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CAT165

CIRCUITOS E
DISPOSITIVOS
ELETRÔNICOS
Prof. Vinícius Marinho Silva
vinicius_marinho_@hotmail.com

1
AULA 8:
AMPLIFICADOR
OPERACIONAL
(AMP OP)
Objetivos
• Aprender os fundamentos básicos de um amplificador operacional.
• Aprender a modelar e projetar amplificadores operacionais.
• Entender o que faz um amplificador diferencial, somador, inversor, não-
inversor, amplificador de instrumentação, diferenciador e integrador.
• Desenvolver um entendimento do que é a operação modo-comum e terra virtual.
• Descrever uma operação de entrada dupla.

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Introdução
Um amplificador operacional, ou amp-op, é um amplificador diferencial de ganho muito
alto com impedância de entrada muito alta e baixa impedância de saída. Utilizações típicas
do amplificador operacional compreendem alterações em valores de tensões (amplitude e
polaridade), osciladores, filtros e diversos tipos de circuitos de instrumentação.

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Introdução
O termo amplificador operacional foi introduzido em 1947 por John
Ragazzini (foto) e seus colegas, em seu trabalho sobre computadores
analógicos para o National Defense Research Council, após a
Segunda Guerra Mundial. Os primeiros amplificadores operacionais
usavam válvulas em vez de transistores.

Um amplificador operacional também pode ser considerado


um amplificador de tensão de alto ganho. Devido ao seu ganho
elevado, seu comportamento é quase totalmente determinado
pelos elementos de realimentação (feedback).

Um AOP é capaz de adicionar sinais, amplificar um sinal, integrá-lo ou diferenciá-lo.


Essa habilidade em realizar operações matemáticas é a razão para ele ser chamado de
amplificador operacional. Esse também é o motivo para o seu largo uso em projetos
analógicos.
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GAP/R's K2-W: Amp Op
com válvulas (1953) GAP/R's modelo PP65: Amp Op
GAP/R's modelo P45: AmpOp com transístores incorporados
com transístores (1961) numa embalagem comum
(1962).
AmpOp em embalagem DIP
(Dual In-Line Package) - atual.

ADI's HOS-050: AmpOp em Amp Op 741 num


Circuito Integrado híbrido encapsulamento
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de alta velocidade (1979). metálico TO-5.
Introdução
Ele é um dispositivo eletrônico formado por um complexo arranjo de resistores, transistores,
capacitores e diodos. Bastará tratarmos o amplificador operacional como um componente
básico para a criação de circuitos e simplesmente estudar o que acontece em seus terminais.

Os AOPs são encontrados no mercado em circuitos integrados sob diversas formas. A Fig
ilustra um circuito integrado com um AmpOp comum do tipo DIP. 7
Amplificador Operacional (Amp Op)
Uma forma conhecida é o Dual In-line Package (DIP) de oito pinos, mostrado na Figura. O
pino ou terminal 8 não é utilizado. O símbolo representativo em circuitos para um Amp Op
é o triângulo indicado abaixo.

Símbolo

Pinagem

Circ equivalente de um Amp


Op real 8
Alimentando o Amp Op
Amplificador Operacional (Amp Op)
O modelo de circuito equivalente a um AOP é mostrado abaixo. A parte referente à saída
consiste em uma fonte controlada por tensão em série com a resistência de saída Ro. Fica
evidente, a partir da Fig, que a resistência de entrada Ri é a resistência equivalente de Thévenin
vista pelos terminais de entrada, enquanto a resistência de saída Ro é a resistência equivalente
de Thévenin vista na saída. A tensão de entrada diferencial 𝑣𝑑 é dada por :

v1 tensão entre o terminal inversor e o terra


v2 tensão entre o terminal não inversor e o terra.

O AmpOp detecta a diferença entre as 2 entradas,


multiplica-as pelo ganho A e faz que a tensão
resultante apareça na saída.
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Amplificador Operacional (Amp Op)
A é chamado ganho de tensão de malha aberta, pois é o ganho do AmpOp sem qualquer
realimentação externa da saída para a entrada os valores comuns de ganho de tensão A,
resistência de entrada 𝑅𝑖 , resistência de saída 𝑅𝑜 e tensão de alimentação VCC.

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Amplificador Operacional (Amp Op)

Uma limitação prática do AOP é que a magnitude de sua tensão de saída não pode
exceder |VCC|. Em outras palavras, a tensão de saída é dependente e limitada pela tensão
da fonte de alimentação. A Fig abaixo representa que o Amp Op pode operar em três
modos, dependendo da tensão de entrada diferencial, vd:

Partiremos do pressuposto de que nossos Amp


OPs operam no modo linear. Isso significa que a
tensão de saída fica limitada a

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Amplificador Operacional (Amp Op)
Um AOP 741 tem ganho de tensão de malha aberta igual a 2.105 , resistência de entrada de
2𝑀Ω e resistência de saída de 50 Ω. O Amp Op é usado no circuito abaixo. Determine o
ganho de malha fechada, vo/vs e a corrente i quando vs = 2 V.

Esquema para o Exemplo 5.1: (a) circuito original; (b) circuito equivalente.
Nó 1 Nó 0 Obtendo i

Subst v1 e A
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Amplificador Operacional Ideal

Fica evidente que trabalhar com um AOP real é enfadonho, já que estamos lidando
com nº muito grandes. Para facilitar o entendimento de circuitos com Amp Ops,
suporemos o emprego de AmpOps ideais. Ele deve apresentar as seguintes
características:

A maioria dos amplificadores modernos possui


ganhos e impedâncias de entrada tão elevados
que uma análise aproximada já é suficiente.
13
Amplificador Operacional Ideal
Para análise de circuitos, o AOP ideal é ilustrado abaixo, que é derivado do modelo real.
Duas características importantes do AOP ideal são:
1. Correntes em ambos os terminais de entrada são nulas.

Portanto, um AOP ideal tem corrente zero em seus dois terminais de entrada e a tensão entre
os dois terminais de entrada é igual a zero.
2. Tensão entre os terminais de entrada é igual a zero.

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Terra Virtual
A tensão de saída é limitada pela tensão de alimentação, normalmente em alguns volts.
Como já mencionado, os ganhos de tensão são muito altos. Se, por exemplo, Vo= –10 V e Av
=20.000, a tensão de entrada é

Se o circuito tiver um ganho global (𝑉𝑜 /𝑉1 ) de 1, o valor de V1 será 10V. Comparado a todas as
outras tensões de entrada e saída, o valor de Vi é então pequeno e pode ser considerado 0V. Embora
𝑉𝑖 ≈ 0𝑉, ela não é exatamente 0V. (A tensão de saída é de alguns volts, por causa da entrada muito
pequena Vi multiplicada por um ganho muito grande Av.) O fato de que Vi≈0V leva a um conceito de
que na entrada do AmpOp existe um curto-circuito virtual ou um terra virtual.

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Terra Virtual
O conceito de curto virtual implica que, embora a tensão seja quase 0V, não há corrente da
entrada do amplificador para o terra. A linha mais grossa é utilizada para indicar que podemos
considerar a existência de um curto com Vi ≈ 0V, mas um curto virtual, pois nenhuma corrente
circula do curto para o terra. A corrente circula somente através dos resistores R1 e Rƒ, como
mostrado. Utilizando o conceito de terra virtual, podemos escrever equações para a corrente I.

O conceito de terra virtual, que depende de Av ser muito grande, permitiu uma solução simples
para a det do ganho de tensão global. Embora o circuito acima não esteja fisicamente correto, ele
nos permite determinar mais facilmente o ganho de tensão global. 16
Amplificador Inversor
A entrada não inversora é aterrada, 𝑣𝑖 é conectada à entrada inversora através de R1,
e o resistor de realimentação Rf é conectado entre a saída e a entrada inversora.
Nosso objetivo é obter a relação entre a tensão de entrada vi e a tensão de saída vo.

Mas 𝑣1 = 𝑣2 = 0

𝑣𝑜 𝑅𝑓
𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 = 𝐴 = =−
𝑣𝑖 𝑅1 17
Amplificador Inversor: Exemplo 1

Observe o AmpOP da Fig. Se vi = 0,5 V, calcule: (a) tensão de saída vo; e (b) corrente
no resistor de 10 𝑘Ω

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Amplificador Inversor: Exemplo 2

Calcule 𝑣𝑜 para o circuito abaixo.

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Amplificador Não Inversor
Nesse caso, a tensão de entrada 𝑣𝑖 é aplicada diretamente ao terminal da entrada não
inversora, e o resistor R1 é conectado entre o terra e o terminal inversor. Estamos
interessados na tensão de saída e no ganho de tensão. A aplicação da LKC no terminal
inversor resulta em:

Mas 𝑣1 = 𝑣2 = 𝑣𝑖

𝑣𝑜 𝑅𝑓
𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 = 𝐴 = =1+
𝑣𝑖 𝑅1 20
Seguidor de Tensão / Buffer / Casador de impedâncias

Perceba que se o resistor de realimentação Rf = 0 (curto-circuito) ou 𝑅1 = ∞ (circuito aberto)


ou ambos, o ganho se torna 1. Sob essas condições (Rf = 0 e R1= ∞) este é chamado seguidor
de tensão (ou amplificador de ganho unitário), pois a saída segue a entrada. Um seguidor de
tensão minimiza a interação entre os dois estágios e elimina o efeito de carga entre estágios.
Estes circuitos possuem impedância de entrada muito alta e, portanto, é útil como um amplif
de estágio intermediário (ou buffer) para isolar um circuito do outro.

Seguidor de tensão usado para isolar dois estágios em cascata 21


de um circuito.
Amplificador Somador
Além da amplificação, o AmpOp pode realizar adições e subtrações. A adição é executada
pelo amplificador somador, a subtração é realizada pelo amplificador diferencial.

Sendo 𝑣𝑎 = 0

22
Amplificador Somador: Exemplo

Calcule 𝑣𝑜 𝑒 𝑖𝑜 no circuito com AmpOp

23
Amplificador Diferencial
Os amplificadores de diferença (ou diferenciais) são usados em várias aplicações em que
há necessidade de se amplificar a diferença entre dois sinais de entrada. Eles são primos
de 1º grau do amplificador para instrumentação, o amplificador mais útil e popular.

24
Amplificador Diferencial
Nó a

Nó b
Mas 𝑣𝑎 = 𝑣𝑏

25
Amplificador Diferencial

Já que um amplificador diferencial deve rejeitar um sinal comum às duas entradas, o


Amp Ops tem de ter a propriedade em que vo = 0, quando v1 = v2. Isso existe quando

Portanto, quando o circuito com AOP opera como um amplificador diferencial, temos

Se R2 = R1 e R3 = R4, o amplificador diferencial se torna um subtrator, com a saída

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Amplificadores em Cascata
Em aplicações práticas, muitas vezes é necessário conectar circuitos com AmpOps em
cascata (isto é, a saída do primeiro na entrada do segundo) para se obter um ganho geral
maior. Normalmente, dois circuitos estão em cascata quando são interligados em
sequência, um após o outro em uma única fila.

Quando circuitos com AOPs estão em cascata, cada circuito em sucessão é denominado
estágio; o sinal de entrada original é amplificado pelo ganho do estágio individual.

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Amplificadores em Cascata: Exemplo 1
Determine 𝑣𝑜 e 𝑖𝑜 no circuito

Apenas LCK

28
Amplificadores em Cascata: Exemplo 2

Obtenha 𝑣𝑜

Atividade para entregar ...


29
Aplicações: Amplificador de Instrumentação
Um dos circuitos mais úteis e versáteis com o uso de amplificadores operacionais para
medições de precisão e controle de processos é o amplificador de instrumentação (IA),
assim chamado em razão de seu largo emprego em sistemas de medição. Algumas
aplicações típicas dos IAs são amplificadores de isolamento, amplificadores de termopares e
sistemas de aquisição de dados.

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Aplicações: Amplificador de Instrumentação
Esse amplificador é uma extensão do amplificador diferencial, uma vez que ele
amplifica a diferença entre seus sinais de entrada.

Já que os AmpOp A1 e A2 não drenam


nenhuma corrente, a corrente i flui pelos 3 R
como se eles estivessem em série.

Subst i por

31
Aplicações: Amplificador de Instrumentação

Amplificador de instrumentação com uma resistência externa para ajustar o ganho

32
Diagrama esquemático.
Aplicações: Amplificador de Instrumentação

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Aplicações: Conversor Digital-Analógico
O conversor digital-analógico (DAC) transforma sinais digitais em forma analógica. O
DAC de 4 bits pode ser implementado de várias formas. Uma implementação simples é
a escada binária ponderada, mostrada abaixo. Os bits são ponderados de acordo com a
magnitude de sua posição ocupada, pelo valor decrescente 𝑅𝑓 /𝑅𝑛 , de modo que cada
bit menos significativo tem metade do peso do bit mais significativo seguinte

A entrada V1 é chamada bit mais significativo


(MSB), enquanto a entrada V4 é o bit menos
significativo(LSB). Cada uma das 4 entradas
binárias pode assumir apenas 2 níveis de tensão:
0V ou 1V. Usando-se a entrada apropriada e os
valores de resistor de realimentação, o DAC
fornece uma única saída que é proporcional às
entradas
34
Aplicações: Conversor Digital-Analógico

Solução:

35
Aplicações: Conversor Digital-Analógico
A Tabela sintetiza o resultado da
conversão D/A. Note que supomos que
cada bit tenha um valor igual a 0,125 V.

Portanto, nesse sistema, não podemos


representar um valor de tensão entre
1,000 e 1,125, por ex.

36
Aplicações: Conversor Digital-Analógico
Essa falta de resolução é uma grande
limitação das conversões D/A. Para
maior precisão, é necessária uma
represent de palavra com um número
de bits maior.

Mesmo assim, uma represent digital de


uma tensão analógica jamais é exata.

Apesar dessa representação inexata, a


representação digital tem sido usada
para alcançar padrões de qualidade
impressionante como CDs de áudio e
fotografa digital.

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Diferenciadores e Integradores

38
Adendo..

Aprende-se em Sinais e Sistemas que:


A função semi parabólica 𝑢3 (𝑡) equivale a integral da rampa unitária 𝑢2 (𝑡), a integral
dupla do degrau unitário 𝑢1 (𝑡) (função de Heaviside) e a integral tripla do impulso
unitário 𝑢𝑜 (𝑡) (função delta ou delta de dirac).

Função impulso Função degrau Função rampa Função semi parabólica

A partir daí você pode já imaginar as inúmeras aplicações dos diferenciadores e


integradores na eletrônica e em controle de processos... 39
Adendo..
Derivada de alguns sinais

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Aplicações: Diferenciador
𝑖𝑓
✓ A saída é derivada do sinal de entrada (taxa de
𝑖1 variação no t de 𝑣𝑖𝑛 )
✓ São circuitos eletronicamente instáveis, pois
qualquer ruído elétrico que aparecer será amplificado
pelo diferenciador, motivo que o torna menos útil e
popular que o integrador.
✓ C também é útil como filtro Passa Altas na entrada ou saída. Devido
LCK
𝑖1 = 𝑖𝑓 a isso este circuito possui processo de saturação muito rápido.

𝑑𝑣𝑖𝑛 0 − 𝑣𝑜𝑢𝑡
𝐶 = Como se trata de um diferenciador inversor (circuito
𝑑𝑡 𝑅𝑓 diferenciador mais comumente usado) deve-se inverter
as formas de onda derivadas à 180º por conta do sinal
𝑑𝑣𝑖𝑛
𝑣𝑜𝑢𝑡 = −𝑅𝑓 𝐶 vir pela entrada inversora.
𝑑𝑡
𝑣𝑜𝑢𝑡 𝑅𝑓 𝑅𝑓
𝐴= =− =− 1 = 𝑅𝑓 . 𝑗. 𝜔. 𝐶 = 𝑅𝑓 . 𝐶. 2𝜋. 𝑓. 𝑗 = 𝜏. 2. 𝜋. 𝑓. 𝑗
𝑣𝑖𝑛 𝑍𝑖𝑛 41
𝑗𝜔𝐶
Aplicações: Diferenciador
𝑑𝑣𝑖𝑛 𝑖𝑓
𝑣𝑜𝑢𝑡 = −𝑅𝑓 . 𝐶.
𝑑𝑡
𝑖1

formas de onda derivadas e invertidas 180º


por conta do sinal vir pela entrada inversora.

42
Aplicações: Diferenciador
O circuito diferenciador visto não tem aplicações práticas devido aos erros em altas f.
Devido ao fato da reatância do C variar inversamente com a f, circuito fica muito sensível a
ruídos de alta frequência (instabilidade no ganho). Para evitar esses problema, coloca-se uma
R em série com o C, afim de limitar o ganho para as altas frequências

Para as altas frequências o circuito comporta-se como um amplificador inversor, de ganho:


𝑣𝑜𝑢𝑡 𝑅𝑓 𝑅𝑓
𝐴= =− =− 𝑅𝑖𝑛 deve possuir valores entre 5 e 200Ω
𝑣𝑖𝑛 𝑍𝑖𝑛 𝑅𝑖𝑛

A expressão que permite obter a tensão de saída em função da entrada ainda é a mesma :
𝑖𝑓
O produto 𝜏 = 𝑅𝑓 . 𝐶𝑖𝑛 é conhecido por
constante de tempo e deve ser igual ao período 𝑖1
da tensão aplicada á entrada do diferenciador . Rf

Mas agora o circuito só funciona para frequências Rin C


1
menores que 𝑓𝐶 = 2.𝜋.𝑅 .𝐶
𝑓 43
Aplicações: Integrador
O integrador é um circuito que executa a operação matemática da integração, isto é, a
saída é proporcional ao tempo em que a tensão é aplicada na entrada à medida que a
corrente no anel de realimentação carrega o capacitor.

✓ A saída é proporcional à integral do sinal de entrada.


✓ Na prática o integrador necessita de um R de realimentação
para reduzir o ganho CC e evitar a saturação
✓ Deve-se ter cuidado para que o AmpOp opere dentro da região
linear, para evitar que o mesmo entre em saturação
✓ Se houver uma tensão inicial no C, o seu valor deverá ser somado ao resultado da eq. anterior.
✓ Algumas vezes utiliza-se uma chave em paralelo com o C para descarregá-lo antes de
utilizar o integrador. A chave deverá ser fechada para descarregar o C e reaberta para o inicio
do processo de integração

𝑅𝑖𝑛

44
Aplicações: Integrador
Por exemplo, se a entrada for uma tensão constante, a saída será uma rampa. Se for uma
tensão positiva a rampa será descendente (inclinação negativa), se for uma tensão negativa
a rampa será ascendente (inclinação positiva) (Montagem inversora)
𝑖𝑓
LCK
𝑖1 = 𝑖𝑓
𝑖1
𝑣𝑖𝑛 𝑑(0 − 𝑣0 ) 𝑅𝑖𝑛
=𝐶
𝑅𝑖𝑛 𝑑𝑡

𝑣𝑖𝑛 𝑑𝑣0
= −𝐶
𝑅𝑖𝑛 𝑑𝑡

𝑑𝑣0 𝑣𝑖𝑛
=−
𝑑𝑡 𝐶𝑅𝑖𝑛

𝑡1
1
𝑣0 = − න 𝑣 𝑑𝑡
𝐶𝑅𝑖𝑛 𝑡0 𝑖𝑛 45
Aplicações: Integrador

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Aplicações: Integrador
A resistência RS é um shunt que é colocado em paralelo com o C de realimentação, para
limitar o ganho nas baixas frequências.
No caso desse ganho não ser limitado a tensão DC de “offset”, embora de pequeno valor
seria também integrada o que levaria o AmpOp á saturação. A tensão DC de “offset” é
minimizada por 𝑅2 que deve ser igual ao paralelo de 𝑅𝑆 //𝑅1 :
𝑅1 . 𝑅𝑆
𝑅2 =
𝑅1 + 𝑅𝑆

Assim como no Diferenciador, a constante em tempo


𝜏 = 𝑅1 . 𝐶 deve ser igual ao período do sinal a integrar.

A equação
𝑡1
1
𝑣0 = − න 𝑣 𝑑𝑡
𝐶𝑅𝑖𝑛 𝑡0 𝑖𝑛
1
só é válida para freq. maiores que 𝑓𝐶 = 47
2. 𝜋. 𝑅𝑆 . 𝐶
CI 741
É um amplificador operacional extremamente popular constituído de apenas uma saída e
de duas entradas, sendo uma não inversora, o 741 - CI Amplificador Operacional pode
ser usado como amplificador inversor, não inversor, diferencial, comparador de tensão,
oscilador, filtro de frequência, dentre outras aplicações.

48
CI 741
O circuito varia entre os produtores e fabricantes, porém todos os amp ops possuem
basicamente a mesma estrutura interna, que consiste de três estágios:

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CI 741

O circuito varia entre os produtores e fabricantes, porém todos os Amp Ops possuem
basicamente a mesma estrutura interna, que consiste de três estágios:
▪ Amplificador diferencial
▪ Estágio de entrada - provê amplificação com baixo ruído, alta impedância de
entrada, geralmente com uma saída diferencial
▪ Amplificador de tensão
▪ Provê um alto ganho de tensão, geralmente com uma única saída.
▪ Amplificador de saída
▪ Estágio de saída - provê a capacidade de fornecer alta corrente, baixa impedância
de saída, limite de corrente e proteção contra curto-circuito.

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CI 741
As seções tracejadas em vermelho são as fontes de corrente. A corrente primaria, da qual as
outras correntes estáticas são geradas, é determinada pela alimentação do chip e pelo R de 39 kΩ
atuando (em conjunto com as duas junções de diodo dos transistores) como uma fonte de
corrente. A corrente gerada é de aproximadamente (VS+ − VS− − 2Vbe) / 39 kΩ.
A seção tracejada em azul é o amplificador diferencial. Q1 e Q2 são seguidores de emissor e
junto com o par base comum composto por Q3 e Q4, formam o estágio de entrada diferencial.
Além disso, Q3 e Q4 funcionam também como registradores de nível e provêem ganho de tensão
para alimentar o amplificador classe A. Eles também ajudam a aumentar a taxa de Vbe reverso
nos transistores de entrada.
A área tracejada em rosa é o estágio de ganho classe A. Ele consiste de dois transistores NPN em
uma configuração Darlington e utilizam a saída de fonte de corrente como a sua carga de coletor
para obter um alto ganho. O C de 30 pF provê uma realimentação negativa variavel com a
frequência no estágio de ganho classe A para estabilizar o amplificador em configurações de
realimentação
A seção tracejada em verde (baseada ao redor de Q16) é um chaveador de nível de voltagem ou
um multiplicador de VBE; uma espécie de fonte de tensão.
O estágio de saída (tracejado em ciano) é um amplificado seguidor de emissor Classe AB51
push-
pull (Q14, Q20) com a entrada definida pela fonte de tensão VBE de Q16 e seus R de base.
CI 741

52
CI 741

Tem um "ganho" de cerca de 100.000, 𝑍𝑖𝑛 muito alta, cerca de 2MΩ, e 𝑍𝑜𝑢𝑡 baixa (cerca de
75Ω). Isto significa que o 741 coloca o sinal amplificado na sua saída quase sem consumir
corrente na entrada. A sua saída, apesar da baixa impedância, está limitada a uma pequena
corrente, cerca de 20mA.
O 741 possui também dois pinos chamados "offset null". Estes pinos existem porque quando
as duas tensões de entrada são iguais a zero, a saída do 741 não é perfeitamente zero,
existindo uma tensão residual da ordem de microvolts ou milivolts.

Para aplicações de grande amplificação que


exigem precisão absoluta, um potenciômetro
ligado entre estes dois terminais e a
alimentação negativa fará o ajuste que anulará
esta tensão residual.

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Final
Respondam as listas de exercícios propostas e boa prova!

“Nada no mundo se compara à persistência. Nem o talento; não há


nada mais comum do que pessoas malsucedidas e com talento. Nem a
genialidade; a existência de gênios não recompensados é quase um
provérbio. Nem a educação; o mundo está cheio de negligenciados
educados. A persistência e determinação são, por si sós, onipotentes. O
slogan "não desista" já salvou e sempre salvará os problemas da raça
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humana.” (Calvin Coolidge).
Referências
SADIKU M. & ALEXANDER G. - Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5ª Ed. Editora
McGraw-Hill, 2013.
BOYLESTAD, R. & NASHELSKY, L. - Dispositivos Eletrônicos e Teoria dos Circuitos -
Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Ed. 11. 1998.
TIMÓTEO L. Material Didático. Disponível em: https://pt.slideshare.net/MarioTimotius
/ampops-integradores-13526558. Acesso em 01/01/2018.

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