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Ilha Solteira - SP
Novembro de 2011
FEIS – FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA
TRABALHO DE GRADUAÇÃO
Ilha Solteira - SP
Novembro de 2011
Agradecimentos
Agradeço a Deus por cada novo dia de minha vida, por minha saúde e família.
Aos meus pais, Sylvio e Isabel, pelo carinho, apoio, paciência e compreensão
durante todo o processo de graduação, e em especial, da realização deste trabalho.
Ao meu orientador Professor Doutor Cláudio Kitano, pela idealização deste
trabalho, pelas orientações, interesse e paciência.
Ao professor Doutor Aparecido Augusto de Carvalho por ceder o acesso ao
laboratório de sensores para a realização dos experimentos práticos, assim como aos seus
orientados, Luiz Vitti Felão e Mateus Urban, pelo enorme apoio e ajuda no desenvolvimento e
realização dos testes.
Aos técnicos do Departamento de Engenharia Elétrica, Aderson e Everaldo, pelo
fornecimento do material necessário para os testes, e pelo conhecimento técnico
compartilhado.
A todas as pessoas que passaram pela minha vida neste período, pelas alegrias,
pelas risadas, pelo companheirismo, amor e carinho. São coisas pequenas, mas de valor
inestimável, as quais levarei comigo pelo resto da vida. A todas elas, um muito obrigado!
A todos os demais professores e amigos que de uma forma ou de outra
contribuíram para a minha formação profissional e crescimento pessoal.
Resumo
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO.....................................................................................................5
1.1 OBJETIVO...............................................................................................................................6
1.2 APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO....................................................................................6
CAPÍTULO 2 - PROJETO DE UM AMPLIFICADOR DE ÁUDIO
TRANSISTORIZADO........................................................................................................................7
2.1 ESTÁGIO DE SAÍDA.............................................................................................................7
2.2 ESTÁGIO DE PRÉ-AMPLIFICAÇÃO.................................................................................25
2.3 ANÁLISE DO SISTEMA ACOPLADO...............................................................................41
2.4 CIRCUITO FINAL E SIMULAÇÕES..................................................................................45
CAPÍTULO 3 - AMPLIFICADORES DE ÁUDIO INTEGRADOS.....................................51
3.1 AMPLIFICADOR DE ÁUDIO TRANSISTORIZADO........................................................51
3.2 O CIRCUITO INTEGRADO LM380....................................................................................52
3.2.1 O CIRCUITO INTEGRADO LM380N-8................................................................57
3.2.2 O CIRCUITO INTEGRADO LM380N....................................................................58
3.3 O CIRCUITO INTEGRADO LM3886..................................................................................59
3.4 O CIRCUITO INTEGRADO TDA2005................................................................................61
3.5 O CIRCUITO INTEGRADO TDA7294................................................................................64
CAPÍTULO 4 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS..............................................................67
4.1 AMPLIFICADOR DE ÁUDIO TRANSISTORIZADO........................................................67
4.2 AMPLIFICADOR DE ÁUDIO COM CIRCUITOS INTEGRADOS...................................69
4.2.1 AMPLIFICADOR DE ÁUDIO COM LM380N-8...................................................69
4.2.2 AMPLIFICADOR DE ÁUDIO COM LM380N.......................................................71
4.2.3 AMPLIFICADOR DE ÁUDIO COM LM3886.......................................................73
4.2.4 AMPLIFICADOR DE ÁUDIO COM TDA2005.....................................................74
4.2.5 AMPLIFICADOR DE ÁUDIO COM TDA7294.....................................................76
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÃO E SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS.........78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................80
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO
7
CAPÍTULO 2
PROJETO DE UM AMPLIFICADOR DE ÁUDIO TRANSISTORIZADO
8
Figura 2.1 – Estágio de saída do amplificador de áudio.
9
Portanto, as aproximações e os modelos para pequenos sinais não são aplicáveis para análise
de ganho.
Em amplificadores classe-B, os diodos D1 e D2 estão ausentes, e os resistores R1 e
R2 são projetados para manter QN e QP cortados, quando em operação DC. Contudo, em
configuração classe-AB, existe o consumo off-line devido à corrente IR quando o circuito
opera em DC. Na Figura 2.2a desenha-se o circuito obtido quando os capacitores C3 e C4 da
Figura 2.1 encontram-se abertos.
(a) (b)
Figura 2.2 – Análise DC do estágio de saída. a) Circuito DC. b) Meios circuitos equivalentes.
10
transistor deve ser igual IR, e contribui para uma pequena redução no rendimento do
amplificador.
O valor de corrente IR, pode ser obtido a partir de qualquer um dos semi-circuitos
como:
(2.1)
onde considerou-se que a tensão no diodo, a qual é igual a tensão entre a base e emissor de
cada transistor, fosse igual a 0,7V aproximadamente.
Na sequência, procede-se à análise AC da estrutura da Figura 2.1. Considera-se
que a entrada vI seja senoidal, de acordo com:
(2.2)
a) Para valores de vI = 0
O caso vI= 0 não significa que o circuito opera com entrada nula todo o tempo,
mas sim, que a tensão de entrada está passando pelos instantes tais que ωt = nπ, n inteiro. Esta
situação encontra-se desenhada na Figura 2.3.
11
Figura 2.3 – Estágio de saída para vI = 0.
Esta situação é semelhante ao caso DC mostrado na Figura 2.2, na qual flui uma
pequena corrente de polarização IR através dos resistores R1 e R2, e dos diodos D1 e D2.
Considerando-se que os diodos são casados, então vBEN = vEBP. Esta condição obriga QN e QP
a conduzirem as correntes:
(2.3a)
(2.3b)
(2.4a)
(2.4b)
sendo VBEN e VEBP, tensões DC, e, vben e vebp, tensões AC, que aparecem entre base e emissor
dos transistores QN e QP, respectivamente. Neste caso, VBEN = VEBP ≈ 0,7V e vben = vebp = 0.
Deste modo, (2.3a) e (2.3b) conduzem a:
(2.5)
(2.6)
( ) (2.7)
(2.8)
sendo VC1 a tensão sobre o capacitor de passagem C1. A partir, daí se obtém:
(2.9)
13
Analogamente, para a malha de entrada contendo QP na Figura 2.3, têm-se:
(2.10)
(2.11)
14
Pelo circuito, observa-se que (usando (2.9)):
(2.12)
e assim, a medida que vI aumenta, QN atua como seguidor de emissor, e vo torna-se positivo,
conforme será visto abaixo.
Nesta situação, vBEN e vEBP são constituídas por parcelas DC, VBEN e VEBP, e por
parcelas AC, vben e vebp, porém, como vben << VBEN e vebp << VEBP, ocorre vBEN ≈ VBEN e vEBP
≈ VEBP.
Então, aplicando-se a segunda Lei de Kirchhoff à malha contendo QN, e usando
(2.9) e (2.11):
(2.13)
(2.14)
15
( ) ( ) ( )
( ) ( )
(2.15)
(2.16)
(2.17)
(2.18)
(2.19)
16
( )
(2.20)
(2.21)
sendo iCN = ICN + icn, com icn = iL. Assim, usando vCEN = VCEN + vcen, (2.21) torna-se:
(2.22)
Conforme dito anteriormente, VCEN = VCC/2 e VC3 = VCC/2 e então, (2.22) conduz
a:
(2.23)
(2.24)
( )
(2.25)
18
(2.26)
(2.27)
Por outro lado, o maior valor de vCEN ocorre quando QN corta, e daí, iCN = 0.
Assim, de (2.25):
(2.28)
Uma análise semelhante pode ser aplicada ao caso vI < 0, quando o transistor que
conduz corrente é essencialmente QP. Contudo, devido à simetria da função de transferência
do amplificador em classe-AB, isto é, vo = vI, bastaria trocar os sinais dos resultados obtidos
para vI > 0.
Como vo = vI, a função na carga é igual a (2.2), e assim, a corrente na carga é dada
por:
(2.29)
(2.30)
∫ (2.31)
19
Uma exigência no projeto de um estágio de saída é que se forneça a quantidade de
potência solicitada pela carga, normalmente de baixa resistência, de modo eficiente. Ou seja, a
potência dissipada nos transistores do estágio de saída deve ser a menor possível. Neste
sentido, um fator de mérito fundamental do amplificador de potência é o rendimento da
conversão de potência, definido como:
(2.32)
(2.33)
sendo IF a corrente média fornecida por VCC. Esta, por sua vez, corresponde ao valor médio da
corrente iCN dada em (2.24), onde se sabe que ICN = IR, dada em (2.1), e, vcen pode ser obtido a
partir de (2.23). Por outro lado, a corrente do sinal icn em (2.23) corresponde à corrente na
carga (iL) para vI > 0, ou seja, para 0 < ωt < π rad. Desta forma, (2.24) torna-se:
( )
(2.34)
para 0 < ωt < π rad. Calculando-se o valor médio de iCN, resulta em (usando (2.29)):
(2.35)
20
Portanto, substituindo-se (2.35) em (2.33), e usando-se (2.1):
{ }
{ } (2.36)
(2.37)
(2.38)
na qual vcen é a parte de vCEN que oscila, para baixo, em torno de VCC/2.
De forma similar, usando-se (2.16) em, vo = vE – VC3, chega-se a:
21
(2.39)
{ } { }
22
Antes de se encerrar esta seção, procede-se ao cálculo das resistências de entrada
e de saída do estágio de saída. Para isto, é necessário se estabelecer o circuito equivalente AC
da Figura 2.1. Conforme foi visto, no semi-ciclo positivo do sinal de entrada, quem conduz a
corrente AC é o transistor QN, enquanto QP permanece cortado. Desta forma, o circuito
equivalente AC para vI > 0 corresponde ao desenhado na Figura 2.6a), onde considera-se que
os capacitores C1 e C3 se comportam como curto-circuitos.
(a) (b)
Figura 2.6 – Circuitos para o cálculo das resistências de entrada e saídas. a) Para vI positivo.
b) Modelo-T equivalente.
Como foi afirmado no início deste capítulo, para fim de cálculo de compliance de
saída, potência entregue à carga e rendimento do amplificador de potência, o modelo
equivalente AC para pequenos sinais não é indicado. Porém para cálculo das resistências de
entrada e saída, estes ainda são justificáveis (Sedra, A.S., Smith, K.C., 2007). Desta forma,
tem-se o circuito equivalente AC desenhado na Figura 2.6b, válido para vI > 0. Os elementos
rd são as resistências dos diodos. Como não há problemas de distorção de cruzamento, este
modelo também se aplica para o semi-ciclo negativo, para vI < 0. Desta forma, as resistências
de entrada e saída podem ser determinadas por qualquer um dos dois casos, pois resultam nos
mesmos valores.
A resistência de entrada é obtida pela relação entre a tensão e a corrente na
entrada do circuito da figura 2.6b, sob o ponto de vista da saída do gerador de sinais (vS, RS):
23
( ) (2.40)
sendo
( )
(2.41)
( )
( )( )
e, portanto:
24
Figura 2.7 – Circuito para o cálculo da resistência de saída do estágio de potência.
[ ( ( ))]
[ ( ( ))] (2.42)
( )
sendo
(2.43)
[ ( ( ))] (2.44)
( )
[ ( ( ))]
( )
(2.45)
25
Efetuando-se os cálculos, considerando-se o gerador de sinais utilizado tenha RS =
50Ω, obtém-se:
[ ( ( ))]
( )
Um valor razoável para a corrente no coletor de Q3, é ICQ = 1mA, a qual permite
se obter um valor baixo para a resistência de entrada de emissor (r e3). Isto é bom, pois torma
um ganho de tensão menos sensível à variações de temperatura.
O transistor utilizado para Q3 é o 2N3904, que possui β = 200 (valor típico). A
utilização da rede de polarização por divisão de tensão é estabelecer um ponto de operação
quiescente que permite uma grande excursão do sinal de saída, bem como, certa imunidade a
variações em β devido à tolerância do dispositivo, mudanças nos valores de IC ou na
temperatura.
Desta forma, aplicando-se a “regra do 1/3”, tem-se que:
27
(2.46)
(2.47)
(2.48)
(2.49)
(2.50)
(2.51)
sendo, portanto, 20 vezes inferior ao valor da corrente IDT dada em (2.48). Desta forma, IBQ é
pequena comparada com IDT, e pode-se usar a aproximação:
(2.52)
Por outro lado, a tensão VB dada em (2.46) também pode ser dada
aproximadamente por:
28
(2.53)
( )
(2.54)
onde contou-se com o auxílio de (2.52). Retornando-se com o valor de R21 em (2.52), se
obtém:
(2.55)
29
Figura 2.10 – Circuito para obtenção da reta de carga DC.
(2.56a)
(2.56b)
(2.57)
(2.58)
confirmando a aproximação usada anteriormente de que IEQ ≈ ICQ = 1mA. Contudo, IEQ
deveria ser maior que ICQ = 1mA. Isto ocorre devido à aproximação anterior de que IBQ era
desprezível em relação à IDT. Assim, na verdade, para os valores de resistência obtidos, a
corrente de coletor deve ser corrigida para:
30
(2.59)
O valor da tensão VCE pode ser obtido a partir da malha de saída na Figura 2.10:
(2.60)
(2.61)
(2.62)
31
Entretanto, o ponto de operação quiescente aparentemente não está no meio da
reta de carga, o que implicaria em que a compliance não é máxima. Porém, para efeito de
avaliação da compliance, deve avaliar a reta de carga AC, e não a DC.
A reta de carga AC pode ser obtida a partir do circuito equivalente mostrado na
Figura 2.12a, que é se obtido a partir do circuito geral mostrado na Figura 2.6 (considerando-
se somente o estágio emissor-comum), curto-circuitando os capacitores de passagem.
(a) (b)
Figura 2.12 – Circuitos para obtenção da reta de carga AC. a) Amplificador operando em
AC. b) Circuito simplificado.
(2.63a)
(2.63b)
32
(2.64)
( ) (2.65)
onde foi considerado ie ≈ ic e RE1 << rC, conforme será confirmado adiante.
Além disso, considerando-se as parcelas DC e AC da corrente total de coletor, e
usando (2.65), têm-se:
(2.66)
(2.67)
(2.68)
(2.69)
e
(2.70)
33
(2.71a)
(2.71b)
Observa-se que a reta de carga AC também passa pelo ponto Q, pois, se iC = ICQ
em (2.68), tem-se:
(2.72)
Na Figura 2.13, ilustra-se a reta de carga AC (bem como a reta DC). Como se
observa agora, o ponto Q está muito próximo do centro da reta de carga AC, permitindo-se
uma ótima compliance de saída, igual a 21Vpp, aproximadamente.
(2.73)
( ) (2.74)
( ) (2.75)
(2.76)
35
Neste projeto, deseja-se que o pré-amplificador tenha ganho de -100V/V, e assim,
determina-se RE1 a partir de (2.76) como:
( )
( ) (2.77)
e daí:
( )
(2.78)
( )( ) (2.79)
( )( )
enquanto que:
(2.80)
Conforme já era esperado para este tipo de configuração, Ri1 e Ro1 são elevados.
Em particular, o valor elevado de Ro1 sugere a necessidade de utilização de um estágio
coletor-comum antes do estágio de potência.
36
Na sequência, projeta-se o estágio em coletor-comum, baseado no ajuste do seu
ponto de operação quiescente de modo a se maximizar a compliance de saída. Na Figura 2.15,
ilustra-se o circuito DC desse amplificador.
(2.81)
Um valor razoável pata ICQ ≈ IEQ, tal que a resistência de entrada de emissor (re4)
resulte pequena, é ICQ = 5mA. Desta forma, (2.81) conduz à VCB = 30/3 = 10V, VB = 2x30/3 =
20V e IDT = 5m/50 = 100µA. Como β = 500 para o transistor BC547, então, IBQ = ICQ/β =
5m/500 = 10µA << IDT.
Os resistores R12 e R22 são determinados por:
(2.82a)
(2.82b)
37
A tensão no emissor é obtida por:
(2.83)
(2.84)
(2.85)
(2.86)
a qual conduz a VCE,corte = VCC = 30V e IC,max = VCC/RE3 = 30/3,86k = 7,77mA. Esta reta de
carga DC está desenhada na Figura 2.16, juntamente com o ponto Q = (VCEQ, ICQ).
38
Por outro lado, a reta de carga AC, é obtida a partir do circuito desenhado na
Figura 2.17, sendo RL a impedância de entrada do próximo estágio, e RS a resistência de saída
do estágio emissor comum anterior.
(a) (b)
Figura 2.17 – Circuitos para obtenção da reta de carga AC. a) Circuito operando em AC. b)
Circuito simplificado.
(2.87)
( )
(2.88)
39
Com isto, a corrente total no coletor será:
(2.89)
e:
A reta de carga AC também está desenhada na Figura 2.16, donde se conclui que
a compliance de saída será de aproximadamente 16,25Vpp.
No caso do amplificador coletor-comum, a resistência de entrada depende da
carga acoplada em sua saída, e, a impedância de entrada depende da resistência de saída do
estágio que está ligado em sua entrada. No presente problema, dependendem da entrada do
estágio de potência e da resistência de saída do estágio emissor-comum, respectivamente.
Essas resistências podem ser calculadas usando-se o modelo-T equivalente para
pequenos sinais (Sedra, A.S., Smith, K.C., 2007) conforme o desenho da Figura 2.18.
40
Figura 2.18 – Circuito equivalente usando modelo-T.
( )( ) (2.90)
sendo que:
(2.91)
( )( )
41
Por outro lado, a resistência de saída é (Malvino, A.P., 1997):
[ ] (2.92)
[ ] (2.93)
42
Figura 2.19 – Circuito equivalente multi-estágios do amplificador de áudio completo.
43
Supondo-se, em princípio, que todos os capacitores foram bem projetados, eles se
comportem como curto-circuito dentro da banda de frequência de operação do amplificador
de áudio. Desta forma, aplicando-se a regra do divisor de tensão a cada estágio da Figura
2.19, iniciando-se pelo circuito de carga, tem-se:
(2.94)
(2.95)
( )( )( )
44
Na sequência, procede-se ao cálculo dos capacitores de passagem, C1 a C4 na
Figura 2.19. Cada um dos quatro estágios nesta figura são redes em atraso, semelhantes entre
si. Seguindo a regra prática para o cálculo de capacitores de passagem sugerido (Malvino,
A.P., 1997) tem, por exemplo:
(2.95)
( )
onde fmin é a menor frequência de operação do circuito. No caso deste trabalho, adotou-se fmin
= 100Hz. Com isto, usando-se os parâmetros do circuito, tem-se:
( )
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
(2.96)
[ ( )]
45
e assim, calcula-se:
[ ( )]
46
usando um software de reconhecida exatidão como, por exemplo, o PSpice. Na Figura 2.21
apresenta-se o diagrama esquemático gerado no ambiente de projeto do PSpice. Os valores de
tensão DC obtidos são compatíveis com os previstos no projeto.
Outra simulação executada foi a medição do ganho de tensão. Adotou-se como
sinal de entrada uma tensão senoidal com 50mV de amplitude, e 1kHz de frequência. A saída
obtida foi de 2,8V de amplitude, o que conduz a um ganho igual a -56V\V, superior ao que
fora previsto (igual a -41,8V\V). A Figura 2.22 ilustra este resultado.
A simulação final, corresponde a resposta em frequência do amplificador, para
frequências entre 1Hz e 100MHz. Na Figura 2.23, registra-se o resultado obtido, indicando
uma largura de banda de -3dB entre 15Hz e 6MHz, bem melhor do que o esperado (sinais de
áudio estão compreendidos entre 20Hz e 20kHz).
47
Figura 2.20 – Amplificador de áudio transistorizado completo.
48
Figura 2.21 – Esquemático do circuito simulado no PSpice.
49
Figura 2.22 – Sinais de entrada (50mVP) e saída (2,85VP) obtidos no PSpice, para frequência de 1kHz.
50
Figura 2.23 – Resposta em frequência do amplificador de áudio.
51
CAPÍTULO 3
AMPLIFICADORES DE ÁUDIO INTEGRADOS
53
Figura 3.2 – Circuito interno simplificado do LM380.
54
Um estágio de saída classe-AB é constituído pelos transistores Q7, e, (Q8, Q9) (em
configuração Darlington). Os diodos D1 e D2 proporcional imunidade ao problema de
crossover, e, os pequenos resistores R6 e R7 auxiliam a tornar o par Q7 e (Q8, Q9) a se
comportar como transistores complementares. Isto também proporciona uma útil
realimentação, reduzindo-se o problema da corrida térmica.
O capacitor C entre o coletor e a base de Q12 provê a compensação em frequência,
de forma que a resposta em frequência do sistema em malha-aberta tenha declividade de
-20dB/década ao longo da sua banda de passagem (exceto para frequências próximas à DC).
O resistor de realimentação negativa R2 proporcionará um ganho estável na saída do CI, como
ocorre no caso dos amplificadores operacionais (Sedra, A.S., Smith, K.C., 2007).
A análise DC do sistema é realizada abrindo-se todos os capacitores no circuito.
Devido à simetria do circuito de entrada formado por Q1, Q2, Q3, Q4, R4 e R5, ocorre uma
igualdade I3 = I4 nas correntes de emissor do par diferencial (Q3, Q4), tornando nula a corrente
no resistor R3, ou seja, IR3 = 0. Por consequência, o mesmo ocorre para as correntes de coletor
de (Q3, Q4), as quais podem ser aproximadas por I3 = I4. Isto também satisfaz a operação do
espelho (Q5, Q6).
Como a corrente de base de Q1, IB1, é pequena, bem como a resistência R4, então,
pode-se aproximar R4IB1 ≈ 0. Sendo I3 a corrente de emissor de Q3, tem-se:
(3.1)
(3.2)
56
(1) Admite-se que a tensão na base de Q3 seja igual a vi devido ao seguidor de
tensão Q1.
(2) Por motivo similar, a tensão no coletor de Q3 é vi.
(3) A base de Q2 está com 0V.
(4) A base de Q4 está com 0V, devido ao seguidor de tensão Q2.
(5) O coletor de Q4 está com 0V (terra) pois este se comporta como seguidor.
(6) A corrente em R3 é vi/R3.
(7) A corrente em R1/2 é vi/(R1/2) ≈ 0, pois R1/2 >> R3. Portanto, toda corrente
por Q3 segue para o resistor R3.
(8) A tensão AC de saída é vO.
(9) A corrente através de R2 é vO/R2.
(10) A soma das correntes por R2 e R3 resulta na corrente de Q4, igual a vi/R3 +
vO/R2.
(11) A corrente no coletor de Q3 é aproximadamente igual a sua corrente de
emissor, vi/R3 (que circula por R3).
(12) Desprezando-se a corrente de base de Q6, e, admitindo-se que Q5 se
comporte como diodo, a corrente neste ultimo é vi/3.
(13) Por espelhamento, a corrente no emissor de Q6 é vi/R3.
(14) Desprezando-se a corrente de base de Q6, aproxima-se sua corrente de
coletor por vi/R3.
(15) Admitindo-se que o ganho (-A) do estágio emissor comum seja muito
elevado, então, sua tensão de entrada é vO/(-A) ≈ 0V.
(16) Além disso, admitindo-se que sua impedância de entrada é muito grande,
sua corrente de entrada é aproximadamente nula. Por causa disso, no coletor
de Q6:
(3.3)
57
3.2.1 O CIRCUITO INTEGRADO LM380N-8
(a) (b)
58
Figura 3.6 – Placa de circuito impresso do circuito amplificador.
(a) (b)
(a) (b)
61
Figura 3.11 – Esquemático do circuito amplificador.
(a) (b)
63
Figura 3.14 – Esquemático do circuito amplificador.
64
3.4 O CIRCUITO INTEGRADO TDA7294
(a) (b)
65
Figura 3.17 – Esquemático do circuito amplificador.
67
CAPÍTULO 4
RESULTADOS EXPERIMENTAIS
70
Figura 4.4 – Teste de linearidade do circuito amplificador com LM380N-8.
71
sinal de entrada poderá variar de ±500mVp com uma alimentação de 22V, o que ampliaria
assim a faixa de linearidade, aumentando desta forma a faixa de operação do amplificador.
72
Figura 4.6 – Teste de linearidade do circuito amplificador com LM380N-8.
73
4.2.3 AMPLIFICADOR DE ÁUDIO COM LM3886
75
Figura 4.9 – Varredura em frequência do circuito amplificador com TDA2005.
77
Figura 4.12 – Teste de linearidade do circuito amplificador com TDA7294.
78
CAPÍTULO 5
CONCLUSÃO E SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS
Foi visto que os amplificadores de áudio são circuitos projetados para amplificar
pequenos sinas provenientes de um tocador de música ou rádio, como o intuito de sensibilizar
um alto-falante de baixa impedância. Para isso, é necessário nestes circuitos, um estágio de
pré-amplificação e um estágio de potência. O circuito pré-amplificador é responsável por
fornecer um ganho de tensão ao sinal, enquanto que o circuito de saída fornece um ganho de
potência. É importante lembrar que os amplificadores são projetados para determinada carga,
não podendo esta, ser substituída por uma impedância de outro valor, pois desta forma a
máxima transferência de potência não será atingida, fazendo com que o amplificador perca
potência. A potência efetiva entregue à carga é calculada levando-se em conta a corrente que
circula através dela e o valor de sua impedância.
Neste trabalho, todos os amplificadores estudados atenderam bem à faixa de
frequência considerada como audível para o ouvido humano, que vai de 20Hz à 20kHz. Cada
um foi projetado para trabalhar em uma faixa limitada de sinal de entrada ou região de
operação, como foi visto analisando-se o aspecto da linearidade. Foi visto também que o
circuito com configuração em ponte, torna-se interessante, pois dobra a capacidade de
potência do amplificador: a carga flutua entre a saída dos dois amplificadores operacionais,
que funcionam simultaneamente, porém uma na configuração inversora e outro na não-
inversora.
O projeto final do amplificador utilizando o TDA7294 mostrou-se bastante
funcional e eficiente, apresentando uma taxa de ruído extremamente baixa e uma largura de
banda bastante ampla, pronto para seu uso em laboratório.
Para trabalhos futuros, sugere-se o estudo das distorções que a fonte de
alimentação pode trazer ao sinal de entrada, visto que atualmente muitos hobbistas utilizam de
trafos toroidais ao invés dos tradicionais EI, pois possuem um rendimento e eficiência
maiores. Também, o uso de fontes chaveadas, que apesar de não recomentado para aplicações
com áudio, está bastante presente em CD players de automóveis.
Além disso, sugere-se que as versões com melhor desempenho e que operam com
maiores tensões, como o amplificador com o TDA7294, sejam testadas para alimentar os
atuadores piezoelétricos no laboratório de optoeletrônica. A investigação de CI’s que operem
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com tensões mais elevadas também são importantes, por exemplo o CI PA88 da Apex que
opera com ±200V (CAVASSO-FILHO el al. 1999).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Jan. 2010.
Jan. 2010.
Jan. 2010.
Jan. 2010.
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CAVASSO-FILHO, R.L.; VISCOVINI, R.C.; ARRUDA, M.P.; ONISTO, H.J.; CRUZ. F.C.
SEDRA, A.S.; SMITH, K.C. Microeletrônica, 5. ed. Pearson - Prentice Hall, 2007, p. 848.
TONI. Amplificador potência áudio com TDA7294. Apresenta sugestões para a confecção da
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