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Sumário
Capítulo 1
1 - Introdução ao Hardware........................................................................................................... 06
1.1 - Processador............................................................................................................................. 06
1.2 - Placas de Expansão................................................................................................................. 06
1.3 - Barramento de Expansão...................................................................................................... 09
1.4 - As Interfaces da Placa-mãe................................................................................................... 10
Capítulo 2
2 - Representação das Informações.............................................................................................. 19
2.1 - Unidades de Medida.............................................................................................................. 19
Capítulo 3
3 - Arquitetura de Microcomputador........................................................................................... 22
3.1 - A Frequência e o Clock.......................................................................................................... 23
3.2 - Barramento de Expansão...................................................................................................... 23
Capítulo 4
4 - Transmissão Paralela................................................................................................................. 30
4.1 - Portas de Comunicação......................................................................................................... 30
4.2 - Cabos e Conectores................................................................................................................ 36
Capítulo 5
5 - Memórias.................................................................................................................................... 39
5.1 - Memória ROM........................................................................................................................ 39
5.2 - Tipos de Encapsulamento..................................................................................................... 39
5.3 - BIOS - Basic Input/Output System...................................................................................... 40
5.4 - Setup......................................................................................................................................... 40
5.5 - Post (Power on Self Test)....................................................................................................... 40
5.6 - CMOS...................................................................................................................................... 40
5.7 - Seções do Setup....................................................................................................................... 41
Capítulo 6
6 - Memória RAM........................................................................................................................... 45
6.1 - Static RAM - SRAM............................................................................................................... 45
6.2 - Dynamic RAM - DRAM....................................................................................................... 45
6.3 - Módulos de Memória............................................................................................................. 46
6.4 - Tecnologias de memórias...................................................................................................... 46
6.5 - Aspectos físicos das memórias DDR................................................................................... 47
6.6 - Aspectos físicos das memórias DDR2................................................................................. 48
6.7 - Aspectos físicos das memórias DDR3................................................................................. 49
6.8 - Memória DIMM - DDR4...................................................................................................... 50
6.9 - Arquitetura Multi-Channel................................................................................................... 50
Capítulo 7
7 - Eletricidade Básica.................................................................................................................... 56
7.1 - Tensão Elétrica x Voltagem................................................................................................... 56
7.2 - Aterramento............................................................................................................................ 56
7.3 - Novo Padrão de tomadas....................................................................................................... 57
7.4 - Sistemas de Proteção.............................................................................................................. 57
7.5 - Filtro de Linha........................................................................................................................ 58
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Curso de Hardware
7.6 - Estabilizador............................................................................................................................ 58
7.7 - Módulo Isolador..................................................................................................................... 59
7.8 - Nobreak................................................................................................................................... 59
Capítulo 8
8 - Fontes de Alimentação.............................................................................................................. 62
8.1 - Identificação dos Conectores................................................................................................ 62
8.2 - Medições das tensões AC e DC............................................................................................ 65
8.3 - Modular ou não Modular...................................................................................................... 68
Capítulo 9
9 - Processadores............................................................................................................................. 71
9.1 - Fabricantes............................................................................................................................... 71
9.2 - Modelos................................................................................................................................... 73
9.3 - Como o cache funciona......................................................................................................... 74
9.4 - Clock........................................................................................................................................ 78
9.5 - Clock Externo......................................................................................................................... 79
9.6 - Soquetes................................................................................................................................... 79
9.7 - Como instalar o processador na placa-mãe........................................................................ 84
Capítulo 10
10 - Placa-mãe................................................................................................................................. 87
10.1 - Placa-mãe Onboard............................................................................................................. 89
10.2 - Padrões AT e ATX................................................................................................................ 90
10.3 - Slots e Barramentos.............................................................................................................. 90
Capítulo 11
11 - Monitores e placas de vídeo................................................................................................... 104
11.1 - Placas de vídeo...................................................................................................................... 105
11.2 - Clock da GPU....................................................................................................................... 105
11.3 - Resolução e Cores................................................................................................................. 106
11.4 - Memória de Vídeo................................................................................................................ 107
11.5 - Recurso 3D............................................................................................................................ 108
11.6 - DirectX e OpenGL............................................................................................................... 109
11.7 - Monitores de Vídeo.............................................................................................................. 109
11.8 - Pixel e Dot Pitch................................................................................................................... 110
11.9 - Como escolher uma placa de vídeo................................................................................... 111
Capítulo 12
12 - Disco Rígido............................................................................................................................. 114
12.1 - Interface IDE (PATA).......................................................................................................... 114
12.2 - Interface SATA...................................................................................................................... 115
12.3 - SCSI........................................................................................................................................ 115
12.4 - HD Externo........................................................................................................................... 115
12.5 - HD SSD.................................................................................................................................. 116
12.6 - Velocidades das Interfaces IDE.......................................................................................... 116
12.7 - Versões da Interface SATA.................................................................................................. 117
12.8 - Tecnologias relacionadas ao SATA.................................................................................... 118
Capítulo 13
13 - Instalação de Sistemas............................................................................................................. 121
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Capítulo 1 Introdução ao Hardware
capítulo 15
15 - Principais defeitos no computador....................................................................................... 139
15.1 - Defeitos - Aquecimento....................................................................................................... 139
15.2 - Defeitos - Alimentação........................................................................................................ 139
15.3 - Defeitos - Bateria da Placa-mãe.......................................................................................... 139
15.4 - Defeitos - Memória RAM ................................................................................................... 140
15.5 - Defeitos - Disco Rígido........................................................................................................ 140
15.6 - Defeitos - Erros de Sistema................................................................................................. 141
15.7 - Defeios - Erros no Windows Update................................................................................. 141
15.8 - Defeitos - Conflitos de Hardware....................................................................................... 142
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Hardware
Introdução ao
Capítulo 1 Introdução ao Hardware
1 Introdução ao Hardware
Entender hardware a fundo é uma tarefa árdua. São tantos detalhes que o aprendizado pode
se tornar bastante difícil. Vamos então facilitar as coisas, apresentando neste capitulo, noções básicas
sobre hardware de micros. De posse dessas noções, você poderá aprofundar com mais facilidade seus
conhecimentos nos capítulos seguintes.
O termo “PC” surgiu no final dos anos 70, e é uma abreviatura para “Personal computer”
(Computador Pessoal). Até então os computadores eram grandes e caros e seu alto custo só era
justificado se servisse para atender a um grande número de usuários. Genericamente falando, um PC
era um computador bem mais barato, com capacidade e velocidade mais limitados, mas destinado a
atender a apenas um usuário. No inicio dos anos 80, a IBM lançou seu computador pessoal que foi
um grande sucesso comercial: o IBM Personal Computer, ou IBM PC. Atualmente, a maior parte
dos computadores pessoais são “descendentes” do antigo IBM PC. Como hoje existem inúmeros
fabricantes, esses computadores são chamados apenas de “PCs”. Também é correto chamá-los de
micros.
Começaremos mostrando rapidamente as principais peças que formam um micro. A seguir
detalharemos cada uma dessas peças e veremos como é feita a sua montagem.
1.1 Processador
Este é um dos componentes mais importantes de um micro. O processador é o responsável por
executar as instruções que formam os programas. Quanto mais rápido o processador executar essas
instruções, mais rápida será a execução dos programas. Alguns exemplos de processadores são: Core
i7, Core 2 Quad, Core 2 Duo, Pentium Dual Core, Athlon 64, Phenom e Semprom, entre outros.
Processadores AMD Processadores Intel
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Curso de Hardware
Placa de Rede
É uma placa através da qual PCs próximos podem trocar dados entre si, através de um cabo
apropriado. Ao serem conectados desta forma, deizemos que o PCs formam uma “rede local” (LAN, ou
Local Area Network). Isto permite enviar mensagens entre os PCs, compartilhar dados e impressoras.
A placa de rede também é usada para conectar o computador com a internet através de banda larga.
Placa de rede Detalhe do conector RJ45
Placa de Modem
O modem é um dispositivo que permite que o computador transmita e receba dados para
outros computadores, através de uma linha telefônica. A principal aplicação dos modems é o acesso a
internet. Quando ativamos uma conexão com a internet, o modem “disca” para o provedor de acesso,
que é a empresa que faz a conexão entre o seu computador e a Internet. O tipo mais comum de
modem é o interno, que consiste em uma plca de circuito. O modem onboard fica embutido na plca
mãe, e o modem externo é um aparelho externo que faz o mesmo trabalho que um modem interno.
Atualmente o conceito de “modem” é muito mais amplo. Existem por exemplo os modems utilizados
em conexões de banda larga para Internet. Os dois principais tipos de banda larga são: ADSL(Ex:
Velox, GVT) e a CABO (Ex: NET).
Placa de Som
É uma placa responsável por captar e gerar sons. Todos os computadores modernos utilizam sons,
portanto a placa de som é um dispositivo obrigatório. Praticamente todas as placas mãe atuais possuem
“som onboard”, e assim dispensam o uso de uma placa de som. A própria placa mãe possui circuitos
de som, equivalentes aos de uma placa de som típica. No passado, o som onboard tinha qualidade
modesta. As palcas mãe atuais apresentam som onboard de alta qualidade. Se um micro tem som
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Capítulo 1 Introdução ao Hardware
onboard com qualidade modesta, o usuário pode comprar e instalar uma placa de som de melhor
qualidade, caso deseje mais realismo sonoro e alta fidelidade.
Placa de Som off-board Detalhe da Porta de Joystick
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Curso de Hardware
Hoje em dia para os padrões atuais o barramento ISA é lento, e por isso não é mais encontrado.
Slots PCI
Os slots PCI(Peripheral component Interconnect) são os encontrados em maior quantidade. A
maioria das placas de expansão utiliza este padrão.
Barramento PCI na Placa-mãe
Slot AGP
O barramento AGP(Accelerated Graphics Port) é muito parecido com o PCI, mas opera com
velocidade bem mais elevada. É usado para a instalação de uma placa de vídeo.
Barramento AGP na Placa-mãe
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Capítulo 1 Introdução ao Hardware
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Curso de Hardware
“Disquete” em inglês é “Floppy disk”. Portanto é comum encontrar as suas interfaces indicadas
como FLOPPY ou FC (Floppy Disk Controller), ou FDD (Floppy Disk Drive) nas placas mãe.
Intefaces IDE
Interfaces IDE, também chamadas de ATA, servem para conectar diversos dispositivos para
armazenamento de dados, sendo os mais comuns:
• Disco rígido (HD)
• Unidade de CD ou DVD
• Zip Drive interno
Intefaces IDE, estao sendo desde 2004 substitiuídas pelas novas interfaces SATA. Desde
então as placas mãe tem sido fabricadas com interfaces IDE e SATA, mas já existem placas mãe que
aboliram totalmente as interfaces IDE.
Tipicamente as placas mãe possuem duas intefaces IDE(algumas posuem apenas uma). Em
cada uma delas podem ser ligados dois dispositivos, portanto um PC típico pode ter até 4 dispositivos
IDE.
Conexão para Interface IDE (ATA) Cabos Flat para interface IDE (ATA)
A ligação entre a placa mãe e as unidades de disco IDE é feita através de cabos flat IDE, que
são fornecidos juntamente com a placa mãe. Os cabos IDE antigos tinham 40 vias, e suportavam
velociades de até 33MBps. Os cabos mais recentes têm 80 vias, e operam com até 133MBps.
Interfaces SATA
Placas mãe produzidas a partir do final de 2002 começaram a apresentar um novo tipo de
interface, a Serial ATA (SATA). Esta é a nova versão das interfaces IDE, que apesar de operar no
modo serial, apresenta um desempenho ainda maior.
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Capítulo 1 Introdução ao Hardware
Interfaces seriais
As interfaces seriais (ou portas seriais) são chamadas de COM1 e COM2. Seus conectores
ficam na parte traseira do computador e são normalmente do tipo DB-9 macho.
Nos próximos anos, os PCs não utilizarão mais interfaces seriais. Suas funções passarão a ser
desempenhadas pelas interfaces USB.
Interface Serial Exemplo de Mouse Serial
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Curso de Hardware
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Capítulo 1 Introdução ao Hardware
Unidade de CD e DVD
As unidades de CD permitem usar discos CD-ROM, com capacidade de 700MB. Quase todos
os programas modernos são vendidos em CD-ROMs. O drive de CD-ROM é bastante barato, mas não
permite gravar dados. Existem entretanto modelos (chamados drives de CD-RW, ou simplesmente,
“gravadores de CDs”) que permitem gravações, o que os torna um excelente meio para transporte
e armazenamento de dados. Existem ainda os drives de DVD, que podem reproduzir discos com
capacidade ainda maior: 4,7GB e 9,4GB, e os gravadores de DVDs, que realizam gravações em disco
com essas altas capacidades. Nos micros modernos já não encontramos mais drives de CD-ROM.
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Memória “RAM”
RAM é um tipo de memória. Para que um programa possa ser executado, ele precisa
inicialmente ser carregado na memória. Os dados que esses programas manipulam (por exemplo,
textos e imagens) também precisam estar na memória. As placas mãe possuem soquetes, sempre
próximos do processador, que servem para a instalação de módulos de memória. Esses soquetes
possuem duas alças laterais. Devemos puxar essas alças pra que o módulo de memória possa ser
encaixado.
Observe que o soquete das memórias possui saliências chamadas de chanfros. Os módulos
de memória possuem cortes (também são chamados de chanfros) que se alinham com as saliências
existentes no soquete. Os chanfros servem para garantir que o módulo só poderá ser encaixado na
posição correta. Também serve para distinguir entre os tipos diferentes de memória.
Fonte de Alimentação
Trata-se de uma caixa metálica com circuitos eletrônicos cuja finalidade é receber a tensão da
rede elétrica (110 ou 220 volts em corrente alternada) e gerar tensões em corrente contínua necessárias
ao funcionamento das placas do computador.
As fontes de alimentação para PCs podem ser divididas em quatro categorias:
• AT, usadas nos PCs antigos, comuns até 1997
Possuem um par de conectores para ligar na placa mãe (P8 e P9), normalmente 4 conectores para
discos rígidos e normalmente 1 ou 2 conectores para drives de disquete de 31/2”.
• ATX, usadas nos PCs a partir de 1998
Possuem um conector ATX de 20 pinos para ligar na placa mãe. Possuem ainda normalmente 4
conectores para discos rígidos e 1 ou 2 conectores pra drives de disquete de 31/2”.
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Capítulo 1 Introdução ao Hardware
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Curso de Hardware
1.5 - Anotações
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Informações
Representação das
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Capítulo 2 Representação das Informações
O byte é a palavra binária mais utilizada, por diversos motivos. O principal deles é o fato de
que os microprocessadores se tornaram populares e passaram a ser usados em larga escala quando
surgiram os modelos de oito bits, nos anos 70, sendo que esses modelos de processadores foram
largamente utilizados nas mais diversas aplicações por mais de 10 anos. Devemos tomar alguns
pequenos cuidados na hora de representar a abreviação de byte, a fim de que não haja confusão com
a abreviação de bit. Enquanto abreviamos bit com “b” (b minúsculo), abreviamos byte com “B” (b
maiúsculo). Assim, 1 KB é a representação de um kilobyte (1.024 bytes = 8.192 bits), enquanto 1 Kb
é a representação de um kilobit (1.024 bits).
Base Hexadecimal
Como você pôde observar, cada algarismo hexadecimal estará sempre representando 4 bits.
Assim, F12AC é um número de 20 bits, como 129D3E12 é um número de 32 bits.
2.2 - Anotações
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Arquitetura de
Microcomputador
Capítulo 3 Arquitetura de Microcomputador
3 Arquitetura de Microcomputador
Barramentos
É um conjunto de vias que conectam diferentes partes do PC, permitindo dessa forma que haja
uma comunicação entre os mesmos, principalmente entre o processador e vários outros circuitos. As
partes que compõem um PC se comunicam entre si a todo momento, essa comunicação sendo feita
através de sinais, impulsos elétricos, que devem ser transmitidos através de algum meio físico, que é
o barramento ou bus.
O principal barramento do micro é o barramento local, a via de comunicação que conecta o processador
aos circuitos primordiais da placa-mãe: a memória RAM, a memória cache L2 e o chipset. Damos
o nome de chipset ao conjunto de circuitos integrados de apoio existentes na placa-mãe. Dentre os
diversos circuitos presentes no chipset, destacamos o controlador de memória (RAM) e o controlador
de cache — além do controlador de barramento, no caso de existirem outros barramentos no micro,
o que certamente ocorre. O barramento local de se divide em Barramento de dados, de endereços e
de controle.
Barramento de dados: Barramento bidirecional, utilizado para realizar o intercâmbio de dados
e instruções com o exterior. Uma das principais características de um microprocessador é o número
de bits que o barramento de dados pode transferir, que determina se o processador é de 8, 16, 32
ou 64 bits. Determina o número de bits da palavra de dados que pode ser transferida de/para o
microprocessador e, também (quase sempre) o tamanho da palavra de dados que pode ser operada
pela ALU.
Barramento de endereços: Barramento unidirecional, constituído de um conjunto de linhas
de endereço que indicam a posição de memória onde se encontra o dado requisitado. Uma vez dada
a posição, a informação armazenada na memória passará à CPU através do barramento de dados.
Define a quantidade de posições de memória e/ou de portas de entrada/saída que podem ser acessadas
pelo microprocessador (para n bits do barramento de endereços, 2n bytes de memória podem ser
endereçados, ou seja, 2n endereços físicos podem ser acessados – capacidade de endereçamento).
Barramento de controle: Barramento bidirecional, formado por um número variável de linhas,
através das quais se controlam as unidades complementares (habilitação e desabilitação das memórias
para leitura e escrita, permissão para periféricos ou coprocessadores acessarem as vias de dados e
endereços). Transfere, para as diversas partes do sistema, sinais que definem e orientam toda a sua
operação.
Sinais de controle típicos de um microprocessador são:
• leia de uma posição de memória (memory read);
• leia de uma porta de E/S (I/O read);
• escreva em uma posição de memória (memory write);
• escreva em uma porta de E/S (I/O write);
• pedido de interrupção de programa (interruption request);
• pedido de uso de vias (bus request ou hold request);
• pedido de espera (wait ou ready);
• sinal de relógio (clock); e
• sinal de partida/reinício (reset).
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Curso de Hardware
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Capítulo 3 Arquitetura de Microcomputador
Podemos até mesmo adicionar placas de circuitos, como placas de som, que sequer eram
imaginadas quando o PC foi construído. Hoje, há uma tendência de se colocar alguns componentes –
como as portas paralelas e seriais e controladores de vídeo – como parte da placa-mãe. Mas no caso
de, por exemplo, um controlador de vídeo integrado, este pode ser desabilitado se desejarmos instalar
uma placa de expansão que controle melhor o vídeo.
O conceito básico do barramento introduzido no IBM PC em 1981 era tão bom e versátil
que por anos houve poucas alterações. Mas atualmente há meia dúzia de tipos de barramentos de
expansão para PC. Todos representam melhorias para a movimentação cada vez mais rápida de dados
entre os componentes.
Barramento ISA (Industry Standard Architecture)
O barramento ISA é um padrão não mais utilizado, sendo encontrado apenas em computadores antigos.
Seu aparecimento se deu na época do IBM PC e essa primeira versão trabalha com transferência de
8 bits por vez e clock de 8,33 MHz (na verdade, antes do surgimento do IBM PC-XT, essa valor era
de 4,77 MHz).
Outra característica marcante do PCI é a sua compatibilidade com o recurso Plug and Play
(PnP), algo como "plugar e usar". Com essa funcionalidade, o computador é capaz de reconhecer
automaticamente os dispositivos que são conectados ao slot PCI. Atualmente, tal capacidade é
trivial nos computadores, isto é, basta conectar o dispositivo, ligar o computador e esperar o sistema
operacional avisar sobre o reconhecimento de um novo item para que você possa instalar os drivers
adequados (isso se o sistema operacional não instalá-lo sozinho). Antigamente, os computadores não
trabalhavam dessa maneira e o surgimento do recurso Plug and Play foi uma revolução nesse sentido.
Além de ser utilizada em barramentos atuais, essa funcionalidade chegou a ser implementada em
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Curso de Hardware
Quanto ao slot, o AGP é ligeiramente menor que um encaixe PCI. No entanto, como há várias
versões do AGP, há variações nos slots também (o que é lamentável, pois isso gera muita confusão).
Essas diferenças ocorrem principalmente por causa das definições de alimentação elétrica existentes
entre os dispositivos que utilizam cada versão. Há, por exemplo, um slot que funciona para o AGP
1.0, outro que funciona para o AGP 2.0, um terceiro que trabalha com todas as versões (slot universal)
e assim por diante. A ilustração abaixo mostra todos os tipos de conectores:
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Capítulo 3 Arquitetura de Microcomputador
Apesar de algumas vantagens, o padrão AGP acabou perdendo espaço e foi substituído pelo
barramento PCI Express.
PCI-Express
O padrão PCI Express (ou PCIe ou, ainda, PCI-EX) foi concebido pela Intel em 2004 e se destaca
por substituir, ao mesmo tempo, os barramentos PCI e AGP. Isso acontece porque o PCI Express está
disponível em vários segmentos: 1x, 2x, 4x, 8x e 16x (há também o de 32x, mas até o fechamento
desta apostila, este não estava em uso pela indústria). Quanto maior esse número, maior é a taxa de
transferência de dados. Como mostra a imagem abaixo, esse divisão também reflete no tamanho dos
slots PCI Express:
Na tabela abaixo comparamos as taxas de transferências dos barramentos PCI, AGP e PCI Express.
O barramento PCI Express define um tipo diferente de slot baseado na quantidade de pistas
do sistema. Por exemplo, o tamanho físico do slot do barramento PCI Express x1 é diferente da do
barramento PCI Express x4. Na Figura você pode ver a diferença entre os slots do barramento PCI
Express.
Embora tenha se tornado popular apenas em 2006, o PCI Express existe desde 2004. Neste
meio tempo, já foi desenvolvida uma atualização para o padrão, o PCI Express 2.0, finalizado em
janeiro de 2007.
A boa notícia é que o PCI Express 2.0 é completamente compatível com o padrão antigo,
apenas mais rápido. Ele dobra a velocidade do PCI Express, oferecendo 500 MB/s por linha, em cada
direção. Isto significa que um slot 16x passa a oferecer incríveis 8 GB/s, o que seria equivalente a um
hipotético AGP 32x.
Placas PCI Express 1.0 poderão ser usadas diretamente em slots PCIe 2.0 e mesmo placas 2.0
funcionarão em slots 1.0, embora com uma possível redução de desempenho devido ao barramento
mais lento.
O PCI Express 3.0 já está há algum tempo no mercado, e as principais placas de vídeo
disponíveis atualmente já são compatíveis com o sistema. As placas-mãe mais atuais também já
contam com o recurso, sendo que, se o seu computador tem pelo menos um ano de idade, é possível
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Curso de Hardware
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Capítulo 3 Arquitetura de Microcomputador
Outros barramentos
Os barramentos mencionados neste texto foram ou são bastante utilizados pela indústria, mas
há vários padrões que, por razões diversas, tiveram aceitação mais limitada no mercado. É o caso, por
exemplo, dos barramentos VESA, MCA e EISA:
VESA: também chamado de VLB (VESA Local Bus), esse padrão foi estabelecido pela Video
Electronics Standards Association (daí a sigla VESA) e funciona, fisicamente, como uma extensão do
padrão ISA (há um encaixe adicional após um slot ISA nas placas-mãe compatíveis com o padrão). O
VLB pode trabalhar a 32 bits e com a freqüência do barramento externo do processador (na época, o
padrão era de 33 MHz), fazendo com que sua taxa de transferência de dados pudesse alcançar até 132
MB por segundo. Apesar disso, a tecnologia não durou muito tempo, principalmente com a chegada
do barramento PCI;
MCA: sigla para Micro Channel Architecture, o MCA foi idealizado pela IBM para ser o
substituto do padrão ISA. Essa tecnologia trabalha à taxa de 32 bits e à freqüência de 10 MHz, além
de ser compatível como recursos como Plug and Play e Bus Mastering. Um dos empecilhos que
contribuiu para a não popularização do MCA foi o fato de este ser um barramento proprietário, isto é,
pertencente à IBM. Por conta disso, empresas interessadas na tecnologia tinham que pagar royalties
para inserí-la em seus produtos, ideia essa que, obviamente, não foi bem recebida;
EISA: sigla de Extended Industry Standard Architecture, o EISA é, conforme o nome indica,
um barramento compatível com a tecnologia ISA. Por conta disso, pode operar a 32 bits, mas mantém
sua frequência em 8,33 MHz (a mesma do ISA). Seu slot é praticamente idêntico ao do padrão ISA,
no entanto, é mais alto, já que utiliza duas linhas de contatos: a primeira é destinada aos dispositivos
ISA, enquanto que a segunda serve aos dispositivos de 32 bits.
3.3 - Anotações
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores Portas de
Comunicação
Capítulo 4 Portas de Comunicação
4 Transmissão Paralela
Na transmissão paralela os dados seguem com cada bit do byte por uma via. Todo o byte segue
simultaneamente. Na transmissão paralela atingimos uma taxa de transferência
muito superior à obtida na serial. O inconveniente dessa transmissão é que o
sinal se degrada rapidamente, impedindo que percorra distâncias maiores. Na
transmissão paralela o caminho não poderá exceder a três metros. É por isso que
não encontramos um cabo para impressora (cabo paralelo) com mais de três metros
de comprimento. Como as distâncias a serem percorridas no interior do PC são
muito pequenas, a transmissão paralela é sempre empregada. Quando dizemos que
o barramento possui uma largura de 32 bits, estamos afirmando que a transmissão empregada é
paralela e que o barramento possui 32 vias, podendo deslocar 32 bits simultaneamente. A figura nos
mostra um barramento com largura de 8 bits, deslocando simultaneamente todos os 8 bits de um byte.
Sempre iremos nos referir a um processador afirmando que é de 32 ou de 64 bits.
Transmissão Serial:
Na transmissão serial os bits do byte seguem pela mesma via, um a um. Naturalmente as
taxas de transferência obtidas são menores. Porém, o sinal pode percorrer grandes distâncias sem
sofrer degradação. Quando um MODEM precisa transmitir um sinal pela
linha telefônica necessita empregar transmissão serial.
4.1 Portas de Comunicação
Para que o micro consiga comunicar-se com periféricos externos utilizando comunicação
paralela ou serial, é necessária uma interface - também chamada porta. Em geral os micros apresentam
portas seriais e paralelas.
Atualmente as portas seriais e paralelas do micro estão integradas à própria placa-mãe. No caso
dos micros mais antigos onde as portas não eram integradas à placa-mãe, elas estavam disponíveis
através de uma interface Mult-I/O que, além das portas seriais e paralelas, fornecia ao micro uma
controladora de unidades de disquete, uma porta IDE e uma porta de joystick.
PORTAS
Para que o micro consiga comunicar-se com periféricos externos utilizando comunicação
paralela ou serial, é necessária uma interface - também chamada porta. Em geral os micros apresentam
portas seriais e paralelas.
Atualmente as portas seriais e paralelas do micro estão integradas à própria placa-mãe. No caso
dos micros mais antigos onde as portas não eram integradas à placa-mãe, elas estavam disponíveis
através de uma interface Mult-I/O que, além das portas seriais e paralelas, fornecia ao micro uma
controladora de unidades de disquete, uma porta IDE e uma porta de joystick.
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Curso de Hardware
Porta Paralela
A porta paralela (também podemos chamá-la de
interface) permite que dados saiam do microcomputador
para um dispositivo externo byte a byte. A porta paralela
normalmente é usada para conectar impressoras,
scanner e outro periféricos. Sua velocidade inicial era de
150kbytes por segundo, chegando a atingir num segundo
momento até 3Mbytes por segundo.
O funcionamento da porta paralela é extremamente
simples. Ela é acessada através de um endereço de I/O,
normalmente 378h.
Porta Serial
A porta serial é considerada uma das conexões
externas básicas para o computador e está inserida nos
computadores há anos. Seu nome se deriva do fato dessa
porta transmitir os bits em séries também é conhecida
como COM1. Atualmente a porta USB é mais utilizada,
porém, alguns modems e impressoras ainda utilizam a
porta serial.
A vantagem dessa porta é que utiliza somente um fio
para transmitir os 8 bits, diferente da porta paralela
que necessita de oito fios. Isso faz com que os cabos seriais sejam menores, diminuindo seu custo.
Inicialmente, a porta serial atingia a velocidade de 9600 bits por segundo, sua última versão chegou
a 115kbps. Sua grande desvantagem é a baixa velocidade.
USB (Universal Serial Bus)
Ligado ao barramento X, o USB (Universal Serial Bus) é outra idéia fantástica para o PC: um
barramento para periféricos onde, através de uma única porta, todos os periféricos externos podem ser
encaixados. A proposta do novo padrão é substituir a infinidade de conectores diferentes empregados
nos computadores atuais. Uma rápida olhada em um micro típico revela não menos que cinco encaixes
diferentes, entre portas seriais, paralelas, ligações para teclado, mouse, joystick e outros acessórios.
Em pouco tempo, o USB pode substituir todos eles. Podemos encaixar até 127 dispositivos diferentes
ao barramento USB. A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde então, vem passando por
várias revisões. As mais populares são as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utilizada.
A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo),
enquanto que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s.
Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido, afinal, 480 Mb/s correspondem a cerca
de 60 megabytes por segundo. No entanto, a evolução da tecnologia faz com que velocidades muito
maiores sejam cada vez mais necessárias.
Não é difícil entender o porquê: o número de conexões de alta velocidade à internet cresce
rapidamente, fazendo com que as pessoas queiram consumir, por exemplo, vídeos, músicas, fotos
e jogos em alta definição ou resolução. Some a isso o fato de ser cada vez mais comum a oferta de
dispositivos como smartphones e câmeras digitais que atendem a essas necessidades. A consequência
não poderia ser outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número cada vez maior de pessoas.
Com suas especificações finais anunciadas em novembro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar
conta dessa e da demanda que está por vir. É isso ou perder espaço para tecnologias como FireWire
ou Thunderbolt.
Para encarar essa missão, o USB 3.0 tem como principal característica a capacidade de
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Capítulo 4 Portas de Comunicação
oferecer taxas de transferência de dados de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não é só isso...
O que é USB 3.0?
Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu porque o padrão precisou evoluir para
atender a novas necessidades. Mas, no que consiste exatamente essa evolução? O que o USB 3.0
tem de diferente do USB 2.0? A principal característica você já sabe: a velocidade de até 4,8 Gb/s (5
Gb/s, arredondando), que corresponde a cerca de 600 megabytes por segundo, dez vezes mais que a
velocidade do USB 2.0. Nada ruim, não?
Mas o USB 3.0 também
se destaca pelo fator alimentação
elétrica: o USB 2.0 trabalha com
corrente de até 500 miliamperes
e tensão de 5 volts, enquanto que
a versão mais nova pode suportar
900 miliamperes e 5 volts. Isso
significa que as portas USB 3.0
consegue alimentar dispositivos
que consomem mais energia, como
determinados HDs externos que,
com o USB 2.0, exigiriam fontes de alimentação dedicadas.
É claro que o USB 3.0 também possui as características que fizeram as versões anteriores tão
bem aceitas, como Plug and Play (plugar e usar), possibilidade de conexão de mais de um dispositivo
na mesma porta, hot-swappable (capacidade de conectar e desconectar dispositivos sem a necessidade
de desligá-los) e compatibilidade com equipamentos nos padrões anteriores.
Conectores USB 3.0
Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0 diz respeito ao conector. Os conectores
de ambos são bastante parecidos, mas não iguais.
Conector USB 3.0 A
Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia USB 3.0 são compostos por nove fios,
enquanto que os cabos USB 2.0 utilizam apenas quatro. Isso acontece para que o padrão novo possa
suportar maiores taxas de transmissão de dados. Assim, os conectores do USB 3.0 possuem contatos
para esses fios adicionais na parte do fundo. Caso um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este usará
apenas os contatos da parte frontal do conector. As imagens a seguir mostram um conector USB 3.0
do tipo A:
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Curso de Hardware
Você deve ter percebido que é possível conectar dispositivos USB 2.0 ou 1.1 em portas USB
3.0. Este último é compatível com as versões anteriores. Fabricantes também podem fazer dispositivos
USB 3.0 compatíveis com o padrão 2.0, mas, nesse caso, a velocidade será a deste último. E é claro:
se você quiser interconectar dois dispositivos via USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o cabo
precisa estar nesse padrão.
USB 3.1: até 10 Gb/s
Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especificações finais do USB 3.1 (também
chamado de SuperSpeed USB 10 Gbps), uma variação do USB 3.0 que se propõe a oferecer taxas de
transferência de dados de até 10 Gb/s (ou seja, o dobro).
Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcançar taxas de até 1,2 gigabyte por
segundo! Não pense que é exagero: há diversas aplicações que podem usufruir dessa velocidade toda.
É o caso de monitores de vídeo que são conectados ao computador via porta USB, por exemplo.
Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz uso de nenhum artefato físico mais
elaborado. O "segredo", essencialmente, está no uso de um método de codificação de dados mais
eficiente e que, ao mesmo tempo, não torna a tecnologia significantemente mais cara.
Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conectores e cabos das especificações
anteriores, assim como com dispositivos baseados nessas versões.
Merece destaque ainda o aspecto da alimentação elétrica: graças a uma especificação chamada
USB Power Delivery, uma única porta USB 3.1 consegue fornecer até 100 watts (corrente de até 5
amperes e tensão de até 20 volts) desde que um cabo adequado seja usado. Monitores de vídeo e HDs
externos são exemplos de dispositivos que podem usufruir dessa característica, dispensando fontes
dedicadas.
Conector USB-C (USB tipo C): uso dos dois lados
Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra novidade para a versão 3.1 da tecnologia:
um conector chamado USB Type-C (USB tipo C) ou, simplesmente, USB-C. O padrão foi finalizado
em agosto de 2014 e tem como principal atrativo a adoção de um plugue reversível: o conector
USB-C pode ser encaixado de qualquer lado na entrada USB.
Sabe aquelas situações em que você tentar
encaixar cabos ou pendrives de um jeito,
nota que fez alguma coisa errada, tenta
de novo e somente então acerta? Quem
nunca passou por isso? Com o novo
conector, esse problema fica no passado.
Vire-o para cima ou baixo, tanto faz: a
conexão funcionará de qualquer forma.
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Capítulo 4 Portas de Comunicação
No lançamento o Firewire 400 (1394) era mais rápido que a USB. Quando surgiu a porta USB
2.0 com velocidades de transferência de até 480Mbps e até 5m de distância entre os dispositivos, a
diferença acabou entre os dois padrões.
Em 2002, foi lançado o FireWire 800 (1394b) superando a USB 2.0 e que tem como características:
• Distância máxima entre os dispositivos de 100m.
• Transferência de até 800Mbs.
O Firewire possui as características do barramento USB, como a possibilidade de conectar até
63 periféricos ao barramento.
Você encontrará o suporte a este barramento nativamente em Macs, e em PCs através de
placas de expansão específicas ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som.
Os principais usos que estão sendo direcionados a esta interface, devido às características
listadas, é na área de multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de vídeo (placas de
captura, câmeras, TVs digitais, home theather, etc).
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Curso de Hardware
Suporte de Software:
A maioria dos sistemas operacionais já suporta
o padrão IEEE 1394:, Windows 2000, Windows XP,
Windows 7, Windows 8.1, Mac OS 8.6, Mac OS 9.0 e
10.0.
Cabos:
Os cabos utilizados no barramento IEEE 1394,
são cabos finos, flexíveis, podendo ter conectores de 6
pinos ou de 4 pinos (pode haver cabo tendo um conector
de 6 pinos numa ponta e 4 pinos na outra) no padrão
1394a e até 9 pinos no padrão 1394b.
Barramento IrDA (Infrared Developers Association)
O IrDA é um barramento sem fios: a comunicação é feita através da luz infravermelha,
da mesma forma que ocorre na comunicação do controle remoto da televisão. Você pode ter 126
periféricos IrDA "conversando" com uma mesma porta.
Existem dois padrões IrDA:
• IrDA 1.0: Comunicação a até 151.200bps.
• IrDA 1.1: Comunicação a até 4.194.304bps (4Mbps).
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Capítulo 4 Portas de Comunicação
Em junho de 2015 na feira taiwanesa de tecnologia Computex, a Intel anunciou que a nova
versão de sua interface de transferência de arquivos, o Thunderbolt 3, será compatível com conexões
USB tipo C. Portas Thunderbolt 3 em computadores, por exemplo, poderão ser acessadas por cabos
USB C, DisplayPort 1.2, PCI Express Geração 3 e, é claro, por cabos Thunderbolt 3.
A interface Thunderbolt 3 oferecerá velocidades de transferência de dados de até 40 Gbps,
o que permite transmitir imagem para 2 monitores com resolução 4K ou transferir uma hora de
gravações em 4K em menos de um minuto. Ele poderá ser usado tanto para transmitir imagem e dados
quanto para carregar dispositivos.
4.2 Cabos e Conectores
Cabos e Conectores
As conexões thunderbolt 1 e 2 usam um conector DisplayPort (miniDP), enquanto que a conexão
Thunderbolt 3 utiliza um conector USB tipo C.
Cabos e Conectores Thunderbolt
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Curso de Hardware
4.3 - Anotações
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Memória ROM
Curso de Hardware
5 Memórias
No que se refere ao hardware dos computadores, entendemos como memória os dispositivos
que armazenam os dados com os quais o processador trabalha. Há, essencialmente, duas categorias de
memórias Principais: ROM (Read-Only Memory), que permite apenas a leitura dos dados e não perde
informação na ausência de energia; e RAM (Random-Access Memory), que permite ao processador
tanto a leitura quanto a gravação de dados e perde informação quando não há alimentação elétrica.
5.1 Memória ROM
As memórias ROM (Read-Only Memory - Memória Somente de Leitura) recebem esse nome
porque os dados são gravados nelas apenas uma vez. Depois disso, essas informações não podem ser
apagadas ou alteradas, apenas lidas pelo computador, exceto por meio de procedimentos especiais.
Outra característica das memórias ROM é que elas são do tipo não voláteis, isto é, os dados gravados
não são perdidos na ausência de energia elétrica ao dispositivo. Eis os principais tipos de memória
ROM:
• PROM (Programmable Read-Only Memory): esse é um dos primeiros tipos de
memória ROM. A gravação de dados neste tipo é realizada por meio de aparelhos que
trabalham através de uma reação física com elementos elétricos. Uma vez que isso ocorre,
os dados gravados na memória PROM não podem ser apagados ou alterados;
• EPROM (Erasable Programmable Read-Only Memory): as memórias EPROM têm
como principal característica a capacidade de permitir que dados sejam regravados no
dispositivo. Isso é feito com o auxílio de um componente que emite luz ultravioleta.
Nesse processo, os dados gravados precisam ser apagados por completo. Somente depois
disso é que uma nova gravação pode ser feita;
• EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory): este tipo de
memória ROM também permite a regravação de dados, no entanto, ao contrário do que
acontece com as memórias EPROM, os processos para apagar e gravar dados são feitos
eletricamente, fazendo com que não seja necessário mover o dispositivo de seu lugar para
um aparelho especial para que a regravação ocorra;
• EAROM (Electrically-Alterable Programmable Read-Only Memory): as memórias
EAROM podem ser vistas como um tipo de EEPROM. Sua principal característica é o
fato de que os dados gravados podem ser alterados aos poucos, razão pela qual esse tipo
é geralmente utilizado em aplicações que exigem apenas reescrita parcial de informações;
• Flash: as memórias Flash também podem ser vistas como um tipo de EEPROM, no
entanto, o processo de gravação (e regravação) é muito mais rápido. Além disso, memórias
Flash são mais duráveis e podem guardar um volume elevado de dados.
• CD-ROM, DVD-ROM e afins: essa é uma categoria de discos ópticos onde os dados
são gravados apenas uma vez, seja de fábrica, como os CDs de músicas, ou com dados
próprios do usuário, quando o próprio efetua a gravação. Há também uma categoria que
pode ser comparada ao tipo EEPROM, pois permite a regravação de dados: CD-RW e
DVD-RW e afins.
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Capítulo 5 Memória ROM
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Curso de Hardware
Geralmente para operar o Setup utilizamos as teclas Setas ou Tab para selecionar um campo a
ser modificado, Enter para entrar em um menu ou opção, + - ou Page Up, Page Down para modificar
, Esc para cancelar ou sair de um item e F10 para salvar e sair do Setup.
Essas teclas podem ser diferentes em alguns modelos de setup, sempre verifique a ajuda (em
geral fica na parte inferior ou na lateral direita da tela) para conferir quais teclas são utilizadas no
modelo de Setup que você acessar.
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Capítulo 5 Memória ROM
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Curso de Hardware
Se você prestou atenção nos parágrafos anteriores, deve estar se perguntando por que as
configurações do setup não são armazenadas diretamente na memória Flash, em vez de usar o CMOS,
que é volátil. Isso seria perfeitamente possível do ponto de vista técnico, mas a ideia de usar memória
volátil para guardar as configurações é justamente permitir que você possa zerar as configurações
do setup (removendo a bateria, ou mudando a posição do jumper) em casos onde o micro deixar de
inicializar por causa de alguma configuração incorreta.
Um caso clássico é tentar fazer um overclock muito agressivo e o processador passar a travar
logo no início do boot, sem que você tenha chance de entrar no setup e desfazer a alteração. Atualmente
basta zerar o setup para que tudo volte ao normal, mas, se as configurações fossem armazenadas na
memória Flash, a coisa seria mais complicada.
Para zerar o CMOS, você precisa apenas cortar o fornecimento de energia para ele. Existem
duas formas de fazer isso. A primeira é (com o micro desligado) remover a bateria da placa-mãe e usar
uma moeda para fechar um curto entre os dois contatos da bateria durante 15 segundos. Isso garante
que qualquer carga remanescente seja eliminada e o CMOS seja realmente apagado. A segunda é usar
o jumper "Clear CMOS", que fica sempre posicionado próximo à bateria. Ele possui duas posições
possíveis, uma para uso normal e outra para apagar o CMOS ("discharge", ou "clear CMOS"). Basta
mudá-lo de posição durante 15 segundos e depois recolocá-lo na posição original.
Uma dica é que muitas placas vêm de fábrica com o jumper na posição "discharge", para
evitar que a carga da bateria seja consumida enquanto a placa fica em estoque. Ao montar o micro,
você precisa se lembrar de verificar e, caso necessário, mudar a posição do jumper. Caso contrário a
placa não funciona, ou exibe uma mensagem de erro durante o boot e não salva as configurações do
setup.
5.8 - Anotações
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6
Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Memória RAM
Curso de Hardware
6 Memórias RAM
Memória RAM (Randon Access Memory – Memória de acesso aleatório) - Essa memória é a
que mais interessa para efeito desse curso. Tem como principal característica o fato de perder todos
os seus dados quando a energia elétrica é desligada. É na memória RAM que a CPU vai buscar dados
para processamento. Quando instalamos um programa em nosso computador ele fica gravado no
disco rígido. Mesmo quando o computador for desligado, o programa instalado no disco continuará
lá. Não é possível interagir diretamente com um programa no disco rígido, ou em qualquer outro
dispositivo de armazenamento de massas. Para que possamos interagir com um programa, ele deve
ser carregado para a memória RAM. É daí que podemos afirmar que a memória RAM é a área de
trabalho do usuário. Como a memória RAM é volátil, guarda informações apenas enquanto estiver
alimentada por energia elétrica. Qualquer arquivo criado ou modificado pelo usuário deve ser salvo
antes que o computador seja desligado. Quando determinamos que o sistema salve um arquivo,
estamos determinando que uma cópia desse arquivo seja gravada no disco rígido.
Há dois tipos de tecnologia de memória RAM que são muitos utilizados: estático e dinâmico,
isto é, SRAM e DRAM, respectivamente.
6.1 Static RAM - SRAM
Esse tipo de memória em vez de capacitores, emprega circuitos digitais mais complexos,
chamados flip-flops, que independem de refresh para conservação dos dados. Os flip-flops mantém
as informações gravadas na memória enquanto estiverem alimen¬tados por energia elétrica. O
estados das suas unidades permanecem inalterados até que seja determinada a gravação de outra
informação, ou que o computador seja desligado. Como a memória estática não depende de refresh,
seu desempenho é consideravelmente maior que o da memória dinâmica.
Principais características da SRAM:
• Alto custo de produção;
• Baixo poder de integração (pouca capacidade de armazenamento em grande espaço
físico);
• Alto consumo de energia;
• Grande velocidade.
6.2 Dynamic RAM - DRAM
Esse tipo de circuito armazena os bits de informação em minúsculos capacitores. Capacitor
carregado = 1 e capacitor descarregado = 0. Um capacitor é um elemento muito fácil de ser construído
pois é composto de apenas duas placas paralelas, o que permite a construção de pequenos circuitos
com grande capacidade de armazenamento.
O grande problema é que depois de algum tempo, os capacitores se descarregam. Para evitar
a perda de dados, é necessária a recarga dos capacitores, o que é chamado de Refresh. Durante o
refresh, comandado pelo controlador de memória existente no chipset da placa-mãe, a memória é
varrida e os capacitores encontrados carregados são realimentados para não perderem o valor 1.
Durante os períodos de refresh a memória não pode ser acessada, o que torna a dynamic RAM muito
lenta.
Principais características da DRAM:
• Baixo custo de produção;
• Grande poder de integração (muita capacidade em pouco espaço);
• Baixo consumo de energia;
• Lenta, pois precisa de refresh.
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Capítulo 6 Memória RAM
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Curso de Hardware
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Capítulo 6 Memória RAM
quatro operações por ciclo de clock, duas no início deste e duas no final. O padrão anterior trabalha
com duas operações por ciclo.
Em relação à nomenclatura, as memórias DDR2 seguem praticamente o mesmo padrão das
memórias DDR, como mostra a tabela a seguir:
A memória DDR2 também merece destaque pelo seu menor consumo de energia elétrica.
Enquanto o tipo DDR trabalha com 2,5 V, a tecnologia DDR2 requer 1,8 V por padrão. Por causa
disso, a memória DDR2 acaba tendo melhor desempenho inclusive no controle da temperatura.
Memória DIMM DDR3 (Double Data Rate 3) de 240 vias
As memórias DDR3 (Double Data Rate 3) chegaram ao mercado para substituir o padrão
DDR2, tal como este substituiu o tipo DDR. A motivação dessa mudança é, como sempre, a necessidade
de melhor desempenho.
O tipo DDR3 segue o mesmo caminho: dobra a quantidade de operações por vez em relação
ao padrão anterior, ou seja, realiza 8 procedimentos de leitura ou gravação a cada ciclo de clock,
quatro no início deste e outros quatro no final.
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Curso de Hardware
Para compreender melhor este aspecto, considere que, quando nos referimos ao ciclo de clock,
estamos tratando da comunicação da memória com o exterior. Porém, a memória trabalha com uma
frequência própria internamente.
Levando essa característica em conta mais a questão das operações por ciclo de clock, temos
o seguinte cenário:
• Um módulo DDR-400, por exemplo, funciona internamente a 200 MHz, mas oferece
400 MHz por trabalhar com duas operações por ciclo (2 x 200);
• Um pente DDR2-800, que também funciona internamente a 200 MHz, pode oferecer
800 MHz, já que faz uso de quatro operações por vez (4 x 200).
• Seguindo a mesma lógica, podemos tomar como exemplo um módulo DDR3-1600
que, assim como os anteriores, funciona internamente a 200 MHz, no entanto, por utilizar
8 operações por ciclo de clock, pode oferecer 1.600 MHz (8 x 200).
Tal como suas antecessoras, as memórias DDR3 seguem duas denominações: DDR3-XXXX e
PC3-YYYY, onde YYYY indica a quantidade de megabytes transferidos por segundo (valor máximo
teórico). A tabela a seguir mostra as especificações mais comuns:
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Capítulo 6 Memória RAM
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Curso de Hardware
Largura de Banda
Largura de banda é a taxa de transferência máxima teórica de um canal de comunicação. No
caso das memórias, a largura de banda é medida em megabytes por segundo (MB/s) ou gigabytes por
segundo (GB/s), ou seja, quantos milhões ou bilhões de bytes podem ser transferidos por segundo,
respectivamente.
Largura de banda = clock DDR x bits transferidos por pulso de clock / 8
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Capítulo 6 Memória RAM
Atualmente os módulos de memória usados são de 64 bits. Isto significa que 64 bits de dados
são transferidos a cada pulso de clock. Portanto, usaremos o número “64” no lugar de “bits transferidos
por pulso de clock” na fórmula acima.
As arquiteturas de memória de dois, três e quatro canais funcionam aumentando a quantidade
de fios de dados disponíveis no barramento de memória, dobrando, triplicando ou quadruplicando a
largura de banda disponível, respectivamente.
Arquitetura de Dois Canais
Como comentamos rapidamente na página anterior, a arquitetura de dois canais expande a
quantidade de fios disponíveis no barramento de dados da memória de 64 para 128. Isto dobra a
largura de banda disponível. Por exemplo, se você usa memórias DDR3-1333, a taxa de transferência
máxima teórica é dobrada de 10.664 MB/s (10,6 GB/s) para 21.328 MB/s (21,3 GB/s).
Cada módulo de memória, no entanto, é um dispositivo de 64 bits. Dessa forma, para que a
arquitetura de dois canais funcione, você precisará instalar dois módulos de memória em paralelo,
expandindo o barramento de memória para 128 bits.
Habilitando o Modo de Dois Canais
Para habilitar a tecnologia de dois canais você precisa ter:
• Um controlador de memória com suporte à arquitetura de dois canais (praticamente
todos os atuais processadores suportam esta arquitetura)
• Dois ou uma quantidade par de módulos de memória; cada par de módulos deve ser
idêntico
• Instalar os módulos de memória nos soquetes corretos na placa-mãe que habilitarão
esta arquitetura.
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Curso de Hardware
Se você instalar oito módulos de memória, o segundo grupo de módulos deve ser instalado nos
soquetes dois, quatro, seis e oito, a menos que todos os oito módulos sejam idênticos, onde você
preencherá todos os oito soquetes de memória e não precisará se preocupar em que soquetes usar.
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Capítulo 6 Memória RAM
6.10 - Anotações
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Eletricidade Básica
Capítulo 7 Eletricidade Básica
7 Eletricidade básica
Ao trabalharmos com o computador precisamos ter alguns cuidados com a ligação elétrica que
iremos utilizar. Nesse capítulo iremos conhecer um pouco sobre os conceitos básicos de eletricidade,
aterramentos, tensão alternada, tensão contínua, teste de continuidade e equipamentos de proteção.
Ao dominar esses conhecimentos o técnico estará apto a prestar um suporte de qualidade
prolongando a vida útil dos equipamentos, evitando a queima ou perda de desempenho por uso
incorreto de tensão, eletricidade estática ou falta de proteção durante o uso.
A primeira coisa que temos que ter em mente é que os computadores digitais trabalham com
tensão contínua e a rede elétrica de nossas casas e empresas funciona com tensão alternada. Mas qual
a diferença entre essas duas tensões?
7.1 Tensão Elétrica x Voltagem
Uma das grandezas elétricas mais famosas, a voltagem na verdade é um termo errôneo usado
popularmente para indicar a tensão elétrica. Podemos entender a tensão elétrica como a diferença de
potencial entre dois pontos (DDP).
Colocando de maneira simples seria a força necessária para elétrons se movimentarem e assim
criar a corrente elétrica.A confusão ocorre, provavelmente, porque a tensão elétrica é representada pela
unidade Volt (V), mas ainda assim é errado falar “voltagem”, o correto seria usar o termo “tensão”.
Usamos tensão alternada nas tomadas elétricas de nossas casas em filtros de linhas,
estabilizadores, módulos isoladores, no-breaks e diversos outros equipamentos elétricos. Em
computadores (e equipamentos eletrônicos como tablets, smartphones, etc) usamos tensão contínua.
A principal diferença entre tensão alternada e tensão contínua é que essa última não muda de
polaridade diferente da tensão alternada que varia entre pontos positivos e negativos de tensão. Essa
característica permite ao computador manipular os dados de forma extremamente confiável pois a
informação somente poderá assumir dois estados (0 ou 1, nosso código binário) impedindo assim
alterações indesejadas dos dados armazenados.
7.2 Aterramento
O Aterramento tem como finalidade segurança ou proteção do equipamento elétrico e dos seus
usuários. Sua principal característica é a propriedade de proteger o equipamento contra sobretensões
e descargas atmosféricas. Em resumo temos as funções do aterramento:
• Proteger o usuário do equipamento de descargas atmosféricas.
• Descarregar cargas estáticas acumulados nas carcaças das máquinas.
• Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, etc).
Sem um aterramento bem feito o usuário pode levar choques ao utilizar o equipamento que
podem resultar em danos sérios à saúde. Computadores que não estejam ligados em tomadas com
aterramento ou equipamento com função similar (veremos mais adiante um exemplo) também correm
risco de terem seu funcionamento prejudicado e até mesmo a queima do equipamento.
A Norma brasileira de instalações elétricas (NBR-5410) determina que todos os circuitos de
tomadas de uso geral e aparelhos como chuveiros elétricos, lava-roupas, micro-ondas, ar-condicionado,
etc, tenham aterramento.
Em aterramentos residenciais são usadas barras cobreadas e cabos para canalizar a energia
para o aterramento. É recomendado que o aterramento seja realizado por profissional qualificado para
evitar riscos de choques e queima de equipamentos.
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Curso de Hardware
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Capítulo 7 Eletricidade Básica
7.6 Estabilizador
O estabilizador de tensão, como o nome sugere é o dispositivo responsável por estabilizar
a tensão elétrica de entrada e garantir que variações de tensão não ocorram nos equipamentos. São
utilizados para ligar computadores desktop, monitores, impressoras, alguns modelos de caixas de
som, etc.
Os computadores são equipamentos bastante sensíveis e por isso é recomendado o uso de
estabilizadores de tensão, que além de proteger o equipamento contra surtos de energia ainda são
responsáveis por converter a tensão das tomadas (220V) para o valor de 110V, isso é possível graças
a um transformador de tensão que existe dentro do estabilizador.
Assim como os filtros de linha existem diversos modelos e marcas de estabilizadores no
mercado. A faixa de preços varia entre R$ 50,00 a R$ 100,00 (valores de julho de 2015) e as principais
marcas do mercado são: Clone, SMS, Ragtech, Microsol, TS, Enermax, Upsai e NHS.
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7.8 Nobreak
O Nobreak é o equipamento que tem como função básica manter seu computador funcionando
em caso de falta de energia permitindo que você tenha tempo de terminar seu trabalho e salvá-lo
evitando assim a perda de dados e danos ao Sistema Operacional.
Isso é possível graças a baterias existentes dentro do Nobreak que assumem o fornecimento
de energia ao seu computador quando ocorre uma pane na rede elétrica evitando assim que seu
equipamento seja desligado inesperadamente. É um equipamento não muito comum em usuários
domésticos, sendo mais utilizado por empresas para manter seus sistemas funcionando por algum
tempo mesmo com queda de energia na rede fornecedora. Sua faixa de preços inicia por volta de R$
250,00 para os modelos mais simples. As principais marcas são NHS, Microsol, SMS e APC.
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Capítulo 7 Eletricidade Básica
Exemplos de Nobreaks
7.9 - Anotações
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8
Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Fontes de Alimentação
Capítulo 8 Fontes de Alimentação
8 Fontes de alimentação
As fontes de alimentação são equipamentos que tem como função no computador transformar
a tensão alternada, que é utilizada na rede elétrica das casas e empresas, em tensão contínua que
é utilizada pelos nossos computadores. Também tem a função de fornecer a alimentação para a
placa-mãe e os demais componentes, por fim ainda consiste em sua última linha de defesa contra
instabilidades na corrente e picos de tensão.
Uma boa fonte de alimentação é indispensável para o
bom funcionamento do seu computador. Infelizmente
muitos usuários esquecem da importância desse
equipamento e economizam na aquisição de fontes
de boa qualidade dando preferência a modelos pouco
confiáveis.
Uma fonte mal dimensionada pode causar
instabilidades no sistema, travamentos, desligamentos
inesperados ou em casos mais graves danos aos
componentes. Ao adquirir uma fonte de alimentação
dê preferência a modelos reconhecidamente confiáveis no mercado e fuja de fontes baratas que muitas
vezes não são capazes de prover a alimentação necessário para seu equipamento.
Ao final desse capítulo você será capaz de identificar quais os principais itens que devem ser
observados em fontes, faixas de preços, fabricantes confiáveis e como dimensionar corretamente uma
fonte para seu computador.
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Curso de Hardware
Nosso próximo conector será o ATX-P4, também chamado de ATX-12V. Esse conector foi
introduzido pela Intel para o Pentium 4 e sua função é de fornecer alimentação para o Microprocessador,
portanto sem esse conector é impossível ligar o computador.
Algumas fontes possuem o ATX-P4 com 4 pinos, mas fontes mais modernas ja apresentam
esse plugue com 8 pinos, possibilitando uma maior alimentação fornecida ao processador. Esse novo
conector pode ser destacado resultando em dois conectores de 4 pinos e garantindo a compatibilidade
com equipamentos mais antigos.
Conector ATX-12V Conector ATX-12V destacado
O Conector Molex é responsável por fornecer alimentação aos dispositivos como seu Disco
Rígido e Unidade óptica. Embora seja uma padrão em desuso ainda pode ser encontrado em algumas
fontes. Caso seja necessário é possível usar um adaptador ao plugue Molex convertendo sua conexão
para o padrão SATA usado nos discos mais modernos.
Conector Molex Adaptador Molex-SATA
A evolução do conector Molex foi o conector SATA, utilizado para a ligação de Discos
Rígidos e Unidades Ópticas modernas pode ser encontrado em todas as fontes ATX comercializadas
atualmente. Uma boa fonte de alimentação deve ter pelo menos 4 desses conectores que acabaram por
se tornar indispensáveis para os computadores atuais.
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Capítulo 8 Fontes de Alimentação
Exemplo de Poka-Yoke
Todos os plugues da fonte de alimentação
possuem o sistema Poka-Yoke (pronuncia-se poca-
ioquê). Consistem em um sistema a prova de erros
de montagem e utilização. Dessa forma os plugues
somente serão conectados da maneira correta
evitando assim danos ou queima de componentes.
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Curso de Hardware
Ao selecionar o valor no seletor de tensão esteja atento para o seguinte: O valor mostrado
no seletor é o valor que a fonte está pronta para receber. A seleção em 115V deixará a fonte apta a
receber a tensão de 110V e a seleção em 230V deixará a fonte apta a receber a tensão de 220V ( que
normalmente é a tensão usada nas tomadas em Fortaleza. Em algumas regiões do Brasil é utilizada a
tensão de 110V nas tomadas.
Existem atualmente modelos de fontes que são do tipo “automática “, “bivolt” ou “auto
range”, o que significa que a fonte deverá funcionar em qualquer tensão CA (Corrente alternada), em
geral entre 100V e 240V. Para identificar a faixa de operação da sua fonte basta observar a inscrição
AC Input ou Entrada CA impressa na etiqueta da fonte de alimentação. Para identificar fontes “auto
range” é bastante simples, a mesma não terá a chave seletora de tensão (115/230V).
Em poucos casos (em geral fontes utilizadas na Europa), temos fontes que trabalham somente
em determinada tensão e portanto não tem a chave seletora de tensão. Para não corrermos o risco de
utilizar uma fonte assim e causar danos ao seu equipamento sempre consulta na etiqueta da fonte qual
a sua faixa de tensões suportada.
Os dispositivos que compõem um computador são tão variados que requerem níveis diferentes
de tensão para o seu funcionamento. Por isso, as fontes de alimentação fornecem, essencialmente,
as seguintes tensões: +3,3 V, +5 V, +12 V, -5 V e -12 V (as antigas fontes AT não oferecem a tensão
de +3,3 V). As saídas de +3,3 V e +5 V são mais direcionadas a dispositivos menores, como chips
de memória. A tensão de +12 V é utilizada por dispositivos que consomem mais energia, tais como
aqueles que contam com "motores", como HDs (cujo motor é responsável por girar os discos) e drives
de DVD ou Blu-ray (que possuem motores para abrir a gaveta e para girar o disco). As tensões de -5
V e -12 V são pouco utilizadas - serviam ao antigo barramento ISA, por exemplo.
É claro que há dispositivos que exigem tensões menores. Memórias RAM do tipo DDR3,
por exemplo, podem trabalhar com +1,5 V. Para esses casos, a placa-mãe conta com reguladores que
convertem uma saída de voltagem da fonte de alimentação para a tensão necessária ao componente
em questão.
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Capítulo 8 Fontes de Alimentação
Potência
Esse é o aspecto mais considerado por qualquer pessoa na hora de comprar uma fonte. E deve
ser mesmo. Se adquirir uma fonte com potência mais baixa que a que seu computador necessita,
vários problemas podem acontecer, como desligamento repentino da máquina ou reinicializações
constantes. O ideal é optar por uma fonte que ofereça uma certa "folga" neste aspecto. Mas escolher
uma requer alguns cuidados.
O principal problema está no fato
de que algumas fontes, principalmente as
de baixo custo, nem sempre oferecem toda
a potência que é descrita em seu rótulo. Por
exemplo, uma fonte de alimentação pode ter
em sua descrição 500 W (Watts) de potência,
mas em condições normais de uso pode
oferecer, no máximo 400 W. Acontece que o
fabricante pode ter atingindo a capacidade de
500 W em testes laboratoriais com temperaturas abaixo das que são encontradas dentro do computador
ou ter informado esse número com base em cálculos duvidosos, por exemplo. Por isso, no ato da
compra, é importante se informar sobre a potência real da fonte.
Assim, fica evidente que uma fonte que forneça 600 W, por exemplo, pode alimentar um
computador que necessite no máximo desse valor.
Mas você deve estar se perguntando: como saber a potência adequada para o meu computador?
Você já sabe que terá problemas se adquirir uma fonte com potência insuficiente. Por outro lado, se
comprar uma fonte muito poderosa para uma PC que não precisa de tudo isso, vai ser como comprar
um ônibus para uma família de 5 pessoas. A tabela a seguir pode te ajudar nisso. Ela fornece uma
estimativa do quanto os principais componentes de um computador podem consumir:
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Curso de Hardware
Como já dito, processadores e placas de vídeo são os dispositivos que mais exigem energia.
Para piorar a situação, essa medida pode variar muito de modelo para modelo. Por isso, é importante
consultar as especificações desses itens para conhecer suas médias de consumo. Suponha, por
exemplo, que você tenha escolhido a seguinte configuração:
Veja que o total é de 260 W, sem considerar outros itens, como placas-mãe, pentes de memória,
etc. Neste caso, uma fonte com pelo menos 400 W reais seria o ideal (lembre-se da dica de sempre
contar com uma "folga").
Eficiência das fontes de alimentação
Esse é outro aspecto de extrema importância na hora de escolher uma fonte. Em poucas
palavras, a eficiência é uma medida percentual que indica o quanto de energia da rede elétrica, isto
é, da corrente alternada, é efetivamente transformada em corrente contínua. Para entender melhor,
vamos a um rápido exemplo: suponha que você tenha um computador que exige 300 W, mas a fonte
está extraindo 400 W. A eficiência aqui é então de 75%. Os 100 W a mais que não são utilizados são
eliminados em forma de calor.
Com base nisso, perceba o seguinte: quanto maior a eficiência da fonte, menor é o calor gerador
e menor é o desperdício de energia, fazendo bem para o seu bolso e evitando que seu computador
tenha algum problema causado por aquecimento excessivo. Por isso que eficiência é um fator muito
importante a ser considerado. Fontes de maior qualidade tem eficiência de pelo menos 80%, portanto,
estas são as mais indicadas. Fontes com eficiência entre 70% e 80% são até aceitáveis, mas abaixo
disso não são recomendadas.
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Capítulo 8 Fontes de Alimentação
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Curso de Hardware
8.4 - Anotações
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Processadores
Curso de Hardware
9 Processadores
O processador, também conhecido como CPU, é peça
fundamental dos computadores. E não estamos falando apenas dos
famosos PCs. Celulares, video games, smartphones, tablets: todos
esses dispositivos precisam de processadores para funcionar. Esse
componente tão vital é responsável por carregar e realizar as operações
aritméticas e lógicas de que os programas de computador fazem uso.
Portanto, nada funciona sem a famosa CPU.
Levou décadas para que chegássemos aos modelos atuais de processadores. Na verdade,
demoramos alguns anos para chegar também à ideia que temos hoje de como uma CPU funciona.
Antes, os softwares não eram compatíveis com todos os modelos de computador, já que eles eram
desenvolvidos especificamente para cada máquina.
Isso estava relacionado ao fato de que cada computador era como uma plataforma diferente.
Muitas vezes, existia incompatibilidade até mesmo entre modelos de um mesmo fabricante. Por
incrível que pareça, isso não chegava a ser uma barreira preocupante, visto que a produção de software
ainda não era alta e não existiam muitos programas disponíveis.
9.1 Fabricantes
Fundada em 18 de Julho de 1968 por Robert Noyce (físico e co-inventor) e Gordon Earle
Moore (físico e químico) , o primeiro produto da Intel foi o circuito integrado de memória RAM, e a
mesma logo se tornou líder neste mercado nos anos 1970.
Paralelamente, os engenheiros da Intel Marcian Hoff, Federico Faggin, Stanley Mazor e
Masatoshi Shima inventaram o primeiro microprocessador. Originalmente desenvolvido para a
companhia japonesa Busicom a fim de substituir o ASIC's da calculadora já produzida pela Busicom,
o Intel 4004 foi introduzido no mercado para produção em massa em 15 de Novembro 1971, embora
o microprocessador não tenha se transformado no núcleo do negócio de Intel até meados dos anos
1980 (nota: À Intel é dado geralmente o crédito juntamente com a Texas Instruments pela invenção
quase-simultânea do microprocessador).
Em 1983, alvorecer da era do computador pessoal, os lucros de Intel vieram sob a pressão
aumentada dos fabricantes japoneses de circuitos integrados de memória, e o então presidente Andy
Grove resolveu dirigir a companhia com foco nos microprocessadores. Um elemento chave de seu
plano era a intenção, considerada então radical, de transformar-se na única fonte para os sucessores
do popular microprocessador 8086.
Foi lançado o processador 8088, que fez um grande sucesso para os computadores recém-
lançados da IBM, os primeiros PC´s. Posteriormente surgiram outros que ganharam mais recursos e
maior velocidade de processamento, pertencentes a então denominada família de processadores x86.
Mas, ao lançar o quarto processador que deveria se chamar 80586, a Intel acabou criando a marca
registrada Pentium (apesar do rótulo 80586, mais conhecido como 586, ter sido aplicado por muito
tempo por concorrentes da Empresa).
A AMD (Advanced Micro Devices) (ou em Tradução literal: Micro Dispositivos Avançados)
é uma empresa norte-americana fabricante de circuitos integrados, especialmente processadores.
Seus produtos concorrem diretamente com os processadores fabricados pela Intel. Seu produto mais
famoso na década de 1990 foi o processador Athlon, utilizado em computadores pessoais.
Mais conhecida por seus processadores x86 e x86-64; K5, K6-II, K6-III, Athlon, Duron,
Sempron, Athlon 64 (arquitetura de 64 bits), Sempron 64 (também com arquitetura de 64 bits),
Opteron (para servidores) e Turion 64 (para notebooks), a AMD também fabrica circuitos de uso mais
geral, como os encontrados em uma calculadora e dispositivos eletrônicos. Alguns de seus circuitos
são encontrados também entre os usados pela Apple em seus novos produtos, como o Mac mini.
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Capítulo 9 Processadores
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Curso de Hardware
A lei de Moore
Em 1965, Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, afirmou que o número de transistores
em um chip dobraria, sem custo adicional, a cada 18 meses. Tal afirmação ficou conhecida como a Lei
de Moore, a qual foi válida durante anos, principalmente no final da década de 90.
Sempre que uma empresa lançava um modelo de processador, o concorrente a superava meses
depois. Isso ficou muito evidente nos anos de 1999 e 2000, quando o Pentium III e o AMD Atlhon
(K7) estavam guerreando pelo maior clock. Por um período de tempo, a AMD liderou a disputa, pois
o Atlhon, que trabalhava com frequências maiores do que 1 GHz, superou o Pentium III.
A reviravolta da Intel veio com o lançamento do Pentium 4, em 2001, que trabalhava com
até 2 GHz e levou a empresa de volta ao topo do mercado. As versões de baixo custo dessas CPUs,
Celeron (Intel) e Duron (AMD), também disputavam fortemente o lugar mais alto no ranking do
processador “B” mais vendido.
9.2 Modelos
Anos 2000: a era de 64 bits
No começo dessa década, ficou claro que o uso de 32 bits não seria mais eficiente, visto que,
no máximo, apenas 4 GB de memória RAM poderiam ser endereçados nessa plataforma. Logo, a
solução mais natural foi o desenvolvimento de novas arquiteturas que passassem a trabalhar com 64
bits ao invés de 32.
Tanto a AMD quanto a Intel trabalhavam em seus próprios projetos de CPUs de 64 bits, mas
quem venceu a disputa foi mesmo a AMD, com o x86-64, que mais tarde foi renomeado para AMD64.
Isso aconteceu, principalmente, pelo fato de a AMD ter evoluído diretamente o x86-32, enquanto que
a Intel tentou criar algo novo, do zero.
Visto esse acontecimento, as empresas em questão criaram um acordo no uso dessas
arquiteturas, no qual a AMD licenciou para a Intel o uso do x86-64. Por outro lado, a Intel também
tornou legal o uso da arquitetura x86-32 pela AMD. Logo, todos os modelos de processadores 64 bits
comerciais atuais rodam sobre o x86-64. O AMD Athlon 64 foi um dos maiores representantes dessa
arquitetura.
Pentium 4 e Pentium D
Em 2002, a Intel lançou o Pentium 4, processador que podia alcançar clocks muito altos,
chegando até a 3,8 GHz em condições especiais. Os últimos modelos dessa linha também incluíam a
tecnologia Hyperthreading (HT), funcionalidade que fazia um processador físico trabalhar como se
fossem duas CPUs lógicas.
Posteriormente, o Pentium 4 foi substituído pelo Pentium D, duas linhas de processadores
dual-core de 64 bits. Mais tarde, foi lançado o Pentium Extreme Edition, que possuía desempenho um
pouco melhor do que o Pentium D, além de tecnologias extras que o tornavam mais apto para tarefas
pesadas. Esse modelo também fazia uso da tecnologia HT, podendo simular a existência de até quatro
núcleos.
Outra novidade da Intel foi o Pentium M, uma versão de baixo consumo do Pentium Pro
desenvolvido para dispositivos móveis. Esse processador foi lançado em 2003. Em 2005, a AMD
apresentou ao mundo o seu primeiro processador dual-core, o Athlon 64 X2.
Intel Core
Em 2006, a Intel inicia a sua linha Core, para consumidores que precisam de mais poder de
processamento. Faz parte dessa linha o modelo Core 2 Duo, que demonstra uma capacidade incrível
se comparado com os dual-core anteriores da empresa. Na mesma época, foi lançada a versão Pentium
Dual Core, que apesar de trazer uma boa relação custo-benefício, se mostra inferior ao Core 2 Duo.
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Capítulo 9 Processadores
Outro grande lançamento feito pela Intel foi o Core 2 Quad, processadores com quatro
núcleos e que, apesar de demonstrarem alto desempenho, acabam perdendo em algumas tarefas para
o Core 2 Duo. Uma versão posterior, nomeada Core 2 Extreme Quad Core, também foi lançada,
proporcionando mais velocidade de clock, que pode chegar até 3,2 GHz.
Em 2010, a Intel anunciou os modelos Core i3, i5 e i7. Além disso,a empresa também lançou
uma segunda geração desses processadores, que vem sendo muito bem aceita pelos consumidores. Essa
nova leva possui mudanças na memória cache, melhorias no modo Turbo Boost e aperfeiçoamentos
na própria arquitetura. Porém, o que chama a atenção é a presença de um chip gráfico acoplado com
o processador principal (APU).
A empresa também vem trabalhando em uma nova microarquitetura de processadores, a Ivy
Bridge, que deve possuir suporte para PCI Express 3.0, DirectX 11 e OpenCL 1.1. A empresa espera
obter um aumento de até 30% de desempenho no processamento gráfico se comparado com o chipset
Sandy Bridge, presente nos processadores i5 e i7.
As últimas novidades da AMD
Quando o assunto é AMD, a história possui algumas diferenças. Depois dos processadores
dual-core, a linha Athlon II apresentou processadores de três (X3) e quatro núcleos (x4), todos com
versões econômicas, ou seja, com menor desempenho e mais baratos.
Um dos últimos grandes lançamentos da AMD foi o Athlon Neo, chip desenvolvido para
notebooks ultrafinos e que precisam de uma duração maior da bateria. Outra linha apresentada pela
fabricante foi a dos processadores Sempron, uma versão simplificada do Athlon, com apenas um
núcleo e voltada para consumidores menos exigentes.
Quem não dispensa um bom jogo ou precisa de processamento de alto desempenho pode
contar com os processadores Phenom, que foram lançados para competirem de igual para igual com
as CPUs da Intel. Esses modelos também receberam versão de três (X3) e quatro (X4) núcleos. A
segunda geração dessa linha, Phenom II, conta também com processadores dual-core de 3 e 3,1 GHz.
A surpresa mesmo fica por conta dos processadores Phenom II X4, de quatro núcleos e alto
desempenho, com modelos de até 3,4 GHz. Além desses, servidores ou estações de trabalho que
exigem uma carga maior de processamento também podem se beneficiar dos processadores Opteron,
que podem operar com até seis núcleos.
A AMD também lançou uma linha de CPUs para notebooks que, apesar de ser dual-core,
possui um consumo eficiente de energia, poupando assim a carga da bateria dos portáteis. Mas o que
vem ganhando espaço é mesmo a Fusion, linha de APUs (Unidade de Processamento Acelerada) da
AMD. Com a junção de CPU e GPU em um único chip, é possível obter melhor desempenho a um
custo reduzido.
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Curso de Hardware
seguida, o processador carrega o programa a partir da memória RAM através de um circuito chamado
controlador de memória, que está localizado dentro do chipset (chip ponte norte), ou dentro do próprio
processador.
O cache de memória copia os dados acessados recentemente da memória RAM para a memória
estática e tenta adivinhar qual dado o processador poderá precisar, carregando-o para a memória
estática antes que o processador precise dele. O objetivo é fazer com que o processador acesse o
cache de memória em vez de acessar a memória RAM diretamente, já que ele pega dados do cache
de memória imediatamente ou com uma latência muito pequena, enquanto que ele tem que esperar
quando acessa dados localizados na memória RAM. Quanto mais o processador acessar o cache de
memória em vez da memória RAM, mais rápido o micro será.
A diferença fundamental entre a memoria cache e a memória RAM é o tipo de célula usado. A
memória cache é formada por células de memória SRAM, que são tipicamente formadas por conjuntos
de 6 transístores, onde 4 deles formam a estrutura que mantém a carga e os outros dois controlam o
acesso para leitura e gravação.
As células de memória SRAM são muito mais rápidas que as de memória RAM, mas são em
compensação também muito mais caras, já que são necessários 6 transístores para cada bit de dados
e mais um grande número de trilhas e circuitos adicionais. Em teoria, seria possível criar PCs que
utilizassem apenas memória SRAM em vez de memória RAM, mas o custo seria proibitivo. Em vez
disso, são usados pequenos blocos de cache, que graças a todas as otimizações acabam oferecendo
99% do ganho a 1% do custo.
O cache começou a ser usado na época do 386, onde o cache era opcional e fazia parte da
placa-mãe. Ao lançar o 486, a Intel integrou um cache de 8 KB diretamente ao processador, que
embora muito pequeno, era extremamente rápido, já que operava na mesma frequência que ele e
oferecia baixos tempos de latência. O cache incluído no processador passou então a ser chamado de
cache L1 (nível 1) e o cache na placa-mãe passou a ser chamado de cache L2 (ou cache secundário).
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Capítulo 9 Processadores
O cache na placa-mãe continuou a ser usado até a época das placas soquete 7, mas ele foi se
tornando cada vez mais ineficiente conforme os processadores passaram a usar multiplicadores de
clock mais altos. O motivo é simples: instalado na placa-mãe, o cache L2 opera sempre na mesma
frequência que ela (66 ou 100 MHz na época), enquanto o cache L1 operava na mesma frequência do
processador.
Com a introdução das memórias SDRAM e mais tarde das DDR, a diferença de desempenho
entre a memória e o cache passou a ser relativamente pequena, tornando os ganhos de desempenho
cada vez menores. Isso levou a Intel a incorporar o cache L2 diretamente no processador a partir do
Pentium Pro, abandonando o uso de cache na placa-mãe.
Inicialmente o cache L2 era um chip separado, que dividia o encapsulamento com o processador,
mas a partir da segunda geração do Celeron (e do Pentium III Coppermine) ele passou a ser integrado
diretamente ao processador, o que reduziu os tempos de acesso e também os custos.
Esta é uma foto do núcleo de um Pentium III Coppermine com seus 256 KB de cache L2
integrado, que são representados pelos 16 retângulos na parte inferior do processador. Você pode
notar que o cache L2 ocupa uma área significativa do núcleo do processador, o que explica o fato de
serem usados apenas 256 KB:
O cache L1 é sempre muito pequeno (de 32 a 128 KB) e oferece tempos de acesso muito
baixos, equivalentes a apenas 3 ou 4 ciclos (o que em um processador de 3.0 GHz equivale a apenas 1
ou 1.33 nanossegundos). Entretanto, todo esse desempenho tem um custo, que é a necessidade de usar
células com mais transístores, controladores mais sofisticados e mais trilhas de acesso, o que torna o
cache L1 muito caro em termos de transístores usados.
O cache L2 por sua vez é baseado no uso de células mais lentas, com controladores mais
simples e menos linhas de dados. Isso permite que o cache L2 seja sempre muito maior (de 256 KB
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Curso de Hardware
a 2 MB), mas ele em compensação trabalha com tempos de acesso mais altos, de tipicamente 10 a 15
ciclos.
Embora possa soar estranha à primeira vista, essa relação é a que oferece o melhor custo-
benefício na maioria dos casos, já que o bom desempenho do cache L1 permite que o processador
tenha acesso rápido aos dados na maioria dos casos e o grande cache L2 serve como uma segunda
parada para os casos em que ele não encontra o que precisa no L1.
Os processadores atuais usam controladores de cache bastante avançados, o que permite que
os caches trabalhem com percentagens de acerto surpreendentemente boas considerando o tamanho.
Tipicamente, o cache L1 responde por 80% dos acessos, o cache L2 responde por mais 18 ou 19% e a
memória RAM responde pelos 1 ou 2% restantes. À primeira vista, pode parecer que não vale à pena
sacrificar um espeço tão grande no processador para adicionar um grande cache L2 que responde por
menos de 20% dos acessos, mas se fizermos as contas podemos ver que ele é bem importante.
Tomando como exemplo um processador onde o cache L1 trabalha com tempos de acesso de
3 ci clos, o cache L2 trabalha com 15 ciclos e a memória RAM com 140 ciclos e os caches
respondem por respectivamente 80% e 19% dos acessos, teríamos a seguinte relação depois de 1
milhão de acessos:
• Cache L1 (80%): 2.400.000 ciclos
• Cache L2 (19%): 2.850.000 ciclos
• Memória (1%): 1.400.000 ciclos
• Total: 6.650.000 ciclos
Você pode notar que mesmo respondendo por uma pequena parcela dos acessos, a memória
RAM é responsável por um volume desproporcionalmente grande de ciclos de espera. Um aumento
de apenas 1% na percentagem de acessos à memória causaria uma verdadeira tragédia, elevando o
total no exemplo para mais de 8 milhões de ciclos.
É justamente por isso que processadores com caches maiores ou com controladores de
memória integrados (latência mais baixa) oferecem muitas vezes ganhos de desempenho de 10% ou
mais em relação aos antecessores. Da mesma maneira, um cache L1 maior ou mais rápido pode fazer
uma grande diferença, mas apenas se o aumento não for às custas de uma redução no cache L2, já que
pouco adianta melhorar o desempenho do cache L1 em uma ponta, se o processador vai perder bem
mais tempo acessando à memória na outra.
A divisão tradicional entre cache L1 e cache L2 funcionou bem durante a fase dos processadores
single-core e dual-core. Entretanto, com a introdução dos processadores quad-core passou a fazer
mais sentido usar caches L1 e L2 menores e incluir um terceiro nível de cache. Com isso, temos 4
pequenos blocos de cache L1 e L2 (um para cada núcleo) e um grande cache L3 compartilhado entre
todos.
Um bom exemplo é o Core i7 de 45 nm, que usa 64 KB de cache L1 e 256 KB de cache L2 por
núcleo e usa um grande cache L3 de 8 MB compartilhado entre todos. Dentro do processador, ele
corresponde à área sombreada no diagrama a seguir, novamente uma área considerável:
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Capítulo 9 Processadores
Outra curiosidade é que os primeiros processadores usavam caches unificados, que não faziam
distinção entre dados e instruções, tratando ambos com o mesmo nível de prioridade. A partir do
Pentium Pro, o cache L1 passou a ser dividido em dois blocos independentes, um para dados e outro
para instruções. Essa divisão permite que o controlador de cache use o espaço de forma mais eficiente
e melhora a velocidade de acesso, já que os dois blocos passam a se comportar como dois caches
independentes, permitindo que o processador leia dados e instruções simultaneamente.
Além dos caches, os processadores incluem também um TLB (Translation lookaside buffer),
que armazena endereços de memória, convertendo os endereços lógicos usados pelos aplicativos em
execução nos endereços físicos nos chips de memória. O TLB é um circuito bem mais simples que os
caches e é posicionados entre o cache L2 (ou L3) e a memória RAM.
Cada aplicativo (ou mais especificamente cada processo em execução) acha que tem à
disposição um bloco contínuo de endereços de memória, enquanto na verdade está utilizando
endereços espalhados por vários chips ou mesmo módulos de memória diferentes (ou até memória
swap em alguns casos). Com isso, sempre que o processador precisa ler informações diretamente na
memória RAM, precisa primeiro converter os endereços usados pelo aplicativo nos endereços físicos
da memória onde eles estão armazenados, verificando a entrada correspondente no TLB.
Sem o TLB, o processador precisaria fazer uma longa busca sequencial, pesquisando uma a
uma as páginas de endereços da memória até encontrar os endereços correspondentes (um processo
extremamente demorado), antes mesmo de iniciar o acesso propriamente dito.
Diferente dos caches, o TLB funciona como um buffer, que simplesmente armazena endereços
em uso. Ele é um daqueles recursos que todos tomam como certo e que só recebe atenção quando
algo dá errado, como no infame TLB Bug, que afetou as versões iniciais do Phenom, prejudicando o
desempenho.
9.4 Clock
Afinal, o que vem a ser clock? Clock é um sinal usado para sincronizar coisas dentro do
computador. Dê uma olhada na Figura na próxima página, onde mostramos um típico sinal de clock:
é uma onda quadrada passando de “0” a “1” a uma taxa fixa. Nessa figura você pode ver três ciclos
de clock (“pulsos”) completos. O início de cada ciclo é quando o sinal de clock passa de “0” a “1”;
nós marcamos isso com uma seta. O sinal de clock é medido em uma unidade chamada Hertz (Hz),
que é o número de ciclos de clock por segundo. Um clock de 100 MHz significa que em um segundo
existem 100 milhões de ciclos de clock.
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Curso de Hardware
No computador, todas as medidas de tempo são feitas em termos de ciclos de clock. Por
exemplo, uma memória RAM com latência “5” significa que vai levar cinco ciclos de clock completos
para começar a transferência de dados. Dentro da CPU, todas as instruções precisam de um certo
número de ciclos de clock para serem executadas. Por exemplo, uma determinada instrução pode
levar sete ciclos de clock para ser completamente executada.
No que diz respeito ao processador, o interessante é que ele sabe quantos ciclos de clock
cada instrução vai demorar, porque ele tem uma tabela que lista essas informações. Então se há duas
instruções para serem executadas e ele sabe que a primeira vai levar sete ciclos de clock para ser
executada, ele vai automaticamente começar a execução da próxima instrução no 8o pulso de clock. É
claro que esta é uma explicação genérica para um processador com apenas uma unidade de execução
– processadores modernos possuem várias unidades de execução trabalhando em paralelo e podem
executar a segunda instrução ao mesmo tempo em que a primeira, em paralelo. A isso chamamos
arquitetura superescalar.
Então o que o clock tem a ver com desempenho? Pensar que clock e desempenho são a
mesma coisa é o erro mais comum acerca de processadores. Se você comparar dois processadores
completamente idênticos, o que estiver rodando a uma taxa de clock mais alta será o mais rápido.
Neste caso, com uma taxa de clock mais alta, o tempo entre cada ciclo de clock será menor, então
as tarefas serão desempenhadas em menos tempo e o desempenho será mais alto. Mas quando você
compara dois processadores diferentes, isso não é necessariamente verdadeiro.
Se você pegar dois processadores com diferentes arquiteturas – por exemplo, de dois
fabricantes diferentes, como Intel e AMD – o interior deles será completamente diferente.
Digamos que o processador “A” demore sete ciclos de clock para executar uma determinada
instrução, e que o processador “B” leve cinco ciclos de clock para executar essa mesma instrução. Se
eles estiverem rodando com a mesma taxa de clock, o processador “B” será mais rápido, porque pode
processar essa instrução em menos tempo.
Como o sinal de clock do processador ficou muito alto, surgiu um problema. A placa-mãe
onde o processador é instalado não podia funcionar usando o mesmo sinal de clock.Se você olhar
para uma placa-mãe, verá várias trilhas ou caminhos. Essas trilhas são fios que conectam vários
circuitos do computador. O problema é que, com taxas de clock mais altas, esses fios começaram a
funcionar como antenas, por isso o sinal, em vez de chegar à outra extremidade do fio, simplesmente
desaparecia, sendo transmitido como onda de rádio.
9.5 Clock Externo
Os fabricantes de processadores começaram a usar, então, um novo conceito, chamado
multiplicação de clock, que começou com o processador 486DX2. Com esse esquema, que é usado
em todos os processadores atualmente, o processador tem um clock externo, que é usado quando
dados são transferidos de e para a memória RAM (usando o chip da ponte norte), e um clock interno
mais alto.
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Capítulo 9 Processadores
9.6 Soquetes
Desde o lançamento dos primeiros processadores, tanto a Intel como a AMD tem criado uma
série de soquetes para seus processadores. O soquete é o local, na placa-mãe, onde será inserido o seu
processador. Eles possuem diferenças tanto de funcionamento quanto de encaixe e energia utilizada.
No ínicio, um soquete de processador era compatível apenas com um tipo de processador.
Esta história mudou com o lançamento do processador 486 e do uso do soquete ZIF ( Zero Insertion
Force) que possui uma alavanca que instala e remove o processador do soquete sem a necessidade de
uso de força no processo, reduzindo bastante as chances de se quebrar ou entortar pinos na hora do
encaixe ou retirada do processador.
O uso de um mesmo padrão possibilitava ao técnico instalar modelos diferentes de processador
em uma mesma placa-mãe apenas trocando o processador e realizando a configuração necessária na
placa. Isso era uma avanço ja que os primeiros processadores não eram do tipo ZIF e não permitiam
a troca de um processador de uma placa-mãe por outro modelo.
Vamos então a um breve resumo dos soquetes e seus principais processadores utilizados:
• Soquete 3: Sucessor dos soquetes 1 e 2 usados nas primeiras placas para 486. A diferença fica
por conta dos processadores suportados: o soquete 3 suporta todos os 486, além dos AMD 5x86,
Cyrix 5x86 e Pentium Overdrive, enquanto as placas soquete 1 e 2 suportam apenas até o DX-2
66.
• Soquete 4 e 5: Usados nas primeiras placas para processadores Pentium 1 (o soquete 4 suporta
apenas os modelos de 60 e 66 MHz e o soquete 5 suporta até o 133). Foram rapidamente
substituídos pelo soquete 7.
• Soquete 7: Teve uma vida útil surpreendentemente longa, oferecendo suporte ao Pentium, MMX,
K5, K6 e ao 6x86 da Cyrix. Mais tarde foram lançadas placas soquete 7 atualizadas com suporte
a bus de 100 MHz, que foram usadas ao longo da era K6-2, servindo como uma opção de baixo
custo às placas slot 1 e ao Pentium II.
• Soquete 8: Usado pelo Pentium Pro (166 e 200 MHz). A sinalização é muito similar à usada pelo
slot 1, mas o formato é diferente.
• Slot 1: Usado pelo Pentium II, versão inicial do Celeron (os modelos sem cache) e pelas primeiras
versões do Pentium III. Ele marcou o fim da compatibilidade de placas entre processadores da
Intel e da AMD.
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Curso de Hardware
• Slot A: Foi usado pela AMD nas primeiras versões do Athlon. Assim como no caso do Pentium
II, elas usavam o formato de cartucho, com chips externos de memória cache. Teve uma vida útil
curta, sendo logo substituído pelo soquete A.
• Soquete 370: Foi uma versão miniaturizada do Slot 1 (basicamente a mesma sinalização, mas em
um formato mais eficiente) destinada aos processadores com cache L2 integrado. Foi usado pelas
versões subsequentes do Pentium III e Celeron (com cache) e também pelo VIA C3. A plataforma
fez bastante sucesso, mas acabou tendo uma vida útil relativamente curta devido à introdução do
Pentium 4.
• Soquete A: Com o lançamento do Athlon Thunderbird (com cache L2 integrado), a AMD tomou
um rumo similar ao da Intel e desenvolveu uma versão miniaturizada do Slot A, dando origem ao
soquete A. Ele teve uma vida útil surpreendente, sendo usado por todas as versões do Athlon e do
Duron, indo do Thunderbird ao Athlon XP e Sempron (de 32 bits). Foi substituído apenas com o
lançamento do Athlon 64.
• Soquete 423: Foi usado pelas primeiras versões do Pentium 4, com core Willamette. Acabou
sendo usado em poucas placas, sendo logo substituído pelo soquete 478.
• Soquete 478: Foi introduzido junto com o lançamento do Pentium 4 Northwood e continuou
sendo usado pelos Pentium 4 com core Prescott e pelos modelos iniciais do Celeron D, que foram
bastante populares entre 2006 e 2007 devido ao baixo custo.
• Soquete 754: Este foi o encaixe usado pelas versões single-channel do Athlon 64 e do Sempron,
que conviveram com as placas soquete 939, destinadas ao Athlon FX. A grande diferença entre as
duas plataformas era que o soquete 939 oferecia suporte a dual-channel, o que resultava em um
ganho de desempenho perceptível. Por outro lado, tanto as placas soquete 939 quanto os Athlon
64 FX eram mais caros, o que manteve o soquete 754 como a opção mais popular.
• Soquete 939: Foi usado pelo Athlon 64 FX e pelas versões iniciais do Athlon X2. Ele surgiu
uma uma versão desktop do soquete 940 que era usado pelo Opteron. As duas plataformas eram
idênticas (dual-channel, HyperTransport operando a 1.0 GHz e assim por diante), mas o Opteron
utilizava memórias DDR registered, enquanto o Athlon 64 FX usava módulos DDR comuns.
• Soquete AM2: O uso do controlador de memória integrado obrigou a AMD a migrar para um
novo soquete com a transição para as memórias DDR2, já que a pinagem dos módulos é diferente.
Isso deu origem ao soquete AM2 com suporte a DDR2 e dual-channel, que substituiu tanto o
soquete 754 quanto o 939.
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Capítulo 9 Processadores
O primeiro processador a usá-lo foi o Athlon 64 com Core Orleans e continuou sendo usado durante
a era Athlon X2. As placas AM2 atualizadas para oferecer as tensões corretas podem ser também
usadas em conjunto com o Phenom X3 e X4 ou (em casos mais raros) até mesmo com o Phenom II e
Athlon II em versão AM2+.
• Soquete AM2+: O AM2+ é uma versão atualizada do soquete AM2, que oferece suporte ao
HyperTransport 3.0 e permite o uso de tensões separadas para os cores e o controlador de memória
(split power planes), usado a partir do Phenom para reduzir o consumo elétrico. A pinagem
continua a mesma em relação ao AM2, o que permite usar processadores AM2 em placas AM2+
e vice-versa. Entretanto, o uso de placas antigas depende de um upgrade de BIOS que inclua
suporte aos novos processadores.
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Curso de Hardware
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Capítulo 9 Processadores
Passo 4. Em um dos cantos do processador haverá um triângulo pintado, que deve ser
alinhado com a marcação, também de triângulo, que há no soquete. Esse sinal gráfico serve para que
o usuário encaixe perfeitamente os dois componentes. Sendo assim, nunca force o encaixe, pois não
será possível instalar o processador caso as marcações não estejam alinhadas e isso pode danificá-lo.
Passo 5. Após encaixar o processador, encaixe as presilhas do cooler na placa-mãe e pronto.
Basta montar novamente o seu PC e desfrutar de seu novo processador.
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9.8 - Anotações
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
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Placas-mãe
Curso de Hardware
10 Placa-mãe
Também conhecida como "motherboard" ou "mainboard", a placa-mãe é, basicamente, a
responsável pela interconexão de todas as peças que formam o computador. O HD, a memória, o
teclado, o mouse, a placa de vídeo, enfim, praticamente todos os dispositivos, precisam ser conectados
à placa-mãe para formar o computador.
As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos os dispositivos
quem compõem o computador. Para isso, elas oferecem conexões para o processador, para a memória
RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e saída, entre outros.
A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se de um modelo Soyo SY-KT880 Dragon 2. As
letras apontam para os principais itens do produto, que são explicados nos próximos parágrafos. Cada
placa-mãe possui características distintas, mas todas devem possibilitar a conexão dos dispositivos
que serão citados no decorrer deste texto.
Soquete do Processador
O soquete do processador é o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido
como socket, esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para
modelos) específico. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros
modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na quantidade de memória
cache, na tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as
"perninhas") que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida
para aceitar determinados processadores. A motherboard vista acima, por exemplo, é compatível com
os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos da fabricante AMD) que utilizam a forma de
conexão conhecida por "Socket A". Assim sendo, processadores que utilizam outros sockets, como o
Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa.
Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em
seguida, verificar quais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão
sendo lançados, novos sockets vão surgindo.
É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele
pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chip pode ter uma capacidade
de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão também deve ser
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Capítulo 10 Placa-mãe
BIOS e bateria
Proximo à logo do fabricante (ASUS) da placa-mão
temos a bateria que o alimenta o chip controlador
da ROM. Esse chip contém um pequeno software
chamado BIOS (Basic Input Output System), que
é responsável por controlar o uso do hardware do
computador e manter as informações relativas à
hora e data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir
uma mensagem de erro quando o teclado não está
conectado. Na verdade, quando isso ocorre, o BIOS
está trabalhando em conjunto com o Post, um
software que testa os componentes de hardware após
o computador ser ligado.
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Capítulo 10 Placa-mãe
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Curso de Hardware
• Barramento MCA: Barramento de 32 bits operava a 10 MHz, o que resultava em uma taxa
de transferência teórica de 32 MB/s (existiu também uma versão de 16 bits do MCA, mas ela foi
pouco usada). Ele também foi o primeiro barramento a suportar plug-and-play (oito anos antes
do lançamento do Windows 95) e a suportar bus mastering, o que permitia que o HD e outros
periféricos transferissem dados diretamente para a memória RAM (ao carregar um programa, por
exemplo), reduzindo a carga sobre o processador. Isso tornava o sistema bem mais responsível em
relação às máquinas equipadas com placas ISA.
• Barramento VESA ou VLC: Inicialmente o VLB (ou VESA, como é chamado por muitos)
surgiu como barramento próprio para a conexão da placa de vídeo. Nesta época, o Windows 3.11
e os aplicativos gráficos já eram populares, de forma que existia uma grande demanda por placas
de vídeo mais rápidas. O "rápido" que menciono aqui é a simples capacidade de atualizar a tela
em tempo real enquanto edita uma imagem no Photoshop, não tem nada a ver com aceleração 3D
ou exibição de vídeo em alta resolução, como temos hoje em dia. Além de serem muito lentas, as
placas de vídeo ISA eram limitadas à exibição de apenas 256 cores, o que fez com que elas fossem
rapidamente substituídas pelas VLB.
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Capítulo 10 Placa-mãe
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Curso de Hardware
• Barramento PCI Express: O padrão PCI Express (ou PCIe ou, ainda, PCI-EX) foi concebido
pela Intel em 2004 e se destaca por substituir, ao mesmo tempo, os barramentos PCI e AGP. Isso
acontece porque o PCI Express está disponível em vários segmentos: 1x, 2x, 4x, 8x e 16x e 32x.
Quanto maior esse número, maior é a taxa de transferência de dados. Como mostra a imagem
abaixo, esse divisão também reflete no tamanho dos slots PCI Express:
O PCI Express 16x, por exemplo, é capaz de trabalhar com taxa de transferência de cerca de
4 GB por segundo, característica que o faz ser utilizado por placas de vídeo, um dos dispositivos que
mais geram dados em um computador. O PCI Express 1x, mesmo sendo o mais "fraco", é capaz de
alcançar uma taxa de transferência de cerca de 250 MB por segundo, um valor suficiente para boa
parte dos dispositivos mais simples. Com o lançamento do PCI Express 2.0, que aconteceu no início
de 2007, as taxas de transferência da tecnologia praticamente dobraram.
• Barramentos AMR, CNR e ACR: Os padrões AMR (Audio Modem Riser), CNR
(Communications and Network Riser) e ACR (Advanced Communications Riser) são diferentes
entre si, mas compartilham da ideia de permitir a conexão à placa-mãe de dispositivos Host Signal
Processing (HSP), isto é, dispositivos cujo controle é feito pelo processador do computador. Para
isso, o chipset da placa-mãe precisa ser compatível. Em geral, esses slots são usados por placas
que exigem pouco processamento, como placas de som, placas de rede ou placas de modem
simples. O slot AMR foi desenvolvido para ser usado especialmente para funções de modem e
áudio. Seu projeto foi liderado pela Intel. Para ser usado, o chipset da placa-mãe precisava contar
com os circuitos AC'97 e MC'97 (áudio e modem, respectivamente). Se comparado aos padrões
vistos até agora, o slot AMR é muito pequeno:
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Capítulo 10 Placa-mãe
• Barramento USB: Antigamente, conectar dispositivos ao computador era uma tarefa pouco
intuitiva, muitas vezes digna apenas de técnicos ou usuários com experiência no assunto. Para
começar, diante de vários tipos de cabos e conectores, era necessário descobrir, quase que por
adivinhação, em qual porta do computador conectar o dispositivo em questão. Quando a instalação
era interna, a situação era pior, já que o usuário tinha que abrir o computador e quase sempre
configurar jumpers e/ou IRQs. Somente em pensar em ter que encarar um emaranhado de fios e
conectores, muitos usuários desistiam da ideia de adicionar um novo item à sua máquina.
Diante de situações desse tipo, a indústria entendeu a necessidade de criar um padrão que
facilitasse a conexão de dispositivos ao computador. Assim, em 1995, um conjunto de empresas - entre
elas, Microsoft, Intel, NEC, IBM e Apple - formou um consórcio para estabelecer um padrão. Surgia
então o USB Implementers Forum. Pouco tempo depois, as primeiras especificações comerciais do
que ficou conhecido como Universal Serial Bus (USB) surgiram.
Na verdade, a tecnologia já vinha sendo trabalhada antes mesma da definição do consórcio
como USB Implementers Forum. As primeiras versões estabelecidas datam de 1994:
• USB 0.7: novembro de 1994;
• USB 0.8: dezembro de 1994;
• USB 0.9: abril de 1995;
• USB 0.99: agosto de 1995;
• USB 1.0: janeiro de 1996;
• USB 1.1: setembro de 1998;
• USB 2.0: abril de 2000;
• USB 3.0: novembro de 2008;
• USB 3.1: agosto de 2013.
As primeiras versões definidas para uso comercial em larga escala foram a 1.1 e a 2.0, que
serão vistas com mais detalhes neste texto:
Um dos motivos que levaram à criação da tecnologia USB é a necessidade de facilitar a
interconexão de dispositivos variados, como você já sabe. Sendo assim, o USB oferece uma série de
vantagens:
• Padrão de conexão: qualquer dispositivo compatível com USB usa padrões definidos
de conexão assim não é necessário ter um tipo de conector específico para cada aparelho.
• Plug and Play (algo como "Plugar e Usar"): quase todos os dispositivos USB são
concebidos para serem conectados ao computador e utilizados logo em seguida. Apenas
alguns exigem a instalação de drivers ou softwares específicos. No entanto, mesmo nesses
casos, o sistema operacional normalmente reconhece a conexão do dispositivo.
• Alimentação elétrica: boa parte dos dispositivos que usam USB não precisa ser ligada
a uma fonte de energia, já que a própria porta é capaz de fornecer eletricidade. Por conta
disso, acaba sendo muito fácil encontrar dispositivos que têm sua bateria recarregada via
USB, como smartphones e tablets. A exceção fica por conta de aparelhos que consomem
maior quantidade de energia, como impressoras e determinados HDs externos.
• Conexão de vários aparelhos ao mesmo tempo: é possível conectar até 127 dispositivos
ao mesmo tempo em uma única porta USB. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de
hubs, dispositivos que utilizam uma única conexão USB para oferecer um número maior
delas. É válido ressaltar que nem sempre esse modo de funcionamento é viável, uma vez
que a velocidade de transmissão de dados é dividida entre todos os equipamentos.
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Curso de Hardware
• Bluetooth: é uma tecnologia de comunicação sem fio que permite que computadores,
smartphones, tablets e afins troquem dados entre si e se conectem a mouses, teclados, fones de
ouvido, impressoras e outros acessórios a partir de ondas de rádio. A ideia consiste em possibilitar
que dispositivos se interligem de maneira rápida, descomplicada e sem uso de cabos, bastando
que um esteja próximo do outro.
Para que seja possível atender aos mais variados tipos de dispositivos, o alcance máximo do
Bluetooth foi dividido em três classes:
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Capítulo 10 Placa-mãe
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Capítulo 10 Placa-mãe
• HDMI: HDMI é uma tecnologia de conexão de dispositivos de áudio e vídeo que tem tudo
para substituir os padrões existentes até então. Por trás de seu desenvolvimento está um time de
gigantes da indústria eletrônica, tais como Sony, Philips, Toshiba, Silicon Image, entre outras.
Com essa tecnologia, é possível, por exemplo, conectar um reprodutor de Blu-ray a uma TV de
alta definição e ter como resultado imagens de excelente qualidade. Por meio de um cabo HDMI
pode-se transmitir sinais de áudio e vídeo. Em outros padrões é necessário ter, pelo menos, um
cabo para cada coisa.
Mas, as vantagens do HDMI não se limitam a isso. Essa é uma tecnologia que transmite sinais
de forma totalmente digital. Graças a isso, é possível ter imagens de excelente qualidade e resoluções
altas (1080p, por exemplo), inclusive maiores que as suportadas pela tecnologia DVI (Digital Visual
Interface), que substituiu o padrão VGA para as conexões de monitores em computadores.
O conector do cabo HDMI também leva vantagem em relação aos demais padrões, já que
possui tamanho reduzido e encaixe fácil, semelhante aos conectores USB. Na verdade, a indústria
definiu dois tipos de conectores inicialmente: o HDMI tipo A e HDMI tipo B, com 19 e 29 pinos,
respectivamente. O conector tipo A é o mais comum do mercado, já que consegue atender a toda a
demanda existente, sendo inclusive compatível com a tecnologia DVI-D. Neste caso, basta que uma
ponta do cabo seja DVI-D e, a outra, HDMI. O conector HDMI tipo B é destinado a resoluções mais
altas e pode trabalhar com o esquema dual link, que duplica a freqüência pixel clock, fazendo com
que a transmissão dobre a sua capacidade.
Versões do HDMI:
A tecnologia HDMI passou por várias revisões em suas especificações desde a disponibilização
da primeira versão. A vantagem disso é que cada versão adiciona melhorias à tecnologia. Por outro
lado, isso causa confusão e, em determinadas situações, pode provocar o impedimento do envio do
sinal. Esse problema pode ocorrer, por exemplo, se o dispositivo receptor trabalhar com uma versão
inferior à versão utilizada pelo dispositivo emissor. Para lidar com essa possibilidade, a indústria
desenvolveu técnicas que garantem a transmissão dos dados. A diferença é que, se a transmissão
requerer algum recurso existente na versão mais recente, o dispositivo com a versão anterior não
poderá utilizá-la.
• HDMI 1.0: lançado oficialmente no final de 2002, a primeira versão do HDMI é
caracterizada por utilizar cabo único para transmissão de vídeo e áudio com um taxa de
transmissão de dados de 4,95 Gb/s à uma freqüência de 165 MHz. É possível ter até 8
canais de áudio.
• HDMI 1.1: semelhante à versão 1.0, porém com a adição de compatibilidade ao padrão
DVD-Audio. Lançado em maio de 2004.
• HDMI 1.2: adicionado suporte a formatos de áudio do tipo One Bit Audio, usados, por
exemplo, em SACD (Super Audio CD). Incluído suporte à utilização do HDMI em PCs e
a novos esquemas de cores. Lançado em agosto de 2005.
• HDMI 1.2a: lançado em dezembro de 2005, esta revisão adotou as especificações
Consumer Electronic Control (CEC) e recursos específicos para controle remoto.
• HDMI 1.3: nesta versão, o HDMI passou a suportar freqüência de até 340 MHz,
permitindo transmissões de até 10,2 Gb/s. Além disso, a versão 1.3 permite a utilização
de uma gama maior de cores e suporte às tecnologias Dolby TrueHD e DTS-HD Master
Audio. Essa versão também possibilitou o uso de um novo miniconector (HDMI tipo C
- mini), apropriado a câmeras de vídeo portáteis, e elimina um problema de sincronismo
entre o áudio e o vídeo (lip sync). O lançamento do HDMI 1.3 se deu em junho de 2006.
• HDMI 1.3a e 1.3b: lançado em novembro de 2006 e outubro de 2007, respectivamente,
essas revisões contam com leves alterações nas especificações da versão 1.3 e com a
adição de alguns testes, inclusive em relação ao HDCP.
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Curso de Hardware
• HDMI 1.4: Esta versão foi anunciada em maio de 2009 e oferece tantas novidades que
poderia até ser chamada de 2.0. Eis suas principais características:
1. Capacidade de trabalhar com resoluções de até 4096x2160 pixels;
2. Compatibilidade com um número maior de cores;
3. Suporte a um canal de retorno de áudio (Audio Return Channel - ARC);
4. Possibilidade de transmissão por meio de conexões Ethernet de até 100 Mb/s (HDMI
Ethernet Channel - HEC), permitindo que dispositivos interconectados compartilhem
acesso à internet;
5. Melhor suporte para tecnologias de imagens em 3D;
6. Padronização para transmissão em veículos (aparelhos de DVD de ônibus, por
exemplo).
• O DisplayPort é um novo padrão de saída de vídeo que pode eventualmente substituir tanto
o DVI quanto o HDMI. Ele é um padrão aberto e livre de royalties. À primeira vista, a utilidade
do DisplayPort parece questionável, já que já temos dois padrões digitais concorrentes (DVI e
HDMI) e um terceiro padrão de legado (o velho VGA) que se recusa a dar o braço a torcer e
continua sendo encontrado em novos monitores e placas de vídeo ano após ano. Entretanto, o
DisplayPort oferece algumas vantagens estratégicas que podem fazer com que ele se sobressaia
a longo prazo. A diferença mais visível é que o conector é muito menor e dispensa o uso de
parafusos de retenção (como no DVI), oferecendo um sistema de presilhas que é destravado por
um botão.
Com relação aos aspectos técnicos, o DisplayPort oferece mais banda que o DVI, suportando
a transmissão de até 8.64 gigabits (2.16 gigabits por par, com o uso de até 4 pares), o que permite
o uso de resoluções de até 2560x1600 (com 60 Hz) e refresh-rates mais altos, de até 120 Hz, em
resoluções mais baixas. O protocolo é baseado no uso de pacotes, o que facilita a criação de padrões
mais rápidos no futuro.
Diferente do DVI, o DisplayPort suporta também a transmissão de áudio, dispensando o
uso do cobo analógico conectado à placa de som no caso de um HDTV ou monitor com speakers
integrados. O fluxo de áudio é nesse caso transmitido através do barramento PCI Express para o
controlador de vídeo e daí até o dispositivo, percorrendo todo o caminho em formato digital, sem
degradação. O DisplayPort oferece também suporte ao HDCP (juntamente com um padrão próprio de
encriptação, o DPCP), o que o posiciona como um concorrente direto do HDMI em HDTVs e outros
dispositivos de consumo. Por hora, todas as placas e notebooks com portas DisplayPort incluem um
bridge DVI/HDMI, que permite o uso de adaptadores simples para conectar um monitor DVI ou uma
HDTV HDMI à porta DisplayPort:
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Capítulo 10 Placa-mãe
• DVI: (Digital Visual Interface) é um padrão de interface de vídeo criado por um consórcio de
indústrias conhecido como Digital Display Working Group (DDWG) com o intuito de aumentar
o máximo possível a qualidade dos dispositivos de vídeo digitais como monitores de LCD e
projetores digitais. Esse padrão foi desenvolvido para transportar dados digitais não comprimidos
para o vídeo.
A conexão DVI é totalmente digital, ao contrário da VGA tradicional que é analógica e traz
mais qualidade para a imagem nos monitores de cristal líquido. Com a conexão DVI evita-se o trabalho
de ter que converter dados vindos da placa de vídeo para o formato analógico para transmissão e
converter novamente para o digital pelo monitor LCD.
Existem três tipos de conexões de DVI: DVI-D (digital), DVI-A (analógico) e DVI-I (digital
e analógico). Para os formatos DVI-D e DVI-I, existem dois tipos de cabos, os de Single Link e Dual
Link, que utilizam um formato para transmissão de informações digitais chamado TMDS (Transition
Minimized Differential Signaling).
Os canais TMDS servem para tornar a transmissão de dados protegida e com menos problemas,
efetuando-a de forma codificada. Eles transmitem o sinal duplicado, contudo o segundo sinal é
invertido. Quando o dispositivo receptor recebe os sinais, ele faz uma comparação e as diferenças
encontradas fazem com que ele identifique alterações (ruídos de transmissão) e possa descartá-las.
Os cabos Single Link utilizam um TMDS de 165 Mhz enquanto os Dual Links usam dois. As
resoluções máximas permitidas para o Single Link são de 1920 x 1080 a 60 quadros por segundo e do
Dual Link 2048 x 1536 a 60 quadros por segundo.
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Curso de Hardware
• VGA: A VGA é a mais antiga entre as conexões presentes no mercado. Ele é normalmente
usado para conectar o computador ao monitor, mas também pode estabelecer ligação entre o PC
e a TV ou outros dois displays. Seu principal concorrente é o cabo HDMI. Seu nome é originado
do inglês “Video Graphics Array”, que, em tradução livre, significa padrão de gráficos de vídeo.
O cabo analógico foi inventado pela IBM em 1987. O modelo original podia reproduzir de 16
a 256 cores com resolução máxima de 640 × 480 pixels, representando um grande avanço à época.
Com o passar do tempo, outras versões foram criadas e aprimoradas, mas a terminologia permaneceu.
Isso se deve, em grande parte, ao conector, cujo nome correto é D-SUB ou Conector DB. Eles podem
ser encontrados em diversos tamanhos, mas o mais usado é o VGA de 10 metros.
Os conectores vêm nas versões macho e fêmea, e aparecem tanto em cabos quanto em placas
de vídeo. Os “machos” têm 15 pinos, distribuídos em três fileiras de cinco, que se encaixam nos
furinhos presentes no plugue “fêmea”. Além disso, geralmente possuem dois parafusos, um de cada
lado, permitindo fixar melhor essas duas partes.
Existe grande variedade de cabos VGA disponíveis. Alguns modelos mais sofisticados
oferecem plugs folheados a ouro ou blindagem contra interferência. No entanto, isso não chega a
representar grande diferença na qualidade da imagem. A principal recomendação na hora da compra
não está no material de confecção, e sim na extensão do fio. Quanto menor o cabo, melhor, pois há
menos degradação do sinal.
Depois de 27 anos, os cabos VGA estão progressivamente caindo em desuso. Ainda é
possível encontrá-los nos computadores atuais, mas os novos aparelhos de TV já não possuem mais o
suporte. Em contrapartida, os televisores recentes usam largamente o cabo HDMI. O modelo garante
transmissão de vídeo e som digitais em alta qualidade, sendo o mais presente atualmente em TVs e
computadores. O padrão vem tomando o lugar do VGA, já vindo em placas offboard e onboard.
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Capítulo 10 Placa-mãe
10.4 - Anotações
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
11 de Vídeo
Monitores e Placas
Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo
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Curso de Hardware
As GPUs podem contar com vários recursos para a execução dessas etapas, entre eles:
• Pixel Shader: shader é um conjunto de instruções utilizado para o processamento de
efeitos de renderização de imagens. Pixel Shader, portanto, é um programa que trabalha
com a geração de efeitos com base em pixels. Esse recurso é amplamente utilizado
em imagens 3D (de jogos, por exemplo) para gerar efeitos de iluminação, reflexo,
sombreamento, etc;
• Vertex Shader: semelhante ao Pixel Shader, só que trabalha com vértices em vez de
pixels. Assim sendo, Vertex Shader consiste em um programa que trabalha com estruturas
formadas por vértices, lidando, portanto, como figuras geométricas. Esse recurso é
utilizado para a modelagem dos objetos a serem exibidos;
• Render Output Unit (ROP): basicamente, manipula os dados armazenados na
memória de vídeo para que eles se "transformem" no conjunto de pixels que formará as
imagens a serem exibidas na tela. Cabe a essas unidades a aplicação de filtros, efeitos de
profundidade, entre outros;
• Texture Mapping Unit (TMU): trata-se de um tipo de componente capaz de rotacionar
e redimensionar bitmaps (basicamente, imagens formadas por conjuntos de pixels) para
aplicação de uma textura sob uma superfície.
Esses recursos são utilizados pelas GPUs em componentes cujas quantidades variam de modelo
para modelo. Você viu acima, por exemplo, que há unidades para Vertex Shaders e unidades para
Pixel Shaders. A princípio e dependendo da aplicação, esse esquema se mostra vantajoso. No entanto,
pode haver situações onde unidades de um ou outro faltem, gerando um desequilíbrio que prejudica
o desempenho. Para lidar com isso, vários chips gráficos mais atuais utilizam stream processors, isto
é, unidades que podem assumir tanto a função de vertex Shaders quanto de Pixel Shaders, de acordo
com a necessidade da aplicação.
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Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo
Ao comprar uma placa de vídeo, uma característica importante que geralmente é descrita nas
especificações do dispositivo é a sua resolução máxima. Quando falamos deste aspecto, estamos nos
referindo ao conjunto de pixels que formam linhas horizontais e verticais na tela. Vamos tomar como
exemplo uma resolução de 1600x900. Esse valor indica que há 1600 pixels na horizontal e 900 pixels
na vertical, como exemplifica a imagem:
É claro que, quando maior a resolução suportada, maior é a quantidade de informações que
podem ser exibidas na tela, desde que o monitor de vídeo seja capaz de lidar com os valores suportados
pela placa de vídeo. Dentro do limite máximo, a resolução pode ser alterada pelo usuário por meio de
recursos específicos do sistema operacional, onde também pode-se mudar a quantidade de cores com
a qual a placa de vídeo trabalha.
Por muito tempo, a combinação de informações referentes a resoluções e cores indicava o
padrão utilizado pela placa de vídeo. Eis os padrões mais comuns:
• MDA (Monochrome Display Adapter): padrão utilizado nos primeiros PCs, indicando
que a placa era capaz de exibir 80 colunas com 25 linhas de caracteres, suportando apenas
duas cores. Utilizado em uma época onde os computadores trabalhavam, essencialmente,
com linhas de comando;
• CGA (Color Graphics Adapter): padrão mais avançado que o MDA e, portanto, mais
caro, suportando geralmente resolução de até 320x200 pixels (podendo alcançar 640x200)
com até 4 cores ao mesmo tempo entre 16 disponíveis;
• EGA (Enhanced Graphics Adapter): padrão utilizado no então revolucionário PC AT,
suportando geralmente uma resolução de 640x350 com 16 cores ao mesmo tempo dentro
de 64 possíveis;
• VGA (Video Graphics Adapter): padrão que se tornou amplamente conhecido com
o sistema operacional Windows 95, trabalhando com resolução de 640x480 e 256 cores
simultaneamente ou 800x600 com 16 cores ao mesmo tempo;
• SVGA (Super VGA): tido como uma evolução do VGA, o SVGA inicialmente indicava
a resolução de 800x600 pixels e, posteriormente, de 1024x768. Na verdade, a partir do
SVGA, as placas de vídeo passaram a suportar resoluções ainda mais variadas e milhões
de cores, portanto, é tido como o padrão atual.
No que se refere a determinação do número de cores, esta é estabelecida pela quantidade de bits
destinada a cada pixel. O cálculo consiste no seguinte: fazer 2 elevado à quantidade de bits. Assim,
para 8 bits por pixel, tem-se 256 cores (2 elevado a 8 é igual a 256). Para 32 bits, tem-se então
4.294.967.296 de cores.
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Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo
11.5 Recurso 3D
Nos dias atuais, é praticamente impossível falar de placas de vídeo sem considerar gráficos
3D (gráficos em três dimensões). Esse tipo de recurso é essencial para a indústria do entretenimento,
onde filmes e jogos em 3D fazem grande sucesso. Por conta disso, as pessoas querem e precisam que
seus computadores possam lidar com esse tipo de aplicação.
O problema é que não basta ter uma placa que execute recursos em 3D. É preciso saber até
que ponto vai essa capacidade, uma vez que a indústria lança jogos e outras aplicações que lidam
com 3D constantemente e de maneira cada vez mais aperfeiçoada, isso tudo em nome do maior
realismo possível. Acontece que, quanto mais avançadas forem as imagens de uma aplicação, mais
processamento gráfico será necessário. Por essa razão, na hora de escolher sua placa de vídeo, o
usuário deve estar atento às características do dispositivo (clock, quantidade de memória, execução
de shaders, entre outros).
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Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo
Tal como o seu nome indica, o "segredo" do LCD está em um material chamado cristal líquido,
que recebe este nome porque, apesar de não se tratar exatamente de um componente líquido, suas
características o fazem agir como tal.
Em sua constituição mais simples, as moléculas de cristal líquido são distribuídas entre
duas lâminas transparentes polarizadas chamadas substratos. Este processo é orientado de maneira
diferente nas duas lâminas, de forma que estas formem eixos polarizadores perpendiculares, como se
formassem um ângulo de 90º. A grosso modo, é como se uma lâmina recebesse polarização horizontal,
e a outra, polarização vertical, formando um esquema do tipo "linhas e colunas".
As moléculas de cristal líquido são capazes de orientar a luz. Quando uma imagem é exibida
em um monitor LCD, elementos elétricos presentes nas lâminas geram campos magnéticos que
induzem o cristal líquido a "guiar" a luz oriunda da fonte luminosa para formar o conteúdo visual.
Sempre que necessário, uma tensão diferente pode ser aplicada, fazendo com que as moléculas de
cristal líquido se alterem de maneira a impedir a passagem da luz.
Telas OLED:
O OLED tem certa semelhança com o LED, mas difere em sua composição: trata-se de um
material formado por diodos orgânicos (isto é, constituídos com carbono) que geram luz quando
recebem carga elétrica. Estes diodos podem ser bastante pequenos, permitindo que cada pixel da tela
receba este material de forma a ser iluminado individualmente.
Como o OLED é capaz de gerar luz, a tela não necessita de retroiluminação. Por causa disso,
a indústria pode criar telas mais finas e que geram menos custos de fabricação, já que este processo
também é mais simples. A espessura de painéis OLED é tão minúscula que é possível até mesmo a
fabricação de telas flexíveis, já em teste em vários fabricantes.
As vantagens não terminam aí: telas OLED também gastam menos energia; geram cores mais
nítidas, inclusive de preto, já que não há camadas que possam diminuir a intensidade de iluminação;
suportam maior ângulo de visão; e oferecem menos tempo de resposta.
Por causa disso, telas OLED são utilizadas principalmente em dispositivos móveis, que
necessitam de telas mais finas por causa do seu tamanho reduzido e também de menor consumo de
energia, já que somente são conectados às tomadas para recarga de bateria.
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Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo
11.10 - Anotações
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12
Disco Rígido
Capítulo 12 Disco Rígido
12 Disco Rígido
O disco rígido - ou HD (Hard Disk) - é o dispositivo de armazenamento permanente de
dados mais utilizado nos computadores. Nele, são armazenados desde os seus arquivos pessoais até
informações utilizadas exclusivamente pelo sistema operacional.
12.1 Interface IDE (PATA)
Os HDs são conectados ao computador por meio de interfaces capazes de transmitir os dados
entre um e outro de maneira segura e eficiente. Há várias tecnologias para isso, sendo as mais comuns
os padrões IDE, SCSI e, atualmente, SATA.
A interface IDE (Intelligent Drive Electronics ou Integrated Drive Electronics) também é
conhecida como ATA (Advanced Technology Attachment) ou, ainda, PATA (Parallel Advanced
Technology Attachment). Trata-se de um padrão que chegou pra valer ao mercado na época da antiga
linha de processadores 386.
Como a popularização deste padrão, as placas-mãe passaram a oferecer dois conectores
IDE (IDE 0 ou primário; e IDE 1 ou secundário), sendo que cada um é capaz de conectar até dois
dispositivos. Essa conexão é feita ao HD (e a outros dispositivos compatíveis com a interface) por
meio de um cabo flat (flat cable) de 40 vias. Posteriormente, chegou ao mercado um cabo flat de 80
vias, cujos fios extras servem para evitar a perda de dados causada por ruídos (interferência).
Como é possível conectar dois dispositivos no mesmo cabo, uma pequena peça com interior
de metal chamada jumper é posicionada na parte traseira do HD (ou de outro equipamento que faz
uso desta interface). A disposição deste jumper varia conforme o fabricante, mas sempre há uma
posição que, se usada, determina que aquele dispositivo seja primário e outra posição que determina
que o componente seja secundário. Este é um meio de fazer com que o computador saiba quais dados
correspondem a cada dispositivo.
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12.3 SCSI
A interface SCSI (Small Computer System Interface) - normalmente pronunciada como
"iscãzi" - é uma especificação antiga criada para permitir transferências de dados mais rápidas, de até
320 MB/s (megabytes por segundo). Como esta é uma tecnologia mais complexa e, consequentemente,
mais cara, sua utilização nunca foi comum em ambientes domésticos, a não ser por usuários que
podiam investir em computadores pessoais mais poderosos. Sua aplicação sempre foi mais frequente
em servidores.
É possível encontrar dispositivos que utilizam a interface SCSI até nos dias de hoje, no entanto,
esta perdeu espaço para a tecnologia SATA.
12.4 HD Externo
É possível encontrar vários tipos de HDs no mercado, desde os conhecidos discos rígidos para
instalação em desktops, passando por dispositivos mais sofisticados voltados ao mercado profissional
(ou seja, para servidores), chegando aos cada vez mais populares HDs externos.
O que é um HD externo? Simplesmente um HD que você pode levar para praticamente
qualquer lugare e conectá-lo ao computador somente quando precisar. Para isso, pode-se usar, por
exemplo, portas USB, FireWire e até SATA externo, tudo depende do modelo do HD.
Também é comum encontrar no mercado cases que permitem ao usuário montar o seu próprio
HD externo: trata-se de um equipamento que possibilita a conexão de um HD "convencional", fazendo
com que este funcione como um HD externo. O usuário precisa apenas adquirir um HD compatível
com o case, que utilize a interface correta e as dimensões correspondentes.
O HD externo é útil para quando se tem grandes quantidades de dados para transportar ou
para fazer backup (cópia de segurança de seus arquivos). Do contrário, é preferível utilizar pendrives,
DVDs regraváveis ou outro dispositivo de armazenamento com melhor relação custo-benefício. Isso
porque os HDs externos são um pouco mais caros e costumam ser pesados (exceto os modelos de
tamanho reduzido). Além disso, devem ser transportados com mais cuidado, para evitar danos.
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Capítulo 12 Disco Rígido
12.5 HD SSD
O SSD (solid-state drive) é uma nova tecnologia de armazenamento considerada a evolução
do disco rígido (HD). Ele não possui partes móveis e é construído em torno de um circuito integrado
semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferentemente dos sistemas magnéticos
(como os HDs).
Mas o que isso representa na prática? Muita evolução em relação aos discos rígidos. Por
exemplo, a eliminação das partes mecânicas reduz as vibrações e tornam os SSDs completamente
silenciosos.
Outra vantagem é o tempo de acesso reduzido à memória flash presente nos SSDs em relação
aos meios magnéticos e ópticos. O SSD também é mais resistente que os HDs comuns devido à
ausência de partes mecânicas – um fator muito importante quando se trata de computadores portáteis.
O SSD ainda tem o peso menor em relação aos discos rígidos, mesmo os mais portáteis;
possui um consumo reduzido de energia; consegue trabalhar em ambientes mais quentes do que os
HDs (cerca de 70°C); e, por fim, realiza leituras e gravações de forma mais rápida, com dispositivos
apresentando 250 MB/s na gravação e 700 MB/s na leitura.
Mas nem tudo são flores para o SSD. Os pequenos velozes ainda custam muito caro, com
valores muito superiores que o dos HDs. A capacidade de armazenamento também é uma desvantagem,
pois é menor em relação aos discos rígidos. De qualquer forma, eles são vistos como a tecnologia do
futuro, pois esses dois fatores negativos podem ser suprimidos com o tempo.
Obviamente, é apenas uma questão de tempo para que as empresas que estão investindo
na tecnologia consigam baratear seus custos e reduzir os preços. Diversas companhias como IBM,
Toshiba e OCZ trabalham para aprimorar a produção dos SSDs, e fica cada vez mais evidente que os
HDs comuns estão com seus dias contados.
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Curso de Hardware
Placas mãe um pouco mais antigas, como as placas para processadores Pentium que utilizam
os chipsets FX e VX, suportam apenas o modo Pio 4, sendo capazes de transferir dados a 16,6
Megabytes por segundo. Placas um pouco mais recentes, suportam também o Ultra DMA, também
chamado de Ultra ATA. Este modo de operação traz várias vantagens sobre o antigo Pio Mode 4,
como a maior taxa de transferência de dados, que passa a ser de 33 Megabytes por segundo.
A principal vantagem do UDMA porém, é permitir que o disco rígido possa acessar diretamente
a memória RAM. Usando o UDMA, ao invés do processador ter de ele mesmo transferir dados do HD
para a memória RAM, e vice-versa, pode apenas fazer uma solicitação ao disco rígido para que ele
mesmo faça o trabalho.
Claramente este modo de operação aumenta perceptivelmente o desempenho do sistema, pois
poupa o processador do envolvimento com as transferências de dados, deixando-o livre para executar
outras tarefas. O Pio Mode 4 permite o uso do Multiword DMA 2, que também permite o acesso
direto à memória, embora de forma um pouco menos eficiente.
Para fazer uso das vantagens do UDMA, é preciso que o disco rígido também ofereça suporte
a esta tecnologia. Todos os modelos de discos mais recentes incluem o suporte a UDMA, porém,
mantendo a compatibilidade com controladoras mais antigas.
Existem 7 modos de operação de interfaces IDE que vão desde o Pio Mode 0, extremamente
lento, ao novo UDMA 66, que mantém os recursos do Ultra DMA, porém suportando maiores
velocidades de transferências de dados
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Capítulo 12 Disco Rígido
SATA II: Não demorou muito para surgir uma versão denominada SATA II (SATA 3 Gb/s,
SATA 2.0 ou SATA 300) cuja principal característica é a velocidade de transmissão de dados de até
300 MB/s, o dobro do SATA I, não sendo um pouco maior por também utilizar codificação 8B/10B.
Este ganho substancial de velocidade se deve principalmente ao clock desta versão, de 3 GHz.
Curiosamente, muitos discos rígidos que utilizam esta especificação podem contar com um
jumper que limita a velocidade do dispositivo para 150 MB/s, uma medida aplicada para fazer com
que estes HDs funcionem em placas-mãe que suportam apenas o SATA I.
SATA III: 2009 foi o ano de lançamento do conjunto final de especificações da terceira versão
da tecnologia Serial ATA, chamada de SATA III (SATA 6 Gb/s, SATA 3.0 ou SATA 600). Este padrão
permite, teoricamente, taxas de transferências de até 600 MB por segundo.
O SATA III também utiliza uma versão melhorada da tecnologia NCQ possui melhor
gerenciamento de energia e é compatível com conectores de 1,8 polegadas específicos para dispositivos
de porte pequeno. O padrão SATA III se mostra especialmente interessante para uso em unidades
SSD, que por utilizarem memória do tipo Flash podem alcançar taxas de transferência mais elevadas
que os discos rígidos. A especificação SATA III trabalha com frequência de até 6 GHz, também
fazendo uso da codificação 8B/10B.
Vale a pena frisar que, quanto ao aspecto de velocidade, dificilmente os valores mencionados
(150 MB, 300 MB e 600 MB) são alcançados. Estas taxas indicam a capacidade máxima de
transmissão de dados entre o HD e o computador, mas dificilmente são utilizadas em sua totalidade, já
que isso depende de uma combinação de fatores, como conteúdo da memória, processamento, outras
tecnologias aplicadas ao disco rígido, etc.
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Curso de Hardware
12.9 - Anotações
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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
13
Instalação de Sistemas
Curso de Hardware
13 Instalação de Sistemas
Nesse capítulo iremos aprender como instalar os principais Sistemas Operacionais do
mercado. Você irá saber identificar os requisitos de cada Sistema, como preparar seu disco rígido para
a instalação, como realizar a formatação e particionamento do seu HD, uso de drivers e como resolver
problemas que possam surgir durante o processo. Atualmente temos no mercado computadores
com os Sistemas Windows XP, Windows 7, Windows 8 e 8.1 e Windows 10 - esses representam
seguramente 90% ou mais dos usuários de computador. Embora não iremos tratar de instalação em
outros Sistemas o passo a passo desse capítulo pode ser utilizado para praticamente qualquer Sistema
que seja instalado em computadores do tipo PC.
13.1 Windows XP
O Windows XP é um sistema operacional da Microsoft para computadores, desktop, notebooks,
tablets e media centers. Lançado em 2001, o sistema foi muito bem recebido pelos usuários e continua
sendo muito utilizado, mesmo após o encerramento do suporte em abril de 2014.
Para instalar o Windows XP no seu computadore será necessário observar os seguintes
requisitos:
• PC com processador de 300 megahertz (MHz) ou mais de velocidade recomendado.
• 128 megabytes (MB) de RAM ou mais recomendados.
• 1,5 gigabytes (GB) de espaço disponível em disco rígido.
• Adaptador de vídeo e monitor super VGA (800 x 600) ou superior.
• Unidade de CD-ROM ou DVD.
• Teclado e Microsoft Mouse ou dispositivo apontador compatível.
• Mídia de instalação (CD) e serial key válida.
• CD de Drivers da sua placa-mãe.
Depois de conferir todos os pré-requisitos siga os passos abaixo para realizar a instalação:
1. Acesse o Setup da sua placa-mãe e defina o Boot para o seu CD de instalação do Windows
XP. (para acessar o setup, em geral, pressione a tecla DELETE ou F2).
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Capítulo 13 Instalação de Sistemas
2. Depois de configurar o Setup, saia do mesmo, salvando as alterações (em geral a tecla F10).
Nesse momento o CD de instalação do Windows XP já deve estar na unidade.
3 . Após sair do Setup o computador irá procurar iniciar a instalação a partir do CD do Windows
XP, para isso ele exibirá a mensagem: "Pressione uma tecla para iniciar do CD". Fique atento pois
a mensagem aparece rapidamente e some poucos segundos depois. Caso você não pressione nenhuma
tecla será preciso reiniciar o computador e fazer o processo novamente.
4. Agora aguarde a instalação até a mesma chegar na tela abaixo com três opções:
• Para instalar o Windows XP agora, pressione ENTER.
• Para reparar uma instalação do Windows XP usando o console de recuperação, pressione R.
• Para sair do programa de instalação sem instalar o Windows XP, pressioneF3
5. Pressione a tecla ENTER para continuar na instalação, após ler o contrato da licença de uso
confirme a aceitação pressionando F8.
6. Na próxima tela será exibido as opções para o particionamento do seu disco rígido. Caso
existe alguma partição, escolha a opção para excluir (letra D) até restar somente a opção "Espaço não
particionado". Repare que nesse momento qualquer dado que você tenha no HD será apagado pois
você eliminou todas as partições.
7. Para criar a partição para a sua instalação, selecione o "espaço não particionado" e pressione
a tecla C para criar uma nova partição.
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8. Na próxima tela escolha a partição que você deseja instalar o Sistema Operacional e
pressione Enter.
9. Na tela seguinte escolha o Sistema de Partição NTFS e pressione Enter para avançar na
instalação.
10. Na tela seguinte o processo é automatico, seu HD será formatado e os arquivos do seu
Sistema Operacional serão transferidos para o seu disco rígido.
11. Após a cópia dos arquivos para o disco rígido o computador será reiniciado automáticamente
para continuar o processo de instalação (ao reiniciar não pressione nenhuma tecla durante o boot, do
contrário o processo de instalação irá começar do início). O processo de instalação irá continuar no
modo gráfico (seu mouse irá funcionar para configuração das funções do Sistema).
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Capítulo 13 Instalação de Sistemas
12. Nessa etapa você irá realizar as configurações do seu Sistema, clique no avançar para
definir o nome do cliente e a organização a que ele pertence (o campo organização não é obrigatório).
Após preencher os dados, avance.
13. Agora será pedido a Serial Key (chave de instalação) para prosseguir na instalação do
Sistema, essa chave vem, geralmente, na embalagem do CD ou em etiqueta colada no seu computador.
Após avançar na tela do Serial, preencha o nome do computador e senha e avance.
14. Configure a data e hora do seu computador, tenha atenção com o horário de verão, pois
algumas regiões não utilizam essa configuração. Na tela seguinte selecione a opção configurações
típicas para a sua rede.
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15. Chegamos às etapas finais de configuração, nas próximas telas você irá definir usuarios e
configurações de registro.
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Capítulo 13 Instalação de Sistemas
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Curso de Hardware
Após definir o idioma da instalação e clicar no botão Instalar agora siga os passos abaixo:
1. Selecione qual versão do Sistema você irá instalar. abaixo uma tabela comparativa das
versões do Windows 7:
2. Aceite o contrato de licença de uso e avance na instalação. Serão exibidas duas opções,
Atualizar e Personalizar (instalação "limpa"), escolha personalizar para avançar.
3. Serão exibidas as opções de disco, clique em opções de unidade para abrir as opções de
partição. Clique no botão Novo e defina o tamanho da partição que irá usar no seu Sistema.
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Capítulo 13 Instalação de Sistemas
4. Após avançar será iniciada a cópia e instalação dos arquivos do Windows 7. Seu computador
irá reiniciar (não pressione Enter na inicialização) e será pedido que crie um nome de usuário e nome
para o computador.
5. Na próxima tela defina a senha para seu usuário e ative as atualizações automáticas (medida
de segurança recomendada) para avançar na instalação.
6. Nas etapas finais será necessário configurar a data e hora do Sistema (tenha atenção para
ativar ou desativar o horário de verão de acordo com sua região) e escolher o tipo de rede para o seu
computador.
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Assim como no Windows XP também é preciso verificar se todos os drivers foram instalados
durante o processo de instalação do Windows 7. Para conferir clique no botão Iniciar > clique com o
botão direito em Computador e depois clique na opção Propriedades. No canto superior esquerdo da
janela que abrirá escolha Gerenciador de Dispositivos.
Caso algum driver não esteja instalado (com o símbolo de Interrogação ou exclamação) é
preciso instalar os drivers com o CD ou DVD da placa-mão ou procurar o driver no site do fabricante
ou ainda usar um aplicativo como o Driver Pack Solution.
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Capítulo 13 Instalação de Sistemas
13.6 - Anotações
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14 e Corretiva
Manutenção Preventiva
Capítulo 14 Manutenção preventiva e corretiva
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Não utilizar pasta térmica pode causar super aquecimento do seu computador resultando em
travamentos ou resets aleatórios.
Aplique uma pequena quantidade de pasta térmica e não esqueça de fixar bem o dissipador
com o cooler sobre o seu processador.
É importante também que o cooler esteja limpo e conectado à alimentação da placa-mãe. Você
pode, após a limpeza, verificar a temperatura do seu Sistema usando programas como o Speccy que
monitora e exibe o funcionamento do Sistema.
A temperatura ideal para um processador irá variar de acordo com o modelo e com o tipo de
atividade que o processador está executando. Temos processadores que trabalham em torno de 40º C e
alguns modelos podem chegar a 80º C ou mais. Para conferir a temperatura normal de funcionamento
do processador consulte o site da fabricante (Intel ou AMD).
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Capítulo 14 Manutenção preventiva e corretiva
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Capítulo 14 Manutenção preventiva e corretiva
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14.10 - Anotações
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15 Computador
Principais Defeitos no
Curso de Hardware
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Capítulo 15 Principais defeitos de Computador
• Press F1 to resume .
• Press F2 to load default values and continue.
Essas mensagens podem ser indicativo que a bateria da sua placa-mãe está com problemas e
precisa ser trocada. O tempo de troca dessa bateria pode variar entre 3 a 5 anos, dependendo do uso e
até mesmo do ambiente em que o computador está.
Para conferir se é necessário trocar a bateria, use um multimetro na escala de tensão contínua.
A bateria tem a referência 2032 e tem a carga nominal de 3V.
Caso seja preciso trocar a bateria, é necessário entrar no setup após o processo e ajustar data
e hora novamente para eliminar as mensagens de erro no POST.
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Esse site disponibiliza a Ferramenta System Update Readiness Tool, localize na página
a versão do seu Sistema, baixe e execute a ferramenta no seu computador. Reinicie a máquina e
verifique novamente, no Painel de Controle, se o Windows Update está funcionando.
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Capítulo 15 Principais defeitos de Computador
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15.9 - Anotações
143
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