguns conselheiros defendem intervenção fede- As investigações contabilizaram ao menos 15 contratos
ral e outros, uma ação de improbidade que afastaria tanto o usados para pagamento de propina envolvendo as empresas
governador quanto o vice, Francisco Dornelles. “O conselho, de consultoria Liderrol e Arxo, que também foram alvos da
agora politicamente, vai tomar a decisão.” operação de hoje. A PF afirmou que estes contratos foram re-
velados durante a delação premiada de Edison Krummenauer,
De acordo com Santa Cruz, a Comissão de Direito Consti-
ex-gerente de Empreendimentos da área de Gás e Energia da
tucional apenas mostrou que, tecnicamente, existem elemen-
Petrobras.
tos que justificam o pedido de impedimento.
“Estes contratos foram minuciosamente detalhados pelo
No próximo dia 12, a OAB-RJ reunirá o que Santa Cruz
colaborador. Contratos em que ele afirma que recebeu pro-
chamou de “conselhão da sociedade civil”, para discutir a si-
pina para agilizar procedimentos, aprovar aditivos, ou seja, o
tuação de calamidade no estado do Rio. “Não adianta o go-
modus operandi que a gente já viu no curso da Operação
verno federal e o governo estadual ficarem nesse jogo de em- Lava Jato”, afirmou a delegada da Polícia Federal Renata da
purra, com medidas ofensivas até, como foi o envio de apenas Silva Rordigues.
100 soldados para o Rio de Janeiro nesta semana. A sociedade Além de Marcio de Almeida Ferreira, foram presos ex-ge-
civil vai dizer o seu basta”, afirmou o advogado. rente da Petrobras, Maurício de Oliveira Guedes, e dois repre-
No dia 18, o conselho seccional da Ordem se reunirá para sentantes das empresas Liderrol e Arxo, Marivaldo do Rozário
definir o melhor encaminhamento político-jurídico para o caso. Escalfoni e Paulo Roberto Gomes Fernandes. A PF informou
Caso o conselho aprove o pedido de impeachment, este que os quatro serão levados a Curitiba ainda nesta quinta-
será encaminhado à Assembleia Legislativa, explicou Santa feira.
Cruz. Se o conselho optar pelo pedido de intervenção federal, O nome desta nova fase da Operação Lava Jato - Asfixia
o tema será levado a exame da Procuradoria-Geral da Repú- - é referência à tentativa de cessar as fraudes e o desvio de
blica. No caso de ação de improbidade, esta será ajuizada no recursos públicos em áreas da estatal destinadas à produção,
Poder Judiciário. distribuição e comercialização de gás combustível.
Fonte: Terra.com.br/ Acessado em 05/2017 Fonte: terra.com.br/ acessado em 05/2017

Alvo da operação usou Lei de Repatriação para la- Maia cria comissão para PEC que pode acabar com
var dinheiro coligações

Pelo menos um dos alvos da Operação Asfixia, 40ª fase da Um dia após ter a admissibilidade aprovada na Comissão
Operação Lava Jato, deflagrada hoje (4) no Rio de Janeiro, em de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente da Câmara, Rodri-
São Paulo e em Minas Gerais, usou a Lei de Repatriação para go Maia (DEM-RJ), criou uma comissão especial para analisar
lavar dinheiro de propina, segundo o Ministério Público Fede- o mérito da Proposta da Emenda à Constituição (PEC) 282/16,
ral (MPF). A lei foi sancionada em janeiro do ano passado e que acaba com as coligações proporcionais nas eleições fe-
permite que cidadãos com valores não-declarados no exterior deral e estadual do ano que vem e para vereador a partir de
regularizem estes recursos junto ao Fisco. 2020 e institui a cláusula de barreira a partir de 2018.

1
ATUALIDADES

O ato criando a comissão foi lido hoje (4) pelo vice-pre- Qualquer partido poderá deixar a federação antes do tér-
sidente da Casa, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), que mino de sua vigência, por decisão do respectivo diretório na-
ocupa a presidência da casa legislativa enquanto Maia está em cional, mas a saída implicará o cancelamento dos repasses do
viagem oficial ao Líbano. A comissão especial terá 35 mem- fundo partidário e impedimento do acesso gratuito partidário
bros titulares e igual número de suplentes. Os líderes partidá- e eleitoral ao rádio e à televisão, os quais serão redistribuídos
rios têm 48 horas para indicar os integrantes. proporcionalmente entre todos os partidos com funciona-
Aprovada no ano passado pelos senadores, a proposta mento parlamentar.
recebeu parecer pela aprovação do relator na CCJ, deputado Fonte: terra.com.br/Acessado em 05/2017
Betinho Gomes (PSDB-PE). Ele também recomendou a apro-
vação de duas PECs (84/11 e 22/15), que tramitam apensadas CCJ aprova reconhecimento da união de pessoas do
à 282. mesmo sexo
Pela proposta, a cláusula de barreira estabelece que nas
eleições de 2018 apenas os partidos que obtiverem 2% dos A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
votos válidos em pelo menos 14 estados, com no mínimo 2% aprovou hoje (3), em turno suplementar, projeto de lei que
de votos válidos em cada um deles, terão direito aos recursos altera o Código Civil para reconhecer a união estável entre
do Fundo Partidário, ao acesso gratuito partidário e eleitoral pessoas do mesmo sexo e possibilitar a conversão dessa união
ao rádio e à televisão e ao uso da estrutura própria e funcional em casamento.
nas casas legislativas.
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado apro-
A partir de 2022, a cláusula de barreira sobe para 3% dos
vou hoje (3), em turno suplementar, projeto de lei que altera
votos válidos, distribuídos em pelo menos 14 estados, com um
o Código Civil para reconhecer a união estável entre pessoas
mínimo de 2% dos votos válidos em cada um deles.
do mesmo sexo e possibilitar a conversão dessa união em ca-
Federação samento.
O texto, que tem a relatoria do senador Roberto Requião
No caso das coligações, em seu lugar, a PEC determina (PMDB-RR), havia sido aprovado na CCJ em março, mas ainda
que os partidos políticos com afinidade ideológica e progra- era preciso passar pela votação suplementar. Hoje, a proposta
mática poderão se juntar em federação que terá os mesmos foi aprovada em votação simbólica, sem a contagem de votos.
direitos e atribuições regimentais dos partidos nas casas legis- O Código Civil reconhece como entidade familiar “a união
lativas e deverá atuar com identidade política única, resguar- estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência
dada a autonomia estatutária dos partidos que a compõem. pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo
Para integrar a federação, os partidos terão que registrar de constituição de família”. O projeto estabelece que a lei seja
a deliberação do diretório nacional nesse sentido no Tribunal alterada para estabelecer como família “a união estável entre
Superior Eleitoral até a véspera do último dia do prazo para duas pessoas”, mantendo o restante do texto do artigo.
filiação partidária para concorrer às eleições federais. Após o O projeto é de autoria da senadora Marta Suplicy (PMDB
registro, os partidos terão que se reunir para a escolha do pre- -SP). Para ela, a aprovação na CCJ foi um “avanço extraordiná-
sidente, do nome da federação e dos candidatos. rio”. “Desde 2008 tentamos aprovar o casamento homoafetivo,
“Após aprovada pela maioria absoluta dos integrantes das primeiro na Câmara, passou pelas comissões e está até hoje
convenções nacionais dos partidos que a compõem, a federa- no plenário. Hoje conseguimos aprovar o projeto com relató-
ção será reproduzida no Senado Federal, na Câmara dos De- rio do senador Requião que dá um passo muito grande em
putados, nas Assembleias Legislativas e na Câmara Legislativa relação à situação que hoje vivem as pessoas do mesmo sexo
do Distrito Federal”, diz a PEC. que desejam ter uma união sacramentada, um casamento, na
A vigência da união valerá até a véspera da data inicial verdade”, disse.
do prazo para a realização das convenções para as eleições Em 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, por
federais subsequentes. O fundo partidário será proporcional unanimidade, a união estável entre casais do mesmo sexo
ao quociente de votos válidos obtidos por cada um dos parti- como entidade familiar. Na prática, a decisão significou que
dos para a Câmara dos Deputados e o tempo de propaganda as regras que valem para relações estáveis entre homens e
eleitoral será proporcional ao número de deputados federais
mulheres serão aplicadas aos casais gays.
eleitos pela federação.
No relatório que acompanha o substitutivo, o relator Ro-
berto Requião citou a decisão do Supremo e registrou que
Câmaras municipais
é responsabilidade do Legislativo adequar a lei em vigor ao
No caso das câmaras municipais, a federação só terá va-
lidade a partir do primeiro dia do prazo para a realização das entendimento consagrado pelo STF.
convenções para as eleições municipais subsequentes. Contu- Em 2013, em função das divergências de interpretação so-
do, a reprodução da federação não será automática, pois os bre o tema, o Conselho Nacional de Justiça aprovou resolução
partidos poderão decidir pela não reprodução da federação que obriga os cartórios a celebrar o casamento civil e conver-
nas eleições municipais até a véspera do último dia do prazo ter a união estável homoafetiva em casamento.
para filiação partidária para concorrer às respectivas eleições. Fonte: terra.com.br/Acessado em 05/2017

2
ATUALIDADES

TSE desaprova contas do PSDB de 2011; sanção é Outro fator que estimula a aprovação do fundo público
de R$ 10 mi de campanha é o discurso de criminalização do caixa 1 por
integrantes da força-tarefa. “Como você vai arrecadar em lar-
Em um de seus últimos atos como ministro do Tribunal ga escala se mesmo a doação legal pode ser tomada como
Superior Eleitoral (TSE), o jurista Henrique Neves não aprovou, prova de crime? Só que eles (deputados) estão pegando um
no último dia 11 de abril, as contas do PSDB referentes ao ano sistema altamente inflacionário, de campanhas anteriores ca-
de 2011. ríssimas, porque estão sendo impedidos de arrecadar pela ju-
Neves determinou que o partido devolva cerca de R$ 4 risprudência”, afirmou Bruno Reis, da Universidade Federal de
milhões ao erário, bem como que deixe de receber uma das Minas Gerais (UFMG).
doze parcelas mensais do fundo partidário referentes a 2017 Para o procurador regional da Lava Jato Carlos Fernando
o que, no caso do PSDB, corresponde a R$ 6,6 milhões. O dos Santos Lima, não cabe à operação apontar soluções, mas
diretório tucano também deverá destinar R$ 2,1 milhões para “uma democracia de coalizão baseada em um sistema eleito-
o incentivo à participação de mulheres na política. ral criminógeno, em uma divisão de cargos que não leva em
consideração o mérito, mas a indicação política, em um con-
Entre as principais irregularidades identificadas pelo mi-
trole frágil pela Justiça Eleitoral das prestações de contas, em
nistro do TSE estão: despesas com passagens aéreas sem a
um sistema de financiamento ilegal que revela um capitalismo
comprovação de utilização dos bilhetes, despesas dos diretó-
de compadrio, somente pode chegar aonde chegou”, disse
rios estaduais sem comprovação da prestação de serviços e
ao Estado.
da vinculação com atividade partidária, não apresentação de Reis vê como ingenuidade a percepção da Lava Jato de
notas fiscais de hospedagem e pagamento de hospedagem que há uma sociedade virtuosa maculada por “forças do mal”.
sem utilização de diária, entre outros. “Não é isso. Como nossa legislação dá poder ao grande fi-
A decisão monocrática do ministro Henrique Neves não nanciador, o plenário acaba representando antes os interesses
precisou ser referendada pelo plenário do TSE, pois uma reso- desses financiadores. Quando você faz acordos de leniência
lução aprovada recentemente pelo tribunal autorizou que, em com o doador para pegar o deputado, você está fazendo
determinados casos, a reprovação das contas seja decidida acordo com Dom Corleone para pegar o gângster da esqui-
individualmente pelo relator. na”, disse.
O mandato de Henrique Neves como ministro do TSE ter- Lista fechada. O professor Leonardo Avritzer, também da
minou no último dia 16 de abril. Ele foi substituído pelo jurista UFMG, acredita que o combate à corrupção não deve ser a
Admar Gonzaga. “única preocupação” da reforma política. Ele aponta a força
Por email, o PSDB disse que seus advogados já apresen- que tem adquirido com os desdobramentos da Lava Jato, por
taram recurso contra a decisão, que, para o partido, “deixa de exemplo, a lista fechada, sistema em que o eleitor vota no
cumprir uma etapa importante da análise das contas do PSDB, partido. Em tese, esse modelo poderia abrigar políticos com
conforme determina a própria resolução do TSE”. O partido pendências na Justiça.
não esclareceu qual etapa de análise teria sido descumprida. “Hoje ela está sendo discutida em termos de se vai servir
Fonte: terra.com.br/Acessado em 05/2017 para dar foro privilegiado, o que me parece uma distorção
da própria ideia de reforma política”, disse. A Lava Jato não é
Lava Jato ‘distorce’ a reforma políticaPesquisado- favorável à lista aberta hoje em vigor. “Questionamentos como
res afirmam que desdobramentos da operação refletem o excesso de partidos, a onerosidade do sistema eleitoral de
nos debates do Congresso ligados a financiamento e listas abertas, entre outros, foram levantados em diversas pa-
sistema eleitoral lestras e artigos pelos próprios membros da força-tarefa”, lem-
brou o procurador.
O relator da comissão, deputado Vicente Cândido (PT-SP),
A Operação Lava Jato provoca impactos no debate atual
no entanto, diz que se fosse verdade que a Lava Jato altera os
da reforma política em pelo menos dois temas: financiamento
debates do colegiado, “teríamos 500 votos no plenário hoje,
de campanha e sistema eleitoral. O que deveria ser moderni-
e não temos”. “Não é a Lava Jato que vai mover o Congresso
zado por necessidade política acaba por representar oportu-
para fazer a reforma”, afirmou.
nismo dos envolvidos hoje investigados pelo Supremo Tribunal Como não há consenso, como diz Cândido, em torno das
Federal (STF). É o que concluem cientistas políticas ouvidos várias propostas da comissão, talvez não seja o momento de
pelo Estado. colocá-las em votação, segundo os acadêmicos. “A reforma
A partir do momento em que Marcelo Odebrecht assume é necessária, mas não é conveniente fazê-la agora. Dada a
à Justiça não haver campanha eleitoral no País sem caixa 2, a circunstância em jogo relacionada com a Lava Jato, com vá-
tese de financiamento público de campanha da Comissão da rios parlamentares investigados, ministros arrolados nas de-
Reforma Política na Câmara ganha ainda mais fôlego do que núncias, cria-se uma inconveniência política e moral agora”,
aquele obtido após a decisão do Supremo de proibir doações destacou Aldo Fornazieri, professor da Fundação Escola de
empresariais aos candidatos, em 2015. O colegiado acredita Sociologia e Política de São Paulo.
que R$ 4 bilhões seriam suficientes para financiar partidos e Se por um lado a Lava Jato impulsiona a comissão em di-
candidatos a partir de 2018. Para isso, terá de combater a im- reção ao dinheiro e blindagem, por outro, mais otimista, pro-
popularidade da ideia agravada pelo descrédito dos partidos voca uma revisão do papel dos partidos. “O que temos, por
perante os eleitores. enquanto, é a aprovação da cláusula de barreira (restrição de

3
ATUALIDADES

atuação parlamentar e de acesso ao fundo partidário e tempo ECONOMIA


de TV) pelo Senado, mas a Câmara dá sinais de ir nessa dire-
ção”, disse José Álvaro Moisés, da USP. Mercado baixa estimativa de inflação para 2017 e
Fonte: Estadao.com.br/Acessado em 05/2017 vê PIB maior
Expectativa dos economistas de bancos, divulgada
Previdência: relator vê ‘mudança considerável’ no nesta segunda (8) pelo Banco Central, é de inflação em
‘sentimento’ da Câmara 4,01% e alta do PIB de 0,47% neste ano.
Para Arthur Maia (PPS-BA), proposta inicial do go-
verno foi ‘profundamente’ modificada por deputados. Os economistas do mercado financeiro reduziram sua
Relator participou de reunião com Temer e ministros previsão de inflação e passaram a estimar um crescimento
neste domingo. maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017.
As expectativas dos analistas do mercado financeiro foram
O relator da reforma da Previdência na Câmara, Arthur coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulga-
Maia (PPS-BA), disse neste domingo (7) que, após a aprovação das nesta segunda-feira (8) por meio do relatório de mercado,
do texto-base da reforma da Previdência na comissão espe- também conhecido como Focus. Mais de cem instituições fi-
cial que analisa o tema, houve uma “mudança considerável no nanceiras foram ouvidas.
sentimento” dos deputados. Para o comportamento do Índice Nacional de Preços ao
Para Maia, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Consumidor Amplo (IPCA) em 2017, a “inflação oficial” do país,
que altera as regras de aposentadoria inicialmente enviada o mercado baixou sua previsão de 4,03% para 4,01%. Foi a
pelo governo federal foi “profundamente” modificada pelos nona redução seguida do indicador.
parlamentares e o texto-base foi “construído pela sociedade”. Com isso, manteve a expectativa de que a inflação deste
A declaração foi dada depois de reunião no Palácio da ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A meta de
Alvorda da qual participaram, além de Maia, o presidente da inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e
República, Michel Temer, os ministros Henrique Meirelles (Fa- deve ser perseguida pelo Banco Central, que para isso eleva
zenda), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Previdência) e An- ou reduz a taxa de juros (Selic).
tonio Imbassahy (Secretaria de Governo). O deputado Darcísio
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde
Perondi (PMDB-RS) também compareceu ao encontro.
2009. Naquele momento, o país ainda sentia os efeitos da cri-
“Posso dizer que tivemos uma mudança considerável no
se financeira internacional de forma mais intensa, que acabou
sentimento da Casa depois da aprovação que tivemos na se-
se espalhando pelo mundo.
mana passada lá na comissão especial. Porque ficou provado
Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é consi-
que o projeto foi profundamente modificado. Hoje nós temos
derada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do
um projeto que já não é mais aquele enviado pelo governo. É
intervalo de tolerância também fixado pelo CMN. Para 2017,
um projeto que foi construído pela sociedade brasileira”, de-
esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para
clarou o relator.
VEJA OS PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se
Maia afirmou também que o plenário da Câmara é so- o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%.
berano para a votação dos dez destaques (sugestões de mu- No ano passado, a inflação ficou acima da meta central,
danças ao texto) que ainda precisam ser analisados e que o mas dentro do intervalo definido pelo CMN. Já em 2015, a
governo não tem interferido nessa questão. meta foi descumprida pelo BC - naquele ano, a inflação supe-
Com relação à proposta de incluir os agentes peniten- rou a barreira dos 10%.
ciários federais na categoria que teria direito a aposentado- Para 2018, porém, a previsão do mercado financeiro para
ria especial, assim como os policiais federais, que poderão se a inflação subiu de 4,30% para 4,39%. Mesmo assim, o índice
aposentar aos 55 anos de idade, Maia afirmou que essa não é está abaixo da meta central de inflação para o período (4,5%)
uma “questão nuclear”. Segundo ele, nuclear é, por exemplo, e também do teto de 6% fixado para o ano que vem.
a fixação de uma idade mínima para aposentadoria e tempo Produto Interno Bruto
de contribuição. Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado
financeiro elevou sua estimativa de crescimento de 0,46% para
Votação no plenário 0,47%.

O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país,
afirmou que o governo não tem uma previsão de quando o independentemente da nacionalidade de quem os produz, e
projeto da reforma da Previdência será levado para votação serve para medir o comportamento da economia brasileira.
no Plenário da Câmara. Imbassahy afirmou que “quando o go- Em 2016, o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano seguido e
verno tiver a avaliação de que o projeto tem condição para ir confirmou a pior recessão da história do país, segundo dados
a plenário acontecerá a votação”. divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
“Não podemos precisar quando será essa dada, porque (IBGE).
é uma data que depende de uma avaliação permanente e Para 2018, os economistas das instituições financeiras
constante dos parlamentares”, disse Imbassahy. mantiveram sua estimativa de expansão do PIB estável em
Fonte: g1.com/ Acessado em 05/2017 2,50%.

4
ATUALIDADES

Taxa de juros Lucro líquido ajustado da BB Seguridade cresce


O mercado financeiro manteve sua previsão para a taxa 3,7% no 1º tri, a R$ 992,8 milhões
básica de juros da economia, a Selic, em 8,5% ao ano no fe- Volume total de prêmios de seguros emitidos, con-
chamento de 2017. Ou seja, os analistas continuam estimando tribuições de previdência e arrecadação com títulos de
novas reduções de juros neste ano. Atualmente, a Selic está capitalização somou R$ 14,8 bilhões no período.
em 11,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas A BB Seguridade, que reúne as participações do Banco do
dos bancos para a taxa Selic continuou em 8,5% ao ano. Com Brasil em seguros e previdência, teve lucro líquido ajustado de
isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
R$ 992,8 milhões no primeiro trimestre, alta de 3,7% sobre o
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC
mesmo período de 2016 e em linha com a projeção de 1 a 5%
para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de
calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo de crescimento estipulada pela companhia.
sistema de metas de inflação brasileiro. Conforme material de divulgação do balanço, o desem-
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o cré- penho no período é explicado pela alta de 11% do resulta-
dito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Entre- do operacional não decorrente de juros, o que compensou a
tanto, também prejudicam a economia e geram desemprego. queda de 10,4% do resultado financeiro em meio à queda da
Câmbio, balança e investimentos taxa Selic.
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do O retorno anualizado sobre patrimônio líquido médio foi
mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 per- de 47,3% nos três primeiros meses do ano, queda de 2,6 pon-
maneceu em R$ 3,23. Para o fechamento de 2018, a previsão tos percentuais na comparação anual. Já as despesas gerais
dos economistas para o dólar subiu de R$ 3,38 para R$ 3,40. e administrativas encolheram 23,7% na mesma base, para R$
A projeção do relatório Focus para o resultado da balança 15,257 milhões.
comercial (resultado do total de exportações menos as im- O volume total de prêmios de seguros emitidos, contribui-
portações) em 2017 subiu de US$ 53,15 bilhões para US$ 53,3
ções de previdência e arrecadação com títulos de capitaliza-
bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimati-
va dos especialistas do mercado para o superávit avançou de ção somou R$ 14,8 bilhões entre janeiro e março, superando
US$ 41,1 bilhões para US$ 42,3 bilhões. em 17,2% o montante apurado em igual período de 2016.
A projeção do relatório para a entrada de investimentos Por segmento, a área de seguros de vida, habitação e ru-
estrangeiros diretos no Brasil em 2017 recuou de US$ 78 bi- ral, chamada pela BB Seguridade de SH1, teve lucro líquido
lhões para US$ 76 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ajustado de R$ 391,5 milhões no primeiro trimestre, alta anual
caiu de US$ 80 bilhões para US$ 75 bilhões. de 3,2%. Os prêmios emitidos somaram R$ 1,6 bilhão, um vo-
Fonte: g1.com/ Acessado em 05/2017 lume 9,1% maior sobre um ano atrás.
Já a divisão de automóvel e patrimônio (SH2) teve prejuí-
Dólar opera em alta, aguardando a reforma da Pre- zo líquido ajustado de R$ 4,6 milhões nos três primeiros meses
vidência de 2017, ante resultado positivo de R$ 50,5 milhões no mesmo
Na sexta-feira (5), a moeda fechou em queda de intervalo de 2016. Enquanto isso, os prêmios emitidos aumen-
0,24%, cotada a R$ 3,17. taram 1,7% na mesma comparação, para 2,2 R$ bilhões.
Em previdência, o lucro líquido ajustado entre janeiro e
O dólar opera em alta ante o real nesta segunda-feira (8),
com o mercado acompanhando a valorização da moeda nor- março cresceu 11,5% ano a ano, atingindo R$ 248,4 milhões,
te-americana no exterior em dia de fraqueza das commodities beneficiado pelo aumento de receitas com taxas de gestão em
e em compasso de espera em torno da tramitação da reforma função da expansão do volume de recursos administrados e
da Previdência no Congresso, segundo a agência Reuters. da melhora no índice de eficiência.
Às 9h07, a moeda norte-americana subia 0,53% vendida O volume de contribuições de previdência subiu 26,7% no
a R$ 3,1917. Veja a cotação. primeiro trimestre, enquanto a captação líquida totalizou R$
Na terça-feira (9), os destaques ao projeto de reforma 4,5 bilhões, evolução de 19,9% ante um ano atrás.
da Previdência deverão ser votados em comissão especial da Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017
Câmara, que na semana passada aprovou o texto-base. Em
seguida, a proposta será encaminhada para tramitação em Governo parte para “vale-tudo’’ para aprovar refor-
plenário. ma da Previdência
O Banco Central não anunciou qualquer intervenção para
o mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em junho,
O presidente Michel Temer se prepara para a principal
vencem US$ 4,4 bilhões em swap cambial tradicional, equiva-
batalha na reforma da Previdência: a aprovação da proposta
lente à venda futura de dólares
Na sexta-feira (5), a moeda fechou em queda de 0,24%, no plenário da Câmara dos Deputados, com o apoio de pelo
cotada a R$ 3,17, com o mercado aliviado após os dados so- menos 308 deputados. O governo ainda não tem esses votos,
bre emprego nos Estados Unidos não endossarem apostas de mas já traçou os movimentos que fará daqui para a frente
altas adicionais de juros no país, avalia a Reuters. para conquistar a vantagem necessária. Para isso, o Palácio do
No mês, o dólar tem alta de R$1,98%. No ano, a moeda Planalto vai partir para o “vale-tudo” na articulação política,
acumula queda de 2,30%. lançando mão de agrados à base aliada, além de melhorar a
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017 estratégia de comunicação.

5
ATUALIDADES

As concessões no texto, porém, estão no limite, na avalia- A meta é abocanhar, em até cinco anos, 10% do merca-
ção do governo. A ordem agora é barrar movimentos de novas do de alta renda, que hoje soma cerca de R$ 700 bilhões. Se
categorias que tentem obter direito a aposentadoria especial, atingir o objetivo, o segmento será tão importante quanto sua
como os guardas municipais. A margem de negociação no ple- área de gestão de fortunas, que hoje soma R$ 80 bilhões. “A
nário prevê a inclusão dos agentes penitenciários na regra que tecnologia permitiu ter grande escala e oferecer produtos que
permite idade mínima menor, de 55 anos, e a revisão das exigên- antes eram só para o segmento ‘wealth manegement’ (gran-
cias para que servidores públicos que ingressaram até 2003 se des fortunas)”, disse Flora.
aposentem com salário integral. Os dois pontos devem ser apro- O Banco Original, da holding J&F (dona da Friboi), tam-
vados separadamente, em votação dos chamados destaques. bém quer avançar nesse segmento e oferece opção de in-
O governo pretende ainda melhorar a comunicação com vestimentos a partir de R$ 1 mil. Segundo a executiva Sinara
os parlamentares e a população ao longo da semana, depois Polycarpo, do Original, o fato de não ter uma estrutura de
de reconhecer que enfrenta problemas na área. Segundo um agência, faz com que o banco, que já nasceu digital, possa
interlocutor da área política, a previsão é veicular propagandas oferecer taxas administrativas mais atraentes.
em defesa da reforma em cerca de 4 mil rádios de todo o Brasil
Percebendo o movimento de instituições independentes,
que possuem cadastro na Secretaria de Comunicação da Presi-
os bancos de varejo têm revisto suas estratégias. Antes, os
dência. Uma nova cartilha será distribuída aos deputados, ex-
gigantes só ofereciam seus próprios fundos. Agora, começam
plicando as mudanças ponto a ponto. Para evitar confusão, o
documento trará apenas as novas regras segundo o texto apro- a se abrir para opções de terceiros.
vado na comissão especial, sem incluir como é hoje. O Itaú, por exemplo, criou a plataforma digital Investi-
mento 360, destinada aos clientes Personnalité e que ofere-
Agrados ce fundos de outras instituições. Essa plataforma foi lançada
Integrantes da base também começam nesta semana a como uma campanha de marketing agressiva no mercado.
montar um mapa de votos. O trabalho será coordenado pelo Já o Bradesco afirma que passou a oferecer uma asses-
deputado Beto Mansur (PRB-SP) e pelo ministro-chefe da Casa soria financeira “mais proativa”, com consultores de investi-
Civil, Eliseu Padilha. A ideia é identificar a posição de cada depu- mentos a todos os clientes de alta renda. Até 2016, era mais
tado para saber com quem é preciso negociar. O governo só vai restrito. Fundos de outras instituições, porém, são ofertados a
colocar a reforma em votação no plenário quando contabilizar clientes do chamado private banking, que exige cifras maio-
mais de 320 votos favoráveis. res. O diretor executivo do Bradesco, Cassiano Scarpelli, afirma
que remunerar bem é um desafio para o setor.
Dificuldade Em um evento, Sérgio Rial, presidente do Santander, afir-
O Placar da Previdência feito pelo Grupo Estado já mos- mou que o setor está em uma transformação cultural e a pla-
tra que o desafio será grande. Até a noite de sexta-feira, havia taforma digital vem para eliminar a fricção humana que ele
232 votos “não”, contra 87 votos a favor. Com esse cenário, o considera desnecessária, mas não é apenas um “software”.
governo sabe que terá de atuar firme no campo político, com Procurados, Itaú, Caixa e Banco do Brasil não retornaram os
liberação de recursos de emendas parlamentares, nomeação de pedidos de entrevista.
cargos para aliados e atendimento a demandas que vão além Para Luis Miguel Santacreu, da Austin Rating, a investida
da reforma, como o parcelamento de dívidas previdenciárias do dos grandes bancos nas plataformas abertas não se trata de
setor rural. uma reação ao avanço de corretoras, mas do entendimen-
As mudanças no texto feitas em plenário integram a ação de to que a variedade de opções pode ser uma opção rentável
convencimento dos deputados, que se viram pressionados por de negócio. Segundo uma fonte, no entanto, o trabalho dos
categorias como juízes e procuradores por alterações na transi- bancos nessas plataformas traz risco de “canibalização”. Isso
ção dos servidores. No dia da aprovação do texto na comissão
porque a oferta de fundos de terceiros, por vezes com meno-
especial, o relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse
res taxas de administração, é uma ameaça aos fundos próprios
que é preciso deixar os parlamentares “mais confortáveis” para
votar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. dos bancos.
Fonte: atarde.uol.com.br/Acessado em 05/2017
Diversificação de receita
Mercado disputa clientes ‘premium’ de grandes ban-
cos Após 15 anos de trabalho com educação financeira para
tentar atrair investimentos de clientes, a corretora XP começa
O banco BTG Pactual, a exemplo das corretoras, também a mudar de foco e avança em diferentes frentes para diversi-
entrou na disputa pelo cliente de alta renda que hoje está na ficar sua receita.
carteira “premium” das grandes instituições financeiras. O clien- A empresa espera licença do Banco Central para poder
te-alvo dos bancos são as pessoas físicas com renda superior a atuar como banco na área de empréstimos para pessoas físi-
R$ 10 mil. cas. No segmento institucional, a corretora já participou, nes-
No BTG, a plataforma digital começou a ser gestada em te ano, da coordenação do IPO (oferta pública de ações, na
2014 e passou a ser testada no ano passado por funcionários e sigla em inglês) da locadora de veículos Movida e começa a
familiares do banco. No fim de 2016, foi aberto a todos, que trabalhar com emissões de títulos de dívida para empresas.
podem investir em fundos de investimentos de, no mínimo, Procurada pela reportagem, a companhia não quis falar sobre
R$ 3 mil, disse Marcelo Flora, sócio do BTG e responsável pelo o assunto.
projeto. Fonte: atarde.com.br/acessado em 05/2017

6
ATUALIDADES

Vale prevê economia de mais de US$ 70 milhões A programação, aberta na quarta-feira (3), conta com
com novo sistema até 2020 oficinas, palestras e debates gratuitos, além de espetáculos a
Desenvolvimento começou em 2014, e implantação preços populares, todos por iniciativa da Associação Dança
teve início em 2016. Cariri, criada em Juazeiro do Norte (CE), em parceria com a
Funarte.
A mineradora Vale prevê economizar mais de US$ 70 mi- No Cariri, região onde o grupo tem sede, o intercâmbio
lhões até 2020 com a implantação de um novo sistema de ges- já ocorre por meio da Semana Dança Cariri, que realizou em
tão das unidades de minério de ferro e manganês, chamado de abril sua oitava edição. É a primeira vez que o projeto chega
Gestão da Produção Vale - Mineração (GPV-M), que substitui ao Rio de Janeiro, reunindo companhias de dança e bailarinos
outros 17 sistemas que vinham sendo usados.
dos dois estados.
A empresa afirmou nesta sexta-feira (5) que serão 38 minas,
De acordo com o cearense Alysson Amâncio, idealizador
plantas e entrepostos com o novo sistema, e que a implantação
já foi concluída em 20 unidades de Minas Gerais, Maranhão e do projeto, o Rio mantém uma relação estreita com a dan-
Pará. ça cearense desde os anos 70, quando os bailarinos e co-
Com o início do desenvolvimento em 2014 - pelas áreas reógrafos Dennis Gray e Jane Blauth se mudaram da capital
de Tecnologia da Informação (TI) e Ferrosos em parceria com fluminense para Fortaleza e implantaram a Escola de Dança
a empresa Chemtech - o novo sistema da Vale começou a ser do Sesi. “Muitos bailarinos do Ceará mudaram para o Rio em
implantado em outubro de 2016. busca de uma formação mais aprimorada, bem como muitos
O GPV-M faz parte da plataforma tecnológica única de professores e grupos cariocas estiveram pelo Ceará para mi-
gestão da cadeia de valor do negócio de ferrosos, composta nistrar oficinas e realizar espetáculos”, conta.
por mina, ferrovia e porto, e engloba todo o processo de pro- São três espetáculos cariocas – Delicadeza, da Cia da
dução, desde a mina e o beneficiamento até a expedição do Ideia, Sobre cisnes, de Giselda Fernandes, e O céu de Basquiat,
produto. da Marcio Cunha Cia de Dança Contemporânea – e dois cea-
A economia, segundo a Vale, vem da redução do custo de renses – Mulata, da Cia Dita, e Manga com Leite, da Cia Alys-
TI, com a manutenção e evolução de diferentes sistemas e pla- son Amâncio – com apresentações de quarta-feira a domingo,
taformas, e com a redução de impactos operacionais causados sempre às 20h, até o final do evento.
por indisponibilidade do sistema. Em O Céu de Basquiat, o intérprete e criador Márcio
Além disso, segundo a mineradora, “são esperados ganhos Cunha apresenta um espetáculo que trata de discriminação,
relevantes com maior produtividade de mão de obra e redu-
preconceito e sociedade, inspirado no universo instigante das
ção de horas improdutivas dos ativos, suportados pela melhor
obras do pintor neo-expressionista norte-americano Jean Mi-
usabilidade do sistema e maior disponibilidade de informações
para tomada de decisão”. chel Basquiat (1960-1988).
O GPV-M é capaz de processar 1,2 terabyte de informações Já o espetáculo Mulata marca as comemorações dos 50
em tempo real e atender a mil usuários simultâneos. Desde que anos de vida e 40 de dança da bailarina cearense Wilemara
começou a ser implantado o sistema já foi utilizado por 1 mil Barros e ganha narrativa com o corpo e a voz da artista. Ainda
usuários diferentes, com acessos simultâneos de 150 usuários. na programação, serão realizadas oficinas de balé clássico e
Nova campanha dinâmica muscular, aula de dança contemporânea, e no último
O anúncio foi feito pela Vale nesta sexta-feira, juntamente dia (14), às 16h, um debate sobre políticas e micropolíticas de
com o lançamento de uma campanha no ambiente digital, que circulação da dança no Brasil, com coreógrafos convidados.
tem como tema a inovação e a evolução da empresa. O primei- Fonte: JornaldoBrasil.com.br/ Acessado em 05/2017
ro passo foi a publicação de um vídeo manifesto chamado “O
caminho é evoluir”. Aos 95 anos, príncipe Philip abandona vida pública
“Na segunda etapa da campanha, os vídeos contarão his-
tórias reais relacionadas ao papel da mineração na vida e no dia Aos 95 anos de idade, o príncipe Philip, marido da ra-
a dia das pessoas e mostrarão inovações que só foram possíveis inha Elizabeth II da Inglaterra, abandonará a vida pública e os
na nossa sociedade graças à atividade de mineração”, disse a compromissos oficiais da realeza, de acordo com anúncio feito
Vale. nesta quinta-feira (4) pelo Palácio de Buckingham. “O duque
A empresa destacou que a campanha será voltada para o
de Edimburgo decidiu não participar mais de compromissos
público formador de opinião e vai ao ar no ano em que a Vale
públicos a partir do outono [no Hemisfério Norte] deste ano”,
completa 75 anos.
Fonte: g1.com.br/ Acessado em 05/2017 informou um comunicado da família real. O príncipe cumprirá
sua agenda até agosto e, depois, não aceitará mais convites
Conexão entre o Rio e o Ceará busca democratizar para eventos, em um espécie de “aposentadoria”. Por sua vez,
a dança Elizabeth II, que está com 91 anos, manterá seus compromis-
sos oficiais.
A democratização da dança e a troca de experiências entre A notícia foi divulgada após uma reunião de emergência
profissionais de dois estados é o objetivo do projeto de ocupa- no Palácio de Buckingham convocada nesta manhã com todos
ção Conexão Dança Ceará/Rio de Janeiro, que até o próximo os funcionários do local, o que gerou curiosidade e especula-
dia 14 toma conta do Teatro Cacilda Becker, espaço da Fun- ções na imprensa. Conhecido por seu senso de humor e por
dação Nacional de Arte (Funarte) no bairro do Catete, zona sua lealdade à rainha, Philip é o príncipe consorte mais lon-
sul do Rio. gevo da história britânica e vai completar 96 anos em junho.

7
ATUALIDADES

Aos 95 anos de idade, o príncipe Philip, marido da ra- “O Alzheimer é considerado uma doença da memória,
inha Elizabeth II da Inglaterra, abandonará a vida pública e os mas nós agora vemos, a partir de trabalhos anteriores, que a
compromissos oficiais da realeza, de acordo com anúncio feito dificuldade que as pessoas estão realmente tendo — ao me-
nesta quinta-feira (4) pelo Palácio de Buckingham. “O duque nos para começar — não tem a ver com o declínio da me-
de Edimburgo decidiu não participar mais de compromissos mória, mas com a decadência da habilidade de visualizar a
públicos a partir do outono [no Hemisfério Norte] deste ano”, localização das coisas e delas mesmas”, disse uma das pes-
informou um comunicado da família real. O príncipe cumprirá quisadoras do grupo, Karen Ritchie, ao jornal britânico “The
sua agenda até agosto e, depois, não aceitará mais convites Guardian”. “É a perda da habilidade de navegação”.
para eventos, em um espécie de “aposentadoria”. Por sua vez, O projeto, financiado pela Sociedade do Alzheimer, en-
Elizabeth II, que está com 91 anos, manterá seus compromis- volve o estudo de dois grupos. O primeiro é de pessoas com
sos oficiais. idades entre 41e 59 anos com parentes próximos que desen-
A notícia foi divulgada após uma reunião de emergência volveram a doença e têm alto risco de serem afetadas por ela.
no Palácio de Buckingham convocada nesta manhã com todos O segundo consiste em indivíduos cujas vidas nunca foram
os funcionários do local, o que gerou curiosidade e especula- afetadas pelo Alzheimer.
ções na imprensa. Conhecido por seu senso de humor e por Fonte: oglobo.com/Acessado em 05/2017
sua lealdade à rainha, Philip é o príncipe consorte mais lon-
gevo da história britânica e vai completar 96 anos em junho. Novo encontro definirá metas contra mudanças cli-
Príncipe Philip da Grécia e da Dinamarca é bisneto da ra- máticas
inha Victoria, assim como a própria Elizabeth II. Porém, em Países começarão a delinear operações para limitar
1922, sua família teve de se exilar. o aquecimento global
Ingressou na Marinha britânica, participou da Segunda
Guerra Mundial e se casou com Elizabeth em 1947. Em 1952, As negociações sobre mudanças climáticas iniciadas em
quando a esposa assumiu o trono, Philip deixou sua carreira 2015, com o Acordo de Paris, serão retomadas esta segunda-
para apoiar a rainha. feira em Bonn, na Alemanha. A reunião dos 196 países que
Em vários momentos, Philip foi criticado por fazer comen- participaram da elaboração do documento ocorrerá em meio
tários inadequados e até racistas em compromissos oficiais da à ameaça do governo americano de retirar-se do pacto inter-
monarca. nacional, cujo objetivo é limitar o aquecimento do planeta.
Em 1986, na China, ele recomendou que estudantes não Área de Mata Atlântica no Rio: bioma é um dos que pes-
ficassem muito tempo no país para não terminarem com “os quisa aponta que crescimento e absorção de carbono vão au-
olhos rasgados”. mentar junto com alta na temperatura e chuva
Em 2002, na Austrália, ele perguntou a um aborígene se Mudanças climáticas podem fomentar crescimento de flo-
“ainda disparava feclas”. Gafe- A notícia da aposentadoria do restas tropicais
príncipe gerou uma gafe no tabloide “The Sun”. Em vez de — Precisamos definir as operações do Acordo de Paris
informar o afastamento de Philip, o jornal noticiou sua morte. antes da próxima Conferência do Clima (COP-23), que será
Aparentemente, o texto publicado era uma página pronta so- realizada no fim do ano — alerta David Levai, investigador do
bre o falecimento do marido da rainha. Instituto de Desenvolvimento Sustentável e de Relações Inter-
Fonte: Jornaldobrasil.com.br/Acessado em 05/2017 nacionais.
Na COP-21, em Paris, 195 países e a União Europeia con-
Perder-se na rua pode ser um dos primeiros sinais cordaram em limitar o aumento da temperatura global a, no
do Alzheimer, indicam cientistas máximo, 2 graus Celsius. A Palestina anunciou a adesão ao
acordo depois. Para não ultrapassar esta marca, será neces-
RIO - Perder a habilidade de se localizar ou até mesmo sária, entre outras medidas, uma radical transição energética,
se desencontrar em um ambiente que seja familiar podem ser que substitua os combustíveis fósseis (carvão e petróleo) por
sinais de que o mal Alzheimer poderá chegar na terceira ida- fontes renováveis (biomassa, solar, eólica).
de. Estas resultados preliminares são fruto de um estudo de Fonte: oglobo.com/Acessado em 05/2017
longo prazo sobre a doença que está sendo desenvolvido por
pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e VIOLÊNCIA
deverão ser publicados em breve.
Onda de violência em Florianópolis assusta mora-
O estudo, que tem o nome “Projeto Prevenção” e conta dores
também com a parceria de cientistas ingleses, visa mapear de Guerras de traficantes e tiroteios nas comunidades
que forma o Alzheimer age inicialmente no cérebro. Por isso, viraram rotina em uma cidade conhecida pelas belezas
adultos com menos de 60 anos estão sendo acompanhados naturais e pela tranquilidade.
— é somente depois das seis décadas de vida que o sintomas
mais consistentes da doença começam a aparecer, quando o Uma onda de assassinatos tem assustado os moradores
cérebro já está consideravelmente danificado pelo Alzheimer. de Florianópolis. Guerras de traficantes e tiroteios nas comuni-
O que o “Projeto Prevenção” vem indicando é que, para dades viraram rotina em uma cidade conhecida pelas belezas
além da memória — que leva a “fama” como a habilidade naturais e pela tranquilidade
mais afetada pelo Alzheimer —, a capacidade de se localizar Só nesta semana três homens morreram durante uma
espacialmente é também um ponto importante para se en- troca de tiros entre facções criminosas no meio de uma co-
tender a doença. munidade.

8
ATUALIDADES

Esse clima de insegurança não é de hoje. No mês pas- Governos e ONU denunciam ‘violência generaliza-
sado, um homem foi morto a tiros, à luz do dia, em frente da’ no Brasil
ao Mercado Público, um dos lugares mais movimentados do Brasil anuncia meta de redução de 10% da popula-
Centro de Florianópolis. ção carcerária, mas não diz como isso será feito; ongs
O número de roubos também não para de crescer. De acusam ‘demagogia’
janeiro a março deste ano foram 868, quase 100 a mais que
nos três primeiros meses do ano passado. A violência no Brasil, nos centros urbanos, no campo ou
A polícia e especialistas em segurança não têm dúvidas de dentro das prisões, é o maior desafio de direitos humanos do
que a escalada da violência em Santa Catarina está diretamen- País e se transformou em um fenômeno generalizado. Esse foi
te ligada à guerra entre grupos rivais, que disputam pontos de o resultado da sabatina realizada pela ONU sobre a situação
venda de drogas. Na capital, só este ano, foram 57 homicídios. no Brasil e que levou governos de todo o mundo a soar o
O número é quase três vezes maior do que o registrado no alerta para o aumento da violência nos últimos anos no País e
mesmo período do ano passado. pedir medidas concretas para lidar com o fenômeno.
Pressionado, o governo brasileiro sinalizou na quinta-feira,
Fonte: g1.com/ Acessado em 05/2017
4, em Genebra, que irá reduzir em 10% a população carcerária
do País até 2019, cerca de 70 mil pessoas. Mas não explicou
Enfrentamento à violência contra a mulher é tema
como isso ocorreria, levando ongs brasileiras e internacionais
de seminário
a acusar o governo de fazer “demagogia”.
Evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas
Durante o debate, países cobraram explicações e medida
no local. por parte do Brasil para lidar com a violência da polícia, into-
Ação ocorre em Aracaju (SE) e celebra o Dia Inter- lerância, assassinatos, violência nas prisões, contra mulheres,
nacional da Mulher. negros, crianças, gays, defensores de direitos humanos e jor-
nalistas, além de indígenas. Por todos critérios apresentados, a
Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, ocor- taxa de violência hoje é mais alta que em 2012, ano da última
re o 1º Seminário “Conhecendo a Rede de Enfrentamento à vez que o Brasil foi examinado pela ONU.
Violência contra a Mulher” a partir das 9h, no auditório do Não por acaso, relatores das Nações Unidas alertam que
Palácio da Justiça Tobias Barreto de Menezes, localizado na existe uma “violência generalizada” e respostas insuficientes,
Praça Fausto Cardoso, 112, Centro de Aracaju (SE). O evento é levando o país a regredir na defesa dos direitos humanos. O
gratuito e as inscrições podem ser feitas no local. governo brasileiro, porém, foi à sabatina sem sequer um re-
O seminário é uma promoção da Secretaria de Estado da presentante do Ministério da Justiça, o que deixou delegações
Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direi- e ativistas surpresos.
tos Humanos (Seidh) em parceria com o Tribunal de Justiça de Durante o encontro oficial, pelo menos 17 recomendações
Sergipe (TJ/SE) sendo uma ação de fortalecimento e integra- sobre as condições do sistema prisional e acesso à Justiça fo-
ção das entidades que atuam no atendimento e proteção à ram feitas ao Brasil por países como Estados Unidos, Espa-
mulher vítima de violência. nha, Itália, Tailândia, Japão, África do Sul, Suécia, Reino Unido
“Existem alguns pontos de estrangulamento. Interrup- e Dinamarca. Citando dados da ONU, a Alemanha chegou a
ções no atendimento a essa mulher vítima. A partir de uma indicar em documentos que existe um “retrocesso” na garantia
unificação de procedimentos, poderemos ter uma continuida- do direito à vida de determinados grupos minoritários.
de salutar entre os diversos serviços aos quais a mulher deve As autoridades da República Checa, da Namíbia e Sérvia
recorrer em caso de violência, tornando o atendimento mais foram alguns dos que criticaram a superlotação das prisões.
acolhedor e mais eficaz”, explica a coordenadora Estadual de Segundo os suecos, a população carcerária é o dobro da ca-
Políticas para as Mulheres da Seidh, Edivaneide Paes. pacidade hoje das detenções. A representante do governo
O evento contará com a palestrante Jane Curbani, que vai americano, Michelle Roulbet, chegou a atacar a “corrupção
nas prisões” e a necessidade de se buscar penas alternativas.
falar sobre “Redes Intersetoriais: encontros possíveis”, desta-
A Casa Branca também recomendou o Brasil a acelerar julga-
cando a importância do trabalho em rede para garantir a pro-
mentos, diante de 40% de seus detentos ainda aguardarem
teção e o acolhimento da mulher vítima de violência. Com a
julgamento.
juíza coordenadora da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergi-
A Alemanha, por exemplo, recomendou que o gover-
pe, Isabela Sampaio, que vai apresentar o fluxograma da rede,
no amplie o programa de audiências de custódia através da
contendo os diversos caminhos que a mulher pode percorrer aprovação do projeto de lei 554/11 e demandou que juízes e
a partir das diferentes portas de entrada, incluindo o acesso promotores que atuam nessas audiências passem por treina-
através de denúncia pelo disque 180, 190 e 181. A delegada mento específico para combater a tortura.
Thais Lemos Santiago também participa com a palestra “De-
nunciei: o que fazer?”, sobre o atendimento à mulher vítima de Polícia. Outra preocupação é a violência policial. Dados da
violência no DAGV. Anistia Internacional apontam que, entre a última sabatina do
Fonte: g1.com/ Acessado em 2017 Brasil na ONU em 2012 e hoje, as mortes por policiais aumen-
taram de 419 casos no Rio de Janeiro para 920 em 2016.

9
ATUALIDADES

Por isso, o governo do Reino Unido quer que a polícia Para a entidade Conectas, o que o governo sugere não
brasileira seja treinada e que, em quatro anos, as mortes ocor- basta. “Essa promessa não dialoga com o tamanho dos de-
ridas pelas forças de ordem sejam reduzidas em 10%. Mesmo safios do sistema prisional. O Brasil prende cerca de 40 mil
a Guatemala, um dos países mais violentos do mundo, usou pessoas por ano, ou seja, quando a ‘meta’ anunciada for cum-
seu discurso para dizer que estava “preocupada com o au- prida, o país já terá prendido outras 120 mil”, afirma Cami-
mento de violência no Brasil”. la Asano, coordenadora do programa de Política Externa da
Em seu discurso, a ministra brasileira indicou que tem Conectas.
“investido na qualificação das forças policiais, na garantia do “Da maneira como foi apresentado, o compromisso é de-
acesso à justiça, no fortalecimento das Defensorias Públicas, e magógico. Não há nada que indique que a política atual esteja
no combate à impunidade nos casos de uso excessivo da força mudando. Ao contrário: o Plano Nacional de Segurança apre-
policial”. “Cabe ressaltar nesse sentido um conjunto de inicia- sentado pela ministra Valois como um ‘sucesso’ apenas reforça
tivas, tanto do Ministério Público, quanto das Forças Policiais a militarização que está na base do encarceramento massivo
no sentido de abolir os ‘autos de resistência’ e de conduzir de jovens pobres e negros das periferias”, completa.
com prioridade inquéritos que envolvam mortes por oposição Fonte: estadão.com/Acessado em 05/2017
à ação policial”, garantiu.
Sobre as prisões, a ministra insistiu na meta de reduzir a INTERNACIONAL
população carcerária em 10% em dois anos. Mas apenas indi-
cou que “a situação do sistema penitenciário é reflexo também Eleições na França: cinco razões para entender a vi-
dos desafios em matéria de segurança pública”. “É preciso re- tória de Macron
duzir a superpopulação carcerária e humanizar os presídios”,
defendeu, sem explicar como isso seria feito. Há um ano, ele integrava o gabinete de um dos presiden-
“O Departamento Penitenciário Nacional tem promovido tes mais impopulares da história recente do país.
a adoção de penas alternativas para crimes de baixa gravidade Quem é Emmanuel Macron, o novo presidente eleito da
como forma de reverter a preocupante tendência de aumento França
das taxas de encarceramento no país, além de forças tarefas, Agora, aos 39 anos, venceu a eleição presidencial, derro-
em coordenação com a Defensoria Pública, para verificar a tando primeiramente a centro-esquerda e a centro-direita que
situação de presos que podem postular seu retorno ao con- predominavam no país, e depois a extrema direita.
vívio familiar”, disse. “Outro avanço positivo foi o Programa
de Promoção de Audiências de Custódia, que levou, segundo
Ele teve sorte
estudos, a uma redução de 50% nas detenções provisórias e
Não há dúvida: os ventos da sorte sopraram para Macron
que contribui para o combate às detenções arbitrárias”, com-
e impulsionaram seu triunfo eleitoral.
pletou.
Um escândalo de nepotismo derrubou as chances do
Ativistas. Outro tema recorrente foi o ataque contra ati-
favorito no começo da disputa, o candidato da centro-direi-
vistas de direitos humanos, assunto tratado pelo governo
ta François Fillon. E o candidato do Partido Socialista (cen-
dos EUA, Holanda, Noruega, Eslováquia e outros. Os Estados
tro-esquerda), Benoît Hamon, de ala mais à esquerda dentro
Unidos, por exemplo, pediram investigação dos casos de exe-
do próprio partido, sofreu com o abandono de eleitores mais
cuções extrajudiciais. A Eslováquia recomendou que a polícia
brasileira adote um código de conduta sobre uso da força em tradicionais, que buscaram outros nomes.
protestos, enquanto os relatores da ONU indicaram em seus “Ele foi muito sortudo, porque encontrou uma situação
informes que o número de assassinatos tem aumentado. Em totalmente inesperada”, afirmou Marc-Olivier Padis, do centro
2016, foram 61 casos e, para muitos governos, isso seria um de estudos Terra Nova, de Paris.
sinal da impunidade.
Com a ONU usando dados do IPEA que apontam para 5 Ele foi esperto
mil mulheres assassinadas por ano no Brasil e 500 mil tentati- A sorte não explica toda a história.
vas de estupros, a violência contra a mulher também chamou Macron poderia ter tentado a candidatura dentro do Par-
a atenção. O tema foi levantado por governos como Rússia tido Socialista, mas percebeu, após anos de poder e populari-
e Itália. A Espanha, por exemplo, pediu “medidas concretas”. dade baixa da gestão, que seria muito difícil fazer com que o
Essa violência, segundo a Suécia, continua na prisão, onde público ouvisse a voz do partido.
existe apenas uma ginecologista para cada 900 detentas no “Ele conseguiu ver uma oportunidade onde ninguém viu”,
País. afirma Padis.
Críticas. O discurso brasileiro e a falta de medidas concre- Macron analisou movimentos políticos que tinham surgi-
tas foi duramente criticado pelas entidades da sociedade civil. do pela Europa - como o Podemos na Espanha e o Cinco
Renata Neder, da Anistia Internacional, alertou que, desde a Estrelas na Itália - e viu que não havia na França nenhuma
última sabatina em 2012 na ONU, o que se viu foi “um gran- força semelhante com possibilidade de embaralhar a luta pelo
de aumento da violência e violações de direitos humanos no poder.
Brasil”. “Não foi um período de avanços. Mas um período de Em abril de 2016, ele lançou o seu movimento En Marche!
retrocesso no campo e nas cidades”, disse. “Os homicídios au- (Em Marcha) e quatro meses depois deixou a gestão do presi-
mentaram, inclusive pela polícia. O Estado brasileiro não agiu. dente François Hollande.
Não há um plano de redução de homicídios”, insistiu.

10
ATUALIDADES

Ele tentou algo novo na França Mas, em comunicado divulgado pelo Ministério de Segu-
Após a fundação do En Marche, Macron seguiu as pis- rança de Estado, diz que a CIA e a inteligência da Coreia do
tas da campanha de 2008 do ex-presidente americano Ba- Sul elaboraram um “plano perverso para ferir o líder supremo
rack Obama e apostou na ajuda de voluntários, diz a jornalista (como os norte-coreanos se referem a Kim Jong-un) da Repú-
freelancer baseada em Paris Emily Schultheis. blica Democrática da Coreia do Norte”.
A primeira grande ação do movimento foi a Grande Mar- O texto alega que seria usada uma “bomba terrorista”
che (Grande Marcha), quando mobilizou um crescente contin- para alvejar o líder supremo durante um desfile militar ou em
gente de ativistas inexperientes mas cheios de energia. um evento no Palácio Kumsusan do Sol, o mausoléu de Kim
“A campanha usou algoritmos de uma empresa de con- II-sung, o fundador do regime norte-coreano.
sultoria política com a qual trabalharam - e que já tinha sido Segundo o comunicado, “Kim” teria recebido a orientação
voluntária na campanha de Obama em 2008 - para identificar de que o melhor método seria “usar substâncias bioquímicas,
distritos e setores mais representativos da França como um incluindo substâncias radioativas e nanosubstâncias veneno-
todo”, afirma Schultheis. sas, cujos resultados apareceriam depois de seis a 12 meses”.
“Eles enviaram pessoas para bater em 300 mil portas.” “Apenas a CIA poderia fazer algo desse tipo”, diz o co-
Esses voluntários não só entregaram panfletos - eles con- municado, acrescentando que a Coreia do Sul teria ajudado
duziram 25 mil entrevistas em profundidade de cerca de 15 a financiar o plano. Ainda de acordo com o ministério, o ho-
minutos com eleitores de todo o país. Essas informações fo- mem norte-coreano contratado foi recrutado pelas inteligên-
ram incluídas em um amplo banco de dados que subsidiou a cias americana e sul-coreana enquanto trabalhava na Rússia,
definição de prioridades e propostas para a campanha. em 2014.
“Foi uma enorme pesquisa qualitativa para medir a tem- O ministério diz que foram feitos dois pagamentos a
peratura do país, mas também possibilitou que as pessoas “Kim”, de US$ 20 mil, e mais outros dois de US$ 100 mil como
logo tivessem contato com seu movimento. Foi um treina- “suborno” e para pagar os equipamentos. O comunicado tam-
mento que preparou o terreno para o que ele fez neste ano”, bém menciona outros US$ 50 mil, mas não fica claro se foram
diz a jornalista. adicionais ao que já havia sido combinado.
Ao voltar para a Coreia do Norte, o homem teria sido ins-
Ele tinha uma mensagem positiva truído a providenciar informações detalhadas sobre um possí-
A imagem política de Macron parece cheia de contradi- vel local onde o atentado poderia ser realizado.
ções. O ministério disse que as “organizações de inteligência e
O “novato” que era protegido do presidente Hollande e de conspiração dos imperialistas dos EUA e seus fantoches”
depois seu ministro da Economia, o ex-alto funcionário de seriam “varridas”.
banco liderando um movimento popular, o centrista com um Fonte: bbc.com/ Acessado em 05/2017
programa radical de reforma do setor público.
Era a munição perfeita para sua rival no segundo turno, Policiais israelenses matam palestina que tentou
Marine Le Pen, que afirma que ele foi o candidato da elite, e atacá-los com faca
não o iniciante que dizia ser. Jovem foi identificada como Fatima Hajiji, de 16
Fonte: bbc.com/Acessado em 05/2017 anos, originária de Qarawat Beni Zeid, ao norte de Ra-
mallah.
Kim contra Kim? O que diz o ‘plano’ para matar lí-
der que a Coreia do Norte alega ter descoberto Policiais israelenses mataram neste domingo (7) uma pa-
lestina de 16 anos que tentou atacá-los com uma faca em uma
A escalada nas tensões entre Estados Unidos e Coreia do entrada da Cidade Velha de Jerusalém, informou a polícia de
Norte ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira, quando o Israel.
governo norte-coreano acusou os EUA e a Coreia do Sul de A mulher “brandiu uma faca em direção aos policiais no
orquestrarem um “plano” para matar o líder Kim Jong-un. Portão de Damasco”, uma das principais entradas da Cidade
O suposto plano, segundo um comunicado norte-corea- Velha, indicou a polícia em um comunicado.
no, seria executado por um homem identificado apenas como Os policiais atiraram e a mulher morreu devido aos feri-
“Kim”, também norte-coreano, contratado pelos países “inimi- mentos, acrescentou.
gos” para fazer o serviço. O ministro palestino da Saúde identificou a jovem como
O ataque seria feito com “substâncias bioquímicas”, mas Fatima Hajiji, de 16 anos, originária de Qarawat Beni Zeid, ao
foi “frustrado” antes de ser executado, diz a Coreia do Norte. norte de Ramallah.
Não se sabe, porém, o paradeiro do homem chamado “Kim”. Onda de violência
Até agora, nem a CIA, agência de inteligência americana, Desde 1º de outubro de 2015, uma onda de violência em
nem a Coreia do Sul se pronunciaram sobre o assunto. Israel e nos Territórios Palestinos ocupados causou a morte de
Mas analistas dizem que uma operação desse nível seria 262 palestinos, 41 israelenses, dois americanos, um jordaniano,
muito difícil de planejar e executar, considerando-se o forte um eritreu, um sudanês e um britânico, segundo um balanço
esquema de segurança em torno do líder coreano. de AFP.
O plano A maioria dos palestinos mortos eram autores ou supos-
O governo norte-coreano não forneceu provas das acu- tos autores de ataques contra israelenses, cometidos muitas
sações nem detalhes sobre como o plano teria sido desco- vezes com armas brancas.
berto. Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017

11
ATUALIDADES

Trump sanciona lei sobre gastos e evita paralisação O FBI não encontrou, porém, qualquer dado incriminató-
do governo dos EUA rio nos e-mails de Hillary Clinton e arquivou as investigações
Lei prevê orçamento de US$ 1,2 trilhão, e ocorreu dois dias antes das eleições de 8 de novembro.
após acordo que tirou do orçamento recursos para a “Cometi erros? Por Deus, sim”, acrescentou Hillary. “Mas a
construção do muro na fronteira com o México. razão, pela qual perdemos, está nos acontecimentos dos dez
últimos dias” da campanha, disse a ex-candidata, insistindo em
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancio- que os votos antecipados e as pesquisas lhe davam a vitória.
nou nesta sexta-feira (5) uma lei de gastos de US$ 1,2 trilhão Seguindo as conclusões do governo de Barack Obama,
aprovada pelo Congresso, evitando uma paralisação do go- ela acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de ter operado
verno que começaria à meia-noite. contra ela pelo ódio que sentia desde 2011. Na época, a então
A porta-voz da Casa Branca Sarah Huckabee Sanders chefe da diplomacia americana criticou as eleições na Rússia.
confirmou durante briefing à imprensa que o presidente havia “Quando se observa meu adversário e as declarações de
sancionado a lei. sua equipe de campanha, vê-se que estavam bastante coor-
No início da semana, líderes do Congresso apresentaram denados com os objetivos do líder, cujo nome não direi”, afir-
um acordo para dotar o governo federal de um orçamento mou, referindo-se a Putin.
que mantém o plano da Casa Branca para a defesa, mas não “Tive três milhões de votos a mais do que meu adversário”,
inclui no orçamento recursos para a construção do muro na lembrou a democrata. Trump perdeu pelo sufrágio popular,
fronteira com o México. mas ganhou pelo voto indireto.
O acordo alcançado é o resultado de semanas de nego- “Sou outra vez uma cidadã ativa, membro da resistência”,
ciações entre legisladores republicanos e democratas e per- anunciou Hillary, somando-se ao movimento informal de re-
mite financiar o funcionamento federal pelo menos até 30 de sistência ao presidente republicano.
setembro sem o risco de uma paralisação do governo por falta Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017
de orçamento.
Fonte: g1.com/ Acessado em 05/2017 Papa Francisco envergonhado com a “mãe de todas
as bombas”
Hillary Clinton diz que Rússia, WikiLeaks e FBI con-
tribuíram para sua derrota nas eleições O Papa Francisco criticou a chamada “mãe de todas as
‘Razão pela qual perdemos está nos acontecimen- bombas”, o explosivo mais potente do arsenal não-nuclear
tos dos 10 últimos dias de campanha’, diz ex-candidata dos Estados Unidos, lançada no Afeganistão no último mês de
presidencial. abril. Um vídeo mostra poder de destruição do engenho que
matou 36 combatentes do grupo Estado Islâmico. A declara-
A ex-candidata presidencial Hillary Clinton afirmou nesta ção foi feita, sábado, num encontro com jovens no Vaticano,
terça-feira (2) que teria sido eleita presidente dos Estados Uni- durante o qual o líder da Igreja Católica respondeu a pergun-
dos, se não fosse pela intervenção do WikiLeaks e da Rússia tas sobre diversos assuntos.
e pelo diretor do FBI, James Comey, nas últimas semanas da “Fiquei envergonhado pelo nome de uma bomba, cha-
campanha. mada “mãe de todas as bombas”. Mas a mãe dá a vida, e essa
“Estava no caminho para a vitória até que a carta de Jim dá a morte, e chamamos mãe a esse artefato, o que está a
Comey de 28 de outubro e o WikiLeaks russo geraram dúvi- acontecer?
das na cabeça das pessoas que se inclinavam a meu favor e Em momento algum o Sumo Pontífice mencionou os
que acabaram ficando com medo”, declarou a ex-candidata EUA, mas referia-se ao armamento conhecido pelo acrônimo
democrata à Casa Branca em Nova York, ao ser entrevistada “Maob”, que significa, em inglês, “Munição Maciça de Des-
por um jornalista durante uma atividade da ONG Women for truição Aérea” ou “Mãe de Todas as Bombas”. O explosivo foi
Women International. lançado pela primeira vez em abril passado, na província de
“Se a eleição tivesse acontecido no dia 27 de outubro, eu Nangarhar, no leste do Afeganistão, para atingir alvos do gru-
teria sido presidente”, disse. po terrorista Estado Islâmico (EI). Segundo o governo afegão,
Em 7 de outubro, um mês antes das eleições, o site Wi- cerca de 80 jihadistas morreram no ataque.
kiLeaks vazou mensagens do presidente da equipe de campa- Este poderá ser um dos temas a ser invocados durante
nha de Hillary, John Podesta, menos de uma hora depois de a o encontro, no próximo dia 24 de maio, entre o Papa e o
imprensa divulgar um vídeo de 2005, no qual Donald Trump presidente Donald Trump recebido no Vaticano, no que será o
falava de mulheres em um tom grosseiro. primeiro encontro entre os dois líderes.
“Que coincidência”, ironizou Hillary Clinton, sugerindo Fonte: euronews.com/Acessado em 05/2017
que Wikileaks e Rusia agiram para atenuar o impacto do vídeo
de Trump. Coreia do Sul vota em eleições presidenciais ante-
Semanas depois, em 27 de outubro, James Comey anun- cipadas
ciou ao Congresso que agentes do FBI (a Polícia Federal ame-
ricana) haviam encontrado novas mensagens que justificavam Depois do escândalo que resultou na destituição de Park
reabrir as investigações sobre os e-mails apagados pela de- Geun-hye enquanto Presidente da República da Coreia – a
mocrata na época em que utilizava um servidor privado quan- primeira a figurar na história do país – a votação para eleger
do era secretária de Estado. um novo Presidente está em jogo na terça feira, 9 de maio.

12
ATUALIDADES

Os 3 principais candidatos “Essa não é uma Constituinte, nós não poderíamos partici-
Moon Jae-in pode ser o primeiro Presidente liberal da Co- par de um processo absolutamente fraudulento, não vamos fa-
reia do Sul em 9 anos, se vencer as eleições presidenciais an- zer com que os venezuelanos sejam parte de uma fraude”, disse
tecipadas na Coreia do Sul, esta terça feira. Tudo aponta para o líder da coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática
que isso aconteça. (MUD), Henrique Capriles.
Apresenta-se pelo Partido Democrático, de oposição, e as MAIS: Mais um ferido em protesto morre na Venezuela; nú-
últimas sondagens davam-lhe 40% dos votos. Concorreu nas mero de mortos sobe para 37
presidenciais de 2012, mas Geun-hye obteve a vitória. “Esses personagens que não querem se submeter ao escru-
Moon Jae-in quer mais bombeiros, professores e polícia, tínio popular inventaram um processo que não está na Constitui-
mas o objectivo principal é proteger a frágil recuperação da ção, porque eleições setoriais não existem”, adicionou Capriles.
quarta maior economia asiática. Tem um conservador ao seu O governo socialista de Maduro insiste que a Constituinte
lado para a área de economia, Kim Kwang-doo, que os media buscará criar “condições” de normalidade que permitam realizar
apontam como provável primeiro-ministro. processos eleitorais normais que estão em andamento, como as
Defende negociações com a Coreia do Norte em vez de eleições presidenciais de 2018.
persistir nas agressões mútuas e já apelou a alguma conten- Mas a oposição sustenta que a intenção do processo é adiar
ção por parte de Donald Trump quanto a Pyongyang, mani- duas eleições regionais previstas para este ano e as presidenciais,
festando-se contra um primeiro ataque americano, para além no que chamam de um auto-golpe de Estado promovido por
de exprimir preocupação quanto ao massivo sistema defensi- Maduro para perpetuar-se no poder.
vo Thaad, dos Estados Unidos, instalado no sul do país. Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017
É um defensor dos direitos humanos.
Já Ahn Cheol-so, ex líder do Partido do Povo, é visto como MEIO-AMBIENTE
o único candidato a poder fazer frente a Moon Jae-in, mas as
sondagens davam-lhe apenas 20% dos votos. Por vezes com-
Com 90 milhões de anos, raro fóssil de réptil marinho é en-
parado a Bernie Sanders, quer reformar educação, saúde e
contrado na França
economia e desnuclearizar a península coreana, para além de
Ossos fossilizados pertencem à família dos plesiossauros
querer reduzir o poderio económico controlado por algumas
e foram descobertos em 2013; eles foram apresentados nesta
famílias sul-coreanas.
quinta no Museu de Ciências Naturais de Angers.
Nas presidenciais de 2012 desistiu da candidatura a favor
de Moon para poder consolidar votos contra Park Geun-hye, O fóssil de um grande réptil marinho de 90 milhões de anos,
objetivo gorado. encontrado em uma caverna no centro da França, foi apresenta-
Hong Joon-pyo, do Partido Liberdade da Coreia, emergi- do como uma “rara descoberta” nesta quinta-feira (4) no Museu
do do Partido conservador depois do escândalo que destituiu de Ciências Naturais de Angers.
a presidente Park Geun-hye, é leal à ex-Presidente que vai ser Os ossos fossilizados desse predador pertencem à família
agora julgada por suborno, coerção e abuso de poder entre dos plesiossauros, grandes répteis que viveram na época dos di-
outras acusações. nossauros nos mares e oceanos, e foram descobertos em 2013,
Segundo as projeções, encontra-se ombro a ombro com conta Benoît Mellier, responsável pelo acervo do museu de An-
o segundo candidato e cerca de 20% de intenção de voto. gers.
Viu o escândalo bater-lhe à porta quando escreveu que, Os fósseis foram extraídos e levados para o museu em feve-
em 2005, teria dado um pó afrodisíaco a um amigo que lhe reiro, e serão submetidos a um estudo paleontológico aprofun-
terá confessado a intenção de violar uma colega. dado antes de serem expostos ao público.
Afirmações como “os homens têm trabalho para homens Foram encontrados um fêmur de 51 cm de extensão, “peças
e as mulheres têm o trabalho próprio de mulheres” ou “lavar de um punho ou de um pé”, uma série de “pequenos ossos da
pratos é trabalho de mulheres” não fizeram crescer a popula- mão”, e uma mandíbula completa de um metro de comprimen-
ridade do candidato. to.
Fonte: euronews.com/Acessado em 05/2017 A descoberta desse exemplar, que provavelmente media de
cinco a seis metros de comprimento, representa algo “excep-
Oposição venezuelana diz que não participará de cional, e será interessante para todos os pesquisadores que tra-
Constituinte convocada por Maduro balham com répteis marinhos no mundo”, disse Peggy Vincent,
Poder eleitoral deu nesta semana aval para uma As- paleontóloga do Museu de História Natural de Paris.
sembleia Constituinte, em meio a uma onda de protes- “Esse animal foi achado em níveis que datam de quase 90
tos comandados pela oposição. milhões de anos atrás. Não sabíamos nada sobre o grupo dos
plesiossauros dessa idade em território europeu, a não ser pe-
A oposição venezuelana disse neste domingo (07) que quenos elementos isolados, mas nada tão significativo e comple-
não participará da Assembleia Nacional Constituinte convoca- to”, complementou.
da pelo presidente Nicolás Maduro, que buscará reescrever a Fósseis de répteis marinhos dessa idade já tinham sido en-
Constituição, por considerar que ela se trata de uma “fraude”. contrados no norte da África e nos Estados Unidos. “Saber que
O poder eleitoral venezuelano deu nesta semana aval existiam na Europa muda muitas coisas. (...) Não é certo, mas é
para que Maduro convoque uma Assembleia Constituinte, em provável que seja uma nova espécie. Se for uma espécie que já
meio a uma onda de protestos comandados pela oposição existe, significa que houve imigrações”, concluiu Vincent.
nos quais já morreram 37 pessoas em pouco mais de um mês. Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017

13
ATUALIDADES

Pregão para contratar monitoramento por satélite Levantamento mostra que Brasil perdeu 20% dos
na Amazônia e outras regiões é suspenso manguezais em 17 anos
Licitação é alvo de polêmica porque edital previa Observatório do Clima divulgou mapeamento dos bio-
monitoramento da região amazônica, que já é monito- mas brasileiros feito em parceria com outras entidades. 70 a
rada pelo Inpe. Novas datas serão anunciadas em breve. 80% dos peixes, crustáceos e moluscos que a população con-
some precisam do mangue em alguma fase da vida.
Um pregão eletrônico do Ministério do Meio Ambiente
(MMA) para contratar serviços de monitoramento ambiental O Brasil perdeu 20% de sua área de manguezais em 17
por imagens de satélite foi suspenso nesta quinta-feira (4), anos, em parte destruídos pela expansão urbana. O dado faz
conforme aviso da pregoeira Simone Marcia Borges publica- parte da segunda coleção de mapas do Projeto de Mapea-
do no site da pasta. O documento diz que haverá ajustes no mento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBio-
termo de referência da licitação e que em breve serão anun- mas), feito pelo Observatório do Clima em colaboração com
ciadas novas datas para sua realização. 18 instituições.
O processo de R$ 78,5 milhões estava gerando polêmi- Universidades, organizações não governamentais e em-
ca porque, entre os diversos serviços previstos no edital da presas de tecnologia contribuíram para o trabalho, considera-
licitação, há o monitoramento ambiental na região da Ama- do o maior levantamento sobre a cobertura vegetal do Brasil.
zônia, algo que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais A mais recente radiografia dos biomas brasileiros comparou
imagens de satélite nos últimos 17 anos.
(Inpe), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações
A pesquisa mostra que, no Paraná, os manguezais dimi-
e Comunicações (MCTIC), já faz há mais de 20 anos por meio
nuíram 23%. Na Bahia, a redução foi 21%, enquanto em Ala-
dos projetos Prodes e Deter, que vigiam o desmatamento na
goas foi de 14%. A redução da área de mangue é ligada a uma
região. O ministério, no entanto, afirma que os novos serviços
série de fatores, mas a expansão urbana se destaca.
contratados serão complementares aos do Inpe. “Principalmente ocupação imobiliária, tanto causada pelo
Em nota, o MMA disse que “pretende aumentar a eficiên- crescimento do turismo, a instalação de novos resorts, hotéis,
cia e capacidade da gestão ambiental, auxiliando a execução pousadas como também pela ocupação também das comu-
e avaliação das políticas públicas ambientais, com maior trans- nidades. Algumas comunidades vulneráveis acabam sendo
parência e padronização dos procedimentos”. pressionadas e ocupando as margens dos manguezais, cons-
Além disso, o Ministério do Meio Ambiente também in- truindo suas casas com a madeira do mangue, inclusive”, expli-
formou que “nenhuma dessas tarefas [que estão previstas no ca José Ulisses Santos, analista ambiental e chefe substituto da
novo edital] se sobrepõe aos trabalhos realizados pelo Inpe, área de Proteção Ambiental Costa dos Corais AL/PE.
que continuará a produzir os dados oficiais do desmatamen- O mangue é o berçário da inúmeras espécies marinhas:
to da Amazônia e outros relacionados às suas competências 70 a 80% dos peixes, crustáceos e moluscos que a população
institucionais.” consome precisam do bioma em alguma fase da vida. “Tem
Dependência de serviço terceirizado diversos peixes que utilizam a área de reprodução e depois
Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de voltam pro mar, espécies economicamente importantes. Então
Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima você acaba afetando não só a biodiversidade como a própria
(SEEG), observa que a contratação de uma empresa para rea- economia”, explica Fernanda Niemeyer, veterinária do Centro
lizar as atividades descritas no edital do MMA pode tornar o de Pesquisas do Nordeste (Cepene).
ministério dependente de um serviço terceirizado muito caro Sem o mangue, várias espécies correm o risco de desa-
e de formato antiquado. parecer do planeta. Entre elas está o peixe-boi, que frequenta
“Tecnologias novas permitem gerar plataformas que usam o mangue pra procriar, se alimentar e beber água doce. O
inteligência artificial e algoritimos de classificação automática peixe-boi é o mamífero marinho mais ameaçado de extinção
que permitem fazer interpretação de imagens de satélite em do país e o manguezal é o seu principal refúgio.
escala maior, mais rápida e barata”, diz Azevedo. Investir em “Se não forem tomadas medidas urgentes, essas espécies
uma plataforma do tipo seria uma alternativa mais razoável ao que vivem diretamente em volta do mangue elas podem ser
formato previsto pelo MMA, segundo o pesquisador, já que totalmente afetadas, inclusive vir a se extinguir algumas espé-
cies ou acabar, ou quase acabar com outras que possam estar
permitiria que analistas entrassem na plataforma e gerassem
dependendo deste ambiente”, alerta a veterinária.
as informações no momento em que necessitassem, em vez
As fazendas de produção de camarão, a construção de
de depender de análises geradas por uma empresa.
estradas e o assoreamento dos estuários - braços de mar que
“É importante lembrar que temos no Brasil hoje, já im-
encontram os rios - também estão devastando os mangue-
plantadas, as melhores tecnologias de monitoramento de co- zais.
bertura e uso do solo no mundo. O Brasil é referência por A regeneração do mangue pode demorar décadas, aler-
trabalhos feitos tanto por órgãos públicos, como o Inpe, quan- tam os especialistas. “São árvores jovens, não muito velhas,
to pela sociedade civil e instituições de pesquisa. Com tantas duram até 60, 70 anos, mas em 30 anos, até no máximo 20, 30
coisas disponíveis, seria importante investir nessas iniciativas”, anos a gente pode ter uma floresta de mangue com a sua fau-
conclui Azevedo. na associada”, aponta o oceanógrafo e biólogo da Universida-
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017 de de Pernambuco (UPE), professor Clemente Coelho Junior.

14
ATUALIDADES

Esperança Tillerson, ex-diretor da petroleira Exxon Mobil Corp, e Per-


Por outro lado, a volta gradual da floresta atlântica é um ry disseram que os EUA deveriam permanecer no acordo, e
exemplo de que é possível reverter o processo. O bioma, que McMaster compartilha essa opinião, disse uma fonte de fora
teve sua cobertura original reduzida a 12,5%, cresceu de 276 do governo.
mil quilômetros quadrados em 2001 para 301 mil quilômetros Entre os opositores do pacto estão o diretor da Agência
quadrados em 2015. de Proteção Ambiental, Scott Pruitt –ex-procurador-geral de
No Paraná, houve um crescimento de 5 mil quilômetros Oklahoma, Estado produtor de petróleo–, e o estrategista-
quadrados de mata, principalmente por recuperação de áreas chefe da Casa Branca, Steve Bannon.
de preservação permanente, como margens de rios. Em rela- Fonte:g1.com/Acessado em 05/2017
ção à área total, o Rio de Janeiro teve 17,8% de florestas a mais
em 2015 em comparação com 2001, um crescimento de 10 mil CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
para 12 mil quilômetros quadrados.
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017 Um adolescente mexicano diz ter criado um sutiã que
consegue, em até 90 minutos, detectar o câncer de mama em
Trump diz que EUA querem tratamento justo em mulheres.
acordo climático Com um protótipo do sutiã Eva, Julian Rios Cantu, de 18
Presidente americano disse que vai anunciar deci- anos, e três amigos, arrecadaram dinheiro para dar começar
são sobre permanência do EUA no pacto em duas sema- os testes e ganharam o primeiro prêmio do Global Student
nas. Em campanha, Trump prometeu que iria retirar os Entrepreneur Awards - uma premiação internacional para uni-
EUA do pacto de Paris.
versitários empreendedores.
A empresa dos mexicanos, Higia Technologies, ganhou
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quei-
US$ 20 mil para desenvolver comercialmente o produto.
xou-se na quinta-feira (27) de que seu país está recebendo um
Mas como um sutiã que detecta câncer funcionaria?
tratamento injusto no Acordo Climático de Paris e disse à Reu-
Tumores malignos podem aumentar a temperatura da
ters que vai anunciar uma decisão em cerca de duas semanas
pele por causa de um aumento no fluxo de sangue para a
sobre a permanência dos EUA no pacto.
região onde estão. Biossensores colocados no sutiã Eva to-
O republicano Trump, eleito em novembro, prometeu du-
mariam medidas de temperatura periódicas da mulher que
rante a campanha que iria retirar os EUA do pacto de Paris até
seriam registradas em um aplicativo de celular.
100 dias depois de assumir a Presidência, parte de um plano
O aplicativo, por sua vez, alerta a usuária caso os sensores
mais amplo para revogar as proteções ambientais do governo
de seu antecessor, Barack Obama, que ele disse estarem pre- detectem mudanças de temperatura que possam ser preocu-
judicando a economia. pantes.
Desde então ele afirmou estar aberto a continuar no acor- Seria necessário usar o sutiã por 60 a 90 minutos para ter
do se Washington tiver termos melhores, e dezenas de gran- medições precisas.
des empresas norte-americanas e vários parlamentares de seu Ressalvas
partido o exortaram a manter a filiação como forma de prote- Julian afirmou que a ideia de colocar os sensores dentro
ger os interesses industriais de seu país no exterior. de um sutiã pode melhorar a precisão das medições, já que os
Trump, que completa 100 dias no cargo no sábado, disse seios da mulher estariam na mesma posição a cada vez que
à Reuters em uma entrevista que irá anunciar sua decisão “em sua temperatura for medida.
cerca de duas semanas”, mas reclamou que China, Índia, Rús- Mas, como o protótipo ainda não foi testado, especialistas
sia e outros países estão pagando muito pouco para ajudar têm ressalvas em relação a sua edicácia para detectar o câncer.
nações mais pobres a combaterem a mudança climática nos “Sabemos que tumores costumam ter um sistema anormal
termos do Fundo Clima Verde. de vasos sanguíneos, mas também sabemos que o aumento
“Não é uma situação justa porque eles não estão pagando do fluxo sanguíneo para uma região não é necessariamente
virtualmente nada, e nós estamos pagando quantidades enor- um indicativo confiável de câncer”, disse à BBC Anna Perman,
mes de dinheiro.” do instituto de pesquisa Cancer Research UK.
Instado a dar uma dica sobre sua decisão, ele respondeu: “É ótimo ver jovens como Julian se envolvendo com ciên-
“Posso dizer isto: queremos ser tratados justamente.” cia e tendo ideias que podem ajudar no diagnóstico, mas uma
Mais cedo, uma fonte do governo disse à Reuters que parte importante da ciência são os testes rigorosos para ga-
autoridades da gestão Trump provavelmente irão se reunir em rantir que uma inovação realmente beneficiará os pacientes.”
maio para decidir se mantêm os EUA no acordo climático. Eles Julian quase perdeu a mãe para o câncer de mama quan-
já fizeram uma reunião inicial na quinta-feira na Casa Branca. do tinha 13 anos de idade, porque a doença foi diagnosticada
O grupo de conselheiros, que inclui o secretário de Esta- tardiamente.
do, Rex Tillerson, o secretário de Energia, Rick Perry, e o con- O médico que a acompanhava disse que os caroços en-
selheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, deve tomar contrados em seu seio não eram malignos, mas ele estava
uma decisão antes da cúpula do G7 em 26 de maio, segundo errado. Seis meses depois, uma segunda mamografia revelou
a fonte. o câncer. A mãe de Julian teve ambos os seios removidos.

15
ATUALIDADES

Depois de pesquisar sobre a doença e seus atuais méto- Mar do Caribe invadiu Amazônia duas vezes há mi-
dos de diagnósticos, o adolescente teve a ideia, registrou a pa- lhões de anos
tente e pediu a ajuda de amigos para administrar a empresa. Estudo foi publicado na revista “Science Advances”
Eles esperam poder vender o sutiã no fim de 2018.
Mar do Caribe invadiu Amazônia duas vezes há mi-
Sinais lhões de anos
De acordo com Perman, detectar o câncer de mama em Estudo foi publicado na revista “Science Advances”
seu estágio inicial pode aumentar muito as chances de sobre- Agência ANSA
viver à doença. Partes da Floresta Amazônica na Colômbia e no Brasil fo-
“Nosso conselho é que a pessoa conheça seu corpo, saiba
ram inundadas pela água do Mar do Caribe em dois momen-
o que é normal para ela e, se vir algo incomum, procure um
clínico geral”, diz. tos no período Mioceno, cerca de 23 milhões de anos atrás,
Alguns dos primeiros sinais de câncer de mama são: revelou um estudo publicado pela revista Science Advances.
- Caroços na área do peito ou das axilas; De acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta-feira
- Mudanças no tamanho, no formato ou na sensação do (3), a descoberta foi possível graças a 933 tipos de evidências
seio; que incluem um minúsculo dente de tubarão, partes de cama-
- Vazamento de fluido pelo bico do seio, que não seja rões, pólen e diversos organismos marinhos.
leite materno. O estudo foi realizado por cientistas do Instituto de Pes-
Fonte:g1.com/Acessado em 05/2017 quisa Tropical Smithsonian, com sede no Panamá, e liderado
pelo geólogo colombiano Carlos Jaramillo. O grupo examinou
sedimentos da bacia Llanos, no leste da Colômbia, e a bacia do
Universidade dos EUA descobre anticorpo que pode Amazonas e Solimões, no Noroeste do Brasil.
virar vacina contra a zika De acordo com o pesquisador, as inundações foram “rápi-
Cientistas usaram amostras de sangue de mais de
das”, com duração de menos de um milhão de anos cada uma.
400 pessoas do Brasil e do México. Cinco delas conti-
A questão é um tema de debate entre os cientistas por se tratar
nham anticorpos praticamente idênticos gerados em
um contato anterior com vírus da zika. de um terreno que continua sendo difícil de estudar, e os dados
consistentes são poucos.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Rockefel- Fonte: jb.com.br/Acessado em 05/2017
ler de Nova York afirmou ter identificado uma possível nova
forma de lutar contra o vírus da zika e que também pode Hackers usam e-mails falsos para acessar dados de
resultar no desenvolvimento de uma vacina contra a doença. usuários do Google
A instituição indicou em um artigo publicado em seu site Empresa informou que já trabalha na resolução do
que os cientistas encontraram em amostras de sangue coleta- problema. Criminosos enviavam links do Google Docs
das de pessoas do México e do Brasil anticorpos em formas de para ter acesso a contas de usuários.
proteínas produzidas pelo sistema imunológico que previnem
que o vírus se desenvolva. Google alertou seus usuários para que tomem cuidado
Esses anticorpos, segundo a pesquisa, teriam sido gera- com e-mails de contatos conhecidos pedindo-lhes para clicar
dos inicialmente em uma resposta a uma infecção anterior do
em um link do Google Docs, após um grande número de pes-
vírus, indica o texto.
“Em futuro próximo, esses anticorpos poderiam ser muito soas reclamar nas redes sociais de terem suas contas hackea-
úteis. Poderíamos, por exemplo, administrá-los de forma se- das.
gura para prevenir o zika em mulheres grávidas ou em outras A empresa informou nesta quarta-feira (3) que tomou me-
pessoas sob risco de contrair a doença”, explicou o pesquisa- didas para proteger os usuários dos ataques: desativou contas
dor Davide Robbiani. ofensivas e removeu páginas mal-intencionadas.
Além disso, a equipe de cientistas descobriu que os anti- “Nossa equipe está trabalhando para evitar que este tipo
corpos podem ser usados na produção de uma vacina. de fraude aconteça novamente”, informou a empresa em um
Os pesquisadores da Universidade Rockefeller tiveram e-mail.
acesso a amostras de sangue de mais de 400 pessoas através Segundo especialistas em segurança que analisaram o es-
de colaboradores no Brasil e no México. quema, usuários recebem por e-mail um pedido para clicar
Uma análise profunda mostrou que cinco delas continham em um link para visualizar um documento do Google Docs e,
anticorpos praticamente idênticos e que sugeriram que essas sem saber, fornecem aos hackers acesso ao conteúdo de suas
moléculas eram especialmente efetivas na luta contra o vírus
contas do Google, incluindo o correio de e-mail, contatos e
da zika.
documentos online.
Os anticorpos, batizados como Z004, foram inseridos em
ratos de laboratório que desenvolveram uma proteção contra “Esta é uma situação muito séria para quem está infecta-
uma infecção séria da doença. Eles também pareceram ser do porque as vítimas têm suas contas controladas por alguém
efetivos na luta contra a dengue, um vírus muito parecido com mal-intencionado”, disse Justin Cappos, professor de segurança
o da zika. cibernética da Tandon School of Engineering da Universidade
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017 de Nova York.

16
ATUALIDADES

Cappos afirmou que recebeu sete desses e-mails mali-


ciosos em três horas na tarde de quarta-feira, uma indicação
ANOTAÇÕES
de que os hackers estavam usando um sistema automatizado
para realizar os ataques.
Ele disse não saber o objetivo do golpe, mas ressaltou que __________________________________________________
as contas comprometidas podem ser usadas para redefinir se-
nhas de contas de bancos online ou dar acesso a informações ___________________________________________________
financeiras. ___________________________________________________
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017
___________________________________________________
Questões
___________________________________________________
01) Sobre as investigações da chamada “Lava-Jato”, analise
as seguintes afirmativas. ___________________________________________________
I. O promotor público Sergio Moro é um dos principais ___________________________________________________
agentes no que se refere ao andamento das investigações, o
que fez com que ele ficasse conhecido nacionalmente. ___________________________________________________
II. Até o momento, diversos políticos e representantes de
empreiteiras foram denunciados, sendo que alguns já foram ___________________________________________________
presos.
___________________________________________________
III. A denominação dada à operação é proveniente de
uma investigação semelhante ocorrida em postos de gasolina ___________________________________________________
nos Estados Unidos nos anos 90.
Está correto o que se afirma em: ___________________________________________________
a) I, somente.
b) I e II, somente. ___________________________________________________
c) I e III, somente. ___________________________________________________
d) II, somente.
e) todas. ___________________________________________________

Resposta : D ___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

17
ATUALIDADES

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
SOBRE: RACIOCÍNIO LÓGICO
76554
!!!.!!! = . . . . = 35.10 = 350!!"#$%!&'()*+!
11. (VALEC – Assistente Administrativo - FEM-
32121
PERJ/2012) Num certo ano, 10% de uma floresta foram
desmatados. No ano seguinte, 20% da floresta rema- RESPOSTA: “D”.
nescente foi desmatada e, no ano seguinte, a floresta (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
remanescente perdeu mais 10% de sua área. Assim, a UnB/2013) Conta-se na mitologia grega que Hércules,
floresta perdeu, nesse período, a seguinte porcenta- em um acesso de loucura, matou sua família. Para ex-
gem de sua área original: piar seu crime, foi enviado a presença do rei Euristeu,
A) 35,2% que lhe apresentou uma serie de provas a serem cum-
B) 36,4% pridas por ele, conhecidas como Os doze trabalhos de
C) 37,4% Hércules. Entre esses trabalhos, encontram-se: matar o
D) 38,6% leão de Neméia, capturar a corça de Cerinéia e captu-
E) 40,0% rar o javali de Erimanto. Considere que a Hércules seja
dada a escolha de preparar uma lista colocando em or-
Considerando-se o total inicial da floresta, antes do 1º dem os doze trabalhos a serem executados, e que a es-
desmatamento, igual a 100% teremos, após os desmata- colha dessa ordem seja totalmente aleatória. Além dis-
mentos sucessivos, o seguinte percentual de floresta des- so, considere que somente um trabalho seja executado
matado: de cada vez. Com relação ao número de possíveis listas
1º ano: foram desmatados 10% do total (100%), logo, que Hércules poderia preparar, julgue os itens subse-
sobraram 90% de floresta não desmatada. quentes.
2º ano: foram desmatados 20% da floresta remanes-
cente (90%), logo, sobraram 90% – 20% de 90%. 13. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas que
90% – 20% de 90%. = 90% – 18% = 72% de floresta
Hercules poderia preparar e superior a 12x10!
não desmatada.
( ) CERTA ( ) ERRADA
3º ano: foram desmatados 10% da floresta remanes-
cente (72%), logo, sobraram 72% – 10% de 72%.
O número máximo de possíveis listas que Hercules po-
72% – 10% de 72%. = 72% – 7,2% = 64,8% de floresta
deria preparar e superior a 12x10!.
não desmatada.
“Considere que a Hercules seja dada a escolha de pre-
Portanto, foram desmatados 100% – 64,8% = 35,2%
parar uma lista colocando em ordem os doze trabalhos a
serem executados, e que a escolha dessa ordem seja total-
RESPOSTA: “A”. mente aleatória”.
Seja a lista de tarefas dada a Hercules contendo as 12
12. (BRDE – Analista de sistemas - AOCP/2012) tarefas representada a seguir. Lembrando que a ordem de
Quantos subconjuntos podemos formar com 3 bolas escolha ficara a critério de Hercules.
azuis e 2 vermelhas, de um conjunto contendo 7 bolas Então, permutando (trocando) as tarefas de posição,
azuis e 5 vermelhas? vai gerar uma nova sequencia, ou seja, uma nova ordem da
A) 250 realização de suas tarefas, assim, o numero de possibilida-
B) 5040 des de Hercules começar e terminar suas tarefas será dada
C) 210 pela permutação dessas tarefas.
D) 350 12x11x10x9x8x7x6x5x4x3x2x1 ou simplesmente:
E) 270 12! = 12 x 11 x 10!
Como 12x11x10! e diferente de 12x10!.
Podemos interpretar esse enunciado da seguinte for-
ma: “de um conjunto de 7 bolas azuis e 5 bolas vermelhas, RESPOSTA: “ERRADA”.
quantos agrupamentos de 3 bolas azuis e 2 bolas verme-
lhas podemos formar”? 14. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
Nesse caso tem-se uma combinação simples de 7 bo- UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con-
las azuis escolhidas 3 a 3 permutando-se com a combina- tendo o trabalho “matar o leão de Neméia” na primeira
ção simples de 5 bolas vermelhas escolhidas 2 a 2. posição é inferior a 240 x 990 x 56 x 30.
Lembramos que, formamos agrupamentos por com- ( ) CERTA ( ) ERRADA
binação, quando a ordem dos elementos escolhidos não
altera o agrupamento formado. Por exemplo, um agru- O número máximo de possíveis listas contendo o tra-
pamento formado pelas bolas vermelhas V1 V2 V3 será balho “matar o leão de Neméia” na primeira posição é infe-
idêntico a qualquer outro agrupamento formado por essas rior a 240 x 990 x 56 x 30.
mesmas bolas, porém e outra ordem. Logo, a ordem desses Fixando a tarefa “matar leão de Neméia” na primeira
elementos escolhidos não altera o próprio agrupamento. posição, vão sobrar 11 tarefas para serem permutadas nas
demais casas:

18
ATUALIDADES

x._._._._._._._._._._._=x.11! Sendo 180 um valor inferior a 6! (6! = 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x


Sendo X a posição já ocupada pela tarefa “matar leão 1 = 720), logo o valor
de Nemeia”. 180 x 8! será inferior a 6! x 8!, tornando este item CER-
Reagrupando os valores, temos: TO.
24 x 990 x 56 x 30.
Portanto, inferior a 240 x 990 x 56 x 30, tornando este RESPOSTA: “CERTA”.
item ERRADO.
(TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
RESPOSTA: “ERRADA”. UnB/2013) Considere que em um escritório trabalham
11 pessoas: 3 possuem nível superior, 6 tem o nível mé-
15. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ dio e 2 são de nível fundamental. Será formada, com
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con- esses empregados, uma equipe de 4 elementos para
tendo os trabalhos “capturar a corça de Cerinéia” na realizar um trabalho de pesquisa. Com base nessas in-
primeira posição e “ capturar o javali de Erimanto” na formações, julgue os itens seguintes, acerca dessa equi-
terceira posição e inferior a 72 x 42 x 20 x 6. pe.
( ) CERTA ( ) ERRADA
17. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
O número máximo de possíveis listas contendo os tra- UnB/2013) Se essa equipe for formada somente com
balhos “capturar a corça de Cerinéia” na primeira posição e empregados de nível médio e fundamental, então ela
“ capturar o javali de Erimanto” na terceira posição e infe- poderá ser formada de mais de 60 maneiras distintas.
rior a 72 x 42 x 20 x 6. ( ) CERTA ( ) ERRADA
Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” na pri-
meira posição e “capturar o javali de Erimanto” na terceira Se essa equipe for formada somente com empregados
posição, restam 10 tarefas a serem permutadas nas demais de nível médio e fundamental, então ela poderá ser forma-
posições, assim, temos que: da de mais de 60 maneiras distintas.
X . 1 . x . 2 . 3 . 4 . 5 . 6 . 7 . 8 . 9 . 10 Das 11 pessoas, 3 são de nível superior(S), 3 nível
Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap- médio(M), e 2 são de nível fundamental(F)
turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
ainda sobram 10 posições a serem permutadas. Sendo a equipe formada apenas pelos funcionários de
Ou seja: escolaridade de nível Médio e Fundamental teremos ape-
10 x 72 x 42 x 20 x 6 nas 3 possibilidades de formação das equipes:
Portanto, teremos 10 x 72 x 42 x 20 x 6, um valor supe-
rior e diferente de 72x42 x 20 x 6 1ª POSSIBILIDADE: Somente 1 funcionário de nível
Fundamental e os demais de nível médio.
RESPOSTA: “ERRADA”.
!!! .!!! = 2!/1!(2-1)!.6!/3!(6-3)!=40 equipes distintas
16. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ !
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con- 2ª POSSIBILIDADE: com 2 funcionários de nível Funda-
tendo os trabalhos “ capturar a corça de Cerineia” e “ mental e os demais de nível médio.
capturar o javali de Erimanto” nas ultimas duas posi-
ções, em qualquer ordem, e inferior a 6! x 8!. !!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas
( ) CERTA ( ) ERRADA
3ª POSSIBILIDADE: Uma equipe formada por funcioná-
O número máximo de possíveis listas contendo os tra- rios apenas de Nível Médio.
balhos “ capturar a corça de Cerinéia” e “ capturar o javali
de Erimanto” nas ultimas duas posições, em qualquer or- !!! !. = 6!/4!(6-4)!=15 equipes distintas
dem, e inferior a 6! x 8!.
Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” e Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida-
“capturar o javali de Erimanto” nas duas ultimas posições, e des anteriores, encontramos:
lembrando que essas tarefas podem ser permutadas entre 40 + 15 + 15= 70 equipes distintas
si, pois são colocadas em qualquer ordem, assim, restaram Como o item afirma que a equipe poderá ser formada
10 posições a serem permutadas. por mais de 60 maneiras distintas.
10.9.8.7.6.5.4.3.2.1.x.x
Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap- RESPOSTA: “CERTA”.
turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”, 18. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
podendo ser permutadas entre si, ainda, sobram 10 posi- UnB/2013) Se essa equipe incluir todos os empregados
ções a serem permutadas. de nível fundamental, então ela poderá ser formada de
Ou seja: mais de 40 maneiras distintas.
90 x 8! x 2 que equivale a 180 x 8! ( ) CERTA ( ) ERRADA

19
ATUALIDADES

Se essa equipe incluir todos os empregados de nível Nesse caso, a quantidade de inserções com pares
fundamental, então ela poderá ser formada de mais de 40 diferentes de nomes distintos que pode ocorrer e infe-
maneiras distintas. rior a 70.
Julgue o enunciado acima.
1ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de
nível fundamental e os demais de nível Superior. Com 12 nomes distintos entre si aparecendo de dois
em dois, teremos uma combinação simples desses nomes
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.3!/2!(3-2)!=3 equipes distintas para formarmos um total de possibilidades distintas.
!
!!" ! = 12!/2!(12-2)!=66 duplas de nomes distintos
2ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários
nível fundamental e os demais de nível médio.
Portanto, é verdadeira.
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas 21. (Banco do Brasil/TO - Escriturário - Cespe/
UnB/2012) Há exatamente 495 maneiras diferentes
3ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de de se distribuírem 12 funcionários de um banco em 3
nível fundamental e os demais de nível médio ou superior. agências, de modo que cada agência receba 4 funcio-
nários.
!!! .!!! .!!! !1
= 2!/2!(2-2)!.6!/1!(6-1)!.3!/1!(3-1)!=18 Julgue o enunciado acima.
equipes distintas
Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida- Sejam as agencias A, B e C que deverão receber 4 dos
des, teremos: 12 funcionários mencionados no item.
3 + 15 + 18 = 36 equipes distintas Para a primeira agencia, A, temos uma escolha baseada
Como o afirmado neste item, diz que existirão mais de em um agrupamento de 4 pessoas escolhidas dentre as 12
40 maneiras distintas para a formação das equipes. funcionários, possíveis a ocupar essas vagas, ou seja, uma
combinação de 12 funcionários escolhidos 4 a 4.
RESPOSTA: “ERRADA”. Agência A:
!
!!" ! = 12!/4!(12-4)!=495
19. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
UnB/2013) Formando-se a equipe com dois emprega-
Maneiras distintas de escolhermos dentre 12 funcioná-
dos de nível médio, e dois de nível superior, então essa
rios, 4 funcionários para ocupar uma das 4 vagas da agen-
equipe poderá ser formada de, no máximo, 40 manei-
cia A .
ras distintas.
Fixando 4 funcionários na primeira agencia, A , tere-
( ) CERTA ( ) ERRADA
mos, ainda, 8 funcionários que poderão ocupar 4 vagas na
agencia B. Portanto, para escolhermos esse novo agrupa-
Formando-se a equipe com dois empregados de nível mento, teremos uma nova combinação, agora, de 8 funcio-
médio, e dois de nível superior, então essa equipe poderá nários, escolhidos 4 a 4.
ser formada de, no máximo, 40 maneiras distintas. Agência B:
Formando-se as equipes com 2 empregados de nível
Médio e 2 de Nível Superior, então teremos apenas 1 pos- !!! ! = 8!/4!(8-4)!=70
sibilidade de formação de equipes, já que excluímos todos
os funcionários de nível Fundamental. Maneiras distintas de escolhermos dentre 8 funcioná-
!!! .!!! ! = 3!/2!(3-2)!.6!/2!(6-2)!=45 equipes distintas rios, 4 funcionários para ocupar 4 vagas da agencia B .
Por ultimo, ainda sobram 4 funcionários para ocupar as
ultimas 4 vagas da ultima agencia C .
De acordo com a afirmativa do item seriam de, no má- Portanto, teremos apenas um tipo de agrupamento
ximo, 40 equipes distintas. formado por esses 4 funcionários.

RESPOSTA: “ERRADA”. Agência C:

20. (Banco do Brasil/TO - Escriturário - Cespe/ !!! ! = 4!/4!(4-4)!=1


UnB/2012) Considere que o BB tenha escolhido alguns
nomes de pessoas para serem usados em uma propa- Pelo principio multiplicativo, podemos permutar a es-
ganda na televisão, em expressões do tipo Banco do colha dos funcionários entre as 3 agências A , B e C , ou
Bruno, Banco da Rosa etc. Suponha também, que a seja, teremos um total de possibilidades dada por:
quantidade total de nomes escolhidos para aparecer na 495x70x1=34.650 maneiras distintas de locarmos esses
propaganda seja 1 2 e que, em cada inserção da pro- funcionários nas 3 agências
paganda na TV, sempre apareçam somente dois nomes
distintos. Portanto, questão errada.

20
ATUALIDADES

22. (USP – VESTIBULAR - FUVEST/2012) Considere Obs.: a região externa à região Centro Oeste não
todas as trinta e duas sequências, com cinco elementos será colorida; a palavra território refere-se à extensão
cada uma, que podem ser formadas com os algarismos considerável de terra, e não à competência administra-
0 e 1. Quantas dessas sequências possuem pelo menos tiva.
três zeros em posições consecutivas?
a) 3 Observe o número de possibilidades da cor de cada
b) 5 território, dispondo de 4 cores:
c) 8 I) MT = 4
d) 12 II) GO = 3 (diferente de MT)
e) 16 III)DF = 3 (diferente de GO)
IV)MS = 2 (diferente de MT e GO)
Utilizando os algarismos 0 e 1 e, considerando as se- Assim, pelo Princípio Fundamental da Contagem, o nú-
quências com 5 elementos, temos: mero de maneiras de colorir o mapa é 4 . 3 . 3 . 2 = 72
I) 5 sequências com exatamente 3 zeros em posições
consecutivas (00010, 00011, 01000 e 11000) RESPOSTA: “72”.
II) 2 sequências com exatamente 4 zeros em posições
consecutivas (00001 e 10000) 25. (UEL – VESTIBULAR - COPS/2012) Para respon-
III) 1 sequência com 5 zeros (00000) der um questionário preenche-se o cartão apresenta-
Portanto, o número de sequências com pelo menos do a seguir, colocando-se X em uma só RESPOSTA para
três zeros em posições consecutivas é 5 + 2 + 1 = 8 cada questão.

RESPOSTA: “C”.

23. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) De


uma urna contendo 10 bolas coloridas, sendo 4 bran-
cas, 3 pretas, 2 vermelhas e 1 verde, retiram-se de uma
vez 4 bolas .Quantos são os casos possíveis em que apa-
recem exatamente uma bola de cada cor? Há quantas maneiras distintas para responder esse
questionário?
Como a urna contém 4 bolas brancas, existem 4 ma-
neiras possíveis de retirar uma bola branca; analogamente, Como há duas possibilidades para a RESPOSTA de cada
3 pretas, 2 vermelhas e 1 verde. Assim, pelo Princípio Fun- questão, pelo Princípio Fundamental da Contagem, o nú-
damental da Contagem, o número de casos possíveis em mero de maneiras distintas de responder as 5 questões é 2
que aparecem exatamente uma bola de cada cor é 4 . 3 . . 2 . 2 . 2 . 2 = 25 = 32
2 . 1 = 24
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “C”.

24. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) Um 26. (UNESP - VESTIBULAR - VUNESP/2013) Quatro
estudante deseja colorir o mapa da região Centro-Oes- amigos vão ocupar as poltronas a, b, c, d de um ônibus
te (ilustrado abaixo) de modo que territórios adjacen- dispostas na mesma fila horizontal, mas em lados diferen-
tes sejam de cores distintas. Por exemplo, já que Goiás e tes em relação ao corredor, conforme a ilustração.
o distrito Federal têm fronteira em comum, terão de ser
coloridos de forma diferente. Supondo que o estudante
dispõe de quatro cores distintas e cada território seja
de uma única cor, calcule de quantas maneiras ele pode
colorir os territórios do mapa.

Dois deles desejam sentar-se juntos, seja do mesmo


lado do corredor, seja em lados diferentes. Nessas con-
dições, de quantas maneiras distintas os quatro podem
ocupar as poltronas referidas, considerando-se distin-
tas as posições em que pelo menos dois dos amigos
ocupem poltronas diferentes?

21
ATUALIDADES

A) 24 Portanto, pelo princípio fundamental da contagem, o


B) 18 número total de possibilidades de pintar os círculos, é igual
C) 16 a:
D) 12 4 . 3 . 3 . 3 . 3 . 3 . 3 = 2916
E) 6
RESPOSTA: “D”.
Existem 6 maneiras de os dois amigos sentarem juntos
(ab, ba, bc, cb, cd, dc). Para cada uma das seis possibilida- 29. (UNESP - VESTIBULAR - VUNESP/2012) Uma
des existem duas formas de os outros se acomodarem. rede de supermercados fornece a seus clientes um car-
Assim sendo, o total de possibilidades é 6 . 2 = 12 tão de crédito cuja identificação é formada por 3 letras
distintas (dentre 26), seguidas de 4 algarismos distin-
RESPOSTA: “D”. tos. Uma determinada cidade receberá os cartões que
têm L como terceira letra, o último algarismo é zero e
27. (UFSCar - VESTIBULAR - VUNESP/2013) Um en- o penúltimo é 1. A quantidade total de cartões distin-
contro científico conta com a participação de pesquisa- tos oferecidos por tal rede de supermercados para essa
dores de três áreas, sendo eles: 7 químicos, 5 físicos e cidade é
4 matemáticos. No encerramento do encontro, o grupo A) 33 600.
decidiu formar uma comissão de dois cientistas para B) 37 800.
representá-lo em um congresso. Tendo sido estabele- C) 43 200.
cido que a dupla deveria ser formada por cientistas de D) 58 500.
áreas diferente, o total de duplas distintas que podem E) 67 600.
representar o grupo no congresso é igual a:
A) 46 A numeração dos cartões dessa cidade é do tipo
B) 59
C) 77
D) 83
E) 91

Sendo, os pesquisadores das três áreas (7 químicos, 5


físicose 4 matemáticos), e as comissões compostas por dois
cientistas de áreas diferentes, temos 3 situações possíveis: A primeira letra pode ser escolhida entre as 25 restan-
I) 1 químico e 1 matemático: 7 . 4 = 28 duplas tes e a segunda letra entre as 24 restantes.
II) 1 químico e 1 físico: 7 . 5 = 35 duplas O primeiro algarismo pode ser escolhido entre os 8
III) 1 matemático e 1 físico: 4 . 5 = 20 duplas restantes e o segundo entre os sete restantes.
Assim, o total de duplas distintas é 28 + 35 + 20 = 83 Desta forma, o número de cartões é 25 . 24 . 8 . 7 = 33
600
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “A”.
28. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) 30. (UEL - VESTIBULAR - COPS/2012) Um professor
Cada um dos círculos da figura ao lado deverá ser pin- de Matemática comprou dois livros para premiar dois
tado com uma única cor, escolhida dentre quatro dispo- alunos de uma classe de 42 alunos. Como são dois livros
níveis. Sabendo-se que dois círculos consecutivos nun- diferentes, de quantos modos distintos pode ocorrer a
ca serão pintados com a mesma cor, então o número de premiação?
formas de se pintar os círculos é: A) 861
B) 1722
C) 1764
D) 3444
D) 2!"
!
A) 100 Já que os livros são diferentes, o número de maneiras
B) 240 de distribuir esses livros é A42,2 = 42 . 41 = 1722
C) 729
D) 2916 RESPOSTA: “B”.
E) 5040

Considerando o 1o. círculo (da esquerda), ele pode ser


pintado por qualquer uma das 4 cores disponíveis. Cada
um dos demais círculos pode ser pintado pelas 3 cores res-
tantes possíveis (exceto a cor do círculo que o antecede).

22
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Ética e moral. ........................................................................................................................................................................................................................01


Princípios constitucionais de natureza ética: moralidade, impessoalidade, probidade, motivação e publicidade. ................02
Crimes contra a fé pública...............................................................................................................................................................................................05
Crimes contra a Administração Pública: crimes praticados por funcionário público contra a Administração Pública em geral;
crimes praticados por particular contra a Administração em geral; crimes contra a Administração da Justiça e crimes contra
as finanças públicas. .........................................................................................................................................................................................................08
Lei Complementar 101/00 .............................................................................................................................................................................................14
Lei 4320/64. ..........................................................................................................................................................................................................................29
Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92)................................................................................................................................................39
Lei 8.666/93: Capítulo IV – Das Sanções Administrativas e da Tutela Judicial: Seção I – Das Disposições Gerais (arts. 81 a
85); Seção II – Das Sanções Administrativas (arts. 86 a 88); Seção III – Dos Crimes e Das Penas (arts. 89 a 99); Seção IV - Do
Processo e do Procedimento Judicial (arts.100 a 108)........................................................................................................................................43
Lei 10.028/2000. ..................................................................................................................................................................................................................45
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

arranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade


ÉTICA E MORAL de disciplinar o poder visando que todos possam se realizar
em plenitude, atingindo suas finalidades particulares.
O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação
deve se guiar pela moral idônea. Mas não é propriamente o
A ética é composta por valores reais e presentes na socie- Estado que é aético, porque ele é composto por homens. As-
dade, a partir do momento em que, por mais que às vezes tais sim, falta ética ou não aos homens que o compõem. Ou seja,
valores apareçam deturpados no contexto social, não é possí- o bom comportamento profissional do funcionário público é
vel falar em convivência humana se esses forem desconsidera- uma questão ligada à ética no serviço público, pois se os ho-
dos. Entre tais valores, destacam-se os preceitos da Moral e o mens que compõem a estrutura do Estado tomam uma atitu-
valor do justo (componente ético do Direito). de correta perante os ditames éticos há uma ampliação e uma
Se, por um lado, podemos constatar que as bruscas trans- consolidação do valor ético do Estado.
formações sofridas pela sociedade através dos tempos pro- Alguns cidadãos recebem poderes e funções específicas
vocaram uma variação no conceito de ética, por outro, não dentro da administração pública, passando a desempenhar
é possível negar que as questões que envolvem o agir ético um papel de fundamental interesse para o Estado. Quando es-
sempre estiveram presentes no pensamento filosófico e social. tiver nesta condição, mais ainda, será exigido o respeito à ética.
Aliás, um marco da ética é a sua imutabilidade: a mesma ética Afinal, o Estado é responsável pela manutenção da sociedade,
de séculos atrás está vigente hoje, por exemplo, respeitar ao que espera dele uma conduta ilibada e transparente.
próximo nunca será considerada uma atitude antiética. Outra Quando uma pessoa é nomeada como servidor público,
característica da ética é a sua validade universal, no sentido de passa a ser uma extensão daquilo que o Estado representa na
delimitar a diretriz do agir humano para todos os que vivem sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os
no mundo. Não há uma ética conforme cada época, cultura ou consagrados preceitos éticos.
civilização: a ética é uma só, válida para todos eternamente, de Todas as profissões reclamam um agir ético dos que a
forma imutável e definitiva. exercem, o qual geralmente se encontra consubstanciado em
Quanto à etimologia da palavra ética: No grego existem Códigos de Ética diversos atribuídos a cada categoria profis-
duas vogais para pronunciar e grafar a vogal e, uma breve, sional. No caso das profissões na esfera pública, esta exigência
chamada epsílon, e uma longa, denominada eta. Éthos, escrita se amplia.
com a vogal longa, significa costume; porém, se escrita com Não se trata do simples respeito à moral social: a obrigação
a vogal breve, éthos, significa caráter, índole natural, tempe- ética no setor público vai além e encontra-se disciplinada em
ramento, conjunto das disposições físicas e psíquicas de uma detalhes na legislação, tanto na esfera constitucional (notada-
pessoa.1 mente no artigo 37) quanto na ordinária (em que se destacam
A ética passa por certa evolução natural através da histó- o Decreto n° 1.171/94 - Código de Ética - a Lei n° 8.429/92 - Lei
ria, mas uma breve observação do ideário de alguns pensa- de Improbidade Administrativa - e a Lei n° 8.112/90 - regime
dores do passado permite perceber que ela é composta por jurídico dos servidores públicos civis na esfera federal).
valores comuns desde sempre consagrados. Em geral, as diretivas a respeito do comportamento pro-
Entre os elementos que compõem a Ética, destacam-se fissional ético podem ser bem resumidas em alguns princípios
a Moral e o Direito. Assim, a Moral não é a Ética, mas apenas basilares.
parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus, Segundo Nalini2, o princípio fundamental seria o de agir
referindo-se exclusivamente ao regramento que determina a de acordo com a ciência, se mantendo sempre atualizado, e de
ação do indivíduo. acordo com a consciência, sabendo de seu dever ético; toman-
Assim, Moral e Ética não são sinônimos, não apenas pela do-se como princípios específicos:
Moral ser apenas uma parte da Ética; mas principalmente por- - Princípio da conduta ilibada - conduta irrepreensível na
que enquanto a Moral é entendida como a prática, como a vida pública e na vida particular.
realização efetiva e cotidiana dos valores; a Ética é entendida - Princípio da dignidade e do decoro profissional - agir da
como uma “filosofia moral”, ou seja, como a reflexão sobre a melhor maneira esperada em sua profissão e fora dela, com
moral. Moral é ação, Ética é reflexão. técnica, justiça e discrição.
A ética está presente em todas as esferas da vida de um - Princípio da incompatibilidade - não se deve acumular
indivíduo e da sociedade que ele compõe e é fundamental funções incompatíveis.
para a manutenção da paz social que todos os cidadãos (ou - Princípio da correção profissional - atuação com transpa-
ao menos grande parte deles) obedeçam os ditames éticos rência e em prol da justiça.
consolidados. A obediência à ética não deve se dar somente - Princípio do coleguismo - ciência de que você e todos os
no âmbito da vida particular, mas também na atuação profis- demais operadores do Direito querem a mesma coisa, realizar
sional, principalmente se tal atuação se der no âmbito estatal. a justiça.
O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade - Princípio da diligência - agir com zelo e escrúpulo em
de fins gerais que permite o desenvolvimento, em seu seio, todas funções.
das individualidades e das demais sociedades, chamadas de - Princípio do desinteresse - relegar a ambição pessoal
fins particulares. O Estado, como pessoa, é uma ficção, é um para buscar o interesse da justiça.

1 CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13. 2 NALINI, José Renato. Ética geral e profis-
ed. São Paulo: Ática, 2005. sional. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

1
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

- Princípio da confiança - cada profissional de Direito é do- sas concessionárias e permissionárias de serviços públicos,
tado de atributos personalíssimos e intransferíveis, sendo esco- o caráter especial de seu contrato, de sua prorrogação, bem
lhido por causa deles, de forma que a relação estabelecida en- corno as condições de execução, fiscalização e rescisão da
tre aquele que busca o serviço e o profissional é de confiança. concessão ou permissão. Vale dizer que a Constituição deixou
- Princípio da fidelidade - Fidelidade à causa da justiça, aos à lei a opção de adotar um regime ou outro.
valores constitucionais, à verdade, à transparência. Isto não quer dizer que a Administração Pública não par-
- Princípio da independência profissional - a maior autono- ticipe da decisão; ela o faz à medida que, detendo o Poder
mia no exercício da profissão do operador do Direito não deve Executivo grande parcela das decisões políticas, dá início ao
impedir o caráter ético. processo legislativo que resultará na promulgação da lei con-
- Princípio da reserva - deve-se guardar segredo sobre as tendo a decisão governamental. Normalmente, é na esfera dos
informações que acessa no exercício da profissão. órgãos administrativos que são feitos os estudos técnicos e fi-
- Princípio da lealdade e da verdade - agir com boa-fé e de nanceiros que precedem o encaminhamento de projeto de lei
forma correta, com lealdade processual. e respectiva justificativa ao Poder Legislativo.
- Princípio da discricionariedade - geralmente, o profis- O que não pode é a Administração Pública, por ato pró-
sional do Direito é liberal, exercendo com boa autonomia sua prio, de natureza administrativa, optar por um regime jurídico
profissão. não autorizado em lei; isto em decorrência da sua vinculação ao
- Outros princípios éticos, como informação, solidariedade, princípio da legalidade.
cidadania, residência, localização, continuidade da profissão, Não há possibilidade de estabelecer-se, aprioristicamente,
liberdade profissional, função social da profissão, severidade todas as hipóteses em que a Administração pode atuar sob re-
consigo mesmo, defesa das prerrogativas, moderação e tole- gime de direito privado; em geral, a opção é feita pelo próprio
rância. legislador, como ocorre com as pessoas jurídicas, contratos e
Vale destacar que, se a Ética, num sentido amplo, é com- bens de domínio privado do Estado. Como regra, aplica-se o
posta por ao menos dois elementos - a Moral e o Direito (jus- direito privado, no silêncio da norma de direito público.
to); no caso da disciplina da Ética no Setor Público a expressão O que é importante salientar é que, quando a Administração
é adotada num sentido estrito - ética corresponde ao valor do emprega modelos privatísticos, nunca é integral a sua submis-
justo, previsto no Direito vigente, o qual é estabelecido com são ao direito privado; às vezes, ela se nivela ao particular, no
um olhar atento às prescrições da Moral para a vida social. Em sentido de que não exerce sobre ele qualquer prerrogativa de
outras palavras, quando se fala em ética no âmbito do Estado Poder Público; mas nunca se despe de determinados privilégios,
não se deve pensar apenas na Moral, mas sim em efetivas nor- como o juízo privativo, a prescrição quinquenal, o processo es-
mas jurídicas que a regulamentam, o que permite a aplicação pecial de execução, a impenhorabilidade de seus bens; e sempre
de sanções. se submete a restrições concernentes à competência, finalidade,
motivo, forma, procedimento, publicidade. Outras vezes, mesmo
utilizando o direito privado, a Administração conserva algumas
de suas prerrogativas, que derrogam parcialmente o direito co-
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
mum, na medida necessária para adequar o meio utilizado ao
DE NATUREZA ÉTICA: MORALIDADE, fim público a cuja consecução se vincula por lei.
IMPESSOALIDADE, PROBIDADE, Por outras palavras, a norma de direito público sempre
MOTIVAÇÃO E PUBLICIDADE. impõe desvios ao direito comum, para permitir à Administra-
ção Pública, quando dele se utiliza, alcançar os fins que o or-
denamento jurídico lhe atribui e, ao mesmo tempo, preservar
A autora Di Pietro nos ensina que: a Administração Pública os direitos dos administrados, criando limitações à atuação do
pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regi- Poder Público.
me jurídico de direito público. A opção por um regime ou outro A expressão regime jurídico da Administração Pública é
é feita, em regra, pela Constituição ou pela lei. Exemplificando: utilizada para designar, em sentido amplo, os regimes de direi-
o artigo 173, §1º, da Constituição, prevê lei que estabeleça o es- to público e de direito privado a que pode submeter-se a Admi-
tatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia nistração Pública. Já a expressão regime jurídico administrativo
mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica é reservada tão somente para abranger o conjunto de traços,
de produção ou comercialização de bens ou de prestação de de conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocan-
serviços, dispondo, entre outros aspectos, sobre “a sujeição ao do a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical,
regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quan- na relação jurídico-administrativa. Basicamente, pode-se dizer
to aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tri- que o regime administrativo resume-se a duas palavras apenas:
butários”. Não deixou qualquer opção à Administração Pública prerrogativas e sujeições.
e nem mesmo ao legislador; quando este instituir, por lei, urna É o que decorre do ensinamento de Rivera (1973:35),
entidade para desempenhar atividade econômica, terá que quando afirma que as particularidades do Direito Administra-
submetê-la ao direito privado. tivo parecem decorrer de duas ideias opostas: “as normas do
Já o artigo 175 outorga ao Poder Público a incumbência de Direito Administrativo caracterizam-se, em face das do direito
prestar serviços públicos, podendo fazê-lo diretamente ou privado, seja porque conferem à Administração prerrogativas
sob regime de concessão ou permissão; e o parágrafo único sem equivalente nas relações privadas, seja porque impõem
deixa à lei ordinária a tarefa de fixar o regime das empre- à sua liberdade de ação sujeições mais estritas do que aque-
las a que estão submetidos os particulares”.

2
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O Direito Administrativo nasceu sob a égide do Estado Ao mesmo tempo em que as prerrogativas colocam a
liberal, em cujo seio se desenvolveram os princípios do indivi- Administração em posição de supremacia perante o particular,
dualismo em todos os aspectos, inclusive o jurídico; paradoxal- sempre com o objetivo de atingir o benefício da coletividade,
mente, o regime administrativo traz em si traços de autorida- as restrições a que está sujeita limitam a sua atividade a deter-
de, de supremacia sobre o indivíduo, com vistas à consecução minados fins e princípios que, se não observados, implicam
de fins de interesse geral. desvio de poder e consequente nulidade dos atos da Admi-
Garrido Falla (1962:44-45) acentua esse aspecto. Em suas nistração.
palavras, “é curioso observar que fosse o próprio fenômeno O conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujei-
histórico-político da Revolução Francesa o que tenha dado ta a Administração e que não se encontram nas relações entre
lugar simultaneamente a dois ordenamentos distintos entre particulares constitui o regime jurídico administrativo.
si: a ordem jurídica individualista e o regime administrativo. O Muitas dessas prerrogativas e restrições são expressas sob
regime individualista foi se alojando no campo do direito civil, a forma de princípios que informam o direito público e, em
enquanto o regime administrativo formou a base do direito especial, o Direito Administrativo.
público administrativo”. Já o professor Aragão nos ensina que: dentre as várias
Assim, o Direito Administrativo nasceu e desenvolveu-se definições de princípio jurídico, podemos aludir à clássica
baseado em duas ideias opostas: de um lado, a proteção aos formulação de CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELO, que o
direitos individuais frente ao Estado, que serve de fundamento considera como “mandamento nuclear de um sistema, verda-
ao princípio da legalidade, um dos esteios do Estado de Direi- deiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia so-
to; de outro lado, a de necessidade de satisfação dos interesses bre diferentes normas compondo-lhe o espírito e servindo de
coletivos, que conduz à outorga de prerrogativas e privilégios critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente
para a Administração Pública, quer para limitar o exercício dos por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no
direitos individuais em benefício do bem-estar coletivo (poder que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico”. As regras
de polícia), quer para a prestação de serviços públicos. jurídicas possuem hipóteses de incidência abstratas, que di-
Daí a bipolaridade do Direito Administrativo: liberda- zem respeito a situações hipotéticas, que, concretizando-se na
de do indivíduo e autoridade da Administração; restrições e vida prática, acarretam determinadas consequências jurídicas.
prerrogativas. Para assegurar-se a liberdade, sujeita-se a Ad- Trata-se do conhecido esquema “preceito – sanção”, pelo
ministração Pública à observância da lei e do direito (incluindo qual, ocorrendo o fato previsto na regra, a ele devem suce-
princípios e valores previstos explícita ou implicitamente na der os efeitos jurídicos nela também já preestabelecidos. Num
Constituição); é a aplicação, ao direito público, do princípio da exemplo de regra de Direito Administrativo, se o servidor pú-
legalidade. Para assegurar-se a autoridade da Administração blico federal deixar injustificadamente de comparecer à repar-
Pública, necessária à consecução de seus fins, são-lhe outor- tição por mais de trinta dias consecutivos – este é o preceito –,
gados prerrogativas e privilégios que lhe permitem assegurar haverá cometido a infração funcional grave conhecida como
a supremacia do interesse público sobre o particular. “abandono de cargo” (subsunção), para a qual é cominada a
Isto significa que a Administração Pública possui prer- penalidade (a consequência) da demissão (cf. art. 132, II, c./c.
rogativas ou privilégios, desconhecidos na esfera do direito art. 138, ambos da Lei n. 8.112/90).
privado, tais como a autoexecutoriedade, a autotutela, o po- O mecanismo de aplicação dos princípios é mais comple-
der de expropriar, o de requisitar bens e serviços, o de ocupar xo do que o esquema binário característico das regras (se o
temporariamente o imóvel alheio, o de instituir servidão, o de fato ocorreu, se aplica a regra; se não ocorreu, não se aplica).
aplicar sanções administrativas, o de alterar e rescindir unilate- Os princípios não preveem situações determinadas e, muito
ralmente os contratos, o de impor medidas de polícia. Goza, menos, efeitos jurídicos específicos que delas decorreriam. É
ainda, de determinados privilégios como a imunidade tributá- claro que normatizam situações e que podem acarretar efeitos
ria, prazos dilatados em juízo, juízo privativo, processo especial jurídicos, mas, devido a seu caráter fluido, suas consequências,
de execução, presunção de veracidade de seus atos. além de não poderem ser previamente estabelecidas, depen-
Segundo Cretella Júnior (Revista de Informação Legisla- dem das características de cada caso concreto e dos demais
tiva, v. 97:13), as prerrogativas públicas são “as regalias usu- princípios que forem em tese aplicáveis.
fruídas pela Administração, na relação jurídico-administrativa, É comum que mais de um princípio seja aplicável à mes-
derrogando o direito comum diante do administrador, ou, em ma situação. O intérprete, contudo, deverá adotar metodolo-
outras palavras, são as faculdades especiais conferidas à Admi- gia diferente da que emprega diante de (meras) regras contra-
nistração, quando se decide a agir contra o particular”. ditórias entre si, quando a aplicação de uma deve, necessaria-
Mas, ao lado das prerrogativas, existem determinadas res- mente, implicar a exclusão da outra. Para a solução dos confli-
trições a que está sujeita a Administração, sob pena de nu- tos entre regras, há classicamente o emprego dos critérios da
lidade do ato administrativo e, em alguns casos, até mesmo hierarquia (vale a regra de maior hierarquia), da especialidade
de responsabilização da autoridade que o editou. Dentre tais (a regra especial prevalece sobre a geral) e da cronologia (a
restrições, citem-se a observância da finalidade pública, bem regra posterior revoga a anterior), via de regra nessa ordem.
como os princípios da moralidade administrativa e da legalida- Em se tratando de conflitos entre princípios, devem eles ser
de, a obrigatoriedade de dar publicidade aos atos administra- ponderados, buscando-se, sempre que possível, alcançar so-
tivos e, como decorrência dos mesmos, a sujeição à realiza- lução que não exclua por completo nenhum deles. “Assim, é
ção de concursos para seleção de pessoal e de concorrência possível que um princípio seja válido e pertinente a determi-
pública para a elaboração de acordos com particulares. nado caso concreto, mas que suas consequências jurídicas

3
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

não sejam deflagradas naquele caso, ou não o sejam inteira- Quando a doutrina administrativista menciona a imora-
mente, em razão da incidência de outros princípios também lidade administrativa na forma qualificada ela está se referin-
aplicáveis. Há uma ‘calibragem’ entre os princípios, e não a do ao ato imoral configurado como ato de improbidade (art.
opção pela aplicação de um deles”. 37, § 4°, CF; Lei n° 8.429/92). Todo ato imoral é também ato
A ponderação de princípios, portanto, é a técnica de so- de improbidade, porém nem todo ato de improbidade é um
lução de conflitos nessa espécie normativa: o intérprete deve ato imoral (art. 11, Lei n° 8.429/92).
precisar quais princípios estão em jogo naquela situação O controle jurisdicional dos atos que violem a morali-
concreta e buscar um ponto intermediário (que às vezes não dade administrativa também pode ocorrer via promoção da
será possível) em que se preserve a máxima incidência de to- ação popular com a finalidade de invalidar o ato lesivo ou
dos os princípios em jogo. Por exemplo, ao ponderar, de um contrário à moralidade (art. 5°, LXXIII, CF; Lei n° 4.717/65).
lado, a liberdade de expressão e de reunião de manifestantes O princípio da impessoalidade está ligado ao princípio
que desejam fazer uma passeata, e, de outro, a liberdade de da isonomia, já o princípio da moralidade está ligado ao prin-
ir e vir dos demais cidadãos e a ordem urbana, a Administra- cípio da lealdade e da boa-fé. Por isso o princípio da mora-
ção Pública não deve nem proibir de forma absoluta a pas- lidade rege o comportamento não só dos agentes públicos,
seata, nem permiti-la de maneira indiscriminada, devendo, mas de todos aqueles que de qualquer forma se relacionam
ao revés, por exemplo, admiti-la, mas apenas em metade das com a Administração Pública. Desta forma, os particulares
pistas da avenida onde se deseja fazer a manifestação. também deverão agir com boa fé e honestidade, podendo
São cinco os princípios constitucionais básicos da Ad- também responder por ato que violem tal preceito.
ministração Pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, - Princípio da Publicidade: É a atuação transparente dos
publicidade e eficiência. atos da Administração Pública, facilitando seu controle. O
- Princípio da Legalidade: É o princípio basilar do Esta- princípio constitucional oferece a oportunidade das pes-
do de Direito. É a atuação da Administração Pública (órgãos/ soas de obterem informações, certidões e atestados da Ad-
agentes) dentro dos parâmetros definidos em lei, sendo ve- ministração Pública, além de apresentarem petição sem o
dada sua atuação sem prévia e expressa permissão legislativa. pagamento de taxas. Tais informações deverão se prestadas
- Princípio da Impessoalidade: O princípio da impessoali- dentro do prazo estipulado sob pena de responsabilidade.
dade é estudado sob três óticas diferentes: finalidade, impu- O princípio da publicidade também determina que to-
tação e isonomia. dos os julgamentos realizados pelo Poder Judiciário sejam
Sob a ótica da finalidade, é a atuação impessoal e genéri- públicos. Mesmo que a publicidade seja a regra, existem al-
ca da Administração Pública, visando à satisfação do interes- gumas informações que, mesmo possuindo um caráter co-
se coletivo, sem corresponder ao atendimento do interesse letivo, não podem ser prestadas à população em geral. Tais
exclusivo do administrado. Se aproveitar da publicidade go- situações podem ser consideradas como verdadeiras exce-
vernamental, custeado pelo erário público, para fazer promo- ções ao princípio da publicidade, permitindo a manutenção
ção pessoal é ato de improbidade administrativa, pois viola do sigilo. São alguns exemplos: em nome da segurança da
o princípio da impessoalidade (Lei nº 8.429/92). Os símbolos sociedade e do estado, poderá ser negada a publicidade
que são utilizados durante o período de campanha eleitoral (art. 5º, XXXIII, CF); atos processuais correm em sigilo na for-
não podem ser empregados durante o governo, pois serve ma da lei, logo, o processo administrativo também pode ser
de promover a figura individualizada do gestor, e não a ins- sigiloso (art. 5º, LX, CF).
tituição pública. Sob a ótica da imputação, o ato praticado é - Princípio da Eficiência: Mesmo o Princípio da Eficiência
atribuído ao órgão (pessoa jurídica) e não ao agente público tenha sido oficialmente inserido no texto constitucional pela
(pessoa física). Desta forma, a responsabilidade civil recairá EC 19/98, denominada de reforma administrativa, os gesto-
sob a entidade no qual o agente público emprega sua for- res públicos já utilizavam sua premissa como vetor na con-
ça de trabalho. Porém, o direito de regresso oferece a possi- dução do interesse público. Vale ressaltar que o art. 2º da Lei
bilidade de a pessoa jurídica agir contra o responsável pelo nº 9.784/99, responsável pela regulamentação do processo
dano. Sob a ótica da isonomia, é o tratamento igualitário dis- administrativo na seara federal, também traz a previsão da
pensado a todos os administrados, independentemente de eficiência como princípio a ser necessariamente observado.
qualquer interesse político Sob a ótica do agente público, significa afirmar que deve
- Princípio da Moralidade: É a atuação administrativa ba- buscar a consecução do melhor resultado possível. Sob a
seada na boa fé, em conformidade com a moral, os princípios ótica da forma de organização, significa afirmar que deve
éticos e a lealdade, não podendo contrariar os bons costu- a Administração Pública atentar para os padrões modernos
mes, a honestidade e os deveres de boa administração. O de gestão ou administração, vencendo o peso burocrático,
princípio da moralidade não se refere a moral comum, mas atualizando-se e modernizando-se.
aquela moral tirada da conduta interna da Administração Pú- - Princípio da Motivação das Decisões Administrativas:
blica. A moralidade comum é o certo e o errado, o correto e Os atos administrativos devem ser motivados. Como as deci-
o incorreto, é o senso comum; já a moralidade administrativa sões exaradas na seara administrativa nada mais são do que
é mais rigorosa, é a boa-fé da administração, é a melhor es- atos administrativos dotados de caráter resolutivo, também
colha possível, é uma administração eficiente. Logo, a moral necessitam ser motivados.
relacionada ao princípio não é a moral subjetiva, mas a moral
jurídica, ligada a outros princípios da própria Administração
como também aos princípios gerais do direito.

4
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.


Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinhei-
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA. ro qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre
na pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.

TÍTULO X CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚ-
APÍTULO I BLICOS
DA MOEDA FALSA
Falsificação de papéis públicos
Moeda Falsa Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moe- I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou
da metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de
estrangeiro: tributo; (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004)
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. II - papel de crédito público que não seja moeda de
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta pró- curso legal;
pria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, III - vale postal;
cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa
falsa. econômica ou de outro estabelecimento mantido por enti-
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadei- dade de direito público;
ra, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro docu-
conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses mento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a de-
a dois anos, e multa. pósito ou caução por que o poder público seja responsável;
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de
multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de transporte administrada pela União, por Estado ou por Mu-
banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabrica- nicípio:
ção ou emissão: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
I - de moeda com título ou peso inferior ao determina- § 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela
do em lei; Lei nº 11.035, de 2004)
II - de papel-moeda em quantidade superior à autori-
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis
zada.
falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei nº
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz
11.035, de 2004)
circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, em-
presta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsifi-
Crimes assimilados ao de moeda falsa
cado destinado a controle tributário; (Incluído pela Lei nº
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representati-
vo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes 11.035, de 2004)
verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda,
para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, forne-
inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em ce, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio
tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. produto ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a
doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário controle tributário, falsificado; (Incluído pela Lei nº 11.035,
que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava reco- de 2004)
lhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.(Vide Lei b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tribu-
nº 7.209, de 11.7.1984) tária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído
pela Lei nº 11.035, de 2004)
Petrechos para falsificação de moeda § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando le-
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, ca-
gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instru- rimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:
mento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsi- Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
ficação de moeda: § 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de al-
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. terado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo an-
Emissão de título ao portador sem permissão legal terior.
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo
Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, fi- de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a
cha, vale ou título que contenha promessa de pagamento que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a
em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis
da pessoa a quem deva ser pago: meses a dois anos, ou multa.

5
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos docu-
do inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular mentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados
ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou
logradouros públicos e em residências. (Incluído pela Lei nº de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
11.035, de 2004)
Petrechos de falsificação Falsificação de documento particular (Redação dada
pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento parti-
objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos cular ou alterar documento particular verdadeiro:
papéis referidos no artigo anterior: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)
Vigência
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equi-
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. para-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
CAPÍTULO III
DA FALSIDADE DOCUMENTAL Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, de-
Falsificação do selo ou sinal público claração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir
Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre
União, de Estado ou de Município; fato juridicamente relevante:
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito pú- Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o docu-
blico, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: mento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. documento é particular.
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a
em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. pena de sexta parte.
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas,
logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou Falso reconhecimento de firma ou letra
identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pú- Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de
blica. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) função pública, firma ou letra que o não seja:
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o docu-
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. mento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento
é particular.
Falsificação de documento público
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento pú- Certidão ou atestado ideologicamente falso
blico, ou alterar documento público verdadeiro: Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. público, ou qualquer outra vantagem:
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento Pena - detenção, de dois meses a um ano.
público o emanado de entidade paraestatal, o título ao porta-
dor ou transmissível por endosso, as ações de sociedade co- Falsidade material de atestado ou certidão
mercial, os livros mercantis e o testamento particular. § 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão,
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter car-
I – na folha de pagamento ou em documento de infor- go público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público,
mações que seja destinado a fazer prova perante a previdência ou qualquer outra vantagem:
social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obriga- Pena - detenção, de três meses a dois anos.
tório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se,
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do em- além da pena privativa de liberdade, a de multa.
pregado ou em documento que deva produzir efeito perante
a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria Falsidade de atestado médico
ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão,
III – em documento contábil ou em qualquer outro do- atestado falso:
cumento relacionado com as obrigações da empresa peran- Pena - detenção, de um mês a um ano.
te a previdência social, declaração falsa ou diversa da que Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de
deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) lucro, aplica-se também multa.

6
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou pos-
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que te- suidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos
nha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a
está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça: posse de tais bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.
Adulteração de sinal identificador de veículo auto-
Uso de documento falso motor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou
ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. componente ou equipamento:(Redação dada pela Lei nº
9.426, de 1996))
Supressão de documento Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício pró- dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
prio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público § 1º - Se o agente comete o crime no exercício da fun-
ou particular verdadeiro, de que não podia dispor: ção pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o docu- terço. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
mento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o § 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público
documento é particular. que contribui para o licenciamento ou registro do veículo re-
marcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material
CAPÍTULO IV ou informação oficial. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
DE OUTRAS FALSIDADES
CAPÍTULO V
Falsificação do sinal empregado no contraste de metal (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins
DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLI-
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca
CO
ou sinal empregado pelo poder público no contraste de me-
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
tal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou
sinal dessa natureza, falsificado por outrem:
Fraudes em certames de interesse público
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o
que usa a autoridade pública para o fim de fiscalização sani- Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o
tária, ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a
comprovar o cumprimento de formalidade legal: credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: (Incluído
Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa. pela Lei 12.550. de 2011)
I - concurso público; (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Falsa identidade II - avaliação ou exame públicos; (Incluído pela Lei
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identida- 12.550. de 2011)
de para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou III - processo seletivo para ingresso no ensino superior;
para causar dano a outrem: ou (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: (In-
fato não constitui elemento de crime mais grave. cluído pela Lei 12.550. de 2011)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de elei- (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
tor, caderneta de reservista ou qualquer documento de iden- § 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facili-
tidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, do- ta, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas
cumento dessa natureza, próprio ou de terceiro: às informações mencionadas no caput. (Incluído pela Lei
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, 12.550. de 2011)
se o fato não constitui elemento de crime mais grave. § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administra-
ção pública: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Fraude de lei sobre estrangeiro Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (In-
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer cluído pela Lei 12.550. de 2011)
no território nacional, nome que não é o seu: § 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. cometido por funcionário público. (Incluído pela Lei 12.550.
Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade de 2011)
para promover-lhe a entrada em território nacional: (Incluído
pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Incluído
pela Lei nº 9.426, de 1996)

7
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e


CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
PÚBLICA: CRIMES PRATICADOS POR Parágrafo único - As penas são aumentadas de um ter-
FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano
para a Administração Pública ou para o administrado.(Incluí-
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM GERAL;
do pela Lei nº 9.983, de 2000)
CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL; Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou do-
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO cumento
DA JUSTIÇA E CRIMES CONTRA AS Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento,
FINANÇAS PÚBLICAS. de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inuti-
lizá-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não
TÍTULO XI constitui crime mais grave.
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO I Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
DOS CRIMES PRATICADOS Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO diversa da estabelecida em lei:
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Peculato Concussão
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indi-
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de retamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la,
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito mas em razão dela, vantagem indevida:
próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embo- Excesso de exação
ra não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou con- § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição so-
corre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valen- cial que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido,
do-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei
não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Peculato culposo Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Re-
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o cri- dação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
me de outrem: § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou
Pena - detenção, de três meses a um ano. de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, cofres públicos:
se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Corrupção passiva
Peculato mediante erro de outrem Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, di-
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade reta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. promessa de tal vantagem:
Inserção de dados falsos em sistema de informações Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inser- § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conse-
ção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos qüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou
nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringin-
Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para ou- do dever funcional.
trem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)) § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retar-
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. da ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Modificação ou alteração não autorizada de sistema
de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Facilitação de contrabando ou descaminho
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a
informações ou programa de informática sem autorização ou prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Re-
9.983, de 2000) dação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

8
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Prevaricação I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimen-


Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, to e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o aces-
ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, so de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. nº 9.983, de 2000)
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agen- II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluí-
te público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso do pela Lei nº 9.983, de 2000)
a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a co- § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administra-
municação com outros presos ou com o ambiente externo: ção Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
(Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007). Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Condescendência criminosa Violação do sigilo de proposta de concorrência


Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de res- Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência
ponsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.
ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. Funcionário público
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os
Advocacia administrativa efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem re-
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse muneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
privado perante a administração pública, valendo-se da qua- § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce
lidade de funcionário: cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: conveniada para a execução de atividade típica da Adminis-
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. tração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os
Violência arbitrária autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupan-
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a tes de cargos em comissão ou de função de direção ou as-
pretexto de exercê-la: sessoramento de órgão da administração direta, sociedade
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da de economia mista, empresa pública ou fundação instituída
pena correspondente à violência. pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

Abandono de função
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos per-
mitidos em lei:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa
de fronteira:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou pro-


longado
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de
satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem
autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado,
removido, substituído ou suspenso:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Violação de sigilo funcional


Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do
cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a
revelação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se
o fato não constitui crime mais grave.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (In-
cluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

9
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO II § 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada


DOS CRIMES PRATICADOS POR pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos
GERAL permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Usurpação de função pública II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descami-
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: nho; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou,
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio,
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. no exercício de atividade comercial ou industrial, merca-
doria de procedência estrangeira que introduziu clandes-
Resistência tinamente no País ou importou fraudulentamente ou que
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante sabe ser produto de introdução clandestina no território
violência ou ameaça a funcionário competente para execu- nacional ou de importação fraudulenta por parte de ou-
tá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: trem; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
Pena - reclusão, de um a três anos. mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo de documentação legal ou acompanhada de documentos
das correspondentes à violência. que sabe serem falsos. (Redação dada pela Lei nº 13.008,
de 26.6.2014)
Desobediência § 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efei-
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário tos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
público: clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exer-
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
cido em residências. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Desacato
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descami-
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício
nho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
da função ou em razão dela:
(Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127,
de 1995) Contrabando
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:
outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
influir em ato praticado por funcionário público no exercício Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído
da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. § 1o Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela Lei
(Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) nº 13.008, de 26.6.2014)
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contraban-
agente alega ou insinua que a vantagem é também destina- do; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
da ao funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria
que dependa de registro, análise ou autorização de ór-
Corrupção ativa gão público competente; (Incluído pela Lei nº 13.008, de
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a 26.6.2014)
funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira
retardar ato de ofício: destinada à exportação; (Incluído pela Lei nº 13.008, de
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 26.6.2014)
(Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário re- exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria
tarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever proibida pela lei brasileira; (Incluído pela Lei nº 13.008, de
funcional. 26.6.2014)
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou
Descaminho alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de mercadoria proibida pela lei brasileira. (Incluído pela Lei
direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo nº 13.008, de 26.6.2014)§ 2º - Equipara-se às atividades co-
consumo de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, merciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de
de 26.6.2014) comércio irregular ou clandestino de mercadorias estran-
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação geiras, inclusive o exercido em residências. (Incluído pela
dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Lei nº 4.729, de 14.7.1965)

10
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contra- § 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou apli-
bando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou flu- car somente a de multa se o agente for primário e de bons
vial. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessó-
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência rios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previ-
pública ou venda em hasta pública, promovida pela admi- dência social, administrativamente, como sendo o mínimo
nistração federal, estadual ou municipal, ou por entidade para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela
paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou lici- Lei nº 9.983, de 2000)
tante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou ofe- § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha
recimento de vantagem: de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um
além da pena correspondente à violência. terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. (Incluído
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se pela Lei nº 9.983, de 2000)
abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem ofe- § 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será
recida. reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do
reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela
Inutilização de edital ou de sinal Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou
conspurcar edital afixado por ordem de funcionário públi- CAPÍTULO II-A
co; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por deter- (Incluído pela Lei nº 10.467, de 11.6.2002)
minação legal ou por ordem de funcionário público, para DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR
identificar ou cerrar qualquer objeto: CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Corrupção ativa em transação comercial internacional
Subtração ou inutilização de livro ou documento
Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indire-
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente,
tamente, vantagem indevida a funcionário público estran-
livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de
geiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar,
funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço
omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação
público:
comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não
11.6.2002)
constitui crime mais grave.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Sonegação de contribuição previdenciária (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000) Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcioná-
previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes rio público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou
condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) o pratica infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de 10467, de 11.6.2002)
documento de informações previsto pela legislação previ-
denciária segurados empregado, empresário, trabalhador Tráfico de influência em transação comercial inter-
avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que nacional (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou pro-
da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos messa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado
segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo toma- por funcionário público estrangeiro no exercício de suas
dor de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) funções, relacionado a transação comercial internacional:
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros au- (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
feridos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluí- (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
do pela Lei nº 9.983, de 2000) Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. o agente alega ou insinua que a vantagem é também desti-
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) nada a funcionário estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467,
§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontanea- de 11.6.2002)
mente, declara e confessa as contribuições, importâncias
ou valores e presta as informações devidas à previdência
social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do
início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

11
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Funcionário público estrangeiro (Incluído pela Lei nº § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da senten-
10467, de 11.6.2002) ça no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, ou declara a verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de
para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou 28.8.2001)
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública
em entidades estatais ou em representações diplomáticas de Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer
país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público es- intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verda-
trangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em em- de em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpreta-
presas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Po- ção: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
der Público de país estrangeiro ou em organizações públi- Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Redação
cas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a
CAPÍTULO III um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA destinada a produzir efeito em processo penal ou em pro-
JUSTIÇA cesso civil em que for parte entidade da administração pú-
blica direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
Reingresso de estrangeiro expulso 28.8.2001)
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estran-
geiro que dele foi expulso: Coação no curso do processo
Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim
nova expulsão após o cumprimento da pena. de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade,
parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada
Denunciação caluniosa a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação poli-
em juízo arbitral:
cial, de processo judicial, instauração de investigação admi-
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da
nistrativa, inquérito civil ou ação de improbidade adminis-
pena correspondente à violência.
trativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe
inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000)
Exercício arbitrário das próprias razões
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfa-
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente
se serve de anonimato ou de nome suposto. zer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa,
é de prática de contravenção. além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, so-
Comunicação falsa de crime ou de contravenção mente se procede mediante queixa.
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunican-
do-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa pró-
não se ter verificado: pria, que se acha em poder de terceiro por determinação ju-
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. dicial ou convenção:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Auto acusação falsa
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime Fraude processual
inexistente ou praticado por outrem: Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de pro-
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. cesso civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou
de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Falso testemunho ou falsa perícia Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir
verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas
intérprete em processo judicial, ou administrativo, inqué- aplicam-se em dobro.
rito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº
10.268, de 28.8.2001) Favorecimento pessoal
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pú-
(Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) blica autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
processo penal, ou em processo civil em que for parte enti- § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descen-
dade da administração pública direta ou indireta.(Redação dente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) Favorecimento real

12
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-au- Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem
toria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o ou disciplina da prisão:
proveito do crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. pena correspondente à violência.

Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou Patrocínio infiel


facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procura-
móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em esta- dor, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patro-
belecimento prisional. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009). cínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
pela Lei nº 12.012, de 2009).
Patrocínio simultâneo ou tergiversação
Exercício arbitrário ou abuso de poder Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advo-
Art. 350 - Ordenar ou executar medida privativa de li- gado ou procurador judicial que defende na mesma causa,
berdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
de poder:
Pena - detenção, de um mês a um ano. Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
Parágrafo único - Na mesma pena incorre o funcioná- Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de
rio que: restituir autos, documento ou objeto de valor probatório, que
I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
estabelecimento destinado a execução de pena privativa de Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
liberdade ou de medida de segurança;
II - prolonga a execução de pena ou de medida de segu- Exploração de prestígio
rança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de exe- Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer ou-
cutar imediatamente a ordem de liberdade; tra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do
III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custó- Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, in-
térprete ou testemunha:
dia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.
Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço,
se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade tam-
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de se-
bém se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
gurança
Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legal-
Violência ou fraude em arrematação judicial
mente presa ou submetida a medida de segurança detentiva: Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação ju-
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. dicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por
§ 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de
de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de vantagem:
reclusão, de dois a seis anos. Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa,
§ 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica- além da pena correspondente à violência.
se também a pena correspondente à violência.
§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se Desobediência a decisão judicial sobre perda ou sus-
o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda pensão de direito
está o preso ou o internado. Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade
§ 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão ju-
custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de três dicial:
meses a um ano, ou multa. Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.

Evasão mediante violência contra a pessoa CAPÍTULO IV


Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indi- DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS
víduo submetido a medida de segurança detentiva, usando (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
de violência contra a pessoa:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena Contratação de operação de crédito
correspondente à violência. Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de
crédito, interno ou externo, sem prévia autorização legislati-
Arrebatamento de preso va: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela
de quem o tenha sob custódia ou guarda: Lei nº 10.028, de 2000)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena,
correspondente à violência. autoriza ou realiza operação de crédito, interno ou externo:
Motim de presos (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

13
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

I – com inobservância de limite, condição ou montante Oferta pública ou colocação de títulos no mercado
estabelecido em lei ou em resolução do Senado Federal; (In- (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
cluído pela Lei nº 10.028, de 2000) Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública
II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o li- ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida pú-
mite máximo autorizado por lei. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) blica sem que tenham sido criados por lei ou sem que estejam
registrados em sistema centralizado de liquidação e de custódia:
Inscrição de despesas não empenhadas em restos a (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
pagar (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a Lei nº 10.028, de 2000)
pagar, de despesa que não tenha sido previamente empenha-
da ou que exceda limite estabelecido em lei: (Incluído pela Lei
nº 10.028, de 2000)
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluí- LEI COMPLEMENTAR 101/00
do pela Lei nº 10.028, de 2000)

Assunção de obrigação no último ano do mandato ou LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.
legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a res-
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, ponsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congres-
legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exer- so Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
cício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício
seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibi- CAPÍTULO I
lidade de caixa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.(Incluído pela
Lei nº 10.028, de 2000) Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finan-
ças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal,
Ordenação de despesa não autorizada (Incluído pela com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
Lei nº 10.028, de 2000) § 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação
Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei: (In- planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem
cluído pela Lei nº 10.028, de 2000) desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, me-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído diante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e
pela Lei nº 10.028, de 2000) despesas e a obediência a limites e condições no que tange a
renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguri-
Prestação de garantia graciosa (Incluído pela Lei nº dade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações
10.028, de 2000) de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem garantia e inscrição em Restos a Pagar.
que tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou § 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a
superior ao valor da garantia prestada, na forma da lei: (Incluí- União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
do pela Lei nº 10.028, de 2000) § 3o Nas referências:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
pela Lei nº 10.028, de 2000) estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos
Não cancelamento de restos a pagar (Incluído pela Lei os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;
nº 10.028, de 2000) b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias,
Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promo- fundações e empresas estatais dependentes;
ver o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
valor superior ao permitido em lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas
de 2000) da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribu-
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluí- nal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.
do pela Lei nº 10.028, de 2000) Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Fede-
Aumento de despesa total com pessoal no último ano ral e cada Município;
do mandato ou legislatura II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capi-
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) tal social com direito a voto pertença, direta ou indiretamen-
Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarre- te, a ente da Federação;
te aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta III - empresa estatal dependente: empresa controlada
dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura: (Incluído que receba do ente controlador recursos financeiros para pa-
pela Lei nº 10.028, de 2000)) gamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de
pela Lei nº 10.028, de 2000) aumento de participação acionária;

14
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tri- § 2o O Anexo conterá, ainda:
butárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agrope- I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano
cuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas anterior;
também correntes, deduzidos: II - demonstrativo das metas anuais, instruído com me-
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Muni- mória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados
cípios por determinação constitucional ou legal, e as contri- pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercí-
buições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do cios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as
art. 195, e no art. 239 da Constituição; premissas e os objetivos da política econômica nacional;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos
determinação constitucional; três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição obtidos com a alienação de ativos;
dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
assistência social e as receitas provenientes da compensação a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição. servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente b) dos demais fundos públicos e programas estatais de
líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei natureza atuarial;
Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo V - demonstrativo da estimativa e compensação da re-
previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais núncia de receita e da margem de expansão das despesas
Transitórias. obrigatórias de caráter continuado.
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida § 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de
do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e
recursos recebidos da União para atendimento das despesas outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando
de que trata o inciso V do § 1o do art. 19. as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando- § 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União
se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas
anteriores, excluídas as duplicidades. monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as
projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as
CAPÍTULO II metas de inflação, para o exercício subsequente.
DO PLANEJAMENTO
Seção III
Seção I
Da Lei Orçamentária Anual
Do Plano Plurianual
Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de
Art. 3o (VETADO)
forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretri-
zes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
Seção II
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade
Da Lei de Diretrizes Orçamentárias da programação dos orçamentos com os objetivos e metas
constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o;
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o dis- II - será acompanhado do documento a que se refere
posto no § 2o do art. 165 da Constituição e: o § 6o do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de
I - disporá também sobre: compensação a renúncias de receita e ao aumento de despe-
a) equilíbrio entre receitas e despesas; sas obrigatórias de caráter continuado;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efe- III - conterá reserva de contingência, cuja forma de uti-
tivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste lização e montante, definido com base na receita corrente lí-
artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31; quida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
c) (VETADO) destinada ao:
d) (VETADO) a) (VETADO)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos
dos resultados dos programas financiados com recursos dos e eventos fiscais imprevistos.
orçamentos; § 1o Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliá-
f) demais condições e exigências para transferências de ria ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da
recursos a entidades públicas e privadas; lei orçamentária anual.
II - (VETADO) § 2o O refinanciamento da dívida pública constará separa-
III - (VETADO) damente na lei orçamentária e nas de crédito adicional.
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias § 3o A atualização monetária do principal da dívida mo-
Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas biliária refinanciada não poderá superar a variação do índice
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a recei- de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em
tas, despesas, resultados nominal e primário e montante da legislação específica.
dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os § 4o É vedado consignar na lei orçamentária crédito com
dois seguintes. finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.

15
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 5o A lei orçamentária não consignará dotação para inves- § 4o Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro,
timento com duração superior a um exercício financeiro que não o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das
esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na
inclusão, conforme disposto no § 1o do art. 167 da Constituição. comissão referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equiva-
§ 6o Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei lente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.
orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e § 5o No prazo de noventa dias após o encerramento de
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a cada semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em reu-
benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. nião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congres-
§ 7o (VETADO) so Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas
das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o
Art. 6o (VETADO)
impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados de-
Art. 7o O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após
monstrados nos balanços.
a constituição ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os be-
Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subsequente à neficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de sistema
aprovação dos balanços semestrais. de contabilidade e administração financeira, para fins de observância
§ 1o O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro da ordem cronológica determinada no art. 100 da Constituição.
para com o Banco Central do Brasil e será consignado em dotação
específica no orçamento. CAPÍTULO III
§ 2o O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo DA RECEITA PÚBLICA
Banco Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos Seção I
termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União. Da Previsão e da Arrecadação
§ 3o Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil con-
terão notas explicativas sobre os custos da remuneração das dis- Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilida-
ponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas de na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação
cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de todos os tributos da competência constitucional do ente da
de emissão da União. Federação.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências
Seção IV voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no
que se refere aos impostos.
Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Me-
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técni-
tas cas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação,
da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou
Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de de-
termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e obser- monstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
vado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodo-
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execu- logia de cálculo e premissas utilizadas.
ção mensal de desembolso. (Vide Decreto nº 4.959, de 2004) (Vide § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislati-
Decreto nº 5.356, de 2005) vo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finali- técnica ou legal.
dade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao § 2o  O montante previsto para as receitas de operações
objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital
em que ocorrer o ingresso. constantes do projeto de lei orçamentária. (Vide ADIN 2.238-5)
Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização § 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição
da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta
resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas dias antes do prazo final para encaminhamento de suas pro-
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato pró- postas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas
para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as
prio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes,
respectivas memórias de cálculo.
limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas previstas
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais
§ 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda de arrecadação, com a especificação, em separado, quando
que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da
limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dí-
§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que consti- vida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos
tuam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas tributários passíveis de cobrança administrativa.
destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas
pela lei de diretrizes orçamentárias. Seção II
§ 3o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Da Renúncia de Receita
Ministério Público não promoverem a limitação no prazo es-
tabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou be-
os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de nefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de
diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5) receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto

16
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes
vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes,
diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos
condições: (Vide Medida Provisória nº 2.159, de 2001) (Vide e não infrinja qualquer de suas disposições.
Lei nº 10.276, de 2001) § 2o A estimativa de que trata o inciso I do caput será
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia acompanhada das premissas e metodologia de cálculo uti-
foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, lizadas.
na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resul- § 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa con-
tados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes siderada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de di-
orçamentárias; retrizes orçamentárias.
II - estar acompanhada de medidas de compensação, § 4o As normas do caput constituem condição prévia
no período mencionado no caput, por meio do aumento de para:
receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de
base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contri- bens ou execução de obras;
buição. II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, o § 3o do art. 182 da Constituição.
crédito presumido, concessão de isenção em caráter não ge-
ral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo Subseção I
que implique redução discriminada de tributos ou contribui- Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
ções, e outros benefícios que correspondam a tratamento
diferenciado. Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato
ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação
condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor legal de sua execução por um período superior a dois exer-
quando implementadas as medidas referidas no menciona- cícios.
do inciso. § 1o  Os atos que criarem ou aumentarem despesa de
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica: que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos
nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma recursos para seu custeio.
do seu § 1º; § 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acom-
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja infe- panhado de comprovação de que a despesa criada ou au-
rior ao dos respectivos custos de cobrança. mentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas
no anexo referido no § 1o do art. 4o, devendo seus efeitos
CAPÍTULO IV financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo
DA DESPESA PÚBLICA aumento permanente de receita ou pela redução permanen-
Seção I te de despesa.
Da Geração da Despesa § 3o Para efeito do § 2o, considera-se aumento perma-
nente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, am-
Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares pliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo
e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou as- ou contribuição.
sunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. § 4o A comprovação referida no § 2o, apresentada pelo
16 e 17. proponente, conterá as premissas e metodologia de cálcu-
Art. 16.  A criação, expansão ou aperfeiçoamento de lo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da
ação governamental que acarrete aumento da despesa será despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei
acompanhado de: de diretrizes orçamentárias.
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no § 5o A despesa de que trata este artigo não será execu-
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequen- tada antes da implementação das medidas referidas no § 2o,
tes; as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar.
II - declaração do ordenador da despesa de que o au- § 6o O disposto no § 1o não se aplica às despesas des-
mento tem adequação orçamentária e financeira com a lei tinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de re-
orçamentária anual e compatibilidade com o plano pluria- muneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da
nual e com a lei de diretrizes orçamentárias. Constituição.
§ 1o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se: § 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação
I - adequada com a lei orçamentária anual, a despe- daquela criada por prazo determinado.
sa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja
abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas
as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, pre-
vistas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os
limites estabelecidos para o exercício;

17
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção II Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não


Das Despesas com Pessoal poderá exceder os seguintes percentuais:
Subseção I I - na esfera federal:
Definições e Limites a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para
o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, enten- b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
de-se como despesa total com pessoal: o somatório dos c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento)
gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e para o Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as
os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, fun- despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os inci-
ções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, sos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emen-
com quaisquer espécies remuneratórias, tais como venci- da Constitucional no 19, repartidos de forma proporcional
mentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos à média das despesas relativas a cada um destes dispositi-
da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, vos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qual- nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao
quer natureza, bem como encargos sociais e contribuições da publicação desta Lei Complementar; (Vide Decreto nº
recolhidas pelo ente às entidades de previdência. 3.917, de 2001)
§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão- d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Pú-
de-obra que se referem à substituição de servidores e blico da União;
empregados públicos serão contabilizados como «Outras II - na esfera estadual:
Despesas de Pessoal». a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o
§ 2o A despesa total com pessoal será apurada soman- Tribunal de Contas do Estado;
do-se a realizada no mês em referência com as dos onze b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de com- c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
petência. d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos
Estados;
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da
III - na esfera municipal:
Constituição, a despesa total com pessoal, em cada perío-
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o
do de apuração e em cada ente da Federação, não poderá
Tribunal de Contas do Município, quando houver;
exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir
b) 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Execu-
discriminados:
tivo.
I - União: 50% (cinquenta por cento);
§ 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada es-
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
fera, os limites serão repartidos entre seus órgãos de for-
III - Municípios: 60% (sessenta por cento). ma proporcional à média das despesas com pessoal, em
§ 1o Na verificação do atendimento dos limites defini- percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três
dos neste artigo, não serão computadas as despesas: exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da pu-
I - de indenização por demissão de servidores ou em- blicação desta Lei Complementar.
pregados; § 2o Para efeito deste artigo entende-se como órgão:
II - relativas a incentivos à demissão voluntária; I - o Ministério Público;
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do II - no Poder Legislativo:
§ 6o do art. 57 da Constituição; a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência da União;
de período anterior ao da apuração a que se refere o § b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de
2o do art. 18; Contas;
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal
Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos de Contas do Distrito Federal;
pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de
Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19; Contas do Município, quando houver;
VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo III - no Poder Judiciário:
específico, custeadas por recursos provenientes: a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Consti-
a) da arrecadação de contribuições dos segurados; tuição;
b) da compensação financeira de que trata o § 9o do b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando
art. 201 da Constituição; houver.
c) das demais receitas diretamente arrecadadas por § 3o Os limites para as despesas com pessoal do Poder
fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da Judiciário, a cargo da União por força do inciso XIII do art.
alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu supe- 21 da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação
rávit financeiro. da regra do § 1o.
§ 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as des- § 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos
pesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do in-
incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido ciso II do caput serão, respectivamente, acrescidos e reduzi-
no art. 20. dos em 0,4% (quatro décimos por cento).

18
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 5o Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a I - receber transferências voluntárias;


entrega dos recursos financeiros correspondentes à despe- II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
sa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da III - contratar operações de crédito, ressalvadas as des-
aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou aque- tinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que
les fixados na lei de diretrizes orçamentárias. visem à redução das despesas com pessoal.
§ 6o (VETADO) § 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se
a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro
Subseção II quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de
Do Controle da Despesa Total com Pessoal Poder ou órgão referidos no art. 20.

Art. 21.  É nulo de pleno direito o ato que provoque Seção III
aumento da despesa com pessoal e não atenda: Das Despesas com a Seguridade Social
I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Comple-
mentar, e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1o do Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguri-
art. 169 da Constituição; dade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
II - o limite legal de comprometimento aplicado às indicação da fonte de custeio total, nos termos do § 5o do art.
despesas com pessoal inativo. 195 da Constituição, atendidas ainda as exigências do art. 17.
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato § 1o É dispensada da compensação referida no art. 17
de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido o aumento de despesa decorrente de:
nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do I - concessão de benefício a quem satisfaça as condi-
titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20. ções de habilitação prevista na legislação pertinente;
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites es- II - expansão quantitativa do atendimento e dos ser-
tabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada viços prestados;
quadrimestre. III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal ex-
fim de preservar o seu valor real.
ceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são ve-
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou
dados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver
serviço de saúde, previdência e assistência social, inclusive
incorrido no excesso:
os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou ade-
inativos, e aos pensionistas.
quação de remuneração a qualquer título, salvo os deriva-
dos de sentença judicial ou de determinação legal ou con-
CAPÍTULO V
tratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37
DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
da Constituição;
II - criação de cargo, emprego ou função;
III - alteração de estrutura de carreira que implique Art. 25.  Para efeito desta Lei Complementar, enten-
aumento de despesa; de-se por transferência voluntária a entrega de recursos
IV - provimento de cargo público, admissão ou contra- correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título
tação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não
decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores decorra de determinação constitucional, legal ou os desti-
das áreas de educação, saúde e segurança; nados ao Sistema Único de Saúde.
V - contratação de hora extra, salvo no caso do dis- § 1o São exigências para a realização de transferência
posto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição e as voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orça-
situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias. mentárias:
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou I - existência de dotação específica;
órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos II - (VETADO)
no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da
art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos Constituição;
dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um ter- IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:
ço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tribu-
previstas nos §§ 3º e 4o do art. 169 da Constituição. tos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente trans-
§ 1o No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da Consti- feridor, bem como quanto à prestação de contas de recur-
tuição, o objetivo poderá ser alcançado tanto pela extinção sos anteriormente dele recebidos;
de cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à
atribuídos. (Vide ADIN 2.238-5) educação e à saúde;
§ 2o É facultada a redução temporária da jornada de c) observância dos limites das dívidas consolidada e
trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipa-
horária.(Vide ADIN 2.238-5) ção de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa
§ 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e total com pessoal;
enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá: d) previsão orçamentária de contrapartida.

19
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 2o É vedada a utilização de recursos transferidos em CAPÍTULO VII


finalidade diversa da pactuada. DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO
§ 3o Para fins da aplicação das sanções de suspensão Seção I
de transferências voluntárias constantes desta Lei Com- Definições Básicas
plementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de edu-
cação, saúde e assistência social. Art. 29.  Para os efeitos desta Lei Complementar, são
adotadas as seguintes definições:
CAPÍTULO VI I - dívida pública consolidada ou fundada: montante
DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA total, apurado sem duplicidade, das obrigações financei-
O SETOR PRIVADO ras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis,
contratos, convênios ou tratados e da realização de ope-
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou in- rações de crédito, para amortização em prazo superior a
diretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou doze meses;
déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei II - dívida pública mobiliária: dívida pública represen-
específica, atender às condições estabelecidas na lei de tada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco
diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou Central do Brasil, Estados e Municípios;
em seus créditos adicionais. III - operação de crédito: compromisso financeiro as-
§ 1o  O disposto no  caput aplica-se a toda a admi- sumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e
nistração indireta, inclusive fundações públicas e empre- aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento
sas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições pre- antecipado de valores provenientes da venda a termo de
cípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do bens e serviços, arrendamento mercantil e outras opera-
Brasil. ções assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos fi-
§ 2o Compreende-se incluída a concessão de em- nanceiros;
préstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive IV - concessão de garantia: compromisso de adim-
plência de obrigação financeira ou contratual assumida por
as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a
ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
concessão de subvenções e a participação em constitui-
V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de
ção ou aumento de capital.
títulos para pagamento do principal acrescido da atualiza-
Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Fede-
ção monetária.
ração a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu
§ 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção,
controle direto ou indireto, os encargos financeiros, co-
o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da
missões e despesas congêneres não serão inferiores aos
Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências
definidos em lei ou ao custo de captação.
dos arts. 15 e 16.
Parágrafo único. Dependem de autorização em lei es-
§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da
pecífica as prorrogações e composições de dívidas decor- União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade
rentes de operações de crédito, bem como a concessão do Banco Central do Brasil.
de empréstimos ou financiamentos em desacordo com § 3o Também integram a dívida pública consolidada as
o caput, sendo o subsídio correspondente consignado na operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas
lei orçamentária. receitas tenham constado do orçamento.
Art. 28.  Salvo mediante lei específica, não poderão § 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliá-
ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de ria não excederá, ao término de cada exercício financeiro,
crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro o montante do final do exercício anterior, somado ao das
Nacional, ainda que mediante a concessão de emprésti- operações de crédito autorizadas no orçamento para este
mos de recuperação ou financiamentos para mudança de efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização
controle acionário. monetária.
§ 1o A prevenção de insolvência e outros riscos ficará
a cargo de fundos, e outros mecanismos, constituídos pe- Seção II
las instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de
da lei. Crédito
§ 2o O disposto no caput não proíbe o Banco Central
do Brasil de conceder às instituições financeiras opera- Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação
ções de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a desta Lei Complementar, o Presidente da República sub-
trezentos e sessenta dias. meterá ao:
I - Senado Federal: proposta de limites globais para o
montante da dívida consolidada da União, Estados e Mu-
nicípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52
da Constituição, bem como de limites e condições relativos
aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo;

20
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça § 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limi-
limites para o montante da dívida mobiliária federal a que se te, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também
refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado impedido de receber transferências voluntárias da União
da demonstração de sua adequação aos limites fixados para ou do Estado.
a dívida consolidada da União, atendido o disposto no inciso § 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediatamen-
I do § 1o deste artigo. te se o montante da dívida exceder o limite no primeiro
§ 1o As propostas referidas nos incisos I e II do caput e quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do
suas alterações conterão: Poder Executivo.
I - demonstração de que os limites e condições guar- § 4o O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmen-
dam coerência com as normas estabelecidas nesta Lei Com- te, a relação dos entes que tenham ultrapassado os limi-
plementar e com os objetivos da política fiscal; tes das dívidas consolidada e mobiliária.
II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a § 5o As normas deste artigo serão observadas nos ca-
cada uma das três esferas de governo;
sos de descumprimento dos limites da dívida mobiliária e
III - razões de eventual proposição de limites diferencia-
das operações de crédito internas e externas.
dos por esfera de governo;
IV - metodologia de apuração dos resultados primário
Seção IV
e nominal.
§ 2o As propostas mencionadas nos incisos I e II Das Operações de Crédito
do caput também poderão ser apresentadas em termos de Subseção I
dívida líquida, evidenciando a forma e a metodologia de sua Da Contratação
apuração.
§ 3o Os limites de que tratam os incisos I e II do caput se- Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumpri-
rão fixados em percentual da receita corrente líquida para mento dos limites e condições relativos à realização de
cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os operações de crédito de cada ente da Federação, inclu-
entes da Federação que a integrem, constituindo, para cada sive das empresas por eles controladas, direta ou indire-
um deles, limites máximos. tamente.
§ 4o Para fins de verificação do atendimento do limite, a § 1o O ente interessado formalizará seu pleito funda-
apuração do montante da dívida consolidada será efetuada mentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídi-
ao final de cada quadrimestre. cos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse
§ 5o No prazo previsto no art. 5o, o Presidente da Repú- econômico e social da operação e o atendimento das se-
blica enviará ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional, guintes condições:
conforme o caso, proposta de manutenção ou alteração dos I - existência de prévia e expressa autorização para
limites e condições previstos nos incisos I e II do caput. a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos
§ 6o Sempre que alterados os fundamentos das pro- adicionais ou lei específica;
postas de que trata este artigo, em razão de instabilidade II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais
econômica ou alterações nas políticas monetária ou cambial, dos recursos provenientes da operação, exceto no caso
o Presidente da República poderá encaminhar ao Senado de operações por antecipação de receita;
Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de revisão dos III - observância dos limites e condições fixados pelo
limites. Senado Federal;
§ 7o Os precatórios judiciais não pagos durante a exe- IV - autorização específica do Senado Federal, quan-
cução do orçamento em que houverem sido incluídos inte-
do se tratar de operação de crédito externo;
gram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.
V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167
da Constituição;
Seção III
VI - observância das demais restrições estabelecidas
Da Recondução da Dívida aos Limites
nesta Lei Complementar.
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Fede- § 2o As operações relativas à dívida mobiliária federal
ração ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadri- autorizadas, no texto da lei orçamentária ou de créditos
mestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três adicionais, serão objeto de processo simplificado que
subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% atenda às suas especificidades.
(vinte e cinco por cento) no primeiro. § 3o Para fins do disposto no inciso V do § 1o, consi-
§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele hou- derar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos re-
ver incorrido: cursos de operações de crédito nele ingressados e o das
I - estará proibido de realizar operação de crédito in- despesas de capital executadas, observado o seguinte:
terna ou externa, inclusive por antecipação de receita, res- I - não serão computadas nas despesas de capital as
salvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento
mobiliária; a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fis-
II - obterá resultado primário necessário à recondução cal, tendo por base tributo de competência do ente da
da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limi- Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do
tação de empenho, na forma do art. 9o. ônus deste;

21
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;


o inciso I for concedido por instituição financeira controla- II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria
da pelo ente da Federação, o valor da operação será dedu- instituição concedente.
zido das despesas de capital; § 2o O disposto no caput não impede Estados e Muni-
III - (VETADO) cípios de comprar títulos da dívida da União como aplica-
§ 4o Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado ção de suas disponibilidades.
Federal e do Banco Central do Brasil, o Ministério da Fazen- Art. 36.  É proibida a operação de crédito entre uma
da efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado instituição financeira estatal e o ente da Federação que a
das dívidas públicas interna e externa, garantido o acesso controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
público às informações, que incluirão: Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe ins-
I - encargos e condições de contratação; tituição financeira controlada de adquirir, no mercado, tí-
II - saldos atualizados e limites relativos às dívidas con- tulos da dívida pública para atender investimento de seus
solidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de
clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para apli-
garantias.
cação de recursos próprios.
§ 5o Os contratos de operação de crédito externo não
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão
conterão cláusula que importe na compensação automáti-
vedados:
ca de débitos e créditos.
§ 6o O prazo de validade da verificação dos limites e I - captação de recursos a título de antecipação de
das condições de que trata este artigo e da análise reali- receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda
zada para a concessão de garantia pela União será de, no não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7o do
mínimo, 90 (noventa) dias e, no máximo, 270 (duzentos e art. 150 da Constituição;
setenta) dias, a critério do Ministério da Fazenda. (Incluído II - recebimento antecipado de valores de empresa em
pela Lei Complementar nº 159, de 2017) que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e
de crédito com ente da Federação, exceto quando relativa dividendos, na forma da legislação;
à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação III - assunção direta de compromisso, confissão de dí-
de que a operação atende às condições e limites estabele- vida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens,
cidos. mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval
§ 1o A operação realizada com infração do disposto de título de crédito, não se aplicando esta vedação a em-
nesta Lei Complementar será considerada nula, proceden- presas estatais dependentes;
do-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do prin- IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamen-
cipal, vedados o pagamento de juros e demais encargos tária, com fornecedores para pagamento a posteriori de
financeiros. bens e serviços.
§ 2o Se a devolução não for efetuada no exercício de
ingresso dos recursos, será consignada reserva específica Subseção III
na lei orçamentária para o exercício seguinte. Das Operações de Crédito por Antecipação de Re-
§ 3o Enquanto não efetuado o cancelamento, a amorti- ceita Orçamentária
zação, ou constituída a reserva, aplicam-se as sanções pre-
vistas nos incisos do § 3o do art. 23. Art. 38. A operação de crédito por antecipação de re-
§ 4o Também se constituirá reserva, no montante equi- ceita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o
valente ao excesso, se não atendido o disposto no inciso III
exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas
do art. 167 da Constituição, consideradas as disposições do
no art. 32 e mais as seguintes:
§ 3o do art. 32.
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do
início do exercício;
Subseção II
Das Vedações II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos
incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano;
Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da III - não será autorizada se forem cobrados outros en-
dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta cargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoria-
Lei Complementar. mente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito que vier a esta substituir;
entre um ente da Federação, diretamente ou por intermé- IV - estará proibida:
dio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal de- a) enquanto existir operação anterior da mesma natu-
pendente, e outro, inclusive suas entidades da administra- reza não integralmente resgatada;
ção indireta, ainda que sob a forma de novação, refinancia- b) no último ano de mandato do Presidente, Governa-
mento ou postergação de dívida contraída anteriormente. dor ou Prefeito Municipal.
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as § 1o As operações de que trata este artigo não serão
operações entre instituição financeira estatal e outro ente computadas para efeito do que dispõe o inciso III do art.
da Federação, inclusive suas entidades da administração 167 da Constituição, desde que liquidadas no prazo defini-
indireta, que não se destinem a: do no inciso II do caput.

22
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 2o As operações de crédito por antecipação de re- § 2o No caso de operação de crédito junto a organismo
ceita realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito
mediante abertura de crédito junto à instituição financeira e fomento para o repasse de recursos externos, a União só
vencedora em processo competitivo eletrônico promovido prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no §
pelo Banco Central do Brasil. 1o, as exigências legais para o recebimento de transferências
§ 3o  O Banco Central do Brasil manterá sistema de voluntárias.
acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, § 3o (VETADO)
no caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções ca- § 4o (VETADO)
bíveis à instituição credora. § 5o É nula a garantia concedida acima dos limites fixa-
dos pelo Senado Federal.
Subseção IV § 6o É vedado às entidades da administração indireta,
Das Operações com o Banco Central do Brasil inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, conceder
garantia, ainda que com recursos de fundos.
Art. 39.  Nas suas relações com ente da Federação, o § 7o  O disposto no § 6o não se aplica à concessão de
Banco Central do Brasil está sujeito às vedações constantes garantia por:
do art. 35 e mais às seguintes: I - empresa controlada a subsidiária ou controlada sua,
I - compra de título da dívida, na data de sua colocação nem à prestação de contragarantia nas mesmas condições;
no mercado, ressalvado o disposto no § 2o deste artigo; II - instituição financeira a empresa nacional, nos termos
II - permuta, ainda que temporária, por intermédio de da lei.
instituição financeira ou não, de título da dívida de ente da § 8o Excetua-se do disposto neste artigo a garantia pres-
Federação por título da dívida pública federal, bem como a tada:
operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo I - por instituições financeiras estatais, que se submete-
efeito final seja semelhante à permuta; rão às normas aplicáveis às instituições financeiras privadas,
III - concessão de garantia. de acordo com a legislação pertinente;
§ 1o O disposto no inciso II, in fine, não se aplica ao esto-
II - pela União, na forma de lei federal, a empresas de
que de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, exis-
natureza financeira por ela controladas, direta e indiretamen-
tente na carteira das instituições financeiras, que pode ser
te, quanto às operações de seguro de crédito à exportação.
refinanciado mediante novas operações de venda a termo.
§ 9o Quando honrarem dívida de outro ente, em razão
§ 2o O Banco Central do Brasil só poderá comprar dire-
de garantia prestada, a União e os Estados poderão condi-
tamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida
cionar as transferências constitucionais ao ressarcimento da-
mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira.
quele pagamento.
§ 3o A operação mencionada no § 2o deverá ser reali-
zada à taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão § 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido hon-
público. rada pela União ou por Estado, em decorrência de garantia
§ 4o É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a
dívida pública federal existentes na carteira do Banco Central novos créditos ou financiamentos até a total liquidação da
do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para mencionada dívida.
reduzir a dívida mobiliária.
Seção VI
Seção V Dos Restos a Pagar
Da Garantia e da Contragarantia
Art. 41. (VETADO)
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em opera- Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido
ções de crédito internas ou externas, observados o disposto no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato,
neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, tam- contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida
bém os limites e as condições estabelecidos pelo Senado integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem
Federal. pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponi-
§ 1o A garantia estará condicionada ao oferecimento de bilidade de caixa para este efeito.
contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de
ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear caixa serão considerados os encargos e despesas compro-
relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às en- missadas a pagar até o final do exercício.
tidades por este controladas, observado o seguinte:
I - não será exigida contragarantia de órgãos e entida- CAPÍTULO VIII
des do próprio ente; DA GESTÃO PATRIMONIAL
II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou Mu- Seção I
nicípio, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na Das Disponibilidades de Caixa
vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e
provenientes de transferências constitucionais, com outorga Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Fede-
de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respec- ração serão depositadas conforme estabelece o § 3o do art.
tivo valor na liquidação da dívida vencida. 164 da Constituição.

23
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previ- CAPÍTULO IX


dência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. Seção I
249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em conta se- Da Transparência da Gestão Fiscal
parada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas
nas condições de mercado, com observância dos limites e Art. 48.  São instrumentos de transparência da gestão
condições de proteção e prudência financeira. fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em
§ 2o É vedada a aplicação das disponibilidades de que meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos
trata o § 1o em: e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o
I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução
como em ações e outros papéis relativos às empresas con- Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões sim-
troladas pelo respectivo ente da Federação; plificadas desses documentos.
II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados § 1o A transparência será assegurada também mediante:
e ao Poder Público, inclusive a suas empresas controladas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 156, de 2016)
I – incentivo à participação popular e realização de au-
Seção II diências públicas, durante os processos de elaboração e dis-
Da Preservação do Patrimônio Público cussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamen-
tos; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital deriva- II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento
da da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio da sociedade, em tempo real, de informações pormenoriza-
público para o financiamento de despesa corrente, salvo se das sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e eletrônicos de acesso público; e (Redação dada pela Lei Com-
próprio dos servidores públicos. plementar nº 156, de 2016)
Art. 45.  Observado o disposto no § 5o do art. 5o, a lei III – adoção de sistema integrado de administração fi-
orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos nanceira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualida-
projetos após adequadamente atendidos os em andamento de estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao dispos-
e contempladas as despesas de conservação do patrimônio to no art. 48-A. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de
público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orça- 2009) (Vide Decreto nº 7.185, de 2010)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
mentárias.
cípios disponibilizarão suas informações e dados contábeis,
Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente enca-
orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e
minhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto de lei
sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da
de diretrizes orçamentárias, relatório com as informações ne-
União, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico
cessárias ao cumprimento do disposto neste artigo, ao qual
de amplo acesso público. (Incluído pela Lei Complementar nº
será dada ampla divulgação.
156, de 2016)
Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação
§ 3o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios enca-
de imóvel urbano expedido sem o atendimento do disposto
minharão ao Ministério da Fazenda, nos termos e na periodi-
no § 3o do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito judicial cidade a serem definidos em instrução específica deste órgão,
do valor da indenização. as informações necessárias para a constituição do registro
eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas in-
Seção III terna e externa, de que trata o § 4o do art. 32. (Incluído pela Lei
Das Empresas Controladas pelo Setor Público Complementar nº 156, de 2016)
§ 4o A inobservância do disposto nos §§ 2o e 3o ensejará
Art. 47.  A empresa controlada que firmar contrato de as penalidades previstas no § 2o do art. 51. (Incluído pela Lei
gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de desem- Complementar nº 156, de 2016)
penho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial, or- § 5o Nos casos de envio conforme disposto no § 2o, para
çamentária e financeira, sem prejuízo do disposto no inciso II todos os efeitos, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
do § 5o do art. 165 da Constituição. Municípios cumprem o dever de ampla divulgação a que se re-
Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus fere o caput. (Incluído pela Lei Complementar nº 156, de 2016)
balanços trimestrais nota explicativa em que informará: § 6o Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, in-
I - fornecimento de bens e serviços ao controlador, com cluídos autarquias, fundações públicas, empresas estatais
respectivos preços e condições, comparando-os com os pra- dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar
ticados no mercado; sistemas únicos de execução orçamentária e financeira, man-
II - recursos recebidos do controlador, a qualquer título, tidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a au-
especificando valor, fonte e destinação; tonomia. (Incluído pela Lei Complementar nº 156, de 2016)
III - venda de bens, prestação de serviços ou concessão Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do pará-
de empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos grafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão
ou condições diferentes dos vigentes no mercado. a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações re-
ferentes a: (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).

24
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas uni- § 3o A Administração Pública manterá sistema de custos
dades gestoras no decorrer da execução da despesa, no mo- que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão or-
mento de sua realização, com a disponibilização mínima dos çamentária, financeira e patrimonial.
dados referentes ao número do correspondente processo, ao Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia
bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídi- trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de go-
ca beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao proce- verno, das contas dos entes da Federação relativas ao exercí-
dimento licitatório realizado; (Incluído pela Lei Complementar cio anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico
nº 131, de 2009). de acesso público.
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de § 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas con-
toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a re- tas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos:
cursos extraordinários. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do res-
de 2009). pectivo Estado, até trinta de abril;
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Exe- II - Estados, até trinta e um de maio.
cutivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respec- § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste arti-
tivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua go impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente
elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e insti- da Federação receba transferências voluntárias e contrate
tuições da sociedade. operações de crédito, exceto as destinadas ao refinancia-
Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá mento do principal atualizado da dívida mobiliária.
demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras
oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvol- Seção III
vimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária
financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orça-
mentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da
financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Pú-
atividades no exercício.
blico, será publicado até trinta dias após o encerramento de
cada bimestre e composto de:
Seção II
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria
Da Escrituração e Consolidação das Contas
econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a reali-
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabi-
zar, bem como a previsão atualizada;
lidade pública, a escrituração das contas públicas observará as
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a do-
seguintes:
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, tação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;
de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou des- II - demonstrativos da execução das:
pesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma a) receitas, por categoria econômica e fonte, especifi-
individualizada; cando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercí-
II - a despesa e a assunção de compromisso serão regis- cio, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e
tradas segundo o regime de competência, apurando-se, em a previsão a realizar;
caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo b) despesas, por categoria econômica e grupo de natu-
regime de caixa; reza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para
III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e
e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, no exercício;
fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fun- c) despesas, por função e subfunção.
dacional, inclusive empresa estatal dependente; § 1o Os valores referentes ao refinanciamento da dívida
IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresen- mobiliária constarão destacadamente nas receitas de opera-
tadas em demonstrativos financeiros e orçamentários especí- ções de crédito e nas despesas com amortização da dívida.
ficos; § 2o O descumprimento do prazo previsto neste artigo
V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pa- sujeita o ente às sanções previstas no § 2o do art. 51.
gar e as demais formas de financiamento ou assunção de com- Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demons-
promissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo trativos relativos a:
a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no pe- I - apuração da receita corrente líquida, na forma defini-
ríodo, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor; da no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim como a previ-
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará des- são de seu desempenho até o final do exercício;
taque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alie- II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o
nação de ativos. inciso IV do art. 50;
§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão III - resultados nominal e primário;
as operações intragovernamentais. IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4o;
§ 2o A edição de normas gerais para consolidação das con- V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão refe-
tas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, rido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos realizados
enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67. e o montante a pagar.

25
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 1o O relatório referente ao último bimestre do exercício § 2o O relatório será publicado até trinta dias após o en-
será acompanhado também de demonstrativos: cerramento do período a que corresponder, com amplo acesso
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da ao público, inclusive por meio eletrônico.
Constituição, conforme o § 3o do art. 32; § 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o su-
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência jeita o ente à sanção prevista no § 2o do art. 51.
social, geral e próprio dos servidores públicos; § 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de elaborados de forma padronizada, segundo modelos que po-
ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes. derão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67.
§ 2o Quando for o caso, serão apresentadas justificativas:
I - da limitação de empenho; Seção V
II - da frustração de receitas, especificando as medidas de Das Prestações de Contas
combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e
as ações de fiscalização e cobrança. Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Exe-
cutivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos
Seção IV órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Mi-
Do Relatório de Gestão Fiscal nistério Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer
prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos § 1o As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no
titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de âmbito:
Gestão Fiscal, assinado pelo: I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Fede-
I - Chefe do Poder Executivo; ral e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos respectivos
II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou tribunais;
órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça,
dos órgãos do Poder Legislativo; consolidando as dos demais tribunais.
III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conse- § 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas
lho de Administração ou órgão decisório equivalente, confor-
será proferido no prazo previsto no art. 57 pela comissão mis-
me regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;
ta permanente referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou
IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.
equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais.
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas
§ 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da apre-
autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo
ciação das contas, julgadas ou tomadas.
controle interno, bem como por outras definidas por ato pró-
Art. 57.  Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio
prio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.
conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do re-
Art. 55. O relatório conterá:
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Com- cebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições
plementar, dos seguintes montantes: estaduais ou nas leis orgânicas municipais.
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos § 1o No caso de Municípios que não sejam capitais e que
e pensionistas; tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será de
b) dívidas consolidada e mobiliária; cento e oitenta dias.
c) concessão de garantias; § 2o Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso en-
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita; quanto existirem contas de Poder, ou órgão referido no art. 20,
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4o; pendentes de parecer prévio.
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a ado- Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho
tar, se ultrapassado qualquer dos limites; da arrecadação em relação à previsão, destacando as providên-
III - demonstrativos, no último quadrimestre: cias adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instân-
um de dezembro; cias administrativa e judicial, bem como as demais medidas
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas: para incremento das receitas tributárias e de contribuições.
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem Seção VI
a uma das condições do inciso II do art. 41; Da Fiscalização da Gestão Fiscal
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do
saldo da disponibilidade de caixa; Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxí-
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e lio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de
cujos empenhos foram cancelados; cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alí- das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se
nea b do inciso IV do art. 38. refere a:
§ 1o  O relatório dos titulares dos órgãos mencionados I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes
nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as informações orçamentárias;
relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos II - limites e condições para realização de operações de
incisos II e III. crédito e inscrição em Restos a Pagar;

26
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

III - medidas adotadas para o retorno da despesa total III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano pluria-
com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23; nual, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. lei de diretrizes orçamentárias e o anexo de que trata o inciso
31, para recondução dos montantes das dívidas consolidada I do art. 5o a partir do quinto exercício seguinte ao da publica-
e mobiliária aos respectivos limites; ção desta Lei Complementar.
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de § 1o A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá
ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as desta ser realizada em até trinta dias após o encerramento do semes-
Lei Complementar; tre.
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legisla- § 2o Se ultrapassados os limites relativos à despesa total
tivos municipais, quando houver. com pessoal ou à dívida consolidada, enquanto perdurar esta
§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou ór- situação, o Município ficará sujeito aos mesmos prazos de ve-
gãos referidos no art. 20 quando constatarem: rificação e de retorno ao limite definidos para os demais entes.
I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas Art. 64. A União prestará assistência técnica e cooperação
no inciso II do art. 4o e no art. 9o; financeira aos Municípios para a modernização das respectivas
II - que o montante da despesa total com pessoal ultra- administrações tributária, financeira, patrimonial e previdenciá-
passou 90% (noventa por cento) do limite; ria, com vistas ao cumprimento das normas desta Lei Comple-
III - que os montantes das dívidas consolidada e mobi- mentar.
liária, das operações de crédito e da concessão de garantia § 1o A assistência técnica consistirá no treinamento e de-
se encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respec- senvolvimento de recursos humanos e na transferência de tec-
tivos limites; nologia, bem como no apoio à divulgação dos instrumentos de
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encon- que trata o art. 48 em meio eletrônico de amplo acesso público.
tram acima do limite definido em lei; § 2o A cooperação financeira compreenderá a doação de
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados bens e valores, o financiamento por intermédio das instituições
dos programas ou indícios de irregularidades na gestão or- financeiras federais e o repasse de recursos oriundos de opera-
çamentária. ções externas.
§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida
cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assem-
bleias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, en-
Poder e órgão referido no art. 20.
quanto perdurar a situação:
§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o cum-
I - serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições
primento do disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39.
estabelecidas nos arts. 23 , 31 e 70;
II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais
CAPÍTULO X
e a limitação de empenho prevista no art. 9o.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso
de estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da Cons-
Art. 60.  Lei estadual ou municipal poderá fixar limites tituição.
inferiores àqueles previstos nesta Lei Complementar para as Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70 serão
dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e con- duplicados no caso de crescimento real baixo ou negativo do
cessão de garantias. Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por
Art. 61. Os títulos da dívida pública, desde que devida- período igual ou superior a quatro trimestres.
mente escriturados em sistema centralizado de liquidação e § 1o Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação
custódia, poderão ser oferecidos em caução para garantia de real acumulada do Produto Interno Bruto inferior a 1% (um
empréstimos, ou em outras transações previstas em lei, pelo por cento), no período correspondente aos quatro últimos
seu valor econômico, conforme definido pelo Ministério da trimestres.
Fazenda. § 2o A taxa de variação será aquela apurada pela Fundação
Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro órgão que
despesas de competência de outros entes da Federação se vier a substituí-la, adotada a mesma metodologia para apura-
houver: ção dos PIB nacional, estadual e regional.
I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei § 3o Na hipótese do caput, continuarão a ser adotadas as
orçamentária anual; medidas previstas no art. 22.
II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua § 4o Na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na
legislação. condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo
Art. 63. É facultado aos Municípios com população infe- Senado Federal, o prazo referido no caput do art. 31 poderá ser
rior a cinquenta mil habitantes optar por: ampliado em até quatro quadrimestres.
I - aplicar o disposto no art. 22 e no § 4o do art. 30 ao Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma per-
final do semestre; manente, da política e da operacionalidade da gestão fiscal
II - divulgar semestralmente: serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por
a) (VETADO) representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do
b) o Relatório de Gestão Fiscal; Ministério Público e de entidades técnicas representativas da
c) os demonstrativos de que trata o art. 53; sociedade, visando a:

27
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

I - harmonização e coordenação entre os entes da Fe- 20 não ultrapassará, em percentual da receita corrente líqui-
deração; da, a despesa verificada no exercício imediatamente anterior,
II - disseminação de práticas que resultem em maior acrescida de até 10% (dez por cento), se esta for inferior ao
eficiência na alocação e execução do gasto público, na ar- limite definido na forma do art. 20.
recadação de receitas, no controle do endividamento e na Art. 72. A despesa com serviços de terceiros dos Poderes
transparência da gestão fiscal; e órgãos referidos no art. 20 não poderá exceder, em per-
III - adoção de normas de consolidação das contas públi- centual da receita corrente líquida, a do exercício anterior à
cas, padronização das prestações de contas e dos relatórios entrada em vigor desta Lei Complementar, até o término do
e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei Com- terceiro exercício seguinte.
plementar, normas e padrões mais simples para os pequenos Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Comple-
Municípios, bem como outros, necessários ao controle social; mentar serão punidas segundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7
IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos. de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei no 1.079, de 10
§ 1o O conselho a que se refere o caput instituirá formas de abril de 1950; o Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de
de premiação e reconhecimento público aos titulares de Po- 1967; a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais normas
der que alcançarem resultados meritórios em suas políticas da legislação pertinente.
de desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação
gestão fiscal pautada pelas normas desta Lei Complementar. ou sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo
§ 2o Lei disporá sobre a composição e a forma de funcio- Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Pú-
namento do conselho. blico o descumprimento das prescrições estabelecidas nesta
Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado o Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 131,
Fundo do Regime Geral de Previdência Social, vinculado ao de 2009).
Ministério da Previdência e Assistência Social, com a finalida- Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para
de de prover recursos para o pagamento dos benefícios do o cumprimento das determinações dispostas nos incisos II e
regime geral da previdência social. III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A: (Incluído pela
§ 1o O Fundo será constituído de: Lei Complementar nº 131, de 2009).
I - bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal
Nacional do Seguro Social não utilizados na operacionaliza- e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes;
ção deste; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
II - bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam ad- II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre
judicados ou que lhe vierem a ser vinculados por força de lei; 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes; (Incluí-
III - receita das contribuições sociais para a seguridade do pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
social, previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195 III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até
da Constituição; 50.000 (cinquenta mil) habitantes. (Incluído pela Lei Comple-
IV - produto da liquidação de bens e ativos de pessoa mentar nº 131, de 2009).
física ou jurídica em débito com a Previdência Social; Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo
V - resultado da aplicação financeira de seus ativos; serão contados a partir da data de publicação da lei comple-
VI - recursos provenientes do orçamento da União. mentar que introduziu os dispositivos referidos no caput des-
§ 2o O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do Se- te artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
guro Social, na forma da lei. Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos
Art. 69. O ente da Federação que mantiver ou vier a insti- prazos previstos no art. 73-B, das determinações contidas
tuir regime próprio de previdência social para seus servidores nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48-A
conferir-lhe-á caráter contributivo e o organizará com base sujeita o ente à sanção prevista no inciso I do § 3o do art. 23.
em normas de contabilidade e atuária que preservem seu (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
equilíbrio financeiro e atuarial. Art. 74. Esta Lei Complementar entra em vigor na data
Art. 70. O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja despe- da sua publicação.
sa total com pessoal no exercício anterior ao da publicação Art. 75. Revoga-se a Lei Complementar no 96, de 31 de
desta Lei Complementar estiver acima dos limites estabeleci- maio de 1999.
dos nos arts. 19 e 20 deverá enquadrar-se no respectivo limi- Brasília, 4 de maio de 2000; 179o da Independência e
te em até dois exercícios, eliminando o excesso, gradualmen- 112o da República.
te, à razão de, pelo menos, 50% a.a. (cinquenta por cento ao FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
ano), mediante a adoção, entre outras, das medidas previstas Pedro Malan
nos arts. 22 e 23. Martus Tavares
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput, Este texto não substitui o publicada no DOU de 5.5.2000
no prazo fixado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3o do
art. 23.
Art. 71. Ressalvada a hipótese do inciso X do art. 37 da
Constituição, até o término do terceiro exercício financeiro
seguinte à entrada em vigor desta Lei Complementar, a des-
pesa total com pessoal dos Poderes e órgãos referidos no art.

28
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações


LEI 4320/64 globais destinadas a atender indiferentemente a despesas
de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou
quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
parágrafo único.
LEI No 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964. Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elabo- § 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva
ração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. da entidade obrigada a transferência e, como receita, no or-
çamento da que as deva receber.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu san- § 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo ante-
ciono a seguinte Lei; rior, o calculo das cotas terá por base os dados apurados no
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financei- proposta orçamentária do governo obrigado a transferên-
ro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços cia.  (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao
de acordo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Executivo para:
Constituição Federal. I - Abrir créditos suplementares até determinada impor-
tância obedecidas as disposições do artigo 43;   (Veto rejeita-
TÍTULO I do no D.O. 05/05/1964)
Da Lei de Orçamento II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro,
CAPÍTULO I operações de crédito por antecipação da receita, para aten-
Disposições Gerais der a insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a
receita e despesa de forma a evidenciar a política econômi- utilizar para atender a sua cobertura.
ca financeira e o programa de trabalho do Governo, obede- § 2° O produto estimado de operações de crédito e de
alienação de bens imóveis somente se incluirá na receita
cidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
quando umas e outras forem especificamente autorizadas
§ 1° Integrarão a Lei de Orçamento:
pelo Poder Legislativo em forma que juridicamente possibili-
I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por
te ao Poder Executivo realizá-las no exercício.
funções do Governo;
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo
II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segun-
anterior, no tocante a operações de crédito, poderá constar
do as Categorias Econômicas, na forma do Anexo nº 1;
da própria Lei de Orçamento.
III - Quadro discriminativo da receita por fontes e res-
Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa de
pectiva legislação;
cada órgão do Governo ou unidade administrativa, a que
IV - Quadro das dotações por órgãos do Governo e da se refere o artigo 2º, § 1º, incisos III e IV obedecerá à forma
Administração. do Anexo nº 2.
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento: § 1° Os itens da discriminação da receita e da despesa,
I - Quadros demonstrativos da receita e planos de apli- mencionados nos artigos 11, § 4°, e 13, serão identificados
cação dos fundos especiais; por números de códigos decimal, na forma dos Anexos nºs
II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma 3 e 4.
dos Anexos nºs 6 a 9; § 2º Completarão os números do código decimal refe-
III - Quadro demonstrativo do programa anual de tra- rido no parágrafo anterior os algarismos caracterizadores
balho do Governo, em termos de realização de obras e de da classificação funcional da despesa, conforme estabelece
prestação de serviços. o Anexo nº 5.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as § 3° O código geral estabelecido nesta lei não prejudicará
receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas a adoção de códigos locais.
em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste CAPÍTULO II
artigo as operações de credito por antecipação da receita, Da Receita
as emissões de papel-moeda e outras entradas compensa-
tórias, no ativo e passivo financeiros . (Veto rejeitado no D.O. Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas en-
05/05/1964) tidades de direito publico, compreendendo os impostos, as
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as des- taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis
pesas próprias dos órgãos do Governo e da administração vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto
centralizada, ou que, por intermédio deles se devam reali- ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por
zar, observado o disposto no artigo 2°. essas entidades   (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)

29
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 10. (Vetado). § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as do-


Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias tações para despesas as quais não corresponda contrapres-
econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.        (Re- tação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições
dação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 1982) e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de con- entidades de direito público ou privado.
tribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei,
outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebi- as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das
dos de outras pessoas de direito público ou privado, quando entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Cor- I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições
rentes.         (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 1982) públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realiza- finalidade lucrativa;
ção de recursos financeiros oriundos de constituição de dívi- II - subvenções econômicas, as que se destinem a em-
das; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos presas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial,
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, agrícola ou pastoril.
destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de § 4º Classificam-se como investimentos as dotações para
Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.         (Re- o planejamento e a execução de obras, inclusive as destina-
dação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 1982) das à aquisição de imóveis considerados necessários à reali-
§ 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do zação destas últimas, bem como para os programas especiais
balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e ma-
apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não terial permanente e constituição ou aumento do capital de
constituirá item de receita orçamentária. (Redação dada pelo empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.
Decreto Lei nº 1.939, de 1982) § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dota-
§ 4º - A classificação da receita obedecerá ao seguinte es- ções destinadas a:
quema:         (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 1982) I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em uti-
RECEITAS CORRENTES lização;
RECEITA TRIBUTÁRIA II - aquisição de títulos representativos do capital de
Impostos. empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas,
Taxas. quando a operação não importe aumento do capital;
Contribuições de Melhoria. III - constituição ou aumento do capital de entidades ou
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros,
RECEITA PATRIMONIAL inclusive operações bancárias ou de seguros.
RECEITA AGROPECUÁRIA § 6º São Transferências de Capital as dotações para in-
RECEITA INDUSTRIAL vestimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de
RECEITA DE SERVIÇOS direito público ou privado devam realizar, independentemen-
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES te de contraprestação direta em bens ou serviços, constituin-
OUTRAS RECEITAS CORRENTES do essas transferências auxílios ou contribuições, segundo
RECEITAS DE CAPITAL derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial-
OPERAÇÕES DE CRÉDITO mente anterior, bem como as dotações para amortização da
ALIENAÇÃO DE BENS dívida pública.
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12,
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL a discriminação ou especificação da despesa por elementos,
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obe-
decerá ao seguinte esquema:
CAPÍTULO III DESPESAS CORRENTES
Da Despesa Despesas de Custeio
Pessoa Civil
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes catego- Pessoal Militar
rias econômicas:   (Vide Decreto-lei nº 1.805, de 1980) Material de Consumo
DESPESAS CORRENTES Serviços de Terceiros
Despesas de Custeio Encargos Diversos
Transferências Correntes Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL Subvenções Sociais
Investimentos Subvenções Econômicas
Inversões Financeiras Inativos
Transferências de Capital Pensionistas
§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações Salário Família e Abono Familiar
para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive Juros da Dívida Pública
as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação Contribuições de Previdência Social
de bens imóveis. Diversas Transferências Correntes.

30
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DESPESAS DE CAPITAL Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das


Investimentos empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á
Obras Públicas mediante subvenções econômicas expressamente incluídas
Serviços em Regime de Programação Especial nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do
Equipamentos e Instalações Município ou do Distrito Federal.
Material Permanente Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como sub-
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de venções econômicas:
Empresas ou Entidades Industriais ou Agrícolas a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os pre-
Inversões Financeiras ços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gê-
Aquisição de Imóveis neros alimentícios ou outros materiais;
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a
Empresas ou Entidades Comerciais ou Financeiras produtores de determinados gêneros ou materiais.
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Em- Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financei-
presa em Funcionamento ra, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando
Constituição de Fundos Rotativos se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressa-
Concessão de Empréstimos mente autorizada em lei especial.
Diversas Inversões Financeiras
Transferências de Capital SEÇÃO II
Amortização da Dívida Pública Das Despesas de Capital
Auxílios para Obras Públicas SUBSEÇÃO PRIMEIRA
Auxílios para Equipamentos e Instalações Dos Investimentos
Auxílios para Inversões Financeiras
Outras Contribuições. Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Or-
Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento çamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações.
de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que,
que serão consignadas dotações próprias.   (Veto rejeitado por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente
no D.O. 05/05/1964) às normas gerais de execução da despesa poderão ser custea-
Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão consig- das por dotações globais, classificadas entre as Despesas de
nadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao Capital.
mesmo órgão.
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa SUBSEÇÃO SEGUNDA
far-se-á no mínimo por elementos.   (Veto rejeitado no D.O. Das Transferências de Capital
05/05/1964)
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da des- Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para
pesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de investimentos que se devam incorporar ao patrimônio das em-
que se serve a administração publica para consecução dos presas privadas de fins lucrativos.
seus fins.   (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se às trans-
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se ferências de capital à conta de fundos especiais ou dotações
material permanente o de duração superior a dois anos. sob regime excepcional de aplicação.

SEÇÃO I TÍTULO II
Das Despesas Correntes Da Proposta Orcamentária
SUBSEÇÃO ÚNICA CAPÍTULO I
Das Transferências Correntes Conteúdo e Forma da Proposta Orçamentária
I) Das Subvenções Sociais
Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas
financeiras a concessão de subvenções sociais visará a presta- Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, com-
ção de serviços essenciais de assistência social, médica e edu- por-se-á:
cacional, sempre que a suplementação de recursos de origem I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da
privada aplicados a esses objetivos, revelar-se mais econômica. situação econômico-financeira, documentada com demonstra-
Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que ção da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais,
possível, será calculado com base em unidades de serviços restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis;
efetivamente prestados ou postos à disposição dos interes- exposição e justificação da política econômica-financeira do
sados obedecidos os padrões mínimos de eficiência previa- Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no
mente fixados. tocante ao orçamento de capital;
Art. 17. Somente à instituição cujas condições de funcio- II - Projeto de Lei de Orçamento;
namento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de
fiscalização serão concedidas subvenções. receita e despesa, constarão, em colunas distintas e para fins
II) Das Subvenções Econômicas de comparação:

31
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anterio- Art. 28 As propostas parciais das unidades administrati-
res àquele em que se elaborou a proposta; vas, organizadas em formulário próprio, serão acompanha-
 b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a das de:
proposta; I - tabelas explicativas da despesa, sob a forma estabele-
c) A receita prevista para o exercício a que se refere a pro- cida no artigo 22, inciso III, letras d, e e f;
posta; II - justificação pormenorizada de cada dotação solici-
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior; tada, com a indicação dos atos de aprovação de projetos e
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a orçamentos de obras públicas, para cujo início ou prossegui-
proposta; e mento ela se destina.
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a pro- Art. 29. Caberá aos órgãos de contabilidade ou de arre-
posta. cadação organizar demonstrações mensais da receita arreca-
IV - Especificação dos programas especiais de trabalho dada, segundo as rubricas, para servirem de base a estimativa
custeados por dotações globais, em termos de metas visadas, da receita, na proposta orçamentária.
decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos Parágrafo único. Quando houver órgão central de orça-
serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, fi- mento, essas demonstrações ser-lhe-ão remetidas mensal-
nanceira, social e administrativa. mente.
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para Art. 30. A estimativa da receita terá por base as demons-
cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas princi- trações a que se refere o artigo anterior à arrecadação dos
pais finalidades, com indicação da respectiva legislação. três últimos exercícios, pelo menos bem como as circunstân-
cias de ordem conjuntural e outras, que possam afetar a pro-
CAPÍTULO II dutividade de cada fonte de receita.
Da Elaboração da Proposta Orçamentária Art. 31. As propostas orçamentárias parciais serão revis-
SEÇÃO PRIMEIRA tas e coordenadas na proposta geral, considerando-se a re-
Das Previsões Plurienais ceita estimada e as novas circunstâncias.
Art. 23. As receitas e despesas de capital serão objeto de um
TÍTULO III
Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado por
Da elaboração da Lei de Orçamento
decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio.
Parágrafo único. O Quadro de Recursos e de Aplicação de
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo
Capital será anualmente reajustado acrescentando-se-lhe as
fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municí-
previsões de mais um ano, de modo a assegurar a projeção
contínua dos períodos. pios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de
Art. 24. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital Orçamento vigente.
abrangerá: Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de
I - as despesas e, como couber, também as receitas previs- Orçamento que visem a:
tas em planos especiais aprovados em lei e destinados a atender a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio,
a regiões ou a setores da administração ou da economia; salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da proposta;
II - as despesas à conta de fundos especiais e, como couber, b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto
as receitas que os constituam; não esteja aprovado pelos órgãos competentes;
III - em anexos, as despesas de capital das entidades referi- c) conceder dotação para instalação ou funcionamento
das no Título X desta lei, com indicação das respectivas receitas, de serviço que não esteja anteriormente criado;
para as quais forem previstas transferências de capital. d) conceder dotação superior aos quantitativos previa-
Art. 25. Os programas constantes do Quadro de Recursos mente fixados em resolução do Poder Legislativo para con-
e de Aplicação de Capital sempre que possível serão correlacio- cessão de auxílios e subvenções.
nados a metas objetivas em termos de realização de obras e de
prestação de serviços. TÍTULO IV
Parágrafo único. Consideram-se metas os resultados que se Do Exercício Financeiro
pretendem obter com a realização de cada programa.
Art. 26. A proposta orçamentária conterá o programa anual Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
atualizado dos investimentos, inversões financeiras e transferên- Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
cias previstos no Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital. I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
SEÇÃO SEGUNDA Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas em-
Das Previsões Anuais penhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro distin-
guindo-se as processadas das não processadas.
Art. 27. As propostas parciais de orçamento guardarão Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de
estrita conformidade com a política econômica-financeira, o créditos com vigência plurianual, que não tenham sido liqui-
programa anual de trabalho do Governo e, quando fixado, dados, só serão computados como Restos a Pagar no último
o limite global máximo para o orçamento de cada unidade ano de vigência do crédito.
administrativa.

32
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as TÍTULO V


quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, Dos Créditos Adicionais
com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de des-
com prescrição interrompida e os compromissos reconheci- pesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei
dos após o encerramento do exercício correspondente pode- de Orçamento.
rão ser pagos à conta de dotação específica consignada no Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre I - suplementares, os destinados a reforço de dotação
que possível, a ordem cronológica.  (Regulamento) orçamentária;
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa II - especiais, os destinados a despesas para as quais não
anulada no exercício; quando a anulação ocorrer após o en- haja dotação orçamentária específica;
cerramento dêste considerar-se-á receita do ano em que se III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e
efetivar. imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou cala-
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tri- midade pública.
butária ou não tributária, serão escriturados como receita do Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão au-
exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas torizados por lei e abertos por decreto executivo.
orçamentárias. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.735, de Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais
1979) depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo despesa e será precedida de exposição justificativa. (Veto rejei-
transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na for- tado no D.O. 05/05/1964)
ma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro pró- § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo,
prio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva desde que não comprometidos:    (Veto rejeitado no D.O.
receita será escriturada a esse título. (Incluído pelo Decreto 05/05/1964)
Lei nº 1.735, de 1979) I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pú- do exercício anterior;   (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
II - os provenientes de excesso de arrecadação;   (Veto
blica dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa
rejeitado no D.O. 05/05/1964)
a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dota-
não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais
ções orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em
como os provenientes de empréstimos compulsórios, con-
Lei;   (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
tribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em
ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis
forma que juridicamente possibilite ao poder executivo reali-
ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de servi-
za-las.   (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
ços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações,
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença posi-
reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitiva- tiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugan-
mente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obri- do-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e
gações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, as operações de credito a eles vinculadas.   (Veto rejeitado no
fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de D.O. 05/05/1964)
outras obrigações legais. (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, § 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins
de 1979) deste artigo, o saldo positivo das diferenças acumuladas mês
§ 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, consideran-
estrangeira será convertido ao correspondente valor na moe- do-se, ainda, a tendência do exercício.   (Veto rejeitado no
da nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da D.O. 05/05/1964)
notificação ou intimação do devedor, pela autoridade admi- § 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, prove-
nistrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, nientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-a a importân-
incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os cia dos créditos extraordinários abertos no exercício.  (Veto
juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes rejeitado no D.O. 05/05/1964)
aos débitos tributários. (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por de-
de 1979)        creto do Poder Executivo, que deles dará imediato conheci-
§ 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos men- mento ao Poder Legislativo.
cionados nos parágrafos anteriores, bem como os valores Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao
correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa
e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do De- disposição legal em contrário, quanto aos especiais e ex-
creto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do traordinários.
Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. (Incluído Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a im-
pelo Decreto Lei nº 1.735, de 1979) portância, a espécie do mesmo e a classificação da despesa,
§ 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na até onde fôr possível.
Procuradoria da Fazenda Nacional. (Incluído pelo Decreto Lei
nº 1.735, de 1979)

33
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

TÍTULO VI CAPÍTULO III


Da Execução do Orçamento Da Despesa
CAPÍTULO I
Da Programação da Despesa Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de
autoridade competente que cria para o Estado obrigação
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de de pagamento pendente ou não de implemento de condi-
Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder Exe- ção. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
cutivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder
que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar. o limite dos créditos concedidos. (Redação dada pela Lei nº
Art. 48 A fixação das cotas a que se refere o artigo ante- 6.397, de 1976)
rior atenderá aos seguintes objetivos: § 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição Fe-
a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a deral, é vedado aos Municípios empenhar, no último mês do
soma de recursos necessários e suficientes a melhor execu- mandato do Prefeito, mais do que o duodécimo da despesa
prevista no orçamento vigente. (Incluído pela Lei nº 6.397,
ção do seu programa anual de trabalho;
de 1976)
b) manter, durante o exercício, na medida do possível o
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo
equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, período, assumir, por qualquer forma, compromissos finan-
de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de te- ceiros para execução depois do término do mandato do Pre-
souraria. feito. (Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976)
Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para § 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se apli-
efeito do disposto no artigo anterior, levará em conta os cré- cam nos casos comprovados de calamidade pública. (Incluí-
ditos adicionais e as operações extra orçamentárias. do pela Lei nº 6.397, de 1976)
Art. 50. As cotas trimestrais poderão ser alteradas duran- § 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos
te o exercício, observados o limite da dotação e o comporta- e atos praticados em desacordo com o disposto nos pará-
mento da execução orçamentária. grafos 1º e 2º deste artigo, sem prejuízo da responsabilidade
do Prefeito nos termos do Art. 1º, inciso V, do Decreto-lei n.º
CAPÍTULO II 201, de 27 de fevereiro de 1967. (Incluído pela Lei nº 6.397,
Da Receita de 1976)
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio em-
Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem penho.
que a lei o estabeleça, nenhum será cobrado em cada exercí- § 1º Em casos especiais previstos na legislação específica
cio sem prévia autorização orçamentária, ressalvados a tarifa será dispensada a emissão da nota de empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa
aduaneira e o imposto lançado por motivo de guerra.
cujo montante não se possa determinar.
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contra-
quaisquer outras rendas com vencimento determinado em tuais e outras, sujeitas a parcelamento.
lei, regulamento ou contrato. Art. 61. Para cada empenho será extraído um documen-
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição com- to denominado “nota de empenho” que indicará o nome
petente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pes- do credor, a representação e a importância da despesa bem
soa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. como a dedução desta do saldo da dotação própria.
 Art. 54. Não será admitida a compensação da obrigação Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quan-
de recolher rendas ou receitas com direito creditório contra do ordenado após sua regular liquidação.
a Fazenda Pública.  Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação
Art. 55. Os agentes da arrecadação devem fornecer reci- do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
bos das importâncias que arrecadarem. documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§ 1º Os recibos devem conter o nome da pessoa que § 1° Essa verificação tem por fim apurar:
paga a soma arrecadada, proveniência e classificação, bem I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
como a data a assinatura do agente arrecadador.  (Veto rejei- II - a importância exata a pagar;  (Vide Medida Provisória
tado no D.O. 05/05/1964) nº 581, de 2012)
§ 2º Os recibos serão fornecidos em uma única via. III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou
estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, ve-
serviços prestados terá por base:
dada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do ar- II - a nota de empenho;
tigo 3. desta lei serão classificadas como receita orçamentária, III - os comprovantes da entrega de material ou da pres-
sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclu- tação efetiva do serviço.
sive as provenientes de operações de crédito, ainda que não Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado
previstas no Orçamento.   (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) por autoridade competente, determinando que a despesa
seja paga.

34
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação
exarada em documentos processados pelos serviços de conta- da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a ex-
bilidade   (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) tinção de direitos e obrigações;
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesou- II - a fidelidade funcional dos agentes da administração,
raria ou pagadoria regularmente instituídos por estabelecimen- responsáveis por bens e valores públicos;
tos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio III - o cumprimento do programa de trabalho expresso
de adiantamento. em termos monetários e em termos de realização de obras e
Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades orça- prestação de serviços.
mentárias poderão quando expressamente determinado na Lei CAPÍTULO II
de Orçamento ser movimentadas por órgãos centrais de admi- Do Controle Interno
nistração geral.
Parágrafo único. É permitida a redistribuição de parcelas das Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de con-
dotações de pessoal, de uma para outra unidade orçamentária, trole a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições
quando considerada indispensável à movimentação de pessoal do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
dentro das tabelas ou quadros comuns às unidades interessa- Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução
das, a que se realize em obediência à legislação específica. orçamentária será prévia, concomitante e subsequente.
Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual,
virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem de apresen- quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver,
tação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, sendo a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações contas de todos os responsáveis por bens ou valores públi-
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim. cos.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da propos-
despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega ta orçamentária ou a outro indicado na legislação, caberá o
de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na do- controle estabelecido no inciso III do artigo 75.
tação própria para o fim de realizar despesas, que não possam Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando for o
subordinar-se ao processo normal de aplicação. caso, em termos de unidades de medida, previamente esta-
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance belecidos para cada atividade.
nem a responsável por dois adiantamento.   (Veto rejeitado no Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou ór-
D.O. 05/05/1964) gãos equivalentes verificar a exata observância dos limites
Art. 70. A aquisição de material, o fornecimento e a adjudi- das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária,
cação de obras e serviços serão regulados em lei, respeitado o dentro do sistema que for instituído para esse fim.
princípio da concorrência.
CAPÍTULO III
TÍTULO VII Do Controle Externo
Dos Fundos Especiais
Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder
Art. 71. Constitui fundo especial o produto de receitas espe- Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da admi-
cificadas que por lei se vinculam à realização de determinados nistração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e
objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares o cumprimento da Lei de Orçamento.
de aplicação. Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas
Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições
fundos especiais far-se-á através de dotação consignada na Lei ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
de Orçamento ou em créditos adicionais. § 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao
Art. 73. Salvo determinação em contrário da lei que o ins- Poder Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal de Contas
tituiu, o saldo positivo do fundo especial apurado em balanço ou órgão equivalente.
será transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo § 2º Quando, no Munícipio não houver Tribunal de Con-
fundo. tas ou órgão equivalente, a Câmara de Vereadores poderá
Art. 74. A lei que instituir fundo especial poderá determinar designar peritos contadores para verificarem as contas do
normas peculiares de controle, prestação e tomada de contas, prefeito e sobre elas emitirem parecer.
sem de qualquer modo, elidir a competência específica do Tri-
bunal de Contas ou órgão equivalente. TÍTULO IX
Da Contabilidade
TÍTULO VIII CAPÍTULO I
Do Controle da Execução Orçamentária Disposições Gerais
CAPÍTULO I
Disposições Gerais Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda
Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, ar-
Art. 75. O controle da execução orçamentária com- recadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guar-
preenderá: dem bens a ela pertencentes ou confiados.

35
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos
ou órgão equivalente, a tomada de contas dos agentes respon- de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para aten-
sáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada ou superin- der a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e
tendida pelos serviços de contabilidade. serviços públicos.   (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com
de forma a permitirem o acompanhamento da execução or- individuação e especificações que permitam verificar, a qual-
çamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a de- quer momento, a posição dos empréstimos, bem como os
terminação dos custos dos serviços industriais, o levantamento respectivos serviços de amortização e juros.
dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não
econômicos e financeiros. organizados como empresa pública ou autárquica, manterão
Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e contabilidade especial para determinação dos custos, ingres-
patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas. sos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e
Art. 87. Haverá controle contábil dos direitos e obrigações financeira comum.
oriundos de ajustes ou contratos em que a administração pú- Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial,
blica for parte. que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem
Art. 88. Os débitos e créditos serão escriturados com indi- como as variações independentes dessa execução e as su-
viduação do devedor ou do credor e especificação da natureza, perveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão
importância e data do vencimento, quando fixada. elementos da conta patrimonial.
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à ad-
ministração orçamentária, financeira patrimonial e industrial. CAPÍTULO IV
Dos Balanços
CAPÍTULO II
Da Contabilidade Orçamentária e Financeira Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão de-
monstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço Financei-
Art. 90 A contabilidade deverá evidenciar, em seus regis- ro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações
Patrimoniais, segundo os Anexos números 12, 13, 14 e 15 e
tros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a des-
os quadros demonstrativos constantes dos Anexos números
pesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos
1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 16 e 17.
créditos, e as dotações disponíveis.
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as recei-
Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á
tas e despesas previstas em confronto com as realizadas.
de acôrdo com as especificações constantes da Lei de Orça-
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a
mento e dos créditos adicionais.
despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pa-
Art. 92. A dívida flutuante compreende:
gamentos de natureza extra orçamentária, conjugados com
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os
II - os serviços da dívida a pagar; que se transferem para o exercício seguinte.
III - os depósitos; Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão
IV - os débitos de tesouraria. computados na receita extra orçamentária para compensar
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por sua inclusão na despesa orçamentária.
exercício e por credor distinguindo-se as despesas processadas Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evi-
das não processadas. denciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes
Art. 93. Todas as operações de que resultem débitos e cré- ou independentes da execução orçamentária, e indicará o re-
ditos de natureza financeira, não compreendidas na execução sultado patrimonial do exercício.
orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e  Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:
controle contábil. I - O Ativo Financeiro;
II - O Ativo Permanente;
CAPÍTULO III III - O Passivo Financeiro;
Da Contabilidade Patrimonial e Industrial IV - O Passivo Permanente;
V - O Saldo Patrimonial;
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de ca- VI - As Contas de Compensação.
ráter permanente, com indicação dos elementos necessários § 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valo-
para a perfeita caracterização de cada um dêles e dos agentes res realizáveis independentemente de autorização orçamen-
responsáveis pela sua guarda e administração. tária e os valores numerários.
Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos § 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos
bens móveis e imóveis. e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autori-
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis zação legislativa.
terá por base o inventário analítico de cada unidade administra- § 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas
tiva e os elementos da escrituração sintética na contabilidade. e outras pagamento independa de autorização orçamentária.
Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos de- § 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fun-
vedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais, dadas e outras que dependam de autorização legislativa para
fiscalizando-se sua efetivação. amortização ou resgate.

36
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, TÍTULO XI


valores, obrigações e situações não compreendidas nos pará- Disposições Finais
grafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possam vir
a afetar o patrimônio. Art. 111. O Conselho Técnico de Economia e Finanças do
 Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedece- Ministério da Fazenda, além de outras apurações, para fins
rá as normas seguintes: estatísticos, de interesse nacional, organizará e publicará o ba-
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo lanço consolidado das contas da União, Estados, Municípios
seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estran- e Distrito Federal, suas autarquias e outras entidades, bem
geira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço; como um quadro estruturalmente idêntico, baseado em da-
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou dos orçamentários.
pelo custo de produção ou de construção; § 1º Os quadros referidos neste artigo terão a estrutura
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado do Anexo nº 1.
das compras. § 2 O quadro baseado nos orçamentos será publicado até
 § 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e crédi- o último dia do primeiro semestre do próprio exercício e o
tos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das baseado nos balanços, até o último dia do segundo semestre
correspondentes importâncias em moeda nacional. do exercício imediato àquele a que se referirem.
 § 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, cré- Art. 112. Para cumprimento do disposto no artigo prece-
ditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial. dente, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal
§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis. remeterão ao mencionado órgão, até 30 de abril, os orçamen-
tos do exercício, e até 30 de junho, os balanços do exercício
TÍTULO X anterior.
Das Autarquias e Outras Entidades Parágrafo único. O pagamento, pela União, de auxílio ou
contribuição a Estados, Municípios ou Distrito Federal, cuja con-
Art. 107. As entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive cessão não decorra de imperativo constitucional, dependerá de
de previdência social ou investidas de delegação para arrecada- prova do atendimento ao que se determina neste artigo.
ção de contribuições parafiscais da União, dos Estados, dos Mu- Art. 113. Para fiel e uniforme aplicação das presentes nor-
nicípios e do Distrito Federal terão seus orçamentos aprovados mas, o Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministé-
por decreto do Poder Executivo, salvo se disposição legal ex- rio da Fazenda atenderá a consultas, coligirá elementos, pro-
pressa determinar que o sejam pelo Poder Legislativo.         (Vide moverá o intercâmbio de dados informativos, expedirá reco-
Decreto nº 60.745, de 1967) mendações técnicas, quando solicitadas, e atualizará sempre
Parágrafo único. Compreendem-se nesta disposição as em- que julgar conveniente, os anexos que integram a presente lei.
presas com autonomia financeira e administrativa cujo capital Parágrafo único. Para os fins previstos neste artigo, po-
pertencer, integralmente, ao Poder Público. derão ser promovidas, quando necessário, conferências ou
Art. 108. Os orçamentos das entidades referidas no artigo reuniões técnicas, com a participação de representantes das
anterior vincular-se-ão ao orçamento da União, dos Estados, entidades abrangidas por estas normas.
dos Municípios e do Distrito Federal, pela inclusão: Art. 114. Os efeitos desta lei são contados a partir de 1º
I - como receita, salvo disposição legal em contrário, de sal- de janeiro de 1964 para o fim da elaboração dos orçamentos
do positivo previsto entre os totais das receitas e despesas; e a partir de 1º de janeiro de 1965, quanto às demais ativida-
II - como subvenção econômica, na receita do orçamento des estatuídas. (Redação dada pela Lei nº 4.489, de 1964)
da beneficiária, salvo disposição legal em contrário, do saldo ne- Art. 115. Revogam-se as disposições em contrário.
gativo previsto entre os totais das receitas e despesas. Brasília, 17 de março de 1964; 143º da Independência e
§ 1º Os investimentos ou inversões financeiras da União, 76º da República.
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, realizados JOÃO GULART
por intermédio das entidades aludidas no artigo anterior, serão Abelardo Jurema
classificados como receita de capital destas e despesa de trans- Sylvio Borges de Souza Motta
ferência de capital daqueles. Jair Ribeiro
§ 2º As previsões para depreciação serão computadas para João Augusto de Araújo Castro
efeito de apuração do saldo líquido das mencionadas entidades. Waldyr Ramos Borges
Art. 109. Os orçamentos e balanços das entidades com- Expedito Machado
preendidas no artigo 107 serão publicados como complemento Oswaldo Costa Lima Filho
dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municí- Júlio Forquim Sambaquy
pios e do Distrito Federal a que estejam vinculados. Amaury Silva
Art. 110. Os orçamentos e balanços das entidades já referi- Anysio Botelho
das, obedecerão aos padrões e normas instituídas por esta lei, Wilson Fadul
ajustados às respectivas peculiaridades. Antonio Oliveira Brito
Parágrafo único. Dentro do prazo que a legislação fixar, os Egydio Michaelsen
balanços serão remetidos ao órgão central de contabilidade da Este texto não substitui o publicado no DOU de
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, para 23.3.1964, retificada no DOU de 9.4.1964 e retificada no DOU
fins de incorporação dos resultados, salvo disposição legal em de 3.6.1964
contrário. Download para anexos 

37
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

 LEI N. 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964 §1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, des-
Partes vetadas pelo Presidente da República e mantidas te que não comprometidos;
pelo Congresso Nacional, do Projeto que se transformou na I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimo-
Lei nº.4.320,de 17 de março de 1964 (que estatui normas ge- nial do exercício anterior;
rais de direito financeiro para elaboração e controle dos or- II – os provenientes de excesso de arrecadação;
çamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios III – os resultantes de anulação parcial ou total de do-
e do Distrito Federal ) tações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados
em lei;
VETO IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em
O Presidente da República Faço saber que o Congresso forma que juridicamente possibilite o Poder Executivo reali-
Nacional decreta e eu promulgo na forma do Parágrafo 3º do zá-las.
Artigo 70 da Constituição Federal os seguintes dispositivos §2º Entende-se por superavit financeiro a diferença posi-
da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.
tiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro conjugan-
“Art. 3º ......................................................................................................
do-se ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e
.....................................
as operações de crédito a eles vinculadas.
Parágrafo único Não se consideram para os fins deste
artigo as operações de crédito por antecipação da receita, as §3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins
emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias deste artigo, o saldo positivo das diferenças acumuladas mês
no ativo e passivo financeiros”. a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, consideran-
....................................................................................................................... do-se ainda, a tendência do exercício.
.....................”Art. 6º .......................................................................................... §4º Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, prove-
............................................................................................................................... nientes de excesso de arrecadação deduzir-se-á a importân-
...............................................................2º - Para cumprimento do dis- cia dos créditos extraordinários abertos no exercício”.
posto no parágrafo anterior, o cálculo das cotas terá por base .......................................................................................................................
os dados apurados no balanço do exercício anterior aque- ..”Art. 55 ..............................................................................................................
le em que se elaborar a proposta orçamentária do Governo .....1º - Os recibos devem conter o nome da pessoa que paga
obrigado à transferência”. a soma arrecadada, proveniência, e classificação, bem como
....................................................................................................................... a data e assinatura do agente arrecadador”.
.....................”Art. 7º .......................................................................................... ......................................................................................................................
................................................. ......................”Art. 57 Ressalvado o disposto no parágrafo único
I   ................................................................................................................ do artigo 3º desta lei.............................
............................ ...................................................................................................”Art. 58 ..
..........................................obedecidas as disposições do artigo ...............................................................................................................................
43”. .................................. ...............................................................................................................................
“Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas en- ......................ou não
tidades de direito público, compreendendo os impostos, as .....................................................................................................................
taxas e contribuições nos termos da Constituição e das leis .................”.”Art. 64 ..........................................................................................
vigentes em matérias financeira destinando-se o seu produto ..................................................Parágrafo único. A ordem de paga-
ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por mento só poderá ser exarada em documentos processados
essa entidades.” pelos serviços de contabilidade”.
......................................................................................................................
.............................................................
.....................
“Art. 69.......................................................................................................
“Art. 14 ....................................................................................................
.............................................................................................................................. .....................................
....................................................subordinados ao mesmo órgão ou ...............................nem o responsável por dois adiantamen-
repartição.....................................................................”. tos”.
...................................................................................................................... ...................................................................................................................
..................... .........................”Art. 92. A dívida fundada será escriturada com
“Art. 15 ..................................................................................................... individuação e especificações que permitem verificar, a qual-
....................................... quer momento, a posição dos empréstimos, bem como os
.........................................................no respectivos serviços de amortização e juros”.
m í n i - ......................................................................................................................
mo..............................................................................................................” ..........
“Art. 15 ............................................................................1º Entende- Brasília, 4 de maio de 1964; 1432 da Independência e 76º
se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, da República.
material, serviços, obras e outros meios de que se refere a H. Castello Branco.
administração pública para consecução dos seus fins”. * 
..............................................................................”Art. 43. A abertura
dos créditos suplementares e especiais depende da existên-
cia de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será pre-
cedida de exposição justificativa.

38
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o


LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o inte-
(LEI 8.429/92). gral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimo-
nial resultante do enriquecimento ilícito.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patri-
mônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. cominações desta lei até o limite do valor da herança.
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos
nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, CAPÍTULO II
cargo, emprego ou função na administração pública direta, Dos Atos de Improbidade Administrativa
indireta ou fundacional e dá outras providências. Seção I

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Dos Atos de Improbidade Administrativa que Impor-


Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu tam Enriquecimento Ilícito
sanciono a seguinte lei: Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa im-
CAPÍTULO I portando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de van-
Das Disposições Gerais tagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,
mandato, função, emprego ou atividade nas entidades men-
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer cionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
agente público, servidor ou não, contra a administração dire- I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel
ta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação
de empresa incorporada ao patrimônio público ou de enti- ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que
dade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decor-
concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou rente das atribuições do agente público;
da receita anual, serão punidos na forma desta lei. II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta,
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel
desta lei os atos de improbidade praticados contra o patri- ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades refe-
mônio de entidade que receba subvenção, benefício ou in- ridas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
centivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como da-
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta,
quelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido
para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem públi-
ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimô-
co ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço
nio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção
inferior ao valor de mercado;
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, má-
cofres públicos.
quinas, equipamentos ou material de qualquer natureza,
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta
lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, con- mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
tratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, servidores públicos, empregados ou terceiros contratados
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencio- por essas entidades;
nadas no artigo anterior. V - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de
couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, indu- jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contraban-
za ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele do, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. promessa de tal vantagem;
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hie- VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
rarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e pu- ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou
blicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar- mencionadas no art. 1º desta lei;
se-á o integral ressarcimento do dano. VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qual-
agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores quer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do
acrescidos ao seu patrimônio. patrimônio ou à renda do agente público;
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de
patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica
a autoridade administrativa responsável pelo inquérito re- que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado
presentar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
bens do indiciado. público, durante a atividade;

39
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a libe- XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se
ração ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; enriqueça ilicitamente;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, di- XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particu-
reta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou lar, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qual-
declaração a que esteja obrigado; quer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o
bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimo- trabalho de servidor público, empregados ou terceiros con-
nial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; tratados por essas entidades.
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou va- XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha
lores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencio- por objeto a prestação de serviços públicos por meio da ges-
nadas no art. 1° desta lei. tão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
(Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
Seção II XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem ob-
Prejuízo ao Erário servar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº
11.107, de 2005)
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a
causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou cul- incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou
posa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malba- jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferi-
ratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades dos pela administração pública a entidades privadas median-
referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: te celebração de parcerias, sem a observância das formalida-
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incor- des legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído
poração ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimo- XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou
nial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públi-
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídi- cos transferidos pela administração pública a entidade priva-
ca privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do da mediante celebração de parcerias, sem a observância das
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamenta- (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
res aplicáveis à espécie; XVIII - celebrar parcerias da administração pública com
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente entidades privadas sem a observância das formalidades le-
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, gais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela
bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação administração pública com entidades privadas; (Incluído
de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela adminis-
parte delas, por preço inferior ao de mercado; tração pública com entidades privadas sem a estrita obser-
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de vância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma
bem ou serviço por preço superior ao de mercado; para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019,
VI - realizar operação financeira sem observância das nor- de 2014) (Vigência)
mas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela adminis-
inidônea; tração pública com entidades privadas sem a estrita obser-
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a ob- vância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma
servância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019,
à espécie; de 2014) (Vigência)
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá
-lo indevidamente Seção II-A
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de proces- (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
so seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins (Produção de efeito)
lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorren-
Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) tes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não auto- Financeiro ou Tributário
rizadas em lei ou regulamento;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou ren- Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa
da, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter
público; benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das nor- o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de
mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplica- 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157,
ção irregular; de 2016) (Produção de efeito)

40
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção III III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do


Dos Atos de Improbidade Administrativa que Aten- dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos
tam Contra os Princípios da Administração Pública direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa
civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que agente e proibição de contratar com o Poder Público ou re-
atenta contra os princípios da administração pública qualquer ceber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, impar- indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
cialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função
ou diverso daquele previsto, na regra de competência; pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do be-
ofício; nefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em Complementar nº 157, de 2016)
razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta
IV - negar publicidade aos atos oficiais; lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim
V - frustrar a licitude de concurso público; como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fa-
zê-lo; CAPÍTULO IV
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de Da Declaração de Bens
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida
política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam con-
bem ou serviço. dicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscaliza- compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no
ção e aprovação de contas de parcerias firmadas pela adminis- serviço de pessoal competente. (Regulamento) (Regulamento)
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semo-
tração pública com entidades privadas. (Redação dada pela Lei
ventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de
nº 13.019, de 2014) (Vigência)
bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior,
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessi-
e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimo-
bilidade previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
niais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pes-
2015) (Vigência)
soas que vivam sob a dependência econômica do declarante,
excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
CAPÍTULO III § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e
Das Penas na data em que o agente público deixar o exercício do man-
dato, cargo, emprego ou função.
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e ad- § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do
ministrativas, previstas na legislação específica, está o responsá- serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o
vel pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações: agente público que se recusar a prestar declaração dos bens,
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
administrativas previstas na legislação específica, está o respon- § 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar có-
sável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, pia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da
que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acor- Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto
do com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as
de 2009). necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acresci- caput e no § 2° deste artigo .
dos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano,
quando houver, perda da função pública, suspensão dos direi- CAPÍTULO V
tos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de Do Procedimento Administrativo e do
até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de Processo Judicial
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incen-
tivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autorida-
por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, de administrativa competente para que seja instaurada inves-
pelo prazo de dez anos; tigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a ter-
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimô- mo e assinada, conterá a qualificação do representante, as in-
nio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, formações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas
suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamen- de que tenha conhecimento.
to de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representa-
de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou in- ção, em despacho fundamentado, se esta não contiver as for-
centivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda malidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio ma- impede a representação ao Ministério Público, nos termos do
joritário, pelo prazo de cinco anos; art. 22 desta lei.

41
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade § 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará
determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para ofere-
de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. cer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com
148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.
tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regu- (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
lamentos disciplinares. § 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Mi- dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convenci-
nistério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência do da inexistência do ato de improbidade, da improcedência
de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de da ação ou da inadequação da via eleita. (Incluído pela Medi-
improbidade. da Provisória nº 2.225-45, de 2001)
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Con- § 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para
selho de Contas poderá, a requerimento, designar representante apresentar contestação. (Incluído pela Medida Provisória
para acompanhar o procedimento administrativo. nº 2.225-45, de 2001)
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a § 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá
comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria agravo de instrumento. (Incluído pela Medida Provisória nº
do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do 2.225-45, de 2001)
seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido § 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a ina-
ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. dequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o proces-
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com so sem julgamento do mérito. (Incluído pela Medida Provi-
o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil. sória nº 2.225-45, de 2001)
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições reali-
exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações finan- zadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art.
ceiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos
221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal. (Incluído pela
tratados internacionais.
Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será pro-
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera
posta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada,
pessoa jurídica interessada o ente tributante que figurar no
dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.
polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do art.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações
3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho
de que trata o caput. (Revogado pela Medida provisória nº 703,
de 2015) (Vigência encerrada) de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de
de que trata o caput. reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ili-
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as citamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens,
ações necessárias à complementação do ressarcimento do patri- conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada
mônio público. pelo ilícito.
§ 3º No caso da ação principal ter sido proposta pelo Mi-
nistério Público, a pessoa jurídica interessada integrará a lide na CAPÍTULO VI
qualidade de litisconsorte, devendo suprir as omissões e falhas da Das Disposições Penais
inicial e apresentar ou indicar os meios de prova de que disponha.
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Mi- Art. 19. Constitui crime a representação por ato de im-
nistério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do probidade contra agente público ou terceiro beneficiário,
art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada quando o autor da denúncia o sabe inocente.
pela Medida Provisória nº 1.472-31, de 1996) Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Mi- Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante
nistério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,
art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada morais ou à imagem que houver provocado.
pela Lei nº 9.366, de 1996) Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como par- direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da
te, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. sentença condenatória.
§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrati-
para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a va competente poderá determinar o afastamento do agente
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medi- público do exercício do cargo, emprego ou função, sem pre-
da provisória nº 2.180-35, de 2001) juízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à
§ 6o A ação será instruída com documentos ou justifica- instrução processual.
ção que contenham indícios suficientes da existência do ato de Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei inde-
improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade pende:
de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legis- I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público;
lação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público,
do Código de Processo Civil. (Incluído pela Medida Provisória nº salvo quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela
2.225-45, de 2001) Lei nº 12.120, de 2009).

42
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos
controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2o desta Lei, que
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o não aceitarem a contratação, nas mesmas condições propostas
Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade ad- pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao prazo e preço.
ministrativa ou mediante representação formulada de acordo Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos em
com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frustrar os
inquérito policial ou procedimento administrativo. objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei
e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilida-
CAPÍTULO VII des civil e criminal que seu ato ensejar.
Da Prescrição Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que simples-
mente tentados, sujeitam os seus autores, quando servidores
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções públicos, além das sanções penais, à perda do cargo, emprego,
previstas nesta lei podem ser propostas: função ou mandato eletivo.
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta
de cargo em comissão ou de função de confiança; Lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou sem re-
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica muneração, cargo, função ou emprego público.
para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do servi- § 1o Equipara-se a servidor público, para os fins desta Lei,
ço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraesta-
III - até cinco anos da data da apresentação à administra- tal, assim consideradas, além das fundações, empresas públicas
ção pública da prestação de contas final pelas entidades refe- e sociedades de economia mista, as demais entidades sob con-
ridas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. (Incluído pela Lei trole, direto ou indireto, do Poder Público.
nº 13.019, de 2014) (Vigência) § 2o A pena imposta será acrescida da terça parte, quando
os autores dos crimes previstos nesta Lei forem ocupantes de
CAPÍTULO VIII cargo em comissão ou de função de confiança em órgão da
Das Disposições Finais Administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade de
economia mista, fundação pública, ou outra entidade controla-
Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
da direta ou indiretamente pelo Poder Público.
Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho
Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem
de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais dispo-
às licitações e aos contratos celebrados pela União, Estados,
sições em contrário.
Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias, empresas
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência
públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, e
e 104° da República.
quaisquer outras entidades sob seu controle direto ou indireto.
FERNANDO COLLOR
Célio Borja Seção II
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6.1992 Das Sanções Administrativas

Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato su-


LEI 8.666/93: CAPÍTULO IV – DAS SANÇÕES jeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no ins-
trumento convocatório ou no contrato.
ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA JUDICIAL:
§ 1o A multa a que alude este artigo não impede que a
SEÇÃO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as
(ARTS. 81 A 85); outras sanções previstas nesta Lei.
SEÇÃO II – DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS § 2o A multa, aplicada após regular processo administrati-
(ARTS. 86 A 88); vo, será descontada da garantia do respectivo contratado.
SEÇÃO III – DOS CRIMES E DAS PENAS § 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia
(ARTS. 89 A 99); prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela
SEÇÃO IV - DO PROCESSO E DO sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos even-
PROCEDIMENTO JUDICIAL (ARTS.100 A 108) tualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o
caso, cobrada judicialmente.
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Ad-
Capítulo IV ministração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contra-
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA JU- tado as seguintes sanções:
DICIAL I - advertência;
Seção I II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório
Disposições Gerais ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e
Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatário em assinar impedimento de contratar com a Administração, por prazo não
o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, den- superior a 2 (dois) anos;
tro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar
descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o com a Administração Pública enquanto perdurarem os moti-
às penalidades legalmente estabelecidas. vos determinantes da punição ou até que seja promovida a

43
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a pena- Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado que,
lidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ile-
a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido galidade, obtém vantagem indevida ou se beneficia, injustamen-
o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. te, das modificações ou prorrogações contratuais.
§ 1o Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qual-
prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela quer ato de procedimento licitatório:
sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventual- Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
mente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente. Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em pro-
§ 2o As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo cedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de de-
poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada vassá-lo:
a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no pra- Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
zo de 5 (cinco) dias úteis. Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de vio-
§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de lência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de
competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Es- qualquer tipo:
tadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além
interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da pena correspondente à violência.
da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém
2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109 inciso III) ou desiste de licitar, em razão da vantagem oferecida.
Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação
anterior poderão também ser aplicadas às empresas ou aos instaurada para aquisição ou venda de bens ou mercadorias, ou
profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei: contrato dela decorrente:
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, I - elevando arbitrariamente os preços;
por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsi-
tributos; ficada ou deteriorada;
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os ob- III - entregando uma mercadoria por outra;
jetivos da licitação; IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da mer-
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar cadoria fornecida;
com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados. V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onero-
sa a proposta ou a execução do contrato:
Seção III Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Dos Crimes e das Penas Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa
ou profissional declarado inidôneo:
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades perti- Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, decla-
nentes à dispensa ou à inexigibilidade: rado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Administração.
Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, de qualquer interessado nos registros cadastrais ou promover in-
tendo comprovadamente concorrido para a consumação da devidamente a alteração, suspensão ou cancelamento de registro
ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, do inscrito:
para celebrar contrato com o Poder Público. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Lei
ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedi- consiste no pagamento de quantia fixada na sentença e calculada
mento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, em índices percentuais, cuja base corresponderá ao valor da vanta-
vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação: gem efetivamente obtida ou potencialmente auferível pelo agente.
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1o Os índices a que se refere este artigo não poderão ser
Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse pri- inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5% (cinco por
vado perante a Administração, dando causa à instauração de cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com dispensa
licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser ou inexigibilidade de licitação.
decretada pelo Poder Judiciário: § 2o O produto da arrecadação da multa reverterá, confor-
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. me o caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal.
Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer mo-
dificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em Seção IV
favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos ce- Do Processo e do Procedimento Judicial
lebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato
convocatório da licitação ou nos respectivos instrumentos con- Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pú-
tratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem cro- blica incondicionada, cabendo ao Ministério Público promovê-la.
nológica de sua exigibilidade, observado o disposto no art. Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efei-
121 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) tos desta Lei, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo-
Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa. (Reda- lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem
ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994) como as circunstâncias em que se deu a ocorrência.

44
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, “CAPÍTULO IV


mandará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo apre- DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS” (AC)*
sentante e por duas testemunhas. “Contratação de operação de crédito” (AC)
Art. 102. Quando em autos ou documentos de que co-
nhecerem, os magistrados, os membros dos Tribunais ou “Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de cré-
Conselhos de Contas ou os titulares dos órgãos integrantes dito, interno ou externo, sem prévia autorização legislativa:” (AC)
do sistema de controle interno de qualquer dos Poderes veri- “Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos.” (AC)
ficarem a existência dos crimes definidos nesta Lei, remeterão “Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena, au-
ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários toriza ou realiza operação de crédito, interno ou externo:” (AC)
ao oferecimento da denúncia. “I – com inobservância de limite, condição ou montante esta-
Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária da belecido em lei ou em resolução do Senado Federal;” (AC)
pública, se esta não for ajuizada no prazo legal, aplicando-se, “II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o
no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do Código de limite máximo autorizado por lei.” (AC)
Processo Penal. “Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar” (AC)
Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o “Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pa-
prazo de 10 (dez) dias para apresentação de defesa escrita, gar, de despesa que não tenha sido previamente empenhada ou
contado da data do seu interrogatório, podendo juntar do- que exceda limite estabelecido em lei:” (AC)
cumentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não “Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.” (AC)
superior a 5 (cinco), e indicar as demais provas que pretenda “Assunção de obrigação no último ano do mandato ou le-
produzir. gislatura” (AC)
Art. 105. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defe- “Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos
sa e praticadas as diligências instrutórias deferidas ou ordena- dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatu-
das pelo juiz, abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de 5 (cinco) ra, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro
dias a cada parte para alegações finais. ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não te-
nha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa:” (AC)
Art. 106. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos den-
“Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.” (AC)
tro de 24 (vinte e quatro) horas, terá o juiz 10 (dez) dias para
“Ordenação de despesa não autorizada” (AC)
proferir a sentença.
“Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei:” (AC)
Art. 107. Da sentença cabe apelação, interponível no pra-
“Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.” (AC)
zo de 5 (cinco) dias.
“Prestação de garantia graciosa” (AC)
Art. 108. No processamento e julgamento das infrações
“Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que
penais definidas nesta Lei, assim como nos recursos e nas
tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou superior
execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidiaria- ao valor da garantia prestada, na forma da lei:” (AC)
mente, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal. “Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.” (AC)
“Não cancelamento de restos a pagar” (AC)
“Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover
LEI 10.028/2000. o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em valor
superior ao permitido em lei:” (AC)
“Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.” (AC)
“Aumento de despesa total com pessoal no último ano do
LEI No 10.028, DE 19 DE OUTUBRO DE 2000. mandato ou legislatura” (AC)
“Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete
Altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta dias
– Código Penal, a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950, e o anteriores ao final do mandato ou da legislatura:” (AC)
Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967. “Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.” (AC)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- “Oferta pública ou colocação de títulos no mercado” (AC)
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: “Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública
Art. 1o O art. 339 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de de- ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida públi-
zembro de 1940, passa a vigorar com a seguinte redação: ca sem que tenham sido criados por lei ou sem que estejam
“Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, registrados em sistema centralizado de liquidação e de cus-
de processo judicial, instauração de investigação administrati- tódia:” (AC)
va, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa con- “Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.” (AC)
tra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:” Art. 3o A Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, passa a
(NR) vigorar com as seguintes alterações:
“Pena ............................................................. “Art. 10. ........................................................
“§ 1o ............................................................” .......................................................................”
“§ 2o ............................................................” “5) deixar de ordenar a redução do montante da dívida
Art. 2o O Título XI do Decreto-Lei no 2.848, de 1940, pas- consolidada, nos prazos estabelecidos em lei, quando o mon-
sa a vigorar acrescido do seguinte capítulo e artigos: tante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite má-
ximo fixado pelo Senado Federal;” (AC)

45
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

“6) ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desa- das e julgadas de acordo com o rito instituído pela Lei no
cordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem 8.038, de 28 de maio de 1990, permitido, a todo cidadão, o
fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional oferecimento da denúncia.” (AC)
ou com inobservância de prescrição legal;” (AC) Art. 4o O art. 1o do Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro
“7) deixar de promover ou de ordenar na forma da lei, de 1967, passa a vigorar com a seguinte redação:
o cancelamento, a amortização ou a constituição de reserva “Art. 1o .........................................................
para anular os efeitos de operação de crédito realizada com ...............................................................................”
inobservância de limite, condição ou montante estabelecido “XVI – deixar de ordenar a redução do montante da dí-
em lei;” (AC) vida consolidada, nos prazos estabelecidos em lei, quando o
“8) deixar de promover ou de ordenar a liquidação inte- montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite
gral de operação de crédito por antecipação de receita orça- máximo fixado pelo Senado Federal;” (AC)
mentária, inclusive os respectivos juros e demais encargos, “XVII – ordenar ou autorizar a abertura de crédito em de-
até o encerramento do exercício financeiro;” (AC) sacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal,
“9) ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a reali- sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicio-
nal ou com inobservância de prescrição legal;” (AC)
zação de operação de crédito com qualquer um dos demais
“XVIII – deixar de promover ou de ordenar, na forma da lei,
entes da Federação, inclusive suas entidades da administra-
o cancelamento, a amortização ou a constituição de reserva para
ção indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamen-
anular os efeitos de operação de crédito realizada com inobser-
to ou postergação de dívida contraída anteriormente;” (AC) vância de limite, condição ou montante estabelecido em lei;” (AC)
“10) captar recursos a título de antecipação de receita de “XIX – deixar de promover ou de ordenar a liquidação in-
tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha tegral de operação de crédito por antecipação de receita or-
ocorrido;” (AC) çamentária, inclusive os respectivos juros e demais encargos,
“11) ordenar ou autorizar a destinação de recursos pro- até o encerramento do exercício financeiro;” (AC)
venientes da emissão de títulos para finalidade diversa da “XX – ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a rea-
prevista na lei que a autorizou;” (AC) lização de operação de crédito com qualquer um dos demais
“12) realizar ou receber transferência voluntária em desa- entes da Federação, inclusive suas entidades da administra-
cordo com limite ou condição estabelecida em lei.” (AC) ção indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento
“Art. 39-A. Constituem, também, crimes de responsabili- ou postergação de dívida contraída anteriormente;” (AC)
dade do Presidente do Supremo Tribunal Federal ou de seu “XXI – captar recursos a título de antecipação de receita
substituto quando no exercício da Presidência, as condutas de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha
previstas no art. 10 desta Lei, quando por eles ordenadas ou ocorrido;” (AC)
praticadas.” (AC) “XXII – ordenar ou autorizar a destinação de recursos
“Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da
Presidentes, e respectivos substitutos quando no exercício da prevista na lei que a autorizou;” (AC)
Presidência, dos Tribunais Superiores, dos Tribunais de Con- “XXIII – realizar ou receber transferência voluntária em
tas, dos Tribunais Regionais Federais, do Trabalho e Eleitorais, desacordo com limite ou condição estabelecida em lei.” (AC)
dos Tribunais de Justiça e de Alçada dos Estados e do Distrito “......................................................................”
Federal, e aos Juízes Diretores de Foro ou função equivalente Art. 5o Constitui infração administrativa contra as leis de
no primeiro grau de jurisdição.” (AC) finanças públicas:
“Art. 40-A. Constituem, também, crimes de responsabi- I – deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e
lidade do Procurador-Geral da República, ou de seu substi- ao Tribunal de Contas o relatório de gestão fiscal, nos prazos
tuto quando no exercício da chefia do Ministério Público da e condições estabelecidos em lei;
II – propor lei de diretrizes orçamentárias anual que não
União, as condutas previstas no art. 10 desta Lei, quando por
contenha as metas fiscais na forma da lei;
eles ordenadas ou praticadas.” (AC)
III – deixar de expedir ato determinando limitação de
“Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se:” (AC)
empenho e movimentação financeira, nos casos e condições
“I – ao Advogado-Geral da União;” (AC) estabelecidos em lei;
“II – aos Procuradores-Gerais do Trabalho, Eleitoral e Mili- IV – deixar de ordenar ou de promover, na forma e nos
tar, aos Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Dis- prazos da lei, a execução de medida para a redução do mon-
trito Federal, aos Procuradores-Gerais dos Estados e do Dis- tante da despesa total com pessoal que houver excedido a
trito Federal, e aos membros do Ministério Público da União repartição por Poder do limite máximo.
e dos Estados, da Advocacia-Geral da União, das Procurado- § 1o A infração prevista neste artigo é punida com multa
rias dos Estados e do Distrito Federal, quando no exercício de de trinta por cento dos vencimentos anuais do agente que lhe
função de chefia das unidades regionais ou locais das respec- der causa, sendo o pagamento da multa de sua responsabi-
tivas instituições.” (AC) lidade pessoal.
“Art. 41-A. Respeitada a prerrogativa de foro que assiste § 2o A infração a que se refere este artigo será processada
às autoridades a que se referem o parágrafo único do art. e julgada pelo Tribunal de Contas a que competir a fiscaliza-
39-A e o inciso II do parágrafo único do art. 40-A, as ações ção contábil, financeira e orçamentária da pessoa jurídica de
penais contra elas ajuizadas pela prática dos crimes de res- direito público envolvida.
ponsabilidade previstos no art. 10 desta Lei serão processa- Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar
Processo organizacional e as funções básicas de planejamento, direção, organização e controle; administradores, habilida-
des, papéis, função, motivação, liderança, comunicação e desempenho;................................................................................................ 01
princípios e sistemas de administração municipal; estrutura e funcionamento do serviço público no Brasil. .........................05
Redação. .................................................................................................................................................................................................................................06
Noções de arquivologia: informação, documentação, classificação, arquivamento, registros, tramitação de documentos,
cadastro, tipos de arquivos, organização e administração de arquivos, técnicas modernas............................................................27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

de de atuar em vários cargos dentro uma fábrica, desde


PROCESSO ORGANIZACIONAL E AS operário até engenheiro-chefe. Após alguns anos como
FUNÇÕES BÁSICAS DE PLANEJAMENTO, empregado, Taylor passou a trabalhar como consultor,
DIREÇÃO, ORGANIZAÇÃO E CONTROLE; aperfeiçoando suas pesquisas e ideias sobre gestão. O as-
pecto fundamental de sua teoria é a busca do aumento
ADMINISTRADORES, HABILIDADES, PAPÉIS,
da eficiência da organização, por meio da racionalização
FUNÇÃO, MOTIVAÇÃO, LIDERANÇA,
do trabalho e da obtenção de métodos mais eficientes de
COMUNICAÇÃO E DESEMPENHO; controle dos trabalhadores.
Para solucionar a questão do relacionamento empre-
gado x empregador, Taylor propõe quatro “grandes prin-
O aprofundamento da Revolução Industrial a partir cípios”: 1) O desenvolvimento de uma verdadeira ciência
da segunda metade do século XIX gerou inúmeras con- do trabalho, em que seria necessária uma investigação
sequências para a sociedade, principalmente no que diz científica para se chegar a uma jornada de trabalho jus-
respeito ao desenvolvimento e aumento da complexidade ta. Neste caso, o empregador saberia qual a quantidade
das organizações empresariais. O aparecimento exponen- de trabalho ideal a ser realizada pelo trabalhador, e este
cial de novas tecnologias, invenções, inovações técnicas e receberia uma alta taxa de pagamento, já que este busca
sociais, e a tendência de concentração do capital, ocasio- a “maximização de seus ganhos”; 2) A seleção científica
nou o surgimento de grandes fábricas responsáveis por e o desenvolvimento progressivo do trabalhador. Aqui
empregar - em um só local – centenas e às vezes milhares caberia à administração da organização desenvolver os
de seres humanos que só tinham a força de trabalho a trabalhadores, buscando garantir que estes se tornem
oferecer aos detentores dos meios de produção. altamente produtivos, ou seja, de “primeira linha”; 3) A
Dentro desse contexto de grandes mudanças econô- conexão da ciência do trabalho e trabalhadores cientifica-
micas, sociais e demográficas, muitos estudiosos e pro- mente selecionados e treinados; 4) A constante e íntima
fissionais começaram a perceber o quão difícil se tornava cooperação de gestores e trabalhadores. Esta cooperação
a organização e o controle dessas grandes empresas, as eliminaria os conflitos, já que os gestores e operários es-
quais precisavam lidar com diversas variáveis, ao mesmo tariam cientes de suas responsabilidades e funções.
tempo em que buscavam garantir o lucro necessário à
manutenção do empreendimento e a remuneração do ca- O trabalho de Taylor visou resolver a problemática da
pital investido. No início do século XX, grandes empresá- dependência do capital frente ao trabalho vivo. Para isso,
rios, como Ford, Rockefeller dentre outros, estavam com a administração deveria entender, sistematizar e norma-
bastantes problemas em seus conglomerados, principal- tizar a execução das tarefas dentro da organização, vi-
mente no que tange à gestão dos empregados. Dessa for- sando a máxima produtividade por meio das ferramentas
ma, foram nas duas primeiras décadas do século passado adequadas.
que apareceram os acadêmicos e “peritos da indústria”, os O Taylorismo, esclarecendo que este se caracteriza
quais apresentaram-se oferecendo ajuda aos empresários como uma forma de controle do capital sobre os proces-
americanos e europeus. sos de trabalho, através do controle de todos os tempos
Como havia a necessidade de produção em massa, e movimentos do trabalhador, ou seja, do trabalho vivo.
devido à demanda sempre crescente e a exploração de A Teoria Clássica da Administração de Henri Fayol
novos mercados, a relação empregado x empregador pa- surgia logo depois dos primeiros estudos e resultados de
recia ser a mais complexa. Os principais problemas po- Taylor realizados nos Estados Unidos. Pode-se dizer que o
dem ser assim enumerados: 1) altíssimas taxas de rota- ponto de partida foi em 1916, com a primeira publicação
tividade da mão-de-obra; 2) pressão por produtividade do trabalho de Fayol, intitulado Administration Industriel-
por meio de atitudes muitas vezes agressivas e injustas; le et Générale – Prévoyance, Organisation, Comandement,
3) baixa qualificação dos empregados; 4) necessidade de Coordination, Controle. Assim como a Administração
adaptação às novas tecnologias, como a linha de monta- Científica, a Teoria Clássica se caracterizava também pela
gem; 5) modelos de remuneração capazes de gerar moti- busca da eficiência organizacional, porém com um foco
vação e produtividade. diferenciado: a estrutura da organização e as funções ge-
Surge, então, neste momento, no despontar do sécu- renciais.
lo XX, os primeiros trabalhos de cunho científico na admi- Fayol estabeleceu a definição de gerência, como com-
nistração. Os expoentes dessa fase científica foram dois preendendo cinco elementos: 1) Planejar, diz respeito ao
engenheiros: Frederick Winslow Taylor, responsável pelo “olhar para o futuro”, preparando-se para ele. Sobre essa
desenvolvimento da Escola da Administração Científica, e função, a gerência deveria levar em conta os objetivos de
Henri Fayol, criador da Teoria Clássica. Dessa forma, a cha- cada unidade e alinhamento aos objetivos organizacio-
mada Abordagem Clássica da Administração é formada nais; utilizar previsões de curto e longo prazo; ter flexi-
pelas duas abordagens construídas por esses dois enge- bilidade para adaptações do plano; ser capaz de prog-
nheiros pesquisadores. nosticar os cursos das ações. 2) Organizar, referindo-se a
Os trabalhos de Taylor podem ser considerados como elaboração de uma estrutura material e humana onde as
a primeira tentativa de fundar uma “ciência da administra- atividades poderão ser desenvolvidas de forma otimizada.
ção”. O pesquisador era engenheiro, e teve a possibilida- 3) Comando, que significa manter as pessoas em ativida-

1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

de, buscando, através da liderança e relacionamento, o Firma do tipo autoritário leva o trabalhador a um es-
melhor desempenho dos colaboradores. 4) Coordenação, tado de civilidade e disciplina superficial.
em que o gestor busca harmonizar e unificar todos os es- Trabalham na presença do “chefe”. Atmosfera de
forços e atividades, a fim de que os objetivos das unida- medo.
des estejam alinhados com os objetivos estratégicos da
organização. 5) Controle, responsável pela verificação do Promoção
desempenho de todos os elementos anteriores. O contro- Gerentes promovem pessoas bem adaptadas ou que
le deve se certificar que as atividades estão sendo realiza- adotem seu ponto de vista. “Escolhidas” do gerente.
das de acordo com o plano estabelecido.
Características das organizações formais
Fayol também desenvolveu alguns princípios gerais 1. deliberadamente impessoal;
da administração, os quais são a base de sua teoria. São 2. baseada em relações ideais;
alguns deles: divisão do trabalho (a especialização torna 3. baseada na “hipótese da gentalha” sobre a natu-
o indivíduo mais produtivo); unidade de comando, em reza humana. (a competição leva a máxima eficiência, luta
que Fayol estabelece que o empregado deve ter somente de cada um por si leva a servir aos melhores interesses
um chefe, para evitar conflitos de comando; remunera- do grupo, homem unidade isolada que podem ser des-
ção, como importante fator de motivação; cadeia esca- locadas de um trabalho para o outro...) iguala o bem da
lar, em que se diz que a hierarquia é necessária, porém a organização com o bem dos indivíduos que a compõem.
comunicação lateral também é importante, desde que os
superiores sejam informados a respeito daquilo que está Estrutura de trabalho
sendo tratado; espírito de equipe, equidade e justiça na • Organização em linha.
condução da empresa; ordem material, social e estabilida- Divisão básica na estrutura de trabalho – baseada na
de de pessoal, para minimização dos custos com desen- autoridade – função definida (cada um tem um chefe e é
volvimento da equipe. responsável por chefiar).
Apesar das criticas à visão minimalista do ser humano Quanto maior o nível de estrutura maior a distância
(homo economicus) ou talvez a uma “falta de humanida- social.
de” dos princípios tayloristas, que levariam o homem a
comportar-se como uma máquina, as contribuições de • Organização funcional.
Taylor e Fayol foram de essencial importância para o de- Baseada no tipo de trabalho a ser feito. Na subdivisão
senvolvimento posterior da administração, servindo de do trabalho.
base para várias áreas, tais como a engenharia industrial, Status de função. Fonte de conflito. (mesma linha hie-
gestão de processos, qualidade, modelos de gestão e rárquica, importância do trabalho)
aperfeiçoamento das funções gerenciais.
• Organização do estado-maior.
ORGANIZAÇÃO FORMAL Fundamentada na especialização.
Posição de aconselhamento – não possuem autorida-
Hierarquia oficial como ela se apresenta no papel. Pi- de na organização.
ramidal. Podem ser integradas na organização em linha.

Status FRAQUEZAS NA TEORIA DA ORGANIZAÇÃO FOR-


•Diferença entre operários e pessoal do escritório. MAL
•Status medido pela opulência do escritório. Cada um
em sua posição. • Problemas de coordenação - deficiências na comu-
•Pessoas do mesmo departamento, juntas. nicação devido ao fator tempo, espaço e as divisões na-
turais da estrutura .
Autoridade e Poder: • Tempo - pouco contato entre turnos e pessoas, pro-
• de cima para baixo blemas são deixados para o outro turno, vagas trocas de
informações.
Ordens para baixo e informações para cima. • Espaço - unidades podem estar amplamente separa-
As informações sempre são relativas à produção e das, quanto maior a separação maior dificuldade de coor-
nunca em relação aos problemas humanos e ressenti- denação. Distância espacial tende a levar distância social.
mentos. • Divisões da estrutura - funções diferentes, vários de-
Informações relativas a assuntos pessoais circulam partamentos na mesma linha horizontal – difícil o mem-
em forma de cochichos. (não oficiais) bros de um nível apreciar o trabalho de outro nível.
Comitês – tratar assuntos emocionais, pessoais e téc- A organização formal não pode ser eliminada; é ine-
nicos. Limitam-se a tratar de assuntos e queixas triviais e vitável e essencial, pois nenhuma organização pode ser
formais. compreendida sem o conhecimento da organização for-
Ressentimentos se manifestam: greves, sabotagens, mal, é quase impossível também compreendê-la apenas
absenteísmo, etc. nessa base.

2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Vantagem da grande empresa - resolver os problemas • Mantém o poder e o prestígio das funções principais
humanos - solução de problemas, esquemas de participa- • Cria eficiência através dos princípios da especiali-
ção, benéficos, etc, dando segurança aos trabalhadores. zação.
Desvantagem – sua natureza impessoal, dificuldade • Centraliza a perícia da organização.
de comunicação. • Permite maior rigor no controle das funções pela
A estrutura de uma firma e sua organização influen- alta administração.
ciam o comportamento dos indivíduos e grupos. Assim • Segurança na execução de tarefas e relacionamento
como os atos individuais só podem ser compreendidos de colegas.
em relação ao grupo e o comportamento de grupo só • Aconselhada para empresas que tenham poucas li-
pode ser compreendido num contexto de um grupo nhas de produtos.
maior ao qual pertencem.
Para se estudar pequenos grupos faz-se necessário o Desvantagens: Existem também muitas desvantagens
conhecimento das estruturas maiores. O grupo sofre in- na abordagem funcional.
fluências de fatores vindos de fora do mesmo. • Entre elas podemos dizer:
• A responsabilidade pelo desempenho total está so-
DEPARTAMENTALIZAÇÃO mente na cúpula.
• Cada gerente fiscaliza apenas uma função estreita.
É uma divisão do trabalho por especialização dentro • O treinamento de gerentes para assumir a posição
da estrutura organizacional da empresa. no topo é limitado.
Ou Departamentalização é o agrupamento, de acordo • A coordenação entre as funções se torna complexa
com um critério específico de homogeneidade, das ativi- e mais difícil quanto à organização em tamanho e ampli-
dades e correspondente recursos (humanos, financeiros, tude.
materiais e equipamentos) em unidades organizacionais. • Muita especialização do trabalho.
Existem diversas maneiras básicas pelas quais as or-
ganizações decidem sobre a configuração organizacional DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE PRODUTO
que será usada para agrupar as várias atividades. O pro-
cesso organizacional de determinar como as atividades É feito de acordo com as atividades inerentes a cada
devem ser agrupadas chama-se Departamentalização. um dos produtos ou serviços da empresa.
Exemplos de Departamentalização de produto:
Formas de Departamentalizar: 1- Lojas de departamentos
1- Função 2- A Ford Motor Company tem as suas divisões Ford,
2- Produto ou serviço Mercury e Lincoln Continental.
3- Território 3- Um hospital pode estar agrupado por serviços
4- Cliente prestados, como cirurgia, obstetrícia, assistência corona-
5- Processo riana.
6- Projeto Vantagens: Algumas das vantagens da Departamen-
7- Matricial talização de produtos são:
8- Mista • Pode-se dirigir atenção para linhas especificas de
produtos ou serviços.
Deve-se notar, no entanto, que a maioria das organi- • A coordenação de funções ao nível da divisão de
zações usam uma abordagem da contingência à Departa- produto torna-se melhor.
mentalização: isto é, a maioria usará mais de uma destas • Pode-se atribuir melhor a responsabilidade quanto
abordagens usadas em algumas das maiores organiza- ao lucro.
ções. A maioria usa a abordagem funcional na cúpula e • Facilita a coordenação de resultados.
outras nos níveis mais baixos. • Propicia a alocação de capital especializado para
cada grupo de produto.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR FUNÇÕES • Propicia condições favoráveis para a inovação e cria-
tividade.
A Departamentalização funcional agrupa funções co-
muns ou atividades semelhantes para formar uma unidade
organizacional. Assim todos os indivíduos que executam Desvantagens:
funções semelhantes ficam reunidos, todo o pessoal de • Exige mais pessoal e recursos de material, podendo
vendas, todo o pessoal de contabilidade, todo o pessoal daí resultar duplicação desnecessária de recursos e equi-
de secretaria, todas as enfermeiras, e assim por diante. pamento.
A Departamentalização funcional pode ocorrer em • Pode propiciar o aumento dos custos pelas duplici-
qualquer nível e é normalmente encontrada muito pró- dades de atividade nos vários grupos de produtos.
ximo à cúpula. • Pode criar uma situação em que os gerentes de pro-
Vantagens: As vantagens principais da abordagem dutos se tornam muito poderosos, o que pode desestabi-
funcional são: lizar a estrutura da empresa.

3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

DEPARTAMENTALIZAÇÃO TERRITORIAL Desvantagens:


• Possibilidade de perda da visão global do andamen-
Algumas vezes mencionadas como regional, de área to do processo.
ou geográfica. É o agrupamento de atividades de acordo • Flexibilidade restrita para ajustes no processo.
com os lugares onde estão localizadas as operações. Uma
empresa de grande porte pode agrupar suas atividades DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROJETO
de vendas em áreas do Brasil como a região Nordeste, re-
gião Sudeste, e região Sul. Muitas vezes as filiais de ban- Aqui as pessoas recebem atribuições temporárias,
cos são estabelecidas desta maneira. uma vez que o projeto tem data de inicio e término. Ter-
As vantagens e desvantagens da Departamentaliza- minado o projeto as pessoas são deslocadas para outras
ção territorial são semelhantes às dadas para a Departa- atividades.
mentalização de produto. Tal grupamento permite a uma Por exemplo: uma firma contábil poderia designar um
divisão focalizar as necessidades singulares de sua área, sócio (como administrador de projeto), um contador sê-
mas exige coordenação e controle da administração de nior, e três contadores juniores para uma auditoria que
cúpula em cada região. está sendo feita para um cliente.
Uma empresa manufatureira, um especialista em pro-
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTE dução, um engenheiro mecânico e um químico poderiam
ser indicados para, sob a chefia de um administrador de
A Departamentalização de cliente consiste em agru- projeto, completar o projeto de controle de poluição.
par as atividades de tal modo que elas focalizem um de- Em cada um destes casos, o administrador de projeto
terminado uso do produto ou serviço. A Departamentali- seria designado para chefiar a equipe, com plena autori-
zação de cliente é usada principalmente no grupamento dade sobre seus membros para a atividade específica do
de atividade de vendas ou serviços. projeto.
As lojas de departamentos, por exemplo, podem ter
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE MATRIZ
uma seção para o grupo dos catorze aos vinte anos, uma
seção para gestantes ou uma seção de roupas masculinas
A Departamentalização de matriz é semelhante à de
sociais, sem mencionar os departamentos para bebês e
projeto, com uma exceção principal. No caso da Departa-
crianças. Em cada caso, o esforço de vendas pode concen-
mentalização de matriz, o administrador de projeto não
trar-se nos atributos e necessidades especificas do cliente.
tem autoridade de linha sobre os membros da equipe. Em
A principal vantagem da Departamentalização de
lugar disso, a organização do administrador de projeto é
cliente é a adaptabilidade uma determinada clientela.
sobreposta aos vários departamentos funcionais, dando a
As desvantagens são:
impressão de uma matriz.
• Dificuldade de coordenação. A organização de matriz proporciona uma hierarquia
• Subutilização de recursos e concorrência entre os que responde rapidamente às mudanças em tecnologia.
gerentes para concessões especiais em benefício de seus Por isso, é tipicamente encontrada em organização de
próprios clientes. orientação técnica, como a Boeing, General Dynamics,
NASA e GE onde os cientistas, engenheiros, ou especia-
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROCESSO OU listas técnicos trabalham em projetos ou programas sofis-
EQUIPAMENTO ticados. Também é usada por empresas com projetos de
construção complexos.
É o agrupamento de atividades que se centralizam Vantagens: Permitem comunicação aberta e coorde-
nos processos de produção ou equipamento. É encontra- nação de atividades entre os especialistas funcionais rele-
da com mais frequência em produção. As atividades de vantes. Capacita a organização a responder rapidamente
uma fábrica podem ser grupadas em perfuração, esmeri- à mudança. São abordagens orientadas para a tecnologia.
lamento, soldagem, montagem e acabamento, cada qual Desvantagens: Pode haver choques resultantes das
em seu departamento. prioridades.
Você perceberá uma modificação deste agrupamento
organizacional quando comprar um hamburguer em um A MELHOR FORMA DE DEPARTAMENTALIZAR
restaurante de serviço rápido. Note que algumas pessoas Para evitar problemas na hora de decidir como depar-
estão assando a carne, outras estão fritando as batatas, e tamentalizar, pode-se seguir certos princípios:
outras preparando a bebida. Usualmente há um anotador • Princípio do maior uso – o departamento que faz
de pedidos que também recebe o pagamento e compõe maior uso de uma atividade deve tê-la sob sua jurisdição.
o pedido. • Principio do maior interesse – o departamento que
Vantagens: tem maior interesse pela atividade deve supervisioná-la.
• Maior especialização de recursos alocados. • Principio da separação e do controle – As atividades
• Possibilidade de comunicação mais rápida de infor- do controle devem estar separadas das atividades con-
mações técnicas. troladas.

4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

• Principio da supressão da concorrência – Eliminar a soalidade, o formalismo, a hierarquia funcional, a ideia de


concorrência entre departamentos, agrupando atividades carreira pública e a profissionalização do servidor, con-
correlatas no mesmo departamento. substanciando a ideia de poder racional legal.
Os controles administrativos funcionam previamente,
Outro critério básico para departamentalização está para evitar a corrupção. Existe uma desconfiança prévia
baseado na diferenciação e na integração, os princípios dos administradores públicos e dos cidadãos que procu-
são: ram o Estado com seus pleitos. São sempre necessários,
• Diferenciação, cujo princípio estabelece que as ativi- por esta razão, controles rígidos em todos os processos,
dades diferentes devem ficar em departamentos separa- como na admissão de pessoal, nas contratações do Poder
dos. A diferenciação ocorre quando: Público e no atendimento às necessidades da população.
• O fator humano é diferente, A administração burocrática, embora possua o gran-
• A tecnologia e a natureza das atividades são dife- de mérito de ser efetiva no controle dos abusos, corre
rentes, o risco de transformar o controle a ela inerente em um
• Os ambientes externos são diferentes, verdadeiro fim do Estado, e não um simples meio para
• Os objetivos e as estratégias são diferentes. atingir seus objetivos. Com isso, a máquina administrativa
volta se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão
A integração – Quanto mais atividades trabalham in- básica, que é servir à sociedade. O seu grande proble-
tegradas, maior razão para ficarem no mesmo departa- ma, portanto, é a possibilidade de se tornar ineficiente,
mento. auto referente e incapaz de atender adequadamente os
Fatores de integração são: anseios dos cidadãos.
• Necessidade de coordenação.
A administração pública gerencial apresenta se como
DEPARTAMENTALIZAÇÃO MISTA solução para estes problemas da burocracia. Prioriza se
a eficiência da Administração, o aumento da qualidade
É o tipo mais frequente, cada parte da empresa deve dos serviços e a redução dos custos. Busca se desenvolver
uma cultura gerencial nas organizações, com ênfase nos
ter a estrutura que mais se adapte à sua realidade orga-
resultados, e aumentar a governança do Estado, isto é, a
nizacional.
sua capacidade de gerenciar com efetividade e eficiência.
O cidadão passa a ser visto com outros olhos, tornando se
peça essencial para o correto desempenho da atividade
PRINCÍPIOS E SISTEMAS DE pública, por ser considerado seu principal beneficiário, o
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL; cliente dos serviços prestados pelo Estado.
A administração gerencial constitui um avanço, mas
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
sem romper em definitivo com a administração burocráti-
DO SERVIÇO PÚBLICO NO BRASIL. ca, pois não nega todos os seus métodos e princípios. Na
verdade, o gerencialismo apoia se na burocracia, conser-
vando seus preceitos básicos, como a admissão de pes-
soal segundo critérios rígidos, a meritocracia na carreira
EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO pública, as avaliações de desempenho, o aperfeiçoamen-
BRASIL to profissional e um sistema de remuneração estruturado.
A evolução da administração pública em nosso país A diferença reside na maneira como é feito o controle,
passou por três modelos diferentes: a administração pa- que passa a concentrar se nos resultados, não mais nos
trimonialista, a administração burocrática e a administra- processos em si, procurando se, ainda, garantir a auto-
ção gerencial. nomia do servidor para atingir tais resultados, que serão
Essas modalidades surgiram sucessivamente ao longo verificados posteriormente.
do tempo, não significando, porém, que alguma delas te-
nha sido definitivamente abandonada. Aceita se também uma maior participação da socieda-
Na administração pública patrimonialista, própria dos de civil na prestação de serviços que não sejam exclusivos
Estados absolutistas europeus do século XVIII, o aparelho de Estado. São as chamadas entidades paraestatais, que
do Estado é a extensão do próprio poder do governante compõem o terceiro setor, composto por entidades da
e os seus funcionários são considerados como membros sociedade civil de fins públicos e não lucrativos, como as
da nobreza. O patrimônio do Estado confunde se com organizações sociais e as organizações da sociedade civil
o patrimônio do soberano e os cargos são tidos como de interesse público (OSCIPs). Este setor passa a coexistir
prebendas (ocupações rendosas e de pouco trabalho). A com o primeiro setor, que é o Estado, e com o segundo
corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de ad- setor, que é o mercado.
ministração. Na administração gerencial, a noção de interesse pú-
A administração pública burocrática surge para com- blico é diferente da que existe no modelo burocrático.
bater a corrupção e o nepotismo do modelo anterior. São A burocracia vê o interesse público como o interesse do
princípios inerentes a este tipo de administração a impes- próprio Estado. A administração pública gerencial nega

5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

essa visão, identificando este interesse com o dos cida- Por padrão culto do idioma deve‑se entender a lín-
dãos, passando os integrantes da sociedade a serem vis- gua referendada pelos bons gramáticos e pelo uso nas
tos como clientes dos serviços públicos. situações formais de comunicação. Devem‑se excluir da
Atualmente, o modelo gerencial na Administração Pú- Redagão Oficial a erudição minuciosa e os preciosismos
blica vem cada vez mais se consolidando, com a mudança vocabulares que criam entraves inúteis à compreensão
de estruturas organizacionais, o estabelecimento de me- do significado. Não faz sentido usar “perfunctório” em lu-
tas a alcançar, a redução da máquina estatal, a descentra- gar de “superficial” ou “doesto” em vez de “acusação” ou
lização dos serviços públicos, a criação das agências regu- “calúnia”. São descabidos também as citações em língua
ladoras para zelar pela adequada prestação dos serviços estrangeira e os latinismos, tão ao gosto da linguagem
etc. O novo modelo propõe se a promover o aumento forense. Os manuais de Redação Oficial, que vários órgãos
da qualidade e da eficiência dos serviços oferecidos pelo têm feito publicar, são unânimes em desaconselhar a uti-
Poder Público aos seus clientes: os cidadãos. lização de certas formas sacramentais, protocolares e de
anacronismos que ainda se leem em documentos oficiais,
www.editoraferreira.com.br 2 Luciano Oliveira como: “No dia 20 de maio, do ano de 2011 do nascimento
de Nosso Senhor Jesus Cristo”, que permanecem nos re-
gistros cartorários antigos.
Não cabem também, nos textos oficiais, coloquialis-
REDAÇÃO
mos, neologismos, regionalismos, bordões da fala e da
linguagem oral, bem como as abreviações e imagens síg-
nicas comuns na comunicação eletrônica.
Diferentemente dos textos escolares, epistolares, jor-
Conceito
nalísticos ou artísticos, a Redação Oficial não visa ao efeito
estético nem à originalidade. Ao contrário, impõe unifor-
Entende‑se por Redação Oficial o conjunto de normas
e práticas que devem reger a emissão dos atos normati- midade, sobriedade, clareza, objetividade, no sentido de
vos e comunicações do poder público, entre seus diversos se obter a maior compreensão possível com o mínimo de
organismos ou nas relações dos órgãos públicos com as recursos expressivos necessários. Portarias lavradas sob
entidades e os cidadãos. forma poética, sentenças e despachos escritos em versos
A Redação Oficial inscreve‑se na confluência de dois rimados pertencem ao “folclore” jurídico‑administrativo e
universos distintos: a forma rege‑se pelas ciências da lin- são práticas inaceitáveis nos textos oficiais. São também
guagem (morfologia, sintaxe, semântica, estilística etc.); o inaceitáveis nos textos oficiais os vícios de linguagem,
conteúdo submete‑se aos princípios jurídico‑administra- provocados por descuido ou ignorância, que constituem
tivos impostos à União, aos Estados e aos Municípios, nas desvios das normas da língua‑padrão. Enumeram‑se, a
esferas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. seguir, alguns desses vícios:
Pertencente ao campo da linguagem escrita, a Reda-
ção Oficial deve ter as qualidades e características exigi- - Barbarismos: São desvios:
das do texto escrito destinado à comunicação impessoal, - da ortografia: “ advinhar” em vez de adivinhar; “ex-
objetiva, clara, correta e eficaz. cessão” em vez de exceção.
Por ser “oficial”, expressão verbal dos atos do poder - da pronúncia: “rúbrica” em vez de rubrica.
público, essa modalidade de redação ou de texto subor- - da morfologia: “interviu” em vez de interveio.
dina‑se aos princípios constitucionais e administrativos - da semântica: desapercebido (sem recursos) em vez
aplicáveis a todos os atos da administração pública, con- de despercebido (não percebido, sem ser notado).
forme estabelece o artigo 37 da Constituição Federal: - pela utilização de estrangeirismos: galicismo (do
“A administração pública direta e indireta de qualquer francês): “mise‑en‑scène” em vez de encenação; anglicis-
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos mo (do inglês): “delivery” em vez de entrega em domicílio.
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impes‑
soalidade, moralidade, publicidade e eficiência ( ... )”. - Arcaísmos: Utilização de palavras ou expressões
anacrônicas, fora de uso. Ex.: “asinha” em vez de ligeira,
A forma e o conteúdo da Redação Oficial devem con- depressa.
vergir na produção dos textos dessa natureza, razão pela
qual, muitas vezes, não há como separar uma do outro.
Indicam‑se, a seguir, alguns pressupostos de como de- - Neologismos: Palavras novas que, apesar de for-
vem ser redigidos os textos oficiais. madas de acordo com o sistema morfológico da língua,
ainda não foram incorporadas pelo idioma. Ex.: “imexível”
Padrão culto do idioma em vez de imóvel, que não se pode mexer; “talqualmente”
em vez de igualmente.
A redação oficial deve observar o padrão culto do
idioma quanto ao léxico (seleção vocabular), à sintaxe (es- - Solecismos: São os erros de sintaxe e podem ser:
trutura gramatical das orações) e à morfologia (ortografia, - de concordância: “sobrou” muitas vagas em vez de
acentuação gráfica etc.). sobraram.

6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

- de regência: os comerciantes visam apenas “o lucro” Por isso, a Redação Oficial não admite adjetivação. O
em vez de ao lucro. adjetivo, ao qualificar, exprime opinião e evidencia um juí-
- de colocação: “não tratava‑se” de um problema sé- zo de valor pessoal do emissor. São inaceitáveis também
rio em vez de não se tratava. a pontuação expressiva, que amplia a significação (! ... ),
ou o emprego de interjeições (Oh! Ah!), que funcionam
- Ambiguidade: Duplo sentido não intencional. Ex.: O como índices do envolvimento emocional do redator com
desconhecido falou‑me de sua mãe. (Mãe de quem? Do aquilo que está escrevendo.
desconhecido? Do interlocutor?)
Se nos trabalhos artísticos, jornalísticos e escolares
- Cacófato: Som desagradável, resultante da junção o estilo individual é estimulado e serve como diferencial
de duas ou mais palavras da cadeia da frase. Ex.: Darei das qualidades autorais, a função pública impõe a des-
um prêmio por cada eleitor que votar em mim (por cada personalização do sujeito, do agente público que emite a
e porcada). comunicação. São inadmissíveis, portanto, as marcas indi-
vidualizadoras, as ousadias estilísticas, a linguagem meta-
- Pleonasmo: Informação desnecessariamente re- fórica ou a elíptica e alusiva. A Redação Oficial prima pela
dundante. Exemplos: As pessoas pobres, que não têm denotação, pela sintaxe clara e pela economia vocabular,
dinheiro, vivem na miséria; Os moralistas, que se preocu- ainda que essa regularidade imponha certa “monotonia
pam com a moral, vivem vigiando as outras pessoas. burocrática” ao discurso.

A Redação Oficial supõe, como receptor, um operador Reafirma‑se que a intermediação entre o emissor e
linguístico dotado de um repertório vocabular e de uma o receptor nas Redações Oficiais é o código linguístico,
articulação verbal minimamente compatíveis com o regis- dentro do padrão culto do idioma; uma linguagem “neu-
tro médio da linguagem. Nesse sentido, deve ser um texto tra”, referendada pelas gramáticas, dicionários e pelo uso
neutro, sem facilitações que intentem suprir as deficiên- em situações formais, acima das diferenças individuais,
cias cognitivas de leitores precariamente alfabetizados. regionais, de classes sociais e de níveis de escolaridade.
Como exceção, citam‑se as campanhas e comunica-
dos destinados a públicos específicos, que fazem uma Formalidade e Padronização
aproximação com o registro linguístico do público‑alvo.
Mas esse é um campo que refoge aos objetivos deste ma- As comunicações oficiais impõem um tratamento po-
terial, para se inserir nos domínios e técnicas da propa- lido e respeitoso. Na tradição ibero‑americana, afeita a
ganda e da persuasão. títulos e a tratamentos reverentes, a autoridade pública
Se o texto oficial não pode e não deve baixar ao ní- revela sua posição hierárquica por meio de formas e de
vel de compreensão de leitores precariamente equipados pronomes de tratamento sacramentais. “Excelentíssimo”,
quanto à linguagem, fica evidente o falo de que a alfabe- “Ilustríssimo”, “Meritíssimo”, “Reverendíssimo” são voca-
tização e a capacidade de apreensão de enunciados são tivos que, em algumas instâncias do poder, tornaram‑se
condições inerentes à cidadania. Ninguém é verdadeira- inevitáveis. Entenda­-se que essa solenidade tem por con-
mente cidadão se não consegue ler e compreender o que sideração o cargo, a função pública, e não a pessoa de
leu. O domínio do idioma é equipamento indispensável à seu exercente.
vida em sociedade. Vale lembrar que os pronomes de tratamento são
obrigatoriamente regidos pela terceira pessoa. São erros
Impessoalidade e Objetividade muito comuns construções como “Vossa Excelência sois
bondoso(a)”; o correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)”.
Ainda que possam ser subscritos por um ente público A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com
(funcionário, servidor etc.), os textos oficiais são expres- que os textos oficiais procuravam revestir‑se de um tom
são do poder público e é em nome dele que o emissor solene e cerimonioso no passado, é hoje incomum, ana-
se comunica, sempre nos termos da lei e sobre atos nela crônica e pedante, salvo em algumas peças oratórias en-
fundamentados. volvendo tribunais ou juizes, herdeiras, no Brasil, da tradi-
Não cabe na Redação Oficial, portanto, a presença ção retórica de Rui Barbosa e seus seguidores.
do “eu” enunciador, de suas impressões subjetivas, sen- Outro aspecto das formalidades requeridas na Reda-
timentos ou opiniões. Mesmo quando o agente público ção Oficial é a necessidade prática de padronização dos
manifesta‑se em primeira pessoa, em formas verbais co- expedientes. Assim, as prescrições quanto à diagramação,
muns como: declaro, resolvo, determino, nomeio, exone- espaçamento, caracteres tipográficos etc., os modelos
ro etc., é nos termos da lei que ele o faz e é em função do inevitáveis de ofício, requerimento, memorando, aviso e
cargo que exerce que se identifica e se manifesta. outros, além de facilitar a legibilidade, servem para agili-
O que interessa é aquilo que se comunica, é o conteú- zar o andamento burocrático, os despachos e o arquiva-
do, o objeto da informação. A impessoalidade contribui mento.
para a necessária padronização, reduzindo a variabilidade É também por essa razão que quase todos os órgãos
da linguagem a certos padrões, sem o que cada texto se- públicos editam manuais com os modelos dos expedien-
ria suscetível de inúmeras interpretações. tes que integram sua rotina burocrática. A Presidência da

7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

República, a Câmara dos Deputados, o Senado, os Tribu- Pronomes de Tratamento


nais Superiores, enfim, os poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário têm os próprios ritos na elaboração dos textos A regra diz que toda comunicação oficial deve ser
e documentos que lhes são pertinentes. formal e polida, isto é, ajustada não apenas às normas
gramaticais, como também às normas de educação e cor-
Concisão e Clareza tesia. Para isso, é fundamental o emprego de pronomes
de tratamento, que devem ser utilizados de forma correta,
Houve um tempo em que escrever bem era escrever de acordo com o destinatário e as regras gramaticais.
“difícil”. Períodos longos, subordinações sucessivas, vo- Embora os pronomes de tratamento se refiram à se-
cábulos raros, inversões sintáticas, adjetivação intensiva, gunda pessoa (Vossa Excelência, Vossa Senhoria), a con-
enumerações, gradações, repetições enfáticas já foram cordância é feita em terceira pessoa.
considerados virtudes estilísticas. Atualmente, a velocida-
de que se impõe a tudo o que se faz, inclusive ao escrever Concordância verbal:
e ao ler, tornou esses recursos quase sempre obsoletos. Vossa Senhoria falou muito bem.
Hoje, a concisão, a economia vocabular, a precisão lexical, Vossa Excelência vai esclarecer o tema.
ou seja, a eficácia do discurso, são pressupostos não só Vossa Majestade sabe que respeitamos sua opinião.
da Redação Oficial, mas da própria literatura. Basta ob-
servar o estilo “enxuto” de Graciliano Ramos, de Carios Concordância pronominal:
Drummond de Andrade, de João Cabral de Melo Neto, Pronomes de tratamento concordam com pronomes
de Dalton Trevisan, mestres da linguagem altamente con- possessivos na terceira pessoa.
centrada. Vossa Excelência escolheu seu candidato. (e não “vos-
Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e so...”).
“exórdios” que se repetiam como ladainhas nos textos ofi- Concordância nominal:
ciais, como o exemplo risível e caricato que segue: Os adjetivos devem concordar com o sexo da pessoa
a que se refere o pronome de tratamento.
Vossa Excelência ficou confuso. (para homem)
“Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável
Vossa Excelência ficou confusa. (para mulher)
se faz que nos valhamos do ensejo para congratularmo‑nos
Vossa Senhoria está ocupado. (para homem)
com Vossa Excelência pela oportunidade da medida pro‑
Vossa Senhoria está ocupada. (para mulher)
posta à apreciação de seus nobres pares. Mas, quem sou
eu, humilde servidor público, para abordar questões de
Sua Excelência - de quem se fala (ele/ela).
tamanha complexidade, a respeito das quais divergem os
Vossa Excelência - com quem se fala (você)
hermeneutas e exegetas.
Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das
Emprego dos Pronomes de Tratamento
causas primeiras, que fundamentaram a proposição tem‑
pestivamente encaminhada por Vossa Excelência, indispen‑ As normas a seguir fazem parte do Manual de Reda‑
sável se faz uma abordagem preliminar dos antecedentes ção da Presidência da República.
imediatos, posto que estes antecedentes necessariamente
antecedem os consequentes”. Vossa Excelência: É o tratamento empregado para as
seguintes autoridades:
Observe que absolutamente nada foi dito ou infor-
mado. - Do Poder Executivo - Presidente da República; Vice
-presidenIe da República; Ministros de Estado; Governa-
As Comunicações Oficiais dores e vice‑governadores de Estado e do Distrito Fede-
ral; Oficiais generais das Forças Armadas; Embaixadores;
A redação das comunicações oficiais obedece a pre- Secretários‑executivos de Ministérios e demais ocupantes
ceitos de objetividade, concisão, clareza, impessoalidade, de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos
formalidade, padronização e correção gramatical. Governos Estaduais; Prefeitos Municipais.
Além dessas, há outras características comuns à co-
municação oficial, como o emprego de pronomes de - Do Poder Legislativo - Deputados Federais e Se-
tratamento, o tipo de fecho (encerramento) de uma cor- nadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; De-
respondência e a forma de identificação do signatário, putados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais
conforme define o Manual de Redação da Presidência da de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas
República. Outros órgãos e instituições do poder públi- Municipais.
co também possuem manual de redação próprio, como
a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, o Ministério - Do Poder Judiciário - Ministros dos Tribunais Supe-
das Relações Exteriores, diversos governos estaduais, ór- riores; Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justiça
gãos do Judiciário etc. Militar.

8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Vocativos bem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares.


É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. O
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi- Manual também esclarece que “doutor não é forma de
das aos chefes de poder é Excelentíssimo Senhor, seguido tratamento, e sim título acadêmico”. Por isso, recomen-
do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da da-se empregá-lo apenas em comunicações dirigidas a
República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congres- pessoas que tenham concluído curso de doutorado. No
so Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supre- entanto, ressalva-se que “é costume designar por doutor
mo Tribunal Federal. os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em
Medicina”.
As demais autoridades devem ser tratadas com o vo-
cativo Senhor ou Senhora, seguido do respectivo cargo:
Vossa Magnificência: É o pronome de tratamento diri-
Senhor Senador / Senhora Senadora; Senhor Juiz/ Senho-
ra Juiza; Senhor Ministro / Senhora Ministra; Senhor Go- gido a reitores de universidade. Corresponde‑lhe o voca-
vernador / Senhora Governadora. tivo: Magnífico Reitor.
Vossa Santidade: É o pronome de tratamento empre-
Endereçamento gado em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo cor-
respondente é: Santíssimo Padre.
De acordo com o Manual de Redação da Presidência,
no envelope, o endereçamento das comunicações dirigi- Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima:
das às autoridades tratadas por Vossa Excelência, deve ter São os pronomes empregados em comunicações dirigi-
a seguinte forma: das a cardeais. Os vocativos correspondentes são: Emi-
nentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reveren-
A Sua Excelência o Senhor díssimo Senhor Cardeal.
Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça Nas comunicações oficiais para as demais autoridades
70064‑900 ‑ Brasília. DF eclesiásticas são usados: Vossa Excelência Reverendíssima
(para arcebispos e bispos); Vossa Reverendíssima ou Vossa
A Sua Excelência o Senhor Senhoria Reverendíssima (para monsenhores, cônegos e
Senador Fulano de Tal
superiores religiosos); Vossa Reverência (para sacerdotes,
Senado Federal
clérigos e demais religiosos).
70165‑900 ‑ Brasília. DF
Fechos para Comunicações
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal De acordo com o Manual da Presidência, o fecho das
Juiz de Direito da l0ª Vara Cível comunicações oficiais “possui, além da finalidade óbvia
Rua ABC, nº 123 de arrematar o texto, a de saudar o destinatário”, ou seja,
01010‑000 ‑ São Paulo. SP o fecho é a maneira de quem expede a comunicação des-
pedir‑se de seu destinatário.
Conforme o Manual de Redação da Presidência, “em Até 1991, quando foi publicada a primeira edição do
comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento atual Manual de Redação da Presidência da República, ha-
digníssimo (DD) às autoridades na lista anterior. A digni- via 15 padrões de fechos para comunicações oficiais. O
dade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo Manual simplificou a lista e reduziu­-os a apenas dois para
público, sendo desnecessária sua repetida evocação”. todas as modalidades de comunicação oficial. São eles:
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclu-
Vossa Senhoria: É o pronome de tratamento empre- sive o presidente da República.
gado para as demais autoridades e para particulares. O Atenciosamente: para autoridades de mesma hierar-
vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal / Senhora Fu-
quia ou de hierarquia inferior.
lana de Tal.
“Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações diri-
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor gidas a autoridades estrangeiras, que atenderem a rito e
Fulano de Tal tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual
Rua ABC, nº 123 de Redação do Ministério das Relações Exteriores”, diz o
70123-000 – Curitiba.PR Manual de Redação da Presidência da República.
A utilização dos fechos “Respeitosamente” e “Aten-
Conforme o Manual de Redação da Presidência, em ciosamente” é recomendada para os mesmos casos pelo
comunicações oficiais “fica dispensado o emprego do Manual de Redação da Câmara dos Deputados e por ou-
superlativo Ilustríssimo para as autoridades que rece- tros manuais oficiais. Já os fechos para as cartas particu-

9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

lares ou informais ficam a critério do remetente, com pre- - Texto. Nos casos em que não for de mero encami-
ferência para a expressão “Cordialmente”, para encerrar a nhamento de documentos, o expediente deve conter a
correspondência de forma polida e sucinta. seguinte estrutura:

Identificação do Signatário Introdução: que se confunde com o parágrafo de


abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a
Conforme o Manual de Redação da Presidência do Re‑ comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”,
pública, com exceção das comunicações assinadas pelo “Tenho o prazer de”, “Cumpre‑me informar que”,empre-
presidente da República, em todas as comunicações ofi- gue a forma direta;
ciais devem constar o nome e o cargo da autoridade que
as expede, abaixo de sua assinatura. A forma da identifi-
Desenvolvimento: no qual o assunto é detalhado; se
cação deve ser a seguinte:
o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas
devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere
(espaço para assinatura)
Nome maior clareza à exposição;
Chefe da Secretaria‑Geral da Presidência da República
Conclusão: em que é reafirmada ou simplesmente
(espaço para assinatura) reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.
Nome
Ministro de Estado da Justiça Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto
nos casos em que estes estejam organizados em itens ou
“Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a títulos e subtítulos.
assinatura em página isolada do expediente. Transfira
para essa página ao menos a última frase anterior ao fe- Quando se tratar de mero encaminhamento de docu-
cho”, alerta o Manual. mentos, a estrutura deve ser a seguinte:

Padrões e Modelos Introdução: deve iniciar com referência ao expedien-


te que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do do-
O Padrão Ofício cumento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a in-
formação do motivo da comunicação, que é encaminhar,
O Manual de Redação da Presidência da República
indicando a seguir os dados completos do documento
lista três tipos de expediente que, embora tenham fina-
encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto
lidades diferentes, possuem formas semelhantes: Ofício,
Aviso e Memorando. A diagramação proposta para es- de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminha-
ses expedientes é denominada padrão ofício. do, segundo a seguinte fórmula:
O Ofício, o Aviso e o Memorando devem conter as
seguintes partes: “Em resposta ao Aviso nº 112, de 10 de fevereiro de
2011, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de
- Tipo e número do expediente, seguido da sigla do abril de 2010, do Departamento Geral de Administração,
órgão que o expede. Exemplos: que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”

Of. 123/2002-MME ou
Aviso 123/2002-SG
Mem. 123/2002-MF “Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa
cópia do telegrama nº 112, de 11 de fevereiro de 2011,
- Local e data. Devem vir por extenso com alinha- do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a
mento à direita. Exemplo: respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas
na região Nordeste.”
Brasília, 20 de maio de 2011
Desenvolvimento: se o autor da comunicação dese-
- Assunto. Resumo do teor do documento. Exemplos:
jar fazer algum comentário a respeito do documento que
encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvol-
Assunto: Produtividade do órgão em 2010.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computa‑ vimento; em caso contrário, não há parágrafos de desen-
dores. volvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento.

- Destinatário. O nome e o cargo da pessoa a quem - Fecho.


é dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser in- - Assinatura.
cluído também o endereço. - Identificação do Signatário

10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Forma de Diagramação Aviso e Ofício (Comunicação Externa)

Os documentos do padrão ofício devem obedecer à São modalidades de comunicação oficial praticamen-
seguinte forma de apresentação: te idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é
- deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para
de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício
notas de rodapé; é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos
- para símbolos não existentes na fonte Times New órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do
Roman, poder‑se‑ão utilizar as fontes symbol e Wíngdings; ofício, também com particulares.
Quanto a sua forma, Aviso e Ofício seguem o modelo
- é obrigatório constar a partir da segunda página o do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca
número da página;
o destinatário, seguido de vírgula. Exemplos:
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as
Senhora Ministra,
margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas
nas páginas pares (“margem espelho”); Senhor Chefe de Gabinete,

- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício
de distância da margem esquerda; as seguintes informações do remetente:
- nome do órgão ou setor;
- o campo destinado à margem lateral esquerda terá, - endereço postal;
no mínimo 3,0 cm de largura; - telefone e endereço de correio eletrônico.
Obs: Modelo no final da matéria.
- o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm; Memorando ou Comunicação Interna

- deve ser utilizado espaçamento simples entre as li- O Memorando é a modalidade de comunicação entre
nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor unidades administrativas de um mesmo órgão, que po-
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha dem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível
em branco; diferente. Trata‑se, portanto, de uma forma de comunica-
ção eminentemente interna.
- não deve haver abuso no uso de negrito, itálico,
sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, rele- Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser
vo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes
afete a elegância e a sobriedade do documento; etc. a serem adotados por determinado setor do serviço
público.
- a impressão dos textos deve ser feita na cor preta
em papel branco. A impressão colorida deve ser usada Sua característica principal é a agilidade. A tramitação
apenas para gráficos e ilustrações;
do memorando em qualquer órgão deve pautar-­se pela
rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocrá-
- todos os tipos de documento do padrão ofício de-
ticos. Para evitar desnecessário aumento do número de
vem ser impressos em papel de tamanho A‑4, ou seja,
comunicações, os despachos ao memorando devem ser
29,7 x 21,0 cm;
dados no próprio documento e, no caso de falta de espa-
- deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de ço, em folha de continuação. Esse procedimento permite
arquivo Rich Text nos documentos de texto; formar uma espécie de processo simplificado, asseguran-
do maior transparência a tomada de decisões, e permi-
- dentro do possível, todos os documentos elabora- tindo que se historie o andamento da matéria tratada no
dos devem ter o arquivo de texto preservado para con- memorando.
sulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos
análogos; Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo
do padrão ofício, com a diferença de que seu destinatário
- para facilitar a localização, os nomes dos arquivos deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos:
devem ser formados da seguinte maneira: tipo do do-
cumento + número do documento + palavras‑chave do Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
conteúdo. Exemplo: Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos.

“Of. 123 ‑ relatório produtividade ano 2010” Obs: Modelo no final da matéria.

11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exposição de Motivos - se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;


- se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
É o expediente dirigido ao presidente da República ou - outras possibilidades de resolução do problema.
ao vice-presidente para: - Custos. Mencionar:
- informá-lo de determinado assunto; - se a despesa decorrente da medida está prevista na
- propor alguma medida; ou lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para
- submeter a sua consideração projeto de ato nor- custeá‑la;
mativo. - se a despesa decorrente da medida está prevista na
lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi- custeá‑la;
dente da República por um Ministro de Estado. Nos casos - valor a ser despendido em moeda corrente;
em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, - Razões que justificam a urgência (a ser preenchi-
a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os do somente se o ato proposto for medida provisória ou
Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de projeto de lei que deva tramitar em regime de urgência).
interministerial. Mencionar:
Formalmente a exposição de motivos tem a apresen- - se o problema configura calamidade pública;
tação do padrão ofício. De acordo com sua finalidade, - por que é indispensável a vigência imediata;
apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para - se se trata de problema cuja causa ou agravamento
aquela que tenha caráter exclusivamente informativo e não tenham sido previstos;
outra para a que proponha alguma medida ou submeta - se se trata de desenvolvimento extraordinário de si-
projeto de ato normativo. tuação já prevista.
No primeiro caso, o da exposição de motivos que - Impacto sobre o meio ambiente (somente que o ato
simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do ou medida proposta possa vir a tê-lo)
Presidente da República, sua estrutura segue o modelo - Alterações propostas. Texto atual, Texto proposto;
antes referido para o padrão ofício. - Síntese do parecer do órgão jurídico.
Já a exposição de motivos que submeta à conside-
ração do Presidente da República a sugestão de alguma Com base em avaliação do ato normativo ou da medi-
medida a ser adotada ou a que lhe apresente projeto de da proposa à luz das questões levantadas no ítem 10.4.3.
ato normativo, embora sigam também a estrutura do pa- A falta ou insuficiência das informações prestadas
drão ofício, além de outros comentários julgados perti- pode acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Ju-
nentes por seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar: rídicos da Casa Civil, a devolução do projeto de ato nor-
mativo para que se complete o exame ou se reformule a
- na introdução: o problema que está a reclamar a proposta.
adoção da medida ou do ato normativo proposto; O preenchimento obrigatório do anexo para as expo-
sições de motivos que proponham a adoção de alguma
- no desenvolvimento: o porquê de ser aquela me- medida ou a edição de ato normativo tem como finali-
dida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar o dade:
problema, e eventuais alternativas existentes para equa- - permitir a adequada reflexão sobre o problema que
cioná‑lo; se busca resolver;
- ensejar mais profunda avaliação das diversas causas
- na conclusão, novamente, qual medida deve ser do problema e dos defeitos que pode ter a adoção da
tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para so- medida ou a edição do ato, em consonância com as ques-
lucionar o problema. tões que devem ser analisadas na elaboração de proposi-
ções normativas no âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.)
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à - conferir perfeita transparência aos atos propostos.
exposição de motivos, devidamente preenchido, de acor-
do com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decre- Dessa forma, ao atender às questões que devem ser
to nº 4.1760, de 28 de março de 2010. analisadas na elaboração de atos normativos no âmbito
Anexo à exposição de motivos do (indicar nome do do Poder Executivo, o texto da exposição de motivos e
Ministério ou órgão equivalente) nº ______, de ____ de seu anexo complementam-se e formam um todo coeso:
______________ de 201_. no anexo, encontramos uma avaliação profunda e direta
de toda a situação que está a reclamar a adoção de certa
- Síntese do problema ou da situação que reclama providência ou a edição de um ato normativo; o problema
providências; a ser enfrentado e suas causas; a solução que se propõe,
- Soluções e providências contidas no ato normativo seus efeitos e seus custos; e as alternativas existentes. O
ou na medida proposta; texto da exposição de motivos fica, assim, reservado à de-
- Alternativas existentes às medidas propostas. Men- monstração da necessidade da providência proposta: por
cionar: que deve ser adotada e como resolverá o problema.

12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Nos casos em que o ato proposto for questão de minhamento dirigem‑se aos membros do Congresso Na-
pessoal (nomeação, promoção, ascenção, transferência, cional, e os respectivos avisos são endereçados ao Primei-
readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, ro Secretário do Senado Federal. A razão é que o art. 166
recondução, remoção, exoneração, demissão, dispensa, da Constituição impõe a deliberação congressual sobre
disponibilidade, aposentadoria), não é necessário o en- as leis financeiras em sessão conjunta, mais precisamente,
caminhamento do formulário de anexo à exposição de “na forma do regimento comum”. E à frente da Mesa do
motivos. Ressalte-se que: Congresso Nacional está o Presidente do Senado Federal
- a síntese do parecer do órgão de assessoramen- (Constituição, art. 57, § 5º), que comanda as sessões con-
to jurídico não dispensa o encaminhamento do parecer juntas.
completo; As mensagens aqui tratadas coroam o processo de-
- o tamanho dos campos do anexo à exposição de senvolvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange
motivos pode ser alterado de acordo com a maior ou me- minucioso exame técnico, jurídico e econômico‑financei-
nor extensão dos comentários a serem alí incluídos. ro das matérias objeto das proposições por elas encami-
nhadas.
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha pre-
sente que a atenção aos requisitos básicos da Redação Tais exames materializam‑se em pareceres dos diver-
Oficial (clareza, concisão, impessoalidade, formalidade, sos órgãos interessados no assunto das proposições, en-
padronização e uso do padrão culto de linguagem) deve tre eles o da Advocacia Geral da União. Mas, na origem
ser redobrada. A exposição de motivos é a principal mo- das propostas, as análises necessárias constam da exposi-
dalidade de comunicação dirigida ao Presidente da Repú- ção de motivos do órgão onde se geraram, exposição que
blica pelos Ministros. Além disso, pode, em certos casos, acompanhará, por cópia, a mensagem de encaminhamen-
ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Po- to ao Congresso.
der Judiciário ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da
- Encaminhamento de medida provisória: Para dar
União, no todo ou em parte.
cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o
Presidente da República encaminha mensagem ao Con-
Mensagem
gresso, dirigida a seus membros, com aviso para o Pri-
meiro Secretário do Senado Federal, juntando cópia da
É o instrumento de comunicação oficial entre os Che-
medida provisória, autenticada pela Coordenação de Do-
fes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens en-
cumentação da Presidência da República.
viadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo
para informar sobre fato da Administração Pública; expor
- Indicação de autoridades: As mensagens que sub-
o plano de governo por ocasião da abertura de sessão
metem ao Senado Federal a indicação de pessoas para
legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribu-
dependem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; nais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e diretores
enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto do Banco Central, Procurador‑Geral da República, Chefes
seja de interesse dos poderes públicos e da Nação. de Missão Diplomática etc.) têm em vista que a Constitui-
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos ção, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa do
Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias Congresso Nacional competência privativa para aprovar
caberá a redação final. a indicação. O currículum vitae do indicado, devidamente
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao assinado, acompanha a mensagem.
Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:
- Pedido de autorização para o presidente ou o vi-
- Encaminhamento de projeto de lei ordinária, ce‑presidente da República se ausentarem do País por
complementar ou financeira: Os projetos de lei ordi- mais de 15 dias: Trata‑se de exigência constitucional
nária ou complementar são enviados em regime normal (Constituição, art. 49, III, e 83), e a autorização é da com-
(Constituição, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. petência privativa do Congresso Nacional.
64, §§ 1º a 4º). Cabe lembrar que o projeto pode ser enca- O presidente da República, tradicionalmente, por cor-
minhado sob o regime normal e mais tarde ser objeto de tesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias,
nova mensagem, com solicitação de urgência. faz uma comunicação a cada Casa do Congresso, envian-
Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Mem- do‑lhes mensagens idênticas.
bros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com avi-
so do Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao - Encaminhamento de atos de concessão e renova-
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que ção de concessão de emissoras de rádio e TV: A obri-
tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput). gação de submeter tais atos à apreciagão do Congresso
Quanto aos projetos de lei financeira (que compreen- Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição.
dem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamen- Somente produzirão efeitos legais a outorga ou renova-
tos anuais e créditos adicionais), as mensagens de enca- ção da concessão após deliberação do Congresso Nacio-

13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

nal (Constituição, art. 223, § 3º). Descabe pedir na mensa- - pedido de autorização para exonerar o Procura-
gem a urgência prevista no art. 64 da Constituição, por- dor‑Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2º);
quanto o § 1º do art. 223 já define o prazo da tramitação. - pedido de autorização para declarar guerra e decre-
Além do ato de outorga ou renovação, acompanha tar mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
a mensagem o correspondente processo administrativo. - pedido de autorização ou referendo para celebrara
paz (Constituição, art. 84, XX);
- Encaminhamento das contas referentes ao exer- - justificativa para decretação do estado de defesa ou
cício anterior: O Presidente da República tem o prazo de de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4º);
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa para - pedido de autorização para decretar o estado de
enviar ao Congresso Nacional as contas referentes ao sítio (Constituição, art. 137);
exercício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exa- - relato das medidas praticadas na vigência do esta-
me e parecer da Comissão Mista permanente (Constitui- do de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo
ção, art. 166, § 1º), sob pena de a Câmara dos Deputados único);
realizar a tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em - proposta de modificação de projetas de leis finan-
procedimento disciplinado no art. 215 do seu Regimento ceiras (Constituição, art. 166, § 5º);
Interno. - pedido de autorização para utilizar recursos que fi-
carem sem despesas correspondentes, em decorrência de
- Mensagem de abertura da sessão legislativa: Ela veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
deve conter o plano de governo, exposição sobre a si- anual (Constituição, art. 166, § 8º);
tuação do País e solicitação de providências que julgar - pedido de autorização para alienar ou conceder ter-
necessárias (Constituição, art. 84, XI). ras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição,
O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da art. 188, § 1º); etc.
Presidência da República. Esta mensagem difere das de- As mensagens contêm:
mais porque vai encadernada e é distribuída a todos os - a indicação do tipo de expediente e de seu número,
congressistas em forma de livro. horizontalmente, no início da margem esquerda:
Mensagem nº
- Comunicação de sanção (com restituição de au-
tógrafos): Esta mensagem é dirigida aos membros do - vocativo, de acordo com o pronome de tratamento
Congresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primei- e o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da
ro ­Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. margem esquerda:
Nela se informa o número que tomou a lei e se restituem
dois exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
o Presidente da República terá aposto o despacho de san-
ção. - o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
- o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do
- Comunicação de veto: Dirigida ao Presidente do texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com
Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem a margem direita. A mensagem, como os demais atos as-
informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais sinados pelo Presidente da República, não traz identifica-
as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai ção de seu signatário.
publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao con-
trário das demais mensagens, cuja publicação se restringe Obs: Modelo no final da matéria.
à notícia do seu envio ao Poder Legislativo.
Telegrama
- Outras mensagens: Também são remetidas ao Le-
gislativo com regular frequência mensagens com: Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar
- encaminhamento de atos internacionais que acarre- os procedimentos burocráticos, passa a receber o título
tam encargos ou compromissos gravosos (Constituição, de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio
art. 49, I); de telegrafia, telex etc. Por se tratar de forma de comuni-
- pedido de estabelecimento de alíquolas aplicáveis cação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamen-
às operações e prestações interestaduais e de exportação te superada, deve restringir‑se o uso do telegrama apenas
(Constituição, art. 155, § 2º, IV); àquelas situações que não seja possível o uso de correio
- proposta de fixação de limites globais para o mon- eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização
tante da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI); e, também em razão de seu custo elevado, esta forma de
- pedido de autorização para operações financeiras comunicação deve pautar‑se pela concisão.
externas (Constituição, art. 52, V); e outros. Não há padrão rígido, devendo‑se seguir a forma e
a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos
Entre as mensagens menos comuns estão as de: Correios e em seu sítio na Internet.
- convocação extraordinária do Congresso Nacional
(Constituição, art. 57, § 6º); Obs: Modelo no final da matéria.

14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Fax Não deve receber numeração, sendo que, em caso de


documento arquivado, a apostila deve ser feita abaixo dos
O fax (forma abreviada já consagrada de fac‑símile) é textos ou no verso do documento.
uma forma de comunicação que está sendo menos usada Em caso de publicação do ato administrativo originá-
devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para rio, a apostila deve ser publicada com a menção expressa
a transmissão de mensagens urgentes e para o envio an- do ato, número, dia, página e no mesmo meio de comuni-
tecipado de documentos, de cujo conhecimento há pre- caçao oficial no qual o ato administrativo foi originalmen-
mência, quando não há condições de envio do documen- te publicado, a fim de que se preserve a data de validade.
to por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele
segue posteriormente pela via e na forma de praxe. Obs: Modelo no final da matéria.
Se necessário o arquivamento, deve‑se fazê‑lo com
cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em ATA
certos modelos, se deteriora rapidamente.
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e
É o instrumento utilizado para o registro expositivo
a estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio,
dos fatos e deliberações ocorridos em uma reunião, ses-
juntamente com o documento principal, de folha de ros-
são ou assembleia. Estrutura:
to, isto é, de pequeno formulário com os dados de identi-
ficação da mensagem a ser enviada. - Título ‑ ATA. Em se tratando de atas elaboradas se-
quencialmente, indicar o respectivo número da reunião
Correio Eletrônico ou sessão, em caixa‑alta.
- Texto, incluindo: Preâmbulo ‑ registro da situação
O correio eletrônico (“e‑mail”), por seu baixo custo e espacial e temporal e participantes; Registro dos assuntos
celeridade, transformou‑se na principal forma de comuni- abordados e de suas decisões, com indicação das perso-
cação para transmissão de documentos. nalidades envolvidas, se for o caso; Fecho ‑ termo de en-
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrô- cerramento com indicação, se necessário, do redator, do
nico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma horário de encerramento, de convocação de nova reunião
rígida para sua estrutura. Entretanto, deve‑se evitar o uso etc.
de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. A ATA será assinada e/ou rubricada portodos os pre-
O campo assunto do formulário de correio eletrôni- sentes à reunião ou apenas pelo presidente e relator, de-
co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a pendendo das exigências regimentais do órgão.
organização documental tanto do destinatário quanto do A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, de-
remetente. ve‑se, em caso de erro, utilizar o termo “digo”, seguido da
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser uti- informação correta a ser registrada. No caso de omissão
lizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensa- de informações ou de erros constatados após a redação,
gem que encaminha algum arquivo deve trazer informa- usa‑se a expressão “Em tempo” ao final da ATA, com o
ções mínimas sobre seu conteúdo. registro das informações corretas.
Sempre que disponível, deve‑se utilizar recurso de
confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve Obs: Modelo no final da matéria.
constar da mensagem pedido de confirmação de rece-
bimento. Carta
Nos termos da legislação em vigor, para que a men-
sagem de correio eletrônico tenha valor documental, isto
É a forma de correspondência emitida por particular,
é, para que possa ser aceita como documento original, é
ou autoridade com objetivo particular, não se confundin-
necessário existir certificação digital que ateste a identida-
do com o memorando (correspondência interna) ou o ofí-
de do remetente, na forma estabelecida em lei.
cio (correspondência externa), nos quais a autoridade que
Apostila assina expressa uma opinião ou dá uma informação não
sua, mas, sim, do órgão pelo qual responde. Em grande
É o aditamento que se faz a um documento com o parte dos casos da correspondência enviada por depu-
objetivo de retificação, atualização, esclarecimento ou fi- tados, deve‑se usar a carta, não o memorando ou ofício,
xar vantagens, evitando‑se assim a expedição de um novo por estar o parlamentar emitindo parecer, opinião ou in-
título ou documento. Estrutura: formação de sua responsabilidade, e não especificamente
- Título: APOSTILA, centralizado. da Câmara dos Deputados. O parlamentar deverá assinar
- Texto: exposição sucinta da retificação, esclareci- memorando ou ofício apenas como titular de função ofi-
mento, atualização ou fixação da vantagem, com a men- cial específica (presidente de comissão ou membro da
ção, se for o caso, onde o documento foi publicado. Mesa, por exemplo). Estrutura:
- Local e data. - Local e data.
- Assinatura: nome e função ou cargo da autoridade - Endereçamento, com forma de tratamento, destina-
que constatou a necessidade de efetuar a apostila. tário, cargo e endereço.

15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

- Vocativo. - Título: ORDEM DE SERVIÇO, numeração e data.


- Texto. - Preâmbulo e fundamentação: denominação da au-
- Fecho. toridade que expede o ato (em maiúsculas) e citação da
- Assinatura: nome e, quando necessário, função ou legislação pertinente ou por força das prerrogativas do
cargo. cargo, seguida da palavra “resolve”.
Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá nu- - Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser
merá‑las. Nesse caso, a numeração poderá apoiar­-se no dividido em itens, incisos, alíneas etc.
padrão básico de diagramação. - Assinatura: nome da autoridade competente e indi-
O fecho da carta segue, em geral, o padrão da corres- cação da função.
pondência oficial, mas outros fechos podem ser usados,
a exemplo de “Cordialmente”, quando se deseja indicar A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém
relação de proximidade ou igualdade de posição entre os possui caráter mais específico e detalhista. Objetiva, es-
correspondentes. sencialmente, a otimização e a racionalização de serviços.

Obs: Modelo no final da matéria. Obs: Modelo no final da matéria.

Declaração Parecer

É o documento em que se informa, sob responsabili- É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal
dade, algo sobre pessoa ou acontecimento. Estrutura: ou de órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido
- Título: DECLARAÇÃO, centralizado. submetido para análise e competente pronunciamento.
- Texto: exposição do fato ou situação declarada, com Visa fornecer subsídios para tomada de decisão. Estrutura:
- Número de ordem (quando necessário).
finalidade, nome do interessado em destaque (em maiús-
- Número do processo de origem.
culas) e sua relação com a Câmara nos casos mais formais.
- Ementa (resumo do assunto).
- Local e data.
- Texto, compreendendo: Histórico ou relatório (intro-
- Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso
dução); Parecer (desenvolvimento com razões e justifica-
de autoridade, função ou cargo.
tivas); Fecho opinativo (conclusão).
A declaração documenta uma informação prestada
- Local e data.
por autoridade ou particular. No caso de autoridade, a
- Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.
comprovação do fato ou o conhecimento da situação de-
clarada deve serem razão do cargo que ocupa ou da fun- Além do Parecer Administrativo, acima conceituado,
ção que exerce. existe o Parecer Legislativo, que é uma proposição, e,
Declarações que possuam características específicas como tal, definido no art. 126 do Regimento Interno da
podem receber uma qualificação, a exemplo da “declara- Câmara dos Deputados.
ção funcional”. O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em
Obs: Modelo no final da matéria. tantos itens (e estes intitulados) quantos bastem ao pare-
cerista para o fim de melhor organizar o assunto, impri-
Despacho mindo‑lhe clareza e didatismo.
É o pronunciamento de autoridade administrativa em Obs: Modelo no final da matéria.
petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento
do processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de ex- Portaria
pediente. Estrutura:
É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabe-
- Nome do órgão principal e secundário. lece regras, baixa instruções para aplicação de leis ou tra-
- Número do processo. ta da organização e do funcionamento de serviços dentro
- Data. de sua esfera de competência. Estrutura:
- Texto. - Título: PORTARIA, numeração e data.
- Assinatura e função ou cargo da autoridade. - Ementa: síntese do assunto.
- Preâmbulo e fundamentação: denominação da au-
O despacho pode constituir‑se de uma palavra, de toridade que expede o ato e citação da legislação perti-
uma expressão ou de um texto mais longo. nente, seguida da palavra “resolve”.
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser
Obs: Modelo no final da matéria. dividido em artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens.
- Assinatura: nome da autoridade competente e indi-
Ordem de Serviço cação do cargo.
É o instrumento que encerra orientações detalhadas Certas portarias contêm considerandos, com as ra-
e/ou pontuais para a execução de serviços por órgãos su- zões que justificam o ato. Neste caso, a palavra “resolve”
bordinados da Administração. Estrutura: vem depois deles.

16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

A ementa justifica‑se em portarias de natureza nor- - Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do re-
mativa. querente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva qua-
Em portarias de matéria rotineira, como nos casos lificação: nacionalidade, estado civil, profissão, documen-
de nomeação e exoneração, por exemplo, suprime­-se a to de identidade, idade (se maior de 60 anos, para fins
ementa. de preferência na tramitação do processo, segundo a Lei
10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor
Obs: Modelo no final da matéria. da Câmara dos Deputados, precedendo à qualificação ci-
vil deve ser colocado o número do registro funcional e a
Relatório lotação); Exposição do pedido, de preferência indicando
os fundamentos legais do requerimento e os elementos
É o relato exposilivo, detalhado ou não, do funciona- probatórios de natureza fática.
mento de uma instituição, do exercício de atividades ou - Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”.
acerca do desenvolvimento de serviços específicos num - Local e data.
determinado período. Estrutura: - Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.
- Título ‑ RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE... Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação,
- Texto ‑ registro em tópicos das principais atividades reivindicação ou manifestação, o documento utilizado
desenvolvidas, podendo ser indicados os resultados par- será um abaixo‑assinado, com estrutura semelhante à do
ciais e totais, com destaque, se for o caso, para os aspec- requerimento, devendo haver identificação das assinatu-
tos positivos e negativos do período abrangido. O cro- ras.
nograma de trabalho a ser desenvolvido, os quadros, os A Constituição Federal assegura a todos, independen-
dados estatísticos e as tabelas poderão ser apresentados temente do pagamento de taxas, o direito de petição aos
como anexos. Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegali-
- Local e data. dade ou abuso de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que
- Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s) o exercício desse direito se instrumentaliza por meio de
relator(es).
requerimento. No que concerne especificamente aos ser-
No caso de Relatório de Viagem, aconselha‑se regis-
vidores públicos, a lei que institui o Regime único estabe-
trar uma descrição sucinta da participação do servidor no
lece que o requerimento deve ser dirigido à autoridade
evento (seminário, curso, missão oficial e outras), indi-
competente para decidi‑lo e encaminhado por intermé-
cando o período e o trecho compreendido. Sempre que
dio daquela a que estiver imediatamente subordinado o
possível, o Relatório de Viagem deverá ser elaborado com
requerente (Lei nº 8.112/90, art. 105).
vistas ao aproveitamento efetivo das informações trata-
Obs: Modelo no final da matéria.
das no evento para os trabalhos legislativos e administra-
tivos da Casa.
Quanto à elaboração de Relatório de Atividades, de- Protocolo
ve‑se atentar para os seguintes procedimentos:
- abster‑se de transcrever a competência formal das O registro de protocolo (ou simplesmente “o proto-
unidades administrativas já descritas nas normas internas; colo“) é o livro (ou, mais atualmente, o suporte informá-
- relatar apenas as principais atividades do órgão; tico) em que são transcritos progressivamente os docu-
- evitar o detalhamento excessivo das tarefas execu- mentos e os atos em entrada e em saída de um sujeito
tadas pelas unidades administrativas que lhe são subor- ou entidade (público ou privado). Este registro, se obede-
dinadas; cerem a normas legais, têm fé pública, ou seja, tem valor
- priorizar a apresentação de dados agregados, gran- probatório em casos de controvérsia jurídica.
des metas realizadas e problemas abrangentes que foram O termo protocolo tem um significado bastante am-
solucionados; plo, identificando-se diretamente com o próprio proce-
- destacar propostas que não puderam ser concreti- dimento. Por extensão de sentido, “protocolo” significa
zadas, identificando as causas e indicando as prioridades também um trâmite a ser seguido para alcançar determi-
para os próximos anos; nado objetivo (“seguir o protocolo”).
- gerar um relatório final consolidado, limitado, se A gestão do protocolo é normalmente confiada a uma
possível, ao máximo de dez páginas para o conjunto da repartição determinada, que recebe o material documen-
Diretoria, Departamento ou unidade equivalente. tário do sujeito que o produz em saída e em entrada e os
anota num registro (atualmente em programas informáti-
Obs: Modelo no final da matéria. cos), atruibuindo-lhes um número e também uma posição
Requerimento (Petição) de arquivo de acordo com suas características.
O registro tem quatro elementos necessários e obri-
É o instrumento por meio do qual o interessado re- gatórios:
quer a uma autoridade administrativa um direito do qual - Número progressivo.
se julga detentor. Estrutura: - Data de recebimento ou de saída.
- Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), - Remetente ou destinatário.
ou seja, da autoridade competente. - Regesto, ou seja, breve resumo do conteúdo da cor-
respondência

17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exemplo de Ofício

(Ministério)
(Secretaria/Departamento/Setor/Entidade)
(Endereço para correspondência)
(Endereço – continuação)
(Telefone e Endereço de Correio Eletrônico)

Ofício nº 524/1991/SG-PR

Brasília, 20 de maio de 2011

A Sua Excelência o Senhor


Deputado (Nome)
Câmara dos Deputados
70160-900 – Brasília – DF
3 cm 297 mm
1,5 cm
Assunto: Demarcação de terras indígenas

Senhor Deputado,

1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, de


24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em
sua carta nº 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas
pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído
pelo Decreto nº 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que –
na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração
as características sócio-econômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto
no art. 231, § 1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos
etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último
aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual
competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão
encaminhas as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade
civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio
serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e
das entidades civis acima mencionadas.
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido
assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os
limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos
necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária
transparência e agilidade.

Atenciosamente,

(Nome)
(cargo)

210 mm

18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exemplo de Aviso

Aviso nº 45/SCT-PR

Brasília, 27 de fevereiro de 2011

A Sua Excelência o Senhor


(Nome e cargo)
297 mm

3 cm
1,5 cm
Assunto: Seminário sobre o uso de energia no setor público

Senhor Ministro,

Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro


Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser
realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de
Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas, nesta
capital.
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das
Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgãos Públicos, instituído
pelo Decreto nº 99.656, de 26 de outubro de 1990.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)
(cargo do signatário)

210 mm

19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exemplo de Memorando

Mem. 118/DJ

Em 12 de abril de 2011

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

297 mm
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
1,5 cm

1. Nos termos do Plano Geral de Informatização, solicito a Vossa


Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores
neste Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal
seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA.
Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos
e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo
da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já
manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste
Departa-mento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e,
sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)

210 mm

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exemplo de Memorando

Mem. 118/DJ

Em 12 de abril de 2011

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

297 mm
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
1,5 cm

1. Nos termos do Plano Geral de Informatização, solicito a Vossa


Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores
neste Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal
seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA.
Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos
e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo
da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já
manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste
Departa-mento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e,
sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)

210 mm

21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exemplo de Mensagem

5 cm

Mensagem nº 118

4 cm

297 mm

Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

2 cm 1,5 cm

3 cm
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das mensagens SM nºs
106 a 110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos
nºs 93 a 97, de 1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.

Brasília, 28 de março de 2011

210 mm

22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exemplo de Telegrama

[órgão Expedidorl
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]

Destinatário: _________________________________________________________
Nº do fax de destino: _________________________________ Data: ___/___/_____
Remetente: __________________________________________________________
Tel. p/ contato: ____________________Fax/correio eletrônico: ________________
Nº de páginas: esta + ______Nº do documento: _____________________________
Observações: _________________________________________________________
_____________________________________________________________________


Exemplo de Apostila

APOSTILA

A Diretora da Coordenação de Secretariado Parlamentar do Departamento de Pessoal


declara que o servidor José da Silva, nomeado pela Portaria CDCC-RQ001/2004, publicada no
Suplemento ao Boletim Administrativo de 30 de março de 2004, teve sua situação funcional
alterada, de Secretário Parlamentar Requisitado, ponto n. 123, para Secretário Parlamentar sem
vínculo efetivo com o serviço público, ponto n. 105.123, a partir de 11 de abril de 2004, em face de
decisão contida no Processo n. 25.001/2004.

Brasília, em 26/5/2011

Maria da Silva
Diretora

Exemplo de ATA
CAMARA DOS DEPUTADOS
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Coordenação de Publicações

ATA

As 10h15min, do dia 24 de maio de 2011, na Sala de Reunião do Cedi, a Sra. Maria da


Silva, Diretora da Coordenação, deu início aos trabalhos com a leitura da ala da reunião anterior, que
foi aprovada, sem alterações. Em prosseguimento, apresentou a pauta da reunião, com a inclusão
do item “Projetos Concluídos”, sendo aprovada sem o acréscimo de novos itens. Tomou a palavra
o Sr. José da Silva, Chefe da Seção de Marketing, que apresentou um breve relato das atividades
desenvolvidas no trimestre, incluindo o lançamento dos novos produtos. Em seguida, o Sr. Mário dos
Santos, Chefe da Tipografia, ressaltou que nos últimos meses os trabalhos enviados para publicação
estavam de acordo com as normas estabelecidas, parabenizando a todos pelos resultados alcançados.
Com relação aos projeXos concluídos, a Diretora esclareceu que todos mantiveram-se dentro do
cronograma de trabalho preestabelecido e que serao encaminhados à gráfica na próxima semana.
Às 11h45min a Diretora encerrou os trabalhos, antes convocando reunião para o dia 2 de junho,
quarta-feira, às 10 horas, no mesmo local. Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, e eu,
Ana de Souza, lavrei a presente ata que vai assinada por mim e pela Diretora.

Diretora

Secretária

23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exemplo de Despacho

CÂMARA DOS DEPUTADOS


PRIMEIRASECRETARIA

Processo n . .........
Em .... / .... /200 ...

Ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, por força do disposto no inciso I do art. 70
do Regimento do Cefor, c/c o art. 95, da Lei n. 8.112/90, com parecer favorável desta Secretaria, nos termos
das informações e manifestações dos órgãos técnicos da Casa.

Deputado José da Silva


PrimeiroSecretário

Exemplo de Ordem de Serviço

CÂMARA DOS DEPUTADOS


CONSULTORIA TÉCNICA

ORDEM DE SERVIÇO N. 3, DE 6/6/2010

O DIRETOR DA CONSULTORIA TÉCNICA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso de suas


atribuições, resolve:
1. As salas 3 e 4 da Consultoria Técnica ficam destinadas a reuniões de trabalho com deputados,
consultores e servidores dos setores de apoio da Consultoria Técnica.
2. As reuniões de trabalho serão agendadas previamente pela Diretoria da Coordenação de
Serviços Gerais.
................................................................................................................................
6. Havendo mais de uma solicitação de uso para o mesmo horário, será adotada a seguinte
ordem de preferência:
1 reuniões de trabalho com a participação de deputados;
11 reuniões de trabalho da diretoria;
111 reuniões de trabalho dos consultores;
IV . ..................................................................................................................................
V . ....................................................................................................................................
7. O cancelamento de reunião deverá ser imediatamente comunicado à Diretoría da
Coordenação de Serviços Gerais.

José da Silva
Diretor

24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exemplo de Parecer

PARECER JURÍDICO

De: Departamento Jurídico


Para: Gerente Administrativo

Senhor Gerente,

Com relação à questão sobre a estabilidade provisória por gestação, ou não, da empregada Fulana de
Tal, passamos a analisar o assunto.
O artigo 10, letra “b”, do ADCT, assegura estabilidade à empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto.
Nesta hipótese, existe responsabilidade objetiva do empregador pela manutenção do emprego, ou seja,
basta comprovar a gravidez no curso do contrato para que haja incidência da regra que assegura a estabilidade
provisória no emprego. O fundamento jurídico desta estabilidade é a proteção à maternidade e à infância, ou
seja, proteger a gestante e o nascituro, assegurando a dignidade da pessoa humana.
A confirmação da gravidez, expressão utilizada na Constituição, refere-se à afirmativa médica do estado
gestacional da empregada e não exige que o empregador tenha ciência prévia da situação da gravidez. Neste
sentido tem sido as reiteradas decisões do C. TST, culminando com a edição da Súmula n. 244, que assim
disciplina a questão:
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da
indenização decorrente da estabilidade. (art. 10, II, “b” do ADCT). (ex-OJ nº 88 – DJ 16.04.2004).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de
estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de
estabilidade. (ex-Súmula nº 244 – Res 121/2003, DJ 19.11.2003).
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante
contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui
dispensa arbitrária ou sem justa causa. (ex-OJ nº 196 - Inserida em 08.11.2000).
No caso colocado em análise, percebe-se que não havia confirmação da gestação antes da dispensa. Ao
contrário, diante da suspeita de gravidez, a empresa teve o cuidado de pedir a realização de exame laboratorial,
o que foi feito, não tendo sido confirmada a gravidez. A empresa só dispensou a empregada depois que lhe
foi apresentado o resultado negativo do teste de gravidez. A confirmação do estado gestacional só veio após a
dispensa.
Assim, para solução da questão, importante indagar se gravidez confirmada no curso aviso prévio
indenizado garante ou não a estabilidade.
O TST tem decidido (Súmula 371), que a projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão
de aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso. Este
entendimento exclui a estabilidade provisória da gestante, quando a gravidez ocorre após a rescisão contratual.
A gravidez superveniente à dispensa, durante o aviso prévio indenizado, não assegura a estabilidade.
Contudo, na hipótese dos autos, embora a gravidez tenha sido confirmada no curso do aviso prévio indenizado,
certo é que a empregada já estava grávida antes da dispensa, como atestam os exames trazidos aos autos. A
conclusão da ultrossonografia obstétrica afirma que em 30 de julho de 2009 a idade gestacional ecografica era
de pouco mais de 13 semanais, portanto, na data do afastamento a reclamante já contava com mais de 01 mês
de gravidez.
Em face do exposto, considerando os fundamentos jurídicos do instituto da estabilidade da gestante,
considerando que a responsabilidade do empregador pela manutenção do emprego é objetiva e considerando
que o desconhecimento do estado gravídico não impede o reconhecimento da gravidez, conclui-se que:
a) não existe estabilidade quando a gravidez ocorre na vigência do aviso prévio indenizado;
b) fica assegurada a estabilidade quando, embora confirmada no período do aviso prévio indenizado, a
gravidez ocorre antes da dispensa.
De acordo com tais conclusões, entendemos que a empresa deve proceder a reintegração da empregada
diante da estabilidade provisória decorrente da gestação.
É o parecer.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).


(assinatura)
(nome)
(cargo)

25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Exemplo de Portaría

CÂMARA DOS DEPUTADOS


DIRETORIAGERAL

PORTARIA N. 1, de 13/1/2010

Disciplina a utilização da chancela eletrônica nas requisições


de passagens aéreas e diárias de viagens, autorizadasem
processos administrativos no âmbito da Câmara dos
Deputados e assinadas pelo DiretorGeral.

O DIRETORGERAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o
artigo 147, item XV, da Resolução n. 20, de 30 de novembro de 1971, resolve:
Art. 11 Fica instituído o uso da chancela eletrônica nas requisições de passagens aéreas e
diárias de viagens, autorizadas em processos administrativos pela autoridade competente e assinadas
pelo DiretorGeral, para parlamentar, servidor ou convidado, no âmbito da Câmara dos Deputados.
Art. 21 A chancela eletrônica, de acesso restrito, será válida se autenticada mediante código
de segurança e acompanhada do atesto do Chefe de Gabinete da DiretoriaGeral ou do seu primeiro
substituto.
Art. 31 Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida


DiretorGeral

Modelo de Relatório
CÂMARA DOS DEPUTADOS
ÓRGÃO PRINCIPAL
órgão Secundário

RELATÓRIO

Introdução
Apresentar um breve resumo das temáticas a serem abordadas. Em se tratando de relatório de
viagem, indicar a denominação do evento, local e período compreendido.

Tópico 1
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
........................................................................................................................

Tópico 1.1
Havendo subdivisões, os assuntos subseqüentes serão apresentados hierarquizados à temática
geral.
..................................................................................... ..............

Tópico 2
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
.........................................................................................................................

3. Considerações finais
.........................................................................................................................

Brasília, ................................ de de 201...

Nome
Função ou Cargo

26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Modelo de Requerimento

CÂMARA DOS DEPUTADOS


ÓRGÃO PRINCIPAL
Órgão Secundário

(Vocativo)
(Cargo ou função e nome do destinatário)

.................................... (nome do requerente, em maiúsculas) ..........................


.......................................................... (demais dados de qualificação), requer .................
............................................................................................................................................

Nestes termos,
Pede deferimento.

Brasília, ....... de .................. �������������������������������������������������������������������� de 201.....

Nome
Cargo ou Função

NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA: INFORMAÇÃO,


DOCUMENTAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, ARQUIVAMENTO,
REGISTROS, TRAMITAÇÃO DE DOCUMENTOS, CADASTRO,
TIPOS DE ARQUIVOS, ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE
ARQUIVOS, TÉCNICAS MODERNAS.

A arquivística ou arquivologia é uma ciência que estuda as funções do arquivo, e também os princípios e técnicas a
serem observados durante a atuação de um arquivista sobre os arquivos. É a Ciência e disciplina que objetiva gerenciar
todas as informações que possam ser registradas em documentos de arquivos. Para tanto, utiliza-se de princípios, nor-
mas, técnicas e procedimentos diversos, que são aplicados nos processos de composição, coleta, análise, identificação,
organização, processamento, desenvolvimento, utilização, publicação, fornecimento, circulação, armazenamento e recu-
peração de informações.
O arquivista é um profissional de nível superior, com formação em arquivologia ou experiência reconhecida pelo Es-
tado. Ele pode trabalhar em instituições públicas ou privadas, centros de documentação, arquivos privados ou públicos,
instituições culturais etc. É o responsável pelo gerenciamento da informação, gestão documental, conservação, preser-
vação e disseminação da informação contida nos documentos. Também tem por função a preservação do patrimônio

27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

documental de um pessoa (física ou jurídica), institução e, Princípio da Organicidade: As relações administra-


em última instância, da sociedade como um todo. Ocupa- tivas orgânicas se refletem nos conjuntos documentais.
se, ainda, da recuperação da informação e da elaboração A organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos
de instrumentos de pesquisa, observando as três idades espelham a estrutura, funções e atividades da entidade
dos arquivos: corrente, intermediária e permanente. produtora/acumuladora em suas relações internas e ex-
O arquivista atua desenvolvendo planejamentos, estu- ternas.
dos e técnicas de organização sistemática e conservação
de arquivos, na elaboração de projetos e na implantação Princípio da Unicidade: Não obstante, forma, gêne-
de instituições e sistemas arquivísticos, no gerenciamento ro, tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam
da informação e na programação e organização de ati- seu caráter único, em função do contexto em que foram
vidades culturais que envolvam informação documental produzidos.
produzida pelos arquivos públicos e privados. Uma gran-
de dificuldade é que muitas organizações não se preo- Princípio da Indivisibilidade ou integridade: Os
cupam com seus arquivos, desconhecendo ou desqualifi-
fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão,
cando o trabalho deste profissional, delegando a outros
mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição
profissionais as atividades específicas do arquivista. Isto
indevida.
provoca problemas quanto à qualidade do serviço e de
tudo o que, direta ou indiretamente, depende dela.
Princípio da Cumulatividade: O arquivo é uma for-
Arquivo é um conjunto de documentos criados ou re- mação progressiva, natural e orgânica.
cebidos por uma organização, firma ou indivíduo, que os
mantém ordenadamente como fonte de informação para Clasificação
a execução de suas atividades. Os documentos preserva- A escolha da forma de ordenação depende muito da
dos pelo arquivo podem ser de vários tipos e em vários natureza dos documentos. Vejam os métodos básicos:
suportes. As entidades mantenedoras de arquivos podem Ordenação Alfabética: disposição dos documentos ou
ser públicas (Federal, Estadual Distrital, Municipal), insti- pastas de acordo com a sequência das letras do alfabeto.
tucionais, comerciais e pessoais. Pode ser classificada em enciclopédico e dicionário quan-
Um documento (do latim documentum, derivado de do se trata de assuntos.
docere “ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretu- Ordenação Cronológica: disposição dos documentos
do gráfico, que comprove a existência de um fato, a exati- ou pastas de acordo com a sucessão temporal.
dão ou a verdade de uma afirmação etc. No meio jurídico, Ordenação Geográfica: disposição de acordo com as
documentos são frequentemente sinônimos de atos, car- unidades territoriais (países, estados, municípios, distritos,
tas ou escritos que carregam um valor probatório. bairros e outras).
Ordenação Temática: disposição de acordo com te-
Documento arquivísticos: Informação registrada, in- mas ou assuntos.
dependente da forma ou do suporte, produzida ou re- Ordenação Numérica: disposição de acordo com a se-
cebida no decorrer da atividade de uma instituição ou quência numérica atribuída aos documentos. Depende de
pessoa e que possui conteúdo, contexto e estrutura sufi- um índice auxiliar para busca de dados.
cientes para servir de prova dessa atividade.
Desde o desenvolvimento da Arquivologia como dis- Ex.: Na pasta MANUTENÇÃO PRÉDIO você poderá
ciplina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez arquivar os documentos em ordem cronológica, assim
nada tenha sido tão revolucionário quanto o desenvolvi- sendo teríamos: primeiro o Memorando pedindo o con-
mento da concepção teórica e dos desdobramentos prá-
serto, depois a resposta do ESTEC solicitando a compra
ticos da gestão.
de torneira nova, em seguida a Informação de que já foi
adquirida a torneira, e por último a Informação do ESTEC
PRINCÍPIOS:
que o serviço foi concluído.
Os princípios arquivísticos constituem o marco princi-
pal da diferença entre a arquivística e as outras “ciências” É importante no Arquivo que os documentos de uma
documentárias. São eles: mesma função sejam guardados juntos, para que se per-
ceba como começou a ação e como terminou, formando
Princípio da Proveniência: Fixa a identidade do do- assim os dossiês de fácil compreensão para quem pes-
cumento, relativamente a seu produtor. Por este princípio, quisa.
os arquivos devem ser organizados em obediência à com- Arquivamento: guarde os documentos dentro das
petência e às atividades da instituição ou pessoa legitima- pastas e das caixas já contidas no setor ou monte-as de
mente responsável pela produção, acumulação ou guarda acordo com o plano de classificação.
dos documentos. Arquivos originários de uma instituição Nesse último caso faça as etiquetas indicando o códi-
ou de uma pessoa devem manter a respectiva individuali- go da atividade correspondente. Não se esqueça de ano-
dade, dentro de seu contexto orgânico de produção, não tar no canto superior esquerdo da pasta os códigos da
devendo ser mesclados a outros de origem distinta. Unidade/Órgão/área respectivos.

28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Empréstimo de Documentos: para se controlar me- O sistema de classificação geográfica resulta do fato
lhor os documentos que saem do arquivo e para garantir de haver necessidade de localizar fato ou pessoas num
a integridade do mesmo, é interessante que se adote um espaço geográfico determinado, como por exemplo; as
sistema de controle de empréstimo de documentos. coleções ou séries filatélicas que normalmente são agru-
Você pode criar um formulário de Requisição de Do- padas por localidades, países, regiões e outros critérios
cumentos com os seguintes dados: relacionados com estes. É muito utilizado em museus et-
nográficos e de arte popular.
- a) Identificação do documento.
- b) Classificação ou pasta a qual ele pertence. Classificação Ideológica
- c) O nome do requisitante e o setor.
- d) Assinatura e datas de empréstimo e devolução. A classificação ideológica, também designada como
Lembre-se: “O arquivamento correto e a localização ideográfica, metódica ou analítica baseia-se, fundamen-
imediata dos documentos, depende, em grande parte, da talmente, na divisão de assuntos, ideias, conceitos e
outras divisões, sendo os documentos referentes a um
precisão e cuidado com que são executadas cada uma
mesmo assunto ou objeto de conhecimento, ordenados
dessas operações.”.
segundo um conceito chave ou ideia de agrupamento,
colocando-se a seguir, de forma alfabética.
Classificação Cronológica
Este sistema parte da análise de um assunto e divide
-o em grupos e subgrupos com características cada vez
A classificação cronológica tem por base a possibili- mais particulares e restritas exigindo um certo controlo
dade em agrupar determinado número de documentos e disciplina devido à grande variedade de palavras com
de acordo com as divisões naturais do tempo: anos, me- significados análogo.
ses, semanas, dias e horas. Este sistema, como se pode Para aplicar este sistema é necessário elaborar um
observar, é muito semelhante ao sistema numérico sim- instrumento de trabalho que sirva de orientação para a
ples e utiliza-se, muitas das vezes, em combinação com classificação de assuntos nos arquivos e que se designa
outros sistemas classificativos, sobretudo, o alfabético. normalmente por classificador ou listagem por assuntos.
A localização de um documento classificado crono- O classificador deve ser elaborado respeitando um deter-
logicamente requer um conhecimento perfeito da data minado número de regras, tais como, evitar as abstrações
exata (ano, mês ou dia) sem a qual não será possível lo- (por abrangerem matérias demasiado vastas) e afastar a
calizá-lo. Este tipo de classificação não oferece especiais utilização de palavras com significados análogos, colo-
dificuldades quando se procede a incorporação de novos cando-se na lista uma remissiva para a palavra-chave que
documentos. Quando se pretende localizar e recuperar os está a ser utilizada.
documentos é necessário elaborar fichas remissivas alfa- Para que o nosso trabalho fique completo deve-se
béticas, por exemplo, de assuntos, que possibilitam a in- submeter à listagem a uma cuidadosa avaliação pelos
dicação da data do documento. utentes do arquivo, de forma a poder introduzir os me-
As conservatórias do Registro Civil, por exemplo, são lhoramentos necessário que permitam a recuperação dos
serviços onde a ordenação e pesquisa de documentos é documentos arquivados Este instrumento deve ser perio-
elaborada mediante recurso às datas de nascimento, ca- dicamente revisto e atualizado, e deve refletir a estrutura
samento, morte e de outros assuntos. Este tipo de classi- interna do organismo.
ficação é aplicado em arquivos de documentos de origem As principais vantagens atribuídas a este sistema clas-
contabilística: faturas, pagamentos de contribuições, or- sificativo resultam do fato de se poder ter uma visão glo-
denados e outros assuntos relacionados com esta e em bal dos assuntos que são abordados na documentação,
permitir o agrupamento dos documentos de acordo com
Arquivos Históricos e Etnográficos, uma vez que propor-
o seu conteúdo, ser extensível até ao infinito e de ser al-
ciona a ligação do passado ao presente e nos mostrando-
tamente flexível.
nos a evolução das instituições ao longo da história.
A técnica que se costuma aplicar na divisão dos as-
suntos é a seguinte:
Classificação Geográfica Divisão do assunto em capítulos
Divisão de cada capítulo em famílias
Este sistema utiliza um método idêntico ao cronoló- Divisão de cada família em grupos, representando as-
gico com a diferença de que os documentos são classi- suntos especializados
ficados e agrupados com base nas divisões geográficas/ Divisão eventual de cada grupo em subgrupos, indi-
administrativas do globo: países, regiões, províncias, dis- cando uma divisão particular
tritos, conselhos, cidades, vilas, aldeias, bairros, fregue-
sias, ruas e outros critérios geográficos e de localização. Classificação Decimal
Este sistema é combinado com outros sistemas clas-
sificativos, como por exemplo; o alfabético, o numérico O sistema de classificação decimal pode ser conside-
ou o decimal, com vista a um melhor acondicionamento e rado um critério classificativo resultante da combinação
localização dos documentos e a sua informação. da classificação numérica com a ideológica.

29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Este método classificativo foi idealizado pelo bibliote- Henri Lafontaine e Paul Otlet publicaram, em 1905, a
cário norte-americano Mevil Dewey que a definia, na es- primeira edição do que viria a ser a Classificação Decimal
sência, como uma classificação de assuntos relacionados Universal. Esta primeira edição do Manuel du Repertoire
a um índice relativo. Não só foi criada para a arrumação Bibliografique Universal é um desenvolvimento do esque-
dos livros nas prateleiras mas também para indicações ma base utilizado por Dewey que distribui a totalidade
nos catálogos, recortes notas, manuscritos e de um modo do conhecimento em dez grandes classes, que por sua
geral, todo material literário de qualquer espécie. Foi apli- vez, são divididas em dez subclasses que se dividem em
cado pela primeira vez a partir de 1851, na biblioteca de dez grupos. Cada conceito é traduzido por uma notação
Amhrest College de Massachussets, nos Estado Unidos da numérica ou alfanumérica por exemplo, ao conceito geral
América e com bons resultados. de educação corresponde a notação numérica 37.
A classificação decimal consiste, essencialmente, na A CDU baseia-se em três princípios fundamentais os
divisão dos assuntos ou matérias em 10 grupos de pri- quais são:
meira ordem ou categoria (0 a 9) que por sua vez se po- Classificação: por ser uma classificação no sentido
dem subdividir em grupos de segunda ordem e assim su- restrito da palavra agrupa ideias nos seus aspectos con-
cessivamente. Assim, por exemplo, ao grupo de primeira cordantes.
categoria ou principal é atribuída a seguinte numeração: Universalidade: inclui cada um dos ramos do conhe-
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 cimento humano, encarando-os sob os vários aspectos.
Sendo as divisões de segunda categoria e derivadas do Decimalidade: a totalidade do conhecimento humano
grupo 5 as seguintes: é dividida em dez classes, cada uma das quais, por sua
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 vez, se subdivide de novo decimalmente, pela adição de
Ainda se pode subdividir o grupo de segunda categoria cifras decimais.
o nº 55 noutro de terceira categoria: Este sistema é mais utilizado em bibliotecas e serviços
550 551 552 553 554 555 556 557 558 559 de documentação para a elaboração de ficheiros por as-
Com este sistema pretendia-se abranger a totalidade suntos ou matérias e posterior catalogação e arrumação
dos assuntos ou matérias que iriam ser objeto de classi- do material bibliográfico. Em Portugal, o uso deste siste-
ficação, baseando-se no principio de que a formação dos ma de classificação é generalizado, tanto nas Bibliotecas
números decimais é ilimitada e entre dois números deci- Universitárias, como nas Bibliotecas Públicas e Escolares.
mais, consecutivos da mesma ordem, podem intercalar-se A CDU tem vindo a ser continuamente ampliada e
outros dez da ordem imediatamente inferior. modificada para fazer face ao surgimento de novos con-
Exemplo: ceitos e conhecimentos do saber humano, principalmen-
51. Expediente e arquivo te, na área da ciência e tecnologia.
510. Expediente e arquivo em geral A CDU é composta por:
511. Arquivo Uma tabela principal de matérias, que enumera hie-
512. Seleção documental rarquicamente o conhecimento, nas referidas 10 classes.
513. Reprografia As divisões principais são:
514. Entrada e saída de correspondência
5140. Entrada de correspondência 0 Generalidades
5141. Saída de correspondência 1 Filosofia. Psicologia
515. Serviços auxiliares 2 Religião. Teologia
5150. Serviços auxiliares em geral 3 Ciências Sociais
5151. Transportes pelas cantinas 4 Classe atualmente não usada
516. Telefone 5 Ciências Exatas. Ciências naturais
517. Viaturas 6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia
7 Arte. Arquitetura. Recreação e Desporto
Apesar deste sistema de classificação ter imensos 8 Linguística. Língua. Literatura
simpatizantes devido à sua aparente simplicidade acon- 9 Geografia. Biografia. História
tece, porém, que enferma de alguns inconvenientes, entre
os quais, a rigidez que impõe na divisão dos vários ramos Cada classe principal subdivide-se decimalmente em
do conhecimento humano; é um sistema relativamente subclasses que por sua vez também se subdividem em
moroso, quer na sua construção, quer na sua aplicação à áreas cada vez mais especializadas.
organização espacial do arquivo e posterior localização, As tabelas auxiliares, que representam não assuntos,
exigindo pessoal especializado. mas formas de os especificar (por lugar, tempo, forma, lín-
gua, etc.), flexibilizando muito mais a representação dos
Classificação Decimal Universal (CDU) conceitos.
Um índice, lista alfabética de conceitos. A cada con-
A classificação Decimal Universal (CDU) é um esque- ceito corresponde uma notação que serve de guia na con-
ma de classificação uniformizado e normalizado, ampla- sulta da tabela principal, para mais fácil e rapidamente se
mente usado nacional e internacionalmente, que visa co- localizar a notação adequada ao assunto que se pretende
brir e organizar a totalidade do conhecimento humano. pesquisar.

30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Uma das principais vantagens desta classificação resi- guarda, com consequente otimização do espaço físico e
de na sua dimensão universal e internacional, dada a sua racionalização de custos, e sobretudo garantirá a preser-
independência face a todas as expressões idiomáticas, o vação dos documentos de guarda permanente, de rele-
que facilita enormemente a pesquisa e a troca de infor- vante valor informativo e probatório.
mação ao nível internacional. A Tabela de Temporalidade é o registro esquemático
No seguimento do exemplo anterior, tal significa que do ciclo de vida dos documentos, determinando os pra-
a notação 37 e o conceito que lhe está associado, é igual zos de guarda no arquivo corrente ou setorial, sua trans-
em todas as bibliotecas do mundo que adotem este siste- ferência para o arquivo intermediário ou geral, a elimi-
ma de classificação. nação ou recolhimento para a Divisão de Documentação
O seu grande inconveniente resulta da sua aplicação Permanente do Arquivo Público do Estado.
que exige pessoal altamente especializado dado que é um A Tabela é um instrumento da gestão documental e
grande risco classificar matérias diferentes com o mesmo passível de alterações na medida em que a produção de
número. documentos se altera, devido a mudanças sociais, admi-
nistrativas e jurídicas. No entanto, alterações de qualquer
Classificação Automática
natureza devem partir do órgão regulador da política de
arquivos.
As operações de classificação podem ser objeto de
uma automatização em moldes parciais, já que a inteli-
gência humana continua a ser indispensável para sele- ASSUNTO/TIPO DOCUMENTAL: Os assuntos/tipos
cionar o assunto principal e determinar as informações documentais relacionados na Tabela correspondem aos
secundárias. Atualmente a sua aplicação é feita a título documentos produzidos pelas atividades-meio dos ór-
experimental em algumas bibliotecas. gãos. São tipos documentais já consagrados pelo uso e
A classificação automática assenta no seguinte princí- alguns identificados na legislação que regula as ativida-
pio geral: ao caracterizar diversos objetos de uma coleção des do setor.
organizando-os por séries de atributos (data, forma, lín-
gua, domínio, e outros), é possível comparar, agrupando, PRAZO DE ARQUIVAMENTO: O tempo de guarda dos
de dois em dois e contar para cada par o número de atri- documentos está relacionado ao seu ciclo de vida. Aos ar-
butos comuns. O resultado conduz à colocação em con- quivos setoriais interessa ter acesso aos documentos que
junto dos objetos que possuem características frequentes, estão sujeitos a consulta diariamente. O prazo de arquiva-
constituindo classes não à priori mas sim à posteriori. mento não deve exceder a cinco anos, incorrendo no risco
O interesse que desperta a classificação automática de acumular documentos desnecessários ao uso corrente
situa-se ao nível da pesquisa documental. Ela permanece e dificultar o acesso.
sem utilidade em organizações que já possuem a classi- A documentação que cumpriu sua função imediata,
ficação física das obras, sendo incapaz de recriar auto- mas contém informações de caráter probatório, deve ser
maticamente um esquema classificatório. A concepção e transferida para o arquivo intermediário do órgão. Docu-
desenvolvimento de uma linguagem classificatória e a sua mentos com longo período de valor probatório poderão
aplicação a um determinado fundo documental são de ser transferidos à Divisão de Documentação Intermediária
competência exclusiva do domínio do homem. do Arquivo Público do Estado. O terceiro estágio prevê o
A Associação Internacional para a Classificação situa- recolhimento da documentação produzida pelos órgãos
da na Alemanha publica sob o patrocínio da FID (Fede- públicos que tem informações sobre o desempenho de
ração Internacional de Documentação, a revista Interna‑ sua função junto à sociedade. Esta produção documental
tional Classification onde se apresentam estudos sobre a de valor permanente receberá um tratamento arquivístico
teoria dos conceitos, a terminologia sistemática e a orga-
que contempla sua conservação, arranjo e descrição para
nização do saber. Estas organizações e outras interessam-
estar disponível à pesquisa.
se pelos métodos matemáticos aplicáveis neste domínio.
COMO UTILIZAR A TABELA DE TEMPORALIDADE
Tabela de temporalidade de documentos de arqui-
vo.
A Tabela de Temporalidade de Documentos deve ser
A Tabela de Temporalidade de Documentos é o instru- utilizada no momento de classificação e avaliação da do-
mento resultante da avaliação documental, aprovado por cumentação. Proceder da seguinte forma:
autoridade competente, que define prazos de guarda e a ƒ verificar se os documentos estão classificados de
destinação de cada série documental. acordo com os assuntos do Código de Classificação de
A efetiva implementação de tais instrumentos objeti- Documentos; ƒ documentos que se referem a dois ou mais
va a simplificação e racionalização dos procedimentos de assuntos, deverão ser classificados e agrupados ao con-
gestão dos documentos e das informações, ou seja, per- junto documental (dossiê, processo ou pasta) que possui
mitirá uma considerável redução da massa documental maior prazo de arquivamento ou que tenha sido desti-
acumulada, eliminando enormes volumes de documen- nado à guarda permanente; ƒ o prazo de arquivamento
tos rotineiros e desprovidos de valor que justifique a sua deve se contar a partir do primeiro dia útil do exercício se-

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

guinte ao do arquivamento do documento, exceto aque- lidam com o recebimento de documentos não sabem, ou
les que originam despesas, cujo prazo de arquivamento é mesmo não foram orientadas sobre como proceder para
contado a partir da aprovação das contas pelo Tribunal de o documento cumpra a sua função na instituição. Para
Contas; ƒ eliminar as cópias e vias, quando o documento que este problema inicial seja resolvido, a implantação
original estiver no conjunto documental (dossiê, proces- de um sistema de base de dados, de preferência simples
so ou pasta); ƒ proceder ao registro dos documentos a e descentralizado, permitindo que, tão logo cheguem às
serem eliminados; ƒ elaborar listagem dos documentos instituições, os documentos fossem registrados, pelas
destinados à transferência para o arquivo intermediário devidas pessoas, no seu próprio setor de trabalho seria
do órgão ou entidade, ou para a Divisão de Documenta- uma ótima alternativa. Tal ação diminuiria o montante de
ção Intermediária do Arquivo Público do Estado; documentos que chegam as instituições, cumprem suas
funções, mas sequer tiveram sua tramitação ou destina-
OBS. Quando houver processo judicial os prazos de ção registrada.
arquivamento devem ser suspensos até a conclusão do
Algumas rotinas devem ser adotadas no registro do-
mesmo.
cumental, afim de que não se perca o controle, bem como
surjam problemas que facilmente poderiam ser evitados
PROTOCOLO:
(como o preenchimento do campo Assunto, de muita im-
portância, mas que na maioria das vezes é feito de forma
É conhecimento da grande maioria que os arquivos errônea). Dentre as recomendações de recebimento e re-
possuem hoje uma notoriedade muito melhor do que já gistro, destaca-se:
se viu há algum tempo. Contudo, esse reconhecimento Receber as correspondências, separando as de caráter
ainda não é o desejado. Para que os arquivos alcancem oficial da de caráter particular, distribuindo as de caráter
um nível de importância ainda maior, é necessário que particular a seus destinatários.
sejam geridos da forma correta, a fim de evitar o acúmu- Após essa etapa, os documentos devem seguir seu
lo de massas documentais desnecessárias, de agilizarem curso, a fim de cumprirem suas funções. Para que isto
ações dentro de uma instituição, enfim, que cumpram a ocorra, devem ser distribuídos e classificados da forma
sua função, seja desde o valor probatório até o cultural. correta, ou seja, chegar ao seu destinatário Para isto, re-
Considera-se gestão de documentos o conjunto de comenda-se:
procedimentos e operações técnicas referentes à sua pro-
dução, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase Separar as correspondências de caráter ostensivo das
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou re- de caráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso
colhimento para a guarda permanente. aos seus respectivos destinatários;
Protocolo é a denominação geralmente atribuída a Tomar conhecimento das correspondências de caráter
setores encarregados do recebimento, registro, distribui- ostensivo por meio da leitura, requisitando a existência de
ção e movimentação dos documentos em curso; denomi- antecedentes, se existirem;
nação atribuída ao próprio número de registro dado ao Classificar o documento de acordo com o método da
documento; Livro de registro de documentos recebidos instituição; carimbando-o em seguida;
e/ou expedidos. Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao
É de conhecimento comum o grande avanço que a protocolo.
humanidade teve nos últimos anos. Dentre tais avanços, Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando
incluem-se as áreas que vão desde a política até a tec- a segunda via da ficha ao documento;
Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora
nológica. Tais avanços contribuíram para o aumento da
com os dados das fichas de protocolo;
produção de documentos. Cabe ressaltar que tal aumen-
to teve sua importância para a área da arquivística, no
Arquivar as fichas de protocolo.
sentido de ter despertado nas pessoas a importância dos
A tramitação de um documento dentro de uma ins-
arquivos. Entretanto, seja por descaso ou mesmo por falta tituição depende diretamente se as etapas anteriores fo-
de conhecimento, a acumulação de massas documentais ram feitas da forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com
desnecessárias foi um problema que foi surgindo. Essas o auxílio do protocolo, saber sua exata localização, seus
massas acabam por inviabilizar que os arquivos cumpram dados principais, como data de entrada, setores por que
suas funções fundamentais. Para tentar sanar esse e ou- já passou, enfim, acompanhar o desenrolar de suas fun-
tros problemas, que é recomendável o uso de um sistema ções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro da
de protocolo. instituição, acelerando assim, processos que anteriormen-
É sabido que durante a sua tramitação, os arquivos te encontravam dificuldades, como a não localização de
correntes podem exercer funções de protocolo (recebi- documentos, não se podendo assim, usá-los no sentido
mento, registro, distribuição, movimentação e expedição de valor probatório, por exemplo.
de documentos), daí a denominação comum de alguns Após cumprirem suas respectivas funções, os docu-
órgãos como Protocolo e Arquivo. E é neste ponto que mentos devem ter seu destino decidido, seja este a sua
os problemas têm seu início. Geralmente, as pessoas que eliminação ou recolhimento. É nesta etapa que a expedi-

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

ção de documentos torna-se importante, pois por meio De acordo com o Dicionário de Terminologia Arqui-
dela, fica mais fácil fazer uma avaliação do documento, vística, do Conselho Internacional de Arquivos, a gestão
podendo-se assim decidir de uma forma mais confiável, de documentos diz respeito a uma área da administração
o destino do documento. Dentre as recomendações com geral relacionada com a busca de economia e eficácia na
relação a expedição de documentos, destacam-se: produção, manutenção, uso e destinação final dos mesmos.
Por meio do Ramp/PGI, a Unesco procurou também
Receber a correspondência, verificando a falta de ane- abordar o tema conforme trabalho de James Rhoads. A
xos e completando dados; função da gestão de documentos e arquivos nos sistemas
Separar as cópias, expedindo o original; nacionais de informação, segundo o qual um programa
Encaminhar as cópias ao Arquivo. geral de gestão de documentos, para alcançar economia
É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não e eficácia, envolve as seguintes fases:
valem como regras, visto que cada instituição possui suas Produção: concepção e gestão de formulários, prepa-
tipologias documentais, seus métodos de classificação, ração e gestão de correspondência, gestão de informes e
enfim, surgem situações diversas. Servem apenas como diretrizes, fomento de sistemas de gestão da informação
exemplos para a elaboração de rotinas em cada institui- e aplicação de tecnologias modernas a esses processos;
ção. Utilização e conservação: criação e melhoramento dos
sistemas de arquivos e de recuperação de dados, gestão
CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO. de correio e telecomunicações, seleção e uso de equipa-
mento reprográfico, análise de sistemas, produção e ma-
Desde o desenvolvimento da arquivologia como dis- nutenção de programas de documentos vitais e uso de
ciplina, a partir da segunda metade do século XIX, tal- automação e reprografia nestes processos;
vez nada a tenha revolucionado tanto quanto concepção Destinação: a identificação e descrição das séries do-
teórica e os desdobramentos práticos da gestão ou a ad- cumentais, estabelecimento de programas de avaliação e
ministração de documentos estabelecidos após a Segun- destinação de documentos, arquivamento intermediário,
da Guerra Mundial. Para alguns, trata-se de um conceito eliminação e recolhimento dos documentos de valor per-
emergente, alvo de controvérsias e ainda restrito, como manente às instituições arquivísticas.
experiência, a poucos países.
O código de classificação de documentos de arqui-
Segundo o historiador norte americano Lawrence
vo é um instrumento de trabalho utilizado para classificar
Burnet, a gestão de documentos é uma operação arqui-
todo e qualquer documento produzido ou recebido por
vística “o processo de reduzir seletivamente a proporções
um órgão no exercício de suas funções e atividades. A
manipuláveis a massa de documentos, que é característica
classificação por assuntos é utilizada com o objetivo de
da civilização moderna, de forma a conservar permanen-
agrupar os documentos sob um mesmo tema, como for-
temente os que têm um valor cultural futuro sem menos-
ma de agilizar sua recuperação e facilitar as tarefas arqui-
prezar a integridade substantiva da massa documental
vísticas relacionadas com a avaliação, seleção, eliminação,
para efeitos de pesquisa”.
transferência, recolhimento e acesso a esses documentos,
uma vez que o trabalho arquivísticos é realizado com base
Por outro lado, alguns concebem a gestão de docu- no conteúdo do documento, o qual reflete a atividade
mentos como a aplicação da administração científica com que o gerou e determina o uso da informação nele con-
fins de eficiência e economia, sendo os benefícios para os tida. A classificação define, portanto, a organização física
futuros pesquisadores considerados apenas meros sub- dos documentos arquivados, constituindo-se em referen-
produtos. Situando-se entre esses dois extremos, a legis- cial básico para sua recuperação.
lação norte americana estabelece a seguinte definição: No código de classificação, as funções, atividades, es-
O planejamento, o controle, a direção, a organização, a pécies e tipos documentais genericamente denominados
capacitação, a promoção e outras atividades gerenciais re‑ assuntos, encontram-se hierarquicamente distribuídos de
lacionadas com a criação de documentos, sua manutenção, acordo com as funções e atividades desempenhadas pelo
uso e eliminação, incluindo o manejo de correspondência, órgão. Em outras palavras, os assuntos recebem códigos
formulários, diretrizes, informes, documentos informáticos, numéricos, os quais refletem a hierarquia funcional do
microformas, recuperação de informação, fichários, cor‑ órgão, definida através de classes, subclasses, grupos e
reios, documentos vitais, equipamentos e materiais, máqui‑ subgrupos, partindo-se sempre do geral para o particular.
nas reprográficas, técnicas de automação e elaboração de A classificação deve ser realizada por servidores trei-
dados, preservação e centros de arquivamento intermediá‑ nados, de acordo com as seguintes operações.
rios ou outras instalações para armazenagem. a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a
Sob tal perspectiva, a gestão cobre todo o ciclo de fim de verificar sob que assunto deverá ser classificado e
existência dos documentos desde sua produção até se- quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A
rem eliminados ou recolhidos para arquivamento perma- referência cruzada é um mecanismo adotado quando o
nente, ou seja, trata-se de todas as atividades inerentes às conteúdo do documento se refere a dois ou mais assun-
idades corrente e intermediária. tos.

33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código Com o objetivo de elaborar uma tabela de tempora-
correspondente ao assunto de que trata o documento. lidade para documentos da então Secretaria de Planeja-
ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES DE mento, Orçamento e Coordenação (SEPLAN), foi criado,
CLASSIFICAÇÃO em 1993, um grupo de trabalho composto por técnicos
1. Receber o documento para classificação; do Arquivo Nacional e daquela secretaria, cujos resulta-
2. Ler o documento, identificando o assunto principal dos, relativos as atividades-meio, serviriam de subsídio ao
e o(s) secundário(s) de. estabelecimento de prazos de guarda e destinação para
Acordo com seu conteúdo; os documentos da administração pública federal. A tabe-
3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação la, elaborada com base nas experiências já desenvolvidas
de documentos de arquivo, utilizando o índice, quando pelos dois órgãos, foi encaminhada, em 1994, à Direção
necessário; Geral do Arquivo Nacional para aprovação.
4. Anotar o código na primeira folha do documento;
5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assun- Com a instalação do Conselho Nacional de Arquivos
tos secundários. (Conarq), em novembro de 1994, foi criada, dentre outras,
a Câmara Técnica de Avaliação de Documentos (Ctad) para
A avaliação constitui-se em atividade essencial do ci-
dar suporte às atividades do conselho. Sua primeira tarefa
clo de vida documental arquivísticos, na medida em que
foi analisar e discutir a tabela de temporalidade elaborada
define quais documentos serão preservados para fins ad-
ministrativos ou de pesquisa e em que momento poderão pelo grupo de trabalho Arquivo Nacional/SEPLAN, com o
ser eliminados ou destinados aos arquivos intermediário objetivo de torná-la aplicável também aos documentos
e permanente, segundo o valor e o potencial de uso que produzidos pelos órgãos públicos nas esferas estadual e
apresentam para a administração que os gerou e para a municipal, servindo como orientação a todos os órgãos
sociedade. participantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar).
O modelo ora apresentado constitui-se em instru-
Os primeiros atos legais destinados a disciplinar a mento básico para elaboração de tabelas referentes as
avaliação de documentos no serviço público datam do atividades-meio do serviço público, podendo ser adapta-
final do século passado, em países da Europa, nos Esta- do de acordo com os conjuntos documentais produzidos
dos Unidos e no Canadá. No Brasil, a preocupação com e recebidos. Vale ressaltar que a aplicação da tabela de-
a avaliação de documentos públicos não é recente, mas verá estar condicionada à aprovação por instituição arqui-
o primeiro passo para sua regulamentação ocorreu efe- vística pública na sua específica esfera de competência.
tivamente com a lei federal nº 8.159, de 8 de janeiro de
1991, que em seu artigo 9º dispõe que “a eliminação de A tabela de temporalidade deverá contemplar as ati-
documentos produzidos por instituições públicas e de ca- vidades meio e atividades-fim de cada órgão público.
ráter público será realizada mediante autorização de ins- Desta forma, caberá aos mesmos definir a temporalidade
tituição arquivística pública, na sua específica esfera de e destinação dos documentos relativos às suas atividades
competência”. específicas, complementando a tabela básica. Posterior-
mente, esta deverá ser encaminhada à instituição arqui-
O Arquivo Nacional publicou em 1985 manual técni- vística pública para aprovação e divulgação, por meio de
co sob o título Orientação para avaliação e arquivamen- ato legal que lhe confira legitimidade.
to intermediário em arquivos públicos, do qual constam A tabela de temporalidade é um instrumento arqui-
diretrizes gerais para a realização da avaliação e para a vístico resultante de avaliação, que tem por objetivos de-
elaboração de tabelas de temporalidade. Em 1986, inicia- finir prazos de guarda e destinação de documentos, com
ram-se as primeiras atividades de avaliação dos acervos
vista a garantir o acesso à informação a quantos dela
de caráter intermediário sob a guarda da então Divisão
necessitem. Sua estrutura básica deve necessariamente
de Pré Arquivo do Arquivo Nacional, desta vez com a
contemplar os conjuntos documentais produzidos e rece-
preocupação de estabelecer prazos de guarda com vista
à eliminação e, consequentemente, à redução do volume bidos por uma instituição no exercício de suas atividades,
documental e racionalização do espaço físico. os prazos de guarda nas fases corrente e intermediária,
A metodologia adotada à época envolveu pesquisas a destinação final – eliminação ou guarda permanente –,
na legislação que regula a prescrição de documentos ad- além de um campo para observações necessárias à sua
ministrativos, e entrevistas com historiadores e servidores compreensão e aplicação.
responsáveis pela execução das atividades nos órgãos pú- Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utili-
blicos, que forneceram as informações relativas aos valo- zação do instrumento:
res primário e secundário dos documentos, isto é, ao seu
potencial de uso para fins administrativos e de pesquisa, 1. Assunto: Neste campo são apresentados os con-
respectivamente. Concluídos os trabalhos, ainda que res- juntos documentais produzidos e recebidos, hierarquica-
trito à documentação já depositada no arquivo interme- mente distribuídos de acordo com as funções e atividades
diário do Arquivo Nacional foi constituída, em 1993, uma desempenhadas pela instituição. Para possibilitar melhor
Comissão Interna de Avaliação que referendou os prazos identificação do conteúdo da informação, foram empre-
de guarda e destinação propostos. gadas funções, atividades, espécies e tipos documentais,

34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

genericamente denominados assuntos, agrupados se- III – Órgãos que não possuem arquivo central e con-
gundo um código de classificação, cujos conjuntos consti- tam com serviços de arquivamento intermediário: Nesta
tuem o referencial para o arquivamento dos documentos. variável, as unidades organizacionais também funcionam
Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o ín- como arquivo corrente, transferindo os documentos – de-
dice, que contém os conjuntos documentais ordenados pois de cessado o prazo previsto para esta fase – para o
alfabeticamente para agilizar a sua localização na tabela. arquivo intermediário, que promoverá o recolhimento ao
2. Prazos de guarda: Referem-se ao tempo necessário arquivo permanente.
para arquivamento dos documentos nas fases corrente
e intermediária, visando atender exclusivamente às ne- IV – Órgãos que não possuem arquivo central nem
contam com serviços de arquivamento intermediário:
cessidades da administração que os gerou, mencionado,
Quanto aos órgãos situados nesta variável, as uni-
preferencialmente, em anos. Excepcionalmente, pode ser
dades organizacionais são igualmente responsáveis pelo
expresso a partir de uma ação concreta que deverá neces- arquivamento corrente, ficando a guarda intermediária a
sariamente ocorrer em relação a um determinado conjun- cargo das mesmas ou do arquivo público, o qual deverá
to documental. Entretanto, deve ser objetivo e direto na assumir tais funções.
definição da ação – exemplos: até aprovação das contas;
até homologação da aposentadoria; e até quitação da dí- 3. Destinação final: Neste campo é registrada a des-
vida. O prazo estabelecido para a fase corrente relaciona- tinação estabelecida que possa ser a eliminação, quando
se ao período em que o documento é frequentemente o documento não apresenta valor secundário (probatório
consultado, exigindo sua permanência junto às unidades ou informativo) ou a guarda permanente, quando as in-
organizacionais. A fase intermediária relaciona-se ao pe- formações contidas no documento são consideradas im-
ríodo em que o documento ainda é necessário à adminis- portantes para fins de prova, informação e pesquisa.
tração, porém com menor frequência de uso, podendo A guarda permanente será sempre nas instituições ar-
ser transferido para depósito em outro local, embora à quivísticas públicas (Arquivo Nacional e arquivos públicos
disposição desta. estaduais, do Distrito Federal e municipais), responsáveis
pela preservação dos documentos e pelo acesso às in-
A realidade arquivística no Brasil aponta para varia- formações neles contidas. Outras instituições poderão
das formas de concentração dos arquivos, seja ao nível manter seus arquivos permanentes, seguindo orientação
técnica dos arquivos públicos, garantindo o intercâmbio
da administração (fases corrente e intermediária), seja no
de informações sobre os respectivos acervos.
âmbito dos arquivos públicos (permanentes ou históri-
cos). Assim, a distribuição dos prazos de guarda nas fases 4. Observações: Neste campo são registradas infor-
corrente e intermediária foi definida a partir das seguintes mações complementares e justificativas, necessárias à
variáveis: correta aplicação da tabela. Incluem-se, ainda, orienta-
ções quanto à alteração do suporte da informação e as-
I – Órgãos que possuem arquivo central e contam pectos elucidativos quanto à destinação dos documentos,
com serviços de arquivamento intermediário: segundo a particularidade dos conjuntos documentais
Para os órgãos federais, estaduais e municipais que avaliados.
se enquadram nesta variável, há necessidade de redistri- A necessidade de comunicação é tão antiga como a
buição dos prazos, considerando-se as características de formação da sociedade humana, o homem, talvez na ân-
cada fase, desde que o prazo total de guarda não seja sia de se perpetuar, teve sempre a preocupação de regis-
alterado, de forma a contemplar os seguintes setores ar- trar suas observações, seu pensamento, para legá-los às
quivísticos: gerações futuras.
- arquivo setorial (fase corrente, que corresponde ao Assim começou a escrita. Na sua essência. Isto nada
arquivo da unidade organizacional); mais é do que registrar e guardar. Por sua vez, no seu
- arquivo central (fase intermediária I, que correspon- sentido mais simples, guardar é arquivar.
de ao setor de arquivo geral/central da instituição); Por muito tempo reinou uma completa confusão so-
bre o verdadeiro sentido da biblioteca, museu e arquivo.
- arquivo intermediário (fase intermediária II, que cor-
Indiscutivelmente, por anos e anos, estas instituições tive-
responde ao depósito de arquivamento intermediário,
ram mais ou menos o mesmo objetivo. Eram elas depósi-
geralmente subordinado à instituição arquivística pública tos de tudo o que se produzira a mente humana, isto é, do
nas esferas federal, estadual e municipal). resultado do trabalho intelectual e espiritual do homem.
O arquivo, quando bem organizado, transmite ordens,
II – Órgãos que possuem arquivo central e não con- evita repetição desnecessárias de experiências, diminui a
tam com serviços de arquivamento intermediário: Nos ór- duplicidade de documentos, revela o que está por ser fei-
gãos situados nesta variável, as unidades organizacionais to, o que já foi feito e os resultados obtidos. Constitui
são responsáveis pelo arquivamento corrente e o arquivo fonte de pesquisa para todos os ramos administrativos e
central funciona como arquivo intermediário, obedecen- auxilia o administrador a tomada de decisões.
do aos prazos previstos para esta fase e efetuando o re- Os principais Sistemas ou Tipos de classificação utili-
colhimento ao arquivo permanente. zados em arquivos são:

35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Método alfabético: É o sistema mais simples, fácil, Método simplificado: Este a rigor não deveria ser con-
lógico e prático, porque obedecendo à ordem alfabética siderado propriamente um método, pois, na realidade,
pode-se logo imaginar que não apresentará grandes di- nada mais é do que a utilização de vários métodos ao
ficuldades nem para a execução do trabalho de arquiva- mesmo tempo, com a finalidade de reunir num só móvel
mento, nem para a procura do documento desejado, pois as vantagens de todos eles.
a consulta é direta.
Tipologia
Método numérico simples: Consiste em numerar as
pastas em ordem da entrada do correspondente ou as- Tipologia documental é a denominação que se dá
sunto, sem nenhuma consideração à ordem alfabética quando reunimos determinada espécie à função ou ati-
dos mesmos, dispensando assim qualquer planejamen- vidade que o documento irá exercer. Ex.: Declaração de
to anterior do arquivo. Para o bom êxito deste método, Imposto de Renda, Certidão de nascimento.
devemos organizar dois índices em fichas; numas fichas
serão arquivadas alfabeticamente, para que se saiba que Exemplo: Espécie e Tipologia documental
numero recebeu o correspondente ou assunto desejado,
e no outro são arquivadas numericamente, de acordo
com o numero que recebeu o cliente ou o assunto, ao Espécie Tipologia
entrar para o arquivo. Este último índice pode ser consi-
derado tombo (registro) de pastas ocupadas e, graças a Contrato Contrato de locação
ele, sabemos qual é o ultimo numero preenchido e assim
destinaremos o numero seguinte a qualquer novo cliente Alvará Alvará de funcionamento
que seja registrado.
Certidão Certidão de nascimento
Método alfabético numérico: Como se pode dedu-
zir pelo seu nome, é um método que procurou reunir as
vantagens dos métodos alfabéticos simples e numérico A fase de identificação pressupõe o reconhecimen-
simples, tendo alcançado seu objetivo, pois desta com- to de elementos que caracterizam os documentos, seja
binação resultou um método que apresenta ao mesmo em fase de produção ou de acumulação nos arquivos, em
tempo a simplicidade de um e a exatidão e rapidez, no instrumentos de coleta de dados. É uma fase que busca o
arquivamento, do outro. É conhecido também pelo nome conhecimento dos procedimentos e rotinas de produção
de numeralfa e alfanumérico. de documentos no órgão, cujo resultado final é a defini-
ção das séries documentais.
Método geográfico: Este método é muito aconse- O estudo do contexto de produção das tipologias
lhável quando desejamos ordenar a documentação de identificadas pressupõe o levantamento de elementos,
acordo com a divisão geográfica, isto é, de acordo com que versem a sua criação, estrutura e desenvolvimento
os países, estados, cidades, municípios etc. Nos departa- do órgão, sendo esta a primeira tarefa da identificação. A
mentos de vendas, por exemplo, é de especial utilidade segunda é a identificação do tipo documental, a qual está
para agrupar os correspondentes de acordo com as pra- baseada no método diplomático, que é utilizado para ex-
ças onde operam ou residem. trair e registrar os elementos constitutivos do documento,
visando entender e conhecer o seu processo de criação.
Método específico ou por assunto: Indiscutivelmente O registro desses elementos nessa fase é imprescindível
o método especifico, representado por palavras dispostas para a análise realizada na fase da avaliação, função arqui-
alfabeticamente, é um dos mais difíceis processos de ar- vística, que tem por finalidade atribuir valores para os do-
quivamento, pois, consistindo em agrupar as pastas por cumentos, definindo prazos para sua guarda, objetivando
assunto, apresenta a dificuldade de se escolher o melhor e racionalização dos arquivos como meio de proporcionar
termo ou expressão que defina o assunto. Temos o voca- a eficiência administrativa.
bulário todo da língua à nossa disposição e justamente o Neste sentido, a fase de identificação assume um pa-
fato de ser tão amplo o campo da escolha nos dificulta pel relevante no processo de continuidade do fazer ar-
a seleção acertada, além do que entra muito o ponto de quivísticos, fornecendo dados, que serão utilizados no
vista pessoal do arquivista, nesta seleção. processo da avaliação.
Método decimal: Este método foi inspirado no Siste- O histórico da identificação inicia-se nas primeiras
ma Decimal de Melvil Dewey. Dewey organizou um siste- Jornadas de Identificação e Avaliação de Fundos Docu-
ma de classificação para bibliotecas, muito interessante, mentais das Administrações Públicas, realizadas em 1991,
o qual conseguiu um grande sucesso; fora publicado em em Madrid na Espanha, na qual a identificação foi reco-
1876. nhecida como uma fase da metodologia arquivística.
Dividiu ele os conhecimentos humanos em dez clas-
ses, as quais, por sua vez, se subdividiram em outras dez, Este reconhecimento definiu qual é o momento arqui-
e assim por diante, sendo infinita essa possibilidade de vístico para o desenvolvimento desta fase e como aplicar
subdivisão, graças à sua base decimal. esta metodologia. A identificação passa a ser considerada

36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

como a primeira fase do trabalho arquivístico, e o seu cor- Definição esta voltada para os arquivos enquanto
po metodológico se divide em três etapas: “identificação fundos, mas que pelo menos registra o conceito, sendo
do órgão produtor, identificação do elemento funcional e uma abertura para o conhecimento da identificação como
a identificação do tipo documental”. parte da metodologia, primeira referência à história do
conceito da identificação no Brasil.
No Brasil, o Arquivo Nacional a partir de 1981, im- Com base na proposta metodológica da fase de iden-
plantou o Programa de Modernização Institucional-Admi- tificação de Martín-Palomino Benito e Torre Merino, que
nistrativa, o qual era constituído de vários projetos, sendo contemplam a identificação do órgão produtor, enquanto
que um deles previa a identificação e controle dos con- fundo e o tipo documental em seu menor nível, são defi-
juntos documentais recolhidos. A atividade da identifica- nidos três momentos para a realização deste procedimen-
ção adquiriu uma importância maior e foi definida como to metodológico:
uma das metas no tratamento dos conjuntos 1) Identificação do órgão produtor;
2) Identificação do elemento funcional e
Com o término desses trabalhos, foi publicado o ma-
3) Identificação do tipo documental
nual de procedimentos para a identificação de documen-
tos em arquivos públicos e o manual de levantamento da
Para os autores a fase de identificação, deve se ini-
produção documental em 1985 e 1986, respectivamente.
ciar pela identificação do órgão produtor, sendo seguida
pela identificação do elemento funcional. Entretanto, se-
Naquele momento, a metodologia da identificação rão associadas em uma mesma etapa e/ou procedimento,
apresentava um enfoque para o tratamento de massas pois são tarefas afins, as quais se complementam em um
documentais acumuladas nos arquivos, e a discussão pro- mesmo estudo, e são realizadas a partir de entrevistas e/
posta pelo Arquivo Nacional não chegou ao nível da iden- ou aplicação de questionário, pelo estudo da legislação,
tificação da tipologia documental, ou seja, passou longe com especial atenção aos itens que tratam das funções
da discussão sobre as características do documento, fo- e competências, razão pela qual não há necessidade de
cando apenas o nível do fundo. separá-las neste estudo. Nesta perspectiva, podemos
Atualmente, a metodologia de identificação tipológi- afirmar que a fase da identificação se constitui de dois
ca é realizada no tratamento documental, porém, é par- momentos, e não três: a identificação do órgão produtor,
cialmente reconhecida na área. Mesmo estando presente considerando os elementos funcionais que o caracterizam
na literatura, há uma variação na designação do termo, internamente, e a identificação do tipo documental.
este é encontrado como: tarefa, levantamento de dados,
diagnóstico de problemas documentais, análise de pro- Na fase de identificação, a primeira etapa será o le-
dução, análise dos documentos, análise do fluxo docu- vantamento do contexto de produção, que versa sobre o
mental; do órgão produtor ou da instituição produtora; elemento orgânico e o órgão produtor da documentação
estudo da estrutura organizacional, entre outros. gerada como consequência do exercício de suas funções.
Dessa forma, compreende-se como órgão produtor toda
A “fase do tratamento arquivístico consiste na investi- instituição, empresa e/ou organização de pequeno, mé-
gação e sistematização das categorias administrativas em dio ou grande porte que exerce atividades e tem como
que se sustenta à estrutura de um fundo”. É considerada a reflexo dessas, a produção de documentos, com o fim de
primeira fase da metodologia arquivística, por apresentar atingir seus objetivos sociais, comerciais e/ou governa-
um caráter intelectual e investigativo, o qual visa o re- mentais. Portanto, é quem cria o conjunto documental.
conhecimento do órgão produtor e das tipologias docu- Então, como fazer essa identificação e quais os procedi-
mentos que devem ser realizados?
mentais existentes, cujo objetivo final é a definição das
Identificar o contexto de produção é conhecer toda
séries que se configuram como conjuntos de tipos do-
vida do órgão, significa investigar a história adminis-
cumentais que tem produção seriada. São nas séries que
trativa, sua origem, seu funcionamento, a hierarquia de
encontramos a identidade do órgão produtor, as funções,
competências e funções desempenhadas. Isso possibilita
as competências e a definição do tipo documental. encontrar as falhas do órgão, que serão analisadas para
se chegar a possíveis soluções e para gerar eficiência no
Diante da escassa literatura e da ausência de estudos desenvolvimento das metodologias arquivísticas a serem
sobre essa fase metodológica no campo da arquivística, aplicadas.
os dicionários publicados no país refletem tal problema. Martín-Palomino Benito e Torre Merino demonstram
Vale ressaltar que o Dicionário de Terminologia Ar- um estudo sistematizado, que versa sobre: órgão produ-
quivística publicado pela Associação de Arquivistas Brasi- tor, organogramas e legislação. Neste estudo os autores
leiros em 1996, não apresenta o termo. Entretanto, o Di- apresentam vários elementos, para a elaboração do índice
cionário Brasileiro de Terminologia Arquivística publicado do órgão produtor. Conforme os autores, se deve diag-
pelo Arquivo Nacional, em 2005, faz referência e define nosticar o nome, a origem, as datas e textos normativos
a identificação como um “processo de reconhecimento, que indiquem mudanças na estrutura do órgão, as subor-
sistematização e registro de informações sobre arquivos, dinações a outros órgãos e os documentos mais produ-
com vistas ao seu controle físico e/ou intelectual”. zidos.

37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

No repertório de organograma, o arquivista deverá A digitalização de documentos é uma política de ar-


partir dos dados coletados, que propiciem análises, prin- quivo baseada em quatro fundamentos principais:
cipalmente, das diversas estruturas que o órgão apresen- 1. Diminuição do tamanho do acervo;
ta. Já no índice legislativo serão produzidas fichas, com 2. Preservação dos documentos;
informações sobre a legislação que afeta o órgão, definin- 3. Possibilidade de acesso ao mesmo documento por
do sua data de aprovação e publicação resumo da norma. várias pessoas ao mesmo tempo;
Nota-se que os procedimentos adotados para esta 4. Maior agilidade (ao menos em tese) na busca e re-
identificação estarão baseados em coletas de dados. Su- cuperação da informação.
bentende-se por coleta de dados e informações “o regis-
tro sistemático do conjunto de elementos que se associa Principais diferenças entre os documentos microfil-
ao comportamento de um fenômeno, de um sistema ou mados e os digitalizados:
de um conjunto desses dois” e para diagnosticar tais con- 1. O microfilme possui valor legal. O documento digi-
juntos, existem três técnicas: a entrevista, o questionário e tal não possui valor legal. Assim, caso o documento tenha
a observação pessoal ou direta, que se elaboradas e apli- valor jurídico, ele poderá ser eliminado se houver sido mi-
cadas de forma imperfeita comprometerá o planejamento crofilmado, mas o mesmo não poderá ser feito caso ele
final. tenha sido scanneado.
A Tipologia também cuida da reunião de documentos 2. Alguns estudos demonstram que o tempo de vida
de forma automatizada. Também cabe ao seu âmbito a útil (considera-se a integridade da informação) de um CD,
preservação, conservação e restauração de documentos. em condições de armazenamento e ambiente adequados,
gira em torno de 200 anos. O microfilme tem um prazo
MICROFILMAGEM: é um processo realizado mediante estipulado em 500 anos.
captação da imagem por meio fotográfico ou eletrônico, 3. O CD pode ser guardado em condições ambien-
tendo como objetivos principais reduzir o tamanho do tais “mais flexíveis”, enquanto que o microfilme, devido
acervo e preservar os documentos originais (estima-se à composição química da fotografia, precisa de cuidados
que um microfilme preservado em condições ambientais muito mais especiais.
adequadas tenha a durabilidade média de 500 anos).
A partir da microfilmagem – salvo raras exceções – o O propósito do acondicionamento é o de guardar,
documento estará disponível para consulta apenas atra- proteger e facilitar o manuseio do material que compõe
vés do rolo de microfilme, preservando-se, dessa forma, o um acervo ou uma reserva técnica. Pelo fato de cada ins-
original. Para que possua valor legal, a microfilmagem só tituição possuir uma política financeira, uma proposta de
pode ser realizada por cartórios ou empresas devidamen- tratamento, além de objetos de materiais, tamanhos e
te registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça. dimensões díspares que devem ser preservados, não há
Devido ao valor legal do microfilme, existe uma le- uma receita pronta para o acondicionamento perfeito,
gislação específica que deve ser seguida pelas institui- cada caso deve ser analisado isoladamente, para se alcan-
ções envolvidas em sua produção. Nesse sentido, a Lei nº çar o objetivo de proteger o material.
5.433/68, regulamentada pelo Decreto nº 1799/66, que É necessário, então, conhecer profundamente o acer-
disciplina toda produção de microfilme, estabelece que: vo:
§ 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como • a localização do prédio;
as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas • o espaço que abriga a reserva técnica;
diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos le- • o objeto a ser preservado.
gais dos documentos originais em juízo ou fora dele. A verificação antecipada de todos os pontos, acima
É importante destacar que não são todos os docu- relacionados, é de suma importância para a escolha apro-
mentos de um arquivo que devem ser microfilmados. priada para a resolução do trabalho a ser realizado, bem
como avaliar cuidadosamente cada objeto da reserva téc-
AUTOMAÇÃO (Digitalização): Quando falamos em au- nica ou do acervo é primordial para a elaboração de uma
tomação de documentos estamos basicamente fazendo embalagem, uma vez que cada um desses objetos possui
referência à transposição do suporte inicial do documen- um comportamento específico diante de mudanças de
to (papel, fita magnética etc.) para um suporte digital (CD, temperatura e de umidade, apresentando, portanto, um
DVD etc.) por meio de computadores. As duas formas estado de conservação diferente. Dessa forma, pensar,
mais comuns de automatizar (digitalizar) um documento antecipadamente, em acondicionamento é ser um profis-
são: sional precavido em relação a possíveis fatores que pos-
1. Através da transferência da informação para um CD sam acelerar o processo de degradação dos documentos,
ou mesmo para o meio virtual (ex: disco virtual) realizado objetos ou das obras que devem ser preservados.
pelo processo de “scanneamento” de um documento em
papel; CONSERVAÇÃO: É um conceito amplo e pode ser
2. Gravando as informações de uma fita magnética, pensado como termo que abrange pelo menos três (3)
disco de vinil etc. para um CD ou DVD, por exemplo. ideias: preservação, proteção e manutenção.

38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Conservar bens culturais (livros, documentos, objetos O controle racional e sistemático de condições am-
de arte, etc.) é defendê-lo da ação dos agentes físicos, bientais não reduz apenas os problemas de degradação,
químicos e biológicos que os atacam. mas também e principalmente evita seu agravamento.
O principal objetivo portanto da conservação é o de A política moderna de conservação a longo prazo
estender a vida útil dos materiais, dando aos mesmos o orienta-se pela luta contra as causas de deterioração, na
tratamento correto. Para isso é necessário permanente busca do maior prolongamento possível da vida útil de
fiscalização das condições ambientais, manuseio e arma- livros e documentos. Dentro desta perspectiva, padrões
zenamento. de conduta devem ser adotados, tais como:
A preservação ocupa-se diretamente com o patrimô- • Formular um diagnóstico do estado geral de conser-
nio cultural consistindo na conservação desses patrimô- vação da obra e uma proposta quanto aos métodos e ma-
nios em seus estados atuais. Por isso, devem ser impedi- teriais que poderão ser utilizados durante o tratamento;
dos quaisquer danos e destruição causadas pela umidade, • Documentar todos os registros históricos porventura
por agentes químicos e por todos os tipos de pragas e de encontrados, sem destruí-los, falsificá-los ou removê-los.
• Aplicar um tratamento de conservação dentro do
microrganismo. A manutenção, a limpeza periódica é a
limite do necessário e orientar-se pelo absoluto respeito
base da prevenção.
à integridade estética, histórica e material de uma obra;
Os acervos das bibliotecas são basicamente constituí-
• Adotar a princípio de reversibilidade, que é o leit‑
dos por materiais orgânicos e, como tal, estão sujeitos a
motiv atual do desenvolvimento e aplicação do método
um contínuo processo de deterioração. de conservação em livros e documentos, pois é importan-
A conservação, enquanto matéria interdisciplinar, não te ter sempre em mente que um procedimento técnico,
pode simplesmente suspender um processo de degrada- assim como determinados materiais, são sempre alvo de
ção, já instalado. constantes pesquisas e que isto propicia um futuro téc-
Pode, sim, utilizar-se de métodos técnico-científicos, nico-científico mais promissor à segurança de uma obra.
numa perspectiva interdisciplinar, que reduzam o ritmo Fumigação é um tipo de controle de pragas através
tanto quanto possível deste processo. do tratamento químico realizado com compostos quími-
Sobre todo legado histórico que se traduza como cos ou formulações pesticidas (os chamados fumigantes)
bem cultural, na medida em que representa material de voláteis (no estado de vapor ou gás) em um sistema her-
valor presente e futuro para a humanidade, a inexorável mético, visando a desinfestação de materiais, objetos e
possibilidade de degradação atinge proporções de extre- instalações que não possam ser submetidas à outras for-
ma responsabilidade. mas de tratamento. Essa técnica causa dano ao documen-
É cientificamente provado que o papel degrada-se ra- to, não devendo ser utilizada.
pidamente se fabricado e, ou acondicionado sob critérios
indevidos. Por mais de um século tem-se fabricado papel RESTAURAÇÃO: A restauração preventiva tem por
destinado à impressão de livro com alto teor de acidez. objetivo revitalizar a concepção original, ou seja, a legibi-
Sabemos perfeitamente que a acidez é uma das maiores lidade do objeto. Em uma restauração nenhum fator pode
causas da degradação dos papéis. Na mesma medida, o ser negligenciado, é preciso levantar a história, revelar a
acondicionamento de obras em ambientes quente e úmi- tecnologia empregada na fabricação ou a técnica de im-
do gera efeitos danosos, tais como: reações que se pro- pressão utilizada e traçar um plano de acondicionamen-
cessam a nível químico e que geralmente enfraquecem to do objeto restaurado de modo que não volte a sofrer
as cadeias moleculares de celulose, fragilizando o papel. efeitos de deterioração do futuro. Podemos dizer que é
Esse fato concorre para que todos os acervos bibliográfi- melhor: Conservar e preservar para não restaurar.
cos estabeleçam controles ambientais próprios dentro de
Agentes exteriores que danificam os documentos:
parâmetros precisos.
Há um consenso entre os conservadores, no sentido
1. físicos
de que tanto a permanência referente à estabilidade quí-
Luminosidade - a luz é um dos fatores mais agravan-
mica, ao grau de resistência de um material à deteriora-
tes no processo de degradação dos materiais bibliográ-
ção todo o tempo, mesmo quando não está em uso quan- ficos.
to à durabilidade referente à resistência física, ou seja, à Temperatura - o papel se deteriora com o tempo mes-
capacidade de resistir à ação mecânica sobre livros e do- mo que as condições de conservação sejam boas. O papel
cumentos, estão diretamente relacionados com as condi- fica com sua cor original alterada e se torna frágil e isto se
ções ambientais em que esses materiais são acondicio- chama envelhecimento natural.
nados. Esses dois fatores estão de tal forma interligados Umidade - o excesso de umidade estraga muito mais
que materiais de origem orgânica quando se deterioram o papel que a deficiência de água.
quimicamente perdem também sua resistência física. Em 2. químicos
outras palavras, há uma estreita relação entre a longevi- Acidez do Papel - Os papéis brasileiros apresentam
dade dos suportes da escrita, quer sejam em papel, per- um índice de acidez elevado (pH 5 em média) e portanto
gaminho ou outros materiais, e as condições climáticas do uma permanência duvidosa. Somemos ao elevado índice
ambiente onde se encontram. de acidez, o efeito das altas temperaturas predominante

39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

nos países tropicais e subtropicais e uma variação da umi- Os acervos de bibliotecas e arquivos são em geral
dade relativa, teremos um quadro bastante desfavorável constituídos de livros, mapas, fotografias, obras de arte,
na conservação de documentos em papel. Dentre as cau- revistas, manuscritos etc., que utilizam, em grande parte,
sas de degradação do papel, podemos citar as de origem o papel como suporte da informação, além de tintas das
intrínseca e as de origem extrínsecas. mais diversas composições.
Poluição Atmosférica - A celulose é atacada pelos O papel, por mais variada que possa ser sua com po-
ácidos, ainda que nas condições de conservação mais fa- sição, é formado basicamente por fibras de celulose pro-
voráveis. A poluição atmosférica é uma das principais cau- venientes de diferentes origens.
sas da degradação química. Cabe-nos, portanto, encontrar soluções que permi-
Tintas - a tinta é um dos compostos mais importantes tam oferecer o melhor conforto e estabilidade ao suporte
na documentação. Foi e é usada para escrever em papéis, da maioria dos documentos, que é o papel.
pergaminhos e materiais similares, desde que o homem A degradação da celulose ocorre quando agentes
sentiu necessidade de registrar seu avanço técnico e cul- nocivos atacam as ligações celulósicas, rompendo-as ou
tural, e é ainda indispensável para a criação de registros e fazendo com que se agreguem a elas novos componen-
para atividades relacionadas aos interesses de vida diária. tes que, uma vez instalados na molécula, desencadeiam
reações químicas que levam ao rompimento das cadeias
3. biológicos celulósicas.
Insetos - o ataque de insetos tem provocado graves A acidez e a oxidação são os maiores processos de
danos a arquivos e bibliotecas, destruindo coleções e do- deterioração química da celulose. Também há os agentes
cumentos preciosos. Os principais insetos são: físicos de deterioração, responsáveis pelos danos mecâni-
Anobiídeos (brocas ou carunchos) cos dos documentos. Os mais frequentes são os insetos,
Thysanura (traça) os roedores e o próprio homem.
Blatta orientalis (barata) Por isso, considera-se agentes de deterioração dos
Fungos - atuam decompondo a celulose, grande par- acervos de bibliotecas e arquivos aqueles que levam os
te deles produzem pigmentos que mancham o papel.
documentos a um estado de instabilidade física ou quí-
Roedores - A luta contra ratos é mais difícil que a pre-
mica, com comprometimento de sua integridade e exis-
venção contra os insetos. Eles podem provocar desgastes
tência.
de até 20% do total do documento.
Embora, com muita frequência, não possamos elimi-
nar totalmente as causas do processo de deterioração dos
4. ambientais:
documentos, com certeza podemos diminuir considera-
Ventilação - é um outro fator a considerar como ele-
velmente seu ritmo, através de cuidados com o ambiente,
mento que favorece o desenvolvimento dos agentes bio-
lógicos, quando há pouca aeração. o manuseio, as intervenções e a higiene, entre outros.
Poeira - um outro fator que pode favorecer o de- Antes de citar os principais fatores de degradação,
senvolvimento dos agentes biológicos sobre os materiais torna-se indispensável dizer que existe estreita ligação
gráficos, é a presença de pó. entre eles, o que faz com que o processo de deterioração
tome proporções devastadoras.
5. humanos: O Homem, ao lado dos insetos e micror- Para facilitar a compreensão dos efeitos nocivos nos
ganismos é um outro inimigo dos livros e documentos, acervos podemos classificar os agentes de deterioração
embora devêssemos imaginar que ele seria ser o mais cui- em Fatores Ambientais, Fatores Biológicos, Intervenções
dadoso guardião dos mesmos. Impróprias, Agentes Biológicos, Furtos e Vandalismo.
PRESERVAÇÃO: É uma política adotada nas empresas
para a conservação dos documentos. Essa técnica é pro- 1. Fatores ambientais
veniente das áreas de Arquivologia, da biblioteconomia Os agentes ambientais são exatamente aqueles que
e museologia preocupado com a manutenção ou a res- existem no ambiente físico do acervo: Temperatura, Umi-
tauração do acesso a artefatos, documentos e registros dade Relativa do Ar, Radiação da Luz, Qualidade do Ar.
através do estudo, diagnóstico, tratamento e prevenção Num levantamento cuidadoso das condições de con-
de danos e da deterioração. Deve ser distinguida da con- servação dos documentos de um acervo, é possível iden-
servação, que se refere ao tratamento e reparo de itens tificar facilmente as consequências desses fatores, quan-
individuais sob a ação de degradação lenta ou à restaura- do não controlados dentro de uma margem de valores
ção de sua usabilidade. aceitável.
Todos fazem parte do ambiente e atuam em conjunto.
FATORES DE DETERIORAÇÃO EM ACERVOS Sem a pretensão de aprofundar as explicações cien-
DE ARQUIVOS tíficas de tais fatores, podemos resumir suas ações da se-
guinte forma:
Conhecendo-se a natureza dos materiais componen-
tes dos acervos e seu comportamento diante dos fatores 1.1 Temperatura e umidade relativa: O calor e a umi-
aos quais estão expostos, torna-se bastante fácil detectar dade contribuem significativamente para a destruição dos
elementos nocivos e traçar políticas de conservação para documentos, principalmente quando em suporte papel. O
minimizá-los. desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. O ca-

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

lor acelera a deterioração. A velocidade de muitas reações - Cuidados especiais devem ser considerados em ex-
químicas, inclusive as de deterioração, é dobrada a cada posições de curto, médio e longo tempo:
aumento de 10°C. A umidade relativa alta proporciona as - não expor um objeto valioso por muito tempo;
condições necessárias para desencadear intensas reações - manter o nível de luz o mais baixo possível;
químicas nos materiais. Evidências de temperatura e umi- - não colocar lâmpadas dentro de vitrines;
dade relativa alta são detectadas com a presença de co- - proteger objetos com filtros especiais;
lônias de fungos nos documentos, sejam estes em papel, - certificar-se de que as vitrines sejam feitas de mate-
couro, tecido ou outros materiais. riais que não danifiquem os documentos.
Umidade relativa do ar e temperatura muito baixa
transparece em documentos distorcidos e ressecados. 1.3 Qualidades do ar
As flutuações de temperatura e umidade relativa do O controle da qualidade do ar é essencial num pro-
ar são muito mais nocivas do que os índices superiores grama de conservação de acervos. Os poluentes contri-
aos considerados ideais, desde que estáveis e constantes. buem pesadamente para a deterioração de materiais de
Todos os materiais encontrados nos acervos são higros-
bibliotecas e arquivos.
cópicos, isto é, absorvem e liberam umidade muito facil-
Há dois tipos de poluentes – os gases e as partículas
mente e, portanto, se expandem e se contraem com as
sólidas – que podem ter duas origens: os que vêm do am-
variações de temperatura e umidade relativa do ar.
Essas variações dimensionais aceleram o processo de biente externo e os gerados no próprio ambiente.
deterioração e provocam danos visíveis aos documentos, Os poluentes externos são principalmente o dióxido
ocasionando o craquelamento de tintas, ondulações nos de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO e NO2) e o
papéis e nos materiais de revestimento de livros, danos Ozônio (O3). São gases que provocam reações químicas,
nas emulsões de fotos etc.. com formação de ácidos que causam danos sérios e irre-
O mais recomendado é manter a temperatura o mais versíveis aos materiais. O papel fica quebradiço e desco-
próximo possível de 20°C e a umidade relativa de 45% a lorido; o couro perde a pele e deteriora.
50%, evitando-se de todas as formas as oscilações de 3°C As partículas sólidas, além de carregarem gases po-
de temperatura e 10% de umidade relativa. luentes, agem como abrasivos e desfiguram os documen-
O monitoramento, que nos dá as diretrizes para qual- tos.
quer projeto de mudança, é feito através do termo hi- Agentes poluentes podem ter origem no próprio am-
grômetro (aparelho medidor da umidade e temperatura biente do acervo, como no caso de aplicação de vernizes,
simultaneamente). madeiras, adesivos, tintas etc., que podem liberar gases
A circulação do ar ambiente representa um fator bas- prejudiciais à conservação de todos os materiais.
tante importante para amenizar os efeitos da temperatura
e umidade relativa elevada. 2. Agentes biológicos
Os agentes biológicos de deterioração de acervos
1.2 Radiação da luz são, entre outros, os insetos (baratas, brocas, cupins), os
Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emi- roedores e os fungos, cuja presença depende quase que
te radiação nociva aos materiais de acervos, provocando exclusivamente das condições ambientais reinantes nas
consideráveis danos através da oxidação. dependências onde se encontram os documentos.
O papel se torna frágil, quebradiço, amarelecido, es- Para que atuem sobre os documentos e proliferem,
curecido. As tintas desbotam ou mudam de cor, alterando necessitam de conforto ambiental e alimentação. O con-
a legibilidade dos documentos textuais, dos iconográficos forto ambiental para praticamente todos os seres vivos
e das encadernações.
está basicamente na temperatura e umidade relativa ele-
O componente da luz que mais merece atenção é a
vadas, pouca circulação de ar, falta de higiene etc.
radiação ultravioleta (UV). Qualquer exposição à luz, mes-
2.1 Fungos
mo que por pouco tempo, é nociva e o dano é cumulativo
e irreversível. A luz pode ser de origem natural (sol) e ar- Os fungos representam um grupo grande de organis-
tificial, proveniente de lâmpadas incandescentes (tungs- mos. São conhecidos mais de 100.000 tipos que atuam em
tênio) e fluorescentes (vapor de mercúrio). Deve-se evitar diferentes ambientes, atacando diversos substratos. No
a luz natural e as lâmpadas fluorescentes, que são fontes caso dos acervos de bibliotecas e arquivos, são mais co-
geradoras de UV. A intensidade da luz é medida através muns aqueles que vivem dos nutrientes encontrados nos
de um aparelho denominado luxímetro ou fotômetro. documentos.
Algumas medidas podem ser tomadas para proteção
dos acervos: Os fungos são organismos que se reproduzem através
- As janelas devem ser protegidas por cortinas ou de esporos e de forma muito intensa e rápida dentro de
persianas que bloqueiem totalmente o sol; essa medida determinadas condições. Como qualquer outro ser vivo,
também ajuda no controle de temperatura, minimizando necessitam de alimento e umidade para sobreviver e proli-
a geração de calor durante o dia. ferar. O alimento provém dos papéis, amidos (colas), cou-
- Filtros feitos de filmes especiais também ajudam ros, pigmentos, tecidos etc. A umidade é fator indispensá-
no controle da radiação UV, tanto nos vidros de janelas vel para o metabolismo dos nutrientes e para sua prolife-
quanto em lâmpadas fluorescentes (esses filmes têm pra- ração. Essa umidade é encontrada na atmosfera local, nos
zo de vida limitado). materiais atacados e na própria colônia de fungos. Além da

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

umidade e nutrientes, outras condições contribuem para voque a morte dos roedores no recinto. A profilaxia se nos
o crescimento das colônias: temperatura elevada, falta de faz mesmos moldes citados acima: temperatura e umidade
circulação de ar e falta de higiene. relativa controladas, além de higiene periódica.

Os fungos, além de atacarem o substrato, fragilizando 2.3 Ataques de insetos


o suporte, causam manchas de coloração diversas e inten- Baratas – Esses insetos atacam tanto papel quanto re-
sas de difícil remoção. A proliferação se dá através dos es- vestimentos. A variedade também é grande. O ataque tem
poros que, em circunstâncias propícias, se reproduzem de características bem próprias, revelando-se principalmente
forma abundante e rápida. por perdas de superfície e manchas de excrementos. As
Se as condições, entretanto, forem adversas, esses es- baratas se reproduzem no próprio local e se tornam infes-
poros se tornam “dormentes”. A dormência ocorre quando tação muito rapidamente, caso não sejam combatidas. São
as condições ambientais se tornam desfavoráveis, como, atraídas pelos mesmos fatores já mencionados: tempera-
por exemplo, a umidade relativa do ar com índices baixos. tura e umidade elevadas, resíduos de alimentos, falta de
Quando dormentes, os esporos ficam inativos e, por- higiene no ambiente e no acervo.
tanto, não se reproduzem nem atacam os documentos. Existem iscas para combater as baratas, mas, uma vez
Esse estado, porém, é reversível; se as condições forem instalada a infestação, devemos buscar a orientação de
ideais, os esporos revivem e voltam a crescer e agir, mesmo profissionais.
que tenham sido submetidos a congelamento ou secagem. Brocas (Anobídios) – São insetos que causam danos
Os esporos ativos ou dormentes estão presentes em imensos em acervos, principalmente em livros.
todos os lugares, em todas as salas, em cada peça do acer- A sua presença se dá principalmente por falta de pro-
vo e em todas as pessoas, mas não é tão difícil controlá-los. grama de higienização das coleções e do ambiente e ocor-
As medidas a serem adotadas para manter os acervos re muitas vezes por contato com material contaminado,
sob controle de infestação de fungos são: cujo ingresso no acervo não foi objeto de controle. Exigem
- estabelecer política de controle ambiental, principal- vigilância constante, devido ao tipo de ataque que exer-
mente temperatura, umidade relativa e ar circulante, man- cem. Os sintomas desse ataque são claros e inconfundíveis.
tendo os índices o mais próximo possível do ideal e evitan- Para combatê-lo se torna necessário conhecer sua natureza
e comportamento. As brocas têm um ciclo de vida em qua-
do oscilações acentuadas;
tro fases: ovos – larva – pupa – adulta.
- praticar a higienização tanto do local quanto dos do-
A fase de ataque ao acervo é a de larva. Esse inseto se
cumentos, com metodologia e técnicas adequadas;
reproduz por acasalamento, que ocorre no próprio acervo.
- instruir o usuário e os funcionários com relação ao
Uma vez instalado, ataca não só o papel e seus derivados,
manuseio dos documentos e regras de higiene do local;
como também a madeira do mobiliário, portas, pisos e to-
- manter vigilância constante dos documentos con-
dos os materiais à base de celulose.
tra acidentes com água, secando-os imediatamente caso
O ataque causa perda de suporte. A larva digere os
ocorram. materiais para chegar à fase adulta. Na fase adulta, acasala
Observações importantes: e põe ovos. Os ovos eclodem e o ciclo se repete.
- O uso de fungicidas não é recomendado; os danos As brocas precisam encontrar condições especiais que,
causados superam em muito a eficiência dos produtos so- como todos os outros agentes biológicos, são temperatura
bre os documentos. e umidade relativa elevadas, falta de ar circulante e falta de
- Caso se detecte situação de infestação, chamar pro- higienização periódica no local e no acervo.
fissionais especializados em conservação de acervos. A característica do ataque é o pó que se encontra na
- Não limpar o ambiente com água, pois esta, ao secar, estante em contato com o documento.
eleva a umidade relativa do ar, favorecendo a proliferação Este pó contém saliva, excrementos, ovos e resíduos
de colônias de fungos. de cola, papel etc. Em geral as brocas vão em busca do
- Na higienização do ambiente, é recomendado o uso adesivo de amido, instalando-se nos papelões das capas,
de aspirador. no miolo e no suporte do miolo dos livros. As perdas são
Alguns conselhos para limpeza de material com fun- em forma de orifícios bem redondinhos.
gos: A higienização metódica é a única forma de se fazer o
- Usar proteção pessoal: luvas de látex, máscaras, aven- controle das condições de conservação dos documentos e,
tais, toucas e óculos de proteção (nos casos de sensibilida- assim, detectar a presença dos insetos. Uma medida que
de alérgica). deve ser obedecida sempre é a higienização e separação
- Luvas, toucas e máscaras devem ser descartáveis. de todo exemplar que for incorporado ao acervo, seja ele
originário de doação, aquisição ou recolhimento.
2.2 Roedores Quando o ataque se torna uma infestação, é preciso
A presença de roedores em recintos de bibliotecas e buscar a ajuda de um profissional especializado.
arquivos ocorre pelos mesmos motivos citados acima. Ten- A providência a ser tomada é identificar o documento
tar obstruir as possíveis entradas para os ambientes dos atacado e, se possível, isolá-lo até tratamento. A higieniza-
acervos é um começo. As iscas são válidas, mas para que ção de infestados por brocas deve ser feita em lugar dis-
surtam efeito devem ser definidas por especialistas em tante, devido ao risco de espalhar ovos ou muitas larvas
zoonose. O produto deve ser eficiente, desde que não pro- pelo ambiente.

42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Estes insetos precisam ser muito bem controlados: por quivos devem ter noções básicas de conservação dos do-
mais que se higienize o ambiente e se removam as larvas cumentos com que lidam, seja para efetivamente executá
e resíduos, corre-se o risco de não eliminar totalmente os -la, seja para escolher os técnicos capazes de fazê-lo, con-
ovos. Portanto, após a higienização, os documentos devem trolando seu trabalho. Os conhecimentos de conservação
ser revistos de tempos em tempos. ajudam a manter equipes de controle ambiental, controle
Todo tratamento mais agressivo deve ser feito por pro- de infestações, higienização do ambiente e dos documen-
fissionais especializados, pois o uso de qualquer produto tos, melhorando as condições do acervo.
químico pode acarretar danos intensos aos documentos. Pequenos reparos e acondicionamentos simples po-
Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não só dem ser realizados por aqueles que tenham sido treinados
para as coleções como para o prédio em si. nas técnicas e critérios básicos de intervenção.
Vivem em sociedades muito bem organizadas, repro-
duzem-se em ninhos e a ação é devastadora onde quer 4. Problemas no manuseio de livros e documentos
que ataquem. Na grande maioria das vezes, sua presença
só é detectada depois de terem causado grandes danos. O manuseio inadequado dos documentos é um fator
Os cupins percorrem áreas internas de alvenaria, tubu- de degradação muito frequente em qualquer tipo de acer-
lações, conduítes de instalações elétricas, rodapés, baten- vo.
tes de portas e janelas etc., muitas vezes fora do alcance O manuseio abrange todas as ações de tocar no do-
dos nossos olhos. cumento, sejam elas durante a higienização pelos funcio-
Chegam aos acervos em ataques massivos, através de nários da instituição, na remoção das estantes ou arquivos
estantes coladas às paredes, caixas de interruptores de luz, para uso do pesquisador, nas foto reproduções, na pesqui-
assoalhos etc. sa pelo usuário etc. O suporte papel tem uma resistência
Os ninhos não precisam obrigatoriamente estar dentro determinada pelo seu estado de conservação. Os critérios
dos edifícios das bibliotecas e arquivos. para higienização, por exemplo, devem ser formulados me-
Podem estar a muitos metros de distância, inclusive na diante avaliação do estado de degradação do documento.
base de árvores ou outros prédios. Os limites devem ser obedecidos. Há documentos que, por
Com muita frequência, quando os cupins atacam o
mais que necessitem de limpeza, não podem ser manipu-
acervo, já estão instalados em todo o prédio. Da mesma
lados durante um procedimento de higienização, porque o
forma que os outros agentes citados anteriormente, os
tratamento seria muito mais nocivo à sua integridade, que
cupins se instalam em ambientes com índices de tempe-
é o item mais importante a preservar, do que a eliminação
ratura e umidade relativa elevados, ausência de boa circu-
da sujidade.
lação de ar, falta de higienização e pouco manuseio dos
documentos.
4.1 Furto e vandalismo
No caso de ataque de cupim, não há como solucionar
Um volume muito grande de documentos em nossos
o problema sozinho. O ideal é buscar auxílio com um pro-
fissional especializado na área de conservação de acervos acervos é vítima de furtos e vandalismo.
para cuidar dos documentos atacados e outro profissional A falta de segurança e nenhuma política de controle
capacitado para cuidar do extermínio dos cupins que estão são a causa desse desastre.
na parte física do prédio. O tratamento recomendado para Além do furto, o vandalismo é muito frequente. A
o extermínio dos cupins ou para prevenção contra novos quantidade de documentos mutilados aumenta dia a dia.
ataques é feito mediante barreiras químicas adequada- Esse é o tipo de dano que, muitas vezes, só se constata
mente projetadas. muito tempo depois. É necessário implantar uma política
de proteção, mesmo que seja através de um sistema de
3. Intervenções inadequadas nos acervos segurança simples.
Durante o período de fechamento das instituições, a
Chamamos de intervenções inadequadas todos os pro- melhor proteção é feita com alarmes e detectores internos.
cedimentos de conservação que realizamos em um con- O problema é durante o horário de funcionamento, que é
junto de documentos com o objetivo de interromper ou quando os fatos acontecem.
melhorar seu estado de degradação. Muitas vezes, com a O recomendado é que se tenha uma só porta de entra-
boa intenção de protegê-los, fazemos intervenções que re- da e saída das instalações onde se encontra o acervo, para
sultam em danos ainda maiores. ser usada tanto pelos consulentes/pesquisadores quanto
Nos acervos formados por livros, fotografias, docu- pelos funcionários.
mentos impressos, documentos manuscritos, mapas, plan- As janelas devem ser mantidas fechadas e trancadas.
tas de arquitetura, obras de arte etc., é preciso ver que, Nas áreas destinadas aos usuários, o encarregado precisa
segundo sua natureza, cada um apresenta suportes, tintas, ter uma visão de todas as mesas, permanecendo no local
pigmentos, estruturas etc. completamente diferentes. durante todo o horário de funcionamento. As chaves das
Qualquer tratamento que se queira aplicar exige um salas de acervo e o acesso a elas devem estar disponíveis
conhecimento das características individuais dos docu- apenas a um número restrito de funcionários.
mentos e dos materiais a serem empregados no processo Na devolução dos documentos, é preciso que o funcio-
de conservação. Todos os profissionais de bibliotecas e ar- nário faça uma vistoria geral em cada um.

43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

5. Fatores de deterioração estáveis, resistentes, duráveis. Suas características, em re-


Como podemos ver, os danos são intensos e muitos lação aos documentos onde são aplicados, distinguem-se
são irreversíveis. Apesar de toda a problemática dos custos pela estabilidade, neutralidade, reversibilidade e inércia. Os
de uma política de conservação, existem medidas que po- materiais não enquadrados nessa classificação não podem
demos tomar sem despender grandes somas de dinheiro, ser usados, pois apresentam problemas de instabilidade,
minimizando drasticamente os efeitos desses agentes. reagem com o tempo e decompõem-se em outras subs-
Alguns investimentos de baixo custo devem ser feitos, tâncias que vão deteriorar os documentos com os quais
a começar por: estão em contato. Além disso, são de natureza irreversível,
• treinamento dos profissionais na área da conservação ou seja, uma vez aplicados aos documentos não podem ser
e preservação; removidos.
• atualização desses profissionais (a conservação é uma Dentro das especificações positivas, encontramos vá-
ciência em desenvolvimento constante e a cada dia novas rios materiais: os papéis e cartões alcalinos, os poliésteres
técnicas, materiais e equipamentos surgem para facilitar e inertes, os adesivos alcalinos e reversíveis, os papéis orien-
melhorar a conservação dos documentos); tais, borrachas plásticas etc., usados tanto para pequenas
• monitoração do ambiente – temperatura e umidade intervenções sobre os documentos como para acondicio-
relativa em níveis aceitáveis; namento.
• uso de filtros e protetores contra a luz direta nos do-
cumentos; 7. Critérios para a escolha de técnicas e de materiais
• adoção de política de higienização do ambiente e dos para a conservação de acervos
acervos; Como já enfatizamos anteriormente, é muito impor-
• contato com profissionais experientes que possam tante ter conhecimentos básicos sobre os materiais que
assessorar em caso de necessidade. integram nossos acervos para que não corramos o risco de
Conservação: critérios de intervenção para a estabiliza- lhes causar mais danos.
ção de documentos Vários são os procedimentos que, apesar de simples,
Os documentos que sofrem algum tipo de dano apre-
são de grande importância para a estabilização dos docu-
sentam um processo de deterioração que progressivamen-
mentos.
te vai levá-los a um estado de perda total. Para evitar esse
desfecho, interrompe-se o processo através de interven-
8. Higienização
ções que levam à estabilização do documento.
A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os
Estabilizar um documento é, portanto, interromper
documentos. A sujidade não é inócua e, quando conjugada
um processo que esteja deteriorando o suporte e/ou seus
a condições ambientais inadequadas, provoca reações de
agregados, através de procedimentos mínimos de inter-
destruição de todos os suportes num acervo. Portanto, a
venção. Por exemplo: estabilizar por higienização significa
que uma limpeza mecânica corrige o processo de deterio- higienização das coleções deve ser um hábito de rotina na
ração. No capítulo anterior, vimos os fatores de deteriora- manutenção de bibliotecas ou arquivos, razão por que é
ção e seus efeitos nos documentos. O segundo passo será considerada a conservação preventiva por excelência.
a intervenção nesse processo de deterioração, através de Durante a higienização de documentos, procedemos
estabilização dos documentos danificados. também de forma simultânea a um levantamento de da-
Para se fazer qualquer intervenção, deve-se obedecer dos sobre suas condições de conservação, para efeitos de
a critérios de prioridade estabelecidos no tratamento dos futuras intervenções. É hora Durante a higienização de do-
acervos: de coleções gerais ou de obras raras, no caso de cumentos, procedemos também de forma simultânea a um
bibliotecas, de documentos antigos ou mais recentes, no levantamento de dados sobre suas condições de conserva-
caso de arquivos. ção, para efeitos de futuras intervenções. É hora também
Antes de qualquer intervenção, a primeira avaliação é de executar os primeiros socorros para que um processo
se nós somos capazes de executá-la. de deterioração em andamento seja interrompido, mesmo
Alguns de nós seremos capazes e muitos outros não. que não possa ser sanado no momento.
Esse é o primeiro critério a seguir.
Caso não nos julguemos com conhecimentos necessá- 8.1 Processos de higienização
rios, a solução é buscar algum especialista da área ou acon-
dicionar o documento enquanto aguardamos o momento 8.1.1 Limpeza de superfície
oportuno de intervir. O processo de limpeza de acervos de bibliotecas e ar-
quivos se restringe à limpeza de superfície e, portanto, é
6. Características gerais dos materiais empregados mecânica, feita a seco. A técnica é aplicada com o objetivo
em conservação de reduzir poeira, partículas sólidas, incrustações, resíduos
de excrementos de insetos ou outros depósitos de super-
Nos projetos de conservação/preservação de acervos fície. Nesse processo, não se usam solventes. A limpeza de
de bibliotecas, arquivos e museus, é recomendado apenas superfície é uma etapa independente de qualquer trata-
o uso de materiais de qualidade arquivística, isto é, daque- mento mais intenso de conservação; é, porém, sempre a
les materiais livres de quaisquer impurezas, quimicamente primeira etapa a ser realizada.

44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

8.1.2 Razões que levam a realizar a limpeza do acervo • - lápis de borracha;


A sujidade escurece e desfigura o documento, prejudican- - luvas de látex ou algodão;
do-o do ponto de vista estético. - máscaras;
• As manchas ocorrem quando as partículas de poei- - papel mata-borrão;
ra se umedecem, com a alta umidade relativa ou mesmo - pesos;
por ataque de água, e penetram rapidamente no papel. A - poliéster (mylar);
sujeira e outras substâncias dissolvidas se depositam nas - folhas de papel siliconado;
margens das áreas molhadas, provocando a formação de - microscópios;
manchas. A remoção dessas manchas requer a intervenção Os livros, além do suporte papel, exigem também tra-
de um restaurador. tamento de revestimento. Assim, o couro (inclui-se aqui o
• Os poluentes atmosféricos são altamente ácidos e, pergaminho), tecidos e plastificados fazem parte dos ma-
portanto, extremamente nocivos ao papel. São rapidamen- teriais pertencentes aos livros.
te absorvidos, alterando seriamente o pH do papel. Para a limpeza de livros utilizamos trinchas de diferen-
8.1.3 Avaliação do objeto a ser limpo tes tamanhos, pincéis, flanelas macias, aspiradores de baixa
Cada objeto deve ser avaliado individualmente para potência com proteção de boca, pinças, espátulas de me-
determinar se a higienização é necessária e se pode ser tal, entre outros materiais.
realizada com segurança. No caso de termos as condições Na limpeza do couro, é recomendável somente a utili-
abaixo, provavelmente o tratamento não será possível: zação de pincel e flanela macia, caso o couro esteja íntegro.
• Fragilidade física do suporte – Objetos com áreas Não se deve tratá-lo com óleos e solventes.
finas, perdas, rasgos intensos podem estar muito frágeis A encadernação em pergaminho não necessita do
para limpeza. Áreas com manchas e áreas atacadas por mesmo tratamento do couro. Como é muito sensível à
fungos podem não resistir à limpeza: o suporte torna-se umidade, o tratamento aquoso deve ser evitado. Para sua
escuro, quebradiço, manchado e, portanto, muito facil- limpeza, apresenta bons resultados o uso de algodão em-
mente danificado. bebido em solvente de 50% de água e álcool. O algodão
Quando o papel se degrada, até mesmo um suave con- precisa estar bem enxuto, e deve-se sempre buscar traba-
tato com o pó de borracha pode provocar a fragmentação
lhar o suporte em pequenas áreas de cada vez. Nessa lim-
do documento.
peza, é importante ter muito cuidado com os pergaminhos
• Papéis de textura muito porosa – Não se deve passar
muito ressecados e distorcidos. A fragilidade é intensa e
borracha nesses materiais, pois a remoção das partículas
o documento pode desintegrar-se. A estabilização de per-
residuais com pincel se torna difícil:
gaminhos, nesse caso, requer os serviços de especialistas.
- papel japonês;
Há muita controvérsia no uso de Leather Dressing para
- papel de textura fragilizada pelo ataque de fungos
a hidratação dos couros. Os componentes das diversas
(que degradam a celulose, consumindo a encolagem);
fórmulas do produto variam muito (óleos, graxas, gordu-
- papel molhado (que perde a encolagem e, após a se-
cagem, torna-se frágil). ras) e, se mal aplicados, podem causar sérios problemas
de conservação ao couro. A fórmula do British Museum é
8.1.4 Materiais usados para limpeza de superfície a mais usada e recomendada. O uso deve ser criterioso e
A remoção da sujidade superficial (que está solta so- não indiscriminado. Em casos específicos de livros novos
bre o documento) é feita através de pincéis, flanela macia, de coleções de bibliotecas, pode ser apropriado o seu uso
aspirador e inúmeras outras ferramentas que se adaptam como parte integrante de um programa de manutenção.
à técnica. No caso dos revestimentos em tecido, a aplicação de
Como já foi dito anteriormente, essa etapa é obrigató- trincha ou aspirador é recomendável, caso sua integridade
ria e sempre se realiza como primeiro tratamento, quais- o permita.
quer que sejam as outras intervenções previstas. Nas capas de livros revestidas em papel, pode ser uti-
• Pincéis: são muitos os tipos de pincéis utilizados na lizado pó de borracha ou diretamente a borracha, caso a
limpeza mecânica, de diferentes formas, tamanhos, quali- integridade do papel e das tintas não fique comprometida
dade e tipos de cerdas (podem ser usados com carga es- com essa ação.
tática atritando as cerdas contra o nylon, material sintético E, nos revestimentos plastificados (percalux e outros),
ou lã); deve-se usar apenas uma flanela seca e bem macia.
• Flanela: serve para remover sujidade de encaderna- Na limpeza do miolo do livro, utilizamos um pincel
ções, por exemplo; macio, sem aplicar borracha ou pó de borracha. Além de
• Aspirador de pó: sempre com proteção de bocal e agredir as tintas, o resíduo de borracha é permanente e de
com potência de sucção controlada; difícil remoção. Os resíduos agem como abrasivos e per-
• Outros materiais usados para a limpeza: bisturi, pinça, manecerão em contato com o suporte para sempre.
espátula, agulha, cotonete; 8.2.1 Limpeza de livros – metodologia em mesa de hi-
• Materiais de apoio necessários para limpeza mecâ- gienização
nica: - Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha,
- raladores de plástico ou aço inox; borrachas de vinil; pincel macio, aspirador, flanela macia, conforme o estado
- fita-crepe; da encadernação;

45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

- Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela 8.3.2 Documentos em grande formato
lombada, apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel, Desenhos de Arquitetura – Os papéis de arquitetura
limpar os cortes, começando pela cabeça do livro, que é (no geral em papel vegetal) podem ser limpos com pó de
a área que está mais exposta à sujidade. Quando a sujei- borracha, após testes. Pode-se também usar um cotonete -
ra está muito incrustada e intensa, utilizar, primeiramente, bem enxuto e embebido em álcool. Muito sensíveis à água,
aspirador de pó de baixa potência ou ainda um pedaço de esses papéis podem ter distorções causadas pela umidade
carpete sem uso; que são irreversíveis ou de difícil remoção.
- O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha, Posters (Cartazes) – As tintas e suportes de posters são
numa primeira higienização; muito frágeis. Não se recomenda limpar a área pictórica.
- Oxigenar as folhas várias vezes. Todo cuidado é pouco, até mesmo na escolha de seu acon-
Num programa de manutenção, pode-se limpar a en- dicionamento.
cadernação, cortes e aproximadamente as primeiras e últi- Mapas – Os mapas coloridos à mão merecem uma
mas 15 folhas, que são as mais sujeitas a receber sujidade, atenção especial na limpeza. Em mapas impressos, desde
devido à estrutura das encadernações. Nos livros mais frá- que em boas condições, o pó de borracha pode ser aplica-
geis, deve-se suportar o volume em estruturas adequadas do para tratar grandes áreas. Os grandes mapas impressos,
durante a operação para evitar danos na manipulação e muitas vezes, têm várias folhas de papel coladas entre si
tratamento. nas margens, visando permitir uma impressão maior. Ao
Todo o documento que contiver gravuras ou outra téc- fazer a limpeza de um documento desses, o cuidado com
nica de obra de arte no seu interior necessita um cuidado as emendas deve ser redobrado, pois nessas, geralmente,
redobrado. Antes de qualquer intervenção com pincéis, ocorrem descolamentos que podem reter resíduos de bor-
trinchas, flanelas, é necessário examinar bem o documento, racha da limpeza, gerando degradação. Outros mapas são
pois, nesse caso, só será recomendada a limpeza de super- montados em linho ou algodão com cola de amido. O ver-
fície se não houver nenhum risco de dano. so desses documentos retém muita sujidade. Recomenda-
No caso dos documentos impressos como os livros, se remover o máximo com aspirador de pó (munido das
devidas proteções em seu bocal e no documento).
existe uma grande margem de segurança na resistência
9. Pequenos reparos
das tintas em relação ao pincel. Mesmo assim, devemos
Os pequenos reparos são diminutas intervenções que
escolher o pincel de maciez adequada para cada situação.
podemos executar visando interromper um processo de
Em relação às obras de arte, as técnicas são tão variadas e
deterioração em andamento. Essas pequenas intervenções
as tintas de composições tão diversas que, de modo algum,
devem obedecer a critérios rigorosos de ética e técnica e
se deve confiar na sua estabilidade frente à ação do pincel
têm a função de melhorar o estado de conservação dos
ou outro material.
documentos. Caso esses critérios não sejam obedecidos, o
8.3 Higienização de documentos de arquivo
risco de aumentar os danos é muito grande e muitas vezes
Materiais arquivísticos têm os seus suportes geralmen- de caráter irreversível.
te quebradiços, frágeis, distorcidos ou fragmentados. Isso Os livros raros e os documentos de arquivo mais an-
se deve principalmente ao alto índice de acidez resultante tigos devem ser tratados por especialistas da área. Os de-
do uso de papéis de baixa qualidade. As más condições de mais documentos permitem algumas intervenções, de sim-
armazenamento e o excesso de manuseio também contri- ples a moderadas. Os materiais utilizados para esse fim de-
buem para a degradação dos materiais. Tais documentos vem ser de qualidade arquivística e de caráter reversível. Da
têm que ser higienizados com muito critério e cuidado. mesma forma, toda a intervenção deve obedecer a técnicas
8.3.1 Documentos manuscritos e procedimentos reversíveis. Isso significa que, caso seja
Os mesmos cuidados para com os livros devem ser to- necessário reverter o processo, não pode existir nenhum
mados em relação aos manuscritos. O exame dos docu- obstáculo na técnica e nos materiais utilizados.
mentos, testes de estabilidade de seus componentes para Os procedimentos e técnicas para a realização de re-
o uso dos materiais de limpeza mecânica e critérios de in- paros em documentos exigem os seguintes instrumentos:
tervenção devem ser cuidadosamente realizados. - mesa de trabalho;
As tintas ferrogálicas, conforme o caso podem destruir - pinça;
um documento pelo seu alto índice de acidez. Todo cuida- - papel mata-borrão;
do é pouco para manusear esses documentos. As espessas - entretela sem cola;
tintas encontradas em partituras de música, por exemplo, - placa de vidro;
podem estar soltas ou em estado de pó. - peso de mármore;
Tintas, como de cópias de carbono, são fáceis de “bor- - espátula de metal;
rar”, ao mesmo tempo em que o tipo de papel utilizado - espátula de osso;
para isso é fino e quebradiço, tornando o manuseio mui- - pincel chato;
to arriscado e a limpeza de superfície desaconselhável. As - pincel fino;
áreas ilustradas e decorativas dos manuscritos iluminados - filme de poliéster.
são desenhadas com tintas à base de água que podem es-
tar secas e pulverulentas. A limpeza mecânica, nesses ca-
sos, deve ser evitada.

46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

LÍNGUA PORTUGUESA 3-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA-


TIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas verbais
está correta em:
1-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATI- (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o pla-
VO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do neta não resistiu.
texto: (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega- poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
tiva... (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classifi- o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
cação do continente americano (2,0)... torções patológicas, não haverá vícios.
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão baratas.
exemplos, em: (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia.
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da
maioria? Fiz as correções necessárias:
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o plane-
Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha. ta não resistiu = resistirá
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
também existem umas que não merecem nossa atenção. o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. torções patológicas, não haverá = haveria
(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
tão eficientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam (ou
aos itens:
teriam ficado)
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
(E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
tem (singular)
cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia =
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
crescerá
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
ram (plural)
RESPOSTA: “B”.
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
umas (plural)
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas 4-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA –
as formas estão no plural) VUNESP/2010) Assinale a alternativa que preenche ade-
quadamente e de acordo com a norma culta a lacuna da
RESPOSTA: “A”. frase: Quando um candidato trêmulo ______ eu lhe faria a
pergunta mais deliciosa de todas.
2-) (CETESB/SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO - RE- (A) entrasse
CURSOS HUMANOS - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Consi- (B) entraria
dere as orações: … sabíamos respeitar os mais velhos! / E (C) entrava
quando eles falavam nós calávamos a boca! (D) entrar
Alterando apenas o tempo dos verbos destacados para (E) entrou
o tempo presente, sem qualquer outro ajuste, tem-se, de
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa: O verbo “faria” está no futuro do pretérito, ou seja, in-
(A) … soubemos respeitar os mais velhos! / E quando dica que é uma ação que, para acontecer, depende de ou-
eles falaram nós calamos a boca! tra. Exemplo: Quando um candidato entrasse, eu faria / Se
(B) … saberíamos respeitar os mais velhos! / E quando ele entrar, eu farei / Caso ele entre, eu faço...
eles falassem nós calaríamos a boca!
(C) … soubéssemos respeitar os mais velhos! / E quan- RESPOSTA: “A”.
do eles falassem nós calaríamos a boca!
(D) … saberemos respeitar os mais velhos! / E quando 5-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA –
eles falarem nós calaremos a boca! VUNESP/2010 - ADAPTADA)
(E) … sabemos respeitar os mais velhos! / E quando eles Assinale a alternativa de concordância que pode ser
falam nós calamos a boca! considerada correta como variante da frase do texto – A
maioria considera aceitável que um convidado chegue
No presente: nós sabemos / eles falam. mais de duas horas ...
(A) A maioria dos cariocas consideram aceitável que
RESPOSTA: “E”. um convidado chegue mais de duas horas...

47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

(B) A maioria dos cariocas considera aceitáveis que um (A) A população, de um modo geral, está à espera de
convidado chegue mais de duas horas... que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes.
(C) As maiorias dos cariocas considera aceitáveis que (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re-
um convidado chegue mais de duas horas... pensarem a sua postura.
(D) As maiorias dos cariocas consideram aceitáveis que (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
um convidado chegue mais de duas horas... punições muito mais severas.
(E) As maiorias dos cariocas consideram aceitável que (D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a
um convidado cheguem mais de duas horas... vida dos demais motoristas e de pedestres.
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento
Fiz as indicações:
da nova lei para que ela possa funcionar.
(A) A maioria dos cariocas consideram (ou considera,
tanto faz) aceitável que um convidado chegue mais de
duas horas... (A) A população, de um modo geral, está à espera (dá
(B) A maioria dos cariocas considera (ok) aceitáveis para substituir por “esperando”) de que
(aceitável) que um convidado chegue mais de duas horas... (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re-
(C) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas considera (ok) pensarem (antes de verbo)
aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais de (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
duas horas... punições (generalizando, palavra no plural)
(D) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram (D) À ninguém (pronome indefinido)
(ok) aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais (E) Cabe à todos (pronome indefinido)
de duas horas...
(E) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram RESPOSTA: “A”.
(ok) aceitável que um convidado cheguem (chegue) mais
de duas horas... (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
- ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
RESPOSTA: “A”. ADAPTADO) Leia o texto, para responder às questões de
números 21 e 22.
6-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux”
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras
(*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista
são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que
acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo;
justificam, respectivamente, as acentuações de: década, re-
lógios, suíços. encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom ca-
(A) flexíveis, cartório, tênis. rioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estre-
(B) inferência, provável, saída. bucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom boceja,
(C) óbvio, após, países. tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
(D) islâmico, cenário, propôs. Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o
(E) república, empresária, graúda. paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já
estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais
Década = proparoxítona / relógios = paroxítona termi- terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou
nada em ditongo / suíços = regra do hiato crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de es-
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em tar pagando não garantirá a atenção do garçom carioca?
ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua ba-
de “s”) talha entre burgueses e proletários, compreender o discre-
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / to charme da aristocracia?
provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de
hiato tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde,
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona
os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis
terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em
“o” + “s” e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e caipiri-
(E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto- nhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson,
na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de
Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com Roberto Carlos
RESPOSTA: “E”. e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre
quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
7-) (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU- Até que chega esse paulista, esse homem bidimensio-
NESP/2013) De acordo com a norma- padrão da língua nal e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatê-
portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente nis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá
empregado em: universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta

48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que car- 10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
regas no peito - pensa o garçom, antes de conduzi-lo à LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O
última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão
esquecê-lo para todo o sempre. de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá ama- com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das pala-
nhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, mal- vras ígneo e pétreo.
dizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê, onde (A) De corda; de plástico.
a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô, (B) De fogo; de madeira.
faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. (C) De madeira; de pedra.
Acalme-se, conterrâneo. (D) De fogo; de pedra.
Acostume-se com sua existência plebeia. O garçom ca- (E) De plástico; de cinza.
rioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao restaurante
para homenageá-lo. Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as-
(Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos
de S.Paulo, 06.02.2013) fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos-
ta?
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
RESPOSTA: “D”.
8-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
- ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
Assinale a alternativa contendo passagem em que o autor
ADAPTADO) Para responder às questões de números 24 e
simula dialogar com o leitor.
25, considere a seguinte passagem: Sem querer estereoti-
(A) Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua
par, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas intera-
existência plebeia.
ções sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta
(B) Ô, companheiro, faz meia hora que eu cheguei... “débito ou crédito?”.
(C) Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de
deux”. 11-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
(D) Sim, meu caro paulista... LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
(E) Ah, paulishhhhta otááário... Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
Em “meu caro paulista”, o autor está dirigindo-se a nós, (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido
leitores. dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
RESPOSTA: “D”. (D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.
9-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Classificar conforme regras conhecidas, mas não con-
O contexto em que se encontra a passagem – Se deixou firmadas se verdadeiras.
de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a
servir reis e rainhas do 20 (2.º parágrafo) – leva a concluir, RESPOSTA: “E”.
corretamente, que a menção a
(A) príncipes e princesas constitui uma referência em 12-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
sentido não literal. LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
(B) reis e rainhas constitui uma referência em sentido Nessa passagem, a palavra cujas tem sentido de
não literal. (A) lugar, referindo-se ao ambiente em que ocorre a
(C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma re- pergunta mencionada.
ferência em sentido não literal. (B) posse, referindo-se às interações sociais do paulista.
(D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma re- (C) dúvida, pois a decisão entre débito ou crédito ainda
ferência em sentido literal. não foi tomada.
(E) reis e rainhas constitui uma referência em sentido (D) tempo, referindo-se ao momento em que termi-
literal. nam as interações sociais.
(E) condição em que se deve dar a transação financeira
Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas” mencionada.
do século 20 são as personalidades da mídia, os “famosos”
e “famosas”. Quanto a príncipes e princesas do século 19, O pronome “cujo” geralmente nos dá o sentido de
esses eram da corte, literalmente. posse: O livros cujas folhas (lê-se: as folhas dos livros).

RESPOSTA: “B”. RESPOSTA: “B”.

49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

13-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- A – Máquina = sem acréscimo de afixos (prefixo ou
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) sufixo)
Assinale a alternativa em que a oração destacada expressa B - Brilhantismo. = acréscimo de sufixo (ismo)
finalidade, em relação à outra que compõe o período. C – Hipertexto = acréscimo de prefixo (hiper)
(A) Se deixou de bajular os príncipes e princesas do D – Textualidade = acréscimo de sufixo (idade)
século 19, passou a servir reis e rainhas do 20... E – Arquivamento = acréscimo de sufixo (mento)
(B) Pensa o garçom, antes de conduzi-lo à última mesa
do restaurante... RESPOSTA: “C”.
(C) Você é que foi ao restaurante para homenageá-lo.
(D) ... nenhum emblema preencherá o vazio que carre- (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
gas no peito ... - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
(E) O garçom boceja, tira um fiapo do ombro... ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as
palavras destacadas nas seguintes passagens do texto:
Vamos às análises: Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
... informações ligadas especialmente à pesquisa aca-
A - Se deixou de bajular os príncipes e princesas do
dêmica,
século 19 = a conjunção inicial é condicional.
... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por
B - antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante =
analogia e associação...
conjunção temporal (dá-nos noção de tempo)
Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a
C - para homenageá-lo = nessa oração temos a noção ideia de hipertexto...
do motivo (qual a finalidade) da ação de “ter ido ao restau- ... 20 anos depois de seu artigo fundador...
rante”, segundo o texto
D - que carregas no peito – o “que” funciona como 29-) As palavras destacadas que expressam ideia de
pronome relativo (podemos substituí-lo por “o qual” car- tempo são:
regas no peito) (A) algo, especialmente e Quando.
E - tira um fiapo do ombro – temos aqui uma oração (B) Desde, especialmente e algo.
assindética (sem conjunção “final”) (C) especialmente, Quando e depois.
(D) Desde, Quando e depois.
RESPOSTA: “C”. (E) Desde, algo e depois.

14-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são:
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2011) desde, quando e depois.
Em – A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é
proverbial, mas o príncipe Edward dizendo bobagens para RESPOSTA: “D”.
estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora ame-
ricana. 16- (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
A conjunção destacada pode ser substituída por LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
A) portanto. (B) como. (C) no entanto. (D) Assinale a alternativa contendo frase com redação de
porque. (E) ou. acordo com a norma-padrão de concordância.
(A) Pensava na necessidade de ser substituído de ime-
O “mas” é uma conjunção adversativa, dando a ideia de diato os métodos existentes.
oposição entre as informações apresentadas pelas orações, (B) Substitui-se os métodos de recuperação de infor-
o que acontece no enunciado da questão. Em “A”, temos mações que se ligava especialmente à pesquisa acadê-
mica.
uma conclusiva; “B”, comparativa; “C”, adversativa; “D”, ex-
(C) No hipertexto, a textualidade funciona por se-
plicativa; “E”, alternativa.
quências fixas que se estabeleceram previamente.
(D) O inventor pensava em textos que já deveria estar
RESPOSTA: “C”.
disponíveis em rede.
(E) Era procurado por ele máquinas com as quais pu-
15-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- desse capturar o brilhantismo anárquico da imaginação
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) humana.
Assinale a alternativa contendo palavra formada por pre-
fixo. Coloquei entre parênteses a correção:
(A) Máquina. (A) Pensava na necessidade de ser substituído (serem
(B) Brilhantismo. substituídos) de imediato os métodos existentes.
(C) Hipertexto. (B) Substitui-se (substituem-se) os métodos de recu-
(D) Textualidade. peração de informações que se ligava (ligavam) especial-
(E) Arquivamento. mente à pesquisa acadêmica.

50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

(C) No hipertexto, a textualidade funciona por se- 19-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
quências fixas que se estabeleceram previamente. LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
(D) O inventor pensava em textos que já deveria (de- Assinale a alternativa em que todos os verbos estão em-
veriam) estar disponíveis em rede. pregados de acordo com a norma-padrão.
(E) Era procurado (eram procuradas) por ele máquinas (A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da
com as quais pudesse capturar o brilhantismo anárquico impressão definitiva.
da imaginação humana. (B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em
silêncio.
RESPOSTA: “C”. (C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a tra-
balhar no feriado.
17-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- (D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) (E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque-
Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segun-
ra a seu superior.
do as regras de acentuação, respectivamente, de inter-
Realizei a correção entre parênteses:
câmbio e antropológico.
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da
(A) Distúrbio e acórdão.
impressão definitiva.
(B) Máquina e jiló.
(C) Alvará e Vândalo. (B) Não haverá prova do crime se o réu se manter
(D) Consciência e características. (mantiver) em silêncio.
(E) Órgão e órfãs. (C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem (dispu-
serem) a trabalhar no feriado.
Para que saibamos qual alternativa assinalar, primeiro (D) Ficarão surpresos quando o verem (virem) com a
temos que classificar as palavras do enunciado quanto à toga...
posição de sua sílaba tônica: (E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque-
Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; An- ra (requeira) a seu superior.
tropológico = proparoxítona (todas são acentuadas). Ago-
ra, vamos à análise dos itens apresentados: RESPOSTA: “A”.
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo;
acórdão = paroxítona terminada em “ão” 20-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
em “o” Assinale a alternativa que completa as lacunas do trecho a
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = pro-
seguir, empregando o sinal indicativo de crase de acordo
paroxítona
com a norma-padrão.
(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo;
características = proparoxítona Não nos sujeitamos ____ corrupção; tampouco cede-
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em remos espaço ____ nenhuma ação que se proponha ____
“ão” e “ã”, respectivamente. prejudicar nossas instituições.
(A) à … à … à
RESPOSTA: “D”. (B) a … à … à
(C) à … a … a
18-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- (D) à … à … a
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) (E) a … a … à
Na passagem – Nesse contexto, governos e empresas es-
tão fechando o cerco contra a corrupção e a fraude, valen-
Vamos por partes!
do-se dos mais variados mecanismos... – a oração destaca-
- Quem se sujeita, sujeita-se A algo ou A alguém, por-
da expressa, em relação à anterior, sentido que responde
tanto: pede preposição;
à pergunta:
(A) “Quando?” - quem cede, cede algo A alguém, então teremos ob-
(B) “Por quê?” jeto direto e indireto;
(C) “Como?” - quem se propõe, propõe-se A alguma coisa.
(D) “Para quê?”
(E) “Onde?” Vejamos:
Não nos sujeitamos À corrupção; tampouco cedere-
Questão que envolve conhecimento de coesão e coe- mos espaço A nenhuma ação que se proponha A prejudi-
rência. Se perguntássemos à primeira oração “COMO o car nossas instituições.
governo está fechando o cerco contra a corrupção?”, ob- * Sujeitar A + A corrupção;
teríamos a resposta apresentada pela oração em destaque. * ceder espaço (objeto direto) A nenhuma ação (objeto
indireto. Não há acento indicativo de crase, pois “nenhu-
RESPOSTA: “C”. ma” é pronome indefinido);

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

* que se proponha A prejudicar (objeto indireto, no uma cópia dos seus dados”, presente na seção “Geral” da
caso, oração subordinada com função de objeto indireto. categoria “Privacidade”, sem o consentimento dos cadas-
Não há acento indicativo de crase porque temos um verbo trados da rede social.
no infinitivo – “prejudicar”). (http://veja.abril.com.br, 21.06.2013. Adaptado)

RESPOSTA: “C”. Em norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do


texto devem ser preenchidas, respectivamente, com
21-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- (A) expõe … estava disponível
LO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Analise a propaganda
(B) expõe … estavam disponíveis
do programa 5inco Minutos.
(C) expõem … estavam disponível
(D) expõem … estava disponível
(E) expõem … estava disponíveis

Sublinhei os sujeitos das orações para facilitar a per-


cepção da concordância verbal:
Falha no Facebook expõe dados de 6 milhões de usuá-
rios.
Números de telefone e e-mails de parte dos usuários
do site estavam disponíveis
“expõe” e “estavam disponíveis”.

RESPOSTA: “B”.

(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


Em norma-padrão da língua portuguesa, a frase da – ADVOGADO - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto
propaganda, adaptada, assume a seguinte redação: para responder às questões de números 37 e 38.
(A) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não ma- Metrópoles desenvolvidas arcam com parte do custo
tem-na porisso.
do transporte público. Fazem-no não só por populismo
(B) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não ma-
dos políticos locais mas também para imprimir mais efi-
tem-na por isso.
(C) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a ciência ao sistema. E, se a discussão se dá em termos de
matem por isso. definir o nível ideal de subsídio, a gratuidade deixa de ser
(D) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não lhe um delírio para tornar-se a posição mais extrema num le-
matem por isso. que de possibilidades.
(E) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a Sou contra a tarifa zero, porque ela traz uma outra clas-
matem porisso. se de problemas que já foi bem analisada pelo pessoal da
teoria dos jogos: se não houver pagamento individual, au-
A questão envolve colocação pronominal e ortografia. menta a tendência de as pessoas usarem ônibus até para
Comecemos pela mais fácil: ortografia! A palavra “por isso” andar de uma esquina a outra, o que é ruim para o sistema
é escrita separadamente. Assim, já descartamos duas alter- e para a saúde.
nativas (“A” e “E”). Quanto à colocação pronominal, temos Para complicar mais, vale lembrar que a discussão sur-
a presença do advérbio “não”, que sabemos ser um “ímã” ge no contexto de prefeituras com orçamentos apertados
para o pronome oblíquo, fazendo-nos aplicar a regra da e áreas ainda mais prioritárias como educação e saúde para
próclise (pronome antes do verbo). Então, a forma correta atender.
é “mas não A matem” (por que A e não LHE? Porque quem (Hélio Schwartsman, Tarifa zero, um delírio? Folha de
mata, mata algo ou alguém, objeto direto. O “lhe” é usado S.Paulo, 21.06.2013. Adaptado)
para objeto indireto. Se não tivéssemos a conjunção “mas”
nem o advérbio “não”, a forma “matem-na” estaria correta,
23-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
já que, após vírgula, o ideal é que utilizemos ênclise – pro-
– ADVOGADO - VUNESP/2013) A ideia central do texto pode
nome oblíquo após o verbo).
ser sintetizada da seguinte forma, em conformidade com a
RESPOSTA: “C”. norma-padrão da língua portuguesa:
(A) Daqui à pouco teremos à passagem gratuita.
22-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (B) Não existe condições de se implantar a passagem gra-
PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Falha no Face- tuita.
book ______________ dados de 6 milhões de usuários. Nú- (C) É necessário a implementação da passagem gratuita.
meros de telefone e e-mails de parte dos usuários do site (D) O povo prefere mais passagem paga que gratuita.
______________ para download a partir da ferramenta “Baixe (E) A passagem barata é preferível à gratuita.

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Fiz as correções entre parênteses: sito, transitar, trafegar. “Tráfico” é o que consideramos ile-
(A) Daqui à (a) pouco teremos à (a) passagem gratuita. gal, praticado por traficante. Descartamos o item “C” tam-
(B) Não existe (existem) condições de se implantar a pas- bém. Sobrou-nos “Maus-tratos”/mal-tratos. O tratamento
sagem gratuita. dado à avó foi ruim, mau (adjetivo). Sendo assim, o correto
(C) É necessário (necessária) a implementação da passa- é “maus-tratos”.
gem gratuita.
(D) O povo prefere mais passagem paga que (paga à) RESPOSTA:”D”.
gratuita.
(E) A passagem barata é preferível à gratuita. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
O verbo “preferir” pede preposição: Prefiro água a vinho – ADVOGADO - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto
(e não: “do que vinho”) para responder às questões de números 40 e 41.
Outro dia, meu pai veio me visitar e trouxe uma caixa
RESPOSTA: “E”. de caquis, lá de Sorocaba. Eu os lavei, botei numa tigela
na varanda e comemos um por um, num silêncio reveren-
24-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO cial, nos olhando de vez em quando. Enquanto comia, eu
– ADVOGADO - VUNESP/2013) Na passagem – ... e ausência pensava: Deus do céu, como caqui é bom! Caqui é maravi-
de candidatos para preenchê-las. –, substituindo-se o verbo lhoso! O que tenho feito eu desta curta vida, tão afastado
preencher por concorrer e atendendo-se à norma-padrão, dos caquis?!
obtém-se: Meus amigos e amigas e parentes queridos são como
(A) … e ausência de candidatos para concorrer a elas. os caquis: nunca os encontro. Quando os encontro, relem-
(B) … e ausência de candidatos para concorrer à elas. bro como é prazeroso vê-los, mas depois que vão embo-
(C) … e ausência de candidatos para concorrer-lhes. ra me esqueço da revelação. Por que não os vejo sempre,
(D) … e ausência de candidatos para concorrê-las. toda semana, todos os dias desta curta vida?
(E) … e ausência de candidatos para lhes concorrer. Já sei: devem ficar escondidos de mim, guardados
numa caixa, lá em Sorocaba.
(Antônio Prata, Apolpando. Folha de S.Paulo,
Vamos por exclusão: “à elas” está errada, já que não te-
29.05.2013)
mos acento indicativo de crase antes de pronome pessoal;
quando temos um verbo no infinitivo, podemos usar a cons-
26-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
trução: verbo + preposição + pronome pessoal. Por exemplo:
LO – ADVOGADO - VUNESP/2013) A oração – … nunca os
Dar a eles (ao invés de “dar-lhes”).
encontro. (2.º parágrafo) – assume, em voz passiva, a se-
guinte redação:
RESPOSTA: “A”.
(A) … eu nunca encontro eles.
(B) … eles nunca têm sido encontrados por mim.
25-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (C) … nunca se encontram eles.
– ADVOGADO - VUNESP/2013) A Polícia Militar prendeu, nes- (D) … eu nunca os tenho encontrado.
ta semana, um homem de 37 anos, acusado de ____________ (E) … eles nunca são encontrados por mim.
de drogas e ____________ à avó de 74 anos de idade. Ele foi
preso em __________ com uma pequena quantidade de drogas “Traduzindo” a oração destacada: “eu nunca encontro
no bairro Irapuá II, em Floriano, após várias denúncias de vizi- eles” (Observação: colocação pronominal feita dessa forma
nhos. De acordo com o Comandante do 3.º BPM, o acusado apenas para esclarecer a voz verbal!). Ao passarmos da voz
era conhecido na região pela atuação no crime. ativa para a voz passiva, teremos a seguinte construção:
(www.cidadeverde.com/floriano. Acesso em “eles nunca são encontrados por mim”.
23.06.2013. Adaptado)
RESPOSTA: “E”.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamen- 27-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
te, com: LO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Considerando o contex-
(A) tráfico … mal-tratos … flagrante to, assinale a alternativa em que há termos empregados em
(B) tráfego … maltratos … fragrante sentido figurado.
(C) tráfego … maus-trato … flagrante (A) Outro dia, meu pai veio me visitar… (1.º parágrafo)
(D) tráfico … maus-tratos … flagrante (B) … e trouxe uma caixa de caquis, lá de Sorocaba. (1.º
(E) tráfico … mau-trato … fragrante parágrafo)
(C) … devem ficar escondidos de mim, guardados numa
Questão de ortografia. Vamos às exclusões: Polícia tra- caixa… (último parágrafo)
balha com criminosos pegos em “flagrante”, no “flagra”; (D) Enquanto comia, eu pensava… (1.º parágrafo)
“fragrante” relaciona-se a aroma, fragrância. Assim, já des- (E) … botei numa tigela na varanda e comemos um por
cartamos os itens “B” e “E”. “Tráfego” tem relação com trân- um… (1.º parágrafo)

53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Legislativo Parlamentar

Sublinhei os termos que estão relacionados (os prono- Análise abaixo:


mes e verbos retomam os seguintes substantivos abaixo): (A) A vida é = verbo de ligação // ... mergulhemos =
Meus amigos e amigas e parentes queridos são como intransitivo
os caquis... (B) ... alguém dará = transitivo direto e indireto (no con-
Quando os encontro, relembro como é prazeroso vê texto, apenas direto) // A vida é = verbo de ligação
-los... (C) Tinha = transitivo direto // Depois de esperar = tran-
devem ficar escondidos de mim, guardados numa cai- sitivo direto
xa, lá em Sorocaba... (D) Para quem espera = pode ser considerado intransitivo
Através da leitura acima, percebemos que o autor re- – (NESTE CONTEXTO) // Depois de esperar = transitivo direto
fere-se aos amigos, amigas e parentes. Ao dizer que ficam (E) Tinha = transitivo direto // ... mergulhemos = intran-
guardados em caixas, obviamente, está utilizando uma lin- sitivo
guagem conotativa, figurada.
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “C”.
30-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JA-
28-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE NEIRO - ANALISTA DE SISTEMAS - FCC/2012) A frase que ad-
JANEIRO - ANALISTA DE SISTEMAS - FCC/2012) Com as mite transposição para a voz PASSIVA é:
alterações propostas entre parênteses para o segmento (A) Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes...
grifado nas frases abaixo, o verbo que se mantém correta- (B) O chapéu dele está aí...
mente no singular é: (C) ... chegou à conclusão de que o funcionário...
(A) a modernização do Rio se teria feito (as obras de (D) Leio a reclamação de um repórter irritado...
modernização) (E) ... precisava falar com um delegado...
(B) Mas nunca se esquece ele de que (esses autores)
(C) por que vem passando a mais bela das cidades do A única alternativa que possibilita a transposição para a
Brasil (as mais belas cidades do Brasil) voz passiva é a: A reclamação de um repórter irritado foi lida
(D) continua a haver um Rio de Janeiro do tempo dos por mim”.
Franceses (tradições no Rio de Janeiro)
(E) do que a cidade parece ter de eterno (as belezas da RESPOSTA: “D”.
cidade) 31-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JA-
Fiz as anotações ao lado: NEIRO - ANALISTA DE SISTEMAS - FCC/2012) ... e chegou à
(A) a modernização do Rio se teria feito (as obras de mo- conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando
dernização) = se teriam feito café.
(B) Mas nunca se esquece ele de que (esses autores) = se Do mesmo modo que se justifica o sinal indicativo de cra-
esquecem se em destaque na frase acima, está correto o seu emprego
(C) por que vem passando a mais bela das cidades do em:
Brasil (as mais belas cidades do Brasil) = por que vêm pas- (A) e chegou à uma conclusão totalmente inesperada.
sando (B) e chegou então à tirar conclusões precipitadas.
(D) continua a haver um Rio de Janeiro do tempo dos (C) e chegou à tempo de ouvir as conclusões finais.
Franceses (tradições no Rio de Janeiro) = continua a haver (D) e chegou finalmente à inevitável conclusão.
(E) do que a cidade parece ter de eterno (as belezas da (E) e chegou à conclusões as mais disparatadas.
cidade) = parecem ter
Vamos por exclusão:
RESPOSTA: “D”. (A) e chegou à uma = não há acento grave antes de ar-
tigo indefinido
29-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JA- (B) e chegou então à tirar = não há acento grave antes de
NEIRO - ANALISTA DE SISTEMAS - FCC/2012) Os verbos que verbo no infinitivo
exigem o mesmo tipo de complemento estão empregados (C) e chegou à tempo = não há acento grave antes de
nos segmentos transcritos em: palavra masculina
(A) A vida é triste e complicada. // ... mergulhemos de (D) e chegou finalmente à inevitável conclusão.
corpo e alma no cafezinho. (E) e chegou à conclusões = não há acento grave quando
(B) ... alguém dará o nosso recado sem endereço. // A vida a preposição está no singular e a palavra que a acompanha
é triste e complicada. não tem a presença do artigo definido (há generalização). Ha-
(C) Tinha razão o rapaz... // Depois de esperar duas ou veria acento se a construção fosse: “chegou às conclusões as
três horas... mais disparatadas”.
(D) Para quem espera nervosamente... // Depois de espe-
rar duas ou três horas... RESPOSTA: “D”.
(E) Tinha razão o rapaz... // ... mergulhemos de corpo e
alma no cafezinho.

54

Você também pode gostar