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Análise da taxa de subsidência da parte central da bacia do Kwanza

Tema:

Análise da taxa de subsidência da parte central da bacia do Kwanza

Resumo do tema a Desenvolver

A Bacia do Kwanza é alvo de exploração de hidrocarbonetos desde o século XX, existindo diversas
evidências superficiais e em sondagem de que existiu geração dos mesmos. Os principais intervalos com
potencial de geração de hidrocarbonetos localizam-se no Cretácico Inferior (Formações Cuvos) e no
Cretácico Superior (Formação Teba). O intervalo do Cretácico Superior é mais variável geoquimicamente,
no entanto apresenta uma melhor qualidade geoquímica regional e uma espessura com potencial de geração
superior às do Cretácico Inferior.

Através da utilização de ferramentas como o backstripping será possível inferir a subsidência tectónica de
três poços, repartidos pelos três sectores da Bacia do Kwanza (um a Este, um no Centro e um no Oeste). De
forma a uniformizar a nomenclatura estratigráfica das formações em todos os sectores da Bacia do kwanza,
optar-se-á por trabalhar com sequências descritas na coluna estratigráfica da Sonangol. Através da
subsidência tectónica serão calculados os factores de estiramento para cada uma das fases de rifte
identificadas. Com as correcções realizadas à porosidade para o backstripping serão também calculadas as
taxas de sedimentação, assim como a sedimentação negativa para o evento erosivo do Oligocénico. Para
além do deste, também se considerará como principais eventos erosivos bacinais o Apciano Superior ou o
Albiano, dependendo dos casos, e o Maestrichtiano.

De forma a avaliar a maturação dos principais níveis com potencial para gerar hidrocarbonetos recorrer-se-á
ao Software Petretrel 1D e 2D da IES-Schlumberger. Este programa permite, com a introdução de dados
geoquímicos e de condições fronteira como fluxo de calor e paleobatimetria, avaliar as temperaturas a que as
formações foram sujeitas ao longo do tempo e se atingiram as janelas de geração dos hidrocarbonetos, tanto
nos modelos 1D, em poços, como nos modelos 2D, em linhas sísmicas. Apesar de não ser uma componente
fundamental do trabalho, o modelo 2D servirá para identificar as principais diferenças e vantagens em
relação aos modelos 1D, maioritários neste trabalho de fim de curso.

Com este trabalho será possível verificar se o fluxo de calor é o factor preponderante na evolução da
maturação ao longo do tempo ou se a maturação é influenciada pelas taxas de sedimentação.

Palavras-chave:

Subsidência, Bacia do Kwanza, Modelação térmica, Maturação

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Análise da taxa de subsidência da parte central da bacia do Kwanza

Summary of the theme to be developed

The Kwanza Basin has been the target of exploration for hydrocarbons since the 20th century, and there is a
lot of superficial evidence that has been generated. The main ranges with hydrocarbon generation potential
are located in the Lower Cretaceous (Cuvos Formations) and in the Upper Cretaceous (Teba Formation).
The Upper Cretaceous range is more variable geochemically; however, it presents a better regional
geochemical quality and a thickness with generation potential higher than the Lower Cretaceous.

Through the use of tools such as backstripping it will be possible to infer the tectonic subsidence of three
wells, divided by the three sectors of the Kwanza Basin (one to the East, one to the Center and one to the
West). In order to standardize the stratigraphic nomenclature of formations in all sectors of the Kwanza
Basin, we will choose to work with sequences described in the stratigraphic column of Sonangol. Through
the tectonic subsidence, the stretching factors will be calculated for each of the identified rift phases. With
the corrections made to the porosity for the backstripping, the sedimentation rates will be calculated as well
as the negative sedimentation for the Oligocene erosive event. In addition to the latter, the Upper Aptian or
Albian, depending on the cases, and the Maastrichtian will also be considered as main erosive events.

In order to evaluate the maturation of the main levels with the potential to generate hydrocarbons, we will
use the Petretrel 1D and 2D software from IES-Schlumberger. This program allows, with the introduction of
geochemical data and boundary conditions such as heat flow and paleobatimetry, to evaluate the
temperatures at which the formations were subjected over time and the hydrocarbon generation windows
were reached in both 1D models, wells, as in 2D models, in seismic lines. Although it is not a fundamental
component of the work, the 2D model will serve to identify the main differences and advantages over the 1D
models, majority in this end-of-course work.

With this work it will be possible to verify if the heat flux is the preponderant factor in the evolution of the
maturation over time or if the maturation is influenced by the sedimentation rates.

Key-words:

Subsidence, Kwanza Basin, Thermal modeling, Maturation

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Análise da taxa de subsidência da parte central da bacia do Kwanza

1. Introdução

O presente trabalho de Fim de Curso de Licenciatura em Geologia intitulado “ Análise da taxa de


subsidência da parte central da Bacia do Kwanza ”, constitui um trabalho de pesquisa científica levado a
cabo pelo DEI-Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto, para a obtenção do
Titulo de Licenciatura em Geologia na opção de Recursos Energéticos.

No contexto geológico angolano, sobretudo no sector petrolífero, um dos temas mais em foco da actualidade
são as subsidências que ocorreram a nivel das bacias angolanas. As analises de subcidências nas bacias
brasileiras que resultaram no entendimento de potencias rochas mães e rochas reservatórias de
hidrocarbonetos impulsionaram grandemente a necessidade de um maior conhecimento das subsidências nas
bacias angolanas, dada a sua origem comum.

Para o desenvolvimento do presente trabalho foi escolhida a Bacia do Kwanza por termos dados desponiveis
que vão nos permitir fazer a reconstrução da subsidência na parte central da referida bacia.

Tentando conciliar o interesse da taxa de subsidência e o reduzido conhecimento científico, foi elaborado
este trabalho que pensamos poder aumentar o conhecimento geológico, colmatando assim esta lacuna.

2. Justificativa
A actualidade do tema motiva a realização deste trabalho

3. Problema

Como a evolução da subsidência afectou a variação térmica e maturação das rochas mães na parte central da
bacia do kwanza?

4. Objectivos
Analisar a subsidência da parte central da bacia do kwanza para compreender a evolução da maturação dos
intervalos geradores.

5. Antecedentes ou revisão bibliográfica

Os principais antecedentes que se referem neste trabalho são as monografias de mestrados das universidades
brasileiras e alguns trabalhos de fim de curso da universidade agostinho Neto no departamento de geologia e
geofísica que abordam temas similares, com destaque tem-se:

 Vinícius luiz da silva, 2015, análise da taxa de subsidência da bacia de campos nas proximidades do
lineamento alegre, trabalho de conclusão de curso defendido e aprovado em: 4 de dezembro de 2015.

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Análise da taxa de subsidência da parte central da bacia do Kwanza

 Luz stella vargas padilla, 2006, análise de bacia e modelagem de sistemas petrolíferos na borda
sudoeste da sub-bacia de plato, vale inferior do magdalena, colômbia, dissertação submetida ao
corpo docente da coordenação dos programas de pós-graduação de engenharia da universidade
federal do rio de janeiro.
 Gerald Wemazenu Adda1, David Atta- Peters, and Joel Ben-Awuah 2015, Burial History,
Thermal Maturity and Petroleum Generation History of the Lower Paleozoic Petroleum System in
the Saltpond Basin, Offshore Ghana, Search and Discovery Article #10709

6. Metodologia

O trabalho a realizar culminará com a criação de modelos de subsidência da bacia e maturação para os
intervalos geradores.

Muitas etapas serão necessárias para a sua execução.

 A fase inicial dos trabalhos englobará uma revisão bibliográfica de toda a informação disponível
referente ao contexto geodinâmico e estratigrafia da Bacia do kwanza, assim como uma compilação
da informação referente às características de geoquímica orgânica para os intervalos potenciais
geradores de hidrocarbonetos. Será igualmente necessária a aquisição de informação sobre
backstripping de poços e mecanismos de estiramento crustal, assim como de conceitos teóricos sobre
geoquímica orgânica que se considerarem relevantes.
 A fase 2 será para trabalho de campo, tendo em vista a caracterização da fácies mais propícias para a
geração de hidrocarbonetos, Foi seleccionado o intervalo do senoniano, mais concretamente
correspondente à Formação Teba, nos libongos. Aqui, será realizado um estudo de definição de
fácies presente, tendo em vista a sua correlação com a fácies geradoras presentes em poços.
 A fase 3 será para a selecção dos poços a trabalhar. Estes serão escolhidos consoante a qualidade de
informação disponível, principalmente nos relatórios de poço. Toda a sequência litoestratigráfica
unificada, de forma a obter uma homogeneização de nomenclatura em todos os sectores da Bacia do
kwanza.
 A fase 4 englobará todo o estudo alusivo aos poços seleccionados. Para cada poço será calculada a
subsidência total e a subsidência tectónica.
 A fase final do trabalho corresponderá à modelação, em software (por definir), dos poços (1D) e de
uma linha sísmica (2D), com o objectivo de compreender a evolução da maturação dos intervalos
geradores. Para tal será necessário atribuir as condições fronteira para cada poço (paleobatimetria,
temperatura de interface água-sedimento e fluxo de calor) e os valores de geoquímica orgânica para
os intervalos geradores considerados.

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7. Estructura da tese
O presente trabalho encontra-se subdividido em 6 capítulos, de forma a facilitar a leitura e estruturado de forma a
seguir o recomendado para os trabalhos do fim de curso.

Capítulo 1 – São apresentados os objectivos principais a atingir ao longo do trabalho e uma breve descrição sobre as
diversas técnicas e metodologias aplicadas.

Capítulo 2 – Aqui é apresentado a fundamentação teórica de toda a metodologia aplicada ao longo do trabalho.

Capítulo 3 – Enquadramento da Bacia do kwanza e o seu contexto geodinâmico, com uma breve discussão referente às
diferentes fases de rifte, bem como as sequências estratigráficas que compõem o preenchimento sedimentar da Bacia.

Capítulo 4 – Análise da subsidência, do preenchimento e da erosão. Apresentações dos dados de poço iniciam
utilizados neste trabalho, alguns parâmetros teóricos fundamentais e os resultados obtidos decorrentes, incluindo os
factores de estiramento.

Capítulo 5– Modelação realizada em Petrel. São referidos quais os dados de entrada, as condições fronteiras para cada
um dos modelos, as características de geoquímica orgânica, a calibração térmica de cada um dos modelos e as janelas
de maturação atingidas por cada um dos intervalos com potencial de geração de hidrocarbonetos.

Capítulo 6 – Discussão dos principais pontos-chave desta dissertação, a subsidência, a evolução da maturação da
matéria orgânica dos intervalos com potencial gerador, a relação entre os diferentes sectores da Bacia do kwanza. São
aqui referidos também os principais factores que influenciam a evolução da maturação na Bacia do Kwanza e por fim
as Conclusões deste trabalho, propostas e algumas perspectivas em relação a trabalhos futuros.

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8. Cronograma de tarefas

 Ponto 1 Actividade que se estende até o término do trabalho, é uma das mais importantes, permite
criar habilidade investigativa.
 Ponto 2 O Software a utilizar neste trabalho será o petrel, o treinamento será restringindo a
modelagem, caso não haja licença, a alternativa será outros Softwares temos disponíveis na internet.
 Ponto 3 O processamento se refere apenas a dados de poços.
 Ponto 4 O trabalho de campo será na zona dos libongos, onde há rochas geradoras em afloramentos.
 Ponto 5 a integração consiste em cruzar os resultados de dados de poços, dados de campo e dados
documentais.
 Ponto 6 A elaboração dos modelo será a culminação de tudo, os modelos serão em forma gráfica.
 Ponto 7 A nota explicativa refere-se ao relatório final
 Ponto 8 A apresentação compreenda a pré defesa e a defesa final.

2018-2019
Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março
Actividades
Semanas Semanas Semanas Semanas Semanas Semanas
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1
Análise
bibliográfico
2
Treinamento
com Softwares
3
Processamento
dos dados
4
Trabalho de
campo
5
Integração dos
resultados
6
Elaboração
dos Modelos
7
Nota
explicativa

8
Apresentação

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9. Orçamento

2018
Actividades Transporte Alimentação Impressão Hospedagem Internet Total

1
Análise 2.000,00kz 2.000,00kz 2.000,00k 15.000,00kz 21.000,00kz
bibliográfico
2
Treinamento 3.000,00kz 5.000,00kz 8.000,00kz
com Softwares
3
Processamento 3.000,00kz 3.000,00kz 6.000,00kz
dos dados
4
Trabalho de 10.000,00kz 8.000,00kz 8.000,00kz 25.000,00kz
campo
5
Integração dos 3.000,00kz 4.000,00kz 7.000,00kz
resultados
6
2.000,00kz 2.000,00kz 4.000,00kz
Elaboração
dos Modelos
7
1.000,00kz 1.500,00kz 15.000,00kz 17.500,00kz
Nota
explicativo
88.500,00kz
8
Apresentação

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10.Bibliografia

1 ALLEN, P.A.; ALLEN, J. R. Basin Analysis – Principles e Applications. London, 2ª ed.; Blackwell
Scientific Publications Ltd, 2013.
2 ANGEVINE, C.L., HELLER, P.L., PAOLA, C., Quantitative Sedimentary Basin Modeling: Tulsa,
Oklahoma, American Association of Petroleum Geologists, Continuing Education Course Note
Series no. 32, 256 p. 1990.
3 ASMUS, H.E. Controle Estrutural da Deposição Mesozóica nas Bacias da Margem Continental
Brasileira. Revista Brasileira de Geociências, v. 5, nº. 3, p. 160-175, 1975.
4 ASMUS, H.E.; PORTO, R. Classificação das bacias sedimentares brasileiras segundo a tectônica de
placas. In: Congr. Bras. Geol., 26., 1972, Belém. Anais... Belém: SBgeo. v. 2, p. 667-690, 1972.
5 BALLY, A.W; SNELSON, S. Realms of subsidence. In: Facts and Principles of World Petroleum
Occurrence (ed. by MIALL, A.D.), Canadian Society Petroleum Geologists Memoir, 6, 9–75, 1980.
6 BOND, G.C., KOMINZ, M. A., Construction of Tectonic Subsidence Curves For the Early Paleozoic
Miogeocline, Southern Canadian Rocky Mountains; Implications For Subsidence Mechanisms, Age
of Breakup, and Crustal Thinning, Geological Society of America Bulletin, 95, (2), 155 - 173, 1984.

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