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SUMÁRIO
AULA 01 - FONÉTICA .................................................................................................................................................................. 3
AULA 02 - FONÉTICA .................................................................................................................................................................. 5
AULA 03 - FONÉTICA .................................................................................................................................................................. 7
AULA 04 - FONÉTICA .................................................................................................................................................................. 9
AULA 05 - FONÉTICA ................................................................................................................................................................ 12
AULA 06 - FONÉTICA ................................................................................................................................................................ 14
AULA 07 – MORFOLOGIA ........................................................................................................................................................ 16
AULA 08 - MORFOLOGIA ......................................................................................................................................................... 18
AULA 09 – CLASSES GRAMATICAIS .................................................................................................................................... 21
AULA 10 – CLASSES GRAMATICAIS .................................................................................................................................... 23
AULA 11 – CLASSES GRAMATICAIS .................................................................................................................................... 27
AULA 12 - CLASSES GRAMATICAIS ..................................................................................................................................... 28
AULA 13 - CLASSES GRAMATICAIS ..................................................................................................................................... 32
AULA 14 – CLASSES GRAMATICAIS .................................................................................................................................... 36
AULA 15 – CLASSES GRAMATICAS ..................................................................................................................................... 39
AULA 16 – CLASSES GRAMATICAIS .................................................................................................................................... 42
AULA 17 – VERBOS ................................................................................................................................................................... 44
AULA 18 - VERBOS .................................................................................................................................................................... 48
AULA 19 - VERBOS .................................................................................................................................................................... 48
AULA 20 - VERBOS .................................................................................................................................................................... 51
AULA 21 - VERBOS ................................................................................................................................................................... 54
AULA 24 – CONCORDÂNCIA VERBAL ................................................................................................................................. 58
AULA 25 – CONCORDÂNCIA VERBAL ................................................................................................................................. 60
AULA 26 – SINTAXE DE PERÍODO SIMPLES ...................................................................................................................... 62
AULA 27 - SINTAXE DE PERÍODO SIMPLES ....................................................................................................................... 63
AULA 28 - SINTAXE DE PERÍODO SIMPLES ....................................................................................................................... 63
AULA 29 - SINTAXE DE PERÍODO SIMPLES ....................................................................................................................... 64
AULA 30- SINTAXE DE PERÍODO SIMPLES ........................................................................................................................ 66
AULA 31 - SINTAXE DE PERÍODO SIMPLES ....................................................................................................................... 68
AULA 32 E 33 – SINTAXE DE PERÍODO COMPOSTO ....................................................................................................... 69
AULA 34 E 35 - SINTAXE DE PERÍODO COMPOSTO ........................................................................................................ 70
AULA 36 - SINTAXE DE PERÍODO COMPOSTO ................................................................................................................. 70
AULA 37 - SINTAXE DE PERÍODO COMPOSTO ................................................................................................................. 72
AULA 38 E 39 - CONCORDÂNCIA NOMINAL ....................................................................................................................... 74
AULA 42 - CRASE ....................................................................................................................................................................... 78
AULA 43 - CRASE ....................................................................................................................................................................... 79
AULA 44 – PONTUAÇÃO .......................................................................................................................................................... 79
AULA 45 - PONTUAÇÃO .......................................................................................................................................................... 81
AULA 46 - PONTUAÇÃO ........................................................................................................................................................... 82
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AULA 47 - PONTUAÇÃO ........................................................................................................................................................... 82
AULA 48 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS .......................................................................................................................... 83
AULA 49 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS .......................................................................................................................... 84
AULA 50 - INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ........................................................................................................................... 84
AULA 51 A 52 - INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................................................. 85
AULA 53 – REGÊNCIA NOMINAL ........................................................................................................................................... 88
AULA 54 – TIPOLOGIA TEXTUAL .......................................................................................................................................... 90
AULA 55 – TIPOLOGIA TEXTUAL .......................................................................................................................................... 92
AULA 56 – SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS ......................................................................................................................... 95
AULA 57 A 59 – ACENTUAÇÃO GRÁFICA ........................................................................................................................... 99
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AULA 01 - FONÉTICA
Fonética
A Fonética é o estudo dos aspectos acústicos e fisiológicos dos sons efetivos (reais)
dos atos de fala no que se refere à produção, articulação e variedades. Em outras palavras, a
Fonética preocupa-se com os sons da fala em sua realização concreta. Quando um falante
pronuncia a palavra 'dia', à Fonética interessa de que forma a consoante /d/ é pronunciada: /d/ /i/
/a/ ou /dj/ /i/ /a/.
Fonologia
A Fonologia é o estudo dos Fonemas (os sons) de uma língua. Para a Fonologia, o fonema é
uma unidade acústica que não é dotada de significado. Isso significa que os fonemas são os
diferentes sons que produzimos para exprimir nossas ideias, sentimentos e emoções a partir da
junção de unidades distintas. Essas unidades, juntas, formam as sílabas e as palavras.
A palavra 'Fonema' tem origem grega (fono = som + emas = unidades distintas) e representa
as menores unidades sonoras que formam as palavras. As palavras são a unidade básica da
interação verbal e são criadas pela junção de unidades menores: as sílabas e os sons, na fa-
la, ou as sílabas e letras, na escrita.
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Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba.
Exemplos: couro, baile.
• Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que não
sejam confundidos com as vogais i e u serão representados por [y] e [w] e chamados, respecti-
vamente, de iode e vau.
Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, den-
tes, lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada.
Dicas:
Em nossa língua, a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formação
da sílaba. Você encontrará sílabas constituídas só de vogais, mas nunca formadas so-
mente com consoantes. Exemplos: viúva, abelha.
Dígrafos
É a união de duas letras representando um só fonema. Observe que no caso dos dígrafos não
há correspondência direta entre o número de letras e o número de fonemas.
Dígrafos que desempenham a função de consoantes: ch (chuva), lh (molho), nh (unha), rr (carro)
e outros.
Dígrafos que desempenham a função de vogais nasais: am (campo), en (bento), om (tombo) e
outros.
Os dígrafos ocorrem quando duas letras são usadas para representar um único fonema,
ou seja, uma única emissão de som. Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos.
Os dígrafos ocorrem quando duas letras são utilizadas para representar um único fonema.
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xs – exsuar, exsudar.
gu – gueixa, sagui, linguiça.
qu – aquilo, quarto, queijo.
AULA 02 - FONÉTICA
Atenção:
Somente serão considerados dígrafos as letras gu e qu quando estiverem seguidas
das vogais 'e' ou 'i', representando os fonemas /g/ e /k/.
Observe os exemplos:
☼ Guia, queijo, quilo, água, águia, quando.
Veja que, nesses casos, a letra 'u' não representa nenhum fonema.
Na divisão silábica, alguns dígrafos consonantais separam-se e outros não.
Observe os exemplos:
2. Dígrafos vocálicos
Os dígrafos vocálicos são formados quando as vogais são sucedidas das consoantes 'n' ou 'm',
representando fonemas vocálicos nasalizados, isto é, quando as correntes de ar que saem dos
pulmões passam pelo nariz e pela boca.
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in – introdução, tinta.
om – arromba, ombreira
on – sonsa, onça.
um – umbigo, nenhum.
un – untar, denúncia.
A zona de articulação está relacionada com a região da boca onde as vogais são articuladas.
a- média - é articulada com a língua abaixada, quase em repouso. Ex.: a (pasta).
b- anteriores - são articuladas com a língua elevada em direção ao palato duro, próximo ao den-
tes. Ex.: é (pé), ê (dedo), i (botina).
c- posteriores - são articuladas quando a língua se dirige ao palato mole. Ex.: ó (pó), ô (lobo), u
(resumo).
A corrente de ar pode passar só pela boca (orais) ou simultaneamente pela boca e fossas nasais
(nasais).
a- orais: (pata), (sapé), (veia), (vila), (sol), (aborto), (fluxo).
b- nasais: (fã), (tempo), (cinto), (sombrio), (fundo).
3- Quanto à intensidade:
4- Quanto ao timbre:
Ditongo: é a junção de uma vogal + uma semivogal (ditongo decrescente), ou vice-versa (diton-
go crescente), na mesma sílaba.
Ex.: noite (ditongo decrescente), quase (ditongo crescente).
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AULA 03 - FONÉTICA
Atenção:
Não se esqueça que só as vogais /i/ e /u/ podem funcionar como semivogais. Quando se-
mivogais, serão representadas por /y/ e /w/, respectivamente.
Encontros consonantais
Quando existe uma sequência de duas ou mais consoantes em uma mesma palavra, denomi-
namos essa sequência de encontro consonantal.
Atenção:
Nos encontros consonantais, somos capazes de perceber o som de todas as consoantes.
Hiato
O encontro vocálico entre duas vogais que pertencem a sílabas diferentes é chamado de
hiato.
Observe as palavras:
coelho
saída
país
Podemos notar que há um encontro vocálico em cada uma delas, não é mesmo? Agora, veja
a divisão silábica dessas palavras:
co-e-lho
sa-í-da
pa-ís
Perceba que cada uma das vogais que fazem parte do encontro vocálico pertence a uma sílaba
distinta. Isso ocorre porque as vogais são a base da sílaba, ou seja, são elas que possuem a
tonicidade vibrante e mais forte.
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Dessa maneira, podemos justificar a separação realizada acima, tendo cada uma a composição
de uma sílaba diferente. A esse fenômeno fonético damos o nome de hiato. Assim, podemos
conceituar que:
Divisão silábica
Vejamos os exemplos:
pipoca – pi – po – ca (emissão de três fonemas sequenciais que estão ligados a vogais);
aparelho – a – pa – re – lho (emissão de quatro fonemas sequenciais que estão ligados a vo-
gais);
pernambucana – per – nam – bu – ca - na (emissão de cinco fonemas sequenciais que estão
ligados a vogais.
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Polissílabas: palavras que possuem quatro ou mais sílabas: literatura (li-te-ra-tu-ra); amaciante
(a-ma-ci-an-te); sambódromo (sam-bó-dro-mo).
AULA 04 - FONÉTICA
→ Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” devem pertencer a uma única sílaba:
chu – va
o – lho
fe - char
que – ri – do
vo - zi – nho
Os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs” e “xc” devem ser separados em sílabas diferentes.
car – ro - ça
as – sas – si – no
cres – cer
nas – ceu
ex – ce – ção
Os encontros consonantais que iniciam palavras são mantidos juntos na divisão silábica.
pneu – má – ti – co
gno – mo
O acento tônico está relacionado com a intensidade dos fonemas, e o acento gráfico, co-
mo o agudo e o circunflexo, marca a sílaba tônica.
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É bastante comum que algumas pessoas apresentem dúvidas sobre o que é acento tônico e o
que é acento gráfico. Para esclarecer essas dúvidas, selecionamos algumas dicas para você.
Acento tônico
Exemplo:
Marinheiro: ma – ri – nhei – ro.
Observe que a sílaba nhei é a que apresenta maior intensidade fonética, ou seja, é o acento
tônico da palavra marinheiro.
Água: á – gua.
Observe que a letra/sílaba á possui a maior intensidade fonética, ou seja, é o acento tôni-
co da palavra água.
As palavras podem ser classificadas de acordo com sua tonicidade, ou seja, de acordo com a
sílaba mais intensa/tônica. Dessa forma, as palavras podem ser oxítonas (quando o acento tô-
nico encontra-se na última sílaba, como a palavra 'abacaxi'), paroxítonas (quando o acento tô-
nico encontra-se na penúltima sílaba, como a palavra 'orelha') e proparoxítonas (quando o acen-
to tônico encontra-se na antepenúltima sílaba, como a palavra 'árcade').
Acento gráfico
O acento gráfico marca a sílaba tônica na escrita e é utilizado de acordo com regras
de acentuação. Na Língua Portuguesa, temos os seguintes acentos gráficos:
Exemplos:
Amapá
picolé
índio
óculos
vovó
baú
convém
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→ Acento Circunflexo (^)
Utilizamos o acento circunflexo sobre as vogais tônicas 'a', 'e' e 'o' com timbre fechado.
Exemplos:
bebê
ônibus
mês
âncora
vovô
âmbito
Você percebeu que a sílaba que possui maior intensidade possui uma localização diferente em
cada uma das palavras? Leia de novo:
(1) azul
(2) escola
(3) público
Em (1), notamos que a última sílaba é a que possui maior grau de força. Já em (2), o som é mais
intenso na penúltima sílaba e, em (3), na antepenúltima sílaba. Essa variação de posição confere
às palavras diferentes classificações. Assim, temos:
a) palavras oxítonas: são assim classificadas quando o acento tônico recai na última sílaba.
Exemplos:
café
parabéns
funil
Bebês
b) palavras paroxítonas: são assim classificadas quando o acento tônico recai na penúltima
sílaba.
Exemplos:
brasileiro
sabonete
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baía
Colégio
c) palavras proparoxítonas: são assim classificadas quando o acento tônico recai na antepe-
núltima sílaba.
Exemplos:
lâmpada
público
álibi
médico
Exército
ATENÇÃO! Acento tônico não é a mesma coisa que acento gráfico. Como o nome nos indica, o
acento tônico refere-se à tonicidade, ao som de uma sílaba. Já o acento gráfico refere-se à orto-
grafia da palavra e, portanto, o seu uso ou não está submetido à observação das regras ortográ-
ficas.
AULA 05 - FONÉTICA
Ortoépia e Prosódia
Ortoépia
Ortoépia é a correta pronúncia dos grupos fônicos.
A ortoépia está relacionada com: a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das conso-
antes e a ligação de vocábulos dentro de contextos.
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f- nasalização de vogais: sobrancelha/ sombrancelha, mendigo/ mendingo, bugiganga/
bungiganga ou buginganga
g- pronunciar a crase: A aula iria acabar às cinco horas./ A aula iria acabar "àas" cinco
horas.
Prosódia
A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras, tomando como padrão a
língua considerada culta.
Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas
quanto à prosódia:
1) oxítonas:
Cateter, Cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter.
2) paroxítonas:
Avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota,
pudico, rubrica, tulipa.
3) proparoxítonas:
Aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago,antídoto, elétrodo, lêvedo, protótipo, quadrúmano, vermífu-
go, zéfiro.
Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta.
Exemplos:
Acrobata e acróbata / crisântemo e crisantemo/ Oceânia e Oceania/ réptil e reptil/ xerox e xérox
e outras.
ACENTUAÇÃO
A acentuação existe para estabelecer um sistema que organize a tonicidade das palavras,
classificando as sílabas de uma palavra como tônicas ou átonas.
A acentuação está relacionada com a ortografia, sistema convencional que representa a correta
escrita da língua, e com a prosódia, estudo que trata do conhecimento da sílaba predominante,
chamada sílaba tônica. Para proferirmos corretamente as palavras, é necessário que saibamos
sobre os seus sons, fazendo assim o uso de maior ou menor intensidade conforme a sílaba tôni-
ca.
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Às sílabas de menor intensidade atribuímos o nome de sílabas átonas, ou seja, sílabas que são
pronunciadas com pouca intensidade tonal. A acentuação gráfica diz respeito ao estudo das re-
gras que disciplinam o uso adequado dos sinais que indicam a posição da sílaba tônica, entre
outras particularidades, como o timbre e a nasalização das vogais.
Regras fundamentais:
Monossílabos tônicos
Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em:
-a(s): chá, pá...
-e(s): pé, ré,...
-o(s): dó, nó...
Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuado
Observações:
Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento.
Exemplos: réis, véu, dói.
No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina
em eem. Essa regra se aplica à nova ortografia. Perceba:
Ele vê - Eles veem
Ele crê – Eles creem
Ele lê – Eles leem
AULA 06 - FONÉTICA
Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.
Oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”.
Pará, café, carijó, armazém, parabéns
Paroxítonas:
Acentuam-se todos os vocábulos terminados em:
-l: amável, fácil, útil.
-r: caráter, câncer.
-n: hífen, próton.
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Observação: Quando grafadas no plural, essas palavras não recebem acento.
Observações importantes:
a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais
acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:
Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:
b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem
hiato.
No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos
de “s” ou no final da palavra. Confira:
O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos:
As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras
“q” e “g” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:
Atenção:
- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas
vogais serão acentuadas:
Exemplos:
eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas, que eles apazíguem.
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- Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado:
Exemplos:
Eu averiguo, eu aguo.
Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos, tais como:
Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras, representadas por:
pôr = verbo
por = preposição
AULA 07 – MORFOLOGIA
ELEMENTOS MÓRFICOS
RADICAL
O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados outros
elementos.
Exemplo: pedra, pedreiro, pedrinha.
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VOGAL TEMÁTICA
Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a
conjugação a que o verbo pertence.
Exemplo: cantar, vender, partir.
OBSERVAÇÃO:
Nem todas as formas verbais possuem a vogal temática.
Exemplo: parto (radical + desinência)
TEMA
É o radical com a presença da vogal temática.
Exemplo: choro, canta.
DESINÊNCIAS
São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São subdi-
vididas em:
DESINÊNCIAS NOMINAIS;
DESINÊNCIAS VERBAIS.
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Radical v.t d.m.t d.n.p
v.t » vogal temática
d.m.t » desinência modo-temporal
d.n.p » desinência número-pessoal
AFIXOS
São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem
ser:
Exemplo:
Pedrada.
Inviável.
Infelizmente
AULA 08 - MORFOLOGIA
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Exemplo: cidade, casa, pedra.
DERIVAÇÃO
É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já exis-
tem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras:
Prefixal;
Sufixal;
Parassintética;
Regressiva;
Imprópria.
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Ambi- Anfi- Duplicidade Ambí guo Anfí bio
OBSERVAÇÃO :
Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Pa-
ra que ocorra a parassíntese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao
mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a pa-
lavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintética. Caso a palavra
continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por
derivação prefixal e sufixal.
COMPOSIÇÃO
É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição
pode ocorrer de duas formas:
JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO.
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JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas)
da mesma forma como eram antes da composição.
Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque)
AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na
pronúncia.
Exemplo: planalto (plano + alto)
Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que
são hibridismo, abreviação e onomatopeia.
ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO
É a forma reduzida apresentada por algumas palavras:
Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta).
1 – Substantivo
Trata-se da palavra que dá nome aos seres em geral, sejam eles animados ou inanimados,
apresentando variações de gênero, número e grau. Os substantivos podem ser classificados
como:
Substantivo comum;
Substantivo próprio;
Substantivo concreto;
Substantivo abstrato;
Substantivo simples;
Substantivo composto;
Substantivo primitivo;
Substantivo derivado;
Substantivo coletivo.
Exemplos de substantivos:
Roberto, beleza, elefante, livro e cadeira.
2 – Verbo
Entre as 10 Classes de Palavras, o verbo é outro dos principais. Ele consiste na palavra variável
que exprime um processo que se passa no tempo, indicando:
Ação: comer, beber, falar, fazer, rezar, correr, andar etc.;
Estado: está;
Mudança de estado: ficou (Ex: Rodrigo ficou doente);
Fenômeno da natureza: nevou, choveu, amanheceu, nublou etc.;
Existência: havia;
Desejo: quero;
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Conveniência: convém. (Ex: Aquele trabalho não me convém).
3 – Adjetivo
O adjetivo é a palavra utilizada para caracterizar o substantivo ou qualquer palavra que possui
valor de substantivo, indicando-lhe um atributo, estado, propriedade, aspecto ou maneira de ser.
Os adjetivos admitem flexão de gênero, número e grau. Exemplos: perigoso, honesto, belo, leal,
inteligente etc.
4 – Pronome
Entre as 10 Classes de Palavras está também o pronome. Ele consiste numa palavra variável
em gênero, número e pessoa que acompanha ou representa o substantivo, indicando-o como
pessoa no discurso ou situando-o no espaço e no tempo. Os pronomes são classificados em:
Pronomes pessoais: eu, tu, ele, ela, nós etc.;
Pronomes de tratamento: Vossa Alteza, Vossa Senhoria, Vossa Excelência etc.
5 – Artigo
Artigo consiste na palavra que se antepõe a um substantivo, determinando-o de maneira precisa
conforme suas flexões, indicando gênero e número. Os artigos podem ser classificados em:
Artigos definidos: o, a, os, as;
Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas.
6 – Numeral
Trata-se da palavra utilizada para indicar a quantidade exata de seres ou a posição que um ser
ocupa numa determinada série. Os numerais são classificados em:
Cardinais (indicam quantidade determinada): um, dois, três, oitenta etc.;
Ordinais (indicam ordem de sucessão): primeiro, terceiro, quinto etc.;
Multiplicativos (indicam multiplicação): dobro, triplo, quíntuplo etc.;
Fracionários (indicam partes iguais em que se subdivide um todo): meio, terço, doze avos etc.
7 – Preposição
Entre as 10 Classes de Palavras, a preposição é a palavra invariável responsável por ligar dois
termos da oração, subordinando um ao outro. As preposições podem ser classificadas em:
Essenciais: a, após, entre, perante, desde, sobre, trás etc.;
Acidentais: durante, exceto, conforme, afora etc.
8 – Conjunção
A conjunção consiste na palavra invariável que tem a função de ligar palavras, grupos de pala-
vras, orações e frases, exprimindo uma relação de sentido entre as unidades ligadas. As conjun-
ções podem ser:
Aditivas: e, mas também, mas ainda etc.;
Adversativas: porém, contudo, mas, todavia, entretanto, no entanto;
Alternativas: ou, ora etc.
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9 – Interjeição
Trata-se da palavra invariável que serve para exprimir emoções e sentimentos súbitos, tais co-
mo:
Alívio: Ufa!
Alegria: Oh! Oba! Aleluia!
Dor: Ai!
Desejo: Tomara!
Advertência: Cuidado! Atenção!
10 – Advérbio
Advérbio é a palavra invariável que serve para modificar o verbo, exprimindo determinada cir-
cunstância (lugar, tempo causa etc.). Os advérbios são classificados em:
Substantivo é uma classe de palavras que nomeia seres, objetos, fenômenos, lugares, qualida-
des, ações, dentre outros.
Eles podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural)
e grau (aumentativo e diminutivo).
Substantivo Comum
Os substantivos comuns são as palavras que designam os seres da mesma espécie de forma
genérica:
Exemplos: pessoa, gente, país.
Substantivo Próprio
Os substantivos próprios, grafados em letra maiúscula, são palavras que particularizam seres,
entidades, países, cidades, estados da mesma espécie.
Exemplos: Brasil, São Paulo, Maria.
Substantivo Simples
Os substantivos simples são formados por apenas uma palavra.
Exemplos: casa, carro, camiseta.
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Substantivo Composto
Os substantivos compostos são formados por mais de uma palavra.
Exemplos: guarda-chuva, guarda-roupa, beija-flor.
Substantivo Concreto
Os substantivos concretos designa as palavras reais, concretas, sejam elas pessoas, objetos,
animais ou lugares.
Exemplos: menina, homem, cachorro.
Substantivo Abstrato
Os substantivos abstratos são aqueles relacionados aos sentimentos, estados, qualidades e
ações.
Exemplos: beleza, alegria, bondade.
Substantivo Primitivo
Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não derivam de outras
palavras.
Exemplos: casa, folha, chuva.
Substantivo Derivado
Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam de outras.
Exemplos: casarão (derivado de casa), folhagem (derivado de folha), chuvarada (derivado de
chuva).
Substantivo Coletivo
Os substantivos coletivos são aqueles que se referem a um conjunto de seres.
Exemplos: flora (conjunto de flores), álbum (conjunto de fotos), colmeia (conjunto de abelhas).
Substantivos Biformes: apresentam duas formas, ou seja, uma para o masculino e outra para o
feminino, por exemplo: professor e professora; amigo e amiga.
Epicenos: palavra que apresenta somente um gênero e refere-se aos animais, por exemplo:
foca (macho ou fêmea).
Sobrecomum: palavra que apresenta somente um gênero e refere-se às pessoas, por exemplo:
criança (masculino e feminino).
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Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gêneros (masculino e feminino), identifi-
cado por meio do artigo que o acompanha, por exemplo: "o artista" e "a artista".
Fique Atento!
Quanto ao gênero, os substantivos de origem grega terminados em "ema" e "oma" são masculi-
nos, por exemplo: teorema, poema.
Há os substantivos chamados de "gênero duvidoso ou incerto", ou seja, aqueles utilizados para
os dois gêneros sem alteração do significado, por exemplo: o personagem e a personagem.
Existem alguns substantivos que variando de gênero, mudam seu significado, por exemplo: "o
cabeça" (líder), "a cabeça" (parte do corpo humano).
Singular: palavra que designa uma única coisa, pessoa ou um grupo, por exemplo: bola, mulher.
Plural: palavra que designa várias coisas, pessoas ou grupos, por exemplo: bolas, mulheres.
Em número, os substantivos flexionam-se em singular (criança, cão e cebola) e plural (crianças,
cães e cebolas).
Grande parte dos substantivos formam plural através do acréscimo do -s. É assim que acontece
com as palavras terminadas em vogal ou ditongo, com as palavas paroxítonas e algumas oxíto-
nas:
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Capelão - capelães
Capitão - capitães
Catalão - catalães
Charlatão - charlatães
Escrivão - escrivães
Guardião - guardiães
Pão - pães
Sacristão - sacristães
É importante observar que o timbre de alguns substantivos muda na passagem para o plural:
Caroço - caroços
Esforço - esforços
Fogo - fogos
Imposto - impostos
Jogo – jogos
Miolo - miolos
Olho – olhos
2.2. Substantivos oxítonos terminados em –s formam plural pelo acréscimo de –es. Mas, se os
oxítonos forem paroxítonos ou proparoxítonos, não variam:
Ananás - ananases
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Atlas - os atlas
Inglês - ingleses
Lápis - os lápis
Lilás - lilases
Ônibus - os ônibus
Pires - os pires
Retrós - retróses
Revés - reveses
Vírus - os vírus
2.3. Substantivos terminados em –al, –el, –ol e –ul substituem o –l por –is:
Álcool - álcoois
Animal - animais
Anzol - anzóis
Farol - faróis
Móvel - móveis
Nível - níveis
Papel - papéis
Pastel - pastéis
Exceções:
Cônsul - cônsules
Mal - males
Real (moeda antiga) - réis
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Plural dos substantivos terminados em –zinho e –zito
O substantivo primitivo e o sufixo vão para o plural de forma separada, mas ao juntá-los, o -s do
substantivo primitivo é retirado:
Anelzinho - anéi(s) + zinhos = aneizinhos
Balão - balõe(s) + zinhos = balõezinhos
Bar - bare(s) + zinhos = barezinhos
Cão - cãe(s) + zito = cãezitos
Colar - colare(s) + zinhos = colarezinhos
Coronel - coronéi(s) + zinhos = coroneizinhos
Fogãozinho - fogõe(s) + zinhos = fogõezinhos
Mulher - mulhere(s) + zinhas = mulherezinhas
Pãozinho - pãe(s) + zinhos = pãezinhos
Papel - papéi(s) + zinhos = papeizinhos
Os substantivos terminados em -r, tais como bar, colar e mulher (acima), são frequentemente
encontrados nas formas barzinhos, colarzinhos e mulherzinhas. Essas já são aceitas por alguns
gramáticos.
28
4) Palavras repetidas ou onomatopaicas
Apenas o segundo elemento passa para o plural, tal como a regra acima. Exemplos: pingue-
pongue (pingue-pongues), teco-teco (teco-tecos), tique-taque (tique-taques).
Quando os substantivos compostos são escritos sem hífen, o plural é feito tal como a
maior parte dos substantivos simples: acrescenta-se a letra "s".
Mas se os substantivos compostos são escritos com hífen, devem ser observadas 5 re-
gras simples:
Tipos de Adjetivos
Adjetivos Uniformes - apresentam uma forma para os dois gêneros (feminino e masculino).
Exemplo: feliz.
Adjetivos Biformes - a forma varia conforme o gênero (masculino e feminino). Exemplo: carinho-
so, carinhosa.
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Número dos Adjetivos
Regras Exemplos
Adjetivos terminados em a, e, o, u,
bonita-bonitas, leve-leves, comprido-compridos.
acrescenta-se o -s.
1. Apenas o segundo elemento é flexionado, no caso de adjetivos compostos formados por dois
adjetivos.
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Exemplos:
Exemplos:
Vestido verde-alface e Camisa verde-alface (flexão de gênero)
Tinta amarelo-ouro e tintas amarelo-ouro (flexão de número)
Flexão de Grau
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativos e superlativos.
Comparativos
Com grau comparativo comparam-se as características atribuídas aos substantivos. Podem ser
de:
Igualdade - quando equivale ao adjetivo com o qual se compara. Exemplo: Esse filme é tão en-
graçado quanto aquele.
Superioridade - quando se intensifica mais um adjetivo do que o outro com o qual se compara.
Inferioridade - quando se intensifica menos um adjetivo do que o outro com o qual se compara.
Formação
Geralmente, são obedecidas as seguintes formas:
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Superlativos
Reforça as características atribuídas aos substantivos. Podem ser:
Exemplos:
O menino é o mais atencioso daquele grupo. (superlativo relativo de superioridade)
O menino é o menos atencioso daquele grupo. (superlativo relativo de inferioridade)
Exemplos:
O menino é muito atencioso. (superlativo absoluto analítico).
O menino é atenciosíssimo. (superlativo absoluto sintético)
Formação
A flexão do superlativo relativo é sempre feito de forma analítica. Quanto à flexão do superlativo
absoluto:
Superlativo absoluto sintético - é feita com o auxílio de sufixos, sendo o mais comum -íssimo.
Exemplo: Esta paisagem é belíssima.
Estado Adjetivo
Amapá amapaense
Amazonas amazonense
Ceará cearense
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Espírito Santo espírito-santense ou capixaba
Goiás goiano
mato-grossense-do-sul ou sul-mato-
Mato Grosso do Sul
grossense
Locução Adjetiva
A Locução Adjetiva é a união de duas ou mais palavras que possuem valor de adjetivo. A pa-
lavra locução vem do Latim "locutio" e significa modo de falar.
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Exemplos de frases:
de abdômen abdominal
de abelha apícola
de abutre vulturino
de águia aquilino
de alma anímico
de aluno discente
de anjo angelical
de ano anual
de aranha aracnídeo
de asno asinino
de astro sideral
de baço esplênico
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de bispo episcopal
de bode hircino
de boi bovino
de cabelo capilar
de cabra caprino
de cão canino
de carneiro arietino
de chumbo plúmbeo
de cidade urbano
de cinza cinéreo
de cobre cúprico
de coelho cunicular
de couro coriáceo
de decoração decorativo
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de dedo digital
de dia diário
de elefante elefantino
de enxofre sulfúrico
de escola escolar
de esmeralda esmeraldino
ATENÇÃO: Quanto à definição de artigo, vale ressaltar que: alguns gramáticos, como Evanildo
Bechara (2009), por exemplo, denominam artigo autêntico apenas aqueles classificados como
definidos (a, o, as, os), analisando as palavras “um, uma, uns, umas”, como semelhantes aos
artigos, principalmente, por também funcionarem como adjunto do substantivo. Por esta seme-
lhança as gramáticas em geral aproximam essas palavras tornando-as artigos indefinidos.
Porém, diferem do artigo autêntico pela origem, tonicidade, comportamento no discurso, valor
semântico e papeis gramaticais. Marcando, dessa forma, a diferença entre os termos que deter-
minam o nome, daqueles que tornam o nome indeterminado dentro do contexto linguístico.
Funções do artigo
Indicar que se refere a um termo identificado pelo interlocutor uma vez mencionado anteriormen-
te no contexto oral ou escrito, ou ainda, por ser objeto de um conhecimento de experiência, co-
mo pode ser verificado nestes exemplos:
Exemplo: Maria da Fé é uma personagem da obra literária de titulo “Viva o Povo Brasileiro”de
João Ubaldo Ribeiro. Trata-se de uma mulher forte, firme e solidária. A personagem compõe,
juntamente com outros, uma história de formação do povo e da cultura do país; o Brasil.
Explicação: De acordo com o exemplificado acima, nota-se o artigo definido no gênero feminino
“A” identificando o sujeito Maria da Fé, já citado anteriormente no texto.
36
Em seguido o artigo definido no gênero masculino “o” referindo-se ao termo “Brasil” reconhecido
pelos leitores e referido no título na palavra “brasileiro”.
Fazer referência a um elemento representante de um grupo ao qual não se fez menção anterior
dentro do contexto comunicativo:
Exemplo: Um livro, dentre tantas outras possibilidades, exige uma narrativa ampla, com histórias
atravessadas, que se misturem entre fatos e descrições. Refere-se a um modelo simples de ela-
boração de romance.
Explicação: o elemento “livro” não está referido anteriormente no texto, nem especificado. Um
livro: O termo refere-se ao conjunto de possibilidades de livros, ou seja; o artigo é utilizado para
se referir a um exemplo não determinado, bem como o segundo artigo no gênero feminino “uma”
referindo-se à narrativa.
Na primeira função descrita o artigo é DEFINIDO; na segunda função é INDEFINIDO
Masculino o os um uns
Artigo definido
Preposições
O A OS AS
A Ao A Aos Às
De Do Da Dos Das
Em No Na Nos Nas
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Formas combinadas do artigo indefinido
O artigo indefinido pode contrair-se com as preposições “em” e “de”, originando:
Num - Numa
Dum - Duma
Nuns - Numas
Duns – Dumas
Valores do artigo
A DETERMINAÇÃO: A determinação dos substantivos pode ser mais precisa, à medida que se
passa do ARTIGO INDEFINIDO (um, uma) para o ARTIGO DEFINIDO (o, a) e, ainda se tornar
mais específica se fizer uso do DEMONSTRATIVO (este, esta).
O artigo indefinido indica a espécie dos substantivos que são apresentados ao ouvinte. O artigo
definido restringe a extensão do significado dos substantivos, individualiza-os, definindo-os.
Exemplificando:
Um aluno tirou boas notas no resultado final do semestre.
O aluno tirou boas notas no resultado final do semestre.
Este aluno tirou boas notas no resultado final do semestre.
Nesse sentido, observa-se que o artigo definido é um sinal de conhecimento prévio por parte dos
interlocutores. O artigo indefinido coloca-se exatamente na contramão deste primeiro, demons-
trando a falta de conhecimento e determinação do elemento ao qual ele se refere.
Em outras palavras; seja definido (o e suas variações a, os, as), seja indefinido (um e suas vari-
ações uma, uns, umas), O ARTIGO caracteriza-se por ser a palavra que introduz o substantivo
indicando-lhe o gênero e o número. Por esta razão o artigo torna toda palavra que precede em
substantivo.
Cardinais
Forma básica dos números (1, 2, 3,4,5…), as quais adjetivam uma quantidade, sendo que al-
guns deles variam em gênero, por exemplo: um-uma, dois-duas, alguns no grupo das centenas
(duzentos, duzentas, trezentos, trezentas, etc.).
38
AULA 15 – CLASSES GRAMATICAS
Além disso, alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão-milhões, bi-
lhão-bilhões, trilhão-trilhões, e assim por diante.
Ordinais
Indica ordem de uma sequência, ou seja, representa a ordem de sucessão e uma série, seja de
seres, coisas ou objetos (primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto…).
Importante destacar que alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. São palavras
que variam em gênero (masculino-feminino) e número (singular e plural), por exemplo: primeiro-
primeira, primeiros-primeiras; terceiro-terceira, terceiros-terceiras, etc
Fracionários
São os números fracionários que indicam a diminuição das proporções numéricas, ou seja, re-
presentam uma parte de um todo, por exemplo, ¼ (lê-se um quarto, um sobre quatro), ½ (lê-se
meio ou metade, um sobre dois), ¾ (lê-se três quartos ou três sobre quatro).
Coletivos
Número exato que faz referência a um conjunto de seres, por exemplo, dúzia (conjunto de 12),
dezena (conjunto de 10), centena (conjunto de 100), semestre (conjunto de 6), bimestre (conjun-
to de 2).
Multiplicativos
Relaciona um conjunto de seres, objetos ou coisas, dando-lhes uma característica, de forma que
determina o aumento da quantidade por meio de múltiplos, por exemplo, dobro, triplo, quádruplo,
quíntuplo, etc.
Os multiplicativos são numerais, flexionados em gênero e número quando atuam em função ad-
jetiva, e, do contrário, são invariáveis (função substantiva).
Dessa forma, de acordo com sua função, os numerais podem apresentar valor de substantivo ou
adjetivo, sendo classificados em:
Numerais adjetivos: são os numerais cardinais, ordinais, coletivos e fracionários, os quais modi-
ficam o substantivo, indicando valor adjetivo. Exemplo: Essa carne é de segunda (indica a quali-
dade da carne).
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Tabela de Numerais
um (1) primeiro - -
Todos os numerais concordam com o nome, exceto os numerais multiplicativos que sem-
pre são masculinos, por exemplo, um-uma (cardinal), primeiro- primeira (ordinal), dobro e triplo
(multiplicativo).
O uso dos artigos nos números fracionários é opcional, enquanto, os numerais multiplica-
tivos, geralmente, vêm precedidos de artigos, por exemplo: o dobro e o triplo.
Quando indica dias do mês, utilizam-se os numerais cardinais, exceto na indicação do
primeiro dia, feita pelo ordinal, por exemplo: 23/01 (vinte três de janeiro) e 01/10 (primeiro de ou-
tubro)
Quando indica leis e decretos, o numeral ordinal é utilizado até o nono, depois utiliza-se
os cardinais, por exemplo, Artigo 9° (artigo nono), Artigo 10 (Artigo 10).
No caso da utilização de numeral romano, a regra básica: depois o substantivo emprega-
se o numeral ordinal até o décimo e posteriormente, utiliza-se os números cardinais. Antes do
substantivo, é empregado o numeral ordinal, por exemplo: João Paulo II (segundo), Capítulo XI
(onze).
A palavra ambos (as) é considerado por muitos gramáticos como numeral uma vez que
indica, “os dois” ou “as duas”, por exemplo: Joana e Beatriz adoram andar. Ambas gostam de
caminhar ouvindo música.
Pronomes são palavras que substituem ou determinam os substantivos. Existem vários tipos de
pronomes: pronomes pessoais, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos, pronomes
interrogativos, pronomes relativos e pronomes indefinidos. Além desta classificação principal, os
pronomes também podem ser classificados em pronomes adjetivos e pronomes substantivos.
40
Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais subdividem-se em pronomes pessoais do caso reto, pronomes pessoais
oblíquos e pronomes pessoais de tratamento.
Pronomes pessoais do caso reto são aqueles que substituem os substantivos e indicam as
pessoas do discurso, assumindo maioritariamente a função de sujeito da oração.
Eu fui ao cinema.
Ele gosta de futebol.
Exemplos de pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.
Pronomes pessoais oblíquos podem ser tônicos ou átonos. Quando tônicos, são sempre pre-
cedidos de uma preposição e substituem um substantivo que tem função de objeto indireto.
Quando átonos, não são precedidos de uma preposição e podem substituir um substantivo que
tem função de objeto direto ou de objeto indireto.
Pedro gosta de mim.
Eu encontrei-o na praia.
Exemplos de pronomes pessoais oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós,
conosco, vós, convosco, eles, elas.
Exemplos de pronomes pessoais oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
Pronomes de tratamento são formas mais corteses e reverentes de nos dirigirmos à pessoa
com quem estamos falando ou de quem estamos falando.
Vossa Excelência estará presente na cerimônia de abertura?
Sua Eminência estará presente no conclave?
Exemplos de pronomes possessivos: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu,
sua, seus, suas, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus,
suas.
41
Exemplos de pronomes demonstrativos: este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, es
sas, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Exemplos de outras palavras que atuam como pronomes demonstrativos: o, a, os, as,
mesmo, mesma, mesmos, mesmas, próprio, própria, próprios, próprias, tal, tais, semelhante,
semelhantes.
Pronomes interrogativos referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical e são utilizados para in-
terrogar, ou seja, para formular perguntas de modo direto ou indireto.
Quem chegou?
Diga-me, por favor,que horas são.
Exemplos de pronomes interrogativos: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos,
quantas.
Pronomes relativos relacionam-se sempre com o termo da oração que está antecedente, ser-
vindo de elo de subordinação das orações que iniciam.
Eu comprei o vestido azulqueestava na vitrine.
A casa onde cresci era enorme.
Exemplos de pronomes relativos: que, quem, onde, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo,
cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Veja também:
Pronomes indefinidos referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical, indicando que algo ou al-
guém é considerado de forma indeterminada e imprecisa.
Foi apresentada alguma justificativa para o atraso na entrega da mercadoria?
Ninguém se quer responsabilizar por esta tarefa.
Exemplos de pronomes indefinidos: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, algum,
algumas, nenhuns, nenhuma, todo, todos, outra, outras, muito, muita, pouco, poucos, certo, cer-
ta, vários, várias, tanto, tantos, quanta, quantas, qualquer, quaisquer, bastante, bastantes.
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Aqueles alunos são indisciplinados.
Esse é meu.
Ela viu-o.
Pronomes pessoais retos são aqueles que substituem os substantivos, assumindo maioritari-
amente a função de sujeito da oração. Podem, contudo, assumir também a função de predicativo
do sujeito.
Os pronomes pessoais do caso reto indicam ainda as pessoas do discurso, ou seja, quem fala
(eu e nós), com quem se fala (tu e vós) e de quem se fala (ele, ela, eles, elas).
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Para que se evitem repetições desnecessárias, pode ocorrer a omissão do pronome pessoal do
caso reto nos enunciados, uma vez que a pessoa do discurso é marcada pela desinência verbal
indicada pelos pronomes pessoais do caso reto.
Em alguns casos, é fácil confundir se deve ser usado um pronome pessoal reto ou
um pronome pessoal oblíquo.
Para eu, para tu, para mim e para ti
As expressões para eu e para tu deverão ser usadas quando assumem a função de sujeito, sen-
do seguidas de uma ação, ou seja, de um verbo no infinitivo.
Façam silêncio para eu telefonar para este cliente.
Para eu fazer isso, vou precisar da sua ajuda.
Vê se tem algum erro para tu corrigires.
É errado dizer “Ela comprou este caderno para eu.” ou “Ela comprou este caderno para tu.”. Não
se pode usar preposição com os pronomes retos eu e tu. Com preposições têm que ser usados
os pronomes oblíquos correspondentes: mim e ti.
Ela comprou este caderno para mim.
Ela comprou este caderno para ti.
Vi ele, ajudei ele, encontrei ele ou vi-o, ajudei-o, encontrei-o
É comum ouvirmos, na linguagem oral, as seguintes construções frásicas: “Ajudei ele na arru-
mação do armário.” e “Encontrei ela na praia.”. Contudo, estas construções estão erradas! Nes-
tas frases, os pronomes ele e ela não se referem ao sujeito da ação, por isso não podem ser uti-
lizados pronomes pessoais do caso reto. Têm que ser usados os pronomes oblíquos correspon-
dentes: o e a.
Ajudei-o na arrumação do armário.
Encontrei-a na praia.
AULA 17 – VERBOS
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo.
Por exemplo:
44
fala-r
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertencem à
2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver desapa-
recido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no
radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja fle-
xão não provoca alterações no radical.
Por exemplo:
Canto
Cantei
Cantarei
Cantava
cantasse
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências.
Por exemplo:
Faço
Fiz
45
Farei
Fizesse
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa
do singular. Os principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Por exemplo:Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar,
gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-
humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, em-
pregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo:
Amanheci mal-humorado.
Sujeito desinencial:
eu)
Choveram candidatos ao cargo.
(Sujeito:
candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica
bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
46
Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas do
singular e do plural. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais, co-
mo:
bramar (tigre)
bramir (crocodilo)
cacarejar (galinha)
coaxar (sapo)
cricrilar (grilo)
Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas
de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes
não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso
é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da informática, tem
sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente,
esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas
em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular). Observe:
47
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular
AULA 18 - VERBOS
f) Auxiliares
São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais.
O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nomi-
nais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como prin-
cipal, qualquer verbo no particípio. São eles:
AULA 19 - VERBOS
48
3) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicati-
vo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicati-
vo simples. Por exemplo:
Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.
Veja os exemplos:
No primeiro caso, esperarei "você" praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segun-
do, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio "já". Assim, observe que o mesmo
ocorre nas frases a seguir:
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel.
Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel.
49
8) Infinitivo Pessoal Composto:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o
principal no particípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo:
Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro.
Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locu-
ções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo.
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo úni-
co. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas
nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe
os exemplos:
Veja:
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo:
Quero ver você hoje.
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar
a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.
Aspecto Verbal
No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber diferen-
ças entre o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferença entre esses tem-
pos é uma diferença de aspecto, pois está ligada à duração do processo verbal. Observe:
O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, pois não im-
põem precisos ao processo verbal:
50
- Faço isso sempre.
- É provável que ele faça isso sempre.
Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeito em su-
as várias formas do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já concluídos:
- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia fin-
cado) dois dias antes.
- Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o exame.
Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfeito pode fornecer diz res-
peito à localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir
processos localizados num ponto preciso do tempo:
- No momento em que o vi, acenei-lhe.
- Tinha-o cumprimentado logo que o vira.
Já os tempos imperfeitos podem indicar processos frequentes e repetidos:
- Sempre que saía, trancava todas as portas.
O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacionados com a duração do processo ver-
bal. Veja:
- Tenho encontrado problemas em meu trabalho.
Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicativo, indica um processo repe-
tido ou frequente, que se prolonga até o presente.
- Estou almoçando.
A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio do verbo principal indica um processo
que se prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no presente, mas
também em outros tempos (estava almoçando, estive almoçando, estarei almoçando, etc.).
Tudo estará resolvido quando ele chegar. Tudo estaria resolvido quando ele chegasse.
As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvido, conhecidas como futuro do presen-
te e futuro do pretérito compostos do indicativo, exprimem processo concluído - é a ideia do as-
pecto perfeito - ao qual se acrescenta a noção de que os efeitos produzidos permanecem, uma
vez realizada a ação.
- Os animais noturnos terminaram de se recolher mal começou a raiar o dia.
Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao aspecto verbal: a indicação do
término e do início do processo verbal.
Eles vinham chegando à proporção que nós íamos saindo.
As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem processos que se prolongam.
- Ele voltou a trabalhar depois de deixar de sonhar projetos irrealizáveis.
As locuções destacadas exprimem o início de um processo interrompido e a inter
AULA 20 - VERBOS
Infinitivo Impessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido
genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável.
Assim, considera-se apenas o processo verbal. Por exemplo:
Amar é sofrer.
51
O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa. Veja:
Eu
-
falar -es Tu
vender - Ele
-des Vós
-em Eles
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas for-
mas são iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas
do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase). Por exemplo:
Note: as regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não
são todas perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infini-
tivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for neces-
sário dar à frase maior clareza ou ênfase.
Observações importantes:
1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado;
Exemplos:
Querer é poder.
Fumar prejudica a saúde.
É proibido colar cartazes neste muro.
Exemplos:
Soldados, marchar! (= Marchai!)
52
3. Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adje-
tivo ou verbo da oração anterior;
Exemplos:
Eles não têm o direito de gritar assim.
As meninas foram impedidas de participar do jogo.
Eu os convenci a aceitar.
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo
(verbo auxiliar) deve ser flexionado. Por exemplo:
Exemplos:
Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
Aqueles remédios são ruins de serem tomados.
Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos.
Exemplos:
Queremos acordar bem cedo amanhã.
Eles não podiam reclamar do colégio.
Vamos pensar no seu caso.
Exemplos:
Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
Devemos sorrir ao invés de chorar.
Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.
6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus sinônimos que não for-
mam locução verbal com o infinitivo que os segue;
Exemplos:
Deixei-os sair cedo hoje.
53
7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinônimos, deve-se também deixar o
infinitivo sem flexão.
Exemplos:
Vi-os entrar atrasados.
Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
Observações:
a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verbos como
"pedir", "dizer", "falar" e sinônimos;
Pediu para Carlos entrar. (errado)
Pediu para que Carlos entrasse. (errado)
Pediu que Carlos entrasse. (correto)
b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Este trabalho é para
eu fazer", pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, como sujei-
to. Outros exemplos:
Aquele exercício era para eu corrigir.
Esta salada é para eu comer?
Ela me deu um relógio para eu consertar.
Atenção:
Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição está ligada somente ao pronome, que
deve se apresentar oblíquo tônico.
AULA 21 - VERBOS
Infinitivo Pessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao
processo verbal, flexionando-se.
54
3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural); Por
exemplo:
Faço isso para não me acharem inútil.
Temos de agir assim para nos promoverem.
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta.
Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer en-
fatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo.
DICAS:
a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j", esse "j" aparecerá em todas as outras formas.
Por exemplo:
Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, con-
tudo, que o substantivo ferrugem é grafado com "g".)
Viajar: viajou, viajaria, viajem ( 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo, não confundir com
o substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc.
b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em "dirigir" e "agir" este "g" deverá ser trocado
por um "j" apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. Por exemplo:
eu dirijo/ eu ajo
Vozes do Verbo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente
ou paciente da ação.
São três as vozes verbais:
55
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa Por exemplo:
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a
ação. Por exemplo:
O menino feriu-se.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele.
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a
construção com a preposição de. Por exemplo:
A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. Por exemplo:
A exposição será aberta amanhã.
56
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe
a transformação das frases seguintes:
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem
eventualmente funcionar como auxiliares. Por exemplo:
A moça ficou marcada pela doença.
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do prono-
me apassivador SE. Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis)
e ambas se relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz
passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito.
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e
AGENTE DA PASSIVA.
57
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da
passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na pas-
siva.
Por exemplo:
Prejudicaram-me.
Fui prejudicado.
Exemplos:
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de
ser.
1) Sujeito simples
Regra geral:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
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Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).
Casos especiais:
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai
para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quan-
tos de..., etc. - o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o
pronome pessoal (nós ou vós).
Dicas:
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AULA 25 – CONCORDÂNCIA VERBAL
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier precedido
de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o
artigo.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.
h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o
verbo concorda com o numeral.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula.
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o
verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no
singular ou plural, se este vier afastado do substantivo.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade,
temendo a violência da rua, permanecem em casa.
2) Sujeito composto
Regra geral
O verbo vai para o plural.
Casos especiais:
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
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Atenção:
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais
próximo do verbo.
Atenção:
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais
próximo do verbo.
d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os núcleos (ló-
gica) ou apenas com o núcleo mais próximo.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concordará
com o aposto resumidor.
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro... - o
verbo poderá ficar no singular ou no plural.
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular quan-
do a ideia for de exclusão, e para o plural quando for de inclusão.
Exemplos:
61
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim...
como/ não só... mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embo-
ra o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.
Exemplos:
Outros casos:
1) Partícula “SE”:
Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.
SUJEITO
Sujeito e predicado
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Classificação do sujeito
Exemplo:
(nós) Participamos das discussões acaloradamente.
Oscar é candidato a senador; poderá ter muitos votos. (O sujeito da segunda oração é o mesmo
da primeira: Oscar)
Exemplos:
Assaltaram o bando da esquina.
Assistiu-se ao assalto passivamente.
e) Inexistente (oração sem sujeito): ocorre com verbos impessoais.
fenômenos da natureza:
Ventou demais durante a noite.
Classificação do sujeito
Haver significando existir, ocorrer, acontecer ou indicando
Tempo decorrido:
Haverá eleições para presidente, senador e deputados.
Há dias que não chove.
63
Predicação verbal
Exemplo:
O escritor contemporâneo escreveu várias obras importantes.
Exemplo:
O banqueiro não necessitava de dinheiro.
Exemplo:
O empresário enviou a planilha de custos ao Ministério.
Exemplo:
Os trabalhadores retornaram às fábricas.
e) Verbo de ligação: liga o sujeito a uma característica (adjetivo ou expressão substituível por
adjetivo) chamada de predicativo do sujeito.
Exemplo:
O dia está chuvoso.
O cão parece com fome. (= faminto)
Complementos verbais
Exemplo:
Escreveram várias obras importantes.
COMPLEMENTO VERBAL/PREDICATIVOS
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Exemplo:
Necessitavam de muito dinheiro.
Predicativos
Exemplo:
Suas palavras foram sinceras.
OS
Exemplo:
Considero suas palavras sinceras.
PO
SINTAXE
Adjunto adnominal
Termo determinante de um núcleo nominal (substantivo).
É representado por artigos, adjetivos, locuções adjetivas, numerais adjetivos e pronomes adjeti-
vos.
Exemplo:
Os meus primeiros bons amigos de infância visitaram minha casa de campo.
AA AAAAAA subst. AA AA subst. AA
Complemento Nominal
Termo preposicionado que completa o sentido de um nome transitivo.
a) Substantivo
Exemplo:
O país tinha dependência de empréstimos externos.
subst. CN
b) Adjetivo
Exemplo:
O país continua dependente de empréstimos externos.
adj. CN
c) Advérbio
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Adjunto Adverbial
Termo que atribui ao verbo, adjetivo ou advérbio uma circunstância adverbial de tempo, modo,
lugar, negação, afirmação, dúvida, intensidade, concessão, companhia, causa, condição, con-
formidade, assunto etc. É representado por advérbio ou locução adverbial.
Exemplos:
Amanhã iremos com os estudantes ao museu.
AA Tempo AA Companhia AA lugar
Agente da passiva
Exemplo:
A negociação da dívida era defendida pelo ministro da Fazenda.
Aposto
Termo que explica, enumera, resume, especifica outro termo chamado fundamental.
Exemplos:
O mestre, estudioso do idioma, ensinava literatura. (aposto explicativo)
Encontrei três alunos na praia: Pedro, Paulo e Teresa..(aposto enumerador)
Gritos, choros, lamentos, nada o comoveu. (aposto resumitivo)
A cidade de Itapetininga fica na região sul. (aposto especificador)
Vocativo
66
Exemplos:
Amor, eu quero seu carinho.
O trabalho, meus amigos, engrandece o homem.
Ajudai-me, ó meu senhor, nos momentos difíceis.
Os pronomes oblíquos átonos (ME, TE, SE, O, A, LHE, NOS, VOS, SE, OS, AS, LHES) podem
exercer várias funções sintáticas, dependendo do contexto em que se acham inseridos, a saber:
a) Objeto direto
Exemplo:
Nunca mais me amarás como antes.
b) Objeto indireto
Exemplo:
Sempre me obedeceu, apesar de tudo.
Observação:
Os objetos também podem assumir valor reflexivo ou recíproco.
Exemplos:
c) Adjunto adnominal
d) Complemento nominal
Relacionados a adjetivos.
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Exemplo:
Foi-me favorável a decisão do júri.
(= Foi favorável a mim.)
Classificação do predicado
a) Nominal: constrói-se com verbo de ligação, tendo como núcleo o predicativo do sujeito.
Exemplos:
núcleo
A menina era inteligente.
VL PS
núcleo
Seus desejos são minhas vontades.
VL PS
Exemplos:
núcleo
Os jogadores da seleção voltaram ao Brasil.
VI
núcleo
O governador pediu o apoio da população.
VTD
c) Verbo nominal: constrói-se com verbo intransitivo ou transitivo, possuindo, também, predicati-
vo (do sujeito ou do objeto).
Exemplos:
núcleo/ núcleo
A torcida abandonou o estádio irritadíssima.
VI PS
núcleo
O tribunal considerou inocente o réu.
VTD PO OD
68
AULA 32 E 33 – SINTAXE DE PERÍODO COMPOSTO
Período Composto Contém mais de uma oração, o que equivale a dizer que no período com-
posto há sempre dois ou mais verbos. Como a uma oração corresponde uma forma verbal, no
período composto haverá tantas orações quantos forem os verbos. Por exemplo: A ausência di-
minui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fo-
gueiras. Neste período há quatro verbos; logo, há quatro orações..
Assindéticas = vêm justapostas, não iniciadas por conjunção coordenativa. Por exemplo: O dia é
belo, esplende ao sol a baía, os aviões rumorejam, passam mulheres perfumadas.
Sindéticas = são introduzidas por uma conjunção coordenativa qualquer, da qual tomam o nome.
Assim, há cinco espécies de orações coordenadas sindéticas:
Sindéticas Aditivas = iniciadas por conjunção coordenativa aditiva. Por exemplo: Eu leio os origi-
nais e você corrige os erros. Não falava nem se mexia.
Sindéticas Adversativas = iniciadas por conjunção coordenativa adversativa. Por exemplo: É po-
bre mas é honesto. Estudou muito, porém foi reprovado.
Sindéticas Alternativas = iniciadas por conjunção coordenativa alternativa. Por exemplo: Ou tra-
balha, ou estuda. No Rio, ora chove, ora faz calor.
Sindéticas Explicativas = iniciadas por conjunção coordenativa explicativa. Por exemplo: Não
chores, porque é pior. Faça silêncio, pois aqui é uma sala de aula.
69
Sindéticas Conclusivas = iniciadas por conjunção coordenativa conclusiva. Por exemplo: Penso,
logo existo. Menti ao papai, por isso apanhei.
Neste período figuram orações de duas naturezas, ou seja, orações principais e orações subor-
dinadas.
Oração Principal é aquela que apresenta um de seus membros representado em outra oração do
período, chamada, portanto, de subordinada. A oração principal é na verdade um fragmento de
frase, já que seus termos constitutivos não estão desenvolvidos nela mesma. Por isso, a oração
subordinada vem completar o sentido da principal.
Substantivas = na maioria das vezes, as orações subordinadas substantivas são introduzidas por
conjunção subordinada integrante, sendo as principais a partícula QUE e a SE. Tais orações são
assim denominadas porque exercem função sintática própria de substantivo.
Adjetivas = são introduzidas por pronomes relativos, sendo o mais comum o relativo QUE quan-
do substituível por O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS, sem alterar o sentido do período.
Tais orações exercem a função de adjuntos adnominais. Como a função de adjunto adnominal é
própria de adjetivo, a oração do mesmo valor chama-se adjetiva.
EXPLICATIVAS = vêm entre vírgulas e a noção de predicado que elas possuem é própria do
termo a que se referem. Por exemplo: O mel, que é doce, não diminui as agruras da vida. O ho-
mem, que é mortal, deve bem aproveitar o seu tempo.
RESTRITIVAS = não vêm entre vírgulas e a noção do predicado que elas possuem restringe o
termo a que se referem. Por exemplo: O livro que comprei é muito bom. A pessoa que encontrei
estava uniformizada.
CAUSAIS = justificam o fato expresso na oração principal, sendo introduzidas por uma conjun-
70
ção subordinativa causal. Por exemplo: Não paguei à empregada, porque não tinha dinheiro.
Como faltasse energia elétrica, a aula foi suspensa..
CONCESSIVAS = indicam empecilho que não impede a realização do fato expresso na oração
principal, sendo introduzidas por conjunção subordinativa concessiva. Por exemplo: Embora fos-
se pobre, comprou uma bela residência. Ainda que chegue atrasado, conseguirei ingresso.
CONFORMATIVAS = dão idéia de conformidade, sendo introduzidas por uma conjunção subor-
dinativa conformativa. Por exemplo: Fiz a lição conforme o professor pediu. Dei o recado como
estava escrito.
FINAIS = indicam ideia de finalidade relacionada com o que se diz na oração principal, sendo
introduzidas por uma conjunção subordinativa final. Por exemplo: Fiz sinal ao ônibus que paras-
se. Economize muito para que possa ter alguma coisa na vida.
71
Analisando esta oração = Quando cheguei(oração subordinada adverbial temporal); apaguei as
luzes(oração principal); e me deitei no sofá(oração coordenada sindética aditiva).
Observações = Pode haver várias orações principais, várias subordinadas e coordenadas num
período. Orações coordenadas e subordinadas são ao mesmo tempo principais, havendo outras
que representam membros das referidas orações.
ORAÇÕES REDUZIDAS
Têm o verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio. Geralmente podem ser desenvolvidas em ora-
ções subordinadas introduzidas por conjunções subordinativas ou por pronomes relativos, e às
vezes em orações coordenadas iniciadas por conjunções coordenadas. As orações reduzidas
que não se desdobram chamam-se fixas. Por exemplo: Eu tenho vontade de falar com você. O
desdobramento da oração reduzida em oração desenvolvida é feito da seguinte maneira: o verbo
passa da forma nominal à forma não-nominal e o conectivo(conjunção ou pronome relativo) é
indicado no início da oração. Por exemplo: Reduzida = Amanhecendo, sairemos..
De Infinitivo:
Substantivas subjetivas = Não convém agir assim(= Não convém que ajas assim). É importante
te-res paciência (= É importante que tenhas paciência).
Substantivas objetivas diretas = Ignoro tê-lo como amigo. Dizem estarem com razão(= Dizem
que estão com razão).
Substantivas predicativas = O importante é ter calma(= O importante é que tenha calma). Sua
von-tade era viajar para o Ceará.
Substantivas completivas nominais = Estou disposto a praticar esporte. Elias tem necessidade
de falar com Roberta.
72
Adverbiais finais = Canto para te alegrar.
Adverbiais concessivas = Apesar de ser velho, ouvia os conselhos de qualquer pessoa(= Embo-
ra fosse velho, ouvia os conselhos de qualquer pessoa).
Adverbiais condicionais = Nada farás sem me consultares previamente(= Nada farás se não me
consultares previamente).
Adverbiais causais = Por se achar doente, não viajou(= Porque estivesse doente, não viajou).
De Gerúndio:
Adverbiais concessivas = Mesmo amando Carlos, será uma mulher infeliz(= Embora ame Carlos,
será uma mulher infeliz).
Adverbiais causais = Estando gripado, não fui à escola(= Como estivesse gripado, não fui à es-
cola).
Adverbiais modais = Aprendeu lendo os escritores clássicos. Nota = as adverbiais modais geral-
mente são fixas.
De Particípio:
Subordinadas adjetivas = A casa visitada por mim era bonita(= A casa que foi visitada por mim
era bonita).
Adverbiais temporais = Terminada a prova, os alunos foram dispensados(= Depois que termina-
ram a prova, os alunos foram dispensados).
73
Adverbiais concessivas = Humilhado por todos os torcedores, demonstrou sua superioridade(=
Em-bora fosse humilhado por todos os torcedores, demonstrou sua superioridade).
Adverbiais condicionais = Aceito meu pedido, terá uma recompensa(= Se aceitar meu pedido,
terá uma recompensa).
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Regra geral: mais próximo ou plural
SINGULAR OU PLURAL
· Sujeito composto, de mesmo gênero, singular e posposto = depois (ex: lindo/lindos rosto e
corpo)
MAIS PRÓXIMO
· Sujeito composto por sinônimos (ex: gratidão e reconhecimento profundo)
VÁRIAS FORMAS
· Sujeito composto, com artigo
Ex: As línguas inglesas e francesas
A língua inglesa e francesa
A língua inglesa e a francesa
VARIAM
· O mais...possível, só, obrigado
INVARIÁVEIS
· Advérbios de modo (exs: menos, em anexo, meio, muito, bastante, caro, somente)
· Alerta (ex: os soldados estavam alerta), menos (quantidade), a sós, em mão
74
Obs: um e outro assuntos / uma e outra parede sujas
a cerveja é boa / cerveja é bom
estou quite / estamos quites
bastantes pessoas falaram bastante bem de você
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra geral: sujeito composto anteposto = plural (ex: paulo e elias foram) / posposto = singular
ou plural (ex: foi/foram paulo e elias)
SINGULAR
· Sujeito composto por “nem um nem outro”, “um ou outro”, “é muito”, “é pouco”, “é mais de”, “é
menos de”, “é tanto” = quantidade, “mais de um” (ex: mais de um faz), “um dos que”, “algum de”,
“uma parte de”
· Sujeito composto por coletivo (ex: uma porção de homens viu o que aconteceu)
· Sujeito composto, ligado por “com” = companhia / “ou” = exclusão/sinomia (exs: paulo ou eu-
gênio vai, paulo com eugênio vai)
Obs: verbo antes = mais próximo
ª
3 PESSOA DO SINGULAR
· Sujeito composto por “quem” / “qual” (exs: qual de vóis é?, sou eu quem diz)
· Verbo + índice de indeterminação do sujeito “se” (precisa-se de motoristas)
Obs: pregam-se botões
· Verbos impessoais = haver/fazer/estar/ir - tempo/existir/temperatura (exs: faz/há três dias que
ele saiu, fazia dez horas, fazia dez graus)
Obs: Locuções verbais = transmissão de impessoalidade (ex: vai haver)
hão de existirem / hão de fazer = ênfase (ex:vão haver muitas pessoas)
existir/acontecer = pessoais (ex: existem muito motivos)
o sofrimento, as desilusões, as traições da vida, nada/tudo faz (“resuminadora”)
ANTECEDENTE DO SUJEITO
PLURAL
· Sujeito composto anteposto (ex: paulo e joão foram)
· Ligados por “como” (ex: o jovem como o idoso são sensíveis)
· Sujeito composto por “quantos de” (ex: quantos de nós serão aceitos)
75
a a a a a
· Pronomes pessoais diferentes: a 1 . prevalece sobre a 2 . e 3 . e a 2 . sobre a 3 (exs: eu, tu e
ele somos / tu e ela sois)
· Sujeito ligado por “com” = cooperação / “ou” = inclusão, antomímia, retificação (ex: a viúva
com os filhos saíram)
Obs: já não se fazem mais casas como antigamente
SINGULAR OU PLURAL
· Sujeito composto por “um e outro” (um e outro ficou/ficaram)
· Sujeito composto por “a maioria”, “a maior parte de” / “grande parte de” / “alguns de” / “um
grande número de” / “muitos de” + nome no plural (ex: a maior parte dos alunos fiajou/viajaram)
· Sujeito composto por “um dos que” (ex: sou um dos que foi/foram)
· Sujeito composto por “cerca de”, “mais de”: concorda com o numeral (exs: mais de um morreu,
cerca de vinte escaparam)
· Sujeito composto por porcentagem ou fração (exs: vinte porcento sobreviveu/sobreviveram, um
terço foi)
“Tudo”, “isso”, “aquilo”, “o que” + verbo ser + nome plural (ex: tudo é/são flores)
Obs: o filho é as alegrias dos pais (ser humano) / o problema são as dívidas (coisa)
os Estados Unidos são uma potência (com artigo) / Estados Unidos é uma potência
Os Luzíadas imortalizaram Camões
hajam vistos os perigos / haja visto a incidência
elas mesmas se corrigiram
raiva, ódio, inveja, tudo é reprovável (palavra “resuminadora”)
hoje são 14 de abril / hoje é dia 14 de junho / são 10 horas / são 10km até lá
entre mim e você
fomos à cantina e voltamos da cantina / acredito nas pessoas e gosto das pessoas
eles propôs o acordo, mas ela discordou do acordo
a escola em que estudei / a pessoa a quem obedeço / a mulher de quem nunca esqueço
a cidade em que morava / a praia a que iremos / o filme de que mais gostei / a empresa em que
trabalho
deram três horas no relógio / o relógio deu dez horas
faltam poucas horas para acabar
é proibido entrada / é proibida a entrada
AULA 40 E 41 - CRASE
Acento Grave
O acento grave usa-se exclusivamente para indicar a crase da preposição "a" com os artigos a,
as e com os demonstrativos a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo: à, às, àquele(s), àquela
CRASE
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome
que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposi-
76
ção "a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial
dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o"a" do relativo a qual (as quais). Na escri-
ta, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, de-
pende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento
da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar
a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e
um artigo ou pronome.
Observe:
Vou a a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar)
e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre
esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige pre-
posição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se
a algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo
seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.
Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome de-
monstrativo "a" (s) após uma preposição "a":
Veja os exemplos:
Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.2- Trocar o termo regente acompanhado da preposi-
ção a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre).
Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas
formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:
- Penso na aluna.
- Apaixonei-me pela aluna.
77
Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do
artigo "a", é preciso provar que existem os dois.
Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s),
não haverá crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é
apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das for-
massenhora, senhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho.
Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo.
Isso não interessa a nenhum de nós.
Aonde você pretende ir a esta hora?
Agradeci a ele, a quem tudo devo.
AULA 42 - CRASE
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo
método explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na
nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
78
- Diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.
- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda
de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
- Na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
Ele saiu às duas horas.
Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa.
Por exemplo: Dormiram até as/às 14 horas.
AULA 43 - CRASE
AULA 44 – PONTUAÇÃO
Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entoação e pau-
sa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na escrita, substituem, em parte,
o papel desempenhado pelos gestos na fala, garantindo coesão, coerência e boa compreensão
da informação transmitida.
79
1. Ponto (.)
b) Separar períodos:
Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.
c) Abreviar palavras:
V. Ex.ª (Vossa excelência)
2. Dois-pontos (:)
3. Reticências (...)
Usa-se para:
80
AULA 45 - PONTUAÇÃO
4. Parênteses ( )
Quando utilizar:
a) Em perguntas diretas:
Quando você chegou?
b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:
Não acredito, é sério?!
7. Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso aparece em várias
situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que os termos por ela separados não
formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração.
81
Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos.
e) Isolar expressões explicativas:
Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos
AULA 46 - PONTUAÇÃO
AULA 47 - PONTUAÇÃO
o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações
iniciadas pela conjunção “e”:
Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.
p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente
se estiverem antepostas à oração principal:
A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.
q) Para separar as orações intercaladas:
Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.
r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:
Quando me formarei, ainda não sei.
82
8. Ponto e vírgula (;)
a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito extensas ou
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciada-
mente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que so-
fria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior
um tanto tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
9. Travessão (—)
Considerada como complicada pela maioria dos estudantes, a interpretação de textos é, efeti-
vamente, um exercício complexo!
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A interpretação de textos…
Implica a mobilização dos conhecimentos prévios que cada pessoa possui antes da leitura de
um determinado texto;
Pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça uma relação com a informação
já possuída, levando ao crescimento e à ampliação do conhecimento do leitor;
Pretende que haja uma apreciação pessoal e crítica aquando da análise do novo conteúdo
lido, afetando de alguma forma o leitor.
Assim, podemos afirmar que existem diferentes tipos de leitura: uma leitura prévia, uma leitura
seletiva, uma leitura analítica e, por fim, uma leitura interpretativa.
84
6) Reescreva o conteúdo lido.
Para melhor compreensão ou memorização, muitos estudantes recorrem à reescrita do texto
feita com as suas próprias palavras. Para tal efeito podem ser feitos resumos, tópicos, esque-
mas,...
85
A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na constituição de seus
textos. Nessa peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor
a
a) Mafalda emprega o mesmo valor semântico para o vocábulo “indicador” no primeiro e no últi-
mo quadrinho.
b) Mafalda não sabe a importância do dedo indicador.
c) A expressão “dedo indicador” é utilizada de maneira metafórica pelo autor da tirinha.
d) Mafalda ainda não sabe exatamente o significado da expressão “indicador de desemprego”
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e) Apesar de ser uma criança, Mafalda já percebe as injustas relações de trabalho estabelecidas
entre patrões e operários...
A partir da leitura da tirinha de Calvin e Haroldo, criação do desenhista Will Watterson, é possível
inferir apenas:
a) A linguagem verbal é predominante. Sendo assim, a linguagem não verbal não auxilia na
construção de sentidos da tirinha.
b) O desenhista, por meio da personificação da personagem Haroldo, discute sobre a importân-
cia da indústria da guerra para a promoção da paz mundial.
c) A ironia é a figura de linguagem predominante na linguagem verbal, presente nas falas de Cal-
vin no terceiro e quarto quadrinhos. Por meio de metáforas, Bill Watterson faz uma dura crítica à
indústria norte-americana de guerra...
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d) A linguagem verbal não contribui para o melhor entendimento da tirinha, pois todo efeito de
humor está contido na linguagem não verbal por meio das expressões exibidas por Calvin e Ha-
roldo no último quadrinho.
A regência nominal é um dos tipos de regência existentes e, como o nome já sugere, ocorre
apenas entre nomes (substantivo, adjetivo ou advérbio). Quando um termo influencia outro em
uma sentença, dizemos que se trata de um termo determinante. A essa relação de subordina-
ção entre o termo determinante e o termo determinado (ou subordinado), damos o nome
de regência. A preposição que liga um termo ao outro costuma marcar a relação de subordina-
ção.
→ Apto a
Vocês, agora, estão aptos a dirigir.
→ Disposto(a) a
“Não estou disposto a esquecer seu rosto de vez.” (Compositor: Hyldon Silva)
→ Fácil de/difícil de
Aquela era uma situação fácil de se resolver.
O movimento feito pelo ginasta era um dos mais difíceis de se executar.
Firme em
Eu me mantive firme em meu propósito.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
→ Grato(a) a/por
Estar grato(a) a alguém por algo:
Ela ficou muito grata a eles por toda a ajuda.
→ Luta contra
Ele sabia de toda a luta contra aquela injustiça.
Natural de
Lima Barreto era natural de Olinda.
Obediente a
Era um garoto muito bonzinho, sempre foi obediente à família.
→ Perto de/longe de
Estamos ainda muito longe da próxima parada, motorista?
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Já cumpriram quase todas as etapas, estão perto de ganhar a competição.
Perto de/longe de
Estamos ainda muito longe da próxima parada, motorista?
Já cumpriram quase todas as etapas, estão perto de ganhar a competição.
→ Satisfeito com
Nós ficamos muito satisfeitos com o resultado.
Substantivos
admiração (a, por)
Sentia admiração por fenômenos naturais.
dificuldade (de, em)
Tenho dificuldade em língua portuguesa.
aversão (a, para, por)
Sentia verdadeira aversão às imposições arbitrárias.
capacidade (de, para)
Possuía grande capacidade de crescer profissionalmente.
dúvida (acerca de, em, sobre)
Temos dúvidas acerca de alguns pontos do contrato.
medo (de)
Ela afirmou que tem medo de avião.
receio (de)
Tinha receio de permanecer no mesmo lugar.
respeito (a, com, para com, por)
Ela tem respeito pela própria história.
obediência (a)
É preciso ter obediência aos princípios da natureza.
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Suas atitudes não são compatíveis com suas palavras.
contrário (a)
Somos contrários às negociações.
essencial (a, para)
Cálcio é essencial para a saúde dos ossos.
generoso (com)
Foi generoso com os menores.
interessado (em, por)
Ele é interessado em língua portuguesa.
necessário (a, em, para)
Trouxe dinheiro necessário para meu regresso.
relacionado (com)
O conteúdo está relacionado com gramática.
útil (a, para)
Este conteúdo é útil para você.
Veja também: Locuções prepositivas – grupos de palavras que exercem a função de pre-
posição
Advérbios
Os advérbios terminados em -mente seguem a mesma regência dos adjetivos de que são origi-
nados.
análogo a - analogamente a
relativo a - relativamente a
semelhante a - semelhantemente a
favorável a - favoravelmente a
É importante destacar que perto e longe são seguidos da preposição de.
Fique aqui, bem perto de mim.
Longe dos olhos, longe do coração.
Como dito anteriormente, são as classificações recebidas por um texto de acordo com as regras
gramaticais, dependendo de suas características. São as classificações mais clássicas de um
texto: A narração, a descrição e a dissertação. Hoje já se admite também a exposição e
a injunção. Ao todo são 5 (cinco) tipos textuais.
NARRAÇÃO
Ao longo de nossa vida estamos sempre relatando algo que nos aconteceu ou aconteceu com
outros, pois nosso dia-a-dia é feito de acontecimentos que necessitamos contar/relatar. Seja na
forma escrita ou na oralidade, esta é a mais antiga das tipologias, vem desde os tempos das ca-
vernas quando o homem registrava seus momentos através dos desenhos nas paredes.
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Regra gramatical para este tipo de texto (NARRAÇÃO):
Narrar é contar uma história que envolve personagens e acontecimentos. São apresentadas
ações e personagens: O que aconteceu, com quem, como, onde e quando.
Segue a seguinte estrutura:
Exemplo:
Minha vida de menina
Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste! Vovó chamou-me cedo, ansiada como está, coita-
dinha e disse: "Sei que você vai ser sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de
sua avozinha que lhe quer tanto". As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu larguei dos
braços dela e vim desengasgar-me aqui no meu quarto, chorando escondida.
Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e
de meus deveres e que eu não fui o que deveria ter sido para ela! Mas juro por tudo, aqui nesta
hora, que eu serei um anjo para ela e me dedicarei a esta avozinha tão boa e que me quer tanto.
Vou agora entrar no quarto para vê-la e já sei o que ela vai dizer: "Já estudou suas lições? Então
vá se deitar, mas antes procure alguma coisa para comer. Vá com Deus". Helena Morley
DESCRIÇÃO
a intenção deste tipo de texto é que o interlocutor possa criar em sua mente uma imagem do que
está sendo descrito. Podemos utilizar alguns recursos auxiliares da descrição. São eles:
A-) A enumeração:
Pela enumeração podemos fazer um “retrato do que está sendo descrito, pois dá uma ideia de
ausência de ações dentro do texto.
B-) A comparação:
Quando não conseguimos encontrar palavras que descrevam com exatidão o que percebemos,
podemos utilizar a comparação, pois este processo de comparação faz com que o leitor associe
a imagem do que estamos descrevendo, já que desperta referências no leitor. Utilizamos compa-
rações do tipo: o objeto tem a cor de ..., sua forma é como ..., tem um gosto que lembra ..., o
cheiro parece com ..., etc.
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Regra Gramatical para este tipo de texto (Descrição):
Descrever é apresentar as características principais de um objeto, lugar ou alguém.
Pode ser:
Objetiva: Predomina a descrição real do objeto, lugar ou pessoa descrita. Neste tipo de descri-
ção não há a interferência da opinião de quem descreve, há a tendência de se privilegiar o que é
visto, em detrimento do sujeito que vê.
Exemplo:
Alguns dados sobre Rudy Steiner
“Ele era oito meses mais velho do que Liesel e tinha pernas ossudas, dentes afiado, olhos azuis
esbugalhados e cabelos cor de limão. Como um dos seis filhos dos Steiner, estava sempre com
fome. Na rua Himmel, era considerado meio maluco ...”
DISSERTAÇÃO
Podemos dizer que dissertar é falar sobre algo, sobre determinado assunto; é expor; é debater.
Este tipo de texto apresenta a defesa de uma opinião, de um ponto de vista, predomina a apre-
sentação detalhada de determinados temas e conhecimentos.
Para construção deste tipo de texto há a necessidade de conhecimentos prévios do assun-
to/tema tratado.
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Regra gramatical para esse tipo de texto (Dissertação):
Dissertar é expor os conhecimentos que se tem sobre um assunto ou defender um ponto de vista
sobre um tema, por meio de argumentos.
Exemplo:
Redução da maioridade penal, grande falácia
O advogado criminalista Dalio Zippin Filho explica por que é contrário à mudança na maioridade
penal.
Diuturnamente o Brasil é abalado com a notícia de que um crime bárbaro foi praticado por um
adolescente, penalmente irresponsável nos termos do que dispõe os artigos 27 do CP, 104 do
ECA e 228 da CF. A sociedade clama por maior segurança. Pede pela redução da maioridade
penal, mas logo descobrirá que a criminalidade continuará a existir, e haverá mais discussão,
para reduzir para 14 ou 12 anos. Analisando a legislação de 57 países, constatou-se que apenas
17% adotam idade menor de 18 anos como definição legal de adulto.
Se aceitarmos punir os adolescentes da mesma forma como fazemos com os adultos, estamos
admitindo que eles devem pagar pela ineficácia do Estado, que não cumpriu a lei e não lhes deu
a proteção constitucional que é seu direito. A prisão é hipócrita, afirmando que retira o indivíduo
infrator da sociedade com a intenção de ressocializá-lo, segregando-o, para depois reintegrá-lo.
Com a redução da menoridade penal, o nosso sistema penitenciário entrará em colapso.
Cerca de 85% dos menores em conflito com a lei praticam delitos contra o patrimônio ou por
atuarem no tráfico de drogas, e somente 15% estão internados por atentarem contra a vida.
93
Afirmar que os adolescentes não são punidos ou responsabilizados é permitir que a mentira, tan-
tas vezes dita, transforme-se em verdade, pois não é o ECA que provoca a impunidade, mas a
falta de ação do Estado. Ao contrário do que muitos pensam, hoje em dia os adolescentes infra-
tores são punidos com muito mais rigor do que os adultos.
Apresentar propostas legislativas visando à redução da menoridade penal com a modificação do
disposto no artigo 228 da Constituição Federal constitui uma grande falácia, pois o artigo 60, §
4º, inciso IV de nossa Carta Magna não admite que sejam objeto de deliberação de emenda à
Constituição os direitos e garantias individuais, pois se trata de cláusula pétrea.
A prevenção à criminalidade está diretamente associada à existência de políticas sociais básicas
e não à repressão, pois não é a severidade da pena que previne a criminalidade, mas sim a cer-
teza de sua aplicação e sua capacidade de inclusão social.
EXPOSIÇÃO
Aqueles textos que nos levam a uma explicação sobre determinado assunto, informa e esclarece
sem a emissão de qualquer opinião a respeito, é um texto expositivo.
INJUNÇÃO
Os textos injuntivos estão presentes em nossa vida nas mais variadas situações, como por
exemplo quando adquirimos um aparelho eletrônico e temos que verificar manual de instruções
para o funcionamento, ou quando vamos fazer um bolo utilizando uma receita, ou ainda quando
lemos a bula de um remédio ou a receita médica que nos foi prescrita.
Os textos injuntivos são aqueles textos que nos orientam, nos ditam normas, nos instruem.
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
Exemplo:
BOLO DE CENOURA
Ingredientes
Massa
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3 unidades de cenoura picadas
3 unidades de ovo
1 xícaras (chá) de óleo de soja
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colheres (sopa) de fermento químico em pó
Cobertura
1/2 xícara (chá) de leite
5 colheres (sopa) de achocolatado em pó
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de Margarina
Como fazer Massa
Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha.
Leve para assar em uma forma untada.
Depois de assado cubra com a cobertura.
Cobertura
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar.
HOMÔNIMOS
São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos:
HOMÔNIMOS PERFEITOS
Têm a mesma grafia e o mesmo som.
- A manga está uma delícia.
- A manga da camisa ficou perfeita.
HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS
Têm a mesma grafia, mas sons diferentes.
- Eu começo a trabalhar em breve.
- O começo do filme foi ótimo.
HOMÔNIMOS HOMÓFONOS
Têm o mesmo som, mas grafias diferentes.
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-Os concertos são realizados nas maiores e mais importantes salas de Viena, como a Ópera de
Viena.
-O conserto do meu celular durou uma semana.
Antônimos
São palavras diferentes na forma e opostas na significação.
Ex.:
sim – não
abaixar – levantar
nascer – morrer
correr – parar
sair – chegar
belo – feio
vida – morte
Homônimos
Vem do grego “homós” que quer dizer: “igual”, “ónymon” que significa “nome”. São palavras
iguais na forma e diferentes na significação.
Homônimos podem ser:
a) Homônimos homófonos
b) Homônimos homógrafos
Homônimos Homófonos
São os que têm som igual e significação diferente.
cerrar (fechar)
serrar (cortar)
chá (bebida)
xá (soberano do Irã)
cheque (ordem de pagamento)
xeque (lande do jogo de xadrez)
concertar (ajustar, combinar)
consertar (corrigir, reparar)
coser (costurar)
cozer (preparar alimentos)
esperto (inteligente, perspicaz)
experto (experiente, perito)
incerto (não certo, impreciso)
inserto (introduzido, inserido)
incipiente (principiante)
insipiente (ignorante)
ruço (pardacento, grisalho)
russo (natural da Rússia)
tachar (atribuir defeito a)
taxar (fixar taxa)
acender (pôr fogo)
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ascender (subir)
acento (símbolo gráfico)
assento (lugar em que se senta)
Homônimos Homógrafos
São palavras que têm grafia igual e significação diferente; devemos notar que as vogais podem
ter som diferente, bem como pode ser diferente o acento da palavra. Sendo que se escrevam
com as mesmas letras e tenham significação diferente.
Ex.:
sede(residência) – sede (vontade de beber água)
cará (planta) – cara (rosto)
sabia (verbo saber) – sabiá (pássaro) – sábia (feminino de sábio)
Nota: As palavras podem ser ao mesmo tempo homônimos homófonos e homônimos ho-
mógrafos
Ex.:
mato (bosque) – mato (verbo)
livre (solto) – livre (verbo livrar)
rio (verbo rir) – rio (curso de água natural)
amo (verbo amar) – amo (servo)
canto (ângulo) – canto (verbo cantar)
fui (verbo ser) – fui (verbo ir)
recrear (divertir, alegrar)
recriar (criar novamente)
sortir (abastecer)
surtir (produzir efeito)
tráfego (trânsito)
tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau)
vadiar (andar ociosamente)
vultoso (volumoso)vultuoso (atacado de congestão na face)
imergir (afundar)
emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços)
infração (violação)
infligir (aplicar pena)
infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial)
mandato (procuração)
ratificar (confirmar)
retificar (corrigir)
emigrar (deixar um país)
imigrar (entrar num país)
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01. Assinale a alternativa correta:
“Pedro e João ____ entraram em casa perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã
caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____
seus, dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os
primos e a tia.”
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes:
04. “O _______ de veículos de grande porte, em vias urbanas, provoca ________ no trânsito;
forçando a que os motoristas dos carros menores ________,muitas delas, completamente sem
_________ ;
98
3. Na repartição das armas, a presença do furriel é importante.
4. Toda espécie de contrabando de drogas deve ser repreendido.
07. Em: O Prefeito ratificou o Decreto e O Prefeito retificou o Decreto, as palavras sublinhadas
podem ser substituídas, sem que haja perda de sentido, por,
respectivamente:
a) modificou / publicou
b) escolheu / saudou
c) anunciou / arquivou
d) confirmou / corrigiu
09. Assinale a alternativa em que as formas completam corretamente as lacunas das frases, pela
ordem:
GABARITO - AULA 56
01 02 03 04 06 07 09
C B D D B D D
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Regras básicas
99
As regras de acentuação gráfica procuram reservar os acentos para as palavras que se enqua-
dram nos padrões prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, resultam as seguin-
tes regras básicas:
Proparoxítonas – são todas acentuadas. Têm a antipenúltima sílaba tônica e, nesse caso, é a
sílaba que leva acento. É o caso de: lâmpada, relâmpago, Atlântico, trôpego, Júpiter, lúcido, óp-
timo, víssemos, flácido.
Paroxítonas – são as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que recebem
menos acentos. Têm a penúltima sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em:
Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s: água, árduo, pónei, cáries, má-
goas, jóqueis.
FONÉTICA E FONOLOGIA
M / N As letras M e N devem ser analisadas com muito cuidado. Elas podem ser:
Oxítonas/ Monossílabos
Oxítonas – Têm a última sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em:
100
Monossílabos tônicos – são acentuados os terminados em:
-Esta regra desapareceu (para palavras paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloi-
de, boia.
-Observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação. Por exem-
plo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em R.
Acento diferencial
O acento diferencial é utilizado para diferenciar palavras de grafia semelhante. Usamos o acento
diferencial – agudo ou circunflexo – nos vocábulos da coluna esquerda para diferenciar dos da
direita:
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Os verbos arguir e redarguir perderam o acento agudo em várias formas (rizotônicas): eu arguo
(fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), mas não acentue.
Observe: Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentu-
amos estas vogais:
eu águo, eles águam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas.
-Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o,
mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-gú-o, mas não acentue).
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