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Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Redes de Computadores
Objetivos
• Compreender e abordar os conceitos fundamentais de redes de computadores, seus
protocolos e serviços, de forma a reconhecer os meios de transmissão e principais
equipamentos e protocolos, enfatizando no modelo de referência ISO/OSI, modelo TCP/IP
e serviços de rede.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Redes de Computadores
Contextualização
O Perito Forense Computacional encontra nas Redes de Computadores o principal
ambiente de trabalho e realização de atividades técnicas. É sempre nas redes de computa-
dores que estão localizados os computadores de onde os peritos irão retirar as evidências
e o material de estudo e desenvolvimento das atividades de perícia.
As Redes de Computadores estão passando por uma verdadeira revolução, especial-
mente na internet. A internet comercial, que teve seu início em 1994 e instituiu o padrão
de protocolo IPv4 como o modelo de endereçamento, está passando por uma mudança
em que o padrão de protocolo IPv6 começa a tomar um espaço importante, devido a sua
maior capacidade e segurança.
Diante destas informações, é importante conhecer os fundamentos de redes, para que
se possa analisar suas características e fragilidades.
Nesta unidade, temos o objetivo de apresentar as principais características das re-
des, abordando paralelamente à teoria apresentada os pontos frágeis e que precisam
de cuidados.
Para ilustrar essa situação, imagine que você possui à sua disposição um range com 512
endereços possíveis para alocar seus 100 computadores. Se você não fizer o correto dimensio-
namento deste endereçamento e deixar uma quantidade de endereços disponíveis, é possível
que um deles seja explorado por um hacker, com o objetivo de entrar na rede e conseguir
acesso às informações pessoais e/ou corporativas.
O estudo desta unidade servirá para prepará-lo para desvendar e estudar os principais
problemas, falhas e vulnerabilidades das redes de computadores nas unidades posteriores
da disciplina.
Já vamos começar. Esteja pronto para aproveitar a experiência! Porque aqui a apren-
dizagem é completa, na prática, para você aplicar hoje mesmo em sua vida pessoal
e profissional!
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Tipos de Rede
A revolução da internet é um fato muito relevante e que afeta a vida de todos a sua
volta. É impossível pensar em um mundo sem internet nos dias atuais.
Rede
Wireless
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Redes de Computadores
LAN LAN
LAN
Metropolitan Area
Network NPE
NPE
MAN
NPE
NPE LAN
LAN
Figura 2 – Rede de área Metropolitana ou MAN
Fonte: Acervo do Conteudista
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Figura 4 – Exemplo de rede não-hierarquizada. Nela, não há um servidor
Fonte: Acervo do Conteudista
Rede Hierarquizada
São as redes que utilizam Servidores como ponto central de compartilhamento de
informações e serviços. São também chamadas de Redes Cliente Servidor. A Figura 5
mostra um exemplo deste tipo de rede:
Topologia de Barramento
Cada um dos computadores é conectado a um cabo principal conhecido como
Backbone. Este tipo de topologia não é muito utilizado, pois está obsoleto em termos
de desempenho e tecnologia. Se houver a interrupção do backbone, a rede torna-se
inoperante. A Figura 6 mostra um exemplo deste tipo de rede:
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Redes de Computadores
Topologia em Estrela
Neste tipo de topologia, cada um dos dispositivos é conectado a um ponto central,
normalmente um HUB ou SWITCH, que fazem a distribuição dos sinais entre os demais
computadores. Se houver algum problema em um dos segmentos, somente ele ficará
inoperante, garantindo o funcionamento do restante da rede. Este desenho de rede é o
mais utilizado na construção de redes locais domésticas e corporativas. A Figura 7 mos-
tra um exemplo deste tipo de topologia:
Topologia em Anel
Este tipo de topologia não é muito comum em ambientes domésticos e corporativos,
mas é muito usado pelos Provedores de Serviços de Internet, ou ISP (Internet Service
Providers). São os ISPs que possuem os chamados Backbones de fibra óptica ou metáli-
cos, que interligam outros provedores e vencem grandes distâncias, provendo a conecti-
vidade necessária para que um grande número de usuários possa utilizar a internet e as
redes corporativas. Essas estruturas são chamadas de Anéis de Conectividade. A Figura 8
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mostra um exemplo de topologia em anel. Considere que cada computador da Figura 8
representa um ISP e a conexão entre todos provê alta conectividade.
Ativos de Rede
Equipamentos de Conectividade
A Figura 9 mostra alguns dos principais equipamentos de conectividade, também
chamados de Ativos de Rede.
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Redes de Computadores
São os protocolos que permitem que uma mesma rede tenha computadores com
Windows, Linux ou Mac. São eles também os responsáveis pelo roteamento da infor-
mação entre os computadores da rede.
Pacotes
Uma das funções dos protocolos é a divisão do arquivo em pedaços menores, cha-
mados de pacotes. Essa divisão facilita a transmissão do arquivo, uma vez que apenas
os pacotes corrompidos durante a transmissão deverão ser retransmitidos. Para que isso
seja possível, o pacote de dados deve ter uma estrutura que torne precisa a sua identifi-
cação no local de destino.
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Os principais protocolos de rede usados atualmente são os seguintes:
· IPX/SPX – São os protocolos desenvolvidos para redes Novell Netware.
Devem ser habilitados somente se se for utilizar uma rede deste tipo.
· NetBEUI/NetBIOS – São protocolos simples, para uso em pequenas redes.
Não suportam roteamento, não podendo ser usados na internet.
· TCP/IP – É o protocolo mais usado para redes de médio e grande portes,
sendo o padrão de uso para a internet. O TCP/IP é formado por um con-
junto de protocolos que são mostrados na Tabela 2:
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Redes de Computadores
Imagine que dois enxadristas, um em SP e outro em MG, querem disputar uma parti-
da por correspondência, usando os serviços dos correios. Os enxadristas são os usuários.
1. O jogo (tabuleiro, peças e regras) é a parte visível, que tem contato direto com
os usuários, corresponde à Camada de Aplicação ou Camada 7.
2. As jogadas realizadas são anotadas em fichas de papel na forma de anotação
tabular, de maneira que qualquer enxadrista que as leia consiga interpretar as
jogadas. Isso corresponde à Camada de Apresentação ou Camada 6.
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3. Para enviar a jogada ao outro enxadrista, precisamos estabelecer uma Camada
de Sessão ou Camada 5. Na prática, significa que teremos que envelopar a
ficha do jogo, colocar o endereço completo, selar e colocar na caixa de correio.
4. Os correios são responsáveis pela Camada de Transporte ou Camada 4. Isso
significa que os correios criam os meios para estabelecer uma conexão entre os
dois enxadristas.
5. Os correios separam as cartas de acordo com os seus endereços e CEPs, depois
montam pacotes de cartas e as enviam para a cidade de destino. Para isso, vai
se usar a Camada de Rede ou Camada 3, que corresponde às vias rodoviárias,
ferroviárias e aéreas.
6. Os carros, caminhões, trens e aviões são os elementos que transportam os
pacotes dentro de uma mesma rede. São equivalentes à Camada de Enlace
ou Camada 2. Em uma rede de computadores, correspondem à comunicação
direta entre as duas interfaces de rede. É aqui que ocorre a detecção de erros.
7. Os carteiros são encarregados de entregar as cartas, utilizando as ruas como
meio físico (Camada Física ou Camada 1). Eles chegam ao destinatário e en-
tregam a carta. O enxadrista pode, então, continuar o jogo!!!!
O TCP faz a coleta dos dados e seu particionamento em pacotes. Cada pacote rece-
be caracteres de controle de erros (checksum). Isso pode ser visto abaixo na Tabela 4:
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Redes de Computadores
C C C C C C C C
Fonte: Cedida pelo Autor
INFORMAÇÃO RECEBIDA
Fonte: Cedida pelo Autor
Endereçamento IP
Para que um pacote chegue ao seu destino, é necessário o endereço do destinatário.
Os computadores usam um endereçamento numérico, chamado de endereçamento IP
ou número IP.
200.245.226.108
Na internet, cada computador possui um número IP diferente, que não pode ser
repetido em nenhum outro lugar do mundo.
Em redes locais, podemos fazer uso de uma classe de números IPs chamados
inválidos, que não podem ser usados para conexão com a internet, mas servem
muito bem para identificar os micros da rede.
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Classes de Endereçamento
Precisamos saber as regras utilizadas para a composição do número IP. O número IP
tem sempre 3 bits, divididos em 4 grupos de 8 bits, que variam entre 0 e 255 (28).
Máscara de Sub-rede
São vários os motivos pelos quais os endereços de sub-rede devem ser utilizados:
· Quando interligamos redes de tecnologias diferentes;
· Para limitar o número de máquinas por segmento físico;
· Para reduzir o tráfego de pacotes.
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Redes de Computadores
Endereçamento
Os endereços IP no IPv4 têm 32 bits de comprimento e estão separados em duas
partes: o endereço de rede (que identifica toda a rede ou sub-rede) e o endereço de host
(que identifica uma ligação a uma máquina em particular ou uma interface para essa
rede). Máscaras de sub-rede são máscaras de bits que mostram onde o endereço de rede
termina e o endereço de host começa.
Exemplo:
Com os 8 bits reservados para os hosts, podemos montar uma rede com até:
Lembre-se de que o primeiro endereço não pode ser usado para host, pois representa o en-
dereço da sub-rede; e o último endereço não pode ser usado para host, porque representa
o endereço de “broadcast”.
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máscara de sub-rede, os protocolos de routing necessários usavam a classe de
endereço IP especificada nas advertências do route para determinar o tamanho
dos prefixos de routing para serem definidos na “tabela de routing”. Atualmente, o
endereçamento do tipo IPv6, que contém 128 bits e não possui classes específicas,
vem ganhando cada vez mais espaço devido ao esgotamento de endereços do
tipo IPv4
Notação Standard
A notação standard para o intervalo de endereços CIDR começa com o endereço de
rede (na direita com o número apropriado de bits com valor zero - até 4 octetos para
IPv4, e até campos hexadecimais de 8 octetos de 16 bits para IPv6). Isto é seguido por
um carácter e comprimento de um prefixo, em bits, definindo o tamanho da rede em
questão (o prefixo é, na verdade, o comprimento da máscara de sub-rede).
Por exemplo:
° Neste caso, são 24 bits para a rede e 8 bits para os hosts, ou seja, 28 endereços,
ou 256 endereços.
° Neste caso, são 22 bits para a rede e 10 bits para os hosts, ou seja, 210
endereços, ou 1024 endereços.
Para o IPv4, uma representação alternativa usa o endereço de rede seguido da más-
cara de sub-rede, escrito na forma decimal com pontos:
11111111.11111111.11111111.00000000
11111111.11111111.11111100.00000000
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O IPv6
O protocolo TCP/IP versão 6 foi criado em 2012, como resposta ao breve esgo-
tamento da quantidade de endereços do tipo IPv4. Enquanto o protocolo IPv4 provê
um total de 4,29 bilhões de endereços (parece muito, mas já temos mais dispositivos
conectados à internet que o total de endereços IPv4), o protocolo IPv6 pode prover até
340.282.366.920.938.000.000.000.000.000.000.000.000 endereços IPs (isso sim
é muito!).
**NAT: Network Address Translation – É uma técnica usada para reduzir a necessidade de
endereços IPs válidos (de acesso à internet) em uma rede. Esta técnica separa os ranges de
endereçamento da rede LAN e da rede WAN. Quando diversos computadores da rede local
precisam de conexão com a internet, eles utilizam somente um endereço IP válido, que é
o endereço da Interface WAN do Roteador. O uso do IPv6 vai reduzir ou mesmo eliminar a
necessidade de se utilizar o NAT, pois todos os dispositivos poderão ter seu próprio ende-
reço IP Fixo.
Para tornar o endereçamento IPv6 mais simples, podemos simplificar os blocos de zeros.
Tomando como exemplo o mesmo endereço IPv6 anterior, podemos representá-lo tam-
bém das seguintes formas: 2001:DB8:0:0:CAFE::140C ou 2001:DB8::CAFE:0:0:140C.
No primeiro caso, o bloco de quatro zeros é substituído por um zero. No segundo caso, os
blocos de quatro zeros podem ser eliminados, mantendo os dois pontos.
Outra diferença entre o IPv4 e o IPv6 é o uso de notação decimal no IPv4 e de nota-
ção hexadecimal no IPv6.
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Redes de Computadores
Segurança no IPv6
Uma das principais diferenças entre os protocolos IPv4 e IPv6 é o suporte nativo à
segurança. O IPSec (IP Security) é nativo no IPv6, enquanto no IPv4 possui restrições.
Por exemplo, o IPSec não pode ser aplicado em redes que possuam NAT.
Siga com seus estudos, para que você se torne um profissional mais capacitado e
preparado para lidar com as ameaças cibernéticas!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
IPv6.BR
Site IPv6.BR – É parte do CGI (Comitê Gestor de Internet) do Brasil. É um site com in-
formações oficiais sobre o protocolo IPv6, fornecido pelos gestores da internet no Brasil.
Possui textos e vídeos para complementar seu estudo.
http://ipv6.br/
Cisco NetAcademy
Cisco NetAcademy – Portal e Plataforma de ensino a distância da Cisco. Contém mui-
to conteúdo relevante sobre Redes, Segurança Cibernética e IoT (Internet das Coisas).
É um conteúdo que prepara os alunos para toda a linha de certificações da Cisco, como
as certificações CCENT, CCNA, CCNP e CCIE.
https://bit.ly/2C8APVf
Livros
Livro - Ipv6 na Prática - Coleção Academy
Livro - Ipv6 na Prática - Coleção Academy – Autor: Adilson Aparecido Florentino – Esse
é um livro que aborda, de forma completa, o protocolo Ipv6 e suas aplicações, de forma
simples e prática.
Vídeos
Cybrary CCNA Free Course
Cybrary CCNA Free Course – O Cybrary é uma plataforma de capacitação em ciber-
segurança e possui muitos cursos gratuitos no formato de videoaulas. No link abaixo,
é apresentado o curso preparatório para a certificação CCNA, da Cisco, que aborda o
tópico TCP/IP de forma completa
https://bit.ly/1W38Ooc
Modelo OSI e TCP/IP - Como funciona o processo de comunicação em redes
https://youtu.be/oz8gvGIUKFw
Leitura
Cisco IP Addressing Ipv4
Cisco IP Addressing Ipv4 – É um ebook (em inglês) que apresenta a teoria sobre o ende-
reçamento IPv4 de forma completa e com muitos exemplos
https://bit.ly/2VsDRfD
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Redes de Computadores
Referências
ALECRIM, Emerson. O que é IPv6? Disponível em: <https://www.infowester.com/
ipv6.php>. Acesso em: 18/12/18.
Sites Visitados:
CIBRARY. Disponível em: <https://www.cybrary.it/course/cisco-ccna/>.
Acesso: 18/12/18.
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