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Aniversário de 25 anos
Edição Especial!
25 anos de Produtos
que mudaram a indústria da gravação
Ganhe
R$13,90 £4.99
microfone de fita
Samson VR88 - R$ 3.000
Por Dentro da Música BR
Novembro 2010
25 anos da SOS
É
difícil acreditar que a Sound On era o meio de gravação de áudio padrão e sempre estarão no foco do que fazemos:
Sound exista há 25 anos, e que ainda estávamos desfrutando dos prazeres a Sound On Sound é escrita por músicos e
eu tenha encontrado Ian Gilby de samplers e sintetizadores acessíveis, mas donos de estúdios, não por jornalistas, e ao
pela primeira vez um ano antes, quando cada vez mais poderosos. Sequenciadores longo dos anos construímos a melhor equipe
estávamos ambos trabalhando na revista de MIDI eram desajeitados, principalmente de colaboradores freelance do planeta.
Home & Studio. Também é inacreditável rodando em computadores domésticos com Nosso objetivo continua sendo cobrir o
que, no ano que vem, eu vou ter trabalhado pequena capacidade de processamento. Dê que é relevante para você como músico de
junto com Ian na SOS Publications durante uma olhada naquelas edições antigas e você estúdio, da maneira mais precisa e completa
20 destes 25 anos. Obviamente muita verá isso refletido no nosso conteúdo, mas, possível. E não, eu não quero prever como
coisa mudou desde então, assim, eu não conforme equipamentos e técnicas evoluíam, vai ser a aparência de um estúdio de
vou cansar você contando que tivemos de a revista também evoluía. De fato, existem gravação em outros 25 anos!
entalhar nossos primeiros gravadores na muitos exemplos de assuntos cobertos pela
Paul White
“Fomos os primeiros a ver que o computador se Editor Chefe
tornaria o meio padrão de gravação.”
madeira ou usar intestino de jaguatirica Sound On Sound evoluindo muito mais
carinhosamente coberto com ferrugem para rápido do que acontecia no mundo externo!
fita, mas o papel inconstante do computador Também fomos os primeiros a ver que o
no áudio merece uma menção. Ian e eu computador se tornaria o meio padrão de
estávamos entre os primeiros a ver o MIDI gravar e editar música, tanto em home studios
em ação, e a minha primeira reação foi que quanto em profissionais, embora nem todos
a sua facilidade de edição levaria muitas os fabricantes de hardware concordassem
pessoas a negligenciar sua capacidade de conosco na época.
execução. Entretanto, podíamos ver suas Hoje existe um computador no centro de
vantagens para composição, e até na época quase todos os estúdios; existem dúzias de
do Atari ST e Commodore 64, estávamos samplers e sintetizadores, software em uso
olhando à frente para a época em que os para todo instrumento de teclado, hardware
computadores ficariam rápidos o suficiente ‘real’ por aí; e o vídeo virou parte integral
e teriam armazenamento o suficiente para do pacote necessário para apresentar a
serem usados como gravadores de áudio sua música para o mundo. Tudo mudou e
multitrack rodando junto com tracks MIDI. continuará mudando, provavelmente em
Quando a Sound On Sound chegou ritmo acelerado, mas aqui na Sound On
pela primeira vez às bancas, a fita analógica Sound existem certas filosofias básicas que
Editor de Novidades Brasil Liege Soldano Tradução e revisão Sound nem os editores podem ser responsabilizados pelo conteúdo. As visões aqui
expressas são dos colaboradores e não necessariamente dos editores da revista. O editor
não tem responsabilidade pela devolução de materias, fotografias e artes enviadas sem
Editora de Colunas Nell McLeod traducao@soundonsound.com.br Correspondência prévia solicitação.
© Copyright 2010 Sound On Sound Limited. Incorporating Music Software magazine,
Editor de Mídia de Vídeo Julian Harding Tradução Marcela Bianchini Sound On Sound Brasil Recording Musician magazine, Sound On Stage magazine,
SPL magazine and Sound Pro magazine. All rights reserved.
Presidente / CEO Lan Gilby Revisão Técnica Marcelo Assunção Caixa Postal, 2025, CEP 13201-973, Jundiaí, SP A revista SOS reconhece todas as marcas registradas presentes nesta edição.
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 3
No vemb ro 20 1 0 / ed ição 5 / a n o 1
www.soundonsound.com.br
DESTAQUE
nosso 25º aniversário, listamos as produções mais influentes que
surgiram durante a existência da SOS.
C A P A
NESTA EDIÇÃO
25 produtos que 112 Processando arquivos 147 O modelo das coisas por vir
mudaram a gravação de áudio estéreo Tecnologia de CD? Polifonia de oito
notas? As coisas estavam ficando
Muito mudou na gravação musical Como só dois monitores podem criar a
impressão de um palco sonoro completo, bastante animadoras em 1985.
desde a nossa primeira edição.
e o que você pode fazer para melhorar
Vamos dar uma olhada em alguns dos
esta impressão? Descubra no nosso guia
148 Labrinth
produtos importantes que apressaram O homem por trás do maior single do Reino
estas mudanças. detalhado...
Unido no ano – ‘Pass Out’ do Tinie Tempah –
120 Resgate da mix é o prodígio musical de 21 anos, Labrinth.
80 Por dentro da música BR: Com um pouco de trabalho pesado para
Beto Neves limpar efeitos indesejados que embolam e
153 Oval: Markus Popp
Madison Square Garden. A maior mascaram o som, tudo se tornou mais claro… sobre a gravação de Oh e O
produção de 2010 nos Estados Unidos. Um dos ‘espíritos’ mais ousados da música
Com esses dados, dá para imaginar que 126 Feliz aniversário, eletrônica, Markus Popp está de volta com um
a artista e a equipe de áudio são Sound On Sound! álbum que soa surpreendentemente... musical!
brasileiríssimas? Mas são, e a SOS conta Alguns dos amigos que fizemos ao Mas será que as aparências enganam?
todos os detalhes para você! longo dos anos compartilham seus votos
no nosso 25º aniversário! 156 Tracks Clássicos:
108 Estúdio SOS ‘Road To Nowhere’ do
Existem muitas mulheres que sofrem 142 Computação de 64 bits
com os home-studios dos maridos por Na teoria, sistema operacional de 64 Talking Heads’
aí, então quando uma enviou um SOS bits nos permite usar o tanto de Quando a primeira edição da SOS chegou
por iniciativa própria, simplesmente memória RAM que o nosso software às bancas em outubro de 1985, o Talking
tínhamos de ajudar, pelo menos para precisar. Então será que todos nós Heads já estava alcançando sua posição
Classe Veneziana
Mesas Midas Venice, agora com Firewire!
M
ixers analógicos da Venice, embora primeiramente
projetados para aplicações de som ao vivo, podem
com frequência ser vistos em estúdios, onde os
seus caminho de sinal de alta qualidade e opções de
direcionamento flexível encontraram a predileção de
vários engenheiros de gravação. Agora o seu
fabricante, a Midas, anunciou uma atualização
significativa para a série, levando os
consoles a se tornarem ainda mais
práticos para o estúdio do que antes.
A série F da Venice, como o original
conjunto Venice, compreende três mixers
de tamanhos e configurações de canais
diferentes. O Venice F16 tem oito canais de
linha/microfone em mono e quatro canais de linha/
microfone em estéreo, enquanto que o F24 aumenta o
total de canais mono para 16 e o F32 apresenta 24 canais mono.
Como antes, todos os mixers no conjunto têm seis buses auxiliares e
quatro subgrupos, mas as versões atualizadas também têm um bus
mono (além da saída em estéreo principal) e uma matriz 7x2 – uma frequências
seção de mixer separada com duas saídas, onde as entradas são selecionáveis
derivadas dos quatro subgrupos, saídas em estéreo e bus mono. para os shelves de
Agora o direcionamento é ainda mais flexível: os canais podem graves e agudos.
ser individualmente enviados para buses (mas um botão no strip Os pré-amplificadores
do canal permite a você fazer pan entre pares de buses ímpares/ de microfone nos novos
pares da maneira comum), todos as mandadas auxiliares podem modelos também foram atualizados e
ser mudadas individualmente entre operação pré e pós-fader e os aparentemente foram desenhados pelo Diretor de Desenvolvimento
auxiliares 1 e 2 podem ser mudados para enviar o sinal antes ou de Consoles da Midas, Alex Cooper, que está na empresa desde
depois da equalização. Outras áreas de melhoria incluem o uso 1985 e trabalhou em produtos respeitadíssimos, como o Midas
de faders de 100mm em todos os canais e buses, uma chave de Heritage e o compressor Klark Teknik DN540. Como esperado
inversão de polaridade e um pad de -20dB em cada canal, e uma da Midas, a fabricação mantém um padrão de primeira linha: as
seção de equalização revisada baseada na da mesa XL3 da Midas. Os estruturas são feitas de aço e todos os potenciômetros são presos
equalizadores nos canais em mono da série F da Venice apresentam individualmente por parafusos de metal e porcas no painel superior.
controles de Q variáveis para as duas bandas de frequência média e Assim os consoles da série F da Venice já estão repleto de
muitos recursos que você só encontraria em mesas com o dobro do
tamanho, mas uma pista para a sua nova vocação para o estúdio
pode ser encontrada no novo sufixo ‘F’: todos os mixers no conjunto
incorporam uma interface de áudio Firewire com 32 entradas e 32
saídas, que envia e retorna entre o mixer e o computador sendo
altamente configurável. Saídas diretas de canal podem ser enviadas
para a sua DAW para gravação multitrack, assim como os buses,
enquanto que mandadas auxiliares e efeitos de retorno podem ser
direcionados para e de processadores de plug-in software. O áudio
digital pode ser direcionado para a mesa para summing analógico e
equalização, ou você pode usar os efeitos da sua DAW como inserts
na mesa.
É claro, esta combinação de mixer analógico de alta qualidade
e interface de áudio multicanal se dá bem ao fazer gravações
multitrack, seja no estúdio ou de shows ao vivo. Você pode até fazer
passagens de som sem a banda estar presente, contanto que tenha
uma gravação da banda de um show anterior no seu computador.
Infelizmente, a série F da Venice era muito recente e não tinha o
preço confirmado até o fechamento desta edição, mas esperamos
descobri-lo em breve. Para mais informações, visite o site da Midas
ou da Teleponto, seu importador no Brasil, abaixo.
www.teleponto.com.br - www.midasconsoles.com
6 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
N OVIDADES
W W W . S O U N D O N S O U N D . C O M . B R
Nouveau Nova
Sintetizador compacto Novation Ultranova
A
família Nova de sintetizadores da Novation acabou de ganhar um
novo membro, o Ultranova. Um design compacto, o Nova é um
sintetizador monotimbre com polifonia de 18 notas, suas vozes
geradas de uma das suas 36 formas de onda da wavetable, 20 formas de
onda digitais ou os tipos analógicos clássicos (incluindo quadrada, senoidal,
triangular, dente de serra, pulso e nove combinações de dente de serra/
pulso). Três osciladores podem ser invocados de uma vez, assim como
podem dois moduladores de ressonância, dois filtros, seis envelopes, ilimitado de patches, usando o software Patch Librarian, e os patches
três LFOs e um gerador de ruído. Um conjunto de efeitos também está podem ser nomeados e classificados de acordo com gênero e categoria,
disponível, incluindo distorção, chorus/phaser, delay, reverb, compressão facilitando a localização do som que você está procurando.
e equalização, e existem cinco slots de efeitos nos quais estes podem ser O Novation Ultranova deve estar disponível no final do ano e vai custar
carregados. As configurações de efeitos são salvas por patch e o Ultranova aproximadamente R$ 3.900.
vem com 300 patches de fábrica e espaço para mais 200 patches do usuário. Quanta Music (19) 3741-4644.
Já sobre o controle em tempo real, o Ultranova apresenta oito www.quanta.com.br - www.novationmusic.com
encoders giratórios sensíveis ao toque e que
podem receber diversas atribuíções, além de
um controle giratório que não é sensível ao
toque. Um recurso que a Novation chama
de Touch permite a você acionar envelopes,
LFOs, filtros e efeitos simplesmente tocando
em um dos encoders sensíveis ao toque
mencionados acima, enquanto que o knob,
que não é sensível, ao toque permite o
ajuste fino dos parâmetros. As notas são
inseridas através de um teclado Fatar de 37
notas com teclas de tamanho total, a curva
de pitch comum e rodas de modulação
(que são iluminadas em um agradável azul)
completando a coleção de elementos táteis.
Localizado na parte de cima do Ultranova
está uma entrada de microfone, para uso com
o microfone dinâmico gooseneck fornecido.
Esta permite a você usar o Ultranova como
um vocoder de 12 bandas, empregando sua
voz como o modulador do vocoder. Como
alternativa, qualquer sinal de nível de linha pode
ser usado no lugar, através das entradas de linha
estéreo na parte de trás do sintetizador.
O formato pequeno do Ultranova e
a inclusão de um microfone e vocoder o
colocam diretamente no mesmo grupo do
popular Microkorg da Korg e do Akai Miniak,
mas este recém-chegado da Novation supera
um pouco os seus concorrentes, porque ele
também pode atuar como uma interface USB
de áudio e de MIDI. Quando conectado via
USB, ele fornece aos computadores duas
entradas de linha de baixa latência e quatro
saídas de linha. As saídas de linha 1 e 2
são duplicadas na saída S/PDIF estéreo da
Novation e na sua saída de fones de ouvido.
A porta USB também permite a você
controlar o Ultranova a partir de um
computador, através do software Ultranova
Editor incluso, que roda como um plug-in
na sua DAW. Além disso, você pode usar
o computador para armazenar um número
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 7
N O VIDA DES
W W W . S O U N D O N S O U N D . C O M . B R
Neumann entra no
mercado de monitores
Lançamento dos monitores
nearfield KH120A e KH120D
A
Neumann esteve na recente feira IBC em Amsterdã
para anunciar os seus primeiros monitores de estúdio,
o KH120A e o KH120D. Os novos monitores pegam
suas duas primeiras iniciais do fabricante de monitores high-
end Klein+Hummel, que fazem parte do grupo Sennheiser (a
matriz da Neumann) desde 2005, e no qual os designs dos
KH120s são baseados.
O KH120A e o KH120D são basicamente o mesmo monitor,
a única diferença entre eles sendo que a versão ‘D’ apresenta
entradas digitais além das entradas XLR analógicas balanceadas. separados. A versão
Ambos são designs ativos e equipados com dois amplificadores não-digital, o KH120A,
Classe A/B de 80W, um para o tweeter de domo de seda de tem uma entrada XLR de
estrutura de titânio e um para o driver LF. O segundo tem 11cm 10kΩ, enquanto que a versão digital também permite o uso do
de diâmetro, enquanto que o primeiro mede 2,5cm e reside no conector XLR para inserir sinais AES3 em taxas de samples de até
que a Neumann chama de Mathematically Modelled Dispersion 192kHz (embora também exista um conector BNC coaxial, para
Waveguide, que foi projetado por computador para garantir conectar sinais AES-id).
máxima dispersão HF. Ambos os drivers têm seus próprios Outro recurso único à versão digital é a capacidade de
limitadores analógicos e circuito de proteção térmica. retardar o sinal, para compensar pelas diferenças do tempo de
O gabinete com dutos do KH120 é feito de alumínio e a chegada causadas pela disposição do monitor ou para manter a
Neumann afirma que ele tem ressonâncias mínimas e melhor sincronia ao trabalhar com imagem.
dissipação de calor em comparação com gabinetes feitos de Espera-se que tanto o KH120A quanto o KH120D estejam
outros materiais. As paredes do gabinete foram anguladas para disponíveis a partir deste mês na Inglaterra, com a versão
reduzir ondas perpendiculares internas e os dutos usam um analógica custando cerca de 650 Euros* por monitor e a versão
sistema patenteado para reduzir o delay de grupo. digital sendo um pouco mais cara.
Na parte de trás, existem três seletores de quatro ajustes Quanta AV-Pro (11) 3061-0404.
para configurar os níveis de frequências altas, médias-baixas e www.sennheiserusa.com
baixas, além de controles de nível de saída e ganho de entrada www.neumann-kh-line.com
Minimoog Voyager XL
Moog marca o 40º aniversário do Mini
E
ste ano marca o 40º aniversário do lançamento do
sintetizador Minimoog original e, para comemorar,
a Moog Music anunciou um novo instrumento
impressionante, semi modular, que aparentemente será todos os
vendido no começo do ano que vem. knobs sendo
O Minimoog Voyager XL é um monstro de aparência controláveis por
sexy que, de acordo com o seu fabricante, “começa com a MIDI e também capazes
essência de um Minimoog”, incluindo os seus osciladores e de produzir dados MIDI. O LFO
filtro clássicos. Complementando isso, está um painel de patch pode ser sincronizado por MIDI e o
bem equipado, que permite a você direcionar CVs (Control teclado de 61 notas, naturalmente, também
Voltages) entre os próprios destinos e fontes de modulação do produz dados de notas. Um controlador de fita,
sintetizador, ou para/de sintetizadores externos ou módulos passível de atribuições, segue ao longo da parte superior
do sintetizador. Existe um mixer de CV de quatro canais, para do teclado e, por fim, existe um touchpad, do mesmo tipo que
combinar sinais de modulação, um atenuador de CV de dois pode ser encontrado no original Voyager By Bob Moog. Ainda
canais, além de três mults de quatro vias, que permitem a você não temos previsão de lançamento no Brasil, mas para obter
direcionar fontes de CV únicas para várias destinos. A Moog mais informações, entre em contato com a Habro, importadora
Music quer destacar que, embora não haja nenhuma entrada da Moog no Brasil.
de CV dedicada para modular o espaçamento do filtro, a seção Habro Music (11) 2787-0300
Modulation Bus realmente permite a você usar a entrada Mod www.habro.com.br
2 para controlá-lo. O MIDI parece bem implementado, com www.moogmusic.com
! * Consulte o box preços referenciais na pág. 3
8 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
N O VIDA DES
W W W . S O U N D O N S O U N D . C O M . B R
Feeltune Rhizome
Computador, controlador e groovebox
A
Unity Audio acabou de nos mandar um press release
sobre um curioso produto novo da organização
francesa Feeltune. Chamado de Rhizome, este
equipamento incomum provavelmente é melhor descrito como
um cruzamento entre um computador, um controlador MIDI e
um groovebox de sampling.
Começaremos com a parte de computador: o Rhizome
roda o Windows XPE, uma versão do XP que foi alterada
especificamente para funcionar com o Rhizome. É uma boa
escolha de sistema operacional, já que muitos músicos de PC
ainda acham que o XP é o Microsoft OS mais confiável e mais
estável, e a sua maturidade significa que ele deve ser compatível
com a maioria dos instrumentos e efeitos VST. Ele tem um
processador Intel Core 2 Duo, com cada núcleo rodando um house, monitores de palco ou um gravador, por exemplo). Seis
pouco acima de 2GHz, além de 2GB de memória RAM e um das saídas aparecem em P10s de saída de linha, enquanto que
HD de 250GB, que deve ser abundante para rodar a maioria de as duas últimas são pretendidas para plugar um conjunto de
sintetizadores software e instrumentos baseados em samples. fones de ouvido. Existem também duas entradas e saídas MIDI,
Onde as especificações ficam um pouco menos então você pode usar o Rhizome para controlar sintetizadores
convencionais é com as telas embutidas: existem quatro externos, ou aumentar as capacidades de controle do Rhizome
no total, cada uma com uma resolução horizontal de 1440 com outro controlador MIDI (como um teclado ou controlador).
pixeis, e três delas com 128 pixeis de altura (a outra tendo Completando o total de I/O, estão quatro portas USB e duas
250 pixeis de altura). Os monitores ficam em cima de portas PS/2, para conectar controladores MIDI USB, dongles ou
fileiras de botões e encoders giratórios, a ideia sendo que um mouse e teclado.
a tela mostra a você qual parâmetro você está alterando, A respeito do software, o Rhizome apresenta um mixer virtual
e o codificador embaixo daquela parte da tela o altera. O de oito buses e 64 canais. Cada canal e bus tem um equalizador
monitor maior, que está em cima do aparelho, pode ser embutido, compressor e efeito de amplitude estéreo, e pode
visto mostrando um ritmo de piano em alguns vídeos de hospedar até três efeitos VST da sua escolha. O mixer tem três
demonstração (que podem ser vistos no site www.youtube. buses auxiliares e um bus master, e todo o direcionamento de
com/watch?v=oVSdjYUl30w&feature=player_embedded), e a bus é afirmado como sendo altamente flexível.
Feeltune diz que as notas podem ser inseridas usando uma Dois samplers são embutidos no Rhizome: o Drum Sampler,
das fileiras de botões, como um sequenciador de intervalos. simples, projetado para construir partes de ritmo, e o PGM
Um monitor externo pode ser conectado ao aparelho Sampler, que tem síntese mais complexa e opções de
para aquelas ocasiões onde uma maior imagem da tela é modulação para criar os seus próprios instrumentos. Ambos
necessário. Adicionalmente, quaisquer plug-ins hospedados têm recursos completos, e permitem a você gravar áudio
pelo Rhizome podem ter seus parâmetros ajustados a partir (através de duas entradas de linha), ajustar pontos de loop e
de outro computador, através de uma rede. corte e normalizar samples.
O Rhizome tem uma interface de áudio embutida, com duas Nenhum preço estava disponível até o fechamento desta
entradas e oito saídas. As duas entradas podem ser usadas edição. E se a abundância de recursos listados acima lhe deixar
para processar áudio ao vivo ou para sampling, enquanto um pouco confuso, não se preocupe: revisaremos o Rhizome na
que as oito saídas indicam que você pode enviar mixagens SOS assim que conseguirmos colocar nossas mãos em um!
diferentes para destinos diferentes (para o sistema front-of- www.unityaudio.co.ukwww.feeltune.com
KARMA Combis
A Karma Lab (www.karma-lab.com) designer adequados para uma grande variedade de Um dos programadores do Reincarnated é
de som baseada em New Jersey, acabou de estilos, incluindo jazz, new age, música ninguém menos do que Stephen Kay, que
lançar um novo conjunto de sons para os eletrônica e techno. ajudou a desenvolver o mecanismo KARMA, e
teclados de estação de trabalho M3 e M50 da Cada Combi é composto por quatro módulos que dá a sua primeira inicial, então você pode
Korg. O conjunto de sons, chamado KARMA e oito Scenes totalmente ter a certeza de que as estações de trabalho M3
Reincarnated, aparentemente leva o vocalizados. Os parâmetros de Scene foram e M50 da Korg serão usadas ao seu potencial
mecanismo de síntese KARMA (Kay mapeados para controle em tempo real, através máximo ao rodar estes sons. Com o preço de
Algorithmic Realtime Music Architecture) da de oito sliders, oito chaves, um joystick e, para US$32* (que é basicamente US$1 por Combi),
Korg ao “limite absoluto”, e compreende 32 quem usa os sons em um M3, os controladores o conjunto de sons Reincarnated pode ser
Combis que a Karma Lab afirma serem de pad XY e de fita. comprado no site da Karma Lab.
10 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
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W W W . S O U N D O N S O U N D . C O M . B R
Sample Logic
Cinematic Guitars
A Sample Logic (www.samplelogic.com)
lançou um novo instrumento de guitarra software
baseado em samples chamado Cinematic
Guitars. Descrito pelo distribuidor no Reino
Unido, a Time + Space, como “totalmente
abrangente”, o Cinematic Guitars compreende
9GB de samples de mais de 1000 instrumentos,
em qualidade PCM de 24 bits e 44,1kHz. O
trabalho ‘físico’ ficou por conta do guitarrista
Steve Ouimette, que aparentemente trabalhou
nos populares jogos de console Guitar Hero.
Equipado com o mecanismo Kontakt Player da Native Instruments,
o Cinematic Guitars tem mais de 600 efeitos e parâmetros de
performance “explorando emoções e timbres infinitos”. Os sons de
guitarra (que incluem guitarras acústicas e elétricas dedilhadas,
palhetadas, arranhadas, batidas e até tocadas com arco) podem ser
sobrepostos com sons de sintetizador para criar texturas mais etéreas,
ou você pode usar alguns dos elementos mais percussivos para criar
Sabor de Neve partes musicais rítmicas ou melódicas. Mais de 100 multis “prontos”
(templates de preset incluindo vários instrumentos) são fornecidos, e a
no seu Lunchbox Sample Logic diz que eles são ideais para ser usados por quem compõe
música para filmes, TV, jogos de computadores e eletrônicos.
MP573 da Sound Skulptor Disponível agora, o Sample Logic Cinematic Guitars custa R$ 679. Para
mais informações, viste o site da Loop Music, www.loopmusic.com.br.
F
A organização francesa Sound Skulptor acabou de lançar
um pré-amplificador de microfone compatível com API
Lunchbox, o MP573. Como a maioria dos seus produtos
(incluindo o STS Stereo Tape Simulator, que a gente noticiou em
Super Bass Extreme
fevereiro), o MP573 está disponível tanto como um kit DIY quanto Armadilha de cantos da Vicoustic
A
em forma completa: a versão totalmente montada está pronta uso Vicoustic acabou de nos mandar um press release sobre
imediato, e a versão de kit vem com todos os componentes que o que pode ser o produto de nome mais animador
você precisa para construí-lo. que ouvimos no ano todo. O Super Bass Extreme não
Baseado no módulo de pré-amplificador 1073 clássico da Neve, é, como pode ser esperado, uma configuração de equalização
o MP573, como informado pela Sound Skulptor, tem um som exagerada em um hi-fi barato de consumidor. Ele é, na verdade,
“cheio, suave, detalhado e musical”, e pode fornecer até 70dB de uma armadilha de cantos, mas o seu fabricante português diz
ganho para fontes de nível de microfone. Fiel ao original, as fases que ele tem alguns elementos de construção interessantes que o
tanto de entrada quanto de saída empregam transformadores distanciam das muitas já disponíveis.
(modelos Carnhill St Ives, neste caso), em um design Classe A O painel frontal é de madeira e atrás dele estão uma membrana
single-ended. A impedância de entrada do MP573 pode ser e duas camadas de espuma, com outro painel na parte de trás. O
mudada, através de um jumper interno, entre 300Ω e 1200Ω, último é perfurado com buracos de 1mm, e isso aparentemente
permitindo a você igualar impedâncias de pré-amplificador e quer dizer que ele atua como um ressonador Helmholtz.
microfone, ou simplesmente dando a você duas opções distintas O conjunto todo é projetado para absorver frequências entre
de timbre. Uma entrada DI de FET (fieldeffect transistor, ou 60Hz e 125Hz, enquanto que o painel frontal atua como um
transistor de efeito campo) também está presente, e ela passa difusor de alta frequência. Já disponível na Inglaterra, o Super Bass
pelo transformador da entrada, dando a você a opção de conduzir Extreme vem com uma opção de cinco acabamentos diferentes e
a fase de entrada e adicionar um pouco de saturação aos sinais do pode ser comprado em pares por £511*, incluindo IVA.
nível de instrumento. www.vicoustic.com
Além dos controles de ganho (sendo
que um é escalonado em aumentos de
10dB e o outro é um potenciômetro
continuamente variável de ±10dB),
existem duas chaves no painel frontal, que
invertem a polaridade do sinal e aplicam
phantom power quando necessário.
Como sempre com os produtos da
Sound Skulptor, o preço é bastante
razoável: totalmente montado, o MP573
custa 568 Euro*, enquanto que na forma
de kit ele custa só 329 Euros*.
www.soundskulptor.com
! * Consulte o box preços referenciais na pág. 3
12 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
VOCÊ VAI SE SURPREENDER COM
A BEYERDYNAMIC
A PlayTech traz para o Brasil a marca alemã beyerdynamic, uma das maiores fabricantes de microfones do mundo.
A marca tem uma linha completa de produtos, que inclue kits para percussão, sistemas sem fio, in ear, microfones e fones,
com custo altamente competitivo aliado a uma qualidade surpreendente. Não deixe de considerá-los em seu próximo
investimento em microfones e fones de ouvido.
VENHA CONHECER A BEYERDYNAMIC NA PLAYTECH ÁUDIO PROFISSIONAL
O A
arsenal de plug-ins de modelagem analógica da Universal Áudio para o seu sistema Synthogy, especialista em pianos software,
UAD2 DSP acabou de aumentar com o lançamento do EP34, uma recriação acabou de anunciar que o Ivory II Grand
software do aparelho de delay de fita Maestro Echoplex, bastante procurado. Pianos, o sucessor do seu aclamado pacote
A UA nos conta que o EP34 modela elementos das variações EP3 e EP4 do Ivory Grand Piano, já está disponível. Como o
Echoplex (ambos sendo designs solid-state), incluindo desafinação e vibração, original, o Ivory II Grand Pianos compreende sets de
clipping de entrada e a capacidade de auto-oscilar. Exatamente como o verdadeiro, samples de três instrumentos renomados: um piano
o tempo do delay não é configurado ajustando a velocidade da fita (como é o caso de cauda Bösendorfer 290 Imperial, um piano de
para alguns outros aparelhos de delay de fita), e sim variando a distância entre a cauda de concertos Steinway Model D de 2,7 metros
gravação e os cabeçotes de reprodução, os últimos sendo montados em uma barra e um piano de cauda Yamaha C7. No total, existem
de slide. O tempo do delay é continuamente variável entre 80 e 700ms e pode ser gritantes 77GB de samples, comparados com os ainda
configurado manualmente ou, ao rodar o plug-in no modo Sync, em valores entre significativos 30GB que o Ivory Grand Pianos continha,
uma nota semifusa e meio beat. e a Time + Space, distribuidora da Synthogy no Reino
O número de repetições e o seu volume também podem ser variados, e existe Unido, diz que estes samples adicionais incluem
um equalizador de duas bandas para moldar o timbre do delay. Usando o controle quase o dobro do número de camadas de velocity em
Recording Volume, você pode distorcer o material fonte, e este efeito pode ser comparação com o original.
usado sozinho como um overdrive, mesmo com os delays mutados. Mas a quantidade completa de samples não é a
Alguns controles no lado esquerdo do UI permitem outras mudanças de única coisa que melhorou: o Ivory II também apresenta
timbre: um controle Input Hi/Lo seleciona entre emulações da entrada de linha ou o que a Synthogy chama de ‘Sample Interpolation
microfone e pode ser usada para ‘saturar’ mais o sinal de entrada. Existe também Technology’, que aparentemente faz “transições ultra
um controle Tension Hi/Lo, que modela duas tensões de fita diferentes que podem suaves de nota e velocidade”. Também novo é um
ser conseguidas no original apertando ou soltando um parafuso. O efeito deste recurso chamado Sympathetic String Resonance:
controle fica aparente ao mover o slider de gravação-cabeçote em tempo real: com se uma nota é tocada enquanto outras estão sendo
uma configuração de tensão de fita alta, o tempo de delay (e mudança de picth) seguradas, as notas que são seguradas também
muda de maneira relativamente lenta, enquanto que na configuração de tensão soarão, exatamente como uma corda não-amortecida
baixa ele acontece mais rápido. vibraria em um piano real se outras partes do
Existe uma chave Wet On/Off que neutraliza a saída seca quando configurada em instrumento fossem estimuladas.
On, tornando o plug-in adequado para uso como um efeito de mandada. Enquanto Para atrair quem usa o Ivory Grand Pianos original,
isso, a chave Send On/Off desativa a entrada de sinal, para quando você quiser a Time + Space está oferecendo ofertas de atualização,
usar o EP34 como um plug-in gerador de som, o fazendo auto-oscilar. Deste modo, que diferem dependendo de quando você comprou
a Universal Audio diz que o plug-in pode ser usado como “um instrumento que a primeira versão: se foi depois de 1 de novembro
pode ser tocado manipulando os controles durante a oscilação caótica”, o que soa do ano passado, você terá o Ivory II Grand Pianos de
bastante divertido! Por fim, o knob Echo Pan auto-explicativo permite a você colocar graça! Se foi antes desta data, você pode atualizar para
os delays em qualquer lugar no campo estéreo. A carga DSP é bastante pesada, mas a versão mais nova por apenas R$ 199 – o que ainda
não consome tanto processamento quanto o plug-in Massive Passive da UA, com é uma economia significativa sobre o preço de R$
uma instância do EP34 precisando de cerca de um terço de um cartão UAD2 Solo 699 para quem compra o Ivory pela primeira vez. Para
para rodar. Entretanto, pelo que podemos dizer a partir do vídeo de demonstração mais informações sobre onde comprar o Ivory II Grand
no site da Universal Audio, este processamento está sendo bem usado: parece que Pianos ou como pedir sua cópia grátis ou mais barata,
o som do EP34 é tão autêntico quanto a sua aparência. Disponível para compra viste o site da Loop Music.
agora na loja online da Universal Audio, o plug-in EP34 custa US$199*. www.loopmusic.com.br
www.uaudio.com www.synthogy.com
! * Consulte o box preços referenciais na pág. 3
14 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
N O VIDA DES
W W W . S O U N D O N S O U N D . C O M . B R
Saturn Polycylindrical Diffusor o press release, ele faz isso “sem a mudança de
frequência muitas vezes encontrada em difusores
A
Sound Control Room é uma empresa residuais quadráticos comuns (ou Schroeder) disponíveis em preto ou branco, embora eles
Americana chefiada pelo engenheiro e quando colocado perto da posição de audição, possam ser pintados sem reduzir sua eficácia. Eles
perito em acústica Steven Klein, e eles como uma sala pequena pode precisar. também são surpreendentemente acessíveis e
acabaram de anunciar uma solução de difusão que Ao contrário de painéis absorvedores (do tipo custam só U$ 54,99* mais frete (o preço diminui
ele diz ser perfeitamente adequada para salas de que os nossos Paul e Hugh podem com frequência para compras múltiplas). Para mais informações,
controle pequenas. serem vistos enfeitando paredes no Estúdio SOS), visite o site da Sound Control Room.
Steven tem algumas ideias interessantes sobre na verdade os difusores são projetados para refletir www.soundcontrolroom.com
acústica, incluindo algumas opiniões controversas o som de volta à sala, embora de uma maneira mais
sobre armadilhas de graves de banda larga e sua aleatória e dispersa que ocorreria se as paredes
eficácia, ou a falta dela, em tratar salas pequenas fossem deixadas descobertas. A ideia é reduzir
(quem se interessa pelo assunto deve visitar o site ecos distintos (ou seja, som que sai da parede em
dele, que hospeda algumas matérias interessantes um ângulo igual ao que ele chega), mas sem abafar
sobre esta questão). Entretanto, uma olhada rápida o som de uma sala, como ele se comporta de
na sua lista de clientes e discografia indica que ele maneira mais parecida com uma sala grande.
tem muitos anos de experiência na área da acústica, A forma convexa do Polycylindrical Diffusor
e que as suas opiniões não devem ser descartadas. aparentemente significa que ele irradia novamente
O Saturn Polycylindrical Diffusor não é só um o som que o bate (e não é absorvido) de um
nome complicado, como também, de acordo com campo de 120º, comparado com apenas 20º para
o seu fabricante, é mais eficiente do que difusores uma superfície plana. Além disso, de acordo com
A Celemony especializada em está em desenvolvimento e será vendida em Retouch está ligado à estação de trabalho
manipulação de pitch, anunciou que o Melodyne breve, por R$ 575.. SADiE. A CEDAR nos pediu para destacar
Editor, o Melodyne Assistant e o Melodyne www.esi-audio.com que isso só se refere à licença individual
Essential foram atualizados para a versão 1.2. do Retouch, que não permite que ele seja
A atualização traz compatibilidade de 64 bits, Em setembro do ano passado, transferido para outra plataforma. O próprio
permitindo que o software rode em sistemas revisamos o Chameleon Labs TS1, um Retouch está disponível para Pro Tools, Pyramix
operacionais de 64 bits sem a necessidade microfone condensador valvulado de e nas próprias estações de trabalho de áudio
de um bridge de 32 bits. “Isso significa que o diafragma pequeno. Agora uma versão CEDAR Cambridge da CEDAR.
Melodyne é mais robusto e roda de maneira MkII foi anunciada, e a Chameleon Labs diz www.cedaraudio.com
mais suave durante a edição de projetos que ele apresenta uma eletrônica valvulada
extensos,” diz a Celemony. A atualização recém projetada. A fonte de energia, por A Try-Sound é uma nova empresa
também incorpora vários reparos de bugs. exemplo, tem um controle de voltagem para a oferecendo um serviço online interessante:
www.celemony.com a capacidade de testar instrumentos virtuais
antes de comprá-los, de graça e sem a
A ESI anunciou um novo teclado MIDI necessidade de um dongle USB. Isso parece
pequeno chamado Keycontrol 25 XT. Com ser bastante útil para quem quer testar
25 notas, o Keycontrol 25 XT apresenta teclas instrumentos virtuais de empresas que não
de tamanho real sensíveis à velocidade e é têm uma política de demos, por exemplo,
construído em um chassi de alumínio branco ou para quem não tem iLok e não quer
brilhante. Ele tem um pitch bend wheel e investir em um só para testar um plug-in.
slider de modulação, além de quatro encoders Só o que você precisa fazer é se registrar
giratórios infinitos que podem ser programados com a Try-Soun d (isso pode ser feito no
para enviar sua escolha de números CC. Botões site deles), escolher um slot de tempo de
de oitava no painel superior permitem a você válvula, que permite que o usuário enfraqueça 25 minutos e, durante este tempo, você
enviar dados de notas na variação total que o ou ‘sature’ a válvula para conseguir graus pode, através de um pequeno aplicativo,
MIDI permite, enquanto que uma entrada P10 variáveis de saturação. Como o original, o tocar qualquer um dos plug-ins listados no
na parte de trás deixa você conectar um pedal TSI MkII vem com uma cápsula cardioide e site. Todos os parâmetros de instrumentos
de sustentação. O teclado é equipado por USB omnidirecional, enquanto que uma cápsula podem ser alterados e você pode até
(então ele não precisa de uma fonte externa) e hipercardioide e uma de diafragma grande inserir notas do seu próprio teclado MIDI
é compatível com todas as versões de Windows (que podem ser alternada entre padrões omni (embora incorra um pouco de latência, a
(a partir do XP), além do OS X. Disponível e cardióide) estão disponíveis como opcionais. quantidade dela dependerá da sua conexão
agora, o Keycontrol 25 XT custa R$ 600 e vem www.chameleonlabs.com de Internet). Mas você ainda pode testar
com uma cópia do Cubase LE 5 e EZ Drummer instrumentos mesmo sem um teclado MIDI
Lite da Toontrack. A Um Instrumentos (www. A avaliação do Eric James do conectado, através do conjunto de presets
uminstrumentos.com.br), distribuidora da ESI no Samplitude Pro 11 (Sound On Sound de MIDI da Try-Sound.
Brasil, também diz que uma versão de 49 teclas outubro de 2010) afirmou que o CEDAR www.try-sound.com
! * Consulte o box preços referenciais na pág. 3
16 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
NOVID ADES BRA SIL
W W W . S O U N D O N S O U N D . C O M . B R
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 17
TESTE
Avid HD Omni
SAM INGLIS
Interface de áudio e controlador
A de monitor para Pro Tools HD
lguns meses atrás, a equipe
especializada de repórteres
investigativos da SOS foi
conduzida a um quarto escuro no quartel-
A nova interface da Avid pode parecer o caçula
general da Avid para um preview secreto da série HD, mas existe muito mais nela do que
de três novas interfaces de áudio. Não
exatamente um novo caso Watergate, mas aparenta...
uma grande novidade no nosso campo,
principalmente porque os front ends para a porém de alta qualidade, para mixagem, Omni só aparece no contexto de um setup
série HD permaneceram inalterados desde composição e overdubs ocasionais. Como HD maior, e talvez em um ambiente de
o seu lançamento em 2002. Uma das novas a primeira interface HD a incorporar composição de mídia ou pós-produção.
interfaces, a HD I/O (ver box) obviamente pré-amplificadores de instrumento e
substitui as interfaces anteriores, microfone, uma saída de fone de ouvido
Visão geral do Omni
oferecendo funcionalidade parecida e controle de monitor embutido, ele soou Com certeza, é verdade que, em um
mas com melhor qualidade de som. A como uma solução conveniente em um setup HD com um Omni como sua única
segunda, finalmente, traz o formato único equipamento que, apesar de não interface, você não vai ter muitas entradas
digital MADI ao mundo do Pro Tools, ser de nenhuma maneira um produto de e saídas. Isto não acontece por falta de
fornecendo até 64 canais de I/O digital. baixo custo, seria substancialmente mais conectores físicos. Com a combinação certa
Enquanto isso, a terceira representa uma acessível do que as opções HD anteriores, de cabos digitais, ópticos e analógicos,
aventura radical de qualquer produto para quem não precisa de várias entradas você pode organizar pelo menos 20 fontes
anterior na série HD e vai ser de particular ou saídas. Mas uma olhada secreta é uma de entrada mono diferentes ao mesmo
interesse aos leitores da SOS. coisa, e uso interativo de um produto é tempo – mas não importa qual combinação
Nossa primeira olhada no HD Omni outra. Conforme você investiga o Omni você escolher, o Omni não é capaz de
nos deixa com a impressão de que era mais a fundo, fica claro que ele está longe fornecer mais de oito canais de áudio ao
uma interface com foco justamente em de ser o glorioso Rack 003 que eu descrevi seu computador. Da mesma maneira, ele
quem precisava de um sistema pequeno, acima. De fato, muito da funcionalidade do fornece uma variedade impressionante
18 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
de conexões digitais e analógicas para (assim dificultando trazer a saída do CD
conduzir suas saídas ao mundo externo, player ao Pro Tools quando necessário) ou Avid HD Omni R$ 8.800
mas apresenta um máximo de 10 saídas ligar o seu computador e direcionar entradas
independentes para o Pro Tools, e isto e saídas pelo software. Então o Omni é PRÓS
contando a saída dedicada do fone de projetado para levar esta funcionalidade • Poderoso controlador de monitor estéreo e
surround que é muito bem integrado ao Pro
ouvido. Mas um novo recurso no Pro Tools ao domínio do HD, e possibilita rodar pelo Tools.
8.1 realmente possibilita ‘espelhar’ estes menos um modesto equipamento HD sem • Uma interface de gravação versátil que
paths da saída para várias saídas físicas, hardware adicional. Mas como vamos ver, ele oferece excelente qualidade de som.
como vamos ver. também tem um papel em sistemas maiores, • Incorpora prés de microfone e um
amplificador de fone de ouvido, podendo,
A Avid diz que o Omni é projetado para integrando vários recursos avançados no
portanto, eliminar a necessidade de outro
eliminar a necessidade de várias outras mundo do Pro Tools que antes seriam hardware em alguns estúdios.
peças caras de hardware no estúdio, e isto conduzidos fora dele. • Coleção abrangente de conectores
parece um caminho de desenvolvimento analógicos e digitais. Permite que outras
lógico. A não ser que você trabalhasse
Em casa na sala de controle ‘fontes’ sejam testadas sem passar pelo
Pro Tools.
só com sinais de nível de linha, nunca Uma diferença óbvia entre o Omni • Mudanças para a janela I/O Setup no Pro
usasse fones de ouvido e tivesse só um e as outras interfaces HD é que ele é Tools 8.1 vão beneficiar a maioria dos
único conjunto de monitores, as interfaces claramente projetado para viver na sala de usuários do HD.
HD anteriores exigiam um mixer – ou, no controle. Muitas funções, incluindo todos • A opção HEAT é ótima.
mínimo, alguns pré-amplificadores, um os controles de monitor, são acessadas no
CONTRAS
controlador de monitor e um amplificador painel frontal, então o usuário vai precisar • Apesar do grande número de conectores
de fone de ouvido – para completar sua tê-lo em fácil alcance o tempo todo físicos, o HD Omni só oferece oito entradas
funcionalidade. Isto, é claro, aumentava (embora exista um conector misterioso não e saídas independentes (além da saída Cue/
o custo e a complexidade do sistema, documentado chamado Remote na parte retorno).
• Sem talkback.
principalmente se você trabalhasse de trás, então talvez isso mude em algum
• Sem controle de usuário ou informações
em surround, além de possivelmente momento). Uma ventoinha de resfriamento publicadas sobre as convenções de nível usadas
apresentar novas possibilidades de queda zune quando ele é ligado, mas depois disso no downmix (5.1 para 2.0, por exemplo).
na qualidade do seu sinal. Outra questão eu não percebi o seu funcionamento: com • Complexo e possivelmente confuso para
com as interfaces HD anteriores, era que certeza o Omni é muito mais silencioso configurar, com as configurações divididas
entre as janelas Hardware Setup e I/O Setup.
você precisava ter o computador ligado e do que o HD I/O e não deve causar
configurado adequadamente para conseguir nenhuma poluição sonora quando alocado RESUMO
qualquer sinal delas. Então, por exemplo, em um rack de maneira adequada. Mas Muito mais do que só uma interface de
se você simplesmente quisesse ouvir ele realmente precisa estar conectado gravação multifuncional e compacta para o
Pro Tools HD, o HD Omni também é um
alguma coisa no CD player do estúdio, a um cartão HD no seu computador, ou
versátil controlador de monitor que vai achar
você tinha ou que passá-lo pelo sistema à porta de expansão em outra interface um papel em vários setups maiores.
de monitoramento do estúdio no Pro Tools HD, usando um cabo Digilink (com um
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 19
TESTE
AVID HD OMNI
adaptador mini Digilink). A Avid diz que um cabo de microfone no conector do dois pré-amplificadores, que é obviamente
a extensão máxima do cabo Digilink é a painel frontal automaticamente desativa o útil para gravação estéreo. Em um
mesma que com interfaces HD anteriores do painel traseiro, o que parece sensato. modo ‘não-linkado’, um aperto forte no
– 30m em 96kHz ou abaixo ou 15m em Os conectores do painel frontal também codificador giratório (e no sistema de
192kHz – então isso não deve ser nenhuma oferecem um modo de impedância alta avaliação, foi necessária alguma força) é
limitação. Um Omni pode ser unido a para conectar diretamente guitarras e necessário para fazer as configurações
outras interfaces HD como é o normal, coisas assim. Os pré-amplificadores são para o segundo pré-amplificador. O botão
mas você só pode tem um único Omni em configurados usando alguns botões e um Setup usado para fazer o Factory Reset
qualquer sistema. codificador giratório, com um display que também pode ser usado para ajustar
O Omni requer que o Pro Tools HD 8.1 informa de qual pré-amplificador você está a maioria das configurações no Omni,
seja instalado. Se você tem o 8.0, ele é um editando as configurações e a quantidade como fonte do clock, modo de limitação
download grátis no site da Avid, e também de ganho atualmente aplicada. Isto varia para os conversores A-D, etc. Mas de
apresenta algumas mudanças importantes de +10 a +65dB, mas um dos botões maneira inversa, diferentemente do Pré
à maneira com que o direcionamento da também liga um pad de -20dB. Os outros de oito canais existente da Avid, os pré-
saída é configurado – veja o box ‘Buses botões acionam o phantom power de amplificadores do Omni não podem ser
dobrados’ para obter detalhes. A instalação +48V e um filtro high-pass funcionando controlados e receber um recall no Pro
do software no sistema em avaliação, deu em 85Hz, respectivamente. Existe também Tools. É claro, isto não muito importante
certo, mas o meu primeiro dia de testes um botão que liga as configurações nos quando o aparelho estiver bem na sua
foi bem disperdiçado tentando fazer o
próprio Omni funcionar. Não importava o Buses dobrados: Mudanças para a janela I/O Setup no 8.1
que eu fazia, o Pro Tools travava durante a
De maneira superficial, o lançamento vinham, o que podia causar vários problemas,
fase de carregamento, apesar de funcionar atualmente só para o HD do Pro Tools 8.1 parece principalmente se o sistema de destino não tinha
bem com o HD I/O conectado no lugar bastante sem graça, o principal recurso de destaque o mesmo número de saídas. Agora, cada sistema
do Omni. No fim eu usei os botões do sendo suporte para a opção HEAT (ver box) e as mantém a sua própria coleção de paths de saída,
painel frontal para realizar um Factory novas interfaces. Mas, avaliando com profundidade, e só o que isso muda é como os Mapped Output
Reset no Omni. Este é um procedimento estão algumas alterações importantes na maneira Buses são, digamos, mapeados. Um Mapped
com o que o Pro Tools lida com intercâmbios de Output Bus também pode ser direcionado
descrito no manual, mas não como opção
Session entre sistemas, principalmente em relação para mais de uma saída física de uma vez, o
de localização de erros; no meu caso com a janela I/O Setup. Eu não tenho espaço para que, de novo, tem vantagens óbvias e, no caso
ele pareceu resolver e eu não tive mais entrar em detalhes, mas, basicamente, o 8.1 adiciona do HD Omni, permite que as oito saídas do
nenhum problema. um novo tipo de bus, chamado de Mapped Output Pro Tools sejam espelhadas para várias saídas
Bus, que fica entre os paths de saída no Pro Tools e físicas. Esperamos cobrir os novos recursos
As entradas e saídas saídas físicas em uma interface. em detalhes em um futuro workshop do Pro
Fisicamente, o Omni tem bastante coisa Isto implica em vários recursos novos. Antes, Tools. Enquanto isso, para saber mais, procure
quando você carregava uma Session criada um documento em PDF chamado IO_Setup_
no seu case de 1 unidade de rack. O
em outro sistema, todas as suas I/Os também Primer no site da Avid.
painel frontal arredondado parece ser
feito de plástico duro modelado e é
firme o suficiente, mas, embora eu esteja
sendo exigente, ele parecia um pouco
‘aquém’ neste quesito, na comparação
com os demais equipamentos no meu
rack de avaliação.
Existem oito conectores de entrada
analógica no Omni, mas os seis primeiros
compartilham um único path de entrada
estéreo no Pro Tools. As entradas que
aparecem no Pro Tools como Analogue
1/2 podem ser escolhidas, usando um
controle no painel frontal, dos conectores
combo do painel frontal, um par de XLRs
do painel traseiro ou outro par de P10s
balanceados, também no painel traseiro.
Os XLRs tanto na frente quanto atrás são
direcionados para pré-amplificadores de
O novo e melhorado I/O Setup, apresentando o Mapped Output Buses.
microfone controlados digitalmente: plugar
20 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
na entrada A e a entrada B não faz nada. acostumado a lidar com tudo que tenha
Em 88,2 ou 96kHz, o protocolo S/MUX 2 é a ver com direcionamento na janela I/O
empregado para passar quatro canais em Setup do Pro Tools. Para configurar o
cada conector, enquanto que em 176,4 Omni, é necessário começar no diálogo
ou 192kHz, cada porta óptica carrega Hardware Setup, que exibe mais duas abas
dois canais (para um total de quatro) dedicadas aos recursos de monitoramento
usando o protocolo S/MUX 4. Enquanto deste aparelho: Monitor e Mixer.
isso, no lado da saída, dois conectores Basicamente, a monitoração do Omni
O painel traseiro do HD Omni traz um
quantidade impressionante de conectores digitais D-Sub carregam oito canais cada de saída adiciona uma camada adicional de
e analógicos. analógica e digital de formato AES3. abstração entre o software do Pro Tools
Eles são complementados por duas e o mundo externo - o que, com o novo
frente, de qualquer maneira, e você só tiver portas ópticas, que operam como as suas Mapped Output Buses no Pro Tools 8.1,
alguns pré-amplificadores para trabalhar, contrapartes no lado da entrada (exceto apresenta duas camadas adicionais (veja
mas seria uma opção legal para garantir que a saída B espelha a saída A em taxas o box ‘Buses dobrados’). Ele funciona
que overdubs posteriores combinassem de samples básicas), além de um par de estabelecendo um path (path) de saída
com as gravações iniciais. Seguindo o saídas de linha analógicas em conectores virtual chamado Monitor, que sempre
pad, pré-amplificador e filtro, os sinais P10 e a saída do fone de ouvido do painel aparece como o primeiro path de saída na
direcionados aos dois primeiros canais frontal do Omni. Pelas minhas contas, isso janela I/O Setup. Mas ao contrário de paths
também podem ser enviados por um par totaliza 36 saídas físicas possíveis em taxas de saída convencionais, o direcionamento
de pontos de inserts analógicos, onde você de samples básicas, mas como com as do próprio path Monitor para as saídas
pode usar um equipamento externo para entradas, o número que pode ser tratado físicas do Omni é estabelecido no diálogo
aplicar qualquer processamento dinâmico de maneira independente é muito menor: Hardware Setup em vez de em I/O Setup,
ou de timbre que quiser. Existem também oito canais mono convencionais, além do e qualquer par de saídas físicas que seja
duas opções de limiter, projetados para path Cue estéreo dedicado, que só pode tratado pelo path Monitor é indisponível
minimizar as consequências audíveis de ser direcionado para os fones de ouvido. para outros paths de saída na janela I/O
‘velejar’ muito perto do vento ao configurar O painel frontal apresenta um banco de Setup. Qualquer coisa direcionada ao
níveis de entrada: Soft Clip, que se afirma oito medidores verticais de LED de cinco path Monitor, se torna sujeita ao controle
fornecer “4dB adicionais de headroom segmentos, que podem ser mudados de nível usando o segundo encoder
arredondando os 4dB do topo para o usando um botão do painel frontal para giratório do Omni e os botões associados.
ponto do clipe” e Curv, que é um limiter indicar os níveis de entrada ou saída. Também existe a opção, no Hardware
soft-knee. Vou falar mais sobre isso daqui Setup, de configurar a monitoração para
a pouco. As outras entradas são mais
Monitoramento? Mágico! um segundo ou alternativo (chamado
diretas. Outras fontes possíveis incluem o Na verdade, extrair qualquer som do Alt) set de monitores. Quaisquer saídas
segundo par de entradas analógicas, que Omni quer dizer se envolver com o seu físicas atribuídas a este path Alt são,
são P10s de nível de linha padrão; entradas controlador de monitor embutido, e eu como aquelas atribuídas ao path Monitor,
estéreo digitais S/PDIF e AES3; e um par demorei um pouco para fazer as coisas indisponíveis em I/O Setup, e na verdade a
de conectores ópticos Toslink chamados funcionarem, já que inicialmente o modelo única maneira de ouvir qualquer coisa pelo
de A e B. Estes últimos podem operar em teste abriu em uma configuração que path Alt é usar o botão do painel frontal
como canais S/PDIF em até 96kHz ou de alguma maneira impediu que qualquer dedicado, que muda a saída Monitor para
fornecer até oito canais de entrada digital sinal alcançasse as saídas 1/2. Não é fácil este path em vez do seu path principal.
de formato ADAT. Em taxas de samples entender a maneira como tudo funciona - Este, obviamente, deixa você verificar
padrão, todos os oito canais são carregados principalmente se, como eu, você estiver a sua mixagem em um segundo par de
monitores, silenciando automaticamente
os monitores principais quando você
fizer isso. Ele também possibilita alguma
funcionalidade inteligente de monitoração
surround. O path Monitor pode ser
configurado mono ou em qualquer um
dos formatos multicanais comuns, de
estéreo através de 2.1 e quad para 5.1
e 7.1; e sujeito à disponibilidade de
saídas físicas suficientes, o path Alt pode
também ser configurado mono ou em
um formato multicanal. Os dois podem
compartilhar saídas físicas, então, por
exemplo, ambos podem usar a mesma
saída física para o canal LFE direcionado
a um subwoofer, mas empregar saídas
diferentes para os monitores principais
esquerdo e direito. Alguns controladores
digitais de monitor, permitem a você
O Omni apresenta dois paths de monitor independentes. As configurações mostradas permitem a você usar o
path Alt como uma versão downmixed (5.1 para 2.0, por exemplo) do path de Monitor principal em surround. aplicar um delay nos canais individuais
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 21
TESTE
AVID HD OMNI
22 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
A página Hardware Setup inclui controles para o
mixer de baixa latência do Omni. situação onde o sinal de entrada está Existe, é claro, uma incrível indústria para
distorcendo totalmente nos picos, mas não o fornecimento de conversores substitutos
teria que criar um talkback através do acendendo as luzes vermelhas de saturação. para setups HD, e eu estava esperando
mixer do Pro Tools, o que é uma pena. Sim, com moderação ele pode deixar as trazer um das novas unidades para um
saturações acidentais menos desagradáveis, estúdio de masterização com um ambiente
Em ação mas ele também as deixa mais difíceis de controlado de audição, para fazer algumas
Bem, já falamos bastante do Omni como evitar! Em um sistema de 24 bits super claro comparações cegas com equipamentos
um controlador de monitor mas, como ele como este, eu prefiro deixar a limitação como o ADA 8XR da Prism Sound.
é como uma interface de gravação? Alguns do pico de fora e ser conservador ao Infelizmente, acabou sendo impossível
testes de gravação, feitos com os prés configurar os níveis: você sempre pode arranjar isso pelo pouco tempo que ficamos
de microfone foram animadores: eles são aplicar processamento dinâmico depois com as novas interfaces HD para nosso
silenciosos de uma maneira impressionante e vai ter a certeza de que o medidor está teste, mas vamos tentar organizar alguma
e apresentam um som cheio e nítido, dizendo a verdade. Com certeza eu ficaria coisa assim e voltar a esse assunto. Com
com bastante detalhe no agudo, além longe da recomendação na documentação certeza as novas interfaces tem um som
de grave agradável. Como prés de alta do Omni de que o modo Soft Clip, com tão bom que para buscar uma alternativa
qualidade para uso cotidiano, eles são bem sua variação eficaz de 4dB, “é útil... para que faça sentido do ponto de vista de
adequados e, neste papel, você não podia emular saturação de fita analógica”! A Avid sonoridade, você teria que seguir um
esperar ou querer algo muito na linha está fazendo um ótimo uso da qualidade processo de testes e comparações bem
do ‘vintage’. Seguindo este padrão, as do geral som nos novas unidades HD. O detalhados como este que comentei em
entradas de instrumentos mostraram todos Omni e o HD I/O compartilham uma nova uma sala de masterização.
os aspectos bons e ruins da minha coleção geração de conversores A-D e D-A, citados
de guitarras baratas. pela AVID para serem significativamente
Conclusões
Já para as opções de limiter analógico, melhores do que os das interfaces do HD As posições à série HD da Avid estão
eles funcionaram como descritos, e com original, e as especificações publicadas são bastante divididas. De um lado do
certeza soam melhor do que um eventual bastante impressionantes (embora menos debate, estão os defensores do software
clipping mas, pessoalmente, eu os achei detalhadas em alguns pontos). Aos meus nativo e padrões abertos, que censuram
mais perigosos do que úteis. Como o ouvidos, eles com certeza apresentam o Pro Tools como um sistema fechado,
limiter acontece na conversão A-D ou antes vantagens em termos de clareza, detalhe forçando usuários a escolher produtos
dela, nenhum dos meters no Omni, nem de transiente e imagens estéreo. De caros dentre poucas opções que podem
aqueles no Pro Tools, pode indicar quando maneira parecida, o amplificador do fone não ser adequados às suas necessidades.
a limitação está acontecendo. Só o que de ouvido soa ótimo, e adicionalmente, é Do outro, estão aqueles que apreciam a
eles mostram é que o sinal digitalizado claro, o Omni deixa você remover outros estabilidade, suporte técnico e integração
de entrada, limitado ou não, não está hardwares como controladores de monitor que tal sistema traz, sem mencionar
passando de 0dBFS. No modo Curv, em e mixers do path do monitor, o que, por si a disponibilidade de vários plug-ins
particular, é fácil demais acabar em uma só, pode apresentar um resultado melhor. excelentes únicos do HD. Eu desconfio que
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 23
TESTE
AVID HD OMNI
o HD Omni deve inflamar as diferenças podem ser perdoados por desejar que depois de se esforçar para entendê-lo,
entre os dois lados: ele é integrado ao configurar o Omni fosse uma tarefa um ele seja bastante poderoso, mas existe
Pro Tools em um nível que seria difícil, se pouco mais fácil.. As janelas Hardware uma ‘íngreme’ curva de aprendizado,
não impossível, com software nativo, mas Setup e I/O Setup ficaram cada vez mais para dizer o mínimo. O Omni é, como
ao mesmo tempo, se ele não fizer o que complexas e, com a flexibilidade dada esta complexidade sugere, um produto
você quer, não existe nenhuma alternativa pelos novos recursos de monitoração e muito mais profundo do que ele aparenta.
compatível ao HD. Mapped Output Buses, surge uma certa Na primeira vez que eu o pluguei,
Até os fãs mais fervorosos da Avid confusão. No fim da contas, é lógico que, esperei poder tratá-lo como um sistema
24 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
A maioria das funções do HD Omni pode ser
controlada no seu painel frontal, e muitas têm
botões dedicados. Dois displays de seis caracteres
apresentam o status dos níveis de saída do monitor e
prés de microfone.
O HD I/O
O novo HD I/O é planejado como um fornece oito canais de saída e o terceiro fornece de entrada e saída, mas o novo Mapped Output
substituto direto para as interfaces I/O 96 e oito canais cada um de I/O ADAT, AES3 e Buses permite que saídas do Pro Tools sejam
192 originais e tem uma seleção configurável formato TDIF digital. Seguindo a mesma espelhadas para mais de uma saída física.
parecida de entradas e saídas. O chassi ocupando linha, o próprio HD I/O está disponível em A principal vantagem do novo HD I/O é
2 unidades em um rack, tem uma pequena três configurações iniciais: configurado com 16 que os seus cartões analógicos compartilham
quantidade de I/O digitais fixas – S/PDIF entradas e saídas analógicas; com dois cartões os mesmos conversores A-D e D-A de alta
estéreo e AES3, além de entrada e saída ADAT digitais para 16 canais de I/O digital em cada qualidade do HD Omni, com as mesmas
de oito canais – além de quatro compartimentos formato, além de dois compartimentos de opções de limitação Curv e Soft Clip. Eles
nos quais, vários cartões opcionais de I/O expansão vazios; ou com oito entradas e saídas podem operar em até 192kHz. As novas
são instalados. Três cartões estão atualmente analógicas, além de um digital card e um único interfaces HD podem, é claro, co-existir com as
disponíveis: um fornece oito canais de entrada compartimento de expansão livre. Cada HD I/O suas contrapartes da primeira geração em um
analógica em um conector DB25, o segundo suporta um máximo de 16 canais independentes sistema maior.
LE turbinado, projetado para dar a surround e tipos de conexão I/O digital úteis para aqueles overdubs de última hora
compositores e engenheiros de mixagem que eles não precisam. (Quem não está e se integra ao mundo do HD bem mais
que trabalham principalmente ‘in the comprometido com o HD vai destacar que de perto do que qualquer controlador de
box’ um front e back end multifuncional uma solução nativa envolvendo, digamos, monitor surround convencional pode fazer,
para um equipamento HD pequeno. Mas o Nuendo da Steinberg e um Prism mas algumas informações detalhadas sobre
quanto mais eu o usei, mais ficou aparente Sound Orpheus pode discutivelmente os seus parâmetros de ‘fold down’ (5.1 para
que ele pode também exercer um papel oferecer níveis parecidos de qualidade 2.0) seriam bem-vindas. Mas no geral, o
vital em um setup muito mais sofisticado, com um preço menor do que um Omni HD Omni é um movimento bem-vindo da
graças aos seus recursos de monitoração com um cartão HD Core. Também é mais Avid, e que vai agradar quem já usa o HD
surround e a capacidade de integrar fontes fácil configurar um equipamento portátil e atrair novos consumidores ao rebanho.
de reprodução externas no ambiente de baseado em um notebook com interfaces Muito estudo e esforço foram usados para
monitoramento. Ele é adequado para o Firewire do que com um cartão do Pro Tools criar um produto que tem um papel a ser
nosso hipotético compositor e engenheiro HD e interface.) As possibilidades do Omni exercido em uma ampla variedade de
de mixagem? Se tal pessoa está convencida também são expressivas em ambientes de possíveis contextos e setups diferentes de
das vantagens do Pro Tools HD em geral, produção de mídia e outros estúdios que trabalho, e eu tenho certeza que ele tem
com certeza: ele soa ótimo, é mais barato já estão operando equipamentos HD, mas um futuro brilhante.
e mais conveniente do que as alternativas não precisam da funcionalidade completa
do HD, que envolveriam comprar um HD de uma controladora Icon com o seu $ HD Omni R$ 8.800; HEAT R$ 998; HD I/O
I/O, além de um mixer e/ou controlador de controlador de monitor XMON dedicado. 8x8x8 R$ 10.900 e 16x16 R$ 13.900.
monitor. Se existe um senão, é que as oito Em tal contexto, o Omni acaba com T Quanta Music (19) 3741-4644
entradas e saídas simultâneas podem não problemas de estúdio como a incapacidade E info@quanta.com.br
ser suficientes para tais usuários, e muitos de monitorar CD players e coisas assim, dá a W www.quanta.com.br/music
vão pagar por recursos de monitoração você alguns pré-amplificadores de microfone W www.avid.com
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 25
TESTE
CYTOMIC THE GLUE
A
Cytomic é uma empresa clipper de pico disponível com tempo zero
bastante nova, mas não carece de attack e release e com uma razão fixa
de experiência ao se tratar de infinita e knee médio. É basicamente um
fazer plug-ins. O CEO e fundador Andrew formador de onda (waveshaper) fixo que é
Simper começou fazendo plug-ins VST linear até -2dB, tem uma curva suave para
grátis sob o nome Vellocet no fim dos -0,5dB e depois é horizontal. O medidor de
anos 1990 e depois passou a desenvolver compressão mais alto exibe a profundidade
módulos de efeitos para os altamente da compressão ao estilo de nível de RMS,
aclamados instrumentos de bateria Guru e e clicar no display também mostra a
BFD2 da FXpansion, antes de trabalhar no quantidade de compressão de pico.
DC-CAM: Synth Squad da mesma empresa, para comparar e alterar a performance do
que recebeu uma avaliação animada na plug-in. Os dois compartilham basicamente
Em uso
edição de janeiro da Sound On Sound. as mesmas configurações, exceto que Durante o período de testes, eu usei o The
O The Glue é baseado no altamente existem configurações adicionais de attack Glue em vários instrumentos e canais de
aclamado compressor de bus SSL. A e release no plug-in, junto com um filtro de
esquemática do compressor de bus série side-chain high-pass, controle Dry/Wet e
E SSL foi usada para construir o modelo controle de Range de compressão. Cytomic The Glue US$ 99*
digital, mas em vez de modelar a não- O knob clássico de ratio de três ajustes
linearidade dos VCAs, um VCA ‘perfeito’ é posicionado no meio da interface, e na PRÓS
foi modelado, que faz o The Glue soar mais sua configuração de 2:1 é aplicada uma • Compressão de bus bastante convincente.
• Fornece ‘a cola’ em vários instrumentos.
como o moderno compressor série G SSL compressão soft-knee relativamente sutil. Em
• Bastante acessível.
XLogic. Durante o processo de criação, 4:1, a compressão fica mais óbvia e em 10:1 o
o aparelho hardware XLogic foi usado The Glue é basicamente um limitador de pico. CONTRAS
As configurações de attack variam de 0.01 a • Nenhum suporte para side-chain VST3.
Especificações do teste 30 milissegundos (a configuração mais rápida
RESUMO
não está presente no hardware original). Já
O The Glue é baseado no lendário
• Cytomic The Glue versão 1.0.16 (e versão alfa para as configurações de release, elas variam compressor de bus SSL e faz um trabalho
com oversampling).
de 0,1 a 1,2 segundos, com o clássico auto- extremamente bom em realizar compressão de
• PC com CPU Intel Core 2 Quad de 2,4GHz,
release na ponta do sentido horário. Ganho bus transparente. Em comparação com plug-
placa-mãe Asus P5B Deluxe com chip set Intel
ins parecidos, ele é mais transparente, mas
P965, 4GB de memória RAM DDR2, placa de make-up e threshold são representados
sem soar flat ou chato. É tipo um compressor
de som RME RayDat, rodando Windows 7 por dois controles, mas de maneira mais ‘mais de tudo’ e também tem um preço ótimo!
Ultimate de 64 bits. interessante, existe um controle de variação de
26 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
TESTE
CYTOMIC THE GLUE
grupos diferentes, com bastante sucesso. questão de encontrar a compressão certa O duelo
Um dos meus projetos de mixagem tinha e o equilíbrio entre os sons comprimidos e
quatro tracks de baixo diferentes em um não-comprimidos. Existem vários produtos no mercado
canal de grupo mono, e o The Glue me Durante o período de testes, minha – tanto digitais quanto analógicos
ajudou a igualar os níveis dos tons graves única queixa ocorreu ao pesquisar e – tentando imitar a performance do
diferentes sem apresentar nenhum artefato carregar presets, porque quando a tela de compressor de bus SSL clássico, então
de compressão. No mesmo projeto, eu presets estava aberta, a interface inteira eu resolvi alinhar alguns deles em um
pude apertar os dubs principais e coros da DAW, travava. duelo. Os combatentes digitais eram as
sem perder nenhum punch, o que foi duas versões do The Glue, o UAD 4k Buss
uma boa surpresa. Normalmente eu
A concorrência Compressor e o Waves SSL Compressor
recorreria a uma limitação mais suave para Durante o teste, eu não tive acesso ao – os dois últimos sendo usados por
igualar as coisas, mas isto exige muito aparelho hardware no qual o The Glue muitos profissionais da indústria. Só por
cuidado e ajustes para evitar perder um foi modelado, isto é, o compressor SSL diversão, eu também incluí dois dos
O The Glue foi modelado de maneira muito próxima ao querido compressor série G da SSL
pouco de impacto. O The Glue facilitou XLogic, mas Andrew foi gentil o suficiente meus próprios compressores analógicos:
isso por causa da sua capacidade de para me enviar algumas das suas próprias o ultra transparente TK Audio BC1 e um
lidar com transientes e ‘explosões de medições e gravações do hardware e compressor GSSL feito em casa baseado
energia’ prolongadas com transparência seu plug-in. Em comparação, primeiro na esquemática do SSL, mas com velhos
e clareza. Só um pouco de compressão eu os achei bastante parecidos no som, VCAs Dbx 202C. Estes dois aparelhos
de bus de bateria fez a bateria ‘fechar’ mas o The Glue careceu de um pouco de oferecem basicamente as mesmas
melhor, sem perder a batida do bumbo autenticidade e os transientes não tinham configurações do hardware SSL original.
ou o estalo da caixa, e eu pude mixar os um som tão suave. Andrew enfatizou O primeiro teste foi um loop de bateria,
pratos e chimbais mais altos na mixagem que o processamento não usava nenhum com bastante grave, já muito processado.
sem que eles tomassem o controle. Às oversampling, e consequentemente um Eu usei meu exército de clones do SSL
vezes eu só precisava de um toque suave aliasing de nível baixo estava presente, o para espremê-lo ainda mais em uma ratio
de compressão, e o controle de Range que adicionou uma aspereza moderada de 10:1, com tempos de attack de 3ms e
possibilitou isso, limitando a compressão aos transientes e prejudicou os detalhes release de 0.1s e um threshold configurado
para alguns decibéis. mais finos da fonte. Então eu perguntei para que o medidor indicasse cerca
Usando o controle de Mix, é possível se ele podia fazer uma versão do plug-in de 15dB de compressão. Apesar de as
misturar os sinais comprimidos e com oversampling e alguns dias depois diferenças serem pequenas, o Glue com
não-comprimidos, produzindo assim ela chegou por correio. Ao testar, eu achei oversampling pareceu um pouco mais vivo
compressão paralela – uma maneira que soava bastante como os clipes de em comparação com o sem oversampling.
muito eficaz de adicionar energia, sem som do hardware, à custa de emprego O plug-in UAD teve uma boa curva de
espremer os transientes. Eu o achei maior do CPU e cerca de 2ms de latência. release que fez a compressão pulsar
útil em baterias e guitarras acústicas Para analisar ainda mais as vantagens com a bateria e adicionou um pouco de
quando elas precisavam de um pouco de de usar oversampling ao aplicar frequência média, mas, ao mesmo tempo,
energia extra, mas, na verdade, ele é útil processamento dinâmico, eu fiz um duelo os chimbais foram um pouco suprimidos.
na maioria dos instrumentos: é só uma rápido entre as duas versões do The O plug-in Waves soou flat e granulado
Glue. Em comparação, o processamento em comparação com os outros plug-ins
Clipes de som online de oversampling manteve uma amplitude e careceu de um pouco de definição. O
estéreo melhor, mais transientes e BC1 exibiu a melhor amplitude estéreo
Eu gravei os resultados do meu duelo para uma profundidade um pouco maior na e definição e teve um som um pouco
dar aos leitores da SOS uma oportunidade
frequência média. Eu devo enfatizar mais suave do que o The Glue, enquanto
de comparar o The Glue com o UAD
4k Buss Compressor e o Waves SSL que as diferenças foram pequenas, que o GSSL teve um som bruto e
Compressor. Dois equipamentos analógicos e em algumas fontes eu preferi o pulsante próprio, o deixando ótimo para
equivalentes também estão inclusos no teste: processamento sem oversampling, por compressão de efeitos.
o TK Audio BC1 ultra transparente e um causa da coloração dos transientes. O O próximo teste foi com uma guitarra
compressor GSSL feito em casa e bastante oversampling estará disponível como acústica com dub estéreo. Desta vez eu
colorido com antigos VCAs Dbx. Os clipes
opção na futura atualização do The usei o auto-release para estreitar o som
de som podem ser encontrados no site da
SOS no endereço www.soundonsound.com/ Glue, e quando você estiver lendo esta sem espremê-lo demais. As configurações
sos/articles/nov10/theglueaudio.htm. matéria provavelmente ele já vai ter foram uma razão de 4:1, attack de 1ms,
sido implementado. auto-release e compressão máxima de
28 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
cerca de 6dB. A amplitude estéreo e definido, maior amplitude estéreo e som Alternativas
a definição foram um pouco melhores marginalmente mais aberto no refrão com Existem vários plug-ins que compartilham a
com o plug-in com oversampling, mas, o plug-in com oversampling. O UAD 4k mesma arquitetura e layout, incluindo o UAD
neste caso, a coloração dos transientes Buss Compressor adicionou um pouco 4k Buss Compressor, o Waves SSL Comp e
o SSL Duende Stereo Buss Compressor. Os
no plug-in sem oversampling de alguma de grave que empurrou a mixagem para três são mais caros que o The Glue e dois
maneira se adequou à guitarra acústica. O frente de maneira legal. O compressor deles precisam de hardware DSP.
plug-in UA também adicionou um pouco Waves soou ótimo no verso, mas perdeu
de coloração, deixando o som mais forte e um pouco de definição grave no refrão,
sustentado, o que eu também gostei. Mas, onde ele também adicionou um pouco de minha opinião, a compressão transparente
em comparação, o plug-in Waves soou granulação. Por causa da sua amplitude nunca vai sair de moda porque o que ela
flat e careceu de um pouco de definição estéreo e profundidade tridimensional, faz, basicamente, é exibir mais da música –
estéreo. O BC1 deixou a guitarra um o TK Audio BC1 soou ‘como um álbum’, sem adicionar artefatos de compressão. Em
pouco mais suave, sem perder nenhuma o que não me surpreendeu. A definição comparação com plug-ins parecidos, o The
definição ou amplitude estéreo, soando vívida dos coros o distanciou dos outros Glue soa mais aberto e tem uma amplitude
talvez um pouco mais comprimida em clipes de som. Por último, mas não menos estéreo mais definida – e com certeza ele
comparação com as outras. O GSSL deixou importante, o compressor GSSL soou fornece ‘a cola’ em vários instrumentos.
os transientes um pouco mais arenosos, colorido demais e perdeu tanto grave O que eu realmente gosto no The Glue
mas de uma maneira boa – à custa do quanto definição estéreo. é a configuração de auto-release, porque
grave e amplitude estéreo um pouco ela facilita a aplicação de compressão que
menos bem definidos.
Resumo apenas estreita o som de maneira muito
O terceiro teste foi uma mixagem Quando eu baixei o The Glue, eu não útil. Existe uma versão demo do plug-in
completa que foi comprimida em cada estava esperando nada extraordinário, mas disponível no site da Cytomic, em formatos
caso usando uma razão de 2:1, attack quanto mais eu o usei, mais eu percebi o VST, AU e RTAS. Vale a pena testar!
de 10ms, auto-release e cerca de 2dB quanto ele é versátil. Ele não só funcionou
de compressão. As duas versões do The de maneira impecável em funções de $ US$ 99*
Glue se acondicionaram muito bem na compressão de bus, como também W www.cytomic.com
mixagem, e as únicas diferenças foram conseguiu apertar baixo, guitarra acústica, ! * consulte o box ‘preços referenciais’ na pág. 3
um grave mais firme e um pouco mais bateria e vocais sem adicionar um ‘som’. Em
housepress
Quer conectar fibras ópticas
em alta velocidade?
A Belden®, uma das principais líderes mundiais da tecnologia
de transmissão de sinais, tem uma novidade incrível para os
construtores e instaladores de redes. Chegaram os Conectores
FiberExpress Brilliance Instaláveis em Campo, que permitem
realizar a terminação da fibra em apenas cinco segundos e
dispensam o uso de ferramentas nesta operação.
Mode Machines
Sintetizador
analógico Xoxbox
Como o Fatboy Slim observa tão sabiamente, todo mundo precisa de um 303.
Mas com os originais ficando cada vez mais escassos e caros, o sonho do
domínio universal do 303 estava começando a parecer improvável – até agora...
PAUL NAGLE servindo Xoxboxes em vários estilos e mais claro. Não é injusto supor que, como os
acabamentos. É um deles, profissionalmente botões são novos em folha, eles respondam
S
em ser confundido com o Xbox, o construído pela Mode Machines da de maneira mais confiável do que os dos
Ladyada Xoxbox (pronunciado ‘zocks Alemanha, que vai ser o nosso assunto hoje. originais antigos.
box’) apareceu pela primeira vez há Ou melhor, dois, já que foram entregues Além da cor dos LEDs e alguns botões,
cerca de cinco anos, inicialmente na forma tanto a versão de LED vermelho quanto a de não tinha diferença nenhuma entre os
de kit. A busca em clonar o TB303 não LED azul – sorte minha! modelos fornecidos, então eu me voltei
foi tratada de maneira leviana e envolveu à versão azul por causa do agradável
combinar componentes o mais próximo
Xox para mim conforto da cor que ele trouxe ao estúdio.
possível dos originais ou equivalentes O Mode Machines Xoxbox, de 20 x 28cm, é Normalmente eu acho LEDs azuis, brilhantes
modernos. Talvez o avanço mais significativo maior do que o diminuto Bassline prateado demais para uso confortável em longo prazo,
sobre ‘clones de racks’ anteriores tenha sido que ele se esforça para ser, embora o seu principalmente quando tem muitos juntos,
a incorporação daquele elemento vital, mas case plástico com detalhes em preto seja mas estes são agradavelmente brandos e
muitas vezes preterido, o sequenciador. surpreendentemente leve. Ele é recheado bastante encantadores quando o Xoxbox
Como nem todo mundo tem capacidade de LEDs (40 no total) e povoado com knobs está em pleno vapor.
ou tempo suficiente para concluir um projeto generosamente espaçados e botões de Estudando a ergonomia do painel, os
deste tipo, uma indústria informal nasceu clique – o convite para brincar não podia ser controles do sintetizador estão ao longo
30 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
do topo e botões relacionados ao sequenciador, incluindo o mini
teclado, se espalham pela metade de baixo. Uma fileira de LEDs
divide bem as seções, enquanto que diretamente acima dela, um
knob Function de 16 opções sintoniza o modo operacional desejado.
Um knob adjacente, também com 16 opções, seleciona Pattern
Banks, Tracks e outros parâmetros que requerem seleção numérica.
Tomando um lugar proeminente perto do knob Tune master, está
o seletor de forma de onda dente de serra/quadrada, uma opção
muito melhor do que alocá-lo na parte de trás, como acontecia com
o 303. Na verdade, a parte traseira do Xoxbox é bastante cheia.
Ele tem um set completo de portas MIDI, além de DIN Sync e USB
e saídas CV e Gate, ambas em P2s de 3,5mm. Em formato regular
P10, existe a saída de áudio principal, uma entrada e um conector
de fone de ouvido – deixando apenas espaço suficiente para o
adaptador de energia AC de 9V e chave de on/off. Tomara que
tenha sido um descuido temporário o adaptador fornecido para esta
avaliação ser no formato europeu.
Algumas entradas desta coleção de ‘entradas e saídas’
merecem explicação. Que uso possível, você pode perguntar, um
clone do TB303 pode ter para uma porta USB? Na verdade, esta
implementação USB específica difere da encontrada na maioria
dos sintetizadores e, como é meio coisa de nerd, vamos voltar a ela
mais tarde. Por agora, eu quero falar sobre a conectividade ‘normal’,
começando com a entrada do áudio. Esta não é uma entrada para o
filtro (como o FAT Freebass, por exemplo), e sim, fiel à sua herança
do 303, o sinal da entrada é unido ao próprio do Xoxbox. Você
pode achar que isto é geralmente sem graça – até o dia que você
ficar sem canais no mixer!
Em outra melhoria direta do 303, as saídas CV e Gate vão guiar
qualquer sintetizador analógico Oct/Volt. Se você não tiver nenhum
sintetizador assim, o sequenciador vai controlar com alegria o seu
equipamento MIDI. Por fim, quem tiver a sorte de ter guardado antigas
baterias eletrônicas da Roland agora pode se alegrar em sincronia DIN,
com o Xoxbox igualmente feliz, como master ou escravo.
Encanto do Xox
Não devem existir muitos (algum?) leitores da Sound On Sound que
não conheçam o ‘Transistorised Bass’ da Roland e a sua história.
Não exatamente um sucesso no seu lançamento, o TB303 era um
gravador lento que, de maneira atrasada, forneceu a espinha dorsal
de inúmeros clássicos de house, acid e techno. Periodicamente eu
me ‘esmurrava’ por não conseguir compreender sua versatilidade
quando eu tinha alguns na época – mas quem ia imaginar que
este sintetizador analógico de VCO único com o mais básico dos
envelopes e um sequenciador um pouco desajeitado ia se espalhar
CONTRAS
• Atualizar o firmware é complexo demais.
RESUMO
Um excelente clone do TB303, bem construído e soando como o
verdadeiro. Custando bem menos do que o esperado por um TB
autêntico, o Xoxbox oferece a experiência do 303 com MIDI adicional e o
dobro do armazenamento de Patterns.
TESTE
MODE MACHINES X0XB0X
32 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
TESTE
MODE MACHINES X0XB0X
34 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
Rapidamente eu me voltei para uma adição preferida,
pessoalmente falando, do SokkOs, o ‘loop mode’. Este recurso,
relacionado à reprodução, inclui a tecla ‘Done’ e teclas para
configurar os pontos de começo e fim de um ‘mini loop’. Como
configurar este loop requer 16 botões, as 13 teclas de notas além
de reset, timbre vocal e slide (muitas vezes chamadas de teclas
RAS) são utilizadas. Se você escolher um começo de loop com o
número maior do que o final – digamos que você aperte o botão
sete e depois o botão dois – o padrão toca entre estes pontos, mas
de trás para frente. Em qualquer momento durante a performance,
você pode reiniciar um loop no primeiro passo ou restaurar o
comprimento do padrão original, tudo sem parar a música.
Outras otimizações de performance do SokkOS incluem pular
ou repetir intervalos durante a reprodução, ou dividir exatamente
pela metade o ritmo de um pattern ou adicionar até cinco níveis
de ritmo. Você pode acentuar temporariamente todas as notas
ou mudar globalmente em slides ou pausas – todos truques que
aumentam um sequenciador, que já tem ótimas condições de uso,
sem chatear você com complexidade desnecessária.
Que eu possa perceber, o único recurso que falta é suporte
para triplets. Aparentemente, existe um firmware por aí no espaço
cibernético que realmente inclui triplets, mas eu resisti à tentação
de procurá-lo para poder terminar esta avaliação. Não é preciso
dizer que, se os adicionais que eu mencionei não forem atraentes,
não existe nem necessidade de considerar atualizar o OS.
Conclusão
Eu admito ser um daqueles que fracassaram totalmente em ‘entender’
o TB303 na primeira vez – mas isso não importa muito: o interesse
neste sintetizador clássico permaneceu firme ao longo dos anos.
Quando ficou claro que a Roland não ia satisfazer a demanda, outros
assumiram o papel.
É fácil ver porque o Xoxbox é tão respeitado entre a comunidade
analógica, com apenas alguns puristas lamentando tamanhos
privilégios, como o ‘conserto’ do sequenciador. Para alguns, o
Xoxbox alcançou um status tipo Santo Graal de perfeição do 303
quando, na verdade, existem variações frequentemente amplas
entre 303s verdadeiros, principalmente conforme seus componentes
- nunca escolhas exatamente high-end, de qualquer maneira –
envelhecem. Então o conceito de um 303 absoluto é bastante
enganoso. O Xoxbox realmente mostra evidências de sua natureza
caseira, de maneira mais notável ao se tratar do software Control,
driver USB Serial e todo o processo de atualização do firmware. É
claro que você não precisa atualizar o firmware de jeito nenhum,
mas se você estiver se sentindo ousado, o alternativo SokkOS é um
vantajoso passo à frente, suas funções adicionais se misturando com
perfeição sem desorganizar a essência do instrumento.
A Mode Machines fez um trabalho respeitável; sua versão do
Xoxbox custa bem menos do que um TB303 de segunda mão
e soa tão autêntica quanto o esperado. O mais importante para
mim é o sequenciador, oferecendo o nível certo de interatividade
e um sistema aleatório que vale o seu peso em ouro. No modo
de edição pattern, a exibição clara de LEDs dançando durante
notas, timbres vocais e slides é deslumbrante – e eu gosto de
ficar deslumbrado. Portanto o Xoxbox é bastante recomendado
como uma solução perfeita para qualquer pessoa que ainda esteja
procurando um TB303 ou pensando em aposentar o original para a
segurança do estúdio.
$ US$ 499*.
W www.modemachines.com
! * consulte o box ‘preços referenciais’ na pág. 3
TESTE
36 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
O editor MIDI Preset é
exibido na área central da
janela principal, e deixa você
atribuir vários controladores
MIDI para parâmetros de
instrumentos
harmonização embutida
disponível para recriações
de ‘seções’ rápidas e
fáceis. No modo Riff, um
sequenciador embutido
aparece, e agora,
entradas MIDI acionam
frases sequenciadas,
sendo fornecidas
aproximadamente 150,
pode obter sua licença em um dongle USB da categorizadas por estilo
Syncrosoft se quiser, ou usar um método direto e totalmente editáveis. Embora Riffs
baseado em disco. O processo de autorização possam ser acionados perfeitamente
parece um pouco complicado, mas na verdade bem, apertando uma única tecla MIDI, o
é bastante fácil e bem descrito no manual, modo Riff também responde à entrada
e uma vantagem adicional da abordagem de acordes, analisando o que você toca e
Syncrosoft é que você pode trocar uma ‘dobrando’ a escala do Riff de acordo.
autorização baseada em disco por um dongle –
ou vice-versa – quando quiser.
Como funciona?
O Brass também está disponível como Antes de nos afundar em detalhes demais,
parte do pacote ‘One’ da Arturia, que consiste vamos ver o Brass 2.0 em uso. Sem nenhum
de um DVD custando 229 Euros* e contendo tempo de carregamento de samples, ele
oitos dos seus instrumentos software, como está pronto para começar assim que você
uma licença para usar por 15 dias. A ideia o inicia, com o modo Live como padrão,
é que, no final dos 15 dias, você escolha o pronto para ser tocado em tempo real. Aí a
seu instrumento preferido e atribua a licença operação básica é bastante intuitiva. Você
permanente única para ele. pode escolher presets de instrumentos,
O Brass 2.0 roda como um aplicativo descritivamente nomeados para os quatro
autônomo no Mac e Windows, e como slots de menus pop-up na esquerda da
plug-in VST, RTAS e Audio Units. Não
existe praticamente nenhuma diferença
entre as versões autônoma e plug-in, então Arturia Brass 2.0 US$ 249*
para os propósitos desta avaliação, eu me
concentrarei no plug-in. PRÓS
• Tem o potencial para soar verdadeiro e
A interface de usuário aparece em uma
autêntico.
janela de 900 x 640 pixels (embaixo de • Supera algumas limitações expressivas de
qualquer que seja a parafernália de barras de bibliotecas de multisamples.
títulos que o seu sequenciador hospedeiro • Bom equilíbrio entre urgência e
específico exiba) e, com vários modos profundidade de programação.
• Modo Riff e harmonização agilizam
alternativos e exibições de configuração, são
programar um som de ‘seção’.
necessários alguns cliques para descobrir
exatamente como ela é configurada. CONTRAS
Basicamente, o Brass 2.0 oferece até quatro • Com muita frequência, soa terrível!
‘slots’ de instrumento, que podem ser • A abordagem de modelagem devora a CPU.
• Muitas vezes é difícil, ou impossível,
ocupados por qualquer combinação de conseguir algumas técnicas de execução e
trompete, trombone e saxofone. No modo articulações comuns.
Live, você pode tocar seus instrumentos • Alguns recursos pouco implementados ou
modelados como faria com qualquer outro não documentados.
sintetizador ou sampler, embora exista RESUMO
Uma aventura corajosa do padrão de
Especificações do teste samples, o Brass 2.0 tem um potencial
fascinante, mas muitas vezes soa monótono
• Arturia Brass 2.0.5. e um pouco cru. Conseguir o melhor dele
• Apple MacBook 2.2GHz Core 2 Duo, 4GB requer um computador rápido e uma
RAM, OS 10.6.4. vontade de aprender as sutilezas da sua
• Presonus Studio One v1.5.2. abordagem de modelagem acústica.
TESTE
ARTURIA BRASS 2.0
38 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
TESTE
ARTURIA BRASS 2.0
O modo Riff do Brass 2.0 oferece alteradas a qualquer momento, para ajustar
frases preparadas, categorizadas o resultado musical de maneira sutil ou
por estilo, acionadas por teclas drástica. Nenhuma mudança de articulação é
MIDI e todas capazes de serem
rudimentar aqui.
transpostas ou harmonizadas
novamente na hora. A entrada Muitas vezes, o modo Live também é
do seu teclado é praticamente recompensador, com alguns sons pronto para
dividida, como a imagem mostra, o uso, logo de cara. Qualquer número dos
com acionamento ocorrendo em presets de trompete demonstra as vantagens
um lado e execução opcional de da abordagem de modelagem acústica,
acorde para indicar a harmonia
principalmente no som crível de junções
no outro. É fácil editar os Riffs
de “fábrica”, ou fazer os seus
entre notas. Jogue um pouco da roda de
próprios desde o começo, e os modulação (mod wheel) e curva de pitch e,
dados de automação do parâmetro pelo menos para frases inteiras em vez de
do instrumento podem ser notas individuais, você pode rapidamente
inseridos diretamente no mini- criar partes que tenham bastante vida.
sequenciador, permitindo ótima Existem um ou dois saxes promissores:
profundidade de programação
‘Studio Sax’ é rouco e vivo, enquanto que
‘Silky Sax’ é encorpado e bastante perfeito
A harmonização interna facilita gerar seções de metais harmonicamente
ricas e duplicar oitavas tocando apenas notas únicas. Os presets são virtuais, que você poderia para ser tocado. Entre os trombones, o
fornecidos, ou você pode tocar os seus próprios em um editor dedicado usar de outra maneira para ‘Mellowbone’ é uma boa opção, com uma
tratar separadamente, variação legal pela frequência de pitch.
instrumentos diferentes. Entretanto, o Brass 2.o tem grandes
pontos negativos. Alguns presets
Polimento de simplesmente me parecem horríveis, soando
metal finos, ‘molhados’ e terrivelmente simples,
Quando se trata e eu não tenho muita certeza do motivo
da amplitude da deles estarem ali. Se estivesse me sentindo
expressividade musical, o muito cruel, eu diria que eles soam como
Saxophone se equipara a um fagote barato sendo tocado por uma
instrumentos como guitarra criança de 10 anos, gravado em uma mesa
e violino. Existem várias de cassete em mono. Talvez eles funcionem
maneiras surpreendentes ‘no contexto’ – mas só os céus sabe o que
com que um bom músico seria isso. Além disso, alguns são muito
pode controlar o attack, silenciosos, enquanto outros são muito mais
timbre, pitch e volume de altos do que o resto, e não existe nenhum
uma nota única, para não ritmo ou motivo para isso. O efeito chorus
dizer nada de uma frase é pronunciado demais, soando literalmente
independente. Entretanto, a relação entre musical inteira. O trompete desafinado em vez de adicionar espessura.
Kits e instrumentos fica um pouco confusa ou trombone não ficam muito atrás, e é por E já que estamos neste assunto, existem
às vezes, especificamente quando você vê isso, diz a Arturia, que soluções baseadas em alguns problemas causados pelo Brass 2.0
seus instrumentos salvos recentemente, samples, são fundamentalmente deficientes. aplicando seus modelos acústicos com
aparecendo no menu pop-up Kit. Isso faz Se elas são amarradas em gravações precisão inflexível. É possível vivenciar notas
sentido na prática... eu acho... Fora isso, o basicamente estáticas de notas únicas ou desafinadas perto dos extremos do pitch dos
gerenciamento de presets é bastante direto, frases inteiras, compositores e arranjadores instrumentos, por exemplo, ou se eles são
com botões dedicados para todas as funções só poderão atingir alguns resultados.
que você comumente precisa, e opções Não existem dúvidas de que o Brass
Os parâmetros da tela principal não são a única
para exportar (ou importar) arquivos de 2.0 oferece bastante flexibilidade – todas maneira de ajustar os seus modelos escolhidos de
harmonização, instrumentos e Kits individuais. estas opções de controle em tempo real instrumentos. Pelo menos tão importante é o que é
Gerenciar Riffs é tão fácil quanto, e o que é são um testemunho disso – mas será que oferecido no editor Configuration – como opções de
legal é que você pode importá-los e exportá- ele funciona em um ambiente de produção Mute e Humanisation, e o conteúdo do menu Type,
los como arquivos MIDI. de trabalho com uma busca por algo mais... mostrado aqui como ele aparece para o saxofone
Completando os aspectos básicos do real? A resposta direta é: sim, mas só às vezes,
Brass 2.0, todos os instrumentos podem de algumas maneiras, e com frustrações e
usar um recurso de espacialização opcional, dificuldades inesperadas ao longo do caminho.
praticamente um reverb de ambiência, Olhando primeiro no lado positivo,
que os coloca à esquerda ou à direita, na alguns presets de Riffs que são repletos de
frente ou atrás, em um ambiente acústico. curvas, rugidos e vibratos selvagens são
A interface é bastante básica, mas a impressionantes. Na combinação certa, você
espacialização ajuda a configurar palcos pode ser impelido a dizer que eles foram
sonoros convincentes, principalmente para tocados em instrumentos reais. E, é claro, a
seções de instrumentos, e é particularmente abordagem da modelagem acústica permite
útil já que o Brass 2.0 carece de várias saídas que todas estas coisas em tempo real sejam
40 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
enlouquecedora de capacidades bem
Variações do instrumento impressionantes com limitações frustrantes.
As variações do pitch para os instrumentos para regiões de barítono que são tão úteis para Se ele pode ser considerado, de qualquer
no Brass 2.0 são presets. O trompete desce gravação de filmes. O trombone se estende de maneira, ‘melhor’ do que seus ‘primos’
generosamente baixo, para um ‘E’ (Mi) tenor, e três oitavas de ‘C’ (Dó) tenor, e isso é um pouco baseados em samples depende bastante,
sobe para um emocionante ‘G’ (Sol) mais de três limitado em comparação com um trombone eu acho, de quanto você simpatiza com o
oitavas acima. O modelo do sax cobre variações tenor real, que geralmente pode diminuir pelo conceito básico de modelagem acústica.
de alto e tenor, mas infelizmente não diminui menos até uma sexta.
Pessoalmente, eu diria que ele ainda é um
trabalho em andamento, e eu desconfio
tocados com pouca pressão. E se você quiser um buffer de 512 samples. Os saxes, que resultados mais críveis poderiam ser
uma curva de pitch simples, tipo sintetizador, particularmente, têm ‘fome’ de CPU. Eu conseguidos mais rapidamente até com
pode esquecer. Os trombones farão slides, também vivenciei uma grande instabilidade, bibliotecas de samples bastante modestas,
como esperado, mas eles são difíceis de com o Brass 2.0 causando vários bugs principalmente para partes de escala de
controlar, e você sofrerá para chegar perto inesperados. O aplicativo autônomo foi pior seção ou de banda. Mas depende de cada
de um efeito fall-off de trompete bem neste aspecto, muitas vezes encerrando um: tente um solo ou até o sax melhor
grande. É em momentos como estes, quando eu entrava e saía de várias telas sampleado, e você vai percebê-lo como
quando você simplesmente precisa de um de configurações. Eu também notei que uma fraude ruim em segundos, então nada
efeito musical específico que está fora do a saída do áudio parava com frequência é perfeito. Pelo menos o Brass 2.0 é outra
repertório do Brass 2.0, que você vai preferir e inexplicavelmente, depois de 15 ou 20 opção no arsenal sonoro, e se você tiver
ter seguido o caminho de samples. minutos de uso. um PC ou Mac de boas especificações e
Em seguida, com o risco de esfregar sal estiver preparado para gastar um tempinho
na ferida, o Brass 2.0 pode ser um enorme
E... então? aprendendo como extrair os melhores sons
devorador de CPU. Durante o teste no No fim das contas, o Brass 2.0 é muito dele, ele pode provar ser capaz de uma
Presonus Studio One, que é um hospedeiro fácil de resumir. Como alguns outros forma única.
de instrumentos bastante eficiente, meu instrumentos de modelagem acústica, ele
$ US$ 249*
Mac Core 2 Duo de 2.2GHz não conseguiu está em desvantagem com bibliotecas
W www.arturia.com
lidar com os presets do Brass 2.0 que de samples, quando você avalia o ! * consulte o box ‘preços referenciais’ na pág. 3
usaram quatro instrumentos, mesmo usando realismo de notas únicas, e é uma mistura
TESTE
SAM INGLIS
E
xistem algumas atividades, como
desentupir banheiros ou contar às
crianças que o gato morreu, que
todo mundo precisa fazer, apesar de um compressor convencional, embora autorizado para uma chave iLok e está
ninguém gostar muito. E para engenheiros existam várias abordagens para lidar com disponível em Mac e PC em todos os
de áudio, deixar a mixagem em um nível transientes. Tradicionalmente, se usaria formatos comuns de plug-in.
alto (volume) aparece no topo desta lista. um limitador de pico (em outras palavras,
Podemos reclamar sobre a perda daqueles um compressor com um attack e release
Um processo de duas fases
contrastes dinâmicos que nos esforçamos muito rápidos e uma configuração de O FGX é projetado como um processador
tanto para capturar em primeiro lugar. razão infinita); alguns engenheiros acham dinâmico completo de masterização,
Podemos protestar até ficar roxo, que mais adequado, aplicar outras formas então, a primeira fase de processamento
mixagens mais baixas podem na verdade de distorção de sinal como saturação que o seu sinal encontra, é um compressor
soar melhor na rádio. Mas no fim das de tipo de fita, ou simplesmente clipar convencional. Ele não é projetado como
contas, temos contas para pagar, e é raro a entrada de um conversor A-D, mas um dispositivo de ‘personalidade’, e sim
um cliente que fique satisfeito em ter a sempre existe uma troca entre qualidade desenhado para ser o mais transparente
sua master com metade do volume de do som e o grau pelo qual os transientes possível, e eu acho que poucas pessoas
lançamentos comerciais no mesmo gênero. podem ser atenuados. diriam que ele não alcançou o seu
Gostando ou não, precisamos deixar O principal ponto de destaque do objetivo. Não existe nenhuma surpresa no
nossa master com um nível alto; e, sendo processador de masterização FGX da Slate conjunto de parâmetros, mas um recurso,
este o caso, também podemos fazer isso Digital é uma nova abordagem para a que não está imediatamente aparente,
da maneira que cause o menor dano segunda parte do processo. Chamado de é a sua capacidade de agir como auto-
possível. Deixar uma mixagem mais alta Intelligent Transient Preservation, ou ITP, nivelador (auto-leveller): com tempos
envolve resolver contrastes dinâmicos afirma-se que ele deixa o usuário aumentar lentos de attack e release, ele não vai
‘macro’ ou de média a grande escala – o nível médio da mixagem – em outras afetar a dinâmica em uma estrofe ou
como o abismo no nível entre uma estrofe palavras, deixá-la mais alta – sem reduzir refrão, e sim equilibrar de maneira
silenciosa e um refrão pesado, ou entre o impacto e vivacidade de transientes invisível, níveis em uma escala de
uma batida de caixa alta e o espaço depois nela. O FGX foi desenvolvido junto com duração da canção.
dela – e suavizar a ‘micro dinâmica’, os Fabrice Gabriel, o homem por trás do Um toque legal é que quase tudo é
picos momentâneos que muitas vezes são excelente E2 Transienter da Eiosis, que configurável através de uma janela pop-up.
conhecidos como transientes. Os últimos claramente entende ‘um pouquinho’ Então se, por exemplo, você quiser maior
são normalmente resolvidos usando sobre processamento dinâmico! Ele é controle sobre a configuração Ratio e
42 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
quase nunca usar razões baixas de compressão, você pode girar
o dial de 1:1 para 5:1 ou 10:1 em vez do padrão 20:1. Talvez isto
seja uma boa hora para mencionar outro destaque consistente do
FGX: excelente medidor e bastante configurável. Você pode não
só mudar o medidor VU do compressor para mostrar entrada,
saída ou redução de ganho, por exemplo, como também pode
configurar separadamente o conjunto de valores e balística da
agulha em cada caso.
Embora seja legal, a maioria dos usuários vai ver a seção FG
Comp como uma entrada para o prato principal: o processador
FG Level. Como em um limitador de pico comum, o controle
principal é um simples controle de Gain. Mas ele é acompanhado
por algumas funções bem menos familiares, com uma das mais
valiosas sendo acessada por um botãozinho de apertar bem
perto do controle de Gain. O Constant Gain Monitoring, como
o nome sugere, iguala o nível da saída do FGX com o sinal seco,
permitindo comparações A/B precisas, então você pode ouvir
exatamente o que o processamento está fazendo para o seu
sinal. Ele nem sempre acerta igualar o nível, mas ainda é bastante
útil e quisera eu que todos os processadores de masterização
implementassem este recurso. A medição para o processador
FG Level é ainda mais abrangente do que para o compressor:
o enorme gráfico de barras e os VUs duplos são totalmente
configuráveis e você pode mudar entre três configurações de
medições armazenadas diferentes, com um simples clique. E
falando em medições, quando você ativa a seção FG Level,
provavelmente você vai ver o consumo da CPU de sua DAW
aumentar. Ele é um plug-in complexo que exige recursos
parrudos do computador para rodar: nenhum problema em uma
sessão normal de masterização, mas com certeza ele vai dificultar
Lampadinha
sua vida, se você tentar usá-lo no bus da mixagem.
O Slate Digital não é muito esclarecedor sobre exatamente
como a Intelligent Transient Preservation funciona, mas a
documentação sugere que ela de alguma maneira divide
transientes de acordo com a localização deles em uma amplitude
de frequência e customiza uma “curva de saturação” para se
adequar. O controle do usuário sobre o processo é conseguido
através de três diais chamados Lo Punch, Details e Dynamic Mix Master Music
Perception, além de um slider de ‘personalidade’, que configura
as características globais da saturação do transiente e vai de
‘Hard’ até ‘Soft’. Todos os quatro controles são bem nomeados.
O Lo Punch adiciona impacto para as batidas do bumbo e notas “Cara, quando fiquei sabendo que a
do baixo, o Details traz transientes mais agudos, como batidas
Sound on Sound viria para o Brasil com uma
da caixa e attacks de notas do violão, em foco, enquanto que
versão em português, matérias locais, reviews
e até resenhas, pensei comigo, agooooora sim!
Slate Digital FGX US$ 300*
PRÓS Isso quer dizer que além da Sound on Sound
• Capacidade notável de preservar e até realçar transientes na mixagem,
aumentando bastante o volume, se é isso que você quer.
ser super-respeitada mundo afora, agora ela
• Medição com flexibilidade de configuração e muito clara. também será mega-respeitada em PT-BR!!!!
• O monitoramento de ganho constante é muito útil para comparação
do sinal processado e original.
Muito bom!
CONTRAS
• Vai fazer o sua CPU suar.
• Não é adequado para todo material e nem faz um papel perfeito
Parabéns e seja muito bem vinda!”
quando empurrado ao limite.
RESUMO
O FGX da Slate Digital é um processador de masterização notável que
pode deixar masterizações de rock e pop bastante altas, sem alterar o
equilíbrio da mixagem ou perder definição do transiente.
TESTE
S L AT E D I G I TA L F G X
O FGX na prática
Se você está acostumado com um limitador
convencional, o Slate FGX pode precisar
de um pouco de familiarização. Como com
limitadores, normalmente você descobre a A interface legal do FGX coloca só os parâmetros
distância a que pode levar o processo para desenterrei três mixagens brutas de um mais importantes na página principal: controles
um dado track empurrando o controle de projeto antigo que consistia de bateria do utilitário e configuração são acessados através
Gain para cima, até que artefatos audíveis de rock, baixo elétrico, violão e vocais, de janelas pop-up
desagradáveis fiquem aparentes, depois e as comparei com o FGX e o limitador
volte um pouco. Aí você pode adotar multibanda L3 da Waves. No primeiro, a Level do FGX simplesmente apresentou
uma abordagem parecida para os diais diferença foi espantosa. Onde abusar do distorção, enquanto que o L3 permitiu
Lo Punch, Details e Dynamic Perception. L3 alterou completamente o equilíbrio um aumento significativo de ganho
Mas a natureza destes artefatos que o FGX da mixagem, empurrando a caixa para com efeitos colaterais mínimos. (Com
produz quando empurrado longe demais, o fundo, puxando o reverb para frente e tais mixagens, alguém pode, é claro,
é muitas vezes bastante diferente do que fazendo coisas desagradáveis à guitarra usar a seção FG Comp para efeito
você obtém com outros processadores de acústica, o FGX mostrou uma capacidade semelhante!) No geral, eu também achei
masterização. Sobre algum material e com assustadora de continuar cada vez mais que o FGX funcionou muito melhor
algumas configurações, a primeira parte alto, sem causar nenhum efeito colateral quando existia um pouco de headroom
feia que você vai notar é uma aspereza em audível em absoluto. no material fonte logo de cara.
notas graves sustentadas, principalmente A segunda das três mixagens foi Nenhum engenheiro de masterização
de baixos. Em outras circunstâncias, os uma questão mais próxima, embora a espera que um processador cuide de
transientes de prato e bateria começam a capacidade do FGX de preservar e, na todo material diferente que passa pela
soar ‘de papel’ e um pouco separados do verdade realçar, o detalhe transiente porta do estúdio, e o FGX não vai mudar
resto da mixagem. entregou o ouro no final. A terceira isso. Porém os estilos de música para
A busca de volume é mais impiedosa mixagem era um caso de swings e baladas. os quais ele tem menos sucesso são,
em rock e metal, e é com este tipo de Com certeza o L3 roubou impacto e punch normalmente, aqueles onde o volume
material que o FGX é mais impressionante. dinâmico da mixagem, principalmente no não é tanto um problema. O FGX é
Ele tem uma capacidade incrível de grave, e quando os dois processadores projetado para quem masteriza rock, pop
preservar e até realçar transientes em foram usados em moderação, o FGX soou ou metal e precisa que fique o mais alto
uma mixagem densa, empurrando-a muito melhor. Mas quando empurrado possível. Todo mundo que faz isso deve
para o tipo de nível RMS que deixaria mais além, o L3 se comportou com muito testar este plug-in, porque ele realmente
outros processadores de masterização mais beleza – eu, na verdade, não me está um passo à frente da concorrência.
ofegantes. Em pelo menos metade dos entusiasmei em ouvir os resultados, mas Não é exagero demais dizer que ouvintes
tracks de teste que eu o coloquei, a eles foram mais agradáveis do que a do futuro, poderão ser capazes de
concorrência comeu poeira, e na maioria distorção áspera que o FGX começou determinar o momento que o FGX foi
dos outros, o FGX foi pelo menos tão bom a apresentar nos vocais e bumbos. Este lançado só de ouvir os CDs que foram
quanto os concorrentes. Por exemplo, eu padrão foi repetido em alguns tracks de feitos antes e depois!
teste que saíram do eixo rock/pop/metal:
Especificações do teste quando a mixagem era dominada por
$ US$ 300*
sons sustentados com bastante grave,
• Laptop Dell XPS 1710 com 4GB de memória W www.slatedigital.com
em vez de por bateria ou outras fontes ! * consulte o box ‘preços referenciais’ na pág. 3
RAM, rodando Windows XP Service Pack 2.
ricas em transientes, o processador FG
44 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
TESTE
Burl B2 Bombers
HUGH ROBJOHNS nenhum capacitor no caminho do sinal. Ele jumper interno para configurar a carga de
também usa grandes transformadores impedância do clock e I/O digitais.
A
Burl Audio é uma pequena ‘BX1’ customizados para ajudar a criar a Os controles do painel frontal também
fabricante de áudio profissional, dinâmica e equilíbrio tonal pretendidos. são simples e diretos. No lado esquerdo,
com base em Santa Cruz, na Sendo um conversor de dois canais, o B2 um controle giratório de seis ajustes,
Califórnia, que nasceu das instalações foi projetado principalmente como um determina o nível de entrada, com opções
da Paradise Recording. Basicamente, os aparelho de mixdown e masterização, para configurar o nível de referência
produtos da empresa são projetados em embora ele também possa ser usado digital (ou margem de headroom) para
um estúdio de gravação comercial, por para gravação, é claro. O modelo do -12, -15, -18, -20, -22 e -24 dBFS. Um
engenheiros de gravação profissionais, teste não veio com um manual e também controle giratório adjacente, liga ou
usando circuito patenteado com não tem nenhum atualmente disponível desliga o modo AES3 de cabo duplo. Um
transformadores customizados. Os produtos no site da empresa. grande medidor de gráfico de barras de
iniciais foram os conversores B2 Bomber O painel traseiro deste equipamento de 30 segmentos domina o centro do painel
avaliados aqui, mas agora a linha de 1 unidade de rack, feito em aço, apresenta de controle do conversor, a variação da
produtos se estende aos pré-amplificadores a entrada de energia elétrica padrão medição se estendendo de -72 a 0dBFS,
de microfone formato Lunchbox API – e IEC, alimentando um sistema de energia com expansão de escala considerável nos
muito mais está sendo planejado. adaptável a qualquer parte do globo. limites mais altos (a metade da direita do
Duas saídas AES3 são fornecidas em XLRs, medidor cobre uma variação de 12dB,
Conversor B2 Bomber A-D com provisão para operação de cabo enquanto que a esquerda cobre 60dB). Isto
O design do B2 Bomber A-D coloca duplo/dual-wire (um modo operacional, é útil em um contexto de masterização,
uma ênfase considerável – e de maneira praticamente extinto, para acomodar onde o controle preciso dos níveis de pico
correta, em minha opinião – no design e taxas de samples ‘quádruplas’, mas é importante, mas menos útil em uma
qualidade do caminho do sinal analógico, empregado em alguns sistemas antigos situação de gravação ou mixagem, onde
já que este é o elemento essencial do Pro Tools), junto com uma saída S/ a margem de headroom comum significa
no link entre os mundos analógico e PDIF única em um conector fono RCA. Três que metade da escala está sub-utilizada.
digital e muitas vezes é onde qualidade conectores BNC fornecem uma entrada Mas, de maneira útil, o medidor mostra
e personalidade são perdidos em de word clock externo e saídas duplicadas níveis de pico do sinal como um LED único
conversores de baixo custo. O B2 emprega de clock. Por fim, um par de XLRs aceita variável sobre o bloco sólido de LEDs,
circuito discreto classe A, configurado em entradas analógicas balanceadas de nível representando os níveis médios (RMS).
uma topologia de feedback zero e sem de linha. Parece que existem ligações de Indicadores na seção de medição se
46 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
iluminam para exibir a taxa de samples e valor de 115dB, que é ótimo. O teste Alternativas
o status da ‘trava’ (lock) do clock externo. Windt Hummer não revelou nenhuma O conversor alternativo com som mais
Um pequeno botão preto, aplica um suscetibilidade de loops de terra e o nível próximo ao Bomber que eu consigo lembrar
reset nas luzes que indicam os picos. No de ruído é bastante silencioso e claro. é o encantador Universal Audio 2192, que eu
avaliei recentemente na SOS e que tem uma
lado direito do painel estão mais dois
controles giratórios. O primeiro seleciona
Conversor B2 Bomber D-A personalidade de áudio muito parecida. Mas eu
não me surpreendi em saber que Rich Williams,
o clock interno ou externo, enquanto que O aparelho de parceria do A-D é o homem por trás da Burl, também projetou
o segundo configura a taxa interna de construído de maneira muito parecida e o UA 2192 e descreve os seus conversores
B2, como não poderia ser diferente, como a
samples em todos os padrões entre 44,1 apresenta o mesmo padrão de controles
‘próxima geração’ de conversores
e 192kHz. Uma grande chave preta, liga do painel frontal e conectividade do painel
e desliga o equipamento e completa os traseiro, embora com funções diferentes. O
controles do painel frontal. A construção painel traseiro apresenta a mesma tomada outras posições dando aumentos de 2dB
interna é muito legal, com uma seção de energia elétrica IEC universal, um par no nível do pico. A numeração da escala
de fonte de energia universal OEM da de entradas AES3 em XLRs e uma entrada está indicando headroom acima de um
PowDec no lado direito e uma placa de S/PDIF em um conector fono RCA, um nível de referência nominal de +4dBu (por
circuito grande principal, cobrindo a trio de BNCs fornecendo entrada de word isso a posição de 8dB dando uma saída
maior parte do resto da área de baixo. O clock e saídas duplicadas, além de um par de pico de 8dB acima de +4dBu). A saída
lado digital do circuito usa componentes de XLRs macho para as saídas de nível de máxima deve ser de +22dBu, mas parece
somente de montagem superficial (surface- linha analógicas. existir um pouco de desalinhamento do
mount), enquanto que o lado analógico A construção interna é bastante atenuador na saída mais alta.
usa uma combinação de transistores parecida com a do A-D, com o mesmo O controle giratório adjacente
discretos convencionais e componentes de módulo fonte de energia universal PowDec seleciona a fonte da entrada, com opções
montagem superficial. A fase de entrada e uma grande PCB (placa de circuito para as duas entradas AES3, a entrada
parece ser um arranjo misto, empregando interno) principal. Entradas digitais são S/PDIF, ou os dois conectores AES
um par de amplificadores operacionais tratadas por transceptores AKM 4115, operando em modo dual-wire. A exibição
JFET duais, de ruído ultra baixo, modelo enquanto o conversor D-A é o chip do medidor é idêntica à do conversor
LSK389, junto com uma fase de ganho AKM 4399. As fases analógicas não têm
classe A de seis transistores, e a entrada transformador e empregam um dos
parece saturar de maneira ‘graciosa’, módulos de amplificadores operacionais Burl B2 Bombers
positiva e musicalmente atraente quando separados BOPA1 patenteados da Burl. US$ 2.500* cada
conduzida com níveis altos. Esta ponta do De novo, o circuito é todo classe A, sem
dispositivo também esquenta bastante, e nenhum capacitor no caminho do sinal, e PRÓS
• Conversores de som bastante analógico
uma boa ventilação do rack é desejável. esquenta bastante. Uma boa ventilação
com agudo suave, um ‘grande’ grave e
O conversor A-D é o familiar e bastante sobre o Bomber D-A parece essencial. personalidade musical.
usado, AKM 5394 e as saídas digitais são A construção interna é bastante • Ótima performance de variação dinâmica.
de transmissores Burr Brown DIT4192, por parecida com a do A-D, com o mesmo • A medição enfatiza os 12dB do topo, o que
transformadores de pulso. módulo fonte de energia universal PowDec é ótimo para aplicações de masterização.
• Controles de nível operacional simples.
Meus testes técnicos produziram e uma grande PCB (placa de circuito • Todas as taxas de samples padrão
valores que chegaram bem perto das interno) principal. Entradas digitais são suportadas, de 44,1 a 192kHz.
especificações publicadas. A resposta da tratadas por transceptores AKM 4115, • DAC pode ser usado, de maneira favorável,
frequência ficou, no geral, em ±0,1dB de enquanto o conversor D-A é o chip como o master clock do sistema.
abaixo de 20Hz a abaixo da metade de AKM 4399. As fases analógicas não têm CONTRAS
taxa de samples. Em 44,1kHz, o ponto transformador e empregam um dos • Opções do clock interno do DAC
de -3dB no grave foi 6Hz, subindo para módulos de amplificadores operacionais aumentam o risco de erro do usuário.
cerca de 10Hz para a taxa de samples de separados BOPA1 patenteados da Burl. • Com certeza é inadequado para aplicações
192kHz. O valor THD+N foi de -100dB, De novo, o circuito é todo classe A, sem que exigem conversores transparentes.
• Boa ventilação é necessária, já que os
ou 0,001%, para um nível de entrada nenhum capacitor no caminho do sinal, e
dois aparelhos esquentam de maneira
de +4dBu gerando -12dBFS e com uma esquenta bastante. Uma boa ventilação surpreendente.
disposição harmônica predominantemente sobre o Bomber D-A parece essencial. • A medição enfatiza os 12dB do topo, o que
não é tão bom para gravação.
“Minha impressão predominante sobre os RESUMO
conversores Bomber é que eles realmente soam Os conversores Burl B2 Bomber são
projetados para soar musicais acima de tudo
muito mais ‘analógicos’ do que a maioria.” e têm uma personalidade distintivamente
analógica que colore o som, mas de maneira
geralmente benéfica para muitas aplicações.
de ordem ímpar. De maneira interessante, Os controles do painel frontal começam
A mixagem parece se unir muito bem com
a resposta da fase continuou bastante com o familiar controle giratório de nível estes conversores e acaba soando mais suave,
linear, apesar da presença de um de saída, oferecendo opções de -18 a mais profunda e mais ampla do que qualquer
transformador de entrada – e sem -8dBu. Uma entrada digital de 0dBFS conversor de baixo custo pode conseguir. O
dúvida isto tem um efeito benéfico na gera +21,3dBu na saída analógica quando aparelho D-A perde alguns pontos por causa
das opções incomuns do clock, mas os riscos
personalidade do som. A medição da configurada para a posição de 18dB e são facilmente amenizados.
variação dinâmica AES17 forneceu um +12dBu quando na posição de 8dB, as
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 47
TESTE
BURL B2 BOMBERS
As duas saídas de word clock do conversor B2 Bomber D-A demonstram que ele pode ser usado como um master clock do sistema
que vai resultar. A vantagem disto é que frequência flat em ±0,1dB de 10Hz até do que o esperado. Nenhuma destas
o chip conversor do DAC está rodando abaixo da metade da taxa de samples. De características sutis foi revelada nos meus
no seu próprio clock interno de cristal novo, existe uma tendência pronunciada testes de medição, mas elas adicionam a
– e bastante estável –, em vez de tentar em direção à distorção harmônica de um estilo muito legal de apresentação que
ficar escravo de um clock embutido ou ordem ímpar, principalmente quando se trata muito bem a natureza ‘estéril’ dos
externo e, como resultado, artefatos força bastante o conversor, mas tudo isto sistemas digitais ultra claros. Conversores
de instabilidade devem ser reduzidos faz parte da personalidade sonora do B2. primeiramente ‘musicais’ em vez de
consideravelmente e a qualidade do ‘transparentes’, eles têm um tipo de
áudio ampliada.
Ouvindo capacidade tipo fita para tratar transientes
Vários DACs comerciais empregam Os conversores Burl B2 Bomber são de maneira bastante agradável, e o poder
técnicas para rodar o conversor de um aparelhos atraentes, bem construídos e de fazer uma mixagem soar mais ‘unida’ de
clock interno estável separado do clock capazes de entregar excelente qualidade uma maneira que eu normalmente associo
embutido da fonte, mas pouquíssimos de som, mas com um acompanhamento a excelentes sistemas analógicos.
fazem isso atuando como o clock master substancial de personalidade analógica.
do sistema, apesar desta ser, na verdade, Realmente, é o design analógico que
uma solução bastante lógica e prática. distancia estes dispositivos, concedendo $ Conversor B2 A-D e conversor D-A US$
2.500* cada.
O lado negativo é o potencial para as sutis, mas muitas vezes bem-vindas,
W www.burlaudio.com
erro do usuário, que é um risco sério. Por colorações sonoras associadas com
! * consulte o box ‘preços referenciais’ na pág. 3
exemplo, com uma fonte trabalhando transformadores e circuito discretos classe
48 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
GREEN VOICE BOX PLATINUM COMPOUNDER ISA430 PRODUCER PACK THE LIQUID CHANNEL
É muito difícil conseguir ajustar o A Focusrite modelou as Como se pode esperar de uma ...a qualidade e variedade de
Voicebox para soar mal. (De fato, características igual as da linha unidade com este pedigree (...) preamps e compressores emulados
para ser cínico por um momento, high-end Red de compressores, esta é uma grande peça de no Liquid Channel é sublime.....
parte da razão da popularidade dos para um som mais suave e claro equipamento de estúdio e a O Liquid Channel é um produto
produtos Focusrite pode ser que os nas mixagens mais complexas. ilustração do por que o analógico fabuloso e único, posso vê-lo
produtores e engenheiros sabem Este parece ser o caso - você tem high end ainda é a escolha do sendo o padrão nas produções de
que é possível ter sons maravilhosos que usar muita compressão antes processamento sério. estúdio tal qual o Lexicon reverb
sem ter que ficar fazendo um que qualquer efeito ruim seja ou um processador Eventide.
Paul White - Novembro 1999
monte de ajustes no estúdio.) evidente.
Hugh Robjohns - Julho 2004
Paul White - Novembro 1996 Paul White - Maio 1999
TESTE
Roland V-Piano
Piano modelado Evolution
O luxuoso V-Piano da
processar o som de alguma maneira, não tem cruzada, em um conceito nota a nota. O
Roland evoluiu, graças mais nada que você possa fazer para mudar V-Piano permite exatamente este tipo de
C
aso não tenha passado o último lado, a modelagem física permite que todos projetados como tipos Vintage ou Vanguard.
ano e meio extraindo dilítio em estes fatores definidores sejam alterados – e Os modelos Vintage representam os pianos
uma galáxia distante, você deve não só globalmente para o piano todo, e sim reconhecidamente reais de dois tipos, feitos
saber que o V-Piano é o piano de palco em muitos casos, como afinação uníssona,
digital carro-chefe da Roland (originalmente aspereza dos martelos e ressonância
revisado na edição de maio de 2009 da
Sound On Sound). Ele também é o primeiro
instrumento do tipo da empresa a gerar
sons de piano inteiramente por modelagem
física, um método que traz várias vantagens
ao recriar o som bastante complexo de um
piano acústico.
Atualização Roland
V-Piano Evolution
PRÓS
• Quatro modelos novos de piano aumentam
a paleta de sons do V-Piano.
• O modelo Vertical é uma adição
particularmente bem-vinda.
CONTRAS
• Modelos representando outros membros
da família de teclados seriam um
significativo passo à frente.
• O próprio V-Piano ainda é caro.
RESUMO
A primeira atualização do V-Piano adiciona
quatro novos modelos de piano à coleção
oferecida por este excelente instrumento.
Embora talvez não sejam radicalmente
diferentes dos modelos originais, eles são um
indicador promissor de coisas por vir.
50 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
de materiais padrão. Vintage 1 (o modelo vários arquivos que precisam ser copiados Alternativas
‘americano’) é o mais brilhante e mais na raiz de um drive USB. A instalação é um O software Pianoteq da Modartt continua
encorpado dos dois, enquanto que o Vintage processo de duas partes: primeiro, o V-Piano sendo a única alternativa de modelagem
2 é o modelo ‘europeu’ tendo um tom lê os arquivos do drive USB inserido na sua puramente física ao V-Piano, com um
programa de desenvolvimento contínuo
mais leve e mais harmonioso. Os modelos conexão traseira e depois uma segunda
comparável ao Evolution. O equivalente com
Vanguard são as criações ‘não reais’ da leitura é feita através do conector USB do base em samples mais próximo ao conceito
Roland, usando materiais não-convencionais painel frontal. O processo todo demora uns do Evolution é o Stage Piano da Nord, no
como cordas inteiras de prata, placas de som 15 minutos para ser concluído. O software qual o usuário tem acesso a uma biblioteca
crescente, que pode ser baixada, de pianos
de vidro, cordas triplas no instrumento todo e V-Piano Editor também precisa ser atualizado alternativos que podem ser instalados na seu
outras variações exóticas. para a versão 1.1 para ser compatível ao flash ROM para suplementar ou substituir os
Evolution. Eu esperava que tivesse algumas instalados originalmente. Em algum ponto
E o Darwin-ador é... mudanças ou acréscimos no software editor, entre eles, está o próprio mecanismo de
som de piano Supernatural da Roland, que é
Como Charles Darwin talvez tenha dito (mas mas parece que ele tem as mesmas funções um misto de sampling e modelagem, como
possivelmente não disse), ‘a diversidade da versão 1.0. Depois de instalado, o V-Piano encontrado no teclado RD700NX.
é o progresso’ – e para o progresso, as ganha quatro modelos novos, ocupando os
coisas precisam evoluir. Por isso a jogada da Presets 25 a 28. Fora isso, todas as funções
Conclusão
Roland em apresentar a primeira atualização do V-Piano continuam iguais.
do V-Piano, junto com um re-branding. Em termos de uso estritamente em estúdio,
Conheça o V-Piano Evolution. A atualização
Os modelos novos o V-Piano encara uma forte concorrência do
Evolution é um download grátis no site Vertical (Pianino): Este modelo tem uma software Pianoteq da Modartt, não só por causa
da Roland. O próprio instalador contém personalidade distinta com um tom da enorme diferença de preço, já que o preço
quente, uma sugestão de ambiência de de mercado do V-Piano é de aproximadamente
sala e uma qualidade sutil de afinação. R$ 15,999. Em termos de evolução, o Pianoteq
No seu estado padrão, ele soa como progrediu rapidamente, oferecendo muitos
um pianino bastante caro e com boa instrumentos modelados diferentes de teclado
manutenção – talvez um pouco perfeito (ou, de maneira mais precisa, instrumentos
demais. Mas ao usar o editor para baseados em formato de teclado com uma
desenhar uma curva de afinação escala cromática) como vibrafones, marimbas,
uníssona aleatória no teclado, teclados eletromecânicos e cravo.
geralmente aumentando Demorou um pouco para a Roland lançar
os vários parâmetros de a primeira atualização do V-Piano; mesmo
ressonância, diminuindo o assim, é encorajador ver que existe um
tempo de decay das cordas desenvolvimento ativo acontecendo. Fora os
e ajustando a cor do tom, é modelos de teclado, existem outras áreas que
possível criar um pianino antigo o V-Piano pode tratar no futuro – por exemplo,
‘básico’ crível, que talvez enfeite a sala os modelos do V-Piano são todos muito ‘secos’
de estar de muitas casas. e ‘próximos’ no quesito microfonação. As
V1 Impactance: Baseado no modelo posições variáveis do microfone virtual dariam
Vintage 1, esta variação tem martelos mais ainda mais controle tonal, além de aplicar um
pesados (o que aparentemente aumenta sentido de ambiência e perspectiva do ouvinte,
o peso percebido em 50 gramas virtuais), que nunca é tão eficaz usando só reverb.
para proporcionar um som de percussão Em termos de performance ao vivo, o
mais adequado para estilos como Latin, V-Piano ainda é a única opção para um piano
onde o piano precisa se sobressair na hardware fisicamente modelado – embora o
mixagem de maneira incisiva. seu preço de equipamento ‘high-end’ com
Triple Large: Um dos dois modelos certeza faça das alternativas sampleadas
‘Vanguard’ novos, ele combina cordas consideravelmente mais baratas, uma opção
triplas no conjunto todo com um corpo mais viável para muitas pessoas. É possível
de piano estendido extra-grande. Ele que a Roland esteja adotando uma postura
tem um tom mais dark e um pouco ‘puramente de piano’ para o V-Piano,
mais alto do que o modelo All Triple, produzindo modelos novos construídos neste
com um grave muito poderoso e uma conceito básico. Mesmo assim, acompanhar
sustentação excepcionalmente longa. sempre as mudanças da concorrência, pode ser
Metallic SB: Este modelo o único caminho para aumentar a quantidade
Vanguard é baseado no modelo de futuros compradores. Vamos esperar que o
All Silver e apresenta “uma próprio programa Evolution evolua, trazendo
nova placa de som virtual feita de uma diversidade ainda maior a este ótimo
placas de metal fino no meio de placas de instrumento musical.
madeira fina”, dando ainda mais detalhe
harmônico agudo ao tom já brilhante $ Atualização Grátis
do modelo Silver. Isto é especialmente T Roland (11)3087-7723
W www.roland.com.br
percebido na frequência grave.
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 51
TESTE
Lexicon LXP
Duas da opções de tela de real-time em ação:
O plug-in Plate, à esquerda, está mostrando o
simples gráfico de frequência, enquanto que o
Chamber, à direita, apresenta a ‘waterfall’ 3D.
Native Reverb
entradas, em comparação com as mais de
900 do PCM Native Reverb. O LXP Native
Reverb ainda é autorizado por chave iLok
e suporta VST, RTAS e Audio Units em
Windows e Mac OS. Os quatro algoritmos
são, como os do pacote PCM, fornecidos
Plug-in de reverb para Mac e PC como plug-ins separados, o que é chato,
caso você queira testar reverbs diferentes.
O pacote PCM Native Reverb, carro-chefe da Lexicon, Em ação
é um sonho de consumo, mas também é caro. A A interface de usuário do LXP tem uma
aparência bem diferente da do PCM, mas
versão reduzida LXP Native Reverb, oferece uma reúne os mesmos princípios de design. Assim,
alternativa mais acessível, porém ainda poderosa. como exemplo, ainda existe uma Soft Row
de controles selecionáveis que exibe os seus
parâmetros mais usados, juntos para edição,
SAM INGLIS tivesse uma chave iLok, um ‘hospedeiro’ mas eles são apresentados como botões
de plug-ins adequado e £1174 no banco. em vez dos sliders do PCM, e existem só
Provavelmente, este último recurso seis em vez dos nove do PCM. Os controles
M
uitos dos fabricantes ainda seria um ponto complicado para da Soft Row são escolhidos de um total
estabelecidos de hardware muitos donos de Home Studios, então de 27 parâmetros cobrindo todas as fases
de processamento e efeitos a Lexicon seguiu com o lançamento do comuns de geração de reverb, de pré-delay
digitais foram cautelosos em deixar seus seu carro-chefe com pacote reduzido, a equilíbrio master dry/wet e incluindo os
algoritmos disponíveis no formato plug-in; mais acessível, avaliado aqui. O LXP parâmetros essenciais de modulação Spin
e mesmo quando seguiram nesta linha, Native Reverb apresenta quatro dos sete e Wander. É o suficiente para dar a você
muitas empresas, como a Eventide, ficaram algoritmos do seu irmão: você tem os controle genuíno sobre a forma do reverb,
com o protocolo high end TDM do Pro básicos Hall, Plate, Room e Chamber e sem se perder na edição e, é claro, você
Tools, em vez de criar plug-ins RTAS ou fica sem os Vintage Plate, Random Hall e sempre tem a opção de usar outros plug-ins
VST nativos. Então quando a Lexicon Concert Hall. Também faltam alguns outros como equalizadores e de-essers junto com
lançou o seu pacote PCM Native Reverb recursos, como os modos de tempo e estes. O visual apresenta uma exibição gráfica
no começo deste ano, ele representou uma contratempo, controle sobre tamanho da animada, que pode mostrar um gráfico estilo
grande mudança de política, que foi muito ‘cauda’ e a liberdade total para equalizar
bem recebida por donos de estúdios. Os reflexões iniciais e finais de maneira Especificações do teste
algoritmos clássicos de reverb que antes independente. A biblioteca de presets
• Laptop Dell Inspiron com CPU de 2GHz e 4GB
eram limitados aos hardwares, agora também é proporcionalmente menor,
de memória RAM, rodando Windows XP SP2.
estavam abertos para qualquer pessoa que hospedando modestas 200 e poucas
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na maneira com que os reverbs de convolução você precise de plate e springs autenticamente
Lexicon LXP podem ser reais, mas tem uma sonoridade e retrôs. Do ponto de visa sonoro, é um enorme
espessura que não estamos acostumados a passo à frente dos reverbs que vem no pacote
Native Reverb US$ 660* ouvir no domínio do plug-in. Em uma ponta com as DAWs, e uma melhoria notável sobre
PRÓS da escala, você pode criar pequenas salas todos os outros reverbs nativos de não-
• Fácil de usar. ladrilhadas que proporcionam repetição convolução que eu já testei até hoje.
• Mantém o som essencial da Lexicon – o que brilhante com uma amplitude consistente; na Uma limitação é que, apesar de o LXP
significa que ele é ótimo!
outra, os saguões são incrivelmente generosos Native Reverb representar o produto ‘lite’
• Versátil o suficiente para praticamente todas
as tarefas de produção de rock e pop. e quentes. No meio, as câmaras são retrô de no conjunto da Lexicon, ele ainda é duas
maneira atraente, mas nem um pouco lo-fi. vezes mais caro do que as versões completas
CONTRAS
• Talvez menos útil fora da esfera de rock e pop.
• Pode ser uma versão menor, mas ainda é caro. “Para produção básica de rock e pop, o
RESUMO LXP vai cobrir todas as suas áreas, a não
O LXP Native Reverb fornece uma maneira
vantajosa de conseguir todo aquele som da ser que você precise de plates e springs
Lexicon que a maioria dos produtores de rock
e pop provavelmente vai precisar – se eles autenticamente retrôs.”
puderem se dar a esse luxo.
Por fim, existem outros plug-ins de reverb do Oxford Reverb da Sonnox, o Breverb
‘cascata’ 3D, uma leitura estilo FFT mais que soam de maneira mais convincente como da Overloud, o Variverb Pro da Magix e o
simples ou uma forma de onda variável. um plate real, do que o LXP Plate – o Plate Aether da 2CAudio, para citar só alguns dos
A Lexicon já lançou ofertas de custo mais 140 da Universal Audio me vem à cabeça – possíveis rivais. Com certeza a Lexicon vai
baixo antes, tanto no campo do hardware mas esta não é realmente a questão: muitas argumentar que o LXP é duas vezes melhor
quanto em coisas como o plug-in Pantheon vezes o algoritmo da Lexicon vai ser o mais que estes concorrentes, e eu não discordo
junto com algumas versões do Sonar da útil especialmente porque ele não tem os desta afirmação, mas a verdade é que US$
Cakewalk. Embora útil, muitas vezes eles mesmos defeitos sonoros do verdadeiro. 660 vai ser uma despesa que muitos donos de
foram severamente comprometidos em home studios simplesmente não podem gastar.
comparação com o hardware PCM de ‘força
Redução do tamanho Parece que, embora o som da Lexicon ainda
total’. Comparando, eu acho que o conjunto No geral, eu acho que a Lexicon fez um ótimo seja o padrão a ser batido, ele é destinado a
de recursos no LXP Native Reverb é muito trabalho em criar um produto reduzido que permanecer como um luxo que nem todos
bem construído, o deixando flexível o vai mesmo assim satisfazer as necessidades da podem se permitir.
suficiente para a maior parte da produção de maioria das pessoas. Qualquer um engajado
rock e pop sem sufocar o usuário novo com em design de som sério, trabalho de filme ou
parâmetros intermináveis. TV ou gravação clássica high-end, vai apreciar $ US$ 660*
T Selenium by Harman (51) 3479-4000
De maneira mais importante, com certeza os algoritmos adicionais e controles disponíveis
W www.selenium.com.br
o LXP Native Reverb possui ‘o’ som da no PCM Native Reverb completo, mas para W www.lexiconpro.com
Lexicon que nós, pobres usuários de plug-ins, produção básica de rock e pop, o LXP vai cobrir ! * consulte o box ‘preços referenciais’ na pág. 3
perdemos durante tantos anos. Ele não é real todas as suas necessidades, a não ser que
www.nashvilleaudio.com.br
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TESTE
Audio-Technica
AT4050 ST
Microfone condensador estéreo
Existe mais nesta variação do microfone carro-
chefe da Audio-Technica, do que a simples
adição de uma segunda cápsula...
HUGH ROBJOHNS Visão geral
O AT4050 ganhou um forte grupo de
A
série 4000 da Audio-Technica é a linha seguidores entusiasmados. Os seus
mais importante de microfones de três padrões polares comutáveis, alta
estúdio da empresa e existem duas capacidade SPL, saída sem transformador
novas adições a este conjunto, ambas sendo e personalidade de som cheio, porém
variações de designs existentes. O AT4047MP nítido, o tornaram um microfone confiável
é uma versão multipadrão comutável do e versátil, bastante popular, que dá bons
microfone 4047SV, cardióide fixo, que ganhou resultados a partir de uma grande variedade
uma forte reputação, predominantemente de fontes. A nova versão do AT4050 ST
como microfone de voz, embora ele funcione aumenta as virtudes do modelo original
bem em uma grande variedade de fontes adicionando uma segunda cápsula no
musicais; e o AT4050 ST é uma versão estéreo mesmo corpo, junto com os recursos para
do AT4050, carro-chefe da empresa. Em breve fornecer uma saída estéreo.
eu vou avaliar o AT4047 MP nestas páginas, O AT4050 ST permanece como um
mas primeiro eu resolvi dar uma olhada mais microfone capacitor de configuração side-
de perto no AT4050 ST. address, mas a cápsula original
de diafragma duplo virada
Audio-Technica para frente foi configurada
como um cardióide fixo,
AT4050 ST R$ 8.500 enquanto que uma segunda
PRÓS cápsula de diafragma duplo foi
• A conveniência do estéreo coincidente montada sobre ela virada para o
preciso de um único corpo de microfone lado, e é conectada para fornecer
de configuração side-address.
um padrão polar figura de oito no arranjo
• Saídas Mid/Side diretas e a escolha
de duas opções estéreo decodificadas Mid/Side padrão. O circuito interno faz
esquerda-direita. a decodificação matriz necessária para
produzir uma saída estéreo direita-esquerda
CONTRAS
convencional através de um conector XLR
• A ‘codificação’ colorida do cabo não é intuitiva.
• O modo estéreo de 90º tem um nível de ruído
de cinco pinos, e uma chave seleciona
um pouco mais alto do que outros modos. os ângulos estéreo permitidos de 90º ou
• O equilíbrio tonal é notavelmente fraco 127º, ou fornece saídas Mid/Side não-
com arranjos distantes. decodificadas diretamente. No modo de 90º,
RESUMO uma fonte 30º à direita do eixo do centro
Baseando-se no sucesso sonoro do do microfone vai aparecer cerca de um ¼
AT4050, a nova versão ST aumenta suas na direita do centro na imagem estéreo,
capacidades radicalmente, com modestos enquanto que mudar para o modo de 127º
comprometimentos de performance, vai reproduzir a mesma fonte mais perto,
para dar um palco sonoro estéreo
para ¾ na direita da imagem.
impressionantemente detalhado a partir
de um único corpo de microfone de O AT4050 ST tem um acabamento preto
configuração side-address. fosco e vem com o shockmount AT8449
e adaptador de suporte, uma proteção
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contra poeira para o microfone e um case presença (pico) relativamente identificada,
para transporte revestido de espuma. Ele de cerca de 6dB, aumentando para cerca
também vem com um cabo de cinco metros de 12kHz antes de diminuir rapidamente.
terminando em dois XLRs de três pinos,
que são coloridos em cinza e vermelho
Em uso
para esquerda e direita (ou Mid e Side), Em uso, eu achei que o 4050 ST é um
respectivamente. As duas cápsulas são tipos microfone com um bom som, mas detectei
polarizados DC, precisando de 3,2mA de cada um grave um pouquinho ‘magro’ e uma
canal de uma fonte de phantom power padrão certa ‘fúria’ nos agudos. O motivo básico
– e os dois canais precisam receber energia. para o grave menos encorpado é que,
O microfone pesa 517g, o que é só como um microfone estéreo, ele costuma
sete gramas a mais do que a versão mono ser colocado muito mais longe da fonte
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TESTE
EastWest
DAVE STEWART
E
mbora alguns teimosos ainda
lamentem o dia em que os sons
EastWest
The Dark Side R$ 999 Distorção, sujeira, imundice e muita firmeza na
PRÓS nova biblioteca da EastWest. Com luvas de borracha
• Uma coleção totalmente agradável de
instrumentos bastante processados e à postos, vamos à procura do esplendor na sujeira.
efeitos feitos por um mestre da distorção.
• Estranho, no bom sentido. Gold Rush (“Em Busca do Ouro”) para os problemas do driver de iLok PACE que
• Baixos e baterias incrivelmente poderosos. encontrar metal precioso no lodo – muitos antes restringiam a operação do Mac de
• Reflete algumas tendências experimentais álbuns que ele produziu nos últimos 13 64 bits foram resolvidos antes de você ler
bem-vindas na produção moderna.
anos ganharam disco de platina, ouro esta matéria, deixando o Play, totalmente
CONTRAS ou prata nos EUA e no Reino Unido, um de 64 bits, tanto em plataformas Mac
• Muitos samples são distorcidos – não, recorde interessante para um músico quanto Windows. (Para mais informações
espere aí, isso é intencional! modesto e despretensioso que diz que a sobre o Play, acesse os sites www.
• Com esta biblioteca, você gasta metade sua principal intenção no estúdio é ajudar soundonsound.com/sos/mar08/articles/
do tempo imaginando se os seus alto-
falantes queimaram. os outros a alcançar seu objetivo. ewfabfourministryofrock.htm e http://www.
soundonsound.com/sos/sep10/articles/ewql
RESUMO Pronto para tocar? hollywood strings.htm.)
Se você acha que a sua música está limpa The Dark Side é formatado para o A biblioteca de 37,4GB demora algumas
demais, adicionar algum sample sombrio e
mecanismo de som Play, patenteado da horas para instalar. Notando a aparência
sujo desta biblioteca dá a ela um ‘fator sujeira’.
Imprevisível, peculiar e inspirador, o The Dark EastWest; versões de 32 e 64 bits dele assustadora tipo Jogos Mortais da interface
Side tem muito a oferecer a programadores, são incluídas com a biblioteca. Não existe de usuário, eu estava preocupado que
produtores, músicos e compositores nenhuma diferença no som entre as duas a autorização pudesse exigir soltar uma
experimentais (ou só intelectuais), e seus versões, mas a segunda pode acessar chavinha que alguma mente diabólica
baixos e baterias notavelmente pesados vão
ter um grande atrativo.
quantidades muito maiores de memória tinha implantado cirurgicamente atrás
RAM. De acordo com o chefe da EastWest, do meu globo ocular, mas na verdade é
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TESTE
EASTWEST THE DARK SIDE
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o ‘Ghost Guitar’ lida com os restos
devastados do que pode uma vez ter sido The Dark Side: uma visão geral
uma guitarra voltando para nos assombrar, O The Dark Side divide seus instrumentos em Fridmann na sua entrevista na SOS de março
enquanto que o tom desincorporado e sete categorias: Drums, Basses, Guitars, Keys de 2010: “Todo equipamento que eu tenho,
eco de repetição galopante do ‘Guitars & Strings, Ethnic & Choirs, Misc & Perc e não importa o quanto ele possa ser legal e puro,
on Mars’ é ideal para uma versão cover Instruments With Effects (ou seja, versões eu descobri como estragá-lo.” A distorção
psicodélica de ‘Ghost Riders In The Sky’. com efeitos de instrumentos selecionados onipresente foi criada principalmente por
das outras categorias). O co-produtor Doug pedais de efeitos e outros periféricos, incluindo
Não é preciso dizer que a biblioteca
Rogers lembra que mais de 10 baterias um raro equipamento valvulado vintage que
não contém nenhuma opção de guitarra de diferentes foram usadas. Fridmann e Rogers colecionaram ao longo
fácil audição, e na minha opinião o Ministry O processamento usado nesta biblioteca dos anos. Plug-ins de software também foram
Of Rock da Quantum Leap é uma aposta dá um testemunho à afirmação do Dave usados em certos instrumentos.
melhor para sons de guitarra de metal
contemporâneos. Mas se você tiver uma der um ferro de solda ao seu irmão de 10 uma cítara decidida de uma dinâmica é
propensão a instrumentos processados anos e pedir que ele faça um serviço não- apresentada em versões distorcida e limpa.
fortes, de som estranho com uma atitude convencional no seu órgão vintage Farfisa. Aparentemente deslocado, mas muito bem-
de left-field de propósito, estas guitarras Uma seleção de sons antigamente vindo mesmo assim, um excelente patch
vão lhe deixar satisfeito. puros das bibliotecas de coral e orquestra de bateria de tabla oferece um grande
da EastWest/Quantum Leap agora foi menu de batidas claras tocadas de maneira
Investigação da cena do crime intencionalmente transformada em linda. Outros destaques de percussão
A coleção de sintetizadores, órgãos e paródias medonhas tipo Sr. Hyde de si incluem ‘Perc Sci-Fi’ (samples Hang-drum
pianos do Dave Fridmann também foi mesma: ‘Chorus Strings’ soa como um emprestados do Stormdrum 2 da Quantum
passada pelo espremedor sonoro Tarbox. coral de trilha sonora de um filme dos Leap) e ‘Timp Explosion’, que soa como
O iconoclasta barulhento e distorcido do anos 1930 ouvido em um rádio defeituoso, uma série de explosões atômicas.
‘Brain Damage’ me lembrou a perigosa enquanto que a qualidade tonal de A biblioteca é concluída com uma
execução de piano do Barry Andrews da ‘Granular’ sugere que o coral foi gravado grande seleção impressionante de timbres
e efeitos de design de som atmosférico:
alguns são misteriosos e bonitos,
outros são extraordinários, muitos são
completamente doidos e alguns têm
sobretons cômicos. Fãs do programa
Radiophonic Workshop vão curtir a coleção
de blipes indefinidos e tons eletrônicos,
remanescentes de barulhos de jogos de
computador antigos. Estes efeitos incluem
todo o espectro de áudio, de amáveis e
assustados sinos delicados superagudos
inversos, até estrondos sísmicos do que
soam como um distorcido motor de
cortador de grama gigante.
Conclusão
Distorção e processamento são uma parte
vital da produção moderna – hoje em
dia até a Britney distorce os seus vocais.
Com tantos pedais de distorção e plug-
ins no mercado, escolher o certo para o
serviço é um tiro no escuro para a maioria
de nós, então podemos ser grato a estes
produtores por fazer uma seleção em nosso
nome. As aplicações da The Dark Side
O navegador do Play dá uma útil visão geral das bibliotecas EastWest/Quantum Leap instaladas e os seus conteúdos
são extensas; embora ela possa assustar
XTC; o ‘Distorgan’ foca perversamente em um cilindro de cera em vez de no Pro quem tem uma disposição delicada, os
nos aspectos mais triviais do som da Tools. Tais timbres incomuns causam ideias ruídos estranhos, pesados, idiossincráticos,
Hammond, enquanto que o ‘gorjeio’ do e são divertidos de tocar; particularmente, gloriosamente embaralhados e loucos
órgão de teatro do ‘Bent Funeral Organ’ eu curti a qualidade orquestral sonhadora que ele contém, vão trazer um sorriso
soa como alguma coisa da Eraserhead. Um de ‘Dist Org String Thing’, mas eu queria levemente pervertido a muitos rostos.
leve alívio é fornecido por alguns acordes que ele fosse tocado em oitavas.
arpejados bastante suaves e notas únicas Estes patches foram completados por
tocadas em um equipamento chamado alguns instrumentos étnicos: um saltério $ R$ 999
Suzuki Omnichord, mas a desordem logo fortemente batido e um instrumento de T Loop Music.
W www.loopmusic.com.br
é retomada com o patch ‘Chaos’, que sopro shenai penetrante, têm a cirurgia
W www.soundsonline.com
soa como o que pode acontecer se você plástica de Fridmann, enquanto que
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 59
TESTE
E
mbora hoje em dia seja os prés, equalizadores, um ‘mini’ patchbay Allen & Heath, faz tempo que a Soundcraft
perfeitamente possível trabalhar e recursos de controle de monitoração. é um dos líderes na fabricação de mixers
em um estúdio sem nenhum Aqueles com efeitos embutidos também de pequeno porte, adequados para uso
tipo de mesa de mixagem, e contar, facilitam mixagens de faixas simples com no palco e no home studio. O Notepad
basicamente, com uma interface de áudio reverb, delays ou outros efeitos, sem 124FX é um dos designs mais novos e mais
com prés e recursos de monitoramento ter de lidar com a questão da latência compactos, então, resolvemos ver que lugar
embutidos, um mixer pequeno ainda pode que prejudica a performance de tantas ele pode ter em um setup de home studio.
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Visão geral
Como o nome sugere, o Notepad 124FX é um mixer de 12
entradas e quatro buses (ou seja, dual-estéreo) e inclui efeitos
digitais. Os primeiros quatro canais oferecem entradas de linha
e microfone em conectores separados (XLR para microfones,
P10 para entradas de linha) e um controle de ganho, com o qual
você pode aumentar o sinal de entrada entre cinco e 60dB. Você
também tem um equalizador de três bandas (quatro bandas se
você incluir o filtro high-pass de 100Hz comutável), com filtros
high (10kHz) e low shelf (80Hz) e um controle de médias, com Q
fixo de 1Hz entre eles. Cada banda oferece até 15dB de ganho
ou atenuação. Os três controles restantes, todos giratórios,
em cada um dos quatro canais, controlam o nível de mandada
dos efeitos, a posição de pan L-R e o nível da saída do canal.
Os outros oito canais de entrada são apresentados em pares
Luizinho
estéreo, com as entradas físicas vindo em forma de P10s duplos
em cada um dos quatro canais (nomeados 5-6, 7-8, 9-10 e 11-
12). Eles diferem dos quatro primeiros canais por não oferecem
equalização, só nível de mandada de efeitos, posição de pan e
controles do nível de saída, mas você realmente tem a opção
de mudar entre níveis de entrada ‘profissional’ de +4dBU e de
Mazzei
‘consumidor’ de -10dBv.
Completando o passeio pelas entradas e saídas, este mixer
também oferece uma saída dedicada de mandada de efeitos em
um P10, uma saída de fone de ouvido (de novo, em um P10), a
saída de mixagem principal através de dois P10s balanceados,
uma saída dedicada de monitor em estéreo de P10 e dois pares
de I/O phono não balanceados, para a saída de gravação em
estéreo e retorno de dois tracks. O último pode ser usado para
Produtor Musical e
conectar o mixer a um gravador de fita ou gravador digital
autônomo. Como mencionado antes, existem dois ‘buses’:
Engenheiro de Som
o primeiro é o bus estéreo principal, cujo nível de saída é
controlado por um longo fader. Acima do fader está um meter Um belo dia, durante o verão americano,
de LED estéreo, incluindo oito LEDs (quatro para cada canal). O
LED vermelho de cima indica que o nível do sinal está alto, mas
no ano de 1998, totalmente de forma
o quão alto, não está detalhado no simples manual. Outros dois despretensiosa, parado em um café na cidade
LEDs indicam que o equipamento está ligado e que o phantom
de New York, avistei uma revista que até
power de 48V está ativado, sendo este selecionável de forma
global para as quatro entradas de microfone apertando o botão então não conhecia. Peguei, folheei e me
acima dos LEDs. Perto dos LEDs está a seção de efeitos digitais apaixonei. Desde então, tenho acompanhado
on-board, que inclui uma telinha com dois controles giratórios e
um botão. O primeiro controle é usado para selecionar o efeito a evolução do mercado através dela, tirando
e se duplica como uma seletor de tap-tempo, o que é útil. (Eu muitas dúvidas relacionadas a equipamento e
a teria achado ainda mais útil se também tivesse uma entrada
dedicada de Footswitch para esta função, mas provavelmente produção de artistas que admiro.
isso ia aumentar o preço.) O segundo controle, determina
Hoje temos a sorte de ter ao nosso lado a
Soundcraft Notepad 124FX US$ 179* Sound on Sound Brasil, marcando uma nova
PRÓS fase do crescimento de informação ao mercado
• Compacto (desalinhado em relação a linha de baixo).
• Muito bom por este preço.
nacional, com o mesmo nível da sua irmã mais
• Conjunto útil de efeitos embutidos. velha, inglesa.
• Boas opções de direcionamento.
RESUMO
Com este preço, é difícil encontrar defeitos nesta mesinha legal, que
deve ganhar fãs no palco e no home studio.
TESTE
S O U N D C R A F T N OT E PA D 1 24 F X
62 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
RESULTADO DOS TESTES - Guitarist Magazine
Qualidade de Construção
Funções
Som C. Borges - Distribuidor exclusivo para o Brasil
Custo benefício Av. Floriano Peixoto, 400, Centro | Manaus – AM – Brasil Revendedor
AVALIAÇÃO GUITARIST (92) 3622-7151 | www.cborges.com.br | Twitter: @cborgesimport Autorizado:
TESTE
Schoeps VSR5
A Schoeps faz alguns Pré-amplificador de microfone
dos microfones
vários equipamentos para instalação de som Visão geral
mais respeitados do em cinemas. Mas foi realmente quando Jörg
planeta, então quando Wuttke entrou na empresa em 1970, como O VSR5 é projetado para servir como um
um jovem graduado procurando experiência pré-amplificador de microfone de estúdio
eles lançam uma de trabalho, que a Schoeps começou a high-end de 2 canais. Ele apresenta
evoluir para a empresa que conhecemos uma ampla variação dinâmica, distorção
versão comercial do hoje. Infelizmente, o Dr. Küsters faleceu no extremamente baixa e excelente imunidade
pré-amplificador de ano seguinte, com Wuttke herdando seu à interferência de frequências de rádio –
cargo. Esta mudança levou diretamente ao que é uma coisa que a Schoeps também
microfone que eles lançamento da série de microfones Collette desenvolveu, com muita competência, nos
A
Schoeps é um dos principais por fabricar um conjunto enorme de interno da empresa, que eles já usam há
fabricantes do mundo de microfones hardware para montagem e vários pads e muitos anos, nos testes e desenvolvimento
de diafragma pequeno de altíssima filtros de plug-in para suportar sua linha de todos os microfones Schoeps. Este
qualidade, que são muito respeitados para de microfones, foi só recentemente que é um design de pré-amplificador feito
aplicações de gravação de sons ao vivo eles se diversificaram para produzir outros sob medida, que a Schoeps apresenta
e estúdio. A empresa foi fundada pelo equipamentos eletrônicos e softwares. como um ‘amplificador Core SVM’, mas
Dr. Karl Schoeps em 1948 em Karlsruhe, Por exemplo, um surpreendentemente e o circuito, aparentemente, é ‘inspirado’
na Alemanha, com a intenção de estar versátil plug-in decodificador surround- pelo, agora considerado design clássico,
envolvida “em todas as formas de tecnologia sound Double-MS (grátis) foi lançado há de pré-amplificador integrado de uma
de áudio”. O Dr. Wilhelm Küsters – descrito alguns anos atrás e, neste ano, a empresa empresa chamada Valley People, datado
como um técnico notável – foi empregado lançou o seu primeiro pré-amplificador de do final dos anos 1970. O ‘TransAmp
como o primeiro funcionário da empresa microfone, o VSR5.
e trabalhou em vários produtos, incluindo
microfones valvulados, gravadores de fita e
64 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
LZ’ era um módulo de pré-amplificador (com uma impedância baixa de saída Alternativas
‘com potenciômetro’ valorizado pela de 50Ω), para que ao conduzir uma Existem vários pré-amplificadores excelentes
sua excepcional performance (na época) conexão não-balanceada, o nível do sinal de dois canais, bastante neutros e muito
de baixo ruído e usava uma topologia continue o mesmo de uma balanceada. respeitados no mercado – e eu fico sonhando
com todos eles diariamente. Eu sugiro
de feedback de corrente totalmente Tem também um pequeno seletor com comparar o VSR5 com equipamentos como
diferenciada em vez da abordagem de três opções, que pode ser usado para o AEA RPQ, Benchmark MPA1, Flamingo da
feedback de voltagem mais comum, então, juntar diretamente ou isolar totalmente Crane Song, 8302 da GML, Grace Design
podemos presumir que o Core SVM tem o áudio e o isolamento do chassis, caso M201 e o Millennia HV3C. Destes, o mais
difícil é escolher entre o M201 e o VSR5,
um design bastante parecido. necessário, mas a posição ‘Hi-Z’ padrão, principalmente por causa do preço parecido.
A rejeição à frequências de rádio (RF) fornece uma rede de filtro RC para manter
não é uma coisa discutida com frequência os dois unidos de maneira útil, evitando
ou até mesmo mencionada nas planilhas correntes de loops de terra audíveis. e seis botões iluminados. A precisão do
de especificação, mas é um aspecto cada O manual do VSR5 se esforça em avisar ganho é especificada como ±0,3dB por
vez mais importante do design de áudio para não usar cabos XLR no qual a cápsula intervalo, permitindo fácil combinação
profissional, simplesmente por conta da do conector esteja unida internamente estéreo sem a necessidade de um controle
enorme proliferação de telefones celulares ao pino 1, já que eles vão comprometer de trim contínuo separado. Todos os botões
e sistemas Wi-Fi, além do ruído geral de seriamente a performance de rejeição são permanentemente acesos em um nível
frequências de rádio, criadas por tantos de RF do pré-amplificador. Ele também opaco enquanto o pré-amplificador está
produtos digitais em quase toda parte. É explica o que é um loop de terra, como ligado – o que demora um pouco para
uma situação que também só pode piorar ele pode ocorrer e como evitá-lo, o que é acostumar – mas ficam muito mais brilhantes
no futuro, e com as grandes quantidades muito educativo. quando as funções relevantes são ativadas.
de ganho necessário de um pré- O painel frontal é bastante claro e Organizado horizontalmente no topo do
amplificador comum e a banda larga maior tipicamente germânico na sua ‘eficiência painel está um grande medidor de gráfico
agora esperada pelas pessoas, é crucial silenciosa’. Cada seção do pré-amplificador de barras de 20 LEDs, mostrando o nível
uma atenção cuidadosa a cada aspecto da é feita como um ‘módulo de plug-in’ de aço do sinal da saída, passando de -48 a +9dB
integridade eletromagnética. inoxidável escovado separado no painel em aumentos de 3dB e escalado como um
frontal cinza. Os controles operacionais são DIN PPM– que é o formato de medição
Construção e controles limitados a um enorme controle giratório de analógica predominante na Alemanha e em
O VSR5 ocupa 2 espaços de rack, ganho de 21 intervalos/steps (ajustando o grande parte da Europa continental. O zero
fabricado de uma maneira muito sólida, ganho em intervalos de 3dB de 0 a +60dB) nominal do medidor é calibrado de fábrica
que se estende 195mm para trás das para +6dBu (mas é ajustável internamente),
abas do rack e, com um peso de 4,7kg, é e o LED separado de ‘Clip’ é configurado
consideravelmente mais pesado do que Schoeps VSR5 de fábrica em +21dBu. Isto é cerca de 8dB
parece. Os dois canais do pré-amplificador US$ 3.359* antes que as saídas reduzam em +28,5dBu.
são claramente separados no painel frontal, Os LEDs de medição são verdes para a
e o mesmo acontece internamente. A PRÓS variação abaixo de -12dB, amarelos de -12
• Bastante limpo, preciso e neutro, mas nunca
fonte de energia montada entre os dois a -3dB e vermelhos para tudo acima disso.
frio ou duro.
canais do pré-amplificador, é um design • Extremamente silencioso e capaz de um Isto automaticamente encoraja o usuário a
linear, incorporando nada menos do que palco sonoro estéreo fenomenal. configurar o ganho para uma margem de
três transformadores toroidais e você • Feito de maneira excelente em todos os headroom pragmática (quisera eu que mais
pode selecionar para operação em 115 aspectos, com imunidade a frequências de rádio. esquemas de medição fossem tão óbvios!).
• Auto-muting ao ligar e mudando para
ou 230V. A ordem da fonte DC interna A balística da medição obedece a um
phantom.
pode acomodar variações de • Indicação quando phantom power está medidor de pico analógico de onda cheia
voltagem do fornecimento de ligado. (full wave), com a especificação padrão DIN
energia principal em até -20 e • Opções de filtro high-pass bem escolhidas. de um tempo de integração de 10ms e um
• Saídas duplas para cada canal.
+8%. O consumo de energia é decay de 0,5s por 20dB
• Excelente margem de headroom.
de modestos 10VA e a entrada Os três botões à esquerda do controle
do cabo de energia no painel CONTRAS de ganho ativam o phantom power,
traseiro, incorpora uma chave • Demora um pouco para acostumar com os invertem a polaridade do sinal e silenciam
on-off. Todos os fusíveis de botões permanentemente iluminados. Os a saída. Para evitar picos ou estrondos
60dB de ganho podem não ser suficientes
proteção são internos. audíveis quando o phantom power é ligado
para as situações mais desafiadoras.
Além da entrada para o cabo • É dolorosamente caro. ou desligado, a saída é automaticamente
de energia, o painel traseiro silenciada (através de relés selados) durante
apresenta um par de XLRs RESUMO cerca de 2,5 segundos, para permitir
fêmeas (com conectores banhados à ouro) Um fabricante de excepcionais microfones que os capacitores de bloqueio DC na
precisa de um pré-amplificador de microfones
colocados na direção das pontas externas entrada, carreguem ou descarreguem
excepcional para testar e desenvolver seus
para as entradas do microfone, com dois microfones – é por isso que a Schoeps criou completamente, com a iluminação
pares de XLRs machos (de novo, banhados à o VSR5. Testado e aprovado internamente vermelha do botão Mute indicando este
ouro) para dar saídas duplas separadamente como um pré-amplificador ‘com ganho’, status. O status do phantom power é
para cada canal. Todas as entradas e saídas esta versão ‘comercial’ eleva o benchmark lembrado quando o aparelho é desligado
de qualidade com excelência de engenharia
são eletronicamente equilibradas, as últimas tipicamente germânica. e vai ser reativado automaticamente,
usando um circuito variável servo-equilibrado caso necessário, na próxima vez que o
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 65
TESTE
SCHOEPS VSR5
aparelho for ligado. Um recurso singular mas para microfones com transformador diferente, mas mesmo assim é estranho.
do VSR5 é que se o phantom power acoplado, de fita e bobina móvel, pode ser O phantom power passou em todos os
for ativado, mas a corrente não estiver bastante benéfico. meus testes comuns, com uma voltagem
passando, o botão acende em amarelo A rejeição do modo comum com nominal de 47,1V e sem nenhum problema
brilhante, ficando verde só quando uma ganho máximo é bem acima de 80dB em entregar os 10mA máximos nos dois
corrente phantom power de mais de 1,7mA na banda do áudio, o que é excelente, canais ao mesmo tempo. De maneira nada
estiver sendo recebida: um recurso legal e e abaixo de 120dB para RFI até 1GHz. surpreendente, o VSR5 também passou
surpreendentemente útil! O status da chave A distorção é especificada de maneira fácil pelos testes Windt Hummer, então não
Mute também é lembrado e restabelecido bastante impressionante em menos de deve existir nenhum problema de loops de
quando a energia ocorre em ciclos, 0,0006% para 30dB de ganho, mas os terra neste pré.
enquanto a chave de polaridade do sinal meus testes de medição mostraram que
Mas...e o som?
Em termos de personalidade e qualidade
de som, o VSR5 é um pré de som
limpo e bastante silencioso, com uma
personalidade neutra e transparente,
principalmente nas configurações de ganho
de frequência média mais comumente
usadas de cerca de 30-40dB. Existe uma
grande margem de headroom, graças,
em parte, à boa balística e calibragem
O painel frontal de boa apresentação do VSR5, sugere a qualidade da engenharia dentro do case
de fábrica do medidor, com transientes
faz exatamente o esperado, a função sendo o valor varia um pouco com a frequência maravilhosamente limpos e abertos e um
dada por meio de relés selados em vez de (como esperado) e se torna audível para som sem nenhuma alusão de compressão
um circuito ativo. configurações de ganho mais altas e mais dinâmica ou aspereza, mesmo quando
Os três botões restantes à direita baixas – também como esperado. Mas empurrado ao extremo. O efeito de
do controle de ganho fornecem a performance continua extremamente proximidade, potencialmente assustador
vários modos de filtragem high-pass: boa, como os gráficos no nosso site nos microfones de fita AEA e Coles em
nenhuma, 40, 80 ou 120Hz, com slopes (www.soundonsound.com/sos/nov10/ amplificadores de guitarra e vocais, não
de 12dB/oitava. Os filtros não podem articles/schoepsVSR5media.htm) mostram causou absolutamente nenhum problema
ser combinados, e selecionar um, vai e, mesmo com a luz do clipe piscando de headroom, e embora o VSR5 não
automaticamente cancelar qualquer ‘alegremente’ e a saída ficando em +25dBu tenha melhorado a personalidade quente,
outro selecionado, o filtro ativo sendo (mais alta do que a maioria dos conversores inerente nesta técnica, ele também não
indicado pela iluminação branca do A-D pode lidar), a distorção só se tornou tirou nem adicionou nada desagradável.
botão correspondente. O modo do filtro audível em 0,005%. Eu medi um valor THD Eu prefiro bastante este tipo de pré-
selecionado também é lembrado quando de banda larga de menos de 0,0008% para amplificador neutro e limpo de maneira
o aparelho é desligado e restabelecido qualquer nível de saída abaixo de +18dBu, geral, já que eles são se encaixam
automaticamente quando ligado de o que é muito impressionante. muito bem para materiais de orquestra,
novo. Sem nenhum filtro selecionado, a O ruído de entrada equivalente também coro e jazz que eu curto gravar em
resposta é flat para 12Hz (-0,1dB). apresenta ‘louváveis’ -128dBu medidos com eventos externos. Existem diferenças de
Não existe nenhuma opção de seleção uma resposta flat, e excelentes -130,5dB personalidade muito sutis entre o VSR5
de pad, mas o nível de entrada máxima quando medidos com uma resposta e os meus próprios pré-amplificadores
é +25,4dBu (com o controle de ganho A-weighted. Os dois valores foram obtidos ultra limpos GML 8304 e AEA TRP, mas
configurado para zero), que deve acomodar usando um teste da Audio Precision todos eles são bastante autênticos, mesmo
a mais alta das entradas de microfone, de configurado com 60dB de ganho sintonizado quando trabalhando com microfones de
maneira bastante confortável. ao VSR5 e uma fonte de 200Ω. (A maioria fita. Também vale a pena notar que os três
dos fabricantes europeus trabalha com pré-amplificadores não têm transformador.
Performance uma fonte nominal de 200Ω, enquanto que A impedância de entrada mais alta do que
As especificações técnicas para o fabricantes americanos preferem uma fonte o normal do VSR5 é uma vantagem positiva
VSR5 são uma leitura impressionante de 150Ω , a segunda dando um valor EIN para microfones de fita passivos, e o pré-
e às vezes incomum. A impedância da cerca de 1dB mais baixo). amplificador Schoeps responde de maneira
entrada de microfone, por exemplo, A resposta da frequência do VSR5 parecida ao AEA TRP neste aspecto, mas
é surpreendentemente alta, em quase se estende entre 12Hz e 90kHz em uma o TRP realmente tem um fator ‘larger than
10Ω. Existe uma tendência crescente por janela de ±0,1dB e 2,5Hz para 400kHz com life’ (maior que o real) um pouco mais
impedâncias de entrada mais altas em uma janela de ±3dB, segundo a própria pronunciado do que o VSR5. Os filtros high-
pré-amplificadores de microfone: muitos empresa. O delay do grupo apresentado pass comutáveis são muito bem bolados,
designs da Rupert Neve clássicos usavam pelos filtros high-pass é moderado e para slopes e opções de frequência
entradas de mais de 5Ω, e agora muitos organizado, mas eu estou um pouco de retorno, permitindo que barulhos
pré-amplificadores têm pelo menos uma confuso sobre porque o filtro de 40Hz indesejados de LF sejam suavizados de
opção de impedância mais alta. Não faz deve ter uma forma diferente dos outros maneira firme, mas discreta.
uma diferença enorme para microfones filtros. Isto não é um problema de maneira Falando em gravação em eventos
capacitores modernos sem transformador, alguma, já que o som não é notavelmente externos, a meticulosa atenção da Schoeps
66 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
para imunidade à frequências de rádio torna o VSR5 uma escolha
excelente, tirando esta preocupação da longa lista de possíveis
armadilhas que podem infestar locais de gravação desconhecidos.
Embora o ganho máximo de 60dB do VSR5 possa ser questionado
como um pouco baixo para técnicas de microfonação distante em
microfones de fita, ele é perfeitamente adequado para aplicações
próximas de microfones de fita, e mais do que confortável ao
trabalhar com os próprios microfones capacitores da Schoeps
(e também da maioria dos outros fabricantes, é claro), que são
geralmente agraciados com níveis de saída bastante ‘saudáveis’, de
qualquer maneira.
$ US$ 3.359*
T Visom (21) 3323-3300
E paulo@visomdigital.com.br
W www.visomequipamentos.com
W www.schoeps.de
! * consulte o box ‘preços referenciais’ na pág. 3
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COMPETITION
Ganhe microfone
de fita Samson VR88
I
niciada praticamente no mesmo período O VR88 possui acabamento em folha
que a SOS, a Samson, fundada há de alumínio ondulado e fita suspensa com
26 anos, é uma companhia marcada intensa área de Neodímio que produz
pelo intuito inovador. No início, produzia resposta sonora natural, quente e suave em
apenas microfones e hoje oferece soluções todas as frequências. Este microfone combina
completas em áudio. a suavidade da clássica tecnologia de fita com
Atualmente tem mais de 300 produtos a versatilid ade da eletrônica envolvida nos
diferentes e está presente em mais de 100 mais avançados sistemas de amplificação de
países em todo o mundo! microfones condensadores.
Com o passar dos anos, a Samson
revolucionou o mercado dos microfones com
Ele opera com Phantom Power padrão
de 48-volts, o que permite uma saída alta,
Valor
o desenvolvimento de projetos arrojados
como a integração de filtros de redução de
compatível com qualquer pré-amplificador de
microfone. Ao contrário dos antigos microfones R$ 3.000
ruídos, microfones sem fio sintetizados com de fita, não há necessidade de se preocupar
frequências selecionáveis, o primeiro receiver com combinação de impedâncias, nem com a
“rack mount”, design e tecnologia acessível perda de sinal dos cabos mais longos.
para microfones UHF para as mais diversas O VR88 é capaz de suportar altos níveis
aplicações, além de outras inovações. de pressão sonora, sendo assim ideal
No Brasil, ela é distribuída pela Equipo, para a captação de vocais, instrumentos
uma empresa jovem, constituída por visão, acústicos e também vários amplificadores
equipe e resultados. Tem como missão de guitarra em volume máximo.
contribuir para o desenvolvimento do T 11. 2199-2999
mercado da música, disponibilizando soluções W www.equipo.com.br
de qualidade e tecnologia nos mais diversos
segmentos da produção musical. Para participar, basta escrever uma frase deste Competiton (veja no formulário). Todas as
e responder nosso Quiz!. Em seguida envie o informações devem ser preenchidas para garantir
A Equipo orgulha-se por ser uma empresa material pelo correio, para a redação da Sound sua participação.
focada em viabilizar o acesso dos músicos On Sound. A cada mês a Sound On Sound, com apoio de
e profissionais brasileiros a instrumentos Outra alternativa é acessar o nosso site (www. seus parceiros, realiza o Competition. Acompanhe
e equipamentos de alta qualidade e soundonsound.com.br) e preencher o cadastro e participe! Você pode ser o próximo premiado.
online. Não esqueça de colocar nome completo, As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de
desempenho e, por isso, cede para os leitores
endereço e um número de telefone e código dezembro. Boa sorte!
da Sound On Sound, o microfone VR88.
PERGUNTAS
68 November 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m
TESTE
Manikin Electronic
Memotron para rack
GORDON REID
Módulo de som Mellotron
O
que você queria quando tinha 17
anos? Ah, aquilo. Claro. Mas o que Se você quer os sons Manikin Electronic
eu queria, o que eu queria muito,
muito (além de zig a zig ah, como as Spice do Mellotron em uma Memotron Rack
Girls) era um Mellotron que eu pudesse
unidade de rack, só US$ 1.399*
carregar por aí em uma mochila da Tesco.
PRÓS
Agora, três décadas depois, em um mundo existe uma opção: o • Uma emulação respeitável do Mellotron.
cheio de sintetizadores via software e
samples do Mellotron, ainda existe lugar Memotron Rack... • Bastante conveniente, claro.
• Dobra o número de tracks oferecidos pelo
para um módulo que não faz nada além de teclado Memotron.
recriar os sons de um instrumento que caiu Ao contrário da versão em teclado, não • Capaz de criar setups de multi-timbres
bastante flexíveis.
bastante em desuso, três décadas atrás? existe nenhum controle de contraste
• Uma fonte de energia adequada... Uh-hu!
Vamos descobrir. para a tela. Da mesma forma, não existe • Eu cheguei a comentar como ele é conveniente?
nenhum controle físico de timbre, nenhum
Apresentando o Rack controle físico de meia velocidade (half- CONTRAS
Ao contrário do teclado Memotron, speed) e também nenhum knob para • Embora simples de usar, um sistema de
edição um pouco complicado.
que apresenta um lindo acabamento mixar os sons, mas, como vamos ver, estas
• O Compact Flash está se transformando em
envernizado, o Rack tem pintura funções estão disponíveis através dos um meio de armazenamento ultrapassado.
eletrostática a pó. Ainda parece legal, MIDI Continuous Controllers.
mas este tipo de pintura é propenso a As entradas e saídas são simples. RESUMO
descascar, então exigirá cuidado para Existe um ‘buraco’ na parte de trás para Ninguém mais teve a coragem de colocar o
mítico ‘Mellotron digital’ em produção, mas a
continuar em perfeito estado. O hardware um cabo de energia principal (IEC) que Manikin Electronic agora o fez, com sucesso
de controle em si parece robusto, mas é passa por uma fonte de energia 110/240V em formatos tanto de rackmount quanto de
mínimo, incluindo um controle de volume, de 50/60Hz. Ótimo! Os outros ‘buracos’ teclado. O Rack vai ser bastante atraente
um knob para entrada de dados, um incluem duas saídas de áudio P10, além para músicos que queiram um meio direto e
simples de tocar sons do Mellotron, seja no
botão de escape, um grande botão de de MIDI In e Thru. Na frente, tem uma
palco ou no estúdio.
on/off e uma telinha de 4x20 caracteres. conexão para fones de ouvido estéreo e
70 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
(mas não do M-Tron
Pro) nele. Você faz Efeitos
isso as copiando
Como o teclado Memotron, o Rack
diretamente dos oferece 15 presets de efeitos. Infelizmente,
CDs originais para o você não pode fazer mais com eles do
cartão CF, o que soa que selecionar o efeito desejado da lista,
bastante direto, mas escolher se ele está on ou off e determinar
pode não ser, como a quantidade de sinal com efeito na saída.
Além disso, os efeitos são sempre estéreos
eu descobri. O meu
e centrados no campo estéreo, então eles
MacBook não tem um estragam qualquer panning dos tracks,
slot de CF, enquanto principalmente se você usou bastante pan
que o meu G4 mais neles para serem apresentados só na saída
antigo (e aposentado esquerda ou direita. Se você estivesse usando
faz tempo) só aceita o Memotron Rack no palco e precisasse de
cartões PCMCIA. um pouco de reverb ou delay para adicionar
ambiência, eles seriam adequados. Caso
Felizmente, eu tinha
contrário, eu iria ignorá-los.
um adaptador de
PCMCIA para CF
na parte de trás do e voicing, permitindo assim que usuários
meu Roland Fantom, evocassem setups completos em uma
então eu o peguei, operação única. Felizmente, este conceito
ressuscitei o G4 e foi implementado de forma ampliada no
transferi os arquivos Rack, mas o nome Frame foi abandonado
com sucesso. Para ser em nome do ‘Multi’, mais comum, o que
honesto, está na hora eu acho que foi bom.
da Manikin pensar Eu resolvi testar o Rack recriando meu
seriamente em uma Mellotron MkI (o que eu dei a troco de
memória USB. nada nos anos 1980 e que agora vale mais
O Memotron Rack do que um Porsche). Eu fiz isso carregando
oferece seis slots de o Combined Brass, órgão Hammond e
memória (chamados coral de oito vozes em tracks A, B e C,
‘tracks’) em vez dos e os ‘3 violinos’ do MkII, 15-Voice Choir
outro que recebe um cartão de memória três no teclado, e depois de carregar um e Church Organ em tracks D, E e F. Eu
Compact Flash (CF); sem ele, nada som em qualquer um deles, você pode configurei o canal MIDI de cada para
acontece. Isto porque, carecendo de customizá-lo selecionando o canal MIDI ‘1’, transpus a posição (não o pitch) do
qualquer forma de memória interna não- para o qual ele vai responder, sua posição primeiro grupo para uma oitava abaixo e
volátil, o Memotron Rack está vazio quando no teclado, a variação da nota para a qual transpus a posição do segundo grupo para
é ligado e você precisa carregar um ou ele vai responder, seu volume relativo, duas oitavas acima para que ficassem lado
mais conjuntos de samples antes que ele seus tempos de attack e release, seu pan, a lado em um teclado controlador de 76
faça um som. Mas, ao contrário do teclado, se ele responde a MIDI velocity e se ele é notas. Depois eu apliquei o pan para os
não tem nenhum drive de CD, então a sobreposto com outros sons ocupando as dois grupos bem para a esquerda e direita
única maneira de fazer isso é a partir de um mesmas teclas, ou se é mixado de maneira e configurei a função Mix (controlado por
cartão CF. Felizmente, a Manikin fornece semelhante a mover os cabeçotes da fita MIDI CC#1) para que eu pudesse mixar
um cartão de 4GB com o Rack, e além em um Mellotron. A escolha de seis tracks, os dois grupos conforme faria no antigo
de conter as coleções Vintage e Studio saídas duplas, panning e mixagem não monstro... se isso fosse possível. O Rack
da empresa, ele proporciona um espaço é por acaso; ela permite a você recriar só oferece três posições de mixagem (A,
amplo para bibliotecas adicionais. setups quase idênticos a um Mellotron MkI B e C) para os seis tracks, então você não
ou MkII, o tornando ideal para todos os pode usar este método para misturar, por
Em uso seus tributos ‘Watcher Of The Skies’. exemplo, tracks A e B enquanto ao mesmo
Eu cobri a operação do Memotron e a Quando eu revisei o teclado Memotron, tempo mistura os tracks E e F (Bom, isto
origem dos seus sons quando revisei o eu notei que era chato ter de carregar não é muito verdade. Você pode, mas aí
teclado na edição da SOS de setembro de os seus tracks individualmente e depois você bagunça as outras combinações).
2009, então não vou repetir tudo aqui. Mas configurar todos os parâmetros de Apesar desta inconveniência, os resultados
uma coisa precisa ser repetida: apesar de voicing toda vez que eu queria usá-lo. foram mágicos!
ser criada pela pessoa que forneceu muitos Na época, a Manikin Electronic prometia Agora era hora de experimentar com um
dos sons para o M-Ton Pro da GMedia, a que isso se tornaria uma coisa do passado pouco de controle MIDI. Como esperado,
biblioteca do Memotron não é a mesma e quando os ‘Frames’ (semelhante aos CC#7 controla o volume de quaisquer tracks
o Rack não é uma implementação hardware frames de fita física do Mellotron M400) no canal MIDI escolhido, e CC#74 (corte do
do software de sintetizador. Mesmo assim, é foram apresentados no OS versão 1.3. filtro), controla o seu tom, demonstrando
compatível com o formato de arquivo .CPT Eles incluíam as informações sobre quais que o filtro passivo de 12dB/oitava foi
mais antigo da GMedia, o que significa que sons eram carregados em quais tracks e mantido apesar da falta de um controle no
você pode carregar bibliotecas do M-Tron quais eram os seus parâmetros de MIDI painel frontal, enquanto que qualquer valor
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 71
TESTE
MANIKIN ELECTRONIC MEMOTRON RACK
além de zero em CC#12 muda os tracks não é uma operação que alguém vai aparelho bastante poderoso como o
naquele canal para metade da velocidade. precisar fazer com muita frequência e, Roland Fantom XR e Yamaha Motif Rack
A maioria dos teclados controladores usando o meu ‘MkI’ como template, XS custam pouco mais. A resposta, é
MIDI e estações de trabalho modernas eu programei setups subsequentes claro, é que você não pode justificar um
acomodarão isso com facilidade. muito mais rapidamente. Estes incluem instrumento especializado como o Rack
Tendo passado algumas semanas com todos os tipos de Mellotrons que jamais nos fundamentos de preço/performance,
o teclado Memotron, eu já estava adepto existiram, como um novo ‘GR Special’ assim como um EP200, um Pianet N, um
a programar o Rack, mas configurar manual triplo e outros com combinações Compact Duo ou qualquer outro de vários
o Multi, demorou uns 20 frustrantes estranhas de camadas, divisões e instrumentos que fazem pouco, mas mesmo
O painel traseiro do Memotron Rack é uma questão simples, apresentando só um par de saídas de áudio, I/O MIDI e a entrada do cabo de energia
minutos. Isto não foi uma consequência mixagens. Eu também experimentei assim fazem exatamente o que você quer.
da complexidade do que eu estava com a sensibilidade da velocity. Isso É claro, existe uma diferença enorme
tentando, e sim do sistema operacional só afeta o volume de cada nota, mas entre um Memotron Rack e os produtos
de ‘carregar som, encontrar parâmetro, eu achei uma otimização excelente, que eu acabei de mencionar; o Rack não
ajustar parâmetro, mudar som, encontrar embora historicamente imprecisa. é o original reverenciado, é uma cópia
parâmetros que mudaram com ele, ajustar Muitos anos atrás, eu escrevi um track digital, mas não é só uma cópia, é uma
parâmetros de novo...’. Eu desconfio pra um álbum tributo ao Mellotron e, que permite a você ampliar o paradigma
que podia ter conseguido o mesmo Nick Magnus (que foi o engenheiro e do Mellotron e criar conjuntos expressivos
em um editor baseado em computador produtor) selecionou samples de fitas e setups de multitimbres que eram sonhos
ou uma estação de trabalho decente ‘obscuras’ como pianos e guitarras que impossíveis quando os instrumentos
em um ou dois minutos. Felizmente, depois eu toquei com sensibilidade de originais eram produzidos. Ele não soa
velocity. Quando o CD foi lançado, os indistinguível de um Mellotron e, como
Alternativas puristas ou não reconheciam os sons o teclado Memotron, não recria a leve
Depende de como você olha para ele, do Melotron ou gritavam ‘falta’, mas eu sensibilidade à pressão do original,
existem muitas alternativas para o Memotron
adorei os resultados novos e expressivos nem apresenta aquela ‘queda’ do pitch
Rack ou, não existe nenhuma. Os patches
do Mellotron baseados em PCM em que podiam ser obtidos. O Rack alcança quando você toca um punhado de notas
modernas estações de trabalho, podem ter os mesmos resultados com uma fração simultaneamente, nem falha quando você
um uso bastante amplo, mas nenhum exibe minúscula do esforço. Excelente! Se toca rápido demais. Mas eu nunca vi estes
os ‘defeitos’ característicos do original e
poucos, se algum, ‘travam’ depois de oito
existe uma limitação no Rack, é que ele efeitos colaterais como vantagens. Mais
segundos. Se as suas necessidades são não pode carregar novos sons ou Multis propriamente, eles eram defeitos a serem
mais precisas, uma estação de trabalho usando comandos MIDI. De um ponto superados, então eu não lamento por eles
ou sampler moderno como um Roland
de vista da engenharia, isto faz bastante terem sumido. Em resumo, o Rack fornece
Fantom ou Korg OASYS vai hospedar os
samples e oferecer a polifonia que você sentido, mas é uma pena mesmo assim. uma emulação mais do que respeitável do
precisa para reproduzir uma biblioteca do Mellotron e poucos ouvintes vão notar a
Mellotron. Você também pode recorrer Conclusão diferença se você usar um, se é e que vão
aos sintetizadores software M-Tron Pro
Tocar o Memotron Rack parece tocar um notar. Mas os seus roadies e técnicos vão,
ou M-Tron da G-Media, que são legais no
estúdio, mas talvez menos convenientes no Mellotron? É claro que não. As modernas e as únicas pessoas que provavelmente
palco. Mas se você quiser um equipamento estruturas dos teclados, em nada se vão ficar irritadas são o contador e o
de rack simples, dedicado a não fazer nada parecem com as antigas estruturas, dono do centro de manutenção que vem
além de reproduzir sons autênticos do
então talvez você precisa se concentrar mantendo o seu Mellotron vivo. Se –
Mellotron, não existe nenhuma concorrência.
um pouco para tocar os sons da mesma como eu – você ainda curte a ideia de um
maneira que tocaria no original. Isso MkII que você possa carregar por aí em
importa? Bom, se sim, provavelmente o uma mochila da Tesco, os seus sonhos
Rack não é para você. foram atendidos.
Uma questão mais pertinente é
como um player de samples dedicado
$ US$ 1399*
de um aparelho pode exigir um preço
W www.manikin-electronic.com
de aproximadamente £950 quando ! * consulte o box ‘preços referenciais’ na pág. 3
sintetizadores de samples de um
72 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
TESTE
Roland TD20SX
Kit de bateria eletrônica
O TD20KX é o kit de bateria eletrônica carro-chefe da Roland – mas
como ele se compara com concorrentes do mesmo tamanho?
MARK GORDON tom-tom são, de novo, peças importantes através de anéis isolantes de borracha
da estrutura, e usam um sistema padrão de nos vários pontos onde o sistema se
A
o longo dos anos, a Roland se conector e esfera para permitir que os pads conecta. Pequenos clipes pretos de cabos
tornou quase sinônimo de produtos sejam facilmente posicionados exatamente encaixados em cada braço do tom-tom e
inovadores de percussão e bateria, onde você os quer. Isso funciona muito bem pedestal do prato, ajudam a manter tudo
desde baterias eletrônicas que viraram e dá ao sistema inteiro uma sensação legal e organizado, e os cabos
ícones como as CR78, TR808 e TR909 até bastante sólida – embora, em prateados ajudam a unir
o Octapad e SPDs. Depois de algumas minha opinião, o sistema de tudo. Esta é uma solução
incursões, inicialmente com menos sucesso, rack hexagonal(hex-rack) bastante elegante para
no mercado de kits de bateria eletrônica, o empregado no sistema os problemas óbvios de
ano de 1997 viu a apresentação do sistema Yamaha DTX pareça se cabeamento que um
V-Drum, que desde então entrou para este encaixar mais para um kit eletrônico sempre
grupo celebrados. kit neste nível e faixa de terá sobre um acústico,
O kit top no extenso conjunto V-Drum preço. mesmo tendo sido um
da Roland é o TD20KX, que com certeza O conjunto de cabos pouquinho apertado colocar
impressiona com os seus cinco V-pads que conecta os pads
apresentando ‘bases’ de armação ao módulo, se encaixa
intercambiáveis, novo V-Kick significativo e certinho dentro do rack
novos V-Hi-Hat e V-Cymbals prateados. A e pode ser acessado
geração do som fica por conta do poderoso
módulo TD20X.
O Hardware
Este é um kit de seis baterias composto
por dois tom-tons de rack de 10
polegadas, dois tom-tons de
rack de 12 polegdas e uma
caixa de 12 polegadas e
bumbo de 14 polegadas de
livre montagem. Três pratos
são fornecidos com o kit (dois de
ataque de 14 polegadas e um de
condução de 15 polegadas), e um par
de pratos de chimbal de 12 polegadas
completa o conjunto.
O kit vem com o novo rack de bateria
MDS25, uma estrutura bastante consistente,
construída a partir de um tubo cilíndrico
de cromo e montada com braçadeiras
de alumínio escovado. Cinco braçadeiras
parecidas são fornecidas para prender os
braços do prato e tom-tons ao rack. Quem
estiver contando perceberá que não são
braçadeiras suficientes para braços de três
pratos e quatro tom-tons. Isso é porque
dois dos braços dos pratos ou tom-tons
(dependendo de como você escolher
montar o kit) são montados diretamente
nas pernas do rack. Os próprios braços do
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O pad de caixa PD25XS apresenta uma ‘pele’ desenvolvida em
cooperação com a Remo
todos estes cabos no tubo do rack! uma pele de bateria comum, mas produz
Como eu mencionei antes, o pouquíssimo ruído acústico. As peles com
pad de bumbo, chimbal e pad camadas múltiplas podem ser ‘afinadas’
de caixa são de livre montagem, para dar exatamente a tensão que você
o que eu pessoalmente gostei quer em cada bateria, exatamente como o
bastante, já que isso permite esperado em um kit acústico real. É claro,
bastante liberdade para configurar o virar as hastes de tensão na verdade não
kit exatamente como você faria em um muda o pitch da bateria, mas eu posso
conjunto acústico. Um único ponto aonde honestamente ver isso acontecendo em
fiquei um pouco desapontado, é que o um futuro não muito distante! Todos os
TD20KX não vem com um pedestal de pads, exceto a caixa, têm acionamento
chimbal ou caixa. Eu tenho vários pedestais de zona dupla, então podem ser batidos
que seriam perfeitos para o trabalho, mas na pele ou aro (ou ambos, dando um
eu fiquei surpreso por eles não terem sido verdadeiro rim shot).
incluídos em um kit top de linha. Entretanto, Embora eles, possivelmente, não sejam
a Roland diz que isto é porque os músicos os pads mais silenciosos no mercado, as
profissionais que TD20KX tem por foco, já peles são um grande prazer de tocar, e
têm seus próprios pedestais e preferências poder ajustar a tensão de cada bateria
por pedestais. individual, traz um grau enorme de
realismo ao tocar o kit. Outro recurso
Os pads
Os pads inclusos com o kit TD20KX são
novos V-Pads da Roland, e eu diria que Roland TD20SX
eles são o mais próximo possível de R$ 24.999
um híbrido. Eles são construídos quase PRÓS
exatamente como uma bateria acústica • Toca e parece com um kit verdadeiro.
com uma armação bastante rasa. A pele • Sons fantásticos.
fica na armação e é presa no lugar por • Capacidades incríveis de edição.
um aro/arco comum, completo com haste • Eu quero um!
de tensão. Os aros têm uma cobertura de CONTRAS
borracha preta para reduzir o ruído acústico • Copie os kits antes de editá-los, já que
quando você estiver tocando rim shots. todas as mudanças são finais!
Todos os pads usam as peles da Roland • Nenhum pedestal incluso de chimbal e caixa.
que fazem parte integral das suas baterias
RESUMO
eletrônicas há muitos anos. Desenvolvidas O TD20KX realmente obscurece os limites entre
com provavelmente o fabricante de peles baterias eletrônica e acústica. Ele toca de uma
de bateria mais famoso do mundo, a maneira linda, soa incrível e oferece um nível
Remo, as peles da Roland se comportam de edição que deve satisfazer até o engenheiro
de gravação ou baterista mais exigente.
quase exatamente da mesma maneira que
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 75
TESTE
ROLAND TD20SX
Fora da caixa
Como um sistema autônomo, TD20KX é MIDI e não diretamente também pelos pads, melhores que eu já ouvi, e as suas capacidades
um equipamento realmente incrível, e suas o que resultaria em acionamento duplo. Os abrangentes de edição, meio que anulam a
capacidades de sequenciamento interno exibem tons da bateria no TD20X são acessados via necessidade de programas como BFD. Tendo
muitas possibilidades interessantes. Mas, canais um a quatro (para criar partes de apoio dito isso, tais programas realmente oferecem uma
normalmente, a maioria das pessoas usará o no sequenciador interno). Gravar no Logic é dimensão adicional, com a opção de carregar os
TD20KX com algum tipo de DAW. No meu simples, com zonas acionadoras duplas de cada seus próprios kits customizados. O BDF inclui
caso, é o Logic em um Mac. pad de pele e aro tendo o seu próprio número de vários keymaps para diferentes dispositivos
Ao contrário do módulo cérebro Yamaha nota. Com acionadores mais complexos, como o de entrada, e o TD20 está incluído na lista
DTX900, TD20KX não tem uma conexão USB chimbal, o valor e número de MIDI Controller de presets, o que significa que todas as zonas
ou comunicação direta com o computador ou também são transmitidos. É claro, o grau ao acionadoras de pads são perfeitamente mapeadas
software de sequenciamento, ele simplesmente qual você pode editar uma parte MIDI supera aos kits do BFD. Todas as variações sutis no
se conecta através de conectores padrão MIDI a edição de áudio convencional, e depois que a chimbal são replicadas pelos kits do BFD, junto
In e Out. Como os pads estão acionando os sons parte da bateria foi editada, você pode gravar os com rim shots e dinâmica de pratos. O TD20KX
localmente, você precisa garantir que o MIDI tons da bateria como áudio através das saídas junto com BDF e Logic, com certeza, cobrem
Local esteja desligado no aparelho. Isto significa separadas do TD20X. todas os pontos fundamentais ao se tratar de criar
que os sons no TD20X só são acionados via Os sons de bateria no TD20X são alguns dos tracks de bateria.
76 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
TESTE
ROLAND TD20SX
78 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
TR808 e 909. Um pouco da impressionante bumbo é batido com força.
‘caixa de truques’ do TD20X se manifesta Você pode atribuir qualquer voz (voice) O sequenciador
na forma de melodias e loops que tocam a qualquer uma das zonas acionadoras em O sequenciador interno do cérebro fornece
quando você bate em um pad, e tom-tons um pad ou prato, e além de vozes simples, 150 presets e 100 padrões de usuário e é
que mudam o pitch quando você abre e também é possível atribuir uma sequência organizado em seis ‘partes’: Drum Kit Part,
fecha o chimbal, junto com vários sons interna para qualquer um dos pads. Eles Melody Part, Bass Part, partes Backing 1 e
processados e efeitos especiais. podem ser acionados batendo no pad, o Backing 2 e uma parte Percussion. Presets
de Padrões são fornecidos, que não podem
Os 100 kits presets possivelmente seriam que realmente abre algumas possibilidades.
ser gravados por cima e simplesmente estão
suficientes para qualquer um, mas na Uma paleta abrangente de efeitos ali como demonstrações do que o TD20X é
verdade isso é só uma pequena parte de o inclui compressão e equalização, que capaz. De maneira alternativa, eles podem
que o cérebro do TD20X pode fazer. estão disponíveis para cada pad individual, ser usados como ferramentas de prática
enquanto que Ambience e Multi Effects de acompanhamento. Ao reproduzir os
Sob a tampa do TD20X são aplicados ao kit como um todo. Um presets de sequências, você pode facilmente
silenciar qualquer uma das partes, usando
O TD20X é baseado do CMOS Variable Compressor Master e EQ adicionais
a função de soft keys, e ajustar o nível das
Drum Modeling Technology da Roland também podem ser aplicados à fase final partes de percussão, de apoio e baterias
e apresenta 920 sons e instrumentos de saída de qualquer kit. O compressor, individuais, usando os faders. Ativar o
diferentes, todos podendo ser editados equalizador e efeitos múltiplos são clique ou o botão de ritmo visual que pisca
à exaustão. praticamente os esperados da Roland, com e silenciar os tracks de bateria o tornam o
Selecionar um kit e apertar o botão a seleção normal de efeitos de modulação parceiro perfeito para praticar.
Um total de 62 instrumentos de apoio
‘Inst’ leva você para um mundo de de alta qualidade, delays e distorções,
está disponível se você quiser criar os seus
materiais de armação, tipos de pele e enquanto que as configurações de
próprios tracks de apoio, embora você
opções de amortecimento que fariam Ambience permitem a você editar tipo de precise conectar um teclado MIDI ao
qualquer baterista tecno babar. Aqui você sala, tamanho e forma, junto com material TD20KX para fazer isso. Eles cobrem um
pode editar kits existentes ou construir da parede e posição do microfone. Apertar conjunto amplo de sons e são legais para
do começo, quase qualquer kit que você o botão Mixer exibe um ótimo mixer virtual criar padrões de prática, loops e sequências
conseguir imaginar. É como se alguém lhe pequeno que usa os faders e simplifica o melódicas. Um número limitado de
funções de edição está disponível, mas
desse a chave da fábrica de baterias! ajuste do nível de mandada de cada bateria
se você quiser fazer alguma outra coisa,
Conforme você bate em um pad, para Ambience e Multi Effects. sem ser uma sequência relativamente
uma imagem da bateria virtual (ou prato) A única crítica que eu tenho é que simples, eu creio que você deveria usar um
aparece no LCD. Você pode navegar parece não existir um buffer de edição. computador e DAW.
pelos 920 instrumentos presets e atribuir Passando por alguns dos parâmetros
“Você pode editar kits existentes ou construir do preço realmente reflete isso. Por R$ 24.999,
ele realmente parece caro, mas como eu já
zero qualquer kit que conseguir imaginar. É como se disse antes, um bom kit acústico com um
alguém lhe desse a chave da fábrica de baterias!” conjunto de pratos, estrutura e microfones
também não sairá por muito menos do que
um para o pad ou apertar a soft key Edit de edição, eu fiz alegremente edições isso. De fato, depois que você inserir alguns
e começar a manipular a própria bateria. aleatórias aos kits presets, sem bumbos adicionais, caixas e percussão
Os materiais da caixa variam de madeira perceber que eu os estava alterando eletrônica e acústica para as necessidades
até latão e aço, e você pode mudar a permanentemente, sem ser perguntado se mais específicas que você pode ter, seria
profundidade da bateria de uma polegada eu queria ‘salvar’ ou ‘fazer mudanças’. A fácil exceder bastante esta quantia (Existem
até inacreditáveis 20 polegadas. solução simples é apenas copiar kits presets kits alternativos da Roland e Yamaha que
Os tom-tons variam de raso a fundo, nos espaços para o usuário antes de você custam um pouco menos e podem ser mais
assim como o bumbo, e você pode até começar a editá-los. adequados às suas necessidades.; veja o
escolher peles limpas, cobertas ou risca- box ‘Alternativas’).
de-giz. O amortecimento é na forma
Conclusão Some a capacidade de criar quase
de fita gaffer virtual, ‘doughnuts’ ou O V-Drums da Roland praticamente se qualquer kit dos sonhos e colocá-lo em
até um cobertor no bumbo, todos com tornou um padrão da indústria e, tendo praticamente qualquer espaço acústico
representações gráficas na tela (quando convivido com o TD20KX durante algumas e, de repente, eu consigo me sentir com
você afina uma bateria, uma chavinha de semanas, eu posso facilmente dizer o vontade de pegar o telefone para pedir um
bateria vira!). Os pratos têm flexibilidade motivo. Ele é a coisa mais próxima de tocar empréstimo ao banco. (Este colaborador
de edição parecida. Eu me diverti bastante um kit acústico que eu já experimentei, e e a Sound On Sound não incentivam,
criando um prato de condução de 40 não seria inadequado em quase nenhum de forma alguma, que você exceda suas
polegadas completo com rivets! Se isso tipo de sessão. A lista de bateristas condições financeiras, para adquirir um
não for suficiente, você pode até variar a bem respeitados usando o TD20KX no novo equipamento, independentemente de
posição do microfone para cada bateria estúdio e ao vivo inclui artistas como Karl quanto você o queira!
e prato. Existem alguns detalhes legais Brazil, Omar Hakin e Steve White, o que
que colaboram com o realismo dos kits confirma como ele é um equipamento
acústicos, como a capacidade de fazer a verdadeiramente profissional. $ R$ 24.999.
T Roland (11) 3087-7723.
caixa ‘zunir’ quando outras baterias são Este, é claro, é o topo absoluto do
W www.roland.com.br
batidas e os tom-tons ressoarem quando o conjunto do kit V-drum da Roland, e o
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 79
D E S TA Q U E
POR DENTRO DA
MÚSICA BR
Os segredos dos engenheiros de
mixagem: Beto Neves • Ivete Sangalo
no Madison Square Garden - NY
SIMONE POLL conta do Brasil e se alastra pelo mundo.
Considerada a cantora mais popular do
F
oi em março de 2010 que Alexandre Brasil na atualidade, é líder de vendas na
Lins me convidou para gravar e mixar, indústria fonográfica nacional, arrasta uma
me falando que só um brasileiro legião de fãs por onde passa, inclusive
poderia entender o som da nossa música, em terras internacionais. Como realização
com tanta percussão e instrumentos tão de um desejo pessoal, surgiu esse mega
particulares”, conta Beto Neves, engenheiro evento de NY, que teve um público de 14,5
de mixagem do 4o DVD de Ivete Sangalo, mil pessoas e, com certeza, tem tudo para Beto Neves na unidade móvel de áudio.
gravado, ao vivo e em uma só seção, no bater novos recordes de vendas quando o Em destaque acima: foto da capa do DVD
Madison Square Garden, em NY. CD, DVD e Blu-ray do show forem lançados.
Um projeto desse porte (veja o box Afinal, não é sem motivo que o DVD mais unidade de gravação baseada em uma
Fatos & números do show) poderia incluir vendido da Universal em todo o mundo, é mesa Neve: “O primeiro passo foi a escolha
qualquer outro grande engenheiro do o último lançamento da cantora, ‘Ao vivo no da unidade móvel de gravação. Decidimos,
mercado mundial, mas a escolha de toda Maracanã’ que já ultrapassou a marca de 604 Alexandre e eu, que a unidade de gravação
a equipe de áudio, feita pessoalmente mil cópias vendidas. seria com equipamentos analógicos, mas o
pelo produtor Alexandre Lins e Ivete, foi projeto seria gravado em formato digital.
por profissionais brasileiros, familiarizados
Analógico e digital Pesquisei muitas UM (Unidades Móveis) de
com a nossa sonoridade única. O convite Como um aficionado pelo som analógico áudio nos USA com consoles analógicas
realmente não foi por acaso, Beto Neves e quase um caçador de raridades e e equipamentos fantásticos e escolhemos
carrega em sua bagagem, além dos últimos equipamentos vintage, Beto escolheu a o Silver Truck da Remote Recording, um
discos da Ivete, artistas como caminhão de 12 metros, com um console
Carlinhos Brown, Claudinha Neve VR fabricada sob medida para o
Leite, Harmonia do Samba e caminhão, que foi todo montado pela
muitos outros. Para a master, Neve. Sou apaixonado por esse console
foi escolhido o engenheiro e ele foi decisivo para a escolha desta
Carlos Freitas, da Classic UM de áudio.”
Master, com um currículo tão
extenso que fica difícil contar
Gravação multimídia
tudo aqui, mas recentemente A escolha dos equipamentos para a
masterizou DVDs de Roberto gravação foi ainda mais desafiadora, após
Carlos, Roupa Nova, uma solicitação do Alexandre Lins, que tinha
Arnaldo Antunes, além de como preocupação, não apenas a captação
tantos outros CDs, que se pura do áudio, como também a não
destacaram por seu sucesso. poluição das imagens com equipamentos,
A Ivete dispensa pedestais, cabos e tudo mais. “Alexandre
apresentações. Com uma me pediu para termos o palco o mais limpo
Acima: Beto Neves e a mesa
trajetória de muitas conquistas, Neve VR, na UM. À direita: possível, sem pedestais de microfones, para
prêmios e sucesso, que tomou Visão externa da unidade móvel não ‘sujar’ o vídeo, e que ele não gostaria
80 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
de usar biombos de acrílico separando os irmão e pelo ‘arregassar das mangas’ do essencial para o sucesso do projeto.
instrumentos. Passei, então, a fazer vários produtor musical Alexandre Lins e Fábio No dia 1 de setembro fizemos um show
testes com microfones pequenos que Almeida, produtor executivo, começou aberto ao público, que serviu como um
não precisassem de pedestais e consegui uma grande empreitada em busca de grande ensaio para a gravação do DVD. Daí,
fazer grande parte da microfonação dos fornecedores para organização da infra- foi tudo desmontado e embarcado em 19
instrumentos usando microfones DPA 4099, estrutura, equipe e a própria concepção carretas rumo a Nova York onde teríamos 2
DPA 4061, Audio Technica ATM 3550, do show. Houve uma pausa por conta da dias para montar toda a estrutura e fazer o
Sennheiser E904, que são muito pequenos crise econômica, mas em agosto de 2009, o show para a gravação”, conta Beto Neves.
e não necessitam de pedestal. As exceções trabalho começou para valer.
foram apenas no bumbo da bateria que usei As questões de logística, distância
E vai rolar a festa...
um Electrovoice RE20 e um Beyerdynamic e burocracia do processo, foram uma Com tudo pronto para a gravação do
M88; na caixa da bateria que usei 3 Audix i5, dificuldade adicional à produção, mas tudo DVD ‘Multishow ao Vivo – Ivete Sangalo no
nos over heads da bateria, 2 Neumann U87, caminhou perfeitamente para a realização Madison Square Garden’ Beto conhece a UM
no Hi hat eu usei Shure SM81 e nos amps de do evento e, embora a maior parte dos escolhida a dedo: “No dia 3 de setembro,
guitarra que usei 2 Royer R121. profissionais tenha sido contratada nos véspera do show, fui ao encontro do meu
Para a captação da ambiência, foram EUA e Inglaterra, pela facilidade de apoio, amigo Carlos Freitas, que havia ido a Nova
usados 16 mics shotgun curtos, médios e logística e pelo seu grande know-how York para acompanhar a gravação do projeto
longos espalhados pela arena. Quanto ao no show business, uma grande equipe que mais tarde iria masterizar. Foi quando
não uso dos biombos de acrílico, fizemos de profissionais brasileiros (perto de 100 entramos pela primeira vez na Remote
uma disposição dos instrumentos no palco pessoas), mostrou o talento, carisma e brilho Recording. Fomos muito bem recebidos pelos
de forma que diminuíssem os problemas de como a equipe de áudio do evento. “No engenheiros Phill Gitomer e Sean McClintock,
vazamento dos instrumentos de percussão dia 25 de agosto de 2010 toda a equipe que fizeram todos os testes dos equipamentos
nas vozes e colocamos os amps de guitarra embarcou para a cidade de Worcester antes que eu assumisse o controle e tudo
atrás do palco pelo mesmo motivo.” nos USA, essa cidade fica a 30 minutos de funcionou perfeitamente. Nesse dia, pudemos
Boston e lá foi alugada uma Arena com passar o som dos instrumentos e preparar
Ouvindo de longe dimensões próximas às do Madison. Ficamos todos os detalhes de sincronia. Usamos como
Um detalhe importante da gravação, é por 6 dias montando toda a estrutura do plataforma de gravação 2 sistemas Pro Tools
que a arena do Madison fica no quinto show, palco, luz, som, com toda a equipe HD3 com 96 canais de I/O cada, sendo o
andar do edifício, o que naturalmente de produção, áudio, banda e a própria sistema principal com interfaces Apogee
apresentaria uma dificuldade a mais para Ivete. Nesse período podíamos ensaiar ADx16 e DAx16 e o sistema de backup com
‘conectar’ o caminhão (UM), ao show. durante o tempo necessário para preparar interfaces Digidesign 192. Para a sincronia dos
Um sinal transmitido por 400 metros de todos os detalhes, então pude fazer meus 2 sistemas, era usado um Apogee BigBen,
cabo, poderia gerar uma degradação últimos testes de microfonação e gravava que recebia um sinal de Black burst da UM
de sua qualidade. Para evitar isso, mais todos os ensaios através da mesa de PA de vídeo e convertia em word clock para
equipamentos e engenheiros foram em multitrack, depois ia para o hotel e duas Digidesign Sync I/O, uma em cada
necessários. “A solução do problema ouvia tudo para ver se a captação estava sistema, que também recebia um LTC da UM
foi dada pela própria equipe da Remote ficando como planejado. Toda a equipe de vídeo. No dia 4, dia do show, pudemos
Recording. Foram colocados 96 prés em ficou hospedada em um hotel a 50 metros fazer um ensaio geral com a banda, sem a
cima do palco, que eram transmitidos da arena onde fazíamos todas as refeições e Ivete, para ajustarmos detalhes do áudio
como sinal de linha para o caminhão, passávamos o dia trabalhando e interagindo e do vídeo. Usei, basicamente, a EQ e
onde eu podia equalizar tudo na Neve e muito. Tenho certeza de que esse período foi os dinâmicos da Neve, com exceção das
insertar o que quisesse antes de ir para
os gravadores. A Remote Recording
já havia trabalhado assim no DVD
do artista Michael Bublé, no próprio
Madison, por isso tinham certeza do
sucesso e não erraram. A equipe é
realmente extraordinária.
Os prés escolhidos para a gravação
foram 16 canais de prés API 212L para
vozes, baixo, guitarra, sopros, backs
e convidados, 48 canais de Millenia
HV-3 para instrumentos de percussão e
bateria e 32 canais de Aphex 1788 para
teclados e ambiência.”
Where it begins
A idealização do show começou em 2008,
com uma idéia de Ivete de fazer o show
em NY, animada após assistir um grande
espetáculo no Madison Square Garden.
Apoiada pelo empreendedorismo de seu Sessão final do Pro Tools para a master do DVD contendo as mixagens 2.0 e 5.1
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 81
D E S TA Q U E
POR DENTRO DA MÚSICA BR
vozes da Ivete e dos convidados, que usei separou as sessões por música e limpou os
compressores Urei 1176, no bumbo e nas vazamentos indesejáveis dos canais.
caixas que usei compressores Empirical Alguns dias depois da gravação, no dia
Labs Distressor, nos over heads foi um 12 de setembro, dei inicio às mixagens no
Urei 1178, no baixo, o Tubetech CL1B, estúdio Mina, de propriedade do produtor
nas guitarras um Tubetech LCA-2A e em Alexandre Lins, uma sala de mixagem
alguns instrumentos de percussão eu usei maravilhosa projetada pela WSDG, por
compressores Urei LA2A. Como não havia Renato Cipriano (saiba mais no box ‘O’
necessidade de transmissão do áudio, home studio).”
apenas para a unidade de vídeo, optei
por mixar o PGM sem nenhum efeito que Bumbo e baixo: equalizadores e
pudesse mascarar algum problema ou compressores analógicos Daking
ruído em algum canal. Às 20h15 começou “Essa música tem um estilo ‘samba
o show que teve duração de 2 horas e funk’, com as influências da percussão
40 minutos e transcorreu sem nenhum baiana e um belíssimo arranjo de metais.
problema. Todo o equipamento funcionou Nela eu utilizei, no bumbo e no baixo,
perfeitamente e, às 2h da manhã, voltamos equalizadores e compressores analógicos
andando para o hotel, com caixas de HD Daking, com o attack lento e o release
em uma mão, uma lata de cerveja na outra rápido, valorizando as baixas frequências
e o sentimento de dever cumprido.” desses instrumentos.”
82 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
escutou a master para garantir total
qualidade – “fiz muitas provas de O ‘som do Madison’
Masterização e ouvi em muitos lugares, Para recriar na mixagem a ambiência do
e enviava ao Beto por Digidelivery, que Madison, Beto Neves foi a uma loja de DVDs
junto com o Alexandre avaliava e fazia e comprou todos os shows que encontrou,
recalls na mixagem e me mandava de gravados nesta arena histórica! Ouviu durante
novo até chegarmos a um conceito horas e horas e, finalmente, encontrou o ‘som
do Madison’! Para ouvir o resultado, consulte
final de masterização. Foram 5 dias de
os arquivos de áudio antes e depois pelo
trabalho masterizando música a música link: http://www.soundonsound.com.br/
e como já havíamos feito muitos conteudo/2010/novembro/madison
testes de masterização, o conceito
já estava pronto e a Masterização foi compressor Variable MU da Manley com
bem mais tranquila. ataques e releases bem lentos para timbrar
Primeiro eu masterizei o CD e bem os graves e por último usei o limiter
Correções feitas na voz da Ivete com o plug-in
Renaissance Equalizer depois, utilizando exatamente o mesmo SLAM para criar meu ‘brickwall’.
set up, fiz o DVD.” Fiz ainda pequenos ajustes de
hora. Após as mixagens já aprovadas pelo equalização já no ambiente digital no TC
produtor, a Ivete veio, ouviu as mixagens 6000 e o CD gravei no Soundblade, da Sonic
e fez poucas observações, que foram Studios, e o DVD no próprio Pro Tools.”
atendidas também na hora. Depois das Mas isso não era tudo, ainda foi feita a
mixagens aprovadas pelo produtor e pela etapa de autoração do DVD: “Depois desse
artista, pude me dedicar a fazer o 5.1 e no processo de masterização do áudio, eu fiz
dia 28 de outubro embarcamos com todas as todo o sincronismo do áudio com vídeo e
mixagens rumo a Classic Master em SP, onde depois os encodes do Dolby 5.1.
o Carlos Freitas nos esperava para fazer Depois de autorado, fiz a checagem
um maravilhoso trabalho, mas aí já é outra final do áudio 2.0 e 5.1 do Show, dos
estória, que ele pode contar bem melhor.” extras e making Off.”
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 83
TESTE
Miroslav Vitous
String Ensembles
Biblioteca de
samples
A marca Vitous tem
uma ótima reputação
no mundo dos
samples orquestrais.
Será que esta nova
biblioteca da marca
corresponde às
expectativas?
DAVID RICARD
84 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
de edição muito poderosos na sua seção
Necessidades de sistema: Pro Edit, além de opções flexíveis de Especificações do teste
direcionamento e mixagem. Sua interface • Apple Logic 9.1.1 (modo de 32 bits).
• Mac: PowerMac G4 ou Intel Mac de básica é parecida com a do Kontakt da NI, • Mac Dual Quad-Core Intel Xenon (2x2,8 GHz),
1GHz, 512MB de memória RAM, Mac 6GB de memória RAM, Mac OS 10.5.7.
o que o fez parecer ser familiar o suficiente
OS 10.4 ou superior, 6GB de espaço livre
para deixar o uso do Engine confortável logo
de HD, drive de DVD. Recomendado:
PowerMac G5 ou Intel Mac de 1,8GHz, de cara. Ele roda em modos tanto autônomo tons contêm a maioria das articulações
1GB de memória RAM. quanto de plug-in VST, RTAS e AU. básicas necessárias para composição de
• PC: Pentium/Athlon XP de 1,4GHz, Eu preciso admitir que fiquei um pouco cordas: legato, detache, up/down bow,
512MB de memória RAM, Windows confuso com esta biblioteca logo que ela vibrato, tremolo, sforzato, sul ponticello e etc.
XP/Vista, 6GB de espaço livre de HD, chegou. Por que uma biblioteca de cordas Embora a página Quick Edit do player do
drive de DVD.
ostentaria o subtítulo de ‘Composer’s Dream’? Engine forneça algumas opções para mudar
• Recomendado: Pentium IV/Athlon XP
de 3GHz, 1GB de memória RAM. Eu não passei muito tempo pensando nisso o pitch do reverb e variação dinâmica, eu
e me joguei nos patches. Grande erro. Existe achei que a articulação e dinâmica corretas
Chamber Ensemble (14 violinos, oito violas, um conceito por trás da SE e ele precisa ser estavam selecionadas, com necessidade de
cinco violoncelos e quatro baixos). Várias entendido. O manual, escrito pelo próprio pouquíssimas alterações.
articulações e abordagens são fornecidas Miroslav (para o bem ou para o mal), é uma
para cada grupo de instrumentos. leitura essencial, se você quiser compreender
Em uso
o potencial da biblioteca. A ideia básica é Colocar a SE em funcionamento foi bastante
Interface conhecida que os samples devem ser usados como simples. O layout familiar da interface e a
A instalação não apresentou nenhum performances, ao contrário de dados organização eficiente dos patches tornam a
problema, então em questão de minutos eu brutos manipulados para soar naturais. Esta String Ensembles uma biblioteca de samples
estava cara a cara com a interface. Como eu abordagem garante que o resultado final seja muito fácil de usar.
mencionei antes, a SE usa o plug-in de player o mais orgânico possível. Eu esperava que o som fosse
de samples Best Service’s Engine (equipado A outra filosofia por trás da SE, e um dos extraordinário e não me decepcionei. O
com Yellow Tools Technology) para fazer seus maiores pontos fortes, tem a ver com detalhe que foi capturado para dar o som
interface com a biblioteca. O Engine, embora a maneira com que ela deve ser tocada. mais natural às ‘performances’ é evidente. Por
não seja tão onipresente quanto alguns plug- Embora diversas articulações estejam outro lado, a falta de possibilidade de ajustes,
ins de player de samples, é um equipamento disponíveis como patches separados, os deixa o compositor um pouco abandonado
robusto de software que contém recursos patches básicos de mudanças grandes de às vezes. Por exemplo, os crescendos são
TESTE
MIROSLAV VITOUS STRING ENSEMBLES
86 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
TESTE
Olympus LS5
Gravador estéreo portátil
O
LS10 da Olympus, lançado em 2008, foi a sua
primeira investida nos gravadores estéreo de bolso
do tipo que seria útil para os leitores da SOS.
Com excelente design e fabricação, combinados em uma
interface de usuário bem bolada e com boa qualidade de
som, ele foi um sucesso imediato e bem merecido.
Desde então, o LS10 foi substituído pelo LS11, que
incorpora várias melhorias menores, mas, de maneira
especial, um aumento na quantidade de armazenamento
interno de 2GB para 8GB. Enquanto isso, o mais novo
produto a entrar nesta linha é o LS5, mais acessível.
DAV Electronics DI + Re-amp Avaliar o LS5 me dá uma forte sensação de déja vu,
Caixa de DI e re-amping porque em quase todos aspectos ele é idêntico ao LS10 –
fora a adição de alguns recursos novos, que talvez façam
N
ão é legal quando um fabricante corta as frescuras e simplesmente dele o único produto de custo mais baixo na história a ser,
entrega algo que é robusto e faz silenciosamente o serviço, sem dúvida, melhor do que o original. O case, controles e
deixando você livre para focar em coisas mais importantes? A DAV microfones estéreo X/Y fixos, são exatamente os mesmos,
Electronics é uma empresa assim e, ao preparar seus produtos com base embora em uma cor um pouco diferente. Entretanto, ao
em projetos padronizados, eles conseguem manter os preços baixos e contrário do LS10, ele não vem como um case acolchoado
proporcionar eletrônicos de alta qualidade. como padrão. (A maioria dos compradores deve cotar esse
Eu já fiquei impressionado com os seus pré-amplificadores de microfone, opcional que é tão útil, sendo quase essencial.)
mas recentemente estive à caça de uma caixa de re-amping a preço O armazenamento do LS5 foi reduzido de novo para
acessível – então quando fiquei sabendo que eles tinham lançado uma nova, 2GB, o que ainda é mais generoso do que a maioria da
eu resolvi testá-la. Na verdade, eu decidi testar sua caixa combinada de concorrência, e pode ser ampliado por cartões SD (embora
re-amping e DI – embora eles realmente ofereçam uma caixa de re-amping eu nunca tenha sentido a necessidade com o LS10). Como
dedicada pelo mesmo preço. Não é impossível enviar uma saída de linha os seus irmãos, ele pode ser conectado a um computador via
de uma DAW ou pré-amplificador de microfone para um amplificador de USB para transferência de arquivos, mas, ao contrário do LS10
guitarra sem um recurso de re-amping dedicado: um pedal de guitarra com original, ele também pode ser usado como uma interface
um bypass isolado, ou um DI passivo em reverso, podem ser usados, por USB, permitindo a você gravar diretamente em um aplicativo
exemplo, mas embora passem pelo nível correto em um amplificador, eles de áudio no seu Mac ou PC. Mas este recurso é estritamente
não apresentam a mesma carga de captadores sonoros de uma guitarra ou de uma via – ele não aparece como uma opção de saída.
baixo – e é aí que entra o pacote de re-amp. O recurso novo mais importante, em minha opinião, é
O funcionalmente chamado DAV DI + Re-Amp inclui um transformador a capacidade de adicionar
no seu circuito de re-amping, para que ele apresente a carga certa para o pontos de referência
amplificador. Isso, por sua vez, significa menos ruído e uma resposta um para arquivos PCM,
pouco diferente do amplificador do que ao usar os aparelhos mencionados seja durante gravação
antes. O transformador inevitavelmente significa que uma caixa de re-amp ou reprodução, usando
dedicado como esta custa mais do que um DI passivo – então o preço deste o botão ‘Fn’. Apertá-
aparelho da DAV não é ruim, particularmente considerando o tamanho lo durante a gravação
relativamente pequeno do mercado comparado com o de caixas de DI. produz um clique audível,
Com estilo leve e despretensioso e uma caixa de project box de alumínio mas não desastroso –
preto, este aparelho fornece a entrada de re-amp e saída de DI, ambas você não iria querer
em conectores XLR balanceados padrão, em um lado. No outro, estão fazer isso durante um
conectores P10 para a entrada de instrumento de DI e a saída de re-amp. take, mas para demarcar
Além de um conjunto de bases parafusadas na parte inferior do aparelho, várias canções em uma
é só isso que o exterior oferece – então não deve ser nenhuma surpresa gravação ao vivo ele pode
eu ter achado o aparelho fácil de usar na prática. Como um aparelho de ser bastante útil. Outras
DI, ele soou legal, claro e transparente – o que eu espero da DAV – e adições úteis incluem a
tinha pouquíssimo ruído. Em tarefas de re-amping, bom, eu hesito em ser capacidade de mover,
repetitivo... mas ele soou claro e transparente, de novo com pouquíssimo copiar e dividir arquivos.
ruído. É claro, como esta caixa oferece recursos tanto de DI quanto de re- Existe pouca coisa para
amp no mesmo equipamento, você pode usar uma guitarra junto com o seu não gostar – e apesar de
pré-amplificador de microfone preferido ou processador externo, e passar ser muito mais barato do
o sinal resultante pelo seu amplificador de guitarra – que possivelmente dá que o LS10 original, o LS5,
ao guitarrista acesso a uma qualidade melhor de efeito e processamento. na verdade, o supera um
Realmente existe pouquíssimo mais a dizer: ele faz o que faz sem frescuras, e pouco. Agora, isso é que é
o faz muito bem. Matt Houghton progresso. Sam Inglis
$ £105*. $ £199.99*
W www.davelectronics.com W www.olympus.com
! * Consulte o box preços referenciais na pág. 3
88 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
Peavey Studio Pro M2 Pocket Amp da Palmer
Microfone condensador Pedal simulador de amplificador
O O
Studio Pro M2 da Peavey já Pocket Amp da Palmer visa eliminar a necessidade de
existe há alguns anos, mas, de um amplificador ou microfone ao tocar guitarra elétrica.
alguma maneira, não entrou Construído em um chassi compacto de alumínio corrugado,
no nosso radar, então eu achei que era ele simplesmente merece ser chamado de ‘tamanho de bolso’. Quatro
hora de testar um. Externamente, ele potenciômetros: Drive, Level, Treb e Bass, imitam aqueles que você
é um microfone de diafragma grande encontra em um amplificador. Abaixo deles estão quatro controles:
bastante convencional construído ao Amp (para selecionar o modelo), Mode (com configurações para Clean,
redor de uma cápsula de membrana Crunch e Heavy), Mic (três setups de microfones emulados disponíveis)
dupla, banhada a ouro, de uma e Gnd, uma chave de ground-lift (aterramento).
polegada e comutável entre padrões O footswitch solitário ‘Drive’, liga ou desliga a simulação do
omni, figura de oito e cardióide. Existe amplificador. No aparelho de teste, este footswitch estava bastante
uma chave low-cut, além de uma chave fraco e também muito inconsistente: ele funcionou na maioria das vezes,
(ou ‘pad’) de atenuação de -10dB no mas às vezes não fez nada, e outras mudava duas vezes com um aperto
corpo do microfone, que aumenta o – então eu não posso realmente recomendá-lo para usar no palco, a
SPL máximo, alcançando até 140dB. não ser que você fique satisfeito em deixá-lo sempre ligado. Mas esta é
A resposta da frequência da cápsula é a minha maior queixa, e no mundo mais tranquilo de um estúdio, com
citada como 30Hz a 20kHz – embora, certeza isso não chama a atenção.
como esteja ficando cada vez mais A entrada de guitarra é acompanhada por uma entrada P10
comum, não nos dizem de quantos dBs estéreo, projetada para iPods e coisas assim. As três saídas incluem um
é a resposta nestes dois pontos, então conector P10, uma saída de fone de ouvido P10 e um XLR. A primeira
sozinhos estes valores acabam não dizendo delas permite conexão para um amplificador; a segunda, um ensaio
muita coisa! Um case rígido de transporte e silencioso; e a terceira, a conexão para uma entrada de microfone. A
um pedestal estão inclusos, mas se quiser energia vem de uma bateria de 9V ou fonte de 9V.
um shockmount para o microfone você vai Sonoramente, esta caixa é ótima: a seleção de ‘modelos’ de
precisar pagar um adicional. amplificador cobre ‘Tweed’, ‘Brit’ e ‘US’, com cada um oferecendo
Olhar dentro do microfone revela um uma quantidade diferente de distorção. O Tweed varia de limpo para
circuito solid-state discreto e uma fase estrondo moderado, o Brit de estrondo para distorção de hard rock e
de saída de transformador, e tudo é bem o US dali até sons de ganho alto do heavy metal. Existe sobreposição
montado em duas placas principais de circuito impresso. De suficiente na quantidade de distorção oferecida pelos modelos que,
maneira bastante peculiar, embora certos engenheiros tenham depois que você escolhe o seu ponto de início, você pode aproximar
apoiado este microfone no site da Peavey e comentado sobre alguns sons oferecidos pelos outros modelos, simplesmente ajustando
o seu ruído baixo, não existe nenhuma especificação de ruídos as configurações de Drive e EQ.
disponível, e a única curva de resposta que eu consegui achar A chave Mode determina tanto a quantidade de distorção que
estava marcada na caixa no tamanho aproximado de um selo pode ser aplicada, quanto o equilíbrio tonal. A variação disponível nos
de postagem. Esta mostra uma resposta nominalmente flat, controles Treble e Bass é bem escolhida, com a exceção de que algum
mas com uma curva de presença chegando a cerca de 6dB a ruído fica aparente quando o Treble é configurado mais além do que
10kHz; como é invariavelmente o caso, a curva de presença cerca de duas horas. A chave Mic apresenta mais opções: ‘Classic’
muda de posição e forma dependendo de qual padrão lembra o som de um condensador cardióide em até alguns metros
você selecionar. O gráfico também sugere que a resposta longe do gabinete; ‘Centre’ soa muito como um SM57 quase tocando
da frequência citada é medida em pontos de -3dB, que é a a grade (completo com efeito de proximidade); e ‘Off X’ soa um pouco
maneira padrão de fazer isso. menos impetuoso.
Apesar do seu pico de presença, na verdade o M2 tem um Apesar do problema com o footswitch,
som muito quente que funciona bem com qualquer cantor, o Pocket Amp me impressionou: sua
cuja voz precise de peso. Parece que o seu único defeito é enorme variedade de tons de
ser propenso a capturar vibrações de frequência baixa através amplificador é bem-
do seu corpo, então é aconselhável usar um shockmount. A vinda e, apesar de
tonalidade continua muito parecida entre os padrões, com não responder
o padrão cardióide parecendo sofrer um pouco mais do da mesma
ruído do pedestal, por algum motivo. O microfone também maneira
funciona melhor do que a maioria dos modelos capacitores ao que um
capturar guitarra elétrica: quando eu o testei nesta aplicação, amplificador
o som ressoou brilhante e com punch, mas sem o agudo real, em uma
excessivamente granulado que alguns microfones capacitores mixagem
costumam enfatizar. Com este preço, o Studio Pro M2 encara pesada, ou
uma concorrência dura, mas ele deve ganhar muitos amigos para ensaiar, ele
por sua personalidade quente e a forma como se dá bem com faz o seu trabalho muito
uma guitarra. Paul White bem. Chris Korff
$ R$ 1.500 $ US$ 95*
W www.someco.com.br | www.peavey.com W www.palmer-germany.com
! * Consulte o box preços referenciais na pág. 3
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 89
TESTE
Thermionic Culture
Little Bustard
Summing Mixer valvulado
Venha conosco, conforme levamos o novo ‘pássaro’ da Thermionic para um voo teste...
A
maioria dos fabricantes Bastard de 12 canais, o Little Bustard
‘especializados’ de equipamentos aumenta o sistema para se tornar um PRÓS
de áudio valvulados de alta mixer valvulado de 28 canais. • Personalidade de som agradável, com controle.
qualidade parece ser americana, mas a • Muito bem construído por completo.
Thermionic Culture, fabricante britânica,
Visão geral • Especificações técnicas adequadas.
devolve muito bem este equilíbrio, com O Little Bustard é um summing mixer CONTRAS
todas as tipos de compressores valvulados, valvulado de 2 unidades de rack e se • Configuração de entrada não balanceada,
prés, processadores de distorção, estende cerca de 225mm atrás das alças do pode não ser adequada a todos os
equalizadores e summing mixers – muitos rack. O painel traseiro carrega uma entrada equipamentos D-A.
• Saídas não balanceadas podem criar problemas
tendo sido revisados na SOS ao longo com fusível para o cabo de energia elétrica, de loop de terra em alguns sistemas.
dos anos. O designer Vic Keary vem um seletor de voltagem de entrada de • Relativamente caro comparado com as
construindo equipamentos de áudio 230/115V, e uma abundância de conectores alternativas.
valvulados desde os anos 1950 e é um XLR – 16 fêmeas para as entradas e dois
RESUMO
mestre bem estabelecido do gênero. Você machos para as saídas. Entretanto, apesar
O Little Bustard foi projetado primeiramente
pode ler sobre a sua vida fascinante na das aparências, todas as entradas e saídas como uma unidade de expansão para o Fat
SOS de junho de 2004. não são balanceadas, com o pino três de Bustard, e continua sua filosofia no quesito
O Little Bustard, lançado no ano todo XLR sendo ligado diretamente ao personalidade do som. Mas ele também serve
passado, é a mais nova adição à família chassi terra (junto com o pino um). extremamente bem como um mixer independente
e, embora os recursos sejam limitados, ele
da Thermionic. Este mixer valvulado de 16 Vale a pena lembrar que nem todos entrega bons resultados quando se trata da tarefa
canais pode ser usado de duas maneiras: os dispositivos de saída balanceados essencial de mixar sinais no domínio analógico
para aumentar os recursos de entrada do gostam de ter um lado ligado diretamente com personalidade e um pouco de atitude.
Fat Bastard (revisado na SOS de janeiro aterrados. Os dispositivos de saída do
90 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
Alternativas
Por um preço parecido, o Neve 8816 é um mixer
de 2 unidades de rack com 16 canais (com um
pacote de fader opcional) que oferece uma
personalidade interessante para a mix, graças à
sua topologia clássica do transformador Neve.
Ele fornece controles de nível, pan, solo e cue
(retorno), todos com recall instantâneo, além
de uma útil seção de monitoramento e um
cartão A-D opcional. O Phoenix Audio Nicerizer
é outro mixer solid-state com 16 canais, com
circuito classe A, uma saída de transformador
e um controle de amplitude estéreo. Se você
estiver procurando um aparelho valvulado, o
console M1 Tubetracker da TL Audio emprega
um caminho de sinal misto para cuidar de oito
entradas, além de interface ADAT, e fornece
o conjunto completo de recursos de um
console. Por um preço um pouco mais alto, o
Cranesong Egret (voltando mais uma vez ao
tema de pássaros!) não só fornece oito canais
de mixagem em um equipamento que pode ser
montando em um rack, como também inclui os
conversores D-A e fornece pontos de inserção
para acomodar outro periférico analógico.
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 91
TESTE
T H E R M I O N I C C U LT U R E L I T T L E B U S T A R D
Especificações técnicas
Usando o sistema de testes Audio Precision
APx525, o ganho geral pelo Little Bustard, usando
entrada 1-2 estéreo e com os atenuadores de saída
na posição zero, apresentou uma perda de 4dB,
embora a combinação de canal estivesse em 0,1dB.
A variação dinâmica (usando o padrão de medição
AES17) foi de 89dB com uma entrada de +24dBu,
e uma razão mais dentro do convencional de sinal-
ruído de 90,7dB. O Crosstalk (vazamento entre
canais) apresentou modestos -52dB.
Comparando o valor THD+N com o gráfico
de nível da saída, a distorção e o ruído combinados,
permanecem abaixo de 66dBu para todos os níveis
de entrada até cerca de zero, depois aumentando
abruptamente conforme os circuitos valvulados
ficam cada vez mais não-lineares. Para sinais
abaixo de 0dBu, os produtos de distorção são de
nível baixo e bem balanceados, sem nenhuma
Em níveis de entrada moderadamente altos (+18dBu neste caso), a personalidade do Bustard é
coloração harmônica dominante, mas conforme o
bastante influenciada por distorção harmônica secundária.
nível do sinal aumenta, uma harmonia secundária
muito clara, fica evidente até aproximadamente sinais entre 0 e +18dBu. A resposta da frequência No geral, as especificações técnicas são muito
+18dBu. Em níveis altíssimos, a distorção fica está bem em 0,5dB de 20Hz até bem acima de boas para um produto deste tipo, embora o nível
balanceada de novo e muito mais alta em nível, 30kHz. Ela diminui rapidamente abaixo de 12Hz de ruído seja inevitavelmente mais alto do que um
então o Little Bustard claramente fornece a e a combinação do canal permanece em 0,1dB em dispositivo solid-state poderia aceitar, e vale a pena
melhor personalidade de calor ao trabalhar com todo o espectro de frequências. manter os picos do sinal abaixo de +20dBu.
92 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
conversor D-A. Eles podem ser mixados
juntos no domínio analógico com um
pouco de coloração valvulada clássica,
retornando para a interface ou conversor
A-D e redigitalizados para masterização.
Neste papel, o Little Bustard se sobressai,
entregando precisamente o que é esperado:
um aquecimento valvulado sutil com
distorção harmônica secundária progressiva O painel traseiro do Little Bustard. Apesar da presença de XLRs, as entradas não são balanceadas
e musicalmente atraente, conforme os níveis — porque o designer Vic Keary acredita que esta configuração soe melhor.
ficam mais quentes.
O Little Bustard é muito bem feito e os configuradas para níveis completos (0dBFS) a personalidade mais sutil, e consegui, mas
controles parecem sólidos e confiáveis de de nada mais do que +20dBu e idealmente isso também começou a deixar o nível de
usar. A operação é inteiramente intuitiva, +18dBu (o padrão europeu). ruído do Bustard mais óbvio em passagens
e embora todas as seis entradas estéreo Eu usei o Bustard para lidar com as muito silenciosas.
mixem em ganho de unidade (unity gain), saídas de várias sessões de microfones No geral, o Little Bustard faz exatamente o
na prática esta simplificação é bastante múltiplos capturados e editados no meu que você espera dele, e o faz muito bem.
prática e aceitável, dada a versatilidade de sistema SADiE LRX, cujo I/O analógico é Aparentemente, o preço é alto para uma
plataformas das DAWs. As especificações configurado para picos de +18dBu. Isso se equipamento com recursos tão limitados,
técnicas (ver box à esquerda) são boas para encaixou perfeitamente no Little Bustard: mas a ‘cultura termiônica’ que ele traz a
um dispositivo como este, embora exista em material apropriado, (gêneros de rock, uma mixagem (entendeu o trocadilho?), irá
muito mais na personalidade do som do pop e jazz, em particular), o resultado foi facilmente justificar sua presença!
que nos números! Embora o Little Bustard realmente ótimo, soando notavelmente
possa lidar com níveis acima de +20dBu, mais cheio e mais detalhado do que
eu achei que ele começou a soar cansado e uma mix ‘in-the-box’, mas sem ser óbvio $ Little Bustard US$ 2.950*;
sem graça, quando forçado demais. demais. Eu gosto que as minhas gravações $ Fat Bustard US$ 4.785*.
W www.thermionicculture.com
Consequentemente, eu recomendo orquestrais sejam limpas, então eu tentei
! * consulte o box ‘preços referenciais’ na pág. 3
associá-lo com conversores e interfaces reduzir os níveis para ver se eu podia deixar
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 93
D E S TA Q U E
EQUIPE DA SOS Ableton Live (2001) Foundry. Mas era uma refinação com várias
Preço no lançamento: £ 219 ideias novas sobre como um programa assim
M
uito mudou na gravação de Revisão da SOS: Fevereiro de 2002 deve parecer, abrangendo os princípios do
música desde que a primeira bom design de interface, em vez de tentar
edição da Sound On Sound “Ele não vai substituir o seu sequenciador parecer um mixer ‘real’.
chegou às bancas, um quarto de século comum de MIDI + Áudio, mas pode ser Além disso, logo ficou aparente que a
atrás. Fabricantes e tecnologias apareceram uma ferramenta ideal para levar suas Ableton falava sério quando afirmava
e desapareceram no meio de uma série de criações do estúdio a uma audiência maior que o Live foi projetado para uso, bem...
revoluções – algumas previsíveis, outras nem e mais animada.” ao vivo. Com o seu foco no imediato, sua
tanto. Para marcar os 25 anos da Sound On Quando ele apareceu pela primeira vez em capacidade de sincronizar tudo e qualquer
Sound, vamos dar uma olhada em alguns 2001, a importância do Ableton Live não coisa para hospedar ritmo e sua estabilidade
produtos marcantes que apressaram estas foi imediatamente óbvia. Afinal de contas, inédita, o Live tornou a performance de
mudanças. Alguns ainda estão conosco e outros aplicativos para trabalhar com loops laptop, uma realidade para inúmeros
outros já não existem mais faz tempo, mas já estavam bem estabelecidos e, de muitas músicos. Sam Inglis
todos deixaram sua marca permanente no maneiras, o Live parecia uma refinação do W www.soundonsound.com/sos/feb02/
mundo da gravação de música. modelo desbravado pelo Acid Pro da Sonic articles/ableton.asp
94 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
pensando em formar uma pequeno, ou LRC, era fornecido com cada
banda chamada KLF no gravador para lidar com funções básicas
ano seguinte, o S900 era de transporte. Um recurso bem-vindo do
praticamente um maná vindo novo formato digital ADAT era que, ao
do céu. O sampling tinha, contrário da maioria de gravadores de fita
pela primeira vez, alcançado analógicos, ele podia produzir punch-ins e
um ponto onde era tanto punch-outs sem intervalo.
prático quanto acessível. Embora o gravador tivesse suas
Enquanto o papel histórico frustrações (alguém lembra do Error 7?),
do S900 como progenitor era um enorme avanço tecnológico e,
do S1000, S3000 e família é talvez de maneira mais importante, ele
nítido, ele continua popular deu ao mundo o formato de interconexão
hoje em dia com quem acha digital ADAT lightpipe, que se tornou uma
o seu descuido nobre por parte estabelecida do ambiente de áudio
fidelidade de áudio – ou digital. Paul White
‘personalidade’ – adorável.
David Glasper Antares Auto-Tune (1997)
Akai S900 (1986) Preço no lançamento: £529
Preço no lançamento: £1599 Alesis ADAT (1992) Revisão da SOS: Agosto1997
Revisão da SOS: julho 1986 Preço no lançamento: £3499
“Já para a qualidade do som geral, Revisão da SOS: Setembro 1992 “O Auto-Tune é um excelente
um bandwidth de samples de 16kHz é software que faz do polimento sério e
bastante respeitável e a Akai é capaz O gravador Alesis ADAT surgiu logo imperceptível, uma realidade!.”
de um som brilhante e cortante, caso depois do formato de fita DAT de dois Afirma-se que o Auto-Tune é o plug-in de
desejado.” tracks e tornou o multitrack digital melhor vendagem de todos os tempos, e
Era uma vez, não faz muito tempo, a caixa acessível em uma época em que a única sem dúvida o mais controverso. Ele não
bege onipresente encontrada em todo alternativa era hardware digital open foi o primeiro dispositivo que podia ajudar
estúdio não era um computador, e sim um reel, caríssimo. A gravação em HD estava a colocar vocais instáveis em um pitch
sampler – um sampler Akai. Agora parece no começo e os preços dos HDs ainda perfeito: engenheiros usavam Eventide
difícil lembrar como outrora eles eram eram proibitivamente caros, então a fita Harmonizers para fazer o mesmo durante
comuns, mas no estúdio dos anos 1990 e era a única opção viável. Anunciado em anos. Mas este ramo improvável da
começo dos anos 2000 a série S da Akai 1991 e lançado em 1992, o ADAT usava indústria da exploração de petróleo virou
era quase que totalmente onipresente. fita de vídeo barata como um meio para o que antes tinha sido uma arte bastante
gravações de 44,1kHz e 48kHz, adotando trabalhosa e prática em uma questão de
um formato digital patenteado para apertar alguns botões.
obter oito tracks em um cassete VHS com As consequências para a indústria
gravação de cerca de 40 minutos por fita. musical foram dramáticas. Seja abusado
Vários gravadores podiam ser conectados como efeito, como com a notória ‘Believe’
para criar gravações precisas de samples da Cher, ou usado para o seu propósito
de até 128 tracks e a Alesis até criou pretendido, como em quase todo
um controlador remoto com um estilo álbum country feito nos últimos cinco
bem profissional para ele – o BRC ou Big anos, o Auto-Tune se tornou uma das
Remote Control. Um controle remoto pouquíssimas ferramentas de produção
Ignorando o Akai S612 (ele não
tinha nem a cor certa), o sampler que
começou tudo isso foi o S900. Lançado
em 1986 pelo então atrativo preço de
£1599, o S900 apresentou uma lista
interessante de especificações: sampling
de 12 bits em taxas de até 40kHz (dando
uma bandwidth de áudio de cerca de
16kHz), multisampling de 32 vozes,
armazenamento moderno de disquete de
3,5 polegadas (uma pechincha em £45
por uma caixa com 10 na época da nossa
avaliação em 1986) e oito notas inteiras
de polifonia. Um tempo de sampling total
de 63,3 segundos era possível, mas só na
taxa mais baixa de 7,5kHz. Na mais alta,
você podia esperar só 11,75 segundos.
Entretanto, se você era um músico
de estúdio ávido por samples, ou talvez
w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r / Novembro 2010 95
D E S TA Q U E
25 PRODUTOS QUE MUDARAM A GRAVAÇÃO
96 Novembro 2010 / w w w . s o u n d o n s o u n d . c o m . b r
da Digidesign manteve o Pro Tools leve, eu estava convencido! Aí eles me outra fase na evolução deste processo.
atualizado, através de inovações como disseram que custava menos de US$1.000 Aproveitando o conhecimento da
o formato de plug-in TDM e marketing e eu disse que eles iam vender dezenas Sintefex, eles juntaram processamento
inteligente como a versão nativa ‘grátis’ de milhares. de convolução com circuito analógico
do sistema. O número de pessoas, como eu, inovador, capaz de imitar a resposta de
Existia uma época em que muitos que queriam samplear era limitado. A muitos designs de pré-amplificadores
usuários escolhiam rodar outro software, maioria das pessoas só queria chegar e bem conhecidos, para criar um canal de
como Logic, como um front end para escrever música com o seu sequenciador entrada de versatilidade incomparável.
o hardware da Digidesign, mas nos de computador; e é isso que o Proteus Sam Inglis
anos recentes a empresa fez do seu deixa você fazer, em um formato ‘vá a W www.soundonsound.com/sos/jul04/articles/
próprio software do Pro Tools uma qualquer lugar’. Responder em todos os focusriteliquid.htm
força formidável. Em sua forma atual, 16 canais MIDI é o padrão agora, mas o
o Pro Tools HD é um sistema bastante Proteus foi a primeira versão rack de um Fostex DMT8 (1995)
poderoso suportando formatos digitais aparelho a deixar você fazer isso – e quem Preço no lançamento £ 1.499
de até 24/192 e somas de tracks quase podia imaginar precisar de mais de 32 Revisão da SOS: Dezembro de 1995
ilimitadas, com MIDI e abrangente vozes? As vendas de samplers iam cair e
suporte SMPTE. Tem também um nunca se recuperariam direito, As vendas “Futuras gerações de estúdio digital
conjunto de versões LE e M-Powered de samplers afundariam e praticamente podem perfeitamente aparecer com mídia
acessíveis que visam usuários caseiros e jamais se recuperariam, porque o Proteus removível, que seria muito mais prática
semi-profissionais. Hugh Robjohns fazia o que as pessoas faziam com os para quem trabalha em projetos grandes,
samples para se ‘protegerem’. Embora os mas no momento não existe nada como o
Emu Proteus (1989) sets de sons de bateria, world e orquestra DMT8 nesta faixa de preço.”
Preço no lançamento £ 899 que seguiram em produtos subsequentes Para muitas pessoas, o Portastudio original
Revisão da SOS: Novembro de 1989 do Proteus fossem ótimos, eles não da Tascam e os seus rivais e derivados
capturaram bem a magia daquele foram os grandes ‘democratizadores’ do
“Se a ideia de samplers que não primeiro milagre sonoro em 1U de rack. processo de gravação, mas para a próxima
conseguem samplear parece horrorosa Paul Wiffen geração com certeza é o ‘Portastudio’
para você, simplesmente pense neles (desculpe, Tascam: eu quero dizer ‘aparelho
como sintetizadores que usaram sons
sampleados em vez de osciladores.”
Quando Marco Alpert me convidou
para a fábrica da Emu em Scott Valley
no começo de 1989 para ver e ouvir
(separadamente) o novo produto que eles
estavam lançando na NAMM na semana
seguinte, minha principal preocupação foi
que ele não sampleasse. Mas assim que Focusrite Liquid Channel de mixagem e gravação multitrack pessoal
eu ouvi o set de sons – na verdade não (2004) integrado) digital que mudou o mundo.
dentro do Proteus na época, e sim em Preço no lançamento £ 2.344 A Roland pode ter dominado o market
um Emulator III – eu percebi que este era Revisão da SOS: Julho de 2004 share com o seu VS880, a Yamaha pode
o futuro. Eu tinha trabalhado duro para “A questão crucial, é claro, é como o ter executado o conceito de maneira mais
colocar um monte de samples na memória Liquid Channel se compara aos aparelhos elegante no AW4416, mas a Fostex chegou
originais. Bom, aos meus ouvidos lá primeiro com o gravador/mixer de HD de
eu preciso dizer que ele se compara oito tracks DMT8.
extremamente bem, de fato.” O drive de 540MB do DMT8 permitia
O processamento de convolução para 12 minutos de gravação de 16 bits e oito
‘samplear’ filtros e espaços reverberantes tracks, então, backup e armazenamento
é intenso ao processador, mas
matematicamente muito simples. Assim,
ele está disponível faz um tempinho, Antes da nossa época
inicialmente como um processo offline em Uma das coisas que a equipe da SOS
aplicativos como Sound Forge e depois achou surpreendente ao criar esta lista foi
em tempo real, graças ao reverb de rack o número de produtos importantes que, na
pesquisa, acabaram sendo mais velhos do
DRE S777 da Sony.
que a SOS – muitas vezes, alguns anos. Isto
Mas o que a convolução convencional excluiu vários candidatos óbvios, entre eles
de um sampler para permitir que ele fosse não pode fazer é replicar processos não- o sintetizador DX7 e os monitores NS10
usado para composição de músicas, mas lineares como distorção e compressão. da Yamaha, o TEAC Portastudio original,
quando ouvi a quantidade e qualidade Caiu para uma empresa chamada Sintefex Pro 24 da Steinberg e software Creator da
dos sons que os gênios da Emu estavam entender como processos dinâmicos C-Lab, os gravadores de fita Fostex A8 e
R8, TB303 e TR909 da Roland, sampler
apertando na memória ROM do Proteus, podem ser emulados usando técnicas de
Mirage da Ensoniq e software Sound
eu percebi que não podia competir... e convolução mais avançadas, e o Liquid
Design da Digidesign.
quando vi como o case era pequeno e Channel da Focusrite representou ainda
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D E S TA Q U E
25 PRODUTOS QUE MUDARAM A GRAVAÇÃO
Korg M1 (1988)
Preço no lançamento £ 1.499
Revisão da SOS: Agosto de 1988
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Line 6 Pod (1998) dobro, eu acho que ainda seria uma oferta aplicação em que os marcantes faders de
Preço no lançamento £ 299 atraente.” 60mm do 1604, com um dente central,
Revisão da SOS: Fevereiro de 1999 O diminuto CR1604 da Mackie não pareciam nada estranhos. O manual
estabeleceu um novo padrão para agradável, cheio de sugestões úteis,
mixers compactos em 1990. Dezesseis explicou engenhosamente por que um
canais, com equalização de três fader de 60mm com unidade no meio
bandas, passando por quatro saídas, ponto era melhor para a sua mixagem,
podem parecer não ser muito para ficar mas a explicação verdadeira é que Greg
empolgado, mas o 1604 era cheio de Mackie tinha uma garagem cheia de
truques espertos e design inteligente. sobras de faders de equalização gráfica
Primeiro tinha o formato físico – ele e queria usá-los. Eu comprei o modelo
podia ser montado em um rack, quando de teste da SOS e durante os últimos
a maioria dos mixers não podia, ou 12 anos, mais ou menos, ele residiu
podia ficar em um ângulo operacional no meu escritório na SOS, e apesar de
confortável em uma mesa, e você podia provavelmente eu nunca mais achar um
girar o ‘pod’ conector para formar uso para ele, é um objeto simplesmente
um compartimento de legal demais para eu até cogitar me
“O resultado final aqui é que, embora patches em livrar dele. Dave Lockwood
um engenheiro top com uma ótima sala cima do
ao vivo, um amplificador vintage e um Mark Of The
ou dois microfones bons possa conseguir Unicorn 828
um som melhor gravado, quem trabalha controlador. (2001)
em estúdios mais modestos seria, eu As chaves Preço no
acho, bastante impelido a avançar aos Mute do lançamento £
empreendimentos do Pod.” canal de entrada 795
Depois do músico, o fator mais importante na verdade Revisão da SOS: Julho
em sons de guitarra elétrica gravados não mutavam de 2001
normalmente é o amplificador. Porém em absoluto, e
quantos donos de home-studios podiam sim direcionavam o “O 828 é um daqueles produtos que
sonhar em ter um monte de Voxes, sinal para um par de ‘faz o que diz na lata’ que simplesmente
Marshalls e Fenders vintage para escolher? saída alternativa, com trabalha sem muito barulho.”
E até entre aqueles com a sorte de ter isso criando um bus Record Dez anos atrás, instalar uma interface de
um dos amplificadores clássicos, quantos dedicado, independente do bus estéreo, áudio Mac ou PC não era um trabalho
poderiam usá-los completamente sem permitindo que o último fosse usado para quem sofria dos nervos. Deixar o seu
incorrer uma visita da Saúde Ambiental? para monitoramento de retorno da fita. computador em pedaços para forçar um
Aparelhos multiefeitos digitais Só as primeiras seis entradas tinham frágil cartão PCI em um slot PCI teimoso
acessíveis existiam desde meados dos anos amplificadores de microfone e só os era só o começo: depois você era jogado
1980, é claro, mas eles não conseguiram primeiros oito canais tinham pontos de ao mundo do pesadelo da instalação de
eliminar o amplificador ou alto-falante da insert, duplicando como saídas diretas, driver, conflitos de IRQ e configurações
cadeia do sinal, nem a necessidade de um mas isso geralmente era suficiente do painel de controle. Enquanto isso,
microfone decente. O talento do Pod da quando a maioria dos setups de gravação usuários de laptop querendo uma
Line 6 era fornecer uma caixinha simples caseira era de oito tracks. Quatro interface multicanal tinham pouca escolha
de usar, porém capaz de simular cada parte knobs auxiliares direcionavam para seis a não ser investir em unidades de chassi
da cadeia de gravação, de pedais de efeito mandadas, com um pré/pós comutável, PCI externas caras e desajeitadas.
à resposta de um alto-falante microfonado. retornando através de quatro retornos O 828 da MOTU eliminou toda essa
Ele soava tão bom quanto o verdadeiro?
Retrospectivamente, não muito. Parecia
como tocar o verdadeiro? Na verdade
não; mas isso não vem ao caso. O Pod
apresentou uma paleta de sons de guitarra
reconhecíveis e de excelente uso para
milhões de pessoas que nunca tinham tido
acesso a eles antes. Sam Inglis auxiliares estéreo dedicados. chatice de uma só vez. Aproveitando o
W www.soundonsound.com/sos/feb99/articles/ Bom headroom, ruído baixo, então novo protocolo Firewire, ativamente
line6.321.htm equalização aceitável, construção promovido pela Apple em suas máquinas
toda de aço e conectores, controles e desktop e G4 PowerBooks, ele ofereceu
Mackie CR1604 (1991) potenciômetros de alta qualidade, tudo o mesmo poder e flexibilidade que um
Preço no lançamento £ 799 ajudou a contribuir à sensação de que a cartão PCI multicanal em um aparelho
Revisão da SOS: Dezembro de 1991 1604 era uma peça de nível ‘profissional’, (quase) plug and play, que era conectado
e seria visto em muitos racks de turnê, através de um único cabo. Sam Inglis
“É muito mixer pelo preço. Se ele só como um submixer de teclado, durante W www.soundonsound.com/sos/jul01/articles/
fosse tão bom pela metade, ou custasse o anos – o último, é claro, sendo uma motu828.asp
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D E S TA Q U E
25 PRODUTOS QUE MUDARAM A GRAVAÇÃO
oferecendo um controlador de DAW e e edição da DAW pelo protocolo HUI. kit de desenvolvimento de software VST
console realmente integrados: o console No ano seguinte, o console também foi disponível para todo mundo que optasse
AWS900, lançado em meados de 2004. ampliado com Total Recall e funcionalidade por baixá-lo, disparando uma explosão de
O AWS 900 fornecia até 24 canais de automação de fader móvel ‘AWSomation’. desenvolvimento de plug-ins de terceiros
‘Super Analogue’, cada um com um pré- Custando aproximadamente £50.000, o e criando uma vibrante comunidade online
amplificador de microfone de alta qualidade, AWS900 não era bem um console de baixo de programadores de freeware e shareware.
equalizador paramétrico das séries E e custo, mas era o mais acessível da SSL e De recriações autênticas de processadores
G de quatro bandas e oito auxiliares. Os liderou o caminho para a integração de DAW/ vintage a efeitos novos e originais, os
consoles completos da empresa sempre console. Hugh Robjohns resultados tiveram um efeito profundo no
incluíam compressores por canal, mas o AWS W www.soundonsound.com/sos/nov05/articles/ mundo da música eletrônica. Sam Inglis
sobreviveu com dois processadores dinâmicos sslaws900.htm
em mono que poderiam ser atribuídos a Tascam MSR24 (1989)
diversos canais, junto com um compressor Kit de desenvolvimento Preço no lançamento: £ 8.395
de bus da série G. Entretanto, uma saída de software Steinberg VST Revisão da SOS: Janeiro de 1990
direta estava disponível em
(1997)
cada canal para fácil interface “A gravação de fita é uma ciência bem
Preço no lançamento:
de DAW, e pontos de insert desenvolvida e os limites do possível são
grátis
do canal cuidavam dos efeitos continuamente ampliados por fabricantes
periféricos. O único controle A longa história de inovação em todas as faixas de preço.”
de propósito duplo no channel da Steinberg produziu muitas Desde o momento que a Fostex lançou
strip era o fader motorizado, novidades. O lançamento o seu A8 de oitos tracks open-reel em
comutável entre o console do Cubase VST em 1996 1982, ela entrou em uma batalha na guerra
analógico e a camada de controle da DAW, representou a primeira alternativa nativa séria de multitracks de bitola estreita com a
mas um encoder atribuível pelo usuário e um ao padrão de plug-in TDM da Digidesign. arqui-rival Tascam. ¼ polegada e depois ½
monitor de oito caracteres eram dedicados às Quatro anos depois, a empresa começou polegada foram substituídos pelo 16 tracks
funções de canais correspondentes da DAW. o processo que iria revitalizar o mundo de de ½ polegada e depois 24 tracks de uma
Além dos recursos comuns de síntese e sampling, quando aumentaram o polegada, com o G24 da Fostex brigando
monitoramento e medição, a seção master seu protocolo de plug-ins para acomodar com o MSR24 da Tascam. O Fostex, como
incorporava controles de transporte instrumentos, além de processadores. sempre, oferecia mais alguns opcionais, mas
abrangentes e encoders dedicados, botões Mas o aspecto mais revolucionário o Tascam era melhor construído, em minha
e um monitor colorido para controlar os do protocolo VST era o seu conceito opinião, e como ele oferecia Dolby S como
parâmetros de plug-in, automação, mixagem aberto. A Steinberg escolheu deixar o uma alternativa à sua redução de ruído
Dbx original em 1991 (o Dolby S também
Menções honrosas aparecia no Fostex), ele também se tornou
Para surpresa de ninguém, o desafio de escolher pensado nisso antes. o gravador de som melhor.
os 25 produtos mais importantes dos últimos 25 Dez anos atrás, nenhum músico sério que A especificação nominal oferecia uma
anos provocou um debate exaltado no escritório podia comprar um Mac ia preferir comprar resposta de 40Hz a 20kHz (±3dB) em
da SOS. E, inevitavelmente, todos os membros uma máquina com Windows. Dois produtos 15ips, com menos de 0,8% de distorção
da equipe defendiam vários produtos que não que ajudaram a reabilitar o PC foram o AC1
e, com Dolby S empregado, uma razão de
entraram na lista final... da Carillon Audio, um computador em um
O RADAR da Otari (depois iZ case para rack, ultra silencioso especialmente
sinal para ruído de 93dB. Previsivelmente,
Technologies) foi o primeiro gravador de HD de projetado e a placa de som Soundblaster Live! da o crosstalk de canal adjacente era um
24 tracks. Mais recentemente, o R16 da Zoom Creative Labs. A distribuição de música mudou pouco menos extraordinária, mas mesmo
sugeriu uma nova direção para multitrackers, para sempre com o formato MP3 desenvolvido assim o MSR24S estava, de maneira
gravando em cartões SD e apresentando pela Fraunhofer Labs. clara, na mesma categoria que todos os
integração próxima à gravação de computador. Instrumentos importantes começando melhores gravadores de duas polegadas,
Em termos de efeitos e processamento, a com ‘K’ incluíram o Kawai K5 – o primeiro
deixando a gravação de 24 tracks não mais
Aphex finalmente deixou a sua marca registrada, sintetizador aditivo comercial – e o Kurzweil
o Aural Exciter, disponível para compra em K2000, considerados por muitas pessoas o unicamente território do profissional. A
1985, a Lexicon continuou dominando o padrão de ouro dos sintetizadores de estação conexão de áudio não-balanceado através
mundo do reverb com os seus equipamentos de trabalho. Enquanto isso, o ressurgimento do de phonos em -10dBV continuou como um
para rack da série PCM e a SPL inventou um interesse em sons analógicos nos anos 1990 nos lembrete irritante da herança de gravação
novo processador dinâmico com o seu Transient deu instrumentos modelados digitais como o caseira do gravador, e um cabeçote de
Designer. Enquanto isso, os Lunchboxes da série Clavia Nord Lead, Access Virus, Korg Prophecy
gravação/reprodução combinada deixou
500 da API forneciam uma alternativa nova e e Roland JP8000, além de designs analógicos
portátil para o tradicional rack de 19 polegadas. verdadeiros como o Novation BassStation. Para a organização um pouco chata, mas os
O preço de microfones de alta qualidade muitos, o B4 da Native Instruments foi o plug-in cartões de canais individuais e fonte de
diminuiu nos últimos 15 anos graças a dois que primeiro nos convenceu de que modelagem energia remota, falavam sobre um gravador
fatores: a explosão na fabricação chinesa baseada de instrumento software podia soar bem. que funcionaria durante anos por vir.
em familiares designs alemães, liderados pela Finalmente, os últimos anos geraram vários E aí vieram o ADAT e o próprio
Rode NTI e o trabalho contínuo da AKG para produtos que prometem ser bastante importantes
multitrack digital modular DA88 da Tascam,
melhorar designs de eletretos, que nos deu o nos anos futuros. Exemplos notáveis incluem
C1000 de enorme vendagem. Enquanto isso, o
e o mercado para multitrack analógico
microfones digitais da Neumann, controladores
excelente conjunto de shockmounts InVision da multitouch como o JazzMutant Lemur e a edição ‘semi-profissional’ praticamente morreu da
Rycote nos fez perguntar porque ninguém tinha espectral desbravada pelo ReTouch da CEDAR. noite para o dia. A ironia é que o ADAT na
verdade era um retrocesso em termos de
TC Electronic Finalizer (1996) com ele, ajudando a sujar mais ainda o console digital Yamaha. A 02R até curtiu uma
Preço no lançamento: £ 2.056 conceito de ‘caixa de masterização’ em plástica com um firmware na metade da vida,
Revisão da SOS: Dezembro de 1996 alguns anos. Mas usado com habilidade e a atualização V2 ampliando as capacidades
entendimento, o Finalizer sempre é capaz da mesa com funções de surround sound,
“Se você for bastante paciente (e de dar exatamente os resultados que você entre muitos outros recursos novos. Embora
tiver entendimento suficiente) para quer, seja uma mixagem de som polido, substituída em 2002 pela 02R96 e uma família
configurar cada seção do processador claro e pronto para CD ou uma master inteira de consoles relacionados, o DNA da
cuidadosamente, os resultados são exagerada ao máximo e obviamente 02R ainda vive. Hugh Robjohns
excelentes – mas nas mãos erradas, o clipada. Eu ainda tenho um, a versão W www.soundonsound.com/sos/1996_articles/
Finalizer pode destruir mais a sua música adequadamente chamada Express, que tem feb96/yamaha02r.html
do que um cassete chinês de segunda mão a melhor interface de resultados rápidos
em um 4 tracks desgastado!” já desenhada, mas como muitos antigos
Poucos produtos têm opiniões tão usuários hoje em dia, os meus presets
divididas quanto o inovador processador preferidos do Finalizer agora vivem em
de masterização digital Finalizer da TC forma de software. Dave Lockwood
Electronics, lançado em 1996. Eu já o W www.soundonsound.com/sos/1996_articles/
ouvi descrito como “o início do fim – o dec96/tcfinalizer.html
produto que começou a guerra do
volume”, mas, para mim, ele era uma Yamaha 02R (1995)
coleção incrivelmente útil de ferramentas Preço no lançamento: £ 7.049
de estúdio integradas. Durante um tempo, Revisão da SOS: Fevereiro de 1996
até eu substituir suas funções com software,
eu nunca mixava sem um. Basicamente, “Eu não posso dizer que a 02R é
o Finalizer é um limitador e compressor perfeita, mas o seu potencial é
multibanda digital, permitindo que o nível imenso e podemos agradecer a
médio de uma mixagem gravada seja Yamaha por dar ao mundo o seu
aumentado drasticamente antes que efeitos primeiro estúdio profissional
colaterais audíveis sejam gerados, enquanto praticamente sem cabos que é
que um expansor multibanda inteligente realmente acessível.”
integrado consegue que thresholds Embora o primeiro mixer de estúdio digital
P Quais são os melhores bastante impressionado, então eu imaginei especificamente vantajosos que eu
se vocês podiam me dar mais sugestões encontrei são os da Antress Modern
plug-ins freeware? de alguns para cada categoria básica de (http://antress.er webs.com), Bootsy
Atualmente existem vários plug-ins plug-in. Em particular, eu me interesso por (http://varietyofsound.wordpress.com),
freeware no mercado, então eu estou quaisquer opções‘confiáveis’ de freeware. GVST (www.gvst.co.uk), MDA (http://
perdido no meio das opções. Em um site Eu uso um PC, então VST é melhor. mda.smartelectronix.com) e Voxengo
que eu entrei tinha 670! Eu prefiro não Eoghan Brady por e-mail (www.voxengo.com), que cobrem muitas
atrasar minhas sessões procurando o delay áreas entre eles.
perfeito já que ficar só com um bom plug- Mike Senior, colaborador da SOS, Meu plano alternativo em freeware para
in e trabalhar com ele seria muito mais responde: Antes de tudo, é melhor só efeitos de flanger, phaser e chorus é a
produtivo. Eu já dei uma olhada em alguns baixar o pacote VST ReaPlugs, que é série Classic da Kjaerhus Audio e, apesar
mencionados no Resgate de Mix e fiquei uma grande parte do complemento do de eu não conseguir mais achar o site
plug-in do Reaper e enquanto escrevia esta matéria, ainda é
inclui tudo que você possível encontrar os plug-ins hospedados
procura, de uma em outros sites através do Google.
forma ou de outra. Leslie da MDA e Wow & Flutter da The
Eu já fiz mixagens Interruptor (www.interruptor.ch) são legais
inteiras só com para ‘desgaste’ de modulação geral e eu
plug-ins do Reaper, os uso bastante. Para efeitos de tremolo/
então eu posso chopper, tente o Cairo da Tweakbench
atestar sua eficácia. (www.tweakbench.com) ou o Autopan e
Outros conjuntos LFO Chopper da Oli Larkin (www.olilarkin.
co.uk). Ao se tratar de distorção/saturação,
Alguns bons existem várias coisas boas e eu admito
equalizadores VST ser meio colecionador neste aspecto.
freeware e donationware: Alguns dos meus preferidos são Ferric da
Cockos ReaEQ, Bootsy Bootsy, GClip e GRecti da GVST, Ferox da
Nasty CS, Antress
Jeroen Breebaart, Combo e Bandisto da
Modern Black Dragon e
DDMF LP10 MDA, Mokafix Noamp (www.mokafix.com),
Rubytube da Silverspike (www.silverspike.
com) e Tubeamp da Voxengo: tanta
sujeira, tão pouco tempo! Para efeitos
desgastados e granulados mais ultrajantes,
o Glitch da DBlues (http://illformed.org) é
uma boa aposta, assim como a ultrajante
série Darkware da Jack Dark (www.gersic.
com/plugins/hosted/darkware/darkware.
html) e Pudding e Sideslip da Tweakbench.
Os plug-ins de delay da The Interruptor
são bons, assim como o WatKat da GSi
(www.genuinesoundware.com), Maelcum
da Tweakbench e GDuckDelay da GVST.
Dito isto, eu costumo usar requisições
de delay básicas do ReaDelay na maior
parte do tempo. Smart Ambience é
uma ótima demo de reverb funcional,
mas o SIR da Christian Knufinke (www.
knufinke.de/sir/sir1.html) com impulsos
do Echo Chamber (www.memi.com/
echochamber/responses/index.html) é o
melhor para mim no departamento do
reverb freeware. Para ajuste de imagem
em estéreo e processamento M/S, meus
preferidos evidentes são MSED da
Voxengo e Stereo Tool da Flux (www.
fluxhome.com). O último tem uma das
melhores exibições de vectorscópio em
estéreo que eu já encontrei. Falando em
exibições, o Inspector da Roger Nichols
(www.rndigital.com) foi o meu plug-in
de análise de espectro e medição de
escolha por um bom tempo, mas o SPAN
P
sua mixagem. Este - ‘Hyperpower’ do Nine
50 a 60 tracks em mono de 16 bits em Onde eu posso Inch Nails – foi baixado originalmente para
44,1kHz. Mas é possível conectar um conseguir arquivos Garageband, mas é facilmente aberto para
drive mais rápido para áudio, graças não tratados para praticar trabalho no Logic
à porta FireWire 800 embutida do
Mac Mini – supondo que você já não
a minha mixagem? mixagem do Mike e, tomara, aprender uma
esteja planejando usar esta porta para ou duas coisas no processo.
uma interface de áudio, é claro, já que Eu estava imaginando, onde eu posso Já para outras fontes de gravações
dispositivos de encadeamento em série encontrar tracks não tratados para praticar de multitracks não processadas, eu estou
nem sempre são possíveis. minhas habilidades de mixagem? Eu já surpreso por você não ter tido mais sorte
Outro fator importante ao considerar procurei no Google e nos fóruns da SOS e com uma pesquisa no Google. Digite
o Mac Mini, e que inicialmente pode soar não deu muito certo. Idealmente, o tipo de os termos de pesquisa certos (“wavs
um pouco bizarro, é o preço. Embora o música com que eu quero praticar é blues, multitracks” ou “download multitracks”,
Mac Mini seja o Mac mais barato que a rock, punk ou metal. por exemplo) e várias fontes parecem
Apple vende, o preço inicial de R$ 2.699 Através do site da SOS surgir, incluindo alguns artistas comerciais,
pode ser enganoso em termos de valor, Matt Houghton, Editor de Testes da como Nine Inch Nails, que disponibilizou
apesar de, na teoria, custar bem menos SOS, responde: De maneira bastante material de graça (http://ninremixes.com/
do que o iMac mais barato. Se você já tem curiosa, para a matéria do Resgate de multitracks.php) e Peter Gabriel, que já
um monitor, teclado e mouse adequados, Mix nesta edição (página 82), tanto o fez competições onde ele disponibilizou
tudo bem. Mas se você considerar o custo artista quanto Mike Sênior gentilmente material para remixadores frustrados.
destes dispositivos necessários até para concordaram em disponibilizar o projeto Apesar de o Google ser bom, tentar um
o Mac Mini mais barato, a diferença de inteiro do Reaper para download. Então mecanismo de pesquisa diferente também
preço entre ele e o iMac low-end começa a você vai poder não só praticar a mixagem pode dar alguns resultados diferentes.
diminuir consideravelmente. nele (a versão completa do Reaper é grátis Por fim, é claro, sempre existem as
Em poucas palavras, o Mac Mini para baixar e testar por 30 dias, e é cross- opções possivelmente recompensadoras de
continua sendo uma máquina básica, platform, o que significa que todo mundo gravar um pouco do seu próprio material,
porém capaz, que fornece um bom ponto pode testar, a não ser que você seja um trabalhar com alguém para gravar o seu
de partida. Mas, de várias maneiras, o iMac dos poucos teimosos que continuam próprio material ou sair e ver alguns shows
mas simples, representa um valor melhor usando Atari ou Linux!), você também na esperança de encontrar uma boa banda
para quem tem um orçamento apertado, vai poder dar uma olhada por dentro da local e oferecer gravá-los de graça!
ESTÚDIO
SEUS PROBLEMAS DE ESTÚDIO SOLUCIONADOS
Existem muitas mulheres que sofrem com os home-studios dos maridos por aí,
então quando uma enviou um SOS por iniciativa própria, simplesmente tínhamos
de ajudar, pelo menos para amenizar nossa sensação de culpa!
PAUL WHITE “Por favor ajudem! Recentemente meu “O responsável pela construção fez um
& HUGH ROBJOHNS marido transformou uma pequena edícula ótimo trabalho, porque não importa o
em nossa casa, feita de blocos em um volume que o meu marido toca, eu não
A
visita do Estúdio SOS deste estúdio de gravação, à custa de hipotecar escuto nada – mas, mesmo contando com
mês foi meio fora do padrão, já de novo a nossa casa por mais £5000. o maior isolamento de som possível, ele
que o pedido não veio do dono Não foi o meu marido que instalou o sempre chega reclamando da acústica. Ele
do home studio em questão, e sim da tratamento acústico lá, mas as paredes mudou a mesa para lugares diferentes da
sua esposa desesperada (palavra dela!), são totalmente revestidas com placas sala e ainda não conseguiu obter o som
Lyn Harvey. de espuma com bastante isolamento que ele precisa (seja lá qual for). Ele sempre
Muitos de nossos leitores vão se nas paredes e espaço até teto, além, é lê suas revistas e ouve podcasts da Sound
familiarizar com o cenário: o seu home claro de divisórias de gesso acartonado On Sound e agora ele está planejando
studio começa pequeno e você está cheio (drywall), e tem uma janelinha de blocos gastar outra fortuna para conseguir o
de boas intenções sobre como equipá- de vidro e uma porta de PVC. som que ele quer. “Ele lê a revista e as
lo com as necessidades básicas, mas a
aparelhagem começa a se multiplicar e
se arrasta para partes diferentes da casa;
você aprende que trabalhar cada vez
mais duro para fazer as coisas soarem
‘exatamente certas’, significa que a mesma
música, e até as mesmas seções de uma
música, devem ser tocadas várias vezes...
ao ponto de enlouquecer a sua alma
gêmea. Apesar de adorar o seu estúdio,
um pouco de reflexão faz você perceber
que, provavelmente ama verdadeiramente
a sua esposa um pouquinho mais – então
você se põe a trabalhar construindo um
anexo, transformando um porão ou coisa
assim, e fazendo o possível para manter a
aparelhagem e o som dentro dele... tudo
está ótimo, só que isso pode ser caro, e
você pode acabar em um espaço com o
qual não está satisfeito. Aí você começa a
planejar gastar mais dinheiro para fazê-lo
soar melhor! O e-mail bastante angustiado
da Lyn para a Sound On Sound, previu
claramente esta situação, então nós não Antes: Apesar das qualidade de isolamento de som do estúdio novo do Michael agradar sua parceira
podíamos simplesmente ignorá-lo: Lyn, não existia nenhum tratamento acústico e o som do local o estava deixando frustrado.
Festa da espuma
Enquanto esperava uma nova remessa de
espuma acústica da Auralex, nós reunimos
os materiais que estavam sobrando no nosso
almoxarifado e descobrimos havia um boa
quantidade de painéis da Auralex de 30cm
x 30cm em cor de vinho, quatro armadilhas
de baixo (bass traps) de cantos da Universal
Acoustics e um punhado de placas de
espuma de 30cm x 30cm da Universal
Acoustics em cinza. Felizmente isso acabou
sendo suficiente para as nossas necessidades
– então obrigado de novo a estas empresas
pela ajuda e apoio.
Nós começamos assentando as
armadilhas de graves (bass traps), colocando
Depois da visita do Estúdio SOS: Com espuma acústica da Auralex colocada ao redor dos ‘pontos de espelho’ e armadilha duas das armadilhas da Universal Acoustics
de graves posicionada na junção entre as paredes e o teto, o som na posição de mixagem melhorou muito. na parede da frente e duas na parede de
Reação do leitor
Michael Harvey: “Eu conseguia mixagens estão soando completas sem mascarar outros
soando ótimas, apesar de um pouco leves no instrumentos e soam muito mais profissionais e
grave, no estúdio – mas toda vez que as ouvia comerciais: agora eu posso colocar instrumentos
em outros sistemas o grave ficava muito fraco. em um espaço 3D virtual e dar espaço para outros
Toda noite eu entrava em casa e reclamava das instrumentos na mixagem; eu posso adicionar
mixagens, pegava minha edição de confiança da mais corpo ou mais clique a um bumbo; e eu
SOS e falava para a Lyn que eu precisava desta consigo ouvir mais detalhes em uma parte de voz
ou daquela peça de equipamento para tentar e equalizar de maneira mais adequada. Ouvindo o
deixar o som melhor. material de referência pré-gravado, eu sinto como
“Eu sinceramente nunca pensei que a Lyn me se pudesse me mexer e pegar os instrumentos
ouvisse – achava que ela só acenava com a cabeça no palco. “Eu ainda não sei como agradecer a
e concordava nas horas certas – mas eu acho todos os envolvidos, mas meus agradecimentos
que ela podia ver a minha frustração, e que eu ia realmente vão para a minha parceira, Lyn, que
gastar outra fortuna em coisas que provavelmente sofre há tanto tempo por organizar isso e para
não iam funcionar e que a gente na verdade Paul e Hugh por sua compreensão, ajuda e
nem podia comprar! “Eu estou totalmente orientação. Agora eu adoro a minha sala e a Lyn
maravilhado e inspirado pelo que a Equipe da fica abandonada todas as noites – mas ela nem
SOS fez. Tudo que eu tinha lido no passado liga, já que isso significa que ela finalmente pode Depois de meses de frustração com o setup do seu
agora foi colocado em prática. Minhas mixagens assistir à novela em paz!” estúdio, Michael Harvey está sorrindo de novo!
trás. Não conseguimos colocá-las bem nos interessante – mas, aos nossos ouvidos, estéreo também estava muito mais estável,
cantos da sala, já que interferiam com a agora o agudo estava soando demais. com um ‘centro fantasma’ bastante sólido’.
abertura da porta em um lado, e tivemos Voltar o agudo para -2dB criou um som
de mudar a prateleira para o outro lado, mais natural, e ainda que a posição de
Dicas de mixagem
então elas acabaram espaçadas ao longo audição não voltasse para o centro da Tendo feito o que podíamos com
das paredes da frente e de trás nos limites sala, agora tinha grave adequado sem a acústica da sala, pedimos para o
do teto. Nós ainda achamos que o som picos ou ‘vales’ óbvios. Para lidar com Michael colocar alguma das suas próprias
geral estava com pouco grave, então as questões de imagem e a ‘vivacidade’ mixagens, para vermos se era possível
Hugh verificou as configurações na parte geral da sala, instalamos algumas ajudar com alguma coisa. Ele admitiu que
traseira dos monitores... e descobriu que placas da Auralex embaixo e em um às vezes tinha problemas em escolher o
os filtros high e low estavam configurados lado da janela, mas também sugerimos reverb certo para voz, e também notou
para -4dB, com a compensação do quarto que Michael fizesse um absorvedor que, desde que ajustamos o tratamento
como flat. Ele configurou todos para improvisado para apoiar no espaço da acústico, algumas das mixagens, agora
flat, depois repetimos nossos testes de janela durante uma mixagem crítica, soavam com pouco grave e agressivas
audição, que mostraram uma melhora já que a janela ficava bem na zona de quando comparadas com trabalhos
‘espelho’, onde ela podia refletir o som comerciais de referência.
de volta para a posição de monitoração. Nós primeiramente tratamos dos
À direita, instalamos placas abaixo problemas de timbre, experimentando
das prateleiras para cobrir o ponto de com um plug-in de equalização SSL
espelho do outro lado e isso precisou para tentar afinar uma mixagem estéreo
de muito ajuste, cortando as placas para existente de um track de ‘metal’ em que o
encaixar nas barras verticais de suporte Michael estava trabalhando. Nós achamos
da prateleira. Nós cortamos as placas que precisava de um pequeno aumento
de espuma usando uma faca elétrica de do grave na região de 90Hz, mas a
serra do pai do Michael e funcionou bem, frequência média também estava faltando
dando um acabamento limpo e legal. e foi ‘esquentada’ consideravelmente
Você só precisa tomar cuidado com a quando aplicamos um aumento amplo
maneira que segura a espuma para que os mas moderado de 300Hz. A aspereza
cortes não peguem os seus dedos! Mais também foi suavizada inserindo uma
painéis da Auralex foram acomodados redução em torno de 4kHz, mas todas
atrás dos monitores, se estendendo entre estas alterações só envolveram um ou
a mesa e as armadilhas de graves, o dois dB de ajuste. Mesmo assim, o efeito
que deixou as placas cinza da Universal foi bastante óbvio ao apertar o botão
Acoustics cobrir o ponto espelho do de bypass do equalizador. Também
teto acima dos joelhos do engenheiro. mostramos para o Michael como é fácil
O resultado visual ficou ótimo, e testes fazer a mixagem soar alta usando o limiter
Mais melhorias foram alcançadas depois de de audição confirmaram que agora a Waves L1 para aumentar o nível do pico
verificar os controles de equalização na parte de frequência média e o grave estavam muito em cerca de 0,5dB, com o threshold
trás dos monitores Behringer Truth do Michael e mais limpos, com bem menos acústica do ajustado para mostrar 3dB de redução
mudá-los para a configuração adequada para a sala.
quarto – e isto também teve o efeito de de ganho nos picos transientes. Com
fazer o grave soar mais firme. A imagem em música no estilo metal, esta quantidade
Stereo Lab
Processando arquivos de áudio estéreo
HUGH ROBJOHNS Exatamente como o estéreo funciona, e como
você pode manipular um sinal de áudio estéreo
T
odo mundo está familiarizado
com som estéreo, mas, quando se para beneficiar a sua mixagem?
trata de mixar, existe mais aqui do
que simplesmente colocar um som em
um ponto entre dois monitores. Vários de Alan Blumlein e seus colegas da EMI no Blumlein na prática
processos podem ser aplicados a um sinal começo dos anos 1930. Blumlein percebeu
estéreo para reequilibrar uma imagem em que a reprodução do som usando vários Uma vantagem útil da abordagem de
estéreo, para fazer fontes mono parecerem monitores, inerentemente significa que os Blumlein é que ela é inerentemente
ser ouvidas em estéreo ou só para fazer dois ouvidos ouvem todos os monitores. compatível com mono: combinar os dois
alguma coisa soar mais impressionante em Consequentemente, tentar reproduzir canais resulta em uma mixagem mono
estéreo. Entretanto, para alguns processos diferenças de tempo de chegada, limpa, sem nenhuma coloração indesejada.
existem compensações: você alguma vez capturadas por microfones espaçados, Para funcionar corretamente, a relação
usou um ‘ampliador’ para panoramizar seria extremamente problemático: o física entre o ouvinte e os dois monitores
guitarras para fora dos monitores, só para espaçamento físico dos monitores relativo é fundamental, para que cada um deles
descobrir que não consegue ouvi-las em ao ouvinte adicionaria mais diferenças de fique nas pontas de um triângulo equilátero,
mono? Esta matéria explica como o estéreo tempo de chegada, comprometendo a normalmente com o comprimento de
funciona, explora o que você pode fazer precisão da imagem. cada lado entre dois e quatro metros,
para manipular arquivos estéreo e discute Blumlein viu que este aparente dependendo do tamanho dos monitores
as compensações. Eu vou começar com problema (ambos os ouvidos ouvindo os e da sala. A interação dos sinais dos dois
uma pequena história... dois monitores) podia ser usado como monitores chegando a cada ouvido resulta
vantagem, se apenas diferenças de na criação de um novo sinal composto,
‘Intensidade estéreo’ intensidade ou nível fossem retransmitidas que é idêntico na forma de onda, mas
As origens do áudio estereofônico dos dois monitores. Se o arranjo físico dos alterado no tempo. A mudança de tempo
reproduzido sobre dois canais podem monitores fosse controlado, as diferenças é em direção ao som mais alto e cria uma
ser atribuídas a Clément Ader e a Paris inerentes de tempo de chegada entre os diferença ‘falsa’ de tempo de chegada entre
Electrical Exhibition de 1881, mas a base monitores e ouvidos poderiam ser usadas os ouvidos, então o ouvinte interpreta as
real do estéreo de dois canais como o para enganar o sistema auditivo humano informações como vindo de uma fonte de
conhecemos hoje data do trabalho pioneiro para converter as diferenças de intensidade som em uma posição específica em algum
do sinal fonte em diferenças percebidas
de tempo de chegada – e assim criar uma
imagem estéreo crível e estável. Por este
motivo, o sistema estereofônico de Blumlein
foi originalmente referido como produzindo
‘intensidade estéreo’.
Esquerda: o melhor posicionamento de audição para som estéreo, com um triângulo equilátero entre os monitores e os ouvidos do ouvinte. Meio:
saindo de perto dos pontos do triângulo, a imagem estéreo é comprometida. Direita: sons de cada monitor chegam a cada ouvido em tempos
diferentes, e esta é a base do som estéreo
Por exemplo, se a gravação estéreo foi Mid = (left + right) –3dB manualmente em mixers físicos ou software.
capturada com microfones espaçados Side = (left – right) –3dB Para converter E/D para M/S, você
ou tem diferenças de timing entre canais precisa somar os dois canais juntos (que é
(como causado por um erro de azimute em Esquerda = (mid + side) –3dB exatamente o que um bus de mixagem faz)
um gravador de fita), o sinal mono pode Direirta = (mid – side) –3dB e subtraí-los. Para a subtração, só o que é
muito bem soar fraco em comparação necessário é virar a polaridade de um canal
com a versão estéreo. Esse é um problema As atenuações de 3dB são opcionais: e depois mixá-los juntos de novo: se os
surpreendentemente comum com alguns elas estão inclusas para que um processo dois canais estiverem carregando o mesmo
samples e loops e volta à nossa velha completo de ida e volta (digamos E/D para material, não existirá nenhuma saída
amiga, a compatibilidade mono! M/S para E/D) não resulte em um aumento (porque não existe nenhuma diferença),
Aumentar o nível do sinal Side relativo no nível do sinal. Muitos sistemas de matriz e se eles estiverem carregando coisas
ao Mid aumenta a importância dos não aplicam a atenuação como parte da diferentes, existirá uma saída.
elementos de diferença na imagem estéreo, conversão, então o nível geral pode precisar A primeira coisa a fazer é direcionar os
dando o efeito de uma imagem mais ampla: ser reduzido manualmente, depois de várias canais de entrada da matriz para um par
elementos com pan em direção às pontas, passagens pela matriz. de buses (digamos 47 e 48). Direcione a
ficam mais dominantes. entrada esquerda igualmente para ambos
O som estéreo pode ser capturado e
Criando uma matriz M/S os buses e duplique a entrada direita,
transmitido no formato esquerdo/direito manualmente com a versão original indo para o bus 47
(usado em sistemas convencionais como A maioria das DAWs inclui um plug-in e a duplicada para o bus 48. Este canal
consoles de mixagem e CD players), ou em de conversão M/S, mas vários plug-ins duplicado também requer uma inversão
formato M/S (que é usado para broadcasts de terceiros podem fazer o serviço – de polaridade. Então, o bus 47 recebe as
de rádios FM e está efetivamente na como o Voxengo MSED freeware (www. entradas esquerda e direita (E+D = Mid),
essência de álbuns de vinil estéreo). É voxengo.com/group/freevst) - e periféricos enquanto que o bus 48 recebe a entrada
simples converter entre os dois formatos equivalentes também estão disponíveis. esquerda e uma entrada direita com
usando uma ‘matriz de amplitude de fase’. Usar uma matriz de conversão dedicada polaridade invertida (E-D = Side).
O mesmo processo é usado para criar M/S é a maneira mais fácil de converter Obviamente, os dois canais da direita
de E/D ou E/D de M/S, e as equações entre os formatos, mas as matrizes devem ter níveis de sinal perfeitamente
necessárias são: são extremamente simples de criar combinados, e o ganho geral deve igualar
Exemplos reais
Existe bastante material lançado comercialmente Muitos outros instrumentos também mudam a Nirvana: ‘Smells Like Teen Spirit’ do álbum
no qual você pode ouvir processos interessantes personalidade de maneira prejudicial, incluindo Nevermind.
de manipulação estéreo trabalhando, ou onde a algumas linhas de vocal e percussão. A mixagem do
reprodução mono e estéreo afeta a timbre, devido Andy Wallace para
à anulação de fase quando somada para mono. Eu Eurythmics: ‘Ball and Chain’, do álbum Be esta canção pode
fiz alguns comentários nos exemplos abaixo. Yourself Tonight. ser impressionante,
No meio do track deste álbum, existe uma mas se comparar o
Madonna: ‘Vogue’, do álbum Immaculate sequência onde o assunto principal começa a track em estéreo e
Conception. Este álbum contém em sua maioria os girar em um movimento circular ao redor do mono, você notará
tracks de sucesso da Madonna remixados usando ouvinte. É um efeito bastante poderoso em que o timbre das
um sistema de processamento chamado Archer fones de ouvido, e na verdade continua bastante partes de guitarra
Q Sound (agora chamado QSound Labs), que, eficiente em monitores estéreo. Entretanto, muda de maneira
afirma-se, apresenta um palco sonoro 3D através de quando ouvido em mono, o volume do track significativa, com uma atenuação óbvia das
sistemas de replay estéreo. Ele com certeza produz diminui a zero, repetidas vezes. O motivo é que o frequências harmônicas mais altas, quando
um som estéreo impressionantemente grande e efeito giratório é conseguido com uma combinação ouvidas em mono.
amplo, mas geralmente coordenada Em todos estes exemplos, a versão mono
é menos satisfatório (ou de auto-pan é perfeitamente aceitável, mas a qualidade
até desagradável) em e inversões de ou personalidade do som, com certeza, é
mono. ‘Vogue’ tem pads polaridade – a comprometida em comparação com o estéreo
de teclado enormes desde segunda sendo original. Eles fornecem boas ilustrações de
o começo, cuja tonalidade responsável pelas como o engenheiro, produtor ou artista trabalho
muda significativamente anulações de nível o equilíbrio entre chamar a atenção na versão
e não para melhor quando a pan passa estéreo e manter um equilíbrio aceitável de
quando ouvida em mono. pelo centro! mixagem mono.
RESGATE DE MIXAGEM
NOSSO ESPECIALISTA TRANSFORMA OS SEUS TRACKS
dificultou atacar isso com qualquer tipo de
Com um pouco de trabalho árduo para conter processamento de seleção de frequência.
sujeiras e efeitos indesejados que mascaram o Outra questão foi que a parte tinha sido
gravada com efeitos de delay, e ecos dos
áudio, tudo fica claro... graves estavam bagunçando a mixagem. De
novo, eu optei por evitar os problemas de
MIKE SENIOR ostensivamente configurado para 890Hz, o processamento complicados simplesmente
Q foi tão moderado que a curva só alcançou reprogramando a parte do baixo do Axel
A
xel Ermes faz PA para bandas como propriamente -8dB em cerca de 7kHz e de ouvido e, depois, usando aqueles dados
Die Krupps e Project Pitchfork. ainda estava 3dB abaixo em 400Hz. MIDI para acionar uma parte do sintetizador
Embora já seja um engenheiro de Mas o atraso do tempo da frequência do contrabaixo junto, usando meu patch
mixagem estabelecido no mundo do ao grave estava imune a estas medições (na comum de onda triangular com filtro low-
vivo, recentemente ele entrou em contato verdade eu não conheço nenhum plug-in pass do Reasyhtn do Reaper.
com a SOS porque achou que as produções normal que atinja este tipo de coisa), então Mas eu não substituí completamente
do seu próprio estúdio não estavam eu optei por usar um sample de bumbo a parte original, porque tinha muita
competindo bem o suficiente com material para preencher o começo do attack do informação de timbre na frequência média
comercial. Sua principal preocupação era baixo ausente. O sample em questão foi que era importante para a personalidade
que as partes individuais nem sempre eram um one-shot da excelente biblioteca de da canção: pelo contrário, eu usei filtro
fáceis de distinguir e existia uma sujeira samples Breakbeat Jazz da Equipped Music, high-pass nela em 90Hz, para deixar o
geral no som. Este é um problema muito e embora ele fosse mais comprido do que sintetizador do contrabaixo assumir o
frequente com projetos do Resgate de eu precisava na sua forma bruta, foi fácil controle no grave. Configurar todos os
Mixagem, mas pode ser complicado de encurtá-lo com um fade out precoce para valores de velocity da nota da parte nova
solucionar, porque normalmente não existe que ele simplesmente plugasse o pré- ao máximo a deixou bastante consistente
uma única mudança abrangente que vai delay de frequência grave da outra bateria, do ponto de vista do nível, mas eu também
resolvê-lo – muitas vezes é necessária uma deixando o som composto parecer muito usei uma instância do W1 Limiter do George
combinação de várias alterações. Então, na mais coerente e no tempo. Yohng para ‘pregá-la’ completamente na
coluna deste mês, eu quero ilustrar várias O maior problema com a linha do parede, para que eu pudesse contar com
estratégias diferentes que realmente podem sintetizador de baixo principal era que ela mantendo uma posição de confiança
ajudar a melhorar a clareza da mixagem. o grave estava muito inconsistente e a no equilíbrio geral. Depois que eu livrei
ampla região do pitch daquela parte a parte do baixo original do Axel de suas
Definindo bumbo e baixo
Uma das áreas de maior problema com
a mixagem original foi o grave do baixo, Resgatado deste mês
onde eu comecei o meu remix. Examinando O track deste mês é da banda Girls Under Axel Ermes assumiu o seu papel, e Lars
primeiro o bumbo sem processamento Glass, que citam uma mistura eclética de Baumgardt e o vocalista Volker Zacharias
(no meu sistema de mixagem Cockos influências de música eletrônica, pós- produziram as guitarras. Esta canção
punk e gótica incluindo Sisters Of Mercy, específica, ‘We Feel Alright’ (que começou
Reaper), ficou imediatamente claro que a
Red Lorry Yellow Lorry, Bauhaus, Danse como uma homenagem à canção ‘Bitch’ de
sua explosão de energia grave (centralizada Society, Front 242 e Portion Control. 1993 da Apoptygma Berzerk), foi gravada
ao redor de 55Hz) parecia estar chegando Seguindo a saída do produtor e tecladista usando Apple Logic 8 e mixada em uma
significativamente depois do transiente do da banda no ano passado, o leitor da SOS mesa Mackie de 8-Bus.
attack do sample, mas aí se arrastava por
um bom tempo depois de cada batida. Com
isso, a batida sempre parecia um pouco
lenta e carente de ‘vigor’, sem importar
o quão alto o fader fosse configurado na
mixagem, e também existia um precioso
espacinho deixado para o sintetizador de
baixo principal se encaixar. A filtragem high-
pass em 57Hz ajudou um pouco, reduzindo
o comprimento aparente de cada batida
(da maneira como os cortes de graves
fazem com frequência) e eu também cortei
8dB nos agudos para recuar o transiente,
que estava fazendo meus ouvidos doerem!
Embora o shelf do Cockos ReaEQ, fosse
Truques de desmascaramento
Outra estratégia importante para
aumentar a clareza na mixagem envolve
reduzir os efeitos de mascaramento. O
mascaramento é um efeito psicológico pelo
qual todo instrumento tem o potencial de
ocultar aspectos importantes
de outros instrumentos,
deixando-os menos audíveis
em um dado nível do fader.
Quanto mais tracks você
tiver na sua mixagem, mais
eles se ocultam entre si, e
fica mais difícil ouvir tudo
claramente. Existem várias
técnicas anti-mascaramento,
mas para instrumentos
principais, é útil pensar em
termos de dar a cada um,
algum tipo de marca sonora
Alguns dos efeitos freeware que o Mike usou para ‘combater’ o
única, porque isso costuma mascaramento das linhas de piano e vocal principal: o efeito da caixa
fazê-los se sobressair melhor giratória no instrumento virtual Organized Trio da GSI; modulador de
na mixagem. ressonância MooRiMo da Martin Blankenburg; e o Timeverb da GSI.
Aditivos artificiais
Conforme a mixagem começou a se reunir, eu me peguei
procurando por um detalhe um pouco mais interno no
track, além de ‘fluxo e refluxo’ acentuado entre seções. Para
lidar com isso, eu acionei alguns botões de mudo aqui e ali
para ajustar o arranjo e também adicionei várias partes de
sintetizador de textura (do Evolve da Heavyocity) e samples
de efeitos de sons (do Elektrolytic da Zero G), da mesmíssima
maneira que eu descrevi no Resgate de Mixagem da SOS de
julho de 2010. Depois que um primeiro esboço chegou até
o Axel, ele também voltou com a sugestão de encurtarmos
a seção do final para amarrar ainda mais as coisas, o que foi
uma boa ideia. Mas, ‘aditivos artificiais’ e reestruturação de
canção, realmente só fazem uma diferença efetiva, depois que
os problemas de clareza da mixagem forem tratados, então
não faz sentido perder tempo com isso se os seus sons ainda
estiverem ‘afundados na lama’.
Se você for um dos muitos que gravam em casa e
que se acham amaldiçoados com mixagens com um som
confuso, tomara que a coluna deste mês tenha dado
exemplos reais de algumas das reparações mais comuns:
seleção/combinação cuidadosa de sons de bumbo e
baixo; ‘desconstrução’ de loops de samples em pedaços;
correção de afinação/timing; e aplicação de tratamentos
de desmascaramento para linhas principais e outras partes
do refrão. Até mesmo um destes fatores pode fazer uma
diferença notável; melhore todos eles e você pode realmente
transformar uma mixagem.
“Um dos elementos mais divertidos da “Com a velocidade da mudança “A revista Sound On Sound irrompeu no
mixagem é nunca saber tudo que há para acontecendo no mundo da produção cenário como uma publicação inteligente e
saber. Eu sempre aprendo algo novo musical, é bom saber que revistas colorida que abordava o assunto com nova
quando leio a Sound On Sound! Ela me como a Sound On Sound existem energia e entusiasmo. E, o mais importante
mantém informada e eu adoro ler sobre para mim, de uma maneira que falava tanto
para nos manter completamente
como outros engenheiros trabalham. No para o músico quanto para o técnico. Era
mundo digital de mudanças diárias, a atualizados sobre novos softwares, exatamente o que eu precisava e eu virei fã.
Sound On Sound é a melhor maneira para tecnologias e técnicas de produção. (E não só porque
ficar atualizado. Seu material editorial e O editorial estelar e a extensão o nome da revista
textos são os melhores que você pode da cobertura são incomparáveis. foi emprestado do
conseguir. Parabéns pelos 25 anos de Parabéns pelos 25 anos incríveis!” título do álbum
sucesso. Eu espero ansiosamente por Milan Kovacev, Diretor de Marketing da minha própria
meus próximos 25 anos de edições.” Interativo da Berkleemusic. banda ‘Red Noise’!)
Dave Pensado, engenheiro de mixagem, Depois de todos
ganhador do Grammy Award (Christina “A revista Sound On Sound irrompeu estes anos, a
Aguilera, Maria Carey, Black Eyed Peas, revista Sound On
no cenário como uma publicação
Sound continua
Foto: Martin Bostock
Hora de mudar
Nós te mostramos os caminhos mais rápidos para flexibilização
de ritmos e a nova barra de transporte do Reason 5
ROBIN BIGWOOD Agora, algumas coisas são evidentes uma nova otimização crucial: no menu
por sua ausência. Um botão antes chamado Options você vai encontrar um item do menu
À
s vezes pareceu uma longa espera ‘Automation As Perf Ctrl’ – que sempre gerava chamado ‘Number of Precount Bars’ e no
mas, enquanto você estiver lendo confusão – desapareceu. Isto permitia a você seu submenu você pode escolher qualquer
esta matéria, cópias do Reason 5 e escolher como o Reason e o Record gravavam um dos quatro números. Agora, se ao menos
Record 1.5 já devem ter ‘voado’ da Suécia por dados de automação ou mensagens do existisse uma verdadeira opção ‘pre-roll’...
várias semanas. Vamos começar a mergulhar controlador MIDI além de pitch-bend,
nos grandes recursos novos nos próximos modulação, pedal de sustentação, aftertouch,
Flexibilidade de ritmo
meses; neste mês, vamos dar uma olhada controle de respiração e expressão. Quando Como muitos sequenciadores, uma nova
em alguns aspectos das seções reprojetadas o botão estava apagado, os dados do Song padrão no Reason e Record pode atrair
de transporte e explicar como você pode controlador eram gravados em clipes em quem não tem muita criatividade para a rotina
conseguir assinatura de tempo (time seções dedicadas do controlador, facilitando musical que é um ritmo fixo de 120bpm, mas
signature) e ritmo flexível (flexible tempo) em a edição. Com o botão aceso e o recurso não precisa ser assim. Mudar o ritmo é muito
qualquer versão recente dos aplicativos. ativado, os dados eram integrados no clipe fácil: clique e arraste verticalmente no campo
da nota do track, o que facilitava manter do ritmo no painel de transporte, clique
Mudança pequena as duas coisas juntas, notas e dados do nos seus ‘spinners’ (as setinhas para cima e
Nas novas versões, a Propellerhead aproveitou controlador, se você tivesse que fazer para baixo à direita – elas vão ajustar o ritmo
a oportunidade para harmonizar o visual muita duplicação ou edição de clipes. O de maneira bastante precisa se você clicar
primeiro no campo do número
depois do lugar decimal) ou
simplesmente clique duas vezes
no campo e digite um valor
numericamente.
Além disso, o Reason e
o Record não têm nenhum
problema com ritmo flexível,
e algumas mudanças,
acelerações e diminuições
de ritmo combinam com
A evolução do transporte: Aqui você pode comparar os compassos de transporte dos antigos Reason 4 e
vários estilos musicais. Você pode até
Record versão 1 com os novos Reason 5 e Record versão 1.5, o segundo apresentando painéis de controle
que melhoram a clareza e a simplicidade de tudo encontrado nas versões anteriores. mesmo manipular sutilmente estilos
aparentemente rígidos como dance music,
e a operação das seções de transporte do recurso não desapareceu, mas agora ele é para apresentar mudanças sutis de energia
Reason e do Record, e isto significa algumas encontrado no menu Options, chamado (de entre seções da música. Os seus ouvintes
mudanças pequenas para quem usa os dois maneira muito mais útil) ‘Record Automation vão gostar mesmo sem saber disso, e você
aplicativos. É claro que os botões principais into Note Clip’. Aparentemente também pode enlouquecer os DJ’s...
de transporte ainda estão ali, junto com está faltando a seção Automation Override, O ritmo automatizado, que é realmente
a posição familiar de reprodução e outras cujo indicador acendia toda vez que você do que a gente está falando, é fácil de
exibições, controles de clique e indicadores ajustava um knob automatizado ou slider em conseguir e feito com o track Transport do
de performance, mas todos eles foram tempo real, para mostrar que a sua ligação sequenciador, que é onipresente em qualquer
repaginados para realmente melhorar a sua com os dados de automação tinha sido sequência. O primeiro passo é dar uma
clareza visual. O velho botão Quantise During temporariamente rompida. Na verdade, seção de ritmo a ele e o que o usuário pode
Rec foi substituído com um chamado ‘Q REC’ ela ainda está lá: um sinal azul vibrante de fazer para isso é clicar segurando a tecla Alt
e o botão Regroove Mixer é melhor integrado ‘Automation Overrride’ acende no painel no campo do ritmo no transporte. Rápido,
e não é mais nomeado. As imagens acima de ‘LED’ no lado esquerdo, e clicar nele estiloso, mas não exatamente óbvio! Se
mostram isto de maneira muito fácil e também é o equivalente de clicar no antigo botão você esquecer este truque, é só clicar com o
exibem algumas adições interessantes. ‘Reset’, restaurando a ligação entre o valor botão direito no track de transporte, escolher
Primeiro, tem o grande botão ‘Blocks’ (que do parâmetro e os dados da automação. Parameter Automation e ativar o Tempo na
tem a ver com um recurso que vamos ver em Os controles de Click do Reason 5 e lista do parâmetro antes de clicar em OK.
detalhes no mês que vem) e um botão Tap de Record 1.5 são mais simples do que nunca: No Reason 5 e no Record 1.5, você também
ritmo em que você só precisa clicar algumas só uma chave simples de on e off, uma opção pode selecionar o track Transport e escolher
vezes para sequenciar o ritmo pelo toque, em de contagem ‘pré-conta’ e um controle de Tempo no menu pop-up de Track Parameter
vez de maneira numérica. nível. Mas para quem usa o Reason, existe Automation perto do botão ‘Lanes +’.
Fazendo assim...
O sequenciador do Reason 5, mostrando um clipe de ritmo no track Transport, no Edit Mode. Note o
Comece no Arrange Mode. Selecione a
valor estático de 116bpm que o Reason vai reverter para um dos lados do clipe
ferramenta lápis (pencil tool) e escolha a
configuração Snap adequada: com um certa de ritmo deve ocorrer e depois clique e aparece no topo da seção Sequencer.
frequência, você vai querer escolher ‘Bar’ arraste na seção Tempo do track Transport O evento de ritmo único que você acabou
aqui, para restringir, de maneira precisa, uma para criar um clipe vazio para a região. de escrever, afeta o clipe inteiro. Então, se
mudança de ritmo único para os limites do Depois, mude para o modo Edit (Shift- você só quiser deixar a região inteira coberta
compasso de um verso ou refrão. Valores Tab é um bom atalho) e no seu clipe vazio pelo clipe um pouco mais rápida ou mais
menores do que ‘1/4’ (uma batida única) são clique uma vez com a ferramenta lápis onde lenta, está, como dizem, tudo certo. Mas, e
bons se você precisar criar uma aceleração ou a primeira mudança de ritmo deve ocorrer. uma aceleração ou diminuição da velocidade?
diminuição da velocidade para uma região Você não vai saber exatamente qual ritmo Fácil – apenas clique, de novo, mais no fim
mais curta, talvez começando no meio de um vai inserir, mas clique mesmo assim, porque do clipe para escrever outro evento de ritmo.
compasso. Desça (e, se necessário, dê zoom) imediatamente você pode digitar um Supondo que os ritmos sejam diferentes,
até o local na sua sequência onde a mudança valor preciso para ele no campo Value que você vai ver a rampa a entre eles – e aí está
a sua mudança de ritmo suave. E, é claro, a
Mudanças de assinatura de tempo (time-signature) automação do ritmo funciona como qualquer
outra, por exemplo, para você poder
As mudanças de assinatura de tempo automáticas track. Clicar com o lápis em um clipe de Time
adicionar mais eventos à rampa clicando com
são muito parecidas com as mudanças de ritmo. Signature de um compasso e mudá-lo para 5/4
Clique segurando a tecla Alt no campo Time é feito facilmente e a régua de tempo vai parecer a ferramenta lápis e selecionar ou ajustar os
Signature do transporte para criar a seção Time certa. Mas na verdade o Reason/Record não vai existentes com a ferramenta seta.
Signature do track Transport. Clique e arraste inserir a batida adicional e você vai acabar com a Duas coisas para tomar cuidado aqui.
na seção com a ferramenta lápis para criar um sua sequência soando exatamente como sempre Primeiro de tudo, o Reason/Record vai
clipe no Arrange ou Edit Mode. Aqui, um valor soou, mas agora com todos os dados seguindo
Snap de ‘Bar’ é bastante recomendado, para evitar o compasso 5/4 uma batida antes. A solução é
o desastre matemático que é uma assinatura de mudar os dados agora colocados incorretamente
tempo começando na metade de um compasso. ao longo de uma batida, o que você pode fazer
Depois, com a ferramenta lápis, clique no selecionando e arrastando. Mas o mais preciso,
menu pop-up no canto esquerdo superior do é colocar os locadores esquerdo e direito (muitas
Faça acontecer!
CRAIG ANDERTON
B
em-vindos à centésima coluna do
Sonar. Eu quero agradecer Paul
White e Dave Lockwood da SOS por
me pedirem para escrevê-la originalmente,
Debbie Poyser por editar a coluna (e sempre
Transforme sua música com
proporcionar um bem-vindo teste de automação instantânea de efeitos.
‘consistência’) durante a maior parte de sua
existência e Nell McLeod, meu atual editor. causa de todos aqueles anos de apertar coloque o tempo Now onde você quer
É claro, eu também quero agradecer a footswitches para colocar e tirar efeitos. o ajuste pontual e depois clique no
Cakewalk por continuar criando coisas novas Existe um certa magia em se ter um efeito botão Snapshot da barra de ferramentas
sobre as quais escrever, mas, acima de tudo, que ‘aparece’ em alguns momentos. Automation (o ícone de câmera).
eu quero agradecer a vocês, leitores, pelo Mas a automação pontual ‘nativa’ do • Recomece a reprodução, e quando
seu apoio. E com boatos de uma atualização Sonar nem sempre funciona da maneira chegar à seção onde você quer outro
do Sonar em breve, com certeza, vamos ter que você quer. Por exemplo, se você instantâneo, ajuste o parâmetro Gain
muito sobre o que discutir no futuro! ativar o botão Write de automação de para conseguir o som desejado. (Se
Já para esta edição, vamos dar uma um efeito, o Sonar vai criar envelopes você não conseguir fazer isso, porque
olhada em técnicas de automação ‘pontual’ para todos os parâmetros automatizáveis o valor Gain fica voltando ao valor
(snapshot automation) para efeitos: um tipo dos efeitos, que pode ser um monte de que está com automação, desligue
diferente de abordagem para automação envelopes. Geralmente, as alterações Automation Read no próprio efeito.)
que pode ser bastante eficaz. pontuais que eu preciso, têm a ver com • Depois de encontrar a configuração
um ou dois parâmetros, então aqui vai Gain desejada, pare a reprodução e
Automação de efeitos a dica de como simplificar a automação depois coloque o tempo Now onde
A automação dos efeitos pode criar pontual. Como exemplo, vamos você quer que o instantâneo ocorra.
mixagens que vão além de simples programar a automação do parâmetro Clique no botão Snapshot.
mudanças de nível de mandada, pan e Gain do Sonitus EQ para banda 3. (Note • Repita os passos cinco a oito até
fader. Por exemplo, em vez de aumentar que este equalizador é inserido no adicionar todos os ajustes pontuais
o nível para fazer um solo de guitarra se compartimento de efeitos (effects Bin) e (vamos chamar de snapshots, daqui para
sobressair, tente aumentar um pouco o não é o equalizador por canal visível no frente, ok?) desejados.
ganho da equalização em torno de 3-4kHz, Console view – (Visão do Console). • Quando você tiver acabado e quiser
o que adiciona um ‘agudo’ ao som - ou reproduzir a automação, ative o botão
talvez aumente o drive de distorção. Eu • Se a barra de ferramentas Automation Automation Read do efeito (o seu fundo
particularmente gosto de usar automação não estiver visível, chame-a indo para muda de branco para verde limão).
pontual com efeitos, possivelmente por View / Toolbars e ticando Automation.
• Supondo que o equalizador já tenha Quando você estiver passando em um
sido inserido no compartimento arquivo e configurando estes snapshots,
de efeitos do track, clique com o às vezes não é conveniente que, ao parar,
botão direito no rótulo Equalizer do o tempo Now rebobine para o marcador
compartimento de efeitos e clique em Now atual, em vez de simplesmente ficar
Write Enable Parameter. onde você parou; provavelmente você vai
• Tique o parâmetro que você quer querer que o marcador Now continue perto
automatizar – neste caso, Gain 3 – e de onde você vai adicionar o snapshot. Ao
depois clique em OK. O fundo do fazer a automação instantânea, você pode
botão Write de automação do efeito portanto, seguir para Options / Global e
de equalização muda de branco para tirar o tique de ‘On Stop, Rewind to Now
cinza/azul, para indicar que alguns, mas Marker’ (a terceira caixa de ticar, de baixo
não todos, parâmetros são ativados para cima, no Sonar 8.5).
para automação (vermelho indica que
todos os parâmetros são ativados para
Parâmetros múltiplos
automação). Isto automaticamente ativa Esta técnica envolve a visualização
o botão Master Automation Record do console e deixa você configurar
na barra de ferramentas, que não snapshots para quatro parâmetros
queremos, já que depois, vamos ajustar diferentes. Para começar, ative o
o(s) parâmetro(s) em tempo real para botão de visualização de efeitos do
achar a(s) configuração(ões) desejada(s), console (na barra de ferramentas na
e não queremos gravar estes ajustes esquerda do console). Isto mostra os
como automação, então mude o compartimentos de efeitos. Depois
Clicar com o botão direito no botão FX botão Automation Record da barra de clique com o botão direito neste botão
(circulado em vermelho) exibe os controles
ferramentas para Off. e escolha Show Assignable Controls.
atribuíveis do slider. Neste exemplo, o quarto
slider está sendo atribuído a um parâmetro Gain • Configure o parâmetro Gain 3 do Quatro sliders aparecem abaixo do
para a banda 3 do equalizador equalizador para o valor desejado, compartimento de efeitos.
Segredos profundos
GEOFF SMITH
Crie um som de baixo de dubstep usando
o sintetizador ES2 e efeitos do Logic.
O
s mecanismos de sintetizadores
(synth engines), que são
Mistura de filtros Os controles dos filtros duplos
praticamente sinônimos de
do ES2
dubstep, provavelmente são o Albino de
Rob Papen e o Massive (e sua biblioteca diferentes e ouvindo o efeito que elas têm
Massive Threat) da Native Instruments. Mas no oscilador 1.
Controles Controles
para quem não tem condições de gastar do filtro 1 do filtro 2 • Depois de ouvir as diversas ondas e
com nenhum deles, o ES2 do Logic pode modificar seus efeitos, escolha ‘bell5’.
fazer um ótimo trabalho em conseguir • Configure o pitch comum do oscilador 2
aqueles sons clássicos de dubstep com uma para -12 e o pitch comum do oscilador 1
ajudinha de alguns plug-ins criteriosamente para -24.
escolhidos. Esta matéria vai focar em • Agora toque algumas notas no seu
Mude o filtro entre séries e
construir o som do baixo básico e familiar configurações paralelas teclado entre C2 e C3. Você deve ouvir
do dubstep. Talvez seja útil você visitar o uma onda de zumbido de som forte.
site www.soundonsound.com/sos/jun07/ Depois de ter o seu patch padrão, os
articles/logictech_0607.htm para aprender os passos seguintes vão fazer você começar a Agora temos os blocos de construção para
fundamentos básicos do ES2. ‘brincadeira’: o nosso som de baixo.
Você vai precisar criar um novo track
de instrumento e chamar uma instância • Vá à seção do oscilador no ES2.
do ES2, mas o ES2 não tem um patch • Perto de cada oscilador tem um botão
Agite!
padrão adequado, então primeiro você numerado que liga ou desliga o oscilador. A próxima parte em criar aquele som clássico
precisa criar um segurando a tecla Option Clique nos botões perto dos osciladores 1 do baixo é modular o corte do filtro com
e clicando em cada parâmetro no ES2 para e 2 para ligá-los. um LFO sincronizado com o ritmo. O ES2
reconfigurá-lo para o seu valor padrão. • Vá ao mixer do oscilador, que é o triângulo tem dois filtros que podem ser usados em
Depois você deve salvar esta configuração à direita do oscilador 2, e arraste o séries ou configurações paralelas. Configure
do plug-in como o seu padrão do ES2 (um quadrado até ter uma união de uma os filtros em série e mova o controle Filter
patch padrão está incluído nos arquivos grande parte do oscilador 1 com um Blend totalmente para a direita. Na seção
que acompanham o Logic). pouco do 2. do filtro 2, configure o tipo para 24dB, o
corte para máximo e controles de FM e
Fundamentos Vamos usar as capacidades de síntese de Res (ressonância) para zero. Agora, vamos
Depois de ter o seu patch padrão, os FM básicas do ES2 para gerar uma onda de modular aquele filtro...
passos seguintes vão fazer você começar bastante zumbido, perfeita para criar linhas de
a ‘brincadeira’: baixo de dubstep. No ES2, a FM é alcançada • Vá para a matriz da modulação e, na
modulando a frequência do oscilador1 com a primeira célula, configure o alvo para
saída do oscilador 2. Cutoff 2 e a Source para LFO 2.
• Configure o slider de intensidade da
• Vá para o knob de seleção de onda do modulação para o máximo.
oscilador 1. O conjunto de controle entre • Desça até a seção do LFO 2 e arraste o
o Sine (11 horas) e o símbolo de FM slider de taxa para abaixo da metade.
(cinco horas) determina a intensidade da Agora a taxa se transforma em divisões
modulação da FM, onde 11 horas é o musicais sincronizadas com o ritmo do
mínimo e cinco horas o máximo. projeto. Escolha ‘1/8th note’.
• Configure o oscilador 1 para três • No centro superior do ES2, clique no
horas para dar um efeito de FM bem botão perto de Mono para que o patch
pronunciado. Você pode alterar isto seja monofônico.
depois. A saída do oscilador 2 vai modular • Vá para a configuração de release do Env
o oscilador 1 e, dependendo da forma de 3 e o configure para um valor de 570ms
onda escolhida no oscilador 2, vai afetar o para que as notas toquem por um tempo
O triângulo à direita do oscilador é o mixer do som resultante do oscilador 1.
oscilador. Você pode juntar os osciladores ativos
em quantidades diferentes, dependendo de onde
• Configure a onda do oscilador 2 para o Download do projeto!
Sine (seis horas) e depois clique segurando
o quadradinho é colocado. Nesta instância, Se você quiser baixar os channel strips
a tecla Ctrl na mesma posição. Isto criados nesta matéria, visite o site www.
queremos arrastar o quadrado até ter uma mistura
de uma parte grande do oscilador 1 com um pouco exibe um menu de 100 Digiwaves para soundonsound.com/sos/nov10/articles/
do oscilador 2 você experimentar, testando as ondas logictechmedia.htm.
O DJ ao vivo
Os DJ’s podem aproveitar bastante o
Ableton Live. Vamos explicar como.
SIMON LANGFORD com). Depois de determinar
o tom de um track, pode
ser bastante útil renomear
N
a nossa primeira matéria sobre o arquivo para incluir estas
as técnicas de DJ com o Ableton informações; por exemplo, ‘A
Live (na edição de julho da SOS), (Lá) menor: Banda Legal: Ótimo
cobrimos o básico sobre montar um set Track.MP3’. Se você colocar
de DJ bastante parecido com o setup o tom no começo do nome do
tradicional de ‘dois discos e um mixer’ arquivo, isso também ajudará você
no Ableton Live. Mas só fazer isso seria ao procurar tracks, já que todos os
uma grave sub-utilização dos recursos tracks no mesmo tom serão agrupados
disponíveis a você como um DJ! O Live juntos quando você organizar a pasta
é capaz de muito mais, então desta vez alfabeticamente. Este é um exemplo da Camelot Wheel, que pode
daremos uma olhada em algumas coisas Para nos ajudar a entender quais tons ajudar você a encontrar tons harmonicamente
compatíveis, de maneira rápida e fácil, para
que o Live pode fazer que seriam difíceis, são relacionados, um sujeito muito gentil
propósitos de mixagem harmônica
se não impossíveis, com um setup de DJ com o nome de Mark Davis inventou uma
mais tradicional. coisa chamada Camelot Wheel (nomeada
por causa da mesa redonda da mitologia maiores relativos dos três primeiros).
Mixagem harmônica arturiana: ver imagem acima). O princípio Agora, tudo isso é possível com um
O princípio por trás da mixagem da Camelot Wheel é bastante simples. setup convencional de ‘discos e mixer’,
harmônica é simples: se você tocar Cada setor da roda tem um tom interno mas você provavelmente não pode mudar
canções que estejam nos mesmos tons e externo: as seções interna e externa o tom de uma canção. No Live, você pode
ou harmonicamente relacionados, as são simplesmente tons maiores e os tons realmente transpor as canções (dentro do
suas mixagens vão soar muito mais menores relativos, e cada setor contém razoável, é claro). Se você estiver tocando
suaves. Se você tiver formação clássica, um par de tons, um para cada nota de C uma canção que esteja em G (Sol) maior
tons relacionados vão ser uma segunda (Dó) a B (Si). (Veja o box ‘Relativos bem- e a próxima canção que você realmente
natureza para você, mas, mesmo se tiver vindos’ para mais informações sobre tons quer tocar estiver em E (Mi) maior, isso
um conhecimento limitado sobre teoria musicais em geral.) pode ser um problema com discos
musical, você não precisará passar horas Usando esta roda e o simples fato normais, mas com o Live você pode
estudando para poder começar a usar de que quaisquer seções adjacentes simplesmente transpor o próximo track
esta ideia. dela devem produzir uma mixagem de para dois semitons abaixo, para mudar o
Para começar, você precisa saber o som suave, podemos começar a montar tom para D (Ré) maior, e pronto!
tom de cada track. Para resolver isso, você mixagens com facilidade comparativa. Se,
pode usar os seus ouvidos e conhecimento por exemplo, estivermos tocando uma
Remixando ao vivo
musical ou (possivelmente de maneira canção que esteja em E (Mi) menor, uma Na minha última matéria sobre DJs, eu
mais rápida e fácil) usar um programa olhada rápida na roda nos mostraria que mencionei bem rapidamente a prática de
como o Mixed In Key (www.mixedinkey. devemos escolher uma canção que esteja configurar um loop no fim de cada track
em E (Mi) menor para atuar como um tipo de ‘rede de
(obviamente!), B (Si) segurança’, evitando que tracks acabem
menor, A (Lá) menor, antes de você ter mixado o próximo
G (Sol) maior, D track. Mas o DJ criativo pode levar esta
(Ré) maior ou A (Lá) ideia mais além... muito mais além. Como
maior (os três últimos você sabe, em cada track no Live existem
sendo os tons vários ‘slots’. Na última matéria, demos
uma olhada em como inserir canções em
Se você souber o tom dois destes slots, cada um funcionando
de uma canção que quer como um disco tradicional. Desta vez,
tocar, você pode usar a vamos usar um track separado para cada
opção Transpose na caixa canção. Isto resultará em uma sessão mais
Clip Properties para complexa no Live e exigirá um pouco mais
mudar o som, dentro
de planejamento, mas os resultados podem
do razoável, para deixar
a mixagem harmônica ser espetaculares. Está disposto? Então
muito mais fácil vamos lá!
S
e você usa loops como parte
do seu processo de produção,
provavelmente já ouviu falar
do player de loops Dr OctoRex, agora
disponível na versão mais nova do Reason
A cópia do Dr OctoRex loop player do
da Propellerhead. Uma atualização do
player Dr Rex clássico, o Dr OctoRex tem
Reason com o Takes and Items do Reaper.
um conjunto de recursos poderosos para
trabalhar com loops, incluindo acesso áudio pré-gravados – por exemplo, loops – Items/envelopes/markers’ na barra Project
a vários slots de loop, a capacidade de com cada Item contendo qualquer número Settings embaixo do menu File para ‘Beats
processar ‘pedaços’ individuais no modo de Takes. Os Items podem ser divididos (position, lenght, rate)’.
Slice Edit e a capacidade de convocar (conforme necessário) e cada Take em um Você precisará criar uma seleção que
qualquer um dos loops carregados de uma Item pode ser processado por qualquer um combine com o comprimento dos loops
seção de Pattern/Loop no sequenciador. dos efeitos internos ou externos (hardware) com os quais você trabalha. Esta deve
Embora quem usa o Reaper com uma disponíveis ao sistema do seu Reaper. Os ter o comprimento do seu maior loop. Se
licença do Reason 5 possa ter acesso a arranjos podem ser construídos selecionando você carregar um loop de dois compassos
todos os recursos do Dr Octo Rex via Takes em uma lista drop-down. em um Item de oito compassos, o Reaper
ReWire, você pode ficar surpreso em saber Embora cada Item possa conter vários automaticamente aumenta o loop de dois
que o Reaper já oferece muitas funções Takes, os Takes não podem passar dos compassos para se encaixar no comprimento
parecidas para produção de loops, pelo limites do Item. Ajustar os limites do Item – de oito compassos. Mas se você carregar
sistema Items e Takes. por fades, splitting ou looping – afeta todos um loop de oito compassos em um Item
O sistema Item/Take do Reaper fornece os Takes no Item. de dois compassos, o Reaper aumenta a
uma ferramenta rápida e poderosa para Para usar o sistema Take para produção de velocidade de reprodução do loop para que
produção baseada em loops. Nesta loops, você pode imaginar cada Item como o todo o áudio original toque no novo limite
matéria, vamos mostrar a você como equivalente de um Dr OctoRex Loop Player e de dois compassos. Vá para View / Media
carregar os seus loops em Items, chamá-los cada Take em um Item como um Loop Slot. Explorer para selecionar todos os loops que
na timeline e emular alguns dos grandes você quiser agrupar para reprodução: por
recursos do Dr OctoRex.
Loop e carregamento exemplo, um conjunto de loops de Bass ou
O primeiro passo é criar uma biblioteca de Drums que talvez funcionem bem juntos
Tire vantagens Items contendo seus loops preferidos. Eles como parte de um arranjo.
O sistema Take do Reaper está ligado a se tornam os blocos de construção que
Items de mídia. Projetado originalmente você usa ao criar arranjos. Para carregar o • Clique com o botão direito em um dos
para gravação de overdubs, o sistema Take seu primeiro conjunto de loops, crie um loops selecionados e escolha ‘Insert at
também pode ser usado com arquivos de projeto novo e configure ‘Timebase for time selection (stretch/loop to fit)’. Os
loops selecionados vão ser adicionados
à playlist como track separados, com
extensões ou loops automáticos para
caber na seleção do tempo.
• Selecione todos os Items, depois clique
com o botão direito no Item de cima
e vá para ‘Take / Implode Items across
tracks into Takes’. Os Items selecionados
são movidos para o track selecionado,
com cada loop se tornando um Take (ou
slot) separado em um Item novo.
• Dê ao track um nome que reflita o
conteúdo dos loops no Item, como ‘Up-
tempo Drums’ (“bateria ritmada”).
• Clique com o botão direito no Track
Control Panel e selecione ‘Save tracks as
track template’.
• Na janela ‘Save track template’, digite
um nome de arquivo descritivo para o
template e selecione a opção ‘Include
track Items in template’, depois clique
em Save. Isto cria um template de track
que pode ser usado em qualquer projeto
Você só pode trabalhar com vários Takes contidos
futuro para carregar o Item e os loops
em um Item único. Usar este sistema de maneira
associados.
criativa pode apresentar possibilidades reais para
trabalho baseado em loops • Repita este processo para cada grupo
Fazendo loops
Você pode criar arranjos interessantes mudando o loop ativo conforme você passa pela música.
Depois de criar os seus grupos de
loops (templates de tracks), você pode quiser clicando com o mouse. Uma boa efeitos a um loop, clique com o botão
começar a se divertir esboçando arranjos dica é usar os Markers para navegar direito no Take e selecione ‘Take / Show
rapidamente. Templates salvos podem ser rapidamente pelo arranjo ao criar os FX chain for active Take’. Qualquer um dos
carregados em qualquer projeto novo ou seus pedaços. efeitos internos ou externos acessíveis ao
existente. Para começar a construir uma • Repita este processo para o resto do seu sistema, pode ser aplicado ao Take.
nova música, faça o seguinte: arranjo. Você pode mudar o arranjo Para editar o envelope em um loop, clique
a qualquer momento, selecionando com o botão direito no Take e selecione
• Crie um projeto novo. qualquer um dos outros Takes nos Items. ‘Take / Take volume envelope’, ‘Take pan
• Selecione: Track / Insert Track from envelope’ ou ‘Take mute envelope’.
template / Open template.
Modo Slice Edit De maneira parecida, você pode editar
• Selecione o primeiro template de grupo Adicione uma variação ao seu arranjo o áudio em cada Item sem afetar nenhuma
de loops que você quiser usar e clique utilizando o poder de processamento de outra parte. Quer mover o loop do baixo
em Open. O Item, com todos os loops Item e Take. Cada Take no Item do Reaper um pouco antes para uma instância?
incluídos, é inserido no seu projeto, pode ter sua própria cadeia de efeitos, Simplesmente segure a tecla Alt e arraste a
pronto para ser usado. volume, pan e envelope mudo (mute). waveform para mover o offset de início do
• Repita este processo para cada grupo de Eles podem ser aplicados em uma divisão loop para frente ou para trás no Item.
loops que você quiser usar no projeto. de cada vez e também podem ser salvos Precisa criar uma linha de baixo
como parte do template original ou novo. melódica, mas só tem um loop de nota
Com os grupos de loops importados para Você pode adicionar um efeito para uma única? Mude o pitch, selecionando o Take,
um projeto, você pode começar a usar instância do loop no arranjo sem afetar depois aperte F2 e ajuste o valor de ‘Pitch
o poder do recurso Take do Reaper para nenhuma outra instância (Items). adjust (semitones)’ para cima ou para baixo
construir arranjos rapidamente. Para adicionar uma cadeia de conforme necessário.
Para estender os loops ao longo da
duração da sua música, arraste o lado direito
do Item para o fim da canção. Agora você
tem acesso a qualquer um dos loops no
Item, em qualquer ponto na canção. Se os
loops originais não combinarem com o ritmo
do novo projeto, segure a tecla Alt e arraste
para mudar a velocidade da reprodução de
cada loop no Item, para combinar com o
novo ritmo. Para criar arranjos mudando o
loop ativo, siga estes passos:
Medição prática
Saber como interpretar e agir nos
medidores de nível do Cubase pode
ajudar você a fazer melhores mixagens.
M AT T H O U G H T O N medidores, mas O Cubase permite mudar a
é bastante fácil aparência e o comportamento
T
odo pacote de DAW digno do nome adicionar plug- dos seus medidores
inclui medidores de pico digitais, seja ins de terceiros mixer analógico, você monitora as entradas
em um mixer, em canais individuais ou para fazer o trabalho (eu vou apresentar do canal, para garantir que o sinal não
em ambos – mas com que frequência você algumas opções daqui a pouco). está clipando ao entrar, e configura cada
realmente os usa para algo além de uma Você também precisa saber de onde processador para que o sinal esteja perto
exibição de luzes verdes e vermelhas? Prestar qualquer medidor está tomando a sua leitura: do ganho de unidade (unity gain). Desta
mais atenção aos seus medidores (meters) – e é na entrada do canal, antes de todos os slots maneira, você pode fazer o patch para
olhar mais além de simplesmente onde eles de insert, depois dos inserts, ou depois do dentro e para fora sem afetar o nível, e ouvir
‘clipam’ – pode levar a mixagens melhores. fader? Isso faz uma diferença enorme! (ou ver nos medidores do grupo) se você
Quando eu digo ‘clipam’, o Cubase Uma última coisa a dizer sobre medidores está ‘fritando’ demais as coisas: você não
na verdade não clipa o sinal durante o de pico em geral, é que eles são uma vai realmente precisar de medição do canal
processamento: o seu mecanismo de 32 ou ferramenta bastante cega e nem sempre pós-fader. Mas o medidor do bus estéreo é
64 bits pode acomodar níveis muito mais vão dizer a você se o sinal vai clipar. É configurado para pós-fader, para que você
altos. Mas quando você faz o bounce de perfeitamente possível existir um material possa ver o que acontece fora da mesa.
qualquer processamento para arquivos de que não registre clipping em um medidor É uma abordagem sensata para seguir no
24 bits (ou talvez 16 bits), ou quando o sinal de pico convencional, mas que vai distorcer Cubase, mas eu realmente acho as coisas um
passa por quaisquer fases de conversão ao passar pelo conversor D-A, já que pouco diferentes em qualquer outra DAW
A-D ou D-A (se você estiver usando efeitos o conversor ‘desenha’ o pico da curva moderna. Para começar, provavelmente você
externos, por exemplo), o arquivo de representada pelo sinal do áudio digital. não consegue ver todos os seus medidores
áudio não pode armazenar todas aquelas Nesta matéria, eu vou falar sobre algumas de bus e canal de uma vez – então faz
informações – e você vai acabar com estratégias para obter o máximo possível dos sentido exibir os níveis do canal pós-panner
clipping. É isto que eu tenho em mente medidores de nível embutidos do Cubase ou pós-fader ao mixar. Desta maneira, você
quando falo sobre clipping nesta matéria. e vou recomendar alguns plug-ins grátis, ou sabe que não está fritando demais as coisas
No Cubase 5, os medidores de nível do baratos, que podem ajudar você a tampar as com processamento antes de o sinal ir ao
canal são medidores de pico digitais: eles lacunas onde o Cubase não for suficiente. fader, ou do fader para o bus. No master
mostram a você a que proximidade os picos bus, grupo ou canais de efeitos, eu também
mais altos de cada track estão do clipping, e
Os medidores embutidos quero saber se o sinal está clipando ao
se eles clipam, existe um indicador de ‘LED Por padrão, os medidores do Cubase entrar, e muitas vezes vou contar com um
virtual’ na parte de baixo do medidor que vai são configurados para mostrar o nível medidor dedicado no último insert no bus
permanecer vermelho – uma indicação de que de entrada em cada canal. Isto pode ser estéreo para monitorar o nível da saída.
você deve recuar um pouco as coisas. Eles são mudado clicando com o botão direito em
ajustáveis até certo ponto, como eu vou explicar qualquer fader, no momento em que você
Cor e calibragem
na sequência, e configurá-los para saber o que for apresentado à opção de configurar todos Todos os medidores de nível do Cubase
eles estão dizendo a você é importante. os medidores como pré ou pós-fader, ou são apresentados como colunas de plasma
Mas de qualquer modo que você os pós-pan. Não existe nenhuma opção para virtual, com quatro cores diferentes e um LED
calibre, tais medidores dizem pouquíssimo fazer isto individualmente para cada medidor; de clipe virtual dedicado. Se você for para
sobre o ‘volume’ das coisas. Até o transiente tal opção poderia rapidamente ficar confusa, Cubase/Preferences/Appearance/Meters
inaudível mais curto pode clipar sem você mas seria legal poder mudar o master e (Mac) ou File/Preferences/Appearance/Meters
realmente perceber e pode ser que o nível canais de grupo de maneira independente, (PC), você vai encontrar a opção para mudar
médio seja na verdade, bastante baixo. Em para que você pudesse monitorar entradas qualquer uma das quatro cores e mover o
outras palavras, você pode ter dois canais, do canal e saídas do bus, ou vice-versa. A ponto de mudança das cores (níveis).
ambos com a mesma leitura de medição, opção pré-fader exibe o nível da entrada Isso não é só uma opção estética. Por
mas um muito mais alto do que o outro; antes de qualquer processamento; a opção exemplo, se você deixar os ‘pontos de
ou um sinal só alcançando -20dBFS e o pós-pan exibe o nível do sinal depois dos retorno’ espaçados, a transição entre cores
outro alcançando 0dBFS, mas o de -20 na inserts e ‘controle’ de pan, e a pós-fader exibe é bastante gradual, ficando mais vermelha
verdade soando mais alto! Para monitorar o exatamente o esperado. Cada configuração (usando o esquema de cores padrão)
volume, você precisa de um tipo diferente de tem suas utilizações em fases diferentes nos conforme o sinal fica mais quente. Se, ao
medidor que funcione em níveis médios - um processos de gravação e mixagem. contrário, os colocar próximos, em pares,
medidor PPM ou VU. O Cubase não inclui tais De maneira convencional, com um você tem uma indicação muito mais clara de
O futuro de 64 bits
Será que agora os músicos
ROBIN VINCENT
A
novidade quente na Edição 1 era uma ajuda de sampling. Alguém falou
que a Aphex estava lançando em direitos autorais? Não, é 1985 e por
uma versão mais acessível do enquanto ninguém foi processado.
processador de geração harmônica O mercado de monitores de tamanho
patenteado, na forma do Aphex Type C. pequeno a médio, dominado em 1985 pela
Nossa declaração em negrito, virando uma Tannoy, JBL e Yamaha, é representado por...
imagem formada de maneira inconveniente Wellard Research, com o seu Middle Monitor.
em 90º para caber em uma coluna única, Ter amplificadores de energia embutidos em
podia estar à frente do seu tempo... Mais 1985 realmente os marca como O Modelo
além na história, existe uma referência ao das Coisas Por Vir, mas fora o fato de que
novo “limitador inteligente de 3 bandas, Midge Ure, da capa da SOS, tinha um par,
incorporando um Transient Enhancement eu não consigo achar mais nada para dizer a
Circuit que na verdade aumenta a sua vocês sobre eles. Alguém por aí com certeza sampling acessível foi um
percepção de transientes enquanto conhece ‘The Wellard Story’... assunto importante de 1985.
mantém limitação de pico absoluto” da “The Bokse Company Limited” (a gente A história final das novidades é dada sobre
Aphex. Parece metade dos software que não pode chamar só de Bokse?) tem o teclado de sampling Prophet 2000 da
a gente viu nos últimos anos, mas este, é duas colunas inteiras cheias de produtos: Sequential: polifonia de 8 notas, até 16
claro, era hardware. US8 Universal Synchroniser, Timecode samples de sons diferentes espalhados
O mais novo CD player da Sony ganha Controller, ATS3 Active Timecode pelo teclado, uma seção de sintetizador
uma chamada– “a Sony encara o mercado Splitter, MPS7 MIDI Patch Selector e MIDI mais tradicional com formadores de onda
do CD com bastante sucesso este ano” – Humanizer. E eu me lembro de realmente integrados, filtros e etc., um arpejador e
mas ganha um ponto de vista da Sound achar alguns deles empolgantes. uma banda larga de áudio de 20kHz dando
On Sound com uma dica sobre como usar Fora todo o movimento de três segundos de tempo de sampling. Está
os ponto de índice programáveis como sequenciamento de MIDI e timecode, o bem, provavelmente você não percebeu –
TRÊS SEGUNDOS de tempo de sampling.
Sim, era isso que você conseguia
com os 256k integrados de
memória RAM. Precisa de
mais? Simplesmente diminua
a banda larga do áudio para
8kHz e você consegue mais
oito segundos para tocar! Não
é a Vienna Symphonic Library,
mas para colocar em algum tipo
de perspectiva, 256k era oito
vezes a memória encontrada em
computadores que ajudaram a
fazer as primeiras edições da SOS.
Por fim, existem o que só pode
ser descrito como as três formas
coloridas no canto da página.
Elas só podem ser descritas
assim porque é isso que elas
são. Dizem que o seu verdadeiro
significado se perdeu ao longo
do tempo, mas que se você
olhar fixamente para elas bem
de perto, por tempo suficiente,
as cores vão começar a dançar
na frente dos seus olhos e você
vai começar a se sentir enjoado.
Então não faça isso, está bem?
Dave Lockwood
Editor/Diretor Editorial
Produtor e compositor
O homem por trás do maior single do Reino Unido
no ano – ‘Pass Out’ do Tinie Tempah – é o prodígio
musical de 21 anos, Labrinth.
Labrinth também está prestes a ganhar vieram da igreja.
PATRICK STURROCK
popularidade própria com o futuro “Quando eu estava crescendo em
lançamento do seu single de estreia como Hackney, a minha família era muito
T
endo por base um estúdio no artista solo, ‘Let The Sunshine’. religiosa. Ouvíamos bastante gospel e não
bairro de Wood Green em Londres, podíamos ouvir música secular. Ouvíamos
Labrinth durante o último ano, cujo
Uma Formação Religiosa vários artistas ótimos, tipo Kim Burrell, Kirk
nome verdadeiro é Timothy McKenzie, Nascido em Hackney, Labrinth vem de uma Franklin e coisas assim. O gospel tem várias
escreveu e produziu tracks para a nata grande e talentosa família musical. Seu influências diferentes: funk, soul, blues
do cenário de urban e pop do Reino irmão Josh toca bateria para Natasha e e jazz. Crescer com isso foi uma grande
Unido, incluindo Tinie Tempah, Professor Daniel Bedingfield, e sua irmã Sherelle fez influência – não era como se estivéssemos
Green, Pixie Lott, JLS, Ms Dynamite, sessões de voz para Guy Chambers. Como estudando o evangelho, e sim como se
Bluey Robinson, Master Shortie, Tinchy tantos músicos talentosos antes dele, as estivéssemos inspirando um ao outro.
Stryder, Ellie Goulding e muitos outros. primeiras influências musicais de Labrinth Meu irmão tocava baixo e eu o observava
Labrinth pode chamar uma seleção de teclados digitais e analógicos, incluindo (esquerda, de cima) Roland JP8000, JX3P e JD800 e (direita) Korg Microkorg,
Clavia Nord Lead 2 e Korg Trinity
monte de artistas diferentes com quem eu estúdio. Embora não fosse certa para Bluey, som do Super Nintendo antigo e expressar
deveria trabalhar. Eu passei cerca de um eu sabia que tinha alguma energia. aquela vibe de jogo. Eu também usei a
ano aprendendo como a indústria musical “Depois do sucesso do Tinchy Stryder, onda senoidal padrão do Logic EXS24 para
funciona com um escritor trabalhando com os selos estavam procurando rappers e criar o som da introdução, e na balada isso
briefings. No fim de 2009, eu conheci Tinie assinaram com Tinie Tempah. Eu entrei no soa excelente. Na bateria eu gosto de um
Tempah e escrevi ‘Pass Out’. Foi o meu MySpace dele e o achei ótimo, mas não pouco de distorção para ter aquele som
começo de tentar fazer a minha própria gostei muito do seu estilo grime. Uma coisa cheio e esmagador para manter aquela vibe
coisa e simplesmente tentar ser eu mesmo. que eu olhei foi o seu ritmo, e percebi que de 8 bits. Na seção de reggae, eu queria
Foi estranho vê-lo chegar ao 1º lugar – eu ele é ótimo em se encaixar em um beat. um pouco daquela maneira antiga de fazer
já vi pessoas perseguindo sucessos durante Quando veio ao estúdio, ele disse que isso, e a toquei em uma Fender Precision
10 anos, e isso acontecer no meu primeiro queria tentar algo um pouco diferente, um com uma das configurações do Amplitube.
lançamento foi radical. Aconteceu porque pouco mais peculiar do que ele tinha feito “Seguindo da ideia do reggae, eu queria
eu disse que queria ser eu mesmo. antes. Foi quando eu toquei ‘Pass Out’. uma vibe de jungle com a bateria no final.
“Antes de conhecer Tinie Tempah, tinha Ele disse ‘Isso é perfeito!’ e saiu da sala. Eu O bumbo era do Ultrabeat no Logic (eu
um briefing do que a empresa queria – era achei que ele só tinha ido ao banheiro, mas gosto dos seus subs limpos) e também
um pouco de ‘Bonkers’ do Dizzie Rascal e ele voltou com uma vibe e estilo todo novo. usei um bumbo de hip-hop que eu mesmo
um pouco de ‘Rolex’ do Wiley. Eu pensei Foi um momento incrível, eu sabia que fiz, que tem uma batida legal, ele tem
‘Apesar de serem tracks importantes, isso alguma coisa especial tinha acontecido. um pouco de vibe do J Dilla. Aí eu tinha
não é explorar o hip-hop’, então eu resolvi Enquanto ele estava fazendo seus versos, um tipo de caixa firme, tipo Dre, que eu
fazer uma coisa própria e coloquei Tinie eu adicionei esta introdução louca. Eu coloquei no topo para conseguir um pouco
atrás de um som totalmente diferente. acabei colocando também uma seção daquela sensação de hip-hop antigo.
“Pass Out” foi originalmente escrita de reggae e transformei a canção em um “Quando Michael Jackson fazia um
quando eu estava escrevendo tracks para banger louco, cara”. track, ele tinha um pouco de soul, um
o álbum do Bluey Robinson. Eu estava “A canção toda tinha uma nota grave e pouco de funk e um pouco de rock. Isso
procurando algo um pouco mais ritmado do uma terça acima dela, quase tipo trance. fazia o pessoal do rock dizer ‘Agora
que eu já tinha criado para ele. Eu disse a O som do sintetizador eu posso apreciar um
ele ‘Vamos só fazer experiências hoje, não era um [Korg] Polysix pouco de soul.’ Eu acho
procurar um estilo já definido, só algo que e eu sobrepus em um que ‘Pass Out’ ajudou
tenha uma vibe.’ Daí eu escrevi ‘Pass Out’, som de 8 bits tipo um monte de pessoas
mas não era perfeita para Bluey, era só algo Nintendo em cima. Eu que eu conheço, que não
que eu e ele usamos para uma só queria usar aquele necessariamente curtiam
pequena batalha de dança no som porque adoro o drum & bass, a aceitá-lo
porque era uma mistura
com outros elementos que
elas curtiam - o mesmo
com a seção de reggae.”
Negócios de Frisky
‘Pass Out’ foi direto para o
1º lugar nas paradas de singles do Reino
Unido em abril de 2010. Para seguir este
single, Labrinth rascunhou o track que
viraria ‘Frisky’ no seu laptop Apple G4.
“Com ‘Frisky’, a gente buscou uma vibe
parecida com ‘Pass Out’, mas desta vez eu
só usei um baixo do meu Roland JX3P, um
teclado antigo dos anos 1980. Eu usei o
JX3P para a melodia, também, e o sobrepus
com um som do Rob Papen Blue VSTi.
“A voz americana dizendo ‘Frisky’ no
refrão sou eu. Eu tenho este pequeno
personagem que eu criei que me lembra
os álbuns do Parliament quando eles
costumavam colocar pequenos sons vocais
estranhos. Eu inventei este cara, o chamei
de Christopher Frisk – ele está lentamente
criando uma identidade e eu o coloquei em
várias canções que fiz recentemente – ele
está no álbum do Professor Green e em
Oval
Markus Popp: Gravando Oh e O
Um dos espíritos mais ousados da
música eletrônica, Markus Popp está
de volta em um álbum com som
surpreendentemente... musical. Mas
será que as aparências enganam?
SAM INGLIS
M
arkus Pop, também conhecido
como Oval, pode ser um
entrevistado frustrante, no
mínimo porque muitas vezes
ele responde as perguntas com mais
perguntas.
“Será que eu realmente toco
instrumentos neste novo álbum?”
E aí, toca?
“Sim e não.”
Hmmm.
“Estes instrumentos são virtuais ou reais?
De novo, sim e não.”
Bom, obrigado.
O novo álbum em questão é o primeiro
do Oval em nove anos, um CD duplo
intitulado simplesmente O. Acompanhado
por um EP separado chamado Oh, ele foi
criado como uma aventura inesperada Foto: Constantin Falk
do homem que nos deu a ‘glitch music’ e eu fiz antes, e fazer isso em todos os níveis: com uma abordagem totalmente nova foi
passou anos ensinando aos computadores técnica, musical e organizacionalmente. Eu fácil – pelo menos na teoria. Tanta coisa
novas maneiras de gerar som. Ninguém queria trazer de volta a parte ‘música’ – em mudou ao meu redor durante a minha
vai confundi-lo com S Club 7, mas sem minha opinião, muitas vezes ausente – em parada, que a lista de ferramentas para
dúvida ele é muito mais acessível do que ‘música eletrônica’. Eu queria tocar coisas, testar em 2010 foi praticamente escrita
a maior parte da obra anterior do Popp. estava impaciente por assumir o controle sozinha. É claro que o que fazer com estas
Ele apresenta até alguma coisa que soa – por exemplo, estabelecendo riffs como novas ferramentas era o grande desafio.
notavelmente como um homem sentado o novo bloco de construção principal, “Em primeiro lugar, eu queria um tipo de
atrás de uma bateria e a tocando com substituindo o loop. Este elemento sozinho música divertida, convidativa, ‘só escute’ que
as baquetas, enquanto que a maioria do adicionou muito mais presença e controle, apenas ‘é’ sem esforço, e que de maneira
conteúdo musical seja tocada em algo que mas também várias decisões sem precedentes convincente renderiza distinções obsoletas
pode ou não ser uma guitarra. (Imagine e novas responsabilidades. Ser baseado em como programado versus tocado ou acústico
Derek Bailey tocando em um sampler loops, como na época antiga do Oval, foi, por versus eletrônico. Sem músicos contratados,
quebrado.) No fim das contas, é tudo definição, muito estático e inflexível. sem banda ao vivo – apenas eu, pronto para
inesperadamente quente e humano. O “Efetivamente, quase nada dos meus começar do zero e ir mais além.”
próprio Popp o descreve como um “álbum antigos truques, ferramentas e técnicas
de estreia do Oval tudo de novo”, o passou para o meu novo setup. Além disso, É real ou é oval?
resultado de uma tentativa consciente de tudo mais ao meu redor ter mudado de Tendo sugerido que este “novo começo”
reinventar sua música. maneira tão drástica ao longo dos anos com reflete uma mudança radical de método,
“O passo mais importante em direção certeza ajudou. Seria um enorme exercício imediatamente depois, Popp enfraquece
a este objetivo foi uma ‘aventura radical’ de engenharia reversa fazer outro álbum esta sugestão, enfatizando que a maneira
– fazer tudo de maneira o mais diferente Systemisch, Ovalcommers ou até So com com que a música chega ao ouvinte pode
possível em comparação com as coisas que as ferramentas atuais. Mas começar do zero ser enganosa. “Uma chuva, uma explosão,
Tracks
CLÁSSICOS
Talking Heads ‘Road To Nowhere’
consumismo excessivo de meados dos
Quando a primeira edição da SOS chegou às bancas em anos 1980. O track de encerramento no
outubro de 1985, o Talking Heads já estava alcançando sua álbum Little Creatures que também gerou
o single de sucesso ‘And She Was’, ‘Road
posição mais alta nas paradas no Reino Unido. A canção To Nowhere’ na verdade chegou ao 6º
lugar na parada britânica e, embora não
era ‘Road To Nowhere’. O engenheiro Eric Thorngren tenha alcançado o Top 50 na Billboard
conta a história da sua gravação. Hot 100, ele representou a apoteose de
uma antiga banda da escola de artes cuja
say what we’ve seen.” (“Bom, sabemos produção, muitas vezes experimental,
RICHARD BUSKIN
para onde vamos Mas não sabemos onde incluía uma mistura eclética de punk, pop,
estivemos E sabemos o que estamos funk, world music e a vanguarda. O álbum
O
track começa com um conjunto sabendo Mas não podemos dizer o que já anterior do grupo, Speaking In Tongues
vocal a capella apoiado por um vimos.”) (1983) consistia de composições conjuntas
coro angelical antes de prosseguir Não existem muitos artistas que surgindo basicamente de jam sessions
para uma melodia animada enfeitada por conseguem embelezar de maneira do quarteto do cantor/guitarrista David
acordeom que não corresponde à letra convincente um assunto deprimente Byrne, baterista Chris Frantz, baixista
triste sobre as nossas vidas sem propósito e com um arranjo musical eminentemente Tina Weymouth e tecladista/guitarrista
sem sentido: dançante, feliz e cativante. Mas o Talking Jerry Harrison, gravados juntos com nada
Heads conseguiu isso com ‘Road To menos do que 10 cantores no back vocal
“Well, we know where we’re goin’ But Nowhere’, um sucesso do Top 10 do e músicos. Mas Little Creatures viu Byrne
we don’t know where we’ve been And Reino Unido que condenou alegremente retomar sua posição como líder da banda
we know what we’re knowin’ But we can’t o reinado yuppie predominante e o e compositor principal, em um álbum
Gravando
Thorngren passou um dia configurando
tudo antes das sessões de gravação
começarem na manhã seguinte no Sigma
Sound. Aí, depois que os membros
da banda passassem por um número
específico que estava sendo considerado David Byrne, New York, 1985.
para gravação, ele fazia quaisquer ajustes Foto: Benno Friedman//Time Life Pictures/Getty Images
necessários à microfonação, além do setup depois que ET e Jerry Harrison remixaram depois eu mudava a mesa e gravava alguns
da bateria e vários amplificadores. todos os álbuns do Talking Heads em 5.1 tracks para True Stories no outro lado do
“Podíamos mudar muito rapidamente para o box set Brick. “Quando eu voltei e vidro, antes de voltar para a mixagem do
para ideias diferentes,” ele diz. “Eu tinha escutei tudo aquilo, eu percebi que David Little Creatures enquanto eles ensaiavam
um setup de Hammond e Leslie para o Jerry provavelmente é um dos melhores músicos mais alguns tracks. Como eu descobri
enquanto o seu Emulator e DX7 passavam de guitarra base que já existiram,” ele diz. depois, quando fizemos um track do True
por DI e então, depois que gravávamos “Isso me deixou louco. “Eu sempre soube Stories depois deles ensaiarem e resolverem
uma canção específica, estávamos prontos que o timing dele era ótimo, mas ouvi-lo como montar a canção, os vocais do David
para o overdub de certas partes.” Estas, tocar era desconcertante. Ele é um talento eram os que usávamos. Eles eram ótimos.
por coincidência, não incluíam os vocais incrível.” Enfatizando este ponto, está o Ele montava o track como uma coisa sólida
principais do David Byrne, que eram fato de que, enquanto trabalhava no Little e dava muito certo. “Passávamos quatro
mantidos das suas performances guias. “Ele Creatures, Byrne estava simultaneamente ou cinco horas em uma canção e nunca
era ótimo”, Thorngren afirma. “Ele não fazendo o mesmo para o álbum seguinte compilávamos de takes múltiplos,” diz
estava se esforçando, só estava fazendo a do Talking Heads, True Stories, que serviria Thorngren. “Usávamos um take completo
canção, mas ele tinha tanta personalidade como um tipo de trilha sonora para o filme sem cortar entre versões diferentes. Sabe,
nas performances enquanto gravávamos de mesmo nome que ele escreveu, dirigiu e tudo depende do baterista, e Chris tinha
que era tipo, ‘nossa, como você vai fazer estrelou. (Algumas das canções na verdade um timing inacreditável. De fato, a banda
melhor do que isso?’ Isso criou um tipo foram executadas por atores no filme.) inteira era bastante firme e extremamente
de enigma, porque o som da palheta da Consequentemente, quando Eric Thorngren boa na época, então eu não tinha nenhum
guitarra dele estava no microfone [de voz] e mudou para o Studio 5 do Sigma Sound, problema com afinação ou coisa assim.
isso acrescentava algo ao som da guitarra. muito maior e equipado com uma SSL, para O único desafio que eu encarei foi com
Mas se quiséssemos consertar uma linha, a mixagem do Little Creatures, os membros os gravadores de fita e a fita. “Depois de
ele tinha de entrar e dedilhar a guitarra da banda muitas vezes ficavam na sala de gravar alguma coisa com o A800, eu fazia
enquanto cantava ou então ia aparecer controle, ensaiando algumas das canções um slave em outro gravador de 24 tracks
um buraco.” A estima de Thorngren pelos para True Stories. “Eu passava por uma ou e depois fazia os overdubs sem arrastar a
talentos de Byrne só aumentou em 2004 duas mixagens,” Thorngreen lembra, “e bateria pelas cabeças o tempo todo. Bom,
Fim do caminho
Jack Skinner masterizou
Little Creatures no Sterling
Sound, graças ao Eric
Thorngren tê-lo trazido
ao projeto, como ele fazia com todos os as letras caracteristicamente sarcásticas Você pode ouví-lo sorrindo e ele parece
trabalhos na época. do David Byrne. E embora, com certeza, não se importar muito se seguirmos ou
“Eu tinha uma harmonia com o Jack, teria vendido muito mais se a banda não.” “David Byrne era um ótimo letrista,
e ele também me deixava brincar com tivesse apoiado o álbum com uma turnê ele dizia coisas que simplesmente me
o material,” Thorngren lembra. “Não na época em que Byrne focava a maior arrebatavam,” diz Eric Thorngren, cuja
se esqueça, existiam vários problemas parte da sua energia no projeto do True lista de créditos de mixagem, engenharia
singulares naquela época porque você Stories, pelo menos ele aproveitou os e produção incluem Eurythmics, Grace
tinha de colocar o álbum inteiro em uma vídeos promocionais surreais e peculiares Jones, Robert Palmer, Public Image Ltd,
gravação de 12 polegadas, e é claro que que David iniciou, como o para ‘Road To Debbie Harry, Cyndi Lauper, Violent
todo mundo queria encerrar com a sua Nowhere’, que ele dirigiu com Stephen Femmes e, mais recentemente, Kenny
maior canção no groove de pior som no Johnson e que ganhou uma indicação Wayne Shepherd e 2AM Club, além das
disco.” Neste caso, aquela canção era de ‘Melhor Vídeo do Ano’ no MTV Video trilhas sonoras dos filmes Mais Estranho
‘Road To Nowhere’... “Você tinha de fazer Music Awards de 1986. “Little Creatures Que A Ficção (Stranger Than Fiction),
todo tipo de coisa para manipulá-la para é o som do David Byrne se apaixonando 30 Dias De Noite (30 Days Of Night) e
que a última canção pudesse ter um pouco pela normalidade,” opinou Rob Aventuras no Novo Ártico (Arctic Tale),
de energia,” Thorngren continua, “mas Tannenbaum na sua avaliação da Rolling e também trabalhou em um jogo para o
você não queria que o álbum fosse suave Stone. “Embora seja um álbum modesto e Xbox 360. “Ao mesmo tempo, a banda era
demais. Era sempre como um jogo, então encantador, quem iguala criatividade com tão firme, eu não tinha nenhuma maneira
eu ficava na masterização para garantir complexidade vai com certeza colocá-lo de corrigir nada, exceto para o punch.
que tinha conseguido o melhor possível.” de lado como uma onda antiga. Mas com Ainda assim, uma coisa que caracteriza
Com certeza ele conseguiu isso em Little o resto do mundo pop ainda chegando o álbum inteiro é o seu gigantesco som
Creatures, que chegou no 20º lugar da perto do brilhante Remain In Light, o do bumbo. Ouvindo agora, eu consigo
Billboard 200 e no 10º lugar na parada que pode ser mais subversivo do que um escutar minha influência vindo dos álbuns
do Reino Unido, enquanto que os críticos álbum alegre e limpo? Esta parece ser de dance que eu gravei, onde o bumbo
Pazz & Jop da Village Voice o escolheram a mensagem de ‘Road To Nowhere’, o realmente tinha de estar lá. E sabe de
como melhor álbum de 1985. Focando single astucioso e furtivo que encerra o uma coisa? Deu certo na época e dá
justamente nos quatro músicos principais, álbum. Byrne admite que está perdido, certo agora!” Obrigado ao Ritch Esra do
ele temperou com sucesso o seu abraço mas perambula com alegria em direção Music Business Registry por sua ajuda em
autoconsciente do mainstream pop com ao nada porque ele tem companhia. conseguir esta entrevista.
Últimas
Notas
Bastidores da música de TV
É ótimo ser valorizado – até certo ponto...
PAUL FARRER rádio, e na maioria das semanas algum
fanático de mão peluda ligava pedindo
P
essoas que colecionam coisas cópias dos jingles mais novos para “colocar
sempre me confundem um pouco. na coleção”. Na época eu achava isso
Sempre me pareceu uma obsessão tão perturbador quanto acho hoje – só
meio assustadora, quando a necessidade que agora que a minha música tem sido
de completar uma coleção pode ser mais tocada globalmente, a profundidade, programa é exibido há mais de uma década.
importante do que os objetos em si. Uma distância e variedade de esquisitices que Nem preciso dizer que os cantos mais
coceira que você curte não poder coçar. chegam ao meu e-mail é um dos aspectos obscuros da Internet não ajudaram a abafar
Um fetiche. mais inquietantes e, às vezes, bastante o entusiasmo e a rivalidade entre nerds
Para algumas pessoas, são gibis raros; assustadores da minha carreira. destas pessoas. E se você estiver buscando
para outras, bules de porcelana ou borboletas uma carreira como compositor de TV,
mortas. E só de vez em quando, é a música
Olhos no prêmio talvez valha a pena gastar um tempo para
‘Traffic and Travel’ do pacote de jingles de Você não pode entrar numa loja e comprar considerar as chances de que um dia você
Natal da Kidderminster FM de 1992. música comissionada, então você tem que ir também possa ser o receptor de e-mails
Um dos meus primeiríssimos empregos atrás do coitado que a escreveu e implorar desesperados de mãos suadas suplicando
foi trabalhar para uma empresa que por cópias. Aos olhos do colecionador, isso por (e eu cito) “TODAS as partes finais
produzia música para estações locais de preenche o objetivo de ter alguma coisa do Krypton Factor, bases de tensão e
que você precisa ‘caçar’, efeitos de som - NÃO SÓ OS TÍTULOS E
onde provavelmente só CRÉDITOS FINAIS!!!” Será que alguém
o mais corajoso e mais pode legitimamente chamar o remetente
valente vai conseguir ficar deste e-mail, de amante de música? O
satisfeito. Aparentemente, que será que ele considera ser um passeio
se você hackear o jogo de romântico? Eu me arrepio só de pensar.
Playstation do The Weakest
Link, você consegue ripar
O elo mais fraco
os arquivos de música dele, Uma vez eu fui ameaçado de morte
mas por algum motivo eles por um racista enlouquecido na
nunca incluíram a música Albânia que era fanático pelo John
das duas últimas rodadas Lennon e odiava o Eminem. Pelo que
como parte do jogo. eu pude entender, ele odiou o fato
Adivinhe quais tracks os de que John Lennon e Eminem eram,
colecionadores sempre me em algum momento, ganhadores
falam que são sua parte de um BMI Composer Award. De
“preferida” do pacote, que alguma maneira ele descobriu que
os deixariam eternamente eu também tinha recebido o mesmo
agradecidos, se eu “enviasse prêmio e, aparentemente incapaz de
a eles como um arquivo achar um e-mail correto para o “The
em alta definição? De Liverpudlian”, ele resolveu me contar
preferência WAV, mas MP3 isso. “Você está brincando com fogo, se
também serve”? Eu recebi entende o que eu quero dizer”, ele me
18 e-mails deste tipo só nas avisou em um e-mail tenebroso e raivoso
últimas 12 semanas. E o com péssima pontuação.
Pelo menos, dizer que ia me matar,
não o impediu de me pedir algumas das
“Me envie a versão editada
minhas músicas tema. Então eu enviei
do track base, sim? É o que
vamos ver!” algumas para ele.
POR DENTRO DA
MÚSICA
PAUL TINGEN
Segredos dos Engenheiros de
Mixagem: Craig Silvey - Arcade Fire
O
engenheiro e produtor Craig Silvey é
conhecido por mixar singles, como o
mega sucesso ‘Rise’ da Gabrielle em
2000, mas o seu forte é trabalhar em álbuns
Apesar das limitações auto-impostas, as sessões
completos. Sua discografia inclui nomes como multitracks para o álbum mais novo do Arcade
REM, Santana, Ray Davies, Nine Inch Nails,
Linda Ronstadt, Aaron Neville, Pearl Jam, the Fire cresceram em proporções épicas. Mesmo
Coral, Portishead, the Magic Numbers e New assim, Craig Silvey o mixou em uma mesa
Young Pony Club, além de artistas clássicos
como the Kronos Quartet e John Adams. vintage sem nenhuma automação...
O destaque mais recente é The Suburbs
do Arcade Fire, um álbum que alcançou o e dos EUA, enquanto que o single britânico um estúdio no leste de Londres chamado The
primeiro lugar nas paradas dos EUA, Reino ‘We Used To Wait’ só conseguiu um mísero Garden, pertencente ao Matt Johnson, da
Unido e na terra natal da banda, Canadá, 75º lugar. Resumindo, o Arcade Fire é aquela banda The The, que está abarrotado com a
além de críticas empolgadas no mundo todo. coisa antiga e cada vez mais rara: Foco no aparelhagem antiga e vintage de Silvey, que
Embora os três álbuns da banda, Funeral álbum como um todo. ele colecionou ao longo de duas décadas.
(2004), Neon Bible (2007) e agora The O orgulho do local é o seu Neve 8026 de 40
Suburbs, tiveram sucesso crescente, os seus
Alucinado pelo analógico entradas, carregado com módulos 1084 e
singles continuam quase nem aparecendo nas “Eu não suporto o som de MP3s”, declara 1076. Tem também um sidecar Neve BCM10,
paradas. O primeiro single, e track título, do Silvey, com alguma veemência, e ele não é um Studer A80 de 24 tracks e uma abundância
novo álbum, alcançou o 94º lugar no Canadá fã do áudio digital no geral, nem mesmo no de periféricos, incluindo equalizadores da
e nem apareceu nas paradas do Reino Unido conceito HD. Atualmente, ele trabalha em Helios, John Hardy e Calrec, compressores
Uma captura composta de tela, mostrando a Session inteira do Pro Tools para o ‘The Suburbs’
Perspectiva
De acordo com Silvey, o uso do gravador de
fita única e a mesa McCurdy fizeram parte
de várias restrições que a banda e a equipe
de produção impuseram à sua maneira de
trabalhar. Apesar disso, os multitracks para
The Suburbs muitas vezes continham mais The Garden usa uma mesa vintage Neve 8026
de 60 tracks para cada canção, com a visão
geral do que foi gravado e, portanto, às vezes Aí eu fiz uma mixagem preliminar de cada de periféricos no Pro Tools. Um sinal saía
correndo o risco de ser perdido. canção, porque eles precisavam ouvir os do Pro Tools para um compressor, voltava
Silvey: “Era o terceiro álbum deles, e dado tracks de alguma maneira, para decidir onde para o Pro Tools e depois vinha de novo
o sucesso dos dois primeiros, agora eles algumas coisas que eles tinham gravado em outro conjunto de saídas, que podia
tinham o tempo e as condições financeiras deviam ficar, ou se talvez elas não eram receber automação no Pro Tools. Eu também
para tentar qualquer coisa. Eles precisavam necessárias, no final das contas. Com certeza apliquei um pouco de automação de níveis
fazer isso, mas também sabiam que podia havia o objetivo de tentar achar espaço na no Pro Tools – usando uma Pro Control, eu
ser a receita para um desastre. Este foi o mixagem para tudo que foi gravado. Eu não não suporto fazer mudanças olhando para
principal motivo de colocar limitações na só mixei na Neve no Frisson, como também uma tela de computador – mas no geral era
maneira como eles gravavam, e aí, o resto do na McCurdy, e às vezes eu também tinha mínimo, então a maioria da mixagem era uma
tempo, eles resolviam como contornar estas um sidecar Neve BCM10 e uma Quad Eight ‘performance ao vivo’ na mesa. Eu acho que,
limitações. Também foi por isso, por exemplo, rolando! Todas foram reparadas e usadas de se eu posso configurar um bom equilíbrio
que mixamos no Frisson, e não no estúdio maneiras diferentes. geral sem reverter para automação, ou sem
da Celione Dion em Montreal, que tem uma Mark Lawson estava no espaço ao vivo precisar mover os faders, isso significa que a
SSL de 96 entradas que, de várias maneiras, do estúdio e podia ajudar quando fosse mixagem já está em um bom lugar, porque as
teria sido muito mais fácil, já que a Neve necessário. Em um momento, tínhamos seis coisas não estão ficando umas em cima das
do Frisson não tem automação adequada. engenheiros trabalhando em uma mixagem! outras. Isso realmente vem da velha maneira
Trabalhar no estúdio da Celine Dion nos daria Como não havia automação, eu fiz stems de pensar na mixagem. Eu tento fazer minhas
mais opções, mas não precisávamos delas, da bateria, baixo, guitarras e etc. para cada mixagens o mais amplo, profundo e alto
precisávamos de restrições. canção depois de cada primeira passada possível, realmente colocar as coisas em 3D,
“Existiam vários motivos para muitas da mix. Em alguns casos, eu acabei com 30 sem ficar nada em cima das outras coisas.
das Sessions acabarem ficando tão stems por canção. A banda queria ter a opção “A respeito do meu método de mixagem,
enormes. Existem sete músicos na banda, de fazer um recall de cada canção depois eu mixo em ondas. Na primeira vez, eu passo
e todo mundo é bastante talentoso e toca da minha passagem da mixagem inicial, e é depressa por uma mixagem, tentando obter
instrumentos diferentes, e as coisas foram impossível fazer um recall completo em uma um ‘sentido’ do que está ali e uma direção
gravadas de várias maneiras diferentes, muitas Neve antiga. A segunda mixagem consistia para a canção. Aí eu começo na bateria,
vezes simultaneamente e, com frequência, de talvez 80-90% de stems da primeira mas, de novo, eu não demoro muito nela. Eu
eles usavam vários microfones para gravar mixagem e o resto foi refeito. Para a maioria posso deixá-la em 50% de onde eu a quero, e
cada parte. Foi difícil manter uma visão geral das canções, minhas mixagens originais aí rapidamente passo para o baixo, depois as
de tudo que foi gravado, e Mark Lawson tinha eram muito próximas, e a segunda mixagem guitarras e o teclado, e depois o vocal, e etc.
milhares de planilhas sobre o que era feito, normalmente era uma questão de ajuste de Aí eu ouço tudo e faço alterações individuais.
quando, por quem e por que. Muitas Sessions níveis, em vez de mudanças mais radicais.” Depois eu volto à bateria isoladamente, o
eram tão elaboradas que ele precisava de o ‘The Suburbs’ limpa, bem gravada e bem baixo isoladamente e etc., e eu posso repetir
dois ou três dias de preparação para cada organizada, Silvey conseguiu seguir direto este processo duas ou três vezes, e a partir
canção que eu ia mixar, para compilar tudo e para a mixagem da canção no seu Neve 8026 deste ponto eu só ouço a mixagem completa.
carregar em um arquivo do Pro Tools. Apesar de 40 entradas. A Session consistia de 50 Obviamente, eu prefiro usar periféricos, mas
de todos serem talentosos, incluindo Mark e tracks únicos, assim, as restrições de entrada existem dois plug-ins que eu não consigo
Markus e os outros engenheiros envolvidos, na Neve indicavam a necessidade de um viver sem: o Massenburg Designworks EQ
depois de se envolverem nisso durante tanto pouco de organização prévia. e o Altiverb [Audio Ease]. Você pode ver o
tempo, quando eles me abordaram eu acho Silvey: “Eu precisei fazer alguns grupos Massenburg na Session do ‘The Suburbs’
que realmente queriam alguém com uma no Pro Tools. Mas a Neve também tinha uma como MD3 e MD5 em vários tracks. Eu o uso
perspectiva ‘de fora’. seção de monitor de 24 canais, que eu usei para afinar frequências específicas, enquanto
“Além de mixar, meu papel era conectar para retornos de efeitos e quaisquer tracks que um periférico ou o equalizador da mesa
todo o material que eles tinham. Eu ajudei a que vazassem. Eu também usei um sidecar Neve, servem para suavizar e colorir o som. O
resolver quais coisas eram ou não necessárias. Neve BCM10. E também várias inserções ‘662’ e ‘632’ em Aux 1 e Aux 2 são Altiverb,
Marcos
P
ergunte amanhã e, provavelmente, estiveram de mãos dadas com as mudanças na
vamos fazer uma lista
completamente diferente. Durante maneira como os álbuns soam. Para marcar o nosso
a nossa leitura desta matéria, surgiu 25º aniversário, nós listamos as produções mais
um desconforto aqui e ali sobre suas
omissões mais gritantes (nada do Nine influentes que surgiram durante a existência da SOS.
Inch Nails? Nenhuma música de filme?),
suas tendências – para música britânica,
em especial – e talvez suas inclusões com música reggae e dancehall e todos foi usado como apoio pela maioria dos
sem merecimento. É claro que não existe os gêneros derivados dela (incluindo vocalistas influentes de reggae e ainda
nenhuma maneira científica para que você grime, dubstep e jungle) vai reconhecer pode ser ouvido hoje, de forma sampleada
possa medir a influência de uma produção, imediatamente a linha de baixo simples de ou retrabalhada, em gêneros incluindo hip-
nem definir os milhões de álbuns, CDs e quatro notas e bateria eletrônica um pouco hop, garage e drum & bass. Chris Korff
downloads digitais que foram lançados deficiente. Estes dois pontos, graças a um
ao longo do último quarto de século para Casio MT40, que agora apresentam preços Moving
um grupo pequeno. Mas o propósito de de segunda mão totalmente exagerados Hearts
listas como esta é provocar discussão, não para um teclado tão primitivo, basicamente The
encerrar o assunto – então, em toda sua por conta desta música. Realmente, a Storm
glória subjetiva e distorcida, eis um resumo música em si, vem praticamente de um dos (1985)
da Sound On Sound das 25 produções que seus presets.
tiveram a maior influência na maneira como O álbum
a música foi produzida durante a existência de 1985
desta revista... totalmente
instrumental
King Jammy & Wayne Smith The Storm,
‘Sleng Teng’ do Moving Hearts, definiu o som que
Provavelmente nem a Casio pensou que o MT40
Photo: David Corlo / Redferns
O KLF:
ao cenário da
dance music do
fim dos anos
1980 e começos
dos anos 1990
que raramente tinham sido vistas em
qualquer gênero. Em todos os tempos.
Começando com 1987: What The
Fuck Is Going On?, um álbum sampleado
de forma tão liberal, que depois eles
foram obrigados a deletar pelo Abba, A qualidade sombria da música do Metallica sempre
Messrs Drummond e Cauty (sob diversos foi temperada pela sua imagem pública alegre.
pseudônimos) tiveram um single no 1º
lugar das paradas; publicaram um livro minutos) e o fato de quase não ter sido
Future Sound Of London (e amigo): “A gente
sobre como ter um single de sucesso; tocado nelas.
trabalha junto mas não trabalha necessariamente
inventaram a house music ambiente; Em se tratando da produção, ...And ao mesmo tempo. Tem os altos e baixos e depois o
criaram a expressão ‘trance music’ (existe Justice For All era ambicioso e moderno, cansaço, e quando eu estou cansado Brian está forte,
um debate feroz sobre isto entre pessoas com técnicas de equalização agressivas e vice-versa. É assim que boas duplas colaboram.”
que se importam com esta discussão); sendo usadas para fazer o baixo, as
criaram uma house music genuinamente guitarras e os bumbos funcionarem bem uma batida de bateria, e o Primal Scream
maravilhosa e progressiva; e se tornaram juntos, até mesmo durante as passagens estava de volta aos ‘negócios’.
a banda com maior vendagem de singles mais rápidas. Álbuns de trash anteriores O Single, ‘Loaded’, estabeleceu uma
no mundo em 1991. Isto, é claro, foi antes costumavam carecer de separação, mas aliança não oficial entre os cenários
de eles deixarem a indústria musical em Justice desbravou o som do bumbo de indie e dance, e determinou um padrão
um ataque de críticas (em 1992, e depois ‘curva do sorriso’ que permitiu que todos para álbuns de elementos diferentes
deletarem todo o seu catálogo. os elementos individuais fossem ouvidos que raramente foi igualado. Neste meio
Que a gente saiba, eles continuam claramente, uma técnica que depois foi tempo, o Primal Scream gostou tanto
sendo o único grupo de todos os tempos a aperfeiçoada por bandas como Pantera, da abordagem do Weatherall que a
ter queimado um homem de vime de 18m Machine Head e Fear Factory. Chris Korff adotaram durante boa parte do resto
de altura em uma coletiva de imprensa. do seu LP Screamadelica original, assim
David Glasper Primal economizando um tempo valioso para o
Scream ‘lazer’ de usar drogas. David Glasper
Metallica ‘Loaded’
...And Justice (1990) The Future Sound Of
For All (1988) London
No final dos ‘Papua New Guinea’ (1991)
...And Justice For anos 1980, o
All (1988) Primal Scream, Garry Cobain e Brian Dougans são
O thrash metal eterno pioneiros. Tanto que, na verdade, é quase
nunca teve a perdedor difícil não imaginá-los carregando um
intenção de indie e ocasional tributo ao MC5, teve caminhão coberto com equipamentos
ser popular. uma epifania. Na verdade, quando eu de áudio e vídeo e partindo para o
Praticamente digo ‘epifania’, eu quero dizer que eles desconhecido. Deixando as metáforas
tudo nele, das complicadas mudanças de foram para a balada, onde descobriram exageradas de lado por um momento, é
assinatura de tempo, aos sons abrasivos que gostavam das drogas e da música. justo dizer que tudo que eles fizeram, do
de guitarra, parecia planejado para Eles também conheceram um homem Stakker Humanoid de 1988 em diante foi,
deixar a música inacessível, mas isso gentil chamado Andy Weatherall que de maneira singular, eles mesmos e, muitas
não impediu que os valentes do gênero, concordou em salvar sua carreira. vezes, extraordinariamente progressivo.
Metallica, chegassem ao top 10 das O filantropo Weatherall pegou uma Sem querer pintá-los como caipiras da
paradas de álbuns dos EUA e do Reino canção pouco conhecida do segundo tecnologia mascadores de peiote (cacto
Unido com o seu LP de trash metal, ...And álbum da banda e, escavando além da medicinal), o FSOL criou o seu próprio
Justice For All. sua superfície de imitação dos Stones, espaço no cenário dance dos anos 1990,
O single de sucesso do álbum, ‘One’, descobriu um single de sucesso. Só o abraçando áudio e vídeo em medida quase
também se deu bem nas paradas, apesar que ele precisou fazer foi retrabalhar igual. Sua contribuição para a música
da sua mensagem macabra, complexidade completamente o track até o ponto onde eletrônica moderna foi enorme. Com a
musical e duração distintamente ele quase não podia ser reconhecido, licença poética para as minhas metáforas,
desfavorável às rádios (mais de sete retirando o vocal principal e adicionando só me resta louvar o seu track superlativo
mais milhões de cópias no mundo todo. nas paradas hoje em dia, mas o gênero graças aos seus dois primeiros álbuns,
Como Allan McGee, chefão da Creation ainda tem muitos adeptos e o seu legado Experience e Music For The Jilted
Records, disse a Barry Grint depois: “Você em outras produções continuou forte por Generation. Mas foi com o seu terceiro
masterizou aquilo? Você é um gênio!” uma década e meia desde que o Goldie LP que eles conseguiram exportar seu
Sam Inglis irrompeu no cenário. Matt Houghton estilo, bastante britânico, de dance music
para os EUA.
Goldie DJ Shadow
Timeless Endtroducing... (1996)
(1995)
Em 1996, Josh Davis, também conhecido
Timeless do como DJ Shadow, se arrastou com os olhos
Goldie pode embaçados para fora das lojas de álbuns
não ter sido o de segunda mão da Califórnia, abraçando
primeiro álbum
de drum &
bass a aparecer
em cena, mas, tendo alcançado o 7º
lugar nas paradas de álbuns do Reino
Unido e conhecido o sucesso também
The Prodigy.
no outro lado do Atlântico, ele foi um
dos primeiros a levar o gênero para Enquanto o material anterior do Prodigy
as frentes de sucesso mundial. Junto tinha claramente sido escrito com os
com lançamentos do LTJ Bukem, este cenários de raves e festas livres (e suas
álbum definiu o caminho para o sucesso drogas que as acompanhavam) em mente,
comercial para um monte de artistas de The Fat Of The Land tinha uma sensação
jungle e drum & bass como Photek e Roni muito mais parecida com um álbum de
Size, ganhador do prêmio Mercury. rock, que, junto com o status tipo Bez
de outrora do ‘frontman’ Keith Flint, é
suficiente para explicar o seu atrativo
um álbum que reinventou o sampler de maior. Provavelmente é justo dizer que
forma tão profunda, que parece até que todo resultado da mistura de rock e dance
de alguma maneira ele tinha conseguido music da última década, tem uma dívida
transformar uma roda em um helicóptero. de gratidão ao The Fat Of The Land, assim
O álbum, Endtroducing..., fez coisas que como o responsável da programação
nem Roger Linn sabia que era possível musical da BBC. Chris Korff
fazer com um Akai MPC60, e inventou o
hip-hop instrumental no processo: uma Aphex Twin
bênção para quem queria ouvir hip-hop Come To
sem ter de ouvir homens gritando sobre Daddy EP
crimes. Amado por produtores de dramas (1997)
pessoas praticamente por conta própria. 2 Many Dizzee Rascal: “Eu sempre gostei da
Mas a simplicidade foi só um aspecto do selva. Quando as pessoas mudaram
DJs para o estilo garagem, eu achei tudo
Ecclestone
atrativo – a batida alta, firme e seca, refrão As Heard
de piano distorcido e vocais de apoio soando muito bonzinho e não é
On Radio muito a minha praia.”
hard
bastante texturizados (com participação Soulwax Pt
ic
to:R
do próprio Max Martin) eram um sopro 2 (2002)
Pho
de ar fresco e tinham uma personalidade A popularidade repentina
única que garantia o reconhecimento Imagine a do gênero que surgiu depois
instantâneo do ouvinte. Até ouvir repetidas decepção do de Boy In Da Corner
vezes não tira o brilho da parte do baixo grupo indie também teve um efeito
Soulwax, também conhecido
soberbamente atenuada, uso inteligente belga Soulwax como 2 Many Dj’s. cultural profundo, além
da harmonia (particularmente em termos quando a de musical, no Reino Unido,
de ritmo e valor das mudanças de acorde) sua banda foi criando suas próprias tradições, como
e quedas de arranjos perfeitamente totalmente enfurecer os colegas usuários do transporte
considerados no começo do segundo ofuscada por público tocando música de código postal
verso e refrões do final. Mike Senior um CD de gritado do seu celular ou fingir um sotaque
coletânea que caribenho apesar de ser nascido e criado
Cher eles tinham em Berkshire. Chris Korff
‘Believe’ (1998) feito no seu
tempo livre. O CD, As Heard On Radio Amy Winehouse
‘Believe’, Soulwax Pt 2, fez muito para lançar o Back To Black (2006)
single de 1998 gênero mash-up – indiscutivelmente mais
da Cher, foi do que qualquer outro lançamento – e Você deve ter notado que os últimos 10 anos
a primeira em 2002 era completamente impossível são de alguma maneira pouco representados
gravação ir a uma festa sem escutá-lo. O bootleg nesta lista e o consenso geral no escritório
de sucesso do Richard X de ‘Freak Like Me’ da Adina da SOS é que, embora possa ter aparecido
comercial a Howards e ‘Are Friends Electric’ do muita boa música nova e inovadora feita
apresentar Tubeway Army deram aos Sugababes seu nesta época, ela ainda não teve a chance
os efeitos primeiro sucesso no topo das paradas e, de de ficar influente. Ou, por outro lado, que
colaterais da O Digitech Talker, como repente, os fóruns da SOS foram inundados a última década não foi muito boa. Então
modificação de ‘não usado’ para produzir com pessoas perguntando como extrair os é adequado que uma das poucas inclusões
tons do software o ‘efeito Cher’ vocais de um track. Desde então, mash-ups dos anos 2000 seja basicamente um pastiche
de correção de viraram um gênero das paradas e deixaram bastante talentoso de soul music de uma
pitch Auto-Tune da Antares usado como os advogados de direitos autorais em toda época musicalmente mais rica.
um efeito criativo intencional, criando parte bastante felizes. E tudo por causa de Back To Black não só garantiu fama
o termo ‘efeito Cher’. Apesar de ser uma banda indie belga. David Glasper internacional para Winehouse, como
basicamente um track de mistura de pop também despertou uma nova tendência
e dance totalmente imperceptível, ele se Dizzee Rascal retrô por soul e R&B no estilo Motown,
tornou um dos singles de maior vendagem Boy In Da Corner (2003) uma popularidade que desde então foi
de todos os tempos. Ao longo da década aproveitada por artistas como Duffy, Adele,
seguinte o efeito foi repetidamente usado Se você achava que grime music tratava Gabriella Cilmi e, mais recentemente, Plan
em R&B e pop contemporâneo, e até só de pessoas gritando códigos postais B. O produtor do álbum, Mark Ronson, até
mesmo os efeitos colaterais mais sutis sobre batidas de bateria brutalmente lançou um álbum de covers tocados em um
do seu uso ‘adequado’ – uma coloração programadas como um bando de carteiros estilo parecido, chamado Version, no qual
artificial e curta em torno de transições loucos, bom, provavelmente você estava ele empregou muitos membros dos Dap
rápidas de pitch – são evidentes demais certo. Mas até o ganhador do prêmio Kings, que também tocaram em Back To
para o ouvido treinado em muitas Mercury de 2003, Boy In Da Corner, esse Black e acompanharam Amy Winehouse na
gravações de todos os gêneros. estilo distintamente britânico era bastante sua turnê nos EUA. Chris Korff
Como parte interessante, quando a confinado a estações de rádios piratas.
Sound On Sound cobriu ‘Believe’ no nossa Musicalmente, a abordagem do Dizzee
matéria regular de músicas, em fevereiro ao gênero era bastante comum: as partes
de 1999, os produtores nos influenciaram, de ritmo muito sincopadas devem boa
com sucesso, a publicar um artigo que parte do seu som às baterias eletrônicas
atribuía o efeito, supostamente a um de orçamento apertado usadas, enquanto
pedal vocoder Digitech Talker, ajudando que as linhas de baixo de sintetizador
a aumentar a confusão a respeito das pegaram muita coisa emprestada do
origens do efeito. Raramente na história da garage e dancehall. Mas foi sua entrega
produção da música popular uma inovação imediatamente reconhecível que o Produtor Mark Ronson: “Na verdade eu
de tão pouco valor artístico pode ter um distanciou dos seus contemporâneos, não uso nenhum MIDI, porque prefiro
legado tão duradouro [mas leia sobre o enquanto suas letras resumiam grandes tocar. Eu acho que é o suficiente ter a bateria
programada, e depois disso eu prefiro ter
Oasis para ter um exemplo ainda mais valores britânicos como patriarcalismo e
todo mundo tocando ao vivo.”
óbvio – Ed]. Dave Lockwood orgulho cívico.
BIBLIOTECAS DE SAMPLES
seis pastas. A Crystal Hits/Soft ainda mais sons singulares. sax ou clarinete.
Bolder Sounds Hits oferece ótima delicadeza Eu já usei vários superlativos Embora cada kit de construção
e variedade, com o realismo nesta avaliação, porque eu acho apresente um loop de bateria
Crystal Glasses adicionado dos samples de que ela os merece, além da nossa pré-mixado, um recurso novo
Volume 2 round-robin, e foram obtidas em classificação mais alta, de cinco da biblioteca é a inclusão das
Kontakt 3+, EXS24
variações maravilhosas, como estrelas. Se ao menos todas as partes de bateria multitrack. Elas
A Crystal Glasses Volume 2 é o Multis formada de instâncias bibliotecas oferecessem tantos incluem loops separados para
meu tipo preferido de biblioteca múltiplas, onde os vários músicos sons novos e tanto potencial chimbal, bumbo, caixa, tom-
de samples: que começa com podem ter seu timing relativo e criativo... Martin Walker tons, overheads e microfones de
sons gravados afinação ajustados na seção US$ 49* para download sala. Assim você pode remixar
de uma maneira Humanize. www.boldersounds.com a bateria ou criar divisões para
linda com uma As próximas são adicionar mais variedade à
sensação real, Singing Crystals, execução, o que é um acréscimo
e depois tira a empregando a técnica Big Fish Audio muito útil.
última gota de clássica de ‘dedo Impressions: Jazz Então, voltando às minhas
criatividade deles, molhado na borda Construction Kits fantasias com o George Clooney.
usando uma do copo’ para criar WAV/Apple Loops DVD-ROM Desde a primeira vez que eu
programação 5 um maravilhoso tom comecei a experimentar estes
inteligente. Dennis sustentado. Mais uma vez, Impressions: Jazz Construction loops, só o que eu conseguia
Burns apresentou os tons existem várias opções Kits da Big Fish Audio faz pensar era como eles poderiam
suaves, tipo sino de copos de camadas múltiplas exatamente o que diz no nome, ser bem adequados para
de cristal, alguns anos atrás em alternadas por teclas, mas oferecendo apenas modestos uma comédia romântica
formato mono de 16 bits, e eles Dennis não parou por aqui, 2GB de conteúdo de 24 bits sofisticada com o Sr. Clooney
também eram ótimos, mas o também oferecendo exemplos organizados em 62 kits no papel principal
seu último lançamento está em com ricos cristais afinados em de construção, com (mais provavelmente
outra categoria. intervalos, envelopes pulsados e mais 1,66GB de loops atuando como um
O Volume 2 apresenta seis combinações de ambos que são de bateria multitrack ladrão internacional de
conjuntos diferentes de 10 copos remanescentes dos acordes de adicionais. O que não joias que se apaixona
de cristal capturados com a apitos à vapor. A pasta Bowed é dito no nome (ou pela inteligente,
delicadeza adicional de 24 bits Crystals oferece ainda mais melhor, na caixa do porém azarada, crupiê
estéreo, junto com variações de variações, mas desta vez com o DVD) é que ouvir os de cassino). A leveza
round-robin e várias articulações. attack mais agressivo oferecido loops pode fazer você cintilante, provocante, de
No total, existem 49 instrumentos por um arco de violoncelo. fantasiar com o George ritmo rápido do ‘Sophistication’
do Kontakt que acessam os Depois que alcançamos o Clooney (mas talvez seja 5 (e seus kits relacionados)
modestos 480MB de dados de movimento panorâmico dos só eu?). Eu vou voltar a são ótimos para aqueles
samples. Os 60 copos foram pads na pasta Granular Crystals, isso daqui a pouco... momentos de ‘dirigir pela
mapeados no teclado em várias começamos a forçar os limites Embora o conteúdo cidade iluminada pelo Sol no
combinações: instrumentos usando técnicas de síntese musical seja organizado conversível caro’, o ‘Lemonade’
de duas oitavas para o purista granular, mas estes instrumentos em 62 pastas de kits de de ritmo médio é adequado
que prefere ouvir os copos em cintilantes continuam bastante construção, estes 62 kits, na para a montagem do ‘primeiro
suas alturas originais, e versões musicais e soam como vidro. verdade, são agrupados em encontro’, com o casal feliz, rindo
‘esticadas’ de quatro oitavas para A pasta Crystal Morphs 12 composições relacionadas à durante o jantar, e o ‘Steaming’
quem gosta de um pouco de apresenta uma coleção de música, identificadas pelo uso funciona bem conforme o nosso
distorção da realidade. multi-instrumentos com de uma letra nos nomes das herói executa rapidamente um
A interface de usuário camadas granulares ou de pastas. Por exemplo, cinco kits assalto preciso.
customizada e o scripting da canto que você pode cruzar são agrupados sob os nomes de Eu espero que isso não soe
versão do Kontakt oferecem uma usando o mod wheel (controle pastas com um ‘A’, todos eles leviano demais – com certeza
grande quantidade de ajustes nas físico de modulação). Aqui as foram originalmente gravados não é a intenção – porque ele
suas cinco páginas, com controle possibilidades de movimento em 120bpm no tom de C (Dó) e é um jazz lindo com bastante
por teclas ou pelo painel sobre são simplesmente enormes, podem facilmente ser juntados personalidade, na maioria direto
várias camadas de cristal, além de mudando entre timbres e oitavas para criar as seções diferentes ao ponto, mas com o toque
um envelope de release e attack saltitantes, com algumas texturas de uma composição musical ocasional de uma influência de
totalmente variável, vários modos impressionantemente originais completa. Em cada kit individual, Latin, blues ou funk. Embora
de suavização e sustentação, tipo gongo e sino tibetano. normalmente existem cinco ou eu tenha certeza de que esta
equalização paramétrica de A última pasta é a Crystal seis loops apresentando bateria, biblioteca vai atrair músicos de
três bandas, amplitude e pan, Combos, onde tudo aparece baixo, guitarra base, piano e um jazz que querem um pouco de
além da opção de vários reverbs em confecções sobrepostas ou dois instrumentos solo, que apoio legal para tocar em cima,
algorítmicos e de convolução. complexas de batidas, sinos, podem ser a guitarra, piano, um eu imagino que um alvo mais
A biblioteca é dividida em pads granulares e de canto e improviso vocal, trombone, flauta, óbvio seja compositores de mídia
! * Consulte o box preços referenciais na pág. 3
querendo um caminho fácil para preferidas para eu mesmo esticar Esta é a primeira de uma nova misturadas dos pads da Para-
algumas faixas de jazz sofisticadas os samples. série de bibliotecas para o orchestral e os zumbidos mais
e totalmente convincentes. Além dos próprios samples, Tonehammer, e embora já sombrios e mais dissonantes da
Impressions: Jazz Construction existe um reverb de convolução existam várias coleções de pads, Transmusical, e me perdi nos
Kits é tão legal quanto o próprio embutido que, de novo, é uma bordões e ambiências disponíveis, movimentos internos lentos,
Sr. Clooney. John Walden adição bem-vinda, e é útil no meus ouvidos imediatamente porém complexos, das ofertas
R$ 199 que as respostas do impulso ‘coçaram’ quando eu percebi que da Re-choral.
www.loopmusic.com.br inclusas parecem ser sampleadas esta contava com gravações de Depois de entrar nas
www.bigfishaudio.com de locações onde você mais instrumentos e em campo, em vez profundezas mais misteriosas
provavelmente ouviria vocais de sintetizadores. Afinal de contas, da pasta Horror, se vire sozinho:
deste tipo: uma mesquita, por sons capturados do mundo real quem tem problemas de nervos
Sonokinetic exemplo. É um toque legal, mas, quase sempre proporcionam mais não deve ouvi-la com fones de
Tigris & Euphrates: mais uma vez, ao usar os samples, singularidade e charme. Eu não ouvido no escuro! O som do canal
Voices Of The muitas vezes eu me peguei me decepcionei. raiz Drill-o-phone não é tão sinistro
Ottoman Empire desligando o reverb e aplicando Esta biblioteca apresenta quando a sua origem sugere, mas
Kontakt 4.1 um pouco de reverb de 288 instrumentos do Kontatk eu particularmente me interessei
um dos meus plug-ins tirados de 2,5GB de samples
Atualmente existem ‘velhos e fiéis’. de 24 bits e 44,1kHz, divididos
relativamente poucas Na verdade em três pastas cobrindo Tuned 5
coleções de samples 4 esta é uma coleção Instruments, Melodic Ambiences
lançadas focadas de complicada de se e Horror Ambiences. Todos os
maneira específica nos avaliar, porque não instrumentos são oferecidos
vocais, e ainda menos tem uma variedade em diversas variações com
que lidam com vocais enorme de samples controle de filtragem da roda de pelas gravações paranormais dos
do Oriente Médio com que trabalhar. Sim, modulação, sobreposição cruzada instrumentos de EVP (fenômenos
na mesma profundidade que tecnicamente existem mais de ou crescendo e com versões de voz eletrônica), os mecanismos
esta biblioteca da Sonokinetic. 2750, mas quando você leva em adicionais Solo (camada única), sombrios da Industry, os zumbidos
Realmente, com um tamanho consideração os 12 tons diferentes Lite (pouca memória RAM) e Soft perturbadores de enxames de
de mais de 3GB, existe bastante em que eles são apresentados, de fala mais lenta. Alguns sons abelhas reais da Death Valley e as
coisa para brincar... então, foi isso o número de frases vocais também estão disponíveis como misturas de humano/máquina da
que eu fiz! separadas é proporcionalmente pulsações curtas ou golpes, ou Panorganic.
Os samples em si são reduzido. Do ponto de vista são tratados com várias respostas Eu achei os vários instrumentos
agrupados em pastas de sonoro, tudo é excelente, e customizadas de impulso de de ‘pulsação’ mais eficazes depois
Male, Female e ‘Specials’, e o preço também é bastante reverb de convolução, incluindo que eu aumentei os seus tempos
tem também presets e multis razoável. Mas eu realmente tenho halls, bunkers e um conjunto de decay do envelope em cerca
do Kontakt 4. Para ambos os as minhas queixas, a maior sendo evocativo de frases vocais do de um segundo, quando eles
conjuntos de samples, existem que eu acho que muitos samples ‘Watervox’ que adicionam ficaram perfeitos para loops de
mais grupos de Chants, Makam são bastante reconhecíveis e ressonâncias humanas e percussão sequenciados, mas
e SFX, com os grupos Chants com certeza vão aparecer em peculiaridade. esta é a minha única e pequenas
e Makam sendo ainda mais vários filmes em breve. Assim, a O conteúdo da pasta Tuned reclamação sobre uma coleção
subdivididos por tom musical. singularidade da coleção, embora é derivado de instrumentos extremamente inspiradora.
Nos patches do Kontakt estão sendo um ponto de destaque, acústicos reais, e eu adorei No geral, a paleta sonora da
mudanças por teclas que também pode ser um obstáculo. a mistura variável de órgão Ambius 1: Transmissions, com
rapidamente permitem a você Mas eu honestamente espero e metais da Pangubus, os certeza, fica mais no lado sombrio,
escolher notas fundamentais (root mesmo que, nas mãos certas - zumbidos metálicos mais com coros 2001 apocalípticos,
notes) diferentes e que vão alterar aquelas de alguém que esteja sombrios da Protus e os sinos sinos dobrados e arranhados,
os samples tocados. Tem também preparado para experimentar dobrados da Clusterbells. Estes zumbidos tipo didge (instrumento
um punhado de patches com um pouco com os samples fonte sons relativamente limpos para indiano), pianos infinitamente
vários ruídos de fundo e efeitos de - esta á uma adição valiosa à usar como leads e pads tem sustentados e estranhas misturas
sons, para atmosfera adicionada. biblioteca de sons de qualquer ótima flexibilidade de uso, de sons existentes. Ela deve ser
As primeiras impressões foram pessoa trabalhando em filmes, principalmente quando você bastante atraente para quem está
que eles com certeza invocavam TV ou jogos, e até daquelas altera a mod wheel em tempo envolvido com trilhas sonoras de
imagens de dunas de areia e lojas que trabalham com música mais real para afinar a mixagem da TV/filmes/jogos, música ambiente,
barulhentas. Tudo bem até aqui! esotérica. Simon Langford camada ou o filtering. IDM e eletrônica. Mas, para mim,
Alguns pacthes têm time- Download 79.90 Euros* A pasta Melodic combina o seu ponto forte é soar orgânica
stretching mapeado à pitch bend www.sonokinetic.net elementos vocais e orquestrais em vez de sintética e conseguir
wheel e podem esticar 40% para para produzir soundscapes proporcionar um conjunto de
cima ou para baixo. A qualidade mais longos e envolventes, sons genuinamente novo. Eu mal
deste stretching é aceitável para
Tonehammer que soam estranhamente posso esperar pela Ambius 2!
a maioria dos usos, mas para Ambius Vol. 1: familiares, porém um pouco Martin Walker
produção séria eu prefiro usar Transmissions perturbadores. Eu curti muito Download US$ 79*
uma das minhas ferramentas Kontakt 3/4 as texturas longas, ricas e www.tonehammer.com
Playback BR
Avaliação da Música dos Leitores Brasileiros
Envie seu CD para avaliação dos engenheiros da SOS - Caixa Postal 2025 - CEP 13201-973 - Jundiaí - SP
IBC e além
E
nviamos uma pequena equipe da A AG AF100, sem lentes, custará
SOS para visitar a vibrante cidade de aproximadamente R$ 16.000.
Amsterdã para a IBC (International A segunda filmadora em exibição
Broadcast Convention) 2010. Esta feira que usava um sensor grande e lentes
anual reúne muitos dos grandes nomes intercambiáveis, foi a Sony Handycam
da produção de vídeo e hospeda várias NEX VG10 (www.sony.co.uk),
www.sony.co.uk), um modelo
demonstrações e lançamentos de produtos APS-C que usa as novas lentes E-Mount
empolgantes. Apesar da feira mostrar da Sony. Ela visa justamente consumidores
primeiramente equipamentos high-end, abastados, tendo um preço relativamente
muitas tecnologias começam a apresentar alto (R$ 8.100) e um design elegante e
um preço em drástica queda, significando limpo, com muitas das configurações
que uma grande quantidade de empresas reunidas em menus. Ela realmente tem uma
que produzem hardware/software high- sensação de ‘consumidor’, dependendo
end e derivados, estão ao alcance de semi bastante de um único controle giratório
profissionais e quem se dedica a um hobby. (data-wheel) para ajustar configurações, mas
Muitas câmeras empolgantes foram é construída de maneira sólida. Depois de
exibidas na IBC, e merecedoras de nota
são as filmadoras projetadas para dar
profundidade de campo, tipo filme e DSLR.
A Panasonic (www.panasonic.co.uk) teve um
estande bastante popular na feira, exibindo
um protótipo da sua filmadora micro quatro
A NEX VG10 da Sony é uma filmadora, com
terços (micro four-thirds) AG AF100 (ou AG lentes intercambiáveis para consumidores. A
AF101 na Europa). Foi ótimo, finalmente, MTF Solutions faz um adaptador de lente (em
colocar as mãos na câmera, e os modelos cima) se encaixar com lentes de cinema Arri PL
foram apresentados com lentes tanto DSLR,
quanto PL (uma montagem de cinema alta qualidade e baixo custo. Merece
high-end) fixadas. O sensor relativamente A Sony mostrou um novo microfone shotgun nota o seu aumento relatado nas vendas
para DSLRs e filmadoras pequenas
grande (um pouco menor do que os em entre modelos terminados com P2,
DSLRs APSC como a 7D e 550D) com um período curto com a câmera, eu estou diretamente relacionado com o aumento
certeza permite um pouco, os exuberantes muito interessado em testar em uma outra da popularidade da DSLR ao longo do
fundos fora de foco, principalmente quando situação, de maneira mais adequada. último ano! Com certeza haverá muito
combinado com lentes de alta qualidade. Pronto para a ação com a nova NEX trabalho para aqueles que gravam em
A performance em pouca luz deve ser VG10 está um impressionante encaixe PL externas, ao longo dos próximos anos
bastante impressionante, embora ainda para os adptadores de lente Sony E-mount uma vez que a produção de vídeo tem
tenhamos de vê-la em ação. Além do da MTF Services. Sendo o primeiro deste aumentado bastante. O modelo Azden
autofoco e todas as funções específicas de tipo, ele é um modelo de alta qualidade SMX10 tem se tornado particularmente
vídeo esperadas de uma filmadora, um dos fabricado em padrões altíssimos no Reino popular, conectando através de um P2 e
recursos mais empolgantes são entradas Unido e custando US$ 569*. Uma lente PL funcionando com uma única pilha AAA.
XLR e prés de microfone: uma na frente de uma câmera como a VG10 Com um preço de apenas US$ 100*, não é
dádiva divina comparada ao pode parecer um pouco estranho, dado de se admirar que ele esteja desaparecendo
uso de adaptadores XLR com que algumas lentes PL têm o dobro do das prateleiras!
uma DSLR. seu tamanho e o quíntuplo do seu peso, Na outra ponta da escala de preços, a
mas ela provavelmente Schoeps (www.schoeps.de), fabricante de
pode adicionar microfones high-end, mostrou um novo
uma verdadeira shotgun digital inovador. Chamado
personalidade às
imagens. A Sony também
mostrou um microfone shotgun
curto, o ECM CG50, para acompanhar a sua
nova filmadora. Ele se conecta através de
um adaptador P2, custa cerca de R$ 1.500
e deve funcionar com qualquer câmera que
tenha uma entrada estéreo de 3,5mm.
Ainda nos shotguns, encontramos
com a Azden (www.azdencorp.com) na A Schoeps exibiu um
A Panasonic AG AF100 mostrou excelente
condições de uso e uma exuberante profundidade feira e eles nos deram uma atualização impressionante microfone
de campo na IBC sobre o seu conjunto de microfones de shotgun DSP high-end
! * Consulte o box preços referenciais na pág. 3
O
incrível crescimento de captura configurar pontos de começo e fim de de vídeo. Ela usa um
de vídeo em câmeras fotográficas um clipe e escolher um frame individual sensor de formato
DSLR, indicam o motivo para os para usar como uma imagem parada. micro quatro
lançamentos produtos interessantes para Outro ótimo recurso é o uso de terços – micro
produtores de vídeos, na feira comercial de slots de cartão SD gêmeos, four-thirds (um
fotografia Photokina, realizada este ano então conforme um pouco menor
em Cologne, na Alemanha. A cartão é preenchido, do que
Nikon teve um grande você pode APS-C, que
lançamento com a sua simplesmente é 1,6 vezes
D7000, uma DSLR inserir outro. A menor do que
high-end oferecendo funcionalidade um filme de
captura de vídeo de de de gravação 35mm) e, como a
1080p, usando um de filme é otimizada GH1 antes dela, não
sensor CMOS de por um seletor de sofre do ‘line skipping’ e
formato DX de 16,2MP visualização ao vivo, serrilhado do padrão moiré que incomodam
(aproximadamente o botão de gravar filmes os modelos atuais da Canon.
mesmo tamanho de um e configurações de ganho A câmera filma vídeos de 1080p e alguns
sensor APS-C). A câmera de áudio automático, baixo, médio e avanços significativos incluem modos de
inclui autofoco contínuo alto. A taxa de frames em resolução de gravação de 50p e 60p de alta velocidade,
durante a filmagem e captura imagens 1080p é limitada para 24p, enquanto que além de modos de 50i e 60i para imagens
em formato H264. Ela também oferece configurações de 720p incluem 24p, 25p suaves, tipo broadcast de TV. A tela de
alguma edição limitada de vídeo embutida, e 30p, todas com 20 minutos de duração três polegadas é articulada e sensível ao
permitindo a máxima do clipe. Só o corpo custará toque, ambos recursos úteis, permitindo
você aproximadamente R$ 5.000 e você pode a filmagem em ângulos especiais e ajuste
encontrar mais informações no site www. fácil de configurações. A GH2 deve custar
nikonbrasil.com. R$ 4.000. Para acompanhar a GH2, a
A Lumix DMC GH2 da Panasonic Panasonic lançou uma lente de conversão
também apareceu na Photokina, 3D chamada HFT012, que permite a
embora alguns boatos espalhados captura de imagens 3D usando o sensor
antes do seu lançamento (como único. A lente tem cerca de 65mm de
shutter global, um efeito útil que comprimento focal equivalente, o que é um
eliminaria o efeito ‘gelatina’) eram, pouco mais ‘em zoom’ do que uma lente
infelizmente, um pouco otimistas! ‘padrão’ clássica de 50mm. A lente custa
Mesmo assim, o modelo parece cerca de R$ 1.900. Visite o site www.dvpro.
muito interessante para produtores com.br para mais informações.
Panasonic 3D para
consumidores
HDC SDT750 reduz o preço
das camcorders 3D
Depois de lançar a bela camcorde profissional
AG3DA1 – completa com um preço bem caro
de US$ 20.000* –, a Panasonic resolveu diminuir o em 3D e, embora a camcorder grave 1080p
preço da captura de vídeos 3D com uma versão para em modo 2D, ela só é capaz de resolução de 960
consumidores. A HDC SDT750 usa uma lente de conversão x 540 pixels no modo 3D. Mas a performance 2D da
3D e um sensor único para criar imagens 3D, em vez de usar câmera deve ser de alta qualidade, usando o próprio sistema de
dois sensores separados, como fazem muitos sistemas de 3D. Ela sensor 3MOS da Panasonic, que é conhecido por fornecer imagens
também é muito pequena, principalmente para uma gravadora 3D de de ótima qualidade. É claro, para reproduzir vídeos 3D, você precisará
alta qualidade. A lente tem dois pontos de entrada para luz e grava as de um monitor ou TV 3D, e o mesmo vale para a edição. A câmera
duas metades da imagem, lado a lado no sensor para criar um efeito custará aproximadamente R$ 7.350.
3D estereoscópico. Por este motivo, a resolução é reduzida ao gravar www.dvpro.com.br | www.panasonic.com
• 1. Aiptek ActionHD GVS (R$ 450): Míni filmadora à prova d’água e visualização grande angular a tornam
dos EUA com tela flip-out e zoom óptico de 5X, um equipamento versátil, gravando em cartão SDHC.
filmando em 1440x1080p e 720p para cartão SDHC. • 4. Kodak Zi6 (US$ 159*): O gravador portátil da
Grava só 30fps, mas tem preço baixo pelos recursos. Kodak grava imagens de720p e apresenta uma tela
• 2. Flip Mino HD (US$ 229*): Popular grande, de 2,5 polegadas. Filma em até 60 frames
gravador de vídeo de 720p de bolso, funciona por por segundo para SDHC, permitindo vídeo nítido em
aproximadamente duras horas com uma bateria interna fixa. câmera lenta.
Gravação fixa em 30fps, filmando só na memória interna de • 5. Zoom Q3 (R$ 1.139): Um dos únicos
8GB fixa. Útil conector USB embutido. gravadores de vídeo portáteis com um foco nítido na
• 3. GoPro HD Hero (R$ 999): Filmagem de câmera qualidade do áudio, oferecendo gravação de WAV de 2
de ação única em até 1080p, 30fps. Vem em kits para bits estéreo em 48kHz. Sacrifica um pouco da resolução do
prender em capacetes, carros e pranchas de surfe! Casing vídeo, filmando em VGA (640 x 480).
• 1. Adobe Premiere Elements 8 (R$ 270): Só Composer, mas pode criar uma edição decente.
para Windows. Fácil entrada à edição de vídeo com fluxo • 4. Edius Neo 2 (R$ 1.400): Parecido com a versão
de trabalho claro e simplificado. Sem janela para cortar completa; lida com muitos formatos, incluindo imagens não-
imagens; sem suporte de 24P; menos suporte de codec comprimidas. O remapeamento de tempo, a capacidade de
nativo do que o Premiere Pro; sem captura em série. importar uma EDL (Edit Decision List) de outro ENL e o mixer
• 2. Apple Final Cut Express 4 (R$ 549): Suporta de áudio foram desativados.
DV, HDV e AVCHD, interface parecida com o Final Cut Pro. • 5. Sony Vegas Movie Studio (US$ 39*): Revisamos este
Sem suporte de 1080p (720p e 1080i HD são suportados); ENL na nossa edição de maio, então se certifique de lê-la para
sem timecode ou captura em série; lista menor de Undo. mais detalhes. Proporciona um ambiente de edição próximo
• 3. Avid Pinnacle Studio 14 HD (a partir de US$ 49*): ao de um ENL profissional, parece muito com uma DAW em
Software de consumidor. Suporta edição HDV, DV e AVCHD. O operação. As limitações incluem só quatro tracks de vídeo e
layout de edição é simplificado em comparação com o Media dois tracks de áudio com que trabalhar.
ILUMINAÇÃO DE VÍDEO
Aponte uma maravilhosa câmera profissional de cinema a um cenário com pouca luz e você vai se decepcionar com os resultados. A iluminação é importante,
e existem muitas soluções por aí para todos os orçamentos, seja você um semi profissional dedicado ou um documentarista de primeira viagem.
• 1. 500W Worklight (aprox. US$ 25*): Se você cor permanece constante durante toda a regulagem, e as gelatinas
tiver um orçamento e empacar na iluminação, lanternas podem ser encaixadas na parte de cima. Usa seis pilhas AA.
de operários podem ajudar bastante. Posicionamento • 4. Rotolight RL48 (R$ 360): Suportes inovadores com
cuidadoso e filtragem improvisada ajudam. design de 48 LEDs em um microfone shotgun ou em um
• 2. Arri Arrilite 800 (US$ 549*): O melhor produto, encaixe para disparador de flash, com um adaptador. Dura
completo com barn doors, controle de foco, malha protetora, seis horas com três pilhas AA e vem com gelatinas de filtro;
estrutura para gelatinas (filtros) e interruptor de energia in-line. existem outros disponíveis.
Você vai precisar encaixar o plugue em um suporte, mas pode • 5. Sima SL20LX (US$ 29*): Com preço
contar com ele para muitas filmagens por vir. muito baixo, este minúsculo painel de LED é
• 3. LitePanels LP Micro (US$ 305*): Uma lâmpada ideal para quem tem filmadoras de bolso. Vem
retangular para o encaixe do disparador de flash, vem com um pedestal para conectar a um tripé. Você
completa com regulador para iluminação. A temperatura da pode até prender vários painéis juntos!
Adobe CS5
Production Premium
Software de produção áudio visual
O mais novo Creative Suite da Adobe vem em vários ‘sabores’, incluindo
o pacote Production Premium focado em vídeo. A gente dá uma olhada
nos seus componentes mais importantes para produção de vídeo.
MIKE BUTLER (como com as ferramentas Macromedia por Photoshop e Illustrator. Eles estão
Flash e Dreamweaver focadas na Internet, incluídos em todos os pacotes, mas a partir
adicionadas em 2007) ou como resultado daí sua escolha fica entre o Web Premium
O
Creative Suite 5 é a mais nova de desenvolvimento da própria Adobe direcionado à web, o Design Standard ou
encarnação do pacote de software (como com On Location ou Media Premium focado na impressão/reprodução
carro-chefe da Adobe, um pacote Encoder). O Creative Suite alcançou e o Production Premium orientado para
responsável por grande parte da mídia de um tamanho enorme, e poucos de nós vídeo. Versões anteriores do Creative Suite
web, impressa e até de vídeo que a gente precisamos ou podemos lidar com o deram aos compradores a escolha entre
vê ao nosso redor todo dia. Seguindo a pacote inteiro. Então embora seja possível versões ‘Standard’ ou ‘Premium’, mas no
sua apresentação na NAB este ano, agora pedir a ‘Master Collection’, a maioria CS5 a única versão ‘Standard’ sobrevivente
o CS5 tem seu lançamento oficial, então de nós vai se limitar a apenas algumas é Design Standard, que inclui a versão
está na hora de a gente dar uma boa delícias no menu (ver a tabela ‘Pacotes do padrão do Photoshop em vez da versão
olhada nele. Adobe CS5’). Extended usada por todos os outros
Como o Creative Suite se desenvolveu pacotes. Como você pode ver na tabela
e ampliou seu alcance, mais programas
Um pacote versátil Pacotes do Adobe CS5, o CS5 é bastante
foram adicionados, seja por aquisição O prato principal do CS5 é fornecida caro, e até o custo de atualização do CS4 é
Illustrator CS5
O Illustrator é um pacote especializado para
desenhar vetores. Os vetores não são como pixels;
eles são componentes matemáticos, e dar zoom
não vai deixá-los ‘pixelados’. Faz tempo que
é possível criar algum conteúdo com base em
vetores, como textos e formas simples diretamente
em qualquer um dos outros aplicativos do CS5
onde seja adequado fazer isso, mas o Illustrator é
para trabalho de design sério. De uma perspectiva
de vídeo, o Illustrator pode ser muito útil para
desenhar itens que são depois animados usando
After Effects ou incorporados nos menus de
BluRay e DVD do Encore.
Eu sempre o achei o menos intuitivo e útil dos
aplicativos importantes do Creative Suite. Não
me entenda mal – existe um poder e potencial
maciços no programa, só que parece um trabalho
pesado perceber sua visão às vezes, então
realmente espere assistir a um ou dois tutoriais se
você quiser usá-lo.
Os recursos novos incluem controle sobre o comportamento em cantos; o mesmo pincel PostScript); modos convenientes de ‘desenhar
linhas tracejadas e pontas de setas, traços de de cerdas do Photoshop; uma nova ferramenta atrás’ e ‘desenhar dentro’; e, por fim, uma
amplitude variável, um novo controle de extensão Shape Builder; suporte muito melhorado para ferramenta Perspective Grid muito legal para
para pincéis e novos controles para lidar com várias Artboards (outra limitação imposta pelo desenhos mais fáceis de perspectiva.
estão opções de taxa de frames, tamanho colaborar com colegas e clientes de várias HD, 2K ou 4K, uma vez que os frames de
de frames e taxa de dados conforme a maneiras, desde ajudando a suavizar a troca cache precisam de quantidades enormes
necessidade. É um jeito legal de apresentar de scripts ou sequências até a capacidade de memória RAM. De fato, a versão CS5
aquilo que se tornou um campo minado de pré-visualizar e diagnosticar conteúdo do Premiere Pro é só de 64 bits, então a
de formatos, e deixa a configuração de um de uma página da web. Atualmente é Adobe incluiu um instalador para a versão
Project o mais indolor possível. grátis, mas a Adobe planeja cobrar uma CS4 anterior, para quem ainda não roda o
Quando estiver nele, o Premiere Pro taxa de assinatura conforme o sistema OS de 64 bits. Mas você seria louco de não
CS5 parece bastante com o seu antecessor ganhar mais recursos. Mais informações atualizar para um OS de 64 bits para o CS5;
– o que é incomum, já que a Adobe estão disponíveis no site http://www.adobe. a melhora na performance é enorme.
realmente gosta de mudar a interface! com/products/creativesuite/cslive/. Embora
Mas inevitavelmente existem algumas possivelmente de interesse para quem é
Mercury
diferenças: as Tools foram movidas do canto freelancer e trabalha em casa, ainda não se A outra mudança bastante precursora
inferior direito para o superior esquerdo, as sabe se o que é oferecido vai ser bastante é a apresentação do mecanismo de
igualando com a posição das ferramentas adotado. reprodução Mercury. O Mercury combina
no After Effects e Encore. Também novo O Premiere Pro CS5 pode não parecer processamento de 64 bits com uso
é um menu no topo direito que dá acesso tão diferente dos seus antecessores, mas extenso da aceleração 3D disponível
fácil aos vários Workspaces (arranjos de por trás da interface as coisas mudaram na sua placa gráfica para melhorar de
presets das janelas diferentes), que antes radicalmente. De fato, não é bem uma maneira expressiva a performance da
eram acessíveis através do menu Window/ ‘atualização’ e sim uma recomposição reprodução da timeline e receptividade
Workspace. Isto também está igual aos completa, porque a versão CS5 se para scrubbing, shuttling e jogging através
outros aplicativos tornou nativa de 64 de clipes. O único ponto negativo é que
importantes no CS5, e bits. Isto permite a sua opção de placa gráfica é restrita: só
é um sinal bem-vindo desvendar o potencial placas ativadas por CUDA são compatíveis,
de que a Adobe quer da performance do o que limita você a certos modelos da
harmonizar as diferentes Windows 7 e Mac OSX Nvidia. Uma lista de placas compatíveis
interfaces. Snow Leopard e tirar está disponível no site www.nvidia.com/
Também no canto proveito de quantidades object/adobe_PremiereproCS5.html.
superior direito está um maiores de memória A chegada do mecanismo de
botão marcado como ‘CS RAM que estes sistemas reprodução Mercury para o Premiere Pro
Live’. Ele dá ao usuário operacionais podem teve um efeito dramático na sua capacidade
acesso aos novos CS Live tratar. Isto é importante de tocar mídia de formato misto (mais
Services que a Adobe quando você começa de um tipo de codec) na timeline. Antes,
está gradualmente a lidar com mídia de o Premiere Pro havia ficado atrás dos
construindo. Os CS seus pares neste aspecto importante, e
Embora o serviço esteja
Live Services usam sua com certeza eu achei que, com o mesmo
no começo, o CS Live,
conexão de Internet equipamento, a melhor performance de
em expansão, permite
para permitir a você colaboração pela Internet reprodução de mídia veio do Avid Media
Estilo de edição
De muitos pontos de vista, o Premiere Pro
tem uma sensação claramente tipo FCP.
De fato, editores familiarizados com o FCP
vão se sentir bastante confortáveis, depois
que se acostumarem. Quem leu o teste
do Media Composer (Sound On Sound
de setembro de 2010) vai saber que a O Encore CS5 permite criação de DVDs, BluRays e vídeos interativos, desenhando em mídia do
Avid também deu passos na direção deste Photoshop, Illustrator e no resto do pacote CS5
da entrega de mídia em disco óptico esteja conectada a um laptop e capturada ao vivo. outra coisa. O trabalho de resolução
declinando a favor do download da web, Agora o On Location CS5 permite a você independente foi possível durante muitos
através de serviços como Netflix. trabalhar com mídia baseada em arquivos anos, mas ficou mais maleável conforme
Com isto em mente, talvez não seja que você transferiu para o computador e computadores e placas gráficas se
surpreendente que um dos novos recursos depois abrir de novo os clipes capturados desenvolveram e aumentaram em poder.
mais significativos seja a capacidade de para registro adicional. Além de configurar Então, embora o After Effects CS5 lucre
criar DVDs para a web com capacidade de pontos de entrada e saída em mídia, o On com o mesmo mecanismo de reprodução
busca. Para quem não sabe, um DVD de Location também permite que Markers Mercury e compatibilidade OS de 64
web parece ao usuário um DVD normal, mas sejam adicionados em tempo real, que bits do Premiere Pro, durante anos ele
a interface e mídia estão na verdade sendo podem ser transferidos para o Premiere conseguiu a reprodução em tempo real de
acessadas em um servidor remoto, não em Pro para edição, completos com toda a sequências complexas usando RAM Preview
um disco. A interface de usuário é criada pelo metadata que você adicionou. – basicamente renderizando a composição
Encore como Flash e o conteúdo de vídeo Vale a pena notar que os formatos (ou uma parte selecionada – a ‘área de
é entregue como Flash Video e reproduzido em que o On Location é projetado para trabalho’) em memória RAM. A capacidade
no Flash Player da Adobe em vez de no seu trabalhar para captura e projettos baseado do CS5 de tratar quantidades enormes de
software normal de DVD player. em arquivos são limitados para AVCHD, DV, memória RAM é, portanto, uma grande
A capacidade de busca é produzida pelo DVCPro, HDV, DVCProHD e XDCAM, então vantagem ao trabalhar em altas resoluções.
Encore construindo um banco de dados a não vai ser atraente para quem tem a sorte Por exemplo, com 64GB de memória RAM
partir de vários aspectos do DVD, incluindo de filmar para Digital Cinema. você pode pré-visualizar mais de um minuto
legendas, menu e nomes de botões, e até de mídia de resolução full HD. Está bem,
análise de comentários do conteúdo. As
After Effects CS5 não é em tempo real, mas tem sido uma
buscas podem ser feitas sem interromper a O After Effects é outra parte bem alternativa aceitável. Isto só foi desafiado
reprodução, e é tudo muito impressionante estabelecida do império de softwares de recentemente pelo Motion da Apple, que
em operação. mídia da Adobe, e ao longo dos anos ele procura fazer o máximo possível em tempo
Agora o Encore CS5 suporta mídia de construiu para si mesmo uma reputação real fazendo uso total das capacidades da
24p, essencial para criação profissional sólida como um incomparável compositor placa gráfica, mas é um software muito
de discos Blu-ray e uma surpreendente de efeitos. Realmente, é desconcertante menos flexível. Compartilhar o mesmo
omissão até data. Além disso, agora é que o Premiere Pro tenha lutado para mecanismo de reprodução também quer
possível criar discos Blu-ray de câmeras alcançar o mesmo status reverenciado dizer que o After Effects pode trabalhar
AVCHD sem transcodificar a mídia, no seu setor do mercado. O atrativo com o mesmo conjunto de formatos que o
preservando assim a qualidade do do After Effects é surpreendentemente Premiere Pro, incluindo todos os populares.
material fonte. amplo e ele é adequado para ser O After Effects sempre liderou o
O Encore depende do Adobe Media usado para criar sequências de gráficos caminho com a sua abordagem para
Encoder para transcodificar informações animados para a web, como também keyframing (parâmetros automatizados
de vídeo e agora pode realizar tarefas de para broadcast, noticiários, propagandas pelo tempo em uma base algorítmica ou
transcodificação em background enquanto e além, no high end de composição e frame a frame) e exatamente quando você
o trabalho na estrutura do menu continua. efeitos do cinema digital. achou que eles já tinham feito tudo que
Isto aumenta o fluxo de trabalho de A filosofia do After Effects sempre foi você podia imaginar, eles criaram uma nova
maneira significativa e é particularmente simplesmente permitir que praticamente ideia que faz você dizer “é claro, como eu
importante se você estiver trabalhando qualquer coisa seja composta com qualquer vivi sem isso?!”. Isso é o novo modo Auto-
com mídia de 4k de alta resolução.
Falando nisso, agora o Encore pode lidar
com masterização de 4K para discos Blu-
ray. Por fim, projetos do Encore agora são
cross-platform e podem ser facilmente
movidos do Mac para sistemas de PC sem
a necessidade de conversão.
On Location
Outro programa que vem junto com o
Premiere Pro é o On Location. Projetado
para ajudar com a aquisição do seu
vídeo, o On Location era normalmente
usado (previsivelmente) em um set de
filmagem como um auxílio para acertar os
aspectos técnicos da gravação (ele fornece
monitoramento de forma de onda do
sinal do vídeo que está capturando) e os
aspectos de produção para catalogar as
gravações e adicionar metadata. A saída
da câmera, além de ser gravada em fita ou O líder de seu segmento, After Effects CS5, pode ser usado para criar tudo, desde sequências de títulos
cartão de memória na câmera, pode ser simples a compostos de filmes em escala total
keyframe. Selecionado através de um novo Mocha After Effects, já que a interface do Color
botão na barra de ferramentas da timeline, Finesse pode ser aberta a partir do próprio
ele automaticamente permite o keyframing O Mocha versão 2 da Imagineer Systems plug-in. A versão que vem junto com o
de quaisquer parâmetros que você mudar, é uma ferramenta excelente para gravar e After Effects CS5 é Color Finesse 3LE e
economizando o trabalho de ativar cada um rotoscopiar (o processo de cortar e isolar também pode ser usada diretamente no
individualmente. É claro, o problema é que áreas de um clipe de vídeo) e oferece uma Premiere Pro, se você quiser.
provavelmente você também faz o keyframe abordagem muito diferente para gravar O Color Finesse foi atualizado para
de coisas que não queria, pelo menos até em comparação com a própria gravação rodar como um aplicativo de 64 bits e
estar acostumado com a mudança. embutida do Affter Effects. A gravação é tem vários recursos novos, incluindo um
Outra excelente ferramenta nova é a usada para seguir um objeto através de controle Vibrance para dar melhor controle
Rotobrush. Parecida com a ferramenta frames de vídeo, para manter um objeto
Extract no Photoshop, a Rotobrush acelera virtual, que não estava realmente ali quando
a extração de objetos móveis do seu o vídeo foi filmado, no lugar certo, por
fundo permitindo a você desenhar ao exemplo. Em vez de especificar pontos de O novo comando Auto Keyframe alivia um
redor do objeto e, depois, analisando de gravação no frame, o Mocha grava planos pouco do esforço do keyframing
maneira inteligente os traços do pincel para ou superfícies, então gravar mudanças
resolver onde o limite do objeto deve ser. de perspectiva é, na teoria (e na prática), sobre a saturação da imagem e controles
Depois isto é aplicado ao próximo frame muito mais fácil. O Mocha consiste de um HSL Curves, que permitem o controle
e atualizado automaticamente. Você pode programa separado onde a rotoscópia de saturação e claridade baseado em
facilmente ajustar a forma manualmente e a gravação são feitas e um plug-in de nuances de cor. O programa também
para corrigir os seus erros e são fornecidos efeito – Mocha Shape – que você pode tem a capacidade de exportar LUTs 3D
controles para permitir a você aplicar aplicar a uma camada como veículo para (“look-up tables”, tabelas de informações,
smooth, choke e feather na máscara transferir a forma e dados de gravação para igualar padrões de cor da indústria
resultante. Tudo é muito impressionante em para a sua composição. Transferir dados é específica) em vários formatos comuns.
operação e bem bolado. um processo simples de copiar e colar, e Além disso, agora ele suporta, de maneira
Um novo efeito que vem junto com o CS5 é os dados do Mocha também podem ser útil, o controlador Tangent Wave, para
o DigiEffects Freeform. O Freeform permite salvos separadamente para transporte para graduação interativa de cores. Este e várias
que o usuário deforme um objeto 2D em sistemas em outras estações de trabalho. outras otimizações menores o tornam um
espaço 3D manipulando um grid, então apoio bastante útil para o After Effects e o
com paciência e habilidade você pode
Color Finesse 3 LE Premiere Pro.
mapear um objeto 2D em uma superfície O Color Finesse da Synthetic Aperture é
3D. Além do próprio After Effects, dois uma ferramenta sofisticada de graduação
Flash Professional e Catalyst
aplicativos adicionais importantes que vêm e correção de cores, aplicada através de Faz tempo que o Flash vem sendo o
junto com o CS5, Mocha e Color Finesse, um plug-in de efeito e com a sua própria programa de animação escolhido pelo
foram atualizados. interface. Não é necessário exportar do desenvolvedores de Web. Ele se sobressai
D
urante o que agora parece fazer que seja só uma questão de tempo até eu um ícone no lado direito da sua barra de
tempo demais, eu venho perturbando poder dizer ‘eu avisei’. menu. Quando clicado ele evita que o seu
Mac descanse, escurecendo a tela ou iniciando
qualquer pessoa que me ouça sobre
o futuro da distribuição de música. A não ser
Habilidades sociais?
que as minhas previsões virem realidade muito De maneira impressionante, o iTunes
em breve, minha reputação como um sábio alcançou os dois dígitos e a nova versão
adivinhador velho e banguela vai se afundar inclui o AirPlay (ver acima) e Ping, a mais
nas rochas da, bem, falta de progresso. nova tentativa da Apple de se juntar às
Existem aqueles que censuram o modelo redes sociais, com um nome curiosamente
do iTunes de vender música pela Internet, parecido com o mecanismo de busca da
preferindo no lugar, roubar os arquivos que
eles conseguirem achar – justificando seu crime
na base do ‘se está ali, está valendo’ (mas, de
maneira interessante, as mesmas pessoas não
roubam carros porque eles estão ali, pelo que protetores de tela. Ele é ótimo se
você quiser desativar temporariamente as suas
eu saiba). Para eles, eu apoio a visão geral de
preferências regulares de economizar energia.
que a música vai ser hospedada em servidores
Sempre na frente: Encontrado no site
remotos e os ouvintes simplesmente vão http://infinite labs.net, o aplicativo Afloat
alugar a capacidade de transmitir música para instala um painel de preferências. Quando
O Ping é o novo recurso de rede social da versão
os seus computadores e dispositivos móveis, ativado, um ícone do Afloat aparece no menu
mais recente do iTunes. Ele teve um ótimo
pagando uma assinatura por este direito. feedback dos novos usuários, mas por que mudar
Window, permitindo a você manter a janela
Até agora, o iTunes permanece firme com o do Facebook ou MySpace? daquele aplicativo ‘em cima’ de quaisquer
modelo de download – mas existem sinais de outros, e também permite a você controlar a
que isto está prestes a mudar... sua transparência.
Microsoft. Ótima ideia, esta – bata um papo
Transmitindo adiante diretamente com artistas e os seus colegas,
A versão mais nova do aplicativo iDisk pré-visualize e compre canções (ou álbuns
permite a você transmitir música armazenada inteiros) recomendadas por amigos: é como
no seu iDisk (para o qual você precisa de uma estar em uma antiga loja de discos – e a
conta do MobileMe – sim, um serviço de interface de usuário está recebendo um
assinatura) e tocá-la de fundo enquanto usa ótimo feedback dos novos usuários. Mas
outros aplicativos. Ele não é nenhum ‘iTunes o serviço vai depender da aceitação de
Live’ mas, no fim de 2009, a Apple comprou quem usa, e a pergunta precisa ser feita:
o Lala, o serviço de transmissão de vídeo e porque se preocupar em usar o Ping se
música baseado nos EUA. Aproximadamente todo mundo já tem Facebook e MySpace,
no fim de maio deste ano, a Apple desativou incluindo os artistas?
o serviço do Lala e, quase na mesma época, Depois de 10 anos, o iTunes também
fotos das instalações do servidor da Apple, ganha um ícone novo, para tristeza geral dos
de 152 mil metros quadrados na Carolina tradicionalistas, tendo só mudado do verde
do Norte, apareceram na Internet. Em para o azul neste tempo todo. Estes puristas
setembro, Steve Jobs acompanhou o anúncio não gostam de mudanças na aparência que
dos novos iPods com notícias do iminente lidam com os três botões de semáforos
lançamento do iOS 4.2 Esta versão vai incluir empilhados verticalmente para economizar
o AirPlay, que é a capacidade de transmitir espaço (aqueles com a tecnologia mais
vídeos, músicas e fotos de maneira wireless moderna muitas vezes são os mais
Cabeça nas nuvens: Parecido com o
para a nova Apple TV ou caixas de som com surpreendentemente tradicionais ao se tratar
DropBox, o CloudApp (do site www.
protocolo AirPlay. de questões de GUI!). Se quiser mudá-lo de getcloudapp.com) usa armazenamento
Parece que praticamente todas as peças volta para o horizontal, você pode digitar Cloud, para permitir a você fazer backup e
do quebra-cabeça estão no lugar, então, o seguinte em Terminal (em uma linha compartilhar arquivos. Você pode arrastar
como com todas as coisas burocráticas, o contínua) e depois apertar return: e soltar arquivos do Finder para o ícone
impedimento deve ser legal. A Apple vai defaults write com.apple.iTunes full-window instalado na barra do menu. O CloudApp
precisar abordar gravadoras para procurar -boolean YES. é expansível, usando extensões que podem
acordos para este novo modelo, e deve Para voltar para um layout vertical, digite a ser baixadas, chamadas Raindrops, que
ser uma tarefa imensa convencer os donos mesma coisa de novo, mas termine com NO e permitem que terceiros acessem serviços do
CloudApp.
de tudo que esta à venda no iTunes, depois aperte return. Fácil!
N
ão importa o tamanho dos seus (entre outros), você
HDs, mais cedo ou mais tarde você só precisa plugar
vai enchê-los e, então, encarar temporariamente o
três opções. Em primeiro lugar, você pode novo drive destinado Antes de formatar e dividir HDs, considere a melhor maneira de particioná-los
comprar um PC novo, o que não é tão para Windows e para que você possa fazer backup do seu setup do Windows e dados pessoais, de
ridículo quanto parece, já que talvez você aplicativos, ligar maneira separada e fácil. Eis o meu arranjo mais novo
já esteja usando o seu computador atual e separá-lo para
há muitos anos antes de finalmente ficar adequar às suas necessidades, depois novos como uma única grande partição,
sem espaço e esta pode ser a oportunidade restaurar o arquivo de imagem mais novo mas para mim, isto é pedir por problemas
perfeita para pesquisar uma máquina com da sua partição de Windows existente para no futuro, já que tal decisão gera uma
um processador mais poderoso, mais uma partição no drive novo. dificuldade adicional para manter backup
memória RAM, etc. Depois de copiar todos os dados de tudo, do que se você tiver seus dados
A segunda opção – e a mais fácil – necessários de outras partições no seu em partições diferentes do seu Windows
é comprar e instalar um ou mais HDs antigo drive Windows e de aplicativos, e Aplicativos. Eu cobri ‘Por que e como
adicionais. Só o que você precisa fazer desligue de novo, retire-o e use os seus dividir seu HD em um PC de música’ na
neste cenário é desligar, anexar cabos cabos de dados e energia para plugar o SOS de maio de 2005 (www.soundonsound.
de dados e energia adequados aos seu novo drive do Windows e aplicativos. com/sos/may05/articles/pcmusician.htm)
novos drives depois de parafusá-los nos Depois, ao reiniciar, você deve se achar de e praticamente nada mudou desde então,
compartimentos de drives internos e volta no antigo e familiar desktop, mas com fora os tamanhos de partição.
depois reiniciar o seu PC. O(s) novo(s) muito mais espaço para expansão. É ainda
drive(s) deve(m) ser automaticamente mais fácil para drives de dados adicionais
reconhecido(s), e aí você pode formatá- não Windows: copie os dados para um Espaço para melhora
lo(s) e dividi-lo(s) para o conteúdo que novo drive de dados, partição por partição, O Oszillos Mega Scope (http://
quiser, usando um dos vários utilitários de depois ‘desplugue’ o antigo drive de dados betabugs.de/oszillos_mega_scope) da
gerenciamento de partição (por exemplo, e deixe o novo no lugar. Apesar de precisar Benjamin Schulz é um osciloscópio
o EASEUS Partition Master oferece uma ser metódico, esta abordagem pode sincronizado por BPM com suporte para
Home Edition grátis, que pode ser baixada economizar dias de reinstalação de tudo várias entradas. Eu acho que ele é uma
no site www.partition tool.com). desde o começo. ferramenta maravilhosa para aprender
mais sobre o que os plug-ins de efeitos
Neste mês, eu resolvi tomar uma
terceira opção, a de substituir os dois
Guerras dos clones fazem aos tracks de áudio.
Apenas insira uma instância do
drives existentes com dois drives novos O único estraga-prazer é que alguns OMS em um track, depois sua escolha
e maiores da Western Digital Caviar Blue aplicativos com proteção anti-cópia, de plug-in de efeito, e depois outra
com capacidade de 640GB. Com tamanhos podem perceber que foram instalados instância do OMS, e você vai poder
assim e cada vez maiores, agora disponíveis em um HD diferente e exigirem ser ver exatamente como o plug-in mudou
o envelope do volume. Você até tem a
a preços mais acessíveis, muitas vezes dois reativados, achando que foram clonados
opção de sobrepor as formas de ondas
drives são suficientes para os objetivos de em um novo PC. A grande maioria dos de antes/depois para ver as mudanças
muitos músicos e vão ajudar a manter níveis meus dongles e softwares de áudio mais nitidamente. Eu o achei ótimo para
baixos de ruído acústico. protegidos por número serial sobreviveu alterar configurações de formadores de
Ao substituir drives existentes, você pode intacta, mas alguns itens, incluindo AAS transientes e compressores.
começar do zero e formatá-los/dividi-los, String Studio e AudioMulch, que usavam
depois reinstalar o Windows e todos os seus proteção de desafio/resposta, precisaram
aplicativos do começo, e por fim transferir ser autorizados novamente.
todos os seus dados pessoais de backups. Pessoalmente, eu acho que a coisa
Isto é ideal se você precisa de uma boa mais importante é dedicar um tempo para
limpeza, e principalmente se você costuma decidir sobre um esquema de partição
instalar muita coisa ao longo dos anos, o adequado para os seus drives novos
que reduz gradualmente a performance. antes de realmente plugá-los e começar
Mas se tomar cuidado com o que instala, a transferir quaisquer dados. Eu conheço
você pode evitar todo esta chatice extra e muitas pessoas que só formatam seus drives
ANUNCIANTES
2600hz .........................................................11 2359-0382 ..................... www.2600hz.com.br ................................................................................. 193
Alesis (Habro) ............................................... 11 3224-9787 ..................... www.habro.com.br ...................................................................................... 11
Audição Crítica ............................................. 11 2626-8324 ..................... www.audicaocritica.com ...................................................................125 - 193
Belden .......................................................... 11 3061-3099 ..................... www.belden.com.br .................................................................................... 29
Blue (Visom) ................................................. 21 3323-3300 ..................... www.visomequipamentos.com.br ............................................................... 77
CAM Áudio e Música .................................... 19 3633-2679 ..................... www.camaudioemusica.com.br .................................................................. 85
C. Borges ..................................................... 92 3622-7151 ..................... www.cborges.com.br .................................................................................. 63
CV Audio....................................................... 11 2203-9752 ..................... www.cvaudio.com.br ...................................................................................45
EM&T ............................................................11 5012-2777 ..................... www.emt.com.br ......................................................................................... 69
Focusrite (Quanta Music)...............................19 3741-4646 ..................... www.quanta.com.br/music ......................................................................... 49
Hotsound ..................................................... 19 3869-1478 ..................... www.hotsound.com.br ................................................................................ 15
Loop Music ...................................................11 8763-7753..................... www.loopmusic.com.br ...............................................................................35
Knob ............................................................ 21 3087-7432 ..................... www.knob.com.br ....................................................................................... 41
Mix Nova Studio ........................................... 11 5093-3902 ..................... www.mixnova.com.br ............................................................................... 119
Music Company............................................ 11 2803-4040 ..................... www.musiccompany.com.br ....................................................................... 31
MXL (Um Instrumentos) ................................11 3791-8889 ..................... www.uminstrumentos.com.br ..................................................................... 37
Nashville ...................................................... 11 5031-8660 ..................... www.nashvilleaudio.com.br ........................................................................ 43
PlayTech ....................................................... 11 3225-0505 ..................... www.playtech.com.br .................................................................................. 13
Prism ............................................................ +1 973 983 9577 ................ www.prismsound.com .................................................................................. 7
Pre Sonus (Um Instrumentos) ....................... 11 3791-8889 ..................... www.uminstrumentos.com.br ..................................................................... 27
ProClass........................................................ 21 2224-9278 ..................... www.proclass.com.br ................................................................................ 143
Reuel Studios ............................................... 21 3367-3267 ..................... www.reuelstudios.com.br .................................................................. 57 - 115
Roland…………………………………………….. 11 3087-7700 ………………. www.roland.com.br ……………………................................... 4ª C – 9 – 33 - 73
Sommer Cable ............................................. + 49 7082 49133-38 ........... www.sommercable.com .............................................................................. 67
Studio R ....................................................... 11 5031-3600 ..................... www.studior.com.br .................................................................................... 39
Território da Música ..................................... 11 3453-0638 ..................... www.territoriodamusica.com.br .................................................................. 87
Van Den Hul (Gramophone) ..........................11 3663-5859 ..................... www.gramophoneeletronica.com.br ........................................................... 43
Versathil .......................................................11 3453-2015 ...................... www.versathil.com .................................................................................... 183
Voz em Inglês .............................................. 11 9660-5262 ..................... www.vozemingles.com ............................................................................. 111
Yamaha ........................................................ 11 3704-1377 ..................... www.yamaha.com.br ................................................................................ 2ª C
De volta...
“A
Sound On Sound foi que não tinha lugar na ‘gravação
especialmente criada de verdade’. Até Midge Ure afirma
para ajudar você a ficar na capa da primeira edição: “Acho
em contato com a tecnologia musical MIDI instável... acho mesmo”, mas
moderna enquanto ela começa a unir as conforme a sede por conhecimento
outrora bem definidas áreas de geração e a necessidade de compreensão se desenvolveram,
e gravação de som. Nós esperamos logo a Sound On Sound foi reconhecida com a autoridade
que você esteja tão entusiasmado sobre os novos métodos de gravação – uma posição que vocês,
quanto a gente.” A ‘declaração da leitores, nos ajudaram a manter durante os últimos 25 anos.
missão’ do editor fundador Ian Gilby no Obrigado, em nome de toda a equipe da SOS, por todo o seu apoio,
começo da edição de lançamento em encorajamento e feedback.
novembro de 1985 resumiu um momento Ao olharmos para os próximos 25 anos, esperamos que você curta
‘Timecode: por que todos
fundamental no desenvolvimento da dar uma olhadinha onde tudo começou. 18 de outubro de 1985 – um
nós precisamos dele e onde
tecnologia de gravação e música. A podemos usá-lo”. As reações
mundo em que Margaret Thatcher é a Primeira Ministra do Reino
Sound On Sound foi lançada em um variavam de “Ugh?” a “Uau!”, Unido, Ronald Reagan é o Presidente dos EUA e no qual a Intel tinha
mundo onde as possibilidades estavam mas na maioria ficavam em apenas apresentado um chip de computador 80386 de 32 bits com
sendo transformadas e as barreiras à torno de “…umm…” velocidade de 12MHz! De Volta Para o Futuro é o filme de maior
criatividade sendo demolidas a cada mês. bilheteria do ano e o grupo norueguês A-ha está em primeiro lugar
O multitrack, ainda limitado, estava tornando métodos de gravação nas paradas americanas, enquanto que ‘Power Of Love’ da Jennifer
tradicionais mais acessíveis do que nunca antes, mas foi a chegada Rush tira ‘If I Was’ do Midge Ure do primeiro lugar das paradas do
dos sequenciadores MIDI, sincronizados para fita via timecode, que Reino Unido, evitando assim que o seu solo número um coincidisse
realmente mudou tudo. A Sound On Sound estava bem ali à frente com a aparição na capa da edição de lançamento. Dave Lockwood
daquela tecnologia, com matérias sobre SMPTE e sobre hardware e Editor/Diretor Editorial
software de sequenciamento desde a primeiríssima edição.
É claro que nem todo mundo ‘entendeu’ logo de cara – 1985
foi uma época em que músicos e até engenheiros ainda podiam
escolher acreditar com alegria que o MIDI era uma moda passageira