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A rede elétrica é alternada, a corrente elétrica varia senoidalmente entre um valor máximo positivo e um valor máximo negativo, 60
vezes por segundo.
Girar um laço de fio (bobina) dentro de um campo magnético provoca uma corrente elétrica deslocando-se no fio.
Quanto mais forte o campo magnético, e quanto mais voltas no laço de fios, maiores a corrente e a tensão.
Como o laço gira em um círculo, a corrente varia senoidalmente, sendo máxima a 0 grau de inclinação, zero a 90 graus, máxima de
novo, porém invertida, a 180 graus e zero de novo a 270 graus.
A maioria dos equipamentos elétricos e eletrônicos funciona com uma fase (monofásico), ou seja, uma tomada com dois pinos.
Mas para girar motores, bombas de água com corrente alternada a maneira mais simples é usar três fases, deslocadas 120 graus uma
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da outra. Assim sempre haverá uma chegando ao valor máximo, uma diminuindo e outra aumentando, em sequência.
Um motor é quase igual a um gerador, só que no gerador o movimento mecânico gera a eletricidade,
e no motor o campo magnético gerado pela eletricidade alternada é que gira os fios e as peças mecânicas ligadas a eles.
As usinas elétricas são imensos geradores, que geram eletricidade alternada trifásica com tensões de milhares de volts.
Nas subestações essa tensão é reduzida, com o uso de transformadores, para 3.800 V, e transformadores nos postes reduzem para
220 V ou 127 V. (Não existe rede de 110 V no Brasil). https://en.wikipedia.org/wiki/Mains_electricity_by_country
Atenção ao ligar tomadas na parede, as novas tomadas de 127 e 220 V são iguais. A diferença está no diâmetro dos pinos, o mais fino
para 10 A de corrente. O mais grosso para 20 A. As redes de 220 V têm maior risco de choques elétricos fatais, mas usam fios mais
finos para a mesma potência. Equipamentos de alta potência (mais de 1.500 W) geralmente são fabricados para 220 V, pois usam fios
mais finos, disjuntores de menos corrente. Por exemplo, um chuveiro elétrico de 5500 W em 127 V tem corrente de 43 A (5.500/127).
Os mesmos 5.500 W em 220 V têm corrente de 25 A. Muitos disjuntores domésticos bifásicos são de 32 A, logo um chuveiro de
220 V vai funcionar com um disjuntor de 32 A por fase. Um chuveiro de 127 V, ao ser ligado, vai desarmar o disjuntor, pois tenta
drenar uma corrente de 43 A, o disjuntor desarma aos 32 A.
Dependendo da residência ou empresa, podem estar ligadas uma, duas ou três fases. Indústrias sempre têm três fases.
Quando um estúdio de gravação tem uma ligação trifásica à rede elétrica, deve-se ligar sistemas de iluminação em uma fase,
refrigeração em outra e os equipamentos eletrônicos na outra, reduzindo assim as interferências (zumbidos) no áudio.
Transistor de junção
Funciona de modo semelhante às válvulas,
mas é bem menor e consome menos energia.
Circuito integrado, com transistores e outros Amplificador de áudio dois canais Um pendrive tem alguns circuitos
componentes em um invólucro plástico (pode ser estéreo) em um chip integrados e outros componentes
(circuito integrado) eletrônicos
O comprimento de onda é inversamente proporcional à frequência. Quanto maior a frequência, menor o comprimento de onda, e
menor a antena.
GRAVAÇÃO ANALÓGICA
Os sons são gravados na fita magnética em modulação AM, com uma portadora
entre 60 e 100 kHz, dependendo do gravador. Isso é para obter máximo rendimento
com melhor faixa de resposta. Naturalmente, quanto maior for a frequência a ser
gravada, mais estreita terá de ser a abertura no material magnetizável da cabeça.
Essa abertura é chamada de gap. Com uma abertura bem estreita (menor que
metade do menor comprimento de onda a ser gravado) é possível transferir para a
fita as variações rápidas do sinal, correspondentes às frequências mais altas. E,
quanto maior for a velocidade da fita, mais precisão haverá nesse registro, pois
mais grãos de material magnetizável serão orientados. Esses grãos, moléculas
magnetizáveis coladas na superfície da fita, podem ter sua orientação elétrica
alterada pelo campo magnético gerado pelo sinal elétrico variando aplicado à
cabeça. Os grãos permanecem (por anos) nessa posição, e ao passar a fita por uma
cabeça sem sinal elétrico aplicado, essa variação de campo magnético irá criar, no
fio que envolve a cabeça, uma variação proporcional de sinal elétrico.
O processo é em duas vias. Variando o sinal elétrico, cria-se um campo
eletromagnético variável, que orienta as moléculas na fita. Passando a fita pela
cabeça, a variação de campo magnético das moléculas junto da cabeça produz uma
corrente elétrica variável no fio que envolve a cabeça, e o som gravado na fita é
reproduzido. Ao reproduzir, a amplitude do sinal é muito pequena. Ele é
amplificado, filtrado e depois reproduzido no alto-falante.
As fitas magnéticas, sejam de vídeo ou áudio, analógico ou digital, devem ser
armazenadas na vertical, em local fresco e com baixa umidade, e se ficarem
paradas por muitos meses é bom avançar e rebobinar antes de utilizar, para evitar
que o plástico fique “colado”.
A gravação magnética pode gravar informações analógicas ou digitais.
A modulação em amplitude é utilizada nas rádios AM, na transmissão de imagem na TV analógica, na gravação de áudio em fita. A
modulação em frequência é utilizada pelas rádios FM, na transmissão de som na TV analógica, na gravação de vídeo em fita, nos
microfones sem fio.
Ao reproduzir o sinal, elimina-se a portadora (que tem frequência muito maior que os sinais) e ‘sobram’ os sinais de áudio e/ou vídeo.
Caixas passivas têm conectores para ligar ao amplificador. Sempre ligue Caixas ativas têm tomada elétrica, um amplificador
vermelho (na caixa) em vermelho (no amplificador) e preto em preto. interno, várias entradas de linha e, às vezes, entrada de
microfone.
Ao gravar áudio no computador os volumes de cada entrada podem ser ajustados por um mixer simulado por software, que tem
controles de volume para as diversas entradas (microfone, linha, auxiliar, CD) e determina-se a qualidade da gravação escolhendo a
amostragem e a resolução. Para voz, pode-se usar menor amostragem (8.000s/s) e menor resolução (8bits) que para música.
ÁUDIO DIGITAL
O padrão de áudio do Windows e Mac é o sinal PCM (Modulação por código de pulso). É o áudio digital sem compressão, cada
trechinho (fatia) de cada canal de áudio é representado por um número (com 16 ou 24 bits de resolução) e uma taxa de amostragem de
44.100 (CD), 48.000 (DAT) ou 96.000 (DVD) amostras por segundo, ou seja, o arquivo digital é uma lista de números que representa
a posição de cada pontinho ao longo da onda sonora, o áudio mecânico é convertido em sinal elétrico (nos microfones, por exemplo) e
depois em áudio digital (nas placas ou mesas de áudio).
No Windows o formato se chama wave (.WAV) e no Mac se chama AIF. CDS são gravados com wave.
Os demais formatos de áudio digital são diversos tipos de compressão, sendo os mais comuns o MP3 e o FLAC.
FLAC é um formato de software livre de compressão sem perdas, ou seja, uma representação numérica do arquivo WAV que pode ser
descompactada e gerar outro arquivo WAV igual ao original. Comprime cerca de 50% do tamanho do arquivo.
MP3 é um formato proprietário, dos laboratórios Fraunhoffer, de compressão com perdas. Se a compressão arredondar muito os
valores, gera um arquivo com 10% do tamanho do WAV, mas isso acarreta perda de qualidade, principalmente dos agudos.
Se arredondar menos, comprime para 20% do tamanho do WAV, com menos perdas. Ao descompactar um arquivo MP3 se obtém um
WAV parecido, que soa bem próximo ao original, mas nunca se recupera um arquivo igual ao original.
arquivo wave FLAC MP3 128 kbps MP3 160 kbps MP3 192 kbps MP3 256 kbps
resolução 16 bits 16 bits 16 bits 16 bits 16 bits 16 bits
amostragem 44,1 kHz 44,1 kHz 44,1 kHz 44,1 kHz 44,1 kHz 44,1 kHz
áudio estéreo 10 MB/min 5,5 MB/min 1,0 MB/min 1,3 MB/min 1,5 MB/min 2,0 MB/min
A conversão de áudio digital para analógico usa filtros. Os números que representam o valor (energia, intensidade) de cada ponto
(amostra) do sinal de áudio vão carregando/descarregando o circuito de filtro a cada amostra, e o filtro varia a tensão de saída em
combinações de senóides. São pulsos de energia que entram nos filtros e sai um sinal contínuo. Toda onda sonora pode ser
decomposta em um certo número de senóides, com diferentes níveis, frequências e fases. A representação de pontos ligados por retas,
nos softwares de áudio, é uma simplificação. Nos conversores digital/analógico pontos são “interligados” por senóides, não por retas.
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ONDAS SONORAS
SOM é uma onda em movimento, propagando-se em meio elástico, nos planos transversal e longitudinal, produzindo uma sensação
auditiva no ouvido, alterando a pressão do ar no ouvido.
Frequência é o número de ciclos ou vibrações em uma dada unidade de tempo. 1 Hertz (Hz) é um ciclo por segundo.
Oitava é o intervalo entre dois sons, em que um tem o dobro da frequência do outro.
Por exemplo, a frequência do dó central do piano é de 261,6 Hz.
O dó uma oitava acima tem frequência de 523,2 Hz. O piano vai de 27,5 Hz até 4186 Hz.
Um semitom é um intervalo entre dois tons cuja razão é igual à raiz décima segunda de dois.
Escala cromática é uma escala musical em que os intervalos são semitons. É a escala de notas do piano.
A faixa de frequências audível é de cerca de 20 Hz a 18 kHz, e a frequência mais alta vai diminuindo com a idade.
O ouvido humano não ouve todas as frequências com a mesma intensidade. A escala de frequências não é linear, é logarítmica, pois o
ouvido humano funciona de modo logarítmico.
A faixa dinâmica do ouvido é de 120 dB, ou uma razão de um trilhão para um. Isso significa que podemos perceber desde sons muito
fracos até sons um trilhão de vezes mais fortes. Um gravador de fita magnética pode atingir uma faixa dinâmica de 60 dB, ou um
milhão para um. Um CD tem faixa dinâmica de 96 dB.
As curvas mostram que 1 kHz a 40 dB SPL são bem ouvidos mas 50 Hz com essa mesma pressão sonora, não são percebidos. Com
maiores pressões o ouvido ouve mais plano. Uma medida de pressão é o fon. O phon é a unidade para medir o nível de presença de
um tom puro. É uma medida de impressão auditiva. Como o ouvido não é linear, dobrar a intensidade do som não resulta numa
sensação auditiva do dobro do volume.
Um som de 1 kHz a 80 dB SPL dá uma certa impressão auditiva. Um som bem grave pode precisar de uns 110 dB SPL para causar a
mesma impressão. 100 Hz com pouco volume causam uma impressão. Os mesmos 100 Hz, fortes de repente, causam outra
impressão. Por exemplo, 80 Hz muito forte soa como 60 Hz. A sensibilidade do ouvido é de cerca de 1 dB em sons médios. Com sons
fracos é preciso uma mudança de 3 dB para ser percebida. Para causar sensação de dobro de potência sonora, em volumes médios, é
necessário um aumento de uns 10 dB.
A figura a seguir mostra as faixas de audição.
A escala de pressão sonora, em dB SPL, não é só uma. Existem três escalas, chamadas de dBA, dBB, e dBC. dBA é a mais comum,
mas serve para fracas pressões sonoras. dBB é para médias pressões sonoras. dBC para fortes.
Na escala em dBA, com referência de 20µN/m², alguns valores são:
20 dBA Estúdio com alta isolação sonora, para efeitos de som.
30 dBA Sussurro a 2 metros de distância.
50 dBA Ruído nesta sala (só refrigeração, todos em silêncio).
70 dBA Aspirador de pó a 3 metros. Trem a 30 metros.
100 dBA Britadeira.
120 dBA Jato decolando a 60 metros.
Essas medidas não são adequadas para avaliar os ruídos do dia a dia, pois ficam todos em valores ‘relativamente’ muito altos. Alguns
países têm sérias leis contra ruído. Em diversas cidades do Canadá, por exemplo, os apartamentos são construídos já com tratamento
acústico nas paredes e pisos e o uso de carpetes é obrigatório.
Certas substâncias afetam o ouvido, algumas de forma permanente. As mais comuns são a aspirina, os antibióticos injetáveis à base de
aminoglicosídeos, os diuréticos de alta potência e a combinação de álcool e grandes pressões sonoras.
dB é uma medida relativa. Não importa o tipo de unidade sendo medida.
Quando foram implementadas as redes telefônicas, nos anos 1950, nos EUA, determinou-se que a potência mínima para uma
transmissão razoável de áudio em linhas telefônicas era em torno de 1 mW.
Então criou-se o dBm. 0 dBm = 1 mW.
A maior parte dos sinais de áudio costuma sempre estar abaixo do máximo, logo a medida é em números negativos. Uma linha de
áudio pode estar com picos de -2 dBm, ou de -5 dBm, um microfone tem picos de -55 a -60 dBm.
As linhas de áudio eram de 600 ohms de impedância. 1 mW em 600 ohms tem uma tensão de 0,775 V.
Mas hoje as linhas de áudio profissional variam de 150 a 600 ohms, e com uma impedância diferente temos uma tensão diferente para
1 mW. Equipamentos domésticos têm impedância na ordem de 50 mil ohms.
Criou-se então o dBV, e 0 dBV = 1 V. O que se mede é a tensão elétrica, qualquer que seja a impedância.
E ao mesmo tempo passou-se a usar outra medida, o dBu, que é igual ao dBm se a impedância for de 600 ohms. Mas também mede a
tensão elétrica. 0 dBu = 0,775 V.
Os equipamentos domésticos têm como referência -10 dBV, ou seja, um gravador de fita cassete tem -10 dBv na saída quando marca
0 nos medidores.
Já um equipamento profissional tem, na maioria, +4 dBu na saída quando marca 0 nos medidores.
Convertendo os dois valores para tensão elétrica, a diferença entre -10dBV e +4dBu é de uns 12 dB (e não 14).
Ainda existem alguns equipamentos profissionais com saída de +6 ou +8 dBu.
Um gravador cassete tem 3 dB de margem, ou seja, pode gravar/reproduzir áudio até 3 dB acima do máximo de referência, sem
distorcer.
As mesas analógicas têm uma grande margem (headroom), que pode ir de 10 a 24 dB, o que permite somar (mixar) dezenas de canais
sem risco de distorção.
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Já em áudio digital a situação é diferente. A referência usada é o dBFS. FS significa full scale, ou máximo de escala.
Em áudio digital o máximo sinal é 1111 1111 1111 1111 (16 bits) ou 1111 1111 1111 1111 1111 1111 (24 bits).
O mínimo é 0000 0000 0000 0000 (16 bits) ou 0000 0000 0000 0000 0000 0000 (24 bits).
Em áudio digital não existe áudio acima de 0 dB FS, porque não pode haver mais que todos os bits com valor 1.
Logo, ao gravar áudio em digital, o nível tem de estar sempre abaixo de 0 dB FS, se chegar a 0, vai distorcer.
resumindo
Como ouvimos logaritmicamente, a medição de áudio utiliza uma escala logarítmica: os decibéis.
Para acústica, a escala é a de dB SPL, onde 0 é o menor som e 120 o limite de incômodo.
Existem 3 escalas: A: 0 a 55 dB (laboratório); B: 55 a 85 dB (locais fechados); C: mais de 85 dB (ambientes abertos).
Para áudio em linha (sinal elétrico), seja para microfones, gravadores, CDs o áudio é medido em dBm, onde 0 dBm (a referência) é o
nível máximo normal (por isso os medidores nas mesas e gravadores não costumam passar de 3 dB - o dobro do nível máximo
normal). E a maior parte dos sinais de áudio costuma sempre estar abaixo do máximo, logo a medida é em números negativos. Uma
linha de áudio pode estar a -2 dBm, um microfone tem de -55 a -60 dBm.
características do sinal
A distorção indica que porcentagem do sinal original é distorcido pelo circuito eletrônico, meio de gravação etc. Uma distorção de
5% pode ser aceitável para voz, mas é alta para música. CDs têm distorção muito baixa (menos de 0,5 %).
Wow e flutter são flutuações comuns na reprodução de discos analógicos (LPs) pois a velocidade de rotação pode variar um
pouquinho (um lado do prato pode girar mais depressa que o outro lado se o furo não estiver exatamente no centro) e a agulha fica
balançando lateralmente, além do movimento imposto pelas ranhuras no sulco. Isso praticamente não existe nos processos digitais.
Gravadores, amplificadores, caixas acústicas, têm cada um seus parâmetros e a qualidade final do som vai depender da combinação de
todos eles. A resposta, a distorção, serão sempre piores que a do pior componente, pois os vários efeitos de degradação irão se somar.
Assim, para ter qualidade, é preciso que todos os equipamentos envolvidos no processo tenham qualidade.
Tempo de reverberação é o tempo necessário para que um som, dentro de um ambiente fechado, seja reduzido em 60 dB (um
milionésimo) da sua intensidade original. Normalmente, tempos acima de 0,08 segundo são percebidos como eco, pela maioria das
pessoas. Tempos mais curtos são percebidos como reverberação, que pode ser reduzida ou aumentada com o tratamento acústico do
ambiente.
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OS SINAIS DE ÁUDIO: P, M, G
nível de microfone
A menor potência é a dos captadores, pois a impedância é muito alta e P = tensão² / impedância
nível de linha
1,23/0,316 = 3,9
20 log 3,9 = 11,8, logo, +4 dBu é uns 12 dB acima de -10 dBV (e não 14)
nível de potência
Amplificador e caixa
As saídas dos amplificadores e as entradas das caixas de áudio têm indicações de fase (+ ou -), geralmente usando as cores vermelho e
preto. A saída + do amplificador deve ser sempre ligada na entrada + da caixa. E a saída -, na entrada -.
Se inverter uma caixa, os canais estarão fora de fase, cancelando algumas frequências e reforçando outras, gerando um som muito
distante do original, incomodando o ouvinte. Se inverter as duas caixas, não se recebe o problema.
Nas caixas amplificadas só há entradas de linha e/ou microfone, o amplificador já está ligado internamente aos alto-falantes.
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VISUALIZAÇÃO DAS ONDAS SONORAS
Os softwares de áudio permitem visualizar os sinais de áudio de diversas maneiras. A seguir alguns exemplos de áudio estéreo.
O osciloscópio exibe a variação do volume ao longo do
tempo. Volume na vertical, tempo na horizontal.
Canal esquerdo em cima, direito em baixo. Essa
representação é uma simplificação das ondas sonoras.
O exemplo ao lado mostra 10 segundos de música.
Quanto maior a amplitude vertical, maior o volume.
Se ampliar muito a escala de tempo, pode ver detalhes.
O trecho da onda abaixo tem 30 ms.
As variações rápidas são frequências agudas,
as variações lentas são frequências graves.
Houve uma grande evolução tecnológica nos equipamentos de áudio e vídeo a partir de 1980, mas alguns princípios básicos
permanecem os mesmos e entendê-los nos ajuda a utilizar os equipamentos de melhor forma.
O áudio que é captado por um microfone, ou reproduzido por um alto-falante, em uma caixa acústica, é analógico, ou seja, são ondas
sonoras que variam a pressão conforme a potência e a frequência das diversas ondas que compõem os sons que ouvimos.
Os equipamentos que convertem o áudio para sua gravação em diversas mídias, sua edição, modificação e reprodução, podem ser
analógicas ou digitais.
O mesmo vale para vídeo. As imagens captadas por câmeras são analógicas, são variações de intensidade e frequência de feixes
luminosos. E as telas de monitores, TVs ou projeções multimídia são novamente feixes luminosos. Os equipamentos de gravação e
processamento de imagens também podem ser analógicos ou digitais.
praticidade X qualidade
As pessoas têm preferido a praticidade à qualidade. O som de celulares e tocadores portáteis de MP3 é bem pior que o de um sistema
doméstico de vinil ou CD. Mas é prático, embora possa custar mais caro.
cores
O olho humano só vê três cores: verde, vermelho e azul. O cérebro combina as informações de cores com as de brilho das imagens e
assim gera uma impressão virtual com milhões de cores possíveis, resultantes das combinações de verde, vermelho e azul em
diferentes níveis. Em frequência (banda), enxergamos meia oitava. Em níveis, distinguimos cerca de 250 níveis, o que equivale a oito
bits. Todos os sistemas analógicos e digitais de imagem só trabalham com as três cores, filmes, scanners, câmeras, telas. Arquivos
digitais de imagens estáticas ou vídeo só têm informações das três cores e do brilho (preto e branco) das imagens.
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SISTEMAS E FORMATOS DE VÍDEO
vídeo analógico
Os filmes de cinema são padronizados em todo o mundo. São 24 imagens por segundo, projetadas duas vezes cada uma (48 vezes por
segundo) para dar ilusão de movimento. O som pode ter 3 a 10 canais, mas é basicamente a mesma tecnologia em todo o mundo. O
filme mais usado em produções cinematográficas, de 35mm, é o mesmo das câmeras fotográficas. Só muda o comprimento (e o
número de fotogramas).
Já a TV não é padronizada, nem em analógico nem em digital e nem nos diversos formatos de gravação em fita.
Os países adotaram diversos sistemas de TV aberta. A TV fechada (cabo ou satélite) nem sempre usa o mesmo sistema de TV aberta
do país. No início a TV era em preto e branco e na Europa a imagem é formada por 625 linhas com 25 imagens por segundo (padrão
G). Nos EUA (e depois nas Américas) a imagem é formada por 525 linhas com 30 imagens por segundo (padrão M).
Quando veio a TV colorida, ficou mais complicado, com vários sistemas em uso. Nos EUA o NTSC, na Europa o PAL e o SECAM.
Quando o Brasil adotou a TV colorida, em 1972, manteve o padrão M, das TVs em preto e branco mas adaptou o sistema de cores
alemão, o PAL, e assim criou o PAL-M, mais estável que o NTSC.
Mas só no Brasil se usava PAL-M. A diferença para o NTSC é na codificação das cores. Um aparelho NTSC reproduz um vídeo
colorido NTSC em preto e branco se a TV for PAL-M. E vice-versa. Anos depois a Argentina adotou um padrão ligeiramente
diferente, que chamou de PAL-N.
Desde 2000, quase todos os televisores são automáticos, eles identificam se o vídeo é NTSC ou PAL-M (e alguns, se é PAL-N) e
reproduz colorido. Quase todas as câmeras de vídeo VHS eram NTSC. Todas as câmeras digitais comercializadas aqui têm vídeo
digital ou NTSC.
Mas a maioria dos aparelhos de VHS só grava em PAL-M embora possam reproduzir fitas NTSC em PAL-M, e alguns permitem
reproduzir fitas NTSC em NTSC (Sem converter para PAL-M).
Os aparelhos de DVD reproduzem vídeo analógico em NTSC.
Padrões de TV analógica
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vídeo digital
Em vídeo digital os EUA foram pioneiros, com o ATSC. A Europa lançou o DVB. O Japão aperfeiçoou o DVB, criando o ISDB. O
Brasil fez um acordo com o Japão e modificou levemente o ISDB para permitir interação dos espectadores com os programas. Pelo
televisor pode-se enviar informações à emissora. E acessar a Internet. Poucos programas são transmitidos em digital em TV aberta,
mas há muitos canais digitais em TV a cabo. As transmissões via satélite são digitais desde o final dos anos 1990, mas poucas são em
HD.
Há vários padrões de TV digital, os mais comuns são os de 480 linhas (4x3), 720 linhas (16x9) e 1080 linhas – HDTV (16x9). O
padrão de 1080 linhas é o Full HD (High Definition).
Dependendo da transmissão, a imagem na TV é cortada nas laterais ou reduzida na vertical para “caber” na tela.
Como os DVDs são gravados com qualidade de 720 linhas (mas os aparelhos reproduzem 525 linhas no Brasil), há mais detalhes na
imagem.
As legendas são inseridas na imagem pelo aparelho, a partir de arquivos de texto gravados no disco. Por isso pode-se selecionar o
idioma da legenda.
Atualmente a maioria das TVs digitais são Full HD. Com 1080 linhas de imagem, com 1920 pontos em cada linha, a imagem é
panorâmica (16x9). Ainda há algumas TVs no mercado com 768 linhas de 1366 pontos. E monitores de computador de diversas
resoluções: 1366x768, 1050x1680, Full HD, 2560x1440. Muitas TVs têm entrada para computador e muitos computadores têm saída
HDMI, para exibição de vídeos em TV com mais qualidade.
Já existem TVs e câmeras de vídeo de Ultra HD ou 4K (2160 linhas x 3840 pontos). E começam a surgir as 8K (4320 x 7680).
As TVs em geral têm entrada analógica (antena de TV, vídeo composto, vídeo componente e até S-video) e entradas para computador
(conector VGA para PC). E entradas digitais (HDMI) e podem ter conector digital para computador (DVI).
Monitores para computador com entrada digital (DVI) e placas de vídeo de computador com saída digital (DVI) têm imagem mais
detalhada.
A maioria dos projetores multimídia (data-show) têm resolução nativa de 800x600 (600 linhas de 800 pontos), 1024x768 ou
1280x800. Só os modelos mais caros (mais de R$ 4 mil) têm resolução nativa mais alta (1920x1080).
Muitos arquivos de vídeo disponíveis na Internet têm as legendas em arquivos separados e os reprodutores de vídeo (Windows Media
Player, Media Player Home Cinema, VLC Media Player e outros) inserem as legendas automaticamente, desde que o arquivo de
vídeo e o da legenda tenham o mesmo nome (só muda a extensão do arquivo – o de legenda é .srt).
Nos arquivos de vídeo analógicos com legendas elas são parte da imagem, são gravadas com o vídeo e não podem ser “apagadas”
nem substituídas.
Padrões de TV digital
Código de
Área
região
0 A região 0 não é uma configuração oficial, são discos sem marcadores ou com os marcadores de 1 a 6.
1 Canadá, Estados Unidos e territórios, Bermudas.
Europa (exceto Rússia, Ucrânia e Bielorrúsia), Oriente Médio, Egito, Japão, África do Sul, Suazilândia, Lesoto,
2
Territórios franceses e Groenlândia.
3 Sudeste Asiático, Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Macau.
4 Américas Central e do Sul, Caribe, Austrália, Nova Zelândia, Oceania.
Ucrânia, Bielorrússia, Rússia, África (exceto Egito, África do Sul, Suazilândia, Lesoto e Territórios franceses), Ásia
5
Central e Sul da Ásia, Mongólia, Coreia do Norte.
6 China, Hong Kong.
7 Reservado para uso futuro (existem em cópias protegidas de DVDs da MPAA e pré-lançamentos na Ásia).
8 Transporte internacional, como aeronaves e transatlânticos.
Os discos com região ALL podem ser reproduzidos em qualquer equipamento. São discos com os marcadores de 1 a
ALL
8.
DVDs europeus podem ser região D1 (Reino Unido), D2 e D3 (não vendidos no Reino Unido e Irlanda) ou D4 (Europa).
A maioria dos aparelhos de DVD só reproduz DVDs da sua zona, e os converte para um padrão de TV analógica.
No Brasil, reproduzem DVDs de região 4 e o sinal em “video out” é em NTSC.
Discos Blu-ray têm 3 regiões: a região A inclui Américas, Sudeste Asiático, Taiwan, Hong Kong, Japão e Coreia.
A região B inclui a maior parte da Europa, África e Sudoeste asiático, Austrália e Nova Zelândia.
A região C tem os demais países da Ásia Central e do Sul, China e Rússia.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 19
O áudio digital
Em áudio digital quase tudo opera em nível de linha: gravadores, mesas de som, diversos
formatos de reprodutores.
Mas muitos equipamentos operam com os dois tipos de sinal.
Um reprodutor de DVD tem saídas analógicas e digitais, tanto de áudio quanto de vídeo.
Computadores têm entradas e saídas de áudio analógico e muitos têm saídas digitais
(áudio, DVI, HDMI).
Uma vantagem do áudio digital é poder usar um só cabo para ligar dois canais.
Ao lado, dois tipos de saída digital:
coaxial (RCA) e óptica (TOS, um conector quadrado).
Nos dois conectores “saem” os mesmos dois canais de áudio. A vantagem da conexão
óptica é a ausência de ruídos por interferência elétrica. Mas os cabos ópticos são mais
caros e frágeis. Um conector óptico pode ter 8 canais de áudio.
OS SINAIS DE VÍDEO: P, M
Em vídeo, quase todas as interligações são feitas com sinais de média potência. Só antenas (simples, coletivas ou sistemas de TV
paga) usam baixa potência. Os conectores (servem para entrada ou saída) mais comuns para vídeo analógico são:
Conector BNC (profissional) [fêmea Conector RCA Conector S-video Balun de RF: 300 ohms (pinos) para 75 ohms (F)
e macho] RF são os sinais de TV, com imagem e som.
P2 estéreo (3 contatos: terra, R, L) P2 estéreo para celular Cabo ligado em saída de áudio
(4 contatos: terra, microfone, R, L)
A maioria dos equipamentos de áudio e vídeo usa outro conector, o RCA. E ele é mono, só liga um sinal em cada conector. O RCA é
barato e por isso é usado em equipamentos de áudio e de vídeo.
Acima, conectores em um aparelho de DVD combinado com VHS. Ele reproduz DVD e grava/reproduz VHS.
VCR significa videocassete recorder (gravador de vídeo).
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 20
Os cabos de interligação
Para interligar esse aparelho com uma TV, amplificador ou sistema de home-theater pode-se utilizar um cabo com 3 conectores, como
mostrado antes. As cores nos conectores são somente para identificar qual conector está ligado a qual conector na outra extremidade
do cabo. Se os cabos forem iguais, não faz diferença onde ligar cada um, desde que se mantenha a correspondência, ou seja, se usar
um conector amarelo na saída de áudio vermelha, use o conector amarelo do outro lado na entrada de áudio vermelha. Por isso esse
tipo de cabo serve para ligar o DVD em uma TV, pode ligar o cabo vermelho no conector vermelho, o cabo branco no conector azul e
o cabo amarelo no conector verde, por exemplo.
Mas às vezes, para facilitar, o equipamento vem com conectores já com plástico verde, vermelho e azul.
Existem alguns cabos RCA em que o fio do conector amarelo (previsto para
vídeo) é mais grosso que os outros dois. Isso indica um cabo de melhor
qualidade, porque o sinal de vídeo tem uma faixa de frequências centenas de
vezes maior que o de áudio. Em geral um cabo mais grosso é um cabo já
previsto para as altas frequência de vídeo, Nesse caso, não troque, use o amarelo
nos conectores de vídeo. E esses cabos podem estar separados dos cabos
vermelho e branco de áudio.
adaptadores BNC conector XLR conector XLR fêmea para conectores XLR para cabo
macho - RCA fêmea macho para painel painel (entrada) (macho e fêmea)
(saída)
Saídas balanceadas produzem dois sinais de áudio, iguais e invertidos um em relação ao outro.
Como os fios dos pinos 2 e 3, no cabo, são iguais, se eles captarem alguma interferência, será a mesma nos dois fios.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 22
AS MÍDIAS E EQUIPAMENTOS DE ÁUDIO
Os toca-discos de vinil convertem a vibração mecânica da agulha ao longo do sulco do disco em sinais elétricos, de mesma
frequência, como um microfone, que converte a vibração mecânica do ar em sinais elétricos. Mas o microfone é razoavelmente linear,
ou seja, sinais mecânicos de mesma intensidade, e frequência diferente, produzem sinais elétricos de intensidade semelhante. Mas os
toca-discos de vinil, seja com cápsulas de cerâmica, seja com cápsulas magnéticas, não são lineares. Quanto maior a frequência do
sinal mecânico, no sulco, maior a intensidade do sinal elétrico produzido. Por isso, os pré-amplificadores para toca discos têm uma
entrada específica, PHONO, que compensa essa não linearidade, reproduzindo corretamente as diversas frequências. Uma entrada de
microfone não serve para toca discos, e vice-versa.
Há toca-discos com saída já em digital, para gravar a reprodução do disco em arquivos MP3, em pen-drive.
Tanto o toca-discos quanto o microfone, e também os captadores de guitarras e baixos elétricos, produzem um sinal elétrico de áudio
de baixa intensidade, que é um sinal em nível de microfone. Existem amplificadores específicos que convertem esses sinais em sinais
de linha.
Um disco analógico (LP) gira a 33,33 rpm, gravando as vibrações mecânicas do som em um sulco espiral, da borda para o interior o
disco. Um disquete para computador (que pode gravar áudio/vídeo digitalizados) gira a 300 rpm, distribuindo os dados em trilhas
(círculos concêntricos) e setores (fatias da circunferência) de igual capacidade. Já o CD, para aproveitar ao máximo a densidade de
gravação (cabem mais pontos nas partes mais externas, que são maiores do que as internas) gira com velocidade variando de 500 rpm
na parte mais interna até 200 rpm na mais externa.
O DCC (Digital Compact Cassete) da Philips (que inventou o K7) é um aparelho que reproduz fitas K7 convencionais e
grava/reproduz fitas especiais (DCC) em formato digital, com qualidade pouco abaixo da de um CD. Um DCC consegue reproduzir
uma qualidade percebida como de CD, embora grave uma menor quantidade de informações por segundo que um DAT ou CD,
porque utiliza resoluções diferentes para cada faixa de frequências, com maior resolução nas faixas (e níveis) que o ouvido humano
distingue melhor e menor resolução naqueles em que temos menor sensibilidade e discriminação.
O DAT (Digital Audio Tape) da SONY, grava em pequenas fitas de ¼”, em formato digital, com um sistema parecido com um mini
gravador de vídeo (cabeças rotativas). Tem a mesma qualidade de um CD, e preço superior ao DCC. Foi muito utilizado em
broadcasting. Há fitas de 34 até 124 minutos em estéreo, e podem ser regravadas quantas vezes for necessário. O DAT opera co m
48000 amostras por segundo, por canal (mais que as 44100 do CD) e a resolução é igual a do CD (16 bits).
Em baixa velocidade, com menor qualidade, pode gravar 4 horas por fita. Muitos gravadores DAT podem ser interligados, e
sincronizados, operando como gravadores de até 24 canais. Há gravadores DAT portáteis, a bateria. Eles também operam com
entradas e saídas analógicas, embora nesse caso a qualidade seja menor. Pode-se copiar em digital de CD para DAT, porque os
gravadores DAT têm um conversor interno que converte a taxa de 44,1 kHz do CD para 48 kHz.
Os A-DAT são gravadores digitais que utilizam fitas de vídeo de ½” (S-VHS) e gravam/reproduzem 8 canais. Eram muito populares
em estúdios de gravação. Os 8 canais podem ser gravados simultaneamente ou não, exatamente como num gravador de fita
multitrilhas. Pode-se interligar vários gravadores A-DAT, sincronizados, para gravar/reproduzir até 128 canais. Gravam 40 minutos
de áudio numa fita S-VHS de 2 horas, com qualidade superior a CD.
MD
O Minidisc foi lançado pela Sony em 1990. Inicialmente previsto para o mercado doméstico, para substituir as fitas cassete, foi
apresentado em versões de gravador de mesa, com auto-rádio e portátil (walkman). Mas não foi um sucesso de vendas.
Sony, Denon, Tascam e Yamaha, entre outros fabricantes, acrescentaram diversos recursos profissionais e os disquinhos (de 5”, num
invólucro como um disquete de computador) acabaram substituindo as antigas cartucheiras de fita de ½” e as casseteiras (¼”) com
vantagens. O disco, que pode ter 60 ou 74 minutos de duração, grava/reproduz áudio digital estéreo com qualidade pouco inferior a de
um CD. Utiliza a compressão psicoacústica, como as fitas DCC da Philips, para gravar os mesmos 74 minutos de um CD em apenas
160 MB. O processo de compressão chama-se ATRAC (Adaptive Transform Acoustic Coding) e comprime 5 vezes os dados digitais,
com a mesma amostragem (44,1 kHz) e resolução (16 bits) dos CDs. A qualidade é muito próxima à dos CDs, porque os algoritmos
de compressão eliminam sons que normalmente não são percebidos pelo ouvido humano, através de psicoacústica, usam codificação
em sub-bandas e por transformadas, implementadas por chips baratos. Há diversas versões de ATRAC (1, 2, 3, 4...) e quanto mais
recente, melhor a qualidade na gravação. Quanto à reprodução, não há diferença entre versões de ATRAC. Assim, para copiar de um
MD para outro, reproduza na máquina mais antiga e grave na mais moderna. Algumas máquinas permitem copiar entre MDs em
digital, sem descomprimir e voltar a comprimir, o que mantém a qualidade do original.
A vantagem do MD é poder gravar/regravar quantas vezes for necessário, e as faixas (até 255 faixas por disco) podem receber títulos.
Pode-se reproduzir imediatamente a faixa desejada, simplesmente digitando o número. Pode-se editar faixas, retirar trechos, juntar
duas faixas numa só, copiar em digital de um CD ou DAT ou outro MD. Os gravadores de mesa têm entrada e saída analógica e
digital, controle remoto sem fio, interface com computador.
Uma vantagem do MD sobre as fitas DAT é o acesso muito rápido a qualquer faixa. Uma fita tem de “correr” até o ponto. Uma
desvantagem é a qualidade um pouco menor.
Apesar de comportar 74 minutos de áudio estéreo, recomenda-se não gravar mais de 72 minutos por disco. E se um disco for editado
centenas de vezes, a fragmentação dos arquivos pode tornar a localização dos pontos mais lenta. Recomenda-se, neste caso, formatar
o disco e recomeçar a gravar com tudo “limpo”.
Muitos gravadores de MD podem gravar 1 (148 min), 2 (74 min) ou 4 (37 min) canais. Alguns gravadores utilizam um formato
diferente e gravam 8 canais (18 min) num MD.
A leitura do MD é igual a do CD, utilizando o mesmo tipo de laser. Já a gravação é mais complicada. O laser pulsa com potência
muito maior que a potência de leitura, aquecendo a camada interna do MD, e fazendo a gravação por meio de uma cabeça magnética.
O MD é gravado dos dois lados, enquanto que o CD só é gravado de um lado. Como o CD, o MD tem velocidade de rotação variável,
de 400 a 900 rpm.
Os gravadores multitrilhas de rolo digital são utilizados pelas grandes gravadoras, com fitas de 1” ou 2”, com 32, 48, 64 ou 128
canais, que gravam/reproduzem independentemente.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 23
minidisc fita DAT fita ADAT (tamanho de VHS) Gravador de fita de rolo
Os discos de vídeo laser são gravados em formato analógico (o sinal de vídeo é reproduzido opticamente) embora o sistema de leitura
seja semelhante ao de um CD. Olhando o disco laser contra a luz pode-se perceber os pulsos de sincronismo vertical (duas faixas a
180o) uma da outra. E um disco vídeo laser é gravado nos dois lados. Há duas tecnologias de video laser. Os CAV (velocidade angular
constante) giram a cerca de 1.800 rpm (30 voltas por segundo, porque são 30 imagens por segundo na padrão M de TV) e gravam 30
minutos por lado. Os CLV (velocidade linear constante) giram com velocidade cada vez maior, a partir da borda, para manter
constante a leitura do sinal, e gravam 60 minutos por lado.
Um disco rígido para computador, que tem muito mais capacidade de armazenamento que um disquete, giram com velocidade
constante, dependendo do modelo, de 3.600 a 9.000 rpm. Discos rígidos grandes e rápidos (interface ATA-100 ou S-ATA) podem
armazenar alguns minutos de imagens de vídeo coloridas (com qualidade de broadcasting), ou algumas horas, com compressão dos
arquivos e qualidade inferior a de broadcasting. Atualmente o custo médio por gigabyte está abaixo de R$ 0,30. Computadores
utilizados em gravação de áudio multitrilhas precisam de discos de no mínimo 500 GB. Uma música de 3 minutos, com 20 trilhas,
gravadas a 24 bits e 88,2 kHz, ocupa 900 MB. Discos externos, com interface USB 3.0 (mais rápida), custam pouco mais.
Um CD de áudio é produzido em três etapas: gravação, mixagem e masterização. A masterização sempre é digital. A gravação e
mixagem podem ser analógicas ou digitais. Assim, um CD com gravação analógica, mixagem digital e masterização digital recebe as
letras ADD. Naturalmente, se os equipamentos utilizados (microfones, mesas de som, processadores) forem de boa qualidade, um CD
DDD tem mais qualidade que um AAD, por exemplo. A amostragem dos CDs de áudio é de 44100 s/s e a resolução de 16 bits.
Um CD de áudio é gravado com dois canais, o chamado estéreo. Com caixas de som bem posicionadas, pode-se reproduzir de forma
semelhante ao da situação da gravação ao vivo, dando uma sensação muito parecida a quem ouve o CD e a quem ouviu a exibição ao
vivo. Nossos dois ouvidos ajudam a criar a noção de direção de origem do som e da distribuição dos diversos sons no espaço.
Um DVD pode ser gravado e reproduzido em seis canais, produzindo uma sensação mais realista da “recriação” da situação em que
os sons foram produzidos. Ouvimos sons vindos de frente, de trás, dos dois lados da cabeça.
CDs para computador (chamados de CD-ROM) podem armazenar dados, sons e imagens, em formato compatível com diversos
programas. Um CD-ROM armazena até 700 MB de dados. Existem reprodutores de CD-ROM de diversas velocidades, de 16X até
52X mas eles não mantêm essa velocidade em todo o disco, só num pequeno trecho. E todos eles são capazes de reproduzir CDs de
áudio. À medida que vai percorrendo o disco, a velocidade vai caindo. Para saber a velocidade média real de um leitor de CD, copie
um disco de, por exemplo, 60 minutos, para o HD e veja quanto tempo demora.
Ao gravar um CD de áudio, quanto menor a velocidade de gravação, melhor a qualidade. Há vários programas de gravação de CDs,
como Roxio (embutido em alguns aplicativos do Windows XP) e Nero mas o Sony CD Architect v5.2 grava com recursos
profissionais.
Há CD-ROMs graváveis (uma vez só) pelo usuário (CD-R). Uma vez gravado, não pode ser apagado. Mas pode-se gravar seções,
ocupando uma parte do espaço do CD de cada vez. E há os CD-RW, regraváveis. Os gravadores de DVD também gravam e leem
CDs. Os reprodutores de DVD leem DVD, DVD-R, DVD-RW, CD, CD-R e CD-RW.
CDs e DVDs são lidos por um feixe de laser que dá um pulso alto (um) quando há um reflexo na camada lida, e um pulso baixo (zero)
quando não há reflexo. Esses sinais binários são convertidos (DAC) de digital para analógico e depois amplificados. Todos os dados
são gravados em uma espiral, de dentro para fora. No CD ela tem cerca de 5 km, no DVD de camada simples, 12 km, no de dupla
face, duas camadas, ela tem 48 km de extensão.
CODIFICAÇÃO DIGITAL
Tudo o que é gravado em mídias digitais usa pontos claros, escuros, campos magnéticos em um ou outro sentido, campos que muda m
de sentido (transições de fase), mas sempre com uma grandeza representando “um” e outra representando “zero”. Todo arquivo digital
começar com um cabeçalho (metadados) que informa o que é aquele arquivo, como está codificado. O sistema operacional lê a
extensão do arquivo para saber qual programa poderá abrir aquele arquivo. O programa lê os metadados para saber como converter os
uns e zeros em sons ou imagens.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 24
A camada de alumínio no CD
fica logo abaixo da face
pintada. Se for danificada,
pode-se perder os dados.
No DVD ela fica no meio do
disco, e pode-se gravar um
DVD nos dois lados, e com
duas camadas de cada lado
(8,5 GB por lado). A maioria
dos DVDs de filme é de
dupla camada e face simples.
O Blu-ray é gravado muito
próximo à face não pintada.
Quanto mais recente a
tecnologia, mais fino o laser,
menores os pontos e trilhas,
maior a capacidade por disco.
SUPER AUDIO CD
A Sony e a Philips lançaram em 2000 o Super Audio CD (SACD), com qualidade semelhante ao DVD-Audio. Fisicamente
semelhante ao DVD, tem 8 GB em duas camadas e usa o mesmo laser, de 650 nm. Até o final de 2013 foram lançados 9043 títulos
(conforme sa-cd.net). Ele utiliza uma tecnologia de gravação chamada DSD (Direct stream digital). A taxa de amostragem é de
2,8224 MHz (64 vezes maior que a do CD), resposta de frequência de 100 kHz e faixa dinâmica de 120 dB. Pode ter de 2 a 6 canais.
Grava áudio, texto, gráficos, mas não vídeo. Não é compatível com o DVD-Audio.
O SACD tem diversas medidas anti-pirataria: uma marca d’água, verificada na reprodução, informações de direito autoral modulada
na largura dos ‘buracos” (partes escuras) do disco, controle de acesso ao conteúdo, que é embaralhado por um algoritmo de
criptografia de duas chaves, ocultas no SACD. Muitos discos são híbridos, também são lidos em CD players.
BLU-RAY
Grava vídeo e áudio em formato proprietário (um DVD aperfeiçoado). Usa laser azul-violeta de 405 nm (bem mais fino que o do
DVD) e em 2005 definiram um formato de disco de apenas leitura chamado BD-ROM, para exibição doméstica de filmes em alta
definição. Com 27 GB, permite 13 horas em qualidade normal ou 3 horas em HDTV. A SONY lançou os PlayStation 3 já com Blu-
ray. Dell, Hitachi, HP, LG, Mitsubishi, Panasonic, Pioneer, Philips, Samsung, Sharp, Sony, TDK e Thomson aderiram ao formato.
A SONY lançou em 2003 camcorders que gravam em discos Blu-ray regraváveis para alta definição, os BD-RE, voltadas para uso em
gravações externas para TV. Grava em digital (HDTV) em tempo real, uns 60 minutos por disco. Há discos de uma camada (25 GB) e
de duas camadas (50 GB). Substituíram vários formatos de gravação de vídeo profissional e estão substituindo os DVDs.
Há um formato chamado BDXL com 3 camadas (100GB) ou 4 camadas (128 GB).
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 26
HD
Os discos rígidos são de dois formatos, 2,5” e 3,5”.
As capacidades atuais variam de 500 GB a 16 TB por disco. Pode chegar a
100 TB em 2025.*
Os discos antigos tinham interface IDE (um conector retangular com cabo
cinza de 40 pinos), também chamado de P-ATA (Parallel ATA).
Os atuais são S-ATA (Serial ATA), um pequeno conector de 4 pinos. Os S-
ATA são mais rápidos.
A alimentação continua usando 4 fios (amarelo: 12 V, vermelho: 5 V,
pretos: terra).
Há conversores IDE-SATA e USB-IDE.
HDs externos têm um circuito com interface USB 2.0 (480 Mbps half-
duplex) ou USB 3.0 (até 4,8 Gb/s full-duplex).
Os com alimentação externa são HDs de 3,5”, mais rápidos.
Os com interface USB 3.0 podem ter mais capacidade pois a interface
fornece até 900 mA de corrente. USB 2.0 tem 500 mA de corrente máxima.
Há HDs externos para Mac com conector Firewire ou Thunderbolt (o mais
rápido atualmente, até 40 Gb/s).
* https://www.tomshardware.com/news/seagate-hamr-100tb-drives-
2025,38035.html
SSD (dispositivo de estado sólido)
São imensos pendrives em invólucro semelhante a um HD, com capacidade
de 120 GB a 64 TB*. Consomem menos, são muito mais rápidos e mais
caros.
Só podem ser utilizados em sistemas a partir das versões Windows 7, OS X
10.10.4, Linux 2.6.33, Ubuntu 14.04 LTS, que têm uma função chamada
TRIM.
Quando um arquivo é apagado, os sistemas operacionais anteriores aos
acima removem as referências ao arquivo, mas ele continua gravado na
mídia. Eventualmente o espaço será gravado por outro arquivo, mas isso vai
deixando “buracos”. TRIM é um comando SATA que o sistema operacional
usa para remover os dados do arquivo quando o sistema operacional manda HD-SSD
apagar (em vez de apenas marcar o seu espaço como disponível). O SSD Leia: (http://elias.praciano.com/2014/09/por-que-as-
ganha mais espaço livre, e sua controladora busca consolidar os espaços unidades-ssd-se-tornam-mais-lentas/)
vazios.
*http://www.storagereview.com/seagate_announces_64tb_nvme_ssd_new_nytro_ss https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/02/samsung-
ds_at_fms anuncia-pm1643-o-maior-ssd-do-mundo-com-30-tb-de-
memoria.ghtml
Conectores Firewire (1 e 2 = 400 Mbps, B = 800 Mbps)
Micro SD (512 GB) 2018
No Windows há o Windows Media Player, que reproduz CDs de áudio e diversos formatos de áudio e vídeo, e que é compatível com
vários formatos que não sejam fornecidos inicialmente, que podem ser acrescentados pela instalação de CODECs, arquivos que
convertem do formato de áudio/vídeo para algum formato nativo do Windows.
Outro software de reprodução de áudio muito prático é o foobar (http://www.foobar2000.org/), gratuito, que tem várias ferramentas de
visualização de áudio, reproduz e copia (ripa) CDs para o computador e reproduz e converte diversos formatos de áudio.
O Windows tem um software simplificado, o Gravador de som, mas as placas de áudio permitem a instalação de softwares de
gravação mais sofisticados. A qualidade da gravação vai depender da qualidade da placa de áudio.
Clique em Iniciar / Todos os programas / Acessórios / Entretenimento / Gravador de som
No Windows 7 só existe o botão de Iniciar Gravação, que ao ser clicado muda para Interromper gravação:
Ao interromper a gravação, ele abre a janela para salvar o arquivo gravado (Escolher o local) e só grava um tipo de arquivo, o WMA,
o formato nativo de áudio do Windows, que pode depois ser convertido para outros formatos).
E a janela muda para Continuar gravação (gravar outro arquivo).
Como a maioria das placas de som tem dois canais, a gravação só será em um ou dois canais. Para gravar mais de dois canais é
necessária uma placa de som com mais canais. Há placas no mercado com 4, 8, 10 ou mais canais, algumas para encaixe dentro do
computador (conector PCI) e outras para conexão externa na interface USB 2.0 (480 Mbps), USB 3.0 (4,8 Gbps) ou FireWire
(IEEE1394) (400 ou 800 Mbps).
É importante ao gravar não deixar que o sinal sature, ou
seja, não deixar que exceda o limite de entrada do gravador.
Em muitos programas simples não há indicação de nível,
mas em programas de gravação profissionais há medidores
de nível e visualização da forma de onda.
Ao lado, um trecho com excesso de nível, onde a onda é
comprimida (fica com a borda quadrada, o que se chama de
saturação). Se ampliar bem o zoom é possível ver a onda
achatada nos limites superiores. Isso distorce (muito) o som
porque ondas quadradas têm muitos harmônicos.
Para eliminar “barulhinhos” do Windows ao gravar áudio, no Painel de controle do Windows XP, em Sons de dispositivos de áudio,
em Sons / Esquema de som, escolha Sem som. Isso elimina ruídos da lixeira, botões, janelas etc.
No Windows 7, no ícone do alto-falante, escolha Sons. Na janela, escolha a opção “Nenhum Som”.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 29
Behringer U-PHORIA UMC404HD – 24 bits/192 kHz - USB - MIDI - com 4 pré-amplificadores MIDAS (~US$ 150)
Tem 4 inserts analógicos para utilização com efeitos externos, como compressores, equalizadores. Monitoração direta com latência
zero durante a gravação. Duas saídas XLR, quatro saídas 1/4 "TRS e quatro saídas não balanceadas RCA phono.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 31
DICAS
Placas de rede
Algumas placas de rede (3Com Ethernet) podem provocar estalos no áudio. Se isso ocorrer, desative a placa de rede usando o
Gerenciador de dispositivos. Ou crie dois perfis no Windows, e em um deles desative a placa.
Navegador
Na maioria das páginas o Firefox (http://br.mozdev.org/firefox/download/) atua como o Internet Explorer, mas é mais rápido e mais
seguro. Em algumas páginas de comércio eletrônico ainda é necessário usar o IE, porque essas páginas têm alguns recursos que são
exclusivos do IE. Mas o Firefox tem um plugin que o faz atuar praticamente como o IE, chamado IE Tab. Baixe de
https://addons.mozilla.org/pt-BR/firefox/addon/ie-tab/ e quando alguma página não apresentar todos os recursos no Firefox,
acrescente-a na lista de páginas do plugin. Instale-o com a configuração de privacidade “Nunca memorizar”.
Para salvar a trilha sonora de apresentações em Power Point, em áudio, abra o arquivo PPS ou PPT no PowerPoint. Depois salve
o mesmo como página Web, com extensão HTML. Esta operação vai criar uma pasta com o arquivo de áudio (WAV ou similar) que
contém a trilha sonora dos slides.
Um programa que mostra os softwares que inicializam junto com o Windows e permite desabilitar alguns deles. É o Startup Control
Panel, disponível no endereço http://www.majorgeeks.com/files/details/startup_control_panel_standalone_version.html. Apesar de
estar em inglês, ele é gratuito e muito fácil de usar.
Para desinstalar programas “teimosos” há um desinstalador gratuito chamado RevoUninstaller em
http://www.techsupportalert.com/best-free-program-un-installer.htm#MyUninstaller
Um software gratuito de gravação e edição em dois canais é o Audacity, disponível em https://sourceforge.net/projects/audacity/
O Reaper é um software profissional de gravação, edição e mixagem de áudio, com até 512 entradas e 512 saídas, que funciona sem
restrições mesmo após os 60 dias de avaliação e tem praticamente os mesmos recursos dos DAW mais conhecidos (ProTools, Cubase,
Sonar) e “pesa” muito menos no processador. Baixe em http://www.cockos.com/reaper/download.php
Cada vez mais se usa apenas suportes virtuais, mas ainda há gravações em mídias físicas.
Há diversos programas, como o Roxio, o Nero Burning ROM, ou o ImgBurn (gratuito, http://www.imgburn.com), que gravam CDs
de áudio, dados, DVD e Blu-Ray.
E há softwares profissionais exclusivamente para gravação de CD de áudio. Um deles é o CD Architect, cuja versão 5.2 é fornecida
junto com o Sound Forge. Ele custa, na versão 13, em 2019, US$ 399 e tem versões alugadas, a US$ 9,99/mês.
Os softwares de gravação convertem diversos formatos de áudio para WAV e gravam em CD com possibilidade de edição das
músicas, normalização (aumento do volume de toda a música até o ponto máximo alcançar 0 dB, ou um pouco menos), inserção do
código ISRC em cada faixa.
É interessante não deixar que o máximo da música alcance 0 dB pois isso pode provocar distorção na reprodução em alguns
equipamentos. Para CDs que poderão ser convertidos para MP3, recomenda-se um máximo de -0,5 dB. Se vão ser reproduzidos
apenas em WAV, pode-se usar um máximo de -0,2 dB.
O ISRC é um código que identifica exclusivamente cada música, composto de letras e números que identificam o país, o produtor
musical, o ano e o número da música. Isso permite que um software identifique cada música em um CD. Já o CD é identificado por
um número de série também exclusivo de cada CD.
Ao gravar CDs de áudio use a menor velocidade possível, para garantia de maior qualidade.
E use mídias profissionais, vendidas em lojas de equipamentos de áudio profissional.
Embora os reprodutores de CD sejam imunes a uma grande porcentagem de erros, em função da codificação empregada, os
equipamentos de duplicação de CDs não aceitam CDs com um índice de erros acima de um mínimo muito próximo a zero.
Um software específico para criar DVDs e Blu-Rays é o Vegas DVD Architect (http://www.vegascreativesoftware.com/us/dvd-
architect/).
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 32
O protocolo da Interface Digital para Instrumentos Musicais (MIDI) foi elaborado em 1982, inicialmente para interligar
sintetizadores, e permite representar informações de instrumentos digitais de forma muito compacta, sendo muito utilizado em bandas
e também em aplicações multimídia, como jogos para computador.
Um arquivo de forma de onda (waveform), de extensão .WAV, é uma representação digital das amostras de áudio, como num CD, e
ocupa uns 10 Mbytes por minuto. Uma sequência MIDI típica ocupa menos de 10 Kbytes por minuto. O arquivo MIDI, de extensão
.MID, não contém amostras do som, e sim instruções para que um sintetizador reproduza as notas musicais de cada instrumento. Ele
informa qual nota tocar, qual nota parar de tocar, qual o instrumento.
O sintetizador é um chip instalado na placa de áudio e a desvantagem é que em geral eles contêm apenas timbres de 128 instrumentos
padrão, e o som, mesmo mixando diversos instrumentos simultaneamente, é muito mais pobre de detalhes que um arquivo de onda. É
como se diversos músicos estivessem sempre tocando o mesmo instrumento. Há diferenças na maneira de tocar mas o som é sempre
do mesmo instrumento.
Diferentes sintetizadores (teclados) têm diferentes grupos de instrumentos (divididos em bancos com até 127 timbres cada um). Um
sintetizador pode ter milhares de sons e o mesmo arquivo MIDI vai reproduzir sons ligeiramente diferentes em equipamentos
diferentes. Além do padrão MIDI básico, há o padrão GM (General MIDI) que comporta muito mais timbres, e os padrões GS e GS2.
O fluxo de dados MIDI é unidirecional e assíncrono, a 31,25 kbit/s com um bit de início e um bit de parada adicionados a cada byte
de dados. A interface MIDI num instrumento MIDI geralmente tem três conectores: IN (entrada), OUT (saída) e THRU (para
interconectar outro sistema MIDI). Cada canal físico MIDI tem 16 canais lógicos. Um teclado, por exemplo, pode ser ligado a um
desses 16 canais lógicos. Vários instrumentos MIDI podem ser interligados, utilizando o pino OUT da placa, e os pinos IN e THRU
dos instrumentos. Cada um deles será atribuído a um dos canais.
O padrão mais comum para placas com MIDI em PCs é a interface Roland MPU-401. O conector OUT reproduz o que o sintetizador
tocar. O conector THRU repete tudo que entrar no conector IN. Como os comandos MIDI podem ser endereçados em 16 canais, e o
sintetizador pode ser programado para tocar um determinado canal, pode-se interligar diversos sintetizadores em sequência, com o
OUT de um computador, por exemplo, ligado ao IN de um sintetizador, o TRHU deste sintetizador no IN do segundo sintetizador, o
TRHU do segundo sintetizador no IN do terceiro etc. Assim, se cada sintetizador estiver programado para tocar os comandos
recebidos em determinado canal, cada um só irá tocar os comandos endereçados a seu canal específico.
Os comandos MIDI informam qual nota foi pressionada, por quanto tempo, com que velocidade, com que pressão (simulando
vibratos, por exemplo), se houve mudança de tom (pitch), qual o instrumento (um lá 4 de uma guitarra é diferente do lá 4 de u m
piano).
Para gerar os sons há duas tecnologias de síntese: FM e Wavetable (tabela de ondas).
A síntese por FM, utilizada nas placas mais baratas, é mais simples, e utiliza um sinal periódico (modulador) para modular a
frequência de outro sinal (portadora). O resultado é uma mudança na frequência da portadora. Cada voz (instrumento) na síntese por
FM requer no mínimo dois sinais geradores, que costumam ser chamados de operadores. Quanto mais sofisticado for o controle
(frequência, amplitude, variações) desses operadores, melhor a síntese.
Sistemas de síntese por FM sofisticados utilizam 4 a 6 operadores por voz, e eles podem ajustar o ataque, queda e sustentação das
notas. Os antigos sintetizadores eram analógicos, os atuais são digitais.
Mas o som não é muito rico em detalhes e timbres característicos do instrumento, e outros sistemas de síntese foram criados, que
armazenam amostras digitais de sons de instrumentos reais, e as reproduzem conforme as instruções na sequência MIDI, permitindo o
uso de diversas técnicas, como looping, mudança de tom (pitch), interpolação matemática e filtragem digital, para reduzir o espaço de
memória necessário para armazenar sons complexos. Estes sintetizadores são chamados “wavetable”, pois a amostra na memória
contém muitos segmentos de som amostrados (ou “sampleados”), e pode ser vista como uma tabela de formas de onda de som. O
som é mais “real” mas não tão rico quanto uma amostra digital “completa”, utilizada nos CDs, DVDs e sistemas de áudio digital.
Existem vários programas que utilizam o MIDI para controlar e comandar amostras de áudio, o que simplifica muito a composição
musical. Dois exemplos são o Ableton Live e o Fruitloops Studio. Eles criam ou editam amostras de som, de alguns compassos, ou
menos de um compasso, e as sincronizam com outras amostras, permitindo criar e alterar músicas de forma simples e rápida.
A maioria dos teclados, sintetizadores e outros equipamentos MIDI não usa mais os conectores MIDI, eles se comunicam com o
computador via interface USB. Esse padrão foi definido em 1999. No computador deve-se instalar um driver. Os programas de áudio
têm uma configuração de interface MIDI onde se define qual o equipamento MIDI externo que está ligado, e eles passam a se
comunicar. O que for tocado no teclado é reconhecido como comando MIDI pelo computador e se o teclado tiver recursos de síntese e
conversão digital=>analógica, o que o computador enviar em MIDI será “tocado” pelo sintetizador.
Microfone dinâmico
Também conhecidos como de pressão ou magnéticos, têm um imã e suspensa dentro dele uma bobina de fio metálico ligada a uma
membrana flexível e impermeável. Quando o som atinge a membrana ela vibra e movimenta a bobina dentro do imã. Isso produz um
sinal elétrico proporcional à vibração das ondas sonoras. Não usa alimentação externa. A energia vem da frente sonora e do imã. É o
tipo de microfone “sorvetão” utilizado em externas de jornalismo. É um microfone “duro”, ou seja, é necessário falar bem perto dele
para conseguir boa excitação da bobina e elimina naturalmente os sons fracos.
Algumas vantagens de microfones dinâmicos:
Robusto
Relativamente barato
Suporta altos níveis de SPL (pressão sonora) sem distorcer
E também não reproduz bem sons muito fortes. Satura com certa
facilidade. Mas basta afastá-lo da fonte sonora para resolver isso.
Para que vento não faça a membrana vibrar utiliza-se as capas de
espuma (wind-screen).
O problema é que para conseguir boa qualidade não se pode fazer
um microfone dinâmico miniaturizado.
O som sai do microfone em nível de microfone, cerca de - 60 dBm,
ou seja, mil vezes menor que o nível de linha. As mesas ou interfaces
têm de amplificar o som até chegar a nível de linha. São bons para
captação de voz em local com ruído elevado: Exemplo: reportagem
na rua.
Microfones de superfície
Ou microfones de pressão, PZM, são montados junto a uma placa lisa e rígida,
geralmente montada em uma placa maior, para evitar sons graves que
contornem a placa e cheguem ao microfone. Ele só capta os sons refletidos pela
placa e está tão perto da placa (milímetros) que ondas diretas ou refletidas são
recebidas com igual velocidade e sentido oposto, ou seja, a velocidade total é
zero, o que o microfone capta são variações de pressão do ar, o que elimina
artefatos e colorações, causados por reflexões, produzindo um som mais
‘natural’. Um microfone PZM geralmente é semi-omnidirecional, ou seja, é
omni na frente e não capta nada atrás. Mas pode ser fabricado como semi-
cardióide ou com outras direcionalidades.
DIRECIONALIDADE
Um microfone que capte sons vindos de qualquer direção é omnidirecional.
Já se ele for mais sensível em uma direção que em outras, é um microfone direcional.
Existem diversos tipos de direcionalidade:
Omnidirecional: a captação é igual em todas as direções.
Bidirecional: a captação é igual nos dois lados opostos.
Unidirecional: a captação é bem mais forte em uma direção (cardióides e direcionais).
Microfones Ominidirecionais
Omnidirecional, ou esférico, a cápsula é exposta somente às
ondas acústicas pelo lado da frente do microfone, por isso, não
há cancelamentos por haver sons chegando por ambos os lados
no mesmo tempo. Esse tipo de microfone é capaz de produzir
sons muitos planos (flat), com uma resposta de frequência, em
todo o espectro do áudio, sem buracos.
Microfones omnidirecionais começam a se tornar mais
direcionais quando o diâmetro do captador (diafragma) se
aproxima do comprimento da onda da frequência em questão,
por isso os microfones têm que ter o menor diâmetro possível se
as características omnidirecionais são desejadas em altas
frequências. Isso é devido ao efeito da difração que ocorre
quando o comprimento da onda é muito superior em relação ao
tamanho de um objeto, no caso o microfone.
Família de padrões polares mostrando o estreitamento
progressivo da resposta para altas frequências.
Como o comprimento de onda se torna pequeno em relação à cápsula, ela não consegue envolvê-la e passa sem ser captada. Assim, só
as ondas que incidem direcionalmente na cápsula são captadas. Essa frequência é dada por:
f = v/10D, onde v é a velocidade do som em metros por segundo e D o diâmetro da cápsula em metros.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 36
Por causa do padrão de captação ser esférico, a eficiência na captação da energia em qualquer ponto é de 100%, e a relação de
resposta entre frente e costas é de 1:1, ou seja, sinais de qualquer parte têm a mesma sensibilidade de captação. Portanto, é altamente
indicado para gravações de orquestras e quando se deseja captar o som do ambiente. E não é indicado quando num local barulhento.
Microfones cardióides O diagrama polar à esquerda indica que a intensidade é Microfones supercardióides
maior para a frente, e vai diminuindo à medida que os sons
vêm mais lateralmente. Quase não capta sons vindos de trás.
Para conseguir-se tal efeito, faz-se uma abertura na lateral
ou na traseira do invólucro do microfone. Sons frontais
entram apenas pela frente, e pressionam a membrana,
produzindo pressão positiva. Sons laterais entram parte pela
frente e parte pelas laterais, e acabam gerando pressões
opostas sobre a membrana, cancelando parcialmente o som.
Para maior direcionalidade, podemos aumentar as aberturas
laterais e obter o diagrama à direita:
hipercardióide
Microfones hipercardióides Aumentando ainda mais as aberturas laterais o diagrama fica como mostrado acima.
Ondas sonoras que chegam pela frente ou por trás causam movimentação da cápsula, gerando um sinal elétrico. Uma característica
importante é que o padrão de captação independe da faixa de frequência.
Microfones Unidirecionais
Microfones unidirecionais têm uma sensibilidade muito maior para sons frontais do
que para qualquer outra direção, na média de 20dB-30dB a mais de sensibilidade para
ondas sonoras que chegam pela frente, do que por trás do microfone. São normalmente
conhecidos como cardióides ou direcionais, supercardióides, hipercardióides.
Tal característica é obtida através de pequenas aberturas na parte de trás da cápsula
que possibilitam a entrada das ondas sonoras por trás da membrana da cápsula. Daí
então, um circuito elétrico altera a fase destas ondas de modo que o som que incide
frontalmente esteja em fase com o som que incide na parte de trás da membrana,
gerando se assim o padrão unidirecional.
É conhecido como cardióide por ter o formato de um coração. Esses microfones são os
mais utilizados porque evitam vazamentos de ruídos e sons indesejados, dentre as
vantagens estão menos ruídos de ambiente, maiores volumes sem dar realimentação
(microfonia), principalmente em lugares abertos, e captação de uma única fonte sonora
(Ballou, 2002).
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 37
Em aplicações de radiodifusão e gravação, os picos de sinal podem facilmente levar a distorções, devido a alta faixa dinâmica dos
microfones e instrumentos musicais. O compressor e o limitador reduzem a dinâmica por meio de um controle automático de ganho.
Isso reduz a amplitude das passagens mais altas e dessa forma restringe a dinâmica para uma faixa desejada. Essa aplicação é
particularmente útil com microfones, para compensar as variações de nível. Embora os compressores e limitadores executem funções
similares, há um ponto essencial que os diferencia: o limitador limita abruptamente o sinal acima de determinado nível, enquanto que
o compressor controla o sinal “gentilmente” dentro de uma faixa mais ampla. Ambos monitoram continuamente o sinal e intervêm
assim que o nível excede um limiar ajustável pelo usuário. Qualquer sinal que exceda esse limiar terá seu nível reduzido
imediatamente.
O limitador reduz o sinal de saída para um limiar sempre que o sinal de entrada ultrapassa este ponto. Na compressão, em contraste
com a ação do limitador, a quantidade de redução de ganho no sinal está a relacionada à quantidade de sinal que excede o limiar. Ou
seja, a saída do compressor ainda aumenta se o sinal de entrada aumenta, enquanto que a máxima saída do limitador será sempre igual
ao nível do limiar predefinido
Geralmente, os níveis de limiar dos compressores são ajustados abaixo do nível normal de operação para permitir que o excesso de
dinâmica seja comprimido musicalmente. Nos limitadores, o ponto do limiar é ajustado acima do nível normal de operação, de forma
que ele apenas atue para proteger os equipamentos subsequentes de uma sobrecarga de sinal. O ajuste da velocidade de atuação pode
ser bastante diferente, dependendo do uso. Embora tanto o limitador quanto o compressor utilizem tempos de ataque muito pequenos,
o tempo de liberação (release) do compressor fica na faixa dos 100 ms, enquanto no limitador esse ajuste é da ordem de segundos.
Para ser exato, o tempo de release é uma constante de tempo de uma função exponencial; é o tempo que a redução de ganho leva para
atingir 63,2% (8,7 dB).
Como as variações rápidas de nível são mais perceptíveis do que as lentas, usam-se tempos longos de release onde é necessário um
processamento sutil no sinal. Em alguns casos, no entanto, o objetivo principal é proteger equipamentos, como alto-falantes e
amplificadores de potência, e nesses casos é mais apropriado usar tempos de release pequenos para assegurar que o limitador só atue
quando for necessário e o nível retorne ao normal o mais rápido possível.
Tempos de release longos são mais adequados quando o limitador tenha que permanecer imperceptível, como, por exemplo, em
aplicações de radiodifusão ou sonorização ou quando o sinal é transferido para fita analógica. Quando se usam tempos de release
lentos é recomendável monitorar a atuação do limitador pelo indicador de nível (não há indicador de nível no plugin).
Denoiser
O sistema de redução de ruído utilizado pelos equipamentos da Behringer, chamado de “denoiser”, é baseado em duas técnicas de
processamento de sinal. A primeira é baseada no funcionamento já descrito do expansor, que automaticamente reduz o nível geral
para todos os sinais que estejam abaixo de um limiar pré-ajustado, e dessa forma reduz o ruído nas pausas. A segunda função é
baseada no efeito de mascaramento: o ruído será mascarado, e ficará imperceptível, desde que o sinal principal esteja
consideravelmente mais alto.
No denoiser, um filtro passa-banda controlado dinamicamente é implementado de tal forma que permite passar as baixas frequências,
mas filtra as altas, dependendo do conteúdo do material musical. Diferentemente dos filtros de ruído convencionais com frequências
de corte fixas, o denoiser ajusta a frequência de corte entre 800 Hz e 20 kHz, dependendo do material. Essa é a faixa onde o ruído é
considerado mais perturbador. A frequência de corte do filtro depende tanto do nível de entrada quanto do espectro de frequências do
sinal principal. Em resumo, isso significa que se o sinal de entrada possui principalmente conteúdo nos graves, o filtro dinâmico
reduzirá qualquer ruído nas faixas médias e altas, eliminando a possibilidade do efeito colateral. Se sinal de entrada possui
componentes de alta frequência (agudos), o filtro dinâmico então deixará passar todo o espectro do sinal, evitando assim perda de
resposta nas altas frequências.
Exciter
Em 1955, o norte-americano Charles D. Lindridge, inventou o primeiro “exciter”, um equipamento que permite criar uma percepção
de melhora no material de áudio contendo música e voz. Ele conseguiu isso gerando artificialmente harmônicos superiores do sinal
original, o que causava uma melhora na qualidade e na transparência do som, bem como na percepção do posicionamento dos
instrumentos musicais. O circuito original patenteado por Lindridge foi bastante aprimorado graças ao conhecimento acumulado
desde então, sobretudo por causa dos desenvolvimentos na área da psico-acústica.
Chorus
Este efeito cria a ilusão de que duas ou mais fontes sonoras estão soando juntas - efeito de “côro”. Ele é obtido quando se adiciona ao
som original uma cópia sua atrasada e com afinação (ou atraso) variando periodicamente. O efeito simula as variações de afinação e
tempo que ocorrem naturalmente quando duas ou mais pessoas tentam tocar ou cantar a mesma coisa, ao mesmo tempo (daí o nome
de efeito de “côro”).
Equalizador gráfico
Permite ajustar individualmente o ganho (ou redução) em faixas (bandas) separadas do espectro do sinal (normalmente 15 ou 31
bandas (1/3 de oitava). O ajuste de cada banda é feito por meio de um controle deslizante, de forma que as posições desses controles
permitem uma visualização imediata de como o equipamento está atuando sobre o sinal.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 40
Equalizador paramétrico
Permite ajustar uma frequência central de atuação e qual o ganho ou atenuação a ser efetuado na faixa centralizada nessa frequência.
Nas mesas de mixagem profissionais os canais de entrada em geral possuem um ou mais equalizadores paramétricos.
Os equalizadores podem ser usados como filtros (passa-altas, passa-baixas, passa-faixa...)
A diferença é que filtros têm queda acentuada depois da frequência de corte, enquanto que os equalizadores servem para atenuar ou
realçar alguns decibéis em cada faixa selecionada.
Flanger
O efeito de “flanging” era muito usado nas gravações das décadas de 1960 e 1970, e é o resultado da mixagem de um sinal com uma
cópia sua atrasada e com o atraso variando (processo similar ao do chorus). Muitas vezes é descrito como “avião a jato passando
dentro do som”.
Phaser
Este efeito é semelhante ao flanger, mas ao invés de apenas atrasar o som, algumas das suas frequências são deslocadas no tempo.
Pode-se criar efeitos bastante estranhos na imagem do estéreo quando usando o Phaser em material estéreo.
Wah-Wah
Este efeito foi popularizado por muitos guitarristas de música pop, rock e blues, que usam pedais de wah-wah. Basicamente, é um
filtro passa-banda que varre o espectro e atenua as frequências baixas e altas durante a varredura. O efeito obtido é semelhante ao
próprio nome “wah-wah”.
Distorção
Obtido quando o sinal sofre uma saturação (“overdrive”) num amplificador, e muito usado com guitarra.
Pitch Transpose
Permite alterar a frequência do sinal de áudio. É muito usado para mudar o tom (“pitch”) da voz, permitindo criar vozes de monstros,
patos, etc.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 41
AS MESAS DE ÁUDIO
As mesas de áudio podem ter os dois tipos de conector e ter chaves seletoras do tipo de entrada (MIC para microfones, LINE para os
demais equipamentos de áudio e canais de áudio de videocassetes). Algumas mesas antigas tinham entradas PHONO para toca-discos
de vinil. As mesas de áudio também apresentam controles de volume de entrada, para igualar os volumes intermediários dos diversos
equipamentos ligados às entradas da mesa e equalizadores, para alterar o equilíbrio entre frequências baixas (LOW), médias (MED) e
altas (HIGH) de cada canal da mesa. Na parte inferior ficam os faders, ou atenuadores, que ajustam o volume final do canal. As
mesas de áudio misturam os sons dos diversos canais, somando-os na saída, que também tem seus próprios controles de volume.
As mesas analógicas não dependem de um computador, combinam e processam vários canais de entrada, fornecendo diversas saídas
analógicas, para saída principal, fones, gravadores, retornos (auxiliares).
Os misturadores, ou mixers, permitem misturar os sons de diversas fontes, simultaneamente. Podem ser microfones, reprodutores de
fita magnética, MD, DAT, CD ou toca-discos. Um mixer pode ter 4, 8, 12, 16, 24, 32, 48, 64 ou mais canais, alguns mono, outros
estéreo. Cada canal é uma entrada independente, com ajustes de volume (os faders), equalização (graves, médios, agudos), efeitos
(eco, atraso, filtragem) e os canais mono são distribuídos, através de um potenciômetro de seleção (pan-pot ou PAN), só para o canal
esquerdo, só para o direito, ou para os dois, equilibrada ou desequilibradamente (atua como o ajuste de balanço de um amplificador
doméstico).
Cada canal tem um seletor de entrada, para microfone dinâmico (MIC), microfone capacitivo (MIC +48V) ou linha (LINE). Alguns
mixers pequenos mais antigos têm um par de entradas (PHONO) com um pré-amplificador específico para toca discos de vinil.
Cada canal tem um ou mais seletores de saída. Um exemplo comum são mesas com um botão 1-2 e outro 3-4. Pressionar o botão 1-2
colocar o som daquele canal nas saídas 1 e 2. O volume em cada saída dependerá da posição do controle de PAN. O mesmo vale para
o botão 3-4. E pode-se apertar os dois. Aí o som estará nas 4 saídas.
A maiorias dos mixers tem uma ou mais saídas estéreo, e uma ou mais saídas mono auxiliares. Essas saídas auxiliares têm seletores
independentes, permitindo diversas combinações das entradas. Um exemplo de uso é um telejornal com locutores em duas cidades e
matérias em computador local. Todos os sons têm de ser gerados para a rede mas o retorno para os estúdios inclui todos os sons,
menos o do próprio locutor, para não realimentar (e apitar) no microfone. A solução é mixar todos os sons do “ar” na saída da mesa,
todos os sons menos o microfone do locutor no local A, para uma saída auxiliar que retorna ao local do locutor A, todos os sons
menos o microfone do locutor no local B, para outra saída auxiliar que retorna ao local do locutor B.
Muitos mixers permitem transferir o áudio de um canal para um processador, alterar o som e depois reconduzi-lo ao canal original.
Isso barateia os mixers, pois poucos canais necessitam de efeitos especiais.
Para ligar uma linha telefônica a uma mesa de áudio utiliza-se um equipamento chamado híbrida. Ele converte o sinal do telefone
em um sinal elétrico no padrão de áudio de linha e permite que uma saída da mesa seja enviada pelo sistema telefônico. Assim é
possível conversar “no ar” com um telespectador em casa, pelo telefone. É o mesmo sistema utilizado em programas de rádio com
participação dos ouvintes.
MIXER DIGITAL
O funcionamento é muito semelhante a um mixer analógico. Os microfones são analógicos e seu sinal passa primeiro por um
conversor analógico/digital. Os sinais de áudio são digitalizados como sequências de números. O mixer digital processa números,
gerando o som final.
Têm muito menos controles físicos, mas muito mais funções. Costumam ter compressores, ao menos 4 bandas de equalização, reverbs
e outros efeitos, disponíveis para todos os canais, o que dá alta precisão no tratamento sonoro. Mas cada função é acessada por meio
de um menu, tocando em 3 ou 4 botões, e não diretamente, como em um mixer analógico.
Podem funcionar como interfaces, acoplados a gravadores digitais, ou a estações de trabalho (DAW - digital audio workstations) que
simulam diversos equipamentos de áudio, principalmente o mixer. Neste caso enviam todos os canais em formato digital à DAW, e
dela recebem diversos canais de saída (master, auxiliares...).
Permitem memorizar diversas configurações, gravando cada uma com um nome diferente, o que permite em um show, por exemplo,
ter uma configuração diferente para cada música, mudando rapidamente de uma para outra, simplesmente carregando a configuração
desejada da memória.
Muitas workstations permitem gravar também o vídeo digital, além do áudio. Com tudo gravado em discos rígidos o processo de
sonorização de programas fica mais simples. Também pode-se trabalhar em tempo real, em rede, em diferentes trechos da fita.
E o áudio pode ser encolhido / esticado até 25%, sem desafinar. É possível escolher um trecho de música para determinado trecho da
imagem. Marca-se os pontos de entrada e saída e a workstation reduz o tempo da música, por exemplo, retirando trechinhos, sem
alterar a afinação. E não erra o ponto, porque é sincronizado pelo time code.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 42
MESAS DE MIXAGEM - Uma visão prática da estrutura básica e dos recursos mais importantes
por Miguel Ratton - publicado no music-center.com.br em 1996
Figura 1
O botão rotativo do pan ajusta então o quanto vai para cada canal:
girando-o para a esquerda, tem-se mais sinal em 1 e 3, enquanto girando-
o para a direita, tem-se mais sinal em 2 e 4 (veja ilustração da Fig. 3).
Em algumas mesas de quatro canais de saída, existe apenas uma chave
que só permite selecionar um dos pares de grupo de cada vez (1-2 ou 3-
4).
A próxima seção do canal da mesa de mixagem é a equalização (EQ). No
canal do exemplo, há três botões rotativos, para controle de graves,
médios e agudos, cujas faixas de atuação estão ilustradas na Fig. 3.
Quando posicionados no centro, esses botões não efetuam qualquer
alteração; movendo-os para a esquerda, consegue-se reduzir a respectiva
faixa de frequências - graves (bass), médios (mid) e agudos (treble),
enquanto movendo-os para a direita obtém-se uma acentuação da faixa.
Uma chave de pressão permite ligar/desligar a equalização
imediatamente. Em algumas mesas, a EQ é mais sofisticada, havendo
dois botões para cada banda: um deles ajusta a frequência central da
banda e o outro ajusta o ganho/redução.
Depois da EQ, temos a seção de envio (send) para efeitos (chamada por
muitos de mandadas). Esses botões dosam a quantidade de sinal de cada
canal a ser processada pelo dispositivo de efeito (reverb, eco etc),
externo ao mixer. Figura 4 - Atuação dos controles de EQ
O sinal processado volta do dispositivo de efeito e entra na mesa de mixagem pela conexão de retorno (return), que direciona-o aos
canais de saída da mesa, juntamente com o sinal original (sem efeito) de cada canal de entrada (veja Fig. 4).
É importante observar no caso da Fig. 4 que, como todos os canais enviam sinal para o mesmo processador de efeitos, todos os canais
de entrada terão o mesmo efeito. O único ajuste que se tem é da intensidade de efeito sobre cada um. Na mesa de mixagem cujo canal
de entrada é representado na Fig. 2, entretanto, como há três envios separados, pode-se destinar cada um deles a um dispositivo de
efeito diferente (obviamente, deverá haver três ou mais entradas de retorno). Na maioria das mesas, em cada entrada de retorno pode-
se ajustar a intensidade (do sinal que retorna) e seu balanço (pan).
Adaptado de “Sound Reinforcement Handbook”, de Gary Davis & Ralph Jones, 2a. edição, publicada por Hal Leonard Publishing. ©
1992 Yamaha Corporation of America
Tradução: Miguel Ratton. Este artigo foi publicado no music-center.com.br em 2002
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 46
Os compressores de canais internos servem para refinar sons de contrabaixo, guitarra e outras fontes sonoras.
O Equalizador de canal tem 3 faixas, e filtro de graves (High-pass Filter)
Os canais 1, 2, 3/4, e 5/6 tem equalizadores de 3 faixas, com controles LOW, MID, e HIGH e os canais 7/8 e 9/10 tem equalizadores
de 2 faixas, permitindo uma equalização suave de fontes de sinal estéreo.
A MG102C tem os controles "AUX send" em todos os canais para ajuste da intensidade do sinal enviado para o canal correspondente
de saída na seção Master. O sinal também pode ser enviado para processadores de efeitos externos usando o conector AUX SEND. O
controle RETURN da seção Master ajusta o volume do sinal que retorna do processador externo através do conector RETURN.
As saídas "Stereo", "Control Room", "Monitor", e "Headphone", ficam acima dos controles Master do mixer.
Far fields, ou monitores de campo distante, são as caixas que causam a boa impressão aos clientes. Grandes e imponentes, permitem
que se ouça a volumes mais altos, levando a todos a agradável sensação de estar ouvindo um som muito melhor do que o que se tinha
à disposição em casa. Porém essa monitoração tem dois aspectos que podem ser negativos. Seu som depende intimamente da
interação com a acústica da sala, e eles não retratam o som que o consumidor típico tem em casa. Assim, quando a sala não é muito
bem montada acusticamente, a audição criteriosa via far fields tende a sofrer, pois refletirá os problemas da sala. Além disso, as
mixagens sempre visam soar bem na maioria das situações dos consumidores e não é todo mundo que tem um par de supercaixas em
casa.
Em resumo, os far fields são muito bons para os músicos que gravam na técnica, para os clientes que querem ver como seu som ficou
um sonzão e pra gente também curtir nossas mixagens, já que também somos filhos de Deus. Nas mixagens, porém, quando
precisamos de uma audição mais cuidadosa e principalmente precisamos cuidar que o que ouvimos reflita a realidade de nossos
ouvintes, costuma ser melhor usar outro tipo de monitoração.
Os near fields, ou monitores de campo próximo, caracterizam-se por seu tamanho menor e consequente menor potência. São
colocados próximos ao engenheiro para que o som que chega até ele não sofra influência acústica da sala. Obviamente isso seria a
situação teórica ideal, mas a prática se afasta às vezes muito da realidade. Os requisitos desejados para uma monitoração near field são
a independência da acústica da sala e a capacidade de representar (com qualidade e definição) a média do que o consumidor tem à
disposição para ouvir o resultado de seu trabalho.
Quanto ao primeiro aspecto, o maior problema reside em onde posicionar os monitores. Normalmente para que seja prático seu uso,
eles são colocados sobre ou imediatamente atrás do console. Além disso, o tamanho dos alto-falantes é pequeno em relação aos
comprimentos de onda gerados, o que leva a uma irradiação sonora mais larga. Esse som emitido vai interagir fortemente com
superfícies próximas, provocando reflexões importantes. Quando a caixa é colocada sobre o console, a superfície deste passa a se
comportar também como uma extensão acústica do painel frontal da caixa, o que afeta a resposta de médias e, das médias-baixas para
baixo, seria até incoerente afirmar que há independência acústica entre o que ouvimos e a sala.
Quanto a representar o que o ouvinte tem em casa, o caso típico até os anos 1980 é diferente do de hoje. Os monitores near field mais
populares até recentemente eram as Yamaha NS-10M. Qualquer um que entrasse em um estúdio já esperava encontrar sobre o console
aqueles alto-falantes brancos e a caixa preta. Além de suas características bem interessantes de resposta em frequência (dadas pelo seu
sistema de suspensão acústica, onde a caixa é completamente selada), ela acabou representando aquilo a que, pelo menos em tese, os
consumidores que zelavam pela qualidade em seus sons domésticos tinham acesso.
Os near fields tendem a interagir menos com o ambiente e são mais confiáveis em uma sala desconhecida. Por mais que muitos
profissionais reclamassem de uma suposta aspereza de agudos (provavelmente amplificada pela proximidade dos ouvidos aos
tweeters; era comum encontrar profissionais que cobriam os tweeters com guardanapos de papel para amenizar esta aspereza), é
inegável que a definição de detalhes e a resposta balanceada de médias e médias-baixas das NS-10 era uma grande ajuda nas
mixagens, enquanto seu custo relativamente baixo as tornava mais atraentes ainda.
Some-se a isso mais um aspecto importante: a ambientação dos engenheiros a estúdios desconhecidos. Como os near fields tendem a
interagir menos com as salas, são mais confiáveis na hora em que a gente começa a trabalhar em uma sala que desconhecemos.
Nessas horas o importante é procurar situações familiares de monitoração, e certamente ouvir nas NS-10 independendo da sala dava
mais tranquilidade e diminuía o medo de estar sendo enganado na audição. Para dispensar o desconforto de se monitorar com fones,
pode-se optar então pelos chamados near fields extremos, pois o ouvinte pode ficar bem perto das caixas. Temos hoje belas caixas
amplificadas, com falantes de apenas 5 polegadas e resposta muito boa.
A década de 1990 começou a colocar frequências graves ao alcance do consumidor médio. Chegaram as boom boxes (mais
conhecidas aqui como systems), com seus falantes de graves avantajados e seus controles de superbass e equalizações pré-prontas.
Como resultado disso tudo, começou a aparecer a exigência de que no estúdio houvesse acesso a monitores ainda dentro da filosofia
near field, mas com mais potência e principalmente maior extensão na parte baixa do espectro de frequências. Paralelamente, a
evolução dos equipamentos (e as restrições orçamentárias) já permitiam estúdios com salas menores, sem a necessidade de tanta
potência nos far fields. Como resultado, surge uma nova filosofia, filhote híbrida das duas anteriores: os midfields.(monitores de
campo médio). Têm potência maior que os near fields e uma resposta em frequência mais extensa; ao mesmo tempo são feitos para se
situarem mais próximos do engenheiro, mantendo um mínimo de interação com a sala e proporcionando maior definição. E muitos
modelos de midfields têm amplificadores incorporados.
Áudio Básico - Prof. Hugo Melo - UFPR 48
Em vários sites há botões grandes de download, e muitos usam programas de download, como o Softonic, em vez de acessar
diretamente o arquivo. Muitos desse links são indicados como vírus, pelos principais antivírus. Outros baixam programas a mais
(McAfee, barras de ferramentas etc.). Procure sempre links diretos (ao passar o cursor do mouse sobre o link aparece o link completo,
embaixo, na tela. Os links diretos costumam ser curtos e terminar em EXE ou ZIP.
Nos últimos anos, artistas pops como Justin Bieber e The Weeknd lançaram seus álbuns em fita
Fita cassete geralmente é considerado algo antigo, pois quase não há leitores para esta mídia nos carros e aparelhos de
som em geral. Mas engana-se quem acha que a fita morreu. Uma matéria da The Vinyl Factory revelou que houve
crescimento de 74% nas vendas de fitas cassete nos Estados Unidos, de acordo com estudo da Nielson Music.
Os dados apontam que, em 2015, foram vendidas 74 mil unidades e, em 2016, esse número saltou para 129 mil. Segundo
a Billboard americana, um dos fatores para este crescimento é o lançamento de álbuns de artistas pop e trilhas sonoras de
filmes nessa mídia.
Justin Bieber é um dos exemplos, e lançou Purpose, seu último álbum, também em fita cassete. O filme Guardiões da
Galáxia também lançou sua trilha sonora incluindo a mídia.
A fita cassete é considerada pela indústria da música como 'mídia morta', mas parece que o sentimento de nostalgia está
tomando conta das pessoas como um todo - o disco de vinil, outra mídia antiga, atingiu 13,1 milhão de vendas nos EUA
em 2016.
https://wiki.ezvid.com/best-cassette-players#editors_choices
Wheel - € 472
https://www.digitalmusicnews.com/2017/10/04/vinyl-records-sales-2017/
The Best-Selling Vinyl Record of 2017 Was Released 50 Years Ago
Daniel Sanchez
October 4, 2017
Last year, sales in the US grew 25.9% to 7.2 million units. In the UK, sales rose 53% to 3.2 million units, the same volume last
reached in 1991.
With turntables and other accessories, sales will likely reach the $1 billion mark. It’s a business that won’t stop roaring back.
After nearly 25 years out of operation, Jamaica’s oldest pressing plant has returned to action. Warner has also launched a vinyl-only
label. In addition, Sony will once again manufacture records in Tokyo after 30 years.
Speaking about the appeal of the format, a 28 year old consumer told the NPR,
“The way I consumed music has been so instant and so immediate, especially with Spotify and online streaming services. I kind of
just want to go back to the way I used to listen to it as a kid.”
Still think vinyl records are dead?
Vinyl records just scored an all-time sales record.
Yesterday, Nielsen Music released its Q3 music industry insights for the nine month period ending September 28th, 2017.
The metrics company found that weekly on-demand audio streaming has surpassed 8.3 billion. Nielsen Music also registered 287
billion audio streams so far, a 59.4% increase over the same period last year. Combined with video, on-demand streams have
surpassed 442 billion streams, up 40.4% from last year.
Meanwhile, song ownership has once again experienced a significant decrease. Physical album sales were down 18.3%. Showing
that consumers have increasingly switched to streaming, digital album and track sales decreased 19.5% and 23.1%, respectively.
And while streaming explodes, so does vinyl records.
Nielsen Music noted that vinyl records have risen 3.1% to 9.35 million units in 2017. During the same period last year, the company
reported 9.07 million vinyl records sold.
Underscoring vinyl records’ strength in the music industry, the format now represents nearly 14% of all physical album sales in the
US, an all-time high.
https://www.digitalmusicnews.com/2017/01/03/vinyl-records-sales-1991/
http://www.digitalmusicnews.com/2017/01/11/vinyl-records-billion-
dollar-industry/
https://www.digitalmusicnews.com/2017/01/18/jamaica-vinyl-records-
tuff-gong/
https://www.digitalmusicnews.com/2017/03/29/wmg-run-out-groove-
vinyl-records/
http://www.digitalmusicnews.com/2017/06/29/sony-vinyl-records/
https://www.youtube.com/watch?time_continue=6&v=5Tfhs-pujQk
Peter Blake