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Capítulo 1 Introdução ao Hardware

Sumário
Capítulo 1
1 - Introdução ao Hardware........................................................................................................... 06
1.1 - Processador............................................................................................................................. 06
1.2 - Placas de Expansão................................................................................................................. 06
1.3 - Barramento de Expansão...................................................................................................... 09
1.4 - As Interfaces da Placa-mãe................................................................................................... 10

Capítulo 2
2 - Representação das Informações.............................................................................................. 19
2.1 - Unidades de Medida.............................................................................................................. 19

Capítulo 3
3 - Arquitetura de Microcomputador........................................................................................... 22
3.1 - A Frequência e o Clock.......................................................................................................... 23
3.2 - Barramento de Expansão...................................................................................................... 23

Capítulo 4
4 - Transmissão Paralela................................................................................................................. 30
4.1 - Portas de Comunicação......................................................................................................... 30
4.2 - Cabos e Conectores................................................................................................................ 36

Capítulo 5
5 - Memórias.................................................................................................................................... 39
5.1 - Memória ROM........................................................................................................................ 39
5.2 - Tipos de Encapsulamento..................................................................................................... 39
5.3 - BIOS - Basic Input/Output System...................................................................................... 40
5.4 - Setup......................................................................................................................................... 40
5.5 - Post (Power on Self Test)....................................................................................................... 40
5.6 - CMOS...................................................................................................................................... 40
5.7 - Seções do Setup....................................................................................................................... 41

Capítulo 6
6 - Memória RAM........................................................................................................................... 45
6.1 - Static RAM - SRAM............................................................................................................... 45
6.2 - Dynamic RAM - DRAM....................................................................................................... 45
6.3 - Módulos de Memória............................................................................................................. 46
6.4 - Tecnologias de memórias...................................................................................................... 46
6.5 - Aspectos físicos das memórias DDR................................................................................... 47
6.6 - Aspectos físicos das memórias DDR2................................................................................. 48
6.7 - Aspectos físicos das memórias DDR3................................................................................. 49
6.8 - Memória DIMM - DDR4...................................................................................................... 50
6.9 - Arquitetura Multi-Channel................................................................................................... 50

Capítulo 7
7 - Eletricidade Básica.................................................................................................................... 56
7.1 - Tensão Elétrica x Voltagem................................................................................................... 56
7.2 - Aterramento............................................................................................................................ 56
7.3 - Novo Padrão de tomadas....................................................................................................... 57
7.4 - Sistemas de Proteção.............................................................................................................. 57
7.5 - Filtro de Linha........................................................................................................................ 58

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7.6 - Estabilizador............................................................................................................................ 58
7.7 - Módulo Isolador..................................................................................................................... 59
7.8 - Nobreak................................................................................................................................... 59

Capítulo 8
8 - Fontes de Alimentação.............................................................................................................. 62
8.1 - Identificação dos Conectores................................................................................................ 62
8.2 - Medições das tensões AC e DC............................................................................................ 65
8.3 - Modular ou não Modular...................................................................................................... 68

Capítulo 9
9 - Processadores............................................................................................................................. 71
9.1 - Fabricantes............................................................................................................................... 71
9.2 - Modelos................................................................................................................................... 73
9.3 - Como o cache funciona......................................................................................................... 74
9.4 - Clock........................................................................................................................................ 78
9.5 - Clock Externo......................................................................................................................... 79
9.6 - Soquetes................................................................................................................................... 79
9.7 - Como instalar o processador na placa-mãe........................................................................ 84

Capítulo 10
10 - Placa-mãe................................................................................................................................. 87
10.1 - Placa-mãe Onboard............................................................................................................. 89
10.2 - Padrões AT e ATX................................................................................................................ 90
10.3 - Slots e Barramentos.............................................................................................................. 90

Capítulo 11
11 - Monitores e placas de vídeo................................................................................................... 104
11.1 - Placas de vídeo...................................................................................................................... 105
11.2 - Clock da GPU....................................................................................................................... 105
11.3 - Resolução e Cores................................................................................................................. 106
11.4 - Memória de Vídeo................................................................................................................ 107
11.5 - Recurso 3D............................................................................................................................ 108
11.6 - DirectX e OpenGL............................................................................................................... 109
11.7 - Monitores de Vídeo.............................................................................................................. 109
11.8 - Pixel e Dot Pitch................................................................................................................... 110
11.9 - Como escolher uma placa de vídeo................................................................................... 111

Capítulo 12
12 - Disco Rígido............................................................................................................................. 114
12.1 - Interface IDE (PATA).......................................................................................................... 114
12.2 - Interface SATA...................................................................................................................... 115
12.3 - SCSI........................................................................................................................................ 115
12.4 - HD Externo........................................................................................................................... 115
12.5 - HD SSD.................................................................................................................................. 116
12.6 - Velocidades das Interfaces IDE.......................................................................................... 116
12.7 - Versões da Interface SATA.................................................................................................. 117
12.8 - Tecnologias relacionadas ao SATA.................................................................................... 118

Capítulo 13
13 - Instalação de Sistemas............................................................................................................. 121

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13.1 - Windows XP......................................................................................................................... 121


13.2 - Instalação de Drivers........................................................................................................... 125
13.3 - Instalação do Windows 7.................................................................................................... 126
13.4 - Instalação do Windows 8.................................................................................................... 129
13.5 - Instalação do Windows 10.................................................................................................. 129

Capítulo 14
14 - Manutenção Preventiva e Corretiva...................................................................................... 132
14.1 - O que é Manutenção Preventiva......................................................................................... 132
14.2 - Pasta térmica e limpeza do cooler...................................................................................... 133
14.3 - Windows Update.................................................................................................................. 134
14.4 - Microsoft Fix It..................................................................................................................... 134
14.5 - Scandisk - Verificador de erros........................................................................................... 134
14.6 - Desfragmentador de Discos................................................................................................ 135
14.7 - Backup de dados................................................................................................................... 135
14.8 - Recuperação de dados......................................................................................................... 135
14.9 - Ponto de Restauração........................................................................................................... 136

capítulo 15
15 - Principais defeitos no computador....................................................................................... 139
15.1 - Defeitos - Aquecimento....................................................................................................... 139
15.2 - Defeitos - Alimentação........................................................................................................ 139
15.3 - Defeitos - Bateria da Placa-mãe.......................................................................................... 139
15.4 - Defeitos - Memória RAM ................................................................................................... 140
15.5 - Defeitos - Disco Rígido........................................................................................................ 140
15.6 - Defeitos - Erros de Sistema................................................................................................. 141
15.7 - Defeios - Erros no Windows Update................................................................................. 141
15.8 - Defeitos - Conflitos de Hardware....................................................................................... 142

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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores

Hardware
Introdução ao
Capítulo 1 Introdução ao Hardware

1 Introdução ao Hardware
Entender hardware a fundo é uma tarefa árdua. São tantos detalhes que o aprendizado pode
se tornar bastante difícil. Vamos então facilitar as coisas, apresentando neste capitulo, noções básicas
sobre hardware de micros. De posse dessas noções, você poderá aprofundar com mais facilidade seus
conhecimentos nos capítulos seguintes.
O termo “PC” surgiu no final dos anos 70, e é uma abreviatura para “Personal computer”
(Computador Pessoal). Até então os computadores eram grandes e caros e seu alto custo só era
justificado se servisse para atender a um grande número de usuários. Genericamente falando, um PC
era um computador bem mais barato, com capacidade e velocidade mais limitados, mas destinado a
atender a apenas um usuário. No inicio dos anos 80, a IBM lançou seu computador pessoal que foi
um grande sucesso comercial: o IBM Personal Computer, ou IBM PC. Atualmente, a maior parte
dos computadores pessoais são “descendentes” do antigo IBM PC. Como hoje existem inúmeros
fabricantes, esses computadores são chamados apenas de “PCs”. Também é correto chamá-los de
micros.
Começaremos mostrando rapidamente as principais peças que formam um micro. A seguir
detalharemos cada uma dessas peças e veremos como é feita a sua montagem.

1.1 Processador
Este é um dos componentes mais importantes de um micro. O processador é o responsável por
executar as instruções que formam os programas. Quanto mais rápido o processador executar essas
instruções, mais rápida será a execução dos programas. Alguns exemplos de processadores são: Core
i7, Core 2 Quad, Core 2 Duo, Pentium Dual Core, Athlon 64, Phenom e Semprom, entre outros.
Processadores AMD Processadores Intel

1.2 Placas de Expansão


Placas de expansão são dispositivos que se utilizam para estender as funcionalidades e o
desempenho do computador. Existe uma grande diversidade de placas de expansão, como, por
exemplo, placas de rede, de vídeo, de som e de modem. Vamos identificar as principais:
Placa de vídeo
É uma placa responsável por gerar as imagens que aparecem na tela do monitor. Quando
é preciso gerar imagens com muitos detalhes, muito sofisticadas e em alta velocidade, é também
preciso ter uma placa de vídeo sofisticada. Hoje em dia a maioria das placas mãe possuem embutidos
os circuitos de vídeo (vídeo onboard). Esses PCs portanto dispensam o uso de uma placa de vídeo.
Tome cuidado, pois em muitos casos, o vídeo onboard é de desempenho modesto, inadequado
para as aplicações que exigem imagens tridimensionais com alta qualidade e alta velocidade. O video
onboard é bastante adquado para aplicações simples, como edição de texto, acesso à Internet, e-mail,
programas de apresentação, planilhas, bancos de dados, filmes, jogos 2D e até mesmo jogos 3D,
desde que não sejam muito sofisticados.

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Placa de vídeo off-board Detalhe do conector DB15 fêmea

Placa de Rede
É uma placa através da qual PCs próximos podem trocar dados entre si, através de um cabo
apropriado. Ao serem conectados desta forma, deizemos que o PCs formam uma “rede local” (LAN, ou
Local Area Network). Isto permite enviar mensagens entre os PCs, compartilhar dados e impressoras.
A placa de rede também é usada para conectar o computador com a internet através de banda larga.
Placa de rede Detalhe do conector RJ45

Placa de Modem
O modem é um dispositivo que permite que o computador transmita e receba dados para
outros computadores, através de uma linha telefônica. A principal aplicação dos modems é o acesso a
internet. Quando ativamos uma conexão com a internet, o modem “disca” para o provedor de acesso,
que é a empresa que faz a conexão entre o seu computador e a Internet. O tipo mais comum de
modem é o interno, que consiste em uma plca de circuito. O modem onboard fica embutido na plca
mãe, e o modem externo é um aparelho externo que faz o mesmo trabalho que um modem interno.

Modem Interno Detalhe dos conectores RJ-11

Atualmente o conceito de “modem” é muito mais amplo. Existem por exemplo os modems utilizados
em conexões de banda larga para Internet. Os dois principais tipos de banda larga são: ADSL(Ex:
Velox, GVT) e a CABO (Ex: NET).
Placa de Som
É uma placa responsável por captar e gerar sons. Todos os computadores modernos utilizam sons,
portanto a placa de som é um dispositivo obrigatório. Praticamente todas as placas mãe atuais possuem
“som onboard”, e assim dispensam o uso de uma placa de som. A própria placa mãe possui circuitos
de som, equivalentes aos de uma placa de som típica. No passado, o som onboard tinha qualidade
modesta. As palcas mãe atuais apresentam som onboard de alta qualidade. Se um micro tem som

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onboard com qualidade modesta, o usuário pode comprar e instalar uma placa de som de melhor
qualidade, caso deseje mais realismo sonoro e alta fidelidade.
Placa de Som off-board Detalhe da Porta de Joystick

Placa Mãe Placa mãe de Computador


É a placa de circuito mais importante de
um micro. Nela ficam localizados o processador,
a memoória RAM e outros circuitos de grande
importância. Um bom PC deve ter uma placa
mãe de bom desempenho e boa qualidade.
Á primeira vista as placas mãe são
bastante parecidas, mas existem muitas
diferenças. É preciso levar em conta que cada
tipo de processador exige um tipo de placa. Hoje
existem diversas categorias de processadores, e
cada um deles requer suas próprias placas mãe.
Em toda placa mãe, o processador fica encaixado em um conector chamado soquete. Cada
processador requer um soquete apropriado. Como mostraremos a seguir, todos os tipos de soquete
possuem uma alavanca lateral para instalar / desinstalar o processador. Para instalar ou retirar o
processador, temos que levantar a alavanca. Depois de colocado o processador no soquete, devemos
abaixar a alavanca, travando-a.
Soquete AM3 Processador Phenom-II X4

Soquete LGA 775 Processador Core 2 Quad

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1.3 Barramento de Expansão (slot)


Ficam disponiveis através de slots, onde são conectadas as placas de expansão. Existem
diversos modelos de barramentos de expansão. Dentre eles podemos destacar: ISA, PCI, AGP, PCI
Express.
Slots ISA
O barramento ISA( Industry Standard Architecture) foi o primeiro utilizado por PCs. Hoje em
dia para os padrões atuais o barramento ISA é lento, e por isso não é mais encontrado.

Barramentos ISA de 8 bits e de 16 bits

Hoje em dia para os padrões atuais o barramento ISA é lento, e por isso não é mais encontrado.
Slots PCI
Os slots PCI(Peripheral component Interconnect) são os encontrados em maior quantidade. A
maioria das placas de expansão utiliza este padrão.
Barramento PCI na Placa-mãe

Slot AGP
O barramento AGP(Accelerated Graphics Port) é muito parecido com o PCI, mas opera com
velocidade bem mais elevada. É usado para a instalação de uma placa de vídeo.
Barramento AGP na Placa-mãe

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Slots PCI Express


Em meados de 2004 surgiram as primeiras placas mãe com os novos slots PCI Express. Este
novo barramento substituiu imediatamente o barramento AGP, e está substituindo aos poucos o
barramento PCI. Sua velocidade vai de 1x até 32x, mesmo a versão 1x consegue ser duas vezes mais
rápido que o PCI tradicional. No caso das placas de video, um slot PCI Express de 16x (transfere até
4GB por segundo) é duas vezes mais rápido que um AGP 8x.
Barramentos PCI-Express Barramentos CNR (em cima) e AMR (embaixo)

Slots AMR e CNR


Existe ainda um quarto tipo de slot, o chamado AMR (Audio Modem Riser), e sua variante
CNR. Era encontrado em algumas placas mãe produzidas entre 1999 e 2003, e servia para instalar
placas AMR, que possuem circuitos de som e modem, e placas CNR com circuitos de rede e modem.
Placas AMR/CNR foram muito utilizadas nas placas mãe com “modem onboard”, sobretudo nos
modelos de baixo custo. Na verdade esses modems não eram onboard, e sim, placas de modem
AMR/CNR. Não fizeram muito sucesso, a partir de 2003 os fabricantes de placas mãe já aboliram
totalmente os slots AMR/CNR.
1.4 As Interfaces da Placa-mãe
A maioria dos dispositivos existentes em um computador necessita de uma interface. A
interface é um circuito que permite ao processador comunicar-se com esses dispositivos.
Interfaces onboard
O termo onboard significa na placa. Ao longo dos anos 90, várias interfaces que eram
localizadas em placas de expansão foram aos poucos transferidas para a placa mãe.
Interface para drive de disquetes
Quase todas as placas mãe (exceto alguns modelos recentes) possuem uma interface para
drive de disquete, apesar desse tipo de disco ter seu fim previsto para os próximos anos (como o drive
é muito barato, seu fim nunca chega...). seu conector fica no interior do computador, e através dele e
de um cabo apropriado, podem ser controlados um ou dois drives de disquete.
Exemplo de cabo e conexão para drives de disquetes

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“Disquete” em inglês é “Floppy disk”. Portanto é comum encontrar as suas interfaces indicadas
como FLOPPY ou FC (Floppy Disk Controller), ou FDD (Floppy Disk Drive) nas placas mãe.
Intefaces IDE
Interfaces IDE, também chamadas de ATA, servem para conectar diversos dispositivos para
armazenamento de dados, sendo os mais comuns:
• Disco rígido (HD)
• Unidade de CD ou DVD
• Zip Drive interno
Intefaces IDE, estao sendo desde 2004 substitiuídas pelas novas interfaces SATA. Desde
então as placas mãe tem sido fabricadas com interfaces IDE e SATA, mas já existem placas mãe que
aboliram totalmente as interfaces IDE.
Tipicamente as placas mãe possuem duas intefaces IDE(algumas posuem apenas uma). Em
cada uma delas podem ser ligados dois dispositivos, portanto um PC típico pode ter até 4 dispositivos
IDE.
Conexão para Interface IDE (ATA) Cabos Flat para interface IDE (ATA)

A ligação entre a placa mãe e as unidades de disco IDE é feita através de cabos flat IDE, que
são fornecidos juntamente com a placa mãe. Os cabos IDE antigos tinham 40 vias, e suportavam
velociades de até 33MBps. Os cabos mais recentes têm 80 vias, e operam com até 133MBps.
Interfaces SATA
Placas mãe produzidas a partir do final de 2002 começaram a apresentar um novo tipo de
interface, a Serial ATA (SATA). Esta é a nova versão das interfaces IDE, que apesar de operar no
modo serial, apresenta um desempenho ainda maior.

Conexão para Interface SATA Cabos Flat para interface SATA

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Interfaces seriais
As interfaces seriais (ou portas seriais) são chamadas de COM1 e COM2. Seus conectores
ficam na parte traseira do computador e são normalmente do tipo DB-9 macho.
Nos próximos anos, os PCs não utilizarão mais interfaces seriais. Suas funções passarão a ser
desempenhadas pelas interfaces USB.
Interface Serial Exemplo de Mouse Serial

Interface paralela (porta LPT1)


A interface paralela também pode ser chamada de porta paralela, interface de impressora ou
porta de impressora. O conector da interface paralela fica localizada na parte traseira do computador.
É um conector do tipo DB-25 fêmea. Portas paralelas também estão caindo em desuso, e muitas
placas mãe modernas já não as possuem mais.
A porta paralela pode ser utilizada para conexão de impressora, scanner, zip-drive externo
entre outros.
Exemplo de Conector LPT1 Exemplo de cabos paralelos

Interfaces para teclado


Do ponto de vista eletrônico, as interfaces de teclado de todos os PCs são idênticas. Ficam
localizadas na placa mãe, e seu conector fica na sua parte traseira, ou seja, é acessível pelo painel
traseiro do gabinete. Existem entretanto diferenças nos tipos de conectores. As placas mais antigas
utilizavam um conector padrão DIN, de 5 pinos. As mais novas utilizam um conector menor, chamado
padrão PS/2. Existem no comércio adaptadores para ligar teclados novos (conector PS/2) em placas
mãe antigas (conector DIN), e vice-versa.
Interface para mouse PS/2
Até aproximadamente 1997, o mouse era tipicamente conectado em uma porta serial COM1.
A partir de então surgiram modelos com conectores padrão PS/2. As placas mãe ATX padronizam
a presença desse tipo de conector para a ligação do mouse. Muitas placas mãe modernas já não
possuem mais as interfaces para mouse e teclado PS/2. Devemos usar nesses casos, teclados e mouse
padrão USB.

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detalhe do Conector DIN Exemplo de conector PS/1

Interface para joystick


As placas de som possuem interface para joystick. Podemos encontrar essa interface também
nas placas mãe com som onboard. Entretanto as placas mãe mais modernas já aboliram a interface de
joystick. Novos modelos de joystick utilizam o padrão USB.
Interfaces USB
As interfaces seriais, paralelas, de teclado e de joystick usadas nos PCs, são praticamente
as mesmas usadas no inicio dos anos 80. São interfaces obsoletas para os padrões atuais. Apesar de
funcionarem, não apresentam os recursos avançados que a eletrônica moderna permite. Em meados
dos anos 90 surgiu uma nova interface, mais moderna, versátil e veloz, a chamada USB (Universal
Serial Bus). Hoje encontramos interfaces USB em todos os PCs modernos, e praticamente todos os
fabricantes de periféricos produzem modelos USB.
Interface para Joystick Interface USB

Interface de rede onboard


As placas mãe atuais possuem interface de rede onboard. Isso não era comum há alguns anos
atrás, mas a partir de aproximadamente 2003 passamos a encontrar com facilidade a rede onboard.
Interfaces de rede onboard normalmente funcionam com tanta confiabilidade e velocidade quanto os
modelos “offboard”.
Conector do vídeo onboard
Muitas placas mãe possuem vídeo integrado (onboard). Nesses modelos, o conector para o
monitor (DB-15 fêmea, com três fileiras), fica normalmente localizado no lugar de uma das interfaces
seriais. Muitas placas já apresentam conector de vídeo padrão DVI, como o mostrado no detalhe à
direita da figura.

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Detalhe da conexão de rede Exemplo de conectores para vídeo

Placas mãe AT e ATX


Durante os anos 80 e até metade dos anos 90, todas as placas mãe obedeciam ao chamado
“padrão AT”. A partir de então entraram no mercado as placas “padrão ATX”, que são as mais comuns
hoje em dia. As placas ATX possuem diversas vantagens:
• Os conectores ficam na parte traseira, fixos na placa, reduzindo o uso de cabos internos.
• O processador fica sempre próximo à entrada de ventilação da fonte de alimentação,
contribuindo para um resfriemanto mais eficiente.
• Fonte de alimentação com funções especiais de gerenciamento de energia.
Disco rígido
Assim como a memória RAM, o disco rígido (ou HD) armazena programas e dados, porém
existem algumas diferenças. O disco rígido tem uma capacidade muito maior. Seus dados não são
apagados quando o computador é desligado, coisa que acontece com a RAM.
Exemplo de placa-mãe AT Exemplo de placa-mãe ATX

Unidade de CD e DVD
As unidades de CD permitem usar discos CD-ROM, com capacidade de 700MB. Quase todos
os programas modernos são vendidos em CD-ROMs. O drive de CD-ROM é bastante barato, mas não
permite gravar dados. Existem entretanto modelos (chamados drives de CD-RW, ou simplesmente,
“gravadores de CDs”) que permitem gravações, o que os torna um excelente meio para transporte
e armazenamento de dados. Existem ainda os drives de DVD, que podem reproduzir discos com
capacidade ainda maior: 4,7GB e 9,4GB, e os gravadores de DVDs, que realizam gravações em disco
com essas altas capacidades. Nos micros modernos já não encontramos mais drives de CD-ROM.

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Exemplos de Unidade de DVD

Memória “RAM”
RAM é um tipo de memória. Para que um programa possa ser executado, ele precisa
inicialmente ser carregado na memória. Os dados que esses programas manipulam (por exemplo,
textos e imagens) também precisam estar na memória. As placas mãe possuem soquetes, sempre
próximos do processador, que servem para a instalação de módulos de memória. Esses soquetes
possuem duas alças laterais. Devemos puxar essas alças pra que o módulo de memória possa ser
encaixado.
Observe que o soquete das memórias possui saliências chamadas de chanfros. Os módulos
de memória possuem cortes (também são chamados de chanfros) que se alinham com as saliências
existentes no soquete. Os chanfros servem para garantir que o módulo só poderá ser encaixado na
posição correta. Também serve para distinguir entre os tipos diferentes de memória.

Comparativo entre tipos de memória RAM

Fonte de Alimentação
Trata-se de uma caixa metálica com circuitos eletrônicos cuja finalidade é receber a tensão da
rede elétrica (110 ou 220 volts em corrente alternada) e gerar tensões em corrente contínua necessárias
ao funcionamento das placas do computador.
As fontes de alimentação para PCs podem ser divididas em quatro categorias:
• AT, usadas nos PCs antigos, comuns até 1997
Possuem um par de conectores para ligar na placa mãe (P8 e P9), normalmente 4 conectores para
discos rígidos e normalmente 1 ou 2 conectores para drives de disquete de 31/2”.
• ATX, usadas nos PCs a partir de 1998
Possuem um conector ATX de 20 pinos para ligar na placa mãe. Possuem ainda normalmente 4
conectores para discos rígidos e 1 ou 2 conectores pra drives de disquete de 31/2”.

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• ATX12V versão 2.1, nova versão do ATX, comum a partir de 2002


Possuem um conector ATX de 20 pinos para ligar na placa mãe, um conector auxiliar de 4 pinos de 12
volts chamado de “ATX12V”. Possuem ainda normalmente 4 conectores para discos rígidos e 1 ou 2
conectores pra drives de disquete de 31/2”.
• ATX12V versão 2.2, surgiu em 2004
Esta nova versão tem alterações importantes em relação à versão 2.1. O conector principal foi
aumentado para 24 pinos. Foram acrescentados conectores de alimentação para discos Serial ATA.
A tabela abaixo mostra os conectores usados nas fontes de alimentação:
Conectores da fonte de alimentação

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1.5 - Anotações

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Informações
Representação das
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2 Representação das Informações


Os computadores são divididos em duas partes: hardware (toda a parte física) e software
(toda a parte lógica). Os componentes que formam um PC estão em constante transformação: novos
componentes são criados enquanto outros desaparecem por completo. Trabalhar com PCs requer
do técnico conhecer cada parte, cada componente da “anatomia dos computadores”, não somente
em nível de hardware, mas compreender como os componentes se comunicam entre si, como é a
linguagem dos PCs e entender perfeitamente o sistema de “medida da informação”.
Na natureza, todo tipo de informação pode assumir qualquer valor compreendido em um
intervalo de — ∞ a + ∞. Você consegue distinguir, por exemplo, uma cor vermelha que esteja um
pouco mais clara de outro tom de vermelho. Consegue distinguir um som mais alto do que outro.
Consegue perceber quanto um ambiente está mais claro do que outro. Todo esse tipo de informação é
conhecido como informação analógica.
A construção de circuitos eletrônicos teoricamente deveria seguir os mesmos moldes da natureza
a fim de se tornar o mais real possível. No entanto, na hora da construção de circuitos eletrônicos
para o processamento de informações, a utilização de informações analógicas tornou-se um grande
problema. Para você ter uma idéia, imagine um determinado circuito eletrônico comunicando-se com
outro a uma certa distância. Vamos dizer que os dois dispositivos permitam informações analógicas.
Se um dispositivo enviar um determinado valor e, durante o percurso, houver um problema qualquer
(em especial, interferências eletromagnéticas), tal informação chegará alterada. O grande problema,
no entanto, estará no fato de que o dispositivo receptor não terá meios de verificar se a informação era
verdadeira ou não. Como aceita qualquer valor, se, em vez de “70”, chegar o valor “71”, o dispositivo
terá de aceitá-lo como verdadeiro. Dessa forma, nenhum dispositivo eletrônico conseguiria funcionar
corretamente.
Dispositivos eletrônicos para o processamento de informações trabalham com um outro
sistema numérico: o sistema binário. No sistema binário, ao contrário do sistema decimal, só há
dois algarismos: “0” e “1”. No entanto, há uma grande vantagem: qualquer valor diferente desses
será completamente desprezado pelo circuito eletrônico, gerando confiabilidade e funcionalidade.
Como o sistema binário representa o estado de um dedo recolhido na mão (0) ou esticado (1), por
vezes o chamamos de sistema digital. Cada algarismo binário (um “0” ou um “1”) é chamado de bit
(contração de binary digit).
Conjuntos de algarismos binários (bits) formam palavras binárias que representarão números
máximos bastante definidos — e relativamente pequenos. Obviamente, cada casa binária só poderá
ser preenchida com dois algarismos (0 ou 1), enquanto cada casa decimal pode ser preenchida com
dez algarismos (de 0 a 9). Vamos ao exemplo de um número hipotético de quatro casas decimais.
Esse número poderá ter qualquer valor de 0000 a 9999, logo poderá assumir 10.000 valores diferentes
— ou seja, poderá ter 10.000 variações (ou 104 variações) — isto é, o valor da base numérica (10)
elevado ao número de casas numéricas (4). Comparativamente, um número hipotético também de
quatro casas — porém, agora, binárias — poderá ter qualquer valor entre 0000 e 1111, ou seja, 24
variações, ou 16 valores diferentes. É fácil, portanto, observar que estaremos muito mais limitados
utilizando a base binária do que a decimal, a que estamos tão acostumados.

2.1 Unidades de medida


Qualquer informação fica armazenada no computador através dos dígitos binários. Dessas duas
palavras binary (binário) e digit (digito), surgiram os termos bits, designando a menor unidade que
forma uma informação de um computador. Um bit sozinho não consegue apresentar uma informação,
para isso eles precisam estar agrupados em 8 bits. Assim, cada caractere que pode ser uma letra,
símbolo ou número é representado por 8 bits que equivalem a 1 byte.

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Capítulo 2 Representação das Informações

A seguir, temos a lista de unidades de medida que determinam a quantidade de informações


armazenadas por um computador:
Tabela de unidades de medida no Computador

O byte é a palavra binária mais utilizada, por diversos motivos. O principal deles é o fato de
que os microprocessadores se tornaram populares e passaram a ser usados em larga escala quando
surgiram os modelos de oito bits, nos anos 70, sendo que esses modelos de processadores foram
largamente utilizados nas mais diversas aplicações por mais de 10 anos. Devemos tomar alguns
pequenos cuidados na hora de representar a abreviação de byte, a fim de que não haja confusão com
a abreviação de bit. Enquanto abreviamos bit com “b” (b minúsculo), abreviamos byte com “B” (b
maiúsculo). Assim, 1 KB é a representação de um kilobyte (1.024 bytes = 8.192 bits), enquanto 1 Kb
é a representação de um kilobit (1.024 bits).
Base Hexadecimal

Como você pôde observar, cada algarismo hexadecimal estará sempre representando 4 bits.
Assim, F12AC é um número de 20 bits, como 129D3E12 é um número de 32 bits.
2.2 - Anotações

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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Arquitetura de
Microcomputador
Capítulo 3 Arquitetura de Microcomputador

3 Arquitetura de Microcomputador
Barramentos
É um conjunto de vias que conectam diferentes partes do PC, permitindo dessa forma que haja
uma comunicação entre os mesmos, principalmente entre o processador e vários outros circuitos. As
partes que compõem um PC se comunicam entre si a todo momento, essa comunicação sendo feita
através de sinais, impulsos elétricos, que devem ser transmitidos através de algum meio físico, que é
o barramento ou bus.
O principal barramento do micro é o barramento local, a via de comunicação que conecta o processador
aos circuitos primordiais da placa-mãe: a memória RAM, a memória cache L2 e o chipset. Damos
o nome de chipset ao conjunto de circuitos integrados de apoio existentes na placa-mãe. Dentre os
diversos circuitos presentes no chipset, destacamos o controlador de memória (RAM) e o controlador
de cache — além do controlador de barramento, no caso de existirem outros barramentos no micro,
o que certamente ocorre. O barramento local de se divide em Barramento de dados, de endereços e
de controle.
Barramento de dados: Barramento bidirecional, utilizado para realizar o intercâmbio de dados
e instruções com o exterior. Uma das principais características de um microprocessador é o número
de bits que o barramento de dados pode transferir, que determina se o processador é de 8, 16, 32
ou 64 bits. Determina o número de bits da palavra de dados que pode ser transferida de/para o
microprocessador e, também (quase sempre) o tamanho da palavra de dados que pode ser operada
pela ALU.
Barramento de endereços: Barramento unidirecional, constituído de um conjunto de linhas
de endereço que indicam a posição de memória onde se encontra o dado requisitado. Uma vez dada
a posição, a informação armazenada na memória passará à CPU através do barramento de dados.
Define a quantidade de posições de memória e/ou de portas de entrada/saída que podem ser acessadas
pelo microprocessador (para n bits do barramento de endereços, 2n bytes de memória podem ser
endereçados, ou seja, 2n endereços físicos podem ser acessados – capacidade de endereçamento).
Barramento de controle: Barramento bidirecional, formado por um número variável de linhas,
através das quais se controlam as unidades complementares (habilitação e desabilitação das memórias
para leitura e escrita, permissão para periféricos ou coprocessadores acessarem as vias de dados e
endereços). Transfere, para as diversas partes do sistema, sinais que definem e orientam toda a sua
operação.
Sinais de controle típicos de um microprocessador são:
• leia de uma posição de memória (memory read);
• leia de uma porta de E/S (I/O read);
• escreva em uma posição de memória (memory write);
• escreva em uma porta de E/S (I/O write);
• pedido de interrupção de programa (interruption request);
• pedido de uso de vias (bus request ou hold request);
• pedido de espera (wait ou ready);
• sinal de relógio (clock); e
• sinal de partida/reinício (reset).

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3.1 A Freqüência e o Clock

O Hertz é a unidade de medida da freqüência de um sinal oscilatório. Determina o número de


vezes em que o movimento completo, ciclo, se repete em um segundo.
A tensão em corrente alternada distribuída no Brasil é de 60 Hz, pois realiza sessenta ciclos completos
de alternância de sinal em um segundo.
Quando falamos em computadores dizemos que nele é empregado um sinal alternado que
controla o tempo de funcionamento dos chips, este sinal é denominado de “Clock”. O clock é o
número de ciclos digitais que um chip executa a cada segundo (Hertz). Por exemplo: 300 MHz são
300 milhões de ciclos por segundo. Os ciclos são traduzidos em instruções que o microprocessador
executa. A maioria das instruções é executada em um único ciclo, mas existem instruções mais
complexas que necessitam de dois ou mais ciclos para sua execução. Alguns processadores são
capazes de executar mais de uma instrução ao mesmo tempo.

3.2 Barramento de Expansão


Normalmente, consideramos entrada e saída (E/S) como as formas com que nos comunicamos
com os computadores. lsto pode ser correto do nosso ponto de vista, mas com relação ao PC há
muito mais E/S com que se preocupar do que somente conosco. Milhões de bits de informações
estão constantemente flamejando por entre os componentes do PC mesmo quando pensamos que
o PC está apenas aguardando. Vários guardas de trânsito denominados controladores de entrada/
saída trabalham com o processador para garantir que toda esta circulação de dados não provoque um
engarrafamento ou, pior ainda, um acidente.
A ideia de se ter slots onde se conectam placas de circuito que funcionam com a placa-mãe
traz um dos melhores aspectos dos computadores pessoais. Sem os slots, ficaríamos limitados aos
circuitos de vídeo, controlador de disco e outros que por ventura estivessem permanentemente
montados na placa-mãe.
Por exemplo, os slots de expansão permitem remover uma placa que controla o monitor de
vídeo e substitui-la por uma nova placa que seja mais rápida ao trabalhar com os gráficos do Windows.

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Capítulo 3 Arquitetura de Microcomputador

Podemos até mesmo adicionar placas de circuitos, como placas de som, que sequer eram
imaginadas quando o PC foi construído. Hoje, há uma tendência de se colocar alguns componentes –
como as portas paralelas e seriais e controladores de vídeo – como parte da placa-mãe. Mas no caso
de, por exemplo, um controlador de vídeo integrado, este pode ser desabilitado se desejarmos instalar
uma placa de expansão que controle melhor o vídeo.
O conceito básico do barramento introduzido no IBM PC em 1981 era tão bom e versátil
que por anos houve poucas alterações. Mas atualmente há meia dúzia de tipos de barramentos de
expansão para PC. Todos representam melhorias para a movimentação cada vez mais rápida de dados
entre os componentes.
Barramento ISA (Industry Standard Architecture)
O barramento ISA é um padrão não mais utilizado, sendo encontrado apenas em computadores antigos.
Seu aparecimento se deu na época do IBM PC e essa primeira versão trabalha com transferência de
8 bits por vez e clock de 8,33 MHz (na verdade, antes do surgimento do IBM PC-XT, essa valor era
de 4,77 MHz).

Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect)


O barramento PCI surgiu no início de 1990 pelas mãos da Intel. Suas principais características
são a capacidade de transferir dados a 32 bits e clock de 33 MHz, especificações estas que tornaram
o padrão capaz de transmitir dados a uma taxa de até 132 MB por segundo. Os slots PCI são menores
que os slots ISA, assim como os seus dispositivos, obviamente.

Barramento PCI na placa mãe

Outra característica marcante do PCI é a sua compatibilidade com o recurso Plug and Play
(PnP), algo como "plugar e usar". Com essa funcionalidade, o computador é capaz de reconhecer
automaticamente os dispositivos que são conectados ao slot PCI. Atualmente, tal capacidade é
trivial nos computadores, isto é, basta conectar o dispositivo, ligar o computador e esperar o sistema
operacional avisar sobre o reconhecimento de um novo item para que você possa instalar os drivers
adequados (isso se o sistema operacional não instalá-lo sozinho). Antigamente, os computadores não
trabalhavam dessa maneira e o surgimento do recurso Plug and Play foi uma revolução nesse sentido.
Além de ser utilizada em barramentos atuais, essa funcionalidade chegou a ser implementada em

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padrões mais antigos, inclusive no ISA.


O barramento PCI também passou por evoluções: uma versão que trabalha com 64 bits e
66 MHz foi lançada, tendo também uma extensão em seu slot. Sua taxa máxima de transferência
de dados é estimada em 512 MB por segundo. Apesar disso, o padrão PCI de 64 bits nunca chegou
a ser popular. Um dos motivos para isso é o fato de essa especificação gerar mais custos para os
fabricantes. Além disso, a maioria dos dispositivos da época de auge do PCI não necessitava de taxas
de transferência de dados maiores.
Barramento AGP (Accelerated Graphics Port)
Para lidar com o volume crescente de dados gerados pelos processadores gráficos, a Intel
anunciou em meados de 1996 o padrão AGP, cujo slot serve exclusivamente às placas de vídeo.
A primeira versão do AGP (chamada de AGP 1.0) trabalha a 32 bits e tem clock de 66 MHz, o
que equivale a uma taxa de transferência de dados de até 266 MB por segundo, mas na verdade, pode
chegar ao valor de 532 MB por segundo. Explica-se: o AGP 1.0 pode funcionar no modo 1x ou 2x.
Com 1x, um dado por pulso de clock é transferido. Com 2x, são dois dados por pulso de clock.
Em meados de 1998, a Intel lançou o AGP 2.0, cujos diferenciais estão na possibilidade de
trabalhar também com o novo modo de operação 4x (oferecendo uma taxa de transferência de 1.066
MB por segundo) e alimentação elétrica de 1,5 V (o AGP 1.0 funciona com 3,3 V). Algum tempo
depois surgiu o AGP 3.0, que conta com a capacidade de trabalhar com alimentação elétrica de 0,8 V
e modo de operação de 8x, correspondendo a uma taxa de transferência de 2.133 MB por segundo.
Barramento AGP na Placa mãe

Quanto ao slot, o AGP é ligeiramente menor que um encaixe PCI. No entanto, como há várias
versões do AGP, há variações nos slots também (o que é lamentável, pois isso gera muita confusão).
Essas diferenças ocorrem principalmente por causa das definições de alimentação elétrica existentes
entre os dispositivos que utilizam cada versão. Há, por exemplo, um slot que funciona para o AGP
1.0, outro que funciona para o AGP 2.0, um terceiro que trabalha com todas as versões (slot universal)
e assim por diante. A ilustração abaixo mostra todos os tipos de conectores:

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Apesar de algumas vantagens, o padrão AGP acabou perdendo espaço e foi substituído pelo
barramento PCI Express.
PCI-Express
O padrão PCI Express (ou PCIe ou, ainda, PCI-EX) foi concebido pela Intel em 2004 e se destaca
por substituir, ao mesmo tempo, os barramentos PCI e AGP. Isso acontece porque o PCI Express está
disponível em vários segmentos: 1x, 2x, 4x, 8x e 16x (há também o de 32x, mas até o fechamento
desta apostila, este não estava em uso pela indústria). Quanto maior esse número, maior é a taxa de
transferência de dados. Como mostra a imagem abaixo, esse divisão também reflete no tamanho dos
slots PCI Express:
Na tabela abaixo comparamos as taxas de transferências dos barramentos PCI, AGP e PCI Express.

O barramento PCI Express define um tipo diferente de slot baseado na quantidade de pistas
do sistema. Por exemplo, o tamanho físico do slot do barramento PCI Express x1 é diferente da do
barramento PCI Express x4. Na Figura você pode ver a diferença entre os slots do barramento PCI
Express.

Embora tenha se tornado popular apenas em 2006, o PCI Express existe desde 2004. Neste
meio tempo, já foi desenvolvida uma atualização para o padrão, o PCI Express 2.0, finalizado em
janeiro de 2007.
A boa notícia é que o PCI Express 2.0 é completamente compatível com o padrão antigo,
apenas mais rápido. Ele dobra a velocidade do PCI Express, oferecendo 500 MB/s por linha, em cada
direção. Isto significa que um slot 16x passa a oferecer incríveis 8 GB/s, o que seria equivalente a um
hipotético AGP 32x.
Placas PCI Express 1.0 poderão ser usadas diretamente em slots PCIe 2.0 e mesmo placas 2.0
funcionarão em slots 1.0, embora com uma possível redução de desempenho devido ao barramento
mais lento.
O PCI Express 3.0 já está há algum tempo no mercado, e as principais placas de vídeo
disponíveis atualmente já são compatíveis com o sistema. As placas-mãe mais atuais também já
contam com o recurso, sendo que, se o seu computador tem pelo menos um ano de idade, é possível

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que ele já seja compatível com a terceira geração do padrão de comunicação.


O padrão 3.0 chegou no final de 2010 trazendo a possibilidade de transferência de até 8 GT/s,
ou seja, 1.000 MB/s, além de uma série de incrementos importantes para otimizar a transmissão dos
dados entre os periféricos e a placa-mãe.
Sendo assim, pelo menos em teoria, o PCI Express geração 3 pode transferir o dobro de dados
de um slot geração 2, que, por sua vez, transfere o dobro de dados da versão 1.

Barramento PCI-Express na placa-mãe

Barramento AMR (Áudio and Modem Riser)


O barramento AMR permite que dispositivos com tecnologia HSP (Host Signal Processing)
sejam instalados ao micro, especialmente placas de som e modems. Esse tipo de dispositivo não tem
nenhum circuito de processamento de sinais, ficando o processador da máquina responsável pelo
processamento do circuito.
Obviamente dispositivos com tecnologia HSP diminuem o desempenho do micro, já que o
processador da máquina terá de ficar controlando o periférico. Entretanto, é uma solução muito barata
e a queda de desempenho não é perceptível para usuários comuns que não usam o computador no topo
do desempenho (por exemplo, só usam o micro para processamento de textos e acesso à Internet).

Barramento AMR na placa-mãe

Barramento CNR (Communications and Network Riser)


O padrão CNR, por sua vez, surgiu praticamente como um substituto do AMR e também tem a Intel
como principal nome no seu desenvolvimento. Ambos são, na verdade, muito parecidos, inclusive
nos slots. O principal diferencial do CNR é o suporte a recursos de rede, além dos de áudio e modem.

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Capítulo 3 Arquitetura de Microcomputador

Outros barramentos
Os barramentos mencionados neste texto foram ou são bastante utilizados pela indústria, mas
há vários padrões que, por razões diversas, tiveram aceitação mais limitada no mercado. É o caso, por
exemplo, dos barramentos VESA, MCA e EISA:
VESA: também chamado de VLB (VESA Local Bus), esse padrão foi estabelecido pela Video
Electronics Standards Association (daí a sigla VESA) e funciona, fisicamente, como uma extensão do
padrão ISA (há um encaixe adicional após um slot ISA nas placas-mãe compatíveis com o padrão). O
VLB pode trabalhar a 32 bits e com a freqüência do barramento externo do processador (na época, o
padrão era de 33 MHz), fazendo com que sua taxa de transferência de dados pudesse alcançar até 132
MB por segundo. Apesar disso, a tecnologia não durou muito tempo, principalmente com a chegada
do barramento PCI;
MCA: sigla para Micro Channel Architecture, o MCA foi idealizado pela IBM para ser o
substituto do padrão ISA. Essa tecnologia trabalha à taxa de 32 bits e à freqüência de 10 MHz, além
de ser compatível como recursos como Plug and Play e Bus Mastering. Um dos empecilhos que
contribuiu para a não popularização do MCA foi o fato de este ser um barramento proprietário, isto é,
pertencente à IBM. Por conta disso, empresas interessadas na tecnologia tinham que pagar royalties
para inserí-la em seus produtos, ideia essa que, obviamente, não foi bem recebida;
EISA: sigla de Extended Industry Standard Architecture, o EISA é, conforme o nome indica,
um barramento compatível com a tecnologia ISA. Por conta disso, pode operar a 32 bits, mas mantém
sua frequência em 8,33 MHz (a mesma do ISA). Seu slot é praticamente idêntico ao do padrão ISA,
no entanto, é mais alto, já que utiliza duas linhas de contatos: a primeira é destinada aos dispositivos
ISA, enquanto que a segunda serve aos dispositivos de 32 bits.
3.3 - Anotações

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4
Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores Portas de
Comunicação
Capítulo 4 Portas de Comunicação

4 Transmissão Paralela
Na transmissão paralela os dados seguem com cada bit do byte por uma via. Todo o byte segue
simultaneamente. Na transmissão paralela atingimos uma taxa de transferência
muito superior à obtida na serial. O inconveniente dessa transmissão é que o
sinal se degrada rapidamente, impedindo que percorra distâncias maiores. Na
transmissão paralela o caminho não poderá exceder a três metros. É por isso que
não encontramos um cabo para impressora (cabo paralelo) com mais de três metros
de comprimento. Como as distâncias a serem percorridas no interior do PC são
muito pequenas, a transmissão paralela é sempre empregada. Quando dizemos que
o barramento possui uma largura de 32 bits, estamos afirmando que a transmissão empregada é
paralela e que o barramento possui 32 vias, podendo deslocar 32 bits simultaneamente. A figura nos
mostra um barramento com largura de 8 bits, deslocando simultaneamente todos os 8 bits de um byte.
Sempre iremos nos referir a um processador afirmando que é de 32 ou de 64 bits.
Transmissão Serial:
Na transmissão serial os bits do byte seguem pela mesma via, um a um. Naturalmente as
taxas de transferência obtidas são menores. Porém, o sinal pode percorrer grandes distâncias sem
sofrer degradação. Quando um MODEM precisa transmitir um sinal pela
linha telefônica necessita empregar transmissão serial.
4.1 Portas de Comunicação
Para que o micro consiga comunicar-se com periféricos externos utilizando comunicação
paralela ou serial, é necessária uma interface - também chamada porta. Em geral os micros apresentam
portas seriais e paralelas.
Atualmente as portas seriais e paralelas do micro estão integradas à própria placa-mãe. No caso
dos micros mais antigos onde as portas não eram integradas à placa-mãe, elas estavam disponíveis
através de uma interface Mult-I/O que, além das portas seriais e paralelas, fornecia ao micro uma
controladora de unidades de disquete, uma porta IDE e uma porta de joystick.

PORTAS
Para que o micro consiga comunicar-se com periféricos externos utilizando comunicação
paralela ou serial, é necessária uma interface - também chamada porta. Em geral os micros apresentam
portas seriais e paralelas.
Atualmente as portas seriais e paralelas do micro estão integradas à própria placa-mãe. No caso
dos micros mais antigos onde as portas não eram integradas à placa-mãe, elas estavam disponíveis
através de uma interface Mult-I/O que, além das portas seriais e paralelas, fornecia ao micro uma
controladora de unidades de disquete, uma porta IDE e uma porta de joystick.

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Porta Paralela
A porta paralela (também podemos chamá-la de
interface) permite que dados saiam do microcomputador
para um dispositivo externo byte a byte. A porta paralela
normalmente é usada para conectar impressoras,
scanner e outro periféricos. Sua velocidade inicial era de
150kbytes por segundo, chegando a atingir num segundo
momento até 3Mbytes por segundo.
O funcionamento da porta paralela é extremamente
simples. Ela é acessada através de um endereço de I/O,
normalmente 378h.
Porta Serial
A porta serial é considerada uma das conexões
externas básicas para o computador e está inserida nos
computadores há anos. Seu nome se deriva do fato dessa
porta transmitir os bits em séries também é conhecida
como COM1. Atualmente a porta USB é mais utilizada,
porém, alguns modems e impressoras ainda utilizam a
porta serial.
A vantagem dessa porta é que utiliza somente um fio
para transmitir os 8 bits, diferente da porta paralela
que necessita de oito fios. Isso faz com que os cabos seriais sejam menores, diminuindo seu custo.
Inicialmente, a porta serial atingia a velocidade de 9600 bits por segundo, sua última versão chegou
a 115kbps. Sua grande desvantagem é a baixa velocidade.
USB (Universal Serial Bus)
Ligado ao barramento X, o USB (Universal Serial Bus) é outra idéia fantástica para o PC: um
barramento para periféricos onde, através de uma única porta, todos os periféricos externos podem ser
encaixados. A proposta do novo padrão é substituir a infinidade de conectores diferentes empregados
nos computadores atuais. Uma rápida olhada em um micro típico revela não menos que cinco encaixes
diferentes, entre portas seriais, paralelas, ligações para teclado, mouse, joystick e outros acessórios.
Em pouco tempo, o USB pode substituir todos eles. Podemos encaixar até 127 dispositivos diferentes
ao barramento USB. A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde então, vem passando por
várias revisões. As mais populares são as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utilizada.
A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo),
enquanto que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s.
Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido, afinal, 480 Mb/s correspondem a cerca
de 60 megabytes por segundo. No entanto, a evolução da tecnologia faz com que velocidades muito
maiores sejam cada vez mais necessárias.
Não é difícil entender o porquê: o número de conexões de alta velocidade à internet cresce
rapidamente, fazendo com que as pessoas queiram consumir, por exemplo, vídeos, músicas, fotos
e jogos em alta definição ou resolução. Some a isso o fato de ser cada vez mais comum a oferta de
dispositivos como smartphones e câmeras digitais que atendem a essas necessidades. A consequência
não poderia ser outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número cada vez maior de pessoas.
Com suas especificações finais anunciadas em novembro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar
conta dessa e da demanda que está por vir. É isso ou perder espaço para tecnologias como FireWire
ou Thunderbolt.
Para encarar essa missão, o USB 3.0 tem como principal característica a capacidade de

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Capítulo 4 Portas de Comunicação

oferecer taxas de transferência de dados de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não é só isso...
O que é USB 3.0?
Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu porque o padrão precisou evoluir para
atender a novas necessidades. Mas, no que consiste exatamente essa evolução? O que o USB 3.0
tem de diferente do USB 2.0? A principal característica você já sabe: a velocidade de até 4,8 Gb/s (5
Gb/s, arredondando), que corresponde a cerca de 600 megabytes por segundo, dez vezes mais que a
velocidade do USB 2.0. Nada ruim, não?
Mas o USB 3.0 também
se destaca pelo fator alimentação
elétrica: o USB 2.0 trabalha com
corrente de até 500 miliamperes
e tensão de 5 volts, enquanto que
a versão mais nova pode suportar
900 miliamperes e 5 volts. Isso
significa que as portas USB 3.0
consegue alimentar dispositivos
que consomem mais energia, como
determinados HDs externos que,
com o USB 2.0, exigiriam fontes de alimentação dedicadas.
É claro que o USB 3.0 também possui as características que fizeram as versões anteriores tão
bem aceitas, como Plug and Play (plugar e usar), possibilidade de conexão de mais de um dispositivo
na mesma porta, hot-swappable (capacidade de conectar e desconectar dispositivos sem a necessidade
de desligá-los) e compatibilidade com equipamentos nos padrões anteriores.
Conectores USB 3.0
Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0 diz respeito ao conector. Os conectores
de ambos são bastante parecidos, mas não iguais.
Conector USB 3.0 A
Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia USB 3.0 são compostos por nove fios,
enquanto que os cabos USB 2.0 utilizam apenas quatro. Isso acontece para que o padrão novo possa
suportar maiores taxas de transmissão de dados. Assim, os conectores do USB 3.0 possuem contatos
para esses fios adicionais na parte do fundo. Caso um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este usará
apenas os contatos da parte frontal do conector. As imagens a seguir mostram um conector USB 3.0
do tipo A:

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Você deve ter percebido que é possível conectar dispositivos USB 2.0 ou 1.1 em portas USB
3.0. Este último é compatível com as versões anteriores. Fabricantes também podem fazer dispositivos
USB 3.0 compatíveis com o padrão 2.0, mas, nesse caso, a velocidade será a deste último. E é claro:
se você quiser interconectar dois dispositivos via USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o cabo
precisa estar nesse padrão.
USB 3.1: até 10 Gb/s
Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especificações finais do USB 3.1 (também
chamado de SuperSpeed USB 10 Gbps), uma variação do USB 3.0 que se propõe a oferecer taxas de
transferência de dados de até 10 Gb/s (ou seja, o dobro).
Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcançar taxas de até 1,2 gigabyte por
segundo! Não pense que é exagero: há diversas aplicações que podem usufruir dessa velocidade toda.
É o caso de monitores de vídeo que são conectados ao computador via porta USB, por exemplo.
Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz uso de nenhum artefato físico mais
elaborado. O "segredo", essencialmente, está no uso de um método de codificação de dados mais
eficiente e que, ao mesmo tempo, não torna a tecnologia significantemente mais cara.
Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conectores e cabos das especificações
anteriores, assim como com dispositivos baseados nessas versões.
Merece destaque ainda o aspecto da alimentação elétrica: graças a uma especificação chamada
USB Power Delivery, uma única porta USB 3.1 consegue fornecer até 100 watts (corrente de até 5
amperes e tensão de até 20 volts) desde que um cabo adequado seja usado. Monitores de vídeo e HDs
externos são exemplos de dispositivos que podem usufruir dessa característica, dispensando fontes
dedicadas.
Conector USB-C (USB tipo C): uso dos dois lados
Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra novidade para a versão 3.1 da tecnologia:
um conector chamado USB Type-C (USB tipo C) ou, simplesmente, USB-C. O padrão foi finalizado
em agosto de 2014 e tem como principal atrativo a adoção de um plugue reversível: o conector
USB-C pode ser encaixado de qualquer lado na entrada USB.
Sabe aquelas situações em que você tentar
encaixar cabos ou pendrives de um jeito,
nota que fez alguma coisa errada, tenta
de novo e somente então acerta? Quem
nunca passou por isso? Com o novo
conector, esse problema fica no passado.
Vire-o para cima ou baixo, tanto faz: a
conexão funcionará de qualquer forma.

Outra vantagem do USB-C está em suas dimensões


reduzidas: o conector tem apenas 8,4 milímetros de
largura por 2,6 milímetros de altura. Com esse tamanho, a
sua implementação em tablets, smartphones e notebooks
ultrafinos, por exemplo, é facilitada.

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Capítulo 4 Portas de Comunicação

Por ser preparado para trabalhar com o USB 3.1,


o conector USB-C também pode lidar com até 100 watts
- o fornecimento de energia é de até 3 amperes no cabo
padrão e 5 amperes no conector em si. Assim, um único
cabo pode ser usado tanto para tráfego de dados quanto
para alimentação elétrica de determinados dispositivos.
Tamanha evolução tem um preço: o conector
tipo C não é compatível com as portas dos padrões
anteriores, exceto pelo uso de adaptadores. É importante
ressaltar, no entanto, que o USB 3.1 pode utilizar os
conectores já existentes antes de seu surgimento, mas se
sujeitando às limitações destes.
Um conector USB-C padrão tem até 24 pinos (12 em cada face). É por isso que é possível
encaixá-lo de qualquer lado. Quatro pares de pinos respondem pela alimentação elétrica e
aterramento, outros quatro pelas transmissões de alta velocidade. Dois pares mantêm barramentos
para compatibilidade com o USB 2.0 (embora só um possa ser implementado para esse fim), outros
dois ajudam na detecção da orientação do conector.
Barramento Firewire (IEEE 1394)
O barramento firewire, também conhecido como IEEE 1394 ou como i.Link, é um barramento
de grande volume de transferência de dados entre computadores, periféricos e alguns produtos
eletrônicos de consumo.
Ele foi desenvolvido inicialmente pela Apple como um barramento serial de alta velocidade,
mas eles estavam muito à frente da realidade, já que na época, a alternativa do barramento USB que
já possui boa velocidade, era barato e rapidamente integrado no mercado. Com isto, a Apple mesmo
incluindo este tipo de conexão/portas no Mac por algum tempo, a realidade "de fato", era a não
existência de utilidade para elas devido a falta de periféricos para seu uso, porém o desenvolvimento
continuou, sendo focado principalmente pela área de vídeo, que poderia tirar grandes proveitos da
maior velocidade que ele oferecia.
O primeiro Firewire 400 (1394a) apresentava as seguintes configuração:
• Distância máxima entre os dispositivos de 4,5m.
• Transferência de até 400Mbs.

No lançamento o Firewire 400 (1394) era mais rápido que a USB. Quando surgiu a porta USB
2.0 com velocidades de transferência de até 480Mbps e até 5m de distância entre os dispositivos, a
diferença acabou entre os dois padrões.
Em 2002, foi lançado o FireWire 800 (1394b) superando a USB 2.0 e que tem como características:
• Distância máxima entre os dispositivos de 100m.
• Transferência de até 800Mbs.
O Firewire possui as características do barramento USB, como a possibilidade de conectar até
63 periféricos ao barramento.
Você encontrará o suporte a este barramento nativamente em Macs, e em PCs através de
placas de expansão específicas ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som.
Os principais usos que estão sendo direcionados a esta interface, devido às características
listadas, é na área de multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de vídeo (placas de
captura, câmeras, TVs digitais, home theather, etc).

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Curso de Hardware

Suporte de Software:
A maioria dos sistemas operacionais já suporta
o padrão IEEE 1394:, Windows 2000, Windows XP,
Windows 7, Windows 8.1, Mac OS 8.6, Mac OS 9.0 e
10.0.
Cabos:
Os cabos utilizados no barramento IEEE 1394,
são cabos finos, flexíveis, podendo ter conectores de 6
pinos ou de 4 pinos (pode haver cabo tendo um conector
de 6 pinos numa ponta e 4 pinos na outra) no padrão
1394a e até 9 pinos no padrão 1394b.
Barramento IrDA (Infrared Developers Association)
O IrDA é um barramento sem fios: a comunicação é feita através da luz infravermelha,
da mesma forma que ocorre na comunicação do controle remoto da televisão. Você pode ter 126
periféricos IrDA "conversando" com uma mesma porta.
Existem dois padrões IrDA:
• IrDA 1.0: Comunicação a até 151.200bps.
• IrDA 1.1: Comunicação a até 4.194.304bps (4Mbps).

A transmissão usada é infravermelha direta, e a distância máxima entre os equipamentos é de


apenas 1 metro. A maioria das placas-mãe hoje tem o barramento IrDA na própria placa, bastando,
para isso, a instalação de um plug adaptador para que esse barramento seja utilizado.
Barramento Thunderbolt
Tendo a Intel como principal nome por trás de seu
desenvolvimento, mas contando também com o apoio
de companhias como Canon, Western Digital e Apple,
o Thunderbolt é um novo padrão de comunicação
entre dispositivos que, em parte, aproveita recursos
tecnológicos já existentes. Originalmente, esta novidade
foi desenvolvida para ser uma interface para quase todos
os tipos de conexão existentes em um computador.
A tecnologia Thunderbolt oferece dois canais no mesmo conector, com taxa de transferência de
10 Gbps em ambas as direções. Ultrarrápida e ultraflexível, a Thunderbolt 2 chega a 20Gb/s. Os dados
entre os periféricos são transportados até 40 vezes mais rapidamente do que via USB 2 e até 25 vezes
mais rapidamente do que via FireWire 800. É largura de banda mais do que suficiente para encadear
vários dispositivos em alta velocidade e sem necessidade de um hub ou switch. Por exemplo, você
consegue conectar vários discos externos de alto desempenho, um dispositivo de captura de vídeo
e até mesmo um monitor a uma única cadeia Thunderbolt, mantendo a mesma taxa de transferência
alta.
A tecnologia de E/S Thunderbolt permite que você encadeie até seis periféricos e é duas vezes
mais potente que USB 3, oferecendo 10 watts de potência a periféricos como SSDs externos para
melhor desempenho, mesmo em trânsito. Com cabos de meio metro a dez metros de comprimento, há
várias opções de escolha.

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Capítulo 4 Portas de Comunicação

Em junho de 2015 na feira taiwanesa de tecnologia Computex, a Intel anunciou que a nova
versão de sua interface de transferência de arquivos, o Thunderbolt 3, será compatível com conexões
USB tipo C. Portas Thunderbolt 3 em computadores, por exemplo, poderão ser acessadas por cabos
USB C, DisplayPort 1.2, PCI Express Geração 3 e, é claro, por cabos Thunderbolt 3.
A interface Thunderbolt 3 oferecerá velocidades de transferência de dados de até 40 Gbps,
o que permite transmitir imagem para 2 monitores com resolução 4K ou transferir uma hora de
gravações em 4K em menos de um minuto. Ele poderá ser usado tanto para transmitir imagem e dados
quanto para carregar dispositivos.
4.2 Cabos e Conectores
Cabos e Conectores
As conexões thunderbolt 1 e 2 usam um conector DisplayPort (miniDP), enquanto que a conexão
Thunderbolt 3 utiliza um conector USB tipo C.
Cabos e Conectores Thunderbolt

Gráfico comparativo de velocidades

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Curso de Hardware

4.3 - Anotações

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5
Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Memória ROM
Curso de Hardware

5 Memórias
No que se refere ao hardware dos computadores, entendemos como memória os dispositivos
que armazenam os dados com os quais o processador trabalha. Há, essencialmente, duas categorias de
memórias Principais: ROM (Read-Only Memory), que permite apenas a leitura dos dados e não perde
informação na ausência de energia; e RAM (Random-Access Memory), que permite ao processador
tanto a leitura quanto a gravação de dados e perde informação quando não há alimentação elétrica.
5.1 Memória ROM
As memórias ROM (Read-Only Memory - Memória Somente de Leitura) recebem esse nome
porque os dados são gravados nelas apenas uma vez. Depois disso, essas informações não podem ser
apagadas ou alteradas, apenas lidas pelo computador, exceto por meio de procedimentos especiais.
Outra característica das memórias ROM é que elas são do tipo não voláteis, isto é, os dados gravados
não são perdidos na ausência de energia elétrica ao dispositivo. Eis os principais tipos de memória
ROM:
• PROM (Programmable Read-Only Memory): esse é um dos primeiros tipos de
memória ROM. A gravação de dados neste tipo é realizada por meio de aparelhos que
trabalham através de uma reação física com elementos elétricos. Uma vez que isso ocorre,
os dados gravados na memória PROM não podem ser apagados ou alterados;
• EPROM (Erasable Programmable Read-Only Memory): as memórias EPROM têm
como principal característica a capacidade de permitir que dados sejam regravados no
dispositivo. Isso é feito com o auxílio de um componente que emite luz ultravioleta.
Nesse processo, os dados gravados precisam ser apagados por completo. Somente depois
disso é que uma nova gravação pode ser feita;
• EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory): este tipo de
memória ROM também permite a regravação de dados, no entanto, ao contrário do que
acontece com as memórias EPROM, os processos para apagar e gravar dados são feitos
eletricamente, fazendo com que não seja necessário mover o dispositivo de seu lugar para
um aparelho especial para que a regravação ocorra;
• EAROM (Electrically-Alterable Programmable Read-Only Memory): as memórias
EAROM podem ser vistas como um tipo de EEPROM. Sua principal característica é o
fato de que os dados gravados podem ser alterados aos poucos, razão pela qual esse tipo
é geralmente utilizado em aplicações que exigem apenas reescrita parcial de informações;
• Flash: as memórias Flash também podem ser vistas como um tipo de EEPROM, no
entanto, o processo de gravação (e regravação) é muito mais rápido. Além disso, memórias
Flash são mais duráveis e podem guardar um volume elevado de dados.
• CD-ROM, DVD-ROM e afins: essa é uma categoria de discos ópticos onde os dados
são gravados apenas uma vez, seja de fábrica, como os CDs de músicas, ou com dados
próprios do usuário, quando o próprio efetua a gravação. Há também uma categoria que
pode ser comparada ao tipo EEPROM, pois permite a regravação de dados: CD-RW e
DVD-RW e afins.

5.2 Tipos de Encapsulamento de memória


O encapsulamento correspondente ao artefato que dá forma física aos chips de memória. Eis
uma breve descrição dos tipos de encapsulamento mais utilizados pela indústria:
• DIP (Dual In-line Package): um dos primeiros tipos de encapsulamento usados em
memórias, sendo especialmente popular nas épocas dos computadores XT e 286. Como
possui terminais de contato - "perninhas" - de grande espessura, seu encaixe ou mesmo
sua colagem através de solda em placas pode ser feita facilmente de forma manual;

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Capítulo 5 Memória ROM

• SOJ (Small Outline J-Lead): esse encapsulamento


recebe este nome porque seus terminais de contato
lembram a letra 'J'. Foi bastante utilizado em módulos
SIMM (vistos mais à frente) e sua forma de fixação em
placas é feita através de solda, não requerendo furos na
superfície do dispositivo;
PLCC (Plastic Leaded Chip Carrier), encontrado em
placas-mãe mais atuais

Na memória Rom das placas mãe


temos gravado a BIOS, o SETUP e o POST.

5.3 BIOS - Basic Input/Output System


É um software gravado em um chip da placa-mãe, onde se encontram as informações
básicas para que o sistema entre em funcionamento (boot). Ele roda uma série de rotinas, que testam
rapidamente cada item do sistema, como memória, placa de vídeo, teclado, drives, etc. O software do
Bios é feito sob medida para sua placa-mãe e chipset, para que possa realmente controlar o boot da
máquina e possa rodar todos os testes.
5.4 SETUP
O setup é o programa a qual o usuário tem acesso para modificar as configurações da BIOS
de acordo com o sistema implementado (de acordo com o hardware instalado na sua máquina, como
memória, hard-drives, cache, etc) e de acordo com o seu desejo de modificar endereços do tipo IRQ
ou DMA, etc. Esses dados ficam gravados no CMOS (Complementary Metal Oxide Semicondutor),
que é uma memória RAM embutida geralmente no chip da BIOS. Essa memória é volátil, ou seja, ela
só se mantém ali se for constantemente alimentada com energia. Por isso, existe uma bateria que a
alimenta, e que precisa periodicamente ser trocada. Mas não se preocupe com isso, pois essa bateria
dura de 3 a 5 anos, e até lá provavelmente você já trocou sua placa-mãe.
5.5 POST (Power On Self Test
Quando ligado, a BIOS faz vários testes no hardware instalado para ver se está tudo bem.
Começa pelas memórias, processador e placa-mãe, depois vídeo, discos, etc. Caso você ligue seu
computador e não apareça nada no vídeo, é provável que seja um problema de memória ou de
processador. Esse teste é feito a cada boot que seu computador dá.
5.6 CMOS
O CMOS serve para armazenar as configurações do setup. Como elas representam um pequeno
volume de informações, ele é bem pequeno em capacidade.
Assim como a memória RAM principal, ele é volátil, de forma que as configurações são
perdidas quando a alimentação elétrica é cortada. Devido a isso, toda placa-mãe inclui uma bateria,
que mantém as configurações quando o micro é desligado.
A mesma bateria alimenta também o relógio de tempo real (real time clock), que, apesar do
nome pomposo, é um relógio digital comum, que é o responsável por manter atualizada a hora do
sistema, mesmo quando o micro é desligado.

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Curso de Hardware

5.7 Seções do SETUP


Ao iniciarmos o computador podemos acessar o SETUP para configurarmos recursos como:
• Velocidade das memórias e do processador.
• Velocidade das unidades de disco.
• Habilitar e desabilitar as interfaces onboard.
• Definir a ordem de boot.
• Parâmetros de funcionamento do chipset.
• Data e hora
• Entre outras funções.
Nesse tópicos vamos conhecer as principais seções de um Setup. No entanto é importante
lembrar que essas seções podem ser um pouco diferentes dependendo da placa-mãe e do fabricante
(AMI, AWARD ou PHOENIX, por exemplo) do seu Setup. Para acessar o Setup, pressione durante o
Boot a tecla F2 ou Delete ou F10 - em alguns computadores pode ser utilizada outra tecla.

Exemplo de telas de SETUP

Geralmente para operar o Setup utilizamos as teclas Setas ou Tab para selecionar um campo a
ser modificado, Enter para entrar em um menu ou opção, + - ou Page Up, Page Down para modificar
, Esc para cancelar ou sair de um item e F10 para salvar e sair do Setup.
Essas teclas podem ser diferentes em alguns modelos de setup, sempre verifique a ajuda (em
geral fica na parte inferior ou na lateral direita da tela) para conferir quais teclas são utilizadas no
modelo de Setup que você acessar.

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Capítulo 5 Memória ROM

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Curso de Hardware

Se você prestou atenção nos parágrafos anteriores, deve estar se perguntando por que as
configurações do setup não são armazenadas diretamente na memória Flash, em vez de usar o CMOS,
que é volátil. Isso seria perfeitamente possível do ponto de vista técnico, mas a ideia de usar memória
volátil para guardar as configurações é justamente permitir que você possa zerar as configurações
do setup (removendo a bateria, ou mudando a posição do jumper) em casos onde o micro deixar de
inicializar por causa de alguma configuração incorreta.
Um caso clássico é tentar fazer um overclock muito agressivo e o processador passar a travar
logo no início do boot, sem que você tenha chance de entrar no setup e desfazer a alteração. Atualmente
basta zerar o setup para que tudo volte ao normal, mas, se as configurações fossem armazenadas na
memória Flash, a coisa seria mais complicada.
Para zerar o CMOS, você precisa apenas cortar o fornecimento de energia para ele. Existem
duas formas de fazer isso. A primeira é (com o micro desligado) remover a bateria da placa-mãe e usar
uma moeda para fechar um curto entre os dois contatos da bateria durante 15 segundos. Isso garante
que qualquer carga remanescente seja eliminada e o CMOS seja realmente apagado. A segunda é usar
o jumper "Clear CMOS", que fica sempre posicionado próximo à bateria. Ele possui duas posições
possíveis, uma para uso normal e outra para apagar o CMOS ("discharge", ou "clear CMOS"). Basta
mudá-lo de posição durante 15 segundos e depois recolocá-lo na posição original.
Uma dica é que muitas placas vêm de fábrica com o jumper na posição "discharge", para
evitar que a carga da bateria seja consumida enquanto a placa fica em estoque. Ao montar o micro,
você precisa se lembrar de verificar e, caso necessário, mudar a posição do jumper. Caso contrário a
placa não funciona, ou exibe uma mensagem de erro durante o boot e não salva as configurações do
setup.

5.8 - Anotações

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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Memória RAM
Curso de Hardware

6 Memórias RAM
Memória RAM (Randon Access Memory – Memória de acesso aleatório) - Essa memória é a
que mais interessa para efeito desse curso. Tem como principal característica o fato de perder todos
os seus dados quando a energia elétrica é desligada. É na memória RAM que a CPU vai buscar dados
para processamento. Quando instalamos um programa em nosso computador ele fica gravado no
disco rígido. Mesmo quando o computador for desligado, o programa instalado no disco continuará
lá. Não é possível interagir diretamente com um programa no disco rígido, ou em qualquer outro
dispositivo de armazenamento de massas. Para que possamos interagir com um programa, ele deve
ser carregado para a memória RAM. É daí que podemos afirmar que a memória RAM é a área de
trabalho do usuário. Como a memória RAM é volátil, guarda informações apenas enquanto estiver
alimentada por energia elétrica. Qualquer arquivo criado ou modificado pelo usuário deve ser salvo
antes que o computador seja desligado. Quando determinamos que o sistema salve um arquivo,
estamos determinando que uma cópia desse arquivo seja gravada no disco rígido.
Há dois tipos de tecnologia de memória RAM que são muitos utilizados: estático e dinâmico,
isto é, SRAM e DRAM, respectivamente.
6.1 Static RAM - SRAM
Esse tipo de memória em vez de capacitores, emprega circuitos digitais mais complexos,
chamados flip-flops, que independem de refresh para conservação dos dados. Os flip-flops mantém
as informações gravadas na memória enquanto estiverem alimen¬tados por energia elétrica. O
estados das suas unidades permanecem inalterados até que seja determinada a gravação de outra
informação, ou que o computador seja desligado. Como a memória estática não depende de refresh,
seu desempenho é consideravelmente maior que o da memória dinâmica.
Principais características da SRAM:
• Alto custo de produção;
• Baixo poder de integração (pouca capacidade de armazenamento em grande espaço
físico);
• Alto consumo de energia;
• Grande velocidade.
6.2 Dynamic RAM - DRAM
Esse tipo de circuito armazena os bits de informação em minúsculos capacitores. Capacitor
carregado = 1 e capacitor descarregado = 0. Um capacitor é um elemento muito fácil de ser construído
pois é composto de apenas duas placas paralelas, o que permite a construção de pequenos circuitos
com grande capacidade de armazenamento.
O grande problema é que depois de algum tempo, os capacitores se descarregam. Para evitar
a perda de dados, é necessária a recarga dos capacitores, o que é chamado de Refresh. Durante o
refresh, comandado pelo controlador de memória existente no chipset da placa-mãe, a memória é
varrida e os capacitores encontrados carregados são realimentados para não perderem o valor 1.
Durante os períodos de refresh a memória não pode ser acessada, o que torna a dynamic RAM muito
lenta.
Principais características da DRAM:
• Baixo custo de produção;
• Grande poder de integração (muita capacidade em pouco espaço);
• Baixo consumo de energia;
• Lenta, pois precisa de refresh.

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Capítulo 6 Memória RAM

6.3 Módulos de Memória


Entendemos como módulo ou, ainda, pente, uma pequena placa onde são instalados os
encapsulamentos de memória. Essa placa é encaixada na placa-mãe por meio de encaixes (slots)
específicos para isso. Eis uma breve descrição dos tipos mais comuns de módulos:
• SIPP (Single In-Line Pins Package): é um dos primeiros tipos de módulos que
chegaram ao mercado. É formato por chips com encapsulamento DIP. Em geral, esses
módulos eram soldados na placa-mãe;
• SIMM (Single In-Line Memory Module): módulos deste tipo não eram soldados, mas
encaixados na placa-mãe. A primeira versão continha 30 terminais de contato (SIMM
de 30 vias) e era formada por um conjunto de 8 chips (ou 9, para paridade). Com isso,
podiam transferir um byte por ciclo de clock. Posteriormente surgiu uma versão com 72
pinos (SIMM de 72 vias), portanto, maior e capaz de transferir 32 bits por vez. Módulos
SIMM de 30 vias podiam ser encontrados com capacidades que iam de 1 MB a 16 MB.
Módulos SIMM de 72 vias, por sua vez, eram comumente encontrados com capacidades
que iam de 4 MB a 64 MB;
• DIMM (Double In-Line Memory Module): os módulos DIMM levam esse nome por
terem terminais de contatos em ambos os lados do pente. São capazes de transmitir 64 bits
por vez. A primeira versão - aplicada em memória SDR SDRAM - tinha 168 pinos. Em
seguida, foram lançados módulos de 184 vias, utilizados em memórias DDR, e módulos
de 240 vias, utilizados em módulos DDR2 e DDR3 e agora os módulos de 284 vias para
as DDR4. Existe um padrão DIMM de tamanho reduzido chamado SODIMM (Small
Outline DIMM), que são utilizados principalmente em computadores portáteis, como
notebooks;
6.4 Tecnologias de memórias
Várias tecnologias de memórias foram (e são) criadas com o passar do tempo. É graças a isso
que, periodicamente, encontramos memórias mais rápidas, com maior capacidade e até memórias que
exigem cada vez menos energia.
SDRAM (Synchronous Dynamic Random Access Memory): as memórias FPM e EDO são
assíncronas, o que significa que não trabalham de forma sincronizada com o processador. O problema
é que, com processadores cada vez mais rápidos, isso começou a se tornar um problema, pois muitas
vezes o processador tinha que esperar demais para ter acesso aos dados da memória. As memórias
SDRAM, por sua vez, trabalham de forma sincronizada com o processador, evitando os problemas de
atraso. A partir dessa tecnologia, passou-se a considerar a frequência com a qual a memória trabalha
para medida de velocidade.
Surgiam então as memórias:
DIMM SDR SDRAM (Single Data
Rate SDRAM) de 184 vias:
Elas podiam trabalhar com 66 MHz, 100
MHz e 133 MHz (também chamadas de
PC66, PC100 e PC133, respectivamente).
Muitas pessoas se referem a essa memória
apenas como "memórias SDRAM" ou,
ainda, como "memórias DIMM", por causa
de seu módulo. No entanto, a denominação
SDR é a mais adequada;

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Curso de Hardware

Memória DIMM DDR (Double Data Rate) de 184 vias


A memória DDR (Double Data Rate) é o padrão que substituiu as tradicionais memórias SDR
SDRAM (mais conhecidas como "memórias SDRAM" ou, ainda, como "memórias DIMM"), sendo
muito bem recebida pelo mercado, especialmente no segmento de computadores pessoais.
O grande diferencial da tecnologia DDR, porém, está em sua capacidade de realizar o dobro
de operações por ciclo de clock. Assim, enquanto uma memória SDR SDRAM PC-100 trabalha a
100 MHz, por exemplo, um módulo DDR com a mesma frequência faz com que esta corresponda ao
dobro, isto é, a 200 MHz.
Por causa desta característica, as memórias DDR passaram a contar com um padrão diferente
de nomenclatura. Nos módulos SDR SDRAM, encontram-se expressões como PC-100 e PC-133,
onde o número indica a frequência. Assim, um pente PC-133 informa que o dispositivo trabalha a 133
MHz. Nas memórias DDR, isso também ocorre, mas considerando a característica de duplicidade por
ciclo. Assim, um módulo DDR-200, por exemplo, trabalha, na verdade, à taxa de 100 MHz. Mas, na
nomenclatura alternativa, como PC-1600, por exemplo, a quantidade de megabytes transferidos por
segundo é que é considerada. Observe a tabela:
É simples: em suas operações, as memórias
DDR conseguem transferir até 64 bits por vez, ou seja,
8 bytes. Basta então multiplicar este valor pela frequ-
ência da memória mais a quantidade de operações por
ciclo. Assim, o cálculo de um módulo DDR-400 é o
seguinte:
8 (64 bits) x 200 (frequência) x 2 (operações por ciclo)
= 3.200
O resultado final é dado em megabytes por
segundo.
Embora muito parecidas com as memórias SDR
SDRAM, as memórias DDR possuem outro diferencial considerável: trabalham com 2,5 V, contra
3,3 V da primeira. Assim sendo, reduzem o consumo de energia, aspecto especialmente importante
em dispositivos portáteis, como notebooks.

6.5 Aspectos físicos das memórias DDR


Visualmente, é fácil distinguir as memórias DDR das memórias SDR SDRAM. As primeiras
possuem apenas uma divisão no encaixe do módulo, entre os terminais de contato, enquanto que as
segundas contam com dois. Além disso, as memórias DDR utilizam 184 terminais, contra 168 pinos
do padrão SDR SDRAM.
Exemplo Memória SDR-SDRAM

Memória DIMM DDR2 (Double Data Rate 2) de 240 vias


Como o próprio nome sugere, a memória DDR2 (Double Data Rate 2) é uma evolução da
memória DDR. Entre suas principais características estão o consumo menor de energia elétrica e
maiores taxas de velocidade.
O tipo DDR2 é mais rápido que o padrão DDR por um conjunto de fatores. Para começar, realiza

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Capítulo 6 Memória RAM

quatro operações por ciclo de clock, duas no início deste e duas no final. O padrão anterior trabalha
com duas operações por ciclo.
Em relação à nomenclatura, as memórias DDR2 seguem praticamente o mesmo padrão das
memórias DDR, como mostra a tabela a seguir:

Você pode ter se perguntado sobre o porquê da denominação "PC2-3200" em relação à


memória de 400 MHz (e assim se segue com os outros tipos). O número 3200 indica a quantidade de
megabytes por segundo com a qual a memória é capaz de trabalhar. Isso quer dizer que, no caso da
memória de 400 MHz, sua velocidade é de 3.200 MB ou 3,2 GB por segundo.
6.6 Aspectos físicos das memórias DDR2
No aspecto físico, as memórias DDR2 são parecidas com os módulos DDR, tanto que há
quem pense que uma placa-mãe pode trabalhar com os dois tipos nos mesmos slots, o que não é
verdade. Apesar da semelhança, há diferenças notáveis.
Para começar, o tipo DDR tem 184 terminais, enquanto que o DDR2 utiliza 240 contatos.
Além disso, aquela pequena abertura que há entre os terminais está posicionada em um local diferente
nos pentes de memória DDR2, como mostra a imagem a seguir:
Comparativo entre DDR e DDR2

A memória DDR2 também merece destaque pelo seu menor consumo de energia elétrica.
Enquanto o tipo DDR trabalha com 2,5 V, a tecnologia DDR2 requer 1,8 V por padrão. Por causa
disso, a memória DDR2 acaba tendo melhor desempenho inclusive no controle da temperatura.
Memória DIMM DDR3 (Double Data Rate 3) de 240 vias
As memórias DDR3 (Double Data Rate 3) chegaram ao mercado para substituir o padrão
DDR2, tal como este substituiu o tipo DDR. A motivação dessa mudança é, como sempre, a necessidade
de melhor desempenho.
O tipo DDR3 segue o mesmo caminho: dobra a quantidade de operações por vez em relação
ao padrão anterior, ou seja, realiza 8 procedimentos de leitura ou gravação a cada ciclo de clock,
quatro no início deste e outros quatro no final.

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Curso de Hardware

Para compreender melhor este aspecto, considere que, quando nos referimos ao ciclo de clock,
estamos tratando da comunicação da memória com o exterior. Porém, a memória trabalha com uma
frequência própria internamente.
Levando essa característica em conta mais a questão das operações por ciclo de clock, temos
o seguinte cenário:
• Um módulo DDR-400, por exemplo, funciona internamente a 200 MHz, mas oferece
400 MHz por trabalhar com duas operações por ciclo (2 x 200);
• Um pente DDR2-800, que também funciona internamente a 200 MHz, pode oferecer
800 MHz, já que faz uso de quatro operações por vez (4 x 200).
• Seguindo a mesma lógica, podemos tomar como exemplo um módulo DDR3-1600
que, assim como os anteriores, funciona internamente a 200 MHz, no entanto, por utilizar
8 operações por ciclo de clock, pode oferecer 1.600 MHz (8 x 200).
Tal como suas antecessoras, as memórias DDR3 seguem duas denominações: DDR3-XXXX e
PC3-YYYY, onde YYYY indica a quantidade de megabytes transferidos por segundo (valor máximo
teórico). A tabela a seguir mostra as especificações mais comuns:

6.7 Aspectos físicos das memórias DDR3


Assim como as memórias DDR e DDR2, os módulos DDR3 contam com uma ranhura, isto
é, com uma pequena divisão entre seus terminais de contato. Para evitar confusão entre os padrões,
cada tipo possui esse espaço em uma posição diferente. No caso das memórias DDR3, a ranhura está
mais à esquerda. A imagem abaixo mostra um comparativo entre os três tipos:

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Capítulo 6 Memória RAM

No que se refere ao consumo de energia, as memórias DDR3 conseguem levar vantagem em


relação às tecnologias anteriores: por padrão, trabalham com 1,5 V, contra 1,8V e 2,5 V dos tipos
DDR2 e DDR, respectivamente.

6.8 Memória DIMM DDR4


A primeira mudança listada aqui é visível, as memórias DDR4 possuem 284 pinos, contra os
240 do modelo anterior. Outro aprimoramento diz respeito à voltagem da memória, foram reduzidos
de 1.5Volts da DDR3 para 1,2 Volts na frequência de funcionamento, que embora pareça pouco,
representa uma redução considerável no gasto energético, especialmente visível nos dispositivos
móveis.
Outra grande novidade é a frequência de operação. Enquanto o DDR3 trabalha oficialmente
com clocks que vão de 800 a 2.133 MHz, o DDR4 começa em 1600 MHz e vai até 4.266 MHz. Em
teoria, os números representam um salto gigantesco, já que temos uma quantidade muito maior de
transferências num mesmo espaço de tempo.
Exemplo de memória DDR4

6.9 Arquitetura Multi-Channel


Arquitetura Multi-Channel (dual-channel; triple-channel e o quad-channel):
As memórias RAM possuem uma tecnologia chamada arquitetura multi-channel, que
consegue aumentar a taxa de transferência entre o módulo e o seu controlador ao adicionar canais
de comunicação entre eles (channels). Hoje, é possível encontrar placas que suportem esse tipo de
tecnologia, principalmente o dual-channel e o quad-channel.
Assim como o nome já indica, dual-channel é quando as memórias se comunicam com a CPU
através de dois canais simultâneos; enquanto o triple-channel amplia a conectividade para três canais
de conexão, e assim por diante. A tecnologia mais avançada disponível no mercado é a quad-channel,
disponível desde o lançamento da série Magny-Cours Opteron 6100 da AMD em 2010.
Antes de prosseguirmos, vamos primeiro explicar como a memória RAM é tradicionalmente
conectada ao sistema.
A memória é controlada por um circuito chamado controlador de memória. Atualmente, a
maioria dos processadores tem este componente integrado, o que significa que o processador tem um
barramento de memória dedicado conectando-o à memória. Em processadores antigos, no entanto,
este circuito estava localizado no chipset da placa-mãe, mais especificamente no chip ponte norte
(este chip também é conhecido como MCH, Memory Controller Hub, Hub Controlador de Memória).
Neste caso, o processador não se comunica diretamente com a memória RAM; o processador acessa o
chip ponte norte, que, por sua vez, envia as solicitações do processador à memória. A primeira opção
oferece maior desempenho, já que não há um intermediário nas comunicações entre o processador e
a memória. Nas Figuras 1 e 2 nós comparamos as duas abordagens.

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Como a memória é acessada em processadores com controlador de memória integrado

Como a memória é acessada em processadores sem controlador de memória integrado

Largura de Banda
Largura de banda é a taxa de transferência máxima teórica de um canal de comunicação. No
caso das memórias, a largura de banda é medida em megabytes por segundo (MB/s) ou gigabytes por
segundo (GB/s), ou seja, quantos milhões ou bilhões de bytes podem ser transferidos por segundo,
respectivamente.
Largura de banda = clock DDR x bits transferidos por pulso de clock / 8

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Capítulo 6 Memória RAM

Atualmente os módulos de memória usados são de 64 bits. Isto significa que 64 bits de dados
são transferidos a cada pulso de clock. Portanto, usaremos o número “64” no lugar de “bits transferidos
por pulso de clock” na fórmula acima.
As arquiteturas de memória de dois, três e quatro canais funcionam aumentando a quantidade
de fios de dados disponíveis no barramento de memória, dobrando, triplicando ou quadruplicando a
largura de banda disponível, respectivamente.
Arquitetura de Dois Canais
Como comentamos rapidamente na página anterior, a arquitetura de dois canais expande a
quantidade de fios disponíveis no barramento de dados da memória de 64 para 128. Isto dobra a
largura de banda disponível. Por exemplo, se você usa memórias DDR3-1333, a taxa de transferência
máxima teórica é dobrada de 10.664 MB/s (10,6 GB/s) para 21.328 MB/s (21,3 GB/s).
Cada módulo de memória, no entanto, é um dispositivo de 64 bits. Dessa forma, para que a
arquitetura de dois canais funcione, você precisará instalar dois módulos de memória em paralelo,
expandindo o barramento de memória para 128 bits.
Habilitando o Modo de Dois Canais
Para habilitar a tecnologia de dois canais você precisa ter:
• Um controlador de memória com suporte à arquitetura de dois canais (praticamente
todos os atuais processadores suportam esta arquitetura)
• Dois ou uma quantidade par de módulos de memória; cada par de módulos deve ser
idêntico
• Instalar os módulos de memória nos soquetes corretos na placa-mãe que habilitarão
esta arquitetura.

Slots de Memória na Placa-mãe com destaque para Dual Channel

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Arquitetura de Três Canais


Como você pode deduzir pelo nome, a arquitetura de três canais triplica a largura de banda
disponível. Isto é feito aumentando o barramento de dados da memória para 192 bits, o que é feito
acessando-se três módulos de memória ao mesmo tempo.
Atualmente, este modo está disponível apenas em processadores Intel soquete LGA1366
(LGA1366). Isto significa que você só pode habilitar este modo em placas-mãe e processadores Core
i7 que utilizam este soquete. Esses processadores só aceitam memórias DDR3 até 1.066 MHz.
Você precisará, é claro, de três módulos de memória idênticos. Seis módulos podem ser usados
em placas-mãe com seis soquetes de memória, e cada grupo de três módulos pode ter capacidade
diferente, mas os módulos dentro do mesmo grupo precisam ser idênticos. Se você instalar dois
módulos de memória, eles serão acessados no modo de dois canais, e você não obterá o desempenho
máximo que o sistema pode entregar.
Slots de Memória na Placa-mãe com destaque para três canais

Arquitetura de Quatro Canais


A arquitetura de quatro canais quadruplica a largura de banda disponível. Isto é feito
aumentando o barramento de dados da memória para 256 bits, o que é feito acessando quatro módulos
de memória ao mesmo tempo.
Atualmente este modo está disponível em processadores Intel soquete LGA2011 (LGA2011).
Isto significa que você só pode habilitar este modo em placas-mãe e processadores Core i7 que
utilizam este soquete.

Você precisará, é claro, de quatro módulos de memória


idênticos. Oito módulos podem ser usados em placas-
mãe com oito soquetes de memória, e cada grupo de
quatro módulos pode ter capacidade diferente, mas
os módulos dentro do mesmo grupo precisam ser
idênticos. Se você instalar apenas dois módulos, eles
serão acessados no modo de dois canais, e se você
instalar três módulos, eles serão acessados no modo de
três canais. Obviamente nesses casos você não obterá
o desempenho máximo que o seu sistema é capaz de
fornecer.

Se você instalar oito módulos de memória, o segundo grupo de módulos deve ser instalado nos
soquetes dois, quatro, seis e oito, a menos que todos os oito módulos sejam idênticos, onde você
preencherá todos os oito soquetes de memória e não precisará se preocupar em que soquetes usar.

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Capítulo 6 Memória RAM

6.10 - Anotações

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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Eletricidade Básica
Capítulo 7 Eletricidade Básica

7 Eletricidade básica
Ao trabalharmos com o computador precisamos ter alguns cuidados com a ligação elétrica que
iremos utilizar. Nesse capítulo iremos conhecer um pouco sobre os conceitos básicos de eletricidade,
aterramentos, tensão alternada, tensão contínua, teste de continuidade e equipamentos de proteção.
Ao dominar esses conhecimentos o técnico estará apto a prestar um suporte de qualidade
prolongando a vida útil dos equipamentos, evitando a queima ou perda de desempenho por uso
incorreto de tensão, eletricidade estática ou falta de proteção durante o uso.
A primeira coisa que temos que ter em mente é que os computadores digitais trabalham com
tensão contínua e a rede elétrica de nossas casas e empresas funciona com tensão alternada. Mas qual
a diferença entre essas duas tensões?
7.1 Tensão Elétrica x Voltagem
Uma das grandezas elétricas mais famosas, a voltagem na verdade é um termo errôneo usado
popularmente para indicar a tensão elétrica. Podemos entender a tensão elétrica como a diferença de
potencial entre dois pontos (DDP).
Colocando de maneira simples seria a força necessária para elétrons se movimentarem e assim
criar a corrente elétrica.A confusão ocorre, provavelmente, porque a tensão elétrica é representada pela
unidade Volt (V), mas ainda assim é errado falar “voltagem”, o correto seria usar o termo “tensão”.
Usamos tensão alternada nas tomadas elétricas de nossas casas em filtros de linhas,
estabilizadores, módulos isoladores, no-breaks e diversos outros equipamentos elétricos. Em
computadores (e equipamentos eletrônicos como tablets, smartphones, etc) usamos tensão contínua.
A principal diferença entre tensão alternada e tensão contínua é que essa última não muda de
polaridade diferente da tensão alternada que varia entre pontos positivos e negativos de tensão. Essa
característica permite ao computador manipular os dados de forma extremamente confiável pois a
informação somente poderá assumir dois estados (0 ou 1, nosso código binário) impedindo assim
alterações indesejadas dos dados armazenados.

7.2 Aterramento
O Aterramento tem como finalidade segurança ou proteção do equipamento elétrico e dos seus
usuários. Sua principal característica é a propriedade de proteger o equipamento contra sobretensões
e descargas atmosféricas. Em resumo temos as funções do aterramento:
• Proteger o usuário do equipamento de descargas atmosféricas.
• Descarregar cargas estáticas acumulados nas carcaças das máquinas.
• Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, etc).
Sem um aterramento bem feito o usuário pode levar choques ao utilizar o equipamento que
podem resultar em danos sérios à saúde. Computadores que não estejam ligados em tomadas com
aterramento ou equipamento com função similar (veremos mais adiante um exemplo) também correm
risco de terem seu funcionamento prejudicado e até mesmo a queima do equipamento.
A Norma brasileira de instalações elétricas (NBR-5410) determina que todos os circuitos de
tomadas de uso geral e aparelhos como chuveiros elétricos, lava-roupas, micro-ondas, ar-condicionado,
etc, tenham aterramento.
Em aterramentos residenciais são usadas barras cobreadas e cabos para canalizar a energia
para o aterramento. É recomendado que o aterramento seja realizado por profissional qualificado para
evitar riscos de choques e queima de equipamentos.

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Esquema de ligação do Aterramento Detalhe da haste de cobre no solo

7.3 Novo padrão de tomadas


No Brasil, desde 1º de julho de 2011 a NBR 14136 é o padrão oficial de tomadas utilizadas.
Desde então é proibido pelo INMETRO a venda de outros tipos de tomadas que não sejam desse
padrão.
Quando ocorreu a troca do padrão antigo NEMA para esse novo padrão de tomadas (NBR14136)
houve muita reclamação e alguma dificuldade de adaptação. Como muitos equipamentos ainda
estavam com a tomada antiga houve necessidade da utilização de adaptadores.
Esse novo padrão teve uma mudança na polarização das tomadas elétricas, basicamente houve
uma inversão da posição fase e neutro. Essa inversão deve ser observada ao instalar uma nova tomada
e ao adquirir adaptadores. Uma forma de identificar se o adaptador é correto é ver se o pino do meio
é invertido de ambos os lados.
No entanto a solução ideal é a troca da tomada, cabos e pluques para o novo padrão de ligação.
Embora em geral não ocorram problemas, caso o adaptador usado seja de boa qualidade, especialistas
recomendam a não utilização deles.
No Brasil, segundo o INMETRO, desde 2006 as novas construções somente recebem a
liberação (chamada de “Habite-se”) caso as tomadas elétricas sejam no padrão da NBR 14136.

Padrão de tomada novo x antigo Adaptador errado x correto

7.4 Sistemas de proteção


Ao trabalhar com computadores usamos uma série de dispositivos de proteção elétrica para
garantir o correto funcionamento de nossos equipamentos e proteção tanto do Hardware da máquina
quanto do usuário que irá utilizá-lo. Vamos conhecer os principais dispositivos de proteção para
computadores e eletrônicos.

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Capítulo 7 Eletricidade Básica

7.5 Filtro de linha


O filtro de linha é o equipamento utilizado para proteger seu computador ou eletrônicos de
“surtos” na rede elétrica. São equipamentos de baixo custo e funcionamento simples com uma grande
variedade de modelos e fabricantes no mercado.
Esses dispositivos são equipados com um fusível, varistores, capacitores e indutores. A função
primordial do filtro de linha é evitar que altas cargas de energia passem para os aparelhos que forem
conectados a ele. Quando isso acontece, ocorre a “queima” do fusível cortando a alimentação para o
aparelho ligado ao filtro de linha.
Combinando os varistores com capacitores e indutores é possível controlar a entrada de
picos de tensão, além de filtrar ruídos produzidos por equipamentos como ventiladores, batedeiras,
liquidificadores, etc.
Tenha especial atenção ao adquirir filtros de linha, alguns modelos não possuem os
componentes eletrônicos responsáveis pela proteção elétrica e servem apenas como um multiplicador
de tomadas. Observe itens como a descrição “protetor contra surtos”, com proteção contra curto-
circuito, sobrecargas e descargas elétricas e ,claro, o selo do INMETRO.
As faixas de preços variam entre R$ 25,00 a R$ 70,00 (valores médios em julho/2015).
Algumas das marcas mais conhecidas são: Upsai, APC, Clamper, Force Line, SMS, entre outras.

Filtro de Linha Force Line Filtro de linha aberto

7.6 Estabilizador
O estabilizador de tensão, como o nome sugere é o dispositivo responsável por estabilizar
a tensão elétrica de entrada e garantir que variações de tensão não ocorram nos equipamentos. São
utilizados para ligar computadores desktop, monitores, impressoras, alguns modelos de caixas de
som, etc.
Os computadores são equipamentos bastante sensíveis e por isso é recomendado o uso de
estabilizadores de tensão, que além de proteger o equipamento contra surtos de energia ainda são
responsáveis por converter a tensão das tomadas (220V) para o valor de 110V, isso é possível graças
a um transformador de tensão que existe dentro do estabilizador.
Assim como os filtros de linha existem diversos modelos e marcas de estabilizadores no
mercado. A faixa de preços varia entre R$ 50,00 a R$ 100,00 (valores de julho de 2015) e as principais
marcas do mercado são: Clone, SMS, Ragtech, Microsol, TS, Enermax, Upsai e NHS.

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Exemplos de Estabilizadores Destaque do Novo padrão de tomadas

7.7 Módulo Isolador


O módulo isolador é o equipamento que tem como função simular um aterramento a partir de
uma ligação elétrica. Seu uso é recomendado em locais em que seja muito caro ou de dificil instalação
o aterramento físico (com haste de cobre). Seu uso protege o computador de sobrecargas elétricas e
tem como vantagem sobre o aterramento físico o custo e a facilidade de utilização.
Ao adquirir um módulo isolador dê preferência aos módulos isoladores estabilizados podendo
assim dispensar o uso do estabilizador pois o mesmo equipamento fará as duas funções. Seu preço
varia entre R$ 200,00 a R$ 350,00 (valores pesquisados em julho de 2015). As principais marcas são:
Microsol, SMS, APC, Clone, Upsai.

Módulo Isolador Estabilizado Módulo Isolador Aberto

7.8 Nobreak
O Nobreak é o equipamento que tem como função básica manter seu computador funcionando
em caso de falta de energia permitindo que você tenha tempo de terminar seu trabalho e salvá-lo
evitando assim a perda de dados e danos ao Sistema Operacional.
Isso é possível graças a baterias existentes dentro do Nobreak que assumem o fornecimento
de energia ao seu computador quando ocorre uma pane na rede elétrica evitando assim que seu
equipamento seja desligado inesperadamente. É um equipamento não muito comum em usuários
domésticos, sendo mais utilizado por empresas para manter seus sistemas funcionando por algum
tempo mesmo com queda de energia na rede fornecedora. Sua faixa de preços inicia por volta de R$
250,00 para os modelos mais simples. As principais marcas são NHS, Microsol, SMS e APC.

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Capítulo 7 Eletricidade Básica

Exemplos de Nobreaks

No mercado temos dois tipos de nobreaks:


Online e Offline. No modelo Online o
chaveamento para utilizar a bateria ocorre
no momento em que a energia é cortada, já
no offline o acionamento demora uma fração
de segundos para ativar. Em equipamentos
sensíveis como servidores é recomendado
utilizar o modelo de Nobreak Online. Essa
informação pode ser consultada na própria
embalagem do equipamento.

7.9 - Anotações

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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores

Fontes de Alimentação
Capítulo 8 Fontes de Alimentação

8 Fontes de alimentação
As fontes de alimentação são equipamentos que tem como função no computador transformar
a tensão alternada, que é utilizada na rede elétrica das casas e empresas, em tensão contínua que
é utilizada pelos nossos computadores. Também tem a função de fornecer a alimentação para a
placa-mãe e os demais componentes, por fim ainda consiste em sua última linha de defesa contra
instabilidades na corrente e picos de tensão.
Uma boa fonte de alimentação é indispensável para o
bom funcionamento do seu computador. Infelizmente
muitos usuários esquecem da importância desse
equipamento e economizam na aquisição de fontes
de boa qualidade dando preferência a modelos pouco
confiáveis.
Uma fonte mal dimensionada pode causar
instabilidades no sistema, travamentos, desligamentos
inesperados ou em casos mais graves danos aos
componentes. Ao adquirir uma fonte de alimentação
dê preferência a modelos reconhecidamente confiáveis no mercado e fuja de fontes baratas que muitas
vezes não são capazes de prover a alimentação necessário para seu equipamento.
Ao final desse capítulo você será capaz de identificar quais os principais itens que devem ser
observados em fontes, faixas de preços, fabricantes confiáveis e como dimensionar corretamente uma
fonte para seu computador.

8.1 Identificação dos Conectores


As fontes utilizadas nos computadores atuais são chamadas Fontes ATX que é um acrônimo
para “Advanced Technology Extended”. Esse padrão passou a ser utilizado na alimentação de todas as
placas-mães modernas e tem como principais caracteristicas a maior facilidade de uso, melhor apoio
para dispositivos de entrada e saída, melhor suporte para tecnologias de processadores e redução de
custos do Sistema.
Esse padrão de fonte tem vários tipos de conectores, cada um com tensões e funções específicas
que precisamos conhecer. Vamos iniciar com o principal conector, o plugue que fornece alimentação
à placa-mãe do seu computador:

Conector 24 Pinos Conector 20 + 4 Pinos destacado

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Nosso próximo conector será o ATX-P4, também chamado de ATX-12V. Esse conector foi
introduzido pela Intel para o Pentium 4 e sua função é de fornecer alimentação para o Microprocessador,
portanto sem esse conector é impossível ligar o computador.
Algumas fontes possuem o ATX-P4 com 4 pinos, mas fontes mais modernas ja apresentam
esse plugue com 8 pinos, possibilitando uma maior alimentação fornecida ao processador. Esse novo
conector pode ser destacado resultando em dois conectores de 4 pinos e garantindo a compatibilidade
com equipamentos mais antigos.
Conector ATX-12V Conector ATX-12V destacado

O Conector Molex é responsável por fornecer alimentação aos dispositivos como seu Disco
Rígido e Unidade óptica. Embora seja uma padrão em desuso ainda pode ser encontrado em algumas
fontes. Caso seja necessário é possível usar um adaptador ao plugue Molex convertendo sua conexão
para o padrão SATA usado nos discos mais modernos.
Conector Molex Adaptador Molex-SATA

A evolução do conector Molex foi o conector SATA, utilizado para a ligação de Discos
Rígidos e Unidades Ópticas modernas pode ser encontrado em todas as fontes ATX comercializadas
atualmente. Uma boa fonte de alimentação deve ter pelo menos 4 desses conectores que acabaram por
se tornar indispensáveis para os computadores atuais.

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Capítulo 8 Fontes de Alimentação

Plugues - Conector SATA


Com o rápido crescimento de desempenho das
placas gráficas uma maior necessidade de alimentação
tem surgido em equipamentos modernos. com isso
foi desenvolvido o padrão PCI-Express para placas
gráficas.
Ao adquirir uma nova placa-gráfica observe
se a sua fonte possue esse tipo de conector sob risco
de não ter como ligar sua placa de vídeo caso não
exista essa conexão.
São conectores de 6 pinos e alguns modelos
de 8 pinos e facilmente são identificáveis.
Conector PCI-Express - Placa Gráfica
Caso a sua fonte não tenho os conectores de
8 pinos usados nas placas mais modernas é possível
adquirir adaptadores de 6 para 8 pinos.
Também existem adaptadores de Molex para
o conector PCI-Express permitindo assim o uso de
fontes mais antigas em placas mais novas mesmo
sem o plugue PCI-Express nativo na sua fonte de
alimentação.
No entanto use essa solução em último caso,
o recomendado é adquirir e utilizar fontes com os
plugues e potência corretos para sua placa.
Adaptador 6/8 Pinos Adaptador Molex - PCI-Express

Exemplo de Poka-Yoke
Todos os plugues da fonte de alimentação
possuem o sistema Poka-Yoke (pronuncia-se poca-
ioquê). Consistem em um sistema a prova de erros
de montagem e utilização. Dessa forma os plugues
somente serão conectados da maneira correta
evitando assim danos ou queima de componentes.

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8.2 Medições das tensões AC e DC


As fontes de alimentação ATX realizam a conversão da tensão alternada para a tensão contínua
que é utilizada em nossos computadores, mas para ligar a sua fonte é preciso alguns cuidados.
Na parte traseira da fonte existe um botão que permite fazer o chaveamento da tensão de
entrada na fonte (input), a seleção incorreta desse valor poderá resultar em queima da sua fonte.

Fonte ATX Destaque botão seletor de tensão

Ao selecionar o valor no seletor de tensão esteja atento para o seguinte: O valor mostrado
no seletor é o valor que a fonte está pronta para receber. A seleção em 115V deixará a fonte apta a
receber a tensão de 110V e a seleção em 230V deixará a fonte apta a receber a tensão de 220V ( que
normalmente é a tensão usada nas tomadas em Fortaleza. Em algumas regiões do Brasil é utilizada a
tensão de 110V nas tomadas.
Existem atualmente modelos de fontes que são do tipo “automática “, “bivolt” ou “auto
range”, o que significa que a fonte deverá funcionar em qualquer tensão CA (Corrente alternada), em
geral entre 100V e 240V. Para identificar a faixa de operação da sua fonte basta observar a inscrição
AC Input ou Entrada CA impressa na etiqueta da fonte de alimentação. Para identificar fontes “auto
range” é bastante simples, a mesma não terá a chave seletora de tensão (115/230V).
Em poucos casos (em geral fontes utilizadas na Europa), temos fontes que trabalham somente
em determinada tensão e portanto não tem a chave seletora de tensão. Para não corrermos o risco de
utilizar uma fonte assim e causar danos ao seu equipamento sempre consulta na etiqueta da fonte qual
a sua faixa de tensões suportada.
Os dispositivos que compõem um computador são tão variados que requerem níveis diferentes
de tensão para o seu funcionamento. Por isso, as fontes de alimentação fornecem, essencialmente,
as seguintes tensões: +3,3 V, +5 V, +12 V, -5 V e -12 V (as antigas fontes AT não oferecem a tensão
de +3,3 V). As saídas de +3,3 V e +5 V são mais direcionadas a dispositivos menores, como chips
de memória. A tensão de +12 V é utilizada por dispositivos que consomem mais energia, tais como
aqueles que contam com "motores", como HDs (cujo motor é responsável por girar os discos) e drives
de DVD ou Blu-ray (que possuem motores para abrir a gaveta e para girar o disco). As tensões de -5
V e -12 V são pouco utilizadas - serviam ao antigo barramento ISA, por exemplo.
É claro que há dispositivos que exigem tensões menores. Memórias RAM do tipo DDR3,
por exemplo, podem trabalhar com +1,5 V. Para esses casos, a placa-mãe conta com reguladores que
convertem uma saída de voltagem da fonte de alimentação para a tensão necessária ao componente
em questão.

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Capítulo 8 Fontes de Alimentação

Tabela de tensões com tolerâncias

Potência
Esse é o aspecto mais considerado por qualquer pessoa na hora de comprar uma fonte. E deve
ser mesmo. Se adquirir uma fonte com potência mais baixa que a que seu computador necessita,
vários problemas podem acontecer, como desligamento repentino da máquina ou reinicializações
constantes. O ideal é optar por uma fonte que ofereça uma certa "folga" neste aspecto. Mas escolher
uma requer alguns cuidados.
O principal problema está no fato
de que algumas fontes, principalmente as
de baixo custo, nem sempre oferecem toda
a potência que é descrita em seu rótulo. Por
exemplo, uma fonte de alimentação pode ter
em sua descrição 500 W (Watts) de potência,
mas em condições normais de uso pode
oferecer, no máximo 400 W. Acontece que o
fabricante pode ter atingindo a capacidade de
500 W em testes laboratoriais com temperaturas abaixo das que são encontradas dentro do computador
ou ter informado esse número com base em cálculos duvidosos, por exemplo. Por isso, no ato da
compra, é importante se informar sobre a potência real da fonte.
Assim, fica evidente que uma fonte que forneça 600 W, por exemplo, pode alimentar um
computador que necessite no máximo desse valor.
Mas você deve estar se perguntando: como saber a potência adequada para o meu computador?
Você já sabe que terá problemas se adquirir uma fonte com potência insuficiente. Por outro lado, se
comprar uma fonte muito poderosa para uma PC que não precisa de tudo isso, vai ser como comprar
um ônibus para uma família de 5 pessoas. A tabela a seguir pode te ajudar nisso. Ela fornece uma
estimativa do quanto os principais componentes de um computador podem consumir:

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Tabela com valores de consumo médio de potência em computadores

Como já dito, processadores e placas de vídeo são os dispositivos que mais exigem energia.
Para piorar a situação, essa medida pode variar muito de modelo para modelo. Por isso, é importante
consultar as especificações desses itens para conhecer suas médias de consumo. Suponha, por
exemplo, que você tenha escolhido a seguinte configuração:

Veja que o total é de 260 W, sem considerar outros itens, como placas-mãe, pentes de memória,
etc. Neste caso, uma fonte com pelo menos 400 W reais seria o ideal (lembre-se da dica de sempre
contar com uma "folga").
Eficiência das fontes de alimentação
Esse é outro aspecto de extrema importância na hora de escolher uma fonte. Em poucas
palavras, a eficiência é uma medida percentual que indica o quanto de energia da rede elétrica, isto
é, da corrente alternada, é efetivamente transformada em corrente contínua. Para entender melhor,
vamos a um rápido exemplo: suponha que você tenha um computador que exige 300 W, mas a fonte
está extraindo 400 W. A eficiência aqui é então de 75%. Os 100 W a mais que não são utilizados são
eliminados em forma de calor.
Com base nisso, perceba o seguinte: quanto maior a eficiência da fonte, menor é o calor gerador
e menor é o desperdício de energia, fazendo bem para o seu bolso e evitando que seu computador
tenha algum problema causado por aquecimento excessivo. Por isso que eficiência é um fator muito
importante a ser considerado. Fontes de maior qualidade tem eficiência de pelo menos 80%, portanto,
estas são as mais indicadas. Fontes com eficiência entre 70% e 80% são até aceitáveis, mas abaixo
disso não são recomendadas.

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Capítulo 8 Fontes de Alimentação

8.3 Modular ou não modular


Quem já está pesquisando para comprar uma fonte nova deve ter reparado que existem
modelos modulares e outros não modulares. A grande diferença entre esses modelos é que uma fonte
modular traz apenas os encaixes paras os cabos, de modo que é possível conectar apenas os cabos que
serão utilizados.
Já as fontes não modulares trazem os cabos embutidos, os quais ficam sobrando dentro do
gabinete. Optar por uma fonte modular é o interessante, ainda mais que ela fornece grandes benefícios
quanto à ventilação. Todavia, se você não tiver dinheiro sobrando, adquirir uma fonte não modular
não mudará em nada o fornecimento de energia.

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8.4 - Anotações

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9
Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
Processadores
Curso de Hardware

9 Processadores
O processador, também conhecido como CPU, é peça
fundamental dos computadores. E não estamos falando apenas dos
famosos PCs. Celulares, video games, smartphones, tablets: todos
esses dispositivos precisam de processadores para funcionar. Esse
componente tão vital é responsável por carregar e realizar as operações
aritméticas e lógicas de que os programas de computador fazem uso.
Portanto, nada funciona sem a famosa CPU.
Levou décadas para que chegássemos aos modelos atuais de processadores. Na verdade,
demoramos alguns anos para chegar também à ideia que temos hoje de como uma CPU funciona.
Antes, os softwares não eram compatíveis com todos os modelos de computador, já que eles eram
desenvolvidos especificamente para cada máquina.
Isso estava relacionado ao fato de que cada computador era como uma plataforma diferente.
Muitas vezes, existia incompatibilidade até mesmo entre modelos de um mesmo fabricante. Por
incrível que pareça, isso não chegava a ser uma barreira preocupante, visto que a produção de software
ainda não era alta e não existiam muitos programas disponíveis.

9.1 Fabricantes
Fundada em 18 de Julho de 1968 por Robert Noyce (físico e co-inventor) e Gordon Earle
Moore (físico e químico) , o primeiro produto da Intel foi o circuito integrado de memória RAM, e a
mesma logo se tornou líder neste mercado nos anos 1970.
Paralelamente, os engenheiros da Intel Marcian Hoff, Federico Faggin, Stanley Mazor e
Masatoshi Shima inventaram o primeiro microprocessador. Originalmente desenvolvido para a
companhia japonesa Busicom a fim de substituir o ASIC's da calculadora já produzida pela Busicom,
o Intel 4004 foi introduzido no mercado para produção em massa em 15 de Novembro 1971, embora
o microprocessador não tenha se transformado no núcleo do negócio de Intel até meados dos anos
1980 (nota: À Intel é dado geralmente o crédito juntamente com a Texas Instruments pela invenção
quase-simultânea do microprocessador).
Em 1983, alvorecer da era do computador pessoal, os lucros de Intel vieram sob a pressão
aumentada dos fabricantes japoneses de circuitos integrados de memória, e o então presidente Andy
Grove resolveu dirigir a companhia com foco nos microprocessadores. Um elemento chave de seu
plano era a intenção, considerada então radical, de transformar-se na única fonte para os sucessores
do popular microprocessador 8086.
Foi lançado o processador 8088, que fez um grande sucesso para os computadores recém-
lançados da IBM, os primeiros PC´s. Posteriormente surgiram outros que ganharam mais recursos e
maior velocidade de processamento, pertencentes a então denominada família de processadores x86.
Mas, ao lançar o quarto processador que deveria se chamar 80586, a Intel acabou criando a marca
registrada Pentium (apesar do rótulo 80586, mais conhecido como 586, ter sido aplicado por muito
tempo por concorrentes da Empresa).
A AMD (Advanced Micro Devices) (ou em Tradução literal: Micro Dispositivos Avançados)
é uma empresa norte-americana fabricante de circuitos integrados, especialmente processadores.
Seus produtos concorrem diretamente com os processadores fabricados pela Intel. Seu produto mais
famoso na década de 1990 foi o processador Athlon, utilizado em computadores pessoais.
Mais conhecida por seus processadores x86 e x86-64; K5, K6-II, K6-III, Athlon, Duron,
Sempron, Athlon 64 (arquitetura de 64 bits), Sempron 64 (também com arquitetura de 64 bits),
Opteron (para servidores) e Turion 64 (para notebooks), a AMD também fabrica circuitos de uso mais
geral, como os encontrados em uma calculadora e dispositivos eletrônicos. Alguns de seus circuitos
são encontrados também entre os usados pela Apple em seus novos produtos, como o Mac mini.

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Capítulo 9 Processadores

As séries de processadores Intel e AMD marcaram época no mundo da informática, através de


suas diferentes versões. O primeiro Pentium (Intel), lançado em 1993, apresentava várias melhorias
sobre o 80486, principalmente por uso da superescalabilidade, ou seja, a replicação de hardware para
que mais instruções fossem executadas ao mesmo tempo. Seu clock inicial era de 100 MHz, o qual
chegou a atingir 200 MHz com o passar do tempo de desenvolvimento.
Em 1995, a Intel lançava o Pentium Pro, sexta geração de chips x86 e que possuía uma
série de melhoramentos em relação ao seu antecessor. Essa seria a base para os futuros lançamentos:
Pentium II, Pentium III e Pentium M.
Paralelamente, a AMD começava a ganhar mercado com modelos similares, principalmente
como o AMD K5, forte concorrente do Pentium original. Dois anos depois, o Pentium II foi lançado,
atingindo o clock de 450 MHz.
Nessa mesma época, a AMD desenvolveu CPUs que batiam de frente com a Intel, como o
AMD K6. Por esse motivo, ambas as empresas travaram uma espécie de “corrida”, competindo para
ver quem conseguia o maior desempenho e valor de clock.

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A lei de Moore
Em 1965, Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, afirmou que o número de transistores
em um chip dobraria, sem custo adicional, a cada 18 meses. Tal afirmação ficou conhecida como a Lei
de Moore, a qual foi válida durante anos, principalmente no final da década de 90.
Sempre que uma empresa lançava um modelo de processador, o concorrente a superava meses
depois. Isso ficou muito evidente nos anos de 1999 e 2000, quando o Pentium III e o AMD Atlhon
(K7) estavam guerreando pelo maior clock. Por um período de tempo, a AMD liderou a disputa, pois
o Atlhon, que trabalhava com frequências maiores do que 1 GHz, superou o Pentium III.
A reviravolta da Intel veio com o lançamento do Pentium 4, em 2001, que trabalhava com
até 2 GHz e levou a empresa de volta ao topo do mercado. As versões de baixo custo dessas CPUs,
Celeron (Intel) e Duron (AMD), também disputavam fortemente o lugar mais alto no ranking do
processador “B” mais vendido.

9.2 Modelos
Anos 2000: a era de 64 bits
No começo dessa década, ficou claro que o uso de 32 bits não seria mais eficiente, visto que,
no máximo, apenas 4 GB de memória RAM poderiam ser endereçados nessa plataforma. Logo, a
solução mais natural foi o desenvolvimento de novas arquiteturas que passassem a trabalhar com 64
bits ao invés de 32.
Tanto a AMD quanto a Intel trabalhavam em seus próprios projetos de CPUs de 64 bits, mas
quem venceu a disputa foi mesmo a AMD, com o x86-64, que mais tarde foi renomeado para AMD64.
Isso aconteceu, principalmente, pelo fato de a AMD ter evoluído diretamente o x86-32, enquanto que
a Intel tentou criar algo novo, do zero.
Visto esse acontecimento, as empresas em questão criaram um acordo no uso dessas
arquiteturas, no qual a AMD licenciou para a Intel o uso do x86-64. Por outro lado, a Intel também
tornou legal o uso da arquitetura x86-32 pela AMD. Logo, todos os modelos de processadores 64 bits
comerciais atuais rodam sobre o x86-64. O AMD Athlon 64 foi um dos maiores representantes dessa
arquitetura.
Pentium 4 e Pentium D
Em 2002, a Intel lançou o Pentium 4, processador que podia alcançar clocks muito altos,
chegando até a 3,8 GHz em condições especiais. Os últimos modelos dessa linha também incluíam a
tecnologia Hyperthreading (HT), funcionalidade que fazia um processador físico trabalhar como se
fossem duas CPUs lógicas.
Posteriormente, o Pentium 4 foi substituído pelo Pentium D, duas linhas de processadores
dual-core de 64 bits. Mais tarde, foi lançado o Pentium Extreme Edition, que possuía desempenho um
pouco melhor do que o Pentium D, além de tecnologias extras que o tornavam mais apto para tarefas
pesadas. Esse modelo também fazia uso da tecnologia HT, podendo simular a existência de até quatro
núcleos.
Outra novidade da Intel foi o Pentium M, uma versão de baixo consumo do Pentium Pro
desenvolvido para dispositivos móveis. Esse processador foi lançado em 2003. Em 2005, a AMD
apresentou ao mundo o seu primeiro processador dual-core, o Athlon 64 X2.
Intel Core
Em 2006, a Intel inicia a sua linha Core, para consumidores que precisam de mais poder de
processamento. Faz parte dessa linha o modelo Core 2 Duo, que demonstra uma capacidade incrível
se comparado com os dual-core anteriores da empresa. Na mesma época, foi lançada a versão Pentium
Dual Core, que apesar de trazer uma boa relação custo-benefício, se mostra inferior ao Core 2 Duo.

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Capítulo 9 Processadores

Outro grande lançamento feito pela Intel foi o Core 2 Quad, processadores com quatro
núcleos e que, apesar de demonstrarem alto desempenho, acabam perdendo em algumas tarefas para
o Core 2 Duo. Uma versão posterior, nomeada Core 2 Extreme Quad Core, também foi lançada,
proporcionando mais velocidade de clock, que pode chegar até 3,2 GHz.
Em 2010, a Intel anunciou os modelos Core i3, i5 e i7. Além disso,a empresa também lançou
uma segunda geração desses processadores, que vem sendo muito bem aceita pelos consumidores. Essa
nova leva possui mudanças na memória cache, melhorias no modo Turbo Boost e aperfeiçoamentos
na própria arquitetura. Porém, o que chama a atenção é a presença de um chip gráfico acoplado com
o processador principal (APU).
A empresa também vem trabalhando em uma nova microarquitetura de processadores, a Ivy
Bridge, que deve possuir suporte para PCI Express 3.0, DirectX 11 e OpenCL 1.1. A empresa espera
obter um aumento de até 30% de desempenho no processamento gráfico se comparado com o chipset
Sandy Bridge, presente nos processadores i5 e i7.
As últimas novidades da AMD
Quando o assunto é AMD, a história possui algumas diferenças. Depois dos processadores
dual-core, a linha Athlon II apresentou processadores de três (X3) e quatro núcleos (x4), todos com
versões econômicas, ou seja, com menor desempenho e mais baratos.
Um dos últimos grandes lançamentos da AMD foi o Athlon Neo, chip desenvolvido para
notebooks ultrafinos e que precisam de uma duração maior da bateria. Outra linha apresentada pela
fabricante foi a dos processadores Sempron, uma versão simplificada do Athlon, com apenas um
núcleo e voltada para consumidores menos exigentes.
Quem não dispensa um bom jogo ou precisa de processamento de alto desempenho pode
contar com os processadores Phenom, que foram lançados para competirem de igual para igual com
as CPUs da Intel. Esses modelos também receberam versão de três (X3) e quatro (X4) núcleos. A
segunda geração dessa linha, Phenom II, conta também com processadores dual-core de 3 e 3,1 GHz.
A surpresa mesmo fica por conta dos processadores Phenom II X4, de quatro núcleos e alto
desempenho, com modelos de até 3,4 GHz. Além desses, servidores ou estações de trabalho que
exigem uma carga maior de processamento também podem se beneficiar dos processadores Opteron,
que podem operar com até seis núcleos.
A AMD também lançou uma linha de CPUs para notebooks que, apesar de ser dual-core,
possui um consumo eficiente de energia, poupando assim a carga da bateria dos portáteis. Mas o que
vem ganhando espaço é mesmo a Fusion, linha de APUs (Unidade de Processamento Acelerada) da
AMD. Com a junção de CPU e GPU em um único chip, é possível obter melhor desempenho a um
custo reduzido.

9.3 Como o Cache Funciona


Cache de memória é uma memória de alto desempenho localizada dentro do processador e
que serve para aumentar a velocidade no acesso aos dados e instruções armazenados na memória
RAM.
O processador busca os programas na memória RAM. O problema é que quando a alimentação
do computador é cortada, o conteúdo da memória RAM é perdido. Por isso que classificamos as
memórias RAM como voláteis. Por essa razão, programas e dados devem ser armazenados em uma
mídia não volátil (ou seja, onde o conteúdo não seja perdido após desligarmos o computador) caso
você queira tê-los de volta após ter desligado o computador. As mídias de armazenamento não voláteis
mais conhecidas são os discos rígidos e as mídias ópticas (CDs e DVDs).
Quando você clica duas vezes sobre o ícone de um programa no Windows, o programa, que
está normalmente armazenado no disco rígido da máquina, é carregado para a memória RAM. Em

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seguida, o processador carrega o programa a partir da memória RAM através de um circuito chamado
controlador de memória, que está localizado dentro do chipset (chip ponte norte), ou dentro do próprio
processador.

O cache de memória copia os dados acessados recentemente da memória RAM para a memória
estática e tenta adivinhar qual dado o processador poderá precisar, carregando-o para a memória
estática antes que o processador precise dele. O objetivo é fazer com que o processador acesse o
cache de memória em vez de acessar a memória RAM diretamente, já que ele pega dados do cache
de memória imediatamente ou com uma latência muito pequena, enquanto que ele tem que esperar
quando acessa dados localizados na memória RAM. Quanto mais o processador acessar o cache de
memória em vez da memória RAM, mais rápido o micro será.
A diferença fundamental entre a memoria cache e a memória RAM é o tipo de célula usado. A
memória cache é formada por células de memória SRAM, que são tipicamente formadas por conjuntos
de 6 transístores, onde 4 deles formam a estrutura que mantém a carga e os outros dois controlam o
acesso para leitura e gravação.
As células de memória SRAM são muito mais rápidas que as de memória RAM, mas são em
compensação também muito mais caras, já que são necessários 6 transístores para cada bit de dados
e mais um grande número de trilhas e circuitos adicionais. Em teoria, seria possível criar PCs que
utilizassem apenas memória SRAM em vez de memória RAM, mas o custo seria proibitivo. Em vez
disso, são usados pequenos blocos de cache, que graças a todas as otimizações acabam oferecendo
99% do ganho a 1% do custo.
O cache começou a ser usado na época do 386, onde o cache era opcional e fazia parte da
placa-mãe. Ao lançar o 486, a Intel integrou um cache de 8 KB diretamente ao processador, que
embora muito pequeno, era extremamente rápido, já que operava na mesma frequência que ele e
oferecia baixos tempos de latência. O cache incluído no processador passou então a ser chamado de
cache L1 (nível 1) e o cache na placa-mãe passou a ser chamado de cache L2 (ou cache secundário).

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Capítulo 9 Processadores

Sempre que precisa de novas informações, o processador checa primeiro as informações


disponíveis no cache L1. Caso não encontre o que precisa, ele verifica em seguida o cache L2 e por
último a memória. Sempre que o processador encontra o que precisa nos caches temos um "cache hit"
e sempre que precisa recorrer à memória temos um "cache miss". Quanto maior a percentagem de
cache hits, melhor é o desempenho.

O cache na placa-mãe continuou a ser usado até a época das placas soquete 7, mas ele foi se
tornando cada vez mais ineficiente conforme os processadores passaram a usar multiplicadores de
clock mais altos. O motivo é simples: instalado na placa-mãe, o cache L2 opera sempre na mesma
frequência que ela (66 ou 100 MHz na época), enquanto o cache L1 operava na mesma frequência do
processador.
Com a introdução das memórias SDRAM e mais tarde das DDR, a diferença de desempenho
entre a memória e o cache passou a ser relativamente pequena, tornando os ganhos de desempenho
cada vez menores. Isso levou a Intel a incorporar o cache L2 diretamente no processador a partir do
Pentium Pro, abandonando o uso de cache na placa-mãe.
Inicialmente o cache L2 era um chip separado, que dividia o encapsulamento com o processador,
mas a partir da segunda geração do Celeron (e do Pentium III Coppermine) ele passou a ser integrado
diretamente ao processador, o que reduziu os tempos de acesso e também os custos.
Esta é uma foto do núcleo de um Pentium III Coppermine com seus 256 KB de cache L2
integrado, que são representados pelos 16 retângulos na parte inferior do processador. Você pode
notar que o cache L2 ocupa uma área significativa do núcleo do processador, o que explica o fato de
serem usados apenas 256 KB:

O cache L2 integrado foi adotado em todos os processadores daí em diante, do Athlon


Thunderbird ao Core 2 Quad. Existem diferenças entre os caches usados pela Intel e a AMD (a Intel
usa um cache inclusivo, enquanto a AMD usa um cache exclusivo, entre outras diferenças), mas em
ambos os casos os papéis dos cache L1 e L2 são bem similares.

O cache L1 é sempre muito pequeno (de 32 a 128 KB) e oferece tempos de acesso muito
baixos, equivalentes a apenas 3 ou 4 ciclos (o que em um processador de 3.0 GHz equivale a apenas 1
ou 1.33 nanossegundos). Entretanto, todo esse desempenho tem um custo, que é a necessidade de usar
células com mais transístores, controladores mais sofisticados e mais trilhas de acesso, o que torna o
cache L1 muito caro em termos de transístores usados.

O cache L2 por sua vez é baseado no uso de células mais lentas, com controladores mais
simples e menos linhas de dados. Isso permite que o cache L2 seja sempre muito maior (de 256 KB

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a 2 MB), mas ele em compensação trabalha com tempos de acesso mais altos, de tipicamente 10 a 15
ciclos.
Embora possa soar estranha à primeira vista, essa relação é a que oferece o melhor custo-
benefício na maioria dos casos, já que o bom desempenho do cache L1 permite que o processador
tenha acesso rápido aos dados na maioria dos casos e o grande cache L2 serve como uma segunda
parada para os casos em que ele não encontra o que precisa no L1.
Os processadores atuais usam controladores de cache bastante avançados, o que permite que
os caches trabalhem com percentagens de acerto surpreendentemente boas considerando o tamanho.
Tipicamente, o cache L1 responde por 80% dos acessos, o cache L2 responde por mais 18 ou 19% e a
memória RAM responde pelos 1 ou 2% restantes. À primeira vista, pode parecer que não vale à pena
sacrificar um espeço tão grande no processador para adicionar um grande cache L2 que responde por
menos de 20% dos acessos, mas se fizermos as contas podemos ver que ele é bem importante.
Tomando como exemplo um processador onde o cache L1 trabalha com tempos de acesso de
3 ci clos, o cache L2 trabalha com 15 ciclos e a memória RAM com 140 ciclos e os caches
respondem por respectivamente 80% e 19% dos acessos, teríamos a seguinte relação depois de 1
milhão de acessos:
• Cache L1 (80%): 2.400.000 ciclos
• Cache L2 (19%): 2.850.000 ciclos
• Memória (1%): 1.400.000 ciclos
• Total: 6.650.000 ciclos
Você pode notar que mesmo respondendo por uma pequena parcela dos acessos, a memória
RAM é responsável por um volume desproporcionalmente grande de ciclos de espera. Um aumento
de apenas 1% na percentagem de acessos à memória causaria uma verdadeira tragédia, elevando o
total no exemplo para mais de 8 milhões de ciclos.
É justamente por isso que processadores com caches maiores ou com controladores de
memória integrados (latência mais baixa) oferecem muitas vezes ganhos de desempenho de 10% ou
mais em relação aos antecessores. Da mesma maneira, um cache L1 maior ou mais rápido pode fazer
uma grande diferença, mas apenas se o aumento não for às custas de uma redução no cache L2, já que
pouco adianta melhorar o desempenho do cache L1 em uma ponta, se o processador vai perder bem
mais tempo acessando à memória na outra.
A divisão tradicional entre cache L1 e cache L2 funcionou bem durante a fase dos processadores
single-core e dual-core. Entretanto, com a introdução dos processadores quad-core passou a fazer
mais sentido usar caches L1 e L2 menores e incluir um terceiro nível de cache. Com isso, temos 4
pequenos blocos de cache L1 e L2 (um para cada núcleo) e um grande cache L3 compartilhado entre
todos.

Um bom exemplo é o Core i7 de 45 nm, que usa 64 KB de cache L1 e 256 KB de cache L2 por
núcleo e usa um grande cache L3 de 8 MB compartilhado entre todos. Dentro do processador, ele
corresponde à área sombreada no diagrama a seguir, novamente uma área considerável:

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Capítulo 9 Processadores

Em micros antigos os caches se limitavam a armazenar as últimas informações acessadas,


guardando cópias de dados acessados pelo processador e descartando as informações mais antigas
ou menos acessadas. Os cache atuais são bem mais eficientes, incorporando algoritmos bem mais
eficientes e sistemas de prefetch, que monitoram o fluxo de instruções e carregam antecipadamente
dados que serão necessários nos ciclos seguintes. Desde o Pentium, o cache é também capaz de
acelerar as operações de gravação, permitindo que o processador grave os dados diretamente no
cache, deixando que o controlador se encarregue de gravá-los na memória posteriormente.

Outra curiosidade é que os primeiros processadores usavam caches unificados, que não faziam
distinção entre dados e instruções, tratando ambos com o mesmo nível de prioridade. A partir do
Pentium Pro, o cache L1 passou a ser dividido em dois blocos independentes, um para dados e outro
para instruções. Essa divisão permite que o controlador de cache use o espaço de forma mais eficiente
e melhora a velocidade de acesso, já que os dois blocos passam a se comportar como dois caches
independentes, permitindo que o processador leia dados e instruções simultaneamente.

Além dos caches, os processadores incluem também um TLB (Translation lookaside buffer),
que armazena endereços de memória, convertendo os endereços lógicos usados pelos aplicativos em
execução nos endereços físicos nos chips de memória. O TLB é um circuito bem mais simples que os
caches e é posicionados entre o cache L2 (ou L3) e a memória RAM.

Cada aplicativo (ou mais especificamente cada processo em execução) acha que tem à
disposição um bloco contínuo de endereços de memória, enquanto na verdade está utilizando
endereços espalhados por vários chips ou mesmo módulos de memória diferentes (ou até memória
swap em alguns casos). Com isso, sempre que o processador precisa ler informações diretamente na
memória RAM, precisa primeiro converter os endereços usados pelo aplicativo nos endereços físicos
da memória onde eles estão armazenados, verificando a entrada correspondente no TLB.

Sem o TLB, o processador precisaria fazer uma longa busca sequencial, pesquisando uma a
uma as páginas de endereços da memória até encontrar os endereços correspondentes (um processo
extremamente demorado), antes mesmo de iniciar o acesso propriamente dito.

Diferente dos caches, o TLB funciona como um buffer, que simplesmente armazena endereços
em uso. Ele é um daqueles recursos que todos tomam como certo e que só recebe atenção quando
algo dá errado, como no infame TLB Bug, que afetou as versões iniciais do Phenom, prejudicando o
desempenho.

9.4 Clock

Afinal, o que vem a ser clock? Clock é um sinal usado para sincronizar coisas dentro do
computador. Dê uma olhada na Figura na próxima página, onde mostramos um típico sinal de clock:
é uma onda quadrada passando de “0” a “1” a uma taxa fixa. Nessa figura você pode ver três ciclos
de clock (“pulsos”) completos. O início de cada ciclo é quando o sinal de clock passa de “0” a “1”;
nós marcamos isso com uma seta. O sinal de clock é medido em uma unidade chamada Hertz (Hz),
que é o número de ciclos de clock por segundo. Um clock de 100 MHz significa que em um segundo
existem 100 milhões de ciclos de clock.

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No computador, todas as medidas de tempo são feitas em termos de ciclos de clock. Por
exemplo, uma memória RAM com latência “5” significa que vai levar cinco ciclos de clock completos
para começar a transferência de dados. Dentro da CPU, todas as instruções precisam de um certo
número de ciclos de clock para serem executadas. Por exemplo, uma determinada instrução pode
levar sete ciclos de clock para ser completamente executada.
No que diz respeito ao processador, o interessante é que ele sabe quantos ciclos de clock
cada instrução vai demorar, porque ele tem uma tabela que lista essas informações. Então se há duas
instruções para serem executadas e ele sabe que a primeira vai levar sete ciclos de clock para ser
executada, ele vai automaticamente começar a execução da próxima instrução no 8o pulso de clock. É
claro que esta é uma explicação genérica para um processador com apenas uma unidade de execução
– processadores modernos possuem várias unidades de execução trabalhando em paralelo e podem
executar a segunda instrução ao mesmo tempo em que a primeira, em paralelo. A isso chamamos
arquitetura superescalar.
Então o que o clock tem a ver com desempenho? Pensar que clock e desempenho são a
mesma coisa é o erro mais comum acerca de processadores. Se você comparar dois processadores
completamente idênticos, o que estiver rodando a uma taxa de clock mais alta será o mais rápido.
Neste caso, com uma taxa de clock mais alta, o tempo entre cada ciclo de clock será menor, então
as tarefas serão desempenhadas em menos tempo e o desempenho será mais alto. Mas quando você
compara dois processadores diferentes, isso não é necessariamente verdadeiro.
Se você pegar dois processadores com diferentes arquiteturas – por exemplo, de dois
fabricantes diferentes, como Intel e AMD – o interior deles será completamente diferente.
Digamos que o processador “A” demore sete ciclos de clock para executar uma determinada
instrução, e que o processador “B” leve cinco ciclos de clock para executar essa mesma instrução. Se
eles estiverem rodando com a mesma taxa de clock, o processador “B” será mais rápido, porque pode
processar essa instrução em menos tempo.
Como o sinal de clock do processador ficou muito alto, surgiu um problema. A placa-mãe
onde o processador é instalado não podia funcionar usando o mesmo sinal de clock.Se você olhar
para uma placa-mãe, verá várias trilhas ou caminhos. Essas trilhas são fios que conectam vários
circuitos do computador. O problema é que, com taxas de clock mais altas, esses fios começaram a
funcionar como antenas, por isso o sinal, em vez de chegar à outra extremidade do fio, simplesmente
desaparecia, sendo transmitido como onda de rádio.
9.5 Clock Externo
Os fabricantes de processadores começaram a usar, então, um novo conceito, chamado
multiplicação de clock, que começou com o processador 486DX2. Com esse esquema, que é usado
em todos os processadores atualmente, o processador tem um clock externo, que é usado quando
dados são transferidos de e para a memória RAM (usando o chip da ponte norte), e um clock interno
mais alto.

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Capítulo 9 Processadores

9.6 Soquetes
Desde o lançamento dos primeiros processadores, tanto a Intel como a AMD tem criado uma
série de soquetes para seus processadores. O soquete é o local, na placa-mãe, onde será inserido o seu
processador. Eles possuem diferenças tanto de funcionamento quanto de encaixe e energia utilizada.
No ínicio, um soquete de processador era compatível apenas com um tipo de processador.
Esta história mudou com o lançamento do processador 486 e do uso do soquete ZIF ( Zero Insertion
Force) que possui uma alavanca que instala e remove o processador do soquete sem a necessidade de
uso de força no processo, reduzindo bastante as chances de se quebrar ou entortar pinos na hora do
encaixe ou retirada do processador.
O uso de um mesmo padrão possibilitava ao técnico instalar modelos diferentes de processador
em uma mesma placa-mãe apenas trocando o processador e realizando a configuração necessária na
placa. Isso era uma avanço ja que os primeiros processadores não eram do tipo ZIF e não permitiam
a troca de um processador de uma placa-mãe por outro modelo.
Vamos então a um breve resumo dos soquetes e seus principais processadores utilizados:
• Soquete 3: Sucessor dos soquetes 1 e 2 usados nas primeiras placas para 486. A diferença fica
por conta dos processadores suportados: o soquete 3 suporta todos os 486, além dos AMD 5x86,
Cyrix 5x86 e Pentium Overdrive, enquanto as placas soquete 1 e 2 suportam apenas até o DX-2
66.
• Soquete 4 e 5: Usados nas primeiras placas para processadores Pentium 1 (o soquete 4 suporta
apenas os modelos de 60 e 66 MHz e o soquete 5 suporta até o 133). Foram rapidamente
substituídos pelo soquete 7.
• Soquete 7: Teve uma vida útil surpreendentemente longa, oferecendo suporte ao Pentium, MMX,
K5, K6 e ao 6x86 da Cyrix. Mais tarde foram lançadas placas soquete 7 atualizadas com suporte
a bus de 100 MHz, que foram usadas ao longo da era K6-2, servindo como uma opção de baixo
custo às placas slot 1 e ao Pentium II.
• Soquete 8: Usado pelo Pentium Pro (166 e 200 MHz). A sinalização é muito similar à usada pelo
slot 1, mas o formato é diferente.
• Slot 1: Usado pelo Pentium II, versão inicial do Celeron (os modelos sem cache) e pelas primeiras
versões do Pentium III. Ele marcou o fim da compatibilidade de placas entre processadores da
Intel e da AMD.

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• Slot A: Foi usado pela AMD nas primeiras versões do Athlon. Assim como no caso do Pentium
II, elas usavam o formato de cartucho, com chips externos de memória cache. Teve uma vida útil
curta, sendo logo substituído pelo soquete A.
• Soquete 370: Foi uma versão miniaturizada do Slot 1 (basicamente a mesma sinalização, mas em
um formato mais eficiente) destinada aos processadores com cache L2 integrado. Foi usado pelas
versões subsequentes do Pentium III e Celeron (com cache) e também pelo VIA C3. A plataforma
fez bastante sucesso, mas acabou tendo uma vida útil relativamente curta devido à introdução do
Pentium 4.
• Soquete A: Com o lançamento do Athlon Thunderbird (com cache L2 integrado), a AMD tomou
um rumo similar ao da Intel e desenvolveu uma versão miniaturizada do Slot A, dando origem ao
soquete A. Ele teve uma vida útil surpreendente, sendo usado por todas as versões do Athlon e do
Duron, indo do Thunderbird ao Athlon XP e Sempron (de 32 bits). Foi substituído apenas com o
lançamento do Athlon 64.

• Soquete 423: Foi usado pelas primeiras versões do Pentium 4, com core Willamette. Acabou
sendo usado em poucas placas, sendo logo substituído pelo soquete 478.
• Soquete 478: Foi introduzido junto com o lançamento do Pentium 4 Northwood e continuou
sendo usado pelos Pentium 4 com core Prescott e pelos modelos iniciais do Celeron D, que foram
bastante populares entre 2006 e 2007 devido ao baixo custo.
• Soquete 754: Este foi o encaixe usado pelas versões single-channel do Athlon 64 e do Sempron,
que conviveram com as placas soquete 939, destinadas ao Athlon FX. A grande diferença entre as
duas plataformas era que o soquete 939 oferecia suporte a dual-channel, o que resultava em um
ganho de desempenho perceptível. Por outro lado, tanto as placas soquete 939 quanto os Athlon
64 FX eram mais caros, o que manteve o soquete 754 como a opção mais popular.
• Soquete 939: Foi usado pelo Athlon 64 FX e pelas versões iniciais do Athlon X2. Ele surgiu
uma uma versão desktop do soquete 940 que era usado pelo Opteron. As duas plataformas eram
idênticas (dual-channel, HyperTransport operando a 1.0 GHz e assim por diante), mas o Opteron
utilizava memórias DDR registered, enquanto o Athlon 64 FX usava módulos DDR comuns.
• Soquete AM2: O uso do controlador de memória integrado obrigou a AMD a migrar para um
novo soquete com a transição para as memórias DDR2, já que a pinagem dos módulos é diferente.
Isso deu origem ao soquete AM2 com suporte a DDR2 e dual-channel, que substituiu tanto o
soquete 754 quanto o 939.

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Capítulo 9 Processadores

O primeiro processador a usá-lo foi o Athlon 64 com Core Orleans e continuou sendo usado durante
a era Athlon X2. As placas AM2 atualizadas para oferecer as tensões corretas podem ser também
usadas em conjunto com o Phenom X3 e X4 ou (em casos mais raros) até mesmo com o Phenom II e
Athlon II em versão AM2+.
• Soquete AM2+: O AM2+ é uma versão atualizada do soquete AM2, que oferece suporte ao
HyperTransport 3.0 e permite o uso de tensões separadas para os cores e o controlador de memória
(split power planes), usado a partir do Phenom para reduzir o consumo elétrico. A pinagem
continua a mesma em relação ao AM2, o que permite usar processadores AM2 em placas AM2+
e vice-versa. Entretanto, o uso de placas antigas depende de um upgrade de BIOS que inclua
suporte aos novos processadores.

• Soquete AM3: O AM3 surgiu da necessidade de oferecer um soquete compatível com as


memórias DDR3, que começaram a se tornar mais populares a partir do lançamento do Core
i7. O AM3 mantém a mesma pinagem do AM2+, o que permitiu à AMD adicionar um sistema
de compatibilidade de mão única nos Phenom II e Athlon II em versão AM3, que incluem um
controlador de memória duplo (DDR3 e DDR2) e podem ser usados tanto em placas AM3 quanto
em placas AM2+ capazes de fornecer as tensões adequadas.
Por outro lado, a migração para as memórias DDR3 quebrou a compatibilidade com os processadores
AM2 e AM2+ antigos, que não podem ser usados nas novas placas. O AM3 adotou o uso de 3 pinos
de controle, que impedem o encaixe os processadores incompatíveis.
• Soquete LGA-775: O soquete 775 marcou a migração para o padrão LGA, onde os pinos foram
movidos do processador para o soquete, encurtando o comprimento das trilhas e permitindo assim
o uso de frequências ligeiramente mais altas.
Com a possível exceção do antigo soquete 7, o 775 é o soquete de maior longevidade da Intel. Ele foi
introduzido com o lançamento do Pentium 4 com core Cedar Mill, foi usado durante a era Pentium
D e continuou na ativa durante toda a era Core 2 Duo e Core 2 Quad, sendo aposentado apenas com
a introdução do Core i7.
• Soquete LGA-1366: A introdução do Nehalem marcou a migração da Intel para o uso de
controladores de memória integrados. Com isso, o número de contatos no processador aumentou
bastante, dando origem ao LGA-1366 usado pelos Core i7 baseados no Bloomfield, com suporte
a triple-channel.

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• Soquete LGA-1156: O LGA-1156 é a versão "desktop" do LGA-1366, usado pelos Core i7 e


Core i5 baseados no core Lynnfield. As duas grandes diferenças entre as duas famílias é o uso
do controlador PCI-Express integrado e o uso de um controlador de memória dual-channel (que
levou à redução no número de contatos). O LGA-1156 marcou também o fim da ponte-norte do
chipset, movida para dentro do processador.
• Soquete LGA - 1155: Também chamado de soquete H2, desenvolvido para a nova tecnologia
Sandy Bridge e Ivy Bridge foi o substituto do padrão 1156.
• Soquete LGA - 1150: Também chamado de soquete H3, foi desenvolvido para substituir o soquete
1155. Desenvolvido para microarquitetura Haswell (4ªgeração de processadores core "i").

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Capítulo 9 Processadores

9.7 Como instalar o processador na placa-mãe


Após conferir a compatibilidade do soquete da sua placa-mãe e o processador, está tudo certo
para a instalação. No geral, colocar o componente em seu devido lugar requer cuidados, mas não é
uma tarefa complicada. Siga as orientações abaixo para uma instalação segura:
Passo 1. Antes de abrir o PC, sempre encoste em uma superfície metálica ou utilize uma
pulseira antiestática. Isso é importante para retirar o acúmulo de eletricidade estática do corpo e evitar
danos ao seu PC.
Passo 2. Retire todas as placas ou fios que estejam no caminho do processador. É importante
que o espaço fique livre para que o usuário identifique corretamente o soquete e manipule as presilhas
do cooler a ser instalado junto com processador
Passo 3. Antes de instalar o processador, passe sempre a pasta térmica em sua superfície.
Deve ser em pequena quantidade, apenas para cobrir completamente a superfície. Sua função é retirar
o calor do processador e transferi-lo ao cooler para uma dissipação mais eficiente. Em alguns casos,
a placa térmica já vem aplicada no dissipador que acompanha o processador, não sendo necessário
aplicá-la novamente.

Passo 4. Em um dos cantos do processador haverá um triângulo pintado, que deve ser
alinhado com a marcação, também de triângulo, que há no soquete. Esse sinal gráfico serve para que
o usuário encaixe perfeitamente os dois componentes. Sendo assim, nunca force o encaixe, pois não
será possível instalar o processador caso as marcações não estejam alinhadas e isso pode danificá-lo.
Passo 5. Após encaixar o processador, encaixe as presilhas do cooler na placa-mãe e pronto.
Basta montar novamente o seu PC e desfrutar de seu novo processador.

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9.8 - Anotações

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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores

10
Placas-mãe
Curso de Hardware

10 Placa-mãe
Também conhecida como "motherboard" ou "mainboard", a placa-mãe é, basicamente, a
responsável pela interconexão de todas as peças que formam o computador. O HD, a memória, o
teclado, o mouse, a placa de vídeo, enfim, praticamente todos os dispositivos, precisam ser conectados
à placa-mãe para formar o computador.
As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos os dispositivos
quem compõem o computador. Para isso, elas oferecem conexões para o processador, para a memória
RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e saída, entre outros.
A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se de um modelo Soyo SY-KT880 Dragon 2. As
letras apontam para os principais itens do produto, que são explicados nos próximos parágrafos. Cada
placa-mãe possui características distintas, mas todas devem possibilitar a conexão dos dispositivos
que serão citados no decorrer deste texto.

Soquete do Processador
O soquete do processador é o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido
como socket, esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para
modelos) específico. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros
modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na quantidade de memória
cache, na tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as
"perninhas") que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida
para aceitar determinados processadores. A motherboard vista acima, por exemplo, é compatível com
os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos da fabricante AMD) que utilizam a forma de
conexão conhecida por "Socket A". Assim sendo, processadores que utilizam outros sockets, como o
Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa.
Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em
seguida, verificar quais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão
sendo lançados, novos sockets vão surgindo.
É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele
pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chip pode ter uma capacidade
de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão também deve ser

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Capítulo 10 Placa-mãe

verificada no momento da montagem de um computador.


Memória RAM
Toda placa-mãe tem encaixes (slots ou bancos) para a memória RAM. Esse conector varia
conforme o tipo. A placa-mãe da imagem acima possui duas conexões (ou slots) para encaixe de
memórias DDR3.
Slots de expansão
Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador, é necessário
fazer uso de slots de expansão. Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos.
Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems, etc, são conectados nesses encaixes. Os
tipos de slots mais conhecidos atualmente são o PCI (Peripheral Component Interconnect) , o AGP
(Accelerated Graphics Port) , o CNR (Communications Network Riser) e o PCI Express (PCI-E). As
placas-mãe mais antigas apresentavam ainda o slot ISA (Industry Standard Architecture).
A placa-mãe vista acima possui um slot PCI-Express x16 (usado por placas de vídeo), um
slot PCI-Express x1 e dois slots PCI (usados por placas de rede, placas de som, modems PCI, etc). A
tendência atual é que tanto o slot AGP quanto o slot PCI sejam substituídos pelo padrão PCI Express,
que oferece mais recursos e possibilidades.
Plug de alimentação
Na imagem vemos o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que leva energia elétrica à
placa-mãe (conector Fonte 24 pinos). Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem
ser do mesmo tipo. Existem, atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT. A placa-mãe da foto
usa o padrão ATX. É importante frisar que a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador,
as memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots. No entanto, HDs, unidades
de CD e DVD, drive de disquete e cooler (um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve
para manter sua temperatura em limites aceitáveis de uso) devem receber conectores individuais de
energia.
Conectores IDE e drive de disquete
A imagem no ínicio do capítulo mostra as entradas padrão IDE (Intergrated Drive Electronics)
e padrão SATA (Serial ATA) onde devem ser encaixados os cabos que ligam HDs e unidades de CD/
DVD à placa-mãe. Esses cabos, chamados de "flat cables",
Em cabos do padrão ATA (também chamado IDE) podemos ligar até dois discos por cabos, no
padrão SATA somente um disco pode ser ligado a cada cabo.

BIOS e bateria
Proximo à logo do fabricante (ASUS) da placa-mão
temos a bateria que o alimenta o chip controlador
da ROM. Esse chip contém um pequeno software
chamado BIOS (Basic Input Output System), que
é responsável por controlar o uso do hardware do
computador e manter as informações relativas à
hora e data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir
uma mensagem de erro quando o teclado não está
conectado. Na verdade, quando isso ocorre, o BIOS
está trabalhando em conjunto com o Post, um
software que testa os componentes de hardware após
o computador ser ligado.

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Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros


O painel traseira conta com a parte onde ficam localizadas as entradas para a conexão do
mouse (tanto serial, quanto PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada principalmente por
impressoras), além de outros que são disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe. Esses itens
ficam posicionados de forma que, quando a motherboard for instalada em um gabinete, tais entradas
fiquem imediatamente acessíveis pela parte traseira deste.
Furos de encaixe
Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso é feito através
de furos que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos. Para isso, é necessário que a placa-mãe
seja do mesmo padrão do gabinete. Se este for AT, a placa-mãe deverá também ser AT. Se for ATX (o
padrão atual), a motherboard também deverá ser, do contrário o posicionamento dos locais de encaixe
serão diferentes para a placa-mãe e para o gabinete.
Chipset
O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-mãe, como
acesso à memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante comum
que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul e Ponte Norte :
Ponte Sul (South Bridge): este geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de
entrada e saída, como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard (visto
adiante), podem incluir o controle desse dispositivo também na Ponte Sul;
Ponte Norte (North Bridge): este chip faz um trabalho "mais pesado" e, por isso, geralmente
requer um dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe em que esse
chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de uma estrutura metálica. Essa peça é dissipador. Cabe
à Ponte Norte as tarefas de controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na qual o processador se
comunica com a memória e com componentes da placa-mãe), da freqüência de operação da memória,
do barramento AGP, etc.
Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe e sim por empresas como
VIA Technologies, SiS e Intel (esta é uma exceção, já que fabrica motherboards também). Assim
sendo, é comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de placa-mãe.

10.1 Placa-mãe Onboard


"Onboard" é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais
dispositivos de expansão integrados. Por exemplo, há modelos que têm placa de vídeo, placa de som,
modem ou placa de rede na própria placa-mãe.
A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez
que deixa-se de comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa-mãe. No
entanto, é necessário ter cuidado: quanto mais itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho
do computador será comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas
dos dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede onboard não influenciam
significantemente no desempenho, mas placas de vídeo sim.
As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é
responsável pela geração de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal, principalmente
quando trata imagens em 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo quando acompanhada de um chip
gráfico integrado, acaba "tomando atenção" do processador, além de usar parte da memória RAM.
Se um computador é comprado para uso em uma loja ou em alguma aplicação que não requer
muito desempenho, a compra de um computador com placa-mãe onboard pode ser viável. No entanto,
quem deseja uma máquina para jogos e aplicações mais pesadas deve pensar seriamente em adquirir
uma placa-mãe "offboard", isto é, com nenhum item integrado.

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Capítulo 10 Placa-mãe

10.2 Padrões AT e ATX


A placa-mãe é alimentada por uma fonte de energia AT ou ATX. Atualmente o padrão AT não
é mais utilizado em computadores modernos. Vejamos um resumo dos dois padrões de alimentação:
• AT: O padrão AT é um padrão já defasado, utilizado nos primeiros desktops, possuía 12
pinos e o conector era dividido em duas partes.
• ATX: O ATX é o padrão utilizado hoje em dia, possui conector de 20 ou 24 pinos.
As fontes de hoje em dia são encontradas com conector de 24 pinos, porém há uma
separação que permite utilizar a fonte em uma placa-mãe com conector ATX de 20 pinos.
O conector ATX faz a alimentação geral da placa-mãe (Chipset’s north-bridge e south-
bridge, memórias, placas instaladas em slots de expansão CNR / ISA / PCI / PCI-X,
controladores de vídeo, rede, áudio, portas usb e etc).

10.3 Slots e Barramentos


A Placa-mãe possui diversos slots de conexão para placas de expansão (ISA, PCI, AGP, etc)
e portas para comunicação (USB, Firewire, HDMI, etc) vamos conhecer em detalhes cada um desses
componentes da sua placa-mãe:
• Barramento ISA(Industry Standard Architecture): O primeiro barramento de expansão usado
em micros PC foi o ISA, que por incrível que pareça, foi usado do PC original (o de 1981) até
a época do Pentium III. Existiram duas versões: os slots de 8 bits, que foram utilizados pelos
primeiros PCs e os slots de 16 bits, introduzidos a partir dos micros 286. Uma coisa que chama a
atenção nos slots ISA é o grande número de contatos, totalizando nada menos que 98. Por serem
slots de 16 bits, temos apenas 16 trilhas de dados, as demais são usadas para endereçamento,
alimentação elétrica, sinal de clock, refresh e assim por diante.

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• Barramento MCA: Barramento de 32 bits operava a 10 MHz, o que resultava em uma taxa
de transferência teórica de 32 MB/s (existiu também uma versão de 16 bits do MCA, mas ela foi
pouco usada). Ele também foi o primeiro barramento a suportar plug-and-play (oito anos antes
do lançamento do Windows 95) e a suportar bus mastering, o que permitia que o HD e outros
periféricos transferissem dados diretamente para a memória RAM (ao carregar um programa, por
exemplo), reduzindo a carga sobre o processador. Isso tornava o sistema bem mais responsível em
relação às máquinas equipadas com placas ISA.

• Barramento EISA: O EISA é um barramento peculiar. As dimensões são as mesmas de um


slot ISA de 16 bits, porém o slot é mais alto e possui duas linhas de contatos. A linha superior
mantém a mesma pinagem de um slot ISA de 16 bits, de forma a manter a compatibilidade com
todos os periféricos, enquanto a linha inferior inclui 90 novos contatos, utilizados pelas placas de
32 bits.

• Barramento VESA ou VLC: Inicialmente o VLB (ou VESA, como é chamado por muitos)
surgiu como barramento próprio para a conexão da placa de vídeo. Nesta época, o Windows 3.11
e os aplicativos gráficos já eram populares, de forma que existia uma grande demanda por placas
de vídeo mais rápidas. O "rápido" que menciono aqui é a simples capacidade de atualizar a tela
em tempo real enquanto edita uma imagem no Photoshop, não tem nada a ver com aceleração 3D
ou exibição de vídeo em alta resolução, como temos hoje em dia. Além de serem muito lentas, as
placas de vídeo ISA eram limitadas à exibição de apenas 256 cores, o que fez com que elas fossem
rapidamente substituídas pelas VLB.

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Capítulo 10 Placa-mãe

• Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect): Introduzido em 1992, continua


em uso até os dias de hoje, resistindo aos avanços do PCI Express. O PCI opera nativamente a 33
MHz, o que resulta em uma taxa de transmissão teórica de 133 MB/s. Entretanto, assim como em
outros barramentos, a frequência do PCI está vinculada à frequência de operação da placa-mãe, de
forma que, ao fazer overclock (ou underclock) a frequência do PCI acaba também sendo alterada.
Como você pode notar, o barramento PCI tem se tornado cada vez mais lento com relação ao
processador e outros componentes, de forma que, com o passar do tempo, os periféricos mais
rápidos migraram para outros barramentos, como o AGP e o PCI-Express. Ou seja, a história se
repete, com o PCI lentamente se tornando obsoleto, assim como aconteceu com o ISA há mais de
uma década atrás.

• Barramento AGP(Accelerated Graphics Port): A primeira versão do AGP (chamada de


AGP 1.0) trabalha a 32 bits e tem clock de 66 MHz, o que equivale a uma taxa de transferência de
dados de até 266 MB por segundo, mas na verdade, pode chegar ao valor de 532 MB por segundo.
Explica-se: o AGP 1.0 pode funcionar no modo 1x ou 2x. Com 1x, um dado por pulso de clock é
transferido. Com 2x, são dois dados por pulso de clock.
Em meados de 1998, a Intel lançou o AGP 2.0, cujos diferenciais estão na possibilidade de
trabalhar também com o novo modo de operação 4x (oferecendo uma taxa de transferência de 1.066
MB por segundo) e alimentação elétrica de 1,5 V (o AGP 1.0 funciona com 3,3 V). Algum tempo
depois surgiu o AGP 3.0, que conta com a capacidade de trabalhar com alimentação elétrica de 0,8 V
e modo de operação de 8x, correspondendo a uma taxa de transferência de 2.133 MB por segundo.
Além da alta taxa de transferência de dados, o padrão AGP também oferece outras vantagens.
Uma delas é o fato de sempre poder operar em sua máxima capacidade, já que não há outro dispositivo
no barramento que possa, de alguma forma, interferir na comunicação entre a placa de vídeo e o
processador (lembre-se que o AGP é compatível apenas com placas de vídeo). O AGP também permite
que a placa de vídeo faça uso de parte da memória RAM do computador como um incremento de sua
própria memória, um recurso chamado Direct Memory Execute.

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• Barramento PCI Express: O padrão PCI Express (ou PCIe ou, ainda, PCI-EX) foi concebido
pela Intel em 2004 e se destaca por substituir, ao mesmo tempo, os barramentos PCI e AGP. Isso
acontece porque o PCI Express está disponível em vários segmentos: 1x, 2x, 4x, 8x e 16x e 32x.
Quanto maior esse número, maior é a taxa de transferência de dados. Como mostra a imagem
abaixo, esse divisão também reflete no tamanho dos slots PCI Express:

O PCI Express 16x, por exemplo, é capaz de trabalhar com taxa de transferência de cerca de
4 GB por segundo, característica que o faz ser utilizado por placas de vídeo, um dos dispositivos que
mais geram dados em um computador. O PCI Express 1x, mesmo sendo o mais "fraco", é capaz de
alcançar uma taxa de transferência de cerca de 250 MB por segundo, um valor suficiente para boa
parte dos dispositivos mais simples. Com o lançamento do PCI Express 2.0, que aconteceu no início
de 2007, as taxas de transferência da tecnologia praticamente dobraram.
• Barramentos AMR, CNR e ACR: Os padrões AMR (Audio Modem Riser), CNR
(Communications and Network Riser) e ACR (Advanced Communications Riser) são diferentes
entre si, mas compartilham da ideia de permitir a conexão à placa-mãe de dispositivos Host Signal
Processing (HSP), isto é, dispositivos cujo controle é feito pelo processador do computador. Para
isso, o chipset da placa-mãe precisa ser compatível. Em geral, esses slots são usados por placas
que exigem pouco processamento, como placas de som, placas de rede ou placas de modem
simples. O slot AMR foi desenvolvido para ser usado especialmente para funções de modem e
áudio. Seu projeto foi liderado pela Intel. Para ser usado, o chipset da placa-mãe precisava contar
com os circuitos AC'97 e MC'97 (áudio e modem, respectivamente). Se comparado aos padrões
vistos até agora, o slot AMR é muito pequeno:

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Capítulo 10 Placa-mãe

• Barramento USB: Antigamente, conectar dispositivos ao computador era uma tarefa pouco
intuitiva, muitas vezes digna apenas de técnicos ou usuários com experiência no assunto. Para
começar, diante de vários tipos de cabos e conectores, era necessário descobrir, quase que por
adivinhação, em qual porta do computador conectar o dispositivo em questão. Quando a instalação
era interna, a situação era pior, já que o usuário tinha que abrir o computador e quase sempre
configurar jumpers e/ou IRQs. Somente em pensar em ter que encarar um emaranhado de fios e
conectores, muitos usuários desistiam da ideia de adicionar um novo item à sua máquina.
Diante de situações desse tipo, a indústria entendeu a necessidade de criar um padrão que
facilitasse a conexão de dispositivos ao computador. Assim, em 1995, um conjunto de empresas - entre
elas, Microsoft, Intel, NEC, IBM e Apple - formou um consórcio para estabelecer um padrão. Surgia
então o USB Implementers Forum. Pouco tempo depois, as primeiras especificações comerciais do
que ficou conhecido como Universal Serial Bus (USB) surgiram.
Na verdade, a tecnologia já vinha sendo trabalhada antes mesma da definição do consórcio
como USB Implementers Forum. As primeiras versões estabelecidas datam de 1994:
• USB 0.7: novembro de 1994;
• USB 0.8: dezembro de 1994;
• USB 0.9: abril de 1995;
• USB 0.99: agosto de 1995;
• USB 1.0: janeiro de 1996;
• USB 1.1: setembro de 1998;
• USB 2.0: abril de 2000;
• USB 3.0: novembro de 2008;
• USB 3.1: agosto de 2013.
As primeiras versões definidas para uso comercial em larga escala foram a 1.1 e a 2.0, que
serão vistas com mais detalhes neste texto:
Um dos motivos que levaram à criação da tecnologia USB é a necessidade de facilitar a
interconexão de dispositivos variados, como você já sabe. Sendo assim, o USB oferece uma série de
vantagens:
• Padrão de conexão: qualquer dispositivo compatível com USB usa padrões definidos
de conexão assim não é necessário ter um tipo de conector específico para cada aparelho.
• Plug and Play (algo como "Plugar e Usar"): quase todos os dispositivos USB são
concebidos para serem conectados ao computador e utilizados logo em seguida. Apenas
alguns exigem a instalação de drivers ou softwares específicos. No entanto, mesmo nesses
casos, o sistema operacional normalmente reconhece a conexão do dispositivo.
• Alimentação elétrica: boa parte dos dispositivos que usam USB não precisa ser ligada
a uma fonte de energia, já que a própria porta é capaz de fornecer eletricidade. Por conta
disso, acaba sendo muito fácil encontrar dispositivos que têm sua bateria recarregada via
USB, como smartphones e tablets. A exceção fica por conta de aparelhos que consomem
maior quantidade de energia, como impressoras e determinados HDs externos.
• Conexão de vários aparelhos ao mesmo tempo: é possível conectar até 127 dispositivos
ao mesmo tempo em uma única porta USB. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de
hubs, dispositivos que utilizam uma única conexão USB para oferecer um número maior
delas. É válido ressaltar que nem sempre esse modo de funcionamento é viável, uma vez
que a velocidade de transmissão de dados é dividida entre todos os equipamentos.

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• Ampla compatibilidade: O padrão USB é compatível com diversas plataformas e sistemas


operacionais. O Windows, por exemplo, o suporta desde a versão 98. Sistemas operacionais como
Linux e OS X também são compatíveis. Atualmente, é possível encontrar portas USB em vários
outros aparelhos, como televisores, sistemas de comunicação de carros e até equipamentos de
som.
• Hot-swappable: dispositivos USB podem ser conectados e desconectados a qualquer
momento. Em um computador, por exemplo, não é necessário reiniciá-lo ou desligá-lo para
conectar ou desconectar o dispositivo.
• Cabos de até 5 metros: os cabos USB podem ter até 5 metros de tamanho. Esse limite pode
ser aumentado com uso de hubs ou de equipamentos capazes de repetir os sinais da comunicação.

• Bluetooth: é uma tecnologia de comunicação sem fio que permite que computadores,
smartphones, tablets e afins troquem dados entre si e se conectem a mouses, teclados, fones de
ouvido, impressoras e outros acessórios a partir de ondas de rádio. A ideia consiste em possibilitar
que dispositivos se interligem de maneira rápida, descomplicada e sem uso de cabos, bastando
que um esteja próximo do outro.
Para que seja possível atender aos mais variados tipos de dispositivos, o alcance máximo do
Bluetooth foi dividido em três classes:

• Classe 1: potência máxima de 100 mW (miliwatt), alcance de até 100 metros;


• Classe 2: potência máxima de 2,5 mW, alcance de até 10 metros;
• Classe 3: potência máxima de 1 mW, alcance de até 1 metro.
Este índice sugere que um aparelho com Bluetooth classe 3 somente conseguirá se comunicar
com outro se a distância entre ambos for inferior a 1 metro, por exemplo. Esta distância pode até
parecer inutilizável, mas é suficiente para conectar um fone de ouvido a um telefone celular guardado
no bolso de uma pessoa. É importante frisar, no entanto, que dispositivos de classes diferentes podem
se comunicar sem qualquer problema, bastando respeitar o limite daquele que possui um alcance
menor. A velocidade de transmissão de dados no Bluetooth é relativamente baixa: até a versão 1.2, a
taxa pode alcançar, no máximo, 1 Mb/s (megabit por segundo). Na versão 2.0, esse valor passou para
até 3 Mb/s. Embora essas taxas sejam curtas, são suficientes para uma conexão satisfatória entre a
maioria dos dispositivos. Todavia, a busca por velocidades maiores é constante, como prova a versão
3.0, capaz de atingir taxas de até 24 Mb/s.

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Capítulo 10 Placa-mãe

• Firewire: FireWire é uma tecnologia que permite a conexão e a comunicação em alta


velocidade de vários dispositivos entre si, especialmente entre um computador e um ou mais
aparelhos compatíveis. Por trás de seu desenvolvimento está ninguém menos que a Apple (embora
outras entidades e empresas tenham participado de sua criação), que trabalhou nessa tecnologia
durante os anos de 1990. Em 1995, a tecnologia recebeu a padronização IEEE 1394, razão pela
qual alguns fabricantes utilizam essa denominação ao invés de FireWire, já que este último nome
é, na verdade, registrado pela Apple. Nesse contexto, é importante frisar que a Sony, umas da
primeiras empresas (além da própria Apple) a utilizar essa tecnologia, a denomina i.LINK.

• Thunderbolt: Em fevereiro de 2011, a Apple atualizou a sua linha de notebooks MacBook


Pro. Na ocasião, um detalhe chamou a atenção de muita gente: os então novos laptops vinham
com uma porta Thunderbolt. Tendo a Intel como principal responsável por seu desenvolvimento,
o Thunderbolt é um padrão de comunicação entre dispositivos que, em parte, aproveita recursos
tecnológicos já existentes. Originalmente, a tecnologia foi desenvolvida para se tornar compatível
com quase todos os tipos de conexão existentes em computadores.
O Thunderbolt faz uso de protocolos de dois padrões bastante conhecidos pelo mercado:
PCI Express e DisplayPort. O primeiro é um barramento há muito tempo utilizado para a conexão
interna de dispositivos ao computador, como placas de vídeo e placas Ethernet. O segundo é uma
interface para transmissões de vídeo e áudio muito usada pela Apple e por companhias que fabricam
equipamentos mais sofisticados. Até certo ponto, o DisplayPort concorre com o HDMI.
Graças a essas características, o Thunderbolt permite a comunicação entre dispositivos dos
mais variados tipos oferecendo excelente desempenho. A tecnologia possibilita ainda a comunicação
com determinados dispositivos via conexão FireWire, DVI e outras por meio de adaptadores.

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• IRDA: Infrared Data Association, a associação de fabricantes que desenvolveu o padrão


utilizado nos transmissores infravermelhos que equipam os PCs, notebooks impressoras e
handhelds atuais. A comunicação via infravermelho utiliza sinais de luz emitidos através de um
LED e captados por um sensor instalado no destinatário. É um tipo de interface muito barata,
encontrada na grande maioria dos notebooks e handhelds (o Palm m100 por exemplo já tem uma)
e até em algumas impressoras. A limitação é a baixa velocidade de transmissão (até 115 kpbs) e
a necessidade do transmissor do primeiro dispositivo estar apontado diretamente para o receptor
do segundo, separados por uma pequena distância. O princípio é o mesmo dos controles remotos,
tanto que os Palms equipados com infravermelho podem ser usados como controle remoto para a
TV, vídeo, etc. através de programas como o Omni Remote.
O IrDA já possui um sucessor, o Bluetooth, que já pode ser encontrado em vários dispositivos.
Muitos fabricantes já pesquisam também a viabilidade de incluir transmissores Bluetooth em alguns
modelos de placas mãe. O Bluetooth oferece velocidades de transmissão de até 700 Kbits (a velocidade
teórica é de megabit), com um alcance de de 10 a 100 metros. Dispositivos próximos podem ser
programados para formar automaticamente pequenas redes, chamadas de piconets. É possível por
exemplo programar seu PC, celular e Palm para sincronizarem automaticamente suas agendas de
telefone e compromisso sempre que estiverem próximos.

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Capítulo 10 Placa-mãe

• HDMI: HDMI é uma tecnologia de conexão de dispositivos de áudio e vídeo que tem tudo
para substituir os padrões existentes até então. Por trás de seu desenvolvimento está um time de
gigantes da indústria eletrônica, tais como Sony, Philips, Toshiba, Silicon Image, entre outras.
Com essa tecnologia, é possível, por exemplo, conectar um reprodutor de Blu-ray a uma TV de
alta definição e ter como resultado imagens de excelente qualidade. Por meio de um cabo HDMI
pode-se transmitir sinais de áudio e vídeo. Em outros padrões é necessário ter, pelo menos, um
cabo para cada coisa.
Mas, as vantagens do HDMI não se limitam a isso. Essa é uma tecnologia que transmite sinais
de forma totalmente digital. Graças a isso, é possível ter imagens de excelente qualidade e resoluções
altas (1080p, por exemplo), inclusive maiores que as suportadas pela tecnologia DVI (Digital Visual
Interface), que substituiu o padrão VGA para as conexões de monitores em computadores.
O conector do cabo HDMI também leva vantagem em relação aos demais padrões, já que
possui tamanho reduzido e encaixe fácil, semelhante aos conectores USB. Na verdade, a indústria
definiu dois tipos de conectores inicialmente: o HDMI tipo A e HDMI tipo B, com 19 e 29 pinos,
respectivamente. O conector tipo A é o mais comum do mercado, já que consegue atender a toda a
demanda existente, sendo inclusive compatível com a tecnologia DVI-D. Neste caso, basta que uma
ponta do cabo seja DVI-D e, a outra, HDMI. O conector HDMI tipo B é destinado a resoluções mais
altas e pode trabalhar com o esquema dual link, que duplica a freqüência pixel clock, fazendo com
que a transmissão dobre a sua capacidade.
Versões do HDMI:
A tecnologia HDMI passou por várias revisões em suas especificações desde a disponibilização
da primeira versão. A vantagem disso é que cada versão adiciona melhorias à tecnologia. Por outro
lado, isso causa confusão e, em determinadas situações, pode provocar o impedimento do envio do
sinal. Esse problema pode ocorrer, por exemplo, se o dispositivo receptor trabalhar com uma versão
inferior à versão utilizada pelo dispositivo emissor. Para lidar com essa possibilidade, a indústria
desenvolveu técnicas que garantem a transmissão dos dados. A diferença é que, se a transmissão
requerer algum recurso existente na versão mais recente, o dispositivo com a versão anterior não
poderá utilizá-la.
• HDMI 1.0: lançado oficialmente no final de 2002, a primeira versão do HDMI é
caracterizada por utilizar cabo único para transmissão de vídeo e áudio com um taxa de
transmissão de dados de 4,95 Gb/s à uma freqüência de 165 MHz. É possível ter até 8
canais de áudio.
• HDMI 1.1: semelhante à versão 1.0, porém com a adição de compatibilidade ao padrão
DVD-Audio. Lançado em maio de 2004.
• HDMI 1.2: adicionado suporte a formatos de áudio do tipo One Bit Audio, usados, por
exemplo, em SACD (Super Audio CD). Incluído suporte à utilização do HDMI em PCs e
a novos esquemas de cores. Lançado em agosto de 2005.
• HDMI 1.2a: lançado em dezembro de 2005, esta revisão adotou as especificações
Consumer Electronic Control (CEC) e recursos específicos para controle remoto.
• HDMI 1.3: nesta versão, o HDMI passou a suportar freqüência de até 340 MHz,
permitindo transmissões de até 10,2 Gb/s. Além disso, a versão 1.3 permite a utilização
de uma gama maior de cores e suporte às tecnologias Dolby TrueHD e DTS-HD Master
Audio. Essa versão também possibilitou o uso de um novo miniconector (HDMI tipo C
- mini), apropriado a câmeras de vídeo portáteis, e elimina um problema de sincronismo
entre o áudio e o vídeo (lip sync). O lançamento do HDMI 1.3 se deu em junho de 2006.
• HDMI 1.3a e 1.3b: lançado em novembro de 2006 e outubro de 2007, respectivamente,
essas revisões contam com leves alterações nas especificações da versão 1.3 e com a
adição de alguns testes, inclusive em relação ao HDCP.

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• HDMI 1.4: Esta versão foi anunciada em maio de 2009 e oferece tantas novidades que
poderia até ser chamada de 2.0. Eis suas principais características:
1. Capacidade de trabalhar com resoluções de até 4096x2160 pixels;
2. Compatibilidade com um número maior de cores;
3. Suporte a um canal de retorno de áudio (Audio Return Channel - ARC);
4. Possibilidade de transmissão por meio de conexões Ethernet de até 100 Mb/s (HDMI
Ethernet Channel - HEC), permitindo que dispositivos interconectados compartilhem
acesso à internet;
5. Melhor suporte para tecnologias de imagens em 3D;
6. Padronização para transmissão em veículos (aparelhos de DVD de ônibus, por
exemplo).

• O DisplayPort é um novo padrão de saída de vídeo que pode eventualmente substituir tanto
o DVI quanto o HDMI. Ele é um padrão aberto e livre de royalties. À primeira vista, a utilidade
do DisplayPort parece questionável, já que já temos dois padrões digitais concorrentes (DVI e
HDMI) e um terceiro padrão de legado (o velho VGA) que se recusa a dar o braço a torcer e
continua sendo encontrado em novos monitores e placas de vídeo ano após ano. Entretanto, o
DisplayPort oferece algumas vantagens estratégicas que podem fazer com que ele se sobressaia
a longo prazo. A diferença mais visível é que o conector é muito menor e dispensa o uso de
parafusos de retenção (como no DVI), oferecendo um sistema de presilhas que é destravado por
um botão.
Com relação aos aspectos técnicos, o DisplayPort oferece mais banda que o DVI, suportando
a transmissão de até 8.64 gigabits (2.16 gigabits por par, com o uso de até 4 pares), o que permite
o uso de resoluções de até 2560x1600 (com 60 Hz) e refresh-rates mais altos, de até 120 Hz, em
resoluções mais baixas. O protocolo é baseado no uso de pacotes, o que facilita a criação de padrões
mais rápidos no futuro.
Diferente do DVI, o DisplayPort suporta também a transmissão de áudio, dispensando o
uso do cobo analógico conectado à placa de som no caso de um HDTV ou monitor com speakers
integrados. O fluxo de áudio é nesse caso transmitido através do barramento PCI Express para o
controlador de vídeo e daí até o dispositivo, percorrendo todo o caminho em formato digital, sem
degradação. O DisplayPort oferece também suporte ao HDCP (juntamente com um padrão próprio de
encriptação, o DPCP), o que o posiciona como um concorrente direto do HDMI em HDTVs e outros
dispositivos de consumo. Por hora, todas as placas e notebooks com portas DisplayPort incluem um
bridge DVI/HDMI, que permite o uso de adaptadores simples para conectar um monitor DVI ou uma
HDTV HDMI à porta DisplayPort:

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Capítulo 10 Placa-mãe

• DVI: (Digital Visual Interface) é um padrão de interface de vídeo criado por um consórcio de
indústrias conhecido como Digital Display Working Group (DDWG) com o intuito de aumentar
o máximo possível a qualidade dos dispositivos de vídeo digitais como monitores de LCD e
projetores digitais. Esse padrão foi desenvolvido para transportar dados digitais não comprimidos
para o vídeo.
A conexão DVI é totalmente digital, ao contrário da VGA tradicional que é analógica e traz
mais qualidade para a imagem nos monitores de cristal líquido. Com a conexão DVI evita-se o trabalho
de ter que converter dados vindos da placa de vídeo para o formato analógico para transmissão e
converter novamente para o digital pelo monitor LCD.
Existem três tipos de conexões de DVI: DVI-D (digital), DVI-A (analógico) e DVI-I (digital
e analógico). Para os formatos DVI-D e DVI-I, existem dois tipos de cabos, os de Single Link e Dual
Link, que utilizam um formato para transmissão de informações digitais chamado TMDS (Transition
Minimized Differential Signaling).
Os canais TMDS servem para tornar a transmissão de dados protegida e com menos problemas,
efetuando-a de forma codificada. Eles transmitem o sinal duplicado, contudo o segundo sinal é
invertido. Quando o dispositivo receptor recebe os sinais, ele faz uma comparação e as diferenças
encontradas fazem com que ele identifique alterações (ruídos de transmissão) e possa descartá-las.
Os cabos Single Link utilizam um TMDS de 165 Mhz enquanto os Dual Links usam dois. As
resoluções máximas permitidas para o Single Link são de 1920 x 1080 a 60 quadros por segundo e do
Dual Link 2048 x 1536 a 60 quadros por segundo.

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• VGA: A VGA é a mais antiga entre as conexões presentes no mercado. Ele é normalmente
usado para conectar o computador ao monitor, mas também pode estabelecer ligação entre o PC
e a TV ou outros dois displays. Seu principal concorrente é o cabo HDMI. Seu nome é originado
do inglês “Video Graphics Array”, que, em tradução livre, significa padrão de gráficos de vídeo.
O cabo analógico foi inventado pela IBM em 1987. O modelo original podia reproduzir de 16
a 256 cores com resolução máxima de 640 × 480 pixels, representando um grande avanço à época.
Com o passar do tempo, outras versões foram criadas e aprimoradas, mas a terminologia permaneceu.
Isso se deve, em grande parte, ao conector, cujo nome correto é D-SUB ou Conector DB. Eles podem
ser encontrados em diversos tamanhos, mas o mais usado é o VGA de 10 metros.
Os conectores vêm nas versões macho e fêmea, e aparecem tanto em cabos quanto em placas
de vídeo. Os “machos” têm 15 pinos, distribuídos em três fileiras de cinco, que se encaixam nos
furinhos presentes no plugue “fêmea”. Além disso, geralmente possuem dois parafusos, um de cada
lado, permitindo fixar melhor essas duas partes.
Existe grande variedade de cabos VGA disponíveis. Alguns modelos mais sofisticados
oferecem plugs folheados a ouro ou blindagem contra interferência. No entanto, isso não chega a
representar grande diferença na qualidade da imagem. A principal recomendação na hora da compra
não está no material de confecção, e sim na extensão do fio. Quanto menor o cabo, melhor, pois há
menos degradação do sinal.
Depois de 27 anos, os cabos VGA estão progressivamente caindo em desuso. Ainda é
possível encontrá-los nos computadores atuais, mas os novos aparelhos de TV já não possuem mais o
suporte. Em contrapartida, os televisores recentes usam largamente o cabo HDMI. O modelo garante
transmissão de vídeo e som digitais em alta qualidade, sendo o mais presente atualmente em TVs e
computadores. O padrão vem tomando o lugar do VGA, já vindo em placas offboard e onboard.

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Capítulo 10 Placa-mãe

10.4 - Anotações

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11 de Vídeo
Monitores e Placas
Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo

11 Monitores e placas de vídeo


Nesse capítulo iremos conhecer as principais caracteristicas de placas de vídeo e monitores
de computador. Temos diversos modelos e fabricantes no mercado para todos os bolsos e aplicações,
desde as básicas (uso do Office e navegação, por exemplo) até as mais avançadas como jogos ou
edição de vídeos e fotos.
11.1 Placas de vídeo
As placas de vídeo são itens de hardware responsáveis pela geração das imagens que são
exibidas na tela do computador (incluindo videogames, smartphones, etc). Há tanta variedade de
placas com tão distintos recursos que é essencial conhecer ao menos as principais características
destes dispositivos e entender um pouco de seu funcionamento. Assim, você saberá escolher o modelo
mais adequado às suas necessidades.
O que é GPU?
A GPU (Graphics Processing Unit - Unidade de Processamento Gráfico), também chamada de chip
gráfico, é certamente o componente mais importante de uma placa de vídeo. Trata-se, em poucas
palavras, de um tipo de processador responsável pela execução de cálculos e rotinas que resultam nas
imagens exibidas no monitor de vídeo do computador.
Tal como acontece com as CPUs, há uma grande variedade de GPUs disponível no mercado,
algumas mais potentes, desenvolvidas especialmente para processamento de complexos gráficos 3D
(para execução de jogos ou produção de filmes, por exemplo), até as mais simples, fabricadas com
foco no mercado de computadores de baixo custo. Há vários fabricantes de GPU no mercado, mas
as empresas do ramo mais conhecidas são NVIDIA, AMD (antiga ATI) e Intel, sendo que as duas
primeiras são as mais populares no que se refere a chips gráficos mais sofisticados.

Características de uma GPU


A GPU surgiu para "aliviar" o processador principal do computador (CPU) da pesada tarefa
de gerar imagens. Por isso, é capaz de lidar com um grande volume de cálculos matemáticos e
geométricos, condição trivial para o processamento de imagens 3D (utilizadas em jogos, exames
médicos computadorizados, entre outros).
Para que as imagens possam ser geradas, a GPU trabalha executando uma sequência de etapas,
que envolvem elaboração de elementos geométricos, aplicação de cores, inserção de efeitos e assim
por diante. Essa sequência, de maneira bastante resumida, consiste no recebimento pela GPU de um
conjunto de vértices (o ponto de encontro de dois lados de um ângulo); no processamento dessas
informações para que elas obtenham contexto geométrico; na aplicação de efeitos, cores e afins; e
na transformação disso tudo em elementos formados por pixels (um pixel é um ponto que representa
a menor parte de uma imagem), processo conhecido com rasterização. O passo seguinte é o envio
dessas informações à memória de vídeo (frame buffer) para que então o conteúdo final possa ser
exibido na tela.

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As GPUs podem contar com vários recursos para a execução dessas etapas, entre eles:
• Pixel Shader: shader é um conjunto de instruções utilizado para o processamento de
efeitos de renderização de imagens. Pixel Shader, portanto, é um programa que trabalha
com a geração de efeitos com base em pixels. Esse recurso é amplamente utilizado
em imagens 3D (de jogos, por exemplo) para gerar efeitos de iluminação, reflexo,
sombreamento, etc;
• Vertex Shader: semelhante ao Pixel Shader, só que trabalha com vértices em vez de
pixels. Assim sendo, Vertex Shader consiste em um programa que trabalha com estruturas
formadas por vértices, lidando, portanto, como figuras geométricas. Esse recurso é
utilizado para a modelagem dos objetos a serem exibidos;
• Render Output Unit (ROP): basicamente, manipula os dados armazenados na
memória de vídeo para que eles se "transformem" no conjunto de pixels que formará as
imagens a serem exibidas na tela. Cabe a essas unidades a aplicação de filtros, efeitos de
profundidade, entre outros;
• Texture Mapping Unit (TMU): trata-se de um tipo de componente capaz de rotacionar
e redimensionar bitmaps (basicamente, imagens formadas por conjuntos de pixels) para
aplicação de uma textura sob uma superfície.

Esses recursos são utilizados pelas GPUs em componentes cujas quantidades variam de modelo
para modelo. Você viu acima, por exemplo, que há unidades para Vertex Shaders e unidades para
Pixel Shaders. A princípio e dependendo da aplicação, esse esquema se mostra vantajoso. No entanto,
pode haver situações onde unidades de um ou outro faltem, gerando um desequilíbrio que prejudica
o desempenho. Para lidar com isso, vários chips gráficos mais atuais utilizam stream processors, isto
é, unidades que podem assumir tanto a função de vertex Shaders quanto de Pixel Shaders, de acordo
com a necessidade da aplicação.

11.2 Clock da GPU


Se você olhar a imagem do programa acima, vai perceber que entre os vários campos há
um chamado "GPU Clock". E o que é isso? Ora, se a GPU é um tipo de processador, então trabalha
dentro de uma determinada frequência, isto é, de um clock. De maneira geral, o clock é um sinal de
sincronização. Quando os dispositivos do computador recebem o sinal de executar suas atividades,
dá-se a esse acontecimento o nome de "pulso de clock". Em cada pulso, os dispositivos executam suas
tarefas, param e vão para o próximo ciclo de clock.
A medição do clock é feita em hertz (Hz), a unidade padrão de medidas de frequência, que
indica o número de oscilações ou ciclos que ocorre dentro de uma determinada medida de tempo, no
caso, segundos. Assim, quando um dispositivo trabalha à 900 Hz, por exemplo, significa que é capaz
de lidar com 900 operações de ciclos de clock por segundo. Repare que, para fins práticos, a palavra
kilohertz (KHz) é utilizada para indicar 1000 Hz, assim como o termo megahertz (MHz) é usado
para indicar 1000 KHz (ou 1 milhão de hertz). De igual forma, gigahertz (GHz) é a denominação
usada quando se tem 1000 MHz, e assim por diante. Com isso, se uma GPU tem, por exemplo, uma
freqüência de 900 MHz, significa que pode trabalhar com 900 milhões de ciclos por segundo.
ssim sendo, quanto maior a frequência de uma GPU, melhor é seu o desempenho, pelo menos
teoricamente, já que essa questão depende da combinação de uma série de fatores, como quantidade
de memória e velocidade do barramento, por exemplo. Isso indica que clock é uma característica
importante, todavia, o usuário não precisa se preocupar tanto com ela, mesmo porque, em placas
de vídeo mais recentes, determinados componentes podem trabalhar com frequências diferentes
da utilizada pela GPU em si, como as unidades responsáveis pelo processamento de shaders, por
exemplo.

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Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo

11.3 Resolução e Cores

Ao comprar uma placa de vídeo, uma característica importante que geralmente é descrita nas
especificações do dispositivo é a sua resolução máxima. Quando falamos deste aspecto, estamos nos
referindo ao conjunto de pixels que formam linhas horizontais e verticais na tela. Vamos tomar como
exemplo uma resolução de 1600x900. Esse valor indica que há 1600 pixels na horizontal e 900 pixels
na vertical, como exemplifica a imagem:

É claro que, quando maior a resolução suportada, maior é a quantidade de informações que
podem ser exibidas na tela, desde que o monitor de vídeo seja capaz de lidar com os valores suportados
pela placa de vídeo. Dentro do limite máximo, a resolução pode ser alterada pelo usuário por meio de
recursos específicos do sistema operacional, onde também pode-se mudar a quantidade de cores com
a qual a placa de vídeo trabalha.
Por muito tempo, a combinação de informações referentes a resoluções e cores indicava o
padrão utilizado pela placa de vídeo. Eis os padrões mais comuns:
• MDA (Monochrome Display Adapter): padrão utilizado nos primeiros PCs, indicando
que a placa era capaz de exibir 80 colunas com 25 linhas de caracteres, suportando apenas
duas cores. Utilizado em uma época onde os computadores trabalhavam, essencialmente,
com linhas de comando;
• CGA (Color Graphics Adapter): padrão mais avançado que o MDA e, portanto, mais
caro, suportando geralmente resolução de até 320x200 pixels (podendo alcançar 640x200)
com até 4 cores ao mesmo tempo entre 16 disponíveis;
• EGA (Enhanced Graphics Adapter): padrão utilizado no então revolucionário PC AT,
suportando geralmente uma resolução de 640x350 com 16 cores ao mesmo tempo dentro
de 64 possíveis;
• VGA (Video Graphics Adapter): padrão que se tornou amplamente conhecido com
o sistema operacional Windows 95, trabalhando com resolução de 640x480 e 256 cores
simultaneamente ou 800x600 com 16 cores ao mesmo tempo;
• SVGA (Super VGA): tido como uma evolução do VGA, o SVGA inicialmente indicava
a resolução de 800x600 pixels e, posteriormente, de 1024x768. Na verdade, a partir do
SVGA, as placas de vídeo passaram a suportar resoluções ainda mais variadas e milhões
de cores, portanto, é tido como o padrão atual.
No que se refere a determinação do número de cores, esta é estabelecida pela quantidade de bits
destinada a cada pixel. O cálculo consiste no seguinte: fazer 2 elevado à quantidade de bits. Assim,
para 8 bits por pixel, tem-se 256 cores (2 elevado a 8 é igual a 256). Para 32 bits, tem-se então
4.294.967.296 de cores.

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11.4 Memória de Vídeo


Outro item de extrema importância em uma placa de vídeo é a memória. A velocidade e
quantidade desta pode influenciar significantemente no desempenho do dispositivo. Esse tipo de
componente não difere muito das memórias RAM que são tipicamente utilizadas em PCs, sendo
inclusive relativamente comum encontrar placas que utilizam chips de memória de tecnologias
DDR, DDR2 e DDR3. No entanto, placas mais avançadas e atuais contam com um tipo de memória
específica para aplicações gráficas: memórias GDDR (Graphics Double Data Rate).
As memórias GDDR são semelhantes aos tipos de memória DDR, mas são especificadas de
maneira independente. Basicamente, o que muda entre essas tecnologias são características como
voltagem e frequência. Até o fechamento deste artigo no InfoWester era possível encontrar cinco
tipos de memórias GDDR: GDDR1 (ou apenas GDDR), GDDR2, GDDR3, GDDR4 e GDDR5.
Trabalhando com tensão de 2,5 V e frequência de até 500 MHz, a memória GDDR1 (que é
praticamente o padrão DDR) foi até que foi bastante utilizada, mas logo perdeu a preferência para
memórias GDDR3 (ao menos nas placas mais avançadas). O tipo GDDR2 teve pouca utilização,
sendo empregado quase que exclusivamente nas linhas GeForce FX 5700 Ultra e GeForce FX 5800
da NVIDIA, pois embora trabalhe com frequências de até 500 MHz, sua tensão é de 2,5 V, resultando
em um grande problema: calor excessivo.
As memórias GDDR3 surgiram como uma solução para essa questão porque trabalham com
tensão de 1,8 V (podendo em alguns casos trabalhar também com 2 V) e aliam isso com maior
velocidade, pois trabalham com 4 transferências de dados por ciclo de clock (contra duas dos padrões
anteriores). Sua frequência, em geral, é de 900 MHz, mas pode chegar a 1 GHz. Tecnicamente, são
semelhantes às memórias DDR2.
Memórias GDDR4, por sua vez, são parecidas com memórias DDR3, lidam com 8 transferências
por ciclo de clock e utilizam tensão de apenas 1,5 V. Além disso, empregam tecnologias como DBI
(Data Bus Inversion) e Multi-Preamble para diminuir o "delay", isto é, o tempo de espera existente
na transmissão de dados. No entanto, sua frequência permanece, em média, na casa dos 500 MHz,
devido a sua "suscetibilidade" a problemas de ruído (interferências). Por esse motivo, essa tecnologia
de memória GDDR tem aceitação baixa no mercado.
relação às memórias GDDR5, esse tipo suporta frequências semelhantes e até ligeiramente
maiores que as taxas utilizadas pelo padrão GDDR3, porém trabalha com 8 transferências por ciclo de
clock, aumentando significantemente seu desempenho. Além disso, também conta com tecnologias
como DBI e Multi-Preamble, sem contar a existência de mecanismos que oferecem melhor proteção
contra erros.
As memórias GDDR3 e GDDR5 são as mais utilizadas no mercado, sendo esta última
comumente encontrada em placas de vídeo mais avançadas da ATI. quanto de memória minha placa
de vídeo deve ter? Se você está se fazendo esta pergunta, saiba que, ao contrário do que muita gente
pensa, nem sempre mais é melhor. Isso porque determinadas aplicações (jogos, principalmente)
podem lidar com até certa quantidade de memória. Após isso, a memória restante não é utilizada.
O ideal é procurar placas que ofereçam recursos compatíveis com as necessidades atuais,
inclusive em relação à memória. No momento em que este artigo era escrito, era bastante comum
encontrar placas com capacidades de 512 MB e 1 GB, além de modelos mais avançados com esta
quantidade em 2 GB. De modo geral, quanto mais avançada for a GPU, mais memória deve ser
utilizada para não comprometer o desempenho.

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Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo

11.5 Recurso 3D
Nos dias atuais, é praticamente impossível falar de placas de vídeo sem considerar gráficos
3D (gráficos em três dimensões). Esse tipo de recurso é essencial para a indústria do entretenimento,
onde filmes e jogos em 3D fazem grande sucesso. Por conta disso, as pessoas querem e precisam que
seus computadores possam lidar com esse tipo de aplicação.
O problema é que não basta ter uma placa que execute recursos em 3D. É preciso saber até
que ponto vai essa capacidade, uma vez que a indústria lança jogos e outras aplicações que lidam
com 3D constantemente e de maneira cada vez mais aperfeiçoada, isso tudo em nome do maior
realismo possível. Acontece que, quanto mais avançadas forem as imagens de uma aplicação, mais
processamento gráfico será necessário. Por essa razão, na hora de escolher sua placa de vídeo, o
usuário deve estar atento às características do dispositivo (clock, quantidade de memória, execução
de shaders, entre outros).

Também é importante conhecer alguns conceitos relacionados ao processamento 3D:


• Fillrate: consiste na medida da quantidade de pixels que o chip gráfico é capaz de
renderizar por segundo, sendo também chamado de "pixel fillrate". Em outras palavras,
trata-se da medição do processamento de pixels. Isso ocorre porque, quando uma
imagem 3D é gerada, ela deve posteriormente ser transformada em 2D para que possa ser
visualizada na tela, tarefa que se dá pela transformação das informações em pixels. Note
que também existe o "texel fillrate", que mede, também por segundo, a capacidade da
placa de vídeo de aplicar texturas;
• Frames per Second (FPS): como o nome indica, o FPS indica a quantidade de frames
por segundo que é exibida na tela. Quando um filme é executado, por exemplo, ele é, na
verdade, composto por uma sequência de imagens, como se fossem várias fotografias
seguidas. Cada uma dessas "fotografias" é um frame. Via de regra, quanto maior a
quantidade de frames por segundo, melhor é a percepção do usuário para os movimentos
que vê.
• V-Sync: uma maneira de tornar a exibição de imagens mais confortável aos olhos
humanos é ativando o V-Sync. Trata-se de um recurso que sincroniza a taxa de FPS
com a frequência de atualização do monitor de vídeo (refresh rate). Essa medida informa
quantas vezes por segundo a tela atualiza a exibição de imagens.
• Antialiasing: este é um recurso extremamente importante para melhorar a qualidade
da imagem a ser exibida. Muitas vezes, por causa de limitações de resolução do monitor,
objetos 3D aparecem na tela com as bordas "tremidas", como se alguém tivesse passado
um tesoura por ali de maneira bem grosseira. Os filtros antialiasing conseguem amenizar
esse problema de maneira bastante satisfatória, mas podem exigir muitos recursos de
processamento;
• Anisotropic Filtering: também conhecido pela sigla AF, esse recurso permite eliminar

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ou amenizar o efeito de "imagem borrada" existente em texturas, principalmente quando


estas representam superfícies inclinadas. Essa sensação piora quando o usuário aproxima
a visualização da textura (como se aplicasse um "zoom"). O AF consegue reduzir esse
problema a tal ponto que as imagens não só ficam mais nítidas como também apresentam
melhor sensação de profundidade.

11.6 DirectX e OpenGL


Fazer com que aplicações gráficas possam aproveitar todo o poder das GPUs não é tarefa
fácil. Na época dos primeiros PCs, por exemplo, era até viável programar funcionalidades para
acessar diretamente os recursos dos chips gráficos, mas com o passar do tempo e com a evolução
da computação em 3D essa tarefa se tornou cada vez mais trabalhosa e complexa. Em vista disso,
surgiram as APIs (Application Programming Interface) direcionadas às aplicações gráficas, que são,
basicamente, conjuntos de instruções "pré-prontas" que permitem a programadores a criação de
conteúdo gráfico de maneira mais rápida e fácil.
O DirectX, que na verdade é um conjunto de APIs para aplicações de áudio e vídeo, pertence
à Microsoft e, portanto, é amplamente utilizado nos sistemas operacionais Windows. Como essa
plataforma é bastante popular em todo mundo, conta com inúmeras aplicações que utilizam DirectX,
especialmente jogos. Logo, nada mais natural que os principais fabricantes de GPUs lancem chips
gráficos compatíveis com essa tecnologia.
O OpenGL, por sua vez, tem finalidades semelhantes ao DirectX, mas com um grande
diferencial: trata-se de uma tecnologia aberta e, portanto, disponível gratuitamente para várias
plataformas. Com isso, fica até mais fácil criar versões de uma mesma aplicação para sistemas
operacionais distintos.
A vantagem de ser aberto é que o OpenGL permite o desenvolvimento de uma grande
quantidade de aplicações e não limita esse trabalho a uma única plataforma. Mas, embora seja
bastante utilizado até hoje, o OpenGL esbarra em um grande problema: tem atualização mais lenta e
menos inovadora quando comparado ao DirectX, fato que o impede de ser ainda mais empregado em
aplicações gráficas, especialmente em jogos mais recentes.
Uma observação interessante é que determinadas aplicações permitem que o usuário escolha
entre OpenGL e DirectX. Assim, pode-se testar ambas e utilizar aquela que apresentar melhor
desempenho.

11.7 Monitores de vídeo


Em um passado não muito distante, comprar um monitor de vídeo ou uma televisão consistia
em adquirir um aparelho grandalhão e pesado, afinal, estes dispositivos eram do tipo CRT (Catodic
Ray Tube - Tubo de raios catódicos). Hoje, no entanto, monitores e televisores ocupam muito menos
espaço e oferecem melhor qualidade de imagem. Duas tecnologias bastante populares neste segmento
são as telas de LCD (Liquid Crystal Display) e Plasma, que também podem ser empregadas em
dispositivos portáteis. Como se não bastasse, estas tecnologias logo começaram a dividir espaço com
telas de OLED (Organic Light-Emitting Diode) e AMOLED (Active Matrix Organic Light-Emitting
Diode). Mas, o que estes nomes significam? Qual a diferença entre LCD e Plasma? Telas OLED ou
AMOLED são melhores em quê?
O que é LCD?
A tecnologia LCD (Liquid Crystal Display - Telas de Cristal Líquido) não é empregada apenas
em monitores ou TVs. No mercado, é possível encontrar dispositivos portáteis - como consoles de
games, telefones celulares, calculadoras e câmeras digitais - cujas telas também fazem uso desta
tecnologia. Laptops, por exemplo, utilizam este tipo de tela há anos.

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Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo

Tal como o seu nome indica, o "segredo" do LCD está em um material chamado cristal líquido,
que recebe este nome porque, apesar de não se tratar exatamente de um componente líquido, suas
características o fazem agir como tal.
Em sua constituição mais simples, as moléculas de cristal líquido são distribuídas entre
duas lâminas transparentes polarizadas chamadas substratos. Este processo é orientado de maneira
diferente nas duas lâminas, de forma que estas formem eixos polarizadores perpendiculares, como se
formassem um ângulo de 90º. A grosso modo, é como se uma lâmina recebesse polarização horizontal,
e a outra, polarização vertical, formando um esquema do tipo "linhas e colunas".
As moléculas de cristal líquido são capazes de orientar a luz. Quando uma imagem é exibida
em um monitor LCD, elementos elétricos presentes nas lâminas geram campos magnéticos que
induzem o cristal líquido a "guiar" a luz oriunda da fonte luminosa para formar o conteúdo visual.
Sempre que necessário, uma tensão diferente pode ser aplicada, fazendo com que as moléculas de
cristal líquido se alterem de maneira a impedir a passagem da luz.
Telas OLED:
O OLED tem certa semelhança com o LED, mas difere em sua composição: trata-se de um
material formado por diodos orgânicos (isto é, constituídos com carbono) que geram luz quando
recebem carga elétrica. Estes diodos podem ser bastante pequenos, permitindo que cada pixel da tela
receba este material de forma a ser iluminado individualmente.
Como o OLED é capaz de gerar luz, a tela não necessita de retroiluminação. Por causa disso,
a indústria pode criar telas mais finas e que geram menos custos de fabricação, já que este processo
também é mais simples. A espessura de painéis OLED é tão minúscula que é possível até mesmo a
fabricação de telas flexíveis, já em teste em vários fabricantes.
As vantagens não terminam aí: telas OLED também gastam menos energia; geram cores mais
nítidas, inclusive de preto, já que não há camadas que possam diminuir a intensidade de iluminação;
suportam maior ângulo de visão; e oferecem menos tempo de resposta.
Por causa disso, telas OLED são utilizadas principalmente em dispositivos móveis, que
necessitam de telas mais finas por causa do seu tamanho reduzido e também de menor consumo de
energia, já que somente são conectados às tomadas para recarga de bateria.

11.8 Pixel e Dot Pich


A palavra pixel é oriunda da junção dos termos picture e element, formando, ao pé da letra,
a expressão elemento de imagem. Ao visualizarmos uma imagem com alto índice de aproximação ,é
possível identificar pequenos quadrados coloridos nela, que, somados, formam o desenho completo.
Esses pontos, que são a menor parte de uma imagem, levam o nome de pixels. A partir da
noção do pixel como uma medida da qualidade das imagens, foi propagado o termo “resolução” para
atribuir quantos pixels em altura e largura uma foto tem.
Nas câmeras digitais, por exemplo, é comum vermos a concorrência gerada pelo fabricante
que desenvolve, com um bom preço, a câmera com a maior taxa de Megapixels entre a concorrência.
Um dispositivo com 1 Megapixel de resolução é capaz de ampliar imagens com cerca de um milhão
de pixels em tamanho.
1.300.000 pixels dentro de uma única imagem, o que, em termos de resolução, equivale à uma
foto com 1280 pixels de largura por 1024 de altura, somando um total de 1.310.720 pontos.
O grande desafio dos fabricantes de monitores atuais é permitir ao usuário aumentar a
resolução dos aparelhos, o que, na prática, é permitir a inserção de mais pixels na tela, aumentando ,
desta forma, a qualidade das imagens.

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Em termos práticos, é perceptível identificar a mudança na qualidade das texturas ao


modificarmos a resolução do nosso monitor, em especial no que se refere a jogos. Quanto maior a
deixamos, mais bem delineadas as imagens e elementos do Windows se tornam.
Já o Dot Pitch é o termo utilizado para referenciar os pontos no monitor. Lembrando, o canhão
trabalha com 3 feixes de cores. Na tela, a camada de fósforo gera a cor correspondente ao feixe através
da intensidade da corrente elétrica. Cada ponto da tela consegue representar somente uma cor a cada
instante. Cada conjunto de 3 pontos, sendo um vermelho, um verde e um azul, é denominado tríade.
Dot Pitch é, basicamente, a distância entre dois pontos da mesma cor. Quanto menor esta distância
melhor a imagem. O Dot Pitch é medido em milímetros. Para uma imagem com qualidade, o mínimo
recomendado é o uso de monitores com Dot Pitch igual ou menor que 0,28 mm.

11.9 Como escolher uma placa de vídeo


Uma das maiores dificuldades que o técnico de hardware pode enfrentar é como escolher
uma boa placa de vídeo para seu uso ou de seus clientes, mas seguindo uma lista de passos básicos é
possível definir facilmente qual a placa de vídeo ideal para o seu computador.
1. Descubra se o seu computador pode receber um upgrade de placa de vídeo.
• A maioria dos notebooks com Windows têm placas de vídeo integradas. Elas são soldadas à
placa-mãe do computador e não podem ser substituídas, eliminando assim a possibilidade
de um upgrade ou substituição.
• Geralmente você poderá trocar uma placa de vídeo por uma nova em um computador
desktop. Para saber como fazê-lo, pode ser necessário pesquisar, verificar o suporte da
empresa que fabricou o seu computador ou abri-lo.
• Pode ser necessário comprar uma nova fonte de energia para o computador. Elas são o
que armazena e distribui a energia no seu computador. Se um upgrade de uma placa de
vídeo usar energia demais, pode ser preciso comprar uma nova fonte.
2. Aprenda a terminologia, para comprar uma placa de vídeo é preciso conhecer alguns
conceitos:
• GPU (Unidade de Processamento Gráfico): microprocessadores extremamente poderosos
que realizam operações matemáticas rapidamente para, geralmente, renderizar imagens.
• Clock do núcleo: frequência na qual a GPU funciona. Quanto maior esse número, mais
rapidamente a GPU renderizará as imagens.
• Clock de memória: velocidade da memória da placa. Quanto maior esse número, maior a
qualidade de performance.
• Largura de banda da memória: ritmo no qual dados podem ser armazenados ou lidos. Esse
valor é expressado como o tipo de memória (ex. GDDR3, GDDR4, GDDR5) e bytes/
segundo. Novamente, quanto maior o valor, mais rápida a placa.
• Interface: Determina se a placa de vídeo é compatível com a placa-mãe.
• Overclocking: a ação de obter o máximo de performance da sua placa de vídeo. Útil
principalmente para jogos.
3. Determine quais são as suas necessidades. É importante determinar para que será usada
a sua placa de vídeo. Certas atividades exigirão especificações mais avançadas.
• Baixo uso de gráficos/internet/custo: Essas placas de vídeo são para qualquer um que
não planeje usar qualquer coisa que exija muito da placa e queira uma placa barata. Elas
geralmente custam menos de R$ 250,00 em troca de um baixo desempenho se ela for
mais exigida. Ideal para qualquer um que apenas deseje navegar pela internet.

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Capítulo 11 Monitores e Placas de Vídeo

• Mainstream/uso geral: provavelmente uma das categorias com maior variedade.


Qualquer um que use o computador para propósitos rotineiros, navegar na internet,
verificar e-mails e jogos com menor exigência de gráficos deve comprar uma placa nessa
categoria. Essas placas de vídeo não terão uma velocidade de clock alta, mas terão uma
boa relação custo-benefício e darão conta do recado. Essas placas podem custar menos
de R$ 1000,00.
• Jogos/gráficos pesados: qualquer pessoa que goste de jogar ou precise de uma placa
para gráficos pesados provavelmente precisa de uma placa de alto desempenho. Elas
geralmente vêm com bastante velocidade de clock para fornecer um desempenho de alta
qualidade mantendo seu FPS alto. Essas placas têm uma variação de preço bem grande,
podendo custar cerca de R$ 500,00 a R$ 3260,00. No entanto, muitas placas acima dos
R$ 1700,00 estão superfaturadas, e você pode obter um desempenho bem melhor com
uma placa mais barata. Observe que não é preciso comprar uma placa acima dos R$
1500,00 e você pode usar uma bem mais barata.
4. Defina um orçamento razoável. Baseado na informação acima, você deve conseguir
determinar o que precisa em sua placa gráfica. Não pense que o preço é tudo.
• Não compre uma placa gráfica boa demais para suas necessidades. Pode ser tentador, mas
não gaste seu dinheiro em uma placa de vídeo que não será totalmente usada.
5. Escolha a melhor placa dentro do seu preço para as aplicações e jogos que planeja
usar.
• Tenha em mente que o hardware e os componentes individuais se aprimoram várias vezes
a cada ano. Uma placa perto da base da variação das suas especificações provavelmente
será obsoleta em breve e você não conseguirá rodar alguns jogos ou programas mais
recentes.

11.10 - Anotações

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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores

12
Disco Rígido
Capítulo 12 Disco Rígido

12 Disco Rígido
O disco rígido - ou HD (Hard Disk) - é o dispositivo de armazenamento permanente de
dados mais utilizado nos computadores. Nele, são armazenados desde os seus arquivos pessoais até
informações utilizadas exclusivamente pelo sistema operacional.
12.1 Interface IDE (PATA)
Os HDs são conectados ao computador por meio de interfaces capazes de transmitir os dados
entre um e outro de maneira segura e eficiente. Há várias tecnologias para isso, sendo as mais comuns
os padrões IDE, SCSI e, atualmente, SATA.
A interface IDE (Intelligent Drive Electronics ou Integrated Drive Electronics) também é
conhecida como ATA (Advanced Technology Attachment) ou, ainda, PATA (Parallel Advanced
Technology Attachment). Trata-se de um padrão que chegou pra valer ao mercado na época da antiga
linha de processadores 386.
Como a popularização deste padrão, as placas-mãe passaram a oferecer dois conectores
IDE (IDE 0 ou primário; e IDE 1 ou secundário), sendo que cada um é capaz de conectar até dois
dispositivos. Essa conexão é feita ao HD (e a outros dispositivos compatíveis com a interface) por
meio de um cabo flat (flat cable) de 40 vias. Posteriormente, chegou ao mercado um cabo flat de 80
vias, cujos fios extras servem para evitar a perda de dados causada por ruídos (interferência).

Como é possível conectar dois dispositivos no mesmo cabo, uma pequena peça com interior
de metal chamada jumper é posicionada na parte traseira do HD (ou de outro equipamento que faz
uso desta interface). A disposição deste jumper varia conforme o fabricante, mas sempre há uma
posição que, se usada, determina que aquele dispositivo seja primário e outra posição que determina
que o componente seja secundário. Este é um meio de fazer com que o computador saiba quais dados
correspondem a cada dispositivo.

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12.2 Interface Sata


A especificação SATA (Serial ATA) se tornou padrão no mercado, já que oferece várias
vantagens em relação ao PATA, como maiores taxas de transmissão de dados, dispensa de uso
de jumpers, cabos de conexão e alimentação mais finos (facilitando a circulação de ar dentro do
computador), entre outros.
A interface SATA não conta com o esquema de permitir dois dispositivos por cabo, mas isso
não chega a ser um problema: como seu conector é pequeno, sua instalação é mais fácil, por isso, é
comum encontrar placas-mãe que possuem quatro, seis ou até oito conectores neste padrão.

12.3 SCSI
A interface SCSI (Small Computer System Interface) - normalmente pronunciada como
"iscãzi" - é uma especificação antiga criada para permitir transferências de dados mais rápidas, de até
320 MB/s (megabytes por segundo). Como esta é uma tecnologia mais complexa e, consequentemente,
mais cara, sua utilização nunca foi comum em ambientes domésticos, a não ser por usuários que
podiam investir em computadores pessoais mais poderosos. Sua aplicação sempre foi mais frequente
em servidores.
É possível encontrar dispositivos que utilizam a interface SCSI até nos dias de hoje, no entanto,
esta perdeu espaço para a tecnologia SATA.
12.4 HD Externo
É possível encontrar vários tipos de HDs no mercado, desde os conhecidos discos rígidos para
instalação em desktops, passando por dispositivos mais sofisticados voltados ao mercado profissional
(ou seja, para servidores), chegando aos cada vez mais populares HDs externos.
O que é um HD externo? Simplesmente um HD que você pode levar para praticamente
qualquer lugare e conectá-lo ao computador somente quando precisar. Para isso, pode-se usar, por
exemplo, portas USB, FireWire e até SATA externo, tudo depende do modelo do HD.
Também é comum encontrar no mercado cases que permitem ao usuário montar o seu próprio
HD externo: trata-se de um equipamento que possibilita a conexão de um HD "convencional", fazendo
com que este funcione como um HD externo. O usuário precisa apenas adquirir um HD compatível
com o case, que utilize a interface correta e as dimensões correspondentes.
O HD externo é útil para quando se tem grandes quantidades de dados para transportar ou
para fazer backup (cópia de segurança de seus arquivos). Do contrário, é preferível utilizar pendrives,
DVDs regraváveis ou outro dispositivo de armazenamento com melhor relação custo-benefício. Isso
porque os HDs externos são um pouco mais caros e costumam ser pesados (exceto os modelos de
tamanho reduzido). Além disso, devem ser transportados com mais cuidado, para evitar danos.

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Capítulo 12 Disco Rígido

12.5 HD SSD
O SSD (solid-state drive) é uma nova tecnologia de armazenamento considerada a evolução
do disco rígido (HD). Ele não possui partes móveis e é construído em torno de um circuito integrado
semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferentemente dos sistemas magnéticos
(como os HDs).
Mas o que isso representa na prática? Muita evolução em relação aos discos rígidos. Por
exemplo, a eliminação das partes mecânicas reduz as vibrações e tornam os SSDs completamente
silenciosos.
Outra vantagem é o tempo de acesso reduzido à memória flash presente nos SSDs em relação
aos meios magnéticos e ópticos. O SSD também é mais resistente que os HDs comuns devido à
ausência de partes mecânicas – um fator muito importante quando se trata de computadores portáteis.
O SSD ainda tem o peso menor em relação aos discos rígidos, mesmo os mais portáteis;
possui um consumo reduzido de energia; consegue trabalhar em ambientes mais quentes do que os
HDs (cerca de 70°C); e, por fim, realiza leituras e gravações de forma mais rápida, com dispositivos
apresentando 250 MB/s na gravação e 700 MB/s na leitura.
Mas nem tudo são flores para o SSD. Os pequenos velozes ainda custam muito caro, com
valores muito superiores que o dos HDs. A capacidade de armazenamento também é uma desvantagem,
pois é menor em relação aos discos rígidos. De qualquer forma, eles são vistos como a tecnologia do
futuro, pois esses dois fatores negativos podem ser suprimidos com o tempo.
Obviamente, é apenas uma questão de tempo para que as empresas que estão investindo
na tecnologia consigam baratear seus custos e reduzir os preços. Diversas companhias como IBM,
Toshiba e OCZ trabalham para aprimorar a produção dos SSDs, e fica cada vez mais evidente que os
HDs comuns estão com seus dias contados.

12.6 Velocidades das Interfaces IDE


Uma interface de disco nada mais é do que um meio de comunicação, uma estrada por onde
podem trafegar os dados que entram e saem do HD. De nada adianta um disco rígido muito veloz, se
a interface não permite que ele se comunique com o restante do sistema usando toda a sua velocidade.
Atualmente são usados dois padrões de interfaces de disco: o IDE e o SCSI, com predominância
do IDE. Placas mãe mais antigas, não possuíam interfaces IDE. Nelas, a interface IDE deveria ser
adquirida separadamente, e encaixada em um slot disponível.
Existem vários modelos de interfaces IDE, que oferecem diferentes modos de operação. Estes
modos de operação são chamados de "Pio" e determinam a velocidade e recursos da interface.

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Placas mãe um pouco mais antigas, como as placas para processadores Pentium que utilizam
os chipsets FX e VX, suportam apenas o modo Pio 4, sendo capazes de transferir dados a 16,6
Megabytes por segundo. Placas um pouco mais recentes, suportam também o Ultra DMA, também
chamado de Ultra ATA. Este modo de operação traz várias vantagens sobre o antigo Pio Mode 4,
como a maior taxa de transferência de dados, que passa a ser de 33 Megabytes por segundo.
A principal vantagem do UDMA porém, é permitir que o disco rígido possa acessar diretamente
a memória RAM. Usando o UDMA, ao invés do processador ter de ele mesmo transferir dados do HD
para a memória RAM, e vice-versa, pode apenas fazer uma solicitação ao disco rígido para que ele
mesmo faça o trabalho.
Claramente este modo de operação aumenta perceptivelmente o desempenho do sistema, pois
poupa o processador do envolvimento com as transferências de dados, deixando-o livre para executar
outras tarefas. O Pio Mode 4 permite o uso do Multiword DMA 2, que também permite o acesso
direto à memória, embora de forma um pouco menos eficiente.
Para fazer uso das vantagens do UDMA, é preciso que o disco rígido também ofereça suporte
a esta tecnologia. Todos os modelos de discos mais recentes incluem o suporte a UDMA, porém,
mantendo a compatibilidade com controladoras mais antigas.
Existem 7 modos de operação de interfaces IDE que vão desde o Pio Mode 0, extremamente
lento, ao novo UDMA 66, que mantém os recursos do Ultra DMA, porém suportando maiores
velocidades de transferências de dados

12.7 Versões da Interface SATA


Assim como acontece com outras tecnologias, o padrão SATA é aperfeiçoado com o passar do
tempo, fato que resulta em novas versões. A seguir, uma breve descrição das versões existentes:
SATA I: A primeira versão do SATA trabalha com taxa máxima de transferência de dados de
150 MB por segundo (MB/s). Esta versão recebe também os seguintes nomes: SATA 150, SATA 1.0,
SATA 1,5 Gb/s (1,5 gigabits por segundo) ou, como você já sabe, simplesmente SATA I.
Teoricamente, esta versão do SATA pode trabalhar com taxas de transferência de até 1,5 Gb/s,
resultando em um alcance máximo de 192 MB/s (megabytes por segundo). No entanto, a interface
utiliza um esquema de codificação de nome 8B/10B que limita esta velocidade a 1,2 Gb/s, algo em
torno de 150 MB.
Teoricamente, esta versão do SATA pode trabalhar com taxas de transferência de até 1,5 Gb/s,
resultando em um alcance máximo de 192 MB/s (megabytes por segundo). No entanto, a interface
utiliza um esquema de codificação de nome 8B/10B que limita esta velocidade a 1,2 Gb/s, algo em
torno de 150 MB.

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Capítulo 12 Disco Rígido

SATA II: Não demorou muito para surgir uma versão denominada SATA II (SATA 3 Gb/s,
SATA 2.0 ou SATA 300) cuja principal característica é a velocidade de transmissão de dados de até
300 MB/s, o dobro do SATA I, não sendo um pouco maior por também utilizar codificação 8B/10B.
Este ganho substancial de velocidade se deve principalmente ao clock desta versão, de 3 GHz.
Curiosamente, muitos discos rígidos que utilizam esta especificação podem contar com um
jumper que limita a velocidade do dispositivo para 150 MB/s, uma medida aplicada para fazer com
que estes HDs funcionem em placas-mãe que suportam apenas o SATA I.
SATA III: 2009 foi o ano de lançamento do conjunto final de especificações da terceira versão
da tecnologia Serial ATA, chamada de SATA III (SATA 6 Gb/s, SATA 3.0 ou SATA 600). Este padrão
permite, teoricamente, taxas de transferências de até 600 MB por segundo.
O SATA III também utiliza uma versão melhorada da tecnologia NCQ possui melhor
gerenciamento de energia e é compatível com conectores de 1,8 polegadas específicos para dispositivos
de porte pequeno. O padrão SATA III se mostra especialmente interessante para uso em unidades
SSD, que por utilizarem memória do tipo Flash podem alcançar taxas de transferência mais elevadas
que os discos rígidos. A especificação SATA III trabalha com frequência de até 6 GHz, também
fazendo uso da codificação 8B/10B.
Vale a pena frisar que, quanto ao aspecto de velocidade, dificilmente os valores mencionados
(150 MB, 300 MB e 600 MB) são alcançados. Estas taxas indicam a capacidade máxima de
transmissão de dados entre o HD e o computador, mas dificilmente são utilizadas em sua totalidade, já
que isso depende de uma combinação de fatores, como conteúdo da memória, processamento, outras
tecnologias aplicadas ao disco rígido, etc.

12.8 Tecnologias relacionadas ao SATA


Os fabricantes podem adicionar tecnologias em seus produtos para diferenciá-los no mercado
ou para atender a uma determinada demanda, o que significa que certos recursos podem não ser,
necessariamente, obrigatórios em um disco rígido só por este ser SATA. Vejamos alguns deles:
NCQ (Native Command Queuing): o NCQ é tido como obrigatório no SATA II e no SATA
III, mas era opcional no padrão SATA I. Trata-se de uma tecnologia que permite ao HD organizar as
solicitações de gravação ou leitura de dados em uma ordem que faz com que as cabeças se movimentem
o mínimo possível, aumentando (pelo menos teoricamente) o desempenho do dispositivo e a sua vida
útil
Link Power Management: este recurso permite ao HD utilizar menos energia elétrica. Para
isso, o disco rígido pode assumir três estados: ativo (active), parcialmente ativo (partial) ou inativo
(slumber). Assim, o HD recebe energia de acordo com sua utilização no momento;
Staggered Spin-Up: este é um recurso muito útil em sistemas RAID, por exemplo, pois
permite ativar ou desativar HDs trabalhando em conjunto sem interferir no funcionamento do grupo
de discos. Além disso, a tecnologia Staggered Spin-Up também melhora a distribuição de energia
entre os discos;
Hot Plug: em sua essência, esta funcionalidade permite conectar o disco ao computador com o
sistema operacional em funcionamento. Este é um recurso muito utilizado em HDs do tipo removível.

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12.9 - Anotações

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13
Instalação de Sistemas
Curso de Hardware

13 Instalação de Sistemas
Nesse capítulo iremos aprender como instalar os principais Sistemas Operacionais do
mercado. Você irá saber identificar os requisitos de cada Sistema, como preparar seu disco rígido para
a instalação, como realizar a formatação e particionamento do seu HD, uso de drivers e como resolver
problemas que possam surgir durante o processo. Atualmente temos no mercado computadores
com os Sistemas Windows XP, Windows 7, Windows 8 e 8.1 e Windows 10 - esses representam
seguramente 90% ou mais dos usuários de computador. Embora não iremos tratar de instalação em
outros Sistemas o passo a passo desse capítulo pode ser utilizado para praticamente qualquer Sistema
que seja instalado em computadores do tipo PC.

13.1 Windows XP
O Windows XP é um sistema operacional da Microsoft para computadores, desktop, notebooks,
tablets e media centers. Lançado em 2001, o sistema foi muito bem recebido pelos usuários e continua
sendo muito utilizado, mesmo após o encerramento do suporte em abril de 2014.
Para instalar o Windows XP no seu computadore será necessário observar os seguintes
requisitos:
• PC com processador de 300 megahertz (MHz) ou mais de velocidade recomendado.
• 128 megabytes (MB) de RAM ou mais recomendados.
• 1,5 gigabytes (GB) de espaço disponível em disco rígido.
• Adaptador de vídeo e monitor super VGA (800 x 600) ou superior.
• Unidade de CD-ROM ou DVD.
• Teclado e Microsoft Mouse ou dispositivo apontador compatível.
• Mídia de instalação (CD) e serial key válida.
• CD de Drivers da sua placa-mãe.

Depois de conferir todos os pré-requisitos siga os passos abaixo para realizar a instalação:
1. Acesse o Setup da sua placa-mãe e defina o Boot para o seu CD de instalação do Windows
XP. (para acessar o setup, em geral, pressione a tecla DELETE ou F2).

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Capítulo 13 Instalação de Sistemas

2. Depois de configurar o Setup, saia do mesmo, salvando as alterações (em geral a tecla F10).
Nesse momento o CD de instalação do Windows XP já deve estar na unidade.
3 . Após sair do Setup o computador irá procurar iniciar a instalação a partir do CD do Windows
XP, para isso ele exibirá a mensagem: "Pressione uma tecla para iniciar do CD". Fique atento pois
a mensagem aparece rapidamente e some poucos segundos depois. Caso você não pressione nenhuma
tecla será preciso reiniciar o computador e fazer o processo novamente.
4. Agora aguarde a instalação até a mesma chegar na tela abaixo com três opções:
• Para instalar o Windows XP agora, pressione ENTER.
• Para reparar uma instalação do Windows XP usando o console de recuperação, pressione R.
• Para sair do programa de instalação sem instalar o Windows XP, pressioneF3

5. Pressione a tecla ENTER para continuar na instalação, após ler o contrato da licença de uso
confirme a aceitação pressionando F8.
6. Na próxima tela será exibido as opções para o particionamento do seu disco rígido. Caso
existe alguma partição, escolha a opção para excluir (letra D) até restar somente a opção "Espaço não
particionado". Repare que nesse momento qualquer dado que você tenha no HD será apagado pois
você eliminou todas as partições.
7. Para criar a partição para a sua instalação, selecione o "espaço não particionado" e pressione
a tecla C para criar uma nova partição.

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Curso de Hardware

8. Na próxima tela escolha a partição que você deseja instalar o Sistema Operacional e
pressione Enter.
9. Na tela seguinte escolha o Sistema de Partição NTFS e pressione Enter para avançar na
instalação.

10. Na tela seguinte o processo é automatico, seu HD será formatado e os arquivos do seu
Sistema Operacional serão transferidos para o seu disco rígido.

11. Após a cópia dos arquivos para o disco rígido o computador será reiniciado automáticamente
para continuar o processo de instalação (ao reiniciar não pressione nenhuma tecla durante o boot, do
contrário o processo de instalação irá começar do início). O processo de instalação irá continuar no
modo gráfico (seu mouse irá funcionar para configuração das funções do Sistema).

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Capítulo 13 Instalação de Sistemas

12. Nessa etapa você irá realizar as configurações do seu Sistema, clique no avançar para
definir o nome do cliente e a organização a que ele pertence (o campo organização não é obrigatório).
Após preencher os dados, avance.

13. Agora será pedido a Serial Key (chave de instalação) para prosseguir na instalação do
Sistema, essa chave vem, geralmente, na embalagem do CD ou em etiqueta colada no seu computador.
Após avançar na tela do Serial, preencha o nome do computador e senha e avance.

14. Configure a data e hora do seu computador, tenha atenção com o horário de verão, pois
algumas regiões não utilizam essa configuração. Na tela seguinte selecione a opção configurações
típicas para a sua rede.

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15. Chegamos às etapas finais de configuração, nas próximas telas você irá definir usuarios e
configurações de registro.

13.2 Instalação de Drivers


Após a instalação do Sistema Operacional é preciso conferir se os drivers estão instalados
também. A função dos drivers é tornar possível o funcionamento das suas placas de vídeo, som,
rede, modem com o seu Sistema Operacional. Sendo assim é importante observar que os drivers são
especificos para cada placa, Sistema e para cada arquitetura (32 ou 64 bits).
Toda placa-mãe ou placa de expansão quando sai de fábrica vem com o CD ou DVD de
drivers para instalação no Sistema Operacional, no entanto muitas vezes esse disco é perdido. Nesse
caso você pode obter o driver no site do fabricante da placa ou usar discos próprios para identificar e
instalar o driver como o Driver Pack Solution.
Para identificar qual o fabricante da sua placa-mãe você pode verificar a embalagem da placa,
as inscrições na própria placa ou usar aplicativos especifícios para essa função como o Speccy, CPU-Z
ou Everest.
Para verifcar se os seus drivers foram intalados após o processo de instalação do Windows XP
faça o seguinte caminho:
Clique no botão Iniciar > Clique com o botão direito em Meu Computador > Propriedades >
Aba Hardware > Gerenciador de dispositivos.
Será exibida a seguinte janela:

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Capítulo 13 Instalação de Sistemas

13.3 Instalação do Windows 7


O processo de instalação do Windows 7 é semelhante ao Windows XP, o primeiro passo é a
verificação dos requisitos de hardware. Para instalar o Windows 7 no computador é preciso a seguinte
configuração mínima:
• Processador de 1Ghz ou superior.
• 1GB de memória RAM.
• 16GB de espaço em disco (32 bits) ou 20GB (64 bits).
• Placa gráfica compatível com Directx 9 ou superior.
• DVD de instalação com o Sistema.
• Serial Key da versão do Sistema que será instalado.
Após verificar os requisitos de hardware é preciso acessar o setup da placa-mãe e configurar
o boot para a opção CD/DVD (assim como feito para a instalação do Windows XP).
Saia do setup salvando as modificações (em geral a tecla F10). Nesse momento o DVD com
a instalação do Windows 7 já deve estar na unidade.
Fique atento a mensagem "pressione uma tecla para iniciar do CD", caso você não pressione
a tecla (pode ser qualquer uma) a tempo será preciso reiniciar o computador e fazer o processo desde
o início. Após o carregamento da instalação será exibida a seguinte tela:

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Após definir o idioma da instalação e clicar no botão Instalar agora siga os passos abaixo:
1. Selecione qual versão do Sistema você irá instalar. abaixo uma tabela comparativa das
versões do Windows 7:

2. Aceite o contrato de licença de uso e avance na instalação. Serão exibidas duas opções,
Atualizar e Personalizar (instalação "limpa"), escolha personalizar para avançar.

3. Serão exibidas as opções de disco, clique em opções de unidade para abrir as opções de
partição. Clique no botão Novo e defina o tamanho da partição que irá usar no seu Sistema.

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4. Após avançar será iniciada a cópia e instalação dos arquivos do Windows 7. Seu computador
irá reiniciar (não pressione Enter na inicialização) e será pedido que crie um nome de usuário e nome
para o computador.

5. Na próxima tela defina a senha para seu usuário e ative as atualizações automáticas (medida
de segurança recomendada) para avançar na instalação.

6. Nas etapas finais será necessário configurar a data e hora do Sistema (tenha atenção para
ativar ou desativar o horário de verão de acordo com sua região) e escolher o tipo de rede para o seu
computador.

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Assim como no Windows XP também é preciso verificar se todos os drivers foram instalados
durante o processo de instalação do Windows 7. Para conferir clique no botão Iniciar > clique com o
botão direito em Computador e depois clique na opção Propriedades. No canto superior esquerdo da
janela que abrirá escolha Gerenciador de Dispositivos.
Caso algum driver não esteja instalado (com o símbolo de Interrogação ou exclamação) é
preciso instalar os drivers com o CD ou DVD da placa-mão ou procurar o driver no site do fabricante
ou ainda usar um aplicativo como o Driver Pack Solution.

13.4 Instalação do Windows 8


Os Sistemas Windows 8 e Windows 8.1 tem os mesmos requisitos de hardware. confira abaixo:
• Processador de 1Ghz ou superior.
• 1GB de RAM ou superior.
• 16GB de espaço em disco rígido (32 bits) ou 20GB (64 bits).
• Placa gráfica compatível com Directx 9 ou superior.
• DVD de instalação.
• Serial Key do Sistema.
O processo de instalação e particionamento é muito similar ao do Windows 7, a grande
diferença consiste na possibilidade de utilizar uma conta microsoft para acessar o Sistema. Com esse
tipo de instalação é possível acessar suas configurações em qualquer computador com o Windows 8
ou 8.1 e acessar os dados que você tenha sincronizado no recurso de armazenamento online OneDrive.
Veja a área de trabalho do Windows 8.1

13.5 Instalação do Windows 10


Em agosto de 2015 a Microsoft lançou oficialmente o Windows 10, pulando assim a versão que
seria a Windows 9. Essa nova versão conta com diversos recursos novos como a assistente Cortana,
múltiplas áreas de trabalho, ambiente de trabalho renovado (botão iniciar e área moderna integradas)
o novo navegador Edge, entre diversas outras melhorias e novidades.
O grande diferencial dessa versão de Sistema da Microsoft é que a mesma seria, pela primeira
vez, totalmente gratuita (mesmo para licenças não originais), sendo necessário somente o usuário
fazer a reserva do seu Sistema Windows 10 e ter instalado no seu computador pelo menos a versão
do Windows 7. Nas primeiras 24 horas de liberação da versão mais de 14 milhões de usuários tinham
registrado a versão do Windows 10.

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Capítulo 13 Instalação de Sistemas

13.6 - Anotações

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14 e Corretiva
Manutenção Preventiva
Capítulo 14 Manutenção preventiva e corretiva

14 Manutenção preventiva e corretiva


Nesse capítulo iremos conhecer os principais cuidados que devemos ter com a manutenção
preventiva dos computadores. Em geral aplicamos apenas a manutenção corretiva que consiste em
corrigir o problema, com a manutenção preventiva seremos capazes de evitar boa parte dos defeitos
e manter o computador com o melhor desempenho possível por um maior período de tempo.
Vamos conhecer técnicas de limpeza de componentes, como evitar super aquecimento, e
conhecer softwares de manutenção preventiva que existem dentro do próprio Sistema Operacional.
Teremos também uma seleção com os principais defeitos, procedimentos de diagnóstico e
possíveis soluções para os problemas mais comuns de computadores.

14.1 O que é a Manutenção preventiva?


A Manutenção preventiva consiste em procedimentos para melhorar e garantir um bom
desempenho do computador. Podem ser aplicados métodos de prevenção a nível de hardware e a
nível de software. Vamos conferir o check list abaixo:
• Limpeza dos componentes: Boa parte dos problemas de desempenho ou mal funcionamento
de computadores tem relação com a falta de limpeza ou oxidação dos componentens. É
recomendado que os componentes internos como cooler, dissipador, cabos, conectores
e a placa-mãe sejam limpos periodicamente. A frequência dessa limpeza pode variar
dependendo do ambiente em que o computador está instalado. Utilize Pincel e escova anti-
estática em conjunto com alcool isopropilico e algodão para limpeza dos componentes. É
indicado a troca da pasta térmica sempre que for removida o cooler + dissipador.
• Limpeza Monitor: Para limpeza da tela do seu computador use kits de limpeza próprios
que são vendidos em lojas de informática ou utilize um pano macio umedecido com água
e um pouco de detergente neutro. É de suma importância que a limpeza seja realizada
com o monitor desligado da tomada e sem fazer muita pressão na tela. Somente ligue o
monitor quando a tela do mesmo estiver totalmente seca.
• Limpeza de teclado, mouse e gabinete: Podem ser limpos com um pano macio umedecido
em água com detergente neutro, assim como a tela LCD ou LED.

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14.2 Pasta térmica e limpeza do cooler


O uso de pasta térmica entre o dissipador e o processador garante uma melhor dissipação de
calor e permite um melhor desempenho do seu computador. Para realizar a troca da pasta térmica é
necessário uma série de cuidados e procedimentos que veremos a seguir:
• Libere as travas do cooler na placa-mãe.
• Remova o cooler + dissipador.
• Com algodão embebido em alcool isopropílico remova a pasta térmica do dissipador e
da CPU.
• Use um pincel para limpar a poeira existente no cooler.
• Aplique uma nova camada de pasta térmica no CPU e coloque novamente o cooler +
dissipador.

Não utilizar pasta térmica pode causar super aquecimento do seu computador resultando em
travamentos ou resets aleatórios.
Aplique uma pequena quantidade de pasta térmica e não esqueça de fixar bem o dissipador
com o cooler sobre o seu processador.
É importante também que o cooler esteja limpo e conectado à alimentação da placa-mãe. Você
pode, após a limpeza, verificar a temperatura do seu Sistema usando programas como o Speccy que
monitora e exibe o funcionamento do Sistema.
A temperatura ideal para um processador irá variar de acordo com o modelo e com o tipo de
atividade que o processador está executando. Temos processadores que trabalham em torno de 40º C e
alguns modelos podem chegar a 80º C ou mais. Para conferir a temperatura normal de funcionamento
do processador consulte o site da fabricante (Intel ou AMD).

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Capítulo 14 Manutenção preventiva e corretiva

14.3 Windows Update


Há uma maneira fácil e gratuita de ajudar a manter seu
computador mais seguro e em perfeito funcionamento. Chama-se
Windows Update. Só o que você tem que fazer é ativá-lo para obter
as atualizações de segurança mais recentes e outras atualizações
importantes da Microsoft automaticamente.
É fácil configurar o Windows Update. Se a atualização
automática já estiver ativada, o Windows Update será aberto no Painel
de Controle para exibir o status de suas atualizações. Se ela ainda não
estiver ativada, serão apresentadas as etapas que você deve seguir para
ativá-la. Ao fim do processo, as melhorias de segurança e desempenho
mais recentes serão instaladas no seu computador de forma rápida e
confiável.
Quando a atualização automática é ativada, a maioria das atualizações é baixada e instalada
sem que você tenha que mexer um dedo. Mas às vezes, o Windows Update precisa de sua intervenção
durante a instalação. Nesses casos, um alerta é exibido na área de notificação no canto direito da
barra de tarefas — não deixe de clicar nele. Se você não responder a um alerta do Windows Update,
o computador pode acabar perdendo um download importante.
Recomendamos o uso das atualizações automáticas, mas se preferir não usá-las, lembre-se de
conferir se há atualizações pelo menos uma vez por semana.

14.4 Microsoft Fix It


O Microsoft Fix It foi desenvolvido em 2009 e está pronto
para oferecer segurança contra ataques de hackers. No aplicativo
estão opções descritivas para resolver velhos problemas do Windows.
O interessante do aplicativo é automatização das ações.
Todas as falhas que englobam as areas já mencionadas são detectadas
e corrigidas rapidamente. Mas o programa não se limita a ações
atumotizadas, para não restringir a lista de possíveis problemas de
sistema. O Microsoft Fix It também recebe uma lista com os problemas apontados pelos usuários e
trabalha para que todas elas sejam solucionadas.
O programa também permite que você escolha alterar ou não os erros detectados pelo
programa. Assim, o usuário tem a liberdade e controle sobre o funcionamente do Soft. O que acontece
da seguinte forma: o Microsoft Fix It lista os erros e falhas na interface com uma descrição sobre o
probrlams. Depois, basta clicar em Run para começar a reparara os erros.
O usuário também tem a opção de deixar o programa corrigr sozinho os problemas ou eprmite
que o usuário faça uma busca detalhada e escolha a melhor forma de correção disponibilidas nas
opções do Microsoft Fix It. Isso significa que o programa ajuda bastante o usuário a descobrir onde
estão as falhas e permite que o usuário faça a correção. Seu serviço online pode ser acessado no link:
https://support2.microsoft.com/fixit/pt-br
14.5 Scandisk - Verificador de Erros
O Scandisk é uma ferramenta que faz a varredura no disco rígido do computador, à procura
de erros no disco. Tais erros podem ser de natureza lógica, como por exemplo, arquivos de sistema,
ou podem ser de natureza física, relacionados aos erros do próprio disco. São os chamados clusters
(que formam o disco rígido) danificados do HD. Os clusters danificados do HD são chamados de Bad
Blocks.

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Quando o Scandisk consegue identificar erro(s) presente(s) no computador, tenta repará-lo(s).


Lembrando que nem sempre é possível reparar todos eles.
14.6 Desfragmentador de Discos
Desfragmentação de disco é o processo de consolidação de dados fragmentados em um
volume (como um disco rígido ou um dispositivo de armazenamento) para que ele funcione de forma
mais eficiente.
A fragmentação ocorre em um volume ao longo do tempo à medida que você salva, altera
ou exclui arquivos. As alterações que você salva em um arquivo geralmente são armazenadas em
um local do volume diferente do arquivo original. Isso não muda o local em que o arquivo aparece
no Windows — apenas o local em que os pedaços de informações que compõem o arquivo são
armazenados no volume em si. Com o tempo, tanto o arquivo quanto o volume em si se tornam
fragmentados, e o computador fica mais lento por ter que procurar em locais diferentes para abrir um
único arquivo.
O Desfragmentador de Disco é uma ferramenta que reorganiza os dados no volume e reúne
dados fragmentados para que o computador trabalhe de forma mais eficiente. Nesta versão do
Windows, o Desfragmentador de Disco é executado por agendamento para que você não tenha que se
lembrar de executá-lo, embora ainda seja possível executá-lo manualmente ou alterar o agendamento
usado.

14.7 Backup de Dados


Backup é um termo inglês que tem o significado de cópia de segurança. É frequentemente
utilizado em informática para indicar a existência de cópia de um ou mais arquivos guardados em
diferentes dispositivos de armazenamento. Se, por qualquer motivo, houver perda dos arquivos
originais, a cópia de segurança armazenada pode ser restaurada para repor os dados perdidos.
O backup é muito valorizado por quem já perdeu informações importantes e não teve
possibilidade de as recuperar. Portanto, é um procedimento altamente recomendável devido a
frequência com que se perde informação digital, seja por ações despropositadas do usuário ou mau
funcionamento dos sistemas.
Hoje em dia é muito frequente haver a disponibilização do serviço de backup por servidores
online, sendo alguns dos mais famosos dropbox, icloud ou google docs. O backup online tem a
vantagem de permitir o acesso aos dados guardados a partir de qualquer computador com acesso a
internet.
Outras formas locais de fazer backup é utilizar um disco rígido externo, um pendrive, CD ou
DVD, dentre outros.

14.8 Recuperação de dados


Recuperação de dados é o processo de recuperação e tratamento
dos dados contidos em mídias de armazenamento secundário
danificadas, falhadas, corrompidas ou inacessíveis quando ela não
pode ser acessada normalmente. Uma definição mais completa
e mais técnica para o termo recuperação de dados (data recovery,
em inglês): é o conjunto de técnicas e procedimentos específicos,
utilizados por determinados profissionais, para extrair informações
em dispositivos de armazenamento digital (hd, raid, storage etc) que
não podem ser acessados, de modo convencional, pelo usuário ou
operador de um sistema.

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Capítulo 14 Manutenção preventiva e corretiva

Quando você apaga um arquivo pelo Windows e em seguida


esvazia a lixeira, esse arquivo ainda existe no seu dispositivo de
armazenamento de dados, seja ele um disco rígido, pendrive ou um
cartão de memória.
Isto porque o Windows remove apenas a referência do arquivo
deletado na tabela de alocação de arquivos e libera a área do disco
que ele usa para gravação de novos dados. Enquanto essa área não é
sobrescrita por novos arquivos, existe a possibilidade de recuperação
dos arquivos que estavam gravados nessa área. Para isso podemos fazer
uso de vários aplicativos disponíveis no mercado (alguns gratuitos).
mas antes é preciso ter atenção com alguns cuidados:
1. Recomendamos fortemente que você não grave nenhum arquivo novo na mídia onde o
arquivo deletado estava armazenado. Um arquivo novo pode substituir o arquivo deletado
que você está tentando recuperar.
2. Se você precisa recuperar arquivos que estavam na unidade do sistema, (normalmente o
disco C), não instale nenhum programa em seu computador. O melhor a fazer nesse caso
é utilizar um programa portátil de recuperação de arquivos deletados. Baixe o programa
em outro computador e copie-o para o pendrive.
3. Além disso, certifique-se de manter o sistema o mais próximo possível do inalterado. Não
abra ou feche arquivos ou programas. Isso pode criar arquivos temporários que podem
substituir os arquivos deletados.
4. Após executar qualquer uma das ferramentas de recuperação de arquivos deletados, salve
os arquivos recuperados em outra mídia. Nunca grave os arquivos no mesmo disco onde
eles estavam anteriormente.
Seguindo essas recomendações, a chance de você recuperar com sucesso arquivos deletados
por engano são muito boas utilizando até mesmo programas gratuitos como o Recuva, Disk Drill,
QPhotoRec, Power Data Recovery, Easy File Recovery, DiskDigger ou o Get Data Back.

14.9 Ponto de Restauração


Durante o uso do computador, instalamos e removemos
dezenas de programas do sistema operacional. Estas
mudanças podem causar falhas e problemas sérios ao
Windows, em especial quando lidamos com desenvolvedores
ruins e certas aplicações específicas, como antivírus e temas
para a Área de Trabalho.
Muitas vezes instalamos o aplicativo e tudo parece correr
bem, até que algumas funções passam a apresentar erros e
outras simplesmente não funcionam mais. Tudo o que queremos nessa hora é voltar no tempo, o que
pode ser feito graças à Restauração do Sistema.
A função também serve como tentativa de solucionar qualquer comportamento diferente que
o Windows passe a apresentar, o que pode ser causado por diversos fatores – falhas inexplicadas
do sistema, atualizações feitas de modo errado, vírus. Ao criarmos um ponto de retorno dentro da
Restauração do Sistema, fazemos com que o computador memorize todas as configurações inerentes
ao funcionamento da máquina, o que em geral acontece no registro do Windows.
Desta forma, temos a segurança de poder voltar atrás quando instalamos um aplicativo danoso
à saúde do sistema operacional. Criar um ponto de restauração no Windows é muito fácil basta
acessar a Ferramenta de Criação de Ponto de restauração no Painel de Controle do Windows.

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14.10 - Anotações

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Curso de Hardware - Montagem e Manutenção de Computadores
15 Computador
Principais Defeitos no
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15 Principais Defeitos no Computador


Nesse capítulo iremos conhecer os principais defeitos que ocorrem nos computadores, suas
caracteristicas, como confirmar o diagnóstico e qual a solução ideal para cada caso apresentado.
É nosso dever lembra-lo que esses não são todos, mas apenas os principais defeitos, com o
tempo ficará mais fácil (devido a experiência que você adquirir) para identificar e corrigir falhas nas
máquinas. Também é de suma importância conhecer o funcionamento de cada componente, assim é
mais simples identificar e associar a falha com determinado hardware.
15.1 Defeitos - Aquecimento
Uma boa parte dos problemas de perda de desempenho ou instabilidade de um computador
podem ter relação com aquecimento. Os principais sintomas de aquecimento são:
• Computador apresenta Lentidão.
• Computador apresenta travamento ou congelamento.
• Computador desliga após algum tempo de uso.
Em casos como esse é recomendado verificar se o cooler está funcionamendo, também é
recomendado realizar limpeza do cooler e troca da pasta térmica do processador. Após o processo
ligue novamente o computador e verifique se o problema foi resolvido.

15.2 Defeitos - Alimentação


Um problema bastante comum que ocorre nos computadores é a máquina simplesmente não
ligar ou a fonte liga, mas não exibe nenhuma imagem na tela. Caso seu computador apresente esses
sintomas e você não identifique nenhum "beep" durante o Boot, siga os passos abaixo:
• Verifique, com um multímetro na escala de tensão alternada, as tensões na tomada, cabos de
força, filtros de linha, módulos, enfim, em todos os equipamentos que passa energia até a fonte do
computador.
• Parece bobagem, mas verifique se a chave Liga/Desliga da Fonte está na posição ligado.
• Confira se a fonte está com a tensão de entrada selecionada corretamente.
• Com o multímetro, na escala de tensão contínua, verifique as tensões da fonte de alimentação
(confira se os valores estão dentro da tolerância vista no capítulo sobre fontes).
• Uma outra dica para saber se a sua placa-mãe inicializou é observar se as luzes do teclado
acendem, se isso não ocorrer o problema pode ser mais grave que apenas a alimentação.
• Confira se a potência da fonte é bastante para a alimentação de todos os componentes do
computador.
Após os testes será possível identificar se é preciso trocar algum componente de alimentação
externo do computador (cabos, tomadas, módulo ou estabilizador, por exemplo) ou se é necessário
substituir a fonte de alimentação.
15.3 Defeitos - Bateria da Placa-mãe
Ao ligar o computador, durante o POST podem ser exibidas diversas mensagens de erro, caso
as mensagens sejam algumas das listadas abaixo, o seu problema pode ter relação com a bateria da
placa-mãe:
• Data e hora erradas.
• Alerta de erro durante o POST (CMOS wrong , CMOS Checksum Bad , CMOS checksum error
defaults loaded).

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Capítulo 15 Principais defeitos de Computador

• Press F1 to resume .
• Press F2 to load default values and continue.
Essas mensagens podem ser indicativo que a bateria da sua placa-mãe está com problemas e
precisa ser trocada. O tempo de troca dessa bateria pode variar entre 3 a 5 anos, dependendo do uso e
até mesmo do ambiente em que o computador está.
Para conferir se é necessário trocar a bateria, use um multimetro na escala de tensão contínua.
A bateria tem a referência 2032 e tem a carga nominal de 3V.
Caso seja preciso trocar a bateria, é necessário entrar no setup após o processo e ajustar data
e hora novamente para eliminar as mensagens de erro no POST.

15.4 Defeitos - Memória RAM


A memória é um dos componentes mais importantes no computador, também é responsável
por uma serie de sintomas diferentes ao apresentar defeitos, como tela azul, lentidão, resets aleatórios
, etc. Para identificar erros relativos à memória RAM observe os seguintes itens:
• Ao ligar o computador não é exibido nenhuma imagem na tela mas ocorrem vários "beeps" (a
quantidade de beeps e o tipo de beep pode variar dependendo do fabricante da placa-mãe).
• É exibida a tela do POST, no entanto a contagem de memória está errada ou travada.
• O computador apresenta lentidão sem nenhum motivo aparente.
• Erro de tela azul.
Em situações que você desconfie da sua memória RAM é possível (quando o computador
inicializa) testar sua memória com um programa como o MEMTEST ou Windows Memory Diagnostic.
Também é possível limpar o módulo de memória com borracha branca e pincel nos contatos.
É recomendado limpar com alcool isopropílico e escova os bancos de memória também.
Caso tenha dois pentes de memória tente ligar o computador com um de cada vez, pode ser
que apenas um pente esteja com defeito e assim será mais fácil determinar qual está com problema.
Também é interessante trocar os bancos de memória, não é incomum o banco de memória está
sujo ou mesmo danificado e resultar em instabilidade ou mesmo em não detecção da memória RAM
instalada.
15.5 Defeitos - Disco Rígido
Um dos problemas mais comuns durante a inicialização do computador é o seu Disco Rígido
apresentar defeito. Embora sejam bastante duráveis os HDs podem apresentar problemas que impedem
a sua detecçção e a inicialização do Sistema. Ao ligar o computador as mensagens de erro, relativas
ao disco rígido, mais comuns são:
• Erro de identificação no POST (o HD não aparece no teste inicial).
• HDD Failure.

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• Boot trava no POST (no momento de identificação do HD).


Em casos como esses é importante acessar o Setup e verificar se o HD é identificado no
mesmo. caso o HD não apareça no Setup, desligue a máquina e execute os passos abaixo.
• Verifique todos os cabos (de dados e força) ligados ao disco em questão.
• Troque os cabos de dados do HD.
• Troque as portas de entrada do disco rígido na placa-mãe.
• Em discos mais antigos (padrão ATA) verifique o jumpeamento do HD caso o mesmo esteja
dividindo o flat cable com outro dispositivo.
• Verifique se a controladora de disco não está desativada no Setup.
Caso o HD não seja reconhecido após esses testes considere a substituição do disco rígido.

15.6 Defeitos - Erros de Sistema


Ainda relativo ao disco rígido (mas nesse caso um erro de software) temos outras mensagens
que podem surgir durante o boot do computador, as mais comuns são:
• Falta NTLDR, pressione CTRL + ALT + DEL para reiniciar.
• Falta BootMGR.
• Operating System Not Found.
Em casos como esses pode ser necessário realizar a reparação do seu Sistema Operacional,
o que pode ser feito ou com um disco de reparação do Sistema (você pode gravar esse disco em
um computador que esteja funcionando e tenha a mesma versão do Sistema do computador com
problemas ou com o CD ou DVD de instalação do Sistema que está instalado.

15.7 Defeitos - Erros no Windows Update


O Windows Update é o serviço responsável por manter seu computador atualizado com as
correções de segurança do fabricante, além de melhorias do Sistema Operacional.
No entanto pode ocorrer de o Windows Update não funcionar mais no seu computador, de
forma que você não será capaz de instalar as atualizações. Isso pode ocorrer por diversos motivos
como vírus, malwares em geral ou desinstalação incorreta de programas. Para corrigir esse problema
execute os passos abaixo:
• Acesse a caixa de Executar no seu Windows (atalho tecla Windows + R) e digite services.msc
para acessar os serviços do Windows que estão em execução.
Localize na lista o Windows Update, clique com o botão direito e clique em Parar. Depois
clique novamente com o botão direito no serviço e clique em Iniciar para ativar novamente o serviço.
Caso ainda assim o Windows Update não funcione acesse o site:
http://windows.microsoft.com/pt-BR/windows7/What-is-the-System-Update-Readiness-Tool

Esse site disponibiliza a Ferramenta System Update Readiness Tool, localize na página
a versão do seu Sistema, baixe e execute a ferramenta no seu computador. Reinicie a máquina e
verifique novamente, no Painel de Controle, se o Windows Update está funcionando.

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Capítulo 15 Principais defeitos de Computador

15.8 Defeitos - Conflitos de hardware


Muitas telas azuis são o resultado de conflitos de hardware, como por exemplo quando dois
periféricos tentam usar a mesma IRQ (Interrupt Request) para se comunicar com o processador.
Felizmente, em boa parte dos casos é possível detectar e resolver estes conflitos facilmente.
Abra o Gerenciador de Dispositivos (clique com o botão direito em Computador numa
janela do Windows Explorer, escolha Gerenciar e, na janela que surge, clique em Gerenciador de
Dispositivos) e você verá uma lista com todos os componentes de seu PC, de placas de vídeo a
subcomponentes da placa-mãe que você nem sabia que existiam. Vê algum deles marcado com um
triângulo amarelo? Isto é um sinal de que este componente em particular tem um problema (e pode
estar causando mal-funcionamento de outros componentes que dependam dele).
Nesse caso clique com o botão direito do mouse sobre o item marcado e escolha “Atualizar
Driver”. O Windows irá procurar automaticamente um driver mais recente para este dispositivo e,
se encontrar, irá- instalá-lo. Se o Windows não encontrar nada, anote o nome do componente com
problemas e consulte o site do fabricante.
Na maioria dos casos a atualização/reinstalação do Driver, e um reboot do PC, é suficiente
para resolver o problema. Se ele persistir e o componente for removível, como uma GPU, HD ou
drive ótico, tente desinstalar e reinstalar o componente em si. Se for um acessório USB (teclado,
mouse, HD, HUB, webcam...) tente também plugá-lo a uma outra porta, na frente ou na traseira do
computador.

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15.9 - Anotações

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