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Amplificadores Operacionais em Controle

Programa:
1- Conceitos Fundamentais
2- Realimentação Negativa
3- Circuitos Básicos com AOP’s
4- Controladores (Integradores e Diferenciadores)
5- Aplicações Não-Lineares com AOP’s
6-Proteções em Circuitos com AOP’s
7-Laboratório

Bibliografia:
1- Amplificadores Operacionais – Antonio Carlos Seabra – Érica - 1996
2- Circuitos Básicos com Amplificadores Operacionais – João Inácio da Silva Filho -
Paralogike
3- Operational Amplifiers – Graema, J., TBEY, Gene E.,Lawrence – “Mc Graw-Hill” 1971
4- Amplificadores Operacionais – Fundamentos e Aplicações – Artur François de
Gruiter – McGraw-Hill - 1988
Laboratório
Observações relativas às práticas de laboratório:
 Não inverter a polarização do AOP
 Não esquecer de colocar todos os instrumentos e o circuito em um terra comum (utilizar o
borne de terra da matriz de contatos)
 Não esquecer de “calibrar” completamente o osciloscópio
 O gerador de funções, sempre que possível, será utilizado com atenuação de 0dB
 Ao decapar fios, evitar “ferir” o condutor, pois, caso isso ocorra, o mesmo poderá se romper
quando inserido na matriz de contatos (protoboard).
 Antes de energizar os circuitos, chamar o professor para verificar a montagem.
 Para iniciar a experiência, ligar, primeiramente, a fonte, depois o gerador de funções e ,
finalmente, o osciloscópio.
 Ao encerrar a experiência, desligar os instrumentos na ordem inversa à citada
anteriormente.
 Elaborar um relatório suscinto para cada experiência executada. Dividir o relatório em três
partes: Objetivos da experiência, análise dos resultados (entre outras coisas, o aluno deverá
citar se os resultados obtidos estão de acordo com os resultados teórico), conclusões e
sugestões.
Conceitos Fundamentais
• O AOP é um amplificador CC multiestágio, com entrada diferencial, cujas
características se aproximam de um amplificador ideal.

• Características ideais de um AOP:


 Resistência de entrada infinita
 Resistência de saída nula
 Ganho de tensão infinito
 Resposta de frequência infinita
 Insensibilidade á temperatura (drift nulo)
 Aplicações dos AOP’s:
• Sistemas eletrônicos de controle industrial
• Instrumentação industrial
• Instrumentação nuclear
• Instrumentação médica (eletromedicina ou bioeletrônica)
 Simbologia do AOP:

 Evolução da Tecnologia
1945 - 1ª Geração - AOP’s a válvula
1955 - 2ª Geração - AOP’s a transistores
1965 - 3ª Geração - AOP’s monolíticos bipolares
1975 - 4ª Geração - AOP’s monolíticos BIFET (alta impedância de entrada)
Obs.: μA741 – Fairchild – 1968 – (bipolar)
LF391 – National (Superior) – (BIFET)
CA3140 – RCA (superior) – (BIFET)

 Pinagem:

Descrição dos Pinos


1 e 5 – Balanceamento 8 – não possui nenhuma conexão
2 – entrada inversora
3 – entrada não-inversora
4 – Alimentação negativa (-3V a -18V)
7 – Alimentação positiva (+3V a +18V)
6 – saída Obs.: Pesquisar 5ª geração de AOP’s
Encapsulamentos
Dentre os tipos de encapsulamentos mais
comuns podemos destacar:

a) Plano ou FLAT-PACK de 14 pinos


b) Metálico ou METAL CAN de 8 pinos
c) Temos dois tipos de encapsulamentos em
linha ou “DIP” (Dual-In-Line package)
Obs.: Para todos eles são mostrados as
diferentes formas de identificação adotadas
pelos fabricantes.

Para o AOP 741, fabricado pela FAIRCHILD,


podemos encontrar encapsulamentos DIP e 8
pinos (mais usual) e 14 pinos.
Podemos, também, encontrar os encapsulamentos FLAT-PACK de 10 pinos e MATAL CAN de 8
pinos. A pinagem do encapsulamento DIP de 8 pinos corresponde exatamente à pinagem do
encapsulamento de 8 pinos
 Conceito de Tensão de offset de saída:

Obs.: Pinos 1 e 5 (741 ou 351) são conectados ao


potenciômetro e ao pino 4 (-Vcc), possibilitando o
cancelamento do sinal de erro na saída

Aplicações tais como:


• Instrumentãção petroquímica
• Instrumentãção nuclear
• Eletromedicina

São exemplos onde a importância do ajuste de offset é


grande.

 Ganho de um AOP:

Símbolo de uma amplificador genérico


Onde,
𝐸
𝐴𝑉 = 𝐸𝑜
𝑖

Em decibéis, temos:
𝐸𝑜
𝐴𝑉 𝑒𝑚 𝑑𝐵 = 20𝑙𝑜𝑔
𝐸𝑖
𝐸𝑜
𝐴𝑉 𝑑𝐵 = 20𝑙𝑜𝑔 ,justifica-se para grandes valores de do AV
𝐸𝑖

AV = 1 → AV (dB) = 0
AV = 10 → AV (dB) = 20
AV = 102 → AV (dB) = 40
AV = 103 → AV (dB) = 60

De modo geral:

AV = 10n → AV (dB) = 20n Obs.: A utilização de dB facilita a representação gráfica de


muitas grandezas que tem uma ampla faixa de variação
 Características do AOP:

AOPs reais tentam se aproximar das características ideais que qualquer amplificador deveria
ter. Ponto de máxima
transferência de
potência entre o
- Rin e Rout amplificador e a carga

O gráfico representa as variações de corrente, tensão e potência presentes na carga RL do


circuito acima.
Do circuito acima podemos obter a seguinte
equação:
𝑅1
𝑉𝑅1 = 𝑉
𝑅1 + 𝑅𝑆 𝑆 (*)

Onde, se 𝑉𝑅1 = 90%𝑉𝑠


→ 𝑅1 = 9𝑅𝑠

Se, por outro lado,


𝑉𝑅1 = 99%𝑉𝑠
→ 𝑅1 = 99𝑅𝑠

Analisando (*), podemos concluir o seguinte:


𝑅1 → ∞ (circuito aberto em R1) => 𝑉𝑅1 = 𝑉𝑠

Ou seja, quanto maior R1 em relação a RS, maior será a proporção VS aplicada sobre R1.
Logo, para minimizar a atenuação do sinal aplicado na entrada do AOP, é necessário que o Rin
do mesmo seja muito alta em relação a Rout.
Por outro lado, para se obter “todo” sinal de saída sobre a carga, é necessário que RT seja
muito baixa.
De fato, sendo:

𝑉𝑅𝐿 = 𝑉𝑜 − 𝑖𝐿 𝑅𝑇

Supondo 𝑅𝑇 = 0, temos:

𝑉𝑅𝐿 = 𝑉𝑜 →Temos sobre RL a tensão de saída

Obs.: Nesta condição, iL é limitada pelo valor de RL e existe uma valor máximo de iL que pode
ser fornecido pelo AOP (corrente de curto-circuito de saída no 741 - IOS ≈ 25mA).

Obs.: Não estamos preocupados com a máxima transferência de sinal sobre RL.
Data sheets le-se Ri e Ro
- Ganho de Tensão
Para que a amplificação seja viável, inclusive para sinais de baixa amplitude como, por
exemplo, sinais provenientes de transdutores ou sensores é necessário que o amplificador
possua um alto ganho de tensão (𝐴𝑣𝑜 ). Idealmente este ganho é infinito

- Resposta em Frequência (BW)


É necessário que um amplificador tenha uma largura de faixa muito ampla de modo que um
sinal de qualquer frequência possa ser amplificado sem sofre corte ou atenuação. Idealmente
BW deveria se estender desde zero a infinitos hertz.
Obs.: Nos manuais encontra-se o valor da largura de faixa máxima do AOP, a qual
representaremos genericamente por BW (“BANDWIDTH”).

- Sensibilidade à Temperatura (“DRIFT”)


As variações térmicas podem provocar alterações acentuadas nas características elétricas de
um amplificador. A esse fenômeno chamamos “DRIFT”. Seria ideal que um AOP não
apresentasse sensibilidade às variações de temperatura.
Obs.: Nos manuais dos fabricantes encontram-se os valores das variações de corrente e
tensão no AOP, provocadas pelo aumento de temperatura.
 Alimentação do AOP:
- Características Principais:
• Alimentação simétrica
• Fonte simples improvisando a simetria.
• O ponto comum das fontes será o terra
(ou massa) do circuito como um todo,
ou seja, todas as tensões presentes nos
terminais do AOP terão como referência
este ponto comum das fontes.
• Proteção contra inversão de polaridade

Obs.: O circuito só fica com esta polaridade na entrada com


os diodos abertos e com o sinal que estiver na saída igual ao
que estiver na entrada. Caso se inverta a polaridade, os
diodos irão conduzir e os fusíveis vão abrir, desta forma
protegendo o circuito contra inversão de polaridade.
 Conceito de Década e Oitavas:
- Dizemos que uma frequência fL variou de uma década quando f1 assume um novo valor
f2, tal que:

f2=10 f1

De modo geral dizemos que f1variou ne “n” décadas quando:


f2=10n f1

- Dizemos que uma frequência fL variou de uma oitava quando f1 assume um novo valor f2,
tal que:
f2=2n f1

Exemplo:
Nota dó (região central do piano) = 256 Hz

1 oitava acima (mais aguda) = 512Hz


→ Notas dó mais próximas 1 oitava abaixo (mais grave) = 128Hz

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